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CLIPPING AHPACEG 25/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Anvisa autoriza exames de análise clínica em farmácia e consultório
Preço de medicamentos tem alta de 3,06% em junho
Anvisa dá registro definitivo para vacina bivalente contra covid-19
Goiás registra quase 60 mortes por Influenza em 2023
Grávida perde o bebê após passar por três hospitais em trabalho de parto, e família cobra respostas
AGÊNCIA BRASIL
Anvisa autoriza exames de análise clínica em farmácia e consultório
No dia 1º de agosto, vai entrar em vigor a resolução da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que permite a realização de exames de análise clínica em farmácias e consultórios.
De acordo com a norma, os exames são testes rápidos, sem a necessidade de envio para laboratórios, limitando a serem de triagem e por isso não substituem o diagnóstico laboratorial convencional.
Vão ser liberados, por exemplo, os testes de HIV, dengue, colesterol, malária e hepatite. São quase 50 exames de análises clínicas.
Vale lembrar que, até então, apenas testes de covid-19 e de glicemia podiam ser feitos nas farmácias e consultórios.
Essa medida busca ampliar o acesso da população ao diagnóstico clínico e reforça o papel dos laboratórios clínicos no estímulo à política de qualidade dos exames.
A norma foi avaliada e aprovada pela Diretoria Colegiada da Agência na Reunião Ordinária Pública ocorrida em maio.
E a fim de monitorar a etapa de implementação das novas regras, o Ministério da Saúde e a Anvisa irão integrar o grupo de trabalho que vai ajudar a avaliar o alcance dos objetivos da resolução e o impacto no SUS, no mercado e na sociedade.
Os serviços terão até 180 dias para se adequarem às regras atualizadas.
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MEDICINA S/A
Preço de medicamentos tem alta de 3,06% em junho
Levantamento feito pela Precifica, empresa especializada em soluções de pricing, como o monitoramento de preços do e-commerce, mostra que o IPM-COM (Índice de Preços de Medicamentos no e-Commerce) apresentou alta de 3,06% em junho na comparação com maio de 2023. O estudo envolve os remédios mais procurados pertencentes a nove diferentes grupos e comercializados em seis grandes redes farmacêuticas, na região metropolitana de São Paulo, com atuação por meio de e-commerce.
Os antiparasitas foram os medicamentos que registraram o maior aumento de preço, 84,53%. Mas deve-se considerar que em maio este grupo foi o único com queda nos valores de venda, -34,04%. Possivelmente, a redução ocorreu por causa de descontos e agora o setor precisou realinhar, resultando neste percentual fora do ponto. Um outro fator importante para o aumento no nível de preços dos antiparasitas é a chegada do período de férias escolares, quando pais tendem a reforçar doses de vermífugos e antiparasitários em seus filhos.
Na segunda posição estão os antissépticos (6,84%), seguidos dos anticoncepcionais (2,72%), dos antidiabéticos (2,36%), dos anti-histamínicos (2,30%) e dos analgésicos (1,58%). Quanto aos medicamentos que mais baixaram de preços, a pesquisa aponta que os anti-hipertensivos tiveram a maior redução (-2,52%). Na sequência estão os relaxantes musculares (-1,84%) e os antigripais (-0,39%).
De acordo com o IPCA-15, divulgado pelo IBGE no dia 27 de junho, o grupo Saúde e cuidados pessoais subiu 0,19%. A diferença acentuada se explica pelo fato de o índice oficial ter como base uma quantidade muito maior de itens pesquisados, além de incluir serviços como preços dos planos de saúde, por exemplo. De qualquer forma, o aumento registrado na amostra da Precifica e a alta verificada pelo IBGE, além da gangorra de preços mês a mês, mostram que é preciso atenção e agilidade das farmácias e drogarias na adequação dos preços de vendas.
Acompanhar o sobe e desce dos preços não é tarefa simples. A melhor forma de definir precificação e promoções assertivas é com o uso de soluções de pricing, que são capazes de fazer o monitoramento em tempo real e analisar dados externos e internos para sugerir preços mais convidativos aos clientes, extraindo a melhor rentabilidade possível, afirma Ricardo Ramos, CEO da Precifica.
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A REDAÇÃO
Anvisa dá registro definitivo para vacina bivalente contra covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (24/7), o registro definitivo da vacina Comirnaty bivalente contra a covid-19 da Pfizer.
O imunizante está indicado para a prevenção da covid-19 e pode ser utilizada por pessoas a partir de 5 anos de idade. A indicação é que o uso seja apenas como dose de reforço, ou seja, só pode ser aplicada em quem já se vacinou contra a doença, com aplicação pelo menos três meses após a última dose tomada.
A vacina já estava sendo utilizada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) de forma emergencial. Antes do registro definitivo, o produto era usado como dose de reforço para o público acima de 12 anos de idade com comorbidades e para maiores de 18 anos.
Bivalente
De acordo com a Anvisa, vacinas bivalentes dão maior proteção contra a doença, pois contêm uma mistura de cepas do vírus Sars-CoV-2. A Comirnaty bivalente é elaborada com a variante original, que é a cepa Wuhan, somada a uma variante de circulação mais recente, a cepa Ômicron.
No cenário internacional de regulação, a Comirnaty bivalente já tem uso autorizado pela Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA) e pela agência reguladora dos Estados Unidos (Food and Drug Administration – FDA).
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JORNAL OPÇÃO
Goiás registra quase 60 mortes por Influenza em 2023
Mais da metade das mortes atingiu a população com mais de 60 anos, com 26 casos
Goiás registrou 56 óbitos por Influenza em 2023, aponta a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), em dados consultados nesta segunda-feira, 24. Mais da metade das mortes atingiu a população com mais de 60 anos, com 26 casos.
A Influenza H1N1 é o principal responsável pelos óbitos no público acima dos 60 anos, tendo provocado a morte de 13 pessoas. Ao todo, 22 pessoas foram vítimas graves da doença no Estado. Foram registrados 123 casos em todo o o território.
O vírus Influenza B Vitória é o segundo maior responsável pelas mortes, com 20 ocorrências desde o começo do ano.
A vacinação contra Influenza está disponível nas unidades de saúde do Estado para todos os públicos a partir dos 6 meses.
O que é Influenza
Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral respiratória altamente contagiosa que afeta principalmente o trato respiratório superior e, às vezes, o trato respiratório inferior. Existem diferentes tipos de vírus da influenza, incluindo os tipos A, B, C e D. Os subtipos mais comuns que causam infecções em seres humanos são os vírus influenza A e B.
O vírus da influenza A é dividido em subtipos com base em duas proteínas de superfície chamadas hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). Existem muitos subtipos diferentes de vírus influenza A, mas os subtipos mais conhecidos e mais comuns são os H1N1 e H3N2.
H1N1 é um subtipo específico do vírus influenza A. Ele recebe esse nome porque possui a hemaglutinina do tipo 1 (H1) e neuraminidase do tipo 1 (N1). O H1N1 foi responsável por algumas pandemias de gripe ao longo da história. Uma das pandemias mais recentes foi a pandemia de gripe H1N1 de 2009, também conhecida como gripe suína, que se espalhou globalmente e afetou milhões de pessoas.
Os vírus influenza B também podem causar a gripe, mas geralmente causam doenças menos graves em comparação com os vírus influenza A. Os vírus influenza C também podem causar infecções respiratórias, mas essas infecções são geralmente mais leves.
A gripe é transmitida principalmente de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias expelidas quando alguém infectado tosse, espirra ou fala. Os sintomas da gripe geralmente incluem febre, calafrios, dores musculares, dor de garganta, nariz entupido, tosse, fadiga e mal-estar geral.
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PORTAL G1
Grávida perde o bebê após passar por três hospitais em trabalho de parto, e família cobra respostas
Lidiane Sousa Melo procurou hospital com dores, mas só conseguiu fazer cesariana no dia seguinte. Polícia Civil investiga caso.
Por Thauany Melo, g1 Goiás
A grávida Lidiane Sousa Melo, de 37 anos, perdeu o filho após passar por três hospitais em Itaberaí e Goiânia. Segundo a cunhada dela, Darcilene Reis Matos, a mulher estava grávida de 38 semanas e recebeu a orientação de que deveria ter o bebê com urgência, mas só conseguiu realizar a cirurgia no dia seguinte.
“Está todo mundo sem acreditar, achamos que ela sairia com o bebê no colo. Agora ela [Lidiane] ouve o choro dos outros bebês e fica mais estressada com a perda. É muita dor”, contou Darcilene ao g1.
De acordo com a cunhada, Lidiane deu entrada no Hospital Municipal de Itaberaí às 13h de sexta-feira (21), com queixa de dores. Na unidade, ela só conseguiu atendimento por volta das 19h, após fazer um exame em uma clínica particular e retornar. Depois da avaliação de um médico, a mulher foi encaminhada para Goiânia para ter o bebê.
Em Goiânia, a mulher foi para o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), mas a unidade a encaminhou para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, sob a alegação que não havia indicação de alto risco. O procedimento de cesariana foi realizado apenas no dia seguinte, sábado (22), por volta das 10h.
“O parto teria que ser feito logo, pois a Lidiane não tinha mais líquido, estava sentindo dor”, explicou a cunhada.
O Hospital Municipal de Itaberaí informou que a paciente deu entrada na unidade com consulta agendada e foram tomadas todas medidas necessárias. O hospital informou que a encaminhou para o Hemu por meio do Complexo Regulador Estadual (confira nota na íntegra no final do texto).
Por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), o Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) afirmou apura a transferência da paciente. Já o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) disse que está fazendo um levantamento do caso (confira nota na íntegra no final do texto).
A Polícia Civil investiga a morte do bebê após um boletim de ocorrência ser registrado. A família informou que solicitou que o Instituto Médico Legal (IML) levasse o corpo do bebê.
Nota do Hospital Municipal de Itaberaí:
Paciente deu entrada em nossa unidade hospitalar com consulta agendada com Ginecologista Obstetra, recebendo atendimento médico que tomou todas as medidas necessárias e encaminhou a mesma para unidade de referencia através do Complexo Regulador Estadual que após avaliação a vaga foi liberada pelo sistema para HEMU, a mesma foi encaminhada pelo município.
Nota da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES):
O Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) informa que a diretoria tomou conhecimento do caso e iniciou a apuração dos fatos relativos à transferência da paciente para a sua unidade de retaguarda.
O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) também informa que está fazendo os levantamentos do caso, para os devidos esclarecimentos.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 22 A 24/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Goiás amplia atendimento a pacientes com insuficiência renal
Novas infecções e mortes estão caindo, mas não rápido o suficiente, diz OMS sobre HIV
Sancionada lei de atendimento prioritário em cirurgias plásticas a vítimas de violência de Goiânia
Quando o câncer é tratado com pílulas
Reimaginando a medicina
JORNAL OPÇÃO
Goiás amplia atendimento a pacientes com insuficiência renal
Desde 2019, Secretaria de Estado da Saúde instalou quatro novos serviços de terapia renal substitutiva; entre eles a hemodiálise em Formosa, Quirinópolis, Posse e Goianésia. As duas últimas vão disponibilizar ainda diálise periotoneal, técnica menos invasiva
O Governo de Goiás tem dedicado atenção especial às pessoas com insuficiência renal que necessitam de atendimento especializado na área de nefrologia. Desde 2019, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) trabalha na ampliação da rede de Terapia Renal Substitutiva (TRS), com o objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes que necessitam desse tipo de assistência.
Até meados de 2019, havia em todo o estado 32 serviços de hemodiálise habilitados no Sistema Único de Saúde (SUS), dos quais 97% eram de unidades particulares sob gestões municipais. Apenas 3% estavam sob gestão estadual. A secretaria ampliou em mais quatro unidades a rede de TRS, elevando para 36 o número de estabelecimentos com terapia renal substitutiva em Goiás.
Os dados da SES revelam que existem 4,9 mil pacientes renais crônicos em tratamento de hemodiálise pelo SUS, em Goiás. A coordenadora de Nefrologia da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde da SES, Hélia Alves, destaca que o Estado visa oferecer um atendimento integral, incluindo a prevenção, o tratamento conservador e especializado, e o transplante.
Os quatro novos serviços de nefrologia estão instalados nas Policlínicas Estaduais de Formosa, Posse, Quirinópolis e Goianésia. Além de garantir a maior oferta de tratamento às pessoas que sofrem de insuficiência renal, a instalação desses serviços permite que os pacientes façam hemodiálise em locais próximos das suas regiões de saúde, sem passar pelo desgaste de grandes deslocamentos.
O aposentado Claudionor Ferreira de Souza, por exemplo, comemora o fato de fazer as sessões de hemodiálise na Policlínica de Formosa, cidade onde mora. Ele depende desse procedimento há 17 anos. Ele fazia, três vezes por semana, uma viagem de 239 quilômetros de Formosa a Posse para realizar a hemodiálise. “As coisas melhoraram muito. Além do cansaço da viagem, a gente enfrentava o risco de acidentes na estrada”, sublinha.
O Governo de Goiás vai expandir ainda mais a oferta de serviços para os pacientes com problemas renais. A partir de agosto, as Policlínicas de Goianésia e Posse vão disponibilizar ainda a diálise peritoneal, modalidade menos invasiva ao tratamento dialítico. A instalação desses serviços vai descentralizar a assistência, hoje ofertada ao paciente SUS exclusivamente pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG).
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AGÊNCIA ESTADO
Novas infecções e mortes estão caindo, mas não rápido o suficiente, diz OMS sobre HIV
Novas infecções e mortes pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids, estão caindo, mas não "rápido o suficiente", na avaliação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. Em discurso na 12ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids (IAS), na Austrália, feito neste domingo (23/7) a autoridade de saúde ainda alertou que alguns países enfrentam aumento na incidência de casos.
"Enfrentamos um mundo de múltiplas crises sobrepostas, incluindo conflitos, migração, mudança climática, que têm implicações para a resposta ao HIV, especialmente para Estados frágeis e pequenos", afirmou.
O alvo do HIV é o sistema imunológico. À medida que o vírus destrói e prejudica a função das células imunes, os indivíduos infectados tornam-se gradualmente imunodeficientes e menos competentes para enfrentar infecções e alguns tipos de câncer. O estágio mais avançado da infecção é a Aids, que, atualmente, pode ser controlada por regimes de tratamento compostos por uma combinação de medicamentos antirretrovirais (que impedem a replicação/multiplicação do vírus no organismo), que permite que pessoas que vivem com HIV tenham vida longa e saudável.
De acordo com comunicado da OMS, no final de 2022, 29,8 milhões das 39 milhões de pessoas vivendo com HIV estavam em tratamento antirretroviral (76% do total), com quase três quartos delas (71%) vivendo com o vírus indetectável, ou seja, sem a possibilidade de transmissão devido à baixa carga viral (quantidade de vírus presente no sangue).
Na conferência deste ano, a organização aproveitou para celebrar os bons resultados do uso consistente da terapia antirretroviral. O comunicado é ancorado em uma revisão sistemática publicada na revista científica The Lancet, que analisou 31 estudos publicados sobre o tema entre 2010 e 2022.
Na análise, os cientistas concluíram que há "quase zero risco" de transmissão sexual do HIV por pacientes com cargas virais inferiores a 1 mil cópias do vírus por mL. "É importante enfatizar que essas mensagens e resultados não se aplicam à transmissão de mãe para filho. Como a transmissão vertical pode ocorrer durante a gravidez, ou seja, no útero, durante o parto ou através da amamentação, a duração e a intensidade da exposição à viremia (presença de vírus no sangue) são consideravelmente maiores do que a transmissão sexual", alertam.
Crianças
As crianças são uma grande preocupação da OMS. Embora pacientes adultos que vivem com HIV tenham um acesso considerável à tratamento, só 46% das crianças com o vírus têm carga viral considerada suprimida. "Uma realidade que precisa de atenção urgente", diz a OMS.
Cura
Recentemente, um sexto paciente foi considerado livre do HIV. Apesar de a notícia ser animadora, mais de quatro décadas após a descoberta da Aids, cada vez mais cientistas compreendem que a cura do vírus causador da doença será individualizada (caso a caso) e múltipla (com associação de terapias). Enquanto isso não é realidade, a prevenção, diagnóstico precoce e o tratamento daqueles que vivem com o HIV são as melhores estratégias para lidar com essa epidemia, dizem especialistas.
"Ao olharmos para o futuro, deixe-me indicar três prioridades. São as mesmas três coisas que nos trouxeram até aqui Primeiro, precisamos continuar aproveitando o poder da ciência para desenvolver ferramentas novas e mais poderosas, maximizar seu impacto e continuar a busca por uma cura e uma vacina", disse Tedros.
"Em segundo lugar, precisamos continuar ouvindo e respondendo às vozes das comunidades afetadas na concepção e desenvolvimento de ferramentas e programas", continuou. "E, terceiro, precisamos manter os direitos humanos no centro", finalizou.
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O HOJE
Sancionada lei de atendimento prioritário em cirurgias plásticas a vítimas de violência de Goiânia
A publicação está disponível no Diário Oficial do Município de terça-feira (18/7)
A publicação está disponível no Diário Oficial do Município de terça-feira (18/7) | Foto: Reprodução
O prefeito Rogério Cruz sancionou lei que estabelece prioridade de atendimento psicoterápico e de cirurgia plástica reparadora, na rede pública de saúde de Goiânia, para a mulher vítima de violência da qual resulte dano à sua integridade física e estética. A publicação está disponível no Diário Oficial do Município de terça-feira (18/7).
“Essa é mais uma lei de atenção às mulheres e que garante celeridade no atendimento nos serviços públicos de saúde, psicoterápico e de referência em cirurgia plástica”, observa o prefeito Rogério Cruz.
De acordo com o texto, de autoria da vereadora Sabrina Garcez, caracteriza-se o dano físico estético quando a mulher passar a apresentar, em decorrência de violência, qualquer deformidade ou deficiência em relação aos parâmetros clínicos estéticos reconhecidos pela comunidade médica.
“A maioria dos casos de agressão às mulheres acontece com vítimas cujas condições socioeconômicas não suportam os custos de uma cirurgia plástica reparadora. Ficam, dessa forma, estigmatizadas pelo restante de suas vidas”, ressalta a secretária da mulher, Tatiana Lemos.
A previsão é de que a lei entrará em vigor após 90 dias. Para ter direito à cirurgia gratuita, a mulher deve levar à unidade o registro policial da ocorrência. Também é necessário um guia de encaminhamento do médico indicando a necessidade do procedimento.
A lei ressalta que a comprovação de ser a mulher portadora de deficiência ou deformidade, em decorrência de violência doméstica e familiar, deve ser atestada por laudo médico. A inscrição das vítimas no cadastro único do Sistema Único de Saúde (SUS) deve nortear a ordem de atendimento, com ressalva para os casos de risco iminente de dano irreversível, que impliquem a necessidade de intervenção imediata dos profissionais.
O documento detalha que, depois de realizado o diagnóstico e comprovada a agressão e dano, mediante autorização da vítima, ela deve ser inscrita em um cadastro no Centro de Referência da Mulher Cora Coralina, que funciona na sede da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM).
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PORTAL TERRA
Quando o câncer é tratado com pílulas
Muitas vezes as terapias orais são a alternativa para debelar um tumor, mas o acesso a essas drogas no País ainda é um desafio
A preocupação dos especialistas com o impacto da pandemia de covid-19 no tratamento oncológico fomentou a discussão sobre o acesso a quimioterápicos orais, uma vez que esse tipo de medicação permite que o tratamento seja feito em casa. Muito além da comodidade, porém, as terapias por boca muitas vezes são a melhor ou a única opção de tratamento. Por isso, especialistas defendem maior rapidez na incorporação desses medicamentos para cobertura por planos de saúde e no Sistema Único de Saúde (SUS).
"Os quimioterápicos são uma classe de medicamentos que atuam como antineoplásicos, ou seja, eles inibem a divisão desordenada das células. A maior parte deles ainda é de uso endovenoso, direto na veia do paciente", diz Laura Testa, chefe do grupo de oncologia mamária do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). "Hoje alguns desses remédios podem ser tomados por boca, e o corpo acaba metabolizando o mesmo composto presente na forma endovenosa."
De acordo com a especialista, os quimioterápicos orais funcionam em vários tipos de câncer, mas não em todos, tendo seu uso indicado sobretudo em tumores de mama, gastrointestinais e colorretais. "Os comprimidos têm eficácia nos casos em que a versão endovenosa também funciona. Algumas vezes, a quimioterapia oral substitui a convencional. Em outras, ela entra como um complemento do tratamento. E habitualmente é indicada para doença avançada."
Além da quimio
O rol dos medicamentos orais não se resume aos quimioterápicos. É o caso da hormonioterapia, ou bloqueio hormonal. Com ação em tumores que são dependentes de hormônios, os bloqueadores são utilizados para tratar câncer de mama com receptores hormonais e câncer de próstata. Um desses comprimidos, por exemplo, inibe a ação do estrogênio na célula mamária. Ele não diminui a produção natural do hormônio, mas impede sua ligação com as células cancerosas. "Os efeitos da medicação são parecidos com os da menopausa porque o corpo fica como um motor sem gasolina. O combustível está lá, mas ele não consegue usar", compara Laura Testa.
