CLIPPING AHPACEG 16/10/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cremego homenageia médicos com a comenda Honra ao Mérito Profissional 2023
Telemedicina ganha cada vez mais força no Brasil e agiliza atendimentos
Após vomitar sangue, mulher morre repentinamente em Goiânia
HGG realiza cirurgia inédita para tratamento de aneurisma cerebral
Teste permite detectar coinfecção por nova espécie de parasita em casos graves de leishmaniose visceral
Do reajuste à judicialização dos planos de saúde: a conta não fecha
Vias tortas do debate sobre plasma
Telemedicina continua a crescer em Goiás
Entenda como as fraudes podem prejudicar o seu plano de saúde
A REDAÇÃO
Cremego homenageia médicos com a comenda Honra ao Mérito Profissional 2023
Evento será na sede do Conselho, em Goiânia
Dez médicos serão homenageados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), em Goiânia, no Dia do Médico, data comemorada nesta quarta-feira (18/10), na sede do Conselho, às 19h30. A comenda Honra ao Mérito Profissional 2023 será uma grande solenidade, e contará com as presenças de diretores, conselheiros, autoridades da área da saúde, médicos, demais convidados e os grandes homenageados da noite.
Criada em 2005 pelo Cremego, a comenda é entregue anualmente a médicos com mais de 35 anos de atuação ética e conduta ilibada e que se destacam no exercício da profissão, sendo uma referência para os colegas nas áreas de ensino e pesquisa, assistencial e/ou de organização da classe.
Neste ano, os homenageados serão os médicos Aclécio José Dias Pereira, Delzirene Pinheiro Botelho, Edson Tadeu de Mendonça, Élio Caetano de Assis, Fátima Maria Lindoso da Silva Lima, Fernando Oliveira Castro, Ilza Pascoal Trevenzol, Jose Cruvinel de Macedo, Marco Túlio Campos Tahan e Nicean Serrano Telles de Souza Campos.
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Telemedicina ganha cada vez mais força no Brasil e agiliza atendimentos
Caroline Louise
São Paulo - Regulamentada recentemente, em 2022, a teleconsulta ou consulta médica não presencial tem ganhado cada vez mais força no Brasil. A modalidade foi adotada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros em todo o País no ano passado, segundo informações divulgadas pelo Centro de Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). "Durante a pandemia da covid-19, a telemedicina foi uma saída para evitar grandes aglomerações nos hospitais e unidades básicas de saúde. O formato atualmente tem grande colaboração para a rapidez dos atendimentos. Hoje eu atendo pessoas de todos os lugares do Brasil e em minutos já consigo passar a receita médica, por exemplo. O paciente não precisa ficar horas em uma fila aguardando ser atendido", comenta o médico generalista Lucas Martins Morais, que atende telemedicina por meio de convênio com um plano de saúde. Ele destaca, no entanto, que há casos em que o atendimento presencial ainda é o mais recomendado.
A pesquisa TIC Saúde, feita pelo Cetic, revela um crescimento do uso de tecnologias por profissionais do setor médico quando comparado ao período anterior à pandemia, o que, para os pesquisadores, pode impactar positivamente a assistência à saúde. A Unimed Goiânia, por exemplo, diante da necessidade de isolamento social provocado pela pandemia da covid-19, estruturou com grande agilidade, ainda em 2020, o serviço on-line para consultas, diagnósticos e monitoramento de saúde dos beneficiários com sintomas da doença. Atualmente, o atendimento on-line, que inicialmente só atendia casos suspeitos de covid-19 e pós-covid, é destinado a pacientes com sintomas diversos. Há também atendimento virtual pediátrico. De acordo com dados da Unimed Goiânia, de 2020 até agosto de 2023, a telemedicina da unidade realizou mais de 160 mil atendimentos.
A telemedicina ajuda, inclusive, pessoas que moram no interior do Estado e que muitas vezes precisam buscar atendimento na capital. Além de poupar o tempo de deslocamento, o paciente não precisa gastar minutos e até horas na sala de espera de consultórios e outras unidades de saúde.
Exemplo na prática
Morador de Iturama, no Triângulo Mineiro, Adilson Cândido de Lima levava cerca de 2 horas para se deslocar até uma unidade de saúde para conseguir uma receita de colírio para lubrificar os olhos. Com a possibilidade de ser atendido de forma remota, ele economizou tempo e dinheiro. "Eu recebi minha receita médica por SMS, nem dá para acreditar que hoje em dia é tão fácil assim", comemora.
