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CLIPPING AHPACEG 03/08/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
As novas mudanças dos hospitais públicos e privados no Brasil para atender pacientes trans
Complexo Hospitalar Souza Aguiar será administrado por Parceria Público-Privada
A polêmica ozonioterapia aprovada no Congresso e que Lula é pressionado a vetar
O GLOBO
As novas mudanças dos hospitais públicos e privados no Brasil para atender pacientes trans
Muitas são as preocupações de um paciente que chega ao hospital. Há quem se inquiete com o uso de medicamentos novos, com resultados de exames ou até se será compreendido pelo especialista que o receberá em instantes. Para a população transexual do Brasil, contudo, há uma agonia extra: há a dúvida se aqueles médicos e o centro de saúde respeitarão a mundança de gênero daquela pessoa e se conhecem suas necessidades específicas. Trata-se de uma preocupação absolutamente válida e que começa a balizar novos modos operacionais em hospitais e clínicas no país. Há um luminoso movimento de repensar políticas internas, bancos de dados e até "mimos" aos pacientes, de maneira que todos sintam-se mais acolhidos.
Exemplo disso é o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que inaugurou recentemente um núcleo que passa um pente fino em diversas esferas da área operacional da instituição para evitar que o hospital derrape em aspectos que podem ofender (e excluir) pacientes trans ao buscarem atendimento. Entre os especialistas no grupo está Joseph Kuga, um homem trans que teve problemas para realizar exames em outros centros de saúde.
- Em ocasioões passadas, fui recusado para ter atendimento de saúde seja ginecológico, seja endocrinológico. Meu trabalho aqui é preparar as pessoas para atender com calor humano, que consigam chegar até aquele paciente e compreender o que ele necessita, sem dizer 'não atendo pessoas como você', como já ouvi em outros lugares - diz Joseph. - Estamos atualizando os processos para que o nome social seja a única identificação que aparece em todas as instâncias (sem aviso de que aquela informação tenha sido alterada ao longo da vida da pessoa).
Joseph conta que a equipe da recepção do hospital também está especialmente treinada para evitar qualquer tipo de constrangimento. Caso o atendente note que a pessoa fez transição de gênero e não tenha alterado seus documentos, é orientado que em hipotese alguma utilize o nome de bastismo, mas que pergunte imediatamente como aquela pessoa gostaria de ser chamada (incluíndo seus pronomes, caso de ele ou ela, por exemplo).
- Os dados de saúde são muito complexos, são mais de vinte sistemas que integram as informações de cada pessoa. Quando incluímos o nome social, precisamos que ele se conecte com todas as informações do passado da pessoa e também com o que virá no futuro. Mesmo com a legislação vigente (que determina o uso do nome social como regra desde 2016) há dificuldades para integrar esse dado - conta Felipe Duarte, também médico do Sírio-Libanês. - Alguns sistemas, por exemplo, têm travas de segurança que não permitem emitir um laudo de próstatra ao fazer um ultrassom pélvico em uma pessoa que tem o sexo atribuído como feminino (mulheres trans seguem tendo próstata). Estamos nos adaptando.
O hospital também avalia retirar uma informação que diz respeito ao "sexo informado ao nascer" de laudos de exames. A meta que os especialistas miram, dizem os envolvidos no processo, é transformar o local em um ambiente seguro também do ponto de vista da saúde mental. Faz movimento semelhante o Hospital Albert Einstein, igualmente em São Paulo. Uma das médicas ativamente envolvida no processo é Andrea Hercowitz médica da Clínica de Especialidades Pediátricas, coordenadora do Grupo Médico Assistencial LGBTQIA+.
- Muitas pessoas dessa população trans trazem consigo histórias negativas do atendimento médico. Diante disso, acabam evitando esses locais de atendimento. O que é o pior dos mundos, porque acabam buscando serviço quando estão com a saúde muito ruim. Para mudar esse cenário, é preciso acolher desde o manobrista, da recepção, desde o bom dia - afirma a especialista
O hospital aposta em frentes de trabalho para aprimorar a experiência tanto dos pacientes quanto dos funcionários. Entre as tarefas, houve uma mudança importante no método de check-up, cujo formulário online (fundamental para realização de exames) teve alteração de termos específicos. Partes que tratavam de menstruação, por exemplo, deixaram de ser indicadas somente ao público feminino. O termo "pessoas que menstruam" passou a ser mais utilizado do que o termo "mulheres". Também entrou em cena a opção de se classificar como "homem trans" e acessar exames uterinos e dos ovários com mais facilidade. E há mais: o banco de leite materno passou a ser chamado de "banco de leite humano". Tudo em nome da inclusão.
- Recentemente, uma mãe de um paciente meu de 12 anos, um menino trans, me escreveu dizendo que o atendimento foi incrível, porque ninguém chamou seu filho pelo nome feminino. No raio-x, foi pedido apenas que se confirmasse o último sobrenome (para não precisar dizer o nome completo de batismo da criança) - diz Andrea.
No Hospital Oswaldo Cruz, explica Icaro Boszczowski, o diretor-executivo médico, a inclusão é um assunto recorrente desde 2016, quando houve o primeiro encontro para se falar da inclusão de pacientes transexuais na instituição. De acordo com ele, o preparo para esse tipo de ação ganha corpo com o tempo e deve avançar mais.
- Não é algo que deve ser movido por decreto, por declaração. É algo que é construído ao longo do tempo. Faz parte de nosso letramento para diversidade sexual. Dentro disso, temos também especialistas que são referência para o atendimento de pacientes trans. - afirma Icaro.
No Rio, as maternidades da Rede D'Or fizeram outro ajuste perceptível: os pijamas azuis que eram encaminhados aos genitores com a palavra "pai", agora são em tons neutros e levam a palavra "acompanhante", mais abrangente aos que estão ao lado de quem acabou de dar à luz.
Rede pública Na rede pública de São Paulo, a entrada da população LGBTQIA+ ocorre pelas Unidades Básicas de Saúde. São nessas unidades nas quais o paciente é orientado sobre seu direitos - entre eles, as orientações sobre o uso do nome social no cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa denominação deve ser reproduzida em todos os prontuários, laudos de exame e receituários, afirma a coordenadora da área técnica de saúde integral da população LGBTIA+ na cidade, Tania Regina Correa de Souza.
Em geral, esses pacientes são atendidos na chamada "Rede SampaTrans", com 44 endereços de saúde em toda a metrópole, além de um grupo de referência, com uma equipe muldisciplinar. Nesses locais, há uma evidente preocupação com uma linguagem que seja inclusiva.
- Falamos em "pessoa com útero", "pessoa com próstata" e "pessoa que amamenta". É um esforço em todo o município, vai além da rede SampaTrans. É uma proposta iniciada desde o ano passado. Já falamos (na rede pública) em aleitamento humano também. Vamos tentando nos adequar. O Outubro Rosa, no ano passado, por exemplo teve um ação que dizia que o outubro não era rosa, era da cor de quem tem peito.
A especialista, contudo, diz que é preciso de uma atualização maior no sistema do CadSUS, sob responsabilidade do Ministério da Saúde. Lá, ainda não há um campo para incluir a identidade de gênero, o que dificulta atualizar as informações daquele paciente em alguns atendimentos. Questionada, a pasta informou que "trabalha para atender de forma inclusiva a população e atento às demandas específicas, que atendam às necessidades de toda a população".
Ainda diz que Sistema de Cadastramento de Usuários do SUS (CadSUS) "está em constante evolução". E segue: "essas evoluções estão em discussão, em conjunto com estados e municípios, com a possibilidade de incluir novas informações que promovam maior equidade".
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DIÁRIO DO RIO
Complexo Hospitalar Souza Aguiar será administrado por Parceria Público-Privada
Consórcio Smart foi o único a apresentar proposta. A concessão será de 30 anos, com investimentos que superam R$ 850 milhões
O Complexo Hospitalar Souza Aguiar, no Centro do Rio, será administrado por uma Parceria Público-Privada (PPP). O consórcio Smart venceu o leilão da PPP, que foi realizado nesta quarta-feira (2), na sede da B3, em São Paulo. Único a se credenciar, o consórcio apresentou uma proposta de R$ 191.773.351,61, montante que deve ser pago anualmente pela Prefeitura do Rio de Janeiro à empresa. O valor apresentou um deságio de 2,5% do lance vencedor, diante do teto apresentado pelo poder público municipal de R$ 197 milhões.
A Parceria Público-Privada não é uma privatização. É a celebração de um contrato de concessão entre o poder público e o mercado privado, para financiamento, realização de melhorias estruturais, construções, manutenção e qualificação de prestação de um serviço.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz (PSD), ressaltou que a celebração do PPP não representa a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), e que a população continuará sendo atendida de forma gratuita.
"É muito importante diferenciar, não há uma privatização do Sistema Único de Saúde. As pessoas continuam sendo atendidas sem necessidade de qualquer pagamento. O custo é financiado pelos impostos como prevê o Sistema Único de Saúde, um sistema solidário e universal, mas com o recurso público sendo utilizado de uma maneira muito mais eficiente", afirmou o secretário, acrescentando que a celebração da parceria permitirá uma otimização gerencial dos recursos destinados à instituição: "Em vez de a gente realizar 180 licitações por ano para a manutenção de vários equipamentos, a gente fez um único pregão que vai durar 30 anos. É muito mais inteligente", explicou Soranz, conforme repercutiu o site G1.
Com a PPP, a Prefeitura pretende incluir no modelo de gestão outras unidades hospitalares, entre elas: o Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte da cidade, e duas maternidades.
O projeto foi estruturado em duas etapas. Na primeira, foi aberta uma consulta à população, entre 3 de outubro e 4 de novembro de 2022. A segundo foi uma audiência pública realizada em 14 de dezembro de 2022. Ao todo, o corpo técnico da Prefeitura do Rio analisou 292 sugestões, que serviram de base no aprimoramento do edital e dos anexos.
A concessão terá duração de 30 anos, período no qual serão investidos mais de R$ 850 milhões, sendo que, nos nos três primeiros anos, os aportes serão de R$ 530 milhões. Caberá ao Smart realizar a modernização e adequação das instalações prediais, e a prestação de serviços não assistenciais, tais como: segurança, alimentação, logística, estacionamento e tecnologia da informação.
Daniel Soranz frisou que a PPP permitirá resolver problemas graves do Souza Aguiar, como o sucateamento de equipamentos médicos, como tomógrafos e raio-x. Através dos novos investimentos, máquinas modernas poderão ser compradas, o que permitirá à população ter acesso à serviços mais qualificados.
Segundo, Lucas Costa, diretor de Estruturação e Projetos da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), órgão atrelado à Prefeitura, a primeira experiência do gênero aconteceu, na Bahia, há 13 anos e trouxe bons resultados.
"Nesse segmento da saúde, o primeiro projeto foi na Bahia, aqui no Brasil. Isso já tem 13 anos. Então, demorou um pouco a acelerar, mas nos últimos meses e 2, 3 anos, tem-se multiplicado muito esse projeto no segmento de saúde. E tem-se mostrado um modelo exitoso, viável e que traz aumento de produtividade e eficiência para o sistema", disse Lucas Costa, como reportou o veículo.
Maior emergência da América Latina
Maior emergência pública da América Latina, somente, em 2022, o Hospital Municipal Souza Aguiar realizou 54.300 exames de raio-x, 40 mil tomografias, 9.600 internações e 7.800 cirurgias. Também integram o complexo hospitalar: Centro de Emergência Regional (CER) Centro que, em 2022, realizou 74.700 atendimentos; e a Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, que contabilizou, no ano passado, 6.400 internações e 4.400 partos.
Fundado há 115 anos, o Hospital Souza Aguiar atende pacientes de todo o Estado do Rio de Janeiro.
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TERRA
A polêmica ozonioterapia aprovada no Congresso e que Lula é pressionado a vetar
Autorização foi aprovada com pouca resistência no Congresso, mas o presidente tem sido pressionado a derrubar a lei por entidades que afirmam não haver comprovação científica da eficácia dessa técnica.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem até esta sexta-feira (4/8) para decidir se sanciona ou veta uma lei que autoriza profissionais de saúde com curso superior a aplicarem a ozonioterapia como um tratamento complementar (ou seja, de forma adicional a outros tratamentos).
Apesar de a proposta ter sido aprovada com pouca resistência no Congresso, o presidente tem sido pressionado a derrubar a lei por entidades que afirmam não haver comprovação científica da eficácia dessa técnica, como a Academia Nacional de Medicina (ANM) e a Associação Médica Brasileira (AMB). O próprio Ministério da Saúde recomendou o veto à lei pelo mesmo motivo.
O Conselho Federal de Farmácia, por sua vez, enviou carta ao presidente apoiando a sanção.
A ozonioterapia consiste em aplicar uma mistura de gás oxigênio e ozônio no corpo humano. Defensores da técnica dizem que o ozônio tem propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e melhora a oxigenação do corpo.
Hoje, a ozonioterapia só é autorizada no Brasil para alguns procedimentos odontológicos e estéticos. Apesar disso, dezenas de clínicas operam de forma irregular, conforme mostrou reportagem da BBC News Brasil em 2021.
Propagandas proliferam na internet oferecendo aplicações do gás ozônio através do ânus, da vagina e por via intravenosa, por exemplo, que ajudariam, segundo os anúncios, na cura do câncer, no combate a infecções virais, endometriose, hérnia, doenças circulatórias e depressão - benefícios não comprovados cientificamente, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), que em 2018 realizou uma revisão dos estudos disponíveis.
Questionado pela BBC News Brasil, o CFM não respondeu se está a favor ou contra a sanção da nova lei. A pedido da Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), o conselho tem hoje um novo grupo estudando se há embasamento científico para regulamentar a técnica no Brasil, mas não quis fornecer detalhes à reportagem.
Por meio de nota, o CFM esclareceu que "a ozonioterapia não tem reconhecimento científico para o tratamento de doenças" e que "trata-se de procedimento ainda em caráter experimental, cuja aplicação clínica não está liberada, devendo ocorrer apenas no ambiente de estudos científicos, conforme critérios definidos pelo Sistema CEP/CONEP".
"Entre as condições previstas para participação desses estudos, estão: a concordância dos interessados com as condições em que a pesquisa será realizada, a garantia de sigilo e anonimato para os que se submeterem à prática, a oferta de suporte médico-hospitalar em caso de efeitos adversos e a não cobrança do tratamento em qualquer uma de suas etapas", disse ainda a nota.
Outros conselhos da área de saúde, por sua vez, autorizam seus profissionais a aplicar a técnica, como os conselhos federais de Farmácia (CFF), Odontologia (CFO), Fisioterapia (COFFITO) e Enfermagem (COFEN).
No entanto, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) só aprovou o uso de equipamentos de ozonioterapia para alguns tratamentos odontológicos e estéticos, hoje esses profissionais não podem aplicar a técnica para outras finalidades, o que constituiria infração sanitária, punível por multas e fechamento do estabelecimento.
"A ozonioterapia é um procedimento de caráter complementar e multidisciplinar, que não substitui as técnicas e tratamentos já incorporados ao sistema de saúde, mas sim vem agregar aos tratamentos estabelecidos, como uma nova opção terapêutica, promovendo melhor qualidade de vida aos pacientes", defendeu o Conselho Federal de Farmácia (CFF) em carta à Lula.
"A importância da ozonioterapia para a saúde pública está amplamente evidenciada, haja vista a incorporação desta prática pelo SUS à lista de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)", diz ainda a carta.
Uma portaria de 2018 do Ministério da Saúde, durante a gestão do ministro Ricardo Barros, de fato incluiu a técnica no rol dessas práticas, ao lado de outros tratamentos como homeopatia e acupuntura. As PICS são descritas pela pasta como "recursos terapêuticos que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade".
No entanto, o Ministério da Saúde disse à reportagem que a ozonioterapia só é oferecida no SUS para tratamento odontológico, seguindo as regras da Anvisa.
O que poderia mudar com a nova lei?
A proposta de lei aprovada autoriza a ozonioterapia como procedimento de caráter complementar dentro de algumas condições: a técnica só poderá ser aplicada por profissional de saúde de nível superior inscrito em seu conselho de fiscalização profissional e por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal autorizado pela Anvisa. Além disso, o paciente deverá ser informado do caráter complementar da técnica.
A BBC News Brasil consultou a Anvisa sobre como seria a aplicação da lei, caso entre em vigor. Segundo a resposta, não haveria mudança, na prática: na visão do órgão, os equipamentos de ozonioterapia autorizados pela Anvisa para uso odontológico e estético continuariam permitidos apenas para essa finalidade.
"É importante esclarecer que as empresas que, porventura, ensejem a submissão de regularização de novos equipamentos emissores de ozônio com indicações de uso diferentes daquelas citadas na Nota Técnica Nº 43/2022 deverão apresentar estudos clínicos com resultados eficazes e seguros a fim de corroborá-las, conforme disposto na RDC nº 546/2021 e, quando aplicável, na RDC nº 548/2021", disse a Anvisa.
"Assim, somente depois de aprovados junto à Anvisa é que os equipamentos poderão ser utilizados para outras finalidades", reforçou o órgão.
Já o advogado e sanitarista Silvio Guidi disse à BBC News Brasil ter leitura diferente. No seu entendimento, a lei dá abertura para que profissionais de saúde usem os equipamentos já aprovados pela Anvisa em outros tipos de tratamento complementar.
A expectativa de Guidi, porém, é que a lei não será aplicada. Na hipótese de Lula sancionar a nova legislação ou de o Congresso derrubar seu veto, o advogado acredita que a lei tende a ser considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, da mesma forma que ocorreu em 2020 com a lei que autorizava o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como "pílula do câncer", por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna.
Para Guidi, apenas o Conselho Federal de Medicina e a Anvisa poderiam ampliar os usos da ozonioterapia no país. "A sensação que eu tenho é que o Congresso (ao aprovar essa lei) está dando uma volta numa técnica regulatória instituída dentro do nosso país para a aprovação de equipamentos e procedimentos médicos", criticou.
O projeto de lei passou no Congresso sem grande controvérsia.
