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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ismael Alexandrino processará repórter que o associou a empresa investigada
Modelo brasileira muda a cor dos olhos castanhos para azuis; veja como funciona procedimento, custo e riscos
Casos de dengue no país têm 'boom' em 2024 e dobram em relação ao mesmo período de 2023; seis mortes foram confirmadas
Pacientes com câncer tem tratamento suspenso devido falta de verba
Alcance e capacitação profissional são desafios do SUS para tratamento de autismo
Brasil recebe primeiras 750 mil doses de vacina contra dengue
"Não queremos o cooperado no prejuízo", afirma presidente da Unimed Vitória
JORNAL OPÇÃO
Ismael Alexandrino processará repórter que o associou a empresa investigada
Defesa do deputado federal, conduzida pelo advogado Demóstenes Torres, diz que jornal Metrópoles ligou indevidamente o deputado à firma Amme Saúde
Neste domingo, o portal de notícias Metrópoles publicou reportagem intitulada “Laranja sacou R$ 787 mil de firma com verba pública ligada a deputado”, em referência ao deputado federal Ismael Alexandrino (PSD-GO). A matéria descreve como uma funcionária sacou grandes quantias em dinheiro da empresa Amme Saúde, que tinha contratos públicos à época em que Alexandrino era secretário de Saúde do Estado de Goiás.
A sócia majoritária da Amme Saúde é Andréia Lopo, ex-recepcionista de uma clínica de Brasília do médico Daniel Alexandrino, irmão de Ismael. Para a Delegacia de Combate à Corrupção de Goiás (Deccor), Andréia seria “laranja” de Daniel na empresa.
O Jornal Opção ouviu a defesa do deputado, conduzida pelo advogado Demóstenes Torres, que afirmou que Ismael processará o repórter do portal Metrópoles por associar o deputado à empresa a partir do título da matéria.
Em janeiro de 2023, a Polícia Civil de Goiás deflagrou a Operação Sinusal, prendendo preventivamente Daniel Alexandrino, Andreia Lopo e Fernando Borges de Oliveira. Os três sócios da Amme Saúde foram ouvidos, soltos, e a investigação ainda não foi concluída.
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PORTAL G1
Modelo brasileira muda a cor dos olhos castanhos para azuis; veja como funciona procedimento, custo e riscos
A cirurgia foi feita numa clínica oftalmológica em Lausanne, na Suíça, perto de Genebra, onde ela mora. O Fantástico conversou com o médico que operou a Layyons.
Modelo brasileira passa por cirurgia na Suíça que troca cor dos olhos
E se, um dia, você resolvesse mudar a cor dos seus olhos? Foi o que fez uma modelo brasileira de 24 anos.
Desde o ano passado, Layyons Valença deixou de ter olhos castanhos para ter olhos azuis. O procedimento feito por ela se chama ceratopigmentação e não foi realizado no Brasil.
Com ajuda de uma microagulha ou de laser, os médicos aplicam uma pigmentação na córnea, parte mais externa e transparente do olho, para promover a mudança de cor. É como se fosse uma tatuagem. O procedimento dura, em média, 30 minutos.
"E pigmentar essa área significa pigmentar de forma definitiva, injetando um pigmento para que mude a cor de acordo com o que se deseja", explica ao Fantástico Wilma Lelis, Presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
'Não me identificava'
"Com os meus olhos marrons, que é a minha cor natural, eu não me identificava, eu não conseguia me olhar no espelho", diz a modelo brasileira.
Layyons chegou a usar lentes de contato antes de decidir mudar de vez a cor dos olhos.
"Eu optei pela cirurgia porque eu não tinha os cuidados certos, porque eu queria dormir com a lente, eu dormia com a lente. Eu acordava com a lente. Então, em várias ocasiões eu peguei infecções. Aí foi quando eu realmente falei: 'eu preciso mudar a cor dos meus olhos'".
Entenda como foi feita a cirurgia
A cirurgia foi feita numa clínica oftalmológica em Lausanne, na Suíça, perto de Genebra, onde ela mora. O Fantástico conversou com héodore Hojabr, médico que operou a Layyons na Europa.
"Criamos uma espécie de túnel na córnea, que é feito em sete segundos. Em seguida, começo a introduzir o pigmento para termos a mudança de cor dos olhos com a ceratopigmentação [...] São pigmentos naturais derivados de metais e minerais. O laboratório que produz esses pigmentos obteve todas as validações com as autoridades da Europa", afirma o médico Théodore Hojabr.
A clínica chega a atender, por ano, 250 pacientes para esse tipo de cirurgia. Théodore destaque que, em uma cirurgia, nunca há risco zero.
"Por isso fazemos um check-up completo no paciente para termos certeza de que a operação pode ser feita. E, depois da cirurgia, indicamos medicamentos em gotas para garantir que a cicatrização ocorra em boas condições."
Trocar a cor dos olhos é possível em alguns países, como na Suíça. Mas investir nesse sonho tem um preço alto. A cirurgia de Layyons custou oito mil francos suíços, o equivalente a mais de R$ 45 mil.
"Se me perguntam, eu falo: são os meus olhos. Eu comprei, são meus. Eu estou feliz, me sinto realizada, me sinto muito bem. Minha autoestima mudou muito."
Layyons explica que os cuidados com os olhos redobraram após a cirurgia.
"Os três primeiros meses você fica muito sensível à luz. E depois disso passa. Às vezes eu coloco algumas gotinhas para hidratar o olho mesmo". Ela também diz que usa óculos de sol com frequência.
Ela também afirma que recebeu muitas críticas de pessoas dizendo que o procedimento "ficou muito feio" e "artificial", mas que também teve apoio de quem gostou.
Procedimento é permitido no Brasil?
No Brasil, a mudança de cor de olho só é permitida em casos específicos.
"A cirurgia ela é originalmente relacionada a casos em que há uma opacidade extensa da córnea, em que realmente o olho ele está "branco", como consequência de alguma doença muito grave, como um glaucoma avançado, um histórico de uma doença ocular extensa, que levou à perda da função daquele olho", explica Flavio Mac Cord, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Wilma Lelis complementa. "O que não é permitido é com fins estéticos para olhos que têm visão."
Quais são os riscos?
Os especialistas destacam ainda os riscos do procedimento.
"Essa pigmentação ficando vai impedir a visualização do olho quando esse paciente precisar de cirurgias. Então, se ele for fazer uma cirurgia de catarata, que é o mais comum, vai ter uma dificuldade muito grande para acessar esse olho", diz Wilma Lelis.
Além da tatuagem na córnea, os especialistas no Brasil fazem um alerta para outros procedimentos nos olhos, como o implante de íris artificial, que o Fantástico revelou em 2013. Outra prática é mudar a cor da esclera, como é chamada a parte branca dos nossos olhos, geralmente feitas em estúdios de tatuagem.
"Imagina numa situação em que você não tem esses cuidados de um centro cirúrgico? Então, os riscos tanto de infecções quanto de alergias, irritações, inflamações graves, são muito maiores. O risco de uma perda é real. Se você quer mudar a cor dos seus olhos, use lentes de contato. Com uma adaptação adequada, você está muito menos exposto a riscos e vai conseguir o mesmo objetivo que você quer. Inclusive, pode até trocar de cores", conclui Wilma Lelis.
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Casos de dengue no país têm 'boom' em 2024 e dobram em relação ao mesmo período de 2023; seis mortes foram confirmadas
O número de casos de dengue nas duas primeiras semanas de 2024 foi mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde.
Nas duas primeiras semanas deste ano, houve 55.859 casos prováveis de dengue no país. Seis pessoas morreram por complicações da doença. A incidência de casos neste ano é de 27,5/100 mil habitantes.
No mesmo período de 2023, haviam sido registrados 26.801 casos, com 17 mortes.
âO aumento de casos ocorre em meio ao anúncio do governo de que o número de doses da vacina de dengue só dará para imunizar no máximo 3 milhões de pessoas em 2024.
O país é o primeiro no mundo a oferecer o imunizante na rede pública, mas enfrenta o desafio com a baixa quantidade de doses.
Considerada pelo ministério como a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.
O período do ano com maior transmissão é justamente nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio, e, portanto, o alerta é para o combate ao mosquito.
Água parada é o principal foco, e os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.
A infectologista Luana Araújo afirma que o cenário para 2024 é "extremamente preocupante com relação às arboviroses de uma forma geral" em razão do momento climático favorável para a proliferação do mosquito - por causa do El Niño, que vem com calor intenso e muita chuva.
É tudo que o mosquito precisa. No calor, ele coloca os ovos, vem a chuva, que hidrata esses ovos e permite o desenvolvimento da larva. A larva eclode, vem o calor de novo, ela amadurece, vira um outro mosquito e por aí vai.
- Luana Araújo, infectologista
Ela ressalta a necessidade de diminuir a presença do mosquito.
"É muito importante que as pessoas cuidem de suas casas, aquilo que a gente sempre falou a vida inteira: pratinho de planta, garrafa retornável que está coletando água e não tem um escoamento, bandeja de degelo de geladeira, fonte em quintal, fontes ornamentais, depósitos, coisas ao ar livre, tudo isso pode coletar água. É de responsabilidade da gente, enquanto cidadão, cuidar de casa para diminuir isso", afirma.
Surto no RJ
No Rio de Janeiro, mais de 4 mil casos de dengue foram registrados em 13 dias. O número representa alta de 669%, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2023, no mesmo período, 566 casos foram registrados no estado.
Vacina contra a dengue
Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS). Na ocasião, a ministra, Nísia Trindade, disse que o novo imunizante deverá começar a ser aplicado em fevereiro deste ano.
O ministério deve priorizar a imunização de crianças e jovens de 6 a 16 anos. A definição sobre por qual faixa etária e grupo a vacinação começará, além da quantidade de doses a ser distribuída aos estados, será tomada nas próximas semanas.
ð A Qdenga é um imunizante contra a dengue desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma.
A farmacêutica conseguiria entregar de fevereiro até novembro cerca de 5 milhões de doses. No entanto, esse número seria menor em volume de pessoas imunizadas, já que são necessárias duas doses para o ciclo completo.
Combate ao aedes
Entre as ações de combate à dengue, o ministério informou que foram distribuídos cerca de 175 mil testes aos estados para fazer a testagem da população.
Para a infectologista Luana Araújo, essa quantidade não será suficiente para o número de casos projetados, mas que também, em razão da validade dos testes, não é recomendável entregar a quantidade total agora.
Se a gente pensar que a projeção de número de casos para esse ano é maior, é claro que esse número de testes distribuídos não vai ser suficiente para lidar com esse cenário. Mas também não se faz a distribuição da quantidade total que se prevê necessária para um ano no começo do ano. Existe validade de teste.
- Luana Araújo, infectologista
Também foram distribuídas pelo ministério cerca de 30 toneladas de inseticidas utilizados no combate das larvas e dos mosquitos adultos. A pasta disse ainda que repassou neste ano R$ 256 milhões para ações de fortalecimento da vigilância e combate de endemias, com foco nas arboviroses.
Outras medidas incluem a implantação de uma Sala Nacional de Arboviroses (para tratar do controle, pesquisa e resposta) e a capacitação de médicos e enfermeiros. Além disso, o ministério tem programado apoio técnico a estados e municípios com aumento de casos.
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TV ANHANGUERA
Pacientes com câncer tem tratamento suspenso devido falta de verba
https://globoplay.globo.com/v/12285062/
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FOLHAPRESS
Brasil recebe primeiras 750 mil doses de vacina contra dengue
Ministério da Saúde vai priorizar vacina para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos
O Ministério da Saúde informou que chegaram ao Brasil neste sábado (20) as primeiras 750 mil doses da vacina contra a dengue, que serão oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A pasta lembra que, por causa do número limitado de unidades recebidas, foram estabelecidos critérios para a vacinação, levando em conta regiões com alta transmissão e a faixa etária com maior número de hospitalizações, entre 10 e 14 anos.
A chegada do primeiro lote acontece em meio a uma escalada no número de casos da doença no início deste ano.
O primeiro lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas, sem custos ao governo brasileiro, pela farmacêutica Takeda. O Ministério da Saúde acrescenta que adquiriu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante, chamado Qdenga, disponíveis pelo fabricante para este ano, que serão entregues por etapas até o mês de novembro.
De acordo com os critérios de vacinação estabelecidos pela pasta em conjunto com estados e municípios, as vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte —população igual ou superior a 100 mil habitantes— e com alta transmissão da doença nos últimos dez anos.
Além disso, serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que são as idades com maior número de hospitalizações por dengue. O ministério explica que essa faixa etária também está dentro do recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
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Alcance e capacitação profissional são desafios do SUS para tratamento de autismo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na sala de estimulação sensorial, equipada com piscina de bolinha, rede e pula pula, a pequena Lara de Almeida, 4, é acompanhada por uma psicóloga e uma fonoaudióloga. A sessão terapêutica mais parece uma brincadeira, mas a mãe da menina atesta os resultados do tratamento, iniciado há dois anos, quando ela foi diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista).
"Depois que eu trouxe ela para cá, ela começou a se desenvolver. Antes era muito agitada, não conseguia fazer uma atividade ou parar para almoçar", conta Leonice de Almeida, 43, que tem mais uma filha autista, Liana, de 9 anos.
As duas meninas são atendidas semanalmente no CER (Centro Especializado de Reabilitação) Milton Aldred, equipamento do SUS (Sistema Único de Saúde) localizado na zona sul de São Paulo. "Minha filha mais velha também melhorou muito, já está lendo e quase alfabetizada", comemora a mãe.
Cerca de 300 pessoas com autismo -entre adultos e crianças- fazem tratamento contínuo na unidade de saúde, que atende pacientes na região do Grajaú, distrito mais populoso da cidade.
O equipamento oferece diferentes tipos de reabilitação: física, visual, auditiva e intelectual. Dentro dessa última modalidade, hoje, a maioria dos pacientes é autista. "A gente tem pacientes novos entrando todos os meses no serviço. Trabalhamos sempre com 100% da ocupação das vagas", afirma a gerente do CER, Karine Cristina Castão.
A alta demanda está diretamente relacionada à maior conscientização sobre o tema e também a mudanças na compreensão sobre o que é autismo pela comunidade médica. Hoje, o transtorno é entendido como um espectro, com diferentes níveis de gravidade e suportes necessários, e que pode ou não estar atrelado a deficiência intelectual.
Na rede pública de saúde da capital paulista, a procura pelo tratamento de TEA é cada vez maior. No ano passado, o sistema registrou quase 130 mil atendimentos, alta de 384% na comparação com 2019 (26.521).
A terapia multidisciplinar é oferecida nos CERs e nos Caps (Centro de Atenção Psicossocial) infantis e adultos. Enquanto o primeiro oferece diversas modalidades de reabilitação, o atendimento no Caps é direcionado a pacientes com deficiência intelectual mais grave e sofrimento psíquico -justamente por isso, o serviço funciona de portas abertas.
"Nenhum serviço consegue cuidar sozinho dessas pessoas. A gente precisa trabalhar em rede e se articular, principalmente, com a atenção básica", acrescenta Castão. Além de porta de entrada, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) são responsáveis pelo acompanhamento dos pacientes depois que eles recebem alta.
Lançada em 2022, a linha de cuidado do município para TEA preconiza o diagnóstico a partir de uma equipe multiprofissional e o tratamento individualizado, com olhar para as particularidades de cada paciente. "A gente tem pacientes que se desenvolvem muito rapidamente, mas tem outros que precisam de um longo tempo de terapia e de muito estímulo para conseguir se desenvolver", disse Castão.
O programa terapêutico elaborado por médicos e outros profissionais especializados é chamado PTS (Projeto Terapêutico Singular) e estabelece objetivos para o desenvolvimento em diversas áreas, como fala, interação social e habilidades motoras. O tratamento pode incluir sessões com psicólogo, terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia, incluindo atividades em grupo. Na maioria dos casos, os pacientes fazem de uma a duas sessões semanais.
A diretriz municipal também destaca a importância da estimulação precoce das crianças, mas não estabelece abordagens ou técnicas terapêuticas específicas.
Segundo fonoaudióloga Lígia Maria Brunetto Borgianni, assessora técnica da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), cabe ao médico definir, a partir de sua formação e dos recursos disponíveis, a melhor abordagem. A linha de cuidado do Ministério da Saúde também não orienta métodos terapêuticos específicos.
Esta lacuna é alvo de críticas por especialistas consultadas pela reportagem. "Esses pacientes são atendidos não necessariamente na linha que a gente preconiza para o autismo, que são as intervenções comportamentais", avalia a neuropsicóloga Joana Portolese, coordenadora do Ambulatório de Autismo do Hospital das Clínicas, serviço que oferece diagnóstico e encaminhamento médico gratuito para TEA. Ela afirma que a maioria dos pacientes que atende não tem plano de saúde e depende unicamente do SUS.
"A assistência no país acaba sendo muito irregular, já que o tratamento varia dependendo da formação do médico", afirma Cristiane de Paula, coordenadora de pós-graduação em psicologia na Universidade Mackenzie.
Para as duas especialistas, que já desenvolveram estudos sobre o tratamento de autismo no SUS, a capacitação dos profissionais em metodologias baseadas em evidências e a ampliação da rede de atendimento estão entre os principais desafios do sistema público de saúde, que é marcado por desigualdades regionais.
Em 2022, De Paula analisou o acesso a serviços de saúde por cerca de 900 famílias brasileiras com crianças autistas, e identificou maior concentração de equipamentos no Sudeste e em capitais. "O estudo mostrou que 25% das famílias têm que andar mais de 100 km para obter o diagnóstico. Na região Norte, sobe para 40%", diz ela, que defende modelo com centros de referência regionais.
Procurada, a Federação Nacional das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) reafirmou a existência de desigualdades regionais nos serviços de atendimento. "Em grande parte da rede Apae, identificamos demanda reprimida e considerável fila de espera para os atendimentos a pessoas com TEA", afirma Eduardo Mesquita, coordenador de saúde da entidade.
Questionada, a Prefeitura de São Paulo disse que dois novos CERs e cinco novos Caps foram implantados desde 2020, e que novos profissionais serão contratados com repasses do Ministério da Saúde.
