Quarta, 10 Maio 2023 06:57

CLIPPING AHPACEG 10/05/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Inep divulga resultado final da primeira etapa do Revalida

Unimed é obrigada a fornecer remédios conforme prescrição médica para tratamento contra câncer

Dia Mundial do Lúpus: doença não tem cura, mas existe tratamento

Lote de vacinação diferente e nome de enfermeira errado: Veja erros em cartão de vacina fraudado para esposa de Mauro Cid apontados pela Saúde de Cabeceiras

Cade deve reprovar compra da Smile pela Hapvida

Médico que forjou morte de criança para vender seus órgãos é preso em SP

Biomédica é presa suspeita pela morte de paciente durante procedimento

Fiocruz propõe medidas para evitar uso irregular de fentanil

JORNAL OPÇÃO

Unimed é obrigada a fornecer remédios conforme prescrição médica para tratamento contra câncer

Médicos do plano só poderiam prescrever medicamentos genéricos

A justiça goiana concedeu liminar determinando que a Unimed Goiânia suspenda de forma imediata a proibição da prescrição de medicamentos de marca para o tratamento quimioterápico de pacientes oncológicos. O inquérito informa que desde 17 de abril os médicos do plano só poderiam receitar medicamentos genéricos.

O juiz José Augusto de Melo Silva, da 29ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, concedeu decisão favorável à ação da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) que busca garantir a autonomia dos médicos em se tratamento de pacientes com câncer.

“Defiro o pedido liminar postulado para determinar a suspensão imediata do Ofício 10 de 11/04/2023, para que os profissionais da saúde possam prescrever, solicitar e faturar os medicamentos oncológicos pertinentes a cada tratamento, de forma individualizada, devendo a requerida fornecer os medicamentos prescritos sob pena de multa de R$100,00 (cem reais) por ato, limitada ao valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)”, diz a decisão.

Com a proibição, adotada pela Unimed Goiânia, os médicos das instituições associadas da Ahpaceg que atendem pacientes com câncer estavam impedidos de prescrever medicamentos oncológicos de marca. A justificativa da empresa era de que o sistema de prescrição eletrônica teria apenas os medicamentos genéricos.

No dia 24 de abril, a Ahpaceg impetrou um Pedido de Tutela Provisória contra a decisão da Unimed Goiânia. A Ahpaceg disse que, na prática, além da quebra de contrato, essa decisão fere a autonomia do médico e pode trazer graves consequências aos pacientes, principalmente aos que estão em uso contínuo de um medicamento de referência cuja mudança poderia comprometer a resposta terapêutica.

O Jornal Opção entrou em contato com a assessoria da Unimed Goiânia que ficaram de fornecer resposta nesta terça-feira, 9, no período da manhã. Não tivemos qualquer retorno. O espaço permanece aberto.

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Dia Mundial do Lúpus: doença não tem cura, mas existe tratamento

Trata-se de uma enfermidade autoimune, isto é, quando o próprio corpo ataca seus tecidos por um mau funcionamento do sistema imunológico

Neste dia 10 de maio, quarta-feira, a World Lupus Federation (WLF) escolheu como sendo o Dia Mundial do Lúpus para conscientização da condição e alertar sobre o impacto dela.

Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento e pode ser controlada. O Lúpus é uma enfermidade autoimune, isto é, quando o próprio corpo ataca seus tecidos por um mau funcionamento do sistema imunológico.

Em consonância com o dia mundial de conscientização, o Jornal Opção entrevistou o médico reumatologista, Otávio Paz, que explicou o que são doenças autoimunes, a causa do Lúpus, sintomas, diagnóstico e tratamento.

Doenças autoimunes

De acordo com o especialista, doenças autoimunes fazem parte de um grupo muito abrangente de enfermidades que se manifestam pela desregulação do nosso sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso organismo.

“Ele passa a atacar não fatores externos e invasivos, mas os próprios órgãos e sistemas. Então, vai atacar o rim, a articulação, a pele, cabelos, olhos. Enfim, tem um potencial de atacar qualquer órgão e estrutura do corpo”, explica.

No caso do Lúpus, Otávio Paz afirma que a pessoa desenvolve anticorpos contra ela própria. Apesar disso, ele chama a atenção para o fato de que, dependendo do quadro, uma pessoa com a doença pode ser muito diferente da outra. Já a causa é desconhecida.

“O Lúpus pode teoricamente atingir ou atacar qualquer órgão ou sistema do corpo humano. Não existe uma causa determinada. A gente coloca que existem fatores, como pré-disposição genética, ser do sexo feminino. Existem algumas teorias que tentam justificar, mas não há uma certeza por que é mais prevalente em mulheres do que homens”, revela.

Além disso, o médico reumatologista afirma que existem vários fatores desencadeantes da reação autoimune do Lúpus. “Pode ser uma infecção, pode ser a luz solar, pode ser o início do processo de menstruação com os hormônios femininos, pode ser uma gravidez. Tem vários fatores que podem desencadear o Lúpus, mas uma causa específica a gente desconhece ainda”, pontua.

Sintomas

Otávio Paz justifica que, por ser sistêmico e poder atingir qualquer órgão ou sistema, pessoas com Lúpus podem apresentar sintomas distintos.

“Você vai ver pessoas com Lúpus que tem doença na pele, inflamação da pele, com inflamação renal, com inflamação articular, inflamação cerebral, inflamação cardíaca. Mas, o mais comum é o acometimento das articulações, as pequenas articulações das mãos, grandes articulações como cotovelos, joelhos, quadris”, cita.

Além dessas, o especialista elenca outros sintomas mais comuns em segundo e terceiro lugares, vindo depois das articulações.

“Lesões avermelhadas em asa de borboleta, manchas fotossensíveis, às vezes na região do decote do colo, ou então na região justamente dos braços, queda de cabelo é muito comum. Então, eu colocaria alterações articulares, de pele, fotossensibilidade e lesões espontâneas, como líquido na pleura, pode aparecer líquido no abdômen também”, exemplifica.

“Digamos assim, dos três principais, mas é extremamente variável. Pode causar anemia, pode causar baixa de plaquetas, de leucócitos, varia demais um caso para o outro”, completa.

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EBC

Inep divulga resultado final da primeira etapa do Revalida

O resultado final da primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2023 já está disponível na internet. A primeira etapa do exame foi aplicada em 5 de março e contabilizou 10.062 inscritos. Desse total, 9.230 realizaram a prova e 1.216 foram aprovados.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o participante aprovado nesta primeira etapa está apto para se inscrever na segunda fase do Revalida, composta pela prova de habilidades clínicas. As inscrições para a segunda fase começam em 15 de maio e vão até o dia 19, pelo Sistema Revalida.

Composto por duas etapas (teórica e prática), o exame aborda o que o Inep chama de as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva). A participação na segunda etapa depende da aprovação na primeira, que contempla as provas objetiva e discursiva.

O Revalida busca subsidiar a validação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior. As referências são atendimentos no contexto da atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina.

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PORTAL G1

Lote de vacinação diferente e nome de enfermeira errado: Veja erros em cartão de vacina fraudado para esposa de Mauro Cid apontados pela Saúde de Cabeceiras

Farley Alcântara é suspeito de ter fraudado o cartão de vacina de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid. O g1 não conseguiu contatar a defesa do médico para um posicionamento.

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás

A secretaria de Saúde da cidade de Cabeceiras, no Entorno do Distrito Federal, percebeu erros no cartão de vacina fraudado de Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A chefe da pasta, Cleide Alencar, explicou que, ao ver o cartão pela primeira vez, por meio da imprensa, logo percebeu os "furos" existentes no documento, como o nome da técnica de enfermagem escrito errado e lotes que não teriam ido para a cidade.

Farley é sobrinho do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que foi preso na quarta-feira (3), durante a operação deflagrada pela Polícia Federal. O g1 não conseguiu localizar a defesa do médico para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

O cartão de vacinação, em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, registra que a mulher teria recebido uma dose de vacina no dia 17 de agosto de 2021, do lote FF2591, e outra no dia 9 de novembro de 2021, do lote TG3529. Ambas as doses seriam produzidas pelo laboratório BioNtech. No campo de observações do cartão de vacina, é possível ver a assinatura e o carimbo de Farley. As duas enfermeiras, Dzirrê de Almeida e Edynez Farias, que tiveram o nome assinado no documento, negam envolvimento com a fraude.

A coordenadora da atenção básica municipal, que preferiu não se identificar, explicou que, no cartão de vacina, o nome da enfermeira ou técnica de enfermagem que aparece tem que ser o da pessoa que fez a aplicação do insumo no paciente. Com isso, o primeiro erro identificado por Cleide, foi a assinatura da técnica de enfermagem Edynez Farias Costa. Isso, porque no cartão, o nome dela consta como Edniz. Segundo a própria enfermeira, ela é a única profissional do município, de modo que o nome errado não poderia fazer referência a outro profissional.

"Ela não ia escrever o próprio nome dela errado", disse a secretária.

Outro furo percebido pela secretária seria na caligrafia. Tanto a secretária, quanto a coordenadora da atenção básica municipal, contaram que logo de cara viram não ser nem a caligrafia de Edynez nem a de Dzirrê, ainda que o nome de ambas estivesse no cartão de vacina.

Além da caligrafia, as servidoras também mencionaram erro no posto de saúde em que uma das vacinas teriam sido aplicadas. Logo abaixo dos nomes das enfermeiras, no cartão de vacina, é possível ver a unidade de saúde em que a vacina foi aplicada.

Apesar de o de Dzirrê constar o local em que ela trabalhava em 2021 corretamente, o posto apontado como o local em que Edynez, não é o local em que a profissional trabalha. Conforme o registro do cartão de vacina, o imunizante teria sido aplicado na Unidade Básica de Saúde da Família I, localizada no setor Mariano Machado. Contudo, a profissional trabalha na Unidade Básica de Saúde da Família II, no setor Parque São João, centro da cidade, desde 2020.

Outro ponto mencionado pela profissional que atua na coordenação da atenção básica de Cabeceiras é o lote da vacinação que consta no cartão de vacina supostamente fraudado. Apesar de a Polícia Federal inicialmente ter dito que as informações do cartão falso tinham sido retirados do comprovante de vacinação de uma enfermeira que teria sido imunizada em Cabeceiras, a mulher diz que os dois lotes mencionados (FF2591 e TG3529) nunca foram para a cidade.

"Não recebi esses lotes. Na hora que vi o cartão, entrei nos lotes pra ver se tinha recebido eles e não recebi", conta a mulher, que em 2021 era a responsável por registrar os lotes de vacina contra a Covid-19 que chegavam.

Além dos erros apontados pelas profissionais da saúde municipal, é possível ver que o nome da farmacêutica BioNTech, que produz a vacina contra a Covid-19 junto com a Pfizer, está escrito com a grafia errada de "BioTech".

Entenda a suposta fraude

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), para a prática da suposta fraude, Farley foi acionado por seu tio, Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que também é alvo da investigação da Polícia Federal. O médico foi acionado enquanto ainda prestava serviços para a prefeitura de Cabeceiras, em 2021.

Na ocasião, o médico teria conseguido um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde do município de Cabeceiras, que estaria preenchido com duas doses de vacina contra a Covid-19, com o nome de Gabriela Cid.

Segundo apurado pela Polícia Federal durante a investigação, mensagens de WhatsApp mostram que os dados da vacina que constam nesse cartão com o nome de Gabriela, como data, lote, fabricante e aplicador, foram retirados por Farley de um cartão de vacinação de uma enfermeira que teria sido vacinada na cidade de Cabeceiras.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, no dia 22 de novembro de 2021, às 19h11, foi feito o envio de um documento entre o tio de Farley, Luis Marcos dos Reis e Mauro Cid. A PF aponta que o arquivo consistia na digitalização de um "cartão de vacinação" do Sistema Único de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Governo de Goiás.

O cartão de vacinação, em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, registra que a mulher teria recebido uma dose de vacina no dia 17 de agosto de 2021, do lote FF2591, e outra no dia 9 de novembro de 2021, do lote TG3529. Ambas as doses seriam produzidas pelo laboratório BioNtech. No campo de observações do cartão de vacina, é possível ver a assinatura e o carimbo de Farley.

Ainda de acordo com a polícia, além de entregar o cartão falso, Farley também entregou outro cartão em branco. Isso, porque o grupo não teria conseguido cadastrar o cartão anterior no sistema do Rio de Janeiro. Um print mostrou o médico pedindo um cartão em branco a uma das enfermeiras que teve o nome assinado no cartão fraudado de Gabriela Cid (veja imagem acima).

Procedimento administrativo em Cabeceiras

De acordo com o prefeito da cidade, Everton Francisco, conhecido como Tuta, alguns profissionais de saúde serão ouvidos no procedimento administrativo que foi aberto na prefeitura para investigar o caso e saber se realmente houve a fraude por parte do médico e, se sim, descobrir se ele teve ajuda para cometer o crime. Entre esses profissionais a serem ouvidos estão Dzirrê e a outra enfermeira que teve o nome citado no cartão de vacina de Gabriela Cid.

"Acredito que ele tenha pego o cartão de vacina de uma pessoa que realmente vacinou aqui na cidade, que realmente possa ter vacinado com a gente e ele tenha transcrevido isso para outro cartão, mas não sei o que passou na cabeça", deduziu a coordenadora.

Ao g1, ela contou esperar que, com as investigações realizadas, os fatos sejam esclarecidos.

"Quando a gente vê nosso nome em uma situação dessas, ficamos muito abaladas. Quero que [com a investigação] se esclareça tudo. Quero a verdade. Se ele teve ajuda de alguém daqui, queremos que apareça quem foi", disse Dzirrê.

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FOLHA DE S.PAULO

Cade deve reprovar compra da Smile pela Hapvida


O Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica) deve reprovar nesta quarta (10) a compra do Grupo Smile pela Hapvida.

A maioria dos conselheiros não viu remédios para o caso que apresentou excessiva concentração de de mercado na Paraíba e em Alagoas -onde o grupo investe mais esforços.

A Hapvida anunciou que adquiriu a Smile Saúde por R$ 300 milhões em fevereiro do ano passado.

A operação foi encaminhada ao tribunal do Cade com parecer pelo veto da operação dado pela Superintendência-Geral, que instruiu o processo

A Hapvida administra 160 mil segurados de planos de saúde e opera três hospitais nos principais locais onde a Smile atua. O grupo adquirido atua em alguns estados, primordialmente na Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte.

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PORTAL TERRA

Médico que forjou morte de criança para vender seus órgãos é preso em SP


O médico Álvaro Inhaez foi preso nesta terça-feira, 9, por um crime que cometeu há 23 anos Foto: Reprodução/EPTV

O médico Álvaro Ianhez, de 77 anos, foi preso na tarde desta terça-feira, 9, na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. Ele foi condenado em abril do ano passado a 21 anos de prisão pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, morto em 2000, com 10 anos de idade, em Minas Gerais.

Ianhez não tinha sido preso até o momento, pois conseguiu um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para aguardar o julgamento de todos os recursos em liberdade. Porém, o Ministério Público de Minas Gerais acionou o Supremo Tribunal Federal para reverter a decisão do STJ.

A prisão ocorreu após uma ação conjunta entre promotores de Justiça de São Paulo e o Ministério Público de Minas Gerais. O médico ficará em São Paulo à disposição da Justiça, cabendo à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais realizar a transferência de Ianhez para uma unidade prisional, segundo informações da EPTV.

O caso

O menino Pedro Pavesi morreu aos 10 anos de idade Foto: Reprodução/EPTV

O menino Paulo Veronesi Pavesi deu entrada no Hospital Pedro Sanches depois de cair da varanda do prédio onde morava. Lá, segundo o Ministério Público, teria sido vítima de um erro médico durante uma cirurgia e encaminhado para a Santa Casa de Poço de Caldas.

Na unidade, o médico Álvaro Ianhez forjou um diagnóstico de morte cerebral para que pudesse retirar os órgãos do garoto. O esquema ficou conhecido como "máfia dos transplantes".

Além de Ianhez, outros dois médicos foram condenados pelo mesmo crime em 2021 a 25 anos de prisão. Um terceiro foi absolvido.

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TUDO EM DIA ONLINE

Biomédica é presa suspeita pela morte de paciente durante procedimento

Uma biomédica, de 33 anos, e uma técnica de enfermagem, de 39 anos, foram presas em flagrante, na tarde dessa segunda-feira (8/5), suspeitas na morte de uma mulher de 46 anos. O crime teria acontecido em uma clínica de estética no Centro de Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. A vítima foi até o local realizar um procedimento conhecido como lipoescultura.Â

A vítima chegou à clínica por volta de 6h para fazer um procedimento que retira gordura de uma determinada região do corpo e a redistribui para outras partes. Durante a manobra, ela teria sofrido uma parada cardiorrespiratória, sendo necessário o encaminhamento até uma unidade de saúde. De acordo com o médico legista e chefe do Posto Médico-Legal de Divinópolis, Lucas Amaral, a necropsia apontou sinais de hemorragia relacionada à cirurgia realizada e que podem ter ligação com a causa da morte. Ao todo, foram identificadas dez perfurações no abdômen e outras duas nos glúteos da vítima."Nenhum órgão do abdômen ou tórax foi perfurado. Foram coletados materiais biológicos, que serão periciados no laboratório do Instituto Médico-Legal Dr. André Roquetti, na capital, para pesquisa de possíveis agentes químicos utilizados no procedimento", disse o especialista. Leia: Júri inocenta ex-prefeita de Santa Luzia por assassinato de jornalista Diante ao óbito e possíveis irregularidades, a biomédica e a técnica de enfermagem que atuaram no procedimento foram autuadas em flagrante por homicídio. Elas foram encaminhadas ao sistema prisional onde estão à disposição da Justiça.

Sem alvará

Conforme a investigação preliminar, o estabelecimento não possui autorização para realização de cirurgias por não haver estrutura física adequada para atendimento emergencial. No local, foram apreendidos equipamentos utilizados nos procedimentos, prontuários de pacientes, caixa de injetáveis, dois computadores e um celular.Um dos equipamentos necessários para a realização da intervenção estética não foi encontrado pela polícia. Ao ser questionada, a biomédica afirmou que, no momento em que houve a complicação, o material ainda não havia "chegado", já que é alugado por hora.

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BLOG AGORA BRASIL

Fiocruz propõe medidas para evitar uso irregular de fentanil


Um artigo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para o uso de fentanil no país. Utilizado como analgésico e anestésico para fins médicos, o fentanil passou a ser consumido de forma indevida e indiscriminada em muitos países, como nos Estados Unidos, causando dependência química e vício, por ser 100 vezes mais potente que a morfina e 50 vezes mais que a heroína.

No Brasil, a primeira apreensão de fentanil ilícito ocorreu em março, no Espírito Santo, e acendeu o alerta para importância para adoção de estratégias de controle e prevenção da circulação e do uso da droga no país. Além disso, uma série de casos de intoxicação pelo opioide foi relatada na região metropolitana de Campinas (SP), nos primeiros meses deste ano.

No artigo publicado na versão online da revista The Lancet Regional Health - Americas, Francisco Inácio Bastos, pesquisador titular do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz (Icict/Fiocruz) e Noa Krawczyk, professora-assistente do Centro de Epidemiologia e Política de Opioides da NYU Grossman School of Medicine, destacam medidas que o Brasil deve adotar para evitar uma crise grave, como a enfrentada atualmente nos Estados Unidos, onde mais de 70 mil pessoas morrem por ano pelo uso não médico da droga.

Eles garantem que o momento não é para pânico no Brasil. "Até agora, a ameaça emergente de uma potencial crise de saúde pública impulsionada pela disseminação do fentanil foi basicamente tratada por uma mídia proativa, poucos grupos de pesquisa e as respostas imediatas da ANVISA. Um compromisso da sociedade civil, da comunidade científica e do governo em todos os níveis é extremamente necessário. Olhar para as lições aprendidas em outros países é fundamental, mas todos os grandes problemas que afetam as sociedades têm dimensões globais e locais. Não há tempo para ficar parado olhando", destacam Francisco Inácio Bastos e Noa Krawczyk, no artigo.

O que pode ser feito

Os pesquisadores esclarecem que a crise de fentanil nos Estados Unidos traz lições importantes para o Brasil e também apresentam diferenças em relação ao consumo nos dois países.

De acordo com Bastos e Krawczyk, a epidemia entre os norte-americanos têm dois fatores: prescrição excessiva de opioides e desvio da finalidade médica e o crescimento do uso de heroína, e depois do fentanil, em razão das altas taxas de dependência e demanda da população.

Outra observação é que nos Estados Unidos o fentanil é ofertado misturado a outras drogas, como cocaína, o que não se reflete no Brasil, inclusive pelo opioide ser considerado uma substância cara em comparação a outras. "O mais provável é que seria uma mistura de algumas apreensões de fentanil puro. Não acredito que aconteça o que está havendo nos Estados Unidos, outras substâncias com propriedades diferentes [misturadas] com fentanil", disse Bastos em entrevista à Agência Brasil.

Na semana passada, o assunto foi discutido durante seminário da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), do qual participaram também representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O ministério ressaltou que as apreensões realizadas no país foram episódicas, e não representam uma epidemia.

No artigo, os pesquisadores sugerem as seguintes frentes de atuação: investimento em vigilância e pesquisa contínuas para entender os padrões de mudança de uso e abuso de substâncias na população brasileira; integração das apreensões com análises toxicológicas criteriosas; melhorar a vigilância do fentanil médico e de outros opioides, evitando potencial desvio e uso indevido, especialmente em unidades hospitalares; adoção de protocolos de tratamento e conscientização dos profissionais de saúde que atendem na porta de entrada (emergências) dos setores público e privado.

"Na época que eu clinicava, internei vários colegas, alguns deles faziam só uso e outros acabavam se envolvendo em desviar ampolas, porque eram as pessoas que tinham acesso", revelou o pesquisador da Fiocruz.

O pesquisador cita ainda a necessidade de controle da oferta da substância pela internet e redes sociais. "O pessoal está fazendo fentanil na cozinha. Embora não tenha a pureza do fentanil industrial, o tráfico está se lixando se é puro ou sujo".

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O SUL

Artigo - Saúde, descendo a ladeira


Sem ser apocalíptico e aceitando opiniões contrárias, acho que a desafortunada saúde no Brasil iniciou a sua decadência após 3 decisões maléficas marcantes na nossa história:
A Municipalização, o programa mais médicos (PMM) e a "Universidade para todos".

A constituição de 1998, que nos deu mais direitos e menos deveres, municipalizou a saúde. O governo federal, o grande gerenciador da saúde no nosso país dividiu sua responsabilidade com os estados e municípios. Foi criado o SUS, uma boa ideia! Entretanto esquecemos que somos 5.570 municípios. Completamente heterogêneos. Somos diferentes na dimensão, na população, na economia e nos recursos humanos.

O governo central detém 60% da arrecadação de tributos e arca com 40% do financiamento do SUS.

Os municípios arrecadam 17% da carga tributária brasileira. Se responsabilizam por 32% do aporte financeiro SUS.

