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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo
Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'
Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde
Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok
Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano
Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023
Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde
Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos
Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem
FOLHA DE S.PAULO
6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo
São Paulo
Uma pesquisa brasileira apontou que 58,5% dos pacientes com Covid continuam a apresentar sintomas três meses após o quadro de infecção aguda, dos quais 69% afirmam que ainda não estão recuperados da Covid longa.
A taxa vai para 72% considerando os indivíduos que não estavam vacinados no momento em que contraíram o vírus.
Os dados são da Rede de Pesquisa Solidária, que inclui cientistas de diversas instituições brasileiras, incluindo USP, UnB (Universidade de Brasília) e a Fiocruz Brasília.
De acordo com o estudo, os sintomas de Covid longa podem aparecer tanto naqueles que tiveram quadro grave quanto em quem teve infecção leve ou assintomática: enquanto 94% dos respondentes com Covid longa buscaram atendimento hospitalar durante a fase aguda da doença, os outros 6% reportaram quadro leve.
Fisioterapeuta de centro de reabilitação em São Paulo trata paciente com sequelas pós-Covid - Rubens Cavallari - 13.mai.21/Folhapress
As sequelas registradas da doença foram múltiplas e afetaram diversos órgãos e sistemas no corpo. Entre os sintomas mais frequentes estão ansiedade (80%), perda de memória (78%), dor (77%), falta de atenção (75%), fadiga (73%), queda de cabelo (71%), alterações de sono (70%), alterações de humor (62%) e dor nas articulações (59%).
A nota alerta, ainda, para 81% dos respondentes terem procurado algum serviço de saúde já para tratar os sintomas persistentes, mas a falta de orientação dos profissionais de saúde sobre sequelas da Covid dificultam o diagnóstico e tratamento adequados.
A pesquisa foi feita por meio eletrônico entre 14 de março e 14 de abril de 2022. Ao final, 1.728 adultos com 18 anos ou mais responderam à pesquisa, dos quais 1.230 tiveram diagnóstico positivo para Covid confirmado por exame do tipo RT-PCR. Das pessoas com testes positivos, 720 (58,5%) afirmaram ter sintomas persistentes e, entre esses, 496 (69%) ainda não se recuperaram das sequelas. A maioria dos respondentes (84%) era do sexo feminino e apresentava 25 a 40 anos (40%).
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Brasília Erica Tatiane da Silva, a maior incidência de sintomas relacionados aos problemas mentais e físicos em uma população economicamente ativa demonstra como as sequelas pós-Covid podem afetar as atividades do dia a dia.
"A grande questão é que não temos com muita clareza as causas e fatores associados à Covid longa, e pela nossa pesquisa observamos um impacto grande nas atividades de trabalho e estudo sem a orientação adequada aos pacientes", diz.
Silva lembra ainda que os efeitos da Covid longa são diversos e não podem ficar apenas em uma especialidade médica, sendo necessária uma avaliação para cada queixa de sintoma, sejam eles neurológicos, pneumológicos ou cardiológicos.
"Mas é importante ressaltar que os sintomas podem aparecer em ambos os sexos, em qualquer grupo etário e independentemente da gravidade da doença, porque mesmo casos leves têm reportado sintomas de pós-Covid", afirma Silva.
A nota ressalta que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 10% a 20% das pessoas com Covid podem desenvolver quadro de Covid longa, o que no Brasil pode representar de 2,8 milhões a 5,6 milhões. No entanto, não há diretrizes ou orientações mais específicas do Ministério da Saúde sobre tal quadro.
Para Michelle Fernandez, pesquisadora e professora do Instituto de Ciência Política da UnB, faltou "empenho energético" por parte do governo brasileiro no que diz respeito às orientações sobre Covid longa. "Percebemos que houve pouca preocupação por parte do governo para pensar na Covid longa, houve apenas uma diretriz de novembro de 2021 olhando para a condução da doença do ponto de vista clínico."
A nota reflete que, assim como em outras áreas, houve falhas na condução federal para as orientações sobre Covid longa. "O ministério poderia ter agido para orientar os profissionais de saúde nos postos sobre o atendimento de pessoas com sintomas de Covid longa, e isso poderia ser feito no âmbito da atenção primária à saúde", diz.
VACINAÇÃO
Segundo a nota, a incidência era maior naqueles não vacinados, reforçando o que já foi encontrado em outros estudos, incluindo um brasileiro que apontou que a quarta dose protege contra sintomas pós-Covid.
Outras pesquisas apontam para maior incidência de sequelas da Covid em mulheres, em pessoas que tiveram necessidade de ventilação mecânica e naqueles com quadro mais agravado durante a fase aguda.
"Sem dúvidas é importante conscientizar neste momento uma campanha forte e massiva em relação à vacinação, pois, apesar de não ter estudos conclusivos ainda, já há indícios de que a vacina ajuda não só na proteção de quadro grave e morte mas no pós-Covid", diz Fernandez.
Com estudos apontando queda na aceitação vacinal no país, os cientistas dizem que o novo governo, alinhado a uma campanha de incentivo à imunização, deveria focar também as orientações sobre Covid longa. "Campanhas de conscientização são importantes para de fato conduzirem as pessoas a se vacinar, estimular a vacinação", completa.
A pesquisa analisou publicações do Ministério da Saúde sobre Covid longa até o final de dezembro de 2022, ainda sob a gestão do governo Bolsonaro (PL).
A pasta da saúde, já na nova gestão de Lula (PT), disse que trabalha com estimativas de prevalência dos sintomas mais frequentes de Covid longa por meio do acompanhamento de pesquisas clínicas. Disse, também, que o acompanhamento das pessoas nessa condição é realizado nos serviços de Atenção Primária, e os registros nos sistemas são realizados por meio de classificações específicas (CID U09.9 e U10.9).
O ministério reforça a importância da vacinação, incluindo todas as doses de reforço indicadas, para garantir a máxima proteção contra casos graves e Covid longa.
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O GLOBO
Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'
As primeiras decisões do governo Lula referentes ao aborto geraram reações entre evangélicos, católicos e de parlamentares bolsonaristas, reavivando a agenda de costumes da qual o presidente tentou se esquivar durante a campanha eleitoral. Nesta semana, o país se desligou do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, aliança antiaborto que tinha no Brasil seu maior entusiasta desde que Donald Trump deixou a Casa Branca, há dois anos. Além disso, o Ministério da Saúde revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, entre elas uma que citava a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial.
Após o anúncio da saída do grupo ultraconservador, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou no Instagram um vídeo com críticas a Lula: "Mais uma vez, mostra que é só mais um estelionatário eleitoral de dizer que é contra o aborto só para ganhar voto".
Já o pastor Silas Malafaia relembrou a carta aos evangélicos que Lula apresentou no período eleitoral. A época, o gesto do então candidato petista buscava acenar ao grupo, que majoritariamente apoiava a candidatura de Bolsonaro - Malafaia segue sendo um dos principais aliados do ex presidente no segmento.
"Lembra na campanha eleitoral do Lula dizendo que apoia o aborto? Mas ele viu que falou bobagem que não rende voto, aí o mentiroso, cínico e manipulador escreve uma carta aos evangélicos", disse o pastor.
Em abril do ano passado, ao afirmar que o aborto é uma questão de saúde pública, Lula afirmou que "todo mundo deveria ter direito", o que gerou desgastes. Já na campanha, Lula hesitou a fazer um gesto direcionado a evangélicos, mas acabou lançando a carta em que afirma que "a vida é sagrada, obradas mãos do Criador" e reforça o "compromisso com sua proteção". Na sequência, o petista acrescenta que é "pessoalmente contra o aborto e lembro" e ressalta que eventuais mudanças sobre o tema cabem ao Congresso, não ao Executivo.
Assim como Malafaia, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) também lembrou da carta e afirmou que o aborto representa um "assassinato de inocentes". Já o senador Flávio Bolsonaro (PLRJ) disse que a organização da qual o Brasil se retirou representa "uma linha de defesa importante pró-vida".
Ao se desligar da aliança antiaborto promovida por Bolsonaro e Trump, o Ministério das Relações Exteriores disse que "o Brasil considera que o documento contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família".
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também se posicionou por meio de uma nota com o título "Vida em primeiro lugar", com críticas a medidas do governo Lula. O texto, assinado por quatro líderes da Igreja Católica, repudia qualquer iniciativa que sinalize para a "flexibilização do aborto" e relembra as promessas feitas por Lula na corrida presidencial. "A revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais precisa ser esclarecida pelo governo federal, considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha", diz a nota. "A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz, É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado democrático de Direito".
NOVO MINISTÉRIO DA SAÚDE
O texto se refere às mudanças promovidas dentro do Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade. Na segunda-feira, ela revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, sob o argumento de que contrariavam diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de não terem a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) nas suas concepções.
Entre elas, está a que trata do "procedimento de justificação e autorização da interrupção da gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do SUS". Essa portaria falava, por exemplo, sobre a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial responsável, O texto também destacava que era preciso preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos do embrião ou feto.
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O ESTADO DE S.PAULO
Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde
Os brasileiros saíram de um processo eleitoral vazio, com agressões mútuas, valorização de ideologias e quase nenhum debate sobre propostas que efetivamente possam melhorar a vida das pessoas e colocar o País nos trilhos do desenvolvimento socioeconômico e cultural. A saúde foi apontada em 2022, por alguns institutos de pesquisa, como uma das principais preocupações dos eleitores, fato que se arrasta pelo menos desde as eleições de 2014. Apesar disso, dos problemas que enfrentamos com a pandemia e de termos registrado um dos maiores índices de mortalidade por covid-19 em todo o mundo, com quase 700 mil óbitos, praticamente nada foi proposto no último pleito para melhorar a saúde dos cidadãos.
Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos. Trata-se de uma conquista inquestionável para a sociedade o Artigo 196 da Constituição: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". O momento de comemoração e expectativa pela chegada da nova gestão federal exige uma avaliação profunda sobre o que efetivamente está e o que não está funcionando no nosso sistema de saúde. O SUS, como assistimos nos últimos dois anos, foi o pilar da cidadania em nosso país em uma das maiores crises sanitárias da História. É, portanto, um verdadeiro patrimônio civilizatório e motivo de orgulho para todos os brasileiros. Lamentavelmente, como não temos conseguido encontrar meios para fazer escolhas racionais em questões de saúde, usando critérios de efetividade e racionalidade, elas ocorrem aleatoriamente, através de pressões políticas, lobbies ou decisões jurídicas individuais. Claro que, assim, os resultados não podem ser bons.
As insistentes filas para atendimento nos hospitais - que são peças fundamentais para o sistema - são retrato de um modelo assistencial retalhado. Cabe à atenção primária, através dos agentes comunitários de saúde, Programa Estratégia Saúde da Família, médicos e equipe multiprofissional orientar os cidadãos em suas jornadas de saúde para que elas sejam efetivas e eficazes. Mas esse "caminho" precisa estar traçado.
Publicações técnicas apontam que 85% das questões de saúde podem ser resolvidas na atenção primária, portanto, é aqui que se produzem os melhores resultados para a saúde da população. Além de porta de entrada do sistema, uma atenção primária organizada e bem-feita desafoga os serviços de urgência e emergência e encaminha as pessoas para serviços de maior complexidade, quando necessário, diminuindo as filas nos hospitais e os custos assistenciais para os cofres públicos. Infelizmente, nosso modelo ainda não foi capaz de se organizar de forma adequada para proporcionar uma integração assistencial efetiva entre os serviços de diferentes complexidades.
No setor de saúde suplementar também verificamos uma fragilidade organizacional de modelo. Mesmo com mais recursos, encontramos filas nos prontos-socorros e o crescente número de consultas, exames e procedimentos não têm, necessariamente, garantido saúde melhor para os usuários desse sistema.
O financiamento é outro problema que precisa ser enfrentado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a saúde movimenta por ano 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Tomando como base o PIB nacional de 2021, de R$ 8,7 trilhões, chegamos a um montante de R$ 835,2 bilhões, incluindo investimentos públicos das três esferas de governo (União, Estados e municípios) e do setor privado (compreendido pela saúde suplementar e investimentos diretos feitos pelas famílias).
Quando analisadas as despesas dos setores público e privado isoladamente, o público fica com a menor fatia de investimento: 4,2% do PIB (R$ 365,5 bilhões), contra 5,4% do setor privado (R$ 469,7 bilhões). Na comparação com países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), observa-se que as despesas brasileiras como proporção do PIB são semelhantes, mas a participação dos gastos públicos é menor do que a média desses países. É inadmissível que em um sistema como o SUS, que está fundamentado nos pilares da universalidade, equidade e integralidade, os investimentos públicos sejam menores que os investimentos privados.
Essas distorções têm origem, principalmente, em uma visão desestruturada do sistema de saúde, de autoridades públicas e privadas, que privilegiam, muitas vezes, ações mais imediatistas, e não conseguem planejar e implantar políticas estruturantes capazes de gerar resultados em médio ou longo prazo. Por isso, nossos esforços, demandas e anseios são concentrados na doença, e não na saúde. Já passou da hora de inverter o foco.
Tentar, por exemplo, resolver "apenas" a fila nos hospitais é como se, num navio que teve o casco perfurado por um iceberg, colocássemos atenção no tamanho do balde para drenar a água, ou na técnica utilizada pelo marinheiro para retirá-la. O balde pode ser pequeno e o marinheiro despreparado, mas nada disso significa que o problema verdadeiro não seja a enorme abertura no casco. Com a experiência de 35 anos de SUS e um novo governo, a expectativa é de que possamos aprender, prioritariamente, que melhor do que cuidar do cidadão doente é cuidar para que ele não adoeça.
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Francisco Balestrin - médico, é presidente do Sindhosp
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AGÊNCIA ESTADO
Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok
A polícia da Argentina investiga se a morte de uma menina de 12 anos ocorreu após a adolescente participar, na última sexta-feira (13/1), do chamado Blackout Challenge, o "desafio do apagão", no TikTok. A "trend", como se chamam os conteúdos virais que circulam de forma natural na rede social, estimulava jovens a provocarem o auto sufocamento até o ponto de desmaio. O TikTok desativou a busca pelo desafio e emitiu comunicados de prevenção. "Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar", afirma o comunicado publicado pela rede chinesa assim que se busca pela palavra-chave Blackout Challenge.
Segundo apuração do jornal argentino Clarín, que noticiou a morte da adolescente Milagros, esta teria sido a terceira tentativa de auto sufocamento da menina. Ainda conforme a imprensa argentina, a família diz que há vídeos no celular da garota em que ela aparece tentando a asfixia outras vezes. A morte não teria sido a primeira ligada a esta "brincadeira".
Apesar de a reportagem não ter encontrado vídeos sobre o desafio no TikTok, há postagens relatando outros casos e alertando os usuários da rede social sobre o perigo. A morte do britânico Leon Brown, de 14 anos, que foi encontrado asfixiado pelos pais em seu quarto em agosto de 2022, é uma das mais mencionadas nos vídeos que circulam na rede social. Na época, a mãe dele, Lauryn Keating, afirmou ao jornal escocês Daily Record que colegas do filho relataram que ele participou do desafio.
Em dezembro de 2021, a mãe da jovem Nylah Anderson, da Filadélfia, nos EUA, processou o TikTok pela morte da filha, que teria participado do mesmo desafio. Mas, em outubro de 2022, o juiz rejeitou o pedido com base a Lei Federal de Decência nas Comunicações, dos EUA, que protege editores do trabalho de terceiros - a postagem é considerada de responsabilidade do seu autor, e não da rede. As famílias de mais duas meninas americanas, de 8 e 9 anos, mortas em 2021, também entraram com ação contra o TikTok pela mesma razão.
"A curiosidade é um motor importante para a vida. Leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz Wimer Bottura, psiquiatra do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina. Por outro lado, "como o repertório de informações da criança ainda é baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos.
Resposta
O TikTok afirma que desafios envolvendo asfixia são anteriores à rede social, lançada em 2016, citando documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano de 2008 que já relatava mortes por um jogo similar, o Choking Game. "Sentimos muito pela trágica perda desta família (em relação ao caso ocorrido na Argentina). A segurança da nossa comunidade é prioridade e levamos muito a sério qualquer ocorrência sobre um desafio perigoso. Conteúdos dessa natureza são proibidos em nossa plataforma e serão removidos caso sejam encontrados", disse a empresa ao Estadão.
Desenvolvimento do senso crítico
O psiquiatra Wimer Bottura, presidente do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina, diz que um dos motivadores que podem estar levando as crianças a repetir o desafio que incita o sufocamento é o prazer. "A hipóxia, como chamamos a falta de oxigenação no cérebro, leva a uma euforia, uma sensação de prazer muito grande na pessoa", afirma.
O especialista alerta, porém, que é comum que crianças se interessem por desafios de maneira geral. "A curiosidade é um motor importante para a vida. Ela leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz o psiquiatra. Por outro lado, "como repertório de informações da criança ainda é muito baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos. Para Bottura, o caminho para evitar esse tipo de acidente é desenvolvendo o senso crítico da criança para que ela mesma se proteja desse tipo de armadilha.
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A REDAÇÃO
Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) inaugura nesta sexta-feira (20/1), sua nova regional, em Jataí, no Sudoeste goiano. A unidade, uma das 126 voltadas ao relacionamento presencial com os usuários, estava em obras desde o dia 16 de novembro. Ao todo, o instituto investiu R$ 180 mil na requalificação da estrutura física do local, que também responde pelos postos da cidade de Mineiros.
“A entrega da regional Jataí marca não apenas a primeira obra concluída este ano, mas também simboliza o começo dos investimentos que serão feitos em 2023 dentro do nosso plano de melhoria da estrutura física do Ipasgo. Já estão no nosso calendário de obras, por exemplo, reformas das regionais Ceres, São Luís de Montes Belos, Morrinhos, Itumbiara e Catalão”, antecipa o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, ex-prefeito de Jataí. Além das cinco Regionais, o planejamento do instituto para este ano inclui a requalificação física dos postos de atendimento de Quirinópolis, Vianópolis e Santa Helena de Goiás.
Nesses dois meses de obras, a regional Jataí passou por troca completa e modernização do sistema de iluminação, das redes elétrica, de dados e de climatização; ganhou piso tátil, impermeabilização, nova pintura, bancadas em granito, caixa d’água, fachada e jardim; melhoria dos mobiliários, da rede hidrossanitária, dos pisos, telhado, pastilhas e outros revestimentos. Também houve correção de trincas, fissuras e infiltrações. O prédio, agora completamente revitalizado, foi inaugurado em 1998.
“As regionais são um elo extremamente importante entre os usuários e o instituto. Elas mediam nosso relacionamento e ao mesmo tempo nos aproximam dos usuários, nos oferecendo subsídios importantes para traçar planos e metas que nos levem à evolução contínua do Ipasgo, nossa principal meta”, avalia Vinicius Luz.
Em média, a Regional Jataí recebe todos os meses cerca de 1.590 usuários em busca de serviços administrativos, como emissão de boletos de pagamentos, abertura de processos de adesão, realização de acordos financeiros, entre outros procedimentos. Além de 17 Regionais, o Ipasgo tem 35 postos e está presente em 73 Vapt Vupts localizados em todas as regiões de Goiás.
Outros investimentos
À localizada em Jataí, somam-se reformas já realizadas nas regionais Rio Verde, Iporá, Anápolis e Goiás; no Ipasgo Clínicas Campinas, em Goiânia, e outras manutenções corretivas e preventivas nos 43 prédios do instituto. Desde 2019, o Ipasgo destinou quase R$ 1,3 milhão para reformas e manutenções das unidades existentes.
Paralelamente, também investiu na ampliação da rede própria voltada ao atendimento à saúde dos usuários. Nos últimos quatro anos, a autarquia do Governo de Goiás passou a contar com mais três unidades: uma focada em atendimento pediátrico, localizada no Setor Serra Dourada, em Aparecida de Goiânia; outra, direcionada à saúde mental, em Campinas; e a terceira em Anápolis. Um investimento que possibilitou a prestação de mais de 263,8 mil serviços, a exemplo de pediatria, endocrinologia, reumatologia, pneumopediatria e clínica geral, de 2019 a 2022, nas cinco unidades do Ipasgo Clínicas.
Referência nacional na área de assistência à saúde, o Ipasgo assiste a quase 600 mil cidadãos e está conveniado a entidades de 145 municípios de Goiás, aos quais oferece uma ampla rede credenciada composta por 1.136 clínicas, laboratórios e hospitais e por 3.776 médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, entre outros profissionais.
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Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023
Os trabalhadores que ganham um salário mínimo e meio terão que pagar Imposto de Renda, a partir de 2024, quando é recolhido o tributo do ano base anterior, caso a tabela atual não seja corrigida este ano. Atualmente, a isenção para a contribuição é aplicada para pessoas com uma renda de até R$ 1.903,98. Com o reajuste salarial de 2023, o salário mínimo ficou em R$ 1.302,00.
A Receita Federal ainda irá divulgar a tabela deste ano. Durante a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi prometido que a tabela do Imposto de Renda seria corrigida acima da inflação, subindo dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 5 mil. Caso isso ocorra, quem ganha até R$ 5 mil estará isento.
QUEM É OBRIGADO A DECLARAR IMPOSTO DE RENDA?
É obrigado a realizar a declaração do IRPF quem teve:
- Rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil;
- Ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto;
- Isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias;
- Operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
- Posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil (31 de dezembro de 2021);
- Receita bruta na atividade rural de tributáveis acima de R$ 142.798,50;
- Quer compensar, em 2021 ou anos seguintes, prejuízos da atividade rural de 2021 ou anos anteriores;
- Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro
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FATOR BRASIL
Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde
Convênios da Ativia Saúde serão disponibilizados por valores a partir de R$ 141,55.
A Qualicorp, maior plataforma de escolha de planos de saúde do Brasil, acaba de assinar uma parceria com a Ativia Saúde para oferecer planos aos moradores de cidades do Vale do Paraíba e do Litoral Norte de São Paulo. Os planos custam a partir de R$ 141,55 (a depender da faixa etária e categoria do plano contratado).
Serão ofertadas seis categorias de convênios. As opções no modelo adesão (com e sem coparticipação) são Essencial, Ativia Vale Enfermaria e Ativia Vale Apartamento que abrangem cuidados ambulatoriais e hospitalares com obstetrícia.
Os planos da categoria Essencial Adesão serão comercializados nas cidades de Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos. Já os planos Ativia Vale Adesão incluem também os municípios de Caçapava, Guaratinguetá, Lorena, São Sebastião e Taubaté.
Esta parceria apresenta soluções para oferecer saúde de qualidade à região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da excelência no cuidado com os clientes, as opções também contam com excelente custo-benefício afirma Bruno Leite, supervisor comercial da Quali em São Paulo. A rede de atendimento é muito boa com o Hospital Alvorada em Jacareí, Hospital Antoninho da Rocha Marmo em São José dos Campos, Hospital São Lucas em Taubaté e muito mais completa.
Os convênios médicos da Ativia Saúde são válidos para diversas profissões por meio das entidades de classe parceiras como: Asprofoli para profissionais liberais, SAESP para administradores, Crefito para Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacional, UNE para os estudantes dentre muitas outras.
Campanha para corretores 3 A Qualicorp ofertará um cyber bônus para os corretores parceiros na venda dos planos. A bonificação será paga à vista e varia de R$ 150 a R$ 400, a depender da idade do contratante.
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HOJE EM DIA
Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos
Jihan Zoghbi*
A evolução do atendimento está em potencializar os hospitais como verdadeiros hubs de cuidado. Mais do que buscar um tratamento, o ideal é que os pacientes tenham acesso a ferramentas que os ajudem a prevenir doenças. Esse é o verdadeiro sentido de quem atua no setor de tecnologia para a saúde: proporcionar condições para uma vida com mais qualidade.
A recente sanção da Lei 14.510/22, que regulamenta a Telessaúde no Brasil, é um passo essencial para democratizar o acesso a recursos médicos de alto padrão. Por questões geográficas, econômicas, políticas e sociais, a grande maioria dos especialistas está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país. Para grande parte da população, é inviável o deslocamento até esses centros.
No caso do câncer infantil, por exemplo, essa realidade se torna ainda mais cruel. Dados do Inca apontam que crianças do Norte e do Nordeste têm menos chances de sobreviver - algo entre 50% e 60% - porque a estrutura regional de saúde não permite diagnósticos e intervenções precoces. O que se espera, com a telemedicina finalmente validada, é reduzir essas diferenças. É promover a vida.
Todos sabemos que a pandemia da Covid-19 intensificou demandas críticas, especialmente na saúde pública. Há pelo menos 11,6 milhões de cirurgias eletivas represadas e 1,3 milhão de exames diagnósticos que não foram feitos em um intervalo de dois anos, conforme números levantados pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).
Zerar essa fila será muito difícil, mas não é impossível. O primeiro passo é ampliar o atendimento, alcançar quem deixou de fazer consultas e exames e identificar os pacientes com maior gravidade, em todas as regiões. A telemedicina e a telerradiologia podem ser grandes aliadas nessa missão.
Outro ponto essencial é a segurança. Pela nova legislação, os serviços de telessaúde precisam respeitar o Marco Civil da Internet, a Lei do Ato Médico, a Lei Geral de Proteção de Dados, a Lei do Prontuário Eletrônico e o Código de Defesa do Consumidor. Hospitais e clínicas devem estar atentos, assim como as empresas que fornecem tecnologia, a todas essas exigências. A qualidade do atendimento está diretamente ligada à confiança, com transparência na relação entre todas as partes envolvidas.
Vale reiterar que apesar de todos os desafios, os dois últimos anos também permitiram avanços extraordinários na Medicina. O uso da tecnologia já é uma realidade para milhares de pessoas e profissionais. Intensificou-se o debate sobre o uso de inteligência artificial, da realidade virtual e, até mesmo, do metaverso para promover a saúde. A inovação é uma porta aberta, que revoluciona todos os dias a forma de prevenir, diagnosticar e tratar doenças.
Portanto, não se pode temer os benefícios desse movimento em prol da vida no Brasil. E para que a telessaúde realmente alcance o seu propósito, é preciso investir cada vez mais em modernização, informação e formação. Quanto mais qualificados forem os serviços, mais bem aproveitados serão os recursos humanos e financeiros. É prioridade sanar gargalos históricos, dentro da heterogeneidade da saúde brasileira, sem perder de vista os avanços já conquistados até aqui.
*CEO da startup Dr. TIS
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JORNAL DO COMMERCIO
Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem
O piso da enfermagem tem mais uma atualização no Governo Lula (PT). Após reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quinta-feira (19) foi estipulado importante prazo sobre a definição do piso salarial dos enfermeiros. Veja o que acontece e qual será a data definida.
Segundo o portal Jota, a definição na reunião com a ministra de Lula definiu uma data para apresentação de um relatório sobre o piso da enfermagem.
A ideia é que o grupo de trabalho criado para desenvolver critérios nas distribuições de recursos do piso salarial da enfermagem entregue um relatório até 30/01 para garantir a viabilidade do piso salarial da enfermagem. O documento buscará encontrar fontes de financiamento para o piso dos enfermeiros.
O objetivo é que se consiga desenvolver uma forma de viabilizar o piso da enfermagem para que a suspensão do Supremo Tribunal Federal (STF) acabe.
A reunião com lideranças dos enfermeiros também indicou que o relatório sobre o piso da enfermagem só será transformado em Medida Provisória após avaliação pelas associações de enfermeiros, no caso o Conass e o Conasems.
Ainda não há certeza que a medida vai conseguir garantir a aprovação do piso salarial da enfermagem dentro do STF. Não será o Grupo de Trabalho (GT) o responsável por implementar o piso da enfermagem, o GT só é responsável por analisar a situação e encontrar uma forma de viabilizar o piso dos enfermeiros.
VALOR do PISO da ENFERMAGEMÂ
A PEC que aprovou o piso salarial da enfermagem estipulava um piso nacional para os enfermeiros. A definição apontava que no piso da enfermagem seria:
R$ 4.750,00 para enfermeiros
R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem
R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras
LULA prometeu Piso Salarial Enfermagem para 2023
A viabilidade do piso da enfermagem foi uma das promessas do presidente Lula durante seu período de campanha.Â
Em setembro de 2022 Lula declarou que "Se a gente ganhar, a gente vai ter que dar um jeito no Centrão, vai ter que mexer no orçamento secreto, vai ter que cumprir o piso da enfermagem".
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo
Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'
Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde
Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok
Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano
Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023
Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde
Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos
Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem
FOLHA DE S.PAULO
6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo
São Paulo
Uma pesquisa brasileira apontou que 58,5% dos pacientes com Covid continuam a apresentar sintomas três meses após o quadro de infecção aguda, dos quais 69% afirmam que ainda não estão recuperados da Covid longa.
A taxa vai para 72% considerando os indivíduos que não estavam vacinados no momento em que contraíram o vírus.
Os dados são da Rede de Pesquisa Solidária, que inclui cientistas de diversas instituições brasileiras, incluindo USP, UnB (Universidade de Brasília) e a Fiocruz Brasília.
De acordo com o estudo, os sintomas de Covid longa podem aparecer tanto naqueles que tiveram quadro grave quanto em quem teve infecção leve ou assintomática: enquanto 94% dos respondentes com Covid longa buscaram atendimento hospitalar durante a fase aguda da doença, os outros 6% reportaram quadro leve.
Fisioterapeuta de centro de reabilitação em São Paulo trata paciente com sequelas pós-Covid - Rubens Cavallari - 13.mai.21/Folhapress
As sequelas registradas da doença foram múltiplas e afetaram diversos órgãos e sistemas no corpo. Entre os sintomas mais frequentes estão ansiedade (80%), perda de memória (78%), dor (77%), falta de atenção (75%), fadiga (73%), queda de cabelo (71%), alterações de sono (70%), alterações de humor (62%) e dor nas articulações (59%).
A nota alerta, ainda, para 81% dos respondentes terem procurado algum serviço de saúde já para tratar os sintomas persistentes, mas a falta de orientação dos profissionais de saúde sobre sequelas da Covid dificultam o diagnóstico e tratamento adequados.
A pesquisa foi feita por meio eletrônico entre 14 de março e 14 de abril de 2022. Ao final, 1.728 adultos com 18 anos ou mais responderam à pesquisa, dos quais 1.230 tiveram diagnóstico positivo para Covid confirmado por exame do tipo RT-PCR. Das pessoas com testes positivos, 720 (58,5%) afirmaram ter sintomas persistentes e, entre esses, 496 (69%) ainda não se recuperaram das sequelas. A maioria dos respondentes (84%) era do sexo feminino e apresentava 25 a 40 anos (40%).
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Brasília Erica Tatiane da Silva, a maior incidência de sintomas relacionados aos problemas mentais e físicos em uma população economicamente ativa demonstra como as sequelas pós-Covid podem afetar as atividades do dia a dia.
"A grande questão é que não temos com muita clareza as causas e fatores associados à Covid longa, e pela nossa pesquisa observamos um impacto grande nas atividades de trabalho e estudo sem a orientação adequada aos pacientes", diz.
Silva lembra ainda que os efeitos da Covid longa são diversos e não podem ficar apenas em uma especialidade médica, sendo necessária uma avaliação para cada queixa de sintoma, sejam eles neurológicos, pneumológicos ou cardiológicos.
"Mas é importante ressaltar que os sintomas podem aparecer em ambos os sexos, em qualquer grupo etário e independentemente da gravidade da doença, porque mesmo casos leves têm reportado sintomas de pós-Covid", afirma Silva.
A nota ressalta que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 10% a 20% das pessoas com Covid podem desenvolver quadro de Covid longa, o que no Brasil pode representar de 2,8 milhões a 5,6 milhões. No entanto, não há diretrizes ou orientações mais específicas do Ministério da Saúde sobre tal quadro.
Para Michelle Fernandez, pesquisadora e professora do Instituto de Ciência Política da UnB, faltou "empenho energético" por parte do governo brasileiro no que diz respeito às orientações sobre Covid longa. "Percebemos que houve pouca preocupação por parte do governo para pensar na Covid longa, houve apenas uma diretriz de novembro de 2021 olhando para a condução da doença do ponto de vista clínico."
A nota reflete que, assim como em outras áreas, houve falhas na condução federal para as orientações sobre Covid longa. "O ministério poderia ter agido para orientar os profissionais de saúde nos postos sobre o atendimento de pessoas com sintomas de Covid longa, e isso poderia ser feito no âmbito da atenção primária à saúde", diz.
VACINAÇÃO
Segundo a nota, a incidência era maior naqueles não vacinados, reforçando o que já foi encontrado em outros estudos, incluindo um brasileiro que apontou que a quarta dose protege contra sintomas pós-Covid.
Outras pesquisas apontam para maior incidência de sequelas da Covid em mulheres, em pessoas que tiveram necessidade de ventilação mecânica e naqueles com quadro mais agravado durante a fase aguda.
"Sem dúvidas é importante conscientizar neste momento uma campanha forte e massiva em relação à vacinação, pois, apesar de não ter estudos conclusivos ainda, já há indícios de que a vacina ajuda não só na proteção de quadro grave e morte mas no pós-Covid", diz Fernandez.
Com estudos apontando queda na aceitação vacinal no país, os cientistas dizem que o novo governo, alinhado a uma campanha de incentivo à imunização, deveria focar também as orientações sobre Covid longa. "Campanhas de conscientização são importantes para de fato conduzirem as pessoas a se vacinar, estimular a vacinação", completa.
