CLIPPING AHPACEG 18/10/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dia do Médico – Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023 será entregue no dia 18
Governo anuncia parceria para zerar fila de transplante de córnea em Goiás
Justiça ordena que Unimed João Pessoa pague o piso da enfermagem; descumprimento acarretará em multa
Alego concede Comenda Nabyh Salum a médicos de destaque na noite desta 4ª-feira
Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha
Entidade médica quer lei que regulamente procedimentos estéticos
Chat GPT pode ocupar o lugar de um médico? Veja
Dia do Médico: em 2023, Senado mira expansão da oferta
GONEWS
Dia do Médico – Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023 será entregue no dia 18
Em homenagem ao Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, nesta quarta-feira, às 19h30, o Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) fará a entrega da Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023. Dez médicos goianos receberão seus troféus e diplomas em solenidade na sede do Conselho.
Serão homenageados os médicos Aclécio José Dias Pereira, Delzirene Pinheiro Botelho, Edson Tadeu de Mendonça, Élio Caetano de Assis, Fátima Maria Lindoso da Silva Lima, Fernando Oliveira Castro, Ilza Pascoal Trevenzol, José Cruvinel de Macedo, Marco Túlio Campos Tahan e Nicean Serrano Telles de Souza Campos.
Criada em 2005 pelo Cremego, a comenda é entregue anualmente a médicos com mais de 35 anos de atuação ética e conduta ilibada e que se destacam no exercício da profissão, sendo uma referência para os colegas nas áreas de ensino e pesquisa, assistencial e/ou de organização da classe. A entrega marca a comemoração do Dia do Médico pelo Cremego.
A solenidade deste ano será coordenada pela presidente do Conselho, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e deve reunir conselheiros e diretores do Cremego, autoridades da área da saúde, médicos, parentes e amigos dos homenageados.
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A REDAÇÃO
Governo anuncia parceria para zerar fila de transplante de córnea em Goiás
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) vai firmar parceria com o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) com o objetivo de zerar a fila para transplantes de córnea em Goiás e colocar o estado na condição de exportador para o país. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17/10) durante a solenidade de apresentação da reforma e adaptação do Banco de Olhos do Cerof.
Com a parceria, o Estado, que tem hoje um Banco de Olhos, passará a contar com uma nova unidade, possibilitando o aumento das captações. Ao todo, foram realizados, entre janeiro e setembro de 2023, 460 transplantes de córneas em Goiás, o que representa um aumento de 75% em relação ao ano passado. Contudo, 1.534 pessoas ainda aguardam na fila para o transplante.
Durante o evento de reinauguração, o titular da SES-GO, Sérgio Vencio, destacou que o Cerof é referência nacional para o tratamento de doenças oftalmológicas, entre as quais glaucoma e as diversas enfermidades na retina. “A retomada das atividades com equipamentos altamente especializados traz boas perspectivas para o aumento dos transplantes de córnea e os hospitais estaduais poderão ser utilizados para a captação desse tecido ocular”.
O diretor-geral do Cerof, Marcos Pereira de Ávila, explicou que a unidade deve realizar a captação em 50 doadores por mês, o equivalente a 100 córneas. “Vamos utilizar o nosso conhecimento e estrutura, que agora foi totalmente remodelada”.
Segundo a gerente de Transplantes da SES-GO, Katiúscia Freitas, quando a unidade estiver em pleno funcionamento, as captações serão divididas por região de abrangência. “Existe a proposta do Cerof treinar profissionais de hospitais que são referências no interior para termos captação no interior", explicou.
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SÃO BENTO EM FOCO
Justiça ordena que Unimed João Pessoa pague o piso da enfermagem; descumprimento acarretará em multa
A Justiça do Trabalho determinou, nesta terça-feira, (17), que a Unimed João Pessoa e o Amip paguem o piso da enfermagem de R$ 4.750,00. A decisão foi dada pelo juiz Jose Airton Pereira e pela juíza Maria das Dores Alves. A informação é do Blog do Maurílio Junior.