O médico generalista Lucas Martins Morais atende cerca de 20 pacientes por dia, de urgência e emergência, e garante que a qualidade do atendimento remoto não deixa a desejar. "A telemedicina pode contribuir muito para melhorar os índices em saúde, isso porque o médico pode chegar a lugares que antes eram difíceis, que não tinham estrutura. Claro que é preciso ter internet. Mesmo com todas as possíveis dificuldades, a teleconsulta tem cumprido o seu papel em atender quem precisa no menor tempo de espera possível. O paciente é atendido no conforto da sua casa, geralmente sentado no sofá, com qualidade ímpar. Não temos como pensar no futuro da medicina sem incluir as consultas on-line. E o presente é esse, a telemedicina se consolidou no que consideramos pós-pandemia", finaliza o especialista.
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O HOJE
Após vomitar sangue, mulher morre repentinamente em Goiânia
Antes de falecer, a mulher chegou a ser atendida no Cais da região
Na madrugada deste domingo (15/10), uma mulher de 43 anos, identificada como Hilda Maria Pinto da Silva, faleceu após sentir dores na garganta, fraqueza e vomitar sangue. O caso aconteceu no Setor Campinas, em Goiânia. Antes de falecer, a mulher chegou a ser atendida no Cais da região.
Hipertensa e com prescrição médica para tomar medicamentos para a doença a cada 6 horas, Hilda veio a óbito por volta das 2 horas. Segundo o relato do marido, o mal-estar começou em casa.
Quando começou a se sentir mal, Hilda estava deitada em uma rede, queixando-se de dor na garganta, quase sem energia para se levantar. A situação piorou e ela começou a vomitar sangue. Seu esposo a levou ao Cais de Campinas, onde recebeu atendimento médico.
Durante a consulta, ela também apresentou sangramento pelo nariz e boca. Apesar dos cuidados, não resistiu e faleceu na unidade. O registro do óbito classificou-o como morte acidental, e o exame cadavérico futuro deverá esclarecer as causas do falecimento de Hilda.
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TV ANHANGUERA
HGG realiza cirurgia inédita para tratamento de aneurisma cerebral
https://globoplay.globo.com/v/12031490/
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FOLHA DE S.PAULO
Teste permite detectar coinfecção por nova espécie de parasita em casos graves de leishmaniose visceral
Nos últimos anos, médicos e cientistas de regiões do Brasil onde a leishmaniose visceral (LV) é endêmica têm se deparado com cada vez mais casos de coinfecção por diferentes protozoários: Leishmania infantum e Crithidia. O diagnóstico preciso, no entanto, é dificultado pela ausência de testes simples e específicos.
Com o objetivo de acelerar e facilitar essa distinção e, consequentemente, a definição do tratamento, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um teste do tipo PCR (que analisa o material genético contido na amostra) que leva menos de duas horas para ser concluído. Os resultados do estudo foram publicados no periódico Tropical Medicine and Infectious Disease.
O novo método representa um avanço no diagnóstico da LV - forma mais severa de leishmaniose que afeta órgãos como baço, medula óssea, fígado e gânglios linfáticos.
Negligenciada, a doença é considerada um problema de saúde pública, com mais de 3,5 mil casos todos os anos no país, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse número representa 93% de todos os casos da América Latina. Somente em 2020, foram 165 mortes em território nacional.
O estudo - financiado pela Fapesp por meio de nove projetos - mostrou que o método foi altamente preciso na identificação e quantificação de L. infantum e Crithidia em amostras obtidas in vitro e in vivo ou coletadas de hospedeiros (humanos, cães, gatos e vetores), por exemplo, por meio de biópsias de pele ou aspirados de medula óssea.
"Apesar de já existirem outros métodos moleculares de identificação de espécies, eles costumam envolver o sequenciamento do DNA da amostra, processo mais trabalhoso, lento e custoso", explica Sandra Regina Costa Maruyama, professora do Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular (PPGGEv) da UFSCar e coordenadora do estudo.
"Nosso teste avalia o material genético dos parasitas diretamente dos vetores e nos tecidos de pessoas e animais [gatos e cachorros]."
Ao contrário dos testes rápidos utilizados no sistema de saúde, que não detectam diretamente o parasita e sim os anticorpos produzidos contra ele, o novo ensaio quantitativo de PCR baseado em corante (qPCR) foi projetado e padronizado com sequências-alvo específicas para as espécies Leishmania infantum e Crithidia em amostras experimentais e clínicas.
