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Quarta, 21 Junho 2023 07:28

CLIPPING AHPACEG 21/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Senado aprova MP que recria Mais Médicos, e medida segue à sanção presidencial

'Existe uma falsa ideia de que o genérico é cópia', diz CEO da Cimed

STF vai retomar análise do piso salarial da enfermagem nesta sexta-feira (23)

Produtos médicos desvalorizaram mais de 35% desde 2015

Como a adoção de ferramentas tecnológicas promove melhorias na experiência clínica dos pacientes

Em mutirão inédito, Goiás amplia realização de cirurgias urológicas

PORTAL TERRA

Senado aprova MP que recria Mais Médicos, e medida segue à sanção presidencial


A medida provisória que modifica o programa Mais Médicos, permitindo a prorrogação de contratos e o pagamento de indenizações para incentivar a presença dos profissionais de saúde em áreas de difícil fixação, foi aprovada pelo Senado nesta terça-feira, informou a Agência Senado.

O texto, que segue para a sanção presidencial, também garante a formação de especialistas em medicina de família e comunidade, na intenção de reduzir a carência de profissionais de atenção primária em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS), informou a agência.

O texto aprovado pelo Congresso prevê que médicos intercambistas participem do programa por quatro anos sem a necessidade de revalidação de médicos formados fora do país, e não mais por 8 anos, como previa o texto original da MP. A necessidade de revalidação dos diplomas foi um dos temas mais controversos da proposta.

O pagamento de indenização a médicos para que atuem por mais tempo em áreas vulneráveis ou de difícil fixação está dividido em três modalidades: bolsa-formação, bolsa-supervisão e bolsa-tutoria.

Também está previsto o pagamento de mais uma indenização destinada a médicos graduados com financiamento do Fies, caso ele obtenha título de especialista ao participar de programa de residência em medicina de família e comunidade por 24 meses sem interrupção.

Ainda segundo a Agência Senado, o governo estima inicialmente impacto financeiro de 712,5 milhões de reais em 2023 e de cerca de 3 bilhões de reais para os próximos anos, incluídos no orçamento do Ministério da Saúde.

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'Existe uma falsa ideia de que o genérico é cópia', diz CEO da Cimed

Executivo defende a qualidade e urgência do remédio mais barato e quer ter uma fintech farmacêutica

Trabalhando em família desde os 15 anos, hoje pai de cinco filhos, João Adibe Marques é visto no mercado como um empresário "fora da curva". Começando num endereço da Praça da Sé, em São Paulo, onde disputava compradores no final dos anos 80, fez de sua empresa, a Cimed, um "case" de verticalização no setor farmacêutico, assumindo, além dos medicamentos, as áreas de embalagem e transporte. Além disso, com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, tornou-se um fenômeno nas redes, onde dá dicas de empreendedorismo. Em outra frente, fez da Cimed uma patrocinadora do Palmeiras, do Cruzeiro e da seleção brasileira.

Uma de suas batalhas hoje é pela expansão dos genéricos. Responsáveis por 35% do mercado farmacêutico brasileiro, ele os vê como indispensáveis num País de tantos compradores pobres. Em um balanço pela passagem do Dia do Genérico, em 20 de maio, João Adibe, como é conhecido, admitiu que desafios não lhe faltam. A começar pelo fato de que "existe uma resistência, uma falsa ideia de que o genérico é uma cópia" - como se valesse menos que o remédio original. Não faz sentido, adverte, dado o rigoroso processo de fiscalização da Anvisa.

Vocês verticalizaram seu modelo de atuação. Pode explicar a razão disso?

A Cimed, na verdade, é o único caso de verticalização no setor, iniciado em 1990. Conseguimos estar em praticamente todas as farmácias do País - são 80 mil, das quais 62 mil independentes, pequenas, que crescem mais que as redes. Dispomos de distribuição própria, desde a fábrica da embalagem aos medicamentos e à transportadora. O próximo passo é sermos também uma fintech, para financiar diretamente as farmácias.

Como isso funcionaria?

A verticalização vem da estrutura de embalagem, fábrica e distribuição, certo? Hoje a gente já está dando crédito a farmácias por não ter outro intermediário. Então por que não criar uma operadora financeira para esse canal?

De que modo pensa levar avante esse projeto?

A gente já começou esse modelo. Porque a maioria das farmácias do País, essas 62 mil pequenas, e mais independentes, atuam tanto em cidades pequenas como metrópoles. E em muitos casos funcionam na prática como um posto de saúde, dependendo da região onde atuam.

Além disso, já existem em muitos lugares as consultas médicas via internet.

Sim, o que levou também às receitas eletrônicas. Novas funções. Daí que hoje a farmácia é o segundo lugar mais visitado do País depois do canal alimentar. Vende produtos de higiene e beleza também. Em alguns Estados do País, até comida.

Aos 47 anos de existência, como define a posição da sua empresa no mercado?

Nossa previsão de faturamento para 2023 é de R$ 3 bilhões. Desses, R$ 1,2 bilhão vem dos genéricos. Lançamos em média de dez a 20 produtos por ano. Nosso portfólio possui 80 moléculas, queremos chegar a 200 em três anos. No Brasil, os genéricos representam 35% do mercado, mas acreditamos muito no seu crescimento. Nos EUA, já chegam a 90%.

Vocês fabricam o produto original ou importam?

As matérias-primas são 100% importadas, o Brasil depende 99% disso. É que a China e a Índia, por causa de sua enorme população, produzem esses itens em alta escala, é impossível concorrer com eles. Veja só, o Brasil tem 300 farmacêuticas; a Índia, 4 mil.

Como vê hoje as atuações do SUS e da Anvisa?

Com o SUS, o Brasil deu uma aula de sistemas de saúde para o mundo. Sinto orgulho dos dois, porque são órgãos técnicos. No caso da Anvisa, quando se fala em regulamentação. Ela dá todo o parâmetro legal que uma empresa precisa ter. Porque é um órgão técnico, não um órgão político.

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AGORA NOTÍCIAS BRASIL

STF vai retomar análise do piso salarial da enfermagem nesta sexta-feira (23)

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para sexta-feira (23) o início do julgamento sobre a liberação do pagamento do piso nacional da enfermagem. A ação sobre o assunto será julgada no plenário virtual, em sessão aberta até as 23h59 de 30 de junho.

O pagamento do piso foi liberado em maio pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso, mediante a aplicação de uma série de especificações e condicionantes. Agora, os demais ministros julgam se referendam ou não essa decisão.

VEJA TAMBÉM

O caso começou a ser julgado em maio, com os votos de Barroso e Edson Fachin. Um pedido de vista (mais tempo de análise) de Gilmar Mendes, entretanto, adiou o desfecho. Uma tentativa de retomada foi feita em 16 de junho, quando Gilmar Mendes apresentou voto assinado em conjunto com Barroso, ato inédito no Supremo. Contudo, nova vista pedida por Dias Toffoli novamente impediu a continuidade da análise.

Uma costura interna permitiu que o caso voltasse a pauta nesta sexta (23), o que possibilita que uma decisão seja tomada antes do recesso de julho no Judiciário, salvo se houver nova vista ou pedido de destaque, que remeteria a ação para deliberação presencial no plenário físico.

Entenda

O pagamento do piso foi suspenso pelo Supremo no ano passado, depois de a medida ter sido aprovada no Congresso e sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A justificativa para a suspensão foi que a legislação não previa fonte de custeio para os pagamentos, afetando diretamente o orçamento de municípios e estados, por exemplo.

Pela decisão de Barroso que liberou o pagamento, estados e municípios devem pagar o piso nacional da enfermagem nos limites dos valores que receberem do governo federal. A ordem foi proferida após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso. Segundo as unidades federativas, contudo, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões, mais do que o previsto para suplementar o pagamento.

Pelo novo voto conjunto apresentado por Barroso e Mendes, em caso de eventual insuficiência de recursos federais, a União poderá abrir crédito suplementar mediante a destinação de emendas parlamentares destinadas à saúde.

No caso do setor privado, o voto conjunto propõe prazo de 60 dias para que empresas e sindicatos conduzam negociações coletivas que flexibilizem o valor do piso. Tal medida visa manter empregos, justificaram Barroso e Mendes, e prevê "tempo razoável" para eventual flexibilização do valor.

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MEDICINA S/A

Produtos médicos desvalorizaram mais de 35% desde 2015


O setor de produtos para a saúde - dispositivos médicos implantáveis (DMIs); equipamentos para diagnóstico por imagem; e reagentes para Diagnóstico in Vitro (IVD) - acumula deflação nos preços de licitações de 35,7%, nos últimos sete anos. Os dados são do estudo 'Índice ABIIS Compras Públicas', comparativo entre 2015 e 2021, da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), que acaba de ser publicado. Foram analisados 13 itens representativos no contexto das compras do SUS, descontando a inflação do período medida pelo IGP-DI.

A queda mais significativa foi de DMIs, com baixa real de preço de 42,3% no período. Os produtos analisados nesta cesta foram: prótese total primária de joelho, prótese para artroscopia de quadril, stent coronariano com fármaco, marcapasso, ressincronizador e cardiodesfibrilador. As vendas por licitações públicas do segmento de reagentes desvalorizaram 30,2% (cesta composta por: teste HIV, teste TSH, teste Vitamina D e hemoglobina glicada HbA1c). Já os equipamentos por imagem que fizeram parte do estudo foram ressonância magnética, tomógrafo e ecógrafo com análise espectral doppler. A média de defasagem de preço verificada nessa categoria, de 2015 até 2021, foi de 29,4%.

O diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes, destaca que "o estudo revela o que sempre soubemos: os dispositivos médicos não são os vilões da saúde. Na verdade, eles são fundamentais para aumentar a produtividade e resolutividade do sistema, uma vez que a tecnologia antecipa diagnósticos, permite tratamentos mais completos e eficazes e reduz tempo de internações".

Quando analisados individualmente, os produtos com maior defasagem de preço foram: Stent coronário (-79,3%), prótese de joelho (-65,8%) e teste HIV (-62%) e aparelho de ressonância magnética (33,3%). "A desvalorização desmedida destes e de outros itens coloca em risco a sustentabilidade do setor como um todo. Empresas quebram porque não conseguem praticar valores tão estrangulados", alerta.

O estudo 'Índice ABIIS Compras Públicas' foi realizado pelos economistas Emerson Fernandes Marçal - coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da FGV-EESP. Tem experiência na área de Finanças e Macroeco­nomia Aplicada, com ênfase em Métodos Quantitativos e Análise de Séries de Tempo; e Patrícia Marrone - sócia-diretora da Websetorial.

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DOCUMENT MANAGEMENT - ONLINE

Como a adoção de ferramentas tecnológicas promove melhorias na experiência clínica dos pacientes



Por Ana Paula R. Lima é Executiva Comercial, da Wolters Kluwer, Health Brasil.

Ferramentas de suporte à decisão clínica (SDC), quando implantadas no ponto de atendimento de maneira eficiente, podem otimizar os resultados do setor de saúde, uma vez que impactam a experiência dos pacientes e a performance do médico. No entanto, para que isto ocorra, é preciso que essas tecnologias integrem-se perfeitamente não apenas ao fluxo de trabalho dos profissionais de saúde, mas também ao sistema já existente no hospital, a fim de facilitar e não exacerbar a carga de trabalho do corpo clínico.

Geralmente, quando um hospital demora para aderir estas soluções, é por conta dos desafios relacionados a sua usabilidade, a falha dos fabricantes em entender as reais necessidades dos médicos e, ainda, a dificuldade em integrar a solução ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).

Por outro lado, ferramentas de SDC de ponta podem ajudar, e muito, os profissionais de saúde a identificarem padrões e realizarem diagnósticos baseados em evidências, prescrevendo tratamentos ainda mais seguros. Isto porque, essas tecnologias devem ser desenvolvidas com o objetivo de promover maior efetividade clínica.

Fadiga de alertas

Outro ponto de atenção é com relação aos alertas gerados por essas ferramentas, uma vez que são muitas as demandas e desafios que os médicos precisam lidar diariamente, e, em um cenário pós-pandemia, muitos já estão à beira do esgotamento. Desta forma, quando estas soluções são adicionadas a sua rotina com alertas em excesso, os profissionais tendem a ignorá-los.

Isto causa uma fadiga de alerta, fenômeno psicológico desenvolvido quando médicos frequentemente são expostos a informações irrelevantes para as questões de saúde de seus pacientes. Quando isto ocorre, a efetividade das informações diminui significativamente, pois o médico passa a anulá-las sem antes considerá-las. Além disso, ineficiências e fadiga de alertas aumentam a possibilidade de os profissionais perderem observações cruciais para os pacientes.

No entanto, com os avanços das tecnologias, a melhor colaboração e a aproximação mais holística do sistema e conteúdos em desenvolvimento, os alertas estão aumentando em qualidade e diminuindo em quantidade, uma vez que a união de funcionalidades passa a considerar o contexto dos pacientes, e essas informações serão melhores filtradas.

Benefícios das ferramentas de suporte à decisão clínica

Essas soluções, no ponto de atendimento, podem reduzir prescrições erradas, alertar médicos para um potencial efeito adverso ou interação com medicamento. Desta forma, ao integrar um formulário customizado no fluxo de trabalho, os hospitais podem, até mesmo, fornecer considerações de dosagens para um paciente em particular enquanto melhoram o gerenciamento do formulário.

Entre muitas outras funções, essas tecnologias também oferecem orientações atualizadas aos médicos quando e onde eles precisarem, possibilitando vigilância de detecção de doenças e integração com Prontuários Eletrônicos para identificação e monitoramentos mais rápidos de infecções adquiridas na área da saúde, além de apoiar de forma mensurável e sustentável o envolvimento do paciente.

Conclui-se, portanto, que a adoção dessas ferramentas tem crescido, mas usá-las em todo o seu potencial requer maior interoperabilidade, eficiência e facilidade de uso, incluindo alertas oportunos e integração efetivas com o PEP. Só assim, será possível otimizar significantemente a decisão clínica, reduzir erros de diagnóstico e prevenir disrupções no fluxo de trabalho.

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A REDAÇÃO

Em mutirão inédito, Goiás amplia realização de cirurgias urológicas


Goiânia - O Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad) promoveu dois dias intensivos de realização de cirurgias urológicas para reduzir o tempo de espera de crianças que precisavam do tratamento. No total, no sábado (17/6) e na segunda-feira (19/6), a unidade de saúde do Governo de Goiás somou 18 intervenções do tipo.
 

“É uma iniciativa que busca promover mais saúde e bem-estar aos nossos pacientes por meio da agilidade na assistência médica. Cada cirurgia planejada e realizada nesta ação é importante para reduzir o tempo de espera, aliviar a dor e oferecer mais qualidade de vida às crianças”, afirmou a diretora-geral do Hecad, Mônica Costa. 

O mutirão contou com a participação de mais de 50 profissionais de saúde da unidade do Governo de Goiás, para que todos os procedimentos fossem realizados com equipes cirúrgicas completas e observação rigorosa dos protocolos de segurança do paciente. 

Segundo o urologista Victor Rassi, o comprometimento das equipes foi fundamental para o alcance do resultado. “O empenho e o compromisso de cada profissional em fazer o máximo de cirurgias possível, com excelência e segurança, é o que nos permite chegar ao fim do dia com vários pacientes já de alta e um número expressivo de procedimentos realizados”, disse o médico. 

Com a ação, o Hecad ampliou em 128% o quantitativo de cirurgias entre os meses de janeiro e maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 822 cirurgias, de janeiro a maio de 2022, e 1.877 procedimentos cirúrgicos nos cinco primeiros meses de 2023. 

Integralmente voltado à saúde das crianças, o hospital realiza mais de 230 tipos de cirurgias e é referência em procedimentos de alta complexidade, como separação de gêmeos siameses, reabilitação de fissuras labiopalatinas, reconstrução do trânsito intestinal em crianças e tratamento de malformações do aparelho urinário.

O Hecad ampliou em 128% o quantitativo de cirurgias entre os meses de janeiro e maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 822 cirurgias, de janeiro a maio de 2022, e 1.877 procedimentos cirúrgicos nos cinco primeiros meses de 2023. 

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Assessoria de Comunicação

Terça, 20 Junho 2023 07:24

CLIPPING AHPACEG 20/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Programa Mais Médicos terá 10 mil novas vagas em todo o Brasil

Nova Lei de Planos de Saúde: é preciso separar o joio do trigo

Ficar doente nos Estados Unidos pode custar até R$ 500 mil; veja valores

Queixas de clientes de plano de saúde por causa do descredenciamento de médicos, laboratórios e hospitais cresce em 2023

Centro de referência em oftalmologia da UFG tem problemas para agendamento de consultas

Goiás registrou 5 casos de febre maculosa de 2019 a 2023

Deputados analisam veto a projeto que institui distribuição gratuita de medicamentos à base de maconha em Goiás

Metade dos planos de saúde suspensos pela ANS são da Unimed do RJ e de MG

CFM aponta gargalos da assistência em saúde em 588 cidades fronteiriças

Doenças raras: a pesquisa e a cura

AGÊNCIA BRASIL

Programa Mais Médicos terá 10 mil novas vagas em todo o Brasil


Prioridade será para municípios de maior vulnerabidade

O Ministério da Saúde anunciou que vai ampliar o programa Mais Médicos, abrindo 10 mil novas vagas na modalidade de coparticipação de estados e municípios.

O edital com as orientações para a inscrição dos profissionais já foi publicado no Diário Oficial da União. Já a portaria com as definições e critérios para os gestores locais deve ser publicada ainda hoje.

Segundo o Ministério da Saúde, com a expansão, o programa deverá chegar a mais de 15 mil novas vagas até o fim deste ano.

Até o dia 27 deste mês, os 5.570 municípios brasileiros poderão solicitar vagas na modalidade de coparticipação, mas a prioridade será para aqueles de maior vulnerabilidade social e de vazios assistenciais [regiões onde é mais difícil encontrar profissionais].

No modelo de coparticipação, o Ministério da Saúde desconta do repasse do piso de atenção primária à saúde o valor de custeio mensal da bolsa-formação dos médicos. Já os gestores locais continuam com a responsabilidade do pagamento do auxílio-moradia e da alimentação. As demais despesas do programa ficam a cargo do ministério.

De acordo com a pasta, terão preferência médicos brasileiros formados no Brasil. E o médico que participar do programa poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcionais ao valor mensal da bolsa, para trabalhar nas periferias e regiões mais remotas.

Os beneficiados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) que participarem do programa também poderão receber incentivos que variam entre R$ 238 mil a R$ 475 mil, dependendo da vulnerabilidade do município e da permanência no programa por 48 meses. Assim, o profissional poderá ter auxílio para o pagamento de até 80% do financiamento.

A pasta diz ainda que pretende incentivar a permanência de médicas no programa, com uma compensação para atingir o mesmo valor da bolsa durante o período de seis meses de licença maternidade, complementando o auxílio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Informações sobre o cronograma do edital podem ser consultadas no site do Mais Médicos.

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JOTA INFO

Nova Lei de Planos de Saúde: é preciso separar o joio do trigo



A Lei 9.656, de junho de 1998, dispõe sobre os planos de saúde. Promulgada há quase três décadas, a legislação estabeleceu um marco civilizatório no setor e deu início ao fim da barbárie que habitava anteriormente, numa espécie de terra de ninguém do ponto de vista regulatório. Dois anos após esta data, criou-se a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que materializa a regulação de um setor que é recheado de assimetrias de informação e, portanto, requer, num sistema capitalista como o nosso, uma ação moduladora do Estado a fim de equilibrar as forças atuantes neste mercado, visando ao conhecimento mútuo entre os agentes que o compõe e a dar transparência ampla ao que todos devem saber.

De lá para cá, acertos e erros ocorreram, mas, sem dúvida, a regulação estatal amadureceu e se aperfeiçoou neste período, de modo que a ANS se consolidou como uma autarquia de respeito internacional em virtude de seu corpo técnico qualificado e compromissado com a sustentabilidade do setor. Mas isso, em que pese todo o esforço digno de nota, por parte da ação do Estado, não tem sido suficiente para assegurar o equilíbrio deste ecossistema. Tal fato, resta patente, se explicita na insatisfação de usuários com seus planos de saúde, dos planos de saúde com seus usuários, e de ambos, de modo geral, com a Agência.

É nesse panorama sintético apontado acima que ora se discute, no Parlamento Federal, uma revisão da Lei seminal que regulamenta a saúde suplementar no Brasil. O projeto de Lei 7419/06, de relatoria do Deputado Hidelis Duarte, segue na Câmara o rito legislativo pertinente, com audiências públicas, debatendo e ouvindo a sociedade, o setor, os estudiosos e os agentes estatais reguladores e, em breve, os brasileiros conhecerão o relatório que será colocado para a apreciação de Casa.



O debate que aparece na imprensa dá conta de propostas para coibir aumentos abusivos, assegurar ampla cobertura assistencial, ampliação da participação mais ativa no setor de outros profissionais da saúde como nutricionistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, entre outros pontos que nos chegam pelas notícias. Mas numa rediscussão de normativa legal, bem-vinda, diga-se de passagem, pelo tempo em que ela foi criada, precisa-se enfrentar alguns pontos difíceis e impopulares, muitas vezes pouco conhecidos por grande parte da sociedade, mas cruciais para uma reforma que seja de fato reestruturante.

Em primeiro lugar, surge de pronto a já popular discussão sobre o alcance do rol de cobertura de procedimentos: taxativo versus exemplificativo. De modo esquemático, o primeiro limita a cobertura ao que está pactuado e já incorporado pela Agência reguladora do setor ao seu rol mínimo como obrigatório; acima deste mínimo, a operadora não é obrigada a ofertar, e se o faz, tem o direito de cobrar na mensalidade um plus a mais, com o perdão do pleonasmo. O segundo, ao contrário, grosso modo, defende que aquilo que é prescrito, se registrado na autoridade sanitária local, deve ser ofertado ao usuário, independente do que foi contratualizado. Há argumentos para os dois lados, mas é um tema que não está completamente pacificado e sua discussão é motivo de judicialização em cortes superiores de justiça.

Um ponto importante, também, mas quase não abordado francamente, é se o cálculo atuarial da carteira, do contrato, do usuário, em suma, é, por si, suficiente para definir o valor de eventuais reajustes, como se faz em seguros; ou não, há a necessidade de uma regulação estatal para definir estes percentuais. Trata-se de lei de mercado, de uma regra securitária, ou de assunto de Estado? E nesse bojo, subliminarmente, surge a questão da natureza real que se deseja das operadoras de saúde: queremos de fato, como sociedade, que elas sejam empresas mercantis, como diz a atual legislação, ou no fundo gostaríamos que elas fossem do chamado terceiro setor e, portanto, sem fins lucrativos?

Uma outra questão que merece ser enfrentada com franqueza é o real papel da ANS na regulação do setor. Se criou por lei uma autarquia para esta finalidade, se realizou concursos específicos para servidores capacitados em regulação da área, deu-se a Agência autonomia administrativo-financeira, nomeou-se o seu corpo diretivo após sabatina e votação no Senado Federal, com mandatos não coincidentes e estáveis, mas por diversas vezes suas posições e decisões técnicas são reformadas pelo Judiciário e, também, pelo Parlamento.

Ponto nevrálgico também é o papel dos prestadores de serviço em saúde, que atualmente, não são alcançáveis pela atual normativa da ANS. Sua relação com usuário pode se dar de modo direto, sem a necessidade de credenciamento prévio pela operadora e, posteriormente, o beneficiário buscar um ressarcimento nos moldes de reembolso? Ou está o usuário restrito a uma rede pré pactuada no contrato? Ainda neste tema, a remuneração dos procedimentos será tabelada, (alô CADE, pode isso?) ou se estabelece a livre negociação entre as partes a fim de buscar o ponto de acordo comum?

E, por fim, mas não menos importante, precisamos encarar um assunto latente, mas fundamental, que permeia muitos dos problemas anteriores, que é a transparência assistencial. Um mercado em que há assimetria de informações precisa de regulação. Até mesmo o mais adepto economista da Escola de Chicago não contesta isso. Discute-se o alcance desta intervenção estatal, mas não o mérito do papel benéfico da transparência máxima dos dados para o equilíbrio e o desenvolvimento do setor.

Portanto, ter a sociedade o conhecimento, democrático, sobre o desempenho assistencial dos prestadores é pedra angular deste debate. Para escolher de modo consciente um plano olha-se, claro, a rede credenciada oferecida. Mas o que se quer mesmo saber é sobre os indicadores de mortalidade pós cirurgia cardíaca daquele hospital; o índice de infecção pós-operatória dos cirurgiões daquele corpo clínico; o índice de exames falso negativos daquela clínica; a sobrevida pós um tratamento de um câncer naquele centro especializado etc. Só a partir disso é que saberemos o valor daquele serviço. E com isso poderemos comparar preços, reajustes, rede credenciada, rol de tratamentos ofertados. Em suma, poderemos separar o joio do trigo.

Marcus Vinicius Dias

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PORTAL TERRA

Ficar doente nos Estados Unidos pode custar até R$ 500 mil; veja valores


Sem sistema público de saúde, procedimentos simples de emergência podem gerar grandes despesas não programadas para turistas


Brasileiros acostumados com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) podem se surpreender ao descobrir que não são todos os países que oferecem atendimento médico gratuito. Isso acontece mesmo em uma das economias mais ricas do planeta: os Estados Unidos, que têm o serviço médico mais caro do mundo.

É o que apontou a pesquisa Mirror, Mirror 2021: Reflecting Poorly Health Care in the U.S. Compared to Other High-Income Countries (Espelho, Espelho 2021: Refletindo Mal Cuidados de Saúde nos EUA em comparação com outros países de alta renda, em tradução livre), do The Commonwealth Fund. O sistema de saúde dos Estados Unidos é o mais caro do mundo, mesmo que análises mostrem que a sua perfomance é a mais insatisfatória em relação a de 11 outros países pesquisados.

Em terras estadunidenses, uma simples gripe pode custar até US$ 300 (cerca de R$ 1,5 mil) caso seja necessária uma consulta em domicílio, de acordo com dados da Omint Seguros.

Situações mais complexas e inesperadas pesam muito mais no bolso. Em casos mais extremos, como cirurgias emergenciais, a conta pode chegar a US$ 100 mil (R$ 500 mil) - sem contar os gastos com remédios.

Veja abaixo os valores aproximados de alguns procedimentos e serviços:

Consulta clínico geral: entre US$ 200 (R$ 1 mil) e US$ 300 (R$ 1,5 mil);

Pronto-socorro: US$ 2 mil (R$ 11 mil);

Ambulância: entre US$ 400 (R$ 2,1 mil) e US$ 1,2 mil (R$ 6,8 mil);

Internação (pernoite): entre US$ 3 mil (R$ 11 mil) e US$ 4 mil (R$ 15 mil).

"Adoecer nos Estados Unidos pode custar de 5 a 100 vezes o valor do bilhete de um seguro viagem bem estruturado e não temos controle do que pode acontecer", alerta Tiago Godinho, Gerente de Seguros de Vida Individual e Viagem da Omint Seguros.

Seguro viagem

Apesar de não ser obrigatório para entrar nos EUA, um seguro viagem pode cobrir despesas médicas e hospitalares, odontológicas, traslado de corpo, regresso sanitário e traslado médico, além de outros itens e opções extras que podem ser contratadas, como assistência e ressarcimento em casos de extravio de bagagem e cobertura de cancelamento de viagem.

No mercado brasileiro, há várias opções de seguro viagem, mas é preciso analisar as condições da viagem antes de contratar um.

O especialista Tiago Godinho afirma que é preciso ter muita cautela ao contratar um. "Existe uma diferença entre ter um seguro e estar protegido de fato. É preciso considerar algumas variáveis na contratação: destino, tipo de viagem, coberturas e capital segurado", explica.

É preciso também prestar atenção no capital segurado, ou seja, o valor máximo da despesa que o seguro cobre. "Um local que possua uma medicina com custo elevado exige que o capital segurado seja mais robusto para cobrir os possíveis gastos em um momento de fragilidade", aponta o especialista.

A recomendação de especialistas é uma cobertura de, pelo menos, US$ 60 mil (R$ 300 mil). Os planos do seguro com o melhor custo-benefício custam, em média, R$ 450 para cada viajante.

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PORTAL G1

Queixas de clientes de plano de saúde por causa do descredenciamento de médicos, laboratórios e hospitais cresce em 2023

Até maio deste ano, a ANS já recebeu mais de 13 mil reclamações.

Em 2023, aumentaram as queixas de clientes de plano de saúde por causa do descredenciamento de médicos, laboratórios e hospitais.

A dona de casa Laís Mattos pede ajuda divina toda vez que liga para o plano de saúde. Depois de pagar mensalidade durante 24 anos, tentou marcar uma cirurgia de catarata. Só então descobriu que a clínica onde sempre fez as consultas tinha sido descredenciada. O plano indicou um hospital que fica em outra cidade.

"Infelizmente não conheço. Pode ser um excelente hospital; não estou, de maneira alguma, desmerecendo. Mas são lugares que a gente não tem histórico", afirma.

Reclamações como a de Laís vêm crescendo no Brasil. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que fiscaliza os planos, mostram que foram mais de 12 mil reclamações em 2020, quase 16 mil em 2021, e mais de 25 mil em 2022. Em 2023, até maio, já foram mais de 13 mil.

Em São Paulo, só este ano, o Ministério Público já abriu sete procedimentos para apurar os descredenciamentos. A advogada especializada em direito à saúde Renata Vilhena Silva diz que muitas operadoras não mantém a qualidade dos planos que vendem.

"As operadoras estão comprando os hospitais e tentando restringir os consumidores para utilização da rede própria, para contenção de custos, e isso está diminuindo muito a rede credenciada e o direito dos clientes", destaca.

O presidente da Abrange, que representa os principais planos de saúde do país, diz que o crescimento das reclamações reflete o aumento do número de segurados e o de procedimentos, que tinham caído durante a pandemia, e que as substituições são feitas por serviços equivalentes, como determina a lei.