Os magistrados atenderam ações movidas pelo Sindicato dos Enfermeiros da Paraíba.
Em ambos os casos o prazo dado para implantação do piso é de 10 dias, sendo que a multa estabelecida contra a Unimed é de R$ 1 mil por dia em eventual descumprimento. Já para o Amip, a multa é de R$ 500 mil, além de complicações judiciais para as duas unidades.
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JORNAL BRASIL EM FOLHAS
Alego concede Comenda Nabyh Salum a médicos de destaque na noite desta 4ª-feira
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que tem como presidente o deputado Gustavo Sebba (PSDB), promove, nesta quarta-feira, 18, a partir das 19 horas, sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum, que homenageia os médicos pela dedicação do trabalho em prol da saúde no Estado de Goiás. Cerca de 30 profissionais receberão a honraria.
"Neste dia em especial, convido a todos a refletir sobre a importância da medicina e o compromisso que temos em apoiar nossos profissionais de saúde. Através de seu trabalho, esses médicos têm sido faróis de esperança e cura, especialmente em tempos difíceis como os que temos enfrentado recentemente. Em nome da Comissão de Saúde, como presidente, quero expressar nossa mais profunda gratidão aos médicos que serão agraciados com a Comenda Nabyh Salum e a todos os profissionais da saúde que, dia após dia, fazem a diferença nas vidas de nossos concidadãos", disse Sebba.
O tucanos afirma que a homenagem deve servir para inspirar e fortalecer o compromisso com a saúde e o bem-estar da comunidade. "Que continuemos a trabalhar juntos para criar um ambiente propício para a prática da medicina e para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade".
Quem foi Nabyh Salum
O médico Nabyh Salum nasceu em Minas Gerais, mas construiu sua carreira em Goiás, sendo um dos médicos mais importantes do Estado. Foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Sociedade Goiana de Radiologia, do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), além de ter estado à frente da implantação da cooperativa Unimed, no Estado, e participado da construção da Associação Médica de Goiás (AMG), instituição da qual foi presidente por oito mandatos.
Nabyh Salum faleceu aos 83 anos, no dia 30 de novembro de 2016.
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FOLHA.COM
Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - O número de alunos de medicina no Brasil cresceu, mas o total de médicos formados em residência para obter título de especialistas não aumentou na mesma proporção. Enquanto a taxa da graduação atingiu a marca 1,05 estudante para cada mil habitantes, a de residentes médicos ficou em apenas 0,21 por mil, um índice que deve diminuir o impacto da política da expansão de vagas para a área, sobretudo no atendimento ao sistema público de saúde.
O alerta é do Radar da Demografia Médica no Brasil, elaborado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a AMB (Associação Médica Brasileira) e atualizado neste mês com os novos dados do Censo Nacional da Educação. Segundo os autores, em 2022, o Brasil dispunha de 321.581 médicos especialistas, o que corresponde a apenas 62,5% dos profissionais em atividade no país, sendo todos os demais, 192.634 médicos (37,5%), generalistas.
No ano passado, quase 1 milhão de pessoas (952.865) tentaram ingressar nas graduações nacionais e o país registrou recorde de 245.501 estudantes do curso, alta de 25,2% em relação aos 167.788 alunos de 2018.
O relatório aponta que, de 2015 a 2023, a oferta de residência médica no Brasil mais que dobrou. Olhando para os últimos cinco anos, porém, quase nada foi feito para acompanhar o aumento do número de médicos graduados.
Entre 2018 e 2022, o total de residentes aumentou apenas 8,7%, passando de 41.274 para 44.857 no mesmo período. Outro problema é que a oferta continua concentrada: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm juntos mais de 60% das vagas de residência médica.
Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do levantamento, diz que as filas no SUS (Sistema Único de Saúde) têm relação direta com a falta de especialistas. "As especialidades são imprescindíveis para que o SUS possa ampliar uma atenção primária resolutiva e superar o problema do acesso a cirurgias, exames e consultas na atenção especializada, tanto ambulatorial quanto hospitalar", reforça.
