CLIPPING AHPACEG 15/06/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ginecologista é condenado a 277 anos de prisão por estuprar 21 mulheres em GO
As boas práticas da esterilização
Mais Médicos: Câmara aprova MP que prevê incentivo a profissionais
Saúde atualiza para 53 os casos de febre maculosa, com 8 mortes
Câmara dos Deputados, em Brasília, debate assistência oftalmológica no SUS
Pesquisa aponta que 92% dos celulares estão contaminados por fungos e bactérias
Unimed pede suspensão do pagamento do piso salarial; entenda
Cirurgias robóticas tornam procedimentos menos invasivos e ajudam na recuperação de pacientes em Passo Fundo
JORNAL NACIONAL
Ginecologista é condenado a 277 anos de prisão por estuprar 21 mulheres em GO
https://g1.globo.com/jornal-nacional/playlist/jornal-nacional-ultimos-videos.ghtml#video-11700787-id
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DIÁRIO DA MANHÃ
As boas práticas da esterilização
A Resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que trata das boas práticas para a esterilização de materiais usados em serviços de saúde, será debatida nesta sexta-feira, 16, das 8 às 11h30, no Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg). Com foco na segurança dos pacientes e trabalhadores, o evento será realizado na sede do Sindhoesg, no Centro, e vai reunir enfermeiros das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar de hospitais filiados ao Sindicato, presidido pelo médico Valney Luiz da Rocha.
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A REDAÇÃO
Mais Médicos: Câmara aprova MP que prevê incentivo a profissionais
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14/6) a Medida Provisória 1165/23, que muda o programa Mais Médicos e abre a possibilidade de prorrogação de contratos e pagamento de indenizações para incentivar a atuação de profissionais em áreas de difícil fixação. Agora a MP segue para votação no Senado.
O parecer da relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), prevê que o médico intercambista (que tem registro profissional somente no exterior) poderá participar do programa por quatro anos sem necessidade de revalidar o diploma. Antes, o período permitido era de três anos.
A regra poderá ser aplicada à recontratação de médicos que participaram do programa até dezembro de 2022, independentemente do período de atuação. Quem participou do Mais Médicos por mais de quatro anos só poderá ser recontratado com revalidação do diploma.
Sobre o Revalida, exame exigido para obtenção do registro para exercer a medicina no Brasil para os formados no exterior, passará a ter periodicidade de quatro em quatro meses, e não mais semestral.
Os deputados do governo e da oposição chegaram a um acordo para aprovação de um destaque do PL para retirada de trecho que permitiria, aos candidatos aprovados em avaliações periódicas referentes ao período de 48 meses de atuação, terem dispensa da prova prática de habilidades clínicas. Com isso, esses candidatos terão de continuar a passar pelo exame prático.
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Saúde atualiza para 53 os casos de febre maculosa, com 8 mortes
O Ministério da Saúde atualizou, nesta quarta-feira (14/6), para 53 o número de casos de febre maculosa confirmados este ano no país, com oito mortes registradas. Todos os óbitos ocorreram na Região Sudeste -- seis em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. Quanto ao número de casos, a maior concentração de ocorrências é verificada nas regiões Sudeste (30) e Sul (17).
Segundo a pasta, no geral, os casos aparecem de maneira esporádica. A transmissão da febre maculosa ocorre somente por meio do contato com o carrapato estrela infectado pela bactéria do gênero Rickettsia. Não há, portanto, transmissão de pessoa para pessoa. “O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos”, alerta o ministério.
De acordo com a pasta, assim que surgem os primeiros sintomas, o paciente deve procurar as unidades de saúde para avaliação médica e tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O ministério informa que tem promovido ações recorrentes de capacitação direcionadas às vigilâncias estaduais e municipais, envolvendo profissionais da vigilância e da atenção à saúde.
Em nota, a pasta informa que está sendo usado um medicamento antimicrobiano para tratar a febre maculosa e que todas as unidades federativas estão abastecidas com os remédios prioritários para o tratar a doença, incluindo São Paulo. A nota diz ainda que dispõe de estoque estratégico para envio de novas remessas aos estados que precisarem.
Campinas
Sobre o surto de febre maculosa em Campinas, interior de São Paulo, o ministério diz que mantém contato com o estado para acompanhamento das ações de vigilância e assistência. Segundo a pasta, o município é área endêmica, e o período sazonal para a doença vai de maio a setembro.