"A percepção individual pode mudar. Mas não é eventualmente por causa da marca de um hospital A ou B que é melhor ou pior. O que e eu tenho que avaliar é quais são os indicadores de qualidade, qual que é o índice de reinternação, qual é o desfecho clínico daquele hospital. Agora, o que é mais importante, e a gente sempre registra, é que as coberturas não se alteram", defende Renato Casarotti.

Pela lei, os planos de saúde podem descredenciar laboratórios e profissionais, mas precisam substituir por outros equivalentes e têm que avisar os clientes com 30 dias de antecedência. Também podem trocar os hospitais da rede conveniada, com substituição por outros que prestem o serviço com a mesma qualidade. Nesse caso, além de comunicar os beneficiários, também é preciso avisar a ANS. E, se o for reduzir a rede conveniada, precisa pedir autorização para a agência reguladora.

Segundo a ANS, cabe às operadoras colocar no site da internet todas as informações sobre substituição de prestadores de serviço não hospitalares. O mesmo vale para o descredenciamento da rede hospitalar. Quem não fizer isso leva advertência e multa de R$ 25 mil. Caso a operadora não cumpra as regras de equivalência e não informe a substituição da entidade hospitalar, a multa é de R$ 30 mil.

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TV ANHANGUERA

Centro de referência em oftalmologia da UFG tem problemas para agendamento de consultas

https://globoplay.globo.com/v/11711633/

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A REDAÇÃO

Goiás registrou 5 casos de febre maculosa de 2019 a 2023


Caroline Louise 

Goiânia - Goiás registrou 5 casos de febre maculosa de 2019 a 2023. Os dados foram repassados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), que informou que já realizou 17 capacitações dos profissionais de saúde dos municípios jurisdicionados das 18 regiões de saúde do Estado sobre doenças como chagas, leishmanioses e febre maculosa. Ainda segundo a pasta, em 2022, foi realizada uma atualização técnica em parceria com o Ministério da Saúde.

Diante da repercussão de casos da doença em São Paulo e da preocupação da população, o jornal A Redação conversou com o médico generalista Lucas Martins sobre a febre maculosa. "A doença é causada por uma bactéria do gênero Rickesttsia. É importante ressaltar que essa doença é transmitida pela picada do carrapato-estrela ou micuim, que pode ser encontrado em animais de grande porte, como por exemplo em capivaras, cavalos, gambás e etc", explicou. 


Ainda segundo o médico a presença do transmissor é mais recorrente em beira de rios.
 

Transmissão:
Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ter contato com a pele das pessoas. "Não existe transmissão da febre maculosa de uma pessoa para outra, o único jeito de ter a doença é através do contato com o carrapato infectado, ele precisa ter fixado na pele do paciente por pelo menos quatro horas", explicou. 

Sintomas:
"É uma doença que tem um conjunto de sintomas muito semelhantes aos de outras infecções, o que é preocupante, como por exemplo febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, falta de apetite, cansaço, são sintomas que podem ser confundidos com outras doenças, por isso o médico deve sempre observar o histórico do paciente, se ele esteve em regiões onde foram registrados casos de febre maculosa", completou Lucas Martins. 

Manchas avermelhadas também são um sinal para a doença. "As lesões são parecidas com uma picada e às vezes, apresentam pequenas hemorragias sob a pele". Ainda segundo o médico, os sintomas levam em média de sete a dez dias para se manifestar. "O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, dentro de no máximo cinco dias após a identificação dos sintomas, após esse prazo, pode ser que os medicamentos não surtam o efeito desejado. O mais importante é evitar que o paciente fique grave", disse. 

Tratamento:

Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa tem cura desde que o tratamento com antibióticos seja introduzido nos primeiros dois ou três dias. O atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.

 Prevenção:

"É muito importante que as pessoas, quando entrarem em locais de mato, usem roupas compridas e claras para verificar se há algum deles preso nas roupas ou no corpo, quanto mais depressa ele for retirado, menores são os riscos de infecção. O carrapato também não pode ser esmagado com as unhas, pois pode haver liberação das bactérias", finalizou o médico.

Atualmente no mercado, existem também repelentes com concentrações maiores do produto químico DEET (N-N-dietil-meta-toluamida), que são eficientes contra mosquitos e carrapatos.

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MAIS GOIÁS

Deputados analisam veto a projeto que institui distribuição gratuita de medicamentos à base de maconha em Goiás

O governo estadual argumentou que a matéria interferia "no campo de autonomia constitucional do governador"

Voltou à Assembleia Legislativa (Alego), com veto do governador Ronaldo Caiado (UB), o projeto de lei que institui a política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos fitofármacos e fitoterápicos à base de maconha, em Goiás. Os remédios seriam distribuídos nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas com o Sistema Único de Saúde (SUS),

Caiado vetou o projeto, de autoria do deputado estadual Lincoln Tejota (UB), aprovado na Assembleia em abril, a partir de parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Segundo o órgão, o projeto é inconstitucional. O governo estadual argumentou que a matéria interferia “no campo de autonomia constitucional do governador”, já que institui uma política a ser implantada pela Secretaria de Saúde.

“Ao estabelecer os meios pelos quais a política pública deverá ser implementada e que ela será da responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), há inequívoca interferência na organização do Poder Executivo”, aponta o parecer da PGE.

A procuradoria ainda argumenta que a lei ofende o princípio constitucional da separação dos Poderes, previsto na Constituição Federal. “A PGE enfatizou que a disciplina de como se dará a incorporação e a dispensação de medicamentos e tecnologias no SUS possui caráter eminentemente técnico e se dá no âmbito do Poder Executivo, com a observância dos critérios legais estabelecidos”, ressalta.

Análise

O texto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sob a relatoria do deputadoVeter Martins (Patriota). O texto deve voltar ao plenário para que os deputados definam se o veto de Caiado será mantido ou não.

O autor do projeto, Lincoln Tejota (UB), disse durante a tramitação que se trata do projeto mais importante que elaborou. Ele apontou que se baseou em estudos científicos realizados a partir do trabalho da Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Ágape). Os trabalhos apontam dificuldades de diversas pessoas em ter o acesso ao medicamento em Goiás.

A iniciativa propõe a instituição da política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos fitofármacos e fitoterápicos prescritos à base de canabidiol (CBD), canabigerol (CBG) e tetrahidrocanabinol nas unidades de saúde pública conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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PORTAL GRAFITTI NEWS

Metade dos planos de saúde suspensos pela ANS são da Unimed do RJ e de MG


Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a medida é resultado do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que avalia as operadoras a partir de reclamações assistenciais

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga a lista de planos de saúde que terão a venda temporariamente suspensa devido a reclamações relacionadas a cobertura assistencial. A medida faz parte do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que acompanha regularmente o desempenho do setor e atua na proteção dos consumidores. Nesse ciclo, a ANS determinou a suspensão de 31 planos de nove operadoras devido a reclamações efetuadas no 1º trimestre de 2023.

A proibição da venda começa a valer a partir desta próxima sexta-feira, dia 23. "Ao todo, 407.637 beneficiários ficam protegidos com a medida, já que esses planos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora no resultado no monitoramento", afirmou o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli.

Lista dos planos suspensos

Além das suspensões, a ANS também divulga a lista de planos que poderão voltar a ser comercializados. Nesse ciclo, 15 planos de sete operadoras terão a venda liberada pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento. Veja a seguir quais as empresas médicas punidas:

UNIMED-RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO DO RIO DE JANEIRO

01) Unimed Alfa 2

02) Unimed Alfa 2

03) Unimed Alfa 2 Ad

04) Unimed Beta 2

05) Unimed Beta 2

06) Unimed Beta 2

07) Unimed Delta 2

08) Unimed Delta 2

09) Unimed Personal Quarto Coletivo 2

10) Unimed Personal Quarto Coletivo 2

11) Unimed Personal Quarto Coletivo 2 Ad

12) UniPart Alfa 2

UNIMED MONTES CLAROS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA

13) COLETIVO POR ADESÃO AMBULATORIAL + HOSPITALAR C/ OBSTETRÍCIA

14) UNIMOC BRASÍLIA ENFERMARIA COPART

UNIMED VERTENTE DO CAPARAÓ - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA

15) NACIONAL ADESAO POS - ENF

FEDERAÇÃO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS DE TRABALHO MÉDICO DO ACRE, AMAPÁ, AMAZONAS, PARÁ, RONDONIA E RORAIMA

16) NOVO UNIVIDA I - APTO

17) NOVO UNIVIDA I - ENFERM

18) UNIVIDA COLETIVO POR ADESAO - ENFERM

19) UNIVIDA EMPRESARIAL III - ENFERM

GOOD LIFE SAÚDE LTDA

20) GOOD ESMERALDA

21) GOOD OURO

22) GOOD PRATA

OPERADORA UNICENTRAL DE PLANOS DE SAÚDE LTDA

23) Essencial Apto

24) STANDARD PF Apartamento

25) VIX OURO

SANTO ANDRÉ PLANOS DE ASSISTENCIA MÉDICA LTDA

26) MEDICAL IND 200

27) Rubi

TERRAMAR ADMINISTRADORA DE PLANO DE SAUDE LTDA

28) Adesão Vida Mais II

SAÚDE BRASIL ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA.

29) ADVANCE II PLUS ASSOCIATIVO

30) CLASSIC I

31) PREVENT - ENF/AL

Sobre o Monitoramento da Garantia de Atendimento

O Monitoramento da Garantia de Atendimento é o acompanhamento do acesso dos beneficiários às coberturas contratadas, realizado com base nas reclamações recebidas pela ANS e na quantidade de beneficiários de planos de saúde. As reclamações consideradas nesse monitoramento se referem ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura assistencial.

A partir dessas informações as operadoras são classificadas em faixas, possibilitando uma análise comparativa entre elas. As operadoras enquadradas nas faixas superiores do monitoramento apresentam um pior resultado no indicador da operadora. As informações são processadas periodicamente, e os resultados são divulgados trimestralmente.

Sobre a suspensão da comercialização de planos

A partir do resultado do monitoramento, as operadoras reiteradamente com pior resultado são avaliadas e para aquelas que apresentam risco à assistência à saúde são identificados os planos que terão o ingresso de novos beneficiários vedado temporariamente.

A cada trimestre a listagem de planos é reavaliada, e as operadoras que deixarem de apresentar risco à assistência à saúde são liberadas, pelo monitoramento, para oferecer os planos para novas comercializações.

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MEDICINA S/A

CFM aponta gargalos da assistência em saúde em 588 cidades fronteiriças


Quatro em cada dez municípios brasileiros que estão na zona de fronteira com outros países não possuem nenhum leito de internação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, 92% das 588 cidades fronteiriças não contam com leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nessas cidades, também é baixa a oferta de estabelecimentos e de profissionais de saúde na rede pública.

As informações compõem um levantamento sobre a assistência em saúde nesses municípios que será disponibilizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta terça-feira (20), logo após a abertura do IV Fórum de Médicos de Fronteira, que acontece em Macapá (AP). O encontro tem como foco discutir a assistência em saúde nessa região, especialmente entre os povos indígenas e ribeirinhos.

Entre os destaques, está a participação de representantes dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ministério dos Povos Indígenas, Exército Brasileiro e Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP).

"São localidades distantes dos centros urbanos e muitas vezes de difícil acesso. Nelas vivem uma população que também precisa ter acesso a diagnósticos e tratamentos. Por isso, a oferta de serviços públicos de qualidade tem sido um desafio", alerta José Hiran Gallo, presidente do CFM.

Durante o evento, ele e a coordenadora da Comissão de Integração de Médicos de Fronteira, conselheira Dilza Teresinha Ribeiro, apresentarão aos participantes os principais problemas enfrentados pelos médicos nos 15,7 mil quilômetros de fronteiras, onde vivem aproximadamente 12 milhões de brasileiros.

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CORREIO BRAZILIENSE

Doenças raras: a pesquisa e a cura


Em razão dos avanços científicos da última década na área da saúde, terapias inovadoras têm sido desenvolvidas e ganhado destaque por mudarem o prognóstico de enfermidades até pouco tempo atrás consideradas incuráveis. Essa verdadeira revolução tem sido especialmente bem-sucedida no campo das doenças genéticas, muitas delas incapacitantes e de curta expectativa de vida.

Em sua maioria, são doenças raras e ultrarraras, ao redor de 8 mil, sendo que apenas 4% têm tratamento. Cerca de 30% das crianças com essas doenças morrem antes de completar cinco anos. Estima-se que existam no Brasil 13 milhões de pessoas com algum tipo de doença rara.

Novas descobertas na genética e na medicina molecular permitiram melhor compreensão das doenças raras, levando ao desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas. Além disso, tecnologias e métodos de diagnóstico inovadores facilitaram a identificação dessas moléstias.

A exemplo do que acontece em outras áreas, a medicina evolui em grande velocidade. E isso representa um enorme desafio para os órgãos de regulação sanitária, que precisam atualizar seus conhecimentos de forma rápida e permanente para analisar os novos tratamentos, concluir por sua qualidade e autorizar sua utilização em tempo mais curto, sem pôr em risco a saúde da população.

Essa é a realidade das doenças raras e ultrarraras, que se caracterizam por um número menor de pacientes, o difícil diagnóstico e os desenhos diferenciados dos estudos clínicos. Por isso, se faz necessário descobrir novos biomarcadores que possam indicar resultados terapeuticamente significativos de forma antecipada, demonstrando a tendência de benefício da terapia até que se chegue aos resultados finais dos estudos de fase três e a mais detalhes do tratamento proposto no longo prazo.

Graças à Resolução 205/2017, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), hoje no Brasil é possível registrar um medicamento com os resultados do estudo de fase dois, que atesta a segurança e a eficácia do produto, enquanto a fase três, que testa e confirma essas características em um grupo maior de pacientes, está em andamento. Assim, a Anvisa concede o registro provisório para a empresa desenvolvedora do tratamento sob a condição de receber os dados que forem gerados durante a realização da fase três do estudo clínico, até que o registro definitivo seja aprovado.

Enquadra-se nesse caso um produto inovador para o tratamento da mucopolissacaridose tipo II (MPS II), também conhecida como síndrome de Hunter, uma doença genética degenerativa que provoca dificuldades de locomoção, problemas respiratórios e circulatórios, alterações visuais e auditivas, além de distúrbios neurológicos que, em geral, comprometem o desempenho cognitivo do indivíduo. A pesquisa clínica desse novo medicamento no Brasil está em curso desde 2018 e em processo de análise para aprovação pela Anvisa. Segue o mesmo caminho percorrido no Japão, onde o produto foi aprovado em 2021, estando agora no estágio de conclusão da fase três do estudo clínico.

As novas terapias que estão revolucionando o tratamento das doenças raras mostram o quanto o aprimoramento do ambiente regulatório das pesquisas clínicas é uma meta fundamental para o Brasil, tanto no que se refere à promoção da saúde da população quanto em seu papel de vetor de desenvolvimento econômico e social.

Trata-se de uma meta relevante não somente para que pacientes e médicos brasileiros tenham acesso a medicamentos inovadores simultaneamente com os principais mercados farmacêuticos e polos de saúde do mundo. É um objetivo estratégico para o desenvolvimento do complexo econômico da saúde no país - uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - ao atrair investimento financeiro e intelectual de origem nacional e internacional e dar a cientistas, pesquisadores e centros médico-hospitalares que atuam no país a oportunidade de participar de projetos de ponta, gerando no Brasil conhecimento científico, farmacêutico e biotecnológico. E o mais importante: salvando vidas.

Nelson Mussolini - Presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) e membro titular do Conselho Nacional de Saúde (CNS)

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 16 Junho 2023 08:03

CLIPPING AHPACEG 16/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Entenda o porquê de os planos de saúde terem recebido aumento tão grande

Piso da enfermagem: Barroso e Mendes preveem negociação coletiva prévia no setor privado

Fim da gotinha? Saúde quer substituir vacina de reforço da pólio por dose injetável

Governo de SP confirma quarta morte por febre maculosa

Estudante de medicina morre após ser internada por tromboembolismo pulmonar

Hapvida NotreDame Intermédica e Senai Ceará lançam detector de frequência cardíaca fetal

A responsabilidade civil do médico pela prescrição de medicamentos off-label

Embriões humanos são criados sem óvulo e espermatozoide

Etarismo dificulta inserção de 50+ no mercado de trabalho

SEU CRÉDITO DIGITAL

Entenda o porquê de os planos de saúde terem recebido aumento tão grande

Com o aumento significativo do custo de planos de saúde, questiona-se muito o motivo para esses reajustes. Entenda aqui!


A cada ano, os usuários de planos de saúde se deparam com aumentos expressivos nos valores pagos. A partir disso, muitos questionam os motivos por trás desses reajustes e como isso impacta no bolso dos brasileiros.

De acordo com Emilio Puschmann, CEO da Amparo Saúde, primeira rede privada e independente de centros de (APS) no Brasil, existem diversos motivos que levam a esses aumentos. A explicação foi dada ao portal Saúde Business.

Assim, para entender melhor essa questão, vamos analisar alguns fatores que influenciam diretamente nos preços cada vez mais altos dos convênios.

Motivos para reajustes de planos de saúde

Um deles é o excesso de exames solicitados, muitos dos quais são desnecessários e geram gastos adicionais para as operadoras. Além disso, com a falta de um prontuário médico integrado, muitos acabam sendo repetidos, causando custos desnecessários.


Outro problema apontado por Puschmann são as internações e consultas prescindíveis. Estima-se que 30% dos gastos no Brasil com saúde correspondam a internações dispensáveis e fraudes nos convênios. Ademais, cerca de 80% das queixas dos pacientes têm solução com uma visita ao médico de família, sem a necessidade de ir a um pronto-socorro.

ANS autorizou reajuste para 2023

No último levantamento da (ANS), constatou-se que as empresas de planos de saúde tiveram um prejuízo operacional de R$ 11,7 bilhões em 2022. Portanto, isso reforçou a necessidade de adequação.

Assim, a ANS anunciou, na última segunda-feira (12), um aumento de 9,63%. Porém, no caso dos planos coletivos e por adesão, que não possuem teto de reajuste definido pela Agência, o acréscimo pode ultrapassar os 20%.

O percentual dos planos individuais e familiares é divulgado anualmente pela ANS, entre maio e junho, e vale para o período de maio de 2023 a abril de 2024. A fórmula usada para calcular a mudança leva em consideração a variação das despesas em saúde, ganhos de eficiência, a variação da receita por faixa etária e o IPCA/IBGE.

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JOTA INFO

Piso da enfermagem: Barroso e Mendes preveem negociação coletiva prévia no setor privado


Na retomada do julgamento do piso da enfermagem no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso juntou um voto complementar conjunto com o decano Gilmar Mendes um movimento inédito na Corte em que são previstas diversas diretrizes para a implementação da remuneração prevista pela Lei 14.434/2022. Além disso, os ministros fecham a porta para futuros pisos nacionais de outras categorias. Minutos depois, o julgamento foi interrompido pelo pedido de vista de Dias Toffoli.

O voto conjunto de Barroso e Mendes prevê uma regra importante para o pagamento do piso da enfermagem no setor privado. De acordo com os ministros, a implementação do piso nacional da enfermagem deverá ser precedida de negociação coletiva entre as partes, como exigência procedimental imprescindível, levando em conta a preocupação com demissões em massa ou prejuízos para os serviços de saúde. Leia a íntegra do voto conjunto de Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes.

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A ideia é admitir acordos, contratos e convenções coletivas que versem sobre o piso salarial previsto na Lei nº 14.434/2022, a fim de possibilitar a adequação do piso salarial à realidade dos diferentes hospitais e entidades de saúde pelo país. Atenua-se, assim, o risco de externalidades negativas, especialmente demissões em massa e prejuízo aos serviços de saúde, escrevem os ministros.



Se não houver acordo em 60 dias contados da data da publicação da ata do julgamento do STF, incidirá o aumento previsto na lei do piso da enfermagem.

Aplicação do piso da enfermagem para servidores estaduais e municipais

Já para os servidores públicos dos estados, Distrito Federal, municípios e de suas autarquias e fundações, bem como aos profissionais contratados por entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo SUS, a implementação da diferença remuneratória resultante do piso nacional da enfermagem deve ocorrer na extensão do quanto disponibilizado, a título de assistência financeira complementar, pelo orçamento da União.

Diante de um quadro de insuficiência de assistência financeira, a União terá o dever de providenciar crédito suplementar. Não sendo tomada tal providência, não será exigível o pagamento por parte de Estados e Municípios e suas instrumentalidades, preveem os dois ministros.

Barroso e Mendes também escrevem que, uma vez disponibilizados os recursos financeiros suficientes, o pagamento do piso da enfermagem deverá ser proporcional nos casos de carga horária inferior a 8 horas de trabalho por dia ou 44 horas semanais.

Aplicação do piso da enfermagem para servidores da União

Já em relação aos servidores públicos civis da União, autarquias e fundações públicas federais, a implementação do piso salarial nacional deve ocorrer na forma prevista na Lei 14.434/2022.

Barroso e Mendes também externaram o entendimento de que há uma inconstitucionalização progressiva da fixação de pisos salariais nacionais. Em casos anteriores, envolvendo professores e agentes de saúde, tendo em vista, inclusive, o aporte de recursos pela União Federal, o Tribunal atuou de maneira deferente ao poder de conformação legislativa do Congresso Nacional. Porém, é importante deixar consignado que a generalização de pisos salariais nacionais coloca em risco grave o princípio federativo, que assegura a autonomia política, administrativa e financeira dos entes subnacionais (CF, arts. 1º, caput , 18, 25, 30 e 60 § 4º), e a livre-iniciativa, princípio fundamental e estruturante da ordem econômica (CF, arts. 1º, IV e 170, caput ). Por isso mesmo, outras iniciativas nessa direção passarão a ser vistas como potencialmente incompatíveis com a Constituição, escrevem os dois.

O voto divergente de Edson Fachin

O ministro Edson Fachin já havia votado para que o piso da enfermagem seja aplicado imediatamente. Ele argumenta que como a discussão envolve negociação sobre piso salarial, cuja previsão constitucional está expressa e, sem reserva legal, tem-se a impossibilidade de que a negociação coletiva sobreponha-se à vontade do legislador constituinte e ordinário, no particular.

A liberdade do empregador, seja ele um ente público ou uma empresa privada, quanto à restrição de direitos fundamentais dos cidadãos trabalhadores, está vinculada e comprometida com a noção de que a concretização dos direitos fundamentais requer a manutenção da rede de proteção social deferida ao cidadão-trabalhador, haja vista que, ausente valor constitucional que fundamente a restrição a um direito fundamental, as medidas restritivas, como é o caso da flexibilização do valor nacional do piso salarial, implicariam desfazimento do sistema constitucional de garantia de direitos sociais trabalhistas, que, em razão de sua condução à elevação da pessoa humana e de sua vida em sociedade, deve servir de orientação à atuação do Estado, escreveu Fachin. Leia a íntegra do voto.

O ministro pontua que medidas flexibilizadoras implicariam desfazimento do sistema constitucional de garantia de direitos sociais trabalhistas, e de esvaziamento da orientação à atuação negocial coletiva.

Histórico do piso da enfermagem

Em 12 de maio, Dia Internacional da Enfermagem, o Ministério da Saúde publicou uma portaria definindo o rateio de recursos para financiar o piso nacional da enfermagem nos estados e municípios. A publicação da norma em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) ocorreu horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionar o PLN 5/2023, que liberava R$ 7,3 bilhões para custear o piso da categoria.

Mas a Confederação Nacional de Municípios (CNM) argumenta que embora haja previsão de repasse de recursos aos municípios, os valores projetados se mostram insuficientes, uma vez que estudos realizados e juntados ao processo pela entidade demonstram que apenas na esfera municipal o impacto financeiro seria de R$ 10,5 bilhões.

Os valores do piso

O piso nacional da enfermagem foi estabelecido em R$ 4.750 para os profissionais de enfermagem; R$ 3.325 para os técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras. O piso se aplica tanto para trabalhadores dos setores público e privado.

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ISTOÉ

Fim da gotinha? Saúde quer substituir vacina de reforço da pólio por dose injetável

O Ministério da Saúde quer substituir a gotinha usada no reforço da vacina da poliomielite para um esquema totalmente injetável. A pasta pautará o tema em uma reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização em julho. Atualmente, o esquema vacinal da pólio já utiliza três doses injetáveis e apenas o reforço é feito com as gotinhas. A justificativa é alinhar a rotina vacinal brasileira com o que é recomendado por organizações internacionais e reduzir a circulação do vírus.

A transição para o esquema total injetável já vinha sendo feita de forma gradual e, de acordo com fontes, a pasta pretende colocar a mudança totalmente em prática a partir do ano que vem. Ainda que as doses orais sejam substituídas, integrantes do ministério garantem que o mascote "Zé Gotinha" continuará sendo o símbolo do Programa Nacional de Imunizações.

A pasta tem ampliado a participação do personagem em eventos para reforçá-lo como símbolo de todas as campanhas de vacinação feitas pela pasta.
A intenção do Ministério da Saúde de substituir as gotinhas foi antecipada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão.

A visão é de que a extinção das gotinhas é uma recomendação científica consistente e significaria um avanço no sentido de interromper a circulação do vírus no país. Isso porque, enquanto a versão injetável utiliza o vírus inativado, as gotinhas utilizam uma versão atenuada do vírus, que acaba voltando para o meio ambiente por meio das fezes das crianças. Atualmente, o esquema vacinal contra pólio é ministrado aos dois, quatro e seis meses de vida por meio de uma injeção e, depois, reforçado aos 15 meses e aos 4 anos com as doses orais.

Apesar da tendência de mudança, a supressão das gotinhas é objeto de ponderações. Ainda que parte dos especialistas considerem a transição natural, há aqueles que destacam a possibilidade de que a utilização de doses injetáveis possa derrubar ainda mais a cobertura vacinal.

No ano passado, a cobertura vacinal contra a doença ficou na casa de 77,1%, bem distante da meta de 95%.
Outro fator preponderante, é a dificuldade de obter número suficiente de doses injetáveis no mercado. Integrantes do Ministério da Saúde afirmam, no entanto, que esse não seria um obstáculo já que as negociações começariam em tempo hábil.

Especialistas destacam que embora haja recomendação de organismos internacionais para transição, há ressalva de que a mudança seja feita com cautela, considerando inclusive os índices atuais de cobertura. "A retirada do uso da pólio oral é um tema ainda controverso e que divide opiniões. A própria OMS entende que os países devem ter muito cuidado na suspensão do uso da gotinha oral especialmente nos lugares onde a cobertura oral com vacina injetável não é boa, que é o nosso caso. No primeiro ano de vida temos só 70% das crianças com três doses. Corre o risco de reduzir mais ainda essa cobertura vacinal. Por outro lado, continuar usando pólio oral continua colocando vírus vivos no ambiente e correndo risco deles sofrerem mutações e causar paralisia também.
É um tema controverso, que divide opinião de especialistas e o cenário precisa ser debatido com muita profundidade num país tão diverso quanto o nosso, com tantas realidades de coberturas vacinais como a nossa", pondera Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações e membro da CTAI.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que as estratégias de vacinação adotadas no Brasil, assim como os imunizantes indicados para cada público, levam em conta o avanço tecnológico do setor e novas evidências científicas, sempre discutidos no âmbito da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI). "A substituição da vacina oral contra a poliomielite por uma versão mais aprimorada do imunizante deve ocorrer gradualmente a partir do próximo ano e após avaliação da CTAI"

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O HOJE

Governo de SP confirma quarta morte por febre maculosa

Adolescente de 16 anos esteve na Fazenda Santa Margarida

O Instituto Adolfo Lutz confirmou o diagnóstico de febre maculosa da adolescente de 16 anos, moradora de Campinas, que faleceu na terça-feira (13). No dia 27 de maio ela esteve no evento na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, local provável de infecção, onde outras três pessoas estiveram antes de morrerem esta semana em decorrência da doença.

Segundo a Secretaria de Saúde de Campinas, com as quatro mortes pela doença, a situação já se configura como um surto localizado. O distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para febre maculosa.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, em 2023, foram registrados 17 casos de febre maculosa com oito óbitos, incluindo os quatro confirmados desde segunda-feira (12) e que estiveram no mesmo evento. Em 2022, foram registrados 63 casos, com 44 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 87 casos e 48 óbitos.

Alerta

O alerta da secretaria estadual é para que as pessoas que estiveram na Fazenda Santa Margarida no período de 27 de maio a 11 de junho e apresentarem febre e dor pelo corpo, dor cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo, procure atendimento médico imediatamente e informe ao médico que estiveram na região.

A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia é transmitida pela picada do carrapato. O período de incubação da Febre Maculosa é de 2 a 14 dias, então o correto é considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.

Entre os cuidados a serem tomados para diminuir os riscos de contrair a doença então verificar frequentemente se há algum carrapato preso ao corpo, usar roupas claras e com manga longa, calça comprida e sapato fechado. Para retirar um carrapato da pele, seja de um humano ou de um animal, é preciso utilizar uma pinça delicadamente, torcendo o parasita até que a boca saia da pele. Isso porque a bactéria que causa a doença está na saliva e se ele for apertado ou esmagado, pode inocular mais saliva e assim aumentar o contato da vítima com a bactéria.

A doença não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Em humanos, a enfermidade caracteriza-se por febre e máculas (manchas) vermelhas no corpo. Além disso, há sinais de fraqueza, dor de cabeça, muscular e nas articulações, tudo de início súbito.

Se não for tratada, a doença pode levar à morte rapidamente. Se diagnosticada rapidamente e tratada com antibiótico específico nos três dias iniciais de manifestações clínicas, a doença tem cura. Porém, depois que a bactéria se espalha pelas células que formam os vasos sanguíneos, o caso pode se tornar irreversível.

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Estudante de medicina morre após ser internada por tromboembolismo pulmonar

O pai de Samya ainda relatou que, com o quadro agravado pelas paradas cardíacas e a falta de oxigênio no cérebro, a jovem ficou um mês internada na UTI.

Estudante de medicina de 22 morre nesta quarta-feira (14/6), após ter ficado um mês internada em Goiânia por conta de um tromboembolismo pulmonar. Samya Bucar era natural de Guaraí, no Tocantins, mas vivia em Goiás há mais de 3 anos, ela estava prestes a terminar a faculdade, concluído o curso no próximo ano. De acordo com o pai da estudante, Sebastião Bucar, a jovem chegou a ter sete paradas cardíacas no dia em que foi internada. Ele também declarou que a filha não tinha nenhuma doença ou fator de risco preexistente.

