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Dia Mundial da Higiene das Mãos: veja 10 doenças evitáveis com a lavagem correta
A lavagem adequada das mãos contribui para a prevenção de diversas doenças, principalmente respiratórias e diarreicas, contribuindo para salvar milhões de vidas todos os anos.
O que parece uma lição que aprendemos nos primeiros anos escolares é, na realidade, um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que reservou um dia de conscientização sobre o tema.
Nesta sexta-feira (5), o Dia Mundial da Higiene das Mãos envolve profissionais de saúde, governos e organizações da sociedade em torno de ações para potencializar a lavagem das mãos como estratégia de saúde pública.
"Tocamos nossos olhos, narizes e bocas com as mãos com mais frequência do que pensamos. Com a pandemia de Covid 19, vimos que o hábito de lavar as mãos pode ser o grande diferencial na hora de propagar uma doença. No inverno, é comum que as pessoas espirrem, protegendo com a mão. E que depois apoie em uma superfície que será compartilhada com outra pessoa, disseminando o vírus, por exemplo", explica Flávia Cohen, infectologista e especialista em saúde integrativa da clínica FVC (Rio de Janeiro).
Prevenção a 10 doenças
A lavagem regular das mãos contribui para a prevenção de ao menos dez doenças diferentes:
1. Conjuntivite
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, camada transparente que recobre a parte branca dos olhos. Os sinais incluem olhos vermelhos e inchados, ardência, com secreção ou não. A doença pode ser transmitida facilmente de uma pessoa para outra ou por meio de contato com objetos e superfícies contaminadas. Para prevenir, é fundamental higienizar as mãos e olhos com frequência.
"A conjuntivite pode ser de vários tipos, mas as infecciosas são frequentes e podem ser prevenidas ao lavar as mãos", diz Flávia.
2. Catapora
A catapora, também conhecida como varicela, causa inflamação visível na pele, dor de cabeça, pneumonia e infecção no ouvido. É causada por um vírus que se propaga de forma muito rápida e pode ser grave se migrar para os órgãos internos.
"É mais comum em crianças do que em adultos e seu curso geralmente é leve. No entanto, quando os adultos a contraem, podem apresentar condições mais graves. A transmissão do vírus é realizada pelo contato direto entre as pessoas, seja pela pele ou por secreções respiratórias. O vírus também contamina mãos e superfícies", diz a especialista.
3. Giardíase
A giardíase é uma infecção do intestino delgado causada por parasitas do gênero Giardia.
"A ingestão de água contaminada com cistos do parasita ou o contato direto com uma pessoa que os carrega nas mãos causa infecção. Portanto, a higiene das mãos e o saneamento ambiental são fatores-chave para limitar a transmissão", diz Flávia.
4. Pneumonia
A pneumonia é uma infecção que atinge os pulmões, que pode ser causada pela invasão de um agente infeccioso como bactérias, vírus, fungos, além de reações alérgicas.
"As infecções respiratórias, incluindo a pneumonia, são uma das principais causas de morte em crianças menores de cinco anos. Felizmente, há evidências a favor da lavagem das mãos com água e sabão como um método eficaz para preveni-las", explica a médica.
5. Gripe
As estações mais frias do ano, outono e inverno, favorecem a circulação do vírus da gripe sazonal.
Além da vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos prioritários (veja aqui), a lavagem das mãos contribui para reduzir a incidência da doença.
6. Rotavírus
Apesar da disponibilidade de vacina, os rotavírus ainda são responsáveis pela maior parte dos casos graves de diarreia em crianças menores de cinco anos em países de baixa e média renda, provocando mais de 200 mil óbitos por ano.
"O rotavírus é transmitido através de matéria fecal, através do contato mão-boca e até mesmo através do contato com superfícies contaminadas ou também pelo ar, se contiver gotículas de saliva infectadas, eliminadas pela tosse ou espirro. Mas com a lavagem adequada das mãos, especialmente depois de ir ao banheiro, essas chances são substancialmente reduzidas", detalha Flávia.
7. Coronavírus
Uma das formas de transmissão de vírus respiratórios, como o coronavírus, é por meio do contato das mãos contaminadas com olhos, boca e nariz. O médico Diego Ramos, pneumologista da Medicina Interna Personalizada (MIP), afirma que, além da higienização das mãos, deve-se evitar tocar o rosto enquanto estiver na rua.
"É importante cobrir o nariz e a boca com lenço de papel descartável ou com o antebraço ao tossir ou espirrar, para evitar o espalhamento de partículas virais pelo ambiente, reduzindo as chances de contaminação de outras pessoas", afirma.
8. Mononucleose
A mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o principal veículo de transmissão é a saliva. A doença afeta, principalmente, jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos e é considerada comum no mundo inteiro.
Estudos demonstram que até 90% da população já foi infectada por EBV em alguma fase da vida. Os sintomas dessa enfermidade duram em média 30 a 45 dias e causam dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios. Em casos mais graves, é possível desenvolver dor nas articulações e na barriga, além de manchas pelo corpo.
"A doença não é transmitida apenas por meio do beijo. É verdade que a saliva é a principal responsável. Porém, objetos nos quais uma pessoa infectada espirra, tosse ou tocou também podem ser meios de infecção", explica a especialista.
9. Hepatite A
A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como "hepatite infecciosa". Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.
A contaminação pela hepatite A acontece pela via fecal-oral, ou seja, por meio do contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. A doença costuma se propagar em regiões com condições precárias ou que não tenham tratamento de água e esgoto.
As principais formas de prevenção são a melhoria da rede de saneamento básico e a adoção de hábitos de higiene, como a lavagem regular das mãos e dos alimentos consumidos crus, além da limpeza adequada de pratos, copos e talheres.
10. Diarreia
A doença diarreica é a segunda principal causa de morte em crianças com menos de cinco anos de idade, sendo responsável por matar cerca de 525 mil crianças todos os anos, de acordo com a OMS.
A prevenção inclui o acesso a água potável segura, saneamento básico e lavagem das mãos com sabão.
Saiba quando lavar as mãos
Com a pandemia de Covid-19, o hábito de lavar as mãos ganhou um reforço significativo. A medida passou a ser ainda mais valorizada como uma forma de se prevenir o contágio pelo coronavírus.
No entanto, com a melhora dos indicadores epidemiológicos da pandemia, como a redução no número de casos e de mortes pela doença, a sensação de que a pandemia terminou levou a um relaxamento das medidas de prevenção, incluindo a higienização frequente das mãos. (Fonte: CNN Brasil)
CLIPPING AHPACEG 05/05/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde negam discriminação de clientes; ANS explica regras
Goiânia começa vacinação contra Influenza para público a partir de 6 meses
Saúde lança campanha após aumento da dengue, Zika e chikungunya
Daniel Vilela confirma entrega do Hospital de Águas Lindas ainda em 2023
Dia Mundial da Higiene das Mãos: veja 10 doenças evitáveis com a lavagem correta
Homens deixam de lado o preconceito contra a cirurgia plástica
Cerca de um terço das mortes por câncer são evitáveis
Duelo de bisturis: a briga judicial em torno do legado de Ivo Pitanguy
PORTAL TERRA
Planos de saúde negam discriminação de clientes; ANS explica regras
Deputada já recebeu mais de 70 reclamações de pessoas com deficiência, câncer, doenças crônicas e graves; FenaSaúde justifica cancelamentos.
Há casos de cancelamento diretamente com empresas que mantinham contrato com a operadora. E outros de rescisão específica de pessoa física.
Mais de 70 pessoas com deficiência, câncer, doenças crônicas e graves enviaram à equipe da deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP) relatos sobre a exclusão do plano de saúde por decisão das operadoras. A prática foi denunciada pela parlamentar na sessão desta quarta-feira, 3, da Assembleia Legislativa de São Paulo.
De acordo com a assessoria de imprensa da deputada, há casos de cancelamento diretamente com empresas que mantinham contrato com a operadora. E outros de rescisão específica de pessoa física.
"A CNU (Central Nacional Unimed) mandou direto para alguns usuários e, para outros, a Qualicorp foi intermediária", diz a assessoria. A documentação enviada ao gabinete da parlamentar está sob análise de um grupo jurídico.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 13 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde e planos exclusivamente odontológicos, defendeu nesta quinta-feira, 4, a decisão de excluir os clientes.
"A rescisão unilateral de contratos coletivos de planos de saúde é uma possibilidade prevista em contrato e nas regras setoriais definidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Quando acontecem, as rescisões são comunicadas com antecedência aos beneficiários e jamais são feitas de maneira discricionária, discriminatória ou com intuito de restringir acesso de pessoas a tratamentos. O maior objetivo das nossas operadoras é manter seus beneficiários sempre bem atendidos, lançando mão, para tanto, de ações de gestão, controle de custos, combate a fraudes, abusos e desperdícios, estímulo ao uso consciente dos planos e defesa da incorporação adequada de novas tecnologias", declarou a FenaSaúde em nota oficial.
O blog Vencer Limites pediu explicações à ANS, que respondeu em informe bastante detalhado.
"A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informa que é vedada a prática de seleção de riscos pelas operadoras de planos de saúde na contratação ou na exclusão de beneficiários em qualquer modalidade de plano de saúde. Nos planos coletivos, empresarial ou por adesão, a vedação se aplica tanto à totalidade do grupo quanto a um ou alguns de seus membros. Esta vedação está disposta na Súmula Normativa nº 27, de 10 de junho de 2015.
Vale observar, no entanto, que nos planos coletivos, podem haver duas situações para cancelamento do plano: a exclusão pontual de um beneficiário ou a rescisão do contrato entre as pessoas jurídicas (a empresa contratante e a operadora) a pedido de uma ou outra parte.
De forma que, não sendo solicitado o cancelamento do plano a pedido do próprio consumidor, a operadora pode excluir o beneficiário somente em caso de fraude ou de perda de vínculo com a pessoa jurídica contratante, se estiver previsto em contrato. Vale ressaltar que, à exceção dessas duas hipóteses, a responsabilidade da exclusão do beneficiário de plano de saúde é sempre da pessoa jurídica contratante.
No caso das pessoas jurídicas, após o prazo de vigência do contrato coletivo, a rescisão contratual imotivada pode ocorrer, devendo ser sempre precedida de notificação, observando-se as disposições contratuais, que estão sujeitas ao Código de Defesa do Consumidor. Somente poderá ser exigida a notificação prévia com 60 dias de antecedência, por exemplo, se estiver disposto no contrato. Ressaltamos que esse prazo é para a pessoa jurídica contratante ou para a operadora que solicita a rescisão do contrato, não se aplicando aos beneficiários que desejem sair do plano.
As condições para a rescisão do contrato do plano de saúde devem estar previstas nos contratos coletivos e são válidas para o contrato como um todo, ou seja, para o contrato firmado com a pessoa jurídica contratante, não com o beneficiário a ela individualmente vinculado.
Pode haver previsão contratual para a multa, nos casos de rescisão imotivada, a qual poderá ser cobrada da parte que solicitar a rescisão (pessoa jurídica contratante ou operadora) se a rescisão ocorrer antes de completada a vigência mínima do contrato.
A rescisão motivada só poderá ocorrer se constar em contrato as causas que autorizam a rescisão motivada do contrato antes de completar o período de doze meses.
Importante destacar que, se houver rescisão do contrato de plano coletivo (por qualquer motivo) e existir algum beneficiário ou dependente em internação, a operadora de origem deverá arcar com todo o atendimento até a alta hospitalar. Da mesma maneira os procedimentos autorizados na vigência do contrato deverão ser cobertos pela operadora, uma vez que foram solicitadas quando o vínculo do beneficiário com o plano ainda estava ativo.
De todo modo, quando o beneficiário é excluído do seu plano de saúde ou tem o seu contrato rescindido, ele tem o direito de realizar a portabilidade de carências, ou seja, contratar um novo plano sem cumprir novos prazos de carências ou cobertura parcial temporária.
A operadora que rescindir o contrato de beneficiários de planos coletivos, e até mesmo os individuais, em desacordo com a legislação da saúde suplementar pode ser multada em valores de até R$ 80 mil", esclarece a ANS.
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O HOJE
Goiânia começa vacinação contra Influenza para público a partir de 6 meses
Doses estão disponíveis em 73 salas, que funcionam de 08h às 17h
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), inicia vacinação contra Influenza para população em geral, a partir das 13h desta quinta-feira (4/5). Com a liberação, qualquer pessoa, a partir dos seis meses de idade, pode tomar a vacina. As doses estão disponíveis em 73 salas de vacinas do município, que funcionam de 8h às 17h.
De acordo com o calendário do Ministério da Saúde, a vacinação dos grupos prioritários iria até 31 de maio. “Estamos antecipando para a população em geral, porque Goiânia tem estrutura e vacinas suficientes e, principalmente, pela quantidade de casos e óbitos já registrados. E, também, porque o período mais crítico para a doença se aproxima e a população precisa estar protegida”, explica o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.
Embora a cobertura vacinal contra Influenza em Goiânia já tenha atingido 30,41% do público-alvo, índice acima do nacional que gira em torno de 25%, a SMS tem adotado medidas para ampliar o número de pessoas imunizadas. Desde o início da campanha, em 04 de abril, o município já aplicou 152.812 doses.
“Além das 73 salas que funcionam durante a semana, e das três nos finais de semana e feriados, estamos realizando a vacinação extramuros. Já foram aplicadas 11 mil doses da Influenza em trabalhadores da saúde, das forças de segurança e salvamento, de educação e do transporte público, todos em seus locais de trabalho. Além disso, no sábado, teremos o Dia D de Vacinação”, anuncia o secretário.
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Saúde lança campanha após aumento da dengue, Zika e chikungunya
De janeiro a abril casos de dengue cresceram 30%
Em meio ao aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya no Brasil, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (4) a campanha nacional de combate às três arboviroses. Com a mensagem Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya, a pasta alerta para sinais, sintomas, prevenção e controle das doenças, transmitidas por um mesmo vetor, o mosquito, em particular o Aedes aegypti, popularmente conhecido como pernilongo rajado em razão das listras brancas nas pernas.
A reintrodução do vírus da dengue no Brasil aconteceu em 1986. Já o chikungunya foi registrado pela primeira vez em 2014, enquanto o Zika foi identificado no país em 2015.
De acordo com a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Alda Cruz, o Brasil registra epidemias sucessivas de dengue com intervalos cada vez mais curtos entre os surtos, enquanto Zika e chikungunya também se mantêm com taxas endêmicas ao longo dos anos.
Fumacê
Este ano, foram investidos mais de R$ 84 milhões na compra de insumos para o controle vetorial do Aedes aegypti. Popularmente conhecido como fumacê, um dos inseticidas usados no controle do mosquito na forma adulta, será distribuído ao longo das próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada, segundo o ministério. A expectativa é que a pasta receba cerca de 275 mil litros do produto ainda neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.
Situação epidemiológica
Dados do Ministério da Saúde indicam que, de janeiro a abril deste ano, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022. As ocorrências passaram de 690,8 mil no ano passado para 899,5 mil neste ano, além de 333 óbitos confirmados. Os estados com maior incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.
“Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento”, destacou o ministério.
Já em relação ao chikungunya, de janeiro a abril foram notificados 86,9 mil casos da doença, com taxa de incidência de 40,7 casos por 100 mil habitantes. Quando comparado com o mesmo período de 2022, houve um aumento de 40%. Este ano, até o momento, 19 óbitos foram confirmados. As maiores incidências da doença estão no Tocantins, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul.
Os dados de Zika indicam que, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de três casos por 100 mil habitantes. De acordo com o ministério, houve um aumento de 289% nos casos se comparados com o mesmo período de 2022, quando o país registrou 1,6 mil ocorrências de Zika. Até o momento, não houve óbitos pela doença. Os estados com maior incidência são Acre, Roraima e Tocantins.
Sintomas e prevenção
Os sintomas de dengue, chikungunya e Zika são semelhantes e incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.
A orientação do ministério é que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sinais de qualquer uma das três arboviroses.
“A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água, receber a visita do agente de saúde são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, coloca os seus ovos”, recomenda o ministério.
Painel
A partir desta quinta-feira, a pasta disponibiliza um painel atualizado regularmente com os principais dados de dengue, Zika e chikungunya e a situação epidemiológica das três doenças do país. Na plataforma, é possível filtrar as informações por estado e por tipo de arbovirose, além de visualizar orientações e recomendações sobre sintomas e prevenção.
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Daniel Vilela confirma entrega do Hospital de Águas Lindas ainda em 2023
Governador em exercício vistoriou obra, que está em fase de acabamento
O empenho do Governo de Goiás em destravar a construção do Hospital Estadual de Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, deve garantir a entrega ainda em 2023. A sinalização é do governador em exercício Daniel Vilela (MDB), que vistoriou as futuras instalações nesta quinta-feira (4/5). “O governador Ronaldo Caiado quer muito entregar não só o prédio, mas o funcionamento desse hospital ainda neste ano de 2023”, anunciou. A previsão inicial de entrega era janeiro de 2024.
O empreendimento está com 70% de execução, obra com aplicação de R$ 90 milhões em recursos estaduais. “De forma muito competente, [o governo] conseguiu destravar essa obra e fazer com que ela retornasse em velocidade como retornou”, pontuou Daniel. Ele percorreu o local acompanhado do secretário de Infraestrutura, Pedro Sales, gestores municipais e parlamentares.
A unidade de saúde terá mais de 15 mil metros quadrados de área construída e vai beneficiar 1,2 milhão de moradores em 31 municípios goianos da região. “Será um hospital completo com todos os serviços”, afirmou o governador em exercício, ao lembrar que o hospital terá 164 leitos, com foco em média e alta complexidade, além de uma maternidade. Dos 40 leitos de terapia intensiva, 20 serão destinadas a bebês e crianças.
“Aqui será um local de vitórias, de salvamento de vidas e de atuação firme da nossa Secretaria de Saúde”, complementou o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales. “De 15 em 15 dias fazemos essa visita técnica para que a gente possa dar um retorno à população do andamento das obras”, explicou o prefeito de Águas Lindas de Goiás, Lucas Antonietti. O Ministério Público de Goiás também enviou representantes ao local.
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CNN BRASIL
Dia Mundial da Higiene das Mãos: veja 10 doenças evitáveis com a lavagem correta
A lavagem adequada das mãos contribui para a prevenção de diversas doenças, principalmente respiratórias e diarreicas, contribuindo para salvar milhões de vidas todos os anos.
O que parece uma lição que aprendemos nos primeiros anos escolares é, na realidade, um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que reservou um dia de conscientização sobre o tema.
Nesta sexta-feira (5), o Dia Mundial da Higiene das Mãos envolve profissionais de saúde, governos e organizações da sociedade em torno de ações para potencializar a lavagem das mãos como estratégia de saúde pública.
"Tocamos nossos olhos, narizes e bocas com as mãos com mais frequência do que pensamos. Com a pandemia de Covid 19, vimos que o hábito de lavar as mãos pode ser o grande diferencial na hora de propagar uma doença. No inverno, é comum que as pessoas espirrem, protegendo com a mão. E que depois apoie em uma superfície que será compartilhada com outra pessoa, disseminando o vírus, por exemplo", explica Flávia Cohen, infectologista e especialista em saúde integrativa da clínica FVC (Rio de Janeiro).
Prevenção a 10 doençasA lavagem regular das mãos contribui para a prevenção de ao menos dez doenças diferentes:
1. Conjuntivite
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, camada transparente que recobre a parte branca dos olhos. Os sinais incluem olhos vermelhos e inchados, ardência, com secreção ou não. A doença pode ser transmitida facilmente de uma pessoa para outra ou por meio de contato com objetos e superfícies contaminadas. Para prevenir, é fundamental higienizar as mãos e olhos com frequência.
"A conjuntivite pode ser de vários tipos, mas as infecciosas são frequentes e podem ser prevenidas ao lavar as mãos", diz Flávia.
2. Catapora
A catapora, também conhecida como varicela, causa inflamação visível na pele, dor de cabeça, pneumonia e infecção no ouvido. É causada por um vírus que se propaga de forma muito rápida e pode ser grave se migrar para os órgãos internos.
"É mais comum em crianças do que em adultos e seu curso geralmente é leve. No entanto, quando os adultos a contraem, podem apresentar condições mais graves. A transmissão do vírus é realizada pelo contato direto entre as pessoas, seja pela pele ou por secreções respiratórias. O vírus também contamina mãos e superfícies", diz a especialista.
3. Giardíase
A giardíase é uma infecção do intestino delgado causada por parasitas do gênero Giardia.
"A ingestão de água contaminada com cistos do parasita ou o contato direto com uma pessoa que os carrega nas mãos causa infecção. Portanto, a higiene das mãos e o saneamento ambiental são fatores-chave para limitar a transmissão", diz Flávia.
4. Pneumonia
A pneumonia é uma infecção que atinge os pulmões, que pode ser causada pela invasão de um agente infeccioso como bactérias, vírus, fungos, além de reações alérgicas.
"As infecções respiratórias, incluindo a pneumonia, são uma das principais causas de morte em crianças menores de cinco anos. Felizmente, há evidências a favor da lavagem das mãos com água e sabão como um método eficaz para preveni-las", explica a médica.
5. Gripe
As estações mais frias do ano, outono e inverno, favorecem a circulação do vírus da gripe sazonal.
Além da vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos prioritários (veja aqui), a lavagem das mãos contribui para reduzir a incidência da doença.
6. Rotavírus
Apesar da disponibilidade de vacina, os rotavírus ainda são responsáveis pela maior parte dos casos graves de diarreia em crianças menores de cinco anos em países de baixa e média renda, provocando mais de 200 mil óbitos por ano.
"O rotavírus é transmitido através de matéria fecal, através do contato mão-boca e até mesmo através do contato com superfícies contaminadas ou também pelo ar, se contiver gotículas de saliva infectadas, eliminadas pela tosse ou espirro. Mas com a lavagem adequada das mãos, especialmente depois de ir ao banheiro, essas chances são substancialmente reduzidas", detalha Flávia.
7. Coronavírus
Uma das formas de transmissão de vírus respiratórios, como o coronavírus, é por meio do contato das mãos contaminadas com olhos, boca e nariz. O médico Diego Ramos, pneumologista da Medicina Interna Personalizada (MIP), afirma que, além da higienização das mãos, deve-se evitar tocar o rosto enquanto estiver na rua.
"É importante cobrir o nariz e a boca com lenço de papel descartável ou com o antebraço ao tossir ou espirrar, para evitar o espalhamento de partículas virais pelo ambiente, reduzindo as chances de contaminação de outras pessoas", afirma.
8. Mononucleose
A mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o principal veículo de transmissão é a saliva. A doença afeta, principalmente, jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos e é considerada comum no mundo inteiro.
Estudos demonstram que até 90% da população já foi infectada por EBV em alguma fase da vida. Os sintomas dessa enfermidade duram em média 30 a 45 dias e causam dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios. Em casos mais graves, é possível desenvolver dor nas articulações e na barriga, além de manchas pelo corpo.
"A doença não é transmitida apenas por meio do beijo. É verdade que a saliva é a principal responsável. Porém, objetos nos quais uma pessoa infectada espirra, tosse ou tocou também podem ser meios de infecção", explica a especialista.
9. Hepatite A
A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como "hepatite infecciosa". Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.
A contaminação pela hepatite A acontece pela via fecal-oral, ou seja, por meio do contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. A doença costuma se propagar em regiões com condições precárias ou que não tenham tratamento de água e esgoto.
As principais formas de prevenção são a melhoria da rede de saneamento básico e a adoção de hábitos de higiene, como a lavagem regular das mãos e dos alimentos consumidos crus, além da limpeza adequada de pratos, copos e talheres.
10. Diarreia
A doença diarreica é a segunda principal causa de morte em crianças com menos de cinco anos de idade, sendo responsável por matar cerca de 525 mil crianças todos os anos, de acordo com a OMS.
A prevenção inclui o acesso a água potável segura, saneamento básico e lavagem das mãos com sabão.
Saiba quando lavar as mãos
Com a pandemia de Covid-19, o hábito de lavar as mãos ganhou um reforço significativo. A medida passou a ser ainda mais valorizada como uma forma de se prevenir o contágio pelo coronavírus.
No entanto, com a melhora dos indicadores epidemiológicos da pandemia, como a redução no número de casos e de mortes pela doença, a sensação de que a pandemia terminou levou a um relaxamento das medidas de prevenção, incluindo a higienização frequente das mãos.
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O ESTADO DE MINAS
Homens deixam de lado o preconceito contra a cirurgia plástica
Homens brasileiros têm procurado procedimentos como a lipoaspiração Da vaidade fiéis servos, romanos ou ateus. Os homens estão adotando essa velha recomendação, pois, aqui no Brasil, a cirurgia plástica tem conquistado cada vez mais espaço entre o público masculino.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos cinco anos, houve aumento de 283,33% na quantidade de procedimentos dessa natureza realizados em homens, que passaram de 72 mil por ano para 276 mil por ano.Isso significa que, a cada hora, pelo menos 31 homens se submetem a cirurgias plásticas no Brasil.
Os procedimentos mais procurados são a blefaroplastia (intervenção nas pálpebras), a lipoaspiração e a correção de ginecomastia (quando há crescimento das mamas).Em parte, o aumento da procura se deve à COVID-19, pois a pandemia fez com que muitas pessoas mudassem hábitos alimentares e perdessem condicionamento físico. De acordo com o Ministério da , 52,6% dos homens estavam acima do peso em 2021.O doutor Hugo Sabath, cirurgião plástico da Clínica Libria, comenta que entre as novidades buscadas pelos pacientes está a lipo HD masculina, que define abdômen, braços e coxas. Também é colocada gordura dentro do músculo para tonificá-lo.Especialistas destacam que a cirurgia plástica não deve ser vista apenas como questão estética, mas sob a perspectiva da saúde e da autoestima.
Ainda existe tabu em relação a esse tipo de operação em homens, mas o preconceito vem sendo quebrado aos poucos.Muitos pacientes percebem que o procedimento pode ser uma forma de alcançar resultados que não seriam possíveis de forma não cirúrgica, mesmo com a ajuda de nutricionistas, personal trainers e outros profissionais."Cirurgia plástica não é solução mágica para todos os problemas estéticos e de autoestima.
É fundamental que o paciente tenha expectativas realistas em relação aos resultados e esteja ciente dos riscos e complicações que podem estar envolvidos em qualquer procedimento cirúrgico", afirma Hugo Sabath.Além disso, é importante escolher um profissional qualificado e experiente, que possa orientar o paciente sobre opções de tratamento, ajudando-o a escolher o procedimento mais adequado para suas necessidades.
