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DESTAQUES
Países com renda menor podem ter alta em casos de Alzheimer
Calendário para vacinar faixa de 6 meses a 4 anos é prioridade, dizem especialistas
Piso salarial da enfermagem: Senado busca fontes de financiamento, após decisão do STF
Pai de paciente agride médico em hospital de Aragoiânia
Covid-19: Goiás registra 279 novos casos nas últimas 24 horas
Sustentabilidade do sistema de saúde suplementar brasileiro é tema de debate
O ESTADO DE S.PAULO
Países com renda menor podem ter alta em casos de Alzheimer
_ No Brasil, estimativa é de que números quase tripliquem até 2050 ; ritmo acelerado de envelhecimento da população amplia desafios no País
JÚLIA MARQUES
As projeções para o avanço da doença de Alzheimer colocam o Brasil em um situação desafiadora: o número de casos de demência pode aumentar muito nas próximas três décadas. E não só aqui. A alta da doença deve ser maior em países de média e baixa renda, como os demais da América Latina, na comparação com as nações mais ricas.
Essa tendência acende o alerta para a necessidade de que o Brasil prepare seu sistema de saúde para atender ao grande contingente de pessoas que precisará de ajuda médica - e seus familiares, que assumem o cuidado. Também ressalta a importância de estratégias de prevenção para reduzir o volume de pessoas com demência.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva. Pessoas diagnosticadas com Alzheimer ou outras demências passam a ter dificuldades para realizar tarefas cotidianas e deixam de trabalhar. Com custo global de US$ 1,3 trilhão, as demências são hoje uma das principais causas de incapacidade e dependência em todo o mundo.
No Brasil, ainda não há clareza sobre o total de pessoas com a doença, mas estima-se que cerca de 2 milhões vivam com demências - o Alzheimer corresponde à maior parcela. Para 2050, a projeção é de que esse número chegue a cerca de 6 milhões de pessoas - um aumento de 200%.
O envelhecimento acelerado da população brasileira amplia os desafios. Em países europeus, como na França, foram cem anos para que a taxa
de idosos dobrasse. "No Brasil, está levando só algumas décadas", explica Cleusa Ferri, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Por isso, a importância de ter ações muito rápidas para cuidar das pessoas nessa faixa da vida."
Em todo o mundo, a previsão é de que os casos de demência passem de 57,4 milhões para 152,8 milhões - uma alta de 166% - em 2050. A tendência de crescimento é menor do que a média global em países como Alemanha, Itália e Japão. E maior em outros, como Brasil, Bolívia, Equador, Peru e países africanos. Os dados fazem parte de uma pesquisa global publicada neste ano na revista Lancet Public Health.
O aumento e o envelhecimento populacionais são as principais razões para a projeção de crescimento maior do Alzheimer em países da África e da América Latina. Problemas de baixa escolaridade e hábitos de vida pouco saudáveis também concorrem para que a incidência de pessoas com demência não caia nessas regiões.
Em países da América do Norte e da Europa, por exemplo, os dados já sugerem uma tendência de redução na incidência de demência - o que cientistas atribuem ao aumento nos níveis de escolaridade e à maior oferta de tratamentos para problemas cardiovasculares, uma das principais formas de se prevenir contra o Alzheimer.
Países de alta renda já têm serviços de cuidados para pessoas com demência, como atenção primária e reabilitação, mais estruturados, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde
"A prevalência de demência na América Latina é a maior do mundo. E não só é muita gente com demência , mas ela começa dez anos antes aqui."
Claudia Suemoto, Médica e professora
Por isso (acelerado envelhecimento ), a importância de ter ações muito rápidas para pessoas nessa faixa." Cleusa Ferri Professora da Unifesp
(OMS), do ano passado. Já as nações de baixa e média renda, como o Brasil, são mais dependentes dos cuidados informais desempenhados pelos familiares, que muitas vezes têm de deixar suas atividades profissionais, com impactos à economia.
INÍCIO PRECOCE. Em países latino-americanos, a presença associada de demências vasculares e Alzheimer preocupa. "A prevalência de demência na América Latina é a maior do mundo. E não só é muita gente (com demência ), mas ela começa dez anos antes aqui", alerta Claudia Suemoto, professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Entre outros temas, Claudia pesquisa de que modo reduzir os fatores de risco na população brasileira, como controlar doenças como hipertensão, obesidade e diabete, pode ajudar a evitar casos de Alzheimer e outras doenças. Uma pesquisa nesse sentido, publicada há dois anos na Lancet , mostrou que 12 fatores de risco estão ligados a 40% dos casos de demência, incluindo o Alzheimer, em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é de que o potencial de prevenção seja ainda maior.
Um dos focos, segundo os cientistas, deve ser a escolarização da população. Claudia explica que estudar no início da vida ajuda a formar o que se chama de "reserva cognitiva". É como se fosse uma poupança no cérebro - quanto maior, menor o risco de que os danos ligados ao envelhecimento comprometam as funções cerebrais.
"Há uma janela de oportunidade incrível para prevenir não só demência como outras doenças mentais", diz a pesquisadora. Além da educação formal, explica a especialista, atividades intelectuais como aprender um novo idioma ou a tocar instrumentos ajudam a formar essa "poupança" de conexões.
POLÍTICA. Apesar do cenário preocupante para as demências no Brasil, ainda faltam políticas específicas sobre o tema, na avaliação de especialistas. O Brasil se comprometeu a elaborar um plano sobre o assunto, que ainda não existe. Um projeto de lei que cria a Política Nacional de Enfrentamento à Doença de Alzheimer está em debate no Congresso Nacional. Alguns municípios, como São Paulo, já têm planos locais.
"Há países em que isso já está mais avançado, como Costa Rica, Chile. No Brasil e em vários outros países, isso está no radar, mas não foram tomadas medidas efetivas", diz Paulo Caramelli, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do conselho consultivo da Sociedade Internacional para o Avanço da Pesquisa e Tratamento da Doença de Alzheimer.
FALTA DE DADOS. Um dos pontos de partida para isso é reconhecer a complexidade da situação brasileira: ainda não se sabe a exata incidência da doença nem a mortalidade. Há ainda alta subnotificação: pesquisadores estimam que mais de 1 milhão (dos 2 milhões de casos) não tenham sido diagnosticados. Essa situação coloca pacientes e parentes em um limbo de proteção e cuidados.
Para Cleusa, é preciso educar a população brasileira para o Alzheimer. A falta de conhecimento sobre demências faz com que, muitas vezes, as perdas de memória sejam vistas como um sinal normal de envelhecimento - o que não é verdade. A pesquisadora coordena o primeiro mapeamento do Brasil sobre Alzheimer, financiado pelo Ministério da Saúde, e que deve ser publicado no ano que vem. "É necessário apoiar a família e oferecer serviços de cuidado a curto e longo prazo."
O Ministério da Saúde aponta que as demências devem ser entendidas "como uma prioridade em saúde pública" e destaca iniciativas como um curso para os cuidadores e a elaboração de guias com orientações para rastreio de demências e transtornos cognitivos leves.
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Calendário para vacinar faixa de 6 meses a 4 anos é prioridade, dizem especialistas
Imunizante da Pfizer para esse grupo foi aprovado na sexta pela Anvisa; vacina depende agora do Ministério da Saúde
Elaborar um calendário de vacinação contra a covid-19 para as crianças de 6 meses a 4 anos com a Comirnaty, da Pfizer, deve ser uma prioridade para o Ministério de Saúde, na opinião de especialistas ouvidos pelo Estadão. O imunizante para essa faixa etária foi aprovado na última sexta-feira, dia 16, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E agora precisa ser incorporado pelo ministério, que é responsável pela compra e pelo calendário, para poder começar a ser aplicado.
Antes, a vacina da Pfizer só estava autorizada para crianças de 5 anos ou mais (leia mais abai ). A Coronavac, do Instituto Butantan, já tem sido aplicada em pequenos de 3 a 4 anos.
"As nossas salas de vacinas estão acostumadas a administrar vacinas nessa faixa etária. Temos capacidade técnica para fazer essa vacinação", afirma Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O planejamento da campanha de vacinação para as crianças pequenas, segundo ela, tem de ser estratégico, eficiente e ágil. "Precisamos é garantir que teremos a quantidade suficiente de doses para vacinar nossas crianças." Procurado pelo Estadão, o ministério afirmou, em nota, que "tem contrato com a Pfizer para fornecimento de todas as vacinas aprovadas pela Anvisa e incluídas no Plano
Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 (PNO). Havendo aprovação da recomendação pela área técnica da pasta, as vacinas serão disponibilizadas para todo Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias." Já a Pfizer, também em nota, apontou que a vacinação de bebês e crianças pequenas será um "marco no combate da doença no País".
O pediatra e infectologista Renato Kfouri avalia que os casos de internações e mortes de crianças e bebês ao longo da pandemia demonstram a importância da vacinação. Em junho, um estudo da Fiocruz identificou que duas crianças de até 5 anos eram vítimas da doença por dia no País.
"São óbitos que poderiam ser evitados a partir da vacinação. Os estudos foram feitos e mostraram que a vacina é segura. Então, é importante que esse público agora seja contemplado", explicou Kfouri.
O médico avalia que o processo de aprovação pela Anvisa ocorreu seguindo o protocolo padrão, que segue uma triagem de estudos clínicos e avaliação de dados para constatação da eficácia. Na avaliação, a agência considerou a análise de estudos clínicos e dados de entidades médicas como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Em relação aos bebês de menos de 6 meses, a vacinação continua incerta. Para Kfouri, o caminho provavelmente será ampliar a vacinação de mulheres no fim da gestação. "Estudos têm indicado que é mais eficiente vacinar essas mães como forma de evitar risco aos bebês."
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AGÊNCIA SENADO
Piso salarial da enfermagem: Senado busca fontes de financiamento, após decisão do STF
De onde virá o dinheiro para garantir o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem? Essa é a questão central que o Senado vai tentar resolver nos próximos dias. O Congresso aprovou e o governo sancionou o piso, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a medida que garantiria o pagamento de ao menos R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras. Os ministros alegam que deputados e senadores não apontaram a fonte de recursos.
O impacto anual da medida seria de R$ 5,5 bilhões para o setor público e R$ 11,9 bilhões para o setor privado, segundo cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado. A estimativa está no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de setembro, publicado nesta quinta-feira (15). Municípios, estados e o setor privado dizem que não há dinheiro.
Equalizar a valorização dos profissionais da enfermagem e os impactos financeiros para instituições de saúde, governo federal, estados e municípios é o principal desafio. Desonerar a folha de pagamento de hospitais, atualizar a tabela do SUS, abater dívidas dos estados estão entre as possibilidades levantadas. E a construção da solução para o imbróglio começa a ser construída. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pretende apontar um caminho a partir de segunda-feira (19). Ele convocou uma reunião de líderes para as 9h.
"Até segunda-feira, apresentaremos as soluções possíveis. Se preciso for, faremos sessão deliberativa específica para tratar do tema mesmo em período eleitoral. O assunto continua a ser prioritário, e o compromisso do Congresso com os profissionais da enfermagem se mantém firme. Espero solução para breve", disse Pacheco em nota à imprensa na quinta-feira (15).
Parlamentares governistas e de oposição estão unidos nessa luta. Autor do projeto (PL 2.564/2020) que originou a lei do piso da enfermagem (Lei 14.434, de agosto de 2022), o senador Fabiano Contarato (PT-ES) já estuda fontes de financiamento para o "salário mínimo específico de enfermeiros, técnicos e auxiliares". Sem apontar a origem dos recursos, o senador afirma estar confiante em uma rápida solução.
- A luta continua! O piso salarial da enfermagem é uma conquista constitucional criada no Legislativo e sancionada pelo Executivo, e será efetivada. Junto ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, com quem estou em permanente contato, estamos trabalhando no entendimento relativo às fontes de custeio do pagamento do piso. E vamos chegar em breve a uma solução - disse o senador à Agência Senado.
Em uma rede social, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou solidariedade aos trabalhadores do setor após a decisão do STF que confirmou a suspensão do piso.
"Minha solidariedade a toda enfermagem do Brasil neste dia triste. Quando a maioria do STF obrigou Bolsonaro a pagar R$ 90 bi de precatórios de uma só vez, não se preocuparam de onde viria o dinheiro", apontou o parlamentar.
Histórico do piso
Em 14 de julho deste ano, o Congresso promulgou a Emenda Constitucional (EC) 124, para possibilitar que uma lei federal instituísse os pisos salariais nacionais para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras
Após aprovação do Congresso, o governo sancionou a respectiva norma em 4 de agosto, com a Lei 14.434.
Um mês depois, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, suspendeu o piso e deu prazo de 60 dias para esclarecimentos sobre o impacto da medida nos gastos públicos e o risco de demissões. Decisão se deu no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, proposta pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).
No dia 15 de setembro, o Pleno do STF confirmou a decisão liminar de Barroso, mantendo a suspensão do piso.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pai de paciente agride médico em hospital de Aragoiânia
De acordo com um enfermeiro que estava de plantão, a agressão ocorreu após o homem pedir três dias de atestado e o médico só dar um
O pai de um paciente agrediu o médico Diego Santana, na tarde deste domingo, 17, no Hospital Materno Infantil de Aragoiânia. De acordo com um enfermeiro que estava de plantão, a agressão ocorreu após o homem pedir três dias de atestado e o médico só dar um.
” O médico ficou com hematomas no rosto e corte abaixo do olho direito. Pacientes que estavam aguardando o atendimento puxou o agressor e nós da equipe levamos ele para as dependências da unidade”, afirma o enfermeiro que preferiu não ter o nome divulgado.
No momento da agressão, o hospital estava sem segurança. Conforme o Secretário de Saúde de Aragoiânia Adalberto Alves de Oliveira, o hospital conta com segurança durante o período da noite, mas estão estudando colocar durante o dia e nos finais de semana. Também estão organizando para colocar videomonitoramento nas unidades de saúde.
“A Secretaria de Saúde de Aragoiânia repudia qualquer tipo de violência e já está tomando as devidas providências para garantir a segurança dos usuários e colaboradores“, afirma Adalberto.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 279 novos casos nas últimas 24 horas
Goiás notificou 279 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas segundo o boletim divulgado neste domingo (18/9) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). O Estado acumula 1.693.669 casos da doença e 27.520 óbitos confirmados até o momento.
Segundo a SES-GO, em Goiás ainda existem 877.995 casos e 83 óbitos suspeitos que estão em investigação para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,62%.
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REVISTA HOSPITAIS BRASIL
Sustentabilidade do sistema de saúde suplementar brasileiro é tema de debate
"Os desafios do sistema de saúde suplementar brasileiro" foi o tema da palestra proferida pelo médico Bruno Ganem, diretor de relacionamento do Grupo Sabin, na cidade de São José dos Campos, em São Paulo. O evento reuniu lideranças e autoridades de saúde da região e colocou em evidência os desafios dos sistemas de saúde, hoje altamente fragmentados, e trouxe ao centro das discussões as oportunidades de melhorias da jornadas de saúde e como proporcionar melhor acesso à saúde aos quase 50 milhões de brasileiros que dependem do sistema suplementar no país.
Além disso, foi discutido o papel dos diversos stakeholders (empresas, operadoras e seguradoras de saúde, prestadores de serviço ambulatoriais e hospitalares, órgão regulador) na construção de um ecossistema de saúde mais eficiente, com melhor experiência do usuário e melhor utilização dos recursos tecnológicos e avanços da ciência. "É importante ampliarmos a relação de confiança e investirmos esforços em ações que possibilitem a integração dos diversos elos da cadeia de saúde, buscando maior sustentabilidade do sistema e melhor gestão de saúde da população com melhores desfechos clínicos, longevidade e qualidade de vida ", observou Ganem.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
BRASIL. Maioria do Supremo vota para manter suspenso o piso dos profissionais de enfermagem
Bolsonaro sobre piso da enfermagem: 'Mais uma interferência do STF'
Enfermagem: discussão sobre o piso mistura interesses eleitorais, judicialização e falta de dinheiro
Goiás é o 3º Estado do País com maior número de casos de varíola dos macacos
Goiás registra 958 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Estudo chama atenção para uma epidemia global de câncer em pessoas abaixo de 50 anos
Bolsonaro promete recompor Farmácia Popular
O LIBERAL ONLINE
BRASIL. Maioria do Supremo vota para manter suspenso o piso dos profissionais de enfermagem
Maioria do Supremo vota para manter suspenso o piso dos profissionais de enfermagem
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para manter a suspensão da lei que criou o piso salarial dos profissionais de enfermagem até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.
Até a tarde desta quinta-feira (15), o placar era de 7 a 3 pela suspensão da medida. Ainda falta o voto da presidente do STF, Rosa Weber.
A lei que fixa pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi aprovada em julho pelo Congresso e sancionada em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os ministros julgam no plenário virtual a decisão individual do relator, ministro Luís Roberto Barroso. O entendimento de Barroso foi seguido pelos ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
O ministro André Mendonça, Nunes Marques, Edson Fachin divergiram e votaram para derrubar a suspensão.
Apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), a ação analisada pelo STF questiona a validade da medida por entender que a fixação de um salário-base para a categoria terá impactos nas contas de unidades de saúde particulares pelo país e nas contas públicas de estados e municípios.
No voto em que foi alcançada a maioria, o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes, afirmou que "não se pode perder de vista os eventuais efeitos perversos que a lei, cheia de boas intenções, pode produzir na prática".
"É evidente o estado de penúria pelo qual atravessam alguns estados e municípios brasileiros e a dependência significativa desses entes em relação aos Fundos de Participação dos Estados e Municípios, para o atendimento de suas despesas básicas. Nesse contexto, é preocupante o resultado que medidas normativas como essas podem vir a gerar", argumentou.
Em relação ao setor privado, Mendes defendeu que é preciso discutir as divergências locais para a fixação do piso.
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ISTOÉ DINHEIRO
Bolsonaro sobre piso da enfermagem: 'Mais uma interferência do STF'
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira, 15, a suspensão do piso nacional da enfermagem determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O plenário da Corte atingiu hoje a maioria para referendar a decisão do magistrado, que deu 60 dias para entidades públicas e privadas de saúde se manifestarem sobre o impacto da medida na situação financeira de Estados e municípios.
"Lamento a decisão do Supremo Tribunal Federal. O placar está 7 a 3, já acabou, está suspenso, então, se não me engano, por 60 dias, o piso dos enfermeiros pelo Brasil. O Congresso aprovou por quase unanimidade, nós sancionamos. No meu entender, é mais uma interferência do Supremo Tribunal Federal no dia a dia. Mais uma vez o Supremo interfere, prejudicando mais de 2 milhões de profissionais de saúde", disse o presidente durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
Em 5 de setembro, quando Barroso divulgou a decisão, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o Palácio do Planalto defenderia o piso da enfermagem no STF por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), apesar de o próprio deputado ter orientado a base governista a votar contra a proposta durante a tramitação no Congresso. Filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também foi contra a medida.
A suspensão do piso é criticada também por políticos da oposição. Principal adversário de Bolsonaro na eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na ocasião, que sempre defendeu a medida. O petista ressaltou que o chefe do Executivo vetou o reajuste dos salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Bolsonaro sancionou o piso da enfermagem em 4 de agosto, em cerimônia no Planalto transformada em ato político, após intensas discussões nos bastidores do governo. A lei estabelece piso salarial que varia de R$ 2.375,00 a R$ 4.750,00 para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.
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Enfermagem: discussão sobre o piso mistura interesses eleitorais, judicialização e falta de dinheiro
Na tentativa de oxigenar sua campanha à reeleição e cicatrizar os danos da trágica gestão da saúde no início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro torce para virar o jogo no Supremo Tribunal Federal (STF) e emplacar o piso salarial para profissionais de enfermagem. O governo quer definir em R$ 4.750 a remuneração base da categoria, sendo 70% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares e parteiras. Assim, pode ampliar sua base de eleitores e buscará o simbólico perdão à classe que esteve na linha de frente do combate à Covid-19 enquanto o presidente chamava a doença de gripezinha, negava a gravidade da pandemia, boicotava vacinas e ironizava as mortes. Os enfermeiros se tornam, de certa forma, o terceiro grupo de trabalhadores depois de caminhoneiros e motoristas de táxi a receber a graça presidencial às vésperas do primeiro turno das eleições.