A matéria foi aprovada inicialmente em 2017 na Comissão de Assuntos Sociais do Senado em caráter terminativo, ou seja, foi enviada para análise da Câmara sem passar pelo plenário.
Depois, foi aprovado em 2021 pelos deputados em duas comissões e voltou ao Senado também sem passar pelo plenário da Câmara.
E, em julho deste ano, os senadores aprovaram o projeto em votação simbólica, remetendo a matéria para sanção presidencial.
A BBC News Brasil tentou ouvir o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico e relatou o projeto no Senado, mas ele não atendeu aos pedidos de entrevista.
Também médico, o senador Hiran Gonçalves (PP-RR) foi o único que se pronunciou durante a votação simbólica, e manifestou preocupação com a aprovação da lei. Na sua visão, o Congresso não é a instituição adequada para autorizar tratamentos médicos no país.
Ele teme que a lei, caso entre em vigor, leve pacientes a negligenciarem outros tratamentos, por acreditarem nos benefícios da ozonioterapia.
"O problema (com a aprovação dessa lei) é que você termina por estimular as pessoas de maneira indireta a usarem uma técnica que não é um tratamento eficaz e deixar seus tratamentos mais eficazes e com mais comprovação científica de lado", disse à reportagem.
Para o obstetra César Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), não é correto promover um tratamento que, além de não ser comprovadamente eficaz, traz riscos aos pacientes, a depender das doses aplicadas.
"Há várias vias de aplicação. Pode queimar as mucosas do reto, da bexiga e da boca, por exemplo. E, a depender das quantidades em que ele é inalado ou é absorvido pelo organismo, pode causar danos vasculares, cardiológicos, cerebrais. Então, não é totalmente inócuo. Vai depender da dose, da via de administração", ressalta.
O que diz a Associação Brasileira de Ozonioterapia?
A aprovação da lei contou com forte atuação da Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), entidade que promove a técnica e comercializa cursos para sua aplicação.
O presidente da instituição, Antônio Teixeira, sustenta que existem avanços científicos para a comprovação da eficácia da ozonioterapia especialmente no tratamento complementar de dores e inflamações, como osteoartrite de joelho e lombalgia (dor lombar) associada à hérnia de disco. É nesse campo que a Aboz tenta hoje ampliar a regulamentação na Anvisa e na CFM, explicou.
Teixeira, porém, diz que a técnica traz benefícios mais amplos. O site da Aboz lista patologias que poderiam ser tratadas, como tumores de câncer, hepatite, úlceras, hérnias de disco, inflamações intestinais, entre outras.
"A grande questão que precisa ficar clara é que ozônio não é um remédio, ele não atua da mesma forma que um medicamento, agindo sobre uma doença específica", disse Teixeira à reportagem.
"O ozônio medicinal é um recurso terapêutico que modula o sistema antioxidante endógeno, melhora a oxigenação dos tecidos, ativa células imunocompetentes e tem atividade antimicrobiana tópica. Sua aplicabilidade, portanto, é ampla e suas indicações estão baseadas nestes mecanismo de ação moleculares", defende.
Presidente da Aboz afirma que há avanços científicos para a comprovação da ozonioterapia especialmente no tratamento complementar de dores e inflamações, como osteoartrite de joelho Foto: / BBC News Brasil
Em defesa do tratamento, a Aboz também destaca o uso da ozonioterapia em outros países, como Cuba, China, Portugal e Espanha. O portal da entidade dá amplo destaque para a informação de que, "na Alemanha, este procedimento médico faz parte dos tratamentos pagos pelos seguros-saúde do governo" e acrescenta que, "anualmente, milhões de pacientes são tratados com a Ozonioterapia" no país.
No entanto, o órgão responsável por definir os tratamentos cobertos pelos seguros-saúde na Alemanha (Gemeinsamer Bundesausschuss) disse à BBC News Brasil que a ozonioterapia foi excluída da cobertura padrão no ano 2000.
"Isso significa que a terapia com ozônio não pode ser reivindicada através do regime de seguro de saúde estatutário. É oferecido como um serviço de pagamento privado na Alemanha, mas não coletamos números sobre a frequência de utilização", disse o órgão.
A resolução sobre a decisão informa que a revisão da literatura científica existente naquele momento não apontou evidência confiável de benefício e necessidade médica. O documento também diz que a decisão do órgão foi unânime e que não houve contestação do Ministério da Saúde alemão.
A reportagem também consultou o órgão alemão correspondente à Anvisa (Bundesinstitut für Arzneimittel und Medizinprodukte). A instituição informou que "o ozônio não é um medicamento autorizado" no país. Por outro lado, esclareceu que "existe a chamada liberdade de terapia" na Alemanha.
"Isso significa que um produto não precisa necessariamente de uma autorização como medicamento para ser selecionado por um médico como terapia para um paciente", acrescentou o órgão.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 02/08/23
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DESTAQUES
Gestores da Unimed Federação Centro Brasileira deram início à implantação do novo Jeito de Cuidar
Farmácias habilitadas já podem realizar exames clínicos
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DEZ MINUTOS
Gestores da Unimed Federação Centro Brasileira deram início à implantação do novo Jeito de Cuidar
A renovação do programa visa focar na experiência do cliente para mostrar o valor da marca Unimed
A Unimed Federação Centro Brasileira busca sempre aprimorar a qualidade dos serviços oferecidos a todos os seus públicos e, com esse objetivo, aderiu à implantação do novo formato do Jeito de Cuidar Unimed. Nos dias 1º e 2 de agosto, os gestores de diversos departamentos da Federação participam de um workshop para conhecer as novidades do programa e aprender como colocá-las em prática.
A equipe de Desenvolvimento de Mercado e Experiência do Cliente da Unimed do Brasil, Letícia Aguiar e Lauro Santana, apresentaram os principais pontos novos do programa, que foram estabelecidos depois de estudos sobre as necessidades e desejos dos beneficiários, principalmente após as mudanças sociais geradas pela pandemia de Covid-19.
De acordo com o presidente da Federação, Danúbio de Oliveira, o Jeito Cuidar tem uma grande relevância no meio cooperativista. “A Federação sempre participou da maior parte dos projetos relacionados ao cooperativismo, como os da Unimed do Brasil, sendo que o Jeito de Cuidar é um dos mais importantes”.
Todo esse destaque fica ainda mais claro com o foco anunciado pelos especialistas, que afirmaram que estamos na “era do cliente”. Uma pesquisa da consultoria PwC, por exemplo, mostrou que 86% dos consumidores pesquisados pagariam mais para ter uma boa experiência com as marcas.
Isso representa a valorização esperada, que vai além dos itens comercializados. “Produtos e serviços podem ser copiados, mas o valor. O que estamos trazendo é o diferencial competitivo, pois a experiência do cliente é o elo entre o beneficiário e a empresa, sendo que esse contato deve ser memorável. As pessoas precisam perceber que, o que elas encontram aqui (no Sistema Unimed), não encontram em nenhum outro lugar”, esclareceu Lauro Santana.
Todavia, Letícia Aguiar questionou os participantes do workshop a respeito da garantia que eles têm de que os beneficiários estão satisfeitos. “Conseguimos assegurar que os nossos clientes estão plenamente satisfeitos com a nossa marca? Quando não temos essa garantia, colocamos em risco a nossa perenidade”, afirmou ela, que acrescentou que essa preocupação é ainda maior pelo fato da alta expectativa de qualidade que um plano Unimed gera.
Portanto, o processo de implantação do Jeito de Cuidar começou com um debate para chegar ao diagnóstico do atual cenário vivido pela Unimed Federação Centro Brasileira. A partir dos resultados obtidos, será possível traçar um plano de ação. “Com esse plano, podemos promover melhorias na experiência dos clientes, pensando que eles são as Singulares e que, lá na ponta, elas atendem os nossos beneficiários”, descreveu Letícia.
Até o momento, sete Singulares da Federação já aderiram e, em breve, também irão receber o workshop de implantação do Jeito de Cuidar. Afinal, o objetivo é multiplicar essa qualidade tão característica da Unimed, tanto para o público externo, quanto para o interno.
“O Jeito de Cuidar melhora o clima organizacional, porque quando as pessoas têm uma empatia maior e um olhar mais cuidadoso com o colega de trabalho, existe um impacto na satisfação dos colaboradores, inclusive das nossas Singulares, porque elas acabam sentindo o cuidado da nossa prestação de serviços”, relatou Fabiana Daniel, superintendente da Federação.
https://www.dezminutos.com.br/2023/08/gestores-da-unimed-federacao-centro.html
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AGÊNCIA BRASIL
Farmácias habilitadas já podem realizar exames clínicos
Brasília - A resolução que atualizou as normas de coleta, exames e análises para o diagnóstico de doenças entrou em vigor nesta terça-feira (1º). Entre as mudanças está a autorização dada a farmácias e consultórios isolados para a realização de exames clínicos em etapa única, com caráter de triagem.
Até agora, as farmácias só eram autorizadas a realizar testes de covid-19 e glicemia. Com a mudança, a lista de exames clínicos para triagem passa de mais de 40 tipos, como o do antígeno NS1 para triagem da dengue, por exemplo.
Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, a nova resolução posiciona as farmácias como porta de entrada do sistema de saúde do país. Atualmente, a instituição já contabiliza a existência de mais de seis mil salas configuradas para a assistência farmacêutica.
Sergio explica que a pandemia de covid-19 foi fundamental para desenvolver essa estrutura. “Realizamos 20,7 milhões de testes de covid e identificamos que pelo menos 10% dos casos eram graves o suficiente para encaminhamento ao hospital. Além disso, capacitamos cerca de 20 mil farmacêuticos para esses serviços”, explicou.
Exame toxicológico
A nova regra não apenas levou os exames clínicos para além dos laboratórios, como também incluiu na normatização os laboratórios anatomopatológicos e de toxicologia, ausentes na regulamentação anterior. Com isso, foi possível avançar em legislações como a que exige o exame toxicológico para motoristas de caminhões e ônibus.
De forma geral, a resolução criou três grupos de atuação nos exames de análise clínica. O primeiro grupo - constituído por farmácias e consultórios isolados - foi autorizado a realizar exames que não precisem de instrumento de leitura para os resultados e que tratem de material biológico primário, ou seja, que não necessitem de procedimento para obtenção.
Todos os outros serviços de análise clínica, como exames de sangue, por exemplo, ficaram restritos aos postos de coleta, classificados no segundo grupo, e aos laboratórios que constituem o terceiro grupo. No caso do segundo grupo, o processamento do material biológico é limitado à fase pré-analítica.
Parâmetros técnicos
Outra mudança presente nas novas regras abrange parâmetros técnicos e de infraestrutura para o funcionamento das centrais de distribuição de materiais biológicos e regulamentação da relação entre os postos de coleta e os laboratórios.
O contrato entre os dois serviços passa a ter um controle compartilhado do ?uxo de registros de pacientes, solicitantes e exames, com critérios de rastreabilidade ampliados.
Também foram definidas as regras de envio dos materiais biológicos para laboratórios no exterior, como a presença de informações dos exames solicitados, do material biológico coletado, do paciente e do solicitante nas amostras. (Agência Brasil)
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TV RECORD GOIÁS
Procedimentos estéticos: como escolher profissionais capacitados
https://www.youtube.com/watch?v=grYXia-G9w0
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JORNAL OPÇÃO
Hospitais filantrópicos de Goiânia ameaçam fechar as portas por falta de repasses da Prefeitura
Superintendente da Santa Casa denuncia atraso na transferência da verba enviada pelo Ministério da Saúde que deveriam ser destinadas às entidades
Os hospitais filantrópicos da capital ameaçam fechar as portas caso o Município de Goiânia não regularize os repasses do Ministério da Saúde no prazo estabelecido em portaria do órgão: cinco dias após o recebimento pela Prefeitura da verba do governo federal que cabe a essas instituições.
“Não tem mais jeito, não temos de onde mais tirar”, contou a presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de Goiás (Fessanta) e superintendente geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura.
Diante da situação que definiu como caótica, e uma vez que considera esgotada as tratativas com a Secretaria Municipal de Saúde da capital, Irani se reuniu na tarde desta terça-feira, 1º, com o secretário de Estado da Saúde, Sérgio Vencio. A ideia, segundo ela, é transferir a gestão dessas unidades de saúde ao Estado para que o serviço não seja interrompido.
“Estamos chegando num momento de exaustão. Todos os hospitais estão sufocados. Procuramos o Estado porque Goiânia está dentro de Goiás e um problema da capital é também um problema estadual”, alegou a superintendente.
Segundo a presidente da Fessanta, a transferência da gestão para o Estado seria o último recurso para salvar os hospitais filantrópicos. “Vamos exaurir as discussão com todos os gestores para que a gente não precise fechar as portas”, comentou.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que “as discussões apresentadas pelos representantes da Fessanta estão sendo avaliadas, diante dos vários problemas que impactam o setor, fundamental para o atendimento SUS em Goiás”.
A nota diz ainda que “gestores e técnicos da pasta se colocaram à disposição para traçar alternativas e ajudar na busca de soluções”.
Atraso de repasses
A superintendente da Santa Casa de Goiânia relata que teriam ainda procedimentos realizados em 2021 pela Santa Casa de Goiânia (60 leitos destinados a pacientes de Covid) pelos quais ainda não teriam sido pagos. “Salvamos muitas vidas e até hoje não recebemos”, reclamou.
Outra questão apontada por Irani é com relação aos marcapassos. “Compramos o aparelho por 55 mil reais e o Ministério da Saúde paga apenas 16 mil por eles. Há um ano foi compactuado que o município pagaria a diferença da defasagem, mas até hoje ainda não recebemos nada”, relatou a presidente da Fessanta, que denuncia ainda que a entidade que gere teria “parada” na Prefeitura R$ 12 milhões.
Além disso, Irani diz que os recursos que deveriam ser repassados mensalmente, não estariam chegando todos os meses. Segundo ela, o Ministério da Saúde já demora 60 dias para fazer os repasses. Esse seria o prazo para auditar e conferir se a assistência devida foi realmente realizada.
No entanto, a superintendente afirma que a Secretaria Municipal de Saúde demoraria ainda cerca de 40 dias para realizar a transferência do dinheiro. “Mesmo se não tivesse atraso, já seria difícil por conta da defasagem da tabela. Mas os cinco dias estão virando 45”, reclamou.
População é quem sai no prejuízo
A presidente da Fessanta diz ainda que para que os hospitais funcionem, existe o compromisso de pagar os funcionários, comprar os insumos necessários e pagar os fornecedores. “E eles nos dão um prazo máximo de 30 dias para realizar o pagamento”, comentou.
Apesar de Goiás possuir mais de 30 hospitais filantrópicos, hoje a Fessanta conta com 14 instituições associadas em Goiás, dentre elas a Associação de Combate ao Câncer em Goiás, as Santas Casas de Misericórdia de Goiânia e Anápolis, a Fundação Banco de Olhos da Capital e o Hospital do Câncer de Goiás Francisco Camargo. Juntas, possuem cerca de 1,5 mil leitos disponíveis e realizam anualmente em torno de meio milhão de atendimentos, entre consultas e exames, além de cem mil internações e 30 mil cirurgias por ano.
A reportagem do Jornal Opção entrou em contato com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), que ainda não deu retorno. O espaço permanece aberto.
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PORTAL G1
Doença de chagas: saiba sintomas, formas de transmissão e tratamento de doença que já matou mais de 230 pessoas em Goiás durante este ano
Apesar de antiga, médico explica que a doença ainda é muito presente e precisa de atenção. A enfermidade é causada pelo inseto barbeiro.
Mais de 230 goianos perderam a vida este ano por causa da doença de Chagas. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) estima que entre 200 mil e 300 mil pessoas tenham a enfermidade, em Goiás. Apesar de antiga, especialista explica que a doença ainda é muito presente e precisa de atenção.
“É uma doença antiga e a maioria dos casos são crônicos, quando as pessoas já a têm há anos”, afirma o médico infectologista Marcelo Daher.
O médico afirma que a doença de Chagas é causada pelo inseto barbeiro. Ele explica que ela estava associada ao consumo de alguns alimentos que, durante a produção, não eliminam o parasita. Porém, atualmente, os casos são de pessoas que já têm a doença e descobrem o diagnóstico tardiamente.
Sintomas
Nos casos agudos, quando a doença ainda está no início, os pacientes apresentam febre, mal estar e, até mesmo, problemas cardíacos. Já em casos crônicos, as pessoas têm dificuldade para engolir alimentos, intestino preso e batimento cardíaco acelerado, o que, segundo o médico, pode se agravar.
“Pode se tornar grave, o coração para de funcionar e isso é um problema sério”, destaca Daher.
De acordo com um levantamento feito pela SES-GO, o estado já registrou 236 mortes pela doença até julho deste ano. A pasta comemora que o número de óbitos está em queda, sendo que em 2018 houveram 763 mortes e, em 2022, 601. Entretanto, destaca que ainda há uma alta taxa de mortalidade.
Tratamento
Daher diz que a doença de Chagas é uma enfermidade negligenciada e que o tratamento tem resultados positivos, mas destaca que o encaminhamento para o diagnóstico é deixado de lado. Ele afirma que o Sistema Único de Saúde (Sus) oferece o exame e a medicação gratuitamente.
“Não é um teste rápido. O paciente tem que consultar, fazer exames e, por isso, não é tão simples, mas existe tratamento na rede pública”, afirma.
O médico também cobra que os hospitais sejam melhor preparados para receber os pacientes e diagnosticar a doença. Além disso, a SES orienta as pessoas que apresentam sintomas e desconfiam do contato com o inseto barbeiro, a buscar atendimento na unidade básica de saúde.
Como o inseto barbeiro é comum na zona rural, a SES dá dicas de cuidados para moradores dessas regiões: impedir que o barbeiro forme colônias em buracos e frestas das residências e usar repelentes e roupas de mangas longas. Além disso, ao encontrar o inseto em casa, não o mate. Projeta a mão com luva ou saco plástico, coloque em um recipiente com tampa e entregue a um agente de saúde.
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Funcionários de clínica de reabilitação clandestina são presos após paciente morrer ao levar mata-leão durante internação, diz polícia
Delegado explica que o caso começou a ser investigado após funcionários de hospital e chamarem a polícia. Clinica não tinha autorização para funcionar.
