Terça, 29 Novembro 2022 06:14

CLIPPING AHPACEG 29/11/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Protestos contra Covid zero criam rara coalizão de interesses

Meditação e música ajudaram profissionais da saúde a enfrentar estresse

Cantor Naldo Benny expõe princípio de necrose no nariz após cirurgia plástica

Governo do Tocantins emite Nota Técnica para municípios ampliarem a testagem para covid-19

Idosos e pessoas com câncer devem redobrar cuidados com o coronavírus

Unimed Manaus, endividada e falida, vai sumir do mercado

Pesquisa brasileira atesta eficácia da cirurgia metabólica

FOLHA DE S.PAULO

Protestos contra Covid zero criam rara coalizão de interesses

Yuan Yang

Todos os dias, em algum lugar da China, há um protesto local acontecendo. Centenas de greves ocorrem no país todos os anos, envolvendo desde funcionários se manifestando por não receberem seus salários a profissionais que trabalham sem vínculos empregatícios reivindicando honorários mais altos.

O que impede esses atos de chegar ao conhecimento popular mais amplo é que quase sempre se limitam ao nível local e envolvem uma só reivindicação. Podem ser resolvidos rapidamente e esquecidos.

Os protestos vistos na China nos últimos dias contra os lockdowns da política de Covid zero são o oposto disso. Têm alcance nacional, envolvem pessoas de todos o s setores da po

pulação e consolidam a insatisfação popular em relação a questões múltiplas, de uma maneira que não havia sido vista desde os protestos da praça da Paz Celestial, em 1989.

Trabalhadores migrantes que na maior fábrica de montagem de iPhones do mundo, na cidade central de Zhengzhou, reivindicam abonos que lhes são devidos e não foram pagos e se manifestam contra as condições pavorosas de saúde e trabalho na fã breia isolada pelo lockdown.

Residentes de Urumqi, a capital de Xinjiang, no noroeste do país, se queixam do tratamento dado pelo regime a um incêndio num arranha céu. Pelo menos dez pessoas morreram no incidente, e moradores alegam que elas não puderam deixar o edifício devido ao lockdown, que já dura mais de três meses.

Uigures no exterior destacam que a severidade da quarentena em Xinjiang, onde algumas pessoas têm morrido de inanição dentro de casa, é mais uma consequência da política repressora em relação à minoria muçulmana.

Mas os atos em Urumqi estavam cheios de chineses da maioria étnica han, que também sofrem com o isolamento forçado. Estudantes em todo o país e no mundo têm organizado vigílias e manifestações. No fim de semana, manifestantes em Xangai gritaram "Renuncie, Xi Jinping!". É um grito extraordinário, na medida em que rompe com as nor[ ]

Os protestos vistos na China nos últimos dias têm alcance nacional, e envolvem pessoas de todos os setores, de uma maneira que não havia sido vista desde os protestos da praça da Paz Celestial, em 1989 mas de praxe que manifestantes chineses obedecem para a própria segurança: fazer reivindicações isoladas e criticar líderes locais, não centrais.

A geração de estudantes pós-1989 nunca antes testemunhou esse nível de falhas do governo somadas à fúria popular. Pouco mais de um mês atrás, antes de Xi ser coroado líder partidário por um inédito terceiro mandato, uma faixa com slogans regime pendurada de uma ponte em Pequim foio bastante para desencadear uma tempestade nas redes sociais pelas poucas horas em que ficou exposta.

Agora, há vídeos de insatisfação popular em todo lugar. Estão se disseminando tão rapidamente que a censura não consegue tirá -los do ar.

Dois anos atrás, quando cepas menos contagiosas mas mais letais do coronavírus estavam se espalhando, a Covid zero conseguiu preservar a liberdade da maioria da população à custa do bloqueio forçado de cidades como Wuhan. Agora o país está muito mais unido em seu sofrimento.

A China ainda não tem alternativa fácil à política de Covid zero. Em Urumqi, o governo local fez uma concessão incomum, anunciando ter alcançado a meta de Covid zero e dizendo que vai suspender o lockdown por etapas. Mas o governo nacional não querser visto fazendo concessões, para que a população não chegue à conclusão de que protestos em massa surtem efeito.

Pequim pode ficar firme e esperar que os protestos acabem. Mas o tempo não está a seu favor em todos os outros quesitos. O sistema de saúde está vergando sob a pressão de ter que realizar testes em milhões de pessoas todos os dias. Com a economia estagnada, os meios de subsistência das pessoas estão se esvaindo. Mas a suspensão das restrições pode levar a mais de 1 milhão de mortes por Covid, devido ao baixo índice de vacinação de idosos.

O partido precisa de uma solução que passe uma impressão positiva. Uma campanha nacional de vacinação, incluindo até mesmo as vacinas de mRNA estrangeiras, permitiria a Xi declarar uma vitória contra a Covid. Seria um gesto em grande medida destituído de sentido, mas possibilitaria à China sair do impasse.

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Meditação e música ajudaram profissionais da saúde a enfrentar estresse

Pesquisa realizada no hospital de campanha do Anhembi avaliou impacto de técnicas de relaxamento no dia a dia dos trabalhadores

Sílvia Haidar

Durante um dos períodos mais críticos da pandemia da Covid-19, professores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) realizaram um estudo para avaliar o impacto de técnicas de relaxamento nos profissionais que trabalhavam no Hospital de Campanha do Anhembi, na zona norte de São Paulo.

A pesquisa "Um programa de gerenciamento de estresse em um hospital de campanha Covid-19: um teste de prova de conceito" foi coordenada por Marcelo Bruno Generoso, pro fessor do Departamento de Saúde Mental da FCMSCSP, que atua como psiquiatra na Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP). Fizeram parte Pedro Shiozawa, professor da FCMSCSP e Ricardo Riyoiti Uchida, chefe do Departamento de Saúde Mental da faculdade.

O programa incluiu sessões de meditação, grupos de escuta e dinâmicas de música com jazz e blues. As atividades foram conduzidas por médicos residentes de psiquiatria. As quatro estratégias escolhidas foram selecionadas com base em evidência científica de programas de redução de estresse em ambientes de trabalho.

No total, participaram 441 voluntários- entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e outros trabalhadores envolvidos no cuidado com os pacientes do hospital de campanha- , no período de 11 de abril e 8 de setembro de 2020.

As atividades foram realizadas em grupo, dentro da área de isolamento dos pacientes diagnosticados com Covid-19, sendo seguidas todas as normas de biossegurança. Para não afetar o atendimento, as intervenções foram feitas em sistema de rodízio de modo a permitir a participação dos profissionais sem que hou vesse prejuízo à assistência.

Com duração de cercade3o minutos, as sessões aconteciam quatro vezes ao dia para facilitar a aderência dos profissionais, que poderíam aderir de acordo com a demanda e possibilidades do serviço.

Foram verificados os níveis de ansiedade, motivação e estresse antes das sessões e imediatamente depois por meio de escalas visuais analógicas e escala State-Trait Anxiety Inventory (STA 1 ), de Spielberger.

Independentemente da atividade realizada, os pesquisadores detectaram efeito positivo, com redução média de 16,75% para ansiedade, redução de 27,5% para o estresse e aumento de 9,4% da motivação.

A busca por estratégias de redução de estresse pode também ser individual, ou seja, cada um perceber aquilo que lhe ajuda a se sentir melhor e a suportar adversidades

Marcelo Bruno Generoso

professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

"Não verificamos superioridade de uma atividade em relação a outra. A realização de todas as dinâmicas em formato de grupo, apoio mútuo, percepção de cuidado com a saúde mental e existência de um espaço seguro para conversar sobre sentimentos e emoções podem ter contribuído para os resultados positivos das intervenções", ob serva Generoso.

O psiquiatra diz que, entre as atividades incluídas no programa, as práticas meditativas e grupos ue escuta e de apoio são as que têm maior grau de evidência científica em literatura, demonstrando melhora importante em sintomas depressivos e ansiosos.

Essas práticas podem, inclusive, ser feitas por profissionais de outras áreas que desejam reduzir o estresse no dia a dia. "A busca por estratégias de redução de estresse pode também ser individual, ou seja, cada um perceber aquilo que lhe ajuda a se sentir melhor e a suporta r adversidades. Para alguns pode ser a prática de atividade física e, para outros, ouvir uma música", afirma.

O Hospital de Campanha do Anhembi realizou mais de 6.000 atendimentos e 5.000 altas, cerca de 89 mil exames entre análises clínicas, tomografias, radiologias e exames de raio-X.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Cantor Naldo Benny expõe princípio de necrose no nariz após cirurgia plástica

Na mensagem, Benny aproveitou para acalmar os fãs e informar que já iniciou o processo de tratamento

O cantor Naldo Benny compartilhou nas redes sociais estar sofrendo um princípio de necrose no nariz, após passar por procedimento de rinomodelação. Na mensagem, Benny aproveitou para acalmar os fãs e informar que já iniciou o processo de tratamento.

“Fiz um procedimento no nariz que não ficou legal. Estou tendo que ir agora rápido pegar um voo para São Paulo […] Fiquei realmente muito preocupado. Tive uma intercorrência no procedimento, que pode acontecer. Acabou acontecendo comigo, mas já estou sendo muito bem assistido”, contou, após realizar a viagem no último sábado (26/11).

Benny também compartilhou o relato da médica que cuidará do tratamento. “Ele realizou um procedimento com outro profissional e teve uma intercorrência. Uma obliteração de vasos e um princípio de necrose. É preciso utilizar técnica segura, mas não estamos aqui para julgar ninguém e sim ajudar”, explicou a médica.

Os profissionais médicos passaram a madrugada realizando o tratamento. Benny confessou que estava muito preocupado com a situação do nariz, mas finalizou o recado afirmando estar bem após o início do tratamento.

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GAZETA DO ESTADO

Governo do Tocantins emite Nota Técnica para municípios ampliarem a testagem para covid-19

A circulação de novas linhagens da Variante de Preocupação da Ômicron  (VOC), com ênfase as sublinhagens BQ.1* e BA.5.3.1 no país e a necessidade de identificação da variante predominante no Tocantins, levaram a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) a emitir a Nota Técnica nº 5/2022, aos 139 municípios, com objetivo de reforçar  a estratégia de testagem e confirmação de casos sintomáticos suspeitos, com ênfase do teste de RT-PCR.

A diretora de Vigilância de Doenças Transmissíveis e Não-Transmissíveis, Gisele Silva Carvalho Luz, afirma que os dados epidemiológicos da covid-19 no mundo e no Brasil indicam a necessidade do contínuo monitoramento epidemiológico do SARS-CoV-2 e suas variantes. “No Estado do Tocantins ainda não foram identificadas novas sublinhagens de VOC nas amostras sequenciadas, o que não descarta a possibilidade da introdução e circulação de novas variantes, por isso é importante a testagem e envio das amostras ao Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins], visando a identificação da presença do gene do vírus SARS-CoV-2, bem como a oportunidade da realização do sequenciamento genético, ou seja, a Vigilância Genômica para SARS-CoV-2 ”. 

Segundo a diretora do Lacen-TO, Jucimária Dantas, a estratégia de testagem adotada e incentivada em todo o país é a realização do teste molecular, RT-qPCR, recomendado como padrão-ouro no diagnóstico da Covid-19.  “Reiteramos a todos os serviços de saúde, para fins de diagnóstico laboratorial, que há a necessidade do encaminhamento das amostras de casos suspeitos para o Lacen, seguindo o protocolo de coleta, acondicionamento e transporte das amostras, já estabelecido e amplamente divulgado. Necessitamos das amostras para fazer o sequenciamento genômico no Estado”, reforçou.

Para os municípios foram orientados coletas de RT-qPCR, conforme as recomendações para  os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados, uma parcela dos casos suspeitos de covid-19, leves ou moderados do município, mesmo havendo disponibilidade de teste rápido e coleta de amostras de casos positivos para a doença, identificados por teste rápido. As amostras podem ser enviadas para as unidades do laboratório em Palmas e Araguaína.

Para a população e os profissionais de saúde a SES-TO, reforçar as medidas de proteção como: a higienização frequente das mãos com álcool 70% ou água e sabão; uso de máscaras de proteção facial, principalmente por indivíduos com fatores de risco para complicações da covid-19 – em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades; pessoas que tiveram contato com casos confirmados de covid-19; pessoas em situações de maior risco de contaminação pela covid-19 como locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e serviços de saúde; isolamento de casos suspeitos e confirmados para covid19.

No Tocantins ainda não foram identificadas novas sublinhagens de VOC nas amostras sequenciadas, o que não descarta a possibilidade da introdução e circulação de novas variantes 

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REVISTA EKLÉTICA

Idosos e pessoas com câncer devem redobrar cuidados com o coronavírus

Familiares e cuidadores precisam estar atentos aos riscos de contágio da Covid-19 e ajudar nas medidas de prevenção

Desde que o coronavírus foi classificado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que no Brasil começaram as restrições para evitar aglomerações, a preocupação com idosos e doentes crônicos aumentou, pois eles fazem parte dos chamados grupos de risco.

O próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, alertou: o momento é para ficar em casa e evitar que o vírus circule.

A advertência tem sua razão de ser: "Os idosos são mais vulneráveis a doenças infectocontagiosas. Pulmões e mucosas se tornam frágeis com a idade e vulneráveis a doenças virais", explica a radio-oncologista Anne Karina Kiister Leon, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

A médica alerta que a participação da família é fundamental no sentido de dar suporte afetivo e orientar para que os idosos não se exponham a ambientes fechados e a aglomerações, mantendo distância de um metro em relação a outra pessoa para evitar contaminação.

Os cuidados com a higiene são imprescindíveis, como lavar as mãos com água e sabão com frequência e usar o álcool gel. Ao tossir ou espirrar, deve-se cobrir a boca. Parentes e cuidadores precisam estar vigilantes com relação à limpeza das próprias mãos e roupas antes de entrar em contato com os mais velhos.

"A etiqueta social está mudando, mas isso não significa se afastar. É possível manifestar carinho mesmo sem beijos e abraços, como por exemplo se oferecer para ir ao mercado para fazer as compras para os pais ou avós. Ao visitá-los, tome um banho primeiro, lave bem as mãos e use o álcool gel", orienta Anne Kiister.

Outro grupo de risco que também deve estar atento é o de pessoas portadoras de doenças crônicas, como o câncer.

"Pacientes oncológicos frequentemente têm uma imunidade reduzida devido à própria doença, por um estado debilitado de recuperação pós-cirúrgica ou pelo efeito imunossupressor de alguns tratamentos, como quimioterapia, cortisona, transfusões de sangue e radioterapia", destaca a médica.

A Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) recomenda que os pacientes com câncer não interrompam seus tratamentos, que evitem contato físico, que não mantenham relação com qualquer pessoa que tenha sintomas gripais e/ou que esteja sob suspeita de ter contraído a Covid-19 e que não se aproximem de pessoas que estejam vindo do exterior, com ou sem sintomas gripais.

"Ao chegar à clínica após usar transporte público ou particular, o paciente deve lavar as mãos, usar álcool gel e comunicar à recepção qualquer sintoma como febre, coriza, tosse seca, falta de ar ou contato com alguém doente", frisa Anne Kiister.

Sobre o IRV

Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.

O IRV possui convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.

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BNC AMAZONAS

Unimed Manaus, endividada e falida, vai sumir do mercado

De quase 100 mil clientes em 2018, hoje a empresa tem 9 mil e uma divida de mais de R$ 300 milhões. Mesmo assim, ainda faz propaganda em horário nobre da TV A Justiça federal no Amazonas, por decisão da juíza Jaiza Maria Fraxe, declarou que a empresa de saúde Unimed Manaus não tem mais condições de existir no mercado. Dessa forma, autoriza a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a passar a carteira de 9 mil clientes para outra operadora.

Essa foi o universo de clientes que restou dos quase 100 mil possuidores de planos de saúde da empresa que existiam em 2018.

Conforme o passo a passo descrito pela juíza nos autos de um imbróglio que se arrasta há quatro anos, a Unimed Manaus vinha em uma escalada de decadência que passou pelas mãos de dez administrações.

Sua existência até aqui, portanto, se deveu a uma liminar judicial para que resolvesse seus problemas, principalmente dívidas com fornecedores e parceiros. Contudo, tudo só se avolumou nesse período. Por exemplo, a Unimed não paga impostos nesses quatro anos.

Além disso, leva quase dois anos para pagar clínicas e consultórios parceiras no atendimento aos seus clientes.

Como resultado dessa má gestão que levou a Unimed Manaus à falência, seus serviços foram sucateados enquanto a dívida aumentava exponencialmente. Hoje, conforme a Justiça, ultrapassa R$ 300 milhões. Sem qualquer indício mínimo de que os seus gestores possam resolver os problemas.

Má-fé e abuso

Além disso, percebe-se no relato da Justiça, que esses gestores abusam da boa-fé dos seus clientes e parceiros. Se há quem aguarde até quase dois anos para receber por seus serviços, outros são pagos até antecipadamente.

Outro ato de má-fé é notado no horário nobre da TV. E aos domingos. Afundada em dívidas, a Unimed Manaus ainda se presta a fazer propaganda enganosa de serviços que não honra.

Assistência aos clientes

A magistrada em seu despacho demonstra especial preocupação que os clientes não sofram mais prejuízos nesse transição da Unimed Manaus para outra operadora.

"Dessa forma, é necessária, justa e urgente o deferimento do pleito da ré, razão pela qual revogo a liminar para que a Agencia Nacional de Saúde Suplementar possa realizar a alienação das carteiras restantes da Unimed Manaus e garantir aos usuários do plano a dignidade necessária em seus atendimentos, exames e internações".

E arremata:

"[ ] na operação de alienação de carteira fica vedada a interrupção da prestação de assistência aos beneficiários da carteira da operadora alienante, principalmente aos que estejam em regime de internação hospitalar ou em tratamento continuado".

Para garantia disso, as contas bancárias da empresa podem até ser bloqueadas, conforme alerta a magistrada. Basta que os gestores tentem fazer qualquer operação financeira ou contábil suspeita.

"Todos os atos administrativos estão sujeitos a controle judicial", alerta Jaiza Fraxe, em síntese de sua determinação.

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METRÓPOLES ONLINE

Pesquisa brasileira atesta eficácia da cirurgia metabólica

Um estudo brasileiro realizado no Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, indicou que a cirurgia metabólica é uma alternativa muito eficaz no controle da diabetes em pacientes obesos e com doença renal crônica. O procedimento também é conhecido como derivação gástrica em Y de Roux.

A pesquisa foi publicada na revista científica The Lancet no dia 11/11 e revelou que houve melhores resultados na perda de peso, no controle glicêmico e na qualidade de vida das pessoas que fizeram a cirurgia, em comparação aos que usaram os melhores medicamentos para controlar a diabetes e a doença renal crônica disponíveis no mercado.

O estudo contou com a participação de 100 pacientes, que foram acompanhados por cinco anos - 50 deles foram submetidos à cirurgia metabólica no terceiro ano de análise. A outra metade teve acesso aos medicamentos mais modernos e eficazes para o tratamento clínico das condições.Para o cirurgião Ricardo Cohen, autor principal do estudo, o tratamento cirúrgico superou a terapia medicamentosa em relação à perda de peso, controle de açúcar no sangue e qualidade de vida. A intervenção resultou em um perfil de segurança semelhante ao dos tratamentos clínicos.

"Entre os pacientes tratados com medicação, 22,5% deles perderam pelo menos 15% do peso. Já naqueles que fizeram a cirurgia, o número foi de 90%", afirma o especialista.A remissão da doença renal crônica e da diabetes nos pacientes que utilizaram a medicação foi de 52,8%. Enquanto isso, em indivíduos que fizeram a cirurgia, a porcentagem foi de 63,1%.Além disso, a diminuição de microalbuminuria nos rins (proteína que, em grande quantidade, indica insuficiência renal) foi de 59,6% em pessoas que usaram apenas os medicamentos. Já nas que fizeram a cirurgia, a melhora foi de 69,7%.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 28 Novembro 2022 11:13

CLIPPING AHPACEG 26 A 28/11/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Médico-anestesista morre em acidente na BR-153

Governo de Goiás implementa prontuário e boletim médico eletrônicos

MPGO pede a Rogério Cruz recomposição do quadro de servidores nas unidades de saúde

Hospitais privados apontam aumento de 140% nos casos de Covid-19 em novembro

Bradesco investe US$ 230 milhões para acelerar seu crescimento nos EUA e lança nova marca no país

Como cuidar da saúde de 8 bilhões no planeta?

Mais de 72 milhões estão fora de programa de atenção básica de saúde

Nova onda de Covid reflete aumento da positividade em laboratórios

JORNAL OPÇÃO

Médico-anestesista morre em acidente na BR-153

Wanderlei Domingos da Costa Júnior sofreu o acidente num trecho da rodovia federal nas proximidades de Morrinhos

O médico-anestesista Wanderlei Domingos da Costa Júnior morreu no domingo, 27, num acidente ocorrido na BR-153, nas proximidades de Morrinhos. Ele tinha 49 anos.

De acordo com o prefeito de Morrinhos, Joaquim Guilherme, Wanderlei Domingos Jr. “sofreu o acidente automobilístico enquanto se dirigia para assumir o plantão no Hospital Municipal de Morrinhos”.

De acordo com uma fonte, estava chovendo muito e, ao fazer um retorno, o automóvel do médico foi atingido por uma carreta. O anestesista morreu no local.

Joaquim Guilherme enaltece o médico: “Profissional brilhante, ser-humano atencioso e preocupado com seus pacientes, Dr. Wanderley era natural de Itumbiara e já ocupou o posto de secretário de Saúde daquele município vizinho em três oportunidades, bem como as funções de delegado do Conselho Regional de Medicina (Cremego)”. O prefeito acrescenta: “Em Morrinhos e em todos os locais onde atuou, dr. Wanderley deixou um legado de serviço prestado à saúde pública e extremo amor pela Medicina. Que Deus, em sua infinita bondade, conforte sua esposa, dra. Regiane Vieira Paleari da Costa, as filhas, os familiares e os amigos neste momento de profunda tristeza e dor”.

O deputado estadual eleito Gugu Nader (Agir), de Itumbiara, afirma que o médico “era um homem do bem e de bem”.

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A REDAÇÃO

Governo de Goiás implementa prontuário e boletim médico eletrônicos

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), investe em tecnologia na saúde para beneficiar os cidadãos com o projeto Saúde Digital – Prontuário Único com Base Unificada (PEP). A inovação promove um sistema de gestão hospitalar com base única em nuvem, que contém as informações e o histórico dos serviços prestados aos pacientes nos hospitais, Hemocentro e policlínicas do estado.
 