Este financiamento é regulado por uma tabela que é referência de pagamento para médicos, hospitais e fornecedores.

Ele tem sido lentamente sufocado, pois a tabela tem reajustes minguados, insuficientes e inconstantes.

Hoje a defasagem é tão grande que a Santa Casa de Porto Alegre perde anualmente 140 milhões atendendo o SUS!!

O segundo torpedo lançado contra a saúde do brasileiro foi o programa mais médicos de 2013. O Brasil, desprestigiando os médicos brasileiros, contratou 18.000 cubanos.

A desenvergonhada política, com viés financeiro, permitiu que médicos estrangeiros sem qualificação profissional atuassem no país. No exame médico do "REVALIDA" somente 28% foram aprovados.

No Uruguai foram todos reprovados.

E finalmente a saúde foi mais enfraquecida ainda com o programa "Universidade para todos" Esta filosofia determinou que desde a virada do século até agora quadruplicássemos o número de faculdades de medicina.

Frustrado e envergonhado, depois de mais de 40 anos lecionando na universidade, reconheço o inimaginável declínio da formação médica.

Hoje estamos liberando médicos com formação deficiente, com pouca experiência clínica e mal lapidados. Logicamente existem inúmeras exceções.

Ciente disto, fico estarrecido e triste ao saber que só no RGS, serão criadas mais de 480 vagas para alunos de medicina. No Brasil, serão quase 20 mil.

A abertura de escolas médicas, sem condições de formar bons profissionais é um negócio bilionário e lucrativo, mas representa sérios riscos à saúde da nossa população.

Hoje a educação médica já é precária por falta de infraestrutura, hospitais e corpo docente.

No futuro ela certamente será pior, incerta e imprevisível.

Na medicina, a qualidade é muito mais importante do que a quantidade.

Só um bom médico é avalista de uma saúde boa.

A nossa está descendo a ladeira!!

Carlos Roberto Schwartsmann - Médico e Professor universitário

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Assessoria de Comunicação

Terça, 09 Maio 2023 07:35

CLIPPING AHPACEG 09/05/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil Sorridente: novo programa beneficiará milhões de brasileiros; veja quem tem direito

Conselhos de classe não podem suspender exercício profissional de inscritos por falta de pagamento da anuidade, decide STF

Print mostra médico alvo da PF pedindo cartão em branco para enfermeira que teve nome usado em fraude envolvendo esposa de Mauro Cid

Secretário de Saúde diz que nenhum médico pediu demissão em Porangatu

AGÊNCIA BRASIL

Justiça leva em média um ano para dar resposta a processos de saúde


Somente no ano passado, foram abertos mais de 295 mil processos na Justiça, que contestam algum aspecto relacionado ao atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2021 e 2020, o total foi de 250 mil e 210 mil, respectivamente, o que indica aumento gradual, a cada ano.

Em relação à rede privada, 2022 registrou 164 mil processos novos. Em 2021 e 2020, foram abertos 137 mil e 135 mil processos judiciais, respectivamente. Já neste ano, o total também foi inferior ao do SUS -, embora a comparação deva levar em consideração a magnitude do sistema público.

A quantidade elevada no período de 2020 a 2022 pode sinalizar um boom por causa da pandemia de covid-19. Porém, quando se observam outros dados, que não têm relação com o contexto da crise sanitária, percebe-se, nitidamente, a lentidão dos julgamentos. O tempo médio para o Poder Judiciário julgar a causa, quando o caso envolvia tratamento oncológico, ou seja, para câncer, tanto no SUS quanto na rede privada, era de 277 dias, em média, em 2020. Três anos depois, saltou para 322. Isso significa que uma pessoa em situação de fragilidade aguarda quase um ano até saber se terá direito a receber atendimento.

Um dos grupos de processos judiciais com mais demora é o referente a doações e transplante de órgãos. De 2020 para 2021, viu-se uma redução de 621 para 439 dias, em média. Contudo, em 2022, a duração média de tramitação até o julgamento foi de 825 dias. Em 2023, o patamar ainda não sofreu redução expressiva no que se refere a tempo de trâmites nos tribunais, ficando em torno de 713 dias.

O advogado Leonardo Navarro, integrante da Comissão de Direito Médico e Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, é especializado na área há cerca de 15 anos. Há uma década, segundo ele, começou a crescer o nível de judicialização da saúde no país, o que acendeu um alerta para o SUS, a Agência Nacional de Saúde (ANS) e as operadoras de saúde. A reação foi a de tentar evitar.

Depois de tanto tempo de carreira, Navarro diz não ver, atualmente, "grande dificuldade" para quem precisa acionar a Justiça a fim de assegurar um direito na área da saúde. "Temos aí diversas universidades que têm convênio com a OAB, com o próprio Judiciário, o Poder Público, justamente para viabilizar o acesso de pessoas que não têm renda. Em São Paulo, há uma Defensoria Pública super capacitada", comenta.

Navarro reconhece, no entanto, que nesse caminho percorrido por quem não tem condição de pagar honorários falta rapidez. "Tem agilidade? Tem aquela pessoalidade que teria com o advogado [contratado]? Não, lógico que não, mas tem a prestação de serviço pelo Estado", diz.

A presidente da Associação de Fibrose Cística do Espírito Santo, Letícia Lemgruber, tem como um dos temas e lutas de sua vida as doenças raras. Ela tem um filho com fibrose cística, que consiste no mau funcionamento das glândulas exócrinas, que produzem secreções. A doença afeta os órgãos reprodutores, pâncreas, fígado, intestino e pulmões.

Um dos obstáculos para pacientes de doenças raras é conseguir as chamadas drogas órfãs, ou seja, medicamentos para seu tratamento, que ganharam esse nome por serem produzidas por big pharmas e por seu alto valor, o que implica dificuldade para obter pelo SUS e a necessidade de se recorrer à judicialização.

Como exemplo de lentidão, no acesso a medicamentos, Letícia menciona o ivacaftor, que foi a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para ser oferecido, pelo SUS, ao tratamento de pacientes com a fibrose cística, feita em dezembro de 2020. Somente em outubro de 2022, conforme relata a representante da associação, é que pacientes com o diagnóstico da doença podem ter a medicação gratuitamente, pela rede pública.

"Ou seja, demora muito até chegar à mão do paciente. E é exatamente porque essas etapas acabam tendo uma velocidade incompatível com a progressão da doença, especialmente das doenças raras, que o paciente não tem outro caminho para acessar a medicação que não o Judiciário", diz ela, que também presta consultoria à Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose (Abram).

"A primeira barreira é o tempo dessas etapas. A segunda é a exigência de registro na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], que permite o acesso pelo SUS. Se o laboratório não pede o registro, ele nunca vai acessar por meio do SUS, só judicialmente. E a terceira barreira é o preço. Aí que vem a nossa briga", acrescenta.

A Agência Brasil pediu um posicionamento do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) sobre a judicialização, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

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INFORME BRASIL

Brasil Sorridente: novo programa beneficiará milhões de brasileiros; veja quem tem direito


O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta segunda-feira (8) o projeto de lei nº 8131/2017, que inclui a Política Nacional de Saúde Bucal, também conhecida como Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde.

Com a aprovação do Congresso Nacional em novembro de 2022, a nova lei garante o acesso universal, equânime e contínuo aos serviços de saúde bucal, que passam a integrar definitivamente o Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, a saúde bucal passa a ser um direito de todos os brasileiros garantidos por lei.

Brasil Sorridente: novo programa beneficiará milhões de brasileiros; veja quem tem direito

Uma das principais diretrizes do programa é combater a dificuldade de acesso à saúde bucal, principalmente para uma população mais vulnerável e em regiões de vazios assistenciais. O Brasil Sorridente foi criado em 2004 e mudou a vida de milhões de brasileiros.

A iniciativa, que volta a ser prioridade do Governo Federal, busca garantir acesso a serviços odontológicos gratuitos no SUS, presentes em 5,2 mil municípios, promovendo a saúde bucal como parte fundamental para uma vida digna, aumento da autoestima e exercício da cidadania.

Ampliação do atendimento para fortalecer o Brasil Sorridente

A primeira medida aceita pelo Ministério da Saúde para o fortalecimento do Brasil Sorridente é a extensão do atendimento com o credenciamento de 3.685 novas equipes de saúde bucal e 630 novos serviços e unidades de atendimento, com investimento de R$ 136,87 milhões em 2023. Mais de 10 milhões de brasileiros que não tiveram acesso a esse cuidado passam a ser alcançados pelo programa, totalizando 111,6 milhões de pessoas cobertas.

Além disso, foram contemplados 805 municípios brasileiros com novos serviços e equipes de saúde bucal, sendo que pelo menos 85 municípios irão receber equipes de saúde bucal pela primeira vez. Ao todo, 68 serviços diferentes foram habilitados para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Desses, 19 são novas unidades. Os credenciamentos também habilitam 10 novas unidades móveis odontológicas para garantir que o atendimento chegue às regiões de difícil acesso e sejam iguais.

As novas habilitações também abrangem 552 novos Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD), ampliando a oferta de próteses dentárias pelo SUS e permitindo a reabilitação fonética, mastigatória e retomada da autonomia.

Saúde bucal nas escolas

O Presidente Lula garantiu que o programa ainda precisa garantir dentistas nas salas de aula para atender às crianças, educando a partir da escola, para que no futuro, a sociedade possa ter uma população com dentes saudáveis. Ele sustentou que qualquer dinheiro para cuidar do povo é um investimento e que, muitas vezes, as pessoas não se tratam porque não podem.

O ato reconhece a importância do acesso ao atendimento odontológico no SUS e reforça o compromisso do Governo Federal com o cuidado integral da população brasileira. A nova lei representa uma conquista importante para uma vida digna, aumento da autoestima e o exercício da cidadania.

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PGR

Conselhos de classe não podem suspender exercício profissional de inscritos por falta de pagamento da anuidade, decide STF

É inconstitucional a suspensão, realizada por conselho de fiscalização profissional, do exercício laboral de inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política em matéria tributária e afronta o direito constitucional do livre exercício da atividade profissional. Esse foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar procedente ação do Ministério Público Federal (MPF).

A partir da decisão da Suprema Corte, com repercussão geral, é inconstitucional o segundo parágrafo do artigo 37 da Lei 8906/1994, na parte que se refere ao inciso XXIII. A lei, que é o Estatuto dos Advogados, permitia que a suspensão do exercício profissional, como sanção disciplinar por falta de pagamento de anuidade após notificação, perdurasse por tempo indeterminado, até que a dívida fosse totalmente paga.

A ação refere-se ao caso de advogado do Rio Grande do Sul que teve o seu exercício profissional suspenso até que pagasse as oito anuidades devidas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A Justiça Federal manteve a sanção disciplinar. O MPF entrou com recurso extraordinário no STF, alegando que impedir o exercício da advocacia como forma de cobrança das anuidades ofende a liberdade de exercício de qualquer trabalho. Intimada, a Procuradoria-Geral da República se manifestou favorável ao recurso.

Manifestação da PGR

A PGR manifestou-se pela inconstitucionalidade da norma, por considerar ser evidente a ofensa ao direito fundamental de liberdade de exercício profissional. De acordo com a Constituição, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Além disso, a PGR salienta que as qualificações profissionais se referem a requisitos acadêmicos e aprovação em exame de ordem, e não ao pagamento de anuidades.

No parecer, a PGR afirma que a suspensão do exercício profissional é um meio coercitivo inadmissível para a cobrança das anuidades e que existem outras formas menos gravosas que atingiriam o mesmo fim pretendido. E conclui que “a suspensão do exercício profissional do inadimplente, com o objetivo de forçá-lo a quitar o débito, não faz sentido, porque retira justamente os meios que o profissional tem para obter recursos financeiros para pagar a sua dívida”. 

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PORTAL G1

Print mostra médico alvo da PF pedindo cartão em branco para enfermeira que teve nome usado em fraude envolvendo esposa de Mauro Cid

Médico é alvo da Polícia Federal suspeito de ter cometido a fraude. Segundo a enfermeira, ela e o médico já trabalharam juntos em alguns plantões no hospital municipal de Cabeceiras.

Por Gabriela Macêdo e Ton Paulo, g1 Goiás

A enfermeira Dzirrê de Almeida Gonçalves, coordenadora de uma unidade de saúde de Cabeceiras, no Entorno do Distrito Federal, foi uma das profissionais que teve o nome colocado no cartão de vacina fraudado de Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Ao g1, Dzirrê, que negou qualquer envolvimento na fraude, contou que o médico chegou a pedir um cartão de vacina em branco a ela, no dia 25 de novembro de 2021 (veja conversa acima).

"Consegue um cartão de vacina em branco pra mim", pediu o médico à enfermeira, por mensagem.

Na conversa em que o médico pediu à enfermeira o cartão de vacina em branco, é possível ver que a enfermeira responde que na unidade de saúde em que ela trabalha não teria o que ele pediu. Antes disso, ela contou que a última vez que havia conversado com Faley havia sido durante um plantão que havia feito com ele, no hospital municipal da cidade, em maio de 2021.

"Estamos sem", escreveu a mulher.

De acordo com a enfermeira, depois desse pedido, o médico não falou mais com ela e nem deu explicações sobre o motivo de ter solicitado o cartão de vacina em branco.

"Eu não perguntei [para quê ele queria]. Nunca imaginava que fosse para fazer algo ilícito. Quando falei que não tínhamos, ele não falou mais nada", disse Dzirrê.

Farley é sobrinho do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que foi preso na quarta-feira (3), durante a operação deflagrada pela Polícia Federal. O g1 não conseguiu localizar a defesa do médico para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Segundo a Polícia Federal, além de entregar o cartão falso de vacinação, retirado do comprovante de vacinação de uma enfermeira que teria sido imunizada em Cabeceiras, Farley também entregou outro cartão em branco. Isso, porque o grupo não teria conseguido cadastrar o cartão anterior no sistema do Rio de Janeiro.

Enfermeira nega envolvimento em fraude

Dzirrê conta que, atualmente, trabalha na coordenação da chamada 'Unidade Básica de Saúde 3' na cidade. No entanto, em 2021, época em que aconteceram as fraudes, atuava no posto de saúde em que ocorriam as vacinações da Covid-19. Já o médico, na ocasião, segundo a prefeitura, atuava como clínico geral do hospital municipal da cidade.

"Selecionaram uma unidade de saúde para fazer as vacinas de Covid e era a que eu trabalhava. Eu sempre fui enfermeira coordenadora, não aplico vacinas", pontuou.

A enfermeira coordenadora conta, inclusive, que como ela e o médico trabalhavam em locais distintos, não tinham contato no dia a dia. No entanto, ela explica ter conhecido ele profissionalmente e já ter atuado com ele em dois plantões que ela realizou no hospital municipal. Segundo ela, na época, não suspeitou de nada quanto a conduta de Farley.

"Fiz uns dois plantões com ele e conheci ele nesses plantões, mas ele era um ótimo profissional e muito reservado, era totalmente fora de suspeitas", descreveu Dzirrê.

Ao g1, além de negar ter envolvimento na fraude que o médico Farley Vinícius de Alcântara é suspeito, Dzirrê contou estar abalada com toda a situação envolvendo seu nome.

"Trabalho há quase cinco anos na administração do PSF e isso nunca aconteceu. Tenho uma ética profissional, nunca vou fazer uma coisa dessa. Não tenho nada a ver com isso, meu nome foi usado", afirmou a coordenadora.

Além de Dzirrê, a enfermeira que atua na aplicação de vacinas, Edynez Farias Costa, que também teve o nome colocado no cartão de vacina de Gabriela Cid, também negou qualquer tipo de envolvimento na fraude e contou que sequer conhecia Farley.

Entenda a suposta fraude

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), para a prática da suposta fraude, Farley foi acionado por seu tio, Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que também é alvo da investigação da Polícia Federal. O médico foi acionado enquanto ainda prestava serviços para a prefeitura de Cabeceiras, em 2021.

Na ocasião, o médico teria conseguido um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde do município de Cabeceiras, que estaria preenchido com duas doses de vacina contra a Covid-19, com o nome de Gabriela Cid.

Segundo apurado pela Polícia Federal durante a investigação, mensagens de WhatsApp mostram que os dados da vacina que constam nesse cartão com o nome de Gabriela, como data, lote, fabricante e aplicador, foram retirados por Farley de um cartão de vacinação de uma enfermeira que teria sido vacinada na cidade de Cabeceiras.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, no dia 22 de novembro de 2021, às 19h11, foi feito o envio de um documento entre o tio de Farley, Luis Marcos dos Reis e Mauro Cid. A PF aponta que o arquivo consistia na digitalização de um "cartão de vacinação" do Sistema Único de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Governo de Goiás.

O cartão de vacinação, em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, registra que a mulher teria recebido uma dose de vacina no dia 17 de agosto de 2021, do lote FF2591, e outra no dia 9 de novembro de 2021, do lote TG3529. Ambas as doses seriam produzidas pelo laboratório Biotech. No campo de observações do cartão de vacina, é possível ver a assinatura e o carimbo de Farley.

Ainda de acordo com a polícia, além de entregar o cartão falso, retirado do comprovante de vacinação de uma enfermeira que teria sido imunizada em Cabeceiras, Farley também entregou outro cartão em branco. Isso, porque o grupo não teria conseguido cadastrar o cartão anterior no sistema do Rio de Janeiro.

Procedimento administrativo em Cabeceiras

De acordo com o prefeito da cidade, Everton Francisco, conhecido como Tuta, alguns profissionais de saúde serão ouvidos no procedimento administrativo que foi aberto na prefeitura para investigar o caso e saber se realmente houve a fraude por parte do médico e, se sim, descobrir se ele teve ajuda para cometer o crime. Entre esses profissionais a serem ouvidos estão Dzirrê e a outra enfermeira que teve o nome citado no cartão de vacina de Gabriela Cid.

"Acredito que ele tenha pego o cartão de vacina de uma pessoa que realmente vacinou aqui na cidade, que realmente possa ter vacinado com a gente e ele tenha transcrevido isso para outro cartão, mas não sei o que passou na cabeça", deduziu a coordenadora.

Ao g1, ela contou esperar que, com as investigações realizadas, os fatos sejam esclarecidos.

"Quando a gente vê nosso nome em uma situação dessas, ficamos muito abaladas. Quero que [com a investigação] se esclareça tudo. Quero a verdade. Se ele teve ajuda de alguém daqui, queremos que apareça quem foi", disse Dzirrê.

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JORNAL OPÇÃO

Secretário de Saúde diz que nenhum médico pediu demissão em Porangatu

José Gonsalves dos Reis Neto afirma que a questão do atraso salarial começa a ser resolvida nesta semana

O secretário de Saúde da Prefeitura de Porangatu, José Gonsalves dos Reis Neto — conhecido como Netto Reis —, disse ao Jornal Opção na segunda-feira, 8, que, ao contrário do que foi publicado na coluna Bastidores, no domingo, 7, “médicos não pediram demissão por questão salarial”.

“Nenhum médico pediu demissão por questão salarial”, frisa o secretário José Gonsalves dos Reis Neto. Ele admite que há atraso nos pagamentos, mas que a prefeitura está equacionando o problema. “Começamos a acertar com os médicos nesta semana”, acrescenta.

Netto Reis afirma que a TV Anhanguera errou ao divulgar que médicos haviam pedido demissão por causa de salários. (E.F.B.)

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Assessoria de Comunicação

FACHADA AHPACEG ABRIL 2023

Visando proteger a saúde dos pacientes, garantir a autonomia dos médicos e o cumprimento do contrato firmado com os hospitais, a Ahpaceg recorreu à Justiça contra essa proibição em vigor desde 17 de abril

O juiz José Augusto de Melo Silva, da 29ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, deferiu hoje, 8 de maio, uma liminar favorável à Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), determinando que a Unimed Goiânia suspenda imediatamente a proibição da prescrição de medicamentos de marca para o tratamento quimioterápico de pacientes oncológicos em atendimento nos hospitais associados.

“Defiro o pedido liminar postulado para determinar a suspensão imediata do Ofício 10 de 11/04/2023, para que os profissionais da saúde possam prescrever, solicitar e faturar os medicamentos oncológicos pertinentes a cada tratamento, de forma individualizada, devendo a requerida fornecer os medicamentos prescritos sob pena de multa de R$100,00 (cem reais) por ato, limitada ao valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)”, diz a decisão.

Com a proibição, adotada unilateralmente pela Unimed Goiânia, médicos das instituições associadas da Ahpaceg que atendem pacientes com câncer estavam impedidos de prescrever medicamentos oncológicos de marca, pois o sistema de prescrição eletrônica da operadora traz apenas os genéricos.

No dia 24 de abril, a Ahpaceg impetrou um Pedido de Tutela Provisória contra a decisão da Unimed Goiânia. A Ahpaceg observou que, na prática, além da quebra de contrato, essa decisão fere a autonomia do médico e pode trazer graves consequências aos pacientes, principalmente aos que estão em uso contínuo de um medicamento de referência cuja mudança poderia comprometer a resposta terapêutica.

AHPACEG NA MÍDIA

Unimed é obrigada a fornecer remédios conforme prescrição médica para tratamento contra câncer  https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/justica-determina-que-unimed-goiania-forneca-medicamentos-conforme-prescricao-para-tratamento-contra-cancer-489136/

Unimed Goiânia não pode proibir prescrição de medicamentos de marca para tratamento de pacientes com câncer

https://www.rotajuridica.com.br/unimed-goiania-nao-pode-proibir-prescricao-de-medicamentos-de-marca-para-tratamento-de-pacientes-com-cancer/

 

Goiânia: liminar obriga Unimed a fornecer medicamentos de marca para tratamento de câncer https://diariodeaparecida.com.br/goiania-liminar-obriga-unimed-a-fornecer-medicamentos-de-marca-para-tratamento-de-cancer/

 

 

Segunda, 08 Maio 2023 07:53

CLIPPING AHPACEG 06 A 08/05/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Covid-19 longa ainda é problema a ser enfrentado

Conheça a Distonia, doença rara que afeta os movimentos; pode ser genética ou adquirida 

Nanismo + TEA: o desafio de terapias múltiplas para crianças atípicas

HGG é parte da história da medicina e da capital de Goiás

Família denuncia demora em transferência de paciente grave em Goiânia

60% dos sobreviventes de AVC’s podem enfrentar problemas cognitivos

Distonia: saiba o que é e ajude na conscientização sobre a doença

Governo registra 39 casos e uma morte por malária em Goiás

AGÊNCIA BRASIL

Covid-19 longa ainda é problema a ser enfrentado

Cuidado mais importante é a vacinação em dia

As sequelas causadas pela covid-19 e os quadros crônicos da doença, chamados de covid-19 longa, continuarão a preocupar autoridades sanitárias e a pressionar serviços de saúde, avaliam pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) encerrou ontem, 6, o alerta de emergência de saúde pública de importância internacional para a covid-19, o que significa que os surtos da doença já são considerados mais controlados e previsíveis, principalmente por causa da vacinação. Mesmo assim, a presença desses surtos em todos os continentes mantém o status de pandemia.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, ressalta que, além de a doença ainda fazer vítimas, há doentes que convivem com seus sintomas por períodos prolongados.