Um jovem morreu após sofrer um golpe de ‘mata-leão’ durante uma internação à força em uma clínica de reabilitação clandestina, em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Cinco pessoas foram presas nesta terça-feira (1º), entre elas, um gerente, os funcionários suspeitos de matar a vítima e os donos da clínica que teriam mandado fazer a internação.
O caso é investigado pelo delegado Humberto Soares, da Polícia Civil (PC), em Posse, no nordeste de Goiás. Os nomes dos investigados não foram divulgados e, por isso, o g1 não pôde localizar a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta matéria. Soares detalha ainda que a polícia apreendeu o carro usado na internação da vítima e uma arma de fogo.
Internação compulsória
O delegado explica que o caso começou a ser investigado há dois meses após funcionários de um hospital em Simolândia, na região nordeste do estado, chamarem a polícia após a morte do jovem. De acordo com o investigador, a vítima tinha problemas com uso de drogas e, por isso, a família pediu a internação dele na clínica, mas não sabiam a forma como ela era feita.
“Três funcionários foram até a casa da vítima, que morava em Posse, e se identificaram como falsos policiais. Quando o jovem percebeu que se tratava de uma internação compulsória, tentou fugir. Para imobilizar a vítima, os funcionários aplicaram um golpe de mata-leão. Apesar de ter sido levado para o hospital, o jovem acabou morrendo por enforcamento”, relata.
Clínica clandestina
Soares afirma que a clínica não tinha autorização da prefeitura para funcionar. “A fiscalização já havia fechado e suspendido as atividades, mas eles voltaram a funcionar clandestinamente”, explica. Com isso, o delegado diz que a clínica não poderia estar recebendo pacientes, além de explicar que os funcionários não tinham preparo para realizar as internações.
“Eles não têm formação na área de saúde, todos têm passagens por tráfico de drogas, lesão corporal, violência doméstica e inúmeros outros crimes”, diz. Soares afirma que a clínica não possuía nenhuma equipe médica e que os próprios internados cuidavam uns dos outros. “Eles não tinham acompanhamento médico para exercer a atividade, além do local ser insalubre”, enfatiza.
O delegado informa que a clínica foi interditada e que os 38 internos, que ainda viviam no local, serão encaminhados para a assistência social do município e aos familiares. Tiago Teixeira Silva, de 36 anos, que ficou internado seis meses na clínica denúncia ainda que também foi internado à força e que davam remédios a mais do que o necessário.
“Tinha que tomar, não tinha isso de não querer tomar. Eles ainda cobravam a mais da minha família para dar mais remédios. Qualquer coisa eles oprimiam a gente. Graças a Deus, os policiais chegaram e eu vou embora daquela cárcere de privado”, afirma. O investigador relata que as famílias pagavam em média R$ 2 mil por mês pela internação, mas que algumas pagavam até R$ 5 mil.
Investigação
Soares explica que a internação de paciente deve ser feita após uma decisão judicial ou orientação médica com prazo e medicações necessárias. Questionado sobre a família da vítima, o delegado afirma que eles estão ajudando nas investigações. Os suspeitos são investigados pelo homicídio qualificado e sequestro, além de cárcere privado, falsificação de documentos e curandeirismo.
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FLORIPA ONLINE
Sedentarismo pode ser tão perigoso quanto hábito de fumar, diz estudo
Está longe de cumprir com uma rotina de exercícios físicos no seu dia a dia? Está na hora de rever as suas escolhas. Ainda mais depois de um estudo de pesquisadores da Pennington Biomedical Research Center e Arnold School of Public Health, University of South Carolina. Onde as instituições estadunidenses compararam inatividade física e sedentarismo com hábito de fumar.
Esse trabalho de pesquisa mencionou que o tempo entregue para comportamento sedentário em níveis de atividade física e aptidão cardiorrespiratória se relacionam com as taxas de mortalidade.
O levantamento citou na sequência a inatividade física com efeito deletério equiparado ao tabagismo e obesidade e a estimativa global que 9,4% de todas as 57 milhões de mortes no mundo do ano de 2008 podem ser atribuídas para inatividade física, o que significa mais de 5 milhões de óbitos pelo planeta.
Há ainda na sequência o acréscimo de que também se relaciona com os riscos de obesidade, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, fragilidade vinculada ao envelhecimento e câncer.
Diante dessas constatações, o que sobra é a recomendação de ao menos 250 minutos de exercícios físicos em média e alta intensidade, que associam força e atividades cardiorrespiratórias, para que um sujeito não seja sedentário.
Os reforços dos autores
Os estudiosos apontaram que essas diretrizes não sugerem recomendações sobre tempo sedentário ou metas para níveis de aptidão cardiorrespiratória. Ou seja, é interessante para a prevenção de doenças, envelhecimento tranquilo e redução da mortalidade prematura ampliar o foco da mensagem de saúde pública.
Dessa maneira, o objetivo da saúde pública seria não só incluir mais exercícios físicos. Mas também uma proposta de menos tempo sentado e com maior aptidão cardiorrespiratória.
A visão do cardiologista sobre inatividade física e sedentarismo com hábito de fumar
"A falta de atividade física regular pode ser tão prejudicial à saúde quanto o tabagismo? Bom, basicamente um corpo que não se mexe, né. É um corpo que não tem todos aqueles benefícios e não tem um condicionamento cardiovascular adequado. A resposta: a descarga de adrenalina desse corpo é maior. Você acaba tendo uma lesão na superfície dos vasos, que a gente chama de endotélio e acaba sendo mais exacerbada nos pacientes sedentários. Então, o corpo dele fica mais doente", respondeu com exclusividade para o Sport Life o cardiologista dos Hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat Dr. Gustavo Lenci Marques.
É adepto do tabagismo, de um longo tempo de sedentarismo e com direito a uma alimentação inadequada? Calma que há uma solução proposta pelo doutor Gustavo para abandonar esses hábitos.
"Eu coloco aqui que parar de fumar e praticar exercício é também uma dieta, né? Uma dieta adequada com menos produtos industrializados e menor consumo calórico. São os três pilares: uma alimentação saudável, não fumar e praticar exercício por uma vida longa", encerrou Lenci Marques.
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PORTAL MELHOR RH
ANS lança boletim sobre saúde suplementar
A Agência Nacional de Saúde (ANS) lançou hoje, 31 de julho, um novo boletim periódico sobre planos de saúde de toda natureza no Brasil: o Panorama - Saúde Suplementar. Com o objetivo de dar mais transparência à sociedade, a periodicidade do informativo será trimestral para a divulgação de estatísticas da saúde suplementar brasileira, incluindo dados e previsões econômicas, regras e normativas, programas e projetos da agência, entre outras demandas de empresas e beneficiários em geral."O Panorama - Saúde Suplementar é uma contribuição importante da Agência para a sociedade, pois vai facilitar o acesso a informações e a compreensão sobre o cenário do setor de planos de saúde. Quanto mais as pessoas conhecerem e entenderem o funcionamento do setor, mais preparadas estarão para tomar decisões de forma consciente", destacou o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, em notícia divulgada no site da instituição.
Setor empresarial
A divulgação recente de teto máximo de reajuste em 9,63% para o valor pago por usuários de planos individuais e familiares, com validade entre maio de 2023 a abril de 2024, alarmou beneficiários de opções coletivas e empresariais de saúde suplementar. Isso porque, embora criticada a nova taxa, sua regulamentação pela ANS é garantia para os contratantes pessoa física dos planos. Já o mercado de saúde empresarial tem reajustes definidos pelas próprias operadoras de saúde, levando em conta sinistralidade, inflação e outros índices incidentes sobre o serviço.A sinistralidade (uso dos planos), segundo especialistas, ainda é fator de desistência do atendimento pelas operadoras, na impossibilidade de reajustes junto aos beneficiários de organizações aderentes a opções empresariais e coletivas. A média viável é de 70% de uso dos serviços vinculados a essas bandeiras de saúde, permitindo-se pequenas variações percentuais para além desta taxa._
A aproximação da ANS dos RHs e empresas será tema de palestra no CONARH 2023, evento da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e um dos principais encontros do setor, previsto para os dias 8 a 10 de agosto.Atenção ao painel "Conhecendo a ANS: como a agência reguladora de planos de saúde está se aproximando do RH? Área do Contratante e Manual de Boas Práticas em Saúde Corporativa", já no primeiro dia, em um dos palcos principais. Para ter acesso à programação completa do evento, acesse aqui.
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GLOBO ONLINE
Especialistas reagem à classificação da psicanálise e acupuntura como pseudociências no livro de Natalia Pasternak
Especialistas e entidades médicas reagiram à publicação do livro "Que bobagem! Pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério", escrito pela microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) e colunista do GLOBO, e pelo jornalista Carlos Orsi, diretor da entidade. Mal foi lançado e já causa grande polêmica. A obra, dividida em 12 capítulos, classifica como pseudociência práticas da área de saúde como psicanálise e acupuntura.
Em carta aberta publicada em seu site, a Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi) afirma que o livro dirige "uma série de críticas despropositadas à psicanálise". Em relação à alegação de que a psicanálise é desvinculada do meio acadêmico, o Conselho Diretor da Febrapsi afirma que "a psicanálise e os analistas estão abertos e disponíveis para o debate crítico, que ocorre cotidianamente nas melhores Universidades e revistas científicas brasileiras há muito tempo" e que a "psicanálise também se faz presente em instituições internacionais de renome, como por exemplo a Universidade de Columbia".
A respeito das críticas sobre a falta de estudos clínicos randomizados, a federação afirma que há diversos estudos produzidos e publicados em revistas científicas, "não apenas do campo psicanalítico, mas na área da saúde em geral".
Ao GLOBO, o psicólogo Claudio Castelo Filho, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), entidade ligada à Febrapsi, livre docente em Psicologia Clínica pela USP e editor da Revista Brasileira de Psicanálise, ressalta que as ciências humanas, como a psicanálise, não lidam com um campo que pode ser reproduzido em laboratório e, por isso, não é possível comparar e usar os mesmos parâmetros das "ciências duras, que podem ser reproduzidas em laboratório".
- É muita pretensão humana achar que a natureza se restringe ao que podemos observar. Ansiedade, inveja, ciúme, ódio, desejo e amor, não são coisas que você pode medir. É possível medir reações físicas ou comportamentos que podem corresponder a isso. Mas até investigações que avaliam as alterações cerebrais associadas a esses sentimentos acabam no campo da inferência.
Enquanto a psicanálise está no campo da psicologia, no Brasil, a acupuntura e a homeopatia são consideradas especialidades médicas no Brasil reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em nota, o CFM afirmou que "a homeopatia e a acupuntura integram o rol de 55 especialidades reconhecidas no País, sendo praticadas com rigor e ética por milhares de médicos habilitados".
A autarquia também esclarece que "não há qualquer trabalho em andamento com o intuito de avaliar a permanência, ou não, da homeopatia ou da acupuntura no rol de especialidades", como havia sido citado anteriormente.
Sobre a falta de evidências científicas que comprovem o efeito da acupuntura, Jean Luis Degrande de Souza, presidente da Sociedade Brasileira De Acupuntura (SBA), afirma que os efeitos da acupuntura já foram efetivamente comprovados para diversas disfunções, com insônia, gastrite, dor musculoesquelética, artrite, enxaqueca, cefaleia e alterações emocionais.
- A acupuntura tem artigos publicados por pesquisadores respeitadíssimos, com todo o rigor científico. Além do aspecto energético ligado à tradição chinesa, existem estudos que mostram o efeito do estímulo periférico da picada da agulha na pele, na medula e no sistema nervoso central, ativando a liberação de moduladores. Contestar isso é um desserviço à comunidade científica e à população que é beneficiada pela prática.
Desde 2006, a acupuntura e a homeopatia são oferecidas como práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em entrevista anterior ao GLOBO sobre o assunto, o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, disse que as 55 sociedades médicas existentes no Brasil, incluindo a de homeopatia e acupuntura, "não estão cometendo nenhum ilícito quando emitem título de especialista".
- Até que se prove o contrário, vamos continuar reconhecendo a homeopatia e a acupuntura como especialidades legalmente existente e que podem continuar atuando - diz Fernandes.
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O TEMPO
Pacheco contesta decisão do Supremo sobre o piso da enfermagem
Presidente do Senado acionou advogados da Casa para elaborar um recurso de embargo de declaração contra a suspensão da lei
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se nesta terça-feira (1) com a Advocacia Geral do Senado para contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a lei que estabelece o piso nacional de enfermagem. Junto com os advogados da Casa, foi elaborado um recurso de embargos de declaração contra a medida.
A ação anunciada por Pacheco visa contestar decisão da Corte, de julho deste ano, definindo que o valor do pagamento no setor privado deverá ser negociado entre empregadores e empregados, além de condicionar o pagamento do piso a repasses de verba federal.
A iniciativa de Pacheco é no sentido de que o piso nacional da enfermagem entre em vigor no formato aprovado pelo Congresso, em abril deste ano, com a previsão de R$ 7,3 bilhões para o custeio do novo valor do piso da categoria. “O que buscamos é a aplicação plena e imediata daquilo que foi decidido pelo Congresso Nacional em relação à enfermagem do Brasil”, frisou Pacheco.
Conforme o texto aprovado pelos deputados federais e senadores, e sancionado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, em maio deste ano, enfermeiros devem receber R$ 4.750, já técnicos de enfermagem passam a ter direito a R$ 3.325, e para auxiliares de enfermagem e parteiras, o piso foi fixado em R$ 2.375. As regras valem para os setores público e privado e independem da jornada de trabalho dos profissionais.
Em julho de 2022, o Congresso havia promulgado a Emenda Constitucional 124 fixando o piso nacional da enfermagem. Em setembro, o ministro do STF Luís Roberto Barroso suspendeu a aplicação da nova lei e exigiu estudo sobre os impactos financeiros e a fonte de recursos. Para cumprir a exigência, em dezembro do ano passado, as Mesas do Senado e da Câmara dos Deputados promulgaram a Emenda Constitucional 127, prevendo repasses da União a Estados e Municípios, tendo como lastro o superávit financeiro verificado dos fundos públicos do Poder Executivo, ao fim de cada ano, entre os exercícios de 2023 a 2027.
Em setembro de 2022, Pacheco já havia se reunido com o ministro do STF Luís Roberto Barroso para tratar da decisão que suspendeu a lei que fixou o piso salarial dos profissionais de enfermagem. Os dois teriam concordado com a necessidade de se buscar uma fonte mínima de recursos capaz de viabilizar o pagamento.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 01/08/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Fiocruz alerta para aumento de síndromes respiratórias graves, em Goiás
Hospital das Clínicas oferece tratamento com fototerapia para vitiligo
Presidente da Unimed Federação Centro Brasileira participa do 9º Comunica
Salto alto: elegância X saúde – Médica alerta sobre riscos do uso deste tipo de calçado
TV ANHANGUERA
Fiocruz alerta para aumento de síndromes respiratórias graves, em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/11827195/
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A REDAÇÃO
Hospital das Clínicas oferece tratamento com fototerapia para vitiligo
O vitiligo é uma doença que revela desafios para além da pele. São pelo menos 0,5% dos brasileiros (cerca de 1 milhão de pessoas), segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, com a enfermidade que reflete diretamente na autoestima e na interação social. Por isso, neste Dia Nacional do Vitiligo, nesta terça-feira (1º/8), instituído pela Lei Nº 12.627, de 11 de maio de 2012, especialistas e pessoas que convivem com a doença, ligados aos hospitais vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares , evidenciam a importância da rede de acolhimento, assistência à saúde e informação para combater preconceitos.
O vitiligo acomete a pele e as mucosas, conforme explica o dermatologista Marco Túlio Oliveira, do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), que faz parte do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, em Fortaleza. As células responsáveis pela pigmentação da cor da pele e dos cabelos (melanócitos) são destruídas ou passam a produzir menos melanina (pigmento responsável pela cor) fazendo surgir manchas brancas. Isso ocorre por mecanismo autoimune, ou seja, o próprio corpo as ataca, possuindo uma forte tendência genética.
Segundo o especialista, existem diferentes tipos de apresentação do vitiligo, podendo ser segmentar ou unilateral, quando apenas uma parte do corpo, da face, ou de um membro é acometido; de lesão única, onde somente um local específico é atingido, geralmente desencadeado por um trauma (ferimento, pancada); e o universal ou generalizado, quando todo o corpo e até o cabelo podem sofrer a despigmentação. O dermatologista reforça, já desmistificando crenças comuns na sociedade: o vitiligo não se trata de uma infecção causada por vírus, fungos ou bactérias, portanto, não é transmissível. Também não é um tipo de câncer e nem compromete a saúde física do indivíduo.
O diagnóstico é essencialmente clínico, com a observação da equipe médica, esclarece a dermatologista Ivana Garcia, do Hospital Universitário Júlio Müller, da Universidade Federal do Mato Grosso (HUJM-UFMT), mas também existem exames adicionais feitos em casos de dúvida, como a “luz de Wood” (aparelho capaz de acentuar as lesões de vitiligo durante o exame) ou a biópsia da região afetada.
Não existe uma forma de prevenção para quem não sabe que tem uma pré-disposição ao vitiligo. O que pode ser feito, ressalta Ivana, é que, quando a pessoa já apresentou um quadro de vitiligo em algum momento, passe a evitar crises de aumento e surgimento de novas manchas. E isso tem relação com estresse e estilo de vida (alimentação não adequada, sedentarismo). “Eu sempre falo para as pacientes que é muito difícil evitarmos completamente passar por um período de estresse emocional porque isso faz parte da vida. No entanto, é muito importante, principalmente para quem tem uma condição de base autoimune, cuidar da saúde mental buscando ajuda psicológica também, porque isso vai ajudar no controle dos gatilhos”, destaca.