Apesar de informatizadas, as unidades de saúde pública utilizavam um sistema de informação independente, com base de dados local e sem troca de informação com as demais unidades. Um paciente, mesmo que atendido em mais de uma unidade da rede, tinha seu prontuário restrito a um local, o que poderia levar à repetição de exames e encaminhamentos a especialidades já atendidas anteriormente.
 
“O prontuário integra os setores do hospital, garantindo padronização, eficiência e maior resolutividade aos processos e atividades realizadas pelos profissionais de saúde”, afirma o secretário estadual da Saúde, Sérgio Vencio, explicando que, agora, o profissional pode acompanhar o histórico sobre o paciente em qualquer unidade de saúde estadual em que ele der entrada.
 
Uma unidade de reabilitação, por exemplo, tem acesso ao prontuário do paciente que passou por cirurgia de trauma em outra unidade, também da rede, sem a necessidade do prontuário físico. O projeto envolve um Hemocentro, 23 hospitais e 6 Policlínicas, de forma regionalizada e está em processo contínuo de atualização.
 
“Uma vez implementada, a proposta segue com processos de melhorias contínuas, como padronização de documentos eletrônicos e atualização de documentos para certificações de qualidade” explica a gerente de Avaliação das Unidades Próprias e Conveniadas da SES, Roberta Leão Mesquita.
 
Boletim estadual
Além do novo modelo de prontuário, a SES também implementou o boletim médico eletrônico, com objetivo de modernizar a consulta ao quadro clínico dos pacientes internados nas unidades estaduais. O serviço encontra-se disponível no Portal Expresso (www.go.gov.br).
 
O Boletim Eletrônico do Paciente é uma ferramenta desenvolvida pela Gerência de Tecnologia, da Superintendência de Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade (Sutis/SES-GO), com a contribuição da Coordenação de Atenção Hospitalar da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Sais/SES-GO), integrada ao sistema de gestão hospitalar.
 
O boletim é atualizado por profissionais de saúde – médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais –, de acordo com o quadro clínico de cada paciente internado. O acesso às informações ocorre mediante código de prontuário e senha que são entregues pela unidade aos familiares no momento da internação.
 
Assim, é possível diminuir a espera por informações em situações como a internação em UTI. Nesse caso, o ambiente segue normas de biossegurança, que, muitas vezes, limitam o acesso da família ao paciente.

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O HOJE

MPGO pede a Rogério Cruz recomposição do quadro de servidores nas unidades de saúde

A decisão destacou ainda que a proliferação do mosquito transmissor da dengue e o aumento dos casos de Covid-19 exigem a presença de mais profissionais

O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou nesta sexta-feira (25/11) ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), que recomponha a estrutura de recursos humanos das Unidades Básicas de Saúde (UBS). O déficit de funcionário se deve a demissão em massa que ocorreu no dia 26 de outubro, quando foram exonerados 2,1 mil servidores de cargos variados da prefeitura.

O documento descreve a recomendação para que sejam designados servidores para o exercício da função de coordenador-geral em todas as UBS da capital.

Antes, havia chegado ao conhecimento do MPGO a informação da exoneração em massa de servidores do quadro funcional da Secretaria Municipal de Saúde, no total de 105 demissões, que alcançaram superintendências, diretorias e gerências, na forma do Decreto nº 4.231, de 26 de outubro de 2022. Também foi reportada ao MP a dispensa de 77 servidores do exercício da função de coordenador-geral de Unidades Tipo I e II, conforme o Decreto nº 4.232, da mesma data.

Déficit

Atuamente, apenas 18 servidores retornaram ao exercício das funções nessas unidades, segundo levantamento de publicações no Diário Oficial do Município. Desse modo, ainda restam 59 unidades desprovidas de coordenação e a ausência de gestores nessas unidades alcança 28 dias. Assim, segundo argumenta a promotora, “a situação constatada é extremamente perniciosa à regularidade do serviço de saúde”.

A promotora Marlene Nunes Freitas Bueno, titular da 97ª Promotoria de Justiça de Goiânia. destacou ainda que, além de o período chuvoso agravar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças, também o atual quadro epidemiológico, de aumento da contaminação pela Covid-19, exige a presença efetiva dos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Conforme acrescenta, são necessárias ações e decisões administrativas no tempo devido, sob pena de agravamento da situação epidemiológica.

Continuidade dos serviços

Na recomendação, a promotora enfatizou que é dever do poder público garantir a continuidade do serviço de saúde, sendo que, neste caso, trata-se da “porta de entrada” para a prestação dos serviços de saúde. “A Atenção Básica é concebida como a coordenadora do cuidado e ordenadora da rede, portanto, as atividades de coordenação das UBS são indispensáveis”, pontuou.

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Hospitais privados apontam aumento de 140% nos casos de Covid-19 em novembro

A pesquisa também apontou aumento de casos de síndromes gripais nos hospitais

Hospitais da rede privada tiveram aumento de 140% no aumento de casos de Covid-19 em novembro, aponta uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). Além do vírus, outras síndromes gripais também mostraram elevação de 78%.

Se comparado o período atual com o último pico, registrado em julho, o percentual de atendimentos para Covid-19 no pronto-socorro dos hospitais em novembro está em 21%, contra 37% naquele mês.

Em relação ao agravamento da doença, o resultado obtido na comparação entre as duas ondas mostra um aumento, já que o percentual de pacientes que evoluíram para internação foi de 14% em novembro contra 13% em julho.

De acordo com a infectologista Camila Almeida, atualmente, os casos de contaminação por Covid-19 são causados pela variante conhecida como BQ.1, que é uma sublinhagem da Ômicron, responsável pela onda de julho.

“Até o momento, não há dados que demonstrem uma maior gravidade da doença devido à infecção pela BQ.1. Está sendo observado aumento de hospitalizações e de internações em UTI, mas ainda inferior a períodos anteriores. Os sintomas têm sido leves, com quadro de coriza, febre, dor de garganta etc. Os pacientes que estão sendo internados são aqueles com comorbidade e idosos”, explica a especialista.

Síndromes gripais

Outro dado interessante obtido por meio da pesquisa é o aumento também de casos de síndromes gripais nos hospitais, já que 78% das entidades associadas à Anahp relataram o crescimento da procura por atendimento médico.

Conforme a infectologista, as ocorrências de casos gripais nesta época de fim de ano refletem uma mudança de sazonalidade, já que o histórico é de circulação do vírus entre fevereiro e julho. Para Camila, a mudança de comportamento deve estar atrelada às flexibilizações de medidas preventivas, como a não-utilização de máscara.

“Outros vírus também estão circulando no momento, como o VSR (Vírus Sincicial Respiratório), levando também a um aumento da procura de atendimentos por quadros respiratórios.”

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ESTADÃO

Bradesco investe US$ 230 milhões para acelerar seu crescimento nos EUA e lança nova marca no país

Dois anos após comprar um banco nos Estados Unidos, o Bradesco vai investir mais US$ 230 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) para acelerar o seu crescimento no país. O reforço marca uma nova fase do antigo BAC Florida. Rebatizado, o banco passa a operar sob o nome Bradesco Bank e terá novas instalações a partir do próximo ano.

A aquisição foi essencial na estratégia do conglomerado para crescer na área "private", que concentra os clientes muito ricos e é um dos principais desafios da gestão de Octavio de Lazari, prestes a completar cinco anos no comando do Bradesco (BOV:BBDC3) (BOV:BBDC4). Com o novo aporte, o banco eleva o investimento em seu negócio nos EUA em cerca de 50%, para US$ 730 milhões (quase R$ 4 bilhões), desde que o adquiriu, em 2019.

Na prática, o reforço vai permitir ao Bradesco Bank, dobrar o seu patrimônio líquido, para US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões), e dará fôlego à instituição na disputa por correntistas endinheirados. O combustível também o ajudará a avançar em dois alvos, grandes empresas com negócios internacionais e bancos da América Latina. Com o ganho de importância nos EUA, o Bradesco consegue captar a um custo menor no mercado norte-americano e emprestar com um spread, inclusive a rivais brasileiros.

"Como cresço em ativos e tenho oportunidade de ampliá-los no mercado local, então, se tiver capital mais adequado eu acelero o crescimento", disse o vice-presidente executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, em entrevista exclusiva ao Broadcast, durante evento do banco, em Nova York.

Segundo Noronha, o Bradesco Bank tem expandido seus negócios a um ritmo que chega a superar os 30% ao ano em segmentos nos quais opera: investimentos, wealth management (grandes fortunas), cartão, crédito e mortgage, principal modalidade de financiamento imobiliário nos EUA. "O banco que mais faz mortgage dentro da Flórida para estrangeiros chama-se Bradesco Bank", diz. Segundo ele, a inadimplência da operação é baixa.

O Bradesco assumiu o comando do antigo BAC Florida em meados de 2020, enquanto a Covid-19 trancava todos em suas casas. De lá para cá, reforçou a operação com o lançamento de uma plataforma de investimentos, a Bradesco Invest US, ampliou a equipe e firmou parceria com a BlackRock, maior gestora do mundo, responsável pela gestão dos fundos nos EUA.

Como resultado, o Bradesco Bank está mais parrudo e soma cerca de 10 mil clientes. Em ativos totais, o banco detém hoje US$ 3,1 bilhões, crescimento de 40% frente a dezembro de 2020. Já a carteira de crédito cresceu 56%, para US$ 2,5 bilhões no período. Em ativos sob custódia, o feito foi ainda maior: salto de 87%, para o patamar de US$ 3 bilhões.

O próximo passo é dar a 'nova cara' ao negócio nos EUA. A sede do Bradesco Bank será transferida para uma das torres do icônico 'Plaza Coral Gables', novo empreendimento localizado na Ponce de Leon, em Miami, na Flórida. Trata-se do maior projeto de construção no local desde 1990. Além das torres comerciais, o empreendimento contempla um hotel e um shopping.

A nova sede passa a ter a mesma identidade visual do Private do Bradesco, como o prédio do banco na Faria Lima, reduto financeiro de São Paulo. Como a atual, também terá uma agência para atendimento aos clientes, mais moderna. A inauguração está prevista para fevereiro, em evento que deve reunir a alta cúpula do banco, além de autoridades locais.

Fundado há mais de cinco décadas, o antigo BAC Florida é a maior operação offshore, ou seja, no exterior, do segmento de endinheirados do banco, o Bradesco Global Private Bank, cuja a marca também foi atualizada recentemente. Para se consolidar junto a esse público, o conglomerado reforçou também seu banco na Europa. Assim como nos EUA, no Brasil, o Private do Bradesco ganhou impulso inorgânico, ao aproveitar a saída do norte-americano JPMorgan e do suíço BNP Paribas do negócio no País. "Com isso, trouxemos clientes, ativos e equipe", disse Noronha.

De acordo com ele, outro movimento que reforça a área de grandes fortunas (wealth management) é a sociedade que o Bradesco está construindo com a gestora do BV (antigo banco Votorantim). O banco comprou 51% da asset e está aguardando o sinal verde do Banco Central (BC) para desbravar o negócio. "Ali, tem um componente de asset e wealth. Isso reforça o nosso posicionamento na alta renda", afirmou Noronha.

Com a reestruturação de sua unidade de alta renda, o Bradesco se tornou o segundo maior banco brasileiro no segmento Private, atrás somente do rival Itaú Unibanco. O banco de Osasco atende hoje 18 mil clientes endinheirados, distribuídos em quase 9 mil famílias, com expansão de 46% desde 2018. Por sua vez, sua participação de mercado bateu o recorde de 21,25%, ante 18,09%, neste período.

"De fato, tudo o que a gente fez do ponto de vista de gestão melhorou nosso desempenho porque não se muda simplesmente comprando ou fazendo acordos", diz Noronha. Na prática, o banco aperfeiçoou a forma de atender a alta renda. Para o cliente, dentre os avanços, está a possibilidade de visualizar seus investimentos no Brasil e no exterior de forma consolidada, caso assim deseje, respeitando a regulação. "Isso faz diferença. É outra experiência", afirma.

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Como cuidar da saúde de 8 bilhões no planeta?

A população mundial chegou ao marco dos 8 bilhões e não para de crescer, mesmo que com velocidade reduzida, segundo as Nações Unidas (ONU). Ao mesmo tempo que o aumento da expectativa de vida e a redução da mortalidade, principais razões do incremento, sejam conquistas da medicina e da saúde pública, a dimensão populacional impõe desafios para essas áreas em um futuro não tão distante. Especialistas preveem aumento no risco de novas pandemias e um maior número de doenças crônicas e degenerativas, associadas ao envelhecimento populacional.

Isso, porém, não é motivo para pânico, explicam, mas sim uma oportunidade de preparar-se para garantir o bem-estar dos habitantes na Terra. Os profissionais da saúde indicam necessidade de investir em vigilância epidemiológica e vacinas, bem como promover práticas de envelhecimento saudável e infraestrutura para atendimentos de alta complexidade. Enfrentar desigualdades de acesso ao sistema de saúde e lidar com a crise climática também são temas urgentes.

De acordo com Marcia Castro, doutora em demografia e professora associada da Harvard School of Public Health e da Harvard University Center for the Environment, o tamanho populacional por mais que importe não é um problema em si. A gente não pode botar a culpa só nos oito bilhões. Tudo tem a ver com o contexto em que esses bilhões estão inseridos e o comportamento que eles têm.

Ao passo em que nos encaminhamos para o quarto ano da pandemia da covid-19, novas epidemias são esperadas pelos cientistas. Conforme explica Marcia, isso tem alguns porquês. Primeiro, o mundo está extremamente conectado, vide a rápida expansão do novo coronavírus, que surgiu na China, mas rapidamente se espalhou pelo mundo todo. Além disso, é muito provável que essa nova crise sanitária advenha também de uma zoonose (doença infecciosa transmitida entre animais e pessoas).

Está cheio de vírus em vários animais. Isso é normal. Mas na medida que o ser humano chega perto da floresta, ou para construir ou para desmatar, tudo o que você precisa é que aconteça um evento infeliz pro ser humano, mas muito bem sucedido para o vírus, que e faz o pulo de entrar no corpo humano e conseguir se reproduzir, explica Marcia.

O tamanho populacional também apresenta implicações conforme a densidade populacional aumenta. Se em 1950, havia 19,17 pessoas por quilômetro quadrado; em 2023, o número será de 61,7, e em 2100, 79,36 (um aumento de 313%). A realidade é bastante desigual entre os países.

Você tem áreas em que a densidade é muito grande, pessoas moram em habitações sem boa infraestrutura, sem ventilação, sem acesso à saneamento, sem acesso à água, várias pessoas numa casa só. Essas são as condições ideais para você ter uma transmissão muito rápida de uma doença infecciosa, alerta Marcia.

A gravidade das novas epidemias e pandemias vai depender, claro, das características do vírus, mas também da nossa capacidade de antever e nos preparar para o problema. A doutora em demografia frisa a necessidade de aprimorar e criar, em alguns casos sistemas de vigilância genômica linkada à vigilância epidemiológica. O ideal seria uma rede global, explica, o que exigiria que países ricos se comprometam a equipar e treinar os mais pobres.

Ao Estadão, o médico americano Christopher Murray, professor da University of Washington e diretor do Institute for Health Metrics and Evaluation (que também faz projeções populacionais), destaca a necessidade de investir no desenvolvimento de vacinas e medicamentos para classes de vírus que sabemos que podem apresentar risco. As pessoas (já) propuseram uma vacina mais geral contra o coronavírus ou uma vacina que funcione contra todas as formas de gripe. Esses investimentos podem nos deixar mais seguros no futuro.

Um futuro mais idoso

Ao mesmo tempo, a tendência de envelhecimento da população implicará diretamente no volume de doenças crônicas, como câncer e hipertensão, e degenerativas, Alzheimer, por exemplo. As Nações Unidas esperam que haja 1,6 bilhão de idosos em 2050 16% dos moradores da Terra. Se, por ora, pessoas com 65 anos ou mais representam cerca de 10,2% do Brasil, a mesma taxa deve ser de 33% em 2100.

Em nossas previsões, o número de pessoas com essas doenças aumenta dramaticamente, porque há muito mais pessoas nessas faixas etárias. As taxas, por pessoa, nas faixas etárias mais velhas, estão subindo para condições como obesidade, diabetes, mas ainda estão caindo para doenças cardíacas, porque há menos fumo, há algumas melhorias na pressão arterial e no colesterol. Portanto, é uma questão mista, fala Murray.

A obesidade e o sobrepeso fatores de risco para diversas dessas doenças são uma grande preocupação dos especialistas, que classificam a prevalência das condições como uma verdadeira epidemia. Segundo estudo publicado na Scientific Reports, um em cada 3 adultos no Brasil deve estar obeso em 2030.

A preocupação se ancora no entendimento de que envelhecer não é sinônimo de doença, mas, o bem-estar desses idosos está intimamente ligada ao estilo de vida de cada um. Os especialistas destacam a necessidade de políticas públicas de promoção do que chamam de envelhecer saudável.

A gente tem sempre que dissociar o envelhecimento de uma coisa ruim porque pode ser boa, depende muito das condições que a pessoa vive, fala Claudia Kimie Suemoto, professora associada da disciplina de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP. O envelhecimento saudável resulta naquele idoso que, não é que não tenha nenhuma doença, mas é independente, autônomo, toma decisões, participa da sociedade e ainda tem um propósito de vida.

Segundo ela, não há segredo para atingir esse resultado. Muita atividade física; alimentação saudável, que é rica em vegetais, verduras, legumes e proteína; evitar fumar; evitar beber em excesso; ter uma atividade que seja prazerosa pra você, em termos produtivos; e engajamento social, lista.

Mesmo assim, é preciso se preparar para lidar, principalmente, com esse idoso que não levou uma vida saudável. Claudia destaca a necessidade de investir em infraestrutura para atendimentos de alta complexidade e também em políticas de cuidadores, para aqueles que perderão autonomia e capacidade de tomada de decisão.

Considerando que o atendimento a pessoas mais velhas é multidisciplinar, enfatizar o ensino de geriatria e gerontologia nas grades curriculares de escolas de saúde também está entre as necessidades. O geriatra ficará com o cuidado de alta complexidade. Todos os médicos, independente da especialidade, tem que ter algum treinamento em geriatria.

A adaptação do sistema de saúde precisa ser acompanhado com uma remodelação também da sociedade. Rosemarie Andreazza, professora associada do departamento de Medicina Preventiva e do Laboratório de Saúde Coletiva da Unifesp, pede pelo foco no desenho de políticas societárias, de previdência, convivência, mobilidade urbana e trabalho. É uma cultura de cuidado para o envelhecimento, explica.

É preciso lembrar também que os desafios de saúde relativos à juventude e à mortalidade infantil, por exemplo, não desaparecerão com o envelhecimento da população. Tudo isso, terá um custo alto, de acordo com Marcia Castro. Porém, não será impossível de arcar, desde que as autoridades se debrucem sobre o problema e definam prioridades.

Crise climática

O futuro da saúde pública também é atravessado pela crise climática. A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a mudança climática afeta os determinantes sociais e ambientais da saúde ar puro, água potável segura, comida suficiente e abrigo seguro -, e, com isso, estima, entre 2030 e 2050, 250 mil mortes adicionais por ano, devido à desnutrição, malária, diarreia e estresse térmico.

Para além do excesso de mortes, Christopher Murray acredita que haverá incremento nas migrações sejam internas ou internacionais conforme algumas localidades fiquem quentes demais para se viver. Haverá uma pressão tremenda sobre os sistemas de saúde pública e assistência médica nos locais para onde os migrantes se mudarão, alerta.

Desigualdades

Boa parte do crescimento será puxado por nações menos desenvolvidas. A África Subsaariana deverá responder por mais da metade do crescimento da população mundial entre 2022 e 2050, segundo a ONU. Aplacar as desigualdades de acesso à saúde precisa estar na mira de organizações internacionais, frisa Rosemarie. Para se ter uma ideia, segundo as Nações Unidas, em outubro, estimava-se que só 24% do continente africano teria completado a etapa inicial da vacinação contra a covid, comparada à cobertura de 64% no mundo.

Países mais ricos e/ou com melhores resultados em saúde não podem se satisfazer com o bem-estar regional, diz Rosemarie. Enquanto a gente não tiver um mundo bom para todo mundo, ele não consegue ser bom só para alguns. Você vai viver sempre numa bolha, escondido entre muros? O vírus ultrapassa muros, o mosquito da dengue ultrapassa muros.

Quanto mais a gente produzir democracia, quanto mais a gente entender que o mundo pode ter oito bilhões de habitantes que vivam de forma mais harmônica, entendendo os vários mundos que nos compõem, mais saúde a gente vai ter, completa.

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PORTAL IG

Mais de 72 milhões estão fora de programa de atenção básica de saúde

Um relatório do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) mostrou que cerca de um terço da população do país, o que representa 72,69 milhões de pessoas, ainda não está coberta pelo programa Estratégia de Saúde da Família (ESF).

O documento mostra também que 33,3 milhões de famílias não têm acesso a nenhum tipo de atendimento na área da saúde, seja por planos de saúde ou acesso ao SUS.

A maior parte da população desassistida está nas capitais. Segundo o Ieps, 21,5 milhões de pessoas que não têm plano de saúde nem estão cobertas pelo SUS vivem em capitais ou regiões metropolitanas.

O ESF é um dos maiores programas do mundo em atenção básica e prevê atendimento por médicos generalistas ou especialistas em saúde da família.

A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem recebido levantamentos que indicam sobre as dezenas de milhares de pessoas desassistidas.

O governo eleito pretende investir em telemedicina para que profissionais de saúde do interior consigam se comunicar com especialistas que ficam em grandes centros para obter orientação. O investimento na área é considerado "prioridade total" da próxima gestão.

Segundo o Ministério da Saúde, até o final do ano passado, o Brasil tinha 47.278 equipes responsáveis pelo ESF. O Ieps estima que 100% de cobertura da ESF pode ser alcançada com cerca de 25,6 mil novas equipes.

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MEDICINA S/A

Nova onda de Covid reflete aumento da positividade em laboratórios

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), entidade médica que reúne os profissionais envolvidos no diagnóstico laboratorial, alerta para um aumento na positividade observada nos testes para diagnóstico de Covid-19 nos principais laboratórios de medicina diagnóstica do País, o que denota a ocorrência atual de uma nova onda da pandemia.

Na semana 46 (de 13/11/2022 a 19/11/2022), comparada com a semana 45 (de 06/11/2022 a 12/11/2022) houve um aumento de positividade que variou próximo a 10% em laboratórios como Einstein e Pardini, e alcançando mais de 100% na no Sabin. A Dasa, rede de saúde integrada do Brasil, divulgou positividade dos testes RT-PCR em 43,50% na última semana (14 a 20 de novembro).

