Postado em: 17/06/2024

CLIPPING AHPACEG 15 A 17/06/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde: cancelamentos são ponta do iceberg de modelo insustentável

Prontuário eletrônico tem papel crucial no controle de infecções hospitalares

Inteligência Artificial impulsiona modernização da infraestrutura de TI na saúde

Dasa e Amil anunciam acordo de associação para uma joint venture de hospitais

Acordo da Amil com a Dasa muda algo nos planos de saúde da operadora? Entenda

TJ anula processo contra médico condenado por racismo por filmar caseiro negro acorrentado

UOL NOTÍCIAS

Planos de saúde: cancelamentos são ponta do iceberg de modelo insustentável


Os cancelamentos de planos de saúde são apenas a ponta do iceberg de um problema maior enfrentando pela saúde suplementar no Brasil. O modelo atual é considerado insustentável, com mais da metade das operadoras trabalhando no vermelho e uma explosão no número de reclamações por parte dos consumidores, insatisfeitos com os serviços oferecidos.

Raio X

Tanto operadoras de saúde como consumidores estão insatisfeitos com o modelo de saúde suplementar que existe no país. Os consumidores enfrentam cancelamentos mais frequentes e reajustes altos em planos coletivos e empresariais, enquanto as operadoras lidam com prejuízo operacional e aumento da sinistralidade (uso dos planos).

Este é o pior momento para a saúde suplementar. É o que diz Vitor Asseituno, cofundador e presidente da healthtech Sami. O setor teve prejuízo operacional de R$ 5,9 bilhões em 2023 - grande, mas melhor do que o registrado em 2022, quando o resultado negativo ficou em R$ 10,6 bilhões, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Houve aumento no número de beneficiários de planos nos últimos anos. Em março deste ano, havia 51 milhões de beneficiários, maior número desde dezembro de 2014 (50,5 milhões). No entanto, as pessoas passaram a contratar planos com custo mais baixo, segundo Asseituno, enquanto os gastos das operadoras seguem altos.

O uso dos planos aumentou após a pandemia e não voltou a cair. O indicador é medido pela sinistralidade, que contabiliza quanto do valor arrecadado pelo plano é gasto com atendimento à saúde. No quarto trimestre de 2023, a sinistralidade média dos planos foi de 87%, ante 84,5% no mesmo período de 2019, pré-pandemia. Os maiores índices de sinistralidade ocorrem nos planos coletivos por adesão, segundo dados da ANS.

Mais da metade das operadoras de saúde hoje opera no vermelho. Segundo a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), em 2019, cerca de 20% das empresas do setor fechavam no negativo. Em 2023, esse número saltou para 54%. "A maior parte das empresas está desequilibrada, com despesas maiores que as receitas. Agora, o outro grupo é que é a exceção", diz Marcos Novais, diretor-executivo da Abramge.

O número de reclamações contra planos de saúde explodiu. Em 2019, a ANS recebia uma média de 11 mil reclamações por mês. Em 2023, a média mensal saltou para 29,4 mil. Até abril de 2024, a média estava em 31,8 mil reclamações por mês, quase o triplo do registrado em 2019.

O modelo de atendimento atual é insustentável. Asseituno afirma que o consumidor acaba usando mais vezes o plano por não saber qual o melhor caminho para ter um tratamento assertivo, o que faz com que o plano tenha gastos mais altos com aquele paciente. A Sami e outras empresas, como a Alice, tem um modelo de atenção primária, em que o cliente tem um atendimento inicial para definir quais os próximos passos do tratamento.

O que explica a situação

O tamanho do rol da ANS é um problema para o setor de saúde. O rol é o documento que determina quais os procedimentos que devem ser cobertos pelas operadoras. No entanto, uma lei de 2022 determinou que ele é exemplificativo, o que significa que a lista de procedimentos é apenas uma referência (e não a regra) de cobertura para os planos.

Isso dificulta a definição do preço dos planos de saúde. Asseituno diz que, dessa forma, o risco para as empresas de saúde é "infinito", já que não existe nem um limite de valores e nem de procedimentos que devem ser cobertos pelos planos de saúde.