A pesquisa analisou publicações do Ministério da Saúde sobre Covid longa até o final de dezembro de 2022, ainda sob a gestão do governo Bolsonaro (PL).
A pasta da saúde, já na nova gestão de Lula (PT), disse que trabalha com estimativas de prevalência dos sintomas mais frequentes de Covid longa por meio do acompanhamento de pesquisas clínicas. Disse, também, que o acompanhamento das pessoas nessa condição é realizado nos serviços de Atenção Primária, e os registros nos sistemas são realizados por meio de classificações específicas (CID U09.9 e U10.9).
O ministério reforça a importância da vacinação, incluindo todas as doses de reforço indicadas, para garantir a máxima proteção contra casos graves e Covid longa.
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O GLOBO
Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'
As primeiras decisões do governo Lula referentes ao aborto geraram reações entre evangélicos, católicos e de parlamentares bolsonaristas, reavivando a agenda de costumes da qual o presidente tentou se esquivar durante a campanha eleitoral. Nesta semana, o país se desligou do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, aliança antiaborto que tinha no Brasil seu maior entusiasta desde que Donald Trump deixou a Casa Branca, há dois anos. Além disso, o Ministério da Saúde revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, entre elas uma que citava a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial.
Após o anúncio da saída do grupo ultraconservador, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou no Instagram um vídeo com críticas a Lula: "Mais uma vez, mostra que é só mais um estelionatário eleitoral de dizer que é contra o aborto só para ganhar voto".
Já o pastor Silas Malafaia relembrou a carta aos evangélicos que Lula apresentou no período eleitoral. A época, o gesto do então candidato petista buscava acenar ao grupo, que majoritariamente apoiava a candidatura de Bolsonaro - Malafaia segue sendo um dos principais aliados do ex presidente no segmento.
"Lembra na campanha eleitoral do Lula dizendo que apoia o aborto? Mas ele viu que falou bobagem que não rende voto, aí o mentiroso, cínico e manipulador escreve uma carta aos evangélicos", disse o pastor.
Em abril do ano passado, ao afirmar que o aborto é uma questão de saúde pública, Lula afirmou que "todo mundo deveria ter direito", o que gerou desgastes. Já na campanha, Lula hesitou a fazer um gesto direcionado a evangélicos, mas acabou lançando a carta em que afirma que "a vida é sagrada, obradas mãos do Criador" e reforça o "compromisso com sua proteção". Na sequência, o petista acrescenta que é "pessoalmente contra o aborto e lembro" e ressalta que eventuais mudanças sobre o tema cabem ao Congresso, não ao Executivo.
Assim como Malafaia, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) também lembrou da carta e afirmou que o aborto representa um "assassinato de inocentes". Já o senador Flávio Bolsonaro (PLRJ) disse que a organização da qual o Brasil se retirou representa "uma linha de defesa importante pró-vida".
Ao se desligar da aliança antiaborto promovida por Bolsonaro e Trump, o Ministério das Relações Exteriores disse que "o Brasil considera que o documento contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família".
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também se posicionou por meio de uma nota com o título "Vida em primeiro lugar", com críticas a medidas do governo Lula. O texto, assinado por quatro líderes da Igreja Católica, repudia qualquer iniciativa que sinalize para a "flexibilização do aborto" e relembra as promessas feitas por Lula na corrida presidencial. "A revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais precisa ser esclarecida pelo governo federal, considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha", diz a nota. "A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz, É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado democrático de Direito".
NOVO MINISTÉRIO DA SAÚDE
O texto se refere às mudanças promovidas dentro do Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade. Na segunda-feira, ela revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, sob o argumento de que contrariavam diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de não terem a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) nas suas concepções.
Entre elas, está a que trata do "procedimento de justificação e autorização da interrupção da gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do SUS". Essa portaria falava, por exemplo, sobre a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial responsável, O texto também destacava que era preciso preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos do embrião ou feto.
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O ESTADO DE S.PAULO
Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde
Os brasileiros saíram de um processo eleitoral vazio, com agressões mútuas, valorização de ideologias e quase nenhum debate sobre propostas que efetivamente possam melhorar a vida das pessoas e colocar o País nos trilhos do desenvolvimento socioeconômico e cultural. A saúde foi apontada em 2022, por alguns institutos de pesquisa, como uma das principais preocupações dos eleitores, fato que se arrasta pelo menos desde as eleições de 2014. Apesar disso, dos problemas que enfrentamos com a pandemia e de termos registrado um dos maiores índices de mortalidade por covid-19 em todo o mundo, com quase 700 mil óbitos, praticamente nada foi proposto no último pleito para melhorar a saúde dos cidadãos.
Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos. Trata-se de uma conquista inquestionável para a sociedade o Artigo 196 da Constituição: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". O momento de comemoração e expectativa pela chegada da nova gestão federal exige uma avaliação profunda sobre o que efetivamente está e o que não está funcionando no nosso sistema de saúde. O SUS, como assistimos nos últimos dois anos, foi o pilar da cidadania em nosso país em uma das maiores crises sanitárias da História. É, portanto, um verdadeiro patrimônio civilizatório e motivo de orgulho para todos os brasileiros. Lamentavelmente, como não temos conseguido encontrar meios para fazer escolhas racionais em questões de saúde, usando critérios de efetividade e racionalidade, elas ocorrem aleatoriamente, através de pressões políticas, lobbies ou decisões jurídicas individuais. Claro que, assim, os resultados não podem ser bons.
As insistentes filas para atendimento nos hospitais - que são peças fundamentais para o sistema - são retrato de um modelo assistencial retalhado. Cabe à atenção primária, através dos agentes comunitários de saúde, Programa Estratégia Saúde da Família, médicos e equipe multiprofissional orientar os cidadãos em suas jornadas de saúde para que elas sejam efetivas e eficazes. Mas esse "caminho" precisa estar traçado.
Publicações técnicas apontam que 85% das questões de saúde podem ser resolvidas na atenção primária, portanto, é aqui que se produzem os melhores resultados para a saúde da população. Além de porta de entrada do sistema, uma atenção primária organizada e bem-feita desafoga os serviços de urgência e emergência e encaminha as pessoas para serviços de maior complexidade, quando necessário, diminuindo as filas nos hospitais e os custos assistenciais para os cofres públicos. Infelizmente, nosso modelo ainda não foi capaz de se organizar de forma adequada para proporcionar uma integração assistencial efetiva entre os serviços de diferentes complexidades.
No setor de saúde suplementar também verificamos uma fragilidade organizacional de modelo. Mesmo com mais recursos, encontramos filas nos prontos-socorros e o crescente número de consultas, exames e procedimentos não têm, necessariamente, garantido saúde melhor para os usuários desse sistema.
O financiamento é outro problema que precisa ser enfrentado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a saúde movimenta por ano 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Tomando como base o PIB nacional de 2021, de R$ 8,7 trilhões, chegamos a um montante de R$ 835,2 bilhões, incluindo investimentos públicos das três esferas de governo (União, Estados e municípios) e do setor privado (compreendido pela saúde suplementar e investimentos diretos feitos pelas famílias).
Quando analisadas as despesas dos setores público e privado isoladamente, o público fica com a menor fatia de investimento: 4,2% do PIB (R$ 365,5 bilhões), contra 5,4% do setor privado (R$ 469,7 bilhões). Na comparação com países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), observa-se que as despesas brasileiras como proporção do PIB são semelhantes, mas a participação dos gastos públicos é menor do que a média desses países. É inadmissível que em um sistema como o SUS, que está fundamentado nos pilares da universalidade, equidade e integralidade, os investimentos públicos sejam menores que os investimentos privados.
Essas distorções têm origem, principalmente, em uma visão desestruturada do sistema de saúde, de autoridades públicas e privadas, que privilegiam, muitas vezes, ações mais imediatistas, e não conseguem planejar e implantar políticas estruturantes capazes de gerar resultados em médio ou longo prazo. Por isso, nossos esforços, demandas e anseios são concentrados na doença, e não na saúde. Já passou da hora de inverter o foco.
Tentar, por exemplo, resolver "apenas" a fila nos hospitais é como se, num navio que teve o casco perfurado por um iceberg, colocássemos atenção no tamanho do balde para drenar a água, ou na técnica utilizada pelo marinheiro para retirá-la. O balde pode ser pequeno e o marinheiro despreparado, mas nada disso significa que o problema verdadeiro não seja a enorme abertura no casco. Com a experiência de 35 anos de SUS e um novo governo, a expectativa é de que possamos aprender, prioritariamente, que melhor do que cuidar do cidadão doente é cuidar para que ele não adoeça.
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Francisco Balestrin - médico, é presidente do Sindhosp
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AGÊNCIA ESTADO
Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok
A polícia da Argentina investiga se a morte de uma menina de 12 anos ocorreu após a adolescente participar, na última sexta-feira (13/1), do chamado Blackout Challenge, o "desafio do apagão", no TikTok. A "trend", como se chamam os conteúdos virais que circulam de forma natural na rede social, estimulava jovens a provocarem o auto sufocamento até o ponto de desmaio. O TikTok desativou a busca pelo desafio e emitiu comunicados de prevenção. "Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar", afirma o comunicado publicado pela rede chinesa assim que se busca pela palavra-chave Blackout Challenge.
Segundo apuração do jornal argentino Clarín, que noticiou a morte da adolescente Milagros, esta teria sido a terceira tentativa de auto sufocamento da menina. Ainda conforme a imprensa argentina, a família diz que há vídeos no celular da garota em que ela aparece tentando a asfixia outras vezes. A morte não teria sido a primeira ligada a esta "brincadeira".
Apesar de a reportagem não ter encontrado vídeos sobre o desafio no TikTok, há postagens relatando outros casos e alertando os usuários da rede social sobre o perigo. A morte do britânico Leon Brown, de 14 anos, que foi encontrado asfixiado pelos pais em seu quarto em agosto de 2022, é uma das mais mencionadas nos vídeos que circulam na rede social. Na época, a mãe dele, Lauryn Keating, afirmou ao jornal escocês Daily Record que colegas do filho relataram que ele participou do desafio.
Em dezembro de 2021, a mãe da jovem Nylah Anderson, da Filadélfia, nos EUA, processou o TikTok pela morte da filha, que teria participado do mesmo desafio. Mas, em outubro de 2022, o juiz rejeitou o pedido com base a Lei Federal de Decência nas Comunicações, dos EUA, que protege editores do trabalho de terceiros - a postagem é considerada de responsabilidade do seu autor, e não da rede. As famílias de mais duas meninas americanas, de 8 e 9 anos, mortas em 2021, também entraram com ação contra o TikTok pela mesma razão.
"A curiosidade é um motor importante para a vida. Leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz Wimer Bottura, psiquiatra do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina. Por outro lado, "como o repertório de informações da criança ainda é baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos.
Resposta
O TikTok afirma que desafios envolvendo asfixia são anteriores à rede social, lançada em 2016, citando documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano de 2008 que já relatava mortes por um jogo similar, o Choking Game. "Sentimos muito pela trágica perda desta família (em relação ao caso ocorrido na Argentina). A segurança da nossa comunidade é prioridade e levamos muito a sério qualquer ocorrência sobre um desafio perigoso. Conteúdos dessa natureza são proibidos em nossa plataforma e serão removidos caso sejam encontrados", disse a empresa ao Estadão.
Desenvolvimento do senso crítico
O psiquiatra Wimer Bottura, presidente do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina, diz que um dos motivadores que podem estar levando as crianças a repetir o desafio que incita o sufocamento é o prazer. "A hipóxia, como chamamos a falta de oxigenação no cérebro, leva a uma euforia, uma sensação de prazer muito grande na pessoa", afirma.
O especialista alerta, porém, que é comum que crianças se interessem por desafios de maneira geral. "A curiosidade é um motor importante para a vida. Ela leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz o psiquiatra. Por outro lado, "como repertório de informações da criança ainda é muito baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos. Para Bottura, o caminho para evitar esse tipo de acidente é desenvolvendo o senso crítico da criança para que ela mesma se proteja desse tipo de armadilha.
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A REDAÇÃO
Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) inaugura nesta sexta-feira (20/1), sua nova regional, em Jataí, no Sudoeste goiano. A unidade, uma das 126 voltadas ao relacionamento presencial com os usuários, estava em obras desde o dia 16 de novembro. Ao todo, o instituto investiu R$ 180 mil na requalificação da estrutura física do local, que também responde pelos postos da cidade de Mineiros.
“A entrega da regional Jataí marca não apenas a primeira obra concluída este ano, mas também simboliza o começo dos investimentos que serão feitos em 2023 dentro do nosso plano de melhoria da estrutura física do Ipasgo. Já estão no nosso calendário de obras, por exemplo, reformas das regionais Ceres, São Luís de Montes Belos, Morrinhos, Itumbiara e Catalão”, antecipa o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, ex-prefeito de Jataí. Além das cinco Regionais, o planejamento do instituto para este ano inclui a requalificação física dos postos de atendimento de Quirinópolis, Vianópolis e Santa Helena de Goiás.
Nesses dois meses de obras, a regional Jataí passou por troca completa e modernização do sistema de iluminação, das redes elétrica, de dados e de climatização; ganhou piso tátil, impermeabilização, nova pintura, bancadas em granito, caixa d’água, fachada e jardim; melhoria dos mobiliários, da rede hidrossanitária, dos pisos, telhado, pastilhas e outros revestimentos. Também houve correção de trincas, fissuras e infiltrações. O prédio, agora completamente revitalizado, foi inaugurado em 1998.
“As regionais são um elo extremamente importante entre os usuários e o instituto. Elas mediam nosso relacionamento e ao mesmo tempo nos aproximam dos usuários, nos oferecendo subsídios importantes para traçar planos e metas que nos levem à evolução contínua do Ipasgo, nossa principal meta”, avalia Vinicius Luz.
Em média, a Regional Jataí recebe todos os meses cerca de 1.590 usuários em busca de serviços administrativos, como emissão de boletos de pagamentos, abertura de processos de adesão, realização de acordos financeiros, entre outros procedimentos. Além de 17 Regionais, o Ipasgo tem 35 postos e está presente em 73 Vapt Vupts localizados em todas as regiões de Goiás.
Outros investimentos
À localizada em Jataí, somam-se reformas já realizadas nas regionais Rio Verde, Iporá, Anápolis e Goiás; no Ipasgo Clínicas Campinas, em Goiânia, e outras manutenções corretivas e preventivas nos 43 prédios do instituto. Desde 2019, o Ipasgo destinou quase R$ 1,3 milhão para reformas e manutenções das unidades existentes.
Paralelamente, também investiu na ampliação da rede própria voltada ao atendimento à saúde dos usuários. Nos últimos quatro anos, a autarquia do Governo de Goiás passou a contar com mais três unidades: uma focada em atendimento pediátrico, localizada no Setor Serra Dourada, em Aparecida de Goiânia; outra, direcionada à saúde mental, em Campinas; e a terceira em Anápolis. Um investimento que possibilitou a prestação de mais de 263,8 mil serviços, a exemplo de pediatria, endocrinologia, reumatologia, pneumopediatria e clínica geral, de 2019 a 2022, nas cinco unidades do Ipasgo Clínicas.
Referência nacional na área de assistência à saúde, o Ipasgo assiste a quase 600 mil cidadãos e está conveniado a entidades de 145 municípios de Goiás, aos quais oferece uma ampla rede credenciada composta por 1.136 clínicas, laboratórios e hospitais e por 3.776 médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, entre outros profissionais.
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Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023
Os trabalhadores que ganham um salário mínimo e meio terão que pagar Imposto de Renda, a partir de 2024, quando é recolhido o tributo do ano base anterior, caso a tabela atual não seja corrigida este ano. Atualmente, a isenção para a contribuição é aplicada para pessoas com uma renda de até R$ 1.903,98. Com o reajuste salarial de 2023, o salário mínimo ficou em R$ 1.302,00.
A Receita Federal ainda irá divulgar a tabela deste ano. Durante a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi prometido que a tabela do Imposto de Renda seria corrigida acima da inflação, subindo dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 5 mil. Caso isso ocorra, quem ganha até R$ 5 mil estará isento.
QUEM É OBRIGADO A DECLARAR IMPOSTO DE RENDA?
É obrigado a realizar a declaração do IRPF quem teve:
- Rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil;
- Ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto;
- Isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias;
- Operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
- Posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil (31 de dezembro de 2021);
- Receita bruta na atividade rural de tributáveis acima de R$ 142.798,50;
- Quer compensar, em 2021 ou anos seguintes, prejuízos da atividade rural de 2021 ou anos anteriores;
- Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro
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FATOR BRASIL
Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde
Convênios da Ativia Saúde serão disponibilizados por valores a partir de R$ 141,55.
A Qualicorp, maior plataforma de escolha de planos de saúde do Brasil, acaba de assinar uma parceria com a Ativia Saúde para oferecer planos aos moradores de cidades do Vale do Paraíba e do Litoral Norte de São Paulo. Os planos custam a partir de R$ 141,55 (a depender da faixa etária e categoria do plano contratado).
Serão ofertadas seis categorias de convênios. As opções no modelo adesão (com e sem coparticipação) são Essencial, Ativia Vale Enfermaria e Ativia Vale Apartamento que abrangem cuidados ambulatoriais e hospitalares com obstetrícia.
Os planos da categoria Essencial Adesão serão comercializados nas cidades de Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos. Já os planos Ativia Vale Adesão incluem também os municípios de Caçapava, Guaratinguetá, Lorena, São Sebastião e Taubaté.
Esta parceria apresenta soluções para oferecer saúde de qualidade à região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da excelência no cuidado com os clientes, as opções também contam com excelente custo-benefício afirma Bruno Leite, supervisor comercial da Quali em São Paulo. A rede de atendimento é muito boa com o Hospital Alvorada em Jacareí, Hospital Antoninho da Rocha Marmo em São José dos Campos, Hospital São Lucas em Taubaté e muito mais completa.
Os convênios médicos da Ativia Saúde são válidos para diversas profissões por meio das entidades de classe parceiras como: Asprofoli para profissionais liberais, SAESP para administradores, Crefito para Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacional, UNE para os estudantes dentre muitas outras.
Campanha para corretores 3 A Qualicorp ofertará um cyber bônus para os corretores parceiros na venda dos planos. A bonificação será paga à vista e varia de R$ 150 a R$ 400, a depender da idade do contratante.
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HOJE EM DIA
Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos
Jihan Zoghbi*
A evolução do atendimento está em potencializar os hospitais como verdadeiros hubs de cuidado. Mais do que buscar um tratamento, o ideal é que os pacientes tenham acesso a ferramentas que os ajudem a prevenir doenças. Esse é o verdadeiro sentido de quem atua no setor de tecnologia para a saúde: proporcionar condições para uma vida com mais qualidade.
A recente sanção da Lei 14.510/22, que regulamenta a Telessaúde no Brasil, é um passo essencial para democratizar o acesso a recursos médicos de alto padrão. Por questões geográficas, econômicas, políticas e sociais, a grande maioria dos especialistas está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país. Para grande parte da população, é inviável o deslocamento até esses centros.
No caso do câncer infantil, por exemplo, essa realidade se torna ainda mais cruel. Dados do Inca apontam que crianças do Norte e do Nordeste têm menos chances de sobreviver - algo entre 50% e 60% - porque a estrutura regional de saúde não permite diagnósticos e intervenções precoces. O que se espera, com a telemedicina finalmente validada, é reduzir essas diferenças. É promover a vida.
Todos sabemos que a pandemia da Covid-19 intensificou demandas críticas, especialmente na saúde pública. Há pelo menos 11,6 milhões de cirurgias eletivas represadas e 1,3 milhão de exames diagnósticos que não foram feitos em um intervalo de dois anos, conforme números levantados pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).
Zerar essa fila será muito difícil, mas não é impossível. O primeiro passo é ampliar o atendimento, alcançar quem deixou de fazer consultas e exames e identificar os pacientes com maior gravidade, em todas as regiões. A telemedicina e a telerradiologia podem ser grandes aliadas nessa missão.
Outro ponto essencial é a segurança. Pela nova legislação, os serviços de telessaúde precisam respeitar o Marco Civil da Internet, a Lei do Ato Médico, a Lei Geral de Proteção de Dados, a Lei do Prontuário Eletrônico e o Código de Defesa do Consumidor. Hospitais e clínicas devem estar atentos, assim como as empresas que fornecem tecnologia, a todas essas exigências. A qualidade do atendimento está diretamente ligada à confiança, com transparência na relação entre todas as partes envolvidas.
Vale reiterar que apesar de todos os desafios, os dois últimos anos também permitiram avanços extraordinários na Medicina. O uso da tecnologia já é uma realidade para milhares de pessoas e profissionais. Intensificou-se o debate sobre o uso de inteligência artificial, da realidade virtual e, até mesmo, do metaverso para promover a saúde. A inovação é uma porta aberta, que revoluciona todos os dias a forma de prevenir, diagnosticar e tratar doenças.
Portanto, não se pode temer os benefícios desse movimento em prol da vida no Brasil. E para que a telessaúde realmente alcance o seu propósito, é preciso investir cada vez mais em modernização, informação e formação. Quanto mais qualificados forem os serviços, mais bem aproveitados serão os recursos humanos e financeiros. É prioridade sanar gargalos históricos, dentro da heterogeneidade da saúde brasileira, sem perder de vista os avanços já conquistados até aqui.
*CEO da startup Dr. TIS
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JORNAL DO COMMERCIO
Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem
O piso da enfermagem tem mais uma atualização no Governo Lula (PT). Após reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quinta-feira (19) foi estipulado importante prazo sobre a definição do piso salarial dos enfermeiros. Veja o que acontece e qual será a data definida.
Segundo o portal Jota, a definição na reunião com a ministra de Lula definiu uma data para apresentação de um relatório sobre o piso da enfermagem.
A ideia é que o grupo de trabalho criado para desenvolver critérios nas distribuições de recursos do piso salarial da enfermagem entregue um relatório até 30/01 para garantir a viabilidade do piso salarial da enfermagem. O documento buscará encontrar fontes de financiamento para o piso dos enfermeiros.
O objetivo é que se consiga desenvolver uma forma de viabilizar o piso da enfermagem para que a suspensão do Supremo Tribunal Federal (STF) acabe.
A reunião com lideranças dos enfermeiros também indicou que o relatório sobre o piso da enfermagem só será transformado em Medida Provisória após avaliação pelas associações de enfermeiros, no caso o Conass e o Conasems.
Ainda não há certeza que a medida vai conseguir garantir a aprovação do piso salarial da enfermagem dentro do STF. Não será o Grupo de Trabalho (GT) o responsável por implementar o piso da enfermagem, o GT só é responsável por analisar a situação e encontrar uma forma de viabilizar o piso dos enfermeiros.
VALOR do PISO da ENFERMAGEMÂ
A PEC que aprovou o piso salarial da enfermagem estipulava um piso nacional para os enfermeiros. A definição apontava que no piso da enfermagem seria:
R$ 4.750,00 para enfermeiros
R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem
R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras
LULA prometeu Piso Salarial Enfermagem para 2023
A viabilidade do piso da enfermagem foi uma das promessas do presidente Lula durante seu período de campanha.Â
Em setembro de 2022 Lula declarou que "Se a gente ganhar, a gente vai ter que dar um jeito no Centrão, vai ter que mexer no orçamento secreto, vai ter que cumprir o piso da enfermagem".
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Artigo - Lei da Telessaúde vai permitir a profissionais do SUS realizar atendimento digital
Artigo - Revisão de aposentadoria dos profissionais do Ipasgo, Imas e Unimed
Bradesco Saúde alcança a nota máxima
Onda de virose com sintomas da covid avança no Brasil; entenda
Terapia celular inédita no Brasil é realizada, após aprovação para tratamento de câncer
Piso Salarial Enfermagem: Lula recebe em mãos documento que solicita a aplicação do piso
Artigo - "Os desafios para uma saúde digital verdadeiramente conectada"
Artigo - A importância do Compliance Trabalhista
Goiás teve aumento de 223% nos casos de Dengue em 2022
Polícia investiga caso de advogado TikToker baleado pela própria arma em ressonância magnética
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ESTADÃO
Artigo - Lei da Telessaúde vai permitir a profissionais do SUS realizar atendimento digital
Fruto do distanciamento social imposto pela pandemia da COVID-19, a Lei nº 14.510/22 entrou em vigor em 28/12/2022 e autoriza e disciplina a prática da telessaúde, no intuito de facilitar e democratizar o acesso à saúde no Brasil.
Antes de março de 2020, muitos Conselhos Profissionais de saúde viam com parcimônia o atendimento remoto a pacientes, como o Conselho Federal de Medicina que proibia a prática de teleconsultas. Porém, a permissão de modo excepcional da telessaúde durante a pandemia mostrou que existiam fortes motivos para a continuidade de tal modalidade de atendimento.
O fato de o Brasil ser o quinto maior país do planeta é importante argumento para a adoção da telessaúde, principalmente no SUS. Há necessidade de se transpor obstáculos geográficos e socioeconômicos para que haja entrega de uma saúde mais rápida e eficiente, ou seja, com diminuição das filas de espera, segura e com redução de gastos para todos os envolvidos.
A falta de profissionais da saúde em lugares distantes dos centros urbanos e de difícil acesso, como as regiões ribeirinhas, e necessidade de tratamento especializado são objetos de melhoria da lei da telessaúde.
Nos termos da lei em comento, considera-se telessaúde "a modalidade de prestação de serviços de saúde à distância, por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação, que envolve, entre outros, a transmissão segura de dados e informações de saúde, por meio de textos, de sons, de imagens ou outras formas adequadas".
Entretanto, será necessário aprimoramento e investimento em Saúde Digital no SUS para que a falta de acesso à internet, por exemplo, não seja barreira para se colocar a nova lei em prática.
Além disso, a lei da telessaúde traz como princípios a autonomia do profissional de saúde, consentimento livre e informado do paciente, direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde, com a garantia do atendimento presencial sempre que solicitado, promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde, confidencialidade de dados e responsabilidade digital. A importância da nova lei é imensurável, e não pode ser medida somente pela diminuição de gastos.
Ela tem a finalidade de melhorar a Atenção Primária em Saúde (APS) com interação dos demais níveis assistenciais, agindo, não somente no tratamento de doenças, mas, inclusive, na sua prevenção.
Por último, vale ressaltar que a lei da telessaúde abrange não somente o exercício da Telemedicina, mas de todas as profissões da saúde regulamentadas. Logo, a lei autoriza a prática da Telepsicologia, Telenutrição, Telefisioterapia, Telefonoaudiologia e Telefarmárcia, cabendo agora aos Conselhos Federais de Fiscalização a normatização ética relativa à prestação dos serviços nesta modalidade.
*Ana Lúcia Amorim Boaventura, advogada especialista em Direito Constitucional e Direito Médico e da Saúde, professora da Faculdade de Medicina da PUC-GO
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ROTA JURÍDICA
Artigo - Revisão de aposentadoria dos profissionais do Ipasgo, Imas e Unimed
*Heitor Nascimento Costa
Aposentado do INSS que já prestou serviço ao Ipasgo, Imas e Unime pode ter direito a revisar a aposentadoria para aumentar o seu valor, por uma questão muito comum: o INSS pode ter descartado parte das contribuições que você realizou enquanto prestou serviços a esses Planos de Saúde.
Isso acontece devido a uma sequência de erros, a começar pelo Plano de Saúde, que deveria descontar a contribuição do prestador de serviço e pagar o INSS dentro do prazo legal. Mas, na prática esse pagamento é feito fora do prazo e, em razão disso, o INSS não considera essas contribuições de maneira "automática" na aposentadoria, mesmo se elas estiverem no CNIS.
Para o INSS considerar essas contribuições é necessário que seja apresentado ao requerimento de aposentadoria o comprovante de pagamento das contribuições de cada Plano de Saúde, devidamente assinado pelo responsável. E aqui está o segundo erro, grande parte dos aposentados não apresentaram esse documento no requerimento do benefício, por pensar que todas as contribuições que estão no CNIS seriam automaticamente consideradas pelo INSS.
O terceiro erro é o mais comum e acontece quando o próprio INSS não considera as contribuições do Plano de Saúde, apesar de anexado o comprovante de pagamento das contribuições no pedido de aposentadoria. Atribui-se a isso o gargalo entre a quantidade de servidores do INSS e o grande volume de benefícios a serem examinados, o que traz duas consequências: o INSS deixa de analisar o comprovante de pagamento do Plano de Saúde e as contribuições não são consideradas na aposentadoria.
Essas contribuições descartadas pelo INSS podem significar um aumento relevante no valor da aposentadoria e devem ser incluídas por meio de um requerimento administrativo de revisão de benefício, onde o aposentado deverá apresentar os comprovantes de pagamento das contribuições e apontar quais não foram consideradas na aposentadoria.
Lembre-se que o INSS deve pagar o aumento da aposentadoria desde quando ela foi concedida (atrasados/retroativos).
Portanto, aposentado que já prestou serviço para o Ipasgo, Imas e Unimed não deixe de procurar orientação de um advogado previdenciarista, pois você pode revisar a aposentadoria com as contribuições desses Planos de Saúde.
*Heitor Nascimento Costa é advogado no GMPR Advogados. Graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e Pós-Graduando em Direito Previdenciário.
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FATOR BRASIL
Bradesco Saúde alcança a nota máxima
No Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) 2022 da ANS. Nota média do setor nesta edição é a melhor desde 2013.
A Bradesco Saúde alcançou, mais uma vez, a pontuação máxima (1,0) no Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) 2022 (ano-base 2021), levantamento sobre a performance das operadoras e a satisfação dos usuários.
Há cinco anos consecutivos entre as seguradoras classificadas na melhor faixa avaliativa do índice, a Bradesco Saúde obteve pontuação máxima em três edições no período (2019, 2021 e 2022). O índice conta com uma pesquisa de satisfação dos beneficiários que confere pontuação bônus. Na avaliação dos beneficiários sobre o plano Bradesco Saúde na edição mais recente do IDSS, 85% classificaram como muito bom e bom e mais de 90% dos beneficiários recomendariam a seguradora.
Instrumento de análise do setor monitorado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o IDSS tem como objetivo garantir a qualidade dos serviços prestados pelos planos de saúde e prestadores de serviço da área.
A nota média do setor, que considera a média do desempenho das operadoras ponderada pelo número de beneficiários, foi de 0,8128, a melhor marca desde 2013, tanto no segmento médico-hospitalar quanto no odontológico. Houve, ainda, aumento do número de operadoras classificadas na melhor faixa avaliativa (notas acima de 0,8) e a manutenção da trajetória de crescimento do número de beneficiários em operadoras com notas entre 0,6 e 1,0.
Das 902 operadoras ativas e avaliadas em 2021, 844 atenderam aos requisitos para divulgação dos resultados. A metodologia do programa leva em consideração as seguintes dimensões: qualidade em atenção à saúde, garantia de acesso, sustentabilidade no mercado, além de gestão de processos e regulação.
Este reconhecimento chancelado pela ANS é um importante referencial para a atuação da Bradesco Saúde e fortalece o nosso compromisso com a excelência no atendimento e qualidade dos produtos que levamos ao mercado. Temos uma grande responsabilidade em manter um processo contínuo de melhoria dos serviços prestados em todo o país afirma Flávio Bitter, diretor-gerente da Bradesco Saúde.
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CORREIO BRAZILIENSE
Onda de virose com sintomas da covid avança no Brasil; entenda
Mais comum nos meses de inverno, contaminação pelo vírus sincicial respiratório (VSR) cresce de forma expressiva. Doença só é letal em bebês e crianças com comorbidades, justamente o grupo de risco que ficou em maior isolamento durante a pandemia
Passado o momento de maior emergência da pandemia de covid-19, mudanças no comportamento do vírus sincicial respiratório (VSR) têm preocupado especialistas pelos altos registros de casos fora da sazonalidade. Com comportamento similar ao do vírus da gripe, mas com sintomas fatais exclusivamente em bebês e crianças, o VSR tem alta transmissão nos meses mais frios do ano, entre fevereiro a agosto, variando de região para região. O que tem sido observado no Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que monitora a doença desde 2017, é o aumento de casos em novembro, dezembro e janeiro.
O vírus costuma afetar a faixa etária entre 0 e 4 anos, levando à internações por falta de ar, especialmente bebês prematuros ou crianças com comorbidades, como cardiopatia e doenças crônicas. Além do surto fora de época, a comparação ao longo dos últimos três anos, em que o país viveu o pior período pandêmico, tem mostrado saltos nos registros da doença. Entre 2020 e 2021, o crescimento foi de 449%. De 2021 para 2022, o número de casos dobrou. Neste ano, ainda não há dados suficientes para comparação, mas a tendência é que a evolução continue crescente.
Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, atribui as variações do VSR a dois fatores: a retomada da normalidade pós-pandemia com as ações de controle para mitigação da covid-19, que propicia o retorno da circulação de outros vírus, e a falta de pré-exposição aos ambientes coletivos, já que as medidas de restrição social impedia contatos.
"Encontra uma população que não tinha sido tão exposta, um cenário favorável do ponto de vista da imunidade e sem as ações sociais que diminuíram a transmissão. Isso é, provavelmente, um dos motivos que estamos vendo para os surtos fora de época. Se eles vão voltar a ter o mesmo padrão pré-pandemia - predominando no inverno - é algo que só o tempo vai dizer. É o esperado, um impacto indireto da covid que ainda estamos entendendo as consequências", indicou o coordenador.