Samya estava cursando medicina em uma universidade particular de Goiás. Ela estudava em Goianésia, onde também morava com o filho de 2 anos e 3 meses e o companheiro, pai da criança.

Ao g1, Sebastião contou que a filha havia passado mal no dia 17 de maio em Anápolis, onde fazia o internato de medicina. Ela foi internada na cidade, depois de dois dias Samya foi levada para um hospital particular de Goiânia, dando entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave.

O pai de Samya ainda relatou que, com o quadro agravado pelas paradas cardíacas e a falta de oxigênio no cérebro, a jovem ficou um mês internada na UTI.

A estudante teve a morte constatada na quarta-feira (14/6). O corpo dela chegou em Guaraí, na madrugada desta quinta-feira (15/6), onde é velada. O sepultamento está previsto para às 9h desta sexta-feira (16/6).

A universidade de Rio Verde se manifestou pesar pela morte da jovem, por meio de nota:

“O Reitor da Universidade de Rio Verde – UniRV, professor Alberto Barella Netto, em nome da Reitoria e de toda a comunidade acadêmica, manifesta pesar pelo falecimento da acadêmica do 10º período da Faculdade de Medicina, Campus Goianésia, Samya Coelho Brito Bucar, ocorrido nesta quarta-feira, dia 14 de junho.

Neste momento de dor, a UniRV manifesta a sua solidariedade aos familiares e amigos e roga a Deus para que possa lhes trazer conforto.”

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ESPAÇO LIVRE

Hapvida NotreDame Intermédica e Senai Ceará lançam detector de frequência cardíaca fetal


Com uma tecnologia 100% brasileira e o objetivo de identificar alterações e prevenir riscos à saúde de bebês e suas mães, o Hapvida NotreDame Intermédica e o Senai Ceará lançaram nesta quarta-feira (7), em São Paulo (SP), um novo detector de frequência cardíaca fetal com machine learning integrado para identificar alterações súbitas como as relacionadas a taquicardia, bradicardia e desacelerações tardias.

Com a transmissão de dados e análise do sinal da atividade cardíaca fetal em tempo real, o detector permite que as equipes médicas avaliem com maior suporte a saúde do bebê e tomem medidas necessárias para prevenir possíveis complicações, oferecendo, assim, confiança e tranquilidade tanto para a mãe quanto para os profissionais envolvidos no acompanhamento da gestação. A tecnologia foi consolidada após pesquisas científicas rigorosas e desenvolvimento compartilhado, atendendo a todos os requisitos da Anvisa para registro oficial do equipamento, detalha Denise Cordeiro, diretora-médica de ginecologia e obstetrícia do Hapvida NotreDame Intermédica.

Outro diferencial do detector é a capacidade de inteligência artificial maior, permitindo que gestantes em localidades distantes dos grandes centros sejam acompanhadas em tempo real e remotamente por especialistas em qualquer lugar do país, eliminando o tempo de espera por diagnósticos e prescrição de tratamento médico.

Durante o lançamento, o vice-presidente de Operações do Hapvida NotreDame Intermédica, Anderson Nascimento, ressaltou o objetivo primordial da companhia de garantir um atendimento de qualidade e permitir que cada vez mais pessoas tenham acesso à saúde. "Nossa luta diária é justamente para garantir isso. E nesse sentido o novo detector de frequência fetal tem papel fundamental no âmbito da saúde obstétrica."

O equipamento já está em uso em mais de 25 maternidades da rede hospitalar da operadora de saúde, e teve pedido de patente apresentado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial. O DFCF-22 Anteparto está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e três empresas já negociam a sua produção em escala industrial.

Produção nacional em parceria com o Senai Ceará

O diretor de engenharia do Hapvida NotreDame Intermédica, Marcelo Fontenele, explica que o desafio era desenvolver um detector de frequência cardíaca fetal com machine learning e que tivesse preço mais acessível a soluções similares no mercado. "Então, propusemos esse desafio ao Senai Ceará e conseguimos um equipamento com tecnologia ainda mais precisa do que prevíamos a um décimo do custo do mercado.

O funcionamento da parte técnica do dispositivo é explicada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Ricardo Cavalcante, a quem o Senai Ceará está ligado. "O dispositivo apresenta internamente duas placas eletrônicas. O sinal obtido na primeira placa passa por processo de amplificação para que seja possível o profissional de saúde ouvir o resultado da contração ventricular do coração do bebê. Já na segunda placa, acontecem as etapas de processamento e tratamento do sinal."

Na prática, segundo Marcelo Fontenele, a emissão do sinal do detector é o grande diferencial: Isso é possível devido à interoperabilidade do aparelho com diversas tecnologias. Os dados processados da atividade cardíaca fetal são enviados via wi-fi para que seja possível o monitoramento e armazenamento em prontuário eletrônico, além de outras finalidades clínicas. Como exemplo, uma mãe no interior da Bahia poderá ter os dados do seu exame integrados a um prontuário eletrônico acompanhado por especialistas em outras cidades, como Salvador, Rio ou São Paulo, à distância. Alia-se a isso, a detecção de padrões incomuns que podem ser riscos de taquicardia, braquicardia e desacelerações tardias.

Outra novidade em relação ao equipamento está na relação custo-benefício. O DFCF-22 custa um décimo do valor de um modelo similar. O equipamento traz mais tecnologia embarcada e capacidade de predição e projeção de cenários a um custo de R$ 2,7 mil - 91% inferior ao de equipamentos similares, que não saem por menos de R$ 30 mil.

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PORTAL VARADA

A responsabilidade civil do médico pela prescrição de medicamentos off-label

Ana Paula Oriola De Raeffray*

Franco Mauro Russo Brugioni*

A responsabilidade civil dos médicos e empresas farmacêuticas pela prescrição de medicamentos off-label é um tema complexo e relevante no campo da saúde. A prescrição off-label ocorre quando um medicamento é utilizado de uma maneira não aprovada pelas autoridades regulatórias, seja por indicação de dose, via de administração, faixa etária ou condição clínica diferente daquelas para as quais o medicamento foi originalmente aprovado.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define o uso off-label como o de medicamento, material ou qualquer outra espécie de tecnologia em saúde, para indicação que não está descrita na bula ou manual registrado na ANVISA ou disponibilizado pelo fabricante (artigo 4º, X, da RN 465/2021).

A própria ANS, na mesma RN 465/2021, permite às operadoras de planos de saúde suplementar excluir do âmbito da cobertura contratual os tratamentos off-label, com exceção aos casos nos quais houver aprovação de sua disponibilização no Sistema Único de Saúde (SUS), nos moldes definidos no disposto no inciso I do parágrafo único do art. 19-T da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, incluído pela Lei nº 14.313, de 21 de março de 2022, e dos §§ 6& amp; amp; ordm; e 7º do art. 15 do Decreto nº 7.646, de 21 de dezembro de 2011, incluído pelo Decreto nº 11.161, de 4 de agosto de 2022.

Mesmo assim, o Poder Judiciário tem entendido pela obrigatoriedade da cobertura, sob o argumento de que a negativa, em tais casos, seria abusiva porque caberia exclusivamente ao médico assistente e não à operadora a definição do tratamento mais adequado, ainda que experimental ou off-label (exemplo recente: AgInt no AREsp 2166381/STJ).

Com isso, verifica-se que os médicos acabam desempenhando um papel crucial na prescrição de tratamentos off-label, pois têm a autoridade - referendada pelo próprio Poder Judiciário - de decidir quais são apropriados para os seus pacientes. Nesse ponto, é que surge a responsabilidade, cuja modalidade aqui tratada é a civil.

A responsabilidade civil dos médicos, pela prescrição off-label - que ficou ainda mais evidenciada por tal prática para o tratamento de COVID-19, pode surgir, em situações em que o paciente venha a sofrer danos, como resultado do uso do medicamento fora das indicações aprovadas. Isso pode incluir reações adversas graves, agravamento da condição médica, efeitos colaterais imprevistos ou, até mesmo, a falta de eficácia do tratamento.

Comprovando-se a prescrição médica sem evidências científicas sólidas que sustentem a sua eficácia, o dano causado ao paciente e o nexo de causalidade entre a prescrição e o dano, estará configurada a situação de imprudência, negligência ou imperícia a demonstrar ato ilícito indenizável e, portanto, responsabilização civil.

Por isso, é de suma importância que os médicos baseiem-se em evidências científicas robustas que sustentem a eficácia e a segurança do uso off-label, bem como a obtenção do consentimento informado do paciente.

*Ana Paula Oriola de Raeffray - advogada, sócia do escritório Raeffray Brugioni. Doutora em Direito pela PUC-SP. Vice-presidente do Instituto de Previdência Complementar e Saúde Suplementar - IPCOM. Membro e Diretora Científica da Academia Brasileira de Direito da Seguridade Social. Membro Titular da Câmara de Recursos da Previdência

Complementar - CRPC.

*Franco Mauro Russo Brugioni - advogado, sócio do escritório Raeffray Brugioni. MBA em Gestão e Business Law pela Fundação Getúlio Vargas - FGV. Relator Vice-Presidente da Terceira Turma Disciplinar do Tribunal de Ética Disciplinar da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo.

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JORNAL OPÇÃO

Embriões humanos são criados sem óvulo e espermatozoide

A descoberta contribuem ara descobrir a causa biológica dos abortos espontâneos

Embriões humanos sintéticos foram desenvolvidos pelos cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos.

A descoberta representam uma conquista histórica na ciência, contribuindo com pesquisas sobre distúrbios genéticos raros e causas biológicas que levam mulheres a sofrerem abortos espontâneos.

Oe embriões se assemelham aos dos primeiros estágios do desenvolvimento humano, mas ainda, não tem cérebro ou um coração, mas incluem células que formam a placenta, o saco vitelino e o próprio embrião.

A descoberta foi apresentada na última quarta-feira, 14, em uma reunião da Sociedade Internacional para Pesquisa de Células-Tronco em Boston, nos EUA.

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AGÊNCIA BRASIL

Etarismo dificulta inserção de 50+ no mercado de trabalho

Uma pesquisa da empresa Ernst & Young e a agência Maturi de 2022, realizada em quase 200 empresas no Brasil, mostrou o perfil do mercado de trabalho para pessoas com mais de 50 anos. A maioria das companhias pesquisadas tem de 6% a 10% de pessoas com mais de 50 anos em seu quadro funcional. Segundo o estudo, 78% das empresas consideram-se etaristas e têm barreiras para contratação de trabalhadores nessa faixa de idade.

A Ernst & Young é especializada em auditorias, impostos e consultoria e a agência Maturi, em treinamento de profissionais com mais de 50 anos e conexão com empresas interessadas na contratação dessas pessoas. A Maturi conta atualmente com mais de 200 mil profissionais e cerca de 750 companhias parceiras cadastrados na sua base.

O envelhecimento da força de trabalho no país é um desafio que o Brasil terá que enfrentar. Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo Ernst & Young e Maturi, revelou que, de 2012 a 2019, a parcela da população com mais de 50 anos saiu de 23% para 28%. Estimativas indicam que até 2040 seis em cada dez trabalhadores brasileiros terão mais de 45 anos de idade. Os números do IBGE mostram que, em 17 milhões de famílias brasileiras, o sustento econômico fica por conta de pessoas com mais de 60 anos.

O fundador da agência Maturi, Mórris Litvak, disse que no início ela se chamava MaturiJobs, mas, com o tempo, foi ampliando suas ações e, desde 2020, é conhecida por Maturi. “Maturi é muito mais do que Jobs porque a gente fala também de empreendedorismo, muitas formas de trabalho. E ainda tem todo o desafio de mudar essa cultura das empresas, porque o número de vagas ainda é pequeno”, afirmou Litvak, em entrevista ao repórter Vladimir Platonov da TV Brasil.

Segundo Litvak, a dificuldade de inserção no mercado de trabalho pode partir da própria pessoa, que se considera velha para procurar emprego. “Existe muito o que a gente chama de autoetarismo, que é a pessoa com preconceito até com a própria idade, por se achar velha e achar que aprender a fazer algo é coisa de jovem. O autopreconceito também é um erro porque hoje, vive-se muito [e a pessoa] não pode se limitar. Pelo contrário, juntar as experiências pode ser um grande diferencial”, afirmou.

Para ele, o mercado de trabalho brasileiro não está preparado para a demanda, que é cada vez maior, diante do envelhecimento populacional e da expectativa de vida, que vem aumentando.

“O preconceito ainda é muito forte no mercado de trabalho. É uma coisa que faz parte da nossa cultura como um todo, mas no mercado de trabalho, é ainda pior. O que precisa ser feito é educar. Muito a gente faz na Maturi: sensibilização, conscientização sobre o tema para entenderem a importância e até urgência de mudar essa cultura etarista e como isso pode ser benéfico para a empresa”, afirmou. Litvak disse que a conscientização pode ser até uma questão estratégica para as companhias.

O consultor destacou que o perfil do profissional com mais de 50 anos é de maturidade e foco no trabalho, além da experiência de vida. “Normalmente, pessoas com esta idade já têm filhos criados, têm sua casa e estão trabalhando por propósito e valorizam muito a oportunidade que têm. É uma grande vantagem e acaba sendo um exemplo para os mais jovens.”

Ele contou que começou a dar mais atenção à questão ao observar o comportamento da avó, que trabalhou até idade avançada e era muito ativa. “Estava muito bem enquanto trabalhava, aos 82 anos, Quando parou, a saúde dela decaiu muito. Eu já tinha feito trabalho voluntário em casa de repouso e me interessava pelo assunto. Comecei a estudar, descobri que o mundo estava envelhecendo, o Brasil, mais rápido, e pouco se falava sobre isso dez anos para trás.”, Litvak ressaltou que a questão de trabalho provocava uma dor muito grande no sentido de que a idade pesava para as pessoas se manterem ou se recolocarem no mercado de trabalho.

Empregadores

Desde o ano passado, a rede de supermercados Assaí Atacadista tem um Programa 50+, criado com o objetivo de “ampliar a faixa etária de inclusão e estender o programa a todas as áreas da companhia, visando aumentar a empregabilidade dos(as) profissionais 50+, além de desenvolver suas habilidades e competências de forma contínua”.

Além do programa, o Assaí desenvolve ações para manter um banco de talentos na plataforma Gupy, que é destinada às inscrições de talentos 50+. Junto a isso, o grupo também faz ‘campanhas e ações de letramento, treinamentos, sensibilizações e conscientização a todos(as) os(as) seus(suas) colaboradores(as), que geram aprendizagem e contribuem para o combate ao preconceito e à discriminação”.

Conforme dados da rede de supermercados, na passagem de 2020 para 2022, o número de colaboradores com mais de 50 anos no quadro funcional da empresa aumentou 90%.

A gerente do Departamento de Pessoal dos Supermercados Super Pax Rede Economia, Raquel Araújo, disse que a empresa não tem uma política específica para contratar pessoas com mais de 50 anos, mas emprega muitos profissionais nesta faixa de idade. “Elas vêm com uma bagagem diferente, outra perspectiva, outro comprometimento”, disse à Agência Brasil.

Segundo Raquel, muitos clientes se identificam com colaboradores mais experientes, e a empresa fica bem-vista no mercado. Ao mesmo tempo, a convivência com os empregados mais jovens resulta em uma troca de experiências que agrada às duas partes. “Nessa troca de experiências, os jovens aprendem algumas coisas, levam outras e fica muito legal”, completou, informando que a rede tem nove lojas nas regiões norte e oeste da capital do Rio de Janeiro.

A Secretaria de Estado de Trabalho e Renda do governo do Rio de Janeiro tem um programa que orienta empresas no processo de contratação de pessoas com mais de 50 anos, mas, no momento, não está em atividade.

Na prefeitura do Rio, a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda gerencia o banco de empregos que recebe currículos de candidatos de diversas idades. A pasta tem ainda uma lista com empresas parceiras que informam de quais profissionais e especializações estão precisando para contratação. Para a secretaria, a troca de informações resulta em um grau de inserção bem-sucedido.

Para este ano, a secretaria prepara o lançamento de um projeto piloto de fomento ao empreendedorismo 60+, que, em princípio, vai atender 40 idosos.

“Com a crescente demanda de empresas por trabalhadores com perfil 50+ estamos trabalhando para aumentar a captação de vagas para este público em nossas empresas parceiras. Inserimos no nosso plano de trabalho para 2023/2024 o recorte etário no rol de novos projetos de empregabilidade. Já temos casos de sucesso nesta faixa etária, mas agora queremos escalar, começando com um projeto piloto em parceria com o Instituto Besouro de Fomento ao Empreendedorismo 60+, atendendo inicialmente 40 profissionais”, informou o secretário Everton Gomes à Agência Brasil.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 15 Junho 2023 08:35

CLIPPING AHPACEG 15/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ginecologista é condenado a 277 anos de prisão por estuprar 21 mulheres em GO

As boas práticas da esterilização

Mais Médicos: Câmara aprova MP que prevê incentivo a profissionais

Saúde atualiza para 53 os casos de febre maculosa, com 8 mortes

Câmara dos Deputados, em Brasília, debate assistência oftalmológica no SUS

Pesquisa aponta que 92% dos celulares estão contaminados por fungos e bactérias

Unimed pede suspensão do pagamento do piso salarial; entenda

Cirurgias robóticas tornam procedimentos menos invasivos e ajudam na recuperação de pacientes em Passo Fundo

JORNAL NACIONAL

Ginecologista é condenado a 277 anos de prisão por estuprar 21 mulheres em GO

https://g1.globo.com/jornal-nacional/playlist/jornal-nacional-ultimos-videos.ghtml#video-11700787-id

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DIÁRIO DA MANHÃ


As boas práticas da esterilização

A Resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que trata das boas práticas para a esterilização de materiais usados em serviços de saúde, será debatida nesta sexta-feira, 16, das 8 às 11h30, no Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg). Com foco na segurança dos pacientes e trabalhadores, o evento será realizado na sede do Sindhoesg, no Centro, e vai reunir enfermeiros das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar de hospitais filiados ao Sindicato, presidido pelo médico Valney Luiz da Rocha.

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A REDAÇÃO

Mais Médicos: Câmara aprova MP que prevê incentivo a profissionais

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14/6) a Medida Provisória 1165/23, que muda o programa Mais Médicos e abre a possibilidade de prorrogação de contratos e pagamento de indenizações para incentivar a atuação de profissionais em áreas de difícil fixação. Agora a MP segue para votação no Senado.

O parecer da relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), prevê que o médico intercambista (que tem registro profissional somente no exterior) poderá participar do programa por quatro anos sem necessidade de revalidar o diploma. Antes, o período permitido era de três anos.

A regra poderá ser aplicada à recontratação de médicos que participaram do programa até dezembro de 2022, independentemente do período de atuação. Quem participou do Mais Médicos por mais de quatro anos só poderá ser recontratado com revalidação do diploma.

Sobre o Revalida, exame exigido para obtenção do registro para exercer a medicina no Brasil para os formados no exterior, passará a ter periodicidade de quatro em quatro meses, e não mais semestral.

Os deputados do governo e da oposição chegaram a um acordo para aprovação de um destaque do PL para retirada de trecho que permitiria, aos candidatos aprovados em avaliações periódicas referentes ao período de 48 meses de atuação, terem dispensa da prova prática de habilidades clínicas. Com isso, esses candidatos terão de continuar a passar pelo exame prático.

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Saúde atualiza para 53 os casos de febre maculosa, com 8 mortes

O Ministério da Saúde atualizou, nesta quarta-feira (14/6), para 53 o número de casos de febre maculosa confirmados este ano no país, com oito mortes registradas. Todos os óbitos ocorreram na Região Sudeste -- seis em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. Quanto ao número de casos, a maior concentração de ocorrências é verificada nas regiões Sudeste (30) e Sul (17). 

Segundo a pasta, no geral, os casos aparecem de maneira esporádica. A transmissão da febre maculosa ocorre somente por meio do contato com o carrapato estrela infectado pela bactéria do gênero Rickettsia. Não há, portanto, transmissão de pessoa para pessoa. “O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos”, alerta o ministério.

De acordo com a pasta, assim que surgem os primeiros sintomas, o paciente deve procurar as unidades de saúde para avaliação médica e tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O ministério informa que tem promovido ações recorrentes de capacitação direcionadas às vigilâncias estaduais e municipais, envolvendo profissionais da vigilância e da atenção à saúde.

Em nota, a pasta informa que está sendo usado um medicamento antimicrobiano para tratar a febre maculosa e que todas as unidades federativas estão abastecidas com os remédios prioritários para o tratar a doença, incluindo São Paulo. A nota diz ainda que dispõe de estoque estratégico para envio de novas remessas aos estados que precisarem.

Campinas

Sobre o surto de febre maculosa em Campinas, interior de São Paulo, o ministério diz que mantém contato com o estado para acompanhamento das ações de vigilância e assistência. Segundo a pasta, o município é área endêmica, e o período sazonal para a doença vai de maio a setembro.

Para áreas consideradas de risco, o ministério recomenda o uso de roupas que cubram todo o corpo, priorizando calças, blusas ou camisetas com mangas compridas e sapatos fechados. Além disso, são indicadas roupas de cores claras para que os carrapatos sejam vistos com mais facilidade pelo corpo.

“Examine o corpo com frequência -- quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menores as chances de infecções. Caso um animal esteja infestado por carrapatos, procure orientação de um médico veterinário”, diz a nota.

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Câmara dos Deputados, em Brasília, debate assistência oftalmológica no SUS

Em todo o mundo, aproximadamente 3% da população possui deficiência visual moderada, grave ou cegueira. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ressaltam a necessidade de pensar em políticas públicas que forneçam a todas as pessoas um tratamento justo e adequado. O assunto é um dos temas que será tratado nesta quinta-feira (15/6) durante o VII Fórum Nacional de Saúde Ocular, que será realizado no Congresso Nacional, em Brasília.

O evento é promovido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pela Câmara dos Deputados, com apoio da Frente Parlamentar Mista da Saúde (FPMS), que tem o deputado goiano Zacharias Calil (União/Goiás) como presidente.  

A estimativa do CBO é que doenças oculares severas atinjam cerca de 5 milhões de brasileiros, com destaque para o público idoso incluindo problemas irreversíveis de visão como o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). “O Fórum deve reunir mais de 100 profissionais entre médicos, parlamentares e gestores para discutir os avanços das políticas públicas de atenção à saúde ocular. O Congresso Nacional foi renovado e muitos parlamentares estão estreando na vida pública e possuem poucas informações sobre o impacto social e econômico do tema”, explica Zacharias.  

O encontro tem como objetivo estimular o debate sobre o aperfeiçoamento da assistência oftalmológica no país junto aos deputados federais, senadores e gestores públicos e privados.  “Decisões importantes sobre o acesso da população brasileira aos cuidados com a saúde ocular acontecem no Poder Legislativo. Por isso, é fundamental que deputados e senadores estejam a par das tendências em médio e longo prazo das causas de baixa visão e cegueira e das possíveis alternativas para ampliação do acesso da população ao atendimento oftalmológico”, completa o presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino.  

Confira programação:  

- 8h30 Abertura - Deputado Federal Dr. Zacarias Calil, Dr. Cristiano Caixeta Umbelino, Dr. Marcos Ávila 

- 8h45 - Apresentações do Ministério da Saúde, CONASS e CONASEMS 

- 9h15 - As condições de saúde ocular no Brasil - Dr. Frederico Valadares de Souza Pena 

- 9h40 - Oftalmologia no Brasil: quantos somos e onde estamos - Dra. Wilma Lélis Barboza 

- 10h05 - A assistência oftalmológica no SUS hoje - Dr. Marcos Ávila 

- 10h30 - A proposta da Oftalmologia Brasileira - Dr. Cristiano Caixeta Umbelino 

- 10h55 - Debate 

- 12h - Encerramento

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JORNAL OPÇÃO

Pesquisa aponta que 92% dos celulares estão contaminados por fungos e bactérias

Um em cada seis aparelhos é por uma falta de higiene pessoal

Um recente estudo conduzido pela Universidade de Londres revelou que 92% dos celulares no Reino Unido estão contaminados por microrganismos, sendo que um em cada seis aparelhos apresenta contaminações associadas a uma falta de higiene pessoal.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, há atualmente mais de 249 milhões de celulares em uso. Considerando todos os dispositivos digitais, como computadores, notebooks, smartphones e tablets, o país conta com um total de 464 milhões de aparelhos, o que equivale a uma média de 2,2 dispositivos por habitante.

Utilizamos esses dispositivos para nos comunicar, ouvir música, verificar e-mails, tirar fotos, entre outras atividades. Eles estão presentes em nossas mesas de reunião, na pia do banheiro enquanto tomamos banho, na mesa durante as refeições e, na maior parte do tempo, no nosso bolso.

Além de nós, os seres humanos, outra coisa que também se agarra facilmente aos dispositivos são os fungos, bactérias e vírus, que ajudamos a proliferar em cada superfície diferente em que os colocamos sem uma boa higiene.

Juntamente com maçanetas de portas, xícaras, moedas, botões de fogão e gavetas de geladeira, os aparelhos celulares estão entre os objetos com alto nível de contaminação e são responsáveis pela transmissão de diversos tipos de doenças.

“O celular é um veículo de transporte para os microrganismos, já que nossas mãos estão em contato constante com o ambiente e o aparelho. A manipulação em locais refeições ou até mesmo nos banheiros deveriam ser controladas, sempre realizando a higiene das mãos e do aparelho nesses ambientes, por exemplo antes de uma refeição ou utilização do sanitário”, explica Gabriela Castro, microbiologista da Richet Medicina & Diagnóstico.

Os especialistas também recomendam evitar emprestar seu dispositivo a outras pessoas e realizar uma higienização adequada da tela, da capa que envolve o celular e da parte traseira do aparelho.

Higienizar

As infecções relacionadas a dispositivos celulares ocorrem quando entramos em contato com superfícies que estão contaminadas, como pias de cozinha e banheiro, mesas de refeição e até mesmo bolsos de calças. Ao tocar essas superfícies, transferimos germes para nossos telefones, e quando levamos os dedos à boca, entramos em contato com a saliva e facilitamos a transmissão de patógenos.

Além disso, poeira e sujeira tendem a se acumular nas superfícies dos aparelhos, e a gordura e os ácidos presentes em nossas mãos podem se acumular nos celulares, proporcionando um ambiente propício para o crescimento de bactérias.

De acordo com especialistas, a melhor maneira de evitar esse tipo de contaminação é manter as mãos sempre limpas e higienizadas, além de limpar regularmente o aparelho. Embora não seja possível quantificar o nível de contaminação, é importante ressaltar que a superfície do celular é altamente contaminada.

A higienização adequada pode ser feita utilizando um pano seco para remover mecanicamente as bactérias, seguido de um pano umedecido com álcool isopropílico. Esse produto é eficiente na remoção de quase 100% das bactérias e também é utilizado para limpar placas de celular. No entanto, é importante não utilizar álcool comum, acetona, alvejantes ou produtos à base de sabão.

Embora o álcool tenha propriedades desengordurantes e seja eficaz na remoção de gorduras e sujeiras dos dispositivos, ele também pode ser agressivo, pois pode penetrar em plásticos e telas dos aparelhos, ressecando-os e causando manchas, rachaduras e até mesmo quebras. Outros produtos de limpeza comumente utilizados possuem aditivos alcalinos com pH elevado, que podem reagir negativamente com as superfícies sensíveis dos dispositivos, resultando em manchas e danos adicionais.

“A higienização é simples e pode ser feita com álcool a 70% e um pano. O álcool isopropílico também pode ser utilizado, mas pode não ser de fácil acesso para todos”, destaca a especialista.

É altamente recomendável evitar a aplicação direta de líquidos nas superfícies, pois, embora sejam seguros, eles podem penetrar nos componentes eletrônicos dos equipamentos e causar danos irreversíveis. Portanto, é aconselhável usar lenços e toalhas que geralmente acompanham os produtos para realizar a limpeza.

Os especialistas sugerem que a limpeza de tablets e celulares seja realizada diariamente devido ao acúmulo de gordura corporal, além de ácidos presentes nas mãos e outras sujeiras provenientes da boca e do rosto.

Quanto aos computadores, teclados, notebooks e impressoras, utilizar ar comprimido é uma excelente escolha para a limpeza. Essa abordagem ajudará a remover qualquer acúmulo de poeira e sujeira, e o ar comprimido pode ser direcionado em várias direções, facilitando o processo de higienização. Recomenda-se realizar essa limpeza pelo menos uma vez por semana.

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NA TELINHA

Unimed pede suspensão do pagamento do piso salarial; entenda


O piso salarial da enfermagem já foi suspenso uma vez O pagamento do Piso Salarial da enfermagem ainda tem gerado polêmica. Recentemente, a rede de hospital Unimed requeriu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação do pagamento dos novos valores.

O projeto de lei estava suspenso entre os meses de setembro de 2022 e maio de 2023 conforme decisão do STF. No entanto, este ano, o pagamento voltou ao vigor após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltar atrás.

Na época da decisão, Barroso argumentou que o projeto aprovado por Câmara dos Deputados e Senado não estabelecia de onde sairiam os recursos para arcar com os custos e não previa qual seria o impacto financeiro da medida e por isso deveria ser suspenso.

Segundo a operadora, a portaria que estabelece os critérios de transferência de recursos para o pagamento não é suficiente. - drazen_zigic

A Unimed requeriu que a lei do piso da enfermagem seja suspensa mais uma vez, ao menos para às empresas privadas "até que o Congresso Nacional adote medida suficiente a garantir de forma efetiva e eficaz, a viabilidade financeira" do piso.

A rede de hospitais argumenta que o piso da enfermagem aumentaria os custos da operadora em R$3,48 bilhões ao ano.

"Mostra-se contraditório afirmar que 'suprimir uma competência financeira do Estado viola o princípio federativo, de modo que União não pode criar piso salarial para ser cumprido por outro ente da Federação, sem assumir integralmente o seu financiamento',

e na sequência determinar o cumprimento pelos entes subfederados para com o pagamento do piso salarial, mesmo se constatando que o subsídio disponibilizado pela União não faz frente ao financiamento de sequer 60% do impacto financeiro ocasionado pela norma", afirma a Unimed.