Já a terapia-alvo, que também pode ser administrada em comprimidos, engloba um grupo amplo e diverso de medicamentos. Eles atuam em alvos específicos para combater câncer de mama, de rim, de pulmão, de tireoide, melanoma. A ação precisa desse tipo de terapia faz com que ela consiga impedir a multiplicação das células cancerosas, preservando as saudáveis. "É um recurso muito usado em doenças metastáticas, em alguns casos em combinação com quimioterapia", diz Marina Sahade, médica do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
"As terapias-alvos, como os inibidores de ciclinas, utilizadas no tratamento de câncer de mama avançado, são um exemplo de que, além de resultados clínicos significativos, o bem-estar da paciente também pode ser priorizado durante um período tão delicado na vida dessas pessoas, diminuindo efeitos colaterais e permitindo a administração da medicação em casa", argumenta Renato Carvalho, presidente da Novartis Brasil.
Isso sem contar que as medicações orais por vezes são a única forma de apresentação de terapias inovadoras. "Hoje temos um bom número de drogas que não têm contrapartida endovenosa e são a alternativa em determinados casos", observa Laura Testa.
A questão é que, diferentemente dos produtos para aplicação na veia, que assim que são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os convênios são obrigados a cobrir, um medicamento oral precisa passar pela revisão do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para ficar disponível. "No SUS também há essa demora de incorporação, o que é grave, porque é custo efetivo dar um remédio via oral, não usa espaço, não envolve o trabalho de equipes de saúde, é um contrassenso essa espera", diz Marina Sahade.
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Reimaginando a medicina
Líder mundial em terapias inovadoras, a Novartis tem desenvolvido tratamentos que prolongam e melhoram a vida dos pacientes com câncer
Há 90 anos no Brasil, a Novartis (cuja atuação abrange 150 países) reimagina a medicina de forma a entregar inovações e medicamentos de alta tecnologia que tragam possibilidades de tratamento capazes de mudar o curso de doenças, melhorando e prolongando a qualidade de vida de cada paciente. Para tanto, a empresa prioriza investimentos em projetos de parceria com os ecossistemas de saúde público e privado, facilitando o acesso a novas tecnologias terapêuticas de várias doenças - entre elas, o câncer.
Terapia celular com células CAR-T
Em 2022, a Novartis disponibilizou a primeira terapia celular com células CAR-T no Brasil. Ela conquistou a aprovação regulatória da primeira terapia celular no Brasil (CAR-T). "A terapia consiste em extrair do corpo do paciente os linfócitos T, que são as células de defesa do corpo, e modificá-los em laboratório para que, ao serem devolvidos ao organismo, ele próprio e o sistema imunológico do paciente possam combater o câncer", conta Cynthia Diaferia, diretora de Oncologia da Novartis do Brasil.
Recentemente, a Novartis também recebeu a aprovação da Anvisa para um medicamento inovador para um tipo de leucemia. "Ele atua diferentemente de todas as outras terapias até então disponíveis, com um mecanismo que pode representar uma nova opção para pacientes que são resistentes ou intolerantes a terapias prévias", afirma Cynthia.
Maior sobrevida e acesso terapêutico
Atualmente, a Novartis oferece no País 25 medicamentos oncológicos voltados para doenças como: câncer de mama, mieloma múltiplo e metástases ósseas, entre muitas outras.
Com a filosofia de ser parte da solução de saúde global, a empresa também investe em parcerias com sistemas públicos de saúde. Elas, aliás, estão mudando a forma como os medicamentos mais modernos são incorporados. "Temos o propósito de fazer a diferença para milhões de pessoas, ao enfrentar diariamente o maior desafio que o ecossistema de saúde encontra: sustentabilidade, com nosso compromisso de acelerar a jornada do paciente desde o diagnóstico precoce ao acesso aos tratamentos mais inovadores", revela Cynthia.
Investimento na qualidade de vida dos pacientes
Novartis é uma das maiores investidoras em pesquisa e desenvolvimento do mundo, concentrando cerca de US$ 9,1 bilhões em mais de 200 projetos. Apenas no Brasil, nos últimos quatro anos, estão sendo investidos US$ 1 bilhão em estudos e pesquisas, trazendo mais de 80 pesquisas clínicas ao País e capacitando 20 mil profissionais de saúde.
Esses investimentos refletem os avanços da companhia no desenvolvimento de terapias inovadoras em diversas áreas terapêuticas, além da construção de novas plataformas tecnológicas, como terapias celulares, gênicas e radioligantes. "As terapias radioligantes são uma promessa de maior sobrevida e qualidade de vida, pois fornecem radiação de precisão para células-alvo em qualquer parte do corpo, ajudando a limitar os danos às células saudáveis circundantes", completa Cynthia.
Compromisso com todo o ecossistema de saúde
A Novartis entende que as inovações das terapias gênicas, celulares e radioligantes vão de encontro a importantes necessidades ainda não atendidas no tratamento da doença. Mas também compreende que implicam novas complexidades - de desenvolvimento, abastecimento, disponibilidade, acesso e outras áreas do ecossistema de saúde. "Nosso compromisso é colaborar com o sistema público e privado, hospitais, médicos, profissionais de saúde e pagadores para o rápido e adequado diagnóstico, assim como para o acesso efetivo aos melhores tratamentos, para que a inovação chegue, em tempo oportuno, para os pacientes que precisam dela", completa Cynthia.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 21/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Como evitar que bebês continuem sendo trocados
Ginecologista que levou soco de marido de paciente é preso após denúncias de crimes sexuais, diz polícia
Profissional é investigada após pacientes ficarem com rostos deformados depois de procedimentos estéticos
Homeopatia pode ser revista como especialidade médica, diz CFM
Casal de idosos é esmagado por elevador de clínica
Sistema Unimed se reúne para refletir sobre marca
Ministério Saúde deixa faltar insumos para diagnosticar Covid e outras doenças
Decisão obriga plano de saúde a custear remédio mais caro do mundo
Artigo: Mais médicos ou melhores médicos?
ZERO HORA
Como evitar que bebês continuem sendo trocados
Por Tiago Dalcin, pediatra do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Hospital Moinhos de Vento
Há coisas que, de tão visíveis, ficam invisíveis. Essa frase se encaixa com perfeição em situações de trocas de recém-nascidos em maternidades. De tão óbvia, a necessidade da pulseira de identificação ? uma das principais medidas de segurança relacionadas ao nascimento ? pode passar despercebida pelos profissionais de saúde e pelos pais. Até algo grave acontecer, como a recente descoberta da troca de três bebês na Paraíba, com repercussão nacional. Poderia ter acontecido em qualquer lugar do Brasil ou do mundo. Quando se trata de riscos à segurança do paciente, não existem ilhas ou lugares blindados.
Que todos atuemos juntos para melhorar a qualidade do cuidado e fazer com que essa tragédia nunca mais volte a ser manchete
O estudo a seguir, por exemplo, é um dos poucos que pediatras e especialistas em segurança do paciente dispõem para avaliar a extensão do problema. Publicado na Revista de Enfermagem da UFRJ, ?Pulseiras de identificação e segurança do recém-nascido? indicou que: de 260 bebês numa maternidade do Piauí, 15,4% estavam sem pulseiras; os dados de 18% das pulseiras não conferiam com o prontuário; em 80,9% dos casos, pulseiras não foram checadas antes dos procedimentos de enfermagem; mãe ou responsável não foram orientados sobre o uso da pulseira em 76,8% das entrevistas.
Como deve acontecer com a maioria dos mais de 2,5 milhões de bebês/ano que nascem no país? A pulseira é colocada na sala de parto com o nome da mãe e o do bebê precedido de ?RN de? (recém-nascido de) e a data de nascimento. Alguns serviços incluem o número de prontuário. O que a família deve fazer se notar a falta da pulseira? Falar, alertar a equipe assistencial, saber se há algum motivo, por exemplo, prematuros de muito baixo peso. Qualquer incidente de identificação é considerado problema grave de segurança e deve ser relatado pela família e investigado pela maternidade. Cada vez mais, buscamos o envolvimento do paciente e entendemos que, muitas vezes, ele e/ou sua família podem ser os primeiros a identificar situações de risco. Que todos atuemos juntos para melhorar a qualidade do cuidado e fazer com que essa tragédia ? a troca de recém-nascidos nas maternidades ? nunca mais volte a ser manchete no Brasil.
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PORTAL G1
Ginecologista que levou soco de marido de paciente é preso após denúncias de crimes sexuais, diz polícia
Vídeo mostra agressão e homem que bateu no médico dizendo que ele era 'abusador de mulher'. Polícia não divulgou a idade das vítimas e como o crime acontecia.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
Um médico ginecologista, de 73 anos, que levou um soco dentro do consultório, foi preso após denúncias de crimes sexuais em Goiânia, segundo a Polícia Civil (PC). Na época, o homem que bateu no médico era o marido de uma paciente e falou que o profissional era “abusador de mulher” (veja vídeo acima).
O g1 não conseguiu contato com a defesa do médico até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a polícia, o ginecologista foi denunciado por pacientes pelo crime de "violação sexual mediante fraude". O homem que foi filmado agredindo o médico foi preso em junho deste ano e a revirravolta do caso foi divulgada nesta sexta-feira (21).
O mandado de prisão preventiva foi representado pela Delegacia Estadual de Atendimento à Mulher (Deaem). A polícia não divulgou a idade das vítimas e como o crime acontecia.
Na época da agressão, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que o médico “era ginecologista, servidor efetivo da Secretaria Estadual de Saúde, cedido ao município de Goiânia, com ônus para o Estado de Goiás”, e estava lotado no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte desde 2014.
Soco
No vídeo, o homem com um registro de ocorrência contra o médico, o sacode na frente da câmera do celular, entra no consultório, confirma se é o mesmo ginecologista e o agride com um soco no rosto, enquanto o chama de “abusador”.
Após a agressão, o médico demonstra confusão e chega a pedir para o homem contar o motivo do soco. À TV Anhanguera, na época, o profissional negou ter abusado da mulher e que só fez o exame do toque, já que a mulher está em seu oitavo mês de gestação.
O homem chegou a deixar o local, mas foi localizado pela GCM logo depois. Ele, seu tio e sua companheira, assim como o médico, foram levados para a Central de Flagrantes. O médico também passou pelo o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito devido à agressão sofrida.
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Profissional é investigada após pacientes ficarem com rostos deformados depois de procedimentos estéticos
Um casal e uma mulher denunciaram a profissional e vão passar por exame de corpo de delito. Paciente disse que o rosto ficou inchado e com caroços por mais de 30 dias.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
Uma profissional é investigada pela Polícia Civil após três pacientes ficarem com o rosto deformado em procedimentos estéticos em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Uma das pacientes, que preferiu não se identificar, denunciou que o rosto ficou totalmente inchado, com caroços por mais de 30 dias e a profissional disse que “não perderia o sono” por causa do problema.
Em nota, a defesa da profissional disse que "se reserva ao direito de somente se manifestar após o conhecimento dos supostos registros policiais realizados, e o conhecimento de todo contexto envolvido, pois ainda não foi formalmente notificada" (leia nota completa no fim da reportagem).
Segundo a polícia, as vítimas que denunciaram são duas mulheres e um homem, que vão passar por exame de corpo de delito. Nas redes sociais, a profissional se apresenta como “doutora”, mas não especifica qual a formação.
No perfil, a investigada posta resultados de procedimentos em narizes, seios, bumbuns, rostos e até cabelos. De acordo com a polícia, a profissional pode responder por lesão corporal e até exercício ilegal da profissão, dependendo da qualificação dela.
Procedimento
Uma das vítimas contou à polícia que contratou um procedimento de preenchimento facial com ácido hialurônico no rosto e pagou R$ 3 mil. Segundo a paciente, ela teve caroços, inchaço e a boca ficou paralisada.
Também à polícia, a paciente disse que a profissional afirmou que era uma reação normal do produto e que o inchaço ia desaparecer, o que não aconteceu.
Após as reações, ela questionou a profissional sobre o produto e soube o nome da marca. O g1 pediu um posicionamento à marca, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
A paciente contou à PC que fez sessões para remover o produto, mas continuou com o problema e procurou a profissional novamente. Desta vez, a profissional teria dito que não perderia o sono.
Nota defesa da profissional
A defesa se reserva ao direito de somente se manifestar após o conhecimento dos supostos registros policiais realizados, e o conhecimento de todo contexto envolvido, pois ainda não foi formalmente notificada de nenhuma investigação iniciada. Contudo, está à disposição para prestar qualquer informação ou esclarecimento necessário sobre qualquer um de seus procedimentos.
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METRÓPOLES
Homeopatia pode ser revista como especialidade médica, diz CFM
Eficácia da homeopatia não foi comprovada em estudos clínicos e é alvo de controvérsia, mas especialidade é reconhecida no Brasil desde 1980
A homeopatia corre o risco de ter seu reconhecimento como especialidade médica revisto no país a partir de nova análise de estudos científicos, declarou o 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Jeancarlo Cavalcante, em entrevista ao Estadão.
A homeopatia é uma das áreas mais antigas da medicina e, ao mesmo tempo, uma das mais controversas. A especialidade foi criada a partir do princípio da proximidade: um elemento que causa alguns efeitos poderia, se diluído e agitado devidamente, curar os mesmos sintomas.
A cientista Natalia Pasternak, que é presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), afirmou, também ao Estadão, que estudos já comprovaram que “a homeopatia não apresenta resultados superiores aos de um placebo” e que diversos países, como Reino Unido e Austrália, já excluíram os medicamentos de seus sistemas públicos de saúde.
No Brasil, porém, a homeopatia é regulamentada como especialidade médica desde 1980. Posteriormente, surgiram evidências mais sólidas sobre sua ineficácia, mas o CFM ainda não reviu sua posição. Entretanto, o conselho afirma que uma nova análise das evidências será realizada.
Discussão aberta
“O CFM reconhece essa especialidade, porém, como órgão regulador, está aberto para novas discussões. Caso as evidências sejam questionadas, nada impede uma nova análise. Vou pedir para minha equipe coletar essas evidências (sobre a ineficácia da homeopatia) e vou levar à apreciação dos conselheiros”, afirmou Cavalcante.
Ele explica que as áreas de atuação na Medicina são reconhecidas como especialidades após análise da Comissão Mista de Especialidades, composta pelo CFM, Associação Médica Brasileira (AMB), Ministério da Saúde e Ministério da Educação. Antes de 2015, o reconhecimento era decidido diretamente pelo conselho e AMB, mas agora qualquer criação ou extinção de especialidade deve passar pelo grupo.
A homeopatia recebeu reconhecimento do CFM em 1980 e da Associação Médica Brasileira em 1990. A Associação Médica Homeopática Brasileira, criada após o reconhecimento da especialidade pela AMB, é a entidade responsável por conduzir exames para a obtenção do título de especialista na área.
O presidente da AMB, César Eduardo Fernandes, defende a homeopatia por ser uma especialidade regulamentada no país, mas ressalta que a associação irá analisar os estudos que contestam sua eficácia e, se necessário, debaterá o tema internamente.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Casal de idosos é esmagado por elevador de clínica
Idoso de 94 anos morreu, já a idosa está internada em estado grave; caso é investigado
Um casal de idosos foi esmagado pelo elevador de uma clínica para uma consulta médica na quarta-feira, 19, em Montenegro (RS). O homem, identificado como Erineu Alves, de 94 anos, morreu devido aos ferimentos, já a esposa dele, de 83, está internada em estado grave.
De acordo com a polícia, o casal estava no térreo da clínica e abriu a porta que dá acesso ao elevador, que estava no segundo andar. O elevador começu a descer e o casal, sem perceber, caiu, eles tentaram abrir a porta para sair mas acabaram sendo esmagados pelo equipamento.
Socorristas foram acionados e, ao chegarem ao local, realizaram manobras para ressuscitar os idosos. Foram feitas perícias no local para identificar se houve falha humana ou mecânica.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
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PORTAL SINDIPLANOS
Sistema Unimed se reúne para refletir sobre marca
Evento terá painéis e apresentações de cases, com participação do fundador da JR Diesel, Geraldo Rufino, da comunicadora e escritora Cris Pàz e de executivos do Tik Tok, Azul Linhas Aéreas e Loggi
A Unimed do Brasil realiza o 3º Encontro da Marca, Mercado e Experiência do Cliente Unimed, nos dias 27 e 28 de julho, em Atibaia/SP. O evento reunirá profissionais das áreas de Comunicação, Experiência do Cliente, Marketing, Mercado e Ouvidoria das 340 cooperativas integrantes do Sistema Unimed.
Com o tema “Fortalecendo nossa Essência para a Perenidade do Sucesso”, o encontro será uma maratona de 24 horas de conteúdo e trocas de experiências para os participantes. As palestras e debates abrangem temas como inovações e tendências digitais, comportamento do consumidor, reputação, branding e escuta ativa para a promoção de jornadas positivas aos usuários dos planos de saúde. Alguns dos destaques na programação são as participações de Geraldo Rufino (JR Diesel), Lucas Rispoli (Tik Tok), Laurita de Cesar Augusto (Azul Linhas Aéreas), Patricia Queiroz Cabral (Loggi) e da comunicadora e escritora Cris Pàz, bem como as apresentações de cases de cooperativas do Sistema Unimed sobre experiência do cliente.
“Há mais de 55 anos, a Unimed foi criada como uma marca idealizada e gerida por médicos para proporcionar acesso à assistência à saúde de qualidade. O encontro proporciona aos nossos profissionais a oportunidade de refletir sobre como essa essência pode contribuir para superarmos os desafios do mercado e evidenciar para os beneficiários, e para a sociedade, como a nossa identidade é um diferencial dos serviços que oferecemos”, ressalta o presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior.
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DIÁRIO DO PODER
Ministério Saúde deixa faltar insumos para diagnosticar Covid e outras doenças
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o secretário-executivo da pasta, Swedenberger Barbosa, foram informados da "situação crítica" dos insumos para ações de vigilância em saúde e laboral, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em alertas ignorados. Estão em falta materiais para diagnóstico de Covid-19, Rubéola, Parvovírus, Chikungunya, Zika, além da Doença de Chagas. Somente este ano o Conass notificou o ministério por duas vezes.
Pane geral
O problema grita nos Laboratórios Centrais (Lacen) de todos os Estados, que trocam insumos entre si, quando têm, ou a população fica à mingua.
Logística capenga
Gestores que pedem o estoque ouvem que a trava está no departamento de logística. São pendências judiciais, licitações ou o produto esgotado.
Vacinação comprometida
O Conass alerta que a falta de insumos compromete a vacinação. Falta, por exemplo, diluente para vacinas contra Covid-19 e a poliomielite.
Embromation
Questionado pela coluna, o Ministério da Saúde pediu "tempo" para responder, demonstrando ignorar o problema. O espaço segue aberto.
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MEDICINA S/A
Decisão obriga plano de saúde a custear remédio mais caro do mundo
Um bebê diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME) conseguiu na justiça que o plano de saúde fornecesse o medicamento Zolgensma, o remédio mais caro do mundo, para seu tratamento conforme prescrito no relatório médico, sob pena de multa diária de R$ 200.000,00. A 25ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo analisou a ação movida pelos pais do bebê contra o plano de saúde, que se recusou a arcar com o tratamento alegando que o contrato excluía a cobertura do tratamento e que o fornecimento do medicamento Zolgensma comprometeria o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. A empresa também alegou que o medicamento tinha caráter experimental e, portanto, não estava incluído no Rol de Procedimentos e Eventos da ANS.
O medicamento, que tem um custo de mercado de R$ 10,6 milhões, foi considerado essencial para o tratamento do pequeno paciente. A AME é uma doença genética rara que afeta os neurônios motores da medula espinhal, levando à fraqueza muscular e à atrofia.
No caso do pequeno paciente, a doença foi diagnosticada em seus primeiros meses de vida, uma fase em que cada dia conta para o sucesso do tratamento e o medicamento Zolgensma, apesar de seu alto custo, é considerado um dos tratamentos mais promissores para a AME, sendo capaz de alterar o curso da doença.
A família, com o objetivo de garantir o melhor tratamento para o filho, se viu em uma batalha legal contra a empresa de saúde.
Para Leo Rosenbaum, sócio do Rosenbaum Advogados, escritório especializado em Direito à Saúde e do Consumidor, responsável pela ação, este é mais um caso em que os planos de saúde se recusam a atender seus usuários em função do valor do medicamento. Mesmo com medicamento incluso no rol da ANS o plano recusou tratamento, ponderou o advogado.
A decisão
Em sua decisão, o juiz, rejeitou os argumentos da empresa de saúde. Ele observou que o medicamento Zolgensma não tinha caráter experimental e que, de fato, havia sido incorporado ao Rol de Procedimentos e Eventos da ANS para o tratamento da AME.