As consequências da transmissão com o relaxamento das medidas restritivas pode ser percebida nos números, já que, em março do ano passado, na semana 16, foram registrados 617 casos de VSR, o pico do ano inteiro. Os números permaneceram altos, acima de 500 casos, até o fim de abril. Esse foi o período em que começou a liberação de uso de máscaras em locais fechados pelo Ministério da Saúde, com diversos estados aderindo à regra.
"O distanciamento, a não convivência das crianças, o uso de máscara durante quase dois anos, as crianças não frequentarem a escola, tudo isso fez com que aquelas infecções respiratórias típicas deixassem de ocorrer, acumulando suscetíveis, como crianças menores de 2 e 3 anos sem nenhuma exposição prévia viral. Esses picos têm acontecido em função do acúmulo de suscetíveis e, em segundo lugar, pelo próprio protagonismo que o coronavírus teve nesse período, ocupando um espaço e não deixando que outros vírus respiratórios concorressem com ele", detalhou Renato Kfouri, infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Em 2022, os estados fecharam as últimas oito semanas do ano - que compreende o período entre novembro e dezembro - fora da sazonalidade, com aumentos relevantes no registro de VSR. O Distrito Federal registrou aumento de 450% (se contabilizar com os casos já tabelados em 2023, a porcentagem cai para 133%, mas ainda não há parâmetros de comparação). A segunda unidade da Federação em aumento de casos foi Minas Gerais (316%), seguido por Santa Catarina (72%) e Roraima (71%). Os demais registraram aumento inferior a 30%, o que ainda deixa os sistemas de saúde em alerta.
A maior notificação de casos de VSR é outra consequência indireta da covid-19, já que os profissionais de saúde estão mais sensíveis ao registro de doenças com sintomas semelhantes ao da causadora da pandemia mundial. "Questão associada à sensibilidade da rede de notificação que, de fato, pode ter passado a notificar mais esses eventos no sistema nacional. É bem provável que profissionais da saúde não notificavam antes e passaram a fazer por conta da atenção com o covid", ressaltou Gomes.
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EXTRA ONLINE
Terapia celular inédita no Brasil é realizada, após aprovação para tratamento de câncer
Um medicamento que utiliza os linfócitos T, que compõem o sistema imunológico e que, ao serem geneticamente modificados, tornam-se mais ativos contra as neoplasias do sangue foi utilizado pela primeira vez no país. Trata-se das células CAR-T (sigla em inglês para Chimeric Antigen Receptor T-Cell Therapy), que foram usadas num paciente de 74 anos, portador de linfoma difuso de grandes células B, no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), localizado naquele município da Região Metropolitana do Rio. A unidade pertence à Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil.
- É um medicamento totalmente individualizado e personalizado. No Brasil, o tratamento já foi aprovado pela Anvisa para patologias como leucemia linfoblástica aguda em pacientes de até 25 anos e linfomas difusos de grandes células B em pacientes adultos. O medicamento é oferecido pela farmacêutica Novartis - disse Jacques Kaufman, coordenador de Hematologia do CHN.
Luciana Conti, médica hematologista, e Jordana Ramires, responsáveis pelo primeiro paciente no Brasil, explicam que depois de passar por três diferentes tipos de tratamento sem sucesso, o paciente ganha mais uma chance, com possibilidade de cura com a chegada do CAR-T ao Brasil.
Tecnologia genética no combate ao câncer
A terapia com células CAR-T consiste em um medicamento preparado com as células de defesa (linfócitos T) extraídas do paciente e modificadas em laboratório para que, ao serem devolvidas para o paciente, possam combater o câncer.
- Em 11 de novembro de 2022, o paciente fez a coleta das próprias células T no CHN, por meio de uma máquina semelhante ao equipamento de hemodiálise e capaz de separar, em uma bolsa, os linfócitos. Eles são congelados e enviados para o laboratório da Novartis, nos Estados Unidos, onde passam a fabricar receptores de antígenos quiméricos específicos que vão reagir contra as células do tumor - explicou Luciana Conti.
- As células foram modificadas geneticamente e tiveram sua função potencializada, de modo que passaram a ter um alvo (o antígeno CD19) para atacar nas células malignas no organismo, fazendo com que elas voltem a ser capazes de 'enxergar' e destruir o câncer. Isso representa o maior desafio na luta contra a doença, que consegue driblar os mecanismos de resistência do sistema de defesa humano - detalhou Jacques Kaufman.
Após a manufatura (modificação genética do linfócito T), o material retornou para o CHN em formato de medicamento injetável que foi infundido - processo semelhante a uma transfusão de sangue - no paciente no último dia 9. A dra. Luciana Conti explica que esse é um marco muito importante em todo o processo que envolve o tratamento CAR-T: "Com a infusão, seguem-se os cuidados com equipe especializada, coordenada por mim, em conjunto com a equipe do CHN, para monitorar a toxicidade ao tratamento e posterior resposta, que será documentada em três meses."
- Seguramente, a terapia CAR-T é uma abordagem revolucionária que tem se mostrado muito eficiente contra diversos tipos de câncer do sangue e do sistema linfático, e a tendência é que seja ampliada, em breve, para outras unidades da Dasa. É um orgulho realizar, pela primeira vez no Brasil, após a aprovação dos órgãos regulatórios, uma técnica desse porte tecnológico e de inovação que inicia uma nova era no tratamento oncológico no país - disse Celso Arrais, head de hematologia na Dasa Oncologia.
- A terapia com células CAR-T representa uma nova era na medicina, dando esperança para pacientes que até então tinham opções limitadas de tratamento, buscando mais qualidade e tempo de vida. Termos o primeiro medicamento desta classe aprovado no Brasil chegando aos pacientes é motivo de orgulho e reforça o nosso pioneirismo no desenvolvimento de terapias avançadas - ressaltou Lenio Alvarenga, diretor médico de Innovative Medicines da Novartis Brasil.
Especialização é necessária para realizar a terapia CAR-T
No Brasil, poucos centros de saúde estão habilitados para oferecer a terapia com célula CAR-T, que requer uma qualificação específica, de acordo com as resoluções da ANVISA e da Novartis, que confere as características necessárias para a aplicação desse tipo de tratamento, como experiência, protocolos internos alinhados, excelência do corpo clínico, infraestrutura e modernidade.
- A reação imunológica desencadeada com a infusão das células exige uma monitorização rigorosa. Uma equipe multidisciplinar precisa ser treinada especificamente para o cuidado desses pacientes em uma área dedicada, com infraestrutura completa. Poucos centros no Brasil foram qualificados para o acompanhamento desses indivíduos - disse Rogério Reis, diretor-geral do Complexo Hospitalar de Niterói.
Ele afirma ainda que o CHN é referência em transplantes:
- Nosso hospital está entre os centros altamente especializados que lideram os transplantes de medula óssea no Rio de Janeiro. Temos mais de 50 médicos hematologistas e profissionais da saúde treinados para garantir o melhor desfecho clínico ao paciente e oferecer o que há de mais moderno em terapia onco-hematológica no Centro de Excelência em Hematologia.
Acessibilidade à terapia com células CAR-T
Segundo a Novartis, laboratório responsável pela fabricação e comercialização do medicamento com as células CAR-T, a empresa está em constante diálogo com a comunidade de pacientes e os demais atores do sistema de saúde, com o compromisso de avançar e apoiar o acesso a esse tipo de terapia, juntamente com os órgãos competentes da saúde pública e suplementar, a sociedade médica, os centros de excelência e as associações de pacientes, contribuindo para a sustentabilidade do sistema de saúde e a acessibilidade a inovações.
O medicamento de células CAR-T da Novartis, aprovado pela Anvisa e que agora chega ao mercado, é um infusional oncológico e, por isso, possui cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde que são regulamentadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
- Mais do que acreditar, a Novartis prioriza e investe no mercado Brasileiro. Além de um grande investimento em pesquisa, temos realizado um esforço significativo e contínuo para trazermos novos tratamentos que possam transformar o curso das doenças bem como o do sistema de saúde em nosso país - afirmou Renato Carvalho, presidente da Novartis Brasil.
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JORNAL DO COMMERCIO
Piso Salarial Enfermagem: Lula recebe em mãos documento que solicita a aplicação do piso
A luta pelo piso salarial enfermagem continua assídua por parte das entidades da categoria, profissionais da saúde e aliados no Congresso Nacional.
Nesta quarta-feira (18), o Fórum Nacional da Enfermagem entregou um documento nas mãos do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), reivindicando a aplicação do piso salarial da enfermagem.
O ofício foi passado pela coordenadora do Fórum, a enfermeira Líbia Bellusci, e solicitava a resolução do processo do piso salarial enfermagem o mais urgente possível no novo governo.
O encontro entre Lula e a enfermeira ocorreu na reunião das entidades sindicais que, além do presidente, também contava com a presença do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Além disso, o Fórum Nacional da Enfermagem conseguiu agendar um encontro com o Secretário Geral da Presidência da República, o ministro Márcio Macedo, a fim de discutir o piso salarial enfermagem.
"Seguiremos na luta com o governo federal para garantir que o piso salarial digno nos contracheques dos trabalhadores da Enfermagem Brasileira", garantiu o Fórum.
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SETOR SAÚDE ONLINE
Artigo - "Os desafios para uma saúde digital verdadeiramente conectada"
A pandemia trouxe evoluções em prol de uma Saúde digitalizada, mas, à exceção da telemedicina, muitas das disrupções já entraram em descompasso com o futuro que esperávamos no pós-pandemia. Se quisermos avançar verdadeiramente, considero três os desafios críticos que teremos de endereçar.
A saúde digital no mundo pós-pandêmico foi algo bastante idealizado: esperava-se que a virada para o digital permanecesse forte e que as instituições mergulhassem de cabeça no universo de possibilidades que a digitalização traz para pacientes, médicos e demais envolvidos.
Essa evolução, em termos de conexão e realidade digital criada a partir dos percalços trazidos pela pandemia, foi algo que realmente aconteceu. A telemedicina, por exemplo, que há anos esperava por um impulso para acontecer, finalmente teve a chance de mostrar seu potencial.
Mas, infelizmente, os passos que demos adiante, mesmo numa situação tão difícil, rumo a uma saúde verdadeiramente conectada, já não são mais tão largos como imaginávamos. A saúde digital é uma realidade que ainda precisa ser construída. Mais do que isso, o caminho para alcançá-la em sua integralidade é ainda longo e desafiador.
São três os principais desafios que enxergo como críticos e os quais precisam ser endereçados se quisermos, de fato, alcançar o topo dessa montanha chamada transformação digital da saúde: engajamento do paciente, integração de dados e, por fim - mas longe de ser menos importante - , regulação.
Começo pelo fato de que o engajamento do paciente depende, certamente, do quão responsável pela sua própria saúde ele se considera. Em tempos de mídias sociais, streamings e televisão com conteúdo sob demanda, e todo tipo de facilidade que se possa imaginar, o paciente acabou se tornando um indivíduo bastante conectado.
No entanto, há um comportamento curioso:
O paciente se conecta a partir de uma esfera pessoal, mas a saúde não é vista como um elemento integrante desse ecossistema, mas, sim, considerada um apêndice desprezado.
O que quero dizer com isso? Que o indivíduo consegue conectar o que quiser - da cafeteira que está programada para fazer o café pela manhã juntamente com o despertador, aos aplicativos que ora avisam sobre a ração do pet que acabou, ora entregam aquelas compras de mercado que foram programadas para chegar mensalmente à residência. Mas e a saúde, onde fica? Não fica.
"O paciente é digital, a saúde nem tanto"
Assim, chegamos ao desafio número 2: a integração de dados. Hoje, um conceito que descreve essa integração é o Open Health, ou seja, todos os elementos que compõem a cadeira da Saúde - do próprio paciente, aos hospitais, farmácias e outros players - terão acesso aos dados dos indivíduos que autorizarem o compartilhamento.
O sistema financeiro fez isso de forma magistral quando olhamos para inovações como o Open Finance, ou até mesmo o próprio PIX, que foi rapidamente abraçado por cidadãos e empresas e hoje faz parte do nosso dia a dia. Até julho deste ano, por exemplo, o Banco Central registrou 478 milhões de chaves cadastradas no sistema, com uma quantidade de operações executadas via PIX superando outros meios de transações, incluindo cartão pré-pago, transferência interbancária e débito.
Mas, para chegar a um patamar equivalente para a saúde, temos pela frente o desafio de acabar com a fragmentação desse contexto de compartilhamento de dados, que afeta negativamente não apenas a questão de avanços da saúde digital, mas também do engajamento do usuário.
A partir do momento que entregamos os dados nas mãos do próprio paciente, fazendo com que ele seja co-responsabilizado por sua própria saúde, o engajamento dele tende a aumentar. Da mesma forma, os dados passam a ser compartilhados entre todos que compõem o ecossistema.
Com dados integrados, teremos uma saúde cada vez mais preditiva e menos reativa, evitaremos exames desnecessários e poderemos, enfim, ganhar velocidade em diagnósticos e na digitalização do ecossistema como um todo - que é justamente o patamar de maturidade que queremos alcançar.
Por fim, chegamos ao terceiro elemento: a regulação que, no Brasil, tem o histórico de ser onerosa, seja em termos de tempo e burocracias necessárias à sua resolução, seja do ponto de convencimento dos participantes, de engajamento de lideranças e da própria adequação de estruturas e sistemas.
Na prática, isso significa que a máxima "a transformação começa internamente" se aplica muito ao contexto da Saúde e para quem deseja que o ecossistema evolua como um todo. Na MV, por exemplo, assumimos o compromisso de começar por nós.
Queremos mudar e, para isso, precisamos ser a mudança. Queremos também inspirar outras instituições a fazerem o mesmo e, portanto, estamos desenvolvendo todo um trabalho em conjunto com clientes para que nossos sistemas tenham essa integração, promovam uma interoperabilidade que hoje é fraca na maioria das tecnologias que são utilizadas no mercado.
Ferramentas interoperáveis como o Prontuário Eletrônico do Paciente, que revolucionou a saúde brasileira, terão protagonismo dentro dessa agregação de dados e que tanto beneficiará o bem-estar de milhões de brasileiros.
Assim, peço também que encarem estas últimas linhas como uma carta aberta a quem quiser participar ativamente da transformação da Saúde rumo ao digital. Porque o trabalho ainda é grande e árduo, e, portanto, precisaremos de todas as mãos que pudermos para levantar este castelo.
"A conclusão é única: não há tempo a perder se quisermos avançar."
* Por Paulo Magnus, CEO da MV
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RH PRA VOCÊ
Artigo - A importância do Compliance Trabalhista
A atividade empresarial é cercada por diversos desafios, sejam internos ou externos. Por exemplo, internamente, a empresa precisa lidar com uma diversidade de profissionais em diversas áreas dentro do seu ambiente.
Externamente não é diferente, porque a empresa precisa lidar, por exemplo, com fornecedores, terceirizados, parceiros, sindicatos e, também, com os órgãos administrativos governamentais, etc.
Com tantos atores envolvidos com a atividade empresarial, é imprescindível que a empresa desenvolva uma política de gestão de riscos para que o exercício da atividade empresarial ocorra de forma saudável.
O compliance trabalhista é fundamental para a gestão dos riscos inerentes ao trabalho. Trata-se de um programa formado por condutas e políticas empresariais que tem o objetivo de mitigar riscos, prejuízos e evitar a responsabilização por condutas ilegais. Essas condutas e políticas envolvem a sistematização do cumprimento das leis do trabalho, visando a adequação da empresa às leis, normas administrativas, convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho, na conduta interna com seus colaboradores e na conduta de fornecedores com seus funcionários.
O compliance pode se tornar um departamento independente ou pode ser integrante do departamento jurídico da empresa. Em sendo um departamento independente, ou seja, desvinculado de outro departamento (como do RH ou do departamento jurídico), é importante que seja composto por especialistas em compliance e com vivência no mundo jurídico.
A importância de se ter especialistas em compliance com vivência no mundo jurídico reside no fato de que é preciso conhecer e seguir as normas legais e administrativas vigentes e se certificar de que a empresa está em conformidade com as referidas normas. Portanto, uma pessoa sem as devidas qualificações não será capaz de promover e executar um adequado programa de compliance.
O foco do compliance trabalhista deve ser a implementação de práticas focadas no respeito às leis trabalhistas. As leis trabalhistas são encontradas na constituição federal, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e nas legislações específicas direcionadas para algumas profissões, como domésticos, vigias, aeronautas, advogados, atletas profissionais, etc.
Além das leis, existem as normas administrativas, as chamadas instruções normativas. O compliance trabalhista também deve abranger práticas focadas no atendimento às instruções normativas no âmbito do trabalho, pois tratam diretamente, por exemplo, da saúde e da segurança do trabalho, das diretrizes que devem ser seguidas em fiscalizações do trabalho por meio dos auditores fiscais do trabalho, e definem os requisitos de validada para a lavratura de auto de infração e para a instauração do processo administrativo trabalhista.
As relações com os sindicatos também devem integrar o programa de compliance trabalhista, porque a empresa deverá participar de negociações coletivas e deverá seguir todas as diretrizes contidas nas convenções coletivas e nos acordos coletivos de trabalho firmados com os sindicatos das categorias de trabalho envolvidas na atividade empresarial.
Acima foram expostos apenas alguns exemplos do campo de foco do compliance trabalhista, pois o programa em si é mais amplo e complexo, pois, além de apenas às leis, normas administrativas e convenções/acordos coletivos de trabalho, o programa deve atuar na rotina diária da empresa, desde os processos de recrutamento e seleção, passando pelas rotinas diárias de cada setor da cadeia produtiva empresarial, até o processo de demissão de empregados.
Por fim, com programa de compliance de excelência, mesmo que a empresa passe por fiscalizações e enfrente processos trabalhistas, sejam administrativos ou judiciais, será muito mais fácil enfrentá-los com segurança e assertividade, de modo que será muito maior a chance de êxito no afastamento de condenações judiciais e de multas administrativas, além de contribuir para uma significativa melhora na imagem da empresa perante o mercado.
Por Dr. Taclifas Young Ferreira de Oliveira, advogado na Cerqueira Leite Advogados - especialista em Direito Imobiliário pela Escola Brasileira de Direito - EBRADI, e em Direito do Trabalho pela Universidade Federal de Pernambuco.
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O HOJE
Goiás teve aumento de 223% nos casos de Dengue em 2022
Goiânia registrou em 2022 mais de 43 mil casos, uma alta de 223% em relação ao ano anterior
A dengue continua sendo a vilã do período chuvoso em Goiás. Desde o início do ano de 2023, os casos da doença no estado não param de aumentar, e de acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado (Suvisa), mais de 106 casos foram confirmados, e existem outros 578 notificados. O ranking da saúde destaca Anápolis em 1º lugar, com 83 casos, Goiânia em 2º lugar, com 68, e Rio Verde em terceira posição também com 68 casos.
No ano de 2021, Goiânia registrou 10.073 casos de dengue. Já em 2022, houve uma explosão na quantidade de pessoas infectadas pela doença, e esse total ficou em 43.134, o que representa um aumento de 328%. Já o número de mortes por dengue na capital também foi assustador, pois em 2021, 6 pessoas morreram devido à doença. No ano passado, esse número ficou em 43 óbitos, um aumento superior aos 616%.
Somente no ano passado, foram confirmados 189.270 casos de dengue em todo o estado de Goiás. Esse é um aumento de 223% quando comparado com o ano anterior, que teve apenas 54.733. Além disso, a quantidade de óbitos também aumentou, e cerca de 158 pessoas morreram devido à doença.
Segundo Murilo do Carmo Silva, coordenador de Dengue, Zika e Chikungunya da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o grande volume de chuvas que Goiás teve em 2022 foi um dos fatores fundamentais para o aumento de criadouros da dengue no estado, d consequentemente da explosão de casos confirmados e óbitos pela doença.
“Esses dados e relatórios mostram que a sociedade não tem feito o dever de casa. Essa foi a maior epidemia registrada no estado se comparado com os últimos 5 a 10 anos. Quanto mais chuvas, mais criadouros e menor a condição dos moradores em fiscalizar suas residências, o que é fundamental para o controle de proliferação do concluiu que com uma picada afeta nossa saúde de uma maneira extrema”, destaca Murilo.
Recomendações
As autoridades da área da saúde alertam a população dos perigos causados pelos imóveis desabitados por longos períodos. Entre as medidas que inibem a reprodução em grande escala do mosquito estão a vedação da caixa d´água, o recolhimento e acondicionamento do lixo no quintal, a cobertura de cisterna e de todos os reservatórios de água.
A assessora técnica de gabinete da Suvisa, Dra. Cristina Aparecida Laval, orienta os moradores a fazer uma vistoria minuciosa em suas residências, para eliminar os prováveis criadouros do mosquito. Entre as medidas que inibem a reprodução do inseto em grande escala, estão a vedação da caixa d’água, o recolhimento e acondicionamento do lixo no quintal, a cobertura de cisterna e de todos os reservatórios de água.
“Ao viajar, mesmo que por poucos dias, as pessoas devem fazer a limpeza desse compartimento”, pontua a especialista. O mesmo cuidado deve ser adotado com os vasos de plantas, vasos sanitários, depósitos de água de umidificadores, ralos de banheiro e sifões das pias da cozinha e do banheiro.
Todos esses locais são potenciais criadouros do mosquito pelo fato de acumularem água, mesmo que em pequena quantidade. O ovo do vetor, em contato com a água parada, leva em média sete dias para se transformar em mosquito adulto. Os quintais das residências também merecem atenção. Eles devem se manter limpos, sem qualquer objeto que possa acumular água.
Laval destaca que itens aparentemente inofensivos, como tampinhas de garrafa, pequenas latas e copos plásticos, se transformam em ambientes favoráveis à proliferação do inseto. Por fim, ressalta que é a atuação do cidadão no âmbito de seu domicílio o fator decisivo para reduzir e evitar esse vetor de doenças.
Vacina para prevenção da dengue tem eficácia de 79,6%
Em 2009, o Instituto Butantan licenciou do NIH as patentes e os materiais biológicos referentes às quatro cepas virais que compõem a vacina da dengue. Com os dados da instituição americana, o Butantan executou o estudo clínico de fase 2 e em 2016 iniciou a fase 3. Em dezembro de 2018, o instituto firmou parceria com a farmacêutica MSD para co-desenvolvimento e licenciamento dos dados referentes à vacina, em uma ação conjunta para acelerar o desenvolvimento e registro do produto.
O objetivo do Butantan é disponibilizar o imunizante para o Sistema Único de Saúde (SUS). Após a conclusão do ensaio clínico, prevista para 2024, os resultados finais serão submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para avaliação. O órgão irá definir, com base nos dados de eficácia, segurança e imunogenicidade, quais públicos poderão se beneficiar da vacina, e se irão recomendá-la para incorporação ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Dos 16.235 voluntários que participaram do estudo, 10.259 receberam a vacina. Até 21 dias após a vacinação, somente três (menos de 0,1%) apresentaram eventos adversos graves relacionados ao imunizante. As reações adversas foram comparáveis entre o grupo que recebeu placebo e o que recebeu a vacina, exceto por reações esperadas que aconteceram fora do local da aplicação, como febre e irritação na pele.
Cuidados a serem adotados
A forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito Aedes aegypti. Seguem as ações que a população deve adotar, pelo menos uma vez por semana:
• Verificar se a caixa d’água está bem tampada
• Deixar as lixeiras bem tampadas
• Colocar areia nos pratos de plantas
• Recolher e acondicionar o lixo do quintal
• Limpar as calhas
• Cobrir piscinas
• Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários
• Limpar a bandeja externa da geladeira
• Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação
• Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado
• Cobrir bem a cisterna
• Cobrir bem todos os reservatórios de água
• A limpeza não se restringe só às residências: é importante ficar atento a possíveis focos de água parada na escola, no trabalho e em outros locais frequentados diariamente
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MAIS GOIÁS
Polícia investiga caso de advogado TikToker baleado pela própria arma em ressonância magnética
Segundo a clínica, o advogado ignorou alerta para remover itens metálicos que levava consigo e omitiu arma de fogo registrada
O advogado e influencer armamentista Leandro Mathias Novaes, de 40 anos, foi baleado pela própria pistola ao acompanhar a mãe durante uma ressonância magnética em uma clínica dos Jardins, em São Paulo, nesta segunda-feira. Segundo a polícia, o magnetismo da máquina atraiu a arma e a fez disparar contra seu dono, atingindo-o no abdômen.
O advogado foi socorrido e levado para o Hospital São Luiz, onde segue internado. De acordo com o boletim de ocorrência, ele havia assinado um termo de contraindicação de ressonância magnética para os acompanhantes.
Ainda segundo a polícia, a arma estava devidamente registrada, e o advogado tem autorização de porte. O Laboratório Cura, onde ocorreu o incidente, afirmou por meio de nota que a vítima foi alertada para retirar todos os itens de metal que levava consigo. “Ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação”, diz a nota da clínica.
“Merece ser ressaltado ainda que, mesmo diante dessas orientações, a arma de fogo não foi mencionada pelo acompanhante, que entrou com o objeto na sala de exame por sua decisão”, diz ainda o texto.
O caso foi registrado como disparo de arma de fogo, e uma perícia técnica foi requisitada pelo 14º Distrito Policial. Um inquérito foi aberto pelo 15º DP (Itaim Bibi), que investiga o episódio.
Defensor do porte de armas, Leandro Mathias Novaes tem uma conta no TikTok na qual posta vídeos sobre o tema. Na maior parte deles, o advogado tira dúvidas dos seguidores sobre porte de armas, CACs e a legislação relacionada. “Quantos tiros posso efetuar em legítima defesa?” e “CAC pode parar para almoçar no caminho do treinamento?” são alguns dos títulos dos vídeos publicados pelo advogado no Youtube.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ministra da Saúde quer diálogo com a sociedade e políticas com embasamento científico
A reunião no Ministério da Saúde que garantiu repasse bilionário ao SUS
Covid-19: Goiás confirma 2.039 casos e 5 mortes em 24 horas
Aborto e direitos reprodutivos devem ser encarados em forma ampla no Brasil
Janeiro Roxo: saúde quer força-tarefa para diagnóstico e tratamento da hanseníase
Goiás registra redução de 35% na detecção de Hanseníase
Laudo sobre caso de psicóloga que morreu após exame é inconclusivo; novos testes serão realizados
FOLHA PRESS
Ministra da Saúde quer diálogo com a sociedade e políticas com embasamento científico
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia em que completou 65 anos, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou que a gestão da saúde será pautada pelo diálogo com a sociedade na busca de soluções para as questões mais prementes, principalmente aos mais carentes, sempre com embasamento científico na construção da política pública de saúde. A ministra falou sobre as prioridades e ações emergenciais em entrevista a Roberto D'Avila, na GloboNews, na segunda-feira (17). Contou que o convite do presidente Lula para comandar a pasta seguiu a proposta do governo para renovação dos ministérios privilegiando as mulheres. Sensibilidade e preocupação com os mais pobres foram os requisitos citados por Lula para a escolha, segundo Nísia. Em pouco mais de duas semanas à frente do Ministério da Saúde, o que mais tem preocupado a ministra é a desestruturação das relações com a sociedade e a falta de informações sobre a situação operacional, como estoques de vacinas, medicamentos, as ferramentas necessárias para o trabalho imediato.
"Há um vácuo no Ministério da Saúde e também em outras áreas. Há muita desestruturação de programas, como o Mais Médicos, de vacinação, na área da saúde mental. Nós sabemos que existe um grande número de vacinas com vencimento próximo, risco de desabastecimento de medicamentos. Vamos avançar à medida que tivermos acesso a esses dados". A ministra destacou que está elaborando um plano nacional de saúde, que terá as metas detalhadas na próxima semana, incluindo o Programa Nacional de Imunização reestruturado, com enfoque na atualização da vacinação tanto para as crianças como para a população adulta. "Estamos reestruturando o Programa Nacional de Vacinação com apoio de um Comitê Técnico Assessor. A discussão científica é fundamental para termos as melhores evidências disponíveis", disse a ministra. As filas no SUS (Sistema Único de Saúde) estão no foco de um plano emergencial para acelerar a realização de cirurgias eletivas utilizando a estrutura da rede, mas também com apoio do setor privado e instituições filantrópicas.
O objetivo é intensificar os procedimentos em todo o país, com ações diferenciadas conforme as necessidades de cada região, explicou Nísia. PPPs e comunidade acadêmica As PPPs (parcerias público-privadas) e o conhecimento desenvolvido nas universidades também serão estimulados para aperfeiçoar a capacidade produtiva no âmbito da saúde e reduzir a dependência tecnológica internacional no desenvolvimento de vacinas e fármacos. A ministra frisou que em todas as áreas, em especial à saúde da mulher, atenção integral à saúde da população negra, dos povos indígenas, haverá um trabalho conjunto com outros ministérios para identificar os principais agravos desses grupos e atuar no foco dos problemas. Nísia Trindade também falou da necessidade de olhar para as experiências em curso em outros países e avançar na realidade da saúde brasileira. Um dos exemplos citados é o uso da Cannabis medicinal -já adotado em vários países - para tratamentos de epilepsia, Alzheimer e síndromes congênitas em crianças, que melhoram a qualidade de vida com impacto especialmente para as mães.
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VEJA
A reunião no Ministério da Saúde que garantiu repasse bilionário ao SUS
Compromisso desde a transição, a verba foi destinada às Santas Casas, hospitais e entidades filantrópicas
O Ministério da Saúde e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas garantiram uma Lei Complementar que vai repassar 2 bilhões de reais a entidades sem fins lucrativos que prestam serviços essenciais ao SUS. Trata-se de um compromisso firmado durante o Governo de Transição.
A ministra Nísia Trindade, o secretário de Atenção Especializada, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, e o presidente da CMB, Mirocles Campos Veras Neto, se reuniram em 11 de janeiro para viabilizar o repasse. O presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Antônio Brito e representantes estaduais também participaram das negociações.
Agora, falta definir os critérios técnicos dos repasses. A proposta deve partir do Ministério da Saúde, Conass, Conasems e CMB e será discutida em nova reunião, no dia 26 de janeiro. Se o conselho que gere o SUS aprovar as diretrizes, a portaria com a regulamentação da lei será publicada.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás confirma 2.039 casos e 5 mortes em 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - O território goiano registrou 2.039 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Além disso, 5 mortes pela doença foram confirmadas no mesmo período. Os dados constam no boletim da Saúde de Goiás (SES-GO) publicado nesta terça-feira (17/1).
Com as atualizações, o Estado já soma 1.857.548 infecções pelo novo coronavírus e 27.864 óbitos pela doença. Além disso, Goiás investiga 905.536 casos e 60 mortes para saber se há alguma ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 1,5%.
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JORNAL OPÇÃO
Aborto e direitos reprodutivos devem ser encarados em forma ampla no Brasil
Nesta semana, portaria do governo Lula revogou medida de Bolsonaro que exigia que médicos comuniquem abortos por estupro às autoridades policiais
O polêmico assunto “aborto” acabou voltando à pauta nesta semana em razão da revogação de portaria da gestão Bolsonaro, que exigia dos médicos a comunicação de abortos por estupro às autoridades policiais, dificultando o caminho do aborto legal. “Serão revogados, nos próximos dias, as portarias e notas técnicas que ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais reprodutivos”, disse a ministra Nísia Trindade.
Vale lembrar que no Brasil o aborto é legalizado em três casos distintos: quando a gravidez é decorrente de um estupro; quando há risco de morte para a gestante; e quando existe anencefalia do feto. O procedimento nesses casos deve ser disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e não é preciso uma decisão judicial. A portaria fala apenas sobre os casos já previstos na lei, mas acredito que isso pode ser uma oportunidade para refletirmos de forma ampla o direito de escolha e sobre o próprio corpo.
Há oito anos, com o nascimento do meu filho pude vivenciar uma das experiências mais intensas da minha vida. Cada maternar é diferente e com certeza cada mãe sabe a dor e a delícia de ser o que se é, lembrando Caetano. Por ser uma experiência avassaladora acredito que só pode ser plenamente vivenciada se for desejada. Só o desejo é capaz de legitimar as experiências da vida.
O problema do desejo de maternar é que essa não é a realidade para muitas mulheres. Dados sobre o aborto mostram que uma em cada cinco brasileiras já o realizou ao longo da vida. E, mais que a maioria (60%), o realizou no ápice da vida reprodutiva entre os 18 e 29 anos. Para falar que isso é papo de quem não tem Deus, os dados mostram o contrário: dois terços das mulheres que abortaram são católicas e um quarto, protestantes ou evangélicas.
É importante enxergar os direitos reprodutivos de forma ampla. Deve-se verificar o bem-estar das crianças que já têm em casa e que não merecem sofrer a tragédia da morte de suas mães. Observar a vida dos que nascem e precisam ser acolhidos e amparados, mas tantas vezes são excluídos e condenados pela imensa desigualdade e pela miséria. E entender o futuro de uma sociedade que não pode evoluir enquanto os direitos das mulheres são gravemente violados.