PAGAMENTO PISO SALARIAL ENFERMAGEM

Os valores atualizados da remuneração mínima para cada função são de:

R$ 4.750,00 para a enfermagem

R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem

R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras

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ZERO HORA

Cirurgias robóticas tornam procedimentos menos invasivos e ajudam na recuperação de pacientes em Passo Fundo

Passo Fundo foi a primeira cidade do interior do Rio Grande do Sul a utilizar a cirurgia robótica, segundo o presidente do Comitê Médico de Robótica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), médico cirurgião Milton Bergamo. A utilização da tecnologia para qualificar os procedimentos cirúrgicos foi implementada há pouco mais um ano nas instituições de saúde da cidade e oferece diversos benefícios, segundo os profissionais.

Na cidade, são três equipamentos robóticos que permitem um procedimento mais seguro e menos invasivo para o paciente. Além disso, as plataformas qualificam as habilidades médicas e tornam os procedimentos complexos menos cansativos para os cirurgiões.

Laboratório tecnológico é inaugurado em escola de Passo FundoNovo equipamento de cirurgia robótica começa a funcionar em Passo Fundo

O HSVP conta com dois robôs: o CORI, que é utilizado em cirurgias ortopédicas desde maio de 2022, e o Versius, que atende diferentes especialidades em cirurgias de abdômen e tórax desde abril deste ano.

O Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HCPF), por sua vez, possui o sistema robótico Vinci X, que atua em oito especialidades, desde cirurgia geral até ginecologia e urologia. O equipamento começou a operar em março deste ano e já realizou 46 procedimentos.

De acordo com o médico do HSVP, Milton Bergamo, foram quase 160 cirurgias realizadas pelos dois robôs do hospital. Destas, 140 foram para procedimentos ortopédicos com auxílio do CORI, que ocorrem desde o ano passado, e 18 cirurgias no Versius, que opera desde março deste ano, conforme atualização até quarta-feira (14).

Benefícios dos robôs

Segundo o cirurgião geral do HSVP, a utilização dos robôs possui diversos benefícios e se diferencia do procedimento que, até então, era realizado, com a videolaparoscopia. No caso do procedimento que ficou conhecido na década de 1990, ele é realizado com acesso de uma câmera na cavidade do paciente, com pinças que tinham movimentos, mas que eram limitados.

Atualmente, os robôs permitem menor invasão ao paciente, melhor qualidade de imagem e visualização aos médicos com visão tridimensional, movimentos de rotação e curvaturas próximos ao de punho humano, além de oferecer maior conforto aos médicos, diminuindo cansaço e estresse em procedimentos mais demorados, conforme aponta o médico.

? A tendência, nas últimas décadas, é sempre tornar a cirurgia minimamente invasiva, com menos agressividade, menos intervenção, menos cortes e medicação. Quanto menos, melhor. Na década de 90, nós tínhamos a videolaparoscopia, que acessava a cavidade do paciente com câmera e pequenas pinças, mas que eram mais rudimentares, com limitação de movimento. Essa limitação não existe nos robôs ou, pelo menos, é minimizada ? explica Bergamo.

Para o médico, a maior vantagem da utilização do robô em procedimentos cirúrgicos é a resolução de problemas complexos com técnica minimamente invasiva.

? O robô tem muito mais vantagens, com visão tridimensional, alta definição de imagem, manipulação e movimentos melhores. Isso permite fazer procedimentos mais complexos, que não conseguiriam ser feitos por videolaparoscopia, ou fazer de forma mais delicada ? completa.

Tecnologia vem para ficar

O diretor técnico do HCPF, médico cirurgião Juarez Dal Vesco, acredita que a utilização da robótica na medicina será cada vez maior. Na visão do profissional, a contribuição é de via dupla, tanto para o paciente quanto para o médico.

? A tecnologia robótica, inevitavelmente, já entrou na medicina. Cada vez mais será utilizada e difundida. Pelo nosso olhar, existirão várias plataformas e vários robôs para diferentes especialidades no futuro. São plataformas que contribuem para todos envolvidos nos procedimentos cirúrgicos ? enfatiza.

Médicos do HCPF possuem visão tridimensional das cirurgias por meio da robótica Arquivo / HCPF

Segundo Dal Vesco, o custo dos robôs ainda é considerado alto. No caso do Hospital de Clínicas, o investimento no Vinci X, beira cerca de US$ 2 milhões, ou seja, quase R$ 10 milhões, na cotação atual.

Os valores ainda afastam o acesso das plataformas ao sistema único de saúde (SUS), por exemplo. No entanto, o médico acredita que a presença dos robôs será uma realidade.

? A gente acredita, sim, que os robôs possam chegar ao sistema público. Isso demora um pouco, claro, porque é uma tecnologia com custo elevado, assim como foi com a videolaparoscopia, que iniciou com pacientes privados, depois foram absorvidos por planos de saúde e, depois, no sistema público. Na minha opinião, isso também vai acontecer com a robótica. O custo ainda é alto, mas se difundindo, diminui e será incorporado ao SUS. Não tenho dúvida disso ? avalia.

Paciente recomenda uso de robôs

Em abril deste ano, a paciente Juceli Bedin, de Nova Alvorada, distante 65 quilômetros de Passo Fundo, foi a primeira a ser operada no pâncreas, no HCPF, com a utilização de um robô. Segundo ela, houve resistência inicialmente por ser uma novidade. No entanto, não se arrependeu e recomenda a todos.

? Eu tinha três opções de procedimento, sendo que uma era a robótica. De primeira, eu descartei. Mas fui convencida, e foi a melhor coisa que fiz ? conta.

Juceli pontua os principais benefícios: procedimento menos invasivo e recuperação no pós-operatório.

? Eu não senti nada na cirurgia, foi muito bom. A minha recuperação foi muito tranquila, sem complicações. Senti um pouco de dor no primeiro dia e depois não tinha nada. O medo que tinha de ser um robô sumiu, hoje eu aconselho todos a fazerem procedimentos com robô. É uma diferença muito grande ? completa a paciente.

Os robôs

O robô Vinci X é composto por três módulos: o console de controle, que é gerenciado pelo cirurgião, quatro braços robóticos e suporte de câmera de alta definição ? controladas pelo cirurgião através do console ? e também a torre de vídeo, onde é possível a visualização de imagens de alta definição disponível para toda a equipe cirúrgica que acompanha o procedimento.

Segundo o HCPF, a tecnologia utilizada pelo sistema Intuitive da Vinci é elencada como a mais moderna para este segmento no mundo e, por sua estrutura, este é considerado um sistema cirúrgico robótico completo.

O robô CORI foi a primeira aquisição do HSVP para ser utilizado em cirurgias de artroplastia total de joelho e futuramente em procedimento de quadril. Com o uso de uma câmera fixada na articulação e de sensores no joelho, o equipamento robótico de segunda geração transmite em um monitor a tomada exata de medidas da área a ser operada guiando o trabalho médico.

Já o Versius é a última plataforma a entrar em operação clínica no mundo, em 2014. Segundo o HSVP, é um dos oito exemplares existentes no Brasil. Por ter uma estrutura compacta e móvel, ele atende as particularidades de diferentes especialidades, permitindo que a sua tecnologia seja acessada por um número maior de pessoas.

Atualmente, o equipamento realiza cirurgias nas região do abdômen com técnicas minimamente invasivas, redução de riscos de infecções e um pós-operatório mais rápido.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 14 Junho 2023 08:49

CLIPPING AHPACEG 13 E 14/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Comércio ilegal de medicamentos é alvo de investigação, em Goiânia

Ginecologista é condenado a mais de 270 anos de prisão por estupro de 21 mulheres, em Anápolis

Planos de saúde têm reajuste autorizado pela ANS

Polícia Civil investiga morte de criança com suspeita H1N1, em Jaraguá

Justiça condena médico ginecologista a mais de 270 anos de prisão – ontem

Tratamento para síndrome de Down e lesão cerebral deve ser coberto de maneira ampla por plano de saúde

Surto de febre maculosa causa mortes em evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas

Saiba o que é febre maculosa e quais os sintomas

FenaSaúde aponta os principais fatores que levam ao índice de reajuste anunciado pela ANS

DIÁRIO DA MANHÃ

Comércio ilegal de medicamentos é alvo de investigação, em Goiânia

Dois estabelecimentos comerciais foram alvo de uma operação da Polícia Civil, ambas na Região Norte da capital

Duas farmácias da Região Norte de Goiânia foram alvo da Operação Receita em Branco na segunda-feira, 12, realizada pela Polícia Civil em colaboração com a Vigilância Sanitária municipal, e que tem como objetivo combater o comércio ilegal de medicamentos controlados. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) foi responsável por conduzir a operação.

Durante a vistoria, a Polícia Civil constatou um considerável volume de receitas médicas suspeitas de falsificação. Tanto os documentos em si quanto os dispositivos utilizados para armazená-los foram apreendidos pelas autoridades.

A Vigilância Sanitária identificou outras irregularidades além das suspeitas de crimes, resultando na aplicação de medidas administrativas. Após a conclusão da operação, a Decon iniciou um inquérito policial para investigar possíveis delitos, incluindo a falsificação de documentos particulares e o comércio ilegal de medicamentos com finalidade medicinal.

Essa investigação visa responsabilizar os envolvidos nessas práticas ilícitas e assegurar a segurança e a saúde da população.

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PORTAL G1

Ginecologista é condenado a mais de 270 anos de prisão por estupro de 21 mulheres, em Anápolis

Defesa afirma que vai recorrer da decisão. Caso ganhou repercussão após três vítimas denunciarem à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) que forma vítimas de crimes sexuais dentro do consultório do médico.

Por Augusto Sobrinho e Vanessa Martins, g1 Goiás

A Justiça condenou a 277 anos de prisão o médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais pelo crime de estupro de vulnerável contra 21 mulheres, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. “A medicina existe para curar as pessoas, não para feri-las ainda mais”, destacou a juíza Lígia Nunes de Paula na decisão.

O g1 entrou em contato com o advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins, que defende o médico, que afirmou que vai recorrer da condenação e informou que o condenado está preso. Nicodemos já havia sido condenado em abril de 2022 a 35 anos de prisão pela justiça de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), o médico foi condenado a 163 anos de prisão pelo crime contra 12 vítimas e, no outro processo, envolvendo 9 mulheres, a 114 anos. Além disso, informa que ele deverá pagar R$100 mil de indenização por danos morais para cada uma das vítimas.

As sentenças foram dadas pela juíza titular da 2ª Vara Criminal da comarca de Anápolis, Lígia Nunes de Paula, no dia 7 de junho. No total, a pena para o ginecologista é de 277 anos, 2 meses e 19 dias de prisão em regime fechado. Na decisão, a magistrada destacou a importância da dignidade sexual das pacientes.

“A medicina existe para curar as pessoas, não para feri-las ainda mais. Essa indispensável profissão, apesar de fundamental para a manutenção sadia da coletividade, não se sobrepõe a direitos de estirpe constitucional e tutelados pelo direito penal, como, dentro outros, o direito à liberdade e dignidade sexual”, escreveu a juíza.

Paula ainda diz que a “técnica de anamnese mais completa”, que o médico disse usar para perguntar e examinar as pacientes em maiores detalhes durante as consultas, é uma uma maneira de mascarar o intuito lascivo travestido de técnica médica, apesar da aparência de “zelo”. A juíza ainda enfatizou que Nicodemos usou a profissão de ginecologista como pretextos para cometer os crimes.

"A culpabilidade do réu é desfavorável, uma vez que os estupros foram praticados por meio de ardil, se valendo do pretexto de realizar um exame ginecológico para praticar os atos libidinosos, demonstrando a maior reprovabilidade de seu comportamento. Em reforço, o agente se valeu da sua condição de médico ginecologista para praticar os atos, desprestigiando sua profissão e demonstrando um alto nível de instrução”, disse.

Investigação

Nicodemos se tornou alvo de investigação depois que mulheres procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis para denunciar que foram vítimas de crimes sexuais dentro do consultório. No início foram três, mas o caso ganhou repercussão e outras vítimas se sentiram seguras para registrar os crimes.

O médico foi preso pela primeira vez prisão dele foi em 29 de setembro de 2021, após as três priemeiras pacientes relatarem os abusos à Polícia Civil.

Apesar do número de denúncias, o médico foi solto em 4 de outubro por decisão da Justiça, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, mais vítimas de Abadiânia registraram ocorrências e ele foi preso novamente em 8 de outubro do mesmo ano.

Relatos de pacientes

As vítimas relatam diversos tipos de comportamento e comentários com conotações sexuais por parte do ginecologista.

Uma das mulheres disse que, durante uma consulta, o médico elogiou os olhos e o órgão genital dela. Em seguida, perguntou sobre sua relação sexual com o marido.

"Eu fiquei congelada e ele fazendo manipulações, isso tudo com os dois dedos introduzidos na minha vagina. Eu não consegui nem respirar no momento. É uma situação que a gente nunca espera que vai acontecer", contou.

Outra paciente disse que foi abusada pelo ginecologista durante o atendimento. Ela decidiu falar sobre o caso após a prisão do médico.

"Ele teve conversas inadequadas, me mostrou sites obscenos, brinquedos eróticos e tocou em mim não da forma que um ginecologista deveria tocar. Quando ele colocou minha mão na parte íntima dele, sabe?”, descreveu.

Entre as denúncias, também está a da aromaterapeuta Kethlen Carneiro, de 20 anos, que procurou a Polícia Civil para relatar que foi abusada por ele quando tinha 12 anos. Durante o atendimento, segunda ela, o médico sugeriu a leitura de material pornográfico.

"Ele veio me falar que eu podia começar a me masturbar. Me mostrou histórias em quadrinho pornô e vídeos. Me mandando os links e quais eu podia assistir. Depois levantou, pegou minha mão e colocou nele, na parte íntima dele", disse.

Em conversa por uma rede social, outra paciente pede informações ao ginecologista sobre o uso do anel vaginal, um método contraceptivo. Em um momento, ela pergunta se ele não atrapalha a relação sexual e se o parceiro não o sentiria. O médico, então, responde:

“Bom, minha namorada já usou e eu não percebi diferença alguma. Posso testar kkk. Brincadeira”.

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TV ANHANGUERA

Planos de saúde têm reajuste autorizado pela ANS

https://globoplay.globo.com/v/11697932/

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Polícia Civil investiga morte de criança com suspeita H1N1, em Jaraguá

https://globoplay.globo.com/v/11697587/

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Justiça condena médico ginecologista a mais de 270 anos de prisão

https://globoplay.globo.com/v/11697540/?s=0s

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DIÁRIO INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Tratamento para síndrome de Down e lesão cerebral deve ser coberto de maneira ampla por plano de saúde


Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, reconheceu a obrigação de a operadora do plano de saúde cobrir sessões de equoterapia prescritas tanto para beneficiário com síndrome de Down quanto para beneficiário com paralisia cerebral. Recentemente, o colegiado já havia estabelecido entendimento semelhante em relação a tratamento de autismo.

Com base nesse entendimento, a turma negou provimento a dois recursos especiais interpostos

pela Unimed, nos quais a cooperativa médica questionava a cobertura do tratamento com equoterapia para criança com paralisia cerebral e a cobertura de tratamento multidisciplinar - inclusive com equoterapia - , por tempo indeterminado e com os profissionais escolhidos pela família, fora da rede credenciada, para criança com sindrome de Down. Em ambos os casos, a operadora de saúde foi condenada pelas instâncias ordinárias a custear os tratamentos das crianças. Ao STJ, a Unimed alegou que a equoterapia

não encontra previsão no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), motivo pelo qual ela não poderia ser compelida a fornecer tal cobertura. Além disso, a operadora sustentou r ser possível o custeio fora da rede credenciada.

A relatora dos recursos, ministra Nancy Andrighi, recordou que diversas manifestações da ANS sobrevieram ao julgamento realizado pela Segunda Seção, no EREsp 1.889.704, no sentido de reafirmar a importância das terapias multidisciplinares para os portadores de transtorno global do desenvolvimento, e de favorecer, por conseguinte, o seu tratamento integral e ilimitado.

A ministra destacou que o fato de a síndrome de Down e a paralisia cerebral não estarem enquadradas na CID-10 F84 (transtornos globais do desenvolvimento) não afasta a obrigação de a operadora cobrir o tratamento multidisciplinar e ilimitado prescrito ao beneficiário com essas condições que apresente quaisquer dos transtornos globais do desenvolvimento.

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TUDO OK NOTÍCIAS

Surto de febre maculosa causa mortes em evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas


Com 49 casos registrados no Brasil em 2023, e seis evoluções para óbito, a febre maculosa tem se mostrado uma preocupação para a saúde pública. Transmitida pela picada do carrapato e causada pela bactéria do gênero Rickettsia, a doença não é passada diretamente entre pessoas pelo contato. No Brasil, os principais vetores são carrapatos do gênero Amblyomma.

Recentemente, três pessoas que estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas (SP), morreram com sintomas da doença. Uma mulher de 36 anos teve o diagnóstico confirmado, levantando preocupações sobre a disseminação da febre maculosa.

Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa se manifesta de forma repentina, com sintomas semelhantes aos de outras infecções, como febre alta, dor na cabeça e no corpo, falta de apetite e desânimo. Pequenas manchas avermelhadas, que crescem e ficam salientes, também são comuns. A doença pode progredir para náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas. Em casos mais graves, pode ocorrer paralisia, começando nas pernas e subindo até os pulmões, o que pode levar à parada respiratória.

A prevenção da febre maculosa baseia-se em evitar o contato com carrapatos. Para isso, é recomendado o uso de roupas claras para facilitar a identificação dos parasitas, além do uso de calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramados. Também é importante evitar locais com grama ou vegetação alta e utilizar repelentes de insetos.

O Ministério da Saúde também orienta a remoção adequada dos carrapatos, utilizando uma pinça, sem apertar ou esmagar o parasita. Após a remoção, a área da mordida deve ser lavada com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido os carrapatos forem retirados do corpo, menor será o risco de contrair a doença.

O diagnóstico precoce da febre maculosa é desafiador, especialmente nos primeiros dias da infecção, devido à semelhança dos sintomas com outras doenças, como leptospirose, dengue e hepatite viral. É importante que os profissionais de saúde questionem os pacientes sobre sua exposição a carrapatos em locais como matas, florestas, fazendas e trilhas ecológicas.

O tratamento da febre maculosa é eficaz quando administrado com antibióticos específicos nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser iniciado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, uma vez que o diagnóstico pode demorar. Em certos casos, a internação pode ser necessária. O tratamento tem a duração de 7 dias e deve ser mantido por mais 3 dias após o término da febre.

O atraso no diagnóstico e início do tratamento pode levar a complicações graves, como comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões e lesões vasculares, podendo levar à morte. A disseminação da febre maculosa e as mortes ocorridas no evento na Fazenda Santa Margarida destacam a importância da conscientização sobre a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado dessa doença transmitida por carrapatos.

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PORTAL RÁPIDO NO AR

Saiba o que é febre maculosa e quais os sintomas

Com 49 casos registrados no Brasil em 2023, e seis evoluções para óbito, a febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato e causada por bactéria do gênero Rickettsia. A doença não é passada diretamente entre pessoas pelo contato. No Brasil, os principais vetores são carrapatos do gênero Amblyomma.

Este mês, quatro pessoas que estiveram em evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas (SP), morreram com sintomas da doença. Uma delas, uma mulher de 36 anos, teve o diagnóstico confirmado.

Segundo o Ministério da Saúde, normalmente a doença se manifesta de forma repentina, com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor na cabeça e no corpo, falta de apetite e desânimo. Em seguida é comum aparecerem pequenas manchas avermelhadas, que crescem e ficam salientes.

O quadro é agravado com náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas. Nos casos mais graves, pode haver paralisia, começando nas pernas e subindo até os pulmões, o que pode causar parada respiratória.

Prevenção

A prevenção da febre maculosa é baseada em impedir o contato com o carrapato. Portanto, em locais onde haverá exposição ao bicho, algumas medidas podem ajudar a evitar a infecção, como usar roupas claras para ajudar a identificar o bicho; utilizar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramados; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta e usar repelentes de insetos.

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a remoção - com uma pinça - se um carrapato for encontrado no corpo; não apertar ou esmagar o bicho e, depois de removê-lo inteiro, lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de se contrair a doença.

Diagnóstico

Diagnosticar precocemente a febre maculosa é muito difícil, principalmente nos primeiros dias da infecção, já que os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, entre outras. Mas o que é importante para o caso, segundo o Ministério da Saúde é se o paciente esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas onde possa ter sido picado por um carrapato.

O profissional de saúde deverá ainda solicitar exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.

Tratamento

Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa tem cura desde que o tratamento com antibióticos específicos seja administrado nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser administrado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, já que ele pode demorar. Segundo o Ministérios da Saúde, em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre.

Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.

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FENASAÚDE

FenaSaúde aponta os principais fatores que levam ao índice de reajuste anunciado pela ANS


- Inflação da saúde, representada pela evolução do custo de assistência; a insegurança e a instabilidade regulatória; o aumento da judicialização; e o aumento expressivo da ocorrência de fraudes contra os planos de saúde estão entre os principais fatores que impactam no reajuste de planos de saúde

- Em 2020, o reajuste de planos individuais e familiares foi negativo, de - 8,19%, e, em 2021, teve teto de 15,5%. Com o reajuste de 9,63%, anunciado nesta segunda-feira (12/06), a média considerando os últimos três anos foi de 5,64%. No mesmo período, a média de aumento do IPCA foi de 6,79%.

Rio de Janeiro (Junho de 2023) - Nesta segunda-feira, 12/06, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou o índice máximo de 9,63% de reajuste para os planos individuais e familiares. O teto se aplica a planos regulamentados e adaptados à Lei nº 9.656/98 e tem vigência de maio/2023 a abril/2024. Diante da publicação, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade representativa de operadoras de planos de saúde, aponta a inflação da saúde, representada pela evolução do custo de assistência; a insegurança e a instabilidade regulatória; o aumento da judicialização; e o aumento expressivo da ocorrência de fraudes contra os pl anos de saúde como sendo os principais fatores que influenciam no cálculo do reajuste.

"Vivemos uma crise sistêmica, que está atemorizando toda a cadeia de prestação de serviços de saúde privada. Além dos fatores estruturais, temos ainda fatores conjunturais importantes que afetam a sustentabilidade do setor, como mudanças institucionais, regulatórias e legislativas profundas nas regras que regem o setor de saúde suplementar nos últimos dois anos", analisa diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente. A entidade ressalta que o reajuste anual é fundamental para recompor os custos e, consequentemente, manter o equilíbrio financeiro do setor, que fechou o ano de 2022 com R$ 10,7 bilhões de prejuízo operacional.

A saúde suplementar vem sofrendo efeitos diretos do aumento da inflação na saúde e dos custos dos tratamentos, medicamentos, procedimentos hospitalares e terapias. Já no âmbito regulatório, os últimos anos foram marcados por mudanças legislativas e regulatórias que impactaram diretamente na sustentabilidade do setor, como exemplo da Lei 14.454/2022, que modificou o caráter taxativo do rol, criando condicionantes frágeis e muito subjetivas para obrigar planos a cobrir itens fora da lista. Isso também está relacionado com outro fator bastante conhecido, a judicialização, que é prejudicial a todo o sistema de saúde. E, por fim, o aumento expressivo das fraudes contra os planos é outro ponto de alerta e que igu almente recai sobre o aumento dos custos na saúde.

Em 2020, o reajuste de planos individuais e familiares foi negativo, de - 8,19%, e, em 2021, teve teto de 15,5%. Com o reajuste de 9,63%, anunciado nesta segunda-feira (12/06), a média considerando os últimos três anos foi de 5,64%. No mesmo período, a média de aumento do IPCA foi de 6,79%. Atualmente, os planos individuais respondem por 17% do total de beneficiários em planos de assistência médica, cerca de 9 milhões de usuários. Na avaliação da FenaSaúde, essa oferta poderia ser aumentada com a revisão da atual fórmula de reajuste.

"Hoje, a forma de reajuste dos planos individuais não considera parâmetros importantes como a sinistralidade das carteiras, a diferença entre modalidades de negócios, a regionalização de produtos, o fim da limitação de terapias e a velocidade da incorporação de procedimentos e medicamentos na lista de coberturas obrigatórias. Portanto, o índice acaba ficando descolado do avanço real de custos verificado no setor", analisa Vera Valente. A diretora ressalta, ainda, a necessidade de revisão do atual marco legal do setor, que data de 1998, de forma a ilustrar as mudanças pelas quais a sociedade brasileira passou nos últimos 25 anos, promovendo, assim, a ampliação da oferta de planos individuais no mercado.

Em 2022, os planos de saúde responderam por 83% das receitas dos principais hospitais privados do país, segundo a Anahp, e mais de 50% das receitas dos laboratórios de medicina diagnóstica, de acordo com a Abramed. A saúde suplementar movimenta cerca de 3% do PIB e emprega quase 5 milhões de pessoas, que atuam em 165 mil estabelecimentos de saúde. Só em 2021, dado mais recente disponibilizado pela ANS, os planos de saúde cobriram mais de 1,6 bilhão de procedimentos, entre consultas, exames, internações, terapias e cirurgias.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 12 Junho 2023 09:31

CLIPPING AHPACEG 10 A 12/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde: índice máximo de aumento de individuais será divulgado hoje. Veja como funcionam os reajustes

Entidades filantrópicas pedem suspensão do piso da enfermagem, ao menos para o setor

Goiás fica em 8º lugar no ranking dos estados que mais consomem bebida alcóolica no país

Redes sociais e o submundo da cirurgia plástica

Anvisa aprova primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV

Tratamento precoce de cardiopatia congênita simples não deixa sequelas

O que explica aumento de mortalidade por infarto entre mulheres jovens brasileiras

Mais de um milhão de pessoas esperam por cirurgias eletivas no SUS

O que explica aumento de mortalidade por infarto em mulheres jovens no Brasil

O GLOBO

Planos de saúde: índice máximo de aumento de individuais será divulgado hoje. Veja como funcionam os reajustes


A Agência Nacional de Saúde Suplementar divulga, nesta segunda-feira, o percentual máximo autorizado para os reajustes dos planos de saúde individuais. O limite é válido para a aplicação entre maio de 2023 e abril de 2024, de acordo com o mês de aniversário do contrato. O índice está sendo divulgado com um mês de atraso e será aplicado retroativamente nos contratos que deveriam ter sido reajustados em maio.

O mercado estima que o percentual limite para o reajuste deve ficar entre 9% e 12%. Segundo a Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge), em suas simulações, o percentual encontrado com maior frequência foi de 10,4%.

Seja qual for o índice se determinado pela ANS nesse intervalo bem menor do que o que vem sendo aplicado nos contratos coletivos - a maior parte na faixa dos 25%, havendo alguns superiores a 30% - ficará muito acima da inflação medida pelo IPCA nesse período, de 3,94%.

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Limite de reajuste de planos individuais autorizados pela ANS - Foto: Editoria de arte Limite de reajuste de planos individuais autorizados pela ANS - Foto: Editoria de arte



Essa limitação só vale para 8,9 milhões de contratos, que representam apenas 17,5% dos 50,5 milhões de usuários.

Confira como é a regra de reajuste para diferentes contratos de planos de saúde:

Como é calculado o reajuste anual?

O contrato deve informar com clareza os critérios de reajuste. Mas, de forma geral, este é calculado a partir da variação nos custos ocasionada por fatores como inflação, uso de novas tecnologias e a própria utilização do plano pelos consumidores que compõem o contrato.



No caso dos planos individuais, a taxa máxima de aumento anual é limitada pela ANS.

Nos coletivos, há uma livre negociação entre contratantes e operadoras, o que pode levar a índices muito maiores do que o determinado pela ANS. Os contratos de adesão, tradicionalmente, concentram os maiores percentuais de reajuste.

Para os coletivos com até 29 anos, a ANS estabelece que as operadoras devem fazer o cálculo usando como base todos usuários dessa modalidade em sua carteira. Essa é a uma forma de diluir risco, já que em um contrato com pequeno número de usuários, se houver um caso grave, que exija desembolso de alto custo, isso poderia levar a reajustes excessivamente altos e inviabilizar a permanência dos beneficiários.

E o reajuste por faixa etária, quando acontece?

O reajuste por mudança de faixa etária ocorre de acordo com a variação da idade do consumidor. Há dez faixas previstas: até 18 anos; de 19 a 23 anos; de 24 a 28 anos; de 29 a 33 anos; de 34 a 38 anos; de 39 a 43 anos; de 44 a 48 anos; de 49 a 53 anos; de 54 a 58 anos; e 59 anos ou mais.



A ANS determina que a a diferença de valor entre a mensalidade da primeira e da última faixa etária não pode ultrapassar 500%. A norma da agência também estipula que as últimas cinco faixas não podem acumular uma variação maior do que a das cinco primeiras, a fim de evitar que o peso maior do reajuste se concentre nas faixas de maior idade, o que acabaria por levar esses consumidores a deixarem o plano.

Se eu não conseguir a nova mensalidade do meu plano de saúde, qual a alternativa?

A portabilidade pode ser uma alternativa. Esse instrumento permite trocar operadora sem a necessidade de cumprir novos períodos de carência e de cobertura parcial temporária para doenças ou lesões preexistentes.

Para realizar a troca de um plano de saúde, é importante observar as regras estabelecidas pela ANS. Os planos devem ser compatíveis (pode-se verificar em https://www.ans.gov.br/gpw-beneficiario/). Também é necessário que o consumidor esteja vinculado ao plano atual há pelo menos dois anos, ele não pode estar inadimplente e o contrato precisa estar ativo.

Além disso, as operadoras têm como política comercial avaliar o tempo de permanência do beneficiário em outro plano e as características daquele produto. Se essa análise indicar boas práticas de uso, a empresa pode dispensar o prazo de carência.

Esse período é demonstrado por meio de um documento conhecido como carta de permanência. Nesses casos, o beneficiário poderá utilizar todos os serviços do plano de saúde contratado, sem ter que esperar.



