Segunda, 05 Fevereiro 2024 07:34

CLIPPING AHPACEG 03 A 05/02/24

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Custo médio com internações hospitalares dá salto de R$ 4 mil em três anos

Mpox: casos crescem e especialistas entram em alerta para o carnaval

Tire as principais dúvidas sobre a vacinação contra dengue

Médica alerta para sinais de cardiopatia em crianças e adolescentes

Brasileira cria aparelho que devolve movimentos a quem parou de andar

IESS publica estudo com o cenário da saúde mental na saúde suplementar


SAÚDE BUSINESS

Custo médio com internações hospitalares dá salto de R$ 4 mil em três anos

Estudo realizado pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde traz dados inéditos sobre o mercado nos últimos quatro anos. Internações seguem sendo o item que mais gera gastos para planos de saúde

Pesquisa realizada pela UNIDAS - União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde  mostra que o custo com internações segue sendo o principal gasto assistencial e que os valores médios gastos com uma internação aumentaram de R$ 6.455 em 2019 para R$ 10.153. A principal causa de internações são doenças do sistema circulatório, responsável por cerca de 10% do total de hospitalizações no período analisado. Participaram da pesquisa 46 operadoras associadas à UNIDAS, que representam 2.530.753 milhões de vidas. Os transtornos mentais e comportamentais, que no auge da pandemia representavam 9% das internações hospitalares, caíram para 6%.

As despesas com internações apresentam um aumento significativo de acordo com a faixa etária dos pacientes. Para se ter um paralelo, na faixa acima de 60 anos, o custo médio com uma hospitalização é mais que o dobro do que entre pessoas de 24 a 28 anos. “Sabemos que os idosos demandam um cuidado maior. Como temos dentro das autogestões uma realidade etária que o Brasil terá em 2050, fica o alerta para o sistema de saúde como um todo: os custos com internações irão onerar de maneira significativa os sistemas de saúde público e privado na próxima década”, explica Anderson Mendes, presidente da UNIDAS.

Relacionado: Perfil das unidades de internação na Saúde Suplementar e no SUS

Outro ponto que chama atenção é o aumento no custo médio das consultas que, na região sudeste, cresceu 14% (maior aumento no país). Já o valor médio dos exames teve o maior reajuste na região Centro Oeste (4,17%). Ao mesmo tempo, o custo médio com internação domiciliar baixou R$ 10 mil em quatro anos, enquanto a hospitalar aumentou quase R$ 10mil, ultrapassando os R$ 24.252 de 2021, auge da pandemia.

Além disso, as medidas de distanciamento social adotadas no início da pandemia influenciaram a redução de atendimentos menos urgentes, concentrando a demanda por serviços de saúde em casos mais complexos. Com isso, foi registrado um crescimento substancial na taxa de exames em 2021 (7,25 por consulta) e uma ligeira queda em 2022 (6,68 por consulta). Esse número mostra que em 2021 tivemos um aumento no volume de exames pedidos, muito possivelmente por represamento de diagnósticos não realizados em 2020. Em 2022, a média aponta uma volta aos patamares normais, após o efeito Covid-19. 

As variações observadas em relação à faixa etária demonstraram que os beneficiários com mais de 59 anos tiveram a média mais alta de consultas e exames, enquanto os mais jovens tendem a realizar menos consultas e exames em média. “Daí a importância de aprender a cuidar deles para que sejam idosos saudáveis. Esse desafio de manter a sustentabilidade e a acessibilidade nas autogestões, em breve, será uma dor de todo mercado de saúde suplementar”, complementa Mendes. Com relação aos atendimentos de internação, a evolução do indicador da taxa de internação demonstra uma influência substancial da pandemia de COVID-19 em seus resultados.

Perfil dos beneficiários

A população brasileira está ficando mais velha. Segundo dados que o IBGE divulgou, do Censo de 2022, ano passado, Brasil teve o maior salto de envelhecimento entre censos desde 1940. Em 2010, a cada 30,7 idosos, o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens. Essa mudança também se reflete na saúde suplementar como um todo, mas de maneira ainda mais aguda nas autogestões. O índice de envelhecimento (que calcula a proporção entre beneficiários com mais de 80 anos comparados aos com menos de 14), atingiu o patamar histórico de 304,13 nas operadoras de autogestão com até 20 mil vidas. Ou seja, para cada beneficiário com menos de 14 anos, temos 3 com mais de 80, o que traz um desequilíbrio gigante. Nas autogestões com mais de 100 mil vidas, o número também é alto, mas está na faixa de 146,46. “As operadoras menores cumprem um papel fundamental porque, muitas vezes, estão localizadas em regiões que o mercado não está. Mas, claro que elas sofrem com os impactos mais rapidamente quando comparadas as maiores, que têm mais elasticidade”, explica Mendes.

As autogestões também concentram a maior parte dos idosos que estão na Saúde Suplementar. Enquanto a média do setor é de 15,34%, entre as participantes da pesquisa, pessoas com 59 anos ou mais são 28,5% da carteira. “Com menos receita e mais custos, a sinistralidade continuará aumentando, mesmo porque, a operadora permanecerá, em sua maioria, com uma cartela de cliente mais dependente do sistema, que precisa de cuidados e que apresenta determinados atributos de risco que aumentam a chance de utilização da cobertura contratado”, diz Anderson Mendes. Nas autogestões, em 2022, o índice de sinistralidade atingiu 94%, ultrapassando o patamar histórico de 92% em 2019. Isso significa que, de cada R$ 100 recebidos pela operadora de saúde, R$ 94 são gastos com pagamentos de despesas médicas e assistenciais.

Perfil das operadoras de autogestão

A análise dos dados revela que a maioria das operadoras pertence ao grupo de pequeno porte, representando 51,2% do total. No entanto, esse grande número de operadoras de pequeno porte contrasta com sua representatividade em número de beneficiários, que corresponde a apenas 7,8% do total desta pesquisa. Em contrapartida, as operadoras de grande porte, embora representem apenas 12,2% do total de operadoras, abrangem significativos 66,6% dos beneficiários. Quanto ao tipo de plano, os planos regulamentados predominam, com destaque para os planos coletivos empresariais e de cobertura nacional.

Em dezembro de 2022, os segmentos de “Ambulatorial + Hospitalar com Obstetrícia + Odontológico” e “Ambulatorial + Hospitalar com Obstetrícia” representaram a maior parte dos beneficiários, totalizando 51,3% e 44,4%, respectivamente. Isso sugere que as operadoras têm oferecido planos abrangentes que oferecem amplas opções de assistência. É importante notar que a grande maioria dos beneficiários está inscrita em planos com coparticipação, abrangendo aproximadamente 90% dos beneficiários. Isso pode indicar uma estratégia das operadoras para oferecer opções mais acessíveis aos seus clientes, com mecanismos de moderação de uso, embora seja fundamental acompanhar o impacto dessa coparticipação na acessibilidade aos serviços de saúde.

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PORTAL TERRA

Mpox: casos crescem e especialistas entram em alerta para o carnaval


O aumento do contato físico e de turistas nas capitais brasileiras durante o carnaval poderá, de acordo com especialistas, aumentar o contágio da mpox (antiga monkeypox ou varíola dos macacos) entre os foliões. Identificada no Brasil pela primeira vez em junho de 2022, a infecção manteve-se circulante em todo o país e teve um indicativo de aumento de casos em meio as recentes férias de dezembro e festas de final de ano, sobretudo no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Os números atuais são menores do que quando houve a epidemia da infecção no país, há dois anos, mas merecem atenção por justamente encontrarem um ambiente propício para novas disseminações em meio às festividades.

No estado de São Paulo, por exemplo, houve a identificação de 21 novos casos na primeira semana epidemiológica deste ano. Seguido por 17 novos diagnósticos nos sete dias seguintes e mais seis casos suspeitos. Na terceira semana há, ao menos 18 casos suspeitos. Entre outubro e dezembro do ano passado, a título de comparação, a identificação de novas infecções não passava de três por semana.

- O carnaval é um evento potencialmente disseminador dessa infecção. É preciso que as pessoas dos grupos mais vulneráveis saibam pois o Brasil não contou com doses suficientes para vacinar uma parte relevante da população. A mpox é também uma infecção sexualmente transmissível (IST) e pode ser muito grave em pacientes com a imunidade baixa - explica Alvaro Costa, médico infectologista do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS do Estado de São Paulo.

Ele confirma que os especialistas estão atentos ao crescimento de casos:

- É um momento de alerta. Estamos preocupados, sim, pois não há vacina suficiente e ainda não temos um antiviral específico para tratamento. Aos pacientes em geral, a infecção é branda ou moderada, causa mais preocupação nos imunossuprimidos. Mas mesmo leves, os quadros podem ser dolorosos.

Na cidade do Rio de Janeiro, também há preocupação em relação aos novos casos. Desde novembro 2023,as infecções têm apresentado indicadores maiores do que as vistos ao longo do ano passado.

A maior taxa se deu ao longo da última semana de dezembro, com 11 confirmações de diagnósticos em toda a cidade.

- É uma doença que merece muita atenção. Vamos ter, sim, aumento de casos sempre que houver turistas circulando. É preciso lembrar que, para esse tipo de doença, onze casos em uma semana é muita coisa, justamente por ela ter um potencial de disseminação muito alto - afirma Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

De acordo com levantamento realizado pelo GLOBO, outros estados como Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rio Grande do Sul, também têm diagnosticado quadros de mpox entre meados de dezembro e janeiro.

- Os registros de novos casos acontecem principalmente nos grandes centros porque é preciso de contato físico para ocorrer (sobretudo o íntimo). Obviamente, o carnaval tem muitas festas, as pessoas viajam muito, o que transforma um período de bandeira amarela para um possível aumento de casos - diz Alexandre Naime Barbosa, médico infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). - É uma doença que pode, sim, ser transmitida de maneira assintomática, mas é bem mais frequente quando já há lesões na pele.

David Uip, diretor nacional de Infectologia da Rede D'Or, conta que após meses recebeu um recente caso de mpox em seu consultório. Ele, contudo, afirma que ainda é cedo para determinar que haja uma grande mudança de cenário após as festas. A cautela, porém, segue fundamental.

- É uma infecção que se transmite por contato físico de corpo a corpo, não é preciso o contato sexual. Mas não é preciso que vire uma paranoia, a busca deve ser pelo meio termo. É necesário proteger-se pois a infecção está por ai, existe - afirma o especialista.

Considerando a natureza da infecção - que não precisa de ato sexual para se disseminar - os especialistas sugerem que é mais difícil se proteger da mpox do que de outras ISTs, por exemplo.

Eles defendem, contudo, que se mantenha rigorosamente o uso de preservativos (como regra geral para as festas) e que haja atenção especial aos quadros de febres, ínguas, dores no corpo e do aparecimento de feridas na região genital de homens e mulheres. Com o surgimento de qualquer uma dessas queixas, é imperioso procurar o sistema de saúde.

Os médicos ainda esclarecem que, embora o grupo dos homens que fazem sexo com homens (HSM) tenha concentrado casos tão logo a infecção chegou ao país, todas as pessoas que entrarem em contato com o vírus podem desenvolver a infecção - inclusive as crianças - como já foi identificado em São Paulo.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde não informou se há avanços na política de vacinação para mpox. A pasta chegou a comprar um lote de 50 mil doses de imunizantes contra a doença em 2022, número insuficiente até para vacinar profissionais da saúde envolvidos com o combate à infecção, afirmaram os especialistas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que a autorização excepcional e temporária para uso da vacina Jynneos e da Imvanex, ambas dedicadas à mpox, seguem ativas no Brasil. A importação, contudo, fica a cargo da pasta da Saúde.

Na capital paulista, o Instituto Butantan mantém ativa uma linha de pesquisa para o desenvolvimento de um imunizante contra a infecção, ainda em fase inicial. Também em São Paulo, a Casa da Pesquisa - ligada ao Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS - participa de um estudo internacional que avalia a eficácia e segurança de um antiviral para o tratamento da doença.

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AGÊNCIA BRASIL

Tire as principais dúvidas sobre a vacinação contra dengue


A vacina Qdenga, do laboratório japonês Takeda, teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. O processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS).

Na próxima semana, as doses começam a ser distribuídas a 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.

Confira algumas das principais perguntas e respostas sobre a vacinação com a Qdenga no país:

Quando começa a vacinação contra a dengue no SUS?

A previsão é que as doses comecem a ser distribuídas aos 521 municípios na próxima semana. Segundo o ministério, as cidades têm liberdade para dar início à vacinação assim que as doses começarem a chegar. A organização das campanhas, incluindo datas, horários e pontos de vacinação, portanto, ficará a cargo dos governos estaduais e municipais. Será preciso conferir o cronograma com as prefeituras e as secretarias estaduais e municipais de saúde.

Quem pode tomar a vacina pelo SUS?

Apesar de a bula da Qdenga indicar o imunizante para pessoas com idade entre 4 e 60 anos, o ministério anunciou que, no SUS, o público-alvo, neste primeiro momento, vai incluir apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos. A decisão foi tomada em razão da quantidade limitada de doses a serem fornecidas pelo laboratório fabricante.

Não estou entre o público prioritário. Como faço para tomar a vacina?

Quem está fora da faixa etária classificada como prioritária pela pasta deve procurar a vacina na rede particular. Neste caso, é preciso ficar atento, já que há dois imunizantes distintos no mercado: a Qdenga e a Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi. A segunda opção, entretanto, é indicada para a faixa etária de 6 a 45 anos e recomendada somente para pessoas que já foram previamente infectadas pela dengue.

Qual o preço da vacina no sistema particular?

O preço praticado em laboratórios e farmácias particulares flutuou bastante ao longo dos últimos 11 meses. Quem tomou a dose assim que a Qdenga foi aprovada pela Anvisa pagou mais barato. Quem buscou a imunização após a explosão de casos no país teve de se planejar melhor. Os valores, atualmente, giram em torno de R$ 400 cada dose, sendo que o combo com duas doses (esquema completo) sai mais em conta.

Gestantes e lactantes podem tomar a vacina?

A Qdenga é contraindicada para gestantes e lactantes e, portanto, não pode ser administrada nem na rede pública, nem na privada. A dose também não é indicada para pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior. Mulheres em idade fértil e que pretendem engravidar devem usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias após a vacinação.

Porque a vacina não é indicada para pessoas com mais de 60 anos?

Pessoas com mais de 60 anos não têm indicação para receber a dose em razão da ausência de estudos clínicos. Apesar disso, a Agência Europeia de Medicamentos e a Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica, agência regulatória argentina, aprovaram o uso de Qdenga a partir dos 4 anos sem limite superior de idade, considerando potenciais benefícios no grupo, mais suscetível às formas graves da doença.

"Assim, a recomendação para indivíduos com mais de 60 anos deve ser encarada como uma indicação off label, a critério médico, respaldada pela aprovação por outras agências regulatórias, mas sem dados que atestem a segurança e a eficácia", detalhou a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim).

A vacina também protege contra o Zika e o Chikungunya?

A Qdenga previne exclusivamente casos de dengue e não protege contra outros tipos de arboviroses, como Zika, Chikungunya e febre amarela. Vale lembrar que, para a febre amarela, no Brasil, estão disponíveis duas vacinas: uma produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizada pela rede pública, e outra produzida pela Sanofi, utilizada pelos serviços privados de imunização e, eventualmente, pela rede pública.

Quantas doses e com que intervalo deve ser aplicada a vacina?

O esquema completo da Qdenga é composto por duas doses, a serem administradas por via subcutânea com intervalo de 3 meses entre elas. Quem já teve dengue também deve tomar a dose. A recomendação, nesses casos, é especialmente indicada por conta da melhor resposta imune à vacina e também por ser uma população classificada como de maior risco para dengue grave.

Para quem apresentou a infecção recentemente, a orientação é aguardar 6 meses para receber o imunizante. Já quem for diagnosticado com a doença no intervalo entre as duas doses deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.

A vacina contra a dengue passou por testes?

A Qdenga demonstrou ser eficaz contra a dengue tipo 1 em 69,8% dos casos; contra a dengue tipo 2, em 95,1%; e contra a dengue tipo 3, em 48,9%. Já a eficácia contra a dengue tipo 4 não pôde ser avaliada devido ao número insuficiente de casos causados pelo sorotipo durante o estudo. Também houve eficácia contra hospitalizações por dengue, com proteção geral de 84,1% e estimativas semelhantes entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%).

Quantas e quais são as vacinas contra a dengue aprovadas para uso no Brasil?

A Qdenga é a primeira vacina contra a dengue aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, só pode ser utilizado por quem já teve dengue. A Dengvaxia não foi incorporada ao SUS e é contraindicada para indivíduos que nunca tiveram contato com o vírus da dengue em razão de maior risco de desenvolver quadros graves da doença.

Há estudos para a produção de uma vacina brasileira contra a dengue?

Maior produtor de vacinas e soros da América Latina e principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Instituto Butantan está em fase final de desenvolvimento de uma nova vacina contra a dengue. Assim como a Qdenga, o imunizante do Butantan é tetravalente e, portanto, protege contra os quatro subtipos do vírus, mas conta com um diferencial: será administrado em dose única, contra as duas doses necessárias da Qdenga. A previsão é que o instituto entre com o pedido de registro junto à Anvisa ainda este ano.

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Médica alerta para sinais de cardiopatia em crianças e adolescentes


Você sabia que sintomas podem sinalizar que uma criança ou adolescente tem doença cardíaca? De acordo com a diretora-médica da organização não governamental Projeto Pro Criança Cardíaca, Isabela Rangel, as manifestações clínicas variam de acordo com a patologia cardíaca e sua gravidade.

Em entrevista à Agência Brasil, a médica dá orientações sobre os sinais que devem ser observados e quando é preciso buscar assistência.

Isabela Rangel afirma que os pais devem ficar atentos caso a criança apresente cansaço durante a amamentação, desconforto respiratório quando se esforçar, cianose (coloração arroxeada), infecções respiratórias de repetição, dificuldade de ganhar peso e sudorese excessiva.

Em alguns casos, a cardiopatia requer uma correção cirúrgica, que pode precisar ser feita ainda na primeira infância. "Algumas devem ser corrigidas ainda no período neonatal", destacou. No Brasil, cerca de 30 mil novos casos ocorrem por ano, dos quais 80% vão necessitar de alguma intervenção, seja por meio de cirurgia ou cateterismo terapêutico na infância, sendo 40% no primeiro ano de vida.

A cardiologista explica que uma criança cardíaca enfrenta dificuldades de diagnóstico e tratamento, e o acompanhamento médico pode ser necessário ao longo de toda a vida. "O atendimento à criança e adolescente com cardiopatia no Brasil é um grande desafio, principalmente pela distribuição geográfica desigual dos centros de referência de cardiologia e cirurgia cardíaca. Isso faz com que muitos pacientes tenham dificuldades de chegar a esses centros especializados, retardando o diagnóstico da doença".

Outro ponto destacado é a presença de cardiopatia congênita, que pode afetar o crescimento, além do desenvolvimento motor, cognitivo e neurológico. Podem ser observados também alteração no comportamento, déficit de atenção e hiperatividade. "A manutenção da saúde dessas crianças necessita do cuidado por parte de uma equipe multidisciplinar, com o objetivo de contribuir cada vez mais para a melhora da qualidade de vida desses pacientes".

Desde sua fundação, em 1996, o Projeto Pro Criança Cardíaca atendeu 15.531 pacientes, tendo atingido seu maior número no ano passado, com 119 cirurgias de alta complexidade efetuadas. As cirurgias são realizadas no Hospital Pediátrico Pro Criança Jutta Batista, que é administrado pela Rede D'Or. Além dos procedimentos cirúrgicos, o projeto atua oferecendo cestas básicas, medicamentos, consultas e exames.

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JORNAL OPÇÃO

Brasileira cria aparelho que devolve movimentos a quem parou de andar

Também se destina a pacientes com disfunções neuromotoras ou aqueles que passaram longos períodos na UTI sem movimentação, promovendo estimulação muscular e reduzindo a dependência de opioides no tratamento da dor

No 2º ano do curso de Neurociências na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Duda Franklin, integrante da lista Forbes Under 30 de 2023, foi convocada à sala da reitoria. Ao chegar, encontrou não apenas o reitor do Instituto do Cérebro, um dos principais centros de pesquisa do País, mas também o renomado neurocientista Sidarta Ribeiro.

“Os dois estavam esperando para ter uma conversa comigo. Meu coração gelou”, contou Duda ao site da Forbes,  lembrando do início da sua trajetória como empreendedora e pesquisadora.

Ao invés de repreensão, o encontro visava uma correção de rumo, pois o reitor percebeu que Duda estava direcionando seus esforços para a pesquisa de sistema embarcado, considerado por ele um caminho pouco proveitoso. “Ele me disse que, a partir daquele momento, eu deveria me voltar apenas para a neurociência e aos meus estudos sobre neuromodulação.”

A startup liderada por Duda desenvolve um dispositivo de neuromodulação não invasiva, o Ortech, projetado para auxiliar pessoas que sofreram acidentes, ficaram em cadeiras de rodas, ou desenvolveram condições como Mal de Parkinson ou AVC a recuperarem sua mobilidade.

O Ortech também se destina a pacientes com disfunções neuromotoras ou aqueles que passaram longos períodos na UTI sem movimentação, promovendo estimulação muscular e reduzindo a dependência de opioides no tratamento da dor. Um paciente em fase de testes, anteriormente dependente de um andador, agora caminha com auxílio de muletas, com a expectativa de recuperar autonomia completa em dois anos.

Os testes do Ortech estão em andamento no Hospital do Amor, em Campinas (SP), e no CHN em Niterói (RJ), parte da rede DASA. “O aparelho, que cabe na palma da mão, transmite sinais para os neurônios para ativar os movimentos ou modular a dor. São sinais que saem de um computador para o sistema fisiológico do paciente.” 

Desde jovem, Duda Franklin destacou-se por sua excepcional criatividade e habilidade de pensamento, evidenciando ser única e muito acima da média. “Meus trabalhos para a feira de ciências eram protótipos de tomógrafo, por exemplo”, diz.

Duda compartilha que, desde a infância atípica, diagnosticada com altas habilidades no transtorno do espectro autista, isso era motivo de orgulho para sua mãe, uma assistente social que incentivou seus estudos, mas não sem desafios. “As meninas se interessavam por One Direction e eu nunca entendi direito essas paixões adolescentes. Ficava de fora”.

Estudando em uma escola de elite, era uma das poucas sem recursos financeiros na turma de adolescentes da classe alta. “Sofri preconceito pela minha cor e meu cabelo. Demorei muito pra me aceitar”, diz.

Devido a mais essa diferença, ela encontrava refúgio nos laboratórios e bibliotecas, enquanto suas colegas discutiam sobre acessórios para o cabelo e bandas musicais. Desde o ensino médio, seu interesse estava na compreensão das áreas desativadas do cérebro.

Aos 24 anos, acumula diplomas de graduação em Neurociência e Engenharia Biomédica, mestrados em Neuroengenharia e em Ciência, Tecnologia e Inovação, além de uma formação em empreendedorismo.

“Não quis aceitar a ideia de ser uma cientista que fica só dentro do laboratório. Meus ídolos são inventores que criaram empresas, como Steve Jobs”, diz a potiguar, que faz parte do hub de fundadores Microsoft for Startups e, em 2023, teve sua empresa investida pelo fundo do Google para fundadores negros. “Eu me preparei para gerir uma empresa ao mesmo tempo em que trabalho no desenvolvimento de produtos. Eu sei que consigo.”

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MEDICINA SA

IESS publica estudo com o cenário da saúde mental na saúde suplementar

Nos últimos anos, os transtornos relacionados à saúde mental se agravaram e, por consequência, se tornaram um dos principais problemas da saúde no País. Parte de uma extensa lista que inclui ansiedade e transtorno bipolar, a depressão é uma das doenças que têm crescido e afetado beneficiários na saúde suplementar – entre 2020 e 2023, passou de 11,1% para 13,5% dos beneficiários com planos de saúde, aumento de 2,4 pontos percentuais. Em novembro do ano passado, havia 50,9 milhões de beneficiários no País.

As informações são de um estudo especial do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que traz um panorama da saúde mental na saúde privada e tem como proposta reforçar a campanha Janeiro Branco, que busca conscientizar e trazer reflexões sobre essa questão.

O estudo “Janeiro Branco na Saúde Suplementar – Panorama da saúde mental entre beneficiários de planos de saúde”, baseado em dados de três pesquisas realizadas pelo Inquérito Telefônico para Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), mostra que a maior prevalência da depressão ocorre entre as mulheres. O resultado da análise indica que houve aumento de casos entre 2020 e 2023, de 15,3% para 18,5%, respectivamente. Assim, uma a cada cinco beneficiárias de planos de saúde apresentam a doença.

Nota-se também que o maior volume de casos está entre os jovens de 18 a 39 anos. Durante o período analisado, subiu de 9,8% para 13% dos beneficiários nessa faixa etária, resultando em elevação de 3,2 pontos percentuais. No público com 60 anos ou mais houve variação positiva de 2,4 pontos percentuais (passou de 13,1% para 15,5%) e entre a faixa de 40 a 59 anos subiu um ponto percentual no mesmo período, de 11,8% para 12,8%.

Crescimento em número de consultas

Em outro estudo, intitulado “Dados assistenciais da saúde suplementar – edição especial saúde mental”, com dados do Mapa Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o IESS apresenta mais informações relevantes sobre o tema. Para se ter uma ideia, entre 2019 e 2022, houve crescimento representativo (60,8%) no número de consultas e sessões com psicólogos no País. No primeiro ano, foram 21,7 milhões e saltou para 34,9 milhões três anos depois.

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, os dados são preocupantes e acendem um sinal de alerta, pois mostram que os transtornos ligados à saúde mental estão cada vez mais presentes, inclusive entre os beneficiários de planos de saúde. “Os dados mostram que a pandemia da Covid-19 foi um dos agravantes para o aumento de casos de doenças relacionadas. Isso também resulta em mais custos para o setor, que apenas com procedimentos de psicoterapia, teve seu gasto elevado, de R$ 181 milhões para R$ 269 milhões, entre 2018 e 2022”, observa.