“Os cuidados continuam. É uma doença que ainda tem um um impacto importante na saúde de todos. Tanto nas suas formas agudas quanto nas suas formas crônicas. A covid longa e as sequelas da doença são realmente um grande problema de saúde pública a ser enfrentado”, diz.

Diante disso, o cuidado mais importante é a vacinação em dia, com as doses de reforço e a vacina bivalente. Ir além do esquema básico de vacinação, com duas doses, é indispensável para a proteção contra a variante Ômicron e suas derivadas, que dominam o cenário epidemiológico desde o início do ano passado.

A pneumologista Patrícia Canto, da Fundação Oswaldo Cruz, destaca que os sintomas da covid-19 longa observados em serviços de saúde atingiram principalmente as pessoas infectadas antes da vacinação.

“A covid trouxe, para muitas pessoas que se contaminaram, especialmente antes das vacinas, uma série de sequelas com as quais convivem até hoje, seja perda de olfato ou paladar, cansaço crônico, e uma série de problemas cardiovasculares”, descreve.Pesquisadores da Fiocruz se debruçam sobre essas condições de saúde para entender melhor seus mecanismos, e Patrícia Canto afirma que ainda não há resultados definitivos.

“É importante que muitos estudos permaneçam, porque sabemos pouco sobre a covid. São poucos anos de doença e temos muito o que aprender sobre esse vírus, sobre as sequelas definitivas e as consequências a longo prazo. Não podemos descuidar. Temos que ter a consciência de que, em caso de sintomas respiratórios, temos que fazer o teste de covid e usar máscara para evitar a contaminação para outras pessoas, além de evitar a circulação em lugares fechados quando estamos com sintomas, porque isso protege outras pessoas, principalmente as do grupo de risco”.

A garantia do acesso às vacinas, seja em países pobres ou em grupos específicos de países de renda média e alta, é essencial para a proteção coletiva, destaca a pesquisadora.”É importante que todo mundo faça sua parte, tenha consciência do coletivo e, principalmente, tome as vacinas, porque elas mostraram que foram cruciais para isso que foi decretado pela OMS. Sem as vacinas, a situação no mundo seria muito mais grave”.

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JORNAL OPÇÃO

SAÚDE

Conheça a Distonia, doença rara que afeta os movimentos; pode ser genética ou adquirida 

Conheça a Distonia, doença rara que afeta os movimentos; pode ser genética ou adquirida 

Em São Paulo foi definido que o 6 de Maio seria o Dia da Conscientização sobre Distonia, mas há iniciativa da data ser lembrada em Goiás ou até nacionalmente. Então, o que vem a ser esta doença? A neurocirurgiã Ana Maria Moura explica se tratar de uma condição neurológica dos músculos, podendo afetar o corpo, com contração, distorcendo a posição de parte ou de todo o corpo, com cãibra, o que causa fortes dores e até a morte do paciente. A doença não tem cura, sendo tratada com medicação e cirurgia.  

De acordo com a literatura médica, a Distonia é uma condição neurológica caracterizada por movimentos involuntários e repetitivos. Todavia, a doença pode atingir pessoas de todas as idades. Um exemplo é do maestro João Carlos Martins. Ele revelou sofrer da doença desde os 16 anos. “Ele tem a distonia do músico”, classifica, citando que há os casos de músicos, que desenvolvem a doença na musculatura da boca. 

Ana Maria Moura destaca que a Distonia afeta a coordenação muscular, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes. Ela explica que as contrações repetidas de um músculo ou de um grupo de músculos podem ser bastante dolorosas. “Operei uma criança com cãibra pelo corpo todo. Imagina ter cãibra por todo o corpo? É uma dor inimaginável”, pontua. A doença leva a pessoa a ter movimentos e posturas anormais dificultando a mobilidade voluntária, podendo ser incapacitante e até levar à morte. 

Outro exemplo ressaltado pela especialista pode ser considerado mais ‘leve’. “A piscadinha, por exemplo, é o blefaroespasmo no olho ou tremor no olho. Isso pode ser um tipo de Distonia focal”, frisa. Existe também a ‘cãibra do escrivão’.  “De tanto a pessoa escrever, ela começa a ter distúrbio do movimento. Quando vai praticar aquela ação surgem as falhas musculares”, enfatiza.

De acordo com a médica, os casos de Distonia genética são mais graves em comparação com a doença adquirida. A doença genética se manifesta mais em crianças. A especialista ressalta que medicamentos também podem provocar a doença. “Alguns medicamentos para tratar quadros depressivos graves, podem ocasionar distúrbios de movimentos, como os antipsicóticos. A exposição a alguns metais pesados, por exemplo. Acúmulo no corpo de ferro e cobre. Isso tudo pode provocar a Distonia”, explica a médica. Ela acrescentou que casos de lesões graves, como traumatismos, também estão relacionados com casos da doença.

Tratamento da Distonia 

Devido à complicação da doença, o tratamento é feito por equipe multidisciplinar. O que inclui fisioterapeutas, fonoaudiólogos e o uso de música, para proporcionar um maior relaxamento da pessoa. Apesar de agir no corpo, a doença dificilmente compromete a cognição do paciente. No entanto, outros fatores podem afetar a saúde mental. “Então o psicólogo é muito importante, porque quando a pessoa vai se vendo naquele quadro, ela começa a ficar ansiosa e depressiva. Ela mesma se isola”, lamenta. 

A medicação receitada para o tratamento é a toxina botulínica, o botox. “O que a toxina botulínica faz? Ela relaxa a musculatura. É um relaxante muscular. Ela também é muito bem vinda e ajuda muito no tratamento”, esclarece. Entretanto, a especialista salienta que não há um medicamento específico para a Distonia. “Geralmente, a maioria dos pacientes acabam indo para a cirurgia, diferente do Parkinson, que dá para ir prorrogando por meio da medicação, fazendo fisioterapia”, compara. “Há uma quantidade de aplicação de botox. Não dá para a doença ir evoluindo e irmos aumentando a dose”, destaca. 

Cirurgia 

Nos casos mais graves e avançados da Distonia a opção é a cirurgia, para se conseguir uma melhor qualidade de vida. “Vai parar a evolução da doença? Não. Mas nós vamos conseguir uma melhor correção”, aponta. Ela cita dois procedimentos. Uma por implantação de eletrodos. Isto é, por fios muito finos, em uma região do cérebro. Os eletrodos fornecem correntes elétricas para pequenas partes do cérebro, alterando o circuito cerebral anormal e, assim, aliviando os sintomas da condição neurológica.

“Temos a opção, que trabalho melhor com ela, que é a estimulação cerebral profunda. Consistente na técnica da neuromodulação, por meio de energia. Há um marca-passo que joga energia para a ponta do eletrodo e nesse circuito do movimento, que está falho, por algum motivo ele restabelece”, acentua. A médica acrescenta que não há explicação de porque o circuito responde a carga de energia. “Mas sabemos que com a energia esse circuito é restabelecido e dá para o paciente ganhar muito tempo, antes que a doença fique de uma forma que ele perca a autonomia de vida”, afirma.

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A REDAÇÃO

Nanismo + TEA: o desafio de terapias múltiplas para crianças atípicas

Catherine Moraes
Especial para 0 A Redação

Goiânia - Iasmim Vitória Sandri do Nascimento, de 15 anos, é moradora de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo (SP) e antes mesmo do nascimento, a família descobriu que ela teria uma displasia óssea que lhe causaria a baixa estatura, o nanismo. Aos 12 anos, entretanto, depois de diversas terapias e acompanhamentos multidisciplinares, outro diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista (TEA). A adolescente não é um caso isolado na comunidade e as histórias revelam as dificuldades enfrentadas pelas famílias para garantir tratamento adequado não apenas para o nanismo, mas também para o autismo.



Miriam de Cássia, de 39 anos, mãe da Iasmin conta que desde o 5º mês de gestação foi alertada sobre os membros curtos e o diagnóstico de algum tipo de nanismo. O parto precisou ser adiantado pela falta de desenvolvimento e a bebê, que nasceu com 37 cm e 2,1 quilos, passou oito dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em todo o mundo já foram encontrados mais de 500 tipos de nanismo e Miriam explica que ainda assim, não há um diagnóstico fechado da filha, que é acompanhada pelo Hospital das Clínicas de São Paulo (SP) desde o primeiro ano de vida.

Iasmim Vitória Sandri do Nascimento

“A Iasmim sempre foi muito esperta, comunicativa, falante, mas quando entrou na escola, aos 4 anos, fui chamada pela professora. A indicação era de que eu deveria buscar um profissional para avaliação e comecei a perceber que ela estava regredindo. As crianças desenhavam e ela só conseguia fazer alguns rabiscos. Por outro lado, era esperta e ativa e a neuropediatra falava que ‘era o tempo dela’. Não fiquei satisfeita, via o atraso dela na parte pedagógica e na idade comparada com outras crianças”, explica a mãe.

A menina passou por fonoaudiólogo, psicólogo, psicomotricista e foi lá que constatou um atraso intelectual. Sem dinheiro para custear tantas terapias, ela teve o acompanhamento suspenso. Aos 7 anos, Iasmim voltou para as terapias e não conseguia processar o que as pessoas falavam pra ela. Não aprendeu a ler e não conseguia memorizar imagens. A mãe conta que só conseguiu pagar uma avaliação neuropsicológica para a filha quando ela já tinha 10 anos. “Fiz ela reprovar na escola duas vezes – o 3º e o 5º ano – porque ela não sabia ler. Hoje ela estuda em uma escola estadual, cursa o 8º ano e está aprendendo a ler. É uma menina mais independente, mas isso aconteceu com ajuda das terapias. Além da escola formal, hoje passa por uma clínica multidisciplinar com terapeuta ocupacional, psicóloga e psicopedagoga. Durante quatro dias da semana, também conta com uma acompanhante terapêutica por 3 horas que vem na nossa casa e trabalha questões sociais e de independência, do dia a dia mesmo”, acrescenta.

Aumento de demanda e demora no atendimento

Miguel, de 5 anos, tem acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo e também TEA. O garoto, que mora em São Paulo, capital, só teve o segundo diagnóstico confirmado no final de 2022. A mãe, Paula Luzin, de 41 anos, que é biomédica, conta que no final de 2020, primeiro ano de pandemia da covid-19, ele começou a apresentar um movimento repetitivo de dar “tapinhas” no ouvido. A primeira suspeita foi de otite, logo descartada. Os movimentos continuaram, inicialmente esporádicos, mas depois passaram a se intensificar.
 



O menino foi levado a um otorrinolaringologista com 3 anos e apesar de falar e pedir algumas coisas, não formava frases, usava palavras soltas e a indicação foi de um fonoaudiólogo. “Contamos para o pediatra sobre os movimentos repetitivos e ele disse que não achava necessário acompanhamento, justificando que poderia ser o tempo de confinamento por conta da pandemia. Somente após eu insistir ele fez o encaminhamento ao psicólogo e fonoaudiólogo”, explica a mãe do Miguel.

As sessões com a psicóloga foram iniciadas e em 10 encontros ela não conseguiu fechar um diagnóstico. Em seguida, solicitou um teste neuropsicológico. Paralelo a isso, Miguel foi levado a um neuropediatra que sugeriu autismo e já encaminhou para terapia ocupacional, psicóloga e fonoaudióloga. Após meses de terapia e a avaliação neuropsicológica, finalmente um diagnóstico fechado. Mesmo morando na maior cidade do país, a família teve dificuldade para um tratamento adequado e rápido pelo plano de saúde por falta de vagas disponíveis nas clínicas.

“Esperei por três meses em uma primeira clínica, e ainda não tinham todos os profissionais, mas iniciamos mesmo assim. Foram oito meses para conseguir vaga na clínica que ele está hoje e no início também não tinha terapeuta ocupacional. A reclamação é de falta de profissionais de terapia ocupacional e fono, além da alta rotatividade”. Hoje, o acompanhamento dele é de duas vezes por semana, com 3 horas diárias.

Pediatras e o diagnóstico de autismo

O caso de demora nos diagnósticos é uma realidade nacional e o assunto foi debatido no último mês de março, no Rio de Janeiro, durante o Seminário Rio TEAMA, que reúne famílias e profissionais ligados à comunidade envolvida no TEA. Palestrante do evento, o pediatra Thiago Castro que também tem um filho com diagnóstico de TEA, o Noah, e acumula mais de 295 mil seguidores no Instagram defendeu a importância do diagnóstico na rede primária de saúde bem como do apoio dos profissionais de educação.
 

“Pediatras deveriam saber sobre autismo. Esta conta não é apenas do neurologista, é nossa, dos pediatras e da escola. Quando negligenciamos os sinais, estamos assinando o atestado de comprometimento intelectual dessa criança. Somos nós que falhamos com ela. Uma vez eu disse pra uma mãe de um menino de 3 anos que ainda não falava que meninos falavam mais tarde… Que isso era normal, ele ia falar no tempo dele. Eu nunca me esqueci desse caso porque eu falhei. Se eu errar, eu rasgo o laudo, mas não diagnosticar é grave. O diagnóstico não é pra prender, pra rotular, é pra libertar essa criança, para garantir tratamento adequado”, disse Thiago.


Durante sua palestra, Thiago falou sobre os benefícios da intervenção e terapias corretas logo nos primeiros anos de vida e na necessidade de que esse momento não demore a acontecer. “Vemos nas cidades menores, longe dos grandes centros, os médicos pedindo encaminhamento para um neuropediatra. Essa consulta demora 4 meses. Temos no Brasil de 1,5 mil a 2 mil neuropediatras. Na minha cidade, a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a 1 mil crianças. Depois de chegar a essa consulta, o médico pede uma ressonância: exame caro, com sedação, e muitas cidades não têm… Pediatras deveriam obrigatoriamente estarem capacitados para diagnóstico de autismo”, lamentou Thiago Castro.

Neurocirugiã, diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e professora do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Ana Maria Moura afirma que os estudos sobre TEA são relativamente novos dentro da literatura e que um esforço está sendo feito dentro das vertentes incluindo níveis municipal, estadual e federal. “Estamos somando esforços para que mais pessoas sejam diagnosticadas e entendam os sinais de alerta para procurar um médico. Além disso, a busca é que esses pacientes sejam acolhidos em centros especializados em doenças raras. Ano passado foi inaugurado um em João Pessoa, este ano outro em Porto Alegre. Já temos o primeiro curso de especialização em Doenças Raras na Paraíba. Pessoas estão sendo formadas e redes de apoio estão sendo formadas. Os números são cada vez maiores e os desafios são intensos”, completa.

Atendimento ainda mais precário nas cidades menores

Abraão tem 11 anos e mora em Paranatinga, no interior do Mato Grosso. A cidade com população estimada em 23.250 habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fica a 377 km de Cuiabá, a capital do Estado. Diagnosticado com TEA  e acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, ele enfrenta as dificuldades da falta de atendimento multidisciplinar na cidade.
 

A mãe, a professora Evanize Rodrigues, de 43 anos, conta que aos 4 anos as características começaram a ficar evidentes: ecolalia (um distúrbio da fala considerado sintoma comum de TEA), movimentos repetitivos, seletividade alimentar e não interação com outras crianças. “Ele fez sessões com psicóloga, fonoaudióloga e por último com neuropsicóloga, sempre com observações e relatórios da escola. O Abraão tem atraso intelectual na aprendizagem escolar e não acompanha o currículo proposto para o 6º ano. De manhã, frequenta uma escola regular e participa da sala de recurso”, explica.

Evanize diz que a indicação para o filho é de um acompanhamento com terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudióloga, mas que o município não conta com equipe multidisciplinar. Sem plano de saúde, todos os exames para diagnóstico foram feitos de forma particular e a psicóloga em um centro de reabilitação público.

“Foi caríssimo, ficou pesado e tentei os demais acompanhamentos pela rede pública, mas precisaria levar ele a outra cidade. As leis existentes são boas, mas falta efetivação na prática, principalmente no atendimento médico e acompanhamento terapêutico. A fila de espera para atendimento em um centro especializado é longa. O diagnóstico é demorado. As primeiras características que ele apresentou até hoje são as mesmas, só se definiram. Mas não podemos deixar de procurar atendimento de qualidade para nossos filhos que precisam de autonomia e qualidade de vida. Isso fará diferença na vida adulta deles”, lamenta.

O mais difícil é o preconceito

“O mais difícil de tudo é o preconceito das pessoas. No começo também tivemos dificuldades com o convênio, principalmente para liberação de exames mais específicos. Hoje, vemos que falta inclusão de verdade na escola, adaptação das lições para nossos filhos que são PCDs. Muitas vezes pensamos em desistir, mas nosso amor por ela falou mais alto e sabíamos que ela seria capaz. Se eu pudesse hoje dar um conselho para uma família que passar pelos dois diagnósticos eu diria: tente manter a calma e procure ajuda. Com os avanços a gente vê que tudo que fizemos valeu a pena”, afirma a mãe de Iasmim. 

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HGG é parte da história da medicina e da capital de Goiás

Carolina Pessoni

Goiânia - No Setor Oeste, região central de Goiânia, está localizada uma das mais importantes unidades de saúde do Estado, o Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi, mais conhecido como HGG. Com 63 anos de história, o HGG faz parte da trajetória da capital, de centenas de profissionais de saúde e milhares de pacientes, que circulam pelos seus corredores desde sua inauguração.

A história do hospital, entretanto, começa antes de sua construção, próximo ao Lago das Rosas. O médico Alberto Rassi comprou o Instituto Médico Cirúrgico de Campinas e, após a aquisição, o renomeou de Casa de Saúde Dr. Rassi.

Em 29 de dezembro de 1959, abriu as portas da nova unidade construída no Setor Oeste, com o nome de Hospital Rassi. Em 1963, foi vendido para o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) e funcionou por 20 anos como um hospital federal para tratamento eletivo, de urgência e emergência, em várias especialidades.
  

A transferência para a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) ocorreu em dezembro de 1990. Em 1991, o Hospital foi fechado para reforma geral e suas atividades foram absorvidas pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e outras três maternidades.

A reabertura ocorreu somente em maio de 1998, com proposta de atendimento parcial em nível terciário para prestação de serviços de média e alta complexidade, realizando atendimento especializado, cirurgias eletivas de alto custo e procedimentos diagnósticos. Em 2001, o Hospital Geral de Goiânia abriu suas portas a distintas unidades de ensino e estabeleceu Residência Médica em oito especialidades, inicialmente.

O Hospital passou a ser gerenciado por uma organização social em março de 2012. O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) venceu o chamamento público da Secretaria de Estado da Saúde e, desde então, faz a gestão com foco na prestação assistencial ao usuário do SUS.

O coordenador em Saúde do Idtech, o médico Marcelo Rabahi, afirma que a ideia da família Rassi era construir um hospital que pudesse acompanhar o desenvolvimento de Goiânia. "Foi, e ainda é, um local de formação de vários médicos porque, junto com o Hospital das Clínicas, era a unidade que oferecia os programas de residência. Atualmente, se mantém como um hospital de ensino com o papel de formar, além de médicos, profissionais diversos da área da saúde", diz.
 

Rabahi destaca que na última década, a unidade vem implantando ações de excelência no atendimento, buscando o que há de mais moderno e seguro para os pacientes. "O hospital tem hoje a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) nível 3, que é o mais alto, e foi pioneiro nisso, pois não havia essa cultura na saúde do Estado."

O médico ressalta ainda que, por ser um hospital de atendimento terciário, recebe pacientes de alta complexidade e que isso é muito necessário dentro da política de saúde. "Entretanto, também tem papel fundamental na formação de pessoas. O hospital oferece oportunidades para que médicos e multiprofissionais se qualifiquem cada vez mais", reforça.

Apesar de ser gerido por uma organização social de direito privado, o HGG é uma unidade de saúde 100% pública, com acesso aos tratamentos via SUS. Em sua estrutura possui 62 leitos de Clínica Médica, 113 leitos de Clínica Cirúrgica, 14 leitos de diálise, além de 30 leitos no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e 10 de Cuidados Paliativos. O ambulatório possui 33 consultórios, sendo um deles odontológico, três salas de pequenos procedimentos e duas multiuso.

São 34 especialidades médicas e multiprofissionais, que vão desde cardiologia a psiquiatria e geriatria. Entre os programas especiais, destacam-se o Serviço Especializado do Processo Transexualizador – Ambulatório TX, o Programa de Combate e Controle da Obesidade (PCCO) - com cirurgias bariátricas e metabólicas, além dos transplantes (rím, fígado e recente habilitação para medula óssea), sendo um dos maiores transplantadores renais do Centro-Oeste.
 

Outro destaque do hospital são os projetos de humanização, implantados para dar maior conforto aos pacientes, acompanhantes e colaboradores. Entre eles estão o Arte no HGG, com exposições constantes pelos corredores do hospital e oficinas de pintura quinzenais; Sarau do HGG, com apresentações de músicos nas tardes de quinta-feira; Comunicadores da Alegria, em que profissionais da imprensa se vestem de palhaços e visitam os pacientes internados no mês de dezembro.

Para Marcelo Rabahi, o HGG se integra na história de Goiânia na formação dos profissionais. "É uma unidade de qualificação, promovendo a autossuficiência da cidade na formação desses profissionais. Já na assistência, por realizar atendimentos de alta complexidade, traz desenvolvimento para a própria cidade, agregando valor para a região", diz.

O coordenador de Saúde diz ainda que, pessoalmente, ter a oportunidade de trabalhar no HGG é a realização de um sonho. "É muito importante ver a medicina de excelência sendo oferecida em um hospital público, o que só foi possível graças aos colaboradores e à gestão, com todas as condições oferecidas pela Secretaria de Estado da Saúde", encerra.

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Família denuncia demora em transferência de paciente grave em Goiânia

Goiânia - Família denuncia demora em transferência da paciente Luana Vieira Germano, de 30 anos, internada no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) desde abril deste ano. Segundo os familiares, a paciente está com suspeita de uma doença autoimune chamada Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) e precisa de tratamento específico, com escopo de reumatologia. A unidade hospitalar solicitou uma vaga no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), no entanto, sem sucesso. 
 

O jornal A Redação entrou em contato com o Hugo para saber o boletim médico de Luana. O hospital informou que "a paciente está internada em leito de UTI e recebe atenção de nefrologia". Além disso, ressaltou que aguarda transferência dela para outra unidade, enquanto isso a paciente recebe atenção integral e humanizada. 

O Hospital das Clínicas é regulado pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). O AR entrou em contato com a pasta municipal, no entanto, não obteve retorno até a publicação da reportagem. O espaço está aberto. 

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) disse que não há confirmação da síndrome na paciente. Afirmou ainda que "segue buscando vaga na rede própria na especialidade de reumatologia para a paciente, que está sendo assistida por equipe médica e multiprofissional do Hugo em leito de cuidados intensivos". "A vaga também está sendo buscada pela SMS de Goiânia na rede conveniada da capital", afirmou em nota.