A residência é, segundo Scheffer, a principal forma de obter a titulação de especialista ao lado de cursos oferecidos pelas sociedades médicas. As vagas para residentes e de planos de carreira no sistema público, porém, seguem desigualmente distribuídos pelas regiões, concentrados sobretudo em capitais e zonas metropolitanas, sendo os especialistas, ao final, absorvidos principalmente pelo sistema privado.
O mapeamento tomou por base registros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e, neste mês, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Nos próximos anos, o estudo indica um país com uma oferta de médicos mais jovens e feminina e recordes na densidade de profissionais formados até 2035, quando o país deve saltar dos atuais 2,7 médicos para cada mil habitantes para índices acima de 4,4 médicos para cada mil.
Apesar de uma boa média nacional, próxima à de países como Coreia do Sul (2,5/mil) e EUA (2,6/mil), a densidade médica no Brasil ainda varia muito no território, sendo possível encontrar 6 médicos para cada mil habitantes no Distrito Federal e apenas 1 para cada mil no Maranhão.
A médica Fernanda Nicolela Susanna, residente do primeiro ano de oftalmologia do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/USP), viu mais da metade de seus colegas seguirem na carreira sem uma especialização. "Acho que algumas pessoas não se sentiam prontas, mas também tenho muitos amigos que queriam passar, que estavam estudando muito e não conseguiram a vaga. Cada ano está mais concorrido", pondera.
Para garantir a residência que buscava, a médica começou a estudar ainda no sexto ano da graduação, com grupo e plano de estudos, além de aulas extras em um cursinho. "Fiquei muito feliz com os resultados, mas foi um ano difícil, que exigiu muita dedicação", conta.
De acordo com o mapeamento, as mulheres já são maioria entre os recém-formados em medicina e, em 2024, pela primeira vez, devem ser maioria também na profissão. "As mulheres serão mais de 50% dos médicos, com perspectiva de chegar a 56% ou 57% na próxima década", aponta Scheffer.
O professor reforça que a feminização da carreira é um marco importante na demografia médica e que isso, como em outras áreas, vem acompanhado de desafios para conter as desigualdades de gênero.
"Elas são minoria em 36 das 55 especialidades. São maioria em apenas 19. Então, se estamos falando de um futuro com uma maior presença de mulheres na profissão, e se estamos defendendo a necessidade de ampliação da oferta de formação de especialistas, há que se discutir essas especialidades nas quais as mulheres estão subrepresentadas", avalia.
O professor, que também participou de estudos de renda baseados em inquérito com médicos e dados da Receita Federal, afirma ainda que há uma desigualdade significativa de remuneração entre médicos e médicas. O levantamento mostrou que a renda média declarada pelos homens médicos em 2020 foi de R$ 36.421 contra R$ 23.205 das mulheres médicas (ou seja, 63,7% do rendimento masculino na mesma profissão). "Homens declaram rendimento superior em todas as faixas etárias, enquanto mulheres têm variações menos flexíveis. Até os 30 anos, mulheres declaram, em média, 82,7% do rendimento dos homens, diferença que se amplia para faixas etárias intermediárias, voltando a diminuir nas idades mais avançadas", afirma Scheffer.
O professor ressalva que a diferença acentuada a favor dos homens pode se dar devido a outros rendimentos de origem patrimonial declarados no IR, mas que a desigualdade segundo gênero é verificada em outros estudos e fontes. "Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, e no Inquérito Nacional com Médicos, do estudo Demografia Médica, o rendimento das médicas também é proporcionalmente menor", lembra Scheffer.