A circulação de novas variantes do vírus no país com potencial de evadir os anticorpos produzidos pelas vacinas e infecções anteriores, associado ao menor uso de máscaras e retorno de eventos com aglomerações, tem contribuído para o aumento do número de casos. Pela importante variação na positividade, percebemos que as pessoas procuram testar quando já tem uma alta suspeita da doença. O RT-PCR segue sendo o padrão-ouro para o diagnóstico da Covid-19, com melhor sensibilidade quando coletado após segundo ou terceiro dia de sintomas, até cerca de 10 dias, comenta Fabio Brazão, presidente da SBPC/ML.

A entidade lembra ainda sobre a importância do uso das máscaras em ambientes fechados com pouco distanciamento social e das pessoas se atualizarem com as doses de vacinação permitidas em sua faixa etária e em sua localidade, além do maior cuidado com indivíduos em risco de desenvolver doença grave.

Exames RT-PCR

Semana 46 (de 13/11/2022 a 19/11/2022) para 45 (de 06/11/2022 a 12/11/2022):

(*) Unidades próprias ou parceiros (**) Semana 14 a 20 de novembro

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Assessoria de Comunicação

O encontro sobre “Segurança do Paciente na Terapia Infusional”, que a Ahpaceg e BBraun realizariam nesta terça-feira, 29 de novembro, teve que ser cancelado por motivos de saúde da enfermeira Ana Cristina Pires (SP), que falaria sobre o assunto.

Desejamos melhoras a Ana Cristina Pires e esperamos, em breve, tê-la conosco neste importante evento voltado para enfermeiros das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs), Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), profissionais da área da Qualidade e farmacêuticos das instituições associadas.

Solicitamos a todos que fiquem atentos, pois, logo, a Ahpaceg divulgará a nova data do encontro.

Sexta, 25 Novembro 2022 07:11

CLIPPING AHPACEG 25/11/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Unimed foca na atenção primária

Covid-19: Goiás registra 1997 novos casos em 24 horas

No Cade, rivais contestam fusão de Rede D'Or e SulAmérica

Deputados buscam destravar piso da enfermagem e recorrem à equipe de transição

Quantidade de água ideal para manter corpo hidratado não é universal

ISTOÉ

Unimed foca na atenção primária

A Seguros Unimed vai intensificar seus investimentos em ferramentas digitais para difundir o atendimento primário. Com a plataforma Cuidar Mais, a empresa quer ampliar os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), com a finalidade de promover o cuidado integral, preventivo e acessível, segundo Rodrigo Aguiar, superintendente da Unimed.

Pelo app, o beneficiário terá acesso a equipes multidisciplinares, médico de família, enfermeiro e profissionais de saúde que atuam na coordenação do cuidado básico.

A plataforma digital indicará clínicas e prontos-socorros mais próximos. "O médico tem acesso às informações do paciente, direciona para um especialista ou consegue medicá-lo com base nas informações obtidas na consulta e no histórico de atendimentos."

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O GLOBO

No Cade, rivais contestam fusão de Rede D'Or e SulAmérica

Para concorrentes, grupo hospitalar se torna operador de plano de saúde e pode direcionar pacientes para seus negócios

A compra da SulAmérica, maior seguradora independente do Brasil, pela Rede D'Or - principal cadeia integrada de cuidados em saúde do país - está mobilizando seus concorrentes junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a competição entre as empresas no país. Grandes expoentes do setor, como os grupos hospitalares Sírio-Libanês e AC Camargo, e a Bradesco Saúde, compõem uma longa lista de empresas do setor que tentam barrar a fusão.

Dona de 69 hospitais e presente em 11 estados, a Rede D'Or informou ontem, em comunicado ao mercado, que

outras empresas do setor de saúde entraram com recurso no Cade contra a decisão da superintendência do órgão, que aprovou sem ressalvas, no último dia 7, a compra da SulAmérica pelo grupo.

VERTICALIZAÇÃO REVERSA

O recurso é movido por um grupo chamado tecnicamente de "terceiros habilitados", ou seja, que estão aptos a contestar a operação. Como mostrou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, o pedido de reavaliação do negócio foi feito pelos hospitais e grupos de saúde Sírio-Libanês, Albert Einstein, Mater Dei, AC Camargo, Oswaldo Cruz, Supermed, Benevix, Beneficência Portuguesa (SP) eHospital do Coração (SP).

O Bradesco e a Beneficência

Nas duas pontas. Dependências do Glória D'0r, na Zona Sul do Rio: com aquisição da SulAmérica. a maior rede hospitalar do país entra na gestão de planos

Portuguesa de Pernambuco tentaram, mas não se habilitaram dentro do prazo para contestar a operação. No recurso protocolado na quarta-feira, o Bradesco aponta fragilidades na análise feita pelo órgão e pede um aprofundamento do estudo econométrico e do impacto dessa operação no mercado de saúde privada.

O Bradesco chama atenção para uma verticalização reversa implementada pela fusão, já que a Rede D'Or passa a ser dona de uma operadora de plano de saúde. O recurso aponta que isso levará ao incentivo de direcionamento de pacientes da SulAmérica para a rede.

Ainda segundo o Bradesco, a análise do Cade não considerou "que a operação representará importante mudança de paradigma na dinâmica competitiva no setor de saúde, de modo que a verticalização passará a ser variável competitiva relevante nos mercados de hospitais e operadoras."

NADA DEFINIDO

De acordo com um ex-executivo do Cade, a indicação de aprovação sem restrição da superintendência do órgão não representa uma decisão final. O colegiado do Cade pode acatar a decisão da superintendência, mas não está descarta-

do que, diante dos recursos, recomende restrições ou até venha a reprovar a fusão.

Em fevereiro, a Rede D'Or fechou a compra da SulAmérica Seguros, que tem 4,85 milhões de usuários entre planos de saúde médico-hospitalar e odontológico. A operação foi autorizada pelo secretário-geral do Cade, Alexandre Barreto, no início de novembro.

Procurado, o Grupo Bradesco não quis comentar as movimentações em curso no setor apontadas no recurso. A SulAmérica não quis se pronunciar, uma vez que o caso ainda está tramitando nos órgãos reguladores competentes.

A Rede D'Or também afirmou que não comenta processo em andamento. Em comunicado enviado ao mercado, afirmou que "manterá seus acionistas e o mercado informados sobre as etapas relevantes relacionadas à consumação da operação, inclusive no que diz respeito às decisões finais eventualmente proferidas pelas autoridades governamentais competentes, na forma da lei e da regulamentação da CVM", referindo-se ao órgão regulador do mercado de capitais. As ações da Rede D'Or terminaram o dia com alta de 6,92% no Ibovespa, principal índice da B3.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1997 novos casos em 24 horas

Estado soma 27.607 óbitos pela doença 

Goiás registrou 1997 novos casos de covid-19 em 24 horas segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) desta quinta-feira (24/11). Com as atualizações, Goiás já soma 1.741.998 infecções pelo novo coronavírus e 27.607 óbitos desde o início da pandemia.
 
Conforme consta no boletim, outras 70 mortes são investigadas para saber se há alguma relação com a doença. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,59%.

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CNN BRASIL

Deputados buscam destravar piso da enfermagem e recorrem à equipe de transição

Deputados federais ligados à área da saúde buscam uma saída para destravar o piso salarial da enfermagem e já chegaram a recorrer à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tentativa de garantir recursos para o pagamento do mínimo nacional.

Embora tenha sido aprovado pelo Congresso Nacional, o piso salarial da enfermagem não foi posto em prática. O Parlamento fixou o piso em R$ 4.750 para os enfermeiros, nos setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a aplicação do piso em setembro até que sejam analisados dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos, o impacto nos serviços de saúde e os riscos de demissões diante de sua implementação.

A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) e outros representantes da enfermagem chegaram a se reunir com assessores do ministro do STF Luís Roberto Barroso - foi ele quem tomou a decisão de suspender o piso de forma monocrática, inicialmente -, no começo do mês, para que a decisão da Corte seja revogada. Mas, não houve uma resolução desde então. As respostas recebidas por parte de entidades impactadas ainda estão sendo analisadas pelo Supremo, segundo ela.

Coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Enfermagem, o deputado federal Célio Studart (PSD-CE) pediu ajuda aos integrantes do setor de saúde da equipe de transição para destravar o pagamento do piso da enfermagem, mesmo que de forma temporária, somente em 2023.

Os responsáveis pela área da saúde na transição defendem uma recomposição no orçamento do Ministério da Saúde no valor de R$ 22 bilhões. Contudo, há dúvidas se os recursos para o pagamento do piso no setor público estão contemplados.

Políticos a par do assunto, tanto da Câmara, quanto da transição, afirmaram à reportagem que o caso está posto. Contudo, ainda não houve parecer ou definição sobre futura fonte de custeio permanente.

Enquanto isso, em outra frente, os deputados tentam uma nova solução dentro do próprio Congresso Nacional. A mais recente tentativa é aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garanta parte dos recursos para o piso, apresentada no dia 8 deste mês.

O texto do deputado Mauro Benevides (PDT-CE), em conjunto com outros parlamentares, permite que o superávit financeiro dos fundos públicos do Poder Executivo possa ser usado entre 2023 a 2025 para o pagamento da complementação federal do piso, entre outros pontos.

A comissão especial que analisará a PEC foi criada nesta última quarta (23), após conversas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na prática, a proposta do piso foi juntada com outra PEC apresentada ainda em 2014, mas que pouco andou, para que tenha a tramitação agilizada. Esse outro texto busca possibilitar a ampliação de limite de despesas com pessoal ativo nas áreas da saúde e da educação.

Dessa forma, com a carona, a PEC pro piso não precisará mais passar pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), porque o outro texto já foi aprovado no colegiado. A estimativa é que só na CCJ seria preciso, no mínimo, sete dias para a sua aprovação.

"Vamos ter que cumprir o prazo de 10 sessões e, posteriormente, lá pelos dias 6, 7 ou 8 de dezembro, poderemos votar definitivamente a PEC 27, portanto, definindo a fonte de recurso e eliminando a liminar dada pelo Supremo Tribunal Federal, que não viu nenhuma inconstitucionalidade, mas barrou o pagamento do piso porque não havia fonte de recurso", declarou Mauro Benevides em plenário.

"Poderemos definitivamente, ainda neste ano, aprovar a proposta que definirá a fonte de recurso para pagamento do piso da enfermagem em todo o território brasileiro", acrescentou.

Após ser aprovada pela Câmara, a proposta precisa passar pelo crivo do Senado - CCJ e plenário. A deputada Carmen Zanotto já está em contato com senadores e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar agilizar a tramitação do texto.

Mesmo que essa PEC seja aprovada pelo Congresso, o entendimento é que atende a apenas parte dos profissionais de enfermagem. Portanto, a questão ainda não estaria totalmente resolvida.

"A outra parte, que são os trabalhadores da enfermagem em serviços privados, depende de outros projetos de lei, como é o caso da desoneração da folha [de pagamento do setor de saúde]. Isso é fundamental, porque a enfermagem merece muito mais do que os aplausos, que sempre são bem-vindos. O reconhecimento, através de uma remuneração um pouco mais digna, é fundamental e importante", afirmou Carmen Zanotto, também em plenário.

Além da desoneração da folha de pagamento, que sofre resistências, são discutidas as possibilidades de que arrecadações com jogos de azar e royalties do petróleo sejam usadas para bancar os novos salários mínimos para as categorias da enfermagem. Contudo, essas duas alternativas também contam com fortes objeções dentro do Parlamento.

Antes da PEC, o Congresso tocou dois projetos que permitem a transferência e reprogramação de saldos financeiros represados em fundos de saúde e de assistência social. Assim, em tese, seriam abertos espaços nos orçamentos de estados e municípios para que pagassem o piso.

Um problema é que os dois projetos se apoiavam em fontes de recursos semelhantes, o que ocasionou dúvidas jurídicas e orçamentárias. Deputados envolvidos no caso avaliam que seria preciso ajustá-los. Agora, dar um passo para trás e investir na PEC pode parecer uma solução mais fácil, ainda que não tão simples.

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CORREIO BRAZILIENSE

Quantidade de água ideal para manter corpo hidratado não é universal

Oito copos de água por dia. Quem nunca ouviu dizer que essa é a quantidade ideal para se manter hidratado? O problema é que, por trás da recomendação, não existe qualquer suporte científico. É o que sustenta um estudo publicado na revista Science, realizado com dados de mais de 5,6 mil pessoas. De acordo com os pesquisadores norte-americanos, asiáticos e europeus, o volume necessário para a execução das funções corporais é individual e depende do metabolismo de cada pessoa.

Os resultados foram coletados em 26 países (o Brasil ficou de fora), e o estudo abrange dados de bebês de apenas 8 dias a de idosos com 96 anos. A média diária de ingestão de água variou bastante: de 1 litro a 6 litros, sendo que, em alguns casos, os cientistas registraram até 10 litros de consumo por dia. "Não existe uma média. Muitas coisas estão relacionadas às diferenças na ingestão e na eliminação de água do organismo", conta um dos autores do estudo, Dale Schoeller, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.

O professor de ciências nutricionais estuda a relação da água com o metabolismo há décadas. "Esse trabalho é o melhor que fizemos, até agora, para medir quanta água as pessoas realmente consomem diariamente e os principais fatores que impulsionam a rotatividade de água para dentro e fora do corpo", destaca Schoeller. De acordo com ele, estudos anteriores foram, em grande parte, elaborados com base no autorrelato dos participantes ou na observação de um número muito pequeno de voluntários, não sendo representativos da maioria das pessoas.

Agora, os pesquisadores mediram objetivamente o tempo que a água levou para se mover pelo organismo dos participantes. Os voluntários tomaram uma quantidade determinada da chamada "água rotulada", que contém isótopos de hidrogênio e oxigênio rastreáveis. Isótopos são átomos de um único elemento que têm pesos atômicos ligeiramente diferentes, fazendo com que os cientistas consigam distingui-los em uma amostra.

"Se você medir a taxa com que uma pessoa está eliminando esses isótopos estáveis por meio da urina ao longo de uma semana, o isótopo de hidrogênio pode dizer quanta água eles estão substituindo. Já a eliminação do isótopo de oxigênio pode nos dizer quantas calorias eles estão queimando", explica Schoeller. O pesquisador conta que seu laboratório na universidade norte-americana foi o primeiro a usar água rotulada no estudo do metabolismo humano.

Troca hídrica

No total, mais de 90 pesquisadores participaram do estudo, liderado por Yosuke Yamada, que fez pós-doutorado no laboratório de Schoeller e, hoje, chefia o Instituto Nacional de Inovação Biomédica, Saúde e Nutrição no Japão. John Speakman, professor de zoologia da Universidade de Aberdeen, na Escócia, coliderou o estudo. Os pesquisadores coletaram e analisaram os dados dos participantes comparando fatores ambientais - como temperatura, umidade e altitude das cidades onde viviam os voluntários - com volume de água medido, gasto de energia, massa corporal, sexo, idade e grau de atividade física.

Nos homens, o volume de renovação da água corporal atingiu o pico na faixa etária dos 20 anos, enquanto as mulheres mantiveram um platô dos 20 aos 55 anos. Os recém-nascidos foram os que apresentaram o maior índice de troca hídrica, repondo 28% da água de seu organismo diariamente. De acordo com o estudo, o nível de atividade física e o preparo físico dos participantes foram os itens que mais influenciaram as diferenças na renovação, seguido por sexo, índice de desenvolvimento humano do país (que mede o status socioeonômico) e idade.

Em média, homens e mulheres com perfis semelhantes diferem em cerca de meio litro de água no organismo. Um homem não atleta, mas que pratica atividade física moderada, de 20 anos, pesa 70 kg, vive ao nível do mar em um país bem desenvolvido, em um ar médio temperatura de 10ºC e uma umidade relativa de 50% absorveria e perderia cerca de 3,2 litros de água todos os dias. Uma mulher da mesma idade e nível de atividade, pesando 60 kg e morando no mesmo local consumiria 2,7 litros, exemplificam os autores.

Dobrar a energia utilizada pelo organismo aumenta o volume diário de água em cerca de 1 litro. Cinquenta quilos a mais de peso corporal adicionam 0,7 litro por dia. Um aumento de 50% na umidade eleva o consumo em 0,3 litro. Além disso, atletas usam cerca de 1 litro a mais do que os não atletas.

Aspectos sociais

Ao todo, quanto menor o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país de origem, mais água a pessoa gasta em um dia. "Essas pessoas em países com IDH baixo têm maior probabilidade de viver em áreas com temperaturas médias mais altas, são mais propensas a realizarem trabalho braçal e menos a ficarem dentro de um edifício climatizado durante o dia", justifica Schoeller. "Isso, além do menor acesso a um gole de água potável sempre que precisar, aumenta a rotatividade de água."

Segundo o coautor, as medições feitas no estudo poderão melhorar a capacidade de prever necessidades futuras de água, especialmente em circunstâncias de calamidade pela escassez do líquido. "Quanto melhor entendermos o quanto as pessoas precisam, mais preparados estaremos para responder a uma emergência. Determinar quanta água os humanos consomem é de importância crescente por causa do crescimento populacional e das crescentes mudanças climáticas", disse, em nota, Yamada. "Como a renovação da água está relacionada a outros indicadores importantes de saúde, como atividade física e percentual de gordura corporal, ela tem potencial como biomarcador para a saúde metabólica", completa.

De acordo com Tamara Hew-Butler, cientista do esporte na Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos, a hiper-hidratação pode ser tão perigosa quanto a desidratação. Autora de várias pesquisas sobre água e metabolismo corporal, ela concorda que os oito copos por dia não são um parâmetro científico. "Não se sabe bem de onde saiu isso. Talvez, sejam interpretações erradas de diretrizes de saúde", cogita. "Se você está com sede, você precisa tomar água. Mas se não estiver, não precisa. O cérebro tem sensores que identificam a necessidade de reposição hídrica. Dizer que todo mundo precisa de oito copos por dia para ser saudável é como dizer que todo mundo precisa ingerir uma dieta de 2 mil calorias", afirma.

Segundo Hew-Butler, o líquido perdido diariamente precisa ser reposto, mas não necessariamente com copos de água. "Quase tudo que você bebe ou come contém água, o que compensa essa perda diária. Café, chá, sopa, frutas, legumes - tudo isso conta", afirma.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 24 Novembro 2022 14:20

Luiz Rassi Júnior recebe a Comenda Nabyh Salum

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HOMENAGEM LUIZ RASSI 2

Indicado pela Ahpaceg, o médico Luiz Rassi Júnior foi homenageado ontem, 23 de novembro, com a Comenda Nabyh Salum, entregue pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás a médicos que se destacam no exercício da profissão no Estado.

O deputado Helio de Sousa (PSDB), autor da lei que criou a comenda em 2017, presidiu a solenidade. A honraria, que leva o nome de um dos pioneiros da medicina goiana, o radiologista Nabyh Salum, falecido no final de 2016, é entregue anualmente.

Os homenageados são indicados por entidades representativas da saúde e da medicina: Associação Médica de Goiás, Academia Goiana de Medicina, Associação dos Hospitais do Estado de Goiás, Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás e a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás, a Ahpaceg.

A Comissão de Saúde da Assembleia, a Mesa Diretora da Casa e a Associação dos Médicos Servidores Públicos de Goiás (Amespe) também indicam homenageados.

Confira os homenageados em 2022

Luiz Rassi Júnior, Cardiologista, Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás.

Heitor Rosa – Gastroenterologista, indicado pela Associação Médica de Goiás;

Maria Ângela da Silva Tolentino – Neurologista, Academia Goiana de Medicina;

Valdenir Ribeiro – Oftalmologista, Associação dos Hospitais do Estado de Goiás;

Leonardo Mariano Reis – Oftalmologista, Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás;

Carlos Luz Elias – Cardiologista, Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa;

Maria Goretti Polito – Nefrologista, Associação dos Médicos Servidores Públicos do Estado de Goiás;

Antônio André Dias da Silva – Cardiologista, Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás;

 

A Ahpaceg parabeniza o dr. Luiz Rassi e todos os condecorados com a Comenda Nabyh Salum.

Quinta, 24 Novembro 2022 10:39

CLIPPING AHPACEG 24/11/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Artigo - Insumos farmacêuticos precisam de incentivos

Cobertura de vacinas está sem controle, alerta TCU à equipe de Lula

Pfizer diz que vacinas bivalentes devem chegar ao Brasil nas próximas semanas

Brasil terá 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025, diz Inca

Câmara instaura comissão para analisar PEC sobre piso da enfermagem

Unimed investe em parcerias no setor da saúde

Superintendência do Cade veta negócio da Hapvida

Novo tratamento para o AVC diminui chances de sequelas

O GLOBO

Artigo - Insumos farmacêuticos precisam de incentivos

Não é novidade que a indústria nacional vem amargando sucessivas perdas com a falta de uma política pública para o setor. Embora tenha havido momentos positivos nos anos 2000, a desindustrialização é uma realidade. Mais do que uma política de governo, é preciso uma política de Estado que seja autossustentável em médio e longo prazo.

O Complexo Industrial da Química Fina (CIQF) é um exemplo desse cenário, precisando de investimento e planejamento, pois se caracteriza pelo alto potencial de crescimento, tendo sido, em 2021, responsável por 20,5% do faturamento do setor químico no Brasil. Somente em 2019, os setores farmoquímico e farmacêutico adicionaram R$ 36 bilhões ao PIB brasileiro (0,57% do PIB). Em 2020, esses setores somavam mais de 107 mil empregados formais, algo que pode ser potencializado com apoio governamental ao setor, com políticas duradouras, previsibilidade, segurança jurídica, inovação e competitividade.

Atualmente, há grande vulnerabilidade. Isso inclui o acesso da população a medicamentos, algo que preocupa as entidades representantes da cadeia produtiva farmacêutica. Elas vêm apontando para esse problema, ressaltando quão fundamental é o desenvolvimento em pesquisa e tecnologia para que, por meio do Sistema Único de Saúde, a sociedade seja atendida.

É essencial resgatar políticas bem-sucedidas, como as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs). Por meio do fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde (CIS) do país, elas ampliam o acesso a medicamentos e produtos para saúde considerados estratégicos para o SUS, além de gerar emprego, mais impostos e movimentar a economia.

Temos alta dependência de produtos importados. Se na década de 80 a indústria química nacional produzia 50% dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) consumidos internamente, hoje esse percentual é pífio. É preciso investimentos na cadeia de suprimentos do setor de produção de insumos.