Nos últimos anos, a ANS ganhou foco em atenção ao consumidor de todo tipo de necessidade. Ao mesmo tempo não tem uma avaliação econômica se a conta fechava para o setor. O que estamos vendo hoje é que a conta não está fechando.

Regra também determina inclusão de medicamentos milionários. A mudança na lei do rol determinou que basta um procedimento ou medicamento ser recomendado pela Conitec do SUS (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) para que ele possa ser solicitado ao plano de saúde. Isso inclui medicamentos como o Zolgensma, recomendado para pacientes com AME (Atrofia Muscular Espinhal), e que custa cerca de RS 6 milhões a dose.

Os planos reclamam que não podem negociar preços como o SUS. "O Zolgensma no SUS é R$ 5 milhões pagos em cinco anos, e só paga se a criança melhorar. E, se ela falecer, para de pagar. Na saúde suplementar, é R$ 10 milhões à vista", diz Novais.

Mudança nas regras garantiu terapias ilimitadas aos pacientes. Em 2022, uma decisão da ANS derrubou o limite para sessões e consultas de especialidades como fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional. Segundo a Abramge, isso também está pesando na conta dos planos. "Colocamos na cobertura algo que a sociedade não estava preparada para oferecer", diz Novais.

As mudanças abriram caminho para bilhões de reais em fraudes e desperdícios, diz a Abramge. A entidade estima um gasto de R$ 30 bilhões ao ano em fraudes e desperdícios. Parte dessas fraudes ocorre via reembolso. O gasto dos planos com pedidos de reembolso saltou de R$ 5,7 bilhões em 2019 para R$ 11,4 bilhões em 2022.

O número de casos na Justiça explodiu. Com essas mudanças, os pacientes que tiveram algum procedimento negado pelos planos começaram a procurar a Justiça. Os gastos com pedidos de pacientes feitos na Justiça aumentaram 30% em 2022 e 50% em 2023. No ano passado, o setor pagou mais de R$ 5 bilhões em casos na Justiça.

Sempre tivemos aquela situação em que o médico dava dois recibos para uma consulta. Agora a gente criou uma legislação que acabou por institucionalizar o processo. Por que agora a gente tem fraude de reembolso em cirurgia? É porque agora a gente não pode nem questionar o procedimento cirúrgico. Bastou ter uma indicação médica, você tem que cobrir. Virou um salvo conduto para fraudar. É uma minoria que gera um dano financeiro muito grande.Marcos Novais, diretor-executivo da Abramge

Alguns contratos coletivos ficaram inviáveis. O equilíbrio dos contratos depende dos usuários no contrato, diz Novais. Se o uso aumenta muito, o reajuste para todos fica maior. Se o reajuste aumenta muito, quem usa menos desiste do plano, e sobram aqueles que usam mais, tornando o contrato ainda mais insustentável, diz.

A decisão de algumas operadoras foi então cancelar o contrato todo. O cancelamento do plano coletivo por adesão é permitido pela lei, com algumas ressalvas (não pode cancelar contrato de quem está em tratamento, por exemplo). "Chegou num nível de desequilíbrio porque as pessoas boas pagadoras vão saindo e os contratos vão ficando insolventes", diz Novais.

Os problemas são antigos, mas agora estão mais frequentes. Esta é a avaliação de Rafael Robba, sócio do Vilhena Silva Advogados, escritório especializado em direito à saúde, que afirma que os cancelamentos e negativas de tratamentos estão ligados a uma tentativa das operadoras de reduzir os custos, dizendo que as decisões são tomadas pensando na sustentabilidade do negócio.

Houve um compromisso dos planos de rever o cancelamento de contratos. No final de maio, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que as empresas de planos de saúde se comprometeram a suspender os cancelamentos unilaterais recentes para algumas doenças e transtornos, como pacientes em tratamentos graves e TEA (transtorno do espectro autista). Apesar deste compromisso público, Robba diz que o escritório em que trabalha não para de receber casos de pessoas que tiveram os planos cancelados.

Os próximos passos

Apesar do acordo com Lira, não há ainda definições sobre os próximos passos. A expectativa é que ocorram mudanças na legislação sobre os planos de saúde. Há um projeto de lei em discussão na Câmara, cujo relator é o deputado Duarte Jr. (PSB-MA). O texto deve passar por mudanças antes da votação prevista para ocorrer no segundo semestre. Para o setor, as mudanças necessárias passam pela revisão da lei do rol e da liberação ilimitada de terapias.