Nos bastidores de Brasília há a expectativa de que os ministros do STF definam o parecer sobre o tema nos próximos dias. Até o fechamento desta edição, na tarde da quinta-feira (15), o placar estava em 5 a 3 pela suspensão do piso faltavam três votos. Pelas regras de julgamento no plenário virtual, os ministros devem publicar seus votos até o horário final do último dia, prazo que venceu na sexta (16), mas eles também podem alterar o voto ou solicitar a interrupção do julgamento.
Na Corte, o tema se tornou quase uma disputa pessoal entre a dupla Nunes Marques e André Mendonça, o amigo terrivelmente evangélico da família Bolsonaro, e o terrivelmente antiJair, Luis Roberto Barroso. A demanda de um piso é muito justa, mas seria muito difícil tirar do papel sem fonte de custeio, disse Barroso. Estou empenhado em viabilizar a concretização desse piso. Para Mendonça, há indícios de contaminação política na decisão. É preciso que se verifique a conveniência política da suspensão [do piso].
DECISÃO SUPREMA Oito ministros haviam votado até quinta-feira: Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Cármen Lúcia seguiram o posicionamento do relator, o ministro Barroso, e são contra a implantação do piso para enfermeiros até que seja esclarecido o impacto da lei nas contas de estados, municípios e hospitais privados. A divergência contra o voto de Barroso foi aberta por André Mendonça, seguido por Nunes Marques e Edson Fachin. Ainda faltavam votar os ministros Rosa Weber, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
É preciso que se verifique a conveniência política da suspensão do piso André Mendonça Ministro do STF.
Nas redes sociais, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a decisão de Barroso e disse que os trabalhadores da saúde têm direito ao piso e que podem considerar o apoio dele pela manutenção da medida. O mesmo fez Bolsonaro. O chefe do executivo chegou a fazer críticas públicas à decisão. Eu sancionei e o Congresso aprovou o novo piso para os enfermeiros. Lamentavelmente, há suspeita na decisão monocrática do ministro Barroso, disse o presidente, em entrevista ao apresentador bolsonarista Ratinho, no SBT.
Pesquisa divulgada em 27 de agosto, realizada pelas cinco maiores organizações do setor hospitalar brasileiro, apontou que instituições de saúde e Santas Casas poderiam fechar cerca de 20 mil leitos e gerar 83 mil demissões em decorrência do piso sancionado por Bolsonaro.
A demanda de um piso é muito justa, mas seria difícil tirar do papel sem uma fonte de custeio Luis Roberto Barroso Ministro do STF.
Em paralelo à disputa de egos há uma guerra de números. Segundo especialistas, o novo piso salarial geraria um impacto de R$ 10,5 bilhões para as prefeituras, além do prejuízo na rede privada. A Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNsaúde) chegou a protocolar um pedido de suspensão liminar ao ministro Barroso. A entidade diz que a imposição do piso pode gerar uma quebradeira no setor, já que 57,4% dos hospitais privados do País são de pequeno porte, com até 50 leitos, e 40,9% estão em cidades de até 100 mil habitantes. Os hospitais de pequeno porte já estão em grande dificuldade financeira e o peso da folha de pagamento de enfermagem é grande, afirmou o secretário-executivo da CNSaúde, Bruno Sobral.
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A REDAÇÃO
Goiás é o 3º Estado do País com maior número de casos de varíola dos macacos
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás é o terceiro Estado brasileiro com maior número de casos confirmados de Monkeypox, termo científico da doença popularmente conhecida como varíola dos macacos. Com mais de 370 infecções pelo vírus, o território goiano fica atrás apenas do Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados constam no último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde (MS).
Até o penúltima atualização da Saúde, Goiás era o 4º Estado do Brasil com mais registros da varíola dos macacos, atrás também de Minas Gerais.
Cidades goianas
Em Goiás, o maior número de casos da Monkeypox se concentra em Goiânia. A capital soma 281 registros confirmados. Outros 25 municípios goianos já notificaram casos da varíola dos macacos.
Segundo informações da Saúde estadual, os pacientes têm entre 3 e 64 anos. Os homens são maioria entre os infectados.
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Goiás registra 958 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 958 novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas. Não houve registros de mortes pela doença no mesmo período, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quinta-feira (15/9). Com as atualizações, o Estado chega a 1.691.522 casos e 27.510 óbitos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 877.565 casos suspeitos em investigação para saber se há relação com o novo coronavírus.
Além dos 27.510 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,63%, há 88 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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PORTAL R7
Estudo chama atenção para uma epidemia global de câncer em pessoas abaixo de 50 anos
Incidência precoce contempla tipos de câncer, como mama, endométrio, fígado e pâncreas
Nos últimos anos, mais especificamente desde 1990, o número de casos de câncer em adultos com menos de 50 anos têm aumentado drasticamente. A estimativa é de um estudo publicado recentemente na Nature Reviews Clinical Oncology.
Os pesquisadores do Brigham and Women's Hospital indicam que a incidência precoce foi encontrada no câncer de mama, colorretal, endométrio, esôfago, ducto biliar extra-hepático, vesícula biliar, cabeça e pescoço, rim, fígado, medula óssea, pâncreas, próstata, estômago e tireóide.
"Descobrimos que esse risco está aumentando a cada geração. Por exemplo, as pessoas nascidas em 1960 experimentaram maior risco de câncer antes de completar 50 anos do que as pessoas nascidas em 1950, e prevemos que esse nível de risco continuará a subir em gerações sucessivas", explicou o professor e médico-cientista do Departamento de Patologia do Brigham, Shuji Ogino.
O método do estudo partiu da análise detalhada e extensa dos dados disponíveis sobre o aumento dos casos e as características clínicas e biológicas dos 14 tipos de câncer - na literatura e de forma online -, comparando o início precoce ao tardio (em pessoas após os 50 anos) da doença.
Os pesquisadores também examinaram quais seriam os possíveis fatores de risco que mudaram o "antigo padrão" de ocorrência do câncer.
Após a revisão, eles descobriram que as influências ambientais e respostas biológicas do início da vida, como a dieta, o estilo de vida, peso, exposições ambientais e microbioma (todos microorganismos que residem nos tecidos e fluidos humanos), mudaram substancialmente nas últimas décadas.
Sendo assim, a hipótese provável é que a dieta e o estilo de vida ocidentalizados podem estar ligados à epidemia de câncer precoce.
Os fatores de risco já conhecidos e comprovados para o câncer são o consumo de álcool, privação de sono, tabagismo, obesidade e consumo de ultraprocessados, por exemplo.
Mais um dado encontrado pelos pesquisadores que pode reforçar a hipótese é que não há diferença expressiva na duração do sono dos adultos de 1990 e os de hoje, mas as crianças estão dormindo muito menos do que décadas atrás.
O aprimoramento das medidas de localização e detecção da doença, por meio de programas de rastreamento do câncer, também pode ter sido responsável pelo aumento, mas os cientistas acham improvável que esta seja a única causa.
O estudo notou ainda que a escolha de alimentos ultraprocessados, como bebidas açucaradas, a obesidade, diabetes tipo dois, estilo de vida sedentário e consumo de álcool tiveram um aumento significativo nos últimos anos, o que sugere que estes fatores estão ligados à alteração do microbioma.
"Entre os 14 tipos de câncer em ascensão que estudamos, oito estavam relacionados ao sistema digestivo. A comida que comemos alimenta os microorganismos em nosso intestino. A dieta afeta diretamente a composição do microbioma e, eventualmente, essas mudanças podem influenciar o risco e os resultados da doença", disse o autor principal do estudo, Tomotaka Ugai.
A única limitação da pesquisa foi o fato de os cientistas não terem acesso a uma quantidade considerável de dados de países de renda média e baixa.
No futuro, os pesquisadores pretendem coletar mais informações e trabalhar junto com os institutos de pesquisa internacionais, para monitorar as tendências globais da doença. Além disso, ressaltam a importância de incluir crianças pequenas em estudos a longo prazo sobre o assunto, para que elas sejam acompanhadas por várias décadas.
"Sem esses estudos [com crianças], é difícil identificar o que alguém com câncer fez décadas atrás ou quando era criança", informa Ugai.
E acrescenta: "por causa desse desafio, pretendemos realizar mais estudos no futuro, onde seguimos o mesmo número de participantes ao longo de suas vidas, coletando dados de saúde, potencialmente de registros eletrônicos de saúde, e bio espécimes em pontos de tempo definidos. Isso não é apenas mais econômico, considerando os muitos tipos de câncer que precisam ser estudados, mas acredito que nos dará insights mais precisos sobre o risco de câncer para as próximas gerações."
Na maioria das vezes, o câncer de próstata é diagnosticado nos estágios iniciais, quando há uma boa chance de cura. No entanto, em alguns pacientes, a doença é detectada já em estágios avançados. Novas terapias de diferentes tipos têm mostrado bons resultados nos casos mais difíceis
A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que faz parte do sistema reprodutor masculino. Ela está localizada sob a bexiga e na frente do reto. A uretra, que é o tubo que transporta a urina e o sêmen para fora do corpo, passa pela próstata, que produz um fluido que faz parte do sêmen. 'O câncer de próstata começa quando as células da próstata começam a crescer descontroladamente', descreve a Sociedade Americana contra o Câncer
Esta doença se desenvolve principalmente em homens idosos. Segundo dados da SEOM (Sociedade Espanhola de Oncologia Médica), 90% dos casos são diagnosticados em pessoas com mais de 65 anos e a idade média do diagnóstico é de 75 anos
"Não se deve esperar ter dificuldade para urinar ou apresentar qualquer problema na esfera sexual para consultar o urologista. É imprescindível fazer um check-up a partir dos 45 anos ", explica o urologista José Manuel Cózar
No congresso da Sociedade Americana de Oncologia Médica, realizado no início do mês, foram apresentados os resultados do estudo Vision, que demonstrou a eficácia de um novo radiofarmaco capaz de melhorar a sobrevida de pacientes com câncer de próstata avançado
Os especialistas da Sociedade Espanhola de Oncologia Médica destacam que todos os novos medicamentos só se concretizaram graças à realização de ensaios clínicos em múltiplos centros ao redor do mundo e à participação de pacientes nessas pesquisas
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TRIBUNA DO NORTE ONLINE
Bolsonaro promete recompor Farmácia Popular
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) prometeu recompor verbas da Farmácia Popular em 2023. Nesta quarta-feira, 14, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Paulo Guedes (Economia) foram a público defender o chefe do Executivo das críticas pela redução de 60% nos recursos do programa, que distribui remédios de forma gratuita para a população mais pobre.
Parte do dinheiro que iria para o Farmácia Popular foi transferido para o orçamento secreto, método por meio do qual o governo destina emendas parlamentares para sustentar sua base de apoio no Congresso. O corte atinge de fraldas geriátricas a remédios usados no tratamento de diabetes, asma e hipertensão.
"Ninguém será prejudicado em nosso governo. Temos recursos porque não roubamos. Tem dinheiro sobrando para atender a tudo isso. Isso será refeito agora pelo parlamento brasileiro", disse Bolsonaro à CNN Brasil, em entrevista exibida nesta quinta-feira 15. "E, se não for possível, nós acertaremos essa questão ano que vem. Ninguém precisa ficar preocupado porque jamais abandonaríamos os mais humildes na busca de um remédio na Farmácia Popular", emendou o presidente.
O total de recursos para os medicamentos caiu de R$ 2,04 bilhões no Orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso em 31 de agosto. Um corte de R$ 1,2 bilhão. Para o orçamento secreto, foram reservados R$ 19,4 bilhões.
Após a repercussão negativa do corte, a campanha de Bolsonaro acendeu o alerta e passou a agir para reduzir os danos à tentativa de reeleição do chefe do Executivo. "É um processo político, ainda não houve encaixe", disse Guedes a empresários, ontem, durante almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Em São Paulo, Queiroga disse que o Congresso vai ter "sensibilidade" para reverter o corte e até ampliar o Farmácia Popular. O ministro da Saúde culpou o orçamento secreto pela tesourada na verba para os medicamentos gratuitos e afirmou que Bolsonaro vetou o esquema. O presidente, contudo, voltou atrás no veto ao orçamento secreto.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Piso salarial da enfermagem: equívocos na decisão
Suspeitos de fraude na contratação de organização social são alvos de operação
Policia investiga suspeita de fraude e corrupção na contratação de OS em Goiás, afasta servidores e apreende veículos de luxo
Goiás confirma 30 novos casos de varíola dos macacos em um dia
Ex-paciente do Araújo Jorge vira médica para tratar pessoas com câncer
Câncer de mama: SUS incorpora medicamento que reduz chance de metástase
Flexibilização para covid-19 é precipitada, diz especialista
Cenário atual indica que o fim da pandemia da Covid-19 pode estar próximo, afirma OMS
Economia foi alertada pela Saúde sobre o efeito de cortes em programas
Anvisa fará consulta sobre norma para medicamentos de doenças raras
O TEMPO
Piso salarial da enfermagem: equívocos na decisão
Impacto orçamentário é tarefa administrativa dos gestores
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu por 60 dias o piso salarial da enfermagem aprovado pelo Congresso. A decisão pegou a todos de surpresa, uma vez que a categoria dos enfermeiros merece respeito e salário digno, notadamente pela grandeza humanitária dos serviços prestados à coletividade.
A decisão liminar do ministro Barroso é temporária, obviamente, e depende da manifestação dos demais ministros da Corte na análise pontual da Lei 14.434/2022. Mas causa estranheza o fato de ele cobrar do Legislativo e do Executivo explicações para o impacto financeiro da medida e as fontes de dinheiro para cobrir as despesas. Ora, data venia, isso não é prerrogativa de ministro do STF.
Piso nacional da enfermagem não fere norma constitucional
Cabe lembrar ao eminente ministro, que se trata de uma lei destinada a uma categoria nacional, que abarca profissionais públicos e privados, sem vício ou inconstitucionalidade, com artigos bem definidos de faixas salariais e com o respaldo democrático do Parlamento e posterior sanção do Presidente da República.
A rigor, a lei e o piso nacional da enfermagem não ferem normas constitucionais. Ao contrário, conciliam a vontade e a autonomia dos entes da Federação em prol do interesse comum da categoria. Ademais, a Emenda Constitucional 124/2022 institui o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira.
De sorte que o equívoco do ministro Barroso não pode prosperar e muito menos ser acatado pelo colegiado do Supremo. Justapor uma decisão judicial à decisão do Congresso, no caso concreto, mesmo a título de cuidados orçamentários, é retirar a fórceps a autoridade legislativa, que por certo envidará esforços na adequação da medida, essencialmente junto aos diversos setores diretamente obrigados.
Custeio do gasto com novo salário depende de interação com Legislativo
Com renovada venia, cumpre lembrar que o impacto orçamentário também é tarefa administrativa dos secretários municipais e estaduais de saúde, na esfera pública, e dos gestores da iniciativa privada, na esfera particular. A solução há de vir pelo trabalho e esforço dos empregadores, dos contratantes, dos serviços públicos de saúde, do Legislativo e do Executivo, sem a necessidade de intervenção do STF numa causa absolutamente legal e constitucional.
A fonte de custeio, pomo da discórdia, depende da interação dos representantes dos segmentos da saúde com deputados e senadores, de forma que enfermeiros nacionais não sejam prejudicados pela falta de diálogo ou de busca por orçamentos que acudam profissionais e sociedade, tempestivamente. A saúde é direito de todos e dever do Estado, independentemente dos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por fim, faz-se necessária a igualdade de tratamento por parte dos Três Poderes, com especial atenção quando tratar de propostas de reajustes de salários, adotando-se a mais absoluta isonomia. Se os ministros do STF aprovaram orçamento de R$ 850 milhões da Corte para 2023 e a proposta de reajuste de 18% no salário de todos os servidores, incluindo juízes e ministros do Judiciário, sujeitos ao incontrolável efeito cascata, o mesmo desvelo deve ser dado a outras categorias e a outros profissionais
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DIÁRIO DA MANHÃ
Suspeitos de fraude na contratação de organização social são alvos de operação
Segundo a polícia, a operação teve início em 2020 e investiga servidores públicos, particulares e empresários
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou uma operação para apurar crimes na contratação de uma organização social em 2018 com o governo estadual.
A operação teve início em 2020 e investiga servidores públicos, particulares e empresários, suspeitos de crimes contra a administração pública, dentre eles, crimes licitatórios e contra as finanças públicas, peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, além de Constituição e Integração de Organização Criminosa. No total, 52 mandados estão sendo cumpridos nesta quarta-feira, 14. Sendo:
19 mandados de busca e apreensão;
17 mandados de indisponibilidade e sequestro de bens e valores;
07 mandados de afastamento das funções públicas;
07 mandados de suspensão da atividade econômica e de proibição de contratar com o poder público;
02 mandados de proibição de acesso ou frequência a determinados lugares.
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PORTAL G1
Policia investiga suspeita de fraude e corrupção na contratação de OS em Goiás, afasta servidores e apreende veículos de luxo
Ao todo, mais de 50 mandados judiciais são cumpridos. Empresa foi contratada em 2018 pelo governo estadual.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
A Polícia Civil cumpre nesta quarta-feira (14) 52 mandatos durante uma operação que investiga crimes na contratação de uma organização social em 2018 com o governo estadual. Entre os investigados estão servidores públicos, funcionários da empresa e empresários. Foram apreendidos veículos de luxo durante a ação.
Entre os mandatos estão sete de afastamento das funções públicas, suspensão e proibição de contratação com o poder público, busca e apreensão, restrição de acesso a determinados lugares e sequestro de bens e valores.
Os nomes da organização social e dos investigados não foram divulgados. Com isso, o g1 não consegui contato com as defesas até a última atualização dessa reportagem.
O g1 entrou em contato com o Governo de Goiás às 8h25, mas não teve retorno até a última atualização.
As investigações da Operação Eclesiastes começaram ainda em 2020. De acordo com a Delegacia de Combate à Corrupção, foram cometidos crimes como fraude em licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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A REDAÇÃO
Goiás confirma 30 novos casos de varíola dos macacos em um dia
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás confirmou 30 novos casos da varíola dos macacos em um dia. Com as atualizações, o território goiano chega a 375 infecções registradas pela doença. Os dados constam no boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) nesta quarta-feira (14/9).
Segundo a Saúde estadual, os pacientes infectados pela Monkeypox, termo científico da varíola dos macacos, têm entre 3 e 64 anos de idade. Do total, 365 infectados são homens e apenas 10 casos foram registrados em mulheres, até o momento
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Ex-paciente do Araújo Jorge vira médica para tratar pessoas com câncer
Mais de mil pessoas aguardam na fila para transplante de medula óssea, todos os anos. Marina Aguiar sabe bem como é essa espera. Em 2006, recém aprovada no vestibular de odontologia, ela começou a sentir cansaço e fortes dores nas pernas, além da anemia. Eram os primeiros sintomas de uma doença que mudaria sua história e lhe faria ver a vida de outra forma.
Após meses de investigação, o diagnóstico: Leucemia Mieloide Aguda (LMA). Assustada, logo a família procurou o Hospital de Câncer Araújo Jorge para iniciar o tratamento. Foram várias seções de quimioterapia e dias de internação, mas nenhuma angústia foi tão grande quanto a espera por um doador de medula óssea.
Hoje, o Brasil possui cerca de cinco milhões de doadores cadastrados no Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome) e é o 3º país do mundo em número de doadores. Mas, mesmo assim, as cirurgias costumam demorar para serem realizadas. Isso porque a chance de o paciente encontrar uma pessoa compatível é de uma em 100 mil.
Durante todo esse processo, Marina refletiu sobre o que estava passando e, mesmo tão fragilizada, tomou maior decisão de sua vida. “Vou ser médica e cuidar de pacientes com a mesma enfermidade que eu.” Com tamanha vontade de viver, a jovem passou por todo o processo até chegar à cura. Após anos de tratamento, e com diagnóstico positivo, ela se viu na oportunidade de iniciar os planos traçados ainda no hospital.
Persistente, Marina Aguiar foi à luta, mas, dessa vez, pela vida do próximo. Ela ingressou na universidade de medicina, se formou e depois se especializou em transplante de medula óssea. A médica foi a primeira residente na área no Estado de Goiás. Ela fez todo processo no Araújo Jorge, principal unidade operacional da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) e único Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) no Estado.
A instituição conta com um Setor de Transplante de Medula Óssea (TMO) e é referência em tratamento oncológico no Centro-Oeste. Com mais de 65 anos de experiência, e buscando sempre o melhor para os goianos, a ACCG lança, este ano, a campanha Tempo é Vida. A iniciativa, que contará com o apoio do poder público, privado e da população, terá como objetivo arrecadar fundos para ampliar o TMO. Assim, os serviços poderão ser ampliados para atender um número maior de pacientes.