Posso trocar por um plano mais barato na mesma operadora? Nesse caso, há carência?

Sim, isso é possível, e nesse caso não há necessidade de cumprimento de carência. No entanto, é preciso ter ao menos um ano de contrato no plano anterior.

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JOTA INFO

Entidades filantrópicas pedem suspensão do piso da enfermagem, ao menos para o setor

Federação das Instituições Beneficentes sustenta que filantrópicas não possuem ‘socorro’ para custeio do piso da enfermagem

A Federação Nacional das Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas solicitou, ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão total da lei do piso da enfermagem, ou, ao menos, para “instituições beneficentes que não realizam atendimento pelo SUS, até que seja indicada a fonte de custeio”.

Segundo a federação, há risco na empregabilidade caso as entidades beneficentes tenham que pagar o piso. “Se a rede SUS foi contemplada com assistência financeira da União, as demais instituições não possuem socorro semelhante”, alega.

O julgamento do piso da enfermagem foi interrompido, no dia 24 de maio, com um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Até a paralisação, o relator, Luís Roberto Barroso, tinha votado pela manutenção da liminar em que estabelecia critérios para o pagamento do piso, enquanto o ministro Edson Fachin havia opinado pela aplicação imediata do piso tanto para o setor público quanto privado.

Com a interrupção, continua válida a liminar de Barroso que restabeleceu o piso da enfermagem nos seguintes termos: União deve pagar 100% do piso para os servidores do seu quadro; estados, municípios e hospitais que atendem 60% de pacientes dos SUS quitam as folhas de pagamento dos profissionais de saúde nos limites dos valores repassados pela União; e a iniciativa privada pode tentar acordo com os funcionários via negociação coletiva, que deve valer para os salários relativos ao período trabalhado a partir de 1º de julho de 2023.

A Federação Nacional das Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas solicitou, nesta terça-feira (6/6), que o ministro Barroso aceite seu pedido de amicus curiae na ADI 7.222 e que mantenha a liminar que impediu a produção de efeitos da lei do piso da enfermagem. A organização argumenta que as instituições de saúde beneficentes e filantrópicas possuem um planejamento financeiro previamente acordado com seus financiadores e que elas já estão “em situação financeira caótica”.

Sustenta que as instituições filantrópicas, muitas vezes, celebram termos de parceria com os entes públicos para promover os tratamentos de saúde. Segundo a federação, os entes públicos parceiros foram “surpreendidos com uma lei que estabelece um piso salarial de âmbito nacional, absurdamente desproporcional, o qual não é aplicado (considerando a média salarial), nem aproximadamente, em nenhum dos estados da Federação”.

A federação alega que as entidades serão impactadas duramente pela lei do piso da enfermagem e que, em muitos locais, pode ocorrer a inviabilidade total “da manutenção dos serviços por parte destas organizações, sem fins econômicos, as quais, em muitos locais chegam a ser o único hospital da cidade ou região”.

Segundo a federação, quase a totalidade das atividades de atenção aos idosos,  a pessoas com deficiência, a pessoas excepcionais, a pessoas que precisam de reabilitação, entre outras; são realizadas por associações, fundações ou organizações religiosas. O Panorama das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) no Brasil mostra que 60% das instituições de acolhimento aos idosos são filantrópicas.

“É certo que o Estado não possui condições de absorver todo este atendimento, mas se as organizações não contarem com recursos para manter os profissionais que realizam os atendimentos, a situação ficará insustentável”, ressalta.

A federação defende que a destinação de recursos do governo para o pagamento piso da enfermagem, alteração que foi importante para revogação parcial da liminar, diz respeito somente às instituições de saúde que atuam de forma complementar ao SUS. “Portanto, se as medidas não são suficientes para sustentar o custo com o piso nacional dos profissionais de enfermagem para as organizações que atendem ao SUS, o que se dirá quanto aquelas instituições que, apesar da relevância pública dos seus serviços, não contam contam com nenhuma medida de assistência financeira no aspecto da Lei debatida na presente ADI”, destaca.

Segundo a entidade, “se a rede SUS foi contemplada com assistência financeira da União, as demais instituições não possuem socorro semelhante, o que só pode levar a um destino: se não há recursos, não há emprego, estabelecido o caos”.

A organização ainda sustenta que o tempo que o STF previu para negociações com os sindicatos de enfermagem é extremamente curto. “E ainda, as organizações sindicais, não abrirão mão do piso salarial da enfermagem aos seus representados”, afirma.

Ainda não há nova data para que o julgamento seja retomado. O ministro Gilmar Mendes tem, de acordo com as novas regras do tribunal, 90 dias para apresentar o voto-vista. Depois deste período, o caso é liberado automaticamente para os outros ministros  para julgamento.

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TV ANHANGUERA

Goiás fica em 8º lugar no ranking dos estados que mais consomem bebida alcóolica no país

https://globoplay.globo.com/v/11686444/

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TV BAND

Redes sociais e o submundo da cirurgia plástica

As redes sociais estão sendo usadas para divulgar a prática inescrupulosa da medicina. Em especial, a oferta de cirurgia plástica circulando em posts montados por pessoas que se autointitulam "facilitadoras de procedimentos médicos".

Redes sociais e o submundo da cirurgia plástica | Band (uol.com.br)

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AGÊNCIA ESTADO

Anvisa aprova primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV

A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV no Brasil, o Cabotegravir, que será mais uma opção de profilaxia pré-exposição (PreP), ou seja, uso contínuo de medicamentos antirretrovirais para pessoas com maior risco de contaminação. A autorização foi dada à empresa GSK (GlaxoSmithKline) e está na Resolução nº 1.970, de 1º de junho de 2023, publicada no Diário Oficial da União no último dia 5 de junho.

Atualmente, os medicamentos à disposição do público são comprimidos de uso via oral. A principal diferença em relação aos novos está em sua ação prolongada, com redução da necessidade de doses. Basicamente, aplica-se uma injeção intramuscular na região dos glúteos, com as duas doses iniciais tendo entre elas um intervalo de quatro semanas, e depois uma dose a cada oito semanas. Ou seja, em vez de 365 doses anuais, seriam apenas seis.

Segundo informações divulgadas pela GSK em 2020, a eficácia do novo método seria 69% maior em relação aos medicamentos de uso oral e diário. Além disso, espera-se que, com doses menos frequentes, a adesão ao tratamento aumente para os que fizerem uso desse tipo de medicamento. Para mais informações sobre eficácia, segurança e quem deve recorrer ao método da PReP, é possível acessar o site e documentos do Ministério da Saúde (ainda sem atualização em relação aos injetáveis). 

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AGÊNCIA BRASIL

Tratamento precoce de cardiopatia congênita simples não deixa sequelas

Doença atinge 1% dos bebês nascidos no Brasil

O Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, uma anomalia na estrutura ou função do coração, é lembrado nesta segunda-feira (12) no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, 1% dos bebês que nascem no país tem alguma cardiopatia congênita. Isso significa cerca de 29 mil a 30 mil novos casos por ano. Na terça-feira (13), o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) promove uma sessão de portas abertas para pacientes e familiares, com o objetivo de ajudar no entendimento de cada pessoa e esclarecer dúvidas sobre a doença.

A anomalia surge na gestação. “A criança nasce com o problema; vem da barriga da mãe e, ao longo da vida, vai lidar com a doença, no formato da complexidade do que é a doença na origem”, disse à Agência Brasil a coordenadora do Serviço de Cardiopatia Congênita no Adulto e Doenças da Aorta do INC, Maria Carolina Terra Cola,. A unidade é referência do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro no tratamento de crianças e adultos com cardiopatias congênitas.

A doença pode ser mais ou menos complexa, explicou a médica. Quanto mais simples, maior é a chance de a criança ter a doença tratada logo, ou seja, na primeira ou segunda infância, e ficar sem nenhuma sequela, tendo só o acompanhamento cardiológico normal, disse Maria Carolina.

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Quando a cardiopatia congênita é mais complexa, ou muito complexa, a criança, adolescente ou adulto vão acabar tendo que lidar com o problema a vida toda e, muitas vezes, voltar ao hospital para internações e intervenções, que podem ser cirurgias ou cateterismo. “E vivenciar isso a vida inteira, com maior ou menor grau de limitação, em relação às coisas simples da vida, como se exercitar, engravidar”, acrescentou.

Riscos

De acordo com a médica, os riscos específicos relacionados à cardiopatia congênita incluem infecção no coração (hemocardite) e necessidade de colocação de marca-passo. “A vida do paciente será de acordo com a complexidade da cardiopatia. Vai ser de acordo com as sequelas, os resíduos iniciais que a doença deixou na vida dele”. Muitas vezes, o jovem tem de colocar uma válvula no coração que, ao longo da vida, terá de ser trocada mais de uma vez, em períodos de dez anos.

As doenças mais simples podem até ser consideradas curadas na infância. O paciente vai ter acompanhamento médico, que pode ser feito pelo cardiologista. Já nas cardiopatias de média para alta complexidade, a gama de pacientes precisará ser assistida por um especialista. Isso sem contar questões da vida adulta, como trabalho, formação, estudo, possibilidade de engravidar, necessidade de esterilização devido ao risco alto de engravidar, risco de endocardite e necessidade de novas intervenções para pacientes mais complexos.

Maria Carolina informou que pessoas com cardiopatia congênita devem praticar atividade física, mas de acordo com suas possibilidades. ”Tem aqueles para os quais será liberada só a caminhada e outros que podem até ser liberados para esporte competitivos.”

As sequelas podem ocorrer na função cardíaca, na função de válvulas cardíacas, e também sob a forma de arritmia, hipertensão arterial pulmonar. As alterações residuais que ficam no paciente é que vão determinar o que ele pode fazer, qual é a mulher que poderá engravidar sem nenhum problema. A vida do jovem ou adulto jovem cardiopata congênito será norteada pela complexidade da doença em relação a esses fatores.

Segundo a médica, essas questões vão poder ser customizadas de acordo com a gravidade e com o que o paciente apresenta em termos de lesões residuais, de problemas cardiológicos decorrentes da cardiopatia congênita. Ela ressaltou que mesmo mulheres que já trocaram a válvula do coração, mas que tenham cardiopatia congênita de média complexidade, poderão engravidar. Já as pacientes que acabam evoluindo para insuficiência cardíaca, hipertensão arterial pulmonar, arritmias, terão a contraindicação, porque a gravidez se torna risco para sua vida.

Algumas situações de risco para engravidar podem ser resolvidas operando, destacou a médica do INC. Outras alterações, contudo, não podem ser resolvidas com cirurgia. “Para essas pacientes, a gente desaconselha a gravidez”. As crianças do sexo feminino com cardiopatia muito complexa devem ser conscientizadas ao longo da adolescência, antes até da entrada na vida adulta, sobre o risco que vão correr se engravidarem.

Estatísticas

A cardiopatia congênita pode ser transmitida da mãe ou do pai para o filho. Por isso, é importante em famílias em que a cardiopatia se repete, que o paciente saiba que podem transmiti-la aos filhos. Não é incomum encontrar famílias com várias alterações.

O número de adultos cardiopatas congênitos tem crescido continuamente. Um estudo de 2018 estimou que existam 50 milhões de adultos portadores de cardiopatia congênita no mundo. O Brasil acompanha a tendência mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência de cardiopatias congênitas varia entre 0,8% nos países com alta renda e 1,2% nos países com baixa renda – o valor médio de 1% de incidência é aceito para o Brasil e demais países da América Latina.

Nas duas últimas décadas, a mortalidade por cardiopatia congênita em crianças caiu quase três vezes, graças a avanços nas técnicas cirúrgicas e hemodinâmicas e nos diagnósticos cada vez mais precoces e precisos feitos, muitas vezes, em fetos no útero das mães. “Isso deu uma sobrevida maior aos pacientes. Eu tenho pacientes operados na década de 1970.” No início, eles eram atendidos, não por especialistas, mas pelo pediatra, e viviam menos.

Maria Carolina destacou que muitos cardiopatas congênitos enfrentam dificuldades de engajamento na vida profissional e até de acesso ao ensino básico, ao terceiro grau. Muitos também não se consideram capazes. “Essa é uma de nossas preocupações. Muitos pacientes com baixa complexidade nos abordam querendo laudo para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e nós explicamos que eles estão bem. A cardiopatia está curada, porque foi operado na infância, e as sequelas não são graves. O paciente pode estudar e trabalhar.”

A médica defendeu a necessidade de promover o desenvolvimento pessoal e profissional desses doentes, porque é melhor ser um indivíduo produtivo, que colabora com a sociedade e consigo mesmo, na medida em que amplia sua autoestima e a realização pessoal. Nos casos de mais alta complexidade, quando o paciente não tem condição de trabalhar, são necessários laudos para benefício do INSS, porque ele tem limitação natural.

Fora da curva

A médica Maria Carolina aponta o caso de Cintia Maia como “um ponto fora da curva”. Diagnosticada com a doença com um mês e 15 dias, Cintia Maria teve o primeiro atendimento ocorreu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez a primeira cirurgia Hospital Quarto Centenário e continuou o tratamento no hospital da UFRJ.

Quando engravidou e teve problemas, Cintia foi encaminhada para o Instituto Nacional de Cardiologia. O filho dela, que está com 11 anos, tratou a cardiopatia congênita logo no início e hoje não tem problemas. Depois da gravidez, Cintia ficou debilitada, com muitas limitações, mas operou a válvula cardíaca e voltou a ter vida normal. “Estudo, trabalho, faço tudo.”

Ela admite que sente alguma fadiga ou cansaço, mas nada que a impeça de realizar suas atividades. Cintia faz acompanhamento anual no Instituto Nacional de Cardiologia, para avaliar a necessidade de troca da válvula. Ela é professora e neuropsicopedagoga.

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PORTAL TERRA

O que explica aumento de mortalidade por infarto entre mulheres jovens brasileiras


Números de mulheres brasileiras de 18 a 49 anos vítimas de infarto aumentaram na última década.

O que explica aumento de mortalidade por infarto entre mulheres jovens brasileiras

A mortalidade por infarto entre mulheres jovens no Brasil está em crescimento - e menos da metade delas recebe o tratamento adequado para prevenir ou tratar esse problema.

Esses são dois dos principais alertas de um recente posicionamento sobre a saúde do coração feminino lançado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

A entidade chama a atenção para todas as falhas na cadeia de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do ataque cardíaco - e de outras doenças agudas que afetam o sistema cardiovascular - entre o público feminino.

Na cardiologia, as diferenças entre homens e mulheres "vão além das questões cromossômicas" e envolvem "os valores sociais, as percepções e os comportamentos", que "moldam padrões e criam diferentes papeis na sociedade", aponta o documento.

Essas questões ganham mais importância quando lembramos que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, independentemente do sexo.

Mas o que está por trás dessa quase negligência do coração feminino? Especialistas ouvidos pela apontam que não existe um único fator que explica o fenômeno - e há toda uma sucessão de falhas por trás desse cenário.

A seguir, confira o aumento da mortalidade nesse público em comparação às demais faixas etárias e entenda o que saúde mental e sintomas "desprezados" têm a ver com o problema.

Mulheres mais jovens sob risco

O infarto geralmente acontece quando há o entupimento das artérias coronárias, os vasos que levam sangue rico em oxigênio e nutrientes para o coração funcionar direito.

Essa crise cardíaca aguda - e potencialmente mortal - costuma ser o estopim de uma série de elementos que se acumulam por anos ou décadas, como doenças crônicas (obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes ), comportamentos e mudanças de estilo de vida (consumo de álcool, tabagismo, sedentarismo, sono de má qualidade ) ou características individuais (idade, sexo, histórico familiar ).

Tradicionalmente, o ataque cardíaco sempre foi vinculado à figura do homem com mais de 45 ou 50 anos que carrega um ou mais fatores de risco da lista detalhada no parágrafo anterior. E, segundo essa linha de raciocínio, o risco para as mulheres só aumentava no pós-menopausa - quando elas perdem a proteção cardiovascular conferida por alguns hormônios, como o estrogênio e a progesterona.

Mas a realidade é bem mais complexa: o posicionamento da SBC revela que o percentual da taxa de mortalidade por infarto no Brasil vem caindo de forma geral entre homens e mulheres de 1990 para 2019.

Porém, quando são analisados os números específicos de mulheres mais jovens, que estariam supostamente mais protegidas pelos fatores hormonais, mortalidade por doenças cardíacas até aumentou nas últimas décadas.

A taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares agudas subiu 7,6% entre mulheres de 15 a 49 anos entre 1990 e 2019.

Nos outros grupos (mulheres mais velhas e homens de todas as idades), essas taxas estão em queda ou sofreram um crescimento menor em comparação às brasileiras pré-menopausa.

A variação foi menor entre aquelas de 50 a 69 anos (+5,4%) e caiu entre as que já passaram dos 70 anos (-18,4%). Entre os homens, a variação da mortalidade também foi inferior nos três grupos analisados: de 15 a 49 anos (+5,8%), 50 a 69 anos (+1,6%) e 70 anos ou mais (-18,2%).

"Ainda não temos evidências suficientes para explicar definitivamente e em detalhes porque isso está acontecendo e o que está por trás dessa letalidade maior nesse grupo", admite o cardiologista Antonio Mansur, diretor do Serviço de Prevenção, Cardiopatia na Mulher e Reabilitação Cardiovascular do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo.

Mas o documento da SBC apresenta algumas pistas que ajudam a entender esse cenário - como você confere a seguir.

O infarto geralmente está relacionado ao entupimento das artérias coronárias (em vermelho na ilustração) Foto: / BBC News Brasil

Fatores de risco menos óbvios

Para começar, o posicionamento destaca que "as mulheres apresentam com maior frequência fatores de risco cardiovascular não tradicionais, como estresse mental e depressão, e sofrem as consequências das desvantagens sociais devido à raça, etnicidade e renda".

Ou seja: além daqueles gatilhos clássicos do infarto (pressão alta, diabetes, sedentarismo, excesso de peso ), o público feminino ainda é mais afetado por problemas relacionados à saúde mental.

As questões psicológicas, por sua vez, vão representar um fardo a mais para um coração que já está sobrecarregado.

O impacto do estresse e da saúde mental no coração da mulher foi medido em vários estudos publicados ao longo dos últimos anos.

Um deles, feito na Universidade Emory, nos Estados Unidos, mostrou que a taxa de ataques cardíacos relacionados ao estresse era o dobro no público feminino em comparação com o masculino.

Entre pacientes que se recuperam de um infarto, a diferença no fardo mental também é marcante entre os sexos. De acordo com uma pesquisa da Universidade Yale, também nos EUA, a percepção de estresse é maior entre as mulheres mais jovens durante os doze meses que sucedem o evento cardiovascular.

Em linhas gerais, a saúde mental das mulheres é mais afetada que a dos homens por questões hormonais, de violência de gênero e traumas, segundo uma revisão publicada no The Lancet Psychiatry.

"Existe uma tendência na sociedade e na medicina de não se valorizar muito os aspectos da saúde mental. A mulher é vista como nervosa, como se não soubesse se portar ou reagir", comenta a cardiologista Ieda Jatene, do Grupo de Estudo de Doenças Cardiovasculares em Mulheres do HCor, em São Paulo.

"Muitas vezes, as queixas emocionais não são encaradas com a mesma seriedade de incômodos físicos", lamenta a médica.

Que fique claro: estresse, ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos acometem homens e mulheres. Em ambos os sexos, se essas doenças não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente, elas podem resultar em ataque cardíaco.

"Porém, o público feminino tende a sofrer mais com a sobrecarga relacionada à dupla ou à tripla jornada diária", acrescenta Jatene, referindo-se à incumbência de ter uma profissão, cuidar da casa e dar atenção à família que recai com maior frequência sobre elas.

Além da saúde mental, a lista de fatores de risco cardiovasculares não tradicionais que acometem as mulheres inclui também o parto prematuro, a doença hipertensiva da gestação, o diabetes gestacional, as doenças autoimunes (como lúpus e artrite reumatoide, mais frequentes no público feminino) e os tratamentos para doenças como o câncer de mama.

Sintomas desprezados

Após anos de sobrecarga, as artérias do coração entopem e o músculo entra em pane. Falamos aqui do infarto, um evento que costuma apresentar alguns sintomas importantes e bem conhecidos - o mais famoso deles é a dor no peito que irradia para o braço esquerdo.

Mas aqui, mais uma vez, as mulheres saem no prejuízo. Nelas, nem sempre o ataque cardíaco se manifesta dessa forma.

Mansur, que também é professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, calcula que a dor no peito aparece em 90 a 95% dos homens com infarto. Enquanto isso, esse sintoma acomete de 75 a 80% das mulheres na mesma condição.

"Ou seja: ela ainda é o sinal comum e mais importante em ambos os sexos", constata ele.

As mulheres vítimas desse problema, porém, podem sentir mais frequentemente outros incômodos diferentes - e, em razão disso, nem suspeitarem que estão sob risco.

Muitas vezes, nem mesmo os profissionais da saúde que atuam em ambulatórios e serviços de emergência conhecem esses sintomas atípicos do infarto, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento delas.

"Muitas apresentam queixas como cansaço extremo, um desconforto no peito que não tem uma característica de aperto, falta de ar e disparos nas batidas do coração", descreve Jatene.

"Todas essas manifestações devem sempre ser encaradas como sinais de alerta para uma doença cardiovascular", complementa ela.

Além das pistas de infarto citadas pela médica, os manuais de cardiologia incluem também mal-estar súbito, sensação de desmaio, dificuldades para manter a respiração, fraqueza intensa, tontura, suor frio, dor no abdômen ou nas costas, palidez, náuseas, vômitos e dificuldades para dormir.

Diante deles, vale ir até um serviço de emergência com a maior rapidez possível.

Jornadas duplas ou triplas, mais comuns entre as mulheres, podem resultar em mais estresse - o que afeta a saúde do coração Foto: / BBC News Brasil

Tratamento inadequado

Chegamos, enfim, à terceira barreira da lista: segundo o posicionamento da SBC, "menos de 50% das pacientes [com doenças cardíacas] são submetidas ao tratamento medicamentoso adequado".

Em outras palavras, mesmo quando superam as outras duas dificuldades, fazem exames de rotina ou suspeitam de algo mais grave e recebem o diagnóstico correto, mais da metade das pacientes não tem acesso aos remédios ou aos procedimentos mais indicados para o caso delas.

Segundo os médicos ouvidos pela e o próprio documento da SBC, existem vários fatores que explicam esse menor acesso aos tratamentos contra as doenças cardiovasculares.

O primeiro deles tem a ver justamente com o fato de os profissionais de saúde suspeitarem menos desses problemas quando a paciente é do sexo feminino - com isso, elas não recebem o diagnóstico adequado, que permitiria realizar a melhor terapia no tempo adequado.

Os especialistas também observam que, no geral, as mulheres têm menos acesso a exames de rotina do coração, que permitiriam flagrar aqueles fatores de risco por trás de um infarto - como diabetes, colesterol alto e hipertensão arterial - e poderiam ser controlados por meio de medicações. Esses problemas ficam, então, escondidos por décadas, até que desembocam numa crise aguda das coronárias.

O posicionamento da SBC ainda chama a atenção para os "determinantes sociais da saúde", como abuso sexual e violência, privação socioeconômica e baixa escolaridade. A entidade aponta que todos eles são "potencializadores de doenças cardiovasculares" nas mulheres - e é importante levar em consideração todos esses pontos durante a consulta para ampliar o acesso aos tratamentos mais efetivos para elas.

"Infelizmente, essa é a realidade. O tratamento do infarto nas mulheres costuma ser inadequado e tardio", classifica Mansur.

"Elas são menos submetidas, por exemplo, à angioplastia e à colocação de stent", diz o médico.

Esses nomes citados pelo cardiologista fazem alusão aos métodos cirúrgicos minimamente invasivos que desentopem as artérias coronárias e instalam pequenos dispositivos (os stents) que garantem a passagem de sangue pela região afetada.

Mansur acrescenta que, além dos procedimentos, as mulheres também costumam receber menos prescrições de remédios para controlar os fatores de risco tradicionais, como hipertensão e colesterol alto - que, como vimos anteriormente, são gatilhos para um infarto.

"As mulheres também são menos representadas em estudos clínicos de cardiologia. O número de voluntárias nas pesquisas é sempre muito menor", aponta Jatene.

"Até há pouco tempo, acreditava-se que doença cardiovascular era coisa de homem e a mulher só apresentaria esses problemas depois que perdesse a proteção hormonal no pós-menopausa. Mas sabemos hoje em dia que eles podem aparecer de forma muito mais precoce", reforça ela.

Para completar, a recuperação pós-infarto também é mais complicada entre o público feminino. Segundo um estudo publicado em maio no Jornal da Academia Americana de Cardiologia, mulheres são 1,65 vez mais propensas a precisar de uma nova internação nos primeiros 12 meses em comparação com os homens.

Elas também sofrem 1,46 vez mais complicações relacionadas ao ataque cardíaco e têm um risco 2,2 vezes maior de morrer nessa janela de um ano após o evento inicial.

Os stents (no centro da imagem) são pequenas estruturas metálicas que desentopem e mantêm a estrutura de vasos sanguíneos Foto: / BBC News Brasil

Como mudar isso

Para Jatene, a melhora desse cenário passa necessariamente por uma palavra: educação.

Na visão da médica, todo mundo deve conhecer melhor as formas de prevenção dos fatores de risco cardiovasculares e os cuidados básicos diante dos sinais de um infarto.

Do lado dos profissionais de saúde, ela também aponta para a necessidade de uma melhoria no acolhimento das pacientes.

"Fundamentalmente, precisamos valorizar os sintomas precoces, mesmo que eles sejam atípicos, e encaminhá-las para uma avaliação", diz a cardiologista.

Já do ponto de vista da população geral, conhecer mais sobre o problema e ter uma rotina de autocuidado é algo primordial, aponta Jatene.

"É importante que toda mulher de 35 a 40 anos procure um cardiologista e faça uma avaliação. Isso pode ajudar na detecção de um problema que ainda está escondido", sugere.

A médica acredita que, quando o assunto é coração, o público feminino deve ter a mesma rotina de cuidados reservada à prevenção do câncer de mama - com exames periódicos quando há indicação e atenção aos possíveis sintomas de algo mais sério.

"As mulheres geralmente cuidam do marido, dos filhos, dos pais, dos colegas de trabalho, dos amigos Mas elas dificilmente são cuidadas como deveriam", conclui ela.

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PORTAL REGIÃO NOROESTE

Mais de um milhão de pessoas esperam por cirurgias eletivas no SUS


Mais de um milhão de pessoas estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas em todo o Brasil. O número aparece no relatório mais recente do Ministério da Saúde sobre o andamento de um novo programa do governo federal, que pretende repassar recursos para reduzir a espera por cirurgias, exames e consultas na rede pública de saúde.

Sexta, 09 Junho 2023 10:11

CLIPPING AHPACEG 08 E 09/06/23

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DESTAQUES

Governo de Goiás publica edital para OSs interessadas em gerir Hugo

Após puxar inflação de maio, planos de saúde terão reajuste em junho

Mês de Conscientização da Cardiopatia Congênita: 30 mil brasileiros nascem por ano com esse problema

Custo de tratamento de câncer encarece e mortes em Goiás aumentam 17% em 8 anos

Dia Nacional da Imunização: especialistas alertam para a volta de doenças que já foram erradicadas

Google Cloud e Mayo Clinic formam parceria para explorar IA generativa na saúde

Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças

Telemedicina se consolida como meio de ampliar o acesso à saúde

Incor lança plataforma para teleorientação de cirurgias de alta complexidade

Artigo - O desafio das operadoras como cuidadoras via recurso próprio

Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos

TV ANHANGUERA

Governo de Goiás publica edital para OSs interessadas em gerir Hugo

globoplay.globo.com/v/11686178/

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PORTAL R7

Após puxar inflação de maio, planos de saúde terão reajuste em junho


A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) vai definir nesta segunda-feira (12), em reunião da diretoria colegiada, o índice máximo de aumento anual para contrato individual ou familiar.

A estimativa é de reajuste entre 10% e 12%, segundo a projeção da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), com base na metodologia de aumento adotada pela ANS e em cálculo de consultorias.

A medida vai afetar 8,9 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares, o que representa 17,6% do total de consumidores de planos de assistência médica no Brasil. O setor atingiu um total de 50.573.160 usuários em abril deste ano, o maior número desde novembro de 2014.

O aumento vai valer para contratados a partir de janeiro de 1999, e poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do plano

Enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,23% em maio, o maior impacto e a maior variação vieram do grupo Saúde e cuidados pessoais, com 0,93%. O destaque foi o plano de saúde, que registrou alta de 1,20% no mês.

Nos últimos 12 meses, o acumulado dos convênios chega a 17,48%, enquanto a inflação geral acumula 3,94%.

Histórico

Em 2020, os planos ficaram congelados por causa da pandemia de Covid-19. Já em 2021, pela primeira vez, a ANS definiu redução de 8,19% nos valores das mensalidades.

A decisão foi motivada pela queda da demanda decorrente do período de isolamento na pandemia; por causa do distanciamento social, muitos brasileiros adiaram a procura por serviços médicos não emergenciais.

No ano passado, a agência autorizou reajuste de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares, o maior índice desde o início da série histórica, em 2000.


Como funciona o reajuste

ANS explica que o índice de reajuste dos planos individuais ou familiares é determinado pela agência, sendo aprovado em reunião de diretoria colegiada e apreciado pelo Ministério da Fazenda.

"O percentual é o teto para o reajuste. As operadoras podem aplicar índices mais baixos, mas são proibidas de aplicar percentuais mais altos que o definido pela ANS para os planos individuais ou familiares", afirma a agência reguladora em nota.

Já os planos coletivos com 30 beneficiários ou mais possuem reajuste definido em contrato e estabelecido a partir da relação comercial entre a empresa contratante e a operadora, em que há espaço para negociação entre as partes.

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) defende que os reajustes dos planos coletivos sejam regulados à semelhança dos planos individuais. Para a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete, o ideal seria que o reajuste fosse regulado para todos os tipos de planos.