A coparticipação e o reembolso são duas estratégias usadas pelas operadoras para reduzir os custos. Asseituno afirma que, quando o consumidor precisa pagar pelos procedimentos, há um uso mais racional do plano e barateia a mensalidade. A diminuição de reembolsos foi uma alternativa encontrada pelos planos para diminuir os custos. "O setor está mudando mais por desespero do que planejamento, infelizmente", afirma Asseituno.

Deveria existir uma legislação mais dura para planos coletivos. Hoje os planos individuais e familiares não podem decidir pelo cancelamento unilateral do contrato. Isso é autorizado para os planos coletivos, que podem ser descontinuados de acordo com a estratégia de negócio de cada uma das operadoras.

Os reajustes dos individuais são definidos pela ANS. Já os coletivos são definidos pelas operadoras sem nenhum tipo de limitação, o que prejudica os consumidores, para Robba.

A legislação precisaria, de alguma forma, regulamentar essas questões para trazer uma maior proteção do consumidor. Não precisa necessariamente ser a mesma regra que é aplicada aos individuais e familiares, mas precisa ter uma regulamentação mínima que proteja, pelo menos, as pessoas mais vulneráveis, os idosos ou quem está em tratamento.Rafael Robba, advogado

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MEDICINA S/A

Prontuário eletrônico tem papel crucial no controle de infecções hospitalares


A gestão eficaz das infecções hospitalares é sempre um grande desafio para o ecossistema de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 7% dos pacientes em países desenvolvidos e 15% em países em desenvolvimento contraem pelo menos uma infecção hospitalar durante a internação. No Brasil, estima-se que até 14% das pessoas internadas sofram com o problema. Em cenários de UTI, esse tipo de infecção pode atingir até 30% dos pacientes internados.
Dessa forma, é determinante implementar um controle eficaz dos pontos de infecção para garantir uma gestão de qualidade na área da saúde. Dentre diversas iniciativas para mitigar riscos, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, responsável pelo monitoramento de potenciais focos de infecção, utiliza-se de tecnologias para a gestão de qualidade em saúde, facilitando a coleta de dados e transformando o cuidado direto dos pacientes.
Entre elas, destaca-se o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). A tecnologia, ao permitir a programação de alertas conforme esses protocolos, possibilita que todas as informações registradas sejam monitoradas de perto por toda a equipe assistencial, recebendo lembretes diários no sistema ou por meio de dispositivos como celulares e tablets.

"Essa tecnologia garante segurança no cuidado assistencial em suas três vertentes: para o paciente, para o profissional de Saúde e para a instituição", explica Valmir Júnior, diretor da unidade de negócio Hospitalar da MV.
Também por meio do prontuário eletrônico, o sistema consegue avisar aos profissionais de Saúde sobre os pacientes que estão, por exemplo, com febre por determinado período ou com sinais de flebite, situações que podem indicar precocemente uma infecção hospitalar, permitindo que as equipes atuem preventivamente. Esse alerta de possível entrada do paciente em foco infeccioso também é encaminhado para que a CCIH possa fazer as auditorias e o monitoramento adequado.
O PEP também contribui com soluções como controle na troca de dispositivos médicos invasivos, acompanhamento das funções vitais, acesso rápido em tempo real agilizando a tomada de decisões importantes para que os pacientes com quadros infecciosos possam ser remanejados, a fim do cuidado maior e da preservação da vida de outros pacientes.
Dispositivos médicos inteligentes estão capacitando as equipes médicas a identificarem precocemente potenciais fontes de infecção e implementar medidas preventivas de forma mais ágil e eficaz. Isso auxilia também na identificação de surtos precoces e na implementação de estratégias proativas para conter a propagação dessas infecções.
"O Prontuário Eletrônico do Paciente desempenha um papel central na melhoria da qualidade da assistência hospitalar, oferecendo uma abordagem mais integrada, eficiente e segura para o cuidado aos pacientes", completa Valmir Júnior.