Em outubro passado, o Ministério da Saúde anunciou repasse de R$ 540 milhões a estados e municípios para ampliação e qualificação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. Unidades CER que atendem pacientes autistas receberão incremento de 20% no orçamento.
Atualmente, o país tem 301 CERs e 300 Caps infantojuvenis. O novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prevê recursos para construção de novas unidades.
Procurado, o Governo de São Paulo disse que tem projeto para a criação de Centros de Referência e Atendimento Especializado às Pessoas com TEA. "O objetivo é que todas as regiões do estado sejam contempladas", diz nota da Secretaria de Estado da Saúde.
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A GAZETA ONLINE
"Não queremos o cooperado no prejuízo", afirma presidente da Unimed Vitória
O médico cirurgião Fabiano Pimentel Pereira assumiu o comando da Unimed Vitória em 27 de março de 2023. Dois meses depois, em 31 de maio, o jornal Valor Econômico publica a informação de que a Unimed Vitória era um dos maiores cotistas dos fundos da Infinity Asset, gestora que entrou em grave crise e que foi fechada para resgates. O curso do mandato foi alterado radicalmente logo na decolagem. De lá para cá, o presidente de uma das maiores cooperativas do Estado mergulhou no trabalho, ficou semanas sem conseguir dormir, montou (ao lado da diretoria e dos executivos) uma estratégia para tomar decisões com agilidade e não falou com a imprensa. Esta é a primeira entrevista que ele concede. "O susto inicial foi grande, mas felizmente conseguimos organizar. Colocamos para rodar um plano focado em melhorar a operação e a gestão da Unimed. Em abril, primeiro mês da nossa gestão, o resultado já foi positivo, em setembro, apesar de tudo o que aconteceu de maior em diante, revertemos todo o acumulado negativo do ano".O buraco causado pela Infinity ainda não foi completamente coberto, ainda faltam perto de R$ 140 milhões. Os próximos dias serão decisivos. Uma carta de crédito foi apresentada pelos administradores e a data marcada para o dinheiro pingar é 12 de fevereiro, segunda-feira de carnaval, que é um dia oficialmente útil. A carta é assinada pela ICP Ventures, empresa do próprio Grupo Infinity.Sobram dúvidas sobre se o dinheiro virá ou não, mas o clima, por conta da melhora dos resultados operacionais, é grande. "Só para você ter uma ideia, lá atrás, quando assumimos, a previsão era de ter de mandar um boleto para cada cooperado da ordem de R$ 150 mil para suprir a perda que estava sendo prevista para dezembro. Os 2,6 mil cooperados teriam de aportar esse recurso, na Unimed. Hoje, na pior situação, se o fundo não pagar o que ainda precisa pagar, fica na casa de R$ 15 mil por cooperado. Mas a nossa expectativa, alguns fatos ainda estão acontecendo, é levar um superávit entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões ao cooperado".
Na entrevista, ao lado de Fabiano Pimentel Pereira, estavam Gustavo Knupp, executivo da Unimed Vitória, e o médico ortopedista Dejair Cordeiro, diretor de Mercado.
O grande fato da Unimed Vitória no último ano foi o rombo causado pelo investimento feito no fundo Infinity. Foi logo no início da sua gestão e certamente te obrigou a mudar os planos de voo logo no começo do seu mandato. Como foi aquilo?
Aquilo ali foi uma surpresa. Quando nós ingressamos, no início do ano passado (27 de março), sabíamos que os desafios seriam grandes, mas nos deparamos com algo muito maior sob o ponto de vista operacional. O Infinity foi uma grande surpresa porque, na transição, os gestores antigos não comunicaram nada sobre o Infinity. Eles já tinham conhecimento, mas não nos passaram absolutamente nada. Este fundo teve mais de seis fatos relevantes (comunicados ao mercado) dizendo o seguinte: "tira o meu dinheiro daqui, ele não pode continuar aqui". Em fevereiro, antes de entrarmos, o fundo já tinha sido remarcado, o recurso já estava preso, não poderia ser sacado. Só que como ainda não tinha o default (calote) de fato, a contabilidade que nos foi apresentada pela equipe financeira da Unimed da época estava toda ok. Diante disso, partimos para tocar o nosso plano. Quando, por terceiros, descobrimos o que estava acontecendo, foi uma enorme surpresa. Com o fato consumado, fomos buscar entender qual era o impacto daquilo ali na Unimed Vitória. Observamos que apenas 10% (R$ 18 milhões) deste fundo estavam como garantidor na ANS (Agência Nacional de Saúde), que temos de deixar para garantir o atendimento dos clientes em caso de problema da operadora. Chamamos imediatamente ANS para conversar, apresentamos o nosso plano para reverter a situação, eles entenderam, nos apoiaram e em três meses o dinheiro necessário já estava novamente no fundo garantidor da ANS.
Como estão as finanças da Unimed Vitória hoje?
Além do problema com o Infinity, eram R$ 186 milhões da Unimed Vitória ali, a antiga gestão (liderada por Fernando Ronchi) assumiu compromissos de caráter assistencial, cerca de R$ 140 milhões, que precisavam ser quitados, tomou empréstimos junto a instituições financeiras da ordem de R$ 140 milhões e tinha fechado o primeiro trimestre de 2023 com R$ 16,3 milhões no negativo. Somando isso tudo dava um rombo de algo perto de meio bilhão de reais. Imediatamente colocamos para rodar um plano focado em melhorar a operação e a gestão da Unimed. Em abril, primeiro mês da nossa gestão, o resultado já foi positivo, em setembro, revertemos todo o acumulado negativo do ano. Hoje, o resultado da Unimed Vitória é positivo, estamos investindo com recursos próprios e vamos investir mais. A robustez está voltando. Ainda aguardamos o desfecho da situação do Infinity para termos uma resposta sobre sobras ou perdas referente ao ano passado. Importante dizer, novamente, que estamos com superávit nas provisões técnicas exigidas pelas ANS. Só para você ter uma ideia, lá atrás, quando assumimos, a previsão era de ter de mandar um boleto para cada cooperado da ordem de R$ 150 mil para suprir a perda que estava sendo prevista para dezembro. Os 2,6 mil cooperados teriam de aportar esse recurso, na Unimed. Hoje, na pior situação, se o fundo não pagar o que ainda precisa pagar, fica na casa de R$ 15 mil por cooperado. Mas a nossa expectativa, alguns fatos ainda estão acontecendo, é levar um superávit entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões ao cooperado. Não queremos o cooperado no prejuízo. Temos até o final de março para apresentar o balanço.
"A nossa expectativa, alguns fatos ainda estão acontecendo, é levar um superávit entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões ao cooperado. Não queremos o cooperado no prejuízo. Temos até o final de março para apresentar o balanço."
Um investidor secreto, pelo menos para o grande público, se comprometeu a aportar US$ 100 milhões no Infinity, ressarcindo a Unimed Vitória. Esse dinheiro deve ser depositado agora em fevereiro. Qual é a expectativa de vocês? Saindo o dinheiro, o que será feito?
Há um compromisso de pagamento no dia 12 de fevereiro. Este compromisso foi firmado em meados do ano passado, na assembleia dos cotistas do Infinity. Fomos à RJI, que é a administradora, buscar mais garantias. A RJI nos apresentou uma contraparte com uma carta de crédito de US$ 100 milhões. Fomos à contraparte e conseguimos com eles uma carta de crédito exclusiva para a Unimed Vitória. Se comprometeram a honrar tudo. Estamos, agora, formalizando um contrato com eles e aguardando o retorno desses recursos. É isso que está acontecendo agora.
Quem é esta contraparte? Qual é a confiança que vocês têm de que esse dinheiro de fato irá voltar aos cofres da Unimed Vitória?
Nós trabalhamos com cenários. Com o cenário de que o dinheiro retornará e com o cenário da ausência deste recurso. Baseado nesses cenários, apresentamos as alternativas para o cooperado, tudo, aliás, apresentado em assembleia. Esta carta de crédito existe, mas só vamos saber se o dinheiro virá ou não em 12 de fevereiro.
Mas quem assina a carta?
Isso é um fato estranho que compartilho com você. Como uma administradora de fundo, no caso a RJI, apresenta uma contraparte e não remarca o fundo (atualizar o preço do ativo)? Numa condição normal não precisaria de carta creditória.
"Há um compromisso de pagamento no dia 12 de fevereiro. Este compromisso foi firmado em meados do ano passado, na assembleia dos cotistas do Infinity. Fomos à RJI, que é a administradora, buscar mais garantias"
Então vocês não sabem quem é a contraparte?
É a ICP Ventures. Dejair Cordeiro: Não temos todos os detalhes da contraparte. Diante deste cenário, a Unimed Vitória tomou todas as medidas para minimizar os danos do fundo. Não temos a garantia de que o dinheiro irá retornar, o que temos é uma série de ações que tomamos para otimizar a possibilidade desse retorno, mas não sei se teremos sucesso, vamos esperar o dia 12 de fevereiro. Independente da volta do fundo, a Unimed Vitória está com a sua vida financeira equalizada e, mais importante, ninguém - fornecedor, cooperado, parceiro e cliente - tomou prejuízo por conta desse fundo. E não fomos ao mercado financeiro para resolver o problema, a solução foi interna, melhorando a gestão, potencializando as oportunidades e usando a força da marca. Quando saiu a informação do problema no fundo, tínhamos 406 mil clientes, chegamos aos 420 mil, mesmo retirando da carteira contratos deficitários. Claro que trabalhamos muito para que os recursos do fundo voltem, seria um balão de oxigênio gigantesco, mas, se não vier, a vida da Unimed está resolvida. Importante dizer que uma parte dos recursos foram remarcados, estamos falando do retorno de algo perto de R$ 140 milhões.
Tudo bem, mas, se o dinheiro não entrar, haverá desdobramentos...
Dejair Cordeiro: Sim, se não entrar, vamos fechar o exercício de 2023 no negativo, afinal, vamos perder esses ativos que estão lá, aí temos os desdobramentos que já estão sendo trabalhados dentro da cooperativa. O mais simples seria fazer um rateio entre os cooperados. Podemos também lançar mão de uma série de reservas e provisionamentos que nós temos para cobrir o rombo sem danos para o cooperado. O maior objetivo dessa gestão é que o cooperado não receba esse reflexo.
Vocês estão relatando um cenário financeiro que era muito ruim, no começo de 2023, e que acabou sendo contornado mesmo se a Unimed não receber os recursos do Infinity, que é o pior cenário. Como foi possível?
Importante dizer que não foi via reajuste de planos. A média do mercado ficou em 25%, a nossa ficou em 18,15%, para suprir a sinistralidade, que é uma obrigação nossa. O que de fato mudou foi a gestão: diminuição das despesas administrativas, das despesas operacionais, ampliação da carteira de clientes, combate às fraudes... Foram mais de 300 iniciativas no decorrer de 2023, é muito trabalho e busca por oportunidades.
E os investimentos? Vocês já anunciaram a intenção de ampliar o Hospital Unimed, em Vitória, de ter mais presença na Serra... Como está o planejamento?
Vamos manter os investimentos com os pés no chão. Temos aportes relevantes em unidades novas para o tratamento do autismo e de oncologia. Na Serra, vamos inaugurar, agora no primeiro semestre, uma unidade avançada, com atendimento 24h e parque de diagnóstico. Para o segundo semestre, a ideia é termos seis salas de cirurgia e 27 apartamentos. É um chamado hospital-dia, com assistência intermediária. O investimento total fica na casa dos R$ 150 milhões. No Hospital Unimed, em Vitória, temos um projeto grande, que envolve todos aqueles terrenos no entorno, mas, no curtíssimo prazo, vamos reformar toda a área do estacionamento, ampliando o espaço e o número de vagas. Até o final do ano, esperamos iniciar a primeira das três torres que faremos ali, trazendo grande parte de nossos serviços para aquele local. O cliente vai chegar e se resolver ali dentro.
Depois de dez meses à frente da Unimed, com crise e tudo, o que o senhor tem a dizer aos cooperados e aos clientes da Unimed Vitória?
Baseado no que fizemos em 2023, teremos um bom 2024 para os cooperados e para os usuários. Estamos canalizando esforços para aumentar os honorários médicos. Com o médico satisfeito, o cliente fica satisfeito. Aumentar o valor da consulta é um desafio nosso para 2024, também queremos corrigir os plantões a um patamar superior ao ofertado por qualquer outra operadora. Queremos estar cada vez mais robustos, vamos seguir crescendo a carteira, ofertando cada vez mais oportunidades de atendimento para a clientela e, claro, para dar conta disso tudo, investindo. Importante dizer aos nossos clientes que vamos intensificar a busca por um melhor atendimento, mais acolhimento e mais entregas. Estamos comprometidos com tudo isso.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
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STJ: plano de saúde não pode recusar cliente por estar negativado
Os planos de saúde não podem negar a assinatura de contrato com cliente sob a justificativa de que o mesmo possui o nome negativado em serviços de proteção de crédito e cadastro de inadimplentes, por débito anterior ao pedido de contratação, decidiu o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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O tema foi julgado no fim do ano passado pela Terceira Turma do STJ, que por maioria de votos obrigou a Unimed dos Vales de Taquari e Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, a firmar contrato com uma cliente.
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Prevaleceu ao final o entendimento do ministro Moura Ribeiro, para quem negar o direito à contratação de serviços essenciais, como a prestação de assistência à saúde, por motivo de negativação de nome constitui afronta à dignidade da pessoa e é incompatível princípios do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
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O ministro frisou que o Código Civil prevê que a liberdade de contratação está limitada pela função social do contrato, algo maior do que a mera vontade das partes. Em seu voto, ele escreveu ainda que não se sabe o motivo pelo qual a cliente teve o nome negativado e que não é justa causa para a recusa de contratação "o simples temor, ou presunção indigesta, de futura e incerta inadimplência".
"O fato de o consumidor registrar negativação passada não significa que vá também deixar de pagar aquisições futuras", afirmou Ribeiro. Ele acrescentou que "a contratação de serviços essenciais não mais pode ser vista pelo prisma individualista ou de utilidade do contratante, mas pelo sentido ou função social que tem na comunidade".
Ficou vencida no caso a relatora do tema, ministra Nancy Andrighy. Para ela, as regras que regem a contratação de planos de saúde não preveem "obrigação de a operadora contratar com quem apresenta restrição de crédito, a evidenciar possível incapacidade financeira para arcar com a contraprestação devida".
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7 MINUTOS
Hapvida NotreDame é investigada por se negar a cumprir liminares
Maior empresa de planos de saúde do País, o grupo Hapvida NotreDame é acusado de descumprir sistematicamente decisões judiciais favoráveis aos seus beneficiários, que, mesmo com liminares na mão, não conseguem acesso a tratamentos para doenças graves, como câncer.
Há casos de pacientes que, segundo familiares, morreram após a recusa da empresa em oferecer tratamento de urgência que havia sido prescrito pelo médico e garantido pela Justiça. Com quase 9 milhões de clientes, distribuídos entre Hapvida, NotreDame e outras operadoras menores pertencentes ao grupo, a companhia é, hoje, responsável pela saúde de um em cada seis brasileiros que têm convênio médico.
Um levantamento feito pelo Estadão nos processos do Foro Central Cível, o maior da cidade de São Paulo, encontrou mais de cem casos de descumprimento somente nos últimos oito meses e descobriu que a situação levou à abertura de investigações pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP).
Em decisões às quais a reportagem teve acesso, magistrados afirmam que os descumprimentos por parte da empresa "vêm se tornando rotineiros" e dizem que o grupo empresarial "dá de ombros" à Justiça de forma sistemática e faz "ouvidos moucos" às determinações judiciais. Diante do cenário, juízes vem determinando aumento de multas, bloqueio judicial de valores e abertura de inquéritos contra a companhia pelo crime de desobediência, que pode ser punido até com a detenção de diretores da empresa.
Questionada, a empresa diz que respeita o Poder Judiciário e negou que venha descumprindo de forma sistemática as decisões judiciais. Argumentou ainda que apenas "exerce de forma ampla seu direito de defesa". A operadora também comentou os casos concretos apresentados pela reportagem e disse que "as pacientes citadas estão com seus respectivos casos em solução" ( sobre o posicionamento da empresa abaixo).
Embora haja registro de descumprimentos pontuais de decisões também por parte de outras operadoras, o comportamento do grupo Hapvida NotreDame passou a chamar a atenção de advogados e juízes no último ano, quando o desrespeito às ordens judiciais deixou de ser esporádico e virou corriqueiro, conforme relatado por magistrados em suas decisões (veja abaixo).
Veja trechos de decisões
Juízes relatam resistência do grupo Hapvida NotreDame em cumprir ordens judiciais. Leia abaixo manifestações dos magistrados em processos contra as duas operadoras (elas são citadas em alguns casos como 'ré' ou 'requerida')
Em escritórios de advocacia consultados pela reportagem, o índice de descumprimento de liminares por parte da Hapvida e NotreDame também destoa do das demais empresas: 63% a 100% das liminares obtidas em 2023 contra o grupo foram descumpridas, segundo advogados ouvidos.
Nos processos contra outros grandes convênios médicos, esse percentual ficou em torno de 20% a 30%. A Promotoria do Consumidor, que abriu investigação após receber manifestações de juízes e clientes relatando os descumprimentos, disse ser a primeira vez que recebe tamanho volume de comunicações sobre desrespeito a ordens judiciais por parte de uma operadora.
O aumento dos casos de descumprimento ocorreu após a fusão das operadoras Hapvida e NotreDame Intermédica, em 2022, e coincide com o período em que a companhia enfrentava situação financeira desfavorável e pressão dos investidores pela redução de custos e da sinistralidade, que é o percentual de gastos assistenciais sobre o valor arrecadado com as mensalidades.
Na comparação com outros grandes planos de saúde, a empresa também foi a que registrou os maiores aumentos no número de ações judiciais no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e de reclamações junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos últimos anos. O volume de queixas contra a NotreDame na ANS por problemas relacionados à cobertura de tratamentos cresceu 422% entre 2019 e 2023, contra alta de 193% no total de reclamações contra planos de saúde.