E sobre o TMO, hoje, realizada com tudo que viveu e conquistou, Marina Aguiar é representante técnica do Transplante de Medula Óssea e coordenadora do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Araújo Jorge. Em contato direto com os pacientes, ela exerce – com dedicação e eficiência – o papel de salvar vidas diariamente.
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ISTOÉ
Câncer de mama: SUS incorpora medicamento que reduz chance de metástase
Foi publicada no começo da semana, no Diário Oficial da União, uma portaria que incorpora o medicamento trastuzumabe entansina, ou TDMI-1, ao Sistema Único de Saúde (SUS). A substância é usada para o tratamento do câncer de mama no Brasil desde 2014, quando recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O remédio não causa alguns efeitos colaterais associados ao tratamento de câncer, como queda de cabelo, mas requer cuidados. Ainda não há informações sobre quando o item chegará à rede pública de saúde.
O TDMI-1 é indicado para os casos avançados de um tipo de câncer chamado HER2-positivo, em que as células cancerígenas apresentam níveis elevados da proteína HER2 e tendem a se disseminar de forma mais rápida. Segundo o Ministério da Saúde, a medicação passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que assessora a pasta no que tange à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS.
Os casos em que há a amplificação da proteína correspondem a entre 20% e 30% dos tumores de mama invasivos, e o diferencial do medicamento trastuzumabe entansina é a sua ação direta sobre a proteína HER2. De acordo com a médica oncologista Laura Testa, que integra o comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), trata-se de um composto chamado de conjugado droga-anticorpo.
"É um anticorpo anti-HER2, que vai se ligar especificamente a essa proteína e tem conjugado um quimioterápico. Essa substância aplicada diretamente na veia é muito tóxica, mas junto com o anticorpo ela é entregue diretamente na célula que está expressando a HER2", explica. Uma vez na célula cancerígena, ela inibe a produção de uma proteína necessária para que essa célula continue se replicando.
Quando o medicamento é utilizado?
Existem dois cenários em que as pacientes podem se beneficiar do uso do TDMI-1. O primeiro ocorre quando outros tipos de medicação não foram capazes de conter o avanço da doença, que se espalhou no processo chamado de metástase. O outro compreende os casos em que, após quimioterapia e cirurgia, ainda existe doença residual e riscos de uma eventual metástase.
Segundo a oncologista, o tratamento costuma ter bons níveis de tolerância. "As pacientes habitualmente têm um bom controle da doença e acabam tendo menos efeitos colaterais do que numa quimioterapia, por exemplo. E para as pacientes com doença residual pós-neoadjuvância, ele realmente diminui o risco de metástase no futuro", esclarece.
Para Michelle Samora, médica oncologista do HCor, "é muito importante que a gente tenha no SUS um medicamento que, quando é comprovado que o que foi feito de quimioterapia no cenário inicial não conseguiu eliminar o tumor, tenha uma droga mais potente para que a gente aumente a chance de melhora dessa paciente". Estudos mostram que as chances de recorrência da doença em pessoas que não foram medicadas com TDMI-1 são até 50% maiores do que em pessoas que foram tratadas com outros inibidores de HER2.
O trastuzumabe entansina foi o primeiro com seu mecanismo de funcionamento aprovado no Brasil. Desde o seu registro, outros conjugados droga-anticorpo lançados no mercado demonstraram níveis de resposta até maiores, mas todos permaneciam restritos à saúde suplementar. "A incorporação tardia ao SUS equipara o tratamento das pacientes do SUS com o que as pacientes da saúde suplementar têm acesso hoje. Era algo que faltava", afirma Laura.
A tecnologia não causa alguns efeitos colaterais associados ao tratamento de câncer, como queda de cabelo, mas requer cuidados de monitoramento pela equipe médica. Entre os riscos, estão a diminuição das plaquetas, anemia e distúrbios no funcionamento do fígado. "Em alguns casos, também é preciso controlar a pressão, além de ter a neuropatia (danos aos nervos) que a gente sabe que está associada com o uso da medicação", lista Michelle.
Atualmente, pessoas com câncer de mama HER2-positivo que recebem tratamento pelo SUS são medicadas com agentes quimioterápicos e trastuzumabe, um anti-HER2 composto por parte da molécula do trastuzumabe entansina e indicado para quadros iniciais da doença.
Câncer de mama em números
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o câncer de mama um problema mundial de saúde pública e estima que, em 2018, 627 mil mulheres em todo o mundo morreram em decorrência da doença, cuja incidência tende a aumentar com o envelhecimento da população.
No Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde, o número total de novos diagnósticos ao ano chega a 60 mil - uma taxa de incidência de 60 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2018, o País foi o quarto em número de casos e o quinto em mortalidade.
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CORREIO BRAZILIENSE
Flexibilização para covid-19 é precipitada, diz especialista
Desde a última terça-feira, viajantes não vacinados contra a covid-19 estão autorizados a ingressar no Brasil por transporte aéreo, aquaviário e terrestre. Muitas entidades, como grande parte da diretoria da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), apoiam a flexibilização determinada pelo governo. Mas não há consenso. O presidente da entidade no DF, José David Urbaéz, alerta que essas decisões deveríam
ser tomadas com mais cautela.
"Esse comportamento é uma tendência do mundo Ocidental, mas não é condizente com a condução de que se deveria tomar com uma pandemia que ainda não acabou. Após um evento como esse, seria preciso rever os padrões sanitários. Ficou evidente a incoerência com as avaliações feitas e as medidas que deveríam ser tomadas. É uma perda de oportunidade na saúde pública", avalia.
Os desembarques autorizados pelo governo só podem ser feitos mediante apresentação de teste PCR negativo, realizado um dia antes da viagem, para o caso de viagens aéreas. Para quem cruzar a fronteira terrestre, valem as mesmas regras. As pessoas que tiveram a doença 90 dias antes da viagem devem apresentar dois teste PCR negativo, com intervalo de 14 dias entre um e outro, sendo o último datado um dia antes do deslocamento. O cartão de vacinação, impresso ou eletrônico, também continua sendo uma medida de comprovação de imunização para qualquer um dos modais de transporte.
Ainda assim, José David Urbaéz lembra que o tratamento da covid-19 no mundo ainda ocorre de forma heterogênea. Milhares de pessoas ainda morrem de covid-19 no mundo, por isso as condições sanitárias deveríam ser observadas com mais rigor. "É importante manter por um longo tempo a observação das condições sanitárias, porque podemos ter outra pandemia nos próximos anos. O primeiro inimigo da proteção é quando se quer dar a solução em curto prazo. A mudança é precipitada para o bem comum do globo", argumenta. (TA)
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AGÊNCIA ESTADO
Cenário atual indica que o fim da pandemia da Covid-19 pode estar próximo, afirma OMS
Samuel Fernandes
são paulo A pandemia de Covid 19 ainda não acabou, mas o cenário atual é um indicativo de que o fim pode estar próximo. Isso foi o que afirmou o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom.
"Na semana passada, o número de mortes semanais relatadas por Covid 19 foi o menor desde março de '20:20. Nunca estivemos em posição melhor para o fim da pandemia. Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista", disse o diretor.
Adhanom chamou atenção que o cenário é uma oportunidade para terminar com a pandemia. Por isso, seria um momento ideal para manter medidas contra o Sars-CoV-2 (vírus que causa a Covid-19).
"Se nós não aproveitarmos a oportunidade agora, corremos o risco de mais variantes, mais mortes, mais surtos e mais incertezas", disse.
O cenário fez com que a OMS lançasse hoje seis relatórios sobre as medidas que devem ser tomadas por governos nacionais e locais para concretizar o fim da pandemia. As medidas são baseadas em evidências científicas já relatadas anteriormente.
Entre as recomendações, estão aumento de testagem, incremento das taxas de vacinação e criação de sistemas de comunicação e monitoramento de riscos da doença.
Além delas, a OMS recomenda a melhor definição de formas de tratamento para casos positivos da doença. A organização indica que é necessário medidas de prevenção e controle de casos especificamente em profissionais da saúde.
Por nm, a entidade ainda recomenda medidas necessárias para evitar disseminação de informações falsas sobre a doença. Um exemplo é oferecer treinamento para profissionais de saúde identificarem informações incorretas e esclarecê-las a população.
Na semana passada, o número de mortes semanais relatadas por Covid 19 foi o menor desde março de 2020
Mesmo que o cenário seja positivo para o fim da pandemia, isso não é um indício que o vírus deixará de existir. "Esperamos que haja ondas de infecções no futuro", afirmou Maria Van Kerkhove, líder técnica do programa de emergência da Covid-19 da OMS.
Segundo ela, as novas ondas de casos devem ser causadas principalmente por conta da ômicron e de suas respectivas subvariantes. Essas cepas do Sars-CoV-2 são reconhecidas por serem mais transmissíveis em comparação a outras variantes do vírus.
Além disso, o conjunto de mutações representa certa capacidade dessas variantes de escapar da proteção conferida pelas vacinas. O caso fez com que os imunizantes fossem atualizados, além de aumentar a importância das doses de reforço.
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AGÊNCIA ESTADO
Economia foi alertada pela Saúde sobre o efeito de cortes em programas
BRASÍLIA - A área técnica do Ministério da Saúde alertou a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o corte de 60% no orçamento em programas como o Farmácia Popular tornaria ?inviável? a manutenção das políticas públicas no ano que vem.
Em comunicados para o Ministério da Economia, a equipe falava em negociar para reverter ou reduzir os impactos da redução antes do envio do projeto de Orçamento do ano que vem ao Congresso.
Pesquisadores lançam propostas para retomada do desenvolvimento com inclusão social
Segundo apurou o Estadão, a preferência da área técnica do Ministério da Saúde era de que a redução fosse feita em ações de atenção primária e de média e alta complexidades. O Ministério da Economia, no entanto, optou por corte linear de 60% nas despesas que não são obrigatórias da pasta, chamadas tecnicamente de discricionárias.
A decisão levou a uma tesourada no programa Farmácia Popular, que o obriga a restringir o acesso gratuito de medicamentos contra hipertensão, asma e diabetes e à fralda geriátrica.
Para colocar mais recursos no orçamento secreto, esquema montado pelo governo para compra de voto no Congresso, o governo Bolsonaro preferiu cortar no programa elogiado pelos especialistas como importante política pública para desafogar o Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a decisão, a verba para os medicamentos gratuitos caiu de R$ 2,04 bilhões no Orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso no final de agosto. Um corte de R$ 1,2 bilhão. Para o orçamento secreto, porém, foram reservados R$ 19,4 bilhões.
Conselho de saúde
Ao Estadão, Francisco Funcia, vice-presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde, disse que a secretaria executiva do Conselho Nacional de Saúde recebeu ofício encaminhado pelo Ministério da Saúde que dizia que houve uma indicação para que houvesse um corte linear das despesas da pasta de forma a acomodar as emendas parlamentares (do orçamento secreto) de quase R$ 20 bilhões. Segundo Funcia, consultor da comissão de orçamento e financiamento do Conselho Nacional de Saúde, essas emendas entraram no orçamento do Ministério da Saúde como reserva de contingência. O ofício foi enviado a todas as áreas do ministério que tiveram cortes. Como o conselho é uma das áreas que recebem recursos, também recebeu o ofício.
?O ofício menciona que o Ministério da Saúde, os técnicos, tentaram reverter que o corte não fosse linear porque sabiam que haveria problemas?, contou. ?Esse corte é evidência que o SUS já está passando por um processo de desfinanciamento?, afirmou.
Como mostrou o Estadão na semana passada, o corte para garantir os recursos para o orçamento secreto também atinge outros programas da pasta, como os voltados para saúde indígena, educação e formação em saúde e formação de profissionais para atenção primária. São aqueles médicos e profissionais dos programas Mais Médicos e Médicos pelo Brasil, que atendem nas unidades de saúde.
Manifestação de Queiroga
Em um evento em São Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro para tentar explicar os cortes e atribuiu a tesourada à obrigatoriedade de pagar o orçamento secreto, que segundo ele foi um esquema vetado pelo presidente, que teve o veto derrubado por deputados e senadores. A fala do ministro tem três imprecisões: 1) o orçamento secreto não é impositivo; 2) Bolsonaro não vetou o orçamento secreto, ele recuou do veto e recriou o esquema de toma lá, dá cá com o Congresso; 3) foi o próprio governo do presidente Bolsonaro que escolheu cortar os recursos justamente do programa que distribui remédios de graça.
Queiroga disse que o Congresso vai ter ?sensibilidade? para rever o corte e até ampliar a Farmácia Popular. A votação do projeto de Orçamento de 2023, porém, só vai ser feita após as eleições. ?O Congresso Nacional, dentro da proposta de Orçamento do ano de 2023, vai discutir este assunto. Temos parlamentares que vão trabalhar juntos para que nenhuma política pública seja interrompida, inclusive a Farmácia Popular?, afirmou o ministro Queiroga.
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GAZETA WEB
Anvisa fará consulta sobre norma para medicamentos de doenças raras
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai submeter à consulta pública a proposta de suspender a atual obrigatoriedade dos fabricantes de medicamentos e produtos destinados a pacientes com doenças raras de participarem da chamada reunião de pré-submissão com técnicos da agência. Os detalhes sobre o processo de consulta aos interessados ainda serão definidos e posteriormente divulgados.
Prevista na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 205, de dezembro de 2017, a reunião de pré-submissão é uma das etapas que as empresas farmacêuticas têm que cumprir a fim de obter a autorização necessária para realizar ensaios clínicos com medicamentos para doenças raras. No entendimento de técnicos da Anvisa, o procedimento, estabelecido em conjunto com outras medidas para agilizar o processo de disponibilização de medicamentos para doenças raras, acabou se tornado uma mera etapa burocrática.
"Desde que a referida resolução entrou em vigor, a área técnica relata ter observado grande número de reuniões [de pré-submissão] realizadas em caráter meramente protocolar devido à obrigatoriedade prevista. Adicionalmente, constatou-se que a realização dessas reuniões impactam de forma significativa as atividades da área [técnica responsável] sem agregar valor às atividades realizadas", comentou a diretora Meiruze Sousa Freitas, relatora do processo, ao ler seu voto.
Ainda segundo Meiruze, a proposta da Anvisa é suspender a obrigatoriedade da realização das reuniões de pré-submissão apenas para os pedidos de anuência de ensaios clínicos -- previstos nos artigos 10 e 11 da RDC -- mantendo a obrigatoriedade em processos de registro de novos medicamentos que, segundo a diretora, são mais "complexos".
"Quando a gente traz qualquer modificação nesta matéria, o primeiro questionamento é uma preocupação. Então, quero deixar bem claro: manteremos as diretrizes de vias aceleradas para avaliação tanto da pesquisa clínica quanto do registro e do pós-registro de medicamentos e produtos biológicos para doenças raras. Neste momento, trata-se de uma mudança pontual, em um procedimento de trabalho que visa a dar celeridade e favorecer que outros produtos possam ser avaliados no âmbito da pesquisa clínica pela via da RDC 205", comentou a diretora, revelando que a área técnica se manifestou favorável à mudança sem a necessidade de que esta fosse submetida à consulta pública, mas que, como relatora do processo, preferiu recomendar que os interessados fossem ouvidos.
Caracterizadas por ampla diversidade de sinais e sintomas que variam não só de caso para caso, mas também de pessoa para pessoa, as chamadas doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas a cada grupo de cem mil pessoas.
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que existam entre 6 mil e 8 mil diferentes tipos de doenças raras em todo o mundo. De acordo com a Anvisa, elas são geralmente crônicas, progressivas e incapacitantes, podendo ser degenerativas e levar à morte.
Em seu voto, a diretora Meiruze Sousa Freitas apontou que, só no Brasil, há cerca de 13 milhões de pessoas acometidas por manifestações de algum tipo de doença rara, que, em 75% dos casos, afetam crianças.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Goiás registra 18 novos casos de varíola dos macacos e total chega a 345
Goiás registra 1.086 novos casos da covid-19 em um dia
Alzheimer: Por que a ciência está mudando o alvo em busca da cura?
Com Hecad, cirurgias ganham agilidade sem internação de paciente, em Goiânia
Operação da PF apura fraudes em licitação na Secretaria de Saúde do Tocantins
Mortes por dengue em Goiás têm aumento de 300% em relação ao ano passado, aponta SES
A REDAÇÃO
Goiás registra 18 novos casos de varíola dos macacos e total chega a 345
Ludymila Siqueira
Goiânia - O território goiano registrou 18 novos casos de varíola dos macacos nas últimas 24 horas, segundo dados do boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado nesta terça-feira (13/9). Com as atualizações, o Estado já soma 345 infecções confirmadas da doença.
Além disso, a pasta investiga 499 casos para saber se há alguma ligação com a Monkeypox, termo científico da varíola dos macacos. Conforme informações da pasta, os pacientes em Goiás têm idade entre 3 e 64 anos. Do total, 336 infectados são homens e apenas 9 casos foram registrados em mulheres, até o momento.
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Goiás registra 1.086 novos casos da covid-19 em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 1.086 novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta terça-feira (13/9). Com a atualização, o Estado chega a 1.689.500 casos da doença. Desde o início da pandemia, já foram registrados 27.511 óbitos ligados ao novo coronavírus no Estado.
Ainda de acordo com a SES-GO, há em Goiás 877.759 casos suspeitos em investigação para saber se há relação com a covid-19, enquanto 351.858 casos já foram descartados.
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AGÊNCIA ESTADO
Alzheimer: Por que a ciência está mudando o alvo em busca da cura?
Mais de 100 anos se passaram desde que o primeiro caso da doença de Alzheimer foi descrito por um médico alemão. Até hoje, porém, pacientes com a doença não têm um tratamento eficaz. O caminho para desvendar o Alzheimer e descobrir a cura parece até uma investigação criminal complicada: por muitos anos, enquanto cientistas miravam um só suspeito para a degeneração do cérebro, outros agentes biológicos atuavam. Agora, os alvos estão mudando. Investigadores ampliaram suas hipóteses para descobrir quem é o vilão causador da perda de memória e da capacidade de fazer tarefas do dia a dia. Ou quais são.
Estão na mira da ciência novos suspeitos: acredita-se que a neuroinflamação, falhas na conexão entre um neurônio e outro e até defeitos no trabalho de eliminar o "lixo" do cérebro podem estar por trás do Alzheimer. A doença começa de forma sorrateira e atinge mais os idosos a partir de 65 anos. Parte dos cientistas acredita que o Alzheimer começa a se desenvolver cerca de 15 anos antes dos primeiros sintomas de perda de memória. Os lapsos têm início com dificuldades de formar novas memórias. É comum esquecer onde deixou as chaves ou qual o número do prédio onde mora.
Depois, até as lembranças antigas deixam de ser acessadas e há dificuldade de fazer tarefas simples, como comer e escovar os dentes. É como se houvesse um curto-circuito no cérebro que faz com que os neurônios parem de se comunicar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 55 milhões de pessoas com demência, incluindo o Alzheimer, em todo o mundo - só no Brasil, são 1,2 milhão de casos, a maioria ainda sem diagnóstico confirmado.
'Eu me perdi', dizia primeira paciente com Alzheimer
O primeiro caso conhecido da doença foi o de Auguste Deter, uma mulher de 51 anos, atendida em um hospital psiquiátrico de Frankfurt por Alois Alzheimer, o neuropatologista alemão que acabou batizando a doença. Ao atender Auguste, o médico notou que ela não entendia perguntas simples, não se lembrava de objetos vistos anteriormente nem do nome do marido. E repetia sempre: "Eu me perdi".
Depois que Auguste morreu, Alzheimer descobriu, por meio de necropsia, que o cérebro da paciente tinha algo de anormal: havia placas, chamadas, naquela época, de placas senis. Por oitenta anos, pouco se avançou na caracterização dessas estruturas por falta de recursos técnicos, até que, na década de 1980, cientistas mostraram que elas eram formadas por uma proteína - a beta-amiloide.
As placas de beta-amiloide entre os neurônios - além de outras estruturas emaranhadas dentro das células neurais, formadas pela proteína tau - se tornaram os marcadores da doença. Ou seja, são as características biológicas principais de quem tem Alzheimer. E, como eram as marcas mais evidentes do Alzheimer, os cientistas apostaram suas fichas nisso para encontrar tratamentos.