A gestão eficaz das infecções hospitalares é sempre um grande desafio para o ecossistema de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 7% dos pacientes em países desenvolvidos e 15% em países em desenvolvimento contraem pelo menos uma infecção hospitalar durante a internação. No Brasil, estima-se que até 14% das pessoas internadas sofram com o problema. Em cenários de UTI, esse tipo de infecção pode atingir até 30% dos pacientes internados.

Dessa forma, é determinante implementar um controle eficaz dos pontos de infecção para garantir uma gestão de qualidade na área da saúde. Dentre diversas iniciativas para mitigar riscos, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, responsável pelo monitoramento de potenciais focos de infecção, utiliza-se de tecnologias para a gestão de qualidade em saúde, facilitando a coleta de dados e transformando o cuidado direto dos pacientes.

Entre elas, destaca-se o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). A tecnologia, ao permitir a programação de alertas conforme esses protocolos, possibilita que todas as informações registradas sejam monitoradas de perto por toda a equipe assistencial, recebendo lembretes diários no sistema ou por meio de dispositivos como celulares e tablets.

"Essa tecnologia garante segurança no cuidado assistencial em suas três vertentes: para o paciente, para o profissional de Saúde e para a instituição", explica Valmir Júnior, diretor da unidade de negócio Hospitalar da MV.

Também por meio do prontuário eletrônico, o sistema consegue avisar aos profissionais de Saúde sobre os pacientes que estão, por exemplo, com febre por determinado período ou com sinais de flebite, situações que podem indicar precocemente uma infecção hospitalar, permitindo que as equipes atuem preventivamente. Esse alerta de possível entrada do paciente em foco infeccioso também é encaminhado para que a CCIH possa fazer as auditorias e o monitoramento adequado.

O PEP também contribui com soluções como controle na troca de dispositivos médicos invasivos, acompanhamento das funções vitais, acesso rápido em tempo real agilizando a tomada de decisões importantes para que os pacientes com quadros infecciosos possam ser remanejados, a fim do cuidado maior e da preservação da vida de outros pacientes.

Dispositivos médicos inteligentes estão capacitando as equipes médicas a identificarem precocemente potenciais fontes de infecção e implementar medidas preventivas de forma mais ágil e eficaz. Isso auxilia também na identificação de surtos precoces e na implementação de estratégias proativas para conter a propagação dessas infecções.

"O Prontuário Eletrônico do Paciente desempenha um papel central na melhoria da qualidade da assistência hospitalar, oferecendo uma abordagem mais integrada, eficiente e segura para o cuidado aos pacientes", completa Valmir Júnior.

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Inteligência Artificial impulsiona modernização da infraestrutura de TI na saúde


A Nutanix, empresa de computação multicloud híbrida, anunciou as conclusões de sua sexta pesquisa e relatório anual global de pesquisa Healthcare Enterprise Cloud Index (ECI), que mede o progresso empresarial de adoção de nuvem na indústria. A investigação mostrou que a adoção da multicloud híbrida está crescendo dentre as organizações de saúde, uma vez que a maioria está a aumentar significativamente os investimentos na modernização da TI.

O relatório ECI Healthcare deste ano revelou que o uso de modelos multicloud híbridos na área da saúde deverá duplicar nos próximos três anos. Os decisores de TI nas organizações de saúde estão a enfrentar novas pressões para modernizarem as infraestruturas de TI para aproveitarem eficazmente o poder da IA, mitigarem os riscos de segurança e serem mais sustentáveis.

As organizações de saúde lidam com grandes quantidades de informações pessoais de saúde (PHI) que podem ser complexas de gerenciar devido à necessidade de permanecerem em conformidade com regulamentações como a Lei de Responsabilidade e Portabilidade de Seguros de Saúde (HIPAA). À medida que as organizações de todos os setores continuam a lidar com as complexidades da movimentação de aplicações e dados entre ambientes, as soluções multicloud híbridas proporcionam benefícios importantes às organizações de saúde, incluindo ajudá-las a simplificar as operações, proporcionar melhores resultados aos pacientes e melhorar a produtividade dos médicos. O relatório ECI Healthcare constatou que a adoção do modelo operacional multicloud híbrido nas organizações de saúde aumentou 10 pontos percentuais em relação ao ano passado, saltando de 6% para 16%. Embora a implantação tenha ficado atrás de outros setores no ano passado, a saúde está agora no mesmo nível de todos os setores (15%).