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MEDICINA S/A
Cerca de um terço das mortes por câncer são evitáveis
Em torno de um terço dos casos de câncer se deve a fatores de risco como o fumo, o consumo de álcool, a obesidade, a baixa ingestão de frutas e verduras e a falta de exercícios físicos. "É uma parcela significativa e, se refere a hábitos que poderiam ser mudados para evitar o câncer", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Clóvis Klock.
De acordo com o médico patologista, cuja especialidade é responsável por diagnósticos de doenças como câncer, os hábitos saudáveis precisam fazer parte de nossas vidas. "Praticar exercícios com regularidade e evitar uma vida sedentária ajuda na prevenção não só de boa parte dos tumores, mas também de outras complicações, especialmente cardiológicas e cardiovasculares. Além disso, é imperativo uma boa alimentação, com atenção ao consumo excessivo de carne vermelha e balanceamento das refeições com uma maior ingestão de fibras, presentes em frutas, legumes e verduras", afirma.
O tabagismo, mesmo com uma aparência mais moderna, sofisticada ou natural, é prejudicial à saúde. "O cigarro comum, assim como essa nova onda de cigarros eletrônicos, eles todos, estão ligados diretamente a quase todos os tipos de câncer. Por isso, devemos focar nossos esforços na prevenção e para que, principalmente, os jovens não adquiram esse hábito. Essa tarefa é um trabalho do governo juntamente com a sociedade. No caso das bebidas alcoólicas, a prevenção é a mesma, se puder não fazer uso, independente de datas comemorativas ou eventos, melhor para o nosso organismo", acrescenta Klock.
Além desse conjunto de causas evitáveis do câncer, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), infecções causadoras de câncer como as provocadas pelo papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês), e as hepatites são responsáveis por cerca de 30% dos cânceres nos países de renda baixa e média-baixa. Existem vacinas para alguns tipos de hepatite e para os principais subtipos de HPV, vírus cujo risco de transmissão é reduzido com o uso de camisinha.
No Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou em março que pretende adotar testes moleculares, como o PCR, no Sistema Único de Saúde (SUS) para identificar o HPV em mulheres de 25 a 64 anos como estratégia nacional para rastrear o vírus, que é a principal causa para o câncer do colo do útero. "Apoiamos totalmente esta nova visão do Ministério da Saúde em relação ao câncer do colo uterino", diz Klock.
O médico observa ainda que "há cura para a maioria dos cânceres quando a detecção é precoce e o tratamento é efetivo". Os patologistas contribuem nesta parte por serem especialistas no diagnóstico de diversas doenças, inclusive os vários tipos e subtipos de câncer. O diagnóstico preciso leva à orientação de tratamento específico, em todos os casos de câncer.
Apesar disso, os números de incidência e óbitos pelo câncer vêm crescendo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 704 mil novos casos de câncer anualmente para o triênio 2023-2025 em território nacional. Em relação à última projeção para o período 2020-2022, observa-se um acréscimo de quase 80 mil novos casos anualmente. Apesar das estimativas alarmantes, o crescimento pode ser provocado pela soma de dois fatores positivos; o reflexo de a população estar vivendo por mais tempo, com mais gente chegando a uma idade em que as chances de câncer são maiores, e com um maior reconhecimento da doença, devido a disseminação de exames como colonoscopia, mamografia e Papanicolau.
Os exames preventivos são fundamentais para o combate ao câncer, pois permitem a detecção precoce da doença, aumentando as chances de cura e possibilitando um tratamento menos agressivo e invasivo. "Quando é diagnosticada alguma alteração, é feita uma biópsia. Essa amostra quem vai analisar é o médico patologista. Então é ele que vai dar o diagnóstico de câncer, se essa lesão é benigna ou não, assim como todas as diretrizes de tratamento caso haja existência do tumor. finaliza.
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REVISTA VEJA
Duelo de bisturis: a briga judicial em torno do legado de Ivo Pitanguy
Batalha põe em lados opostos do ringue herdeiros e discípulos do mestre, figura incontornável da cirurgia plástica mundial Um dos brasileiros mais celebrados no exterior, Ivo Pitanguy cravou o feito de instalar o país no mapa da excelência na cirurgia plástica. Ao longo de décadas, seu traquejo com os bisturis atraiu para um histórico casarão no Rio de Janeiro clientela estelar de todos os cantos do planeta. Pois no ano de seu centenário de nascimento é um assunto nada glamoroso que o conduz aos holofotes: os quatro herdeiros do médico, morto em 2016 aos 93 anos, e seus discípulos travam uma renhida batalha judicial que põe em risco o que restou de seu legado - o Instituto Ivo Pitanguy, que desde 1960 oferece cirurgias, a baixo custo ou gratuitas, na enfermaria 38 da Santa Casa carioca. A escola de talentos que funciona ali despontou como uma pós-graduação de renome global, de onde profissionais de mais de quarenta países saíram formados e com o qual a metade dos 6 000 cirurgiões plásticos em atividade no Brasil mantém algum elo profissional.
O instituto, iniciativa do próprio "professor", como Pitanguy era chamado, ganhou prestígio em paralelo à clínica que tocava no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Nos áureos tempos, avistava-se por lá efervescente entra e sai de celebridades como a princesa Stéphanie de Mônaco, a atriz Sophia Loren e o piloto Niki Lauda. O local chegava a faturar nos áureos tempos cerca de 5 milhões de reais mensais (em valores de hoje), até que o chefe, já envelhecido, começou a se afastar, e a procura minguou. Sustentar o complexo, com quinze quartos e setenta funcionários, tornou-se então inviável - a drenagem de recursos batia àquela altura 800 000 reais por mês. E foi assim que, sem um sucessor no horizonte, a venda tornou-se inescapável. Três anos depois da morte de Pitanguy, o negócio seria selado por 10 milhões de reais.
Agora, o temor é que o serviço da enfermaria 38 desapareça. A disputa, que põe de um lado do ringue os representantes do espólio - os filhos Ivo, Gisela, Helcius e Bernardo - e de outro a diretoria do instituto, nas mãos do cirurgião Francesco Mazzarone, começou logo depois da morte do cirurgião. Por carta, os herdeiros trataram de comunicar ao núcleo na Santa Casa que não poderia mais usar o nome Pitanguy. Havia lhes chegado a informação de que Mazzarone tentara registrá-lo por duas vezes no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). "Fiz isso com o professor ainda vivo e o seu aval, justamente para garantir nossa continuidade. O que a família faz é espalhar histórias por aí", dispara o discípulo. "A atual direção visa dar um caráter empresarial a uma prestação de serviço social e obter vantagem financeira em benefício próprio", rebate o advogado João Pedro Bion, do escritório Sérgio Bermudes, na defesa dos filhos.
Em meio à contenda, o caldo entornou quando Mazzarone entrou com uma ação na 8ª Vara Cível do Rio na tentativa de contornar o veto familiar. Ele pleiteia agora a troca da nomenclatura de Instituto Ivo Pitanguy para serviço de cirurgia plástica "fundado por Ivo Pitanguy", mas os herdeiros seguem irredutíveis, alegando que a qualidade de hoje não faz jus ao brilho do passado. O fato é que, sem a grife, haverá revoada ainda mais acentuada de clientes e alunos, o que enterrará de vez o centro. Pessoas que acompanham atentamente o imbróglio contam a VEJA que a família estaria interessada na venda do valioso nome e já teria até procurado clínicas da cidade, o que seus integrantes negam com veemência.
A batalha da enfermaria 38 se desenrola na base de estocadas para todos os lados. Antes mesmo da guerra judicial se instaurar, a família já havia trocado as fechaduras de armários do instituto que ficavam alojados na clínica de Botafogo, onde os alunos compareciam duas vezes por semana. Mais tarde, quando Mazzarone alterou o estatuto para abrir espaço a um novo presidente honorário, cargo ocupado por Pitanguy até o fim, os herdeiros diziam que a mexida era para alijá-los do processo. A acidez escalou de patamar quando o instituto organizou com a prefeitura, em 2017, um jantar beneficente sem o conhecimento da inventariante Gisela Pitanguy. Foi cancelado.
Pitanguy acumulou incontáveis seguidores, mas não fez sucessor, mesmo que seu neto, o também cirurgião Antonio Paulo, ainda jovem, tenha externado o desejo de assumir o bastão. Ele foi inclusive aluno do instituto, que atualmente vive na penúria. "Requisitado mundo afora, o professor nunca deixou de se preocupar com a perpetuação do ensino e a questão social. É muito triste assistir a essa situação", lamenta a cirurgiã Bárbara Machado, sua assistente por 26 anos. O declínio, que se agravou com o litígio, já se aprofundara com a crise financeira da Santa Casa e a perda do vínculo com o SUS. Em 2021, veio novo baque: a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica descredenciou a escola. A decisão, garante a turma que apoia Mazzarone, teria o dedo da família. "Não há profissional da área que nunca tenha sonhado em estudar lá. Era uma chancela de excelência", afirma Eduardo Lins, presidente da associação de ex-alunos, à frente da organização de um congresso e um jantar de gala para celebrar os 100 anos do mestre, em julho. O enrosco judicial sem tréguas retira da festa um naco do glamour.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 04/05/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
PF diz que certificado de vacinação foi emitido na conta de Bolsonaro no ConecteSUS um dia após suspeita de fraude
Prefeito de Cabeceiras diz que vai apurar conduta de médico que teria fraudado cartão de vacina de mulher de ex-ajudante de Bolsonaro
Saiba quem é o médico alvo da PF em ação contra fraude em vacinações
Polícia Federal inclui atuação de médico goiano em investigação
Goiás confirma 39 casos de malária; saiba como prevenir
STJ isenta laboratório de indenizar consumidora por dano grave
BTG negocia aquisição da Vita Hemoterapia, em parceria com Dasa
Artigo - A responsabilidade civil dos profissionais de saúde em casos de violência obstétrica
Justiça aceita pedido do PT contra mudanças jurídicas no Ipasgo
DIÁRIO DA MANHÃ
PF diz que certificado de vacinação foi emitido na conta de Bolsonaro no ConecteSUS um dia após suspeita de fraude
O relatório da PF que sustenta as investigações sobre a fraude nos dados de vacinação do ex-presidente, de sua filha e de assessores contém esta informação
Informações divulgadas pela Polícia Federal apontam que os certificados de vacinação contra a Covid-19 foram emitidos na conta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no aplicativo ConecteSUS, mesmo após a inserção de dados supostamente falsos no sistema. De acordo com as autoridades, um desses documentos foi emitido apenas um dia após a suspeita de fraude ter sido levantada.
Essa informação faz parte do relatório da Polícia Federal que está sendo utilizado como base para a investigação das suspeitas de fraude nos dados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, de sua filha de 12 anos e de assessores dele.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, no dia 21 de dezembro do ano passado, foram inseridas informações no sistema ConecteSUS indicando que o ex-presidente teria recebido duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19. Após a inclusão desses dados, foi possível gerar um comprovante de imunização no aplicativo.
Segundo o relatório da Polícia Federal, seis dias após a inclusão dos dados de vacinação da Pfizer no sistema ConecteSUS associados ao usuário de Jair Bolsonaro, a servidora Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva removeu as informações alegando "falha".
De acordo com as investigações, quatro certificados de vacinação foram emitidos pelo usuário vinculado a Bolsonaro, sendo que dois deles foram gerados antes da exclusão das informações suspeitas. Os certificados foram emitidos nos dias 22 de dezembro de 2022, às 8h, e 27 de dezembro de 2022, às 14h19.
Os outros dois certificados de vacinação foram emitidos após a exclusão das informações suspeitas do sistema ConecteSUS. Um certificado foi gerado em 30 de dezembro de 2022, às 12h02, e o outro em 14 de março de 2023, às 8h15.
Ação da Polícia Federal
A Polícia Federal prendeu o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, na manhã desta quarta-feira, 3, em uma operação que investiga a suspeita de inserção de dados falsos nos cartões de vacinação contra a Covid-19. A ação também incluiu buscas na casa de Bolsonaro.
Além da prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a Polícia Federal também realizou buscas e apreensões na casa do ex-presidente, localizada no Jardim Botânico, em Brasília.
De acordo com nota divulgada pela Polícia Federal, as alterações nos cartões de vacinação investigadas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, resultando na "alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante", ou seja, a condição de imunização contra a Covid-19 dos envolvidos.
O celular de Jair Bolsoanro foi apreendido pelos agentes da Polícia Federal. Além de Mauro Cid, foram presos os assessores Max Guilherme e Sérgio Cordeiro.
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PORTAL G1
Prefeito de Cabeceiras diz que vai apurar conduta de médico que teria fraudado cartão de vacina de mulher de ex-ajudante de Bolsonaro
Segundo a Polícia Federal, a suspeita é que Farley Alcântara tenha fraudado o cartão de vacina de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid. O g1 não conseguiu contato com a defesa do médico até a última atualização desta reportagem.
Alvo de uma operação da Polícia Federal que apura um suposto esquema de fraude em dados de vacinação envolvendo ajudantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o médico Farley Vinícius de Alcântara é suspeito de ter fraudado o cartão de vacina de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O prefeito de Cabeceiras Everton Francisco de Matos, disse ao g1 que vai abrir um processo administrativo para apurar a conduta do médico, que atuou na saúde municipal nos anos de 2020 e 2021.
"A equipe jurídica está abrindo um processo administrativo contra o profissional para apurar a situação e saber de que forma foi extraído esse cartão de vacina", disse o prefeito.
O g1 não conseguiu localizar a defesa do médico para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. Segundo o prefeito, Farley havia trabalhado por credenciamento no município em 2018 e depois retornou como plantonista, clínico geral do hospital municipal da cidade. A prefeitura afirma que o médico prestou serviços ao município até o mês de dezembro de 2021.
De acordo com informações apuradas com a Polícia Federal, Farley foi acionado por seu tio, Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que também é alvo da investigação da Polícia Federal. Na ocasião, o médico teria conseguido um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde do município de Cabeceiras, carimbado e assinado por ele, em nome de Gabriela Cid.
No documento, constava que Gabriela teria sido vacinada com duas doses do laboratório Biotech, nos dias 17 de agosto e 19 de novembro de 2021, nas unidades básicas de saúde de Cabeceiras. No entanto, apurações feitas por meio de autorização judicial descobriram que Gabriela não possui vacinas administradas na cidade de Cabeceiras.
O g1 não conseguiu localizar as defesas de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, Mauro Cesar Barbosa Cid e Luís Marcos dos Reis para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Possível fraude em cartão de vacina
O prefeito de Cabeceiras, Everton Francisco, também conhecido como Tuta, lamentou a situação e a atitude do médico, caso comprovada a fraude.
"Você confia e entrega a sociedade nas mãos de um profissional que assume o plantão na unidade hospitalar e ele utiliza de seu poder para requerer ou extrair algum cartão, um documento de cunho do município", disse Tuta.
De acordo com o prefeito, o médico atuava em um local diferente e distante de onde aconteciam as vacinações. Ele explicou que a imunização ocorria em unidades de saúde, de segunda a sexta-feira, até as 17h, e não no hospital municipal.
Já o médico, segundo o prefeito, trabalhava como médico plantonista no hospital municipal, atuando aos finais de semana e feriados, sem vínculo com as unidades básicas de saúde. No entanto, o prefeito detalha que, no local em que o médico trabalhava, havia uma sala com cartões timbrados e em branco para preenchimento em caso de necessidade de algum paciente, em casos emergenciais.
"Lá tem uma sala onde ficam os cartões de vacina caso venha a precisar de fazer qualquer emergência, esse cartão você tem como preencher lá na hora, para qualquer tipo de atendimento emergencial. Provavelmente foi extraído desse pacote que está lá timbrado. Acreditamos que se aconteceu mesmo esse preenchimento do cartão, foi extraído pelo profissional ou por alguém a pedido dele", detalhou.
Segundo o prefeito, o nome dos aliados de Bolsonaro não constam no sistema de vacinação do município.
"Precisamos ter acesso ao cartão e ao número do lote da vacina para saber se teve a fraude e quem são os envolvidos. Se foi só o médico, se teve envolvimento de outro funcionário da área", disse o prefeito.
Quem é o médico suspeito de fraude?
Em suas redes sociais, Farley conta que se formou pela faculdade de Medicina de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e fez sua residência médica em oftalmologia no Hospital de Base, no Distrito Federal. Em seu perfil no Instagram, ele conta ser especialista em catarata, a doença doença capaz de deixar a visão embaçada e ofuscada, “caracterizada pela opacidade lenta e gradativa do cristalino”.
Segundo portal do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), atualmente o médico possui o CRM ativo em Goiás e no Rio de Janeiro. Em nota, o Cremego afirmou que não foi notificado por "qualquer ação da Polícia Federal envolvendo investigações contra médico goiano. Além disso, disse que, "todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo".
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METRÓPOLES
Saiba quem é o médico alvo da PF em ação contra fraude em vacinações
O médico oftalmologista Farley Vinícius Alencar de Alcântara foi alvo da Operação Venire, realizada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (3/5). Investigações apontam que autoridades fraudaram o cartão de vacinação contra a Covid-19. Em um dos casos, Farley ajudou a falsificar um dos documentos.
A partir de março de 2020, o oftalmologista começou a atuar como médico residente no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O salário é de R$ 5.648,19 por mês. Atualmente, conforme o Portal da Transparência do DF, a situação do servidor consta como ativa, mas o status aparece como "desligado".O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde do DF para entender a situação do homem no órgão. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.Farley cursou Medicina na Faculdade de Medicina de Juiz de Fora, de Minas Gerais. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o oftalmologista tem inscrição para atuar no Mato Grosso, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Goiás. No sistema do CFM, a situação dele aparece como regular apenas nos dois últimos estados.
Nas redes sociais, o homem diz que fez especialização para o tratamento de cataratas no Hospital dos Olhos de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O homem também trabalha como médico em uma clínica particular da cidade. Ele também atuou na cidade de Cabeceiras, em Goiás.Fraude em cartão de vacinaçãoFarley Vinícius, alvo da mesma operação da Polícia Federal que Jair Bolsonaro, copiou os dados de vacinação de uma enfermeira não identificada de Cabeceiras, interior de Goiás, para falsificar um cartão de imunização para a esposa de Mauro Cid, Gabriela Santiago Cid.No entanto, os dados não foram aceitos no sistema de saúde do Rio de Janeiro, onde a mulher teoricamente haveria tomado a vacina. Assim, Luis Marcos dos Reis, então um dos integrantes da Ajudância de Ordens da Presidência da República, pediu ao sobrinho, o médico Farley, que enviasse um cartão em branco para que fosse preenchido com dados do estado.
"Amanhã vejo se desenrolo isso. Cartão em branco, né, que ele quer?", disse Farley em mensagem ao seu tio. "Sim, aí a gente coloca o lote do Rio!", respondeu Luis Marcos.De acordo com as mensagens identificadas, o crime não se consumou, pois os lotes das vacinas contra Covid-19, utilizados para inserir no sistema do Ministério da Saúde, não foram distribuídos para o Rio de Janeiro. O crime identificado foi o de peculato eletrônico.O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que, até o início da noite desta quarta-feira (3/5), não foi notificado sobre qualquer ação da Polícia Federal envolvendo investigações contra o médico Farley Vinícius Alcântara.Ao Metrópoles a entidade de classe informou que "todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico"
A operaçãoA Polícia Federal deflagrou a "Operação Venire", cujo nome deriva do princípio "Venire contra factum proprium", que significa "vir contra seus próprios atos", "ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos". É um princípio-base do direito civil e do direito internacional que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.Segundo a PF, os suspeitos da fraude inseriram dados falsos de vacinas contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
O objetivo foi emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas e, dessa forma, permitir que elas pudessem viajar e acessar locais onde a imunização era obrigatória.
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O HOJE
Polícia Federal inclui atuação de médico goiano em investigação
Em conversas por aplicativo de mensagem, policiais federais descobriram atuação de médico que é sobrinho de sargento assessor do ex-presidente
Buscas no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço-direito de Jair Bolsonaro, levou agentes da Polícia Federal (PF) à casa do ex-presidente na manhã desta quarta-feira (3), em Brasília, causando alvoroço na política brasileira. O motivo: suspeita de adulteração de sistemas do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre vacinação de Bolsonaro que, desde o início da pandemia de Covid-19, discursou contrariamente à vacinação, adotando discurso negacionista.
Além da busca e apreensão na casa do ex-presidente, os agentes federais apreenderam, sob pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, o aparelho celular do ex-mandatário.
No percurso da investigação da Polícia Federal, os agentes descobriram que um médico, Farley Vinícius de Alcântara , que prestava serviço para a prefeitura de Cabeceiras, a 268 km de Goiânia, retirou os dados de cartão de vacinação de uma enfermeira de Cabeceiras para preencher com dados de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid, à época, ajudante de ordens de Bolsonaro.
Além da prefeitura goiana, Farley Vinícius de Alcântara prestava serviço à saúde do Governo do Distrito Federal (GDF). Farley é sobrinho de outro indiciado pela PF, o sargento Luiz Marcos dos Reis, que fazia parte da equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente.
Desde que o nome do médico foi divulgado na imprensa, o prefeito de Cabeceiras, Everton Francisco de Matos, viu a rotina de gestor da pequena cidade de 7 mil habitantes virar de cabeça pra baixo. Logo que soube da situação do médico, afirmou que determinou que fosse aberto um processo administrativo para apurar os fatos envolvendo o médico, que, segundo ele, trabalhou para o município entre 2020 e 2021.
A operação da qual o núcleo duro de Jair Bolsonaro, e o próprio, foi alvo nesta quarta-feira, foi batizada pela PF como Venire. O principal objetivo é apurar suspeitas de adulteração de cartões de vacinação.
Em declaração logo após os policiais deixarem a sua residência, Bolsonaro reconheceu: “Nunca falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA. Não existe adulteração de minha parte”. Depois, o ex-presidente deixou sua casa, com seus advogados, para se encontrar com aliados e os filhos.
A Polícia Federal cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Para jornalistas, Bolsonaro voltou a reconhecer que não se imunizou: “eu não tomei a vacina. Foi uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da [vacina] Pfizer.”
Bolsonaro usa o argumento de que leu a bula e que não considerava o imunizante confiável, mesmo depois de a ciência comprovar que as vacinas diminuíram os efeitos mortais da Covid-19. O ex-presidente afirmou que a filha caçula, Laura Bolsonaro, se vacinou. Além da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Por meio de nota, a Polícia Federal informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.
“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.
“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou.
Ainda conforme a corporação, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.
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A REDAÇÃO
Goiás confirma 39 casos de malária; saiba como prevenir
Goiás soma 39 casos confirmados de malária somente neste ano. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), que pede atenção da população em relação à doença. De acordo com a pasta, foram 81 casos suspeitos notificados entre janeiro e maio, sendo que 42 foram descartados.
O médico generalista Lucas Martins explica que a população precisa estar atenta para prevenir a doença. "É importante deixar claro que a malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Porém, a doença pode evoluir para suas formas graves, podendo levar o paciente a óbito, se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada".
No último dia 17 de abril, o Governo de Goiás emitiu um alerta em relação a um caso de malária envolvendo uma paciente de Anápolis. O caso foi classificado como autóctone, que significa que a pessoa não viajou para fora do Estado. O único deslocamento realizado pela mulher foi a uma chácara em Aparecida de Goiânia, perto de onde já havia sido confirmado outro caso de malária, em fevereiro. Segundo a SES-GO, neste ano, apenas esses dois casos foram registrados como autóctones.
O que é malária?
A malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e potencialmente grave, causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. "Esses mosquitos são mais abundantes no entardecer e no amanhecer, além de todo o período noturno. Vale lembrar que não é uma doença contagiosa, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa", explica o médico.
Prevenção
Ainda de acordo com Lucas, medidas simples podem ajudar na prevenção da doença. "Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão o uso regular de repelentes, o uso de roupas que protegem as áreas do corpo, como, por exemplo, braços e pernas, além do uso de mosquiteiros sobre a cama e telas em portas e janelas. Eu gosto de reforçar o uso de repelentes porque hoje no mercado a população encontra o produto com facilidade, e é, sem dúvidas, uma das medidas mais eficazes. Infelizmente ainda não temos uma vacina contra malária no Brasil", afirma.
Sintomas
Febre alta, dor de cabeça, calafrios, tremores e sudorese são os sintomas mais comuns da doença. "Existem casos em que as pessoas antes de apresentarem esses sintomas sentem náuseas, falta de apetite, cansaço, convulsões, diarreia e dificuldade respiratória. As mulheres grávidas, crianças e pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a casos graves da doença, se não forem atendidas o mais rápido possível. Por isso, fica o alerta, o médico deve ser procurado o quanto antes", acrescenta Lucas.
Tratamento
De acordo com o médico, após a confirmação da doença no paciente, o tratamento é feito por meio do uso de comprimidos que são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Somente em casos graves é que o paciente deverá ser hospitalizado de imediato. O tratamento realizado de maneira certa e em tempo oportuno garante a cura da doença e a qualidade de vida do paciente", finaliza.
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O HOJE
STJ isenta laboratório de indenizar consumidora por dano grave
Por unanimidade, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) isentou o laboratório fabricante do analgésico Novalgina do dever de indenizar uma consumidora que desenvolveu doença grave após usar o produto. Segundo o colegiado, sendo provado que não houve defeito do medicamento e estando prevista na bula a possibilidade da reação adversa, não é cabível a responsabilização do fabricante. A relatora do recurso do laboratório no STJ, ministra Isabel Gallotti, observou que os medicamentos em geral são produtos que apresentam riscos intrínsecos, inerentes à sua própria utilização e decorrentes da finalidade a que se destinam (artigo 8º do CDC). A magistrada destacou que a ingestão de medicamentos tem potencial para provocar reações adversas, as quais, todavia, não configuram, por si sós, defeito do produto, desde que a potencialidade e a frequência desses efeitos nocivos estejam descritas na bula, em respeito ao dever de informação por parte do fabricante – exigência que, segundo a relatora, foi atendida pelo laboratório. “O registro na bula sobre a possibilidade de ocorrência dessas enfermidades, em casos isolados, como reação adversa da ingestão do medicamento, demonstra não apenas ter sido prestada de maneira adequada e suficiente a informação acerca da periculosidade do produto, mas, diante das peculiaridades do caso, que nada além disso poderia ser exigido do fabricante do remédio, porque estava fora do seu alcance a adoção de conduta diversa”, declarou.