"Como a maioria dos contratos coletivos reajusta seus planos com base na sinistralidade e ela como índice é pouco clara (cada empresa define de uma forma diferente), isso permite uma ampla liberdade para a operadora, no limite, fazer alteração unilateral do preço, prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. O ideal seria que as cláusulas de reajuste fossem padronizadas", afirma a coordenadora.

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O HOJE

Mês de Conscientização da Cardiopatia Congênita: 30 mil brasileiros nascem por ano com esse problema

As cardiopatias congênitas são anomalias ocasionadas por defeitos anatômicos do coração que levam à insuficiência circulatória

Por: Ícaro Gonçalves

A cada ano, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com cardiopatia no Brasil e aproximadamente 40% delas vão necessitar de cirurgia ainda no primeiro ano, o que representa 12 mil pacientes.

As cardiopatias congênitas – que têm até uma data, 12 de junho, para orientar as pessoas sobre seus riscos e tratamentos – são anomalias ocasionadas por defeitos anatômicos do coração ou dos grandes vasos associados, que levam à insuficiência circulatória e respiratória dentre outras consequências graves, podendo comprometer a qualidade de vida ou a própria vida do paciente.

O diagnóstico do problema ainda durante a gestação é fundamental para o acompanhamento da gravidez e o planejamento adequado da assistência médica e do tratamento necessário após o nascimento. Quando identificada uma malformação cardíaca, a equipe médica especializada poderá adotar as medidas apropriadas para garantir a melhor assistência possível ao bebê.

O exame indicado para esse diagnóstico é a ecocardiografia fetal. Trata-se de um exame de imagem que utiliza o ultrassom para visualizar o coração do feto e suas estruturas, permitindo identificar possíveis anomalias cardíacas e proporcionando intervenções precoces, quando necessárias. A médica pediatra com atuação em ecocardiografia pediátrica e fetal Beatriz Mariano, da equipe do CDI – Centro de Diagnóstico por Imagem, explica que o exame é geralmente realizado entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação, quando já é possível visualizar com clareza as estruturas cardíacas do feto.

Durante a realização do ecocardiograma fetal, o médico, com área de atuação em medicina fetal, analisa cuidadosamente as estruturas cardíacas, avaliando a anatomia, o funcionamento e a circulação sanguínea do coração do bebê. O ecocardiograma fetal é especialmente recomendado quando existem fatores de risco conhecidos, como histórico familiar de doenças cardíacas, problemas cardíacos prévios em gestações anteriores ou condições médicas da mãe que possam afetar o desenvolvimento do feto. No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico obstetra ou cardiologista fetal, que irá determinar a necessidade do exame.

Mães

Foi por meio deste exame que um grupo de mulheres goianas, que até então não se conheciam, se deparou com uma notícia que lhes tirou o chão: grávidas, elas descobriram que seus bebês tinham cardiopatia congênita. Cada uma do seu jeito, elas iniciaram batalhas para garantir o nascimento e a sobrevivência dos filhos. Isso foi há mais de 13 anos.

Nesta caminhada, elas depararam-se com a falta de atendimento em Goiânia, desconhecimento por parte de médicos, poucos exames disponíveis, a necessidade de buscar assistência fora do Estado, enfim, uma luta em defesa dos bebês.

Após os nascimentos, a batalha continuou com cirurgias precoces, o medo diante da fragilidade dos pequenos e muitas inseguranças. Batalhas que foram sendo vencidas. Ao mesmo tempo em que comemoraram as vitórias dos filhos, as mamães foram também abraçando outra causa: ajudar famílias que enfrentavam o mesmo problema.

Associação Amigos do Coração

Assim, nasceu a Associação Amigos do Coração. “Transformamos nossa dor em amor, acolhimento e apoio a outras mães e famílias”, conta uma das fundadoras da Associação, Martha Camargo. A luta, de acordo com Eliade Pontes e Geysa Machado, respectivamente, mães de um garoto e de uma menina que nasceram com cardiopatia, inclui um grande trabalho educativo, a defesa da ampliação da assistência diagnóstica e médico-hospitalar a crianças com cardiopatia congênita, o acolhimento a famílias necessitadas e o apoio aos pacientes.

Parte do resultado desse trabalho poderá ser visto no domingo, 11 de junho, véspera do Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, quando a Associação realizará um grande evento no Parque Vaca Brava, a partir das 9 horas. São esperadas mais de 200 pessoas. O evento terá brincadeiras, lanches, orientações médicas, atividades físicas – sim, crianças com cardiopatia podem e devem se exercitar – e muito mais.

Exames

Durante o evento, o CDI – Centro de Medicina Diagnóstica, que abraçou a causa da Associação Amigos do Coração, vai divulgar alguns exames também fundamentais para diagnósticos e monitoramento do desenvolvimento de crianças com cardiopatia congênita. A diretora do CDI, médica Colandy Nunes Dourado, cita alguns deles, como a ecocardiografia 3D pediátrica, ecocardiografia a cores pediátrica, ultrassom pediátrica, tomografia pediátrica e elastografia hepática pediátrica, todos oferecidos pelo CDI.

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Custo de tratamento de câncer encarece e mortes em Goiás aumentam 17% em 8 anos

Dados do Observatório de Oncologia mostram que no ano de 2022, 6.743 pessoas vieram a óbito devido a doença no estado

As mortes por câncer no estado de Goiás aumentaram 17,8% nos últimos 8 anos. Informações do Observatório de Oncologia, com dados do Ministério da Saúde (DataSUS), Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que no ano de 2022, 6.743 pessoas vieram a óbito devido a doença no estado. Já em 2014, oito anos antes, o número registrado era de 5.720. Em Goiânia, foram 1.729 óbitos no último ano.

Os cânceres com mais casos de mortes são os de traqueia, brônquio e pulmão, com 929 óbitos registrados. Na sequência aparecem os de cólon e reto (669), mama (530), próstata (480), estômago (348) e pâncreas (325). A população masculina é a mais afetada, com a maior taxa de óbitos registrada entre as idades de 60 a 79 anos.

E as estimativas apontam para um crescimento da doença em meio a população brasileira para os próximos anos. O Instituto Nacional de Câncer projeta que, entre 2023 e 2025, são esperados 705 mil novos diagnósticos de câncer no Brasil por ano, principalmente as que estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste, onde estão concentradas 70% da incidência.

Em entrevista ao jornal O Hoje, o presidente da Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), doutor Jales Benevides Santana Filho, alerta que os diagnósticos em Goiás também devem crescer. “No triênio 2023-2025 são esperados 25,5 mil casos novos por ano. Somente em Goiânia, deve ser 6 mil casos novos por ano.

Para o médico, o aumento dos casos decorre de múltiplos fatores, incluindo fatores culturais ligados a alimentação e estilo de vida. “Com o passar dos anos nossa população tem adquirido hábitos e estilos de vida ruins. Vemos jovens fumando muito, bebendo muito, vemos a incidência do câncer de pulmão crescer tanto em homens quanto em mulheres. Também a aumento da obesidade, o consumo de enlatados e embutidos, uma dieta pobre em fibras e alto consumo de fast foods. Tudo isso é ruim para nosso organismo. Com isso a população fica mais exposta aos fatores de risco dos cânceres”, alerta Jales.

As campanhas de prevenção ao câncer são fundamentais para que possamos mudar e diminuir a incidência de câncer.

Encarecimento e defasagem no SUS

Se por um lado os diagnósticos de câncer aumentaram nos anos recentes, por outro, o custo para o tratamento de pacientes também aumentou. Isso gera uma sobrecarga de demanda dos tratamentos tanto na rede pública como na rede privada.

As descobertas de novos medicamentos, equipamentos, tratamentos e terapias tem aumentam em muito as chances de cura do câncer, mas também encarecem o valor do tratamento. A descoberta tardia da doença, o acometimento em jovens e o uso de tecnologias caras são outros fatores. Considerando estimativas da Sociedade Norte-Americana de Câncer, os gastos com tratamento de câncer, ao nível mundial, aumentarão de US$ 290 para US$ 458 bilhões entre 2010 e 2030.

No Brasil, a maioria dos casos é detectada em estágios avançados e as estratégias de prevenção do câncer ainda têm uma cobertura muito baixa. Com isso o número de pessoas que necessita de medicamentos e terapias (mesmo as novas e mais caras) tende a ser proporcionalmente elevado.

Com isso, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com tratamento de câncer chegaram a R$ 4 bilhões em 2022, o que representou 3% dos recursos totais destinados à saúde brasileira. Esse valor inclui os procedimentos ambulatoriais, internações e cirurgias. Na comparação com 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19, houve crescimento de 14% nos investimentos feitos na área de oncologia.

“O SUS não consegue pagar a integralidade dos tratamentos oncológicos. Os hospitais precisam de novas tecnologias e aparelhos, capazes de tratar mais pacientes com menos efeitos colaterais. Precisamos de drogas novas, medicamentos capazes de combater o câncer na imuno e na quimioterapia. Essas medicações são caras e que as vezes pacientes do SUS não tem acesso a elas”, ressalta doutor Jales Benevides.

O médico ainda afirma que a tabela SUS, com os valores dos repasses feitos pelo governo federal ao hospital que tratam o câncer, está defasada há décadas. “A tabela de repasse do SUS não tem atualizações há mais de 20 anos. O que o Hospital Araújo Jorge recebe é uma tabela de 20 anos atrás.  Nesse período, a inflação fez crescer o preço da medicação, custos de infraestrutura dos hospitais, especialmente na pandemia. Isso coloca as instituições em uma situação financeira difícil”, finaliza.

Financiamento em debate

No dia 1º de junho, a deputada federal Flávia Morais (PDT-GO) promoveu uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater o financiamento e as políticas de oncologia no Brasil. Os participantes foram unânimes em defender o aumento dos recursos públicos para prevenção e tratamento do câncer.

Segundo a deputada, a criação de um Fundo de Enfrentamento ao Câncer representa “a solução para o financiamento da oncologia” no país. “Já existe projeto de lei. Nós vamos fazer o levantamento de todos, já tem um requerimento de urgência, até de nossa autoria, pedindo que vá direto ao Plenário. Além da aprovação do projeto, a gente vai colocar uma rubrica específica para captar recursos para a oncologia”, destacou.

De acordo com Patrícia Gonçalves dos Santos, representante da Coordenação-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, o Brasil conta com 315 serviços habilitados para atendimento oncológico pelo SUS. Para realização de radioterapia são 91 centros habilitados.

Para o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), René José Moreira, a adoção do teto de gastos no País fez com que o financiamento da União para a área da saúde sofresse uma “redução significativa”. Atualmente, o governo federal paga apenas 37,6% das despesas do SUS; os demais 62,4% ficam a cargo de estados e municípios, disse René Moreira.

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Dia Nacional da Imunização: especialistas alertam para a volta de doenças que já foram erradicadas

Os números mais recentes apontam que a procura por vacinas essenciais na primeira infância tem ficado abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde

Nesta sexta-feira (9/6) comemora-se em todo o Brasil o Dia Nacional da Imunização. Em tempos em que a gripe, o coronavírus e outras doenças de fácil contaminação ainda circulam pelo país, médicos pediatras de Goiás alertam sobre o cenário de baixa taxa de vacinação do público infantil.

Os números mais recentes apontam que, no estado, a procura por vacinas essenciais na primeira infância tem ficado, desde 2019, abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde – que é de pelo menos 95%. No Brasil, o relatório Situação Mundial da Infância 2023: Para cada Criança, aponta que cerca de 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose contra a poliomielite e a tríplice bacteriana (DTP) entre os anos de 2019 e 2021.

As explicações para os números negativos podem estar baseados em dois pilares: o aumento das fake news sobre vacinas e a falsa sensação de segurança sobre doenças que já foram erradicadas no passado pelas campanhas de vacinação.

Apesar das justificativas, a presidente da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), Valéria Granieri, alerta que as consequências da baixa imunização podem ser gravíssimas. “As vacinas são a forma mais eficaz de prevenir doenças e evitar surtos. Quando uma pessoa não se vacina ou se recusa a vacinar crianças que estão sob a sua responsabilidade, ela contribui para disseminar doenças potencialmente letais na comunidade”.

Uma pesquisa realizada pela ONG Avaaz, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), mostrou que sete em cada dez brasileiros acreditam em alguma informação equivocada sobre a vacinação.

Comparado ao restante dos países do mundo, é no Brasil onde as pessoas são mais influenciadas pelas notícias falsas sobre o tema. Ao todo, 57% dos entrevistados afirmaram que não se vacinaram ou deixaram de vacinar crianças que estão sob seus cuidados.

Vacinação infantil e legislação

A SGP reforça que a vacinação de crianças e adolescentes é protegida por lei desde 1990, ano em que o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) foi criado. Por se tratar de um assunto que impacta não só as crianças, mas também toda a sociedade, a entidade incentiva que pais e responsáveis mantenham a caderneta de vacinação atualizada para que novos surtos de doenças já erradicadas no Brasil não retornem.

“Em termos práticos, a efetividade da vacinação é influenciada pela idade na qual a dose é administrada. Isso significa que seguir o calendário estipulado é essencial para a manutenção da saúde e desenvolvimento das crianças”, finaliza a presidente da SGP.

Vírus respiratórios

Até a segunda quinzena do mês de maio, permanecia alto o número de internações de crianças causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com ocorrências em 13 dos 27 estados.

Segundo o Boletim InfoGripe, divulgado no dia 19 de maio pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no quadro etário geral, em 19 das 27 unidades o crescimento é moderado na tendência de longo prazo, que considera as últimas seis semanas, e de curto prazo, referente às últimas três semanas.

A análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 8 de maio, sendo referente à Semana Epidemiológica (SE) 18, de 30 de abril a 6 de maio. Os resultados laboratoriais por faixa etária apontam predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta, apesar de queda observada em diversos estados. Em contrapartida, mantém-se sinal de aumento nos casos associados ao vírus influenza A e B.

Vírus Sincicial

Entre as crianças pequenas, permanece o predomínio de casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o que mantém o número de novas internações em patamares elevados nesse público. O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, esclareceu que já no restante da população, a expansão de casos se deve principalmente à covid-19.

Chamou a atenção, entretanto, para as tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos. “Enquanto os casos associados à covid-19 sugerem desaceleração para os vírus influenza A e B, há indício de aumento recente em diversos desses estados”, disse Gomes. (Com informações da Agência Brasil)

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SAÚDE BUSINESS

Google Cloud e Mayo Clinic formam parceria para explorar IA generativa na saúde

Nova colaboração espera melhorar a eficiência do fluxo de trabalho clínico e facilitar a localização de informações por médicos e pesquisadores, otimizando os resultados

O Google Cloud anunciou hoje uma colaboração com a Mayo Clinic para trazer Inteligência Artificial (IA) generativa para ambientes de assistência médica, começando com  Enterprise Search in Generative AI App Builder (Gen App Builder).

Seguindo a parceria estabelecida entre a empresa e a instituição anteriormente, incluindo programas que aproveitam análises, soluções de IA e Machine Learning, a nova colaboração espera melhorar a eficiência do fluxo de trabalho clínico e facilitar a localização de informações por médicos e pesquisadores, otimizando os resultados.

O Gen App Builder visa unificar os dados de saúde em documentos, bancos de dados e intranets dispersos, facilitando a pesquisa, análise e identificação dos resultados mais relevantes. Ele também oferece suporte à conformidade com HIPAA, juntamente com os processos, segurança e controles de privacidade de cada cliente.

Aumentando o portfólio de ferramentas de IA generativas do Google Cloud, o Gen App Builder, juntamente com o suporte de IA generativa na Vertex AI, espera ajudar as organizações de saúde a otimizar a produtividade da força de trabalho, simplificar os processos administrativos e aproveitar a tecnologia para automatizar tarefas repetitivas, permitindo que os cuidadores se concentrem em serviços de maior valor interações do paciente.

A Mayo Clinic, como uma das primeiras a adotar o Gen App Builder do Google Cloud, está explorando como a combinação de pesquisa de qualidade do Google com IA generativa pode trazer informações importantes para médicos, e equipes assistenciais de maneira rápida, contínua e conversacional.

O Google Cloud continuará colaborando com a Mayo Clinic e várias organizações de saúde para desenvolver esses recursos em um ambiente clínico.

“A IA generativa tem o potencial de transformar a saúde, aprimorando as interações humanas e automatizando as operações como nunca antes”, disse Thomas Kurian, CEO do Google Cloud. “A Mayo Clinic é líder mundial em alavancar a Inteligência Artificial A para o bem e é um parceiro essencial à medida que identificamos maneiras responsáveis ​​de trazer essa tecnologia transformadora para a saúde.”

“Nossa priorização da segurança do paciente, privacidade e considerações éticas significa que a IA generativa pode ter um impacto significativo e positivo na forma como trabalhamos e prestamos cuidados de saúde”, disse Cris Ross, CIO da Mayo Clinic. “As ferramentas do Google Cloud têm o potencial de revelar fontes de informações que normalmente não são pesquisáveis ​​de maneira convencional ou são difíceis de acessar ou interpretar, desde o histórico médico complexo de um paciente até suas imagens, genômica e laboratórios. Acessar informações de maneira mais rápida e fácil pode gerar mais curas, criar mais conexões com os pacientes e transformar a assistência”.

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Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças

Projeto lançado pelo Instituto do Coração com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Cisco desenvolveu sistema para telemonitoramento do ato cirúrgico

O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.

O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos.  A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.

“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Dr. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.  

As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.  

 Parceria e acesso

Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas. 

“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor. 

Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.  

O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil. 

Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto. 

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Telemedicina se consolida como meio de ampliar o acesso à saúde

Unimed-BH acaba de atingir 1 milhão de consultas on-line realizadas e vê benefícios da modalidade

A prática de telemedicina continua recebendo investimentos e atenção das empresas do setor de saúde suplementar. Entre os principais benefícios do serviço está a ampliação do acesso à saúde e a rapidez e efetividade no atendimento nos casos de pequenas urgências. A Consulta On-line da Unimed-BH, por exemplo, foi lançada há três anos e acaba de completar o marco de 1 milhão de atendimentos. A cooperativa avalia de forma positiva o modelo e continua investindo em melhorias, com foco na melhor experiência do cliente.

Segundo o diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, a telemedicina é uma inovação que transformou o modelo tradicional de assistência e trouxe mais praticidade e agilidade para o cliente de saúde suplementar. “Como operadora de plano de saúde estamos acompanhando as transformações no setor e apostando no digital, sempre com foco na melhor experiência do cliente”, explica. Ele esclarece ainda que a telemedicina vai além de uma consulta, mas inclui telemonitoramento, oferta de atendimento 24h, orientação de percurso.

Frederico Peret destaca a importância da consulta on-line para o atendimento nos períodos quando há alta demanda por serviços de saúde. O Pronto Atendimento On-line da Unimed-BH voltado para pequenas urgências, por exemplo, oferece atendimento com especialistas em Clínica Médica, Medicina de Família e Comunidade e Pediatria, possibilitando uma melhor assistência à saúde nos períodos de sazonalidade. “Vimos a consulta on-line funcionar muito bem na pandemia da Covid-19 para atender os casos de baixa complexidade e temos apostado nessa modalidade para reduzir a sobrecarga nas unidades assistenciais”, afirmou.

A Unimed-BH também vem investindo no telemonitoramento de pacientes, que é uma modalidade de telemedicina que amplia o cuidado, possibilitando um acompanhamento do paciente por um profissional de saúde, após alta hospitalar ou após confirmação de alguma doença. O serviço atualmente é ofertado para diversos perfis de clientes, entre eles, casos positivos de Covid-19, gestantes, pós-operatórios cardíacos, entre outros.

Facilidade e segurança na telemedicina

Tanto para os médicos que atendem, quanto para clientes que usam, o serviço de teleconsulta tem sido avaliado positivamente. A cooperada de Medicina de Família e Comunidade e médica da Central Consultas On-line, Helena Soares de Souza Santos, fala sobre a sua experiência com a telessaúde. “Passei a atender na equipe da Central da Unimed-BH durante a pandemia porque estava grávida e tive que me ausentar da linha de frente. Vejo que é um grande avanço para a assistência aos pacientes.  O papel da telemedicina é enorme dentro da rede assistencial, porque ela ajuda a gerenciar o cuidado. Há diversos pacientes que vão para o Pronto Atendimento e não precisavam estar ali. Hoje me sinto confortável quando avalio o paciente, sendo a consulta resolutiva na maioria dos casos de baixa complexidade”, declara Helena.

Felipe Gomes Machado, endocrinologista e coordenador da Central Consulta On-line da Unimed-BH, fala sobre a facilidade e avalia a eficácia do serviço. “O sistema que oferecemos tem tido bastante resultado, pois resolve grandes questões do atendimento em saúde, por exemplo, acesso e assistência de qualidade”, explica o médico. Na visão dele, o acesso é facilitado, mantendo o paciente na segurança do lar, sem precisar enfrentar trânsito ou tempo de deslocamento, apesar de o atendimento online não substituir, mas coexistir com a sua versão presencial, se necessário.

O endocrinologista ainda explica sobre o “figital”, termo que mescla as palavras físico e digital, que descreve a integração das duas modalidades de atendimentos que hoje a Unimed-BH oferece. “O paciente se desloca até o serviço presencial, recebe o acolhimento de um profissional, e junto disso existe a garantia da continuidade do atendimento por meio da teleconsulta, com um especialista específico para responder questionamentos e ofertar outros tratamentos, se necessário”, detalha. E completa “o figital permite exatamente essa conexão entre tudo o que o paciente precisa, tornando pleno o acolhimento e eficiente a solução de sua dor”, explica. Além disso, ele reforça sobre o caminho oposto, quando o paciente é recebido via online, mas que, por alguma limitação ou pela gravidade do caso, é encaminhado para uma das unidades físicas. “A teleconsulta funciona, nesses casos, como uma espécie de triagem, diminuindo o percurso que o paciente teria de fazer se fosse atendido somente no presencial. Por meio da teleconsulta, o paciente recebe um documento de transição de cuidados, com todos os detalhes relatados por ele e as indicações médicas do especialista que o atendeu”, conclui.

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MEDICINA S/A

Incor lança plataforma para teleorientação de cirurgias de alta complexidade

O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.

O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos.  A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.

“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.

As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.

Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas.

“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor.

Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.

O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil.

Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto.

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Artigo - O desafio das operadoras como cuidadoras via recurso próprio

Por Christian Campos Ferreira

Nos últimos anos, temos visto um crescente interesse por parte das operadoras de saúde em se tornarem mais do que simples fornecedoras de serviços, mas sim cuidadoras de seus beneficiários/pacientes. Para isso, muitas têm investido em recursos próprios para oferecer uma experiência mais completa de cuidado, abrangendo desde a prevenção até o tratamento de doenças. No entanto, esse movimento traz consigo uma série de desafios que precisam ser superados para que as operadoras possam cumprir sua nova missão.

Um dos principais obstáculos enfrentados pelas organizações quando assumem esse papel é o de desenvolver uma cultura de cuidado entre seus colaboradores. Isso implica em mudanças profundas na forma como ela se relacionará com os seus clientes, passando a enxergá-los como indivíduos que precisam de zelo e não apenas como usuários de serviços de saúde. Essa transformação de perspectiva requer um esforço significativo por parte da empresa em todos os níveis, desde a alta gerência até o atendimento ao cliente.

Outro importante ponto de atenção é o de implementar os recursos necessários para oferecer uma assistência mais abrangente e integrada. Isso envolve desde a implantação de tecnologias que permitam a monitoração remota de pacientes até a contratação de profissionais de saúde de diferentes áreas para atuar em equipe no cuidado do paciente. Além disso, é preciso desenvolver protocolos específicos que possam ser aplicados de forma consistente em todos os casos. Assim como acompanhar os indicadores de qualidade e produção.

Um terceiro desafio é o de encontrar um equilíbrio entre a oferta de serviços e a sustentabilidade financeira da operadora. Isso implica em investir em uma rede própria, mas sem deixar de lado a premissa de manter uma gestão financeira saudável. Por essa razão é preciso encontrar maneiras de oferecer uma assistência focada no indivíduo com qualidade, porém sem aumentar excessivamente os custos aos clientes.

Por fim, uma questão fundamental é o de ganhar a confiança dos clientes e da sociedade como um todo. As operadoras de saúde necessitam demonstrar que estão comprometidas com o cuidado de seus clientes e que têm capacidade técnica e humana para oferecê-lo com excelência. Daí a relevância de executar um plano de comunicação estratégico, assertivo e efetivo junto aos stakeholders, bem como realizar ações concretas que endossem esse compromisso.

Em suma, o desafio das operadoras de saúde quando se tornam cuidadoras através do recurso próprio é enorme. Para superá-lo, é preciso investir em cultura de cuidado, desenvolver recursos integrados, encontrar um equilíbrio financeiro e ganhar a confiança dos clientes e da sociedade. Somente assim será possível oferecer uma assistência à saúde focada no cuidado do paciente de maneira verdadeira, completa e de qualidade.


*Christian Campos Ferreira é Cirurgião Pediátrico e diretor Econômico-Financeiro da Unimed Nova Iguaçu.

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MÍDIA NEWS

Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos



Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos Conselhos Regionais de Medicina do Amazonas e do Rio Grande do Sul absolveram o endocrinologista Flavio Cadegiani

Os Conselhos Regionais de Medicina do Amazonas (CRM-AM) e do Rio Grande do Sul (Cremers) absolveram o médico endocrinologista Flavio Cadegiani de dois processos administrativos. O site Metrópoles divulgou a informação nesta quarta-feira, 7. Cadegiani era investigado por supostas irregularidades em estudo com o medicamento proxalutamida, usado para o tratamento precoce em pacientes com covid-19 O CRM-AM inocentou o endocrinologista em 3 de abril de 2023.


Na ocasião, a 1ª Câmara de Julgamento do CRM-AM absolveu Cadegiani por unanimidade. O médico Daniel Nascimento Fonseca, diretor técnico do Grupo Samel, também foi inocentado. A relatora do caso, médica Danielle Monteiro Fonseca da Silva, decidiu que Cadegiani não tem vínculo com a indústria farmacêutica, "tampouco divulgou informações inverídicas, mostrando, apenas, os resultados animadores das pesquisas".

Quem é o médico que estudou o tratamento precoce? O Cremers seguiu na mesma linha e inocentou Cadegiani. Antes disso, no entanto, havia aberto uma investigação contra o endocrinologista. Isso começou a partir de uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que acusou Cadegiani de divulgar um estudo sem a aprovação dos órgãos competentes. Na decisão mais recente, o Cremers afirmou que o estudo do endocrinologista foi aprovado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) antes mesmo de sua produção, em janeiro de 2021.


O órgão acrescentou que o tratamento com a proxalutamida poderia ocorrer sem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque o estudo de Cadegiani era apenas um experimento acadêmico. O médico não tinha objetivos comerciais. Em outubro de 2022, a 5ª Câmara do Cremers aprovou o parecer do conselheiro Luciano Zogbi Dias. Ele disse que o estudo de Cadegiani estava "de acordo com os princípios éticos e com a legislação vigente".

Zogbi destacou ainda que o estudo com a proxalutamida teve resultados "extremamente animadores". Segundo o conselheiro, houve "efeitos estatisticamente significativos na redução do dano pulmonar ocasionado pela covid, mesmo no curto período de tratamento e, também, por não ter havido dano aos pacientes testados pela droga". 

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 07 Junho 2023 09:17

CLIPPING AHPACEG 07/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde: relatório que atualiza lei do setor será apresentado hoje. Veja o que pode mudar

Advogados acionam CRM e Cremego por negligência em face de casos de violência obstétrica

Justiça determina intervenção em abrigo investigado por dopar idosos para não aumentar número de cuidadores

Criança de 6 anos morre após ser picada por escorpião dentro de casa, em Morrinhos

Custo de tratamento de câncer sobe 400% em 4 anos

JUNHO VERDE: comunidade médica alerta para a conscientização sobre o câncer renal

SUS tem fila de mais de 1 milhão de cirurgias eletivas

Covid-19: Anvisa renova autorização de vacinas e medicamentos de uso emergencial

Sonho virou pesadelo: mulher perde o braço depois de lipoescultura

O GLOBO

Planos de saúde: relatório que atualiza lei do setor será apresentado hoje. Veja o que pode mudar


O deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA) apresenta nesta quarta-feira, às 14h, em audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, o relatório sobre o Projeto de Lei 7.419, de 2006, que trata da atualização da Lei dos Planos de Saúde.


O texto do relator vai propor que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determine um limite para os reajustes dos planos coletivos, que atendem 41,6 milhões dos 50,5 milhões de beneficiários da saúde suplementar. Hoje, a Lei dos Planos de Saúde só prevê limites aos reajustes de planos individuais.

Duarte Júnior antecipou ao GLOBO que pretende também acabar com a possibilidade da rescisão unilateral desse tipo de contrato pelas operadoras.

Segundo o relator, o projeto de lei, parado há 17 anos, pode ser votado ainda este mês, pois já foi aprovada a tramitação em regime de urgência.



Confira os principais pontos do relatório

Cálculo do reajuste deverá ser feito pelas operadoras reunindo todos os usuários de planos coletivos da sua carteira e não por cada contrato como é hoje;O percentual máximo de reajuste nos contratos coletivos será determinado pela ANS, assim como acontece com os planos individuais;Uma fórmula de cálculo para os contratos coletivos deverá ser desenvolvida para dar mais clareza aos critérios que levam ao percentual de aumento;Será vedada a rescisão unilateral de contratos coletivos pelas operadoras;O prazo para rescisão por inadimplência será de 90 dias consecutivos. Hoje, a suspensão do contrato pode ser feita quando se contabilizam 60 dias de atrasos, consecutivos ao não, num prazo de 12 meses;A ANS passaria a regular, além das operadoras, os prestadores de serviços, como hospitais, clínicas e laboratórios. Para tanto, será preciso mudar a lei que criou a agência reguladora para ampliar seus poderes;Será proposto o aperfeiçoamento dos critérios para alteração da rede hospitalar dos planos. Entre as mudanças, estaria a obrigatoriedade de comunicação direta ao consumidor de qualquer mudança.

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ROTA JURÍDICA

Advogados acionam CRM e Cremego por negligência em face de casos de violência obstétrica

Um grupo de advogados de Goiás, São Paulo e do Paraná ingressou, no último dia 02 de junho, com uma Ação Popular contra o Conselho Federal de Medicina e contra o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, criticando o que consideram uma postura negligente em face da violência obstétrica noticiada.