Estudo recente das equipes técnicas da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e Suas Especialidades (Abifina) e da Fiocruz identificou as principais lacunas e oportunidades para a cadeia produtiva farmacêutica a partir da análise da Portaria MS nº 704/2017, que estabeleceu diretrizes para a fabricação de produtos estratégicos para o SUS. O trabalho incluiu a prospecção de patentes vigentes até 2032, o cruzamento das moléculas relacionadas na portaria com dados da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), das PDPs e dos registros de medicamentos na Anvisa. A partir daí serão estabelecidos os IFAs que deverão ser prioridade para o desenvolvimento farmacêutico brasileiro.

As ações incluíram ainda uma pesquisa com fabricantes do segmento sediados no país para compreensão da visão da indústria sobre a produção e aquisição de IFAs e uma prospecção de potenciais parceiros para atendimento das demandas da América Latina.

Enfim, não há outro caminho senão o fomento à pesquisa e inovação, conectando os vários players da cadeia de suprimentos e da academia, estabelecendo um ambiente econômico favorável e seguro para as indústrias, que só conseguirá ser respaldado por meio de políticas públicas bem definidas, políticas essas que podem e devem ser estruturadas em conjunto com as entidades que acompanham o setor, além das indústrias nacionais.

*Antonio Bezerra é presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e Suas Especialidades

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AGÊNCIA ESTADO

Cobertura de vacinas está sem controle, alerta TCU à equipe de Lula

O governo Bolsonaro deixou o Sistema Único de Saúde (SUS) em situação com "indícios de insustentabilidade" e sequer tem dados básicos, por exemplo, sobre a cobertura vacinal contra covid-19. O alerta está em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) entregue à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao qual o Estadão teve acesso. A precariedade dos dados disponíveis fez com que a Corte de Contas informasse ao grupo de transição que não foi possível nem avaliar o cumprimento de metas de imunização.

O documento aponta que faltam dados de morbidade (doenças adquiridas) e mortalidade relacionados à síndrome pós-covid 19. A falta de informações "pode afetar o planejamento das políticas de saúde, em razão do número elevado de possíveis casos", diz. Auditores do tribunal também encontraram problemas nas fichas de notificação de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os dados, que na avaliação da Corte estão incompletos, alimentam o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe. A baixa qualidade das informações prejudica a definição das políticas públicas de enfrentamento das doenças. As falhas da cobertura vacinal estão na lista de preocupações da equipe de Lula.

Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que a taxa de vacinação infantil no Brasil tem caído rapidamente. A taxa que já foi de 93,1% agora está em 71,49%. Durante seu governo, o presidente Jair Bolsonaro questionou a eficácia das vacinas e chegou a demitir ministros da Saúde defensores da imunização. A cardiologista Ludhmila Hajjar, integrante do grupo que discute a transição na saúde, destacou que o problema não se resume à covid. "Esse é o desafio imediato cobertura vacinal. E não é só de covid, é de tudo. O Programa Nacional de Imunização tem de ser reforçado", disse, na terça-feira.

O relatório também traz um diagnóstico geral sobre o SUS. Os técnicos do tribunal constataram "indícios de insustentabilidade" do sistema e sugerem um "profundo debate" a respeito do atual modelo do financiamento. "Há uma tendência de aumento da necessidade de recursos em razão da mudança do perfil demográfico da população e de aspectos inflacionários, o que, associado ao cenário fiscal desfavorável e à ampliação de gastos, pode agravar ainda mais a desassistência verificada na atualidade", diz o texto. Com os efeitos da inflação e do envelhecimento populacional, o TCU projeta que os gastos da União para 2030 seriam da ordem de R$ 219 bilhões.

Contudo, para que o déficit assistencial fosse coberto, a despesa deverá ser de R$ 277 bilhões. O TCU aponta um desperdício de R$ 13 bilhões por ano. "Embora seja atribuição do Ministério da Saúde acompanhar, monitorar e avaliar as metas e os compromissos pactuados com hospitais no âmbito do SUS, essa atividade de controle não é realizada de forma sistemática e estruturada. A situação revela a necessidade de se promover uma reavaliação, não apenas das normas, mas das políticas públicas ligadas à temática", diz.

Em meio à alta dos casos de covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga recebeu integrantes da transição. No encontro, a equipe de Lula usava máscara; Queiroga, não. O ministério não se manifestou sobre relatório do TCU.

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Pfizer diz que vacinas bivalentes devem chegar ao Brasil nas próximas semanas

As vacinas bivalentes da Pfizer, atualizadas contra as novas variantes do coronavírus, foram aprovadas nesta terça-feira (22/11), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em uma reunião extraordinária. Segundo a farmacêutica, o imunizante deve chegar ao País nas "próximas semanas".

O contrato prevê a entrega de duas vacinas adaptadas às variantes Ômicron BA.1 e BA.4/BA.5, que estão em alta circulação no momento, para uso emergencial como dose de reforço na população acima de 12 anos de idade. Até o momento, não foi divulgado o número de doses compradas pelo Ministério da Saúde.

Procurada, a pasta disse ao Estadão que a estratégia de imunização e os grupos que serão priorizados para tomar a dose de reforço da nova vacina estão em processo de definição pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). "As orientações para a aplicação da vacina e o cronograma de distribuição serão formalizados em nota técnica aos Estados nos próximos dias", disse o ministério em nota.

Além das vacinas contra as novas variantes da Ômicron, o contrato do Ministério da Saúde com a Pfizer também prevê a entrega de potenciais vacinas adaptadas a novas variantes do coronavírus à medida que novas cepas são descobertas e incorporadas ao imunizante.

Desta forma, o Brasil estaria mais preparado para enfrentar novas ondas de covid-19. "As vacinas adaptadas à Ômicron BA.1 e BA.4/BA.5 virão com uma tampa com coloração diferente - cor cinza, para ajudar na diferenciação. Outra novidade é que essas versões do imunizante não precisam de diluição para aplicação", diz a Pfizer em nota.

Reforço na imunização
O Brasil enfrenta hoje uma alta de casos de covid-19 e o novo imunizante chega como um reforço contra as subvariantes da Ômicron, que no momento estão em grande circulação no País e no mundo. As vacinas bivalentes aprovadas para utilização no Brasil são uma combinação do atual imunizante de covid-19 da Pfizer-BioNTech com a vacina adaptada à Ômicron.

Em nota, a Pfizer disse que "nos estudos clínicos, as vacinas bivalentes mostraram induzir resposta imunológica robusta para as variantes Ômicron em circulação (BA.1 e BA.4/BA.5), e para outras variantes de preocupação, incluindo o vírus original. As vacinas bivalentes também mantêm bom perfil de segurança e tolerabilidade".

O Ministério da Saúde reforça que os imunizantes presentes hoje nos postos de saúde, tanto da Pfizer, quanto de outras marcas, já protegem contra casos graves de infecções por novas cepas do vírus, no entanto, o índice de proteção é menor. Especialistas defendem que, neste momento de alta de casos de covid-19 no País, é urgente que a população tome as doses de reforço disponíveis - de qualquer vacina regulamentada - para que a imunização seja mais eficaz.

No caso de pacientes imunossuprimidos, como pessoas que receberam transplante recente de órgãos e/ou com doenças autoimunes, é importante que a dose de reforço seja feita com a vacina bivalente para que a imunização seja potencializada. 

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AGÊNCIA BRASIL

Brasil terá 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025, diz Inca

O Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer por ano de 2023 a 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. A estimativa foi divulgada nesta quinta (23/11) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).
 
A publicação Estimativa 2023 - Incidência de Câncer no Brasil mostra que o tumor maligno mais incidente é o de pele não melanoma, com 31,3% do total de casos, seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
 
Segundo a pesquisadora do Inca Marceli Santos, os casos no Brasil estão ficando semelhantes, de uma forma geral, com os tipos de câncer que acometem os países mais urbanizados: mama, cólon e reto e pulmão.
 
Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente (66,54%), depois do de pele não melanoma, com 74 mil novos casos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas do país, em seguida vem o câncer colorretal, mas, nas de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o tumor do colo do útero ocupa esta posição.
 
Nos homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, com incidência de 67,86%, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano até 2025, atrás do câncer de pele não melanoma. Nas regiões de maior IDH, os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda e terceira posição, e, nas menos desenvolvidas, o câncer de estômago é o segundo ou terceiro mais frequente.
 
Ao todo, foram estimadas as ocorrências para 21 tipo de câncer mais incidentes no país, dois a mais que na publicação anterior, com a inclusão dos tumores de pâncreas e fígado.
 
Segundo a pesquisadora da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca Marianna Cancela, a equipe decidiu incluir esses cânceres por serem um problema de saúde pública em regiões brasileiras e também com base em estimativas mundiais.
 
“O câncer de fígado aparece entre os dez mais incidentes na Região Norte, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. O câncer de pâncreas aparece entre os dez mais incidentes na Região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo”, disse Marianna.

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Câmara instaura comissão para analisar PEC sobre piso da enfermagem

Líderes partidários devem indicar 34 titulares e 34 suplentes que participarão da comissão para que o colegiado seja formalmente instalado

A Câmara dos Deputados instituiu nesta quarta-feira (23) a comissão especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição que permitirá a ampliação de limite de despesas com pessoal ativo nas áreas da saúde e da educação.

O texto tem o objetivo de viabilizar o piso salarial da enfermagem, que está suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) diante da indefinição sobre fontes de financiamento. Líderes partidários devem indicar 34 titulares e 34 suplentes que participarão da comissão para que o colegiado seja formalmente instalado.

A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), relatora do piso salarial, afirmou que será incluída ao texto da PEC outra proposta que autoriza a utilização do superávit de fundos públicos federais no financiamento dos novos salários mínimos da categoria.

“A enfermagem não pode esperar. Por isso, vamos instalar o mais rapidamente possível essa comissão especial e vamos garantir o relatório também no prazo das 10 sessões. Com essa iniciativa parlamentar, vamos garantindo parte das fontes de financiamento atendendo a estados, municípios, e união e também atendendo os hospitais filantrópicos”, disse.

O deputado Mauro Benevides Filho afirmou que a proposta de sua autoria define a fonte de recursos do pagamento do piso salarial da enfermagem em todo o país sem comprometer as receitas tributárias dos entes federativos.

“Estamos de tratando exclusivamente do superávit financeiro dos fundos federais – entre R$ 10 bilhões e 11 bilhões – para o pagamento do piso”, explicou.

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ONLINE RS

Unimed investe em parcerias no setor da saúde

Com o tema "Investimentos em negócios e parcerias no setor da saúde", o presidente da Unimed Federação/RS, Nilson Luiz May, foi o palestrante desta quarta-feira, 23 de novembro, da reunião-almoço Tá na Mesa, da Federasul, em Porto Alegre. A atividade integrou as comemorações do cinquentenário da cooperativa gaúcha, fundade em 25 de junho de 1972.

Com giro anual superior a R$ 8 bilhões, representando cerca de 10% do faturamento da Unimed nacional, o Sistema Cooperativo Empresarial Unimed-RS tem seu modelo de negócios baseado na cooperação, no compromisso com a inovação e na alta performance.

Capilaridade

Conforme Nilson Luiz May, o Sistema Unimed-RS apresenta formato único no país, contando com mais de 15,7 mil médicos cooperados, que atendem 1,9 milhão de beneficiários, gerando 13 mil empregos diretos. "A partir de 27 Unimeds Singulares e das demais organizações, que incluem a Unimed Operadora/RS, a Uniair - transporte aeromédico, a Central de Serviços-RS, a Unicoopmed, o Instituto Unimed/RS, a Casa da Memória Unimed Federação/RS e a holding RS Empreendimentos S/A, o Sistema Unimed-RS cobre os 497 municípios do Rio Grande do Sul", destacou May, observando que a capilaridade é uma das fortalezas da instituição.

Credibilidade

Outro ponto forte é a credibilidade da marca Unimed, que apresenta plano estratégico centrado na ampliação da competitividade e cooperação, oferecendo soluções com foco na promoção da saúde, na sustentabilidade, na transformação digital, na atração de talentos e na qualidade de vida. Telemedicina, telepsicologia e o Projeto Acolher, que atende pacientes com transtorno do espectro autista, são alguns dos exemplos recentes nesta linha.

Passo importante também foi dado em dezembro de 2021 a partir da constituição da holding RS Empreendimentos S/A, que ampliou o espectro de oportunidades de negócios ao mercado privado de saúde e ao empresariado do Rio Grande do Sul.

RS Empreendimentos S/A

"O setor de saúde suplementar, com novos movimentos de operadoras, exige que estejamos sempre um passo à frente. Nesse contexto, a constituição da RS Empreendimentos S/A permite otimizarmos recursos, gerando a possibilidade de ganhos de escala, que serão revertidos ao fortalecimento do próprio negócio", pontuou Nilson Luiz May. Ele também antecipou algumas ações já em execução, como a venda de planos odontológicos e de seguros de saúde e patrimonial, além de uma startup de automação para clientes.

No radar da holding, em situação de estudo e desenvolvimento junto ao Conselho de Administração - aberto para investidores -, estão a criação do Sênior Living, proposta com foco na qualidade de vida para pessoas com mais de 60 anos de idade, por meio de atendimento de excelência, privilegiando a autonomia e a liberdade; seguros internaiconais; novos investimentos em inovação e startups; além do lançamento de um Plano Premium (para a classe AA), bem como de um plano de entrada para novos beneficiários.

Impacto social

Mais do que gerar dividendos para quem produz, numa perspectiva de gestão colaborativa - em que o construtor é o próprio beneficiário do seu trabalho -, o Sistema Unimed-RS atua junto às comunidades em consonância com o sétimo princípio do cooperativismo e com a matriz ESG, pela qual são seguidas boas práticas ambientais, sociais e de governança. Nessa perspectiva, um dos destaques é o programa Doador Fiel, do Instituto Unimed/RS, que já tem mais de mil doadores regulares de sangue cadastrados em sua plataforma, tendo colaborado para salvar quatro mil vidas. A atuação do programa recebeu, na noite desta quarta-feira, 23 de novembro, o troféu Top Cidadania, concedido pela ABRH-RS.

Números da Unimed no Rio Grande do Sul

Recursos próprios: R$ 2,5 bilhões

Giro anual: mais de R$ 8 bilhões

Composição: 27 Unimeds Singulares

15,7 mil médicos cooperados

médicos cooperados 1,9 milhão de beneficiários

de beneficiários 65 clínicas e laboratórios próprios

clínicas e laboratórios próprios 19 pronto-atendimentos próprios

pronto-atendimentos próprios 10 SOS próprios

SOS próprios 3 hospitais-dia próprios

Além de 2.442 hospitais, clínicas e laboratórios credenciados e 13.261 colaboradores para garantir qualidade na assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar oferecidos nos 497 municípios cobertos.

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FOLHA DE S.PAULO

Superintendência do Cade veta negócio da Hapvida

A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) reprovou a compra da Smile Saúde pela Hapvida, uma operação de R$ 300 milhões apresentada ao órgão em fevereiro deste ano.

A Hapvida administra 160 mil segurados de planos de saúde e opera três hospitais nos principais locais onde a Smile atua. O grupo adquirido atua em alguns estados, primordialmente na Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte.

Loja da rede de saúde Hapvida, em Fortaleza (CE) - 29.set.2021-Caio Rocha/FramePhoto/FolhaPress

Os técnicos que analisaram o caso encontraram barreiras consideradas incontornáveis da forma como o negócio foi apresentado pelas partes. Há, na avaliação da SG, excessiva concentração de mercado na Paraíba e no Ceará -onde o grupo investe mais esforços.

Diante disso, a SG, como a superintendência é conhecida, recomendou o veto à operação.

A instrução do caso, com o parecer pelo veto, segue agora para o tribunal. Um conselheiro será escolhido relator e o processo seguirá seus trâmites até ir a julgamento.

A tendência é a apresentação de remédios ao Cade pelas empresas, como forma que a operação seja aprovada com restrições.

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PORTAL TERRA

Novo tratamento para o AVC diminui chances de sequelas

A Trombectomia Mecânica desobstrui a artéria atingida pelo AVC e é complementar à trombólise. Tratamento será custeado pelo SUS

O acidente vascular cerebral (AVC) está entre as principais causas de morte no país. Somente no mês de julho de 2022, a condição matou 8.758 brasileiros. Esse número equivale a 11 óbitos por hora, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil no Brasil. Os dados do semestre também são alarmantes: foram registradas 56.320 mortes, número acima das vítimas de infarto (52.665) e covid-19 (48.865).

O atendimento rápido é primordial em questões de saúde. Afinal, diagnósticos precoces acompanhados de tratamentos emergenciais significam, em grande parte dos casos, evitar sequelas e também a morte. No caso do AVC, o tempo é ainda mais importante.

"Não é necessário apenas reconhecermos os sintomas do AVC em tempo hábil para controlar as suas consequências no organismo, mas optar pelo tratamento adequado o mais breve possível para evitar as sequelas na vida do paciente", afirma a Dra. Sheila Martins, médica neurologista, presidente eleita da World Stroke Organization (WSO), organização internacional que busca reduzir o impacto global do AVC.

A especialista destaca que estamos falando de uma alteração súbita no fluxo sanguíneo no cérebro, que leva à morte 2 milhões de neurônios por minuto. Além disso, pode resultar no entupimento da artéria e consequente falta de circulação na região (caso do AVC isquêmico) ou na ruptura de um vaso (AVC hemorrágico).

Novo tratamento para o AVC

O Governo anunciou recentemente que fará a incorporação de uma tecnologia para tratar o AVC Isquêmico (AVCi), tipo mais frequente da doença. Aliás, com o recuo da pandemia de Covid-19, esta voltou a ser a principal causa de morte no país. Trata-se da Trombectomia Mecânica (TM), procedimento complementar à trombólise, única opção até então disponível na rede pública de saúde, e nem sempre eficiente para os casos mais graves do AVCi.

O tratamento foi aprovado em dezembro de 2021, e será disponibilizado pelo SUS. A Trombectomia Mecânica consiste na desobstrução da artéria cerebral realizada por um cateter que leva um dispositivo endovascular, um stent ou um sistema de aspiração, para remover o coágulo sanguíneo do cérebro.

"Além de segura e eficaz, uma das grandes vantagens da TM é que ela pode ser útil até 24 horas após os primeiros sintomas do AVC com sucesso. Ao contrário de outras formas de tratamentos, que têm uma janela restrita de indicação e sucesso de apenas 4,5 horas depois das manifestações iniciais da doença", explica a neurologista.

Para a médica, esta é uma conquista de valor inquestionável. "Afinal sabe-se hoje que apenas 30% dos pacientes procuram as instituições de saúde no período de até 8h após o início dos sintomas do AVC", aponta.

Sintomas do AVC

A identificação dos sintomas do AVC depende da observação e atenção de terceiros. Isso porque nem sempre o paciente percebe o que está acontecendo, explica a especialista. Ela indica os principais sintomas da condição:

Perda da força muscular ou formigamento nos braços, ou pernas, principalmente de um lado do corpo;

Assimetria facial;

Dificuldade para falar e enxergar;

Desequilíbrio;

Fortes dores de cabeça de início súbito.

Qualquer destes sintomas isoladamente ou em conjunto podem ser um acidente vascular cerebral. Portanto, é importante direcionar o paciente imediatamente para um centro de AVC.

Implementação da Trombectomia Mecânica

De acordo com Sheila, o país conta com 88 centros especializados no tratamento do AVC habilitados pelo Ministério da Saúde, mas nem todos têm a estrutura e a equipe necessária para a realização da trombectomia mecânica.

"Ela será introduzida aos poucos nos hospitais já estruturados, já que é necessário treinamento, qualificação técnica de profissionais habilitados, além da disponibilidade de hemodinâmica no hospital", esclarece a presidente da World Stroke Organization (WSO).

"Mudar o cenário do AVC está em nossas mãos. O caminho é estimular a educação da sociedade. Vamos aprender mais sobre essa doença para vencê-la", declara a neurologista.

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Assessoria de Comunicação  

Quarta, 23 Novembro 2022 07:36

CLIPPING AHPACEG 23/11/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Anvisa volta a obrigar uso de máscaras em aeroportos e aviões

Maioria de diretores da Anvisa vota para liberar uso emergencial de vacina bivalente contra covid-19

'Vamos incluir o Brasil na medicina de precisão', diz Criadora do Genoma do Brasil

Lula quer mais remédios nacionais e corte de impostos para baratear preços

9 erros que você costuma cometer ao se proteger da dengue

Ministério Público pede à Justiça que mulher com câncer no intestino faça aborto para iniciar tratamento contra a doença

Técnica permite que mãe retire o bebê do próprio útero durante cesárea

FOLHA DE S.PAULO

Anvisa volta a obrigar uso de máscaras em aeroportos e aviões

A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, no fim da noite desta terça-feira (22), a volta do uso obrigatório de máscaras dentro de avião e em aeroportos do Brasil. A medida entra em vigor a partir da próxima sexta (25).

A proteção contra a Covid-19 deixou de ser exigida nesses ambientes em agosto deste ano, quando o uso passou a ser apenas uma recomendação. O distanciamento também passou a não ser mais obrigatório.

Painel com alerta para usar máscaras afixado sobre escada rolante no Terminal 3 do aeroporto de Guarulhos (SP) - Eduardo Knapp - 6.jul.2022/Folhapress

No entanto, medidas como o desembarque por fileira foram mantidas, algo que a Anvisa considera um legado da pandemia e que também ajuda a evitar tumulto na saída das aeronaves.

O assunto entrou de última hora na pauta da reunião extraordinária da agência, convocada para discutir a aprovação de duas vacinas bivalentes da Pfizer contra o coronavírus.

Segundo informou a coluna Painel, a questão das máscaras foi proposta pelo diretor Daniel Pereira, responsável pela Quinta Diretoria, e pegou os demais de surpresa.

Os participantes da reunião destacaram que os dados epidemiológicos demandam o retorno de medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscaras, principalmente no transporte público, aeroportos e ambientes fechados.

Levantamentos como o do boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (18) pela Fiocruz, apontam o crescimento dos casos de Covid-19 no país, principalmente entre adultos.

O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica no mês passado recomendando o uso da máscara no Brasil após nova alta de casos de Covid-19.

Horas antes da decisão, a Anvisa aprovou o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer. O imunizante oferece imunização contra mais de uma cepa do coronavírus.

A primeira versão apresentada pela fabricante foi desenhada com a cepa original do Sars-CoV-2 e a ômicron BA.1, que se alastrou rapidamente por todo o mundo.

