Sexta, 10 Março 2023 07:11

CLIPPING AHPACEG 10/03/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Mulher que realizava cirurgias plásticas sem autorização é presa, em Goiânia

Goiás planeja investir R$ 20 milhões para diminuir fila de cirurgias eletivas

População vulnerável: Goiânia participa de projeto de prevenção ao HIV

Conferência Municipal de Saúde de Goiânia acontece em março

Deputado quer que Hapvida devolva dinheiro de serviços que não prestou

Ações da operadora Hapvida despencam 33,56%

Injeção para perder peso pode ser perigosa

Pautas contra transição de gênero crescem no País

Lei precisa ser revista para acelerar tratamentos de doenças raras

Marrone fez seis procedimentos no rosto: entenda cirurgias plásticas feitas por cantor e que dividiram opiniões na web

Combate ao sedentarismo alerta para os riscos da falta de atividades

DIÁRIO DA MANHÃ

Mulher que realizava cirurgias plásticas sem autorização é presa, em Goiânia

Segundo a Polícia Civil, a suspeita é aplicadora de piercings e, desde 2021, começou a realizar procedimentos cirúrgicos sem autorização

Uma mulher de 35 anos foi presa nesta quinta-feira, 9, em Goiânia, suspeita de realizar procedimentos de cirurgia plástica de reconstrução sem autorização. Larissa Alves Plaza, de 35 anos, é body piercer (aplicadora de piercings).

Larissa realizava procedimentos cirúrgicos de otoplastia (correção de orelha de abano), loboplastia (correção de orelha rasgada), retirada de queloides na face (orelha e nariz), além de correção de flacidez em orelhas e até na região umbilical. Segundo a Vigilância Sanitária de Goiânia, os procedimentos colocavam em risco a saúde e segurança dos vários clientes que se submetiam ao procedimento.

A Vigilância Sanitária constatou diversas irregularidades no estúdio em que as cirurgias eram realizadas.

Segundo a Polícia Civil, Larissa plica piercings há 14 anos, e desde 2021 passou a performar cirurgias plásticas de reconstrução, como ela mesmo divulga no Instagram.

A suspeita foi presa em flagrante pelos crimes de exercício ilegal da medicina e execução proibida de serviço de alto grau de periculosidade.

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O HOJE

Goiás planeja investir R$ 20 milhões para diminuir fila de cirurgias eletivas

Também foi destaque a organização dos fluxos de pacientes e a aplicação da vacina bivalente

O secretário da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, anunciou ontem (8) que encaminhará R$ 20 milhões para diminuir a fila para cirurgias eletivas no estado. O comunicado aconteceu durante a abertura do 3º Congresso de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás, em Goiânia.

“O Ministério da Saúde destinou R$ 20 milhões para Goiás e o Estado também vai aportar a mesma quantia com o objetivo de desafogar a espera nos municípios”, explicou o secretário.

Reorganização dos fluxos de pacientes

O tema do congresso este ano foi “Regionalização da Saúde em Goiás: a organização das redes com foco na integralidade do cuidado”. Com isso, outra discussão levantada pelo secretário da Saúde de Goiás foi a necessidade de se reorganizar os fluxos de pacientes. A ideia é garantir um atendimento mais eficaz nas unidades de alta complexidade da região.

O representante destacou os serviços desenvolvidos pelos hospitais Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e da Criança e do Adolescente (Hecad). Sérgio Vencio argumentou que hoje cerca de 60% dos casos atendidos nestas unidades são leves, o que acaba comprometendo o atendimento dos casos complexos.

Durante o evento, também foi destaque as 400 mil doses da vacina bivalente contra Covid-19 recebidas pelo estado. O objetivo agora é estimular a vacinação na população.

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A REDAÇÃO

População vulnerável: Goiânia participa de projeto de prevenção ao HIV

Para oferecer assistência à população vulnerável e que está sob especial risco de contrair HIV, mas não têm acesso aos serviços de saúde disponíveis, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) participa do projeto piloto “PrEP até você”. Na prática, trata-se da realização de testes rápidos e, caso o resultado seja negativo, o paciente começa a receber a medicação preventiva, dando início aos primeiros 30 dias de tratamento. Além da profilaxia, são ofertados os autotestes de HIV, preservativos e gel lubrificante. O atendimento é realizado uma vez ao mês.  


Caso o teste seja positivo, o paciente também é encaminhado para consulta e exames complementares. Após 30 dias, é agendada nova consulta para adesão ao tratamento de HIV/AIDS.
 

O projeto é desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES), e o público-alvo são pessoas já atendidas pela SMDH. O Centro de Referência em Diagnóstico Terapêutico (CRDT), unidade da SMS, contribui cedendo as equipes de saúde formadas por enfermeira e psicóloga.

“O uso preventivo de medicamentos é exclusivamente para pessoas que não têm HIV, pois reduz a probabilidade da infecção se o tratamento for seguido corretamente”, explica a coordenadora do CRDT, Dinamarcia Pereira Azevedo.

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GAZETA DO ESTADO

Conferência Municipal de Saúde de Goiânia acontece em março

Entre os dias 15 e 17 de março, será realizada em Goiânia a 11ª Conferência Municipal de Saúde. O evento tem como objetivo avaliar a situação da saúde local nos aspectos da estrutura de sistemas regionais, linhas do cuidado, redes e modelos de atenção à saúde e formular diretrizes para subsidiar a revisão e elaboração do Plano Municipal de Saúde. 

O tema central deste ano é “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia”. Ao todo, quatro eixos temáticos serão debatidos, incluindo: 

I – O Brasil que temos. O Brasil que queremos; 

II – O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; 

III – Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia

IV – Amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas.

 A programação contará com palestras, trabalhos em grupo, mesas de trabalho e plenária deliberativa, e é esperada a participação de cerca de mil pessoas, entre delegados, convidados e trabalhadores.

As propostas e diretrizes avaliadas e votadas na Conferência Municipal foram definidas em etapas microdistritais e distritais, e temáticas que ocorreram anteriormente na capital. Os resultados aprovados serão apresentados na 10ª Conferência Estadual de Saúde de Goiás. 

O evento é considerado um dos principais realizados na área da saúde pública e servirá como base para a definição de ações em prol do SUS e dos usuários do sistema. O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, ressaltou a importância da conferência como resultado de muito estudo, debate e sugestões dos profissionais, usuários, gestores, prestadores e entidades da saúde.

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PORTAL BRASIL NORTE COMUNICAÇÃO

Deputado quer que Hapvida devolva dinheiro de serviços que não prestou

A empresa de saúde Hapvida deve ser responsabilizada por enriquecimento ilícito e condenada a devolver 50% do dinheiro que recebeu de contrato com o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Educação (Seduc). Isso foi o que defendeu neste dia 9, na Assembleia Legislativa (ALE-AM), o deputado Sinésio Campos (PT). O referido contrato foi rescindido recentemente.

De acordo com o deputado, metade dos servidores da Seduc é no interior do estado. A Hapvida se comprometeu em contrato em prestar atendimento de saúde nos municípios, mas nunca cumpriu.

Entretanto, recebia recursos por isso. Daí a conclusão de Campos que de que "50% do que essa empresa recebia do estado era por um serviço que não era prestado".

Conforme o parlamentar, o convênio da Seduc com a Hapvida foi feito ainda no governo José Melo (2015-2017).

"O que cobrei hoje aqui é que fosse feita a prestação de contas junto à Justiça, para sabermos o quanto a Hapvida lesou os cofres do estado".

Na sessão desta quinta-feira, dia 9, Campos pediu que a comissão de educação acompanhe o caso.

Contrato não cumprido

Em 2016, o Governo do Estado firmou um convênio com a Hapvida para plano de saúde para quase 30 mil servidores da Seduc.

Desde então havia denúncias de que a empresa não atendia os servidores dos 61 municípios do interior do estado. Dessa forma, em 2020 a empresa se comprometeu em investir para instalar bases de atendimento em pelo menos 11 municípios polos.

Apesar dessa facilidade que o acordo proporcionou à Hapvida, nem isso ela cumpriu.

Como resultado, neste dia 1º de março, o governador Wilson Lima (União Brasil) rescindiu o contrato da Seduc com a Hapvida.

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O GLOBO

Ações da operadora Hapvida despencam 33,56%

Empresa do setor de saúde avalia fazer uma operação de aumento de capital e se desfazer de negócios que não são relacionados à atividade principal. Em um pregão, ela perdeu R$ 7 bi, metade do seu valor de mercado atual, de R$ 13,8 bi

Cautela. Analistas afirmam que houve frustração com a expectativa de resultados após a fusão com a Notre Dame. Balanço do quatro trimestre decepcionou

VITOR DA COSTA

A operadora de planos de saúde Hapvida viu suas ações despencarem 33,56% no pregão de ontem. Os papéis encerraram a sessão negociados a R$ 1,94, depois de terem entrado em leilão ao longo do dia. Investidores reagiram à informação de que a empresa avalia fazer um aumento de capital para melhorar sua estrutura de capital - o que tende a jogar o preço das ações para baixo, com o aumento de papéis em circulação - além de vender ativos que não são relacionados a suas atividades principais.

Somente ontem, a empresa perdeu R$ 7 bilhões em valor de mercado. O montante equivale à metade de seu valor atual, de R$ 13,8 bilhões. Foi o capítulo mais recente de um período prolongado de turbulência na Bolsa. O cenário antes era outro. A empresa havia anunciado a fusão com a NotreDame Intermédica, negócio visto como a criação de uma gigante no setor. Em fevereiro do ano passado, quando a fusão passou a valer, a empresa valia mais de R$ 90 bilhões na Bolsa. Em um ano, as ações da Hapvida acumulam queda de 84,14%.

- O que incomodou é que a empresa pode estar contemplando um aumento de capital com o papel nas mínimas

"O que incomodou é que a empresa pode estar contemplando aumento de capital com o papel nas históricas. Não é algo que os investidores gostariam de ver, teria um efeito negativo sobre as ações, e coloca dúvidas sobre os motivos para fazer esse

aumento de capital - explica o analista de Saúde e Educação da XP, Rafael Barros.

A frustração dos investidores, porém, não começou ontem. Segundo Barros, há uma decepção do mercado com os resultados após a fusão com a NotreDame Intermédica:

- Essa combinação de negócios deveria trazer bastante benefício para a companhia e para os acionistas, mas ela tem demorado mais do que o mercado gostaria para aparecer nos números.

O último gatilho para a queda de ações, antes do anúncio de que avalia fazer um aumento de capital, havia sido a divulgação do balanço do quarto trimestre do ano passado, quando a empresa teve prejuízo de R$ 316,7 milhões.

Antes da combinação de negócios com a Notre Dame, a Hapvida já havia "ido às compras". Em 2019, ela adquiriu o grupo de saúde São Francisco, além de outras operadoras menores. Os analistas do setor de saúde da Genial Investimentos, Guilherme Viana e Luis Assis, destacam que a operadora comprou empresas que já enfrentavam problemas, o que dificulta o processo de integração de negócios e aproveitamento de sinergias.

- E quando você tem a empresa-mãe pressionada, conseguir integrar não é tão fácil. É um processo que deve ser gradual - afirmou Viana.

Analistas do Goldman Sachs afirmam que a companhia tem R$ 1,7 bilhão em dívidas que vencem neste ano e R$ 1,3 bilhão em 2024, além de incertezas em relação ao capital de giro e exigências de investimento de R$ 1,8 bilhão nos próximos dois anos.

Na visão dos analistas, não bastassem as dificuldades enfrentadas pela própria empresa na consolidação de uma gigante no mercado de operadoras de planos de saúde, o segmento tem enfrentado cenário mais adverso. Segundo Barros, todas as operadoras têm sofrido com pressão elevada de custos e dificuldade de reajustar preços:

- Isso gerou ao longo do último ano uma compressão de margem no setor como um todo. Quando olhamos para outras operadoras, a situação tem sido até mais grave.

MAIOR USO DO PLANO

No ano passado, o índice de sinistralidade, que mede a frequência do uso do plano de saúde, subiu para 72,9% na Hapvida no quarto trimestre. Isso significa um aumento de 8,1 pontos percentuais em relação a igual período de 2021. Com a volta às atividades, quem tem plano de saúde voltou à rotina de exames e consultas médicas que haviam sido deixadas de lado no auge da pandemia.

Segundo os analistas do Goldman Sachs, uma atividade macroeconômica mais fraca daqui para frente pode afetar a empresa.

"Em um cenário de a aceleração do desemprego se desenvolver daqui para frente, o ambiente de adições líquidas de beneficiários para a empresa provavelmente ficará mais difícil", afirmam.

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CORREIO BRAZILIENSE

Injeção para perder peso pode ser perigosa

Médica explica que náusea e vômito são efeitos colaterais, porém, o uso sem orientação pode causar úlcera gástrica

Injeção para perder peso pode ser perigosa

As injeções para emagrecimento viraram moda. Neste ano, com a aprovação no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso aumentou. Em entrevista ao CB.Saúde- parceria entre o Correio e a TV Brasília, a endocrinologista Marina Pasolini fez um alerta - o uso indiscriminado pode causar danos à saúde, como quadros graves de úlcera gástrica. A médica explicou ainda que o Ozempic, injeção que vem sendo usada pa ra perder peso, é indicada apenas para diabetes. O produto aprovado pela Anvisa para emagrecimento é outro, o Wegovy. À jornalista. Carmem Souza, a especialista destacou que tratamentos para emagrecer precisam ter orientação médica e envolver uma equipe multidisciplinar, composta, por profissionais como endocrinologista, psicólogo e educador físico.

Há alguma forma ou uma receita mágica para perder peso?

A receita mágica, infelizmente, eu queria falar que tem, mas não tem receita mágica para o processo de perda de peso. É quando a pessoa quer perder peso, ela decide por isso. Perder peso é uma decisão.

Então, é um processo individual?

Cada pessoa tem as suas particularidades. Tem um componente genético, tem a parte comportamental. Falo muito sobre padrão alimentar. Cada pessoa tem um padrão alimentar diferente do outro, tem a parte hormonal. Reforço, aqui, em relação a nós, mulheres. Quando agente entra na menopausa, por exemplo, os nossos hormônios não são iguais. Então, têm várias questões que devem ser analisadas. Por isso, o tratamento, que abrange diversas áreas, é sempre individualizado.

Há toda uma discussão quanto a obesidade ser uma doença.

E isso geralmente não é bem aceito ou compreendido, de uma forma geral. Esse entendimento também é um processo que ajuda no enfrentamento e na busca pela perda de peso?

Sem dúvida alguma. Quando você fala para a pessoa que ela tem uma doença- porque obesidade é crônica, as complicações vêm a longo prazo - , o tratamento fica muito mais fácil, porque quem tem obesidade não escolheu ter a obesidade, e que bom que a gente está falando desse tema aqui, porque, cada dia mais, a gente vê esse ganho de peso, a doença, cada vez mais, está se sobressaindo. Por ser uma doença, há indicação de tratamento multidisciplinar.

0 seu público são mulheres, mas, imaginando esse fenômeno de uma forma mais global, a senhora percebe isso nas crianças?

A gente percebe que a obesidade infantil vem crescendo. Atualmente, saiu um falando que já se pensa em cirurgia bariátrica em crianças. Veja bem o quanto isso vem aumentando. Por isso, é uma questão de saúde pública e tem que ser vista como uma doença. Isso é super importante. Não como um desleixo. Muita gente diz: "você está assim, que desleixo". Não, não é isso.

A injeção emagrecedora era muito usada e, este ano, com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a procura aumentou ainda mais. Em que medida essa injeção funciona para a perda de peso?

O Ozempic não é aprovado para perda de peso. A Ânvisa aprovou, é a mesma molécula, só que com uma dose maior. O nome vai ser até diferente, o Wegovy, em uma dose muito maior que o Ozmpic. Mas muita gente está usando Ozempic, muitas vezes, sem necessidade. É um bom medicamento, com certeza, mas, lembrando que não é aprovado, é aprovado para diabetes. Como tem um resultado positivo, as pessoas estão usando. Entretanto, não tem corno dizer que ele vai ser efetivo para todo mundo, porque existem as particularidades de cada um. (...) Esse é o foco no tratamento da perda de peso, sempre com uma equipe multidisciplinar: o endócrino, o nutricionista, o psicólogo, o educador físico.

É uma aplicação semanal e, às vezes, tem gente aplicando diariamente ou mais de uma vez por dia. Quais são os riscos disso?

O Ozempic é aprovado uma vez na semana. O que a gente tem de aplicação diária é o Saxenda, que é aprovado para perda de peso. Os dois são bons medicamentos, têm praticamente os mesmos efeitos colaterais. Quais são os principais? Náuseas e vômitos. Entretanto, se alguém que já tem, por exemplo, uma doença de refluxo, aquela azia exacerbada, ela pode piorar, pode levar o paciente para uma úlcera, já tem paciente internado por conta de úlcera gástrica, aquela feridinha no estômago, por conta do uso inadequado, das doses inadequadas e da forma da aplicação também.

Um dos efeitos que está muito nas redes, principalmente porque é a injeção da moda, é o tal do rosto envelhecido. O que o rosto tem a ver com a medicação?

Provavelmente, aquela pessoa iniciou o tratamento, teve uma perda de peso bacana. E o que acontece? Geralmente, a gente tende a ficar um pouco mais envelhecida, o colágeno não é o mesmo. Por isso, quando você faz o tratamento para perda de peso, o orientado é você iniciar uma musculação. Na verdade, qualquer atividade de resistência. Mas a musculação é a melhor, porque a gente tende a perder massa muscular, quando a gente inicia o processo de perda de peso.

Às vezes, a pessoa abandona em razão do preço, porque não é uma injeção barata. Estamos falando de R$ 1 mil.

A gente tem outras opções com preços mais acessíveis e o paciente pode aderir ao tratamento para ter uma melhor qualidade de vida, uma melhor saúde, ver os filhos crescendo com saúde. Então, a gente tem outras opções, com certeza.

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O ESTADO ONLINE

Enfermeiros preparam greve por piso e hospitais elevam pressão por custeio

Ainda no impasse sobre o novo piso salarial da categoria, os enfermeiros preparam uma greve para esta sexta-feira (10) na tentativa de pressionar o governo pela medida.

Nos últimos meses, as lideranças sindicais da enfermagem já fizeram outros movimentos, como paralisações e atos em vários estados para cobrar o novo piso salarial.

No outro lado da queda de braço, instituições de saúde organizaram mais um estudo para levar ao STF com estimativas de que o novo piso pode gerar impacto anual superior a R$ 4 bilhões para o setor privado, sem considerar o financiamento do SUS.

Não dá para achar que todos os sistemas terão recursos para fazer aumento salarial. Há uma possibilidade concreta de desemprego, especialmente nos locais onde a diferença [entre o salário atual e o valor do piso] é maior, afirma o economista Geraldo Biasoto, um dos autores do estudo elaborado a pedido da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas).

O documento também aponta a desoneração da folha para os hospitais privados como sugestão para compensar o impacto do piso salarial. Para as entidades sem fins lucrativos, a grande maioria já não paga contribuição patronal, então isso não tem efeito. Teria que dar uma compensação para eles, afirma.

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O ESTADO DE S.PAULO

Pautas contra transição de gênero crescem no País

ADRIANA FERRAZ NATÁLIA SANTOS

Pautas contrárias à transição de gênero ganharam força neste início do ano em Casas Legislativas do País. O tema ganhou destaque após discurso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), anteontem no plenário da Câmara, no qual ele ironiza mulheres trans. A bancada do PSOL na Câmara apresentou uma notícia-crime contra o deputado no Supremo Tribunal federal (STF). O Ministério Público Federal acionou a Casa para que seja apurado se ele praticou transfobia - considerada crime desde 2019.

No Senado, projeto apresentado por Magno Malta (PL-ES) propõe que o ato de "submeter criança ou adolescente a terapia hormonal, tratamento psicológico ou qualquer outro meio não cirúrgico relativo à transexualizadão" seja considerado crime, com pena de reclusão de 8 a 12 anos.

O vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União Brasil) autor de projeto que propõe vetar qualquer tratamento hormonal para mudança de sexo antes dos 18 anos. Ele também já pediu que o serviço do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amigos), comandado pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - que tem pacientes a partir dos quatro anos -, seja investigado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). "É completamente absurdo que uma criança seja submetida a esse tipo de procedimento", disse.

No Espírito Santo, dois projetos tratam do tema transição de gênero, ambos propostos por deputados do PL: Capitão Assunção e Lucas Polese. Para eles, as regras atuais do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estipulam suporte psicológico a crianças ou adolescentes transgêneros que não atingiram a puberdade, devem ser derrubadas.

Em São Paulo, Mario Frias (PL) e Julio Cesar Ribeiro (Republicanos) querem aprovar uma lei que aumenta para 21 anos - e não 18 - a idade mínima para fazer a cirurgia de troca de sexo no Brasil. Já Kim Kataguiri (União Brasil) quer tornar crime o ato de "instigar crianças e adolescentes a mudarem seu sexo biológico".

REAÇÃO. A deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL), que é trans, tenta aprovar uma lei que pune quem tenta obstruir o processo ou "converter" transgêneros. A deputada ressalta que ambulatórios como o do HC respeitam as normas vigentes do Ministério da Saúde.

"A terapia hormonal invertida (para troca de gênero ) só ocorre a partir dos 16 anos e com acompanhamento psicológico. Essa movimentação política é pura perseguição", disse a parlamentar.

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MEDICINA S/A

Lei precisa ser revista para acelerar tratamentos de doenças raras

Por Hélio Osmo

As doenças raras são enfermidades que acometem menos de 65 indivíduos a cada 100 mil nascidos, e ao todo existem cerca de 8 mil destas doenças, sendo que apenas 4% delas têm tratamento. Esta é uma realidade cruel, que levanta questões éticas, econômicas e também sociais, uma vez que só no Brasil existem cerca de 13 milhões de pacientes com alguma doença rara, que muitas vezes afetam drasticamente a qualidade de vida destas pessoas e de seus familiares. [1]

Em sua maioria, as doenças raras são genéticas e permanecem ao longo de toda a vida do paciente, mesmo que os sintomas não apareçam inicialmente. Muitas delas surgem logo no início da vida, e seus sintomas são bastante incapacitantes, impedindo que o paciente tenha uma vida ativa e saudável. Cerca de 30% das crianças com estas doenças morrem antes mesmo de completar cinco anos. [1]

Para piorar, na maioria das vezes o diagnóstico de uma doença rara só é confirmado após anos de uma peregrinação de médico em médico, com muitos diagnósticos equivocados e tratamentos desnecessários, que causam ainda mais impacto na saúde do paciente.

E mesmo após o diagnóstico correto, a grande maioria das doenças raras não têm tratamento adequado. Isso acontece por diversos fatores, mas o principal deles é a própria raridade da doença, que causa uma série de dificuldades no processo de pesquisa, desenvolvimento e aprovação de novos medicamentos específicos.

As indústrias farmacêuticas e as agências regulatórias como a Anvisa, no caso do Brasil estão mais habituadas a trabalhar com medicamentos para doenças comuns, com muitos pacientes, e definiram seus processos e regulamentos de acordo com a realidade destas doenças. Deste modo, as pesquisas e aprovações regulatórias seguem paradigmas em que são avaliados milhares de pacientes, o que não acontece no caso das doenças raras.

E como ficam os pacientes com doenças raras, visto que seu número é relativamente pequeno? Existe um menor número de laboratórios com foco em doenças raras e na produção de novos medicamentos para estas doenças. A pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos para doenças raras são grandes desafios, uma vez que, além do número pequeno de pacientes, há também a necessidade de se ter uma definição mais nítida do desfecho clínico, em um prazo em que as doenças não têm cura, o que não é viável para as doenças neurodegenerativas, por exemplo. Pela falta de opção terapêutica que atenda às necessidades de alguns pacientes, as empresas têm desenvolvido estudos clínicos com desenhos inovadores e biomarcadores, que podem, no curto ou médio prazo, trazer indicadores confiáveis da eficácia do tratamento.

Outro avanço real que gera uma expectativa positiva é a Inteligência Artificial (IA) aplicada em favor da geração de dados de vida real, que possam ser aplicados nas pesquisas. Estes dados seriam obtidos desde o diagnóstico precoce, sendo dados mais concretos sobre a história natural e a evolução da doença, com a definição de desfechos baseados em biomarcadores, além do compartilhamento de dados globais baseados em registros de pacientes. A IA também ajudaria a definir novos modelos estatísticos para definir evidências.

Diante desta realidade, o paciente com doença rara, que não pode esperar para receber o tratamento mais adequado disponível, é gravemente prejudicado, e muitas vezes sequer sobrevive para esperar a aprovação de um novo medicamento que poderia mudar o curso de sua doença.

Vendo a situação por outro ponto de vista, as agências reguladoras têm regras definidas para a aprovação de um medicamento e até entendem que, no caso de uma doença rara, tais regras são mais difíceis de seguir. No entanto, elas não podem simplesmente aprovar um medicamento que não segue as regras pré-estabelecidas, por maior que seja seu benefício para os pacientes.

Quando um medicamento já é aprovado em fase II pelo FDA, agência regulatória dos EUA, sua aprovação costuma ser mais fácil em outros países, mas muitas vezes nem o órgão estadunidense tem dados suficientes para esta aprovação. Deste modo, a espera para a realização da pesquisa fase III é muito longa, porque são poucos pacientes.

Ao mesmo tempo, o paciente que participa das pesquisas clínicas tem acesso antecipado ao medicamento, deixando de receber o tratamento oferecido pela rede pública, o que transfere os custos deste tratamento para o laboratório que realiza a pesquisa. Assim, a pesquisa clínica acaba sendo uma forma de garantir o acesso antecipado do paciente ao medicamento inovador e de transferir a responsabilidade do tratamento para a esfera privada. Isso acontece em todas as pesquisas, não somente as de doenças raras.

Existem avanços, mas não na velocidade necessária. Já existe um processo de registro acelerado na ANVISA, adotado também pelos EUA e Europa, que dá prioridade para situações de necessidades não atendidas, com possibilidade de registro ao final da fase II de estudos clínicos, dependendo da doença, com o estudo fase III já em andamento.

Além disso, o Ministério da Saúde criou, no ano passado, a Rede Brasileira de Pesquisa Clínica, mas ainda sem o conhecimento específico em doenças raras. Portanto, é necessário chamar os responsáveis para conversar, esclarecer a situação por meio de reuniões com o FDA e do EMA (agência regulatória europeia), para que os tomadores de decisão se sintam mais seguros.

Ultimamente, as empresas haviam deixado de trazer pesquisas clínicas para o Brasil, devido às dificuldades impostas pela legislação, como tempo de aprovação, exigência de fornecimento de medicamento após o término do estudo, entre outras. No entanto, com a Covid-19, por conta do infeliz alto número de infectados no Brasil, as pesquisas clínicas passaram a voltar ao nosso país. Isso também foi reflexo de uma mudança na legislação para doenças ultrarraras, que desde 2017 passou a exigir o fornecimento de novos medicamentos por apenas cinco anos após o estudo, não mais indefinidamente.

Porém, apesar dos avanços, ainda é necessária a criação de uma política de estado, e não de governo, para o segmento de medicamentos. Isso nunca foi feito pelo Brasil, ao contrário de países como Suíça, Japão, Inglaterra, EUA e outros. Por aqui, ainda está em tramitação urgente na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 7082, de 2015 (!!!), da Senadora Ana Amélia (RS), que define uma regulamentação para a pesquisa clínica no Brasil.

Diante de tudo o que foi relatado até aqui, um dos maiores desafios atuais no nosso país em relação às doenças raras é criar um padrão de pesquisa clínica que seja chancelado pelas agências reguladoras, específico para as doenças raras, para que se possa ter a comprovação da eficácia e da segurança de um novo medicamento de maneira mais adequada e para que possa ser demonstrado ao sistema que o produto realmente entrega aquilo que promete. Esses novos paradigmas científicos para as doenças raras permitiriam às agências, como a ANVISA, aprovar os novos medicamentos com mais celeridade e com compromisso de entrega de dados durante o desenvolvimento dos produtos.

É necessário também estudar uma maneira para que as pesquisas clínicas em doenças raras sejam colaborativas entre governos e empresas, para que possam ser considerados pacientes de pesquisas que tenham sido realizadas fora do Brasil.

Para esta mudança acontecer, deve haver uma união entre as associações de pacientes, as empresas que trabalham com doenças raras e os profissionais especialistas em pesquisas clínicas, na luta por uma legislação específica para o desenvolvimento de tratamentos que permita, no curto prazo, registrar um medicamento com potencial de salvar muitas vidas. Esta é uma evolução que precisa acontecer, para que não seja cada vez mais difícil conseguir a aprovação de novos medicamentos para doenças raras.

Estamos todos tentando contribuir com a ciência e a saúde. Precisamos somar esforços e superar estes desafios, para que a vida do paciente com doença rara seja enfim colocada como prioridade.

Referência: [1] https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_raras_A_Z.pdf

*Hélio Osmo é presidente da SBMF - Associação Brasileira de Medicina Farmacêutica e global fellow da IFAPP International Federation of Associations of Pharmaceutical Physicians & Pharmaceutical Medicine.

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PORTAL G1

Marrone fez seis procedimentos no rosto: entenda cirurgias plásticas feitas por cantor e que dividiram opiniões na web

Ao todo, Marrone fez seis intervenções, entre elas, 'levantamento' da pele do rosto, diminuição da papada e até preenchimento dos lábios. Médico explicou o que é cada um dos procedimentos.

Por Danielle Oliveira, g1 Goiás

Marrone divide opiniões na web ao mostrar resultado de cirurgia facial; vídeo

Após o cantor Marrone, que faz dupla com Bruno, mostrar o resultado de cirurgias faciais e isso repercutir na web, o g1 conseguiu confirmar com a assessoria dele quais foram os procedimentos feitos e também falou com um cirurgião plástico para entender para que serve cada um deles (veja abaixo). Marrone fez cirurgias para “levantar” a pele do rosto, diminuir a papada e até preencher os lábios. Ao todo, ele fez seis intervenções, são elas:

Lifting Facial

Blefaroplastia

Otoplastia

Rinosseptoplastia funcional e estética

Lipoaspiração de papada

Preenchimento labial

A cirurgia do cantor, que mora em Goiânia, foi feita em um hospital de São Paulo. Na quarta-feira (8), ele compartilhou um vídeo nas redes sociais, ao lado da namorada Anna Farfalla e também de alguns profissionais médicos que acompanharam os procedimentos.

g1 conversou com o cirurgião plástico Sérgio William Segundo, que não foi o responsável pela cirurgia do Marrone, mas que esclareceu todos os detalhes do que são cada um dos procedimentos feitos pelo cantor (veja detalhes abaixo).

Lifting Facial

O cirurgião plástico Sérgio William Segundo explicou que o lifting facial, também chamado de ritidectomia, é o tratamento da flacidez e da queda facial. Ele falou que o objetivo desse tipo de cirurgia é o rejuvenescimento.

“É uma cirurgia facial completa, na qual a face é descolada e o cirurgião, através de pontos na musculatura da face, traciona de volta a musculatura que caiu, rejuvenescendo e tirando aquele aspecto caído da face. O objetivo é levantar a parte da face que caiu, geralmente, aquelas ‘bochechinhas de bulldog’. A gente faz o lifting para 'tracionar' isso para cima e melhorar a bochecha caída. Nessa cirurgia, geralmente, melhora também o pescoço flácido”, disse o médico.

Blefaroplastia

A blefaroplastia, segundo o médico, é para retirar "sobras" de pele da pálpebra.

“O cirurgião retira aquela 'sobra' de pele das pálpebras e também aquelas bolsas de gordura das pálpebras, então, nesse procedimento, o olhar geralmente é rejuvenescido, dando um aspecto mais descansado e menos envelhecido para a pessoa”, disse.

Otoplastia

A otoplastia é uma cirurgia para mudar a aparência das orelhas do paciente, conforme explicou o cirurgião.

“Essa é a cirurgia plástica das orelhas. Tem gente que tem aquela 'orelha em abano', aquela orelha muito destacada da cabeça. E essa orelha aberta chama muita atenção em foto, vídeo, então, a otoplastia serve justamente para a gente trazer a orelha de volta para o lugar certo, mais rente à cabeça, deixando a orelha mais despercebida em fotos, vídeos e imagens”, disse.

Rinosseptoplastia funcional e estética

Sérgio contou que a rinosseptoplastia, mais conhecida como rinoplastia, pode ter duas utilidades: funcional ou estética. A funcional, no caso, é para melhorar a parte respiratória, como no caso de quem tem desvio de septo, por exemplo.

“É a cirurgia plástica do nariz e, se ele mexeu na parte funcional, significa que ele mexeu na parte interna e respiratória para talvez melhorar um desvio de septo ou melhorar a parte da respiração, para desobstruir o nariz, melhorando, por exemplo, a incidência de roncos, melhorando timbre da voz, facilitando respiração. Provavelmente, ele deve ter mexido também na parte estética do nariz, talvez para afinar um pouco mais, levantar uma ponta, depende do que cirurgião realizou no procedimento”, contou.

Lipoaspiração de papada

A lipoaspiração de papada, por sua vez, tem o objetivo de retirar gordura da região que fica abaixo do queixo, chamada de "segundo queixo", de acordo com o médico.

“A lipoaspiração, por menor que seja, no caso da papada, é uma cirurgia. Entra uma cânula, um orifício, aspira a gordura daquela região abaixo do queixo, aquela região que as pessoas chamam de 'segundo queixo'. A intenção é deixar a região mais fininha, diminuindo aquele aspecto de 'bola', que fica abaixo do queixo. Melhora bastante”, disse.

Preenchimento labial

Por fim, o cirurgião explicou o que é o preenchimento labial, que também foi um dos procedimentos feitos pelo Marrone. O médico contou que este é um procedimentos bem comum, que pode ser feito até mesmo em consultório.