Além disso, o juiz afirmou que o bebê não poderia ser penalizado por uma eventual falha do plano de saúde em ajustar o valor da contraprestação para manter o equilíbrio econômico do contrato.
Assim, condenou a empresa a fornecer o medicamento Zolgensma, conforme prescrito no relatório médico, na dose recomendada, podendo ser ajustada ao longo do tratamento, durante todo o período necessário ou alternativamente, reforçando a obrigação das empresas de saúde em fornecer tratamentos essenciais para seus pacientes, independentemente do custo. No caso do pequeno paciente, a decisão representa uma luz de esperança em sua luta contra a Atrofia Muscular Espinhal.
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CORREIO BRAZILIENSE
Artigo: Mais médicos ou melhores médicos?
O atendimento rápido diante de uma emergência. O acolhimento nos momentos mais difíceis. O cuidado na prevenção das doenças. Ao nascer, durante toda a existência e nas despedidas. Em cada ocasião de nossa vida, estão lá os médicos, que dedicam suas próprias vidas à preservação de outros tantos - alguns que verão uma vez, outros que acompanharão por muito tempo.
Por sua relevância, quando nos vemos diante de crises da saúde, logo surgem pedidos por mais médicos, por novas faculdades de medicina. Chamados legítimos e compreensíveis, sobretudo em um país com ainda tantas carências na assistência básica de sua população. Mas, por essa mesma diferença que possuem para a vida, apenas clamar por mais médicos é uma simplificação capaz de trazer graves prejuízos aos brasileiros.
Até atender o público, os profissionais devem passar por uma formação médica rigorosa. Além da própria graduação, devem contar com uma estrutura hospitalar que dê suporte ao seu aprendizado prático, unidades básicas de saúde e número mínimo de leitos SUS com os quais lidarão os estudantes.
Esse deveria ser o modelo ideal e de excelência para a formação médica. Mas o que vemos é justamente a multiplicação do contrário: a abertura indiscriminada de escolas de qualidade duvidosa, sem condições e infraestrutura adequadas. Dado de 2019 da Organização Mundial da Saúde mostrou que o Brasil era o segundo país do mundo em número de faculdades de medicina.
E mesmo já tendo número suficiente de médicos no país - 2,2 por mil habitantes, bem acima do recomendado pela OMS - , há mais de 200 cursos aguardando autorização para funcionar. Surgiu, até mesmo, a proposta de um curso exclusivo para assentados da reforma agrária, à parte do ingresso regular.
É cômodo apenas pedir por mais médicos quando não se olha o todo. Temos um sistema de saúde fragilizado, incapaz de oferecer as mínimas condições de trabalho em diversas regiões. Situação que torna mais difícil, por exemplo, atender às necessidades dos municípios mais distantes, onde faltam esses profissionais, mas também estrutura adequada, remuneração justa e até mesmo segurança jurídica.
Não se trata de questão ideológica: a preocupação das associações e sindicatos médicos é com a qualidade dos serviços prestados. Queremos que a população seja atendida por profissionais de excelência, formados seguindo os modelos adequados. Sem isso, há um risco tremendo de prejuízos à saúde de milhões de brasileiros.
Por isso, nos opusemos em diferentes ocasiões à criação de novos cursos de medicina, sejam eles de grandes grupos educacionais, sejam escolas caça-níqueis, sejam formações que atendam a interesses particulares. Pela mesma razão, nos opusemos ao exercício, no Brasil, da medicina por profissionais sem revalidação do diploma obtido no exterior.
Quando se fala em médicos, a qualidade deve prevalecer sobre a quantidade. Em vez de abrir novos cursos, devemos reforçar a fiscalização dos já existentes, inclusive com o fechamento daqueles que não atendam aos padrões. Temos, também, de resolver problemas históricos do setor, como a infraestrutura dos hospitais e das unidades básicas, adequar o financiamento e garantir condições dignas de trabalho aos trabalhadores.
O Simers, como maior sindicato médico da América Latina, representando 15 mil profissionais do Rio Grande do Sul, tem sido uma voz ativa por essas bandeiras. Uma medicina de qualidade deve estar acima de qualquer ideologia ou governo. O que está em jogo, aqui, é a saúde e a vida dos mais de 200 milhões de brasileiros. Defendê-las é nossa missão ao fazermos nosso juramento - e por elas batalharemos, seja ao cuidar de quem precisa, seja ao buscar uma formação de excelência para aqueles que se somarão a essa luta.
FERNANDO UBERTI, diretor-geral do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers)
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 20/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde investem em caçada antifraude
Enfermeiro é preso sob suspeita de estuprar paciente em hospital de Rio Verde
Governo vai pagar bônus de desempenho para equipes de saúde bucal
'Deixou de ser surpreendente ver infartos em pessoas de 30 e 40 anos. A história mudou', diz cardiologista
Artigo - Análise sobre a responsabilidade civil no Direito Médico
Cuidados com a saúde do coração das crianças durante as férias
AGÊNCIA ESTADO
Planos de saúde investem em caçada antifraude
As operadoras de saúde decidiram endurecer as regras para o reembolso de consultas, já que essa é uma das principais ferramentas usadas para esquemas fraudulentos. De olho nisso, muitos planos passaram a solicitar aos beneficiários o comprovante de pagamento da consulta ou do procedimento. Só que já surgiram novos métodos para burlar a regra: clínicas têm se associado a bancos digitais irregulares, sem aprovação do Banco Central (BC). Assim, as operadoras intensificaram a caçada antifraude.
O esquema funciona, em geral, da seguinte forma: as clínicas médicas ou os laboratórios solicitam aos pacientes seus dados pessoais e de acesso ao aplicativo do plano de saúde. Com a posse dos dados, abrem uma conta em um banco digital criado pela empresa ou parceiro dela. Assim, a prestadora de serviços de saúde emite documentos como se a consulta já tivesse ocorrido e o dinheiro é enviado da conta bancária (criada em nome do paciente no banco irregular) para a conta da clínica, gerando um comprovante de pagamento. O reembolso é, então, solicitado pelo preço máximo da tabela contratual de cada beneficiário. Apenas depois que o reembolso foi aprovado e pago, a clínica realmente realiza a consulta ou os exames.
Bianca Andreassa, advogada especialista em Direito Médico e Hospitalar e sócia do Villemor Amaral Advogados, avalia que a criação de falsos bancos por clínicas ou a associação a esses agentes financeiros acontece para "dar uma cara de maior legalidade" às fraudes, sem precisar que o dinheiro saia de uma conta bancária diretamente ligada ao estabelecimento médico ou aos seus sócios, além de facilitar o rastreio do dinheiro do reembolso pelas clínicas. Em alguns casos, os pacientes nem mesmo sabiam que haviam contas em seus nomes nas financeiras utilizadas.
"É como se o paciente pegasse um empréstimo com o banco para fazer os procedimentos médicos, o que não seria ilegal. O problema é que as mesmas pessoas que te prescrevem [o exame ou tratamento] são aquelas que vão te 'emprestar' o dinheiro", explica. "A ilicitude está no fato de o prestador participar, mesmo que não oficialmente, dessa operação, o que, conjugado com a prática do reembolso assistido, dá a esse prestador um cheque em branco".
A advogada explica ainda que o movimento da fraude vai escalonando e ficando mais rebuscado conforme o fraudador tenta se livrar dos obstáculos que as operadoras estabelecem.
Algumas dessas associações de clínicas médicas e laboratórios com instituições financeiras irregulares foram descobertas pelas operadoras devido a repetidas solicitações de reembolso, sempre com valores altos e por meio das mesmas instituições financeiras. Cruzando as informações, percebeu-se que alguns dados das prestadoras de serviços - como o endereço de registro, telefone ou nome dos sócios - eram os mesmos dos bancos utilizados para solicitar o reembolso.
Sinais suspeitos
Em uma ação movida pela SulAmérica contra um grupo de saúde (composto por uma clínica médica e um laboratório) e um suposto banco, a operadora diz que identificou um número incomum de solicitações de reembolso de valores elevados relacionados a consultas e exames laboratoriais com supostos comprovantes de pagamento de transações intermediadas por um mesmo banco.
"Após apurações realizadas, constatou-se que as primeiras rés (clínica e laboratório) contam com os mesmos sócios e mantêm identidade de interesses escusos com o terceiro réu (suposto banco). Além disso, apesar de declararem sede em endereços diversos, estão instaladas em um mesmo local, para facilitar a prática das irregularidades, e o número de telefone informado no cartão de CNPJ é o mesmo", alega a SulAmérica no documento, citando que apesar de se autointitular como banco, a instituição está cadastrada como empresa de tecnologia da informação, e atua de forma clandestina, sem autorização do BC.
Neste caso, a SulAmérica acionou o Ministério Público Federal, por envolver possível crime contra o Sistema Financeiro Nacional.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Enfermeiro é preso sob suspeita de estuprar paciente em hospital de Rio Verde
Investigações apontam que o profissional teria praticado o crime enquanto a vítima estava sedada
Nesta terça-feira (18), um enfermeiro de 32 anos foi detido pelas autoridades policiais, sendo suspeito de estuprar uma paciente no Hospital Municipal de Rio Verde, localizado no sudoeste do estado de Goiás. O crime teria ocorrido em março do ano anterior, conforme apontam as investigações conduzidas pela Polícia Civil.
A vítima relatou à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) que estava internada na unidade hospitalar após uma tentativa de tirar a própria vida. Segundo as apurações realizadas, o enfermeiro, à época técnico em enfermagem, teria se aproveitado do momento em que a mulher estava sedada e, utilizando um lençol para cobri-la, teria praticado o abuso sexual.
Após receber alta médica, a paciente dirigiu-se à delegacia para prestar queixa e passar pelo exame de corpo de delito, que comprovou a ocorrência do crime. Além disso, a presença de material genético masculino foi encontrado no corpo da vítima.
A delegada Jaqueline Sielskis, responsável pelo caso, esclareceu que um confronto foi realizado entre o material genético do enfermeiro e de outros profissionais que a acompanharam durante o período de internação, chegando à conclusão de que o material condizia com o do técnico de enfermagem, que permaneceu mais tempo em sua companhia.
Diante das evidências, a Justiça expediu um mandado de prisão contra o suspeito, que foi cumprido nesta terça-feira em Santa Helena de Goiás, cidade localizada a 36 quilômetros de Rio Verde.
O enfermeiro negou veementemente a acusação de estupro, alegando que a paciente já havia sido internada outras vezes na mesma unidade hospitalar. Contudo, as investigações seguirão o curso legal para apurar os fatos de maneira imparcial.
Após o ocorrido, a Secretaria Municipal de Rio Verde divulgou uma nota repudiando qualquer ato criminoso praticado por servidores públicos municipais e se prontificou a colaborar com as investigações. A instituição esclareceu que o enfermeiro em questão não era um servidor efetivo, mas sim um prestador autônomo que já havia sido descredenciado da saúde.
O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) também se manifestou sobre o caso, informando que já deu início a um Procedimento Ético Disciplinar (PED) para apurar a conduta do profissional. De acordo com a Resolução COFEN Nº 706/2022, que trata do Código de Processo Ético do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, o procedimento seguirá todas as etapas previstas, incluindo a possibilidade de penas severas, como a cassação do registro profissional. O enfermeiro em questão possui inscrição regular como Enfermeiro e Técnico em Enfermagem no órgão.
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BNEWS
Governo vai pagar bônus de desempenho para equipes de saúde bucal
Uma portaria do Ministério da Saúde, publicada nesta terça-feira (18) no Diário Oficial da União (DOU), instituiu o pagamento por desempenho na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) para as equipes que fazem atendimentos bucais em todo o país. Com isso, municípios e Distrito Federal receberão, todo mês, um adicional com base em resultados obtidos a partir do monitoramento de 12 indicadores, além do custeio mensal regular. Segundo a pasta, a mudança vai incrementar em R$ 1 bilhão o financiamento federal das equipes de Saúde Bucal (eSB) em 2023 e 2024.
"É um incentivo para melhorar a oferta dos serviços existentes e, principalmente, reconhecer o bom trabalho desenvolvido pelas equipes de saúde bucal", afirma a coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Doralice Severo Cruz. O pagamento por desempenho será aplicado às eSB das modalidades I e II, de 40 horas semanais, vinculadas às equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e cofinanciadas pelo Ministério da Saúde. A modalidade I é a equipe formada por dois profissionais, sendo um cirurgião-dentista e um auxiliar ou técnico em saúde bucal. Já a modalidade II é composta por três servidores públicos, sendo um cirurgião-dentista, além de um técnico e um auxiliar. O adicional será de até R$ 2.449 (modalidade 1) e R$ 3.267 (modalidade 2) mensalmente por equipe.
Os indicadores envolvem realização de atendimentos diversos, incluindo proporção de crianças e gestantes atendidas, e realização de procedimentos preventivos e de reparação dental. As metas e parâmetros dos indicadores estão em desenvolvimento e serão publicados em nota técnica pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde.
Em 2023, durante o período de adaptação, entre julho e agosto, será pago o valor fixo de R$ 900 mensais para municípios e o DF utilizarem com as equipes de saúde bucal. De setembro a dezembro, o pagamento será feito a partir dos resultados de julho e agosto, sendo que fica garantido o valor mínimo de R$ 900 a todas as equipes. A partir de janeiro de 2024, os valores passarão a ser calculados, exclusivamente, de acordo com o alcance dos resultados dos quatro meses anteriores.
O Ministério da Saúde disponibilizará, também, um painel para monitoramento e avaliação no portal da pasta e, até que ele esteja em funcionamento, os indicadores serão considerados integralmente cumpridos.
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O GLOBO
'Deixou de ser surpreendente ver infartos em pessoas de 30 e 40 anos. A história mudou', diz cardiologista
O cardiologista Álvaro Avezum, do Hospital Oswaldo Cruz, está acostumado a ouvir uma cantilena de justificativas dos pacientes que chegam aos seus cuidados. Uns dizem que saúde vai mal porque é preciso trabalhar muito para acumular patrimônio rápido, ou então que não há onde fazer refeições balanceadas, daí a opção por alimentos com baixo valor nutricional. Há ainda os que fumam, alguns que não controlam o peso. Também aparecem os que não tomam conta do volume do estresse diário, entre outras derrapadas na cartilha de autocuidado.
O especialista explica que a vida regrada, embora pareça uma conversa pouco original, é justamente o atalho para anos bem vividos e para manter distância de problemas cardiovasculares sérios (leia-se infarto e o acidente vascular cerebral, o AVC, para ficar em dois exemplos). Único especialista brasileiro no recente estudo internacional, com 80 países, que avaliou os seis grupos de alimentos úteis para ficar longe do risco de doenças cardiovasculares, afirmou ainda que a pesquisa é importante para munir os brasileiros de informação. Conhecer, inclusive, os próprios indicadores de saúde é um caminho para ficar longe de complicações sérias, ele defende. Veja os melhores trechos da entrevista:
Sempre há alguma novidade em termos de dietas o que pode comer e não pode, o que leva a muitas dúvidas e incertezas para a população. Veja, até havia algumas informações de outros países, mas não necessariamente aplicadas à nossa realidade. Agora temos uma análise com representação da América do Sul e, claro, do Brasil. O foco do estudo foi justamente avaliar o que já é consumido de saudável pelas pessoas, assim elas não ficam confusas. Faz bem o consumo de frutas, vegetais e legumes, peixes, castanhas e laticínios integrais. E sobre o carboidrato, te digo: quanto mais, pior.
Focando em infartos, AVC e insuficiência cardíaca, temos dez fatores que são responsáveis por 90% dos casos. São eles: falta de prevenção e controle de pressão arterial, obesidade abdominal, cigarro, baixa força muscular, diabetes, alimentação pouco saudável, baixa escolaridade, sedentarismo, colesterol e depressão. Repare que a maior parte dos fatores dizem respeito à prevenção e nós já sabemos do quê. Parece algo simples? Porque é. Quanto mais você estiver longe de pontuar nesses fatores negativos, mais distante você estará de ocorrências sérias.
Independente da qualidade do ensino em cada país, em estudos assim avalia-se a quantidade de anos que a pessoa passou na escola. Esse gradiente passa entre baixa escolaridade - os não alfabetizados ou com menos de quatro anos na escola - em comparação com quem tem nível superior. Esse fator interage com outras variáveis (como hipertensão e tabagismo), mas podemos considerar que esse individuo com baixa escolaridade pode entender menos o que é a prevenção, ou ter menos adesão terapêutica. São pessoas que podem estar sem o poder da informação para cuidar da própria saúde, portanto, vulneráveis aos eventos graves e à mortalidade. É algo bem sério.
Aqui no Brasil, após o infarto, somente 30% dos pacientes que tiveram alta faz uso de aspirina (medicamento usado como anticoagulante) no caso da sinvastatina (para reduzir o colesterol), não chega a 10%. A adesão terapêutica é sim um problema, tem gente que acha que quando não está sentindo nada, não precisa tomar medicamento. Como se fosse uma dor de cabeça, só toma quando há problema. Temos que dizer às pessoas com pressão alta que mesmo não sentindo nada, elas terão que tomar remédio a vida inteira. É preciso explicar a essas pessoas que mesmo sem os sintomas, seguir com aquele remédio fará com que elas vivam mais e melhor. Falta empoderar o paciente com as informações que nós médicos temos. Nem todo mundo que conhece o tratamento segue à risca e quem não está informado seguirá menos ainda. Isso é algo muito sério. A cardiologia precisa ter a mesma visão em que há no câncer. Quando alguém recebe um diagnóstico oncológico, ele segue o tratamento, tem pavor em não segui-lo. E infarto e AVC tem maior mortalidade que muitos tumores, e a pessoa pega leve. Há uma visão muito pueril, muito adolescente sobre as doenças cardiovasculares.
Na minha época de residente, há uns 35 anos, o infarto era da quinta e sexta década da vida. O AVC, na sexta e sétima década. Quando a gente via um infarto em pessoas de 30 e poucos anos, chamávamos os colegas para ver o que estava acontecendo. Agora, isso deixou de ser surpreendente. A história mudou, há infartos nos 30 e 40 anos e AVC nos 40 e 50. A doença cardiovascular foi antecipada. A alteração do perfil de risco mudou. A população está colocando os pés nos fatores de risco antes. Estou falando de alimentação não saudável e do sedentarismo, mais prevalentes. E não subestime, também há impacto da forte carga estressora das profissões. Basta olhar nas escolas e faculdades o numero de jovens tomando ansiolíticos e antidepressivos. Nos colocamos num estilo de vida tóxico.
Ah, espera ai. A vida empurra ou a gente faz essas escolhas? Também escolhemos essa vida. Nessa rotina atual vamos entrar em rota de colisão (com a saúde) mais cedo que esperávamos? Sim. Você quer entrar em rota de colisão? Não. Então vai ter que mudar. Lógico que a mudança não acontecerá num estalar de dedos. É preciso topar a jornada.
Hoje a prevalência da hipertensão assola os dois sexos. O estilo de vida das mulheres hoje, comparado há 30, 40 anos, mudou para pior. O risco está empatando com o a gravidade para o homem. A prevalência de hipertensão é ligeiramente maior neles, mas na passagem da menopausa, você começa a ter similaridade na possibilidade de agravamento cardiovascular para ambos. Isso porque há uma alteração hormonal, que faz as mulheres terem mais gordura abdominal. Há ainda maior sedentarismo, estresse e depressão o que aumenta o risco de agravamento de doenças. É um tempo da vida que requer uma atenção maior para elas.
Quando falamos de ciência da longevidade não estou falando só de aumento de anos de vida, mas de mais anos com qualidade. Anos de vida com qualidade significa menor ocorrências cardiovasculares, de câncer, menor ocorrência de doença respiratórias e neurológicas. É a compressão da morbidade. Aliado a isso, é importante retardar ou prevenir a ocorrência de déficit cognitivo. Podemos considerar ainda a saúde mental e a saúde espiritual, que envolve, por exemplo, a disposição ao perdão, propósito e a disposição com a vida. Por fim, há determinantes sociais que tem a ver com escolaridade e renda. Tudo isso influencia na longevidade.
Sem dúvida. Quando falamos, porém, em espiritualidade, cada uma analisa com seu viés. Aqui consideramos os valores morais, mentais, emocionais que todos têm. Que norteiam o que pensamos e nossas atitudes. Como lidamos a gente mesmo e com os outros. Para chegar a essas conclusões avaliamos coisas passíveis de observação e de mensurar. Usamos questionários aprovados sobre, por exemplo, altruísmo e propósitos de vida. Ou seja, indivíduos que tem proposito, satisfação com a própria vida, disposição ao perdão, gratidão e integração social, viverão melhor. A ausência disso vai na direção oposta.