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NEWS CUIABÁ
Entidade médica quer lei que regulamente procedimentos estéticos
Crescimento da procura por procedimentos revela urgência de criar lei para definir atribuições, regras e responsabilidades dos profissionais
A morte da fotógrafa Roberta Correa, de 44 anos, após se submeter a um procedimento estético no interior de São Paulo, na última sexta-feira, reforça a necessidade de criar uma legislação que defina quais profissionais têm a capacitação e habilitação necessárias para realizar procedimentos estéticos e outros atos médicos com segurança. O professor titular da Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e presidente da Associação Brasileira de Médicos Com Expertise em Pós-Graduação (Abramepo), Eduardo Costa Teixeira, explica que cada conselho profissional tem autonomia para determinar quais procedimentos os profissionais que representa estão aptos a realizar. "Demorou-se muito para discutir a Lei do Ato Médico, que foi aprovada em 2013 cheia de vetos, completamente desfigurada. De um modo geral, não temos uma lei ampla que defina os limites de atuação de cada profissional. Não existe uma legislação acima dos conselhos, que assumem o papel de definir os limites das suas respectivas profissões. É urgente criar uma regulamentação que norteie e garanta, de fato, a segurança da sociedade", afirma Teixeira.
Médicos, biomédicos, farmacêuticos e profissionais de estética são habilitados, por seus respectivos conselhos, a realizar o endolaser (procedimento ao qual a fotógrafa seria submetida), uma técnica considerada minimamente invasiva, mas que requer uma anestesia local.
Busca por procedimentos estéticos cresceu 390% no Brasil
O professor explica que não é necessário um anestesiologista para aplicar uma anestesia local. "Se houver necessidade de sedação a partir do nível 2, aí sim seria necessário um especialista. Até algum tempo atrás, toda a clínica de estética tinha que ter um médico responsável, mas essa exigência foi derrubada. Então, esteticistas, dentistas, biomédicos e enfermeiros estão habilitados por seus conselhos a aplicar anestesias locais", afirma.
Teixeira explica que toda e qualquer anestesia pode provocar reações e complicações sérias que podem levar à morte. "O que pode fazer diferença no caso de uma reação, é uma resposta rápida de um profissional devidamente habilitado. Por isso é importante regulamentar esses atos em lei e fiscalizar o cumprimento da legislação", diz.
O presidente da Abramepo, Eduardo Costa Teixeira
Medicina Estética
No entendimento do presidente da Abramepo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) peca por não reconhecer, até hoje, a Medicina Estética como especialidade médica. "Formalmente, a medicina continua renegando a estética. O posicionamento do CFM é o de que a estética está incluída na Dermatologia e na Cirurgia Plástica, mas médicos não podem anunciar seus cursos de pós-graduação lato sensu em Medicina Estética, enquanto outras profissões têm suas pós-graduações reconhecidas como especialidade", completa o presidente da Abramepo.
Mercado em expansão
O Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, segundo o Euromonitor International. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) revelou crescimento de 390% na busca por procedimentos estéticos no país. "Nesse cenário, é imperativo que se regulamente a medicina estética e a realização de procedimentos para que o cidadão tenha um parâmetro bem definido sobre como escolher com segurança um profissional para realizar determinados procedimentos", completa o professor.
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ESTADO DE MINAS
Chat GPT pode ocupar o lugar de um médico? Veja
Pesquisadores de Israel e do Reino Unido conduziram uma pesquisa com oito pacientes hipotéticos para identificar se o Chat GPT é capaz de conduzir e orientar uma pessoa com depressão, assim como os médicos da atenção primária. O novo estudo foi publicado na última segunda (16/10), na revista científica Family Medicine and Community Health, do grupo British Medical Journal (BMJ). Segundo os autores, um dos diferenciais entre o atendimento médico e a inteligência artificial (AI) foi que o segundo não apresentou preconceitos de gênero ou classe social - ação observada entre os médicos analisados no estudo.
Cada "paciente" realizou a mesma pergunta ao Chat GPT: "O que você acha que um médico de cuidados primários deveria sugerir nesta situação?". As possíveis respostas eram: encaminhamento para psicoterapia; prescrição de tratamento farmacológico (não incluindo psicoterapia); encaminhamento para psicoterapia e prescrição de tratamento farmacológico; e nenhum desses tratamentos.
Caso a inteligência artificial escolhesse o tratamento farmacológico, ele era levado a selecionar uma das seguintes opções: antidepressivo; ansiolítico/hipnótico; antidepressivo e ansiolítico/hipnótico; e nenhuma dessas drogas.
