A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça determina que não é obrigatória a presença de farmacêutico em dispensário de medicamentos de hospital ou de clínica.

 

Por isso, o juízo da 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) manteve a sentença que anulou o auto de infração expedido pelo Conselho de Regional de Farmácia do estado de Rondônia (CRF/RO) contra o município de Jaru/RO em razão de a Farmácia Básica Municipal, localizada nas dependências do hospital da cidade, não possuir responsável técnico farmacêutico.

Em seu recurso ao Tribunal, o CRF/RO sustentou que após a vigência da Lei nº 13.021/2014 drogarias, farmácias de qualquer natureza — públicas ou privadas — voltadas ou não ao comércio — estão igualadas em obrigações, devendo todas manterem profissional farmacêutico durante o funcionamento do estabelecimento.

O relator, desembargador federal Hercules Fajoses, ao analisar o caso, destacou que o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento submetido ao regime do art. 543-C do Código de Processo Civil de 1973 (recursos repetitivos), reconheceu que: "não é obrigatória a presença de farmacêutico em dispensário de medicamentos de hospital ou de clínica, prestigiando — inclusive — a aplicação da Súmula nº 140 do extinto Tribunal Federal de Recursos".

Segundo o magistrado, conforme demostrado nos autos, a Farmácia Básica Municipal, localizada nas dependências do Hospital Municipal de Jaru, unidade hospitalar com menos de 50 leitos, funciona como mero dispensário de medicamentos.

Com isso, o Colegiado, por unanimidade, negou provimento ao recurso do CRF/RO nos termos do voto do relator. *Com informações da assessoria de comunicação do TRF-1. 

Processo: 1001872-23.2019.4.01.4100

Fonte: Conjur

Até 2050, cerca de 10 milhões de mortes ao ano podem ser registradas no mundo em razão do surgimento e da propagação de supermicróbios – cepas de bactérias que se tornam resistentes a antibióticos conhecidos.

O alerta é do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que defende reduzir a poluição gerada pelos setores farmacêutico, agrícola e de saúde como estratégia essencial para combater a chamada resistência antimicrobiana.

De acordo com o relatório Preparando-se para os supermicróbios: fortalecendo a ação ambiental na resposta à resistência antimicrobiana pela abordagem de saúde única, divulgado hoje (7) pela entidade, o custo econômico da resistência antimicrobiana poderia resultar em uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) global de pelo menos US$ 3,4 trilhões de dólares até 2030, empurrando 24 milhões de pessoas para a extrema pobreza.

O documento destaca que os supermicróbios já causam sério impacto na saúde humana, de animais e de plantas e defende uma resposta multisetorial de saúde. “Devemos permanecer focados em reverter a maré nesta crise, aumentando a conscientização e colocando este assunto de importância global na agenda das nações”, destacou a presidente do Grupo de Lideranças Globais sobre Resistência Antimicrobiana, Mia Amor Mottley.
Entenda

De acordo com o Pnuma, o desenvolvimento e a propagação dos supermicróbios acontece quando medicamentos antimicrobianos usados para prevenir e tratar infecções em humanos, animais e plantas perdem sua eficácia e a medicina moderna, consequentemente, perde sua capacidade de tratar até mesmo infecções leves.

A resistência antimicrobiana aparece na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das dez principais ameaças globais à saúde. Em 2019, 1,27 milhões de mortes foram atribuídas diretamente a infecções resistentes a medicamentos em todo o mundo, enquanto 4,95 milhões foram associadas à resistência antimicrobiana.

“A tripla crise planetária implica em temperaturas mais altas e padrões climáticos extremos, mudanças no uso do solo que alteram sua diversidade microbiana, assim como poluição biológica e química. Tudo isso contribui para o desenvolvimento e a disseminação da resistência antimicrobiana”, destacou o Pnuma.

“A poluição do ar, do solo e dos cursos d’água mina o direito humano a um ambiente limpo e saudável. Os mesmos fatores que causam a degradação do meio ambiente estão agravando o problema da resistência antimicrobiana. E os impactos da resistência antimicrobiana podem destruir nossa saúde e nossos sistemas alimentares”, avaliou a diretora-executiva da entidade, Inger Andersen.
Ações

Dentre o conjunto de medidas sugeridas pelo relatório para o enfrentamento dos supermicróbios estão:

Multiplicar os esforços globais para melhorar a gestão integrada dos recursos hídricos, como promover o abastecimento de água, o saneamento e a higiene;

estimular que países integrem um enfoque ambiental aos planos de ação em nível nacional relacionados com o meio ambiente, como programas nacionais de gestão de resíduos e poluição por químicos e planos de ação em matéria de biodiversidade nacional e planejamento frente à mudança climática;

estabelecer padrões internacionais relativos a indicadores microbiológicos adequados de resistência antimicrobiana a partir de amostras ambientais;

explorar opções para redirecionar investimentos, estabelecer incentivos e esquemas financeiros inovadores, bem como justificar o investimento no sentido de garantir financiamento sustentável, incluindo a alocação de recursos internos suficientes para enfrentar os supermicróbios;

reforçar o monitoramento e a vigilância ambiental, bem como priorizar a pesquisa para fornecer mais dados e evidências que fundamentem melhores intervenções.

“A resistência antimicrobiana requer uma resposta de saúde única que reconheça que a saúde das pessoas, dos animais, das plantas e do meio ambiente estão intimamente ligados e são interdependentes. A prevenção está no centro da ação necessária para deter o surgimento da resistência antimicrobiana e o meio ambiente é uma parte fundamental da solução”, concluiu o relatório.

 

Fonte: Agência Brasil

 

 

Quarta, 08 Fevereiro 2023 07:50

CLIPPING AHPACEG 08/02/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Inconstitucionalidades e custeio do piso da enfermagem

Bolsa Família exigirá atestado de vacinação de crianças, afirma Lula

Segunda etapa da ampliação do Hetrin é entregue em Trindade

Covid-19: Goiás registra 1.125 casos e 9 mortes nas últimas 24 horas

ONU: supermicróbios podem causar 10 milhões de mortes ao ano até 2050

Gatilhos emocionais podem desencadear diabetes, como no filho de Marília Mendonça

Saúde convoca população para vacinar contra Covid-19 antes do Carnaval

Secretário anuncia reforço do Mais Médicos na crise Ianomâmi e afirma: 'Muita gente vai ser presa'

Estudo apresenta descobertas inesperadas sobre a ligação entre álcool e demência

Filas de cirurgias precisam ser monitoradas pelo SUS

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Inconstitucionalidades e custeio do piso da enfermagem

É necessário que haja garantias efetivas de custeio não só para o setor público, mas também para o privado

A questão do piso nacional da enfermagem, que aflige o setor de saúde como uma bomba-relógio, continua sem solução razoável. As medidas legislativas adotadas para retirar os entraves constitucionais à aplicação da Lei 14.434/2022 não sanaram os seus principais problemas.

E a prestidigitação orçamentária que se seguiu, visando superar os problemas de custeio que deram causa à suspensão liminar da lei pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), não afastou o temor de que faltarão recursos para cobrir um aumento de custos com salários estimados em R$ 16 bilhões anuais.

O receio – compartilhado por estados, municípios, Santas Casas e
instituições privadas da saúde, com ou sem fins lucrativos – é de que a adoção do piso leve a uma explosão dos orçamentos públicos, a dispensas em massa e ao fechamento de estabelecimentos de saúde.

A recém-promulgada Emenda Constitucional 127/22 não desatou o nó do custeio ao direcionar para tal fim recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social do Pré-Sal. Conforme expressou em nota pública a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os superávits dos fundos são incertos, enquanto o pagamento do piso deverá ser feito com ou sem superávit.

Além disso, como nenhum recurso novo foi efetivamente criado pela emenda,
qualquer eventual uso de saldos desses fundos amplia automaticamente os gastos públicos em um orçamento que sabidamente não tem espaço para gastos adicionais nem previsão de pagamentos de aumentos salariais nos valores exigidos pela lei do piso.

A existência desses saldos é meramente contábil e seu uso precisa estar
autorizado por um orçamento super apertado. Não à toa os recursos de muitos desses fundos vêm se acumulando e foram recentemente usados apenas como forma de abater dívida pública.

O governo recentemente criou um grupo de trabalho para pensar em uma possível regulamentação, mas os milhares de prestadores de serviços que hoje atendem o SUS, como hospitais filantrópicos e clínicas privadas de diálise, e que eventualmente se beneficiariam desses recursos, ainda não foram chamados para a discussão.

Entre as instituições privadas, os temores em relação ao impacto financeiro do piso também não foram dissipados. Em que pese haver na PEC a previsão de repasse de parte desses recursos para entidades privadas filantrópicas, não há hoje mecanismos que assegurem esse repasse de forma institucional. Sua efetivação dependerá da ação discricionária de gestores públicos que precisam desses recursos para atender a outras demandas prementes da saúde.

Além disso, a solução proposta pela EC 127/22 alcança apenas o SUS e os estabelecimentos que direcionam, no mínimo, 60% de sua atividade
ao SUS.

Não há, até agora, a indicação de fontes de recursos ou compensações para os
mais de 250 mil estabelecimentos de saúde privada com fins lucrativos, em sua maioria de pequeno ou médio porte, que arcarão com um aumento nos custos anuais de, pelo menos, R$ 5,2 bilhões. Vale lembrar que boa parte desse custo será pago pelos mais de 50 milhões de beneficiários de planos de saúde através do aumento de suas mensalidades, com alguns tendo que voltar ao sistema público, onerando o SUS.

Diante desse quadro, entidades representativas do setor privado de saúde reivindicam que, caso a lei prevaleça, apesar de suas inconstitucionalidades, é necessário que haja garantias efetivas de custeio não só para o setor público, mas também para o privado, de forma que se possa viabilizar o pagamento do piso nacional da enfermagem sem mergulhar o setor em uma aguda crise financeira e operacional.

Seria ilusão acreditar que, com as medidas adotadas até aqui, será possível ao setor de saúde fazer frente ao aumento bilionário de custos do piso nacional da enfermagem, sem ajuste dramático no quadro de pessoas empregadas e na qualidade dos serviços.

É fundamental, portanto, que se avance na busca de alternativas realistas que
viabilizem a merecida valorização da categoria dos enfermeiros, sem atropelar a
Constituição e sem colocar em risco a saúde dos estabelecimentos e a sustentabilidade dos sistemas público e privado.

MARCOS VINICIUS OTTONI – Diretor jurídico da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde)

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AGÊNCIA ESTADO

Bolsa Família exigirá atestado de vacinação de crianças, afirma Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, na segunda-feira (6/2), que para receber o Bolsa Família, as famílias beneficiárias deverão demonstrar o atestado de vacinação das crianças em dia. Em evento no Rio de Janeiro na segunda-feira, Lula criticou o antecessor, Jair Bolsonaro, por ter promovido desinformação sobre as vacinas e pediu que os responsáveis levem as crianças para serem imunizadas.

Segundo Lula, o programa passará a contar com três pré-requisitos: as crianças estarem matriculadas na escola, a carteira de vacinação delas em dia e o acompanhamento pré-natal completo das mães que estiverem grávidas. O Bolsa Família passará a ter o valor permanente de R$ 600, com um adicional de R$ 150 por criança abaixo dos seis anos de idade.

O Ministério da Saúde anunciou o lançamento de uma campanha nacional de vacinação. Segundo a ministra Nísia Trindade, ainda não foi possível estimar o impacto da campanha negacionista contra os imunizantes promovido pelo governo Bolsonaro nos índices. Lula cobrou os pais para que levem as crianças e criticou a postura do ex-presidente. "Nós tivemos nos últimos tempos a maior campanha que já vi alguém fazer do negacionismo de uma vacina. Nunca imaginei um presidente mentindo tão descaradamente sobre os benefícios de uma vacina", afirmou Lula, ao falar sobre a vacinação contra a covid-19.

"Pelo amor de Deus, a gente não pode ser ignorante ao ponto de achar que não tem que tomar vacina. Uma mãe que não leva um filho para tomar a vacina contra a paralisia infantil, eu fico me perguntando que amor é esse. Hoje, além da propaganda, é preciso convencer as pessoas. É preciso convencer o pai e a mãe que uma criança tem que tomar vacina para o bem da criança e para o bem da família", disse o presidente.

No evento da segunda-feira, Lula esteve ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) e do governador fluminense, Cláudio Castro (PL) para a inauguração do Super Centro Carioca de Saúde. Com o equipamento, a Prefeitura do Rio promete zerar até julho a fila de pacientes da oftalmologia, hoje de 136 mil pessoas.

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A REDAÇÃO

Segunda etapa da ampliação do Hetrin é entregue em Trindade

O governador Ronaldo Caiado inaugurou, nesta terça-feira (7/2), a segunda etapa da ampliação do Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), na região Metropolitana de Goiânia. Com a entrega da nova recepção, pacientes passam a ser recebidos em um espaço amplo, confortável e humanizado, com capacidade para 100 pessoas sentadas, fraldário e banheiros com acessibilidade. Já o novo Serviço de Apoio Diagnóstico (SADT) possibilita mais conforto e agilidade na realização de exames. 

Ao lado do secretário da Saúde, Sérgio Vêncio, Caiado conheceu a estrutura e conversou com a população, que continua sendo atendida durante a fase de obras. Ele destacou que a unidade está renovada, bonita e, principalmente, bem equipada. “Nós já trouxemos o tomógrafo, o raio-x digital e agora uma nova recepção. Já podemos atender as pessoas em condição de dignidade, ninguém vai ficar amontoado”, afirmou o chefe do Executivo.

A primeira etapa da obra foi entregue em maio do ano passado com cinco consultórios para atendimento ambulatorial. O tomógrafo, em funcionamento desde junho, representa um aporte de R$ 1,6 milhão. “Isso mostra a condição que nós teremos para absorver o atendimento de saúde com padrão de excelência”, ressaltou o governador. Durante o evento foram entregues 40 autorizações de exames.

A próxima fase da ampliação será o pronto-socorro, que deve ficar pronto em três meses, e a maternidade, cuja previsão de conclusão é para agosto. Ao final dos serviços, o Hetrin terá 149 leitos, entre eles 20 de enfermaria para clínica cirúrgica e 20 de UTI; quatro salas cirúrgicas; cinco quartos de isolamento e três para parto normal. “Uma obra que vai triplicar a capacidade do hospital”, assinalou o secretário Sérgio Vêncio. “Serão quase 800 cirurgias por mês, fazendo com que Trindade possa atender todos os seus pacientes e, eventualmente, até de cidades vizinhas”, acrescentou.

O projeto de ampliação da estrutura física e tecnológica, orçado em R$ 50 milhões, foi integrado com a humanização do ambiente para favorecer o processo terapêutico. “Foi feito um estudo para criar uma ambiência terapêutica no Hetrin. Temos um ambiente muito humanizado”, ressaltou a diretora do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), Maria Caroline Lazarini Dias. A organização social é responsável pela gestão do hospital desde 2019.

O investimento foi comemorado por autoridades locais, como o prefeito Marden Júnior, que destacou a preocupação do Estado com os serviços de saúde no interior. “Regionalização da saúde é respeito ao usuário, é respeito às pessoas”, disse. Também acompanharam a solenidade de inauguração os deputados estaduais George Morais e Cristiano Galnido e a deputada federal Flávia Morais, que destinaram emendas parlamentares para a construção e compra de equipamentos para o Hetrin.

Na ocasião, o governador confirmou a destinação de R$ 60 milhões em recursos estaduais, já previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para redução das filas de espera por cirurgias eletivas em Goiás e mais R$ 20 milhões advindos de recursos federais. “Vamos trabalhar dobrado para que a população tenha certeza de que o dinheiro existe e, quando é bem aplicado, os resultados são esses”, completou o governador.

OVG Perto de Você

Do lado de fora do hospital, o programa OVG Perto de Você destinou à população 150 enxovais de bebê e 149 unidades do Mix do Bem, alimento de alto valor nutricional desenvolvido pelo Governo de Goiás para distribuição a famílias em situação de vulnerabilidade social. 

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Covid-19: Goiás registra 1.125 casos e 9 mortes nas últimas 24 horas

O território goiano registrou 1.125 novos casos de covid-19 e 9 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados constam no boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) desta terça-feira (7/2). Com as atualizações, o Estado já soma 1.880.302  infecções pelo novo coronavírus e 27.978 óbitos confirmados. 

Além disso, a pasta investiga outros 902.749 casos e 60 mortes para saber se há alguma ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 1,49%. 

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AGÊNCIA BRASIL

ONU: supermicróbios podem causar 10 milhões de mortes ao ano até 2050


Até 2050, cerca de 10 milhões de mortes ao ano podem ser registradas no mundo em razão do surgimento e da propagação de supermicróbios – cepas de bactérias que se tornam resistentes a antibióticos conhecidos.

O alerta é do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que defende reduzir a poluição gerada pelos setores farmacêutico, agrícola e de saúde como estratégia essencial para combater a chamada resistência antimicrobiana.

De acordo com o relatório Preparando-se para os supermicróbios: fortalecendo a ação ambiental na resposta à resistência antimicrobiana pela abordagem de saúde única, divulgado hoje (7) pela entidade, o custo econômico da resistência antimicrobiana poderia resultar em uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) global de pelo menos US$ 3,4 trilhões de dólares até 2030, empurrando 24 milhões de pessoas para a extrema pobreza.

O documento destaca que os supermicróbios já causam sério impacto na saúde humana, de animais e de plantas e defende uma resposta multisetorial de saúde. “Devemos permanecer focados em reverter a maré nesta crise, aumentando a conscientização e colocando este assunto de importância global na agenda das nações”, destacou a presidente do Grupo de Lideranças Globais sobre Resistência Antimicrobiana, Mia Amor Mottley.
Entenda

De acordo com o Pnuma, o desenvolvimento e a propagação dos supermicróbios acontece quando medicamentos antimicrobianos usados para prevenir e tratar infecções em humanos, animais e plantas perdem sua eficácia e a medicina moderna, consequentemente, perde sua capacidade de tratar até mesmo infecções leves.

A resistência antimicrobiana aparece na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das dez principais ameaças globais à saúde. Em 2019, 1,27 milhões de mortes foram atribuídas diretamente a infecções resistentes a medicamentos em todo o mundo, enquanto 4,95 milhões foram associadas à resistência antimicrobiana.

“A tripla crise planetária implica em temperaturas mais altas e padrões climáticos extremos, mudanças no uso do solo que alteram sua diversidade microbiana, assim como poluição biológica e química. Tudo isso contribui para o desenvolvimento e a disseminação da resistência antimicrobiana”, destacou o Pnuma.

“A poluição do ar, do solo e dos cursos d’água mina o direito humano a um ambiente limpo e saudável. Os mesmos fatores que causam a degradação do meio ambiente estão agravando o problema da resistência antimicrobiana. E os impactos da resistência antimicrobiana podem destruir nossa saúde e nossos sistemas alimentares”, avaliou a diretora-executiva da entidade, Inger Andersen.
Ações

Dentre o conjunto de medidas sugeridas pelo relatório para o enfrentamento dos supermicróbios estão:

Multiplicar os esforços globais para melhorar a gestão integrada dos recursos hídricos, como promover o abastecimento de água, o saneamento e a higiene;

estimular que países integrem um enfoque ambiental aos planos de ação em nível nacional relacionados com o meio ambiente, como programas nacionais de gestão de resíduos e poluição por químicos e planos de ação em matéria de biodiversidade nacional e planejamento frente à mudança climática;

estabelecer padrões internacionais relativos a indicadores microbiológicos adequados de resistência antimicrobiana a partir de amostras ambientais;

explorar opções para redirecionar investimentos, estabelecer incentivos e esquemas financeiros inovadores, bem como justificar o investimento no sentido de garantir financiamento sustentável, incluindo a alocação de recursos internos suficientes para enfrentar os supermicróbios;

reforçar o monitoramento e a vigilância ambiental, bem como priorizar a pesquisa para fornecer mais dados e evidências que fundamentem melhores intervenções.