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ESTADÃO
BTG negocia aquisição da Vita Hemoterapia, em parceria com Dasa
O BTG negocia a compra da Vita Hemoterapia, rede de ambulatórios especializada em banco de sangue e terapia celular, em parceria com a Dasa. O negócio envolve o aporte de até R$ 540 milhões a ser feito pelo BTG no Grupo Vita, controlador da Vita Hemoterapia e investida pela Crescera Capital, que foi criada pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
A Vita está presente em 10 Estados, com 12 unidades para doação de sangue, três de terapia celular e um laboratório. O BTG entrará como sócio e a Dasa garantirá a demanda pelos serviços prestados pela empresa, com contratos de longo prazo. A ideia seria montar o maior banco de sangue do Brasil, após a incorporação de outra rede da mesma área, com sede em São Paulo, como subsidiária da Vita Hemoterapia.
Na transação, o BTG disponibilizaria R$ 140 milhões ao Vita, por meio de um empréstimo-ponte, que se tornaria debêntures conversíveis em ações a serem transferidas para a Dasa, como pagamento do contrato para ter acesso à rede de clientes da empresa de saúde. O restante dos recursos entraria por meio de bônus de subscrição, um título de dívida que dá direito a ter ações da empresa. Nenhum acionista atual da Vita, que inclui a Crescera e o fundo FIP Biotec, da FIR Capital, deverá vender sua participação.
Negócio daria fôlego ao grupo Dasa
O negócio representaria um alívio à Dasa, que recentemente captou quase R$ 1,7 bilhão em uma emissão secundária de ações (follow-on). Nessa operação, o BTG entrou com R$ 500 milhões. O follow-on, porém, teve menos demanda do que a realizada pela concorrente Hapvida dias antes.
Procurados, o BTG e a Dasa disseram que não comentam rumores de mercado. Contatada por telefone e via fale conosco do site, a Vita não respondeu a pedido de entrevista até o fechamento desta reportagem.
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Artigo - A responsabilidade civil dos profissionais de saúde em casos de violência obstétrica
Conforme recente pesquisa realizada pelo Datafolha, em média 18,6 milhões de mulheres foram vítimas de alguma violência ou agressão em 2022 no Brasil. A pesquisa considerou dados sobre violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Além das citadas, outra forma de agressão é a violência obstétrica, que ocorre quando a mulher que está em período gestacional, durante o parto e/ou pós-parto, sofre algum tipo de abuso físico, sexual, psicológico ou moral. A violência obstétrica pode ser cometida por qualquer pessoa que realiza assistência à gestante ou puérpera: a equipe médica, equipe técnica de enfermagem, outros profissionais que realizam atendimentos neste período, ou até mesmo a própria rede hospitalar.
Entre as principais formas de agressão à gestante ou puérpera estão: a realização de episiotomia (incisão cirúrgica feita nos tecidos do períneo) desnecessária, sem anestesia, ou ainda sem consentimento; a realização de exames de toque de maneira excessiva, sem consentimento ou sem a devida informação dos atos a serem realizados; impedimento imotivado de contato imediato com o recém-nascido; impedimento de presença do acompanhante durante o parto; aplicação de pressão sobre a barriga da gestante para acelerar o parto, conhecida como manobra de Kristeller; exposição à situação vexatória, por meio de palavras de baixo calão, ofensas à gestante em virtude de cor, raça, gênero, orientação sexual, condição econômica e/ou religião, humilhação, dentre outras situações que possam causar constrangimento.
Destaca-se que, infelizmente, a violência obstétrica não é rara no Brasil. Não por outro motivo, a especialidade da medicina que mais possui processos por erro médico é justamente a ginecologia e obstetrícia. Ainda, vale ressaltar que todas as pessoas gestantes, inclusive homens transexuais, podem ser vítimas de violência obstétrica.
Nessas situações, havendo qualquer dano à vítima, ainda que exclusivamente moral, o Código Civil Brasileiro estabelece em seus artigos 186 e 927 que toda pessoa que causar dano a alguém, seja por ação ou omissão, será obrigada a repará-lo. Além disso, a própria Constituição Federal protege a dignidade como princípio fundamental inerente a todo e qualquer ser humano.
Através desta perspectiva, é evidente que as vítimas de violência obstétrica têm o direito de ser ressarcidas pelo abalo físico ou moral sofrido, se o caso.
Contudo, para que ocorra a responsabilização civil daquele que causar o dano (médicos e demais profissionais de saúde), é necessário que o abuso aconteça mediante ação ou omissão que gere um dano à vítima, competindo à esta o ônus da prova de existência da negligência, imprudência ou imperícia no ato do profissional.
Na esfera penal, não existe tipificação específica da violência obstétrica, portanto os agentes de saúde que cometem esse tipo de violência podem ser condenados por crimes como homicídio, lesão corporal, constrangimento ilegal, ameaça, maus-tratos, calúnia, injúria e difamação.
Apesar das possibilidade de reparação do dano por responsabilidade civil ou penal, o ordenamento jurídico brasileiro ainda está muito longe de alcançar a erradicação da violência à mulher, em todos os momentos de sua vida, inclusive em sua gestação, parto ou pós-parto.
Entretanto, os Poderes Público e Judiciário, por meio de políticas públicas e de responsabilização dos agressores, vêm buscando combater a violência à mulher. Destacam-se, por exemplo, ações realizadas ao longo dos anos que visam a diminuição dos casos de violência obstétrica, buscando garantir às gestantes e recém-nascidos um atendimento digno e humanizado, sendo algumas delas: a Lei do Acompanhante, nº 11.108, de 2005, que garante o direito da gestante de ter um acompanhante durante todo o trabalho de parto e pós-parto imediato no Sistema Único de Saúde (SUS); O direito à Humanização do parto, cujas diretrizes implantadas pelo Ministério da Saúde visam promover práticas que respeitem os direitos das mulheres e reduzam a ocorrência de violência obstétrica; O Programa de Valorização do Profissional da Atenção Obstétrica e Neonatal, que busca promover a formação e capacitação dos profissionais de saúde que atuam na assistência ao parto e ao nascimento, com foco na humanização do cuidado e na prevenção da violência obstétrica, dentre outras ações e campanhas de conscientização que objetivam informar as mulheres sobre seus direitos, sensibilizar a população sobre o tema e estimular denúncias de casos de violência obstétrica.
É importante ressaltar que estas são apenas algumas das políticas e iniciativas já existentes no Brasil. O Poder Público permanece em busca da diminuição do índice de violência obstétrica no país por meio de projetos de leis, como os de nº 2.082/2022 e 422/23, que visam a criminalização da violência obstétrica e seu enquadramento entre os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha, respectivamente.
Por fim, destaca-se que a responsabilidade civil dos profissionais de saúde desempenha um papel crucial na abordagem da violência obstétrica, oferecendo uma via de acesso à justiça e reparação para as vítimas que sofreram algum tipo de abuso durante a gestação, parto ou pós-parto, protegendo os direitos e a saúde das mulheres na sociedade.
*Beatriz Fernanda Tarda é advogada cível no Mandaliti
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DIÁRIO DE GOIÁS
Justiça aceita pedido do PT contra mudanças jurídicas no Ipasgo
O desembargador Alan Sebastião de Sena Conceição aceitou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) impetrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a pedido da bancada do partido na Assembleia Legislativa e da presidente em Goiás, Katia Maria, contra a mudança de regime jurídico do Ipasgo.
O magistrado determinou a citação do governador Ronaldo Caiado (UB), através do Procurador Geral do Estado, para apresentar defesa da presunção da constitucionalidade da legislação impugnada, conforme dispõe o § 3º do artigo 60 da Constituição Estadual.
Os parlamentares apontam que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) demonstrou que a mudança de regime do Ipasgo não é técnica, e que as políticas adotadas, se implementadas, irão prejudicar 600 mil servidores.
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Assessoria de Comunicação
Todo Paciente Importa: veja como foi a campanha no associado Hospital Santa Bárbara
Mais uma instituição associada à Ahpaceg aderiu à campanha “Todo Paciente Importa”. Estamos falando do Hospital Santa Bárbara, que promoveu uma palestra, nesta terça-feira, 2 de maio, para suas equipes de copeiras, lactaristas e técnicas de enfermagem a respeito da qualidade da nutrição oferecida aos pacientes.
A apresentação foi ministrada pela nutricionista Cristiane Scorza, da Danone Nutricia. Ela mostrou como incentivar a aceitação dos pacientes internados à alimentação proposta, o que reduz riscos de desnutrição e ainda melhora o processo de recuperação.
Os participantes também puderam degustar suplementos destinados à alimentação dos pacientes e saber mais sobre os benefícios de cada um dos produtos.
A Ahpaceg continuará incentivando a campanha, que é importante também para o monitoramento dos indicadores de terapia nutricional dos associados. Afinal, todo paciente importa.
CLIPPING 03/05/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil
Adolescente morre após tomar alta dose de remédio em desafio do TikTok
Hecad divulga cartilha com cuidados para evitar doenças respiratórias em crianças
5 tendências na Saúde do Trabalho: a jornada completa do cuidado de colaboradores
Saúde rescinde contrato com organização goiana que abriria 30 leitos em Sinop
A REDAÇÃO
Pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil
A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), aberta nesta terça-feira (2/5), alerta para o risco alto da volta da poliomielite ao Brasil. A doença, erradicada no país desde 1989, pode matar ou provocar sequelas motoras graves. Em um dos debates do dia, pesquisadores apontaram a baixa cobertura como principal motivo de preocupação com a paralisia infantil, como a doença também é conhecida. O evento é promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.
A presidente da Câmara Técnica de Poliomielite do Ministério da Saúde, Luiza Helena Falleiros, destacou o conjunto de fatores que levaram a esse cenário e disse que existe um risco evidente. “Com o processo de imigração constante, com baixas coberturas vacinais, a continuidade do uso da vacina oral, saneamento inadequado, grupos antivacinas e falta de vigilância ambiental, vamos ter o retorno da pólio. O que é uma tragédia anunciada”, afirmou.
Luiza Helena lembrou que sempre se diz que as vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. “Hoje ninguém mais viu um caso de pólio. Não se tem essa noção de risco enorme, mas ele existe. E não tem milagre, nem segredo. Tem que vacinar.”
A pesquisadora citou um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que aponta o Brasil como segundo país das Américas com maior risco de volta da poliomielite, atrás apenas do Haiti.
Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou a vigilância nas fronteiras. Há 30 anos, o continente estava livre de registros da doença.
Cobertura vacinal
Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus.
No simpósio de hoje, foram discutidos os motivos da chamada hesitação vacinal. José Cassio de Morais, assessor temporário da Organização Pan-Americana da Saúde, disse que a cobertura depende principalmente da confiança nas vacinas distribuídas pelo governo, de como administrar o medo da reação vacinal, da dificuldade de acesso aos postos, do nível de renda familiar e da escolaridade da população. Para melhorar o quadro atual, Morais defendeu mais investimento mais em campanhas e na informação de qualidade.
“É importante lembrar que a vacinação, além de uma proteção individual, é uma proteção coletiva. Vimos isso na questão da covid-19, em que muitas pessoas não quiseram se vacinar. E precisamos atentar para a questão da comunicação social. Temos uma avalanche de fake news a respeito das vacinas e que trazem muito dano para a população. Mas não temos quase notícias positivas a respeito da vacina. Tem tido muito pouca divulgação da campanha de vacinação contra influenza, por exemplo. Temos que melhorar isso, divulgar melhor os fatos positivos em relação à vacina”, afirmou o assessor da Opas.
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DIÁRIO DO ESTADO
Adolescente morre após tomar alta dose de remédio em desafio do TikTok
Menino participava de um viral da rede que influenciava jovens a tomar mais de 14 pírulas de um remédio antialérgicos
Um adolescente norte-americano de 13 anos morreu após tomar mais de 14 comprimidos de antialérgico, em Ohio, nos Estados Unidos (EUA). O menino estava participando de um desafio viral no TikTok chamado “Desafio Benadryl”, que incentiva pessoas a ingerirem o máximo possível de comprimidos.
O jovem Jacob Stevens estava acompanhado dos amigos no momento em que tomou os remédios. Logo em seguida, o corpo dele começou a contrair e o grupo filmou todo processo, que faz parte do desafio. O menino foi levado ao hospital, onde ficou internado por seis dias até os médicos declararem morte cerebral. A família optou por desligar os aparelhos que o mantinham em vida.
“Foi demais para o corpo dele. Sem varredura cerebral. Não havia nada lá. Ele disse que poderíamos mantê-lo no ventilador, poderíamos, você sabe. Ele poderia ficar deitado assim, mas nunca abriria os olhos. Ele nunca vai respirar sozinho, fazer qualquer coisa assim”, disse o pai, Justin Stevens.
Desafio Benadryl
O desafio viral do TikTok incentiva os internautas a ingerirem grandes quantidades do remédio Benadryl, nome comercial de medicamentos antialérgicos, para causar alucinações. Vídeos semelhantes circulam nas redes sociais desde 2020, que também causou a morte de uma adolescente de 15 anos de idade.
No funeral do adolescente, o pai tentou alertar os amigos do filho e conscientizá-los. “Eu apenas tentei dizer a eles para cuidarem uns dos outros e não convencerem seus amigos a fazer coisas assim”.
Agora, a família de Jacob luta por mudanças na legislação, para que medicamentos com venda, como do antialérgico, tenham restrições de idade na compra.
Com a repercussão dos casos, atualmente, o TikTok bloqueia as buscas pelo desafio com um alerta: “Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar”.
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Hecad divulga cartilha com cuidados para evitar doenças respiratórias em crianças
Orientações são fundamentais para os meses de outono e inverno, quando aumenta a circulação de vírus que causam Síndromes Respiratórias
Nesta terça-feira,02, Dia Mundial de Combate à Asma, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), unidade do Governo de Goiás, disponibiliza aos pais uma cartilha virtual com orientações para evitar doenças respiratórias em crianças e cuidados importantes com os pequenos acometidos pelas síndromes respiratórias mais comuns.
O documento, que pode ser acessado via QR Code e no link https://acesse.one/6vseb, traz ainda informações sobre quando procurar ajuda médica e diferenciações entre os tipos de doenças. Segundo a diretora-geral do Hecad, Mônica Costa, “a circulação de vírus que causam síndromes respiratórias é acentuada nos meses de outono e inverno e atualmente 66,9% das internações na UTI do hospital são de crianças com doenças respiratórias”, afirma a médica.
“Nosso intuito é alertar os pais com medidas simples para reduzir a propagação de vírus e o desenvolvimento de casos mais graves, além de ajudar os pais a trazer alívio para as crianças”, disse a diretora do Hecad.
O Dia Mundial de Combate à Asma foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma forma de conscientização da população sobre a doença e prevenir o agravamento dos sintomas.
Além dos cuidados para evitar doenças respiratórias, a vacinação contra a Influenza e Covid-19 também está disponível para crianças menores de 6 anos. A medida é fundamental para evitar casos graves das doenças neste período.
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MEDICINA S/A
5 tendências na Saúde do Trabalho: a jornada completa do cuidado de colaboradores
Desde o início da pandemia do Coronavírus em 2020, empresas tiveram que se adaptar e criar novos modelos de negócios, com auxílio de novas tecnologias, para manterem suas portas abertas. Embora a pandemia ainda não tenha acabado, é possível se esperar o melhor com o avanço das vacinações contra a Covid-19 e também a queda no número de infecções e mortes. Assim, um novo cenário começa a ser construído.
Neste ano, inovação continua sendo um grande foco, mas também a necessidade de aprimorar e investir em Saúde Ocupacional e Assistencial, de forma preventiva aos colaboradores e funcionários. É o que pensam os CEOs das startups 3778, HIHUB e dos hospitais A.C Camargo e HCor, que separaram as cinco tendências de Saúde do Trabalho.
1. Saúde Populacional 4.0
Para 2023, o papel do RH terá uma atuação mais proativa na gestão de colaboradores. Segundo Victor Piana Andrade, Médico e CEO do A.C. Camargo, as empresas “precisarão trazer o tema saúde para a agenda estratégica e não apenas a sinistralidade. Os responsáveis pela saúde nas empresas precisam se capacitar a gerir mais saúde, mais prevenção, mais coordenação de jornada, ligando estes dados à produtividade da empresa, para ganhar acesso a fóruns no C-level”.
Os CEOs também acreditam que será preciso navegar o colaborador por uma jornada completa de cuidado, começando desde a sua admissão, no seu primeiro contato com os serviços básicos de saúde ocupacional, até o fim da sua jornada na empresa. Para Guilherme Salgado, Médico e CEO da 3778, é preciso “cada vez mais levantar as necessidades de saúde dos colaboradores, utilizando dados e tecnologia, e direcionar de forma mais assertiva o paciente para um acompanhamento especializado, reduzindo gastos e burocracia”.
2. Saúde mais híbrida e digital
Apesar da rápida digitalização que passamos por conta da pandemia, o uso da saúde digital vem caindo nos últimos meses em função da pós-pandemia e da diminuição dos impactos gerados pela doença. Assim, 2023 será um ano de grandes avanços nesta integração, a fim de encontrar o ponto de equilíbrio.
Um dos grandes desafios para as empresas é entender qual o melhor cenário para o ecossistema de saúde do seu profissional. Será preciso “fazer com que os ambulatórios corporativos atuem além das barreiras físicas da empresa, conectando os colaboradores pelo celular, estendendo os serviços para seus familiares, gerando economia, reduzindo absenteísmo e afastamento dos colaboradores, com o menor impacto possível para empresa e operadoras de saúde”, comenta Salgado.
“Em termos de área da saúde, a gente começa a ver muito investimento em saúde mental, oncologia, cardiologia, diabetes, ou seja, muitos investimentos voltados para as terapias digitais em saúde. Essas soluções digitais atuam como coadjuvantes em tratamentos convencionais ou como, de fato em alguns casos, a própria terapia digital sendo um pivô para fazer gestão da saúde, em todos os mercados”, completa Fernando Cembranelli, Médico e CEO da Health Innova HUB – HIHUB.
3. Integração de Dados
Uma das maiores otimizações médicas que a tecnologia tem investido é a Integração de Dados dos pacientes e colaboradores com empresas e instituições de saúde. Esse investimento deve crescer ainda mais nos próximos meses. “As empresas vão ter que ampliar esses programas de forma mais assertiva e competente, em maior escala e definitivamente integrando as informações de saúde de todas as plataformas e prestadores por onde transitam as informações de cada colaborador. Assim, estas ações permitirão a predição de eventos mais graves de saúde e motivaram as ações de promoção e prevenção”, defende Fernando Torelly, Superintendente Corporativo do Hcor.
Com vários sistemas e organizações trabalhando os dados, até com auxílio de Inteligência Artificial, os atendimentos físicos, de saúde ou das empresas em geral, é possível mapear e acompanhar os processos clínicos do paciente.
4. Saúde Mental
A identificação prévia e uma gestão eficiente de doenças psicológicas devem estar entre os principais indicadores estratégicos das empresas em 2023. Para Andrade, CEO da A.C. Camargo, “é preciso entender o indivíduo e seu contexto social – não só o período em que o colaborador está na empresa. A produtividade do profissional depende também do ambiente em que ele está inserido. Assim, precisamos ajudá-lo a se enxergar nesse cenário e oferecer trilhas de cuidados para melhorar sua condição”.
“É como um risco adicional que as empresas têm que tomar cuidado”, comenta Cembranelli, CEO da HIHUB. Para ele, a saúde mental do colaborador está totalmente integrada com a Medicina do Trabalho e ações que promovam a gestão de saúde do colaborador e que possam, de alguma forma, afetar sua rotina e produtividade. Cembranelli também reforça o momento, ainda que híbrido, exige uma adoção do RH e de gestores responsáveis por uma saúde populacional eficaz e digital.
5. Sustentabilidade é Saúde
“Vimos surgir várias iniciativas digitais nos últimos anos, principalmente por conta da pandemia e dos avanços tecnológicos, mas poucas têm a visão de sustentabilidade. São poucas as empresas da área da saúde que estão se colocando neste cenário”, comenta Salgado, CEO da 3778. Para ele, o mercado de saúde não tem dinheiro para ser desperdiçado e, por isso, mostra-se ainda mais necessário que empresas olhem cada vez mais para a eficiência sustentável de suas operações.
“Gerar impacto, não é só juntar o físico com o digital, mas é preciso também integrar os serviços de saúde, transformando em benefício social para as empresas, colaboradores e a sociedade como um todo”, finaliza.
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DIÁRIO DE CUIABÁ
Saúde rescinde contrato com organização goiana que abriria 30 leitos em Sinop
Vencedora da licitação que previu a abertura de 30 leitos pediátricos no Hospital Regional de Sinop (503 km ao norte de Cuiabá), a Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI) não apresentou a documentação exigida em contrato para disponibilização dos leitos.
Diante do descumprimento, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) solicitou a rescisão do contrato e já trabalha em um novo processo licitatório para atender a demanda por leitos pediátricos na região.
O prazo para a entrega dos documentos chegou a ser estendido após orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), conforme a Ses-MT. Ainda assim, a prestadora não conseguiu honrar o compromisso estabelecido em contrato.
"Estendemos os prazos para que a empresa apresentasse a documentação necessária, porém não tivemos o retorno esperado e não podemos simplesmente ignorar as normas contratuais. Já estamos trabalhando em uma nova licitação para que, em breve, tenhamos esses 30 leitos funcionando dentro das condições ideais no Hospital Regional de Sinop", disse o secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo.
Dentre as muitas irregularidades constatadas na apresentação dos documentos por parte da OGTI, está a ausência de escalas setorizadas para a unidade de terapia intensiva, a unidade de cuidados intensivos e a enfermaria, além da ausência das escalas por especialidades e de responsáveis técnicos.
Também não foi apresentada Declaração de Escala Mensal de Trabalho e a documentação comprobatória do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
"Seria uma irresponsabilidade enorme permitir que essa empresa colocasse os leitos em funcionamento sem a regularização de pontos essenciais para o funcionamento de uma UTI. Iremos licitar novamente o serviço para que seja possível a oferta de um atendimento de excelência, como a população merece", disse.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 29/04 A 02/05/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Por que cursos de Medicina são 'galinha dos ovos de ouro' das faculdades e causam guerra na Justiça?
Conselho Federal de Medicina proibe uso do ‘chip da beleza’: especialista aponto malefícios na proibição
Câncer de esôfago: Tumor silencioso tem sua incidência aumentada na população diante do uso excessivo do álcool e tabaco
Hospital do Governo de Goiás é referência em cuidados prolongados
Estudo mapeia contágio hospitalar nas primeiras mortes de Covid-19 em BH
Fake news das vacinas: pesquisa analisa nova onda de desinformação sobre imunizantes nas redes sociais
Salário mínimo de R$ 1.320 entra em vigor nesta segunda-feira, 1º
O ESTADÃO
Por que cursos de Medicina são 'galinha dos ovos de ouro' das faculdades e causam guerra na Justiça?
Com a expansão de vagas de Medicina nos últimos anos, graduações para formar novos médicos viraram a "galinha dos ovos de ouro" das faculdades e causam racha no setor. Diante de centenas de pedidos de abertura de cursos por liminar, associações do ensino superior privado protagonizam briga no Judiciário por defenderem critérios distintos para liberar mais escolas médicas.
Paralelamente, grandes e pequenos grupos empresariais investem cada vez mais na educação médica de olho no mercado bilionário e que se destaca pelo elevado retorno e baixa evasão. Já especialistas e entidades médicas veem risco de a rapidez na criação de novos cursos resultar na formação precária, com oferta de vagas em locais sem estrutura mínima ou avaliação correta das condições de ensino.
O estudo Demografia Médica, conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e Associação Médica Brasileira (AMB), estima que uma única vaga em Medicina represente ativo de R$ 2 milhões para a instituição.
E a receita potencial das graduações privadas no País é de R$ 20,9 bilhões em 2022, considerando a ocupação de todas as vagas ao longo dos seis anos do curso. Isso representa incremento de quatro vezes na cifra de 20 anos atrás (R$ 5 bilhões), em valores atualizados.
As vagas dobraram em dez anos: de 20.570 em 2013 para 41.805 no ano passado, segundo o estudo da USP feito com base em dados do Ministério da Educação (MEC). Aproximadamente 90% das vagas da última década foram abertas no setor privado, com incentivo primeiro da Lei do Mais Médicos, de 2013, e depois por uma chuva de liminares, que permitiu abrir escolas mesmo durante a moratória do governo federal que proibiu novos cursos por cinco anos - e que terminou no último dia 5 de abril.
As instituições autoras dos pedidos judiciais alegam que tanto a lei do Mais Médicos, ao condicionar a abertura de cursos a critérios e localidades definidos pelo MEC, quanto a moratória ferem o princípio da liberdade econômica.
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Graças às ações judiciais, 6 mil vagas foram abertas nos cinco anos de veto e, segundo o MEC, há pelo menos 225 pedidos tramitando na Justiça para abrir cursos, o que representaria mais 20 mil vagas.
"O fato de Medicina ter a mensalidade mais cara entre as graduações e de ser um dos cursos com menor evasão a transformou na galinha dos ovos de ouro das instituições de ensino. Há intenso movimento de aquisições de faculdades pequenas por grandes grupos educacionais", diz Mario Scheffer, professor da USP e coordenador do estudo Demografia Médica.
O valor médio da mensalidade em Medicina é de R$ 9 mil, segundo levantamento feito pelos pesquisadores. Já a evasão é menor que 7%, enquanto chega a 30% nas demais graduações, segundo dados do Semesp, entidade que representa instituições particulares.
Grupos apostam em aquisições e criam unidades de negócio exclusivas
Líder em número de cursos de Medicina no Brasil, a Afya administra 3.163 vagas, em 30 escolas, distribuídas em 14 Estados. Fundada no Tocantins no fim da década de 1990, com o nome NRE, a empresa cresceu principalmente por meio de aquisições de faculdades menores, sobretudo no interior.
Em 2019, abriu capital na bolsa de valores Nasdaq (EUA), e, nos três últimos anos, investiu mais de R$ 3 bilhões na compra de dez faculdades de Medicina - e tem meta de abrir 200 novas vagas por ano até 2028.
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"A expansão foi feita via aquisição, mas uma aquisição de centros universitários que tinham histórico de qualidade. Hoje, estrutura física, metodologia e matriz curricular seguem o mesmo padrão em todos os nossos cursos, independentemente se está no interior do Amazonas ou no Rio", diz Flávio Carvalho, vice-presidente de operações da Afya, ao ser questionado se a rápida expansão poderia prejudicar a qualidade. No ano passado, a companhia registrou R$ 535 milhões de lucro líquido, alta de 21% ante 2021. A receita dos cursos de Medicina rerpresenta 70% do faturamento do grupo.
O grupo Yduqs, dono de redes como Estácio e Ibmec, quadruplicou o número de cursos de Medicina sob sua gestão nos últimos dez anos, apostando em aquisições, como a dos grupos Adtalem e Athenas, e na abertura de vagas por meio dos chamamentos públicos do Mais Médicos, pelos quais o MEC define os municípios que podem ter novos cursos.
