Imprensa (2315)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
CFM lança plataforma de validação de atestados médicos
Juiz suspende exigência de plataforma do CFM para atestado médico
Vacina oral contra poliomielite não será mais aplicada no Brasil
33º Congresso Goiano de Cardiologia começa no dia 7 e terá palestras do especialista Leonardo Sara
Novas diretrizes americanas sobre AVC destacam quais são os riscos em mulheres
CDI PREMIUM: Encontro “O outro lado da cardiopatia congênita” vai abordar os cuidados humanizados com crianças com malformação cardíaca
Médica é condenada por espalhar fake news sobre câncer de mama não existir
Governo brasileiro emite alerta sanitário sobre mpox nos aeroportos
Planos de saúde coletivos empresariais têm marca recorde de vínculos no País
AGÊNCIA BRASIL
CFM lança plataforma de validação de atestados médicos
A partir desta terça-feira (5), uma plataforma online vai validar atestados médicos emitidos em todo o Brasil. É o Atesta CFM do Conselho Federal de Medicina.
De acordo com a entidade, a ferramenta vai ajudar a combater fraudes e outras irregularidades na emissão dos atestados médicos.
O uso da plataforma será obrigatório a partir de 5 de março do ano que vem. Até lá, o período é de adaptação.
Para usar o sistema, os médicos precisam se cadastrar no atestacfm.org.br. Depois da autenticação, já podem emitir os documentos pela plataforma.
O especialista em Tecnologia da Informação do CFM, Gleidson Porto, detalhou os atestados que podem ser emitidos e a área de acesso dos médicos na página.
"Será possível, após entrar com certificado digital, emitir qualquer tipo de atestado, inclusive de saúde ocupacional. Consultar histórico de seus atestados, gerar estatísticas, dentre outros recursos".
O cidadão também terá acesso ao sistema, segundo o Gleidson.
"O cidadão terá acesso ao portal, onde poderá consultar os seus atestados emitidos pelo Atesta CFM. Sempre que o atestado for emitido em seu nome, ele receberá uma notificação. Esse portal do cidadão terá uma espécie de prontuário eletrônico para guarda de todos esses atestados".
O trabalhador não vai mais precisar entregar o atestado pessoalmente na empresa porque, se ele autorizar, o médico já envia ao empregador pelo próprio "Atesta CFM". Além de ser enviado para o celular do próprio paciente.
E o validador oficial dos atestados já estará no ar nesta terça-feira no validar.atestacfm.org.br, onde é possível verificar se o documento é verdadeiro.
O diretor de TI do CFM, Hideraldo Cabeça, explica como esse controle será feito.
"Na ponta, nós temos o médico usando certificação digital. E o Conselho Federal de Medicina tem a biometria desse médico, tudo ancorado no que determina a lei. Toda a jornada do atestado médico será acompanhada pelo Atesta CFM até sua validação".
De acordo com o CFM, as irregularidades em atestados médicos geram "consideráveis prejuízos" para empresas, a Previdência Social e a população.
O Atesta CFM vai ajudar a inibir essas fraudes.
A ferramenta também estará disponível na forma de aplicativos para tablets e celulares, mas ainda aguarda liberação das lojas virtuais.
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PODER 360 - ONLINE
Juiz suspende exigência de plataforma do CFM para atestado médico
A liminar foi concedida pelo TRF depois de pedido do Movimento Inovação Digital
O TRF-1 (Tribunal Federal Regional da 1ª região) suspendeu a medida do CFM (Conselho Federal de Medicina) que torna obrigatório para médicos o uso da plataforma "Atesta CFM" para o gerenciamento, armazenamento e emissão de atestados médicos em um banco de dados do próprio Conselho.
A resolução do CFM indica a plataforma como "oficial e obrigatória para emissão e gerenciamento de atestados médicos" em todo país. Segundo a decisão do juiz federal Bruno Anderson, a exigência da CFM invadiu a competência da União. Eis a íntegra (PDF - 59,9 kB) da decisão.
O juiz disse que a resolução do CFM poderia causar uma concentração indevida do mercado de atestado médico digital e tornar mais frágil o abastecimento de dados pessoais de pacientes.
"A realidade de médicos e municípios brasileiros exige uma adaptação razoável e com prazos mais elevados para a completa digitalização da prática médica", declarou o juiz Bruno Anderson. A liminar foi concedida pelo magistrado depois de pedido do MID (Movimento Inovação Digital), que engloba mais de 180 empresas nativas digitais.