"É normal o nosso lábio perder um pouco de gordura, então, ele vai afinando, ficando mais estreito, e isso dá um aspecto envelhecido na nossa boca. O preenchimento labial, geralmente, é feito com Ácido Hialurônico, que é uma substância absorvível e dura entre um e dois anos. O Ácido Hialurônico preenche o lábio, devolvendo aquele aspecto mais viçoso, trazendo uma espessura mais agradável para o lábio superior e também para o inferior”, disse.

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NOTÍCIAS GOIANAS

Combate ao sedentarismo alerta para os riscos da falta de atividades

Doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, vários tipos de câncer, obesidade e muitas outras doenças podem ser desencadeadas ou agravadas por um hábito nocivo e cada vez mais presente no dia a dia das pessoas: o sedentarismo.

O problema é tão grave que foi criado um Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo. A data é 10 de março e visa chamar a atenção da população para os riscos de ficar parado, passar longas horas ao volante do carro, sentado trabalhando ou mesmo em momentos de lazer.

“O sedentarismo é caracterizado quando a soma do tempo gasto em atividades físicas no tempo livre, no deslocamento para o trabalho ou escola e em ocupações não alcança o equivalente a 150 minutos semanais de atividades de intensidade moderada ou 75 minutos semanais de atividades de intensidade vigorosa”, explica o cardiologista Leonardo Sara, ex-presidente da Sociedade Goiana de Cardiologia e integrante da equipe CDI Medicina Diagnóstica.

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde (MS), mostra em suas últimas edições que o percentual de adultos sedentários tende a crescer entre os brasileiros, o que sinaliza um possível aumento em casos de doenças decorrentes da falta de atividades.

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Assessoria de Comunicação

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O velho golpe de ligar para parentes de pessoas internadas em hospitais goianos e solicitar pagamentos supostamente para cobrir despesas com atendimentos continua se repetindo.

Há anos, a Ahpaceg vem orientando a população sobre esse golpe e já denunciou o caso à polícia e autoridades da área de segurança pública, mas, volta e meia, hospitais são informados que pacientes e familiares foram vítimas de tentativas de extorsão.

Os golpistas entram em contato por meio de ligações e mensagens, dizendo que são médicos ou outros trabalhadores da instituição de saúde. Em seguida, afirmam que precisam de um depósito em dinheiro para pagar medicamentos ou exames que não possuem cobertura do SUS ou do plano de saúde.

Atenção!!! Se receber uma ligação assim, nunca efetue pagamentos. É golpe!

Os hospitais associados da Ahpaceg não fazem esse tipo de cobrança.

Caso receba alguma ligação ou mensagem do tipo, entre em contato diretamente com o hospital em que seu familiar está sendo cuidado.

 

Quinta, 09 Março 2023 07:29

CLIPPING AHPACEG 09/03/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Lei estabelecerá multa para empresa que descumprir igualdade salarial

Atendente de farmácia estava seguro de ter entregue remédio correto para família de bebê que morreu após beber colírio, diz gerente à polícia

Varíola dos macacos: Saúde vai começar a vacinar nesta segunda-feira (13/3)

Segundo o CRF-GO, farmacêutico pode ter o registro suspenso após remédio errado para bebê

Qualquer pessoa pode ter alergia a alimentos como pimenta, arroz, feijão e até pequi

Medicina Preventiva da Hapvida NotreDame Intermédica é certificada

Porque seis hospitais brasileiros entraram no Ranking Newsweek 2023

Bold Glamour: conheça o filtro polêmico do TikTok que faz harmonização facial

O HOJE

Lei estabelecerá multa para empresa que descumprir igualdade salarial

Projeto de lei foi assinado nesta quarta-feira pelo presidente Lula

Por: Luan Monteiro

Empregadores que pagarem salários diferenciados a uma mulher que tem o mesmo tempo de casa, a mesma função e com escolaridade semelhante a um funcionário homem serão multados em 10 vezes o valor do maior salário pago na empresa. É o que consta no projeto de lei sobre igualdade salarial assinado nesta quarta-feira (8/3) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e enviado para análise do Congresso Nacional.

O texto prevê a obrigação das empresas que têm mais de 20 empregados darem transparência às faixas salariais para dar capacidade de fiscalização ao Ministério do Trabalho. A pasta também deverá elaborar um protocolo de fiscalização para esses casos.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, explicou que “nos casos gritantes de discriminação”, um juiz competente poderá, em caráter liminar, determinar que a mulher receba o mesmo salário que o homem já no mês da denúncia de desigualdade.

Sobre a possibilidade dessas medidas resultarem na redução de contratação de mulheres, Tebet afirmou que esse é um discurso misógino (de ódio ou aversão às mulheres) por parte de setores produtivos.

“Se algum empregador estiver discriminando uma mulher, se isso for fator para que ele não contrate uma mulher, não vai faltar empresas sérias, responsáveis e compromissadas para isso”, disse.

“Nós somos imprescindíveis no mercado de trabalho, não só no setor de cuidado, não só como enfermeiras, como professoras ou ramo da confecção, hoje somos imprescindíveis no mercado de trabalho porque se não contratarem mulheres vão ter dificuldade na sua produção”, disse Tebet após cerimônia de celebração ao Dia Internacional da Mulher, no Palácio do Planalto.

Tebet ressaltou que a medida ainda será debatida pelos parlamentares, mas lembrou que texto semelhante já foi aprovado. Em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto chegou a devolver ao Congresso Nacional um projeto de lei, que estava pronto para sanção, e aumentava a multa no valor correspondente a cinco vezes a diferença salarial paga pelo empregador. O projeto, desde então, está parado na Câmara dos Deputados.

Violência histórica

Para Lula, ao aceitar que a mulher ganhe menos que o homem no exercício da mesma função, se perpetua uma violência histórica contra as mulheres. “É importante lembrar que nesse projeto de lei tem uma palavra que faz a diferença de tudo que já foi escrito sobre trabalho igual entre homens e mulheres. E essa mágica palavra é ‘obrigatoriedade’ de pagar o salário igual. Vai ter muita gente que não vai querer pagar, mas para isso a Justiça tem que funcionar para obrigar o empresário que não pagar, pagar aquilo que a mulher merece pela sua capacidade de trabalho”, disse.

Durante seu discurso, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, citou estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que aponta que a igualdade salarial entre homens e mulheres pode acrescentar 0,2% à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) de um país. “Estamos trabalhando intensamente para que isso se concretize”, disse, destacando que a desigualdade salarial no Brasil chega a 30%, mesmo as mulheres tendo maior nível educacional.

Misoginia

Na celebração no Palácio do Planalto, o presidente Lula anunciou uma série de ações do governo federal que incidem diretamente no combate à violência e na garantia de direitos das mulheres. Para ele, o respeito às mulheres é um valor inegociável.

“Houve um tempo em que o 8 de março era comemorado com distribuição de flores, enquanto os outros 364 dias eram marcados pela discriminação, machismo e violência. Hoje, estamos comemorando 8 de março com o respeito que as mulheres exigem. Respeito em todos os espaços que elas queiram ocupar, seja no trabalho, em locais públicos, na política ou dentro de suas próprias casa”, disse Lula.

Ao citar o conjunto de medidas anunciadas, a ministra Cida Gonçalves propôs um pacto social para enfrentamento à misoginia e à violência contra mulher.

“É primordial que o poder público faça seu papel, mas é preciso ir além e continuar avançando na compreensão que o desprezo e ódio às mulheres não podem ser naturalizados. Não podemos aceitar o fato de que homens ganhem dinheiro na internet praticando misoginia, e isso precisa parar. Esse ambiente nos faz retomar estatísticas tão repetidas, mas ainda assim tão chocantes: a cada dia três mulheres são mortas no Brasil pelo fato de serem mulheres. O enfrentamento ao feminicídio é uma luta política urgente”, destacou.

Já é de conhecimento público a existência de grupos masculinistas que propagam misoginia e ameaçam mulheres na internet. Um deles, o movimento RedPill, usa o suposto discurso de autoajuda nos relacionamentos para propagar machismo e misoginia.

Nesse contexto de combate à violência, a ministra anunciou a recriação do programa Mulher Viver sem Violência, com a implantação de 40 unidades da Casa da Mulher Brasileira, com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e investimento de R$ 372 milhões. O programa prevê ainda a doação de 270 viaturas para a Patrulha Maria da Penha, em todos os estados.

O Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher, também está sendo reconstruído. Na gestão anterior, houve a integração desse sistema com o Disque 100 e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Nesse telefone, é possível registrar denúncias contra qualquer tipo de violência de gênero, com ligação gratuita de qualquer lugar do país. O serviço funciona 24 horas por dia.

Confira as ações anunciadas pelo governo federal neste 8 de março

Mão de obra feminina

Decreto prevendo a regulamentação da cota de 8% da mão de obra para mulheres vítimas de violência em contratações públicas na administração federal direta, autarquias e fundações.

Será lançada também a política de enfrentamento ao assédio sexual e moral e discriminação na administração pública federal.

Violência política

Projeto de lei para que o 14 de março seja transformado no Dia Nacional Marielle Franco, data com foco no enfrentamento à violência política de gênero e de raça. Essa data marca o dia em que a vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada, em 2018.

Dignidade menstrual

Decreto que trata da dignidade menstrual, com o compromisso de distribuição gratuita de absorventes no Sistema Único de Saúde (SUS). Adicionalmente, será lançado um programa de equidade de gênero e raça entre os servidores do SUS.

Ações internacionais

O governo federal vai ratificar a Convenção 190 da OIT, primeiro tratado internacional a reconhecer o direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e assédio, incluindo violência de gênero. Entre outras medidas, a Convenção 190 amplia conceitos de assédio sexual e moral no trabalho.

O país vai aderir à Coalizão Internacional de Igualdade Salarial, que envolve entidades como a OIT, a ONU Mulheres e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Educação e esporte

Retomada das obras de 1.189 creches que estavam com o andamento paralisado.

Nos próximos dois anos, também serão asseguradas vagas em cursos e programas de educação profissional e tecnológica para 20 mil mulheres em situação de vulnerabilidade.

Assinatura de um decreto que determina a licença-maternidade para integrantes do Bolsa Atleta. A intenção é garantir o respeito, de forma ampla, à maternidade e à gestante. O texto garante o recebimento regular das parcelas do programa voltado para atletas de alto desempenho até que a beneficiária possa iniciar ou retomar a atividade esportiva.

Cultura

Edital Ruth de Souza de Audiovisual, que vai dar suporte a projetos inéditos de cineastas brasileiras para realização do primeiro longa-metragem. São R$ 10 milhões em investimentos.

Outra linha de ação é o incentivo à literatura, com R$ 2 milhões no Prêmio Carolina Maria de Jesus, para livros inéditos escritos por mulheres.

Ciência e pesquisa

Instituir a Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas e Mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação. A estimativa é de que haja uma chamada pública do CNPq de R$ 100 milhões, voltada para mulheres nas ciências exatas, engenharia e computação.

Autonomia financeira

Lançamento de um edital de assistência técnica rural para mulheres do campo, pelo programa Organização Produtiva Econômica das Mulheres Rurais, com R$ 50 milhões de investimento e perspectiva de atender até 20 mil mulheres.

Banco do Brasil anunciou que cinco carretas do Agro Mulher percorrerão o país com oferta de crédito diferenciado para mulheres, serviços financeiros e capacitação para pessoas físicas e jurídicas.

A Caixa Econômica Federal promoverá o Mulheres na Favela, com a qualificação de mulheres em três laboratórios de inovação social no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

O BNDES enfatizará o Projeto Garagem, com aceleração de startups lideradas por mulheres.

Grupos de trabalho

Criação de grupos de trabalho interministeriais com foco na garantia de direitos das mulheres. Um deles será voltado para a elaboração de uma Política Nacional de Cuidados, outro para formular o Plano Nacional de Igualdade Salarial, Remuneratório e Laboral entre Mulheres e Homens e um terceiro terá como meta a Política de Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual e Discriminação na Administração Pública.

Grupos de trabalho para o Enfrentamento à Violência Política de Gênero e Raça e outro para formulação da Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas na Ciência, Tecnologia e Inovação. Palestras, eventos, seminários e debates estão previstos para todo o mês em diversos ministérios.

Colegiado

A Secretaria-Geral da Presidência da República determinou que a representação feminina nos conselhos e comissões vinculados à pasta deverá ser de, no mínimo, 50% de sua composição. A paridade de gênero foi definida em portaria publicada nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União. O texto estabelece ainda que pelo menos 20% dos assentos nos colegiados terão de ser ocupados por pessoas autodeclaradas pretas e pardas.

De acordo com a portaria, as organizações da sociedade civil poderão indicar a mesma pessoa como representante em até dois conselhos ou comissões, e os indicados terão direito a até dois mandatos consecutivos ou três alternados.

Os colegiados vinculados à Secretaria-Geral são o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; Conselho de Participação Social; Conselho Nacional da Juventude; Conselho Nacional de Fomento e Colaboração; Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica; e Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

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PORTAL G1

Atendente de farmácia estava seguro de ter entregue remédio correto para família de bebê que morreu após beber colírio, diz gerente à polícia

Também prestaram depoimento a mãe, o avô que comprou o medicamento e uma testemunha. Ravi Lorenzo tinha 2 meses e teria bebido colírio para glaucoma, em vez de bromoprida — remédio indicado para enjoo.

Por Rafael Oliveira e Gabriel Buosi, g1 Goiás e TV Anhanguera

Mãe diz que filho estava bem antes de tomar remédio errado e morrer

A gerente da farmácia Ultra Popular disse em depoimento à Polícia Civil que o atendente estava seguro de ter entregue o remédio correto para a família do bebê que morreu após beber colírio. Ravi Lorenzo tinha 2 meses de vida e bebeu colírio para glaucoma, em vez de bromoprida — remédio indicado para enjoo.

O bebê morreu no domingo (5), em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. A mãe de Ravi disse que o filho estava bem antes de tomar o medicamento e até sorria para os pais. O mal-estar começou logo depois de tomar o colírio, que é contraindicado para menores de 2 anos.

A Drogaria Ultra Popular informou na segunda-feira (6) que vai contribuir com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão.

Também prestaram depoimento na delegacia a mãe do Ravi, o avô paterno que comprou o medicamento e uma testemunha. Os teores dos demais depoimentos não foram divulgados.

"Ele era o meu sonho, tudo que eu pedi para Deus, e levar meu filho assim, tão prematuro, um bebê. É muito difícil. Um pouco antes, meu filho estava bem, sorrindo, foi só aplicar esse remédio que ele ficou ruim, e eu perdi ele", desabafou a mãe, Emanuely Fonseca.

A Polícia Civil solicitou os contratos de trabalho das pessoas que trabalham na farmácia, especialmente do atendente que fez a entrega do remédio, para saber se ele era atendente, farmacêutico ou exercia outro cargo.

O delegado Paulo Henrique Ferreira investiga se o atendente da farmácia vendeu o medicamento errado e se houve supervisão de um farmacêutico na venda. Se o erro for identificado, a pessoa pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

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AGÊNCIA ESTADO

Varíola dos macacos: Saúde vai começar a vacinar nesta segunda-feira (13/3)

Com 46 mil doses à disposição do Programa Nacional de Imunizações, o Ministério da Saúde se prepara para dar o pontapé inicial da campanha de vacinação contra a mpox (varíola dos macacos). A aplicação do imunizante começa na próxima segunda-feira (13/3), conforme informou a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ao Estadão.

A reportagem também teve acesso ao informe técnico enviado a Estados e Municípios. Segundo o documento, para a vacinação pré-exposição, estarão elegíveis pessoas que vivem com HIV/Aids que tenham "contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células", e profissionais que trabalham diretamente com orthopoxvírus em laboratórios. Para a pós-exposição, entram mo grupo contatos de pacientes com suspeita ou confirmação da doença, classificados como exposição de risco alto ou médio.

Considerando que não há mais disponibilidade de imunizante no mercado (o ministério havia comprado 49 mil, mas só recebeu 46 mil, conforme o documento), a estratégia de vacinação segue enquanto durarem os estoques. A primeira remessa de imunizantes, com 9,8 mil unidades, foi recebida pelo Brasil ainda em outubro.

Por unanimidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia aprovado a utilização das vacinas Jynneos/Imvanex ainda em agosto, prorrogando a dispensa de registro por mais seis meses em fevereiro deste ano. O documento também traz o desenho epidemiológico do surto no País até a semana 7 de 2023 (12/2/2023 a 18/2/2023). No total, houve notificação de 50.803 casos suspeitos para mpox: 10.301 (20,3%) foram confirmados; 339 (0,7%) classificados como prováveis; 3.665 (7,2%), suspeitos e 36.498 (71,8%), descartados. No período, foram registradas 15 mortes.

A curva de casos mostra um crescimento a partir de julho e pico em agosto. Depois, a partir de setembro, tendência de queda, embora casos sigam sendo notificados. Essa persistência, segundo o documento, é o que justifica a necessidade da campanha e o foco em pacientes com potencial de agravamento do caso. "Considerando o panorama epidemiológico da infecção por mpox, com persistência de casos confirmados no território brasileiro e, apesar de tendência decrescente no mundo inteiro, a frequência de óbitos e a ocorrência de morbimortalidade são maiores entre as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), em especial naquelas com status imunológico de contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células", diz o documento.
"Felizmente o cenário epidemiológico é de declínio", afirma Ethel. "Como o vírus ainda está circulando -não há eliminação, mas controle - é importante vacinarmos para maior proteção dos mais vulneráveis ao desenvolvimento de quadros clínicos mais graves ou mais expostos ao vírus." Questionada sobre o porquê de a vacinação começar só agora, Ethel disse que "recebemos (o governo) com as doses sem uso e pedimos à Anvisa autorização para utilizar as vacinas".

O Estadão buscou também o Ministério da Saúde, por meio de sua assessoria de imprensa, que confirmou que a campanha começa em março, mas não falou na data de início. A pasta destacou que a estratégia e o público prioritário para vacinação foram acordados com Estados e municípios. À reportagem, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que a "Anvisa concedeu o registro das vacinas em caráter excepcional e vinculado a realização de monitoramento", e que "a área técnica recomendou que fosse realizada uma pesquisa sobre a responsabilidade de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz". "Até o final da gestão, a Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) não havia aprovado o protocolo da pesquisa", disse Queiroga. "Segundo fui informado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) apresentado pelos pesquisadores não tinha sido aceito pela Conep".

Vacina e campanha
Inicialmente, a pasta vai repassar para as unidades federativas só o quantitativo suficiente para vacinar 50% da população-alvo da vacinação pré-exposição. "O envio de mais doses dependerá do andamento da vacinação e, a depender da demanda local, as UF deverão solicitar ao Ministério da Saúde os envios de remessas adicionais", diz o documento. "Será mantido um estoque estratégico no nível estadual e no nível central visando a redistribuição frente a evolução do cenário epidemiológico e ocorrência de novos casos", completa.

A estimativa da Saúde é que hajam pouco mais de 16,3 mil pessoas com HIV/aids elegíveis no País, de acordo com dados do sistema público de saúde dos últimos seis meses do ano passado. A vacina a ser utilizada é a Jynneos que, segundo a pasta, é uma "vacina viva". "Produzida a partir da cepa Vaccinia Ankara-Bavarian Nordic (MVA-BN) modificada, um Orthopoxvírus atenuado e não replicante contra varíola e varíola de macaco, que induz respostas imunes humorais e celulares aos Orthopoxvírus." O esquema de vacinação é de duas doses ( com 0,5 ml cada), com quatro semanas de intervalo (28 dias). Ela é indicada para uso em adultos com idade igual ou superior a 18 anos.

Grupos elegíveis para vacinação pré-exposição
1 - Pessoas vivendo com HIV/aids: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
2 - Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Grupos elegíveis para vacinação pós-exposição
1 - Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto (exposição direta da pele ou membranas mucosas à pele ou secreções respiratórias) ou médio (sem contato direto, mas próximo na mesma sala ou espaço físico interno) risco.

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JORNAL OPÇÃO

Segundo o CRF-GO, farmacêutico pode ter o registro suspenso após remédio errado para bebê

Bebê de dois meses morreu após ingerir colírio no lugar de remédio para enjoo

O Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) informou hoje, 8, que o farmacêutico responsável pelo atendimento em que houve a venda de um medicamento por engano pode ter o registro profissional suspenso. A suspeita é que o remédio em questão possa ter causado a morte de um bebê de dois meses em Formosa.

Segundo o órgão, houve uma apuração no estabelecimento para saber se foi um atendente, balconista ou o próprio farmacêutico que realizou a venda. Independente disso, a responsabilidade é do profissional de Farmácia, responsável pelo treinamento e preparação dos demais funcionários.

A confusão das embalagens que resultou na entrega do medicamento errado foi causada por alguém inexperiente, explica o Conselho. A receita estava legível, o que significa que não haveria motivo para tal erro.

O CRF-GO lamentou a morte da criança e anunciou a abertura de uma investigação interna com o objetivo de avaliar e julgar o caso em questão. O nome do estabelecimento comercial não foi divulgado.

O caso

Um bebê de apenas 2 meses morreu por suspeita de ingerir um colírio. O medicamento teria sido vendido por engano em uma farmácia da cidade. A criança deveria ter tomado um remédio para evitar enjoo e vômito.

A criança morreu na madrugada de domingo ,5. Segundo a Polícia Civil, o remédio receitado pelo médico corretamente, e que a criança deveria ter tomado, era para evitar vômito e enjoo, chamado bromoprida. No entanto, o medicamento vendido e consumido pelo bebê foi o “tartarato de brimonidina”, um colírio para o tratamento de glaucoma.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, um laudo preliminar apontou que a ingestão do remédio pode ter provocado a morte da criança, mas a afirmação só poderá ser dada após a conclusão dos exames.

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Qualquer pessoa pode ter alergia a alimentos como pimenta, arroz, feijão e até pequi

Para descobrir quais substâncias causam alergia, é preciso procurar um médico especialista

O caso da trancista Thais Medeiros de Oliveira, a jovem que está internada, desde o dia 17 de fevereiro, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Anápolis após cheirar pimenta e ter uma reação alérgica, acende um alerta: na loteria genética, qualquer pessoa pode ter alergia a qualquer substância, mesmo as mais comuns encontradas no dia a dia. “No meu consultório, tenho pacientes alérgicos a arroz, feijão e até pequi”, comenta o médico alergista e imunologista, Daniel Strozzi.

Daniel alerta que para se descobrir a substância que causa uma alergia, é preciso procurar um médico especialista, que, nesse caso, é o alergista. Abaixo, o Jornal Opção selecionou 11 alergias incomuns a coisas comuns, como água, mel, produtos de limpeza ou maquiagem e lista agora os principais sintomas.

Pimenta

De acordo com o imunologista, a substância que causa alergia na pimenta é a capsaicina. E quanto mais forte, maiores os níveis dessa substância na composição e, consequentemente, maiores as chances de uma crise alérgica se manifestar. As pimentas que costumam causar mais processos alérgicos são a pimenta-do-reino, a malagueta e a pimenta-da-jamaica.

Água

Urticária aquagênica é o nome que se dá à alergia à água. Não existe cura, mas, segundo o médico, é possível controlar os sintomas. Se existir suspeita de sintomas no contato com a água procure ajuda com médico alergologista.

Mel

Na verdade, não é o mel em si que causa alergia, mas o pólen que pode estar presente nele. A reação alérgica pode variar de pessoa para pessoa, mas a mais comum é urticária e lesões na pele, podendo também ocorrer inchaço, lesões na pele, cólica e até falta de ar.  

Tecido

Os principais sintomas de alergia a tecidos são dermatite de contato (vermelhidão, descamação e prurido), olhos ardentes e aperto no peito. Geralmente, tecidos sintéticos causam mais esse tipo de sintoma, mas até tecidos naturais, como algodão e linho também poder ser alergênicos dependendo do tingimento.

Produtos de limpeza

Só o cheiro de algumas substâncias já é capaz de provocar reações alérgicas e isso inclui os produtos de limpeza. Água sanitária e desinfetantes são os mais perigosos, mas detergentes, amaciantes de roupa, e sabão em pó também podem causar alergias.

Maquiagem

Tem gente que é alérgica a produtos de beleza. Esse é o caso da ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) que utiliza um batom a base de beterraba para driblar a sua alergia e dar um “up” no visual.

Desodorante

Os sintomas da alergia ao desodorante variam: vão de uma ardência leve até coceiras e desenvolvimento de bolhas, que podem aparecer imediatamente após a aplicação ou até algumas horas depois. Só um médico é capaz de detectar a substância responsável por desencadear a crise alérgica e prescrever o tratamento mais adequado.

Sêmen

Mais comum em mulheres, a alergia ao esperma é uma reação alérgica às proteínas presentes no sêmen. Pode causar sintomas como dor, ardor, vermelhidão, coceira ou inchaço, na região da pele que esteve em contato com o fluído, e geralmente se iniciam 10 a 30 minutos após o contato.

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MEDICINA S/A

Medicina Preventiva da Hapvida NotreDame Intermédica é certificada

A Medicina Preventiva da Hapvida NotreDame Intermédica foi contemplada, pela segunda vez, com o selo Padrão Diamante da certificação canadense QMentum International Accredition, que avalia os serviços de saúde e é aplicada em mais de 30 países, com uma metodologia que monitora os padrões de alto desempenho de qualidade e segurança. A avaliação aconteceu entre os meses de setembro e outubro de 2022 e o resultado foi divulgado em dezembro. Desde 2019, quando recebeu a primeira certificação, a Companhia continua sendo contemplada, anualmente, com o selo.

Segundo dados da Agência de Saúde Suplementar (ANS), existem, no Brasil, 693 operadoras médico-hospitalares com beneficiários e a Hapvida Notredame Intermédica se destaca pelo pioneirismo em oferecer o serviço de medicina preventiva no país - desde 1982 e ser a única companhia na América Latina a receber o selo QMentum.

A reconquista da acreditação Qmentum nos deixa muito orgulhosos e confiantes de estarmos no caminho certo das estratégias de prevenção com serviços de qualidade e iniciativas de inovação para o mercado brasileiro, relata Vanessa Moraes Assalim, diretora médica corporativa da Medicina Preventiva do Hapvida NotreDame Intermédica.

Os programas de Medicina Preventiva são oferecidos aos clientes do Hapvida NotreDame Intermédica, nas unidades Qualivida, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina e, a cada ano, aumentam o número de beneficiários alcançados. Parte deste crescimento foi impulsionada pela criação do Programa Síndrome Pós-Covid, que atende integralmente os pacientes que apresentaram sequelas após a infecção com a doença. Outros Programas, como o de Crônicos, Oncológicos, Gestantes e Idoso Frágil, contavam com mais de 124 mil participantes em 2022.

Os clientes também têm acesso ao serviço Perfil Saúde, responsável por avaliar os principais riscos à saúde de colaboradores de empresas clientes, além de cartilhas, vídeos e palestras online. No último biênio, o Programa desenvolveu um projeto para facilitar o acompanhamento remoto. Por meio de uma plataforma digital e de interação via chatbot, foram monitorados mais de 160 mil pacientes com covid-19, orientando-os sobre os cuidados para evitar o contágio e encaminhando de maneira assertiva casos que demandam atendimento de urgência.

Para os especialistas que atuam no Qualivida, a conquista do selo veio para afirmar a qualidade do serviço, além de trazer benefícios para o paciente. A qualificação, por meio de avaliadores externos mostram que o trabalho está dando certo. Este resultado é positivo, para todos os envolvidos, pois melhora a condição clínica de tratar o paciente, trazendo perspectivas de intervenção e de como o trabalho deve seguir. Portanto, é uma ferramenta de qualidade que traz a classificação e eleva nosso potencial, destaca Ordânio Pereira de Almeida, médico com atuação em nutrologia e foco na obesidade.

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FUTURO DA SAÚDE

Porque seis hospitais brasileiros entraram no Ranking Newsweek 2023

Hospitais brasileiros têm em comum a atuação assistencial à saúde, ensino, pesquisa, tecnologia e inovação A revista Newsweek publicou nesta semana o ranking World's Best Hospitals 2023, que lista as 250 melhores instituições de saúde de todo o mundo. A publicação avalia hospitais de 28 países selecionados e o Brasil contou com 6 nomeações, sendo o recorde de hospitais nacionais entre públicos e privados reconhecidos pela sua excelência e qualidade.

A lista foi construída com base na opinião de 80 mil profissionais da saúde e executivos, que não puderam votar na instituição em que trabalham, dados públicos de pesquisa de satisfação de pacientes, avaliação de métricas de qualidade e segurança dos hospitais, e a utilização de Patient-Reported Outcomes Measures (PROM), ferramenta utilizada para coletar dados e informações sobre o desfecho de saúde do paciente.

Futuro da Saúde ouviu executivos dos 6 hospitais brasileiros reconhecidos pelo ranking da Newsweek para entender quais os principais diferenciais que cada uma das entidades possui, a possibilidade de subir ainda mais na lista e se existe de fato uma diferença entre os hospitais estrangeiros que figuram no top 10 e as instituições brasileiros.

A principal característica que une esses hospitais de referência no Brasil é a pluralidade do seu trabalho, mesclando a assistência à saúde com ensino, pesquisa, tecnologia e inovação. São instituições de tradição e com alto investimento em estrutura e em seus profissionais, o que faz com que sejam lembrados e reconhecidos não só pelos pacientes, mas por médicos e trabalhadores da saúde por todo o mundo. Conheça quais foram os hospitais e a opinião de seus líderes.

34ª - Hospital Israelita Albert Einstein

Reconhecido como o melhor hospital do Brasil e da América Latina pelo quarto ano consecutivo, o Hospital Israelita Albert Einstein ficou na 34ª colocação mundial. Às vésperas de embarcar para o South by South West, o SXSW 2023, considerado o maior evento de inovação do mundo que acontece entre 10 e 19 de março, Miguel Cendoroglo, diretor médico e superintendente da instituição, comentou com entusiasmo a posição:

"Fico com bastante orgulho. A imagem do Brasil não andava muito boa fora do país e nós temos muitas dificuldades por aqui. Nos relacionamos com muita gente de fora, de outras instituições, e somos percebidos como um hospital que mesmo estando em um ambiente muito desfavorável consegue ser muito competitivo, estando à frente no de instituições de muito nome".

Nas edições anteriores o Einstein variou pouco de colocação. Por isso, o hospital estuda como pode melhorar ainda mais a sua posição dentro do ranking, buscando o topo da lista e figurar entre os melhores hospitais do mundo. Em 2022, a instituição foi acreditada pelo Programa de Reconhecimento Magnet, da American Nurses Credentialing Center (ANCC), considerada o maior reconhecimento da excelência de práticas e estratégias de enfermagem, sendo considerado necessário aos hospitais que querem ser reconhecidos pelo ranking, mas que não trouxe o impacto esperado.

Também tem investido fortemente em diversas áreas. Em 2022 foi inaugurado o Centro de Ensino e Pesquisa, Campus Cecília e Abram Szajman, que teve um investimento de 700 milhões de reais, com 44 mil metros quadrados de área construída. Também está em construção um novo centro oncológico, com previsão de receber R$ 1,2 bilhões em investimento, que deve começar a realizar atendimentos em 2025.

O diretor médico afirma que parte da excelência do hospital se deve ao intercâmbio com outras instituições ao redor do Brasil e do mundo. As parcerias também tem sido parte importante do trabalho, como vem sendo feito através da incubadora Eretz.bio. Na última segunda-feira, 6, foi anunciada a criação de uma joint venture com a Atlântica Hospitais, do Grupo Bradesco Seguros, para a criação de um novo hospital em São Paulo com previsão de 300 leitos, além de diversas outras parcerias que vem sido construída nos últimos anos.

De acordo com Cendoroglo, hospitais que querem se destacar e se tornar uma instituição de excelência precisam se atentar e investir em algumas áreas principais: "É uma jornada, não tem nenhum atalho. Tem que haver um investimento em ensino, pesquisa e inovação, esse trio é fundamental. Nós enxergamos que o futuro é um ecossistema de saúde, mas com ecossistema de inovação em saúde, que é o que podemos fazer para realmente acelerar a melhoria da saúde no mundo todo".

104ª - Hospital Sírio-Libanês

"Estarmos posicionado entre as melhores do mundo nos deixa muito orgulhoso e também nos desafia. A partir do momento que você tem um ranking, isso nos estimula a sempre buscar uma melhoria e só assim, a gente melhora a sociedade, as instituições e as pessoas", aponta Fernando Ganem, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês, o segundo melhor hospital brasileiro pela Newsweek.

Ganem avalia que apesar de ser um hospital geral, o Sírio possui especialidades que se destacam e diferentes profissionais de excelência que compõem a equipe de saúde. Essa capacidade foi importante para a construção de uma vertente de educação, através da residência médica. A previsão é que entre o segundo semestre de 2023 e o início de 2024 o hospital comece a oferecer cursos de graduação de Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Gestão Hospitalar e Medicina.

Na área de inovação e tecnologia, o hospital lançou no final do ano passado o Alma Sírio-Libanês, vertical focada em criar soluções para a instituição e também para o mercado, através de sua própria equipe e parcerias com startups. A equipe de saúde da instituição levará demandas e participará de toda a construção dessas soluções.

"Esse ambiente do Sírio foi criado de forma progressiva. Nasce como um hospital, cuida de pessoas internadas, ganhou uma projeção e uma experiência, aprendeu a fazer isso bem. De repente você tem uma demanda de formar e aprimorar pessoas, aí o braço de educação. Na sequência, vem pesquisa e inovação. Neste momento achamos que temos que ir até o paciente, atendendo a atenção primária", conta o diretor geral sobre a trajetória e os planos do hospital, com o trabalho de saúde corporativa.