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MEDICINA S/A
Artigo - Análise sobre a responsabilidade civil no Direito Médico
Por Rogério Fachin
Devido à quantidade de aspectos jurídicos que cercam as relações entre médicos e pacientes, dentro de um contexto de alta complexidade, afinal, não há como mensurar circunstâncias e condições exclusivas à realidade de instituições médicas, a questão acerca à responsabilidade civil acaba ocupando um espaço de amplo destaque no segmento. Referindo-se, majoritariamente, à obrigação legal de profissionais de saúde em reparar possíveis danos ou negligências ocorridas no exercício de seus serviços, o tema apresenta desafios importantes, na medida em que costuma navegar por um espaço de subjetividade, fator que deve orientar análises propostas sobre o assunto.
Durante o período de pandemia, provocado pela Covid-19, tivemos um exemplo contundente de como a configuração da responsabilidade civil no Direito Médico pode ser complicada. À época, no centro de polêmicas e diretrizes, o médico esteve sujeito a implicações as quais, se não conduzidas sob o julgo legal, poderiam comprometer a continuidade de suas atividades, bem como sua própria integridade enquanto profissional capacitado.
Configurações e consequências
Sumariamente, no âmbito médico, há uma conjunção de fatores que podem ser enquadrados na esfera da responsabilidade civil. Todo médico, dentro de suas atribuições e deveres, tem como espelho uma série de normas e padrões estabelecidos por princípios éticos e legais, desenvolvidos justamente para profissionalizar a relação médico-paciente. Para que se possa afirmar a ocorrência de um afronte à responsabilidade civil de determinado indivíduo, há de se identificar uma conduta inadequada, com provas que denotem uma postura de negligência, seguindo indícios concretos de que houve uma relação de causalidade entre os fatos citados.
É de extrema importância, portanto, que se estabeleça um parâmetro estrito sobre o que deve ou não ser levado à responsabilidade civil como destino legal, a fim de se criar uma régua que separe insatisfações cotidianas de casos comprovadamente danosos, para que não se banalize uma vertente de imensa relevância jurídica.
Respaldo jurídico é trunfo por mais transparência e conformidade
Mesmo com orientações que furam a superficialidade e oferecem diagnósticos valiosos para organizações do ramo médico, há um cenário de jurisprudência que demarca um caminho a ser percorrido por profissionais da área. Por meio deste, é possível ter mais clareza sobre como os tribunais têm se comportado ante à aplicação de leis e regulamentações que visam a resolução de conflitos e litígios. Ainda assim, é notável que, sem o resguardo jurídico, o entorno a obrigações médicas pode permanecer um calcanhar de Aquiles para muitas instituições médicas.
Definitivamente, é preciso - e recomendável - trabalhar por um estado de conformidade e transparência no trato com pacientes, de modo a não só coibir qualquer tipo de eventualidade prejudicial a ambas as partes, mas de assegurar que todas as atividades conduzidas estarão em sinergia com a legislação brasileira. Ademais, entender a responsabilização do médico é abrir portas para uma imersão de informações e condicionalidades, cabendo, de maneira assertiva, a participação de profissionais que apresentem a devida diligência e perícia jurídica.
*Rogério Fachin é especialista em Direito Médico e Tributário no FNCA Advogados.
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TRIBUNA DO PLANALTO
Cuidados com a saúde do coração das crianças durante as férias
As férias são um sinônimo de muita diversão e atividade física intensa para a criançada. Porém, é fundamental garantir que elas estejam com a saúde do coração em dia para poderem aproveitar esses momentos com segurança.
Embora mais raros do que em adultos, os problemas cardíacos também podem afetar as crianças e o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento adequado de doenças, como a arritmia cardíaca infantil, cujos sintomas incluem fadiga e cansaço, dor no peito, coração acelerado ou lento e desmaios, e a miocardite infantil, que é uma inflamação das paredes musculares do coração normalmente associada a uma infecção viral e que pode causar cansaço excessivo, febre e mal-estar, dores no peito, vertigem e tontura.
Exames
Então, que tal reservar um tempinho nestas férias para cuidar da saúde dos pequenos, atualizando as consultas médicas e realizando exames necessários?
Fernanda Toledo de Morais Antoniolli, médica pediatra com área de atuação em cardiologia pediátrica, integra a equipe do CDI Premium e preparou algumas dicas para você cuidar bem da saúde do coração das crianças.
Confira:
Consulta médica: Aproveite as férias para agendar uma consulta com um cardiologista pediátrico. O profissional poderá avaliar a saúde do coração da criança e solicitar exames complementares, se necessário.
Exames cardiológicos: Alguns exames podem ser realizados para avaliar o funcionamento do coração, como o eletrocardiograma (ECG) e o ecocardiograma. Eles são indolores e não invasivos, sendo essenciais para diagnosticar possíveis problemas cardíacos.
Alimentação saudável: Durante as férias, é comum o consumo de alimentos menos saudáveis. Mas, lembre-se: nada de exageros. É importante assegurar que as crianças tenham uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e alimentos integrais, evitando o excesso de gorduras e açúcares.
Atividade física moderada: Estimular a prática de atividades físicas é importante para a saúde do coração das crianças. No entanto, é fundamental orientá-las a evitar atividades muito intensas ou de alto impacto, principalmente se não estão acostumadas a praticá-las regularmente.
Hidratação adequada: Durante as brincadeiras e exercícios, é essencial que as crianças se mantenham hidratadas. Incentive o consumo regular de água, evitando refrigerantes e sucos industrializados.
Descanso e sono: Nas férias, a meninada gosta de passar longas horas acordada, jogando, vendo TV ou brincando. Mas, garanta que as crianças tenham tempo suficiente para descansar e dormir adequadamente. Um bom sono é fundamental para a saúde do coração e bem-estar geral.
As férias também são um momento ideal para ensinar as crianças sobre a importância de cuidar do próprio coração e adotar hábitos saudáveis desde cedo. Medidas simples e preventivas adotadas agora, como a prática regular de atividades físicas e uma alimentação saudável, farão toda a diferença no bom desenvolvimento da meninada.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 19/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Saúde elege gestão de cirurgias eletivas de Goiás como referência nacional
Reunião do Conselho Federativo da Unimed Federação Centro Brasileira discute projetos e apresenta cases de sucesso
Primeira-dama conhece Carreta da Tomografia
Investigada por vender e aplicar hormônios para emagrecer sem prescrição tentou convencer delegada da qualidade dos produtos, diz polícia
Grávida de siameses unidos pela coluna passa por primeira consulta de avaliação para cirurgia
O que falta para o Brasil trocar dados na saúde?
Plano de saúde deve inscrever recém-nascido neto de titular e custear internação que supere 30º dia do nascimento
A REDAÇÃO
Saúde elege gestão de cirurgias eletivas de Goiás como referência nacional
A execução do programa de redução da fila de cirurgias eletivas, no formato adotado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), chamou a atenção do Ministério da Saúde (MS) e deverá ser expandido agora para o país. Os técnicos do sistema de regulação do MS vieram a Goiânia conhecer o trabalho de identificação de pacientes de todos os municípios à espera de cirurgias eletivas, no Sistema Único de Saúde (SUS), para o Programa Nacional de Redução das Filas.
O governador Ronaldo Caiado destaca que esse é um reconhecimento da capacidade que o Estado demonstrou no atendimento e na resolução das filas por cirurgias eletivas. “Aqui não se opera só na capital, mas também em várias regiões de Goiás. Emprestamos ao governo federal uma plataforma que cruza dados com os hospitais de todo os municípios goianos, com total transparência”.
“Acertamos uma cooperação para que Goiás se conecte à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), transmitindo os dados de sua fila e também compartilhando conosco instrumentos utilizados para identificação dos pacientes”, afirmou o diretor de Regulação Assistencial e Controle do MS, Carlos Amílcar.
O modelo de Goiás, que inclui a iniciativa privada e complementa valores para fortalecer os sistemas locais de saúde, será reproduzido nacionalmente para ajudar a organizar as filas no país e, ao trazer à tona todo o cenário, possibilitar uma melhor programação das próximas etapas do projeto, conforme salientou a equipe do MS ao secretário Sérgio Vencio.
A iniciativa de primeiro identificar a real fila de espera foi elogiada pela equipe do governo federal. Carlos Amílcar lembrou que, após a divulgação dos dados apresentados por Goiás ao Programa Nacional de Redução de Cirurgias, foi publicada uma notícia em mídia nacional de que o estado teria a maior fila do país. “Isso não é verdade. Goiás tem uma fila totalmente organizada e identificada, e a razão dela parecer maior é porque os outros estados não conseguiram identificar as filas na sua totalidade”, retificou.
Goiás definiu o número de pacientes que aguardam por cirurgias eletivas em um trabalho em parceria com os municípios, por meio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems). Com o uso do sistema REGNET Filas, desenvolvido pela SES, foi possível a identificação dos 125 mil pacientes distribuídos nos 246 municípios goianos de forma simples e eficiente. “A tecnologia é totalmente acessível à maioria dos municípios brasileiros, que não possuem acessos a sistemas informatizados e têm muita dificuldade de organizar suas filas’, elogiou o diretor de regulação do MS.
Pela própria facilidade implementada pela ferramenta, em menos de 30 dias, caso não haja imprevistos, os dados de Goiás já estarão integrados na base nacional. “A unificação das regulações estaduais com a União é um desafio. Estamos construindo soluções para apoiar esse processo, mas, em Goiás, o esforço já foi feito”, ressalta João Marcelo, coordenador-geral de Regulação Assistencial do MS.
Gestão inovadora
Outro ponto destacado foi o fato de Goiás ser um dos poucos estados a não reter recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para as cirurgias eletivas para utilizá-los em suas unidades próprias, que já possuem um orçamento projetado. Pelo contrário, Goiás ainda repassou mais R$ 20 milhões de recursos próprios ao programa. “Isso demonstra claramente o esforço que a SES e o Estado fazem para ampliar o acesso aos municípios”, entende Amílcar.
“O Governador Ronaldo Caiado ao desenvolver a regionalização da saúde estadual, entende que a saída para uma saúde pública de qualidade é também fortalecer os municípios”, reforçou o secretário Sérgio Vencio.
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FOCO NACIONAL
Reunião do Conselho Federativo da Unimed Federação Centro Brasileira discute projetos e apresenta cases de sucesso
O Conselho Federativo da Unimed Federação Centro Brasileira reuniu-se, no dia 14 de julho, com a participação da diretoria da Federação e das Unimeds federadas. No encontro, que ocorreu no formato híbrido, foram discutidos diversos assuntos e apresentados cases de sucesso que demonstraram o empenho e a eficiência das cooperativas.
O vice-presidente do Federação, Sérgio Baiocchi, iniciou a apresentação destacando os resultados financeiros obtidos nos meses de maio e junho. Foi informado que as metas financeiras estabelecidas foram alcançadas e até mesmo superadas, com o desenvolvimento e ampliação de projetos.
Outro tema em pauta foi o projeto de telemedicina, apresentado pelo diretor-superintendente da Federação, Martúlio Nunes Gomes. Ele explicou que, após várias reuniões e avaliações, duas plataformas foram selecionadas pela Federação: Dr. Online e PEP. Contudo, segundo o diretor, a Federação encontrou dificuldade para padronizar um produto federativo, pois as tratativas para implantação da plataforma de telemedicina devem ser analisadas de acordo com as necessidades de cada Singular.
“Mas, estamos à disposição das Unimeds federadas para prestar suporte nesta contratação”, disse Martúlio Nunes Gomes. O presidente Danúbio Antonio de Oliveira enfatizou que a telemedicina já é uma realidade e a proposta será amplamente debatida no 25º Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), que será realizado em Goiânia no mês de setembro.
Ele ressaltou a importância de priorizar a contratação de médicos cooperados, seguindo o princípio da cooperativa de gerar emprego e renda para seus cooperados. No entanto, caso não haja a especialidade desejada entre os cooperados, a contratação externa é uma alternativa viável.
Outro projeto apresentado foi o do clube de compras. O diretor-superintendente da Federação, informou que já contratou um comprador. O objetivo é realizar compras conjuntas, visando reduzir custos. Posteriormente, a intenção é criar uma distribuidora para atender as Unimeds federadas.
Cooperados
Eduardo Rachid, representante da Unimed do Brasil, discorreu sobre a reformulação do Programa Nacional de Gestão e Relacionamento com Cooperados, anteriormente conhecido como Programa Nacional de Valorização do Médico Cooperado.
A pesquisa de satisfação dos médicos cooperados também foi apresentada. O diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional da Federação, Éder Cássio Rocha Ribeiro, destacou a relevância desta pesquisa para que a cooperativa saiba o que os cooperados pensam e defina estratégias voltadas para esse público.
Sueco
Saulo Lacerda, gerente atuarial na Unimed do Brasil, apresentou a proposta e os valores sugeridos para o Fundo de Alto Custo. Ele fez uma simulação de custos para as cooperativas. As Singulares federadas têm um prazo de 10 dias para indicar membros para um grupo técnico que avaliará a criação do fundo. A expectativa é que a decisão final sobre o assunto aconteça na próxima reunião do Conselho, durante o 25º Sueco, e que o fundo seja colocado em prática em janeiro de 2024.
A programação completa do 25º Sueco, que acontecerá de 13 a 15 de setembro, foi apresentada no encontro e o presidente da Federação reforçou o convite para a ampla participação das Unimeds federadas. “Esperamos todos os dirigentes e técnicos, pois essa será uma excelente oportunidade de aprendizado e interação”, disse.
Cases
Márcio Emrich Campos, presidente da federada Unimed Rio Verde, compartilhou o case do projeto de Gestão da Rede Prestadora, implantado na Singular e que otimizou e aprimorou o serviço. Uma das iniciativas foi a criação de um canal de comunicação entre a rede prestadora e a operadora, facilitando o envio de solicitações, reclamações ou dúvidas. Emrich mencionou também a implementação de programas de educação continuada para a qualificação da rede, com cursos voltados para secretárias de médicos, faturamento e apresentação de novos processos. Essas ações foram realizadas de maneira ágil, acessível e obtiveram grande adesão.
A presidente da federada Unimed Cerrado, Shirley Gonçalves de Pádua Miguel, apresentou o case do plano Unirregional, que trouxe um diferencial para as empresas clientes, a maioria delas do setor agrícola. Segundo ela, o plano mostrou-se uma oportunidade para aumentar a carteira, gerar mais renda para os cooperados e ampliar o atendimento aos clientes. A presidente e a gerente de Mercado, Patrícia Novaes, explicaram que os resultados foram extremamente positivos e que o plano se tornou o melhor produto da operadora. Patrícia Novaes citou ainda a baixa sinistralidade, a evolução das vidas – atualmente, são 331 contratos e mais de 6 mil vidas -, e enfatizou o crescimento expressivo com rentabilidade e sustentabilidade, além de ótimas perspectivas.
Maurício Thomas, presidente da federada Unimed Palmas, e a advogada Thais de Paula apresentaram o case da cooperativa: Núcleo de Conciliação, Termo de Cooperação e Termo Aditivo firmados entre a Unimed Palmas e o Tribunal de Justiça do Tocantins. Essa parceria conferiu à Unimed Palmas o selo de "Amiga da Justiça", após a instalação de um núcleo de conciliação na cooperativa, que tem proporcionado maior celeridade e efetividade aos processos. A Unimed Palmas destaca-se como pioneira nesse tipo de termo no Brasil e espera expandir essa prática.
Mercado
Silvair Azevedo, da Federação Minas, apresentou o Projeto de Aceleração de Vendas, que utiliza ferramentas de marketing para prospectar a comercialização dos planos, reduzindo o tempo de trabalho e aumentando a eficiência das ações dos vendedores. Walter Cherubim Bueno, da Unimed Nacional, também participou da reunião e compartilhou novidades da cooperativa. Ele citou a evolução da carteira, os desafios enfrentados, a mudança no modelo de gestão e na contratação da rede prestadora, os projetos em andamento e as perspectivas da Unimed Nacional.
O presidente da Federação anunciou a criação de um Comitê de Gestão, que será composto por gestores das Singulares. Alano Queiroz, da Unimed Goiânia, falou sobre a criação do serviço de PET CT pela federada, que está disponível para todas as Unimeds. Também foi apresentado um raio-x das ações da Federação, encerrando a reunião do Conselho Federativo da Unimed Federação Centro Brasileira.
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O HOJE
Primeira-dama conhece Carreta da Tomografia
Unidade Móvel participa da ação social, em Jaraguá, para celebrar os 287 anos do município
A Carreta da Tomografia, vinculada a Policlínica Estadual de Posse, está realizando exames de tomografia computadorizada em Jaraguá. A unidade Móvel participa da ação social na cidade, que comemora os 287 anos do município.
O evento acontece nesta terça-feira, 18, até as 17h. A presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, participou da ação social e conheceu a Carreta da Tomografia.
O prefeito de Jaraguá Paulo Vitor Avelar acompanhou a primeira-dama Gracinha Caiado na visita. Ele falou da importância em receber a unidade móvel, um serviço de saúde itinerante, que proporciona um acesso mais fácil ao exame para a população jaraguense. A carreta da tomografia atua em eventos sociais, como os mutirões de saúde, e presta assistência nos municípios mediante solicitação.
Segundo a diretora-geral da Policlínica de Posse, Kamylla Divina Brito, o exame de alto custo é capaz de identificar diversos problemas como nódulos, tumores, doenças infecciosas, acidentes vasculares, problemas no sistema nervoso central, problemas na coluna, tórax, abdômen e muitas outras regiões.
“A tomografia é essencial para que o médico consiga identificar o diagnóstico correto e auxilia no tratamento adequado para a patologia do paciente. A Carreta da tomografia proporciona o exame, percorrendo os municípios de Goiás, levando atendimento de excelência e atenção humanizada”, frisou.
A Carreta da Tomografia permanece em Jaraguá até as 17h desta quarta-feira, 19 de julho.
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PORTAL G1
Investigada por vender e aplicar hormônios para emagrecer sem prescrição tentou convencer delegada da qualidade dos produtos, diz polícia
Delegada informou que a substância é conhecida como hormônio do crescimento e somente médicos podem receitar. Investigação aponta que a mulher vendia os hormônios nas redes sociais.
Por Gustavo Cruz, g1 Goiás
A mulher investigada por vender e aplicar hormônios para emagrecer sem prescrição tentou convencer a delegada da qualidade dos produtos. Segundo a delegada Débora Melo, responsável pelo caso, a suspeita tomou essa atitude durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
"Ela tem lábia, ela tentou me convencer de que o produto era bom, que funcionava e que ela não estava fazendo nada de errado", disse a delegada.
Como não teve a identidade divulgada, o g1 não conseguiu contato com a defesa da suspeita.
A Polícia Civil expediu dois mandados de busca e apreensão nessa terça-feira (18) contra a mulher, após denúncias para a vigilância sanitária de que a suspeita vendia hormônios para o emagrecimento nas redes sociais, em Goiânia. A delegada informou que a substância, HCG, é conhecida como hormônio do crescimento e somente médicos podem receitar.
No local das buscas e apreensões expedidas pelo Poder Judiciário, a polícia que a mulher fazia aquisição dos insumos e os dividia em casa.
"Ela fracionava os insumos em sua própria residência sem observar as exigências sanitárias necessárias pra manipulação de produtos farmacêuticos, reembalava esses produtos, etiquetava utilizando rótulos genéricos, que não atestam e não garantem a origem daquele material, se aquele produto é de fato o que ela alega ser", disse Débora Melo.
Os relatos da investigação apontam que a dieta para que o hormônio era vendido, não possui nenhuma evidência científica de que realmente contribui para o emagrecimento, além de gerar uma série de riscos à saúde pública, como tromboses, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infartos.
A Vigilância Sanitária de Goiânia multou a suspeita em R$ 80 mil. A mulher deve responder pelos crimes de exercício ilegal da medicina e execução de serviço de alta periculosidade.
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Grávida de siameses unidos pela coluna passa por primeira consulta de avaliação para cirurgia
Gêmeos são unidos pela parte de baixo da coluna cervical e não dividem órgãos internos do abdômen. Andressa Vaz da Silva, de 23 anos, está no sexto mês de gestação.
Por Thauany Melo e Guilherme de Andrade, g1 Goiás
Grávida de siameses, Andressa Vaz da Silva, de 23 anos, foi até o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, para avaliar a possibilidade de uma cirurgia. Segundo o médico Zacharias Calil, conhecido por ter realizado diversas cirurgias de separação, os bebês estão unidos pela parte de baixo da coluna cervical e não dividem órgãos internos do abdômen.
A primeira consulta foi realizada na segunda-feira (17). Ao g1, Andressa Vaz da Silva, que está no sexto mês de gestação, contou que após ter mais informações sobre a condição dos gêmeos ficou mais tranquila.
"Quando descobri foi chocante. Ficamos preocupados porque não sabíamos onde procurar ajuda. Hoje estamos mais tranquilos", afirmou Andressa .
Apesar de ter ficado contente ao saber da possibilidade de cirurgia, Andressa afirmou que ainda está preocupada com os riscos do parto. Ela é mãe de uma menina de um ano e meio.
Junto da filha e do marido, Luan Freitas de Godoi, de 24 anos, Andressa se mudou da zona rural de Piracanjuba para a área urbana, onde a família foi acolhida por parentes.