Sou mãe, e nem por isso é justo usar a maternidade desejada como pretexto para criticar outras mulheres, minhas irmãs, e tampouco defender um modelo perverso que criminaliza o aborto e não consegue coibir sua prática, e que só resulta em sofrimento, dor e morte.
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Janeiro Roxo: saúde quer força-tarefa para diagnóstico e tratamento da hanseníase
Estado busca apoio dos municípios para intensificar campanhas de diagnóstico precoce da doença. Objetivo é reduzir impacto negativo da pandemia de Covid-19 nos programas de combate à hanseníase
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), intensifica, neste mês, ações conjuntas com municípios para diagnóstico e tratamento da hanseníase. O trabalho faz parte da campanha de conscientização Janeiro Roxo e busca reduzir os impactos da pandemia de Covid-19 sobre os programas de saúde voltados à doença. O acompanhamento é ofertado de forma integral na rede pública, nas unidades da atenção básica localizadas em todos os municípios goianos.
A gerente de Vigilância Epidemiológica da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO, Ana Cristina Gonçalves de Oliveira, destaca que a pandemia trouxe consequências como o desabastecimento de medicamentos por parte da indústria farmacêutica e limitou o monitoramento das disfunções neurais, em decorrência da necessidade de isolamento da população. Na avaliação da gestora, o distanciamento social e a priorização da assistência à Covid-19 também causou prejuízo no seguimento e adesão aos tratamentos.
Em 2020 e 2021, houve redução de 35,47% nos números de casos registrados em Goiás (916 casos em 2020 e 933 em 2021). Ainda assim, a taxa de detecção foi de 12,8 por 100 mil habitantes em 2020 e 12,9 por 100 mil habitantes em 2021, número bastante elevado se comparado ao ideal para controle da doença, que seria de 2 casos a cada 100 mil habitantes. “Ainda existem muitos desafios a serem superados. Diagnosticar precocemente todos os casos, tratar, curar e devolver os pacientes sem deformidades à sociedade é uma das melhores medidas para combater o preconceito contra essa doença estigmatizante”, enfatiza a gerente.
Capacitações
Em 2020, a Gerência de Vigilância Epidemiológica da Suvisa ministrou, em parceria com a Universidade Federal de Goiás e as Secretarias Municipais de Saúde, treinamentos virtuais para profissionais de 137 municípios. Já entre 2021 e 2022, as capacitações ocorreram de forma presencial, reunindo teoria e prática em serviço, contemplando 720 profissionais, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. O objetivo é preparar os serviços municipais para o adequado manejo clínico.
Doença
Estudos científicos indicam que 95% da população têm resistência natural ao bacilo de Hansen, causador da doença e que a vacina BCG, contra a tuberculose, aplicada logo após o nascimento, confere proteção de até 80% contra as formas mais graves de hanseníase. Entre os principais sinais e sintomas, estão a sensação de formigamento ou fisgadas, que podem ocorrer em qualquer lugar da pele, principalmente nas mãos e nos pés; diminuição ou ausência de sensibilidade na face, nas mãos ou nos pés; e surgimento de manchas claras ou avermelhadas, localizadas ou disseminadas; e nódulos.
O tratamento é realizado pela administração de um conjunto de antibióticos, denominado poliquimioerapia (PQT), distribuído gratuitamente pelo SUS. Segundo a médica dermatologista Ana Lúcia Osório Maroccolo de Sousa, da Coordenação de Doenças Negligenciadas da Gerência de Vigilância Epidemiológica esse acompanhamento tem a duração de 6 meses a 1 ano, dependendo da quantidade de lesões apresentadas pela pessoa que tem a doença e deve ser seguido à risca.
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O HOJE
Goiás registra redução de 35% na detecção de Hanseníase
Brasil tem o segundo maior número de novos casos da doença no mundo
Brasil tem o segundo maior número de novos casos da doença no mundo. | Foto: Reprodução
A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, com relatos de casos desde 600 A.C. Apesar de antiga, ela ainda é um grave problema de saúde pública, especialmente no Brasil, que concentra o segundo maior número de novos casos do mundo, atrás apenas da Índia.
A doença, que já foi chamada de lepra, foi renomeada devido ao estigma associado ao termo. Desde 1995, por definição da Lei nº 9.010, o termo lepra e seus derivados não podem mais ser utilizados na linguagem adotada nos documentos oficiais da União, dos estados e municípios.
No Brasil, foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano. “O número vem se mantendo com uma discreta queda, mas ela ainda não é considerada significativa para se dizer que a doença está em declínio”, destacou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Heitor Gonçalves.
Manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, sensação de dormência e não sentir calor ou frio são alguns dos sintomas desta doença que tem cura, mas ainda é estigmatizada e negligenciada por muitos brasileiros. “Esses casos de mancha, dormência ou insensibilidade são suspeitos e necessitam formalmente de uma assistência para diagnóstico médico clínico”, observou.
O maior número de casos novos identificados na última década está na Região Nordeste (43% do total, ou o equivalente a 132,7 mil pacientes). Em seguida, vêm o Centro-Oeste, com 20% dos casos; o Norte (19%); e o Sudeste (15%). Apenas 4% dos novos pacientes registrados nos últimos dez anos apareceram na Região Sul do país.
Redução dos casos em Goiás
Em Goiás, entre 2020 e 2021, houve redução de 35,47% nos números de casos registrados no estado (916 casos em 2020 e 933 em 2021). Ainda assim, a taxa de detecção foi de 12,8 por 100 mil habitantes em 2020 e 12,9 por 100 mil habitantes em 2021, número bastante elevado se comparado ao ideal para controle da doença, que seria de 2 casos a cada 100 mil habitantes.
A gerente de Vigilância Epidemiológica da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO, Ana Cristina Gonçalves de Oliveira, destaca que a pandemia trouxe consequências como o desabastecimento de medicamentos. Além disso, o distanciamento social e a priorização da assistência à Covid-19 também causou prejuízo no seguimento e adesão aos tratamentos.
“Ainda existem muitos desafios a serem superados. Diagnosticar precocemente todos os casos, tratar, curar e devolver os pacientes sem deformidades à sociedade é uma das melhores medidas para combater o preconceito contra essa doença estigmatizante”, enfatiza a gerente.
Em 2020, a Gerência de Vigilância Epidemiológica da Suvisa ministrou, em parceria com a Universidade Federal de Goiás e as Secretarias Municipais de Saúde, treinamentos virtuais para profissionais de 137 municípios. Já entre 2021 e 2022, as capacitações ocorreram de forma presencial, reunindo teoria e prática em serviço, contemplando 720 profissionais, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. O objetivo é preparar os serviços municipais para o adequado manejo clínico.
Preconceito
O vice-presidente da SBD esclareceu que menos da metade dos pacientes com hanseníase transmite a doença, mesmo sem tratamento, porque mais de 50% têm imunidade razoável contra o micróbio. A transmissão também não é tão fácil como muitos pensam.
“Esse bacilo não salta de dentro da pele do doente para fora. Isso significa que tocar a mão de uma pessoa doente não transmite hanseníase. É preciso que o doente tenha um ferimento na pele, bem como a outra pessoa, e que esses ferimentos se encontrem para que o bacilo passe de um para o outro. Por isso, o dermatologista afirmou que é difícil a transmissão pela pele. O principal fator de transmissão é a tosse”, reiterou.
De acordo com o MS, a hanseníase acomete mais os homens do que as mulheres. Nos dez anos compreendidos entre 2010 e 2019, foram detectados 172.659 casos novos entre pessoas do sexo masculino e 139.405 em mulheres. “Os homens não têm costume de ir ao médico, como as mulheres. Esse talvez seja o motivo”, destacou o dermatologista
Manifestação e Tratamento
Estudos científicos indicam que 95% da população têm resistência natural ao bacilo de Hansen, causador da doença e que a vacina BCG, contra a tuberculose, aplicada logo após o nascimento, confere proteção de até 80% contra as formas mais graves de hanseníase.
Entre os principais sinais e sintomas, estão a sensação de formigamento ou fisgadas, que podem ocorrer em qualquer lugar da pele, principalmente nas mãos e nos pés; diminuição ou ausência de sensibilidade na face, nas mãos ou nos pés; e surgimento de manchas claras ou avermelhadas, localizadas ou disseminadas; e nódulos.
O tratamento é realizado pela administração de um conjunto de antibióticos, denominado poliquimioterapia (PQT), distribuído gratuitamente pelo SUS. Segundo a médica dermatologista Ana Lúcia Osório Maroccolo de Sousa, da Coordenação de Doenças Negligenciadas, da Gerência de Vigilância Epidemiológica, esse acompanhamento tem a duração de seis meses a um ano, dependendo da quantidade de lesões apresentadas pela pessoa que tem a doença e deve ser seguido à risca.
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PORTAL G1
Laudo sobre caso de psicóloga que morreu após exame é inconclusivo; novos testes serão realizados
Documento diz que causa da morte ainda precisa ser definida. Família de Bruna Nunes explica angústia contínua por ainda não saber o que de fato aconteceu com a jovem.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
Um laudo emitido após a morte da psicóloga Bruna Nunes de Faria, que morreu após passar mal durante um exame de ressonância magnética em uma clínica de Goiânia, teve resultado inconclusivo. O documento explica que a causa da morte ainda está “a esclarecer” e novos testes foram solicitados. Ao g1, a mãe da jovem de 27 anos, Jane Alves de Souza, lamentou a angústia da espera para saber o que aconteceu de fato com Bruna.
“Estamos vivendo uma angústia enorme, porque o mínimo que podemos ter agora é saber toda a verdade”, disse Jane.
O documento foi emitido no dia 4 de janeiro. Até o momento, a família não obteve o resultado dos novos exames e explicou que a estimativa que recebeu para um novo laudo é de um prazo de 15 a 90 dias. Os testes complementares que devem ser realizados buscam definir a causa da morte da psicóloga.
Em nota, a Polícia Científica disse que foram solicitados exames laboratoriais complementares com o objetivo de contribuir com a completa elucidação do caso, que devem ser finalizados em até 30 dias. Informou ainda que laudos médicos e laboratoriais não podem ser interpretados de forma isolada, sem a relação deles com outras provas (nota na íntegra ao fim do texto).
Os exames que foram realizados até o dia 4 de janeiro buscavam responder as seguintes questões:
Se houve morte?
Qual a causa da morte?
Qual o instrumento ou meio que produziu a morte?
Se foi produzido com o emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidiloso ou cruel?
No entanto, apenas o questionamento 'se houve morte' foi devidamente respondido com um "sim". A causa da morte ainda deve ser esclarecida por exames, não foram obtidos elementos que determinassem o instrumento que causou a morte e a quarta questão foi respondida com a palavra "prejudicado", uma vez que os demais itens também foram inconclusivos.
O caso é investigado no 8º Distrito Policial de Goiânia. Bruna morreu no dia 21 de dezembro. Ela fazia exames para tentar identificar as causas de dois AVCs cerca de 50 dias antes. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para obter atualizações sobre o andamento da investigação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Bruna fez o exame no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, que fica na Avenida Portugal, no Setor Marista. O g1 procurou a defesa do CDI nesta terça-feira (17), que explicou que aguarda o resultado dos laudos para se manifestar. No último dia 23 de dezembro, a defesa explicou, por meio de nota, que atualmente há dois grupos distintos operando sob o nome CDI.
Um sob responsabilidade dos médicos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado e outro sob a gerência dos médicos Ary Monteiro Daher e Adriana Maria Monteiro, sendo que o procedimento que a jovem realizou faz parte dos serviços prestados pela equipe chefiada por Ary e Adriana. Os grupos estão em fase final de separação judicial, que deve ser finalizada em janeiro, quando os prédios também devem ser separados de acordo com a administração (veja a explicação ao fim do texto).
Bruna Faria nasceu em Bonfinópolis, onde foi velada e enterrada na quinta-feira (22). A jovem trabalhava como psicóloga da Prefeitura de Silvânia e fazia parte da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde.
Relatório da morte
O relatório médico sobre a morte de Bruna relata que ela passou mal entre 9h30 e 9h40 e a morte foi constatada às 10h09. A psicóloga começou a sentir os problemas cerca de 30 segundos depois da aplicação do contraste.
O exame foi interrompido a paciente foi para a sala de recuperação. Ela, então, teve uma “piora clínica súbita”. Os médicos chamaram uma ambulância e tentaram manobras de reanimação, mas ela não resistiu.
“Na hora que aplicou o contraste, ela falou assim: ‘Estou passando mal’, e começou a tossir. Eles a tiraram rápido, no colo. Eu fui junto para esse quartinho com ela e falei ‘pelo amor de Deus, o que está acontecendo com a minha filha?’. E já veio uma moça e aplicou uma injeção nela e ela [Bruna] falou: ‘Estou sem ar’. Foi a última palavra que ela falou”, desabafou a mãe.
Nota do CDI gerido pelo médico Ary Monteiro
"Aguardaremos o resultado do laudo que vai determinar a causa da fatalidade, mas, desde já, nos solidarizamos com os familiares e amigos da paciente e seguimos à disposição para prestar toda a assistência necessária. Reforçamos que em nossos exames são adotados elevados padrões de segurança, com acreditação em grau máximo e procedimentos certificados pelas autoridades do setor, sempre buscando garantir o bem-estar e a saúde de nossos pacientes, valores que sempre fizeram parte da história da clínica", diz a nota enviada pelo advogado do médico Ary Monteiro.
Nota do CDI gerido pelo médico Luiz Rassi Júnior
"As Clínicas CDI sob a coordenação do Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado, vêm a público esclarecer:
É com muita tristeza que recebemos a notícia da morte da jovem Bruna Nunes de Faria, paciente que realizava exame de ressonância magnética. Tal fato nos leva ao dever e obrigação de prestar esclarecimentos aos nossos clientes, corpo clínico, colaboradores, médicos e sociedade em geral.
Há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um, o nosso – Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado -, com as Clínicas CDI Diagnósticos em Cardiologia; CDI Diagnósticos Angiotomográficos e Nuclear CDI. E, outro, sob a responsabilidade do Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo e Sra. Adriana Maria de Oliveira Guimarães Monteiro. Os grupos estão em fase final de separação judicial.
O processo judicial iniciado há mais de 02 anos, se deu em virtude de divergências de valores e princípios éticos no exercício da Medicina. As clínicas sempre funcionaram de forma separada, apesar de estarem localizadas no mesmo endereço, realizando exames distintos, com equipamentos distintos, médicos e colaboradores também distintos.
O exame da paciente Bruna Nunes de Faria, com fatídico e lamentável desfecho, foi realizado pela Clínica cujo responsável técnico é o Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo, que se chama Centro de Diagnóstico por Imagem PORTUGAL, o qual tem se identificado como CDI Radiologia.
Informamos também que o processo de separação dos imóveis está em curso, a fim de que a população em geral possa diferenciar ainda mais as Clínicas, ao buscar e escolher livremente atendimento para diagnósticos médicos.
Por fim, nos solidarizamos com a família e amigos de Bruna Nunes de Faria, lamentamos profundamente sua morte e esperamos que a causa do óbito seja esclarecida de forma rápida e efetiva, com apuração pelos órgãos competentes."
Nota da Polícia Científica
Foram solicitados exames laboratoriais complementares com o objetivo de contribuir com a completa elucidação do caso. Exames esses que estão sendo realizados nos laboratórios da própria Polícia Científica, em Goiânia, e que devem ser finalizados em aproximadamente 30 dias.
A Polícia Científica reforça que Laudos Médicos e Laudos Laboratoriais não podem ser interpretados isoladamente; sendo necessária a correlação dos mesmos com os demais elementos de provas, obtidos no âmbito da Delegacia de Polícia, o que é possível tão somente quando da conclusão do Inquérito Policial por parte da Autoridade Policial.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Governo de Goiás investe R$ 4,1 bilhões na saúde em 2022
Goiás recebe mais de 22 mil doses de vacina contra Covid para crianças
Égua leva alegria e ajuda na recuperação de pessoas internadas em hospital de Aparecida de Goiânia
Quem é a bilionária chinesa que investe para curar o câncer
Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto
ANS modifica Manual de Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal
Helvécio Magalhães diz que governo quer diminuir filas de cirurgias eletivas
Maternidades fazem até simulação de partos para reduzir cesáreas
GAZETA DO ESTADO
Governo de Goiás investe R$ 4,1 bilhões na saúde em 2022
Valores envolvem pagamento de pessoal, custeio e investimentos, com foco na regionalização da saúde, e somam 13,26% da receita do Estado aplicado acima do percentual constitucional de 12%
O Governo de Goiás destinou R$ 4,1 bilhões para investimentos, pagamento de pessoal e custeio na área da saúde em 2022. Esse valor representou 13,26% da receita do Estado e ultrapassou o percentual de 12% que Goiás deveria, obrigatoriamente, investir em saúde, de acordo com a vinculação determinada pela Constituição Federal. Os recursos possibilitaram o avanço da regionalização, com a construção e aquisição de equipamentos para hospitais e policlínicas.
Para o titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Sérgio Vencio, os investimentos garantem aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás, o acesso a serviços de qualidade, além de promover eficiência operacional e financeira aos cofres públicos do Estado. “O governo está garantindo o direito dos goianos à saúde de qualidade, nas diversas regiões do Estado”, avalia Vencio.
De janeiro a dezembro de 2022, foram realizadas 36.076 cirurgias eletivas na rede estadual de saúde, de acordo com o Sistema Estadual de Regulação de Cirurgias Eletivas (Regnet). Também foram realizadas 247.636 consultas e 154.139 exames.
Equipamentos
Do total de recursos, R$ 230.281.719,37 foram investidos na aquisição de equipamentos, obras e demais bens que se incorporaram ao patrimônio das 30 unidades distribuídas em todo o Estado.
Com os investimentos, três hospitais do Governo de Goiás – Crer, Hugol e HGG – receberam prêmio concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) por eficiência e qualidade no atendimento. Os hospitais foram encolhidos entre as 6,6 mil unidades financiadas pelo SUS durante premiação em parceria com o Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Instituto Ética Saúde (IES).
Já para o custeio, que inclui manutenção, aquisição de bens de consumo ou contratação de serviços, foram destinados R$ 3.326.243.078,40. E para o pagamento de profissionais, R$ 701.328.256,75.
Regionalização
Em 2018, a rede assistencial própria do Estado contava com cerca de 20 unidades, localizadas de forma centralizada, em especial na região Metropolitana de Goiânia. A atual gestão regionalizou a saúde, com a abertura de novos hospitais. A rede própria agora conta com 30 unidades, levando assistência para mais perto do cidadão goiano.
Foram estadualizados cinco hospitais, em Jataí, Formosa, São Luís de Montes Belos, Luziânia e Itumbiara. O Governo de Goiás inaugurou o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, e retomou as obras do Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás. Entre as novas unidades estão ainda o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), ambos na capital.
Policlínicas
O Governo de Goiás garantiu o funcionamento das policlínicas estaduais nos municípios de Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Formosa e Goiás. Tais unidades se destinam à realização de consultas em mais de 20 especialidades e exames de alta complexidade, como mamografia, tomografia computadorizada, radiografias e oftalmológicos. As policlínicas também oferecem trabalhos que podem ser desenvolvidos em parceria com a comunidade, nas áreas de psicologia, nutrição, fisioterapia e terapia ocupacional.
Nas unidades de Posse, Goianésia, Quirinópolis e Formosa, o serviço de hemodiálise já foi instalado, o que deve ocorrer também na cidade de Goiás e São Luís de Montes Belos. E todas contam com uma base descentralizada da Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa para atender pessoas que moram nesses municípios com a dispensação de remédios de alto custo.
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PORTAL G1
Goiás recebe mais de 22 mil doses de vacina contra Covid para crianças
Foi reabastecido o estoque de Coronavac para completar, preferencialmente, o esquema vacinal de crianças a partir de 3 anos. Ainda há falta de doses de vacina para bebês.
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) recebeu 22.950 doses de vacina contra a Covid-19 para crianças, enviadas pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (16). Foi reabastecido o estoque de Coronavac. A SES explicou que essas doses serão usadas, preferencialmente, para completar o esquema vacinal de crianças de 3 a 11 anos de idade.
A superintendente em Vigilância Sanitária da SES, Flúvia Amorim, confirmou que ainda há falta de doses de vacina para bebês a partir de 6 meses, que tomam as doses da Pfizer Baby.
Apesar da orientação da SES para usar as doses nas aplicações de reforço - 2ª e 3ª doses -, Flúvia Amorim disse que os municípios podem utilizar o estoque na aplicação da 1ª dose. A distribuição das doses começa nesta semana.
"Temos orientado os municípios para utilizar as doses recebidas, cada frasco tem 10 doses. Então que eles utilizem de forma responsável para não ter desperdício. É preferencialmente para 2ª dose, mas chegou ao final da tarde e tem dose sobrando e crianças chegando para tomar a 1ª dose, que seja feita a vacinação", esclareceu Flúvia Amorim.
De acordo com a SES, o estado aplicou 15.296.207 doses de vacinas contra a Covid na população em geral. Até esta terça-feira (17), o painel da vacinação mostrava que 38.166 crianças de 3 a 4 anos receberam uma dose da vacina.
Entre crianças de 5 a 11 anos, 423.455 receberam uma dose da vacina contra a Covid. Mais de 539 mil adolescentes, de 12 a 17 anos, receberam pelo menos a 1ª dose da vacina.
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Égua leva alegria e ajuda na recuperação de pessoas internadas em hospital de Aparecida de Goiânia
Animal passeia pelas alas e recebe alimento e carinho dos pacientes. Médicos dizem que, após visitas, pessoas ficam mais dispostas a continuar os tratamentos.
Por Vitor Santana e Fábio Castro, g1 Goiás e TV Anhanguera
Uma égua esta sendo usada para distrair, levar alegria e ajudar na recuperação de pessoas internadas no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Luziânia, como é chamado o animal, passeia pelos corredores e entra nos quartos e enfermarias. Os pacientes, de pronto, reagem com sorrisos, a acariciando e alimentando.
O projeto teve início em novembro de 2022. As visitas despertam a atenção de muitas pessoas, sejam pacientes, acompanhantes ou funcionários. Luziânia é uma égua aposentada da Polícia Militar que já participam de trabalho de ecoterapia e, portanto, estão acostumados com o contato.
O aposentado Ildebrando Araújo de Lima lembrou dos tempos que morava na fazenda. “É a coisa mais linda que existe. Cavalo, burro, animal que a gente andava direto quando a gente morava lá para o interior”, disse.
A visita acontece em áreas autorizadas pelas equipes médicas. Antes de a égua entrar, é feito todo um processo de higienização e preparação no animal.
A presença de um animal desse porte ajuda a despertar a curiosidade e até sorrisos. E isso é importante para quem está se recuperando de um problema de saúde.
Até mesmo os policiais que participam do projeto ficam emocionados com a reação das pessoas ao ver a égua.
“A gente que trabalha com prevenção de criminalidade, uma área totalmente diferente, podemos ajudar pessoas a descontrair, tirar um pouco do estresse de estar em um quarto por muito tempo. A gente sentiu a surpresa das pessoas em ver o cavalo, algo inesperado. Pelo sorriso das pessoas, acredito que vai ajudar muito na recuperação delas”, disse o sargento Mozart Rocha, que trabalha no regimento da cavalaria da Polícia Militar.
Todo o projeto é formado por uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
Os médicos se basearam em um estudo que mostra o poder dos cavalos. A experiência no hospital goiano também será avaliada. Porém, o poder dos cavalos já mostra resultados.
“Aumenta o bem-estar do pacientes, contribui para uma melhoria das taxas, um envolvimento maior do paciente no tratamento, ele volta para o leito com uma vontade maior de retomar a atividade”, contou Fernanda Lambach, coordenadora do projeto.
“Qualquer coisa que a gente possa fazer para tirar essa impressão, esse sentimento de local de sofrimento para um lugar onde as pessoas podem ter felicidade, onde elas podem ser bem cuidadas, onde as coisas podem acontecer com carinho, são bem-vindas”, disse o Tadeu Renattini, médico coordenador da pediatria.
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FORBES BRASIL
Quem é a bilionária chinesa que investe para curar o câncer
Com um recipiente que lembra uma caneca de café, Nisa Leung não injetou sua injeção de reforço contra a Covid-19 - ela inalou. A investidora chinesa se tornou uma das primeiras pacientes da primeira vacina gasosa contra Covid-19 do mundo, lançada em setembro passado pela CanSino Biologics, com sede em Xangai, uma das empresas de seu portfólio.
"Quem sabe se haverá ou não outros tipos de Covid surgindo?" diz Leung, sócia-gerente da Qiming Venture Partners. Ela apoiou a CanSino em 2015, logo depois que a empresa biofarmacêutica construiu sua primeira fábrica de vacinas. O que a atraiu foi o desenvolvimento de vacinas contra meningite meningocócica para crianças, que na época não estavam disponíveis na China. Desde então, a CanSino tornou-se uma das maiores empresas de biotecnologia do país, com uma capitalização de mercado de US$ 3,8 bilhões (R$ 19,58 bilhões).
Sua visão para a inovação na área é uma das razões de seu sucesso. Presente na lista Forbes 50 Over 50 deste ano, Leung, 52, é um regular na Forbes Midas, lista dos melhores investidores do mundo. Em 2022, ela foi classificada como a segunda maior investidora na China, depois de Anna Fang, sócia e CEO da ZhenFund. Além da CanSino, seu portfólio inclui a maior fabricante de insulina da China, Gan and Lee, co-fundada pelo bilionário Zhongru Gan .
Fundada em 2006 e sediada em Pequim, a Qiming Venture Partners foi uma das primeiras apoiadoras de gigantes da tecnologia, como a Meituan, do bilionário Wang Xing, e a Xiaomi, do bilionário Lei Jun. A empresa de investimentos levantou um total de US$ 9,4 bilhões (R$ 48,44 bilhões) em capital em 11 fundos, com foco particular nos setores de tecnologia de consumo e saúde; desde 2020, as 480 empresas do portfólio da Qiming realizaram 34 IPOs, 25 das quais na
Em dezembro passado, as autoridades chinesas anunciaram o relaxamento das medidas restritivas de controle do Covid-19 nas cidades da China, estimulando as altas do mercado, enquanto os investidores apostavam que a segunda maior economia do mundo finalmente reabriria suas portas. A negociação na China despencou 45% em 2020, o nível mais baixo desde 2008, segundo dados da Refinitiv.
"Acho que a China tem uma posição única para desempenhar na cadeia de valor global", diz Nisa Leung. Ela continua "muito otimista" no futuro de curto e médio prazo do investimento em saúde na China, embora diga que o setor estava com excesso de inscrições devido à pandemia de Covid-19.
Sua confiança é inspirada pela resiliência dos fundadores com quem ela trabalhou. Durante o bloqueio em Xangai em 2020, várias das empresas da Qiming ficaram presas nos escritórios por até três meses. Proibidos de sair do prédio, eles seguiram trabalhando. Sem chuveiros, eles estabeleceram escalas para se limpar nos banheiros. "É essa perseverança que eu acho importante", diz ela.
A adaptação às severas "dificuldades" do bloqueio exigiu que as equipes tivessem uma fé tremenda, aceitando salários baixos ou inexistentes até que pudessem retomar seus horários normais. "É por isso que eu sempre digo: não aposte contra os empreendedores chineses porque eles trabalham muito duro mesmo."
Criada em Hong Kong, Nisa Leung formou-se na Cornell University com bacharelado em administração e na Stanford Graduate School of Business com MBA. A batalha de um tio contra o câncer de fígado a inspirou a investir em saúde. Enquanto sua família procurava tratamento para o tio em Guangzhou, Leung percebeu as deficiências da terapêutica chinesa.
"Sempre que vejo pacientes com câncer de fígado implorando publicamente por um fígado nas redes sociais, sinto pena", escreveu Leung em um post de blog de 2019 para Qiming. "Se a ressecção [de um tumor hepático] puder ser realizada precocemente, a taxa de sobrevida dos pacientes é bastante alta; no entanto, o câncer de fígado ainda é a terceira causa de morte por câncel em Hong Kong."
Desde então, Leung tem supervisionado investimentos no setor de saúde da China, introduzindo empresas sediadas nos Estados Unidos no mercado doméstico e desenvolvendo talentos locais. Ela aproveitou campos em expansão, como a descoberta de medicamentos com tecnologia de IA, que usa algoritmos avançados para prever o movimento de moléculas e encontrar aquelas que funcionam para doenças específicas. Um de seus investimentos notáveis na Qiming é a Schrödinger, que desenvolve um software de simulação de IA que ajuda os cientistas a descobrir compostos eficazes.
"Praticamente todo o comitê de investimentos foi contra", diz Leung. "Mas eu disse: acho que esta é a direção certa para investir. Se o investimento for bem, a Qiming ganha dinheiro. Se não, eu pago do meu bolso." Sua aposta valeu a pena. No ano seguinte, a Schrödinger estreou na Nasdaq com uma oferta pública de US$ 220 milhões (R$ 1,13 bilhão), superando seu preço inicial.
Outro investimento é o Zai Lab, um gigante biofarmacêutico com uma capitalização de mercado de US$ 4,1 bilhões (R$ 21,13 bilhões). "Ninguém estava realmente prestando atenção" à descoberta de drogas em 2014 e, no caso da pequena equipe de três mulheres do Zai Lab, havia dúvidas sobre a viabilidade futura da operação. Para Nisa Leung, avaliar equipes pequenas se resumia a "muita intuição" e cálculos para preencher lacunas. A Zai Lab estreou na Nasdaq em 2017 e concluiu uma listagem secundária na bolsa de valores de Hong Kong em 2020.
>Leia também: Cofundador do Google doou mais de US$ 1 bilhão para pesquisa de Parkinson
Agora, entrando em seu 17º ano na Qiming, Leung se destaca como uma das principais investidoras na China. Além disso, aproximadamente 37% do portfólio de saúde da Qiming tem fundadoras ou executivas. "Não tentamos identificar especificamente mulheres empresárias", diz ela. As oportunidades da China para as mulheres no setor de saúde são mais amplas, diz ela. "Passei bastante tempo no Vale do Silício e não teria ido tão longe se tivesse ficado lá."
Doenças femininas têm sido cronicamente negligenciadas, diz Leung, o que estimula as pesquisas. Poucas empresas visam doenças como miomas (tumores benignos no útero) e endometriose (doença em que o crescimento do tecido afeta o sistema reprodutivo feminino). A falta de tratamento desmente o escopo das doenças: os miomas afetam 77% das mulheres em idade reprodutiva e a endometriose aflige 10%, de acordo com estudos da Fundação Bill e Melinda Gates.
"Queremos ser capazes de encontrar soluções em muitas áreas diferentes para as quais não temos cura", diz Leung. Em 2021, a Qiming liderou uma rodada de financiamento série B de US$ 56 milhões (R$ 288,6 milhões) da HopeMed, uma empresa de biotecnologia que trata da endometriose e outros distúrbios causados por receptores hormonais defeituosos, incluindo calvície em homens e mulheres. E também apoiou o desenvolvimento de medicamentos da Insilico Medicine, plataforma de IA de Hong Kong, que anunciou resultados positivos para um medicamento indicado para doenças pulmonares.
Outras condições idiopáticas ou sem causa conhecida são as próximas. Nisa Leung prevê que as startups de saúde adotarão "novas modalidades", examinando doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Por sua vez, as ferramentas disponíveis para os pesquisadores irão evoluir. Por exemplo, os avanços na técnica de biópsia líquida, uma forma de detectar tumores cancerígenos sem operações, poderiam tornar o câncer uma doença crônica em vez de uma doença mortal.
"Se pudermos ajudar um pouco estendendo a idade média do mundo em cinco anos, isso seria ótimo", diz ela. "Ainda há muito que podemos fazer, porque há muitas doenças que precisam ser curadas."
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JORNAL FLORIPA ONLINE
Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto
A portaria, do governo Jair Bolsonaro, obrigava o médico a comunicar o aborto à autoridade policial e destacava que era preciso preservar evidências materiais do crime de estupro. O Ministério da Saúde revogou seis portarias do governo anterior. Uma delas, sobre a autorização para o aborto legal - a interrupção da gravidez nos casos previstos em lei. A portaria obrigava o médico a comunicar o aborto à autoridade policial e destacava que era preciso preservar evidências materiais do crime de estupro.
O governo também revogou a obrigatoriedade de apresentação de prescrição médica eletrônica para retirar medicamentos do programa farmácia popular.
Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto e outras medidas contrárias às diretrizes do SUS
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ANS modifica Manual de Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal
Os diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foram favoráveis às alterações do Manual Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal (CBP Parto Adequado). As mudanças incluem propostas apresentadas em uma consulta pública por entidades parceiras, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), e também pelos usuários dos planos. O documento é utilizado no Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde (PCPB).
As modificações foram apresentadas pela área técnica da ANS na tarde desta segunda-feira (16/1), durante 583ª Reunião da Diretoria Colegiada (DICOL). Entre as alterações do manual está a ampliação de 3 para 11 nos indicadores a serem seguidos pelas operadoras interessadas em obter a certificação. A alteração também prevê a ampliação do número de profissionais nas equipes, além da possibilidade de visitas técnicas e remotas as clínicas.
As novas determinações do manual são fruto de consultas a especialistas e de revisões bibliográficas, com recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma consulta pública foi feita e 73% das sugestões foram acatadas.