Clique aqui para ver o estudo Janeiro Branco na Saúde Suplementar na íntegra.

https://www.iess.org.br/biblioteca/tds-e-estudos/estudos-especiais-do-iess/janeiro-branco-na-saude-suplementar-panorama-da

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 02 Fevereiro 2024 07:45

CLIPPING AHPACEG 02/02/24

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

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AGÊNCIA BRASIL

Reajuste: plano de saúde deve subir 25% em 2024

Os planos de saúde empresariais devem ter neste ano reajuste médio de 25%. Esse percentual é três vezes maior que a inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).Os reajustes de planos de saúde empresariais têm crescido desde 2018. Em 2023, enquanto os preços em geral aumentaram 4,8%, a inflação médica subiu 14,1%, mais do que a média global, de 10,1%, segundo dados da consultoria AON, que mediu os custos dos insumos médicos no ano passado em 113 países.

Esse aumento tem sido criticado por especialistas no assunto. "Nenhuma aposta fora de 20% a 25% para o reajuste em 2024 parece boa neste exato momento", comentou Luiz Feitoza, sócio da consultoria Arquitetos da Saúde.O motivo dos aumentos, aponta análise da Arquitetos da Saúde, está nas perdas de receitas desde início da pandemia.

Em 2020, muitos procedimentos (como cirurgias eletivas, consultas e exames) foram suspensos para abrir espaço ao tratamento de pacientes com covid-19. Embora o volume de atendimentos de doentes tenha sido alto no período, houve uma queda considerável nos custos em relação a outros procedimentos que deixaram de ser feitos. "Entre 2021 e 2022, o mercado ganhou cerca de 2 milhões de novos usuários, mas que pagaram preços irrealistas pelos planos", explica Feitoza.

Planos e remédios mais caros

Não são só os planos de saúde que devem subir, os remédios também ficarão mais caros este ano com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) mais alto. Dez Estados brasileiros e o Distrito Federal decidiram aumentar a alíquota do ICMS neste ano. Todas as categorias de remédios terão os valores reajustados com o aumento do imposto e esse não será o único. Em março, haverá outro aumento em função do reajuste anual definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que é autorizado pelo governo.

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TV O FOCO

R$125 milhões na mesa: Novo rival dos planos de saúde chega com cofres cheios para aniquilar Unimed e Amil

O mais novo rival dos planos de saúde chegou para colocar medo na Unimed e Amil

A Unimed e a Amil precisam ficar com os olhos bem atentos agora que uma grande rival conseguiu chegar com um investimento enorme para ser uma outra vertente dos planos de saúde.

Acontece que os planos de saúde são viáveis para os brasileiros, você paga uma taxa para a Amil e a Unimed e eles te fornecem diversos serviços como consultas, internações e cirurgias por exemplo.

Mas, o grupo particular fora dos altos padrões de investimentos e os valores exorbitantes começou a ganhar forma e um nome tem como a 'liderança' dessa frente, o Dr. Consulta.

O QUE É O DR. CONSULTA?

O Dr. Consulta chega como outra vertente fora dos planos de saúde como Unimed e Amil e longe de ser um serviço público de saúde.

Resumidamente você paga para passar em consulta e caso precise de outros procedimentos, você aos poucos vai pagando também.

Claro que é acima do valor, mas talvez seja mais viável para algumas pessoas do que investir em um plano de saúde.

Segundo informações da Medicina SA em agosto de 2023, dr.consulta anuncia que encerrou sua rodada série D com o aporte de R$ 125 milhões agregando duas novas instituições de fundos de investimento:

O BID Invest, braço privado do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que aportou R$ 49 milhões, e a JICA, Agência de Cooperação Internacional do Governo Japonês, que investiu com R$ 44 milhões.

O restante do investimento veio da Kamaroopin, gestora de growth equity liderada por Pedro Faria, em associação com o Pátria Investimentos, com outros co-investidores.

O fundo de impacto Lightrock, atual investidor da companhia, aumentou sua participação no dr.consulta após esta rodada.


A rodada, que teve início em agosto de 2022, já havia captado R$ 170 milhões sendo liderada pela Kamaroopin e acompanhada pelos também investidores Lightrock e Madrone Capital, entre outros.

"Temos muito orgulho de nosso investimento no dr.consulta que demonstra nosso compromisso com o desenvolvimento de serviços de saúde acessíveis e de alta qualidade no Brasil. O apoio a inovação na intersecção entre tecnologia e saúde continua sendo um foco primordial para o BID Invest, especialmente quando se alinha com os princípios do desenvolvimento sustentável", afirma Elizabeth Robberechts, Diretora Administrativa de Infraestrutura do BID Invest.

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19 milhões no lixo: Hospital colossal de SP acaba indo à falência junto com plano de saúde da Unimed


O hospital gigante de São Paulo teve o adeus decretado com o plano de saúde

O anúncio de falência é o pior pesadelo que qualquer negócio pode receber. Afinal, ninguém abre uma empresa para vê-la ir ao fundo do poço após tanto trabalho duro.

Dessa vez, falaremos sobre o adeus surpreendente de um hospital colossal de São Paulo que acabou indo à falência juntamente com plano de saúde da Unimed.

Acontece que, em meados de 2011, o Hospital São Leopoldo foi desativado e comprado pela Unimed Paulistana em 2012. Na unidade médica, oito andares em uma região bastante movimentada de SP e capacidade para 120 leitos, quatro salas de cirurgia e um centro obstétrico.

Mas, de gigante da saúde o hospital passou a ser um prédio abandonado, coberto por um tapume cinza e cheio de pichações. Na entrada, é possível se ver muita sujeira e pedaços da construção caindo aos pedaços.

O investimento de mais de R$ 19 milhões da Unimed Paulistana foi um verdadeiro desperdício, visto que a unidade nunca chegou a ser usada, segundo informações do portal 'CBN'.

Mas, além do desfecho do hospital colossal, a Unimed Paulistana também fechou às portas depois de uma crise financeira afetar a cooperativa. A operadora tinha mais de 700 mil clientes, de acordo com o 'G1'.

Por meio de um comunicado, a Unimed do Brasil confirmou a liquidação extrajudicial da Unimed Paulistana e informou que, para efeitos administrativos, um liquidante extrajudicial nomeado pela ANS passa a responder legalmente pela operadora.

A Unimed Paulista teve o adeus decretado em 2015, sofrendo uma liquidação da ANS, que é uma espécie de falência no meio dos convênios.

QUAIS SÃO OS PLANOS DA UNIMED?

Como havíamos mencionado, o fim da Unimed Paulista não quebrou as outras cooperativas no Brasil. Atualmente, a empresa oferece os seguintes planos de saúde: Plano Bem São Paulo; Estilo; Absoluto; Superior e Exclusivo.

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PORTAL G1

Goiás registra a primeira morte por dengue em 2024, diz governo

Vítima é um homem, de 31 anos, da cidade de Uruaçu. Outros 31 óbitos estão sendo analisados, tendo entre as vítimas crianças e bebês.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) confirmou a primeira morte por dengue em Goiás em 2024. A vítima é um homem, de 31 anos, que morreu no dia 5 de janeiro, na cidade de Uruaçu, na região norte de Goiás. Outros 31 óbitos estão sendo analisados, tendo entre as vítimas crianças e bebês.

O estado está em alerta, pois os casos de dengue estão em alta desde o ano passado. Segundo informações da SES-GO, até a manhã desta quinta-feira (1º), já tinham sido confirmados 11.294 casos da doença e 475 pedidos de internação durante janeiro.

Segundo Amanda Melo, superintendente de regulação, controle e avaliação do estado, o número de internações ainda não é motivo de preocupação, mas sim de alerta.

"Por enquanto, com relação às internações de dengue, não estamos preocupados. Nós temos uma média de solicitações de média e alta complexidade para os nossos hospitais estaduais de 15 solicitações dia, mas a gente tem alguns momentos de pico. (...) Mas nós temos mais de 15 unidades que estão aptas a atendimento desses pacientes, então, por enquanto, estamos numa situação confortável, mas temos receio de uma crise como foi a Covid", explicou.

A maioria dos casos registrados em Goiás são de dengue tipo 1 (103 casos), mas o que preocupa as autoridades são os casos de dengue tipo 2 (56 casos). Isso porque, segundo a superintendente de vigilância em saúde, Flúvia Amorim, o sorotipo 2 tem o potencial de causar formas mais graves em algumas situações, inclusive em crianças e adolescentes.

“O que nos preocupa neste ano de 2024 em relação à dengue não é só o aumento de casos em geral, mas o aumento de casos graves. O sorotipo 2 está circulando e tende a ficar predominante no nosso estado”, diz a superintendente.

Em Goiás, as cinco cidades com maior número de casos de dengue são: Anápolis (1.630), Goiânia (1.522), Jataí (1.298), Águas Lindas de Goiás (863) e Aparecida de Goiânia (783).

Já os cinco municípios em que se tem maior incidência da doença são: Sanclerlândia (2.557), Aurilândia (2.281), Perolândia (1.883), Ipiranga de Goiás (1.650) e Cocalzinho de Goiás (1.501) - a incidência de uma doença mede o risco da população adoecer, dividindo o número de casos da doença das últimas quatro semanas pela quantidade de habitantes.

Vacina

A vacina contra a dengue, que será disponibilizada pelo Ministério da Saúde para mais de 130 cidades em Goiás, será mais uma das formas de prevenção à doença. Mas ainda não há previsão de quando as doses serão entregues e nem qual será a quantidade.

“O que a gente teve de informação é que o Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Saúde (INCQS) estava avaliando a vacina, o que faz parte do protocolo, e que eles exigiram que o laboratório forneça a bula em português”, explicou Flúvia.

As doses serão aplicadas por grupos de prioridade e a faixa etária escolhida foi a de 10 a 14 anos, com duas doses com intervalo de três meses entre elas.

Combate ao mosquito

Em Goiás, 48 cidades estão com alto grau de risco para a dengue

A dengue, a zika e a chikungunya são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, que se reproduz em água parada. Segundo Flúvia, estudos mostram que cerca de 75 a 80% dos criadouros do mosquito estão sendo encontrados dentro das casas. Por isso, pede a compreensão da população para ajudar no combate ao mosquito.

“É importante que cada cidadão faça essa avaliação uma vez por semana. A responsabilidade é compartilhada, tem a parte que é do cidadão e tem a parte que é do poder público”, orientou.

Segundo a superintendente, a Defesa Civil tem encontrado resistência dos moradores em deixar que os agentes adentrem nas residências para checar se há criadouros do mosquito. Ela pede a compreensão da população, já que o serviço dos agentes nas casas é mais proveitoso do que os conhecidos fumacês.

“Se você está receoso se aquela pessoa é agente ou não, a orientação é verificar a identificação e, em dúvida, ligar para sua secretaria municipal. (...) O fumacê tem uma eficácia muito baixa, porque a característica das residências é de muro alto, árvores nas portas. Então, a quantidade de inseticida que chega no mosquito que fica dentro do domicílio é muito pequena”, explica a superintendente.

Causas do aumento

O médico epidemiologista e professor da Universidade Federal de Goiás João Bosco Siqueira Júnior destaca também que não há uma resposta única para a questão.

“Os países de clima tropical sofrem muito com a proliferação do mosquito transmissores da dengue. A temperatura ideal para o mosquito é entre 25°C e 32°C. E Goiás tem essa condição climática muito favorável quase o ano todo”, disse.

O El Niño, fenômeno meteorológico que eleva as temperaturas, também contribui para o aumento de mosquitos Aedes aegypti, transmissor da dengue. “A gente pode ter aumento de temperatura e chuvas irregulares. Isso é a combinação perfeita para a proliferação. Aumentando o número de mosquitos, aumenta o número de casos”, disse Flúvia.

O médico pontuou ainda que Goiânia e o Entorno do Distrito Federal são grandes áreas urbanas e que as epidemias não atingem todas as regiões ao mesmo tempo. Além disso, a parcela da população que teve dengue de um sorotipo específico vai variando a cada ano. Isso pode justificar constantes números altos da doença.

Por último, Flúvia disse que o sorotipo da dengue que está circulando atualmente é diferente dos anos anteriores, o que também contribui para o aumento dos casos.

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TV ANHANGUERA

Número de casos de dengue dobrou em uma semana

globoplay.globo.com/v/12318431/

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JORNAL OPÇÃO

Henrique Prata vale ouro e será uma honra para Goiás se gerir o Cora

Ministério Público faz justiça a um santo ao rejeitar denúncia com a qual Marconi Perillo tentava impedir a construção da maior obra da Saúde no Centro-Oeste

Nilson Gomes-Carneiro

Especial para o Jornal Opção

O ano começou no fim de janeiro, quando o Ministério Público de Goiás disse “não” à vontade do ex-governador Marconi Perillo de barrar o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás, o Cora, maior obra de Saúde do interior do Brasil. Foi uma tentativa de golpe contra milhares de pacientes que sofrem com câncer, em ação equivocada atribuindo delitos à pessoa mais próxima de um santo que habita este país, Henrique Prata, a Irmã Dulce rediviva, a Madre Tereza de Calcutá deste lado do Atlântico. Caso seja o gestor do Cora, vai honrar Goiás e orgulhar inclusive a memória da menina da Casa Velha da Ponte, a Coralina coragem, Coralina coração.

Quem já viu seu trabalho em 12 Estados sabe que não se trata de exagero.

Quem acompanha suas atividades no Hospital de Amor, em Barretos (SP), diria que é o mínimo a se reconhecer.

Absurdos são tolerados na política e deles Prata tem sido vítima sem interrupção. Como diz nos livros, verdadeiros best-sellers, o poder do lado podre das empresas de doença supera o das autoridades constituídas. No fim de 2023, lançou sua quarta obra, “O Parque dos Lobos”, pela Editora Gente. O nome de Marconi Perillo não aparece ali, mas emerge de cada página a obsessão de figuras iguais a ele por prorrogar a dor dos doentes de câncer e seus familiares. A cada unidade aberta, depois de muito trabalho e enfrentando perseguições de todo tipo, Henrique se depara com armários cheios de Érobos engravatados como o que o acionou em Goiás. O Cora terá 45 mil m² de área construída. Ou seja, será assombração a dar com pau. Vade retro, Madame Satã do mal.

O que Marconi não sabia é que nada disso é novidade, nem seus gestos, nem suas intenções, nem seus métodos. São o parque e os lobos que Henrique Prata colocou no título de seu magnífico libelo em favor dos vulneráveis. As denúncias de Marconi, que não têm fundamento, são levadas a sério justamente para mostrarem a que vieram, ou seja, o desejo mórbido de atrapalhar. A batalha de Henrique não é contra moinhos de vento e sim contra a tempestade de corrupção. Na matilha estão desde secretários municipais até burocratas de Brasília, de grupelhos em corrutelas ao Ministério da Saúde, não importam partidos, prefeitos, governadores (ou ex), o presidente da República ou seus auxiliares. Como reafirma, há alguém superior a essa turma inteira, o casal Doutor Grana e Medicina do Dinheiro.

Honestidade, a mais letal das armas

Prata ressalva os honestos da saúde privada e detalha os danos que a fatia bandida provoca. Em “O Parque dos Lobos”, esmiúça as tenebrosas transações para impedir o funcionamento do Hospital de Amor em Porto Velho (RO). Beira o inacreditável a narrativa de um exército de mafiosos de cofres escancarados para receber os caraminguás da gente moída à espera de atendimento. Henrique Prata os desafia com a mais letal das armas, a honestidade.

Os marginais lucram horrores com um horror, o câncer. O que para pacientes e familiares é um mal, para as organizações criminosas de branco (e outras) são notas vivas de real, dólar e euro. A indústria é de tal forma superavitária que profissionais da cura se transformam em monstros quando veem risco de a fonte secar. A implantação de um Hospital de Amor, como será o Cora, soa o alarme de que o chafariz de cédulas será desligado.

Marconi Perillo mirou em Ronaldo Caiado e tentou acertar, por tabela, em Henrique Prata. Mas errou os “tiros”, que atingiram seu pé. Desconhecia o fato de o presidente da rede nº 1 em atendimento oncológico na América Latina andar sempre com inexpugnável colete à prova de balas, o resultado em vidas, saúde e bem-estar de milhões de pessoas. Caso o ex-governador de Goiás protagonize o próximo sucesso de público de Prata, vai ajudar na missão: o que arrecada com a venda de livros é destinado à rede de hospitais. Foram 260 mil exemplares das tiragens em papel de “Acima de tudo o amor”, com o dinheiro revertido inteiramente para a construção na Capital de Rondônia.

Corvos (never more, diria Poe) como os que se aventuram a agourar o Cora voaram aos bandos sobre o projeto em Porto Velho. Assim como Winston Churchill com os aviões nazistas cobrindo Londres, Henrique Prata e seus colaboradores lutaram à sombra. Após derramarem sangue, suor e lágrimas, com ajuda de meia dúzia de empresários, o prédio ficou pronto, foi equipado e… cadê os convênios? A facção conseguiu vedar os repasses ao Hospital de Amor Amazônia nos três entes federativos: “Inauguramos com 21 mil pacientes ontológicos, sem dinheiro de governo municipal estadual ou federal”, relata Henrique Prata. Isso foi em 2017, já atuava desde 2013 e as facadas nas costas não deram sossego.

Mesmo com o número de atendidos dobrando a cada ano, autoridades estaduais em Rondônia chegaram ao cúmulo de dispensar recursos federais que Henrique havia conseguido. Ainda assim, o benfeitor manteve o propósito, iniciado quando percorria o Caminho de Santiago de Compostela pela primeira vez. O celular tocou na mochila. Avisavam-lhe de que havia sido considerado “Campeão Mundial de Avanço na Área Médica do Combate ao Câncer de Mama”. Mundial, hein! O prêmio era de 1 milhão de dólares ofertado pela Avon. Teve a ideia de passar o inesperado valor para o lugar Campeão Nacional em Enviar Pacientes para Barretos, a Região Norte. Especificamente, Porto Velho.

(Aliás, a Amazônia não é para amadores. Autoridades atingiram o Monte Roraima da malvadeza dificultando o tráfego das carretas de prevenção ao câncer, que participavam de campanhas por rodovias, balsas e onde mais houvesse mulheres a ser conscientizadas. O start, meio século atrás, foi em bicicleta. A máfia prefere apertar o delete.)

O cenário ali é tão escabroso que servidores da Saúde boicotam o envio de pacientes para o Hospital de Amor local. Os doentes são encaminhados para clínicas semelhantes a ferros-velhos de tão sucateados seus instrumentos, aparelhos e práticas médicas. Em vez de curarem, matam. “O Parque dos Lobos” foi lançado ao se completar uma década de abutres nazistas preenchendo os céus de Rondônia e a turma do bem combatendo à sombra com as sobras.

Espancam-no em vão, pois Henrique não desiste. É a tradição da família Prata, que vale Ouro, desde o século XIX. Na primeira década do XX, sua bisavó “acolhia os pacientes em sua própria residência” e “construiu uma Santa Casa em Lagarto (SE) em 1919”. Seu pai, Paulo Prata, e seu avô, Ranulpho Prata, ambos médicos, mantiveram o propósito de cuidar dos desamparados. Doutor Paulo bancou os primórdios do Hospital do Câncer de Barretos em 1962. Segurou o leme ao lado de doadores até a exaustão financeira. Abaixou as portas. Era 1989 quando Henrique, “fazendeiro que nunca cursou medicina, ao viver uma experiência de fé, resolveu abraçar a obra de seu pai e servir a Deus desse modo”, diz na quarta capa de “Acima de tudo o amor”.

O Senhor deve estar satisfeito, igual a Henrique, que O louva em praticamente todos os parágrafos dos livros. Gratidão é algo vindo dos céus, não o dos abutres e corvos, e essa chuva irriga os caminhos do Santíssimo Henrique da Saúde. É de tal forma grato que um radialista de Goiânia, Kadmous Alassal, espalhou vídeos em que comenta seus livros e Henrique, quando veio visitar o Cora ao lado do governador Ronaldo Caiado, o convidou para subir ao palco. Não esquece quem auxilia a luta contra o câncer, milhões de voluntários que colocam a mão na consciência e, claro, no bolso.

Dedica os exemplares literários a bons cristãos como José Luiz Cutrale (o Rei da Laranja, que, quando menino, foi carregador num mercado e morreu bilionário em 2022), padres (três italianos, Mucciolo, Bortolameotti e Lancelotti), o presidente Lula da Silva e seu vice Geraldo Alckmin (num livro de 2012), José Serra (ex-ministro da Saúde e ex-governador de São Paulo) e artistas como Ivete Sangalo, Xuxa, Gugu Liberato, Chitãozinho & Xororó, Sérgio Reis e os goianos Leandro e Leonardo. Agradece a alguns representando a multidão de almas caridosas. Conheça um fato com uma delas, Eunice Diniz.

A gente em Goiás vai a pé a Trindade, Muquém, Guarinos e Panamá pagar promessas. A romaria de Henrique é em Compostela, na Espanha. Além de idealizar o Barretinho, a filial de Porto Velho, numa das peregrinações, de 22 de setembro a 13 de outubro de 2011, gravou o que viraria “Acima de tudo o amor”. Todos teríamos de virar caminhantes em tributo a humanos como Henrique e Eunice. Ele estava fazendo o Hospital de Amor Jales (SP) quando o dinheiro acabou, governo sumiu, político miou. Metade do prédio pronta. O desespero assomou. E agora, Henrique?

Lembra quem é o grande parceiro dele? Deus. Depois de tirar insistentemente o chapelão para coçar a cabeça, surgiu uma luz. Deus. Tocou novamente o telefone. Deus havia tocado alguém. Era Eunice Diniz, doadora de milhões de dólares em projetos anteriores. Havia vendido uma fazenda:

“Fiz um voto de que parte do dinheiro iria para um projeto que se dedicasse a salvar vidas.”

Era 2010. Orçamento para concluir o hospital: R$ 15 milhões. Ela bancou.

Num mundo em que há Henriques e Eunices, Coras prosperam ainda que marconis — “m” minúsculo — tentem o contrário.

Nilson Gomes-Carneiro é advogado.

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A REDAÇÃO

Ministério da Saúde vai monitorar casos de dengue em Goiás

Para ampliar e agilizar a organização de estratégias de vigilância, frente ao aumento de casos de dengue no Brasil, o Ministério da Saúde instalou, nesta quinta-feira (1º/2), um Centro de Operações de Emergência - COE Dengue. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF), reforçando que a atuação será coordenada com estados e municípios.

Segundo Nísia, Goiás, onde, neste ano, foram registrados 13.870 casos prováveis de dengue, receberá atenção especial do COE. Ela explicou que a medida vai contribuir para uma análise minuciosa, porém ágil, dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão e definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento dos casos no estado. 

“De maneira geral, a mensagem é de mobilização nacional, de união de esforços com estados e municípios. De um Brasil unido contra a dengue. Nós estamos, desde novembro, com uma série de ações para monitorar o avanço da doença. Temos o SUS, com toda sua capilaridade, os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. É um movimento de governo, mas também precisamos do apoio da sociedade”, frisou a ministra.

A fala da ministra da Saúde reitera a coordenação, por parte da pasta, de uma série de atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024. Desde o ano passado, o governo federal está em constante monitoramento e alerta quanto ao quadro das arboviroses no Brasil, convocando a sociedade, unindo esforços e trabalhando pela conscientização das medidas de prevenção em todo o território nacional.

Atualizações
Em 2024, até o momento, o Brasil registrou 243.721 casos prováveis de dengue, sendo 52.069 casos na semana epidemiológica 1 (31/12 a 6/1), 63.995 na semana 2 (7 a 13/1), 79.872 casos prováveis de dengue na semana 3 (14 a 20/1) e 47.785 casos na semana epidemiológica 4 (21 a 27/4). Os dados são do painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde. 

Com o acionamento do COE, o Ministério da Saúde vai ampliar o monitoramento da situação, com ênfase em dengue, para orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores. O planejamento das ações e a resposta coordenada serão feitos em conjunto com estados e municípios e de forma interministerial.

Pacote de estratégias 

O Aedes aegypti utiliza todo o tipo de recipiente capaz de acumular água para depositar seus ovos. Alguns são conhecidos: garrafas e embalagens descartáveis, latas, vasos de plantas, pneus e plásticos. Mas há lugares que, muitas vezes, o mosquito utiliza para se reproduzir e que são desconhecidos das pessoas. É aí que entra o trabalho dos Agentes de Combate às Endemias (ACE). Em Goiás, 3.885 agentes estão atuantes na força-tarefa contra a dengue.

“Esses profissionais que atuam na linha de frente de combate ao mosquito são treinados e capacitados para detectar riscos de vetores para os próprios residentes e para a comunidade, orientando as famílias e visitando as casas uma a uma. Ninguém quer que a sua residência seja um local de risco. Por isso, é importante abrir as portas para esse serviço de proteção”, ressalta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos são mais suscetíveis às complicações da dengue, chikungunya e zika. Caso tenha um desses perfis, os cuidados de combate ao mosquito devem ser redobrados: mantenha a caixa d’água bem fechada, guarde pneus em locais cobertos, limpe bem as calhas de casa, amarre bem sacos de lixo e não acumule entulho, esvazie garrafas PET, potes e vasos, coloque areia nos vasos de planta, e receba bem os agentes de saúde.

Sintomas e prevenção

Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.

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Goiás está em situação de emergência por casos de dengue e chikungunya

O Estado de Goiás vive, pela primeira vez, uma situação de emergência por alto índice de casos de dengue e chikungunya simultaneamente, sendo a região Sudoeste a mais afetada. Conforme o secretário de Saúde, Rasível Júnior, a pasta aguarda as últimas notificações dos municípios para verificar se será decretado estado de epidemia pelas doenças no território goiano. 

Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Estado registrou 11.643 casos de dengue nas três primeiras semanas de janeiro. Deste total, cerca de 30% correspondem ao sorotipo 2 da doença, subtipo relacionado a infecções mais graves, principalmente em crianças e adolescentes. 

Além disso,  Goiás contabilizou aumento no número de internações por dengue, foram 445 solicitações entre 1º e 31 de janeiro, sendo o último dia com maior registro, 36.  Uma morte em decorrência da doença foi registrada no mesmo período. Trata-se de um homem de 31 anos, que residia no município de Uruaçu.

De acordo com o secretário, o Estado apresenta uma curva no alto índice de casos que se assemelha ao registrado em 2022, segundo ele, pior ano da série histórica da doença em Goiás. "É necessário que todos se mobilizem para o combate da doença. Desta vez, temos ainda o agravante do sorotipo 2. Mesmo com a chegada da vacina a população não deve relaxar, até porque o número de doses será muito limitado neste primeiro momento", disse. 

Já em relação a chikungunya, foram 737 casos confirmados nas primeiras semanas de janeiro. Há ainda 924 casos notificados para investigação. Nenhuma morte em decorrência da doença foi registrada. 

Para a Superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, a maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti são encontrados em domicílios. "10 minutinhos que uma pessoa tira para verificar se há recipientes com água parada no quintal de casa, faz toda a diferença. É importante que cada um faça a sua parte para que possamos combater essas doenças, afirma. "Aqueles que estão com sintomas, como febre e dor de cabeça, a recomendação é que inicie hidratação imediatamente e procure a unidade de saúde mais próxima", ressalta. 

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PORTAL AB NOTICIAS NEWS

Queda de 15% nos exames de mamografia liga sinal de alerta no Brasil


Dados do Ministério da Saúde mostram que nos últimos cinco anos o número de exames de mamografia na rede pública diminuiu 15%, passando de 4.208.520 procedimentos em 2019 para 3.575.668 em 2023.

À medida que nos aproximamos do Dia Mundial de Combate ao Câncer, em 4 de fevereiro, e do Dia da Mamografia, em 5 de fevereiro, as atenções se voltam para a importância da prevenção e conscientização sobre o câncer, particularmente o câncer de mama. Ambas as datas visam transmitir a mensagem sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. O câncer de mama é o tipo mais prevalente entre as mulheres, sendo a mamografia o principal procedimento para identificar a doença.

"A realização do exame é de extrema importância, pois apenas a mamografia é capaz de identificar lesões muito pequenas antes de se tornarem câncer. A detecção precoce pode possibilitar uma intervenção mais eficaz e dar à paciente até 98% de chance de cura", explica a mastologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Daniela Martins.

Em junho de 2022, o inaugurou o seu mamógrafo. De acordo com informações da instituição, foram realizados 455 exames de mamografia no primeiro ano de funcionamento. Esse número aumentou 77%, passando para 809 atendimentos.

O equipamento totalmente digital é do modelo da FUJI Amulet, sendo projetado para oferecer conforto à paciente, pois conta com a pá de compressão e um design ergonômico que se ajusta ao formato da mama, garantindo que o tecido mamário seja adequadamente distribuído, reduzindo assim, o desconforto do exame.

O procedimento é um tipo específico de radiografia que possibilita a identificação precoce de alterações nas mamas, como calcificações, nódulos e tumores, que podem ser malignos ou benignos. Estima-se que, uma a cada oito mulheres vão desenvolver o câncer de mama em algum momento da vida.

"Esse tipo de exame deve ser realizado anualmente por mulheres a partir dos 40 anos ou menos, de acordo com antecedente familiar de câncer ou para complementar algum diagnóstico médico", orienta a mastologista.

O sintoma mais comum de câncer de mama percebido pelas mulheres é a presença de um caroço no seio, que pode ou não estar acompanhado de dor. Vale ressaltar que a dor não é um sintoma indicativo de câncer. Além disso, outras manifestações incluem a pele da mama adquirindo uma textura semelhante à casca de laranja, eventual secreção dos mamilos, coceira e possível presença de pequenos caroços sob o braço. Recomenda-se que a paciente busque orientação médica imediatamente ao identificar qualquer indício desses sintomas.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequadas podem reduzir o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. "Os hábitos saudáveis podem contribuir como medidas para a prevenção primária da doença. As indicações são: praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcóolicas. Amamentar também pode ser um fator protetor", conclui a mastologista.

Sobre o Hospital Japonês Santa Cruz

Inaugurado em 29 de abril de 1939, em São Paulo, com a missão de auxiliar os imigrantes japoneses e oferecer um atendimento médico-hospitalar de excelência no Brasil, o (HJSC) se dedica a proporcionar uma vida melhor e mais saudável a toda população. Com destaque nos serviços em oftalmologia, neurologia, ortopedia, cardiologia, entre outras especialidades, a instituição possui mais de 170 leitos distribuídos entre apartamentos, enfermarias e UTI, complementada com uma unidade específica para o transplante de medula óssea. Anualmente, a entidade realiza mais de 1 milhão de atendimentos, em mais de 40 especialidades médicas e tem em sua estrutura três pronto-atendimentos (geral, ortopédico e oftalmológico) e dois centros cirúrgicos (geral e oftalmológico), capacitados para atendimentos de alta complexidade. O tem certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA II), que atesta a segurança e qualidade dos processos assistenciais e médicos.

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Assessoria de Comunicação

30 01 24 reunião indicom

Em reunião realizada, em 30 de janeiro, representantes da Ahpaceg, empresa Indicom Ambiental e coordenadores da área de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Saúde de instituições associadas debateram um projeto que vai inovar a destinação do lixo reciclável produzido em hospitais de alta complexidade goianos.

A ação pioneira no Estado, que deve ter início por Goiânia, visa assegurar o reaproveitamento de materiais, como papelão, galões, plásticos, alumínio e eletrônico, de acordo com as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).

Esses itens, hoje, representam uma parcela expressiva dos resíduos produzidos por instituições de saúde e, com a implantação do projeto, eles deixarão de ser descartados, passando a ser usados como matéria-prima para tijolos, roupas/pijamas, saquinhos para diversos usos, dentre outros objetos.

“Várias ideias foram apresentadas nesta primeira reunião. Esse é um avanço muito importante que a Ahpaceg dará para preservação do meio ambiente ao somar com outras instituições o desfecho do lixo reciclável produzido no ambiente hospitalar/clínicas”, disse Madalena Del Duqui, coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg.

Também participaram da reunião, a coordenadora da Central de Compras da Associação, Ana Valéria Miranda, a executiva da Indicom Ambiental, Hadassa Serafim, e representantes dos associados.

Quinta, 01 Fevereiro 2024 12:30

CLIPPING AHPACEG 01/02/24

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde anuncia centro de emergência para conter epidemia de dengue

OMS alerta para escassez de remédios e aumento de falsificações

MPGO arquiva denúncia contra construção do Complexo Oncológico de Goiás

Cais Cândida de Morais ganha novos leitos e passa por melhorias de estrutura

'Vacina contra dengue é esperança, mas não é solução', diz ministra

STF é acionado para barrar lei de Goiás que obriga gestantes a ouvirem batimentos do feto antes de aborto

Cidade em Goiás publica decreto que obriga uso de máscara em prédios públicos e distanciamento social por causa do aumento de casos de Covid-19

Dentista suspeita de deformar pacientes oferecia curso de cirurgias estéticas com duração de 3 dias por até R$ 15 mil, diz delegada

Unimed Araguaína inaugura Espaço Bem Viver

Doenças raras na infância: a odisseia das famílias em busca de um diagnóstico

Operadoras querem propor diretrizes para tratamento de autismo nos planos

Reajustes abusivos dos planos de saúde coletivos por adesão

AGÊNCIA BRASIL

Saúde anuncia centro de emergência para conter epidemia de dengue


A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quinta-feira, 1ª, o lançamento de um Centro de Operações de Emergência para controle da epidemia de dengue no Brasil. Durante reunião tripartite na sede da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), e Brasília, Nísia fez um chamamento pedindo mobilização nacional por parte de estados e municípios.

"Quero fazer aqui um chamamento público para a união de todo o país neste momento. para proteger nossa população e para prevenir, uma vez que sabemos que a maior parte dos focos [do Aedes aegypti], mais de 75%, se encontra nas casas", disse. "Apenas com essa união podemos avançar no sentido de estarmos protegendo nossa população desse quadro de dengue e, possivelmente, de outras arboviroses."

A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito

Na abertura da reunião, a ministra voltou a dizer que a vacinação contra a dengue não pode ser vista como solução para a epidemia por conta da limitação de doses da Qdenga cedidas pelo laboratório fabricante. Outro ponto crítico da imunização destacado por Nísia é a não-indicação do imunizante para idosos, grupo mais acometido por formas graves da dengue.

"A vacina é esperança, é instrumento fundamental, mas não é resposta para um momento de crise", disse. "É hora de prevenir e cuidar. A dengue é uma doença para a qual o Sistema Único de Saúde (SUS) pode operar de forma eficiente, evitando mortes. Isso tem que ser uma tônica nossa neste momento", concluiu.

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DIÁRIO DA MANHÃ

OMS alerta para escassez de remédios e aumento de falsificações

O comunicado cita a escassez global - registrada em 2023 - de produtos indicados para o tratamento do diabetes tipo 2

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para a escassez de medicamentos como um problema global, sobretudo em países de baixa e média renda. Segundo a entidade, desde setembro de 2021 o número de insumos em falta em dois ou mais países cresceu 101%.

“Essa escassez de medicamentos é uma força motriz reconhecida para remédios falsificados ou de qualidade inferior e acarreta o risco de muitos procurarem obter medicamentos através de meios não oficiais, como a internet”, destacou a OMS, em nota.

O comunicado cita especificamente a escassez global - registrada em 2023 - de produtos indicados para o tratamento do diabetes tipo 2 e utilizados também para a perda de peso, como o semaglutida. A substância é o princípio ativo do Ozempic, caneta de aplicação na pele para controle do apetite.

“A escassez tem um impacto negativo no acesso a produtos médicos e cria um vazio que é muitas vezes preenchido por versões falsificadas”, disse a OMS, ao aconselhar pacientes a comprarem medicamentos através de fornecedores autorizados e regulamentados e a serem diligentes ao comprarem de fontes secundárias.

“Os perigos associados ao fornecimento de produtos médicos através de canais de fornecimento não autorizados ou informais podem ser considerados um comportamento de risco com consequências graves”, completou.

Anvisa

Este mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou um lote irregular do Ozempic no Brasil. De acordo com o sistema de notificação, a própria empresa detentora do registro - Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda - identificou unidades com características divergentes do medicamento original e comunicou à agência. O lote em questão é o MP5A064.

“Sabe-se que os produtos médicos falsificados não têm eficácia e/ou causam reações tóxicas. Não são aprovados, nem controlados pelas autoridades competentes, e podem ter sido produzidos em condições pouco higiênicas por pessoal não qualificado, conter impurezas desconhecidas e podem estar contaminados com bactérias”, finalizou a OMS.

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A REDAÇÃO

MPGO arquiva denúncia contra construção do Complexo Oncológico de Goiás

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) rejeitou, nesta quarta-feira (31/1), a denúncia do diretório estadual do PSDB, assinada pelo presidente nacional do partido, Marconi Perillo, contra o Governo de Goiás e o governador Ronaldo Caiado, por possíveis irregularidades na construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora).

Ao determinar o arquivamento da denúncia, o procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres, considerou que o modelo escolhido para construção e gestão da unidade é constitucional, amparado pela Lei nº 13.019/2014, conhecida como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil.

“A celebração de parcerias para a prestação de serviços públicos de saúde, por meio de gestão por colaboração, com a iniciativa privada não encontra vedação na Constituição Federal, conforme já assentado pelo Supremo Tribunal Federal, nos autos da ADI 1923/DF”, observou o procurador-geral de Justiça. 

Cyro Terra acrescentou ainda que “o artigo 30, inciso VI, da Lei 13.019/2014 prevê, expressamente, a possibilidade de celebração de parceria com organizações da sociedade civil, inclusive de forma direta, para a gestão por colaboração de serviços de saúde, sem distinção se de natureza preventiva ou assistencial”.

O representante do MP-GO pontuou ainda que a própria Constituição garante outras modalidades de contratação para a oferta de atendimento à saúde. “Do texto constitucional extrai-se a conclusão de que o constituinte reconheceu que as estruturas públicas poderiam ser insuficientes para acolher toda a demanda do SUS e admitiu que o Poder Público pudesse complementar a sua rede própria com serviços privados contratados ou conveniados”, complementou o procurador-geral de Justiça, Cyro Terra Peres, ao determinar o arquivamento da denúncia.

O Cora

O Cora foi lançado em fevereiro de 2023 e já tem mais de 40% das obras concluídas. O hospital terá área construída de 44,7 mil metros quadrados e está dividido em três etapas. Terá 148 leitos, capacidade para atendimento ambulatorial oncológico adulto e infantojuvenil; serviços de diagnóstico; salas para infusão de medicamentos; centros de reabilitação e quimioterapia; serviços de apoio e pronto atendimento com funcionamento 24 horas; além de leitos de UTI, entre outros espaços. 

A ala infantil compreende 48 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagem e de infusão quimioterápica. A estrutura hospitalar também prevê espaço de lazer e acomodações para as famílias, com objetivo de assegurar excelência na humanização dos atendimentos

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Cais Cândida de Morais ganha novos leitos e passa por melhorias de estrutura

A construção de três novos leitos, juntamente com obras estruturais, como pintura, instalação de ar-condicionado nos consultórios e troca de vasos sanitários, torneiras, pias e lâmpadas, promete melhorar o recebimento de pacientes no Cais Cândida de Morais, em Goiânia. Segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta quarta-feira (31/1), a lista de melhorias integra o projeto de recuperação das estruturas das unidades de saúde da capital.

"Nosso objetivo é transformar esses espaços em ambientes mais acolhedores e eficientes, proporcionando aos pacientes um atendimento de qualidade e equipes de saúde mais motivadas. Vamos continuar com essas revitalizações", informou o prefeito Rogério Cruz ao complementar a lista de melhorias com a construção de um alambrado em volta de todo o Cais e a instalação de refletores na parte interna da unidade.

Para o titular da SMS, Wilson Pollara, saúde não é somente ofertar o serviço. “É preciso que a estrutura das unidades esteja em boa qualidade e, por isso, estamos trabalhando para solucionar todos os problemas causados pela falta de manutenção adequada durante anos", diz.

O coordenador-geral do Cais Cândida de Morais, Miguel Gomes da Costa, fala sobre o que mudou com a revitalização. "Como gestor da unidade de saúde, vejo o quanto melhorou a eficácia dos serviços, após as melhorias realizadas no Cais. Pacientes e servidores não cansam de fazer elogios, somos referência em atendimento na Região Noroeste", avalia.

Confira a lista de serviços prestados na unidade: 

Urgência

- Atendimento de urgência e emergência

- Raio X

- Eletrocardiograma

- Sutura

- Hidratação

Ambulatório

- Pediatria

- Ginecologia

- Gastroenterologia

- Vacinas

- Curativos

- Programa de Tuberculose e Hanseníase

Odontologia

- Odontopediatria e crianças especiais

- Ortodontia

- Endodontia (canal)

- Extração de dente

- Extração de siso

- Raio X

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'Vacina contra dengue é esperança, mas não é solução', diz ministra

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira (31/1), em Brasília, que a vacina contra a dengue significa esperança diante da explosão de casos da doença no país, mas não é a solução para o atual cenário epidemiológico em razão da quantidade do imunizante disponibilizada pelo laboratório fabricante – algo em torno de seis milhões de doses, o suficiente para imunizar três milhões de pessoas, já que o esquema vacinal completo é feito com duas doses.

“A vacina é nosso instrumento de esperança em relação a um problema de saúde pública que tem quase 40 anos. Finalmente, temos vacina. Temos que celebrar. Mas, a vacina, no quantitativo que o laboratório tem hoje para nos entregar e sendo uma vacina de duas doses, numa situação como a que vivemos hoje, não pode ser apontada como solução. Se o Ministério da Saúde fizesse isso, ele estaria errado. [A vacina] não pode ser apontada como solução para esse momento agora,” observou.

Controle dos  focos

“Neste momento, agora, temos que lidar, principalmente, fazendo o controle dos focos e cuidando de quem adoece por dengue. Essas são as medidas. A vacinação vai seguir todos os critérios de prioridade que já divulgamos amplamente, definidos junto a estados e municípios, priorizando uma faixa da população. A faixa mais vulnerável é a população idosa, mas não temos vacina autorizada para essa faixa. Por isso eu digo: a vacina é um instrumento. Não é o único e não é o de maior impacto neste momento,” finalizou a ministra.

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JORNAL OPÇÃO

STF é acionado para barrar lei de Goiás que obriga gestantes a ouvirem batimentos do feto antes de aborto

Para Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica, legislação viola a Constituição Federal e os princípios da dignidade humana

O Supremo Tribunal Federal (STF) terá que decidir sobre a inconstitucionalidade de uma lei sancionada em Goiás. A Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) apresentou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto à corte para questionar a exigência para que gestantes ouçam os batimentos cardíacos do feto antes de decidirem por interrupção legal da gravidez.

Cabe ressaltar que o aborto é legalmente permitida em três casos: quando há risco à vida da mãe, em casos de estupro e de gestação de feto anencéfalo. A entidade sustenta que essa legislação goiana extrapola e viola a Constituição Federal e os princípios da dignidade humana, ao mesmo tempo em que restringe o direito à saúde. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A lei 22.537/24, que institui a “Campanha de Conscientização contra o Aborto para as Mulheres no Estado de Goiás” foi um projeto de autoria do ex-deputado estadual Fred Rodrigues (DC). Ela foi sancionada em 11 de janeiro.

O texto estipula que o “estado fornecido, assim que possível, o exame de ultrassom contém os batimentos cardíacos do nascituro”. Além disso, estabelece o dia 8 de agosto como o Dia Estadual de Conscientização contra o Aborto.

“A lei em tela se camufla de boas intenções ao defender o ‘nascituro’, mas na verdade serve primordialmente de ataque às mulheres”, cita trecho do documento da ABMCJ. “Leis como essa são propostas em todo o país em uma tentativa organizada e deliberada de ascensão de uma espécie de totalitarismo teocrático”, acrescenta.

“Essa lei e outras do tipo fomentam a crueldade contra mulheres que querem exercer o direito ao aborto legal e seguro e aumentam a vulnerabilidade extrema delas, o que é inconstitucional. E, de forma geral, se o Estado reconhece o direito ao aborto por lei, não cabe a ele fazer militância ideológica antiaborto”, finaliza a nota.

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PORTAL G1

Cidade em Goiás publica decreto que obriga uso de máscara em prédios públicos e distanciamento social por causa do aumento de casos de Covid-19

O município de Bom Jesus de Goiás, no sul do estado, decretou obrigatoriedade de uso de máscara de proteção facial em todos os órgãos da administração pública por causa do aumento de casos de Covid-19. Além disso, o município também determinou o distanciamento e uso de álcool em gel.

O decreto foi publicado na quinta-feira (31). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que há ao menos 110 casos ativos de Covid-19 na cidade.

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Dentista suspeita de deformar pacientes oferecia curso de cirurgias estéticas com duração de 3 dias por até R$ 15 mil, diz delegada

Segundo investigadora, o contrato do curso dizia que ele não era reconhecido pelo MEC. A divulgação era feita pelas redes sociais, onde a dentista somava mais de 650 mil seguidores.

A dentista Hellen Kacia Matias da Silva, que está presa suspeita de deformar o rosto de pacientes com procedimentos estéticos, ministrava cursos ensinando técnicas que só podem ser aplicadas por médicos. Segundo a delegada Débora Melo, no contrato do curso a profissional ainda dizia que ele não era reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

“Um curso para realização de cirurgias faciais com uma carga horária de 3 dias de duração e pagando cada aluno entre R$ 10 a 15 mil”, detalhou a investigadora.

A quantidade de dentistas que fizeram cursos de cirurgias faciais com Hellen é bem grande, segundo a delegada. Especialmente porque são profissionais espalhados por vários estados do país. No entanto, o número exato não foi divulgado porque a Polícia Civil ainda está contabilizando os casos.

g1 entrou em contato com a defesa da dentista para questionar sobre os cursos ministrados pela profissional, mas não obteve retorno até a última atualização da matéria.

Em nota, o MEC respondeu que “é responsável por instituições e cursos de nível superior, não tendo competência sobre cursos livres” e que o “exercício da profissão é de competência do respectivo Conselho Federal”.

O g1 também entrou em contato com Conselho Federal de Odontologia (CFO) para questionar sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.

O Conselho Regional de Odontologia disse que "medidas administrativas pertinentes estão sendo tomadas, obedecendo o devido sigilo aplicável ao caso".

O registro profissional de Hellen continua ativo em Goiás. No site da entidade, consta que a profissional é cirurgiã-dentista com especialidade em harmonização orofacial. Em posts de divulgação nas redes sociais é possível ver que alguns dos cursos que Hellen ministrava possuem essa temática, mas outros revelam cursos com uma técnica de lipo de papada, que na prática, segundo a polícia, se assemelha ao procedimento conhecido como face lifting, que é de realização proibida por dentistas.

Embora os materiais apreendidos na clínica da dentista, na terça-feira (30), ainda estejam sob análise inicial, a delegada diz que já existem indícios de que Hellen tenha praticado outros crimes contra a saúde pública, além do exercício ilegal da medicina, lesão corporal e execução de serviço de alta periculosidade.

“Vamos deixar claro que não se trata de procedimentos de harmonização facial. Não estou falando de botox, não estou falando de preenchimento de ácido hialurônico. Estou falando de cirurgias estéticas expressamente vedadas por uma resolução de âmbito federal, ou seja, que vincula todos os dentistas”, enfatizou a delegada.

Novas vítimas

O mandado de prisão preventiva foi cumprido contra Hellen na terça-feira (30), em Goiânia, juntamente com outros quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados à investigada, na capital e em Santa Bárbara de Goiás.

Presa dentista suspeita de atuar como médica e deformar pacientes em cirurgias estéticas

A defesa da dentista disse que o mandado considerou que Hellen descumpriu uma determinação da Justiça que a proibia de realizar cirurgias estéticas faciais após o dia 22 de novembro de 2023. Porém, as advogadas Caroline Arantes e Thaís Canedo alegam que a Justiça confundiu o procedimento realizado pela dentista e que, por esse motivo, a prisão foi feita de forma "arbitrária e injusta". Veja a nota completa ao final da reportagem.

Quando Hellen foi presa, tinham sido colhidas declarações de 13 vítimas da dentista, bem como depoimentos de ex-funcionários do instituto. Segundo a delegada, todos relataram que a dentista não aceitava qualquer crítica ao seu trabalho, tratando os pacientes com descaso.

Mas após a ampla divulgação do nome e fotos de Hellen, mais quatro pessoas procuraram a delegacia para denunciá-la. A polícia diz que todas as novas vítimas são do interior do estado e vão prestar depoimento em breve.

No celular usado pela dentista para falar com pacientes, a polícia encontrou mais de 30 reclamações de consumidores insatisfeitos com os resultados dos procedimentos. Por esse motivo, a delegada acredita que o número de vítimas pode aumentar muito até o fim do inquérito.

Prints mostram que pacientes reclamavam de inflamações, cicatrizes e assimetria nos resultados (veja abaixo). Todas as pessoas ouvidas pela polícia até o momento confirmam a realização de cirurgias estéticas proibidas em local inadequado (fora do ambiente hospitalar), gerando grave risco à integridade física dos consumidores.

A delegada afirma que as cirurgias estéticas eram anunciadas nas redes sociais da dentista, que possui mais de 650 mil seguidores, por valores abaixo do mercado, atingindo uma ampla gama de pessoas.

“A análise desse celular e dos prontuários dos pacientes indicou o cometimento desses crimes contra pessoas muitas vezes humildes, que juntavam dinheiro para fazer uma cirurgia estética, que não tinham conhecimento que a profissional não tinha atribuição e que ficaram deformadas”, afirmou a delegada.

Materiais vencidos

No instituto coordenado por Hellen, no Setor Oeste, a polícia encontrou diversos instrumentos cirúrgicos, anestésicos e medicamentos vencidos. Os materiais foram apreendidos e descartados pela Vigilância Sanitária.

O órgão autuou a dentista por inadequação do alvará sanitário do estabelecimento, que não autorizava a realização de nenhum procedimento invasivo. Superintendente de vigilância em saúde de Goiânia, Pedro Guilherme de Moraes informou que o local foi interditado e multado em R$ 400 mil.

“Eram medicamentos tarja preta, esses mesmos medicamentos estavam vencidos, também tem a questão dos instrumentos que ela usava sem estar higienizado e devidamente esterilizado”, disse à TV Anhanguera.

Íntegra nota defesa dentista

A defesa da odontóloga Hellen Matias alega que a prisão da profissional – realizada no dia 30 de janeiro – foi feita de forma arbitrária e injusta, já que a mesma não descumpriu determinação da Justiça, que a proibia de realizar cirurgias estético faciais após o dia 22 de novembro.

Segundo as advogadas Caroline Arantes e Thaís Canedo, que representam a dentista, a Justiça confundiu o procedimento realizado. A profissional – que tem a especialidade buco maxilo facial, realizou, após o dia 22 de novembro, procedimento reparador e não estético, dentro da competência da especialidade da profissional. Ela corrigiu lesão em uma paciente como uma complicação de procedimento (ectrópio) realizado anteriormente por uma outra profissional, o que é permitido pela resolução 65, artigo 41, do Conselho Regional de Odontologia (CRO).

A defesa reitera que o procedimento foi reparador, uma sutura feita na paciente para sanar uma intercorrência ocasionada por cirurgia prévia realizada por outra profissional e não uma blefaroplastia, como consta nos autos e no próprio depoimento da paciente.