O Estadão analisou centenas de processos disponíveis no portal e-SAJ, do Tribunal de Justiça paulista, e ouviu dezenas de fontes, entre beneficiários, advogados e membros do Poder Judiciário. O TJ-SP disse não ter como levantar o número exato de descumprimentos, mas a apuração feita pela reportagem em uma amostra de processos públicos do Foro Central Cível (Fórum João Mendes Jr.) encontrou ao menos 126 casos de descumprimento por parte da NotreDame desde maio, com um aumento de registros nos últimos meses. Em julho, foram dez casos de desrespeito. Em novembro, esse número passou para 28.
Magistrados diretamente envolvidos nos julgamentos não concederam entrevista porque são impedidos de se manifestar sobre os processos nos quais atuam. Nos autos analisados pela reportagem, porém, juízes confirmam que os descumprimentos vem se tornando cada vez mais frequentes pelo grupo Hapvida Notredame, acusam a empresa de "má-fé", "inércia", "indiferença" e "desapreço pela vida do paciente" e caracterizam o comportamento das duas operadoras como "abusivo" e "reprovável".
"Colegas que atuam nessa área disseram que estão recebendo mais processos da NotreDame e Hapvida e que está tendo muita incidência de descumprimento. Não temos números específicos, mas a gente percebe quando uma situação rara e excepcional vai se tornando reiterada", disse ao Estadão a desembargadora Maria Lúcia Pizzotti, coordenadora do Núcleo de Mediação (Nupemec) do TJ-SP, que está à frente de um recém-lançado projeto de conciliação entre empresas e clientes de planos de saúde.
Na maioria dos casos de descumprimento encontrados pela reportagem, a empresa apenas ignora a decisão do magistrado e não age mesmo após transcorrido o prazo máximo para cumprimento. Em outros processos, ela entra com recurso, mas, mesmo nesses casos, a lei prevê que ela deveria acatar a liminar por tratar-se de uma demanda urgente - o recurso é analisado apenas na discussão do mérito do processo.
Empresa 'dá de ombros' à Justiça, diz magistrado
Em um dos processos, no qual a NotreDame já acumulava dois meses de descumprimento de uma decisão que determinava a oferta de tratamento para um paciente com câncer na língua, a juíza Ana Laura Correa Rodrigues, do Foro Central Cível, afirma "que a resistência da NotreDame quanto ao cumprimento das determinações judiciais é evento rotineiro. Em outro processo do mesmo foro, no qual a operadora se negava a cumprir determinação para oferta de tratamento psiquiátrico, a juíza Luciana Biagio Laquimia diz que a recalcitrância (desobediência) incondicional da ré já foi observada recentemente em outros processos.
Juízes de fora da capital também vêm relatando em seus despachos conduta semelhante por parte da empresa. Em uma ação no Foro de São Bernardo do Campo, no qual a NotreDame acumulava atraso de quatro meses no cumprimento da decisão que a obrigava a oferecer exame diagnóstico a um paciente com suspeita de câncer, o juiz Mauricio Tini Garcia caracteriza a conduta da empresa como um "dar de ombros sistemático da ré" às ordens judiciais.
Em outro processo, este movido contra a Hapvida no Foro de Ribeirão Preto e no qual a empresa se negava a cumprir a decisão de realizar uma cirurgia de vesícula de urgência, o juiz Francisco Camara Marques Pereira destacou que a empresa "vem fazendo ouvidos moucos à decisão da Justiça" e que o descumprimento de decisões judiciais pela companhia "vem se tornando corriqueiro". Neste último caso, a paciente, a dona de casa Matildes Ramos, de 60 anos, acabou morrendo de infecção generalizada após a operadora resistir por 28 dias em cumprir a ordem judicial ( sobre a história de Matildes aqui).
Juízes reclamam de descumprimentos
Magistrados dizem que empresa "dá de ombros" e faz "ouvidos moucos" para a Justiça. Veja abaixo manifestações dos magistrados em processos contra as duas operadoras (elas são citadas em alguns casos como 'ré' ou 'requerida')
Questionada, o grupo Hapvida NotreDame afirmou que preza pelo respeito, confiança e deferência às instituições do país, não sendo diferente com o Poder Judiciário, disse ter, acima de tudo, compromisso com a vida e refutou "qualquer alegação de prática deliberada de descumprimento às decisões judiciais. A empresa disse que "exerce de forma ampla seu direito de defesa, dentro dos limites e regras processuais previstas, sempre com a premissa de buscar uma solução mais justa para os litígios, i nclusive com pedidos de perícias, tendo em vista a legítima preocupação com a sustentabilidade e perenidade da prestação de serviços.
A desembargadora Maria Lúcia Pizzotti, do TJ-SP, esclarece, no entanto, que a possibilidade de a empresa se defender e entrar com recurso não a exime de cumprir a liminar.
Quando o julgador do processo diz 'cumpra-se', tem que cumprir e, passado o prazo dado, a empresa já fica em situação de descumprimento. Caber recurso sempre cabe, mas quase nunca isso dá efeito suspensivo (da liminar). Então a empresa pode até discutir no tribunal (segunda instância), mas a decisão liminar continua valendo e deve ser cumprida, diz a magistrada.
Tal regra é mencionada em decisões judiciais contra a NotreDame.
Num dos despachos, a juíza Ana Laura Correa Rodrigues, do Foro Central Cível, esclarece que a mera interposição de agravo (recurso) não autoriza o descumprimento da liminar, uma vez que a decisão está mantida e não há, nos autos, "atribuição de efeitos suspensivos da liminar concedida.
A conduta da operadora é criticada pelos magistrados.
Ressalto que, desde o início do processo, a requerida tem apresentado comportamento extremamente reprovável e em desconformidade com a lisura processual, disse, nos autos, a juíza Isabela Canesin Dourado Figueiredo Costa, também do Foro Central Cível.
Questionada novamente sobre as manifestações dos juízes,
a companhia voltou a afirmar que não há prática deliberada de descumprimento de decisões e justificou que o setor de saúde suplementar vem enfrentando uma crescente judicialização", recurso que, na visão da empresa, vem sendo utilizado antes mesmo de uma conciliação pelos canais das operadoras e da ANS e que, em alguns casos, "envolvem fraudes e solicitações de coberturas não contratadas. Essa judicialização gera um prejuízo para toda a população, refletindo, por exemplo, em reajustes nos planos de saúde de todos os clientes, argumentou.
Disse ainda que, diante do cenário, é necessária "atuação responsável e equilibrada para garantir a continuidade da nossa missão, que consiste em dar acesso à saúde para os brasileiros, com valores acessíveis, tendo como premissas a segurança e o cumprimento das normativas" da ANS.
Ainda sobre os descumprimentos, disse que "embora indesejadas, em algumas situações, acontecem intercorrências na operacionalização do cumprimento das decisões, conforme as peculiaridades de cada caso, muitas vezes em face do prazo concedido e por envolver terceiros.
Sobre o caso da paciente Matildes Ramos,
a empresa diz que, após o recebimento da decisão judicial, ela foi atendida com quadro estável em pronto-socorro e internada e que, após a realização da cirurgia, a usuária recebeu alta hospitalar. Segundo documentos juntados ao processo, as informações não conferem. A idosa só recebeu atendimento depois de o juiz aumentar a multa por descumprimento duas vezes e porque procurou um pronto-socorro. A cirurgia feita não foi a de remoção da vesícula, mas, sim, a colocação de um cateter para desobstrução das vias biliares - o que nem sempre resolve o problema.
NotreDame é investigada pelo Ministério Público nas esferas cível e criminal
O crescente número de decisões não cumpridas pela Hapvida NotreDame chegou à Promotoria de Defesa do Consumidor do MPE-SP, que abriu uma investigação preliminar em julho de 2023 a partir de uma denúncia de um paciente com câncer que apresentou o caso dele e de outros beneficiários prejudicados pelos descumprimentos da NotreDame. A partir de então, começaram a chegar ofícios também do Poder Judiciário comunicando reiterados descumprimentos.
De uma forma praticamente inédita, começamos a receber notícias de descumprimento judicial e só da NotreDame. O que é relevante para a Promotoria é investigar as causas desse comportamento. Se a protelação do cumprimento for disseminada, é muito grave, diz Cesar Ricardo Martins, promotor de Justiça do Consumidor.
A partir da apuração preliminar, o promotor decidiu instaurar inquérito civil no último dia 12 para investigar as negativas de cobertura e desrespeito às decisões judiciais por parte do grupo empresarial.
Ele conta que, desde julho, quando iniciou a apuração preliminar, solicitou por duas vezes esclarecimentos à Hapvida NotreDame, mas afirma que a empresa não respondeu até agora.
No documento de instauração do inquérito, o promotor diz que em breve levantamento de processos judiciais, foi possível verificar que, mesmo nos casos em que há decisão proferindo tutela antecipada (liminar), não há o cumprimento por parte da averiguada. Entre 80 processos verificados pela Promotoria, nenhum havia tido a decisão cumprida.
O levantamento de casos apresentados ao MPE-SP e que deu origem à investigação foi feito pelo advogado Thiago Gomes de Araujo Silva, filho de uma paciente com câncer da NotreDame que, inconformado com o descumprimento judicial no caso de sua mãe, levantou outros processos no site do TJ-SP.
Falava com outros pacientes e percebi que estavam com o mesmo problema, então, num rápido levantamento, encontrei 80 casos de descumprimento e protocolei uma notícia de fato ao MP, conta.
Ele diz ter encontrado dois casos em que as pacientes morreram sem que a decisão tivesse sido cumprida.
De acordo com a Promotoria, após a conclusão do inquérito, se ficar comprovado o descumprimento sistemático de decisões judiciais, o promotor poderá propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ou mover uma ação civil pública contra a companhia.
Os casos de descumprimento também foram encaminhados ao MPE-SP para providências no âmbito criminal, dado que o não cumprimento de decisão judicial pode ser classificado como crime de desobediência. Somente a Promotoria do Juizado Especial Criminal (Jecrim) já instaurou 11 inquéritos entre 2022 e 2023 para investigar o crime de desobediência por parte da NotreDame. A infração pode ser punida com multa e até seis meses de detenção para diretores da companhia.
Questionada sobre as investigações e sobre o motivo de não ter prestado informações à Promotoria, a companhia disse inicialmente que não identificou que tenha sido cientificada, mas adotará as providências necessárias. Em posicionamento enviado posteriormente, a empresa afirmou que está diligenciando acesso aos autos para prestar os esclarecimentos necessários.
Encaminhar o caso para que o MPE-SP investigue crime de desobediência tem sido uma das estratégias tentadas pelos magistrados para coibir os reiterados descumprimentos. Nos autos analisados, a reportagem verificou que eles também têm apelado cada vez mais para o aumento do valor da multa por descumprimento e bloqueio judicial do valor do tratamento. Há casos também de aplicação de multa contra a empresa por ato atentatório à dignidade da Justiça e litigância de má-fé.
Ainda assim, dizem advogados, nem sempre as medidas têm surtido efeito. As multas são muitas vezes inferiores aos valores dos tratamentos e só precisam ser pagas após o julgamento do mérito da ação, o que faz a empresa "ganhar tempo" caso queira adiar o cumprimento.
Índice de descumprimentos chega a 100% em escritórios de advocacia
Entre os advogados ouvidos pela reportagem, o índice de descumprimento de liminares por parte da Hapvida NotreDame ficou entre 63% e 100% em 2023, segundo levantamento feito por eles a pedido da reportagem.
Não estão cumprindo mais nada, só cumprem quando o juiz determina o bloqueio judicial do valor ou quando o caso ganha repercussão, diz o advogado Mario Vechiatto Neto, especializado em direito do consumidor e que já moveu 16 processos contra a NotreDame. Todos eles tiveram descumprimento ou atraso no cumprimento, conta.
Um dos casos que foi cumprido parcialmente somente após ampla repercussão na internet foi o da estudante de medicina Maria Paula Sabbion, de 23 anos. Diagnosticada com linfoma de Hodgkin em 2022, ela teve que entrar com um pedido de liminar para que a NotreDame arcasse com as 16 sessões de quimioterapia recomendadas pelo médico. O juiz deferiu o pedido em 1º de novembro para cumprimento em até cinco dias, mas, até o dia 16/11, a empresa seguia ignorando a decisão, o que levou a jovem a publicar um vídeo denunciando a situação em suas contas no Instagram e TikTok.
O vídeo teve mais de um milhão de visualizações. No dia seguinte à publicação, a operadora liberou três das 16 sessões necessárias, as quais já foram realizadas. Antes de autorizar os demais ciclos quimioterápicos, a operadora exigiu que ela passasse por exames. Ela fez os testes e agora aguarda autorização da quarta sessão, que está prevista para o dia 24. Em dezembro, a paciente disse ao Estadão que temia a demora para fazer o exame, receber o resultado e abrir outro protocolo solicitando mais medicação. "Isso pode interromper o tratamento por pelo menos dois meses."
A empresária Juliana Martins da Silva, de 45 anos, viveu drama semelhante. Depois de um ano e meio tratando um mieloma múltiplo, ela deveria começar a tomar diariamente uma medicação de manutenção para que a doença permaneça em remissão. A NotreDame negou o tratamento, a paciente entrou na Justiça e teve decisão judicial favorável em agosto, mas só recebeu a medicação em outubro e em quantidade que durou somente até o dia 14 de novembro.
Pensei que, com uma multa (definida pela Justiça), não iriam atrasar a entrega. Já se passaram duas semanas e nada. Para nós, pacientes oncológicos, um mês no atraso do tratamento pode representar a diferença entre a vida e a morte, disse ela ao Estadão no fim de novembro.
Somente após a reportagem contatar a empresa pedindo um posicionamento, no dia 8 de dezembro, o fornecimento do medicamento foi normalizado.
Parte considerável das ordens judiciais descumpridas são de pacientes com câncer, mas o Estadão encontrou registros de desrespeito em casos de cirurgias, exames e terapias, como o tratamento de crianças com autismo.
A advogada Camilla Varella, sócia do Varella Guimarães Advogados, atende um grande número de pacientes com essa condição e relata que, das 27 liminares obtidas contra a NotreDame em 2023, 17 tiveram descumprimento.
Claramente no último ano houve uma piora, a gente entra com pedidos de aumento de multa, de bloqueio e eles fazem de conta que não é com eles. Enquanto isso, essas crianças, que já têm um desenvolvimento atípico, retroagem , diz a advogada.
Especialista em direito médico, a advogada Larissa Nascimento diz que a operadora tem feito de tudo para dificultar a oferta dos tratamentos. Ela ingressou com uma ação em nome de uma paciente com câncer metastático e teve dificuldades até para notificar a operadora, que não cumpriu a ordem judicial.
Ela entrou, então, com pedido de bloqueio do valor do tratamento. Hoje, a cada mês, a advogada pede o desbloqueio parcial em favor da cliente para que ela possa custear o tratamento.
O escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde, viu o índice de descumprimentos triplicar por parte das operadoras do grupo no último ano. Das 22 liminares obtidas pelo escritório a favor dos pacientes em 2023, 15 foram descumpridas. No ano passado, haviam sido 18 pedidos de liminares concedidos e apenas quatro descumprimentos. O índice de desobediência, portanto, passou de 26% para 68% no período e, segundo o escritório, até liminares de casos de 2022 que estavam sendo respeitadas passaram a ser descumpridas em 2023.
O descumprimento de decisões sempre foi um problema, mas, em 2023, se intensificou, diz Marcos Patullo, sócio do Vilhena Silva. Em relação aos casos das pacientes citadas, a operadora informou que as decisões estão sendo cumpridas e que as pacientes estão com seus casos em solução e recebendo assistência e acolhimento.
Sobre a paciente Maria Paula, a empresa alega que não houve descumprimento de liminar. "Após fazer um transplante de medula óssea, foi indicada continuidade de terapia oncológica, que foi autorizada pela operadora", diz. Procurada novamente pela reportagem, a paciente apresentou os documentos que comprovam o descumprimento. Como já mencionado, a operadora ignorou a ordem judicial por mais de uma semana e as terapias só foram oferecidas após o vídeo da paciente viralizar nas redes sociais.
Já sobre a paciente Juliana, a empresa alega que a medicação solicitada pelo médico de fora da rede está autorizada e que a demora no fornecimento do medicamento se deu por conta de uma divergência médica que se encontra solucionada.
A paciente diz que só voltou a receber os remédios no dia 8 de dezembro, após a reportagem do Estadão entrar em contato com a companhia.
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FOLHA.COM
Opinião - Ligia Bahia e Mário Scheffer: Planos de saúde, puxadores da inflação
O ano de 2024 começou com o prenúncio dos planos de saúde de que virão por aí aumentos exorbitantes das mensalidades de seus clientes. Surpreende a ousadia da pretensão e a insistência de emplacar na mídia a versão de que a assistência médica suplementar está em crise.
Consultorias a serviço das operadoras projetam reajustes de 25% em média para 2024, o que poderá afetar 41,9 milhões de pessoas ligadas a planos corporativos, de adesão ou contratados por pequenas e médias empresas. Seguirão, nos próximos meses, negociações do tipo "no mínimo 20%".
Os planos individuais, que representam apenas 17% dos contratos, já receberam o aceno amigo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que deve repetir a bordoada de 2023, em torno de 15%.
No ano passado, com o argumento de maior uso de serviços de saúde no pós-pandemia, os planos praticaram aumentos de dois dígitos, inclusive em contratos coletivos, o que pesou no bolso de clientes e empregadores. Na indústria, a compra de planos de saúde para 10,8 milhões de trabalhadores já representa 14% da folha de pagamento, cerca de 20% a mais do que consumia em 2012.
Em situação crítica estão também os autônomos que têm plano de saúde MEI, e os indivíduos, famílias ou donos de pequenos negócios que adquiriram planos mediante um CNPJ, os "pejotinhas". Neste ano, estarão sujeitos a rescisões imotivadas e aumentos maiores que o permitido aos planos individuais. Em todos os casos, o reajuste no aniversário do contrato poderá se sobrepor aos aumentos por mudança de faixa etária.
Índices sempre superiores à inflação transformam o pagamento de planos de saúde em um grande tormento.