O hospital tem trabalhado para buscar acreditações internacionais de assistência e gestão, que devem colaborar para melhorar a posição do Sírio nas próximas edições. Também tem feitos investimentos em estrutura e ampliação dos seus serviços, parte do planejamento estratégico até 2030, com foco no ensino, pesquisa e na alta complexidade.

"Vamos ter uma expansão geográfica no primeiro momento aqui em São Paulo. Não vamos expandir com outro hospital na cidade, mas ter unidades menores, focadas basicamente em cardiologia, oncologia e ortopedia, com um centro de diagnóstico avançado de apoio e serviços de emergência e pronto-atendimento que atendam o paciente, tirem da situação crítica e, caso necessite de um tratamento hospitalar, remova para nossas bases", antecipa o diretor geral. A previsão de lançamento para a primeira dessas unidades é fim de 2023.

115ª - Hospital Moinhos de Vento

O único hospital brasileiro na lista que não está em São Paulo, o Moinhos de Vento é uma instituição que busca mostrar que existe forte atuação na saúde, trabalhando a educação, pesquisa, inovação e assistência, além da capital paulista. Com isso, o Rio Grande do Sul tem se fortalecido como importante polo do setor no país.

"Esses rankings conseguem dar luz para diferentes regiões que podem ser ouros escondidos e chancelam nossas instituições, independente da indústria que estamos. Na saúde isso vem crescendo e nós vemos com bons olhos", afirma Melina Moraes Schuch, superintendente de Estratégia e Mercado do Moinhos de Vento.

Atualmente, o hospital fatura 1,2 bilhão de reais por ano, conta com 4.500 mil funcionários e 500 leitos, com um crescimento exponencial nos últimos 30 anos. Conta com faculdade focada em saúde, que recebeu um investimento de R$15 milhões em 2022 para a construção de uma nova sede, centro de inovação - Atrion - e atua junto ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

O Moinhos de Vento também centraliza os estudos clínicos que ocorrem no estado e está previsto o lançamento para 2024 do Academic Research Organization (ARO) da instituição, que levará a expertise do hospital para centros de pesquisas espalhados pelo Rio Grande do Sul. Ainda, há investimentos em um laboratório para estudos de fase 1, que hoje é um gargalo da saúde e ciência no país.

"Na parte assistencial estamos investindo em infraestrutura. Temos mais um prédio em construção, com entrega em 2024, para a questão da alta complexidade com investimento em cirurgia minimamente invasiva. No próximo mês será lançado o Centro da Mulher, que tem a parte de medicina fetal. Operações de alta complexidade na barriga da gestante", adianta Melina.

Parte da excelência e do reconhimento do hospital, segundo a superintendente, está ligado à formação e especialização dos profissionais que atuam no hospital. O Moinhos de Vento tem parcerias com instituições para o intercâmbio de médicos para que acompanhem as mais modernas técnicas e tecnologias, assim como trabalhem com pesquisas e publicações internacionais. "Um ciclo positivo de parcerias e investimentos em pessoas e infraestrutura", afirma.

177ª - Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Com investimento anual de R$30 milhões, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi reconhecido pelo ranking da Newsweek como o 4º melhor hospital brasileiro. Com três unidades distribuídas em São Paulo, a instituição, através de seu CEO, João Marcelo de Oliveira, acredita que o reconhecimento da lista confirma que o hospital está no caminho certo.

"A qualificação do corpo clínico é o nosso principal elemento de diferenciação. O corpo clínico qualificado traz pacientes com condições mais complexas e é um ciclo que se retroalimenta. Porque ao mesmo tempo que você tem um caso complicado, um caso complexo exige mais de todo o sistema de cuidados", aponta João Marcelo.

As atividades de ensino e pesquisa também são consideradas fortes diferenciais do hospital, estimulando que os profissionais se mantenham atualizados. O núcleo de inovação também é um destaque. Em fevereiro, a instituição anunciou uma parceria com o Insper e o Inova HC, núcleo de inovação do Hospital das Clínicas, para a criação de um consórcio que quer desenvolver e testar tecnologias, incluindo a rede 5G, principalmente no sistema público. Apesar de uma instituição privada, o Oswaldo Cruz atua junto ao PROADI-SUS.

"Temos um trabalho de expansão do pronto-atendimento que começa no segundo semestre e entra em 2024 pela complexidade dessa ampliação, um foco na atualização do parque tecnológico com equipamentos de alto porte, e naturalmente alto custo, que é uma constante da nossa organização, e como tem uma alta ocupação de leitos também temos para os próximos três anos uma expansão da quantidade de leitos em torno de 10%", afirma o CEO.

Jota, como é conhecido, aponta que a instituição participa dos reportes de indicadores de qualidade e segurança da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e que isso é uma divulgação importante para o setor da saúde e deve ser estimulado para outras instituições. Essas informações, segundo ele, devem ser utilizadas pela Newsweek para a formulação do ranking, já que são dados públicos. No entanto, ele afirma que esses indicadores têm potencial para serem utilizados pelos próprios pacientes na escolha de um hospital.

"Também publicamos no nosso site para criar a cultura de uma escolha qualificada de uma instituição que merece ser escolhida. Não é porque está no endereço nobre ou porque tem um prédio bacana, é porque entrega objetivamente um padrão consistente acima da média. Os indicadores de qualidade e satisfação estão a serviço dos pacientes acima de tudo, porque se ele confia na instituição, vai aderir a todo o protocolo de tratamento e o melhor benefício é para ele", conclui.

185ª - Hospital Santa Catarina Paulista

O acolhimento dos pacientes é considerado o maior diferencial do 5º melhor hospital brasileiro no ranking da Newsweek, de acordo com o seu diretor executivo, Rogério Quintela Pirotto. O Hospital Santa Catarina, unidade Paulista, é uma instituição filantrópica e religiosa com mais de 100 anos de atuação e que tem buscado se destacar entre os principais hospitais do estado.

"Temos um modelo de assistência construído no hospital que tem protocolos muito bem instituídos, que por trás dele tem todo o aspecto científico, mas além disso tem o amor que a gente institui efetivamente na prática, interagindo os nossos pacientes e com o corpo clínico, que é um ator muito importante e é um arbítrio dele vir para o hospital. É muito importante para nós, pois reconhece o trabalho que oferecemos", afirma Pirotto.

O diretor executivo afirma que ao longo dos últimos anos houve um investimento em tecnologia que colaborou com a colocação no ranking, além de dar mais qualificação da instituição frente ao mercado. Ainda, houve uma ampliação de estrutura e leitos, que colaboraram com o ranqueamento do hospital frente a outras instituições brasileiras.

Ele aponta que "recentemente inauguramos um novo centro de oncologia, com estrutura de ambulatório e de infusão, para pacientes oncológicos e não oncológicos. Por meio desses movimentos damos visibilidade para o mercado, não só aos pacientes, mas ao público também técnico e médico, em relação ao crescimento que a gente vem fazendo no desenvolvimento da expansão ao longo dos anos".

Esse investimento em oncologia faz parte de uma estratégia maior do hospital, que prevê um montante de 52 milhões de reais nos próximos anos em ampliação, estrutura e novos equipamentos voltados ao câncer. A instituição também construiu uma parceria com o Grupo Fleury, que atua na preservação da fertilidade dos pacientes oncológicos.

Para Pirotto, o Hospital Santa Catarina e as outras instituições brasileiras no ranking não perdem em nada nos quesitos qualidade e segurança assistencial para os hospitais estrangeiros que estão nas primeiras colocações, mas o trabalho de pesquisa e atuação com universidades deram mais reputação a esses hospitais. "Mas nós estamos nessa mesma trilha. Temos hospitais no Brasil que avançaram muito nessas áreas e vem ganhando robustez. Somado a uma boa prática assistencial, é possível que nossos hospitais alcancem melhores patamares ao longo dos anos", afirma o diretor executivo.

210ª - Hospital das Clínicas (HCFMUSP)

Apesar de mais de 100 instituições da lista serem universitárias, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) foi a única brasileira e pública que está no ranking mundial. De acordo com Antonio Pereira, CEO do HC, a sinergia entre o ensino e assistência é o grande diferencial do hospital, mas o alinhamento com a administração é crucial para o sucesso, com uma continuidade independente da troca de gestão.

"O orçamento não é ruim, mas nós temos que todo dia nos reinventar para fazer acontecer. Com a Covid, os hospitais privados pararam para ver como o HC conseguiu se adequar. Conseguiu porque na verdade todo mundo se uniu, todas as disciplinas. Essa confraria dos profissionais, no bom sentido do uso, professores titulares, assistentes e administração, é o grande diferencial que eu vejo por aí", afirma o CEO.

O Inova HC, núcleo de inovação do hospital, é um dos grandes destaques e tem chamado atenção, atraindo parcerias com empresas privadas para a criação e aplicação de soluções, inclusive com outras instituições de saúde, como no caso do Oswaldo Cruz.

Para Edivaldo Massazo Utiyama, diretor técnico do hospital, é possível melhorar ainda mais a colocação da instituição no ranking: "Temos vários professores e alunos de pós-graduação que vão para o exterior e trazem os melhores processos para cá. A nossa meta é o melhor".

Antonio Pereira acredita que outros hospitais públicos e universitários têm expertise e capacidade de entrar no ranking das melhores instituições, como o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp), e o Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

"Todos os hospitais universitários têm capacidade e condições de entrar. Respeito muito a pesquisa, mas não consigo ver diferenças entre o HC e outras instituições privadas, inclusive de infraestrutura. Tem pacientes que se pudessem escolher viriam para cá e não iriam para o hospital x, y ou z", aponta o CEO.

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PORTAL G1

Bold Glamour: conheça o filtro polêmico do TikTok que faz harmonização facial

Presentes no Instagram, no TikTok e no Snapchat, os filtros de inteligência artificial (IA) que "melhoram" a aparência não são uma novidade. Mas um efeito novo e polêmico - chamado Bold Glamour - tem impressionado usuários do TikTok por fazer uma espécie de "harmonização facial".

Para se ter ideia do sucesso, a hashtag #boldglamour já tem mais de 398 milhões de visualizações no app. O g1 compartilhou alguns vídeos com esse filtro com um cirurgião plástico e uma psicanalista, que analisaram a atuação do filtro e seus efeitos nocivos.

"Estimula beleza e perfeição e pode gerar sentimentos negativos", diz Ana Marsillac, psicanalista e professora de psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

"O Bold Glamour trabalha de forma aleatória e "os resultados apresentados nos vídeos são impossíveis de serem alcançados na vida real, com procedimentos cirúrgicos. A alteração no tamanho dos olhos, por exemplo, é inalcançável", alerta o médico Guilherme Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Procurado pelo g1 para comentar o filtro, o TikTok, responsável pelo efeito, não citou o Bold Glamour, mas disse que "ser verdadeiro consigo mesmo é algo celebrado e encorajado pelo TikTok".

E que os efeitos são uma parte da plataforma "que torna divertido criar conteúdo, fortalecendo a autoexpressão e a criatividade" (leia a nota na íntegra ao final do texto).

?O que filtro simula...

Ao analisarem os vídeos, os cirurgiões plásticos consultados pela reportagem identificaram que o Bold Glamour simula:

Por que ele é polêmico (e perigoso)

Para Ana Marsillac, da UFSC, que estuda o assunto, "o efeito vem com ideais muito pautados na juventude, como se nós pudéssemos ser eternamente jovens. Isso é ainda pior para a uma pessoa que já tem autoestima baixa."

"É preciso consciência. Ele pode promover angústia, ansiedade e depressão", avalia Francesco Mazzarone, diretor do Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa.

"Quem tiver alguma queixa sobre sua imagem ou tiver algo que o incomode, busque um profissional indicado, devidamente habilitado. Recomendo um cirurgião plástico ou dermatologista criterioso que poderá esclarecer de forma sóbria o que seria melhor para o caso", orienta o também cirurgião plástico Guilherme Miranda.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, são realizadas 1,5 milhão de cirurgias no Brasil por ano. Em relação a outros países, o brasileiro prefere fazer cirurgias na região corporal: 4 das 5 operações mais realizadas no Brasil são nesta região.

O que diz o TikTok

"Ser verdadeiro consigo mesmo é algo celebrado e encorajado pelo TikTok. Os efeitos são uma parte da plataforma que torna divertido criar conteúdo, fortalecendo a autoexpressão e a criatividade. A transparência é incorporada à experiência dos efeitos, pois todos os vídeos que os utilizam são claramente sinalizados. Trabalhamos com parceiros especializados e com a nossa comunidade para ajudar a manter o TikTok um espaço positivo e de apoio para todos".

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 08 Março 2023 07:17

CLIPPING AHPACEG 08/03/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Para presidente da Unimed Volta Redonda, na saúde não se cortam custos, mas sim desperdícios

Cresce em 32% o número de mulheres à frente de cooperativas goianas

No Mês da Mulher, Geap expande cartela de métodos contraceptivos e tratamentos contra HPV a beneficiárias

Servidoras da Prefeitura de Goiânia recebem serviços de saúde

Hospital Municipal de Aparecida aumenta capacidade de atendimento

Grupo ligado aos Emirados Árabes compra faculdade de Medicina em Goiás

Câncer entre mulheres preocupa profissionais de saúde pela baixa adesão às campanhas

Especialista explica principais benefícios da cirurgia bariátrica

Farmácia é interditada por falsificar documentos e vender remédios clandestinos, em Goiânia

Mãe de bebê que morreu após ingerir colírio disse que filho estava bem antes de tomar o remédio: ‘Ele era meu sonho’

PORTAL SEGS

Para presidente da Unimed Volta Redonda, na saúde não se cortam custos, mas sim desperdícios

Elevada taxa de sinistralidade pressiona planos de saúde. Cooperativa pretende fazer parceria com a saúde pública para realização de transplantes

Um ano desafiador e de muito trabalho é o que projeta o presidente da Unimed Volta Redonda, Vitório Moscon Puntel, para 2023. Segundo ele, o mercado de saúde suplementar ainda deve enfrentar um cenário de alta taxa de sinistralidade, índice que registra o quanto da receita da operadora foi consumido para cobrir as despesas com atendimentos dos beneficiários. Gestores apontam que uma taxa equilibrada precisa se manter abaixo dos 80%. Entretanto, em 2021, a média geral, segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), foi de 85%, e as projeções são de que tenha se mantido em patamares elevados também no ano passado. Há um consenso de que a demanda reprimida durante a pandemia ajuda a explicar esse panorama.

"De 2020 até o primeiro semestre de 2021, realmente houve uma enorme queda na demanda por serviços médico-hospitalares. Porém desde o último trimestre de 2021, houve uma explosão de demandas por esses serviços que permaneceu no ano passado", relata Vitório, que observa que a elevada sinistralidade impõe uma dura realidade aos planos, que veem a maior parte do seu orçamento destinado ao pagamento dos serviços de assistência aos beneficiários, sobrando pouco para os demais custos das organizações, bem como para investimentos.

Outro ponto importante nessa discussão, aponta o presidente da Unimed, é a ampliação do rol de cobertura de procedimentos da ANS. A cada ano, a Agência insere na cobertura obrigatória medicamentos que não são baratos e, assim, pressionam o orçamento das operadoras. Ele cita como exemplo decisão recente da ANS, do início de fevereiro, que aprovou a incorporação de 4 medicamentos. Um deles é destinado ao tratamento de bebês com atrofia muscular espinhal (AME) e pode custar até R$ 6 milhões.

Para Vitório, não há como se opor a indicação de medicamentos que muitas vezes são a única alternativa para garantir a qualidade de vida ao paciente. "Por isso que costumo dizer que na saúde não se cortam custos, mas sim desperdícios. Toda a gestão deve ser feita para evitar o desperdício, que é justamente o gasto que não traz contrapartida de qualidade assistencial para o beneficiário. É pura perda de dinheiro", ressalta.

No entanto, é preciso fechar as contas no fim do mês. As operadoras costumam questionar o porquê do reajuste da ANS para os planos individuais não reparar os gastos com novos procedimentos. Vitório observa que se especula que a Agência deva autorizar um reajuste de 9% nesse ano, quando no início a expectativa era de 18%. "Isso vai gerar um desequilíbrio ainda maior no setor de saúde suplementar", avalia. Seguindo o mantra de cortar desperdícios, a Unimed tomou medidas administrativas, como renegociação de contratos e ações junto aos médicos justamente para evitar pedidos de exames desnecessários.

Nova frente de negócios e parceria com a saúde pública

Mesmo com um cenário adverso, Vitório, que assumiu a presidência em abril do ano passado, se mantém otimista, tanto que projeta fechar o ano com crescimento da carteira. A meta é superar as 70 mil vidas. A cooperativa encerrou 2022 com cerca de 69 mil vidas. "Fomos uma das poucas Unimeds do estado conseguiram aumentar o número de beneficiários em um ano tão difícil", destaca. Ele aposta na abertura de novas frentes de negócio, como forma de gerar mais trabalho e renda para os cooperados e para a própria Unimed. Ele cita como exemplo o Saúde Domiciliar, que pretende oferecer o serviço de atendimento em domicílio aos planos de saúde da Região Sul Fluminense, além de pacientes particulares. Segundo Vitório, o modelo segue uma tendência mundial de procurar tratar o paciente em casa, destinando as dependências hospitalares a procedimentos cirúrgicos. "Os avanços tecnológicos, como as ferramentas wireless, que permitem monitorar o paciente a distância, vão ajudar muito na expansão dessa modalidade", projeta Vitório.

A expectativa é aproveitar um mercado que ainda é pouco explorado pelas operadoras de saúde, mas que oferece a possibilidade de o paciente resolver a maior parte dos atendimentos dentro de casa e permite ao plano reduzir custos com frequentes internações. "Dependendo do caso, pode gerar uma redução de custo de até 70%", relata Vitório. Como o atendimento em domicílio não faz parte do roll obrigatório da ANS, poucas operadoras têm a estrutura necessária. A Unimed, por outro lado, oferece o serviço há 15 anos. Atualmente possui aproximadamente 700 pacientes em gerenciamento domiciliar, sendo quase 10% de pacientes que não têm o plano da Unimed. A meta para 2023 é aumentar essa parcela em 25% a 30%. "O mercado de saúde está cada vez mais competitivo. Por isso é preciso inovar e pensar em novos modelos de negócio e produtos. Sempre colocando o paciente em primeiro lugar", ressalta o presidente da Unimed Volta Redonda.

Ele também celebra a manutenção de investimentos, como a ampliação do parque tecnológico de oncologia, com a aquisição de equipamentos modernos de radioterapia e PET-CT. A Unimed também inaugurou, no ano passado, uma unidade de ressonância magnética no bairro Aterrado, um dos mais populosos da cidade, e uma clínica em parceria com a Nefroclínicas. Para 2023, há investimentos pensados no curto, mas também no longo. Um deles é a ampliação da central médica de esterilização do hospital de Volta Redonda, bem como a abertura da clínica de atendimento ao autismo, previsto para o primeiro semestre deste ano. Em Angra dos Reis, mercado em que a cooperativa entrou em 2018, quando comprou a Unimed local, está em andamento a ampliação da capacidade de atendimento do hospital e do Centro Cuidar. "Apesar da retração que houve com a pandemia, percebemos uma retomada em Angra. É uma região com uma forte indústria e a volta das obras da Usina de Angra 3 deve movimentar economia local", projeta Vitório.

Há também um forte investimento com intuito de que o hospital de Volta Redonda se torne uma referência na área de transplantes. Nos próximos meses, há a expectativa de receber autorização do Ministério da Saúde para realização transplantes de fígado, rins e córneas. Em janeiro, o hospital, que desde 2012 faz transplante de medula ósseas, foi autorizado a realizar o de tecidos. Em médio prazo, Vitório planeja uma parceria com o sistema de saúde público, para ampliar o acesso ao transplante de órgãos. "Um dos preceitos do cooperativismo é influenciar positivamente a comunidade. Por isso queremos estabelecer essa parceria, para ajudar quem está na espera por um transplante", afirma Vitório.

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A REDAÇÃO

Servidoras da Prefeitura de Goiânia recebem serviços de saúde

A Prefeitura de Goiânia realiza, nesta quarta-feira (8/3), a partir das 8h, o “Dia da Mulher Servidora”. O evento, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, é uma iniciativa da primeira-dama Thelma Cruz, voltado exclusivamente às servidoras do município. A solenidade de abertura será às 8h30, com a presença do prefeito Rogério Cruz.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferecerá atendimentos durante todo o dia, como aferição de pressão arterial, glicemia, solicitação de mamografia, eletrocardiograma, exame de prevenção do câncer do colo de útero, prevenção de câncer bucal, ultrassom de mamas, auriculoterapia, reiki, vacinação e consultas médicas.

Ações culturais, promovidas pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), serão realizadas a partir das 10h. A programação prevê apresentação da Orquestra Sinfônica de Goiânia, performance e dança com Luciana Caetano, show musical com Thayná Janaína, apresentação de coral e de dança de salão do Grupo Vozes, exposição "Ser Ela", além de distribuição de produtos culturais realizados por artistas mulheres por meio da da Lei Municipal de Incentivo.

Serviço

Assunto: Prefeitura de Goiânia realiza evento para servidoras no Dia Internacional da Mulher

Data: Quarta-feira (8/3)

Horário: 8h às 17h

Local: Hall do Paço Municipal

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Hospital Municipal de Aparecida aumenta capacidade de atendimento

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia Iris Rezende Machado (HMAP) melhorou sua capacidade de atendimento no último ano. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que fez um monitoramento de dados da unidade e descobriu, por exemplo, que o número de pacientes atendidos na UTI do local dobrou entre o primeiro e o segundo semestre de 2022 - isto, mesmo sem mudanças na quantidade de leitos. Outro ponto importante é que a taxa de mortalidade reduziu mais da metade.

Enquanto nos primeiros seis meses do ano passado, 595 pacientes receberam atendimento intensivo no HMAP, nos últimos seis meses de 2022, foram 1,2 mil. O levantamento indica que não houve aumento do número de leitos e que a duração média de internação nessas unidades no primeiro semestre foi de 8,5 dias, enquanto no segundo semestre foi 4,3 dias. Ou seja, como o tempo de internação em cada leito foi reduzido pela metade, o número de pacientes dobrou. Tudo isso sem diminuir a qualidade, visto que a taxa de mortalidade teve redução de 53%. 

“Os dados demonstram que nosso Hospital está mais eficiente e assertivo. Com isso, cada vez mais pacientes podem receber  tratamento de primeiro mundo, padrão Albert Einstein, aqui mesmo, na saúde pública de Aparecida”, comemora o prefeito Vilmar Mariano. Ele lembra que o HMAP é gerido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE) desde o dia 1º. de junho do ano passado. “Comparar os dados dos dois semestres ilustra bem como o Einstein contribui com Aparecida”, afirma.

Na análise do secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, o HMAP evoluiu e está entregando muito mais: “Isso é eficiência. Quando eu tenho a mesma quantidade de leitos, mas consigo fazer um giro maior de pacientes, sem perder a qualidade da assistência, eu estou tendo melhor relação custo-efetividade. Em resumo, o HMAP tem demonstrado que é possível aumentar o acesso da população a leitos de UTI e salvar mais vidas, sem precisar aumentar os recursos financeiros, materiais e humanos, que são finitos”.  

Destaque no Brasil

O monitoramento da performance do HMAP realizado pela SMS é feito em parceria com a Epimed Solutions, empresa de gestão de informações clínicas. No Brasil, ela coleta e analisa dados de 223 hospitais públicos e 417 hospitais privados, totalizando quase 20 mil leitos de UTI monitorados diariamente. De acordo com o banco de dados da empresa, ao comparar o HMAP com os hospitais públicos brasileiros, o representante de Aparecida figura entre os mais eficientes. 

A diretora de Avaliação de Políticas de Saúde de Aparecida, Érika Lopes, detalha que enquanto a média de tempo de internação nas UTI´s do SUS monitoradas pela Epimed é de 6,83 dias, no HMAP a duração está em 4,28 dias. “Nossa média de mortalidade também é 5 pontos percentuais mais baixa que a média de 223 hospitais públicos”, pontua. Sobre um indicador chamado TURP, que avalia o uso dos recursos na UTI a partir do tempo de internação e gravidade dos pacientes, as unidades intensivas do HMAP têm uma taxa melhor que 71% de todas as quase 20 mil unidades analisadas pela Epimed. “O hospital faz mais, gastando menos”, conclui Érika.

Receita de sucesso

Para o diretor médico do HMAP, Felipe Piza, os resultados do hospital são frutos das constantes capacitações, treinamentos e aperfeiçoamentos da equipe, monitoramento de indicadores de processo e resultado e da própria cultura do Einstein, com foco na segurança: “A estrutura física e equipamentos de excelente qualidade aliados a profissionais qualificados e processos bem estabelecidos fazem da parceria entre SMS e Einstein um modelo de eficiência operacional singular”. 

Felipe Piza também comemora a evolução da performance: “Mesmo com todo esse aumento de eficiência, mantivemos ótima qualidade, promovendo a melhor experiência para o paciente e colaborador. Nosso índice de Satisfação, chamado de NPS (Net Promoter Score), é de 97% em pacientes internados. Não abrimos mão dos nossos valores e a humanização sem dúvida é um dos nossos principais pilares”.

HMAP

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) é o maior do Estado, construído por uma prefeitura. A unidade tem 235 leitos operacionais, sendo 35 UTI´s adulta e 10 pediátricas, 180 apartamentos e 10 salas cirúrgicas. O hospital tem ainda capacidade para realizar mais de 1.100 internações clínicas por mês, 646 cirurgias eletivas, 195 procedimentos hemodinâmicos, oito mil consultas médicas ambulatoriais e sete mil exames de imagem mensais. O acesso aos serviços do HMAP ocorre via Central de Regulação de Aparecida de Goiânia.

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JORNAL OPÇÃO

Grupo ligado aos Emirados Árabes compra faculdade de Medicina em Goiás

A faculdade de Medicina IMEPAC de Itumbiara agora tem novo dono. O grupo Clariens Educação, focado na área médica e controlado pela Mubadala Capital, uma subsidiária do fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Mubadala Investment Company comprou a unidade educacional.

Além da IMEPAC de Itumbiara, o grupo com ligação nos Emirados Árabes tabém é dono das faculdades e medicina FTC, em Salvador, e Unesulbahia, em Eunápolis. Juntos, as instituições oferecem 457 vagas por ano e contam com 2,6 mil alunos de medicina matriculados. Todos os anos, 91 vagas são destinadas para alunos beneficiados pelo ProUni (programa de bolsas) e Fies (financiamento estudantil do governo federal).

Em 2018, a Faculdade IMEPAC iniciou suas atividades em Itumbiara, com o curso de Medicina com conceito máximo – a nota 5 – do Ministério da Educação (MEC). Hoje a instituição conta um campus extenso e moderno, com clínica própria com 40 consultórios para atendimento à população local em diversas especialidades médicas.

Segundo o diretor da faculdade de medicina de Itumbiara, Ronaldo Campos, o campus goiano recebe alunos de várias partes de Goiás e do Brasil: Uberlândia, Goiânia, Caldas Novas, Anápolis, Brasília, dentre outras.

O vice-presidente de operações da Clariens, André Nazar, afirmou que o grupo vai desenvolver um Goiás um trabalho para expandir as fronteiras na educação médica e que deve continuar o legado de qualidade acadêmica da IMEPAC Itumbiara.

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EXTRA ONLINE

No Mês da Mulher, Geap expande cartela de métodos contraceptivos e tratamentos contra HPV a beneficiárias

A Geap Saúde, operadora de planos de saúde de servidores federais, vai garantir acesso a novos métodos contraceptivos e tratamentos contra a HPV a beneficiárias. A iniciativa "Pra Elas", que será lançada no Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira (dia 8), inclui serviços que não constam no rol taxativo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - ou seja, os planos de saúde não são obrigados a oferecer.

As ações do "Pra Elas Beneficiária", braço do "Pra Elas", vão incluir na cobertura dos planos a aplicação do Implanon - implante contraceptivo subdérmico e considerado um dos métodos contraceptivos mais modernos e eficazes disponíveis no mercado - , exames de detecção de HPV e, em caso de positivação, tratamento com a vacina Nonavalente, que combate nove formas do vírus. Todas as modalidades serão ofertadas com isenção de coparticipação.

Além disso, haverá isenção total de carência para quem aderir a planos da operadora entre 15 de março e 30 de abril. Ainda poderá ser avaliada a prorrogação do prazo para três meses.

Para Douglas Figueredo, diretor-presidente da Geap Saúde, uma das prioridades da fundação é garantir um atendimento mais abrangente às mulheres. Elas representam 62% dos beneficiários, ou 173 mil do total.

- Estamos fazendo gestos para mostrar que somos uma gestão que se preocupa com o que as mulheres precisam. Estamos montando ações para que o programa não envolva apenas entregar uma flor ou um bombom no Dia da Mulher - explica.

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O HOJE

Câncer entre mulheres preocupa profissionais de saúde pela baixa adesão às campanhas

Médicos alertam para exames de rotina e campanhas de vacinação

A estimativa para 2023 é que apareçam aproximadamente 7.800 novos casos de câncer em mulheres goianas do total de 244.160 casos nacionais. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), os três principais tipos de tumores entre as mulheres de Goiás são: mama, com quase 2.000 novas incidências; ginecológico, com cerca de 1.000 novos casos; e cólon e reto, com 560 casos previstos em mulheres. Especialistas apontam que a baixa adesão aos exames de rotina e às campanhas de vacinação contribuem para os resultados da pesquisa.

Estes dados preocupam profissionais da área de saúde, que alertam a população. “O estilo de vida é determinante para o aumento da incidência da doença. Atualmente, as mulheres têm menos filhos e a primeira gestação mais tardia. Com isso, amamentam menos e menstruam mais, sendo mais expostas ao estímulo hormonal. Há também outros fatores, como obesidade, sedentarismo, uso de álcool e alimentos ultraprocessados, que também elevam a chance de desenvolver alguns tipos de câncer”, explicou o oncologista Gabriel Felipe Santiago, do Centro de Oncologia IGH.

Quando o assunto são os cânceres ginecológicos, é preciso entender que o câncer de colo de útero é o tumor desse tipo mais comum no Brasil. A principal causa da doença é o papilomavírus humano (HPV), para o qual já existe vacina na rede pública. Na maioria dos casos, aparece uma infecção genital causada pelo HPV, que acaba evoluindo para um tumor maligno. Segundo a pesquisa feita pelo Inca, aproximadamente 17.000 casos surgirão no país este ano.

As consultas de rotina e acompanhamento são essenciais para a prevenção e diagnóstico precoce da doença nas mulheres. Para o cancêr de mama, por exemplo, o Inca recomenda que, anualmente, mulheres a partir de 40 anos façam a mamografia. Tal recomendação é válida para pacientes assintomáticas e sem histórico familiar da doença também.

Outro exame importante é a colonoscopia, que é um dos principais métodos de rastreamento do câncer de cólon e reto. A Sociedade Brasileira de Colonproctologia indica que mulheres a partir de 50 anos, sem histórico familiar da doença, devem fazer o exame a cada 5 ou 10 anos, caso os resultados sejam normais.

Os exames para diagnosticar HPV e câncer de colo de útero são o Papanicolau e a colposcopia. Não existe uma idade certa para iniciar o rastreamento da doença, mas, em geral, se recomenda iniciar os preventivos após a primeira relação sexual ou quando houver intenção de praticar o ato.

Outros exames recomendados para a saúde da mulher são ultrassonagrafia transvaginal, vulvoscopia, exames de sangue, entre outros. Eles ajudam na prevenção de lesões no colo do útero, cistos nos ovários, infecções e outros problemas.

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Especialista explica principais benefícios da cirurgia bariátrica

Procedimento é capaz de reduzir o risco de câncer de mama na menopausa, assim como os tumores de endométrio, próstata e colorretal

A obesidade é um dos problemas de saúde mais graves hoje em dia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso e 700 milhões de pessoas com obesidade. No Brasil, essa doença crônica aumentou 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.

Em 2022, até o início de outubro, o Sistema Único de Saúde (SUS) acompanhou mais de 4,4 milhões de adolescentes entre 10 e 19 anos de idade, segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde. Desses, quase 1,4 milhão foram diagnosticados com sobrepeso, obesidade ou obesidade grave.

“A obesidade é um importante fator de risco modificável para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo. A associação de sobrepeso e obesidade com incidência de câncer é estimada em 7,8%”, afirma o médico oncologista clínico, Gabriel Felipe Santiago.

O excesso de gordura corporal inflama de forma crônica o organismo e aumenta os níveis de hormônios que provocam o crescimento desordenado de células cancerígenas. “Daí o alerta no controle de peso, uma vez que a obesidade aumenta as chances de a pessoa desenvolver algum tipo de câncer”, argumenta o oncologista.

De acordo com Gabriel Santiago, os tipos de câncer ligados a obesidade são tumores de mama (mulheres na pós-menopausa), endométrio, próstata e intestino (cólon e reto). “Procedimentos como cirurgia bariátrica e metabólica podem ser aliados na prevenção ao câncer”, afirma o médico cirurgião bariátrico e metabólico, Paulo Reis que explica que a realização da cirurgia é capaz de reduzir o risco de câncer de mama na menopausa, assim como os tumores de esôfago, pâncreas, fígado, vesícula, rim, ovário, colorretal e tireoide, de acordo com a meta análise “Association of Bariatric Surgery With Cancer Risk and Mortality in Adults With Obesity”.

“O grande benefício da cirurgia bariátrica em relação à prevenção ao câncer diz respeito ao fato de que quando um paciente que passa por esse procedimento, automaticamente tende a emagrecer, diminuindo consideravelmente o percentual de gordura”, esclarece Paulo Reis. O fato, de acordo com o médico, reduz o processo inflamatório do corpo. “Com o emagrecimento, há uma queda da replicação e morte celular em todo aquele processo genético que pode causar um câncer. Por essa razão que atualmente existe uma relação tão clara entre a obesidade e o câncer”, justifica Paulo Reis.