Entenda o caso 

Luana foi diagnosticada com dengue no início do mês de abril. Ela foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Geraldo Magela, em Aparecida de Goiânia. No dia seguinte, 7 de abril, se sentiu mal novamente e foi ao Cais Chácara do Governador, em Goiânia, local onde precisou ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas, no primeiro momento, não conseguiu vaga disponível. 

Ela foi transferida para o HUGO após sofrer duas paradas cardíacas, no dia 8 de abril. No local, ela foi internada em estado grave, quando recebeu o diagnóstico de que os rins não estavam funcionando. Cerca de dois dias depois, os pulmões também pararam de funcionar e ela foi intubada.

A família relata que, desde a internação, os médicos tiveram dificuldade em diagnosticar o que ela tinha. Os profissionais suspeitam de doença autoimune chamada Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo ou apenas SAF. Devido a necessidade do escopo reumatológico, ela precisa ser transferida com urgência. 

A Luana é asmática e essa foi a segunda ou terceira vez que ela teve dengue esse ano, ela é mãe de três crianças e o atual estado dela é gravíssimo.

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DIÁRIO DO ESTADO

60% dos sobreviventes de AVC’s podem enfrentar problemas cognitivos

Alerta foi divulgado pela American Heart Association em conjunto com a American Stroke Association, em uma declaração científica publicada na revista Stroke.

Mais da metade dos sobreviventes de um acidente vascular cerebral (AVC) têm tendência a desenvolver comprometimento cognitivo dentro de um ano após o problema. Além disso, um em cada três sobreviventes correm o risco de demência dentro de 5 anos após o episódio. O alerta foi divulgado pela American Heart Association em conjunto com a American Stroke Association, em uma declaração científica publicada na revista Stroke.

De acordo com a médica e presidente do comitê de redação da declaração, Nada El Husseini, a deficiência cognitiva é uma condição muitas vezes subnotificada e subdiagnosticada, mas muito comum com a qual os sobreviventes de derrame frequentemente lidam. 

Mais pesquisas são necessárias para entender como o comprometimento cognitivo se desenvolve após o AVC. Porém o novo documento aconselha que pacientes que se recuperam da doença tenham as funções cognitivas avaliadas e acompanhadas após o episódio.

Tipos de AVCs

O AVC isquêmico, causado por um bloqueio em um vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro, representa 87% de todos os acidentes vasculares cerebrais. Enquanto os hemorrágicos, que ocorrem quando um vaso sanguíneo enfraquecido se rompe, representam cerca de 13%. 

“Os sobreviventes de AVC devem ser sistematicamente avaliados quanto ao comprometimento cognitivo, para que o tratamento possa começar o mais rápido possível após o aparecimento dos sinais”, disse El Husseini.

Ainda conforme a declaração, o comprometimento cognitivo é mais comum nas primeiras duas semanas após o ocorrido, mas pode aparecer até um ano após o episódio, e chega a afetar até 60% dos sobreviventes.

Cerca de 40% desse público não atende aos critérios diagnósticos para demência, mas o problema ainda afeta a qualidade de vida deles, tendo incapacidade física, distúrbios do sono, alterações comportamentais e de personalidade, depressão e outras alterações neuropsicológicas.

“O comprometimento cognitivo após o AVC varia de comprometimento leve a demência e pode afetar muitos aspectos da vida, como memória, pensamento, planejamento, linguagem e atenção, bem como a capacidade de uma pessoa trabalhar, dirigir ou viver de forma independente”, ressalta El Husseini.

A declaração ainda aponta que até 20% dos sobreviventes de AVC apresentam comprometimento cognitivo leve e recuperam totalmente a função cognitiva. Isso é mais provável de ocorrer nos primeiros seis meses após a condição.

Casos de AVC no Brasil

Segundo os dados do portal de Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, o acidente vascular cerebral matou mais de 87.518 brasileiros, entre 1ª de janeiro e 13 de outubro de 2022.  O número equivale a média de 12 óbitos por hora, ou 307 por dia, e faz do AVC a principal causa de morte no país.

Aumento do caso entre jovens

Tal condição é mais comum em adultos mais velhos, porém a incidência em jovens e pessoas de meia idade tem crescido nas últimas décadas. Idade, pressão alta, tabagismo, obesidade, estilo de vida sedentário e diabetes são conhecidos por aumentar os riscos.

O tratamento imediato para o AVC pode reduzir substancialmente o risco de sequelas graves e até mesmo morte. Por isso, saber identificar os sintomas da condição é fundamental.

De acordo com informações do Hospital Albert Einstein, uma das formas de identificar um AVC é fazer o teste SAMU:

Sorriso: peça para a pessoa sorrir. Veja se um lado do rosto não mexe;

Abraço: veja se a pessoa consegue elevar os dois braços como se fosse abraçar ou se um membro não se move;

Música: veja se a pessoa repete o pedacinho de uma música ou se enrola as palavras;

Urgente: chame uma ambulância ou vá a um pronto atendimento especializado.

Essa recomendação é importante porque os sintomas mais comuns da condição são desvio de rima labial (sorriso torto), dificuldade para levantar os dois braços e fala arrastada.

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Distonia: saiba o que é e ajude na conscientização sobre a doença

Doença pode atingir pessoas de todas as idades, como o maestro João Carlos Martins (que revelou sofrer de distonia desde os 16 anos)

Sabe aquelas pessoas que sempre balançam os pés quando se sentam? Ou mexem as mãos de forma contínua e desconectada ao falar? Mais do que um hábito, muitas vezes incômodo, esses movimentos repetitivos podem ser decorrentes da distonia. Mas o que seria distonia?

Sobre a doença

Distonia é uma condição neurológica caracterizada por movimentos involuntários e repetitivos, que podem afetar diversas partes do corpo, como o pescoço, os braços, as pernas e o tronco.

A doença pode atingir pessoas de todas as idades, como o maestro João Carlos Martins (que revelou sofrer de distonia desde os 16 anos), e ter causas genéticas ou adquiridas, como traumas cerebrais, infecções, uso de medicamentos ou outras doenças, como Parkinson e síndrome de PKAN.

A neurocirurgiã Ana Maria Moura explica que a distonia é uma doença neurológica rara que afeta a coordenação muscular e pode comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Ainda de acordo com ela, as contrações repetidas de um músculo ou de um grupo de músculos podem ser bastante dolorosas. Além disso, elas podem levar a movimentos e posturas anormais dificultando a mobilidade voluntária, podendo ser incapacitante e até levar à morte.

Os sintomas podem variar desde leves desconfortos até dificuldades severas na execução de tarefas cotidianas, como escrever, se vestir, comer e andar.

Tipos

Há dois tipos de distonia, a primária e a secundária. A primária é quando a condição é a única característica clínica e não está relacionada a outras doenças. A secundária é provocada por uma outra doença ou tem outras causas possíveis.

Tratamento

O tratamento é definido a partir da identificação da causa do problema e pode ser medicamentoso, cirúrgico, incluir injeções de toxina botulínica, estimulação cerebral profunda e atividade físicas.

“Portanto, é importante que o paciente tenha um diagnóstico correto e precoce e possa iniciar o tratamento o quanto antes”, diz Ana Maria Moura, que tem atuado no tratamento cirúrgico da doença, o que vem permitindo que pacientes tenham mais qualidade de vida.

Vale lembrar que, recentemente, ela operou cum criança com síndrome de PKAN e distonia generalizada grave. Foi a primeira cirurgia do tipo realizada no país e aconteceu em um hospital de Goiânia.

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O HOJE

Governo registra 39 casos e uma morte por malária em Goiás

Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) registrou 39 casos e uma morte por malária em 2023. Os dados foram informados na manhã deste domingo (7/5). A morte pela doença foi de uma mulher, de 41 anos, em Anápolis. Ela ficou 18 dias internada.

Segundo a secretaria, os dados são da última terça-feira (2). Ao todo, são 81 casos suspeitos no Estado. Destes, 42 já foram descartados. De acordo com o governo, apenas 2 dos 39 casos confirmados ocorrem por transmissão local.

“Fizemos captura de insetos, vamos fazer avaliação e análise desses insetos, foi feito um combate com inseticida na região onde os dois casos [de contaminação em Goiás] provavelmente se infectaram e esse monitoramento vai permanecer”, afirmou a a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim ao G1.

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Assessoria de Comunicação

A lavagem adequada das mãos contribui para a prevenção de diversas doenças, principalmente respiratórias e diarreicas, contribuindo para salvar milhões de vidas todos os anos.


O que parece uma lição que aprendemos nos primeiros anos escolares é, na realidade, um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que reservou um dia de conscientização sobre o tema.

Nesta sexta-feira (5), o Dia Mundial da Higiene das Mãos envolve profissionais de saúde, governos e organizações da sociedade em torno de ações para potencializar a lavagem das mãos como estratégia de saúde pública.

"Tocamos nossos olhos, narizes e bocas com as mãos com mais frequência do que pensamos. Com a pandemia de Covid 19, vimos que o hábito de lavar as mãos pode ser o grande diferencial na hora de propagar uma doença. No inverno, é comum que as pessoas espirrem, protegendo com a mão. E que depois apoie em uma superfície que será compartilhada com outra pessoa, disseminando o vírus, por exemplo", explica Flávia Cohen, infectologista e especialista em saúde integrativa da clínica FVC (Rio de Janeiro).



Prevenção a 10 doenças

A lavagem regular das mãos contribui para a prevenção de ao menos dez doenças diferentes:

1. Conjuntivite

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, camada transparente que recobre a parte branca dos olhos. Os sinais incluem olhos vermelhos e inchados, ardência, com secreção ou não. A doença pode ser transmitida facilmente de uma pessoa para outra ou por meio de contato com objetos e superfícies contaminadas. Para prevenir, é fundamental higienizar as mãos e olhos com frequência.

"A conjuntivite pode ser de vários tipos, mas as infecciosas são frequentes e podem ser prevenidas ao lavar as mãos", diz Flávia.

2. Catapora

A catapora, também conhecida como varicela, causa inflamação visível na pele, dor de cabeça, pneumonia e infecção no ouvido. É causada por um vírus que se propaga de forma muito rápida e pode ser grave se migrar para os órgãos internos.

"É mais comum em crianças do que em adultos e seu curso geralmente é leve. No entanto, quando os adultos a contraem, podem apresentar condições mais graves. A transmissão do vírus é realizada pelo contato direto entre as pessoas, seja pela pele ou por secreções respiratórias. O vírus também contamina mãos e superfícies", diz a especialista.

3. Giardíase

A giardíase é uma infecção do intestino delgado causada por parasitas do gênero Giardia.

"A ingestão de água contaminada com cistos do parasita ou o contato direto com uma pessoa que os carrega nas mãos causa infecção. Portanto, a higiene das mãos e o saneamento ambiental são fatores-chave para limitar a transmissão", diz Flávia.

4. Pneumonia

A pneumonia é uma infecção que atinge os pulmões, que pode ser causada pela invasão de um agente infeccioso como bactérias, vírus, fungos, além de reações alérgicas.

"As infecções respiratórias, incluindo a pneumonia, são uma das principais causas de morte em crianças menores de cinco anos. Felizmente, há evidências a favor da lavagem das mãos com água e sabão como um método eficaz para preveni-las", explica a médica.

5. Gripe

As estações mais frias do ano, outono e inverno, favorecem a circulação do vírus da gripe sazonal.

Além da vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos prioritários (veja aqui), a lavagem das mãos contribui para reduzir a incidência da doença.

6. Rotavírus

Apesar da disponibilidade de vacina, os rotavírus ainda são responsáveis pela maior parte dos casos graves de diarreia em crianças menores de cinco anos em países de baixa e média renda, provocando mais de 200 mil óbitos por ano.

"O rotavírus é transmitido através de matéria fecal, através do contato mão-boca e até mesmo através do contato com superfícies contaminadas ou também pelo ar, se contiver gotículas de saliva infectadas, eliminadas pela tosse ou espirro. Mas com a lavagem adequada das mãos, especialmente depois de ir ao banheiro, essas chances são substancialmente reduzidas", detalha Flávia.

7. Coronavírus

Uma das formas de transmissão de vírus respiratórios, como o coronavírus, é por meio do contato das mãos contaminadas com olhos, boca e nariz. O médico Diego Ramos, pneumologista da Medicina Interna Personalizada (MIP), afirma que, além da higienização das mãos, deve-se evitar tocar o rosto enquanto estiver na rua.

"É importante cobrir o nariz e a boca com lenço de papel descartável ou com o antebraço ao tossir ou espirrar, para evitar o espalhamento de partículas virais pelo ambiente, reduzindo as chances de contaminação de outras pessoas", afirma.

8. Mononucleose

A mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o principal veículo de transmissão é a saliva. A doença afeta, principalmente, jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos e é considerada comum no mundo inteiro.

Estudos demonstram que até 90% da população já foi infectada por EBV em alguma fase da vida. Os sintomas dessa enfermidade duram em média 30 a 45 dias e causam dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios. Em casos mais graves, é possível desenvolver dor nas articulações e na barriga, além de manchas pelo corpo.

"A doença não é transmitida apenas por meio do beijo. É verdade que a saliva é a principal responsável. Porém, objetos nos quais uma pessoa infectada espirra, tosse ou tocou também podem ser meios de infecção", explica a especialista.

9. Hepatite A

A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como "hepatite infecciosa". Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

A contaminação pela hepatite A acontece pela via fecal-oral, ou seja, por meio do contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. A doença costuma se propagar em regiões com condições precárias ou que não tenham tratamento de água e esgoto.

As principais formas de prevenção são a melhoria da rede de saneamento básico e a adoção de hábitos de higiene, como a lavagem regular das mãos e dos alimentos consumidos crus, além da limpeza adequada de pratos, copos e talheres.

10. Diarreia

A doença diarreica é a segunda principal causa de morte em crianças com menos de cinco anos de idade, sendo responsável por matar cerca de 525 mil crianças todos os anos, de acordo com a OMS.

A prevenção inclui o acesso a água potável segura, saneamento básico e lavagem das mãos com sabão.

Saiba quando lavar as mãos

Com a pandemia de Covid-19, o hábito de lavar as mãos ganhou um reforço significativo. A medida passou a ser ainda mais valorizada como uma forma de se prevenir o contágio pelo coronavírus.

No entanto, com a melhora dos indicadores epidemiológicos da pandemia, como a redução no número de casos e de mortes pela doença, a sensação de que a pandemia terminou levou a um relaxamento das medidas de prevenção, incluindo a higienização frequente das mãos. (Fonte: CNN Brasil)

Sexta, 05 Maio 2023 08:00

CLIPPING AHPACEG 05/05/23

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Deputada já recebeu mais de 70 reclamações de pessoas com deficiência, câncer, doenças crônicas e graves; FenaSaúde justifica cancelamentos.

Há casos de cancelamento diretamente com empresas que mantinham contrato com a operadora. E outros de rescisão específica de pessoa física.

Mais de 70 pessoas com deficiência, câncer, doenças crônicas e graves enviaram à equipe da deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP) relatos sobre a exclusão do plano de saúde por decisão das operadoras. A prática foi denunciada pela parlamentar na sessão desta quarta-feira, 3, da Assembleia Legislativa de São Paulo.

De acordo com a assessoria de imprensa da deputada, há casos de cancelamento diretamente com empresas que mantinham contrato com a operadora. E outros de rescisão específica de pessoa física.

"A CNU (Central Nacional Unimed) mandou direto para alguns usuários e, para outros, a Qualicorp foi intermediária", diz a assessoria. A documentação enviada ao gabinete da parlamentar está sob análise de um grupo jurídico.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 13 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde e planos exclusivamente odontológicos, defendeu nesta quinta-feira, 4, a decisão de excluir os clientes.

"A rescisão unilateral de contratos coletivos de planos de saúde é uma possibilidade prevista em contrato e nas regras setoriais definidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Quando acontecem, as rescisões são comunicadas com antecedência aos beneficiários e jamais são feitas de maneira discricionária, discriminatória ou com intuito de restringir acesso de pessoas a tratamentos. O maior objetivo das nossas operadoras é manter seus beneficiários sempre bem atendidos, lançando mão, para tanto, de ações de gestão, controle de custos, combate a fraudes, abusos e desperdícios, estímulo ao uso consciente dos planos e defesa da incorporação adequada de novas tecnologias", declarou a FenaSaúde em nota oficial.

O blog Vencer Limites pediu explicações à ANS, que respondeu em informe bastante detalhado.

"A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informa que é vedada a prática de seleção de riscos pelas operadoras de planos de saúde na contratação ou na exclusão de beneficiários em qualquer modalidade de plano de saúde. Nos planos coletivos, empresarial ou por adesão, a vedação se aplica tanto à totalidade do grupo quanto a um ou alguns de seus membros. Esta vedação está disposta na Súmula Normativa nº 27, de 10 de junho de 2015.

Vale observar, no entanto, que nos planos coletivos, podem haver duas situações para cancelamento do plano: a exclusão pontual de um beneficiário ou a rescisão do contrato entre as pessoas jurídicas (a empresa contratante e a operadora) a pedido de uma ou outra parte.

De forma que, não sendo solicitado o cancelamento do plano a pedido do próprio consumidor, a operadora pode excluir o beneficiário somente em caso de fraude ou de perda de vínculo com a pessoa jurídica contratante, se estiver previsto em contrato. Vale ressaltar que, à exceção dessas duas hipóteses, a responsabilidade da exclusão do beneficiário de plano de saúde é sempre da pessoa jurídica contratante.

No caso das pessoas jurídicas, após o prazo de vigência do contrato coletivo, a rescisão contratual imotivada pode ocorrer, devendo ser sempre precedida de notificação, observando-se as disposições contratuais, que estão sujeitas ao Código de Defesa do Consumidor. Somente poderá ser exigida a notificação prévia com 60 dias de antecedência, por exemplo, se estiver disposto no contrato. Ressaltamos que esse prazo é para a pessoa jurídica contratante ou para a operadora que solicita a rescisão do contrato, não se aplicando aos beneficiários que desejem sair do plano.

As condições para a rescisão do contrato do plano de saúde devem estar previstas nos contratos coletivos e são válidas para o contrato como um todo, ou seja, para o contrato firmado com a pessoa jurídica contratante, não com o beneficiário a ela individualmente vinculado.

Pode haver previsão contratual para a multa, nos casos de rescisão imotivada, a qual poderá ser cobrada da parte que solicitar a rescisão (pessoa jurídica contratante ou operadora) se a rescisão ocorrer antes de completada a vigência mínima do contrato.

A rescisão motivada só poderá ocorrer se constar em contrato as causas que autorizam a rescisão motivada do contrato antes de completar o período de doze meses.

Importante destacar que, se houver rescisão do contrato de plano coletivo (por qualquer motivo) e existir algum beneficiário ou dependente em internação, a operadora de origem deverá arcar com todo o atendimento até a alta hospitalar. Da mesma maneira os procedimentos autorizados na vigência do contrato deverão ser cobertos pela operadora, uma vez que foram solicitadas quando o vínculo do beneficiário com o plano ainda estava ativo.

De todo modo, quando o beneficiário é excluído do seu plano de saúde ou tem o seu contrato rescindido, ele tem o direito de realizar a portabilidade de carências, ou seja, contratar um novo plano sem cumprir novos prazos de carências ou cobertura parcial temporária.

A operadora que rescindir o contrato de beneficiários de planos coletivos, e até mesmo os individuais, em desacordo com a legislação da saúde suplementar pode ser multada em valores de até R$ 80 mil", esclarece a ANS.

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O HOJE

Goiânia começa vacinação contra Influenza para público a partir de 6 meses

Doses estão disponíveis em 73 salas, que funcionam de 08h às 17h

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), inicia vacinação contra Influenza para população em geral, a partir das 13h desta quinta-feira (4/5). Com a liberação, qualquer pessoa, a partir dos seis meses de idade, pode tomar a vacina. As doses estão disponíveis em 73 salas de vacinas do município, que funcionam de 8h às 17h.

De acordo com o calendário do Ministério da Saúde, a vacinação dos grupos prioritários iria até 31 de maio. “Estamos antecipando para a população em geral, porque Goiânia tem estrutura e vacinas suficientes e, principalmente, pela quantidade de casos e óbitos já registrados. E, também, porque o período mais crítico para a doença se aproxima e a população precisa estar protegida”, explica o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.

Embora a cobertura vacinal contra Influenza em Goiânia já tenha atingido 30,41% do público-alvo, índice acima do nacional que gira em torno de 25%, a SMS tem adotado medidas para ampliar o número de pessoas imunizadas. Desde o início da campanha, em 04 de abril, o município já aplicou 152.812 doses.

“Além das 73 salas que funcionam durante a semana, e das três nos finais de semana e feriados, estamos realizando a vacinação extramuros. Já foram aplicadas 11 mil doses da Influenza em trabalhadores da saúde, das forças de segurança e salvamento, de educação e do transporte público, todos em seus locais de trabalho. Além disso, no sábado, teremos o Dia D de Vacinação”, anuncia o secretário.

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Saúde lança campanha após aumento da dengue, Zika e chikungunya

De janeiro a abril casos de dengue cresceram 30%

Em meio ao aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya no Brasil, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (4) a campanha nacional de combate às três arboviroses. Com a mensagem Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya, a pasta alerta para sinais, sintomas, prevenção e controle das doenças, transmitidas por um mesmo vetor, o mosquito, em particular o Aedes aegypti, popularmente conhecido como pernilongo rajado em razão das listras brancas nas pernas.

A reintrodução do vírus da dengue no Brasil aconteceu em 1986. Já o chikungunya foi registrado pela primeira vez em 2014, enquanto o Zika foi identificado no país em 2015.

De acordo com a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Alda Cruz, o Brasil registra epidemias sucessivas de dengue com intervalos cada vez mais curtos entre os surtos, enquanto Zika e chikungunya também se mantêm com taxas endêmicas ao longo dos anos.

Fumacê

Este ano, foram investidos mais de R$ 84 milhões na compra de insumos para o controle vetorial do Aedes aegypti. Popularmente conhecido como fumacê, um dos inseticidas usados no controle do mosquito na forma adulta, será distribuído ao longo das próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada, segundo o ministério. A expectativa é que a pasta receba cerca de 275 mil litros do produto ainda neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.

Situação epidemiológica

Dados do Ministério da Saúde indicam que, de janeiro a abril deste ano, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022. As ocorrências passaram de 690,8 mil no ano passado para 899,5 mil neste ano, além de 333 óbitos confirmados. Os estados com maior incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

“Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento”, destacou o ministério.

Já em relação ao chikungunya, de janeiro a abril foram notificados 86,9 mil casos da doença, com taxa de incidência de 40,7 casos por 100 mil habitantes. Quando comparado com o mesmo período de 2022, houve um aumento de 40%. Este ano, até o momento, 19 óbitos foram confirmados. As maiores incidências da doença estão no Tocantins, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul.