Possibilidade de cirurgia
A equipe do médico Zacharias Calil explicou que foi feita uma ressonância magnética para avaliar a situação dos dois meninos. Embora, segundo o médico, seja um caso muito raro, o fato deles não dividirem órgãos como fígado e outros torna a ligação de menor risco para a vida das duas crianças.
Segundo o médico, é necessário esperar o nascimento para avaliar melhor a possibilidade de separação e a idade ideal para realizar o procedimento. Ele explicou que a separação no período neonatal só ocorre quando há risco de morte.
Zacharias Calil já passou a acompanhar a gravidez e, agora, a família se prepara para receber os gêmeos.
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JOTA INFO
O que falta para o Brasil trocar dados na saúde?
Estratégia de Saúde Digital Brasileira 2020-2028 destaca interoperabilidade como um pilar importante Crédito: Unsplash
Informação e conhecimento são bens extremamente valiosos em qualquer área. Contudo, na saúde, os dados dos pacientes estão espalhados por todos os lados, com muitas duplicidades e erros, ocupando os sistemas dos mais diversos players, com exames desnecessários para pacientes e gasto de tempo das equipes médicas com preenchimento de formulários.
Embora tenham ocorrido avanços significativos nas últimas décadas, ainda existem desafios a serem superados na saúde para alcançar uma troca eficiente e segura entre os diversos sistemas e atores do setor.
Convivemos com muitas instituições, principalmente nos extremos do país, que ainda funcionam com infraestrutura precária, sem o prontuário eletrônico, e utilizam sistemas de informação desatualizados. Desta maneira, a disponibilização dos materiais é escassa, prejudicando a capacidade de interoperabilidade.
A falta de padronização é outro ponto importante a ser trabalhado. À medida que vencermos as barreiras estruturais tecnológicas, precisamos encontrar um modelo de trocar conteúdos de forma padronizada. Desde já, temos que dar garantias pensar em uma solução que seja escalável..
Enfrentamos uma barreira cultural contra o compartilhamento de informações. A gestão de dados, por ser estratégica dentro das empresas, ainda carrega um pensamento equivocado: a de que a troca desses dados poderia abrir o jogo, ajudando a concorrência. É preciso estabelecer uma cultura de colaboração e entender que o dado é sempre do paciente, que é o grande beneficiado da interoperabilidade.
É comum enfrentar uma resistência à mudança e à falta de colaboração entre as instituições. Por isso, devemos promover a conscientização sobre os benefícios da troca de informações e incentivar a adoção de práticas que facilitem a interoperabilidade. A criação de redes de compartilhamento pode acelerar o processo com a cooperação entre os diferentes atores, sejam eles hospitais, clínicas, laboratórios ou órgãos governamentais.
Em paralelo, é importante capacitar e educar os profissionais, fornecendo treinamento adequado sobre o uso das ferramentas. Elas servem para melhorar a qualidade do atendimento e retirar funções burocráticas, ajudando que a equipe médica dê mais atenção ao paciente.
Mesmo sem uma legislação clara e abrangente que estabeleça essas diretrizes, a RNDS (Rede Nacional de Dados de Saúde) já adota o HL7 FHIR como seu padrão de interoperabilidade.
A padronização é uma etapa crucial, pois é a única maneira de assegurarmos uma interpretação e compartilhamento eficaz de informações entre os sistemas. O FHIR desempenha um papel vital ao possibilitar a integridade e compreensão dos conteúdos em toda a cadeia, devendo ser reconhecido como um catalisador fundamental para a troca de informações. No entanto, precisamos ir além da simples padronização da mensageria, avançando também no campo da terminologia, dado que a interoperabilidade plena não se alcança sem ela. Para isso, é imprescindível que o Brasil, através de imposições legais, determine que terminologias como LOINC e SNOMED-CT (que necessita de nova aquisição pelo Ministério da Saúde) sejam um consenso nas arquiteturas dos sistemas de saúde.
A adoção de leis mais eficazes no Brasil. Diferentemente da Europa e dos Estados Unidos, onde a legislação vigente foi desenvolvida para estimular ou até mesmo obrigar os hospitais a disponibilizar os dados dos pacientes, não contamos com uma legislação abrangente que estabeleça diretrizes à interoperabilidade de dados, apesar de termos um conjunto de padrões e normas vigentes desde 2011.
A Estratégia de Saúde Digital Brasileira 2020-2028 destaca a interoperabilidade como um pilar importante, não apenas uma função suplementar. Ele é construído com base na necessidade de que diferentes sistemas e aplicações sejam capazes de compartilhar, trocar e compreender informações de forma eficiente e segura. Para materializar a visão de uma assistência à saúde integrada e fluida em todos os níveis seja no setor público ou privado é fundamental a adesão de todos os players do setor de saúde a essa estratégia. A interoperabilidade, portanto, é parte essencial desta engrenagem, sem a qual o sistema não funciona de maneira eficaz. A participação ativa de todos envolvidos é uma necessidade crucial para que possamos alcançar a transformação significativa na maneira como gerenciamos e prestamos assistência à saúde no país.
Motivos não faltam. A interoperabilidade permite que o governo tenha acesso a uma série de informações de saúde populacional. Evita que paciente realize uma série de exames toda vez que tem uma emergência ou troque de médico, pois seu histórico estará disponível no sistema. Ainda mais em um país do nosso tamanho, ela permite entender questões epidemiológicas, distribuir melhor o orçamento e ainda traçar estratégias adequadas de combate.
Encaramos um desafio complexo, mas fundamental para melhorar o atendimento, otimizar processos e elevar a qualidade da saúde. O atendimento será integrado, com um monitoramento eficaz e uma tomada de decisão mais rápida e assertiva, contando com uma base de dados sólida. Há ganhos ao paciente, à equipe médica e ao sistema como um todo.
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PORTAL AÇÃO POPULAR
Plano de saúde deve inscrever recém-nascido neto de titular e custear internação que supere 30º dia do nascimento
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou que a operadora é obrigada a inscrever no plano de saúde o recém-nascido, filho de dependente e neto do titular, na condição de dependente, sempre que houver requerimento administrativo. Para o colegiado, a operadora deve, ainda, custear tratamento médico do recém-nascido mesmo quando ultrapassado o 30º dia de seu nascimento - a partir dos 30 dias após o parto, contudo, a operadora também pode iniciar a cobrança das mensalidades correspondentes à faixa etária do novo beneficiário.
Na ação de obrigação de fazer, os pais do recém-nascido pediram a condenação da operadora ao custeio das despesas médico-hospitalares (UTI neonatal) até a alta hospitalar, tendo em vista o nascimento prematuro da criança, com necessidade de internação por prazo indeterminado. Além disso, postularam a inscrição do recém-nascido no plano de saúde de titularidade do avô da criança, na condição de dependente.
O juízo de primeiro grau julgou parcialmente procedentes os pedidos, condenando a operadora a inscrever o recém-nascido no plano e a custear todo o atendimento necessário até a alta definitiva, sem qualquer cobrança em relação à internação ou às demais despesas médico-hospitalares. A sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Ao STJ, a operadora alegou que cumpriu com a obrigação de cobertura das despesas assistenciais do recém-nascido até o 30º dia após o nascimento, conforme determinação legal, não podendo ser obrigada a manter o custeio de tratamento até a alta médica do bebê, o qual não é titular nem dependente do plano de saúde. Sustentou, ainda, que somente os filhos naturais e adotivos do titular podem ser inscritos no plano de saúde, não havendo previsão contratual de inclusão de neto como dependente ou como agregado.
Ao usar o termo "consumidor", lei possibilita inscrição do filho neonato do dependente
O relator do recurso, ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, observou que é dever da operadora custear o tratamento assistencial do recém-nascido, filho natural ou adotivo do consumidor, ou de seu dependente, durante os primeiros 30 dias após o parto (artigo 12, inciso III, alínea "a", da Lei 9.656/1998).
O magistrado acrescentou que, conforme a alínea "b" do mesmo dispositivo legal, também deve ser assegurada a inscrição do recém-nascido, filho natural ou adotivo do consumidor, como dependente, isento do cumprimento dos períodos de carência, desde que a inscrição ocorra no prazo máximo de 30 dias do nascimento ou da adoção.
Segundo Villas Bôas Cueva, por meio da Resolução Normativa 465/2021, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu que, assim como o consumidor titular, o consumidor dependente também pode incluir o filho recém-nascido no plano de saúde obstétrico, na condição de dependente.
"Como a lei emprega o termo 'consumidor', possibilita a inscrição não só do neonato filho do titular, mas também de seu neto, no plano de saúde, na condição de dependente e não de agregado", esclareceu.
Deve haver a extensão do prazo legal até a alta médica do recém-nascido
O relator também ressaltou que, independentemente de haver inscrição do recém-nascido no plano de saúde do beneficiário-consumidor, da segmentação hospitalar com obstetrícia, o bebê possui proteção assistencial nos primeiros 30 dias depois do parto, sendo considerado, nesse período, um usuário por equiparação.
Por consequência, de acordo com o ministro Cueva, o término desse prazo não pode provocar a descontinuidade do tratamento médico-hospitalar, devendo haver a extensão do prazo legal até a alta médica do recém-nascido.
"O usuário por equiparação (recém-nascido sem inscrição no plano de saúde) não pode ficar ao desamparo enquanto perdurar sua terapia, sendo sua situação análoga à do beneficiário sob tratamento médico, cujo plano coletivo foi extinto. Em ambas as hipóteses deve haver o custeio temporário, pela operadora, das despesas assistenciais até a alta médica, em observância aos princípios da boa-fé, da função social do contrato, da segurança jurídica e da dignidade da pessoa humana", concluiu.
Apesar de manter a inscrição do bebê no plano e o custeio de seu tratamento, o ministro deu parcial provimento ao recurso especial da operadora para determinar o recolhimento de valores de mensalidades pelo autor, no período posterior ao 30º dia de nascimento.
O número deste processo não é divulgado em razão de segredo judicial.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg na Mídia: Presidente e representante de associado falam sobre a crise no Imas
Em entrevista à TV Anhanguera, o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, e o superintendente geral do associado Instituto Panamericano da Visão, Nilson Melo, falaram sobre a crise enfrentada pelos prestadores de serviços de saúde ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas).
Fundado em 2007, atualmente com cerca de 80 mil usuários, um déficit mensal de R$ 2 milhões e uma dívida de mais de R$ 100 milhões com os prestadores, o Imas enfrenta problemas crônicos de defasagem na tabela e atrasos no pagamento.
Haikal Helou observou que os problemas do instituto não são atuais e quem presta serviços ao Imas nunca sabe quando vai receber. “É um atraso de seis meses, o maior do mercado”, citou. Nilson Melo relatou que o Instituto Panamericano da Visão tem mais de R$ 600 mil a receber e não sabe quando terá dívida quitada.
Confira a matéria completa!
TV ANHANGUERA
Prefeitura de Goiânia e instituto de saúde discutem dívida milionária nesta terça-feira
CLIPPING AHPACEG 18/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Prefeitura de Goiânia e instituto de saúde discutem dívida milionária neste terça-feira
Piso da enfermagem deve ser pago a partir de agosto
Instituto da Mulher vai oferecer consultas e exames para pacientes de todas as idades no Hospital das Clínicas
Hospital é condenado a indenizar família de técnica de enfermagem que morreu após ter Covid-19
Goiás é segundo lugar no ranking nacional de cirurgias eletivas
“Caiado fez de Goiás referência nacional na área da saúde”, diz Daniel Vilela sobre certificação técnica do Hemocentro
“Goiás é referência para nós”, diz ministra da Saúde em visita a Goiânia
Goiânia reduz em 98% número de óbitos por dengue no primeiro semestre
Caiado assina Pacto Nacional pela Consciência Vacinal
Os impactos positivos da medicina preventiva nos planos de saúde
Unimed sofre rombo de R$ 400 milhões, diretoria e ex-presidente são suspeitos
TV ANHANGUERA
Prefeitura de Goiânia e instituto de saúde discutem dívida milionária neste terça-feira
https://globoplay.globo.com/v/11789371/
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AGÊNCIA BRASIL
Piso da enfermagem deve ser pago a partir de agosto
O Ministério da Saúde informou, na última sexta-feira (14), que está em processo de implementação do piso nacional da enfermagem na folha de pagamento já para ser incluído no contracheque de agosto. De acordo com a pasta, também foi realizado, “com êxito”, um amplo processo de levantamento de dados dos profissionais da enfermagem junto aos estados e municípios para apurar os valores a serem repassados a cada ente da federação. O piso será pago em nove parcelas neste ano.
De acordo com as orientações da Advocacia-Geral da União (AGU), o cálculo do piso será aplicado considerando o vencimento básico e as gratificações de caráter geral fixas, não incluídas as de cunho pessoal.
“A metodologia de repasse aos entes e o monitoramento da implementação do piso em nível nacional tomará como base um grupo de trabalho com a participação de diferentes pastas (Ministério da Saúde, Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ministério do Planejamento e Orçamento, Advocacia-Geral da União e Controladoria-Geral da União), sob supervisão dos ministérios que integram a estrutura da Presidência da República e coordenados pela Casa Civil”, diz o informe divulgado pelo Ministério da Saúde.
Entenda
Em maio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o pagamento do piso nacional da enfermagem após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso.
Até então, o novo piso nacional, definido pela Lei nº 14.434, estava suspenso, desde setembro de 2022, por decisão do próprio Barroso, até que os entes públicos e privados da área da saúde esclarecessem o impacto financeiro. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.
Na nova decisão, Barroso determinou que estados, Distrito Federal e municípios, bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade de implementação do piso nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência financeira prestada pela União para essa finalidade.
Valores
O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela lei. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.
Dados do Conselho Federal de Enfermagem contabilizam mais de 2,8 milhões de profissionais no país, incluindo 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras.
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PORTAL G1
Instituto da Mulher vai oferecer consultas e exames para pacientes de todas as idades no Hospital das Clínicas
Atendimento vai abranger saúde reprodutiva, prevenção de doenças, além de cuidados emocionais e mentais. Espaço tem 710,25 m², com salas para recuperação pós-anestésica, ultrassonografia e serviços sociais.
Por Thauany Melo, g1 Goiás
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) inaugurou o Instituto da Mulher, em Goiânia. A unidade vai vai oferecer consultas e exames para mulheres de todas as idades, abrangendo saúde reprodutiva, prevenção de doenças, além de cuidados emocionais e mentais, entre outros.
A inauguração aconteceu na segunda-feira (17) e os atendimentos devem começar na quarta-feira (19). Segundo o Hospital das Clínicas, além das consultas e exames, serão ofertadas ações educativas e o Day Clinical – realização de procedimentos clínicos ou cirúrgicos sem a necessidade de internação, com alta no mesmo dia.
O hospital informou que será possível realizar exames como aminiocentese e biópsia do vilo corial, que possibilitam o diagnóstico de anormalidades cromossômicas e outras doenças genéticas em fetos. A unidade também disponibilizará a cordocentese (análise sanguínea do feto, a partir de líquido coletado do cordão umbilical) e transfusões uterinas para fetos anemiados.
Espaço
O Instituto da Mulher tem 710,25 m² de área construída no Bloco Ambulatorial do HC-UFG. Ao todo, são oito consultórios para atendimento ambulatorial, duas salas de ultrassonografia, duas salas de isolamento, duas salas para a realização de procedimentos como histeroscopia (diagnóstico de doenças do endométrio uterino) e colposcopia (investigação de patologias do colo uterino, câncer do colo uterino, lesões pré-cancerígenas do colo uterino e HPV).
Há, também, uma sala de recuperação pós-anestésica com seis leitos, uma sala para os serviços de Psicologia e Serviço Social e duas salas para reuniões.
No mesmo local, um miniauditório possibilitará as atividades de ensino e pesquisa com estudantes, pós-graduandos e residentes médicos, bem como mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos do programa Ciências da Saúde.
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Hospital é condenado a indenizar família de técnica de enfermagem que morreu após ter Covid-19
A sentença do Tribunal Regional do Trabalho ordenou que sejam pagos R$ 78 mil ao marido da técnica por danos morais. Desembargadora do caso caracterizou a infecção pelo vírus como acidente de trabalho.
Por Gustavo Cruz, g1 Goiás
O Hospital Evangélico Goiano foi condenado a indenizar a família de uma técnica de enfermagem que morreu após infecção por Covid-19, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A sentença do Tribunal Regional do Trabalho ordenou que sejam pagos R$ 78 mil ao marido da técnica por danos morais. A decisão ainda cabe recurso.
O g1 solicitou um posicionamento sobre a condenação ao hospital mas até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
A desembargadora responsável pelo caso, Wanda Ramos, explicou durante o julgamento que a mulher atuava no atendimento a pacientes com Covid-19, o que caracterizou sua infecção como acidente de trabalho. O hospital recorreu após a primeira condenação.
No processo, a instituição de saúde afirmou ter fornecido equipamentos de proteção individuais (EPI's) para evitar a contaminação pelo vírus. O hospital afirmou ainda que testemunhas indicaram que a mulher mantinha vida social ativa durante os períodos de descanso do trabalho, pedindo a exclusão da condenação.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu contato com os advogados da família da técnica de enfermagem.
Wanda Ramos manteve a sentença com base na lei 14.128/2021, criada para resguardar profissionais da área da saúde durante a pandemia. A desembargadora negou a versão apresentada pelo hospital de que trabalhadores com carga horária referentes a 12x36, no período noturno, o contágio com o vírus seria menor.
Wanda ainda afirmou que as possíveis provas de que a técnica em enfermagem tinha vida social ativa durante o período de isolamento eram frágeis, uma vez que as testemunhas não presenciaram as reuniões que a mulher frequentava. Alegou ainda que a atuação da técnica com os infectados pelo vírus torna irrelevante a probabilidade de contaminação fora do ambiente de trabalho.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Goiás é segundo lugar no ranking nacional de cirurgias eletivas
Estado conquistou a segunda posição entre as unidades federativas na primeira fase do programa de redução de filas do Governo Federal
Mais de 2,7 mil procedimentos já foram realizados pelo programa de redução de filas de cirurgias eletivas em Goiás, com investimentos de R$ 20 milhões do Governo Federal. Governo de Goiás também vai investir o mesmo valor para reduzir a demanda
Com 2.750 cirurgias eletivas realizadas entre março e abril deste ano, Goiás está em segundo lugar no ranking dos estados com mais procedimentos cirúrgicos realizados na primeira fase do Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF), do Governo Federal. O programa visa ampliar o número de cirurgias eletivas realizadas em todo o país, bem como reduzir a fila de exames e de consultas especializadas. Ao todo, os municípios executantes vão receber R$ 20 milhões, do Ministério da Saúde (MS), para a realização dos procedimentos – mesmo valor será investido pelo Governo de Goiás.
Nesta primeira fase, estima-se uma média de 25 mil cirurgias realizadas até o final deste ano. Goiás reúne 67 hospitais nos 40 municípios executantes, definidos após discussões sobre quais unidades poderiam atender a essa nova demanda. A execução das cirurgias é feita em parceria com os municípios pactuados e a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg-GO). A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) assume a coordenação e organização dos sistemas de regulação.
No primeiro momento, a prioridade é para as cirurgias gerais, ginecológicas, oftalmológicas e otorrinolaringológicas. Os procedimentos ortopédicos também estão inseridos, mas cada município dispõe da governança para organizar com os prestadores o cronograma de execução, a partir de fila única. A seleção obedece ao critério de antiguidade – quem aguarda há mais tempo será chamado primeiro. Em regra, o hospital vai entrar em contato com cada paciente para agendar a data da avaliação e do procedimento.
O secretário Sérgio Vencio destaca a decisão do Governo de Goiás de complementar financeiramente os procedimentos, pagando o dobro da tabela SUS para que unidades de saúde privada e de alguns municípios realizem as cirurgias. Segundo ele, um dos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é o subfinanciamento, pois os recursos oriundos do MS não são capazes de custear os procedimentos em sua totalidade. “Em Goiás, os gastos com a saúde são de R$ 2,3 bilhões, valor com o qual o tesouro estadual tem muito contribuído”, disse, ao ressaltar ainda a importância da reorganização do sistema, com a unificação nominal da fila, permitindo o planejamento do cronograma de cada município executante junto aos prestadores.
Vencio lembra que, além das cirurgias realizadas no programa, os hospitais do Governo de Goiás continuam operando a todo vapor e, neste ano, já realizaram 30.088 procedimentos cirúrgicos. “O programa do Governo Federal é um apoio aos municípios, e nós, como secretaria, continuamos operando. Desde a liberação das cirurgias eletivas, após o período crítico da pandemia da Covid-19, em que os procedimentos foram suspensos em todo o país, já foram realizadas, nas unidades estaduais, 71.109 cirurgias, uma média de 5 mil cirurgias mensais”, comemora.