O objetivo da mudança é melhorar o atendimento. "Esse é um projeto de suma importância para saúde suplementar, devido principalmente à quantidade de partos cesarianas (81,76% em 2021), grande parte deles feitos sem indicação clínica", disse o diretor Maurício Nunes da Silva.
O PCPB é um processo voluntário de avaliação da adequação a critérios técnicos pré-estabelecidos para uma Rede de Atenção à Saúde específica ou para uma Linha de Cuidado específica de uma operadora, realizado por Entidades Acreditadoras em Saúde, com aptidão reconhecida pela ANS. Entre as linhas de cuidado com certificação está a CBP Parto Adequado, que inclui uma série de requisitos que devem ser seguidos pelas operadoras que desejam obter o título.
O novo manual será divulgado pela ANS em seu site nos próximos dias.
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O TEMPO
Helvécio Magalhães diz que governo quer diminuir filas de cirurgias eletivas
Nomeado na última semana como secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, o ex-secretário de Planejamento e Gestão no governo Pimentel, Helvécio Magalhães, garante que a Saúde vai trabalhar em duas principais vertentes nos próximos anos. A primeira é retomar a cultura da vacinação no país e a segunda é diminuir a fila de consultas e cirurgias eletivas.
Para isso, a próxima equipe da pasta pretende realizar mutirões de exames, intensificar o uso da tecnologia no atendimento do SUS, com o aprimoramento dos prontuários eletrônicos, além de disponibilizar Whatsapp e e-mail para agendamentos de consultas.
Segundo Helvécio, a ministra Nísia Trindade estuda também a possibilidade de reativar leitos e blocos cirúrgicos desativados em hospitais estaduais e federais para ampliar a capacidade de atendimento, que pode, inclusive, funcionar em horários alternativos, como à noite e aos sábados.
"Temos uma fila enorme de pessoas aguardando consulta com especialistas, exames, diagnósticos, raio-x, e cirurgias eletivas. Vamos ver qual é a capacidade ociosa dos hospitais filantrópicos também para dar mais agilidade a esse processo. Primeiro, estamos trabalhando para levantar qual o tamanho dessa fila, mas não vamos esperar meses e aguardar um grande programa para colocar em prática. Vamos ver qual é o recurso disponível no orçamento de imediato para estabelecer modalidades de pagamento e já começar e com o tempo ir aperfeiçoando", explicou o médico, que garantiu que as intervenções para diminuir as filas serão permanentes para evitar que o número de pessoas aguardando atendimento continue aumentando.
"Esses são uns dos desafios imediatos e as encomendas feitas pelo presidente Lula. O Ministério da Saúde foi devastado não só durante a pandemia, mas também pela má gestão e desorganização. O Brasil que já foi referência mundial de vacinação perdeu isso em quatro anos. Vimos políticas implantadas há décadas sendo interrompidas, a situação da saúde brasileira é dramática, é preciso refazer e retomar muita coisa", pontuou o secretário.
Segundo ele, o governo Lula não fará distinção entre Estados e governantes, negando qualquer possível atrito com o governo de Minas e o governador Romeu Zema (Novo). "Essas metas não são prioridades do Ministério da Saúde, mas desse governo como um todo. Por isso, não terá nenhuma relevância para nós posicionamento político. A orientação é clara, o SUS é suprapartidário e federativo", argumentou.
Outra novidade na nova gestão do Ministério da Saúde, segundo Helvécio, será a implementação de convênios com universidades para o aprimoramento do atendimento na saúde primária. A ideia do secretário é repetir a experiência executada pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 2003, quando ele foi Secretário de Saúde do município.
"A partir da experiência em BH com a UFMG, queremos implementar progressivamente o contato de especialistas nas unidades básicas. Ao invés do médico encaminhar um paciente por não ter o diagnóstico, ele pode tirar a dúvida com algum colega especialista", pontuou Helvécio que acrescentou que essa comunicação poderá ser online ou off-line.
De acordo com o secretário, a medida será trabalhada em parceria com a recém criada Secretaria de Saúde Digital, comandada por Ana Estela Haddad. O projeto, segundo ele, tem como objetivo melhorar o atendimento e evitar encaminhamentos.
"Essa consulta de informação pode acontecer através de uma fotografia, que pode ser encaminhada para um especialista, pela análise de uma biópsia ou até mesmo contato telefônico. Essa é uma prática comum no setor privado em que se poupa tempo e custos. É um projeto que não tem mistério, são cooperações. Fizemos em BH e podemos trazer para o Brasil todo", afirmou.
"É mais uma ferramenta para se dar agilidade para o diagnóstico. A pandemia trouxe a evidenciou a importância da tecnologia para a saúde com a tele consulta", completou o médico que foi cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte ao cargo de Secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde até o dia 31 de dezembro deste ano.
Desde 2019, o ex-secretário nacional de Atenção à Saúde Básica da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) estava cedido ao Instituto René Rachou, unidade da Fiocruz em Minas Gerais. Lá estava desde quando deixou o governo Fernando Pimentel (PT), quando foi secretário de Estado de Planejamento e Gestão. Além de secretário de Estado, o médico foi conselheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge).
Antes de integrar o governo Dilma, o novo secretário de Atenção Especializada à Saúde foi secretário de Saúde de Belo Horizonte entre 2003 e 2008, justamente quando o prefeito era Pimentel. Além disso, na década de 1990, Helvécio foi o primeiro coordenador de Epidemiologia da Prefeitura de Belo Horizonte.
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ISTOÉ ONLINE
Maternidades fazem até simulação de partos para reduzir cesáreas
Para enfrentar o alto índice de cesáreas desnecessárias no País, grandes redes de hospitais e maternidades privadas têm desenvolvido ações para reestruturar suas instalações, capacitar profissionais e conscientizar gestantes sobre os benefícios do parto normal e os riscos da realização de uma cesariana sem indicação clínica.
Cursos para gestantes com simulações realísticas do parto, salas especiais e formação de equipes multiprofissionais com foco na humanização são algumas das ações adotadas pelos estabelecimentos de saúde para tentar vencer a resistência de alguns médicos e pacientes ao parto vaginal.
No Brasil, 57% dos nascimentos em 2021 ocorreram via cesariana e o índice segue tendência de alta. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o ano de 2020 teve taxa recorde desse tipo de parto. Na rede particular, o porcentual passa de 80%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera adequada uma taxa de 10% a 15%.
Dor
Para reduzir esse índice em suas unidades, o Grupo Santa Joana, que administra as maternidades Santa Joana, Pro Matre e Santa Maria, focou na análise de dados e adotou, entre outras medidas, um curso em que profissionais usam manequins que reproduzem o corpo humano para demonstrar o trabalho de parto para os casais e apresentar técnicas para o alívio da dor.
"O centro de simulação realística era voltado para profissionais, mas passamos a usá-lo também para a educação de pacientes", diz Monica Siaulys, diretora médica do Santa Joana.
"Quero ter o parto normal, mas sempre tive muito medo. A gente ouve falar que a mulher sente muita dor, e, no curso, nos apresentaram as possibilidades de anestesia", diz a gerente comercial Petruska Canet, grávida de 37 semanas.
A diretora médica cita ainda a abertura de novas suítes de parto normal, algumas até com cama de casal king size.
O Hospital Israelita Albert Einstein também vem desenvolvendo ações, como a melhoria da infraestrutura para o parto normal, com a criação, em 2017, das chamadas salas PPP (pré-parto, parto e pós-parto), a conscientização das gestantes, além de um trabalho com os médicos.
"A gente chamou aqueles com alto volume de cesáreas, perguntamos o que podíamos fazer para ajudar a ter um número mais adequado de partos vaginais. Até oferecemos o acompanhamento de nossas enfermeiras especializadas porque sabemos que uma das justificativas é que acaba sendo oneroso porque o médico também tem suas funções no consultório", diz Rômulo Negrini, coordenador médico da maternidade do Einstein.
Além de cursos e salas adaptadas, a Rede Mater Dei, que administra dez hospitais, oferece residência em ginecologia e obstetrícia com ênfase na humanização do parto.
Para a empresária Fabiane Fernandes Alves, o apoio de uma equipe com foco na humanização foi fundamental para que optasse pelo parto normal, após viver uma experiência traumática na primeira gravidez.
"É um momento em que estamos com muita força, mas, ao mesmo tempo, muito frágeis. Se não tem pessoas para nos incentivar, não flui", diz ela, que teve Vicente, hoje com 1 ano e 4 meses, por parto normal.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
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Janeiro Branco: importância de promover a saúde mental no ambiente corporativo
PL disciplina transparência das atividades dos conselhos de medicina
VALOR ONLINE
Planos de saúde individuais podem ter reajuste de somente 10% em 2023, diz Citi
Segundo os analistas, o número é pequeno, indicando crescimento anual composto de 5,2% nos últimos três anos, com a sinistralidade ainda elevada do setor
Planos de saúde individuais podem ter um teto de reajuste nos preços de 10%, calcula o Citi, levando em conta números da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos nove primeiros meses de 2022 e o IPCA de 5,79% no ano passado.
Os analistas Leandro Bastos e Renan Prata escrevem que o número é pequeno, indicando crescimento anual composto de 5,2% nos últimos três anos, com a sinistralidade ainda elevada do setor.
"Em nossa visão, a progressão no tíquete médio deve permanecer como o principal fator para aumentar margens no setor e destacamos a importância do teto não só para planos individuais mas como âncora para reajustes nos outros planos", comentam.
Entre empresas com capital aberto, Hapvida é uma empresa bastante exposta a planos individuais, afirma o banco, com cerca de 17% da sua base de clientes e 21% das receitas neste nicho. Já SulAmérica, recentemente incorporada pela Rede D'Or, tem só 4% de clientes nesses planos.
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O HOJE
Falta de vacina da Covid-19 para crianças preocupa mães goianas
Com os postos desabastecidos, muitas crianças estão com o calendário vacinal atrasado
Por: Alexandre Paes
Desde novembro de 2022, quando houve a ampliação da vacinação com a Pfizer Baby para crianças de seis meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias de idade, sem comorbidades, os pais e responsáveis estão tendo dificuldades para encontrar o imunizante na capital. Em falta desde dezembro, no Estado, a nova remessa disponibilizada pelo Ministério da Saúde deve chegar em Goiás ainda em janeiro.
Segundo informações da gerente de imunização da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Alessandra Santana, a primeira e última remessa com lote de 35 mil doses, recebida em novembro do ano passado, foi distribuída aos 246 municípios do Estado e já está em falta em muitas cidades, incluindo Goiânia.
A gerente confirmou que a previsão, informada pelo Ministério da Saúde na semana passada, é de que a nova remessa dos imunizantes Pfizer Baby e Coronavac cheguem à Goiás ainda na segunda quinzena de janeiro de 2023. “Muitos municípios não têm mais doses, já usaram todo o seu estoque e não conseguiram vacinar toda a população, porque o Ministério da Saúde mandou somente uma remessa e a previsão é que seja na segunda quinzena de janeiro. Mas até então, não há nenhum ofício divulgado”, destaca a Alessandra Santana.
Mães se preocupam com crianças expostas
Com os postos desabastecidos, muitas crianças estão com o calendário vacinal atrasado. Na porta do Centro Municipal de Vacinação e Orientação ao Viajante (CMV), pelo menos cinco mães estavam voltando para casa com os filhos sem receber o imunizante.
Esse foi o caso de Theodoro, de 3 anos, vacinado com a primeira dose em outubro. Quando chegou a hora de receber a segunda, sua mãe, Elizabeth Batista Bastos Costa, 38, descobriu que o insumo estava em falta. “É desagradável. Queríamos que ele já estivesse imunizado. Ele já está em convívio com outras pessoas, e deve começar a ir para escola neste mês”, reclama.
Elizabeth demonstra preocupação com a falta de previsão para reposição do estoque de vacina, especialmente porque a sala de aula é um local de aglomeração. “É muito difícil controlar transmissão com criança pequena. A máscara para eles é mais difícil de usar, colocam a mão na boca o tempo todo. É o perfil que mais está exposto, e por isso me preocupa demais ficar com essa pendência no esquema vacinal”.
Juliana Siqueira Nunes, 40, que trabalha com relações públicas, passou por três postos de saúde só nesta semana em busca da segunda dose da Pfizer Baby para a filha Bruna, de 3 anos. E sempre recebem a mesma resposta das atendentes. “No posto próximo a minha casa me informaram que aqui teria a vacina. Cheguei e foi mais uma decepção. Estou há uma semana nessa corrida”.
Preocupada, ela se diz de mãos atadas com a situação, já que a família está de mudança para outro estado. “Vamos mudar sem ela ter tomado a segunda dose e não sei o que vou fazer. Amanhã já fica complicado resolver isso, porque já mudamos na semana que vem”, relata. Sem ânimo para peregrinar pelos postos de saúde, Juliana disse que vai tentar ligar nas unidades para saber a disponibilidade da vacina. “Creio que devo conseguir”.
Campanha infantil
Na última terça-feira (10/01) a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que a pasta vai iniciar uma campanha de vacinação infantil em fevereiro e que irá propor pontos de vacinação nas escolas. Nísia disse que a ideia é recuperar a alta cobertura de vacinação infantil.
Segundo a ministra, o abastecimento de vacinas para crianças e bebês contra a covid-19, que estão em falta no país, deve ser normalizado. Ela explicou que o Instituto Butantan se comprometeu a adiantar a entrega de 2 milhões e 715 mil doses nos próximos dias.
A vacina infantil contra a Covid-19, inicialmente, foi liberada somente para crianças com comorbidades. No entanto, a campanha passou a abranger crianças de 6 meses a menores de 3 anos, sem comorbidades, a partir do final de novembro, ampliando a procura.
Alessandra elucida que o esquema vacinal dos bebês é diferente da vacinação dos adultos e das crianças maiores, com dosagem desenvolvida especialmente para eles. Os bebês de 6 meses a menores de 3 anos recebem a Pfizer Baby. Já as crianças de 4 a 11 anos recebem a Pfizer Infantil e Coronavac, com duas doses, mais a dose de reforço. A partir de 12 anos, já podem receber a mesma vacina destinada aos adultos.
Até os 4 anos de idade, as crianças devem completar 3 doses no esquema vacinal contra Covid. “A vacina para a criança está recomendada a partir de seis meses até quatro anos, onze meses e vinte e nove dias. São três doses. Da primeira para a segunda dose, o intervalo é de quatro semanas e, da segunda para a terceira dose, oito semanas”, explica a gerente de imunização da SES-GO.
Importância da 2ª dose
O Ministério da Saúde orienta para que os pais e responsáveis levem suas crianças para completar o esquema vacinal, tomando a segunda e a terceira dose. A primeira dose protege contra formas graves da doença, mas a proteção é transitória e precisa ser reforçada com o passar dos meses, como explica o pediatra, Lucas Alvarenga.
“A primeira dose de vacina confere uma proteção relativamente boa, porém é transitória. Então, nós recomendamos fazer a segunda dose. A dose de reforço é, justamente, para manter os níveis de anticorpos contra esses agentes, para que tenha uma boa defesa”.
O pediatra destaca que nos primeiros anos de vida é ainda mais importante que as crianças criem defesas contra vírus e micro-organismos. “Principalmente no primeiro ano de vida, porque é justamente a fase em que o sistema imunológico da criança ainda não está 100% para evitar o contato com esses micro-organismos. Então é ainda mais importante que se vacinem as crianças nessa faixa etária precoce, para que evite formas graves da doença”, finaliza Lucas.
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Período chuvoso acende alerta para cuidado com escorpiões em Goiás
No Estado foram registrados 921 acidentes por picada de escorpiões somente no ano passado
Por: Rodrigo Melo
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) alerta a população sobre a importância de redobrar os cuidados para evitar escorpiões e outros animais peçonhentos no período chuvoso. Neste tempo quente e úmido de verão, os escorpiões saem à procura de abrigo em lugares secos. De forma geral, esses animais não atacam, mas usam o veneno como mecanismo de defesa quando se sentem ameaçados.
No ano passado, em Goiás, foram registrados 921 acidentes por picada de escorpiões. Com 82 notificações, Goiânia foi o município que mais teve ocorrências desse tipo, seguido por Rio Verde e Formosa, ambos com 73 ocorrências. De acordo com o Painel Scorpion, da SES-GO, a maioria das pessoas apresentou sintomas leves após a picada. A faixa etária com mais ocorrências é de 20 a 29 anos. Em todo o Brasil, segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 154 mil acidentes por picada de escorpião.
Para auxiliar profissionais da área da saúde, bem como a população em geral, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox) presta atendimento, em caráter de emergência, quando há qualquer situação de envenenamento ou intoxicação e também acidentes com animais peçonhentos. Por meio dos telefones 0800 646 4350, 0800 722 6001 ou (62) 3241-2723, qualquer pessoa pode acionar os médicos do Ciatox em caso de necessidade.
Orientações
Cuidados básicos devem ser tomados para evitar possíveis agravos com escorpiões ou qualquer outro animal peçonhento. “Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; ter cuidado ao calçar sapatos fechados, balançar roupas, sapatos, toalhas e outros, antes do uso; afastar camas das paredes; não deixar acumular entulho no quintal e manter a grama sempre aparada são ações que evitam esse tipo de acidente”, pontua a enfermeira.
Em situação de interação com um animal peçonhento, basta acionar os profissionais do Ciatox para saber como proceder. “Em um primeiro momento, retire tudo que possa apertar a região da picada, como anéis, pulseiras ou cintos; lave o local com água limpa e sabão e procure uma unidade de saúde mais próxima. Deixe a região afetada elevada em relação ao resto do corpo; evite correr e não dirija sozinho. Também é importante fotografar o animal, para auxiliar o médico no diagnóstico e tratamento do agravo”, orienta Juliana.
A picada de escorpião causa dor imediata e ainda pode ocasionar formigamento, vermelhidão e suor no local da ferida. Crianças, que são mais vulneráveis, podem sentir tremores, náuseas, vômitos, agitação incomum, excesso de saliva e hipertensão por alguns minutos ou horas. Vale destacar que todos os escorpiões são venenosos e que a gravidade aumenta devido à espécie e à quantidade de veneno injetada.
Existem quatro principais espécies. O escorpião-amarelo, encontrado em todas as regiões, é o que mais preocupa por ser o mais venenoso. O escorpião-marrom é encontrado na Bahia e em alguns locais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O escorpião-amarelo-do-nordeste é mais comum no Nordeste, mas há registros em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Já o escorpião-preto-da-amazônia, principal causador de acidentes e mortes, é comum em Estados da Região Norte e no estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste.
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ÉPOCA
Como funciona a vacina inalável contra Covid em análise pela Anvisa
No fim do ano passado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu o pedido de análise de uma nova vacina contra a Covid-19. Chamado de Convidecia Air, o fármaco traz uma diferença bastante importante em comparação aos demais disponíveis hoje no mercado: em vez de injetável, ele é inalável e indolor.
Embora seja uma novidade no país, o produto já está sendo usado na China como dose de reforço nos cidadãos vacinados com outros imunizantes. Em vídeo publicado na internet, o governo chinês exemplifica a aplicação do produto, que é colocado em um copo de plástico com bico e deve ser aspirado pelo paciente. Toda ingestão leva menos de 30 segundos.
O imunizante foi desenvolvido pela chinesa CanSinoBIO, mas no Brasil está sob a responsabilidade da biofarmacêutica nacional Biomm. Em entrevista exclusiva a Época NEGÓCIOS, o presidente da companhia, Heraldo Marchezini, destaca que a possibilidade de uma vacina aplicada pelas vias orais já era discutida desde o início da pandemia, mas, em razão da emergência global, as injetáveis, que eram amplamentes conhecidas, foram as mais utilizadas.
"Essa é uma vacina que combina o adenovírus [mesma tecnologia usada em AstraZeneca e Janssen], que já tem a sua segurança comprovada e está em utilização na sua forma intramuscular, com uma tecnologia de aerossol de uma máquina já presente no mercado brasileiro. Essa combinação faz com que sua apresentação seja na versão inalável", diz Marchezini.
Assim como as outras disponíveis no país, a Convidecia Air se destina a reduzir o risco de uma forma grave da doença, e não a evitar a contaminação pelo vírus. A diferença é que ela age no mesmo caminho onde o vírus penetra, pela mucosa nasal ou oral, então funciona como uma primeira linha de defesa do corpo humano para que a infecção perca força logo no início. A tecnologia é muito parecida com a usada no produto em gota, como o de poliomielite.
"As vacinas de mucosa têm uma vantagem, que é defender o organismo da penetração de vírus respiratórios, agindo com os anticorpos de mucosa, que evitam a invasão", explica Isabella Ballalai, médica pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). "Esse tipo conduz a resposta imunológica de mucosa e anticorpos no sangue, com o objetivo de evitar tanto a infecção quanto a transmissão da doença", define.
Segundo a Biomm, a documentação da vacina inalável foi submetida à Anvisa em novembro do ano passado, complementando um dossiê com dados da Convidecia na versão injetável entregue em maio. Em decisão publicada na última segunda-feira (9), sem explicar os motivos, o órgão de saúde indeferiu a solicitação de registro definitivo da versão injetável, mas ainda deve decidir sobre a versão inalável, que traz a mesma composição medicamentosa.
A Biomm afirmou que vai recorrer da decisão por meio de um recurso administrativo, visto que o imunizante já foi aprovado por agências reguladoras de outros países. A empresa informa ainda que, caso consiga o aval definitivo do órgão, inicialmente as vacinas serão importadas e, depois, fabricadas na planta biofarmacêutica própria, localizada em Nova Lima (MG).
A reportagem entrou em contato com a agência federal para saber o status de aprovação da Convidecia Air, mas, por questões legais de confiabilidades, a Anvisa disse não se manifestar sobre os medicamentos em análise.
Por que ainda é importante criar vacinas contra a Covid -19
Se aprovada pela Anvisa, a Convidecia Air chega em um momento em que - pelo menos no Brasil - a maioria da população já está imunizada contra a Covid-19. No entanto, conforme relatam os cientistas, a tendência é que a aplicação de vacinas contra o vírus entre para o calendário anual, como ocorre com a da gripe, por exemplo, que tem de ser aplicada sazonalmente.
"A ciência está evoluindo, e estamos vendo o que seria uma segunda onda de vacinas, criadas a partir de plataformas diferentes e que podem levar a resultados melhores", explica Ballalai. "As que temos hoje impedem a complicação dos casos, mas não evitam a infecção pelo vírus".
Nesse contexto, a vacina inalável surge como mais uma opção para a população, com uma eficácia comprovada por diversos cientistas. Em uma publicação na revista The Lancet, uma das principais revistas científicas do mundo, um grupo de pesquisadores avaliou o fármaco e atestou sua segurança e imunogenicidade, especialmente para aplicação como terceira dose e em reforço à CoronaVac, medicação mais aplicada no Brasil.
"Em conclusão, os nossos resultados mostraram que uma imunização de impulso heterólogo com um Ad5-nCoV aerossolizado em adultos previamente vacinados é segura e altamente imunogênica, e provocou concentrações de NAbs significativamente mais elevadas do que uma terceira dose homóloga de CoronaVac", relatou o grupo.
Marchezini, da BioMM, pontua que esta versão é ainda mais significativa, porque usa apenas um quinto do material necessário para produzir uma vacina intramuscular. "É uma questão econômica importante, porque você reduz a dose. Todos os indícios mostram que ela conduz a ótimos resultados, inclusive contra a variante ômicron", afirma.
A médica afirma, ainda, que o imunizante pode ser mantido em geladeira comum, entre 2º C e 8º C, o que dá maior facilidade para o transporte e o armazenamento nas regiões remotas do país. "De uma forma já conhecida e adotada dentro da nossa estrutura, nós temos como transportar e armazenar essa vacina, sem que ela perca nenhuma das suas características, nem sua potência, que é o grande problema quando não está na temperatura ideal", diz.
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UOL
Por que a pandemia de covid está longe de terminar
O coronavírus praticamente desapareceu do debate público - mas ainda está causando mortes.
No final de outubro de 2022, epidemiologistas e especialistas em doenças infecciosas de todo o mundo começaram a observar uma tendência preocupante.
Segundo o epidemiologista britânico Adam Kucharski, estava em andamento uma nova onda de covid-19, que vinha passando quase despercebida.
Os picos alarmantes de mortes e hospitalizações por covid-19, que todos nós observamos durante os dias sombrios de 2020 e 2021, foram substituídos por uma implacável sucessão de mortes diárias.
Vamos tomar um exemplo. No dia 21 de dezembro de 2022, houve 133 mortes relacionadas à covid-19 na Inglaterra, segundo o governo britânico. Este número pode ser considerado pouco significativo em comparação com 2020, quando as pessoas morriam aos milhares devido ao vírus.
Na mesma semana, 2.919 pessoas morreram de covid-19 nos Estados Unidos. Mas, como salientou Kucharski, mesmo os baixos índices de mortes podem acumular-se ao longo do tempo, até atingirem um número surpreendente, às vezes assustador.
O mesmo banco de dados indica que, em todo o ano de 2022, 46.099 pessoas morreram de covid-19 na Inglaterra. O número está abaixo das 75.240 mortes ocorridas em 2020 ou das 74.558 mortes de 2021, mas ainda é mais do que a maioria de nós poderia esperar.
Em termos de comparação, durante uma temporada de influenza particularmente forte, cerca de 30 mil pessoas podem morrer de gripe e pneumonia em todo o Reino Unido.
É muito difícil comparar os dados de diferentes países ao longo dos anos em nível global. Os meios e critérios de determinação do que conta como morte por covid vêm variando muito.
Mas a OMS reúne os números de mortes por covid informados por cada país, individualmente. Estes dados podem dar uma ideia da escala da pandemia.
Em 2022, pouco mais de 1,215 milhão de mortes de covid foram relatadas em todo o mundo. É muito menos que os 3,505 milhões registrados no ano anterior, mas ainda é um número de mortes enorme e com boas possibilidades de ser significativamente subestimado com relação ao índice real.
Ainda assim, em muitos corredores do poder - e até em redações jornalísticas - de todo o mundo, essas mortes contínuas raramente são mencionadas em comparação com as inúmeras outras crises que estão acontecendo, como as guerras pelo mundo, o custo de vida e as contas de energia. Mas, em todo o planeta, a covid-19 permanece presente.
'Fadiga do coronavírus'Os cientistas admitem que provavelmente seria necessário acontecer algo drástico, como o impacto de uma nova supervariante, para que isso viesse a mudar.
Ou, como diz Kucharski, ficamos tão concentrados no pico da curva das mortes relativas à covid que acabamos menosprezando o lento crescimento do número de mortes e como ele ainda pode acumular-se até somar um índice muito significativo.
"Vimos isso com a variante delta em 2021", afirma Kucharski. "Não foi um pico muito forte, mas foi muito mais longo. Com isso, o número total de hospitalizações ficou muito próximo de 2020. Elas apenas foram distribuídas por um período de tempo muito mais longo, já que o vírus não estava contagiando a população da mesma forma."
A mesma tendência foi observada nos Estados Unidos. Cerca de 2 mil a 3 mil americanos ainda morrem de covid-19 todas as semanas.
O epidemiologista William Hanage, da Universidade Harvard (EUA), afirma que escreveu aos repórteres de um grande órgão de imprensa em julho de 2022, informando que, se o número semanal de mortes daquela época fosse extrapolado para um ano inteiro, seria equivalente a três temporadas de gripe particularmente devastadoras. Mas este tipo de notícia não chega mais às manchetes com a mesma rapidez.
"Os números realmente são muito altos", afirma Hanage. "Mas uma das coisas que acontecem com os seres humanos é que aquilo que é constante acaba se tornando parte do dia a dia."
"Nós realmente prestamos atenção quando existem picos muito altos", afirma Denis Nash, epidemiologista da Universidade da Cidade de Nova York, nos Estados Unidos. "Com isso, criou-se uma situação em que as pessoas agora prestam menos atenção ao que está acontecendo, a não ser que exista algo grande refletido nos dados. Mas, quando você começa a olhar ao longo do tempo, realmente é assustador ver quantas mortes ainda estão acontecendo hoje."
Para Nash e outros pesquisadores, uma das frustrações é saber que muitas das mortes poderiam ter sido facilmente evitadas.
Hesitação sobre vacinas e reforçosPor trás dos inúmeros gráficos e ilustrações nos websites dos governos, é surpreendentemente difícil penetrar nos números para entender completamente quem ainda está morrendo de covid-19.
A única forma de realmente definir a narrativa dessas mortes é conversar com os médicos na linha de frente dos hospitais. Segundo William Schaffner, professor de doenças infecciosas do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, em Nashville, no Tennessee (Estados Unidos), as mortes ainda tendem a concentrar-se no mesmo grupo mais vulnerável desde os primeiros dias da pandemia.
"As pessoas que estamos vendo hospitalizadas normalmente são idosos ou pessoas mais jovens que são imunocomprometidas, devido a alguma doença ou remédio que suprime o seu sistema imunológico", afirma Schaffner. "São muitos grupos de alto risco."
O consultor do Hospital Geral do Norte de Manchester, no Reino Unido, Andrew Ustianowski, apresenta um quadro similar.
"As mortes de que me lembro de ter acompanhado recentemente foram de pessoas com forte imunossupressão ou muito frágeis, o que causou maior impacto da covid", afirma ele. "Isso nem sempre significa que elas morreram de covid. Elas podem ter contraído covid no hospital, mas, na verdade, foi sua doença subjacente que as matou."
Muitos médicos acreditam que um dos problemas atuais, que torna esses indivíduos ainda mais vulneráveis, é a lenta administração das vacinas de reforço, mesmo nos grupos de alto risco.
As últimas estatísticas demonstram que, ao todo, 26 milhões de indivíduos no Reino Unido podem tomar o reforço, mas apenas a metade deles já recebeu suas vacinas.
Nos Estados Unidos, a demora para tomar o reforço é ainda mais preocupante. Apenas 29,6% dos norte-americanos com mais de 65 anos de idade receberam a última dose.
Existem muitas razões que levam a esta tendência, desde problemas no acesso às vacinas até a hesitação alimentada pelas tensões políticas e desinformação. E existe também a "apatia da covid", que deixa os políticos e o público em geral ansiosos para deixar a pandemia para trás.
Em setembro de 2022, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a declarar que "a pandemia acabou", enquanto as mensagens de saúde pública foram ofuscadas por outras questões emergentes, como a varíola dos macacos, a poliomielite e a tensão sobre os hospitais, causada pelo acúmulo de dois anos de postergação de cirurgias.
Mas, embora perder um reforço possa ter pouco impacto sobre os indivíduos relativamente saudáveis que acumularam imunidade híbrida de infecções passadas e vacinações, as evidências vêm demonstrando repetidamente que a proteção induzida pela vacina desaparece com rapidez entre as pessoas mais vulneráveis.
Em março de 2022, um estudo demonstrou que a imunidade cai dramaticamente entre os idosos residentes em casas de repouso depois de apenas três meses.
Os cientistas acreditam que governos e autoridades de saúde pública precisam fazer mais para garantir que as pessoas em maior risco estejam totalmente conscientes da importância da continuidade das vacinas.
"Meu argumento é que o custo contínuo da covid deveria ser menor do que estamos tolerando", afirma Hanage. "Podemos certamente reduzi-lo nos Estados Unidos, vacinando melhor as pessoas."
"A combinação de falta de atenção política e da fadiga pandêmica fez com que a sociedade tropeçasse na situação atual. Conheço pessoas que morreram sem saber que tinham direito a reforços de vacina que provavelmente teriam salvado suas vidas", segundo ele.
Proteger os vulneráveisComo o impacto atual da covid-19 afeta, ainda mais desproporcionalmente, os mais vulneráveis, vem se questionando se a sociedade como um todo deveria fazer mais para protegê-los e encontrar formas de reduzir o número de mortes atual.
Se fossem oferecidos reforços de vacina a todas as faixas etárias e não apenas aos mais vulneráveis, poderia haver diferença na interrupção da transmissão. Já a distribuição de antivirais como Paxlovid, que se acredita ter reduzido a mortalidade, poderia ser mais fácil, mais bem dirigida e disseminada em todo o mundo.
Existe também o temor de que os anticorpos monoclonais - proteínas cultivadas em laboratório que suplementam o sistema imunológico do corpo -, como o Regen-Cov da Regeneron e o coquetel de anticorpos Evusheld da AstraZeneca, estejam perdendo rapidamente a eficácia contra as variantes mais novas. Acredita-se que esses anticorpos tenham salvado a vida de muitas pessoas com sistemas imunológicos comprometidos.
Como resultado, Hanage afirma que as variantes emergentes, como a BQ 1.1 (subvariante da ômicron), embora possam ter pouco impacto em nível populacional, provavelmente contribuirão para a estabilidade do número atual de mortes entre os mais vulneráveis.
"Parece muito claro que as terapias com anticorpos monoclonais para as pessoas que delas necessitam serão menos eficazes", afirma ele. "Isso significa que algumas das pessoas mais vulneráveis poderão ter mais dificuldades para enfrentar infecções pelos vírus que iremos encontrar neste inverno. Mas, como elas são uma minoria, acho que, infelizmente, nossa tendência é de menosprezá-las."
Até que ponto a variante XBB.1.5 é preocupante?Em outubro de 2022, cientistas descobriram uma nova variante da covid-19 em circulação em Nova York, nos Estados Unidos. Ela recebeu o nome de XBB.1.5 e vem sendo descrita em alguns lugares como a "bisneta da ômicron".