Os novos alvos se mostraram específicos, entretanto é necessário realizar inicialmente um ensaio para detectar o primeiro parasita e, na sequência, um segundo para identificar Crithidia.
"Selecionamos esses novos alvos por meio de análises dos genomas das duas espécies. Agora que mostramos que apresentam especificidade em diferentes tipos de amostras, é necessário otimizar o ensaio para que em uma única reação de qPCR saibamos se a espécie infectante em questão é Leishmania infantum, Crithidia ou ambas", diz Maruyama.
Atualmente, o grupo de pesquisa tem testado as amostras para deteção de L. infantum e, num segundo teste, faz a detecção de Crithidia.
Segundo a pesquisadora, qualquer laboratório de diagnóstico capacitado com equipamento de qPCR -que se tornou mais acessível durante a pandemia de Covid-19 -poderia realizar esse teste. A técnica pode ser útil para estudos epidemiológicos, monitoramento de carga parasitária e acompanhamento terapêutico.
Casos de coinfecção
Durante o trabalho, foram realizados testes com 62 parasitas isolados dos tecidos de pacientes com leishmaniose visceral. Desses, 51 testaram positivo para Crithidia. Além disso, a coinfecção de Leishmania infantum e Crithidia em medula óssea foi identificada em dois novos casos de LV no Brasil. Em maio deste ano, o grupo publicou um relato de caso grave de LV no qual as duas espécies de parasitas foram detectadas.
De acordo com Maruyama, além da eficácia do teste, os resultados indicam que a infecção por Crithidia é mais frequente do que se imaginava e a coinfecção pelos dois protozoários parece acontecer principalmente nos casos mais graves.
"Ainda não sabemos quais as implicações clínicas da presença de Crithidia nos casos de LV, mas suspeitamos que a coinfecção possa exacerbar a doença ou até mesmo atrapalhar a resposta ao tratamento recomendado para Leishmania infantum", diz a pesquisadora.
"Identificar a espécie de parasita corretamente permite que sejam tomadas providências rapidamente para evitar a piora e a progressão do quadro clínico, reduzindo a mortalidade. Além disso, abre espaço para que, no futuro, se descubram medicamentos e tratamentos mais específicos."
O artigo Parasite Detection in Visceral Leishmaniasis Samples by Dye-Based qPCR Using New Gene Targets of Leishmania infantum and Crithidia pode ser lido em www.mdpi.com/2414-6366/8/8/405.
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CONSUMIDOR MODERNO
Do reajuste à judicialização dos planos de saúde: a conta não fecha
Superlotação, falta de recursos e longas filas de espera na saúde pública colaboraram para que a busca por planos de saúde na rede privada tivesse um crescimento exponencial nas últimas décadas. Para se ter uma ideia, de acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS) há aproximadamente 50 milhões de pessoas com cobertura de algum plano de saúde no Brasil, sendo que 35 milhões possuem contratos empresariais e seis milhões têm planos coletivos por adesão.
Essa corrida pela busca da assistência médica é uma decisão crucial para a maioria das pessoas e famílias. Não à toa, ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo do consumidor, segundo levantamento da IESS/Ibope. No entanto, a escolha entre planos individuais ou familiares e planos empresariais pode parecer uma questão trivial, mas há aspectos importantes a serem considerados ao tomar essa decisão, uma vez que a regulação desses planos de saúde está em jogo e que grande parte dos beneficiários estão suscetíveis a reajustes nos planos de saúde que podem ir além de sua capacidade de mantê-lo.
A criação de CNPJs como o Microempreendedor Individual (MEI) tem se tornado uma estratégia para acesso a planos de saúde e uma prática cada vez mais comum, especialmente entre aqueles que buscam uma opção de assistência médica a preços mais acessíveis. Porém, essa abordagem pode ter suas complicações, principalmente pelo aumento dos custos de contratação e manutenção.
Índices dos reajustes nos planos de saúde: Quem paga a conta?
Para Elton Fernandes, advogado especialista em direito da saúde e professor de pós-graduação de Direito Médico e Hospitalar da USP, sempre que possível o consumidor deve contratar planos individuais ou familiares. De acordo com o professor, o rol de cobertura é o mesmo em qualquer plano de saúde e, depois, o reajuste do plano empresarial mesmo para pequenas empresas costuma ser muito superior aos índices da ANS para planos individuais e familiares.