Também houve a aprovação de uma nova versão da vacina que possui a cepa original do vírus e conta com as subvariantes BA.4 e BA.5.

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PORTAL TERRA

Maioria de diretores da Anvisa vota para liberar uso emergencial de vacina bivalente contra covid-19

Três dos cinco diretores da agência autorizaram a aplicação do imunizante como dose de reforço na população acima de 12 anos de idade; dois dirigentes ainda votarão nesta terça-feira para encerrar análise da Anvisa

BRASÍLIA - A maioria dos cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou pela aprovação nesta terça-feira, 22, do uso emergencial da vacina bivalente da Pfizer contra a covid-19. Três dos dirigentes deram parecer favorável. Falta o pronunciamento de outros dois diretores. A decisão final da Anvisa autorizará a aplicação do imunizante como dose de reforço na população acima de 12 anos de idade.

As vacinas bivalentes são mais atualizadas e contêm uma mistura de cepas do vírus SarsCov-2. Desta forma, os imunizantes podem garantir uma proteção maior contra as novas variantes. O Brasil passa por uma nova onda da covid-19, que tem preocupado especialistas pela maior resistência às barreiras vacinais e transmissibilidade das novas cepas do coronavírus.

A diretora Meiruze Sousa Freitas, relatora do processo na Anvisa, defendeu a aprovação das novas vacinas para pessoas acima de 12 anos de idade. Ela afirmou que as subvariantes BA4, BA5, BQ1.1 são a maioria dos novos casos de covid atualmente. A dirigente da agência apontou que há aumento de casos e internações especialmente em grupos que não receberam a vacinação completa.

"Não é natural o padrão de óbitos que o Brasil ainda vem enfrentando e, por isso, alerto que as medidas de prevenção, por exemplo, o uso de máscaras, a higienização das mãos continuam sendo uma parte importante da nossa resposta à covid-19", disse a relatora.

Freitas orientou também que a população continue tomando as doses de reforço no momento indicado com as vacinas monovalentes. "Os indivíduos elegíveis para uma dose de reforço, particularmente, aqueles em grupos com maior risco de desenvolver covid na forma grave não devem atrasar a sua vacinação planejada para aguardar o acesso à vacina bivalente". disse. "Todas as vacinas de reforço aprovadas ajudam a melhorar a proteção obtida com as doses de anteriores da vacina e ajudam a fornecer proteção contra o adoecimento grave e os óbitos pela covid-19."

Hoje, as subvariantes que mais preocupam autoridades sanitárias ao redor do mundo são a BQ.1 e a XBB, ambas da linhagem da Ômicron - variante contra a qual a vacina bivalente da Pfizer possui proteção específica, diferentemente dos imunizantes disponível no Brasil.

Segundo especialistas, os imunizantes disponíveis hoje nos postos de saúde do País conferem uma proteção mínima contra as novas variantes, mas é preciso que as pessoas tomem todas as doses de reforço necessárias. Para pessoas imunossuprimidas, como pacientes recém transplantados, pessoas com câncer ou doença de lupos, os infectologistas afirmam que a imunização com a vacina bivalente, mais atualizada, é bastante importante.

A Pfizer encaminhou dois pedidos de uso emergencial de autorização temporária para uso emergencial da vacinas. O primeiro pedido, referente à bivalente com a subvariante Ômicron BA1, foi submetido em 19 de agosto de 2022. O segundo, referente à versão que contém a subvariante BA.4/BA.5 foi protocolado em 30 de setembro de 2022.

Desde então, o órgão tem analisado a demanda. Antes de a reunião ser a convocada, a agência havia silenciado sobre o prazo para conclusão do procedimento. A Anvisa e o Ministério da Saúde também diziam não ter informações que indicassem a previsão de quando as novas doses poderão começar a ser aplicadas.

A autorização de uso emergencial é regulamentada por uma resolução da agência. Após receber o pedido, a Agência tem 30 dias para concluir a avaliação. O prazo é interrompido sempre que for necessária a solicitação à empresa de complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, eficácia e segurança apresentados.

Atraso

O grupo da transição responsável pela área da saúde afirma ter confirmado que 85 milhões de brasileiros ainda não tomaram a terceira dose contra a covid-19. Os integrantes têm um encontro marcado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quarta-feira, 23.

"É situação de vulnerabilidade, falta a dose para as crianças de 3 anos em diante, não foi feita a dose de reforço das crianças acima de 10 anos. É uma situação que não dá para se dizer que é normal. Nós podíamos estar muito mais bem preparados para receber essa nova onda (de covid), para enfrentar nessa nova onda pandêmica que já está presente no País", disse Arthur Chioro, médico sanitarista que compõe o grupo da área da saúde.

Até 31 de dezembro, lembrou o médico, a responsabilidade por fazer aquisição de vacinas e cumprir os contratos é da atual gestão de Jair Bolsonaro. Um encontro com especialistas também está previsto na quinta-feira, 24. "Nós estamos convocando mais de 30 sociedades científicas na quinta-feira pela manhã, para dialogar com a gente exatamente sobre esse tema." O grupo técnico já fez uma solicitação de dados ao Ministério da Saúde e está no aguardo das informações.

A reportagem perguntou ao Ministério da Saúde se já há entendimento com a Pfizer para a aquisição das vacinas bivalentes e o número de doses que a pasta comprará. Não houve retorno.

O governo federal enviou a proposta de orçamento do ano que vem, para o Congresso, com previsão de R$ 8,655 bilhões para aquisição e distribuição de imunobiológicos para prevenção e controle de doenças, o que inclui as vacinas contra a covid-19. O valor é R$ 507 milhões menor do que aquele encaminhado, em 2021, para o projeto de lei orçamentária deste ano.

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'Vamos incluir o Brasil na medicina de precisão', diz Criadora do Genoma do Brasil

À frente da startup Gen-t, que busca aplicar a tecnologia à genética, a professora e pesquisadora Lygia da Veiga Pereira tem em mente uma causa ambiciosa e vital: inserir a população brasileira na era da medicina de precisão - que investiga problemas de saúde a partir da genética e leva a diagnósticos muito mais completos e exatos. Isso passa pelo sequenciamento dos genomas de 200 mil brasileiros. E levará à criação de um banco de genomas "abrasileirado", de uma sociedade que resultou da miscigenação de europeus, indígenas e africanos.

Esse desafio é o "ponto de chegada" de uma longa preparação. Bacharel em Física pela PUC do Rio, Lygia é Ph.D em Genética Humana pela Mount Sinai School of Medicine, de Nova York, e, entre outros trabalhos, ajudou a produzir os primeiros camundongos transgênicos do Brasil em 2001. "A demanda por diversidade, nessa questão dos genomas, tem crescido muito - e o Brasil tem grande contribuição a dar graças à miscigenação, à ancestralidade indígena e africana", ressalta a pesquisadora, lembrando que os bancos de genética europeus e americanos só têm pesquisa sobre populações brancas. A seguir, os principais trechos da conversa de Lygia com Cenários.

Depois de 38 anos aprendendo e ensinando em universidades, você virou empreendedora. Por quê?

Entrei na faculdade em 1984, fiz vestibular, graduação, mestrado, doutorado, sou professora na USP há 26 anos. Todos os nossos projetos de pesquisa são empreendimentos, mas é diferente. Sempre tive vontade de conhecer o mundo da iniciativa privada, onde poderia desenvolver o potencial do projeto Gen-t, que a meu ver pode representar um impacto muito grande para a saúde da população do País. Tem sido uma experiência incrível.

Você começou bem, com apoio de três figuras de peso. Como está o trabalho?

Quem começou acreditando foi o Edu Mufarrej, e achamos isso ótimo. Edu trouxe o Armínio Fraga e o Daniel Goldberg, pessoas que sabem muito sobre ganho financeiro e que pensam o Brasil o tempo inteiro. E o desafio é: como transformar o DNA brasileiro em produto?

Eles têm a resposta?

No mundo desenvolvido a indústria farmacêutica e de biotecnologia já sabe como. No desenvolvimento de medicamentos e testes, sabem utilizar - para produzir a cura - o conhecimento obtido com DNA de algumas populações, mas não de todas. E entender o genoma de diferentes populações é essencial para se saber por que alguns grupos desenvolvem certas doenças e outros não. O desafio que enfrentamos hoje é que 80% dos genomas disponíveis para pesquisa são de pessoas brancas, da Europa e dos Estados Unidos.

Por que isso é importante?

A diversidade de genes pode permitir diagnósticos mais precisos - e o Brasil tem muito a contribuir graças à miscigenação, à ancestralidade indígena e africana. Daí surgiu a ideia da empresa Gen-t - que é a soma de genética com tecnologia.

É coisa do governo ou só da iniciativa privada?

Os dois lados se complementam. O Programa Genomas do Brasil começou privado. Em 2019, o Ministério da Saúde encampou - o então ministro Luiz Mandetta adorou. Há empresas atuando nesse nosso modelo do Gen-t. O desafio, lá fora, é encontrar pessoas de ancestralidade não europeia. É bom lembrar que 50% dos africanos que foram escravizados em seus países vieram para o Brasil, se misturando com europeus e indígenas. Um território farto e inexplorado de genomas. E com isso a gente está começando a incluir a população brasileira na medicina de precisão. Enquanto não conhecermos a genética do brasileiro, não teremos como nos beneficiar das maravilhas dos atuais diagnósticos preditivos. E desperdiçamos recursos públicos por falta de diagnósticos mais precisos.

Pode dar um exemplo prático disso?

A partir dos 40 anos, aumenta o risco de mulheres terem câncer de mama. Daí, elas fazem mamografia todo ano. Com modelos genéticos mais precisos se poderia descobrir que, em muitos casos, esse risco só aparece depois dos 60 ou 70 anos. Que economia de recursos e de tempo poderemos ter, incluindo a nossa população na medicina de precisão.

Nessa luta, como os governos têm tratado a ciência?

Ah, ser cientista no Brasil não é para fracos, não. Eu acho que, enquanto governo e população não entenderem que a ciência é a base do desenvolvimento, não adianta diminuir o imposto da linha branca ou do automóvel. Em termos de ciência, tivemos uma destruição nos últimos quatro anos.

Que conselhos daria ao governo que está entrando?

Para reconstruir tudo é preciso vontade política. Eu sei que temos 33 milhões de pessoas com fome, há tantas demandas urgentes, mas precisamos muito de ter uma base de ciência para o desenvolvimento. Políticas públicas nas áreas social, de energia, de saúde. Eu não acredito em vida inteligente fora do método científico. É tudo questão de vontade política. O Brasil tem suas limitações no desenvolvimento científico não porque seus cérebros sejam menos desenvolvidos. É por falta de vontade política. Gente capacitada temos à beça.

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UOL

Lula quer mais remédios nacionais e corte de impostos para baratear preços

O senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador da área de saúde da equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz que o próximo governo planeja estimular a reindustrialização do setor, fazer uma reforma tributária específica e atrair empresas estrangeiras para investir no país. O senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador da área de saúde da equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz que o próximo governo planeja estimular a reindustrialização do setor, fazer uma reforma tributária específica e atrair empresas estrangeiras para investir no país.

Esse conjunto de mudança visa criar o que ele chama de "complexo econômico-industrial" da saúde. Costa foi ministro da pasta no primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2005, quando implementou o Farmácia Popular, entre outros programas.

Agora, afirma, o objetivo é fomentar a articulação entre os ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Economia para desenvolver o setor.

Brasíl de remédios do exterior: Integrantes da área de saúde dizem que a produção farmacológica no Brasil é altamente dependente do insumo importado; que faltam incentivos ao desenvolvimento da biotecnologia, o que poderia aumentar a eficácia dos remédios e baratear os produtos - em especial para o tratamento de câncer; e que os impostos para medicamentos são altos (cerca de um terço do valor do remédio). Além disso, ainda que o Brasil produza vacinas, a estimativa é que o país importe cerca de 80% do que é usado aqui.

Durante a campanha eleitoral, o Sindusfarma, sindicato que representa a indústria farmacêutica, apresentou uma carta com propostas aos presidenciáveis como a isenção de impostos nas compras públicas de medicamentos, o fim do controle de preços para alguns remédios e um programa para acelerar a entrada de novos medicamentos no país.

Saúde na economia: "A área da saúde é importante no contexto econômico: representa 9% do PIB e 10% da mão de obra formal", diz o senador.

Até o começo de janeiro, o grupo de trabalho no governo de transição vai analisar os dados disponibilizados pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) e preparar um relatório para mapear as primeiras políticas públicas para o início de 2023.

Reindustrialização da saúde: Costa afirma que a pandemia mostrou a necessidade de o país ter indústrias fortes para produzir de equipamentos a vacinas.

"Ficou claro durante a pandemia que o Brasil perdeu a sua autonomia e capacidade de ser autossuficiente em muitos pontos estratégicos", diz o senador.

Segundo ele, a necessidade de estimular os investimentos no setor tem sido discutida entre diferentes grupos e partidos políticos aliados de Lula desde a elaboração do programa de governo durante a campanha.

"Os partidos que compõem a frente entraram no consenso de que essa é uma coisa relevante", afirma.

Falta de insumos na pandemia. A crise da Covid no Brasil foi marcada pela falta de equipamentos de proteção individual (como máscaras) e de insumos para testes e vacinas.

No começo da pandemia em 2020, não havia produtos para atender nem mesmo profissionais da saúde, que chegaram a fazer compras por conta própria.

Em novembro de 2021 o Ministério da Saúde contabilizava cerca de 24,5 milhões de exames realizados desde o início da pandemia - o país tem cerca de 213 milhões de habitantes. A testagem em massa foi repetidamente apontada por especialistas como essencial para controlar a pandemia.

Estímulo governamental: De acordo com o senador, a elaboração de uma política específica para o setor passa por analisar incentivos fiscais, tratamento tributário diferente e desoneração da folha de pagamentos, por exemplo.

"É possível ter um tratamento diferente do ponto de vista da forma de contribuição para a Previdência? O setor não é desonerado da folha", afirma.

"Isso seria dentro de uma reforma tributária para dar um tratamento a esse setor de maneira diferenciada. É possível estimular empresas a investir no norte do país aproveitando a biodiversidade das florestas para a produção de medicamentos", diz o senador.

Propostas do setor: Empresas e associações do setor já apresentaram propostas para a área, afirma Costa. Entre elas, está a isenção tributária de medicamentos e a incorporação de remédios pelo Ministério da Saúde.

O Sindusfarma defende a isenção de impostos dos medicamentos comprados por órgãos públicos sob o argumento de que, com isso, o estado teria capacidade de comprar mais remédios. De acordo com o setor, o Brasil tem uma das mais altas cargas tributárias sobre medicamentos no mundo; enquanto a média mundial é de 6%, no Brasil é de 31,3%.

No entanto, como mostrou o UOL, especialistas afirmam que, apesar de o modelo atual precisar de mudanças, o critério deve ser o do interesse público, e não o da indústria.

Humberto Costa tem avaliação semelhante. "Alguns medicamentos são muito caros, e a eficácia de um em relação ao que já existe às vezes não é tão grande a ponto de justificar que se agregue à lista de medicamentos do SUS. O setor tem propostas e o governo tem que decidir se vale a pena", diz o senador.

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A GAZETA ONLINE

9 erros que você costuma cometer ao se proteger da dengue

Calor e muita chuva: o verão tem a combinação ambiental perfeita para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti - um velho conhecido dos brasileiros, responsável por transmitir não só a dengue como outras arboviroses, como zika e chikungunya.

E existe uma preocupação genuína para o próximo verão, já que o número de pessoa com dengue explodiu em 2022 no país: de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, foram mais de 1,3 milhão de casos entre janeiro e o início de outubro.

O número corresponde a um aumento de 184,6% em relação ao mesmo período do ano passado, que fechou a conta total de casos em cerca de 544 mil.

O dado aumentou a preocupação dos especialistas, que enxergam na chegada do período chuvoso um momento importante para reforçar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito e se proteger da dengue. Mas, na hora de evitar a doença, é comum cometermos alguns equívocos. A seguir, mostramos 9 deles:

1. Não reaplicar o repelente durante o dia

O repelente é uma forma eficaz de manter o mosquito afastado de você. E não reaplicar o produto ao longo do dia é um erro clássico - muito parecido com o que acontece com o filtro solar na praia, que também nos esquecemos de passar novamente e só damos conta disso ao ver as marcas vermelhas no corpo.

No caso do repelente, o intervalo de reaplicação vai depender do ativo utilizado no produto. Os repelentes com icaridina, por exemplo, apresentam uma duração média de 10 horas; já os com IR3535 e DEET são eficazes por até duas horas.

É importante seguir à risca a recomendação do fabricante, que está no rótulo do produto.

2. Aplicar o repelente logo depois do filtro solar

A recomendação é aplicar filtro solar ou qualquer outro tipo de creme no corpo e esperar entre 20 e 30 minutos para aplicar o repelente. Do contrário, ele perde sua eficácia.

Já o contrário é incorreto: com ou sem intervalo de aplicação, usar o filtro solar em cima do repelente vai inativar o produto.

3. Não usar roupas compridas para evitar picadas

Ok, cobrir o corpo no verão pode ser difícil - mas essa é uma forma bastante eficaz de impedir que o mosquito venha picar o corpo, especialmente das crianças. Mas é importante usar calças e camisetas de mangas compridas, especialmente em áreas ao ar livre.

Uma forma de amenizar o calor ao utilizar essas peças é escolher tecidos que deixem a pele respirar e sejam mais frescos, como poliamida.

4. Só aplicar o repelente nas partes expostas do corpo

Sim, é verdade que essas áreas são as mais importantes. No entanto, é recomendado aplicar o repelente também por cima da roupa.

Isso vai evitar que o mosquito venha bisbilhotar seu corpo e evita ainda mais o contato com o bicho. Só não vale aplicar na pele e colocar roupa: aí o repelente perde seu efeito e você vai gastar produto (e dinheiro) à toa.

5. Achar que dengue é uma doença só do verão

Sim, nós falamos que a temporada de chuva e calor é ideal para a proliferação do mosquito. Mas a dengue é uma doença endêmica no Brasil - ou seja, convivemos com ela durante o ano todo, mesmo no outono e no inverno.

Isso acontece porque as pessoas viajam para lugares onde o mosquito não deixa de se procriar, como parques, áreas florestais e lagos, regiões em que o acúmulo de água costuma acontecer o ano todo de forma natural.

A questão é que, no verão, esse processo se intensifica por causa do calor e do maior volume de chuvas. Então, é esperado um aumento na incidência de casos na estação, especialmente na região litorânea, que recebe um grande fluxo de pessoas nesse período do ano.

6. Acreditar que o mosquito só se prolifera em água limpa e parada

Atualmente, já se sabe que a fêmea do Aedes Aegypti também coloca ovos em água suja com areia, terra, folhas e outros detritos - e as larvas podem, sim, crescer nesses locais.

Para o inseto, a água só precisa mesmo estar parada. Rios mais caudalosos, com corredeiras, não são escolhidos para a proliferação do mosquito.

7. Não investir em telas protetoras

Embora o Brasil conviva com arboviroses de forma endêmica, o uso rotineiro de telas do tipo mosquiteiro não é tão disseminado - apesar de ser um jeito bastante efetivo para impedir o acesso de mosquitos e outras pragas dentro de casa.

Os especialistas recomendam, sim, o uso das telas, especialmente durante os meses em que a proliferação do mosquito é grande, já que é uma medida efetiva e barata para reduzir a infecção pela dengue.

8. Acreditar em soluções caseiras para espantar mosquitos

Produtos à base de citronela, cravo e outros vegetais têm uma função limitada quando falamos em proteção. Eles só funcionam em ambientes pequenos, de no máximo dois metros quadrados, sem vento e se usados por um longo período para permitir a saturação do ambiente.

Mesmo assim, não é uma medida vista como eficaz para combater o mosquito. O ideal, mesmo, é investir em repelentes e eliminar criadouros do Aedes.

9. Tomar vitamina B12 para evitar ser picado

De acordo com os especialistas, os estudos disponíveis não conseguiram comprovar a eficácia desse método, embora ele tenha efeito para algumas pessoas. Pesquisadores acreditam que a dose necessária para a tática funcionar seria alta demais, o que não viabilizaria o seu uso.

Fontes: Lina Paola Rodrigues, infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Kaline Maria Nogueira, assessora médica do Centro de Patologia Clínica, do Grupo Fleury, no Rio Grande do Norte; Mauro Cesar Almeida Ferreira, infectologista da Clinica Médica, AmorSaúde Belém Bengui.

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PORTAL G1/GOIÁS

Ministério Público pede à Justiça que mulher com câncer no intestino faça aborto para iniciar tratamento contra a doença

Pedido ressalta que o tratamento oncológico é a única chance de vida para a mulher. Gravidez está no 3º mês e a quimioterapia também pode provocar morte do bebê.

Por Rafael Oliveira, g1 Goiás

O Ministério Público (MP-GO) pediu para a Justiça de Goiás (TJ-GO) autorizar uma mulher de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, a fazer um aborto para iniciar tratamentos de quimioterapia e radioterapia após ser diagnosticada com câncer no intestino.

O nome da paciente não foi divulgado pelo MP. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar sobre o processo até a última atualização desta reportagem. Não há informação se o pedido já foi analisado pela Justiça.

No pedido, o promotor Paulo de Tharso Brondi pede um salvo-conduto para a mulher e a equipe médica fazerem a interrupção da gravidez de 3 meses. Os tratamentos são considerados invasivos e prejudiciais ao feto, podendo provocar a morte e anomalias no bebê.

O promotor de Paulo Brondi relata que a mulher e os médicos decidiram, então, pedir a autorização para o aborto, já que o tratamento é a única chance de vida para a paciente. Só depois do procedimento, ela poderá iniciar a radio e a quimioterapia.

De acordo com o MP, a mulher descobriu a doença e a gestação ao mesmo tempo, ao passar por exames depois de apresentar mau funcionamento do intestino.

Embasamento

Para amparar legalmente o pedido, o promotor usou o princípio da inexigibilidade de conduta diversa, que exclui a culpabilidade, o que significa que não se pode exigir da pessoa em determinada situação uma conduta diferente daquela realizada por ela.

Segundo o promotor, se a paciente prosseguir com a gravidez, o quadro de saúde poderá se agravar por não poder fazer o tratamento indicado pelos médicos.

Paulo Brondi apelou ainda ao fato da paciente possuir outros três filhos pequenos, que dependem dela tanto afetiva quanto financeiramente.

Aborto terapêutico

Como o aborto é considerado crime no Brasil, o promotor argumenta que é que até o terceiro trimestre de gestação, o feto não possui completa formação do sistema nervoso central nem consciência, sendo impossível que ele sobreviva sem o corpo da mãe.