O que parecia ser o grande vilão do Alzheimer, no entanto, se revelou o "mordomo", diz Sergio Ferreira, professor dos Institutos de Biofísica e Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Parecia o culpado claro. Mas talvez não seja."
O fato de haver placas de beta-amiloide no cérebro de pessoas com Alzheimer não significa, necessariamente, que esta é a causa - ou a única causa - da doença. Algumas pesquisas dão força a essa hipótese. Estudos já demonstraram que mesmo pessoas com alta concentração de beta-amiloide no cérebro não têm sintomas de demência: são os chamados cérebros resilientes.
Outra pista vem dos próprios tratamentos: o primeiro medicamento aprovado como uma terapia para o Alzheimer (e não apenas para aliviar sintomas) no ano passado nos Estados Unidos ataca justamente as placas de beta-amiloide. Os resultados do aducanumab, no entanto, foram decepcionantes: embora ele destrua essas placas, pouco efeito tem na melhora da condição de pessoas com Alzheimer.
"Uma das coisas que causou um pouco de atraso, dentro de um contexto em que não se tinha muito dinheiro para pesquisa, foi que a comunidade científica tentou o que parecia mais lógico: ir atrás da teoria da cascata amiloide. Se apagou todo o resto de possibilidades", diz a neuropatologista Lea Grinberg, professora da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA). "Existe um efeito talvez discreto dessas drogas, mas não é a panaceia", completa ela, que ressalta a importância de pesquisas que mirem outros alvos e passem a entender cada vez mais o que ocorre, em nível molecular, em cada uma das células.
Os estudos com medicamentos que focam na destruição das placas de beta-amiloide devem continuar - a Biogen, farmacêutica que desenvolveu o aducanumab, se comprometeu a apresentar novo estudo clínico com a droga. Outras farmacêuticas também preveem concluir pesquisas com seus medicamentos anti-amiloide em breve.
Parte da comunidade científica defende que ainda é preciso fazer novos testes com esses medicamentos de forma mais precoce, em pessoas sem sintomas de Alzheimer, antes de descartar os remédios. E que medicamentos que atuam contra a beta-amiloide podem ser úteis se combinados com outras estratégias. Outra parte tem se mostrado cética em relação aos resultados de pesquisas que seguem nesta linha.
Em artigo publicado em julho no The Journal of Prevention of Alzheimers Disease, dois neurocientistas destacaram que até recentemente, as proteínas amiloide e tau eram o foco da maioria dos medicamentos em desenvolvimento. "Os dados acumulados sugerem que é improvável que os anticorpos anti-amiloide sozinhos sejam suficientes para interromper ou reverter o curso da doença", escreveram Yuko Hara e Howard Fillit, da Fundação para Descoberta de Drogas contra o Alzheimer, nos Estados Unidos.
Eles dizem que a doença está ligada ao envelhecimento, mas uma série de processos parece contribuir para agravar o Alzheimer, como inflamações e problemas vasculares. "Uma combinação de drogas para tratar muitos desses problemas pode ser necessária para tratar de forma eficaz. Nos últimos anos, um número crescente de medicamentos direcionados a esses processos biológicos surgiu no pipeline de desenvolvimento de medicamentos."
Estruturas solúveis e neuroinflamação
Para Ferreira, embora ainda existam pesquisadores que defendem a teoria das placas de amiloide como causa, o peso da literatura científica tem recaído em outras estruturas menores - oriundas da beta-amiloide - que passeiam pelo cérebro e são mais difíceis de detectar: os oligômeros. "Hoje sabemos que eles se ligam às sinapses, o ponto através do qual os neurônios se comunicam, e promovem alterações bioquímicas que fazem com que a sinapse pare de funcionar direito."
Mas, se o cérebro é complexo, a doença de Alzheimer consegue ser ainda mais: é provável que mais de um mecanismo leve às falhas e à morte dos neurônios. E aí entra outra linha de investigação: a de que essas estruturas solúveis participem de um ciclo vicioso prejudicial. Elas seriam responsáveis por ativar um sistema de células de defesa do cérebro. E essa perturbação provocaria, então, um processo de neuroinflamação que leva à degeneração dos neurônios.
Para entender, é só lembrar da covid-19: boa parte dos sintomas mais graves foi explicada não pelo vírus em si, mas pela tempestade inflamatória provocada pelo corpo em reação ao vírus. Processos inflamatórios que ocorrem em outras partes do corpo também podem estar ligadas ao desenvolvimento do Alzheimer, segundo sugerem pesquisadores.
O problema é que não basta tomar um ibuprofeno: estudos tentam descobrir drogas capazes de barrar a inflamação e preservar o cérebro da degeneração. Entre os ensaios clínicos com medicamentos apoiados pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos, há oito pesquisas que miram a neuroinflamação - todas ainda em fases iniciais.
Insulina, estresse oxidativo e as células lixeiras
Outros estudos buscam remédios capazes de restaurar as funções sinápticas, ou seja, o mecanismo de comunicação entre neurônios. Também entram nessa equação pesquisas para avaliar como a resistência à insulina - ou seja, a redução da capacidade da insulina de exercer suas funções no cérebro - está ligada ao declínio cognitivo e à demência. Há, ainda, linhas de investigação que acreditam que o Alzheimer começa com um comprometimento cognitivo leve causado por um estresse oxidativo.
Medicamentos poderiam ajudar as células cerebrais a se livrarem de compostos oxidantes em excesso, mas ainda estão em fase inicial de teste. Também pouco estudado, o papel de outras células do cérebro, que atuam como "lixeiros" para garantir o bom funcionamento do órgão, ganha força. O foco aqui é entender por que essas estruturas - chamadas de células da glia - param de remover substâncias tóxicas e deixam de fazer seu papel original de proteger os neurônios.
Ciclo vicioso e processo individual
As linhas de estudo se cruzam em muitos momentos - e é possível que vários fatores combinados estejam por trás do início e progressão da doença de Alzheimer. "Provavelmente, são frentes combinadas, é difícil ter uma coisa só. É como se fosse um ciclo vicioso, uma cascata de coisas que vão acontecendo (no cérebro) de forma errada", diz Lea.
Também é provável que os mecanismos biológicos ligados à doença variem de pessoa para pessoa, mas cheguem ao sintoma final comum: a perda de memória, afirma Marcio Balthazar, professor do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "No futuro, pode ser possível mapear individualmente as características do seu João e da dona Maria e dar um remédio diferente a cada um deles para tratar o mesmo problema."
Estudos miram prevenção
Enquanto medicamentos capazes de mudar o rumo da doença não estão disponíveis, os cientistas também investem em entender quais hábitos podem ajudar a evitar que uma pessoa desenvolva o Alzheimer ou, pelo menos, retardar o avanço da doença: são os estudos de intervenção não farmacológica.
Pesquisas ligadas à prevenção focam, principalmente, em descrever o papel da atividade física, do sono, da escolarização e da saúde cardiovascular. Retardar o avanço da doença é particularmente importante em casos de demências que atingem mais idosos: adiar em dez anos, por exemplo, as primeiras perdas de memória pode significar, na prática, ter uma rotina normal até o fim da vida.
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JORNAL OPÇÃO
Com Hecad, cirurgias ganham agilidade sem internação de paciente, em Goiânia
Unidade hospital adotou a modalidade leito dia, com atendimento realizado no mesmo e alta médica no fim do dia
Criado com o objetivo de suprir a demanda por um serviço de pediatria, que até então era concentrado no Hospital Estadual da Mulher (Hemu), antigo Hospital Materno Infantil (Hmi), o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), com pouco mais de sete meses, vem conseguindo agilizar as cirurgias eletivas. Nesse sentido, sem que o paciente precise ficar internado para realizar o procedimento, assim a medicação é feita no ambulatório para que ele não necessite ser atendido no pronto socorro.
Isso tudo é realizado no chamado Leito Dia e, por lá, quem já recebeu o atendimento aprova. Esse é o caso da Luzineide da Silva Souza, de 36 anos, mãe de uma recém-nascida, que ao ser transferida para a unidade, percebeu a diferença na abordagem. “Fomos transferidas para cá e estou encantada com o atendimento. Aqui é um ótimo hospital, melhor do que particular”, disse.
A coordenadora médica do ambulatório, Maysa Carvalho, descreve como é realizado o atendimento diretamente no ambulatório, sem que o paciente precisa receber medicação no pronto socorro. “No Leito Dia, podemos fazer testes alérgicos sem que o paciente fique internado para isso”, exemplifica. Essa modalidade de atendimento ágil teve início no mês passado e funciona das 7h às 19h.
Mãe do paciente Vitor Ferreira Machado, de 7 anos, Lorena Pereira Machado, precisou que o filho realizasse uma cirurgia de fimose, que foi feita rapidamente. “Chegamos às 7h da manhã e fomos muito bem recebidos pela equipe do atendimento do leito dia para a preparação da cirurgia prevista para às 13h e o recebimento da alta no final do dia, sem precisar de internação. Isso é bom demais porque é mais rápido e a gente não perde tempo”, relata.
Embora natural de São Paulo, Pamela Alves Fernandes, mãe de Caio Lucas Fernandes, de 7 anos, receberam atendimento pelo leito dia. Ela recorda que desde que o filho nasceu, prematuramente, precisou passar por algumas intervenções cirúrgicas, ficando por dias internado. Mas, ao mudarem para Goiânia e o filho ser encaminhado ao atendimento na unidade notou diferença significativa. “Tudo organizado, atendimento e prestação do serviço excelentes e ele ainda vai ser liberado hoje mesmo”, afirmou.
Camila Amorim, supervisora de enfermagem do ambulatório, conclui que que o fluxo de atendimento com agilidade proporcionou qualidade, mas também humanização para os pacientes e acompanhantes. “Os pacientes são recebidos pela manhã em um ambiente ideal e confortável, recebem alimentação, são acompanhados pela equipe médica e de enfermagem durante todo o dia, recebem seu tratamento e ao final do dia voltam para casa tornando esse atendimento mais humanizado”, pontua.
Melhoria nos serviços
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o Hecad, inaugurado em fevereiro deste ano, conta com 30 leitos de UTI pediátricos, o que aumentou o número geral de leitos da rede pública. “No Hemu ocorreu ampliação quanto ao número de leitos neonatais (UTI e internação), de 10 para 29. Também houve oferta da carteira de serviços, beneficiando pacientes com cirurgias ginecológicas e serviços nas especialidades ginecológicas e mastologia”, informa.
Em relação a quantidade de partos, em comparação ao antigo HMI, atual Hemu, no ano passado, no período de janeiro a agosto, teve uma média de 223 partos ao mês. Neste ano, ao ser inaugurado o Hemu, a média de partos, nesse mesmo período, subiu para 253 ao mês. Por outro lado, o número de cesária permanece no mesmo percentual anterior, em torno de 55%.” Vale ressaltar que a unidade é referência em atendimento de média e alta complexidade”, informou a SES-GO.
A pasta ressalta que com o Hecad foi possível transformar o Hemu em referência estadual em atendimento de casos de média e alta complexidade, nas áreas da saúde da mulher, sendo ofertado obstetrícia e ginecologia. Além disso, para o recém-nascido o neonatologia.
Com a nova reestruturação, a Secretaria esclarece que o Hemu passou a melhor o atendimento de urgência, emergência e ambulatorial para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) tanto de Goiânia quanto do interior do estado. “Possui programa de Residência Médica nas áreas de Neonatologia, Obstetrícia, Ultrassonografia, além de Enfermagem Obstétrica. A unidade também desenvolve pesquisas científicas e mantém programas de saúde voltados para a atenção integral de mulheres”, pontua.
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Operação da PF apura fraudes em licitação na Secretaria de Saúde do Tocantins
Secretaria da Saúde emitiu nota informando que ação se refere a apuração de atos cometidos na gestão anterior
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 13, com colaboração da Controladoria Geral da União (CGU), a “Operação Babilônia”, que tem como objetivo o aprofundamento das investigações relacionadas à fraude na contratação de empresa de engenharia para execução de serviços de manutenção corretiva e preventiva em hospitais e anexos de atendimento ao público realizada pela Secretaria de Saúde do Estado, entre os anos de 2020 a 2022.
A operação cumpre 13 mandados de busca e apreensão e conta com a participação de cerca de 60 policiais. Os prejuízos aos cofres públicos estão calculados em R$ 46 milhões. A investigação teve início a partir de indícios levantados pela CGU de que houve fraude na licitação, além da apresentação de elementos indicativos de sobrepreço e superfaturamento nos valores pagos a empresa contratada pelo Estado.
A Secretaria da Saúde emitiu nota à imprensa informando que as investigações se referem a atos cometidos na gestão anterior. Informa ainda que a pasta está à disposição dos órgãos de controle para apuração dos fatos.
Veja nota na integra
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que recebeu diligência da Polícia Federal em sua sede, na manhã desta terça-feira, 13, em busca de material a ser utilizado na elucidação de investigações relacionadas à gestão anterior da Pasta.
A SES-TO ressalta que está à disposição dos órgãos investigativos e de controle, para a apuração dos fatos, uma vez que a atual gestão preza pelo bem do erário público e zela por uma Saúde de qualidade para a população tocantinense.
Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins
Canais para denúncias
A Polícia Federal disponibiliza o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. e a conta Whatsapp (63)32365422 para o recebimento de denúncias e outras informações referentes aos fatos, além do serviço de plantão na própria Superintendência Regional no Tocantins.
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PORTAL G1
Mortes por dengue em Goiás têm aumento de 300% em relação ao ano passado, aponta SES
Boletim do Ministério da Saúde diz que Goiânia é a segunda capital com maior número de casos, perdendo apenas para Brasília. Até o início de setembro, 114 pessoas morreram pela doença no estado.
Por Jamyle Amoury e Giovana Dourado, g1 Goiás e TV Anhanguera
Mesmo com o tempo seco em Goiás, o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras doenças, vem se proliferando e a quantidade de casos e mortes pela doença segue na mesma linha. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), no ano passado, 38 pessoas morreram por dengue, já até o início deste setembro, foram 114 mortes, um aumento de 300%.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), no mesmo período de janeiro a setembro,Goiânia é a capital com maior número de casos, são 49.675, atrás apenas de Brasília, com 62.265 confirmações. Conforme o último boletim do MS, já são mais de 1,3 milhão de casos notificados no centro-oeste.
Preocupados com a situação, moradores explicam como tem tomado os cuidados para evitar a proliferação a doença. O Iram, de Rio Verde, conta que molha os pratinhos das plantas de casa de uma forma que não acumule água, e deixa um recado para a população.
“É muito importante isso aí. Se todo mundo cuidasse direitinho não tinha os problemas que tá tendo né.
A agente de endemias Ana Carolina Danda explica que o controle de zoonoses está sendo feito, principalmente, em casas abandonadas, que podem ter objetos que acumulem água ou até mesmo piscinas e caixas d’água que estejam abertas.
“Ali pode ter um ralo, pode ter uma vasilha com água, algum utensílio com água, piscina que não ocorre tratamento. Então tudo isso é foco pra que os índices continuem se mantendo”, explica Ana.
Conforme os dados do Ministério da Saúde, a maior incidência de casos no Brasil tem sido na região centro-oeste. O boletim aponta 1.867,3 casos por cada 100 mil habitantes. No último ano, a dengue matou 246 pessoas na região, já este ano, 854 óbitos foram confirmados.
Mortes por ano em Goiás
2010 - 93 mortes
2011 - 51 mortes
2012 - 52 mortes
2013 - 95 mortes
2014 - 93 mortes
2015 - 102 mortes
2016 - 69 mortes
2017 - 53 mortes
2018 - 85 mortes
2019 - 100 mortes
2020 - 47 mortes
2021 - 38 mortes
2022 - 114 mortes
O governo estadual realiza informes diários no site para a população acompanhar os casos e a as mortes da doença. Para eliminar os criadouros do mosquito transmissor, é necessário deixar as casas livres de ambientes propícios à reprodução de Aedes aegypti, como pneus, vasilhames abertos, caixas d´água descobertas, acúmulo de água parada e entulhos.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
STF tem cinco votos para manter suspensão do piso da enfermagem
Piso da enfermagem: governo e Congresso travam queda de braço para viabilizar novo valor
Planos de saúde têm primeiro prejuízo semestral
Hospital abandonado com maquinários remete a episódio trágico em Goiânia: o Césio 137
Estudos sobre câncer de mama relacionado à prótese não são conclusos, diz especialista
Defasagem de 20 anos na tabela de procedimentos do SUS leva hospitais à falência
Goiás chega a 327 casos de varíola dos macacos
AGÊNCIA BRASIL
STF tem cinco votos para manter suspensão do piso da enfermagem
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou o placar de 5 votos a 3 para manter a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu o piso salarial da enfermagem. O julgamento virtual continua para a tomada dos demais votos.
No dia 4 de setembro, o ministro atendeu ao pedido de liminar feito pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e concedeu prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão possam encontrar soluções para garantir o pagamento.
Após a decisão, caso foi levado à referendo dos demais ministros da Corte no plenário virtual, modalidade de votação na qual os votos são inseridos em um sistema eletrônico e não há deliberação presencial. O julgamento foi iniciado na sexta-feira (9) e está previsto para acabar na sexta-feira (16).
Até às 21h desta segunda-feira (12), além de Barroso, os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli votaram para manter a suspensão.
Os ministros Nunes Marques, André Mendonça e Edson Fachin foram a favor da derrubada da liminar.
Faltam os votos da presidente do STF, Rosa Weber, e os ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes.
Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 14.434/2022 instituiu o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.
Na semana passada, Barroso afirmou que a decisão foi tomada que é preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso salarial. O ministro disse que é favor do piso salarial da enfermagem, mas aceitou a suspensão diante do risco de descumprimento imediato da lei.
Entre as possibilidades de financiamento do piso estão a correção dos valores da tabela do SUS, a desoneração da folha de pagamento do setor da saúde e compensação da dívidas dos estados com a União.
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O GLOBO
Piso da enfermagem: governo e Congresso travam queda de braço para viabilizar novo valor
A cúpula do Congresso Nacional e o governo de Jair Bolsonaro discutem uma alternativa para viabilizar o piso salarial de R$ 4.750 para os profissionais de enfermagem e compensar o aumento de gastos que estados, municípios e o setor privado terão com os novos salários.
Mas enquanto busca uma solução para pagar a conta da remuneração mínima da categoria, o governo trava uma queda de braço com parlamentares para evitar que toda a fatura recaia sobre a União.
A lei que cria o piso da categoria foi suspensa, no início do mês, pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. A liminar (decisão provisória) está sendo votada no plenário virtual do STF até sexta-feira. Por enquanto, são 5 votos a 3 para que continue suspenso o pagamento do piso salarial até que sejam feitos cálculos sobre as maneiras de financiar a nova lei.
Barroso pediu análise de dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso. O prazo para que essas informações sejam enviadas ao STF é de 60 dias. Os municípios afirmam que o piso pode levar à redução de equipes de saúde da família.
Efeito de 32,5 mil demissões
Há várias opções sendo avaliadas entre o governo e o Congresso, mas as principais são a desoneração da folha de pagamentos dos empregadores, a correção da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e a compensação direta a estados e municípios. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem se reunido com membros do Congresso para discutir o assunto.
Os retrocessos no Brasil em 2022 1 de 8
Em 2013, Mantega negava crise. em 2022, Guedes pede para não subirem preços/Cristiano Mariz/Agência O Globo 2 de 8
Não se tinha inflação tão alta quanto a de agora desde 2003. O índice em 12 meses supera 11% e corrói a renda. X de 8 Publicidade 8 fotos 3 de 8
A pobreza que se vê nas ruas e periferias de hoje está no mesmo nível da registrada entre 2009 e 2011. 4 de 8
A fome no Brasil, reduzida para 5% da população em 2014, saltou agora para 15% e atinge 33 milhões de brasileiros. X de 8 Publicidade 5 de 8
O nível atual da produção industrial captada nas Contas Nacionais do IBGE é similar ao de 2009, retrocesso de 13 anos. 6 de 8
Escolas fechadas e sem suporte aos alunos levou a evasão escolar entre 5 e 9 anos alcançar o nível de 2006. X de 8 Publicidade 7 de 8
Em 2021, foram mapeados mais de 13 mil km desmatados na Amazônia, situação só vista em 2008. 8 de 8
O consumo das famílias, motor da economia, regrediu aos patamares de 2015, e a renda domiciliar per capita a 2011. X de 8 Publicidade Pobreza, fome, educação são algumas das áreas que pioraram Na sexta-feira, ele esteve com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem encabeçado as discussões.