Outro fato importante citado por Paulo Reis é que por muito tempo divulgou-se que a célula de gordura, obesa – que fica debaixo da pele – era apenas reserva de energia. “Hoje os estudos já mostram que não é só isso. Essas células são produtoras de hormônios e marcadores inflamatórios que levam a inflamação do organismo como um todo”, revela.

Paulo Reis aponta que mitos e desinformação a respeito das cirurgias bariátricas e metabólicas podem ser o grande malefício, por isso a necessidade de desmistificar. “Com esses resultados de estudos, principalmente quando levamos em consideração a diminuição da probabilidade de câncer, de doenças metabólicas como hipertensão, diabetes e AVC, comprovam inúmeros benefícios que vão além da perda de peso, no emagrecimento em si”, conclui o cirurgião.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Farmácia é interditada por falsificar documentos e vender remédios clandestinos, em Goiânia

Vigilância Sanitária Municipal encontrou, além de medicamentos clandestinos, receitas para remédios controlados, carimbos de médicos e atestados

Uma farmácia foi interditada pela Polícia Civil e pela Vigilância Sanitária Municipal nesta terça-feira, 7, após verificar-se que, no estabelecimento, medicamentos eram armazenados de forma clandestina, irregular ou em desconfirmidade com a legislação. As buscas foram realizadas em uma unidade no Setor Celina Park, em Goiânia.

Além dos medicamentos, foram encontrados também um grande número de receitas para remédios controlados, carimbos de médicos e atestados com indícios de falsificação.

Todos os materiais foram apreendidos, incluindo produtos, documentos suspeitos e computadores. Quando a operação chegou ao fim, a farmácia foi lacrada pela Vigilância Sanitária.

Além disso, o órgão identificou outras irregularidades e aplicou providências administrativas cabíveis. Os envolvidos estão sendo investigados por crime contra as relações de consumo e falsificação de documento. Os crimes somados podem chegar a 10 anos de reclusão.

Um inquérito policial foi instaurado para apurar a responsabilidade criminal de cada envolvido.

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PORTAL G1

Mãe de bebê que morreu após ingerir colírio disse que filho estava bem antes de tomar o remédio: ‘Ele era meu sonho’

Ravi Lorenzo tinha 2 meses e teria bebido colírio para glaucoma, em vez de bromoprida, remédio indicado para enjoo. A Polícia Civil investiga se a farmácia vendeu o medicamento errado, em Formosa.

Por Rafael Oliveira e Gabriel Buosi, g1 Goiás e TV Anhanguera

A mãe do Ravi Lorenzo, que morreu com 2 meses de vida após beber um remédio errado, disse que o filho estava bem antes de tomar o medicamento, e até sorria para os pais. O mal-estar começou logo depois de tomar colírio para glaucoma, em vez de bromoprida, que é indicado para tratar enjoo. O bebê morreu no domingo (5), em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.

"Ele era o meu sonho, tudo que eu pedi para Deus, e levar meu filho assim, tão prematuro, um bebê. É muito difícil. Um pouco antes, meu filho estava bem, sorrindo, foi só aplicar esse remédio que ele ficou ruim e eu perdi ele", desabafou a mãe, Emanuely Fonseca.

A Drogaria Ultra Popular informou na segunda-feira (6) que vai contribuir com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão (veja a íntegra ao final).

A Polícia Civil investiga se o atendente da farmácia vendeu o medicamento errado e se houve supervisão de um farmacêutico na venda. O delegado Paulo Henrique Ferreira disse que se o erro for identificado, a pessoa pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O delegado aguarda também o laudo completo do exame cadavérico, que vai dizer a causa da morte e se há ligação com a ingestão do colírio.

Medicamento errado

O colírio "tartarato de brimonidina", que foi vendido para a família do bebê, é contraindicado para menores de 2 anos, segundo a bula do remédio.

A bula diz ainda que o medicamento pode causar efeitos colaterais como dificuldade na respiração, diminuição no batimento cardíaco e coma (veja lista completa abaixo).

“O avô paterno foi à farmácia comprar o remédio, chegou lá com a receita, entregou a receita para ele [atendente] e foi a hora que ocorreu o erro do homem da farmácia. Era um remédio para enjoo, e ele acabou dando um colírio”, contou Emanuely Fonseca.

À TV Anhanguera, o Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) disse que não havia erro na receita e a letra do médico estava legível. Luciane Cali, vice-presidente do conselho, disse que um fiscal da instituição vai até a farmácia para apurar se tinha algum farmacêutico no local no momento da venda do remédio.

“Lá está claramente escrito que é uso oral, como você dispensa um colírio para uso oral? É um erro muito grotesco”, disse Luciane.

Além da consideração sobre a receita, Luciane disse que a forma em que os medicamentos estavam expostos chamou atenção.

“Quando você coloca grupos de medicamentos, selecionados de acordo com o mecanismo de ação ou com a patologia que eles servem, acaba gerando uma certa confusão. O importante é que quem está dentro da farmácia conheça sobre o medicamento”, explicou.

Efeitos colaterais após uso do colírio em menores de 2 anos:

apneia (dificuldade na respiração);

bradicardia (diminuição no batimento cardíaco);

coma, hipotensão (pressão baixa);

hipotermia (temperatura corporal baixa);

hipotonia (redução da força muscular);

letargia (perda da sensibilidade e do movimento);

palidez;

depressão respiratória;

sonolência.

Nota da farmácia Ultra Popular

"A Drogaria Ultra Popular, sediada na cidade de Formosa- GO, através de sua defesa constituída, vem por meio desta informar que, sobre o infeliz fato ocorrido no ultimo dia 04/03/2023, este está sobre devida apuração das autoridades competentes, e, com comprometimento, respeito, lisura e transparência.

A Drogaria Ultra Popular informa que estará, sempre que solicitada, contribuindo para com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão. Dessa forma, a Drogaria Ultra Popular, refuta qualquer juízo de valor antecipado e se solidariza com a perda e familiares."

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Assessoria de Comunicação

Terça, 07 Março 2023 06:17

CLIPPING AHPACEG 07/03/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Piso da enfermagem: categoria se prepara para greve nesta semana

Deputado apresenta projeto que proíbe mudanças de sexo em crianças e adolescentes na Alego

Bebê morre após tomar medicamento trocado em farmácia

UEG discute combate ao racismo como estratégia de saúde das mulheres negras

Baixa cobertura contra HPV favorece casos preveníveis de câncer

Campanha estadual de combate às doenças renais acontece neste mês de março

Mês da Mulher e a importância do parto humanizado

Einstein e empresa do Bradesco Seguros vão construir hospital

Advogada condenada em caso Prevent Senior critica juiz

Dia Internacional da Mulher: doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil

JORNAL OPÇÃO

Piso da enfermagem: categoria se prepara para greve nesta semana

A paralisação nacional de enfermeiros e enfermeiras está marcada para sexta-feira, 10. A categoria pretende pressionar para que o governo Lula ajude a resolver o impasse em torno do piso da enfermagem.

O piso foi criado em lei no ano passado e suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Em dezembro, foi promulgada a Emenda Constitucional 127/22 garantindo o repasse de recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial nacional no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços desde que atendessem ao menos 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

A medida precisa de regulamentação para definir como os recursos serão distribuídos e até hoje governo não fez esse documento. Na última semana, a Ministra da Saúde Nísia Trindade afirmou que a primeira versão da minuta que deve viabilizar essa medida está pronta.

O impacto fiscal do piso salarial enfermagem é o principal empecilho para que o reajuste seja aplicado o quanto antes no contracheque da categoria. Representantes da Confederação Nacional da Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços na Ação de Declaração de Inconstitucionalidade 7222, que questiona o piso da enfermagem, sustentam que a medida não atende o setor privado.

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O HOJE

Deputado apresenta projeto que proíbe mudanças de sexo em crianças e adolescentes na Alego

A proibição é imposta apenas para os casos de transição de gênero

Encontra-se sob análise da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) o projeto de lei que veda o bloqueio puberal e a hormonioterapia cruzada em crianças e/ou adolescentes menores de 18 anos, para transição de gênero, em toda a rede de saúde pública e privada do estado.

O projeto é assinado pelo deputado Fred Rodrigues (DC), e buscará o selo de constitucionalidade da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e, se passar, será analisada pela comissão temática e Plenário do Parlamento estadual. Na CCJ, os parlamentares aguardam o relatório do deputado Mauro Rubem (PT).

A proibição é imposta apenas para os casos de transição de gênero. A aplicação dos bloqueadores hormonais ou hormonioterapia cruzada para tratar doenças em crianças ou adolescentes menores de 18 anos é permitida. Já o bloqueio puberal ou a hormonioterapia cruzada, sob a responsabilidade de médico endocrinologista, ginecologista ou urologista, todos com conhecimento cientifico especifico, se darão na vigência de acompanhamento psiquiátrico, com anuência da equipe.

Ainda segundo o texto, caberá ao psiquiatra formular diagnóstico, identificar morbidades, realizar diagnósticos diferenciais, prescrever medicamentos e indicar e executar psicoterapia, se necessário.

E, após avaliação psiquiátrica, o bloqueio puberal e a hormonioterapia cruzada serão contraindicados nas seguintes condições: transtornos psicóticos graves; transtornos de personalidade graves; retardo mental; e transtornos globais do desenvolvimento graves.

Fred Rodrigues observa que a Portaria n° 2.803, de 19 de novembro de 2013, do Ministério da Saúde, regula o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece como idade mínima 18 anos, para tratamentos de terapia medicamentosa hormonal, e 21 anos para os procedimentos cirúrgicos de redesignação sexual.

Contudo, segundo o deputado, a portaria é omissa quanto a idade mínima para início do procedimento de bloqueio puberal, convencionando apenas que a transição hormonal pode acontecer a partir dos 18 anos e a cirurgia a partir dos 21 anos.

“Por outro lado, destaco, o Conselho Federal de Medicina autoriza a hormonioterapia a partir dos 16 anos e o bloqueio hormonal já em crianças e adolescentes, anuindo com a cirurgia a partir dos 18 anos. Aqui, abro divergência com a resolução emitida pelo Conselho Federal de Medicina quanto a permissão de bloqueio hormonal em crianças e adolescentes, além de, inadmitirmos a autorização de hormonioterapia cruzada a partir dos 16 anos, visto que, a transição de gênero desde a fase inicial exige alto grau de maturidade e consciência adulta sobre os riscos e impactos sociais, emocionais e escolares, que como demonstrado pela história, por vezes, não encontramos em maiores de 18 anos, quem dirá em menores”, argumenta.

O parlamentar acrescenta que, além dos impactos complexos e intangíveis mencionados anteriormente, a falta de maturidade, típica e normal das crianças e adolescentes, deve ser levada em consideração, visto que as alterações no organismo humano são agressivas e por vezes irreversíveis, podendo agravar qualquer quadro psicológico na hipótese de o indivíduo desistir ou se arrepender da escolha que outrora optou, quando ainda não possuía maturidade suficiente para discernir sobre tema tão denso e complexo.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Bebê morre após tomar medicamento trocado em farmácia

Segundo a Polícia Civil, o remédio, que se chama "bromoprida" foi trocado por "tartarato de brimonidina" em uma farmácia , caso é investigado

Um bebê de apenas 2 meses morreu depois de supostamente ter ingerido um colírio que foi vendido no lugar de um medicamento para enjoo. O caso aconteceu em Formosa na madrugada de domingo, 5.

Segundo a Polícia Civil, o remédio, que se chama "bromoprida", foi corretamente receitado para tratar os sintomas do bebê. No entanto, foi vendido e consumido o "tartarato de brimonidina", um remédio para tratamento de glaucoma.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o bebê estava com quadro de náusea, vômito e febre, e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pela mãe. Lá, foram receitados alguns medicamentos, entre eles, a bromoprida.

De acordo com a delegada Fernanda Lima, o avô da criança foi à farmácia comprar os medicamentos. A mãe, então, deu o medicamento conforme a posologia prescrita na receita. A criança logo começou a chorar de dor e levada novamente para a UPA, onde foi intubada, mas não resistiu e morreu.

Investigações foram feitas na unidade de saúde e na farmácia onde o remédio foi vendido - o estabelecimento não teve o nome divulgado - para que a polícia tivesse acesso aos prontuários.

A Polícia Civil informou que um laudo preliminar revelou que a ingestão do medicamento pode ter causado a morte do bebê, porém, somente após a conclusão dos exames é que poderá ser confirmada esta afirmação.

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A REDAÇÃO

UEG discute combate ao racismo como estratégia de saúde das mulheres negras

Devido ao Dia Internacional da Mulher, o mês de março é marcado por ações de enfrentamento à violência, de fortalecimento da luta pela equidade de direitos e de valorização da presença delas em todos os espaços da sociedade. Na Universidade Estadual de Goiás (UEG), a data será celebrada com uma série de palestras cujo foco é o combate ao racismo como estratégia de saúde das mulheres negras. A iniciativa é do Núcleo de Estudos em Fisioterapia e Atividade Física em Obstetrícia da isntituição (NEFAFO/UEG/ESEFFEGO).
 

O evento, marcado para às 18 horas de segunda-feira (13/3), ocorre após a lacuna dos anos de pandemia, no auditório do Centro de Excelência do Esporte Arquiteto Eurico Godoi, sede da UEG.


Coordenado pela professora mestra Nayruz Jradi, a iniciativa o traz palestrantes que abordam os enfrentamentos das mulheres negras em vários âmbitos. A advogada Nayara de Lourdes Ferreira Barbosa, por exemplo, fala sobre esta questão junto à “universidade e a sociedade”; a também advogada Camila Mariana Ferreira Alves, destaca “a violência doméstica e familiar”; a presidenta do `PSOL / Goiânia (GO),  Hemanuelle Di Lara Siqueira Jacob, traz a questão da “sexualidade da mulher negra”; a mestra em Educação Física  Laryssa Lima Basílio,  a “mulher negra no esporte”; e, a estudante de Medicina Hellen Oliveira, “os desafios das mulheres negras frente ao sistema de saúde”.
 

Serviço: Enfrentamento ao Racismo como Estratégia de Saúde das Mulheres Negras

Rodada de Palestras: Nayara de Lourdes Ferreira Barbosa (nayarafb.adv), Camila Mariana Ferreira Alves, Hemanuelle Di Lara Siqueira Jacob (manujacobpsol), Laryssa Lima Basílio (laryssa.lima.79) e Hellen Oliveira (kalu.blk)

Data: Segunda (13/3), às 18 horas 

Local: Auditório do Centro de Excelência do Esporte Arquiteto Eurico Godoi

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AGÊNCIA BRASIL

Baixa cobertura contra HPV favorece casos preveníveis de câncer

Sete em cada dez casos de câncer de colo de útero são causados por um vírus contra o qual existe vacina disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde. Esse vírus é o papilomavírus humano (HPV), que também causa nove em cada dez casos de câncer de ânus e está relacionado a neoplasias malignas no pênis, vagina, vulva, boca e garganta.

Mesmo com tantas evidências do perigo que representa estar desprotegido contra essa infecção sexualmente transmissível (IST), o Programa Nacional de Imunizações (PNI) constatou queda na proteção do público-alvo dessa vacina no ano passado.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 21 de fevereiro, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina em 2019, e em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura vacinal caiu de 61,55%, em 2019, para 52,16%, em 2022.

Procurado nesta segunda-feira (6/3) pela Agência Brasil para atualizar os dados, o ministério informou que, entre as meninas, a cobertura da vacina contra o HPV, em 2022, alcançou 77,37% na primeira dose, e 58,29%, na segunda dose. Entre os meninos, 56,76% receberam a primeira dose, e apenas 38,39%, a segunda.

Infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto I'Dor, José Cerbino Neto explica que poucos dos mais de 100 tipos de HPV são relacionados ao câncer, e os tipos 16 e 18 são os mais perigosos.

Indicada no Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes de 11 a 14 anos e pessoas com situações específicas da saúde, a vacina contra o HPV protege contra esses dois tipos e também contra duas cepas responsáveis por verrugas genitais. Além do público-alvo do PNI, pessoas de até 45 anos podem obter a vacina em clínicas privadas de imunização, segundo autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Se entende que a vacinação nessa população de 11 a 14 anos vai ter um maior impacto, porque essas pessoas estarão vacinadas desde antes de iniciar sua vida sexual. Mas para qualquer pessoa não vacinada até 45 anos, há um benefício com a vacinação", destaca o pesquisador.

"A vacina tem a capacidade de proteger as pessoas da infecção sexualmente transmissível, e, em última análise, protegê-las de um câncer que elas poderiam vir a desenvolver".

Pessoas que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos também podem ser vacinados gratuitamente no SUS, em algum centro de referência de imunobiológicos especiais, com o esquema de três doses.

As estimativas do Ministério da Saúde dão conta de que cerca de metade de todas as mulheres diagnosticadas com câncer do colo de útero têm entre 35 e 55 anos de idade e muitas, provavelmente, foram expostas ao HPV na adolescência ou na faixa dos 20 anos de idade.

Incidência

Apesar de ser associado a casos de câncer, a grande maioria dos casos de infecção pelo HPV não evolui dessa forma. Em grande parte dos casos, o próprio sistema imunológico se encarrega de combater o vírus antes do surgimento de sintomas.

Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros sintomas podem aparecer de dois a oito meses após a infecção pelo HPV, mas continuam a existir chances mesmo duas décadas após o contato. As manifestações sintomáticas são mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. O vírus pode causar lesões visíveis e invisíveis a olho nu, e a manifestação mais frequentes são verrugas na região genital ou anal. Essas verrugas, em geral, estão associadas aos tipos não cancerígenos de HPV.

Cerbino destaca que a maioria da população adulta vai ser infectada pelo HPV em algum momento da vida. Como os tipos do vírus associados ao câncer são os que provocam lesões mais graves, eles são os mais frequentemente diagnosticados e testados laboratorialmente, o que não significa que sejam os que mais circulam.

"Eles são os mais identificados por serem os que causam mais doenças", destaca. "Como existe mais de um subtipo, há benefícios em tomar a vacina para quem já teve o HPV, porque você estaria aumentando sua proteção contra uma eventual nova infecção, embora isso não seja comum".

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) citam estudos internacionais que apontam que chega a 80% o percentual de mulheres sexualmente ativas que terão contato com um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, e essa porcentagem pode ser ainda maior em homens. Pesquisadores que se debruçam sobre o tema estimam que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada por HPV.

Para o infectologista da Fiocruz, campanhas antivacina e boatos se somam à dificuldade de mobilizar a faixa etária alvo da vacinação como alguns dos obstáculos a uma cobertura maior para a imunização contra o HPV.

"O nosso calendário vacinal tem vacinas recomendadas para todas as faixas etárias, mas a nossa cultura é vacinar as crianças. Então, o fato de a vacina ser aplicada dos 11 aos 14 anos pode ter contribuído para a cobertura ter sido mais baixa", avalia ele, que destaca que a vacina é segura e eficaz, além de ser aplicada em mais de 100 países.

Vacina nova

O imunizante contra o HPV disponível no PNI e nas clínicas privadas até este ano é o quadrivalente, que protege contra quatro tipos do vírus, entre eles o 16 e 18, considerados mais perigosos. As clínicas privadas devem começar a aplicar nas próximas semanas uma nova versão da vacina, contra nove cepas, também incluindo o 16 e o 18 e mais cinco tipos de HPV de alto risco.

Responsável pelo setor de Imunização Humana do Richet Medicina & Diagnóstico, Patrícia Rosa Vanderborght explica que essa nova vacina vai aumentar a proteção contra o câncer de colo de útero e de outros tipos. A pesquisadora também destaca que a comunicação sobre a prevenção do HPV vem sendo muito restrita aos adolescentes, por causa das campanhas oficiais de vacinação, e às mulheres, por conta da prevenção do câncer de colo de útero.

"A incidência é muita alta, e homens não têm a cultura de ir ao médico e fazer exames como a mulher, que vai ao ginecologista. A gente observa muita falta de informação entre os homens, que acham que a vacina só é importante para mulheres", alerta. "Outra população importante é a população LGBT. A gente tem conversado com os infectologistas sobre a necessidade de essa população ter ciência da prevenção e da incidência de câncer".

Patrícia acrescenta que a vacinação contra o HPV na adolescência tem a vantagem de ser em esquema de apenas duas doses. Nas clínicas privadas, que vacinam o público adulto, a vacina passa a precisar de três doses.

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Campanha estadual de combate às doenças renais acontece neste mês de março

Estado também promoverá ações entre trabalhadores goianos, estudantes do ensino médio e universitários

A Secretaria de Estado de Goiás (SES-GO) iniciou nesta segunda-feira (6) a campanha estadual contra doença renal. Até o dia 17 de março acontecerão atividades relacionadas ao Dia Mundial do Rim, que este ano tem como tema “Cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”. Com a iniciativa, o objetivo é divulgar informações sobre os problemas nos rins, com foco na prevenção, diagnóstico e tratamento precoces.

No dia 9 de março, das 7h30 às 15h30, ocorrerá o evento Circuito de Saúde, na Central de Abastecimentos de Goiás (Ceasa-GO). Durante a ação, será feita dosagem de creatinina sanguínea (exame essencial para avaliar a saúde renal), teste multiparâmetro de urina e teste rápido de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Além disso, terá aferição de pressão, glicemia, consultas orientativas com profissionais da área, rodas de conversas, entre outros serviços.

Ainda na programação, alunos do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede estadual contarão com vídeo-aulas e, entre os dias 13 e 17 de março, receberão palestras da Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN). O site do Telessaúde GO trasmitirá ao vivo algumas ações sobre nefrologia voltadas para profissionais de saúde e universitários. Para mais informações, os interessados devem acessar a página do programa.

Dia D da Campanha

O Dia Mundial do Rim foi criado pela Sociedade Internacional de Nefrologia e Federação Internacional de Fundações do Rim e é comemorado na primeira quinzena de março. Em 2023, o Dia D da campanha ocorre na próxima quinta-feira (9), em todo o Brasil.

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a Doença Renal Crônica (DRC) aparece, sobretudo, em pessoas acima de 64 anos e. no Brasil, cerca de 10 milhões de indivíduos têm a doença. No Estado de Goiás, mais de 4.500 pessoas receberam tratamento de hemodiálise somente até fevereiro deste ano.

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DIÁRIO DO ESTADO

Mês da Mulher e a importância do parto humanizado

Vendedora Blenda Lorrainy Batista chegou à maternidade com a convicção de um parto cesárea. Após receber acolhimento da equipe totalmente feminina, conseguiu dar à luz a filha através de parto natural, que era o mais indicado no momento

O mês de março traz a reflexão para o Dia Internacional da Mulher, sobre como a sociedade trata o público feminino em todos os aspectos, tanto no convívio afetivo, familiar, social quanto ao mercado de trabalho. É importante garantir os direitos das mulheres e, no momento da gestação, garantir que a mulher tenha uma gravidez e partos saudáveis. Para isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o parto natural, que é mais saudável para mãe e bebê, e sugere a taxa de 15% de partos cesarianas, que devem ocorrer apenas quando o parto normal oferecer risco, mas no Brasil, esse índice chega a mais 50%.

A vendedora Blenda Lorrainy Batista, 29 anos, chegou perto de entrar para as estatísticas das cesarianas no Brasil. Como já realizou uma cirurgia bariátrica, ouviu de muitas pessoas que não conseguiria dar à luz através de parto normal. “Eu cheguei à maternidade e o tempo inteiro eu estava me preparando para a cesárea. Mas as enfermeiras e a equipe médica me acolheram e explicaram a importância do parto natural, todas me deram apoio, me fizeram sentir como se eu fosse da família delas”, explica.

No mês da mulher, a história de Blenda chama a atenção também por ter sido acolhida por equipe composta 100% por mulheres. Tantos as enfermeiras quanto a médica do Hospital América, unidade do Sistema Hapvida, que acompanharam a vendedora durante o trabalho de parto, fizeram a diferença na hora do nascimento. “Eu acredito que a equipe ser toda feminina me passou mais segurança para aquele momento tão importante da minha vida. As enfermeiras falavam que estavam comigo, dando apoio e o acolhimento necessário para que eu me sentisse bem”.

De acordo com Catarina Nucci, diretora nacional do Programa Nascer Bem, do Sistema Hapvida, muitas vezes, a cesárea é realizada sem ter indicação clínica. Tanto a cesária quanto o parto normal precisam ter indicação médica para ser feito de forma segura. “Esse procedimento é utilizado para salvar vidas, quando a mãe ou o bebê estão em risco, e o nosso objetivo é oferecer o tratamento mais adequado para cada caso”.

Signatária do selo ONU Mulheres

Em Goiânia, as unidades do Sistema Hapvida contam com 78% do seu quadro de colaboradores composto pelo sexo feminino. A responsabilidade social, que inclui a valorização da mulher, é uma das diretrizes da operadora. Desta forma, a companhia se tornou signatária do selo ONU Mulheres, que atua principalmente em seis áreas:  liderança e participação política das mulheres; empoderamento econômico; fim da violência contra mulheres e meninas; paz e segurança e emergências humanitárias; governança e planejamento e normas globais e regionais.

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O GLOBO

Einstein e empresa do Bradesco Seguros vão construir hospital

Unidade com 300 leitos em SP será uma parceria com a Atlântica Hospitais

LUCIANA CASEMIRO

braço hospitalar do Grupo Bradesco Seguros, a Atlântica Hospitais e Participações, vai se unir ao Einstein para construção e gestão de um hospital geral de 300 leitos na Vila Mariana, em São Paulo, um investimento de R$ 600 milhões. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2027.

A parceria prevê que a gestão e operação do hospital, além da contratação e do treinamento de profissionais, terão o selo Einstein, sem ter o nome deste na fachada. O controle será da Atlântica.

Carlos Marinelli, diretor-geral da Atlântica, diz que o hospital prestará serviço a todas as operadoras. Somente na Bradesco Saúde, empresa do Grupo Bradesco Seguros, são quatro milhões de beneficiários.

- A estratégia que optamos no Bradesco, de investimento em equipamentos de saúde e hospitais, é com parcerias com as melhores expertises de mercado, mas de forma independente da nossa operadora de saúde - afirma Marinelli.

O terreno pertence à BSP Empreendimentos, empresa de propriedades comerciais da Bradesco Seguros. O que já está definido, além dos 300 leitos, dos quais 60 são de UTI adulto, é que o hospital oferecerá todas as especialidades médicas, maternidade, UTI neonatal, pediatria e UTI Infantil, 20 centros cirúrgicos, um moderno serviço de diagnóstico, centro de infusão para quimioterapia e imunobiológicos e pronto atendimento adulto e infantil.

Trata-se do segundo investimento anunciado pela Atlântica Hospitais, constituída em 2021 pelo Bradesco Seguros. O primeiro foi a ABPF Oncologia, que tem participações iguais do Grupo Fleury e da Beneficência Portuguesa. O investimento foi de R$ 678 milhões.

- Estamos olhando oportunidades no mercado do Rio, amadurecendo conversas - diz Marinelli.

O Einstein tem unidades no Morumbi, em São Paulo, e em Goiânia. E é responsável pela gestão de 29 unidades da rede pública. A organização oferece consultoria de gestão de saúde populacional e atendimentos de atenção primária, e exporta sua experiência em serviços de saúde para a América Latina.

- Temos um braço de consultoria para construção e operação de hospitais que já foi prestado para a Bolívia, serviço de treinamento para a Colômbia. Levamos a gestão hospitalar, protocolos baseados em evidência científica, tecnologia de vanguarda e atividade preventiva - explica Sidney Klajner, presidente do Einstein.

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O ESTADÃO

Artigo - Por que temos tantos e tão poucos médicos no Brasil?

A grave crise humanitária, alimentar e sanitária encontrada em território Yanomami reacendeu a discussão sobre a contratação de médicos para atendimento de pessoas em localidades remotas ou em situação de vulnerabilidade. Com isso, o Ministério da Saúde pretende dar celeridade ao Programa Mais Médicos para atender à região dos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei) Yanomami.

A calamidade dos Yanomamis é a consequência mais desumana da série de irresponsabilidades, de descasos e de crimes que assola a Amazônia e suas comunidades há décadas. O problema precisa ser enfrentado com urgência e seriedade, a partir de um diálogo profundo e de um esforço conjunto que garantam assistência, direitos e dignidade aos povos indígenas.

No entanto, a contratação isolada de mais médicos não é a solução para essa e outras situações de desassistência à população. O número de profissionais no Brasil é mais do que suficiente para atender à demanda do território nacional. Não faltam médicos. Falta estrutura para prestar um atendimento de qualidade.

Segundo a plataforma Demografia Médica no Brasil 2023, lançada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em fevereiro, são mais de 564 mil profissionais em atuação no País, o que representa uma densidade de 2,65 médicos por mil habitantes. O índice está próximo ao de países como Canadá (2,7), Estados Unidos (2,6) e Japão (2,5).

O crescimento acelerado do número de escolas médicas e de vagas na última década levou ao aumento sem precedentes no número de médicos e de sua densidade. São 358 escolas no País, com oferta de 35.977 vagas a cada ano. De 2012 a 2022, foram criadas 163 escolas. Destas, 106 são privadas, o que não garante a excelência da formação médica.

Apesar de o Brasil contar com um dos maiores contingentes de médicos do mundo, ainda há um grave cenário de desigualdade na distribuição dos profissionais. Grande parte deles está concentrada nas Regiões Sul e Sudeste, bem como nas capitais e nos grandes municípios.

O estudo do CFM aponta que 62% dos médicos estão fixados nas 49 cidades com mais de 500 mil habitantes. Já nas 4.890 cidades com até 50 mil moradores estão pouco mais de 8% dos profissionais. As 27 capitais brasileiras, onde mora 24% da população, reúnem 54% dos médicos (6,21 por mil habitantes). O interior concentra 76% da população e 46% dos profissionais (1,72).

Essa distribuição desigual atinge principalmente áreas rurais e remotas, regiões onde as pessoas têm dificuldade de acesso à saúde. Mas, se existem profissionais em quantidade suficiente, por que ocorrem esses verdadeiros desertos médicos?

Em geral, os profissionais de saúde preferem instalar-se em locais com melhores condições de trabalho e estrutura para oferecer uma medicina de qualidade aos pacientes. De que adianta ter médico, se não há acesso a exames e medicamentos e os procedimentos precisam ser feitos a quilômetros de distância? De que adianta ter médico sem acesso a equipe multidisciplinar e a estrutura básica para suporte ao seu trabalho?

O paradoxo deste cenário de desigualdades é que as capitais e as regiões metropolitanas geralmente oferecem remunerações mais baixas que muitos municípios do interior. Além disso, o custo de vida costuma ser mais alto nas grandes cidades. Dessa forma, pode-se dizer que o fator financeiro não é decisivo para que o médico opte pelos grandes centros.

A prática profissional - com estrutura e condições de trabalho adequadas - é determinante para que o médico escolha atuar em áreas remotas. A estrutura precarizada torna-se um desestímulo para a atuação do profissional da saúde.

É preciso estabelecer políticas consistentes de atração e de fixação de médicos no interior. É fundamental investir em saúde pública de qualidade, garantindo o acesso a exames, medicamentos e procedimentos. Ainda é necessário pensar numa carreira de Estado para profissionais da saúde, assim como ocorre no Poder Judiciário, garantindo a interiorização da assistência médica.

As políticas de saúde precisam garantir cobertura universal e de qualidade para todos os cidadãos. Para isso, também é preciso ter em conta a excelência da formação médica, o acesso à informação e à tecnologia na área da saúde.

Nesse sentido, o fortalecimento do Revalida precisa ser discutido não apenas como um processo de legalização do diploma, mas como uma ferramenta adequada para padronização de conhecimentos e habilidades dos profissionais que prestam atendimento médico. Não se trata de barrar médicos formados no exterior, mas de garantir o atendimento de qualidade aos brasileiros.

Não se faz medicina apenas com boa vontade, receituário e estetoscópio. Para atender às comunidades carentes de assistência em saúde, como os povos indígenas, é indispensável valorizar o profissional por meio de uma carreira de Estado, dando estrutura para atendimento digno tanto ao médico quanto ao seu paciente.

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Eduardo Neubarth Trindade - doutor em medicina, professor universitário, foi presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers)

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PORTAL ITAMARAJU

Advogada condenada em caso Prevent Senior critica juiz

Quando compareceu a uma audiência na CPI da Covid-19, em 2021, para denunciar crimes supostamente cometidos pela operadora de saúde Prevent Senior, a advogada Bruna Morato não imaginava que um dia seria condenada a pagar por danos morais à empresa que ela delatou. Acontece que, dois anos depois, em 24 de fevereiro último, uma sentença do juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 5ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que ela pague R$ 300 mil à companhia.

A indenização foi motivada por uma entrevista que a advogada deu ao canal no YouTube Rede TVT, em 2 de outubro de 2021, justamente para explicar as acusações contra a Prevent Senior.

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva da advogada representante dos médicos que trabalharam na Prevent Senior e elaboraram um dossiê entregue à comissão com diversas denúncias sobre o tratamento da empresa aos pacientes com covid-19, inclusive com a alteração de prontuários. Em pronunciamento, à mesa, advogada representante dos médicos que trabalharam na Prevent Senior, Bruna Morato. À esquerda, advogado da depoente, Roberto Ricomini Piccelli.

Bruna representa ex-médicos da empresa, que organizaram um dossiê em que expunham práticas que ferem o princípio de ética da medicina, como administrar medicamentos ineficazes sem o consentimento de pacientes e adulterar resultados de um estudo para demonstrar falsa eficácia do remédio - estamos falando da hidroxicloroquina.