Desde 2014, a Yduqs passou de 4 para 17 cursos, totalizando hoje 1.586 vagas e pouco mais de 8 mil alunos na área. Embora esses sejam só 1% do total de estudantes de graduação do grupo, a receita com cursos médicos já é 20% do faturamento, segundo dados de 2022.
O grupo criou, em 2021, o Idomed, vertical focada em educação médica. "Nossa primeira escola de Medicina foi aberta há 26 anos, mas esse campo cresce em relevância ano a ano no grupo, com a criação de um ecossistema de educação médica, não só com graduação, mas com pós, residência, educação continuada", diz Silvio Pessanha Neto, vice-presidente da Yduqs e CEO do Idomed. A receita líquida da vertical de ensino médico cresceu 34% entre 2021 e o ano passado, ante 4% de alta na receita total do grupo.
A Ânima Educação é outra gigante educacional que criou uma unidade de negócio para focar em educação médica. Em 2021, levantou R$ 1 bilhão com o fundo DNA Capital (ligado à família Bueno, da Dasa) e, em março de 2022, efetivou a criação da Inspirali, reunindo as vagas de Medicina sob sua gestão. O último relatório de resultados informa 10 mil alunos nos seis anos de graduação dos cursos.
No processo de expansão, a Ânima comprou os ativos de duas instituições com cursos na área: o grupo Laureate, em 2021, e o Centro Universitário Ages (UniAges), em 2019. A receita líquida da Inspirali aumentou 56% no ano passado em comparação com 2021. Nas demais graduações oferecidas pelo grupo, a alta foi de 22%.
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O grupo Cogna também estabeleceu em 2021 sua vertical para cursos de Medicina, a KrotonMed, que tem sete escolas médicas com 580 vagas. O grupo Ser Educacional é outro que apostou em aquisições, especialmente no Norte e Nordeste, para ampliar vagas, chegando a 653.
Divergência sobre critérios para abrir cursos opõem entidades nos tribunais
O setor vive um racha, com disputa que foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). A lei dos Mais Médicos impõe restrições à abertura de vagas, mas tem apoio da Associação Nacional de Universidades Particulares (Anup), que em junho moveu Ação Direta de Constitucionalidade no Supremo defendendo que a criação de cursos esteja, sim, condicionada aos chamamentos públicos do MEC. As instituições que questionam a regra estão obtendo decisões favoráveis na primeira instância, com juízes liberando a abertura de cursos sem os mesmos critérios dos editais do Mais Médicos.
A ação judicial é necessária para pôr fim ao "mercado de liminares", diz a presidente da entidade, Elizabeth Guedes. "O curso de Medicina, por usar a estrutura do SUS para formação, deve obedecer a uma política pública de distribuição de vagas que beneficie a população desassistida, por isso veio a lei do Mais Médicos. Com as liminares, são abertos cursos em qualquer localidade, mesmo sem necessidade de mais vagas ou estrutura adequada."
Para ela, a autorização pela via judicial tira o poder de regulação do MEC e cria distorção. "São dois regimes de concessão de cursos. Um que tem uma política que atrela a abertura de cursos à expansão do SUS, e outro que é só uma atividade econômica", diz.
Embora apoiada no pleito por grandes grupos educacionais associados, como Afya e Yduqs, a Anup sofre oposição de entidades do mesmo setor, como a Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades (Abrafi), a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) e o Colégio de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), que ingressou no Supremo com ação pedindo justamente o contrário. Ou seja, querem que seja declarado inválido o artigo da lei do Mais Médicos que condiciona as novas vagas aos chamamentos do MEC.
Em nota, o Crub diz que o dispositivo da lei "favorece grandes grupos econômicos educacionais em prejuízo de associações, fundações e empresas educacionais de médio e pequeno porte". Para a entidade, esses grupos apoiam a lei para "evitar que outras entidades possam disputar mercado".
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Para Celso Niskier, diretor-presidente da Abmes, as duas modalidades devem existir, tanto as vagas no interior fomentadas pelo Mais Médicos quanto "os projetos de excelência" nos grandes centros. "Consideramos que a fixação dos profissionais em locais com escassez de médicos não se dá apenas com a criação de escolas de Medicina, mas também pela oferta de condições de trabalho e de estímulos para manutenção deles nessas localidades. Independente do meio de autorização usado pelo MEC, os critérios de avaliação devem ser os mesmos para preservar a qualidade de ensino."
Presidente da Ser Educacional, grupo que apoia a posição do Crub, Abmes e Abrafi, Jânyo Diniz também defende a coexistência dos dois modelos.
Os que defendem a abertura só por meio do Mais Médicos afirmam que as regras previstas nos chamamentos são importantes, pois exigem que a instituição de ensino garanta estrutura adequada para a formação de qualidade.
"Nessas liminares, as instituições pedem que a abertura de cursos seja analisada pela portaria 20 do MEC, que regula todos os cursos de graduação, que não têm a mesma necessidade de campo de prática que a Medicina. Isso não faz sentido", diz Pessanha Neto, da Yduqs. Ele afirma que há casos de liminares em que o juiz autorizou curso de Medicina sem realização de vistoria prévia do MEC no local.
Segundo Elizabeth, da Anup, a chuva de liminares criou um mercado paralelo, em que consultores ou pequenas instituições ingressam na Justiça para obter autorização e, antes mesmo de abrir o vestibular, vendem essa autorização para grupos educacionais. "São especuladores, atravessadores. Isso desorganiza a oferta e desequilibra o mercado", diz. As ações da Anup e do Crub estão sob apreciação do ministro Gilmar Mendes, mas ainda não há data prevista para julgamento.
Questionado pelo Estadão sobre os pedidos de liminares, o Ministério da Educação afirmou que os processos judiciais "continuam tramitando no MEC segundo as exigências do padrão regulatório e em observância à lei do Mais Médicos".
Portaria do MEC do início de abril indica que será mantida a regra de abertura de cursos por chamamentos públicos conforme a lei do Mais Médicos, privilegiando municípios com escassez de profissionais e que tenham estrutura adequada para receber a graduação. Os critérios para os chamamentos, diz o MEC, estão sendo discutidos por comissão interministerial e devem ser divulgados até agosto.
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O HOJE
Conselho Federal de Medicina proibe uso do ‘chip da beleza’: especialista aponto malefícios na proibição
Chip da beleza acabou sendo proibido após o uso exacerbado por parte dos atletas e adeptos de musculação
O ‘Chip da beleza’ passou a ser muito utilizado por mulheres em razão de seus benefícios. Ao oferecer rapidamente ganho de massa muscular, diminuição de celulite, aumento da disposição e da libido, muitos atletas e adeptos de musculação, começaram a utilizar o medicamento de forma exacerbada. Para conter o consumo indevido, o Conselho Federal de Medicina (CRF) proibiu o consumo popular e estabeleceu a utilização legal apenas para o tratamento de doenças, disfunções hormonais ou processos de transição de gênero.
As motivações para o CRM fazer a proibição do “chip da beleza” envolvem o seu uso indiscriminado, a falta de esclarecimentos sobre seus efeitos colaterais, a propaganda antiética, a falta de protocolos consistentes comprovando doses de segurança, segundo a resolução publicada em neste terça-feira 11 de abril.
Mesmo com a proibição, a cirurgiã plástica Renata Magalhães acredita que, apesar da autorização legal, o medicamento possivelmente continuará sendo utilizado. “Como cirurgiã plástica, recebo em meu consultório muitas mulheres que usam terapias hormonais. Quando questiono os motivos e os efeitos, a maioria diz que o uso dos hormônios melhorou sua vida. Por isso, acredito que elas não abrirão mão deles e, mesmo que os médicos não prescrevam, outros profissionais o farão”, diz.
Segundo a especialista, o problema é mais que estético, e pode se tornar um problema emocional. “Eu acredito que exista a necessidade de uma discussão mais ampla sobre o tema, com diretrizes para que os médicos possam trabalhar de forma a fazer o melhor para os seus pacientes. Com a população já acostumada aos benefícios, a simples proibição somente irá fomentar o mercado negro. Pessoas que poderiam se beneficiar destes tratamentos, desde que feitos a devida segurança e informações ao paciente, deixarão de ser atendidas pelos profissionais éticos e qualificados e certamente irão procurar quem prescreva de forma irregular.”
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Câncer de esôfago: Tumor silencioso tem sua incidência aumentada na população diante do uso excessivo do álcool e tabaco
Médico Manoel Antônio explica que existem dois subtipos da doença: Carcinoma Epidermoide escamoso e o Adenocarcinoma
Órgão que faz parte do sistema digestório e conecta a cavidade oral ao estômago, o esôfago tem papel fundamental na condução dos líquidos e alimentos para o organismo. O cuidado com a saúde desta parte do corpo está diretamente ligado a manutenção de hábitos de vida saudáveis, essenciais também à prevenção do câncer de esôfago. De alta incidência nos homens, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 10 mil casos da doença no Brasil, destes, 8.200 em homens.
Nunca se falou tanto em saúde e nas formas de cuidado com o corpo e com a mente. Com o aumento da incidência de cânceres pelo mundo, a pauta tem ganhado destaque. O cirurgião oncológico Manoel Antônio Ramos, explica que existem dois subtipos da doença no esôfago comuns: Carcinoma Epidermoide escamoso e o Adenocarcinoma. Enquanto o primeiro incide no terço superior e médio do esôfago e está diretamente ligado ao tabagismo, o segundo ocorre no terço inferior, na transição com o estômago e está relacionado ao refluxo e a obesidade.
O médico observa que o cigarro convencional tem ligação direta com o subtipo Carcinoma Epidermoide, responsável por 90% dos casos e alerta para novas substâncias no mercado que futuramente podem se tornar fatores de risco, principalmente para a população jovem. “Apesar de ainda não termos estudos relacionados ao uso do cigarro eletrônico com o surgimento do câncer de esôfago, pelos dispositivos terem se popularizado recentemente, a sua utilização deve ser evitada, principalmente em função dos tipos de substâncias presentes neles”.
Manoel Antônio faz alguns alertas, o primeiro sobre os sinais que se apresenta na alimentação. Nas fases iniciais o câncer de esôfago é silencioso, os sintomas vão ocorrer conforme a progressão da doença. Em fase avançada, o principal sintoma é a dificuldade em engolir, causando a sensação de ‘entalamento’. O cirurgião oncológico explica que o paciente começa a utilizar líquidos para auxiliar na condução da comida na hora da alimentação, e com a mudança na alimentação, ocorre a desnutrição em função da perda de peso.
“O paciente passa a se alimentar com comidas mais líquidas e pastosas e muitas vezes sem perceber, muda seu hábito alimentar. É comum chegar nos consultórios pessoas com o esôfago quase fechado em função do tumor e com perda entre 20% e 25% do peso corporal. Nesses casos, para que ele possa se alimentar, durante o tratamento, é necessário fazer a passagem da sonda diretamente no jejuno, localizado no intestino delgado, já que a via oral está obstruída”, explica o profissional.
Em diagnósticos precoces, no estágio I da doença, o tratamento indicado é a ressecção endoscópica da mucosa ou a esofagectomia, cirurgia para remoção da área da lesão, a depender da localização do tumor. Para que o paciente possa continuar se alimentando, o esôfago pode ser reconstruído com tecidos de outros órgãos, como o do próprio estômago. Já para casos avançados, o tratamento pode incluir modalidades combinadas, como a quimioterapia e a radioterapia.
Há casos em que é necessário diminuir o tamanho da lesão, antes de intervir cirurgicamente, geralmente, pacientes em estágios II e III da doença. “Para este tipo de tumor é essencial o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Além do oncologista clínico, o cirurgião oncológico, o nutricionista e o rádio-oncologista são alguns dos profissionais que auxiliarão no tratamento. O objetivo em comum é o mesmo, que o tratamento seja bem-sucedido, amenizando os efeitos colaterais e garantindo a qualidade de vida do paciente”.
O profissional ainda lembra que a irritação crônica do esôfago também pode contribuir para o surgimento de tumores. O cuidado para este fator de risco está diretamente ligado a identificação e acompanhamento de doenças digestivas, como o refluxo gastroesofágico e o esôfago de Barret. “Seguir uma dieta balanceada, rica em fibras, manter o peso, evitar o cigarro e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, também estão no rol de hábitos de vida saudável e de prevenção ao câncer de esôfago”, finaliza o cirurgião oncológico Manoel Antônio Ramos.
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A REDAÇÃO
Hospital do Governo de Goiás é referência em cuidados prolongados
O Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS), unidade do Governo de Goiás, é uma instituição que presta atendimento ambulatorial e hospitalar de média complexidade com objetivo de prestar assistência gratuita aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo referência em cuidados prolongados e no tratamento de feridas crônicas para a região Metropolitana de Goiânia e todo o estado.
Rumo à expansão, a unidade, além de excelência no atendimento ao idoso, tornou-se também referência em cuidados paliativos com a implantação da Unidade de Cuidados Prolongados. Composta por 15 leitos individuais e equipe especializada, os pacientes internados contam com o cuidado individualizado e humanizado 24 horas por dia. Além disso, possui mais de 40 mil metros quadrados de área verde, um diferencial em prol da recuperação de seus pacientes.
A Unidade de Cuidados Prolongados é voltada para pacientes estáveis, cujas patologias sejam crônicas e/ou em cuidados paliativos que necessitem de atendimento hospitalar ou pacientes que precisem de cuidados de transição para a desospitalização segura para retorno às suas respectivas residências.
Outro serviço de destaque na unidade é o Ambulatório de Feridas Crônicas. O HDS é o único do Estado de Goiás que oferece atendimento especializado pelo SUS no tratamento desse tipo de lesão. Com uma equipe altamente capacitada, em funcionamento todos os dias, inclusive feriados, o serviço atende diariamente, em média, 48 pacientes, das 7h às 19h.
A unidade teve sua fundação em 1943, sendo denominado, na época, Leprosário Colônia Santa Marta. Em consequência da nova política de atenção às pessoas com hanseníase, e de diretrizes nacionais de desospitalização para estes pacientes, em 1983 foi transformado em Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS Santa Marta).
A unidade conta com equipe multiprofissional nas áreas de nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, farmacêutica (farmácia clínica), psicologia, terapia ocupacional, assistência social e arteterapia.
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MEDICINA S/A
Estudo mapeia contágio hospitalar nas primeiras mortes de Covid-19 em BH
Um estudo desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) analisou as primeiras 100 mortes ocorridas em decorrência da Covid-19 na região metropolitana de Belo Horizonte. Chamou a atenção dos pesquisadores que quase um quarto delas pode estar associado a uma transmissão intra-hospitalar do coronavírus causador da doença. Foram examinados os prontuários de 19 hospitais das redes pública e particular. É o primeiro estudo regional detalhado no Brasil das mortes iniciais da pandemia de Covid-19.
A transmissão intra-hospitalar ocorre quando o paciente entra no hospital para tratar de outra condição de saúde e é infectado durante a internação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define alguns critérios para o enquadramento desse tipo de contágio.
É o caso da pessoa que dá entrada no hospital sem uma infecção por Covid-19 e, depois de sete dias, manifesta sintomas, com um elo epidemiológico de transmissão. Ela pode ter ficado ao lado de uma pessoa que tinha Covid-19. Se não houver esse elo de transmissão certo, deve-se considerar o intervalo de 14 dias. Se ela começa com sintomas de Covid-19 depois de 14 dias internada, então é considerada infecção hospitalar, explica a infectologista Karina Napoles, que coordenou a pesquisa e reuniu os resultados em sua dissertação de mestrado defendida no ano passado.
Além de 14 casos que se enquadraram nos critérios da Anvisa, a pesquisa listou como possível infecção hospitalar as demais ocorrências em que o paciente deu entrada no hospital com outro diagnóstico e apresentou sintomas de Covid-19 pelo menos dois dias depois. Como o período de incubação do coronavírus varia de 1 a 14 dias, a pessoa pode pegar e manifestar sintomas dali a dois dias, justifica Karina. As primeiras 100 mortes em Belo Horizonte ocorreram entre 30 de março e 19 de junho de 2020. Segundo o mapeamento, houve ao todo 24 casos em que o contágio pode ter ocorrido em ambiente hospitalar.
Os resultados do estudo foram recentemente encaminhados em artigo para a Revista Médica de Minas Gerais e os pesquisadores acreditam que eles podem contribuir para melhores práticas na gestão da saúde. De acordo com Karina, a transmissão hospitalar foi pouco detectada no início da pandemia.
Achava-se que a Covid-19 ia chegar com os sintomas bem manifestados. Eu observei que em um determinado hospital que registrou diversos casos de transmissão, por exemplo, houve a tomografia de um paciente idoso que demorou a ser checada. Os médicos trocam de turno, fazem plantões de rodízio. E nisso demorou a análise e o diagnóstico de Covid-19. Não é que houve uma negligência, mas se pensava pouco na possibilidade de ser Covid-19 naquele início de pandemia. O idoso tinha poucos sintomas específicos de Covid-19 e nós ainda não estávamos habituados a esses casos.
Segundo ela, com o alto risco de transmissão hospitalar, a análise da tomografia precisaria ter ocorrido de forma mais célere. A pesquisadora também considera que pacientes que tinham diagnóstico confirmado de Covid-19 não deveriam ter dividido o mesmo espaço com aqueles que tinham apenas suspeita. A separação dos leitos seria uma medida sanitária fundamental.
Não pode misturar nem os suspeitos, porque um suspeito pode ser positivo e o outro ser negativo. E aí acaba transmitindo. Sabemos que, muitas vezes, o hospital não tem estrutura, não tem condição. Mas o principal desafio, a meu ver, é esse: garantir a divisão de leitos.
A pesquisa também traçou o perfil das vítimas. Foram 47 homens e 53 mulheres. No recorte por idade, 71 tinham mais de 60 anos. Além disso, 57 eram pardos ou pretos. Em média, as mortes ocorreram 15 dias depois do início dos sintomas. A análise também mostrou que a hipertensão estava presente em 47 pacientes e diabetes, em 32.
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ÉPOCA
Fake news das vacinas: pesquisa analisa nova onda de desinformação sobre imunizantes nas redes sociais
Divulgadas de forma generalizada durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, as fake news relacionadas às vacinas voltaram a ser produzidas e disseminadas nas redes no final de fevereiro deste ano. A nova onda de desinformação teve como alvo a versão bivalente do imunizante, que começou a ser distribuída pelo SUS em 27 de fevereiro deste ano, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sendo vacinado como parte do Movimento Nacional pela Vacinação. A data marcou o pico da ocorrência das postagens com informações falsas.
A circulação desse material foi monitorada por pesquisadores do Netlab - Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre os dias 26 de fevereiro e 21 de março, os estudiosos utilizaram tecnologias de extração de dados e combinaram machine learning com análise manual de especialistas para avaliar o conteúdo. Dessa maneira, conseguiram detectar as narrativas mais frequentes e o volume de publicação delas em cada plataforma. Os resultados foram publicados no relatório "A volta da desinformação sobre vacinas".
Carlos Eduardo Barros, um dos pesquisadores responsáveis, explica que a amostragem foi ponderada a partir de um recorte em que ainda não aparece o número total de publicações, que podem estar ocultas em alguns tipos de mídias sociais. "O conteúdo analisado inclui o máximo de publicações falsas coletáveis - já que muitas podem estar fora do radar devido à falta de transparência das plataformas -, e o mínimo de falsos positivos - aquelas publicações que falam sobre o tema de forma parecida com a abordagem falsa, mas podem ser, por exemplo, denúncias da mentira".
O Twitter foi o destaque no volume de mensagens compartilhadas. No período analisado, foram 323,2 mil tuítes com conteúdo conspiratório sobre as vacinas. Pouco mais de 50 mil destes foram publicados só no dia do lançamento da campanha de vacinação. O mesmo ocorreu com o Facebook, com 20,8 mil publicações identificadas, a maior parte delas também no dia 27 de fevereiro.
Já os aplicativos de mensagens apresentaram outro padrão de disseminação de fake news. Apesar do volume menor de mensagens - 6,7 mil via WhatsApp e 5,1 mil no Telegram -, os compartilhamentos se mantiveram constantes ao longo de todo o período observado. Segundo o relatório, os conteúdos que circularam no WhatsApp negavam a eficácia das vacinas com base em falsos estudos internacionais, além de afirmar que os imunizantes causariam infarto e mortalidade infantil. Já no Telegram, certificados de vacinação falsos e teorias sobre a vacina como plano de controle populacional davam o tom.
De acordo com os pesquisadores do Netlab, que é coordenado pela professora da Escola de Comunicação da UFRJ Rose Marie Santini, a existência de grupos privados nessas plataformas faz com que o conteúdo seja ainda mais nocivo. "Aplicativos de mensagens como esses são considerados espaços 'obscuros', justamente porque foram criados para conversas pessoais e privadas. Por inúmeros motivos, hoje são utilizados de muitas outras formas, inclusive como fontes de informações noticiosas - e frequentemente falsas".
Narrativas mais abordadas
A nova onda de fake news não apresentou narrativas novas relevantes, explicam os coordenadores do Netlab. As mensagens de maior repercussão estão ancoradas em teorias conspiratórias antigas. Entre elas estão: atribuir às vacinas contra a covid-19 a culpa pelas mortes de artistas; declarar uma suposta composição nociva dos imunizantes; afirmar que existe um acordo entre a imprensa e as big techs para esconder os efeitos colaterais. Os conteúdos ganham credibilidade popular à medida que contam também com um fator psicológico, que tende a sustentar as conspirações como verdade, dizem os cientistas.
"É duro admitir que fomos enganados, principalmente quando isso influenciou escolhas pessoais que geraram, no caso das vacinas, perdas irreversíveis para muitos brasileiros. A desinformação repetida se beneficia dessa dificuldade, ao mesmo tempo que leva pessoas a romperem vínculos sociais importantes e os preenche com comunidades extremistas", diz Rose Marie.
A vacinação pública do presidente Lula, em 27 de fevereiro, marcou o novo pico de disseminação de fake news sobre imunizantes - Foto: Ricardo Stuckert | Ministério da Saúde
As motivações para a disseminação desses conteúdos são diversas. No entanto, a dimensão política chama a atenção. A relação entre a vacinação de Lula e o pico de compartilhamento de mensagens falsas nas redes sociais é utilizada por grupos para engajar e dar visibilidade a muitas narrativas que foram amplamente politizadas nos anos anteriores, mas já haviam sido refutadas e perdido espaço no debate público. Tal metodologia tem dois efeitos que interessam a quem espalha a desinformação: fazer crer que fatos objetivos a respeito da vacina são uma questão de opinião política e afastar a população das fontes de credibilidade.
"Essa é uma estratégia clássica da desinformação sobre ciência, que se aproveita da dificuldade de compreensão em temas muito técnicos para promover argumentos sem base científica que interessam apenas a certos setores políticos ou econômicos", pontua o estudo.
Indústria da desinformação
As notícias falsas não são disseminadas de maneira aleatória. A chamada indústria da desinformação é lucrativa e envolve também nomes de influência no universo digital, que ajudam a espalhar com facilidade as postagens e a dar crédito ao conteúdo. Durante a CPI da Covid, iniciada em 2021, o Google forneceu uma lista de vídeos que foram retirados do YouTube por exibirem fake news relacionadas ao novo coronavírus. O conteúdo teria rendido aos perfis mais de R$ 230 mil. "A desinformação online se constituiu como um modelo de propaganda, envolvendo direta ou indiretamente diversos setores de mercado de comunicação, assim como muitas figuras públicas que buscam visibilidade para suas pautas", explicam os pesquisadores.
No Brasil, o tema está no centro do debate atual, com o projeto de lei 2630/20, conhecido como Lei das Fake News, que determina medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais. O documento, apresentado pelo deputado Alessandro Vieira (Cidadania), deve ser votado nesta terça-feira (2), em caráter de urgência. O grupo de cientistas da Netlab também tem apresentado as discussões sobre o tema nos veículos de comunicação.
"Avançar nessa pauta é urgente não só para o mercado, mas para a soberania do país. Defendemos que o ponto central do debate deve ser a transparência das plataformas. Sem que a sociedade brasileira tenha acesso a dados de qualidade sobre o que circula nessas redes, todos os outros objetivos do PL podem ficar comprometidos", defendem os pesquisadores da UFRJ.
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DIÁRIO DO ESTADO
Salário mínimo de R$ 1.320 entra em vigor nesta segunda-feira, 1º
Valor era previsto no Orçamento, mas gastos do INSS atrasaram reajuste
A partir desta segunda-feira (1º), o trabalhador que recebe salário mínimo tem o segundo reajuste do ano. A remuneração mensal passou de R$ 1.302 para R$ 1.320. A medida provisória com o aumento foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
O valor de R$ 1.320 originalmente estava previsto no Orçamento Geral da União de 2023. No entanto, foi adiado em quatro meses porque o salário mínimo neste valor não permitiria pagar os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante todo o ano.
O aumento para R$ 1.320 ficou em discussão porque os R$ 6,8 bilhões destinados pela Emenda Constitucional da Transição se mostraram insuficientes para bancar o aumento dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atrelados ao salário mínimo. Isso porque a forte concessão de aposentadorias e pensões no segundo semestre do ano passado criou impacto maior que o estimado para os gastos do INSS neste ano.
De acordo com o Ministério da Fazenda, além dos R$ 6,8 bilhões, o governo precisaria de R$ 7,7 bilhões para bancar o aumento do salário mínimo para R$ 1.320 ainda em janeiro. Inicialmente, a equipe econômica queria adiar o reajuste para 2024, mas o governo conseguiu encontrar recursos para o novo aumento do mínimo. O dinheiro veio do recadastramento do Bolsa Família, que eliminou 1,2 milhão de beneficiários em situação irregular apenas em abril.
“O relator [do Orçamento], depois que o projeto foi encaminhado ao governo federal, reforçou o orçamento do Ministério da Previdência em R$ 6,8 bilhões. Só que esse recurso foi consumido pelo andar da fila do INSS [redução da fila de pedidos]. A partir do início do processo eleitoral, a fila começou a andar”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em janeiro.
Segundo o ministro, a aceleração da inclusão de aposentadorias e pensões consumiu os R$ 6,8 bilhões. “Pedimos para a Previdência refazer os cálculos, para repassar na mesa de negociação que será aberta com os sindicatos. O presidente cumpre a palavra este mês e cumprirá a palavra este ano [sobre a valorização do salário mínimo acima da inflação]”, acrescentou o ministro na ocasião.
Projeto
Após os dois reajustes deste ano, um em janeiro e outro agora em maio, o governo busca discutir uma política de valorização permanente do salário mínimo a partir de 2024. Na última sexta-feira (28), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, informou que o governo em breve enviará um projeto de lei que retoma a fórmula que vigorou de 2012 até 2019.