Assim, no entender de Paulo Brondi, o caso se enquadra no chamado "aborto terapêutico", previsto no artigo 128 do Código Penal, no qual a retirada do feto é legalmente autorizada desde que seja imprescindível para salvar a vida da gestante.

O promotor citou também no pedido casos semelhantes em que o Tribunal de Justiça de Goiás permitiu a interrupção de gestação para que outras pacientes pudessem realizar tratamento oncológico.

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A REDAÇÃO

Técnica permite que mãe retire o bebê do próprio útero durante cesárea

Como muitas mulheres, a goiana Thatyelle Franco de Andrade Bonfim sonhou  em ter o parto normal. No entanto, por razões médicas, em setembro teve de ser submetida a uma cesárea. É justamente por esse tipo de caso, ocorrido em Goiânia, que a Cesárea Assistida pela mãe (Mother Assisted Cesarean) vem ganhando espaço no Brasil.

A cesárea assistida tem o objetivo de devolver o protagonismo para a mãe, atendendo o desejo de ser ela a primeira pessoa a receber seu bebê. Essa técnica consiste em permitir que a mãe, após devidamente paramentada, retire seu bebê de dentro da barriga e o leve diretamente para seu colo.

“Quando a Antônia nasceu, veio direto para o meu peito, pele a pele desde o primeiro minuto. Foi o momento mais lindo da minha vida, com tudo registrado. As fotos falam por si”, explica Thatyelle.

Segundo a obstetra, Dra. Mariana Costa Borges, essa técnica permite que a paciente se conecte imediatamente com seu bebê. “Realizada de maneira adequada, esse modelo de cesárea é segura e ainda garante a humanização que hoje é, de fato, a maior preocupação para gestante”, afirma.
 

Registros

Assim como no caso de Thatyelle, a fotografia de parto registra um dos momentos mais importantes: a chegada de uma vida ao mundo. Ainda que se espere 9 meses para o nascimento, e algumas horas de trabalho de parto, a chegada do bebê, propriamente dita, acontece em pouquíssimos segundos. Por isso, a emoção acaba sendo tão grande que o pai ou acompanhante não consegue registrar. 

Segundo Samara Christtiny, fotógrafa especializada em parto, os bastidores de parto em tempo real “ajudam a gestante a entender o que acontece durante todo o processo que antecede a chegada do seu bebê”, explica.

A fotografia de parto não registra apenas o momento exato que a criança é retirada, mas o antes e depois. Assim, mais do que simplesmente ter fotos de como foi o parto, terá o registro fiel de todas as emoções e momentos únicos que foram vividos naquele dia.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 22 Novembro 2022 08:23

CLIPPING AHPACEG 22/11/22

Escrito por

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DESTAQUE

Anvisa autoriza Remdesivir para uso pediátrico contra a covid-19

Anvisa aprova venda de Paxlovid para tratar Covid-19

Assembleia Legislativa fará audiência para debater benefícios da cannabis terapêutica

Mais de 2,5 milhões de moradores ainda não receberam o primeiro reforço contra a Covid-19 em Goiás, diz Ministério da Saúde

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AGÊNCIA BRASIL

Anvisa autoriza Remdesivir para uso pediátrico contra a covid-19

Medicamento é de uso hospitalar | 21.11.22 - 21:22

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (21/11) a ampliação do uso do medicamento remdesivir, vendido no Brasil pelo nome comercial Veklury, para tratamento pediátrico contra a covid-19.
 
Agora, o medicamento poderá ser usado por bebês e crianças a partir de 28 dias e peso igual ou superior a 3 kg, que tenham pneumonia e requerem administração suplementar de oxigênio (oxigênio de baixo ou alto fluxo ou outra ventilação não invasiva no início do tratamento). Crianças pesando 40 kg ou menos, sem necessidade de administração suplementar de oxigênio, mas que apresentam risco aumentado de progredir para covid-19 grave, também poderão fazer o tratamento com o remdesivir.
 
O produto é um antiviral injetável, de uso hospitalar,?produzido no formato de pó para diluição,?em frascos de 100 mg, segundo a Anvisa.?O antiviral recebeu registro da Anvisa em março de 2021 e, desde então, vem tendo seu uso expandido entre pacientes adultos e adolescentes em casos de covid-19. A substância age impedindo a replicação do coronavírus no organismo, diminuindo o processo de infecção. Cerca de 50 países já autorizam o uso do medicamento.

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Anvisa aprova venda de Paxlovid para tratar Covid-19

A decisão “levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como EUA

A venda do Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), utilizado no tratamento da Covid-19, para farmácias e hospitais particulares do país foi aprovada, hoje (21), em Brasília, por unanimidade, pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa).

A decisão “levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos e Canadá", informou a Anvisa, em nota. O texto acrescenta que "a medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”.

A agência autoriza o fornecimento do medicamento para o mercado privado, com a rotulagem e bula em português de Portugal e em espanhol. A agência também aprovou a ampliação da validade do medicamento de 12 meses para 18 meses.

A venda em farmácias deve ser feita sob prescrição médica, com dispensa e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento. A autorização da Anvisa prevê ainda que o fabricante deve manter e priorizar o abastecimento para o programa do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da Covid-19, visto que o remédio deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas da doença.

“O diagnóstico precoce e o tratamento ambulatorial, quando necessários, são importantes para evitar a progressão da doença para casos graves”, afirmou a diretora. Ela reiterou que o tratamento não substitui a vacinação, que “continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos”, acrescentou Meiruze.  

O Paxlovid, usado no tratamento da Covid-19, teve seu uso emergencial aprovado no Brasil em 30 de março deste ano. Composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos, o medicamento é indicado para o tratamento da doença em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid-19 grave. O medicamento é de uso adulto, com venda sob prescrição médica.

Como usar

O Paxlovid é composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados juntos, que também devem ser administrados juntos. A posologia recomendada é de 300 mg de nirmatrelvir (dois comprimidos de 150 mg) com 100 mg de ritonavir (um comprimido de 100 mg), todos tomados juntos por via oral, duas vezes ao dia, durante cinco dias. O medicamento deve ser administrado, assim que possível, após o resultado positivo do teste diagnóstico para o Sars-CoV-2 e avaliação médica, e no prazo de cinco dias após o início dos sintomas.

Orientação

O medicamento deve ser dispensado exclusivamente pelo farmacêutico, que deve informar ao usuário que o remédio é de uso individual e exclusivo ao paciente que passou por avaliação médica e que recebeu a prescrição.

Portanto, o Paxlovid não deve ser usado por pessoas sem a devida avaliação médica. Cumpre ao farmacêutico também proceder as demais orientações quanto à posologia, ao modo de uso e interações, ou seja, informações quanto ao uso correto do medicamento.

Restrições

Segundo a Anvisa, o Paxlovid não está autorizado para tratamento de pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da Covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.  O remédio não está autorizado para uso por mais de cinco dias.

Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o tratamento com o medicamento e, como medida preventiva, até sete dias após o término do tratamento. O Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.

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O HOJE

Assembleia Legislativa fará audiência para debater benefícios da cannabis terapêutica

A audiência foi solicitada pela Associação SouCannabis e vai debater os benefícios da cannabis terapêutica no tratamento de doenças

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) promove na próxima quarta-feira (23/11) uma Audiência Pública para debater os benefícios da cannabis terapêutica no tratamento de doenças. A audiência foi solicitada pela Associação SouCannabis e também abordará os avanços científicos, jurídicos, legislativos, econômicos e regulatórios dos medicamentos à base de cannabidiol (CBD).

O evento foi intermediado pelo vereador Lucas Kitão (PSD), que tem sido apoiador da causa. Na Câmara Municipal, o vereador foi autor da Lei nº 10.611 de 2021, que dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos prescritos à base de cannabis medicinal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Goiânia.

Kitão também propôs a inclusão do dia 27 de novembro como Dia da Cannabis Medicinal em Goiânia e o projeto de lei nº 848/2021, que trata do incentivo às pesquisas com cannabis terapêutica.

O evento ainda terá o apoio da Associação Ágape Medicinal, do Instituto Arandu, da Associação Curando Ivo e do deputado estadual Lucas Calil (MDB), que requisitou o espaço na Alego. Eles atenderam ao pedido da associação, para realização do evento.

Serão oito painéis durante a sessão na Assembleia Legislativa para debater a cannabis medicinal com profissionais da saúde, advogados, representantes do Ministério Público, da Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de pacientes, cuidadores e especialistas no assunto.

‘’Será uma oportunidade para debater os benefícios da cannabis terapêutica e a importância desse medicamento que salva vidas. Há diversas doenças que são tratadas com medicamentos prescritos à base de cannabis, desde transtornos do espectro autista até a depressão, a ansiedade e a esclerose múltipla, resultando na melhora da qualidade de vida desses pacientes, por isso é preciso acabar com esse preconceito”, avalia Kitão.

Programação

8:30 – Abertura e Boas Vindas
9:00 – Aspectos Políticos – Quais os avanços legislativos
9:30 – Aspectos Jurídicos – Quais os avanços no judiciário
10:00 – Avanços Científicos – O que a ciência e os resultados clínicos comprovam
10:30 – Aspectos Econômicos – O potencial da cannabis para a economia
11:00 – Depoimentos – Relatos de pacientes
11:30 – Modelo Associativo – O que são as associações de cannabis e como trabalham
12:00 – Aspectos Regulatórios – Como a Anvisa atua

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PORTAL G1

Mais de 2,5 milhões de moradores ainda não receberam o primeiro reforço contra a Covid-19 em Goiás, diz Ministério da Saúde

Além disso, cerca de 1 milhão de goianos estão com a segunda dose de reforço atrasada, segundo MS. Estado tem mais de 1,7 milhão de casos confirmados e 27,5 mil mortes pela doença; veja locais de vacinação.

Por Danielle Oliveira, g1 Goiás

O Ministério da Saúde (MS) divulgou que mais de 2,5 milhões de moradores ainda não receberam o primeiro reforço de vacinas contra a Covid-19 em Goiás. Além disso, segundo o MS, cerca de 1 milhão de goianos estão com a segunda dose de reforço atrasada. Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o estado tem mais de 1.739.466 casos confirmados de Covid e 27.595 mortes pela doença.

Em nota, a SES-GO informou que mais de 900 postos vacinam moradores em todo o estado e que desenvolve uma série de iniciativas para incentivar a vacinação, mas que o maior desafio na imunização contra a Covid-19 em Goiás é completar os esquemas vacinais (veja a íntegra da nota ao fim do texto).

Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (17). Conforme a pasta, completar o ciclo vacinal contra a Covid-19 é a melhor forma de se proteger contra o agravamento da doença.

A primeira dose de reforço é recomendada para pessoas com mais de 12 anos de idade e deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. Já a segunda dose de reforço é indicada para a população acima de 40 anos e trabalhadores da saúde. Apesar disso, Goiás aplica o segundo reforço já em pessoas acima de 30 anos, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos.

O Ministério da Saúde esclareceu que, quem começou o esquema vacinal com a dose única da Janssen, deve tomar o reforço da seguinte forma: três reforços para pessoas com idade igual ou maior que 40 anos; e dois reforços para pessoas de 18 a 39 anos.

Covid-19 em Goiás

De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, no sábado (19), Goiás tinha 1.739.466 casos confirmados de Covid-19 e 27.595 mortes pela doença.

Já na capital, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, são 437.868 casos confirmados e 7.926 mortes por Covid-19 até o último sábado.

Vacinação na Grande Goiânia

Em Goiânia, a imunização acontece em 72 salas de vacinação. Já em Aparecida de Goiânia, moradores podem se vacinar em 36 locais (veja todos os locais abaixo).

Goiânia

Veja locais de vacinação para crianças a partir de 3 anos e adultos

Bebês de 6 meses a crianças de 3 anos:

Centro Municipal de Vacinação (CMV): De segunda à sexta, das 8h às 17h;

Ciams Urias Magalhães: De segunda à sexta, das 8h às 17h;

Cais Goiá: De segunda à sexta, das 8h às 17h;

Unidade de Saúde da Família (USF) São Carlos: De segunda à sexta, das 8h às 17h.

Aparecida de Goiânia

Bebês de 6 meses a crianças de 3 anos:

Central de Imunização: de segunda a sexta, das 8h às 18h

UBS Cruzeiro do Sul: de segunda a sexta, das 8h às 16h

UBS Santa Luzia: de segunda a sexta, das 8h às 16h

UBS Bairro Cardoso: de segunda a sexta, das 8h às 16h

UBS Veiga Jardim: de segunda a sexta, das 8h às 16h

UBS Bandeirantes: de segunda a sexta, das 8h às 16h

Maternidade Marlene Teixeira: de segunda a sexta, das 8h às 18h

Para crianças a partir de 3 anos e adultos

UBS Andrade Reis

UBS Colina Azul

UBS Jardim Riviera

UBS Jardim Florença

UBS Tiradentes

UBS Veiga Jardim

UBS Papillon Park

UBS Mansões Paraíso

UBS Bairro Hilda

UBS Cruzeiro do Sul

UBS Bairro Cardoso

UBS Delfiore

UBS Madre Germana

UBS Jardim dos Ipês

UBS Alto Paraíso

UBS Bandeirantes

UBS Caraíbas

UBS Garavelo Park

UBS Buriti Sereno

UBS Campos Elísios

UBS Bairro Independência

UBS Boa Esperança

UBS Anhambi

UBS Rosa dos Ventos

UBS Jardim Paraíso

UBS Jardim Olímpico

UBS Parque Trindade

UBS Santa Luzia

UBS Bela vista

UBS Jardim dos Buritis

UBS Nova Olinda

UBS Cândido de Queiroz

UBS Vila São Pedro

UBS Santo André

Central de Imunização

Maternidade Marlene Teixeira

Íntegra da nota da SES-GO:

"A propósito das questões formuladas por este veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa o que se segue:

- Ressaltamos que o maior desafio hoje na vacinação contra a Covid-19 no nosso Estado é completar os esquemas vacinais. No Estado de Goiás Os números da SES-GO revelam que 2.482.037pessoas não tomaram a dose de reforço. Outras 1.014.220 não procuraram os postos para a aplicação do segundo reforço (DR2)

- A SES-GO desenvolve uma série de iniciativas com o objetivo de incentivar a população a completar o esquema de vacinação contra a Covid-19. Entre tais estratégias destacam-se o alerta e o repasse de informações, por meio dos veículos de comunicação, sobre a importância de completar o esquema vacinal para prevenção de casos graves de Covid-19.

- A SES-GO informa continuamente que a vacinação é realizada em mais de 900 postos de vacina instalados em todos os municípios goianos.

- Constitui uma das principais medidas efetivadas pela SES-GO a atualização continuada de gestores e profissionais das Secretarias Municipais de Saúde responsáveis pela operacionalização da vacinação.

- Além disso, a SES-GO disponibiliza aos municípios, de forma continuada, as doses das vacinas contra a covid-19, de laboratórios diferentes, para a efetivação da vacinação".

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O GLOBO

Aumento de doenças respiratórias em crianças: quando tratar em casa ou levar para o hospital?

Em meio à alta fora de época de infecções respiratórias em crianças, muitos pais compartilham dúvidas semelhantes em relação a quando é preciso levar o filho à emergência e como cuidar do pequeno em casa. Especialistas ouvidos pelo GLOBO esclarecem que a maioria dos quadros costuma ser leve e se resolver apenas com estratégias como repouso e hidratação, porém destacam que o crescimento de internações e a nova onda do coronavírus demandam uma atenção redobrada.

Segundo informações do sistema InfoGripe da Fiocruz, que utiliza dados do Ministério da Saúde, até novembro o Brasil registrou cerca de 92 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de 0 a 11 anos, um aumento de 31,7% em relação ao mesmo período de 2021, quando esse total era de aproximadamente 70 mil - tendência que vai na contramão de faixas etárias mais elevadas, que vivem uma queda em comparação ao ano passado.

As SRAGs são síndromes respiratórias associadas a uma série de vírus, como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que causa bronquiolite em crianças, o Influenza (gripe) e o novo coronavírus (Covid-19). A subida simultânea dos três patógenos tem sido chamada inclusive de "tripledemia", e foi motivo de um alerta recente da Organização Pan-Americana de Saúde.

Isso porque, embora o país esteja caminhando para o verão, temporada que não costumava ser favorável para disseminação de vírus respiratórios, especialistas têm relatado um aumento de casos nos consultórios e hospitais, movimento semelhante ao registrado ano passado e que tem sido apontado também pelos números do InfoGripe.

- Esse ano foi totalmente extraordinário. Houve realmente um embaralhamento da sazonalidade desses vírus que normalmente acontecem no primeiro semestre. Teve uma melhora no início da primavera, mas agora estamos vendo piorar de novo. Estamos vendo a Covid voltar, mas também o VSR e Influenza, surtos totalmente atípicos. Então é muito importante estarmos em alerta para as complicações - afirma o pediatra e médico sanitarista do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniel Becker.

Essa incidência de SRAG nas crianças é significativamente maior entre os bebês de 0 a 4 anos, que representam 81,5% de todos os casos até 11 anos. Um dos receios dos especialistas é justamente pela vacina para Covid-19 estar elegível nesta faixa etária apenas para aqueles com comorbidades. Eles reforçam a importância dos imunizantes para prevenir esses agravamentos.

- Nós temos vacinas para o Influenza e a Covid-19. Embora estejamos extremamente atrasados em relação à Covid, é preciso cobrar que a vacinação avance o quanto antes para todos os grupos. E quem não tomou a vacina da gripe, precisa tomar o quanto antes também. Isso com ou sem surtos da doença, é preciso sempre estar em dia com a vacinação - orienta o pediatra e infectologia Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Os especialistas avaliam que esse crescimento das SRAGs exclusivo em crianças acontece porque pessoas mais velhas não sofrem um impacto tão significativo pelo VSR, já que foram em grande parte contaminados na infância, mas principalmente por já estarem vacinados há cerca de um ano para a Covid-19, principal infecção respiratória no país hoje. Entre aqueles de 40 a 59 anos, por exemplo, os casos de SRAG despencaram 91,3% de 2021 para 2022, saindo de aproximadamente 364 mil registros no ano passado para 31 mil registros neste ano.

Síndromes respiratórias crescem em crianças Na contramão de faixas etárias mais elevadas, números do InfoGripe mostram que casos cresceram 31,7% entre 0 e 11 anos Fonte: InfoGripe / Fiocruz (Até a 45º semana epidemiológica de 2020, 2021 e 2022) Abaixo, os especialistas explicam quais os sinais de infecções respiratórias aos quais os pais devem estar atentos, quando é o momento de levar a criança à emergência e orientam maneiras de cuidar dos casos leves em casa e prevenir o surgimento de novas contaminações.

Quando é hora de levar à emergência?

O pediatra e infectologista do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, Daniel Jarovsky, assessor médico de Imunizações do Grupo Fleury, explica que os sintomas para todos os vírus são semelhantes, envolvendo tosse, nariz escorrendo, espirro e febre. Ele orienta que no geral os casos podem ser tratados em casa, mas o sinal de alerta deve ser acendido principalmente em relação à duração da febre e à presença de queixas respiratórias.

- É sempre importante compartilhar o quadro com o pediatra. Quando a febre extrapola três dias, especialmente se ela não cessa, não tem uma indicação de diminuição ou de um aumento do intervalo entre os episódios, é o momento de procurar o médico ou a emergência. Qualquer sinal de desconforto respiratório, como dificuldade em respirar, ou se a criança ficar prostrada na ausência da febre, também é o caso de procurar o atendimento - diz o especialista.

Becker, da UFRJ, reforça ainda que, para as crianças com doenças crônicas ou quadros de imunossupressão, a atenção tem que ser redobrada e essa procura pode ser ainda nos primeiros dias de febre. Ele explica que o agravamento das infecções é causado por complicações da infecção viral, e que mesmo se o pequeno apresentar uma melhora é importante monitorar os dias seguintes.

- Pode acontecer de a criança melhorar e dois dias depois a febre voltar alta, ela ficar mais abatida, e o catarro ficar mais espesso. Esse pode ser um caso de otite ou sinusite, que são complicações bacterianas das infecções virais e devem ser acompanhadas pelo médico - afirma o pediatra.

Como cuidar em casa?

Os especialistas destacam que independentemente do vírus, as infecções são tratadas da mesma forma e, na maioria dos casos, se resolve em casa apenas com alguns cuidados a mais. O primeiro deles é garantir a hidratação da criança, lembrando que é papel dos responsáveis oferecer regularmente o líquido.

- A criança precisa estar muito bem hidratada. Os pais esquecem que criança não pede água, quando pede já está desidratada. Então tem que oferecer água, de meia em meia hora. Isso vai melhorar a capacidade dela de combater o vírus e ajudar a dissolver o catarro, que quando acumulado é o que causa as complicações - orienta Becker.

Os pediatras afirmam que outras estratégias para dissolver o catarro e liberar as vias respiratórias também são muito importantes. É o caso da lavagem nasal, que deve ser feita com soro fisiológico morno com seringas, garrafinhas de alto volume ou outros itens destinados ao procedimento.

Além disso, a nebulização e a vaporização também ajudam a diminuir a secreção das crianças. Embora a nebulização com soro fisiológico demande o aparelho específico para isso, a vaporização pode ser feita apenas ao deixar o pequeno respirando o vapor da água quente no banheiro.

A alimentação natural, especialmente com sopas que também emitem um vapor e dissolvem o catarro, é outro ponto apontado pelos pediatras para reforçar a imunidade frente à infecção. Eles também recomendam que as janelas sejam mantidas abertas e o ambiente ventilado.

Como prevenir os casos?

Há algumas formas de prevenir uma infecção viral em meio a uma alta. A mais importante dela, ressaltam os pediatras, é manter a vacinação para a gripe e a Covid-19 em dia. O imunizante contra o Influenza é oferecido para crianças de até 5 anos nos postos de saúde, porém com o fim da campanha nacional há unidades que estendem as doses remanescentes para faixas etárias mais elevadas. Além disso, se possível e não houver oferta na rede pública, Kfouri, da SBP, indica que os pais vacinem as crianças mais velhas na rede privada.

Já a proteção para a Covid-19 está disponível no Brasil para todas as crianças a partir de 3 anos, e para as acima de 6 meses que tenham comorbidades. No entanto, a SBP, assim como outras entidades médicas e os especialistas ouvidos pelo GLOBO, pedem que o Ministério da Saúde estenda o aval para todos os bebês, uma vez que as evidências científicas apontam para a redução significativa de casos graves entre os vacinados.