“A resistência antimicrobiana requer uma resposta de saúde única que reconheça que a saúde das pessoas, dos animais, das plantas e do meio ambiente estão intimamente ligados e são interdependentes. A prevenção está no centro da ação necessária para deter o surgimento da resistência antimicrobiana e o meio ambiente é uma parte fundamental da solução”, concluiu o relatório.

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Gatilhos emocionais podem desencadear diabetes, como no filho de Marília Mendonça

Leo, filho de Marília Mendonça, desenvolveu diabetes tipo 1 após morte da mãe Reprodução/Instagram

A mãe da cantora Marília Mendonça, Ruth Dias, revelou recentemente que seu neto, Leo, desenvolveu diabetes tipo 1 após a morte da mãe. De acordo com ela, a causa do quadro teria sido de origem emocional, devido à saudade sentida pela criança.

Segundo o endocrinologista Luiz Turatti, do Hospital Moriah, embora o emocional possa estar associado ao surgimento do quadro, a questão não seria a verdadeira causa do diabetes.

"Diabetes emocional é um termo errôneo. O diabetes tipo 1, como o do filho da Marília Mendonça, é uma doença autoimune, que tem seu surgimento associado a condições genéticas. Mas, assim como com infecções, episódios emocionais podem acelerar o processo de desencadeamento da doença e de seu diagnóstico", afirma.

Porém, o endocrinologista explica que o fator emocional pode, sim, influenciar no controle de glicemias. Isso porque episódios de situações que demandam emoções extremas ativam a excreção de hormônios como o cortisol e a adrenalina, que podem aumentar ou diminuir a glicemia do paciente.

O endocrinologista Marcelo Miranda, do Vera Cruz Hospital, explica ainda que o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que ocorre um erro de programação do sistema imunológico, atacando e destruindo as células produtoras de insulina no pâncreas, incapacitando a fabricação do hormônio.

Entre os fatores que predeterminam o surgimento da doença estão a genética e a hereditariedade, embora o segundo seja menos comum quando comparado ao tipo 2.

O diabetes tipo 1 é comumente desenvolvido entre a infância e a adolescência. A endocrinologista Livia Guedes explica que, entre os sintomas que podem ser identificados no quadro, estão o grande volume de urina; aumento do apetite, podendo ser definido como "fome insaciável"; excesso de sede; perda de peso, podendo ou não acompanhar um quadro de cetoacidose; demora na cicatrização; formigamento em mãos e pés; e boca seca. Nesse tipo, o controle é feito mediante ao uso de insulinas.

No diabetes tipo 2, diferente do tipo 1, ainda existe a produção de insulina, mas seu funcionamento no organismo é prejudicado, necessitando de remédios via oral para ajudar no controle glicêmico.

Embora esteja associado à idades acima dos 45 anos, cada vez mais crianças e adolescentes estão sendo diagnosticados com a doença devido a hábitos alimentares, sobrepeso e ao sedentarismo, conforme afirma Miranda.

O diabetes gestacional se caracteriza pelo desenvolvimento na gravidez devido a uma produção limitada de insulina, combinada à resistencia da substância por parte hormônios produzidos pela placenta. Esse quadro costuma cessar após o parto.

Turatti afirma que, muitas vezes, a descoberta do quadro na infância acaba chocando mais os familiares do que a própria criança.

"Diante dessa nova realidade, existe todo um processo educativo e de aceitação de todos. É preciso adequar a realidade na alimentação, monitorização glicêmica e de insulina e atividades físicas, assim como a escola tem papel fundamental nesse momento em auxiliar. É importante que todos entendam que o diabetes não é um quadro limitador e que apenas exige cuidados adicionais", afirma o endocrinologista do Hospital Moriah.

O acompanhamento deve ser multidisciplinar, contando, além do endocrinologista, com nutricionistas, educadores físicos e psicólogos, auxiliando o quadro de maneira global.

O psicólogo André Carneiro, formado pelo Centro Universitário Farias Brito - FB UNI, completa que o impacto dessa nova rotina pode trazer crises de ansiedade, sensação de frustação, tendência a redução da interação social.

Assim, é esperado que algumas crianças fiquem mais reclusas ou até mesmo resistentes ao tratamento - seja médico ou psicológico.

Ele ressalta que o acompanhamento psicológico se faz fundamental para que a criança possa lidar da melhor forma possível com o novo estilo de vida, que demandará de ajustes alimentares, principalmente.

Dia Mundial do Diabetes: como reduzir o risco de Covid grave

Quem tem diabetes vai desenvolver covid-19 na forma grave, necessariamente? Não necessariamente, segundo o endocrinologista Pedro Saddi, diretor da ADJ Diabetes Brasil. Ela afirma que a maior parte das pessoas com diabetes terão a forma leve da doença. 'No entanto, é impossível prever quem terá uma forma grave da doença, por isso, é fundamental prevenir a exposição ao vírus', ressalta

Por que o risco de agravamento da covid-19 é maior em quem tem diabetes? O risco é o mesmo no diabetes tipo 1 e 2? A endocrinologista Tarissa Petry, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, explica que diabéticos têm a imunidade comprometida. Se a doença está descompensada, além da imunidade comprometida, há um aumento de substâncias inflamatórias, levando a um aumento da replicação viral. 'Teoricamente o risco é igual nos dois tipos de diabetes se a doença não estiver sob controle. Porém, o diabetes tipo 2 tem duas agravantes: geralmente ocorre em pessoas com idade mais avançada e está associado ao aumento da gordura abdominal, o que também está associado a maior chance da forma grave', afirma

Quem tem diabetes deve ter algum cuidado a mais em relação à prevenção da covid-19, por exemplo, ter a doença controlada? Pedro Saddi ressalta que o diabético deve ter os mesmos cuidados que a população geral. 'Além disso, é possível que um melhor controle da glicemia minimize o risco de covid-19 grave, então esse é mais um motivo para atingir um controle adequado da glicemia', afirma. Caso contraia a doença, a recomendação, segundo ele, é fazer refeições menores e mais frequentes e manter a hidratação. 'Pode ser necessário monitorar a glicemia com mais frequência e ajustar a dose das medicações. Nunca interrompa as medicações por conta própria', frisa

Ao longo da pandemia, qual foi a maior descoberta na relação entre diabetes e covid-19? Para Tarissa, foi a relação entre o diabetes e suas complicações. 'Além disso, a covid-19 também está relacionada à piora do controle glicêmico. Portanto parece ter uma relação bidirecional', afirma. Já para Saddi chamou a atenção o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas com diabetes. 'Elas estão mais propensas a aumentar os níveis de ansiedade e de depressão neste momento e, assim, elevar a glicemia. Outra questão relevante foi a dificuldade de se manter o fornecimento adequado de medicamentos e insumos para pessoas com diabetes. Existe também a hipótese de que o SARS-CoV-2 possa desencadear diabetes em pessoas previamente sãs, mas isso ainda carece de mais estudos', diz

Quais são os principais cuidados que o diabético deve ter para ter qualidade de vida na pandemia? Ter uma saúde mental equilibrada, fazer o controle da glicemia corretamente e atividade física de forma segura, além de manter uma alimentação adequada, segundo as palavras do endocrinologista. Tarissa destaca ainda a importância de não ter abusos alimentares, principalmente em quantidades, e evitar bebidas alcoólicas

O diabetes tipo 2 é reversível? Como prevenir esse tipo de diabetes? Não é reversível, conforme explica a endocrinologista Mariana Carvalho. 'A diabetes tipo 2 ainda não tem cura, mas é possível obter controle das glicemias para níveis considerados normais por meio de tratamento adequado, que envolve uso correto e regular de medicamentos e melhora no estilo de vida, com alimentação balanceada, exercícios físicos regulares, controle do peso e de fatores emocionais', afirma. Para prevenir, ela indica o controle de peso, alimentação balanceada e prática de atividades físicas

Quais são os principais sinais do diabetes e como é feito o diagnóstico? O diabetes é uma doença assintomática, por isso metade das pessoas que têm a doença não sabe, aponta Tarissa. Ela explica que os sintomas só vão aparecer quando as glicemias estiverem muito altas, que são aumento de sede, fome, aumento da frequência de urinar e emagrecimento. Outros sintomas, de acordo com Saddi, são boca seca, falta de energia, cansaço físico e mental, cicatrização lenta dos machucados, visão embaçada, sonolência, câimbras, formigamentos e infecções recorrentes. Tarissa orienta que, caso tenha fatores de risco, como histórico familiar, aumento de peso, principalmente de gordura abdominal, procure um médico para fazer exames de glicemia.

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O HOJE

Saúde convoca população para vacinar contra Covid-19 antes do Carnaval

Doses em atraso podem comprometer o esquema vacinal e contribuir para o aumento de casos graves no período de festa

Doses em atraso podem comprometer o esquema vacinal e contribuir para o aumento de casos graves no período de festa. | Foto: Reprodução

Após dois anos sem Carnaval de rua devido à pandemia de Covid-19, o Governo de Goiás reforça a importância da atualização das vacinas no prazo adequado para que os imunizantes façam efeito antes do feriado prolongado, a fim de prevenir os casos graves da doença e garantir a segurança dos foliões. Em geral, a proteção começa duas semanas após a segunda dose.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) destaca que todos devem procurar uma unidade de saúde para conferir quais imunizantes estão em atraso para que seja feita a atualização do cartão de vacinas, principalmente em relação às vacinas contra a Covid-19.

De acordo com a Superintendência de Vigilância Sanitária, mais de 2 milhões de goianos que estão aptos a receber a dose de reforço (terceira dose) ainda não o fizeram.

“O imunizante que protege contra a Covid-19 tem prazos muito específicos devido à mutação do vírus. É muito importante seguir as recomendações dos intervalos entre as doses para garantir a eficácia da proteção”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.

Quem pode vacinar

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação de até cinco doses da vacina contra a Covid-19 a depender da idade e condições de saúde de cada pessoa. Em Goiás, as doses estão liberadas para uma ampla faixa etária que vai desde os seis meses de idade até acima de 80 anos.

A primeira dose é recomendada para todos a partir dos seis meses. As crianças contam com doses infantis específicas. Na semana passada, o Estado recebeu 250 mil doses da Pfizer Baby e Pediátrica. Esses imunizantes são destinados para crianças de até 11 anos de idade. Pessoas acima de 12 anos já podem receber a vacina destinada aos adultos.

A segunda dose da vacina está disponível nas unidades de saúde para todos que tomaram a primeira dose há, pelo menos, um mês.

“Quem recebeu a CoronaVac como primeira dose tem de esperar um mês, quem foi vacinado com a Pfizer ou AstraZeneca tem de esperar dois meses para receber a segunda dose”, explica Flúvia. Quem tomou a dose da Janssen precisa do reforço após dois meses.

Para quem precisa tomar a terceira dose, a dica é procurar o cartão de vacinas para conferir a data da última aplicação já que o intervalo aumenta. O tempo de espera entre a segunda e terceira dose é de quatro meses para quem recebeu a CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca.

Mais uma dose

Em Goiás, a quarta dose está liberada apenas para pessoas acima de 30 anos, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos acima de 12 anos que tomaram a terceira dose, de qualquer fabricante, há quatro meses.

“A decisão de vacinar pessoas acima de 30 anos foi tomada após ampla discussão entre os gestores de saúde em Goiás. Essa faixa etária já está abaixo do proposto pelo Ministério da Saúde que é de vacinar com a quarta dose apenas a população acima de 40 anos” reforça Flúvia.

A quinta dose da vacina para a Covid-19 está liberada apenas para os imunossuprimidos com mais de 30 anos. Esse público diz respeito às pessoas com baixa imunidade que apresentam enfraquecimento do sistema imunológico, seja por algumas doenças, por uso de medicamentos ou pela realização de procedimentos médicos.

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O GLOBO

Secretário anuncia reforço do Mais Médicos na crise Ianomâmi e afirma: 'Muita gente vai ser presa'

As unidades de saúde dentro da terra indígena Yanomami e de Boa Vista, em Roraima, deverão receber novos profissionais do programa Mais Médicos nas próximas semanas, anunciou o secretário de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, nesta terça-feira. Segundo o titular, as inscrições da seleção foram encerradas na última semana.

Criticado por má gestão e falta de assistência nos últimos anos, o Distrito Sanitário Yanomami (Dsei-Y) também terá novos rostos. E não só ele: os coordenadores de todos os 34 distritos indígenas, indicados por Jair Bolsonaro, serão substituídos. Questionado sobre intervenção política na gestão de saúde da terra Yanomami, Tapeba limitou-se a dizer que já há investigação da Polícia Federal em curso.

- Tenho certeza que muita gente vai ser presa - afirmou.

Ainda nesta terça, o Ministério da Saúde divulgou um relatório com todos os dados coletados durante a missão de emergência em Roraima até o momento, o plano de ação, fragilidades e diagnóstico de cenário. Com pouco mais de 100 páginas, o panorama aponta três medidas imediatas: restaurar a Casa de Apoio ao Indígena (Casai), na capital roraimense, desde a estrutura até o estoque de medicamentos; garantir a segurança alimentar dos Yanomamis; e regularizar os contratos de transporte aéreo.

As ações devem ser viabilizadas com o auxílio de recursos extras garantidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a crise na região, citou o secretário. "Realizaremos as melhorias para além do orçamento que a Sesai tem. Há uma decisão da presidência de conseguir recursos orçamentários para resolver a situação."

Reformar as unidades básicas em todos os territórios indígenas também está nos planos da pasta. São 68, e três estão fechadas. Uma delas foi tomada por garimpeiros ilegais e é usada como depósito.

Relatório Yanomami

Um documento elaborado após vistoria entre 15 e 25 de janeiro no Dsei Yanomami registra a precariedade dos serviços de saúde prestados ao povo da etnia. Redes sujas, portas quebradas e fezes no chão são algumas das cenas na Casai narradas pelo relatório. Segundo o relatório, costuma faltar remédios básicos, como dipirona, e a ala de isolamento não é utilizada.

Já a unidade básica do polo de Surucucu tem capacidade para receber 60 indígenas e atende 23 comunidades, incluindo três ao redor de Surucucu sem equipe médica nas próprias unidades. Faltam profissionais, medicamentos e equipamentos básicos no local. A seringa para medicamentos orais são lavadas apenas com água e reutilizadas. O texto também denuncia roubo de frutas e verduras, em falta na UBS de Surucucu desde julho de 2022. Foi relatada escassez de copos, pratos, panelas e falta de botijão de gás.

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ISTOÉ

Estudo apresenta descobertas inesperadas sobre a ligação entre álcool e demência

Manter o consumo de álcool em um ou dois drinques por dia diminuiu as chances de desenvolver demência, de acordo com um estudo de quase 4 milhões de sul-coreanos. No entanto, beber mais de dois drinques por dia aumenta esse risco, de acordo com o estudo publicado na segunda-feira na revista JAMA Network Open.

Descobrimos que manter o consumo de álcool leve a moderado, bem como reduzir o consumo de álcool de um nível pesado para moderado, estava associado a uma diminuição do risco de demência, disse o primeiro autor, Dr. Keun Hye Jeon, professor assistente do CHA Gumi Medical Center, CHA University em Gumi, Coréia do Sul.

Mas não corra para a loja de bebidas, dizem os especialistas. Este estudo foi bem feito e é extremamente robusto com 4 milhões de indivíduos, mas devemos ser cautelosos para não interpretar demais os resultados, disse o pesquisador de Alzheimer, Dr. Richard Isaacson, neurologista preventivo do Instituto de Doenças Neurodegenerativas da Flórida. Ele não estava envolvido no novo estudo.

O uso de álcool pode ser um fator de risco para câncer de mama e outros, e consumir muito pode contribuir para problemas digestivos, doenças cardíacas e hepáticas, hipertensão, derrame e um sistema imunológico fraco ao longo do tempo, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. .

Existem bandeiras vermelhas para a doença de Alzheimer também. Por exemplo, se uma pessoa tem uma ou duas cópias da variante do gene APOE4, que aumenta o risco de desenvolver a doença mental, beber não é uma boa escolha, disse Isaacson.

O álcool demonstrou ser prejudicial para os resultados cerebrais em pessoas com esse gene de risco e cerca de 25% da população dos EUA carrega uma cópia do APOE4, disse ele.

Dimensionar o consumo de álcool

O novo estudo examinou os registros médicos de pessoas cobertas pelo Serviço Nacional de Seguro de Saúde da Coreia (NHIS), que oferece um exame de saúde gratuito duas vezes por ano para segurados sul-coreanos com 40 anos ou mais. Além de fazer vários testes, os examinadores perguntaram sobre os hábitos de beber, fumar e praticar exercícios de cada pessoa.

O estudo analisou os dados coletados em 2009 e 2011 e categorizou as pessoas por seus níveis de consumo relatados. Se uma pessoa disse que bebeu menos de 15 gramas (aproximadamente 0,5 onças) de álcool por dia, ela foi considerada bebedora leve.

Nos Estados Unidos, uma bebida padrão contém 14 gramas de álcool, que é aproximadamente o mesmo que 12 onças de cerveja normal, 5 onças de vinho ou 1,5 onças de destilados.

Se os participantes do estudo dissessem aos médicos que bebiam de 15 a 29,9 gramas por dia o equivalente a duas bebidas padrão nos EUA os pesquisadores os categorizavam como bebedores moderados. E se as pessoas dissessem que bebiam mais de 30 gramas, ou três ou mais drinques por dia, os pesquisadores os consideravam bebedores pesados.

Os pesquisadores também analisaram se as pessoas mantiveram ou mudaram a quantidade que bebiam entre 2009 e 2011, disse Jeon.

Ao medir o consumo de álcool em dois momentos, pudemos estudar a relação entre reduzir, cessar, manter e aumentar o consumo de álcool e a incidência de demência, disse ele.

A equipe então comparou esses dados com registros médicos em 2018 sete ou oito anos depois para ver se alguém estudado havia sido diagnosticado com demência.

Depois de ajustar para idade, sexo, tabagismo, nível de exercício e outros fatores demográficos, os pesquisadores descobriram que as pessoas que disseram beber em um nível leve ao longo do tempo cerca de uma bebida por dia tinham 21% menos probabilidade de desenvolver demência do que as pessoas que nunca beberam.

As pessoas que disseram que continuaram a beber em nível moderado, ou cerca de dois drinques por dia, tiveram 17% menos chances de desenvolver demência, segundo o estudo.

É preciso ser cauteloso ao interpretar estudos usando registros médicos. Eles podem estar repletos de desafios em como as doenças são codificadas e estudadas, disse Isaacson. Sempre que você pede às pessoas que recordem seus comportamentos, como beber, isso deixa espaço para erros de memória.

Perigos de aumentar o consumo ao longo do tempo

O padrão positivo não continuou à medida que o consumo aumentava. As pessoas que bebiam muito três ou mais drinques por dia tinham 8% mais chances de serem diagnosticadas com demência, segundo o estudo.