Para áreas consideradas de risco, o ministério recomenda o uso de roupas que cubram todo o corpo, priorizando calças, blusas ou camisetas com mangas compridas e sapatos fechados. Além disso, são indicadas roupas de cores claras para que os carrapatos sejam vistos com mais facilidade pelo corpo.
“Examine o corpo com frequência -- quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menores as chances de infecções. Caso um animal esteja infestado por carrapatos, procure orientação de um médico veterinário”, diz a nota.
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Câmara dos Deputados, em Brasília, debate assistência oftalmológica no SUS
Em todo o mundo, aproximadamente 3% da população possui deficiência visual moderada, grave ou cegueira. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ressaltam a necessidade de pensar em políticas públicas que forneçam a todas as pessoas um tratamento justo e adequado. O assunto é um dos temas que será tratado nesta quinta-feira (15/6) durante o VII Fórum Nacional de Saúde Ocular, que será realizado no Congresso Nacional, em Brasília.
O evento é promovido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pela Câmara dos Deputados, com apoio da Frente Parlamentar Mista da Saúde (FPMS), que tem o deputado goiano Zacharias Calil (União/Goiás) como presidente.
A estimativa do CBO é que doenças oculares severas atinjam cerca de 5 milhões de brasileiros, com destaque para o público idoso incluindo problemas irreversíveis de visão como o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). “O Fórum deve reunir mais de 100 profissionais entre médicos, parlamentares e gestores para discutir os avanços das políticas públicas de atenção à saúde ocular. O Congresso Nacional foi renovado e muitos parlamentares estão estreando na vida pública e possuem poucas informações sobre o impacto social e econômico do tema”, explica Zacharias.
O encontro tem como objetivo estimular o debate sobre o aperfeiçoamento da assistência oftalmológica no país junto aos deputados federais, senadores e gestores públicos e privados. “Decisões importantes sobre o acesso da população brasileira aos cuidados com a saúde ocular acontecem no Poder Legislativo. Por isso, é fundamental que deputados e senadores estejam a par das tendências em médio e longo prazo das causas de baixa visão e cegueira e das possíveis alternativas para ampliação do acesso da população ao atendimento oftalmológico”, completa o presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino.
Confira programação:
- 8h30 Abertura - Deputado Federal Dr. Zacarias Calil, Dr. Cristiano Caixeta Umbelino, Dr. Marcos Ávila
- 8h45 - Apresentações do Ministério da Saúde, CONASS e CONASEMS
- 9h15 - As condições de saúde ocular no Brasil - Dr. Frederico Valadares de Souza Pena
- 9h40 - Oftalmologia no Brasil: quantos somos e onde estamos - Dra. Wilma Lélis Barboza
- 10h05 - A assistência oftalmológica no SUS hoje - Dr. Marcos Ávila
- 10h30 - A proposta da Oftalmologia Brasileira - Dr. Cristiano Caixeta Umbelino
- 10h55 - Debate
- 12h - Encerramento
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JORNAL OPÇÃO
Pesquisa aponta que 92% dos celulares estão contaminados por fungos e bactérias
Um em cada seis aparelhos é por uma falta de higiene pessoal
Um recente estudo conduzido pela Universidade de Londres revelou que 92% dos celulares no Reino Unido estão contaminados por microrganismos, sendo que um em cada seis aparelhos apresenta contaminações associadas a uma falta de higiene pessoal.
No Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, há atualmente mais de 249 milhões de celulares em uso. Considerando todos os dispositivos digitais, como computadores, notebooks, smartphones e tablets, o país conta com um total de 464 milhões de aparelhos, o que equivale a uma média de 2,2 dispositivos por habitante.
Utilizamos esses dispositivos para nos comunicar, ouvir música, verificar e-mails, tirar fotos, entre outras atividades. Eles estão presentes em nossas mesas de reunião, na pia do banheiro enquanto tomamos banho, na mesa durante as refeições e, na maior parte do tempo, no nosso bolso.
Além de nós, os seres humanos, outra coisa que também se agarra facilmente aos dispositivos são os fungos, bactérias e vírus, que ajudamos a proliferar em cada superfície diferente em que os colocamos sem uma boa higiene.