- Além disso, brincar é um antídoto para o estresse que as crianças também vivem. Dormir bem, estar em contato com a natureza, ter uma alimentação natural. Tudo isso é muito importante para manter a imunidade forte - acrescenta Becker.

Jarovsky destaca ainda que, em caso de a criança estar com uma infecção respiratória, é importante que os pais avisem à escola e a mantenham em casa, de modo a evitar a transmissão e evitar que outros alunos sejam contaminados.

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FOLHA DE S.PAULO

Vacinação acelerada teria evitado 47 mil mortes

Mais de 105 mil hospitalizações também seriam impedidas; mesmo assim, imunizante reduziu óbitos e complicações

Samuel Fernandes

Um novo estudo brasileiro concluiu que cerca de 58 mil pessoas com mais de 60 anos não morreram por Covid-19 por conta da vacinação ocorrida nos primeiros meses da campanha, entre janeiro e agosto de 2021. O número, porém, poderia ser maior: se o início da imunização estivesse no mesmo ritmo verificado oito semanas depois, outras 47 mil vidas seriam poupadas.

O efeito da vacina em quadros graves da doença nos idosos também foi analisado pela pesquisa publicada nesta segunda (21) na revista Lancet Regional Health Américas. Segundo as estimativas, 167 mil deixaram de ser hospitalizados graças aos faramos.

No entanto esse número poderia subir para cerca de 272 mil com a aplicação de doses dos imunizantes no nível observado oito semanas após o início da vacinação.

Para Leonardo Ferreira, primeiro autor do artigo e pesquisador do IFT (Instituto de Física Teórica) da Unesp, o estudo mostra que, mesmo com percalços, a vacinação foi considerável para conter fatalidades por Covid

"Se tivéssemos feito mais rapidamente e de forma mais organizada, teríamos reduzido mais ainda", afirmou.

A vacinação contra a Covid-19 no Brasil começou em janeiro, período simultâneo ao início das infecções associadas à variante gama. A campanha, no entanto, só vacinação contra Covid-19 reduziu mortes e internações entre janeiro e agosto de 2021 nos maiores de 60 anos, mas salvaria mais vidas se começasse acelerada tração nos meses posteriores, resultando em um impacto pequeno na redução de mortes e internações causadas por essa cepa.

Segundo os autores, a imunização no Brasil teve um papel decisivo contra fatalidades a partir de maio, durante a onda da variante delta.

Por isso, a aplicação mais acelerada no início da campanha representaria uma queda nos quadros críticos da doença antes do que foi visto.

Mas, para chegar a esse dado, o impacto da vacinação contra o coronavírus da forma como foi realizada entre janeiro e agosto foi comparada com um cenário em que não tivesse aplicação de doses. Então, os pesquisadores observaram o quanto a vacina diminuiu as mortes e as internações por Covid-19 em idosos.

Além disso, dois cenários hipotéticos em que a vacinação teria níveis mais rápidos foram considerados. No primeiro, a quantidade de doses aplicadas no começo da campanha seria semelhante ao que foi verificado somente quatro semanas depois. Já o segundo cenário contava com o nível de aplicações de oito semanas posteriores já no início da vacinação.

De forma parecida, esses cenários foram comparados com aqueles em que não houve vacinação e também com os números de mortes e hospitalizações evitadas com a campanha da forma como ela ocorreu.

Foi a partir dessas comparações que a pesquisa concluiu o montante de mortes (47 mil) e de quadros graves (105 mil) que não seriam registrados caso a aplicação dos faramos ocorresse de forma mais ágil.

Ferreira disse que o Brasil tinha capacidade para aumentar a taxa diária de imunizados. O pesquisador cita que, no começo da campanha, cerca de 100 mil doses foram aplica das por dia.

O país, porém, já tem um histórico de aplicações diárias de 1 milhão de doses. A própria campanha contra a Covid depois contou com números dessa ordem.

"O que limitou nossa capacidade de vacinação foi a pouca procura de vacina por parte do governo federal", afirmou.

Segundo ele, o governo poderia ter colaborado com o Instituto Butantan para a aquisição de mais doses da Coronavac. Outra saída seria comprar com maior velocidade outros fármaeos, como da Pfizer.

Embora a vacinação contra a Covid tenha aumentado, o cenário gera preocupação pelo aparecimento de novas subvariantes da ômicron. Uma delas, a BQ.i, está associada com aumento de casos da doença em vários países, como o Brasil.

Vacinas de modelo bivalente - que contém a cepa original e a ômicron- já são aplicadas nos EUA, Canadá e Europa. Os fármaeos atualizados registram maior eficácia para harari novos casos da doença por serem formulados com as subvariantes BA.i e BA.5 (da ômicron), as duas formas do vírus hoje com maior circulação.

O Brasil, no entanto, ainda não conta com os imunizantes. A previsão é que isso pode ocorrer só em 2023, atrasando a atualização do calendário vacinai - algo que preocupa Ferreira. "Agente está repetindo os mesmos erros que fizemos há um ano e meio."

No estudo que assina, observou-se que o retorno econômico com a redução de mortes e hospitalizações por vacina eram basicamente o mesmo dos castos da compra do imunizante. A vantagem, no entanto, pende para os imunizantes por evitarem fatalidades e reduzirem casos de sequelas por Covid-19.

A conclusão, para o pesquisador, é óbvia: "Não tem motivo para não comprar vacina."

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PORTAL BOL

Planos de saúde crescem no último ano; saiba escolher o melhor para você

Os planos de saúde ultrapassaram os 50 milhões de usuários em setembro deste ano, de acordo com a ANS (Agência Nacional do Seguro Social), marca que não era atingida desde março de 2015.

Com muitas opções disponíveis no mercado, o consumidor precisa prestar atenção em vários detalhes antes de contratar um plano de saúde. É importante saber como funciona o reajuste anual e por faixa etária e qual a rede credenciada, por exemplo. Veja as dicas a seguir para fazer uma boa escolha.

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Entenda o reajuste do seu plano: Os planos individuais têm o reajuste anual definido pela ANS, que estipula um percentual máximo que as operadoras podem cobrar de reajuste. Os planos coletivos por adesão e empresariais têm reajustes determinados pelas próprias operadoras.

Na maioria das vezes, consideram a inflação do período e o índice de sinistralidade, que é uma taxa que mede o uso do plano por todos os usuários do grupo.

Além do reajuste anual, todos os planos têm o reajuste por faixa etária. Quando o consumidor fica mais velho, sofre um reajuste. Hoje são dez faixas de reajuste:

De zero a 18 anosDe 19 a 23 anosDe 24 a 28 anosDe 29 a 33 anosDe 34 a 38 anosDe 39 a 43 anosDe 44 a 48 anosDe 49 a 53 anosDe 54 a 58 anosDe 59 anos ou mais

Depois dos 59 anos, nenhuma operadora pode aplicar reajuste por faixa etária aos usuários. A ANS diz que o valor da mensalidade da última faixa etária não pode ser seis vezes maior que o valor da primeira faixa.

A advogada especialista em direito à saúde Giselle Tapai diz que na hora de contratar o plano é preciso perguntar quais foram os reajustes anteriores --principalmente em períodos pré-pandemia, já que em 2021 os planos ficaram mais baratos, com reajuste de -8,19%, e em 2022 bateram recorde com 15,5% de aumento.

O reajuste é feito anualmente no mês de contratação do plano de saúde, que é a chamada data de aniversário do contrato.

Pesquise sobre a rede credenciada: Apesar de o preço ser importante, ele não pode ser o único motivo para levar o consumidor a contratar o plano de saúde. O consumidor precisa analisar a rede credenciada, ou seja, quais são os hospitais, clínicas e laboratórios que ele poderá utilizar quando precisar.

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) afirma que todas as operadoras são obrigadas a apresentar as informações sobre a rede credenciada dos planos em seus sites e comunicar os consumidores qualquer mudança que haja no plano depois da contratação.

Qual a nota do plano? A ANS disponibiliza um serviço para que o consumidor possa ver o IDSS (Índice de Desempenho da Saúde Suplementar), que é uma nota que mostra o desempenho da operadora. O indicador varia de zero a um. As operadoras com nota um são consideradas as melhores.

Para consultar a nota de uma operadora, acesse o site. O consumidor pode preencher um dos três campos: registro da operadora da ANS, nome da empresa ou CNPJ da operadora.

Clique em consultar e veja a nota da operadora escolhida.

Quais os tipos de plano disponíveis? São três tipos de planos de saúde: individual, coletivo por adesão ou coletivo empresarial.

O primeiro é o plano que a pessoa física consegue contratar sem nenhum tipo de vínculo empregatício ou de classe, mas ele está em falta no mercado. Como o reajuste é determinado pela ANS, as operadoras deixaram de oferecer essa opção.

O coletivo por adesão é aquele em que consumidor pode contratar ao se associar a alguma entidade de classe.

O empresarial é o oferecido pela empresa em que a pessoa trabalha.

Nos planos coletivos, existe também a coparticipação, que é uma cobrança feita com base no uso do consumidor. Normalmente a mensalidade é mais baixa nesses casos, de acordo com o Idec, e são feitas cobranças adicionais a medida que o consumidor usa a rede credenciada.

O Idec afirma que os custos adicionais de cada serviço variam de uma operadora para outra e de acordo com o plano contratado.

Os valores podem ser fixos por tipo de serviço ou um percentual. No caso de internação, a coparticipação deve ser um valor fixo.

O Idec diz que a dica é estudar se essa modalidade vale a pena levando em consideração o uso que o consumidor faz do plano de saúde.

Para idosos e pacientes com doenças crônicas, por exemplo, pode não ser interessante, já que a tendência é que essas pessoas usem mais o plano.

Como funciona a carência? Quando o consumidor contrata um plano de saúde, ele está sujeito à carência, que é um período em que não é possível usar alguns serviços específicos.

A carência é de 24 horas para urgência ou emergência, 10 meses para parto, seis meses para procedimentos gerais, como consultas, exames e internações, e 24 meses para procedimentos relacionados a doenças preexistentes.

Quem já tem um plano e quer trocar para outro sem precisar cumprir as carências pode solicitar a portabilidade.

O que é a portabilidade? Na prática, permite ao consumidor trocar de plano de saúde sem precisar cumprir as carências. Mas não é todo mundo que tem direito, há algumas regras:

O plano atual deve ter sido contratado depois de 1º de janeiro de 1999 ou ter sido adaptado à Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98)O contrato deve estar ativo, ou seja, o plano atual não pode estar canceladoO beneficiário deve estar em dia com o pagamento das mensalidadesO beneficiário deve cumprir o prazo mínimo de permanência no plano. Na primeira portabilidade, são dois anos no plano de origem ou três se tiver cumprido a cobertura parcial temporária para uma doença ou lesão. Na segunda portabilidade, o prazo de permanência exigido é de pelo menos 1 ano ou 2 anos caso tenha feito portabilidade para o plano atual com coberturas não previstas no plano anteriorO plano de destino deve ter preço compatível com o seu plano atual

Os documentos necessários para a portabilidade são os comprovantes de pagamento das três últimas mensalidades, comprovante do prazo de permanência no plano, relatório de compatibilidade entre os planos (emitidos pelo Guia ANS de Planos de Saúde).

Se o plano de destino for coletivo, deve apresentar o comprovante de que está apto para ingressar no plano.

Um ponto importante é que a compatibilidade considera o preço inicial de contratação do plano ou seja, desconsidera os reajustes aplicados ao longo do tempo. Isso ajuda a aumentar a quantidade de planos que podem ser compatíveis na hora da portabilidade.

Possibilidade de reembolso: Tapai diz que o consumidor precisa prestar atenção se existe a possibilidade de reembolso no plano selecionado, principalmente se a pessoa já faz algum tipo de acompanhamento que precisa de reembolso médico.

Consumidor não pode mentir: Na hora de contratar um plano de saúde, o consumidor precisa informar se já tem alguma doença preexistente. Tapai diz que mentir nessa hora pode impactar a cobertura do plano no futuro caso a empresa descubra a mentira.

Nesses casos, o consumidor pode ter problemas com o atendimento e não terá o amparo da Justiça por ter mentido.

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Assessoria de Comunicação  

Segunda, 21 Novembro 2022 10:54

CLIPPING AHPACEG 19 A 21/11/22

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Cepas não tendem a modificar muito os sintomas da covid-19, mas o perfil da doença mudou depois da Ômicron

Você já deve ter percebido que as queixas de perda de olfato e paladar diminuíram entre as pessoas infectadas pela Covid-19. Tão comuns no início da pandemia, esses sintomas parecem ter sido substituídos pela dor de garganta. E isso não é apenas uma impressão. Os sintomas realmente têm mudado, e essa transformação tem relação direta com as variantes.

No caso da Ômicron, há ainda as subvariantes. Elas são mutações que têm variações pequenas que não chegam a ser classificadas como variantes de preocupação, mas são capazes de suplantar umas às outras. São elas: BA.1, BA.2, BA.3, BA.4 e BA.5.

Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo explica que não existe, por exemplo, Delta 1, Delta 2, Delta 3, mas várias subvariantes da cepa que não conseguiram suplantar a sua circulação. “Essa é uma característica que só aconteceu com a Ômicron. Hoje, temos pouca circulação da BA.1, mas vários surtos causados pela BA.4 e BA.5 no mundo inteiro”, detalha o infectologista.

Outra transformação trazida pela Ômicron está relacionada à manifestação da Covid-19. Segundo o médico, é difícil avaliar os sintomas causados por cada variante, porque podem ocorrer misturas e reações diferentes em cada pessoa. Mas algumas queixas habituais no início da pandemia já não estão sendo apresentadas por quem se contaminou com a Ômicron.

“Entre as variantes anteriores [Alfa, Beta, Gama e Delta], as diferenças eram pouco marcantes. Com a Ômicron, a gente vê uma diminuição dos eventos de perda de olfato e paladar e um aumento de dor de garganta e sintomas respiratórios, como obstrução nasal e coriza”, afirma o presidente da SBI.

Os sintomas de cada variante

De forma geral, os sintomas mais comuns da covid-19 são febre, tosse seca e cansaço. Podem ocorrer ainda perda de olfato e paladar, dor de cabeça, garganta inflamada, olhos vermelhos ou irritados, diarreia, entre outros. Nos casos mais graves, há dificuldade para respirar, confusão mental, dor no peito e perda de fala ou mobilidade.

Ainda que muito semelhantes, é possível identificar os sintomas de maior predominância em cada uma das cinco variantes de preocupação. A partir da chegada da Delta prevalecem os sintomas respiratórios, e a Covid-19 fica mais parecida com uma gripe.

Confira:

Alfa: perda ou alteração do olfato e do paladar, febre, tosse persistente, calafrios, perda de apetite e dor muscular;
Beta: febre, tosse, dor de garganta, falta de ar, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga;
Gama: febre, tosse, dor de garganta, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga;
Delta: febre, coriza, dor de cabeça, espirros, dor de garganta e tosse persistente;
Ômicron: cansaço extremo, dor no corpo, dor de cabeça, coriza, congestão nasal e dor de garganta.

Vacina

Cada variante apresenta algum tipo de escape da imunidade adquirida pela infecção natural ou pela vacinação. Isso significa que elas podem causar infecções mesmo em pessoas vacinadas ou que já tiveram a doença, mas de forma muito mais leve e, em alguns casos, até assintomática.

“A vacina mantém uma alta taxa de proteção para casos mais complicados que exigem internação e possam resultar em óbito. Desde que os esquemas vacinais estejam corretos com todas as doses de reforço, a resposta contra o vírus continua eficiente”, ressalta Alberto.

As doses de reforço, inclusive, têm sido recomendadas para manter os níveis elevados de anticorpos no corpo, protegendo contra a Ômicron e outras cepas.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 3.301 casos e uma morte em 24 horas

Novos casos de covid-19 disparam no Estado: Goiás registrou 3.301 casos e uma morte pela covid-19 em 24 horas, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado neste sábado (19/11). 71 óbitos estão em investigação para saber se há relação com o coronavírus.
 
Segundo a SES-GO, o Estado acumula 1.739.466 casos e 27.595 mortes desde o início da pandemia. A taxa de letalidade da doença em Goiás é de 1,59%.

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China anuncia primeira morte por covid-19 em quase 6 meses

A China anunciou neste domingo a primeira morte por covid-19 em quase seis meses, enquanto medidas restritivas são impostas no país para prevenir novos surtos. O governo chinês registrou 24.215 novos casos detectados nas últimas 24 horas, a maioria deles assintomáticos. Confrontos entre autoridades e moradores insatisfeitos com as restrições foram relatados em várias cidades, apesar do rígido controle de informações.

Uma nova rodada de testes em massa foi ordenada no distrito de Huizhu, no centro industrial do sul de Guangzhou, em meio a relatos de trabalhadores sendo impedidos de entrar em suas casas, disse o governo local neste domingo. Em meio às medidas rígidas para conter o avanço da doença, a cidade de Zhengzhou informou que não exigirá mais um teste covid-19 negativo de crianças menores de 3 anos e outros "grupos especiais" que procuram cuidados de saúde.

O anúncio ocorreu depois que a morte de uma segunda criança foi atribuída ao excesso de zelo na aplicação de antivírus. A menina de 4 meses morreu após sofrer de problemas intestinais e de estômago durante a quarentena em um hotel em Zhengzhou. Embora a China tenha uma taxa geral de vacinação de mais de 92% tendo recebido pelo menos uma dose, esse número é consideravelmente menor entre os idosos - principalmente aqueles com mais de 80 anos - onde cai para apenas 65%.

Essa vulnerabilidade é considerada uma das razões pelas quais a China manteve suas fronteiras fechadas e manteve sua política rígida de "covid-zero" que busca eliminar infecções por meio de bloqueios, quarentenas, rastreamento de casos e testes em massa, apesar do impacto na rotina e economia e descontentamento público.

A China diz que sua abordagem dura valeu a pena em números muito menores de casos e mortes do que em outros países, como os EUA. Com uma população de 1,4 bilhão, registrou oficialmente apenas 286.197 casos desde que o vírus foi detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan no final de 2019. Isso se compara a 98,3 milhões de casos e 1 milhão de mortes nos EUA, com sua população de 331,9 milhões. 

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O HOJE

MP é favorável a aquisição de bomba de insulinas por planos de saúde

Caso pode repercutir na decisão de famílias com dificuldades semelhantes com outros planos

O Ministério Público de Goiás (MPGO) elaborou parecer favorável a pedido liminar de fornecimento de aparelho de bomba de insulina e insumos feito à Justiça pelos pais de uma criança, usuária da Unimed, que apresenta diabetes mellitus tipo 1.

 A ação foi proposta em nome da criança, representada por seus pais, diante da alegação da operadora de saúde de ser “facultativa a disponibilização de medicamento de uso domiciliar‘’. Defendeu também “a inexistência de cláusula contratual autorizadora de tal providência” e, por fim, impedimento legal, sob o fundamento de que o aparelho solicitado configura espécie de “próteses, órteses e seus acessórios não ligados ao ato cirúrgico”.

Contudo, em sua manifestação, o MPGO relatou que, embora a bomba de insulina seja considerada uma órtese (dispositivo externo aplicado ao corpo), no caso em análise, a descoberta da doença na criança se deu em meados de junho deste ano, após crise hiperglicêmica que quase a levou à morte.

Foi destacado, ainda, que em razão dessas peculiaridades da condição de saúde da criança e do que foi firmado em relatórios médicos, a bomba infusora de insulina não é apenas o tratamento mais indicado, e, sim, o único viável para o controle adequado da doença.

A manifestação foi assinada pelo promotor de Justiça Pedro Henrique Guimarães Costa, que está respondendo pela Promotoria de Justiça com atuação no 2º Núcleo de Justiça 4.0 – Saúde. Nestes núcleos, a tramitação das demandas e a realização dos atos acontecem exclusivamente por meio virtual, dentro da proposta do projeto Juízo 100% Digital.

O promotor pontuou no parecer que a negativa feita pelo plano de saúde em fornecer o aparelho “representará, em última análise, negativa integral ao resguardo do direito à saúde da autora, deixando-a entregue à própria sorte”.

Ao se manifestar favorável à liminar para fornecimento da bomba de insulina, Pedro Guimarães ponderou que a concessão deverá estar sujeita à renovação semestral da receita médica.

Debate e repercussão

A decisão pode impactar diretamente outras crianças e famílias em situações semelhantes. No país, a mortalidade é padronizada por idade e sexo, em indivíduo com a diabéteis. A mortalidade da doença é 57% maior do que a mortalidade por outras causas. Em Goiás, ao longo dos anos, observa-se que a taxa permanece sempre inferior em comparação com os parâmetros nacionais. Esta tendência de ascensão também foi evidenciada em outras capitais brasileiras. 

O Centro-Oeste possui os maiores índices em todas as faixas etárias em comparação às outras macrorregiões. Posteriormente, a Centro-Norte entre 70 a 79 anos. No Centro-Sudeste, os maiores índices foram na faixa etária de 60 a 79 anos. As macrorregiões Nordeste e Sudoeste apresentaram médias inferiores às outras, mas também estão aumentando os óbitos com o avançar da idade.

Cuidados

No Brasil, existem cerca de 15,7 milhões de adultos com a doença. O país é o primeiro em número de casos na América Latina e o quarto no mundo, informa o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Levimar Araujo. Estima-se que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões no país.

Esse ano o país completou 100 anos da primeira aplicação de insulina.Para o vice-presidente do Departamento de Diabetes Mellitus da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Rodrigo de Oliveira Moreira, a educação é essencial, “tanto do profissional da saúde, para conseguir diagnosticar, como para tratar o paciente de forma adequada”. A Sbem estima que, atualmente, pelo menos 30% dos brasileiros com diabetes não sabem que têm a doença.

De acordo com a entidade, são pessoas que não estão sendo diagnosticadas adequadamente. “Este seria o primeiro ponto na educação: melhorar o diagnóstico desses pacientes e permitir que os médicos saibam identificar os pacientes de maneira adequada”, afirmou.

Rodrigo Moreira enfatizou que todos os tipos de diabetes são preocupantes. Considerado uma doença autoimune, que aparece geralmente na infância ou adolescência, o tipo 1 representa de 5% a 10% do total de casos. É caracterizado pela baixa ou nenhuma produção de insulina pelo organismo, o que faz com que a glicose continue circulando no sangue, em vez de ser usada como energia. Isso aumenta a glicemia e causa uma série de danos ao corpo.

No diabetes tipo 2, que é mais comum (aproximadamente 90% dos casos), o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Mais comum em adultos, está especialmente associado à obesidade.