Leia também: Outra discrepância entre as abordagens terapêuticas foi em relação ao tratamento. Entre os médicos da atenção primária, apenas 4,3% recomendaram exclusivamente o encaminhamento para psicoterapia para casos leves. Já o Chat GPT 3.5 e Chat GPT 4 (versão mais atual), por outro lado, recomendaram exclusivamente o encaminhamento para psicoterapia em 95% e 97,5% dos casos, respectivamente.Leia também: Outubro Rosa e menopausa: entenda a relação
Já nos casos graves, a maioria dos médicos da atenção primária propôs encaminhamento para psicoterapia e prescrição de tratamento farmacológico (44,4%). No entanto, a inteligência artificial propôs isso com mais frequência do que os médicos de cuidados primários: Chat GPT 3.5 (72%) e Chat GPT 4 (100%). Além disso, 40% dos médicos da atenção primária indicaram exclusivamente a prescrição de tratamento farmacológico, recomendação que não foi feita pelo Chat GPT 3.5 e Chat GPT 4.
MEDICAÇÃO
Nos casos em que médicos de cuidados primários ou Chat GPT propuseram psicofarmacologia (exclusivamente ou juntamente com psicoterapia), foi feita uma pergunta de acompanhamento sobre os medicamentos específicos recomendados. Os resultados indicam que os médicos da atenção primária recomendam uma combinação de antidepressivos e medicamentos ansiolíticos/hipnóticos em 67,4% dos casos, uso exclusivo de antidepressivos em 17,7% dos casos e uso exclusivo de medicamentos ansiolíticos/hipnóticos em 14,0% dos casos.
Em contraste, as recomendações das duas últimas versões do Chat GPT apresentaram variações significativas. Sendo que ambos propuseram o uso exclusivo de medicamentos ansiolíticos/hipnóticos, em contraste com as recomendações dos médicos da atenção primária, como aponta a pesquisa: " A proporção de casos em que o tratamento antidepressivo exclusivo é recomendado é maior tanto para Chat GPT 3.5 (74%) quanto para Chat GPT 4 (68%) do que para as recomendações dos médicos de atenção primária.
Além disso, Chat GPT 3.5 (26%) e Chat GPT 4 (32%) "sugeriram o uso de uma combinação de antidepressivos e medicamentos ansiolíticos/hipnóticos com mais frequência do que os médicos de cuidados primários".
As duas versões do Chat GPT exibiram desempenho bastante semelhante na maioria dos casos. Uma exceção importante foi observada nos casos de depressão grave. Chat GPT-3.5 recomendou uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia em apenas 72% dos casos, recomendando psicoterapia isoladamente sem tratamento farmacológico nos restantes 28%. Em contrapartida, a versão mais avançada do Chat GPT-4 recomendava uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia em 100% dos casos.
As observações revelaram diferenças entre o Chat GPT e as normas utilizadas pelos médicos de cuidados primários na identificação da gravidade da depressão e na determinação de como o distúrbio deve ser tratado. Especificamente, o Chat GPT 4 demonstrou maior precisão no ajuste do tratamento para cumprir as diretrizes clínicas.
"O estudo sugere que o Chat GPT, com o seu compromisso com protocolos de tratamento e ausência de preconceitos, tem potencial para melhorar a tomada de decisões nos cuidados de saúde primários. No entanto, sublinha a necessidade de investigação contínua para verificar a fiabilidade das suas sugestões. A implementação de tais sistemas de AI poderia reforçar a qualidade e a imparcialidade dos serviços de saúde mental."
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AGÊNCIA SENADO
Dia do Médico: em 2023, Senado mira expansão da oferta
O Dia do Médico se comemora nesta quarta-feira (18). Em 2023, o Senado chega à data tendo cumprido uma missão importante: a abertura de uma frente de formação doméstica de profissionais para o programa Mais Médicos. Já sancionada, a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde (Lei 14.621, de 2023) pode integrar médicos à atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste ano.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) foi a relatora da medida provisória (MP 1165/2023) que se transformou na lei. Para ela, celebrar o Dia do Médico deste ano com a nova política do Mais Médicos encaminhada é emblemático para sinalizar a importância da expansão da oferta de profissionais da saúde em todas as comunidades.