Os dados de Zika indicam que, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de três casos por 100 mil habitantes. De acordo com o ministério, houve um aumento de 289% nos casos se comparados com o mesmo período de 2022, quando o país registrou 1,6 mil ocorrências de Zika. Até o momento, não houve óbitos pela doença. Os estados com maior incidência são Acre, Roraima e Tocantins.

Sintomas e prevenção

Os sintomas de dengue, chikungunya e Zika são semelhantes e incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

A orientação do ministério é que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sinais de qualquer uma das três arboviroses.

“A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água, receber a visita do agente de saúde são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, coloca os seus ovos”, recomenda o ministério.

Painel

A partir desta quinta-feira, a pasta disponibiliza um painel atualizado regularmente com os principais dados de dengue, Zika e chikungunya e a situação epidemiológica das três doenças do país. Na plataforma, é possível filtrar as informações por estado e por tipo de arbovirose, além de visualizar orientações e recomendações sobre sintomas e prevenção.

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Daniel Vilela confirma entrega do Hospital de Águas Lindas ainda em 2023

Governador em exercício vistoriou obra, que está em fase de acabamento

O empenho do Governo de Goiás em destravar a construção do Hospital Estadual de Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, deve garantir a entrega ainda em 2023. A sinalização é do governador em exercício Daniel Vilela (MDB), que vistoriou as futuras instalações nesta quinta-feira (4/5). “O governador Ronaldo Caiado quer muito entregar não só o prédio, mas o funcionamento desse hospital ainda neste ano de 2023”, anunciou. A previsão inicial de entrega era janeiro de 2024.

O empreendimento está com 70% de execução, obra com aplicação de R$ 90 milhões em recursos estaduais. “De forma muito competente, [o governo] conseguiu destravar essa obra e fazer com que ela retornasse em velocidade como retornou”, pontuou Daniel. Ele percorreu o local acompanhado do secretário de Infraestrutura, Pedro Sales, gestores municipais e parlamentares.

A unidade de saúde terá mais de 15 mil metros quadrados de área construída e vai beneficiar 1,2 milhão de moradores em 31 municípios goianos da região. “Será um hospital completo com todos os serviços”, afirmou o governador em exercício, ao lembrar que o hospital terá 164 leitos, com foco em média e alta complexidade, além de uma maternidade. Dos 40 leitos de terapia intensiva, 20 serão destinadas a bebês e crianças.

“Aqui será um local de vitórias, de salvamento de vidas e de atuação firme da nossa Secretaria de Saúde”, complementou o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales. “De 15 em 15 dias fazemos essa visita técnica para que a gente possa dar um retorno à população do andamento das obras”, explicou o prefeito de Águas Lindas de Goiás, Lucas Antonietti. O Ministério Público de Goiás também enviou representantes ao local.

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CNN BRASIL

Dia Mundial da Higiene das Mãos: veja 10 doenças evitáveis com a lavagem correta

A lavagem adequada das mãos contribui para a prevenção de diversas doenças, principalmente respiratórias e diarreicas, contribuindo para salvar milhões de vidas todos os anos.

O que parece uma lição que aprendemos nos primeiros anos escolares é, na realidade, um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que reservou um dia de conscientização sobre o tema.

Nesta sexta-feira (5), o Dia Mundial da Higiene das Mãos envolve profissionais de saúde, governos e organizações da sociedade em torno de ações para potencializar a lavagem das mãos como estratégia de saúde pública.

"Tocamos nossos olhos, narizes e bocas com as mãos com mais frequência do que pensamos. Com a pandemia de Covid 19, vimos que o hábito de lavar as mãos pode ser o grande diferencial na hora de propagar uma doença. No inverno, é comum que as pessoas espirrem, protegendo com a mão. E que depois apoie em uma superfície que será compartilhada com outra pessoa, disseminando o vírus, por exemplo", explica Flávia Cohen, infectologista e especialista em saúde integrativa da clínica FVC (Rio de Janeiro).



Prevenção a 10 doençasA lavagem regular das mãos contribui para a prevenção de ao menos dez doenças diferentes:

1. Conjuntivite

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, camada transparente que recobre a parte branca dos olhos. Os sinais incluem olhos vermelhos e inchados, ardência, com secreção ou não. A doença pode ser transmitida facilmente de uma pessoa para outra ou por meio de contato com objetos e superfícies contaminadas. Para prevenir, é fundamental higienizar as mãos e olhos com frequência.

"A conjuntivite pode ser de vários tipos, mas as infecciosas são frequentes e podem ser prevenidas ao lavar as mãos", diz Flávia.

2. Catapora

A catapora, também conhecida como varicela, causa inflamação visível na pele, dor de cabeça, pneumonia e infecção no ouvido. É causada por um vírus que se propaga de forma muito rápida e pode ser grave se migrar para os órgãos internos.

"É mais comum em crianças do que em adultos e seu curso geralmente é leve. No entanto, quando os adultos a contraem, podem apresentar condições mais graves. A transmissão do vírus é realizada pelo contato direto entre as pessoas, seja pela pele ou por secreções respiratórias. O vírus também contamina mãos e superfícies", diz a especialista.

3. Giardíase

A giardíase é uma infecção do intestino delgado causada por parasitas do gênero Giardia.

"A ingestão de água contaminada com cistos do parasita ou o contato direto com uma pessoa que os carrega nas mãos causa infecção. Portanto, a higiene das mãos e o saneamento ambiental são fatores-chave para limitar a transmissão", diz Flávia.

4. Pneumonia

A pneumonia é uma infecção que atinge os pulmões, que pode ser causada pela invasão de um agente infeccioso como bactérias, vírus, fungos, além de reações alérgicas.

"As infecções respiratórias, incluindo a pneumonia, são uma das principais causas de morte em crianças menores de cinco anos. Felizmente, há evidências a favor da lavagem das mãos com água e sabão como um método eficaz para preveni-las", explica a médica.

5. Gripe

As estações mais frias do ano, outono e inverno, favorecem a circulação do vírus da gripe sazonal.

Além da vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos prioritários (veja aqui), a lavagem das mãos contribui para reduzir a incidência da doença.

6. Rotavírus

Apesar da disponibilidade de vacina, os rotavírus ainda são responsáveis pela maior parte dos casos graves de diarreia em crianças menores de cinco anos em países de baixa e média renda, provocando mais de 200 mil óbitos por ano.

"O rotavírus é transmitido através de matéria fecal, através do contato mão-boca e até mesmo através do contato com superfícies contaminadas ou também pelo ar, se contiver gotículas de saliva infectadas, eliminadas pela tosse ou espirro. Mas com a lavagem adequada das mãos, especialmente depois de ir ao banheiro, essas chances são substancialmente reduzidas", detalha Flávia.

7. Coronavírus

Uma das formas de transmissão de vírus respiratórios, como o coronavírus, é por meio do contato das mãos contaminadas com olhos, boca e nariz. O médico Diego Ramos, pneumologista da Medicina Interna Personalizada (MIP), afirma que, além da higienização das mãos, deve-se evitar tocar o rosto enquanto estiver na rua.

"É importante cobrir o nariz e a boca com lenço de papel descartável ou com o antebraço ao tossir ou espirrar, para evitar o espalhamento de partículas virais pelo ambiente, reduzindo as chances de contaminação de outras pessoas", afirma.

8. Mononucleose

A mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o principal veículo de transmissão é a saliva. A doença afeta, principalmente, jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos e é considerada comum no mundo inteiro.

Estudos demonstram que até 90% da população já foi infectada por EBV em alguma fase da vida. Os sintomas dessa enfermidade duram em média 30 a 45 dias e causam dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios. Em casos mais graves, é possível desenvolver dor nas articulações e na barriga, além de manchas pelo corpo.

"A doença não é transmitida apenas por meio do beijo. É verdade que a saliva é a principal responsável. Porém, objetos nos quais uma pessoa infectada espirra, tosse ou tocou também podem ser meios de infecção", explica a especialista.

9. Hepatite A

A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como "hepatite infecciosa". Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

A contaminação pela hepatite A acontece pela via fecal-oral, ou seja, por meio do contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. A doença costuma se propagar em regiões com condições precárias ou que não tenham tratamento de água e esgoto.

As principais formas de prevenção são a melhoria da rede de saneamento básico e a adoção de hábitos de higiene, como a lavagem regular das mãos e dos alimentos consumidos crus, além da limpeza adequada de pratos, copos e talheres.

10. Diarreia

A doença diarreica é a segunda principal causa de morte em crianças com menos de cinco anos de idade, sendo responsável por matar cerca de 525 mil crianças todos os anos, de acordo com a OMS.

A prevenção inclui o acesso a água potável segura, saneamento básico e lavagem das mãos com sabão.

Saiba quando lavar as mãos

Com a pandemia de Covid-19, o hábito de lavar as mãos ganhou um reforço significativo. A medida passou a ser ainda mais valorizada como uma forma de se prevenir o contágio pelo coronavírus.

No entanto, com a melhora dos indicadores epidemiológicos da pandemia, como a redução no número de casos e de mortes pela doença, a sensação de que a pandemia terminou levou a um relaxamento das medidas de prevenção, incluindo a higienização frequente das mãos.

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O ESTADO DE MINAS

Homens deixam de lado o preconceito contra a cirurgia plástica


Homens brasileiros têm procurado procedimentos como a lipoaspiração Da vaidade fiéis servos, romanos ou ateus. Os homens estão adotando essa velha recomendação, pois, aqui no Brasil, a cirurgia plástica tem conquistado cada vez mais espaço entre o público masculino.


De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos cinco anos, houve aumento de 283,33% na quantidade de procedimentos dessa natureza realizados em homens, que passaram de 72 mil por ano para 276 mil por ano.Isso significa que, a cada hora, pelo menos 31 homens se submetem a cirurgias plásticas no Brasil.

Os procedimentos mais procurados são a blefaroplastia (intervenção nas pálpebras), a lipoaspiração e a correção de ginecomastia (quando há crescimento das mamas).Em parte, o aumento da procura se deve à COVID-19, pois a pandemia fez com que muitas pessoas mudassem hábitos alimentares e perdessem condicionamento físico. De acordo com o Ministério da , 52,6% dos homens estavam acima do peso em 2021.O doutor Hugo Sabath, cirurgião plástico da Clínica Libria, comenta que entre as novidades buscadas pelos pacientes está a lipo HD masculina, que define abdômen, braços e coxas. Também é colocada gordura dentro do músculo para tonificá-lo.Especialistas destacam que a cirurgia plástica não deve ser vista apenas como questão estética, mas sob a perspectiva da saúde e da autoestima.

Ainda existe tabu em relação a esse tipo de operação em homens, mas o preconceito vem sendo quebrado aos poucos.Muitos pacientes percebem que o procedimento pode ser uma forma de alcançar resultados que não seriam possíveis de forma não cirúrgica, mesmo com a ajuda de nutricionistas, personal trainers e outros profissionais."Cirurgia plástica não é solução mágica para todos os problemas estéticos e de autoestima.

É fundamental que o paciente tenha expectativas realistas em relação aos resultados e esteja ciente dos riscos e complicações que podem estar envolvidos em qualquer procedimento cirúrgico", afirma Hugo Sabath.Além disso, é importante escolher um profissional qualificado e experiente, que possa orientar o paciente sobre opções de tratamento, ajudando-o a escolher o procedimento mais adequado para suas necessidades.

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MEDICINA S/A

Cerca de um terço das mortes por câncer são evitáveis

Em torno de um terço dos casos de câncer se deve a fatores de risco como o fumo, o consumo de álcool, a obesidade, a baixa ingestão de frutas e verduras e a falta de exercícios físicos. "É uma parcela significativa e, se refere a hábitos que poderiam ser mudados para evitar o câncer", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Clóvis Klock.

De acordo com o médico patologista, cuja especialidade é responsável por diagnósticos de doenças como câncer, os hábitos saudáveis precisam fazer parte de nossas vidas. "Praticar exercícios com regularidade e evitar uma vida sedentária ajuda na prevenção não só de boa parte dos tumores, mas também de outras complicações, especialmente cardiológicas e cardiovasculares. Além disso, é imperativo uma boa alimentação, com atenção ao consumo excessivo de carne vermelha e balanceamento das refeições com uma maior ingestão de fibras, presentes em frutas, legumes e verduras", afirma.

O tabagismo, mesmo com uma aparência mais moderna, sofisticada ou natural, é prejudicial à saúde. "O cigarro comum, assim como essa nova onda de cigarros eletrônicos, eles todos, estão ligados diretamente a quase todos os tipos de câncer. Por isso, devemos focar nossos esforços na prevenção e para que, principalmente, os jovens não adquiram esse hábito. Essa tarefa é um trabalho do governo juntamente com a sociedade. No caso das bebidas alcoólicas, a prevenção é a mesma, se puder não fazer uso, independente de datas comemorativas ou eventos, melhor para o nosso organismo", acrescenta Klock.

Além desse conjunto de causas evitáveis do câncer, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), infecções causadoras de câncer como as provocadas pelo papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês), e as hepatites são responsáveis por cerca de 30% dos cânceres nos países de renda baixa e média-baixa. Existem vacinas para alguns tipos de hepatite e para os principais subtipos de HPV, vírus cujo risco de transmissão é reduzido com o uso de camisinha.

No Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou em março que pretende adotar testes moleculares, como o PCR, no Sistema Único de Saúde (SUS) para identificar o HPV em mulheres de 25 a 64 anos como estratégia nacional para rastrear o vírus, que é a principal causa para o câncer do colo do útero. "Apoiamos totalmente esta nova visão do Ministério da Saúde em relação ao câncer do colo uterino", diz Klock.

O médico observa ainda que "há cura para a maioria dos cânceres quando a detecção é precoce e o tratamento é efetivo". Os patologistas contribuem nesta parte por serem especialistas no diagnóstico de diversas doenças, inclusive os vários tipos e subtipos de câncer. O diagnóstico preciso leva à orientação de tratamento específico, em todos os casos de câncer.

Apesar disso, os números de incidência e óbitos pelo câncer vêm crescendo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 704 mil novos casos de câncer anualmente para o triênio 2023-2025 em território nacional. Em relação à última projeção para o período 2020-2022, observa-se um acréscimo de quase 80 mil novos casos anualmente. Apesar das estimativas alarmantes, o crescimento pode ser provocado pela soma de dois fatores positivos; o reflexo de a população estar vivendo por mais tempo, com mais gente chegando a uma idade em que as chances de câncer são maiores, e com um maior reconhecimento da doença, devido a disseminação de exames como colonoscopia, mamografia e Papanicolau.

Os exames preventivos são fundamentais para o combate ao câncer, pois permitem a detecção precoce da doença, aumentando as chances de cura e possibilitando um tratamento menos agressivo e invasivo. "Quando é diagnosticada alguma alteração, é feita uma biópsia. Essa amostra quem vai analisar é o médico patologista. Então é ele que vai dar o diagnóstico de câncer, se essa lesão é benigna ou não, assim como todas as diretrizes de tratamento caso haja existência do tumor. finaliza.

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REVISTA VEJA

Duelo de bisturis: a briga judicial em torno do legado de Ivo Pitanguy


Batalha põe em lados opostos do ringue herdeiros e discípulos do mestre, figura incontornável da cirurgia plástica mundial Um dos brasileiros mais celebrados no exterior, Ivo Pitanguy cravou o feito de instalar o país no mapa da excelência na cirurgia plástica. Ao longo de décadas, seu traquejo com os bisturis atraiu para um histórico casarão no Rio de Janeiro clientela estelar de todos os cantos do planeta. Pois no ano de seu centenário de nascimento é um assunto nada glamoroso que o conduz aos holofotes: os quatro herdeiros do médico, morto em 2016 aos 93 anos, e seus discípulos travam uma renhida batalha judicial que põe em risco o que restou de seu legado - o Instituto Ivo Pitanguy, que desde 1960 oferece cirurgias, a baixo custo ou gratuitas, na enfermaria 38 da Santa Casa carioca. A escola de talentos que funciona ali despontou como uma pós-graduação de renome global, de onde profissionais de mais de quarenta países saíram formados e com o qual a metade dos 6 000 cirurgiões plásticos em atividade no Brasil mantém algum elo profissional.

O instituto, iniciativa do próprio "professor", como Pitanguy era chamado, ganhou prestígio em paralelo à clínica que tocava no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Nos áureos tempos, avistava-se por lá efervescente entra e sai de celebridades como a princesa Stéphanie de Mônaco, a atriz Sophia Loren e o piloto Niki Lauda. O local chegava a faturar nos áureos tempos cerca de 5 milhões de reais mensais (em valores de hoje), até que o chefe, já envelhecido, começou a se afastar, e a procura minguou. Sustentar o complexo, com quinze quartos e setenta funcionários, tornou-se então inviável - a drenagem de recursos batia àquela altura 800 000 reais por mês. E foi assim que, sem um sucessor no horizonte, a venda tornou-se inescapável. Três anos depois da morte de Pitanguy, o negócio seria selado por 10 milhões de reais.

Agora, o temor é que o serviço da enfermaria 38 desapareça. A disputa, que põe de um lado do ringue os representantes do espólio - os filhos Ivo, Gisela, Helcius e Bernardo - e de outro a diretoria do instituto, nas mãos do cirurgião Francesco Mazzarone, começou logo depois da morte do cirurgião. Por carta, os herdeiros trataram de comunicar ao núcleo na Santa Casa que não poderia mais usar o nome Pitanguy. Havia lhes chegado a informação de que Mazzarone tentara registrá-lo por duas vezes no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). "Fiz isso com o professor ainda vivo e o seu aval, justamente para garantir nossa continuidade. O que a família faz é espalhar histórias por aí", dispara o discípulo. "A atual direção visa dar um caráter empresarial a uma prestação de serviço social e obter vantagem financeira em benefício próprio", rebate o advogado João Pedro Bion, do escritório Sérgio Bermudes, na defesa dos filhos.

Em meio à contenda, o caldo entornou quando Mazzarone entrou com uma ação na 8ª Vara Cível do Rio na tentativa de contornar o veto familiar. Ele pleiteia agora a troca da nomenclatura de Instituto Ivo Pitanguy para serviço de cirurgia plástica "fundado por Ivo Pitanguy", mas os herdeiros seguem irredutíveis, alegando que a qualidade de hoje não faz jus ao brilho do passado. O fato é que, sem a grife, haverá revoada ainda mais acentuada de clientes e alunos, o que enterrará de vez o centro. Pessoas que acompanham atentamente o imbróglio contam a VEJA que a família estaria interessada na venda do valioso nome e já teria até procurado clínicas da cidade, o que seus integrantes negam com veemência.

A batalha da enfermaria 38 se desenrola na base de estocadas para todos os lados. Antes mesmo da guerra judicial se instaurar, a família já havia trocado as fechaduras de armários do instituto que ficavam alojados na clínica de Botafogo, onde os alunos compareciam duas vezes por semana. Mais tarde, quando Mazzarone alterou o estatuto para abrir espaço a um novo presidente honorário, cargo ocupado por Pitanguy até o fim, os herdeiros diziam que a mexida era para alijá-los do processo. A acidez escalou de patamar quando o instituto organizou com a prefeitura, em 2017, um jantar beneficente sem o conhecimento da inventariante Gisela Pitanguy. Foi cancelado.

Pitanguy acumulou incontáveis seguidores, mas não fez sucessor, mesmo que seu neto, o também cirurgião Antonio Paulo, ainda jovem, tenha externado o desejo de assumir o bastão. Ele foi inclusive aluno do instituto, que atualmente vive na penúria. "Requisitado mundo afora, o professor nunca deixou de se preocupar com a perpetuação do ensino e a questão social. É muito triste assistir a essa situação", lamenta a cirurgiã Bárbara Machado, sua assistente por 26 anos. O declínio, que se agravou com o litígio, já se aprofundara com a crise financeira da Santa Casa e a perda do vínculo com o SUS. Em 2021, veio novo baque: a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica descredenciou a escola. A decisão, garante a turma que apoia Mazzarone, teria o dedo da família. "Não há profissional da área que nunca tenha sonhado em estudar lá. Era uma chancela de excelência", afirma Eduardo Lins, presidente da associação de ex-alunos, à frente da organização de um congresso e um jantar de gala para celebrar os 100 anos do mestre, em julho. O enrosco judicial sem tréguas retira da festa um naco do glamour.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 04 Maio 2023 14:38

CLIPPING AHPACEG 04/05/23

Escrito por

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DESTAQUES
PF diz que certificado de vacinação foi emitido na conta de Bolsonaro no ConecteSUS um dia após suspeita de fraude
Prefeito de Cabeceiras diz que vai apurar conduta de médico que teria fraudado cartão de vacina de mulher de ex-ajudante de Bolsonaro
Saiba quem é o médico alvo da PF em ação contra fraude em vacinações
Polícia Federal inclui atuação de médico goiano em investigação
Goiás confirma 39 casos de malária; saiba como prevenir
STJ isenta laboratório de indenizar consumidora por dano grave
BTG negocia aquisição da Vita Hemoterapia, em parceria com Dasa
Artigo - A responsabilidade civil dos profissionais de saúde em casos de violência obstétrica
Justiça aceita pedido do PT contra mudanças jurídicas no Ipasgo

DIÁRIO DA MANHÃ
PF diz que certificado de vacinação foi emitido na conta de Bolsonaro no ConecteSUS um dia após suspeita de fraude
O relatório da PF que sustenta as investigações sobre a fraude nos dados de vacinação do ex-presidente, de sua filha e de assessores contém esta informação

Informações divulgadas pela Polícia Federal apontam que os certificados de vacinação contra a Covid-19 foram emitidos na conta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no aplicativo ConecteSUS, mesmo após a inserção de dados supostamente falsos no sistema. De acordo com as autoridades, um desses documentos foi emitido apenas um dia após a suspeita de fraude ter sido levantada.
Essa informação faz parte do relatório da Polícia Federal que está sendo utilizado como base para a investigação das suspeitas de fraude nos dados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, de sua filha de 12 anos e de assessores dele.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, no dia 21 de dezembro do ano passado, foram inseridas informações no sistema ConecteSUS indicando que o ex-presidente teria recebido duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19. Após a inclusão desses dados, foi possível gerar um comprovante de imunização no aplicativo.
Segundo o relatório da Polícia Federal, seis dias após a inclusão dos dados de vacinação da Pfizer no sistema ConecteSUS associados ao usuário de Jair Bolsonaro, a servidora Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva removeu as informações alegando "falha".