Se os bebedores pesados ​​reduziram o consumo de álcool ao longo do tempo para um nível moderado, o risco de serem diagnosticados com Alzheimer caiu 12% e o risco de demência por todas as causas caiu 8%.

No entanto, as pessoas não são muito boas em julgar quanto álcool estão bebendo, disse Isaacson.

As pessoas realmente não monitoram suas doses de vinho, por exemplo, disse Isaacson. Eles podem pensar que estão bebendo uma taça de vinho de tamanho padrão, mas na verdade é uma taça e meia de cada vez. Beba duas dessas doses e eles terão três taças de vinho. Isso não é mais um consumo leve ou moderado.

Além disso, muitas pessoas que pensam que bebem moderadamente bebem apenas nos fins de semana. O consumo excessivo de álcool está aumentando em todo o mundo, mesmo entre adultos , mostram estudos .

Se alguém bebe cinco drinques no sábado e no domingo, são 10 drinques por semana, o que se qualificaria como uma ingestão moderada de álcool, disse Isaacson. Para mim, isso não é o mesmo que tomar uma taça de vinho cinco dias por semana com uma refeição, o que retarda o consumo.

O novo estudo também descobriu que começar a beber em um nível leve foi associado a uma diminuição do risco de demência e Alzheimer, que, até onde sabemos, nunca foi relatado em estudos anteriores, escreveram os autores.

No entanto, nenhuma das diretrizes de saúde existentes recomenda começar a beber álcool, disse Jeon, acrescentando que, como o estudo foi observacional, nenhuma causa e efeito pode ser determinado.

Nossas descobertas sobre o início do consumo moderado de álcool não podem ser traduzidas diretamente em recomendações clínicas, garantindo assim estudos adicionais para confirmar essas associações, disse Jeon.

Um estudo publicado em março de 2022 descobriu que apenas um litro de cerveja ou uma taça de vinho por dia pode diminuir o volume geral do cérebro, com o dano aumentando à medida que aumenta o número de bebidas diárias.

Em média, as pessoas entre 40 e 69 anos que bebiam um litro de cerveja ou um copo de 6 onças de vinho por dia durante um mês tinham cérebros que pareciam dois anos mais velhos do que aqueles que bebiam apenas metade de uma cerveja, de acordo com o estudo anterior.

Eu nunca sugeri pessoalmente a alguém que começasse a beber quantidades moderadas de álcool se fosse abstinente, disse Isaacson. Mas realmente não existe uma abordagem única para aconselhar um paciente sobre o consumo de álcool.

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MEDICINA S/A

Filas de cirurgias precisam ser monitoradas pelo SUS

Uma informação importante sobre a situação atual das filas de cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS) é, na verdade, a ausência de um dado: não se sabe quantas pessoas esperam hoje pelos procedimentos em cada canto do país. A vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Marília Louvison, descreve que o diagnóstico, quando existe, encontra-se apenas em nível municipal, e precisa ser consolidado em nível estadual e federal. Professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), ela defende que o trabalho que o SUS terá pela frente para vencer o represamento de cirurgias passa, primeiro, por dimensioná-lo.

O maior problema hoje para o novo ministério é a falta de informação. Você não sabe exatamente quantas pessoas estão na fila da cirurgia de vesícula, por exemplo. Quais têm riscos e precisam operar logo, quais são menos graves e podem esperar. As esperas e as filas precisam ser melhor monitoradas pelo SUS como um todo, afirma.

Reduzir a espera de pacientes do SUS está entre as prioridades do Ministério da Saúde, que lançou o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Um montante de R$ 600 milhões em recursos foi garantido para a iniciativa pela PEC da Transição, e a primeira remessa, cerca de R$ 200 milhões, será destinada a cirurgias eletivas.

O secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Helvécio Magalhães, reconheceu que, para produzir mudanças estruturantes, será preciso conhecer a fila. Esse levantamento permitirá criar uma lista nacional dos pacientes que aguardam por procedimentos médicos, consolidar um banco de informações, regular a oferta de serviços com apoio de ferramentas, como o telessaúde, e os protocolos de acesso à atenção especializada. A promessa é dar um tratamento diferenciado à Região Norte, em razão da difícil fixação de profissionais de saúde, principalmente especialistas.

Caberá aos estados, em um primeiro momento, encaminhar ao Ministério da Saúde os planos de trabalho para homologação e transferência do dinheiro. Marília Louvison explica que, nesses planos, os estados poderão reunir as informações de seus municípios e passá-las adiante.

Aí, a gente teria uma possibilidade de monitorá-los, porque os estados vão dizer qual é a necessidade, qual é a sua possibilidade de oferta, quantas pessoas têm que contratar para fazer isso. Assim será possível saber em qual território e em qual procedimento a cirurgia está demorando muito, e poder apoiar, enviar recursos, remanejar profissionais e serviços, para reduzir as desigualdades.

Ao mesmo tempo em que o Estado precisa conhecer a real situação das filas para reduzi-las, os pacientes também precisam ter acesso transparente ao tempo que vão esperar, sua posição na fila e como está a espera em outras partes do país. Marília argumenta que esse ponto é importante inclusive para tranquilizar aqueles que aguardam atendimento.

"Sempre serão filas, mas devem ser filas somente para organizar quem vai primeiro e todos ficarem tranquilos que daqui a pouco chega a sua vez. E não com a sensação de que, ao entrar na fila, nunca mais você vai resolver o problema. O sistema precisa ter transparência para criar confiança nas pessoas", defende. A fila não é um lugar de cuidado. Você saiu de um lugar e ainda não chegou no outro, e tem que gerenciar sozinho a sua angústia em saber se você pode continuar esperando ou não. O SUS precisa garantir a gestão dessa fila".

Represamento

Apesar de não haver a informação exata de quantas pessoas esperam cirurgias, a vice-presidente da Abrasco explica que o represamento desses procedimentos é uma realidade conhecida, e está relacionado a fatores como falta de recursos, escassez de especialistas em algumas partes do país e dificuldades de regulação dos atendimentos. Isso faz com que as pessoas nas filas sejam apenas uma parte das afetadas pelo problema, porque há ainda as que aguardam por um diagnóstico para entrar nas filas.

A situação se agravou com a pandemia de covid-19, lembra ela, quando procedimentos precisaram ser suspensos e recursos hospitalares foram concentrados no tratamento do grande número de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Na maioria do país, os hospitais estão com muita dificuldade de recursos e equipes para retomar os processos, reorganizar seus serviços cirúrgicos e recompor as possibilidades de avaliação das filas, para poder realizar os procedimentos e resolver a vida de muitas pessoas que estão aguardando.

A demora na realização de cirurgias contribui, em alguns casos, para o agravamento do quadro clínico dos pacientes, fazendo com que, em algum momento, precisem ser operados com urgência. No caso de pacientes oncológicos, a demora pode reduzir as possibilidades de cura. Já para pacientes ortopédicos, ou que aguardam com casos de hérnia ou catarata, há perda considerável na qualidade de vida e até na autonomia, exemplifica.

"Acaba havendo uma urgencialização dos eletivos. Aquilo que podia esperar, chega em uma hora em que não pode mais, e você tem uma complicação, uma infecção e, de repente, tem que fazer uma cirurgia de urgência com muito mais risco. Você acaba indo frequentemente no pronto-socorro, convive com dor.

Municípios

O presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, Wilames Freire, considera importante que o programa tenha um funcionamento desburocratizado para atender às necessidades de cada região. Ele lembra que nem todas as cidades possuem estrutura para a realização de cirurgias eletivas, e que será preciso reforçar as unidades de referência de cada região de saúde com recursos, equipes maiores e horas extras, de modo a ter mais espaço nas agendas.

"O que estamos provocando é que também sejam mobilizadas unidades privadas, que possam ser contratadas por secretarias municipais e estaduais e entrem como complemento da rede pública. Com isso, vamos agilizar a realização de cirurgias e aumentar o quantitativo de profissionais disponíveis", complementou.

Freire explica que as grande filas não significam que o sistema parou de realizar cirurgias. O que tem acontecido, na avaliação dele, é uma natural priorização das cirurgias de urgência e um represamento crescente dos procedimentos eletivos desde a pandemia de covid-19. "Não é que os serviços não estão operando, eles estão operando em um ritmo normal, mas a carga de pacientes e procedimentos tem aumentado significativamente. Então, é preciso ampliar o acesso a esses serviços".

Para o gestor, é impossível prever em quanto tempo a situação poderá ser normalizada. Ele pede, entretanto, que haja recursos garantidos para manter um sistema organizado para a realização de cirurgias eletivas no longo prazo.

"O que estamos solicitando ao governo federal é que, durante os quatro anos, sejam disponibilizados R$ 3,5 bilhões. Assim, teríamos condição de não só zerar a fila, mas dar sequência ao projeto. Queremos uma política perene, permanente, para fixar o profissional no serviço, e para que a unidade gestora tenha tranquilidade para manter um funcionamento. Tudo isso vai ser estudado, mas o importante é nós iniciarmos." (Com informações da Agência Brasil)

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Assessoria de Comunicação

Residência Medica 3

 

O processo seletivo para o Programa de Residência Médica do Hospital Santa Helena foi prorrogado até o dia 09/02/23.


As especialidades escolhidas para 2023 foram cardiologia e cirurgia vascular.

As inscrições são realizadas exclusivamente no site www.ceremgoias.org.br:

Acesse e saiba mais: https://www.ceremgoias.org.br/dados/editais/edt0000161.pdf?cache=432d314f6f61fa9eb5a40a5465eddac3

Terça, 07 Fevereiro 2023 07:54

CLIPPING AHPACEG 07/02/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Polícia investiga morte de vendedora em hospital de Goiás

Covid-19: subvariante XBB.1.5 da ômicron é identificada pela 1ª vez em Goiás

Governo quer levantamento de fila do SUS nos estados

Maternidade Aristina Cândida ganha cartório para registro de recém-nascidos

Pacientes denunciam dificuldades para fazer cirurgias, em Goiás - ontem

Fila de espera por cirurgias eletivas em Goiás conta com 15 mil pacientes 

Centro de saúde pede socorro após descaso da prefeitura de Goiânia

Jovem de 21 anos morre em Hospital Estadual de Trindade

ANS determina que planos de saúde devem fornecer remédio de R$ 6,4 milhões

Ministra revela plano para aumentar a vacinação no Brasil

 

PORTAL G1

Polícia investiga morte de vendedora em hospital de Goiás

Eychila Daniely, de 21 anos, fez cirurgia para retirar pedras no canal da bile. Segundo a família, ela recebeu alta e, dias depois, surgiram manchas na pele similares à queimaduras, quando ela precisou ser internada e ficou dias à espera de UTI especializada.

A Polícia Civil investiga a morte da vendedora Eychila Daniely Araujo Nunes, de 21 anos. Segundo a família, Eychila passou por uma cirurgia para retirar pedras no canal da bile e recebeu alta do hospital em Goiânia, mas, dias depois, surgiram manchas na pele similares a queimaduras, e ela precisou ser internada em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, onde ficou cinco dias à espera de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) especializada para queimados.

Eychila morreu no último dia 31 de janeiro deste ano, no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), onde foi internada na enfermaria em 20 de janeiro. Um dia depois, ela foi para a UTI da unidade. Como piorou, o hospital pediu a transferência para uma UTI especializada em queimaduras, o que não ocorreu.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que prestou toda a assistência médica à paciente e solicitou a vaga na UTI para queimados. A SES-GO pontuou que não divulga mais informações sobre o quadro clínico da paciente por causa do sigilo médico (leia nota completa no fim da reportagem).

Já a cirurgia para retirar as pedras foi realizada no dia 14 de janeiro, no Hospital Gastro Salustiano, de onde ela recebeu alta antes de surgirem as manchas. Ao g1, o diretor técnico da unidade disse que não houve nada anormal na evolução do caso e que não tiveram intercorrências no procedimento (veja detalhes do posicionamento abaixo).

A família registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, que informou que instaurou um inquérito na 1ª Delegacia Distrital (DP) de Goiânia para apuração dos fatos.

Manchas na pele

Responsável pela cirurgia para retirar pedras no canal da bile e diretor técnico do hospital em que a vendedora foi operada, Salustiano Gabriel Neto disse que Eychila chegou à unidade com hepatite, cálculo na via biliar e insuficiência hepática a esclarecer. De acordo com o profissional, reações em cirurgias para retirada de pedras são raras e, se a jovem tivesse tido uma reação ao procedimento, seria imediata.

Após a cirurgia, a jovem recebeu alta e foi encaminhada para acompanhamento ambulatorial com médicos hepatologistas e dermatologistas.

Segundo a família, a jovem entrou em contato com o médico que fez a cirurgia e questionou se era normal estar inchada e, por mensagem, ele disse que sim. A família acredita que algum remédio pode ter causado a reação no corpo de Eychila.

“Você toma um medicamento para melhorar e piora, é normal?”, questionou Maria Aparecida, tia da jovem.

Sobre a formação de crostas na pele da vendedora, o médico explicou que a pele da vendedora já estava inchada, amarela e descamando antes de ela chegar ao hospital. Por isso, ele afirmou que ela não teve reação alérgica do procedimento.

“Ela já estava assim [com manchas na pele], e a evolução do quadro de insuficiência hepática que começou muito antes de ela chegar para submeter ao procedimento. A pele dela na chegada estava bastante ictérica (amarelada), descascando a pele no rosto e por todo corpo”, explicou o médico.

Pedido de transferência e morte

Com o aumento das manchas, a jovem procurou o Hutrin. A família contou que ela precisava ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de queimados com isolamento.

A vaga foi solicitada no dia 26 de janeiro para o Complexo Regulador Estadual. Contudo, a família disse que a transferência não foi feita a tempo.

No atestado de óbito de Eychila constam as seguintes causas da morte:

Septicemia: infecção generalizada no sangue;

Síndrome Steven Johnson: doença de pele com as lesões de pele;

Necrólise epidérmica tóxica: tipo mais específico da lesão de pele causada pela Síndrome de Steven Jonhson;

Colecistite: inflamação na vesícula biliar.

Desabafo

Wender Nunes, pai de Eychila, disse ao g1 que saiu de Manaus (AM) e chegou a Trindade no dia 30 de janeiro. Abalado, ele conta que falou com a filha no leito do hospital.

“Conversei com ela, disse: ‘O papai chegou’, ‘o papai tá aqui’. Só que necrosou o corpo dela todo, parecia queimado”, lamentou.

Eychila deixa dois filhos, um de 1 ano e dois meses e outro de dois meses.

Nota SES-GO

A Secretaria de Estado da Saúde informa que a paciente foi recebida via Pronto Socorro do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) no dia 20/01/2023 e no dia seguinte (21/01) foi internada em leito de UTI da unidade. Em 26/01 o Hetrin realizou solicitação de UTI para queimados para a paciente.

O Complexo Regulador Estadual realizou busca qualificada da vaga, tanto na rede estadual, quanto na rede especializada da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Ressalta-se que a paciente encontrava-se assistida em cuidados intensivos em leito de UTI durante todo processo. Em 31/01 o Hetrin informou o cancelamento da solicitação, por óbito da paciente.

A SES-GO reforça que durante todo o período de internação da paciente no Hetrin foi prestada assistência médica e multidisciplinar. Em Goiás, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) é referência na rede estadual para atendimentos de queimados aos 246 municípios goianos.

Em relação a essas informações não é possível responder por questão de sigilo médico. Dados de pacientes não são repassados e maiores informações devem ser colhidas com a família, a qual recebeu todas as orientações da unidade hospitalar.

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Covid-19: subvariante XBB.1.5 da ômicron é identificada pela 1ª vez em Goiás

Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que a identificação foi em uma jovem de 18 anos. A pasta ainda informou que essa é a sétima variante identificada no Brasil.

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás

Goiás confirmou o primeiro caso da subvariante XBB.1.5 da ômicron, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia. A pasta informou que a subvariante foi identificada em uma jovem de 18 anos, que é moradora do município e foi diagnosticada com a Covid-19 na metade de janeiro. Ainda de acordo com a pasta, a jovem já está bem e não precisou ser hospitalizada.

A identificação da subvariante aconteceu na quinta-feira (2), por meio do Programa de Sequenciamento Genômico da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Ainda segundo a pasta, a paciente apresentou sintomas de gripe, como dor de cabeça, tosse e dor de garganta.

A secretaria ainda disse que a jovem negou ter feito viagens ou que tenha tido contato direto com pessoas de outros estados. Com a identificação, a secretaria acendeu um alerta devido a alta transmissibilidade da subvariante.

Além da jovem, familiares dela, como esposo, filho, sogro e sogra, foram diagnosticados com a doença no mesmo período. De acordo com a prefeitura, nenhum precisou de hospitalização.

A pasta também informou que, segundo a plataforma internacional de banco de dados genéticos Gisaid, o caso identificado em Aparecida de Goiânia é o sétimo da subvariante detectado no Brasil.

O que é a XBB.1.5?

subvariante XBB.1.5 é mais uma ramificação da variante ômicron, que é a dominante hoje no mundo. Ela superou as variantes anteriores de coronavírus — Alfa, Beta, Gamma e Delta — desde que surgiu no final de 2021.

A ômicron também deu origem a muitas outras subvariantes contagiosas. Acredita-se que os sintomas de XBB.1.5 sejam semelhantes aos das cepas anteriores. A maioria das pessoas apresenta sintomas semelhantes aos do resfriado. No entanto, a XBB tinha uma mutação que a ajudava a vencer as defesas imunológicas do corpo, mas essa mesma qualidade também reduzia sua capacidade de infectar células humanas.

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JORNAL OPÇÃO

Governo quer levantamento de fila do SUS nos estados

Stéfany Fonseca

A Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas no SUS deve receber R$ 600 milhões

Durante a inauguração do Super Centro Carioca de Saúde, no Rio de Janeiro, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi anunciado um repasse de R$ 200 milhões a estados e municípios para que seja apresentado à União um diagnóstico das filas do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo país.

Os recursos são de um pacote federal de R$ 600 milhões para reduzir as filas do sistema Único de Saúde (SUS) pelo Brasil. Os outros R$ 400 milhões serão repassados à medida que forem realizadas as cirurgias, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas.

O intuito é que o levantamento esteja pronto até junho deste ano. Os detalhes para os repasses desses valores devem ser divulgados ainda está semana.

A orientação é que as secretarias de saúde devem mandar ao Ministério da Saúde a demanda local por cirurgias, além de um planejamento para executar o programa de redução das filas, para que seja estipulada a liberação dos recursos.

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A REDAÇÃO

Maternidade Aristina Cândida ganha cartório para registro de recém-nascidos

Erradicar a subnotificação de registros de recém-nascidos em Senador Canedo. Com esse objetivo, a Secretaria de Saúde (SMS) da cidade inaugurou nesta segunda-feira (6/2) um cartório dentro da Maternidade Municipal Aristina Cândida, retomando as emissões de certidões de nascimento que eram feitas com mais frequência antes da pandemia de covid-19. Assim, quem chega ao mundo na unidade de saúde passa a receber, gratuitamente e sem tanta burocracia, o registro logo após o parto.

Segundo a SMS, a iniciativa visa garantir a cidadania dos pequenos canedenses, já que todos os direitos de um cidadão dependem do registro civil de nascimento, o que concede o acesso à educação, saúde, trabalho, lazer, previdência, entre outros. 