"As organizações de saúde têm ficado para trás na adoção de tecnologia, mas vimos um aumento impressionante na modernização somente no último ano - impulsionado pela IA e pela necessidade de portabilidade de dados", disse Scott Ragsdale, diretor sênior de vendas, U.S. Healthcare na Nutanix. "Em todos os setores, 80% dos entrevistados do ECI em saúde planejam investir na modernização da TI, com 85% planejando aumentar seus investimentos especificamente para apoiar a IA. As organizações de saúde não são diferentes, concentrando-se hoje em infraestruturas de TI preparadas para o futuro para se prepararem para as necessidades de amanhã - incluindo IA e sustentabilidade."

Os entrevistados da pesquisa de saúde foram questionados sobre seus desafios atuais na nuvem, como estão executando aplicativos de negócios hoje e onde planejam executá-los no futuro. As principais conclusões do relatório deste ano incluem:

As organizações de saúde aceleraram a utilização de vários modelos operacionais de TI e as suas implementações mistas de TI, atuais e planeadas, ultrapassam agora as do conjunto de respostas globais. Conforme o estudo, 73% dos entrevistados do ECI em organizações de saúde relataram o uso de vários modelos de TI este ano, em comparação com 53% no ano passado. Ano passado, os cuidados de saúde estavam sete pontos percentuais atrás da média dos vários setores e agora ultrapassam a média em 13 pontos.

Quando as organizações de saúde investem em infraestrutura de TI, a portabilidade da carga de trabalho e o suporte de IA são prioridades - e os orçamentos do próximo ano refletem essas prioridades. Os entrevistados do ECI no setor de saúde identificaram a IA e a flexibilidade para movimentar cargas de trabalho entre infraestruturas de nuvem pública e privada como o fator mais importante que impulsiona as decisões de compra, com 17% cada, seguido em importância pelo potencial de desempenho da infraestrutura (14%) e quão bem ele se presta ao sucesso da soberania dos dados e ao gerenciamento da privacidade (14%).

As flutuações e preocupações de segurança e conformidade são os principais motivos pelos quais as empresas transferem suas aplicações para uma infraestrutura diferente. A esmagadora maioria dos entrevistados do setor de saúde (98%) e de todos os setores (95%) responderam que migraram uma ou mais aplicações nos últimos 12 meses, impulsionando a necessidade em suas organizações de carga de trabalho simples e flexível entre nuvens e portabilidade de aplicativos. Isto está a ser largamente alimentado pela mudança dos requisitos relacionados com a segurança, de acordo com os inquiridos.

A IA tem ampla aplicabilidade no sector da saúde e os entrevistados consideram-na uma prioridade e um desafio. Os entrevistados do ECI compartilharam que o suporte à IA é considerado o principal critério de compra de infraestrutura de TI entre as organizações de saúde. Além disso, a implementação de estratégias de IA ficou em segundo lugar quando os entrevistados da área de saúde classificaram o que consideravam a maior prioridade para os CIOs, CTOs e liderança de suas organizações (17%). 84% das organizações de saúde afirmaram que iriam aumentar os investimentos na estratégia de IA no próximo ano. O mesmo grupo, no entanto, considerou amplamente a gestão da IA um desafio (82%).

Os desafios mais bem classificados nos departamentos de TI da área da saúde estão relacionados com operações em vários ambientes, segurança e sustentabilidade. Quando solicitados a nomear seu principal desafio de gerenciamento de dados atualmente, uma porcentagem igual de entrevistados de ECI de saúde identificaram o cumprimento das diretrizes de armazenamento/uso de dados e a vinculação de dados em ambientes distintos (20%) como o principal fator. Outras questões de segurança de dados, incluindo o combate ao ransomware e a garantia da privacidade dos dados, foram citadas pelo próximo maior número de entrevistados (17%).

Pelo sexto ano consecutivo, Vanson Bourne conduziu uma pesquisa em nome da Nutanix, entrevistando 1.500 tomadores de decisão de TI e DevOps/Engenharia de Plataforma em todo o mundo em dezembro de 2023. A base de entrevistados abrangeu vários setores, tamanhos de negócios e geografias, incluindo Norte e Sul América; Europa, Médio Oriente e África (EMEA); e região Ásia-Pacífico-Japão (APJ).