De acordo com as investigações, quatro certificados de vacinação foram emitidos pelo usuário vinculado a Bolsonaro, sendo que dois deles foram gerados antes da exclusão das informações suspeitas. Os certificados foram emitidos nos dias 22 de dezembro de 2022, às 8h, e 27 de dezembro de 2022, às 14h19.
Os outros dois certificados de vacinação foram emitidos após a exclusão das informações suspeitas do sistema ConecteSUS. Um certificado foi gerado em 30 de dezembro de 2022, às 12h02, e o outro em 14 de março de 2023, às 8h15.
Ação da Polícia Federal
A Polícia Federal prendeu o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, na manhã desta quarta-feira, 3, em uma operação que investiga a suspeita de inserção de dados falsos nos cartões de vacinação contra a Covid-19. A ação também incluiu buscas na casa de Bolsonaro.
Além da prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a Polícia Federal também realizou buscas e apreensões na casa do ex-presidente, localizada no Jardim Botânico, em Brasília.
De acordo com nota divulgada pela Polícia Federal, as alterações nos cartões de vacinação investigadas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, resultando na "alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante", ou seja, a condição de imunização contra a Covid-19 dos envolvidos.
O celular de Jair Bolsoanro foi apreendido pelos agentes da Polícia Federal. Além de Mauro Cid, foram presos os assessores Max Guilherme e Sérgio Cordeiro.
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PORTAL G1
Prefeito de Cabeceiras diz que vai apurar conduta de médico que teria fraudado cartão de vacina de mulher de ex-ajudante de Bolsonaro
Segundo a Polícia Federal, a suspeita é que Farley Alcântara tenha fraudado o cartão de vacina de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid. O g1 não conseguiu contato com a defesa do médico até a última atualização desta reportagem.

Alvo de uma operação da Polícia Federal que apura um suposto esquema de fraude em dados de vacinação envolvendo ajudantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o médico Farley Vinícius de Alcântara é suspeito de ter fraudado o cartão de vacina de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O prefeito de Cabeceiras Everton Francisco de Matos, disse ao g1 que vai abrir um processo administrativo para apurar a conduta do médico, que atuou na saúde municipal nos anos de 2020 e 2021.
"A equipe jurídica está abrindo um processo administrativo contra o profissional para apurar a situação e saber de que forma foi extraído esse cartão de vacina", disse o prefeito.
O g1 não conseguiu localizar a defesa do médico para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. Segundo o prefeito, Farley havia trabalhado por credenciamento no município em 2018 e depois retornou como plantonista, clínico geral do hospital municipal da cidade. A prefeitura afirma que o médico prestou serviços ao município até o mês de dezembro de 2021.
De acordo com informações apuradas com a Polícia Federal, Farley foi acionado por seu tio, Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que também é alvo da investigação da Polícia Federal. Na ocasião, o médico teria conseguido um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde do município de Cabeceiras, carimbado e assinado por ele, em nome de Gabriela Cid.
No documento, constava que Gabriela teria sido vacinada com duas doses do laboratório Biotech, nos dias 17 de agosto e 19 de novembro de 2021, nas unidades básicas de saúde de Cabeceiras. No entanto, apurações feitas por meio de autorização judicial descobriram que Gabriela não possui vacinas administradas na cidade de Cabeceiras.
O g1 não conseguiu localizar as defesas de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, Mauro Cesar Barbosa Cid e Luís Marcos dos Reis para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Possível fraude em cartão de vacina
O prefeito de Cabeceiras, Everton Francisco, também conhecido como Tuta, lamentou a situação e a atitude do médico, caso comprovada a fraude.
"Você confia e entrega a sociedade nas mãos de um profissional que assume o plantão na unidade hospitalar e ele utiliza de seu poder para requerer ou extrair algum cartão, um documento de cunho do município", disse Tuta.
De acordo com o prefeito, o médico atuava em um local diferente e distante de onde aconteciam as vacinações. Ele explicou que a imunização ocorria em unidades de saúde, de segunda a sexta-feira, até as 17h, e não no hospital municipal.
Já o médico, segundo o prefeito, trabalhava como médico plantonista no hospital municipal, atuando aos finais de semana e feriados, sem vínculo com as unidades básicas de saúde. No entanto, o prefeito detalha que, no local em que o médico trabalhava, havia uma sala com cartões timbrados e em branco para preenchimento em caso de necessidade de algum paciente, em casos emergenciais.
"Lá tem uma sala onde ficam os cartões de vacina caso venha a precisar de fazer qualquer emergência, esse cartão você tem como preencher lá na hora, para qualquer tipo de atendimento emergencial. Provavelmente foi extraído desse pacote que está lá timbrado. Acreditamos que se aconteceu mesmo esse preenchimento do cartão, foi extraído pelo profissional ou por alguém a pedido dele", detalhou.
Segundo o prefeito, o nome dos aliados de Bolsonaro não constam no sistema de vacinação do município.
"Precisamos ter acesso ao cartão e ao número do lote da vacina para saber se teve a fraude e quem são os envolvidos. Se foi só o médico, se teve envolvimento de outro funcionário da área", disse o prefeito.
Quem é o médico suspeito de fraude?
Em suas redes sociais, Farley conta que se formou pela faculdade de Medicina de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e fez sua residência médica em oftalmologia no Hospital de Base, no Distrito Federal. Em seu perfil no Instagram, ele conta ser especialista em catarata, a doença doença capaz de deixar a visão embaçada e ofuscada, “caracterizada pela opacidade lenta e gradativa do cristalino”.
Segundo portal do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), atualmente o médico possui o CRM ativo em Goiás e no Rio de Janeiro. Em nota, o Cremego afirmou que não foi notificado por "qualquer ação da Polícia Federal envolvendo investigações contra médico goiano. Além disso, disse que, "todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo".

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METRÓPOLES
Saiba quem é o médico alvo da PF em ação contra fraude em vacinações
O médico oftalmologista Farley Vinícius Alencar de Alcântara foi alvo da Operação Venire, realizada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (3/5). Investigações apontam que autoridades fraudaram o cartão de vacinação contra a Covid-19. Em um dos casos, Farley ajudou a falsificar um dos documentos.

A partir de março de 2020, o oftalmologista começou a atuar como médico residente no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O salário é de R$ 5.648,19 por mês. Atualmente, conforme o Portal da Transparência do DF, a situação do servidor consta como ativa, mas o status aparece como "desligado".O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde do DF para entender a situação do homem no órgão. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.Farley cursou Medicina na Faculdade de Medicina de Juiz de Fora, de Minas Gerais. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o oftalmologista tem inscrição para atuar no Mato Grosso, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Goiás. No sistema do CFM, a situação dele aparece como regular apenas nos dois últimos estados.

Nas redes sociais, o homem diz que fez especialização para o tratamento de cataratas no Hospital dos Olhos de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O homem também trabalha como médico em uma clínica particular da cidade. Ele também atuou na cidade de Cabeceiras, em Goiás.Fraude em cartão de vacinaçãoFarley Vinícius, alvo da mesma operação da Polícia Federal que Jair Bolsonaro, copiou os dados de vacinação de uma enfermeira não identificada de Cabeceiras, interior de Goiás, para falsificar um cartão de imunização para a esposa de Mauro Cid, Gabriela Santiago Cid.No entanto, os dados não foram aceitos no sistema de saúde do Rio de Janeiro, onde a mulher teoricamente haveria tomado a vacina. Assim, Luis Marcos dos Reis, então um dos integrantes da Ajudância de Ordens da Presidência da República, pediu ao sobrinho, o médico Farley, que enviasse um cartão em branco para que fosse preenchido com dados do estado.

"Amanhã vejo se desenrolo isso. Cartão em branco, né, que ele quer?", disse Farley em mensagem ao seu tio. "Sim, aí a gente coloca o lote do Rio!", respondeu Luis Marcos.De acordo com as mensagens identificadas, o crime não se consumou, pois os lotes das vacinas contra Covid-19, utilizados para inserir no sistema do Ministério da Saúde, não foram distribuídos para o Rio de Janeiro. O crime identificado foi o de peculato eletrônico.O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que, até o início da noite desta quarta-feira (3/5), não foi notificado sobre qualquer ação da Polícia Federal envolvendo investigações contra o médico Farley Vinícius Alcântara.Ao Metrópoles a entidade de classe informou que "todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico"

A operaçãoA Polícia Federal deflagrou a "Operação Venire", cujo nome deriva do princípio "Venire contra factum proprium", que significa "vir contra seus próprios atos", "ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos". É um princípio-base do direito civil e do direito internacional que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.Segundo a PF, os suspeitos da fraude inseriram dados falsos de vacinas contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

O objetivo foi emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas e, dessa forma, permitir que elas pudessem viajar e acessar locais onde a imunização era obrigatória.

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O HOJE
Polícia Federal inclui atuação de médico goiano em investigação
Em conversas por aplicativo de mensagem, policiais federais descobriram atuação de médico que é sobrinho de sargento assessor do ex-presidente
Buscas no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço-direito de Jair Bolsonaro, levou agentes da Polícia Federal (PF) à casa do ex-presidente na manhã desta quarta-feira (3), em Brasília, causando alvoroço na política brasileira. O motivo: suspeita de adulteração de sistemas do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre vacinação de Bolsonaro que, desde o início da pandemia de Covid-19, discursou contrariamente à vacinação, adotando discurso negacionista.
Além da busca e apreensão na casa do ex-presidente, os agentes federais apreenderam, sob pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, o aparelho celular do ex-mandatário.
No percurso da investigação da Polícia Federal, os agentes descobriram que um médico, Farley Vinícius de Alcântara , que prestava serviço para a prefeitura de Cabeceiras, a 268 km de Goiânia, retirou os dados de cartão de vacinação de uma enfermeira de Cabeceiras para preencher com dados de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid, à época, ajudante de ordens de Bolsonaro.
Além da prefeitura goiana, Farley Vinícius de Alcântara prestava serviço à saúde do Governo do Distrito Federal (GDF). Farley é sobrinho de outro indiciado pela PF, o sargento Luiz Marcos dos Reis, que fazia parte da equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente.
Desde que o nome do médico foi divulgado na imprensa, o prefeito de Cabeceiras, Everton Francisco de Matos, viu a rotina de gestor da pequena cidade de 7 mil habitantes virar de cabeça pra baixo. Logo que soube da situação do médico, afirmou que determinou que fosse aberto um processo administrativo para apurar os fatos envolvendo o médico, que, segundo ele, trabalhou para o município entre 2020 e 2021.
A operação da qual o núcleo duro de Jair Bolsonaro, e o próprio, foi alvo nesta quarta-feira, foi batizada pela PF como Venire. O principal objetivo é apurar suspeitas de adulteração de cartões de vacinação.
Em declaração logo após os policiais deixarem a sua residência, Bolsonaro reconheceu: “Nunca falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA. Não existe adulteração de minha parte”. Depois, o ex-presidente deixou sua casa, com seus advogados, para se encontrar com aliados e os filhos.
A Polícia Federal cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Para jornalistas, Bolsonaro voltou a reconhecer que não se imunizou: “eu não tomei a vacina. Foi uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da [vacina] Pfizer.”
Bolsonaro usa o argumento de que leu a bula e que não considerava o imunizante confiável, mesmo depois de a ciência comprovar que as vacinas diminuíram os efeitos mortais da Covid-19. O ex-presidente afirmou que a filha caçula, Laura Bolsonaro, se vacinou. Além da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Por meio de nota, a Polícia Federal informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.
“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.
“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou.
Ainda conforme a corporação, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.
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A REDAÇÃO
Goiás confirma 39 casos de malária; saiba como prevenir
Goiás soma 39 casos confirmados de malária somente neste ano. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), que pede atenção da população em relação à doença. De acordo com a pasta, foram 81 casos suspeitos notificados entre janeiro e maio, sendo que 42 foram descartados.

O médico generalista Lucas Martins explica que a população precisa estar atenta para prevenir a doença. "É importante deixar claro que a malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Porém, a doença pode evoluir para suas formas graves, podendo levar o paciente a óbito, se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada".

No último dia 17 de abril, o Governo de Goiás emitiu um alerta em relação a um caso de malária envolvendo uma paciente de Anápolis. O caso foi classificado como autóctone, que significa que a pessoa não viajou para fora do Estado. O único deslocamento realizado pela mulher foi a uma chácara em Aparecida de Goiânia, perto de onde já havia sido confirmado outro caso de malária, em fevereiro. Segundo a SES-GO, neste ano, apenas esses dois casos foram registrados como autóctones.

O que é malária?
A malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e potencialmente grave, causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. "Esses mosquitos são mais abundantes no entardecer e no amanhecer, além de todo o período noturno. Vale lembrar que não é uma doença contagiosa, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa", explica o médico.

Prevenção
Ainda de acordo com Lucas, medidas simples podem ajudar na prevenção da doença. "Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão o uso regular de repelentes, o uso de roupas que protegem as áreas do corpo, como, por exemplo, braços e pernas, além do uso de mosquiteiros sobre a cama e telas em portas e janelas. Eu gosto de reforçar o uso de repelentes porque hoje no mercado a população encontra o produto com facilidade, e é, sem dúvidas, uma das medidas mais eficazes. Infelizmente ainda não temos uma vacina contra malária no Brasil", afirma.

Sintomas
Febre alta, dor de cabeça, calafrios, tremores e sudorese são os sintomas mais comuns da doença. "Existem casos em que as pessoas antes de apresentarem esses sintomas sentem náuseas, falta de apetite, cansaço, convulsões, diarreia e dificuldade respiratória. As mulheres grávidas, crianças e pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a casos graves da doença, se não forem atendidas o mais rápido possível. Por isso, fica o alerta, o médico deve ser procurado o quanto antes", acrescenta Lucas.

Tratamento
De acordo com o médico, após a confirmação da doença no paciente, o tratamento é feito por meio do uso de comprimidos que são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Somente em casos graves é que o paciente deverá ser hospitalizado de imediato. O tratamento realizado de maneira certa e em tempo oportuno garante a cura da doença e a qualidade de vida do paciente", finaliza.

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O HOJE
STJ isenta laboratório de indenizar consumidora por dano grave
Por unanimidade, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) isentou o laboratório fabricante do analgésico Novalgina do dever de indenizar uma consumidora que desenvolveu doença grave após usar o produto. Segundo o colegiado, sendo provado que não houve defeito do medicamento e estando prevista na bula a possibilidade da reação adversa, não é cabível a responsabilização do fabricante. A relatora do recurso do laboratório no STJ, ministra Isabel Gallotti, observou que os medicamentos em geral são produtos que apresentam riscos intrínsecos, inerentes à sua própria utilização e decorrentes da finalidade a que se destinam (artigo 8º do CDC). A magistrada destacou que a ingestão de medicamentos tem potencial para provocar reações adversas, as quais, todavia, não configuram, por si sós, defeito do produto, desde que a potencialidade e a frequência desses efeitos nocivos estejam descritas na bula, em respeito ao dever de informação por parte do fabricante – exigência que, segundo a relatora, foi atendida pelo laboratório. “O registro na bula sobre a possibilidade de ocorrência dessas enfermidades, em casos isolados, como reação adversa da ingestão do medicamento, demonstra não apenas ter sido prestada de maneira adequada e suficiente a informação acerca da periculosidade do produto, mas, diante das peculiaridades do caso, que nada além disso poderia ser exigido do fabricante do remédio, porque estava fora do seu alcance a adoção de conduta diversa”, declarou.
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ESTADÃO
BTG negocia aquisição da Vita Hemoterapia, em parceria com Dasa

O BTG negocia a compra da Vita Hemoterapia, rede de ambulatórios especializada em banco de sangue e terapia celular, em parceria com a Dasa. O negócio envolve o aporte de até R$ 540 milhões a ser feito pelo BTG no Grupo Vita, controlador da Vita Hemoterapia e investida pela Crescera Capital, que foi criada pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

A Vita está presente em 10 Estados, com 12 unidades para doação de sangue, três de terapia celular e um laboratório. O BTG entrará como sócio e a Dasa garantirá a demanda pelos serviços prestados pela empresa, com contratos de longo prazo. A ideia seria montar o maior banco de sangue do Brasil, após a incorporação de outra rede da mesma área, com sede em São Paulo, como subsidiária da Vita Hemoterapia.

Na transação, o BTG disponibilizaria R$ 140 milhões ao Vita, por meio de um empréstimo-ponte, que se tornaria debêntures conversíveis em ações a serem transferidas para a Dasa, como pagamento do contrato para ter acesso à rede de clientes da empresa de saúde. O restante dos recursos entraria por meio de bônus de subscrição, um título de dívida que dá direito a ter ações da empresa. Nenhum acionista atual da Vita, que inclui a Crescera e o fundo FIP Biotec, da FIR Capital, deverá vender sua participação.

Negócio daria fôlego ao grupo Dasa

O negócio representaria um alívio à Dasa, que recentemente captou quase R$ 1,7 bilhão em uma emissão secundária de ações (follow-on). Nessa operação, o BTG entrou com R$ 500 milhões. O follow-on, porém, teve menos demanda do que a realizada pela concorrente Hapvida dias antes.

Procurados, o BTG e a Dasa disseram que não comentam rumores de mercado. Contatada por telefone e via fale conosco do site, a Vita não respondeu a pedido de entrevista até o fechamento desta reportagem.
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Artigo - A responsabilidade civil dos profissionais de saúde em casos de violência obstétrica

Conforme recente pesquisa realizada pelo Datafolha, em média 18,6 milhões de mulheres foram vítimas de alguma violência ou agressão em 2022 no Brasil. A pesquisa considerou dados sobre violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.

Além das citadas, outra forma de agressão é a violência obstétrica, que ocorre quando a mulher que está em período gestacional, durante o parto e/ou pós-parto, sofre algum tipo de abuso físico, sexual, psicológico ou moral. A violência obstétrica pode ser cometida por qualquer pessoa que realiza assistência à gestante ou puérpera: a equipe médica, equipe técnica de enfermagem, outros profissionais que realizam atendimentos neste período, ou até mesmo a própria rede hospitalar.

Entre as principais formas de agressão à gestante ou puérpera estão: a realização de episiotomia (incisão cirúrgica feita nos tecidos do períneo) desnecessária, sem anestesia, ou ainda sem consentimento; a realização de exames de toque de maneira excessiva, sem consentimento ou sem a devida informação dos atos a serem realizados; impedimento imotivado de contato imediato com o recém-nascido; impedimento de presença do acompanhante durante o parto; aplicação de pressão sobre a barriga da gestante para acelerar o parto, conhecida como manobra de Kristeller; exposição à situação vexatória, por meio de palavras de baixo calão, ofensas à gestante em virtude de cor, raça, gênero, orientação sexual, condição econômica e/ou religião, humilhação, dentre outras situações que possam causar constrangimento.

Destaca-se que, infelizmente, a violência obstétrica não é rara no Brasil. Não por outro motivo, a especialidade da medicina que mais possui processos por erro médico é justamente a ginecologia e obstetrícia. Ainda, vale ressaltar que todas as pessoas gestantes, inclusive homens transexuais, podem ser vítimas de violência obstétrica.

Nessas situações, havendo qualquer dano à vítima, ainda que exclusivamente moral, o Código Civil Brasileiro estabelece em seus artigos 186 e 927 que toda pessoa que causar dano a alguém, seja por ação ou omissão, será obrigada a repará-lo. Além disso, a própria Constituição Federal protege a dignidade como princípio fundamental inerente a todo e qualquer ser humano.

Através desta perspectiva, é evidente que as vítimas de violência obstétrica têm o direito de ser ressarcidas pelo abalo físico ou moral sofrido, se o caso.

Contudo, para que ocorra a responsabilização civil daquele que causar o dano (médicos e demais profissionais de saúde), é necessário que o abuso aconteça mediante ação ou omissão que gere um dano à vítima, competindo à esta o ônus da prova de existência da negligência, imprudência ou imperícia no ato do profissional.

Na esfera penal, não existe tipificação específica da violência obstétrica, portanto os agentes de saúde que cometem esse tipo de violência podem ser condenados por crimes como homicídio, lesão corporal, constrangimento ilegal, ameaça, maus-tratos, calúnia, injúria e difamação.

Apesar das possibilidade de reparação do dano por responsabilidade civil ou penal, o ordenamento jurídico brasileiro ainda está muito longe de alcançar a erradicação da violência à mulher, em todos os momentos de sua vida, inclusive em sua gestação, parto ou pós-parto.

Entretanto, os Poderes Público e Judiciário, por meio de políticas públicas e de responsabilização dos agressores, vêm buscando combater a violência à mulher. Destacam-se, por exemplo, ações realizadas ao longo dos anos que visam a diminuição dos casos de violência obstétrica, buscando garantir às gestantes e recém-nascidos um atendimento digno e humanizado, sendo algumas delas: a Lei do Acompanhante, nº 11.108, de 2005, que garante o direito da gestante de ter um acompanhante durante todo o trabalho de parto e pós-parto imediato no Sistema Único de Saúde (SUS); O direito à Humanização do parto, cujas diretrizes implantadas pelo Ministério da Saúde visam promover práticas que respeitem os direitos das mulheres e reduzam a ocorrência de violência obstétrica; O Programa de Valorização do Profissional da Atenção Obstétrica e Neonatal, que busca promover a formação e capacitação dos profissionais de saúde que atuam na assistência ao parto e ao nascimento, com foco na humanização do cuidado e na prevenção da violência obstétrica, dentre outras ações e campanhas de conscientização que objetivam informar as mulheres sobre seus direitos, sensibilizar a população sobre o tema e estimular denúncias de casos de violência obstétrica.

É importante ressaltar que estas são apenas algumas das políticas e iniciativas já existentes no Brasil. O Poder Público permanece em busca da diminuição do índice de violência obstétrica no país por meio de projetos de leis, como os de nº 2.082/2022 e 422/23, que visam a criminalização da violência obstétrica e seu enquadramento entre os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha, respectivamente.

Por fim, destaca-se que a responsabilidade civil dos profissionais de saúde desempenha um papel crucial na abordagem da violência obstétrica, oferecendo uma via de acesso à justiça e reparação para as vítimas que sofreram algum tipo de abuso durante a gestação, parto ou pós-parto, protegendo os direitos e a saúde das mulheres na sociedade.

*Beatriz Fernanda Tarda é advogada cível no Mandaliti
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DIÁRIO DE GOIÁS
Justiça aceita pedido do PT contra mudanças jurídicas no Ipasgo
O desembargador Alan Sebastião de Sena Conceição aceitou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) impetrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a pedido da bancada do partido na Assembleia Legislativa e da presidente em Goiás, Katia Maria, contra a mudança de regime jurídico do Ipasgo.
O magistrado determinou a citação do governador Ronaldo Caiado (UB), através do Procurador Geral do Estado, para apresentar defesa da presunção da constitucionalidade da legislação impugnada, conforme dispõe o § 3º do artigo 60 da Constituição Estadual.
Os parlamentares apontam que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) demonstrou que a mudança de regime do Ipasgo não é técnica, e que as políticas adotadas, se implementadas, irão prejudicar 600 mil servidores.
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Assessoria de Comunicação

STA


Mais uma instituição associada à Ahpaceg aderiu à campanha “Todo Paciente Importa”. Estamos falando do Hospital Santa Bárbara, que promoveu uma palestra, nesta terça-feira, 2 de maio, para suas equipes de copeiras, lactaristas e técnicas de enfermagem a respeito da qualidade da nutrição oferecida aos pacientes.


A apresentação foi ministrada pela nutricionista Cristiane Scorza, da Danone Nutricia. Ela mostrou como incentivar a aceitação dos pacientes internados à alimentação proposta, o que reduz riscos de desnutrição e ainda melhora o processo de recuperação.