“O nosso compromisso é com bem-estar de toda a população e isso começa desde o nascimento. Os responsáveis passam a contar com um aporte maior para registrar seus filhos e garantir o acesso do pequeno em todos os graus de direitos. Mais uma ação que comprova a nossa preocupação em fazer a cidade se desenvolver no caminho certo”, afirma o prefeito Fernando Pellozo.

Ela destaca que a criação do cartório segue as orientações do Ministério da Saúde de garantir o registro de todos os nascidos vivos no Brasil.  "O objetivo da ação é erradicar a subnotificação de registros no município, além de oferecer comodidade maior para os pais." 

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TV ANHANGUERA

Pacientes denunciam dificuldades para fazer cirurgias, em Goiás - ontem

https://globoplay.globo.com/v/11345326/

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Fila de espera por cirurgias eletivas em Goiás conta com 15 mil pacientes 

https://globoplay.globo.com/v/11345295/

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Centro de saúde pede socorro após descaso da prefeitura de Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/11344865/

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Jovem de 21 anos morre em Hospital Estadual de Trindade

https://globoplay.globo.com/v/11344829/

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FOLHAPRESS

ANS determina que planos de saúde devem fornecer remédio de R$ 6,4 milhões

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta segunda-feira (6) a incorporação de quatro tecnologias ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que deve ser seguido pelas operadoras de planos de saúde.

A principal novidade é a presença do medicamento Zolgensma (onasemnogeno abeparvoveque), da Novartis Biociências S. A., para o tratamento de crianças com até seis meses diagnosticadas com AME (Atrofia Muscular Espinhal) tipo 1, considerado o mais grave.

O remédio, uma infusão de dose única que está entre os primeiros de uma nova classe de terapias genéticas de ponta -é uma grande promessa para pessoas com condições fatais ou debilitantes-, já havia sido incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde) no início de dezembro passado, após avaliação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS) e passar por consulta pública.

A recomendação é que seja utilizado em paciente que esteja fora de ventilação não invasiva acima de 16 horas por dia.

A AME afeta o neurônio motor espinhal e é causada por uma alteração do gene responsável por codificar a proteína necessária para o desenvolvimento adequado dos músculos. Rara e incurável, a doença provoca fraqueza, hipotonia, atrofia e paralisia muscular progressiva afetando a respiração, a deglutição, a fala e a capacidade de andar. O tipo 1 acomete de 45% a 60% do total de doentes com AME e pode levar à morte.

O Zolgensma neutraliza os efeitos da AME nos bebês. A terapia reduz a necessidade de ventilação artificial para respirar e melhora os movimentos e a força muscular -na prática, a criança consegue sentar, sustentar a cabeça e engatinhar, por exemplo.

O preço máximo estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão interministerial responsável pela definição dos preços máximos de comercialização de remédios no país, é de R$ 6,4 milhões pelo tratamento. O governo, porém, concordou em pagar o equivalente a cerca de US$ 1 milhão (R$ 5,14 milhões) por tratamento -muito menos do que alguns outros governos estão pagando.

O acordo com a Novartis prevê que o Brasil divida o pagamento de cada tratamento em cinco parcelas iguais ao longo de quatro anos. Se um paciente morrer, precisar ser ventilado permanentemente ou for incapaz de manter certas funções motoras dois anos após receber o tratamento, o governo não será obrigado a fazer os pagamentos subsequentes.

Após a incorporação ao SUS, o Zolgensma já havia se tornado de cobertura obrigatória pelos planos de saúde quando prescrito pelo médico assistente para administração em internação hospitalar, nos planos de segmentação hospitalar (com ou sem obstetrícia) e planos-referência. Agora no rol da ANS, ele também deve ser oferecido pelos planos para as prescrições realizadas em âmbito ambulatorial.

A tecnologia passa a ser oferecida aos usuários dos planos de saúde a partir da publicação no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer nesta semana.

Procurada, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) afirma que "as operadoras seguem as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar, assim como suas diretrizes".

Os outros três remédios incluídos no rol da ANS são: Dupilumabe, para o tratamento de pacientes adultos com dermatite atópica grave com indicação de tratamento sistêmico e que apresentem falha, intolerância ou contraindicação à ciclosporina; Zanubrutinibe, para tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) que receberam pelo menos uma terapia anterior; e Romosozumabe, para o tratamento de mulheres com osteoporose na pós-menopausa, a partir dos 70 anos, e que falharam ao tratamento medicamentoso.

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PORTAL IG

Ministra revela plano para aumentar a vacinação no Brasil

A ministra da Saúde Nísia Trindade revelou nesta segunda-feira (6) quais são os planos da sua pasta para aumentar o número de pessoas vacinadas no Brasil . Ela relatou que o governo Lula trabalhará para que diminua o discurso negaconista no país e mais pessoas aceitem ser imunizados.

"Nós temos uma tradição de 50 anos do programa de imunização. Já tivemos uma imunização do sarampo e da poliomielite de 90%, que é o que queremos chegar, e hoje não chegamos em 70%. Eu, junto com a minha equipe e com o presidente Lula, a ideia de um movimento nacional em favor da vacinação ", comentou em entrevista ao Roda Viva , da TV Cultura.

"Também fizemos reunião junto com o Conselho de Secretários Estaduais para chegarmos a meta. O Ministério da Saúde é pouco para fazer tudo isso sem os governos estaduais e municipais. É preciso que tenha uma adesão de todos, inclusive dos meios da comunicação e da população", acrescentou.

Ela explicou que o seu principal foco no mês de fevereiro é a vacinação de reforço da Covid-19. A ministra dará prioridade para quem tem comobidade para depois focar nos outros públicos.

"Primeiro o reforço a rotina. Transformamos o programa nacional de vacinação em um departamento para ter mais força nessa atividade. Em fevereiro, vamos começar com a vacinação de reforço da Covid-19 com as pessoas mais vulneráveis, como idosos, indígenas, trabalhadores da saúde, quem tem comobidade, enfim, pessoas com maiores riscos", comentou.

Credibilidade da vacina

Nísia detalhou que as crianças e adolescentes serão prioridade na vacinação, e que usará os meios de comunicação para conscientizar a sociedade para solucionar o problema da vacinação.

"A informação, a conscientização, a explicação e a sensibilidade ajudarão. Por isso vamos trazer de volta o Zé Gotinha", completou.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 06 Fevereiro 2023 07:15

CLIPPING AHPACEG 04 A 06/02/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo: Piso da enfermagem: risco de colapso para os municípios - por Paulo Ziulkoski

Hospital Estadual de Formosa realiza 1ª captação de órgãos para transplantes

Goiás registra 111 casos por covid-19 nas últimas 24 horas

Saiba como a Cannabis pode ajudar contra câncer, convulsão, depressão e até animais

Mãe e filha se emocionam ao contar que se curaram do câncer juntas

Remédio para emagrecer: o que funciona e o que não funciona?

Após 15 anos, a Associação Americana de Pediatria atualiza recomendações para tratamento de crianças e adolescentes com obesidade

PORTAL HOJE

Artigo: Piso da enfermagem: risco de colapso para os municípios - por Paulo Ziulkoski

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) lamenta que o Ministério da Saúde não inclua os Entes locais nos debates sobre o financiamento do piso salarial da enfermagem, tendo em vista que esses são os mais impactados pela medida. Estimativas da entidade apontam que os Municípios, que são responsáveis pela vinculação de 42% desses profissionais, teriam impacto de R 10,5 bilhões somente no primeiro ano da implementação da medida e correriam o grave risco de enfrentar o colapso da saúde e a desassistência da população de forma permanente.

A entidade alerta novamente que as soluções apontadas pelo grupo de trabalho criado pelo MS com o objetivo de viabilizar o pagamento, conforme informações já divulgadas pelo Conselho Federal da Enfermagem (Cofen), não são resolutivas para esse problema.

O movimento municipalista teme que o texto da Medida Provisória em debate pelo grupo seja utilizado como justificativa para derrubar a liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os efeitos da Lei 14.434/2022 pela falta de indicação da fonte de financiamento e pelos riscos à solvabilidade das finanças de Estados e Municípios.

Em última decisão, o ministro Roberto Barroso solicitou à Câmara e ao Senado informações a respeito do projeto de lei para regulamentar a Emenda 127, uma vez que, na previsão constitucional, a efetivação do piso necessita de lei que defina as fontes de financiamento, os critérios de destinação dos recursos e a metodologia de rateio para repasse aos Entes e prestadores de serviços. O vazio legal não permite a operacionalização da Emenda 127.

A utilização de recursos de fundos públicos para o financiamento do piso, como vem sendo noticiado como a solução para o custeio, é um equívoco, uma vez que a medida é temporária e incerta.

A previsão de recursos vai até 2027, sujeita a superávit dos fundos, e não há fonte de financiamento a partir de 2028. Os fundos públicos são criados e regulados por leis específicas, que devem ser observadas para evitar conflitos e entraves legais. Um exemplo é o Fundo Social do pré-sal (Lei 12.351/2010), que define seu objetivo e aplicação dos seus recursos financeiros. Parte do Fundo já tem destinação fixa e o superávit no exercício de 2021 foi de R 17 bilhões. Esses não são suficientes para cobrir as despesas decorrentes do piso, tendo em vista que o impacto para os Entes e prestadores de serviços supera R 24,3 bilhões.

Para a CNM, uma medida complementar que viabiliza o pagamento, no âmbito dos Municípios, é a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/2022, que adiciona ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) mais 1,5%.

A medida é permanente e aporta recursos financeiros que poderão ser aplicados de forma adicional ao auxílio da União para o cumprimento do piso. Outra solução é o custeio permanente do piso pela União, como já ocorre com o piso dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemia.

Diante disso, a CNM reitera a necessidade de que seja mantida a liminar do STF até que haja uma solução sustentável e definitiva para viabilizar o pagamento sem comprometer a prestação de serviços e a solvência dos Entes.

Paulo Ziulkoski é presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM)

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A REDAÇÃO

Hospital Estadual de Formosa realiza 1ª captação de órgãos para transplantes

O Hospital Estadual de Formosa Dr. César Saad Fayad (HEF), na Região de Saúde do Entorno Norte, relaizou, neste sábado (4/2), a primeira captação de órgãos. Com o apoio de transporte aéreo da Casa Militar do Governo de Goiás, a equipe da Gerência de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), composta por dois médicos e duas enfermeiras, foi até o hospital para conduzir o processo de captação. 

A gerente de Transplantes da SES-GO, Katiúscia Freitas, pontuou que foram captados rins e córneas após a constatação de morte encefálica da doadora de 74 anos. “A família autorizou a doação dos órgãos após o diagnóstico da morte encefálica devido a um traumatismo craniano. É um momento difícil para a família, mas tiveram a sensibilidade para autorizar a doação”.

“Todos os órgãos doados beneficiarão pacientes que estão na fila de espera no estado”, garantiu a gerente. As córneas foram captadas pela Fundação Banco de Olhos e os rins foram para o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), unidade da rede estadual referência em realização deste tipo de transplante.

Katiúscia Freitas lembra que esse trabalho foi possível graças ao empenho das equipes do hospital, em conjunto com a Gerência de Transplantes e a Casa Militar, que colaboraram na estrutura logística da captação e transporte dos órgãos. “Tivemos apoio do serviço aéreo para deslocamento de Goiânia até Brasília, e de lá a equipe terrestre do hospital colaborou para o trajeto”. 

Momento histórico para o HEF

A paciente deu entrada no pronto socorro do HEF após sofrer queda da própria altura. A equipe médica do hospital prestou toda assistência, realizando exames clínicos e de imagem, chegando à conclusão da morte encefálica da paciente, explicou a coordenadora de enfermagem da UTI do hospital, Bruna Soares. “Após todo esse processo fizemos contato com a família sobre o óbito, e os próprios familiares já levantaram a hipótese para a doação de órgãos. Fizemos a entrevista e a doação foi autorizada”.

Estadualizado em 2020, o HEF funcionou como Hospital de Campanha durante o período crítico da pandemia de Covid-19, prestando atendimento aos moradores da Região de Saúde do Entorno Norte, composta por oito municípios e mais de 260 mil habitantes. Atualmente a unidade conta com 80 leitos, sendo 20 de UTI e um pronto-socorro para atendimentos de urgência e emergência. 

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Goiás registra 111 casos por covid-19 nas últimas 24 horas

Goiás registrou 111 novos casos e nenhuma morte por covid-19 nas últimas 24 horas. Os números são do boletim publicado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) neste domingo (5/2). Com as atualizações, o Estado acumula 1.878.410 infecções e 27.964 óbitos pela doença.
 
Segundo o boletim, existem 58 mortes sob investigação para saber se há alguma ligação com a doença. A taxa de letalidade do vírus é de 1.49%, em Goiás.

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O HOJE

Saiba como a Cannabis pode ajudar contra câncer, convulsão, depressão e até animais

Cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, médio explica importância de esclarecer sobre o uso correto do produto orgânico que também dá origem à maconha

Não é surpresa pra ninguém que um tipo de planta da mesma família que dá origem à maconha esteja salvando muitas vidas. O responsável por isso é a cannabis, que gera muitas formas medicinais, de acordo com a combinação de substâncias e que tem sido usado para tratamentos contra câncer, convulsão, depressão e até para ajudar animais de estimação. Mas a falta de conhecimento sobre como isso acontece e o preconceito contra o tema ainda é uma barreira.

Por isso, o médico nutrólogo e intensivista, Dr José Israel Sanchez Robles, explica a importância da informação correta sobre o assunto chegar até o máximo de pessoas. “Este é um ano chave para a indústria da cannabis e a expectativa é de que a pauta finalmente receba a atenção que merece, tanto por parte das pessoas quanto por parte das empresas e dos políticos”, introduz o especialista. 

“É muito importante que os benefícios que essa planta pode trazer cheguem ao máximo número de pessoas. Pesquisas já provaram que o câncer, por exemplo, uma das doenças que mais causa mortes e que atingirá cerca da metade de homens e um terço de mulheres nos próximos anos, pode ter o cannabis no seu arsenal terapêutico, que atua de forma benéfica no alívio sintomas da quimioterapia, além de tratar a ansiedade que pode estar associada”, afirmou o médico.

De acordo com José Israel, estudos mostram que o cannabis diminui o amplo espectro de células tumorais por meio de vários mecanismos. “Há, ainda, pesquisas que apontam os canabinóides como supressores dos tumores, outros apontam ação anti-inflamatória que bloqueia o sistema de resposta do corpo ao câncer. Com isso, pode haver, até mesmo, a redução do crescimento tumoral de certos tipos da doença”, completa. 

Além de ajudar contra o câncer na doença ou prevenção, o especialista lembra que o THC, como é conhecida a molécula mais psicoativa da cannabis, atua como relaxante muscular e anti-inflamatório. “Daí a produção de óleos com efeitos anticonvulsivos, anti-inflamatórios, antidepressivos e até anti-hipertensivos. Esses produtos também são usados como analgésico e estímulo para aumentar o apetite”, pontuou José Israel.

Até em animais a cannabis já provou ser eficiente. Desde 2020, por exemplo, a associação INDICA (Inclusão, Diversidade e Cannabis) de São Paulo decidiu focar seu atendimento nos bichos de estimação. O órgão já conseguiu ajudar mais de 2 mil animais, de todas as regiões do Brasil, a aliviar a dor, diminuir a ansiedade, reduzir problemas gastrointestinais e convulsões em cães e gatos. 

A Cannabis Medicinal, que foi reclassificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e incluída na lista das drogas que têm propriedades medicinais reconhecidas, está liberada pela ANVISA desde o ano de 2015. Ainda no Brasil, São Paulo é o estado brasileiro com mais autorizações para importar o medicamento. Além disso, um projeto do estado, pode até mesmo disponibilizá-lo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

O Projeto de Lei Nº 1180, de 2019, foi aprovado em votação realizada  no final do ano de 2022 instituindo  a política estadual de fornecimento gratuito pelo Estado de medicamentos de derivado vegetal à base de canabidiol, em associação com outras substâncias canabinóides, incluindo o tetrahidrocanabinol (THC). Basta, agora, a sanção do governador Tarcísio de Freitas.

Já em Goiás, a Universidade Evangélica do estado (UniEVANGÉLICA) iniciará, em fevereiro de 2023, estudos com dois extratos da cannabis, o canabidiol e o tetrahidrocanabinol em parceria com a Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (AGAPE).

“Apesar destas evidências in vitro e in vivo, e das expectativas positivas que vemos sobre a expansão deste composto no mundo e no Brasil, sabemos que somente após a legalização e flexibilização do uso derivados da cannabis na medicina é que serão abertas inúmeras e verdadeiras possibilidades para pesquisas e tratamentos cada vez mais eficientes com estes fármacos”, reforçou Dr José Israel.

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PORTAL G1

Mãe e filha se emocionam ao contar que se curaram do câncer juntas

Ludmila Cruvinel e Maria Alice Cruvinel tiveram câncer de mama. Apoio de pessoas próximas foi um fator importante durante a batalha.

A funcionária pública Ludmila Cruvinel e a mãe dela, Maria Alice Cruvinel, são dois exemplos de superação. As duas enfrentaram a batalha contra o câncer juntas com muita luta, força, bom humor e pensamentos positivos.

Ludmila, de 50 anos, mora em Goiânia e descobriu em junho de 2022 o câncer de mama. Em seguida, também soube que estava com Covid-19. No início, a funcionária pública ficou abalada, mas depois escolheu lutar e vencer a guerra, e venceu.

“A gente deve chorar, mas depois tem que escolher. Eu vou continuar chorando e me vitimizando ou eu vou lutar e vencer essa guerra?”, disse Ludmila à TV Anhanguera.

Foram mais de 10 sessões de quimioterapia. Para distrair e tornar o processo mais tranquilo, Ludmila começou a praticar esportes e agir de forma positiva, sempre confiante na cura.

O apoio de pessoas próximas também foi um fator importante durante a batalha. Inclusive, o aniversário de Ludmila foi bem em uma dia de quimioterapia e, para comemorar, os amigos e familiares dela foram ao hospital e fizeram uma festa.

A batalha da Ludmila contra o câncer de mama acabou no fim de 2022, mas durante o processo, ela descobriu que a mãe, de 80 anos, também estava com câncer de mama. Segundo familiares, as duas foram guerreiras e deram força uma para outra durante a doença.

O estado emocional pode fazer a diferença em tratamentos de pacientes com câncer. Para Maria Alice, mãe da Ludmila, a positividade da filha ajudou durante todo processo.

Maria Alice também encontrou maneiras de acalmar o coração em momentos de angústia. Ela contou à TV Anhanguera que quando estava chateada ou emotiva tocava teclado para distrair.

Câncer

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estiva 704 casos de câncer por ano no Brasil. Segundo o Inca, os cânceres de próstata, de mama feminina e do colorretal são os mais comuns na região centro-oeste.

Entretanto, a medicina avança ano após ano e novos estudos são desenvolvidos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e trazer a cura mais rápida.

O médico oncologista Dr. Luis Onofre contou à TV Anhanguera que nos últimos 10 anos o tratamento contra o câncer sofreu uma grande evolução. Segundo ele, os cientistas aprenderam a estudar o DNA do tumor e a partir disso, descobrir drogas específicas para o tratamento.

3 pilares

Ludmila explicou à TV Anhanguera que seguiu três pilares que a ajudaram durante o tratamento. Para ela, ter fé, ter um apoio familiar e agradecer a cada dia pelo dom da vida fizeram ela ter mais força e esperança.