Juntamente com maçanetas de portas, xícaras, moedas, botões de fogão e gavetas de geladeira, os aparelhos celulares estão entre os objetos com alto nível de contaminação e são responsáveis pela transmissão de diversos tipos de doenças.
“O celular é um veículo de transporte para os microrganismos, já que nossas mãos estão em contato constante com o ambiente e o aparelho. A manipulação em locais refeições ou até mesmo nos banheiros deveriam ser controladas, sempre realizando a higiene das mãos e do aparelho nesses ambientes, por exemplo antes de uma refeição ou utilização do sanitário”, explica Gabriela Castro, microbiologista da Richet Medicina & Diagnóstico.
Os especialistas também recomendam evitar emprestar seu dispositivo a outras pessoas e realizar uma higienização adequada da tela, da capa que envolve o celular e da parte traseira do aparelho.
Higienizar
As infecções relacionadas a dispositivos celulares ocorrem quando entramos em contato com superfícies que estão contaminadas, como pias de cozinha e banheiro, mesas de refeição e até mesmo bolsos de calças. Ao tocar essas superfícies, transferimos germes para nossos telefones, e quando levamos os dedos à boca, entramos em contato com a saliva e facilitamos a transmissão de patógenos.
Além disso, poeira e sujeira tendem a se acumular nas superfícies dos aparelhos, e a gordura e os ácidos presentes em nossas mãos podem se acumular nos celulares, proporcionando um ambiente propício para o crescimento de bactérias.
De acordo com especialistas, a melhor maneira de evitar esse tipo de contaminação é manter as mãos sempre limpas e higienizadas, além de limpar regularmente o aparelho. Embora não seja possível quantificar o nível de contaminação, é importante ressaltar que a superfície do celular é altamente contaminada.
A higienização adequada pode ser feita utilizando um pano seco para remover mecanicamente as bactérias, seguido de um pano umedecido com álcool isopropílico. Esse produto é eficiente na remoção de quase 100% das bactérias e também é utilizado para limpar placas de celular. No entanto, é importante não utilizar álcool comum, acetona, alvejantes ou produtos à base de sabão.
Embora o álcool tenha propriedades desengordurantes e seja eficaz na remoção de gorduras e sujeiras dos dispositivos, ele também pode ser agressivo, pois pode penetrar em plásticos e telas dos aparelhos, ressecando-os e causando manchas, rachaduras e até mesmo quebras. Outros produtos de limpeza comumente utilizados possuem aditivos alcalinos com pH elevado, que podem reagir negativamente com as superfícies sensíveis dos dispositivos, resultando em manchas e danos adicionais.
“A higienização é simples e pode ser feita com álcool a 70% e um pano. O álcool isopropílico também pode ser utilizado, mas pode não ser de fácil acesso para todos”, destaca a especialista.
É altamente recomendável evitar a aplicação direta de líquidos nas superfícies, pois, embora sejam seguros, eles podem penetrar nos componentes eletrônicos dos equipamentos e causar danos irreversíveis. Portanto, é aconselhável usar lenços e toalhas que geralmente acompanham os produtos para realizar a limpeza.
Os especialistas sugerem que a limpeza de tablets e celulares seja realizada diariamente devido ao acúmulo de gordura corporal, além de ácidos presentes nas mãos e outras sujeiras provenientes da boca e do rosto.
Quanto aos computadores, teclados, notebooks e impressoras, utilizar ar comprimido é uma excelente escolha para a limpeza. Essa abordagem ajudará a remover qualquer acúmulo de poeira e sujeira, e o ar comprimido pode ser direcionado em várias direções, facilitando o processo de higienização. Recomenda-se realizar essa limpeza pelo menos uma vez por semana.
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NA TELINHA
Unimed pede suspensão do pagamento do piso salarial; entenda
O piso salarial da enfermagem já foi suspenso uma vez O pagamento do Piso Salarial da enfermagem ainda tem gerado polêmica. Recentemente, a rede de hospital Unimed requeriu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação do pagamento dos novos valores.
O projeto de lei estava suspenso entre os meses de setembro de 2022 e maio de 2023 conforme decisão do STF. No entanto, este ano, o pagamento voltou ao vigor após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltar atrás.
Na época da decisão, Barroso argumentou que o projeto aprovado por Câmara dos Deputados e Senado não estabelecia de onde sairiam os recursos para arcar com os custos e não previa qual seria o impacto financeiro da medida e por isso deveria ser suspenso.