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PORTAL HORA CAMPINAS

Dasa e Amil anunciam acordo de associação para uma joint venture de hospitais


Operação envolve 25 instituições e centros oncológicos das empresas, criando a segunda maior rede do Brasil com receita líquida de R$ 9,9 bilhões
A Dasa e a Amil assinaram um acordo de associação por meio do qual a Amil irá contribuir ativos de hospitais e oncologia à Ímpar Serviços Hospitalares S.A., empresa de hospitais e oncologia da Dasa, tornando a Ímpar, uma joint venture (empreendimento controlado em conjunto) com participações iguais de 50% do capital votante entre Amil e Dasa e controle compartilhado.

A união formará o segundo maior grupo de hospitais do Brasil, contemplando 14 hospitais da Dasa (excluindo Hospital São Domingos, Hospital da Bahia e AMO) e 11 da rede Americas (rede independente da Amil, excluindo o Hospital Promater e o Hospital Monte Klinikum), com maior foco no Sudeste e Distrito Federal.

A nova empresa contará com 25 hospitais e 4,4 mil leitos. A receita líquida combinada das operações incluídas na transação totalizou, em 2023, R$ 9,9 bilhões (R$ 5,7 bilhões dos ativos Dasa e R$ 4,2 bilhões dos ativos Amil), com EBITDA estimado em R$ 777 milhões (R$ 600 milhões dos ativos Dasa e R$ 177 milhões dos ativos Amil).

A operação também envolve a Dasa Oncologia e o Americas Oncologia (COI), bem como os Centros de Medicina Especializada. As empresas pretendem trabalhar em rede aberta, apoiando cada vez mais as diversas operadoras de saúde parceiras, médicos e demais agentes da cadeia de valor para oferecer aos pacientes medicina de ponta e excelência em cuidado cada vez mais sustentável, integrado e eficiente.

Os hospitais da Dasa contemplados na operação são: Hospital Nove de Julho (SP), Unidade Nove de Julho Alphaville (SP), Hospital Santa Paula (SP), Hospital Leforte Liberdade (SP), Hospital Leforte Morumbi (SP), Hospital Christóvão da Gama - Diadema (SP), Hospital e Maternidade Christóvão da Gama - Santo André (SP); Hospital São Lucas Copacabana (RJ), Complexo Hospitalar Niterói (RJ), Hospital Nossa Senhora do Carmo (RJ); Maternidade Brasília (DF), Hospital Brasília Águas Claras (DF), Hospital Brasília (DF); Hospital Paraná (PR).

Já pela rede Americas são o Samaritano Higienópolis (SP), Samaritano Paulista (SP), Alvorada Moema (SP), Hospital e Maternidade Madre Theodora (Campinas); Hospital Pró-Cardíaco (RJ), Hospital Samaritano Botafogo (RJ), Hospital Samaritano Barra (RJ); Hospital Vitória Barra (RJ), Hospital e Maternidade Santa Lúcia (RJ); Hospital Alvorada Brasília (DF); Hospital Santa Joana Recife (PE).

A governança foi desenhada para manter equilíbrio de direitos, com 3 representantes de cada sócio e 3 membros independentes em conselho, e para buscar agilidade, com decisões majoritariamente por maioria simples em conselho.

Os termos acordados preveem que, no fechamento da operação, Dulce Pugliese de Godoy Bueno será nomeada presidente do conselho de administração e Lício Cintra será nomeado presidente executivo da Ímpar. O processo de integração será desenvolvido após a aprovação do Cade e órgãos competentes. Até este momento, as operações continuam independentes.

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CQCS - CENTRO DE QUALIFICAÇÃO DO CORRETOR DE SEGUROS

Acordo da Amil com a Dasa muda algo nos planos de saúde da operadora? Entenda

Novos produtos incluindo hospitais da rede Ímpar e de outros parceiros serão lançados mais adiante

A Amil e a Dasa, de medicina diagnóstica, fecharam acordo para criarem juntas uma empresa reunindo 25 hospitais dos dois grupos, somando 4,4 mil leitos. A transação inclui os hospitais e centros de oncologia da Rede Américas, da Amil, e da Ímpar, da Dasa.