"Atualmente as operadoras de saúde devem aplicar um índice de reajuste para todos os seus contratos PME (até 29 vidas). Ou seja, não importa o quanto aquela pequena empresa utilizou de plano de saúde, seu índice será igual ao de todas as demais empresas que possuem contrato com aquela operadora", destaca Elton Fernandes.
No entanto, a falta de fiscalização e regulamentação dos índices de reajuste para contratos empresarial levantam uma reflexão importante: quem está auditando esses números, ou melhor, como o consumidor pode conferir se o índice aplicado está certo ou errado? De acordo com o professor, a ANS precisaria realizar uma fiscalização mais assídua, especialmente para que esse índice de reajuste dos contratos PMEs tivessem maior confiabilidade
"A ANS não estabelece esse índice atualmente, embora haja a previsão de que ela pode solicitar à operadora os dados sobre a metodologia de como chegou a esse percentual", critica. "As operadoras por sua vez dizem que esses índices foram auditados pelas grandes empresas de auditoria, mas acontece que no relatório dessas empresas elas dizem que checaram o índice utilizando apenas uma amostragem de contratos fornecido pela operadora, o que significa dizer que na prática não houve aferição de toda base de dados e que pode ter sido manipulado pela operadora" destaca.
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Plano de saúde: "Não faz sentido limitar reajuste aos 59 anos"
O último reajuste por faixa etária atualmente é limitado aos 59 anos de idade. A regra foi estabelecida pelo Estatuto do Idoso e a ANS. "Não faz sentido em se cobrar aos 59 anos todo o incremento de risco futuro desse consumidor. Isso onera em demasia quem completa 59 anos e os expulsa do contrato, beneficiando o plano de saúde que passa a receber muito antes todo o risco futuro que esse consumidor pode dar. Seria necessário rever a regra, sobretudo agora que a Justiça pacificou que o Estatuto do Idoso, por si, não impede que haja algum reajuste por faixa etária, vedando apenas o reajuste diferenciado, o abusivo" pontua Elton.
"O correto seria diluir esse reajuste ao longo da vida do consumidor, em novas faixas. Mas isso soa para a população como se o idoso estivesse sendo onerado, quando na verdade essa oneração já ocorre de forma antecipada, mas ocorre justamente antes da pessoa ser considerada legalmente idosa. É um contrassenso" reflete.
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Judicialização do setor da saúde
Essa falta de clareza tem feito com que consumidores entrassem na justiça pedindo revisão dos custos e índices de reajustes. Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) destacou que os reajuste dos planos de saúde, incluindo o índice de 9,6% estipulado pela ANS, extrapolaram o limite razoável, uma vez que as operadoras conseguem compensar os prejuízos de outras formas, por exemplo, com a rentabilidade de suas aplicações financeiras.
Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Idec afirmou em nota que vê o cenário se repetir "Após o maior aumento da história aplicado no ano passado, mais uma vez registramos reajustes elevados autorizados pela ANS, em um momento de inflação bem menor, sem que os rendimentos dos consumidores tenham crescido no mesmo ritmo. Na prática, o consumidor, que no ano passado pagou mais de R$238 bilhões às operadoras de planos em mensalidades, acaba custeando tanto os serviços contratados quanto os prejuízos gerados por problemas de gestão", reflete.
A aprovação desse índice é quase 67% maior do que o valor da inflação acumulada em 2022, e quem sofre com isso é o consumidor que além de gastar mais, enfrenta problemas de gestão das operadoras do setor. As empresas alegam enfrentar uma crise como nunca antes vista no mercado de planos de saúde.
"O consumidor se sente lesado porque vê a inflação oficial a 5% e não entende como pode o plano de saúde subir 15%, 20% ou até 30%, como ocorre nos casos de contratos coletivos por adesão. Então esse consumidor de um plano coletivo entra com ação judicial exigindo que a operadora de saúde prove que a sinistralidade fora de fato tão elevada ao ponto de justificar esse percentual de reajuste e, na prática, raras vezes um plano de saúde consegue provar que houve base idônea para aplicar esse percentual", explica Ana Carolina Navarrete.
"Isso então leva à consequência de que a Justiça poderá nesse caso determinar a nulidade do reajuste aplicado e sua substituição por outro índice, bem como o ressarcimento daquilo que fora indevidamente pago ao longo dos 03 anos anteriores ao ajuizamento da ação. Se o reajuste do plano coletivo tem base idônea, como as grandes operadoras não conseguem provar isso dentro dos processos?", avalia Elton Fernandes.