A troca de plano se tornou frequente. Correr para outra operadora ou permanecer na mesma, porém com redução de escolhas e coberturas, passou a ser estratégia tácita de acomodação. Se isso responde às necessidades de saúde dos empurrados para menores garantias assistenciais é uma pergunta ainda em aberto.
Por um lado, a contratação de novos planos cresceu (1,9% entre 2022 e 2023) e, por outro, explodiram reclamações (aumento de cerca de 70% no mesmo ano) sobre atendimentos negados, longo tempo de espera, mensalidades impagáveis, descredenciamento de prestadores e dificuldades com reembolsos.
Incrementos nos negócios, da venda recente da Amil ao patrocínio de clubes e arenas, correm ao lado da crescente insatisfação dos usuários. A pujança do setor não corresponde às expectativas de boa saúde, de uma população que envelhece e de pessoas com deficiências.
Empresas do setor alegam o aprofundamento do desequilíbrio entre despesas e receitas. É dito, aqui e ali, que as margens de retorno e o valor de ações não estão lá essas coisas.
A falta de transparência de dados é marca registrada desse segmento, que pouco revela seu real desempenho, oculta subsídios públicos e insiste em um modelo de precificação rudimentar.
Não existem informações se o alegado prejuízo decorre da falta de pessoas de classe média alta que aceitam pagar mais de R$ 5.000 por mês, do excesso de gente pendurada em planos relativamente mais baratos, da existência de doentes crônicos em condições de alta gravidade ou de crianças que requerem atenção continuada.
Não é mais possível ignorar a necessidade de parâmetros confiáveis para regulamentar um mercado propositalmente heterogêneo. Adotar despesas médicas como referencial exclusivo para fixar índices na saúde turbina preços na economia. Em 2023, os planos de saúde mais uma vez estiveram no topo dos itens que responderam por maior impacto no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Ao iniciar o ano arrotando números que inflacionam, empresários de planos de saúde sabotam os esforços colaborativos de segurar as pontas dos gastos para que o país recupere crescimento com desenvolvimento social e ambiental.
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PORTAL TRIBUNA DO NORTE
Tecnologia monitora sinais vitais de pacientes de forma automática
Uma tecnologia intitulada como Central Actionable HealthCare - Central de monitoramento inteligente de pacientes críticos é capaz de monitorar os sinais vitais e funcionais do paciente. A ideia unifica etapas que, atualmente, são feitas manualmente pelos profissionais da saúde. Para se tornar uma empresa e entregar tanto esses monitoramentos quanto também dados estratégicos para a instituição de saúde, a ferramenta vai ganhar incentivos financeiros de R$ 5 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O projeto é conduzido pelo professor do Instituto Metrópole Digital (IMD), Itamir Barroca. Segundo o docente, ele criou os componentes de software que eram capazes de ler dados de monitoramento, processá-los na base de dados e operar com diferentes equipamentos, além de apresentar painéis mais inteligentes. "Durante o meu doutorado o uso da internet era muito alto e a saúde sempre foi muito carente de tecnologias para auxiliar tanto no acompanhamento, como no tratamento profissionalizado. Também sempre teve uma necessidade desse processo de hospitalização na demanda por recursos hospitalares. Por isso, eu entendi que essa solução poderia trazer benefícios. Então quanto mais tecnologias para esses ambientes críticos, melhor é para haver uma boa gestão, controle de custo e tratamento", explica.
O professor conta que com a criação da empresa Healthcare Artificial Intelligence (HAI), haverá investimento no desenvolvimento da plataforma utilizada. "A ferramenta será uma personalidade personalizada para esses pacientes, facilitando até a melhora dele como um todo. Então, esse foi o intuito do desenvolvimento da tecnologia que de fato me motivou nessa criação", finaliza.
O monitoramento que a ferramenta faz tem dois focos principais: um é o tratamento personalizado com protocolos específicos, direcionamento, base de diagnóstico e a necessidade do paciente. Esse monitoramento é constante e com ele é possível classificar o risco do paciente crítico durante a internação. Outra possibilidade é a estimativa de tempo de internação. "Essa aplicação consegue monitorar os pacientes e fazer algumas recomendações. a ideia é que essa ferramenta no futuro seja capaz de recomendar ações da equipe médica para o paciente. Para essa empresa, a expectativa é que ela expanda com mais inteligência artificial. Isso vai ser possível com as informações disponíveis no prontuário eletrônico e nos exames", diz Itamir.
Dessa forma, os dados serão cruzados para melhorar a eficiência das informações e assim, seja possível utilizar as melhores técnicas com o objetivo de auxiliar o caso clínico. "Essa central de monitoramento tem impacto tanto em relação à qualidade do tratamento da pessoa em estágio crítico como também no controle e acompanhamento dos cursos pelo hospital. A nossa pretensão com esse projeto é possibilitar o acompanhamento do estado do paciente sob uma ótica completa, inclusive verificando prontuários eletrônicos, exames e sinais vitais, para introduzir, nesse processo, os conceitos de IA e Aprendizado de Máquina", finaliza.
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A REDAÇÃO
Postos de saúde registram falta de vacina contra catapora em Goiás
Goianos, assim como moradores de estados de outras quatro regiões do Brasil, têm encontrado dificuldades na hora de tomar a vacina contra a catapora. Isso porque o Ministério da Saúde (MS) vem enviando, desde maio de 2023, o imunizante de forma fracionada. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) nesta quinta-feira (18/1).
O imunizante está previsto no calendário do programa nacional de vacinação. A primeira dose deve ocorrer quando a criança tem 1 ano e 3 meses e o reforço aos 4 anos de idade.
Segundo a SES, inclusive, em agosto, setembro e novembro, não houve envio do imunizante por parte do Ministério. A última remessa, com 5 mil doses, foi recebida no início de dezembro de 2023. O que se sabe até agora é que 12 mil doses da vacina devem chegar a Goiás até dia 31 de janeiro.
Nova composição
Em nota, o Ministério da Saúde explicou que, em março de 2023, a Anvisa determinou a suspensão do fornecimento da vacina varicela para avaliação da nova composição do imunizante, que seguiu decisão adotada pela agência europeia de medicamentos e que, depois de um rigoroso estudo de qualidade a vacina, a vacina foi liberada, em julho.
O Ministério afirmou ainda que a interrupção ocasionou atraso no abastecimento global, o que resultou no desabastecimento em alguns estados, que em dezembro de 2023 o Ministério da Saúde recebeu 1 milhão de doses, que até o final de janeiro a Pasta irá distribuir 554 mil doses para os estados e que, entre julho a dezembro de 2023, já havia distribuído 981.868 doses para os estados.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Artigo - Saúde suplementar em momento de reorganização
Diretora da Chemical Risk analisa nova lista de doenças ocupacionais
Vacina contra dengue ainda não tem data para chegar em Goiás, diz SES
Prefeitura reforça alerta sobre risco de casos de dengue no período chuvoso
Caiado passa por procedimento cirúrgico em São Paulo
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STF afasta vínculo de emprego de médica contratada como PJ por casa de saúde
Cade autoriza venda da Amil pelo United Health Group
CORREIO BRAZILIENSE
Artigo - Saúde suplementar em momento de reorganização
Vera Valente - diretora executiva da FenaSaúde
A saúde suplementar brasileira vive momento de reorganização, que deriva de efeitos dramáticos sobre os custos assistenciais que vêm desde a pandemia. Enquanto, de um lado, vemos o número de associados aos planos de saúde crescer continuamente, de outro, os resultados econômico-financeiros permanecem preocupantes. Mais que nunca, mostram-se necessárias mudanças agudas na cadeia de prestação de serviços de saúde privados, de forma a reavivar a sustentabilidade do setor.
Em 2023, as operadoras de planos de saúde privados tiveram mais um ano positivo em termos de crescimento do mercado. Assim tem sido desde a pandemia, com mais brasileiros buscando a segurança e a qualidade oferecidas pelo sistema de saúde suplementar. O ano registrou o maior patamar de beneficiários da história, com cerca de 51 milhões de usuários cobertos por planos de assistência médica e mais de 32 milhões com planos exclusivamente odontológicos (os números definitivos só são divulgados em fevereiro).
Em contraste com a expansão do número de beneficiários, os resultados econômico-financeiros mantiveram-se tímidos em 2023. Até o terceiro trimestre, dado oficial mais recente, as operadoras de planos médico-hospitalares registraram lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 3,4 bilhões em igual período de 2023. O resultado pode, à primeira vista, até parecer robusto, mas equivale a apenas 1,3% do total das receitas obtidas com contraprestações (mensalidades) pelas operadoras, o que evidencia a estreitíssima margem de lucro com que o setor tem trabalhado.
Mais preocupante são os resultados operacionais - ou seja, aqueles decorrentes do negócio de planos de saúde propriamente dito. Até o terceiro trimestre, houve novo prejuízo operacional, desta vez de R$ 6,3 bilhões. Assim tem sido, de forma praticamente ininterrupta, desde o segundo trimestre de 2021: de 10 trimestres, nove tiveram resultados negativos, acumulando rombo de R$ 20,8 bilhões até agora.
Segue, portanto, consolidando-se um modelo de negócio em que resultados operacionais muito fracos são atenuados por resultados financeiros mais expressivos, vindos, sobretudo, dos ganhos com a aplicação financeira das provisões das operadoras. Tal dependência preocupa o setor, particularmente em cenário de queda das taxas de juros que remuneram as reservas - entre aplicações garantidoras e livres, a soma, hoje, é de R$ 107 bilhões.
Diante dessa situação, os planos têm procurado reorganizar-se, buscando mensalidades mais sustentáveis, capazes de fazer frente à alta das despesas assistenciais dos beneficiários e, ainda, fazendo ajustes de custos na gestão das operações. Numa situação assim, medidas que resguardem o caixa das operadoras se fazem necessárias, ou melhor, obrigatórias, a bem de toda a cadeia de prestação de serviços de saúde privada, profundamente dependente da remuneração paga regularmente pelos planos.
É o que as operadoras têm feito, por exemplo, ao examinar melhor gastos que podem ser indevidos ou superfaturados e atuar para aperfeiçoar a gestão dos recursos. E, também, ao dedicar enormes esforços para combater fraudes e diminuir desperdícios, numa cruzada que, felizmente, começa a envolver largas camadas da sociedade - segundo estudo recém-publicado pelo IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar), tais perdas equivalem a 12,7% das receitas totais da saúde suplementar.
As perspectivas para este ano de 2024 são de que, em termos de cobertura, o desempenho dos planos continue dependendo, como sempre dependeu, do comportamento da economia em geral e, mais especificamente, das condições do mercado de trabalho. Há uma correlação estreita entre emprego formal e desempenho dos planos coletivos empresariais, que correspondem a mais de 70% das contratações no país.
No campo econômico-financeiro, o maior desafio é a permanência do descompasso entre o aumento das obrigações dos planos impostas por novos regramentos legais e regulatórios - logo, resultando em mais despesas assistenciais - sem as receitas correspondentes. Em grande medida, a situação dos planos de saúde vem se deteriorando nos últimos tempos por causa de alterações de regras que não levaram em consideração seus respectivos impactos financeiros - como, por exemplo, a incorporação de novos e caríssimos medicamentos e o fim de limites de sessões para certos tipos de terapias.
Todos os elos da cadeia perdem com essa situação. As cerca de 700 operadoras de planos de saúde médico-hospitalares privados em atividade no país são a porta de entrada de um gigantesco sistema. São elas que efetuam, ao repassar quase 90% do que recebem de seus associados na forma de mensalidades, os pagamentos devidos aos prestadores pelos atendimentos ministrados aos pacientes: 83% das receitas dos principais hospitais privados e 61% da dos laboratórios provêm das transferências feitas pelos planos.
É sempre bom lembrar que a saúde suplementar permite a realização de aproximadamente 1,8 bilhão de procedimentos de saúde anuais, com a cobertura de mais de cerca de R$ 200 bilhões em despesas assistenciais realizadas em torno de 129 mil estabelecimentos de saúde. Movimentamos ao redor de 3% do PIB e constituímo-nos num dos principais empregadores do país, com quase 5 milhões de colaboradores, dos quais 420 mil são médicos que atendem o setor privado com exclusividade ou dividindo seu tempo com o SUS. É a sobrevivência de toda essa rede de assistência que ora está sob risco.
Também em função disso, as maiores preocupações do setor em relação a 2024 referem-se à garantia de um ambiente regulatório mais estável, que dê mais previsibilidade e segurança jurídica para o negócio de planos de saúde no país. Neste sentido, acompanhamos com especial atenção a evolução das discussões em torno da revisão do marco legal dos planos de saúde em marcha na Câmara dos Deputados, com regime de urgência estabelecido. É crucial uma reflexão conjunta da sociedade, com especial atenção das esferas governamentais, a começar pelo Ministério da Saúde, sobre a urgência e a gravidade da situação.
Nosso foco principal continua sendo ajudar a fazer com que mais brasileiros consigam ter um plano de saúde, seja com planos mais acessíveis, seja com regras mais competitivas ou com medidas que ajudem a conter a alta dos custos dos tratamentos de saúde - um desafio que não é apenas brasileiro, é mundial. Passos em falso podem determinar o fim da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje, com efeitos danosos também sobre a saúde pública, que, sem condições e sem orçamento, teria de absorver enorme demanda adicional. Não é disso que o país precisa.
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GAZETA DA SEMANA
Diretora da Chemical Risk analisa nova lista de doenças ocupacionais
O Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças relacionadas ao trabalho, que não era revisada desde 1999. A nova lista, que entrou em vigor no dia 29 de dezembro de 2023, incorpora 165 novas patologias, como Covid-19, burnout, abuso de drogas, tentativa de suicídio e diversos transtornos mentais. A medida visa auxiliar no diagnóstico, na prevenção e na assistência aos trabalhadores que sofrem com esses agravos.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais foram atendidos pelo SUS entre 2007 e 2022. A maior parte das notificações, 52,9%, foi relativa a acidentes de trabalho grave. O levantamento aponta ainda que 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico; 12,2%, devido a acidente com animais peçonhentos; e 3,7% por lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.
Para a toxicologista e especialista em segurança química, Camilla Colasso, diretora técnica da Chemical Risk, a atualização da lista é um avanço importante para a saúde pública e para a proteção dos direitos dos trabalhadores.
"A nova lista reconhece os riscos emergentes e as novas formas de adoecimento relacionadas ao trabalho, que muitas vezes são invisibilizadas ou subnotificadas. Além disso, ela amplia as possibilidades de afastamento e de estabilidade no emprego para os trabalhadores que sofrem com essas doenças, que podem ter consequências graves e irreversíveis para a sua qualidade de vida", afirma.
Camilla destaca que o ácido fluorídrico, um dos agentes químicos mais perigosos e corrosivos, foi incluído na nova lista como uma das causas de intoxicação aguda e crônica.
"O ácido fluorídrico é usado em diversos processos industriais e pode provocar danos severos aos tecidos, aos ossos e aos órgãos internos. Ele também pode causar câncer, alterações genéticas e problemas reprodutivos. É fundamental que os trabalhadores que lidam com esse produto tenham acesso a equipamentos de proteção adequados e a um atendimento médico especializado em caso de exposição", alerta.
A nova lista de doenças relacionadas ao trabalho atende toda a população trabalhadora, independentemente de ser urbana ou rural, ou da forma de inserção no mercado de trabalho, seja formal ou informal. Os ajustes já receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social.
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JORNAL OPÇÃO
Vacina contra dengue ainda não tem data para chegar em Goiás, diz SES
Primeiro lote terá 460 mil doses para todo o País
A vacina contra dengue, recém incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), ainda não tem data para chegar em Goiás, informou a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). O primeiro lote da Qdenga, com 460 mil doses para todo o País, deve atender o grupo prioritário de pessoas entre 6 e 16 anos de idade, além dos municípios com maior taxa de infecção.
No entanto, enquanto aguarda definição, o Estado foca em estratégias para combater o Aedes aegypti. A SES implantou a sala de situações para arboviroses como parte da estratégia de combate ao mosquito vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, durante o período chuvoso que iniciou em dezembro e segue até por volta do mês de fevereiro.
A sala de situação trabalha com reuniões semanais para elencar os municípios prioritários, onde deverão ser reforçadas as ações de combate ao vetor. O objetivo é ainda intensificar a testagem para as arboviroses no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) para garantir melhor panorama das doenças no Estado e preparar as equipes de saúde para as ações necessárias.
Escala reduzida
A Comissão Intergestores Tripartite (CIT) do Ministério da Saúde deve se reunir em 1º de fevereiro para definir a distribuição e estratégia de vacinação para o Brasil. O imunizante não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, pois, o laboratório fabricante, Takeda, tem uma capacidade restrita do fornecimento das doses. São esperadas, até novembro, 5 milhões de doses para todo o País.
A vacina é aplicada em duas doses.
A vacina Qdenga é aprovada para a prevenção da dengue em indivíduos na União Europeia (UE)/Espaço Econômico Europeu (EEE) — incluindo todos os Estados-Membros da UE e Irlanda do Norte, bem como países do EEA (Islândia, Liechtenstein, Noruega) e Grã-Bretanha.
Nesses países, a orientação é vacinar os viajantes para áreas endêmicas. Indonêsia e Tailândia também aprovaram o registro da vacina, assim como a Argentina, que ainda não incorporou o imunizante ao sistema de saúde local.
Cidades goianas não vão receber estratégia
Uma das estratégias adotadas pelo MS para conter a proliferação da dengue, zika e Chicungunha não deve ser implementada em Goiás. Conhecida como Wolbachia, a estratégia será levada para seis municípios brasileiros: Devem receber os mosquitos Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC).
A técnica, que consiste em distribuir mosquitos que não transmitem o vírus para tentar conter a doença, tem uma eficiência de 77% na redução da transmissão de casos. As ações iniciaram no Rio de Janeiro (RJ) e em Niterói (RJ), em uma área que abrange um milhão e 300 mil habitantes. Em Niterói, dados preliminares já apontam redução de até 77% dos casos de dengue e 60% de chikungunya nas áreas que receberam os Aedes aegypti com Wolbachia, quando comparado com áreas que não receberam.