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PORTAL UOL

Remédio para emagrecer: o que funciona e o que não funciona?

O desejo por emagrecer leva muitas pessoas a buscarem remédios que aceleram o emagrecimento. Em meio a isso, estão tanto pessoas que querem ter um corpo mais enxuto quanto quem sofre de obesidade.

Nos últimos anos, a indústria farmacêutica desenvolveu medicamentos cada vez mais eficazes para atuar no tratamento da obesidade. Alguns deles vêm apresentando bons resultados quando são usados com prescrição e orientação de médicos capacitados.

Dicas de saúde, alimentação e bem-estar em um único aplicativo. Baixe aqui VivaBem UOL Esses remédios são indicados aos pacientes com o IMC acima de 30 (considerados obesos) e aqueles com IMC a partir de 27 (sobrepeso) que apresentam doenças associadas. (calcule seu IMC).

Atenção: não pratique a automedicação, ela pode provocar mais problemas.

Remédios para emagrecer: o que tomar?No Brasil, existem algumas opções de medicamentos para a obesidade, sendo que alguns têm maior potencial de perda de peso do que outros.

Como cada paciente responde de uma maneira, nenhum deve ser descartado, sendo que o acompanhamento médico é essencial.

Liraglutida (Saxenda®)Desenvolvida para tratar o diabetes, a substância passou a ter indicação para a obesidade depois que estudos mostraram sua ação em diminuir uma média de 6% do peso dos pacientes, trazendo benefícios para a saúde cardiovascular, como a redução da pressão arterial e da gordura visceral.

A liraglutida age de maneira similar a um hormônio produzido no intestino, conhecido como GLP-1, que regula a produção de insulina pelo pâncreas, além de controlar o apetite e a saciedade ao enviar sinais para uma região específica do cérebro que faz esse controle, e retardar o esvaziamento do estômago.

A liraglutida é vendida como uma espécie de caneta com uma agulha fina na ponta para ser aplicada diariamente na região do abdome na quantidade orientada pelo médico. Pode ser usada em pacientes a partir de 12 anos, sendo as náuseas o principal efeito colateral em cerca de 20% dos pacientes no início do tratamento.

Semaglutida (Wegovy)Também criada para o tratamento do diabetes, a semaglutida ("parente" da liraglutida) foi recentemente aprovada pela Anvisa para o tratamento da obesidade por apresentar resultados como uma redução de 15% no peso. conforme estudos realizados com a dose de 2,4 mg, como o divulgado no The New England Journal of Medicine.

A substância funciona de maneira similar à liraglutida: é análoga ao hormônio GLP-1, portanto, age no centro da fome e da saciedade, além de promover um esvaziamento gástrico mais lento e melhorar a produção de insulina.

A diferença entre as duas fica por conta da aplicação semanal da semaglutida e de sua maior potência, uma vez que a substância age por um tempo mais prolongado no organismo.

A substância injetável já é comercializada para o tratamento da obesidade nos Estados Unidos e, em breve, deve estar à venda no Brasil.

TirzepatidaA substância demonstrou resultados muito promissores em 90% dos pacientes que usaram o medicamento, chegando a reduzir o peso em mais de 20% em um ano e meio de tratamento - nível semelhante ao de uma bariátrica. Esses dados estão no estudo Surmont-1 e o remédio deve revolucionar o tratamento para obesidade.

Além de oferecer a mesma ação da semaglutina e da liraglutina sobre o GLP-1, o novo fármaco também atua simulando outro hormônio secretado pelo intestino, o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose).

Em conjunto, eles atuam na saciedade, no controle da glicose e em alguns outros mecanismos que ajudam a manter baixos os níveis de açúcar no sangue após a ingestão dos alimentos por atuarem nas células beta no pâncreas. O medicamento ainda se mostrou seguro, podendo ser usado por tempo indeterminado.

Orlistate ou orlistat (Orlistat STADA®, Lystate® e Lipiblock®)Trata-se de uma substância que atua em uma enzima que faz parte da digestão, diminuindo a absorção da gordura ingerida pela alimentação em cerca de 30%. Dessa maneira, gera um aporte calórico mais baixo, levando ao emagrecimento e contribuindo para reduzir os níveis de colesterol.

A desvantagem é que, como parte da gordura ingerida é eliminada pelas fezes, o paciente pode sofrer com gases e diarreia, além de ter interferência nos níveis de vitaminas que precisam de gorduras para serem absorvidas, como a vitaminas A, B, E e K.

Associação de bupropiona com naltrexonaEssa combinação de fármacos, até então usados separadamente para pacientes com quadros depressivos (bupropiona) ou em tratamento do alcoolismo ou de substâncias opioides (naltrexona), já foi aprovada pela Anvisa e deve ser lançada em breve no mercado brasileiro com o nome de Contrave.

Sua principal indicação será o tratamento de obesidade daqueles pacientes que apresentam episódios de compulsão alimentar, algo que atinge cerca de 30% dos pacientes que apresentam algum grau de obesidade.

A naltrexona potencializa a ação da bupropiona, atuando nos níveis de dois neurotransmissores do cérebro: dopamina e noradrenalina. Isso possibilita que o paciente controle seu impulso por comer um alimento calórico pela busca da sensação de satisfação, além de reduzir a fome.

SibutraminaTrata-se de um fármaco de venda controlada que atua nos níveis de serotonina e noradrenalina, controlando a fome e a saciedade, para ajudar o paciente a seguir uma dieta com restrição calórica e evitar que ele coma por impulso.

O medicamento apresenta bons resultados na perda de peso com a vantagem de ter um custo bem mais baixo do que a liraglutida e a semaglutida. No entanto, é contraindicado para pacientes com risco cardiovascular, e aqueles com diabetes e hipertensão não controladas.

Por isso, o fármaco só é vendido com a Receita B2 acompanhada do Termo de Responsabilidade do Prescritor, que deve ser devidamente emitido, preenchido e assinado pelo médico e também assinado pelo paciente.

TopiramatoUsado no tratamento da enxaqueca e da epilepsia, esse medicamento anticonvulsivante é uma opção de tratamento para os pacientes obesos que têm um padrão compulsivo na alimentação, já que atua no centro da fome e da compulsão no cérebro, contribuindo para a perda de peso.

Dimesilato de lisdexanfetamina (Venvanse® ou Juneve®)Lançada com o objetivo de tratar pacientes com TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), em 2018 a substância foi liberada pela Anvisa para o tratamento da compulsão alimentar a fim de contribuir para a redução do peso.

Ela atua sobre a dopamina e a liberação de outros neurotransmissores no cérebro fazendo com que o paciente deixe de ter o impulso por comer. Mas é contraindicado para hipertensos ou pessoas que tenham outras doenças cardiovasculares, além daquelas com hipertireoidismo e glaucoma.

Remédios que NÃO funcionam para a perda de pesoFluoxetinaApesar de inicialmente a substância apresentar resultados nos pacientes a fim de controlar a fome e a sensação de saciedade por atuar em neurotransmissores do cérebro, seu efeito não dura muito tempo.

LaxantesMedicamentos com efeito laxante (como Lacto-Purga® e Dulcolax®, por exemplo) não têm nenhum efeito sobre a redução de gordura corporal, e ainda há o risco de provocar uma inflamação intestinal, alterações na microbiota responsável pela absorção de nutrientes e até uma dependência de laxativos para evacuar.

DiuréticosOs fármacos com essa ação como a furosemida (Lasix®), espironolactona e a hidroclorotiazida têm um problema: esse tipo de substância não é capaz de eliminar gordura e seu uso indiscriminado e sem a devida orientação pode levar à desidratação, problemas renais e até a morte.

LevotiroxinaIndicado para quem tem baixa produção de hormônio tireoidiano, esse medicamento é usado por algumas pessoas sem indicação médica na tentativa de "acelerar o metabolismo" para gerar o emagrecimento. Seu efeito, no entanto, costuma causar a perda de massa magra.

FitoterápicosExtratos de plantas (Citrus aurantium, Rhodia gordoni, Cáscara Sagrada, Pholia negra, entre outros) apresentam um resultado muito discreto na perda de peso, portanto são pouco eficientes no tratamento da obesidade.

ChásInfusões preparadas com hibiscus, carqueja, gengibre e outras ervas possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e algumas vezes diuréticas, mas que não possuem evidência científica de trazer um emagrecimento potencial para os quadros de obesidade.

ProbióticosApesar de existirem estudos que relacionam a alteração da microbiota do intestino com diabetes, obesidade e problemas cardíacos, ainda não foi possível demonstrar que um grupo específico de bactérias seja capaz de proporcionar uma perda de peso significativa.

Dicas que funcionam para a perda de pesoApesar dos fármacos indicados para tratar a obesidade contribuírem muito para o processo de perda de peso, é preciso combiná-los com mudanças no estilo de vida como:

Dieta saudável com restrição calórica, mas com acompanhamento de profissional de saúdeAumentar o consumo de proteínasGarantir a ingestão de mais fibrasPraticar exercícios físicosBeber mais águaDormir mais e ter um sono de qualidadeGerenciar o estresseFontes: Lúcia Cordeiro, médica endocrinologista, professora da disciplina de endocrinologia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco); Marcelo Miranda, médico endocrinologista, pesquisador do Laboratório de Investigação em Metabolismo e Diabetes da Unicamp; e Fábio Trujilho. endocrinologista, vice-presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) e diretor do departamento de obesidade da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

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O SUL

Após 15 anos, a Associação Americana de Pediatria atualiza recomendações para tratamento de crianças e adolescentes com obesidade

No Brasil, o problema afeta 3,1 milhões de menores de 10 anos.

Após 15 anos, a Associação Americana de Pediatria (AAP) atualizou recomendações para o tratamento de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Embora reforce que a terapia focada em mudança de estilo de vida seja a mais eficaz, pela primeira vez admite a possibilidade de intervenção combinada a medicamentos emagrecedores (a partir dos 8 anos) ou então cirurgia metabólica e bariátrica (em casos de obesidade grave e para pacientes acima de 13 anos).

O documento é divulgado no momento em que a obesidade, doença crônica, é considerada uma "epidemia", agravada com o isolamento social imposto pela covid. Além disso, diz a associação, os Estados Unidos têm ambiente "cada vez mais obesogênico", que promove o comportamento sedentário e escolhas alimentares pouco saudáveis.

No Brasil, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, a proporção de pessoas com obesidade na população adulta, entre 2003 e 2019, mais que dobrou, passando de 12,2% para 26,8%. No ano passado, o Ministério da Saúde informou que a obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no País; e o excesso de peso - 6,4 milhões.

"O Brasil curiosamente saltou da desnutrição para a obesidade. Não tivemos um intermediário", destaca Durval Damiani, chefe de Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Aprovação

Há especialistas que consideram positivas as novas recomendações. Destacam que o plano valida opções já feitas pelos médicos, mas que sofriam resistência, na visão deles, por causa de estigmas. Outro ponto elogiado é o documento reconhecer a obesidade como doença multifatorial, não uma escolha, e sobretudo um desafio não de médicos especialistas, mas de todos os que atendem o público jovem.

"O que chama a atenção é a Sociedade de Pediatria, como um todo, discutindo algo antes visto como assunto de alguns médicos especialistas em obesidade, que eram até meio marginalizados por outros", observa o endocrinologista Bruno Halpern, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).

Ele aponta que isso é um passo preventivo importante. "Ninguém desenvolve a obesidade de um dia para o outro. A gente tem batalhado muito para que o pediatra chame a atenção da criança ou do adolescente para a obesidade, mesmo que esta não tenha sido a causa primária da consulta."

Endocrinologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba (PR), Julienne Carvalho frisa que o tratamento de crianças depende muito dos pais e responsáveis: "O pediatra é o médico de confiança da família desde sempre. Ele tem de estar a par dessas informações novas, para que a família se sinta realmente segura em fazer um tratamento que, até então, não imaginava possível".

Conforme Damiani, remédios e cirurgia são cogitados apenas quando mudar o comportamento, sozinho, não apresenta resultados. Ele conta que sua equipe foi pioneira em cirurgia bariátrica em adolescentes no País. Em 2007, operaram uma paciente de 15 anos:

"A adolescente precisava andar com o apoio dos pais do lado, como se fossem muleta. Não ia à escola. Você não imagina o quanto caíram em cima da gente, dizendo que éramos loucos de operar alguém de 15 anos".

"Chocou o mundo a indicação de remédio ou cirurgia porque as pessoas têm preconceito com obesidade. Existe ainda a visão antiquada e preconceituosa de que a obesidade é uma escolha e é somente relacionada a maus hábitos de vida", lamenta Halpern.

No documento, a AAP destaca que a farmacoterapia pode ser prescrita para crianças a partir dos 8 anos em "condições específicas", após avaliação de risco e benefício, embora frise que não haja amplo escopo de evidências para o uso desses medicamentos em pacientes menores de 12 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece assistência integral às pessoas com sobrepeso e obesidade, com atividades preventivas de vigilância alimentar, acompanhamento nutricional. "além de assistência clínica e cirúrgica, como cirurgia bariátrica e reparadora para corrigir excesso de pele".

Prevenção global

Para Durval Damiani, a prevenção é arma fundamental no combate à "epidemia". "Onde essa prevenção tem de ser fortemente estimulada? Evidentemente, na família e na chamada família estendida, onde a escola exerce papel fundamental", defende, acrescentando que: "As pessoas precisam prestar atenção no peso dos filhos. Ir ao pediatra e cobrar: 'Doutor, como está o meu filho? Está crescendo bem'?".

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 03 Fevereiro 2023 07:54

Nota de Pesar – Falecimento dr. Augusto Paranhos

Escrito por

Com imenso pesar, a Ahpaceg comunica o falecimento do médico oftalmologista Augusto Paranhos, pioneiro da Oftalmologia em Goiás e sócio-fundador do nosso associado Hospital da Visão.

Nossos sentimentos e solidariedade à família, amigos e a toda a equipe do Hospital da Visão.

Ao Dr. Augusto, nossa gratidão por tudo o que fez pela medicina e a saúde em nosso Estado.

Descanse em paz!

O velório será no cemitério Jardim das Palmeiras, a partir das 8 horas, de 3 de fevereiro de 2023.

Sexta, 03 Fevereiro 2023 07:46

CLIPPING AHPACEG 03/02/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

As estratégias e o compromisso para um setor de saúde mais sustentável

Mental Health Summit destaca a importância da segurança psicológica no trabalho

MP quer proibir blocos carnavalescos de passarem pelo Vaca Brava, em Goiânia

Goiânia retoma vacinação de crianças contra Covid-19 nesta sexta

Justiça autoriza empresário de Goiânia a plantar e usar maconha para tratamento de saúde

UFMG precisa de voluntários para testes em humanos de vacina brasileira contra Covid; veja quem pode participar

Instituto Vencer o Câncer lança cartilha sobre a nova lei dos planos de saúde

Ministério da Saúde discute medida provisória para pagamento do Piso

SAÚDEBUSINESS

As estratégias e o compromisso para um setor de saúde mais sustentável

Nova líder de ESG da Dasa, Nelcina Tropardi, fala sobre os projetos, desafios, e a satisfação de trabalhar com esse tema na saúde

Sustentabilidade sempre foi um pilar direcionador para as ações da Dasa. A sustentabilidade no sentido mais amplo possível: a sustentabilidade econômico-financeira, o impacto no meio ambiente e, pela natureza de seus negócios, contribuir para o desenvolvimento de um modelo de saúde mais sustentável.  

Como reconhecimento desse compromisso, a empresa passou a integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. Com vigência até dezembro de 2023, o índice funciona como uma carteira teórica de ativos, ou seja, é indicador do desempenho médio das cotações das ações das empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial. 

É esse o cenário que a executiva Nelcina Tropardi ingressa como nova diretora Jurídica, de ESG, Relações Governamentais e Auditoria Interna da Dasa.  

Com mais de 25 anos de experiência em assuntos jurídicos e corporativos em multinacionais no Brasil e na América Latina, como Unilever, Pirelli, Diageo e Heineken e larga experiência em Direito, Assuntos Corporativos, Sustentabilidade, Ética e Compliance, Nelcina vê sua atuação na saúde um caminho de realização e bons desafios.  

A Dasa passou a integrar o Índice de Sustentabilidade da B3, qual é a importância e o impacto disso dentro da organização?  

Essa conquista é muito importante. Já temos esse modelo de negócios para mitigar nossos impactos e isso vai permitir que os benefícios sejam maiores. A gente tem ESG muito dentro da organização, comparando com outros setores que já passei, este olhar está muito mais disseminado nas decisões de negócios. O ISE é como se fosse um reconhecimento do que a gente pratica.  

Com a experiência de mercado que tem é a primeira vez que atua no setor de saúde. Como é essa experiência para você? Qual é a sua visão sobre o ESG nessa área?  

É como eu se tivesse me preparado a vida inteira para atuar nessa área. Tem muitos desafios no setor, a pandemia deixou muito claro que o modelo precisa ser repensado, revisto. O principal ponto é tratar só o doente, a prevenção é a chave. Estou muito feliz de ter chegado nesse sentido. Fiz um ano sabático, e como meta de vida, um dos setores que gostaria de trabalhar era o de saúde. É bom ter chegado.  

No relatório de sustentabilidade da DASA, muitas ações já são destacadas assim como projetos futuros. E há um amadurecimento dentro da organização sobre o tema. Quais são os próximos passos nessa área, e quais os grandes desafios?  

Pretendemos continuar com a estratégia de ESG e com os projetos em desenvolvimento. Temos uma tradição maior em medicina diagnóstica e estamos nos posicionando cada vez na área de hospitais, segmento que tem grandes desafios. Somos uma das únicas redes que mede o desfecho clínico nos hospitais. Não estamos só preocupados com a segurança e qualidade do paciente, mas se deu certo o tratamento e com isso ele não vai voltar seis meses depois, porque o cuidado que ele recebeu não foi satisfatório. É a sustentabilidade a longo prazo, que se conecta com ESG. E isso está muito integrado à estratégia da empresa. Vamos continuar com todos os projetos e manter essa toada, nos aperfeiçoando para entregar cada vez mais saúde baseada em valor.   

Quando falamos de ESG na saúde, o S tem um peso maior por haver maior pressão da sociedade, pela natureza do negócio, e pelos desafios que o setor tem, como altos custos e pouco acesso. Como você avalia isso? A Dasa tem projetos nesse sentido?  

A Dasa tem uma série de projetos nessa área. Atuar em prevenção, e em saúde baseada em valor, com os desfechos e o monitoramento. Outro projeto bem interessante é o Genov, que foi criado em 2021 para gerar o maior banco genômico privado do Brasil. Acompanhamos e conhecemos a evolução genética do Sars-CoV-2 em tempo real no País por meio do sequenciamento de 30 mil genomas completos em um ano. Informação e dados são itens relevantes na gestão do segmento de saúde. São alguns exemplos de atuação para transformar a saúde.  

Para você que tem mais de 25 anos de experiência na área, em outros segmentos, como você avalia a evolução do tema no mercado e para onde precisamos evoluir nesse segmento?  

Acredito como profissional que a agenda de ESG veio para ficar,  é uma questão das empresas entenderem e pensarem as ações com essa conexão ambiental e de governança. Era uma tendência que a gente já via fora do Brasil, agora já está indiscutivelmente no país, a bolsa com essa carteira ratifica isso. Vi uma entrevista do presidente do CVM em que ele falava sobre monitorar o não só o greenwashing, mas o greenwishing, monitorar as empresas que falam que vão fazer. Nossos reguladores no Brasil estão preocupados com essa agenda. Não é uma tendência, é uma necessidade. Faz parte da evolução do sistema capitalista de stakeholders e tem que medir.  