Tratamento para controle
A dermatologista Lívia Caetano, responsável pelo Ambulatório de Fototerapia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), relata que o primeiro passo para iniciar o tratamento é definir se o vitiligo está estável ou em progressão, além de observar a extensão da pele acometida. Após a avaliação clínica, é pensada a melhor forma terapêutica que, segundo a especialista, pode ser direcionada para paralisar a progressão (corticoides ou imunomoduladores de uso tópico ou sistêmico, a depender de cada caso) ou para estimular a repigmentação. Nos dois casos, a fototerapia pode auxiliar por ter ação “imunossupressora sobre a pele e estimular a migração dos melanócitos vizinhos para a região do vitiligo”, informa. A dermatologista enfatiza a importância de buscar atendimento médico: “Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, maior a chance de resposta. Falamos em controle e não em cura. A repigmentação da pele pode ser total ou parcial, mas há chance de reaparecimento e de novas lesões ao longo da vida”.
A paciente do HC-UFG Elma Pinheiro, de 56 anos, percebeu as primeiras manchas aos 15 anos no quadril e nos pés, mas estas não evoluíram. Porém, em 30 de outubro de 2015, ela passou pelo grande trauma de ter a casa invadida por assaltantes e esse estresse provocou, meses depois, o surgimento de mais manchas espalhadas pelo corpo, exceto o rosto. Foi, então, que buscou encaminhamento para o HC-UFG e, em agosto 2018, começou seu tratamento com fototerapia duas vezes por semana, que continua até hoje. “O Hospital me acolheu em todos os sentidos. Já melhorei bastante e tem áreas do meu corpo em repigmentação”.
Nem sempre foi fácil, explica Elma, pelo preconceito sofrido, mas ela superou as opiniões: “Eu me amo muito. Eu me acho bonita, eu tenho autoestima muito tranquila”. Ela também fez duas cirurgias no HC-UFG de transplante de melanócitos, outra opção de tratamento que permite transferir as células de um local saudável para o espaço onde há vitiligo. A primeira foi feita em abril de 2021, e a segunda, em setembro do mesmo ano, na mão esquerda, percebendo uma melhora significativa. Este procedimento é bem indicado para casos estáveis e principalmente de vitiligo segmentar não responsivo a outros tratamentos, explica a dermatologista Lívia Caetano.
Convivência com vitiligo
A técnica de enfermagem Lívia Batista, de 40 anos, trabalha há 17 no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) e atualmente está lotada na Central de Esterilização de Materiais (CME). Aos seis anos, as primeiras manchas de vitiligo começaram a aparecer em suas pernas e calcanhares. Além dela, sua mãe, sua irmã, tio e tia também têm vitiligo. Pela condição, Lívia diz ter enfrentado muito preconceito, especialmente durante a infância e adolescência. “Eu tinha muita vergonha. Uma vez, até pintei as manchas com tinta marrom quando era criança”, contou.
Com o passar do tempo, especialmente a partir dos 18 anos, quando buscou auxílio médico e foi se descobrindo como mulher, Lívia refletiu que a doença não era maior que ela. “Hoje minha autoestima melhorou bastante. Convivo bem, visto shorts e isso não me abala mais. Eu me aceitei no vitiligo”. Ela também percebeu que, além do fator hereditário, os momentos de estresse favoreciam o aparecimento de novas manchas e começou a cuidar também das emoções, valorizando a sua saúde mental e física.
Outra história de superação da doença é da enfermeira obstétrica Evalnize Vargens, de 57 anos, convocada para o Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (HU-Unifap), que começará a trabalhar amanhã, dia 02 de agosto, na Clínica Médica. Quando tinha 32 anos, após passar por estresses emocionais, começou a perceber manchas brancas nos dedos da mão esquerda e depois na mão direita, quando, então, buscou atendimento e teve o diagnóstico. Além das mãos, as manchas também acometeram pés, cotovelos e lábio.
Ela realizou tratamento de fototerapia e uso de medicamentos que reduziram a aparência e surgimento de novos focos do vitiligo e hoje se sente melhor consigo mesma. “No início fiquei muito abalada. Quanto mais surgiam manchas, mais minha autoestima era afetada, me sentia mal e ansiosa. Mas com o tempo, fui me tranquilizando e hoje nem lembro mais que tenho vitiligo”, disse.
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FOLHA DO PLANALTO
Presidente da Unimed Federação Centro Brasileira participa do 9º Comunica
Durante o evento, com patrocínio exclusivo da Federação, foi entregue o 3º Prêmio Goiás Cooperativo de Jornalismo
O presidente da Unimed Federação Centro Brasileira, Danúbio Antonio de Oliveira, participou, no dia 28 de julho, da entrega do 3º Prêmio Goiás Cooperativo de Jornalismo, promovido pelo Sistema OCB/GO. A premiação aconteceu durante o 9º Encontro de Jornalistas e Comunicadores de Cooperativas de Goiás (Coomunica), que teve a Federação como patrocinadora exclusiva.
O tema do prêmio deste ano foi “Com participação crescente no Produto Interno Bruto de Goiás, o cooperativismo gera renda e oportunidades para os pequenos, competitividade para os grandes e riqueza para vários setores da economia” e foram premiados trabalhos jornalísticos produzidos nas áreas de jornal impresso, TV, rádio, web, fotografia e jornalismo cooperativista.
Ao todo, foram distribuídos R$ 63 mil em prêmios neste concurso que acontece a cada dois anos e visa estimular e prestigiar o trabalho de jornalistas e veículos da imprensa que divulgam projetos e ações econômicas e sociais realizadas pelo cooperativismo goiano.
Danúbio Antonio de Oliveira lembrou que a Federação foi uma das vencedoras da segunda edição do prêmio, realizada em 2021, e que foi uma honra participar e patrocinar o 9º Comunica.
“O Comunica é, sem dúvida, um marco na comunicação do setor cooperativista em Goiás e tem contribuído para a atualização dos profissionais da área e, principalmente, para o fortalecimento da comunicação nas cooperativas”, afirmou, ressaltando que a comunicação é uma poderosa ferramenta que vai além de apenas divulgar as ações das cooperativas.
“Ela tem o potencial de disseminar a cultura cooperativista, seus princípios e valores, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, equitativa e solidária”, disse.
Além da premiação, o encontro, que reuniu comunicadores de cooperativas de todo o Estado, profissionais da imprensa goiana e o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, contou com a palestra “O futuro da comunicação e a comunicação do futuro”, ministrada por Romeo Busarello.
Com mais de 40 anos de atuação na área de comunicação, Romeo Busarello destacou a importância do aprendizado constante, principalmente diante de tantas e tão rápidas mudanças no mercado. E, ao contrário do que acontecia há algumas décadas, a fonte deste aprendizado, segundo ele, não está apenas na escola.
“Não há mais tempo de ficar dois anos esperando uma formação”, citou, aconselhando os profissionais a buscarem cursos rápidos e com mais frequência e a estarem sempre atentos aos movimentos deste mercado em permanente transformação.
Clique aqui e confira a relação dos vencedoresdo 3º Prêmio Goiás Cooperativo de Jornalismo.
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DEZ MINUTOS
Salto alto: elegância X saúde – Médica alerta sobre riscos do uso deste tipo de calçado
Muitas mulheres não abrem mão do uso do salto alto quando o objetivo é ficar mais elegante. Para esse grupo, passar horas se equilibrando em saltos de 10, 15 centímetros não é nada diante do charme que é usar essas sandálias, botas e sapatos, mesmo que ao final da jornada os pés apresentem dores e desconforto.
Porém, não são apenas os pés que ficam prejudicados pelo uso contínuo dos saltos altos. Outra parte do corpo que pode ser vítima desta vaidade é a coluna, como alerta a médica neurocirurgiã Ana Maria Moura.
Ela observa que o uso prolongado ou mesmo esporádico do salto pode alterar a postura e a forma de andar, mudando a angulação da coluna e prejudicando o pescoço, a lombar e causando, por exemplo, intensas dores nas costas.
O uso do salto também pode evidenciar problemas antes ocultos, como sobrecarga na região lombar, desvios posturais e falhas no alinhamento da coluna. Então, atenção aos sinais de alerta do seu corpo. Diante de qualquer incômodo ao usar um salto alto, busque ajuda médica. O diagnóstico precoce é um grande aliado da boa saúde.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 29 A 31/07/23
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DESTAQUES
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Saúde e educação concentram metade de novo bloqueio no Orçamento
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Exames de análises clínicas em farmácias começam dia 1° de agosto; saiba quais serão permitidos
A partir do dia 1° de agosto, entra em vigor a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permitirá que farmácias e consultórios realizem exames de análises clínicas. Até então, esses estabelecimentos estavam restritos a aplicar apenas testes de Covid e de glicemia. Com o novo decreto, as farmácias poderão realizar quase 50 tipos de exames.
A autorização para a realização dos novos exames foi embasada no avanço tecnológico do setor, que trouxe mais agilidade e segurança aos procedimentos. Os exames permitidos incluem uma variedade de análises, como HIV, dengue, colesterol, malária e hepatite, entre outros. É importante ressaltar que esses testes serão do tipo rápido, ou seja, sem a necessidade de envio para laboratórios, mas não substituirão o diagnóstico laboratorial convencional, servindo, portanto, como uma etapa de triagem.
Marcelo Camargo/Agência BrasilEntre os tipos de exames permitidos estão o de HIV, dengue e colesterol
A mudança tem como objetivo ampliar o acesso da população aos serviços de diagnóstico clínico, promovendo uma maior agilidade no atendimento. Além disso, busca reforçar o papel dos laboratórios clínicos no estímulo à política de qualidade dos exames realizados no país.
A norma que permitirá essa ampliação foi avaliada e aprovada pela Diretoria Colegiada da Anvisa em maio, e para monitorar a implementação das novas regras, o Ministério da Saúde e a Anvisa formarão um grupo de trabalho que avaliará o alcance dos objetivos da resolução e seu impacto no Sistema Único de Saúde (SUS), no mercado e na sociedade.
Farmácias terão 180 dias para se adequar às novas regras
A resolução da Anvisa definiu uma nova categorização de serviços de saúde que realizam atividades relacionadas a exames de análise clínica: serviço tipo I (farmácias e consultórios isolados); serviço tipo II (postos de coleta); e serviço tipo III (laboratórios clínicos, laboratórios de apoio e laboratórios de anatomia patológica).
Os estabelecimentos que desejarem oferecer os novos exames terão um prazo de até 180 dias para se adequarem às regras atualizadas. Com essa nova medida, a expectativa é que mais pessoas tenham acesso a um diagnóstico rápido e eficiente, contribuindo para o controle de doenças e a melhoria da qualidade de vida da população. É fundamental que os estabelecimentos de saúde se preparem adequadamente para oferecer os exames com responsabilidade e segurança.
Agência BrasilFarmácias poderão realizar quase 50 tipos de exames de análises clínicas
Quais exames serão liberados?
Ao todo, farmácias e consultórios poderão realizar 47 tipos de exames de análises clínicas. São eles:
1. Beta-hCG
2. Dengue Antígeno NS1
3. Hemoglobina Glicada A1c
4. Check-up Pós-Covid Anticorpos Anti-Spike
5. Colesterol Total
6. Avaliação de Controle de Asma
7. Dengue Anticorpos IgG IgM
8. Glicemia
9. Glicemia e Pressão Arterial
10. Glicemia e Perfil Lipídico
11. Hormônio Luteinizante (LH)
12. Toxoplasmose
13. Teste de Intolerância Alimentar
14. Exames do coração check-up completo
15. VSR - Vírus Sincicial Respiratório
16. VSR Molecular - Vírus Sincicial Respiratório
17. Zika Vírus Anticorpos
18. Teste Rápido PSA
19. Teste Rápido Adenovírus
20. Teste Rápido HIV
21. Teste Rápido Covid-19 Anticorpos
22. Teste Rápido Covid-19 Antígeno
23. Teste Rápido Covid-19 Antígeno + Anticorpos
24. Teste Rápido Covid-19 Molecular
25. Teste Rápido Ácido Úrico
26. Teste Rápido Chikungunya
27. Teste Rápido Lactato
28. Teste Rápido Malária
29. Teste Rápido Sífilis
30. Teste Rápido Troponina Cardíaca
31. Teste Rápido Ferritina
32. Teste Rápido Mioglobina
33. Teste Rápido Streptococcus Grupo A Molecular
34. Teste Rápido Streptococcus Grupo A
35. Teste Rápido Hepatite C
36. Teste Rápido Vitamina D
37. Avaliação de Controle da Asma
38. Teste Rápido Proteína C Reativa
39. Teste Rápido Rubéola
40. Teste Rápido Dímero-D
41. Teste Rápido Dengue Antígeno e Anticorpos
42. Teste Rápido Febre Amarela
43. Teste Rápido Helicobacter Pylori
44. Teste Rápido Influenza Molecular
45. Teste Rápido de Alergia Alimentar
46. Teste Rápido Tipo Sanguíneo
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TV ANHANGUERA
Hugo conquista prêmio internacional por tratamento de AVC
https://globoplay.globo.com/v/11823706/
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DIÁRIO DA MANHÃ
Idoso morre após esperar quase 4 horas por atendimento em hospital
HC informou que estava atendendo além da capadidade no momento em que o idoso chegou na unidade
Eurípedes Roberto Faria, de 74 anos morreu em uma ambulância após esperar por atendimento na porta do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), na madrugada de sábado, 29.
O idoso se sentiu indisposto na noite de sexta-feira, 28, e foi levado para uma unidade de atendimento na cidade e, após ter realizado exames, os médicos suspeitaram ser um princípio de infarto e pediram a transferência dele para o HC.
A UdiCor, uma empresa de Gestão de Saúde privada, então foi acionada às 1h30 para levá-lo até o hospital. Às 2h22, ele entrou na ambulância e chegou no destino às 2h38.
O hospital foi informado da complexidade do caso quando o idoso chegou, porém ele esperou quase quatro horas por um atendimento, às 5h11 teve uma parada cardiorrespiratória e morreu às 5h56.
O HC informou que 156 pacientes estavam internados no local onde há 69 leitos de pronto-socorro e que, por isso, não conseguiria atender o paciente de forma imediata.
Em nota, o HC disse que "tem solicitado à secretaria de saúde mais leitos e que seus profissionais não têm medido esforços para melhor atender à população, mas o cenário tem se mostrado tem se mostrado insustentável e que isso impacta em casos como este."
Já a UdiCor, responsável pela atendimento, afirmou que durante todo o atendimento prestado ao paciente, foram seguidas as normas de qualidade e segurança para garantir o melhor cuidado possível. Durante o transporte, ele foi acompanhado por uma equipe composta por médico, socorrista e enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel.
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AGÊNCIA BRASIL
Quebrar o silêncio ajuda a prevenir suicídios, dizem especialistas
Na contramão do resto do mundo, América Latina tem aumento de casos
O suicídio é um fenômeno multifatorial, ou seja, são vários elementos envolvidos que levam à decisão de uma pessoa tirar a própria vida. Por isso, é preciso uma articulação de setores e saberes para que ações de prevenção sejam bem sucedidas. Além disso, o tema não pode ser tratado como tabu. A avaliação é de especialistas ouvidos pela Agência Brasil, em um cenário em que o país enfrenta alta no número de pessoas que tiram a própria vida.
O número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. O levantamento faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho. Em 2022, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia. Em 2021, foram 14.475 suicídios. Em termos proporcionais, o Brasil teve 8 suicídios por 100 mil habitantes em 2022, contra 7,2 em 2021.
Reflexos da pandemia
Para o professor Antonio Augusto Pinto Junior, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), esse aumento deve-se, em muito, pelos efeitos da pandemia de covid-19. Ele contextualiza que o cenário pandêmico resultou em aumento do desemprego e precarização das condições de trabalho. “Elementos que se acumularam com outros fatores de risco para a saúde mental da população, como ansiedade, solidão, estresse. Fatores decorrentes tanto do isolamento social quanto dos lutos e perdas de amigos e/ou familiares”, explica.
“Essas experiências deflagradas pela pandemia impactaram, de forma significativa, a saúde mental em função dos riscos físicos e psicossociais, tornando o sofrimento psíquico muito mais agudo, desencadeando o declínio do sentimento de vida e de uma sensação de vazio que, geralmente, acompanham o comportamento suicida”, conta o especialista, que observou esses sintomas em pacientes atendidos no projeto que a UFF de Volta Redonda, sul do estado do Rio de Janeiro, tem em parceria com o Departamento de Psicologia Clínica do Instinto de Psicologia da Universidade de São Paulo. O serviço é exclusivamente gratuito e conta com aproximadamente 400 terapeutas voluntários, inscritos no cadastro do Conselho Federal de Psicologia, além de graduandos de psicologia das duas universidades.
“Mesmo após o período crítico da pandemia, a busca pelo tratamento online se manteve intensa. Desde a implantação em março de 2020, com o isolamento social, até o fim de 2022 – portanto abrangendo a pandemia e a pós pandemia – foram atendidas mais de 6 mil pessoas. Os principais transtornos apresentados são ansiedade e depressão, com queixa de desemparo atrelado à perda de referências simbólicas, o que produz uma forma de angústia que, muitas vezes, figura como um excesso emocional que acompanha uma interrupção do sentido de vida”, completa.
Tendência preocupante
O vice-diretor do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Rossano Cabral Lima, enxerga uma tendência preocupante nos dados de suicídio no país. Com base nos boletins epidemiológicos publicados pelo Ministério da Saúde, ele aponta que a média nacional era de 5,24 casos por mil habitantes em 2010. O especialista destaca que o aumento tem sido proporcionalmente maior em faixas etárias mais jovens, abarcando infância e juventude. O especialista, que também é secretário nacional da Associação Mundial para a Reabilitação Psicossocial, destaca ainda que Brasil e América Latina estão na contramão do mundo, que experimenta um decréscimo nos casos de suicídios.
Cabral Lima diz acreditar que esse aumento pode ser relacionado a determinantes sociais da região latino-americana. “À medida que aumenta a taxa de desemprego, aumenta a de suicídio; à medida que cai a escolaridade, aumenta a taxa de suicídio. A violência na comunidade, de uma maneira geral, também aumenta os casos”, afirma o psiquiatra, que já atuou na rede pública de atenção psicossocial.