Das 25 unidades, 14 são da Ímpar e os outros 11, da Amil. A operadora afirma que, mais adiante, vai lançar uma nova grade de produtos que poderão incluir unidades da rede Ímpar e de outros prestadores do segmento hospitalar com os quais já tem parcerias.

Entenda como o negócio vai impactar beneficiários da Amil e - a partir de 1º de julho - também da Golden Cross, incorporados à carteira de clientes da operadora de saúde.

Haverá mudanças na rede de credenciados de quem têm planos da Amil?

Não. Segundo a operadora, não haverá alterações. Os hospitais previstos na rede de cobertura de cada plano serão mantidos, o que vale para as unidades que foram incluídas nessa joint venture constituída por Amil e Dasa.

O cliente Amil vai ganhar acesso aos hospitais que entram no acordo?

O cliente continua a acessar a rede prevista pelo plano contratado. Futuramente, a tendência é que a Amil ofereça novos produtos de saúde, com planos que incluam os hospitais da Ímpar.

Quantos hospitais da Amil ficaram de fora do acordo?

A Amil tem 31 hospitais. Deste total, 11 vão integrar a nova empresa com a Dasa. Os 20 restantes são da rede própria de atendimento da operadora de saúde, incluindo os hospitais de Clínicas de Jacarepaguá, Panamericano e Pasteur, no Rio de Janeiro, e o da Luz e o Panamericano, em São Paulo.

Redes de laboratórios e análises clínicas da Dasa integram o acordo?

Não, o negócio não é uma fusão das duas companhias e não inclui outras áreas. A Dasa é uma companhia com 50 marcas de medicina diagnóstica em seu protfólio, incluindo laboratórios como Sérgio Franco, CDPI e Lâmina. Nenhum deles integra a negociação relacionada a hospitais.

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PORTAL G1

TJ anula processo contra médico condenado por racismo por filmar caseiro negro acorrentado

Segundo o TJ-GO, por o vídeo ter sido divulgado em uma rede social aberta, caberá à Justiça Federal julgar o caso. Médico diz que foi uma 'encenação'.

Por Gustavo Cruz, g1 Goiás

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) anulou o processo contra o médico Márcio Antônio Souza Júnior, condenado por discriminação ao filmar um caseiro negro acorrentado, na cidade de Goiás, no centro do estado, e divulgar o vídeo. De acordo com a decisão, a Justiça Estadual não é apta para processar, julgar e punir o médico, pois, por as imagens terem sido divulgadas em uma rede social aberta, caberá à Justiça Federal analisar o caso, como estabelece o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Em nota, a defesa do médico disse que segue acreditando na Justiça, se desculpou pelo fato e afirmou que a intenção não era incentivar qualquer tipo de descriminação ou racismo. O g1 pediu um posicionamento ao Ministério Público sobre o caso neste domingo (16), mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

A decisão do TJ-GO foi tomada no sábado (15). Márcio Antônio foi condenado em novembro de 2023 pela prática do crime de discriminação ou preconceito de raça e de cor. De acordo com a sentença judicial da época, o médico foi condenado a pagar R$ 300 mil em indenização por danos morais coletivos a uma associação quilombola, além de prestação de serviços comunitários.

Vídeo

O crime aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2022, na Fazenda Jatobá. O homem filmado trabalhava como caseiro e recebia um salário mínimo para o serviço na fazenda do médico. Conforme investigação, Márcio encontrou os itens na igrejinha da fazenda, colocou no homem, gravou o vídeo pelo celular e publicou nas redes sociais.

"Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala", disse o médico enquanto filmava o homem acorrentado.

Após a repercussão, o médico publicou outro vídeo em que diz que não teve intenção de ofender. “A gente fez um roteiro a quatro mãos, foi como se fosse um filme, uma zoeira. Não teve a intenção nenhuma de magoar, irritar ou apologia a nada. Gostaria de pedir desculpas se alguém se sentiu ofendido, foi uma encenação teatral”, disse.

Apesar das declarações, a Polícia Civil indiciou Márcio Antônio por racismo no ano em que o crime foi cometido.

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Assessoria de Comunicação