Acredita-se que o vírus tenha se formado quando duas sublinhagens da ômicron infectaram a mesma pessoa e trocaram alguns dos seus genes, de forma a produzir versões ainda mais infecciosas.
Desde a sua identificação pela primeira vez, o avanço da XBB.1.5 foi rápido. No início de janeiro de 2023, ela já havia se espalhado para 28 países. Nos Estados Unidos, ela superou dezenas de outras variantes, até tornar-se uma das mais dominantes, representando cerca de 28% dos casos.
Até o momento, a nova variante não parece ser mais letal do que suas concorrentes, mas os cientistas receiam que ela possa continuar a se espalhar em todo o mundo.
Acompanhamento contínuoAs desigualdades originais da pandemia, de muitas formas, só cresceram ao longo da sua progressão. Cientistas afirmam que existem medidas que podemos tentar para estancar as traiçoeiras mortes atuais pelo vírus.
Mas todas essas medidas precisam de um grau de disposição da sociedade a fazer sacrifícios, que vão desde usar máscaras no transporte público para romper cadeias de transmissão até aumentar a ventilação dos edifícios.
Os epidemiologistas alertam que, se formos complacentes demais para continuar a compreender quem está morrendo pelo vírus e por quê, provavelmente estaremos despreparados se a tendência atual se alterar.
"A cada poucos meses, estamos vendo os esforços e o dinheiro sendo aplicados neste tipo de coleta de dados diminuírem", afirma a epidemiologista Emma Hodcroft, do Instituto de Medicina Preventiva e Social da Universidade de Berna, na Suíça. "Para mim, a questão sempre é como ter certeza de que temos dados suficientes para que, se houver uma mudança, possamos realmente observá-la. E fazer recomendações, advertências ou o que quer que precise ser feito."
Ao mesmo tempo, os médicos afirmam que, embora todas as mortes sejam trágicas, é preciso ter um grau de pragmatismo quando o assunto é o impacto da covid-19.
Ustianowski destaca que muitos sistemas de assistência médica em todo o mundo possuem recursos limitados.
E, embora todas as mortes atuais pelo vírus pudessem ter sido completamente evitadas se vacinas ou antivirais houvessem sido administrados a tempo, o mesmo também vale para muitas mortes por doenças cardíacas, meningite ou outras doenças crônicas.
"Temos intervenções que podem evitar que a saúde das pessoas se deteriore", afirma ele. "Estamos atingindo todas as pessoas que precisamos? Não, nem de longe. Existe ainda espaço para melhorar com as intervenções? Sim. Mas você nunca terá uma situação perfeita e este é o panorama em todas as áreas do sistema de saúde."
"Se pudéssemos intervir nas pessoas que fumam com 30 anos de idade, teríamos menos câncer do pulmão e menos doenças cardíacas mais tarde. Por isso, é preciso também ter um pouco de realismo nesta questão", conclui Ustianowski.
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JOVEM PAN
Janeiro Branco: importância de promover a saúde mental no ambiente corporativo
Neste mês é celebrado o 'janeiro branco', uma campanha dedicada à conscientização e com o objetivo de promover ações para combater e prevenir doenças mentais. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 720 milhões de pessoas vivem com doenças mentais no mundo. Apesar de o assunto, por muitos anos, ter sido um tabu social, os debates sobre o problema têm ganhado espaço nas rodas de conversas e redes sociais. Isso porque a população tem reconhecido cada vez mais a necessidade de cuidar da saúde mental.
"Antes se falava menos sobre o tema, então as pessoas tinham mais dificuldade em reconhecer os sinais de alerta. Hoje as pessoas já enxergam isso de outro lugar, o cansaço extremo, a insônia, a alteração de apetite e as dores de cabeça, por exemplo, já são percebidas como alerta para a saúde mental e não apenas física", esclarece Hugo Couto, psicólogo líder da Amparo Saúde, empresa do Grupo Sabin.
Prejuízos das doenças mentais
Como na saúde física, esses transtornos têm múltiplas causas e uma grande variedade de sintomas, manifestando-se de maneira diferente em cada indivíduo. Mas uma coisa é clara, em desequilíbrio, a saúde mental afeta todas as áreas da vida e compromete até mesmo a saúde física com o desenvolvimento inclusive de doenças crônicas.
Função da atenção primária à saúde no ambiente corporativo
Se o tema tem ganhado cada vez mais relevância na sociedade, nas empresas ele chega como uma necessidade frente aos impactos desses transtornos no ambiente de trabalho, que afetam o clima organizacional, a satisfação e consequentemente a produtividade e a eficiência.
O modelo de atenção primária à saúde, aliado a gestão de grupos populacionais, tem se mostrado uma estratégia efetiva nas empresas para este desafio, na medida em que enxerga o indivíduo como um todo, e não apenas a sua doença, propondo o engajamento das pessoas no protagonismo da própria saúde.
Dessa forma, promovendo estilos de vida mais saudáveis, atuando assim na prevenção das doenças, identificando riscos e oferecendo recursos multidisciplinares para que cada um possa cuidar da sua saúde física e mental de maneira completa e, com isso, ter uma vida mais plena e feliz.
Benefícios da saúde preventiva no trabalho
Segundo Silvia Vilas Boas, gestora da Amparo Saúde, promover a saúde mental no ambiente corporativo é essencial para o contentamento dos colaboradores e desempenho da empresa. "Oferecer recursos para a saúde preventiva nos ambientes organizacionais, promove bem-estar, impacta na satisfação e favorece o clima. Acreditamos que empresas saudáveis são feitas por profissionais saudáveis e, por isso, trabalhamos essa visão nos programas que oferecemos aos nossos parceiros", destaca.
"As empresas, onde as pessoas passam em média um terço do seu dia, são um espaço importante de sentido, experiências e por que não de promoção a saúde física e mental? Abrir espaços para discutir temas sensíveis e oferecer acesso a saúde preventiva e integral é mais que necessário, é urgente", alerta Hugo Couto.
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MEDICINA S/A
PL disciplina transparência das atividades dos conselhos de medicina
O Projeto de Lei 2777/22 obriga o conselho federal e os conselhos regionais de Medicina (CFM e CRMs) a divulgar na internet, independentemente de solicitação de cidadão, as informações relacionadas às atividades de fiscalização e disciplina executadas. O texto tramita na Câmara dos Deputados. Entre as informações que devem ser publicadas, desde que resguardados os dados pessoais dos pacientes, estão: os relatórios de fiscalizações, as interdições cautelares realizadas, os autos e as decisões das sindicâncias e dos processos ético-disciplinares, e os nomes e as penas dos médicos sancionados por violação ao Código de Ética Médica.
A proposta é das deputadas Tabata Amaral (PSB-SP) e Adriana Ventura (Novo-SP), e altera a Lei 3.268/57, que disciplina os conselhos de medicinas.
Jurisprudência
As deputadas afirmam que o Supremo Tribunal Federal (STF) já consolidou entendimento de que os conselhos de medicina são autarquias de regime especial. Com isso estão, em regra, submetidos às normas constitucionais de transparência e publicidade dos atos governamentais.
No entanto, na visão delas, os conselhos profissionais, incluindo os de Medicina, ainda não apresentam níveis satisfatórios de divulgação das informações. "A falta de transparência das atividades de fiscalização e disciplina contribui para uma percepção pública de que o sistema ético-profissional é corporativista e ineficaz", afirmam as deputadas na justificativa do projeto.
"São recorrentes, aliás, os casos de abusos médicos noticiados pela imprensa, contendo relatos de que os profissionais em questão já eram sujeitos a diversos processos ético-disciplinares, mas continuavam no exercício da medicina sem qualquer restrição."
Relatórios anuais
O projeto, elaborado em parceria com a organização Fiquem Sabendo, também obriga os conselhos de medicina a divulgar na internet os relatórios anuais consolidados das atividades de fiscalização e disciplina realizadas. O CFM regulamentará o formato dos relatórios.
Os sites deverão atender a uma série de requisitos exigidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI), como acessibilidade para pessoas com deficiência, gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos e ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva.
A proposta revoga ainda os dispositivos da Lei 3.268/57 que permitem penas disciplinares de advertência ou censura confidencial aos médicos.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
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Assessoria de Comunicação
Ipasgo desburocratiza credenciamento de hospitais, clínicas e laboratórios
Escrito por Administrador
Instituto lança primeiro edital de chamamento público de prestadores de serviço depois de simplificar processos e diminuir riscos. Pessoas jurídicas interessadas em atender servidores do Ipasgo podem se inscrever a partir do dia 25
Hospitais, clínicas, laboratórios e bancos de sangue interessados em atender os quase 600 mil usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) podem, a partir do dia 25 de janeiro, se inscrever no novo edital lançado nesta quinta-feira, 12. O credenciamento é o primeiro dentro do novo modelo adotado pela autarquia do Governo de Goiás, cujo foco é a redução de burocracias e o aumento da segurança nas operações e contratualizações. Com a modernização do processo, os editais 04/2021 e 05/2021 foram revogados.
De acordo com a Gerente de Credenciamento do Ipasgo, Caroline Resende, as principais mudanças envolvem a simplificação da documentação de habilitação, reduzindo os entraves burocráticos para fazer parte da rede credenciada. Essas alterações refletem o diagnóstico de desempenho dos editais anteriores. Afetados pela rigidez burocrática, já na primeira etapa houve inabilitação de 83% dos inscritos. Das 1.418 inscrições, apenas 241 foram consideradas aptas. “Era um edital complexo, extenso, com vários aditivos e diversas etapas. Tanto, que a previsão de conclusão era para agosto deste ano, ou seja, quase dois anos após a publicação inicial dos editais que, agora, foram revogados”, explica Caroline.
Diante do resultado dos chamamentos 04 e 05/2021, o Ipasgo investiu em mecanismos de controle, aperfeiçoamento de processos, compliance e diminuição de riscos, que nortearam o desenvolvimento do modelo aplicado ao edital agora vigente.
“O Ipasgo tem empreendido todos os esforços possíveis, dentro do que preconiza a lei, para eliminar gargalos, para desburocratizar processos e melhorar a dinâmica interna, reduzindo custos operacionais. O novo modelo de credenciamento vai favorecer a recomposição da rede de prestadores credenciados, o que é um anseio do Instituto, mas principalmente dos nossos usuários”, avalia o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz.
Para se inscrever no novo edital de pessoas jurídicas, hospitais, clínicas, laboratórios e bancos de sangue devem se cadastrar no Sistema de Credenciamento no site www.ipasgo.go.gov.br. Para novos usuários é preciso selecionar a opção “Primeiro Acesso”.
Podem participar do processo de credenciamento as pessoas jurídicas legalmente constituídas, com capacidade técnica comprovada, idoneidade, regularidade trabalhista, jurídica e fiscal, que satisfaçam as condições de habilitação fixadas no edital e que aceitem as exigências estabelecidas pelas normas internas do Instituto.
Após a finalização de cada inscrição, o Ipasgo terá o prazo de até 90 dias úteis para publicar o resultado final referente à habilitação ou não do interessado. O chamamento completo encontra-se disponível no site do instituto, na aba Editais.
(Fonte: Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo)
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DESTAQUES
Nova regra da ANS afeta cooperativas
Após recorde de mortes por dengue, Brasil tem 218 cidades com alto risco de infestação de Aedes
Covid longa de casos leves dura menos de um ano
Artigo - IA e machine learning: quando a Saúde se tornará digital?
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Ipasgo lança novo modelo de edital para credenciamento de hospitais, clínicas e laboratórios
PORTAL SEGS
Nova regra da ANS afeta cooperativas
Os Corretores de Seguros que atuam no ramo saúde devem ficar atentos às mudanças na legislação do segmento, publicadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no dia 22 de dezembro, e que começaram a vigorar no começo desta semana. A autarquia alterou as regras de exigência de capital regulatório, ou seja, o patrimônio líquido mínimo que uma operadora deve ter. Entrevistada pelo Valor Econômico, a nova presidente do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), Raquel Marimon, alertou que essas alterações afetam especialmente as cooperativas médicas. "O segmento das Unimeds é o mais impactado pelo novo modelo porque elas têm muitas transações entre si", explicou.
Segundo a executiva, a partir de agora, o capital regulatório que, até dezembro, era calculado sobre um percentual da receita ou despesas médicas das operadoras, agora passa a considerar a regra de Capital Baseado em Risco (CBR).
Raquel Marimon explicou que a regra de CBR é composta por cinco tipos de risco: operacional, legal, crédito, subscrição e de mercado.
O risco de mercado, que considera flutuações de juros, câmbio entre outros indicadores, fez com que o montante exigido para capital regulatório viesse acima das expectativas no ano passado. "A projeção era que o capital regulatório pela nova regra equivalesse a 51% do modelo anterior, mas representa 74%", assinalou a presidente do IBA.
Com isso, o impacto é provável por que quando uma cooperativa tem problemas financeiros há reflexos nas outras.
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FOLHA DE S.PAULO
Após recorde de mortes por dengue, Brasil tem 218 cidades com alto risco de infestação de Aedes
O Brasil registrou em 2022 o maior número de mortes por dengue de sua história. Foram 1.016 óbitos pela doença, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Outros 109 casos estão em investigação.
Entre os estados, São Paulo foi o que registrou o maior número de vítimas: 282. Aparecem em seguida Goiás (162), Paraná (109), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66). Ao todo, foram 1.450.270 casos prováveis, sendo 1.473 graves e 18.145 com sinais de alarme.
O recorde já era previsto por infectologistas, conforme mostrou a Folha.
Criação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, em programa que busca reduzir casos de dengue; no ano passado, doença foi responsável por 1.016 óbitos no país - Divulgação/World Mosquito Program
O médico Antonio Carlos Bandeira, membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explica que 2022 reuniu diferentes fatores que contribuíram para a alta de casos.
Além da sazonalidade da doença (há picos de casos em intervalos de três a cinco anos), ocorreram períodos com fortes chuvas e temperaturas altas, gerando um ambiente propício para a proliferação dos mosquitos.
A pandemia também afetou as ações de prevenção, que, segundo Bandeira, foram deixadas em segundo plano. "Houve atraso na entrega de larvicidas e de material para o fumacê."
A região Centro-Oeste teve a maior taxa de incidência da doença, com 2.086,9 casos a cada 100 mil habitantes, seguida pelo Sul (1.050,5 casos/100 mil hab.), Sudeste (536,6 casos/100 mil hab.), Nordeste (431,5 casos/100 mil hab.) e Norte (277,2 casos/100 mil hab.).
O quadro regional, afirma o médico, coincide com uma rota semelhante à da febre amarela. "Por razões que ainda desconhecemos, observamos taxas muito altas no Centro-Oeste, com os casos agora descendo para a parte mais a oeste do Sudeste e do Sul", diz.
O estado de São Paulo fechou 2022 com 355.479 casos, o equivalente a 762 registros a cada 100 mil habitantes. Minas Gerais contabilizou 93.412 ocorrências (436,3/100 mil hab.) e Rio de Janeiro, 11.476 (65,7/100 mil hab.).
Os municípios com mais casos prováveis de dengue ao longo do ano foram: Brasília (70.672), Goiânia (56.503), Aparecida de Goiânia (27.810), Joinville (21.353), Araraquara (21.070), São José do Rio Preto (20.386), Fortaleza (19.094), Anápolis (17.452), Teresina (17.169) e Natal (16.268).
Criação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, em programa que busca reduzir casos de dengue; no ano passado, doença foi responsável por 1.016 óbitos no país - Divulgação/World Mosquito Program
O boletim mais recente do Ministério da Saúde também traz dados preocupantes para 2023. O 4º LIRAa/LIA (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti/Levantamento de Índices Amostral) de 2022, realizado entre outubro e novembro, aponta 218 cidades com alto risco no IIP (Índice de Infestação Predial).
Isso quer dizer que, nesses municípios, a cada 100 imóveis visitados pelos agentes de saúde, 4 ou mais continham larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor não só da dengue como do zika, chikungunya e febre amarela.
Em cidades como Itapuí (SP), Barra do Quaraí (RS) e Alvorada D'Oeste (RO), o índice passa de 20, indicando que mais de um quinto dos imóveis têm criadouros, conforme dados do Ministério da Saúde repassados a reportagem.
Dos 5.086 municípios que realizaram o levantamento, 3.130 (62%) obtiveram IIP menor do que 1, taxa considerada satisfatória. Outros 1.738 (34%) ficaram com o índice entre 1 e 3,9, indicando uma situação de alerta em relação à infestação do mosquito.
"O índice mais alto diz que há condições sanitárias ruins. Se somarmos a isso a questão climática, temos um terreno pronto para a proliferação do mosquito", afirma Renato Grinbaum, membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e professor do curso de medicina da Unicid.
Entre os possíveis criadouros mais frequentes, o LIRAa indica a prevalência dos depósitos de água (caixas d'água, tambores, cisternas) em estados do Nordeste e de depósitos domiciliares (como vasos e frascos, bebedouros, piscinas não tratadas e bromélias) no Sudeste.
Em estados como Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, pneus, latas, garrafas PET, sucata e entulho são os depósitos mais recorrentes.
Os infectologistas afirmam que o LIRAa foi criado para servir como subsídio à ação e, quando os dados são usados dessa forma, o maior IPP não resulta em surto. "Em teoria, o risco é maior, mas nem sempre a relação é linear porque depende das ações do município", aponta Bandeira.
Os dados permitem às secretarias municipais de saúde se antecipar, aplicar larvicidas em regiões críticas, realizar o fumacê nos bairros com alto grau de infestação e reforçar o trabalho de conscientização. A ideia, ressalta Bandeira, não é esperar que vire uma epidemia.
"Dessas 218 cidades, aquelas que adotarem todas as medidas de enfrentamento terão impacto menor do que cidades em alerta ou com nível satisfatório", adianta.
E, independentemente do nível no levantamento, os dois reforçam a importância dos cuidados. "Com as chuvas, imaginamos um mês de janeiro com muita água parada, o que vai aumentar a proliferação do mosquito e os casos de dengue. No final deste mês, creio que já começaremos a perceber de forma mais clara esse aumento", sinaliza Grinbaum.
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O GLOBO
Covid longa de casos leves dura menos de um ano
Estudo apontou que síndrome da persistência dos sintomas é mais branda em pacientes que não foram hospitalizados ou que receberam imunizantes contra o Sars-CoV-2. Falta de ar é a queixa mais frequente
Na maioria dos pacientes que tiveram quadros leves de Covid. sintomas persistentes como perda de cabelo e dor muscular cessam em seis meses quadro chamado de Covid longa - a persistência dos sintomas relacionados ao novo coronavírus por ao menos três meses após a infecção, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) - se revolve em menos de um ano para a maioria dos pacientes que tiveram casos leves da doença. É o que afirma um novo estudo conduzido por pesquisadores israelenses e publicado na revista The BMJ.
Além disso, aqueles que foram vacinados tiveram um risco menor de desenvolver dificuldades respiratórias, como falta de ar, a longo prazo, sequela mais comum identificada pelos responsáveis do trabalho.
O estudo se junta a um extenso corpo de evidências que busca desvendar a síndrome da Covid longa e entender os diferentes impactos a depender da gravidade da infecção, do status de vacinação, entre outros fatores.
O interesse dos cientistas é alto uma vez que diversos trabalhos feitos pelo mundo apontam uma alta prevalência das queixas persistentes. Um deles, conduzido pela Fiocruz, por exemplo, chegou a estimar que 50,2% de cerca de 650 pacientes ainda tinham sequelas após 14 meses da contaminação.
O trabalho, no entanto, é um dos que apontam estimativas mais altas e tem diferenças, como ter sido realizado majoritariamente no período pré-vacinas e com pacientes que passaram por unidades hospitalares devido à doença, ou seja, tiveram quadros mais graves.
Agora, novos trabalhos têm reforçado que os riscos associados à Covid longa, embora existentes, são menores para aqueles com quadros mais leves e que receberam doses de imunizantes.
É o caso do novo estudo israelense, que analisou dados de aproximadamente dois milhões de pessoas disponíveis por meio de uma organização de saúde pública do país. Foram incluídos na avaliação indivíduos fizeram testes para a Covid-19 no período entre março de 2020, quando começou a crise sanitária, e outubro de 2021, em meio à predominância da variante Delta, antes da Omicron.
Eles selecionaram cerca de 70 condições associadas à Covid longa, como fadiga, falta de ar, dores musculares, névoa mental, perda de memória, tosse persistente, entre outras, e compararam os registros entre pessoas infectadas e não infectadas. Em seguida, analisaram os números a partir do status de vacinação. Pacientes que tivessem sido admitidos em hospitais foram excluídos para limitar o estudo a casos leves.
Os cientistas corrigiram ainda durante a análise possíveis fatores que poderíam afetar os resultados, como ingestão de álcool, tabagismo, diferentes níveis socioeconômicos e doenças crônicas pré-existentes.
Os pesquisadores separaram a análise em dois períodos pós-infecção: o inicial, considerado de um a seis meses após a contaminação, e o tardio, de seis a 12 meses depois. Os dados mostraram que uma infecção da Covid-19 foi de fato associada a um aumento de uma série de condições de saúde.
Perda de olfato e paladar, comprometimento da concentração e da memória, dificuldades respiratórias, fadiga, palpitações, amigdalite estreptocócica (bacteriana) e tontura foram sintomas identificados até o período tardio, ou seja, durante todo o tempo do estudo.
SINTOMAS PASSAGEIROS
Porém, os resultados mostraram que muitos outros, como perda de cabelo, dor no peito, tosse, dores musculares e distúrbios pulmonares foram registrados apenas nos primeiros seis meses. Além disso, que a incidência dos sintomas observados durante toda a análise caiu na segunda etapa, indicando que muitas queixas se resolveram no prazo de um ano.
A perda de olfato e paladar, por exemplo, foi 4,5 vezes maior nos primeiros seis meses após a infecção em comparação a indivíduos que não foram contaminados. Mas, no período subsequente, as queixas caíram, e o risco passou a ser menor de três vezes.
Em relação à vacinação, foi constatada uma redução significativa no risco para os vacinados em relação às dificuldades respiratórias, sintoma mais comum ao lado da fadiga. Para as demais queixas, o status de imunização não influenciou na incidência.
"Nosso estudo sugere que pacientes leves com Covid-19 correm risco de um pequeno número de problemas de saúde (a longo prazo) e a maioria deles é resolvida dentro de um ano após o diagnóstico", escreveram os pesquisadores.
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PORTAL TERRA
Artigo - IA e machine learning: quando a Saúde se tornará digital?
Para um setor que clama por transformação, a Saúde tem demorado demais a assumir o protagonismo em tecnologia
Lá se vão mais de duas décadas desde que o setor de Saúde começou a clamar por uma transformação que garanta a sustentabilidade do negócio no futuro. Sei disso porque acompanho de perto essas discussões por um novo modelo de gestão, que seja autossustentável e garanta maior abrangência, chegando a um maior número de pessoas. Tudo, claro, com mais eficiência, segurança e com o menor custo possível. E hoje sei que a aplicação da inteligência artificial, do machine learning e da automação é, sem dúvida, o caminho para isso. Pena que a gestão em Saúde ainda é uma das áreas mais atrasadas em tecnologia.
E por que isso acontece? Talvez a forte resistência cultural das estruturas atuais seja o empecilho mais importante. Apesar do modelo de negócios estar praticamente falido, ainda é grande o número de instituições que lucram a partir dele. E não há motivo mais importante para resistir a uma transformação do que o financeiro, como todos sabemos.
Dito isso, a transformação digital que tanto ovacionamos nos últimos tempos precisa ser mais discutida por todos para que sua implantação seja de fato a solução que o setor tanto busca. Já vimos isso acontecer em algumas áreas, como a financeira, enquanto outras como a educação e o direito também fazem sua lição de casa. Mas, repito, a Saúde permanece atrasada em (re)agir.
A resistência ainda é o principal motivo para o modelo de negócios atual continuar vigente. Mas, além dele, a Saúde digital esbarra em um enorme paredão, que é o capital intelectual.
Objetivamente, a barreira de capacitação profissional é um dos desafios mais importantes: a Saúde tem uma carência de profissionais qualificados de TI e de ciência de dados com conhecimento específico sobre o setor, capazes de promover as transformações necessárias.
Portanto, se a Saúde quiser recuperar o tempo perdido e rumar para o digital, precisa assumir um compromisso de formação profissional, ou seja, de desenvolver capital humano que potencialize tudo o que a tecnologia tem a entregar. E isso ainda acontece pouco.
Você pode me lembrar que as startups e healthtechs já se adiantaram e estão formando profissionais com tais expertises. Mas, eu digo, ainda é pouco para o que precisamos: além de não terem recursos para desenvolver tanta gente, elas ainda são pequenas diante dos conglomerados de Saúde - que devem sim encabeçar a iniciativa.
Só com mais pessoas capacitadas em tecnologia e com bom entendimento de Saúde a transformação vai acontecer.
Enquanto isso, empresas de tecnologia se aventuram cada vez mais na Saúde. A Apple, por exemplo, acaba de reunir os dados de sete anos de uso do Apple Watch para lançar um seguro saúde personalizado.
Quer outro exemplo? Há pouco tempo, a Amazon,por meio de uma fusão, lançou um plano de saúde próprio. As bigtechs já perceberam que a Saúde precisa se transformar e - mais importante - que ele ainda está parado.
Por isso, pergunto a você: o que ainda falta para que os principais players de Saúde assumam o protagonismo esperado na mudança digital que precisa vir?
Durante 2022, acompanhamos, quase que diariamente, notícias sobre demissões em grandes empresas de tecnologia: a Meta (que controla o Facebook) mandou embora 13% de seus funcionários em novembro. Já o Twitter, com toda essa novela do Elon Musk, viu seu quadro reduzir para metade do que era no início do ano. E mesmo startups estão demitindo a rodo: este site que monitora os cortes do setor em tempo real já contabiliza mais de 147 mil desempregados em 2022 - e segue somando.
A pergunta que eu faço é para onde estão indo todos esses profissionais altamente capacitados que as empresas de tecnologia estão jogando no mercado? Será que não está na hora de trazê-los para perto da Saúde?
(*) Rodrigo Guerra é especialista em finanças e inovação. As duas áreas não costumam ser associadas, mas quando estão lado a lado, elas conseguem transformar projetos inovadores em prática diária nas empresas. No Projeto Unbox, do qual é fundador, realiza uma curadoria de conteúdos fundamentais para impulsionar as mudanças urgentes e necessárias de pessoas, negócios e da sociedade.
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A REDAÇÃO
Zacharias Calil afirma que o estado grave das siamesas separadas é natural
"Sem pioras no período, ainda em processo de recuperação cirúrgica e em dieta zero devido gravidade do quadro". O boletim das gêmeas siamesas Heloá e Valentina, separadas na quarta-feira (12/1) pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, veio acompanhado por um alerta do médico: "é natural e esperado que as irmãs estejam em estado grave no pós-operatório, devido ao tamanho da intervenção nos corpos delas". A informação, atualizada nesta quinta-feira (12/1) é do Hospital Estadual da Criança e Adolescente (Hecad), onde as menidas seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica "em uso de medicação para sedação e alívio de dor, respirando por aparelhos em com ajuda para manter a pressão arterial."
“Foi uma cirurgia de grande porte, envolvendo várias especialidades. Uma intervenção de tal monta se torna uma verdadeira catástrofe em todo o organismo delas”, reforça o médico", explica Calil. Ele lembra que houve intervenções severas no fígado, bacia, intestinos grosso e delgado, bexigas, ureteres e outros.
A cirurgia foi a primeira deste perfil no Hecad, que teve reuniões periódicas por 10 meses para planejar o procedimento. “É uma cirurgia muito complexa, com o corte da comunicação de sangue, pele e intestino, entre outros órgãos. Sempre podem acontecer intercorrências, contudo ocorreu tudo muito bem”, completou Calil, destacando que confia muito na recuperação das irmãs diante do corpo clínico, estrutura e tecnologia do Hecad. "Aqui temos o que poucos hospitais têm no Brasil, incluindo a rede particular."
Ele explica que um dos pontos mais positivos durante as 15 horas de cirurgia foi a regularidade dos corações e pulmões das meninas, fator que se mantém passadas quase 24 horas no pós-cirúrgico. “O monitoramento é feito por profissionais de alto nível técnico e aparelhos em quantidade e eficácia que poucas instituições têm no Brasil”, afirma o cirurgião.
Em cerca de três semanas após a separação, Valentina e Heloá passarão por um procedimento para complementar o fechamento da área aberta no abdômen de ambas. A intervenção consiste em retirar retalhos de pele da parte interna das coxas e implantar em suas barrigas. O médico explica que, apesar de todo o esforço realizado com a colocação de expansores, o ganho de pele não foi suficiente para cobrir as áreas abertas, já que a siamesas compartilhavam o abdômen.
Sobrenome: experiência
Essa foi a vigésima segunda cirurgia de separação de siameses do profissional, que considerou o caso desafiador devido à complexa união dos dois intestinos. O médico destacou que, apesar de altamente complexa, a separação foi totalmente realizada pelo SUS. “Nos EUA, um procedimento como esse custa mais de um milhão de dólares. Aqui, se calcularmos os honorários médicos, estrutura hospitalar, medicamentos, materiais, equipamentos, entre outros gastos, não sairia por menos de R$ 1 milhão”.
No Hecad, inaugurado em janeiro de 2022, esta foi a primeira de muitas cirurgias de separação. “Todas as equipes, assistenciais e de apoio, estavam empenhadas na previsão e provisão de insumos e equipamentos necessários para a cirurgia. A integração de todos os setores nesse processo foi fundamental para o êxito”, reforçou o diretor.
Alta complexidade
As meninas nasceram em Guararema (SP), mas a família se mudou para Morrinhos, no sul de Goiás, para ficar mais próxima da unidade de saúde, uma das poucas no país que realiza o procedimento de separação, considerado de alta complexidade. Elas estavam ligadas pela bacia, configurando um caso de gêmeas isquiópagas, classificado como um dos mais complexos da cirurgia pediátrica.
Desde 2021, Valentina e Eloá passaram por diversos atendimentos, sendo que todo o processo de separação tem três etapas. A primeira foi a colocação dos expansores - espécie de tecido que tem a função de estimular o crescimento da pele -, que aconteceu no ano passado. O segundo passo foi a própria cirurgia, e o último é o pós-operatório, momento muito importante para a recuperação das pacientes.
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JORNAL OPÇÃO
Bagunça faz mal à saúde e prejudica o raciocínio
Falta de organização traz prejuízo até para as relações pessoais, segundo especialistas
Os preguiçosos que perdoem, mas a arrumação é fundamental. Isso é o que dizem os especialistas, que afirmam que a bagunça prejudica a saúde, as relações e até o raciocínio. Isso porque a falta de organização pode desencadear estresse e crise de ansiedade e, o que é ainda mais grave, pode piorar doenças preexistentes, como hipertensão, fibromialgia, alergias e gastrite. Isso porque a desarrumação leva a problemas de sono, perda de energia, dores de cabeça, nas costas e musculares e problemas digestivos.
O psicólogo Sófocles Herácliton, acredita que a bagunça anestesia, causando uma espécie de esquecimento de si e isso vai comprometendo vários setores da vida da pessoa. “Quando você está dentro de um espaço físico organizado, o que se tem é a clareza de onde as coisas estão e se tem uma objetividade melhor para resolver problemas”, completou Sófocles.
Mas vale lembrar que existem dois tipos de bagunceiros: os momentâneos – esses até conseguem se orientar no meio de uma bagunça – e os que fazem do caos um estilo de vida que só gera prejuízos. Esse segundo tipo costuma não cumprir prazos, encontra dificuldade em encontrar o que precisa, perde muito tempo para achar algo ou se organizar e não tem compromisso, chegando a afetar o emprego e as relações sociais. Isso tudo gera sofrimento. Primeiro psíquico/emocional, mas que se tornando físico.
Outra questão que vale destacar é que conflitos doenças como a depressão e a ansiedade acabam sendo refletidas no exterior. Os adeptos do Feng Shui chinês, inclusive, acreditam que a casa é o espelho da alma. Assim, ambientes em harmonia ajudariam a ter equilíbrio e superar dificuldades.
Para o psicólogo, a bagunça e a desorganização trazem um comprometimento da percepção do que está acontecendo. “A partir do momento em que se vive em um ambiente desorganizado, você vai se adaptando a esse estado de desorganização e a pessoa passa a ver apenas aquilo que é mais conveniente. A desorganização nos distancia do sentimento daquilo que é bom”, explicou.
Agora, se bagunça afeta a saúde física e mental, a organização, de forma contrária, contribui para se evitar problemas respiratórios (relacionados ao acúmulo de poeira, ácaros e fungos, por exemplo) e por trazer a sensação de paz e de dever cumprido. Isso ajuda a evitar preocupações, angústias e, por consequência, frequência cardíaca elevada, respiração rápida, sudorese, desmotivação, vícios. Por consequência, a organização ajuda na dieta, no uso moderado do álcool e a prevenir o tabagismo, o sedentarismo e ainda pode melhorar doenças crônicas
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Ipasgo lança novo modelo de edital para credenciamento de hospitais, clínicas e laboratórios
Modernização do processo visa redução de burocracias e aumento da segurança nas operações e contratualizações. Com as mudanças, editais 04/2021 e 05/2021 foram revogados. Inscrições devem ser realizadas a partir do dia 25 de janeiro
O Governo de Goiás lançou nesta quinta-feira, 12, novo modelo edital para credenciamento de hospitais, clínicas, laboratórios e bancos de sangue interessados em atender os quase 600 mil usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo). O objetivo da iniciativa é reduzir burocracias e aumentar a segurança nas operações e contratualizações. Com a modernização do processo, os editais 04/2021 e 05/2021 foram revogados. As inscrições devem ser realizadas a partir do dia 25 de janeiro.