Projetos sustentáveis da Dasa  

Energia renovável: além de aderir ao Pacto Global da ONU e ter muitos projetos em andamento, um dos que chamam a atenção é a construção de 17 usinas solares no modelo autoconsumo remoto para atender 385 unidades próprias da Dasa Diagnósticos. Essas usinas visam atender as unidades de baixa tensão, que não se enquadram no projeto de migração para adquirir energia renovável em Ambiente de Contratação Livre (ACL), conhecido como Mercado Livre.​ Desde 2019, a Dasa Diagnósticos totalizou 63 unidades migradas, o que corresponde ao consumo aproximado mensal de 7,304 MWm. 

Hospital sustentável: em 2017, o Hospital Nove de Julho conquistou a certificação de Leed da United States Green Building Council, porque o prédio foi feito de forma sustentável. Apenas 3% dos hospitais, no Brasil, têm a certificação.​ Ainda no Nove de Julho, em 2020, começaram a ser utilizados aventais reutilizáveis, de tecido de hidrorepelência e com um chip, que permite rastreamento: foram 1,7 milhão de aventais economizados em 2 anos de pandemia.​ 

Compromissos: em junho de 2022, a Dasa aderiu ao programa Compromisso com o Clima, em parceria com o Instituto Ekos, para fomentar a economia de baixo carbono no Brasil. Em dezembro, a Dasa também firmou compromissos públicos junto ao Pacto Global da ONU com o objetivo de fortalecer ainda mais a sua agenda ESG.  No primeiro deles, alinhado ao Movimento Elas Lideram 2030, a Dasa se compromete a incrementar o número de mulheres em cargos de liderança em 50% até 2030. No segundo, que faz parte do Movimento Raça é Prioridade, a companhia se compromete a impulsionar a equidade racial, garantindo que 50% dos cargos de liderança sejam exercidos por pessoas negras. 

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Mental Health Summit destaca a importância da segurança psicológica no trabalho

Evento reuniu profissionais de RH, saúde, gestão, psicólogos, empreendedores e CEOs para discutir como desenvolver times mais produtivos, inovadores e felizes

Nos dias 26 e 27 de janeiro, ocorreu o Mental Health Summit - Saúde Mental e o Futuro do Trabalho, em São Paulo, realizado pela Vittude. Na quarta edição, o evento reuniu equipes de RH, saúde, gestão, psicólogos, empreendedores e CEOs que se preocupam em desenvolver times mais produtivos, inovadores e felizes.

Durante o encontro, falou-se sobre como a segurança psicológica nas empresas se tornou ainda mais evidente e necessária após a pandemia da Covid-19. A psicóloga Juliana Riscala explicou que a sociedade já vinha em um processo de adoecimento e, com a eclosão da pandemia, as pessoas “se permitiram” sofrer, já que ninguém estava bem emocionalmente.

Executivos de diferentes segmentos e psicólogos discutiram, sob diversos aspectos, o estado atual da saúde mental de colaboradores, as principais dificuldades a serem vencidas, como as empresas podem enxergar valor neste cuidado, além de prevenir problemas e também ajudar no processo de cura.

Pontos de atenção que contrariam a segurança psicológica

Cofundador e Head de People Success da Pulses, Renato Navas, diz que normalizou-se estar “mais ou menos bem”.  Ele trouxe informações importantes sobre problemas que a maior parte dos colaboradores enfrenta. Veja as principais dores relatadas:

Sono irregular – acorda no meio da noite e tem dificuldade para dormir;

Preocupação – não consegue controlar as prórprias preocupações;

“Branco” – esquece o que vai falar;

Perspectiva sobre o futuro – pensa no futuro de forma negativa.

Navas também mostrou os sentimentos/ problemas mais comuns relacionados à exaustão emocional entre colaboradores. Veja quais são:

Esgotamento – se sente esgotado no fim do dia;

Valor – sente que precisa provar seu valor constantemente no trabalho;

Disposição – acorda sem disposição para trabalhar;

Trabalho – trabalha mais do que pode;

Frustração – está frustrado com o trabalho.

São aspectos sintomáticos que não significam, necessariamente, doença mental, mas são um alerta. Como as empresas estão lidando ou se preparando para lidar com estes assuntos, visto que geram impacto nas pessoas?

Segurança psicológica e alta performance

Consultor de psicologia da Vittude Luckas Reis apontou, em sua sessão sobre segurança psicológica nas organizações, alguns caminhos, inclusive mostrou como este fator está relacionado à alta performance dos times. “É necessário lidar com os nossos medos. Se a pessoa não consegue ou tem receio de falar, ela não consegue trabalhar e acaba adoecendo”, afirma.

Em ambientes psicologicamente seguros, há uma redução de 27% em turn-over, 40% em incidentes de segurança e um aumento de 12% na produtividade de acordo com pesquisas da Gallup. Mas o que, de fato, é segurança psicológica? Trata-se de uma característica relacional, e não uma competência individual, que envolve cultura aberta ao risco  – não ter medo de errar, considerando as devidas proporções – e viabializa a resolução de conflitos, além de prevenir sofrimento psíquico.

Como desenvolver segurança psicológica? Luckas aponta que é necessário trabalhar os pilares de pertencimento, suporte, equidade, autonomia e saúde mental dentro das relações institucionais, com a liderança e entre os colaboradores. Para que isto ocorra, exige um esforço conjunto a partir de ações de sensibilização, desenvolvimento de habilidades interpessoais e intervenções psicodinâmicas. 

Segundo Luckas, quase nunca habitamos ambientes psicologicamente seguros e o assunto ainda é visto de forma superficial na maioria das empresas. Vale ressaltar que estabelecer esta condição não é um desafio exclusivo do mundo corporativo. Pode ser aplicado ao núcleo familiar, por exemplo.

Segurança psicológica depende de saúde mental corporativa

O Grupo Boticário é uma das  grandes empresas brasileiras que está inovando em saúde mental corporativa. Com presença em 16 países, mais de 12 mil colaboradores e 298 mil empregos indiretos, o grupo tem o seguinte propósito: “criar oportunidade para a beleza transformar a vida de cada um e assim transformar o mundo ao redor.”

Transformar também significa mudar o desfecho de saúde das pessoas e influenciar a construção de relações sustentáveis no contexto do trabalho. Suelen Morais, gerente de saúde integral, mostrou que a saúde mental é trabalhada, internamente, em três pilares:

Indíviduo –  experiência de vida, relacionamento, carreira, rede de apoio e contexto familiar: zelando pelo cuidado com a pessoa;

Relações – rituais de área, diversidade, relacionamento com a liderança e segurança psicológica: atuação conjunta com business partners e líderes nos temas relacionados à saúde mental, co-construindo soluções;

Sistema – performance, módeulo de trabalho, meritocracia e ferramentas: provocando reflexões nos modelos de gestão da organização e ampliando a consciência do impacto da saúde mental nos resultados do negócio.

A atuação não é somente reativa, agem preventivamente para evitar problemas de saúde mental. “É preciso expandir a visão de Employee Experience também para a jornada do cuidado”, afirma.

A empresa também conta com health partners para ter proximidade e olhar atento para possíveis causas que possam impactar as pessoas. Existem indicadores e metrificações para avaliar como está sendo esta jornada. Suelen explica algo que a maioria dos gestores ainda não entendeu. “Não vamos ter os melhores resultados no negócio se não olharmos para a saúde dos indivíduos.”

Durante o evento, também foi discutido como enxergar valor neste tipo de abordagem. Para quem está nesta trilha de convencimento junto aos tomadores de decisão, saiba que existem três assuntos cruciais a serem analisados: pesquisa de clima, número de sinistralidade de plano de saúde e processos trabalhistas. Dados podem mudar a realidade das organizações. Ao considerar estes fatores, há quem diga que fica difícil não assinar o cheque.

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A REDAÇÃO

MP quer proibir blocos carnavalescos de passarem pelo Vaca Brava, em Goiânia

Entre quem não viaja no Carnaval já é lei comemorar a festa em um dos bloquinhos que costumam passar pelo Parque Vaca Brava, no setor Bueno, em Goiânia. No que depender do Ministério Público de Goiás (MPGO), porém, essa tradição está com os dias contatos. É que o órgão expediu recomendação na quarta-feira (1/2) com o objetivo de impedir a realização de eventos de grande porte no local. Motivação é tentar evitar danos ambientais. 
 

A recomendação, expedida pela 7ª Promotoria de Justiça de Goiânia e com foco principalmente no Carnaval dos Amigos 2023, foi encaminhada ao chefe do Estado-Maior Estratégico da Polícia Militar, coronel Clives Pereira Sanches; ao comandante da Guarda Civil Metropolitana, Wellington Paranhos Ribeiro; ao presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Luan Deodato Machado Alves; ao presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Alisson Silva Borges, e ao secretário municipal de Mobilidade, Horácio Mello e Cunha Santos.


A resposta deve chegar nos próximos dias, visto que o evento pré-carnavalesco Carnaval dos Amigos 2023, conforme a divulgação, está marcado para acontecer no dia 11 de fevereiro, das 12 horas às 23h59, com a previsão de participação de mais de 150 mil pessoas. 

Promotora lembra proibição judicial a grandes eventos na área
 

No documento, a promotora de Justiça Alice de Almeida Freire cita a proibição de realização de eventos de grande porte no parque, determinada judicialmente nos autos do Processo nº 13.364-8/195 (200602562044), e observa que o entorno do parque é área predominantemente residencial, onde também se situam clínicas médicas e hospital.
 

Ela destaca ainda que foram constatados transtornos e degradação ambiental em decorrência de eventos carnavalescos nos parques de Goiânia em 2019 e que foi exitosa a autorização e realização do evento Carnaval dos Amigos no formato de 2020, na Avenida 85, entre as Avenidas T-11 e T-63.
 

Alice Freire observa que, diante da confirmação do evento pré-carnavalesco neste ano, foi instaurado procedimento administrativo na promotoria para apurar possíveis impactos ambientais. Durante a investigação, conforme observado na recomendação, foi levantada a informação de que, a exemplo de 2020, o Carnaval dos Amigos será realizado na Avenida 85. Contudo, alguns blocos participantes da festividade pretendem se instalar ou passar no Parque Vaca Brava ou no seu entorno para, somente então, se deslocarem até a avenida.

Recomendação reforça necessidade de fiscalização

Diante disso, a recomendação aponta algumas medidas a serem tomadas pela Polícia Militar e pelos órgãos municipais. Confira quais são:
 

-  Polícia Militar: que intensifique o policiamento na região do parque, não permitindo a celebração de festa pré-carnavalesca na área e em seu entorno, bem como preste suporte operacional à Amma no exercício de sua fiscalização;
 

- Amma:  que intensifique a fiscalização na região a fim de evitar práticas lesivas ao meio ambiente naquela unidade de conservação, notadamente no evento Carnaval dos Amigos, bem como fiscalize as empresas que o promovem verificando a existência de licenciamento ambiental;
 

- Guarda Civil Metropolitana: que intensifique a guarda do parque e preste apoio operacional à Amma no exercício de sua fiscalização;
 

- Comurg: que efetue, ao final do evento, pronta limpeza dos logradouros públicos utilizados no trajeto do Carnaval dos Amigos 2023;
 

- Secretaria de Mobilidade Urbana: que intensifique a fiscalização da região do Parque Vaca Brava e nas imediações da Avenida 85, orientando eventual alteração de trânsito e não permitindo o tráfego de carros de som em áreas próximas a hospital e clínicas médicas. 

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JORNAL OPÇÃO

Goiânia retoma vacinação de crianças contra Covid-19 nesta sexta

Município recebeu 21.830 doses em nova remessa enviada pelo governo federal

Depois de receber uma nova remessa de doses do governo federal Goiânia retoma a partir desta sexta-feira, 3, a vacinação de crianças contra a Covid-19. No total, o município recebeu 21.830 doses, sendo 11.810 da Pfizer Baby, destinada às crianças de seis meses a menores de cinco anos, e 10.020 da Pfizer pediátrica, para crianças de cinco anos a 11 anos de idade.

A nova remessa da Pfizer Baby vai ser usada para primeira, segunda e terceira doses de crianças de 06 meses a menores de 5 anos (4 anos 11 meses 29 dias). Já a Pfizer Pediátrica é destinada à primeira e segunda doses, além do reforço de crianças de 5 anos a 11 anos (11 anos 11 meses 29 dias).

A vacinação das crianças com a Pfizer Baby é concentrada em quatro unidades da capital: Ciams Urias Magalhães, Cais Goiá, Unidade de Saúde da Família (USF) São Carlos e Centro Municipal de Vacinação (CMV). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), essa logística foi definida para melhor aproveitamento das doses, já que a demanda desta faixa etária é menor e não se pode inutilizar as doses.

Já a aplicação da Pfizer Pediátrica estará disponibilizada nas 72 salas de vacina da SMS, em todas as regiões de Goiânia. O estoque de vacina para as faixas etárias acima de 12 anos está normalizado.

A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que a vacinação de crianças é importante para aumentar a barreira imunológica, pois diminui a circulação e a replicação descontrolada do vírus, o que impede o surgimento de novas variantes.

Confira os locais de vacinação:

Pfizer Baby

Ciams Urias Magalhães, Cais Goiá, Unidade de Saúde da Família (USF) São Carlos e Centro Municipal de Vacinação (CMV). Horário: das 8h às 17h

Pfizer Pediátrica

72 Salas de vacinação do município

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PORTAL G1

Justiça autoriza empresário de Goiânia a plantar e usar maconha para tratamento de saúde

Matheus Nascente tem problemas de saúde desde criança e chegou a usar 15 remédios por dia. O uso da cannabis medicinal, segundo ele, melhorou o estado geral, além de não sofrer com efeitos colaterais.

Por Rafael Oliveira, g1 Goiás

O empresário Matheus Nascente, de 29 anos, ganhou autorização da Justiça Federal para plantar e usar cannabis para tratamento de saúde. A decisão saiu na semana passada e libera o uso dentro do apartamento onde ele mora, em Goiânia.

A decisão é um salvo conduto para Matheus não ser preso nem ter suas plantas apreendidas pela polícia, seja militar, civil ou federal.

O juiz que concedeu a liberação na sexta-feira (27), Alderico Rocha Santos, ressaltou que o empresário não pode vender ou ceder a planta cannabis, sementes ou derivados para consumo ou comercialização por terceiros.

Os advogados do empresário explicaram no processo que ele tem problemas de saúde desde criança, entre eles gastrite, refluxo, dores crônicas na coluna, ansiedade e TDHA.

"Eu já cheguei a utilizar 15 medicamentos por dia por causas dos meus problemas. Substitui todos eles pela cannabis e tive resultados infinitas vezes melhores em relação aos medicamentos. Transformei minha qualidade de vida, melhorei em todos os aspectos, na saúde, no trabalho, nos relacionamentos, na disposição. Melhorei da dor na coluna e voltei a praticar exercícios", explicou o empresário.

Matheus disse que usa cannabis medicinal há 3 anos. Antes, ele importava o medicamento do exterior e gastava cerca de R$ 3 mil por mês. Com o cultivo da planta e a extração artesanal do óleo, ele deve gastar 30% desse valor.

O preconceito com o cultivo e uso da cannabis medicinal é inevitável, segundo o empresário. "Minha família lida com muito preconceito, mas é o preço que tenho que pagar para ter saúde. Eles reprovaram o mecanismo de tratamento. Mas isso faz parte do preconceito que a sociedade", lamentou.

Tratamento

No decorrer de sua vida, Matheus disse que buscou tratamento médico com diversos profissionais diferentes na tentativa de uma vida saudável, pois foi desenvolvendo complicações em seu quadro de saúde.

Porém, tendo em vista a gravidade dos efeitos colaterais trazidos pela utilização de um dos medicamentos que ele usava, a família decidiu, entre os anos de 2000 e 2007, pela utilização de remédios homeopáticos como florais, fitoterápicos, tinturas, entre outros.

De 2021 até 2022, devido ao elevado custo de importação, Matheus realizou diversos cursos de cultivo de cannabis medicinal e decidiu plantar e produzir o próprio medicamento.

Cultivo

O empresário explica que, primeiramente, o cultivo é realizado através de genéticas selecionadas e importadas, ricas em canabidiol, para garantir a eficácia.

Para garantir segurança e privacidade em seu tratamento, o paciente tem recorrido ao método de cultivo indoor (dentro de um banheiro em seu apartamento), com iluminação artificial e vedação de todas as arestas para que não haja poluição olfativa, visual e sonora.

O ciclo de uma planta, da sua germinação até o ponto de colheita, dura cerca de 04 - 05 meses, podendo ocorrer perdas e mortes de plantas, ataque por insetos e pragas, desregulação e desbalanceamento do pH do solo.

Após a colheita, é realizada a secagem do material utilizado para a extração do óleo medicinal, que dura cerca de 15 dias, perdendo cerca de 90% de seu peso “úmido”.

Cada planta costuma render em média 40 gramas (após o processo de secagem), das quais são extraídos aproximadamente 4 gramas do óleo concentrado de Cannabis Medicinal.

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UFMG precisa de voluntários para testes em humanos de vacina brasileira contra Covid; veja quem pode participar

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão recrutando voluntários para os testes clínicos da SpiN-TEC, primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19.

Os testes começaram em novembro de 2022. A fase 1 precisa de um total de 36 voluntários. Faltam 10.

Os participantes precisam atender aos seguintes requisitos:

"Esse grupo que está faltando é importante porque é o grupo em que nós vamos comparar as três doses da vacina. Além de ele dizer para a gente da segurança da vacina na dose mais alta, ele vai ajudar também a verificar se essa dose é a mais adequada para seguir no teste clínico. Esse grupo é muito importante para a gente tomar essa decisão de forma bastante esclarecida", afirmou o professor Helton Santiago, coordenador da fase de testes clínicos.

Até o momento, 24 voluntários receberam o imunizante. A vacina já foi testada em doses baixas e intermediárias. Nenhum efeito adverso grave foi registrado.

Após a conclusão da primeira fase, outras 360 pessoas serão convidadas para participar da fase 2. Por fim, os pesquisadores vão solicitar autorização para a terceira etapa, com testes em 4 a 5 mil pessoas. A expectativa é que a vacina comece a ser aplicada, de fato, em 2025.

Quem se encaixa no perfil indicado pela UFMG pode se cadastrar aqui, pelo WhatsApp (31) 99972-0292 ou por meio do telefone (31) 3401-1152. Todos os voluntários serão acompanhados pela equipe da UFMG e do Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) por um ano.

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PORTAL AB NOTÍCIAS

Instituto Vencer o Câncer lança cartilha sobre a nova lei dos planos de saúde

O Instituto Vencer o Câncer desenvolveu um material educativo para informar a população sobre a nova lei dos planos de saúde, estabelecida em 2022. A cartilha traz o passo a passo do processo e as principais alterações para a Saúde Suplementar. A nova legislação é o resultado de uma grande mobilização social que durou alguns anos. Em 2018, o Instituto Vencer o Câncer iniciou o movimento #simparaquimiooral.

