CLIPPING AHPACEG 19/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Concentração no mercado de planos de saúde prejudica consumidor
Ludhmila Hajjar: 'Onda de picaretagem assola a medicina no Brasil'
Saúde de Goiânia usa IA para prever doenças cardíacas antes dos sintomas
Hospital oferece exame histopatológico de tumor de pele
PORTAL TERRA
Concentração no mercado de planos de saúde prejudica consumidor
José Inácio Gonzaga Franceschini
Tendência concentracionista das operadoras é uma preocupação crescente que requer atenção
O setor de planos e seguros de saúde no Brasil enfrenta um processo de concentração de mercado, com implicações significativas para a competição e clientes, em que grandes operadoras, as Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde (OPSs), estão adquirindo empresas menores e serviços de saúde. Esta dinâmica limita a variedade de escolhas disponíveis aos consumidores.
A competição é afetada pela horizontalidade das aquisições, no qual uma operadora de saúde compra outra, reduzindo o número de competidores. Já a verticalidade é caracterizada pela compra de clínicas e hospitais, o que permite que as operadoras exerçam controle total sobre seus serviços referenciados.
Na medida em que a integração vertical se viabiliza, a rede credenciada, ao mesmo tempo que teve seu acesso ao sistema claramente dificultado por múltiplas formas, passou a sofrer descredenciamento ou a enfrentar dificuldades como empecilhos a reembolsos de pacientes.
Criaram-se, assim, sérias barreiras para o ingresso de novos concorrentes no mercado. A obtenção de credenciamento se tornou altamente complexa e difícil. Aliás, este gargalo afronta claramente a livre iniciativa e o livre mercado.
Encontraram as operadoras em atuação aparentemente coordenada de cunho restritivo à concorrência, campo fértil para fraudes, como a indicação de procedimento cobrado diverso do realizado, não sendo este reembolsável.
Entretanto, a possibilidade de fraude não pode ser utilizada como desculpa para que as operadoras prejudiquem os estabelecimentos, inclusive os que trabalham licitamente.
Assim, as OPSs se aglutinaram, em geral sob o teto ou apoio de entidades de classe, para trocar informações de mercado fora do controle do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e estabelecer procedimentos uniformes e coordenados de atuação. Um efeito colateral particularmente pernicioso deste processo é a criação de uma espécie de "curral", em que profissionais de saúde e pequenos estabelecimentos recebem pagamentos insuficientes e são forçados a se submeter aos termos das operadoras para poderem oferecer seus serviços. Escapam desse torniquete, em parte, grandes hospitais e laboratórios, que têm poder de barganha para enfrentar o poder econômico das operadoras.
Este cenário sugere a necessidade de regulação e fiscalização mais efetiva. A tendência concentracionista das operadoras de planos de saúde é, portanto, uma preocupação crescente que requer atenção tanto dos órgãos reguladores e concorrenciais, quanto da sociedade civil para que não haja abuso de poder de mercado e deterioração da qualidade dos serviços prestados aos pacientes.
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PORTAL UOL
Ludhmila Hajjar: 'Onda de picaretagem assola a medicina no Brasil'
Conhecida por atender nomes que vão de Jair Bolsonaro e Dilma Rousseff a Anitta, a médica Ludhmila Hajjar disse que a "onda de picaretagem" que atinge a medicina no Brasil está relacionada ao aumento da formação de médicos sem vocação para a área. Em entrevista ao "Alt Tabet", no Canal UOL, a cardiologista frisou que esse não é um fenômeno exclusivo do país, mas de todo o mundo.
Hajjar afirmou haver "múltiplos fatores que culminaram nessa onda de picaretagem que hoje assola a medicina e a ciência". "Esse não é um fenômeno só brasileiro, é mundial. Mas o Brasil está vivendo o cúmulo disso".
Para a médica, a maior facilidade em se adquirir um diploma de medicina tem impacto nesse cenário porque há muitos profissionais preocupados apenas com o dinheiro, não com o paciente. "Não tenho dúvidas [disso] e eles estão por aí. Fico indignada. São pessoas que não têm talento nenhum, que não têm a vocação básica [para exercer a medicina] que é gostar de gente. E aí o que nos selecionava? Você tinha que estudar muito para passar em um vestibular que era difícil, mas houve uma tragédia no Brasil chamada proliferação indevida de faculdades de medicina. Hoje a gente só perde para a Índia, somos o segundo país no mundo em números de faculdades de medicina, a maioria é privada e de baixa qualidade".