Sob a condução das investigações, a defesa reclama que estão sendo veiculadas imagens de procedimentos com intercorrências que não foram realizados pela dentista Hellen Matias. Fotos que, inclusive, não são de pacientes da odontóloga, mas casos que foram levados para discussão em grupo de estudo, o que está muito claro no processo, até mesmo banco de imagens. As advogadas afirmam também que as fotos divulgadas foram descontextualizadas. Em sua grande maioria são de reações inerentes aos procedimentos e ao processo de cicatrização, como hematomas, inchaços e intercorrências normais.

As advogadas Caroline Arantes e Thaís Canedo alegam que o vazamento das imagens – que deveriam ser sigilosas, posto que não submetidas ainda ao crivo do contraditório – demonstra falta de lisura nas investigações. A propósito, o laudo do exame de corpo de delito que fundamenta a prisão da dentista comprova que não houve a execução de cirurgia estética facial pela Dra Hellen Matias, mas sim por outra profissional.

Todas essas alegações serão apresentadas pela defesa durante a audiência de custódia, que será realizada na tarde desta quarta-feira (31), no Fórum Cívil,3 Vara Criminal, mezanino, sala M 3 C, às 17 horas, do dia 31 de janeiro de 2024.

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FOCO NACIONAL

Unimed Araguaína inaugura Espaço Bem Viver

Primeira unidade de recurso próprio da cooperativa chega para oferecer aos clientes uma assistência multiprofissional especializada

A Unimed Araguaína inaugurou, no dia 30 de janeiro, sua primeira unidade própria de atendimento: o Espaço Bem Viver. Localizada na Rua dos Maçons, 792, no Centro de Araguaína, a nova unidade chega para oferecer aos clientes uma assistência multiprofissional especializada com serviços de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e nutrição.

Especialmente equipada e decorada para receber pequenos pacientes que necessitam de acompanhamento multidisciplinar, a unidade já está agendando os primeiros atendimentos e começa seus trabalhos com o compromisso de cuidar, que está na essência das ações da Unimed Araguaína.

A inauguração reuniu os diretores da cooperativa - Renato Azevedo, Marcelo de Oliveira Melo, João Vitor Quadra Vieira dos Santos e Leonardo Medeiros Cintra - cooperados, colaboradores e convidados, dentre eles o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues.

João Vitor Quadra Vieira dos Santos, superintendente da Unimed Araguaína e diretor Técnico do Espaço Bem Viver, observou que a unidade nasceu da necessidade crescente por esses serviços especializados e vem ampliar o atendimento oferecido aos clientes da cooperativa.

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TERRA

Doenças raras na infância: a odisseia das famílias em busca de um diagnóstico


Doenças raras, portanto, são incomuns por definição, mas coletivamente não são nada raras. Juntas, afetam um enorme número de pessoas. Cerca de 13 milhões de brasileiros têm uma doença considerada rara. E entre os pacientes, 75% são crianças. É sobre elas e suas famílias que vamos falar hoje e nas próximas semanas de fevereiro, o mês mundial de conscientização sobre doenças raras.

Uma doença é rara quando atinge 65 a cada 100 mil pessoas, critério da Organização Mundial da Saúde (OMS) - ou 1,3 a cada 2 mil pessoas. Há cerca de 7 mil doenças raras documentadas: os nomes são por vezes complexos e compridos, uns mais conhecidos, outros obscuros. Afetam cerca de 3 a 8% da população mundial ou mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo.

Mesmo afetando milhões, o percurso que cada paciente enfrenta para obter respostas é único. E pode ser bem demorado: o portador de uma doença rara chega a passar por dezenas de especialistas ao longo de muitos anos (de 5 a 10 anos na América Latina, em média) até encontrar o diagnóstico correto. Na chamada "odisseia diagnóstica", pode ser submetido a exames e procedimentos desnecessários ou receber orientações incorretas sobre sua enfermidade.

Estudos apontam que 80% das doenças raras decorrem de fatores genéticos e 20% de causas externas (infecciosas, inflamatórias, autoimunes e outras). Se encontrada a resposta, há outra busca: o acesso a um tratamento adequado. Cada doença é diferente da outra e exige cuidados e atenções também distintos. Somente 5% das 7 mil doenças documentadas têm tratamento aprovado. A maior parte (95%) envolve medicina paliativa e terapias de reabilitação.

Mas olhar todos os números não dá a dimensão de como é viver com uma doença rara ou cuidar de alguém que tenha alguma. Especialmente se ocorre na infância, quando 30% perdem a vida antes dos cinco anos de idade. As doenças raras são a segunda maior causa de mortalidade infantil no Brasil (a primeira é a prematuridade).

Doenças raras em números

350 milhões de pessoas têm doenças raras em todo o mundo (estimativa da Orphanet);

13 milhões de brasileiros têm doenças raras (fonte: Ministério da Saúde);

75% dos pacientes com doenças raras são crianças/ 30% morrem antes dos 5 anos de idade;

Uma doença é rara quando atinge 65 a cada 100 mil pessoas, critério da OMS;

7 mil doenças raras estão documentadas no mundo;

Só 5% das doenças raras têm tratamento aprovado;

80% das doenças raras decorrem de fatores genéticos e 20% de causas externas;

Em média, o paciente consulta 17 especialistas desde o primeiro sintoma até o diagnóstico (fonte: NIH - National Center for Advancing Translational Sciences);

O diagnóstico pode levar de 5 a 10 anos na América Latina.

Sistema moroso para quem tem pressa

Encurtar a jornada dos pequenos pacientes é urgente: em dezembro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma resolução indicando que os países incluam as doenças raras nos programas prioritários de saúde. No Brasil, iniciativas já foram criadas e outras estão em andamento, como contaremos na sequência. Mas problemas complexos exigem soluções complexas - e esta pauta não foge desta máxima. Em paralelo às ações de governos e políticas públicas e às avançadas pesquisas na área de terapias gênicas, corre a linha também urgente de disseminar informação.

"Ainda enfrentamos a falta de conhecimento sobre os sintomas de cada doença. Pela baixa incidência, boa parte dos profissionais de saúde não as conhecem tanto, o que impede um diagnóstico precoce", afirma Roberto Giugliani, médico geneticista que é pioneiro na área no país, professor do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e cofundador da Casa dos Raros, primeiro Centro de Atenção Integral e Treinamento em Doenças Raras da América Latina, inaugurado em Porto Alegre no ano passado como organização privada com fins filantrópicos.

Roberto Giugliani, médico geneticista que é pioneiro na área no país, professor do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e cofundador da Casa dos Raros, 1º Centro de Atenção Integral e Treinamento em Doenças Raras da América Latina Foto: Leonardo Lenskij

Ou seja, justamente por serem menos frequentes, tais doenças não costumam ser a primeira hipótese de diagnóstico dos médicos da atenção básica. E, quando há a suspeita de doença rara, o sistema de saúde acaba se torna moroso justamente para quem tem pressa.

No desenho atual da jornada, o paciente é atendido no posto de saúde e, em caso de suspeita, encaminhado ao centro de referência em doenças raras mais próximo de onde mora. Esta frase escrita de forma resumida pode fazer tudo parecer muito simples, mas a fila é longa. Há milhares de pacientes na lista de espera, o que pode resultar em anos até a primeira consulta. E como as doenças raras costumam exigir manejo multidisciplinar e avaliações de mais especialistas, na hora de marcar mais um atendimento haverá nova fila para o paciente.

Outro complicador: há mais demanda do que capacidade de atendimento. Por exemplo, enquanto no Rio Grande do Sul há dois centros de referência em doenças raras (o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, na capital gaúcha, e o Hospital Universitário de Santa Maria, na região central do Estado, que atualmente está inativo), não há nenhum no Amazonas.

Da mesma forma, a falta de acesso a aconselhamento genético também prolonga a odisseia. Dos 354 médicos geneticistas registrados no Conselho Federal de Medicina (CFM) no Brasil, apenas 1 está radicado no Amazonas. O número total é insuficiente para o país: a OMS preconiza um geneticista para cada 100 mil habitantes. Para efeitos de comparação, os Estados Unidos têm 5 mil geneticistas, segundo o Research Triangle Institute (RTI) International, igualmente aquém da demanda por lá.

Redes sociais, jornalismo e associações familiares ampliam alcance das informações

Quebrar o ciclo vicioso das famílias que perambulam com as crianças de médico em médico, enquanto a doença progride, é um dos principais desafios. Há outros grandes obstáculos nessa corrida contra o tempo, mas antes de prosseguir na leitura vamos esclarecer a razão de estarmos falando deste tema hoje.

Há uma grande probabilidade de você ter chegado até este link do Terra buscando notícias sobre uma doença específica ou conjunto de sintomas pelo Google. E saiba que isso também faz parte da odisseia diagnóstica das famílias de qualquer parte do mundo.

"Quando os pacientes procuram informações sobre doenças raras, recorrem a muitos recursos diferentes. Reportagens, textos de profissionais médicos, pesquisas online, mídias sociais, sites de organizações e grupos de apoio online", detalha Eric Sid, coordenador do GARD, Genetic and Rare Diseases Information Center, vinculado ao instituto nacional de sáude dos EUA (National Institutes of Health/NIH). "Em geral fazem a busca logo após os primeiros sintomas e consulta ao médico. É por isso que o jornalismo faz toda a diferença, dando voz às histórias de quem tem uma doença rara."

Esta reportagem integra um movimento internacional de divulgação de conhecimento. Organização sem fins lucrativos surgida na França, a Fondation Ipsen financia um programa de jornalismo da US National Press Foundation (Washington) para ampliar o alcance de informações ao público leigo. Assim como você está lendo em português sobre a doença rara do seu filho, outros pais e mães de países como Índia, Malásia, Argentina, Paquistão e Vietnã também estão se informando graças a esta iniciativa. E assim podem se conectar e saber que não estão sozinhos.

Nas próximas quatro semanas, até 29 de fevereiro, Dia Mundial das Doenças Raras, vamos trazer a cada quinta-feira histórias de famílias com bebês e crianças que vivem com condições raras, além do panorama da realidade brasileira, com o raio-x do que falta melhorar e as perspectivas futuras.

Um dos pontos mais desafiadores é a ampliação no SUS (Sistema Único de Saúde) do teste do pezinho, que detecta seis doenças nos primeiros dias de vida do bebê. Com a nova lei Nº 14.154 sancionada em 2021, o exame passará a rastrear 50 doenças, algo que só é possível em laboratórios particulares. A implantação está sendo feita por etapas em ritmos diferentes em cada região. Enquanto Rio de Janeiro e Distrito Federal estão avançados na ampliação, já detectando 54 e 58 doenças, respectivamente, outros Estados seguem estagnados.

A demora atrasa o diagnóstico precoce, que é a porta de entrada para os cuidados eficazes, justamente nesta fase que é a mais importante do desenvolvimento humano. Já as crianças com doenças identificadas rapidamente na triagem neonatal (como fenilcetonúria, síndromes falciformes, fibrose cística e outras) recebem tratamento cedo e têm uma infância com mais qualidade de vida. Este é o tema da reportagem do próximo dia 8/2.

Na semana seguinte, 15/2, mostraremos a força das redes de apoio virtuais, grande parte formada por famílias que compartilham suas causas e exercem advocacy, unidas para mobilizar governos e sociedade. Na busca por respostas, pais e mães se organizam em associações que geram impacto.

Os avanços na pesquisa científica serão abordados no dia 22/2, com destaque para as aplicações das terapias genéticas e novas tecnologias, assim como o uso das técnicas de sequenciamento que ficaram mais disponíveis nos últimos anos. Entrevistamos a primeira pessoa curada com CRISPR, a ferramenta de edição de DNA, descrita como "a mais importante descoberta científica do século 21".

Encerramos o mês no dia 29/2 com os direitos dos pacientes com doenças raras, os caminhos para buscar ajuda especializada e as histórias de quem recorre à Justiça para obter a assistência necessária para as crianças terem acesso a tratamentos e medicamentos de altos valores.

Iniciativas unificam dados sobre doenças raras e vão acelerar diagnóstico e atendimento

Há uma década, desde janeiro de 2014, o país adotou a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, que reforça o direito ao atendimento gratuito e total às pessoas com doenças raras no SUS. A meta é organizar a rede de atendimento para prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

Como o desafio é tão gigante quanto o tamanho do país, tramita a proposta de criação de um subsistema de atenção às doenças raras. Este projeto de lei (PL 6085/2023) avançou na semana passada para ser avaliada pela Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados. Também na última semana de janeiro a Comissão de Saúde aprovou o Estatuto da Pessoa com Doença Rara, prevendo igualar aos direitos do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

O parecer também prevê a criação de um registro eletrônico unificado no Brasil, o Cadastro Nacional de Pessoas com Doenças Raras (CadRaras), cujos dados deverão ser usados para formulação e avaliação de políticas públicas, além de contribuir para estudos. Outras comissões da Câmara ainda precisam analisar estes textos.

A ausência de dados centralizados sobre doenças raras sempre foi um entrave tanto para a pesquisa científica quanto para a prática médica. Mas agora já é possível dimensionar o cenário no Brasil. Criado no fim do ano passado, financiado por órgãos nacionais de pesquisa, o Instituto Nacional de Doenças Raras (InRaras) unifica informações sobre a epidemiologia e a odisseia diagnóstica dos indivíduos com doenças raras no país.

Entre os objetivos estão mapear fluxos de acesso aos exames genômicos e oferecer sequenciamento genético para casos sem resposta. O InRaras é um dos institutos de ciência e tecnologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da UFRGS, coordenado pela professora-chefe do Serviço de Genética Médica do HCPA, Ida Schwartz, e sub-coordenação de Têmis Maria Félix, do mesmo departamento. Outras instituições dedicadas à pesquisa de doenças raras, distribuídas nas cinco regiões do Brasil, integram o InRaras, como as universidades federais de Brasília, Bahia e Pará.

Unificar iniciativas no campo de pesquisa das doenças raras é objetivo do InRaras, dentro do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, sob coordenação de Ida Vanessa Schwartz (em pé) e sub-coordenação de Têmis Maria Félix (sentada) Foto: InRaras

"São muitos os desafios neste campo, desde a suspeita diagnóstica até o acesso aos métodos de diagnóstico e ao tratamento. Mas unindo os diversos esforços e iniciativas que já existem, com atuação em rede, podemos fazer mais avanços, entendendo a epidemiologia, com dados mais fidedignos", reflete Ida, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica.

A mencionada atuação em rede está disponível, inclusive, para qualquer família consultar abertamente: a Rede Raras (https://raras.org.br) é um projeto de pesquisa, financiado pelo Ministério da Saúde e com patrocínio do CNPq, para coletar dados epidemiológicos de doenças raras no país e apresentar de forma organizada. É um "trabalho hercúleo", nas palavras da coordenadora Têmis Félix, por orquestrar desde 2020 o trabalho de mais de 150 pessoas, desde pesquisadores até equipe de T.I. A Rede teve verba refinanciada até 2025.

"A ideia é a Rede Raras ser um embrião para o registro de doença rara no país. Está trazendo frutos não só para acadêmicos, mas para a sociedade como um todo", comemora Têmis, antecipando que os próximos passos são conectar a Rede com outras redes semelhantes, como o portal internacional Orphanet (www.orpha.net).

Referência para América Latina priorizando os casos mais urgentes

Desafogar a fila de espera por atendimento é uma das prioridades da Casa dos Raros, que citamos brevemente no começo da reportagem. O cofundador da organização filantrópica em Porto Alegre, professor Roberto Giugliani, é o fundador do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas, referência na América Latina. Assim que foi inaugurada, a Casa dos Raros já registrou uma lista de espera de 2 mil pessoas interessadas em atendimentos gratuitos.

Em convênio com a Secretaria Estadual de Saúde do RS, a instituição recebeu R$ 3,15 milhões para agilizar o diagnóstico e o tratamento de doenças raras em todo o RS. Mas a Casa já recebeu pedidos de consultas de pessoas de todos os Estados do país e até do Exterior. O convênio tem duração de 42 meses, com previsão de atender 1.050 pacientes infantis e adulto, encaminhados pela Atenção Primária à Saúde dos municípios do RS.

Haverá ainda um setor de pesquisa e um programa de educação e treinamento, para capacitar profissionais com as melhores estratégias de diagnóstico e tratamento. Os atendimentos estão sendo realizados por um médico geneticista e equipe multiprofissional ao mesmo tempo, priorizando após a triagem os casos mais urgentes.

Sede da Casa dos Raros Foto: Leonardo Lenskij

"Nossa premissa é identificar os casos que precisam de mais urgência no atendimento, em situações em que a intervenção realmente faça uma diferença na vida destes pacientes, e não raro esta situação ocorre justamente na infância", destaca Giugliani, presidente do Conselho de Administração Casa dos Raros. "Vamos somar esforços à estrutura existente, atuando em parceria, para reduzir o tempo de espera das famílias."

A doença é rara, mas o diagnóstico não pode ser. A seguir, acompanhe dois retratos de uma espera por respostas: a odisseia diagnóstica de duas famílias brasileiras e seus filhos: Santiago recebeu seu diagnóstico de ultrarraro com apenas 42 dias de vida, enquanto Theo levou 6 anos até sua mãe ter o exame definitivo em mãos.

Seis anos até o diagnóstico

Theo (10 anos) e Augusto (7 anos) com os pais em Campinas (SP); os irmãos foram diagnosticados com glicogenose hepática Foto: Arquivo pessoal

A inconfundível caixinha amarela de Maizena traz o slogan: "Faz mais do que você imagina". Pura verdade: é com amido de milho ingerido em intervalos regulares que as pessoas diagnosticadas com glicogenose hepática controlam a saúde.

A doença afeta o armazenamento do glicogênio, substância que funciona como "estoque de carboidratos" para o corpo. Condição genética e hereditária, é um erro inato do metabolismo que atinge 1 a cada 25 mil pessoas. O portador tem hipoglicemia após pequenos períodos de jejum. Pode causar atraso no crescimento estatural, aumento do tamanho do fígado e doença inflamatória intestinal, além de episódios de hipoglicemia, levando a convulsões e, em casos graves, à morte.

Na casa da família Ferreira, de Campinas (SP), a glicogenose chegou em dose dupla. O primeiro a manifestar sintomas foi o filho Theo, em 2013, e depois o mais novo, Augusto, em 2016. Foram seis anos até o diagnóstico oficial de Theo, que já estava em tratamento com o irmão. Entre um e outro nasceu Dora, em 2015, sem a doença. A rotina dos pais - Élen de Santos Ferreira, do lar, e Sillas de Paula Ferreira, técnico em eletrônica - é ajustada para ministrar o "medicamento" Maizena aos filhos de 4 em 4 horas.

Leia aqui o depoimento completo da mãe de Theo e Augusto

"A maisena, que para todos é um alimento, para nossos filhos é o remédio."

Miopatia Centronuclear: apenas 11 mil pessoas no mundo

Santiago, que tem Miopatia Centronuclear, com os pais Augusto Rocha e Marina Bignetti em Canoas (RS) Foto: Arquivo pessoal

Assim que recebeu o "positivo" do teste de gravidez, o casal Augusto Rocha, administrador e empresário, e Marina Bignetti, administradora, se empenharam em ler livros sobre parentalidade e assistir a todos os documentários possíveis sobre gestação e primeira infância. Mas nada os preparou para tudo o que viveriam desde o primeiro dia da chegada de Santiago, nascido em junho de 2023.

Internado na UTI neonatal do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, o bebê foi diagnosticado como portador de uma doença genética chamada Miopatia Centronuclear, com incidência menor 1 caso a cada 100 mil pessoas e que tem sete variantes. A de Santiago é causada pela falta da proteína Dinamina 2 (DNM2), o que o coloca em um grupo de, aproximadamente, 11 mil pessoas com o mesmo diagnóstico no mundo. Esta estimativa é do próprio pai, que passou a conciliar suas tarefas profissionais com o enérgico empenho em busca de informações e contatos para compreender a doença do filho e possíveis caminhos para a cura.

É Augusto quem narra a jornada do bebê, que fará 8 meses de vida neste fevereiro:

Leia aqui o depoimento completo do pai de Santiago

"Ao ouvir o diagnóstico, a mensagem que ficou na cabeça foi a seguinte: 'começou o velório."

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FUTURO DA SAÚDE

Operadoras querem propor diretrizes para tratamento de autismo nos planos


O debate sobre o tratamento de autismo nos planos de saúde deve ganhar novos desdobramentos nos próximos meses. Isso porque a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) tem pressionado a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para criar diretrizes e aponta que, caso o órgão demore para tomar alguma ação, as próprias operadoras irão se movimentar para propor a inclusão de uma diretriz no rol de procedimentos e eventos em saúde.

O tema surge após um levantamento da associação, realizado em novembro de 2023 com as operadoras associadas, indicar que o custo com terapias de transtorno do espectro autista (TEA) e globais do desenvolvimento terem representado 9,13% do custo médico, enquanto os tratamentos oncológicos representaram 8,7%. O crescimento do tratamento de autismo foi de 74,38%, segundo a entidade.

A complexidade do tratamento, envolvendo uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, com ampla carga horária e plano individualizado, é um dos principais motivos do alto custo, que pode variar de 3 mil a 20 mil reais mensais. Contudo, clínicas do segmento apontam que é incompatível a comparação, já que o tratamento de câncer possui medicamentos e outras terapias com custo fixo, além de ser por um período.

Buscando uma melhor relação com as operadoras, clínicas têm prestado consultorias sobre as características do tratamento, construindo pacotes que delimitam os custos sem limitar o acesso e demonstrando o desenvolvimento do paciente ao longo do tratamento. A expectativa é que desta forma, as operadoras possam escolher prestadores para montarem uma rede qualificada. Entretanto, ainda há o desafio sobre a falta de profissionais qualificados e questões regionais.

"O que acontece é que muitas das clínicas utilizam a estrutura como creche, substituindo o ambiente familiar e escolar. Muitas vezes as operadoras recebem pedidos de 100 horas só no ambiente clínico. Antes de falar de custos é preciso saber qual a diretriz de tratamento correto", defende Cassio Ide Alves, superintendente médico da entidade.

Em 2022, a ANS estabeleceu que as consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas eram ilimitadas, contemplando a cobertura para tratamentos de transtornos globais de desenvolvimento (TGD), incluindo o transtorno do espectro autista (TEA). Segundo as operadoras, isso provocou o aumento exponencial de custos relativos aos tratamentos sem critérios, e por isso requer diretrizes.

Em resposta, a ANS promoveu em outubro de 2023 uma audiência pública para receber subsídios sobre o tema. Porém, a agência afirma, em nota enviada ao Futuro da Saúde, que "as contribuições estão sendo analisadas e ainda precisam ser apreciadas pela Diretoria Colegiada", mas não informou quando isso deve ser feito.

Cenário e custos do tratamento de autismo

O Centers for Disease Control and Prevention (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, aponta que 1 a cada 36 crianças possui algum nível de transtorno do espectro autista. Isso equivale a cerca de 5,6 milhões de brasileiros, mas a falta de informação é um dos principais responsáveis pelo baixo índice de diagnóstico. Nos últimos anos, porém, o tema vem se tornando cada vez mais popularizado.

"Existem vários aspectos que justificam esse aumento da incidência, como um componente genético e os profissionais mais capacitados para olhar e entender o que de fato é. No passado tínhamos adultos e idosos que eram diagnosticados como esquizofrênicos", explica Kamilly Guedes, diretora de Child Assessment na Genial Care, rede de clínicas especializada neste tipo de transtorno.

Com esse aumento de diagnósticos, há uma falta de clínicas especializadas e que possam dar conta da demanda. Ainda, após a mudança nas regras da ANS, o setor aponta que houve um boom de novas clínicas, que nem sempre cobram valores considerados adequados para esse mercado, com casos de operadoras que chegaram a ter uma cobrança de 80 mil reais mensais para um único caso.

"Os beneficiários com TEA têm direito a um diagnóstico correto, feito por um profissional neurologista, pediatra ou psiquiatra experiente, usando as ferramentas adequadas para esse diagnóstico, como um manual de diagnóstico e estatística de transtornos mentais. A partir do diagnóstico, eles têm direito a uma proposta de intervenção terapêutica, que sempre é multidisciplinar. Também têm direito a um plano terapêutico individualizado, pois cada indivíduo é diferente do outro, trazendo objetivos a serem reavaliados periodicamente", defende Cassio Ide Alves, superintendente médico da Abramge.

O tratamento de autismo em média varia de acordo com a demanda do paciente - que vai de 20 a 40 horas. Geralmente, é realizado com o apoio de psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, mas pode incluir fisioterapeutas e nutrólogos. Isso porque por ser tratar de um espectro, cada criança pode ter dificuldades de fala, motora e sociais em níveis diferentes, e por isso o tratamento é individualizado.

Cada um desses profissionais estimula o paciente por um período de horas semanais, para que possam desenvolver as habilidades necessárias. É muito comum que pais ou responsáveis passem 5 horas por dia em uma clínica, com as crianças em consultas e sessões. Apesar de ser um tratamento que requer acompanhamento ao longo de toda a vida, a infância é o período de maior capacidade cerebral para se adaptar e evoluir com os aprendizados.

"A complexidade do tratamento de autismo pode estar atrelada aos aspectos do desenvolvimento, e uma boa avaliação vai dar essas respostas, mas também pode estar atrelada aos contextos sociais que essa criança está inserida. Só que a gente também precisa entender que junto com TEA existe uma porcentagem muito alta de comorbidades associadas. Existem pessoas que têm TEA e deficiência intelectual, TDAH, transtorno motor ou transtornos alimentares. O que com certeza impacta no custo", observa Guedes, da Genial Care.

Padrão de tratamento?

De acordo com Erasmo Casella, membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNi),os principais tratamentos que possuem evidência científica são a terapia baseada na Análise do Comportamento Aplicada (ABA, sigla para Applied Behavior Analysis) e o método Denver, que apesar de ser derivado da primeira é mais focado em crianças menores.