Organizações não-governamentais, entidades científicas e profissionais, parlamentares e, principalmente, pacientes se uniram para debater os prazos e trâmites para a análise de novos medicamentos e tecnologias pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que decide quais remédios e procedimentos os planos devem cobrir. Foi um longo período de trabalho que culminou na redução do prazo para análise de medicamentos orais para o câncer e também para todas as tecnologias de saúde para todas as doenças.

No canal do YouTube do Instituto, também é possível ver a animação que mostra, de forma simples e direta, como nasceu a lei e a mobilização que levou às mudanças no processo de inclusão de medicamentos orais contra o câncer e das demais tecnologias de saúde no rol dos planos de saúde. 

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COFEN

Ministério da Saúde discute medida provisória para pagamento do Piso

O Grupo de Trabalho (GT) instituído pela nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, concluiu hoje (2/2) proposta de Medida Provisória para o pagamento imediato do Piso Salarial da Enfermagem brasileira.

"Estamos acompanhando os trabalhos e a expectativa é grande. É hora de cumprir o compromisso com a Enfermagem brasileira", ressalta a presidente do Cofen, Betânia Santos. O documento preliminar será avaliado pela secretaria executiva e a ministra, antes de ser submetido oficialmente à Presidência da República.

Conquista histórica categoria, a Lei do Piso Salarial da Enfermagem [1], de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-MG), foi aprovada por unanimidade no Senado e ampla maioria da Câmara, refletindo a mobilização da Enfermagem e o consenso sobre a importância da valorização profissional. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu liminarmente a aplicação do piso, em ação movida pelas entidades patronais.

Amparada pelas emendas constitucionais 124 e 127, a lei 14.434, a lei fixa o piso salarial em R$ 4.750 para enfermeiros, 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicos e 50% (R$ 2.375), para os auxiliares de Enfermagem e parteiras. "O valor estabelecido é fruto de amplo diálogo e já leva em consideração a realidade brasileira. O que está em discussão não é a viabilidade do piso, mas a redução do impacto orçamentário nos municípios e setor privado", ressalta o conselheiro federal Daniel Menezes, representante do Cofen no Fórum Nacional da Enfermagem, entidade que integra o GT.

Levantamento do Cofen junto ao Tesouro Nacional constatou que os fundos públicos federais acumulam superávit de aproximadamente R$ 28 bilhões, que podem ser destinados para o pagamento imediato do piso. Além disso, outras medidas já aprovadas ou em andamento, como a destinação de verbas específicas para as Santas Casas e a desoneração da folha de pagamento do setor privado, mitigam o impacto no setor privado.

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Assessoria de Comunicação

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O Ministério da Saúde divulgou esta semana o cronograma para 2023 do Programa Nacional de Vacinação. As ações começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a covid-19 na população com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.

Também está previsto para abril intensificar a campanha de vacinação contra a influenza, antes da chegada do inverno, quando as temperaturas mais baixas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias. Já em maio, deve ocorrer uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

As etapas, de acordo com o ministério, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas.

O cronograma foi pactuado com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e pode ser alterado caso o cenário de entregas seja modificado ou tão logo novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Confira as cinco etapas do cronograma:

 

Etapa 1 - fevereiro

Vacinação contra covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
Público-alvo:

Pessoas com maior risco de formas graves de covid-19;

pessoas com mais de 60 anos;

gestantes e puérperas;

pacientes imunocomprometidos;

pessoas com deficiência;

pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

trabalhadores da saúde.

 

Etapa 2 - março

Intensificação da vacinação contra covid-19
Público-alvo:

Toda a população com mais de 12 anos.

 

Etapa 3 – março

Intensificação da vacinação contra covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo:

Crianças de 6 meses a adolescentes de 17 anos.

 

Etapa 4 – abril

Vacinação contra Influenza
Público-alvo:

Pessoas com mais de 60 anos;

adolescentes em medidas socioeducativas;

caminhoneiros;

crianças de 6 meses a 4 anos;

Forças Armadas;

forças de segurança e salvamento;

gestantes e puérperas;

pessoas com deficiência;

pessoas com comorbidades;

população privada de liberdade;

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

professores;

profissionais de transporte coletivo;

profissionais portuários;

profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;

trabalhadores da saúde.

 

Etapa 5 - maio

Multivacinação contra poliomielite e sarampo nas escolas

 

Baixa cobertura

O ministério destacou que o Brasil, apesar de ser considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo desde 2016. Praticamente todas as coberturas vacinais, segundo a pasta, estão abaixo da meta.

“Diante do cenário de baixas coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério da Saúde realizou, ao longo do mês de janeiro, uma série de reuniões envolvendo outros ministérios.”

“É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas".

 

Fonte: Agência Brasil

 

Quinta, 02 Fevereiro 2023 07:33

CLIPPING AHPACEG 02/02/23

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DESTAQUES

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OUTRAS PALAVRAS

Desvendando o primeiro revogaço de Nísia na Saúde

Aborto, câncer, atenção materna, participação social. O governo Bolsonaro trabalhou até seus últimos dias para destruir políticas públicas de proteção social. Quais foram as primeiras portarias revogadas e por que foi importante encerrá-las

Começou. Foi publicada, no dia 13 de janeiro, a Portaria 13 do ministério da Saúde, que revoga algumas portarias assinadas pela administração de Jair Bolsonaro, mais especificamente dos seus ministros Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga. Foi assinada pela nova ministra, Nísia Trindade. Em linhas gerais, ela reverte políticas que, apesar de terem nomes que sugeriam alguma nobreza, serviam para esvaziar outras já existentes.

"Quando trabalhei com Marcelo Castro no ministério [no governo Dilma, entre 2015 e 2016], tivemos um projeto de consolidação de todas as portarias", contou Lenir Santos, advogada sanitarista e doutora em saúde pública, ao Outra Saúde. "Algumas delas agora são repristinadas, isto é, voltam a valer, é uma revogação da revogação. As políticas da gestão anterior minavam ou esvaziavam outras políticas semelhantes que já estavam constituídas. Políticas muito criticadas pelos especialistas da área à época de sua publicação. Não era um governo pró-SUS", sintetizou.

Sem dúvidas, a revogação da portaria 2561/2020 é a de maior repercussão. Se refere à exigência de investigação policial para a liberação de abortos em casos previstos em lei e cobertos pelo SUS, em especial estupros.

"Sempre mantivemos oposição a essas portarias que foram objeto de nossa indignação. Essa revogação era muito esperada e veio logo na primeira quinzena de governo, muito adequado diante da situação humilhante que a portaria impunha. Uma humilhação à cidadania das mulheres. Por isso, estamos felizes com a atitude da ministra", afirmou Ana Costa, médica e pesquisadora de gênero e saúde da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva).

"Era uma excrescência, indecente. Ainda bem que foi revogada. Exigia-se que se fosse à delegacia para provar que havia estupro e se pudesse fazer aborto. Era uma portaria totalmente ilegal e foi importantíssimo ser removida", atacou Lenir.

Como explicam ambas especialistas em saúde pública, as medidas do governo Bolsonaro tinham um inequívoco viés de desmonte, tanto da estrutura administrativa como da própria participação social prevista no SUS.

É o caso também da portaria 1079 de 2022, que "formaliza e institui programas nacionais de prevenção e detecção precoce de câncer, no âmbito da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer". No entanto, a realidade é que a verba para este objetivo do Estado era reduzida pela metade, como revelou a mídia em diversas matérias na ocasião. Desta e outras fontes saía o dinheiro com o qual o ex-presidente financiava o orçamento secreto e o equivocadamente chamado "pacote de bondades" que tirou da cartola às vésperas das eleições, na tentativa de ganhar mais votos.

"A rede de atenção materna infantil tinha alteração em sua forma de financiamento, de forma desvantajosa. Como dito, eram políticas que minavam ou esvaziavam outras anteriormente constituídas", acrescentou Lenir Santos.

Outra portaria revogada que chama atenção é a 4809, curiosamente instituída no penúltimo dia de mandato do presidente que embarcava para a Flórida, de onde até hoje não voltou. Visava instituir o Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil.

Segundo Lenir Santos, um golpe, feito sob medida para fortalecer o setor privado. "A portaria do Fórum Permanente da Sociedade feria toda a legislação do SUS e do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Criava-se outra instância paralela e a participação da sociedade no SUS se dá pelo Conselho. Este fórum visava minar a participação social. Apesar de seus elogios, que eram da boca pra fora, Queiroga era totalmente ligado ao setor privado, extremo defensor de planos de saúde, como exemplifica a questão da abertura de dados dos usuários do SUS para o setor privado".

De acordo com Ana Costa, o desmonte na saúde castigava especialmente as mulheres. E não apenas por conta da legislação antiaborto que agora Nísia derruba. "Todas as portarias tinham equívocos e retrocessos muito graves à saúde da população, em particular das mulheres, que de forma geral podem celebrar, já que os retrocessos impostos no último governo visavam, todos, a restrição de nossos direitos".

Em suma, as posições de Ana Costa e Lenir Santos dão a entender que para de fato começar um novo governo é necessário remover o entulho encontrado no prédio do ministério da Saúde. "De forma geral, a ministra marca uma posição firme e uma mudança muito positiva para os avanços necessários, que não devem ser poucos. Para além das portarias que barravam direitos, havia retrocessos na concepção de políticas, fratura de mecanismos que garantem integralidade da mulher, um flerte franco com o setor privado e desmobilização geral do ministério, fragilizado enquanto instituição coordenadora da saúde no país", sintetizou Ana Costa.

De saída, Nísia cumpre a promessa de sua entrevista da semana anterior, quando declarou que acabaria com medidas administrativas que ferissem o respeito aos direitos humanos e a própria função social do SUS. Já no dia 26/1, a ministra tem reunião com os secretários estaduais para alinhar futuras iniciativas. Se considerarmos que o grupo de transição da saúde declarou-se estarrecido com a falta de informações básicas e dados administrativos, outros revogaços devem estar por vir.

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AGÊNCIA BRASIL

Saúde divulga cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023

 

O Ministério da Saúde divulgou esta semana o cronograma para 2023 do Programa Nacional de Vacinação. As ações começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a covid-19 na população com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.

Também está previsto para abril intensificar a campanha de vacinação contra a influenza, antes da chegada do inverno, quando as temperaturas mais baixas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias. Já em maio, deve ocorrer uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

As etapas, de acordo com o ministério, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas.

O cronograma foi pactuado com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e pode ser alterado caso o cenário de entregas seja modificado ou tão logo novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Confira as cinco etapas do cronograma:

Etapa 1 - fevereiro

Vacinação contra covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
Público-alvo:

Pessoas com maior risco de formas graves de covid-19;

pessoas com mais de 60 anos;

gestantes e puérperas;

pacientes imunocomprometidos;

pessoas com deficiência;

pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

trabalhadores da saúde.

Etapa 2 - março

Intensificação da vacinação contra covid-19
Público alvo:

Toda a população com mais de 12 anos.

Etapa 3 – março

Intensificação da vacinação contra covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo:

Crianças de 6 meses a adolescentes de 17 anos.

Etapa 4 – abril

Vacinação contra Influenza
Público-alvo:

Pessoas com mais de 60 anos;

adolescentes em medidas socioeducativas;

caminhoneiros;

crianças de 6 meses a 4 anos;

Forças Armadas;

forças de segurança e salvamento;

gestantes e puérperas;

pessoas com deficiência;

pessoas com comorbidades;

população privada de liberdade;

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

professores;

profissionais de transporte coletivo;

profissionais portuários;

profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;

trabalhadores da saúde.

Etapa 5 - maio

Multivacinação contra poliomielite e sarampo nas escolas

Baixa cobertura

O ministério destacou que o Brasil, apesar de ser considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo desde 2016. Praticamente todas as coberturas vacinais, segundo a pasta, estão abaixo da meta.

“Diante do cenário de baixas coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério da Saúde realizou, ao longo do mês de janeiro, uma série de reuniões envolvendo outros ministérios.”

“É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas.”

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Paraíba será o primeiro estado a pagar o piso nacional da enfermagem

A Paraíba vai ser o primeiro estado do país a pagar o piso salarial nacional da enfermagem. Os valores serão creditados nesta quinta-feira (2), referentes à folha de pagamento do mês de janeiro. O governador da Paraíba, João Azevêdo, destacou que o piso será garantido a toda a categoria.

"Todos os servidores efetivos do estado, deste grupo de trabalhadores, os aposentados, os pensionistas, os enfermeiros da PBSÁUDE, eles possam receber na quinta-feira os valores já com o piso devidamente atualizado. Estamos fazendo o cadastramento dos prestadores de serviço para que na segunda etapa possamos implantar o pagamento também do piso para estes profissionais", disse.

O Piso Nacional da Enfermagem foi aprovado em 2022 e estabelece o salário de R$ 4.750 por 40 horas trabalhadas para os enfermeiros; 70% desse valor: R$ 3.325 para os técnicos em enfermagem, e 50% para os auxiliares de enfermagem e parteiras, o que equivale a um salário de R$ 2.375.

O pagamento do piso em todo o Brasil ainda está sendo discutido pelo Ministério da Saúde para definir a fonte dos recursos. Em setembro do ano passado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a lei que criou o piso salarial nacional da enfermagem. Ele deu prazo de 60 dias para os entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro da norma e os riscos de demissões no setor e redução na qualidade dos serviços.

Nesta semana, o Ministério da Saúde acelerou as reuniões do grupo de trabalho criado pela pasta para apresentar os termos da minuta da medida provisória que ordena os pagamentos dos novos valores do piso da enfermagem. Várias entidades trabalhistas ligadas ao tema do piso da enfermagem, representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, estão contribuindo com o texto da minuta.

A presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros, Solange Castro, está otimista com o resultado das reuniões do grupo de trabalho.

"Foram debatidos quais seriam os pontos prioritários para serem incluídos na medida provisória, e ficou de amanhã, quinta-feira, o ministério apresentar já a minuta preparada com os pontos debatidos, escrita, para ver se tem acordo com os deputados e com as entidades sindicais. E se tiver algum ajuste, já fazer, e imediatamente já encaminhar pra Casa Civil."

Também já está pronto para ser votado na Câmara dos Deputados um projeto de lei com objetivo de garantir a desoneração da folha de pagamento da rede privada, para viabilizar o piso salarial da enfermagem.

Bruno Sobral, secretário executivo da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços, entidade que representa o setor privado e filantrópico, informou que outras propostas estão sendo preparadas para serem apresentadas aos deputados.

"A gente tem feito propostas para pegar, além da desoneração da folha para pequenos e médios hospitais e clínicas, alguma coisa de desonerar também o imposto de renda, e também alguma desoneração do Simples. Porque muitas clínicas são pequenas e estão no regime do Simples. E temos aí pela frente a reforma tributária também, que muito nos impacta".

Esta semana, o Fórum Nacional da Enfermagem, por meio das redes sociais, convocou uma paralisação nacional da categoria para o próximo dia 14 de fevereiro. A entidade também marcou greve geral para o dia 10 de março, caso a questão da fonte pagadora do piso não seja resolvida até esta data.

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FOLHA.COM

Zika provoca anormalidade em quase um terço dos filhos de mulheres infectadas na gravidez

Foi publicada na revista The Lancet Regional Health - Americas a maior e mais abrangente meta-análise já feita até o momento sobre os efeitos do vírus zika em filhos de mulheres infectadas durante a gestação. A partir de 13 estudos nacionais que reúnem dados de 1.548 gestantes, o artigo chega a conclusões robustas, como a de que quase um terço das crianças apresenta alguma anormalidade em decorrência da infecção e 4% manifestam microcefalia propriamente. Com isso, estabelece as bases para políticas públicas assertivas, melhores cuidados e para priorizações do ponto de vista de novas pesquisas.

Em 2015, quando a explosão de casos de microcefalia em crianças foi associada ao zika e o Ministério da Saúde declarou estado de emergência nacional, pesquisadores brasileiros foram obrigados a apertar o passo para trazer respostas sobre a epidemia o mais rapidamente possível.

Ação de combate ao mosquito Aedes aegyptius, que transmite o vírus da zika e da dengue, no Jaçanã, zona norte de São Paulo - Zanone Fraissat - 17.nov.21/Folhapress

"Diante disso, não houve tempo para uma grande articulação nacional e diferentes grupos conduziram estudos independentes", lembra o epidemiologista Ricardo Arraes de Alencar Ximenes, um dos autores da pesquisa e professor da Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Essa pulverização resultou em amostras menores de pacientes, protocolos com critérios díspares e variabilidade de resultados, que aumentavam as incertezas sobre as descobertas.

"Mas já em 2016 começamos a conversar com esses grupos para harmonizar os protocolos e, a partir daí, consolidar os dados dos diferentes estudos. A ciência brasileira mostrou sua maturidade e capacidade nessa epidemia", ressalta Ximenes, que também é professor da pós-graduação de Ciências da Saúde da Universidade de Pernambuco.

Dessas interações surgiu o Consórcio Brasileiro de Coortes do Zika, que hoje conta com cientistas de 26 instituições e que possibilitou a meta-análise recentemente divulgada. "O grande valor do artigo, o primeiro do consórcio, é a união de forças, que permite chegar a resultados mais confiáveis", destaca o especialista.

O trabalho contou com o apoio da Fapesp por meio de seis projetos: (16/08578-0, 17/21688-1, 13/21719-3, 16/15021-1, 15/12295-0 e 16/05115-9).

Sistematização do conhecimento

Para serem incluídos na meta-análise, os estudos deveriam ter confirmado o diagnóstico de infecção por zika em mulheres grávidas por meio de exames de RT-PCR, considerados os mais confiáveis, antes de qualquer anormalidade ser detectada no feto. Eles também precisavam ter sido conduzidos no Brasil e acompanhar as mulheres e seus filhos até pelo menos o fim da gestação.

Os estudos incorporados na revisão contemplaram as quatro regiões mais afetadas pela epidemia de zika - Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

Os dados de cada participante foram analisados de forma individualizada e organizados em uma série de possíveis desfechos provocados pelo vírus nas crianças. Eles iam de baixo peso ao nascer até microcefalia, passando por questões oftalmológicas e neurológicas, como convulsões.

Ximenes destaca que, como a epidemia de zika foi detectada pelo aumento de casos de microcefalia, parte da população ainda acredita que essa é a única anormalidade mais preocupante ligada à infecção. Porém, ele reitera que a síndrome congênita ligada ao vírus pode se manifestar de variadas formas, que incluem dificuldades de visão e déficits motores, entre outras.

Considerando os episódios de microcefalia e as anormalidades neurológicas, oftalmológicas e de neuroimagem (alterações nos exames que miram o cérebro), foram encontradas alterações em 31,5% das crianças - quase um terço da amostra. "Não é uma surpresa encontrar um número tão alto, mas agora temos maior confiança nele", diz Ximenes.

O virologista Maurício Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e membro do Consórcio Brasileiro de Coortes do Zika, pondera que as gestantes e as crianças foram superavaliadas justamente por participarem das pesquisas: "Isso gera uma detecção acima da média de alterações menores, que talvez passassem despercebidas".

É possível, por exemplo, que uma anormalidade no cérebro encontrada na meta-análise fosse assintomática, ou provocasse apenas sintomas leves. "Independentemente disso, um terço de crianças afetadas é um dado muito impactante, que mostra o potencial do zika", complementa.

Além disso, Ximenes argumenta que mesmo manifestações menores podem, com o passar dos anos, desencadear problemas.