O governo federal tenta evitar que a conta seja muito alta para a União e que o Tesouro Nacional tenha que pagar toda a diferença entre o salário atual dos profissionais e o piso. Por outro lado, o governo sabe que terá que ceder e, neste momento, admite compensar hospitais filantrópicos (como Santas Casas) e municípios pequenos.
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Uma das saídas que Pacheco defende é a atualização da tabela SUS, que traz os valores de ressarcimento do governo federal por procedimentos realizados pela rede conveniada. Isso poderia beneficiar tanto hospitais privados que têm contratos com o SUS como estados e municípios.
A tabela de procedimentos do SUS não tem uma atualização integral há mais de 15 anos. De acordo com entidades do setor, a defasagem da tabela SUS chega a 60%, em termos históricos. Por isso, uma atualização nesse montante na tabela geraria uma conta de mais de R$ 20 bilhões para a União.
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A equipe econômica também está se manifestando contra uma ampla desoneração da folha para este setor especificamente, porque considera uma medida cara e que vai beneficiar grandes hospitais - inclusive redes privadas que não atendem pelo SUS.
Guedes, historicamente, defende a desoneração da folha para todos os setores da economia com o objetivo de gerar empregos, mas compensado com outro tributo.
O impacto direto para a União é de aproximadamente R$ 10 milhões por ano, muito menor do que o estimado para o setor privado (R$ 6,3 bilhões), municípios (R$ 4,4 bilhões) e estados (R$ 1,3 bilhão), de acordo com as contas do governo.
Ontem, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou um estudo no qual sustenta que a implementação do piso deve levar à perda de 11.849 equipes de Estratégia em Saúde da Família (ESF), o que corresponde a 23% do total no Brasil. A entidade afirma que 32,5 mil profissionais de enfermagem precisariam ser demitidos para bancar o piso, que foi aprovado sem uma forma de financiamento.
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Enfermeira cuida de paciente com suspeita de Covid no Rio - Foto: Fabiano Rocha/Ag. O Globo Enfermeira cuida de paciente com suspeita de Covid no Rio - Foto: Fabiano Rocha/Ag. O Globo
A lei prevê ainda um piso de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem (70% do total dos enfermeiros) e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras (50%). Para a CNM, se não houver uma compensação, 34,9 milhões de pessoas em todo o Brasil podem ficar desassistidas. Os municípios calculam despesas de R$ 9,4 bilhões ao ano no orçamento com o piso, número maior que o previsto pelo governo federal.
- Nenhum cidadão é contra o piso dos enfermeiros, só que não há como suportar esse pagamento. Não há como criar uma despesa a mais se não tem como pagar - afirmou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
O projeto que cria o piso foi aprovado em maio pela Câmara. O texto ficou parado até julho à espera da aprovação de uma emenda à Constituição para evitar que o piso fosse contestado na Justiça. Mesmo assim, Barroso suspendeu a lei. Ele é relator de uma ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que defende que o piso é insustentável.
Julgamento virtual no STF
Diante dos dados já apresentados na ação, o ministro avaliou que há risco concreto de piora na prestação do serviço de saúde, principalmente nos hospitais públicos, Santas Casas e hospitais ligados ao SUS.
O relator levou o caso ao plenário virtual e os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Cármen Lúcia seguiram a sua posição. Já André Mendonça, Nunes Marques e Edson Fachin divergiram de Barroso, votando pela manutenção do salário inicial.
O relator levou o caso ao plenário virtual e os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Cármen Lúcia seguiram a sua posição. Já André Mendonça, Nunes Marques e Edson Fachin divergiram de Barroso, votando pela manutenção do salário inicial.
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Planos de saúde têm primeiro prejuízo semestral
Operadoras perdem R$ 691,6 milhões com maior procura por serviços, alta de custos e atualização mais frequente do rol da ANS
As operadoras de planos de saúde registraram o primeiro prejuízo semestral de sua história, com perdas de R$ 691,6 milhões. Para a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), o desempenho do setor foi afetado por uma combinação de aumento do uso dos planos pelos usuários, alta de custos e maior velocidade de incorporação de novas tecnologias na lista de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que as empresas precisam cobrir. Especialistas ponderam, no entanto, que os dados evidenciam ineficiências.
Depois de dois anos de pandemia, período no qual usuários suspenderam a busca por cirurgias eletivas e procedimentos de rotina, a volta à normalidade significou aumento do uso dos serviços. Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge, ressalta que a sinistralidade ? indicador que relaciona despesas médicas com uso do plano e receita com as mensalidades ? chegou a 88%, ou seja, as despesas equivalem a 88% da receita:
? Pagos os custos com assistência, sobram 11% do valor arrecadado para pagar impostos, comercialização, entre outros. O gasto assistencial aumentou 14,6% entre o segundo trimestre do ano passado e o deste ano.
Novais destaca a alta de preço de insumos, provocada pela pandemia e que ainda não foi normalizada. Além disso, a atualização do rol da ANS era feita antes a cada dois anos. Agora, a atualização de procedimentos que precisam ser cobertos pelas operadoras se tornou processo permanente.
No primeiro trimestre, houve ganho no setor de R$ 1,05 bilhão e no período de abril a junho, perda de R$ 1,7 bilhão.
Para Lucas Andrietta, do Grupo de Estudos sobre Planos de Saúde e Interações Público-Privadas (GEPS-FMUSP), muitas operadoras aplicaram reajustes elevados nos planos coletivos e ainda não contabilizaram o efeito, o que deve ocorrer no segundo semestre. Ele pondera que a sinistralidade tem se mantido na faixa entre 82% e 85% e que as operadoras deviam ter se preparado para o aumento da procura após o período mais grave da pandemia.
Para o economista Carlos Ocké-Reis, da diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os números apontam ineficiências do setor:
-? Nas despesas administrativas, houve aumento de R$ 3 bilhões em relação ao segundo trimestre do ano passado. Os dados apontam um problema de gestão. Uma ineficiência que o setor tenta repassar pressionando o governo e a ANS.
Novais, da Abramge, afirma que a sociedade tem feito escolhas que causam impacto em despesas futuras, como a lei que tornou o rol da ANS exemplificativo, decisão que facilita o acesso a procedimentos e eleva custos das operadoras.
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JORNAL OPÇÃO
Hospital abandonado com maquinários remete a episódio trágico em Goiânia: o Césio 137
Maior acidente radiológico em área urbana do mundo ocorreu em 13 de setembro de 1987, na Capital, quando catadores encontraram uma cápsula em uma antiga clínica
Em total abandono há mais de cinco anos, o antigo Hospital Santa Genoveva, localizado no Setor de mesmo nome, em Goiânia, foi fechado com todos os equipamentos dentro, em 2017. A partir daí, surgem dúvidas. Havia maquinários de raios-X? Foram retiradas do local pelos responsáveis? Nesse contexto, os órgãos responsáveis, entre os quais Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CRCN-CO), Ministério Público de Goiás (MP-GO), Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) e Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) estão alertas sobre essa situação? Por fotos do local, é possível perceber que os moveis e a estrutura do prédio estão deteriorando pelo tempo, mas também por vandalismo.
Por requisição do MP-GO, equipes policiais periciaram a antiga unidade de saúde em decadência, neste mês, que se completa 35 anos do maior acidente radiológico do mundo, fora de usinas nucleares. Ao Jornal Opção, o titular da Dema, delegado Luziano de Carvalho, disse que liderou uma visita e registrou, no último dia 2, várias imagens que comprovam a negligência em um estabelecimento que, até então, era sinônimo para saúde. Mas, outrora, os equipamentos e insumos, cujos técnicos e médicos operavam em busca da cura de enfermidades, agora, sinalizam para doenças. É que há riscos da deterioração deles contaminerem solo e água da região. “Nós recebemos uma representação do Ministério Público para instaurar um inquérito. Haja vista que o Ministério Público recebeu informações de que lá estariam armazenados, guardados em depositos produtos e substâncias tóxicas, perigosas à saúde humana, até mesmo nucleros radioativos”, relatou o delegado.
“Nós instauramos inquérito e imediatamente requisitamos a presença dos técnicos-científicos, ou seja, do laudo pericial. Eles estiveram no local na quinta-feira (1), e, realmente, foi encontrado muitos produtos, substâncias e resíduos sólidos diversos infectantes e produtos químicos, embalagens hospitalares, contaminantes, como equipamentos médico-hospitalar, aparelhos de raios-X… Enfim, uma situação totalmente grave”, descreveu o titular da Dema. Os policiais se depararam com um ambiente hostil, coberto por mato alta e seco, o que pode provocar a qualquer momento um incêndio de proporções incalculáveis e danos irreparáveis ao meio ambiente e a comunidade local.
Luciano Carvalho recorda de outra ação investigativa, quando a unidade ainda estava em funcionamento. “Nós já tínhamos encaminhado para a Justiça um inquérito, onde indiciamos o hospital por ter construído um galpão nos fundos para armazenamento de resíduos sólidos. Só que a construção foi feita em uma APP (Área de Preservação Permanente). Lá é uma área de preservação do Rio Meia Ponte, também. Lá é uma área de solo encharcado, pelo menos sazonalmente falando, ou seja, nos períodos de chuvas ‘brotam’ água. Esse galpão foi construído em época de seca. Na época, a gente viu as substâncias, mas naquele momento, tudo estava armazenado. Só que agora a situação piorou, estavam abandonados”, lamentou.
O delegado indica que essas substâncias podem estar diluindo pelo solo e, consequentemente, atingindo lençóis de água, que corre para o Rio Meia Ponte. “Quando você chega no ambiente, na parte externa do hospital, está com um braquiarão (capim-marandu)… Muito alto. Você já chega e vê o prédio aberto, portas no chão, móveis, maquinários, madeiras, papeis… tudo jogado. Ali, você já vê um perigo de desabamento, um risco de incêndio…”, prevê. Ele acrescenta que foi encontrada geladeiras abertas contendo bolsas de sangue e denúncia que tudo está muito próximo do Rio Meia Ponte. “O abandono gera problemas de ordem ambiental, de ordem estética, sanitária e de segurança. Já pensou quantas pessoas estavam adentrando ali?”, indaga. De acordo com ele, foi solicitado de imediato à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) informações sobre os maquinários que conteriam produtos radioativos, assim também à vigilância sanitária, que já haviam vistoriado o local. “A Cnen, no mês passado, informou para a delegacia que todo o material que pudesse ser fonte radioativa foi retirado, portanto, segundo a Cnem, o local não oferece nenhum risco radiológico para o ser humano”, frisa.
No entanto, Luziano também indica ser necessário a retirada dos demais materiais que podem causar danos. “Ainda não temos o laudo pericial, mas posso afirmar que são resíduos sólidos diversos, produtos e substâncias químicas infectantes que trazem, realmente, alerta para tomarmos providências”, esclarece. O policial destaca que se concluído os danos, os responsáveis devem ser indiciados. Embora não haja conclusão, por enquanto, a Dema já fez uma representação na Justiça, na última terça-feira, 6, para conseguir mandado de busca e apreensão de materiais nocivos no antigo hospital.
Lá é uma área de preservação do Rio Meia Ponte, também. Lá é uma área de solo encharcado, pelo menos sazonalmente falando, ou seja, nos períodos de chuvas ‘brotam’ água. Esse galpão foi construído em época de seca. Na época, a gente viu as substâncias, mas naquele momento, tudo estava armazenado. Só que agora a situação piorou, estavam abandonados”
DELEGADO LUZIANO DE CARVALHO
Conjuntamente com a Dema, a Polícia Técnico-Científica de Goiás esteve nas dependências do hospital e informou que todo o material coletado está sendo averiguado. Porém, o laudo deve ficar pronto apenas entre três e quatro meses. O resultado será encaminhado diretamtente para a delegacia do meio ambiente, que conduz as investigações e poderá indiciar os responsáveis. A corporação também reforçou que uma equipe da Cnen compareceu ao local e fez o desmonte de máquinas radioativas e fizeram isolamento de fontes ionizantes. Dentre os quais, equipamentos de raios-X, tomógrafo, mamógrafo e outros de utilização em diagnósticos hospitalares.
O Jornal Opção entrou em contato com os responsáveis para saber sobre as medidas de segurança com equipamentos contendo substâncias radioativas. O administrador da massa falida do hospital, o advogado Dyogo Crosara, respondeu que: “essas questões devem ser respondidas pelos sócios” e emendou que: “a administração judicial não está na posse do imóvel”. A reportagem tentou contato com os proprietários da unidade de saúde, mas não obteve sucesso. Na Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) constam como sócios-proprietários do hospital: os médicos Euclides Abrão, Maira Ludovico de Almeida e Kalley de Souza Carneiro.
O Jornal Opção questionou ainda ao MP-GO se há alguma medida de segurança para clínicas e hospitais sobre a correta destinação de máquinas com produtos radiológicos, nos casos de fechamento. O órgão se limitou em informar que “acompanha a questão há algum tempo, tendo solicitado, após recebimento de denúncia, a realização de inspeção no local pela saúde municipal e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen)”. Por meio de nota, a procuradoria acrescentou que “após o relatório dessa inspeção, que constatou o abandono de materiais hospitalares, incluindo fontes radioativas descritas como ‘exauridas e que não representam risco’”. Ainda, de acordo com o MP-GO, a ação foi redistribuída para a 7ª Promotoria de Goiânia, que deve apurar “possível crime ambiental”. Já a promotoria, em 1º de agosto, requisitou à Dema a instauração de inquérito policial. “Esse inquérito está em andamento”, finalizou. A CRCN-CO, órgão ligado ao Cnen, também foi procurada. A reportagem buscou saber se o órgão faz alguma orientação de prevenção e controle sobre produtos radiológicos de posse de particulares. No entanto, até o fechamento dessa matéria, não houve manifestação.
Durante o período mais crítico da pandemia da Covid-19, o juiz Átila Naves Amaral chegou a autorizar o uso do hospital pelo Estado, para tratamento de pacientes com a doença, todavia, isso não ocorreu.
Mês do Césio-137
A perícia da polícia no antigo hospital ocorre no mesmo mês que foi registrado o maior acidente radiológico do mundo em uma área urbana, em 13 de setembro de 1987. Isto é, neste ano se completa 35 anos de um dos piores episódios que marcaram Goiânia. Oficialmente, o Estado registrou que 249 pessoas foram altamente contaminadas pelo Césio-137. Dentre os quais: a família de catadores de materiais de reciclagens, vizinhos deles, policiais, bombeiros, médicos e outros servidores públicos, em serviço; além de pessoas que foram vítimas indiretamente.
Passados alguns anos, a Justiça condenou o físico Flamarion Barbosa Goulart, Carlos de Figueiredo Bezerril, Criseide Castro Dourado e Orlando Alves Teixeira, médicos responsáveis pelo Instituto Goiano de Radiologia (IGR), onde a cápsula foi encontrada por catadores. Além do proprietário do prédio, Amaurillo Monteiro de Oliveira. Todos receberam pena de pouco mais de 3 anos de prisão em regime aberto, sendo condenados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Porém, as condenações foram convertidas em prestação de serviços comunitários e o processo foi arquivado em 1999. Apenas, Flamarion cumpre determinação judicial de pagar pensão para os dois catadores que encontram a cápsula. Apesar desse episódio que marcou a história tanto de Goiás quanto do Brasil, o abandono do antigo Hospital Santa Genoveva mostra que não ficou uma lição para todos, quando novamente se abandonaram maquinários de raios-X em um prédio em degeneração e com acesso livre de terceiros. Fica a obscuridade se algum desses equipamentos não foram retirados do prédio, antes da atuação do poder público.
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Estudos sobre câncer de mama relacionado à prótese não são conclusos, diz especialista
Médica afirma que não há motivos para alardes. Porém, todas as pessoas com implantes devem fazer acompanhamento com mastologista
Associar a cirurgia de prótese mamaria com câncer vem desde 2011, no entanto, sem conclusão. Novos evidências foram divulgados pela agência reguladora dos EUA, Food and Drug Administration (FDA), no último dia 8, alertando o público sobre certos tipos de câncer. Além da agência americana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) também acompanha relatos de casos da doença relacionados a cirurgias de implantes mamários, nos últimos anos.
No entanto, a mastologista e oncoplástica Thauana Dias recorda que há mais de uma década os estudos mostram que os implantes estavam sendo associado ao linfoma anaplástico. “Em 2016, a OMS descreveu o Bia Alcl como um linfoma de células T. Assim, não é um câncer de mama, mas um linfoma não Hodgking. Pode ser desenvolvido após a colocação de implantes mamários, e nos estudos teve mais associação as próteses texturizadas”, afirma.
Segundo a especialista ainda falta informações precisas sobre essas pesquisas apontando que implantes mamários provoque câncer. “Há limitações com relações a estudos devido à falta de notificações e dados precisos sobre quantidade de implantes fornecidos pelas diversas empresas produtoras”, acrescenta.
A médica destaca que em todo o mundo são feitas recomendações e orientações sobre a utilização de próteses. “Mas ainda não se sabe ao certo, o que promove o desenvolvimento desse tipo de tumor. Necessita de mais estudos para melhor esclarecer os fatores promotores”, salienta.
Ela esclarece que o risco de tumor é de cerca de 1 a cada 30 mil mulheres com implantes por ano. “Não há muitas evidências de mortes. Geralmente a cirurgia com retirada do implante e da cápsula, na maioria dos casos, se faz muito eficaz”, pontua. Nesse sentido, a oncoplástica lembra que algumas marcas de próteses foram retiradas do mercado após comprovação.
“Não há motivos para alardes. Porém, todas as pessoas devem fazer constantemente seus seguimentos com mastologista e em caso de evidencias de acumulo de liquido, após mais de 1 ano da prótese, visto por exemplo pelo aumento incomum da mama, o médico deverá ser consultado e exames complementares deverão ser realizados”, finalizou.
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Defasagem de 20 anos na tabela de procedimentos do SUS leva hospitais à falência
Diretores de hospitais particulares, representantes da saúde e deputados explicam origem da crise e propõem modernizações
A tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) é o índice usado pelo Ministério da Saúde para remunerar os hospitais e clínicas conveniados à rede pública de saúde. O índice não é reajustado há mais de 20 anos, de forma que o pagamento da rede pública de saúde não condiz mais com o custo dos exames, cirurgias, medicamentos e atendimentos. Para compreender a situação, o Jornal Opção ouviu o Ministério da Saúde, representantes de hospitais particulares e filantrópicos, e legisladores que propõem a atualização da tabela.
Levantamento da Federação das Santas Casas do Espírito Santo divulgado em março deste ano mostra que a diária paga pelo SUS tem um valor médio de R$ 4 reais para cada paciente, insuficiente para cobrir os custos. Exames simples, como uma radiografia, atualmente pagam R$ 7 ao operador, quantia insuficiente para cobrir sequer os insumos desse exame de imagem.
Por isso, hospitais particulares que atenderam o SUS no passado deixaram de fazê-lo. A médica ginecologista e obstetra Bárbara Teodoro é diretora técnica do Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, e afirma que a instituição atendeu por anos os pacientes do sistema público, mas foi obrigada a deixar o programa de convênio por conta dos valores abaixo do praticável. “Sempre gostamos dessa possibilidade, mas os hospitais particulares que atendem o SUS acabam pagando para atender os pacientes.”
Bárbara Teodoro comenta: “Acredito que, se a tabela fosse sempre atualizada, representaria uma vantagem para todos. Seria atrativo para os hospitais privados, por conta do volume de pacientes; seria positivo para os pacientes, que poderiam utilizar gratuitamente os serviços de grandes hospitais; e seria bom para a saúde pública por desafogar a demanda. Infelizmente, é inviável. Os valores pagos não cobrem nem mesmo os insumos de exames, que dirá internações e procedimentos.”
Há apenas seis anos, em Goiás, cerca de 45% de todos os serviços dos hospitais privados eram vendidos ao Governo Federal via convênio com o SUS; mas hoje o índice não passa de 6%. “A defasagem obrigou os hospitais a se adaptarem para atender apenas a saúde suplementar”, afirma Haikal Helou, diretor da Associação dos hospitais privados de alta complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Segundo Haikal Helou, as instituições que atendiam principalmente o SUS e não conseguiram se adequar acabaram falindo, como o Hospital Santa Genoveva, Lúcio Rebelo e outros.
Histórico da defasagem
O diretor da Ahpaceg explica as razões pelo subfinanciamento do SUS. Segundo Haikal Helou, a ideia da tabela de procedimentos foi mais bem sucedida durante os anos do governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2003. Neste período, o ministro da saúde José Serra (PSDB) implementou um sistema de remuneração por eficiência, em que os conveniados recebiam até quatro vezes mais caso comprovassem qualidade por meio de certificações e resultados.