Também é repudiado o misógino negacionismo das entidades diante dos padrões científicos e normativos da OMS, da Organização das Nações Unidas, do Conselho Nacional de Justiça, e do CNS, protestando pelo fim imediato das campanhas de desinformação, pela determinação de campanhas de conscientização, pela regulamentação de normas de proteção a gestante em suas áreas de atuação, assim como pela condenação das autarquias em danos morais coletivos.

Segundo os advogados, a Ação Popular fundamenta-se na defesa da moralidade administrativa, na proteção jurisdicional em face do negacionismo científico e normativo com esteio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (ADI 6421/DF), na condenação do Estado Brasileiro no caso CEDAW/ONU Alyne vs. Brazil, no Protocolo n.º 122/2021 do Conselho Nacional de Justiça, na Recomendação n.º 24/2019 do Conselho Nacional de Saúde, além de diversos outros precedentes normativos e jurisprudenciais nacionais e internacionais.

O processo judicial foi autuado sob o n.º 1032306-10.2023.4.01.3500, distribuído a 8ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Estado de Goiás, aguardando a análise das tutelas de urgência pleiteadas.

A Ação Popular foi construída e protocolada pelos advogados Valéria Eunice Mori Machado, Ovídio Inácio Ferreira Neto, Mônica Mori Machado, Gislaine Paes Rocha, Bruna Thayse Silva Gomes, e Débora Nicodemo.

Nota do Cremego

Ao Rota Jurídica, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) lamenta e repudia o uso extremamente equivocado do termo “violência obstétrica” em casos de denúncias de supostas agressões a pacientes durante atendimento pré-natal, de parto ou pós-parto.

Para o Cremego, quando se fala em “violência obstétrica”, o trabalho dos médicos assistentes é colocado em xeque, sem que seja considerada a melhor indicação clínica e cirúrgica para as pacientes, procedimentos que, algumas vezes, podem ser vistos por leigos como “violentos”.

Segundo a instituição, o caso torna-se ainda mais grave quando acusações de “violência obstétrica” partem de advogados, que deveriam buscar mais informações sobre as práticas antes de partirem para acusações infundadas contra médicos ou Conselhos de Medicina. “Acusações que somente reforçam a visão equivocada sobre um assunto sério e que envolve a vida de mães e bebês”, frisa.

Se há falhas no atendimento obstétrico, diz o Cremego, elas devem ser apuradas e, quando confirmadas, punidas pelos Conselhos de Medicina e pela Justiça. “Porém, ações como essas em nada contribuem para melhorar a assistência às gestantes”, afirma, acrescentando que o Cremego está de portas abertas para receber, orientar e debater o tema com advogados.

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PORTAL G1

Justiça determina intervenção em abrigo investigado por dopar idosos para não aumentar número de cuidadores

Gestora do local foi retirada do cargo a pedido do Ministério Público (MP). A delegada afirmou que investigações irão continuar.

Por Pedro Moura

A gestora do abrigo suspeito de dopar idosos para não aumentar o número de cuidadores, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, foi retirada do cargo após uma intervenção civil, que foi acatada pela Justiça a pedido do Ministério Público (MP). A Polícia Civil (PC), segundo a delegada Samya Nogueira, também participou da ação dando apoio caso houvesse resistência por parte do local.

g1 entrou em contato com a Casa de Jacó Lar de Idosos para que se posicionassem, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Mesmo com a troca de gestão realizada nesta terça-feira (6), as investigações continuarão, de acordo com a delegada. O abrigo é suspeito de praticar maus-tratos contra os internos, além de usar medicações fora do receituário.

“Estamos esperando os resultados dos laudos e também vamos ouvir as testemunhas. Apareceram outras famílias querendo representar contra o abrigo”, contou.

Câmeras de segurança

Para investigar os crimes, a delegada recolheu as câmeras de segurança do lar de idosos. As filmagens foram trazidas para a Polícia Técnico-Científica, em Goiânia, onde passam por uma perícia. A delegada também ouviu as duas funcionárias que trabalhavam no local à noite.

“Foi confirmado que eles maceravam os remédios em um pilão e davam aos idosos”, afirma.

Denúncia anônima

A delegada afirma que, inicialmente, uma denúncia anônima informou que os idosos eram vítimas de maus-tratos, negligência, violência psicológica e que oito internos teriam morrido devido a superdosagem de medicamentos. Entretanto, a investigadora explica que, durante uma visita ao abrigo, a polícia verificou apenas os maus-tratos e os medicamentos sem receitas.

“Nós fomos durante o dia e não encontramos evidências de idosos dopados. Então, voltamos à noite”, diz. Durante a visita, a polícia encontrou 38 pacientes aos cuidados de apenas dois funcionários. Sobre as mortes, a delegada diz que as perícias não confirmaram a informação. “Foi feita uma perícia, que deu resultado inconclusivo para a superdosagem de medicamentos”, diz.

Nogueira detalha que a denúncia dizia oito mortes, porém, a perícia foi feita em apenas um idoso, pois os familiares das outras sete possíveis vítimas não procuraram a polícia.

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Criança de 6 anos morre após ser picada por escorpião dentro de casa, em Morrinhos

Lorenzo chegou a ser levado para um hospital de Goiânia, mas não resistiu. O velório acontece em Morrinhos, na manhã desta terça-feira (6).

Por Ton Paulo, g1 Goiás

Um menino de apenas 6 anos morreu, na última segunda-feira (5), após ser picado por um escorpião quando estava dentro de casa, em Morrinhos, região Sul do estado. Lorenzo Ferreira de Almeida chegou a ser levada para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia, mas não resistiu.

Lorenzo deu entrada na emergência do Hospital Municipal de Morrinhos no sábado, 3 de junho, com "com quadro de vômitos, hiperemia (aumento de circulação do sangue em determinada região do corpo) e fraqueza". "Estava consciente, sem dor no local da picada", informou a unidade.

No mesmo dia, o menino foi transferido para o HDT e, segundo um tio, chegou a ficar na unidade de terapia intensiva (UTI) e teve piora em seu quadro, mesmo com a administração do antídoto para o veneno do escorpião.

O velório de Lorenzo acontece na manhã desta terça-feira (6), em Morrinhos. O sepultamento no Cemitério Municipal São Francisco de Assis está previsto para ocorrer às 17h.

“Você é um guerreiro!”

Pelas redes sociais, Bruna Cristynna, mãe de Lorenzo compartilhou homenagens para o filho publicadas por várias pessoas. “Olha, filho, quantas pessoas vão sentir sua falta... Você é um guerreiro! Agora você é a estrelinha mais linda do céu.”

“Você é perfeito demais para estar nesse mundo. Por isso Deus te chamou para perto Dele”, escreveu.

Também pelas redes sociais, a Prefeitura de Morrinhos divulgou uma nota de pesar pela morte da criança. “Pedimos a todos que, neste momento e profunda dor, direcionem suas preces para que toda sua família seja confortada”.

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AGÊNCIA BRASIL

Custo de tratamento de câncer sobe 400% em 4 anos


Os gastos com tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) somaram R$ 4 bilhões em 2022, o que representou 3% dos recursos totais destinados à saúde no Brasil. Esse valor inclui os procedimentos ambulatoriais, internações e cirurgias.

Na comparação com 2020, primeiro ano da pandemia, houve crescimento de 14% nos investimentos feitos na área de oncologia. Os dados estão no estudo "Quanto custa o câncer?", produto da parceria entre o Observatório de Oncologia, o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE) e o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer.

O estudo também mostra que, nos últimos quatro anos, aumentou em 400% o custo médio dos procedimentos de tratamento da doença, como a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Um procedimento que em 2018 custava R$ 151,33, por exemplo, passou para R$ 758,93 em 2022. A alta é justificada, em parte, pelo diagnóstico tardio de alguns tipos de neoplasias, a incorporação de novos medicamentos e o impacto da pandemia no sistema de saúde.

Se os custos aumentaram, o número de procedimentos ambulatoriais diminuiu 74% em cinco anos: foram 15 milhões em 2022 e 4 milhões em 2018. Os cânceres de mama, próstata, pulmão, cólon e reto foram responsáveis por 54% do total de recursos usados para tratamento oncológico no SUS em 2022.

Espaço Publicitário

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) calcula que cerca de 17% dos óbitos no Brasil ocorrem em decorrência de câncer, uma média anual de 200 mil mortes. A doença é a principal causa de morte em 606 municípios do país. A estimativa do INCA é que, entre 2023 e 2025, a média anual de pessoas acometidas pela doença será de 704 mil por ano.

Esses e outros dados do estudo vão ser apresentados no 8º Fórum Big Data em Oncologia, evento a ser realizado 13 de junho, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. A proposta é reunir especialistas para debater os custos do tratamento nos diferentes estágios do câncer, discutir a incorporação e o acesso a novos medicamentos, além de trazer reflexões sobre o investimento na atenção básica como forma de economizar recursos a longo prazo.

Um acordo de cooperação entre o Inca e a Fiocruz vai ser assinado na cerimônia de abertura do evento. A ideia é que as duas instituições trabalhem em tópicos de interesse comum.

Outro destaque da programação é o lançamento da 2ª edição do Prêmio Internacional Fiocruz/Servier. Ele é voltado para a promoção de pesquisas que desenvolvam terapias inovadoras para os pacientes com câncer. Três vencedores dividirão o valor de 150 mil euros (cerca de R$ 840 mil), que devem ser usados ao longo de dois anos. O processo de seleção vai ter a participação da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) e do Inca.

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PARANÁ SHOP

JUNHO VERDE: comunidade médica alerta para a conscientização sobre o câncer renal


Em 40% dos casos a doença é descoberta em estágio avançado. Sinais e sintomas silenciosos dificultam o diagnóstico precoce.

O câncer de rim está entre os 10 tipos de tumores malignos mais frequentes entre homens e mulheres. Para o público masculino, o risco de desenvolver a doença é de 1 em 45. Já entre o público feminino esta estatística é menor, sendo 1 para 82. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) aqui no Brasil cerca de 12 mil novos casos, além de 4 mil mortes pela doença, são registrados ao ano.

Em 40% dos casos, a doença é descoberta já em estágio avançado, pois os sinais e sintomas costumam ser silenciosos. "São sintomas que podem ser confundidos com outra coisa: dor lombar, perda de peso, falta de apetite. O principal alerta é o sangue na urina e, mesmo assim, muitas pessoas acabam buscando outras especialidades e não vão direto ao urologista. A verdade é que não existe um exame preventivo para o diagnóstico precoce, o que faz a diferença é o monitoramento ágil da saúde", alerta Dr. Gustavo Smaniotto - radio oncologista do RADION (Instituto de Oncologia e Radioterapia de Curitiba) uma das clínicas de referência em todo o país no tratamento radioterápico.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que entre os brasileiros o principal tipo de câncer que pode atingir o rim, correspondendo a aproximadamente 75% dos casos, é o carcinoma de células claras (CCR). Essa variação é também conhecida como adenocarcinoma. "Geralmente a doença acomete pessoas acima de 64 anos, sendo mais frequente entre os homens. Os fatores de risco são pressão alta, tabagismo, sedentarismo, além de outros casos de câncer na família", alerta Dr. Gustavo.

Se o paciente perceber qualquer alteração, deve imediatamente procurar um especialista e - se indicado - fazer uma biópsia para diagnóstico final. "É o urologista o profissional responsável por fechar o diagnóstico", informa o profissional.

Tratamento

O tratamento para o tumor renal depende do tipo de câncer e estágio da doença. Vale lembrar que o SUS oferece tratamento para a doença e, conforme a Lei, o paciente com câncer deve iniciar seu tratamento em 60 dias. Entre as opções de tratamento estão a cirurgia, radioterapia, quimioterapia e medicamentos que podem ser administrados por via oral ou diretamente na corrente sanguínea.

"A radioterapia é um tratamento paliativo para tratar casos nos quais o estado geral de saúde do paciente já não permite a realização da cirurgia. É uma técnica que alivia os sintomas tais como dor, sangramento ou problemas provocados pelas metástases", finaliza Dr. Gustavo.

LEI DOS 60 DIAS: O paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for assinado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.

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FOLHA DE S.PAULO

SUS tem fila de mais de 1 milhão de cirurgias eletivas


Programa busca reduzir em 45% o total de procedimentos parados; casos de catarata são os mais comuns à espera

SAÚDE PÚBLICA

Mais de 1 milhão de procedimentos cirúrgicos eletivos (não urgentes) estão travados no SUS em todo o Brasil, aponta relatório do Ministério da Saúde divulga do na última sexta-feira (2). Os dados foram repassados por todos os estados e pelo Distrito Federal para a pasta por causa de um programa, instaurado em fevereiro, que busca di minuir essa espera.

Goiás é o que tem a maior fila, com 125 mil cirurgias. Em seguida aparecem São Paulo (111 mil) e Rio Grande do Sul (108 mil). No total, a Saúde pretende repassar cerca de R$ 600 milhões aos governos estaduais e do DF. Segundo as estimativas, esse investimento deve reduzir em cerca de 45% o total de procedimentos parados. Até agora, a pasta direcionou um terço da verba total.

Especialistas apontam que parte desse represa mento se deveu à pandemia, quando eram realizadas apenas cirurgias de urgência, em detrimento das eletivas. A cirurgia de catara ta é a mais comum entre as que aguardam no SUS- são 167 mil pacientes no pais.

O ministério disse que acompanhará a evolução da fila e que o programa pode durar até 2024.

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RÁDIO ITATIAIA

Covid-19: Anvisa renova autorização de vacinas e medicamentos de uso emergencial


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução que permite a utilização de medicamentos e vacinas autorizados para uso emergencial durante a pandemia de covid-19.Â

Em nota, a agência destacou que, com o fim da emergência de saúde pública de importância nacional, a norma que estabelecia regras para concessão e manutenção das autorizações de uso emergencial perdeu a vigência. Â

Comercialização

"Para que medicamentos e vacinas aprovados por meio dessas autorizações ainda possam ser utilizados, a Anvisa publicou a nova norma, permitindo o uso, a distribuição e a comercialização desses produtos, desde que tenham sido fabricados até o último dia 21 de maio", esclarece a decisão.Â

A nova resolução reconhece que os medicamentos e as vacinas mantêm sua eficácia e segurança e seguem com avaliação positiva na relação benefícios x riscos.

Confira a lista abaixo:Â

- vacina Comirnaty bivalente BA.1Â

- vacina Comirnaty bivalente BA.4/BA.5Â

- vacina CoronaVacÂ

- medicamento Sotrovimabe e Lagevrio (molnupiravir)Â

- medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir)Â

Ainda segundo a Anvisa, para que continuem a ser fabricados após 21 de maio, esses produtos precisam ter seu registro definitivo solicitado pelas empresas. Â

"Até o momento, as vacinas CoronaVac e Comirnaty bivalente BA.4/BA.5, além do medicamento Paxlovid, já possuem pedido de registro em análise", finalizou a Anvisa.

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TV RECORD

Sonho virou pesadelo: mulher perde o braço depois de lipoescultura

Uma tatuadora denuncia que teve que amputar o braço depois de receber um medicamento na veia. o procedimento foi feito depois de uma cirurgia plástica.

https://www.youtube.com/watch?v=sMfm9SrHVhA

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Assessoria de Comunicação

06 06 23 heg nutrição

O associado Hospital Evangélico Goiano recebe hoje equipes da Danone Nutricia e Nestlé para a demonstração de suplementos e ações educativas voltadas ao combate da desnutrição hospitalar.

O trabalho, que vem sendo realizado em hospitais da Ahpaceg, faz parte da campanha Junho Verde, criada há cinco anos pela Braspen (Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral) para dar mais visibilidade à desnutrição hospitalar e combater esse grave problema.

E no Hospital Evangélico Goiano, as atividades, que começaram ontem, acontecem em clima de festa junina. Sob a coordenação das nutricionistas Vilma Alves e Camila Godim, foi montado o Arraiá de Combate à Desnutrição.

 

 06 06 23 heg nutrição 2



Desde ontem, 5, o evento vem movimentando o hospital com aulas voltadas à terapia nutricional e à prevenção e tratamento da desnutrição hospitalar. Hoje, 6, Dia D – Diga Não à Desnutrição, as atividades continuam com muita informação, degustação de produtos e muito aprendizado, que vão se refletir na melhoria da assistência aos pacientes.

Essa ação já foi realizada no associado Hospital Santa Mônica e, até o fim do mês, chegará a outros associados da Ahpaceg, como o Hospital de Acidentados, Hospital do Coração Anis Rassi, Hospital Ortopédico de Goiânia e Hospital Santa Helena.

Terça, 06 Junho 2023 08:07

CLIPPING AHPACEG 06/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Operadoras atraem clientes para planos de saúde ‘armadilhas’

Marido de grávida de 17 anos que morreu em hospital disse à polícia que adolescente foi medicada com remédio que ela tinha alergia: 'Gritou que era alérgica'

Neilton Araújo: “O SUS segue sendo ameaçado desde que nasceu”

Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças

Cerca de 80% dos empregos da cadeia produtiva da saúde são de vínculos formais do setor privado

Problemas do setor de planos de saúde não são de hoje

Piso da enfermagem deveria ser alerta para Parlamento

Artigo- Pisos para uma federação heterogênea

Cremego vai recorrer à Justiça contra nota técnica que autoriza a inserção de DIU por enfermeiros

JORNAL OPÇÃO

Operadoras atraem clientes para planos de saúde ‘armadilhas’

Com 268% mais cancelamentos, planos de saúde coletivos são menos regulados pela ANS

Operadoras de planos de saúde têm incentivado clientes a aderirem aos planos empresariais, em vez de optar pelos planos individuais. A razão é a Lei 3.656, de 1998, que regulamenta o serviço e permite mais reajustes e cancelamentos unilaterais no caso dos planos coletivos. Uma análise dos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) feita pelo Jornal Opção revela que, em Goiânia, planos empresariais foram cancelados 268% mais do que os individuais ou familiares. 

Os cancelamentos unilaterais já são objeto de questionamento em todo o Brasil. Em 19 de maio, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu investigação contra a Unimed Nacional, após uma série de denúncias de cancelamentos unilaterais dos planos de pacientes com autismo, cujo tratamento é extenso e dispendioso. A Lei 3.656 permite que empresas cancelem os planos coletivos, caso haja previsão em contrato. 

Segundo dados da ANS, o número de beneficiários dos diferentes tipos de contratações da Unimed Goiânia é semelhante: 161.778 beneficiários em planos empresariais e 158.112 em individuais. Entretanto, até 2 de junho de 2023, mas muito mais clientes dos planos empresariais foram cancelados: 4.190, contra apenas 1.561 nos planos individuais ou familiares. Isto é, 2,5% dos contratos de planos empresariais da Unimed Goiânia foram cancelados, enquanto apenas 0,98% dos contratos individuais foram cancelados. 

Outro recorte significativo é o de crianças e idosos, dependentes ou aderidos aos diferentes tipos de contrato, que são cancelados. Desde o início dos registros, a Agência Nacional de Saúde Suplementar registrou que a Unimed Goiânia cancelou 942 contratos para crianças ou idosos nos planos empresariais e 590 nos planos familiares. Proporcionalmente, isso significa que, no universo das contratações empresariais, 2% dos cancelados têm menos de 18 ou mais de 61 anos. No grupo dos contratos individuais ou familiares, apenas 0,9% dos cancelados são crianças ou idosos.

A explicação

As razões para o fenômeno são explicadas por Roberto Augusto Pfeiffer, do Departamento de Direito Comercial da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). “A população está envelhecendo e o custo da medicina subiu”, afirma o professor. “Hoje, você tem novas alternativas de tratamentos e medicamentos, e o direito de acesso aos procedimentos caros frequentemente tem de ser garantido na Justiça.” Neste cenário, a oferta de planos coletivos e empresariais aumentou, justamente porque são menos regulados pela ANS. 

O professor Roberto Pfeiffer afirma que, apesar de a mensalidade inicial dos planos coletivos ser menor, esse tipo de contratação sofre muito mais reajustes. Isso acontece porque a Lei 3.656 estabelece um limite de reajustes apenas para os planos familiares, mas não há teto para os coletivos empresariais. “É praticamente uma armadilha”, diz Roberto Pfeiffer. 

O professor alerta ainda para o fenômeno dos “planos falsos coletivos”. Ele explica que os planos empresariais às vezes envolvem empresas com milhares de funcionários, mas às vezes são planos feitos para empresas pequenas. As operadoras perceberam que os beneficiários de pequenos planos coletivos têm muito menos poder de negociação. “Na prática, essas pessoas têm de se submeter aos reajustes impostos.” A Unimed Goiânia anunciou em maio um plano empresarial para CNPJs com dois funcionários. 

Lei em reformulação

Há mais de dezessete anos, tramita no Congresso um Projeto de Lei (PL) para reformular o texto de 1998 que regula os planos de saúde no país. Mais de 260 propostas e adendos já foram apensados ao PL, que hoje tramita em regime de urgência para análise em plenário na Câmara dos Deputados. 

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PORTAL G1

Marido de grávida de 17 anos que morreu em hospital disse à polícia que adolescente foi medicada com remédio que ela tinha alergia: 'Gritou que era alérgica'

Medicamento aplicado foi o Buscopan, de acordo com o registro policial. Francielly Guedes dos Santos Ferreira, de 17 anos, sofreu três paradas cardiorrespiratórias, sendo reanimada duas vezes e morrendo na terceira tentativa.

Por Pedro Moura, g1 Goiás

A adolescente Francielly Guedes dos Santos Ferreira, de 17 anos, que morreu após dar à luz no Hospital Municipal de Nova Crixás, no norte goiano, foi medicada com Buscopan momentos antes de morrer na unidade de saúde. Segundo o boletim de ocorrência, feito pelo marido da vítima, Junio Cesar Luiz, a mulher era alérgica ao medicamento e até “gritou” às enfermeiras para que não aplicassem o remédio nela devido a alergia, porém, foi ignorada.

g1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por e-mail para que se posicionasse, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Conforme o boletim feito nesta segunda-feira (5), depois de ser medicada com Buscopan, Francielly sofreu três paradas cardiorrespiratórias, sendo reanimada por duas vezes, vindo a óbito na terceira tentativa. Junio diz no documento que a morte foi provocada pelo medicamento aplicado de forma indevida pelos profissionais do hospital, após a vítima se queixar de dores pós-parto.

O viúvo afirma, de acordo com o documento, que depois da morte da esposa, os funcionários da unidade de saúde “estavam nervosos e falando demais”. O médico e as enfermeiras, inclusive, também apresentaram “informações desconexas quanto ao motivo do falecimento de Francielly”.

A família também foi pressionada pela equipe para que retirassem “logo” o corpo da vítima do hospital, devido ao tempo em que ela estava morta. Junio reforçou à Polícia Civil (PC) que a unidade de saúde, provavelmente, teria acionado a funerária para “forçar” a retirada do corpo de Francielly do local.

Morte

A jovem morreu no último dia 1º. Os parentes dela contaram que, desde o dia 27, Francielly estava com sangramentos e dando entrada ao hospital, mas só cinco dias depois aconteceu a internação.

“Minha filha entrou com as próprias pernas dela para ganhar um bebê e saiu em um caixão e não tem explicação do que ela morreu”, desabafa pai, Nilson Alves Ferreira dos Santos.

Na declaração de óbito, a causa da morte é informada como hipóxia cerebral (falta de oxigenação no cérebro) como consequência de causa desconhecida. Ela foi velada e sepultada na sexta-feira (2). O bebê da adolescente, por outro lado, sobreviveu e se encontra aos cuidados da família.

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JORNAL OPÇÃO

Neilton Araújo: “O SUS segue sendo ameaçado desde que nasceu”

Assessor do Ministério da Saúde aponta que a pandemia da Covid-19 trouxe visibilidade, mas não diminuiu os ataques ao sistema

Assessor do Ministério da Saúde, Neilton Araújo é um médico e líder político tocantinense que percebe, no momento atual, estar o Brasil resgatando a participação popular na elaboração de políticas públicas – processo que, segundo ele, sofreu um desmantelamento sistemático nos últimos tempos. “Em cinco, seis anos, as políticas públicas todas foram muito desmontadas, com retrocessos em arranjos institucionais, diminuição de financiamento, negação da ciência, um monte de coisas terríveis”, comenta o médico, observando que o campo da saúde foi o que mais resistiu ao desmonte institucional.

Neilton Araújo aponta que o descaso com a saúde causou profundos prejuízos. “No governo passado, perdemos mais de R$ 2 bilhões em vacinas que eles demoraram a comprar. Mesmo depois de comprar, não fizeram o trabalho de mobilização que sempre houve”, lamenta o assessor, que aponta a reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS), no que diz respeito à recuperação dos índices de vacinação em massa que levaram o Brasil a ser referência mundial, como um dos grandes desafios da Saúde.

O assessor fez questão de destacar o comprometimento dos líderes tocantinenses que participaram de forma efetiva das conferências municipais de saúde. “Aqui no Tocantins isso foi um processo extremamente vitorioso. Fomos um dos Estados que conseguiram fazer 100% das conferências municipais. Agora, a etapa estadual vai tirar 56 delegados para ir à etapa nacional”, ressalta o médico, que esteve no Estado especialmente para acompanhar a realização da Conferência Estadual de Saúde.

Neilton Araújo de Oliveira é médico especialista em Saúde Pública e em Políticas e Estratégias Nacionais. Também tem mestrado em Saúde Coletiva e Doutor em Ciências (Ensino de Biociências e Saúde) e é professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), onde coordenou a criação do curso de Medicina, com uma proposta inovadora: criou e coordenou o Núcleo de Estudos da Saúde no Tocantins (Nest-UFT) e colaborou na criação de outros cursos de saúde da UFT e na articulação intersetorial Educação, Saúde e Desenvolvimento Regional. Araújo também tem passagem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); foi diretor substituto de Programa e secretário-executivo do Ministério da Saúde. É militante ativo do SUS e da promoção da cidadania. Em Palmas, foi secretário de Saúde, além de candidato a governador do Tocantins pelo PT em 1994.

Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção, Neilton Araújo fala da importância da retomada da Conferência da Saúde, que deve inspirar conferências de outros segmentos e reanimar os movimentos sociais. Neilton fala ainda dos motivos que o levaram a abandonar a militância partidária e ideológica e focar na luta pela democracia por meio na militância social na área da saúde. A entrevista foi concedida durante um intervalo da Conferência Estadual da Saúde, realizada nos dias 31 de maio e 1º de junho no Parque Arnaud Rodrigues, em Palmas.

Como o sr. avalia a volta das Conferências da Saúde, depois de um período de desmobilização da participação popular nas políticas públicas?

A saúde é uma área muito estratégica. Historicamente sempre teve uma participação maior da sociedade. A 8ª Conferência, em 1986, foi num processo de reconstrução democrática. Era a oitava, mas foi a primeira que contou com a participação da sociedade. Ou seja, a população ocupou os espaços. Hoje, nós estamos vivendo um contexto semelhante. Nos últimos cinco, seis anos, as políticas públicas todas foram muito desmontadas, com retrocessos em arranjos institucionais, diminuição de financiamento, negação da ciência, um monte de coisas terríveis. E a saúde foi o campo, considero, que mais resistiu. Por exemplo, fizemos a 16ª Conferência da Saúde ainda em 2019, no começo desse período complicado. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi o único a não ser desmantelado. Os demais conselhos – de Direitos Humanos, Pessoa Idosa, Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional], tudo foi desmantelado. Nós resistimos, defendendo sempre a participação da sociedade. Ouvir a população é direito, temos história, temos desafios.

A [17ª] Conferência Nacional da Saúde foi convocada ainda em 2020. Conferência é um processo. Muita gente acha que conferência é só aquele momento de reunião. Ali é um momento de síntese, mas há todo um processo: mobilização, debate… A saúde, as políticas públicas e o próprio governo, em minha avaliação, comunicam mal. Nós precisamos trabalhar melhor essa questão. Precisamos ver as coisas de maneira mais direta, mais inteligível, compreensível, de modo que a população se sinta parte do processo. Aqui no Tocantins tivemos um processo extremamente vitorioso. Fomos um dos Estados que conseguiram fazer 100% das conferências municipais e, agora, a etapa estadual. Vamos tirar 56 delegados para ir para a etapa nacional. No Conselho Nacional de Saúde, estou na mesa diretora há sete anos e sou da comissão organizadora da conferência, como fui da 9ª, da 11ª, da 15ª e da 16ª.

Não tem saúde se não tiver moradia decente, transporte adequado, esse é um debate político

Como está sendo a retomada do processo de ouvir a sociedade na definição das políticas públicas de saúde?

Combinamos de fazer o que estamos chamando de conferências livres. Cada segmento ou movimento ou instituição faz uma conferência de saúde livre, no tema que quiser, identificado com o temário da conferência nacional. Desde que tenha participantes de nove Estados brasileiros e de pelo menos três regiões, essa conferência livre pode tirar delegados diretamente para a etapa nacional, sem passar pela via ascendente. Então, esse processo capilarizou demais a participação da sociedade. Além de ser um campo de resistência, de formação, a saúde é o campo mais plural, onde se trabalha mais a articulação intersetorial, interdisciplinar, interpolítica,  porque saúde é multideterminada pela moradia, transporte, condições de vida, saneamento básico, cultura. Não tenho como fazer saúde se não tiver moradia decente, transporte adequado, então esse é um debate político, não político-ideológico, mas político organizador da sociedade, promotor do desenvolvimento. Isso nós estamos travando com a sociedade, com a academia, com o Judiciário, com as mídias.