Capacitações
Além do monitoramento e capacitações em vários municípios, a SES-GO realizou capacitação em ações de controle químico, nos dias 11 e 12 de dezembro, nos municípios da Regional Entorno Sul, incluindo a equipe de Águas Lindas de Goiás.
Também foram deslocadas duas equipes com quatro técnicos e equipamentos de nebulização UBV veicular da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) para realização de quatro ciclos de bloqueio químico no município, que começou no último dia 18 de dezembro e vai até 13 de janeiro. Um mecânico da Suvisa também foi enviado para instalação de equipamento de nebulização UBV veicular, adquirida por Águas Lindas, para reforço das ações de controle químico.
Uma equipe, composta por dez técnicos da Suvisa, foi enviada para realização das ações de manejo ambiental, para identificação e eliminação de criadouros em Águas Lindas de Goiás, com dois veículos tipo van para transporte das equipes de Regional Entorno Sul e do município para as atividades de manejo ambiental.
Em relação à assistência, a SES-GO também vai orientar os municípios na organização de espaços estratégicos e alternativos para atendimento, estabelecendo um fluxo bem definido para regular os casos graves.
Unidades como Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol), Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária (HDS) e Hospital Estadual de Jaraguá Dr. Sandino de Amorim (Heja) serão organizados para retaguarda de internação para dengue, deixando o HDT para os casos mais graves e complexos, além da disponibilização de uma equipe de telemedicina para apoiar os médicos das equipes de assistência.
Os dados da regulação, como solicitação de vagas com códigos relacionados a arboviroses, serão utilizados como indicadores e acompanhados diariamente, redirecionando as políticas como o envio de insumos e medicamento para municípios que mudarem sua categorização de risco.
Confira a nota na íntegra
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informa que aguarda a divulgação de nota técnica do Ministério da Saúde (MS) sobre a incorporação da vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Até agora, não há nenhuma definição sobre a distribuição, estratégias de vacinação, grupos e regiões prioritárias, entre outras informações, por parte do Ministério da Saúde. A previsão, de acordo com o que foi divulgado pelo diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, é de que todas essas definições aconteçam na próxima reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), no dia 1º de fevereiro.“
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A REDAÇÃO
Caiado passa por procedimento cirúrgico em São Paulo
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, passou por uma cirurgia a laser na manhã desta quarta-feira (17/1), em São Paulo (SP), para tratar de uma hiperplasia prostática benigna.
O procedimento foi realizado sem intercorrências no Hospital Vila Nova Star e é considerado de baixa complexidade. Ele foi conduzido pela equipe médica do urologista Dr. Rafael Coelho e pela cardiologista e intensivista, Dra. Ludhmila Hajjar.
A hiperplasia prostática é caracterizada pelo aumento do tamanho da próstata, condição comum em homens com mais de 50 anos. Segundo informações da Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo de Goiás, o governador está bem, consciente e orientado e deve continuar sob observação da equipe médica para acompanhamento da recuperação.
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Prefeitura reforça alerta sobre risco de casos de dengue no período chuvoso
A Prefeitura de Goiânia reforça o alerta sobre os riscos de aumento de casos de dengue durante a temporada de chuva. Ela também enfatiza a preparação da rede de saúde para atender os pacientes com sintomas da doença. O objetivo é garantir a rápida realização de exames de diagnóstico para eliminar os riscos e complicações que podem levar a óbito.
Para os adultos, a rede de urgência e emergência conta com serviços nos Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Amendoeiras, Bairro Goiá, Cândida de Morais, Campinas, Finsocial e Vila Nova. Além disso, os adultos podem procurar atendimento nos Centros Integrados de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte e Urias Magalhães, e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Jardim América, Dr. Paulo de Siqueira Garcia, Maria Pires Perillo, Itaipú e Novo Mundo.
Já o atendimento infantil de urgência está disponível no Cais Campinas, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Paulo de Siqueira Garcia, situada na Chácara do Governador, na UPA Itaipú, e na UPA Maria Pires Perillo, localizada na Região Noroeste da Capital.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dores de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, e manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira. O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, destaca a importância de ficar atento aos sintomas e ressalta que a negligência pode levar a quadros mais graves da doença.
“Nas unidades de Goiânia, o paciente tem acesso ao diagnóstico por meio de exames laboratoriais. Caso teste positivo, se necessário, o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) é hidratado com soro fisiológico na própria unidade de saúde e pode seguir com o tratamento adequado em casa, com orientações médicas”, pontua Pollara.
Boletim Epidemiológico
O Boletim Epidemiológico de Arboviroses, referente à Semana Epidemiológica 3 de 2024, indica uma queda nos casos de dengue em Goiânia e registra 361 notificações suspeitas, com 104 casos confirmados, sem óbito. Comparado ao mesmo período de 2023, a capital goiana apresenta uma redução de 80% de casos confirmados.
Cuidados
A SMS reforça a necessidade de cuidados constantes, mesmo com a redução nos casos, especialmente com a chegada do período chuvoso. A melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, ao eliminar potenciais criadouros, como vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso ou manutenção. Recipientes pequenos, como tampas de garrafas, também devem ser verificados, e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpas regularmente.
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BLOG HEITOR GREGÓRIO
Anestesistas dizem que nota da Unimed Natal é inverídica
Na tarde desta quarta-feira(17), a Unimed Natal emitiu nota oficial que não condiz com a realidade dos fatos. A informação de que haveria "histórico de dificuldade de negociações" é inverídica, tendo em vista as várias tentativas de diálogo promovidas pela COOPANEST- RN junto à direção do convênio.
Vale ressaltar, ainda, que a Cooperativa dos Médicos Anestesiatas alertou para o final do prazo do contrato, que se encerraria em 31 de outubro de 2023, enviando ofícios nos dias 04 e 31 de outubro, ambos ignorados pela Unimed Natal.
Apesar da ausência de resposta, proposta ou comunicado aos profissionais, os médicos anestesistas trabalharam no Hospital da Unimed durante TODO O MÊS DE NOVEMBRO.
Além dos plantões médicos já suspensos, a Unimed Natal surpreendeu, mais uma vez, e decidiu, na última segunda-feira(15), dispensar os serviços anestesiológicos eletivos da Coopanest/RN dentro do Hospital da Unimed, impedindo o acesso dos médicos nas dependências do nosocômio, inclusive para a prestação de serviço em favor de beneficiários de outra operadora de saúde, ou mesmo para atendimentos particulares.
A Coopanest/RN reafirma o compromisso com ética e a segurança do paciente . Em três décadas de existência construímos uma história de respeito aos parceiros, ao mercado e a sociedade potiguar.
Natal, 17 de janeiro de 2024
Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte. Coopanest/RN.
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CONSULTOR JURÍDICO
STF afasta vínculo de emprego de médica contratada como PJ por casa de saúde
Novo trabalho STF afasta vínculo de emprego de médica contratada como PJ por casa de saúde
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, anulou a decisão da Justiça do Trabalho que havia reconhecido o vínculo de emprego entre uma médica e a Casa de Saúde Santa Marcelina, em São Paulo. Na decisão, o magistrado aplicou o entendimento da corte sobre a validade de formas de relação de trabalho que não a regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A autora da ação trabalhista desejava que fosse reconhecido o vínculo de emprego entre 2014 e 2019, quando trabalhou na casa de saúde por meio de contrato de prestação de serviços. Ela alegava ter sido contratada com carga horária fixa e estar sujeita às imposições do hospital, em flagrante fraude à legislação trabalhista, pois era obrigada a emitir nota fiscal como pessoa jurídica.
A primeira instância reconheceu o vínculo, e o entendimento foi mantido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande São Paulo e litoral paulista) e pelo Tribunal Superior do Trabalho.
No STF, o hospital alegou que a empresa da médica foi criada em 2002, mais de uma década antes da prestação de serviços, e que sua contratação se deu sem demandas pré-estabelecidas, a partir da solicitação de outras equipes para participação complementar no atendimento médico. Segundo seu argumento, as relações de trabalho não se baseiam em um único modelo rígido e as partes podem decidir a melhor forma de organizar a prestação de serviços.
Ao acolher o pedido da casa de saúde, Alexandre explicou que a interpretação conjunta de precedentes do STF, como o Recurso Extraordinário 958.252 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 324, reconhece a validade de outras formas de relação de trabalho que não a relação de emprego regida pela CLT. Assim, segundo ele, a conclusão adotada pela Justiça do Trabalho contrariou esse entendimento.
O ministro lembrou ainda, que em casos semelhantes envolvendo a chamada pejotização, a 1ª Turma do Supremo tem decidido no mesmo sentido.
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MONITOR MERCANTIL
Cade autoriza venda da Amil pelo United Health Group
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a compra, por um investidor brasileiro, da Amil, atualmente pertencente ao United Health Group. O despacho aprovando a operação foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
O negócio está sujeito também à aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Se o Tribunal do Cade não avocar os atos de concentração para análise ou não houver interposição de recurso de terceiros interessados, no prazo de 15 dias, as decisões da Superintendência-Geral terão caráter terminativo e as operações estarão aprovadas em definitivo pelo órgão antitruste.
A Amil atua na operação de planos de saúde médico-hospitalares e de planos exclusivamente odontológicos, individuais, familiares e coletivos em todo o Brasil. O grupo possui ainda hospitais e centros médicos (unidades ambulatoriais) para a prestação de serviços médico-hospitalares, além de contar com rede credenciada de médicos, hospitais e laboratórios. Já o comprador possuiu atividades no ramo de investimentos financeiros e imobiliários.
De acordo com o Grupo UHG, o negócio permitirá um desinvestimento no Grupo Amil, uma subsidiária de baixa representatividade nas operações globais do grupo. Em seu parecer, a SG observou que todas as empresas nas quais o comprador detém participação indireta pertencentes ao Grupo QSaúde não estão em operação, e o mesmo não possui ações em outras empresas com atividades em mercados horizontal ou verticalmente relacionados àqueles em que atua o Grupo Amil. Assim, a operação representa apenas uma substituição de agente econômico e decidiu pela sua aprovação sem restrições.
Mas a operação esteve envolvida com uma disputa iniciada em dezembro do ano passado. Segundo o site Metrópoles, possível comprador não revelado pelo Cade, o empresário José Seripieri Filho, conhecido como o Júnior, foi pressionado pela própria Qualicorp na Justiça sobe acusação de não pagamento de um negócio envolvendo R$ 7 milhões com a operadora fundada por ele. Isso fez com que um fundo ligado a Junior fosse bloqueado colocando em risco a operação da Amil. O possível comprador correu à Justiça para realizar o pagamento da dívida junto à Qualicorp, ficando acertado um acordo para a concretização da operação.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Aumentar vacinação de grupos de risco é desafio no combate à covid-19
Governo de Goiás distribui novo medicamento para pacientes com HIV
Coopanest-RN condena em nota a Unimed por contratar médicos anestesistas de outros estados, mas cooperativa não tem direito de opinar sobre decisão e deve respeitar profissionais que não são potiguare
AGÊNCIA BRASIL
Aumentar vacinação de grupos de risco é desafio no combate à covid-19
Há três anos, no dia 17 de janeiro de 2021, foi vacinada a primeira brasileira contra a covid-19. A enfermeira Mônica Calazans recebeu a dose da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Atualmente, o desafio é aumentar a cobertura vacinal do público considerado de risco para a doença, conforme avaliam especialistas ouvidos pela Agência Brasil.
O médico infectologista Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ressaltou que, embora a pandemia de covid-19 tenha sido “debelada”, o vírus continua circulando e ainda há mortes pela doença. “Continuam acontecendo mortes pela covid-19. Então uma questão importante é atualizar o calendário vacinal”, alertou.
Durante a pandemia, segundo avaliação do médico, o país passou por momentos muito críticos, como o comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e representantes do governo federal, que se posicionavam de forma negacionista e antivacina. Por outro lado, Vecina apontou como positiva a atuação por parte da rede periférica de serviços de saúde pública para conseguir avançar na imunização da população.
“Principalmente a atenção primária [de saúde], que se dispôs e conseguiu avançar muito dentro da possibilidade de vacinação. Apesar da campanha contra, apesar dos negacionistas, nós conseguimos controlar a pandemia graças à expansão da vacinação”, disse.
Primeira pessoa vacinada contra a covid-19 no Brasil, a enfermeira Mônica Calazans contou à Agência Brasil que aquele momento não sai de sua mente. “Eu lembro do momento com muita emoção, me traz a memória [de que] naquele momento a gente estava saindo de uma situação por conta da vacina. Então me traz também muita alegria porque eu estava mostrando para os brasileiros que o que nós temos de seguro para enfrentar a covid-19 é a vacina”, disse.
“Eu entendo que estava representando os brasileiros, a gente não tinha esperança de nada. E, no dia 17 de janeiro de 2021, eu consegui trazer um pouco de esperança no coração brasileiro. Foi uma questão de muita alegria, emoção misturada com esperança. Foi um fervilhão de sentimentos naquele dia”, acrescentou a enfermeira.
Ela lembra de situações no transporte público ao comparar o período mais crítico da pandemia com o momento atual. “Naquele momento tão crucial, tão traumático, as pessoas tinham medo até de sentar ao seu lado [no transporte], as pessoas não se aproximavam. E hoje não”.
“Hoje você consegue andar sem máscara, você consegue ver o sorriso das pessoas, você pega na mão das pessoas, porque anteriormente você não pegava na mão de ninguém”, comparou. Apesar disso, ela destaca a importância de se manter a vacinação contra a covid-19 ainda hoje.
Vacinação infantil
O infectologista Gonzalo Vecina Neto ressaltou que atualmente há uma baixa cobertura de vacinação de crianças. “A mortalidade está muito elevada nas crianças abaixo de 5 anos por causa da baixa cobertura”, acrescentou. As variantes que estão circulando atualmente têm uma grande capacidade de disseminação, mas uma mortalidade mais baixa. No entanto, a doença pode ainda acometer de forma grave especialmente os grupos que têm menos defesas imunológicas.
Tais grupos são os idosos, crianças pequenas, gestantes e portadores de comorbidades. “Esses grupos têm uma fragilidade do ponto de vista de enfrentar imunologicamente o invasor no corpo, por isso eles se beneficiam da vacina. Particularmente esses mais frágeis, ao terem a doença, tem uma maior possibilidade de hospitalização e de morte”, explicou Vecina.
De acordo com Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, a tendência é que se faça a vacinação anual especialmente para os grupos de maior risco, utilizando vacinas que consigam dar proteção contra as novas variantes do vírus causador da doença.
“O que a gente aprendeu com a covid-19 é que o vírus vai tendo pequenas mutações, ele vai mudando a sua genética, vai escapando da nossa imunidade. Isso é um processo contínuo. Então, muito mais importante do que você me contar quantas doses de vacina de covid-19 você tomou nesses últimos três anos, a minha pergunta seria quando foi a sua última dose e qual vacina você tomou. Se você tiver uma dose atualizada, é suficiente”, explicou.
A infectologista destacou que, nos Estados Unidos, já está disponível a vacina mais atualizada, uma monovalente que combate a variante XBB da doença. “O Brasil está usando a bivalente [que combate cepas anteriores], dentro do país é a mais atual, mas não é a mais atualizada disponível no mundo. A gente julga que, neste momento, seria importante o Brasil adquirir essa vacina monovalente atualizada no lugar da bivalente”, defendeu.
Para Richtmann, um dos principais desafios a serem enfrentados neste momento é justamente a vacinação de crianças pequenas, a partir de seis meses de idade, considerado grupo de risco para a doença. Ela ressalta que adultos e crianças maiores chegaram a ter a doença ou tomar a vacina, o que garante alguma proteção contra o vírus.
“Há um desafio para vacinar essa população, porque é uma população virgem de proteção, eles não têm proteção nem adquirida, nem através da vacinação”, disse. Ela reforça a importância de a vacinação de crianças contra a covid-19 fazer parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “No ano passado, tivemos 135 mortes de crianças, é um número que poderia ter sido prevenido através de vacinação”, acrescentou.
Ministério da Saúde
A Campanha Nacional de Vacinação contra a covid-19 no Brasil começou em 18 de janeiro de 2021, após a aprovação para uso emergencial das vacinas Sinovac/Butantan e AstraZeneca/Fiocruz, no dia anterior, informou o Ministério da Saúde (MS), acrescentando que o êxito da campanha foi possível mediante o envolvimento das três esferas de governo.
Até o momento há cinco vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e em uso no Brasil: duas com autorização para uso emergencial (CoronaVac/Butantan e Comirnaty bivalente Pfizer) e três com registro definitivo (AstraZeneca/Fiocruz, Janssen-Cilag e Comirnaty Pfizer/Wyeth). No país, as vacinas covid-19 continuam disponíveis e são recomendadas para a população geral a partir dos 6 meses de idade.
“Em fevereiro de 2023, juntamente com o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, foi iniciada a estratégia de vacinação para grupos prioritários com a vacina bivalente e com a recomendação de dose de reforço para essa população a partir de 12 anos. Ainda em 2023, essa estratégia foi incorporada ao Calendário Nacional a vacinação para o público infantil de 6 meses a menores de 5 anos”, disse a pasta, em nota.
Na avaliação de cobertura vacinal, para o esquema primário de duas doses, com as vacinas monovalentes, o MS registra uma cobertura de 83,86%, desde o início da campanha em janeiro de 2021 até janeiro de 2024.
“É importante destacar que, à medida que forem obtidas novas aprovações regulatórias e as vacinas adaptadas às novas variantes, o Ministério vai adequando as necessidades assim que os imunizantes estiverem disponíveis no país por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), seguindo as recomendações e atualizando os esquemas de vacinação”, diz a nota.
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A REDAÇÃO
Governo de Goiás distribui novo medicamento para pacientes com HIV
A partir de agora, as pessoas que vivem com vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou a síndrome da imunodeficiência humana (Aids) terão a oportunidade de fazer um tratamento mais prático e com menor toxicidade, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que começou a distribuir um novo antirretroviral em dose fixa combinada para as farmácias que realizam a dispensação de medicamentos para pacientes vivendo com HIV ou Aids. A nova estratégia combina dois diferentes fármacos em um único medicamento, composto por Lamivudina 300 mg coformulada e Dolutegravir 50 mg (3TC/DTG).