Pela política anterior, o salário mínimo era corrigido pela inflação do ano anterior, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Caso o PIB encolha, haverá apenas a reposição pela inflação. O Ministério da Fazenda defendia outra fórmula, que incluiria a variação do PIB per capita e teria impacto menor no Orçamento, mas foi vencido.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 28/04/23
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DESTAQUES
Cremego repudia o uso do termo “violência obstétrica”
Hospitais privados dizem que não vão pagar novo piso da enfermagem
Goiás registra mais uma morte por gripe Influenza
Material radioativo é encontrado no Instituto de Química da UFG
Cade aprova, sem restrições, compra da SulAmérica pela Rede D'Or
Artigo - Como a 'saúde phygital' agrega valor ao cuidado e aos negócios
Panorama das Clínicas e Hospitais
Governo Lula prepara mudanças no Farmácia Popular
Usuários de remédio para emagrecer reclamam de queda de cabelo como efeito colateral
Jovem de 18 anos com síndrome rara morre dias após ter diagnóstico de ‘ansiedade exacerbada’ ao ser atendido em UPA, diz família
O POPULAR
Cremego repudia o uso do termo “violência obstétrica”
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) vem a público repudiar o uso extremamente equivocado do termo “violência obstétrica” em casos de denúncias de supostas agressões a pacientes durante atendimento pré-natal, de parto ou pós-parto.
Em sessão plenária realizada no Cremego, em 26 de abril, representantes dos médicos, da Associação Médica de Goiás, da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia e do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás manifestaram o mesmo posicionamento.
Entendemos que o emprego deste termo, sempre de forma pejorativa, restringe aos médicos a prática dos atos denunciados, incita o julgamento e induz à condenação pública destes profissionais, mesmo quando as denúncias se referem a condutas de outros membros da equipe de atendimento.
E mais: quando se fala em “violência obstétrica”, o trabalho dos médicos assistentes é colocado em xeque, sem que seja considerada a melhor indicação clínica e cirúrgica para as pacientes, procedimentos que, algumas vezes, podem ser vistos por leigos como “violentos”.
Um exemplo é o parto cirúrgico, que pode se fazer necessário mesmo contra o desejo da gestante e cuja realização para preservar a vida e a saúde de mãe e filho pode ser entendida como uma “violência obstétrica”.
Ressaltamos que é dever ético, profissional e moral dos médicos sempre fazer a melhor escolha para o paciente e atos voluntários das chamadas “violências” não se enquadram nas boas práticas médicas.
Exceções e desrespeitos à ética médica e aos pacientes, se acontecem, devem ser denunciados, apurados e rigorosamente punidos administrativa e criminalmente, mas a adoção e a banalização do termo “violência obstétrica”, inclusive por autoridades públicas e em textos legais, em nada contribuem para melhorar a assistência às mulheres.
Pelo contrário: apenas reproduzem uma visão equivocada do trabalho médico, agridem, pré-julgam e desrespeitam toda a categoria.
Esperamos que essa conduta seja revista pela população, imprensa e pelos órgãos públicos e que o termo seja banido do nosso dia a dia. O Cremego está de portas abertas para orientá-los neste processo e, sempre que necessário, para apurar com rigor qualquer possível prática antiética de médicos goianos.
Goiânia, 27 de abril de 2023
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PODER 360
Hospitais privados dizem que não vão pagar novo piso da enfermagem
Diante do cenário de ressalvas do piso da enfermagem, entidades patronais da saúde afirmam ao Poder360 que hospitais privados não adotarão o novo piso de enfermagem, baseados na liminar concedida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso. A decisão, tomada mediante ação movida pela CNS (Confederação Nacional da Saúde), suspende os efeitos da lei nº 14.434/2022, que define o reajuste.Â
O argumento usado pelas entidades patronais é o de que não há recursos para arcar com o aumento dos salários e os gastos poderiam levar a demissões em massa, queda na qualidade do serviço, ao fechamento de leitos e até à falência de hospitais de pequeno porte. Na decisão de Barroso, as justificativas apresentadas são similares, e mantém a suspensão até que os impactos financeiros no setor público e privado sejam esclarecidos.
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A ação possui dois caminhos: seguir com a decisão cautelar, de suspensão do pagamento, surtindo efeitos ou a perda do objeto, caso o Supremo seja acionado e entenda que o PLN cessa as queixas dos envolvidos. Outras instituições pediram para ingressar no processo.
Na última 4ª feira (26.abr.2023), foi aprovado o PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional) do piso da enfermagem, que libera R$7,3 bilhões para o pagamento do reajuste na rede pública. Segundo Marcos Vinicius Ottoni, diretor jurídico da CNS, o aporte não influencia na validade da liminar. "Estamos confiantes. A gente espera que ele [Barroso] mantenha [a liminar]", disse em entrevista ao Poder360.
Para Ottoni, nenhuma das questões citadas por Barroso na liminar foram solucionadas com a liberação de verba pelo governo. "Na verdade, nem o financiamento público está resolvido. Eles conseguiram fonte orçamentária, mas é temporário. Estamos muito confortáveis [com a permanência da liminar] porque está resolvido só uma parte do problema", defende.Â
Ottoni também disse que a CNS continua levantando informações sobre o impacto do reajuste no setor privado. A nova pesquisa ainda é preliminar e será enviada em breve ao STF para que conste no autos da ação e reforce a necessidade da liminar. Requisitadas pelo jornal digital, as informações, segundo o gestor, serão liberadas a público depois de serem anexadas ao processo.
Também ao Poder360, Antônio Britto, diretor executivo da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) explica que o reajuste foi um "grande erro de avaliação do governo porque não apontava fontes de financiamento e punha em risco o emprego e a assistência dos hospitais". Segundo ele, o PLN "não mudou absolutamente nada na situação dos hospitais privados", já que a liminar desobriga empresas do setor de saúde de pagar o piso atual.
PREOCUPAÇÃO DO SETOR PRIVADO
Um estudo preparado pela LCA Consultoria para a FBH (Federação Brasileira de Hospitais) e divulgado em janeiro deste ano indica que as entidades privadas teriam que demitir 164.966 pessoas para compensar o impacto que o piso salarial causaria. Isso equivale a 12,8% dos postos de trabalho na área. Do total, mais de 79.000 desligamentos ocorreriam em negócios de saúde privados. Eis a íntegra do estudo (PDF - 775 Kb).
A pesquisa também indica que o reajuste afetará 887,5 mil vínculos -ou seja, 69% do total- que hoje se encontram abaixo do piso. O impacto maior será sentido na região Nordeste, que concentra 261 mil trabalhadores e tem, em média, os salários mais baixos do país. Nessa região, 84% dos vínculos têm remuneração abaixo do piso estabelecido.
Em nota conjunta, entidades ligadas a empresas de saúde manifestaram sua preocupação. "Não é possível o setor privado arcar, da noite para o dia e sem fontes de custeio, com reajustes de quase 100%, como ocorrerá nos estados da Paraíba com aumentos de 99,8%, no Maranhão com aumentos de 89,4% e no Amapá com aumentos de 88,4%", afirmam. Eis a íntegra da nota (PDF - 448 Kb).
Ainda segundo a nota das instituições, "é urgente, portanto, que o Poder Executivo e o Congresso Nacional estabeleçam as fontes de custeio para o setor privado, enfrentem o problema das diferenças regionais de capacidade de pagamento pelo país, bem como equacione outros graves problemas do marco legal do piso de enfermagem. Sem isso a lei permanecerá inconstitucional".
ENTENDA O CASO
O PLN repassa R$ 7,3 bilhões para o Ministério da Saúde. O montante deverá ser usado por entidades públicas para pagar o piso salarial de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos em enfermagem e R$ 2.375 para os auxiliares de enfermagem e parteiras.
A lei 14.434, que define o piso, foi sancionada em 2022. Contudo, em setembro do mesmo ano, o ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a aplicação do piso de enfermagem sob justificativa de riscos de impactos financeiros nos cofres públicos, demissões de funcionários e possível piora na qualidade do serviço prestado. A decisão foi referendada posteriormente pelos demais ministros no plenário virtual da Corte.
Em declarações recentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o setor privado não precisaria de ajuda financeira para executar o piso salarial, mas associações de hospitais discordam e argumentam que isso levaria a demissões e fechamentos de hospitais.
"O que eu quero dizer é que primeiro as redes hospitalares privadas podem pagar. Quem é que tem dificuldade de pagar? As Santas Casas. A gente vai criar um subsídio para financiar o pagamento ou uma parte do pagamento para as Santas Casas", disse o petista em declaração feita em março.
Segundo Ottoni, a aprovação do piso, mesmo com o PLN, ainda possui brechas. "O mais grave é: como vai fazer a distribuição dos recursos? Como [os recursos] vão chegar aos estados e municípios? Sem contar que o Supremo ainda está analisando como se calcula o piso, em que base ele vai incidir", disse. Â
Para ele, é preciso pensar em soluções possíveis para que a aplicação do piso seja viável. O gestor acrescenta que "uma das saídas pode ser a desoneração da folha de pagamento".
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DIÁRIO DO ESTADO
Goiás registra mais uma morte por gripe Influenza
Neste ano, 173 pessoas no estado já foram infectadas pela doença. Alta de hospitalizações e baixa adesão à campanha de vacinação preocupam autoridades
O número de mortes por gripe influenza em Goiás totalizou 14 nesta quinta-feira, 27. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) no dia seguinte à divulgação de mais um óbito. A orientação das autoridades é que o público-alvo formado por 2,5 milhões de goianos se vacine para evitar casos graves e complicações em decorrência da doença. O perfil das vítimas é de idades entre 7 dias e 77 anos e ainda histórico de comorbidades.
“Quanto mais rápido as pessoas se vacinarem, mais rápido elas estarão protegidas. Não podemos aceitar que que tenhamos mortes por doenças preveniveis por vacinas, hoje em dia”, alerta a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.
As três vítimas mais recentes eram de Catalão, Abadiânia e Ipameri. O cenário epidemiológico é de mais pessoas hospitalizadas por causa da gripe e baixa cobertura vacinal contra a doença, que alcançou apenas 14% da meta em Goiânia em aproximadamente dez dias do início da campanha nacional. Neste ano já foram registrados 173 casos da doença. Em 2022, o total foi de 15 mil casos e 184 mortes em decorrência da doença.
De acordo com a SES-GO, sete casos estão relacionados à Influenza B Victoria, cinco ligados à Influenza A de subtipo H1N1 e um à linhagem desconhecida da Influenza B. A Fiocruz aponta que os tipos A e B são mais propícios a provocar epidemias sazonais, enquanto o vírus do tipo C costuma provocar alguns casos mais leves. A Influenza A também tem o subtipo H3N2 e a Influenza B se subdivide ainda em Yamagata.
Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadigas. A principal complicação são as pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país, especialmente entre crianças abaixo de cinco anos de idade, grávidas e idosos.
Goiânia tem 50 mil doses disponibilizadas em 58 salas de vacina em diversas regiões da cidade. A meta é imunizar pelo menos 90% do público-alvo contra a gripe. “A Influenza é uma infecção viral aguda, altamente transmissível e que, na sua forma mais grave, pode levar a óbito, e a vacina tem o poder de produzir anticorpos que minimizam a carga viral e previne o surgimento de complicações”, afirma o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso.
Dose da saúde
A vacinação em 2023 foi atualizada com as cepas que mais circularam no ano anterior, de acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O imunizante da campanha neste ano é composto por dois vírus influenza tipo A (H1N1 do subtipo Sidney e H2N3 do subtipo Darwin) e uma cepa do tipo B, da linhagem Victoria.
Os grupos prioritários autorizados a receberem a dose até o dia 31 de maio inclui idosos a partir dos 60 anos, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a 6 anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade com mais de 18 anos de idade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.
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A REDAÇÃO
Material radioativo é encontrado no Instituto de Química da UFG
Os técnicos do laboratório do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, encontraram na quarta-feira (26/4) um material considerado radioativo, durante trabalho de inspeção para a preparação do almoxarifado para a realização de uma reforma.
Em nota, a UFG informou que o objeto estava corretamente lacrado, envolto em placa de chumbo. O material foi manuseado de forma segura pelos técnicos, corretamente paramentados com equipamentos de segurança previstos para a realização do trabalho.
Diante do fato, a direção do Instituto de Química entrou em contato com o Centro Regional de Ciências Nucleares (CNEN - Regional Goiás) que prestou as primeiras orientações e realizou visita ao local hoje pela manhã. Como se trata de um material inservível, ele será descartado corretamente, sob orientação do CNEN.
Vale destacar que todos os procedimentos foram e estão sendo realizados com a máxima segurança e não houve qualquer tipo de intercorrência que cause preocupação. A integridade física dos técnicos que tiveram contato com o local, quanto de toda a comunidade UFG está preservada.
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NOTA DIÁRIA
Cade aprova, sem restrições, compra da SulAmérica pela Rede D'Or
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade) aprovou a combinação de negócios da Rede D'Or e da
SulAmérica, com a unificação de suas bases acionárias por meio da incorporação
da SulAmérica pela Rede D'Or. A decisão foi anunciada na segunda-feira (7).
Segundo comunicado do órgão, apesar de envolver sobreposições horizontais pontuais em alguns municípios onde, tanto a Rede D'Or, quanto a SulAmérica atuam no mercado de operadoras de planos de saúde, o Cade concluiu que tais sobreposições não geram preocupações concorrenciais do ponto de vista de concentração horizontal, uma vez que a participação de mercado conjunta da Rede D'Or e da SulAmérica não justifica a eventual possibilidade de exercício de poder de mercado.
"No que se refere às restrições verticais, a análise empreendida pela SG/Cade buscou avaliar se, em decorrência da operação, a Rede D'Or, após unificar sua base acionária com a operadora de Planos de Saúde SulAmérica, teria capacidade e incentivos para o fechamento dos diferentes mercados identificados durante o mapeamento destas integrações", diz o Cade em comunicado.
Em relação à capacidade, constatou-se que, apesar da Rede D'Or deter participação superior à 30% em vários mercados, a participação da SulAmérica no mercado de planos de saúde não atingia esse patamar, além de vários outros fatores relevantes, como a presença de outras operadoras concorrentes em todos estes mercados, a ociosidade dos hospitais concorrentes à Rede D'Or e as respostas das concorrentes no que se refere ao possível descredenciamento de seus hospitais.
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MEDICINA S/A
Artigo - Como a 'saúde phygital' agrega valor ao cuidado e aos negócios
Por André Machado Junior
O atendimento digital não é mais uma novidade na área da saúde desde que a inovação fincou suas raízes no setor. Adotamos a telemedicina, os prontuários eletrônicos, os aplicativos e dispositivos portáteis, imergimos na cultura de dados e incorporamos uma infinidade de ferramentas tecnológicas. Agora a discussão sobre inovação está em outro patamar: como enredar todo esse aparato do ambiente físico e do digital - tornando-se phygital - para agregar valor ao cuidado e aos negócios?
Tudo começa pelo investimento na tecnologia que faz sentido para o negócio. Afinal, o objetivo é aprimorar o atendimento ao cliente, seja pela democratização do acesso aos serviços, pelo aumento da capilaridade, pela comodidade ou economia de tempo, que culminam na satisfação pelo atendimento prestado.
O serviço de atenção primária à saúde é um exemplo que já está inserido nessa tendência. As clínicas presenciais atendem às necessidades de saúde das pessoas em horários específicos, mas o suporte digital pode ser acessado durante 24h, todos os dias da semana. Recentemente, esse serviço foi parar até no metaverso, permitindo que o paciente realize consultas e compartilhe exames utilizando o próprio avatar em um ambiente digital que simula o consultório médico.
É importante ressaltar que a humanização do atendimento é essencial, mesmo quando realizado a distância. As soluções digitais devem estar acompanhadas de um atendimento humanizado e do cuidado coordenado para proporcionar uma experiência satisfatória ao paciente.
Para que essa integração phygital seja efetiva, é necessário que a transformação digital faça parte da cultura da empresa. É preciso criar meios de acesso que facilitem a integração e ofereçam comodidade e segurança aos usuários. Os atendimentos presencial e digital devem ser universalizados para atender às necessidades dos pacientes e garantir que o serviço de saúde esteja sempre disponível para a promoção da saúde e prevenção de doenças.
Além do investimento em tecnologia, a coleta e análise de dados também são essenciais para aprimorar a experiência phygital do paciente e da empresa. Por meio dos dados, é possível obter insights valiosos sobre o perfil e as necessidades do paciente, o que pode levar a um atendimento mais personalizado e efetivo para a condição de saúde de cada pessoa envolvida no projeto.
Tudo isso reflete em mais saúde, agilidade e comodidade com um custo mais adequado. Além de demonstrar atenção às necessidades das pessoas e promover um melhor engajamento. Enfim, a tendência Phygital é a resposta para uma saúde melhor.
*André Machado Junior é CEO da AsQ.
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Panorama das Clínicas e Hospitais
Estudo da Doctoralia apresenta estatísticas inéditas sobre o Cenário da Saúde no Brasil. Aquisição de pacientes e gestão financeira destacam-se como as principais prioridades para 2023.
Após dois anos intensos, desafiadores e marcados por transformações permanentes motivadas pela pandemia, 2022 foi um período de recuperação e inovação em todo o mundo. No setor da saúde, foi o momento de rever medidas implementadas às pressas, de identificar as mudanças que deram certo e aprimorá-las para que pudessem se tornar mais funcionais, visando entender as novas necessidades do mercado. Para mapear o caminho traçado pelas instituições de saúde no Brasil, além de apontar possíveis direções para 2023, a Doctoralia, TuoTempo e Feegow, empresas do Grupo Docplanner, desenvolveram a 3ª edição do Panorama de Clínicas e Hospitais, que entrevistou 935 profissionais que atuam em centros de saúde de todas as regiões do Brasil.
De acordo com Cadu Lopes, CEO da Doctoralia, por meio do Panorama, clínicas e hospitais são impulsionados a alcançar um novo patamar de qualidade, o que também se reflete em uma melhor experiência para o paciente. “O estudo do ano passado foi importante para entendermos como o mercado estava absorvendo as mudanças impostas pela pandemia, e o retorno que recebemos foi bastante positivo. A pesquisa mostra como o mercado de saúde tem se comportado, e acredito que seguirá sendo um importante guia para tomadas de decisões, ajudando milhares de gestores, administradores e profissionais de saúde a realizar investimentos inteligentes, traçando estratégias embasadas em dados”, afirma.
O panorama mostra que, mesmo após os anos de pandemia e isolamento social, a telemedicina ainda vem sendo usada pelos profissionais como uma oportunidade diferenciada para acompanhar a jornada do paciente. Confira a seguir os principais resultados.
Perfil
O estudo traz uma visão majoritária de lideranças (40%), já que a maior parte dos respondentes declarou ser “médico e administrador, diretor ou CEO” ou “administrador ou CEO”. Médicos ou especialistas de saúde também são uma parcela significativa dos entrevistados, representando 35% do total.
Estabelecimentos com corpo clínico composto por 4 a 10 profissionais são a maior parte (26%) dos entrevistados. Em seguida, aparecem clínicas com 2 ou 3 especialistas (19%) e de 11 a 20 (16%). Consultórios particulares equivalem a 15% da amostragem. Com números próximos de respondentes estão equipes médicas formadas por 21 a 50 integrantes e com mais de 100, ambas representando 10% do total. Por fim, mas ainda em quantidade expressiva, temos 4% de instituições compostas por 51 a 100 profissionais da saúde.
Segundo a pesquisa, o número de pacientes atendidos por mês pode indicar o tamanho da instituição de saúde e influenciar diversas decisões estratégicas, como a contratação e definição da carga horária dos colaboradores, a aquisição de novas ferramentas de trabalho e até mesmo uma reavaliação da estrutura física. Entre as clínicas e hospitais analisados, 37% atendem de 101 a 500 pacientes por mês. Em seguida, apenas 18% dos negócios recebem mensalmente 100 pacientes ou menos. Uma parcela parecida da amostragem tem uma cartela mensal de pacientes de mais de 2 mil pessoas (15%) e de 501 a 1 mil (14%). É necessário citar que 7% dos respondentes não tinham essa informação, o que pode indicar uma falta de controle da base de clientes.
Maturidade Digital
Criar uma experiência digital completa é primordial para promover autonomia, praticidade e agilidade no cuidado com a saúde. A fim de entender o grau de maturidade digital do mercado, o estudo investigou quais atividades já acontecem de forma online.
A confirmação de consultas foi o destaque, sendo realizada de maneira online por 60% dos entrevistados e ultrapassando o agendamento, que ficou em segundo lugar com 59% dos respondentes. Em comparação a 2022, nota-se uma inversão entre os dois itens: enquanto o agendamento ocupava o primeiro lugar, com 61% de menções, a confirmação aparecia em segundo, mencionada por apenas 55% das instituições.
Essa mudança mostra que a internet está sendo cada vez mais adotada nas recepções para tarefas simples e operacionais, enquanto a marcação online de visitas – embora presente em mais da metade da amostra – não ganhou notoriedade. Outra observação interessante é que, mesmo após a regulamentação da telemedicina pelo CFM em maio de2022, só 25% das clínicas e hospitais analisados oferecem consultas online.
Diversos fatores podem resultar na baixa adesão à telemedicina, entre eles a falta de uma ferramenta fácil, segura e integrada com agenda, prescrição, histórico médico e demais recursos da rotina.
O estudo mostra que os pontos de comunicação com o cliente são os que mais carecem de digitalização, uma vez que o contato com os especialistas para tirar dúvidas (16%) e as informações de check-in (15%) são as tarefas que menos contam com o apoio da internet.
Embora apenas 59% dos respondentes tenham afirmado utilizar algum canal online para os agendamentos na questão anterior, aqui 79% indicam que usam o WhatsApp para esse fim. Aparentemente, canais como site/app próprio, e-mail, redes sociais e site/app Doctoralia são reconhecidos como canais online, enquanto o WhatsApp, não.
A massiva adoção desse aplicativo na esfera pessoal e sua experiência de interação instantânea, diferentemente dos outros canais citados, também podem contribuir para tal desvio no entendimento. Ao fim, um canal que, de tão natural, não se destaca por sua essência online.
Na terceira posição do ranking, o site próprio é utilizado para a marcação de consultas em 32% dos estabelecimentos.
Confirmação de Consultas
Embora o telefone seja o principal canal para agendamento, o WhatsApp ganha mais força quando o assunto é a confirmação de presença. O aplicativo de mensagens é usado para conferir se o paciente cumprirá com o horário marcado por 80% dos respondentes. Já o telefone é escolhido para esse fim em 69% das instituições.
Pesquisas de Satisfação
Não há ninguém mais qualificado para sugerir melhorias, apontar problemas e exaltar os diferenciais de qualquer instituição de saúde do que o próprio paciente. Afinal, é ele quem percorre cada um dos passos da jornada: antes, durante e depois da consulta. Para coletar esse feedback de forma organizada, bem documentada e anônima, é indicada a aplicação de pesquisas de satisfação.
Além de facilitar o desenvolvimento constante do negócio, a prática também valoriza a opinião do cliente, criando um espaço adequado para que ele se sinta confortável para ser franco e direto. Outra vantagem notável é a possibilidade de transformar opiniões genuínas em estratégia de marketing, uma vez que fortalecem a reputação da marca.
Ao tornar pública uma experiência positiva, a empresa aumenta sua credibilidade e incentiva novos clientes a confiarem na qualidade do serviço prestado – 80% dos pacientes escolhem um especialista com base em avaliações.
E os dados refletem essa importância: 57% das instituições respondentes já aplicam pesquisas de satisfação de alguma forma. Além disso, a automação dessa atividade está se tornando uma realidade em cada vez mais clínicas e hospitais, já que 22% da amostra diz enviar um questionário automaticamente por e-mail, SMS ou WhatsApp.
Ainda assim, o volume de respondentes que aplicam as pesquisas de forma manual, seja por um questionário digital (18%), seja com papel e caneta (17%), ainda é alto, o que pode acarretar: esforços desnecessários por parte da equipe; falhas decorrentes da falta de processos; problemas na contagem e/ou análise dos dados; pouco engajamento do público e baixa frequência.
Gestão e Tecnologia
O mercado da saúde está gradativamente percebendo que a gestão da agenda é uma atividade que requer ferramentas profissionais. Quase metade (49%) das clínicas e hospitais analisados conta com um software pago para administrar as consultas, enquanto 29% têm um sistema próprio – números levemente maiores do que os de 2022: 45% e 25%, respectivamente.
Mesmo que a tradicional agenda de papel e os calendários eletrônicos convencionais – como o Google Calendar – ainda sejam utilizados pelas instituições, o estudo reforça que eles implicam riscos para o negócio. Métodos de gestão da agenda manuais e sem foco exclusivo no setor da saúde comprometem a produtividade da equipe, a segurança das informações e a eficiência da gestão, já que deixam os processos menos precisos e mais suscetíveis a falhas humanas. Como consequência, o paciente tem sua experiência prejudicada, visto que a sobrecarga da recepção impede que o atendimento tenha a qualidade esperada.
Padronização
A centralização das informações é algo comum às instituições de saúde que prezam por organização e produtividade no dia a dia, pois a concentração de todos os dados dos pacientes e da agenda em um único lugar evita duplicidade, facilita o acesso rápido de toda a equipe e permite o controle detalhado dos processos.
Por isso, o estudo perguntou se os centros de saúde impõem um software único de gestão clínica/hospitalar para o gerenciamento de pacientes e visitas, e a resposta foi: sim. A maioria dos respondentes (67%) afirmou que todos os colaboradores precisam usar o mesmo sistema, ao passo que 13% sugerem que isso aconteça, mas assumem que há exceções.
Para 20%, não há obrigatoriedade na utilização da mesma ferramenta de gestão. E é provável que essa parcela dos centros de saúde sofra com falta de produtividade, desordem e falhas frequentes.
Integração entre sistemas
Em hospitais, redes de clínicas e centros de saúde complexos, um único software pode não ser suficiente para suprir todas as necessidades com precisão. Nesses casos, é coerente contar com duas ou mais soluções, cada uma com o seu foco específico de atuação e especializada naquilo que se propõe.
Reforçando o tópico anterior, esse contexto torna a centralização de dados ainda mais relevante, uma vez que o fluxo de informações é maior. Para garantir que isso aconteça, é recomendado que os sistemas estejam conectados entre si.
A integração de softwares é uma realidade para grande parte da amostra estudada (46%). Apesar de ocorrer em diferentes níveis – alguns integram inclusive as soluções de terceiros (15%), enquanto outros o fazem apenas com as algumas (16%) ou todas as soluções internas (15%) –, o número indica que essa é uma característica da tecnologia valorizada pelo mercado.