Ludhmila destacou que muitas instituições não oferecem o básico para a formação do médico, sem professores adequados e hospital universitário. "[Forma] esse pseudomédico que não sabe nada e não faz prova de residência. É esse cara que vai estar no posto, na UPA, que vai atender um infarto, achar que é uma dor e passar um anti-inflamatório. É isso que nós estamos vivendo, o pior momento da formação médica no Brasil".
Ludhmila Hajjar, que foi sondada para ser ministra da saúde durante o governo Jair Bolsonaro (PL), admitiu não ter essa pretensão, mas ressaltou que já se imaginou no cargo. "Durante a pandemia de covid-19, com tudo que o Brasil estava vivendo, eu recebi um telefonema do presidente Bolsonaro, fui conversar, discutir, mas não havia confluência de ideias e eu não conseguiria trabalhar e fazer nada naquele governo. Naquele momento vivi aquela dúvida na minha cabeça. Hoje, nesse momento, eu não iria. Não digo que um dia não irei, mas se um dia eu for, vai ter que ser do jeito que eu acho que tem que ser. Eu vou lá para cuidar da saúde das pessoas, para atuar como atuo hoje, da maneira correta, como tem que ser, sem fazer política com a medicina".
A picaretagem médica piorou com a covid. As pessoas muito doentes, um país que virou a onda para o negacionismo e mostrou como a formação médica está terrível e superficial, porque os caras começaram a vender ozônio, utilizar terapias jamais comprovadas para doenças graves. Estamos vivendo um ciclo maldoso e a gente precisa acabar com isso.
Atendimento a Bolsonaro após o atentado em 2018 Hajjar explicou que participou da primeira cirurgia de Bolsonaro logo após a facada e que cuidou dele "nas horas mais críticas". "Cheguei em um momento em que o paciente já estava sendo operado. Participei do final da cirurgia, da chegada dele na UTI, cuidei dele nas horas mais críticas e, assim que ele estabilizou, houve necessidade de transferência para São Paulo. Eu cumpri a missão que me foi dada".
A médica também rechaçou as fake news divulgadas na época de que a facada seria uma invenção. "É uma tristeza fazer isso, porque nessas horas não há julgamentos: é um paciente que sofreu um atentado grave, que quase morreu e que até hoje sofre as complicações disso. É indiscutível que isso é uma maldade [as fake news], isso impera na nossa sociedade, não é só uma questão médica. São pessoas ruins que usam o sofrimento dos outros para fazer política, ideologia e isso realmente tem que ser combatido".
Planos para o maior hospital do país: 'Será o melhor do mundo' Hajjar contou que esse hospital, que ainda está no papel, "vai mudar a história da saúde desse país". "É um hospital que vai revolucionar os cuidados dos pacientes públicos do país e do mundo. Afirmo que vai ser um hospital inteligente, onde vamos alinhar tudo que há de inovação e tecnologia para atender pacientes do SUS".
Ludhmila explicou que é uma parceria que envolve os governos federal e do estado de São Paulo, além do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco dos Brics. "É uma parceria de múltiplas mãos, de iniciativa do Hospital das Clínicas, com o apoio do governo federal, investimento da construção do NDB e com o apoio do governo estadual".
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A REDAÇÃO
Saúde de Goiânia usa IA para prever doenças cardíacas antes dos sintomas
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) começou a utilizar Inteligência Artificial (IA) para prever doenças cardiovasculares graves, como acidente cardiovascular cerebral (AVC) e infarto. Com o auxílio da ferramenta, a pasta identifica pacientes com mais de 60% de chances de desenvolver essas condições antes mesmo dos sintomas se manifestarem, o que permite intervenções preventivas no momento certo.
A iniciativa, que foi implementada inicialmente no Distrito Sanitário Oeste da capital, já demonstrou resultados promissores. Por meio da análise de prontuários, mais de 7 mil pessoas foram identificadas com algum nível de risco cardiovascular. Dentre esses, 546 pacientes foram classificados como de alto risco, recebendo prioridade no acesso aos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
"A utilização de algoritmos de predição e inteligência artificial nos permite identificar, de forma precoce, indivíduos que possuem maior probabilidade de desenvolver doenças cardíacas graves", afirmou o secretário de Saúde, Wilson Pollara. "Isso nos possibilita direcionar esforços para uma abordagem preventiva mais eficaz, reduzindo o impacto dessas condições na saúde da população", complementa.