“A rede privada se interessou e se estruturou para atender o SUS”, comenta Haikal Helou. “Entretanto, com o início da defasagem na tabela, outros entes entraram para compensar as perdas. O estado de Mato Grosso foi o primeiro a complementar a remuneração dos procedimentos para manter a iniciativa no sistema, e Goiás chegou a fazer o mesmo por alguns anos”. A atitude das secretarias estaduais e municipais de saúde funcionou por alguns anos, mas desobrigou o governo federal a manter a tabela atualizada.
Com a complementação vinda dos estados, a tabela do Ministério da Saúde se tornou progressivamente mais defasada. “O problema se aprofundou durante os anos do governo Dilma (PT) – digo sem defesa partidária, mas o fato é que neste período predominou a ideia de que a Saúde Pública não deveria dar lucro”, afirma Haikal Helou. “Os recursos deixaram de ser destinados à remuneração dos procedimentos via tabela e passaram a ser transferidos diretamente para as instituições de saúde públicas, filantrópicas e os hospitais universitários.” Essa política posteriormente foi interrompida em função do controle de gastos públicos, e os hospitais que confiavam na política ficaram sem financiamento.
Retrato atual
No ano de 2019, pela primeira vez, as despesas das famílias com saúde superaram os gastos do governo para a área. Neste ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo final de bens e serviços de saúde no Brasil atingiu R$ 711,4 bilhões. Desse total, R$ 283,6 bilhões (3,8% do PIB) foram despesas do governo e R$ 427,8 bilhões (5,8% do PIB), de famílias e instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias.
Atualmente, o segundo maior gasto das empresas brasileiras (após folha de pagamento) é com planos de saúde. “Isso não é caridade: é o que atrai funcionário”, diz Haikal Helou. “A empresa que não oferece esse benefício tem dificuldade de manter seus funcionários. O serviço público é de qualidade, mas a fila é grande. Sem o convênio com hospitais privados e com as dificuldades financeiras dos hospitais filantrópicos, há uma sobrecarga dos hospitais públicos.”
Enquanto 45% da população de São Paulo tem planos de saúde, em Goiânia essa porção é de 22%. A proporção depende da condição financeira, e aumenta em estados mais ricos, segundo levantamento da Ahpaceg. Em tempos de inflação, o plano de saúde é um dos itens a ser cortado das despesas da família.
“No SUS, vemos pacientes esperando por até três anos para procedimentos eletivos simples, que se agravam sem tratamento e tornam-se procedimentos de urgência”, afirma Haikal Helou. “O governo federal financia de forma provisória e sem planejamento os serviços de emergência que poderiam ter sido evitados com a política de atualização da tabela de procedimentos do SUS com compensação por resultados”.
Perspectivas futuras
O médico e deputado federal Zacharias Calil (UB) é membro do grupo legislativo responsável por acompanhar a tabela SUS, a Subcomissão Permanente de Saúde (Subsaude), dentro da Comissão de Seguridade Social e Família. O parlamentar afirma que a Câmara dos Deputados está trabalhando em um estudo de impacto financeiro com sugestões de incremento no valor dos procedimentos para ser enviado ao Ministério da Saúde, mas que o documento ainda não tem data prevista.
Zacharias Calil disse: “Estive com o ministro Luís Roberto Barroso no dia 6 para falar sobre o Piso Nacional da Enfermagem, e nesta conversa afirmei a ele que uma possível saída seria a atualização da tabela SUS. O ministro Barroso tem grande interesse no tema e espero que, com o Ministério da Saúde, possamos articular os três poderes para oferecer uma solução rápida aos hospitais e clínicas que estão subfinanciados há muitos anos.”
Segundo o deputado, o SUS não tem sido encarado como um programa de Estado com planejamento a longo prazo, mas de governo. “Sai governo e entra governo e as políticas são abandonadas e substituídas – todos acham que seu programa é o melhor. Eu acredito que deve existir um programa maior que permita que os entes conveniados prevejam sua adesão ao sistema.”
O deputado especula as razões para a defasagem: “As coisas vão se acomodando, ninguém se manifestou de forma forte porque medidas paliativas surgem para remediar temporariamente a situação. Na pandemia, o SUS impediu o Brasil de colapsar; houve um gasto enorme de forma emergencial que poderia ser revertido em valores liberados de forma planejada.”
Visão do governo
Em resposta ao questionamento, o Ministério da Saúde respondeu por nota que a tabela de procedimentos do SUS não é a única fonte de repasses do governo federal, e que mensalmente são enviados aos fundos estaduais e municipais de saúde recursos financeiros destinados ao custeio da saúde.
Bárbara Teodoro, diretora técnica do Hospital Santa Bárbara, afirma que o problema dos repasses aos fundos estaduais e municipais de saúde é que esses recursos são imprevisíveis. “Quando o recurso não vai diretamente para a instituição, os estados e municípios precisam receber primeiro para depois pagar o que devem às empresas. Isso atrasa pagamentos e dificulta qualquer relação comercial.”
Haikal Helou argumenta que os recursos dos fundos de saúde dos governos estaduais e municipais podem ser gastos de diversas outras formas, e que a mera existência do dinheiro nos fundos não significa o pagamento dos conveniados. “A tabela é o padrão. Deve haver uma base para qualquer acordo. A saúde não se mantém com repasses esporádicos. A política pública precisa de reajustes constantes e previsíveis, e essa é uma função do governo federal.”
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A REDAÇÃO
Goiás chega a 327 casos de varíola dos macacos
Goiânia - Goiás chegou à marca de 327 casos de varíola dos macacos. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) no boletim desta segunda-feira (12/9). De acordo com a SES-GO, os pacientes têm entre 3 e 64 anos, sendo 319 homens e 8 mulheres.
No Estado, 485 casos suspeitos da doença estão em investigação. Até o momento, nenhuma morte pela varíola dos macacos foi registrada em Goiás.
Já são 22 cidades goianas que confirmam casos da doença. As que mais registraram são: Goiânia (251), Aparecida de Goiânia (32) e Valparaíso de Goiás (9).
Confira os municípios:
Águas Lindas de Goiás 1
Anápolis 7
Anicuns 1
Aparecida de Goiânia 32
Aragoiânia 1
Bom Jesus de Goiás 1
Caldas Novas 2
Campos Belos 1
Cidade Ocidental 1
Cristalina 1
Goiânia 251
Inhumas 4
Itaberaí 1
Jataí 4
Luziânia 2
Novo Gama 1
Planaltina 2
Rio Verde 1
Santa Helena de Goiás 1
Senador Canedo 1
Uruaçu 2
Valparaíso de Goiás 9
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg na Mídia - Defasagem de 20 anos na tabela de procedimentos do SUS leva hospitais à falência
Escrito por AdministradorConfira a matéria divulgada no Jornal Opção
Defasagem de 20 anos na tabela de procedimentos do SUS leva hospitais à falência
Diretores de hospitais particulares, representantes da saúde e deputados explicam origem da crise e propõem modernizações
A tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) é o índice usado pelo Ministério da Saúde para remunerar os hospitais e clínicas conveniados à rede pública de saúde. O índice não é reajustado há mais de 20 anos, de forma que o pagamento da rede pública de saúde não condiz mais com o custo dos exames, cirurgias, medicamentos e atendimentos. Para compreender a situação, o Jornal Opção ouviu o Ministério da Saúde, representantes de hospitais particulares e filantrópicos, e legisladores que propõem a atualização da tabela.
Levantamento da Federação das Santas Casas do Espírito Santo divulgado em março deste ano mostra que a diária paga pelo SUS tem um valor médio de R$ 4 reais para cada paciente, insuficiente para cobrir os custos. Exames simples, como uma radiografia, atualmente pagam R$ 7 ao operador, quantia insuficiente para cobrir sequer os insumos desse exame de imagem.
Por isso, hospitais particulares que atenderam o SUS no passado deixaram de fazê-lo. A médica ginecologista e obstetra Bárbara Teodoro é diretora técnica do Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, e afirma que a instituição atendeu por anos os pacientes do sistema público, mas foi obrigada a deixar o programa de convênio por conta dos valores abaixo do praticável. “Sempre gostamos dessa possibilidade, mas os hospitais particulares que atendem o SUS acabam pagando para atender os pacientes.”
Bárbara Teodoro comenta: “Acredito que, se a tabela fosse sempre atualizada, representaria uma vantagem para todos. Seria atrativo para os hospitais privados, por conta do volume de pacientes; seria positivo para os pacientes, que poderiam utilizar gratuitamente os serviços de grandes hospitais; e seria bom para a saúde pública por desafogar a demanda. Infelizmente, é inviável. Os valores pagos não cobrem nem mesmo os insumos de exames, que dirá internações e procedimentos.”
Há apenas seis anos, em Goiás, cerca de 45% de todos os serviços dos hospitais privados eram vendidos ao Governo Federal via convênio com o SUS; mas hoje o índice não passa de 6%. “A defasagem obrigou os hospitais a se adaptarem para atender apenas a saúde suplementar”, afirma Haikal Helou, diretor da Associação dos hospitais privados de alta complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Segundo Haikal Helou, as instituições que atendiam principalmente o SUS e não conseguiram se adequar acabaram falindo, como o Hospital Santa Genoveva, Lúcio Rebelo e outros.
Histórico da defasagem
O diretor da Ahpaceg explica as razões pelo subfinanciamento do SUS. Segundo Haikal Helou, a ideia da tabela de procedimentos foi mais bem sucedida durante os anos do governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2003. Neste período, o ministro da saúde José Serra (PSDB) implementou um sistema de remuneração por eficiência, em que os conveniados recebiam até quatro vezes mais caso comprovassem qualidade por meio de certificações e resultados.
“A rede privada se interessou e se estruturou para atender o SUS”, comenta Haikal Helou. “Entretanto, com o início da defasagem na tabela, outros entes entraram para compensar as perdas. O estado de Mato Grosso foi o primeiro a complementar a remuneração dos procedimentos para manter a iniciativa no sistema, e Goiás chegou a fazer o mesmo por alguns anos”. A atitude das secretarias estaduais e municipais de saúde funcionou por alguns anos, mas desobrigou o governo federal a manter a tabela atualizada.
Com a complementação vinda dos estados, a tabela do Ministério da Saúde se tornou progressivamente mais defasada. “O problema se aprofundou durante os anos do governo Dilma (PT) – digo sem defesa partidária, mas o fato é que neste período predominou a ideia de que a Saúde Pública não deveria dar lucro”, afirma Haikal Helou. “Os recursos deixaram de ser destinados à remuneração dos procedimentos via tabela e passaram a ser transferidos diretamente para as instituições de saúde públicas, filantrópicas e os hospitais universitários.” Essa política posteriormente foi interrompida em função do controle de gastos públicos, e os hospitais que confiavam na política ficaram sem financiamento.
Retrato atual
No ano de 2019, pela primeira vez, as despesas das famílias com saúde superaram os gastos do governo para a área. Neste ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo final de bens e serviços de saúde no Brasil atingiu R$ 711,4 bilhões. Desse total, R$ 283,6 bilhões (3,8% do PIB) foram despesas do governo e R$ 427,8 bilhões (5,8% do PIB), de famílias e instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias.
Atualmente, o segundo maior gasto das empresas brasileiras (após folha de pagamento) é com planos de saúde. “Isso não é caridade: é o que atrai funcionário”, diz Haikal Helou. “A empresa que não oferece esse benefício tem dificuldade de manter seus funcionários. O serviço público é de qualidade, mas a fila é grande. Sem o convênio com hospitais privados e com as dificuldades financeiras dos hospitais filantrópicos, há uma sobrecarga dos hospitais públicos.”
Enquanto 45% da população de São Paulo tem planos de saúde, em Goiânia essa porção é de 22%. A proporção depende da condição financeira, e aumenta em estados mais ricos, segundo levantamento da Ahpaceg. Em tempos de inflação, o plano de saúde é um dos itens a ser cortado das despesas da família.
“No SUS, vemos pacientes esperando por até três anos para procedimentos eletivos simples, que se agravam sem tratamento e tornam-se procedimentos de urgência”, afirma Haikal Helou. “O governo federal financia de forma provisória e sem planejamento os serviços de emergência que poderiam ter sido evitados com a política de atualização da tabela de procedimentos do SUS com compensação por resultados”.
Perspectivas futuras
O médico e deputado federal Zacharias Calil (UB) é membro do grupo legislativo responsável por acompanhar a tabela SUS, a Subcomissão Permanente de Saúde (Subsaude), dentro da Comissão de Seguridade Social e Família. O parlamentar afirma que a Câmara dos Deputados está trabalhando em um estudo de impacto financeiro com sugestões de incremento no valor dos procedimentos para ser enviado ao Ministério da Saúde, mas que o documento ainda não tem data prevista.
Zacharias Calil disse: “Estive com o ministro Luís Roberto Barroso no dia 6 para falar sobre o Piso Nacional da Enfermagem, e nesta conversa afirmei a ele que uma possível saída seria a atualização da tabela SUS. O ministro Barroso tem grande interesse no tema e espero que, com o Ministério da Saúde, possamos articular os três poderes para oferecer uma solução rápida aos hospitais e clínicas que estão subfinanciados há muitos anos.”
Segundo o deputado, o SUS não tem sido encarado como um programa de Estado com planejamento a longo prazo, mas de governo. “Sai governo e entra governo e as políticas são abandonadas e substituídas – todos acham que seu programa é o melhor. Eu acredito que deve existir um programa maior que permita que os entes conveniados prevejam sua adesão ao sistema.”
O deputado especula as razões para a defasagem: “As coisas vão se acomodando, ninguém se manifestou de forma forte porque medidas paliativas surgem para remediar temporariamente a situação. Na pandemia, o SUS impediu o Brasil de colapsar; houve um gasto enorme de forma emergencial que poderia ser revertido em valores liberados de forma planejada.”
Visão do governo
Em resposta ao questionamento, o Ministério da Saúde respondeu por nota que a tabela de procedimentos do SUS não é a única fonte de repasses do governo federal, e que mensalmente são enviados aos fundos estaduais e municipais de saúde recursos financeiros destinados ao custeio da saúde.
Bárbara Teodoro, diretora técnica do Hospital Santa Bárbara, afirma que o problema dos repasses aos fundos estaduais e municipais de saúde é que esses recursos são imprevisíveis. “Quando o recurso não vai diretamente para a instituição, os estados e municípios precisam receber primeiro para depois pagar o que devem às empresas. Isso atrasa pagamentos e dificulta qualquer relação comercial.”
Haikal Helou argumenta que os recursos dos fundos de saúde dos governos estaduais e municipais podem ser gastos de diversas outras formas, e que a mera existência do dinheiro nos fundos não significa o pagamento dos conveniados. “A tabela é o padrão. Deve haver uma base para qualquer acordo. A saúde não se mantém com repasses esporádicos. A política pública precisa de reajustes constantes e previsíveis, e essa é uma função do governo federal.”
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
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O HOJE
Entidades se manifestaram contra suspensão do Piso Nacional de Enfermagem
Em Goiás, os profissionais da categoria se reuniram para repudiar a decisão de Barroso, que dispensou o piso salarial por 60 dias
A decisão cautelar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Alberto Barroso, que suspendeu a lei que criou o piso nacional de enfermagem tem provocado diversas reações e manifestações pelo Brasil.
O jurista deu prazo de 60 dias para que entes públicos e privados da área de saúde informem o impacto financeiro do piso salarial, também os impactos que o texto traz para a situação financeira de cidades e estados, assim como os riscos para a empregabilidade na área e a possibilidade de eventual redução na qualidade dos serviços prestados na rede de saúde.
O ministro afirmou na decisão ser plausível o argumento de que o Legislativo aprovou o projeto e o Executivo o sancionou sem terem tomado cuidado com as providências que viabilizariam a execução, como, por exemplo, o aumento da tabela de reembolso do Sistema Único de Saúde (SUS) à rede conveniada.
Assim como apurado pelo jornal O Hoje, o presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco afirmou que o piso salarial nacional dos profissionais da enfermagem, criado no Congresso Nacional, é uma medida justa. “É uma destinada a um grupo de profissionais que se notabilizaram na pandemia e que têm suas remunerações absurdamente subestimadas no Brasil. Não tenho dúvidas de que o real desejo dos Três Poderes da República é fazer valer a lei federal e, ao mesmo tempo, preservar o equilíbrio financeiro do sistema de saúde e entes federados. Com diálogo, respeito e inteligência, daremos rápida solução a isso”, disse Pacheco.
Favorável ao aumento do piso dos profissionais de enfermagem, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) disse ser “hora dos representantes do Legislativo, Judiciário e Executivo se unirem em busca de uma solução que garanta e implementação da lei aprovada pela ampla maioria dos parlamentares federais”.
Na mesma linha, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) considerou que “essas atitudes me causam preocupação com os caminhos de nossa democracia”. Segundo ele, esse tipo de decisão quebra o rito e a ordem natural das leis. “É um erro tamanha interferência entre os Poderes. Além do mais, trata-se de uma lei que beneficia nossos enfermeiros, heróis anônimos nessa pandemia. Não há Poder acima do outro e nem maior que o outro. Há limites para todos, e eles devem ser respeitados”, disse.
Diversas entidades que representam os enfermeiros se mobilizaram na sexta-feira (9/8), em todo o país. A categoria protestou contra a decisão de Barroso, que suspendeu por 60 dias o Piso Nacional da Enfermagem.
Na tarde da última sexta-feira (8/9), houve um ato da enfermagem em frente ao Hospital das Clínicas, em Goiânia. Centenas de profissionais se reuniram em frente ao hospital, carregando faixas e cartazes em apoio ao piso salarial da categoria.
Em depoimento à imprensa local, a presidente Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (SIEG), Roberta Rios, a decisão é “revoltante” e não descarta acontecerem greves envolvendo os profissionais.
Nas redes sociais do Sindicato, em vídeo postado no início da semana, Roberta destacou que a aprovação do piso se deu, única e exclusivamente, pela luta dos trabalhadores da enfermagem. “Nós fazemos a diferença, nós, enfermeiros, técnicos e auxiliares, carregamos o serviço de saúde. Nós não podemos deixar isso acontecer para proteger o lucro do patrão, do empregador, dos grandes hospitais”, afirmou.
O vereador Mauro Rubem (PT), candidato a deputado estadual, participou do movimento e afirmou, também no vídeo, que “Luís Barroso está mais para advogado de dono de hospital e plano de saúde, que ministro do Supremo”.
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UOL
Mendonça vota para manter piso da enfermagem; mas placar é de 5 a 1 contra
O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça divergiu dos colegas e votou pela manutenção do piso salarial da enfermagem neste sábado (11). O julgamento, que começou sexta-feira (10) no plenário virtual, está com cinco votos a um para manter os pagamentos do piso salarial suspensos até que sejam feitos cálculos sobre as maneiras de financiar a nova lei.
A análise do processo segue até o dia 16, caso não sejam feitos pedidos de vista. O relator, Roberto Barroso, foi acompanhado pelos ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Cármen Lúcia para suspender a remuneração mínima de pouco menos de R$ 5.000 por mês. Barroso deu dois meses para o Congresso e o Executivo explicarem o impacto financeiro da medida e as fontes de dinheiro para pagar as despesas.
Mendonça divergiu hoje e votou pela manutenção do piso. Faltam os votos dos ministros Rosa Weber, Nunes Marques, Luiz Fux, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
Em seu voto, Mendonça disse que a suspensão do piso salarial deve avaliar a "conveniência política". "É preciso que se verifique, no caso concreto, (...) a 'conveniência política da suspensão da eficácia' do ato normativo questionado, considerando, sobretudo, a deferência que a deferência que a Corte Constitucional deve ter, em regra, perante as escolhas e sopesamentos feitos pelos Poderes Legislativo e Executivo", escreveu.
Mendonça disse que "a postura que se convencionou denominar como autocontenção judicial se impõe". "Penso que se aplicam as considerações (...) a recomendar postura inicial de maior autocontenção por este Excelso Pretório [o Supremo], privilegiando-se as chamadas 'virtudes passivas' da Corte."
O ministro ainda afirmou que o piso nacional da educação foi julgado pelo Supremo, ocasião em que o tribunal confirmou sua constitucionalidade. Mendonça destacou que o piso nacional dos agentes comunitários de saúde e controle de endemias não foi julgado ainda, mas o tema já ganhou repercussão geral, e a remuneração mínima dessa categoria segue em vigor.