Os participantes também puderam degustar suplementos destinados à alimentação dos pacientes e saber mais sobre os benefícios de cada um dos produtos.


A Ahpaceg continuará incentivando a campanha, que é importante também para o monitoramento dos indicadores de terapia nutricional dos associados. Afinal, todo paciente importa.

Quarta, 03 Maio 2023 08:20

CLIPPING 03/05/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil
Adolescente morre após tomar alta dose de remédio em desafio do TikTok
Hecad divulga cartilha com cuidados para evitar doenças respiratórias em crianças
5 tendências na Saúde do Trabalho: a jornada completa do cuidado de colaboradores
Saúde rescinde contrato com organização goiana que abriria 30 leitos em Sinop

A REDAÇÃO
Pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil
A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), aberta nesta terça-feira (2/5), alerta para o risco alto da volta da poliomielite ao Brasil. A doença, erradicada no país desde 1989, pode matar ou provocar sequelas motoras graves. Em um dos debates do dia, pesquisadores apontaram a baixa cobertura como principal motivo de preocupação com a paralisia infantil, como a doença também é conhecida. O evento é promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A presidente da Câmara Técnica de Poliomielite do Ministério da Saúde, Luiza Helena Falleiros, destacou o conjunto de fatores que levaram a esse cenário e disse que existe um risco evidente. “Com o processo de imigração constante, com baixas coberturas vacinais, a continuidade do uso da vacina oral, saneamento inadequado, grupos antivacinas e falta de vigilância ambiental, vamos ter o retorno da pólio. O que é uma tragédia anunciada”, afirmou.

Luiza Helena lembrou que sempre se diz que as vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. “Hoje ninguém mais viu um caso de pólio. Não se tem essa noção de risco enorme, mas ele existe. E não tem milagre, nem segredo. Tem que vacinar.”

A pesquisadora citou um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que aponta o Brasil como segundo país das Américas com maior risco de volta da poliomielite, atrás apenas do Haiti.

Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou a vigilância nas fronteiras. Há 30 anos, o continente estava livre de registros da doença.

Cobertura vacinal
Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus.

No simpósio de hoje, foram discutidos os motivos da chamada hesitação vacinal. José Cassio de Morais, assessor temporário da Organização Pan-Americana da Saúde, disse que a cobertura depende principalmente da confiança nas vacinas distribuídas pelo governo, de como administrar o medo da reação vacinal, da dificuldade de acesso aos postos, do nível de renda familiar e da escolaridade da população. Para melhorar o quadro atual, Morais defendeu mais investimento mais em campanhas e na informação de qualidade.

“É importante lembrar que a vacinação, além de uma proteção individual, é uma proteção coletiva. Vimos isso na questão da covid-19, em que muitas pessoas não quiseram se vacinar. E precisamos atentar para a questão da comunicação social. Temos uma avalanche de fake news a respeito das vacinas e que trazem muito dano para a população. Mas não temos quase notícias positivas a respeito da vacina. Tem tido muito pouca divulgação da campanha de vacinação contra influenza, por exemplo. Temos que melhorar isso, divulgar melhor os fatos positivos em relação à vacina”, afirmou o assessor da Opas.
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DIÁRIO DO ESTADO
Adolescente morre após tomar alta dose de remédio em desafio do TikTok
Menino participava de um viral da rede que influenciava jovens a tomar mais de 14 pírulas de um remédio antialérgicos
Um adolescente norte-americano de 13 anos morreu após tomar mais de 14 comprimidos de antialérgico, em Ohio, nos Estados Unidos (EUA). O menino estava participando de um desafio viral no TikTok chamado “Desafio Benadryl”, que incentiva pessoas a ingerirem o máximo possível de comprimidos.
O jovem Jacob Stevens estava acompanhado dos amigos no momento em que tomou os remédios. Logo em seguida, o corpo dele começou a contrair e o grupo filmou todo processo, que faz parte do desafio. O menino foi levado ao hospital, onde ficou internado por seis dias até os médicos declararem morte cerebral. A família optou por desligar os aparelhos que o mantinham em vida.
“Foi demais para o corpo dele. Sem varredura cerebral. Não havia nada lá. Ele disse que poderíamos mantê-lo no ventilador, poderíamos, você sabe. Ele poderia ficar deitado assim, mas nunca abriria os olhos. Ele nunca vai respirar sozinho, fazer qualquer coisa assim”, disse o pai, Justin Stevens.
Desafio Benadryl
O desafio viral do TikTok incentiva os internautas a ingerirem grandes quantidades do remédio Benadryl, nome comercial de medicamentos antialérgicos, para causar alucinações. Vídeos semelhantes circulam nas redes sociais desde 2020, que também causou a morte de uma adolescente de 15 anos de idade.
No funeral do adolescente, o pai tentou alertar os amigos do filho e conscientizá-los. “Eu apenas tentei dizer a eles para cuidarem uns dos outros e não convencerem seus amigos a fazer coisas assim”.
Agora, a família de Jacob luta por mudanças na legislação, para que medicamentos com venda, como do antialérgico, tenham restrições de idade na compra.
Com a repercussão dos casos, atualmente, o TikTok bloqueia as buscas pelo desafio com um alerta: “Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar”.
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Hecad divulga cartilha com cuidados para evitar doenças respiratórias em crianças
Orientações são fundamentais para os meses de outono e inverno, quando aumenta a circulação de vírus que causam Síndromes Respiratórias
Nesta terça-feira,02, Dia Mundial de Combate à Asma, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), unidade do Governo de Goiás, disponibiliza aos pais uma cartilha virtual com orientações para evitar doenças respiratórias em crianças e cuidados importantes com os pequenos acometidos pelas síndromes respiratórias mais comuns.
O documento, que pode ser acessado via QR Code e no link https://acesse.one/6vseb, traz ainda informações sobre quando procurar ajuda médica e diferenciações entre os tipos de doenças. Segundo a diretora-geral do Hecad, Mônica Costa, “a circulação de vírus que causam síndromes respiratórias é acentuada nos meses de outono e inverno e atualmente 66,9% das internações na UTI do hospital são de crianças com doenças respiratórias”, afirma a médica.
“Nosso intuito é alertar os pais com medidas simples para reduzir a propagação de vírus e o desenvolvimento de casos mais graves, além de ajudar os pais a trazer alívio para as crianças”, disse a diretora do Hecad.
O Dia Mundial de Combate à Asma foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma forma de conscientização da população sobre a doença e prevenir o agravamento dos sintomas.
Além dos cuidados para evitar doenças respiratórias, a vacinação contra a Influenza e Covid-19 também está disponível para crianças menores de 6 anos. A medida é fundamental para evitar casos graves das doenças neste período.
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MEDICINA S/A
5 tendências na Saúde do Trabalho: a jornada completa do cuidado de colaboradores
Desde o início da pandemia do Coronavírus em 2020, empresas tiveram que se adaptar e criar novos modelos de negócios, com auxílio de novas tecnologias, para manterem suas portas abertas. Embora a pandemia ainda não tenha acabado, é possível se esperar o melhor com o avanço das vacinações contra a Covid-19 e também a queda no número de infecções e mortes. Assim, um novo cenário começa a ser construído.
Neste ano, inovação continua sendo um grande foco, mas também a necessidade de aprimorar e investir em Saúde Ocupacional e Assistencial, de forma preventiva aos colaboradores e funcionários. É o que pensam os CEOs das startups 3778, HIHUB e dos hospitais A.C Camargo e HCor, que separaram as cinco tendências de Saúde do Trabalho.
1. Saúde Populacional 4.0
Para 2023, o papel do RH terá uma atuação mais proativa na gestão de colaboradores. Segundo Victor Piana Andrade, Médico e CEO do A.C. Camargo, as empresas “precisarão trazer o tema saúde para a agenda estratégica e não apenas a sinistralidade. Os responsáveis pela saúde nas empresas precisam se capacitar a gerir mais saúde, mais prevenção, mais coordenação de jornada, ligando estes dados à produtividade da empresa, para ganhar acesso a fóruns no C-level”.
Os CEOs também acreditam que será preciso navegar o colaborador por uma jornada completa de cuidado, começando desde a sua admissão, no seu primeiro contato com os serviços básicos de saúde ocupacional, até o fim da sua jornada na empresa. Para Guilherme Salgado, Médico e CEO da 3778, é preciso “cada vez mais levantar as necessidades de saúde dos colaboradores, utilizando dados e tecnologia, e direcionar de forma mais assertiva o paciente para um acompanhamento especializado, reduzindo gastos e burocracia”.
2. Saúde mais híbrida e digital
Apesar da rápida digitalização que passamos por conta da pandemia, o uso da saúde digital vem caindo nos últimos meses em função da pós-pandemia e da diminuição dos impactos gerados pela doença. Assim, 2023 será um ano de grandes avanços nesta integração, a fim de encontrar o ponto de equilíbrio.
Um dos grandes desafios para as empresas é entender qual o melhor cenário para o ecossistema de saúde do seu profissional. Será preciso “fazer com que os ambulatórios corporativos atuem além das barreiras físicas da empresa, conectando os colaboradores pelo celular, estendendo os serviços para seus familiares, gerando economia, reduzindo absenteísmo e afastamento dos colaboradores, com o menor impacto possível para empresa e operadoras de saúde”, comenta Salgado.
“Em termos de área da saúde, a gente começa a ver muito investimento em saúde mental, oncologia, cardiologia, diabetes, ou seja, muitos investimentos voltados para as terapias digitais em saúde. Essas soluções digitais atuam como coadjuvantes em tratamentos convencionais ou como, de fato em alguns casos, a própria terapia digital sendo um pivô para fazer gestão da saúde, em todos os mercados”, completa Fernando Cembranelli, Médico e CEO da Health Innova HUB – HIHUB.
3. Integração de Dados
Uma das maiores otimizações médicas que a tecnologia tem investido é a Integração de Dados dos pacientes e colaboradores com empresas e instituições de saúde. Esse investimento deve crescer ainda mais nos próximos meses. “As empresas vão ter que ampliar esses programas de forma mais assertiva e competente, em maior escala e definitivamente integrando as informações de saúde de todas as plataformas e prestadores por onde transitam as informações de cada colaborador. Assim, estas ações permitirão a predição de eventos mais graves de saúde e motivaram as ações de promoção e prevenção”, defende Fernando Torelly, Superintendente Corporativo do Hcor.
Com vários sistemas e organizações trabalhando os dados, até com auxílio de Inteligência Artificial, os atendimentos físicos, de saúde ou das empresas em geral, é possível mapear e acompanhar os processos clínicos do paciente.
4. Saúde Mental
A identificação prévia e uma gestão eficiente de doenças psicológicas devem estar entre os principais indicadores estratégicos das empresas em 2023. Para Andrade, CEO da A.C. Camargo, “é preciso entender o indivíduo e seu contexto social – não só o período em que o colaborador está na empresa. A produtividade do profissional depende também do ambiente em que ele está inserido. Assim, precisamos ajudá-lo a se enxergar nesse cenário e oferecer trilhas de cuidados para melhorar sua condição”.
“É como um risco adicional que as empresas têm que tomar cuidado”, comenta Cembranelli, CEO da HIHUB. Para ele, a saúde mental do colaborador está totalmente integrada com a Medicina do Trabalho e ações que promovam a gestão de saúde do colaborador e que possam, de alguma forma, afetar sua rotina e produtividade. Cembranelli também reforça o momento, ainda que híbrido, exige uma adoção do RH e de gestores responsáveis por uma saúde populacional eficaz e digital.
5. Sustentabilidade é Saúde
“Vimos surgir várias iniciativas digitais nos últimos anos, principalmente por conta da pandemia e dos avanços tecnológicos, mas poucas têm a visão de sustentabilidade. São poucas as empresas da área da saúde que estão se colocando neste cenário”, comenta Salgado, CEO da 3778. Para ele, o mercado de saúde não tem dinheiro para ser desperdiçado e, por isso, mostra-se ainda mais necessário que empresas olhem cada vez mais para a eficiência sustentável de suas operações.
“Gerar impacto, não é só juntar o físico com o digital, mas é preciso também integrar os serviços de saúde, transformando em benefício social para as empresas, colaboradores e a sociedade como um todo”, finaliza.
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DIÁRIO DE CUIABÁ
Saúde rescinde contrato com organização goiana que abriria 30 leitos em Sinop

Vencedora da licitação que previu a abertura de 30 leitos pediátricos no Hospital Regional de Sinop (503 km ao norte de Cuiabá), a Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI) não apresentou a documentação exigida em contrato para disponibilização dos leitos.

Diante do descumprimento, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) solicitou a rescisão do contrato e já trabalha em um novo processo licitatório para atender a demanda por leitos pediátricos na região.

O prazo para a entrega dos documentos chegou a ser estendido após orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), conforme a Ses-MT. Ainda assim, a prestadora não conseguiu honrar o compromisso estabelecido em contrato.

"Estendemos os prazos para que a empresa apresentasse a documentação necessária, porém não tivemos o retorno esperado e não podemos simplesmente ignorar as normas contratuais. Já estamos trabalhando em uma nova licitação para que, em breve, tenhamos esses 30 leitos funcionando dentro das condições ideais no Hospital Regional de Sinop", disse o secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo.

Dentre as muitas irregularidades constatadas na apresentação dos documentos por parte da OGTI, está a ausência de escalas setorizadas para a unidade de terapia intensiva, a unidade de cuidados intensivos e a enfermaria, além da ausência das escalas por especialidades e de responsáveis técnicos.

Também não foi apresentada Declaração de Escala Mensal de Trabalho e a documentação comprobatória do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

"Seria uma irresponsabilidade enorme permitir que essa empresa colocasse os leitos em funcionamento sem a regularização de pontos essenciais para o funcionamento de uma UTI. Iremos licitar novamente o serviço para que seja possível a oferta de um atendimento de excelência, como a população merece", disse.
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Assessoria de Comunicação

Terça, 02 Maio 2023 08:03

CLIPPING AHPACEG 29/04 A 02/05/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Por que cursos de Medicina são 'galinha dos ovos de ouro' das faculdades e causam guerra na Justiça?

Conselho Federal de Medicina proibe uso do ‘chip da beleza’: especialista aponto malefícios na proibição

Câncer de esôfago: Tumor silencioso tem sua incidência aumentada na população diante do uso excessivo do álcool e tabaco

Hospital do Governo de Goiás é referência em cuidados prolongados

Estudo mapeia contágio hospitalar nas primeiras mortes de Covid-19 em BH

Fake news das vacinas: pesquisa analisa nova onda de desinformação sobre imunizantes nas redes sociais

Salário mínimo de R$ 1.320 entra em vigor nesta segunda-feira, 1º

O ESTADÃO

Por que cursos de Medicina são 'galinha dos ovos de ouro' das faculdades e causam guerra na Justiça?


Com a expansão de vagas de Medicina nos últimos anos, graduações para formar novos médicos viraram a "galinha dos ovos de ouro" das faculdades e causam racha no setor. Diante de centenas de pedidos de abertura de cursos por liminar, associações do ensino superior privado protagonizam briga no Judiciário por defenderem critérios distintos para liberar mais escolas médicas.

Paralelamente, grandes e pequenos grupos empresariais investem cada vez mais na educação médica de olho no mercado bilionário e que se destaca pelo elevado retorno e baixa evasão. Já especialistas e entidades médicas veem risco de a rapidez na criação de novos cursos resultar na formação precária, com oferta de vagas em locais sem estrutura mínima ou avaliação correta das condições de ensino.

O estudo Demografia Médica, conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e Associação Médica Brasileira (AMB), estima que uma única vaga em Medicina represente ativo de R$ 2 milhões para a instituição.

E a receita potencial das graduações privadas no País é de R$ 20,9 bilhões em 2022, considerando a ocupação de todas as vagas ao longo dos seis anos do curso. Isso representa incremento de quatro vezes na cifra de 20 anos atrás (R$ 5 bilhões), em valores atualizados.

As vagas dobraram em dez anos: de 20.570 em 2013 para 41.805 no ano passado, segundo o estudo da USP feito com base em dados do Ministério da Educação (MEC). Aproximadamente 90% das vagas da última década foram abertas no setor privado, com incentivo primeiro da Lei do Mais Médicos, de 2013, e depois por uma chuva de liminares, que permitiu abrir escolas mesmo durante a moratória do governo federal que proibiu novos cursos por cinco anos - e que terminou no último dia 5 de abril.

As instituições autoras dos pedidos judiciais alegam que tanto a lei do Mais Médicos, ao condicionar a abertura de cursos a critérios e localidades definidos pelo MEC, quanto a moratória ferem o princípio da liberdade econômica.

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Graças às ações judiciais, 6 mil vagas foram abertas nos cinco anos de veto e, segundo o MEC, há pelo menos 225 pedidos tramitando na Justiça para abrir cursos, o que representaria mais 20 mil vagas.

"O fato de Medicina ter a mensalidade mais cara entre as graduações e de ser um dos cursos com menor evasão a transformou na galinha dos ovos de ouro das instituições de ensino. Há intenso movimento de aquisições de faculdades pequenas por grandes grupos educacionais", diz Mario Scheffer, professor da USP e coordenador do estudo Demografia Médica.

O valor médio da mensalidade em Medicina é de R$ 9 mil, segundo levantamento feito pelos pesquisadores. Já a evasão é menor que 7%, enquanto chega a 30% nas demais graduações, segundo dados do Semesp, entidade que representa instituições particulares.

Grupos apostam em aquisições e criam unidades de negócio exclusivas

Líder em número de cursos de Medicina no Brasil, a Afya administra 3.163 vagas, em 30 escolas, distribuídas em 14 Estados. Fundada no Tocantins no fim da década de 1990, com o nome NRE, a empresa cresceu principalmente por meio de aquisições de faculdades menores, sobretudo no interior.

Em 2019, abriu capital na bolsa de valores Nasdaq (EUA), e, nos três últimos anos, investiu mais de R$ 3 bilhões na compra de dez faculdades de Medicina - e tem meta de abrir 200 novas vagas por ano até 2028.

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"A expansão foi feita via aquisição, mas uma aquisição de centros universitários que tinham histórico de qualidade. Hoje, estrutura física, metodologia e matriz curricular seguem o mesmo padrão em todos os nossos cursos, independentemente se está no interior do Amazonas ou no Rio", diz Flávio Carvalho, vice-presidente de operações da Afya, ao ser questionado se a rápida expansão poderia prejudicar a qualidade. No ano passado, a companhia registrou R$ 535 milhões de lucro líquido, alta de 21% ante 2021. A receita dos cursos de Medicina rerpresenta 70% do faturamento do grupo.

O grupo Yduqs, dono de redes como Estácio e Ibmec, quadruplicou o número de cursos de Medicina sob sua gestão nos últimos dez anos, apostando em aquisições, como a dos grupos Adtalem e Athenas, e na abertura de vagas por meio dos chamamentos públicos do Mais Médicos, pelos quais o MEC define os municípios que podem ter novos cursos.

Desde 2014, a Yduqs passou de 4 para 17 cursos, totalizando hoje 1.586 vagas e pouco mais de 8 mil alunos na área. Embora esses sejam só 1% do total de estudantes de graduação do grupo, a receita com cursos médicos já é 20% do faturamento, segundo dados de 2022.

O grupo criou, em 2021, o Idomed, vertical focada em educação médica. "Nossa primeira escola de Medicina foi aberta há 26 anos, mas esse campo cresce em relevância ano a ano no grupo, com a criação de um ecossistema de educação médica, não só com graduação, mas com pós, residência, educação continuada", diz Silvio Pessanha Neto, vice-presidente da Yduqs e CEO do Idomed. A receita líquida da vertical de ensino médico cresceu 34% entre 2021 e o ano passado, ante 4% de alta na receita total do grupo.

A Ânima Educação é outra gigante educacional que criou uma unidade de negócio para focar em educação médica. Em 2021, levantou R$ 1 bilhão com o fundo DNA Capital (ligado à família Bueno, da Dasa) e, em março de 2022, efetivou a criação da Inspirali, reunindo as vagas de Medicina sob sua gestão. O último relatório de resultados informa 10 mil alunos nos seis anos de graduação dos cursos.

No processo de expansão, a Ânima comprou os ativos de duas instituições com cursos na área: o grupo Laureate, em 2021, e o Centro Universitário Ages (UniAges), em 2019. A receita líquida da Inspirali aumentou 56% no ano passado em comparação com 2021. Nas demais graduações oferecidas pelo grupo, a alta foi de 22%.

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O grupo Cogna também estabeleceu em 2021 sua vertical para cursos de Medicina, a KrotonMed, que tem sete escolas médicas com 580 vagas. O grupo Ser Educacional é outro que apostou em aquisições, especialmente no Norte e Nordeste, para ampliar vagas, chegando a 653.

Divergência sobre critérios para abrir cursos opõem entidades nos tribunais

O setor vive um racha, com disputa que foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). A lei dos Mais Médicos impõe restrições à abertura de vagas, mas tem apoio da Associação Nacional de Universidades Particulares (Anup), que em junho moveu Ação Direta de Constitucionalidade no Supremo defendendo que a criação de cursos esteja, sim, condicionada aos chamamentos públicos do MEC. As instituições que questionam a regra estão obtendo decisões favoráveis na primeira instância, com juízes liberando a abertura de cursos sem os mesmos critérios dos editais do Mais Médicos.

A ação judicial é necessária para pôr fim ao "mercado de liminares", diz a presidente da entidade, Elizabeth Guedes. "O curso de Medicina, por usar a estrutura do SUS para formação, deve obedecer a uma política pública de distribuição de vagas que beneficie a população desassistida, por isso veio a lei do Mais Médicos. Com as liminares, são abertos cursos em qualquer localidade, mesmo sem necessidade de mais vagas ou estrutura adequada."

Para ela, a autorização pela via judicial tira o poder de regulação do MEC e cria distorção. "São dois regimes de concessão de cursos. Um que tem uma política que atrela a abertura de cursos à expansão do SUS, e outro que é só uma atividade econômica", diz.

Embora apoiada no pleito por grandes grupos educacionais associados, como Afya e Yduqs, a Anup sofre oposição de entidades do mesmo setor, como a Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades (Abrafi), a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) e o Colégio de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), que ingressou no Supremo com ação pedindo justamente o contrário. Ou seja, querem que seja declarado inválido o artigo da lei do Mais Médicos que condiciona as novas vagas aos chamamentos do MEC.

Em nota, o Crub diz que o dispositivo da lei "favorece grandes grupos econômicos educacionais em prejuízo de associações, fundações e empresas educacionais de médio e pequeno porte". Para a entidade, esses grupos apoiam a lei para "evitar que outras entidades possam disputar mercado".

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Para Celso Niskier, diretor-presidente da Abmes, as duas modalidades devem existir, tanto as vagas no interior fomentadas pelo Mais Médicos quanto "os projetos de excelência" nos grandes centros. "Consideramos que a fixação dos profissionais em locais com escassez de médicos não se dá apenas com a criação de escolas de Medicina, mas também pela oferta de condições de trabalho e de estímulos para manutenção deles nessas localidades. Independente do meio de autorização usado pelo MEC, os critérios de avaliação devem ser os mesmos para preservar a qualidade de ensino."