“O Ipasgo empreende todos os esforços possíveis, dentro do que preconiza a lei, para eliminar gargalos, desburocratizar processos e melhorar a dinâmica interna, reduzindo custos operacionais. O novo modelo de credenciamento vai favorecer a recomposição da rede de prestadores credenciados, o que é um anseio do Instituto, mas principalmente dos nossos usuários”, avalia o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz.
As principais mudanças envolvem a simplificação da documentação de habilitação, o que irá reduzir os entraves burocráticos para fazer parte da rede credenciada. Essas alterações refletem o diagnóstico de desempenho dos editais anteriores. Afetados pela rigidez burocrática, já na primeira etapa houve inabilitação de 83% dos inscritos. Das 1.418 inscrições, apenas 241 foram consideradas aptas.
“Era um edital complexo, extenso, com vários aditivos e diversas etapas. Tanto, que a previsão de conclusão era para agosto deste ano, ou seja, quase dois anos após a publicação inicial dos editais que, agora, foram revogados”, explica a gerente de Credenciamento do Ipasgo, Caroline Resende.
Inscrições
Para se inscrever no novo edital, os hospitais, clínicas, laboratórios e bancos de sangue interessados devem se cadastrar no Sistema de Credenciamento no site www.ipasgo.go.gov.br. Para novos usuários é preciso selecionar a opção “Primeiro Acesso”.
Podem participar do processo de credenciamento as pessoas jurídicas legalmente constituídas, com capacidade técnica comprovada, idoneidade, regularidade trabalhista, jurídica e fiscal, que satisfaçam as condições de habilitação fixadas no edital e que aceitem as exigências estabelecidas pelas normas internas do Instituto.
Após a finalização de cada inscrição, o Ipasgo terá o prazo de até 90 dias úteis para publicar o resultado final referente à habilitação ou não do interessado. O chamamento completo encontra-se disponível no site do instituto, na aba Editais.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Reclamações na Unimed vão de cobrança indevida a falta de atendimento
Referência em Goiás, Hospital de Doenças Tropicais completa 46 anos
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Câncer no intestino que afeta Preta Gil é cada vez mais comum antes dos 50 anos; entenda
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Após cirurgia com duração de mais de 10 horas, siamesas Valentina e Heloá são separadas em Goiânia
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Sobreviventes de Covid grave têm mais estresse pós-traumático e dificuldade de voltar ao trabalho
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Artigo - Novo olhar sobre o prontuário eletrônico do paciente
O HOJE
Reclamações na Unimed vão de cobrança indevida a falta de atendimento
Jornal O Hoje ouviu relatos a respeito de seguradora de saúde em Goiás
Por: Yago Sales
Embora o Procon – tanto de Goiânia quanto estadual – se intensifique para garantir que o plano de saúde da Unimed garanta atendimento de qualidade aos usuários, as reclamações continuam entre ano e sai ano. Levantamento do jornal O Hoje mostra que, apenas em 2022, o Procon Estadual registrou 63 reclamações e o Procon Municipal, 11, ou seja, 74.
Por outro lado, as reclamações se intensificam no Reclame Aqui, site que concentra centenas de reclamam de descaso com a necessidade das pessoas que buscam ajuda.
Presidida por Sérgio Baiocchi, a Unimed também tem reclamação na sede da operadora do plano no pomposo prédio erguido na Praça Gilson Alves de Souza, no Setor Bueno, um dos pontos altos de bairros nobres de Goiânia.
A cooperativa que, em tese e na prática, deveria aglutinar serviços de saúde tem feito o caminho na direção incorreta: atrapalhado quem precisa de atendimento, exames.
É o caso de uma mulher que procurei o plano para fazer um exame e acabou ficando duas horas em uma fila. “Quando ficaram sabendo que tipo de exame eu tinha que fazer pediram para eu falar com um diretor. Ou seja, sem nenhum protocolo. Uma pessoa específica analisaria meu caso e, individualmente, me confirmaria, ou não, se eu teria autorização para fazer o exame”, reclama ela, que acabou procurando uma clínica e pagando do próprio bolso.
O proprietário de uma clínica que prefere não ser identificado afirma que tem havido uma dificuldade de o segurado chegar à sua empresa. E faz uma denúncia grave: “A Unimed está privilegiando o próprio sistema de exames que ela tem. Um cartel? Eu aposto que sim”.
No levantamento obtido pela reportagem com o Procon Estadual, havia reclamações de falta de cobertura, negativa, cobrança indevida – inclusive sobre o valor de multa não constante no contrato -, recusa e até mau atendimento.
A pedido da reportagem do jornal O Hoje, o presidente do Procon Goiânia, Júnior Café, comentou a situação. Inicialmente, ele diz reconhece que há muito mais reclamantes do que de fato está registrado no órgão municipal. “Falta informação do segurado que às vezes prefere pagar do próprio bolso ou até procurar o Ministério Público”, explica.
“Em muitas situações o segurado não sabe que o plano cobre. A gente busca atender a questão contratual, ouvindo a pessoa e tentando intermediar junto ao plano para resolver a situação”, emenda.
Ainda segundo Júnior Café, muitos planos restringem o acesso do segurado a exames e a alguns tipos de cirurgia. “Geralmente exames mais simples são liberados mais rápidos, os menos complexos, como exame de sangue. Alguns casos mais complexos demora até 180 dias.”
Como a reportagem encontrou no site Reclame aqui, Júnior Café lembra que tantas vezes o segurado esbarra na carência. Sobre a atuação junto à Unimed, o presidente esclarece que o plano normalmente responde com rapidez. “Se não o faz, a gente manda fiscalização que pode gerar multas que chegam a R$6 milhões”.
Para ele, é bom esclarecer aos consumidores que fiquem atentos às cláusulas contratuais. “Caso perceba que não está sendo cumprindo, é preciso buscar ajuda no Procon até para gerar dados”.
A reportagem procurou a Unimed Goiânia por meio da assessoria de imprensa via e-mail, mas até o fechamento da reportagem não havia recebido nenhuma resposta.
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A REDAÇÃO
Referência em Goiás, Hospital de Doenças Tropicais completa 46 anos
Com qualidade certificada pelos selos de qualidade 1 e 2 da Organização Nacional de Acreditação (ONA), o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) já tem muito o que celebrar no dia a dia da unidade de saúde especializada em doenças infecciosas. Mas nesta quarta-feira (11/1), a comemoração foi pelos 46 anos do lugar. O evento, realizado no auditório da instituição, destacou as conquistas da equipe que realiza mais de dez mil atendimentos por mês.
A unidade conta com 121 leitos em operação e é referência no Estado de Goiás em atendimentos de média e alta complexidade, com prioridade para doenças infecciosas, infectocontagiosas e dermatológicas. Com uma visão humanizada, realiza, mensalmente, 3.870 atendimentos médicos emergenciais e ambulatoriais, 8 mil atendimentos multidisciplinares e 270 internações.
O titular da Secretaria de Estado da Saúde, Sérgio Vencio, reforçou a importância do HDT para os goianos e pontuou o nível de excelência dos serviços prestados em infectologia e dermatologia sanitária. “Temos aqui uma unidade que realiza atendimentos eletivos e de emergência em média e alta complexidade para doenças infecciosas e dermatológicas, atendendo os goianos dos 246 municípios com qualidade, nas suas mais diversas necessidades de saúde”.
Na cerimônia, colaboradores do HDT acompanharam a apresentação do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de Goiás, sob regência do subtenente, Daniel das Neves. A tradicional banda da PM-GO executou, com a maestria de sempre, clássicos da música brasileira e internacional. Logo após, houve momento solene com falas da diretoria e distribuição de bolos individualizados aos mais de cem colaboradores presentes.
Conquistas e atendimentos
O HDT registra ainda o reconhecimento de conquistas como o concurso cultural Somos Parte do SUS que Dá Certo, do Ministério da Saúde (MS), com menção honrosa da pasta na Semana Nacional de Humanização. A unidade também foi reconhecida pelo MS por seu trabalho no documentário Humanização-SUS-HDT Humanização Contagiante, que foi divulgado em todo o País. A unidade é também o primeiro e único hospital de doenças infecciosas do Brasil com certificação ONA, Nível 1 – recebido em setembro de 2014, e nível 2, em 2018.
A diretora clínica da unidade, Camila Freire, reforçou a relevância do HDT para a saúde da população goiana. “O HDT é hoje a mais importante unidade especializada em doenças infecciosas do Centro-Oeste. Nas últimas décadas, desenvolveu expertise para o enfrentamento de vários surtos epidêmicos de doenças graves e, atualmente, é uma das referências em casos contra a Covid-19. Celebrar os 46 anos de história é uma forma de valorizar o nome desse gigante da saúde goiana que há tanto tempo presta uma assistência qualificada, eficiente e humanizada”, disse.
Diretora executiva interina, Camila Costa falou da alegria de poder celebrar a data: “Nós, colaboradores, que dia a dia nos doamos e nos entregamos para promover uma assistência cada vez mais eficiente, estamos emocionados com a ação ocorrida aqui hoje. Nossa missão de cuidar e salvar vidas segue pujante como sempre”, pontuou a diretora interina.
História
A fundação do HDT, em 10 de janeiro de 1977, é reflexo de uma epidemia de doenças meningocócicas ocorrida em Goiás no período de 1972 a 1976. Na época, os antigos hospitais Osvaldo Cruz e Pênfigo não dispunham de estrutura para atender a sobrecarga da demanda. Dessa forma, surgiu a necessidade da criação de um hospital que atendesse pacientes portadores de doenças infecciosas e dermatológicas. Assim, nasceu o HDT, uma conjunção entre os dois antigos hospitais.
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Covid-19: Goiás confirma 4,7 mil casos e 7 mortes em 24 horas
Caroline Louise
Goiânia - Goiás confirmou 4.733 casos e 7 mortes pela covid-19 em 24 horas. As informações constam no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) nesta quarta-feira (11/1). A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,51%.
De acordo com a SES-GO, já são 1.848.482 casos e 27.838 óbitos de coronavírus desde o início da pandemia. 62 mortes ainda estão em investigação para saber se há relação com a doença.
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JORNAL OPÇÃO
Câncer no intestino que afeta Preta Gil é cada vez mais comum antes dos 50 anos; entenda
O estilo de vida, como alimentação e sedentarismo contribuem para o aparecimento da doença
A cantora Preta Gil publicou em seu perfil no Instagram na última terça-feira, 10, que foi diagnosticada com um câncer no intestino, Preta tem 48 anos. A cantora Simony, com 46 anos, também foi diagnostica com a doença no mesmo local. Infelizmente, esse tipo de câncer tem aparecido cada vez mais antes dos 50 anos.
No ano passado um estudo divulgado pela Universidade Harvard (EUA), e publicado na revista científica Nature Reviews Clinical Oncology, apontou que esse tipo de câncer eram diagnosticados em pessoas mais velhas. Porém, ele tem aparecido com mais frequência entre pessoas com menos de 50 anos. As informações são endossadas por outro estudo, o britânico, publicado na British Journal of Cancer.
Os cientistas de Harvard analisaram 44 países e identificaram que a incidência precoce está crescendo rapidamente em países de renda média a alta, o que aponta não se tratar de falta de recursos ou informações preventivas.
Um dos motivos apontados pela pesquisa é o estilo de vida, que mudou muito nos últimos anos. O sedentarismo, consumo de álcool, consumo de alimentos ultraprocessados, insônia e poluição ambiental estão entre os hábitos que favorecem o surgimento da doença – e são mais comuns hoje que há 50 anos.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Influencer relata cegueira temporária causada por pomada de cabelo
"Eu sigo no tratamento, ainda não posso ficar com os olhos abertos e não posso ficar tão exposta à luz porque meus olhos estão com sensibilidade", disse a cario
A influenciadora carioca Bielle Elizabeth, de 29 anos, viralizou nas redes sociais ao relatar ter perdido temporariamente a visão após usar uma pomada no cabelo. "Meu olho não conseguia mais abrir direito", disse a jovem.
Com 361 mil seguidores no Instagram e mais de 125 mil no TikTok, a influencer contou que passou a pomada para fazer a técnica baby hair, deixa os fios próximos da testa arrumadinhos, para ir a um evento. No entanto, o produto, que não teve a marca revelada, escorreu para os olhos depois dela acabar se molhando com a chuva.
Em seguida, ela começou a ter reação e a perda imediata da visão. "Lembro de estar com a minha amiga Mirela, falei pra ela: 'Amiga, eu não estou enxergando nada, meu olho tá doendo, pode ter sido a maquiagem'. Fomos ao banheiro, lavei os olhos em abundância, a visão não voltou, mas a dor voltou", relatou ela em vídeos publicados em seu perfil no Instagram.
Bielle Elizabeth contou que, com medo, foi imediatamente até um pronto-atendimento para entender o que estava acontecendo. "Meu olho não conseguia mais abrir direito. É uma sensação de como se tivesse entrado um montante de areia, quando venta e estava arranhando muito. E eu não conseguia nem mexer a pálpebra dos olhos".
"Haviam de 143 a 150 casos que somente ela [médica] teria atendido, em plena segunda-feira, que foi quando choveu. E que em um dos casos, a menina ficou completamente cega e não conseguiu recuperar a visão depois de usar a pomada modeladora", continuou.
A carioca ainda segue em tratamento médico para que a visão retorne. "Já consigo começar a ver as coisas com um pouquinho mais de nitidez. Eu sigo no tratamento, ainda não posso ficar com os olhos abertos e não posso ficar tão exposta à luz porque meus olhos estão com sensibilidade. Muito obrigada a todos e continuem mandando energias positivas", disse.
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PORTAL G1
Após cirurgia com duração de mais de 10 horas, siamesas Valentina e Heloá são separadas em Goiânia
Valentina e Heloá Prado, de 3 anos, passam por tratamento há cerca de dois anos. Elas estavam unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso.
Por Thauany Melo, g1 Goiás
Após mais de 10 horas de cirurgia, as siamesas Valentina e Heloá Prado, de 3 anos, foram separadas, no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. Veja o vídeo de quando elas saem do centro cirúrgico (assista acima).
A cirurgia aconteceu na quarta-feira (12). Segundo o médico responsável pelo procedimento, Zacharias Calil, as crianças estavam unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso. Ao g1, ele explicou que a separação foi um caso complexo, mas que ele está com o sentimento de “missão cumprida”.
“É uma cirurgia muito complexa, com longo tempo de anestesia e cirurgia.", disse Zacharias Calil.
O corpo das gêmeas foram separados por volta das 20h. Valentina deixou o centro cirúrgico por volta das 23h e Heloá foi liberada em seguida, por volta da meia noite. A separação das duas contou com cerca de 50 profissionais. Segundo Zacharias Calil, elas devem retornar ao centro cirúrgico em três semanas.
Tivemos que dividir o fígado, o intestino delgado e o intestino grosso. Tivemos que modificar o sistema urinário delas porque elas apresentavam alterações que não tinham sido diagnosticadas. No mais, separamos o osso, a bacia”, explicou Zacharias Calil.
Valentina e Heloá são naturais de Guararema, cidade do interior de São Paulo e estão em tratamento em Goiânia há cerca de dois anos. Após o início do acompanhamento médico, os pais das crianças decidiram se mudar para Morrinhos, no interior de Goiás.
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O GLOBO
ONU lamenta morte "intolerável" de cinco milhões de crianças em 2021
MUNDO ONU lamenta morte "intolerável" de cinco milhões de crianças em 2021 Maioria dos casos pode ser evitado com melhores cuidados de saúde, vacinação e nutrição, acena organização
Estima-se que cinco milhões de crianças menores de cinco anos morreram em 2021, disseram as Nações Unidas nesta terça-feira (10), pedindo investimentos em saúde em comunidades carentes em todo o mundo para evitar essa "imensa, intolerável e principalmente evitável perda de vida".
"Todos os dias, muitos pais enfrentam o trauma de perder seus filhos, às vezes antes mesmo de sua primeira respiração", disse Vidhya Ganesh, especialista da agência infantil da ONU, UNICEF. "Essa tragédia generalizada e evitável nunca deve ser aceita como inevitável. O progresso é possível com uma vontade política mais forte e investimento direcionado no acesso equitativo aos cuidados primários de saúde para todas as mulheres e crianças."
Cerca de 2,3 milhões de mortes em 2021 ocorreram no primeiro mês de vida das crianças, a maioria por prematuridade ou por complicações relacionadas ao parto. Após o primeiro mês de vida de uma criança, as doenças infecciosas, como pneumonia, diarreia e malária, tornam-se as maiores ameaças.
A maioria das mortes, no entanto, pode ser evitada com melhores cuidados de saúde, vacinação, nutrição, bem como programas de água e saneamento, disse o relatório.
Segundo a entidade, porém, há também sinais de otimismo. A taxa global de mortalidade de menores de cinco anos caiu 50% desde 2000, enquanto as taxas de mortalidade em crianças mais velhas e jovens caíram 36% e a taxa de natimortos diminuiu 35%. O relatório destacou imensas desigualdades em todo o mundo.
As crianças na África subsaariana enfrentam o maior risco de morrer antes do quinto aniversário, com 56% das mortes de menores de cinco anos em 2021 ocorrendo nessa região.
"Por trás desses números, estão milhões de crianças e famílias que não têm direito básico à saúde", disse Juan Pablo Uribe, Diretor Global de Saúde, Nutrição e População do Banco Mundial. "Precisamos de vontade política e liderança para o financiamento sustentado da atenção primária à saúde, que é um dos melhores investimentos que os países e parceiros de desenvolvimento podem fazer."
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FOLHA DE S.PAULO
Sobreviventes de Covid grave têm mais estresse pós-traumático e dificuldade de voltar ao trabalho
São Paulo
Um ano depois da alta hospitalar, sobreviventes da forma grave da Covid-19, que precisaram de ventilação mecânica, têm o dobro de prevalência de sintomas de estresse pós-traumático, mais dificuldades para retornar ao trabalho e outras incapacidades do que aqueles que tiveram formas menos graves da doença.
Os resultados são de um estudo publicado na semana passada em uma revista científica de medicina intensiva, realizado entre março de 2020 e março de 2022 em 84 hospitais ligados à Coalizão Covid-19, uma aliança para a condução de pesquisas que envolve várias instituições de ponta como Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa (em São Paulo) e Moinhos de Vento (em Porto Alegre).
Os pacientes foram comparados de acordo com a gravidade da doença: desde aqueles internados que não precisaram de oxigênio até os que necessitaram de intubação (ventilação mecânica).
Entre os 1.508 inscritos no estudo, 36 morreram antes de completar um ano de acompanhamento. A taxa de mortalidade por todas as causas entre os que foram intubados foi de 7,9%. A de pessoas que tiveram a forma menos grave de Covid foi de 1,2%.
O estudo mostrou que 1 em cada 4 pessoas intubadas precisou ser internada novamente ao longo dos 12 meses subsequentes (24% contra 19,6%). O índice de eventos cardiovasculares, como o infarto, também foi mais do que o dobro em relação àquelas não precisaram de ventilação mecânica (5,6% contra 2,3%).
"Os resultados servem de alerta não só para os pacientes que tiveram Covid grave e seus familiares como também para os gestores de saúde. [O uso de ventilação mecânica] pode ser um marcador de fácil reconhecimento para a identificação de pacientes com maior risco e para ajudar a traçar metas de reabilitação", diz o médico intensivista Regis Goulart Rosa, pesquisador do Hospital Moinhos de Vento e autor principal do estudo.
Segundo a pesquisa, é alto o percentual de pacientes que relataram novas incapacidades, como dificuldade de se locomover, um ano após a internação (40,4% contra 23,5%). Eles também têm menor taxa de retorno ao trabalho (88,1% contra 97,5%) e aos estudos (88,9% contra 96,9%).
"O acompanhamento e os cuidados mais personalizados desses pacientes também podem significar uma boa relação de custo e efetividade para os sistemas de saúde. Se a pessoa reinterna menos, consegue retornar mais rapidamente à sociedade, ao seu trabalho, aos estudos, todos ganham com isso."
O estudo revela ainda que pacientes que passaram por intubação sofrem grande impacto na saúde mental. A prevalência do transtorno do estresse pós-traumático entre eles foi o dobro em relação ao grupo com menos gravidade (14% contra 7%). Um em cada quatro apresentou sintomas de ansiedade (24,7% contra 17,5%).
A idade média dos participantes do estudo foi de 53 anos; 60,8% eram homens. Hipertensão (45%), obesidade (30%) e diabetes (24%) estão entre as comorbidades mais prevalentes. A duração média da ventilação mecânica durante a internação foi de dez dias.
Outros estudos já apontaram que pacientes com Covid-19 que precisaram de ventilação mecânica têm maior probabilidade de apresentar marcadores inflamatórios elevados, envolvimento pulmonar mais extenso, disfunção de múltiplos órgãos e maior mortalidade hospitalar. "A ventilação mecânica é um tratamento muito eficaz, salva vidas, mas não é isento de efeitos adversos", afirma Regis Rosa.
A literatura científica mostra que fatores como sedação profunda, medicamentos (agentes bloqueadores neuromusculares e corticosteroides), imobilização e pneumonia estão associados a piores resultados a longo prazo, com fraqueza adquirida na UTI, estresse pós-traumático, mortalidade pós-alta e qualidade de vida reduzida.
Os autores do estudo apontam ainda que a superlotação das UTIs causada pela pandemia de Covid-19 também pode ter sido associada a uma menor adesão a intervenções destinadas a prevenir incapacidades de longo prazo entre pacientes ventilados mecanicamente. Entre elas estão minimizar a sedação e o uso de agentes bloqueadores neuromusculares, controle da dor, mobilização precoce e presença da família.
O Brasil já registrou, desde o início da pandemia, mais de 36 milhões de casos de Covid e cerca de 695 mil mortes. "Temos milhares de pessoas sofrendo de algum grau de acometimento da Covid. E já sabemos por outros estudos que não são apenas os casos graves os afetados [pela Covid longa]. Precisamos de mais pesquisa para entender essa nova condição, os fatores de risco, além de reconhecer e oferecer reabilitação a esses pacientes", afirma Regis Rosa.
Na opinião da médica intensivista Suzana Lobo, que esteve à frente da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) no período crítico da pandemia, o impacto a longo prazo dos casos mais graves de Covid já era uma tragédia anunciada.
"Por inúmeras vezes, nós, das sociedades científicas e cientistas, alertamos para os riscos de complicações de longo prazo e o impacto na qualidade de vida. Conhecemos isso muito bem há décadas por causa da sepse bacteriana com a qual convivemos diariamente nas nossas UTIs. E a Covid-19 nada mais é que uma sepse viral", explica.
Lobo lembra que em uma reunião em abril de 2021 com o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, a Amib alertou sobre a necessidade de preparo e de investimentos em reabilitação para os próximos cinco anos, em que haveria milhares de sequelados da Covid-19.
A pesquisa também alerta para a necessidade de rastreamento dos pacientes pós-alta, pois muitos morrem em decorrência de complicações da doença, mas constam nos levantamentos como recuperados. Outra medida importante é preparar os profissionais para atuarem precocemente na reabilitação.
A relação entre a gravidade da Covid-19 e a maior ocorrência de eventos cardiovasculares é um outro achado que preocupa os pesquisadores. "Essa associação não é nova e existe em outros quadros, como de sepse grave, que causam disfunção orgânica. Há um risco maior de acometimento do [músculo] miocárdio, de arritmias. É grande a preocupação com o aumento da incidência desses eventos nesses anos seguintes à pandemia", diz Rosa.
O estudo tem algumas limitações, como o fato de que a Covid-19 pode ter efeitos diferentes nos resultados de longo prazo em contextos distintos, por exemplo, pacientes com acesso precoce a serviços de reabilitação no pós-alta.
Também não foram avaliadas variáveis que poderiam, em tese, modificar a associação entre a gravidade aguda da Covid-19 e desfechos de longo prazo, como vacinação, infecção por diferentes variantes de Sars-CoV-2 e tratamentos específicos.
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O ESTADO DE S.PAULO
Governo Lula veta nomeação de especialista em vacinação por postagem pró-Lava Jato
Casa Civil barra pediatra no comando do Departamento de Imunizações por 'restrição partidária'; profissionais criticam
JULIA AFFONSO
Uma das maiores referências em vacinação do País, a pediatra Ana Goretti Kalume Maranhão foi barrada pelo Palácio do Planalto para chefiar o recémcriado Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde. O veto foi feito pela Casa Civil, pasta que dá a última palavra sobre escolhas para cargos comissionados. O ministério alegou que ela fez postagens com críticas ao PT e em defesa da Operação Lava Jato.
Isso configuraria uma "restrição partidária".
O Estadão ouviu profissionais da área de imunização que classificaram o veto como grave.
A bióloga Natalia Pasternak, doutora em Microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), disse que soube do fato por meio de colegas. Segundo ela, a sensação é "de grande surpresa", pois a nomeação havia sido "muito celebrada".
Pasternak lembrou que as antigas rixas do PT com os hoje ministros Geraldo Alckmin, Simone Tebet e Marina Silva foram resolvidas. "É só no primeiro escalão? Na parte técnica vai ter picuinha política? Não pode ser", declarou. "Espero realmente que eles reconsiderem.
O PNI (Programa Nacional de Imunizações) precisa de uma pessoa forte, comprometida e que conhece bem a estrutura. Essa pessoa é a Ana, a gente não tem dúvidas." Quando adversários, Alckmin chegou a chamar Lula de "chefe da quadrilha".
Durante a transição, Pasternak se reuniu com a equipe do governo Luiz Inácio Lula da Silva e foi uma das defensoras da criação de um Departamento de Imunizações no Ministério da Saúde. A presidente do IQC afirmou que o veto "não tem absolutamente cabimento dentro do governo que o presidente Lula se propôs a fazer, com tantos aliados que no passado criticaram fortemente o PT".
'IDIOTA'. A médica compartilhou, em 2016, uma notícia a respeito do bloqueio que o então juiz Sérgio Moro havia determinado sobre a aposentadoria de Lula. Em outra postagem que citava o então presidente do PT, Rui Falcão, a médica disse: "Perfeito idiota".
Ana Goretti está no Ministério da Saúde desde 1985, segundo o Portal da Transparência, e já foi coordenadora-geral substituta do PNI.
O nome da pediatra Ana Goretti para ocupar o novo cargo tinha o apoio de profissionais do setor de saúde, incluindo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Anteontem, a entidade afirmou que se tratava de "uma das profissionais mais engajadas na luta pela vacinação no Brasil".
"A SBIm construiu ao longo de muitos anos laços de amizade, parceria e admiração pelo trabalho de Ana Goretti Kalume Maranhão, consolidados com a participação em inúmeros eventos da sociedade. Desejamos sucesso e reiteramos que estamos à disposição, como sempre, para colaborar com o que for possível na nova empreitada", afirmou a sociedade de imunizações.
Em uma rede social, a infectologista Luana Araújo disse que a nomeação de Ana Goretti era "um gol de placa" do governo.
Luana trabalhou no combate à covid e foi demitida por Jair Bolsonaro. Ela ganhou notoriedade na CPI que apurou a atuação do governo na pandemia da covid.
O Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo, também havia comemorado a nomeação de Ana Goretti.
Em nota, a entidade manifestou "alegria" e afirmou que a pediatra trabalharia para "ampliar as coberturas vacinais em todo o País".
'QUESTÃO POLÍTICA'. Procurada, Ana Goretti não se manifestou.
Após o veto, o escolhido foi Eder Gatti, infectologista do Emílio Ribas.
A assessoria da ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse ao Estadão que todos os nomes do terceiro escalão estão sendo reavaliados e vão passar "por um olhar mais apurado".
"A ideia é que os cargos sejam preenchidos por pessoas competentes, técnicas, mas também é uma questão política", admitiu Nísia.
A Casa Civil, comandada por Rui Costa, disse que "não realiza avaliação política de nomeações para cargos no Executivo", uma atribuição da Secretaria de Relações Institucionais, de Alexandre Padilha. Os dois ministros são filiados ao PT.
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Número de cesáreas volta a subir no Brasil e bate recorde durante a pandemia
Por Fabiana Cambricoli Taxa de nascimentos via cesariana ultrapassa pela primeira vez os 57% no País; porcentual considerado adequado pela OMS é de até 15% Por Fabiana Cambricoli
Após curto período em queda, o índice de cesáreas voltou a crescer no País e bateu recorde em 2020, quando 57,2% dos nascimentos ocorreram por esse tipo de parto - a maior taxa da história, segundo análise feita pelo Estadão com base nos dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde. O recorde anterior havia sido registrado em 2014, quando a taxa foi de 57%.
No ano seguinte, com o crescente movimento pelo parto humanizado, o País apresentou pela primeira vez em décadas um aumento do índice de partos normais. Com isso, o porcentual de cesáreas caiu para 55,5% em 2015. Em 2016, manteve-se o cenário de queda, mas, em 2017, a tendência mudou novamente e o índice de cesáreas voltou a crescer ano após ano, culminando no recorde de 2020 e na manutenção da taxa na casa dos 57% em 2021, último dado disponível (veja gráfico). Os dados preliminares de 2022, atualizados em outubro, mostram taxa de 57,6%, o que pode levar a novo recorde se o índice se confirmar.
Embora a cesariana seja uma técnica importante para salvar a gestante e o feto em algumas circunstâncias, seu uso indiscriminado e sem indicação clínica é considerado um problema de saúde pública por aumentar os riscos de complicações para a mulher e o bebê. "Há maior risco de hemorragia e infecção, além de complicações relacionadas à placenta", diz a obstetra Adriana Gomes Luz, secretária da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e professora assistente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As cesáreas feitas sem indicação também aumentam o risco de o bebê nascer antes de completar seu desenvolvimento dentro do útero da mãe.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a taxa adequada de nascimentos via cesariana seja de 10% a 15%. De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), o Brasil é um dos cinco países do mundo nos quais o índice de cesarianas supera o de partos vaginais - estão nessa situação também Egito, Chipre, Turquia e República Dominicana. Com a taxa recorde registrada em 2020, o Brasil se aproxima dos 58,1% alcançados pelo país caribenho, o líder mundial de cesáreas. Pandemia impactou assistência à gestante, dizem especialistas
Para os especialistas, os reflexos da pandemia em todo o sistema de saúde justificam, em partes, o índice recorde de cesarianas no Brasil, mas a falta de ações e de campanhas mais incisivas também ajudou a frear o avanço que começava a ser observado em 2015 na valorização do parto vaginal. "Durante a pandemia, muitas maternidades restringiram o acesso de acompanhantes, que são importantes no momento do trabalho de parto. Isso gerou uma insegurança entre as gestantes, elas queriam sair daquele ambiente o mais rápido possível. A gente viu aumentar o número de pedidos por cesárea", diz Adriana.
Ela afirma que a própria situação de emergência sanitária, com direcionamento de esforços para o atendimento de pacientes com coronavírus, também impactou os serviços de saúde materno-infantis. "Houve uma desorganização do sistema de saúde como um todo porque era preciso desviar o foco para a covid-19. Algumas salas de parto normal foram transformadas em áreas covid", afirma ela.
Para Rômulo Negrini, coordenador médico da maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein, o impacto da pandemia foi sentido desde o pré-natal, o que também pesa na escolha do parto. "Muitas mulheres perderam consultas de pré-natal por causa da pandemia. E é nessa caminhada que o parto vai sendo discutido entre a equipe e a gestante", afirma. Ele diz ainda que, como algumas gestantes foram infectadas pelo coronavírus e tiveram complicações, pode ter havido um aumento da necessidade de cesarianas.
Alguns projetos específicos para a valorização e capacitação do parto normal também tiveram que ser suspensos por causa da covid-19. "No projeto Parto Adequado (iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar em parceria com o Einstein para dar orientação para hospitais e operadoras do País sobre parto), havia sessões presenciais de aprendizado para profissionais de saúde e elas tiveram que ser suspensas. Pessoas que trabalhavam ativamente em ações do parto normal foram deslocadas para ajudar no combate à pandemia", diz Negrini.
Além dos impactos da pandemia, Adriana acredita que o tema precisa ser alvo de mais políticas e campanhas para que a redução de cesáreas desnecessárias seja consistente. "Quando a gente coloca esse assunto para discussão e consegue, de forma adequada, mostrar os prós e contras de uma cesariana, com pessoas famosas e influenciadores abraçando a causa, a população olha e reflete", diz a obstetra.
Para ela, uma das ações mais importantes é o letramento da paciente sobre os tipos de parto e seus direitos. "Temos que empoderar a mulher para ela não aceitar passivamente a cesárea quando não há uma indicação clara. E também desfazer mitos, como a questão da dor no parto normal. Hoje temos técnicas farmacológicas e não farmacológicas para aliviar o desconforto", diz a médica.