“A enorme maioria dos pacientes do tipo 2 está diretamente relacionada ao excesso de peso e à obesidade”. Moreira ressaltou, porém, que, se esses pacientes forem educados, inteirando-se da importância de uma dieta saudável, da prática de atividade física, haverá redução no número de pessoas com diabetes, e o tratamento se tornará muito mais fácil e efetivo.

Moreira disse que o diabetes do tipo 1 acomete menos de 10% das pessoas e aparece normalmente na criança. Uma das grandes preocupações da Sbem hoje é que o diabetes tipo 2, relacionado à obesidade, que era uma doença clássica de adultos, está aparecendo cada vez mais cedo. “E está se vendo um aumento significativo nos adolescentes, principalmente naqueles jovens com excesso de peso e sedentários”. O endocrinologista destacou que, por isso, é preciso que os pais e responsáveis se conscientizem da importância de abordar o problema do excesso de peso desde cedo, para que as crianças não desenvolvam o diabetes.

O médico reiterou que o paciente deve conhecer a doença, principalmente aquele que tem diabetes tipo 2, que é complexo e envolve muitos aspectos. No entanto, muitas vezes, a pessoa acha que, só tomando o remédio, resolve. “Quanto mais cedo conhecer a doença, o paciente vai ver que o diabetes se trata com mudança de estilo de vida, boa alimentação, atividade física. Quanto mais conhecer a sua doença, mais fácil será o tratamento. E quanto mais se conseguir educar os médicos de família, os clínicos, mais se poderá identificar e tratar precocemente o paciente.”

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PLUGADOS NA NOTÍCIA

Gentileza nas redes sociais: ser agradável online faz bem para saúde, destaca psicóloga

Ser uma pessoa positiva nas redes sociais traz benefícios que vão além de promover um ambiente online mais harmônico: as interações assertivas geram bem-estar, prazer e alegria. Em tempos de pouca paciência e discursos afiados, a psicóloga do Hapvida Notre Dame Intermédica, Michelle Costa, lembra da necessidade de viver coletivamente e como a prática pode inspirar uma 'onda do bem'.

Seja um comentário em uma publicação, uma frase postada nos 'status' ou um recado mais pessoal para um amigo querido: além de fazer bem a quem envia, a mensagem que é compartilhada tem também o poder de afetar positivamente quem a recebe.

"A gentileza nas redes sociais vai ser captada pelo que está escrito. Devemos utilizar palavras positivas e agradáveis, vídeos com imagens que transmitam positividade, alegria, passando a mensagem de incentivo, afeto positivo, pensamentos positivos, provocando bem estar para quem ler e quem ver", conta.

Se as mensagens positivas podem transformar o dia de alguém, as negativas têm a mesma capacidade, podendo ser bastante perigosas, desencadear uma série de situações e até impactar na saúde mental. "Comportamentos inadequados podem gerar retaliação, mal estar, brigas, doenças psíquicas, término das relações", conta Michelle.

"Atitudes e pensamentos gentis melhoram quem os pratica e quem é beneficiado. Exercitamos o lado mais gentil quando provocamos pensamentos positivos, quando praticamos o bem para com pessoas, e acabamos instigando os outros a realizarem a mesma prática", pontua a psicóloga. 

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Assessoria de Comunicação  

Sexta, 18 Novembro 2022 14:29

CLIPPING AHPACEG 18/11/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Novembro é dedicado à conscientização sobre os cuidados com a prematuridade

Nota técnica da UFG recomenda uso de máscaras em lugares fechados e vacinação completa

Ipasgo habilita profissionais para dobrar rede oncológica

Covid: Goiânia começa a vacinar crianças menores de 3 anos com comorbidades

Mãe denuncia que médicos deixaram gaze por mais de 2 meses no corpo do filho de 1 ano, em Goiânia

Goiás confirma mais de 2 mil novos casos de Covid-19 em 1 dia

Anvisa libera venda de álcool 70% na forma líquida

Um susto esperado: o que explica a nova explosão de casos de Covid-19

TV ANHANGUERA

Novembro é dedicado à conscientização sobre os cuidados com a prematuridade

https://globoplay.globo.com/v/11136197/

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CBN GOIÂNIA

Nota técnica da UFG recomenda uso de máscaras em lugares fechados e vacinação completa

A Universidade Federal de Goiás (UFG) divulgou nota técnica em que recomenda o uso de máscaras em lugares fechados e o esquema vacinal completo de alunos, docentes e comunidade em geral. O documento foi publicado nesta quarta-feira (16) e já está valendo desde então.

Além disso, foi recomendado a testagem de pessoas sintomáticas nos laboratórios da universidade, bem como o isolamento dessas pessoas e das que tiverem o exame positivado para Covid-19. De acordo com o texto, foram acatadas recomendações do Grupo de Trabalho em Saúde e do Comitê Operativo de Emergência, ambos da UFG. Para a criação do documento, os grupos destacam que a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, da Coordenação-Geral de Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde, no dia 12 de novembro, alertou sobre o aumento do número de casos de Covid-19 e circulação de novas linhagens da Variante de Preocupação Ômicron, com ênfase nas sublinhagens BQ.1 e BA.5.3.1.

Além disso, uma nota técnica da Sociedade Brasileira de Infectologia, do dia 11 de novembro, que também destacou preocupação com o crescente número de casos positivo para Covid-19 e das medidas necessárias para o enfrentamento atual. Também foi levada em consideração a situação epidemiológica, entre os dias 6 a 11 de novembro, em que foram notificados no Brasil 57.825 casos e 314 óbitos por covid-19 pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde, representando um aumento de 120% em relação à média móvel da semana anterior. Além do aumento no número de casos novos da doença no Estado de Goiás. Na semana entre 6 a 11 de novembro, comparado à semana anterior, teve um aumento de 220%.

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A REDAÇÃO

Ipasgo habilita profissionais para dobrar rede oncológica

- O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) convocou, na quinta-feira (17/11), mais 396 profissionais para aumentar a rede de atendimento. Entre eles estão 30 cancerologistas/oncologistas; 20 hematologistas; 15 mastologistas e 14 radioterapeutas. Se todos assinarem contratos, o serviço de oncologia do instituto passará a contar com 158 médicos e outros profissionais da saúde, o dobro do número atual, além dos oito hospitais, clínicas e laboratórios que atendem essa área.

Antes de começarem os atendimentos, os 396 especialistas chamados para assinarem contratos com o Ipasgo devem providenciar a entrega, em até 10 dias, dos documentos exigidos no aditivo do edital. Os novos habilitados vão atender em 11 especialidades: cancerologia, gastroenterologia, mastologia, radioterapia, geriatria, hematologia, mastologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e psicologia. 

Os novos quadros passam a ser opção para os 1.280 pacientes que têm prazo de seis meses para migrarem do Oncovida e do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) para outro prestador do Sistema Ipasgo Saúde. Desde quarta-feira (16/11), ambos não podem mais receber beneficiários da autarquia porque houve rompimento de contratos em decorrência de descumprimento de cláusulas e danos de mais de R$ 27 milhões aos cofres do Ipasgo. 

O instituto montou um comitê para auxiliar os pacientes no processo de transição entre prestadores. O grupo já está conversando individualmente com os usuários sobre os motivos que levaram aos descredenciamentos e apresentando a eles toda a rede credenciada de oncologia, para livre escolha dos pacientes. Hoje, o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ); o Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (Cebrom); o Instituto De Gestão e Humanização (IHG); o Hemolabor; o Oncolive; o Hematologia e Oncologia Honcord (Honcord); o Instituto Onco-Hematológico de Anápolis (IOHA) e o Hospital Padre Tiago Na Providência de Deus, além dos 79 prestadores de serviço pessoas físicas já ativos, são alternativas imediatas para os beneficiários.

Outros convocados

Além desses, também foram convocados mais 15 profissionais de áreas médicas, odontológicas e de terapias complementares para atendimento em 22 municípios do Estado: Campos Belos, Catalão, Ceres, Formosa, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Nova Crixás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pires do Rio, Porangatu, Posse, Quirinópolis, Rio Verde, Santo Antônio do Descoberto, São Luís de Montes Belos, Uruaçu, Valparaíso de Goiás.

A lista completa dos candidatos aptos a prestarem serviços aos quase 600 mil usuários do Ipasgo está disponível no site do instituto (www.ipasgo.go.gov.br), no qual também é possível ter acesso a lista de documentos e aos canais de comunicação para tratativas relacionadas às convocações.

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Covid: Goiânia começa a vacinar crianças menores de 3 anos com comorbidades

A vacina Pfizer Baby, contra a covid-19, está disponível para o público infantil de Goiânia a partir desta sexta-feira (18/11). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as doses são para crianças entre 6 meses a menores de 3 anos (2 anos, 11 meses e 29 dias), com comorbidades.

Para a aplicação da primeira dose, o município recebeu 2.260 unidades da vacina contra Covid-19 Pfizer-BioNTech, disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

De acordo com o fabricante, o esquema de vacinação dessas crianças consta de uma série primária de três doses, em que as duas doses iniciais devem ser administradas com quatro semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada com, pelo menos, oito semanas após a segunda dose. Cada frasco da Pfizer Baby, que tem tampa na cor vinho, possui 10 doses.

“Por enquanto, conforme determinação do Ministério da Saúde, essas doses são somente para aquelas crianças menores de 03 anos, que possuem alguma comorbidade, e isso precisa ser comprovado. No site da prefeitura, no ImunizaGyn, disponibilizamos um formulário, que pais e responsáveis podem pegar e levar para o médico marcar a comorbidade, de acordo com os critérios do Ministério da Saúde”, informa o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.

O secretário informa, portanto, que há outras maneiras de comprovar, tais como laudo, declaração, prescrição médica ou relatório médico com descritivo ou CID da doença. Caso a criança faça acompanhamento pelo SUS, pode ser solicitado um comprovante na unidade de saúde.

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde divulgou, em 9 de novembro, o Ofício 242/2022, com a seguinte lista de comorbidades:

- Diabetes

- Pneumopatias crônicas graves

- Hipertensão arterial resistente

- Hipertensão arterial estágio 3

- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo

- Imunocomprometidos

- Doença renal crônica

- Doenças neurológicas crônicas

- Hemoglobinopatias graves

- Obesidade mórbida

- Síndrome de Down

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PORTAL G1

Mãe denuncia que médicos deixaram gaze por mais de 2 meses no corpo do filho de 1 ano, em Goiânia

Vídeo mostra o momento em que a mãe encontrou a gaze no bebê ao limpar o ferimento dela. Ela ainda conta que o material foi deixado após o menino passar por um procedimento em setembro.

Por Gabriela Macêdo, Ramon Lacerda e Ana Paula Rehbein, g1 Goiás e TV Anhanguera

Mãe do pequeno Gael Fernandes, de 1 ano e 9 meses, Maiane Fernandes denunciou que médicos deixaram gaze por mais de 2 meses no corpo do filho dela, em Goiânia. Ela explica que o caso aconteceu após o menino, que teve um tumor na barriga e passou por uma cirurgia, ter realizado uma drenagem em um hospital da capital. Um vídeo mostra o momento em que a mãe encontrou a gaze no bebê ao limpar o ferimento dela (assista acima).

"Na hora que eu puxei, o pedacinho da gaze saiu de dentro dele. A sorte é que o corpo dele estava rejeitando e eu consegui tirar com a pinça e não quebrou metade dentro dele", disse Maiane.

De acordo com a mãe, a drenagem em que os profissionais teriam deixado a gaze dentro do menino foi realizada em setembro deste ano. Ela contou ter encontrado e retirado a gaze na última semana. Segundo ela, o menino teve febre todos os dias durante os dois meses em que ficou com a gaze dentro do ferimento.

Ao g1, o hospital afirmou que está "apurando a alegação realizada pela mãe", que está a disposição da família para tirar dúvidas e continuar o atendimento ao bebê. Além disso, a unidade disse que a criança foi avaliada e que não há necessidade de internação ou do uso de remédios.

"O paciente está sendo atendido pela unidade de saúde desde 20 de julho, e foi reavaliado nesta quinta-feira (17) pela equipe de cirurgia. A partir disso, conforme a indicação desta equipe, todos os procedimentos necessários e tratamentos adicionais serão realizados para dar continuidade ao atendimento e pronto restabelecimento da criança", disse.

Maiane contou que, além do tumor que o menino teve no último ano, ele foi diagnosticado com mais de dez síndromes, além de uma má formação, após o nascimento. A mãe ainda diz acreditar que a gaze dentro do corpo do filho piorou o estado de saúde do bebê, uma vez que o objeto estava próximo aos rins, área em que o menino já tem problema de saúde.

Após Maiane encontrar a gaze no corpo de Gael, ela explica que voltou ao hospital, onde os médicos realizaram uma limpeza e retiraram o restante do material que estava dentro do menino.

À TV Anhanguera, especialistas ainda avaliaram o fato de o objeto ter sido deixado dentro do bebê por cerca de dois meses. Para a médica Vivian Furtado, a gaze geralmente não pode ser deixada dentro do corpo por mais de 48 horas.

"Se coloca gaze dentro do paciente e programa uma reabordagem, geralmente em 48 horas. Dependendo do número de dias, realmente é uma coisa absurda", disse.

Já o médico Marcelo Daher, o material deixado no corpo de Gael poderia, inclusive, causar uma infecção.

"De qualquer maneira, se a gente quisesse deixar algo para que drenasse, o material utilizado para fazer drenagem não é uma gaze. Se deixa uma sonda, algo que não seja um tecido, porque o tecido vira um meio de cultura e pode causar infecção", avaliou.

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JORNAL OPÇÃO

Goiás confirma mais de 2 mil novos casos de Covid-19 em 1 dia

Casos do vírus Sars-Cov-2 aumentam e acendem alerta para uma nova onda da doença no Estado

Dados da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), divulgados na tarde desta quinta-feira, 17, apontam que o Estado confirmou 2.370 casos de Covid-19 em apenas um dia. Ainda de acordo com a pasta, não há registro de mortes pela doença no mesmo período.

Com as atualizações, o território goiano soma 1.738.486 infecções pelo novo coronavírus e 27.592 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Além disso, outros 867.087 casos e 74 mortes são investigados para saber se há alguma ligação com a Covid-19. A taxa de letalidade do vírus em Goiás é de 1,59%.

A pasta alerta que o crescimento, que tem sido consistente nos últimos dias, deve continuar nas próximas semanas e sinaliza para uma nova onda da doença. A retomada de leitos exclusivos para a Covid-19 ainda não é uma possibilidade, mas a pasta atenta para a importância da vacinação e de outras formas de proteção contra o vírus Sars-Cov-2.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) reforça para as medidas de prevenção contra a doença. A instituição lembra que as vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde (MS) são eficazes na prevenção de casos graves da doença, mesmo frente às novas subvariantes da Ômicron. “Com a alteração do cenário epidemiológico das últimas semanas, o incentivo à vacinação e à adoção de medidas não farmacológicas são necessárias para a prevenção e controle da doença”, informa o comunicado.

Além disso, a Universidade recomenda o uso de máscara em ambientes fechados e com aglomerações, tais como salas de aulas, laboratórios, gabinetes, auditórios, bibliotecas, eventos, dentre outros. Aos sintomáticos, a prescrição é buscar um posto de saúde para realizar o teste. Já para os casos confirmados de Covid-19, a UFG é mais incisiva: isolamento.

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AGÊNCIA BRASIL

Anvisa libera venda de álcool 70% na forma líquida

Diante do aumento de casos de covid-19 no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quinta-feira (17), a venda livre e a doação de álcool etílico 70% na forma líquida, desde que estejam devidamente regularizados na agência. A medida, autorizada ad referendum, foi adotada de forma extraordinária.

O objetivo, destacou a Anvisa, é ampliar o acesso a produtos que contribuem na implementação de resposta coordenada para reduzir a transmissão e proteger a população em geral do novo coronavírus. A autorização terá validade de 90 dias. 

A decisão destaca ainda que a covid-19 tem demonstrado tendência a ter picos anuais de sazonalidade no Brasil, ao contrário de outras doenças respiratórias, como a influenza ou gripe, que aparecem com mais frequência no país apenas nos meses de inverno.

A medida está publicada na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 760, de 17 de novembro de 2022.

Casos

Segundo o último boletim epidemiológico divulgado ontem (17) pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou, em 24 horas, 32.970 casos de covid-19 e mais 71 mortes em consequência da doença. Desde o início da pandemia, foram confirmados 34.9371.043 casos de covid-19 no país e 688.764 mortes pela doença. 

Ainda conforme o boletim, 34.162.530 pessoas se recuperaram da doença e 119.678 casos estão em acompanhamento. Entre os estados, São Paulo tem o maior número de casos, 6,16 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e pelo Paraná (2,75 milhões). 

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VEJA

Um susto esperado: o que explica a nova explosão de casos de Covid-19

Há um ano, em um momento em que a Covid-19 parecia dar uma trégua e todos ansiavam por um fim de ano de celebrações, o mundo foi surpreendido pelo aparecimento de uma variante que rapidamente elevou os casos da doença. Era a ômicron, cepa do SARS-CoV-2, coronavírus causador da doença, que surgiu com enorme poder de transmissibilidade, porém menos letal do que as anteriores - alfa, beta, gama e delta.

Dominante desde então, é ela que está por trás da nova escalada de casos verificada neste momento. Há crescimento em todos os lugares. O Japão não enfrentava altas desde setembro. Neste mês o índice oscila entre 30 000 e 78 000 diagnósticos diários. A Itália contabilizou, apenas na sexta-feira 11, mais de 181 000 registros. No Brasil, o último levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica mostrou que, entre o início de outubro e o de novembro, o índice de testes positivos passou de 3,7% para 23%. Os hospitais sentem os impactos da nova onda. Na Rede D'Or São Luiz e no Hospital Sírio-­Libanês, o total de pacientes internados com a doença quase dobrou em duas semanas. O Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, assinalou um aumento na taxa de positividade nos testes realizados nesse período de 2% para 34%.

O que está ocorrendo não é uma surpresa, mas é a primeira vez que o mundo experimenta o que é conviver com um vírus que veio para ficar. O receio é compreensível, mas convém não alimentar o pânico. Desde meados do ano passado, sabia-se que dificilmente apareceria uma cepa que levasse a outra interrupção das atividades cotidianas, mas, de quando em quando, surgiriam variantes ou sublinhagens mais ou menos barulhentas, capazes de provocar surtos como o atual. A entrada neste momento se dá justamente pela disseminação de sublinhagens da ômicron. E isso não acontece à toa. Identificada na África do Sul e em Botsua­na em novembro de 2021, ela foi a última a receber a designação de variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A análise genética à qual foi submetida apontou uma cepa completamente diferente das demais, mas o temor de que gerasse outra catástrofe sanitária se dissipou à medida que sua baixa letalidade ficou evidente.

Contudo, a ômicron continuou circulando ativamente - hoje corresponde a praticamente 100% dos casos confirmados submetidos a sequenciamento genômico no mundo - , o que permitiu a ocorrência de diversas mutações. Uma das sublinhagens, em expansão há um mês, foi apelidada dramaticamente de Cérbero, referência ao mitológico cão de três cabeças que pertencia ao deus grego Hades e que tinha por função guardar a porta do mundo dos mortos. Na denominação científica, é chamada de BQ.1.

Felizmente, nenhuma das variantes da ômicron entrou no radar de alerta da OMS. No entanto, é natural que a explosão de casos assuste e traga à memória a angústia dos primeiros anos da pandemia. Mas há questões que precisam ficar claras. Primeiro, aquele momento dificilmente voltará. Entretanto, dado como certo que a Covid-19 está aí, a realidade exige mudanças de comportamento, quando necessárias, e o acompanhamento da doença por parte das autoridades de saúde, a exemplo do que se faz - ou do que se deveria fazer - com outras enfermidades.

No que se refere à Covid-19, isso quer dizer que, em surtos, recomenda-se o uso de máscaras, como bem fizeram centenas de estudantes que se submeteram à prova do Enem no domingo 13, dando um belo exemplo e em contraponto à torcida que, no mesmo dia, lotou o Autódromo de Interlagos para o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, a maioria sem proteção. É compulsório, com crescimento ou não de casos, que todos mantenham a vacinação em dia. Os imunizantes, não é demais lembrar, são os grandes responsáveis pela redução expressiva de mortes causadas pela Covid-19: 90% entre fevereiro e novembro deste ano, segundo a OMS. Quando o esquema vacinal não está completo, o risco aumenta. Na cidade do Rio de Janeiro, 92% das pessoas agora internadas com a doença na rede pública não tomaram todas as doses. No estado de São Paulo, a primeira morte pela BQ.1 foi de uma mulher de 72 anos com comorbidades, que tinha tomado apenas três das quatro doses prescritas para casos como o dela. "O impacto em hospitalização e óbitos depende da cobertura vacinal e de quando a pessoa tomou a última dose", diz Julio Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

O problema é que o cenário brasileiro é desanimador. Por mais que 80% da população tenha tomado as duas primeiras doses, as adicionais engatinham. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 69 milhões de pessoas ainda não buscaram a primeira dose de reforço e mais de 32 milhões não receberam a segunda dose adicional. Outro gargalo é a imunização das crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos. As primeiras doses ainda estão chegando ao Brasil, e o ministério determinou que, por enquanto, fossem destinadas apenas ao público pediátrico com comorbidades.

Na esfera de ações de cunho científico, duas iniciativas são imprescindíveis. Uma é o estabelecimento de uma rede de monitoramento do coronavírus para que nenhuma alteração genética escape aos sistemas de detecção. Esse trabalho vem sendo feito desde 2020 e os resultados abastecem a plataforma Gisaid, criada em 2008 para o compartilhamento de dados sobre o influenza, o vírus da gripe. Com a pandemia, ela se tornou base de informações sobre onde surgiam e circulavam as variantes e sublinhagens do coronavírus. Até agora, cerca de 14 milhões de sequências de genoma do SARS-CoV-2 foram submetidas à ferramenta. Nas Américas, o trabalho é realizado pela Rede Regional de Vigilância Genômica, com a participação da Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto de Saúde Pública do Chile.

Informações desse gênero são ouro puro para o desenvolvimento de vacinas. As empresas Pfizer e Moderna criaram vacinas que incluem proteção contra a ômicron, já disponíveis nos Estados Unidos e em alguns países europeus. Estão em estudo, ainda, imunizantes que defenderiam de vários vírus, as chamadas vacinas "pan-Covid". "Elas ofereceriam defesa contra a Covid-19, o influenza e o vírus sincicial respiratório, tão perigoso para os bebês", afirma Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. O calendário vacinal contra o coronavírus não está definido, mas certamente virá acompanhado de boas novidades. E surtos finalmente deixarão de ser sustos.

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Assessoria de Comunicação