Principais Desafios
Quando questionados sobre os maiores desafios, profissionais e gestores de clínicas e hospitais apontaram os principais fatores. Como resultado, três itens se destacaram pela amostragem, tendo maior porcentagem de alta ou média dificuldade:
Não-comparecimento dos pacientes (48%)
Prospecção de novos pacientes (47%)
Alta concorrência no mercado (43%)
Por outro lado, a gestão de recursos internos (ex. salas, laboratórios, máquinas) e o processo de check- in demorado ou longo são os obstáculos que menos interferem na rotina do mercado.
Prioridades para 2023
Com os principais desafios da gestão mapeados, o estudo também analisou quais são as prioridades para o ano. Entre os objetivos futuros, a opção campeã de respostas foi “adquirir pacientes novos”, escolhida por 63% das pessoas.
Melhorar a gestão financeira é a segunda prioridade mais popular para 2023, mencionada por 43% dos respondentes. De fato, um controle eficiente das finanças mantém a instituição em crescimento saudável, com as contas em dia e as despesas sob controle.
E uma grande aliada da gestão em saúde – não só financeira, mas de qualquer setor – é a tecnologia, o que nos leva à terceira meta mais relevante: investir na digitalização da clínica/automatização de processos (42%). Este é um ponto que tem potencial para ser um facilitador de todos os demais, desde que seja adotada uma ferramenta profissional, confiável e preferencialmente exclusiva para a saúde.
No mesmo questionário, foi perguntado sobre as três metas ou prioridades referentes ao ano anterior, a fim de comparar as mudanças estratégicas de 2022 para 2023. Apesar de poucas alterações, dois tópicos se destacam com um aumento de 4 a 5 pontos percentuais:
Atrair e reter o corpo Clínico
Além de boas condições de trabalho e uma estrutura adequada, uma boa dica para a retenção dos profissionais de saúde é oferecer ferramentas que otimizem o seu trabalho e garantam a satisfação do paciente. Alguns exemplos são agenda online, telemedicina e chat privativo com o paciente. Assim, o corpo clínico tende a valorizar os seus horários preenchidos, uma rotina fluida e o alto índice de satisfação, e a clínica reduz a rotatividade.
Reduzir o no-show
O estudo mostrou que quase 70% das instituições usa o telefone para confirmação de consultas. Isso significa que o processo ainda é manual, demandando tempo e ficando sujeito ao esquecimento, já que a rotina na recepção é repleta de contratempos. A automação no envio de lembretes e confirmações por WhatsApp reduz as faltas em até 65%, enquanto alivia a sobrecarga dos recepcionistas.
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AGÊNCIA BRASIL
Governo Lula prepara mudanças no Farmácia Popular
Governo Lula quer anunciar novos remédios que integrarão programa Farmácia Popular, disponibilizados gratuitamente para população
O governo Lula prepara mudanças no Farmácia Popular, programa que distribui remédios gratuitos para a população por meio de parcerias com drogarias privadas.
A ideia do governo é anunciar em maio a inclusão de novos medicamentos na lista do programa. As alterações estão sendo articuladas pelos ministérios da Saúde e da Casa Civil.
A intenção do governo Lula é tentar fazer um contraponto à gestão Bolsonaro, quando houve diminuição de verbas do programa e bloqueio de verbas após bloqueio do Orçamento.
O Farmácia Popular foi criado em 2004, no primeiro governo Lula. O programa oferece remédios gratuitos para asma, diabetes, hipertensão, além de medicamentos com desconto.
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ISTOÉ
Usuários de remédio para emagrecer reclamam de queda de cabelo como efeito colateral
Pacientes usuários de Ozempic e Wegovy (medicamentos usados no tratamento de diabetes tipo 2, obesidade e sobrepeso) dizem que estão sofrendo com queda de cabelo por conta da medicação. Nas últimas semanas, usuários postaram vídeos TikTok contando suas experiências e mostrando evidências da perda capilar.
A queda de cabelo não está listada como efeito colateral da semaglutida, a droga ativa em ambos os produtos, mas o efeito colateral apareceu em ensaios clínicos de Wegovy. Isso afetou 3% dos pacientes que tomaram a droga, em comparação com apenas 1% no grupo placebo.
A semaglutida é um receptor GLP-1, ou seja, aciona hormônios no cérebro que mantêm o estômago cheio e "dizem" ao corpo para parar de comer e evitar desejos, o que desencadeia a perda de peso. Por esse motivo, o Ozempic foi aprovado para ajuda no tratamento de diabetes tipo 2 em 2017. Uma versão reformulada foi aprovada com o nome de Wegovy, em 2021.
Desde que os medicamentos entraram em circulação, outros efeitos colaterais desagradáveis foram apontados pelos usuários, como sonhos vívidos, repulsa repentina por alimentos comuns e perda muscular em uma 'taxa alarmante'.
Os médicos não sabem exatamente o que está causando a queda de cabelo em alguns pacientes, mas a melhor hipótese é que isso pode ser desencadeado após uma rápida perda de peso por uma condição chamada eflúvio telógeno, como destaca o portal de notícias britânico Daily Mail.
A perda muito rápida de peso pode interromper os hormônios ou fazer com que os recursos sejam direcionados para longe do cabelo. Isso faz com que os folículos pilosos mudem repentinamente para a fase de repouso, ou telógena, de seu ciclo de crescimento - fazendo com que o cabelo caia.
Os especialistas, porém, asseguram que a condição é temporária e que novos cabelos começarão a crescer novamente. A perda de cabelo temporária pode acontecer cerca de três meses após a rápida perda de peso e pode levar até seis meses para "voltar ao normal".
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PORTAL G1
Jovem de 18 anos com síndrome rara morre dias após ter diagnóstico de ‘ansiedade exacerbada’ ao ser atendido em UPA, diz família
Segundo a esposa do jovem, ele foi liberado pela unidade de saúde e morreu dias depois. Ela contou que ele morreu em casa, enquanto estava deitado.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
Um jovem de 18 anos, que tinha uma síndrome rara, morreu dias após ter sido diagnosticado com 'ansiedade exacerbada', ao ser atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento de Anápolis, a 55 km de Goiânia, segundo contou a família. A esposa do jovem, Beatryz Novaes de Almeida, de 19 anos, explicou que Gustavo Henrique Silva sentiu dores no peito e procurou atendimendo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alair Mafra de Andrade, mas foi liberado - entenda sobre a síndome que o jovem tinha ao final da reportagem.
"Ele morreu na minha frente. A gente estava conversando e, do nada, pareceu que acabou o assunto. Quando fui ver, ele tinha morrido", contou Beatryz.
Beatryz contou que Gustavo procurou atendimento médico na sexta-feira (22) depois de sentir fortes dores no peito. No entanto, ao receber o diagnóstico de ansiedade e uma receita de dipirona, o jovem foi para casa, onde permaneceu sentindo dores até segunda-feira. A mulher conta que, na terça-feira, o marido acordou melhor e parecia estar sem dores, mas a noite, morreu enquanto estava deitado com ela, jogando no celular, na terça-feira (25).
A mulher descreveu que, durante os dias em que Gustavo passou mal, ele chorava e gritava de dor no coração.
"Ele sentia muita dor. Ele chorava. Se ele levantava, ele ficava tonto. Ele estava agoniado", contou.
Ao g1, o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humanos (INDSH) informou que, ao ser atendido, Gustavo estava com um quadro de dor torácica atípica, com ansiedade exacerbada, sem comorbidades e sem queixa semelhante no passado (veja nota completa ao final da reportagem). O instituto ainda afirmou que, no dia, o jovem passou por um eletrocardiograma, que não apresentou alterações.
No entanto, apesar da instituição dizer que o jovem não tinha comorbidades, Beatryz explica que, durante o atendimento médico, ela e o marido explicaram à equipe sobre o fato de Gustavo ter o diagnóstico prévio da síndrome.
"Chegamos em casa e ele continuou passando mal. Perguntei se ele queria ir de novo, mas ele disse que não ia adiantar, porque não tinham resolvido", contou Beatryz.
A Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis disse ainda que em nenhum momento foi relatado que o paciente era portador de síndrome de Marfan, bem como comunicada nenhuma comorbidade ou uso de medicações. "Apenas foi relatado que a mãe havia falecido por problemas cardíacos, não especificando qual doença a teria acometido", escreveu a nota (veja a íntegra ao fim do texto).
Segundo Beatryz, assim como a mãe dele, Gustavo havia sido diagnosticado com a Síndrome de Marfan quando criança, uma doença rara que afeta tecidos conjuntivos. Por isso, ele era aposentado.
Na declaração de morte, um tamponamento cardíaco e a síndrome de Marfan são citadas como causas da morte. O jovem foi velado e sepultado na quarta-feira (26) em Anápolis.
Para entender mais sobre a síndrome de Marfan, que é considerada rara, o g1 conversou com a médica reumatologista Camila Guimarães. Ela explicou que a síndrome é uma doença rara do tecido conjuntivo que leva a alterações principalmente do sistema cardiovascular, musculoesquelético e oftalmológico.
"As alterações cardíacas são as principais complicações da doença e as principais causas de mortalidade", a especialista.
Ainda segundo a médica, como se trata de uma doença causada por mutação genética, não existe uma cura específica para esta doença. No entanto, o diagnóstico precoce é importante para a prevenção.
Nota do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humanos na íntegra:
"O Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humanos (INDSH) - organização social responsável pela gestão da UPA Alair Mafra de Andrade – informa que o paciente G.H.S.M., foi atendido no dia 22 de abril com quadro de dor torácica atípica por equipe da unidade, medicado com analgésico para cessar a dor. Após primeira classificação de risco, paciente informou em consulta que estava muito ansioso pela dor que apresentava.
O eletrocardiograma foi realizado na unidade e consta do prontuário do paciente. Também consta que em nenhum momento foi relatado que o paciente era portador de síndrome de Marfan, bem como comunicada nenhuma comorbidade ou uso de medicações. Apenas foi relatado que a mãe havia falecido por problemas cardíacos, não especificando qual doença a teria acometido.
O diagnóstico de ansiedade foi feito baseado na ausência de achado clínico ou exame que justificasse a dor, assim como o próprio relato do paciente de estar ansioso após apresentar o quadro de dor torácica.
Ainda vale salientar que o paciente passou por atendimento na UPA Alair Mafra no dia 22 de abril e veio a falecer em sua residência no dia 25 de abriu, conforme noticiado, sendo que, de alguma doença aguda que não tivesse sido diagnosticada na unidade, o mesmo teria retornado ou cursado com o desfecho final nas horas próximas ao atendimento e não três dias após a sua consulta na UPA, sem buscar outro serviço de saúde com queixa relacionada ou sem necessidade de hospitalização.
A Síndrome de Marfan é uma doença genética rara, que afeta o tecido conjuntivo e sua principal complicação cardiovascular não é infarto miocárdico, mas sim, dissecação aórtica que não teria cursado com melhora clínica com analgésico comum. Casos como este, tem desfecho agudo desfavorável quando da dissecção da aorta e cursa com dor lancinante que não cessa com analgésico comum.
A UPA Alair Mafra, mantendo o compromisso de respeito à vida, lamenta a morte do jovem, envia os pêsames à família e se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos que se fizerem necessários."
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Assessoria de Comunicação
Nota Técnica orienta sobre qualidade de máscaras e aventais hospitalares
Em atendimento à demanda do Comitê Técnico Médico Hospitalar da Associação Brasileira das Indústrias de Não tecidos e Tecidos Técnicos (CTH ABINT), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) elaborou e publicou em seu portal a Nota Técnica nº 9/2023/SEI/GEMAT/GGTPS/DIRE3/ANVISA. O documento traz “orientações acerca dos requisitos para fabricação, importação e aquisição de máscaras cirúrgicas e aventais hospitalares descartáveis”, que visam a garantia do cumprimento das normas de qualidade desenvolvidas para esses produtos e suas aplicações específicas.
Na Nota, a ANVISA destaca que, além de máscaras, aventais e campos estarem em conformidade com as Resolução da Diretoria Colegiada (RDCs), é importante e relevante que sigam os requisitos das normas ABNT NBR 15052, ABNT NBR 16064 e ABNT NBR16693, garantindo, dessa forma, a eficiência desses produtos nas aplicações a que são destinados.
A pandemia trouxe grande visibilidade aos produtos para saúde, máscaras, aventais, campos, tantos os usados em ambientes estéreis como não estéreis. Esse movimento ampliou a demanda de mercado e, por consequência a oferta, nem sempre de produtos comercializados, fabricados ou mesmo importados dentro das normas de qualidade, colocando em risco, dessa forma, a segurança e a saúde do usuário.
Desde 2020, a ABINT, como responsável pela normalização desses materiais perante o ABNT/CB-017, vem atuando incisivamente para adequar e revisar as normas ABNT NBR à nova realidade. A ANVISA foi uma das instituições participantes desse processo e teve a oportunidade de consultar os fabricantes, profissionais da saúde e laboratórios sobre a importância de sua participação na orientação a este mercado.
“O CTH ABINT cumpre sua missão de fomentar a qualidade técnica dos dispositivos médicos, visando uma maior garantia de segurança aos profissionais da saúde”, afirma Cristiane Gimenes Lima, membro da Comissão de Estudos de Não tecido de Uso Hospitalar, do Comitê Brasileiro de Têxteis e Vestuário ABNT/CB-017.
Para conhecer a Nota Técnica nº 9/2023/SEI/GEMAT/GGTPS/DIRE3/ANVISA na íntegra, clique aqui.
(Fonte: Medicina S/A)
CLIPPING AHPACEG 27/04/23
DESTAQUES
Nota Técnica orienta sobre qualidade de máscaras e aventais hospitalares
Paciente tem remissão total de câncer terminal com tratamento criado por brasileiro
Hipertensão: cerca de 50% dos idosos têm pressão alta
Evento sobre segurança do paciente reúne gestores e analistas de qualidade
Pesquisa aponta para alta incidência de obesidade e hipertensão em Goiás
Cresce em 180% o número de internações por dengue
Unimed Nacional investe em novos modelos de remuneração para reduzir desperdícios
Planos de Saúde: Prejuízo operacional dos planos de saúde salta para R$ 11,5 bi
Saúde suplementar pode ter mais uma cobertura obrigatória
MEDICINA S/A
Nota Técnica orienta sobre qualidade de máscaras e aventais hospitalares
Em atendimento à demanda do Comitê Técnico Médico Hospitalar da Associação Brasileira das Indústrias de Não tecidos e Tecidos Técnicos (CTH ABINT), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) elaborou e publicou em seu portal a Nota Técnica nº 9/2023/SEI/GEMAT/GGTPS/DIRE3/ANVISA. O documento traz “orientações acerca dos requisitos para fabricação, importação e aquisição de máscaras cirúrgicas e aventais hospitalares descartáveis”, que visam a garantia do cumprimento das normas de qualidade desenvolvidas para esses produtos e suas aplicações específicas.
Na Nota, a ANVISA destaca que, além de máscaras, aventais e campos estarem em conformidade com as Resolução da Diretoria Colegiada (RDCs), é importante e relevante que sigam os requisitos das normas ABNT NBR 15052, ABNT NBR 16064 e ABNT NBR16693, garantindo, dessa forma, a eficiência desses produtos nas aplicações a que são destinados.
A pandemia trouxe grande visibilidade aos produtos para saúde, máscaras, aventais, campos, tantos os usados em ambientes estéreis como não estéreis. Esse movimento ampliou a demanda de mercado e, por consequência a oferta, nem sempre de produtos comercializados, fabricados ou mesmo importados dentro das normas de qualidade, colocando em risco, dessa forma, a segurança e a saúde do usuário.
Desde 2020, a ABINT, como responsável pela normalização desses materiais perante o ABNT/CB-017, vem atuando incisivamente para adequar e revisar as normas ABNT NBR à nova realidade. A ANVISA foi uma das instituições participantes desse processo e teve a oportunidade de consultar os fabricantes, profissionais da saúde e laboratórios sobre a importância de sua participação na orientação a este mercado.
“O CTH ABINT cumpre sua missão de fomentar a qualidade técnica dos dispositivos médicos, visando uma maior garantia de segurança aos profissionais da saúde”, afirma Cristiane Gimenes Lima, membro da Comissão de Estudos de Não tecido de Uso Hospitalar, do Comitê Brasileiro de Têxteis e Vestuário ABNT/CB-017.
Para conhecer a Nota Técnica nº 9/2023/SEI/GEMAT/GGTPS/DIRE3/ANVISA na íntegra, clique aqui:
JORNAL OPÇÃO
Paciente tem remissão total de câncer terminal com tratamento criado por brasileiro
Tecnologia BTT foi desenvolvida por médico do Brasil e garantiu eliminação de células cancerígenas com sucesso
Um paciente de câncer terminal que tinha quatro meses de vida, segundo expectativas de médicos, conseguiu chegar à remissão completa da condição graças um novo tipo de tratamento desenvolvido por um médico brasileiro. A tecnologia do túnel térmico cerebral (BTT, na sigla em inglês) foi desenvolvida pelo pesquisador Marc Abreu na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e garantiu a recuperação de Scott Miller.
O paciente foi diagnosticado com câncer de próstata metastático em estágio IV, em julho de 2021, aos 66 anos de idade. Na ocasião, médicos encontraram um tumor de quase 12 centímetros de diâmetro, já espalhado para ossos, vesícula, bexiga, reto e outros órgãos. Miller, então, foi submetido a seis meses de tratamento com a tecnologia BTT.
A técnica consiste em induzir proteínas de choque térmico por meio de aumento da temperatura, de maneira controlada, pelo cérebro. Essas proteínas são comuns em praticamente todos os organismos vivos. Com cinco induções, sem realizar qualquer outro tratamento adicional – como radioterapia ou quimioterapia –, Miller não apresentou nenhum efeito colateral, segundo relato clínico.
“Na primeira indução, já senti algo diferente. Com isso, me mudei temporariamente de Los Angeles para Miami, onde fica o Instituto Médico BTT, para dar continuidade ao tratamento. Depois do tratamento, meu radiologista ao rever os meus exames me informou que inacreditavelmente é como se eu nunca tivesse câncer”, diz o Miller.
Estudo
O relato do caso foi apresentado ness quarta-feira, 26, na 38ª edição do Congresso Anual da Society for Thermal Medicine, em San Diego, nos EUA.
“A redução de expressão da proteína de choque térmico está associada com câncer, doenças neurológicas e o envelhecimento. Para o tratamento de câncer, além da mudança da carga termodinâmica, utilizamos frequências diferentes durante a indução com o objetivo de atuar em áreas distintas. A modalidade é a mesma que usamos no tratamento de doenças neurológicas, mas a receita é diferente”, explica Abreu.
Agora, o paciente deve ser acompanhado a cada seis meses, para checagem da remissão. Além disso, ele deverá fazer baterias de exames por três anos.
Segundo Marc Abreu, o destaque do tratamento é que ele não apenas elimina o câncer, mas também a fonte de seu desenvolvimento, a partir da erradicação das células-tronco cancerígenas e da neutralização das moléculas sinalizadoras. Essas moléculas são responsáveis por gerar o desenvolvimento e, mais tarde, a recorrência do câncer
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TV RECORD GOIÁS
Hipertensão: cerca de 50% dos idosos têm pressão alta
https://www.youtube.com/watch?v=OUBUL_83-m8
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A REDAÇÃO
Evento sobre segurança do paciente reúne gestores e analistas de qualidade
O presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp), Victor Grabois, participa nesta quinta-feira (27/4), em Goiânia, de um evento que marca as comemorações dos 10 anos do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), lançado em 1º de abril de 2013. Com o tema “Segurança do Paciente e a Interface com a Engenharia Clínica”, a palestra ministrada por Victor Grabois vai reunir pelo menos 40 unidades hospitalares, gestores e profissionais ligados à área de qualidade. O evento será no auditório do Ipog, no setor Bueno, a partir das 13h30.
A implantação do programa foi coordenada pelo Ministério da Saúde, Anvisa e Fiocruz, contando com o apoio e parceria de diversos atores governamentais e de instituições de saúde. Em 2023, o tema da campanha em comemoração aos 10 anos do PNSP é “Compartilhar os avanços para acelerar a mudança” com o propósito de estimular os trabalhadores da saúde a compartilharem experiências exitosas acerca da Segurança do Paciente.
No sentido de ter um direcionamento sobre a área, a Sobrasp divulgou no final de 2022 os resultados da pesquisa “Demografia dos Núcleos de Segurança do Paciente no Brasil”. A pesquisa foi conduzida pela equipe do Núcleo de Informações Estratégicas da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e da Segurança do Paciente ao longo de 2022, e respondida por coordenadores de Núcleos de Segurança do Paciente das instituições ou diretores técnicos da unidade de saúde.
Dos 400 participantes, 87,5% são núcleos de hospitais. Segundo a Sobrasp, o número demonstra que, embora a Resolução da Anvisa RDC 36/2013 preconize a existência de núcleos de segurança do paciente em todos os serviços de saúde - público, privado, filantrópico, civil ou militar, ensino e pesquisa - ainda é preciso avançar na criação desses núcleos em outros cenários, por exemplo, na atenção primária, em maternidades e pronto-atendimentos.
Segundo os dados, 94% dos entrevistados afirmam receber apoio da alta gestão. Porém 32% não têm reuniões com a alta gestão; 59,8% não recebem recursos financeiros para suas ações; 52% dos núcleos não têm espaço físico para suas atividades. Em 61,5% deles, o profissional coordenador não tem dedicação exclusiva. Em 50,5% dos núcleos, os demais profissionais que compõem a equipe não têm horas dedicadas especificamente para as atividades do núcleo.
Mesa redonda
A palestra com o presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp), Victor Grabois, faz parte do evento, que também vai contar com uma mesa redonda sobre “A Engenharia Clínica nas Instituições de Saúde”, com grandes nomes da área da saúde. O objetivo é refletir e fortalecer as ações relacionadas à Segurança do Paciente envolvendo o uso de equipamentos médico-hospitalares.
Destaque ainda para a participação do diretor da Orbis Engenharia e presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin), Ricardo Maranhão. Ele ressalta que a comemoração dos 10 anos do Programa Nacional de Segurança do Paciente também abre espaço para discutir os avanços diante do tema. “É uma oportunidade para compartilharmos experiências na área da saúde, com foco nos setores da engenharia clínica e da qualidade para que possamos avançar nas estratégias para promover a segurança do paciente”.
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Pesquisa aponta para alta incidência de obesidade e hipertensão em Goiás
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, nesta quarta-feira (26/4), o resultado do primeiro inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico (Vigitel). Realizado de janeiro a abril de 2022, com mais de 5 mil adultos, a pesquisa indica que 22,6% dos adultos em Goiás já tiveram um diagnóstico médico de hipertensão, 13,1% são fumantes e 57,3% se declararam acima do peso.
O secretário da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, alertou que os dados são preocupantes. “Primeiro, é muito importante que se tenha o dado. Com ele, é possível mapear todos os fatores de risco da população. Com essas informações consolidadas, já é possível afirmar que a situação geral é preocupante, considerando, por exemplo, que um a cada quatro goianos têm hipertensão arterial”, avaliou, na apresentação da pesquisa, no auditório da Escola de Saúde de Goiás.
Vencio também chamou a atenção para o aumento da obesidade. “Após a pandemia, houve um acréscimo do sedentarismo e do consumo de bebidas alcoólicas. Essas características impactam no ganho de peso, que está na base das inflamações que geram a diabetes, a hipertensão e as doenças cardiovasculares. Esse é um dado extremamente preocupante, e precisamos combater esse cenário, juntamente com os municípios”, alertou ainda o secretário, citando também o aumento do tabagismo.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, o levantamento é essencial para subsidiar políticas públicas, pois identificam riscos que contribuem para o aumento de mortes evitáveis. “Com o inquérito é possível identificar onde devemos agir com mais ênfase e realizar o monitoramento das ações implantadas, observando se tiveram o impacto esperado”, avalia. “Com os números, é possível personalizar as ações, atendendo a necessidade de cada localidade", reforça.
A gerente de Vigilância Epidemiológica de Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde, Magna Maria Carvalho, também pontuou que alguns números chamaram grande atenção para toda a gestão. “Observamos a prevalência do uso do cigarro eletrônico entre a população jovem e, 14% da população entre 18 e 24 anos afirmaram fazer uso do produto. Já entre os que pegam o volante após o consumo de bebida alcoólica, 10% afirmaram ter essa prática”, lembrou.
Mudança de hábitos
Para Sérgio Vencio, é preciso mudar a mentalidade da população para que busque a prevenção. “Hoje temos uma rede muito grande para atendimento de urgência e emergência, mas as pessoas se acostumaram a procurar ajuda médica somente quando existe algum sintoma", explica. “Estamos falando de doenças crônicas não transmissíveis, e elas podem ser evitadas. Se a pessoa reduzir o consumo de 500 calorias por dia e fizer atividades físicas três vezes por semana, é possível prevenir 60% dos casos de diabetes”, conclui.
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O HOJE
Cresce em 180% o número de internações por dengue
Aumento se dá pela temporada de chuvas e o acúmulo de água em diversas regiões do país
Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, no primeiro trimestre de 2023 aponta 242.886 casos prováveis de dengue no Brasil, o que representa um aumento de 47,7% no número de casos, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Com uma temporada de chuvas e acúmulo de água em diversas regiões do país, a tendência de aumento significativo de diagnósticos demonstra que o número está longe de estabilizar e algumas localidades já declararam surto devido à grande proliferação do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Na semana passada a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica – Abramed, informou que a quantidade de exames positivos aumentou em 221% desde a primeira semana epidemiológica de 2023. Diversas ações para controle do mosquito transmissor e eliminação de focos de água parada estão sendo realizadas em todo o Brasil. Porém, caso a projeção de diagnósticos continue aumentando, em breve o país enfrentará mais dificuldades para atendimento das demandas da população.
Busca por atendimentos ambulatoriais
Considerando os atendimentos ambulatoriais realizados no SUS no período de 2019 a 2022, foram realizados 657 mil atendimentos, sendo 23% deles no Mato Grosso do Sul, 19% no Distrito Federal, 17% no Estado de São Paulo e 11% em Goiás. As estratégias de controle na proliferação do mosquito da Dengue e o desenvolvimento da vacina contra a doença são considerados pontos indispensáveis para o Dr. Ademar Paes Junior, CEO da LifesHub e Presidente da Associação Catarinense de Medicina, que alerta para a necessidade de planejamento dos gestores de saúde.