O médico, que também é professor livre docente de neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), explica que o método ABA envolve exatamente o trabalho multidisciplinar para desenvolvimento do paciente em diferentes áreas.

No entanto, não é possível estabelecer um padrão único que englobe diferentes tipos de pacientes. "Uma ideia é ter protocolos para níveis diferentes, que digam quantas horas é o tratamento recomendado. De 20 a 40 horas é o ideal, sendo a carga máxima para casos graves incluindo o terapeuta na escola. Porque a criança pequena com TEA não se relaciona, não fica sentada por muito tempo e se desliga dos outros", explica Casella.

A ideia vai no sentido do que a Abramge defende. Apesar de não ser possível criar um tratamento único, a entidade afirma que é preciso criar uma diretriz de utilização, indicando quais devem ser os profissionais que irão realizar os atendimentos e o método com evidência científica, reforçando que as operadoras não devem limitar o tratamento.

"As terapias comportamentais que são as mais utilizadas atualmente para o autismo, principalmente a terapia ABA, começaram há 40 anos nos Estados Unidos. Mesmo lá, existe uma limitação da quantidade de profissionais. E o que eles fizeram, que a gente poderia fazer aqui também, foi uma hierarquização do tratamento. O diagnóstico, por exemplo, vai ser feito por um profissional de excelência, que faz a proposta de intervenção terapêutica. Então, um profissional supervisionado por ele faz a aplicação. Depois de certo tempo, avalia a evolução e retorna ao médico", exemplifica o superintendente médico, Cassio Ide Alves.

A entidade afirma que está buscando parcerias com associações de pacientes com autismo para que possam colaborar na construção dessa diretriz, já que são os principais interessados. Por outro lado, reforça sobre a necessidade de formação de profissionais para qualificar o tratamento.

"Não é tão simples fazer um protocolo, mas é importante para auxiliar os profissionais e juízes decidirem o que fazer, porque acabam aceitando o que o médico recomenda. Fica uma preocupação para o paciente e para o convênio médico, querendo reduzir a carga horária ou fazendo clínicas próprias", afirma o neurologista Erasmo Casella.

Trabalho nas clínicas e relação com operadoras

"A gente não trabalha com cobrança ilimitada de consulta, é uma forma de gerar transparência para o setor. Trabalhamos com pacote. Quando recebemos o paciente com diagnóstico profissional, desenhamos pacotes de tratamento para o nível 1, 2 e 3. Independente das sessões que irá realizar, está previsto no pacote. É uma forma de combater o desperdício e ações fraudulentas", explica Eduardo Santana, diretor comercial da Versania no Brasil, que abriu em 2023 sua primeira clínica para autismo, mas planeja mais 5 unidades em 2024.

A empresa tem buscado realizar workshops em operadoras de planos de saúde para explicar como o tratamento funciona e as particularidades do TEA. Na audiência realizada pela ANS, a Versania representou a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (UNIDAS), mostrando o esforço que tem feito para estreitar as parcerias.

Santana reforça que apesar do custo do tratamento, negligenciar o paciente com o autismo pode sair ainda mais caro aos planos de saúde, já que sem desenvolver habilidades, o beneficiário se torna mais dependente dos serviços de saúde, além de impactar em outras comorbidades, como doenças psicológicas, sobrepeso por déficit no padrão alimentar e complicações ligadas à alimentação. Ainda, do ponto de vista social, a pessoa corre o risco de não estudar ou trabalhar.

"Os custos de saúde aumentaram em todos os setores, e o tratamento de autismo é mais um desses. Esse custo vai continuar aumentando porque o número do diagnóstico continuará subindo. A questão é como a gente gera sustentabilidade. A melhor forma não é limitar o acesso, é de fato qualificar a rede", defende o diretor comercial da Versania.

A Genial Care é outra clínica que tem trabalhado com grandes planos de saúde no tratamento de TEA. "Temos vários parceiros e cada um tem uma forma de olhar para essa parte de cobrança. A gente se preocupa muito em estabelecer uma relação de confiança com todos os nossos clientes, independente da seguradora e do plano de saúde, e também com as famílias. Somos muito transparentes no que essa criança precisa de atendimento, tanto em relação a carga horária quanto em relação a orientação parental", explica Kamilly Guedes, diretora de Child Assessment.

A clínica realiza avaliações periódicas para mostrar ao plano de saúde a evolução do paciente. Entretanto, a diretora explica que apesar de a meta ser reduzir o número de horas de tratamento conforme a evolução do paciente, nem sempre isso é a realidade, já que conforme ele desenvolve novas habilidades, novas dificuldades podem surgir.

Tanto a Genial Care quanto a Versania afirmam que a carga horária dos seus pacientes é de no máximo 20 horas, já que entendem que a carga horária de 40 horas, de acordo com o padrão ouro de tratamento, envolve o convívio e desenvolvimento escolar.

Formação e mercado

A falta de profissionais especializados e o aumento da demanda fez surgir clínicas de baixa qualidade e cursos que prometem formação em curta duração. Os especialistas apontam que há recomendação de tratamentos que possam ser abaixo ou acima do necessário, trazendo riscos à saúde dos pacientes.

"Há alguns profissionais que fazem cursos de 1 a 2 fins de semana e começam a trabalhar. Não pode haver coisas desse tipo. Ter uma formação de 6 meses a 1 ano com carga horária pesada, é o ideal. Aos poucos, um supervisor pode avaliar a capacidade deste profissional para cuidar dos pacientes", defende Erasmo Casella, da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNi).

Por isso, é importante que o plano de saúde credencie apenas clínicas sérias e que trabalham com base na ciência. A Abramge tem recomendado que operadoras associadas de regiões fora dos grandes centros urbanos se unam para conseguir contratar profissionais e criarem suas próprias clínicas de atendimento ao TEA.

Eduardo Santana, diretor comercial da Versania no Brasil, reforça que é preciso que as operadoras desenvolvam parceria com clínicas sérias. "Esse vai ser um ano decisivo para as operadoras evoluírem e terem maturidade para a escolha da rede, porque se você olhar na rua, as antigas clínicas de fisioterapia agora tem uma placa 'Clínica de ABA'. A fisioterapia recebia muito menos do que um tratamento de ABA, então está todo mundo migrando, e com isso a operadora tem que auditar, não está tendo um padrão de qualidade. Existem empresas sérias que precisam ser replicadas para que de fato tenha custo-efetividade", conclui.

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MIGALHAS

Reajustes abusivos dos planos de saúde coletivos por adesão



Em 2023, reajustes abusivos nos planos de saúde coletivos atingiram até 35%, levando muitos a abandonar o convênio. Para 2024, especula-se um aumento de 25%, gerando preocupações sobre adesões e sobrecarga no sistema público de saúde. A falta de embasamento atuarial nos aumentos destaca a necessidade de avaliação jurídica. quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024 Atualizado às 09:11 Compartilhar ComentarSiga-nos no A A

No ano de 2023, assistimos, um tanto quanto perplexos, aos reajustes abusivos dos planos de saúde coletivos por adesão, que chegaram ao índice de até 35%, alcançando um patamar impagável para a maior parte da população, o que fez com que um grande contingente de pessoas abandonasse o convênio de saúde.

Se não bastasse o reajuste tão desproporcional do ano passado, os veículos de mídia têm especulado uma majoração de 25% para o ano de 2024, beirando a queda de muitas adesões, sem prejuízo da reflexão de quantas vidas podem ser lançadas à própria sorte, na dependência do já sobrecarregado sistema público de saúde.

De certo que, em busca da posição jurídica sobre a validade ou não dos aumentos, imprescindível que sejam tecidos comentários à luz de dados e da jurisprudência, mormente porque o que se tem visto, na grande maioria dos casos, é a aplicação de majorações genéricas e desproporcionais, sem embasamento atuarial.

Então, diante dos reiterados aumentos, tendo-se esgotados seus recursos financeiros com aumentos tão desproporcionais, diversos segurados procuraram seus direitos, e constataram a abusividade a que vinham sendo submetidos com as cobranças, quando, então, são informados sobre os números de majoração desproporcionais em relação aos índices ANS para contratos individuais/familiares.

Eis que surge então a dúvida se é possível aplicar os reajustes anuais da ANS de planos individuais aos seguros coletivos por adesão?

Ocorre que, para praticar sistematicamente aumentos em patamares acima daqueles autorizados pela ANS, é necessário que os planos apontem a base atuarial para estes reajustes, o que não tem ocorrido.

Ainda, de causar mais impacto financeiro é que os aumentos se operam em cascata, tendo-se, por exemplo, sensível diferença entre o valor que seria o correto e consentâneo com os índices da ANS e o valor efetivamente cobrado pelo convênio com seus aumentos ilegais, abusivos e desprovidos de base atuarial.

De importância sublinhar que os planos de saúde não são impedidos de majorarem mensalidades, ou mesmo de terem cláusulas de reajuste, mas sim de aplicarem índices inexplicáveis e abusivos aos consumidores, com absurda disparidade entre percentuais de aumento, sem base atuarial, mormente porque as empresas de planos de saúde coletivos por adesão não vêm atendendo ao comando do artigo 14, RN 389/15, não conseguindo explicar a razão do aumento.

Digno de nota que os reajustes por sinistralidade, via de regra, são aplicados sem qualquer explicação plausível ou aceitável sobre a composição matemática/percentual, ofendendo o comando do artigo 14, RN 389/15.

Nesse contexto, quando o segurado notar a existência de cobranças exorbitantes em seu plano de saúde, deve pedir orientação jurídica adequada, para que, em sendo o caso, haja o questionamento dos reajustes abusivos perante o Poder Judiciário, para que, eventualmente, sejam afastados os reajustes anuais incidentes na apólice em período decenal, para que haja aplicação apenas dos índices fixados pela ANS aos contratos individuais/familiares; além da devolução dos valores pagos a maior no período de três anos, como forma de evitar o enriquecimento ilícito das seguradoras.

Demais consequências do aumento abusivo dos planos de saúde coletivos por adesão

Não se pode ainda ignorar, que caso os aumentos dos planos de saúde sejam injustificados, tem-se abusiva a conduta do convênio médico, que destrói o binômio lealdade-confiança que deveria nortear a relação contratual, por expressa disposição da lei civil (Código Civil, art. 422), a qual elegeu a boa-fé objetiva como viga mestra em cima da qual se assentam todos os princípios que regem as relações contratuais.

Irrefutável que submeter consumidores a aumentos desproporcionais tão expressivos acentua a vulnerabilidade e hipossuficiência fática-econômica-informacional dos mesmos, motivo pelo qual se faz necessário o restabelecimento do equilíbrio do contrato, de modo urgente, uma vez que o tempo fulmina a suportabilidade de manutenção do contrato.

É ainda de conhecimento que, nos contratos de assistência médica coletivos, existe a proteção geral do CDC, especificamente a contida nos artigos 51, X, que veda o aumento unilateral de preços, e, no art. 6º, V, que permite a revisão do contrato em razão de fatos supervenientes que o tornem excessivamente oneroso, quebrando a base do negócio jurídico.

Sob outro giro, não há como desvincular o preço do contrato ao índice de sinistralidade e dos custos médicos da prestação de serviço - o que não costuma ser demonstrado como razão de aumento pelo plano de saúde.

Como norteador do reajuste do plano de saúde, exige-se obediência a dois requisitos cogentes: (i) a transparência dos cálculos e possibilidade de sua aferição pelo consumidor; (ii) controle da onerosidade excessiva.

De certo que a ofensa a preceitos cogentes não é a previsão em si de aumento das mensalidades, mas sim o seu volume e o seu modo, caso não tenha amarração a critério objetivo e previamente aferível pelo segurado. Irrefutável que a falta de definição de parâmetros do aumento é que torna o preceito potestativo e abusivo.

Ainda, de conhecimento que, pelos comunicados enviados aos segurados sobre os reajustes dos planos de saúde, não há esclarecimento do modo pelo qual a operadora chegou ao percentual aplicado, pela suposta sinistralidade; nem qualquer documento enviado que justifique o índice sobre as majorações impostas, em desatendimento ao comando do artigo 14, RN 389/15, sem haver qualquer extrato pormenorizado da razão contábil que justificasse o índice aplicado.

Nesse sentido, a jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo:

"Seguro saúde - Contrato coletivo empresarial - Elevação das mensalidades em função do aumento do índice de sinistralidade - Necessidade de comprovação do fato, não bastando mera manifestação unilateral da operadora - Reajustes que devem ocorrer conforme os índices divulgados pela ANS para os contratos individuais, à falta de comprovação do índice relativo à variação dos custos médico-hospitalares, do período - Devolução dos valores cobrados a maior mantida - Recurso da ré não provido"

TJSP, Apelação 1011779-43.2016.8.26.0011, Des. Augusto Rezende, j. em 15.8.17

De modo que o Egrégio TJ/SP caminhou no sentido supra, isto é: fixou o entendimento de que os reajustes operados pelo convênio de modo aleatório, sem respaldo atuarial e causando onerosidade ao consumidor são abusivos e ilegais, motivo pelo qual são nulos de pleno direito, conforme se pode observar pelos representativos julgados:

PLANO DE SAÚDE. Ação declaratória de nulidade de cláusula contratual e repetição de indébito. Sentença de parcial procedência. Insurgência de ambas as partes. Plano saúde coletivo. Reajustes por aumento dos custos médicos. VCMH. Ausência de esclarecimento sobre a forma de apuração do aumento dos custos aplicados pela seguradora. Restituição dos valores pagos a maior, observado o prazo trienal. Aplicação dos índices da ANS para os planos individuais. Ausência de má-fé da operadora. Devolução em dobro do art. 42 do CDC. Não cabimento. Indenização por danos morais. Mero aborrecimento não indenizável. Sentença mantida. Recursos desprovidos.

TJSP - Apelação 1004809-12.2019.8.26.0079, sendo o Apelante Sul América Companhia de Seguro Saúde, Relatoria de Maria de Lourdes Lopez Gil, julgado em 9/10/20.

"Apelação. Plano de saúde coletivo por adesão. Alegação de abusividade de reajuste anual financeiro e de sinistralidade aplicado. Pleitos de aplicação exclusivamente do reajuste anual, teto autorizado pela ANS para planos individuais e familiares, nos anos de 2011 a 2019, além de pedido de ressarcimento dos valores pagos a maior. Sentença de procedência. Inconformismo da parte ré. Não provimento do apelo. Sentença mantida por seus próprios fundamentos (artigo 252, RITJSP).

Em planos de saúde coletivos, muito embora não haja, aprioristicamente, ilicitude na cláusula contratual que preveja reajuste anual das mensalidades dada a majoração da sinistralidade ou dos custos operacionais [reajuste técnico], não há prova suficiente que justifique os aumentos da mensalidade no montante aplicado, nem a participação efetiva da estipulante do plano de saúde, ou de seus beneficiários individuais, no cômputo de tais reajustamentos, o que os torna, em concreto, abusivo. Limitação da declaração de abusividade, e restituição da quantia paga a maior relacionada aos reajustes impugnados no intervalo discriminado pela petição inicial.

Recurso de apelação da ré Sul América desprovido.

TJSP, Apelação 1081481-95.2019.8.26.0100, Relator Piva Rodrigues, j. em 9/10/20.

"PLANO DE SAÚDE COLETIVO. Reajustes por sinistralidade e variação dos custos médico-hospitalares - VCMH. Ônus da ré de comprovar a origem dos respectivos aumentos. Regra prevista no artigo 333, II, do CPC de 1973, reproduzida no artigo 373, II, do NCPC. Possibilidade em abstrato de reajustes por sinistralidade e VCMH, pois têm o escopo de manter o equilíbrio contratual. Abusividade, porém, dos índices de reajuste discutidos no caso concreto, em virtude da ausência de prova do incremento da sinistralidade e do aumento dos custos médico-hospitalares. Laudo pericial atesta ausência de sinistralidade correspondente ao reajuste aplicado. Requerida negou-se a juntar documentos indicados pelo perito como essenciais para apuração da efetiva sinistralidade verificada no período. Inviável a exclusão pura e simples dos aumentos, pena de ferir o equilíbrio do contrato. Devida a aplicação dos índices previstos pela ANS para os planos individuais e familiares. Reajuste das mensalidades do plano de saúde por faixa etária. Contrato celebrado no ano de 2003. Contrato viola o precedente vinculante quanto à quantidade de faixas etárias previstas. No mais, apuração de reajustes abusivos pela perícia. Omissão da ré quanto à entrega de documentos que justificassem os índices aplicados. Ônus da ré de comprovar a origem dos respectivos aumentos. Regra prevista no artigo 333, II, do CPC/73, reproduzida no artigo 373, II, do NCPC. Declaração de nulidade dos reajustes não sujeita a prazo prescricional, e provocar efeitos no valor atual do prêmio. Dever da ré de devolver à autora os valores pagos a mais em razão dos injustificados aumentos, respeitado, porém, o prazo prescricional trienal. Sentença em parte reformada, no capítulo da restituição dos valores pagos a maior, que devem ser limitados ao triênio anterior ao ajuizamento. Recurso provido em parte".

TJSP, Apelação 1020888-66.2020.8.26.0100, Relatoria de Francisco Loureiro, j. em 6/6/23.

De certo que a correta interpretação da lei, condenando os reajustes imotivados que rompem com a boa-fé objetiva, traduzida nos deveres de lealdade e transparência é defendida, pela jurisprudência majoritária do Egrégio TJ/SP, restabelecendo-se, ao consumidor, o reequilíbrio esperado para poder cuidar de sua saúde e de sua família, sem ter que esvaziar seu patrimônio construído ao longo de uma vida.

Rodrigo Lopes Sócio do escritório Lopes & Giorno Advogados. Graduado pela USP. Mestre em Direito do Estado pela USP. Lopes & Giorno Advogados Fernanda Giorno de Campos Sócia do escritório Lopes & Giorno Advogados. Pós-graduada em Setores Regulados pela Fundação Getúlio Vargas e em Direito Processual pela EPM. Lopes & Giorno Advogados

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Assessoria de Comunicação

Acesse e confira a videoaula sobre Manejo Clínico de Arboviroses, produzida pelo Gabinete de Crise da Dengue, e ministrada pelo médico infectologista Luiz Felipe Silveira Sales.

https://www.saude.go.gov.br/gabinete-de-crise-da-dengue-2024/videoaulas

Quarta, 31 Janeiro 2024 06:55

CLIPPING AHPACEG 31/01/24

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dentista é presa suspeita de deformar pacientes após cirurgias estéticas

Com surto de dengue em Goiás, procura por vacina na rede particular cresce

Saiba quem é a dentista com mais de 650 mil seguidores que foi presa suspeita de deformar pacientes com cirurgias estéticas

Odontóloga é presa após deformar pacientes

Goiânia registra 533 casos de dengue em quatro semanas

Laboratório do Heapa recebe certificado de excelência nacional

Bia de Lima promove audiência pública, nesta quarta-feira, 31, para debater situação do Imas

Plano de saúde gigante faz o que nem a Unimed teve coragem e vira novo queridinho do Brasil com o menor preço

Preocupação das organizações com saúde do colaborador impulsiona negócios da AsQ

TV ANHANGUERA

Dentista é presa suspeita de deformar pacientes após cirurgias estéticas

https://globoplay.globo.com/v/12312200/

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Com surto de dengue em Goiás, procura por vacina na rede particular cresce

globoplay.globo.com/v/12312201/

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PORTAL G1

Saiba quem é a dentista com mais de 650 mil seguidores que foi presa suspeita de deformar pacientes com cirurgias estéticas

Polícia diz que Hellen Kacia Matias da Silva anunciava nas redes sociais procedimentos estéticos que não poderia fazer por valores abaixo do mercado. Ao todo, 13 vítimas foram ouvidas em depoimento.

A dentista Hellen Kacia Matias da Silva está presa suspeita de deformar pacientes após a realização de procedimentos estéticos que só podem ser feitos por cirurgiões plásticos, em Goiânia. Informações da Polícia Civil revelam que a odontóloga usava as redes sociais para divulgar os serviços. Um de seus perfis soma mais de 650 mil seguidores.

Ao g1, a defesa da dentista disse que só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos do inquérito policial.

Em nota, o Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO) disse que "medidas administrativas pertinentes estão sendo tomadas, obedecendo o devido sigilo aplicável ao caso".

O registro profissional da Hellen continua ativo em Goiás. No site da entidade, consta que a profissional é cirurgiã-dentista com especialidade em harmonização orofacial.

A divulgação da imagem e nome da dentista foi permitida pela Polícia Civil com o intuito de que novas vítimas procurem a delegacia para denunciar crimes.

Exercício ilegal da medicina

A prisão de Hellen aconteceu na terça-feira (30), a partir de evidências de que ela deformou o rosto de pacientes ao realizar cirurgias estéticas expressamente proibidas pelo Conselho Federal de Odontologia, tais como: alectomia (redução do nariz); retirada de pele excessiva dos olhos (blefaroplastia); lipo de papada (face lifting) e outros.

A investigação teve início em setembro de 2023, após a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) ter recebido denúncias de que Hellen e outros três médicos estavam exercendo ilegalmente a medicina.

Presa dentista suspeita de atuar como médica e deformar pacientes em cirurgias estéticas

Segundo a delegada Débora Melo, responsável pela investigação, todos os procedimentos estéticos feitos por Hellen eram anunciados nas redes sociais da dentista por valores abaixo do mercado, atingindo um grande número de pessoas.

“A análise do celular e dos prontuários dos pacientes indicou o cometimento desses crimes contra pessoas muitas vezes humildes, que juntavam dinheiro para fazer uma cirurgia estética, que não tinham conhecimento que a profissional não tinha atribuição e que ficaram deformadas”, afirmou a delegada.

Entre as quase 300 publicações, estão muitos vídeos e fotos que mostram resultados positivos dos procedimentos em vários pacientes e legendas como: “Já imaginou você sempre bela? É possível com um combo de procedimentos que valoriza sua beleza e promove rejuvenescimento”.

Cursos

Em outros posts na internet, Hellen divulgava cursos em que ensinava para outros profissionais da saúde técnicas de procedimentos que só podem ser feitos por cirurgiões plásticos, como face lifting.

“Aprenda a revolucionária técnica de lipo de papada sem flacidez e diferencie-se no mercado de estética facial. No nosso curso está incluso todo o conteúdo com aula teórica e prática com paciente modelo”, diz uma das publicações.

De acordo com a delegada, além de vítimas de procedimentos realizados por Hellen, a Polícia Civil encontrou clientes insatisfeitos com resultados de procedimentos feitos por “alunos” da dentista.

“Além de promoverem procedimentos que não são autorizados, elas ainda têm ensinado outros profissionais a realizarem os mesmos procedimentos”, afirma a delegada.

Em uma conversa divulgada pela polícia, um cliente diz que no dia em que foi fazer uma cirurgia estética de blefaroplastia, para a remoção de pele em excesso nos olhos, Hellen foi almoçar, deixando que outra pessoa fizesse o procedimento.

A vítima relata que não gostou do resultado e chegou a marcar uma reparação com Hellen, mas que a dentista disse que “não atenderia mais paciente reclamão”.

“Não ficou bom, aí fui fazer o retoque. Cheguei 11h50 e me deixaram esperando até 17h30 e ainda sim, por eu ter reclamado, não sei o que foram falar para a Dra, ela disse que não atenderia mais paciente reclamão, na frente de todo mundo que tava lá”, reclamou o cliente.

Pacientes deformados

Em novembro de 2023, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na clínica de Hellen, e apreendeu celulares usados para falar com os pacientes, prontuários médicos e outros materiais.

No aparelho, os policiais encontraram vários clientes de Hellen que ficaram com rostos deformados após a realização de cirurgias com a profissional. Por mensagens, pacientes reclamam de inflamações, cicatrizes e assimetria nos resultados (veja abaixo).

“O que chamou atenção é que não havia nenhum registro de ocorrência antes, foi só depois da análise do celular que nós vimos mais de 30, 40 pessoas que reclamavam dos resultados das cirurgias”, afirmou a delegada.

A partir disso, foram colhidas declarações de 13 vítimas da dentista, bem como depoimentos de ex-funcionários do instituto. Segundo a polícia, todos relataram que a dentista não aceitava qualquer crítica ao seu trabalho, tratando os pacientes com descaso.

Além disso, todas as pessoas ouvidas pela polícia confirmaram a realização das cirurgias proibidas em local inadequado (fora do ambiente hospitalar), gerando grave risco à integridade física dos consumidores.

Segundo a delegada, há vítimas de Hellen nos estados de Goiás e São Paulo, pois a profissional viaja a trabalho, tanto para fazer cirurgias estéticas, como também para ministrar cursos.

Materiais vencidos

Durante as primeiras buscas feitas no instituto coordenado por Hellen, no Setor Oeste, a polícia encontrou diversos instrumentos cirúrgicos, anestésicos e medicamentos vencidos.

Na época, os materiais foram apreendidos e descartados pela Vigilância Sanitária, que também autuou a dentista por inadequação do alvará sanitário do estabelecimento, que não autorizava a realização de nenhum procedimento invasivo.

Nesta terça (28), a clínica foi novamente vistoriada pelos policiais e novos produtos vencidos foram apreendidos. “Já na primeira fase havia sido recolhido material vencido na clínica e agora novamente. (...) São produtos controlados, que não poderiam estar na clínica”, reforçou a delegada.

Indenização

Em abril de 2023, Hellen e uma clínica estética foram condenadas a pagar R$ 10 mil em uma indenização por danos morais a uma paciente que teve o nariz deformado após a realização de uma rinomodelação com a profissional.

Na sentença, é dito que um laudo pericial concluiu que houve uma falha técnica na aplicação do ácido hialurônico durante o procedimento, resultando em uma necrose nasal isquêmica.

“No laudo pericial há a conclusão de que a existência de intercorrência do tipo necrose nasal isquêmica decorre da ação profissional, (...) evidenciada a falha técnica na aplicação do ácido hialurônico, logo, não tendo a parte requerida colacionado provas suficientes para contrapor essa conclusão, não há como afastar sua culpa”, considerou o juiz Danilo Luiz Meireles dos Santos.

Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, Hellen e a clínica condenada chegaram a entrar com um recurso para recorrer da decisão, mas ele foi negado. Agora, o processo segue normal, aguardando o cumprimento da sentença.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Odontóloga é presa após deformar pacientes

Ela executava serviços de alta periculosidade para saúde pública e estava sendo investigada após causar deformação no rosto de pacientes

Odontóloga foi presa por realizar procedimentos proibidos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) e executar serviços de alta periculosidade para saúde pública. Ela estava sendo investigada após causar deformação no rosto de pacientes. A Polícia Civil (PCGO), além do mandado de prisão em desfavor da investigada, cumpriu ainda outros quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Goiânia (GO) e Santa Bárbara de Goiás (GO), em endereços ligados à investigada.

A clínica que fica no setor Oeste, em Goiânia, foi alvo de busca e apreensão, nesta terça-feira, 30, segundo a PC, em um inquérito instaurado para apurar à suspeita por crimes do exercício ilegal da profissão. A dentista e outros três colaboradores são suspeitos de realizar procedimentos cirúrgicos proibidos para a categoria profissional.

As cirurgias plásticas eram ofertadas nas redes sociais dos odontólogos por valores abaixo do mercado, como resultado tinham uma grande gama de visualizações que atraiam mais clientes para as clínicas, pelo baixo custo. Inclusive, na rede social pessoal da dentista, que possui mais de 650 mil seguidores, ela além de oferecer os procedimentos ilegais, ainda ofertava cursos que ela mesma ministrava para que outros profissionais da saúde executem tais cirurgias sob a sua “supervisão”.

Mais de 10 vitimas prestaram depoimentos à Polícia Civil, incluindo ex-funcionários. Todos confirmaram aos agentes, que a realização das cirurgias plásticas era em local inadequado, (fora do ambiente hospitalar), gerando, além de grave risco a integridade física dos clientes, poderia evoluir para uma infecção generalizada e até morte.

As pessoas que prestaram depoimento, disseram que a dentista tratava os pacientes com descaso, que não aceitava críticas ao seu trabalho e se recusava a aceitar as reclamações.

Com a apreensão do celular do estabelecimento, usado para contactar os pacientes, os policiais tiveram acesso a inúmeros casos de clientes que ficaram com o rosto deformado após realização de cirurgias com a dentista e com seus "alunos".

Nesta primeira fase da operação da Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), foram apreendidos instrumentos para realizar cirurgias, anestésico e medicamentos com data de validade vencida. Os materiais foram entregas à Vigilância Sanitária para o descarte devido.

Na primeira fase da operação, foram encontrados diversos instrumentos cirúrgicos, anestésicos e medicamentos vencidos na clínica de propriedade da investigada. Os materiais foram apreendidos e descartados pela Vigilância Sanitária, que também autuou a dentista por infrações administrativas, dentre elas, a falta do alvará sanitário do estabelecimento.

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O HOJE

Goiânia registra 533 casos de dengue em quatro semanas

Prefeitura reforça importância de cuidados diários da população para evitar explosão de casos na Capital

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou novo Boletim Epidemiológico nesta segunda-feira (29/1), com o registro de 533 casos confirmados de dengue. A quarta edição do documento apresenta um aumento de 302 casos em relação à semana anterior, apesar disso, Goiânia segue como baixo risco para a doença.

O número de casos prováveis também saltou de 844 na terceira edição do Boletim Epidemiológico para 1.505, que estão sendo investigados. “Estamos trabalhando diariamente com visitas docimiciliares dos nossos Agentes de Combates às Endemias (ACEs), que realizam orientações e vistoriam focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, mas a população também é protagonista nessa força-tarefa e precisa cuidar de suas moradias e comércios para evitar o aumento de casos”, reforça o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara.

Até o momento, a Capital registra queda no número da doença comparado ao mesmo período de 2023, com uma redução de 28,8%. “Nossa rede está abastecida com insumos e equipe capacitada para atendimento, mas se cada um fizer o dever de casa, não vamos ter casos graves com necessidade de hospitalização”, reforça o secretário. Até o momento, há um caso grave registrado em Goiânia.

Sintomas

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode variar desde casos assintomáticos até quadros graves. Entre os sintomas estão febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo e dor abdominal intensa.

Cuidados diários

A população deve se preocupar com possíveis focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, que além da dengue também causa zika e chikungunya.

Veja alguns cuidados diários que podem eliminar focos em residências e comércios:

Verificar se a caixa d’água está bem tampada

Colocar areia nos pratos de plantas

Recolher e acondicionar o lixo do quintal

Limpar as calhas

Cobrir piscinas

Cobrir bem a cisterna

Deixar as lixeiras bem tampadas

Limpar a bandeja externa da geladeira

Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários

Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação

Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado

Cobrir bem todos os reservatórios de água

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A REDAÇÃO

Laboratório do Heapa recebe certificado de excelência nacional

O Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa) recebeu em janeiro deste ano a certificação de excelência em qualidade pelo Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), por atingir mais de 90% nos índices de avaliação. O programa é responsável por analisar a qualidade de mais de 5.700 laboratórios brasileiros e cerca de 130 instituições de 11 países da América Latina e Europa, por meio de ensaios de proficiência definidos em legislação.

O PNCQ garante aos laboratórios integrantes um certificado de que seus procedimentos e conduta profissional estão dentro do mais alto padrão de qualidade nacional e internacional. “A certificação nos traz muito orgulho, pois mostra que todo nosso trabalho em busca de oferecer o melhor serviço em exames laboratoriais têm sido atingido com sucesso e que os nossos laudos são de alta confiabilidade, cumprindo também os padrões da Organização Nacional de Acreditação (ONA), garantindo a segurança ao paciente”, relatou a coordenadora do Laboratório, Ana Paula Vieira. Ao longo do ano de 2023, o Laboratório de Análises Clínicas do Heapa realizou aproximadamente 179 mil  exames.

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AGÊNCIA ASSEMBLEIA DE NOTÍCIAS

Bia de Lima promove audiência pública, nesta quarta-feira, 31, para debater situação do Imas

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) sedia na próxima quarta-feira, 31, às 14 horas, no auditório 1, audiência pública sobre o Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais da Prefeitura de Goiânia (Imas). Com o tema "Por um Imas de qualidade", o objetivo é debater soluções para os problemas, bem como discutir iniciativas para o fortalecimento do instituto.

A iniciativa é da deputada Bia da Lima (PT). “Estamos demasiadamente preocupados com a situação enfrentada pelas pessoas atendidas pelo Imas. O valor pago pelos servidores é descontado de forma compulsória mensalmente. No entanto, a contrapartida não é atendida a contento. Onde já se viu interromper tratamentos tão sérios como os de câncer? As doenças não esperam! Não podemos aceitar esse descaso do instituto com os servidores contribuintes e, mais ainda, com as nossas vidas”, afirma a parlamentar.

Estão convidados para a audiência o presidente do Imas, Marcelo Marques Teixeira; a ex-conselheira do Imas e secretária do Sintego, Ludmylla Morais; o vereador Anselmo Pereira; um representante do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e o presidente do conselho deliberativo do instituto.

A deputada aponta que, nos últimos dias, a imprensa tem noticiado diversos problemas enfrentados pelos usuários do Imas, que teve a prestação de serviços suspensa em diversos estabelecimentos credenciados, como hospitais e laboratórios, além da onda de descredenciamento de profissionais médicos.

Reportagem do Jornal Opção, do dia 20 de janeiro, mostrou que pacientes com câncer, atendidos pelo IMAS, tiveram o tratamento interrompido. Na matéria, pacientes relatam que o plano de saúde se recusou a pagar medicamentos, cirurgias, entre outras formas de atendimento aos enfermos.

A parlamentar convida a população para participar da audiência pública e cobrar soluções para a situação do plano de saúde.

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O TV Foco

Plano de saúde gigante faz o que nem a Unimed teve coragem e vira novo queridinho do Brasil com o menor preço


O plano de saúde é um serviço que fornece atendimento na área da saúde, através de exames, consultas e procedimentos, de modo contínuo, mediante o pagamento de um valor mensal pelo cliente. No Brasil, temos várias empresas que disponibilizam esse tipo de serviço aos clientes.

Dessa vez, por exemplo, falaremos sobre uma atitude que um famoso plano de saúde teve. A empresa fez o que nem mesmo a Unimed teve coragem e virou o novo queridinho do Brasil. Para quem não sabe, estamos falando sobre a Geap Saúde.

Segundo informações da CNN Brasil, a empresa foi na contramão dos convênios médicos do país. Isso porque o plano de saúde, que concentra sua carteira em servidores públicos federais, decidiu que reduzirá em até 14% os preços de seus planos de saúde a partir de 1° de fevereiro.

Plano de saúde fez o que a Unimed não teve coragem (Foto: Reprodução/ Internet)

Conforme o que foi divulgado, a redução será aplicada a pouco menos da metade da base de beneficiários. A outra parte, formada por pessoas com mais de 59 anos, terá um reajuste nos valores, 8,1% maior que a tabela anterior. Isso se deve à alta taxa de sinistralidade dessa faixa, o que afeta a sustentabilidade da carteira.


Vale lembrar que recentemente a Geap Saúde assinou um novo Convênio Único com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para a oferta do convênio de saúde aos servidores públicos federais. Se tornando o convênio médico mais queridinho do país.

Por que a Geap Saúde superou os rivais?

Dessa forma, podemos dizer que a Geap Saúde superou seus concorrentes ao reduzir o valor do plano. A atitude acabou surpreendendo rivais como a Unimed, SulAmérica, Bradesco Saúde, NotreDame Intermédica, Hapvida, entre tantos outros que tiveram um reajuste no pagamento.

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PORTAL SAÚDE

Preocupação das organizações com saúde do colaborador impulsiona negócios da AsQ

Empresa conquistou 77 clientes corporativos em um ano e atendeu mais de 662 mil pessoas

A AsQ, especializada em gestão de saúde, conquistou 77 novos clientes em 2023, todos do setor empresarial. Entre os segmentos, estão empresas de tecnologia, indústria e varejo de diferentes partes do País. A estratégia veio depois de a empresa identificar que há um crescente número de organizações dispostas a investir na gestão do cuidado da saúde dos colaboradores, como estratégia de retenção de talentos.

"Atendimento em saúde aos colaboradores é um diferencial competitivo cada vez mais importante para a melhoria do ambiente de trabalho. Mas o fato é que as empresas precisam também encontrar meios de oferecer esse benefício com custos sob controle e resultados mensuráveis", diz o CEO da AsQ, Guilherme Hahn. "Usamos a experiência e o conhecimento acumulados para ajudar essas organizações". Segundo ele, o foco principal de atuação são companhias de médio e grande porte.

A partir de um diagnóstico da situação de cada colaborador da empresa cliente, a AsQ desenvolve programas corporativos de saúde. A intenção é garantir um cuidado integral em saúde, que começa na contratação. "Quanto mais cedo é dada atenção às questões de saúde, mais importantes são os resultados", diz Hahn. "Hoje grandes corporações têm ganhos ao associar a saúde ocupacional a assistencial."

Ao identificar que um novo colaborador é hipertenso, a contratante já pode incluí-lo em um programa de exercícios e cuidados com a alimentação, por exemplo. "O indivíduo será mais saudável e a empresa tende a enfrentar menos problemas - e custos - com absenteísmo ou outras complicações da doença".

Além da conquista de novos clientes corporativos, em 2023 a AsQ investiu em inovação e na ampliação das estruturas de atendimento. Lançou a primeira clínica de Atenção Primária à Saúde no Metaverso do mundo e inaugurou clínicas tradicionais de APS no Piauí e na Bahia.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 30 Janeiro 2024 07:18

CLIPPING AHPACEG 30/01/24

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Nosso sistema de Saúde está quebrado?

Entenda por que Goiás é um dos estados com o maior número de casos de dengue registrados no país

Polícia investiga morte de Dani Li após lipoaspiração em clínica do Paraná

Iquego busca condições para deixar medicação a base de canabidiol mais acessível

Saúde orienta goianos sobre vistoria na busca por focos do Aedes aegypti

Levantamento internacional aponta Unimed como líder entre cooperativas de saúde de todo o mundo

PORTAL SAÚDE

Nosso sistema de Saúde está quebrado?


A previsão de gastos totais com saúde no Brasil para 2022, 2023 e 2024 é de R$ 889,2; R$ 934,9; e R$ 980,3 bilhões, respectivamente, isto é, cerca de 10% do PIB do Brasil. O sistema de saúde brasileiro é caro, complicado, disfuncional e pouco resolutivo. Tem alto custo e baixa qualidade. Apesar de gastar muito, obtêm resultados fracos em muitas medidas fundamentais de saúde. Infelizmente, os investimentos em saúde parecem mal direcionados: nosso sistema se concentra em doenças, cuidados especializados e tecnologia, em vez de cuidados preventivos. A plataforma Valor Saúde Brasil mensurou que 53% do custo assistencial hospitalar se traduz em desperdício.

As pessoas recebem cuidados em uma variedade de ambientes sem nenhuma coordenação, o que leva a duplicação de cuidados e custos mais elevados. Por exemplo, o gasto das três esferas com Atenção Primária à Saúde (APS) foi de R$ 57,7 bilhões, que corresponde a 21,70% em relação ao gasto público total (SciELO - Saúde Pública - 2022).

A solução para estes problemas, a meu ver, não é simples. Com tantas coisas em jogo e grupos de lobby bem financiados por interesses concorrentes prontos para esta batalha, está longe de ser claro se uma reforma no sistema poderá acontecer em breve. A questão daqui para frente é se haverá a confiança, a vontade e a visão necessárias para construir algo melhor. Não será fácil, mas a alternativa - continuar a reclamar enquanto o sistema imploda - é inaceitável.

Por isso, faz-se necessária a criação de uma Política Nacional de Saúde Pública, é o que defendemos.

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PORTAL G1

Entenda por que Goiás é um dos estados com o maior número de casos de dengue registrados no país

Estado já registrou quase 7 mil casos em 2024, um aumento de 10% se comparado com o mesmo período de 2023. Goiás é o quinto no país em incidência da doença.

Por Vitor Santana, g1 Goiás

Goiás já registrou quase 7 mil casos de dengue em 2024. O número representa um aumento de 10% se comparado ao mesmo período de 2023. O estado é o quinto no país em incidência da doença. Especialistas apontam que o clima no estado e também um bom sistema de monitoramento dos casos contribuem para os números registrados.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Flúvia Amorim, aponta que há um monitoramento das equipes para que não haja subnotificações.

“Eu falo que pior que ter muitos casos é ter muitos casos e não saber que eles estão acontecendo. Se a gente não tem transparência, não tem uma ação adequada”, disse.

O médico epidemiologista e professor da Universidade Federal de Goiás João Bosco Siqueira Júnior destaca também que não há uma resposta única para a questão.

“Os países de clima tropical sofrem muito com a proliferação do mosquito transmissores da dengue. A temperatura ideal para o mosquito é entre 25°C e 32°C. E Goiás tem essa condição climática muito favorável quase o ano todo”, disse.

O El Niño, fenômeno meteorológico que eleva as temperaturas, também contribui para o aumento de mosquitos Aedes aegypti, transmissor da dengue. “A gente pode ter aumento de temperatura e chuvas irregulares. Isso é a combinação perfeita para a proliferação. Aumentando o número de mosquitos, aumenta o número de casos”, disse Flúvia.

O médico pontuou ainda que Goiânia e o Entorno do Distrito Federal são grandes áreas urbanas e que as epidemias não atingem todas as regiões ao mesmo tempo. Além disso, a parcela da população que teve dengue de um sorotipo específico vai variando a cada ano. Isso pode justificar constantes números altos da doença.

Por último, Flúvia disse que o sorotipo da dengue que está circulando atualmente é diferente dos anos anteriores, o que também contribui para o aumento dos casos.

A superintendente explicou que, neste ano, Goiás está atrás apenas do Distrito Federal, Acre, Paraná e Minas Gerais no número de casos de dengue a cada 100 mil habitantes no país. Em 2023, o estado foi o oitavo em incidência.

Vacina

A superintendente explicou que a vacina contra a dengue, que será disponibilizada pelo Ministério da Saúde para mais de 130 cidades em Goiás, será mais uma das formas de prevenção à doença, mas ela não será uma solução imediata.

“A faixa etária será de 10 a 14 anos. Essa vacina é de duas doses com intervalo de três meses entre elas. Ainda não sabemos quantas doses receberemos”, disse.

O médico epidemiologista completou ainda que, mesmo que a vacinação comece este ano, ainda vai demorar alguns anos para que a população tenha uma cobertura grande. “É uma solução a médio e longo prazo. Não vai solucionar tão rápido, mas é um método que funciona, que é seguro”, reforçou.

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Polícia investiga morte da cantora Dani Li após lipoaspiração em clínica do Paraná

Artista foi a Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, fazer uma cirurgia de lipoaspiração no abdômen e costas e procedimento de elevação das mamas, de acordo com a advogada que representa a família.

A Polícia Civil do Paraná está investigando as circunstâncias da morte da cantora Maria Danielle Fonseca Machado, conhecida como Dani Li.

A artista morreu na quarta-feira (24) após passar por uma cirurgia de lipoaspiração no abdômen e nas costas e mastopexia – procedimento de elevação das mamas – na clínica Fundação Hospitalar Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, com a cirurgiã plástica Luciana de Freitas Santos e o anestesista Nelson Lambach.

A delegada Géssica Feitosa Moraes de Andrade, responsável pelo caso, afirmou que a morte aconteceu após uma intercorrência durante o procedimento.

A polícia investiga ainda se houve demora para a transferência de Dani Li para o hospital após a complicação.

Até segunda-feira (29), a polícia ouviu uma pessoa próxima à cantora e teve acesso aos prontuários médicos da paciente.

O g1 tenta contato com a cirurgiã plástica Luciana de Freitas Santos, com o anestesista Nelson Lambach e com a Fundação Hospitalar Pinhais, porém, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

A advogada Evelim Paes, que representa a família de Dani Li, afirmou que acompanha as investigações das autoridades. Paes afirmou também que denunciou a médica ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

O CRM afirmou que irá instaurar um procedimento sindicante para apurar a denúncia de possível desvio ético cometido pela médica.

Cantora ficou internada em UTI

De acordo com Paes, a cantora fez o procedimento na tarde de sexta-feira (19).

No mesmo dia, ela foi encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba.

No local, a artista ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até quarta-feira, onde faleceu.

Por meio de nota, o hospital afirmou que se solidariza com a família nesse momento de dor.

Dani Li foi velada na Câmara de Vereadores de Macapá e sepultada no município.

Quem era Dani Li

Natural de Afuá, no Pará, Dani Li ficou conhecida após o hit "Eu sou da Amazônia", no qual destacava as belezas do Norte brasileiro ao som do estilo brega.

Dani Li começou a cantar aos 5 anos, participando de shows de calouros na cidade natal, onde viveu toda a infância. Ainda criança, junto com o pai, começou a tocar em aniversários e festas da família.

Aos 17 anos, ela mudou-se para Macapá, onde formou o grupo musical conhecido como "Banda Sensação", do estilo brega.

Em 2008, Dani conheceu o poeta amapaense Osmar Júnior, que lhe presenteou com a música "Eu sou da Amazônia".

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DIÁRIO DA MANHÃ

Iquego busca condições para deixar medicação a base de canabidiol mais acessível

No Brasil, os valores de um frasco de 30 ml de canabidiol giram em torno de R$1.700 a R$1.900, a depender da concentração do produto

Os pacientes que precisam de medicamentos produzidos a base de canabidiol (CBD), substância presente na planta Cannabis sativa enfrentam, dentre outros problemas, os processos burocráticos e o alto custo dos remédios que dependem da importação.

Em entrevista ao Diário da Manhã, o diretor-presidente do Iquego, José Carlos mencionou a expectativa que a Indústria Química do Estado de Goiás tem de avançar na fabricação e distribuição desses medicamentos.

No Brasil, os valores de um frasco de 30 ml de canabidiol giram em torno de R$1.700 a R$1.900, a depender da concentração do produto. "A Iquego se propõe a conseguir colocar no mercado um produto que tenha a mesma qualidade dos produtos de alto custo e que atenda a população por um valor mais acessível", afirmou José Carlos.

Na oportunidade, o diretor explicou sobre a parceira com a empresa Golden BRZ, que possibilitou aos pacientes do Amapá receberem o medicamento que foi o distribuido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo ele, a primeira fase foi concluída em 2023, mas se trata de um projeto de dez anos. "Fase de comercialização do produto no Brasil. Posteriormente, a ideia é buscar autorizações junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para conseguir realizar a extração, o cultivo, todas as etapas até chegar ao óleo."

Distribuição dos medicamentos

José Carlos contou que a ideia é comercializar com a marca da Iquego, além de desenvolver iniciativas de pesquisa para fomentar o crescimento de outros produtos a base de canabidiol para uso medicinal.

Quanto a distribuição dos medicamentos, o diretor mencionou que a ordem do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) é que os produtos sejam fornecidos com qualidade e que os cidadãos tenham acesso rápido.

"A Iquego está trabalhando para avançar quanto ao canabidiol, para conseguir registros na Anvisa e distribuir os medicamentos no Juarez Barbosa de forma efetiva. Construindo uma parceira com Ministério da Saúde para garantir desde a produção ao fornecimento", comentou.

Ao mencionar a parceria que rendeu bons resultados, o diretor alertou sobre alguns fatores que impedem o avanço na saúde pública quando se trata do uso medicinal do canabidiol.

"É possível extrair muitos produtos da cannabis. Faltam pesquisas, comprovações científicas para que possamos avançar. Quando se trata desse assunto, devido a legislação e investimentos, estamos muito atrás dos grandes países como Austrália, Canadá, Estados Unidos", afirmou o diretor, que também pontuou a prioridade da estatal "ser uma opção de fornecimento para a Secretaria Municipal de Saúde, o Juarez Barbosa e outras instituições."

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A REDAÇÃO

Saúde orienta goianos sobre vistoria na busca por focos do Aedes aegypti

Respeitando um intervalo de sete a dez dias, os goianos devem refazer a vistorias residencial na busca por focos do Aedes aegypti. A orientação, divulgada nesta segunda-feira (29/1), é da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e tem como base o tempo necessário para que ovos depositados pela fêmea do mosquito se tornem insetos adultos. A preocupação da pasta se justifica pelo aumento de casos de dengue, zika e chikungunya em Goiás.

“Entre a fêmea depositar o ovo e esse ovo se transformar em mosquito adulto, leva-se em média de sete a dez dias. Então, se eliminarmos esse ovo uma vez por semana, impediremos o nascimento de novos mosquitos”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, ao informar que, só no primeiro mês de 2024 registrou-se 6.891 casos de dengue - 10% a mais do que o mesmo período do ano passado.

Flúvia explica que o uso do fumacê - inseticida que é borrifado no ar - somente mata o inseto adulto e que a destruição dos criadouros é a principal forma de controle das doenças. “Além disso, o fumacê tem uma eficácia muito baixa, porque a maioria das nossas casas tem muros altos, com muitas árvores e plantas, o que faz com que a quantidade de veneno que alcança o mosquito seja muito pequena”, esclarece. Em algumas situações, também se utiliza a estratégia de uso de bomba costal, quando agentes adentram em terrenos para borrifar inseticida em áreas externas às casas. 

Além de contar com a mobilização da população, o Governo de Goiás ofereceu aos 246 municípios goianos a estratégia dos Gabinetes Contra a Dengue. A análise de dados permite que se estabeleça quais serão os municípios prioritários para receber maior apoio das SES, na vigilância, na assistência ou no controle ao vetor. 

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GAZETA DA SEMANA

Levantamento internacional aponta Unimed como líder entre cooperativas de saúde de todo o mundo


- O World Cooperative Monitor (WCM) 2023 revela que, por mais um ano, a Unimed é líder global do cooperativismo no ramo de saúde, educação e assistência social. O sistema de cooperativas médicas brasileiras destacou-se com um volume de negócios duas vezes maior do que o da segunda colocada (US

15,61 bilhões x US

7,74 bilhões), conforme o levantamento realizado pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e pelo Instituto Europeu de Pesquisa em Cooperativas e Empreendimentos Sociais (Euricse).

No ranking das 300 maiores cooperativas do mundo que inclui todos os setores e considera o volume de recursos movimentados sobre o PIB per capta dos países em que atuam, o Sistema Unimed ficou em 4° lugar, totalizando US

2,02 bilhões em negócios. No total, esse ranking possui 21 cooperativas brasileiras.

"O resultado mostra que o Sistema Unimed, há mais de 50 anos, produz saúde no Brasil, realizando, todos os dias, mais de 1,5 milhão de procedimentos, como atendimentos, consultas, exames e tratamentos. O modelo cooperativista permite que a Unimed esteja presente em mais de 90% dos municípios brasileiros, oferecendo cuidados médicos de qualidade para os nossos beneficiários e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que atuamos", destaca o presidente da , Omar Abujamra Junior.

Sobre o WCM

O World Cooperative Monitor é o mais importante relatório do cooperativismo no mundo e é realizado anualmente pela ACI e pelo Euricse. A iniciativa está na sua 12ª edição e revelou que as 300 maiores cooperativas do mundo tiveram faturamento em 2021 de mais de US

2,40 trilhões. O levantamento também traz classificações setoriais, dados de emprego e outros indicadores sociais, demonstrando o impacto econômico e social dessas organizações. O relatório na íntegra pode ser acessado aqui.

Sobre a Unimed

Em 56 anos de atuação, a Unimed se destaca na liderança do setor de saúde suplementar. A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje compõe um sistema de 340 cooperativas médicas e empresas, que estão presentes em nove de cada dez cidades brasileiras e atendem a 20,5 milhões de pessoas em planos de saúde e odontológicos. A Unimed reúne 118 mil médicos cooperados, gera 143 mil empregos diretos e dispõe da maior rede assistencial do país, formada por 157 hospitais e hospitais-dia próprios e cerca de 2,5 mil hospitais credenciados, além de unidades de pronto-atendimento, clínicas e laboratórios, entre outros serviços. Toda essa operação injeta, no sistema de saúde brasileiro, R

74,8 bilhões por ano.