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SAÚDE BUSINESS
Artigo - Novo olhar sobre o prontuário eletrônico do paciente
Foi em 27 de dezembro de 2018, há apenas quatro anos, que foi regulamentado o prontuário eletrônico do paciente (PEP), por meio da lei que ficou conhecida como Lei do Prontuário Digital (nº 13.787/2018). No entanto, vale salientar que os esforços para estabelecer este, que podemos considerar como o cerne da saúde digital, foram morosos - e me atrevo a dizer - tanto quanto o é a própria digitalização da saúde.
Devemos lembrar que foi graças ao empenho em modernizar o trabalho das unidades de saúde e facilitar o acesso às informações de pacientes que surgiu o conceito de prontuário eletrônico, cujo modelo de documento foi delimitado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2002 - veja, há exatos 20 anos. Não quero, de forma alguma, desmerecer todo o trabalho que foi feito até agora - aliás, longe disso. Minha relação com a MV começou há cinco bons anos, mas o meu relacionamento com hospitais e com o cuidado com o paciente teve início em 1977. Tenho, portanto, propriedade em dizer que, do ponto de vista de prontuário do paciente, evoluímos enormemente. Assim, antes de podermos discutir o futuro do PEP em território nacional, queria relembrar alguns eventos importantes desta linha do tempo, que eu costumo dividir em quatro fases. A primeira delas, claro, tem a ver com a adoção do PEP por instituições Brasil afora.
Tive a oportunidade e o privilégio de acompanhar o surgimento desta tecnologia, em substituição ao que antes era feito de maneira completamente manual - da prescrição às questões processuais, como movimentações na farmácia e demais áreas que acompanham o paciente desde o momento da entrada no hospital até a alta.
O ponto fundamental que o PEP endereçou com louvor neste contexto foi o fator "risco". Com todos os processos manuais, dá para imaginar a insegurança que isso refletia no cuidado assistencial: da ilegibilidade de registros e perda de informações, ao risco de exames serem feitos com atrasos, de medicação aplicada fora da exatidão necessária em tempo para o cuidado com o paciente e, até mesmo, o risco especialmente crítico de uma prescrição inadequada de medicamentos que eventualmente pode levar a óbito.
Estes últimos pontos, aliás, são desafios críticos no dia a dia da assistência médica e que persistem ainda hoje, como aponta um recente estudo liderado pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), publicado em agosto deste ano no periódico PLOS ONE. De acordo com o levantamento, em média, 10% dos pacientes internados em hospitais sofrem com eventos adversos relacionados a erros de medicação.
Além do impacto econômico global causado por erros de medicação que chega a consideráveis US$ 42 bilhões anuais (ou 0,7% do gasto total mundial em saúde), o ponto mais importante da análise é: metade desses erros são evitáveis.
Dos hospitais da América Latina pesquisados, um montante entre 2,5% e 18,4% das internações hospitalares estavam associadas a eventos adversos; destas, 84% eram evitáveis e outros 30% resultaram em óbito - número elevado e inadmissível, sobretudo se considerarmos que tais ecossistemas poderia facilmente ser controlados por meio do uso do PEP.
Mais adiante, a prescrição eletrônica ganha espaço e maturidade - um marco para a segurança assistencial e que crava a segunda fase da implementação do prontuário eletrônico. Hoje, ninguém faz faturamento sem prescrição eletrônica e ela passou a ser vista como base fundamental em termos de segurança e qualidade assistencial.
Do ponto de vista administrativo, consigo estabelecer uma série de controles e sub controles que passam a adentrar esse novo mundo e permitir a mensuração de importantes indicadores como: horário do medicamento, verificação de informações com relação aos pedidos médicos, ou seja, se tudo o que foi solicitado foi de fato executado, etc. Tenho, hoje, em minhas mãos informações precisas sobre questões assistenciais - e isso é de uma riqueza ímpar no apoio médico, no suporte à saúde e à segurança do paciente. Apesar disso, ainda não ultrapassamos esta segunda fase por completo, apesar de já iniciada a terceira fase, que envolve duas questões nevrálgicas: escalabilidade e interoperabilidade. Avançamos muito, mas ainda não de forma satisfatória em nenhuma das duas frentes.
Essa terceira etapa envolve, principalmente, lideranças da área da saúde - em especial uma atuação mais afiada do Ministério da Saúde. Já deveríamos ter o PEP estabelecido no Brasil há tempos e uma das minhas crenças pessoais é de que isso não aconteceu por questões técnicas: sempre que alguém assume a pasta, acontece algo que a impede de avançar.
Não ultrapassar essa fase significa, na prática, onerar enormemente o sistema de saúde, encarecendo, inclusive, o contexto privado, que passa a seguir os mesmos passos lentos e insuficientes do setor público.
A liderança aqui, no caso representada pelo Ministério, é fundamental e precisa agir com determinação, institucionalizando obrigatoriedades que abrangem a todos, entre elas posso citar que todo cidadão brasileiro deve ter o prontuário eletrônico, e todo sistema de saúde deve ser desenvolvido já considerando a interoperabilidade.
Podemos, enfim, falar sobre a quarta e última fase, que é adicionar mais inteligência e tecnologia aos processos, tornando-os ainda mais automatizados de forma a auxiliar médicos e profissionais da saúde em eficiência e assertividade. Por exemplo: já existe hoje uma tecnologia que permite ao usuário falar com um assistente virtual e este, por sua vez, realiza uma tarefa. Mas essa mesma tecnologia não pode ser usada pelo médico para prescrever medicamentos sob o risco de prescrição incorreta.
A tecnologia de voz poderia ir além e ser usada em cirurgias, por exemplo, onde o cirurgião poderia narrar o andamento de todo o processo por completo, para que ele seja prontamente adicionado ao PEP do paciente. Assim, quando finalizado o procedimento, depois de horas de cirurgia, o médico responsável não precisaria, então, perder outros tantos minutos preciosos de seu tempo fazendo o relatório cirúrgico, citando justamente tudo o que acabou de realizar, porque tal documento já estaria pronto.
Bastaria apenas assinar e está feito. Não seria maravilhoso? Eu digo que sim e duvido que alguém discordaria disso. As possibilidades são vastas, mas o fato é: todos falam das maravilhas da tecnologia, mas esquecem de que não temos o básico bem-feito, sem fragmentação, sem entraves.
Corrigir isso é importantíssimo para estabelecermos uma base sólida e continuarmos a caminhada. A quarta fase sequer iniciamos e está longe de ser concretizada. Fora a liderança engajada, também é preciso ter um propósito que abrace o coletivo e dê direcionamento. A meu ver, hospitais e demais instituições e players que compõem esse ecossistema devem abraçar essas questões primordiais que citei acima e ainda precisam ser alimentadas. Iniciativas como o Projeto de Lei 3814/20, em discussão no Congresso Nacional e cujo objetivo é levar a uma integração de dados na saúde e ao prontuário eletrônico único, é apenas uma das ferramentas que podemos considerar quando se trata de elaborar caminhos para o PEP ganhar ainda mais robustez e escala.
Parabenizo os envolvidos, que de toda e qualquer forma, participaram das primeiras fases desta transformação digital. Agora, acredito que o foco deva ser em olhar para o futuro, fomentando as próximas duas décadas em prol de articulações que possam, enfim, fazer jus à revolução que o PEP trouxe e ainda pode fazer pela saúde como um todo.
*Alceu Alves é vice-presidente da MV.
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Assessoria de Comunicação
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Mais Médicos será retomado com incentivo a profissionais do Brasil, diz ministra
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou, nesta terça-feira (10/1), que é "prioridade" dos primeiros cem dias do novo governo retomar o programa Mais Médicos. A gestão, no entanto, pretende oferecer incentivos para participação maior de profissionais brasileiros. "Vamos seguir legislação já definida em relação a prioridade para médicos brasileiros", disse.
A ministra afirmou ainda que o programa continuará contratando médicos de outros países, caso seja preciso preencher vagas faltantes. Lançado no governo Dilma Rousseff (PT), o programa causou polêmica em parte da comunidade médica brasileira pela alta contratação de profissionais cubanos.
A iniciativa, no entanto, foi desmontada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acusava o PT de dar dinheiro a Cuba, classificada por ele de ditadura comunista. Na gestão anterior, o programa deu lugar ao Médicos pelo Brasil.
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Imunização contra covid entrará no calendário regular de vacinação, diz ministra
Medida integra campanha de reforço vacinal
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta terça-feira (10/1), que a imunização contra covid-19 vai entrar no calendário regular de vacinações do Brasil, algo que não ocorre atualmente. A medida faz parte de um plano do governo federal que pretende iniciar, em fevereiro, uma campanha nacional de reforço da imunização contra diversas doenças, principalmente de crianças.
"Já adquirimos vacinas do Instituto Butantan, estamos trabalhando com a Pfizer, garantindo que haja vacina. Além da vacina, tem que ter toda estratégia da vacinação, como a comunicação. Estamos falando não só de vacinação contra covid. Temos tarefa de recuperar altas coberturas vacinais no Brasil", disse a ministra em entrevista coletiva.
Ainda segundo Nísia, o governo fará um plano emergencial para reduzir filas de cirurgias e consultas em todo o País, além de trabalhar na recuperação do programa Farmácia Popular.
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EBC
Governo prepara plano emergencial para realizar exames e cirurgias
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (10), em Brasília, para discutir as ações prioritárias da pasta nos primeiros 100 dias de governo. Após o encontro, ela conversou com jornalistas, no Palácio do Planalto, e informou sobre algumas das medidas em andamento, como a definição de um plano para realização de cirurgias e exames.
"Estamos trabalhando na elaboração de um plano emergencial para a realização de diagnósticos, para cirurgias, como um dos pontos centrais de atuação. O Ministério da Saúde trabalha em uma lógica interfederativa, então vamos discutir com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde [Conass] e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde [Conasems] agora, no dia 26 de janeiro, para a definição conjunta desse plano", explicou. Nísia disse que uma das prioridades é justamente recuperar a "boa relação interfederativa" com estados e municípios na formulação das políticas de saúde.
Farmácia Popular
A ministra também falou sobre a retomada do Farmácia Popular. No ano passado, o governo Bolsonaro anunciou corte de 59% da verba do programa para o Orçamento de 2023. A retomada do programa virou uma das principais promessas de campanha de Lula, durante a campanha eleitoral.
Ela disse ainda que o rol de medicamentos ofertados pelo Farmácia Popular deverá ser ampliado, mas não deu detalhes sobre essa ampliação.
Nísia Trindade voltou a dizer que, nas próximas semanas, deverá revogar medidas da pasta tomadas "sem base científica, que não tenham amparo legal ou que contrariam princípios do Sistema Único de Saúde", mas sem entrar em detalhes sobre quais atos normativos serão revistos. Além disso, por ordem da nova gestão, a pasta está revisando todos os contrato em vigor.
Vacinas
A ministra da Saúde também afirmou que está normalizando o abastecimento de vacinas pediátricas contra a covid-19, que estão em falta no país. Segundo Nísia Trindade, foi negociado um adiantamento das entregas com o Instituto Butantan com a chegada, nos próximos dias, de 715 mil doses e, mais adiante, outras 2 milhões de doses. Também estão em curso tratativas para a entrega adiantada de doses de vacina da fabricante Pfizer.
"Teremos o abastecimento dessas vacinas e aí nos restará trabalhar para que a sociedade vacine suas crianças", afirmou.
Mais Médicos
Perguntada sobre a retomada do programa Mais Médicos, que visa levar profissionais para as localidades mais remotas e periféricas do país, Nísia Trindade disse que a fragilização do programa, nos últimos anos, deixou um vazio de assistência de saúde, e que agora pretende criar melhores incentivos para os médicos participarem da política.
"O que nós estamos trabalhando é uma visão de incentivo para que os médicos brasileiros possam ter uma participação maior nesse programa", disse. Ela falou que não pretende fazer alterações legais nas atuais regras do Mais Médicos, que foram estabelecidas no governo anterior, que chegou a rebatizar a iniciativa de Médicos pelo Brasil.
Na entrevista, Nísia Trindade também criticou a "desestruturação de muitos programas" da pasta, como o Rede Cegonha, voltado para a saúde da mulher grávida. "O Brasil aumentou seus índices de mortalidade materna, e eu considero isso inaceitável", comentou. Ela se comprometeu a recuperar essa e outras iniciativas, especialmente na área de saúde sexual e reprodutiva, que foram afetadas por visões ideológicas no governo anterior, segundo a ministra.
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PORTAL G1
Mulher denuncia que teve parte da perna e dedos amputados após fazer lipoaspiração e ter infecção generalizada
Servidora púbica disse que foi internada três dias depois da lipo, já em parada cardíaca e entrou em coma. Médico responsável pela cirurgia nega que tenha existido falhas durante o procedimento.
Por Rafael Oliveira, g1 Goiás
A servidora pública Indialma Antunes de Oliveira, de 43 anos, denunciou à Polícia Civil que teve parte da perna e dedos da mão e do pé amputados causada de uma lipoaspiração feita nas costas e no abdome, que teria desencadeado uma infecção generalizada.
"Fiquei com marcas e cicatrizes pelo meu corpo inteiro, além de furos no bumbum. Hoje, não posso mais fazer coisas que eu gostava, como trilhas, atividades físicas, viajar de moto, até dirigir um carro, que agora só se for adaptado", desabafou Indialma.
Nesta terça-feira (10), Indialma prestou depoimento contra o médico à Polícia Civil para dar andamento na investigação por lesão corporal.
A advogada que defende o cirurgião plástico responsável pelo procedimento disse que não houve erro durante a cirurgia nem intercorrências. A amputação dos membros, segundo a defesa, se deu por causa de uma trombose que Indialma teve na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular onde ficou internada após a lipoaspiração (leia a nota na íntegra ao final).
O g1 tentou contatar o hospital por telefone na noite desta terça-feira (10) para um posicionamento, mas não obteve retorno.
O advogado Fabrício Póvoa, que defende Indialma no processo judicial e na investigação policial, explicou que a servidora também está com um processo em andamento na Justiça do Tocantis, onde pede reparação de danos morais.
O procedimento foi realizado em julho de 2021, em Goiânia, e mais de um ano depois, a servidora diz que não voltou a trabalhar por causa da recuperação e teve que reaprender a viver com as novas limitações.
Cirurgia
A servidora pública é natural do Tocantins, mas decidiu fazer a lipoescultura em Goiânia. Ela entrou no centro cirúrgico em 10 de julho de 2021. No dia seguinte, ela começou a passar mal e precisou de atendimento médico.
Após ser atendida e medicada, Indialma voltou para casa de familiares, onde se recuperava do pós-operatório. No entanto, dois dias depois o quadro se agravou e ela contou que precisou voltar ao hospital.
Desta vez, ela disse que chegou ao hospital com o corpo infecionado e teve uma parada cardíaca. Foi transferida direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde entrou em coma. No hospital, ela ficou cerca de 40 dias internada.
"Quando acordei do coma, só movimentava a cabeça e estava com três amputações e sem saber quando voltaria a ter movimentos e se voltaria, pois os médicos me diziam que não poderiam me dar essa certeza", relatou Indialma.
Logo após deixar o hospital e voltar para casa, a servidora precisou se recuperar das cicatrizações das amputações para começar o processo de protetização da perna e poder reaprender a andar. Hoje, Indialma usa uma prótese na perna que foi amputada.
"Devido a isso tudo, entrei em um processo de revolta e depressão muito grande. Não tinha condições alguma de pensar em processo judicial ou policial naquele momento", detalhou.
Nota de defesa do médico
Em relação a informação sobre a cirurgia de lipoaspiração, informamos que a cirurgia foi bem sucedida, não ocorrendo nenhuma intercorrência durante o ato cirúrgico pela cirurgia plástica. Os exames pré operatório da paciente foram solicitados e estavam normais!
A paciente recebeu alta hospitalar e no dia seguinte, queixou de dor no peito, em casa, sendo encaminhada pelo cirurgião, e então atendida em hospital de referência de Goiânia onde não foi detectado nenhum alteração grave recebendo alta para casa no mesmo atendimento.
Mesmo com a orientação do Hospital de referência em Goiânia, com o acompanhamento clínico da equipe e do Cirurgiao Plástico, orientou-se a reinternação para melhor investigação clínica do quadro.
Paciente foi atendida por médico intensivista que iniciou os cuidados no hospital para prosseguir com toda investigação clínica, acompanhada do Cirurgião plástico.
Durante a evolução da paciente na UTI, paciente evoluiu com trombose arterial, relacionada a procedimento relacionado a passagem de cateter no membro inferior, que evoluiu com complicações que levaram a amputação do membro inferior, fato este não relacionado a cirurgia e sim ao procedimento específico realizado na passagem do cateter pela equipe da UTI.
O quadro de trombose arterial e de infecção relatados foram desenvolvidos durante a internação na unidade de cuidados intensivos e não tem relação com a cirurgia de lipoaspiração.
As intercorrências médicas ocorridas com a paciente são inerentes ao exercícios da profissão, não é sinônimo de “ erro médico” e sim de consequência inevitável da evolução clinica, mesmo com a adoção de todos os protocolos adotados e acompanhamento integral do cirurgião.
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TV ANHANGUERA
Golpistas aplicam golpes em pacientes de hospital em Jataí
https://globoplay.globo.com/v/11266465/
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MEDICINA S/A
Bradesco Saúde alcança a nota máxima no IDSS 2022, da ANS
A Bradesco Saúde alcançou, mais uma vez, a pontuação máxima (1,0) no Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) 2022 (ano-base 2021), levantamento sobre a performance das operadoras e a satisfação dos usuários. Há cinco anos consecutivos entre as seguradoras classificadas na melhor faixa avaliativa do índice, a empresa obteve pontuação máxima em três edições no período (2019, 2021 e 2022). O índice conta com uma pesquisa de satisfação dos beneficiários que confere pontuação bônus. Na avaliação dos beneficiários sobre o plano Bradesco Saúde na edição mais recente do IDSS, 85% classificaram como muito bom e bom e mais de 90% dos beneficiários recomendariam a seguradora.
Instrumento de análise do setor monitorado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o IDSS tem como objetivo garantir a qualidade dos serviços prestados pelos planos de saúde e prestadores de serviço da área.
Este reconhecimento chancelado pela ANS é um importante referencial para a atuação da Bradesco Saúde e fortalece o nosso compromisso com a excelência no atendimento e qualidade dos produtos que levamos ao mercado. Temos uma grande responsabilidade em manter um processo contínuo de melhoria dos serviços prestados em todo o país, afirma Flávio Bitter, diretor-gerente da Bradesco Saúde.
A nota média do setor, que considera a média do desempenho das operadoras ponderada pelo número de beneficiários, foi de 0,8128, a melhor marca desde 2013, tanto no segmento médico-hospitalar quanto no odontológico. Houve, ainda, aumento do número de operadoras classificadas na melhor faixa avaliativa (notas acima de 0,8) e a manutenção da trajetória de crescimento do número de beneficiários em operadoras com notas entre 0,6 e 1,0.
Das 902 operadoras ativas e avaliadas em 2021, 844 atenderam aos requisitos para divulgação dos resultados. A metodologia do programa leva em consideração as seguintes dimensões: qualidade em atenção à saúde, garantia de acesso, sustentabilidade no mercado, além de gestão de processos e regulação.
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O GLOBO
Saúde precisa regularizar logo estoque de vacinas contra Covid para crianças
Compreende-se que a nova equipe do Ministério da Saúde acabou de assumir, mas é fundamental que regularize logo os estoques de vacina contra a Covid-19 para crianças de até 12 anos. Desde o início do mês, pais que levam seus filhos aos postos de saúde de grandes cidades como Rio, São Paulo e Belo Horizonte têm relatado falta do imunizante para as crianças menores, que demandam doses específicas. Para maiores de 12 anos, a não ser por problemas pontuais de logística, os estoques estão em dia.
A situação se torna mais incompreensível porque na semana passada o Ministério da Saúde autorizou a aplicação de uma dose de reforço contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro do ano passado, ela aumenta em até seis vezes o nível de anticorpos. Até então, o reforço era recomendado para maiores de 12 anos. A decisão é bem-vinda para aumentar a proteção do público infantil, mas de nada adianta se não houver doses suficientes nos postos.
Covid-19:
A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, admitiu a falta do imunizante pediátrico e disse que o governo está negociando com a Pfizer a antecipação da entrega de 3,2 milhões de doses para crianças de 6 meses a 4 anos e de 4,5 milhões para as de 5 a 11. No último sábado, o Ministério da Saúde afirmou ter comprado do Instituto Butantan 750 mil doses da CoronaVac para crianças de 3 a 11 anos. Um novo aditivo no contrato deverá garantir um total de 2,6 milhões de doses. São decisões acertadas, mas o vírus não espera.
Novo coronavírus:
Embora não integrem o grupo mais vulnerável para o novo coronavírus, as crianças acima de 6 meses precisam ser vacinadas, porque também estão expostas às formas graves da doença. Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que, nos dois primeiros anos da pandemia, a Covid-19 matou 1.539 crianças de até 5 anos no Brasil, sendo 599 em 2020 e 840 em 2021. Isso significa duas por dia, uma tragédia. Em 2022, com o avanço da vacinação e o declínio da pandemia, essa média caiu para uma por dia (314 vidas perdidas entre 1º de janeiro e 11 de outubro). Continua sendo um número alarmante, considerando que a vacina protege contra hospitalizações e mortes.
A regularização dos estoques e a solução dos problemas de logística são apenas algumas das muitas ações que o Ministério da Saúde precisa fazer para aumentar os níveis de cobertura. Ainda que haja doses suficientes, o governo terá de realizar campanhas para convencer pais e responsáveis a levarem seus filhos aos postos, o que não é tarefa fácil. Por questões ideológicas, o governo anterior não incentivou a imunização infantil. Sabe-se que ela é mais sensível às campanhas de desinformação que contaminam as redes sociais. Mesmo pais vacinados por vezes relutam em fazer o mesmo com seus filhos. Mas é preciso persistência. Com vacinas eficazes e seguras, já aprovadas pela Anvisa, é inaceitável que crianças morram em consequência da Covid-19.
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FOLHA DE S.PAULO
Doentes com Covid na China agora também têm de lidar com gastos hospitalares abusivos
Xangai e Pequim | Financial Times
Pacientes chineses com Covid-19 enfrentam contas médicas crescentes desde que os convênios médicos pagos pelo Estado reduziram ou eliminaram a cobertura da doença de seus planos, em resposta a uma onda sem precedentes de casos que se alastra pelo país.
Segundo informações de governos locais, desde o mês passado - quando Pequim reverteu abruptamente sua política de zero Covid- , pelo menos 14 cidades e províncias chinesas deixaram de oferecer tratamento gratuito para o coronavírus. Durante três anos os pacientes chineses tiveram tratamento subsidiado contra o vírus.
Hospitais em Xangai e Guangzhou estão cobrando de pacientes com casos graves de Covid até 20 mil yuans (R$ 15 mil) por dia de tratamento intensivo. O valor equivale a cinco meses de renda de um morador urbano médio.
Médica atende paciente na emergência de um hospital em Xangai em meio à alta de casos no país - 5.jan.2023/Reuters
O medo de acumular uma dívida de saúde soma-se ao risco de infecção, já que indústria de seguros procura evitar arcar com os custos de reembolsos. Antes, esse mercado vendeu dezenas de milhões de planos médicos de baixo custo, mas agora as seguradoras relutam em aprovar pedidos de reembolso de despesas ligadas à doença.
A política de saúde chinesa dificulta aos pacientes apresentar provas de infecção pelo vírus. As autoridades de saúde restringiram a definição de mortes e casos de Covid e, na semana passada, foram criticadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) por subnotificar a gravidade da pandemia.
Um funcionário da seguradora Taikang, em Pequim, que recebeu dezenas de queixas depois de negar cobertura, disse que sua empresa é "muito rigorosa" quando se trata de aprovar pedidos. "É preciso apresentar comprovante da doença emitido por hospitais, que raramente emitem o documento", disse.
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O cenário cria dificuldades consideráveis para pacientes de baixa renda e expõe desigualdades no sistema de saúde chinês, que não conta com verbas suficientes, segundo analistas. Hospitais e clínicas recebem uma enxurrada de pacientes idosos.
"A China nunca deixou seu sistema de saúde acessível a todos", diz Yanzhong Huang, membro do think tank Council on Foreign Relations. "O surto mais recente de Covid está agravando o problema."
Até mudar de postura repentinamente, no mês passado, Pequim havia alardeado o tratamento gratuito da Covid como símbolo de seu sucesso no combate à pandemia.
Na semana passada a província do leste do país Anhui, que tem 64 milhões de habitantes, começou a exigir que as pessoas paguem 30% de suas despesas médicas ligadas à pandemia. A cidade de Sanhe, próxima a Pequim, foi mais longe e anunciou no mês passado que pacientes com Covid teriam que arcar com até metade de seus custos hospitalares.
Isso vem gerando uma carga financeira elevada para muitos pacientes. O agricultor de 53 anos Gao Shengli, da província central de Henan, sofreu um AVC na semana passada após receber o diagnóstico de Covid. Dois dias depois de ser internado num hospital local, recebeu uma conta de 150 mil yuans (R$ 115 mil), mais que o dobro de sua renda familiar anual.
Contas adicionais que variam entre 5.000 e 10 mil yuans continuam a chegar diariamente, levando sua família ao desespero.
"Meu pai não tem convênio médico", conta o filho de Gao, que se negou a dar seu nome. "O hospital está nos perseguindo diariamente para cobrar a dívida e nós não temos como pagar."
A situação da classe média urbana chinesa não é muito melhor: os pacientes têm dificuldade em pedir reembolso aos seus seguros médicos. Muitos hospitais se recusam a dar provas de infecção a pacientes que receberam diagnósticos a não ser que eles também informem estar com uma infecção pulmonar e passem por uma revisão das autoridades de saúde locais.
Um médico no Hospital Nº 10 de Xangai afirmou, sob condição de anonimato, que a comissão de saúde da cidade instruiu a instituição a restringir os diagnósticos de Covid. Segundo o profissional, a equipe foi orientada a classificar a maioria dos casos como infecção respiratória.
Um assessor da Comissão Nacional de Saúde, em Pequim, disse que o surto aconteceu tão rapidamente que as autoridades não tiveram tempo de traçar um plano de ação. O regime não tem meios de oferecer tratamento gratuito a todos, segundo a pasta.
A Administração Nacional de Segurança da Saúde disse no sábado que vai cobrir plenamente as hospitalizações de pacientes com Covid, mas continuou a excluir as complicações. E os hospitais estão sob pressão para reduzir os custos médicos desde que o fundo nacional de seguro se viu sobrecarregado pelos custos crescentes do programa Covid zero.
Na cidade oriental de Hangzhou, o gerente de marketing Frank Wang, que adquiriu um plano de seguro contra Covid no início do ano passado, desenvolveu infecções dos pulmões e rins depois de ser infectado com o vírus e não conseguiu receber um comprovante de ter tido Covid.
"O hospital deixou claro que não é fácil obter um comprovante, já que o diagnóstico foi politizado", diz Wang, que pagou mais de 20 mil yuans (R$ 15 mil) pelo tratamento. "Pacientes como eu viraram vítimas."
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ISTOÉ
Covid-19: Brasil registra 28 mil casos e 211 mortes em 24 horas
O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 694.192 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (3) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 36.390.423.
Em 24 horas, foram registrados 28.057 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 211 mortes de vítimas do vírus.
Ainda segundo o boletim, 35.145.500 pessoas se recuperaram da doença e 694.192 casos estão em acompanhamento. O boletim de hoje não traz os dados atualizados de Tocantins.
Estados
De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos de covid-19, com 6,32 milhões, seguido por Minas Gerais (4 milhões) e Rio Grande do Sul (2,9 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (158,9 mil). Em seguida, aparece Roraima (181,3 mil) e Amapá (182,6 mil).
Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (177.487), seguido de Rio de Janeiro (76.526) e Minas Gerais (64.487). O menor número de mortes está no Acre (2.040), Amapá (2.166) e Roraima (2.180).
Vacinação
Até hoje, foram aplicadas 498,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 181,4 milhões como primeira dose e 163,9 milhões como segunda dose. A dose única foi aplicada em 5 milhões de pessoas. Outras 102,5 milhões já receberam a primeira dose de reforço e 40,2 milhões já foram vacinadas com a segunda dose de reforço.
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CORREIO BRAZILIENSE
Exame pode acusar Alzheimer 10 anos antes
Equipe sueca identifica que mudanças na proteína GFAP indicam maior vulnerabilidade para a doença neurodegenerativa uma década depois. A descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de abordagens de diagnóstico precoce
Gabriela Chabalgoity
A ocorrência de sintomas característicos do Alzheimer, como falta de memória e agressividade, geralmente indica que o paciente não está mais em uma fase inicial da doença. Criar abordagens que ajudem a descobrir precocemente esse processo neurodegenerativo é, na avaliação de cientistas e de outros profissionais da área, essencial para desenvolver mecanismos capazes de freá-lo. Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, apostam que um exame de sangue poderá fornecer essa informação estratégica.
Em um artigo publicado na revista Brain, eles mostram como biomarcadores no sangue indicam a ocorrência de alterações patológicas precoces em uma forma hereditária da doença. Os pesquisadores perceberam mudanças na proteína glial fibrilar ácida (GFAP) aproximadamente 10 anos antes do surgimento dos primeiros sintomas de Alzheimer.
"Elas foram seguidas por concentrações aumentadas de P-tau181 (proteína tau) e, posteriormente, NfL (proteína leve de neurofilamento), que, já sabemos, estão diretamente associadas à extensão do dano neuronal no cérebro de Alzheimer", detalha Caroline Graff, uma das autoras do estudo e professora do Departamento de Neurobiologia, Ciências e Sociedade do Cuidado do instituto sueco.
Para chegar ao resultado, o grupo analisou 164 amostras de plasma sanguíneo de 33 pessoas com uma mutação que aumenta a vulnerabilidade ao Alzheimer e 42 parentes sem a predisposição patogênica herdada. Os dados foram coletados entre 1994 e 2018, e a análise indicou "mudanças claras" de várias concentrações de proteínas sanguíneas nos portadores da mutação uma década antes do surgimento dos sintomas.
Na avaliação da equipe, os resultados são promissores para o desenvolvimento de novas abordagens contra a doença. "No futuro, os resultados do estudo poderão ser usados como um biomarcador não invasivo para a ativação precoce de células imunes, como astrócitos no sistema nervoso central, o que poderá ser valioso para o desenvolvimento de novos medicamentos e para o diagnóstico de doenças cognitivas", indica Charlotte Johansson, integrante do grupo de pesquisadores.
Silencioso
O Alzheimer é o tipo mais comum de demência -- dados da Fundação Sueca do Cérebro mostram que corresponde de 60% a 70% dos casos -- e começa se desenvolvendo de forma silenciosa. De acordo com os autores do artigo, as mudanças biológicas no cérebro começam de 20 a 25 anos antes que a perda de memória e outros sintomas cognitivos se tornem evidentes.
As células nervosas da região degeneram como resultado do acúmulo anormal das proteínas beta-amiloide e tau. À medida que mais neurônios cerebrais são danificados, isso se manifesta na disfunção das funções cognitivas, como memória e fala, explicam os cientistas. Quanto mais cedo a complicação for descoberta, maiores a chances de enfrentá-la. "Essa é uma das muitas razões pelas quais são necessárias mais pesquisas sobre métodos precisos e fáceis de diagnóstico precoce", ressaltam, em nota.
Cura
Especialista em neurologia cognitiva e do comportamento, Carlos Enrique Uribe afirma que a estratégia de procurar marcadores e sinais que antecipam os riscos de uma pessoa ter Alzheimer mobiliza cientistas há muitos anos. No caso do trabalho sueco divulgado na última edição da Brain, o ineditismo está em a investigação ter "afetado" diretamente a doença.
Para Uribe, esse pode ser um caminho para estratégias que curem a doença. "Ao tentar encontrar a origem do problema, é possível mudar a história natural dele. Essa estratégia funciona para se chegar a um procedimento que seja de cura, mudando o mecanismo fisiopatológico da doença. Na medicina, chamamos isso de tratamentos modificadores da doença, e isso ainda não existia no Alzheimer", diz.
Uribe faz ressalvas. Ele lembra que o estudo analisou pacientes com Alzheimer ligado a fatores genéticos. "Como não é o caso mais comum, esses resultados têm que ser avaliados com cuidado, porque a doença geneticamente determinada está sendo um modelo para o estudo da doença esporádica (sem fatores hereditários). Às vezes, as coisas não funcionam com essa relação direta", explica.
Análise ampliada
O especialista em neurologia cognitiva e síndromes demenciais Arthur Jatobá conta que alguns biomarcadores para o diagnóstico precoce do Alzheimer estão disponíveis, mas não para a população geral. "O diagnóstico hoje, para a maioria dos pacientes, é feito por avaliação clínica, neuropsicológica e realização de exames de imagem cerebral (ressonância magnética de crânio)", diz.
A expectativa do médico é de que, no futuro, esse tipo de análise seja mais acessível e abranja diversos indicadores biológicos de risco aumentado. "Acredito que, nos próximos anos, poderemos ter um exame de sangue com um painel de vários biomarcadores para a doença de Alzheimer, como a proteína beta amiloide, a tau, a GFAP e a NfL. Isso vai nos ajudar no diagnóstico precoce da doença", diz.
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Assessoria de Comunicação