Rondônia em alerta
O Anuário do FBSP traz um destaque relacionado ao estado de Rondônia. A taxa de suicídios por 100 mil habitantes foi de 20,7. Isso é mais que o dobro do índice nacional (8) e bem à frente do segundo colocado, Rio Grande do Sul (14,7).
O psiquiatra Humberto Müller é integrante da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Regional de Medicina de Rondônia. Segundo o psiquiatra, Rondônia, assim como os demais estados do Norte, sempre apresentou baixo índice de notificações compulsórias em relação ao suicídio, tendo por décadas subnotificado casos.
“A melhora nas notificações deu aos profissionais a real noção do problema. Com isso, torna-se necessário que medidas de saúde pública sejam pensadas e aplicadas”, avalia. O especialista – que colaborou, em 2021, com o grupo de trabalho da Câmara dos Deputados destinado ao estudo sobre o aumento de suicídio, automutilação e problemas psicológicos entre os jovens – diagnostica que “o baixo número de profissionais que atuam em saúde mental, assim como os escassos serviços médicos ambulatoriais, como o Caps (Centro de Atenção Psicossocial), e os baixos números de leitos para internação psiquiatria certamente fazem parte do problema”.
Mundo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida no mundo. Isso representa, em média, um caso a cada 40 segundos. É a quarta maior causa de morte em jovens entre 15 e 29 anos. Há indícios de que, para cada pessoa que morre por suicídio, é provável que haja mais de 20 outras que tentam dar fim à própria vida.
A OMS afirma que estigmatização e tabu são grandes obstáculos para a prevenção. Isso impede que muitas pessoas que vivenciam problemas de saúde mental a ponto de pensar em suicídio deixam de procurar ajuda por causa do estigma que sofrem.
Quebrar tabu
O psiquiatra Humberto Müller defende que é fundamental desmistificar as fantasias e preconceitos com relação às doenças e tratamentos psiquiátricos. Muitos pacientes sofrem em silêncio, sem buscar atendimento por vergonha ou desconhecimento. A psicoeducação salva vida, pois traz luz às trevas da ignorância e estimula a busca por autocuidado”. Ele acrescenta que o enfrentamento do problema se faz com políticas públicas que ofereçam alternativas terapêuticas multidisciplinares aos que sofrem. “Ter acesso ao psiquiatra e psicólogo salva vidas. É preciso aumentar a rede de apoio, disponibilizando mais profissionais de saúde mental, para que possam atender a demanda latente e estruturar políticas públicas visando a prevenção e autocuidado”, conclui.
Antonio Augusto Pinto Junior, da UFF, considera que a sociedade não compreende a dimensão nem os efeitos dos transtornos mentais na vida coletiva. “De modo geral, as pessoas atribuem apenas ao indivíduo ou à família as causas do sofrimento mental – concebido frequentemente como fraqueza e covardia do sujeito, não reconhecendo os vários determinantes sociais, culturais, políticos e econômicos associados ao desencadeamento das doenças mentais. Enquanto a sociedade não abordar o suicídio e outras manifestações do sofrimento psíquico como fenômenos multidimensionais e multicausais que demandam a articulação de vários setores e saberes, dificilmente teremos políticas públicas efetivas e eficazes no seu enfrentamento”, disse.
Rossano Cabral Lima, do Instituto de Medicina Social da Uerj, diz acreditar que a saúde mental nunca foi um tema considerado prioritário e só começou a ganhar mais importância a partir dos anos 2000. Para ele, a promoção de saúde é um caminho para a prevenção de novos casos. Isso inclui oferecer a capacidade de o indivíduo superar obstáculos na vida e também afastar o acesso a itens que acabam sendo uma forma de chegar ao suicídio, como armas e drogas lícitas e ilícitas. “Suicídio é um tema que, com muito cuidado, precisa ser discutido nos espaços mais importantes da sociedade, desde a escola até os ambientes de trabalho, até a vida familiar, para, de fato, deixar de ser tratado como um tabu”, orienta.
Acolhimento
O Centro de Valorização da Vida (CVV) é um dos principais serviços de aconselhamento no país de pessoas que enfrentam pensamentos suicidas. De acordo com o último relatório de atividades do CVV, por meio do número de telefone 188 (ligação gratuita), 3,5 mil voluntários atendem uma média de 8 mil ligações por dia. A porta-voz do CVV, Leila Herédia, contou à Agência Brasil que o aumento no número de pessoas que tiram própria vida no país evidencia a importância de acolhimento.
“Mais que números, são vidas que perdemos. Esse aumento só reforça a necessidade de focarmos cada vez mais na prevenção, todos nós, porque é apenas conversando, falando, quebrando tabus e permitindo que as pessoas desabafem, entendam que é tudo bem não estar bem, que a gente nem sempre está legal, que é ok pedir ajuda, que vamos mudar este cenário”, diz. “Não é mimimi, a gente não estar bem sempre. E é importante saber a hora de buscar ajuda”, completa.
Para Leila Herédia, é preciso uma coesão entre instituições e pessoas. “Para quebrar este estigma e estimular as pessoas a pedirem ajuda, é necessário que tenhamos, de fato, esse espaço. Então, o poder público, com políticas públicas, atendimento na rede pública, profissionais de saúde, familiares, amigos, professores e o CVV, com nossos voluntários, todos nós devemos fazer parte desta rede de atenção e prevenção”.
Poder público
Para a OMS, governos devem investir em políticas públicas para aumentar a conscientização sobre e importância da saúde mental e quebrar tabus envolvendo o suicídio.
No ano passado, o Ministério da Saúde lançou iniciativas voltadas para o cuidado da saúde mental dos brasileiros pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, a Linha Vida (196), um projeto telefônico piloto, começando pelo Distrito Federal, que disponibiliza teleconsultas para o enfrentamento dos impactos causados pela pandemia e as Linhas de Cuidado para organizar o atendimento de pacientes com ansiedade e depressão. Ao todo, foram destinados mais de R$ 45 milhões às ações.
Papel da mídia
Uma das ações da OMS na prevenção de novos casos de suicídio é interagir com a mídia para estimular e orientar uma cobertura responsável sobre o assunto, derrubando o mito de que o tema não deve ser interesse de reportagens.
“A discussão sobre o suicídio e os transtornos mentais, de forma geral, deve ser pauta da imprensa, mas de forma cuidadosa e ética. Desmistificar o fenômeno do suicídio e abordá-lo como um problema social, e não apenas individual, deve ser também uma tarefa da mídia, de modo a ajudar as pessoas na identificação precoce dos sintomas e de como buscar ajuda profissional”, aponta Antonio Augusto Pinto Junior, do Departamento de Psicologia UFF.
Rossano Cabral Lima, da Uerj, orienta que a imprensa trate casos sem sensacionalismo e evitando detalhes sobre os métodos, para evitar o chamado efeito contágio, que poderia incentivar outros casos. “É mais importante dar informações como essa [dados do anuário], que tem mais impacto na saúde coletiva, do que de casos individuais. Mas, mesmo em relação aos casos individuais, evitar detalhes sobre métodos, sem glamourização nem tratar como um ato de coragem, de resistência. Uma abordagem responsável pela imprensa tem um impacto positivo em transformar o suicídio em uma coisa que não seja um tabu”, conclui.
Sinais de alerta
Todos os anos ocorre a campanha Setembro Amarelo. É uma forma de levar a saúde mental e prevenção ao suicídio para o cotidiano nas pessoas. Um dos objetivos da ação é aumentar a conscientização sobre sinais de que uma pessoa pensa em tirar a própria vida. A Agência Brasil aponta alguns indícios, segundo a campanha:
– Expressão de ideias ou de intenções suicidas;
– Publicações nas redes sociais com conteúdo negativista ou participação em grupos virtuais que incentivem o suicídio ou outros comportamentos associados;
– Isolamento e distanciamento da família, dos amigos e dos grupos sociais, particularmente importante se a pessoa apresentava uma vida social ativa;
– Atitudes perigosas que não necessariamente podem estar associadas ao desejo de morte (dirigir perigosamente, beber descontroladamente, brigas constantes, agressividade, impulsividade, etc.);
– Ausência ou abandono de planos;
– Forma desinteressada como a pessoa está lidando com algum evento estressor (acidente, desemprego, falência, separação dos pais, morte de alguém querido);
– Despedidas (“acho que no próximo natal não estarei aqui com vocês”, ligações com conotação de despedida, distribuir os bens pessoais);
– Colocar os assuntos em ordem, fazer um testamento, dar ou devolver os bens;
– Queixas contínuas de sintomas como desconforto, angústia, falta de prazer ou sentido de vida;
– Qualquer doença psiquiátrica não tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor).
Obter ajuda
Entre os profissionais que tratam de saúde mental e instituições especialistas em prevenção ao suicídio, é unânime a ideia de procurar (ou orientar) ajuda específica sempre que sentir necessidade de acolhimento (ou perceber que alguém precisa). Aqui alguns canais para receber atenção e auxílio:
– Centro de Valorização da Vida, realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
– Mapa da Saúde Mental, que traz uma lista de locais de atendimento voluntário on-line e presencial em todo país.
– Pode Falar, um canal lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de ajuda em saúde mental para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Funciona de forma anônima e gratuita, indicando materiais de apoio e serviço.
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Saúde e educação concentram metade de novo bloqueio no Orçamento
Governo contingenciou R$ 1,5 bi em gastos
A saúde e a educação respondem por metade do novo contingenciamento (bloqueio) de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2023. O decreto presidencial com a distribuição dos cortes foi publicado nessa sexta-feira (28) em edição extraordinária do Diário Oficial da União.
Ao todo, dez pastas foram afetadas pelos novos cortes. Os bloqueios são temporários e ocorrem porque a estimativa de gastos superou o limite estabelecido pelo teto federal de gastos em 2023.
O contingenciamento não atinge gastos obrigatórios, apenas gastos discricionários (não obrigatórios), relacionados a investimentos e manutenção da máquina pública. O dinheiro pode ser liberado se a estimativa de gastos obrigatórios não se concretizar ou se o governo conseguir aprovar o novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional, que acabará com o teto federal de gastos.
Confira a nova distribuição dos bloqueios
• Saúde: R$ 452 milhões;
• Educação: R$ 333 milhões;
• Transportes: R$ 217 milhões;
• Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 144 milhões;
• Cidades: R$ 144 milhões;
• Meio Ambiente: R$ 97,5 milhões;
• Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60 milhões;
• Defesa: R$ 35 milhões;
• Cultura: R$ 27 milhões;
• Desenvolvimento Agrário: R$ 24 milhões.
Em maio, o governo tinha bloqueado R$ 1,7 bilhão dos seguintes ministérios: Fazenda; Planejamento; Integração e Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Transportes e Cidades. Dessa forma, o total de recursos travados chega a R$ 3,2 bilhões no Orçamento deste ano.
No último dia 21, o governo tinha indicado a necessidade de um novo bloqueio no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Pela legislação, um decreto presidencial detalha cortes por órgãos federais até 10 dias após o envio do relatório ao Congresso. A distribuição do contingenciamento cabe à Junta de Execução Orçamentária, órgão composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; Esther Dweck, Gestão e Inovação em Serviços Públicos; e da Casa Civil, Rui Costa.
Mesmo com o novo contingenciamento, o total bloqueado este ano é bastante inferior ao do ano passado, quando foram travados R$ 15,38 bilhões para cumprir o teto de gastos. Os recursos só foram desbloqueados porque a Emenda Constitucional da Transição retirou do teto de gastos R$ 23 bilhões relativos a programas sociais no ano passado, mais R$ 168 bilhões neste ano.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 28/07/23
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DESTAQUES
Janja repreende internautas que cobram aumento no piso da enfermagem: 'tem pessoal aí semeando ódio'
Grávida de 40 semanas perde a bebê depois de peregrinar por hospitais
Por que casos de infarto em jovens têm se tornado cada vez mais comuns
Tecnologia nova do SUS é capaz de diagnosticar e tratar câncer de pele no mesmo dia
Rede Mater Dei de Saúde inaugura UTQ, em BH, a primeira de um hospital privado no país
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Crise nas maternidades: Prefeitura de Goiânia anuncia “transferência imediata” de R$ 10 mi à Fundahc
PORTAL TERRA
Janja repreende internautas que cobram aumento no piso da enfermagem: 'tem pessoal aí semeando ódio'
BRASÍLIA - A primeira-dama Janja da Silva repreendeu internautas que estavam cobrando o governo federal pelo pagamento do piso da enfermagem, em uma live que realizou com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite desta quinta-feira, 27. A transmissão, feita no perfil pessoal da primeira-dama, buscava explicar mais sobre a nova versão do programa Mais Médicos, mas recebeu uma enxurrada de comentários pedindo informações sobre o início do pagamento do benefício.
No final da transmissão, Janja disse que iria, contra a recomendação das suas assessoras, falar sobre os comentários dos internautas e afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um governo que respeita os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo uma comparação, sem citar nominalmente, da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A primeira-dama sugeriu que havia pessoas na transmissão "querendo semear o ódio e a discórdia", e citou uma necessidade de cultivar o sentimento de união entre os brasileiros.
"Eu só vou dar um toque para o pessoal que está falando da enfermagem, da enfermagem. Eu acho que, se tem um governo que respeita o SUS e respeita todos os profissionais do SUS, médicos, enfermeiros, atendentes de enfermagem, todo mundo que trabalha na área da saúde, é o presidente Lula é esse governo. Não caio nesse... a gente sabe que tem muito pessoal aí querendo semear o ódio e a discórdia, mas, se a gente tem o governo que respeita realmente os profissionais do SUS e todos os profissionais da área da saúde é esse governo", disse a primeira-dama.
No encerramento da live, a primeira-dama mudou o tom, e disse que os comentários na sua live eram de brasileiros que estavam fazendo uma cobrança do governo federal. A primeira-dama disse que o piso da enfermagem "vai acontecer", mas não deu mais detalhes sobre prazos para a distribuição do benefício. "Como o presidente Lula diz, é isso mesmo, estão aqui, estão acompanhando, estão cobrando. Cadê o piso? É isso aí. Vai acontecer, muita calma nessa hora gente. Tem um país enorme para reconstruir", afirmou.
Governo quer pagar piso a partir de agosto
No último dia 14 de julho, o Ministério da Saúde informou que está trabalhando para implementar o piso nacional da enfermagem no contracheque dos profissionais a partir de agosto. Segundo a agência oficial de notícias do governo, foi realizado "com êxito" um processo de levantamento dos dados de profissionais e os valores que serão repassados a cada um dos estados do País. Neste ano de 2023, o piso será pago em nove parcelas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) orientou que o cálculo do benefício será aplicado após se considerar o vencimento básico e as gratificações de caráter geral, não sendo incluídas as de cunho pessoal de cada profissional.
A liberação do piso da enfermagem foi uma das pautas de Lula durante a sua campanha eleitoral à Presidência. No dia 12 de maio, o presidente sancionou a abertura de um crédito especial de R$ 7,3 bilhões para pagar os trabalhadores. Para ter vigor, a medida precisou ser aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tendo a liberação do ministro Luís Roberto Barroso três dias depois.
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TV ANHANGUERA
Grávida de 40 semanas perde a bebê depois de peregrinar por hospitais
https://globoplay.globo.com/v/11818132/
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PORTAL G1
Por que casos de infarto em jovens têm se tornado cada vez mais comuns
Segundo cardiologista, aumento pode estar relacionado a fatores que vão desde problemas congênitos a uma piora nos hábitos diários – como o crescente consumo de ultraprocessados.
O aumento dos casos de ataque cardíaco entre os mais jovens nos últimos anos tem chamado atenção da comunidade médica.
No início da semana, a notícia de que Bronny James, o filho de 18 anos do astro da NBA Lebron James, sofreu uma parada cardíaca enquanto treinava com o time de basquete da Universidade do Sul da Califórnia levantou mais uma vez o alerta para a incidência de infarto entre os jovens.
Em entrevista a Natuza Nery, o médico Paulo Caramori, integrante do conselho da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica que esse aumento pode estar relacionado a fatores que vão desde problemas congênitos a uma piora nos hábitos diários – como o crescente consumo de ultraprocessados e até mesmo de drogas.
"Parte dessas mudanças está relacionada aos nossos hábitos de vida que, de alguma maneira, nos deram longevidade como população. Inegavelmente, a gente vive mais tempo, mas têm se exposto a fatores de risco que podem levar a infartos e, eventualmente, a parada cardíaca precoce", explica.
Caramori ainda chama atenção para o fato de que duas das principais causas de morte da população hoje são relacionadas a problemas cardiovasculares: o ataque cardíaco e o AVC.
"A gente costuma separar os fatores de risco em fatores não controláveis, que são os que estão no nosso organismo...Onde é que a gente tem que focar? Nos modificáveis. Tem várias atitudes na nossa vida que vão fazer com que a gente viva mais e melhor", diz.
De acordo com Caramori, um exemplo de mudança de hábito é a redução no consumo de alimentos ultraprocessados.
O que são alimentos ultra processados?
"São alimentos que são muito rapidamente absorvidos pelo nosso organismo", explica Caramori. "A gente não foi desenvolvido geneticamente ao longo da história para enfrentar esse tipo de alimento."
"[O alimento ultraprocessado] é metabolizado tão rapidamente, tão facilmente, que as nossas taxas de glicose sobem muito rápido. A produção de insulina tem que tentar acompanhar. E isso causa um desequilíbrio que está associado a maiores riscos de doença cardiovascular, maior chance de ter obesidade, maior o risco de ter diabetes e mais hipertensão."
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O HOJE
Tecnologia nova do SUS é capaz de diagnosticar e tratar câncer de pele no mesmo dia
Procedimento foi idealizado pela USP e poderá substituir cirurgias
O Sistema Único de Saúde (SUS) vai incorporar uma nova terapia fotodinâmica para o tratamento de pacientes com câncer de pele capaz de avaliar e tratar a doença no mesmo dia, evitando mutilações e procedimentos dolorosos. Foi recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) que o aparelho seja adotado no sistema público até o final de julho.
De custo baixo e fácil produção, o serviço foi projetado pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e é o único no mundo capaz de diagnosticar e tratar o tumor. De acordo com a Conitec, esse foi o primeiro pedido de incorporação de uma tecnologia no SUS realizado por uma universidade.