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“Caiado fez de Goiás referência nacional na área da saúde”, diz Daniel Vilela sobre certificação técnica do Hemocentro
Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) atestou boas práticas no processo de trabalho
O Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz, em Goiânia, recebeu a certificação de Qualificação Técnica, que atesta a qualidade da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos – Rede Hemo, em Goiás. O título foi conferido pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A certificação, concedida por um órgão regulador de renome nacional, é um reconhecimento do padrão de qualidade alcançado pela Rede Hemo.
Segundo o vice-governador Daniel Vilela, a conquista reafirma o compromisso da instituição em garantir a excelência nos serviços oferecidos à população goiana. “O Hemocentro é motivo de orgulho para todos nós. O governador Ronaldo Caiado fez de Goiás referência nacional na área da saúde. Temos grandes hospitais de altíssima qualidade: não só prédios modernos, mas com profissionais qualificados, com todos os tipos de equipamentos e com tecnologia para atender a nossa população”, frisou.
A obtenção desse reconhecimento técnico é resultado de um trabalho conjunto e contínuo de toda a equipe, desde os profissionais da coleta até os responsáveis pelo processamento e distribuição dos hemocomponentes. A certificação conquistada agora confere ainda mais credibilidade à instituição, o que pode resultar em parcerias sólidas.
Vanguarda
Segundo o presidente da Hemobrás, Antônio Edson Lucena, a unidade goiana vai poder contribuir com plasma e materiais derivados do sangue para fabricação de medicamentos biológicos – uma inovação laboratorial brasileira. “Temos o desafio de manter a vanguarda e buscar parcerias com os fornecedores, para que eles evoluam também conosco”, declarou.
O presidente da Associação dos Hemofílicos de Goiás, Jorge Porto, avaliou que a conquista reflete o comprometimento e o esforço contínuo da Rede Hemo em oferecer um serviço essencial à saúde da população. “O Hemocentro promove qualidade de vida. Se no passado, o carro chefe da nossa associação era aposentadoria, hoje é inclusão social e encaminhamento ao mercado de trabalho”.
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O HOJE
“Goiás é referência para nós”, diz ministra da Saúde em visita a Goiânia
Nísia Trindade foi recebida pelo governador Ronaldo Caiado
O governador Ronaldo Caiado (UB) recebeu, nesta segunda-feira (17/7), em Goiânia, a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Juntos, acompanharam inaugurações de espaços voltados ao cuidado integral da saúde da mulher e de pessoas com transtorno do espectro autista. “Temos excelente parceria com o Estado de Goiás, não só na saúde, mas no governo federal como um todo. Por isso, agradecemos o governador Ronaldo Caiado por seu papel importante na construção do diálogo e de uma agenda propositiva”, afirmou a ministra.
A primeira agenda do dia foi a inauguração do Instituto Teia Agir, espaço destinado ao atendimento de pessoas com transtorno do espectro autista. O local, na Rua 227, no Setor Leste Universitário, recebeu o nome de Ronaldo Ramos Caiado Filho, em homenagem ao filho do chefe do Executivo goiano, que faleceu em julho do ano passado. A clínica é uma unidade própria da organização social Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), com foco em atendimento terapêutico de crianças entre um e seis anos de idade. O instituto oferecerá serviços de psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia, terapia ocupacional e psicomotricidade.
Caiado ressaltou que a regionalização da Saúde implantada em sua gestão levará também atenção a pessoas no espectro autista a todas as regiões goianas. “Não faz sentido centralizar o atendimento. Em cada lugar, devemos fazer um ambiente como esse. Dentro das escolas, por exemplo, determinei à Secretaria de Educação que criasse a Sala Avançada. Hoje, nós temos mais de 200 delas, que dão continuidade à orientação dessas crianças, com pedagogos especializados”, citou o governador.
Senador por Goiás, Jorge Kajuru encampou apoio à causa, com destinação de emendas. “Vamos atender todas as pessoas com autismo de Goiás. E é muito mais barato do que se imagina”, garantiu o parlamentar. A presidente do Coletivo Mães em Movimento pelo Autismo, Letícia Amaral, trouxe dados expoentes da necessidade de atenção com o transtorno para o futuro. “A cada 36 crianças que nascem, uma será autista. O prognóstico é de que, daqui a 10 anos, toda família terá uma pessoa autista. O autismo é sim uma questão de saúde pública que exige medidas emergenciais por parte de todas as autoridades”, salientou ela.
Oftalmologia
Em seguida, a comitiva de Caiado e Nísia Trindade passou pelo Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás, dentro do Hospital das Clínicas (HC), também no Setor Leste Universitário. O diretor da unidade, Marcos Ávila, liderou a visita e homenageou o governador e a ministra. “É um dia tão importante para o Centro. Uma honra grande recebermos pela primeira vez uma ministra da Saúde”, frisou o gestor. Nísia Trindade afirmou que trabalhará para implementar um programa de saúde ocular pelo Brasil tendo Goiás como referência. “Vamos trabalhar um programa forte de saúde ocular no país e Goiás é uma referência para nós”, afirmou.
Atualmente, o Cerof realiza 700 atendimentos por dia, por meio de convênios com o setor público. Patologias como catarata, retinopatia diabética, glaucoma e descolamento de retina são tratadas na unidade. O chefe do Executivo goiano falou do carinho que tem pela universidade e como conta com ela durante seu mandato. “A UFG esteve conosco em todos os momentos do governo, sempre na parceria sobre pesquisas, conteúdo, em como sair de dificuldades. Além de pessoas de outros estados, nós, de Goiás, temos de agradecer cada vez mais”, expressou Caiado.
Saúde da mulher
A manhã de agendas na capital goiana foi encerrada com a inauguração do Instituto da Mulher, também dentro do Hospital das Clínicas da UFG. Ligado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o espaço recebeu recursos de contrato com o Sistema Único de Saúde (SUS) e passou por modernização e revitalização do bloco ambulatorial para abrigar o instituto.
O objetivo do espaço é dar atendimento especializado a mulheres em todas as fases da vida. Serão ofertadas consultas, ações educativas, exames, além de procedimentos clínicas ou cirúrgicos sem a necessidade de internação, o chamado Day Clinical. A partir de agora, o Hospital das Clínicas ampliará seus serviços e oferecerá também medidas de medicina fetal. Nísia Trindade pontuou que quer tornar o local uma referência para o país.
“O Brasil voltou a dialogar com as universidades, a investir em saúde, em políticas públicas para mulheres. Termos uma ministra da Saúde mulher é uma honra para todas. É simbólico”, disse a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima. “Estamos praticando ciência e tecnologia como retaguarda e vanguarda para que as mulheres no SUS possam ser bem atendidas”, falou o diretor da Faculdade de Medicina da UFG, Waldemar Naves do Amaral”.
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A REDAÇÃO
Goiânia reduz em 98% número de óbitos por dengue no primeiro semestre
O município de Goiânia apresentou redução de 98% no número de óbitos por dengue no primeiro semestre de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022. Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nesta segunda-feira (17/7), apontam que a capital registrou um óbito provocado pela doença entre janeiro e junho deste ano. Nos primeiros seis meses do ano anterior, foram registradas 51 mortes.
O número de casos notificados também diminuiu em 68,4%, de 50.777 para 16.036. Comparando o mesmo período, o total de casos graves da doença e de internações nas unidades de saúde apresentou uma redução de 85,1%. Foram 101 internações em 2022 e 15 neste ano.
“O trabalho dos agentes de endemias é incansável. Além das visitas domiciliares, instalamos três mil armadilhas contra o mosquito transmissor da dengue em pontos estratégicos”, afirma o prefeito Rogério Cruz. "As ações desenvolvidas pela gestão municipal, em parceria com a comunidade, foram fundamentais para eliminar os criadouros do Aedes aegypti", comemora.
Dados preliminares, segundo o secretário municipal de Saúde da capital, Durval Pedroso, apontam que a implantação das armadilhas In2Care, instaladas pela Prefeitura de Goiânia desde o início do ano, contribuiu para impedir reprodução do mosquito. “Encontramos, nas três mil armadilhas, ovos do Aedes aegypti, mas com uma diminuição de 15%. Isso significa que um número menor de mosquitos circulou pelos ambientes e, consequentemente, menos pessoas foram infectadas” destaca.
Canais de denúncia
Denúncias de possíveis criadouros do Aedes aegypti podem ser feitas pelo telefone (62) 3524-3131 ou ainda pelo aplicativo “Goiânia Contra o Aedes”, ferramenta disponível no Google Play e App Store. Superintendente de Vigilância e Saúde, Yves Mauro Ternes explica que a população é a principal aliada no combate ao mosquito transmissor da dengue e outras doenças.
“Para fortalecer as políticas de combate à dengue, as pessoas podem fazer o download do aplicativo. Interessados devem entrar na ferramenta, acessar o link da Vigilância Sanitária e seguir o passo a passo da denúncia. Não há necessidade de a pessoa se identificar, basta clicar no mapa, inserir o endereço e enviar imagens para confirmar a denúncia, que será investigada pelos agentes", explica o gestor.
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Caiado assina Pacto Nacional pela Consciência Vacinal
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, assinou, nesta segunda-feira (17/07), o Pacto Nacional pela Consciência Vacinal durante a abertura oficial do 37º Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Realizado entre os dias 16 e 19 de julho no Centro de Convenções, em Goiânia, o evento traz como tema: “O SUS que Falta no Brasil”, e visa fomentar o debate sobre o fortalecimento e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Coordenado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), com a participação do Ministério da Saúde e diversas instituições, o Pacto Nacional pela Consciência Vacinal tem o objetivo de ampliar as coberturas vacinais em todo o país e retomar os índices de imunização considerados seguros. “Precisamos dar condições para que as pessoas não sejam penalizadas por doenças que já existiram e foram totalmente superadas. Não podemos correr o risco de tê-las de volta. Por isso é importante sensibilizar as pessoas para que mantenham sua caderneta vacinal em dia e de seus filhos, para que tenhamos uma saúde pública cada vez melhor”, alertou Caiado.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, saudou o governador pela sua atitude em defesa da vida, ao endossar o pacto por meio da assinatura. “É fundamental que o Brasil recupere sua cobertura vacinal. Não é admissível deixarmos nossas crianças e adolescentes sem vacinas contra doenças que já não estavam mais em circulação, como o sarampo”, exemplificou. A ministra também frisou a necessidade de reforçar o sistema, que foi determinante no combate à pandemia. “Com a força do SUS, superamos aquele momento. Não podemos esquecer. Temos que fortalecer o SUS e nos preparar para proteger a sociedade no futuro”.
Considerado o maior evento de saúde pública da América do Sul, o congresso vai debater os avanços conquistados ao longo dos 30 anos do SUS, como a redução da mortalidade infantil, os avanços no tratamento da AIDS, a cobertura universal de vacinação e a importância do SUS no enfrentamento de pandemias, como a de Covid-19. Um dos objetivos é analisar as mudanças no padrão da demanda por serviços de saúde e das necessidades de saúde da população.
Apoio aos municípios
O atual presidente do Conasems, Wilames Freire Bezerra, destacou que o Governo de Goiás é um dos poucos governos do Brasil que investe recursos estaduais na saúde pública municipal. “O que é desenhado hoje, em contrapartida do governo estadual para os municípios, causa inveja ao resto do país”, salientou. O presidente eleito do Conasems e secretário de Saúde de Pirenópolis, Hisham Ramida, agradeceu o apoio do Estado aos municípios. “Tenho orgulho do SUS, do nosso estado, pela seriedade, pela condução, pelo respeito aos municípios. Essa parceria com o Governo de Goiás, de ouvir e respeitar faz toda diferença na ponta”, afirmou o primeiro representante de Goiás a ocupar o cargo em 35 anos de Conselho.
Neste sentido, o governador reforçou seu juramento de salvar vidas e que, para tal, a parceria com os municípios tem sido determinante para avançar com a regionalização da saúde. “Estamos escrevendo uma outra página, como a Constituição brasileira determina: tratamento igualitário e de qualidade em todas as regiões de Goiás”, assegurou. “Tenho implantado uma cultura no estado. O que é público tem de ser igual ou melhor do que o privado. Essa é a tese que prevalece e sou extremamente exigente em relação a isso”, concluiu.
A nova representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross Galiano, destacou que a força do país se ancora na sua diversidade e é primordial ao sistema atendê-la. Ela pediu valorização dos trabalhadores e não deixou de destacar a postura de Caiado durante a pandemia. “Muito obrigado por nos receber, nos tempos mais difíceis. Trabalhamos juntos com sua equipe e foi muito muito reconfortante. Fizemos muitas coisas e continuamos juntos”.
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PORTAL REVISTA COBERTURA
Os impactos positivos da medicina preventiva nos planos de saúde
A medicina preventiva desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e bem-estar, tanto para indivíduos quanto para as seguradoras de planos de saúde. Ao focar na prevenção de doenças e na promoção de estilos de vida saudáveis, a medicina preventiva pode ter impactos significativos. Neste artigo, exploraremos os benefícios e impactos positivos da medicina preventiva nos planos de saúde, destacando como essa abordagem pode resultar em economias de custos, melhor qualidade de vida para os beneficiários e uma gestão mais eficiente dos recursos.
Redução de Custos para as Operadoras
Um dos principais benefícios para os planos de saúde é a redução de custos a longo prazo para as operadoras. Ao investir em programas de prevenção e promoção da saúde, as operadoras podem ajudar a evitar o surgimento de doenças crônicas ou complicações de saúde mais graves. Isso resulta em menos internações hospitalares, menos procedimentos invasivos e menor utilização de serviços médicos caros. Ao identificar precocemente problemas de saúde e intervir antes que se tornem mais graves, os custos associados a tratamentos intensivos e prolongados podem ser significativamente reduzidos.
Melhoria da Qualidade de Vida dos Beneficiários
Há também impacto positivo na qualidade de vida dos beneficiários dos planos de saúde. Ao fornecer acesso a exames regulares, rastreamento de doenças, orientações sobre hábitos de vida saudáveis e programas de promoção da saúde, a medicina preventiva ajuda as pessoas a adotarem comportamentos saudáveis e a prevenir doenças. Isso pode resultar em menos dias de trabalho perdidos devido a doenças, menor incapacidade física e mental e maior bem-estar geral dos beneficiários.
Gestão mais Eficiente dos Recursos
Outro ponto que merece destaque é a possibilidade da gestão mais eficiente dos recursos nos planos de saúde. Ao investir na prevenção de doenças e promoção da saúde, as operadoras podem direcionar seus recursos para áreas que oferecem maior valor e impacto. Isso inclui alocar recursos para programas de educação em saúde, incentivar a adesão a exames regulares e estabelecer parcerias com prestadores de serviços que enfatizem a prevenção. Essa abordagem permite que os recursos sejam utilizados de forma mais inteligente, evitando gastos desnecessários com tratamentos complexos e de alto custo.
Foco na Saúde a Longo Prazo
Ao incorporar a medicina preventiva nos planos de saúde, as operadoras têm a oportunidade de mudar o foco da saúde reativa para a saúde proativa. Em vez de simplesmente tratar doenças e condições existentes, a prevenção permite que as operadoras trabalhem para evitar que essas doenças ocorram em primeiro lugar. Isso cria uma cultura de cuidado abrangente e orientada para a saúde a longo prazo, incentivando os beneficiários a adotarem medidas preventivas e se envolverem ativamente em sua própria saúde.
Conclusão
A medicina preventiva tem um impacto positivo nos planos de saúde, proporcionando uma série de benefícios tanto para as operadoras quanto para os beneficiários. Ao investir em programas de prevenção e promoção da saúde, as operadoras podem reduzir custos a longo prazo, melhorar a qualidade de vida dos beneficiários e gerenciar os recursos de forma mais eficiente. A medicina preventiva muda o foco da saúde reativa para a saúde proativa, incentivando uma abordagem abrangente para o cuidado da saúde. Ao adotar a medicina preventiva, as operadoras podem promover um sistema de saúde mais sustentável e benéfico para todos os envolvidos.
Sobre o autor:
Juliana Valentim - Gestora da carteira de HealthCare Law do Vigna Advogados e Associados.
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JORNAL OPÇÃO
Unimed sofre rombo de R$ 400 milhões, diretoria e ex-presidente são suspeitos
A nova gestão convocou uma Assembleia Geral Extraordinária no próximo dia 27 de junho para apurar o desvio de dinheiro em Cuiabá
Após uma auditoria contratada pela nova gestão da Unimed Cuiabá, foram descobertas incompatibilidade no balanço contábil de 2022 da cooperativa. O resultado positivo de R$ 371,8 mil foi reajustado para um prejuízo de mais de R$ 400 milhões. As descobertas levaram à uma nova Assembleia Geral Extraordinária, que acontece no próximo dia 27 de julho.
O ex-presidente da Diretoria Executiva da Unimed Cuiabá, Rubens de Oliveira Junior, atual diretor de Desenvolvimento de Mercado da Unimed do Brasil e presidente da Federação das Unimeds de Mato Grosso, é o principal suspeito do prejuízo.
Segundo a auditoria, Rubens, ao lado do ex-CEO Eroaldo Oliveira e o ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte, teriam manipulado os números, possibilitando uma suposta fraude fiscal milionária.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável pela fiscalização dos planos de saúde, já tinha apontado inconsistências contábeis da gestão de Rubens.
A nova Assembleia Geral Extraordinária será uma oportunidade para que os cooperados da Unimed Cuiabá tomem decisões em relação aos prejuízo. A expectativa é que medidas sejam adotadas para recuperar o prejuízo.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 15 A 17/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cuidados com a saúde do coração das crianças durante as férias escolares
Plano de saúde de servidores de Goiânia tem dívida de R$ 100 milhões
Entrevista Haikal Helou e Fernando Pacéli
Acreditação na saúde: de que forma os processos hospitalares impactam na segurança dos pacientes
Lei do Mais Médicos é sancionada
FOLHA DO PLANALTO
Cuidados com a saúde do coração das crianças durante as férias escolares
Aproveite as férias para garantir o bem-estar dos pequenos, realizando exames e seguindo cuidados essenciais para que eles possam brincar e praticar atividades físicas com segurança.
As férias são um sinônimo de muita diversão e atividade física intensa para a criançada. Porém, é fundamental garantir que elas estejam com a saúde do coração em dia para poderem aproveitar esses momentos com segurança.
Embora mais raros do que em adultos, os problemas cardíacos também podem afetar as crianças e o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento adequado de doenças, como a arritmia cardíaca infantil, cujos sintomas incluem fadiga e cansaço, dor no peito, coração acelerado ou lento e desmaios, e a miocardite infantil, que é uma inflamação das paredes musculares do coração normalmente associada a uma infecção viral e que pode causar cansaço excessivo, febre e mal-estar, dores no peito, vertigem e tontura.
Exames
Então, que tal reservar um tempinho nestas férias para cuidar da saúde dos pequenos, atualizando as consultas médicas e realizando exames necessários?
Fernanda Toledo de Morais Antoniolli, médica pediatra com área de atuação em cardiologia pediátrica, integra a equipe do CDI Premium e preparou algumas dicas para você cuidar bem da saúde do coração das crianças. Confira:
Consulta médica: Aproveite as férias para agendar uma consulta com um cardiologista pediátrico. O profissional poderá avaliar a saúde do coração da criança e solicitar exames complementares, se necessário.
Exames cardiológicos: Alguns exames podem ser realizados para avaliar o funcionamento do coração, como o eletrocardiograma (ECG) e o ecocardiograma. Eles são indolores e não invasivos, sendo essenciais para diagnosticar possíveis problemas cardíacos.
Alimentação saudável: Durante as férias, é comum o consumo de alimentos menos saudáveis. Mas, lembre-se: nada de exageros. É importante assegurar que as crianças tenham uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e alimentos integrais, evitando o excesso de gorduras e açúcares.
Atividade física moderada: Estimular a prática de atividades físicas é importante para a saúde do coração das crianças. No entanto, é fundamental orientá-las a evitar atividades muito intensas ou de alto impacto, principalmente se não estão acostumadas a praticá-las regularmente.
Hidratação adequada: Durante as brincadeiras e exercícios, é essencial que as crianças se mantenham hidratadas. Incentive o consumo regular de água, evitando refrigerantes e sucos industrializados.
Descanso e sono: Nas férias, a meninada gosta de passar longas horas acordada, jogando, vendo TV ou brincando. Mas, garanta que as crianças tenham tempo suficiente para descansar e dormir adequadamente. Um bom sono é fundamental para a saúde do coração e bem-estar geral.
As férias também são um momento ideal para ensinar as crianças sobre a importância de cuidar do próprio coração e adotar hábitos saudáveis desde cedo. Medidas simples e preventivas adotadas agora, como a prática regular de atividades físicas e uma alimentação saudável, farão toda a diferença no bom desenvolvimento da meninada.
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TV ANHANGUERA
Plano de saúde de servidores de Goiânia tem dívida de R$ 100 milhões
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RÁDIO JOVEM PAN
Entrevista Haikal Helou e Fernando Pacéli
https://youtube.com/live/uHvU_C2GqQ4?feature=share
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FAMOSOS ONLINE
Acreditação na saúde: de que forma os processos hospitalares impactam na segurança dos pacientes
Diretora Técnica da maior Acreditadora da América Latina, Quality Global Alliance (QGA), responde perguntas sobre a metodologia e os procedimentos aplicados nas instituições de saúde
Você confia no hospital ou na instituição de saúde que você frequenta?