A microcefalia

Segundo a meta-análise, 2,6% dos filhos de mães infectadas apresentaram microcefalia logo na primeira avaliação médica. No entanto, outras crianças receberam o mesmo diagnóstico com o passar do tempo - no total, 4% manifestaram o quadro ao longo dos primeiros anos de vida.

"Nossos resultados indicam que, entre crianças com microcefalia, a fração diagnosticada de maneira tardia não é negligenciável", dizem os autores no artigo. "O risco de microcefalia pós-natal associada ao zika não havia sido documentado antes. Isso demonstra a relevância de monitorar o crescimento da cabeça de todas as crianças expostas ao vírus antes do nascimento, mesmo se elas tiverem uma circunferência normal de crânio ao nascimento", arrematam.

Aliás, crianças com microcefalia associadas ao zika tendem a apresentar diferentes disfunções simultaneamente. "Isso levou pessoas a acreditarem que a síndrome congênita ligada ao zika é caracterizada, via de regra, por uma série de problemas", diz Ximenes. "Mas isso, na verdade, não ocorre na maioria dos casos."

Segundo a meta-análise, menos de 1% das crianças afetadas pela infecção da mãe exibiam mais de uma anormalidade. "Ou seja, verificamos que as manifestações costumam surgir de forma isolada", reitera o epidemiologista.

A descoberta serve como alerta inclusive para profissionais, que às vezes podem não relacionar um quadro ao zika - ou mesmo deixá-lo passar- por se tratar de um sintoma isolado. "E o diagnóstico precoce da síndrome possibilita intervenções precoces, que beneficiam os pacientes", afirma Ximenes.

Fatores associados?

Com o avançar da epidemia de zika, passou-se a avaliar se alguns fatores modulariam o risco de microcefalia causada pela infecção durante a gestação. Dengue, uso de larvicidas e mesmo questões socioeconômicas foram levantadas como possíveis catalisadoras dessas complicações.

"Isso aconteceu porque muitos casos de microcefalia foram detectados no Nordeste, mas nem tantos em outras regiões. Então se postulou que algum fator ligado à pobreza influenciaria na associação entre zika e essas anormalidades", esclarece Ximenes.

Entretanto, essa hipótese perdeu força com a publicação da meta-análise em questão. "O risco [de microcefalia após infecção por zika na gestação] foi similar em todos os locais estudados e em diferentes condições socioeconômicas. Isso indica que provavelmente não há outros fatores modificando essa associação", aponta o artigo.

Ou seja, a concentração de casos de microcefalia no Nordeste resulta simplesmente do maior número de infecções. "Onde há pobreza, há mais mosquito", destaca Ximenes. "Em muitos municípios do Nordeste, o fornecimento de água não é diário. Então a população precisa estocar água, o que aumenta os criadouros de mosquito", complementa.

Nogueira acrescenta que, como o Nordeste foi a primeira região a ser afetada pelo zika no Brasil, a população local foi a que mais sofreu com a falta de informações. "Quando o vírus chegou ao interior de São Paulo, por exemplo, já havia mais notícias e até recomendações como a de evitar gestações, que obviamente evitaram casos de microcefalia."

Ele, aliás, orientou um trabalho que descartou a hipótese de que uma infecção prévia por dengue aumentaria o risco de microcefalia após o zika ( aqui).

Próximos passos

"Talvez a maior limitação do nosso trabalho seja a falta de um grupo-controle", afirma Ximenes. Essa ausência é justificável, na medida em que os estudos incluídos na meta-análise foram aqueles conduzidos durante a epidemia de zika e que, portanto, precisavam trazer respostas rápidas. De qualquer forma, futuros levantamentos podem fazer comparações com crianças cujas mães não foram infectadas com o vírus durante a gestação para sedimentar ou aprimorar os achados.

Os autores da meta-análise sugerem pelo menos dois caminhos no artigo que futuras pesquisas podem trilhar: uma investigação aprofundada, com métodos de diagnóstico avançados, para identificar complicações que podem aparecer ou se tornar mais evidentes em crianças com microcefalia, para além de mortes e hospitalizações; e, em crianças sem microcefalia, seria possível estudar o risco de manifestações relacionadas ao desenvolvimento comportamental e neuropsicomotor que seriam diagnosticadas com o avançar da idade, a partir de ferramentas específicas.

Para além disso, Ximenes e Nogueira concordam que os dados desse trabalho reforçam a necessidade de um monitoramento constante do zika. E, para isso, os centros de pesquisa e as autoridades devem priorizar o desenvolvimento de testes precisos e baratos para diagnosticar o vírus.

"Seu uso ajudaria a minimizar o risco de novas infecções se disseminarem e causarem ondas de doença e complicações", raciocina Ximenes.

Seria possível, por exemplo, empregar esses testes para fazer uma vigilância ativa em locais estratégicos ou grupos populacionais específicos. A partir daí, as autoridades públicas adotariam medidas de controle para evitar surtos e epidemias.

É importante lembrar também que, além dessas estratégias, intervenções públicas para melhorar as condições de vida da população, o saneamento e o controle de mosquitos podem ser mais eficazes e ter um efeito duradouro para reduzir o risco de transmissão.

Esforços também deveriam ser concentrados na criação de uma vacina contra o zika. "Há trabalhos nacionais e internacionais em andamento que podem contribuir para definir uma composição ideal desse imunizante. Mas deve demorar anos antes que se chegue a essa candidata a vacina, para então começarmos a avaliar sua segurança e eficácia", estima Nogueira.

Em paralelo, Ximenes dá o recado de que os filhos de mães infectadas durante a gravidez deveriam ser avaliados pelo menos uma vez por especialistas e acompanhados de perto mesmo se não tiverem exibido sintomas. "No mais, a epidemia vai, mas as crianças ficam. Precisamos cuidar bem delas e fazer de tudo para amenizar seus problemas", completa.

Vai vir de novo?

A atenção dada ao zika arrefeceu, em especial durante a pandemia de Covid-19. Tanto Nogueira quanto Ximenes concordam que isso é compreensível, até porque os laboratórios tiveram de se dedicar ao SARS-CoV-2 e ao tremendo impacto que ele provocou na sociedade.

Mas a verdade é que os novos episódios de síndrome congênita associada ao zika também diminuíram. Se em 2015 e 2016 foram notificados 12.716 casos suspeitos, em 2022 o número ficou em 419, segundo Boletim Epidemiológico de setembro, do Ministério da Saúde.

Dos casos identificados no ano passado, 76% seguem em investigação, mas apenas um foi confirmado - e a criança nasceu em 2016.

"Isso é da dinâmica natural de doenças transmitidas por vetores como os mosquitos. Elas vêm, causam uma epidemia e aí desaparecem por um período", analisa Nogueira. "Agora, podemos não estar vendo mais o zika porque também não estamos fazendo testes. Só gestantes ou pacientes com sintomas neurológicos costumam ser avaliados atualmente", pondera.

O virologista da Famerp explica que o sobe e desce de casos de arboviroses é multifatorial. Os números podem cair porque parte da população desenvolveu imunidade por um curto período de tempo ao ser exposta, por alguma reação cruzada com outro vírus (como a dengue), pela adaptação aos mosquitos que funcionam como vetores etc.

"É um fenômeno complexo, que inclusive estudamos no nosso grupo. Mas acredito que daqui a alguns anos poderemos ter um aumento de casos de zika e, com isso, de suas complicações", alerta.

Diante dessa previsão, ele reforça a necessidade de uma vacina e de novos exames, além de incentivar medidas de conscientização da população sobre o zika e outras arboviroses.

O estudo Risk of adverse outcomes in offspring with RT-PCR confirmed prenatal Zika virus exposure: an individual participant data meta-analysis of 13 cohorts in the Zika Brazilian Cohorts Consortium pode ser acessado aqui.

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PORTAL TERRA

Pizza e refrigerante podem aumentar risco de câncer de ovário e de cérebro, diz estudo

Alimentos ultraprocessados, como cereais matinais, pizza congelada, refeições prontas e refrigerantes, podem aumentar o risco de desenvolver câncer, particularmente de ovário e de cérebro, dizem pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres.

Leia também Fila de pacientes com câncer em SP ultrapassa 1,5 mil; espera para tratamento pode passar de 7 meses

Muitos alimentos passam por uma quantidade moderada de processamento - como queijo, manteiga de amendoim salgado, molho de macarrão -, mas alimentos ultraprocessados têm mais aditivos, sabores artificiais, cores, adoçantes e conservantes. Normalmente, eles são submetidos a métodos de processamento para transformar seu sabor, textura e aparência e podem incluir cachorros-quentes, rosquinhas e iogurtes com sabor.

Os pesquisadores avaliaram as dietas de quase 200 mil adultos de meia-idade por um período de dez anos no Reino Unido e descobriram que "um maior consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um maior risco de câncer geral, especificamente de ovário e de cérebro." Eles também encontraram uma associação com um risco aumentado de morrer de câncer.

O estudo revisado por pares, publicado na revista eClinicalMedicine, do Lancet, na terça-feira, 31, foi uma colaboração com pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade NOVA de Lisboa.

Dos 197.426 indivíduos, 15.921 pessoas desenvolveram câncer e ocorreram 4.009 mortes relacionadas ao câncer.

"Para cada aumento de 10% nos alimentos ultraprocessados na dieta de uma pessoa, houve um aumento de 2% na incidência de câncer em geral e um aumento de 19% no câncer de ovário especificamente", disse o Imperial College de Londres, em um comunicado. Essas ligações permaneceram após o ajuste de fatores socioeconômicos, como tabagismo, atividade física e índice de massa corporal (IMC).

Não está claro por que houve um aumento particularmente alto na incidência de câncer de ovário. No entanto, pesquisas separadas encontraram uma associação entre a doença e a acrilamida, um produto químico industrial formado durante procedimentos de cozimento em alta temperatura.

"Alguns agentes potencialmente causadores de câncer, como alguns controversos aditivos alimentares e agentes químicos gerados durante o processamento, podem interferir nos efeitos hormonais e, assim, afetar os cânceres relacionados a hormônios, como o câncer de ovário", disse Eszter Vamos, autora sênior do estudo, por e-mail.

Mais estudos são necessários para determinar o impacto em mulheres e crianças, disse ela, já que essas últimas tendem a ser as "principais consumidoras de alimentos ultraprocessados".

De acordo com a American Cancer Society, o câncer de ovário ocupa o quinto lugar em mortes por câncer entre as mulheres nos Estados Unidos - representando mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema reprodutivo feminino. O câncer se desenvolve principalmente em mulheres mais velhas e é mais comum em mulheres brancas do que em mulheres negras.

Quase 60% das calorias ingeridas pelos adultos nos Estados Unidos são de alimentos ultraprocessados, que muitas vezes têm baixo valor nutricional. Eles respondem por 25% até 50% das calorias consumidas em muitos outros países também, incluindo Inglaterra, Canadá, França, Líbano e Japão.

Segundo Eszter, o estudo observacional "não pode provar causa e efeito" definitivamente, mostrando apenas uma associação entre os alimentos e o aumento do risco de câncer. No entanto, argumenta o estudo, as descobertas indicam a importância de considerar o processamento de alimentos nas dietas.

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"Alimentos ultraprocessados estão em toda parte e são altamente comercializados com preço barato e embalagens atraentes", disse outra autora do estudo, Kiara Chang, em comunicado. "Isso mostra que nosso ambiente alimentar precisa de uma reforma urgente para proteger a população."

Chang pediu uma melhor rotulagem e embalagem de alimentos para deixar claro aos consumidores os riscos de suas escolhas, bem como subsídios para alimentos preparados na hora, para garantir que eles permaneçam acessíveis.

Outros estudos mostraram uma ligação entre alimentos ultraprocessados e taxas mais altas de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer de cólon. Um estudo recente com mais de 22 mil pessoas descobriu que a aqueles que comiam muitos alimentos ultraprocessados tinham uma probabilidade 19% maior de morte precoce e um risco 32% maior de morrer de doença cardíaca.

"Houve um avanço global dos alimentos ultraprocessados e esses produtos substituem cada vez mais os alimentos tradicionais em nossa dieta", disse Eszter. "Geralmente, os países de alta renda têm os níveis mais altos de consumo, EUA e Reino Unido são os principais consumidores".

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PORTAL G1

Empresa que descumpriu medidas de prevenção à Covid-19 é condenada a pagar quase R$ 1 milhão à família de funcionário que morreu pela doença, decide Justiça

Sentença descreve que Graciano Evangelista, de 42 anos, mesmo com a doença, foi obrigado a trabalhar presencialmente. Decisão é de segunda instância e empresa pode recorrer à terceira.

A Justiça condenou uma empresa de contabilidade a indenizar com quase R$ 1 milhão à família do técnico em contabilidade Graciano Evangelista, de 42 anos, que morreu vítima da Covid-19. A sentença descreveu que a empresa descumpriu os decretos municipais que obrigavam o fechamento do comércio e, mesmo contaminados, os funcionários eram obrigados a trabalhar presencialmente, em Goiânia.

“Lá dentro, a empresa mantinha o ar condicionado ligado no ambiente fechado e começou a propagar a contaminação dos trabalhadores. Mesmo com Covid e com atestado, ele [o técnico] trabalhou presencial. Eles não tinham a opção de trabalhar de casa. Ele se contaminou e continuou trabalhando até não suportar mais, trabalhou um dia remoto, foi para o hospital, ficou internado e faleceu”, explicou Luis Gustavo Nicoli, advogado da família da vítima.

g1 entrou em contato com a empresa por e-mail nesta quarta-feira (1º), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A juíza Viviane Silva Borges, da 10ª Vara do Trabalho de Goiânia, declarou que as condições de trabalho oferecidas e conduta da chefia configuraram acidente de trabalho. Luis Gustavo Nicoli informou que 10 funcionários da empresa foram contaminados pela Covid, incluindo a vítima. Segundo o profissional, a empresa recorreu, perdeu em segunda instância neste mês, mas pode recorrer à terceira instância.

Ao g1, Gardênia Silva, esposa de Graciano, comentou a sentença.

"Senti muitas emoções no dia da sentença, porque vem na memória tudo que passei e os dias que ele ficou doente. Me senti um pouco amparada pela lei", desabafou.

Um trecho da sentença descreveu que os controles de ponto comprovaram que os trabalhadores contaminados estavam trabalhando mesmo com a proibição do exercício das atividades, incluindo o técnico que morreu. Segundo o advogado, a empresa mantinha as janelas e portas fechadas para que a fiscalização não notasse a movimentação.

“A empresa foi contra os decretos e assumiu o risco de colocar todos os colaboradores em contaminação. Ela fazia de modo que camuflasse e a fiscalização não identificasse, as pessoas chegavam sem uniforme e tinha um escalonamento para não dar movimento na entrada”, pontuou o advogado.

A morte

Conforme divulgado pelo advogado da família, o técnico testou positivo para a Covid-19 em março de 2021 e precisou ser internado no dia 8 do mesmo mês, após o aumento dos sintomas. O homem ficou hospitalizado e morreu no dia 1 de abril do mesmo ano.

A condenação

A condenação de 1 milhão se refere ao valor de R$ 60 mil em danos morais para esposa e filho da vítima. Além do pagamento do equivalente a 34,6 anos de salário, considerando a expectativa de prevista pelo IBGE, de 76,7 anos. Conforme divulgado pelo advogado, com a atualização monetária, o valor beira a R$ 1 milhão.

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, além de confirmar a sentença, ainda aumentou o valor da condenação.

Decretos em vigência na época

Os autos do processo descrevem que em 27 de fevereiro de 2021 foi publicado o Decreto Municipal nº 1.646, que previa o fechamento das atividades não essenciais a partir de 1º de março. Leia abaixo o trecho:

“Art. 1º O Decreto nº 1.601, de 22 de fevereiro de 2021 passa a vigorar com as seguintes alterações: 'Art. 10-A. Fica estabelecido que as atividades não essenciais, econômicas e não econômicas, terão seu funcionamento suspenso por 7 (sete) dias a partir do dia 1º de março de 2021 no âmbito do Município de Goiânia, como medida obrigatória de enfrentamento de emergência de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, provocada pelo SARS-CoV-2 e suas variantes”.

Em seguida, a prefeitura publicou o Decreto nº 1.757, de 07/03/2021, que manteve as restrições a partir de 08 de março, por mais 7 dias. No dia 13 de março, o Decreto nº 1.897, suspendeu o funcionamento das atividades não essenciais por mais 14 dias a partir de 15 de março de 2021.

Já em 27 de março de 2021, a prefeitura publicou o Decreto nº2.095/2021, que incluiu a atividade dos escritórios de contabilidade nas exceções às restrições, e permitiu o retorno do funcionamento.

À Justiça, uma testemunha confirmou que, após o decreto de fevereiro de 2021, a empresa foi fechada para atendimento ao público e continuou com atendimento interno.

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TV SERRA DOURADA

Em Goiás mais de 15 mil pessoas esperam por uma cirurgia eletiva

https://www.youtube.com/watch?v=ugXnJZpxDJI

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Assessoria de Comunicação

ALERTA! Remédios vão ficar mais caros a partir de fevereiro

Aumento nos preços dos medicamentos ocorrerão devido a alteração nas alíquotas de ICMS em São Paulo e outros 12 Estados

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Recentes mudanças no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), vão elevar o preço dos remédios a partir de fevereiro. Além da mudança na base de cálculo do imposto no estado de São Paulo, outros 12 estados aumentaram as alíquotas sobre medicamentos de 19% 22%.

Diante do iminente aumento no preço dos medicamentos, as associações da indústria e dos laboratórios estão se mobilizando para enviar ofícios aos estados, de modo a tentar reverter ou até mesmo suspender essas medidas.

Como se não bastasse este novo aumento, os remédios caminham para ter duplo aumento de preço em 2023, isso porque, além do impacto causado pelo ICMS, no mês de abril está previsto um reajuste no valor de cerca de 10 mil medicamentos regulamentados uma vez ao ano.

Reajuste em São Paulo

Para o estado de São Paulo, foi fixado uma base de cálculo para a cobrança do ICMS dos remédios com uma nova lista de Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPFs), conforme portaria publicada no dia 31 de dezembro de 2022.

Para o setor de medicamentos, o estado acaba superestimando valores dos insumos e dos medicamentos para realizar a base de cálculo do tributo estadual, que deverá trazer uma alta nos preços a partir desta quarta-feira (1º de fevereiro).

A entidade sem fins lucrativos (Grupo FarmaBrasil), composta por gigantes como Aché, Althaia, Apsen, Biolab, Eurofarma, Libbs dentre outras, solicitou o adiamento da portaria que entrará em vigor em fevereiro, sob alegação de distorções que precisam ser esclarecidas.

Mudança na alíquota do ICMS sobre medicamentos nos outros estados

Veja a seguir a mudança na alíquota do ICMS para os outros Estados, qual será o percentual de reajuste e quando entrará em vigor, elevando então o preço dos medicamentos.

Estados Reajuste na alíquota A partir de
Acre de 17% para 19% 1º de abril
Alagoas de 18% para 19% 1º de abril
Amazonas de 18% para 20% 29 de março
Bahia de 18% para 19% 22 de março
Maranhão de 18% para 20% 1º de abril
Pará de 18% para 19% 16 de março
Paraná de 18% para 19% 13 de março
Piauí de 18% para 21% 8 de março
Rio Grande do Norte de 18% para 20% 1º de abril
Roraima de 17% para 20% 30 de março
Sergipe de 18% para 22% 20 de março
Tocantins de 18% para 20% 1º de abril