A representação do MID argumentava que a regra do CFM não era legal, já que cabe ao MS (Ministério da Saúde) e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a regulamentação de documentos de saúde. Foi mencionado ainda que o CFM não havia apresentado justificativa clara para a centralização dos atestados médicos na plataforma.
"Ao editar ato infralegal que obriga a todos os profissionais médicos a utilizarem o sistema 'Atesta CFM', o Conselho Federal de Medicina, ao menos em exame de cognição sumária, invadiu competência legislativa da União Federal, por seus Órgãos (MS, Anvisa, ANPD [Autoridade Nacional de Proteção de Dados]), ao prever o uso imperativo de plataforma criada por si, em desbordo à sua competência, repita-se, e sem a participação dos demais atores regulamentadores e certificadores, o que pode representar concentração indevida de mercado certificador digital por ato infralegal da autarquia, fragilizar o tratamento de dados sanitários e pessoais de pacientes, bem como a eliminação aparentemente irrefletida dos atestados e receituários médicos físicos, quando se sabe que a realidade de médicos e municípios brasileiros exige uma adaptação razoável e com prazos mais elevados para a completa digitalização da prática médica", lê-se na decisão.
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AGÊNCIA BRASIL
Vacina oral contra poliomielite não será mais aplicada no Brasil
Formato injetável garante mais eficácia
A partir desta segunda-feira (4/11), o Ministério da Saúde irá substituir as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), popularmente conhecida como gotinha, por uma dose da vacina inativada (VIP), que é injetável. O objetivo é alinhar o esquema vacinal às práticas já adotadas por países como os Estados Unidos e nações europeias. Segundo a pasta, a mudança vai garantir maior eficácia do esquema vacinal, que será exclusivo com a vacina injetável.
O novo esquema inclui três doses da vacina injetável administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de uma dose de reforço aos 15 meses. O Ministério da Saúde já enviou orientações aos estados para que preparem os municípios para a implementação das novas diretrizes.
As doses da vacina oral poliomielite bivalente que estejam lacradas em estoque nos municípios serão recolhidas pelo Ministério da Saúde até o dia 31 de novembro. A partir de hoje, apenas as doses da vacina injetável deverão estar disponíveis nas salas de vacinação.
Zé Gotinha
Apesar da substituição da vacina oral, o Ministério da Saúde garante que o personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980 para incentivar a adesão das famílias, continuará sendo um símbolo da imunização no país.
“O Zé Gotinha é um símbolo universal na missão de salvar vidas e um aliado importante na educação e no combate às notícias falsas. Ele seguirá firme nas ações de conscientização”, explica o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti.
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ISSO É GOIÁS
33º Congresso Goiano de Cardiologia começa no dia 7 e terá palestras do especialista Leonardo Sara
O maior congresso de cardiologia de Goiás começa nesta quinta-feira, 7 de novembro, e o médico Leonardo Sara, cardiologista da equipe CDI Premium, será um dos participantes do evento. Logo no primeiro dia do 33º Congresso Goiano de Cardiologia, às 16h40, ele vai abordar o tema “Exercício físico e calcificação coronariana: Quais as evidências atuais?”
Trata-se de um tema muito relevante, pois estudos mostram que o exercício físico é uma ferramenta poderosa para melhorar a saúde cardiovascular, porém há muito debate sobre a relação entre a atividade física intensa, a saúde do coração e a presença de calcificações nas artérias coronárias, que são um marcador de aterosclerose.
No segundo dia do congresso promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Goiás, às 14h20, Leonardo Sara voltará a palestrar, desta vez abordando o tema “Tomografia cardíaca é essencial para a minha prática de prevenção primária cardiovascular?”.
Com a participação de médicos cardiologistas goianos e de outros Estados e países, o congresso acontecerá de 7 a 9 de novembro, no Hotel Transamérica Collection, em Goiânia, e vai abordar temas diversos, como a importância da espiritualidade na saúde cardíaca, o uso da inteligência artificial em diagnósticos e tratamentos cardiovasculares, morte súbita, o impacto do uso de cigarro eletrônico e como os médicos podem usar as mídias sociais para a divulgação de seu trabalho.
Durante todo o evento, o CDI Premium contará com um estande para receber os congressistas e proporcionar a cada um momentos de confraternização, troca de conhecimentos e relaxamento nos intervalos da programação.