Piso é de R$ 4.750 para enfermeiro. A lei que criou o piso salarial ordenou que um enfermeiro ganhe, pelo menos, R$ 4.750 por mês. Os técnicos em enfermagem receberiam 70% disso, ou R$ 3.325 por mês. Auxiliares de enfermagem e parteiras, 50%, ou seja, R$ 2.375 mensais.
Em 4 de setembro, Roberto Barroso suspendeu o piso da enfermagem. Ele atendeu a um pedido da A decisão de Barroso atendeu a um pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CN Saúde). A entidade diz que o piso é "inexequível" porque não consideraria desigualdades regionais, criaria distorção remuneratória em relação aos médicos e aumentaria o desemprego.
A decisão de Barroso foi uma liminar, ou seja, temporária. Ele enviou a decisão para ser confirmada ou negada pelos demais dez ministros no plenário virtual. Confirmada ou negada, a legalidade do piso salarial dos enfermeiros e técnicos de enfermagem ainda será julgada pelo Supremo mais adiante.
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CORREIO BRAZILIENSE
Artigo - Rol da ANS, uma conquista civilizatória que salva vidas
JANUARI0 MONTONE
Primeiro diretor presidente da ANS, foi secretário de Saúde da Cidade de São Paulo
Tem faltado um pouco de contexto histórico e alguma boa-fé ao debate atual sobre o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O rol define a cobertura assistencial obrigatória dos planos e seguros de saúde. E um avanço civilizatório que precisa ser mais bem compreendido, comemorado e, sobretudo, respeitado.
A poeira do tempo fez com que muitos se esquecessem da verdadeira selvageria que imperava no mercado de saúde privada no Brasil. As regras para as operadoras em geral eram bastante frouxas, para dizer o mínimo, e apenas as seguradoras estavam sujeitas a um controle mais específico. Era mais fácil abrir uma operadora de planos do que uma padaria, obrigada a atender à legislação sanitária, expondo os consumidores a todo tipo de picaretagem.
A cobertura assistencial não era padronizada, valia o contrato, e cada operadora estabelecia o que ia cobrir e, principalmente, o que não ia cobrir. Praticamente, nenhum plano cobria hemodiálise ou tratamentos oncológicos, por exemplo, bancados apenas pelo SUS.
A lei dos planos de saúde (n9656/1998) veio para pôr ordem nessa bagunça e dar aos consumidores e ao próprio mercado o que até então eles não tinham: competitividade, segurança, previsibilidade e estabilidade. A legislação foi uma conquista de todo o sistema de saúde brasileiro, pois tirou das costas do SUS os procedimentos de média e alta complexidades que os planos não cobriam, ampliando a capacidade de atendimento para a maioria SUS dependente da população.
A regulação foi sistêmica, mas o rol de procedimentos foi, e é, um dos seus pilares mais importante, senão o mais importante. Ao estabelecer o que todas as operadoras tinham que oferecer para todos os beneficiários, indistintamente, de forma não discricionária e não arbitrária, igualou a todos numa condição elevada, única e horizontal de cobertura.
O rol nasceu taxativo e assim deve continuar sendo. Também é assim em todos os sistemas de saúde organizados. Não existe nenhum sistema de saúde, por mais avançada e rica que seja a economia, que não tenha parâmetros e protocolos de cobertura e, portanto, limites.
O rol taxativo não é exclusividade dos planos de saúde. Também é assim no SUS, com a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) definindo o que deve ser coberto ou não no âmbito da rede pública de saúde. Porque, repito, assim é e deve ser em qualquer lugar sério do mundo.
As operadoras eram contra o rol exatamente por não ser apenas um exemplo, mas uma obrigação, portanto, taxativo. O governo federal de então teve a coragem e competência de articular o apoio do Congresso e regular a cobertura assistencial obrigatória dos planos e seguros de saúde. Contra tudo, contra todos e de forma inédita, a favor dos consumidores.
O resultado é que, hoje, independente de quando e de quem você adquiriu seu plano, a cobertura contratada é sempre a versão mais atualizada do rol da ANS que hoje conta com mais de 3.370 - aliás, é importante notar que a lista obrigatória nunca deixou de crescer e hoje é quase três vezes maior do que era 24 anos atrás. O rol inclui medicamentos oncológicos ainda não disponíveis no SUS.
Infelizmente, o Congresso acaba de aprovar uma lei confusa, pouco debatida, de difícil aplicação no mundo real e que pode representar o início do fim da regulação dos planos de saúde, definindo o rol como uma mera referência e jogando o setor na incerteza.
Espero que o Supremo Tribunal Federal aprofunde o debate e reconheça os enormes impactos negativos, em especial para os consumidores, que vão pagar uma conta permanentemente em aberto, e apoie a definição de rol taxativo feita pelo Superior Tribunal de Justiça, com as ressalvas que definiu. O rol vem salvando muitas vidas ao longo desses anos e eliminar seu caráter obrigatório é romper a barragem que defende os consumidores e abrir espaço para aventuras.
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil tem menor média móvel de mortes desde abril de 2020
O Brasil atingiu neste sábado (10/9), a menor média móvel de mortes por covid-19 em quase dois anos e meio. A taxa foi de 70, idêntica à de 7 de abril de 2020, ainda no princípio da pandemia. O número é 29% menor do que o de duas semanas. Em 24 horas, foram registrados 40 óbitos, elevando o total de vidas perdidas a 684.906. Das 27 unidades da Federação, 18 computaram dados no sábado. Dessas, 9 não tiveram vidas perdidas.
As informações são do consórcio de imprensa do qual o jornal O Estado de S. Paulo faz parte, além da Folha de S.Paulo, UOL, Extra, O Globo e G1. A media móvel de casos de covid-19 foi no sábado a 8.150, queda de 44% ante o índice de duas semanas atrás. Em 24 horas, foram registradas 8.560 contaminações, elevando o total a 34.572.480.
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A REDAÇÃO
Goiás deve iniciar no dia 14 os testes para detectar varíola dos macacos
Adriana Marinelli
Goiânia - Instalado em Goiânia, o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen), da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), recebeu os primeiros kits para detecção da monkeypox e, conforme está previsto, os testes devem ser iniciados no próximo dia 14. A informação foi repassada pela gestão estadual ao jornal A Redação.
Com as análises realizadas em solo goiano, não haverá necessidade de enviar amostras de pacientes do Estado para Brasília, como é feito atualmente. Com isso, a tendência é que os resultados de casos suspeitos de ligação com a varíola dos macacos, como a doença é popularmente conhecida, saiam mais rápido.
O diagnóstico da varíola dos macacos é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O diagnóstico molecular (chamado tecnicamente de RT-PCR) é considerado a técnica padrão ouro para a detecção de vírus.
Boletim
De acordo com o mais recente boletim da SES-GO, divulgado na sexta-feira (9/9), Goiás soma 324 casos confirmados de monkeypox. Os pacientes têm entre 3 e 64 anos, sendo 316 homens e oito são mulheres.
Além dos casos confirmados, a secretaria acompanha 482 casos suspeitos no Estado, sendo a maioria na capital. No Brasil, os casos de monkeypox superam a marca de 5,8 mil confirmações. No mundo, conforme atualização mais recente, já são mais de 56,4 mil casos da doença.
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TERCEIRA VIA ONLINE
Lei que reduz idade mínima para laqueadura e vasectomia é sancionada
Também foi dispensado o aval do cônjuge para ambos os procedimentos Avanço | Mulheres a partir de 21 anos já podem solicitar a esterilização voluntária; antes, a idade mínima era 25
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a Lei 14.443/22, que reduz de 25 para 21 anos a idade mínima de homens e mulheres para a realização de esterilização voluntária. O texto, aprovado em agosto pelo Senado Federal, também dispensa o aval do cônjuge para o procedimento de laqueadura e vasectomia. A idade mínima não é exigida de quem já tiver pelo menos dois filhos vivos. A norma foi publicada no dia 2 de setembro e entrará em vigor 180 dias depois.
Ralph Oliveira, advogado
Para o advogado especializado em direito de família Ralph Oliveira, trata-se de um "avanço" que possibilita mais liberdade a homens e mulheres.
"Vejo com um avanço, tendo em vista que muitas pessoas sofrem uma imposição do cônjuge sobre a questão de ter ou não mais filhos. Agora, a própria pessoa tem autonomia para decidir isso", afirma.
Oliveira lembra que a opção por uma laqueadura ou vasectomia é acompanhada por especialistas, que garantirão que o paciente esteja de que deseja realizar o procedimento.
"É importante ressaltar, que entre a data que alguém define que quer fazer isso até a data da cirurgia tem um período de 60 dias. Esse período foi inserido na legislação para que aconteça todo acompanhamento médico e psicológico, para que a pessoa tenha tempo de definir se realmente quer fazer esse procedimento" lembrou.
Ele conclui lembrando que a nova lei trouxe uma "inovação" para as mulheres, pois agora "a esterilização pode ser feita no parto", mas lembra que é necessário fazer uma solicitação com 60 dias de antecedência.
Como era?
A Lei do Planejamento Familiar foi instituída em 12 de janeiro de 1996. O texto estabelecia que homens e mulheres casados precisavam de autorização do parceiro para se submeter a uma laqueadura ou vasectomia. E também afirmava que a pessoa precisava ter no mínimo 25 anos para a realização desses procedimentos.
Além disso, era proibida a laqueadura durante períodos de parto, aborto ou até o 42º dia do pós-parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade.
Nova lei A norma sancionada pelo Governo Federal é oriunda do Projeto de Lei 7364/14, da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC), e foi aprovada pela Câmara dos Deputados em março, antes de ir para o Senado. O texto garante ainda a oferta de qualquer método e técnica de contracepção no prazo máximo de 30 dias. O procedimento será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também pela rede particular.
A mudança ocorre por meio da alteração da Lei do Planejamento Familiar (Lei 9.263, de 1996). A lei mantém o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o procedimento cirúrgico de esterilização, mas inova ao permitir à mulher a esterilização durante o período do parto. Ainda é garantido a oferta de qualquer método e técnica de contracepção no prazo máximo de 30 dias.
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TV ANHANGUERA
Após 60 dias de espera, homem consegue fazer cirurgia para por marca-passo no coração
globoplay.globo.com/v/10923241/
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ministro diz que é preciso fonte de custeio para piso de enfermeiros
Piso na pauta de hoje do STF
Conselho Regional de Odontologia investiga morte de homem que teve infecção generalizada após colocar facetas dentárias
Idoso espera por cirurgia no coração em Goiânia
Uso da religião para recuperar dependentes químicos passa a ser lei em Goiás
'Saúde precisa ser prioridade, da prevenção ao tratamento'
Prefeito Adib Elias, linha de frente das campanhas de Baldy e Caiado, diz que médicos “gostam de ganhar, trabalhar pouco e reclamar”
AGÊNCIA BRASIL
Ministro diz que é preciso fonte de custeio para piso de enfermeiros
O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (8/9), em Brasília, que é preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem.
Na semana passada, ele aceitou o pedido de suspensão do piso - feito pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) - e concedeu prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão possam encontrar soluções para garantir o pagamento.
Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 14.434/2022 instituiu o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.
Durante entrevista após a sessão do STF, Barroso disse que é a favor do piso salarial da enfermagem, mas aceitou a suspensão diante do risco de descumprimento imediato da lei.
Demissões
O ministro afirmou que hospitais estavam realizando demissões por antecipação e obras sociais e santas casas relataram que não têm recursos para fazer o pagamento.
"É muita justa a instituição de um piso para a enfermagem e para outros profissionais de saúde. Estou empenhado em viabilizar a concretização desse piso. Sem se construir uma fonte de custeio, seria muito difícil tirar do papel esse piso salarial. A minha preocupação é não deixar que um reconhecimento justo e merecido aos profissionais de saúde, que foram incansáveis durante a pandemia, acabe sendo uma ficção por diversas razões", afirmou.
Na terça-feira (6/9), Barroso se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC), relatora do projeto de lei, para discutir o assunto.
Entre as possibilidades de financiamento do piso estão a correção dos valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), a desoneração da folha de pagamento do setor da saúde e compensação das dívidas dos estados com a União.
A decisão de Barroso passará a ser julgada no plenário virtual do STF a partir da meia-noite, quando os demais ministros devem decidir se a liminar será referendada.
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CORREIO BRAZILIENSE
Piso na pauta de hoje do STF
MICHELLE PORTELA
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, nesta sexta-feira, a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que, no último fim de semana, suspendeu por 60 dias a aplicação do piso salarial da enfermagem. O plenário da Corte analisará a matéria enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tenta negociar com o governo uma fonte de recursos para cobrir as despesas geradas pelos novos valores, mais provavelmente do próprio SUS.
A Lei nº 14.314/2022 foi aprovada pelo Congresso e sancionada em 4 de agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), estabelecendo piso salarial de R$ 4.750 para enfermeiros, 75% desse valor a técnicos de enfermagem e 50% a auxiliares e parteiras. Em 10 de agosto, porém, a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) ingressou com a Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.222, assinada também por outras sete entidades e com apoio de 10 interessadas na causa (amicus curiae, na linguagem juridica). União, Senado e Câmara defendem a constitucionalidade da nova regra.
As entidades que movem a ação alegam que o novo piso salarial impacta as despesas com folha de pagamento sem apontar uma fonte de recursos, situação mais grave no sistema filantrópico, que aponta o fechamento de mais de 20 mil leitos em todo o país.
Ontem, Barroso justificou a decisão de suspender os efeitos da lei. "É muita justa a instituição de um piso para a enfermagem e para outros profissionais de saúde.
Estou empenhado em viabilizar a concretização desse piso.
Mas, sem se construir uma fonte de custeio, seria muito difícil tirar do papel esse piso salarial. A minha preocupação é não deixar que um reconhecimento justo e merecido aos profissionais de saúde, que foram incansáveis durante a pandemia, acabe sendo uma ficção por diversas razões", afirmou o ministro, após a sessão do STF.
Alternativas Na última terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reuniu-se com Barroso para discutir o tema. Na ocasião, foram colocadas três possíveis fontes de recursos para financiar o piso: a correção da tabela do SUS; a desoneração da folha de pagamentos dos estabelecimentos de saúde; e a compensação de dívidas dos estados com a União.
"Acho que é o caminho mais viável, e espero muito a colaboração do Poder Executivo, a compreensão do dilema que estamos enfrentando. Passa a ser uma prioridade nacional e do Congresso fazer valer a lei do piso nacional da enfermagem", disse o presidente do Senado, após o encontro.
Embora tenha afirmado ter reuniões marcadas com integrantes do governo federal, Pacheco ainda não conseguiu agendar reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ou com o da Saúde, Marcelo Queiroga. Entretanto, o consenso é de que a solução deverá vir do SUS.
Historicamente, a CNSaúde e a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) negociam com o governo novos modelos de financiamento pelo SUS. Com o piso da enfermagem, as entidades passaram a acusar que não apenas já sofrem com valores defasados da tabela de procedimentos do SUS como teriam mais despesas, com riscos ao atendimento e até, de funcionamento.
Estudos da CNSaúde apontam que 56,5% dos hospitais privados realizam atendimento pelo SUS e que hospitais filantrópicos estão em mais de 800 municípios, algumas vezes, exclusivamente.
Assim, o atendimento termina sendo sustentado por parcerias locais, como financiamentos municipais, embora haja uma dívida de R$ 20 bilhões, devido à defasagem
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PORTAL G1
Conselho Regional de Odontologia investiga morte de homem que teve infecção generalizada após colocar facetas dentárias
Dentista nega que foi negligente com Luiz Carlos das Dores, de 56 anos. Caso também é apurado pela Polícia Civil, em Goiânia.
Por Danielle Oliveira, g1 Goiás
O Conselho Regional de Odontologia (CRO) investiga a morte do funcionário público Luiz Carlos das Dores, de 56 anos, que teve infecção generalizada após colocar facetas dentárias em Goiânia. Presidente do conselho, Renerson Gomes dos Santos disse que é cedo para dizer a causa da morte. O caso também é apurado pela Polícia Civil.
“A dentista precisa ser ouvida, porque é muito precoce determinar que a causa da morte foi determinada pela faceta, que é um procedimento seguro e minimamente invasivo”, disse.
Em nota, a dentista Jamilly Flexa disse que se solidariza com a família de Luiz e que, até a tarde desta terça-feira (6), não havia sido notificada oficialmente de qualquer denúncia. Disse também que não houve negligência com o paciente, que está tomando todas as providências cabíveis e que as acusações estão difamando a imagem dela (nota na íntegra ao fim do texto).
O CRO recebeu denúncia contra a dentista Jamilly Flexa na sexta-feira (2). Segundo o conselho, caso seja constatado que houve erro na conduta da profissional, ela poderá ser responsabilizada e pode até perder o registro.
O conselho tem até seis meses para dar uma primeira resposta. A investigação será feita por uma comissão e o processo é sigiloso, mas o presidente falou que é cedo para julgar.
“O processo é sigiloso para a gente não causar um pré-julgamento, não acusar e não determinar uma conduta que não aconteceu, porque não temos os prontuários ainda”, disse o presidente do conselho.
O CRO disse ainda que o conselho ainda não recebeu o laudo do Instituto Médico Legal (IML) com a causa da morte.
Denúncia
Esposo de Luiz, o empresário Benedito Antônio Nascimento conta que o marido decidiu fazer o procedimento depois de conhecer o trabalho da dentista Jamilly Flexa, por meio das redes sociais. Ele colocou 24 facetas, que custariam R$ 42 mil.
O marido conta que a vítima fez o procedimento em junho deste ano, em Goiânia, mas teve vários problemas com as próteses por mais de um mês, até que foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não resistiu.
Os exames de raio-x apontaram que ele tinha uma doença de perda óssea, o que, segundo outra profissional que orientou a família, impossibilitava que ele tivesse feito o procedimento. Ele foi internado no dia 8 de agosto e morreu 10 dias depois.
“No dia 27 de junho ele já estava com as facetas. Dias depois, começou a ter dores. Passou muito mal no começo de agosto. Teve inchaço em um dos dentes e uma íngua. A dentista o avaliou, mas disse que ele não tinha nada”, conta Benedito.
Depois do inchaço, Benedito contou que o marido teve falta de ar, queda na saturação e de pressão, além da dor no dente. Alguns dias depois, foi internado em um hospital, e logo transferido para a UTI de outra unidade de saúde.
“No dia 8 de agosto, ele foi para o hospital, onde morreu. No atestado de óbito, consta que ele teve choque séptico. A única infecção que ele teve no corpo foi no dente”, disse o marido.
Em uma carta aberta no Instagram, Jamilly disse que verificou que o paciente tinha uma doença óssea e que precisava de cirurgia. Relatou ainda que o pagamento do valor total não foi feito, e que Luiz não voltou ao consultório.
Jamilly ainda disse que o marido de Luiz entrou em contato com ela informando que ele estava com inchaço no rosto. Depois disso, ela atendeu o paciente e verificou que não havia edema. Ela ainda ressaltou que aconselhou Luiz a procurar uma emergência e a realização de novos exames.
Ainda de acordo com a família de Luiz, os valores realmente não foram pagos em totalidade, visto que o homem estava com os problemas nos dentes. O marido ainda informou que os segundos exames só foram pedidos para Luiz depois que ele já estava internado.
“Só queremos saber por que o procedimento foi feito, mesmo ele não podendo. A família está aberta a esclarecimentos, a nossa vontade é averiguar os fatos e o que aconteceu durante todo o tratamento”, finalizou Benedito.
Íntegra da nota da dentista
"A defesa da Doutora Jamilly vem por meio desta nota esclarecer que, em primeiro momento se solidariza com a família pela perda do senhor Luiz Carlos, tão estimado, e deseja seus sentimentos.
A Doutora Jamily até o momento não foi notificada oficialmente de qualquer circunstância que envolva a situação apresentada na matéria, e que todo tratamento/protocolo foi realizado conforme determina o planejamento legal.
Não houve qualquer negligência por parte dela, sendo que, tais afirmações vêm sendo propagadas sem nenhum amparo legal ou provas para isso, com o fim exclusivo de difamar a imagem profissional da Doutora Jamilly, a qual sempre presou em primeiro momento pela vida, e saúde de seus pacientes.