O PL que ganhou novo foco na saúde
Após 17 anos, o Projeto de Lei 7.419, que trata da atualização dos planos de saúde voltou a ser o centro de discussão no setor da saúde. De autoria do deputado Duarte Jr. (PSB-MA), o projeto pretende proibir as operadoras de planos privados de assistência à saúde de rescindirem unilateralmente os contratos firmados com beneficiários, a menos que o atraso na mensalidade supere 60 dias consecutivos.
O tema ganhou novos debates, após a recusa de atendimento a consumidores em alta vulnerabilidade, como idosos, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, que de acordo com o deputado em nota à agência Câmara "vem sendo retirados dos planos de saúde por gerarem um custo maior".
No contraponto, o professor e advogado Elton Fernandes acredita ser muito difícil a aprovação do PL "Penso que a chance disso passar nesse Congresso de viés mais liberal é muito difícil. A reforma já parou na Câmara após pressão das operadoras de saúde. Se aprovado na forma como proposto, os planos empresariais para pequenas e médias empresas teriam limite de reajuste seguindo um índice da ANS que hoje só existe para planos individuais e familiares".
"É benéfico ao consumidor, pois os planos individuais e familiares são raros no mercado justamente em razão de que os reajustes dos planos empresariais são significativamente maiores e, agora, colocam-se famílias nos contratos de plano de saúde através de um CNPJ, o que implica numa falsa coletivização do setor" finaliza Fernandes.
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O GLOBO
Vias tortas do debate sobre plasma
Manter um suprimento adequado de sangue e plasma para pacientes que necessitam de transfusão ou hemoderivados - garantindo o uso adequado e a segurança dos produtos, bem como a prevenção da transmissão de doenças infecciosas - está entre as principais preocupações das autoridades nacionais de saúde e instituições internacionais.
Todo ano, milhões de pacientes recebem transfusões de sangue, componentes sanguíneos ou derivados do plasma para melhorar sua qualidade de vida e sobrevivência. O Brasil tem uma legislação adequada e conta com hemocentros responsáveis pela doação de sangue e medula óssea.
Valores solidários e o modelo de organização do sistema de sangue nacional são compatíveis com países desenvolvidos e recomendações da OMS. Decisões de superar um passado quando se comercializava sangue foram tomadas devido à contaminação de milhares de pessoas e acúmulo de evidências sobre a correlação entre venda, pobreza e infecções que poderiam ser evitadas. O pagamento da doação conforma um ciclo que desestimula atos voluntários e solidários, essenciais para assegurar estoques, inclusive de tipos sanguíneos mais raros.
Mais sobre OMS RNA mensageiro: Entenda como funciona a tecnologia que deu Prêmio Nobel de Medicina a cientistas Testemunhas de Jeová pedem que Supremo acione OMS para decidir sobre religião e saúde No passado, a venda de sangue foi polêmica. Houve gente que enriqueceu e quem tenha se dedicado a teorizar sobre sua natureza mercantil. Numerosos escândalos de contaminação deram fim às filas de miseráveis anêmicos, de quem se extraía sangue praticamente em troca de comida. Durante a pandemia de Covid-19, as preocupações sobre sangue e emergências sanitárias retornaram aos fóruns especializados. A redução das doações em função do isolamento social estimulou iniciativas para articular ferramentas de saúde digital para a convocação de jovens. Ações endereçadas a renovar constantemente o estoque.
Preocupações com o aproveitamento integral das doações e preços, especialmente de produtos do fracionamento do plasma, sempre estiveram nos bastidores. Hemácias e plasma têm requerimentos de uso e possibilidades de armazenamento diferenciados. Providências para exportação em troca de redução de preços de hemoderivados e, posteriormente, a criação de instalações para a produção no país foram adotadas. Mas as dificuldades para a aquisição e acesso a imunoglobulinas continuaram a desafiar o acesso de pacientes e os orçamentos da saúde. Estamos longe de ter uma saída fácil, mas tínhamos acertado uma rota.
As expectativas de ampliação da oferta de hemoderivados minguaram na gestão de Ricardo Barros no Ministério da Saúde. Alterações nas atribuições de órgãos do sistema de sangue foram sucedidas por impasses no armazenamento do plasma e discussões sobre o desperdício e, a seguir, privatização. Uma sequência de relações causa-efeito leviana e simplificadora. Mas suficiente para trazer para dentro do Congresso Nacional um projeto de alteração da Constituição de 1988, sem fundamento científico e técnico, baseado em arranjos empresariais-políticos improvisados e bizarros.