Fiz agora um seminário em Palmas com jornalistas de várias instituições para discutir comunicação, saúde e participação social. Porque a comunicação também não entende essa dimensão ampliada da saúde. Nós temos de ganhar esses profissionais da comunicação para nos ajudar nessa discussão mais popularizada. Aí os problemas são muitos. Situação simples, solução simples; situação complexa, solução complexa. Então nós temos de ter serenidade, temos de ter diálogo, e esta é uma coisa boa: o governo que se instalou agora em janeiro reabriu as portas do diálogo. Está ouvindo governadores, universidades, movimentos de trabalhadores. Está ouvindo a população, os indígenas, rediscutindo políticas públicas. Eu falo muito que o problema não é governo A ou B, partido A ou B, a questão é projeto. Qual é o projeto? Esse projeto está a favor de quem? Esse projeto está voltado para beneficiar quem? Em uma conferência, vamos discutir o que queremos, como faremos, com quem vamos estar juntos para construir isso e para quem. Essa é uma novidade que está ocorrendo este ano, com uma dinamização muito grande. E essa Conferência Nacional de Saúde vai servir inclusive de estímulo para conferências setoriais. Você vai ver o tanto de conferências que vão ocorrer agora a partir do sucesso da 17ª Conferência Nacional de Saúde.

Como o sr. avalia essa reorganização do sistema de saúde com a participação popular pós-pandemia, período que evidenciou a importância do SUS?

O SUS, desde que nasceu até hoje, continua ameaçado. A Covid-19 deu uma visibilidade enorme para o sistema. Ah, se não fosse o SUS! Mas isso não diminuiu os ataques ao SUS nem seus desafios. Então, a pandemia ao mesmo tempo impactou a vida de toda a população mundial, de todos os países, mas ela também está nos ensinando alguma coisa. Precisamos retomar a participação da sociedade não como um favor, não como uma ajuda, mas como um arranjo institucional para as políticas públicas. Vivemos num país em que 70% dos municípios têm menos de 20 mil habitantes; 51% dos municípios brasileiros têm menos de 10 mil habitantes. Aqui no Tocantins é mais ainda: 82% dos municípios têm menos de 10 mil e 54% tem menos de 5 mil habitantes. Não preciso pensar cada município desses com um grande centro revolucionário de alta complexidade em saúde, mas eu preciso organizar o sistema. A atenção básica e de média complexidade, uma cirurgia de urgência, um tratamento de alta complexidade, isso daí são 20% só das necessidades da saúde da população. O restante, 70%, 80% das necessidades, é atenção básica. Então, como eu arranjo isso numa parceria com o governo federal e o governo do Estado? Cada um tem uma competência, tem uma autonomia, mas as responsabilidades são solidárias. Não pode ser divergente, competidora, concorrente, tem de ser sinérgica. O Estado e o município não precisam disputar o mesmo espaço. Um vai apoiar o outro. Quanto mais funcionar bem na atenção básica, menos vai precisar da urgência e da emergência. Quanto mais o Estado apoiar os municípios, menos vai sobrecarregar a alta complexidade. Então, isso ainda estamos por construir. Muitos secretários municipais ou estaduais às vezes não fazem as coisas, não porque não queiram, mas porque não têm conhecimento disso. E a população também não, porque a população só olha o dedo machucado, o dente doendo, não vê o conjunto.

Nós vivemos, na pandemia, uma exacerbação do individualismo, do eu, do vale tudo, do ódio, no negacionismo da verdade, da ética, da ciência, tivemos graves problemas na vacinação. Então, nós temos não só de recompor os serviços organizacionais da saúde: temos de retomar todo um processo de comunicação, de educação, de mobilização, de acordo com as características de cada território. O nosso arranjo aqui no Tocantins vai ser diferente em relação ao de São Paulo, ao de Goiás, assim por diante. Os governos, tanto o federal quanto o estadual e os municipais, bem como os conselhos de saúde, precisam compreender melhor seu papel. Conselheiro não é só para cobrar coisas, não; é também para fazer o caminho de volta, a devolutiva. A conferência vai deliberar prioridades e desafios que vão ser encaminhados para o nível nacional, mas muitos são do âmbito estadual e municipal. Como é que eu devolvo isso para o território? Tenho de levar agora o resultado desse debate para o plano estadual de saúde, para o PPA [plano plurianual], tenho de discutir com a Assembleia Legislativa, tenho de discutir com as câmaras de vereadores, tenho de informar isso para a imprensa, tenho de debater isso nas universidades que estão formando profissionais de saúde, para eles entenderem. 

O Tocantins é o Estado que tem mais vaga de Medicina por habitante no Brasil

A propósito da formação do profissional de medicina, como o sr. avalia essa particularidade do Tocantins em relação à grande concentração de faculdades médicas?

O Tocantins é o Estado que tem mais vaga de Medicina por habitante no Brasil. Eu até não questiono muito essa questão de números. Questiono a formação que nós estamos fazendo para estes médicos. Para onde eles estão indo depois de formados? Porque, se eles ficam aqui, se vão para os municípios onde não têm profissionais, vão para o sertão, vão para os territórios indígenas, tudo bem. Mas, se eles saem daqui para voltar especialistas, engrossar a fileira dos especialistas que não têm alcance para a população e que não estão no serviço público, então não tem nenhuma política associada. É preciso fazer essa articulação e integração, ter coragem de definir prioridades, discutir isso francamente com a população, com a comunidade, com os profissionais de saúde. Essa é uma compreensão que os conselhos de saúde precisam ter, mas principalmente os gestores, porque eles têm mais poder de interlocução, mais poder de mobilização e precisam fazer essa discussão intersetorial, interinstitucionalmente, para a gente poder avançar.

As campanhas de vacinação de massa eram um orgulho. O governo federal abdicou disso e alimentou o medo

A queda na cobertura vacinal do Brasil é o típico caso da necessidade de uma comunicação estratégica para devolver aos brasileiros a confiança na imunização?

É um exemplo estratégico. O PNI [Plano Nacional de Imunizações] está fazendo 50 anos. Em 1973, nós criamos o PNI. Até 2020 eu dizia que no PNI ninguém tinha a coragem de mexer, por ser uma política de Estado e não de governo. Partido nenhum, governo nenhum, tinha coragem de mexer. Pois mexeram. E mexeram por meio da negação da ciência, das fake news, ou seja, comunicação sendo usada como não deveria. A comunicação por meio das redes sociais, com as fake news, foi usada para botar medo nas pessoas usando a vacinação, que é um patrimônio da ciência brasileira. Nós temos o maior programa de vacinação do mundo. Estamos agora reconstruindo esse patrimônio. No governo passado, perdemos mais de R$ 2 bilhões em vacinas, que eles demoraram a comprar e, depois de comprar, não fizeram o trabalho de mobilização que sempre fazíamos. As campanhas de vacinação de massa eram um orgulho, uma propriedade do SUS brasileiro. O governo federal abdicou disso e, pior, colocou receio, alimentou o medo que as pessoas já têm. Estamos recuperando e tendo de recompor as altas coberturas de vacinação, porque têm muitas doenças que nós só conseguimos erradicar no Brasil com vacinação. O sarampo já voltou. O vírus da paralisia infantil [poliomielite] está reaparecendo em vários países novamente. Então nós temos de rapidamente elevar as taxas de coberturas. É possível fazer isso só com o governo? Só com o Ministério da Saúde, só com as secretarias de Saúde? Não. A gente faz isso com todo mundo, principalmente com a comunicação correta. Uma comunicação bem focada, estrategicamente colocada. Então, temos de fazer esse trabalho de novo, intersetorial. Esse trabalho de mobilização local, regional e federal. Tudo junto num processo de propriedade coletiva. Não podemos dar essa autoria dessas conquistas para governo A, B ou C. Isso é propriedade coletiva. Propriedade dos governos, propriedades dos trabalhadores da saúde, é propriedade da comunidade. Nós temos de construir essa identidade. Mais uma vez eu considero que a comunicação é um instrumento poderoso e principalmente estratégico e prioritário para a gente utilizar neste momento agora.

Foram cem dias do novo governo recompondo programas que já eram consolidados e que foram destroçados. Mas agora está na hora de fazer coisas novas. O Mais Médicos voltou, o Zé Gotinha voltou, vamos fazer o lançamento da nova Farmácia Popular com maior abrangência. Recuperamos o vínculo com a saúde indígena. O Brasil apresentou agora, na Assembleia Mundial da Saúde, semana passada, uma proposta. A Organização Mundial de Saúde (OMS) [organismo das Nações Unidas] aprovou uma política de saúde indígena mundial. Então, temos muitas novidades para fazer, neste momento de efervescência das conferências. É preciso também que cada pessoa que está na conferência, numa etapa dessas, leve de volta essas informações para sua comunidade.

Não posso discutir hospital de urgência se não discutir o programa todo

Como o sr. avalia a crise na saúde de Palmas, que o sr. conhece bem, com o anúncio da construção do Hospital de Urgência e Emergência, aliás, uma promessa antiga?

O SUS tem seus princípios fundamentais da integralidade, da universalidade, da equidade e do controle social. E tem as diretrizes organizacionais – regionalização, municipalização e hierarquização de funções – num processo crescente. Isso tudo está nas leis, precisamos alterar isso na prática. A gente avançou muito na municipalização, mas a gente avançou pouco na regionalização. E num País tão diverso, tão grande como o nosso, descentralizar não pode ser A ou B, tem de ser A e B. Eu tenho de fazer o acesso ao menor município ocorrer, mas eu tenho de fazer também a oferta de serviço em termos de escala. Eu não posso colocar um hospital de alta complexidade em município de 2 mil, 3 mil habitantes. Mas eu preciso pactuar isso com os gestores estaduais, municipais e governo federal. Preciso negociar isso com a sociedade como um todo e informar isso corretamente. O que eu vejo é que nós ainda estamos vendo predominar uma concorrência entre Estado e município. Tem de haver uma sinergia. O Ministério da Saúde também fez e ainda faz, em alguns momentos, concorrência. Até porque às vezes o governo estadual é de um partido, o federal é de outro, o município de outro. Nós temos de ir por cima dessas questões. O trabalho é sinérgico. Definir o que é competência de cada esfera. O Ministério da Saúde não tem de fazer ação local. O governo estadual, quanto mais apoiar a atenção básica, menor fica a carga dele na assistência de maior complexidade. Agora, serviços de saúde, representam somente 10,8% dos fatores que impactam a saúde de uma comunidade; 19% são fatores ambientais, 20% é a genética da pessoa e 51% é estilo de vida. Eu tenho de discutir com a comunidade, de novo, estilo de vida, relacionamento fraterno, exercícios físicos, redução de sal e açúcar. Isso se faz no dia a dia, na atenção básica, na universidade, nas escolas. É preciso ter uma articulação forte entre saúde e educação porque a gente vai informar as crianças, os jovens, as famílias. Então eu não posso discutir hospital de urgência em qualquer lugar do mundo, muito menos no Brasil, se não discutir o programa todo, o arranjo todo, o desenho todo. Eu tenho de discutir quem vai cuidar disso e daquilo e entendendo que, mesmo eu cuidando de um pedaço, aquele outro pedaço é tão importante quanto, que somos parceiros nessa construção. Isso eu acho que está faltando entre os diferentes gestores. Falta entre os políticos, falta entre os governantes, seja o prefeito, seja o governador, seja o governo federal. O Tocantins, comparado a outros Estados, é ainda pequeno. Temos um território grande, com potencialidade na agricultura, uma pecuária muito forte, mas somos uma população de 1,5 milhão de habitantes, não estamos nos últimos lugares de pobreza, temos uma economia, temos uma rede de estradas muito boa, temos duas bacias hidrográficas poderosas, o Araguaia e o Tocantins, temos sol, temos um monte de coisas que poderiam nos deixar mais bem colocados. E a saúde é um campo de maior articulação, de maior integração. É preciso integrar políticas com assistência, com desenvolvimento e com comunicação constante para todo mundo.

O Hospital de Urgência é necessário? É. Mas para fazer o quê? Junto com esse hospital, com quem vou organizar para não ter lá uma unha encravada que posso resolver na atenção básica? Uma diarreia que eu possa resolver sem remédio nenhum, só com orientação? Muitas vezes as pessoas fazem uma inversão de valores: 80% dos problemas de saúde de uma comunidade se resolvem no âmbito da atenção primária de saúde, com uma educação em saúde, com informações, com orientação, com limpeza de terrenos, com saneamento básico, com orientação alimentar, com escolas. Então, está faltando esse tipo de exercício em muitos dirigentes – e até não é por má vontade, é porque eles desconhecem isso. Então nós também estamos aproveitando as conferências para abrir este debate.

Estamos propondo aqui para o Tocantins, depois da etapa nacional, termos um grande seminário, promovido pelos governos, pelas universidades, principalmente as públicas, pela Superintendência do Ministério da Saúde, pelo Judiciário, pelo Ministério Público, pelos meios de comunicação. O tema: a saúde indígena no Tocantins. Vamos chamar todo mundo. Vamos chamar os distritos sanitários indígenas, os representantes das comunidades indígenas, não vamos fazer as coisas que achamos a partir de nossa cabeça. Vamos perguntar a eles o que estão sentindo. Vamos ver se o que está de acordo com nossa prioridade e trabalhar com eles as necessidades que às vezes têm, mas não estão sentindo ainda e que são tão importantes quanto as que eles estão manifestando. Então, essa discussão precisa ter boa vontade. Precisa haver abertura. Precisa eu falar, juntar todo mundo, e aí o papel das universidades é muito importante porque são instituições plurais. O Conselho Estadual de Saúde tem um papel importantíssimo, porque agrega usuários, trabalhadores, prestadores de serviços e gestores de saúde. A gente tem de fazer isso nos próximos meses.

O sr. é um militante ideológico histórico, um quadro respeitadíssimo no meio progressista. O que o fez desistir da militância partidária?

Eu fui, entre outros companheiros, um dos principais articuladores e construtores do PT no Tocantins. Eu era da direção nacional e saí do PT no auge do partido. Lula estava reeleito para o segundo mandato e eu saí porque a luta da saúde era muito mais ampla, e a luta partidária estava me tolhendo. Fiquei fora. A questão partidária é um instrumento, mas você tem outros instrumentos. Depois, achei que era uma boa oportunidade reconstruir o PSB aqui no Estado. E fizemos isso. O PSB tinha três prefeituras, na próxima eleição fomos para 16 prefeituras, 4 das maiores cidades. Com o quê? Com a visão da participação, principalmente da juventude. Agora, têm três anos que eu de novo vi que a atuação partidária limitava minha atuação sanitária plural. Então, priorizei minha estrada de sempre, a militância da saúde púbica, a saúde como espaço de debate, como espaço de articulação, de mobilização e de revolução. A saúde é a área mais plural, mais multideterminada, mais difícil de trabalhar, mas não tem nenhuma que produza tanto resultado do ponto de vista da cidadania, do ponto de vista da organização da comunidade, como a saúde. Eu acho que nós estamos precisando de mais e mais, principalmente de jovens. Quando eu comecei nesta luta, há 48 anos, ela já estava na estrada, muitos companheiros a iniciaram. Hoje, nós estamos precisando atrair mais jovens para continuar essa luta, que é permanente. A luta da democracia, a luta contra a desigualdade social e pela inclusão social. Isso é uma luta de todos e tem de ser permanente. A área da saúde está num momento extremamente visível, mas precisa se fortalecer mais, com melhor assistência, com melhor organização, com mais prevenção, com mais e melhor comunicação com a sociedade.

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SAÚDEBUSINESS

Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças

Projeto lançado pelo Instituto do Coração com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Cisco desenvolveu sistema para telemonitoramento do ato cirúrgico

O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.

O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos.  A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.

“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Dr. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.  

As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.  

 Parceria e acesso

Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas. 

“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor. 

Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.  

O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil. 

Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto. 

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Cerca de 80% dos empregos da cadeia produtiva da saúde são de vínculos formais do setor privado

A cadeia produtiva da saúde contabilizou 4,7 milhões de empregos no País nos últimos três meses encerrados em fevereiro deste ano. Desses, 3,8 milhões, correspondente a 80% do total, são de oportunidades formais com carteira assinada do setor privado – o restante, 949,2 mil, estão vinculadas ao setor público. As informações são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde nº 63, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O estudo considera os setores público e privado, bem como empregos diretos e indiretos e mostra que na região Sudeste estão concentrados quase metade dos empregos do setor: 2,3 milhões de vínculos. Em seguida aparece o Nordeste (932,7 mil), Sul (695,4 mil), Centro-Oeste (493,6 mil) e Norte (272,8 mil).

O setor apresentou um comportamento adverso ao observado durante o ano de 2022, no qual houve períodos consecutivos de alta. Desta forma, com exceção do Nordeste e Sul, que ficaram estáveis, as demais regiões do País apresentaram taxa de variação negativa entre novembro de 2022 e fevereiro deste ano – Centro-Oeste (-0,9%), Norte (-0,6%) e Sudeste (-0,4%).

O superintendente executivo do IESS, José Cechin, explica que “na comparação trimestral, houve leve redução (-0,3%) no volume total de empregos gerados, puxado principalmente pelo setor público, que teve queda ainda maior (-2,1%) no trimestre”, observa.

Em relação ao fechamento mensal, registrado em fevereiro, houve saldo positivo de 18,1 mil oportunidades na cadeia da saúde, considerando a diferença entre admitidos e desligados. O setor privado teve saldo de 8,9 mil e o público de 9,1 mil empregos.

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ESTADÃO

Problemas do setor de planos de saúde não são de hoje


O setor de saúde suplementar está com problemas e não é de hoje. De um lado, empresas que oferecem planos aos seus colaboradores enfrentam enormes aumentos de preços. Paradoxalmente, as operadoras dos planos enfrentam déficits crescentes. Não foi por falta de aviso. A equação econômica do setor, que é essencial para o acesso das famílias a serviços médicos privados, não se equilibra. sobre economia ANS suspende comercialização de 32 planos de saúde após reclamação de clientes; veja quais

Amil aposta em plano de saúde individual mais enxuto para reverter perdas bilionárias

Antônio Penteado Mendonça: Planos de saúde privados, nem mocinhos nem bandidos Em 2015, realizamos um estudo sobre a saúde suplementar no Brasil e as conclusões se revelaram premonitórias. Uma das causas de seu desequilíbrio, que ocorre no mundo inteiro, é o custo crescente da saúde decorrente do envelhecimento da população e do uso de procedimentos mais sofisticados. O estudo apontava também que a atuação do poder público é uma das fontes de desequilíbrio. Em razão da importância desse mercado, o governo passou a regulá-lo de modo mais restritivo. Foram ampliadas as coberturas, resultando, por exemplo, na quase extinção da oferta de planos individuais. As incertezas ligadas à crescente "judicialização" da saúde também contribuíram.

Nossa proposta em 2015 era criar uma agenda de reformas em três frentes: (i) ampliação da transparência do mercado; (ii) alinhamento de incentivos dos diversos agentes do setor; e (iii) promoção da competição, facilitando troca de planos e entrada de novos ofertantes.

Passados oito anos, o que se vê é uma caminhada em direção oposta. Por exemplo, em 2022, a Lei 14.454 ampliou a cobertura obrigatória dos planos, exigindo procedimentos e tratamentos que não constam na lista de referência básica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O cenário em 2023 é preocupante, com uma grande operadora anunciando sua saída do setor e outras com enormes perdas. Grandes grupos estão vendendo imóveis e renegociando dívidas. A sinistralidade tem subido. As operadoras encontram dificuldades crescentes para repassar aos segurados o aumento dos custos.

A insolvência de planos de saúde tem graves consequências. Instituições são diretamente afetadas, com risco de demissões e queda na geração de renda e arrecadação. Ainda mais grave, o encolhimento do setor reduziria o acesso da população a serviços privados de saúde, gerando maiores pressões sobre o sistema público.

Resta-nos repetir a conclusão de 2015: a complexidade do setor de planos de saúde e sua importância para a sociedade tornam imperativa a busca por um melhor funcionamento da cadeia. Políticas que não levem em conta problemas estruturais atuais tendem a agravar os desafios, propagar distorções e condenar o setor.

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GLOBO ONLINE

Piso da enfermagem deveria ser alerta para Parlamento

Não parece ter limite a desconexão da realidade que toma conta dos grupos organizados com capacidade de pressão política. Tramitam no Congresso, de acordo com levantamento do site Poder360, nada menos que 148 propostas para criar pisos salariais para 59 categorias profissionais, 133 na Câmara e 15 no Senado. A exemplo do piso nacional instituído para a enfermagem, proliferam propostas que tentam garantir remuneração mínima para toda sorte de ocupação.

Estão na lista psicólogos, médicos, dentistas, veterinários, biólogos, histotecnologistas, técnicos agrícolas e industriais, agentes comunitários, assistentes sociais, professores, educadores físicos, instrutores de artes marciais, operadores de telemarketing, costureiras, nutricionistas, fisioterapeutas, garçons, farmacêuticos, vigilantes, mecânicos e, naturalmente, os onipresentes bombeiros e policiais. Felizmente, até agora a única tentativa que deu certo foi a dos enfermeiros. Ela revela tudo o que há de absurdo nessas iniciativas.

A ideia de gravar o patamar mínimo de remuneração na lei ou na própria Constituição não tem o menor cabimento do ponto de vista econômico. Para começar, os custos das atividades são distintos num país continental como o Brasil. Nas palavras do ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo contra o piso da enfermagem no Supremo, "pisos nacionais num país com as diferenças e as desigualdades regionais do Brasil, como regra geral, não parecem ser boa ideia".

Além das diferenças regionais apontadas por Barroso, há um problema mais grave: numa economia de mercado, não cabe ao Estado legislar sobre o valor dos contratos negociados livremente entre empregadores e empregados. A consequência desse tipo de intervenção é a pior possível: engessamento do mercado, inviabilização de milhares de empresas, aumento do desemprego e da informalidade. É o que já se vislumbra no caso da enfermagem, cujo piso imediatamente pôs no horizonte a bancarrota de prefeituras e serviços privados de saúde.



O plenário do STF referendou a liminar de Barroso que suspendeu a aplicação do piso da enfermagem em setembro do ano passado. Mas o próprio Barroso autorizou o pagamento depois que o Congresso deu um jeito de aprovar o financiamento do Tesouro a estados e municípios que não tinham como arcar com o custo. Como em qualquer outra das benesses do funcionalismo, quem pagará a conta é o contribuinte, num momento em que o país enfrenta uma crise fiscal sem paralelo.

Quanto ao setor privado, não é muito difícil enxergar os efeitos nefastos da solução adotada por Barroso. Ele deu 45 dias de prazo para as empresas negociarem com os sindicatos remuneração menor, sob pena de terem de pagar o piso depois de esgotado o prazo, na primeira semana de julho. Parece evidente o que acontecerá com hospitais, clínicas e laboratórios que não tiverem condição de manter o nível de remuneração mais alto. Farão as contas e promoverão ondas de demissões. Sairá prejudicada a saúde da população, que precisa dos enfermeiros.

A mesma sucessão de eventos acontecerá com qualquer categoria para a qual o Congresso se meter a assegurar benefícios economicamente insustentáveis. Bastará os parlamentares cederem aos lobbies e grupos de pressão empenhados nesses 148 projetos para a realidade tratar de se impor.

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JOTA INFO

Artigo- Pisos para uma federação heterogênea

Os efeitos das políticas públicas podem, paradoxalmente, contrariar as boas intenções que as inspiraram. É crucial, portanto, que os formuladores dessas políticas, especialmente no campo social, tenham um cuidado meticuloso. Um exemplo que ilustra essa realidade pode ser a implementação do novo piso salarial da enfermagem.

Assim como já ocorreu com a fixação da taxa de juros na Carta Magna (Constituição Federal) original, de 1988, estabelecer um valor salarial único em todo o país pode ter consequências indesejadas. Entre elas, a deterioração das relações de trabalho, a piora nas condições de emprego e a desorganização das entidades que atuam na área da saúde, especialmente as de menor porte e aquelas presentes em locais mais remotos ou regiões distantes do país.

Ancorada na Emenda Constitucional 124/2022, a Lei 14.434, do mesmo ano, fixou o piso salarial nacional em R$ 4.750 para os enfermeiros do país. Para técnicos de enfermagem e para auxiliares, os pisos variam entre 70% e 50% desse valor.

Diversas análises e simulações dos economistas alertaram para os impactos, sobretudo sobre as finanças de estados e municípios, além de entidades filantrópicas e empresas privadas de saúde de menor porte. Acionado, o Supremo Tribunal Federal (STF), lucidamente, pediu aos interessados estudos mais aprofundados.

Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2021), as ocupações afetadas pela nova lei representam 1.408.584 profissionais enfermeiros apenas do setor privado, sendo que 55,2% (ou 778.233) se encontravam abaixo do novo piso da enfermagem. O destaque maior é dos profissionais técnicos de enfermagem, que estão 68,7% (ou 559.124) abaixo do piso estipulado. Esta fonte de dados indica que o custo da implantação do novo piso seria de cerca de R$ 12,5 bilhões anuais.

As entidades privadas seriam as mais impactadas, enfrentando um aumento anual de despesas da ordem de R$ 4,8 bilhões. Por sua vez, as entidades da administração pública teriam que desembolsar, adicionalmente, cerca de R$ 4 bilhões. As entidades sem fins lucrativos sofreriam um impacto financeiro de aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Considerando que o Sistema Único de Saúde (SUS), além de fornecer serviços por meio da rede pública, também contrata serviços das redes privada e filantrópica, o valor total adicional necessário excederia os R$ 7,9 bilhões anuais.

Para financiar esses custos adicionais, foi promulgada a Emenda 127, em 22 de dezembro de 2022. Essa emenda autoriza o orçamento federal a realocar recursos de fundos originalmente destinados a outras finalidades, a fim de compensar as perdas financeiras dos governos regionais, das entidades filantrópicas e dos prestadores de serviços que atendem pelo menos 60% de seus pacientes pelo SUS.

Com a promulgação da Lei 14.581 em 11 de maio de 2023, o Fundo Social se comprometeu a transferir R$ 7,3 bilhões para sustentar os pagamentos aos profissionais do SUS. No entanto, três questões principais geram um clima de forte tensão:

Além disso, as estimativas indicam que os valores necessários excedem os R$ 7,9 bilhões, e outros cálculos sugerem montantes ainda maiores.

É importante chamar a atenção para o fato de que não se trata de um aumento de custos homogêneos porque a implementação do piso da enfermagem afeta de forma bastante desigual a rede de saúde como um todo. Na maioria dos estados brasileiros com renda per capita inferior, a distância dos salários atuais em relação ao piso é elevada, e vai requerer pesados aportes de recursos. Podemos dizer que há uma questão federativa subjacente.

Num quadro geral, as indicações eram de grandes riscos de geração de turbulências no setor privado, onde poucas garantias estão postas. Vale notar que há grande presença de clínicas e hospitais de pequeno porte dentre as entidades que registram grande massa de diferenças entre os salários pagos e o novo piso. Estados como Roraima, Piauí, Pernambuco e Sergipe, por exemplo, serão os mais afetados e poderão ser perdidos mais de 70% dos postos de trabalho, nas ocupações relativas ao piso.

Um pequeno ensaio com base na RAIS mostra que se todos os vínculos do setor privado, que superam 50% de aumento de custos na implantação do piso, fossem encerrados teríamos cerca de 245 mil postos de trabalho perdidos nada menos que 27,7% dos vínculos existentes atualmente.

A tabela a seguir ilustra o montante de novos recursos que cada unidade federativa precisará alocar para manter seus trabalhadores empregados e para cumprir os valores do piso salarial da enfermagem. Para exemplificar o caso mais crítico, a Paraíba, no setor privado e nas ocupações de interesse, terá que mobilizar um valor adicional de 59% além dos pagamentos de salários atuais.

Massa de diferenças sobre massa de salários das ocupações com o novo piso da enfermagem no setor privado

Fonte: Elaboração própria com base na RAIS 2021

Por fim, a disparidade regional entre o piso da enfermagem e os salários atuais é bastante acentuada. Este fenômeno não surpreende, pois é inerente a uma federação como a brasileira, estruturada para administrar diferenças notáveis em aspectos políticos, sociais e econômicos entre suas regiões e até localidades. Há tempos isso tem sido equacionado com soluções que dão respostas diferentes para problemas muito diferentes.

O exemplo do salário básico da economia é um caso histórico. Como é inegável e inevitável que empregadores tenham condições muito diferentes para pagar salários em distintos locais, foi estabelecida uma política de salário mínimo que faculta a cada estado fixar um valor superior ao nacional, para pagamento de tais valores.

Em face da vasta heterogeneidade regional do Brasil e das incertezas sobre os impactos nos custos, principalmente considerando as condições sustentáveis de financiamento do piso de enfermagem, uma alternativa viável seria adotar a mesma abordagem do salário mínimo nacional. Esta opção permitiria uma diferenciação regional e, talvez, até mesmo entre as entidades contratantes, facilitando assim o progresso rumo a uma remuneração mais justa, garantindo segurança para o trabalhador e responsabilidade para com o sistema público.

Promover uma modulação do processo de implantação do piso nacional é possível. Pode-se fixar um prazo de, por exemplo, 12 anos para que pisos estaduais realizem a convergência com o piso nacional. Desta forma, as diferenças regionais seriam reconhecidas, mas a dinâmica do setor de saúde estaria ganhando movimento no sentido da implantação de uma valorização ao profissional, que é pertinente.

Caso um estado, em uma avaliação individual, identifique que possui condições para acelerar o processo, será concedida a ele a opção de promover uma expansão mais acentuada do seu piso salarial através de legislação estadual.

Vale frisar que a política de regionalização do salário mínimo conseguiu acomodar a realidade de uma federação heterogênea. As decisões no sentido da modulação de políticas conseguiram colocar os objetivos no horizonte palpável, sem destruir os atores sociais e econômicos.

Por que então não se pode repetir soluções bem-sucedidas neste caso?

José Roberto Afonso

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GOIAS VIDA SAUDAVEL

Cremego vai recorrer à Justiça contra nota técnica que autoriza a inserção de DIU por enfermeiros

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia e reivindica a imediata revogação da Nota Técnica (NT) nº 31/2023, editada pelo Ministério da Saúde, que recomenda/autoriza a inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) por enfermeiros.

De acordo com o Conselho, “ao fazer essa recomendação, o Ministério da Saúde descumpre a Lei do Ato Médico, que define ser a execução deste procedimento invasivo exclusiva de médicos ginecologistas”.

“Além de ilegal, a medida desrespeita a classe médica e toda a população, que pode ter seu atendimento feito por profissionais sem a habilitação necessária”, diz trecho da nota.

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Assessoria de Comunicação