Já está sendo providenciado todos os meios legais para comprovar a difamação, calúnia, injúria e ameaça propagada pelo senhor Benedito Antônio, e consequentemente sua responsabilização pelos atos praticados, inclusive já foi tomado as providências cabíveis junto a delegacia responsá
Desde já, a Doutora Jamilly através de sua assessoria jurídica se disponibiliza para qualquer esclarecimento".
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TV ANHANGUERA
Idoso espera por cirurgia no coração em Goiânia
globoplay.globo.com/v/10920418/
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JORNAL OPÇÃO
Uso da religião para recuperar dependentes químicos passa a ser lei em Goiás
Proposta aprovada pela Assembleia Legislativa de Goiás foi sancionada pelo Governo Estadual
A inclusão de práticas religiosas na recuperação de dependentes químicos passa a ser lei em Goiás. Pela proposta, a religiosidade passa a ser política pública, que pode ser utilizada durante a abordam, recepção, recolhimento, encaminhamento, tratamento, recuperação e ressocialização do indivíduo.
Além disso, o texto autoriza que o Poder Executivo crie uma Central Ecumênica no Estado, destinada para à recepção, avaliação e encaminhamento do dependente químico. O projeto de lei foi de iniciativa da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que aprovou, e encaminhou para sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).
A proposta cita que “para implementação desta Lei, o Poder Executivo poderá firmar parceria com entidades religiosas sem fins lucrativos, cadastradas junto à Central Ecumênica”, no entanto, deve ser “observada e respeitada a orientação religiosa do dependente químico recepcionado ou recolhido, depois de consultado”, observando o Artigo 19 da Constituição Federal.
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O GLOBO
'Saúde precisa ser prioridade, da prevenção ao tratamento'
Ana Amélia Camarano, economista
A economista Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, afirma que, entre 1980 e 2019, a expectativa de vida do brasileiro aumentou a uma média de quatro meses por ano. Agora, os
dados das Nações Unidas mostram que a expectativa de vida ao nascer recuou dois anos e meio entre 2020 e 2021. Para ela, é necessário fazer uma política pública de monitoramento e cuidado de quem teve Covid.
O que os dados do Pnud mostram sobre a expectativa de vida do brasileiro?
A pandemia levou a um aumento da mortalidade no Brasil numa taxa mais alta que nos demais países. Isso levou a uma queda maior da expectativa de vida ao nascer do brasileiro do que no resto do mundo. Foi uma queda de dois anos e meio de expectativa de vida. Para se ter uma ideia, entre 1980 e 2019, a expectativa de vida do Brasil aumentou a uma média de quatro meses por ano. Entre 2020 e 2021 caiu mais de um ano.
Por que isso aconteceu no país?
É um cenário grave. Foi um cenário de muitas mortes, esse é o primeiro ponto. Além de ser um cenário de muitas mortes, o que diminui a população, teve aumento da mortalidade materna. Além de tirar as mulheres da população, tira os bebês que poderíam nascer. A taxa de mortalidade materna no Brasil foi sete vezes mais alta que a média mundial. Isso leva a uma aceleração da diminuição da população. A mortalidade materna faz com que deixem de nascer pessoas.
É possível reverter esse quadro?
Tem como reverter isso, mas não é para amanhã. Estamos falando agora da mortalidade da Covid-19, a pessoa não conviveu por muito tempo com a doença. A gente não sabe as sequelas das pessoas que tiveram Covid, se essas pessoas vão ter uma vida mais curta, se vão viver menos. A gente não sabe. A pandemia não acabou, ainda está morrendo uma média de mais de cem pessoas por dia.
E o que o poder público precisa fazer?
A gente tem que aguardar essas sequelas da Covid, e isso não é uma coisa simples. É preciso ter uma política pública de saúde. É preciso ampliar a cobertura do SUS (Sistema Único de Saúde), criar políticas de prevenção e de reabilitação para quem sobreviveu à Covid. A saúde precisa ser prioridade, desde o começo, da prevenção ao tratamento.
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GOIÁS 24 HORAS
Prefeito Adib Elias, linha de frente das campanhas de Baldy e Caiado, diz que médicos “gostam de ganhar, trabalhar pouco e reclamar”
O prefeito de Catalão, Adib Elias (PP), linha de frente das campanhas de Caiado (UB) e Alexandre Baldy (PP) abriu fogo contra os médicos. Em um vídeo que circula na cidade, Adb diz que não existe funcionário pior do que médico: “gostam de ganhar, trabalhar pouco e reclamar”.
Adib é médico e deveria respeitar um pouco mais seus colegas de profissão. Aliás, seu candidato a deputado na cidade, Jamil Calife (PP) é dono de hospital. Será que vai ter os votos de seus funcionários, já que foram rotulados de “preguiçosos e chatos”?
Outra pergunta: o Conselho Regional de Medicina vai se pronunciar?
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Assessoria de Comunicação
AHPACEG NA MÍDIA - Crea-GO vai realizar Blitz de Fiscalização em hospitais goianos
Escrito por AdministradorPUC TV
Crea-GO vai realizar Blitz de Fiscalização em hospitais goianos
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DESTAQUES
Cremesp propõe decreto para barrar invasões ao Ato Médico
Vítimas de violência doméstica vão poder fazer cirurgias reparadoras de graça em Goiás
Família luta para conseguir cirurgia de urgência para idoso com problema no coração
Mesmo com decisão judicial, família não consegue cirurgia de urgência para idoso com problema no coração, em Goiânia
Em caso raríssimo, jovem de Mineiros tem gêmeos de pais diferentes
ANS manda Amil reassumir planos individuais de forma definitiva
MEDICINA S/A
Cremesp propõe decreto para barrar invasões ao Ato Médico
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e sociedades de especialidades médicas encaminharam à Presidência da República, uma minuta de decreto que visa cessar as crescentes invasões aos atos médicos por outras profissões regulamentadas da área da saúde. O decreto já será apresentado aos poderes Executivo e Legislativo. De acordo com o conselho, tratamentos alternativos para doenças graves, como as oncológicas, ou aparentemente simples, mas invasivos, como os estéticos, são oferecidos à população por não médicos, muitas vezes, com desfechos adversos, como deformações e até mesmo mortes.
Em muitas situações, esses procedimentos são apoiados em supostas resoluções, criadas pelos próprios órgãos de regulamentação profissional, que extrapolam suas competências, com implicações sobre a qualidade dos tratamentos de saúde oferecidos à sociedade. Esta é uma iniciativa em defesa da vida e saúde dos pacientes, diz Irene Abramovich, presidente do Cremesp.
Os próprios conselhos profissionais criam condições para isso e, frequentemente, recorremos à Justiça e conseguimos derrubar essas supostas normativas. Mas é como secar gelo, visto que ressurgem, de tempos em tempos, completou o primeiro secretário do Cremesp, Angelo Vattimo, reforçando que o decreto proposto pretende por fim a essa situação. Por meio de ações judiciais já foram anuladas na Justiça resoluções invasivas ao Ato Médico (Lei nº 12.842), promovidas por órgãos como os conselhos federais de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Biomedicina e Psicologia.
Percebemos que estas ações não acontecem apenas nos campos aparentemente mais lucrativos, mas também em setores de assistência médica, como os de emergência e ambulatórios, com pré-consultas sendo feitas por não médicos, afirmou a segunda secretária do Cremesp, Maria Camila Lunardi.
O procurador do Cremesp, Carlos Michaelis Júnior, destacou que as resoluções desses conselhos estão abaixo da lei, mas foi preciso recorrer à Justiça para defender o Ato Médico, com muitas decisões favoráveis ao Cremesp que exorbitaram amplamente os limites de atuação dos não médicos. Ele explicou que, a partir das inúmeras ações, o Departamento Jurídico do Cremesp mapeou um vácuo legislativo que pode ser resolvido com o decreto, cessando também a necessidade constante de recorrer ao Judiciário para impedir essas ações. Nesse sentido, o último artigo da proposta de decreto estabelece que serão nulos de pleno direito os atos normativos editados pelos Conselhos de Fiscalização Profissional das áreas afetas à saúde que não indicarem expressamente a disposição legal regulamentada ou que, de qualquer outro modo, excederem os limites das atribuições legais da autarquia federal.
Dentre os convidados a compor a mesa de trabalhos, estava o advogado Frederick Wassef e outros profissionais do Direito. Ele prestou apoio à iniciativa e se comprometeu a levar e defender a proposta junto ao Governo Federal. Como cidadão e paciente, pretendo levar ao presidente da República e todas as autoridades esta minuta de decreto, um excelente trabalho realizado pelo Cremesp e pelas sociedades, afirmou.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Armando de Carvalho Lobato um dos representantes de entidades apoiadoras ao decreto presentes na reunião , considera o trabalho promovido pelo Cremesp não apenas inovador, mas único e capaz de enfrentar o problema.
Pelo Cremesp também integraram a mesa de trabalho a vice-presidente e vice-corregedora Maria Alice Saccani Scardoelli; o coordenador do departamento Jurídico, Joaquim Francisco de Almeida Claro; de Comunicação, Wagmar Barbosa de Souza (interino); e de Fiscalização, Daniel Kishi; além dos conselheiros Eliane Aboud, Juliana Takiguti Toma, Mônica Yasmin Pinto Corrado e Silvio Sozinho Pereira.
Acesse a íntegra da minuta do decreto e a exposição de motivos da proposta.
Lista de entidades presentes nacionais
Associação Brasileira de Medicina de Tráfego; Associação Brasileira de Nutrologia; Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura; Sociedade Brasileira de Anestesiologia; Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular; Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; Sociedade Brasileira de Dermatologia; Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; Sociedade Brasileira de Patologia; Sociedade Brasileira de Pediatria.
Estaduais
Associação de Coloproctologia do Estado de São Paulo; Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo; Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional São Paulo; Sociedade de Gastroenterologia de São Paulo; Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Regional SP; Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia São Paulo; Sociedade Paulista de Reumatologia.
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TV ANHANGUERA
Vítimas de violência doméstica vão poder fazer cirurgias reparadoras de graça em Goiás
globoplay.globo.com/v/10915455/
Família luta para conseguir cirurgia de urgência para idoso com problema no coração
globoplay.globo.com/v/10917528/
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PORTAL G1
Mesmo com decisão judicial, família não consegue cirurgia de urgência para idoso com problema no coração, em Goiânia
Segundo a família, Nery Pires já teve 3 infartos, uma parada cardíaca e aguarda a cirurgia há quase 50 dias. O hospital afirma que aguarda a chegada de equipamentos adquiridos para realizar o procedimento.
Por Gabriela Macêdo, Johnathan Moreira e Yasmin Pontual, g1 Goiás e TV Anhanguera
Mesmo com uma decisão judicial, a família do idoso com problema no coração, Nery Pires, ainda não conseguiu que ele fizesse a cirurgia de urgência em Goiânia. De acordo com a filha, Izamara Pires, desde maio, seu pai já teve três infartos e já espera pelo procedimento há cerca de 50 dias, tornando o sentimento de apreensão na família cada vez mais forte.
"Estamos de mãos atadas. Meu pai já está desacreditado e tem muito medo de morrer dependendo dessa espera", lamentou Izamara.
Com a demora, a família de Nery buscou a Justiça no fim de agosto. A liminar foi emitida no último dia 29 e determinou que o estado disponibilizasse um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com uma equipe para a cirurgia necessária, seja na rede pública ou conveniada. O procedimento deveria ter acontecido entre os dias 5 e 6 de setembro, mas foi adiado.
O documento emitido pelo juiz Clauber Costa Abreu diz que, caso não houvesse vagas, o paciente deveria ser encaminhado para a rede particular em um prazo de 12 horas, de modo que o descumprimento da liminar resultaria em uma multa de R$ 10 mil por hora.
A liminar emitida pelo magistrado ainda diz que a não realização do tratamento adequado do paciente pode levar a complicações cardiológicas e causar a morte. Ele ainda ressaltou que a "saúde é um direito de todos e é dever do Estado garantir o [seu] acesso".
O g1 procurou a Defensoria Pública, que atua no caso a favor de Nery, que afirmou que o órgão tomou todas as todas as providências judiciais e o Estado comunicou que faria o procedimento entre os dias 5 e 6 de setembro.
"Inclusive, a Defensoria pediu o bloqueio de verbas públicas para pagar a cirurgia em hospital particular em caso de novo descumprimento", explicou a Defensoria.
Ao g1, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) informou que competia à pasta somente regular a vaga de UTI ao paciente e pagar pelo serviço a ser feito. Além disso, disse que mantém um plano de trabalho para a execução do implante marca-passo (veja nota completa abaixo).
Quanto ao atraso para o cirurgia, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e a Secretaria Municipal de Saúde afirmaram que o aparelho necessário ao procedimento foi adquirido pela instituição em São Paulo na última semana e que a previsão é que o equipamento chegue nesta quinta-feira (8). De acordo com o hospital, os materiais deveriam ter sido entregues em quatro dias úteis, mas houve um atraso por parte do fornecedor.
O equipamento em questão é um Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), que serve para monitorar o ritmo cardíaco 24 horas por dia. Assim, se o coração apresenta alguma alteração, o equipamento envia pequenos sinais elétricos indolores para corrigir o ritmo das batidas.
A SMS ainda informou que o Ministério Público foi informado da compra do equipamento e que também acompanha o caso.
Doença cardíaca
Nery, que tem 72 anos e mora em Bela Vista de Goiás, tem 4 filhos, 14 netos e 2 bisnetas. No momento, toda a família aguarda ansiosa para que ele realize o procedimento e volte para casa sem riscos de sofrer outro infarto. Izamara, a filha mais nova de Nery, explica que seu pai começou a ter problemas cardíacos em maio deste ano, quando sofreu dois infartos. A filha conta que, na época, ele realizou um cateterismo e uma angioplastia.
"No dia que ele foi fazer a última cirurgia, ele sofreu uma parada cardíaca. Uma semana depois ele teve outro infarto e isso gerou a doença que ele tem no coração hoje", explicou.
Ela conta que o pai desenvolveu uma doença chamada miocardiopatia isquêmica, causada por obstrução nas artérias, grave e que ele precisa colocar o marca-passo específico para o problema dele para evitar novos infartos.
"Os médicos falam que a qualquer momento ele pode ter outro infarto", diz Izamara.
A família de Nery explica que chegou a realizar o orçamento do procedimento na rede particular de saúde, mas a cirurgia custaria em mais de R$ 65 mil, valor que eles não possuem condições de arcar.
Veja a nota da SES-GO na íntegra:
"A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) reitera que o Estado de Goiás cumpre a decisão judicial de disponibilização, pelo Complexo Regulador Estadual (CRE), de leito com equipe para implante do Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), na rede pública ou conveniada, no prazo definido e com respeito às prioridades dos demais pacientes na mesma condição, conforme avaliado pelo Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário da SES.
A SES ressalta que o SUS é gerido de forma tripartite: União, Estado e Município, e a parte que coube ao Estado foi cumprida. Destaca-se que cabe à SES regular a vaga de UTI ao paciente e pagar pelo serviço a ser feito.
A SES lembra que, imediatamente após a decisão judicial liminar, o paciente foi encaminhado, via Complexo Regulador Estadual (CRE), em 1º de setembro, para a Santa Casa de Misericórdia, onde o paciente se encontra, recebendo assistência e cuidados médicos.
Trata-se do único prestador habilitado a fazer o procedimento, e recebe recursos federais, estaduais e municipais para tal finalidade. A SES mantém com a unidade plano de trabalho para execução de procedimentos cirúrgicos, entre eles o implante CDI, ou marcapasso, que é o caso do paciente.
OBS.: Seguem abaixo roteiro cronológico do caso, com as explicações jurídicas da SES.
Em 19 de agosto, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DEP-GO), assistindo o Senhor Nery Pires, ingressou na Justiça alegando que o paciente se encontrava no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e necessitava de vaga de UTI para implante de Cardioversor Desfribilador Implantável (CDI).
No dia seguinte (20/8), o Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário concluiu que os sinais vitais do paciente estavam estáveis, que não se tratava de urgência ou emergência médica e que o procedimento é realizado no SUS.
Dez dias depois do protocolo da ação, em 29/8, a 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual deferiu liminar para que fosse disponibilizado leito de UTI com equipe para implante do CDI na rede pública ou conveniada no prazo de 12 horas e que a decisão não autorizava o poder público a furar fila da regulação do Complexo de Regulação Estadual (CRE). E que, apenas em caso de inexistência de vagas, é que o paciente deveria ser encaminhado a instituição privada de saúde.
A Procuradoria-Geral do Estado recebeu, por e-mail, a comunicação da decisão em 30 de agosto e peticionou nos autos em 2 de setembro informando que havia no cadastro do Complexo de Regulação Estadual em 1º de setembro 36 pacientes aguardando vaga para unidade de cardiologia e que, naquele 1º de setembro, o paciente tinha sido internado na Santa Casa de Misericórdia com programação cirúrgica para implante de CDI para 05 ou 06 de setembro.
Desta forma, a ordem liminar de disponibilização pelo CRE de leito com equipe para implante do CDI na rede pública ou conveniada, no prazo de 12 horas e com respeito às prioridades dos demais pacientes foi devidamente cumprida.
Necessário ressaltar que a ordem de disponibilização de leito apto à realização de cirurgia não impõe, no mesmo prazo, a realização de cirurgia, porque se trata de ato médico e depende de exames e rotinas denominados pré-cirúrgicos para a segurança do próprio paciente."
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A REDAÇÃO
Em caso raríssimo, jovem de Mineiros tem gêmeos de pais diferentes
Uma jovem de 19 anos residente em Mineiros teve dois meninos gêmeos, mas que são de pais diferentes. O caso foi divulgado nesta semana pelo médico Túlio Jorge Franco, que acompanhou a gravidez. Segundo o profissional, esse tipo de caso é extremamente raro.
A mãe das crianças se relacionou os dois homens no mesmo dia e assim dois óvulos foram fecundados com material genético de duas pessoas diferentes. Este tipo de gravidez é chamada de superfecundação heteropaternal e existem cerca de 20 ocorrências registradas em todo o mundo, segunfo Franco.
Embora o caso tenha sido divulgado agora, os bebês já têm mais de um ano e quatro meses de idade. Um exame de DNA foi feito quando eles tinham oito meses e o homem que a mãe achava ser o pai dos gêmeos testou positivo para apenas um dos bebês.
O médico e uma equipe de alunos de medicina deverão escrever um artigo científico sobre o ocorrido devido à sua raridade.
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FOLHA DE VALINHOS
ANS manda Amil reassumir planos individuais de forma definitiva
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou, de forma definitiva, que a Amil reassuma a carteira de 337 mil planos individuais transferida para a operadora APS no fim do ano passado. A decisão foi tomada em reunião reservada da diretoria nesta sexta-feira, 29.
Em comunicado, a ANS informou que, "com a declaração de nulidade da decisão que autorizou a transferência da carteira da Amil para a APS, a transferência de carteira não possui mais o respaldo legal e necessário da ANS, e, por isso, a APS deve devolver imediatamente a carteira para a Amil".
A agência declarou nulo o contrato de compra e venda de quotas celebrado entre a Amil e Fiord Capital A, Seferin & Coelho e Henning Von Koss. Todas as medidas cautelares administrativas já adotadas pela ANS continuam em vigor.
Segundo a ANS, a Amil e APS devem, no prazo de cinco dias úteis, contados a partir da ciência da decisão, proceder com a anulação do "contrato de cessão parcial de carteira e outras avenças" que foi registrado no dia 27 de dezembro de 2021.
As operadoras têm 20 dias úteis para comunicarem a reintegração da carteira transferida a todos os beneficiários, por meio de comunicação individual e também mediante publicação em jornal de grande circulação.
Entenda o caso
Após meses de negociação e com grande dificuldade de encontrar interessados no negócio, apesar de se dispor a fazer um aporte bilionário para isso, a Amil decidiu repassar a deficitária carteira a um grupo recém-formado por três sócios: a Fiord, que se autodenomina uma empresa de investimentos, com fatia de 45%; o grupo Seferin & Coelho, de gestão de hospitais, com 45%; e o executivo Henning von Koss, ex-Hapvida, Amil e Medial Saúde, com os 5% restantes.
Antes disso, a Amil já havia feito aporte de R$ 2,3 bilhões na APS para que o negócio parasse de pé. Porém, o dinheiro só seria acessado pelos compradores após o aval da ANS.
Em fevereiro, o grupo de investidores havia afirmado que o negócio tinha viabilidade financeira e condições de se sustentar no longo prazo. Na época, em nota, a empresa garantiu que a transferência não traria prejuízos aos beneficiários.
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Assessoria de Comunicação