Contas sobre desperdício do plasma - como se a transfusão de hemácias fosse um adendo dispensável no dia a dia dos serviços de saúde - e a desconsideração de plataformas tecnológicas e capacidade de inovação para o processamento do sangue lembram experiências recentes. A tentativa de compra de vacinas inexistentes de empresas sem experiência na produção de imunizantes passou muito longe das propostas de complementação virtuosa entre público e privado na saúde.
No mesmo momento em que se anunciam investimentos do PAC na Hemobrás, senadores de oposição tentam obstruir a longa trajetória da política de sangue pública de um país que tem SUS. Sangue bom é uma expressão que sinaliza a direção correta: acesso sustentável para quem precisar de um bem valioso, cujo valor é incomensurável.
*Ligia Bahia é professora da UFRJ
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O POPULAR
Telemedicina continua a crescer em Goiás
Passado o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, o atendimento médico por telemedicina continua sendo adotado por usuários. A facilidade de acesso em qualquer localidade é um fator que leva à escolha dos pacientes pelas consultas online. Planos de saúde se estruturam para expandir o acesso na modalidade, seja pela porta de entrada dos prontos-socorros ou consultas eletivas.O atendimento via telemedicina foi autorizado em caráter excepcional no início da pandemia no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e aprovado pelo Congresso Nacional. Depois, em maio de 2022, uma resolução do conselho regulamentou a prática. Uma lei sancionada em dezembro reforçou a autorização em todo o território nacional, abrangendo todas as profissões da área da saúde.A discussão do uso da telemedicina que tomou força em 2018, mas foi impulsionada pela Covid-19, se mantém nos dias atuais, com a rede privada buscando novos formatos de se desenvolver.
A exemplo, a Unimed Goiânia, uma das maiores operadoras de plano de saúde da capital, atendeu de março de 2020 a setembro de 2023, um total de 161,8 mil usuários na modalidade online, mas apenas para pronto-atendimento.No primeiro ano, a operadora teve uma média mensal de 3,4 mil consultas, quando eram atendidos apenas suspeitos ou infectados com o novo coronavírus. Em 2021, subiu para a média mensal de 5 mil. No ano seguinte, com o fim do isolamento social, caiu para 3,7 mil por mês. No mesmo período, ampliou o quadro de especialistas para a consulta virtual. No entanto, ainda não faz consulta eletiva na modalidade, ou seja, aquelas feitas por agendamento.A maior procura em todos os anos foi para clínico geral, mas também para pneumologia, infectologia e pediatria. Coordenadora da telemedicina da Unimed Goiânia, a pneumologista Daniela Campos Mattos explica que a telemedicina é "um caminho sem volta" e cada vez mais está se modernizando para ampliar o atendimento.
Isso porque, diz, há aparelhos "sofisticados" e com possibilidade de fazer os exames físicos à distância.Conforme a médica, a principal dificuldade é poder examinar os pacientes via telemedicina. No entanto, pontua que, para casos leves, a modalidade tem contribuído para desafogar a fila do pronto-socorro. "A resolutividade é alta. O índice de encaminhar para o presencial é de 2% (nos casos moderados a graves). Na tela consigo resolver muita coisa, agiliza os exames, receita médica. Economiza-se muito, transporte, trânsito, e sem contar o risco de chegar no pronto-socorro lotado e pegar uma infecção que não tinha", diz.O membro da Câmara Técnica de Telemedicina do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e do CFM, Leonardo Emílio da Silva destaca que a telemedicina tem um "papel fundamental e vai assumir cada vez mais em situações de dificuldade de acesso ao paciente". Ele cita, a exemplo, o acompanhamento médico para idosos, pacientes crônicos e no pós-operatório, além de moradores do interior."Facilitou muito a forma de prestar assistência a pessoas de outros estados e do interior.
(E se torna) um acompanhamento mais próximo, pois o paciente não precisa ficar se deslocando", pontua. Além disso, acrescenta que a teleconsulta segue todos os critérios da consulta presencial, tais como prontuário e sigilo médico, o que garantiu com que tenha "aceitação tanto por parte dos médicos como dos pacientes". "Vem sendo implementado, devagar, pois é óbvio que tem um tempo para ser implementada", finaliza.Outra grande operadora de plano de saúde no estado, a Hapvida NotreDame Intermédica deu início ao atendimento via telemedicina em 2021. Naquele ano, foram 904 consultas virtuais por agendamento. Em 2022, chegou a 6.984 em todo o ano, com um aumento de 501% para este ano, quando totalizou 42.014, contabilizados até o mês de setembro. Ao menos 17 especialidades possuem teleconsulta, incluindo outras três voltadas à pediatria.Dentre as especialidades médicas, a operadora lista ao menos 13 como as mais atendidas, como clínico geral, alergologia, cardiologia, dermatologia, gastroenterologia, infectologia, nefrologia, neurologia, nutrição, pneumologia e psiquiatria, além de urologia.No Sistema Único de Saúde (SUS), a implementação da telemedicina em Goiás tem ocorrido lentamente.
Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estava fazendo o uso da telemedicina para acompanhar casos suspeitos e confirmados da Covid-19, conforme o POPULAR mostrou em abril de 2020. Hoje, no entanto, a pasta não tem trabalhado mais com a modalidade.A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) começou a implantar a modalidade no segundo semestre deste ano. A pasta diz em nota que, de julho a setembro, realizou 676 atendimentos via telemedicina. As consultas são para as especialidades de cardiologia, endocrinologia, neurologia, pneumologia, psiquiatria e reumatologia, em 52 municípios do interior do estado.Conforme a secretaria, a implantação faz parte do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), desenvolvido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. Em Goiás, para os requisitos de seleção dos municípios, "foram priorizadas as cidades mais distantes da capital".
A pasta, no entanto, não disse quais são esses.Empresa explora mercado de saúde digitalA Zapymed, uma plataforma goiana focada em consultas por telemedicina, que funciona como um plano de saúde, tem explorado o mercado deixado pela modalidade. Em 2021, no auge da pandemia da Covid-19, a empresa deu início ao seu funcionamento. No período, ao menos 150 mil atendimentos médicos virtuais já foram realizados. É o que diz um dos fundadores do plano de saúde digital, Mayco Dias."Na pandemia que vi a possibilidade de montar um negócio nesse segmento", explica. O cofundador destaca ainda que o objetivo da Zapymed é "democratizar o acesso à saúde" e facilitar o acesso às pessoas que têm menos condições a ter saúde de qualidade". "Queremos alinhar tecnologia para solucionar a saúde", destaca.Ainda conforme ele, mesmo tendo sido criada no estado, o plano tem atendido pacientes de todo o Brasil, com médicos parceiros espalhados pelo País.
Mesmo com foco na telemedicina, a plataforma também dispõe de atendimento presencial. "A receptividade no começo foi grande, depois veio uma estabilidade. Agora está numa boa tendência", diz. Isso pois, relata, ainda "falta informação" e "resistência" por parte de alguns usuários e médicos."Mas vem numa crescente boa, o comportamento vai mudando."A gerente comercial Tatianna Laura Borges, de 38 anos, começou a utilizar a Zapymed há um ano. "Uso sempre que preciso, não faço mais automedicação por sempre ter acesso rápido à consulta médica", pontua.Ela avalia ainda que há vários benefícios: "rápido, prático e de fácil uso, bom atendimento e não preciso me locomover e esperar horas em uma recepção pra ter atendimento."
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METRÓPOLES
Entenda como as fraudes podem prejudicar o seu plano de saúde
O cenário da Saúde Suplementar no Brasil vive um paradoxo. O setor fechou 2022 com mais de 50,5 milhões de beneficiários, sendo um ápice nos últimos nove anos. No entanto, em paralelo, o mesmo período registrou um prejuízo operacional acumulado de R$ 11,5 bilhões, o maior em mais de duas décadas, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E um dos principais motivos desse desequilíbrio são as ações fraudulentas.
Tanto que as fraudes - como simulação de falsos grupos/coletivos e pedidos alterados de reembolso de consultas e procedimentos, por exemplo - consomem 2,3% do investimento das empresas de saúde suplementar, pontua Fabiano Catran, diretor Institucional e de Gestão do Cliente da Seguros Unimed, que oferece serviços de saúde, seguros de vida, residencial, planos odontológicos e previdência privada. Inclusive, essa diversificação de produtos é um dos destaques da marca Unimed, que hoje é um ecossistema completo presente em mais de 80% do solo nacional.
Assim, as consequências das fraudes, ao contrário do que muitos podem pensar, não impactam apenas as empresas, elas afetam todos os envolvidos no sistema, desde administradores e funcionários até beneficiários honestos.