Segundo a operadora, a portaria que estabelece os critérios de transferência de recursos para o pagamento não é suficiente. - drazen_zigic
A Unimed requeriu que a lei do piso da enfermagem seja suspensa mais uma vez, ao menos para às empresas privadas "até que o Congresso Nacional adote medida suficiente a garantir de forma efetiva e eficaz, a viabilidade financeira" do piso.
A rede de hospitais argumenta que o piso da enfermagem aumentaria os custos da operadora em R$3,48 bilhões ao ano.
"Mostra-se contraditório afirmar que 'suprimir uma competência financeira do Estado viola o princípio federativo, de modo que União não pode criar piso salarial para ser cumprido por outro ente da Federação, sem assumir integralmente o seu financiamento',
e na sequência determinar o cumprimento pelos entes subfederados para com o pagamento do piso salarial, mesmo se constatando que o subsídio disponibilizado pela União não faz frente ao financiamento de sequer 60% do impacto financeiro ocasionado pela norma", afirma a Unimed.
PAGAMENTO PISO SALARIAL ENFERMAGEM
Os valores atualizados da remuneração mínima para cada função são de:
R$ 4.750,00 para a enfermagem
R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem
R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras
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ZERO HORA
Cirurgias robóticas tornam procedimentos menos invasivos e ajudam na recuperação de pacientes em Passo Fundo
Passo Fundo foi a primeira cidade do interior do Rio Grande do Sul a utilizar a cirurgia robótica, segundo o presidente do Comitê Médico de Robótica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), médico cirurgião Milton Bergamo. A utilização da tecnologia para qualificar os procedimentos cirúrgicos foi implementada há pouco mais um ano nas instituições de saúde da cidade e oferece diversos benefícios, segundo os profissionais.
Na cidade, são três equipamentos robóticos que permitem um procedimento mais seguro e menos invasivo para o paciente. Além disso, as plataformas qualificam as habilidades médicas e tornam os procedimentos complexos menos cansativos para os cirurgiões.
Laboratório tecnológico é inaugurado em escola de Passo FundoNovo equipamento de cirurgia robótica começa a funcionar em Passo Fundo
O HSVP conta com dois robôs: o CORI, que é utilizado em cirurgias ortopédicas desde maio de 2022, e o Versius, que atende diferentes especialidades em cirurgias de abdômen e tórax desde abril deste ano.
O Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HCPF), por sua vez, possui o sistema robótico Vinci X, que atua em oito especialidades, desde cirurgia geral até ginecologia e urologia. O equipamento começou a operar em março deste ano e já realizou 46 procedimentos.
De acordo com o médico do HSVP, Milton Bergamo, foram quase 160 cirurgias realizadas pelos dois robôs do hospital. Destas, 140 foram para procedimentos ortopédicos com auxílio do CORI, que ocorrem desde o ano passado, e 18 cirurgias no Versius, que opera desde março deste ano, conforme atualização até quarta-feira (14).
Benefícios dos robôs
Segundo o cirurgião geral do HSVP, a utilização dos robôs possui diversos benefícios e se diferencia do procedimento que, até então, era realizado, com a videolaparoscopia. No caso do procedimento que ficou conhecido na década de 1990, ele é realizado com acesso de uma câmera na cavidade do paciente, com pinças que tinham movimentos, mas que eram limitados.
Atualmente, os robôs permitem menor invasão ao paciente, melhor qualidade de imagem e visualização aos médicos com visão tridimensional, movimentos de rotação e curvaturas próximos ao de punho humano, além de oferecer maior conforto aos médicos, diminuindo cansaço e estresse em procedimentos mais demorados, conforme aponta o médico.
? A tendência, nas últimas décadas, é sempre tornar a cirurgia minimamente invasiva, com menos agressividade, menos intervenção, menos cortes e medicação. Quanto menos, melhor. Na década de 90, nós tínhamos a videolaparoscopia, que acessava a cavidade do paciente com câmera e pequenas pinças, mas que eram mais rudimentares, com limitação de movimento. Essa limitação não existe nos robôs ou, pelo menos, é minimizada ? explica Bergamo.
Para o médico, a maior vantagem da utilização do robô em procedimentos cirúrgicos é a resolução de problemas complexos com técnica minimamente invasiva.