“A relação entre proliferação dos mosquitos e aumento do número de pessoas contaminadas leva a uma projeção assustadora em um curto espaço de tempo, que certamente vai impactar a estrutura de atendimento ambulatorial e hospitalar”, afirma o executivo.
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PPTA SAÚDE E TECNOLOGIA
Unimed Nacional investe em novos modelos de remuneração para reduzir desperdícios
Há anos, o setor privado de saúde brasileiro discute a substituição do tradicional modelo de remuneração fee for service por outros formatos, como forma de evitar o desperdício e reduzir os custos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima uma perda de 20% a 40% de recursos na área. São custos que, em sua maioria, não trazem contrapartida para o paciente. Apesar disso, o fee for service permanece como o mais utilizado no país. Entretanto, na visão do presidente da Unimed Nacional, Luiz Paulo Tostes Coimbra, a tendência é de que o setor passe a adotar modelos baseados em valor, pois pensando em longo prazo, não há como se manter sustentável com o formato atual.
À frente da cooperativa nacional da marca Unimed, com mais de 2 milhões de vidas, Luiz Paulo conta que tem adotado formatos de remuneração baseado em valor e defende que essa é a única saída para que se valorize os prestadores que entregam qualidade e eficiência no atendimento aos pacientes. "É preciso que se migre o modelo do fee for service e se pague pelo resultado clínico. Clínicas e hospitais precisam receber pela qualidade do serviço que é entregue ao paciente. Assim quem for mais eficiente clinicamente, vai ganhar mais", ressalta.
Ele também ressalta que superar o modelo tradicional abre novos horizontes, permitindo que a operadora avalie qual opção é a melhor para cada tipo de prestador, pode ser capitation, por pacote, entre outros. Em casos de doenças nos quais há maior previsibilidade clínica, o modelo por pacote pode ser mais interessante, pois permite estabelecer previamente um valor por todo o atendimento prestado.
No entanto, observa Luiz Paulo, para que haja ganho para o paciente e, ao mesmo tempo, se reduza o desperdício, é preciso que a remuneração esteja atrelada a indicadores de performance. Ele cita como exemplo um programa para doenças crônicas, no qual os beneficiários da Unimed são atendidos por uma clínica especializada. Nesse caso, o risco é compartilhado com o prestador. Isso significa que o ganho dele varia de acordo com os indicadores estabelecidos. "Se o atendimento não resultar em ganho de qualidade de vida para o paciente, ou seja, em redução de tempo de internação ou de ia ao pronto de socorro, o prestador não recebe um valor menor ou pode nem receber nada", destaca.
O caso do programa de crônicos é apenas um de várias relações com prestadores que já se baseiam em modelos de remuneração por valor. Para a Unimed Nacional, esse é um caminho sem volta, pois privilegia os prestadores que realmente entregam serviços de excelência e acaba com um modelo de pagamento que não prioriza a saúde do paciente. "A Unimed quer ser referência nessa transformação, para que não se pague mais por desperdícios que prejudicam o paciente e inviabilizam a sustentabilidade do setor", afirma Luiz Paulo.
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VALOR
Planos de Saúde: Prejuízo operacional dos planos de saúde salta para R$ 11,5 bi
Resultado negativo das operadoras aumentou 12,5 vezes, segundo dados da ANS
O mercado de planos de saúde encerrou o ano passado com um prejuízo operacional (que não considera os ganhos financeiros) de R$ 11,5 bilhões. O resultado é 12,5 vezes pior do que o registrado em 2021. Além disso, é a maior perda registrada desde 2001, quando a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) começou a acompanhar o setor.
Desde 2021, o setor observa queda no desempenho com as operações de assistência à saúde. Especialmente nas operadoras médico-hospitalares, nota-se uma ressaca pós-covid, com déficit de R$ 11,5 bilhões no resultado operacional, informa a agência reguladora.
O valor das despesas médicas e administrativas das operadoras atingiu R$ 265,1 bilhões, uma quantia superior à receita total que somou R$ 264,2 bilhões no ano passado. Esse descompasso entre receita e despesa impacta diretamente no índice de reajustes de planos de saúde, disse Vera Valente, diretora executiva da presidente da Fenasaúde, entidade que representa o setor. A taxa de sinistralidade em 2022 ficou em 89,2%, alta de 2,12 pontos percentuais. Segundo Vera, a expectativa é que o reajuste dos planos individuais fique em 8,8%. A ANS divulga o indicador, que serve de referência para as demais modalidades de convênio médico, no próximo mês.
Além desse descasamento, o crescimento da receita das operadoras em relação a 2021 foi de apenas 0,33% mesmo com um incremento de 1,5 milhão de usuário de convênio médico durante o ano passado o que demonstra que os planos de saúde tiveram um downgrade. Houve ainda a contratação de planos de saúde com tíquete menor o que afeta o faturamento e rentabilidade do setor, uma vez que os custos médicos continuam subindo em altos patamares. O setor detinha em dezembro um total de 50,4 milhões de pessoas com planos de saúde.
No caso concreto do mercado de saúde suplementar, em uma avaliação preliminar, as despesas assistenciais não apresentaram crescimento que possa justificar o aumento da sinistralidade. No entanto, as receitas advindas das mensalidades parecem estar estagnadas, especialmente nas grandes operadoras. Essa análise é compatível com o recente histórico do mercado de saúde suplementar: apesar do expressivo aumento de beneficiários desde o início da pandemia, a sinistralidade não foi tão bem controlada, informa a ANS.
Considerando os ganhos financeiros das operadoras que possuem quantias relevantes em reservas para cobrir possíveis casos de falência o setor de planos de saúde apurou um prejuízo líquido de R$ 505,7 milhões no ano passado, revertendo o lucro líquido de R$ 2,6 bilhões registrado em 2021.
A Fenasaúde alerta ainda que há um crescimento expressivo de operadoras de planos de saúde no vermelho. Em 2019, havia 171 operadoras, que juntas detinham 3,8 milhões de usuários, com despesas operacionais maiores do que as receitas. No ano passado, já eram 263 operadoras nessa situação. Essas empresas possuem 18,5 milhões de clientes, o que representa 36% da base total de usuários de planos de saúde. Esse aumento se dá tanto em operadoras de pequeno e médio portes quanto entre as grandes, disse Vera.
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PORTAL CQCS
Saúde suplementar pode ter mais uma cobertura obrigatória
CQCS - Centro de Qualificação do Corretor de Seguros
O deputado Duarte (PSB/MA) apresentou projeto de lei que inclui na cobertura dos planos e seguros privados de assistência à saúde, no caso de atendimento ambulatorial, os exames e avaliações complementares solicitados por fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos, quando forem necessários para auxiliar no diagnóstico e evolução do tratamento.
Segundo o parlamentar, atualmente, com base nos números disponíveis na internet, existem mais de 50 mil fonoaudiólogos, mais de 240 mil fisioterapeutas, mais de 20 mil terapeutas ocupacionais e mais de 400 mil psicólogos. Ocorre que, com o passar dos anos, mais esses profissionais têm entrado em evidência, em especial após o período da pandemia do COVID-19 e com a existência de várias doenças que necessitam de estímulo social, participativo e funcional. No entanto, tais tratamentos e solicitações de exames têm sido recusados, em virtude da não previsão de obrigatoriedade dos planos e seguros privados de saúde em cobrir com os gastos dessas solicitações, argumenta o autor da proposta.
Ele acrescenta que a requisição de exames e avaliações complementares não tem como objetivo interferir na área de competência de outros profissionais, uma vez que é necessária uma interdisciplinaridade entre os profissionais de modo que seja possível se chegar a um diagnóstico pelos especialistas competentes em cada área de atuação e, com a recusa dessas solicitações, torna-se mais difícil as investigações, o que não faz sentido. Sendo assim, a recusa na cobertura dos exames e avaliações solicitados pelos fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos não possui impeditivo legal, além de ser prejudicial para os pacientes, conclui.
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Assessoria de Comunicação
Nota Técnica orienta sobre qualidade de máscaras e aventais hospitalares
CLIPPING AHPACEG 26/04/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
FenaSaúde: cenário da saúde suplementar é crítico e impacta reajuste dos planos de saúde
Comissão no Congresso aprova R$ 7,3 bilhões para governo bancar novo piso da enfermagem
Brasil é o 5º país com a maior expectativa de vida da América Latina
Ministério da Saúde lança campanha contra malária
Aparecida oferta serviços de pré-natal gratuitos para gestantes
DPE recomenda liberação imediata de prontuário médico a mulheres em Goiânia
Saúde orienta sobre vacina bivalente público acima de 18 anos em Goiás
Empresa de saúde de Goias descumpre contrato de R$ 22 milhoes para abertura de leitos de UTI em MT
Fraude no pedido de reembolso ao plano de saúde pode levar até à demissão
Polícia quer ouvir médicos de todos os hospitais que atenderam passista que perdeu o braço após cirurgia de retirada de mioma
Mudança da personalidade jurídica do Ipasgo é sancionada por Ronaldo Caiado
ESTADÃO
FenaSaúde: cenário da saúde suplementar é crítico e impacta reajuste dos planos de saúde
Com prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões e resultado financeiro líquido positivo de R$ 1,5 milhões, segundo dados divulgados ma segunda-feira, 24, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde médico-hospitalares tiveram em 2022 o pior resultado desde o início da série histórica feita pela agência, em 2001. Apesar de o quarto trimestre ter apresentado prejuízo operacional menor em relação aos três anteriores do ano passado - 1º tri (-R$ 1,1 bilhão), 2º tri (-R$ 4,4 bilhões) e 3º tri (-R$ 5,5 bilhões) -, o setor já acumula 7 trimestres negativos seguidos.
Entre 2021 e 2022, as receitas tiveram variação positiva de 5,6%, enquanto as despesas das operadoras aumentaram na ordem de 11,1%. "A relação entre receitas e despesas do setor vive um grande desequilíbrio", avalia a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 13 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde.
Diante dos resultados, a federação considera o cenário crítico e alerta para o impacto nos reajustes dos planos de saúde. A divulgação do índice de reajuste dos planos individuais e familiares deve ocorrer em maio.
Outro destaque negativo de 2022, na visão da FenaSaúde, é a sinistralidade dos planos médico-hospitalares. Um dos principais indicadores do setor, o índice foi de 89,21% no quarto trimestre. O porcentual indica que a cada R$ 100 da receita das operadoras de planos saúde no trimestre, R$ 89,21 foram destinados ao pagamento de despesas assistenciais com consultas, exames, internações, cirurgias, entre outros. No terceiro trimestre o índice chegou a 93,2%.
De acordo com a entidade, entre os fatores que impactam esses resultados estão o crescimento da frequência de uso dos planos de saúde; o fim da limitação de consultas e sessões de terapias ambulatoriais com fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros; o aumento do preço de insumos médicos; a obrigatoriedade de oferta de tratamentos cada vez mais caros, com doses a cifras milionárias; a ocorrência de fraudes; e a judicialização.
"A saúde suplementar sofre efeitos diretos do descompasso entre receitas e despesas e do aumento dos custos dos tratamentos de saúde, medicamentos, procedimentos hospitalares e terapias. Essa escalada deve impactar diretamente no índice de reajustes dos planos. O cenário coloca em risco o equilíbrio do sistema, o que pode levar à saída de milhares de beneficiários, sobrecarregando ainda mais o SUS", avalia a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente.
A executiva pontua que tal cenário tende a se agravar com a alteração do caráter taxativo do rol, promulgada em setembro de 2022, que criou, segundo Valente, "condicionantes frágeis e subjetivas de cobertura".
"Precisamos buscar soluções que visem o uso racional dos recursos dos planos de saúde e promovam a eficiência operacional da saúde suplementar. E isso só será possível a partir da soma de esforços de todos os agentes da cadeia de serviços em saúde, como as operadoras, os prestadores de serviço e os fornecedores, com o apoio da própria sociedade, que é a principal beneficiada por um sistema que ajuda a desafogar o sistema público de saúde, oferecendo assistência médica a 50,4 milhões de pessoas", finaliza a diretora-executiva da FenaSaúde.
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BLOG DO BG
Comissão no Congresso aprova R$ 7,3 bilhões para governo bancar novo piso da enfermagem
A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (25) um crédito especial de R$ 7,3 bilhões no orçamento deste ano para que o Ministério da Saúde assuma o pagamento do piso salarial da enfermagem a partir de maio. O dinheiro previsto será usado para ajudar estados, municípios e o Distrito Federal a pagar o salário dos profissionais.
A proposta (PLN 5/23) também beneficia técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.
A lei define que a remuneração mínimos dos enfermeiros será de R$ 4.750. Os técnicos de enfermagem deverão receber 70% desse valor (R$ 3.325), e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).
O piso foi instituído em 2022 a partir da aprovação de um projeto de lei no Congresso Nacional e sancionado em agosto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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DIÁRIO DO ESTADO
Brasil é o 5º país com a maior expectativa de vida da América Latina
Anos de vida dos brasileiros tiveram um aumento de 40% nos últimos anos. Brasil é superado pela Argentina, com 75 anos
A expectativa de vida dos brasileiros cresceu 40% nos últimos 60 anos. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a perspectiva diante dos fatores atuais no país garante que o brasileiro pode viver 74 anos, em média.
A expectativa de vida é o indicador que avalia quantos anos um indivíduo pode viver com base nas condições econômicas, sociais, políticas e de saúde pública no país.
Em relação às últimas seis décadas, os brasileiros foram superados pelos chineses com o tempo esperado de vida e seguem à frente apenas dos indianos. Em relação ao Japão, líder do ranking, a diferença supera dez anos.
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Já em comparação a América do Sul, o Brasil é o 5º país com maior expectativa de vida, sendo superado pela Argentina com 75,8 anos.
Top 10
Em relação às maiores economias mundiais, o Brasil contém uma assimetria gritante. De acordo com estatística da ONU e do Banco Mundial, espera-se que um japonês possa viver em média 84,6 anos e que um italiano chegue aos 82,3. Já um brasileiro pode alcançar 74 anos e um indiano os 70,1.
Já em crescimento nas últimas seis décadas pode-se dizer que as nações historicamente mais ricas (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, França e Itália) ficam abaixo dos 20%. A única exceção é o Japão, que tem um crescimento de 25% no índice.
Nos países emergentes, a aceleração é bem mais rápida. No Brasil, a expectativa de vida cresceu 40% nos últimos anos. A porcentagem é ainda maior na Índia (55%) e na China (134%).
O rápido aumento na porcentagem destes países se deve ao fato do impacto que algumas medidas têm em regiões menos desenvolvidas, através de políticas de redução da mortalidade infantil, de vacinação, de saneamento básico e atenção à saúde. Isso gera um amplo efeito na expectativa de vida das pessoas.
Por sua vez, os países mais ricos enfrentam problemas como doenças infecciosas e a alta frequência de óbitos precoces de crianças, superados há tempo por países menos favorecidos.
Estes países têm como principal desafio lidar com os ajustes finos das doenças crônicas não transmissíveis, que são típicas do envelhecimento e do estilo de vida moderno, como a obesidade, o câncer, a hipertensão e o diabetes.
Estes programas de diagnóstico e tratamento eficazes para essas enfermidades, o efeito dessa melhora no tempo de vida dos cidadãos será naturalmente tímido.
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O HOJE
Ministério da Saúde lança campanha contra malária
Ação tem foco na Região Amazônica, com 99% dos casos no país
O Ministério da Saúde (MS) lançou nesta terça-feira (25/4) uma campanha voltada para a prevenção e combate à malária. Com o slogan O combate à malária acontece com a participação de todos: cidadãos, comunidade e governo, a campanha tem como foco a Região Amazônica, que concentra 99% dos casos no país. A doença, cuja incidência ocorre nas populações de maior vulnerabilidade social, representa um grande problema de saúde pública no país. A data marca o Dia Mundial de Luta Contra a Malária e os 20 anos de atuação do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária.
Em 2019, o Brasil registrou mais 153 mil casos de malária; em 202 0 foram 143 mil; em 2021, 193 mil casos e em 2022, foram registrados 129 mil casos da doença e 50 óbitos. Dados preliminares da pasta, mostram que nos dois primeiros meses de 2023, já foram registrados 21.273 casos, um aumento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o MS, a campanha de publicidade será veiculada na televisão, rádio, internet, redes sociais e outdoors nos estados da Região Amazônica (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO). A campanha será divulgada também em carros e barcos de som, para que a informação chegue à população das localidades mais vulneráveis.
A malária, também conhecida como impaludismo, paludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium.
A doença tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Entretanto, a doença pode evoluir para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada.
O Plasmodium falciparum é considerado o mais agressivo, por ser associado à forma grave da doença, cujos sintomas são: prostração, alteração da consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque e hemorragias.
No Brasil, 30 municípios concentraram 80% dos casos da doença. Considerando apenas malária por P. falciparum, 16 municípios concentram 80% dos casos. Na região extra-amazônica, composta pelas demais unidades federativas, as ações se concentram em evitar a transmissão autóctone (local).
A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do MS, Alda Cruz, disse que a campanha vai ser veiculada nas regiões, consideradas especiais e mais afetadas, com foco em alertas, as formas de prevenção e tratamento da doença.
“O dever de casa é diagnosticar e tratar todos os casos de forma adequada e oportuna, com a realização das atividades de prevenção e controle, incluindo educação em saúde e evitar o restabelecimento nas áreas sem transmissão autóctone nos últimos três anos, que vem sendo implementado na região extra-amazônica”, destacou.
Alda informou que todos os medicamentos para o tratamento de malária estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e que o ministério distribuiu 171,9 mil testes, para atender estados da federação e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Outros 300 mil testes serão entregues em duas etapas ao longo do ano de 2023. Ainda para este ano, o SUS está preparado para tratar mais de 800 mil pessoas com a doença, incluindo malária grave.
Os dados do MS, mostram que houve, entre 2021 e 2022, uma redução na transmissão de malária em áreas especiais, a exceção da área de garimpo, que apresentou um aumento de 11, 4% dos casos, passando de 20.554, em 2021, para 22.889 no ano seguinte.
Na área rural, o número de casos caiu de 50.896 para 47.621, uma redução no período de 6,4%; no assentamento houve diminuição de 7.727 para 6.961, queda de 9,9%; na área urbana o número de casos caiu de 11.976 para 10.483, redução de 12,5%; e na área indígena a queda foi de 15,7%, passando de 46.048 para 38.807.
Para a oficial nacional de malária e doenças neglicenciadas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Sheila Rodovalho, é preciso ter atenção detalhada porque a forma de transmissão da doença varia em cada área. Ela destacou que a organização estuda fortalecer o apoio para a equipe nacional que trabalha na área, especialmente no estado do Amapá.
“Estamos avaliando um apoio para fortalecer a equipe nacional, mas também em um estado específico que estamos trabalhando hoje, que é o Amapá. É um estado que conseguimos identificar várias situações: temos área indígena, temos garimpo, ribeirinhos, temos áreas de fronteira onde tem uma ameaça de resistência a medicamentos”, disse.
A secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do MS, Ethel Maciel, disse que, além da campanha, a pasta deve lançar nos próximos dias, um plano estratégico de combate à malária específico para a Amazônia Legal. Entre as ações que devem ser realizada estão a capacitação de lideranças para a eliminação da doença.
“Trabalharemos nessas duas frentes: um plano específico visando o preenchimento de alguns vazios, tanto na vigilância quanto na assistência. Quando olhamos a distribuição, inclusive dos equipamentos de saúde no Brasil, eles são um tanto diferenciados por região e a Região Norte é aquela que precisamos olhar de forma diferenciada para efetivar a equidade em saúde”, explicou.
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GAZETA DO ESTADO
Aparecida oferta serviços de pré-natal gratuitos para gestantes
Com foco na proteção e no bem-estar das grávidas e dos bebês, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) oferta acompanhamento e serviços gratuitos para as gestantes da cidade. Todas as mulheres com suspeita ou confirmação de gravidez podem buscar informações e atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, sem necessidade de agendamento. O ideal, segundo os gestores da pasta, é que o pré-natal se inicie antes da 12ª semana de gravidez para diminuir riscos, aprimorar a assistência prestada e fortalecer o vínculo entre as gestantes e os profissionais.
“A oferta de serviços começa antes mesmo da confirmação da gestação. Todas as mulheres com suspeita de gravidez podem realizar gratuitamente na rede pública municipal o exame Beta hCG, que indica se a mulher está ou não esperando um bebê. O pedido do exame é feito diretamente nas UBS´s da cidade, sem necessidade de agendamento e mediante avaliação dos profissionais. Tudo bem rápido e sem burocracia. Caso se confirme a gestação, o acompanhamento é iniciado de imediato. Aquelas mulheres que já têm a confirmação da gravidez também devem iniciar o pré-natal o mais rápido possível”, convoca o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.
O gestor lembra ainda que em Aparecida, além da assistência de rotina nos postos de saúde, desde julho do ano passado, de forma inovadora no Estado e até no País, a SMS realiza o tele monitoramento das grávidas. “É um tipo de acompanhamento a mais, que aumenta a segurança, evita filas e facilita o acesso à rede. Com isso, também buscamos a redução das taxas de mortalidade infantil, fetal e materna. E, quando necessário, nossas equipes realizam a busca ativa das gestantes, indo até suas residências”, comunica Alessandro Magalhães.
Onde fazer o pré-natal
O superintendente de Atenção à Saúde, Gustavo Assunção, informa que, quando uma moradora de Aparecida suspeita ou tem a confirmação de sua gravidez, ela deve procurar, sem necessidade de agendamento e o quanto antes, uma das 42 UBS´s do município, de segunda a sexta, das 8 às 17h, para ser avaliada e também realizar o Teste da Mamãe, feito após coleta sanguínea e que identifica doenças que afetam a mãe e o bebê. “Com a gravidez confirmada, a paciente é orientada e começa a ser acompanhada presencialmente na unidade e também monitorada pela Central de Telemedicina logo no primeiro trimestre da gestação”, complementa.
Ainda em relação ao tele monitoramento das gestantes, Gustavo enfatiza que a iniciativa é excelente porque permite um acompanhamento mais amplo do estado físico e emocional da grávida, soluciona dúvidas e permite o agendamento de consultas presenciais sempre que necessário, inclusive no puerpério. “Porém, sempre frisamos que esse serviço não substitui as consultas presenciais nas unidades. Trata-se de uma ferramenta de excelência, uma estratégia adicional para aperfeiçoar a assistência às grávidas”, ressalta.
Cuidado no tempo certo
Para a chefe de Atenção aos Ciclos da Vida da SMS, Marilya Rodrigues Reis, é imprescindível reforçar a importância do pré-natal pois ele é fundamental para uma gestação e um parto saudáveis e sem complicações para a mãe e o bebê. Ela relata que essa conscientização se faz ainda mais importante porque “as gestantes de Aparecida têm iniciado o pré-natal muito tardiamente, comparecendo às unidades de saúde com a gravidez muito avançada. O ideal é que esse acompanhamento seja iniciado antes da 12ª semana de gestação”.
Marilya Rodrigues ressalta que o pré-natal, acompanhamento feito por profissionais de medicina e enfermagem e equipes de apoio nas unidades, se seguido corretamente pelas gestantes, reduz riscos de partos prematuros, nascimento de crianças com baixo peso, complicações em decorrência de hipertensão arterial, bem como da transmissão vertical de patologias como o HIV, sífilis e hepatites.
Estratégia bem-sucedida
Lúcia Pacheco, da equipe de coordenação médica da SMS, detalha que o tele monitoramento do pré-natal tem facilitado o acesso das grávidas a alguns serviços, tais como encaminhamentos para odontologia e pedidos de exames básicos, e, com o apoio do Agendamento Municipal de Consultas (0800-646-1590), tem agilizado a marcação de consultas, inclusive para os recém-nascidos. “Além disso, a SMS firmou uma parceria com os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS’s) para encontrar gestantes que porventura não tenham iniciado o pré-natal em tempo oportuno ou que não têm comparecido às consultas”, adiciona.
Atualmente, com 4.540 mulheres sendo acompanhadas, o serviço consiste em ligações telefônicas trimestrais feitas pela equipe da Central de Telemedicina durante os 3 trimestres da gestação, sendo intensificadas, se necessário, para ligações semanais a partir da 37ª semana gestacional e se estendendo até o puerpério.
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A REDAÇÃO
DPE recomenda liberação imediata de prontuário médico a mulheres em Goiânia
Ludymila Siqueira
Goiânia - A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) recomendou, na segunda-feira (24/4), que a Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS) libere de forma imediata os prontuários médicos a mulheres que denunciam violência obstétrica na Capital. A ação se deu após as vítimas relatarem dificuldades para que as maternidades públicas do município forneçam o documento. A pasta tem prazo de dez dias para apresentar respostas.
Na recomendação, a DPE afirma que é vedado ao médico “negar acesso ao prontuário e deixar de fornecer cópia quando solicitada pelo paciente". Além disso, foi reforçado no documento que o direito está garantido pelo Código de Defesa do Consumidor, como consta no artigo 72 e que o não cumprimento poderá acarretar em pena de seis meses a um ano de detenção ou multa.
A ação foi assinada pelo o Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem), a 6ª Defensoria Pública Especializada de Atendimento Inicial da Capital e o Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH).
Histórico
De acordo com a DPE, foram registradas denúncias de violência obstétrica ocorridas nas maternidades públicas da capital nos últimos meses. Uma das alegações apresentadas pelas vítimas é a recusa da unidade de saúde em fornecer o prontuário médico.
A Secretaria de Saúde informou, após conversas diretas com uma das maternidades envolvidas, que o fornecimento do prontuário é disponibilizado sem “rigorismo formal”. A pasta encaminhou à DPE um fluxograma com todo o processo pelo qual passa a liberação do prontuário, que dependendo dos casos pode ser liberado em 20 dias. No entanto, a Defensoria Pública destacou que a disponibilização deve ser imediata.
Agora, a Secretaria tem o prazo de dez dias para informar por escrito à coordenação do Nudem sobre as medidas que serão tomadas para efetivar a recomendação. Caso não obtenha resposta, serão tomadas providências extrajudiciais e judiciais cabíveis serão aplicadas.
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Saúde orienta sobre vacina bivalente público acima de 18 anos em Goiás
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), orienta as 246 prefeituras do Estado a ampliar a faixa etária para receber a vacina bivalente contra a covid-19 para maiores de 18 anos. A recomendação segue novas diretrizes apresentadas pelo Ministério da Saúde, no início da noite desta segunda-feira (24/4), com o objetivo de aumentar o número de imunizados em todo o Brasil.
Segundo a nota técnica divulgada pelo Ministério, todas as pessoas maiores de idade, independentemente de comorbidades, que tenham tomado ao menos duas doses do esquema primário com a vacina monovalente ou como dose de reforço, dentro de um intervalo mínimo de quatro meses, devem receber doses do imunobiológico.