As cooperativas Unimed também são destaque no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), a avaliação oficial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para o setor. Das 25 operadoras médico-hospitalares que obtiveram nota máxima no IDSS 2023 (ano-base 2022), 20 são Unimed. Além disso, 234 Unimeds foram classificadas nas duas melhores faixas de desempenho, incluindo a operadora de planos odontológicos Unimed Odonto e a operação de saúde da Seguros Unimed.

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Assessoria de Comunicação

26 01 24 TREINAMENTO

 

A Ahpaceg promoveu na última sexta-feira, 26, mais uma capacitação para o uso da nova Plataforma de Indicadores adotada pela Associação.

O treinamento, realizado na sede da Ahpaceg, foi aberto a representantes de instituições associados que não conseguiram participar das aulas ministradas no início do mês.

Com essa capacitação, ministrada por profissionais da empresa Iah Soluções Integradas e acompanhada pela coordenadora de Educação Continuada da Associação, Madalena Del Duqui, a maioria dos associados já está apta a iniciar o uso da nova plataforma, que possibilitará a inserção, o monitoramento e a análise crítica e comparativa de informações referentes a indicadores assistenciais, financeiros e de recursos humanos das instituições.

Em breve, será agendado um novo treinamento online para os associados do interior do Estado.

Segunda, 29 Janeiro 2024 12:22

CLIPPING AHPACEG 27 A 29/01/24

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde podem subir 25% com inflação médica acima da média global

Hospitais da Rede D’Or São Luiz em SP registram até 833% mais casos de dengue em 2024

Projeto atribui a psicólogo prescrição de terapias para tratar autismo

Profissionais de saúde realizam capacitação para detecção precoce de câncer

Vacina contra a dengue chegará inicialmente a apenas 10% das cidades do país

Entenda o histórico político da crise da saúde em Goiânia

Estudo da Organização Mundial da Saúde avalia o impacto ocupacional do câncer de pele

UOL

Planos de saúde podem subir 25% com inflação médica acima da média global


Os custos dos planos empresariais de saúde no Brasil superaram a média mundial, e as operadoras devem reajustar o preço em cerca de 25% em 2024, afetando cerca de 41 milhões de pessoas.

O que aconteceu

A inflação médica foi três vezes maior que a inflação oficial o IPCA. Enquanto os preços em geral aumentaram 4,8% no ano passado, a inflação médica subiu 14,1%. É mais do que a média global, de 10,1%. Os dados são da consultoria AON, que mediu os custos dos insumos médicos no ano passado em 113 países.

O reajuste nos planos empresariais, no entanto, pode chegar a 25%. É que para chegar ao índice de reajuste, as operadoras consideram, além da inflação médica, as fraudes, a utilização dos planos e o resultado financeiro. Em 2023, o setor teve déficit operacional de R$ 5,1 bilhões.

Por que a inflação médica é maior no Brasil? "O Brasil tem a maior população e território na América Latina, o que torna os desafios amplos, como eficiência operacional e distribuição de recursos", diz o vice-presidente da AON Brasil, Leonado Coelho.

As coberturas e medicações obrigatórias aumentaram consideravelmente nos últimos anos. Além disso, o Brasil limita a oferta de planos com coberturas mais especializadas, mais acessíveis, o que é bem menos limitado nas outras regiões.

Leonardo Coelho

As maiores operadoras têm divulgado reajuste acima de 20% para empresas com até 29 vidas. Já a média ponderada de planos empresariais [com outros portes e número de segurados] chegou a 25% de reajuste.

Luiz Feitoza, da consultoria Arquitetos da Saúde

"Esses 25% são um escárnio", diz Mario Scheffer, pesquisador e professor da Faculdade de Medicina da USP. "Essa conta de botequim ignora o fluxo de ingressos de recursos, créditos, empréstimos e o fato de que as operadoras têm capacidade de investimento."

Não existem informações básicas: quantos clientes pagam acima de R$ 5.000 por mês? Quantos pagaram e não utilizaram o plano no ano?

Mario Scheffer

Aumento sem regulação

A oferta de planos a 10,8 milhões de trabalhadores já abocanha 14% da folha de pagamento só na indústria. Em 2012, os gastos equivaliam a 11,7% da folha, diz a CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Esse aumento acontece porque os planos empresariais não são regulados pela ANS (Agência Nacional de Saúde). A operadora só decide o índice de reajuste dos planos familiares e individuais, que no ano passado foi de 9,63%. Para 2024, o Citibank prevê alta de 8,7%.

Para se livrar da regulação da ANS, as operadoras reduziram a oferta de planos individuais e familiares. A estratégia para atrair novos clientes, dizem os especialistas, é oferecer planos mais baratos, com até cinco vidas, aos donos de pequenas empresas, que usam seu CNPJ para contratar um "plano empresarial" para sua família, os chamados "pejotinhas".

Mas no primeiro aumento, eles levam um susto porque não há limite de reajuste. Tivemos casos que chegaram a 40%.

Rafael Robba, especialista em saúde da Vilhena Silva Advogados

No ano passado, o setor chegou à marca de 50,9 milhões de clientes. Boa parte desses planos, porém, é de pejotinhas, os que mais cresceram nos últimos anos. Em 2019, antes da pandemia, cerca de 38% das operadoras já não vendiam contratos individuais, então restritos a 20% dos segurados no Brasil.

R$ 3.000 de aumento

Um deles é o consultor Jean Paul Robin, 59. Ele recebeu uma carta da SulAmérica em janeiro informando que seu convênio terá 24,7% de reajuste em março, passando de R$ 11,6 mil para R$ 14,4 mil para ele, mulher e dois filhos.

Jean foi convencido a mudar. Preocupado com o preço do plano familiar e com dificuldade para encontrar outro com esse perfil, Jean procurou um corretor. "Ele sugeriu migrar para um plano empresarial porque sairia mais barato", diz.

A surpresa veio nos primeiros reajustes. "Sempre muito altos. Aí eu pulo para outro, e é a mesma história", conta. Após processar um dos convênios, a mensalidade caiu. "Estou há um ano na SulAmérica e já dão esse aumento."

A inflação não chegou a 5%. Essa diferença é um absurdo.

Jean Paul Robin

A SulAmérica diz que o percentual foi definido pela inflação médica e pela utilização do plano.

De quem é a culpa?

O setor lembra que o uso dos planos disparou depois da pandemia. A utilização aumentou tanto que 89,2% das receitas com mensalidades foram gastas com atendimento médico em 2023. Na pré-pandemia essa proporção variava entre 80% e 82%. "No ano passado, a alta foi puxada por exames, terapias e internação", diz Leonardo Coelho, da AON.

As fraudes e desperdício do setor são repassados para a mensalidade. Eles consumiram R$ 34 bilhões no ano passado 12,7% do faturamento de R$ 270 bilhões das 14 maiores operadoras. Nos países desenvolvidos, esse índice gira em torno 7%, segundo estudo divulgado pelo IESS (instituto que pesquisa o setor).

As surpresas com reajuste convivem com "rescisões de contratos pelas operadoras", diz Scheffer. No ano passado, dispararam as reclamações contra rescisões de planos para autistas. O setor diz que a ANS aumentou demais a oferta de terapias para esse público, encarecendo os gastos.

As operadoras calculam em 236 mil as crianças autistas com plano médico. Cada uma custaria até R$ 6.000 por mês, "movimentando próximo de R$ 1 bilhão mensal", estima a Med Advance, clínica especializada em terapia ocupacional para autistas. "Um investimento alto em um segmento que não registrava demanda tão grande até 2020", diz Janderson Silveira, CEO da empresa.

As operadoras sempre se utilizaram de fantasmas para obter benefícios. Já houve a temporada de culpar os idosos; os prestadores fraudulentos. Agora os vilões são os autistas.

Mario Scheffer

O advogado Rafael Robba cobra da ANS que também escolha o índice de reajuste nas mensalidades dos planos coletivos. Procurada, a agência disse que as regras de reajuste também são "estipuladas pela ANS".

A ANS chega a um reajuste para planos individuais usando dados das operadoras. Como as operadoras chegam a 25% de aumento nos coletivos?

Rafael Robba

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MEDICINA S/A

Hospitais da Rede D’Or São Luiz em SP registram até 833% mais casos de dengue em 2024

Os hospitais da Rede D’Or situados em cinco estados brasileiros registraram em janeiro deste ano um aumento médio de 307% no número de pacientes diagnosticados com dengue, na comparação com o primeiro mês de 2023. Os atendimentos se concentram principalmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, além de Paraná e Sergipe.

Na capital paulista e região metropolitana de São Paulo os hospitais da Rede D’Or São Luiz registraram em janeiro deste ano um aumento médio de 443% no número de pacientes diagnosticados com dengue, na comparação com o primeiro mês de 2023.

A maior alta proporcional foi verificada no pronto-socorro do São Luiz Anália Franco, na zona Leste, com 833% mais pacientes com a doença atendidos entre 1º e 20 de janeiro, em relação a igual período do ano passado.

Já no São Luiz de São Caetano, no Grande ABC, o total de casos confirmados subiu 675%, enquanto na unidade Morumbi houve alta de 520%.

O Hospital São Luiz do Itaim, na zona sul, registrou aumento de 385% nos atendimentos por dengue entre 1º e 20 de janeiro, enquanto no do Jabaquara a alta foi de 266% e na unidade de Osasco, 245%.

RJ

No Rio, a maior alta proporcional foi verificada no pronto-atendimento do Hospital Rios D’Or, em Jacarepaguá, no Rio, com 2.300% mais pacientes com a doença atendidos entre 1º e 20 de janeiro, em relação a igual período do ano passado.

Já no Barra D’Or, o total de casos confirmados subiu 1.250%, enquanto no Hospital Bangu houve crescimento de 1.050% e no Hospital Samer, em Resende, alta de 1040%.

Também foram verificados aumentos do número de casos de dengue em pacientes atendidos nos hospitais Norte D’Or (690%), em Cascadura, Copa D’Or (500%), na capital fluminense, e Oeste D’Or (126%), em Campo Grande.

Unidades da rede no estado do Rio que não tiveram entre 1º e 20 de janeiro de 2023 nenhum caso de paciente com dengue – hospitais Rio Barra, Perinatal, São Vicente, Jutta e Copa Star – registraram casos da doença neste ano.

DF

Os hospitais da Rede D’Or no Distrito Federal registraram em janeiro deste ano um aumento médio de 107% no número de pacientes diagnosticados com dengue, na comparação com o primeiro mês de 2023.

A maior alta proporcional foi verificada no pronto-atendimento do Hospital DF Star, com 173% mais pacientes com a doença atendidos entre 1º e 20 de janeiro, em relação a igual período do ano passado.

Já no Hospital Santa Luzia, o total de casos confirmados subiu 146%, enquanto no Santa Helena houve alta de 55%.

Outros estados

Ainda segundo levantamento da Rede D’Or, houve aumento de 200% no atendimento a pacientes com dengue no Hospital São Lucas, de Sergipe, na comparação dos primeiros 20 dias de 2024 com o mesmo período do ano passado. O Hospital Santa Cruz, no Paraná, que não atendeu nenhum caso da doença em janeiro em 2023, tem recebido casos neste ano.

Já em serviços hospitalares da rede localizados na Bahia e em Pernambuco, houve no geral queda nos atendimentos, exceto no Hospital Cardio Pulmonar, de Salvador-BA, que registrou alta de 133% na assistência a pacientes com dengue.

“O crescimento é expressivo nos hospitais da rede no Rio e em estados como São Paulo e no Distrito Federal. É um indicador preocupante, especialmente se for registrada a circulação de sorotipo 3, como tem sido visto em algumas cidades, o que aumenta o número de pessoas suscetíveis à doença. Isso não ocorria há 15 anos. O risco de crescimento contínuo do número de casos nos próximos meses é real. As pessoas que já tiveram dengue no passado podem apresentar sintomas mais severos”, afirma David Uip, diretor nacional de Infectologia da Rede D’Or.

Segundo o infectologista, é importante que a população esteja atenta aos principais sintomas da doença, como febre alta repentina, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza e dor atrás dos olhos, dentre outras. “É importante procurar assistência hospitalar especializada nesses casos”.

Ainda de acordo com Uip, é fundamental adotar as medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias, evitando recipientes com acúmulo de água parada nos domicílios, para que o vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, não encontre ambientes propícios para proliferar.

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Projeto atribui a psicólogo prescrição de terapias para tratar autismo


O Projeto de Lei 3905/23 determina que é atribuição privativa do psicólogo a prescrição de terapias que serão utilizadas no tratamento das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta altera a lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Pelo projeto, o laudo médico que ateste o TEA deverá prescrever obrigatoriamente o encaminhamento para avaliação psicológica. A autora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), acredita que a iniciativa vai permitir que os diagnósticos sejam mais precisos, evitando o encaminhamento a terapias desnecessárias.

"Na prática, o que tem sido percebido pelas famílias de pessoas com TEA é uma série de exageros, por meio de tantos pedidos de terapias que, em vez de beneficiarem o indivíduo com TEA, propiciam crises, surtos e desistência dos tratamentos", afirmou a parlamentar.

"Há ainda que se considerar os vultosos valores que são cobrados nessa profusão de terapias, bem como a judicialização em massa na busca de tratamentos que podem nem mesmo ser os mais adequados para aquela pessoa em específico", complementou.

Tramitação

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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A REDAÇÃO

Profissionais de saúde realizam capacitação para detecção precoce de câncer

Profissionais da policlínica de Quirinópolis realizam capacitação para a realização do Goiás Todo Rosa, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e da Universidade Federal de Goiás (UFG). A parceria da SES com a UFG permitirá a realização de sequenciamentos genéticos para detecção precoce das mutações que causam câncer de mama e/ou ovário pelo SUS.

O cronograma do projeto prevê que o atendimento comece pela Policlínica de Quirinópolis, na região Sudoeste, sendo estendido em seguida para a região Centro-Norte, em Goianésia e Uruaçu. Posteriormente, o teste genético deve chegar a todas as mulheres com predisposição para estes tipos de câncer no Estado.

“Esse momento é muito importante porque a policlínica será a conexão entre a atenção primária e a Universidade Federal de Goiás. Na policlínica, a paciente será atendida e o teste será solicitado. A coleta de sangue será feita no Centro de Genética da UFG”, explicou a mastologista e professora da Faculdade de Medicina da UFG, Rosemar Macedo Sousa Rahal, acrescentando que o teste será realizado em pacientes que atendem aos critérios de solicitação do painel.

Todo este processo deverá ser feito de forma criteriosa, por isso serão capacitados todos os profissionais que trabalham na policlínica - médicos, enfermeiros e profissionais da área administrativa. Em caso positivo para o câncer, a paciente fará o chamamento dos familiares, que poderão realizar o teste de sequenciamento genético de forma gratuita, a partir de uma amostra de sangue, para descobrirem se também têm a predisposição para a doença.

Testagem

O exame analisa todas as bases presentes nos genes BRCA 1 e 2, permitindo a identificação de mutações que podem causar câncer de mama e ovário. Ele pode ser feito a partir de uma simples amostra de sangue ou do DNA extraído de peça tumoral. Com o diagnóstico, é possível estabelecer uma rotina personalizada de rastreio de câncer, com maiores chances de cura e mais qualidade de vida para o paciente, com a opção também da mastectomia profilática. O procedimento cirúrgico ocorrerá no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG).

Em Goiás, a taxa de mortalidade por câncer de mama em 2021 foi de 13,62/100.000 mulheres. De 2020 a 2023, pelos menos 1.993 mulheres perderam a vida para a doença. Quanto à incidência, no período de 2020 a 2022 foram diagnosticados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás, 5.349 casos de câncer. Em 2023, até o mês de julho, foram 730 casos confirmados.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Vacina contra a dengue chegará inicialmente a apenas 10% das cidades do país

O Ministério da Saúde anunciou que a vacina seria distribuída para 521 municípios em 16 estados e no Distrito Federal

A vacina contra a dengue chegou ao Brasil em janeiro de 2024, após ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. A vacina, chamada Dengvaxia, é produzida pelo laboratório Takeda Pharma e é indicada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

A primeira remessa de doses da vacina chegou ao Brasil no dia 25 de janeiro de 2024. O Ministério da Saúde anunciou que a vacina seria distribuída para 521 municípios em 16 estados e no Distrito Federal. Esses municípios foram selecionados com base em critérios como alta transmissão da dengue nos últimos anos, população residente igual ou maior a 100 mil habitantes e altas taxas de casos nos últimos meses.

A vacinação contra a dengue começou no dia 28 de janeiro de 2024. A primeira dose deve ser aplicada em duas etapas, com intervalo de seis meses entre elas. O Ministério da Saúde estima que a vacinação de todos os municípios selecionados deve ser concluída até o final de 2024.

A chegada da vacina contra a dengue foi um marco importante no controle da doença no Brasil. A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A doença pode causar febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas e vômitos. Em casos graves, a dengue pode levar à morte.

A vacina contra a dengue é uma ferramenta importante para a prevenção da doença. Estudos clínicos mostraram que a vacina é eficaz na redução da incidência de dengue grave em até 80%.

No entanto, a cobertura vacinal contra a dengue ainda é limitada. Apenas 10% dos municípios brasileiros estão recebendo a vacina. Isso se deve à baixa capacidade na produção do imunizante pelo laboratório Takeda Pharma.

O Ministério da Saúde espera que a produção da vacina seja ampliada nos próximos anos, para que a cobertura vacinal possa ser ampliada.

A cobertura vacinal limitada contra a dengue é uma preocupação para especialistas em saúde pública. Eles acreditam que a vacina poderia ajudar a reduzir o número de casos e mortes pela doença no Brasil.

O Ministério da Saúde está trabalhando para ampliar a cobertura vacinal contra a dengue. O órgão está negociando com o laboratório Takeda Pharma para aumentar a produção do imunizante. O ministério também está desenvolvendo campanhas de conscientização sobre a importância da vacinação contra a dengue.

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JORNAL OPÇÃO

Entenda o histórico político da crise da saúde em Goiânia

Giovanna Campos

Paulo Garcia defendia a criação da unidade na Capital; para entender a crise na saúde, é necessário um histórico dos últimos 20 anos

Ainda nesta semana, o Jornal Opção noticiou o fechamento do Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (CROF), em Goiânia. Funcionários denunciaram o desmonte da unidade ao longo dos últimos cinco anos. As três maternidades da cidade paralisaram seus atendimentos em setembro do ano passado por 60 dias, quando apenas serviços de urgência e emergência funcionaram. Servidores relataram falta de insumos básicos e pagamento, com salários atrasados desde o mês de maio.

As maternidades Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), Nascer Cidadão (MNC) e o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) funcionam sob gestão da Fundação de Apoio ao Hospital das Clinicas (Fundahc), que alegou falta de pagamento da prefeitura. Uma enfermeira do HMMCC afirmou que, no hospital, faltavam ambulâncias para transferência dos pacientes. Em setembro de 2023, a diretora da Fundahc, Lucilene Maria de Sousa, disse ao Jornal Opção que nas maternidades faltavam analgésicos para as pacientes grávidas, que estavam dando à luz sem a medicação adequada.

O ponto mais crítico talvez seja a gestão do IMAS (Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia). Os servidores públicos pagam mensalmente pela assistência, mas não estão recebendo atendimento. A porta de entrada para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), Pronto-Socorro Psiquiátrico Professor Wassily Chuc, reflete o sucateamento saúde mental na capital.

A Rede de Atenção à Saúde em Goiânia é composta por: 

54 Unidades de Saúde da Família 

21 Centros de Saúde

16 Unidades de Atenção à Urgência

14 Centros de Atenção Psicossocial 

3 Maternidades

13 Ambulatórios de Especialidades

1 Farmácia de Insumos e Medicamentos 

1 Centro Municipal de Vacinação

1 Central de Regulação 

Além de serviços contratualizados (internações, exames e reabilitação). 

Diante da situação enfrentada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a reportagem questionou a pasta se seria necessária a criação de um Hospital Municipal em Goiânia. “Não há nada definido a respeito desse assunto”, afirmou a SMS. Em entrevista ao Jornal Opção, o Secretário de Saúde, Wilson Pollara, disse que “Goiânia tem tudo para ser exemplo para o Brasil” e os problemas na Saúde de Goiânia poderiam ser resolvidos com melhoria na atenção básica.

Segundo o secretário, há um erro na distribuição de demandas nas unidades, fazendo com que alguns locais estejam lotados de pacientes aguardando atendimento, enquanto outros que executam o mesmo serviço estão vazios. O titular da pasta explicou à reportagem que assumiu a Secretaria em um momento difícil por conta da herança deixada pela pandemia da Covid-19, que causou uma crise geral na saúde, pública e privada. “Foram muitos contratos e convênios feitos, muitas UTI’s (Unidade de Terapia Intensiva) contratadas e muitos recursos foram desviados para a alta complexidade, tirando os recursos da atenção básica”, pontuou.

O médico Wilson Pollara assumiu no dia 3 de outubro a Secretaria de Saúde de Goiânia. A saída de Durval Pedroso do cargo marcou o início da reforma do secretariado municipal. Pollara é professor, pós-graduado, Mestre, Doutor e Livre-Docente em Cirurgia Geral, com experiência na área de saúde e também em administração hospitalar. Ele foi secretário-adjunto do Governo do Estado de São Paulo durante a gestão de Geraldo Alckmin e secretário municipal de João Doria.

Sônia Maria Ribeiro dos Santos, presidente do Conselho Municipal de Saúde em Goiânia, afirmou: “O SUS foi concebido dentro do modelo de atenção à saúde, e qual é o modelo? Investir na atenção primária exatamente para diminuir custos com a atenção secundária e terciária. No caso, um hospital estaria na terciária.”

Para ela, a falta de investimentos na atenção primária — de prevenção/promoção da saúde — é uma das falhas que explica a alta demanda nas áreas secundária e terciária. “Isso não significa que não seja necessário investimentos também nesse outro nível da atenção”, pontuou Sônia. “A demanda de atenção hospitalar em Goiânia realmente existe? Seria uma demanda por policlínicas ou um hospital geral? Precisamos de estudos mais aprofundados”, questionou a representante.

Néia Vieira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO), afirma que um Hospital Municipal poderia resolver a demanda da saúde na capital. “Goiânia compra muitos serviços da rede privada de saúde do município, exatamente porque não tem um hospital municipal capaz de atender especialidades e atender as demandas da população de modo geral”, explicou.

Qual prefeito fez mais pela saúde em Goiânia?

Para entender a crise na saúde municipal, faz-se necessário um histórico dos últimos 20 anos. Considerado por muitos como o herdeiro de Pedro Ludovico Teixeira, Iris Rezende é ainda hoje um dos prefeitos mais lembrados pela população e ficou conhecido como um tocador de obras. Entre as mais importantes, estão o Parque Mutirama, o Centro de Convenções de Goiânia, a Rodoviária, pavimentação e construção de vários conjuntos habitacionais. Se aproximou da população com seus mutirões populares e possui um inegável legado para a capital, mas não deixou uma grande obra na área da saúde. Durante os dez anos em que foi prefeito, Iris Rezende (MDB) não construiu nenhum hospital em Goiânia. Durante sua gestão, faltaram profissionais, medicamentos e sobraram doentes não atendidos.

Tanto Sônia Maria quanto Néia Vieira apontaram a gestão do professor Pedro Wilson (PT) como aquela em que houve maior “incentivo à atenção básica”. A presidente do Conselho Municipal elogiou a gestão de Pedro Wilson (PT) em especial pela democratização do acesso e profissionalização dos servidores. “Por exemplo, no governo Pedro Wilson houve uma expansão muito grande da Rede de Atenção Psicossocial”, pontuou.

Os especialistas entrevistados afirmaram que, para avaliar a melhoria na área, é necessário visualizar um conjunto de indicadores, como estrutura básica, investimento financeiro, gestão administrativa, valorização profissional e inovação tecnológica. “Pedro Wilson criou equipes de saúde da família. Houve a entrada dos agentes comunitários na sociedade, a possibilidade de termos uma atenção básica fortalecida, populações periféricas sendo atendidas, muitos postos de saúde sendo abertos com essas equipes de saúde da família. Também foi um período em que se investiu na construção da Maternidade e Nascer Cidadão”, explicou Néia Vieira.

Durante as últimas gestões, incluindo as de Iris Rezende e de Paulo Garcia, testemunhou-se um aprofundamento da crise na área da saúde. Houve escasso investimento e uma gestão considerada desqualificada pelos pacientes e representantes do setor.

Entretanto, Néia Vieira, presidente do Sindsaúde afirma: “O pior momento que a saúde vive em Goiânia é agora com o prefeito Rogério Cruz, com o ex-secretário Durval Pedroso. O doutor Pollara chegou muito recentemente a Goiânia, mas a gente precisa ver ações mais concretas para garantir que a gente tenha, no mínimo, um pouco mais de avanços na saúde do município.”

Paulo Garcia foi vice-prefeito de Iris Rezende e assumiu o Paço com a renúncia do emedebista. Apesar de deixar a gestão mal avaliado, o petista foi responsável, na área da saúde, pela construção do Hospital e Maternidade Dona Íris, inaugurado em 2013. Natural de Goiânia, era médico neurocirurgião, formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), teve a militância política originada nos movimentos da vida acadêmica e nos movimentos da área da saúde.

Paulo Garcia foi também presidente da Unimed Goiânia e dirigente no Sistema Nacional Unimed; professor de Neurocirurgia e presidente do colegiado do curso de medicina da UFG; secretário da Academia Brasileira de Neurocirurgia e membro do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO). O prefeito dizia que a Capital sofria para atender pacientes de praticamente todos os municípios de Goiás e de outras unidades da Federação. Por isso, defendia a criação de um hospital municipal.