Isso é por conta dos princípios que os seguros - seja na área da saúde ou outra - têm para assegurar o equilíbrio financeiro. E, caso as regras sejam quebradas, toda a engrenagem do sistema para. Como é o caso do mutualismo, conceito fundamental para os seguros de saúde, em que os membros de um grupo contribuem para o benefício geral, que é utilizado para cobrir as despesas médicas quando necessário.
Consequências das fraudes
Além de ameaçar a solidariedade entre os beneficiários, as fraudes desestabilizam todo o sistema de saúde suplementar, com consequências na sociedade em geral. Isso porque os seguros particulares aliviam a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Visto que os planos de saúde fornecem cuidados médicos e hospitalares a cerca de 25% da população.
Nesse sentido, o uso indevido do seguro ainda coloca em risco a qualidade do atendimento, já que os recursos desviados poderiam ser utilizados para melhorar os serviços.
"A sustentabilidade do sistema mutualista do seguro de saúde depende da correta utilização dentro das coberturas contratadas. É assim que a Seguros Unimed garante uma oferta diferenciada de serviços, combatendo as fraudes que poderiam prejudicar seus clientes", completa o diretor-executivo de Provimento da , que destaca ainda o compromisso da empresa com a qualidade do atendimento.
Inclusive, quem comete as fraudes pode ter consequências jurídicas, porque são crimes passíveis de punição. Sem contar que empresas já demitiram profissionais por conta do uso indevido do plano de saúde.
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Combate às fraudes
Com todas essas consequências negativas para a sociedade, as empresas de seguro e planos de saúde vêm conscientizando os beneficiários para entrar na luta contra as fraudes. Esse é o princípio da campanha Saúde Sem Fraude. Além de dicas de como usar o plano corretamente, no site oficial há um canal exclusivo para denúncias, com a opção de identificar o denunciante, ou não.
A campanha foi lançada pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que une 13 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência. A Seguros Unimed participa desse movimento e tem investido em tecnologias avançadas, como o reconhecimento facial e modelos de detecção de padrões, para proteger os consumidores e garantir a integridade do sistema.
Outro destaque é a parceria da Seguros Unimed com empresas que utilizam a inteligência artificial para, por exemplo, prevenir pagamentos de reembolsos abusivos e também ajudar na precificação e previsão de custos. O resultado é uma economia estimada de R$ 7 milhões por ano, que serão retornados para os beneficiários por meio de melhorias nos atendimentos e tratamentos.
"Sabemos que as fraudes são um dos principais desafios da Saúde Suplementar no Brasil. Em outubro de 2022, a FenaSaúde denunciou um esquema que custava R$ 40 milhões em reembolsos solicitados por empresas de fachada. Estamos sempre combatendo essas ações para poder investir recursos no melhor atendimento ao segurado", explica Catran.
Aliás, para além do combate às fraudes, a Seguros Unimed investiu mais de R$ 350 milhões em tecnologia, desde 2021, em vários âmbitos da empresa. Por exemplo, neste ano, a seguradora foi pioneira dentro do Sistema Unimed ao migrar informações para a nuvem, efetivando assim a digitalização completa de 100% das operações e aprimorando a gestão de recursos.
Dessa forma, a seguradora passou a base de dados para uma única plataforma, que possui um sistema mais avançado e automatizado para o armazenamento de informações. Tudo isso seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, já que a integridade ética é um pilar fundamental para a empresa.
As mudanças são para melhor atender os beneficiários da Seguros Unimed, evidenciando o compromisso da empresa com a saúde e as vidas dos brasileiros. E, como explica Fabiano Catran, a empresa cultiva um relacionamento com os clientes pautado pela empatia e sensibilidade humanas.
Faça o certo!
Há várias formas de fraudar o sistema, mais ou menos elaboradas, como emprestar a carteirinha ou compartilhar o login e senha do plano de saúde com terceiros para fazer solicitações de consultas e, em seguida, reembolsos. Por isso:
Evite compartilhar as informações de acesso ao plano de saúde com outras pessoas e não empreste a identificação do plano.
Recuse a divisão de recibos e faturas.
Decline ofertas para procedimentos estéticos cobertos pelo plano de saúde.
Utilize o pronto-socorro somente para situações de urgência ou emergência.
Faça uso da telemedicina para questões de menor complexidade.
Opte por prestadores de serviços da rede credenciada ou locais de saúde de confiança.
Informe ao médico sobre exames recentes para evitar repetições desnecessárias.
Recuse propostas de reembolso que exijam pagamento antecipado pelo atendimento.
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Assessoria de Comunicação