A mudança nos parâmetros considera a disponibilidade de doses da vacina bivalente e a oportunidade de atualização da resposta imunológica da população. A proteção abrange a variante Ômicron e suas subvariantes. Os 246 municípios do Estado estão abastecidos com o imunizante desde a realização da primeira fase da campanha.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, afirma que todos os municípios estão preparados. Segundo ela, Goiás recebeu 751.584 doses e mais de 571 mil doses já foram entregues às prefeituras. “Até o momento apenas 249.399 doses da vacina bivalente foram aplicadas em Goiás, atingindo apenas 15,5% de cobertura vacinal”, informa.
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FOLHA MAX
Empresa de saúde de Goias descumpre contrato de R$ 22 milhoes para abertura de leitos de UTI em MT
A Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI), vencedora da licitação para a abertura de leitos pediátricos de UTI no Hospital Regional de Sinop, descumpriu o contrato firmado com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e inviabilizou a abertura dos novos leitos. O prazo para a empresa apresentar todos os documentos exigidos em contrato era 31 de março.
A OGTI apresentou a documentação não integral no dia 30 de março e, em 06 de abril, o Hospital Regional notificou a prestadora pelo descumprimento dos prazos contratuais. Com o objetivo de encontrar uma solução para a questão, a SES acionou a Procuradoria Geral do Estado (PGE).
"Infelizmente a empresa não conseguiu arcar com o combinado e não podemos simplesmente infringir as normas. Por essa razão, acionamos a PGE", disse o secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo.
Após o parecer da PGE, a SES irá informar como procederá para abertura dos novos leitos. Em 22 de março de 2023, a SES anunciou a abertura de 30 leitos pediátricos no Hospital Regional de Sinop em 30 dias.
O anúncio previa 10 leitos de UTI pediátrica, 15 leitos pediátricos em Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e 5 leitos de retaguarda infantil no hospital. A Secretaria ainda previu o investimento de R$ 22 milhões por ano nesta ação.
Na região de Saúde do Teles Pires, a SES já oferta leitos de UTI neonatal no Hospital Santo Antônio, em Sinop, e leitos de UTI pediátrica no Hospital Regional Hilda Strenger Ribeiro, em Nova Mutum.
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SUPER NOTÍCIA ONLINE
Fraude no pedido de reembolso ao plano de saúde pode levar até à demissão
Acredite: há quem empreste sua carteirinha do convênio para outra pessoa fazer uma consulta em seu lugar. Em março, o Itaú demitiu 80 funcionários por fraude na utilização do plano de saúde. Segundo o banco, eles teriam dado um golpe na solicitação de reembolso. O uso incorreto dos serviços das operadoras de saúde é apontado pelo setor como um dos fatores do prejuízo histórico de R$ 11,5 bilhões em 2022, divulgado nessa segunda-feira (24) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Em outubro do ano passado, a FenaSaúde, que representa as maiores operadoras do setor, denunciou ao Ministério Público uma empresa de fachada, criada para aplicar esse tipo de golpe em larga escala. Os reembolsos fraudulentos chegaram a cerca de R$ 40 milhões. "As fraudes impactam na sustentabilidade do sistema de saúde, na previsibilidade de gastos por parte dos planos e tem efeito direto na assistência aos beneficiários, uma vez que as operadoras precisam estabelecer critérios cada vez mais rígidos para garantir a segurança do paciente", observa Vera Valente, diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).
Há uma defasagem de pesquisas mais atuais sobre o prejuízo causado por fraudes no setor, mas segundo um estudo realizado em 2017 pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), quase R$ 28 bilhões dos gastos das operadoras médicos-hospitalares do país com contas hospitalares e exames foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários. "Certamente, a situação se agravou nos últimos anos", avalia Valente.
A lista dos golpes é extensa, mas entre os mais comuns estão o uso de dados pessoais por terceiros, empréstimo de carteirinha, fracionamento de recibo, omissão ou falsificação de dados pessoais, falso estado clínico e fraudes virtuais.
Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), esclarece que as fraudes têm se concentrado muito nos planos de seguro, porque existe a possibilidade de reembolso das despesas médicas. Um golpe bastante comum, segundo Toledo, é fruto de um acordo entre paciente e médico, quando as consultas particulares custam mais do que o valor que o beneficiário teria direito no reembolso. Nestes casos, o profissional emite mais de uma nota fiscal, após 30 dias, para que a pessoa tenha direito a praticamente a integralidade do valor da consulta.
Os beneficiários precisam ficar atentos porque fraudes podem levar a penalidades diversas, multas e até reembolso aos planos pelos gastos indevidos, alerta Mariana Resende Batista Mansur, advogada especialista em direito à saúde. "Há a possibilidade ainda de ter o contrato com o plano de saúde rescindido e responder a processos na esfera cível e criminal. A pessoa que utilizou da carteirinha 'emprestada' também poderá responder a processos, como o crime de estelionato", explica.
Assim como foi feito no caso do Itaú, dependendo da conduta do empregado, a fraude pode ser caracterizada como falta grave ao contrato de trabalho. "O que pode gerar a demissão por justa causa do trabalhador", destaca a advogada.
A Lei 9656/1998, que trata sobre os planos de saúde, prevê ainda que, em caso de fraude ou má-fé do beneficiário, o plano pode negar eventual cobertura ou mesmo realizar o encerramento do contrato. "Contudo, a Lei 9.656/1998 veda expressamente a suspensão ou rescisão unilateral do contrato, em qualquer hipótese, durante a ocorrência de internação do titular", pondera Mansur.
Tecnologia é usada contra fraudes na utilização dos planos
Segundo a Anab, as operadoras de saúde têm avançado no uso de tecnologias para evitar as fraudes cada dia mais recorrentes. "Temos, por exemplo, a questão da biometria", lembra Alessandro Toledo, presidente da associação. Há ainda outras manobras que pedem uma documentação adicional para evitar o uso indevido dos serviços das operadoras por terceiros.
Desde o último ano, a FenaSaúde também tem intensificado uma série de ações para coibir as fraudes. Além de formalizar notícias-crime ao Ministério Público de São Paulo, que culminaram na abertura de nove inquéritos policiais, a entidade criou uma gerência de prevenção e combate às fraudes e tem realizado diversos eventos e ações para debater o cenário, além de promover a conscientização do público. Em março, durante o Dia do Consumidor, foi lançada a campanha Saúde Sem Fraude (www.saudesemfraude.com.br), que tem o objetivo de orientar a sociedade sobre os impactos das práticas fraudulentas ao sistema de saúde.
Entenda quais são as fraudes mais comuns na utilização dos planos de saúde:
Uso de dados pessoais de terceiros
Há beneficiários que são induzidos a compartilhar seu login e senha de acesso ao aplicativo do plano de saúde com a promessa de ajuda para realizar algum processo junto à operadora. Com posse desses dados, terceiros podem ter acesso a informações pessoais e utilizá-las de forma inadequada, por exemplo, para alterar a conta bancária vinculada ao reembolso ou para solicitar reembolso de procedimentos não realizados.
Empréstimo de carteirinha
A carteirinha do plano é pessoal e intransferível. Quando uma pessoa se passa por outra para usar o plano de saúde de um terceiro, está cometendo crime.
Fracionamento de recibo
É quando uma única consulta ou procedimento é realizado, mas emite-se mais de um recibo ou nota fiscal, com o objetivo de conseguir um reembolso total mais alto. O pedido de reembolso deve informar corretamente o procedimento ou a consulta realizada, assim como o valor efetivamente desembolsado.
Informações falsas na contratação do plano
A omissão ou falsificação de dados pessoais como idade, condições pessoais de saúde ou vínculos empregatícios, para contratação de plano de saúde ou obtenção de vantagens contratuais, é fraude.
Reembolso assistido ou auxiliado
O chamado "reembolso assistido" geralmente é oferecido em troca da cessão de dados pessoais dos beneficiários, como o login e senha de acesso ao portal do cliente na operadora de plano de saúde. O beneficiário recebe como promessa a "facilitação' do processo de pedido de reembolso".
Reembolso sem desembolso
Muitas vezes o beneficiário é estimulado a realizar um atendimento fora da rede credenciada, sob a promessa de que não precisará fazer qualquer pagamento pela consulta ou procedimento. No entanto, para que o beneficiário tenha direito ao reembolso, é necessário que tenha pagado previamente os valores dos serviços de saúde.
Falso estado clínico
A alteração do estado clínico do paciente (classificação da doença no pedido médico) para solicitar procedimentos desnecessários, excessivos ou não cobertos pelos planos de saúde - por exemplo, para fins estéticos -, além de ser fraude, muitas vezes coloca a saúde do paciente em risco.
Golpes virtuais
Criar sites falsos ou outros recursos para emitir ou alterar boletos é crime. Nesses casos, o dinheiro depositado é desviado para a conta dos fraudadores, afetando diretamente os beneficiários.
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O GLOBO
Polícia quer ouvir médicos de todos os hospitais que atenderam passista que perdeu o braço após cirurgia de retirada de mioma
O primeiro cirurgião que operou a passista da Grande Rio, Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, que teve o braço amputado após complicação de uma cirurgia de retirada de mioma, prestou depoimento no final da manhã desta terça-feira. Gustavo Machado depôs na condição de testemunha auxiliando nas investigações da 64ª DP (São João de Meriti). O médico negou qualquer negligência no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart e disse que houve um problema vascular que levou a retirada do útero de Alessandra. A polícia quer ouvir os médicos dos outras hospitais onde ela passou. Ao comparecer ao Hospital Municipal Souza Aguiar, na tarde desta terça-feira, para uma consulta de revisão de outro procedimento, realizado na barriga, a paciente voltou a acusar a unidade da Baixada de erro médico e cobrou justiça.
Em nota, a Fundação Saúde, que administra o Hospital da Mulher Heloneida Studart e o Instituto Estadual de Cardiologia Aluizio de Castro, faz um levantamento detalhado do atendimento dado a Alessandra e informa que "em 3 de fevereiro, às 14h, ela foi submetida a cirurgia para retirada dos 17 miomas, com preservação do útero, ovários e trompas, numa tentativa de respeitar seu desejo de engravidar". O órgão expressa ainda solidariedade "com a paciente e sua família e ressalta que Alessandra foi atendida durante todo seu período de internação por especialistas e tendo acesso aos tratamentos e medicamentos necessários para a preservação da sua vida" (Leia ao fim desta matéria a íntegra da nota).
- Graças a Deus agora está tudo bem, mas tem sido tudo muito difícil. Só espero que a justiça seja feita. Vamos aguardar. Não tem como não ter sido erro médico. Está claro isso - apontou a passista.
Alessandra foi internada no Hospital da Mulher para a retirada de um mioma no útero. Durante a cirurgia teve o órgão retirado, ao que o médico Gustavo Machado, na delegacia, contou ter sido em decorrência de um "problema vascular". Durante o depoimento, segundo o delegado titular da 64ª DP, Bruno Enrique de Abreu Menezes, o cirurgião afirmou que a decisão de amputar parte do braço esquerdo da paciente foi tomada na segunda unidade para onde ela foi levada, o Instituto Aloysio de Castro, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.
A passista fez a operação para a retirada do mioma no dia 3 de fevereiro deste ano, após seis meses de espera desde a detecção da necessidade de cirurgia. No fim do mesmo dia, uma hemorragia foi detectada e a equipe médica avisa da necessidade de nova operação, desta vez para uma histerectomia total (retira completa do útero). Os procedimentos foram explicados pelo cirurgião em depoimento.
- Ele (o médico)está explicando o procedimento médico, como foi feita a cirurgia. Da cirurgia da retirada do mioma agravou para uma histerectomia, e teve que retirar o útero da paciente. Pós-operatório teve um agravamento na parte vascular, identificado o problema vascular, foi encaminhada para o hospital com a especialidade nesse caso, e nesse segundo hospital é que foi feito o procedimento de retirada do membro. Então, ele não tem como explicar o porquê. A gente vai ouvir o médico do segundo hospital, para entender qual foi o quadro clínico com que ela chegou e como ele decidiu a amputação do membro - disse o delegado da 64ª DP em entrevista ao RJTV, da TV Globo.
O delegado esclareceu que o ginecologista e um outro médico do CTI para onde Alessandra foi levada foram ouvidos, mas que espera ouvir os profissionais do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, a segunda unidade onde a passista passou e onde foi feita a amputação do braço.
- Esse primeiro médico não sabe o que levou o segundo a amputar o membro. Mas existe uma evolução de quadro da paciente, a gente ainda não sabe se houve negligência ou uma imperícia, é algo que só a conclusão médico jurídica vai poder apontar - disse o delegado.
Equipes da Polícia Civil estiveram na segunda-feira no Hospital da Mulher para requisitar o prontuário médico e agendar a data para que os médicos prestassem depoimentos. Os profissionais compareceram à delegacia nesta terça-feira espontaneamente. Numa outra fase da investigação, serão requisitados os prontuários das outras unidades de saúde por onde a passista passou após a cirurgia, além dos depoimentos dos outros médicos envolvidos.
- O próximo passo vai ser, requisitar e receber o prontuário dos outros hospitais e também ouvir os médicos que prestaram atendimento nesses outros hospitais.
O delegado disse ser muito cedo para concluir que houve imprudência ou uma negligência. O prontuário médico do Hospital da Mulher vai ser encaminhado ao Instituto Médico-Legal, que deverá dar o parecer .
O Souza Aguiar foi a última unidade por onde a paciente passou. Lá ela permaneceu um por um mês, de 4 de março a 4 de abril, para tratar de uma infecção na barriga, segundo disse, resultado o primeiro atendimento no hospital da Baixada. Ontem retornou à unidade para consulta de revisão e retirada dos pontos. A passista, que tem 1,83m de altura, está andando curvada e com dificuldade. Ela chegou ao hospital acompanhada da mãe, Ana Maria. Alessandra disse que não pretendia tornar público o seu caso, mas resolveu fazê-lo para encorajar outras pessoas que passam pela mesma situação.
- As pessoas precisam ter coragem para falar. Se todos fizerem isso, essa coisa vai acabar. Esse tipo de erro destrói sonhos e destrói vidas - disse.
Pela manhã, a Secretaria de Estado de Saúde divulgou nota, lamentando o ocorrido com a cabeleireira e passista da Grande Rio. No texto, o órgão dizia que a direção do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, informou que a equipe da ginecologia da unidade definiu, "em conjunto com a paciente, esclarecendo pros e contras", o procedimento necessário ao caso em questão. Essa versão é contestada por Alessandra:
- Como disse o tempo todo que queria ser mãe, o médico disse que faria de tudo para preservá-lo. Perguntei se havia outro risco (além de perder o útero). Mas ele alertou apenas que poderia haver sangramento. A única coisa que me disseram sobre risco foi isso. Agora, de perder o braço ninguém falou nada. Se disseram algo desse tipo é mentira. Não havia como dar complicação nenhuma porque não sou alérgica a medicamento nenhum - relatou a paciente que disse ter conversado com um único médico.
Segundo a passista, o único alerta que a ginecologista do hospital fez é de que ela estava com um mioma muito avantajado e isso ela já sabia. Por esse motivo estava querendo fazer a cirurgia. Contou ainda que todos os exames de risco cirúrgico foram feitos no Hospital da Mulher.
- Os exames não apontaram nenhum problema que impedisse a cirurgia. Querem dizer que me alertaram do risco da cirurgia para eu ficar com uma culpa que não é minha - reclamou a trancista
Ela disse ainda que deixou o hospital com a barriga "infectada e com pele morta" e que precisou ser submetida a novo procedimento no Hospital Municipal Souza Aguiar para limpeza. Antes disso, chegou a passar por outras unidades, que teriam recusado a paciente. Ela reclamou ainda que em nenhum momento foi procurada pela unidade da Baixada.
- Só descobriram que eu estava viva por causa das reportagens - criticou.
Alessandra disse que pretende pedir indenização do Estado, porque era ela quem mantinha o sustento da casa com o seu trabalho, já que a mãe teve câncer de mama e o pai é aposentado. Ela contou que os amigos organizaram uma vaquinha virtual e é com esse ajuda que tem conseguido se manter.
- Eu era trancista implantista. Precisava do meu braço para trabalhar. Daqui para a frente foi precisar de ajuda do estado para me manter. Tem que me dar uma indenização, já que psicologicamente e fisicamente não vão conseguir me restaurar. Não consigo nem me olhar no espelho. Era noiva e nem sei se ainda sou. Sonhava ser mãe e destruíram isso. Era uma passista vaidosa. Não me vejo mais nem sambando sem o meu braço - desabafou.
A nota do Estado diz que "apesar de todo empenho da equipe, lamentavelmente, a evolução clínica da paciente foi desfavorável" e que no pós-operatório, foi identificada uma hemorragia interna. Para salvar a vida da paciente, segundo o texto, foi necessária a retirada do útero, transfusão sanguínea e administração de doses elevadas de aminas vasoativas, "que provocam o estreitamento dos vasos sanguíneos para manter a pressão arterial, mas que podem causar uma oclusão arterial como efeito adverso". Levantamento preliminar do caso aponta que foi isso que aconteceu no braço da paciente, informou a nota.
Também por meio de nota, a Acadêmicos do Grande Rio informou que está acompanhando de perto o caso da sua passista e se solidarizou com a família. "Nos uniremos ao esforço de buscar justiça diante do ocorrido", diz o texto. A família registrou queixa na 64ª DP (São João de Meriti).
Em agosto, Alessandra começou a sentir dores e apresentar sangramento. Com o diagnóstico de miomas no útero, ela foi orientada a fazer a cirurgia para retirada. Em janeiro, ela recebeu ligação marcando a operação para 3 de fevereiro no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti. No dia seguinte, os médicos avisaram à família da paciente que seria preciso retirar o útero por completo. Na sequência, os parentes perceberam que os dedos da mão esquerda da cabeleireira haviam escurecido.
- Nem foto eles deixaram a gente tirar. Eu perguntei por que as mãos dela estavam enfaixadas. Disseram que é porque ela estava com frio, mas já estava necrosando os dedos. Eles esconderam - disse Ana Maria, mãe de Alessandra.
Em 6 fevereiro, a equipe médica comunicou que a paciente teria que ser transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, em Botafogo. Segundo parentes, naquele momento, o braço da passista já estava todo escuro.
Após quatro dias, a família ouviu que "ou era a vida de Alessandra ou era o braço" depois de uma drenagem não dar certo, e autorizou a amputação. Além disso, a situação se agravou, e a passista ficou dois dias em coma, quando os rins e o fígado da paciente quase pararam de funcionar.
Alessandra teve alta em 15 de fevereiro, mas, 13 dias depois, quando foi examinar os pontos das cirurgias, o médico se assustou com o curativo na barriga e a encaminhou de volta para o Heloneida Studart. Traumatizada, a cabeleireira não quis retornar ao local onde começou seu drama e tentou vaga em cinco unidades até conseguir ser internada no Hospital Maternidade Fernando Magalhães, de onde acabou sendo transferida para o Hospital municipal Souza Aguiar, onde ficou de 4 de março a 4 de abril.
Confira a íntegra da nota do Estado
A paciente Alessandra dos Santos Silva teve seu primeiro atendimento na emergência do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart em 21/07/2020, sendo realizada ultrassonografia, que constatou quadro de miomatose uterina múltipla. Ela foi encaminhada para acompanhamento ambulatorial.
Em novembro de 2022, ela retornou ao ambulatório de ginecologia do hospital, sendo indicada cirurgia para retirada de 17 miomas. Em dezembro, a paciente passou por consulta e exames para risco cirúrgico. Ela teve que realizar uma transfusão sanguínea devido ao quadro de anemia gerada pela miomatose.
Em 2 de fevereiro de 2023, a paciente é internada para cirurgia, sendo necessária a realização de nova transfusão sanguínea pré-operatória. A equipe médica esclareceu sobre a complexidade do procedimento e ela assinou termo de consentimento para a cirurgia.
Em 3 de fevereiro, às 14h, ela foi submetida à cirurgia para retirada dos 17 miomas, com preservação do útero, ovários e trompas, numa tentativa de respeitar seu desejo de engravidar.
Às 00h10 do dia 4, Alessandra começou a apresentar complicações clínicas que levaram a um novo procedimento cirúrgico para conter sangramento no local da cirurgia. A paciente foi então submetida à histerectomia (retirada do útero). Após o procedimento, ela foi encaminhada ao UTI para continuidade do tratamento do choque hemorrágico, sendo administradas altas doses de aminas vasoativas, que provocam o estreitamento dos vasos sanguíneos para manter a pressão arterial. Um dos possíveis efeitos adversos desta medicação é a oclusão vaso arterial, que leva à redução do fluxo sanguíneo, podendo levar à necrose das extremidades do corpo.
Em função da piora clínica do quadro, com hipotensão grave, às 14h do mesmo dia, Alessandra retorna ao centro cirúrgico, sendo submetida ao terceiro procedimento para investigação de possível novo sangramento. Ela retorna à UTI em estado grave.
No dia 5 de fevereiro de 2023, foi observado que as extremidades do corpo de Alessandra estavam frias e arroxeadas. A equipe enfaixou os membros da paciente para melhorar a circulação sanguínea. Foi realizado doppler, que constatou obstrução arterial no braço esquerdo.
Constatando a obstrução de artérias do antebraço esquerdo, a paciente foi estabilizada e transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC), centro de referência em cirurgias cardiológicas e vasculares. A gravidade do quadro de saúde e a necessidade de transferência foram informadas aos familiares.
Em 6 de fevereiro de 2023, a paciente foi submetida ao quarto procedimento cirúrgico para desobstrução das artérias. Permaneceu internada no CTI em estado grave, tendo evoluído para insuficiência hepática e renal e distúrbio de coagulação grave.
No dia 10 de fevereiro, permanecendo em estado grave e sedada, a família foi informada sobre a necessidade da amputação parcial do membro superior esquerdo a fim de preservar a vida de Alessandra. Seus pais assinaram termo de consentimento para esse procedimento cirúrgico.
Foi então submetida à quinta cirurgia, para amputação parcial do membro superior esquerdo. Seguiu em acompanhamento na CTI, com melhora progressiva até a alta hospitalar em 16 de fevereiro. Na mesma data, ela foi orientada e seus pais contatados para retornar para acompanhamento no ambulatório de ginecologia no Hospital da Mulher.
A Fundação Saúde se solidariza com a paciente e sua família e ressalta que Alessandra foi atendida durante todo seu período de internação por especialistas e tendo acesso aos tratamentos e medicamentos necessários para a preservação da sua vida.
A Fundação instaurou sindicância para apurar toda a conduta médica e administrativa nas duas unidades de saúde.
Cronologia do pesadelo
Agosto de 2022: Alessandra descobre miomas no útero, e médico indica cirurgia.30 de janeiro: Passista recebe ligação do Heloneida Studart marcando a operação.3 de fevereiro: Alessandra é operada de manhã. À noite, uma hemorragia é detectada.4 de fevereiro: Hospital avisa que fará histerectomia total, ou seja, a retirada completa do útero.5 de fevereiro: Passista é intubada e está com pontas dos dedos escuras e pernas e braços enfaixados.6 de fevereiro: Transferência para o Instituto Aloysio de Castro, onde médicos falam do risco de necrose no braço.10 de fevereiro: Médicos explicam que, se braço não for amputado, Alessandra morre. Família autoriza.15 de fevereiro: Passista recebe alta.4 de março: Internação no Hospital Fernando Magalhães e transferência para o Souza Aguiar.4 de abril: Alessandra recebe alta.
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AGÊNCIA ALEGO
Mudança da personalidade jurídica do Ipasgo é sancionada por Ronaldo Caiado
O governador Ronaldo Caiado sancionou a Lei Estadual nº 21.880 (originalmente projeto de lei nº 517/23), de autoria da própria Governadoria, que cria o Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde), após aprovação em dois turnos na Assembleia Legislativa. Caiado reforçou que essa é uma solução para regularizar as contas estaduais e assegurar um serviço de qualidade aos usuários. "Fazemos um governo com seriedade e base técnica. Tudo o que temos feito tem sido para chegar melhorias ao cidadão", disse.
Com a nova lei já publicada no suplemento do Diário Oficial do Estado, o Ipasgo deixa de ser uma autarquia, personalidade jurídica incompatível com a atuação na saúde suplementar. Desde 2009, quando o Goiás Previdência (Goiasprev) assumiu a gestão do regime de previdência, o Ipasgo passou a cuidar apenas do plano de saúde dos servidores.
Agora o Ipasgo é um Serviço Social Autônomo (SSA). O SSA é uma personalidade jurídica de direito privado e sem fins lucrativos. No caso em questão, o referido serviço teria a competência de gerir o Ipasgo, bem como prestar apoio técnico, científico e financeiro aos programas, projetos, ações e serviços de assistência, conforme atos normativos a serem elaborados.
A mudança, segundo a Governadoria, busca atender às recomendações do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE) para que as receitas decorrentes da contribuição dos servidores públicos estaduais ao Ipasgo não sejam contabilizadas na base de cálculo da receita corrente líquida.
Com a alteração de regime jurídico, o Ipasgo passa a ter autonomia financeira e administrativa, imunidade em relação aos impostos federais e municipais, isenção de tributos estaduais, maior participação dos servidores, que integrarão os conselhos de administração e fiscal, além de passar a ser regido pela legislação civil. O instituto será gerido por uma diretoria executiva indicada pelo Executivo estadual.
De acordo com o projeto, no SSA, o Governo de Goiás continua como controlador do Ipasgo e o serviço prestado será regulamentado e fiscalizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Com a mudança, o instituto passa a oferecer, por exemplo, 879 procedimentos médicos que hoje não integram a tabela do Ipasgo, oito novos atendimentos odontológicos, 1.758 medicamentos extras e mais 740 órteses, próteses e materiais especiais (OPME), insumos utilizados em intervenções médicas, odontológicas, de reabilitação, diagnósticas ou terapêuticas.
Votação
Na Assembleia Legislativa, a proposta foi aprovada por 28 votos a oito. Uma das principais novidades no texto, acrescentada por emenda, é a possibilidade de incluir pais, mães, sogros, enteados, irmãos, cunhados, sobrinhos e netos no serviço de assistência à saúde, que estava vedada desde 2011.
O presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, avalia que o resultado mostra que os deputados compreenderam a importância do projeto de lei, bem como toda a complexidade administrativa e contábil que ele envolve. "Os deputados entenderam a importância desse projeto para o futuro do Ipasgo. Prevaleceu o lado técnico, sem demagogias. Estou seguro de que, muito em breve, os usuários sentirão os efeitos positivos dessa mudança", pondera Luz.
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Assessoria de Comunicação