A gerente de Assistência Farmacêutica da SES, Viviane de Cassia Troncha Martins, informa que o antirretroviral em dose fixa combinada foi repassado ao Estado pelo Ministério da Saúde. Ela destaca que o uso da terapia dupla proporciona ao paciente vivendo com HIV ou Aids uma possibilidade de tratamento com maior comodidade posológica. “É um tratamento mais prático, pois o paciente passa a tomar apenas um comprimido e com bons resultados”, explica a gerente.
Em um primeiro momento a distribuição da dose fixa combinada vai beneficiar os pacientes que iniciaram até o dia 30 de novembro de 2023 o uso da terapia dupla em apresentação de comprimidos separados e que possuam idade igual ou superior a 50 anos. Esses pacientes devem também ter adesão regular à terapia e apresentar carga viral menor que 50 cópias.
Viviane Troncha explica ainda que a mudança para a dose fixa combinada será de forma gradual. “De acordo com os critérios de inclusão, considerando a "polifarmácia", ou seja, o uso concomitante de outros medicamentos e a prevalência de doença crônica não transmissível, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes”.
Relação das Farmácias Dispensadoras:
- SAE/CTA Águas Lindas – Águas Lindas de Goiás
- Ambulatório Geral de Anápolis (SAE) – Anápolis
- Serviço de Assistência Especializado de Aparecida de Goiânia
- SAE Caldas Novas
- Centro Municipal de Diagnóstico Dr. Silvio Paschoal SAE CA – Catalão
- SAE Cidade Ocidental
- Hospital Universitário Federal de Goiânia
- Centro de Referência em Diagnóstico e Terapêutica – Goiânia
- Hospital Dr. Anuar Auad (HAA/HDT) – Goiânia
- CTA/SAE Iporá
- Núcleo de Ações Básicas de Saúde de Itumbiara
- SAE Jataí – Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho
- SAE/CTA Novo Gama
- SAE Rio Verde
- SAE Santo Antônio do Descoberto
- SAE Policlínica Estadual São Luís de Montes Belos
- UDM Senador Canedo
- SAE CTA Uruaçu
- SAE/CTA Valparaíso
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BLOG DO BG
Coopanest-RN condena em nota a Unimed por contratar médicos anestesistas de outros estados, mas cooperativa não tem direito de opinar sobre decisão e deve respeitar profissionais que não são potiguare
A Cooperativa de Médicos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest-RN) emitiu uma nota pública em que condena a decisão da Unimed de contratar médicos anestesistas de outros estados para atuar no seu hospital.
Com a decisão de contratar a Vórtex Anestesia, a Unimed no Rio Grande do Norte decidiu não mais renovar a contratação da Coopanest-RN, que detinha uma espécie de reserva de mercado da anestesiologia em praticamente todo o estado.
A nota pública da Coopanest-RN critica a Unimed, alegando que a cooperativa médica não mais permitirá que anestesistas potiguares atuem em cirurgias em seu hospital, um dos principais do estado.
Com isso, segundo a cooperativa dos anestesiologista critica o que considera o fim de uma tradição representada pela parceria entre cirurgiões e anestesistas potiguares atuando juntos há décadas.
A Coopanest-RN vai além e, em sua nota pública, fala em defender "qualidade e segurança".
O que a Cooperativa dos Anestesiologista do RN não diz é que ela não tem o direito de poder determinar quem são profissionais que outra cooperativa, do tamanho e da envergadura da Unimed, deve ou não contratar.
O fato de os anestesistas contratados pela Vórtex Anestesista - que atuam, por exemplo, nas cirurgias realizadas pelo Hospital da Hapvida - serem de outros estados não significa que são menos preparados e competentes que seus colegas potiguares.
Apontados pela nota da Coopanest-RN como meros "desconhecidos", os anestesistas de outros estados merecem respeito. São profissionais formados, com currículos e longos serviços prestados.
A Coopanest-RN bem que poderia ter evitado a nota pública que divulgou. A cooperativa deveria respeitar a decisão da Unimed. Até porque não são apenas os médicos potiguares que merecem respeito.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Público prioritário da vacina da dengue será de 6 a 16 anos, diz governo; entenda
Projeto de Lei para “Conscientização Contra o Aborto” é sancionado em Goiás
Saúde orienta população sobre rede de urgência e emergência em Goiânia
HGG realiza 50 transplantes de fígado em 5 anos e é destaque em Goiás
Rombo de 30 bi, fim de rival da Unimed e maior convênio do Brasil comprado: 3 viradas nos planos de saúde em 2024
Ministério da Saúde lança programa para retomar obras paradas
PORTAL TERRA
Público prioritário da vacina da dengue será de 6 a 16 anos, diz governo; entenda
A vacinação contra a dengue que será realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro vai ter como público prioritário crianças e jovens entre 6 e 16 anos, informou nesta segunda-feira, 15, o Ministério da Saúde. A pasta explicou, no entanto, que, como o número de doses disponíveis não dá conta de imunizar toda essa faixa etária, ainda irá definir quais outros critérios serão usados para determinar quem será imunizado neste primeiro ano de campanha.De acordo com a pasta, o limiar das idades respeita recomendações técnicas da Organização Mundial da Saúde (OMS), e foi definido pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI).
Como mostrou o Estadão, a pasta vai adquirir 5,2 milhões de doses este ano da Qdenga, nome dado ao imunizante da farmacêutica japonesa Takeda. O País deverá receber mais algumas doses via doação do laboratório, mas o quantitativo ainda está sendo definido. Entre vacinas compradas e doadas, o governo espera ter à disposição 6 milhões de imunizantes para serem distribuídos em 2024.O Ministério da Saúde reconhece que o número de doses ainda é baixo. Como o esquema vacinal contra a doença se completa com duas doses, até 3 milhões de pessoas poderão ser protegidas com a Qdenga este ano. Em razão da baixa quantidade de vacinas disponíveis, a proposta é decidir, dentro da amplitude da faixa etária estabelecida pela OMS, qual será o público-alvo para receber o imunizante."A Organização Mundial da Saúde define algumas limitações de idade para o uso dessa vacina. O quantitativo é pequeno. Então, a gente tinha que fazer uma discussão de como seria a distribuição desse uso no território nacional, equilibrando o melhor resultado epidemiológico com a cobertura maior dos municípios", disse Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Alerta ligado: casos de dengue disparam em vários estados
"De 6 a 16 anos é o que a Organização Mundial da Saúde coloca como recomendação, e eles ainda condicionam a situação epidemiológica. Nós vamos respeitar o que a OMS diz. Então, vamos escolher uma faixa entre 6 e 16 anos (para receber a vacina)", acrescentou.A decisão para definir qual o público-alvo exato para receber a vacina, bem como será o processo de imunização nacional, será definido ainda em reuniões com os Estado e municípios."Foram dadas opções, e agora vamos levar para a discussão tripartite", disse Gatti. "Eu não consigo adiantar quais municípios (vão receber as doses) neste momento, mas a discussão está sendo feita para que a gente tenha uma decisão o mais rápido possível".Produzida pelo laboratório Takeda, a Qdenga foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro e passou a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações. Segundo o Ministério da Saúde, a imunização completa tem uma eficácia de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo. Ainda de acordo com dados informados pela pasta, o imunizante reduz em 90% o risco de hospitalização.Em 2023, o Brasil atingiu patamares históricos de casos de dengue. Com um total de 2,9 milhões de casos registrados até 11 de dezembro, o País foi considerado pela OMS como a nação com a maior incidência da doença no mundo. Até esta data, o número representava mais da metade dos mais de 5 milhões de casos registrados mundialmente.Eder Gatti afirmou que, embora a quantidade de doses disponíveis para este ano sejam baixas, tem a expectativa que o Brasil consiga produzir o imunizante dentro do próprio território para aumentar a cobertura vacina."Nós não temos outras vacinas licenciadas que possam ser utilizadas da mesma forma que esta. A gente espera, no futuro, ter produção nacional de vacina para ter uma estratégia de vacinação contra a dengue mais ampliada", disse o diretor do PNI. "A tendência é, no futuro, ter novas opções. O que estamos fazendo este ano é dar um primeiro passo, mas certamente um passo muito importante", completou.
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O HOJE
Projeto de Lei para “Conscientização Contra o Aborto” é sancionado em Goiás
O PL é de autoria do ex-deputado Fred Rodrigues
Uma lei foi promulgada pelo governo de Goiás para “conscientização contra o aborto”, determina que a mulher grávida deve ouvir os batimentos cardíacos do feto. O texto, apresentado pelo ex-deputado estadual Fred Rodrigues (DC), que foi posteriormente cassado, estabelece uma série de medidas para a implementação da “Campanha de Conscientização contra o Aborto para as Mulheres no Estado de Goiás”.
O trecho mais controverso da lei, promulgada na última quinta-feira (11/1), afirma que o Estado deve fornecer o exame de ultrassom que mostra os batimentos cardíacos para a mãe. A lei nº 22.537/2024 entrou em vigor na data de sua publicação, porém, o texto não especifica a partir de quando os hospitais serão obrigados a fazer com que as gestantes ouçam os batimentos cardíacos do feto, apenas informando que essa medida será disponibilizada “o mais breve possível”.
A legislação também estipula o dia 8 de agosto como Dia Estadual de Conscientização contra o Aborto, prevendo “palestras sobre a questão do aborto” e seminários, mobilizações e outras atividades relacionadas aos “direitos do feto, o direito à vida e as implicações penais no caso de aborto ilegal”.
Em outro trecho, a lei estabelece que é obrigação do Estado “incentivar a iniciativa privada e organizações não governamentais” a recomendar “a preservação da vida do feto” às mulheres grávidas que manifestem o desejo de abortar. A legislação adotada no Brasil sobre o assunto remonta a 1940. De acordo com o artigo 128, incisos I e II do Código Penal, o aborto pode ser realizado quando a gravidez representa um risco para a vida da mulher e em casos de estupro/violência sexual.
Nas redes, o ex-deputado Fred Rodrigues comemorou a aprovação do texto, dizendo que a sanção torna “Goiás o estado mais seguro do Brasil para as crianças no ventre da mãe”. Fred foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de GO (TRE-GO) em dezembro de 2023, após verificação de pendência na prestação de contas nas eleições de 2020, quando concorreu a vereador de Goiânia.
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A REDAÇÃO
Saúde orienta população sobre rede de urgência e emergência em Goiânia
Veja quais unidades oferecem os serviços
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia divulgou, nesta segunda-feira (15/1), um balanço do trabalho da rede de urgência e emergência da capital relativo ao ano de 2023. Segundo a pasta, foram realizados mais de um milhão de atendimentos dos tipos, sendo 137.650 de crianças e 969.747 de adultos - grupos que foram recebidos em alguma das 16 unidades que ofertam os serviços e funcionam 24 horas por dia em praticamente todas as regiões da cidade.
De acordo com o levantamento, os atendimentos foram realizados conforme a classificação de risco dos pacientes adultos e de pacientes que necessitaram de atendimento nas áreas de pediatria, ortopedia e psiquiatria. "O sistema, apesar dos desafios, é robusto e integrado com o Samu e com a Central de Regulação do Município, o que garante atendimento especializado nos casos mais urgentes", explica o prefeito Rogério Cruz ao comentar os números do balanço. .
O atendimento infantil de urgência é disponibilizado no Cais Campinas, na Unidade de Pronto Atendimento (Upa) Dr. Paulo de Siqueira Garcia, localizada na Chácara do Governador, na Upa Itaipú e na Upa Maria Pires Perillo, situada na região Noroeste da capital.
Para os adultos, a rede de urgência e emergência disponibiliza os serviços de saúde nos Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Amendoeiras, Bairro Goiá, Cândida de Morais, Campinas, Finsocial e Vila Nova. A população adulta pode procurar atendimento ainda nos Centros Integrados de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte e Urias Magalhães e nas Upas Jardim América, Dr. Paulo de Siqueira Garcia, Maria Pires Perillo, Itaipú e Novo Mundo.
Já o atendimento ortopédico de urgência é oferecido no Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof), no Setor Aeroviário, e em outras duas Upas: Itaipú e Maria Pires Perillo. Além disso, a rede de urgência e emergência conta com uma unidade de atendimento móvel pré-hospitalar do Samu e disponibiliza também atendimento especializado de emergência no Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc.
Tipos de atendimentos
Secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara ressalta a importância de procurar uma unidade de emergência em casos como hipertensão, quedas com suspeita de fratura, febre alta, cólicas renais, falta de ar intensa, convulsões e dores no peito.
"Temos profissionais disponíveis 24 horas para oferecer todo os cuidados necessários. É importante lembrar que em casos de sintomas leves, as pessoas devem procurar a atenção primária, que é porta de entrada da rede municipal de saúde. Goiânia conta com 75 unidades para esse tipo de atendimento", afirma Pollara.
Mais informações sobre a rede de urgência e emergência, a relação das unidades de atenção primária e os canais para marcação de consultas podem ser acessadas pela internet. No endereço eletrônico, as pessoas podem entender sobre o funcionamento do teleconsulta e ter acesso a detalhes do aplicativo Saúde Fácil para a marcação de consultas.
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HGG realiza 50 transplantes de fígado em 5 anos e é destaque em Goiás
Procedimento é considerado bastante complexo
"Um marco para a medicina do Estado de Goiás" - assim, o chefe do Serviço de Transplantes Hepáticos do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), Claudemiro Quireze, classificou o 50° transplante de fígado realizado, no último dia 4, pela unidade - habilitado pelo Ministério da Saúde em 2018 e a única goiana preparada para realizar o procedimento, considerado "bastante complexo" pelos médicos.
"Há 5 anos temos atendido aqui no HGG, em um ambulatório totalmente dedicado para o Sistema Único de Saúde (SUS), pacientes que precisam de um fígado novo e que não têm outra alternativa senão a operação. Isso porque algumas doenças hepáticas são letais em um curto espaço de tempo", destaca Quireze, lembrando que os receptores são de Goiânia e de outras localidades do Estado.
Após a recuperação da paciente, Luciana Castro Silva, 50 anos, toda a equipe que participou da cirurgia recebe a imprensa em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (16/1).
Vinda de Rio Verde, ela sofre há 7 anos de cirrose biliar primária, uma doença hepática autoiumune. "Esse é o maior presente que eu poderia ganhar nesse ano novo! Muita fé em Deus, porque tudo é Deus, sem ele não somos nada! E Deus tem feito grandes coisas pra mim e fez mais essa grande coisa. Eu só tenho a agradecer!"
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TV FOCO
Rombo de 30 bi, fim de rival da Unimed e maior convênio do Brasil comprado: 3 viradas nos planos de saúde em 2024
Os serviços viveram grandes reviravoltas e que impactaram o mercado
Os planos de saúde são grandes amigos de quem está sempre de olho no bem-estar. Em meio aos momentos delicados no que se refere o lado físico, são para os hospitais e clínicas que todos recorrem.
E por falar nos planos de saúde, 3 viradas cruciais impactaram o ano de 2024, como o rombo de 3 bilhões, fim de rival da Unimed e maior convênio do Brasil comprado.
Um dos pontos a ser destacado é que, as fraudes acabaram gerando um grande rombo nos serviços. Inclusive, perdas estimadas entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões ocorreram no decorrer de 2022, segundo o IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar).
Além do rombo bilionário, outro ponto a ser destacado se trata do desfecho da seguradora Allianz, que anunciou em março de 2023 a sua descontinuidade de atuação em Saúde. Por meio de um comunicado, a empresa disse que entrou em uma nova fase e concentrará sua atuação nos segmentos de Ramos Elementares e Vida.
Allianz Saúde
A terceira virada nos planos de saúde se trata da compra do maior convênio do Brasil. De acordo com o portal 'CNN Brasil', o empresário José Seripieri Filho, o Junior, responsável por fundar a Qualicorp e a Qsaúde, adquiriu a Amil, operadora de planos de saúde, que pertencia ao UnitedHealth Group (UHG).
A aquisição se deu no valor de R$ 11 bilhões, de acordo com pessoas próximas que acompanham a transação. Vale lembrar que, a Amil era alvo de disputada entre o empresário Nelson Tanure, da operadora Alliança, e pelo fundo de private equity americano Bain Capital.
Amil
É importante frisar que, as mudanças de 2023 impactaram todo o mercado, desde a saída da Allianz, até o prejuízo contra a fraudes que redobrou a segurança dos planos contra essa prática.
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CORREIO BRAZILIENSE
Ministério da Saúde lança programa para retomar obras paradas
O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (15/1) um programa para retomar mais de 6,3 mil obras de equipamentos de saúde que estão paradas em todas as regiões do país. Serão recuperadas construções de Unidades Básicas de Saúde (UBS), academias da saúde, construção e ampliação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), além de ações nas redes Cegonha e Neonatal.
O investimento do Ministério poderá chegar a R$ 3,7 milhões, a depender da manifestação de interesses, da realização de cadastros e da análise de documentos pelo país. Para reaver obras paradas na área da saúde, estados e municípios devem solicitar a repactuação com os entes federativos, viabilizada pelo Ministério da Saúde por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União. "A portaria indica procedimentos para a manifestação de interesse de municípios e de estados, em um calendário previsto de até 60 dias para que esses procedimentos possam se desenvolver e essa manifestação possa ocorrer", explica ao Correio Swedenberger Barbosa, secretário-executivo da pasta.
De acordo com informações disponibilizadas pelo órgão, as 6,3 mil construções paradas na área da saúde são mais da metade de todas as obras interrompidas no Brasil - 12 mil. Mais de 4 mil são Unidades Básicas de Saúde, que são o ponto de partida do atendimento dos cidadãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
"É uma situação extremamente grave, porque são equipamentos necessários em todo o país, já que essas obras são distribuídas em todo o território nacional ( ) Não há sequer uma região que não tenha obra parada e com a necessidade imensa de fazer com que as pessoas possam ter equipamentos de saúde disponíveis para garantia da sua assistência", informou Barbosa. O secretário ainda afirmou que a pasta está comprometida em fornecer para a população instrumentos de saúde negligenciados em gestões anteriores.