Presidente da Ser Educacional, grupo que apoia a posição do Crub, Abmes e Abrafi, Jânyo Diniz também defende a coexistência dos dois modelos.

Os que defendem a abertura só por meio do Mais Médicos afirmam que as regras previstas nos chamamentos são importantes, pois exigem que a instituição de ensino garanta estrutura adequada para a formação de qualidade.

"Nessas liminares, as instituições pedem que a abertura de cursos seja analisada pela portaria 20 do MEC, que regula todos os cursos de graduação, que não têm a mesma necessidade de campo de prática que a Medicina. Isso não faz sentido", diz Pessanha Neto, da Yduqs. Ele afirma que há casos de liminares em que o juiz autorizou curso de Medicina sem realização de vistoria prévia do MEC no local.

Segundo Elizabeth, da Anup, a chuva de liminares criou um mercado paralelo, em que consultores ou pequenas instituições ingressam na Justiça para obter autorização e, antes mesmo de abrir o vestibular, vendem essa autorização para grupos educacionais. "São especuladores, atravessadores. Isso desorganiza a oferta e desequilibra o mercado", diz. As ações da Anup e do Crub estão sob apreciação do ministro Gilmar Mendes, mas ainda não há data prevista para julgamento.

Questionado pelo Estadão sobre os pedidos de liminares, o Ministério da Educação afirmou que os processos judiciais "continuam tramitando no MEC segundo as exigências do padrão regulatório e em observância à lei do Mais Médicos".

Portaria do MEC do início de abril indica que será mantida a regra de abertura de cursos por chamamentos públicos conforme a lei do Mais Médicos, privilegiando municípios com escassez de profissionais e que tenham estrutura adequada para receber a graduação. Os critérios para os chamamentos, diz o MEC, estão sendo discutidos por comissão interministerial e devem ser divulgados até agosto.

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O HOJE

Conselho Federal de Medicina proibe uso do ‘chip da beleza’: especialista aponto malefícios na proibição

Chip da beleza acabou sendo proibido após o uso exacerbado por parte dos atletas e adeptos de musculação

O ‘Chip da beleza’ passou a ser muito utilizado por mulheres em razão de seus benefícios. Ao oferecer rapidamente ganho de massa muscular,  diminuição de celulite, aumento da disposição e da libido, muitos atletas e adeptos de musculação, começaram a utilizar o medicamento de forma exacerbada. Para conter o consumo indevido, o Conselho Federal de Medicina (CRF) proibiu o consumo popular e estabeleceu a utilização legal apenas para o tratamento de doenças, disfunções hormonais ou processos de transição de gênero.

As motivações para o CRM fazer a proibição do “chip da beleza” envolvem o seu uso indiscriminado, a falta de esclarecimentos sobre seus efeitos colaterais, a propaganda antiética, a falta de  protocolos consistentes comprovando doses de segurança, segundo a resolução publicada em neste terça-feira 11 de abril. 

Mesmo com a proibição, a cirurgiã plástica Renata Magalhães acredita que, apesar da autorização legal, o medicamento possivelmente continuará sendo utilizado. “Como cirurgiã plástica, recebo em meu consultório muitas mulheres que usam terapias hormonais. Quando questiono os motivos e os efeitos, a maioria diz que o uso dos hormônios melhorou sua vida. Por isso, acredito que elas não abrirão mão deles e, mesmo que os médicos não prescrevam, outros profissionais o farão”, diz.

Segundo a especialista, o problema é mais que estético, e pode se tornar um problema emocional.  “Eu acredito que exista a necessidade de uma discussão mais ampla sobre o tema, com diretrizes para que os médicos possam trabalhar de forma a fazer o melhor para os seus pacientes. Com a população já acostumada aos benefícios, a simples proibição somente irá fomentar o mercado negro. Pessoas que poderiam se beneficiar destes tratamentos, desde que feitos a devida segurança e informações ao paciente, deixarão de ser atendidas pelos profissionais éticos e qualificados e certamente irão procurar quem prescreva de forma irregular.”

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Câncer de esôfago: Tumor silencioso tem sua incidência aumentada na população diante do uso excessivo do álcool e tabaco

Médico Manoel Antônio explica que existem dois subtipos da doença: Carcinoma Epidermoide escamoso e o Adenocarcinoma

Órgão que faz parte do sistema digestório e conecta a cavidade oral ao estômago, o esôfago tem papel fundamental na condução dos líquidos e alimentos para o organismo. O cuidado com a saúde desta parte do corpo está diretamente ligado a manutenção de hábitos de vida saudáveis, essenciais também à prevenção do câncer de esôfago. De alta incidência nos homens, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 10 mil casos da doença no Brasil, destes, 8.200 em homens.  

Nunca se falou tanto em saúde e nas formas de cuidado com o corpo e com a mente. Com o aumento da incidência de cânceres pelo mundo, a pauta tem ganhado destaque. O cirurgião oncológico Manoel Antônio Ramos, explica que existem dois subtipos da doença no esôfago comuns: Carcinoma Epidermoide escamoso e o Adenocarcinoma. Enquanto o primeiro incide no terço superior e médio do esôfago e está diretamente ligado ao tabagismo, o segundo ocorre no terço inferior, na transição com o estômago e está relacionado ao refluxo e a obesidade. 

O médico observa que o cigarro convencional tem ligação direta com o subtipo Carcinoma Epidermoide, responsável por 90% dos casos e alerta para novas substâncias no mercado que futuramente podem se tornar fatores de risco, principalmente para a população jovem. “Apesar de ainda não termos estudos relacionados ao uso do cigarro eletrônico com o surgimento do câncer de esôfago, pelos dispositivos terem se popularizado recentemente, a sua utilização deve ser evitada, principalmente em função dos tipos de substâncias presentes neles”.

Manoel Antônio faz alguns alertas, o primeiro sobre os sinais que se apresenta na alimentação. Nas fases iniciais o câncer de esôfago é silencioso, os sintomas vão ocorrer conforme a progressão da doença. Em fase avançada, o principal sintoma é a dificuldade em engolir, causando a sensação de ‘entalamento’. O cirurgião oncológico explica que o paciente começa a utilizar líquidos para auxiliar na condução da comida na hora da alimentação, e com a mudança na alimentação, ocorre a desnutrição em função da perda de peso.

“O paciente passa a se alimentar com comidas mais líquidas e pastosas e muitas vezes sem perceber, muda seu hábito alimentar. É comum chegar nos consultórios pessoas com o esôfago quase fechado em função do tumor e com perda entre 20% e 25% do peso corporal. Nesses casos, para que ele possa se alimentar, durante o tratamento, é necessário fazer a passagem da sonda diretamente no jejuno, localizado no intestino delgado, já que a via oral está obstruída”, explica o profissional. 

Em diagnósticos precoces, no estágio I da doença, o tratamento indicado é a ressecção endoscópica da mucosa ou a esofagectomia, cirurgia para remoção da área da lesão, a depender da localização do tumor. Para que o paciente possa continuar se alimentando, o esôfago pode ser reconstruído com tecidos de outros órgãos, como o do próprio estômago. Já para casos avançados, o tratamento pode incluir modalidades combinadas, como a quimioterapia e a radioterapia. 

Há casos em que é necessário diminuir o tamanho da lesão, antes de intervir cirurgicamente, geralmente, pacientes em estágios II e III da doença.  “Para este tipo de tumor é essencial o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Além do oncologista clínico, o cirurgião oncológico, o nutricionista e o rádio-oncologista são alguns dos profissionais que auxiliarão no tratamento. O objetivo em comum é o mesmo, que o tratamento seja bem-sucedido, amenizando os efeitos colaterais e garantindo a qualidade de vida do paciente”.  

O profissional ainda lembra que a irritação crônica do esôfago também pode contribuir para o surgimento de tumores. O cuidado para este fator de risco está diretamente ligado a identificação e acompanhamento de doenças digestivas, como o refluxo gastroesofágico e o esôfago de Barret.  “Seguir uma dieta balanceada, rica em fibras, manter o peso, evitar o cigarro e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, também estão no rol de hábitos de vida saudável e de prevenção ao câncer de esôfago”, finaliza o cirurgião oncológico Manoel Antônio Ramos.

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A REDAÇÃO

Hospital do Governo de Goiás é referência em cuidados prolongados

O Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS), unidade do Governo de Goiás, é uma instituição que presta atendimento ambulatorial e hospitalar de média complexidade com objetivo de prestar assistência gratuita aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo referência em cuidados prolongados e no tratamento de feridas crônicas para a região Metropolitana de Goiânia e todo o estado.

Rumo à expansão, a unidade, além de excelência no atendimento ao idoso, tornou-se também referência em cuidados paliativos com a implantação da Unidade de Cuidados Prolongados. Composta por 15 leitos individuais e equipe especializada, os pacientes internados contam com o cuidado individualizado e humanizado 24 horas por dia. Além disso, possui mais de 40 mil metros quadrados de área verde, um diferencial em prol da recuperação de seus pacientes.

A Unidade de Cuidados Prolongados é voltada para pacientes estáveis, cujas patologias sejam crônicas e/ou em cuidados paliativos que necessitem de atendimento hospitalar ou pacientes que precisem de cuidados de transição para a desospitalização segura para retorno às suas respectivas residências.

Outro serviço de destaque na unidade é o Ambulatório de Feridas Crônicas. O HDS é o único do Estado de Goiás que oferece atendimento especializado pelo SUS no tratamento desse tipo de lesão. Com uma equipe altamente capacitada, em funcionamento todos os dias, inclusive feriados, o serviço atende diariamente, em média, 48 pacientes, das 7h às 19h.

A unidade teve sua fundação em 1943, sendo denominado, na época, Leprosário Colônia Santa Marta. Em consequência da nova política de atenção às pessoas com hanseníase, e de diretrizes nacionais de desospitalização para estes pacientes, em 1983 foi transformado em Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS Santa Marta).

A unidade conta com equipe multiprofissional nas áreas de nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, farmacêutica (farmácia clínica), psicologia, terapia ocupacional, assistência social e arteterapia.

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MEDICINA S/A

Estudo mapeia contágio hospitalar nas primeiras mortes de Covid-19 em BH

Um estudo desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) analisou as primeiras 100 mortes ocorridas em decorrência da Covid-19 na região metropolitana de Belo Horizonte. Chamou a atenção dos pesquisadores que quase um quarto delas pode estar associado a uma transmissão intra-hospitalar do coronavírus causador da doença. Foram examinados os prontuários de 19 hospitais das redes pública e particular. É o primeiro estudo regional detalhado no Brasil das mortes iniciais da pandemia de Covid-19.

A transmissão intra-hospitalar ocorre quando o paciente entra no hospital para tratar de outra condição de saúde e é infectado durante a internação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define alguns critérios para o enquadramento desse tipo de contágio.

É o caso da pessoa que dá entrada no hospital sem uma infecção por Covid-19 e, depois de sete dias, manifesta sintomas, com um elo epidemiológico de transmissão. Ela pode ter ficado ao lado de uma pessoa que tinha Covid-19. Se não houver esse elo de transmissão certo, deve-se considerar o intervalo de 14 dias. Se ela começa com sintomas de Covid-19 depois de 14 dias internada, então é considerada infecção hospitalar, explica a infectologista Karina Napoles, que coordenou a pesquisa e reuniu os resultados em sua dissertação de mestrado defendida no ano passado.

Além de 14 casos que se enquadraram nos critérios da Anvisa, a pesquisa listou como possível infecção hospitalar as demais ocorrências em que o paciente deu entrada no hospital com outro diagnóstico e apresentou sintomas de Covid-19 pelo menos dois dias depois. Como o período de incubação do coronavírus varia de 1 a 14 dias, a pessoa pode pegar e manifestar sintomas dali a dois dias, justifica Karina. As primeiras 100 mortes em Belo Horizonte ocorreram entre 30 de março e 19 de junho de 2020. Segundo o mapeamento, houve ao todo 24 casos em que o contágio pode ter ocorrido em ambiente hospitalar.

Os resultados do estudo foram recentemente encaminhados em artigo para a Revista Médica de Minas Gerais e os pesquisadores acreditam que eles podem contribuir para melhores práticas na gestão da saúde. De acordo com Karina, a transmissão hospitalar foi pouco detectada no início da pandemia.

Achava-se que a Covid-19 ia chegar com os sintomas bem manifestados. Eu observei que em um determinado hospital que registrou diversos casos de transmissão, por exemplo, houve a tomografia de um paciente idoso que demorou a ser checada. Os médicos trocam de turno, fazem plantões de rodízio. E nisso demorou a análise e o diagnóstico de Covid-19. Não é que houve uma negligência, mas se pensava pouco na possibilidade de ser Covid-19 naquele início de pandemia. O idoso tinha poucos sintomas específicos de Covid-19 e nós ainda não estávamos habituados a esses casos.

Segundo ela, com o alto risco de transmissão hospitalar, a análise da tomografia precisaria ter ocorrido de forma mais célere. A pesquisadora também considera que pacientes que tinham diagnóstico confirmado de Covid-19 não deveriam ter dividido o mesmo espaço com aqueles que tinham apenas suspeita. A separação dos leitos seria uma medida sanitária fundamental.

Não pode misturar nem os suspeitos, porque um suspeito pode ser positivo e o outro ser negativo. E aí acaba transmitindo. Sabemos que, muitas vezes, o hospital não tem estrutura, não tem condição. Mas o principal desafio, a meu ver, é esse: garantir a divisão de leitos.

A pesquisa também traçou o perfil das vítimas. Foram 47 homens e 53 mulheres. No recorte por idade, 71 tinham mais de 60 anos. Além disso, 57 eram pardos ou pretos. Em média, as mortes ocorreram 15 dias depois do início dos sintomas. A análise também mostrou que a hipertensão estava presente em 47 pacientes e diabetes, em 32.

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ÉPOCA

Fake news das vacinas: pesquisa analisa nova onda de desinformação sobre imunizantes nas redes sociais


Divulgadas de forma generalizada durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, as fake news relacionadas às vacinas voltaram a ser produzidas e disseminadas nas redes no final de fevereiro deste ano. A nova onda de desinformação teve como alvo a versão bivalente do imunizante, que começou a ser distribuída pelo SUS em 27 de fevereiro deste ano, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sendo vacinado como parte do Movimento Nacional pela Vacinação. A data marcou o pico da ocorrência das postagens com informações falsas.

A circulação desse material foi monitorada por pesquisadores do Netlab - Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre os dias 26 de fevereiro e 21 de março, os estudiosos utilizaram tecnologias de extração de dados e combinaram machine learning com análise manual de especialistas para avaliar o conteúdo. Dessa maneira, conseguiram detectar as narrativas mais frequentes e o volume de publicação delas em cada plataforma. Os resultados foram publicados no relatório "A volta da desinformação sobre vacinas".



Carlos Eduardo Barros, um dos pesquisadores responsáveis, explica que a amostragem foi ponderada a partir de um recorte em que ainda não aparece o número total de publicações, que podem estar ocultas em alguns tipos de mídias sociais. "O conteúdo analisado inclui o máximo de publicações falsas coletáveis - já que muitas podem estar fora do radar devido à falta de transparência das plataformas -, e o mínimo de falsos positivos - aquelas publicações que falam sobre o tema de forma parecida com a abordagem falsa, mas podem ser, por exemplo, denúncias da mentira".

O Twitter foi o destaque no volume de mensagens compartilhadas. No período analisado, foram 323,2 mil tuítes com conteúdo conspiratório sobre as vacinas. Pouco mais de 50 mil destes foram publicados só no dia do lançamento da campanha de vacinação. O mesmo ocorreu com o Facebook, com 20,8 mil publicações identificadas, a maior parte delas também no dia 27 de fevereiro.

Já os aplicativos de mensagens apresentaram outro padrão de disseminação de fake news. Apesar do volume menor de mensagens - 6,7 mil via WhatsApp e 5,1 mil no Telegram -, os compartilhamentos se mantiveram constantes ao longo de todo o período observado. Segundo o relatório, os conteúdos que circularam no WhatsApp negavam a eficácia das vacinas com base em falsos estudos internacionais, além de afirmar que os imunizantes causariam infarto e mortalidade infantil. Já no Telegram, certificados de vacinação falsos e teorias sobre a vacina como plano de controle populacional davam o tom.

De acordo com os pesquisadores do Netlab, que é coordenado pela professora da Escola de Comunicação da UFRJ Rose Marie Santini, a existência de grupos privados nessas plataformas faz com que o conteúdo seja ainda mais nocivo. "Aplicativos de mensagens como esses são considerados espaços 'obscuros', justamente porque foram criados para conversas pessoais e privadas. Por inúmeros motivos, hoje são utilizados de muitas outras formas, inclusive como fontes de informações noticiosas - e frequentemente falsas".

Narrativas mais abordadas

A nova onda de fake news não apresentou narrativas novas relevantes, explicam os coordenadores do Netlab. As mensagens de maior repercussão estão ancoradas em teorias conspiratórias antigas. Entre elas estão: atribuir às vacinas contra a covid-19 a culpa pelas mortes de artistas; declarar uma suposta composição nociva dos imunizantes; afirmar que existe um acordo entre a imprensa e as big techs para esconder os efeitos colaterais. Os conteúdos ganham credibilidade popular à medida que contam também com um fator psicológico, que tende a sustentar as conspirações como verdade, dizem os cientistas.

"É duro admitir que fomos enganados, principalmente quando isso influenciou escolhas pessoais que geraram, no caso das vacinas, perdas irreversíveis para muitos brasileiros. A desinformação repetida se beneficia dessa dificuldade, ao mesmo tempo que leva pessoas a romperem vínculos sociais importantes e os preenche com comunidades extremistas", diz Rose Marie.

A vacinação pública do presidente Lula, em 27 de fevereiro, marcou o novo pico de disseminação de fake news sobre imunizantes - Foto: Ricardo Stuckert | Ministério da Saúde

As motivações para a disseminação desses conteúdos são diversas. No entanto, a dimensão política chama a atenção. A relação entre a vacinação de Lula e o pico de compartilhamento de mensagens falsas nas redes sociais é utilizada por grupos para engajar e dar visibilidade a muitas narrativas que foram amplamente politizadas nos anos anteriores, mas já haviam sido refutadas e perdido espaço no debate público. Tal metodologia tem dois efeitos que interessam a quem espalha a desinformação: fazer crer que fatos objetivos a respeito da vacina são uma questão de opinião política e afastar a população das fontes de credibilidade.

"Essa é uma estratégia clássica da desinformação sobre ciência, que se aproveita da dificuldade de compreensão em temas muito técnicos para promover argumentos sem base científica que interessam apenas a certos setores políticos ou econômicos", pontua o estudo.

Indústria da desinformação

As notícias falsas não são disseminadas de maneira aleatória. A chamada indústria da desinformação é lucrativa e envolve também nomes de influência no universo digital, que ajudam a espalhar com facilidade as postagens e a dar crédito ao conteúdo. Durante a CPI da Covid, iniciada em 2021, o Google forneceu uma lista de vídeos que foram retirados do YouTube por exibirem fake news relacionadas ao novo coronavírus. O conteúdo teria rendido aos perfis mais de R$ 230 mil. "A desinformação online se constituiu como um modelo de propaganda, envolvendo direta ou indiretamente diversos setores de mercado de comunicação, assim como muitas figuras públicas que buscam visibilidade para suas pautas", explicam os pesquisadores.



No Brasil, o tema está no centro do debate atual, com o projeto de lei 2630/20, conhecido como Lei das Fake News, que determina medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais. O documento, apresentado pelo deputado Alessandro Vieira (Cidadania), deve ser votado nesta terça-feira (2), em caráter de urgência. O grupo de cientistas da Netlab também tem apresentado as discussões sobre o tema nos veículos de comunicação.

"Avançar nessa pauta é urgente não só para o mercado, mas para a soberania do país. Defendemos que o ponto central do debate deve ser a transparência das plataformas. Sem que a sociedade brasileira tenha acesso a dados de qualidade sobre o que circula nessas redes, todos os outros objetivos do PL podem ficar comprometidos", defendem os pesquisadores da UFRJ.

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DIÁRIO DO ESTADO

Salário mínimo de R$ 1.320 entra em vigor nesta segunda-feira, 1º

Valor era previsto no Orçamento, mas gastos do INSS atrasaram reajuste

A partir desta segunda-feira (1º), o trabalhador que recebe salário mínimo tem o segundo reajuste do ano. A remuneração mensal passou de R$ 1.302 para R$ 1.320. A medida provisória com o aumento foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

O valor de R$ 1.320 originalmente estava previsto no Orçamento Geral da União de 2023. No entanto, foi adiado em quatro meses porque o salário mínimo neste valor não permitiria pagar os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante todo o ano.

O aumento para R$ 1.320 ficou em discussão porque os R$ 6,8 bilhões destinados pela Emenda Constitucional da Transição se mostraram insuficientes para bancar o aumento dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atrelados ao salário mínimo. Isso porque a forte concessão de aposentadorias e pensões no segundo semestre do ano passado criou impacto maior que o estimado para os gastos do INSS neste ano.

De acordo com o Ministério da Fazenda, além dos R$ 6,8 bilhões, o governo precisaria de R$ 7,7 bilhões para bancar o aumento do salário mínimo para R$ 1.320 ainda em janeiro. Inicialmente, a equipe econômica queria adiar o reajuste para 2024, mas o governo conseguiu encontrar recursos para o novo aumento do mínimo. O dinheiro veio do recadastramento do Bolsa Família, que eliminou 1,2 milhão de beneficiários em situação irregular apenas em abril.

“O relator [do Orçamento], depois que o projeto foi encaminhado ao governo federal, reforçou o orçamento do Ministério da Previdência em R$ 6,8 bilhões. Só que esse recurso foi consumido pelo andar da fila do INSS [redução da fila de pedidos]. A partir do início do processo eleitoral, a fila começou a andar”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em janeiro.

Segundo o ministro, a aceleração da inclusão de aposentadorias e pensões consumiu os R$ 6,8 bilhões. “Pedimos para a Previdência refazer os cálculos, para repassar na mesa de negociação que será aberta com os sindicatos. O presidente cumpre a palavra este mês e cumprirá a palavra este ano [sobre a valorização do salário mínimo acima da inflação]”, acrescentou o ministro na ocasião.

Projeto

Após os dois reajustes deste ano, um em janeiro e outro agora em maio, o governo busca discutir uma política de valorização permanente do salário mínimo a partir de 2024. Na última sexta-feira (28), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, informou que o governo em breve enviará um projeto de lei que retoma a fórmula que vigorou de 2012 até 2019.

Pela política anterior, o salário mínimo era corrigido pela inflação do ano anterior, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Caso o PIB encolha, haverá apenas a reposição pela inflação. O Ministério da Fazenda defendia outra fórmula, que incluiria a variação do PIB per capita e teria impacto menor no Orçamento, mas foi vencido.

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Assessoria de Comunicação