Na entrevista ao canal no YouTube, a advogada compara a atuação da Prevent Senior com "máfias" e "milícias". Para o juiz, a advogada se excedeu nas afirmações e deveria "saber que investigações em curso, indiciamentos e relatórios de comissões parlamentares de inquérito não se confundem com culpa formada" e acrescenta que, apesar de celebrado, o preceito da presunção de inocência parece "ter perdido a natureza vinculante e peremptória que tinham outrora, ao menos para alguns tipos de crimes, e para alguns tipos de réus".

Coube de Carvalho diz ainda que, deixando de lado "opiniões individuais e o espectro político das partes", a advogada precisaria de uma decisão judicial transitada em julgado - ou seja, sem chance de recurso - que condenasse a Prevent Senior.

Sem a condenação definitiva, para o magistrado, a fala da advogada seria ilícita e poderia se caracterizar como "assassinato de reputação de empresa de grande porte", tipo penal que não existe na jurisprudência brasileira.

"Consideradas as circunstâncias subjetivas e objetivas do caso, e tendo em vista o duplo objetivo de atenuar o dano e desestimular a reiteração da conduta, sem dar ensejo ao enriquecimento sem causa, fixo a reparação por dano moral em trezentos mil reais (R$ 300 mil)", finaliza Coube de Carvalho. Ele ainda fixa os honorários advocatícios em 13% do valor da condenação.

Processo polêmicoNão demorou até que associações se pronunciassem em defesa da advogada. A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de São Paulo (OAB-SP) emitiu nota, classificando a sentença do juiz da 5ª Vara Cível do TJSP como um "ataque frontal ao livre exercício da advocacia" e um "absurdo jurídico".

A Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas de Covid-19 (Avico), entendeu que a condenação "viola frontalmente os princípios constitucionalmente assegurados do contraditório e da ampla defesa".

"O juiz se equivoca ao praticar falsos silogismos na busca de qualificar a atuação da advogada como uma tentativa de macular a reputação da empresa em questão. Ocorre que os apontamentos feitos pela advogada nada mais são do que relativos a dados amplamente divulgados nos meios de comunicação hegemônicos e que já vinham confirmando a atuação criminosa da empresa na medida em que as denúncias se acumulavam", destaca a entidade.

Parcial, misógino e perversoA advogada Bruna Morato classifica a atitude do juiz como parcial, misógina e perversa.

"O juiz foi parcial. Além de desconsiderar todas as provas que eu anexei, ele não me deu a oportunidade de ser ouvida. Ele fez o que fez sem marcar uma única audiência, impedindo que eu prestasse meu depoimento, sendo que sou ré, e sem ter a oportunidade de levar testemunhas. É muito perverso fazer isso num caso como esse", avaliou a advogada.

"Duvido se fosse o [Antônio Carlos de Almeida Castro] Kakay, se fosse o [Alberto] Toron, se fosse qualquer outro grande escritório, se ele teria esse tratamento. Não estou puxando militância desnecessária, não sou aquelas feministas, mas nesse caso, realmente, senti uma tentativa de me calar, não pela condenação, mas, pela forma como foi feito, foi misógino", apontou Bruna.

Além de não ouvir a ré do caso, a única prova documental usada pelo juiz foi o inquérito da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP) devolvido pelo Ministério Público. A polícia pediu pelo arquivamento do processo, mas os procuradores discordaram e pediram mais investigações.

Atualmente, a Prevent Senior é investigada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo nos âmbitos criminal e cível, pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Conselho Regional de Medicina. A empresa também assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que confirmou parte das acusações feitas pelo dossiê na CPI da Pandemia. A íntegra do termo pode ser lida no site pra própria empresa.

O outro ladoA reportagem procurou o Tribunal de Justiça de São Paulo para dar oportunidade de o magistrado Gustavo Coube de Carvalho comentar o teor da matéria, mas a Corte respondeu que o juiz só pode se manifestar nos autos. O advogado Alexandre Fidalgo, que representa a Prevent Senior na ação que condenou a advogada, afirmou que a sentença do juiz foi "certeira".

"O que eu posso dizer é que a sentença que condenou a advogada foi certeira. Tratam-se de acusações fortíssimas que ela fez e sem provas. Sempre que acontece essa situação de alguém acusar alguém sem provas, merece ser punido. O juiz agiu certíssimo", argumenta Fidalgo.

A empresa não se manifestou sobre as acusações feitas pela advogada e por outros médicos na CPI da pandemia.

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TIMES BRASÍLIA

Dia Internacional da Mulher: doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil

Cardiologista alerta para os cuidados com a saúde do coração feminino já que, anualmente, 30% das mortes de mulheres acima dos 40 anos no país correspondem a doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares em mulheres ultrapassam as estatísticas de câncer de mama e de útero e são responsáveis por um terço de todas as mortes no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares respondem por um terço das mortes no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil mulheres por dia. No Brasil, principalmente em mulheres acima dos 40 anos, as cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte, o que corresponde à maior taxa da América Latina. No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a cirurgiã cardiovascular do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Maria Cristina Rezende, ressalta a importância dos cuidados para a saúde do coração.

A médica pontua que o alto índice de mortes serve de alerta para a necessidade de realização de exames e cuidados preventivos por parte da população feminina. De acordo com a profissional, caso a paciente não tenha histórico de doenças cardíacas na família, ainda que não sinta nada, é interessante realizar a primeira visita ao especialista por volta dos 30 anos. "Somente com a consulta o cardiologista poderá, além de aferir a pressão arterial, solicitar a realização de exames laboratoriais e de imagem que possam apontar qualquer alteração. É preciso cuidado e conscientização sobre a importância desse acompanhamento e da prevenção", acrescenta Maria Cristina.

Para a cirurgiã cardiovascular do ICTCor, os principais fatores que prejudicam o bom funcionamento do coração e, consequentemente, podem levar a alterações de suas funções já são bastante conhecidos da sociedade. "A má alimentação, o fumo e o sedentarismo são grandes vilões para a saúde do coração", alerta a cardiologista. "Além deles, as doenças crônicas, como, por exemplo, hipertensão e diabetes também podem agravar a situação", conforme explica a médica.

A cirurgiã ainda ressalta que as mulheres precisam ter atenção, também, com as alterações hormonais ao longo da vida, como, por exemplo, durante a gestação ou menopausa.

"Há combinações que podem ser extremamente perigosas para a saúde do coração. Entre elas podemos citar o cigarro e a pílula anticoncepcional, a falta de atividade física e a dieta inadequada, que levam ao sobrepeso e à obesidade ou, ainda, a ingestão excessiva de bebida alcoólica. Tudo isso, quando feito de forma descontrolada, gera riscos cardiovasculares. Com o envelhecimento, a pressão arterial e o nível de colesterol tendem a aumentar de forma natural. Portanto, quanto mais cedo for feito o controle, maior será a chance de prevenir, identificar e tratar as alterações cardíacas", defende Maria Cristina Resende.

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Assessoria de Comunicação

COMITÊ DE RH 03 03 23x

Adriana (esq.), Sanny, Lorena e Gissely

 

Formado por representantes das instituições associadas, o Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg passa a ser coordenado por Gissely Soares (do associado CDI) e Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim).

Gissely, que já ocupava a secretaria do Comitê desde 2022, é gerente de Recursos Humanos no CDI - Centro de Diagnóstico por Imagem, instituição sob a direção do Dr. Luiz Rassi Jr e Dra. Colandy Nunes Dourado, com mais de 15 anos de experiência em Gestão de Pessoas na área da saúde. Ela é graduada em Recursos Humanos pelo Centro Universitário de Goiás, fonoaudiologia pela PUC-GO, pós-graduada em Gestão de Pessoas por Competência e Coaching pelo IPOG, em Docência do Ensino Superior, tem formação em Coaching e em HR Business Partner pelo IPOG, Lead Assessor ISO pelo IEL Goiás e no PDD- Programa de Desenvolvimento de Dirigentes pela Fundação Dom Cabral.

Sanny é graduada em Psicologia pela PUC-GO-, pós-graduada em Gestão Estratégica de RH e Qualidade em Serviços – Cambury-, tem MBA em Gestão Executiva em Saúde/IPOG, formação em Coaching pela SLAC- Sociedade Latino Americana de Coach, formação Green Belt Lean Six Sigma/IPOG e conta com mais de 15 anos de experiência em todos os subsistemas de Recursos Humanos, com uma carreira construída em organizações de médio e grande porte dos segmentos Indústria Alimentícia, Prestação de Serviços, Software em RH e Hospitalar.

O objetivo deste comitê, que tem reuniões periódicas, é debater temas de interesse dos RHs das instituições associadas e compartilhar informações que possam contribuir com a melhoria contínua da gestão de pessoas na rede Ahpaceg.

Segunda, 06 Março 2023 07:18

CLIPPING AHPACEG 04 A 06/03/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Crise nos planos de saúde irá se estender por 2023 e preços vão subir

Covid: Brasil ultrapassa marca de 1 milhão de doses da vacina bivalente aplicadas

Goiás confirma 54 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, diz SES

Senador Canedo fecha mutirão com mais de 140 exames

Gripe aviária: surto exige atenção, mas especialistas não acreditam no risco de nova pandemia

Março Amarelo e a conscientização sobre endometriose: diagnóstico precoce é o principal aliado da paciente

Novo diretor do Inca promete ampliar controle precoce do câncer

Piso da enfermagem completa seis meses suspenso e sem previsão de solução

Médico de família: especialista cuida de todas as fases da vida

Em Goiás, drive-thrus na área da saúde continuam em alta após pandemia

METRÓPOLES

Crise nos planos de saúde irá se estender por 2023 e preços vão subir

Com prejuízos operacionais bilionários acumulados em decorrência da pandemia de Covid-19, as operadoras de planos de saúde atravessam uma crise financeira sem perspectiva de ser estancada a curto prazo e que vai atingir em cheio o bolso dos consumidores neste ano.

Na última semana, por exemplo, a operadora Hapvida, uma das maiores do país, divulgou balanço com prejuízo líquido de R$ 316,7 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 200 milhões alcançado no mesmo período, em 2021.

O resultado impactou diretamente as ações da companhia, que despencaram 37% em um único dia, o que corresponde a uma perda de R$ 12 bilhões do valor da empresa. Na avaliação de especialistas, o balanço da Hapvida não é um fato isolado e prenuncia números sofríveis que devem marcar o setor nos próximos meses.Para os consumidores, tanto individuais como coletivos, afirmam os mesmos analistas, a consequência desse aperto do setor parece inequívoca: "Aumentos médios de preços dos planos saúde de 10%", afirma Pedro Serra, chefe de pesquisas da consultoria Ativa Investimentos.

"É daí [10%] para cima e, mesmo assim, não é possível saber se as empresas vão realmente conseguir se recompor em 2023", completa o analista.Pressão sobre operadorasHoje, um dos principais fatores de pressão sobre o custo dessas operadoras é expresso pela taxa de sinistralidade do setor. Ela mostra, na prática, a relação entre quanto as pessoas usam os planos e quanto pagam pelo serviço.Números compilados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que esse índice era de 85,8% no terceiro trimestre de 2021. Quando mais próximo de 100%, pior é o resultado para as empresas.

De acordo com Vera Valente, diretora da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 13 grupos de planos e seguros privados, esse indicador chegou a 93,2%, em 2022."É como se, a cada a cada R$ 100 reais de custos das operadoras, R$ 93,20 fossem destinados ao pagamento de despesas assistenciais", diz. "Historicamente, esse número oscila em torno de 85%. Na pandemia, no segundo trimestre de 2020, chegou à mínima de 66%."Problema estruturalEm geral, o aumento do uso dos planos de saúde no último ano tem sido interpretado como uma consequência da demanda reprimida, durante a pandemia, de procedimentos como cirurgias eletivas, aquelas que não são consideradas urgentes. Ou seja, com o arrefecimento da Covid-19, as pessoas realizaram os tratamentos e intervenções cirúrgicas que haviam sido adiados no auge da propagação da doença, entre 2020 e 2021.Ocorre que, para complicar a situação, uma análise feita pela Ativa Investimentos indica que o crescimento do uso dos planos pode não ser conjuntural, mas, sim, estrutural. "Estamos observando uma maior frequência na utilização dos serviços assistenciais (de saúde) e ficamos cada vez mais convencidos de que se trata de uma mudança de hábito pós-pandêmico e não de serviços represados", diz o relatório.

Concentração em empresasHoje, 50,3 milhões de brasileiros têm planos de saúde. Desse total, 41,4 milhões (82%) estão ligados a empresas (35,2 milhões) ou a sistemas de adesão (6,2 milhões). Estes, normalmente, são vinculados a categorias profissionais como sindicatos de advogados, por exemplo. Assim, apenas, 8,9 milhões encaixam-se nas categorias "individual" ou "familiar". É por causa dessa distribuição, altamente concentrada no setor privado, que o total de beneficiários dos planos aumenta à medida que o mercado formal de trabalho melhora no país.Segundo a ANS, entre novembro de 2021 e o mesmo mês de 2022, os planos de saúde registraram um crescimento de 1.638.397 do número de usuários. O avanço equivale à população de uma capital como o Recife. Ainda assim, o acréscimo na clientela não tem sido suficiente para equilibrar as contas do setor.

Na verdade, como se viu, ele pode até piorar a situação, por causa do maior uso dos serviços. É o que parece estar acontecendo. "Só nos três primeiros trimestres de 2022, as operadoras acumularam prejuízos operacionais na casa dos R$ 11 bilhões", afirma Vera Valente, da FenaSaúde.Ela observa que, hoje, 262 empresas do setor possuem receitas que não cobrem as despesas assistenciais, ou seja, estão fechando as contas no vermelho."Elas atendem mais de 20,3 milhões de beneficiários", diz a executiva. "Assim, 40% da saúde suplementar brasileira lida com severos problemas. Antes da pandemia, 160 empresas, com 5 milhões de usuários, estavam nessa situação."

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AGÊNCIA ESTADO

Covid: Brasil ultrapassa marca de 1 milhão de doses da vacina bivalente aplicadas

O Brasil já aplicou mais de um milhão de doses da vacina bivalente contra a covid-19, conforme mostram dados do Vacinômetro do governo federal. As injeções atualizadas começaram a ser aplicadas na última segunda-feira (27/2). País vive momento de aumento de casos da doença. A última atualização do painel do Ministério da Saúde, ocorreu na madrugada deste sábado (4/3), e indica 1.019.082 doses bivalentes administradas.

A orientação da pasta é que, por enquanto, o imunizante atualizado seja aplicado em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença causada pelo coronavírus: idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

São Paulo é responsável por cerca de cinco de cada dez (48,33%) doses aplicadas no País, tendo administrado, no total, mais de 492 mil. Rio de Janeiro (12,65%) e Rio Grande do Sul (8,1%) aparecem logo em seguida no ranking dos Estados que mais aplicaram doses, responsáveis pela aplicação de 128.918 e 82.528 injeções, respectivamente. Acre, Amapá e Roraima, menos populosos, foram as unidades da federação que, por ora, administraram menos doses. Eles aplicaram, respectivamente, 246, 716 e 909 injeções.

Conforme mostrou o Estadão, a vacina bivalente é significativamente mais eficaz em evitar as internações e mortes por covid em relação aos imunizantes originais. A conclusão está em dois estudos preliminares feitos nos Estados Unidos e na Escandinávia e publicados recentemente.

A eficácia da vacina mais recente quando usada como segunda dose chega a 80% contra 65% da inicial. As vacinas chamadas de bivalente induzem a produção de anticorpos contra a cepa original do vírus SarsCov-2 e também das novas variantes que surgiram ao longo da pandemia e hoje são predominantes. Por isso, segundo especialistas, elas são as mais eficientes dentre as disponíveis atualmente.

A marca de um milhão de doses aplicadas é atingida em meio a um aumento de casos da covid no País após as comemorações do carnaval. Conforme mostrou o Estadão, testes apontam alta de 20% em positividade para a doença na semana do carnaval e casos de síndrome respiratória grave por covid aumentaram em 16 Estados. 

Capital paulista amplia público elegível na segunda
Na capital paulista, todos os idosos acima de 60 anos poderão receber a dose atualizada a partir da próxima segunda-feira (6./3). No momento, a cidade vacina idosos acima de 70 anos, além de pessoas maiores de 12 que são imunocomprometidas, indígenas, residentes de instituições de longa permanência e trabalhadores destes locais. 

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A REDAÇÃO

Goiás confirma 54 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, diz SES

O território goiano registrou 54 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Não há registro de mortes pela doneça no mesmo período. Os dados constam no boletim da Saúde de Goiás (SES-GO) publicado neste domingo (5/3).

Com as atualizações, o Estado já soma 1.899.561infecções pelo novo coronavírus e 28.041 óbitos pela doença. Além disso, Goiás investiga 899.798 casos e 60 mortes para saber se há alguma ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 1,48%.

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JORNAL OPÇÃO

Senador Canedo fecha mutirão com mais de 140 exames

Na semana passada, a Prefeitura de Senador Canedo, em parceria com a clínica Boehringer Ingelheim Brasil, promoveu um mutirão de espirometria – exame não invasivo que mede a quantidade de ar nos pulmões ao inspirar e expirar, bem como a velocidade desse processo, sendo muito solicitado no diagnóstico de alergias e doenças respiratórias.

Mais de 140 exames foram realizados no Centro de Especialidades, com o objetivo de agilizar a fila da regulação municipal e prestar atendimento à população que aguardava ser chamada.

Essa ação é um dos projetos para 2023 que tem intenção de zerar as filas de espera. Segundo a secretária de Saúde, Verônica Savatin, outros projetos estão chegando para Senador Canedo. “Estamos trabalhando intensamente para garantir a saúde da população. O prefeito Fernando Pellozo (PSD) e eu estamos indo atrás de ações que ajudem a prestar atendimento de forma mais rápida, buscando convênios, idealizando mutirões de diversas especialidades, tudo para que a gente desafogue a regulação”, disse a secretária.

Robson Araújo, morador do bairro Boa Vista, relata que a iniciativa é fundamental para os moradores. “Isso aqui é muito importante, mostra o cuidado dos governantes e a preocupação em oferecer atendimento rápido. Esses mutirões são bons porque agilizam nosso atendimento, que muitas vezes é demorado em outros municípios, dá pra ver a saúde caminhando aqui em Senador Canedo”, afirmou o morador.

O mutirão de exames liquidou a fila de espera da regulação e, para continuar atendendo a cidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fechou a parceria com a clínica para que o exame seja realizado uma vez por mês no município, proporcionando agilidade na realização do procedimento.

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GLOBO

Gripe aviária: surto exige atenção, mas especialistas não acreditam no risco de nova pandemia

A morte de uma menina de 11 anos no sul do Camboja causada pela influenza A H5N1 acendeu o alerta de possibilidade de uma nova crise sanitária A morte de uma menina de 11 anos no sul do Camboja, na última semana, após ser infectada com a gripe aviária A (H5N1), aumentou o alerta sobre uma nova pandemia. Cientistas estavam inicialmente preocupados que ela pudesse ter sido infectada com o vírus circulante que se espalha em algumas espécies de mamíferos e contaminou um punhado de pessoas desde 2020. Mas especialistas ouvidos pelo GLOBO indicam que o cenário é muito diferente do que antecedeu a pandemia de Covid, há três anos.

O Ministério da Saúde do Camboja pesquisou 12 de seus contatos próximos e apenas seu pai, de 49 anos, testou positivo. As infecções por H5N1 geralmente ocorrem em pessoas que estiveram em contato próximo com aves domésticas e, até o momento, não há evidências de que essa cepa tenha se espalhado entre as pessoas.

- O sequenciamento do genoma feito na semana em que a menina faleceu mostra o mesmo sequenciamento da endemia em animais do Camboja. E apesar da carga viral do pai ser igual à da filha, especialistas do país continuam acreditando na hipótese de ter sido transmitido por animais. O que se sabe é que a família criava cerca de 20 aves em casa - afirma Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do Genetika.

A Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH na sigla em inglês), comunicou, em um relatório do último mês, que há número crescente de casos de gripe aviária em mamíferos, "causando morbidade e mortalidade" em espécies como lontras e focas. Relatos de infecções em visons de uma criação na Espanha aumentaram as preocupações, visto o grande número de animais mantidos próximos e a alta transmissibilidade, aumentando as chances de criação de uma mutação.

Os vírus, especialmente os de RNA, como o da influenza, se adaptam rapidamente a um novo hospedeiro. Um transbordamento indica que o vírus agora tem a chance de se adaptar a um novo hospedeiro. Essa adaptação pode resultar em uma nova cepa capaz de transmitir a doença de pessoa para pessoa.

Surtos em fazendas ameaçam a segurança alimentar e oferecem oportunidades para o vírus se espalhar para os trabalhadores agrícolas. Durante décadas, a doença foi controlada por meio do abate dos animais infectados. Mas agora, com muitos países enfrentando surtos em dezenas de fazendas todos os meses, isso está se tornando insustentável, impactando diretamente na economia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 873 casos humanos de infecção por influenza A (H5N1) e 458 mortes foram relatados em 21 países nos últimos 20 anos.

"Quase todos os casos de infecção por Influenza A (H5N1) em pessoas foram associados a contato próximo com aves infectadas, vivas ou mortas, ou ambientes contaminados por Influenza A (H5N1). Com base nas evidências até agora, o vírus não infecta humanos facilmente e a propagação de pessoa para pessoa parece ser incomum", diz a OMS.

- Precisamos estar sempre vigilantes, apesar de não haver nenhum tipo de recombinação genética da H5N1 capaz de ser passada de humano para humano. E apesar do número de mais de 400 mortes, é preciso analisar contexto e tempo. Os óbitos foram contabilizados durante 20 anos, além disso, a maioria dos infectados tinha contato com aves - analisa o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo.

O relatório da WOAH ainda explica que "a gripe aviária é um problema recorrente" caracterizado por "surtos sazonais esporádicos". Mas o alerta permanece, especialmente às autoridades de saúde animal.

- Não há qualquer registro da doença em aves ou mamíferos brasileiros. No nosso país existe uma grande vigilância veterinária que monitora esses casos. É possível dormir tranquilo mesmo que você conviva com esses animais, basta sempre analisar qualquer indício - finaliza Chebabo.

Nova pandemia

Dados da revista Nature mostram que mais de 50 milhões de aves domésticas morreram da doença ou foram mortas para conter a doença nos Estados Unidos - número semelhante ao da Europa - desde o início de 2022. Mesmo que especialistas afirmem que as infecções em humanos não são alarmantes, a pergunta que resta é: a gripe aviária pode ser interrompida antes de virar uma nova pandemia? Como?

Antecipar-se a isso e bloquear qualquer potencial de transmissão, bem como entender o que o vírus faz em seu novo hospedeiro, é extremamente importante. O aprendizado com a Covid e a produção de vacinas também ajudam a diminuir o pânico de uma nova pandemia.

Filipe Piastrelli, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica não haver motivos para pânico.

- Devemos ficar vigilantes, afinal, é um vírus de contágio pandêmico, porém aprendemos muito com a Covid-19 em relação aos estudos e produção de vacinas e, por ora, não há evidências de contágio de humano para humano - diz Piastrelli, que acrescenta: - Três anos atrás poderia ser um grande problema, mas hoje existe um arsenal de enfrentamento muito maior, especialmente falando no campo de análises, como as tecnologias de biologia molecular e estudo de genomas.

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SALA DA NOTÍCIA

Março Amarelo e a conscientização sobre endometriose: diagnóstico precoce é o principal aliado da paciente

Março, o mês da mulher, também é marcado por uma campanha de conscientização para a saúde feminina, o Março Amarelo. A data busca alertar a população para os sintomas e cuidados com a endometriose, distúrbio que, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, atinge mais de oito milhões de mulheres no Brasil. Comum entre mulheres em período fértil, a endometriose é uma modificação no funcionamento do organismo provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero), que, em vez de serem expulsas na menstruação, seguem no sentido oposto e ficam nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e sangrar. "Os sintomas do distúrbio incluem dor em forma de cólica, dor durante relações sexuais, dor e sangramento ao urinar, fadiga, diarreia, dificuldade de engravidar e até mesmo infertilidade. Além disso, a endometriose pode provocar o aparecimento de um cisto no ovário (endometrioma) e causar complicações em órgãos na cavidade abdominal, na bacia, em parte do intestino grosso, na bexiga, no apêndice e na vagina", alerta a ginecologista e coordenadora médica do Grupo Sabin em São Caetano do Sul, Luciana de Paiva Nery Soares.

Fatores genéticos, imunológicos e hormonais, podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença, que afeta negativamente a qualidade de vida de uma pessoa . "É muito importante estar atento aos sinais que possam indicar a endometriose. Como a doença é de difícil diagnóstico e não tem cura, é preciso atenção para que a paciente não sofra tanto com as consequências que podem até mesmo comprometer a sua fertilidade. É fundamental fazer acompanhamento periódico com exames de rotina, dessa forma qualquer alteração poderá rapidamente ser observada e o diagnóstico realizado precocemente, favorecendo o tratamento adequado, minimizando os impactos da doença no organismo", explica Luciana. O exame clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que deve ser seguido de exames de ultrassom, de sangue e ressonância magnética, e em alguns casos, ela pode ainda ser confirmada com videolaparoscopia. "A ressonância magnética é um método não invasivo com alta acurácia para o diagnóstico e caracterização da endometriose nos diversos compartimentos pélvicos e nas demais localizações extra-pélvicas, auxiliando no adequado tratamento clínico ou cirúrgico", complementa a médica.

O tratamento para a doença inclui medicamentos para amenizar dores e inflamação, além de terapias hormonais e, em casos graves, cirurgia. "É fundamental que a mulher com endometriose seja acompanhada e tratada até o climatério, quando o quadro costuma se atenuar. O acompanhamento multidisciplinar com médico, psicólogo, educador físico e nutricionista, pode oferecer significativa melhora da qualidade de vida destas mulheres", explica a médica. O Grupo Sabin | Fundado em Brasília (DF), em 1984, pelas bioquímicas Janete Ribeiro Vaz e Sandra Soares Costa, o Grupo Sabin é reconhecido pela excelência científica e pela qualidade e precisão dos seus exames. A empresa está presente em 15 estados, além do Distrito Federal, e atende cerca de 7 milhões de clientes/ano. O Sabin tem um portfólio de mais de 7,4 mil exames disponíveis em seus serviços de Análises Clínicas, Diagnósticos por Imagem e Check-up Executivo, e oferece mais de 20 imunizantes no serviço de Imunização.

Em 2021, a empresa ampliou sua atuação por meio da plataforma integradora de serviços de saúde, Rita Saúde, e da Amparo Saúde, que oferece Atenção Primária à Saúde e gestão de saúde de grupos populacionais para empresas.

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MEDICINA S/A

Novo diretor do Inca promete ampliar controle precoce do câncer

O novo diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Roberto Almeida Gil, que tomou posse na última sexta-feira (3), prometeu aumentar controle precoce do câncer. Com atuação na área de oncologia desde 1977, com passagem pela chefia do Serviço de Oncologia Clínica e do Programa de Residência Medica de Oncologia Clínica, ambos do Inca, Gil destacou que o câncer caminha para ser a primeira causa de mortalidade no mundo. Mas que o trabalho na prevenção e no controle da doença pode salvar vidas.

"Segundo a estimativa de 2023 de incidência e controle do câncer, que o Inca lançou no ano passado, são esperados 704 mil novos casos de câncer no Brasil para cada ano no triênio 2023 a 2025. A Organização Mundial da Saúde estima que 6 milhões de mortes prematuras pela doença poderiam ser evitadas com conscientização, planejamento, prevenção e controle da doença. Queremos reforçar nosso papel de instituto nacional, trabalhando sinérgica e intensamente com o Ministério da Saúde, que adotou neste governo o [combate ao] câncer como uma de suas prioridades". Ele reforçou também a intenção de fortalecer as áreas e ensino e pesquisa da instituição, aprimorando o trabalho assistencial à população e de produtor de conhecimento do Inca.

"Queremos continuar formando estratégias de prevenção e detecção precoce, manter e aprofundar o nosso papel mundialmente reconhecido do controle do tabagismo, que tem os velhos atores com novas metodologias para manter a escravidão pela nicotina. É um trabalho muito sério."

Ministério da Saúde

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a afetividade e empatia no trabalho de Gil durante toda a sua carreira. De acordo com ela, o Inca tem papel fundamental dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e vai colaborar no programa de redução de filas e no apoio à estratégia nacional na área de oncologia.

"Ao mesmo tempo que o Inca é um instituto sediado no Rio de Janeiro, com papel fundamental na assistência diretamente prestada, reforçaremos esse papel de referência, numa agenda de trabalho conjunta para todo o sistema de saúde e também para toda a nossa cooperação internacional."

A ministra ressaltou que o governo está trabalhando em conjunto, com ações interministeriais, para a vigilância relacionada ao câncer, tema que sempre esteve na pauta do Inca e será reforçado a partir de agora.

"Temos muitos desafios. O Brasil avançou de maneira incomparável no controle do tabagismo, tendo participação ativa na Convenção-Quadro [para o Controle] do Tabaco, com papel de destaque nacional e internacionalmente. Não podemos perder essa conquista. Neste momento, olhamos no Ministério com preocupação para a regulação do cigarro eletrônico, são pautas que nós não excitaremos em trabalhar, em contar com o Inca para a devida fundamentação técnica e científica".

Outas questões que serão tratadas pelo governo, segundo Nísia Trindade, é a questão do tabagismo na juventude, a alimentação saudável e os agrotóxicos, "pontos que seguramente o Ministério da Saúde, unido a outros ministérios, terá que avançar muito."

Carreira

Oncologista clínico, Roberto de Almeida Gil é graduado em medicina pela Escola Medica do Rio de Janeiro da Universidade Gama Filho, em 1977, e fez especialização em oncologia clínica pelo Inca, finalizada em 1981. Ainda no instituto, chefiou o Serviço de Oncologia Clínica e coordenou o Programa de Residência Medica de Oncologia Clínica.

Entre 2003 e 2005, foi presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e também é membro da American Society of Clinical Oncology (Asco) e membro titular da European Society of Clinical Oncology (Esmo). 

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BLOG DO BG

Piso da enfermagem completa seis meses suspenso e sem previsão de solução

O piso salarial nacional da enfermagem completa seis meses de suspensão neste sábado (4) e ainda não há uma estimativa de quando o Supremo Tribunal Federal (STF) vai autorizar a retomada da medida. O principal impasse para a liberação do piso é a indicação por parte do governo federal de onde sairão os recursos para bancar os salários.

Enquanto nada é resolvido, os profissionais contemplados pelo piso prometem fazer uma paralisação de até 24 horas na próxima sexta-feira (10) em todos os estados do país para pressionar as autoridades a solucionar a questão - o grupo chegou a sinalizar com uma greve geral por tempo indeterminado, mas mudou de ideia. A classe tem demonstrado irritação com a demora e feito reuniões constantes com membros do governo para cobrar respostas.

O piso foi instituído em 2022 a partir da aprovação de um projeto de lei no Congresso Nacional, posteriormente sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a lei, enfermeiros passam a receber um salário mínimo inicial de R$ 4.750, a ser pago em todo o país por serviços de saúde públicos e privados.

Além disso, a remuneração mínima de técnicos de enfermagem será de 70% do piso nacional dos enfermeiros (R$ 3.325), enquanto o salário inicial de auxiliares de enfermagem e parteiras corresponderá a 50% desse piso (R$ 2.375).

A lei foi sancionada em 4 de agosto do ano passado, mas um mês depois o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a norma e posteriormente o plenário do STF confirmou a decisão. O piso foi congelado por pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que alegou que a norma poderia trazer uma série de prejuízos, como demissões em massa, fechamento de leitos por falta de pessoal e atrapalhar a organização financeira de estados e municípios.

Outro motivo que pesou para a suspensão do piso foi a falta de indicação do orçamento para viabilizar o pagamento dos salários. Só em dezembro o Congresso passou a discutir o assunto e foi promulgada uma emenda constitucional estabelecendo que recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social seriam usados para financiar o piso no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços, com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

A alternativa encontrada pelo parlamento, no entanto, não foi suficiente para liberar o piso. Segundo Barroso, ainda falta uma lei para regulamentar as regras instituídas pela emenda constitucional.

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ESPAÇO LIVRE NOTÍCIAS

Médico de família: especialista cuida de todas as fases da vida

Diferente do médico generalista e dos demais especialistas, a Medicina de Família e Comunidade é hoje uma especialidade médica, que se insere na Atenção Primária à Saúde.

Também chamado de 'médico de confiança', médico da família é preparado para atender pessoas em todas as fases da vida. Sempre dentro do contexto e das complexidades dos pacientes, atua na promoção, prevenção, tratamento e recuperação da saúde.

"O médico que escolhe a Medicina de Família e Comunidade atua nas Unidades Básicas de Saúde-UBS/SUS. Até mesmo a medicina suplementar tem organizado equipes com modelagem semelhante para cuidado primário. Isso acontece porque a abordagem familiar e comunitária é uma estratégia eficiente e eficaz para o cuidado à saúde, o que é hoje amplamente evidenciado em diversos estudos no mundo", explica Dr. André Luiz Baião Campos, prof.do curso de Medicina/Unit e coordenador do Programa de Integração do Ensino à Saúde da Família- PIESF.

"Ademais, o cuidado é continuado gerando vínculo com o paciente. Além do cuidado a eventuais doenças, o médico de família trabalha com a gestão de riscos de adoecer, prevenção e promoção de saúde. Ao ampliar o olhar para a família e comunidade, faz ações também em âmbito coletivo, indo na raiz de problemas fundamentais para a saúde", completa.

De acordo com o médico, um dos grandes desafios da área é a formação, já que grande parte dos profissionais com atuação nas UBS não têm formação específica.

"Muitos atuam de forma temporária, não como carreira. Outro desafio é a cultura de fragmentação e mercantilização do cuidado à saúde, a ultra especialização e relação de consumo associada a procedimentos, medicamentos e recursos diagnósticos", pontua.