Você sabe quais são os padrões de qualidade que a organização segue? Se essas perguntas o deixam mais preocupado em relação à sua segurança, saiba que existem metodologias que os hospitais podem implementar, melhorando a qualidade dos processos, além de garantir mais segurança aos pacientes.
Realizamos uma entrevista com a Dra. Melissa Morais, Diretora Técnica da Quality Global Alliance (QGA), maior Acreditadora da América Latina, sobre o processo de Acreditação, a metodologia aplicada nas instituições de saúde e o impacto que isso causa na vida dos pacientes, nas organizações e no sistema de saúde do país. Confira a entrevista na íntegra.
De maneira simples, o que é Acreditação?
A Acreditação é um processo isento e voluntário em que uma empresa terceira avalia um serviço de saúde e reconhece os seus processos. É importante que esta avaliação seja isenta, porque, dessa forma, é possível entender quais procedimentos precisam de auxílio e melhora, a partir de uma visão externa da instituição. A metodologia Qmentum vai além de apenas uma avaliação e a concessão de um selo de reconhecimento. O nosso método ajuda as instituições de saúde a caminharem para a maturidade dos processos. Nós temos equipes específicas que ajudam a instituição na construção da maturidade e qualidade de segurança.
De quais maneiras a Acreditação interfere na vida do paciente?
A Acreditação, quando olha para os processos de segurança, faz com que os serviços de saúde desenvolvam protocolos assistenciais específicos, olhem para barreiras de segurança, identifiquem prospectivamente os riscos e isso faz com que o paciente receba um cuidado mais seguro.
A gente estimula que a organização olhe para os riscos, antecipe os problemas e, a partir disso, implemente barreiras de segurança que realizem protocolos baseados nas melhores evidências internacionais para o atendimento dos pacientes. Além disso, promovemos o envolvimento dos diversos membros da equipe multiprofissional, fazendo com que todos contribuam para o planejamento de um cuidado integrado. O resultado disso é uma entrega de cuidados específicos voltados às necessidades de cada indivíduo, entendendo o paciente como uma pessoa, não uma doença. O paciente está doente, ele não é a doença.
Quais são os riscos que uma instituição de saúde pode ter, caso não seja Acreditada?
Quando a instituição não é acreditada, ela está muito mais sujeita à variabilidade dos processos. Ela não tem processos bem definidos e desenhados e, com isso, a atuação da equipe assistencial e administrativa não é organizada, não trabalha a diminuição de desperdício e otimização dos recursos, desencadeando problemas relacionados com sustentabilidade. Também, a imagem da instituição pode ser prejudicada por conta de casos com desfechos indesejados que podem ser expostos na mídia.
Quais instituições podem ser acreditadas?
Todas. Seja pública ou particular. Desde grandes instituições que já têm maturidade, até serviços pequenos, clínicas, serviços de diagnóstico; unidades de atenção primária, serviços de remoção, entre outros. A metodologia Qmentum utiliza padrões internacionais definidos por comitês técnicos altamente especializados e, com base nisso, desenvolve um método que pode ser aplicado a qualquer tipo de instituição de saúde.
Hoje, a QGA também aplica o Qmentum 360º, possibilitando que redes de atenção à saúde com os mais diferentes tipos de serviços: hospitais, serviços de atenção primária, home care, laboratórios, serviços de imagem, entre outros - e que podem ter níveis diferentes de maturidade dentro da mesma rede - consigam estar juntos, falando uma mesma linguagem em termos de qualidade e segurança. Cada serviço recebe o reconhecimento, de acordo com o próprio nível, seja ele Gold, Platinum ou Diamond. O objetivo é que todos trabalhem para um dia alcançar o nível máximo de excelência, o Diamond.
Qual a vantagem que as organizações de saúde acreditadas possuem em relação às que não são?
Isso está muito ligado com o risco. Durante a implementação de uma metodologia de segurança, o serviço de saúde trabalha processos mais bem desenhados, desenvolve equipes assistenciais que sabem o seu papel dentro da cadeia de cuidado e que se sentem mais reconhecidas dentro do processo. Também há a otimização de recursos, seja ela financeiro, pessoas, tempo ou insumos. Além disso, a diminuição do desperdício faz com que as instituições acreditadas alcancem melhores resultados, em termos de entrega e financeiros.
Um exemplo foi a pandemia de COVID-19. Durante esse período, todas as organizações de saúde foram afetadas. Mas os serviços acreditados pela metodologia Qmentum tiveram uma recuperação e um retorno à "normalidade" mais rápido que os demais, isto porque a Qmentum é a única metodologia que possui uma estrutura robusta, focada em Preparação para desastres e emergência, como o que ocorreu na pandemia.
Qual seria o impacto na saúde brasileira, caso as instituições olhassem com mais atenção para a Acreditação?
A nossa metodologia foi criada no Canadá. Lá, 100% das organizações de saúde são acreditadas. No Brasil, menos de 7% das instituições são acreditadas, ou seja, ainda temos um campo enorme para trabalhar. Trabalhando o processo de Acreditação com um volume maior de instituições, seria possível desenvolver um olhar mais colaborativo entre os serviços de saúde e menos competitivo, promovendo o aprendizado coletivo, pensando no sistema de saúde como um todo, refletindo de forma utópica.
Com um olhar voltado para a Acreditação, as instituições deixam de ter o pensamento de que ter problemas é ruim. Ruim é não saber que os problemas existem e não saber como resolvê-los.
Sobre a QGA
A Quality Global Alliance (QGA) é cocriadora da única e mais inovadora Aliança Global para o desenvolvimento e a implementação de padrões mundiais de excelência em saúde com foco no paciente, a Health Standards Organization (HSO), que acumula mais de 16 mil serviços acreditados no mundo, distribuídos em 37 países. Esta aliança está estruturada para trazer ainda mais valor para as organizações de saúde, sistemas de saúde e pacientes. Ela é composta pelas organizações Accreditation Canada, Institute for Quality Management in Healthcare, Health Assessment Europe, Qualicor Europe/Holanda e QGA. A QGA é acreditada internacionalmente pela ISQua - International Society for Quality in Healthcare.
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AGÊNCIA BRASIL
Lei do Mais Médicos é sancionada
Já está em vigor a Lei 14.621, de 2023 , que institui a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde no âmbito do Programa Mais Mé... Já está em vigor a Lei 14.621, de 2023 , que institui a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde no âmbito do Programa Mais Médicos. Oriunda daMedida Provisória ( MP) 1.165/2023 , a norma foi aprovada pelo Senado em 20 de junho e sancionada sem vetos na sexta-feira (14). O texto está publicado noDiário Oficial da União.
A lei cria incentivos para a capacitação de médicos em atenção primária à saúde com o objetivo de fortalecer a presença desses profissionais em regiões de difícil acesso.O texto possibilita aos profissionais que atuarem no programa a formação como especialistas emmedicina de família e comunidade. A expectativa é ampliar em 15 mil o número de médicos na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda em 2023.
A norma prevê também a possibilidade de incentivos como liquidação de dívidas e reembolso de pagamentos feitos para o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Serão abertos novos editais para profissionais e para adesão de municípios, com iniciativas inéditas como médicos para equipes de consultório na rua e população prisional, além de novas vagas para os territórios indígenas.
Segundo o governo, na época de criação do programa, mais de 4 mil municípios foram contemplados na atenção primária à saúde (APS), com cerca de 18.240 médicos. Desde 2017, porém, o número de profissionais diminuiu, chegando a 8,6 mil médicos em 2023. Nos distritos sanitários indígenas, a cobertura de 100% foi reduzida a 58%.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg vai solicitar veto do prefeito ao projeto de lei que obriga a instalação de câmeras nos hospitais
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) vai solicitar ao prefeito Rogério Cruz que vete o projeto de lei (PL 443/2021), de autoria do vereador Thialu Guiotti, já aprovado na Câmara Municipal de Goiânia e que prevê a instalação de câmeras nas dependências dos hospitais da capital.
Caso o projeto não seja vetado, a Ahpaceg vai recorrer à Justiça contra a medida, como já fez com proposta similar apresentada na Assembleia Legislativa.
Para a Ahpaceg, essa exigência – proposta sem qualquer consulta aos hospitais e sem conhecimento do funcionamento dessas instituições de saúde - é inconstitucional e viola a privacidade do paciente e a sua relação com o profissional que o atende.
A Ahpaceg alerta também para o risco de mau uso das imagens coletadas, que são dados sensíveis e devem ser protegidos.
O argumento usado pelo vereador para justificar a apresentação do projeto é contestado pela Ahpaceg, que entende que outras medidas de segurança nos ambientes hospitalares já foram e ainda podem ser adotadas sem ferir direitos dos pacientes e colaboradores ao sigilo de seus dados.
AHPACEG NA MÍDIA
AHPACEG NA MÍDIA https://www.dezminutos.com.br/2023/07/ahpaceg-vai-solicitar-veto-do-prefeito_14.html
AHPACEG NA MÍDIA https://www.issoegoias.com.br/2023/07/ahpaceg-vai-solicitar-veto-do-prefeito.html
AHPACEG NA MÍDIA https://www.folhadoplanalto.com.br/2023/07/ahpaceg-vai-solicitar-veto-do-prefeito.html
CLIPPING AHPACEG 14/07/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Quais os principais motivos de processos de usuários contra operadoras de saúde
Hospitais serão obrigados a instalarem câmeras de vídeo em salas de atendimentos
Prontuário eletrônico hospitalar gratuito deve agilizar atendimento do SUS
'Gravidez silenciosa': entenda por que algumas mulheres só descobrem que serão mães na hora do parto
HDT participa de estudo que desenvolveu novo tratamento para histoplasmose
Aspartame é considerado possivelmente cancerígeno pela OMS
Lula sanciona nova lei do Mais Médicos com mudanças nas regras para revalidação
Artigo - Problemas de gestão dos planos de saúde e a evasão dos mais jovens - Parte 2: A persistência dos problemas jurídicos
Piso da enfermagem: STF publica ata e empresas privadas agora têm 60 dias para fazer negociação coletiva
"É irreversível", diz presidente da Rede Mater Dei sobre inteligência artificial nos hospitais
AGÊNCIA ESTADO
Quais os principais motivos de processos de usuários contra operadoras de saúde
Após uma baixa recorde no número de novos processos contra planos de saúde durante a pandemia, o judiciário tem visto a quantidade de ações contra as operadoras crescer novamente. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obtidos pelo Estadão mostram que somente nos três primeiros meses deste ano, 25 700 novas ações foram abertas contra planos de saúde. Especialistas no tema e representantes de planos de saúde convergem em um ponto: o aumento do fluxo é puxado em grande medida por queixas relacionadas a negativas de cobertura, alavancadas pela lei que flexibilizou o rol de tratamentos previstos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Na última década, 2020 e 2021 foram os anos com menor demanda judicial contra planos de saúde, com 75 510 e 76 530 novos processos, respectivamente. A partir de 2022, os índices voltaram a subir: foram 88 110 ações judiciais movidas contra os planos.
De acordo com Richard Pae Kim, que coordena o Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde do CNJ (Fonajus), o fim da emergência em saúde pública pela Covid-19 também estimulou as pessoas a voltarem aos serviços de saúde; além disso, o desabastecimento de determinados grupos de medicamentos e a falta de especialistas em determinadas áreas da medicina, em vários municípios do país, e de alguns serviços de alta complexidade, impulsionam o cenário de ações pós-pandemia.
Para especialistas e fontes do setor de saúde suplementar, a lei aprovada no Congresso que flexibilizou o chamado "rol taxativo" da ANS é um dos pontos principais nessa equação. A medida fixou critérios para que as operadoras tenham de pagar por procedimentos que não estejam previstos pela agência. De olho nisso, a expectativa das operadoras de planos de saúde é que as demandas judiciais sigam em alta.
Com a decisão, os planos deverão custear tratamentos que tenham eficácia científica comprovada, que sejam recomendados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) ou por órgão de avaliação de tecnologia em saúde de renome internacional.
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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
Hospitais serão obrigados a instalarem câmeras de vídeo em salas de atendimentos
Hospitais públicos e privados de Goiânia serão obrigados a instalarem câmeras de vídeo nos corredores, salas de atendimento de urgência, unidades de terapia intensiva e maternidades. É o que dispõe o projeto de lei de autoria do vereador Thialu Guiotti (Avante) aprovado em segunda votação pela Câmara. Para tornar lei, a propositura do vereador precisa ser sancionada pelo prefeito Rogério Cruz.
De acordo com a matéria, as câmeras de vídeo deverão ser instaladas de maneira a permitir ampla cobertura dos locais de atendimento, além de determinar o funcionamento ininterrupto e imagens arquivadas pelos hospitais por 180 dias.
O não cumprimento das normas, segundo o projeto, sujeitará sanções ao hospital, como advertência ou multa no valor de R$ 5 mil, a cada mês de descumprimento.
FINALIDADES
Ao justificar sua propositura, Thialu Guiotti afirma que ela tem por finalidade garantir às pessoas que trabalham ou estão internadas em hospitais da rede pública e privada "um ambiente seguro e saudável". E acrescentou :"Nosso projeto não tem como finalidade trazer sobrecarga ao erário ou à iniciativa privada. Pelo contrário, é evitar futuros gastos com tratamentos psicológicos, indenizações por subtração de recém nascidos".
O vereador alega igualmente que seu projeto tem "ampla consonância com o que determina a Constituição Federal (artigo 30), bem como a Constituição do Estado de Goiás (artigo 64,I)".
"Uma preocupação, portanto, de elevado alcance social e humanitário", finalizou o vereador.
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O HOJE
Prontuário eletrônico hospitalar gratuito deve agilizar atendimento do SUS
A implementação está prevista para outubro de 2023
Em um acordo firmado nesta quinta-feira (13), os ministérios da Saúde e da Educação anunciaram a permissão do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) nas instâncias especializadas de média e alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS). O acordo visa unificar e informatizar os serviços hospitalares, permitindo a integração entre ensino e serviço, além de apoiar a gestão assistencial e de suprimentos das unidades.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a saúde digital será um instrumento fundamental no SUS e ressaltou a importância da pactuação com estados e municípios, afirmando que a política pública deve levar em conta as necessidades daqueles que atuam diretamente no atendimento à saúde. O ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou a alegria da integração entre as pastas, ressaltando que a parceria transforma vidas e contribui para a reconstrução do Brasil.
Com o uso do AGHU, os profissionais de saúde terão acesso ao registro de saúde prévio dos pacientes, permitindo a continuidade do cuidado. A entrada das informações dos hospitais na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) fortalecerá a tomada de decisão com base no histórico clínico e possibilitará a disponibilização de mais informações aos cidadãos por meio do ConecteSUS.
Desenvolvido nos últimos 10 anos, o aplicativo é utilizado nos 41 hospitais universitários federais e alc a marca de três milhões de acessos mensais. O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, ressaltou que a ferramenta trará mais segurança e estabilidade, garantindo maior autonomia aos estados. Além disso, destacou a economia que essa iniciativa proporcionará aos cofres públicos, estimando uma economia de R$3 bilhões nos próximos cinco anos.
O acordo também prevê a criação do Comitê Estratégico do AGHU, responsável pela orientação geral do desenvolvimento e disseminação do aplicativo, além da ampliação da equipe de desenvolvimento do software. A utilização do AGHU nos hospitais especializados do SUS está prevista para iniciar em outubro de 2023. Antes disso, o comitê trabalhará na elaboração de estratégias de capacitação e conteúdos orientadores para os envolvidos no processo.
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PORTAL G1
'Gravidez silenciosa': entenda por que algumas mulheres só descobrem que serão mães na hora do parto
Érika Santos levou um susto ao descobrir que estava grávida após dar à luz gêmeas, em Inhumas. Apesar de raro, a médica Daniela Azevedo afirma que a gravidez silenciosa existe.
Érika Santos levou um susto ao ir tomar banho, sentir uma dor na barriga e só descobrir que estava grávida após dar à luz gêmeas, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. A médica ginecologista e obstetra, Daniela Azevedo, afirma que apesar de raro, a gravidez silenciosa existe.
“É raríssimo acontecer e quando acontece, as pessoas pensam que a paciente está fingindo que não sabia da gravidez. Mas não é isso, a mulher realmente não sabia”, destaca a médica.
As pequenas Vitória e Vivian nasceram no dia 6 de junho, no Setor Pedrinhas. Ao g1, Érika contou que só descobriu que estava grávida após dar à luz e que quando sentiu as dores do parto pensou que estava com dor de barriga. “Sentei no vaso e senti uma dor muito forte nas costas”, relata.
A médica explica que a gravidez silenciosa ocorre quando a mulher não apresenta os sinais comuns de uma gestação, como por exemplo, atraso menstrual, enjôos matinais, alterações nos seios e ganho de peso. “A paciente até sente alguma coisa, mas não associa à gravidez”, afirma.
De acordo com a ginecologista, a mulher pode descobrir a gravidez apenas nos últimos meses de gestação ou apenas na hora do parto. “Isso está atribuído a uma combinação de fatores, como baixos níveis de hormônios da gravidez, falta de sensibilidade às mudanças corporais e até mesmo fatores psicológicos”, diz.
Azevedo afirma que as pessoas podem pensar que a mulher fingiu não saber, mas destaca que a gravidez silenciosa não é um caso de negação consciente da gravidez por parte da mulher. Segundo a médica, é realmente uma falta de evidências físicas ou sintomas que indiquem a gravidez.
“Isso pode levar a um grande choque e surpresa quando a mulher descobre a gestação, muitas vezes por meio de um exame médico ou sinais que aparecem mais tarde, como movimentos fetais”, finaliza.
Érika conta que este foi o caso dela, que deu à luz gêmeas. “Eu estou processando essa história ainda, é difícil acreditar. Os médicos disseram que foi uma gravidez silenciosa, pois eu nunca senti nada. A gente olha e nem acredita. Já amo elas, agora é criar”, brinca”, brinca a mãe.
Vitória e Vivian nasceram prematuras. Érika e Vivian deixaram o hospital na segunda-feira (10) e já estão em casa. De acordo com a mãe, Vitória segue internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Maternidade e Hospital São Judas Tadeu, em Goiânia, para que ela possa ganhar peso.
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TV ANHANGUERA
HDT participa de estudo que desenvolveu novo tratamento para histoplasmose
https://globoplay.globo.com/v/11779261/
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FOLHA.COM
Aspartame é considerado possivelmente cancerígeno pela OMS
O aspartame, principal adoçante de refrigerantes dietéticos, foi adicionado à lista de substâncias "possivelmente cancerígenas" da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde). O anúncio foi publicado na noite desta quinta-feira (13).
A publicação também conta com o parecer da JECFA (Comitê Misto da FAO e OMS de Peritos em Aditivos Alimentares), que concluiu que "não há evidências convincentes de dados experimentais em animais ou humanos de que o aspartame tenha efeitos adversos após a ingestão".
O comitê da JECFA também afirmou que não há razão para alterar a recomendação máxima diária, de 40 mg/kg. A FDA (agência americana reguladora de alimentos e medicamentos), indica que a ingestão máxima pode ser de 50mg/kg.
Segundo o órgão do governo dos Estados Unidos, uma pessoa que pese em média 60 kg teria que consumir mais de 75 pacotes de 8 g de aspartame para estar exposta a algum risco.
A diretriz foi publicada após um grupo de trabalho da Iarc, composto por 25 especialistas independentes de 12 países, se reunirem para avaliar estudos relacionados ao desenvolvimento de câncer em humanos, assim como testes clínicos em animais, e às evidências sobre as principais características dos carcinogênicos.
O comitê misto da FAO e OMS contou com 13 membros e 13 especialistas de 15 países.
A classificação ocorre dois meses após o órgão desaconselhar o uso de todos os tipos de adoçantes não nutritivos como substitutos do açúcar em dietas para controle do peso. O alerta chamava atenção para efeitos colaterais destes compostos a longo prazo, como maior risco para diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, trombose e certos tipos de câncer em adultos.
Segundo o documento, o aspartame foi classificado como possivelmente cancerígeno devido a "limitadas evidências de câncer em humanos" e em experimentos com animais.
Com gosto mais doce do que o açúcar, mas sem suas calorias, o aspartame está presente na maioria dos produtos classificados como zero açúcar ou dietéticos (diet).
Entre eles estão refrigerantes; sucos prontos liquídos e em pó; chás industrializados; preparos prontos para café e cappuccino; iogurtes; gelatinas; pães; barras de cereal e chicletes.
Paulo Augusto Miranda, presidente da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), afirma que as publicações e recomendações de órgãos de saúde têm como base a avaliação de dados científicos. Neste caso, as decisões são baseadas em evidências de estudos de acompanhamento de longo prazo, assim como estudos controlados, com uso de placebo.