A comissão também observou um bom resultado da terapia fotodinâmica para pacientes com câncer de pele e não melanoma do tipo carcinoma basocelular superficial e nodular, e que ela se mostrou como uma alternativa segura e eficaz para os casos em que cirurgia não é recomendada.
O carcinoma basocelular é o mais frequente entre todos os tipos de câncer malignos diagnosticados, e a primeira linha de tratamento é a cirurgia para a retirada das lesões.Nos casos de pacientes que não podem passar pela cirurgia ou que foram diagnosticados com tumores de baixo risco, há vantagens do procedimento em relação à cirurgia por ser um processo ambulatorial que não demanda grande infraestrutura.
A Conitec também avaliou que já existem profissionais capacitados e estrutura instalada com o equipamento em dezenas de serviços públicos de saúde.
“As universidades brasileiras têm papel central na inovação, reconhecendo as necessidades do SUS, impulsionando a pesquisa, desenvolvimento e inovação, produzindo evidências clínicas, capacitando os serviços de saúde e participando do processo de incorporação e oferta de uma nova tecnologia no SUS”, disse a diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS), Luciene Bonan.
As amostras de ensaios clínicos conduzidos pelos pesquisadores em centros de referência em oncologia indicam que as lesões apresentam taxas mínimas de recidiva após o tratamento com a terapia fotodinâmica, e o índice de cura da doença se mantém em 90%.
Como funciona?
Com esse novo tratamento, a lesão é preparada para receber a aplicação do medicamento fotossensibilizante em creme na área afetada. Então, a luz irradiada com um comprimento de onda é adequado para ativar o fotossensibilizador e destruir o tumor.
O fotossensibilizador permite o tratamento de mais de uma lesão e a repetição da terapia. Todo o processo pode ser realizado no consultório médico e o tratamento pode começar horas depois da doença diagnosticada.
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BLOG DO PCO
Rede Mater Dei de Saúde inaugura UTQ, em BH, a primeira de um hospital privado no país
A Rede Mater Dei de Saúde inaugurou ontem uma Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ), no Mater Dei da Contorno. Com equipamentos de última geração e uma equipe médica e de cuidados altamente preparada, a nova ala de queimados, a primeira em um hospital privado no Brasil, dispõe de seis leitos adultos e quatro pediátricos. A UTQ, que atenderá por convênios, terá um impacto positivo importante na rede de atendimentos da região, ajudando a desafogar o serviço público, de acordo com o cirurgião plástico André Mafra, um dos coordenadores da UTQ.
Para o presidente da Rede Mater Dei de Saúde, Henrique Salvador (foto/reprodução internet), "o Mater Dei Contorno foi escolhido para a implantação da UTQ devido à sua estrutura, tecnologia e expertise em assistência de adultos e crianças. "Ele acrescenta que "a presença de especialistas na área faz com que os pacientes da UTQ tenham o melhor tratamento", destaca Henrique Salvador.
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A REDAÇÃO
Goiás tem alerta de alta em casos de síndrome respiratória aguda grave
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás está entre os estados brasileiros com tendência de alta em casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Além do território goiano, Espírito Santo, Minas Gerais, Rondônia e Rio Grande do Sul têm alertas para a doença. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27/7) no Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, as ocorrências de SRAG com causa viral no Brasil foram distribuídas da seguinte forma: 8,0% para influenza A, 3,8% para influenza B, 35,1% para VSR e 23,1% para Sars-CoV-2 (covid-19). Quanto a mortes, o coronavírus continua em destaque, com 45,7% de prevalência.
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JORNAL OPÇÃO
Crise nas maternidades: Prefeitura de Goiânia anuncia “transferência imediata” de R$ 10 mi à Fundahc
Secretaria Municipal de Saúde informou que não reconhece dívida de R$ 67 milhões e citou fundo emergência que pode ser usado
Após denúncias na Câmara Municipal de Goiânia e agravamento da situação financeira das três maternidade da Capital – Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), na Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), e a criação de uma força-tarefa após reunião de emergência, a Prefeitura de Goiânia informou, nesta quinta-feira, 27, a “transferência imediata” de R$ 10 milhões restantes de parcela em aberto para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundach/UFG), responsável pelas unidades.
A ação foi definida hoje, em reunião com participação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Controladoria-Geral do Município, da Fundach e da própria UFG.
Além da transferência dos valores, a Prefeitura também definiu o reagendamento dos procedimentos eletivos pelas maternidades e destacou que “em momento algum houve interrupção da realização de partos e atendimentos de urgência e emergência.”
Após a crise nas maternidades vir à tona, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), chegou a se pronunciar sobre o valor que estaria em pendência com a Fundahc, de R$ 67 milhões, e disse que não reconhecia a dívida.
“Segundo os cálculos do município, o valor a ser repassado para a fundação é de R$ 10 milhões, referentes ao mês de julho de 2023. Ou seja, ainda dentro do mês de serviço prestado”, afirmou.
Crise
Em meados deste mês de julho, a vereador Kátia Maria, do PT, fez declarações no Plenário da Câmara denunciando a situação nas maternidades.
“Lá na Nascer Cidadão, eles estão com estoque para fazer esterilização para atender por apenas três dias, significa que a semana que vem também fechará o atendimento e é muito grave, nós precisamos ter um posicionamento”, cobrou a parlamentar. “Célia Câmara não tem soda. Se uma mulher precisar fazer uma cesariana, eles não têm condições de atender”.
Com isso, as unidades hospitalares estariam funcionando de maneira parcial.
Fundo de emergência
De acordo com a pasta, existe um fundo rescisório que se acumulou nos últimos dez anos de vigência do contrato entre a prefeitura e a Fundachc. “O fundo contempla custos com o pagamento de servidores e de outros serviços, como energia elétrica e água, arcados pela Prefeitura durante o período”, esclarece.
Além disso, é ressaltado que os pagamentos vencem todo o quinto dia útil do mês subsequente. “A prefeitura irá efetuar o depósito do valor nos próximos dias, assim como têm feito rigorosamente desde outubro do ano passado”, enfatiza.
A SMS cita que são registrados 118 servidores que trabalham na maternidade Dona Iris e mais 184 na Nascer Cidadão.
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Assessoria de Comunicação
Associados participam do primeiro encontro Gestão de Escala Inteligente
Na última sexta, 21, foi realizado o primeiro encontro Gestão de Escala Inteligente. Promovido Ahpaceg e as empresas da Kernholz Holding, o evento contou com as presenças de membros da Associação, da coordenadora de Educação Continuada, Madalena Del Duqui, e diretores das empresas que compõem a Kernholz.
Fernando Noleto, diretor de Inovação e Marketing do grupo, palestrou sobre a ferramenta de inteligência de mercado Be Manager e demonstrou como a sua utilização pode apoiar as empresas do setor de saúde nas melhores e mais assertivas decisões.
Associados que já utilizam o Be Manager atestaram a capacidade de entrega e as vantagens de sua utilização. Uma delas é a velocidade com a qual a ferramenta apoia a construção das escalas, outra vantagem citada foi a facilidade que a ferramenta tem para gerar relatórios e indicadores apoiadores da tomada de decisão.
Neste encontro, os participantes conheceram, em primeira mão, a nova estrutura que o grupo Kernholz irá lançar: o HUB Health Tech, um espaço inteiramente dedicado à interação entre os stakeholders da saúde em Goiás, com previsão de lançamento a partir da segunda quinzena de agosto.
No HUB Health Tech, encontra-se o Simulife, o maior centro de simulação realística em urgência e emergência do Centro-Oeste. Foram apresentadas ainda os dois centros de ensino do HUB: a Fazmed, com cursos de capacitação direcionados aos profissionais médicos, e a Ativa Job, uma escola especializada em cursos para equipes multidisciplinares.
“Esta parceria com a Ahpaceg denota a preocupação que a Associação tem em apoiar os associados na melhoria do desempenho de suas empresas. E a presença dos associados em nosso espaço atesta o quanto o mercado de saúde em Goiás tem mostrado interesse em se tornar competitivo”, afirmou Fernando Noleto.
“A Ahpaceg é um dos atores fundamentais para o desenvolvimento da saúde goiana e estamos muito felizes em recebê-los em nossa estrutura, com a crença de que grandes oportunidades e negócios poderão frutificar desta parceria”, pontuou Camila Campos, CEO do Grupo.
NA MÍDIA - Hospitais privados enfrentam dificuldades para pagar piso de enfermagem em Goiás, alegam entidades
Segundo Ahpaceg e Sindhoesg, o reajuste irá comprometer hospitais, com demissões em massa e até o fechamento de unidades de saúde
As entidades patronais em Goiás informaram estar em negociação com o sindicato dos profissionais de enfermagem o pagamento do novo piso salarial nacional para a categoria. Segundo as associações, “a rede hospitalar privada não tem condições financeiras de arcar com os encargos trabalhistas e os novos salários.” A remuneração foi determinada pelo governo federal e chegou a ser barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas autorizada após o governo sancionar auxílio aos municípios.
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) e Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) informaram que buscam viabilidade econômica para o reajuste.
De acordo com um comunicado, o custo com a folha de pagamento “inviabilizará o funcionamento de hospitais em todo Estado”. As Ahpaceg e Sindhoesg acrescentam ainda que as receitas da rede privada de hospitais seguem inalteradas em comparação com de outras instituições.
“Sem um consenso com os trabalhadores, a redução de leitos, demissões em massa e até o fechamento completo de muitas unidades de saúde serão inevitáveis no momento”, cita trecho da nota.
Piso da enfermagem
O novo piso nacional para enfermeiros e técnicos contratados no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750. Essa valor foi estabelecido pela Lei nº 14.434. As demais categorias, como técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). No entanto, o piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.
Dados do Conselho Federal de Enfermagem (CFE) mostram que há mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no país. Isso inclui 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras. Para auxiliar os municípios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso. (Jornal Opção 26/07/23)
CLIPPING AHPACEG 27/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospitais privados enfrentam dificuldades para pagar piso de enfermagem em Goiás, alegam entidades
Ginecologista investigado por crimes sexuais estuprou adolescente de 13 anos durante 1ª consulta, diz delegada
Idec: Aumento de idosos não pode ser justificativa para elevação de preços de planos de saúde
Preço de órteses, próteses e materiais especiais avança 1,41% no primeiro semestre
Artigo - O poder de uma boa comunicação em instituições de saúde
Falta lugar para o setor da saúde na mesa dos Três Poderes
JORNAL OPÇÃO
Hospitais privados enfrentam dificuldades para pagar piso de enfermagem em Goiás, alegam entidades
Segundo Ahpaceg e Sindhoesg, o reajuste irá comprometer hospitais, com demissões em massa e até o fechamento de unidades de saúde
As entidades patronais em Goiás informaram estar em negociação com o sindicato dos profissionais de enfermagem o pagamento do novo piso salarial nacional para a categoria. Segundo as associações, “a rede hospitalar privada não tem condições financeiras de arcar com os encargos trabalhistas e os novos salários.” A remuneração foi determinada pelo governo federal e chegou a ser barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas autorizada após o governo sancionar auxílio aos municípios.
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) e Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) informaram que buscam viabilidade econômica para o reajuste.
De acordo com um comunicado, o custo com a folha de pagamento “inviabilizará o funcionamento de hospitais em todo Estado”. As Ahpaceg e Sindhoesg acrescentam ainda que as receitas da rede privada de hospitais seguem inalteradas em comparação com de outras instituições.
“Sem um consenso com os trabalhadores, a redução de leitos, demissões em massa e até o fechamento completo de muitas unidades de saúde serão inevitáveis no momento”, cita trecho da nota.
Piso da enfermagem
O novo piso nacional para enfermeiros e técnicos contratados no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750. Essa valor foi estabelecido pela Lei nº 14.434. As demais categorias, como técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). No entanto, o piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.
Dados do Conselho Federal de Enfermagem (CFE) mostram que há mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no país. Isso inclui 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras. Para auxiliar os municípios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso.
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PORTAL G1
Ginecologista investigado por crimes sexuais estuprou adolescente de 13 anos durante 1ª consulta, diz delegada
Mais de 10 mulheres já procuraram a polícia para o denunciar. Vídeo mostra agressão de homem que bateu no médico dizendo que ele era 'abusador de mulher'.
Por Gabriela Macêdo e Ludmilla Rodrigues, g1 Goiás e TV Anhanguera
O médico ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, preso em Goiânia após denúncias de crimes sexuais, também é investigado pelo estupro de uma adolescente de 13 anos, segundo a Polícia Civil. A delegada Amanda Menuci explicou que o crime teria acontecido em 2002, durante a primeira consulta ginecológica da menina.
"Ela procurou esse médico para sua primeira consulta ginecológica, era virgem e foi ali violentada por ele", contou a delegada.
O médico anteriormente respondia apenas pelo crime de abuso sexual mediante fraude, mas passou a responder também pelo crime de estupro de vulnerável, uma vez que a menina tinha menos de 14 anos no momento da consulta.
Fábio foi preso na manhã de quinta-feira (20), na casa dele localizada no Jardim América. Ao todo, 13 mulheres procuraram a delegacia para o denunciar.
Ele já havia sido filmado sendo agredido com um soco dentro do consultório por um homem, no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte, em junho desse ano. Nas imagens, é possível vê-lo agredindo o médico e o acusando de ser “abusador de mulher” (assista acima).
O g1 não conseguiu contato com a defesa do médico até a última atualização deste texto. A reportagem também questionou o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) sobre a absolvição das acusações feitas em 1994, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
Crimes há quase 30 anos
Além da vítima de 13 anos que denunciou o crime, a polícia informou que uma das mulheres denunciou o abuso ao CRM em 1994. Ela é testemunha nas investigações atuais.
Durante as acusações em 1994, o médico alegou que as duas mulheres "armaram" para ele. No entanto, a delegada ressaltou que as duas não se conheciam. À época, ele foi absolvido das acusações pelo CRM.
Após a repercussão do caso, uma mulher entrou em contato com a polícia civil e relatou que foi vítima em 2014.
“No caso de 2014, ela estava na posição ginecológica, ele puxou o corpo dela no sentido do seu e pressionou o órgão genital dele contra o dela. Isso causou um estranhamento, ela já o afastou e encerrou a consulta", disse a delegada.
“Enquanto ela estava se vestindo, ele afastava a cadeira dele da consulta para observá-la vestindo a roupa”, completou a delegada.
Soco
No vídeo, o homem com um registro de ocorrência contra o médico, o sacode na frente da câmera do celular, entra no consultório, confirma se é o mesmo ginecologista e o agride com um soco no rosto, enquanto o chama de “abusador”.
Após a agressão, o médico demonstra confusão e chega a pedir para o homem contar o motivo do soco. À TV Anhanguera, na época, o profissional negou ter abusado da mulher e que só fez o exame do toque, já que a mulher está em seu oitavo mês de gestação.
O homem chegou a deixar o local, mas foi localizado pela GCM logo depois. Ele, seu tio e sua companheira, assim como o médico, foram levados para a Central de Flagrantes. O médico também passou pelo o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito devido à agressão sofrida.
Nota da SMS na íntegra
"A respeito da demanda enviada por esse veículo de comunicação, referente à prisão de um médico ginecologista, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece o que se segue:
O profissional médico é ginecologista, servidor efetivo da Secretaria Estadual de Saúde, cedido ao município de Goiânia, com ônus para o Estado de Goiás. O profissional está lotado no Ciams Novo Horizonte desde 2014.
Durante este período, a SMS não recebeu nenhuma denúncia contra o profissional. Desde o dia 30 de junho passado, ele está afastado da unidade de saúde.
A secretaria acatará qualquer determinação judicial sobre o caso.
Ressalta-se, que a secretaria não compactua com atos de desrespeito aos usuários e preza pelo acolhimento e qualidade da assistência."
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MEDICINA S/A
Idec: Aumento de idosos não pode ser justificativa para elevação de preços de planos de saúde
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) manifestou repúdio ao que chamou de à grave distorção de fatos propagada por entidades representativas de planos de saúde, no sentido de tentar convencer a opinião pública de que idosos são caros e desequilibram financeiramente o setor de saúde suplementar.
De acordo com o instituto, recentemente foi divulgada uma pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) que aponta o aumento no número de consumidores idosos vinculados a planos de saúde nos últimos dez anos. A verdade, no entanto, é que, segundo o próprio estudo, este fenômeno não está sendo puxado pela adesão de pessoas já idosas aos planos, mas sim pelo envelhecimento natural de consumidores que, a duras penas, continuam a pagar mensalidades cada vez mais elevadas para conseguir manter seus planos, detalha a nota.
Para a entidade, ao contrário do que as entidades representativas de planos de saúde querem fazer parecer, considerando o intervalo entre fevereiro de 2022 e deste ano, a pesquisa mostra que o número de idosos expulsos do mercado de saúde suplementar superou o de novas adesões em mais de 200 mil.
É importante que se diga que, apesar de ter havido crescimento relativo do número de idosos em todos os tipos de plano, é justamente nos coletivos em que se verifica o maior aumento. Planos esses que não têm limite de reajustes e podem ser cancelados unilateralmente a qualquer momento, explica a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Navarrete. São consumidores com um vínculo cada vez mais precário com o mercado, sujeitos à expulsão direta (cancelamento) ou indireta, por causa de reajustes abusivos e proibitivos, completa.
Como o próprio estudo indica, o envelhecimento é um fenômeno que afeta não só a saúde suplementar, mas a sociedade brasileira como um todo (nesta de forma muito mais acelerada, inclusive). Trata-se de um desafio para todo o sistema de saúde, a ser discutido e encarado coletivamente, especialmente diante da sua natureza intersetorial.
No SUS, por exemplo, mais do que apenas as políticas e unidades de referência específicas para idosos, será necessário fortalecer e adaptar toda a Atenção Básica às novas necessidades de saúde desta população. Na assistência social, será necessário valorizar quem dedica suas vidas a cuidar destas pessoas, como por meio de uma Política Nacional de Cuidados.