? O robô tem muito mais vantagens, com visão tridimensional, alta definição de imagem, manipulação e movimentos melhores. Isso permite fazer procedimentos mais complexos, que não conseguiriam ser feitos por videolaparoscopia, ou fazer de forma mais delicada ? completa.
Tecnologia vem para ficar
O diretor técnico do HCPF, médico cirurgião Juarez Dal Vesco, acredita que a utilização da robótica na medicina será cada vez maior. Na visão do profissional, a contribuição é de via dupla, tanto para o paciente quanto para o médico.
? A tecnologia robótica, inevitavelmente, já entrou na medicina. Cada vez mais será utilizada e difundida. Pelo nosso olhar, existirão várias plataformas e vários robôs para diferentes especialidades no futuro. São plataformas que contribuem para todos envolvidos nos procedimentos cirúrgicos ? enfatiza.
Médicos do HCPF possuem visão tridimensional das cirurgias por meio da robótica Arquivo / HCPF
Segundo Dal Vesco, o custo dos robôs ainda é considerado alto. No caso do Hospital de Clínicas, o investimento no Vinci X, beira cerca de US$ 2 milhões, ou seja, quase R$ 10 milhões, na cotação atual.
Os valores ainda afastam o acesso das plataformas ao sistema único de saúde (SUS), por exemplo. No entanto, o médico acredita que a presença dos robôs será uma realidade.
? A gente acredita, sim, que os robôs possam chegar ao sistema público. Isso demora um pouco, claro, porque é uma tecnologia com custo elevado, assim como foi com a videolaparoscopia, que iniciou com pacientes privados, depois foram absorvidos por planos de saúde e, depois, no sistema público. Na minha opinião, isso também vai acontecer com a robótica. O custo ainda é alto, mas se difundindo, diminui e será incorporado ao SUS. Não tenho dúvida disso ? avalia.
Paciente recomenda uso de robôs
Em abril deste ano, a paciente Juceli Bedin, de Nova Alvorada, distante 65 quilômetros de Passo Fundo, foi a primeira a ser operada no pâncreas, no HCPF, com a utilização de um robô. Segundo ela, houve resistência inicialmente por ser uma novidade. No entanto, não se arrependeu e recomenda a todos.
? Eu tinha três opções de procedimento, sendo que uma era a robótica. De primeira, eu descartei. Mas fui convencida, e foi a melhor coisa que fiz ? conta.
Juceli pontua os principais benefícios: procedimento menos invasivo e recuperação no pós-operatório.
? Eu não senti nada na cirurgia, foi muito bom. A minha recuperação foi muito tranquila, sem complicações. Senti um pouco de dor no primeiro dia e depois não tinha nada. O medo que tinha de ser um robô sumiu, hoje eu aconselho todos a fazerem procedimentos com robô. É uma diferença muito grande ? completa a paciente.
Os robôs
O robô Vinci X é composto por três módulos: o console de controle, que é gerenciado pelo cirurgião, quatro braços robóticos e suporte de câmera de alta definição ? controladas pelo cirurgião através do console ? e também a torre de vídeo, onde é possível a visualização de imagens de alta definição disponível para toda a equipe cirúrgica que acompanha o procedimento.
Segundo o HCPF, a tecnologia utilizada pelo sistema Intuitive da Vinci é elencada como a mais moderna para este segmento no mundo e, por sua estrutura, este é considerado um sistema cirúrgico robótico completo.
O robô CORI foi a primeira aquisição do HSVP para ser utilizado em cirurgias de artroplastia total de joelho e futuramente em procedimento de quadril. Com o uso de uma câmera fixada na articulação e de sensores no joelho, o equipamento robótico de segunda geração transmite em um monitor a tomada exata de medidas da área a ser operada guiando o trabalho médico.
Já o Versius é a última plataforma a entrar em operação clínica no mundo, em 2014. Segundo o HSVP, é um dos oito exemplares existentes no Brasil. Por ter uma estrutura compacta e móvel, ele atende as particularidades de diferentes especialidades, permitindo que a sua tecnologia seja acessada por um número maior de pessoas.
Atualmente, o equipamento realiza cirurgias nas região do abdômen com técnicas minimamente invasivas, redução de riscos de infecções e um pós-operatório mais rápido.
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Assessoria de Comunicação