A agência observa a quantidade e qualidade de trabalhos científicos sobre a substância. A intenção é calcular o nível de exposição dos indivíduos e a associação dos compostos ao desenvolvimento de doenças. "É o montante de evidências que faz com que se tenha possibilidade de recomendar", diz ele.
Não há consenso científico sobre os malefícios dos adoçantes não nutritivos à saúde, como câncer. No Brasil, é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) quem vai avaliar a recomendação da OMS para orientar ações sobre o acesso aos produtos por meio de regulamentação.
"A diretriz vai servir de base também para os profissionais de saúde orientarem seus pacientes, baseados na análise individualizada", afirma Miranda.
A classificação dos compostos avaliados pela OMS é dividida em quatro grupos, sendo eles:
Cancerígenos para humanos
Provavelmente cancerígenos
Possivelmente cancerígenos
Não classificável
A adição do aspartame à lista ocorre devido às evidências científicas que indicam o produto como de risco.
Um estudo que relacionou o uso de adoçantes com chances de desenvolver câncer afirma que os produtos artificiais (especialmente aspartame e acessulfame-K), usados em muitas marcas de alimentos e bebidas em todo o mundo, foram associados a aumentadas chances de desenvolver a doença.
O trabalho foi publicado na PLoS em 2022 e considerou resultados de 102.865 adultos acompanhados por 7,8 anos.
Em outra pesquisa, feita em 2016, pesquisadores indianos questionaram se adoçantes artificiais usados como substitutos do açúcar eram mesmo saudáveis, além de avaliar se poderiam ser considerados seguros para diabéticos.
Publicado na Indian Journal Pharmacology, o estudo considerou diversos agentes, entre eles o aspartame.
Os autores concluíram que mulheres grávidas e lactantes, crianças, diabéticos, pacientes com enxaqueca e epilepsia representam "uma população suscetível aos efeitos adversos dos produtos contendo adoçantes não nutritivos e devem usar esses produtos com o máximo cuidado." Para pessoas sem essas condições, o uso permanecia inconclusivo.
É PRECISO PARAR DE USAR ADOÇANTES?
Miranda afirma que a orientação da OMS não é determinante, pois depende da associação entre causa e efeito, o que ainda não existe. "Aparentemente não temos dados suficientes para estabelecer essa relação de forma intensa", indica.
Ainda assim, ele afirma que as diretrizes precisam ser observadas e inseridas em políticas públicas e ações de saúde.
"É importante entender a argumentação, o impacto individual e o risco populacional para a análise da melhor recomendação, baseada no contexto global de saúde pública", diz o endocrinologista.
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GLOBO ONLINE
Lula sanciona nova lei do Mais Médicos com mudanças nas regras para revalidação
O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sancionam nesta sexta-feira a nova lei do programa Mais Médicos. O texto altera as antigas regras para revalidação do diploma de médicos intercambistas e cria incentivos para o atendimento em municípios de difícil acesso.
Agora, médicos sem revalidação podem atender no programa por até quatro anos, mas devem fazer provas periódicas. Além disso, a prorrogação da participação no programa só será possível com a apresentação do diploma revalidado. O texto inicial, elaborado pelo governo Lula em março, dispensava a necessidade do Revalida, exame que valida o diploma e autoriza o exercício da profissão no Brasil, por até 8 anos no programa.
O primeiro Mais Médicos, lançado em 2013 na gestão de Dilma Rousseff, foi alvo de críticas da oposição e da categoria médica por aceitar profissionais estrangeiros sem o Revalida. À época, cerca de 80% dos profissionais que aderiram ao programa eram cubanos, em operação intermediada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Uma das diretrizes do programa em sua nova versão é a prioridade para médicos brasileiros registrados no país. O primeiro chamamento, de 5.970 vagas, recebeu mais de 34 mil inscritos, número recorde desde o lançamento em 2013. Antes, a maior marca havia sido registrada em 2015, com 18.240 médicos ativos no programa. Com esse edital, o programa recompõe essa marca e objetiva ultrapassar até o final do ano chegar a 28 mil participantes.
A lei também inclui que o pagamento pelo trabalho deve ser feito diretamente ao médico participante, sem intermediadores. Antes, o Ministério da Saúde transferia os valores para a Opas e esta, por sua vez, transferia para o governo cubano, que pagava os profissionais intercambistas. A mediação era possível graças a uma parceria entre o governo e a Opas.
Outras mudanças permitem o uso de telessaúde no programa quando necessário, e a priorização de territórios indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
Incentivos
Entre os novos incentivos, o programa prevê que o profissional pode receber adicional de 10% a 20% do total da bolsa conforme a vulnerabilidade do município de atuação, e que os participantes beneficiados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) receberão um adicional para o pagamento da dívida.
Outros incentivos lançados são:
Benefícios proporcionais ao valor mensal da bolsa para os profissionais que atuarem em periferias e regiões mais remotasDireito a compensação do valor pago pelo INSS para alcançar o valor da bolsa durante os seis meses de licença maternidade. Pais terão direito a licença com manutenção de 20 diasMédicos com deficiência ou que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência terão horário.
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BLOG DO CORRETOR
Artigo - Problemas de gestão dos planos de saúde e a evasão dos mais jovens - Parte 2: A persistência dos problemas jurídicos
Por Bruno Barchi Muniz | LBM Advogados
No último artigo comentamos reportagem do site Jota, intitulada "Mais jovens deixam planos de saúde e 'equação da idade' vira problema para empresas" .
Listamos os principais problemas que o editorial apontou, que eram os seguintes:
1) Alto índice de desemprego e falta de renda, sobretudo entre os jovens de 18 a 24 anos;
2) Perspectivas econômicas ruins para o país;
3) Recentes reajustes enormes nos planos de saúde;
4) Mau uso do serviço, com usuários que vão "passear" no médico ou que fazem exames que sequer vão buscar;
5) Médicos conveniados ou de entidades conveniadas que prescrevem tratamentos ou medicamentos que não estão previstos no rol da ANS, gerando custos adicionais.
No nosso comentário anterior, falamos sobre os três primeiros itens, aprofundando questões sobre as possíveis origens e alguns desafios talvez não observados, de natureza econômico-social, que permeiam a contratação dos jovens com os planos de saúde.
No artigo atual trataremos sobre os dois itens derradeiros, que nos parecem mais ligados a temas jurídicos e desconsideração dos contratos, por ambas as partes.
Começamos refletindo sobre problema indicado pelos gestores dos planos de saúde, no sentido de que muitos usuários "passeiam" em médicos e pedem exames que não são nunca sequer retirados dos laboratórios.
Apesar de sabermos que isso existe, não temos ciência do tamanho do impacto gerado financeiramente para os planos de saúde. Nem sabemos se existe alguma solução para isso.
Do ponto de vista jurídico, certamente é difícil identificar se o usuário está "passeando" no médico, ou seja, demandando do serviço desnecessariamente, embora isso seja uma indiscutível realidade.
Quanto aos exames que são solicitados, colhidos, mas não são retirados, isso, sim, nos parece uma infração contratual geral, pois atenta contra a boa-fé que deve orientar a formação e exercício dos contratos.
"Eu estou pagando, então vou fazer de tudo" é um raciocínio bastante comum ao brasileiro. A deslealdade contratual infelizmente parece estar ligada ao DNA nacional.
Mas, aqui também há dificuldade prática, pois iriam os planos processar seus maus usuários, como de fato mereciam ser processados por essas condutas mendazes?
Além de ser custoso e possivelmente não exitoso, poderia ainda gerar a migração do cliente para o concorrente. Mas, vale a pena manter clientes desleais? Nos parece ser questão de profunda discussão, sem necessariamente haver uma solução.
Por fim, nas oitivas da reportagem, criticou-se os médicos e entidades conveniadas que prescrevem tratamentos ou medicamentos não previstos no rol da ANS, gerando custos imprevistos para os planos de saúde.
Na nossa experiência em trabalhos em hospitais, confirmamos que um dos grandes desafios é elaborar junto às equipes uma "lista" ou, pelo menos, uma padronização de medicamentos para utilização cotidiana.
Médicos são profissionais liberais que têm suas preferências pessoais e profissionais, e isso, por si só, dificulta essas padronizações e eleições de medicamentos para compras mais vantajosas com fornecedores.
E isso que estou falando diz respeito a um só hospital. Só que os planos de saúde comumente agregam diversas entidades.
Imagine padronizar medicamentos para uma coletividade de hospitais, médicos e clínicas médicas?
E a coisa fica ainda pior: em uma situação quase utópica como essa, o médico teria que escolher o que prescrever não com base na doença do paciente, mas com base na preferência de seu convênio médico, posto que cada empresa teria negociações, vantagens e preferências com laboratórios e fornecedores de medicamentos distintos.
Vamos pelo exemplo mais banal e superficial: o paciente está com dor. O médico prescreverá paracetamol ou dipirona? E de qual fabricante? Olharia a "carteirinha" do plano de saúde para decidir?
Se é assim com coisa pequena, imagine com os caríssimos antineoplásicos, que devem ser fornecidos pelos convênios?
Apenas por esse lado a situação já se torna insustentável.
Por outro, muito mais claro e sério, existem casos - e não são poucos - que a medicação "padrão" não atende à necessidade do paciente, não sendo razoável exigir que o profissional lance mão de medicação incongruente com o estado do usuário. Aliás, usar medicamento insuficiente ou não aplicável ao caso, é descumprimento contratual e ético do médico, coisa que os planos muitas vezes ignoram ou tentam fazer ignorar.
A padronização é um desafio a ser buscado e, provavelmente, um sonho impossível. De todo modo, não é motivo para que profissionais sejam constrangidos a tratar indevidamente pacientes, sobretudo em questão tão delicada quanto a saúde.
Por fim, já dissemos em outras ocasiões, mas é bastante surpreendente como os planos ainda insistam em falar a respeito do "rol da ANS", tendo em vista que já existe mais de 20 anos de jurisprudência obrigando aos tratamentos não previstos no dito rol, sendo que, agora, a própria lei já dispõe sobre o rol ser apenas exemplificativo, e não exaustivo.
Talvez um bom começo seja não mais dar murro em ponta de faca.
Bruno Barchi Muniz - é advogado, graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos, Pós-Graduado em Direito Tributário e Processual Tributário pela Escola Paulista de Direito (EPD), membro da Associação dos Advogados de São Paulo. É sócio-fundador do escritório Losinskas, Barchi Muniz Advogados Associados.
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EXTRA ONLINE
Piso da enfermagem: STF publica ata e empresas privadas agora têm 60 dias para fazer negociação coletiva
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou a ata do julgamento no qual liberou o pagamento do piso salarial nacional da enfermagem. O texto, no entanto, apresenta ressalvas sobre o reajuste dos funcionários do setor. A partir da publicação, feita na quarta-feira (dia 13), passa a contar o prazo de 60 dias para que as empresas do setor privado façam negociações coletivas com os sindicatos, como foi determinado pelos juízes na decisão. Depois do prazo, o pagamento do novo valor mínimo será obrigatório, se não houverem acordos.
Saiba como participar: Sindicato estuda apoio financeiro a professores descontados por participarem da greve no Rio
Após meses parado, o STF retomou, na sexta-feira (dia 23), o julgamento da liberação do piso nacional da enfermagem. Uma semana depois, a corte decidiu, por 8 a 2, pela liberação do pagamento do ajuste em todo o território nacional.
Como os magistrados não fixaram uma data para o início do pagamento do piso ao setor público, o deputado federal Bruno Farias (Avante) protocolou um requerimento na Câmara dos Deputados para convocar a ministra da Saúde Nísia Trindade para uma audiência pública na Casa. O objetivo é discutir sobre a efetivação do piso salarial nacional aos servidores públicos da Enfermagem.
Entenda a decisão de Barroso
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O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, estabeleceu regras para que a concessão do reajuste aos servidores fosse estabelecida. Veja as propostas:
Aos servidores públicos da União, o piso deve ser concedido integralmente;
Servidores de outras esferas - estados e municípios -, os quais atendam a 60% dos seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), receberão os valores reajustados até quando os recursos do governo, cerca de R$ 7,3 bilhões, estiverem disponíveis;
Profissionais do setor privado, contratados pro meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem receber o que está previsto na lei do piso, a não ser que hajam negociações coletivas, que estabeleçam outros valores. No entendimento do ministro, os acordos coletivos podem reduzir as chances de demissões.
Histórico
O piso estava suspenso desde setembro de 2022, por decisão liminar do ministro Roberto Barroso, depois confirmada pelo restante do STF, depois de provocação do setor patronal privado. A partir disso, houve uma peregrinação da categoria para garantir apoio de deputados, senadores e governo para cumprir as exigências do STF.
Na sexta-feira (dia 30), foi aprovado no STF o pagamento do piso salarial nacional aos profissionais da Enfermagem. Na votação, o tribunal estabeleceu o piso salarial no valor de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
Quais são as reivindicações dos servidores federais da Enfermagem?
A principal reivindicação da classe é o pagamento imediato do piso salarial nacional da Enfermagem. Outro ponto abordado pelos sindicalistas é a estadualização do Hospital Federal da Lagoa, ação que o Estado do Rio negocia com o governo federal.
Aprovado desde o fim de junho pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o envio dos salários já com a correção estabelecida pelo piso ainda não foi feito pela União. O Ministério da Saúde alega que é preciso um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que não tem prazo para ser estabelecido.
Sidney Castro, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social do Rio de Janeiro, destaca que é preciso que o governo sinalize quando vai pagar, para que a greve seja finalizada:
- Não terminaremos a greve até termos uma data definitiva para o pagamento do piso salarial da enfermagem. Essa paralisação só continua porque o governo não sinaliza data definitiva. E ele precisa sinalizar para os servidores. Enquanto não houver na prévia do contracheque, não iremos parar.
A representante do Sindsprev/RJ Christiane Gerardo também pontua que a categoria está em luta contra as privatizações na Saúde e contra a entrada das Organizações Sociais na saúde federal. Junto a isso, o Sindsprev pede o enquadramento dos "técnicos" aos auxiliares de enfermagem, o que garantiria aumento salarial de cerca de R$ 1 mil.
- Não deixaremos que o Hospital da Lagoa seja estadualizado. Nós também demandamos a jornada de trabalho de 30 horas, que é um direito já previsto na lei, mas que não está sendo posto em prática - critica Christiane Gerardo, líder do Sindprev/RJ.
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CORREIO DA BAHIA
"É irreversível", diz presidente da Rede Mater Dei sobre inteligência artificial nos hospitais
A inclusão da inteligência artificial (IA) na medicina é irreversível e ainda representa um gigante potencial a ser explorado. É o que defende o médico Henrique Salvador, presidente da Rede Mater Dei. Em entrevista exclusiva, o representante da segunda geração da família mineira à frente da rede de hospitais, revelou como a IA já é colocada em prática no serviço médico e falou sobre os planos de novas aquisições na Bahia. Henrique Salvador participou da abertura do 13º Seminário de Gestão em Saúde, que aconteceu pela primeira vez fora de Minas Gerais, na quinta-feira (13), no Mater Dei Salvador.
Na conversa, o presidente conta em detalhes soluções desenvolvidas a partir da aquisição de mais da metade do capital social da A3Data, empresa especializada em dados e inteligência artificial. Além de explicar os motivos que levaram à mudança de perspectivas no crescimento da Rede Mater Dei, depois da abertura de capital. Fato esse que o colocou na lista de bilionários da Forbes, na 99º posição, com patrimônio estimado em R$ 3,6 bilhões. Um ano após a inauguração do Hospital Mater Dei em Salvador e a compra de 95% do Emec, em Feira de Santana, a rede deseja avançar ainda mais no interior baiano.
A inclusão da inteligência artificial (IA) está sendo debatida em diversos setores econômicos. Quando o ChatGPT foi lançado, trouxe pânico inclusive no segmento hospitalar. Como o senhor analisa a interseção das novas tecnologias na área médica?
Tem certas coisas na vida que são irreversíveis e a inteligência artificial é uma delas, inclusive na área da saúde. A questão é o que vamos fazer com isso. Para que não fôssemos um agente a reboque e participássemos desta transformação, compramos 50% da A3Data, uma empresa especializada em inteligência artificial e análise de dados, no final de 2021. A partir de soluções desenvolvidas com tecnologia, reduzimos horas extras, desperdício de horas de profissionais e aumentando a produtividade. Eu não acho que isso é colocar a vida e o trabalho de ninguém em risco, mas uma ferramenta para melhorar o serviço.
De que forma a inteligência artificial já é colocada em prática na Rede Mater Dei?
Existem diversos exemplos. Um deles leva em consideração que um hospital tem momentos de sazonalidade. Por exemplo, às 6 horas da manhã o laboratório está lotado e o pronto-socorro está vazio. Mas quando já é mais tarde, por volta das 9 horas, o laboratório deixa de ter movimento e o pronto-socorro começa a encher. Nós criamos um dispositivo eletrônico chamado Compartilha, que permite que o gestor tenha uma visão espacial das pessoas que estão com horas de trabalho a oferecer naquele momento porque o fluxo está muito pequeno e aquelas outras que estão com o tempo apertado. Nisso, a gente transfere profissionais de uma área que está mais ociosa para outra que está mais cheia.
Também há exemplos do uso da tecnologia na gestão com as operadoras que diminuem a variabilidade dos custos. Nos últimos cinco anos, nós estudamos o perfil dos pacientes que tiveram pneumonia comunitária da Rede Mater Dei. Colhemos informações, com ajuda da inteligência artificial, sobre quantos dias ele ficou internado, qual era a idade média, os medicamentos principais e quando usava os medicamentos mais caros. Nós chegamos à conclusão que dava para oferecer para a operadora um pacote, assumindo um risco, dentro de uma banda de preço, o que foi bom para os dois lados.
Essa é a primeira vez que o Seminário de Gestão em Saúde da Rede Mater Dei acontece fora do estado de Minas Gerais e o local para receber o evento foi Salvador. De que forma a capital baiana se destaca no segmento hospitalar no contexto nacional?
Nós trouxemos o Seminário para Salvador porque inauguramos o Mater Dei Salvador um ano atrás e viemos com um projeto muito importante para rede e para a população. Existe uma carência muito grande no nosso setor de fóruns em que possamos discutir temas que são desafios e nossos seminários sempre tiveram cunho prático, com soluções inovadoras. Então, precisávamos trazer para a Bahia um fórum que discutisse a situação das empresas, pressionadas por custos maiores com as questões tributárias. Além de questões como a inclusão de tecnologia.
O Mater Dei Salvador foi inaugurado em maio de 2022, qual balanço a diretoria faz desse mais de um ano de atuação da rede?
O Hospital pegou e é uma realidade. Eu tenho vindo a cada três semanas e sempre fico impressionado com o aumento da produção, seja no pronto-socorro, na parte de exames ou no centro cirúrgico. Também notamos o aumento da satisfação dos usuários, medida pela metodologia Net Promoter Score (NPS). Nós estamos no processo de certificação deste hospital por uma certificadora internacional de qualidade, a JCI, e devemos ser auditados até o início do ano que vem. Então, é um hospital que virou uma realidade, um projeto irreversível.
A construção de unidades hospitalares está no DNA da Rede Mater Dei e o hospital construído do zero em Salvador é prova disso. Mas o projeto de crescimento também contou com a aquisição de 95% do Hospital Emec, em Feira de Santana. Quais critérios são utilizados para tomar as decisões de expansão?
A nossa história sempre foi de construir hospitais. Em 1980, construímos o bloco I do Hospital Santo Agostinho, e, nos anos 2000, o bloco II. Inauguramos o Mater Dei da Contorno em 2014 e, num ciclo mais curto, em 2019, inauguramos o Mater Dei Betim-Contagem. Optamos por vir para Salvador e construímos o hospital em três anos.
Mas, em 2021, constatamos que não dava mais para somente construir porque um projeto do zero demora em torno de oito anos para maturar. Naquele momento, chegamos a conclusão que, para potencializar o crescimento e aproveitar as oportunidades, precisávamos capitalizar a Rede Mater Dei. Foi quando abrimos nosso capital na bolsa de valores, em 2021, vendemos 25% da rede para o mercado. A partir daí, começamos a investigar e identificar hospitais que pudessem ter certas características.
Quais?
Praças com potencial de crescimento, hospitais que fossem relevantes para a comunidade, hospitais cujo os valores identificados em uma diligência operacional tivesse um alinhamento com a Rede Mater Dei. É preciso ver se aquele hospital, quando vier a fazer parte da nossa rede, performará como precisa. A gente estuda para ver se é possível que ocorra esse encaixe com os valores da Rede Mater Dei.
E para o futuro, há previsão de novas aquisições na Bahia?
Com o quadro econômico que estamos vivendo, com juros altos, a questão da responsabilidade pelo endividamento é muito crítica. Mas temos mapeado muitas oportunidades no Brasil inteiro, inclusive na Bahia. O problema é o momento certo para fazer e colocar em prática as diligências que determinam como se dará o nosso crescimento.
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Assessoria de Comunicação