O profissional médico que se interessa pela carreira de médico de família e comunidade deve, de acordo com Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade - SBMFC, prestar a prova de título. Todas as informações em www.sbmfc.org.br .

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DIÁRIO DO ESTADO

Em Goiás, drive-thrus na área da saúde continuam em alta após pandemia

Modalidade é bastante aceita pelos pacientes porque diminui o tempo de espera relacionado à estacionamento

Há tempos, o modelo de atendimento drive-thru caiu no gosto popular quando o assunto é alimentação, principalmente a famosa fast food. E a pandemia de Covid-19 trouxe esse modelo também para a área da saúde.

A necessidade de um atendimento rápido e a proteção no interior dos carros, sem ter que se expor em ambientes mais abertos, levaram muitos pacientes a optarem por essa forma de assistência.

E dezenas de laboratórios implantaram postos drive-thru em Goiânia e no interior. Hoje, mais dois anos depois, muitos já fecharam as portas, mas há aqueles que resistem e seguem como uma alternativa para quem prefere a comodidade de ser atendido sem sair do carro.

A sócia-diretora de um laboratório de Goiânia, Maria Ordália, explicou ao Diário do Estado (DE) que a modalidade drive-thru é bastante aceita pelos pacientes porque diminui o tempo de espera relacionado à estacionamento.

“É prático, mais ágil porque o cadastro pode ser feito no interior do próprio carro, favorece os pacientes que têm mobilidade reduzida e acima de tudo, faz com que o paciente se sinta mais seguro e protegido no interior do próprio carro sem precisar estar em ambientes com aglomerações”, diz.

Ela complementa que desde o início da pandemia a empresa realizou cerca de 500 mil exames para Covid-19 e cerca de 25 % deles foi realizado em modalidade drive-thru. “Atualmente, metade dos pacientes que vai a uma de nossas unidades drive-thru colhe outros exames laboratoriais não necessariamente relacionados à Covid-19”, frisa.

O perfil de pacientes que optam pela modalidade drive thru é variado. Maria afirma que vai desde idosos com mobilidade reduzida a jovens temerosos com os riscos de aglomeração. “Mesmo com a diminuição de casos e óbitos por Covid-19, as pessoas gostaram dessa modalidade. Aqui vem idosos, adultos, pessoas com mobilidade reduzida e até jovens que não gostam de aglomerar. Além disso, preferem o drive thru devido a praticidade”, frisa.

Antes mesmo da pandemia da Covid-19 começar, estudos já apontavam que a demanda por exames cresceria, a exemplo das projeções do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Elas indicam que o número de exames deve mais que dobrar de 2015 até 2030, chegando a movimentar mais de R$ 25 bilhões por ano.

Com a pandemia, o setor conseguiu fornecer um atendimento mais personalizado e privado. “Nas coletas domiciliares, atendemos todo o protocolo de segurança, como a proteção de sapatos. Fazemos os agendamentos, com dia e hora marcada, deixando assim o paciente muito mais satisfeito em relação à comodidade, conforto e segurança. Houve também uma mudança no comportamento do paciente, que antes vinha buscar o resultado impresso, mas hoje já prefere acessar o site ou solicitar o envio por WhatsApp”, explica.

Nesse contexto, Ordália prevê que a população irá buscar mais a modalidade drive thru no futuro. “É uma modalidade de serviço prática e rápida. Hoje em dia as pessoas têm menos tempo e o drive-thru veio para contemplar essa geração pós-moderna. Apesar de a modalidade foi pensada para que a possibilidade de contaminação seja menor, visto que o paciente poderá permanecer dentro do veículo, hoje os pacientes a enxerguem pela comodidade e segurança”.

O cenário atual exige que os processos laboratoriais sejam muito bem administrados para que os atendimentos sejam realizados de forma eficiente e os efeitos da pandemia sejam mitigados. Os desafios a serem superados pelos laboratórios estão ligados à adaptação a essa nova realidade, mas sem se esquecer das outras doenças que necessitam da realização de exames e demandam procedimentos clínicos.

“Tivemos alteração da demanda e do fluxo para o atendimento de pacientes, mas é preciso lembrar que a população continua adoecendo, pois as demais doenças não desapareceram. Os pacientes precisam de atendimento, tratamento e acompanhamento adequado. Portanto, seguimos funcionando, mas com ajustes essenciais”, explica a gestora.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 03 Março 2023 07:41

CLIPPING AHPACEG 03/03/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Piso da enfermagem lidera participação popular nos canais da Câmara dos Deputados em 2022

Como funciona a vacina universal contra gripe, que pode estar disponível em dois anos

Hapvida precisa reduzir sinistralidade, mas tem liquidez financeira, diz Fitch

Operação cumpre mandados em investigação de desvio de dinheiro em OS que administrava hospitais de Goiás durante a pandemia

Anvisa aprova 1ª vacina contra a dengue de uso amplo; eficácia é de 80%

Aumento da obesidade preocupa especialistas

Saúde prepara campanha de vacinação contra monkeypox após risco de perder doses

Inovação social farmacêutica para doenças raras

Do cinema aos hospitais

Artigo - Por que as mulheres ainda recebem menos que os homens na medicina?

AGÊNCIA TOCANTINS

Piso da enfermagem lidera participação popular nos canais da Câmara dos Deputados em 2022

O projeto de lei que institui o piso salarial nacional dos profissionais de enfermagem foi o que mais mobilizou os usuários dos veículos de comunicação e redes sociais da Câmara dos Deputados no ano passado. A proposta atingiu 3,6 milhões de interações, que se somam aos 2,2 milhões de interações da proposta de emenda constitucional que inclui esse piso na Constituição. Essa proposta está no terceiro lugar do ranking. Tanto o projeto como a emenda foram aprovados e estão em vigor.

O segundo lugar do ranking é a proposta de emenda constitucional da reforma administrativa, que foi apresentada pelo governo passado, em 2020. Ao contrário do piso da enfermagem, que registrou maioria de votos e comentários favoráveis, a reforma administrativa obteve maioria de votos de usuários contrários. Veja abaixo os dez primeiros lugares do ranking:

1) PL 2564/20 - Cria o piso salarial nacional da enfermagem

Interações: 3.650.856

Situação: virou lei

2) PEC 32/20 - Reforma administrativa

Interações: 2.642.083

Situação: pronta para votação no Plenário da Câmara

3) PEC 11/22 - Coloca o piso salarial da enfermagem na Constituição

Interações: 2.283.466

Situação: virou emenda constitucional

4) PEC 15/22 - PEC do Estado de Emergência

Interações: 2.065.856

Situação: virou emenda constitucional

5) MP 1076/21- Institui Benefício Extraordinário para famílias beneficiárias do Programa Auxílio Brasil

Interações: 1.710.250

Situação: virou lei

6) PEC 32/22 - PEC da Transição

Interações: 878.453

Situação: virou emenda constitucional

7) PL 1559/21 - Estabelece piso salarial para farmacêuticos

Interações: 861.884

Situação: está na Comissão de Trabalho

8) PL 442/91 - Exploração de jogos e apostas em todo o País

Interações: 615.415

Situação: aprovado na Câmara e enviado ao Senado

9) PL 2858/22 - Concede anistia para crimes políticos e eleitorais praticados a partir do dia 30 de outubro, término do segundo turno eleitoral

Interações: 594.727

Situação: está na Comissão de Constituição e Justiça

10) PL 718/22 - Determina a cobrança do Imposto de Importação em todas as compras eletrônicas

Interações: 543.491

Situação: Arquivado pelo autor

O relatório executivo de participação popular analisa as proposições com maior número de visualizações e interações nos diversos canais de comunicação e relacionamento da Câmara dos Deputados e apresenta um panorama do que está sendo dito pelas pessoas.

Por trabalhar com um universo bem definido (apenas canais da Casa), seus dados não representam a população brasileira, focando somente os pontos de vista dos cidadãos que entraram em contato direto com a Câmara.

O relatório é produzido pela Coordenação de Relacionamento, Inteligência e Participação da Diretoria Executiva de Comunicação e Mídias Digitais.

A maioria das interações se dá pelos chat do YouTube e pelas enquetes dos projetos no site da Câmara. Além desses canais, há as demais redes sociais institucionais, as notícias do portal da Câmara na internet e os contatos via Central de Comunicação Interativa (Disque-Câmara e Fale Conosco).

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ÉPOCA NEGÓCIOS

Como funciona a vacina universal contra gripe, que pode estar disponível em dois anos

O resultado de um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, animou a comunidade científica, que há anos conduz pesquisas para tentar desenhar uma vacina universal contra a gripe. Agora, ela pode estar mais próxima.

Em um artigo publicado na revista Science em novembro, o grupo de cientistas afirma que desenvolveu uma vacina de RNA mensageiro (mRNA) capaz de codificar antígenos de todos os 20 subtipos conhecidos de vírus influenza A e linhagens de vírus influenza B - causador da gripe. A previsão dos pesquisadores é que o imunizante esteja disponível para o público em dois anos.

"Esta vacina multivalente provocou altos níveis de anticorpos de reação cruzada", afirmaram os pesquisadores. A reação cruzada acontece quando uma vacina é desenhada para proteger contra um certo tipo de variante, mas também protege contra outras. "Os animais testados reagiram a todos os 20 antígenos codificados. Nossos estudos indicam que as vacinas de mRNA podem induzir simultaneamente anticorpos contra múltiplos antígenos", afirmaram os cientistas.

As vacinas atuais contra a gripe são sazonais, o que significa que oferecem proteção apenas contra cepas circulantes recentes, e não contra novas cepas que poderiam causar uma pandemia. A cada ano, as cepas circulantes variam devido à alta capacidade de mutação do vírus, o que torna necessária a produção de novas versões da vacina.

Anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulga as linhagens que estão circulando no mundo. Elas são importadas de laboratórios-referência da OMS e, então, usadas para a produção do imunizante sazonal - aquele que a população toma todos os anos.

"O influenza é um vírus muito único em algumas características, e uma delas é essa variedade de subtipos, que são os nomes que conhecemos como H1N1, H3N2. Esses números se referem a estruturas que ele tem na parte de fora. Quando se tem uma variação muito grande nesse tipo de estrutura, fica muito difícil atacar todos de uma vez. A dificuldade molecular do vírus sempre foi um desafio", explica Laura Marise, farmacêutica bioquímica e doutora em Biocências e Biotecnologia.

A tecnologia de mRNA permite que se tenha uma plataforma "plug and play", isto é, o laboratório só tira ou acrescenta pedaços de proteína para criar a vacina desejada a fim de atacar determinado vírus. No caso do imunizante desenvolvido pelos pesquisadores da Pensilvânia, foram misturados 2,5 microgramas de cada um dos 20 subtipos de vírus influenza.

"A tecnologia de mRNA já era conhecida antes da pandemia, mas não factível. A covid-19 alavancou os estudos e tirou do papel os investimentos que faltavam para a gente construir uma vacina que fosse efetiva", observa Laura.

"Um dos grandes avanços do século 21 até agora foram as vacinas de mRNA, porque a gente consegue reduzir o tempo e o custo de produção de vacinas numa taxa altíssima. A velocidade com que a gente vai conseguir desenvolver novas vacinas a partir de agora, e para diversas doenças, é muito alta", acrescenta a biomédica.

Uma vacina universal no Brasil, por exemplo, teria potencial de reduzir custos com armazenamento, logística e com a divulgação das campanhas de vacinação. Ainda é cedo, no entanto, para dizer se a vacina universal contra a gripe vai proteger durante um longo período ou se ainda terá que ser reforçada ano a ano.

"Minha aposta é que ela pode ser semelhante a uma vacina contra o tétano, cujo reforço é feito a cada dez anos. Mas isso só será mostrado depois dos ensaios clínicos [testes em humanos], porque é preciso entender se os anticorpos que essa vacina vai produzir serão duradouros", observa Laura.

Butantan vai iniciar testes de vacina tetravalente

Atualmente, no Brasil, estão disponíveis a vacina contra a gripe trivalente e a tetravalente, mas esta última apenas na rede privada. O Instituto Butantan vem trabalhando no desenvolvimento de uma tetravalente para ser distribuída pelo SUS - nesta semana, a Anvisa autorizou o início da fase 3 do ensaio clínico dessa vacina tetravalente.

O imunizante quadrivalente do Butantan é composto por duas cepas de vírus influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e outras duas cepas do vírus tipo B (linhagens Victoria e Yamagata). Segundo o instituto, diversos estudos da literatura médica mostram que a inclusão de mais uma cepa B aumenta a efetividade da vacina.

Por manter os mesmos processos fabris de produção da trivalente, atual vacina do Butantan, tendo apenas um acréscimo de monovalente da cepa B, a Influenza tetravalente entrou direto para a fase 3 de ensaios clínicos. Nessa etapa, os cientistas vão avaliar a capacidade do imunizante de induzir produção de anticorpos nos voluntários.

O protocolo da fase 3 já havia sido desenhado em 2019, mas a pandemia prejudicou o recrutamento de voluntários, e apenas o grupo de adultos de 18 a 59 anos atingiu o número necessário (5 mil participantes). Nesta reabertura da fase 3, o objetivo é incluir no estudo um total de 977 crianças entre 3 e 8 anos, 510 adolescentes de 9 a 17 anos e 749 idosos acima de 60 anos.

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MONITOR MERCANTIL

Hapvida precisa reduzir sinistralidade, mas tem liquidez financeira, diz Fitch

A Fitch Ratings atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo 'AAA (bra)' à proposta de quarta emissão de debêntures quirografárias da operadora de saúde Hapvida Participações e Investimentos S.A., com garantia financeira da sua subsidiária integral Ultra Som Serviços Médicos S.A. A emissão, no valor de até R$750 milhões, possui vencimento final em 2024. Os recursos deverão ser utilizados para reperfilamento de dívida e reforço de caixa. A Fitch classifica a Hapvida com o Rating Nacional de Longo Prazo 'AAA (bra)'/perspectiva estável.

O relatório da Agência de Classificação de Risco, divulgado nesta quinta-feira, destacou que o rating da Hapvida reflete o seu destacado posicionamento de mercado na fragmentada e competitiva indústria de saúde suplementar no Brasil. A classificação também incorpora a dinâmica do setor de saúde menos resiliente do que a inicialmente esperada, ainda que, a longo prazo, os fundamentos de demanda se mostrem fortes. "A liquidez e a flexibilidade financeira da Hapvida são fortes e representam importantes fatores de suporte ao rating".

A agência disse que a Hapvida precisa reduzir os índices de sinistralidade, fortalecer as margens operacionais e reduzir a alavancagem líquida para patamares abaixo de 2,5 vezes. A análise incorpora um aumento da alavancagem líquida em 2022, incompatível com o rating, e redução deste índice para cerca de 3,0 vezes em 2023 e para menos de 2,5 vezes em 2024. Frustações nas expectativas de redução da alavancagem devem resultar em ações de rating negativas. Um ambiente de negócios mais favorável, com índices de inflação menores e recomposição de preço nos contratos, combinado a um volume mais baixo de investimentos, serão fatores-chave para o sucesso da Hapvida na redução da alavancagem. A Fitch também não vê espaço, a curto prazo, para novas aquisições financiadas por dívida, sem que as classificações sejam fortemente pressionadas.

A perspectiva estável contempla a expectativa de redução da sinistralidade em 2023, resultando no fortalecimento da geração de caixa e das margens operacionais da Hapvida, bem como a retomada de fluxos de caixa livre (FCFs) positivos.

Espaço Publicitário

A combinação de negócios entre a Hapvida e a Notre Dame Intermédica Participações S.A. (NDI), concluída em fevereiro de 2022, resultou na liderança do grupo na pulverizada e competitiva indústria de saúde suplementar brasileira, com participação de mercado estimada em 17% em número de beneficiários. Este movimento levou à maior diversificação do portfólio de produtos do grupo, além da ampliação de sua cobertura geográfica. Ao final de dezembro de 2022, a companhia possuía 16,1 milhões de beneficiários, sendo 9,1 milhões vinculados a planos de saúde e 6,9 milhões, a planos odontológicos, além de uma rede assistencial própria, composta por 87 hospitais (com 5,3 mil leitos) e 328 clínicas, 271 laboratórios de diagnóstico por imagem e análises clínicas e 75 unidades de pronto-atendimento distribuídas por 19 dos 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal.

Fluxo de caixa

A Hapvida gerou fluxo de caixa das operações (CFFO) negativo em 2022, em torno de R$ 800 milhões, pressionado pelas maiores despesas com juros e pelo impacto no capital de giro decorrente da combinação de negócios com a NDI. Em 2023, o CFFO deve ficar em R$ 1,6 bilhão, refletindo o aumento esperado no Ebitda. O fortalecimento da geração de caixa e a flexibilidade da Hapvida em reduzir seus investimentos serão importantes para reverter o FCF para positivo em 2023, para R$ 1,3 bilhão, após geração negativa em R$ 2,6 bilhões em 2022. Para 2024, o CFFO deve ser de R$ 3,0 bilhões e o FCF, de R$ 2,7 bilhões. O cenário-base considera investimentos médios anuais de R$ 350 milhões e ausência de distribuição de dividendos no biênio 2023-2024. A Hapvida deve desembolsar aproximadamente R$ 770 milhões em 2023, referentes a aquisições já anunciadas.

Segundo a Fitch, o rating da Hapvida incorpora os fortes fundamentos de demanda do setor de saúde, apoiados no envelhecimento da população e no potencial de expansão da taxa de cobertura dos planos em relação à população, atualmente em 25%. Os avanços em diagnósticos e tratamentos de doenças e a carência de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) também sustentam a procura pelo setor privado. Os movimentos de consolidação e verticalização no setor devem aumentar a concorrência a médio prazo. Diante deste cenário, as operadoras de saúde precisam manter o controle de seus índices de sinistralidade, a fim de preservar sua rentabilidade, considerando, ainda, um ambiente de regulação de preços e coberturas de serviços pela Agência Nacional de Saúde (ANS).

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PORTAL G1

Operação cumpre mandados em investigação de desvio de dinheiro em OS que administrava hospitais de Goiás durante a pandemia

Sócios de empresas privadas contratadas pela OS repassavam parte dos valores recebidos para outras empresas, de fachada, comandadas pelos gestores organização. Seis mandados são cumpridos.

Por Thauany Melo, g1 Goiás

A Polícia Federal cumpre seis mandados de busca e apreesão em Goiânia. A operação tem o objetivo de investigar o desvio de recursos públicos na área da saúde por parte de uma organização social (OS), durante a pandemia de Covid-19, em 2020.

Conforme a investigação da PF, os sócios de empresas privadas contratadas para prestarem serviços para a OS que gere hospitais públicos repassavam parte dos valores recebidos de volta para outras empresas, de fachada, comandadas pelos gestores da OS. Foram apreendidos veículos e documentos.

g1 questionou a Polícia Federal sobre os alvos e não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Como os nomes não foram divulgados, não foi possível localizar a defesa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa, segundo a PF. As penas máximas, somadas, podem atingir 37 anos de reclusão.

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AGÊNCIA ESTADO

Anvisa aprova 1ª vacina contra a dengue de uso amplo; eficácia é de 80%

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (2/3), uma nova vacina contra a dengue, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda. O produto, batizado de Qdenga, teve eficácia de 80% nos estudos clínicos.

Ele é o segundo imunizante contra a doença a receber registro no Brasil, mas o primeiro que poderá realmente mudar o curso das epidemias da doença. Isso porque a primeira vacina, do laboratório Sanofi Pasteur e aprovada no País em 2015, foi descartada pela maioria dos países como estratégia de prevenção por ser recomendada apenas para quem já contraiu algum sorotipo da dengue, já que aumenta a ocorrência da forma grave da doença em pessoas nunca antes infectadas pelo vírus. Ela ainda tem pode ser aplicada somente para o público de 9 a 45 anos.

Já o imunizante da farmacêutica japonesa é indicado para pessoas de 4 a 60 anos, com ou sem histórico prévio de dengue. O produto protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

De acordo com a Anvisa, a vacina será administrada via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. "A demonstração da eficácia da vacina Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, de fase 3, randomizado e controlado por placebo, conduzido em países endêmicos para dengue com o objetivo de avaliar a eficácia, segurança e imunogenicidade da vacina", justificou ao órgão ao anunciar a aprovação.

Segundo a Takeda, os estudos clínicos da Qdenga tiveram 28 mil participantes, com acompanhamento de mais de quatro anos dos voluntários da última fase do estudo. Além da eficácia geral de 80,2%, o imunizante alcançou 90,4% de proteção contra hospitalizações pela doença 18 meses após a vacinação.

A Qdenga é feita com vírus vivo atenuado do sorotipo 2 do vírus da dengue. A Anvisa destacou que o imunizante recebeu recomendação positiva da agência sanitária europeia (EMA) e teve sua comercialização aprovada no continente em dezembro do ano passado. Ainda de acordo com a Anvisa, a análise técnica que embasou a aprovação da vacina contou com um painel de discussão com especialistas no tema, realizado em janeiro.

Registro
A Takeda entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021. O processo, segundo a agência, foi demorado porque foram solicitados dados complementares. A vacina, diz a agência, "segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa". Ainda não há previsão de quando a vacina estará disponível no mercado. Antes, ela precisará passar pelo processo de precificação junto à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que costuma durar meses.

Também não é possível dizer ainda se o produto será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para ser oferecido em campanhas nacionais de vacinação. Para isso, uma avaliação de custo-efetividade é feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), instância vinculada ao Ministério da Saúde.

Dessa forma, é improvável que o produto esteja disponível já para a atual temporada de alta de casos, que tradicionalmente vai de fevereiro a abril. De acordo com dados mais recentes do ministério, houve aumento de 46% no número de casos de dengue neste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

A vacina do Instituto Butantan, única a entrar na fase final de estudos além dos produtos da Sanofi e Takeda, registrou 79,6% de eficácia nos testes de fase 3, conforme dados preliminares, mas só deverá ter sua pesquisa concluída e resultados finais conhecidos em 2024. 

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CORREIO BRAZILIENSE

Aumento da obesidade preocupa especialistas

A Federação Mundial da Obesidade (FMO) divulgou ontem (2) o Atlas 2023, um estudo com novos números da obesidade no mundo - e eles assustam. Segundo a entidade, mais da metade da população mundial (51%) estará com sobrepeso ou obesa até 2035, caso nenhuma medida mais efetiva seja tomada para conter esse quadro. Serão mais de 4 bilhões de pessoas fora do peso em um intervalo de 12 anos.

Atualmente, uma a cada sete pessoas tem obesidade no mundo. A projeção para 2035 é de um para quatro, ou seja, quase 2 bilhões de pessoas terão índice de massa corporal (IMC) superior a 30.

Ainda segundo o relatório, publicado dois dias antes do Dia Mundial da Obesidade (4), as crianças e os adolescentes são a maior preocupação das autoridades de saúde, especialmente em países com populações de baixa renda, em que as condições sanitárias e nutricionais não cumprem os parâmetros de segurança alimentar auditados pela Conferência Mundial da Alimentação (CMA). Em 2035, a previsão é de que 400 milhões de crianças tenham obesidade no planeta. No Brasil, o crescimento seria de 4,4% por ano, índice considerado muito alto pela FMO.

A obesidade é uma doença grave, com várias complicações associadas como hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, além do risco de alguns tipos de tumores (câncer) e morte precoce.

Os dados também afetam a população adulta. Atualmente, mais de 40% dos adultos brasileiros estão obesos, o que já é um nível considerado alto. O crescimento projetado de 2020 a 2035 é de 2,8% por ano, com um impacto econômico no setor de saúde que deve ultrapassar os US$ 19 milhões de dólares em 2035.

Nos últimos anos, o Brasil também assistiu à queda do número de cirurgias bariátricas. Entre 2017 e 2022, o Brasil realizou 315.720 mil cirurgias bariátricas, sendo 252.929 cirurgias, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS, até 2021) , via planos de saúde; 16.000 feitas de forma particular; e 46.791 (incluindo

2022) procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Antônio Carlos Valezi, o número, no entanto, não representa 1% dos pacientes portadores de obesidade que possuem indicação cirúrgica para o tratamento da doença no país.

Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), reforça as estratégias individuais para conter esse quadro preocupante: hábitos de vida saudáveis, com alimentação balanceada e prática regular de atividade física. No entanto, ele atribui às autoridades públicas a propagação de ações que incentivem a prática diária de exercícios e o consumo saudável de alimentos, assim como a taxação de produtos associados ao maior risco de obesidade, como, por exemplo, os ultraprocessados, o que já ocorre em países desenvolvidos.

Caso contrário, se nada for feito, o que seria apenas uma projeção para a próxima década, se transformará em realidade.

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O GLOBO

Saúde prepara campanha de vacinação contra monkeypox após risco de perder doses

O Ministério da Saúde deve iniciar, no dia 13 de março, uma campanha de vacinação contra monkeypox (também chamada de mpox) em todo o país. A pasta corre contra o tempo para não perder cerca de 50 mil doses do imunizante Jynneos, com uso autorizado pela Anvisa até agosto deste ano. A ação foi acertada em reunião da Secretaria de Vigilância em Saúde durante a tarde dessa quinta-feira.

- O Ministério da Saúde iniciará a distribuição aos estados ao longo da próxima semana. A depender da organização de cada estado, acredita-se que a vacinação seja iniciada em 13 de março - afirmou a SVSA ao GLOBO.

Segundo a pasta, o esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas, para o seguinte público: pessoas com HIV/AIDS; homens cisgêneros (que se identificam com o sexo biológico), travestis e mulheres transexuais com idade igual ou superior a 18 anos; e pessoas com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.

Além do grupo citado, a imunização também estará disponível para casos de pós-exposição ao vírus - quando a pessoa tem contato íntimo com um paciente infectado com mpox. Conforme o ministério, "serão enviadas doses suficientes para atender às cerca de 16 mil pessoas desse grupo, com duas doses cada".

As doses desembarcaram no país em outubro do ano passado, na gestão do ex-ministro Marcelo Queiroga, mas não chegaram a ser utilizadas. O prazo estipulado pela Anvisa para uso se encerraria em 26 de fevereiro, mas a agência reguladora o estendeu por mais seis meses após pedido do ministério. O imunizante também é usado para prevenção da doença nos Estados Unidos e na Europa.

São mais de 10 mil registros de monkeypox no Brasil e mais de 2 mil suspeitos, segundo o último informe do Ministério da Saúde. No ano passado, 15 brasileiros morreram pela doença, sendo 5 no Rio de Janeiro. O Brasil apresenta estabilidade no aparecimento de novos casos desde dezembro, com queda a partir de agosto de 2022. Ainda assim, ao prorrogar a autorização do imunizante, a diretora da Anvisa Meiruze Freitas lembrou que a OMS mantém o status de emergência de saúde internacional, de julho do ano passado.

Além disso, para a diretora, "aplicar a vacina pode beneficiar brasileiros, especialmente os que se encontram em situação de maior vulnerabilidade de saúde". Atualmente não existem medicamentos registrados no Brasil para o tratamento da doença.

Os sintomas aparecem, geralmente, de seis a 21 dias após a exposição ao vírus, explica o médico membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Antônio Bandeira. Depois desse período, a pessoa infectada pode apresentar mal-estar e febre, e de dois a três dias, começam as erupções na pele. "As erupções vão se formar como vesículas semelhantes à catapora, que com o tempo formam pus, escurecem e descamam", afirma.

- Os riscos são relacionados ao local das erupções. Por exemplo, se ela está próxima ao olho, pode gerar uma lesão na córnea. Pacientes imunocomprometidos podem ter um quadro agravado. - esclarece.

Conforme o infectologista, a prevenção é evitar o contato com pessoas contaminadas. Como a mpox tem alta transmissão por via sexual, é importante que o/a parceiro/a não apresente lesões na pele.

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JOTA INFO

Inovação social farmacêutica para doenças raras

No dia 28 de fevereiro diversas atividades ao redor do mundo foram realizadas para lembrar o Dia Mundial das Doenças Raras. O conceito de doenças raras varia de país para país. No Brasil, são consideradas doenças raras aquelas definidas pelo número reduzido de pessoas afetadas com relação à totalidade da população. Para ser considerada rara, a doença deve ter a proporção de 65 indivíduos a cada 100 mil pessoas.Â

Atualmente, há em torno de 7.000 doenças raras descritas, sendo 80% de origem genética e 20% de causas infecciosas, virais ou degenerativas. Estima-se que em torno de 13 milhões de brasileiros vivam com essas enfermidades, e que para 95% das doenças raras descritas ainda não há tratamento, restando somente os cuidados paliativos e serviços de reabilitação.Â

As dificuldades que se apresentam para uma pessoa com doença rara são enormes. Para chegar ao diagnóstico, um paciente chega a consultar até dez médicos diferentes, e a maioria é diagnosticada tardiamente. Aproximadamente 75% das doenças raras ocorrem em crianças e jovens.Â

Uma vez diagnosticada a doença, para muitos pacientes em todo o mundo, medicamentos e tratamentos médicos não estão disponíveis ou são inacessíveis, seja porque os pacientes vêm de contextos econômicos pobres - e não são vistos como um mercado viável pela indústria farmacêutica -, seja porque os pacientes com doenças raras não representam uma base de consumidores grande o suficiente para justificar os significativos investimentos em pesquisa da indústria farmacêutica necessários para o desenvolvimento de novos tratamentos.Â

No domínio das doenças raras, têm sido implementadas políticas específicas em diferentes países que têm resultado em algum crescimento do número de medicamentos para estas doenças. No entanto, muitas condições ainda carecem de tratamentos e, quando estão disponíveis, geralmente são muito caros e, portanto, inacessíveis e insustentáveis. Nos últimos anos, surgiram formas de Inovação Social Farmacêutica (Social Pharmaceutical Innovation ou SPIN), que são novos modelos de pesquisa, desenvolvimento, produção e acesso que buscam abordar as desigualdades e vulnerabilidades em saúde relacionadas a doenças raras e outras necessidades médicas não atendidas.Â

As inovações sociais farmacêuticas não são direcionadas exclusivamente para fins lucrativos e são caracterizadas por colaborações entre empresas privadas, instituições públicas e diversos grupos interessados (incluindo organizações de pacientes). Pesquisa desenvolvida por equipes de pesquisadores de Canadá, Brasil, França e Holanda, que tenho a satisfação de coordenar no Brasil, vem mapeando e divulgando casos de inovação social farmacêutica nesses países.Â

No Brasil, a pesquisa conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e visa fornecer uma compreensão detalhada dos contextos médicos, sociais, econômicos, políticos e regulatórios que moldam essas iniciativas SPIN.Â

Considera-se inovação social as experiências que tem como objetivos oferecer uma nova abordagem para lidar com vulnerabilidades sociais ou ambientais, como pobreza, desigualdades na saúde, efeitos indesejáveis das mudanças climáticas etc., que afetam pessoas com doenças raras (pequenas populações de pacientes) e com doenças negligenciadas (doenças prevalentes em países de renda média e baixa).

Para ambas as categorias de doenças, o mercado está falhando: é incapaz de atender as populações de pacientes em questão. A inovação social não tem como objetivo principal o lucro; ao contrário, visa gerar impactos socioambientais positivos ou prevenir impactos negativos. Procura equilibrar os interesses públicos e privados e melhorar e equilibrar as responsabilidades dos diversos atores envolvidos (ou seja, inovação responsável).

A inovação social usualmente estabelece parcerias entre empresas privadas, instituições públicas e diversos grupos interessados (ou seja, inovação colaborativa), devendo necessariamente incluir os usuários no processo de inovação. Na área da saúde, a categoria de usuários é bastante ampla, pois inclui pacientes (que consomem o medicamento), médicos especialistas (que prescrevem e supervisionam o uso), farmacêuticos (que distribuem) e seguradoras de saúde (que pagam). Essas categorias de usuários podem estar envolvidas como indivíduos, mas também representadas por organizações (por exemplo, grupos de defesa de pacientes) ou até mesmo empreendedores sociais (por exemplo, um farmacêutico ou um grupo de profissionais que se reúnem para fabricar medicamentos a preços baixos).

Medicamentos são bens peculiares. Antes de chegarem ao mercado, os medicamentos são testados quanto à segurança para uso humano e passam por ensaios clínicos em larga escala e em vários locais para uma indicação, colocados sob jurisdição nacional - por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil ou a Health Canada no Canadá - ou supranacional de agências reguladoras - como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).Â

Uma vez confirmada sua segurança e eficácia clínica, os medicamentos passam por avaliação econômica, associada à sua efetividade, sendo esta a base para as negociações de preços entre as empresas farmacêuticas e as autoridades relevantes no que diz respeito aos medicamentos que serão cobertos pelos sistemas públicos ou seguros privados de saúde. Este processo visa assegurar o custo-efetividade dos medicamentos, e estabelece um modelo linear sequencial de inovação farmacêutica: na primeira etapa, o valor clínico do medicamento é testado; na etapa seguinte, avalia-se seu valor econômico. Além disso, a base epistemológica da tomada de decisão é bastante convencional e exclusiva de determinados atores, nomeadamente empresas e agências reguladoras.

Esse enquadramento regulatório e institucional tem seus próprios limites quando se trata do desenvolvimento de medicamentos para doenças raras. Pequenas populações de pacientes em doenças raras impedem grandes ensaios clínicos, e estudos randomizados controlados por placebo não são adequados para medicamentos pediátricos ou medicamentos para a fase terminal de doenças como cânceres, HIV/Aids ou outras doenças degenerativas. Para outras condições, o tamanho ou o status socioeconômico das populações de pacientes não representam um retorno suficiente do investimento para a indústria farmacêutica e/ou biotecnológica.

Para enfrentar as limitações do modelo sequencial e linear de inovação farmacêutica e as falhas do mercado de medicamentos, políticas específicas foram desenhadas em diferentes regiões do mundo e para diferentes condições. No Brasil, esses esforços se iniciam apenas em meados da década de 2010, em momento politicamente instável do país, razão pela qual ainda não se fizeram sentir pelos doentes raros.