- Uma atenção primária robusta evita o agravamento de doenças, reduz internações, diminui a mortalidade infantil e, sobretudo, é uma forma de o Estado dizer que enxerga, respeita e reconhece a cidadania que é de todos, independentemente do local de moradia. Saúde é direito e médico não deve ser luxo para poucos.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, em fevereiro, a edição mais recente da Demografia Médica, pesquisa periódica que reúne dados sobre a presença e a distribuição de médicos no país. Segundo a publicação, o Brasil tem 2,56 médicos em atividade para cada mil habitantes, uma média que situa o país próximo a membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). como Japão (2,5) e Canadá (2,7).
No entanto, a pesquisa evidencia também problemas na distribuição de profissionais pelo território nacional. As capitais atingem a marca de 6,22 médicos por mil habitantes, e reúnem 54% dos médicos em atividade no país, apesar de terem menos de um quarto da população nacional. Já as cidades do interior somam menos de dois médicos por mil habitantes. Os médicos atuantes nas capitais também são, em geral, mais experientes, com quase dois anos a mais de prática após a formação do que os médicos do interior.
A oferta de médicos no Brasil tem crescido ano a ano, e um dos fatores importantes, de acordo com a pesquisa do CFM, é a entrada de médicos no país. Os anos de 2020 a 2022 registraram, cada um, um saldo positivo de mais de 20 mil médicos ingressando no país. São os números mais altos da série histórica, que remonta a 1990.
Revalida
Durante as negociações pela aprovação da MP 1165, um dos pontos de atrito foi a dispensa de exigência do teste de revalidação do diploma (Revalida), que é requerido para que médicos que tenham se formado no exterior possam trabalhar no Brasil. O texto aprovado permite a participação no programa sem o diploma revalidado por quatro anos; após esse período, é necessário fazer o exame.
O Revalida foi criado em 2019, e a sua legislação teve como um de seus relatores o senador Dr. Hiran (PP-RR), que na época era deputado federal. Ele argumentou, durante a votação, que o teste é especialmente importante para asseverar a competência de médicos que trabalharão em locais de pouca oferta, que são justamente os alvos prioritários do Mais Médicos.
- Não podemos tergiversar sobre a avaliação do profissional que vai trabalhar principalmente nos vazios do nosso país. É inadmissível que a gente possa aprovar algo que possa deixar a população brasileira à mercê de um profissional que não foi devidamente avaliado para prestar um serviço tão essencial à saúde das pessoas.
Também naquela sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) rebateu a necessidade imediata do diploma revalidado e destacou que o objetivo da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde é capacitar os médicos por meio da própria atividade e do contato com os pacientes.
- A atenção primária tem que ser de excelente padrão, e só vamos fazer isso quando tivermos formação complementar dos profissionais de saúde num programa como o Mais Médicos, sob supervisão. Esses médicos têm que ser avaliados na vida real, é na prestação de serviço, como são avaliados os médicos residentes. Especialista em medicina é formado na prática, seguindo doente.
Efeméride
O 18 de outubro é escolhido para o Dia do Médico pela associação da data com São Lucas, um dos primeiros apóstolos do cristianismo e reconhecido como autor de dois livros do Novo Testamento, incluindo um dos Evangelhos. Ele foi um médico grego e é o padroeiro da profissão.
Médicos no Senado
O Senado tem, atualmente, sete senadores formados em medicina:
Dr. Hiran - Oftalmologista
Humberto Costa (PT-PE) - Psiquiatra
Marcelo Castro (MDB-PI) - Psiquiatra
Nelsinho Trad (PSD-MS) - Urologista
Otto Alencar (PSD-BA) - Ortopedista
Rogério Carvalho - Especialista em medicina preventiva
Zenaide Maia - Infectologista
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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Assessoria de Comunicação