Manifestação de interesse
Podem participar do programa estados e municípios com obras ou serviços de engenharia paralisados, inacabados ou em funcionamento, mas sem registro como "concluídas" no Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob). Estas últimas poderão ser reativadas, por meio de regularização que evita a devolução de recursos.
Para aderir ao programa, entes municipais e estaduais devem manifestar interesse no Sistema de Investimentos do SUS, o InvestSUS, no prazo de até 60 dias. Uma vez contempladas pela iniciativa, as obras devem ser concluídas em 24 meses, prorrogáveis uma vez pelo mesmo período.
Para estabelecer a ordem de prioridade das construções, serão observados critérios como percentual de execução; ano de contratação; se a instituição atende comunidades rurais, indígenas ou quilombolas; se o município sofreu desastres naturais nos últimos 10 anos; entre outros.
Não poderão ser repactuadas obras de entes federados que já efetuaram a devolução de recursos à União ou que, embora registradas como não concluídas no Sismob, tenham sido concluídas pelo Estado.
Apresentação de documentos
Após manifestar interesse, os gestores deverão atualizar os dados cadastrais das obras e apresentar os documentos necessários para a avaliação das diligências técnicas para participação do programa. O Fundo Nacional de Saúde disponibilizará às autoridades competentes modelo de referência dos documentos, laudos, relatórios e planos citados na portaria. Depois da análise, o Ministério emitirá o resultado da primeira fase, com base nos pareceres técnicos.
Obras com irregularidades poderão ser incluídas nas propostas, desde que as responsabilidades sobre as falhas possam ser apuradas. Porém, a retomada da construção em questão não obriga gestores em exercício a responderem por irregularidades constatadas em gestões passadas.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Funcionário de laboratório é flagrado furtando idosa durante exame no Jardim Goiás
“Unimed Goiânia acumula déficit de R$ 374 milhões nos últimos dois anos”, diz manifesto
Maioria dos criadouros do Aedes está no lixo domiciliar, constata estudo
Hospital Araújo Jorge: pioneirismo e esperança na luta contra o câncer
Programa facilita identificação de crianças não vacinadas em 236 municípios
Dengue: Ministério da Saúde define estratégia de vacinação enquanto estados se mobilizam
O HOJE
Funcionário de laboratório é flagrado furtando idosa durante exame no Jardim Goiás
O homem de 43 anos foi flagrado pelas câmeras furtando R$200 reais da bolsa de uma idosa
Neste sábado (13/1), um técnico de laboratório clínico, de 43 anos, foi detido em flagrante pela Polícia Militar no Jardim Goiás, bairro de Goiânia. O indivíduo é acusado de furtar R$ 200 de uma idosa de 73 anos durante a coleta de material sanguíneo.
De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima aceitou a ajuda do técnico para guardar sua bolsa durante o procedimento de coleta. Ao término da coleta, a idosa notou a falta do dinheiro em sua carteira e imediatamente comunicou o incidente à gerência do laboratório.
As câmeras de segurança do estabelecimento registraram o momento em que o funcionário pegou a bolsa da vítima. Ao perceber a aproximação da polícia, o homem tentou se desfazer da evidência, jogando o dinheiro no vaso sanitário e dando descarga.
Diante das evidências e confrontado pelas imagens, o técnico confessou a autoria do crime. Ele foi preso por furto qualificado por abuso de confiança. Além da prisão imediata, o indivíduo comprometeu-se a ressarcir a idosa pelo valor subtraído.
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JORNAL OPÇÃO
“Unimed Goiânia acumula déficit de R$ 374 milhões nos últimos dois anos”, diz manifesto
Em site recém lançado, chapa de oposição à atual gestão do plano em Goiânia mostra que enquanto outras Unimeds de porte semelhante encerram o ano com resultados positivos, a Unimed Goiânia acumula mais de R$ 374 milhões em resultados operacionais negativos desde 2021
Previstas para março deste ano, as eleições da Unimed Goiânia já movimentam médicos da categoria. Em site recém lançado, chapa de oposição à atual gestão levanta questionamentos sobre a eficiência da presidência da cooperativa. Ao apresentar dados comparativos, a chapa demonstra que enquanto outras Unimeds de porte semelhante, como Porto Alegre, Campinas e Belo Horizonte, encerram o ano com resultados positivos, a Unimed Goiânia acumula mais de R$ 374 milhões em resultados operacionais negativos desde 2021.
Confira o gráfico apresentado:
Procurada pelo Jornal Opção para responder sobre o suposto déficit, a Unimed Goiânia disse que “Cooperativa recebeu diversos prêmios pelo desempenho excepcional das áreas financeira e contábil, sendo frequentemente ranqueada entre as três melhores do país nessas áreas (…) Seguimos dedicados em administrar a Cooperativa com eficiência e compromisso, conforme demonstrado em todos os nossos balanços públicos”, informa a nota.
Por outro lado, o manifesto apresenta que a Unimed Goiânia foi a única a manter resultados negativos durante a pandemia, contrastando com a recuperação de outras cooperativas em 2023. O documento enfatiza que houve uma redução das aplicações financeiras, indicando que, se não fosse pela utilização dos rendimentos dessas aplicações para cobrir os resultados operacionais negativos, a situação seria ainda pior.
“O resultado operacional negativo e recorrente nos últimos dois anos mostra que nosso negócio não está sendo bem gerido e estamos sobrevivendo apenas com os rendimentos das aplicações financeiras”, diz o documento. Ao abordar as aplicações livres, o site aponta ainda que houve uma diminuição de R$ 45 milhões em relação a 2020, enquanto outras Unimeds experimentam crescimento de até 77%.
A cooperativa questiona essas informações e diz que é acompanhada por uma auditoria externa, realizada por uma das maiores e mais respeitadas empresas dessa área no mundo, a Moore e que não dá espaço para boataria e disputas políticas antecipadas. Além disso, escrevem que “os balanços são aprovados pela Assembleia Geral Ordinária, órgão máximo da Cooperativa, e também disponibilizados para os órgãos regulatórios do setor. As esferas responsáveis pela checagem e aprovação das contas confirmam que a Unimed Goiânia tem uma das administrações mais responsáveis do país, com números sólidos e exemplares para o Sistema Unimed”, informam em nota.
Reclamações dos usuários
A Unimed Goiânia figurou como a 14º operadora de saúde com mais reclamações no país, conforme levantamento da Agência Nacional de Saúde (ANS) apresentado em setembro do ano passado. Enquanto a taxa média de reclamações das 42 Unimeds do ranking está em 39,2%, entre janeiro e julho, em Goiânia, esse índice alcançou 76,7%.
No Brasil, pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) revela que as operadoras de planos de saúde lideraram as reclamações dos clientes em nove dos últimos 10 anos. Os motivos incluem reajustes nas mensalidades, falta de informações, demora em marcar exames ou consultas, além de incertezas contratuais. O cancelamento unilateral dos planos, privando os usuários de assistência, agora também preocupa.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registra cerca de 900 reclamações diárias contra essas operadoras. Felipe Baeta, CEO da Piwi, corretora digital de planos de saúde, destaca a complexidade da relação, atribuindo-a a elementos conjunturais de mercado e um arcabouço regulatório confuso. Planos coletivos empresariais, representando 70% das contratações, são os mais afetados, enfrentando desafios regulatórios e entendimentos judiciais conflitantes.
Legislativo
Um projeto de lei na Câmara dos Deputados busca abordar essas queixas, compilando cerca de 270 projetos sobre o tema que tramitam há quase duas décadas. Contudo, cinco entidades representativas de operadoras alertam que o projeto pode ameaçar a sustentabilidade do setor, colocando em risco o atendimento a mais de 50 milhões de brasileiros.
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Maioria dos criadouros do Aedes está no lixo domiciliar, constata estudo
Situação acende alerta diante do alto índice de positividade para doenças transmitidas pelo Aedes e reforça necessidade de maior envolvimento popular no combate ao mosquito
O Governo de Goiás alerta a população e os gestores municipais a fazerem o descarte adequado do lixo produzido nas residências como forma de prevenir e minimizar os casos de doenças como dengue, chikungunya e zika. O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) – estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) nos domicílios de todo o território goiano – constatou que a maioria dos criadouros do inseto transmissor dessas doenças foi encontrada dentro das casas, mais precisamente no lixo armazenado, retirado e desprezado de maneira incorreta.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, aponta a necessidade de um esforço conjunto envolvendo a população e os gestores municipais para a resolução do grave problema. “A iniciativa é simples e depende da disposição de todos os cidadãos e dos responsáveis pelas administrações municipais”, acentua. O levantamento mostra que os moradores, na maioria das vezes, fazem o descarte do lixo seco junto com líquido. O correto é fazer o descarte antes que aconteça o acúmulo de água, até que seja feito o recolhimento por parte do serviço de coleta urbana.
Qualquer recipiente que acumule água por mais de sete dias pode se tornar um criadouro do Aedes. Ainda segundo a superintendente, por isso as equipes de limpeza urbana devem fazer o manejo adequado para evitar que o local onde o lixo é depositado se transforme em um grande criadouro. Esse depósito deve ser monitorado constantemente com o uso de tecnologias adequadas.
Alerta de epidemia
Os dados da SES-GO mostram que no ano de 2023 foram confirmados 64.160 casos de dengue em Goiás; 2.274 de chikungunya e 29 de zika. Estudos mostram que está em circulação o vírus tipo 3 da dengue, mais agressivo, que já esteve presente no país há cerca de 15 anos. Esse fato acende o sinal de alerta para o risco de uma nova epidemia causada por esse sorotipo viral.
A SES-GO estruturou uma equipe de profissionais que tem como finalidade monitorar e desencadear ações oportunas em relação ao controle das arboviroses. Esse grupo, denominado Sala de Situação, trabalha com reuniões semanais para elencar os municípios prioritários, onde deverão ser reforçadas as ações de combate ao vetor.
Os principais sintomas de dengue são febre (por dois dias ou mais), dor nos olhos, dor muscular, prostração e indisposição generalizada. Outros sinais de alerta incluem tontura, diminuição da urina, vômito, dor abdominal e dificuldade para respirar. Nesses casos, a recomendação é buscar imediatamente o serviço de saúde.
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A REDAÇÃO
Hospital Araújo Jorge: pioneirismo e esperança na luta contra o câncer
Carolina Pessoni
Goiânia - Uma unidade de saúde que há 56 anos oferece tratamento especializado contra o câncer em Goiânia. Estamos falando do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), localizado no Setor Universitário, região central da Capital. A unidade é pioneira não só no atendimento à saúde, mas também em fomentar esperança a pacientes de todo o Brasil.
A história do HAJ começa antes de sua fundação, com a criação da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG). A ACCG foi constituída em janeiro de 1956 pelo médico alagoano Alberto Augusto de Araújo Jorge, com o apoio do Rotary Clube de Goiânia.
A Associação é a concretização do sonho de Araújo Jorge e funcionava em um pavilhão cedido pela Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, onde os atendimentos oncológicos eram realizados de forma precária. Em 1960 foi iniciada a construção da primeira unidade da ACCG, nomeada de Hospital de Câncer de Goiânia, no Setor Universitário.
Após mais de uma década de trabalho, foi inaugurada em março de 1967 a Fundação Hospital de Câncer de Goiânia, realizando mais um sonho do médico Araújo Jorge: o funcionamento de uma unidade hospitalar especializada em tratamento oncológico. O objetivo era que a unidade oferecesse assistência acessível à população carente, o que se mantém ainda hoje.
Somente em 1977, dez anos após a sua criação, o hospital recebeu o nome que carrega até hoje. A ACCG prestou uma homenagem ao criador da instituição, alterando o nome de Hospital de Câncer de Goiânia para Hospital Araújo Jorge.
Ao longo dos anos, o HAJ se tornou referência em tratamento e combate ao câncer não só para Goiás, mas também para o Brasil. Foram implantadas residências médicas, instituto de ensino e pesquisa, além da inauguração do Núcleo de Assistência Social - que presta serviços para pacientes e familiares carentes atendidos pela instituição -, e da criação do Grupo de Apoio Paliativo ao Paciente Oncológico (Gappo), que oferece atendimento domiciliar aos pacientes fora das possibilidades terapêuticas.
Em 1998 foi inaugurada a ampliação da unidade. O novo prédio, com quatro andares, aumentou a capacidade de atendimento do hospital em aproximadamente 60% nos 6 mil metros quadrados de área construída.
Estrutura, atendimento e referência
Para o vice-presidente da ACCG, Alexandre Meneghini, a história do Hospital Araújo Jorge é um marco para Goiânia. "É o único hospital que atende unicamente câncer em Goiás, que realiza transplantes de medula, radioterapia e quimioterapia, e faz esse trabalho há mais de 50 anos. De fato, é um marco na saúde do Estado e mantém essa tradição de ser referência", enfatiza.
O HAJ é o único Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) reconhecido pelo Ministério da Saúde, e único habilitado com Serviço de Oncologia Pediátrica em Goiás. São atendidos mais de 60 mil pacientes todos os anos - em 2023 foram 73.477 até novembro, sendo 89% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Todos os anos, mais de 1 milhão de procedimentos são realizados, entre consultas, internações, cirurgias, sessões de quimioterapia, radioterapia e exames. Os números do HAJ dão a dimensão do atendimento prestado à população goiana.
Em 2023, até o mês de novembro, foram realizados 10.791 procedimentos cirúrgicos, 175.986 aplicações de radioterapia, 92.890 aplicações de quimioterapias, 13.976 internações, 151.491 consultas médicas e quase meio milhão de refeições servidas.
Com uma equipe de cerca de 180 médicos especialistas em cancerologia, o atendimento é individualizado, dividido por serviços, de acordo com a região do corpo acometida pela doença. O paciente também tem acolhimento psicológico, atendimentos domiciliares, assistência multidisciplinar, orientação social, informações transparentes, além de tratamentos com novas tecnologias.
O atendimento multiprofissional é um dos destaques do HAJ, como explica Alexandre Meneghini. "O tratamento de câncer frequentemente é multimodal, com quimioterapia, radioterapia, cirurgias e plásticas reparadoras. Tudo isso é feito aqui pelo corpo clínico, um tratamento completo e reabilitação no mesmo lugar. Hoje somos o maior centro de reconstrução de mama (oncoplástica) de Goiás e um dos maiores do país. Recebemos alunos do mundo inteiro que vêm para aprender sobre reconstrução de mama em Goiânia."
Outro diferencial do HAJ é o tratamento integral a crianças e adolescentes com câncer. Desde 1999 o setor de Oncologia Pediátrica passou a funcionar no quarto andar da unidade com um tratamento mais humanizado, com espaços exclusivos para quimioterapia, internação, consultórios, sala lúdica e atendimento psicológico e de assistência social.
É nesse setor que a "Fada Vitória" atua. A personagem surgiu a partir do desenho de uma paciente do HAJ e se tornou a fada madrinha da cura para crianças de 0 a 18 anos que são tratadas na unidade.
Atualmente, o HAJ é o único hospital em Goiás a ter um setor de Transplante de Medula Óssea que atende pelo SUS. O serviço foi inaugurado em 2000, quando realizou o primeiro transplante do tipo na região Centro-Oeste.
Em junho de 2023 foi realizada a ampliação dos leitos de Transplante de Medula Óssea. O local possui controle de pressão para que microorganismos possam entrar nos quartos e atingirem os pacientes. Além disso, a temperatura é mais baixa e filtros de ar barram qualquer partícula, um cuidado com o paciente que está com a imunidade comprometida durante o tratamento.
O vice-presidente da ACCG destaca que a localização do hospital é "uma verdadeira joia". "É muito fácil de encontrar. A população tem fácil acesso e chega com facilidade tremenda. Assim, a gente pode dar esse bom atendimento e boa acolhida para os pacientes, além de um tratamento", acentua.
Alexandre Meneghini explica que o HAJ está se modernizando e profissionalizando a gestão para atender melhor a população. "Passamos por um processo árduo nos últimos dez anos e estamos bastante avançados nisso. A ideia é tornar a área administrativa mais eficiente e aumentar o investimento em tecnologia. É nossa luta diária e estamos nesse caminho", sublinha.
Atualmente o hospital atua com a capacidade em alta: mais de 80% de ocupação. "Temos um planejamento de expansão física, já estamos com o projeto na Vigilância Sanitária e parceria com deputados e senadores para a destinação de emendas parlamentares para expandir o hospital. O nosso objetivo é dobrar a capacidade de atendimento no mesmo endereço", arremata Meneghini.
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Programa facilita identificação de crianças não vacinadas em 236 municípios
O Programa Imuniza Goiás, sistema desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), chegou a 236 municípios. A ferramenta foi criada em dezembro de 2022 para facilitar a identificação de crianças não vacinadas até 2 anos, possibilitando rápida intervenção dos profissionais de saúde e contribuindo para a melhora dos índices de imunização.
"Essa iniciativa potencializa o trabalho nos municípios ao identificar crianças não vacinadas com detalhes como número de telefone, nome da criança, nome da mãe e endereço, possibilitando uma abordagem direta e eficaz. Estamos empenhados em buscar mais crianças para serem vacinadas e, como resultado, conseguimos elevar significativamente as coberturas vacinais", explica a gerente de Imunização da SES, Joice Dorneles.
A expectativa para 2024 é de ampliar ainda mais a abordagem na busca por crianças não vacinadas, estendendo o alcance a todas as faixas etárias. "Nosso compromisso agora é sensibilizar os 10 municípios restantes a aderirem à ferramenta, garantindo uma busca abrangente de não vacinados", ressalta.
Coberturas vacinais
Além do Programa Imuniza Goiás, o Estado adota uma série de estratégias para reverter o cenário das baixas coberturas vacinais, identificado não só em Goiás, mas em todo o país. Foi lançado em 2023 o Plano Estadual de Recuperação das Altas Coberturas Vacinais, batizado de “Vacina Mais, Goiás”, que estabelece ações voltadas para a melhoria dos índices de imunização no estado. A iniciativa está em sintonia com o Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, projeto iniciado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A Campanha Estadual de Multivacinação, voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos, também foi uma das ações desempenhadas em 2023 para melhorar os índices de imunização. A campanha foi realizada entre os dias 30 de setembro e 14 de outubro, com a oferta de 17 vacinas, que protegem contra 40 doenças distintas. Ao todo, mais de 84 mil crianças e adolescentes foram imunizados durante os 15 dias de ação.