Dependendo das legislações nacionais ou supranacionais, essas políticas incluem flexibilização tecnológica, incentivos econômicos específicos e assistência científica a empresas que queiram desenvolver tais medicamentos. No entanto, componentes significativos do setor farmacêutico e de biotecnologia mudaram suas estratégias de negócios e inovação do desenvolvimento de medicamentos de grande sucesso para "busters de nicho" como parte de um movimento mais amplo em direção à medicina personalizada (Collier, 2011). Esta mudança resultou em medicamentos cujos preços são excessivamente elevados, muitas vezes na ordem das centenas de milhares ou até milhões de dólares/euros por doente por ano (Côté & Keating, 2012). Esses preços não são apenas inacessíveis para pacientes individuais, mas também são uma ameaça para a sustentabilidade dos sistemas públicos de saúde.Â

É aqui que entram em cena abordagens socialmente inovadoras para o desenvolvimento e cobertura de drogas. Essas abordagens, que podem ser denominadas de "inovação farmacêutica social", visam articular modelos socialmente robustos e economicamente viáveis de P&D de produtos farmacêuticos, caracterizados por novas parcerias nos setores público, sem fins lucrativos e privado. No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria 199/2014, instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, aprovou as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e instituiu incentivos financeiros de custeio. No entanto, até o presente momento, esta norma ainda não surtiu os efeitos esperados.

Nos próximos dias 9 e 10 de março será realizada a Conferência Internacional sobre Inovação Social Farmacêutica para Doenças Raras, na Universidade de Utrecht (Holanda), onde os resultados com diversas experiências serão divulgados publicamente. O evento é gratuito e poderá ser acompanhado online. O Brasil, por meio da Universidade de São Paulo e da Fundação Oswaldo Cruz, estará presente como organizador do evento, colocando-se como um ator importante para que essa agenda se desenvolva e considere, sobretudo, as necessidades dos doentes raros que habitam o Sul Global. Estarão presentes para falar de experiências brasileiras representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da sociedade civil e do governo.

Espera-se, com essa iniciativa, encontrar novos e inovadores caminhos para a atenção à saúde integral das pessoas com doenças raras, visando a plena realização do direito à saúde, da dignidade humana e da justiça social para os raros.

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ISTOÉ

Do cinema aos hospitais

Pesquisadores descobrem que os equipamentos tecnológicos empregados na produção dos filmes da franquia Avatar são úteis na saúde. Com eles, é possível reduzir o tempo e aumentar a precisão do diagnóstico

Fernando Lavieri

A ciência foi retratada no cinema em inúmeros filmes. Mas dessa vez acontece o inverso. Pesquisadores se valeram de equipamentos utilizados no set para aplicações em saúde. Um grupo de cientistas se juntou no Imperial College e na Universy College London (UCL), na Inglaterra, para descobrir formas de melhor detectar os movimentos de pessoas acometidas por graves e raras doenças. E a base utilizada para o trabalho foram dispositivos tecnológicos utilizados no filme Avatar, mas no primeiro, o de 2009. Para que os longas-metragens pudessem atingir os níveis impressionantes de realidade que alcançaram, já que se trata de fabulosa ficção científica, o diretor James Cameron usou trajes de captura de movimentos capazes de reconhecer minúsculos detalhes da movimentação em todas as partes dos corpos dos atores enquanto estivessem em cena. Tal sistema permitiu adequar, por meio de computação, a imagem humana à dos personagens extraterrestres. Os instrumentos cinematográficos se mostram também eficientes para perceber alterações motoras causadas por enfermidades.

O aproveitamento dos dispositivos de Avatar se transformou em duas pesquisas científicas de utilização de Inteligência Artificial publicadas recentemente na revista Nature. Os estudos vieram à tona justamente no momento em que o segundo filme da franquia, Avatar: O Caminho da Água, está batendo recordes de bilheteria. Quando o assunto é doenças raras, muitos casos se referem a algo que é degenerativo e que não tem cura. Ou seja, que compromete aos poucos as funções vitais do organismo. São patologias que, ao evoluírem, levam a pessoa a uma situação de incapacidade, de tal forma que ela não consegue desenvolver as tarefas cotidianas mais simples como, por exemplo, tomar um copo d'água. Desta vez, duas doenças foram observadas com profundidade: Ataxia Friedreich (FA) e Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). A primeira enfermidade causa a perda de reflexos, diminuição da sensibilidade profunda e deforma a coluna vertebral. A outra, com o passar do tempo, faz a pessoa ter fraqueza muscular, dilata o coração e provoca dores nas articulações. "Estou completamente impressionada com os resultados", afirmou à imprensa inglesa a médica Valeria Ricotti. Ela refere-se ao impacto na antecipação de diagnósticos e na criação de novos medicamentos.

RESPOSTA RÁPIDA

Para que o médico consiga descobrir qual é a doença, em qual nível ela se encontra no organismo e o seu inevitável avanço, tudo isso com precisão, o especialista compara a movimentação do paciente com padrões clínicos de mobilidade, mas tal análise pode levar muito tempo, às vezes anos. E há mais um problema. Por mais experiente e dedicado que o médico possa ser, existe uma enorme diferença entre a visão humana e a da máquina. No estudo a respeito de Ataxia Friedreich, que atinge cerca de 50 mil pessoas em todo o mundo, percebeuse que, com a utilização do trajes e o auxílio da Inteligência Artifi cial, as perguntas essenciais sobre a condição do paciente poderiam ser descobertas dentro do prazo de 12 meses. Nos testes feitos em portadores de Distrofi a Muscular de Duchenne, que acomete 20 mil crianças por ano, o diagnóstico completo se deu em seis meses. Reduzir o tempo de investigação é fundamental, para propiciar melhor assistência às pessoas.

"Nossa abordagem detecta movimentos muito sutis. O equipamento vai modificar a forma como analisamos e monitoramos os pacientes", pontuou o pesquisador Aldo Faisal, do Imperial College. "Na verdade, todas as ações que se referem às doenças raras devem mudar", entende Primo Paganini, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da USP. Ele explica que os remédios contra patologias incomuns são caríssimos, porque a indústria farmacêutica desenvolve tais medicações de acordo com a quantidade de casos, que não é exata. "A partir do momento em que tivermos, com precisão, o número de pessoas que precisam ser tratadas, a produção de drogas também será mais correta e menos custosa", diz ele.

A invenção do sistema de captação de movimento vai ainda mais longe. Segundo Paganini, tem ação em diversas patologias de ordem psiquiátrica, em problemas cardíacos, nos pulmões e outros. No caso das doenças raras, não há possibilidade de reversão, mas no tratamento de pessoas com Parkinson, por exemplo, a antecipação do diagnóstico pode garantir mais qualidade e tempo de vida. Quando o paciente tem arritmia cardíaca, se os médicos conseguirem descobrir com antecedência, o profissional pode corrigir os batimentos com medicação e evitar uma parada do coração ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Com o equipamento podemos melhorar a vida das pessoas e, em alguns casos, evitar que morram", conclui o psiquiatra.

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"A partir do momento em que tivermos precisão sobre a quantidade de pessoas que têm doenças raras, a produção de medicamentos será menos custosa"

Primo Paganini, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da USP

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ESTADÃO.COM

Artigo - Por que as mulheres ainda recebem menos que os homens na medicina?

A recém-publicada pesquisa Demografia Médica no Brasil 2023, que é produzida pela cooperação entre a Associação Médica Brasileira e a Faculdade de Medicina da USP, revelou aspectos significativos do mercado de trabalho dos profissionais de medicina.

Primeiramente, foi identificada a crescente tendência da "feminização" da profissão médica. Apesar de serem a maioria de ingressantes nas faculdades de medicina, desde a primeira pesquisa desse tipo realizada, em 2009, as mulheres sempre foram minoria dentre os profissionais recém-formados.

Contudo, essa diferença entre os gêneros relativamente à quantidade de formados diminuiu a cada ano. Dentre os profissionais formados em 2023, 49,3% são mulheres. A projeção estatística é no sentido de que já no próximo ano as mulheres sejam maioria, representando 50,2% dos graduados em medicina.

Ocorre que o aumento na quantidade de mulheres formadas não eliminou uma outra tendência que é reiteradamente observada pelo estudo ao longo dos anos: a diferença de remuneração entre os gêneros.

Segundo o estudo, a renda média declarada pelos homens foi de R$ 36.421,00, enquanto a das mulheres foi de R$ 23.205,00, ou seja, cerca de 64% do rendimento de seus pares masculinos.

Essa diferença de remuneração está ligada a vários fatores, dentre estes a identificação de uma maioria de médicas trabalhando na condição de empregadas assalariadas, enquanto médicos são mais propensos a possuírem consultórios médicos.

Bem assim, no Brasil é comum a coexistência de múltiplos vínculos de trabalho, isto é, o mesmo profissional atendendo paralelamente no serviço público e privado, e em diferentes estabelecimentos, sendo maioria a quantidade de médicos com mais de uma fonte de renda, em comparação com as médicas.

Outro fator é uma maior concentração de mulheres em especialidades associadas à menores remunerações e maior necessidade de dedicação com proximidade contínua aos pacientes, como geriatria, ginecologia e obstetrícia, pediatria, medicina de família e comunidade. É interessante notar o quanto persiste no imaginário coletivo a ideia de que o cuidado familiar seja naturalmente feminino.

Por sua vez, os homens são a maioria em especialidades que ostentam maiores rendimentos, como cirurgia geral, cardiologia, ortopedia/traumatologia, medicina esportiva, chegando a alcançar a proporção de 88,8% dos profissionais especializados em cirurgia cardiovascular.

Há ainda uma diferença marcante de renda ao longo da carreira profissional. A maior renda entre homens se observa em médicos de todas as faixas etárias, entretanto, a proporção de rendimento das mulheres tende a cair ainda mais na faixa de idade por volta dos 30 até os 40 anos.

A pesquisa revelou que a diferença da renda das mulheres em relação aos homens somente começa a diminuir nas faixas etárias mais avançadas, a partir dos 50 anos de idade.

É possível inferir que a capacidade de ganhos das médicas seja impactada na faixa dos 30 até os 40 anos de idade por ser esta idade comumente associada à maternidade e atenção aos filhos na primeira infância.

Com efeito, é bastante usual que haja disparidade no tempo gasto com o cuidado familiar. Isto é, a dedicação à maternidade ocasiona o afastamento da mulher de suas atividades profissionais em maior grau do que os homens, em relação à paternidade e aos cuidados com filhos na primeira infância.

O que no caso das médicas pode significar deixar de atuar integralmente, ou ao menos para uma parte de seus vínculos de trabalho, ou ainda, em se tratando de profissionais autônomas, passar a adotar um menor expediente e menor quantidade de pacientes por dia.

Nesse contexto, é importante refletirmos a respeito da valorização justa do trabalho e, em especial, do trabalho de cuidar. Aqui estamos tratando do ato de cuidar da própria família, o que pode ensejar o afastamento das atividades de trabalho. Mas também consideramos o gesto de cuidar no sentido de dedicar-se à especialidades médicas que se voltam ao cuidado familiar e que são inferiormente remuneradas, apesar de tão cruciais quanto às demais especialidades mais bem pagas.

Talvez seja o momento de coletivamente ponderar que a desvalorização do trabalho de cuidar gera desigualdade entre os gêneros, e isso não é mais aceitável.

A desigualdade não é justa com os profissionais, com as famílias, e em especial com as gerações futuras que poderiam ser beneficiadas com a promoção da igualdade no mercado de trabalho e na dedicação de ambos os gêneros aos cuidados familiares.

A medicina é área tradicionalmente prestigiada e de notória necessidade de estudo e aprimoramento contínuos, e seus profissionais merecem serem valorizados independentemente do gênero. As diversas especialidades colaboram entre si e igualmente contribuem para o bem estar da sociedade, portanto, os profissionais devem ser remunerados de forma justa durante todas as etapas de sua carreira.

*Claudia Abdul Ahad Securato, sócia de Oliveira, Vale, Securato e Abdul Ahad Advogados

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 02 Março 2023 07:42

CLIPPING AHPACEG 02/03/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hapvida implode com resultado desastroso; CEO promete normalização
Família bilionária perde R$ 3,8 bi com tombo recorde de Hapvida (HAPV3)
Lucro da Odontoprev (ODPV3) cresce 18,4% no total de 2022, para R$ 451,4 milhões

Goiânia imuniza 8 mil pessoas com a Pfizer Bivalente, em dois dias

Covid-19: Anvisa derruba obrigatoriedade de máscara em aviões e aeroportos

Carlos Bouret é eleito o novo presidente da Unimed Cuiabá

PISO SALARIAL ENFERMAGEM: estado retira direitos da enfermagem e é pressionado por Coren

BRAZIL JOURNAL

Hapvida implode com resultado desastroso; CEO promete normalização

Mais um trimestre, mais uma decepção.

A ação da Hapvida cai pavorosos 36% hoje depois de um resultado desastroso que mostrou uma tendência ainda negativa para a sinistralidade — com os reajustes de preços não conseguindo compensar a alta nos custos por beneficiários.

A empresa — que até ontem era um dos grandes consensos do buyside dado sua natureza defensiva em meio a uma economia em desaceleração — agora vale apenas R$ 20 bilhões na Bolsa. Para efeito de comparação: antes da fusão entre Hapvida e a Notredame Intermédica, as empresas valiam cerca de R$ 55 bilhões — cada.

A sinistralidade caixa da Hapvida — um dos principais indicadores da companhia — ficou em 72,9% no quarto trimestre, uma piora de 1,8 ponto porcentual na comparação anual e uma melhora de apenas 0,1 ponto na comparação com o terceiro tri.

O mercado esperava uma melhora mais próxima de 1 ponto percentual, até pelas sinalizações da própria companhia. 

O CEO Jorge Pinheiro disse que 2021 foi dominado pela pandemia e que 2022 foi o início de um ano de transição para a normalidade, mas ainda marcado por custos médicos muito altos. 

“No quarto tri, vimos uma desaceleração no ritmo de aumentos de custos, mas ele continua alto, tanto por repasse ao consumidor na nossa rede própria quanto por um volume maior de terapias e procedimentos de altos custos na rede terceirizada, que é um objeto de muita atenção nossa,” Jorge disse na call com os analistas. 

O CEO disse esperar que a sinistralidade caixa volte aos patamares históricos ao longo dos próximos trimestres. Para isso, a Hapvida pretende fazer reajustes de preços mais agressivos no próximo ciclo — de 2x a 3x a inflação — e aumentar a verticalização de regiões onde a participação das redes parceiras ainda é muito alta. 

Segundo o CEO, o reajuste dos planos individuais no ano que vem deve girar em torno de 10% e o dos planos para PMEs de 12% a 15%. Já o dos planos corporativos vai variar, porque “há outras possibilidades de recompor margens como reduzir a rede credenciada e aumentar o nível de coparticipação.” Jorge disse que a Hapvida tem “centenas de iniciativas em curso para melhorar a sinistralidade, mas uma das mais importantes é a verticalização,” disse ele. 

Segundo ele, uma dessas iniciativas foi a criação da regional 3, que inclui as operações de Minas, Rio e três estados do Sul do País. Essas operações — que somam 1,2 milhão de vidas — são recém adquiridas e operam com um nível de verticalização ainda baixo. “Aqui é onde tem mais mato alto por serem operações pequenas e médias e com um menor nível de maturação.

O primeiro remédio vai ser implementar um plano de verticalização e integrar as operações.” Em Belo Horizonte, por exemplo, a Hapvida vai abrir três novas unidades no segundo semestre focadas em serviços hospitalares.  Para um analista do sellside, as sinalizações do CEO foram positivas. 

“O caminho é esse mesmo. Porque o custo está acontecendo por vários fatores que fogem do controle, então para melhorar a sinistralidade a única forma é ajustar preço. E eles têm que ser mais agressivos, mesmo que isso impacte o crescimento orgânico,” disse ele. 

O problema, segundo ele, é que “nos últimos sete ou oito trimestres a companhia tem falado uma coisa e os resultados têm mostrado outra.” “Desde maio eles já têm falado que o reajuste dos planos corporativos está acima de 10%, mas quando eu olho o crescimento do tíquete médio ano contra ano foi de só 3,5%.” A falha no discurso da companhia também explica, em partes, a queda de mais de 30% hoje.

Na visão do analista, parte dessa implosão é por perda de confiança, já que muitos hedge funds estavam posicionados esperando que o resultado do quarto tri já viesse melhor — o que era o guidance da companhia.  “Se eu tivesse começado a olhar Hapvida hoje e escutasse o call eu acharia que esse quarto tri foi o vale. Mas olhando a empresa faz tempo é difícil saber, porque eles estão falando faz vários trimestres que vai melhorar e não melhora.”

A alta da sinistralidade levou o EBITDA ajustado a uma queda de 9,3% na comparação anual, para R$ 599 milhões. O resultado ficou bem abaixo das expectativas do sellside. A Goldman Sachs, por exemplo, esperava um EBITDA de R$ 680 milhões, enquanto o Bank of America projetava R$ 659 mi.

O bottom line também decepcionou. A operadora de saúde teve um prejuízo de R$ 317 milhões, em comparação a um lucro de R$ 195 milhões um ano antes. Outro tema que chamou a atenção (negativamente) foi a queima de caixa, que levou a um aumento significativo da dívida líquida.

A Hapvida queimou R$ 224 milhões no quarto tri, principalmente por uma piora do capital de giro e um aumento no capex.  A dívida líquida saiu de R$ 6,5 bilhões para R$ 7,1 bilhões, com outros R$ 398 milhões de despesas financeiras pesando na conta.  Mas para um analista, a queima de caixa não é o principal sinal vermelho. “90% da performance da ação hoje é relacionada à sinistralidade.

Se a sinistralidade tivesse melhorado 150 basis points e eles tivessem queimado R$ 240 milhões de caixa, o mercado ia aceitar, porque o MLR estaria na tendência certa,” disse ele. “Agora, a sinistralidade vem pior e eles ainda tem queima de caixa…” O único ponto positivo do resultado foi a adição líquida de vidas, que veio em linha com as projeções dos analistas. A Hapvida adicionou 103 mil novas vidas no trimestre, chegando a 9,4 milhões de beneficiários. A receita líquida subiu 10,9%, para R$ 6,5 bilhões. 


Leia mais em 
https://braziljournal.com/hapvida-implode-com-resultado-desastroso-ceo-promete-normalizacao/ .

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MONEY TIMES

Família bilionária perde R$ 3,8 bi com tombo recorde de Hapvida (HAPV3)

A família bilionária por trás da operadora de saúde Hapvida (HAPV3) perdeu R$ 3,8 bilhões nesta quarta-feira em meio a uma queda recorde nas ações da companhia após um balanço decepcionante.

A família Koren de Lima, que criou a Hapvida há mais de quatro décadas e detém uma participação combinada de cerca de 36% por meio de um veículo de investimento e participações individuais, viu o valor de suas participações cair para R$ 7,8 bilhões, segundo cálculos com base em documentos regulatórios. No pico do ano passado, a participação chegou a valer R$ 32,8 bilhões.

As ações da Hapvida fecharam em queda de 33% a R$ 3,02 na quarta-feira, a maior queda em um único dia e o menor preço de fechamento já registrado, depois que a empresa cearense com sede em Fortaleza divulgou resultados mais fracos do que o esperado para o quarto trimestre.

A sinistralidade caixa, uma importante métrica de despesas médicas que é observada de perto pelos investidores, ficou acima do esperado, levando o Credit Suisse a abandonar sua recomendação equivalente à compra e destacar as crescentes incertezas.

A Hapvida não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Hapvida foi fundada por Candido Pinheiro Koren de Lima em 1979, quando o oncologista brasileiro inaugurou uma clínica em Fortaleza, na região Nordeste do país.

A companhia cresceu no Brasil recentemente com seu modelo verticalizado, não apenas vendendo planos de saúde, mas também sendo dona de hospitais. Há dois anos, a empresa adquiriu a rival Intermédica.

Candido é presidente do conselho de administração da empresa, enquanto seu filho Jorge Fontoura Pinheiro Koren de Lima é diretor presidente e também faz parte do conselho junto com seu irmão Candido Jr.

Apoiadores de longa data, incluindo a gestora Dynamo, começaram a se desfazer de suas posições nas ações da empresa nos últimos trimestres em meio a uma concorrência mais acirrada e sinais de uma melhora mais lenta no front de custos.

"Os investidores não fecharão os olhos para os recentes resultados decepcionantes, o que significa que a falta de confiança na tese de investimento provavelmente persistirá nos próximos meses", escreveram, em nota, analistas do BTG Pactual liderados por Samuel Alves.

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Lucro da Odontoprev (ODPV3) cresce 18,4% no total de 2022, para R$ 451,4 milhões

Odontoprev (ODPV3) apresentou lucro líquido consolidado de R$ 451,4 milhões no ano completo de 2022. A cifra é 18,4% maior que os R$ 381.3 milhões do ano retrasado. A receita líquida cresceu 3,3% na comparação e alcançou R$ 1,902 bilhão.

Já os custos de bens e produtos vendidos mantiveram-se praticamente estáveis, e encerraram dezembro com acumulado de R$ 732,4 milhões. A maior parte desta conta foi representada pela linha de sinistros conhecidos ou avisados, que somou R$ 675,3 milhões.

A Odontoprev reduziu ligeiramente as provisões para perdas sobre créditos, que passaram de R$ 48,9 milhões para R$ 47,9 milhões. Já o resultado financeiro líquido saltou de R$ 39,2 milhões para R$ 72,7 milhões.

No release de resultados enviado à imprensa, a companhia afirma que registrou receita recorde no quarto trimestre de R$ 514 milhões. A cifra é 9,5% maior que a do mesmo período do ano retrasado. A operadora de planos odontológicos informou, ainda, que encerrou 2022 com caixa líquido de R$ 795 milhões e “dívida zero”.

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A REDAÇÃO

Goiânia imuniza 8 mil pessoas com a Pfizer Bivalente, em dois dias

Até a tarde desta quarta-feira (1/3), 8 mil pessoas foram imunizadas, em Goiânia, em dois dias de vacinação contra a covid-19 com a Pfizer Bivalente através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os idosos foram os que mais compareceram às salas de vacina em busca da imunização, que teve início na capital goiana na última segunda-feira (27/2) para o público-alvo da primeira, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS).

Para o titular da SMS, Durval Pedroso, “os idosos têm dado exemplo no quesito vacinação, e sempre atendem aos nossos chamamentos em busca da imunização”. “Os dados destes dois dias ainda são parciais, mas podemos considerar um número como extremamente positivo”, disse o secretário, ao acrescentar a disponibilidade dos idosos. “Os idosos estão sempre dispostos a cuidar da saúde e são um exemplo para a população quando se fala em vacinação”, avalia  Pedroso.

De acordo com o Plano Nacional de Vacinação (PNI) do MS, nesta primeira etapa, os grupos que recebem as doses são idosos com idade a partir de 70 anos,  pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos de idade e trabalhadores desses locais, pacientes imunocomprometidos com idade acima de 12 anos, além de indígenas, ribeirinhos e quilombolas, todos a partir de 12 anos.

Nesta primeira fase, conforme levantamento da SMS, a população-alvo soma 108.086 pessoas. A vacina Bivalente protege contra a variante Ômicron e suas subvariantes. As doses estão disponíveis nas 72 salas de vacina do município. A lista com as unidades de saúde está disponível na página do ImunizaGyn, no link

Confira o cronograma de vacinação com a Pfizer Bivalente

Primeira fase

27/2/2023 – idosos a partir de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e trabalhadores desses locais, além de pacientes imunocomprometidos acima de 12 anos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, todos também acima de 12 anos.

Segunda fase

06/03/2023 – pessoas com idade entre 60 a 69 anos

Terceira fase

20/03/2023 – gestantes e puérperas

Quarta fase

17/04/2023 – trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, população privada de liberdade a partir de 18 anos, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas menores de 18 anos e funcionários do sistema prisional

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AGÊNCIA ESTADO

Covid-19: Anvisa derruba obrigatoriedade de máscara em aviões e aeroportos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) derrubou nesta quarta-feira (1/3), a exigência de máscaras em aeroportos e aeronaves no Brasil como forma de prevenção contra a covid-19. O órgão federal, porém, mantém a recomendação de uso. A suspensão havia sido pedida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Para fazer o pedido, o CFM se baseou em uma revisão de estudos internacionais publicada na "Cochrane Library", cuja principal conclusão é de que a proteção facial não teria impacto significativo. Cientistas, no entanto, apontam fragilidades do estudo e questionam resultados.

O diretor da Anvisa Alex Campos, terceiro a votar na reunião de hoje, reforçou que as máscaras continuam sendo importantes no combate à pandemia. Segundo ele, a proteção segue recomendada para pessoas com sintomas respiratórios. Publicado em 30 de janeiro, o estudo avaliou a eficácia da máscara na prevenção de doenças respiratórias - entre elas a covid-19. O trabalho revisa dados de outros 12 estudos e é assinado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

A principal conclusão da revisão é que a máscara faz "pouca ou nenhuma diferença" como política de saúde pública destinada a evitar a disseminação de vírus respiratórios. O estudo reascendeu a polêmica que já havia provocado intensos debates no início da pandemia.

Um artigo de opinião assinado pelo jornalista conservador Bret Stephens e publicado no New York Times na semana passada jogou gasolina no já acalorado debate: "(...) Quando se trata dos benefícios do uso de máscara em nível populacional, o veredito é: o uso obrigatório foi um fracasso", escreveu Stephens. "Os céticos que foram furiosamente ridicularizados e ocasionalmente censurados como desinformantes estavam certos. Os principais especialistas que incentivaram as máscaras estavam errados. Em um mundo melhor, caberia a este último grupo reconhecer o erro, juntamente com seus consideráveis custos físicos, psicológicos, pedagógicos e políticos."

Antes mesmo de o artigo de Stephens ser publicado, o CFM já havia elencado o estudo de Oxford (entre outros trabalhos) no ofício enviado à Anvisa, datado de 13 de fevereiro: "Ao final, conclui-se que, diferentemente do que ocorre no contexto de profissionais de saúde em ambientes hospitalares usando equipamentos de alto nível, não há justificativa científica para a recomendação ou obrigatoriedade do uso de máscaras pela população em geral como política pública de combate à pandemia de covid-19."

Opinião brasileira
Pesquisadores brasileiros ouvidos pelo Estadão, no entanto, apontam falhas na revisão da Cochrane que podem ter enviesado os resultados e defendem a continuação da obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões e aeroportos. Os cientistas dizem que os britânicos compararam situações e momentos diferentes (em muitos casos não havia circulação significativa do vírus, por exemplo) e que não houve um controle por exemplo sobre como as máscaras teriam sido usadas. "

Foi uma infelicidade da Cochrane misturar uma revisão sistemática com uma meta-análise; fica uma salada, analisaram situações e momentos diferentes", afirmou a pneumologista da Fiocruz Margareth Dalcolmo, uma das maiores especialistas do País em covid-19". "Tirar desse estudo a conclusão de que uma barreira mecânica não protege contra uma doença viral de transmissão respiratória é uma estupidez completa."

O infectologista Júlio Croda, também da Fiocruz, outro expoente do combate à covid-19 no País, concorda com a colega. Croda explicou que todos os estudos incluídos na revisão são ensaios clínicos individuais. "Muitos profissionais de saúde acreditam que os ensaios clínicos geram as evidências mais robustas para qualquer tipo de pergunta científica, o que não é necessariamente verdade", afirmou o especialista.

"E essa dificuldade de entendimento sobre a qualidade das evidências atrapalha a compreensão das limitações de cada estudo." Nos estudos analisados, o uso da máscara é uma recomendação. "Ou seja, não temos como checar se as pessoas realmente usaram a máscara, se usaram durante todo o tempo, se usaram da forma correta como recomendado", ponderou. "Por isso, os estudos clínicos de comunidade são os mais adequados para este tipo de avaliação. Nestes estudos, usamos comunidades semelhantes (nível econômico, educacional), como cidades, bairros ou aldeias. Em algumas fazemos campanhas educativas e distribuímos máscaras. Em outras, não. Como são comunidades semelhantes e a única coisa diferente foi a sua intervenção, é possível medir o efeito dessa intervenção."

OMS
De acordo com as orientações gerais da Organização Mundial de Saúde (OMS), revisadas no último mês, as máscaras são recomendadas para "qualquer pessoa em espaço lotado, fechado ou mal ventilado". "Vale lembrar que a OMS não declarou ainda o fim da pandemia. É pouco provável que tenha outra onda, mas não é impossível. O vírus continua circulando", afirmou Margareth Dalcolmo. "Ainda que os aviões tenham filtros de ar novos, eu defendo o uso de máscara. Se houver um portador de vírus de transmissão respiratória, a chance de contágio é muito grande."

Anvisa decide nesta quarta-feira (1/3) se mantém a obrigatoriedade em reunião da diretoria colegiada. Em nota enviada à imprensa por ocasião do recebimento do ofício do CFM, portanto antes do feriado do carnaval, a Anvisa informou que "pauta suas decisões nas melhores evidências científicas e está alinhada a organismos nacionais e internacionais de referência como o Ministério da Saúde, a OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)."

A agência reforçou ainda que "há circulação do coronavírus no País, o que pode levar ao aparecimento de novas variantes de preocupação." Também por nota, o CFM esclareceu que "não se posicionou contra as máscaras". "O CFM apenas compartilhou com a Anvisa, por meio de ofício, o resultado de levantamento feito por pesquisadores sobre estudos relacionados à eficácia do uso de máscaras em aeronaves.

O envio teve como objetivo contribuir com reflexão sobre o tema no âmbito daquela autarquia, em especial no que se refere ao trânsito de passageiros e tripulantes na aviação. No Brasil, chama a atenção o fato das máscaras serem obrigatórias apenas nos aeroportos e aviões, enquanto não são cobradas em outros ambientes, como shows e outras aglomerações. Diante disso, entende-se que cabe à agência avaliar os documentos e tomar medidas com base nas evidências arroladas, caso as considere pertinentes
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PORTAL G1

Lei que dispensa aval do cônjuge para realização de laqueadura e vasectomia entra em vigor

Medida passa a valer 180 dias após sanção. Nova regra também diminui de 25 para 21 anos idade mínima para realização de laqueadura ou vasectomia no Brasil.

Por Ana Clara Alves, g1 DF

A lei que dispensa o aval do cônjuge para realização da laqueadura, para mulheres, e vasectomia para homens entra em vigor nesta quinta-feira (2). A nova regra também diminui de 25 para 21 anos a idade mínima para a realização de laqueadura ou vasectomia no Brasil.

No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde diz que já cumpre a lei desde que foi sancionada. Segundo a pasta, entre 2016 e 2022 foram realizadas 4.888 laqueaduras e 7.288 vasectomias pelo SUS.

Conforme a Saúde, o primeiro atendimento referente à laqueadura ou vasectomia na rede pública é feito na unidade básica de saúde mais perto de onde mora a pessoa. A secretaria não informou a quantidade de pessoas que esperam na fila para os procedimentos.

Escolha

Para o advogado constitucionalista e especialista em direito na área da saúde Max Kolbe, a lei é um importante avanço para o planejamento familiar.

"Essa possibilidade trará mais conforto aos casais que não desejam ter mais filhos, visto que muitos que já os tiveram ou que não possuem esse desejo, poderão recorrer a este método para evitar uma gravidez indesejada. Importante ressaltar que há também a possibilidade de evitar abortos clandestinos, bem como as mortes decorrentes deste", diz o advogado.

Leandro Santos, ginecologista membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal, explica que a laqueadura e a vasectomia são procedimentos simples, seguros e com taxa de eficácia alta. Para o médico, a lei mostra uma mudança de perfil e comportamento da população que, atualmente, opta por ter menos filhos.

"É importante que as mulheres e homens recebam a devida informação e tenham todas as suas dúvidas esclarecidas de forma isenta de opiniões, se restringindo para a parte técnica envolvida e nas possíveis implicações de cada procedimento", diz o médico.

Direito de decidir

Clara Maul, de 25 anos, conta que desde os 19 anos sempre soube que não queria ser mãe. Há três anos ela procurou a ginecologista para entender os procedimentos legais para realizar a laqueadura, mas o retorno da médica não foi o esperado.

"Ela acabou me dando uma bronca, disse que só um médico muito irresponsável faria um procedimento desses numa mulher tão nova. Tentei explicar a ela que eu não mudaria de opinião quanto à maternidade mas que, se fosse o caso, ainda teria a opção de adotar uma criança e constituir uma família mesmo assim", conta.

Depois da "bronca", a estudante desistiu de ir atrás dos procedimentos para realizar o procedimento. Agora, que completou 25 anos, pretende dar entrada no processo para realizar a laqueadura.

Para a moradora de Brasília a mudança na lei é importante para assegurar o direito de todas as mulheres.

"Acho que é importante desvincular a ideia de que é necessária a autorização de um homem sobre o que uma mulher faz com seu corpo e sua vida. Ter filhos é uma decisão enorme e muda completamente a estrutura da vida de alguém, não cabe a outrem decidir por nós o que podemos ou não fazer de nossos corpos e vidas", diz Clara.

O que acontece quando lei não for cumprida?

O não cumprimento da lei pode acarretar em uma pena de reclusão de dois a oito anos e multa. A depender do caso, a pena poderá ser aumentada em um terço se a esterilização for praticada:

Durante os períodos de parto ou aborto que não tenha autorização prévia de 60 dias;

Com manifestação da vontade do esterilizado expressa durante a ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente;

Através de cesárea indicada para fim exclusivo de esterilização

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O LIVRE|MT

Carlos Bouret é eleito o novo presidente da Unimed Cuiabá

O médico urologista Carlos Bouret foi eleito hoje o novo presidente da Unimed Cuiabá. A chapa de oposição encabeçada por Bouret, recebeu 603 votos, 113 a mais do que o atual presidente, Rubens de Oliveira, que tentava a reeleição.