Identificação e monitoramento
Após a identificação do paciente com alto risco de estar ou de desenvolver uma doença cardíaca, a secretaria passa para uma segunda etapa, ir até ele. Essa parte do trabalho é feita pelos agentes comunitários de saúde, por meio da busca ativa. O processo está no início, mas será gradativo, garantindo assim que as pessoas recebam o acompanhamento necessário.
"Esse agente de saúde visita os lares dentro de sua área de atuação e auxilia a família no preenchimento de duas fichas: uma domiciliar e outra, individual. Na ficha domiciliar, são registradas informações gerais, como as condições estruturais da residência, o número de moradores e o responsável financeiro. Já na ficha individual, são detalhados os hábitos de vida, padrões de alimentação, presença de comorbidades, doenças crônicas, entre outras informações relevantes para a saúde individual", explica a superintendente de Gestão de Rede da SMS, Cynara Mathias.
Em seguida, o paciente é agendado para uma consulta com o clínico geral. "A partir dessas consultas, precedidas por eletrocardiograma realizado na própria unidade de saúde, o clínico geral avalia o nível de risco, classificando-o como baixo, médio ou alto, e determina se é necessária uma atenção secundária ou terciária. Estamos estabelecendo uma linha de cuidados para monitorar de perto esses pacientes", diz Cynara.
Desafogamento
O secretário ressalta que os custos desse sistema preventivo são consideravelmente menores para os cofres públicos. "Ao tratar os pacientes com medidas clínicas antes de um eventual enfarto, evitamos a necessidade de procedimentos cirúrgicos", aponta. Além disso, Pollara acredita que essa iniciativa terá um impacto positivo no atendimento da rede de saúde, aliviando sua sobrecarga. "Os pacientes serão tratados de maneira mais simples nas unidades básicas, que possuem uma capacidade de atendimento significativamente maior", finaliza.
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O HOJE
Hospital oferece exame histopatológico de tumor de pele
Tradicionalmente, paciente precisava esperar cerca de uma semana para receber o resultado
O Hospital de Câncer Francisco Camargo agora oferece exame histopatológico dentro do centro cirúrgico, trazendo um avanço no tratamento do câncer de pele.
Com ele, é possível, ainda durante a cirurgia, confirmar a presença de células cancerígenas no tecido retirado do paciente. A investigação permite saber, ainda, se as bordas e profundidade estão livres de células cancerígenas.
A novidade foi utilizada durante o evento “Dermatologia em Ação”, realizado na sexta, 14 de junho, que atendeu pacientes de 20 municípios de Goiás e Mato Grosso.
Das 8 da manhã às 9 da noite, uma equipe de 60 médicos atendeu cerca de 100 pacientes por meio de triagem e consultas de diagnóstico. No mesmo dia, o hospital fez 62 procedimentos cirúrgicos para retirada de tumor ou de lesões precursoras suspeitas.
“Tradicionalmente, o resultado deste exame só fica pronto de uma semana a 10 dias após a retirada do tumor e, agora, nós podemos ter esta informação durante a cirurgia”, explica o médico Wagner Miranda, diretor técnico do Hospital de Câncer Francisco Camargo.
Por fim, médico patologista Siderley Carneiro, responsável por conduzir os exames no dia da “Dermatologia em Ação”, explica que o Hospital de Câncer Francisco Camargo investiu em um método técnico de congelação por criostato, pouco utilizado em razão do custo e complexidade dentro de centros cirúrgicos em Goiás e no Brasil.
“São raríssimas as situações empregadas, e esse método técnico representa um benefício muito grande”, diz.
Exame histopatológico contribui a tratamento de tumor de pele
Assim também, a ação preventiva e curativa na área da dermatologia aconteceu na nova etapa do hospital, que possui centro cirúrgico com condições técnicas para a realização do exame histopatológico no intra operatório. O hospital inaugurou também uma nova área para realização dos exames de coloproctologia, endoscopia digestiva alta e broncoscopia.
“Muitos pacientes estavam com lesões de anos de evolução e ainda não conseguiram acesso ao diagnóstico e tratamento adequado. E este é o grande problema, pois o sucesso a todo tratamento do câncer está ligado à precocidade do atendimento. Por isso, esta ação é importante, sendo o nosso propósito contribuir com esta assistência”, diz.
Além disso, participaram do Dermatologia em Ação médicos das áreas de dermatologia, anestesiologia, cirurgia geral. Ao mesmo tempo, otorrinolaringologia, cirurgia plástica e patologia.
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Assessoria de Comunicação