Neste mesmo sentido, para o Idec, a discussão na saúde suplementar deve passar pela revisão das políticas de prevenção, promoção, cuidado e gestão na saúde suplementar, e não no tratamento do envelhecimento como fator de risco para as empresas, a ser amortizado por meio da legalização de práticas abusivas e expurgos, como sugere a divulgação de dados avulsos e incompletos por parte das empresas. Esse tipo de abordagem só afasta a sociedade do tratamento adequado da questão e tem o potencial de agravar a sustentabilidade do sistema de saúde, além de ofender frontalmente o Estatuto da Pessoa Idosa.
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Preço de órteses, próteses e materiais especiais avança 1,41% no primeiro semestre
O Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (I-OPME), registrou uma alta de 0,27% em junho, seu nono avanço consecutivo. Comparativamente, a variação do índice superou os principais indicativos de preço da economia brasileira, representados pelo IPCA/IBGE (-0,08%) e pelo IGP-M/FGV (-1,93%). O índice também é mais alto do que o comportamento dos preços de medicamentos para hospitais, dado pelo IPM-H (-0,99%), assim como a variação da taxa de câmbio (-2,63%). Assim, o I-OPME encerrou o primeiro semestre de 2023 com uma alta acumulada de 1,41%, além de um avanço de 2,66% nos últimos 12 meses.
Desenvolvido em parceria pela Fipe e pela Bionexo, empresa de tecnologia SaaS líder em soluções para gestão em saúde, o Índice OPME monitora os preços de produtos transacionados entre fornecedores e hospitais na plataforma Opmenexo, responsável por cerca de 2 mil cotações diárias de preços para mais de 20 mil itens do segmento.
O incremento do índice de preço voltado para OPME foi novamente impulsionado por quase todas as especialidades incluídas em sua cesta: sistema musculoesquelético e articulações (+1,24%); cabeça e pescoço (+0,55%); sistema nervoso central e periférico (+0,43%); sistema genital e reprodutor (+0,41%); sistema urinário (+0,17%); sistema digestivo e anexos (+0,09%).
"Com base nos últimos resultados do Índice OPME, encerramos o primeiro semestre de 2023 com uma alta nominal de 1,41% nos preços de próteses, órteses e materiais especiais. Na série histórica, incrementos de preço na primeira metade do ano só haviam sido registrados em 2020, ano coincidente com o choque inicial da pandemia. Entre itens e produtos que mais contribuíram para o nono avanço do índice, incluem-se os seguintes: tecidos hemostáticos absorvíveis; placas e implantes metálicos para cirurgias ortopédicas, barras para fixadores, eletrodos de CDI e lâminas dentadas de serra óssea.", diz Bruno Oliva, economista da Fipe.
Considerando os últimos 12 meses, as variações acumuladas no período foram as seguintes: cabeça e pescoço (+6,75%); sistema musculoesquelético e articulações (+5,17%); sistema nervoso central e periférico (+4,66%); sistema cardiocirculatório (+3,09%); sistema urinário (-0,45%); sistema genital e reprodutor (-0,98%); e sistema digestivo e anexos (-1,55%).
Desde o início de sua série histórica (isto é, considerando o intervalo temporal entre janeiro de 2017 e junho de 2023), o Índice OPME registra um recuo de 0,58% nos preços de próteses, órteses e materiais especiais A ligeira retração na série histórica pode ser explicada pelo recuo nos preços de produtos relacionados às seguintes especialidades: sistema cardiocirculatório (-10,21%); sistema genital e reprodutor (-2,60%); e sistema urinário (-2,43%). No cômputo agregado, os resultados negativos se sobrepuseram à valorização histórica de produtos das especialidades: cabeça e pescoço (+18,59%); sistema musculoesquelético e articulações (+5,74%); sistema nervoso central e periférico (+4,24%); e sistema digestivo e anexos (+0,73%).
Por dentro do índice
O Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (índice OPME) é resultado da parceria entre Fipe e Bionexo, e nasce como o primeiro indicador dedicado a analisar o comportamento de preços de produtos e materiais transacionados entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro. A cada mês e para cada material, calcula-se um índice que indique a variação de seu preço em relação ao mês de referência, levando em consideração variáveis que podem ser relevantes para determinar o preço, entre elas: 1) quantidade de itens requisitados no mercado; 2) discriminador de produto (dado que uma única família pode ser composta por múltiplos produtos); 3) localização do hospital e do fornecedor; 4) convênio; e 5) procedimento de urgência.
Os produtos são agrupados em oito especialidades e ponderados de acordo com uma cesta de valor total transacionado na plataforma Opmenexo. O Índice OPME consolida o comportamento dos índices dos preços de cada especialidade.
Apesar de estar correlacionado a outros indicadores, o Índice OPME não mensura ou influencia o comportamento de preços de produtos e materiais no varejo. Ele não reflete diretamente em mudanças ou substituições tecnológicas, nem tem relação direta com os custos de hospitais e planos de saúde. Os dados apontam tendências de preços para negociações entre fornecedores e instituições hospitalares.
*Fonte: FIPE, com base em dados de transações da plataforma Bionexo
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Inovação brasileira para tratar câncer de pele será utilizada no SUS
Medicina S/A - Online
27 de julho de 2023
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação no SUS de uma terapia fotodinâmica que poderá ser mais uma alternativa para o diagnóstico e o tratamento não invasivo de pacientes com carcinoma basocelular, o tipo de câncer de pele mais frequente no Brasil e no mundo.
O dispositivo, de baixo custo e fácil produção, e a técnica de aplicação foram desenvolvidos por pesquisadores vinculados ao Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) - um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP, sediado no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).
"A indicação para incorporação no SUS é uma grande conquista do IFSC-USP. Se concretizada, pelo nosso conhecimento, o Brasil será o primeiro país a oferecer a terapia fotodinâmica no sistema público de saúde. Esse resultado demonstra a importância do financiamento à pesquisa básica e aplicada, como a feita nos CEPIDs, que contribuem para o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias para a saúde, avalia Cristina Kurachi, professora do IFSC-USP e uma das autoras da técnica.
O equipamento, desenvolvido com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e fabricado pela empresa MM Optics, em São Carlos, é composto por um dispositivo capaz de promover uma melhor discriminação visual do câncer de pele, aumentando o contraste de visualização das margens da lesão.
Após a identificação da lesão, é aplicada no local uma pomada à base de metilaminolevulinato (MAL) - um derivado do ácido 5-aminolevulínico (ALA). Passadas três horas de contato com a pele, o composto é absorvido e dá origem, no interior das mitocôndrias das células tumorais, à protoporfirina - pigmento fotossensibilizante "primo" da clorofila.
Depois da remoção da pomada da lesão, a região é irradiada por 20 minutos com um dispositivo contendo uma fonte de luz LED vermelha em 630 nanômetros integrada ao equipamento. A luz ativa a protoporfirina e desencadeia uma série de reações nas células tumorais, gerando espécies reativas de oxigênio capazes de eliminar as lesões. Já os tecidos sadios são preservados.
Após o procedimento, são geradas imagens de fluorescência - também por meio do equipamento - para verificar a resposta do tratamento.
O tratamento ocorre em duas sessões, repetindo o mesmo procedimento, com intervalo de uma semana entre elas.
Por meio de um projeto, apoiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Finep, foram feitos ensaios clínicos para a validação da técnica em 72 centros de saúde em todo o país. O estudo multicêntrico foi coordenado por Vanderlei Salvador Bagnato, professor do IFSC-USP e coordenador do CEPOF.
No Hospital Amaral Carvalho de Jaú, interior de São Paulo, por exemplo, foram tratadas com o novo método mais de 2 mil lesões de pacientes atendidos pela instituição e treinados 40 grupos de médicos para usar a técnica. Além dos hospitais, ambulatórios e clínicas no Brasil, foram realizados estudos clínicos em outros nove países da América Latina.
Os resultados dos ensaios clínicos mostraram que o tratamento foi capaz de eliminar cerca de 85% dos tumores, sem efeitos colaterais, causando apenas leve vermelhidão no local e sem a formação de cicatriz. Um novo protocolo desenvolvido pelo grupo, com as duas aplicações em uma única sessão clínica, atinge a eliminação de 93% dos tumores.
"Há uma grande quantidade de pacientes que necessitam viajar longas distâncias para ter acesso ao tratamento cirúrgico ou que moram em municípios com extensas filas de espera para a cirurgia. Nesses casos, a possibilidade de tratamento pela terapia fotodinâmica, que é um procedimento ambulatorial, se torna uma relevante opção terapêutica, segura e efetiva", avalia Kurachi.
Resultados promissores
De acordo com uma nota da Conitec, essa é a primeira demanda de uma universidade para incorporação de uma tecnologia no SUS e um case de sucesso da inovação tecnológica no país.
As universidades brasileiras têm papel central na inovação, reconhecendo as necessidades do SUS, impulsionando a pesquisa, desenvolvimento e inovação, produzindo evidências clínicas, capacitando os serviços de saúde e participando do processo de incorporação e oferta de uma nova tecnologia no SUS, afirmou a diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS), Luciene Bonan. O demandante para incorporação foi a USP e o Núcleo de Avaliação de Tecnologias da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - membro da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats) - atuou como Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) colaborador do Ministério da Saúde na análise da demanda.
Os membros da Conitec, no retorno da consulta pública sobre o tema, apresentado no dia 28 de junho, observaram que há bom resultado da terapia fotodinâmica para pacientes com câncer de pele não melanoma do tipo carcinoma basocelular superficial e nodular e que ela se mostra como alternativa segura e eficaz para os casos em que a intervenção cirúrgica não é recomendada.
O carcinoma basocelular é o mais frequente entre todos os tipos de câncer malignos diagnosticados, e a primeira linha de tratamento é a cirurgia para a retirada das lesões. No entanto, a comissão também observou que, nos casos de pacientes que não podem passar pela cirurgia ou que foram diagnosticados com tumores de baixo risco, há vantagens do procedimento em relação à cirurgia pelo fato de se tratar de um procedimento ambulatorial e não demandar grande infraestrutura. Além disso, considerou-se na recomendação final favorável à incorporação no SUS que já existem profissionais capacitados e estrutura instalada com o equipamento em dezenas de serviços públicos de saúde.
A proposta ainda se revelou como um tratamento com eficácia a longo prazo. As amostras de ensaios clínicos conduzidos pelos pesquisadores brasileiros em centros de referência em oncologia indicam que as lesões apresentam taxas mínimas de recidiva após o tratamento com a terapia fotodinâmica e que o índice de cura da doença se mantém em 90%.
A incorporação da tecnologia foi recomendada pela Conitec conforme Protocolo de Uso do Ministério da Saúde. A decisão, agora, será do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde (SECTICS/MS) e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
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Artigo - O poder de uma boa comunicação em instituições de saúde
Por Camilla Covello
A comunicação é uma ferramenta essencial em qualquer ambiente de trabalho. No entanto, quando se trata de instituições de saúde, como hospitais e clínicas, a comunicação interna se torna ainda mais crucial. Uma boa comunicação interna não apenas facilita o fluxo de informações entre os profissionais de saúde, mas também promove uma interação eficaz com os pacientes, resultando em um atendimento de qualidade e uma melhor experiência para todos os envolvidos.
No contexto do ambiente de trabalho, uma comunicação eficiente é imprescindível para o funcionamento harmonioso de uma organização de saúde. Os profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos e administradores dependem da troca de informações precisas e atualizadas para desempenhar suas funções de maneira eficaz. Sem uma comunicação interna adequada, podem ocorrer atrasos no atendimento e até mesmo riscos à segurança dos pacientes.
Quando os profissionais de saúde se comunicam de forma clara e eficaz, compartilhando informações relevantes e solicitando apoio quando necessário, há uma maior cooperação entre as diferentes áreas e especialidades. Isso leva a uma abordagem mais abrangente e integrada no cuidado aos pacientes, resultando em diagnósticos mais precisos, tratamentos mais efetivos e melhores resultados clínicos.
No entanto, a importância da comunicação interna não se limita apenas aos profissionais de saúde. Ela se estende aos pacientes e às suas famílias. Uma comunicação clara e empática por parte dos profissionais de saúde pode trazer conforto, tranquilidade e confiança aos pacientes, permitindo-lhes compreender melhor sua situação e participar ativamente de seu próprio cuidado.
Além disso, uma boa comunicação com os pacientes ajuda a evitar mal-entendidos e a minimizar a ansiedade. Explicar de forma adequada os procedimentos médicos, os resultados dos exames e os planos de tratamento pode ajudar os pacientes a se sentirem mais informados e envolvidos em suas decisões de saúde.
A importância de uma boa comunicação interna no ambiente de trabalho, tanto com os profissionais quanto com os pacientes e seus familiares em instituições de saúde, não pode ser subestimada. Uma comunicação interna eficiente promove a colaboração, melhora a qualidade do atendimento, fortalece o trabalho em equipe e cria um ambiente de trabalho mais saudável. Da mesma forma, uma comunicação clara, empática e acessível com os pacientes contribui para sua confiança, engajamento e melhores resultados de saúde. Investir na melhoria da comunicação e informação é um investimento valioso que traz benefícios significativos para todos os envolvidos nos cuidados de saúde.
Confira, agora, três sugestões de como melhorar a comunicação interna na prática:
1. Plataforma de Comunicação Integrada: existem diversas opções disponíveis de plataformas digitais, como Slack, Microsoft Teams, Trello e muitas outras que facilitam a comunicação das equipes. Essas ferramentas permitem que os colaboradores se comuniquem de forma rápida e eficiente, compartilhem documentos, realizem videochamadas, criem grupos de discussão e muito mais.
2. Reuniões Regulares: forme times e estabeleça reuniões regulares para alinhar metas, compartilhar informações importantes e permitir que os membros da equipe se expressem. Além disso, incentive um ambiente aberto e acolhedor, onde as pessoas se sintam à vontade para expressar suas opiniões e fazer perguntas.
3. Feedback contínuo: promova uma cultura de feedback aberto e contínuo entre os colaboradores. Estabeleça canais de comunicação que permitam que os membros da equipe forneçam feedback uns aos outros de forma construtiva e regular. Incentive os colaboradores a expressarem suas opiniões e que reconheçam suas contribuições, oferecendo sugestões para melhorias. O feedback contínuo ajuda a fortalecer as relações de trabalho, aumentar a eficiência e criar um ambiente de confiança e crescimento mútuo.
4. Esteja presente: não adianta realizar as três primeiras sugestões, se não houver um acompanhamento de tudo que está sendo feito. É preciso participar das ações e ter noção de que tudo está sendo implementado para, se preciso, fazer alguma alteração durante o caminho. Se for necessário realizar alguma mudança de trajeto, é fundamental que isso seja feito em conjunto com a equipe para todos entenderem os problemas que precisam ser resolvidos.
Ao implementar essas sugestões práticas para melhorar a comunicação interna, sua instituição de saúde estará no caminho para uma transformação significativa. A colaboração entre profissionais de diferentes áreas resultará em uma abordagem mais abrangente e integrada no cuidado aos pacientes, promovendo resultados clínicos aprimorados. Além disso, uma comunicação clara e empática com os pacientes fortalecerá a confiança e o engajamento, contribuindo para uma experiência positiva em sua jornada de cuidados de saúde.
Lembre-se de que uma comunicação interna eficiente não é apenas um objetivo a ser alcançado, mas um investimento contínuo e valioso. Aproveite essas sugestões como ponto de partida e esteja aberto a adaptá-las às necessidades e particularidades da sua equipe e pacientes. Ao priorizar a comunicação interna, você está construindo uma base sólida para uma organização de saúde mais coesa, eficiente e centrada no paciente. Vamos juntos aprimorar a comunicação e fazer a diferença na qualidade do atendimento oferecido.
*Camilla Covello é sócia e Chief Growth Officer (CGO) da QGA.
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JOTA INFO
Falta lugar para o setor da saúde na mesa dos Três Poderes
Estamos longe de participar da tomada de decisões do Poder Público Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Entre, fique à vontade, escolha o lugar de sua preferência e sente-se à mesa. Uma saudação que demonstra hospitalidade, mas que nem sempre é direcionada aos executivos da saúde quando se trata de ocupar espaço nas discussões do Legislativo, Executivo e Judiciário.
E bastam alguns questionamentos para acender o sinal amarelo de que estamos longe de participar ou intervir efetivamente na tomada de decisões do Poder Público.
Para entender por meio de um exemplo, responda mentalmente: você está por dentro dos projetos de lei relacionados à saúde que tramitam nas casas legislativas? Ou, ainda, sabe dizer quais são as pautas que cobrem a agenda dos Três Poderes hoje? Se essas perguntas parecem complexas demais, acomode-se, mas, incomode-se. Digo, fique confortável para seguir essa reflexão, no entanto, não deixe de questionar. Estamos combinados?
Eu começo daqui não com um questionamento, mas uma observação: enquanto setor da saúde, representamos uma força de trabalho monumental, mais de 4,6 milhões de empregados, temos participação estratégica na economia, movimentando mais de 9,5% do PIB brasileiro; somos responsáveis por notórios aprimoramentos nas atividades socioeconômicas, produzimos pesquisa/ciência em nossas instituições e conectamos o movimentado mercado internacional em apenas um clique.
Fatores como esses já são didáticas representações do nosso DNA e influência e deveriam, via de regra, abrir portas, mas, na prática, nos sentimos em um labirinto em que nossos pleitos não estão refletidos em discussões públicas, e as decisões tomadas não consideram os impactos reais no setor.
Quantas vezes acompanhamos o noticiário e nos deparamos com medidas que não refletem a real necessidade do que vivemos. Penso em quantas decisões poderiam soar mais harmônicas se estivessem na mesma frequência daquilo que nossas evidências e experiências sinalizam. Será que estamos mesmo exercendo a democracia em sua totalidade?
Colhemos hoje frutos de um passado recente quando regulações foram alteradas, parcerias fortalecidas e foi aprovada a entrada do capital internacional para investimento no setor privado de saúde. Com isso vimos o capitalismo financeiro na saúde embalar aceleradamente.
Vivemos hoje com um saldo daquela década, uma crise de confiança no setor da saúde, onde por um lado as relações não são plenamente transparentes e por outro, líderes estão confiando em tomadores de decisão que não conseguem compreender o funcionamento do sistema de forma completa, com 360º.