A eleição que decidiu os novos rumos da cooperativa aconteceu das 8h às 20h, na sede da Unimed em Cuiabá. A apuração encerrou agora há pouco.

A chapa de Bouret é composta pelos médicos Victor Sano (diretor de mercado); Mohamed Kassen Omais (Diretor de Provimento à Saúde); Júnior Ratto (diretor administrativo-financeiro); Erleno Aquino (diretor de recursos próprios).

Já os eleitos ao Conselho de Administração são Katia Veloso, Fabiany Bertaglia, Lia Pelloso, Ernani Preuss, Igor Seror Cuiabano, Bruno Beltrão, Aguiar Farina, Renam Bumlai e Francis Galera.

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PORTAL UOL

PISO SALARIAL ENFERMAGEM: estado retira direitos da enfermagem e é pressionado por Coren

Coren se posiciona sobre corte em gratificações dos profissionais de saúde da Paraíba, após implementação do piso salarial enfermagem

O piso salarial enfermagem, implementado na Paraíba em 2023, já passou por polêmicas como o atraso no pagamento e agora lida com a retirada de gratificações sem aviso prévio.

Após a aplicação do piso salarial da enfermagem no estado, profissionais de enfermagem e servidores públicos da Paraíba se surpreenderam com o egresso de outros direitos recebidos há anos.

Em resposta, o Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) emitiu um comunicado para cobrar a gestão estatual sobre os cortes.

O Governo do Estado da Paraíba teria cortado a gratificação adicional da representação dos profissionais de enfermagem e servidores públicos, paga há mais de 10 anos, e da produtividade.

Além disso, o pagamento do piso salarial da enfermagem foi direcionado apenas aos trabalhadores efetivos, excluindo milhares de profissionais prestadores de serviço.

Uma técnica de enfermagem, que preferiu não ser identificada, revelou ao Blog do Marcelo José que não foi dado nenhum aviso prévio sobre a retirada dos direitos pós aplicação do piso salarial da enfermagem.

“Ele simplesmente falou que a Paraíba ia sair na frente com o pagamento do piso salarial da enfermagem, primeiro ele só pagou aos efetivos, pagou em folha complementar no mês passado, mas também não falou que iria tirar nossos direitos", afirmou.

"Ou seja ele deu com uma mão e tirou com a outra. Ele tirou uma gratificação de adicional de representação, que existe há mais de 14 anos, e nossa produtividade, essas duas que já estão implementadas", explicou a técnica.

Isso é um desrespeito com a gente. A gente sabe que, quando o servidor passa muito tempo recebendo uma gratificação, ele tem todo o direito dessa gratificação não ser retirada, é um absurdo!

Técnica de enfermagem não identificada

Neste sábado (25), o Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) divulgou uma nota endereçada ao público para se manifestar sobre a retirada das gratificações dos servidores.

"A implantação do Piso Nacional da Enfermagem não serve como justificativa legal ou moral para a retirada de gratificações e adicionais dos profissionais da enfermagem da Paraíba", declarou o Coren.

"As atividades desempenhadas pelos profissionais respaldam o pagamento das gratificações e adicionais, os quais não podem ser retirados de maneira abrupta, infundada e compensatória", disparou.

Por fim, o Conselho da região afirmou que aguarda esclarecimentos do governo estadual sobre as últimas decisões ligadas ao piso salarial enfermagem que desfavoreceram a categoria.

Citação

Isso é um desrespeito com a gente. A gente sabe que, quando o servidor passa muito tempo recebendo uma gratificação, ele tem todo o direito dessa gratificação não ser retirada, é um absurdo!

Técnica de enfermagem não identificada

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TV SERRA DOURADA

JMD - Drive thru da saúde opção para evitar aglomeração

https://www.youtube.com/watch?v=jQuiFvjuxtY

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 01 Março 2023 07:08

CLIPPING AHPACEG 01/03/23

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DESTAQUES

Dia Mundial de Doenças Raras alerta sobre a importância de investimentos em pesquisas

Sob a ótica do cuidado, Unimed Goiânia faz 45 anos e anuncia modernização

Caiado toma vacina bivalente contra covid-19 e pede que goianos se imunizem

Dia Mundial das Doenças Raras: saúde pública de Goiás oferece tratamento

Hapvida tem queda de 56% no lucro líquido ajustado no 4° tri

Einstein tem a melhor avaliação em ASG na América Latina pela S&P

Profissionais do SUS vão checar atrasos em vacinação durante consultas, em nova ofensiva para aumentar imunização contra Covid

Novas regras para laqueadura: veja o que muda a partir do mês de março

RÁDIO CBN GOIÂNIA

Dia Mundial de Doenças Raras alerta sobre a importância de investimentos em pesquisas

Pessoas com doenças raras devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar. É o caso da médica Márcia Vieira, que já foi diagnosticada com quatro doenças classificadas como raras. O primeiro diagnóstico veio somente aos 50 anos, quando ela descobriu que nasceu com a síndrome de Ehlers-Danlos, que atinge as articulações e que deixa a pessoa com uma grande flexibilidade, o que gera muitas dores e desgastes nessas articulações e é causada por uma alteração na produção de colágeno.

Ela ainda tem trombofilia, diagnosticada depois da primeira trombose, síndrome de quebra-nozes, que é uma compressão da veia renal contra a aorta, a maior artéria do corpo humano, e a síndrome de ativação mastocitária, que afeta o sistema imunológico. De acordo com Márcia Vieira é muito importante que grupos de apoio dentro e fora da comunidade médica divulguem informações para que o tempo de diagnóstico seja reduzido.

A neurocirurgia Ana Maria Moura também enfatiza a importância da rede de apoio e diz que esse trabalho precisa ser mais efetivo com ampliação dos centros de referências, pois, em alguns casos, esses pacientes ficam muito debilitados e ela alerta para os sinais que devem ser observados com cuidado, como, por exemplo, sintomas que persistam por um mês ou mais.

As redes de apoio ainda são pequenas, mas muito importantes para esses pacientes. Em Goiânia, o Instituto dos Raros Christiane Toledo já atende pacientes de forma gratuita e deve ter sua sede própria inaugurada neste ano no Setor Jaó. No dia 28 de fevereiro, Dia Mundial das doenças raras, várias programações disponíveis têm a intenção de alertar sobre a importância em investir em mais pesquisa a respeito dessas enfermidades.

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A REDAÇÃO

Sob a ótica do cuidado, Unimed Goiânia faz 45 anos e anuncia modernização

Michelle Rabelo

Goiânia - Com quase três mil médicos, cerca de 400 prestadores de serviços e mais de 380 mil beneficiários, a Unimed Goiânia está completando 45 anos e a celebração, assim como a história da cooperativa, foi toda pensada sob a ótica do cuidado. É que além da realização de uma edição especial da tradicional corrida de rua, do lançamento do seu instituto e do anúncio da construção de um hospital próprio, a marca comemorou, em evento no Teatro Goiânia, na noite desta terça-feira (28/2), reforçando o compromisso com o bem-estar de quem escolheu a empresa ao longo dessas quatro décadas - seja como cooperado, colaborador ou cliente. 

Na ocasião, o diretor presidente da regional Goiânia, Sérgio Baiocchi Carneiro, recebeu dezenas de médicos, anunciou novidades e fez questão de destacar a manutenção da essência da empresa: focar na saúde e não da doença. Em entrevista ao jornal A Redação, ele adiantou que o foco para os próximos meses é inserir a Unimed Goiânia no século XXI, principalmente no que diz respeito à tecnologia - o que já acontece hoje por meio, por exemplo, da telemedicina e do Super App, um aplicativo que, entre outras coisas, dá acesso ao pronto atendimento virtual, a 2ª via de boletos e ao extrato de utilização do plano.

"Hoje nós já temos um núcleo de inteligência artificial de avaliação de diagnósticos em funcionamento e estamos caminhando com outros dois. A ideia, porém, é modernizar sem desumanizar", alerta, admitindo que a sobrevivência das instituições hoje em dia depende de inovação. "Uma empresa chegar aos 45 anos hoje já é uma epopeia. Na área da saúde, mais ainda, devido, principalmente, a imprevisibilidade que paira no Brasil", comentou.

Por isso, o grupo liderado por Sérgio, é que é a 8ª maior cooperativa de saúde suplementar do Brasil, decidiu seguir pelo caminho da inovação, se colocando na vanguarda quando o assunto é saúde. "Vamos aproximar os dois elos: quem precisa do cuidado e quem trabalha com ele", pontua Baiocchi. Para isso, a atual diretoria já tem assegurados R$ 120 milhões, advindos da receita de R$ 1,99 bilhão do faturamento do ano passado. 

Novidades estruturais

Parte do dinheiro irá para adequação de projetos já existentes, como a rede de assistência da qual a Unimed se orgulha tanto. Em 2023, os laboratórios clínicos, os pontos de atendimentos médicos infantil e adulto e os centros clínicos, de medicina preventiva e de diagnóstico, ganharam reforços. Destaque para o Espaço bem-te-vi, um centro de atendimento aos pacientes com diagnósticos de Transtorno de Espectro do Autista (TEA), e é voltado para tratamento infanto-juvenil com foco na Análise de Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis – ABA).

Segundo a diretora de provimento da Unimed Goiânia, Lorena de Castro Diniz, a criação do Espaço bem-te-vi considerou o "jeito de cuidar" da cooperativa. "O mesmo aconteceu com a decisão de expandirmos a Unimed Vacinas, com a abertura de vários pontos de vacinação ao longo da cidade", contou, chamando atenção ainda para o investimento no cuidado com a saúde mental de cooperados, colaboradores e beneficiários no pós-pandemia de Covid-19.

Outra novidade (esta ainda em fase de articulação) é a construção do seu próprio hospital de média e alta complexidade e a chegada do robô Da Vinci, usado para a realização de cirurgias estritamente precisas e minimamente invasivas. No Brasil, existem apenas 55 aparelhos deste porte. 

Desenvolvimento socioambiental 

Fora da seara tecnológica, a noite também foi palco para o lançamento do Instituto Unimed Goiânia, que vai realizar ações e projetos que colaboram com o desenvolvimento socioambiental da população, atuando primordialmente em três eixos: educação, meio ambiente e assistência social. 

À frente da iniciativa, o diretor de mercado da Unimed Goiânia, Pedro José de Santana Júnior, explica que o Instituto está apto a apoiar e estabelecer parcerias público-privadas em projetos voltados para o resgate da cidadania, em atividades socioeducativas, bem como valorização de espaços públicos, mobilidade urbana e o meio ambiente. "Estamos trazendo um braço social que vai coroar a nossa história. Isso é algo que faz muita diferença para a marca", garante. 

Entre os exemplos de ações, haverá práticas como reaproveitamento de lonas de banners para a confecção de sacolas ecológicas (ecobags) e malotes e também a parceria com a Cooper Rama, cooperativa de materiais recicláveis. “O que antes era resíduo será transformado em produtos funcionais e que ajudam o planeta a ser mais sustentável. As lonas plásticas usadas em anúncios publicitários serão reaproveitadas e isso é sustentabilidade”, reforça.
 

No histórico da assistência social, o Instituto trará ainda ações de apoio à doação de sangue, à doação de leite e incentivo ao aleitamento materno. Já no eixo da educação, vai trabalhar, por exemplo, na entrega de computadores, acessórios, mesas e cadeiras para instituições como Ministério Filantrópico Terra Fértil e Escola Espírita Portal Da Luz.

Importância regional
Representando o governador Ronaldo Caiado, o presidente do Ipasgo, Vinicius Luz, aproveitou a oportunidade para declarar apoio aos projetos da Unimed. "À priori, há quem possa achar estranho o presidente do Ipasgo vir ao evento. Então eu aproveito para afirmar categoricamente: nós não somos concorrentes. Para o governador, o importante é cuidar de vidas. Não importa quem está à frente dessa missão. Minha escolha como representante dele simboliza o que Ronaldo Caiado mais defende: a união. E não há nada mais importante que a saúde. Nesse quesito, estamos do mesmo lado da trincheira."
 

Sobre a Unimed Goiânia

A Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico foi fundada em 21 de fevereiro de 1978 por 49 médicos goianos. Integra o Sistema Nacional Unimed e representa a maior operadora de planos de saúde genuinamente brasileira. Atua com princípios cooperativistas no setor de Saúde Suplementar com uma rede credenciada da instituição, com mais de 450 estabelecimentos que compreendem hospitais, clínicas e laboratórios responsáveis pela assistência prestada a mais de 360 mil beneficiários, em Goiânia, na região metropolitana e em mais 69 municípios circunvizinhos.

A Unimed Goiânia oferece planos de saúde individuais ou familiares para pessoas físicas e planos empresariais e coletivos por adesão para pessoas jurídicas, com cobertura de acordo com a lista de Procedimentos e Eventos em Saúde, determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também oferece produtos opcionais como SOS – UTI móvel, aéreo e terrestre – e Proteção no Trabalho.

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Caiado toma vacina bivalente contra covid-19 e pede que goianos se imunizem

O governador Ronaldo Caiado recebeu, na manhã desta terça-feira (28/02), a dose de reforço da vacina bivalente contra a covid-19, no Centro Municipal de Vacinação e Orientação ao Viajante (CMV) do Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. A primeira fase da campanha de vacinação contra a doença promovida pelo Ministério da Saúde começou nesta segunda-feira (27/02) em todo o país.


Antes de tomar a vacina, o governador  concedeu entrevista e pediu para que a população se vacine. "Peço que, por favor, acreditem na ciência, acreditem que precisamos cuidar das pessoas e não há nada melhor que a prevenção", afirmou. “É um pedido que faço a todos os goianos: vamos dar o exemplo ao Brasil. Essa vacina bivalente tem o espectro muito mais amplo. É uma vacina extremamente confiável”, destacou o governador ao citar que o imunizante protege contra o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, forma da variante Ômicron, e suas subvariantes (BA.1 ou BA.4 - 5).

“Não vimos nenhuma complicação grave de pacientes vacinados. Peço encarecidamente que todos se conscientizem, acreditem na medicina, na ciência”, ressaltou Caiado. 

A campanha será realizada em cinco etapas. Na primeira, estão sendo vacinadas pessoas acima de 70 anos; a partir de 12 anos que vivem em instituições de longa permanência e trabalhadores desses locais; imunossuprimidos e pessoas com deficiência a partir de 12 anos; além de indígenas, quilombolas e população ribeirinha, também a partir de 12 anos. A intenção é contemplar 90% do público-alvo nesta etapa, em Goiás. 

Campanha nacional

Inicialmente, o Estado recebeu do Ministério da Saúde 226,8 mil doses do imunizante bivalente. Dessas, 97 mil já foram distribuídas para os municípios. As demais começaram a ser enviadas nesta semana. A fase 2 começará na próxima segunda-feira (6/03), visando idosos a partir de 60 anos. 

Em Goiás, um milhão de pessoas, a partir de seis meses de idade, ainda não tomaram nenhuma dose de imunizante contra a covid-19. O titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), Sérgio Vencio, reforçou a importância da vacina como proteção às formas graves da doença e para evitar o risco de morte. 

"Já não cabem mais teorias de conspiração em relação à vacina, que mudou o curso da Covid-19. Convoco a população para que se vacine. Hoje, a gente vive um cenário confortável, mas ninguém sabe o que pode acontecer daqui a uns dias", alertou o secretário.

Acompanharam o governador durante sua vacinação também o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso; a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, e o deputado estadual Dr. George Morais.

Estão sendo imunizados com a vacina bivalente da Pfizer os grupos prioritários, formados por pessoas acima de 70 anos; pessoas a partir de 12 anos que vivem em instituições de longa permanência e trabalhadores desses locais; imunossuprimidos e pessoas com deficiência a partir de 12 anos; indígenas, quilombolas e população ribeirinha, também a partir de 12 anos.

Os 246 municípios goianos já estão abastecidos com o imunizante que protege também contra a variante Ômicron e suas subvariantes. Para ter acesso à vacina bivalente, a pessoa tem de ter tomado pelo menos duas doses do esquema primário, com a vacina monovalente, aplicada em todo o país desde 2021. Além disso, a última dose deve ter o intervalo de no mínimo quatro meses.

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O HOJE

Dia Mundial das Doenças Raras: saúde pública de Goiás oferece tratamento

Governo do Estado busca ampliar os Serviços de Referências em Doenças Raras pelo Ministério da Saúde

A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) participa da celebração desta terça-feira (28/02): Dia Mundial das Doenças Raras. Esta data foi criada em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis) e visa sensibilizar autoridades, profissionais de saúde e a população sobre o assunto. Em Goiás, a administração pública possui uma política de atendimento para as pessoas acometidas por alguma destas doenças.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doença rara é a que atinge menos de 65 pacientes em cada grupo de 100 mil. Acredita-se que existam entre 6 mil e 8 mil doenças raras em todo o mundo, sendo 80% de origem genética. No Brasil, aproximadamente 13 milhões de indivíduos vivem com alguma dessas enfermidades e são assistidas pela Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

No Estado de Goiás, a SES oferece no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG) o Serviço de Referência em Doenças Raras, credenciado no Ministério da Saúde (MS). Com esse serviço, a saúde pública da região consegue atender casos de média e alta complexidade de pacientes com xeroderma pigmentoso. As pessoas com essa doença possuem uma sensibilidade extrema à radiação ultravioleta e, por isso, também é conhecida como doença do sol.

Além do HGG, também existem serviços para doenças raras no Hospital Estadual de Doenças Tropicais (HDT), no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e na Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo). Nas unidades de saúde do Crer e da Rede Hemo, está em processo a habilitação de um Serviço de Referência em Doenças Raras, para que passem a receber recursos do Ministério da Saúde para realização destes atendimentos especializados.

Já no HDT, a expectativa é de habilitar um Serviço de Atenção Especializada para o tratamento de epidermólise bolhosa, a qual provoca a formação de bolhas e lesões na pele. Enquanto isso, a Rede Hemo disponibiliza atendimentos para pacientes com doenças raras de sangue, como a anemia falciforme.

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PORTAL TERRA

Hapvida tem queda de 56% no lucro líquido ajustado no 4° tri

A Hapvida registrou queda de 56,1% no lucro líquido ajustado no quarto trimestre de 2022 ante mesmo período do ano anterior, em meio a maiores despesas e taxa de sinistralidade, informou a empresa de saúde nesta terça-feira.

A companhia teve lucro líquido ajustado de 161,4 milhões de reais. Sem ajustes por amortização de marcas e patentes e carteiras de clientes, bem como relacionados a incentivos de longo prazo a executivos, a empresa teve prejuízo de 316,7 milhões de reais, revertendo lucro de 200,2 milhões de reais um ano antes.

Analistas projetavam, em média, prejuízo de 235,5 milhões de reais. Não estava imediatamente claro se os dados eram comparáveis com as projeções.

O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 52% de outubro a dezembro contra igual período do ano anterior, para 598,7 milhões de reais. Analistas, em média, esperavam Ebitda de 627,3 milhões de reais.

A Hapvida, que vem acumulando aquisições nos últimos anos, comprou a grande rival Intermédica no início do ano passado e vem integrando suas operações desde então, com analistas de olho no impacto do negócio nas linhas de despesas. A ação acumula queda de 11,6% neste ano, após diversos bancos assumirem perspectivas mais negativas para a companhia.

A sinistralidade caixa do grupo foi de 72,9% no trimestre, uma melhora de 0,1 ponto percentual ante o trimestre imediatamente anterior e uma piora de 8,1 pontos na base anual. A Hapvida afirmou no relatório de resultados que o indicador segue impactado por "maiores frequências de utilização, sazonalidade desfavorável, além de patamares mais altos de sinistralidade nas empresas recém-adquiridas".

A receita líquida da Hapvida cresceu 150,2% em 12 meses, para 6,5 bilhões de reais, impactada em especial pela aquisição da Intermédica. "Individualmente, as receitas crescem mesmo com o impacto do reajuste negativo dos planos individuais, estimados em 18,0 milhões de reais para a Hapvida e em 11,7 milhões de reais para a NotreDame (Intermédica)", afirmou a empresa.

O grupo registrou saltos de 83,5% e 139,1%, respectivamente, nas despesas administrativas e de vendas, para 537,1 milhões de reais e 523,9 milhões de reais.

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FOLHA DE S.PAULO

Einstein tem a melhor avaliação em ASG na América Latina pela S&P

Organização está entre as três mais bem pontuadas do mundo na cadeia de saúde, segundo relatórios publicados pela S&P Global Ratings

A adoção de melhores práticas ambientais, sociais c de governança é um caminho irreversível para empresas e organizações em todo o mundo. No sistema de saúde, que precisa lidar diretamente com o eleito das mudanças climáticas sobre as populações, a necessidade de fomentar iniciativas ligadas à redução de emissões e à promoção da equidade em saúde se mostra ainda mais urgente.

Mas como saber se os esforços de hoje serão, de fato, suficientes? Para isso. um olhar externo sobre os compromissos adotados é uma ferramenta importante. Foi o que a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein buscou ao decidir submeter as suas práticas de ASO (ambiental, social e governança) à avaliação da SSP Global Rating, em 2022. Esse tipo de avaliação é comum entre empresas de capital aberto, mas não entre instituições sem fins lucrativos. O movimento do Einstein pode estimular a melhoria das práticas ASO 110 setor de saúde.

"A decisão de contratar uma consultoria para avaliar o nosso desempenho se baseou no desejo de entender como estamos e onde podemos melhorar, para planejarmos os próximos passos", explica o presidente do Einstein, Sidney Klajner. "A estratégia de ASG do Einstein tem como objetivo genuíno transformar a saúde 110 Brasil."

A pontuação alcançada, de 76/100, mostra o Einstein entre as três melhores organizações do mundo 11a cadeia de saúde (entre hospitais, empresas de equipamentos e insumos e farmacêuticas), 11a comparação com outras análises públicas feitas pela SSP. Também é a instituição mais bem posicionada 11a América Latina quando comparada a empresas de todos os setores.

IMPACTO SOCIAL Segundo o relatório, as atividades do Einstein são direcionadas pela missão de prover serviços por meio da alta qualidade, segurança e inovação em assistência, expandindo o acesso à saúde a populações e comunidades vulneráveis. Isso se traduz 11a promoção de maior equidade em saúde.

"Desenvolvemos ações e projetos voltados à melhoria da gestão, do diagnóstico e do tratamento 11a saúde pública e privada, temos um modelo de governança sólido, que é levado a todas as nossas unidades, e contribuímos significativamente para a melhoria dos resultados de saúde das comunidades em que atuamos", afirma Henrique Neves, diretor geral do Einstein. "Nosso compromisso é com a equidade ern saúde e estamos fazendo isso por meio de diversas iniciativas, como avaliou 0 relatório."

A consultoria internacional destaca que a organização 'redesenhou seu sistema de gestão de saúde para integrar os mesmos padrões em suas unidades públicas e privadas". O Einstein faz a gestão de três hospitais públicos 110 Brasil, além de outras 26 unidades de saúde públicas 11a capital paulista. Os números da atuação do Einstein 110 SUS superam hoje os do sistema privado em serviços como partos, consultas, pronto atendimentos e atendimentos domiciliares.

A promoção do acesso à saúde dc qualidade também se dá 110 desenvolvimento dc projetos voltados à melhoria da gestão, ao diagnóstico e ao tratamento em saúde pública por meio do PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS). Desde 2009, mais de cem projetos foram executados pelo Einstein, com dispêndio de cerca de R$ 3 bilhões.

Quando o tema é diversidade. o relatório menciona que o Einstein revela "métricas que não são amplamente divulgadas 11a indústria", como as raciais, de pessoas com deficiência e de desigualdades salariais entre homens e mulheres.

Na área de gestão de segurança, a SST avalia que a atuação do Einstein é abrangente e "se espelha nas melhores práticas internacionais". A organização foi a primeira fora dos Estados Unidos a ser acreditada, em 1999, pela Join Commission International, que atesta processos de qualidade e de segurança em saúde.

PADRÃO INTERNACIONAL Em muitos aspectos, o que o Einstein faz hoje em ASG só encontra equivalência em padrões internacionais. O relatório que as metas de redução de gases de efeito estufa e o plano de mitigação estabelecidos pela organização são "mais avançados do que os de seus pares regionais". "Em 2021. o Einstein aderiu à campanha da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas 'Race to Zero', comprometendo-se a reduzir 50% de suas emissões totais de gases de efeito estufa até 2030 - o que é mais ambicioso do que os pares globais - , e a neutralizá-las totalmente até 2050", ressalta a SST.

O relatório observa que, por Criança é atendida em unidade do SUS sob gestão do Einstein em São Paulo; atuação social da organização foi destacada pela S&P

serem relativamente recentes, os esforços para neutralizar as emissões, contudo, são um desafio na jornada ASG da organização. Segundo o diretor de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Einstein, Guilherme Schetliuo. "há um esforço muito grande em expandir as boas práticas e um forte engajamento para atingir a meta de neutralização de emissões". "Entendemos que não há outro caminho". diz Scliel Uno.

A consultoria classifica que o Einstein tem uma gestão de descarte de resíduos mais forte que os padrões do setor de saúde: "Os resíduos da organização destinados a aterros sanitários têm caído consistentemente nos últimos anos, representando 25% do total de resíduos em 2021. o que é significativamente menor do que o de seus pares regionais".

No pilar dc governança, a SST classifica o código de conduta e os valores de Einstein como fortes e coerentes em toda a sua cadeia de valor. "A entidade tem um longo histórico de implementação efetiva de seu extenso código de conduta, que é aplicado a todos os funcionários e fornecedores", pontua a agência.

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GLOBO

Profissionais do SUS vão checar atrasos em vacinação durante consultas, em nova ofensiva para aumentar imunização contra Covid

O Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais prepara, uma nova ofensiva para aumentar os índices de cobertura vacinal contra Covid-19 no país. Nos próximos meses, os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) passarão a checar durante consultas e exames se a vacinação do paciente está em dia. Se não estiver, a pessoa será incentivada a completar o ciclo e receber informações de onde tomar a dose. Segundo dados da pasta, apenas metade da população tomou a dose de reforço do imunizante até hoje.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Cipriano Maia, afirmou que a iniciativa não se restringirá a atendimentos em hospitais e centros de saúde, se estendendo também a visitas de agentes comunitários de saúde nos domicílios.

- O que queremos é mobilizar todos os profissionais de saúde, principalmente na atenção primária, para acompanhar e mobilizar a cobertura vacinal. Incluindo até agentes comunitários que cheguem às famílias para verificar a condição vacinal e motivá-las a procurar os serviços de saúde - explica Maia.

A ação valerá também para as vacinas do Calendário Vacinal, não apenas para Covid. O acordado entre a União, estados e municípios é reunir esforços para aumentar os índices de imunização e afastar o risco de doenças já erradicadas, como a poliomielite.

A campanha integra o Movimento Nacional pela Vacinação do governo federal, lançado nessa segunda-feira, 27. A secretária nacional de Vigilância, Ethel Maciel, destaca ser importante que toda a rede pública esteja voltada à vacinação neste momento devido à baixa cobertura vacinal.

Lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação 1 de 5

Alckmin aplica vacina bivalente contra a covid no presidente Lula - Foto: Cristiano Mariz/ Agência O Globo 2 de 5

Presidente Lula é vacinado pelo vice, Alckmin, em lançamento de campanha de imunização - Foto: Arthur Stuckert/Divulgação X de 5 Publicidade 5 fotos 3 de 5

Lançamento da campanha foi em posto de saúde no Guará, em Brasília - Foto: Júlia Prado/MS/Divulgação 4 de 5

A vacina bivalente da Pfizer contra Covid é direcionada inicialmente para grupos de risco, como idosos e imunocomprometidos - Foto: Júlia Prado/MS/Divulgação X de 5 Publicidade 5 de 5

Idosa recebe vacina bivalente contra o coronavírus - Foto: Júlia Prado/MS/Divulgação Evento teve presença do presidente Lula, vice-presidente Alckmin e primeira-dama Janja Segundo o Ministério da Saúde, mais de 19 milhões de brasileiros estão em atraso com a segunda dose contra a Covid-19 do esquema vacinal primário. No esquema de reforço, 68 milhões estão em atraso com a primeira dose e pouco mais de 30 milhões com a segunda.

A baixa vacinação de crianças também preocupa a Saúde. A cobertura contra a Covid entre o público infantil chega a apenas 25% em alguns estados, e não passa de 50% em nenhum. A campanha de imunização começa a ser expandida para as escolas nesta quarta, 1° de março. Em maio, as ações se estendem para a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e poliomielite.

Crianças e adultos fora do grupo prioritário são imunizados com a dose monovalente, aplicada desde o esquema primário. As chamadas vacinas bivalentes - com proteção ao coronavírus e suas variantes - começaram a ser aplicadas em idosos a partir de 70 anos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP) a partir de 12 anos (abrigados e os trabalhadores dessas instituições); imunossuprimidos a partir de 12 anos e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.

Em março, as bivalentes também ficarão disponíveis para a faixa de 60 a 69 anos e gestantes e mulheres em puerpério, respectivamente a partir do dia 6 e do dia 20. Pessoas com deficiência e profissionais de saúde terão aplicação a partir de abril.

É recomendada a aplicação três doses para todos a partir de seis meses (crianças e adolescentes inclusas), quatro para os acima de 40 anos e uma dose adicional aos esquemas anteriores para quem tem deficiência imunológica.

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CORREIO BRAZILIENSE

Novas regras para laqueadura: veja o que muda a partir do mês de março

A partir do dia 5 de março entram em vigor as novas regras para a realização do procedimento de ligadura das trompas femininas, conhecido como laqueadura. As alterações representam um avanço nos direitos reprodutivos das mulheres, já que deixou de lado a obrigatoriedade da autorização conjugal para realizar a cirurgia.

As mudanças foram aprovadas em 2 de setembro de 2022, por meio de alterações na Lei nº 9.263, que trata sobre o oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas. Com a nova Lei, a 14.443, que modificou a anterior, homens e mulheres com 21 anos de idade ou mais, ou então, independente da idade, que tenham pelo menos dois filhos vivos, podem solicitar a laqueadura ou vasectomia.

Além disso, a nova legislação revogou o artigo que, nos casos de "sociedade conjugal", ou seja, casamento ou união estável, exigia o "consentimento expresso de ambos os cônjuges". Isso significa que para realizar a laqueadura a mulher precisava também da autorização do marido, mas, a partir desta semana, basta a aprovação da própria paciente para que a cirurgia seja feita.

Outro avanço foi a autorização para realizar a laqueadura no momento do parto. Antes, a esterilização cirúrgica era vedada logo após o nascimento ou aborto espontâneo, "exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores". Assim, a nova lei estabelece que "a esterilização cirúrgica em mulher durante o período de parto será garantida à solicitante se observados o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o parto e as devidas condições médicas".

Tanto a cirurgia de laqueadura, quanto os métodos contraceptivos, que agora devem ser disponibilizado no prazo máximo de até 30 dias após a solicitação, devem estar à disposição das mulheres por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). "A mudança vai fazer a diferença na vida das mulheres e das famílias, quando ainda hoje existem meios diferentes de acesso ao método contraceptivo entre homens e mulheres", disse a deputada federal Soraya Santos (PL-RJ), relatora da proposta de lei, durante votação na Câmara dos Deputados em março de 2022.

Como era e o que muda com as novas regras para realização da laqueadura e disponibilização de métodos e procedimentos contraceptivos no Brasil

O que é a laqueadura

A laqueadura é uma cirurgia contraceptiva, ou seja, ela tem o objetivo de fazer com que a mulher não engravide. Essa intervenção também pode ser feita no homem e se chama vasectomia.

Na prática, a mulher é submetida a um procedimento cirúrgico em que as tubas uterinas são obstruídas, cortadas ou amarradas para impedir que o óvulo encontre o espermatozoide e gere o embrião. Esse método contraceptivo tem eficácia de mais de 99%. Em alguns casos, esse procedimento pode ser revertido e a mulher voltar a ter chances maiores de engravidar, mas não é algo tão simples.

"A laqueadura é um método contraceptivo feminino considerado definitivo, porém é um método reversível. O procedimento é feito de forma que acaba obstruindo as trompas de alguma forma: seja dando ponto, seja cortando um pedaço, seja só seccionando e colocando um grampo, um clipe metálico. Quando a gente vai fazer uma reversão, a gente precisa saber se o que ficou daquela trompa pode ser utilizado, então a gente precisa saber qual foi a técnica que foi utilizada, se não tiver como descobrir, como é a maioria dos casos, não tem como reverter", explica a ginecologista Tatianna Ribeiro, da clínica Rehgio.

A médica ressalta que se o método utilizado não deixar margem nas trompas para que elas sejam ligadas novamente, a reversão se torna impossível. "Além disso, muitos profissionais não querem fazer essa cirurgia de reversão. Isso vai aumentar o risco para paciente, aumentar risco de gravidez ectópica. Ao meu entender, com a reversão, eu estou piorando o futuro reprodutivo dessa paciente e a saúde dela, porque uma gravidez na trompa pode levar à óbvio, pode levar outro procedimento cirúrgico, ela pode ter muitas outras complicações", alerta a ginecologista.

Para as pacientes que se submeteram à laqueadura e querem engravidar novamente, a médica indica a fertilização in vitro, "porque eu não preciso de trompa para fazer uma fertilização, eu vou gerar o embrião no laboratório e vou transferir esse embriãozinho para dentro do útero dela, diretamente".

Apesar disso, o procedimento em si é de baixo risco. Ribeiro salientou que é uma cirurgia rápida, com duração média de uma hora, e pode ser feita por videolaparoscopia, um método minimamente invasivo. Nesse último caso, a cirurgia leva cerca de 10 a 15 minutos. "Não há contra indicação médica para fazer a laqueadura tubária", completou a ginecologista.

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Assessoria de Comunicação