O Brasil precisa sentar e rediscutir o pacto federativo. Não é possível mais os municípios brasileiros ficarem com a menor fatia do bolo. Tudo o que é arrecadado no País em forma de tributo fica em sua grande parte com a União. Goiânia tem 1,3 milhão de habitantes e 6 milhões de inscritos no SUS. Goiânia acolhe pacientes de 600 municípios, sendo que Goiás tem apenas 246. Ou seja, um contingente monumental de pacientes de Estados vizinhos.

Terceirização e privatização não são soluções

Sônia Maria Ribeiro dos Santos, presidente do Conselho Municipal de Saúde, afirmou: “Desde que eu estou na presidência do Conselho de Saúde, percebo a estratégia de sucateamento da saúde pública para a transferência da gestão para Organizações Sociais de Saúde (OSs). Por exemplo, faltam insumos, medicamentos, coisas básicas para que realmente o serviço seja eficiente e sempre falta. É impressionante que a gente procura uma explicação e nunca tem uma explicação plausível’.

Através de decreto, a Prefeitura de Goiânia criou um grupo de trabalho para estudar a viabilidade de se contratar Organizações Sociais para gerir a rede municipal de Saúde da Capital. O grupo foi denominado Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas com Organizações da Sociedade Civil (CGPPP/OSC).

O atual Secretário de Saúde afirmou que o modelo de OSs perdeu a credibilidade. “Grandes empresas privadas de saúde buscaram a filantropia de pequenas santas casas no interior como fachada e atuar normalmente. Entretanto, o maior problema do modelo não tem a ver com a filantropia ou o lucro privado. Tem a ver com a remuneração por resultado”, disse Pollara.

O secretário afirmou: “Por mais filantrópica que uma instituição seja, é impossível trabalhar com saúde sem algum lucro que te permita reinvestir em seus serviços, ou o negócio estará sempre precário. A nova lei das OS (nº 13.019) atualizou o modelo. Agora, as OS são contratadas via licitação. Se ela for eficiente e obtiver lucro, declara o lucro e paga os impostos como os demais serviços, e está tudo bem. A nova legislação modernizou o modelo e considero que resolveu grande parte dos problemas com as OS. Antes, as empresas disfarçaram o lucro, que saía da companhia de maneira espúria. Hoje, não vemos mais casos como esses.”

A procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Milena Costa, reforça que os governos, após sucatearem as unidades de saúde, têm usado as organizações sociais sob a alegação de que a gestão pública é ineficiente e com isso as relações de trabalho são totalmente precarizadas, “desmantelamento total das condições de trabalho”, exemplifica. A procuradora lembrou que a prefeitura de Goiânia segue o modelo aplicado no governo do Estado: “Observamos em Goiás a ‘quarteirização’ e até mesmo uma ‘quinteirização’ dentro dos hospitais, que estão ‘pejotizando’ tudo e acabando com os processos seletivos e o regime de CLT”.

Há solução para a crise na saúde municipal?

Para a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sônia Maria Ribeiro dos Santos, é preciso um controle social que garanta os direitos constitucionais. “O que eu faria? Investiria pesado na atenção primária, nas unidades básicas de saúde, para fazê-las funcionarem bem, com contratação de profissionais e valorizações desses profissionais, dando as condições básicas, uma boa estrutura de funcionamento, não deixando faltar os insumos, os medicamentos, trazendo todos os equipamentos necessários para que a unidade funcione bem.”

Sônia Maria Ribeiro dos Santos explica que as Unidades de Saúde da Família em Goiânia (54 no total) precisam ser mais resolutivas e dinâmicas no atendimento. “É preciso investir em programas de prevenção e promoção de saúde. Se você fizer essas unidades funcionarem bem, cada uma em sua especificidade, nós melhoraríamos muito a situação da saúde na Capital”.

Néia Vieira citou modelos fora do Brasil que funcionam e oferecem uma saúde pública que garante atendimento de qualidade às pessoas, como na Inglaterra e no Canadá. “É possível quando se tem vontade política, quando se pensa na saúde como direito e não como mercadoria”, afirmou. Como sugestão, ela apontou a necessidade de colocar em cargos técnicos profissionais que compreendam de gestão pública e de saúde.

“O que vemos hoje é um loteamento dos cargos de direção das unidades de saúde sendo feita por vereadores à pessoas que não têm qualificação técnica para gerir a saúde pública no município”, disse Néia Vieira. Com estrutura adequada, profissionais qualificados, a decisão pelo investimento fica facilitada porque há menos possibilidade de desvios e má aplicação desses recursos.

Como exemplo, ela citou como é feita a gestão da educação. Os diretores dos CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) são escolhidos por eleição direta, pela comunidade, tanto de profissionais quanto pela comunidade que utiliza as escolas. “Isso faz uma diferença muito grande. Na saúde, passamos mais frequentemente por crises. É preciso ter eleições com pessoas que participem do processo eleitoral, mas sendo qualificadas para o exercício da função, e não como é feito hoje”.

A Comissão de Saúde e Assistência Social (CSAS) da Câmara Municipal de Goiânia é presidida pela vereadora Kátia Maria (PT), sob vice-presidência de Gian Said (MDB). Participam ainda os seguintes parlamentares: Anderson Sales Bessa (Solidariedade), Edgar Duarte (DC), Gabriela Rodart (PTB), Igor Franco (Solidariedade) e Pastor Wilson (PMB).

De acordo com o secretário Wilson Pollara, em 2023 foram investidos, pela Prefeitura de Goiânia, 22.06% dos recursos próprios em Saúde. O percentual, conforme frisou, está acima da meta de 15% preconizada pela Constituição Federal. Pollara ressaltou, contudo, a necessidade de se investir mais na atenção primária a saúde.

Para a vereadora Kátia Maria, o secretário “tenta passar uma imagem de que está tudo bem”, mas que não observa observa essa realidade em visita às unidades básicas de atendimento, aos Centros Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais), e às maternidades. Segundo a vereadora, os números apresentados não refletem a qualidade na prestação do serviço prestado. “São inúmeras as queixas, as reclamações. Faltam insumos básicos, as filas para cirurgias são grandes. E nós queremos entender isso. Nosso papel aqui é fiscalizar; nosso interesse é que a população não seja prejudicada por falta de planejamento e de gestão. Doença não espera e todos precisam ser atendidos”, sustentou. 

“O que queremos é que seja estruturado o Sistema Único de Saúde, o SUS, não a carreta, não o contrato com a empresa privada, não a OS. Queremos que a rede de assistência à saúde de Goiânia, na atenção básica, na média e na alta complexidade, possa funcionar corretamente e atender a nossa população com a dignidade que ela merece”, completou.

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TERRA MAGAZINE

Estudo da Organização Mundial da Saúde avalia o impacto ocupacional do câncer de pele

Um em cada três óbitos por câncer de pele foi causado pela exposição à radiação ultravioleta em atividades laborais ao ar livre

Entre os meses de dezembro e março é possível verificar o aumento da temperatura causado pelo verão e, durante este período, é necessário intensificar os cuidados com a pele devido ao câncer de pele. Um documento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro alertou para o impacto ocupacional da doença: um em cada três óbitos por câncer de pele foi causado pela exposição à radiação ultravioleta em atividades laborais ao ar livre. O estudo mostrou ainda que, em 2019, 1,6 bilhão de pessoas no mundo exerciam funções diretamente sob o sol; e no Brasil, 2,4 trabalhadores formais em 100 mil atuavam nesta situação no ano pesquisado.

Segundo o biomédico Fredson Serejo, a exposição ao sol por tempo prolongado e sem proteção representa um alto risco.

- Os raios ultravioletas (UV) podem estragar a pele de um jeito que não dá para regenerar, causando envelhecimento rápido, queimaduras e até câncer de pele. Se a exposição for longa e sem proteção, pode danificar as células e fazer os tumores aparecerem.

Segundo o professor de Biomedicina da Estácio, os tipos principais de câncer de pele no Brasil ligados ao sol são: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

- O carcinoma basocelular é o mais comum e se parece com uma ferida pequena na pele ou uma pinta perolada. O carcinoma espinocelular é parecido com uma ferida que não sara e pode ter casquinhas ou escamas. O melanoma é o mais perigoso e pode surgir de uma pinta já existente ou como uma nova lesão, com cores diferentes, bordas irregulares e tamanho maior -, explica o biomédico especialista em estética.

O profissional alerta sobre a atenção aos casos de mudanças na cor da pele e nas pintas do corpo (tamanho, cor, bordas ou evolução).

- Este tipo de atenção é importante para notar os primeiros sinais de câncer de pele. Além disso, ir ao dermatologista regularmente é fundamental para verificar qualquer alteração na pele. Descobrir cedo aumenta muito as chances de tratar e curar.

O mestre e doutor em Biofísica destaca como crucial o uso de proteção solar, mesmo em momentos em que não há a exposição direta ao sol e até em dias nublados. Fredson Serejo dá mais algumas dicas de prevenção e proteção diária:

- Use chapéus ou bonés com abas largas para proteger o rosto, orelhas e couro cabeludo; roupas leves e de tecidos fechados, como algodão, também ajudam a se

defender dos raios UV; além de óculos com proteção UV, que protegem os olhos e a pele ao redor. Tente ficar na sombra, especialmente das 10h às 16h, quando o sol é mais forte. Evite as câmaras de bronzeamento, pois elas podem ser tão ruins quanto o sol de verdade. Se mantenha hidratado, bebendo água regularmente, isso também é importante.

Como escolher o protetor solar

Com muitas opções nas lojas, muitas pessoas se sentem confusas na hora de escolher o protetor solar para o rosto ou para o corpo. Fredson explica que ambos precisam proteger contra os raios UVA e UVB.

- Mas a pele do rosto é mais sensível e pode ter acne, então pode precisar de um tipo diferente. Os protetores solares para o rosto costumam ter texturas mais leves e menos propensas a entupir os poros. Às vezes, têm ingredientes bons para a pele do rosto, como antioxidantes ou hidratantes. Isso ajuda a evitar problemas em peles sensíveis ou com acne. Os que dizem "oil-free" ou feitos especialmente para o rosto são ótimas opções.

Para o corpo, o biomédico diz que um protetor solar comum fará sua função, sendo mais importante o seu uso de forma correta.

- Isso significa passar o protetor e reaplicar a cada duas horas, especialmente depois de nadar, suar ou se secar com toalha. E sobre o FPS, descrito nas embalagens, ele mostra o quanto o protetor solar bloqueia os raios UVB: o FPS 30 bloqueia 97%, o FPS 50 bloqueia 98%, o FPS 70 bloqueia de 98,5% a 99%, e o FPS 100 bloqueia quase 99,9%. A diferença entre FPS 50 e 100 é bem pouca na prática. O mais importante é usar do jeito certo, não importa o número que você escolher.

Sobre a quantidade certa de protetor, o profissional explica que o recomendado para o rosto é a medida de uma colher de chá, suficiente para cobrir o rosto, pescoço e orelhas. Já para o corpo a medida é de uma colher de sopa para cada braço, perna, tronco e costas.

- A proteção solar é importante para todo tipo de pele e de qualquer cor. Lembrar da importância da proteção solar é um cuidado diário com a saúde da pele, importante em qualquer estação do ano. Cuidar da pele é investir na saúde -, finaliza o biomédico

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 26 Janeiro 2024 07:26

CLIPPING AHPACEG 26/01/24

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Entidades médicas dizem que hospitais ligados a igrejas podem oferecer métodos contraceptivos

Mais de 130 cidades de Goiás vão receber vacina contra a dengue; veja a lista

Bebê de dois meses morre após ser liberado de UPA em Buriti Sereno

Hapvida NotreDame é alvo da ANS por descumprimento de liminares

FOLHA.COM

Entidades médicas dizem que hospitais ligados a igrejas podem oferecer métodos contraceptivos


A posição do Hospital São Camilo de não realizar o procedimento de inserção de DIU (dispositivo intrauterino), laqueaduras e vasectomias eletivas devido a valores religiosos não é seguida por todas as entidades de saúde vinculadas a igrejas.

O Hospital Adventista de São Paulo, por exemplo, participou de uma campanha da Pró-PM (Associação Beneficente Pró-Saúde Policial Militar do Estado de São Paulo) em que realizou 500 vasectomias em 2022, no contexto do novembro azul, de atenção à saúde masculina.

Hospitais são independentes para definir a oferta de procedimentos, incluindo laqueaduras, segundo a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas


O Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba, possui um programa para colocação de DIUs de cobre, assim como para a realização de laqueaduras e vasectomias.

De acordo com a entidade, que atende mais de 90% de seus pacientes pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o programa de laqueadura conta com ambulatório específico, no qual pacientes não gestantes realizam o processo de forma eletiva. Já as gestantes que apresentam o pedido da cirurgia 60 dias antes do nascimento do bebê, como prevê a legislação, realizam a operação no pós-parto.

"Planejamento familiar é fundamental para a saúde da mulher e faz parte da rotina do hospital, que acima de tudo respeita a lei", disse a instituição em nota.

O Hospital da PUC (Pontifícia Universidade Católica) em Campinas, por sua vez, informou que a colocação de DIU é realizada em atendimento primário e secundário de saúde pública e que o hospital é voltado para o atendimento de alta complexidade. Disse ainda que o convênio que mantém com o SUS não contempla o procedimento.

Já o Santa Marcelina, que além do hospital em Itaquera, na zona leste de São Paulo, administra diversos equipamentos públicos, afirmou que no momento não iria se posicionar sobre o assunto.

A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) informou em nota que "a colocação de um DIU é um procedimento eletivo e cada instituição é livre para definir suas habilitações para a realização desse tipo de procedimento".

A confederação explicou que não orienta os hospitais sobre quais serviços ou procedimentos realizar, seja por meio do SUS ou nos contratos com as operadoras de saúde, e não há uma diretriz nacional ou regional nesse sentido.

Para a CMB, cada instituição tem o seu papel e o seu propósito estratégico na rede nacional de assistência à saúde, sendo a oferta de serviços pactuada com os gestores públicos.

"O Grupo São Camilo é um associado da CMB e uma referência do setor filantrópico de saúde, pela importância e relevância dos serviços prestados aos brasileiros nos diversos cantos deste país, através do SUS", afirmou.

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PORTAL G1

Mais de 130 cidades de Goiás vão receber vacina contra a dengue; veja a lista

Vão receber a vacina pessoas de 10 a 14 anos em municípios com mais de 100 mil habitantes com alta transmissão de dengue tipo 2. Goiás registrou mais de 6 mil casos nas primeiras semanas de 2024.

Por Thais Alves, g1 Goiás

O Ministério da Saúde divulgou a lista das cidades goianas que vão receber a vacina contra a dengue (confira abaixo). Os imunizantes serão distribuídos em mais de 130 municípios.

De acordo com as estratégias para a campanha divulgadas nesta quinta-feira (25), vão receber a vacina pessoas de 10 a 14 anos em cidades com mais de 100 mil habitantes com alta transmissão de dengue tipo 2. Este grupo vai ser o primeiro a receber as doses devido a concentração maior de hospitalizações pela doença, depois dos idosos.

Para o grupo de mais de 60 anos, o imunizante ainda não foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o Ministério de Saúde, a Qdenga (nome da vacina), não será ofertada, por enquanto, ao público geral devido à limitação de produção farmacêutica Takeda.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES), a quantidade de imunizantes que o estado vai receber e a data de quando começarão a serem distribuídas as doses, ainda não foram divulgados (confira a nota na integra).

Cidades em alerta

A Secretaria de Saúde do Estado informou que 123 municípios estão em risco devido ao aumento de casos da dengue em Goiás. Segundo o último boletim divulgado pela secretaria, o estado registrou 6.891 casos. O número é 10% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Neste ano, uma morte foi confirmada em Uruaçu. Outras cinco estão sendo investigadas em Águas Lindas de Goiás. Além destas, 12 óbitos suspeitos de dengue foram notificados em Padre Bernardo, Cristalina, Pirenópolis, Mineiros, Iporá, Valparaíso de Goiás, Anápolis, Catalão, Goiânia e Serranopolis.

Nota da Secretaria de Estado da Saúde

Em função do anúncio recente do Ministério da Saúde, sobre envio de vacina contra dengue, a Secretaria de Estado da Saúde informa que ainda aguarda o envio da Nota Técnica ao Estado com detalhes da distribuição das vacinas.

Ademais, uma vez que o governador do Estado, durante reunião virtual fará na sexta-feira (26), às 10h50, um alinhamento com os 246 municípios goianos a respeito do cenário de emergência das Arbovirosos, maiores informações serão disponibilizadas oportunamente.

Veja a lista das cidades que vão receber a vacina

Goiânia

Trindade

Inhumas

Goianira

Santo Antônio de Goiás

Guapó

Anicuns

Abadia de Goiás

Araçu

Nerópolis

Petrolina de Goiás

São Francisco de Goiás

Itauçu

Santa Bárbara de Goiás

Nazário

Ouro Verde de Goiás

Itaguari

Damolândia

Avelinópolis

Taquaral de Goiás

Nova Veneza

Campestre de Goiás

Santa Rosa de Goiás

Caturaí

Brazabrantes

Jesúpolis

Aparecida de Goiânia

Senador Canedo

Orizona

Piracanjuba

Bela Vista de Goiás

Hidrolândia

Edéia

Aragoiânia

Professor Jamil

São Miguel do Passa Quatro

Bonfinópolis

Cezarina

Indiara

Varjão

Vicentinópolis

Cromínia

Silvânia

Pontalina

Edealina

Vianópolis

Leopoldo de Bulhões

Cristianópolis

Caldazinha

Jandaia

Mairipotaba

Águas Lindas de Goiás

Luziânia

Valparaíso de Goiás

Novo Gama

Santo Antônio do Descoberto

Cidade Ocidental

Cristalina

Jataí

Mineiros

Serranópolis

Perolândia

Caiapônia

Doverlândia

Santa Rita do Araguaia

Chapadão do Céu

Portelândia

Aporé

Anápolis

Cocalzinho de Goiás

Campo Limpo de Goiás

Alexânia

Pirenópolis

Goianápolis

Abadiânia

Corumbá de Goiás

Terezópolis de Goiás

Gameleira de Goiás

Formosa

Planaltina

Alto Paraíso de Goiás

São João d'Aliança

Flores de Goiás

Cabeceiras

Vila Boa

Água Fria de Goiás

Rio Verde

Santa Helena de Goiás

Quirinópolis

Acreúna

São Simão

Porteirão

Caçu

Turvelândia

Paranaiguara

Itarumã

Maurilândia

Santo Antônio da Barra

Cachoeira Alta

Itajá

Montividiu

Aparecida do Rio Doce

Castelândia

Lagoa Santa

Catalão

Caldas Novas

Ouvidor

Pires do Rio

Ipameri

Urutaí

Corumbaíba

Campo Alegre de Goiás

Três Ranchos

Rio Quente

Goiandira

Marzagão

Santa Cruz de Goiás

Cumari

Palmelo

Davinópolis

Nova Aurora

Anhanguera

Itumbiara Sul Morrinhos

Goiatuba

Bom Jesus de Goiás

Joviânia

Buriti Alegre

Água Limpa

Aloândia

Panamá

Cachoeira Dourada

Inaciolândia

Gouvelândia

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O HOJE

Bebê de dois meses morre após ser liberado de UPA em Buriti Sereno

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde lamentou o ocorrido e afirmou que se solidariza com a família

Um bebê de cerca de dois meses de idade morreu nesta semana, após ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Buriti Sereno, em Aparecia de Goiânia. Segundo relato da família, a criança havia sido atendida e retornou para uma nova consulta. Só que novamente no local, ela foi internada e não resistiu.

Conforme relatado pelos parentes, o episódio teve início na segunda-feira, dia 22, quando o pequeno Enzo Bastos Putencio começou a apresentar sintomas de um quadro gripal, incluindo dificuldades respiratórias. Por essa razão, os pais o levaram para consulta na UPA do Buriti Sereno. Uma tia da criança relata: “A médica que o atendeu disse que era apenas um resfriado e orientou que voltássemos mais tarde”.

Durante a madrugada, o bebê piorou, levando a família a voltar à mesma unidade de saúde na manhã seguinte. Ele foi internado e submetido à intubação, porém, lamentavelmente, não resistiu e faleceu na UPA. Um familiar afirmou que os médicos mencionaram que a causa da morte poderia ser pneumonia ou bronquiolite.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia lamentou o ocorrido e afirmou que se solidariza com a família. Uma sindicância para averiguar os fatos ocorridos também será aberta.

Veja a nota na íntegra

O paciente Enzo Bastos Putencio foi atendido na UPA Buriti Sereno no dia 22/01/2024 apresentando sintomas gripais. Lá ele recebeu atendimento médico, realizou exames complementares e não foram constatadas alterações graves. Por isso ele recebeu alta.

Já no dia 23/01/2024 ele deu entrada na unidade às 7h30 já em estado gravíssimo, sem respiração espontânea e com frequência cardíaca abaixo do esperado para a idade. Então, foram realizados de imediato todos os protocolos necessários para o quadro clínico, mas ele faleceu com parada cardiorrespiratória.

Foi aberta uma sindicância para averiguar os fatos. A Secretaria lamenta o ocorrido e se solidariza com a família.

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O POVO

Hapvida NotreDame é alvo da ANS por descumprimento de liminares

Empresa tem sede no Ceará

O Hapvida NotreDame Intermédica é investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por descumprimento de ações judiciais que determinam atendimentos dos usuários assinantes dos planos. Ontem, 25, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que pediu esclarecimentos à empresa. As informações foram reveladas pelo Estadão.

"Pedimos esclarecimentos com relação a essas 80 liminares que não fora cumpridas, que apresentem qual é o problema narrada na ação, as liminares que foram deferidas e as justificativas pelo não cumprimento", afirmou Paulo Rebello, presidente da ANS, ao jornal de São Paulo.

Uma reunião, convocada pela Agência, aconteceu entre as partes na última terça-feira, 23, quando foi decidido que uma defesa será enviada pela Hapvida em até 15 dias. Só com isso a ANS vai decidir se inicia uma investigação ou não.

A questão foi deflagrada após uma série de matérias do Estadão, publicadas no último dia 18, analisando dados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). No sistema, a reportagem identificou decisões emitidas que não foram cumpridas pela empresa.

O presidente da ANS revelou que, na reunião, representantes da operadora de saúde afirmaram que os processos diziam respeito a procedimentos fora do rol de procedimentos da ANS.

Mas, ele reforçou: "Mesmo que haja um recurso ainda não apreciado pela instância superior e nos casos em que não haja cobertura obrigatória pelo rol, uma vez havendo a liminar, a gente entende que a operadora tem a obrigatoriedade de cumprir".

Provocado pelo jornal de São Paulo, Rebello explicou que, dentro dos mecanismos regulatórios, pode indicar um diretor técnico para acompanhar e monitorar a operadora, a operação in loco, pedindo esclarecimentos e documentos. Mas não vê a necessidade de fazer isso agora, antes das informações pedidas serem entregues.

Ao Estadão, a Hapvida NotreDame Intermédica afirmou que "mantém uma relação constante com a ANS" e que "se coloca à disposição da agência sempre que necessário para prestar esclarecimentos, a exemplo da reunião ocorrida na última terça-feira, em sinal de seu comprometimento com a sustentabilidade do setor e o atendimento de qualidade aos seus clientes".

O POVO também procurou a empresa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Porte

Depois da fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica, a empresa passou a ser a maior operadora de saúde privada do Brasil

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FOCO NACIONAL

Em palestra da Unimed Federação Centro Brasileira, colaboradores aprenderam mais sobre saúde mental

Para celebrar a campanha Janeiro Branco, psicóloga mostrou que a saúde mental passa pelo autocuidado e gerenciamento de estresse 



O começo de um novo ano, normalmente, é marcado por metas e desejos de que possamos nos cuidar melhor. Por isso, a campanha Janeiro Branco foi criada para lembrar que os cuidados com a saúde mental são tão importantes quanto os aspectos físicos e devem ser incluídos nessas metas.

Para abordar o assunto, a Unimed Federação Centro Brasileira convidou a psicóloga Gabriela Borba (foto). Na manhã desta quinta-feira, 25, por meio de um bate-papo virtual com colaboradores da Federação e de Unimeds federadas, ela ressaltou que ter saúde mental não é apenas ausência de doença.

“O termo engloba algo mais amplo, em que você está bem, conseguindo aplicar a resiliência, satisfeito com a vida e com a rotina, além de saber reconhecer que tem habilidades e consegue administrar as suas questões emocionais”, esclareceu.


Para que tal bem-estar psíquico possa ser atingido, Gabriela enfatizou que é importante ficarmos atentos aos nossos pensamentos. Afinal, em um mundo que cobra produtividade incessante, precisamos manter em mente que não iremos dar conta de tudo. 



“Temos que contribuir com a sociedade, mas não carregar o peso do mundo. Nós exigimos coisas que são utópicas, sendo que não somos bons em tudo e nem conseguiremos fazer tudo sozinhos”, alertou a especialista.



Então, cuidar da saúde mental também passa pelo descanso, gerenciamento de problemas e priorização. Gabriela listou as seguintes formas de autocuidado que devem estar presentes no dia a dia: 




Psicológico: gerenciar o estresse;

Físico: boa alimentação, exercícios físicos e check-up médico;

Emocional: cultivar emoções saudáveis;

Espiritual: sustentar um significado para a vida. 




Em seguida, a psicóloga perguntou aos colaboradores o que eles desejam conquistar em 2024. Em meio a vários objetivos citados, ela chamou a atenção para que não faltem os atos de cuidar de si e priorizar suas necessidades. 




“Vocês não poderão aproveitar o que alcançaram se não estiverem bem, com a percepção tranquila sobre essas conquistas e, assim, poder desfrutá-las. Eu espero que vocês conquistem o que falaram, mas que priorizem estar bem”, resumiu ela.

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Assessoria de Comunicação