Assistimos a um setor da saúde privada que não cresce e não consegue ter definido o seu real papel e limites no sistema nacional de saúde. E segue sem fazer as reformas estruturantes necessárias. Considero ser pelo fato de o setor seguir desunido e não ter poder político decisório e apoio dos usuários e da opinião pública. Hoje vivemos a maior crise econômica e de confiança no setor, e isso exige novos modelos que existem em outros setores, uma câmara de negociação.
Assim como a saúde, sabemos que o ambiente da construção política é igualmente complexo, possui múltiplas ramificações e um modus operandi singular. É ainda um terreno desconhecido para muitos, mas, por outro ângulo, um ambiente com grande potencial de desbravar e que nos faz refletir, consequentemente, sobre como explorar positiva e eficazmente a estrutura do modelo de poder no Brasil. Pensando nesse contexto, parece distante conceber quando, de fato, implementaremos ações planejadas e integradas. E, principalmente, quando chegará o tempo em que a sociedade tomará o seu lugar de fala em decisões políticas. Para o CBEXs, é chegada a hora.
O primeiro passo que nos aproxima desse propósito é a educação para mudança de cultura acerca da participação na construção democrática das políticas de saúde. Com esse objetivo, o CBEXs, em parceria com a Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) e apoio do Instituto Ética Saúde, lançou o livro Poder e Saúde: estrutura de poder no Brasil e os impactos da tomada de decisão no ecossistema da saúde. Um guia de bolso que exemplifica a estrutura dos Três Poderes nos três níveis federados, enumera as instâncias que o compõem e aponta o caminho para que líderes assumam o seu papel como agentes construtores de políticas públicas e regulatórias, que impactam diretamente o setor da saúde. Você vem conosco?
O CBEXs é uma associação civil sem fins lucrativos, parceiro na América Latina do American College of Healthcare Executives (ACHE), dedicado à promoção da excelência na gestão da saúde por meio de educação, capacitação técnico-científica e certificação de executivos dos setores público e privado. Atualmente, o CBEXs capilariza suas atividades de educação, representação e relacionamentos nos estados brasileiros através dos capítulos em 12 estados, sendo a sede em São Paulo.
A Abrig, entidade que reúne mais de 400 agentes de RIG em seus quadros associativos, tem por missão ser parte ativa dos processos de decisão política que irão contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, dando voz aos cidadãos e às instituições sobre as suas necessidades e demandas. Por meio do Comitê de Saúde, atua para a formação profissional, melhores práticas e contribui para o assessoramento parlamentar com foco na complexidade do ecossistema da saúde.
O Instituto Ética Saúde representa o propósito de lutar pela promoção de um ambiente de negócios mais ético na saúde do Brasil.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 26/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Prefeitura se reúne com Conselho Regional de Medicina para tratar das maternidades
Em reunião, Cremego debateu a crise nas maternidades municipais de Goiânia
Prefeitura não reconhece dívida com gestora de maternidades em Goiânia
Saúde é destaque durante transferência da capital para cidade de Goiás
Setor hospitalar tem maior número de afastados por acidentes de trabalho
Artigo - Aos 70 anos, Ministério da Saúde é peça-chave para o avanço do SUS
Falta de acordo com representantes da enfermagem preocupa Ahpaceg e Sindhoesg
TV ANHANGUERA
Prefeitura se reúne com Conselho Regional de Medicina para tratar das maternidades
https://globoplay.globo.com/v/11811726/
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CREMEGO
Em reunião, Cremego debateu a crise nas maternidades municipais de Goiânia
Para debater a crise enfrentada pelas maternidades municipais de Goiânia, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) realizou uma reunião na tarde desta terça-feira, 25 de julho. O encontro virtual contou com a presença do presidente do Conselho, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, membros da diretoria da instituição e representantes do Hospital e Maternidade Dona Íris, Maternidade Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.
A reunião, que durou quase uma hora e meia, deu sequência a outro encontro realizado pela manhã com representantes da Fundação e das maternidades. A convocção deste segundo encontro pelo Cremego foi com o objetivo de intermediar um acordo entre a Fundação e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) visando garantir a normalização do atendimento à população, hoje comprometido por falhas nos repasses às maternidades.
A conselheira do Cremego e assessora técnica da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), Cacilda Pedrosa, iniciou a discussão relatando a situação complicada que essas instituições de saúde, geridas pela Fundahc, vivenciam.
Segundo ela, os repasses para pagamentos de fornecedores de insumos e para os recursos humanos estão atrasados há dois meses. “Está inviável para os médicos, principalmente os de contratação PJ, continuarem os serviços sem essa previsão de pagamento”, afirmou, acrescentando que, há mais de 20 dias, estão com problemas de escalas e os diretores estão fazendo plantões para não deixar a população desassistida.
Contudo, os impactos já são sentidos, com a diminuição de atendimentos eletivos, apesar de que a obstetrícia é muito caracterizada pela assistência de emergência. A diretora da Maternidade Municipal Célia Câmara, Ana Tamiris Perini, citou que, desde o dia 20 de julho, a instituição parou de receber pacientes da regulação, com o objetivo de focar nas emergências obstétricas e na assistência a mulheres internadas antes dessa data.
O secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, também participou do encontro desta tarde e afirmou que os R$ 10 milhões necessários para regularizar parte dos repasses já estão em tramitação na Secretaria de Finanças e devem ser pagos até o fim da semana, ou seja, dia 28 de julho. Ele ainda ressaltou que deve se reunir com representantes da Fundação para alinhar os pagamentos. “Não existe nenhuma intenção de não pagar”, afirmou ele.
“A negociação com a Secretaria Municipal de Saúde foi exitosa e, nos próximos dois ou três dias, parte dos recursos em atraso será repassada à Fundahc e um cronograma de pagamento deve ser definido para não haver falhas no atendimento”, afirmou o presidente do Cremego.
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A REDAÇÃO
Prefeitura não reconhece dívida com gestora de maternidades em Goiânia
Depois que a Fundação Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) suspendeu cirurgias eletivas e outros procedimentos não-emergenciais nas maternidades Célia Câmara e Dona Iris - unidades de saúde das quais é responsável pela gestão, a Prefeitura de Goiânia emitiu uma nota afirmando que criar uma força-tarefa para negociar a normalização dos atendimentos. No documento emitido nesta terça-feira (25/7), porém, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma não reconhecer a dívida de R$ 67 milhões e que envolveria pagamentos que deveriam ter sido feitos desde 2021.
De acordo com a fundação, o último repasse foi feito em 7 de julho deste ano e corresponde a menos de 50% do total devido pelo serviço prestado no mês de maio. Ainda segundo a Fundahc, o valor foi utilizado para arcar com despesas de pessoal e algumas das atividades realizadas no mês de maio nas três unidades de saúde.
Até segunda-feira (24/7) ainda não havia nenhum tipo de acordo e chegou-se a falar em distrato do convênio, o que tambpem foi desmentido pela Prefeitura. "Só consideramos o distrato com a Fundação caso as partes não cheguem a um consenso quanto ao encontro de contas e valores do convênio", informa a nota, já adiantando que "apesar do prazo para pagamento vencer apenas no 5º dia útil do mês subsequente, a SMS irá efetuar o depósito do valor nos próximos dias, assim como têm feito rigorosamente desde outubro do ano passado."
O documento ressalta ainda a existência de um fundo rescisório que vem se acumulando nos últimos dez anos de vigência do contrato. "O fundo contempla custos com o pagamento de servidores (118 da maternidade Dona Iris e 184 da Nascer Cidadão), e de outros serviços, como energia elétrica e água, arcados pela Prefeitura durante o período."
Na nota da Prefeitura, a força-tarefa deve contar com a participação da Procuradoria Geral do Município (PGM) e da Controladoria Geral do Município (CGM). "O objetivo será promover um encontro de contas, já que a SMS não reconhece a dívida de R$ 67 milhões. Segundo os cálculos do município, o valor a ser repassado para a fundação é de R$ 10 milhões, referentes ao mês de julho de 2023. Ou seja, ainda dentro do mês de serviço prestado", informa a nota.
Do outro lado, a Fundahc informou que adotou todas as medidas possíveis para manter o serviço, mas que a falta de insumos básicos vão desde itens de higiene, alimentação, até equipamentos de proteção individual (EPI’s). A entidade diz que alguns itens foram tomados emprestados com outras unidades de saúde e a própria SMS providenciou alguns desses insumos, medidas consideradas paliativas pela fundação.
Segundo a Fundahc, seguindo os planos de trabalho vigentes, o custo mensal para funcionamento das três maternidades públicas de Goiânia é de R$20,2 milhões. Elas são responsáveis por mais de mil partos por mês, mais de 17 mil exames e cerca de 3,4 mil consultas, além de quase 6 mil atendimentos de urgência e emergência.
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Saúde é destaque durante transferência da capital para cidade de Goiás
O governador Ronaldo Caiado visitou, na cidade de Goiás, nesta terça-feira (25/7), a Policlínica Brasil Bruno de Bastos Neto, no setor Fazenda Três Palmeiras. Defensor da regionalização da saúde, Caiado conversou com médicos e pacientes e conheceu o setor de exames e diagnósticos. “Isso aqui é um marco histórico, porque as pessoas não tinham acesso a exames de alta complexidade, como tomografia”, disse. A vistoria integra a programação da transferência simbólica da capital.
Quem apresentou o trabalho da unidade foi a diretora geral Zizana Camargo. Ela relatou que os investimentos na saúde do município, localizado a 140 quilômetros de Goiânia, estão surpreendendo a população. “Muitas vezes o paciente chega e pergunta se é SUS, pois a estrutura parece ser particular. Os elogios são diários”, comentou a gestora.
A policlínica oferece atendimento à população de 72 municípios da região, em um total de 2,6 milhões de pessoas. Apesar de ser a mais recente das seis unidades entregues pela atual gestão, oferece atendimentos em 20 especialidades, além de exames, psicologia, nutrição, fisioterapia e terapia ocupacional. Desde maio, o rol de serviços passa a oferecer ainda a dispensação de medicamentos de alto custo, antes disponibilizados apenas em Goiânia.
O governador destacou a contribuição da Policlínica para a medicina preventiva e ambulatorial: “As grandes e médias cirurgias são feitas nos nossos hospitais regionais. Aqui o paciente é diagnosticado precocemente e, com isso, é tratado na hora certa. E, sendo tratado na hora certa, ele ganha muito mais qualidade de vida e mais chances de cura”.
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MEDICINA S/A
Setor hospitalar tem maior número de afastados por acidentes de trabalho
O Setor de Atividades de Atendimento Hospitalar concentra o maior volume de trabalhadores afastados por acidentes de trabalho. Dados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho apontam que, em 2021, foram registrados 62.852 casos, o que corresponde a 11,7% do total de acidentes do ano. O número é mais de três vezes superior ao segundo colocado no ranking, o Setor de Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com 19.788 acidentes.
A enfermagem é a área em que os profissionais de saúde estão mais expostos a riscos químicos, físicos, biológicos, psicossociais ou ergonômicos, segundo estudo da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). No ambiente hospitalar, objetos perfurocortantes tornam as equipes mais vulneráveis. Casos que envolvem material biológico são ainda mais preocupantes pela possibilidade de transmissão de doenças infectocontagiosas.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, além de campanhas que visem à conscientização de gestores e trabalhadores, é necessário que o Setor de Segurança do Trabalho da unidade estime os riscos e estabeleça medidas de biossegurança, fazendo cumprir as diretrizes e normas a partir do treinamento de todos os profissionais envolvidos.
O especialista afirma que a melhor forma de prevenção contra acidentes é a adoção de medidas preventivas, que preconizem ações a serem seguidas por todos os trabalhadores da saúde ao cuidarem de pacientes ou ao manusearem objetos contaminados, entre outras atividades. Uma das principais barreiras contra esses acidentes é o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), de uso obrigatório no Setor.
Mesmo com todo o protocolo preventivo, o acidente pode acontecer. Neste caso, ele precisa ser devidamente registrado, alerta o presidente da Anadem, Raul Canal. "A notificação da ocorrência é extremamente importante para o planejamento de estratégias de prevenção. Além disso, ela é um recurso que assegura ao trabalhador o direito de receber avaliação médica especializada, tratamento adequado e benefícios trabalhistas", conclui.
Impactos da pandemia
O Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho mostra o impacto da pandemia da Covid-19 nos registros de afastamentos por doenças do trabalho em 2021, registrando a segunda maior quantidade anual nos últimos dez anos, com 19.348 casos. O recorde histórico ocorreu em 2020: 33.575 casos. Comparados ao ano de 2019, anterior à pandemia, os acidentes por doença do trabalho aumentaram 234,6%, no ano de 2020, e 92,8%, em 2021.
Fonte: Acidentes de Trabalho caem 25,6% no Brasil em 10 anos - Ministério da Previdência Social
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
Artigo - Aos 70 anos, Ministério da Saúde é peça-chave para o avanço do SUS
Eduardo Luiz da Silva*
Em 25 de julho é celebrado a criação do Ministério da Saúde (MS), que, ao longo de 70 anos, contribuiu para o avanço do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da promoção, prevenção e recuperação da saúde dos brasileiros. Atualmente coordenado pela ministra Nísia Trindade, a pasta sobreviveu a diversas reformas, incluindo a unificação dos conceitos de saúde pública e assistência médica e, hoje, promove a maior política pública do país.
Instituído em 1953, por meio da Lei nº 1.920, que dividiu o então Ministério da Educação e Saúde em dois, Saúde e Educação e Cultura, o órgão da administração pública federal direta é dividido em quatro pilares: órgãos de assistência direta, específicos singulares, colegiados e entidades vinculadas.
As inúmeras instituições que compõem o guarda-chuva da pasta têm em comum a gestão nacional do Sistema Único de Saúde, responsáveis pela formulação, normatização, fiscalização, monitoramento e execução de planos e políticas públicas voltados à promoção da justiça social, honrando os mais nobres princípios do SUS, isto é, universalização, equidade e integralidade e nos alçando ao patamar de maior sistema público de saúde do mundo, sendo que 80% dos usuários dependem exclusivamente do sistema.
Assim como o pêndulo balança em dois lados, é preciso considerar, também, os gargalos crescentes desde a concepção do SUS. Para além do corte de verbas, a saúde privada sustentada, em parte, pelo Estado, a falta de investimento contínuo em infraestrutura, recursos humanos e econômicos e a escassez da oferta de serviços e de acesso levando em conta as mais remotas áreas do país, por exemplo.
Se nos primórdios saúde era artigo de luxo àqueles tidos como abastados, hoje consta entre os principais direitos da população e deveres do Estado, mediante políticas sociais e econômicas e sem distinções. O Ministério da Saúde, por meio do SUS, literalmente contribuiu para um aumento em mais de 10 anos na expectativa de vida da população, se comparado aos anos 80. E a expectativa em relação à pasta é o avanço contínuo e perene do nosso sistema de saúde, patrimônio nacional.
Os avanços são incontáveis, como os constantes investimentos em parcerias com instituições de pesquisas, que contribuem para análises científicas de alto impacto durante a criação de políticas públicas assertivas, inclusão social, erradicação de inúmeras doenças, criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e tantas outras experiências exitosas de gestores e profissionais de saúde, distribuídas entre os 5.570 municípios Brasil afora e que podem ser acompanhadas durante os congressos do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).
A título de exemplo do valor inestimável do sistema, exige-se ao SUS o funcionamento mediante pactuações tomadas por consenso e divididas entre os Conselhos e Comissões. Enquanto a Comissão Intergestores Tripartites (CIT) articula e pactua na esfera federal, a Comissão Intergestores Bipartites (CIB) abrange as gestões estadual e municipal sendo que, juntas, contribuem para o funcionamento das ações e serviços de saúde integrados em rede e descentralizados. Ressaltando, assim, a principal característica do SUS: do Ministério da Saúde ao município, da ministra ao gestor, o sistema é feito por pessoas e para pessoas.
*Secretário executivo do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems/MG)
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AHPACEG/SINDHOESG
Falta de acordo com representantes da enfermagem preocupa Ahpaceg e Sindhoesg
Os diretores do Sindhoesg e da Ahpaceg estão em negociação permanente com o sindicato dos profissionais de enfermagem em busca de um acordo que viabilize o pagamento da categoria diante da aprovação do novo piso salarial de enfermeiros e técnicos.
As entidades voltam a alertar que a rede hospitalar privada não tem condições financeiras de arcar com os encargos trabalhistas e os novos salários.
A falta de acordo com o sindicato laboral inviabilizará o funcionamento de hospitais em todo Estado, pois a fonte de custeio da rede privada permanece inalterada diante da perspectiva do significativo aumento na folha de pessoal de todas as instituições.
Sem um consenso com os trabalhadores, a redução de leitos, demissões em massa e até o fechamento completo de muitas unidades de saúde serão inevitáveis no momento.
Goiânia, 25 de julho de 2023
Haikal Helou
Presidente da Associação dos Hospitais Privados de
Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg)
Valney Luiz da Rocha
Presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos
de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg)
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Assessoria de Comunicação
Falta de acordo com representantes da enfermagem preocupa Ahpaceg e Sindhoesg
Os diretores do Sindhoesg e da Ahpaceg estão em negociação permanente com o sindicato dos profissionais de enfermagem em busca de um acordo que viabilize o pagamento da categoria diante da aprovação do novo piso salarial de enfermeiros e técnicos.
As entidades voltam a alertar que a rede hospitalar privada não tem condições financeiras de arcar com os encargos trabalhistas e os novos salários.
A falta de acordo com o sindicato laboral inviabilizará o funcionamento de hospitais em todo Estado, pois a fonte de custeio da rede privada permanece inalterada diante da perspectiva do significativo aumento na folha de pessoal de todas as instituições.
Sem um consenso com os trabalhadores, a redução de leitos, demissões em massa e até o fechamento completo de muitas unidades de saúde serão inevitáveis no momento.
Goiânia, 25 de julho de 2023
Haikal Helou
Presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg)
Valney Luiz da Rocha
Presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg)
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