Outra estratégia foi a criação da lei que estabelece a obrigatoriedade de apresentação do Certificado de Vacinação no ato da matrícula escolar. O documento, instituído pela Lei nº 22.243/2023, abrange todos os estudantes de até 18 anos da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio, das redes pública e privada. O Estado também atuou com a implantação das Atividades de Vacinação de Alta Qualidade (Avaq) do Ministério da Saúde (MS), por meio da Estratégia de Microplanejamento. Por meio da iniciativa, 1591 profissionais de saúde já foram capacitados.
Todas essas ações melhoraram as coberturas vacinais do estado. A vacina tríplice viral, por exemplo, que estava com cobertura de 80,8% até agosto de 2023, está atualmente com índice de 83,75%. O imunizante contra a poliomielite (paralisia infantil), também passou de 73,70% para 77,31%. A vacina contra a Hepatite A, que até o primeiro semestre estava com cobertura de 69,30%, está hoje com índice de 74,31%.
A gerente da SES lembra que, apesar da melhora, os índices ainda estão abaixo da meta preconizada pelo MS. “A maioria das vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação Infantil tem cobertura esperada de 95%. Iremos reforçar as estratégias já adotadas para tentar melhorar esse quadro. Mas é necessário também que as pessoas entendam a importância desses imunizantes para a proteção não apenas das crianças, como de toda a população. São vacinas seguras e que há anos protegem contra doenças imunopreviníveis”, conclui.
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O GLOBO
Dengue: Ministério da Saúde define estratégia de vacinação enquanto estados se mobilizam
A estratégia de vacinação contra a dengue no país, prevista para começar em fevereiro, será norteada por uma reunião técnica hoje entre o Ministério da Saúde, a farmacêutica Takeda e entidades da sociedade civil. Face ao desafio da limitada capacidade de produção do laboratório, dois anos de recorde de mortes consecutivos pela doença e expectativa de até 5 milhões de casos em 2024, governo federal, estados e municípios tentam criar diferentes estratégias de combate à dengue.
O ministério anunciou a incorporação da Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS) no final de dezembro. A proposta de estratégia de vacinação que a fabricante sugeriu à pasta é imunizar apenas crianças de 4 anos e adultos de 55.
O ministério, contudo, avalia incluir mais idades na vacinação, conforme apurou o GLOBO. Também pesa uma orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de outubro, que orienta aplicar a nova vacina contra a dengue em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, considerando os locais de maior incidência da doença.
Dentro da previsão de doses distribuídas em 2024, de 5 milhões, privilegiar mais idades só funcionará havendo limitação regional. O plano do ministério é restringir a campanha aos municípios com transmissão elevada de dengue.
Em 2023, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, os municípios do Sudeste, Sul e Centro-Oeste foram os mais afetados. O número de casos no último ano passou de 1,6 milhão, um aumento de 15,8% em relação a 2022, que registrou 1,3 milhão. Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás foram os lugares com maior incidência da doença.
Entre os municípios com mais casos em 2023, seis se destacam e vão passar receber do ministério mosquitos que não transmitem a dengue para tentar conter a doença - estratégia conhecida como método Wolbachia. São eles: Natal (RN, Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC). Outras seis cidades já fazem parte do projeto e permanecerão: Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Belo Horizonte (MG), Niterói (RJ) e Rio de Janeiro (RJ).
- O Centro-Oeste vai ficar em nível epidêmico. No Sudeste, atenção para Minas Gerais e Espírito Santo, com potencial epidêmico. No Sul, o Paraná tem potencial muito alto. Já o Nordeste terá um aumento, mas abaixo do limiar epidêmico - indicou a secretária nacional de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel.
O Ministério da Saúde e o InfoDengue, da Fiocruz, projetam que o número de casos da doença este ano no país deve variar 1,7 milhão entre 5 milhões, com uma média de 3 milhões. Será um salto enorme frente aos 1,6 milhão casos registrados no ano passado. Assim, estados nos quais há maior risco de disseminação começam a se movimentar.
Em Minas Gerais, por exemplo, o secretário de Saúde e também presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, afirmou que além da tradicional visita informativa às residências, há uma estratégia inovadora: o uso de drones com capacidade de dispensar larvicidas em pontos com água parada.
- Estamos fazendo uma capacitação grande de força-tarefa. Além disso, os municípios mineiros poderão usar drones capazes de fotografar as áreas de risco, onde pode haver água parada. Além de comunicar o município quais são esses locais, o aparelho pode jogar o larvicida (no pedaço) com uma faixa de erro de só 2 centímetros - afirmou Baccheretti. - É útil para locais de difícil acesso.
No Espírito Santo, o subsecretário de Vigilância em Saúde capixaba, Orlei Cardoso, diz que o plano para debelar uma crise é multisetorial.
- Para orientar sobre as arboviroses, conversamos com empresas e associações, e estamos falando também com lideranças evangélicas e católicas, pois elas têm uma amplitude muito grande junto à população - diz Orlei.
O governo do Paraná, estado da região Sul que levanta mais preocupação sobre o aumento de casos, diz ter investido para renovar os carros do tipo "fumacê", cuja função é aspergir uma nuvem com capacidade inseticida nas áreas onde há maior disseminação do mosquito transmissor. A região também fortaleceu as equipes de rastreio de casos e de saúde da família.
- Insistimos na capacitação e também na remoção dos criatórios, com larvicida- afirmou Beto Preto, o secretário de Saúde do estado, que observa o crescimento de casos mesmo em municípios onde a dengue tradicionalmente não aparecia. - Também apostamos em tendas de hidratação para colaborar com os prontos atendimentos. Pois não há tratamento específico para a dengue, é preciso hidratar os pacientes e monitorá-los.
O Distrito Federal informou que conta com 800 profissionais ligados à vigilância ambiental que se dividem nas atividades das inspeções domiciliares o que inclui diversos tipos de terrenos abandonados, borracharias, ferro velho, floriculturas, em todos os dias úteis.
Goiás investiu em capacitação de profissionais (mais de 800) para o manejo clínico adequado da doença. O estado também montou uma sala de situação, que é um comitê de especialistas, com reuniões semanais para avaliar o cenário epidemiológico e definir estratégias de ação junto aos municípios prioritários, visando o controle destas doenças. O Rio Grande do Sul preparou um painel com dados públicos sobre a doença.
Mesmo estados como Rio de Janeiro e São Paulo - que não estão sob grande preocupação nesta temporada, assim como a região Nordeste - se movimentaram. O governo paulista emitiu um alerta em dezembro para que os municípios reforcem as ações de vigilância no começo deste ano informou Tatiana Lang D'Agostini, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). No Rio, além da conscientização e do monitoramento, conta Mario Ribeiro, subsecretário de vigilância e atenção primária à saúde, o estado aposta em um estudo laboratorial de mosquitos recolhidos em áreas de risco para averiguar uma possível chegada do sorotipo 3 da doença. Uma variação rara até o ano passado, quando apareceu em Minas e em São Paulo.
Especialistas em saúde, contudo, alertam que qualquer movimentação de governo é limitada sem apoio da população. Estimativas chegam a sugerir que 90% dos criadouros de dengue estão em residências e áreas privadas - daí a necessidade que ocorra uma mobilização robusta. Além disso, é preciso que o sistema de saúde seja ágil para atender quadros com algum indicativo de gravidade.
Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) conta que é preciso que as pessoas tenham atenção recorrente em suas residências.
- O ciclo do mosquito dura sete dias, entre ovo e mosquito. A cada semana é necessário revisitar, entender se tem ou não foco desse mosquito intradomiciliar - afirma Croda.
Os repasses do governo federal para o combate à dengue nos estados e municípios não acompanham a evolução da doença em cada local, o que pode fazer com que regiões onde houve explosão no número de casos em 2023 tenham menos recursos do que áreas onde há baixas taxas de transmissão.
Portaria do Ministério da Saúde publicada no fim de dezembro destinou R$ 256 milhões para os governos estaduais e municipais desenvolverem ações para combate e prevenção à dengue. Esses recursos são utilizados para contratação e treinamento de agentes que vão de casa em casa verificar focos de mosquitos, para compra de equipamentos e excursões de veículos que fazem fumacê.
Proporcionalmente ao tamanho de sua população, o estado mais beneficiado foi a Bahia, que terá o total de R$ 39,2 milhões, o equivalente a R$ 2,77 por habitante. Já no ranking dos estados onde houve maior aumento no número de casos em 2023, os baianos ocupam a 10ª posição. No ranking por número total de casos, os baianos são os oitavos.
O Espírito Santo, citado no alerta feito em conjunto pelo Ministério da Saúde e pela InfoDengue, da Fiocruz, é a unidade da federação que teve a maior alta de casos na comparação com 2022. Os governos estaduais e municipais, porém, receberão da Esplanada dos Ministérios média de R$ 1,62 por habitante para combater o mosquito da dengue, quase R$ 1,00 a menos que Alagoas, onde a taxa de infecções recuou 90,7%.
O ex-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) Carlos Lula diz que o componente político interfere na distribuição de recursos e que esse cálculo deve considerar não apenas a situação atual de cada região, mas também dados que indiquem a possibilidade de escalada nos casos:
- O governo apostou em distribuir menos dinheiro para os estados e mais para as cidades, que é onde se faz o enfrentamento de fato. Parece que aqueles que tiveram uma articulação política mais forte conseguiram assegurar mais verbas. Essa distribuição tem que ser feita de maneira inteligente, observando onde já merece atenção e também se antecipando para evitar focos em outras regiões.
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Assessoria de Comunicação
Associados da Ahpaceg são capacitados para o uso de nova plataforma de indicadores
Escrito por AdministradorA nova Plataforma de Indicadores adotada pela Ahpaceg já está sendo atualizada com os dados das instituições associadas. A atualização refere-se ao período entre setembro e dezembro de 2023 e teve início nesta semana.
Antes de iniciarem a inserção de informações referentes a indicadores assistenciais, financeiros e de recursos humanos, colaboradores das áreas de RH, Enfermagem e Farmácia das unidades associadas participaram de um treinamento ministrado em duas turmas, no dia 4 de janeiro, na sede da Ahpaceg, pelos representantes da Iah Soluções Integradas, Welbert Fillipe e Matheus Catão.
A coordenadora de Educação Continuada da Associação, Madalena Del Duqui, conta que os colaboradores avaliaram a nova plataforma de forma positiva.
Além do registro dos indicadores, a plataforma possibilita a análise crítica e comparativa dos dados, o que a torna uma importante ferramenta de avaliação e melhoria da qualidade e da segurança dos serviços prestados.
O projeto de indicadores foi implementado pela Ahpaceg em 2019. Uma nova aula de capacitação para o uso da plataforma será ministrada em 26 de janeiro, às 14 horas, na Ahpaceg, a fim de atender os associados que não puderam participar do primeiro treinamento.
Com o apoio da Ahpaceg, Goiânia irá sediar o maior evento goiano de Direito do Trabalho
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Com o apoio da Ahpaceg, Goiânia irá sediar um EVENTO ÚNICO de Direito do Trabalho e você não pode perder a oportunidade de participar!
O 33º COLÓQUIO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE DIREITO DO TRABALHO, evento simultâneo ao SIMPÓSIO GOIANO INTERINSTITUCIONAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO, acontecerá entre os dias 29 e 31 de janeiro de 2024, no auditório do TRT 18, em Goiânia.
Confira o convite do presidente Haikal Helou e da auditora fiscal do Trabalho, Jacqueline Carrijo, faça a sua inscrição, divulgue entre seus colaboradores e participe do maior evento goiano de Direito do Trabalho!
Acesse o link, confira a programação e garanta a sua vaga no link:
Ahpaceg recebeu visita de autoridade mundial em atenção primária
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Prof. Rushika Fenandopulle contou sobre os desafios enfrentados no sistema de saúde americano e como a instituição que criou objetiva mudar o cenário de cuidados fragmentados
Os debates sobre as melhorias na atenção primária são constantes na Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Por isso, junto com a MedHealth e a Câmara Técnica de Gestão em Saúde do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), a entidade recebeu a visita do Prof. Rushika Fernandopulle, que compartilhou seus conhecimentos e experiências na última quarta-feira (10).
Médico e professor no Massachusetts General Hospital, Rushika é uma das maiores referências mundiais em modelos de atenção primária. Sendo diretor de Inovação da One Medical, maior provedor de cuidados primários dos Estados Unidos, o especialista veio diretamente à Goiânia para mostrar os desafios enfrentados em seu país, assim como as soluções encontradas e colocadas em prática.
"Eu notei que o modelo de saúde que tínhamos não funcionava para os pacientes, médicos e nem para o sistema. Todo mundo sabia, mas as pessoas tentavam fazer pequenas mudanças e eu percebi que deveríamos começar do zero", declarou o especialista, que participou de um almoço para associados na sede da Ahpaceg e, à noite, palestrou para uma plateia de médicos e gestores no Cremego.
Segundo ele, o sistema de saúde tentava fazer mais (procedimentos e condutas), mas sem focar no que é essencial: melhorar a saúde da população. Os pacientes se submetiam a longas esperas por atendimento, os cuidados eram fragmentados e os médicos tinham que realizar consultas em poucos minutos. "As pessoas estavam tendo cada vez menos saúde".
Ao perceber isso, em parceria com outros colegas médicos, Rushika abriu um consultório próprio com o foco na atenção primária. Eventualmente, os profissionais começaram a atender pacientes por meio dos planos de saúde oferecidos por empregadores e pelo Medcare (sistema americano de seguros de saúde).
Em seguida, foi a vez de criar a One Medical, empresa que nasceu com a premissa de promover uma assistência destinada à prevenção e promoção da saúde, não apenas com fins curativos.
Uma das formas de fazer isso foi pela formação de times de médicos para guiar os pacientes nos cuidados, o que foi chamado de "health coach", como "treinador da saúde". O sucesso da instituição resultou na compra da One Medical pela Amazon, em 2023, por US$ 3,9 bilhões.
"Muito se trata de educar o paciente, inclusive com a formação de 'clubes' que reúnem pessoas com condições médicas semelhantes e oferecem os cuidados necessários", exemplificou ele.
Mudança de cultura
Enfrentar uma cultura de cuidados com a saúde que não está associada à atenção primária foi um desafio, como relatou o Prof. Ruhika. A estratégia utilizada foi mostrar os bons resultados obtidos com o decorrer do tempo. Assim, até mesmo os médicos que, inicialmente, se recusaram a conhecer o projeto, logo mostraram interesse por ele.
Para as autoridades, o foco foi apresentar como os cuidados integrais à saúde dos pacientes reduzem as necessidades de procedimentos complexos e hospitalizações. No entanto, "isso (o processo de convencimento) não acontece com um estalar de dedos", alertou.
A chave é, portanto, indicar aos gestores de instituições de saúde e médicos que os dois modelos, a atenção primária e a assistência tradicional, podem conviver conjuntamente.
Essa estratégia, associada ao "boca a boca" dos pacientes que contam aos seus amigos sobre a qualidade do atendimento que receberam, formam o crescimento da assistência primária. "É assim que se constrói a confiança e, com confiança, você muda tudo", resumiu.
Ahpaceg já deu o primeiro passo
Com desafios tão semelhantes no Brasil, a Ahpaceg decidiu investir na atenção primária e fez isso em parceria com a MedHealth Planos de Saúde.
Em 2023, foi criado o Centro de Cuidado Integrado, uma clínica baseada nos atendimentos de Medicina da Família e Comunidade, que promove cuidados aos trabalhadores de instituições contratantes.
O Centro ainda possui um caminho a ser trilhado no objetivo de mostrar a importância da atenção primária e, como afirmou o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, conversar com o Prof. Rushika Fenandopulle foi uma grande oportunidade para ampliar os conhecimentos e a motivação.
“Ele (Prof. Rushika) vem de um lugar em que a cultura é mais resistente do que a nossa, mas ele venceu por lá. Também produziu um resultado espetacular, a ponto de chamar a atenção de uma das maiores empresas do mundo (Amazon). Quando alguém com essa experiência nos visita, isso mostra que estamos no caminho certo e, apesar das resistências, nós vamos chegar lá. É uma questão de trabalho, diálogo e mudança de cultura, mas se ele conseguiu, vamos conseguir também”, garantiu.
Para conferir a palestra ministrada no Cremego, acesse:
Goiânia vai receber uma das maiores autoridades do mundo em modelos de atenção primária em saúde
Escrito por AdministradorNesta quarta-feira, 10 de janeiro, Goiânia vai receber uma das maiores autoridades do mundo em modelos de atenção primária em saúde em um evento promovido pela Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás), MedHealth e Câmara Técnica de Gestão em Saúde do Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás).
O Prof. Rushika Fernandopulle vem à capital, diretamente dos Estados Unidos, para falar sobre este tema tão importante para a sustentabilidade assistencial e financeira do sistema de saúde.
Médico, professor no Massachusetts General Hospital, Rushika é diretor de Inovação da One Medical, o maior provedor de cuidados primários dos EUA, que foi adquirido pela gigante Amazon em 2023 por US$ 3,9 Bi.
No setor privado, em vários países, a Atenção Primaria à Saúde (APS) vem ocupando lugar de destaque nos últimos anos como uma estratégia de mudança no modelo assistencial, focada na prevenção e na promoção da saúde e não apenas em ações curativas.
Esse modelo já foi adotado no Centro de Cuidado Integrado inaugurado em 2023, em Goiânia, pela Ahpaceg, MedHealth e Dasa.
Às 12 horas, ele vai se reunir com associados da Ahpaceg, na sede da Associação. Às 18h30, o professor fará uma palestra na sede do Cremego para autoridades da área da saúde, médicos e demais interessados.
NA MÍDIA
Foco Nacional
https://www.foconacional.com.br/2024/01/goiania-vai-receber-uma-das-maiores.html
Isso é Goiás
https://www.issoegoias.com.br/2024/01/goiania-vai-receber-uma-das-maiores.html
Folha do Planalto
https://www.folhadoplanalto.com.br/2024/01/goiania-vai-receber-uma-das-maiores.html