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FOLHA.COM
Novas diretrizes americanas sobre AVC destacam quais são os riscos em mulheres
Partos prematuros, endometriose e menopausa precoce podem aumentar chances
Novas diretrizes para prevenção do AVC (acidente vascular cerebral) explicam, pela primeira vez, os riscos enfrentados por mulheres, com a observação de que partos prematuros e condições como endometriose e menopausa precoce podem aumentar as chances de desenvolver o problema.
O foco das recomendações da Associação Americana de Acidente Vascular, publicadas no fim de outubro no periódico Stroke, é a prevenção primária - o esforço para prevenir derrames em indivíduos que nunca tiveram um. Ela representa a primeira atualização desse tipo em uma década, e é o manual com o qual milhões de americanos serão cuidados.
O AVC acontece quando há o bloqueio repentino do fluxo sanguíneo sangramento repentino no cérebro. É uma das principais causas de morte nos Estados Unidos, e a incidência tem aumentado até mesmo entre adultos de 49 anos menos, alimentada por altos índices de obesidade, colesterol alto, diabetes e - talvez o mais significativo- pressão alta.
Pressão alta
Quase 800 mil derrames ocorrem anualmente nos EUA, levando a incapacidade grave e mais de 160 mil mortes. Cerca de 57% dos AVCs são em mulheres e pelo menos 60% são preveníveis.
Pela primeira vez, as diretrizes alertaram que mulheres transgênero e de gêneros diversos que fazem uso do hormônio estrogênio para afirmação de gênero podem enfrentar um risco maior de derrame e devem ser examinados quanto a fatores de risco relacionados por seus médicos.
O relatório também chama a atenção para o papel desempenhado pela pobreza, pelo acesso limitado a alimentos saudáveis, pela dificuldade de obtenção de cuidados de saúde e pela exposição ao racismo, à discriminação e ao estresse.
A gravidez e o período pós-parto são momentos cruciais, durante os quais o risco de acidente vascular cerebral é cerca de três vezes maior do que o de adultos não-gestantes de mesma idade, de acordo com o relatório.
A maioria dos derrames ocorre após a gestação e as duas primeiras semanas após o parto são o período mais perigoso. Mulheres nessas circunstâncias têm uma maior probabilidade de terem AVCs se forem mais velhas, usaram tecnologia de reprodução assistida tiveram obesidade, doença cardíaca, infecções, enxaquecas lúpus.
Mulheres que passam por partos prematuros, abortos espontâneos recorrentes e tros resultados ruins da gravidez também têm maior probabilidade, segundo o relatório, de desenvolver doenças cerebrovasculares (condições que afetam o fluxo sanguíneo para o cérebro) e em idade mais precoce.
A lista de consequências da gravidez associadas ao AVC também inclui distúrbios hipertensivos, diabetes gestacional, natimortos, bebês pequenos para a idade gestacional e uma condição chamada descolamento prematuro da placenta, que ocorre quando a placenta se separa da parede interna do útero antes do parto.
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DEZ MINUTOS
CDI PREMIUM: Encontro “O outro lado da cardiopatia congênita” vai abordar os cuidados humanizados com crianças com malformação cardíaca
Receber o diagnóstico que o filho tem uma cardiopatia congênita quase sempre é assustador. E todos os anos, apenas no Brasil, cerca de 30 mil famílias têm filhos diagnosticados com essas malformações no coração.
O diagnóstico precoce e o tratamento correto são fundamentais nos cuidados com os pequenos pacientes. Mas outros fatores também são muito importantes no dia a dia destas famílias, como a informação correta sobre cada etapa do atendimento e o apoio.
E é com objetivo de orientar as famílias sobre o tratamento cirúrgico que acontecerá nesta terça-feira, 5 de novembro, a partir das 18 horas, no CDI Premium, a primeira edição do encontro “O outro lado da cardiopatia congênita”.
Médicos cardiopediatras, cirurgiões, anestesiologistas e perfusionistas vão conversar com famílias de crianças com cardiopatia de uma forma descontraída, mostrando todas as etapas do atendimento, desde quando a criança vai para o centro cirúrgico até o momento em que ela será levada para a recuperação na Unidade de Terapia Intensiva. Os cuidados pós-cirurgia também serão abordados.
“Queremos mostrar às famílias os bastidores da cirurgia das crianças portadoras de cardiopatia congênita, expor o que acontece quando a criança vai para o centro cirúrgico até o momento em que ela será entregue na UTI. Será um bate-papo informal com os profissionais que atuam todos os dias neste cenário”, explica a médica cirurgiã cardíaca pediátrica Laura Barboza.
Além do apoio do CDI Premium, o evento conta com o apoio da Integra e da Associação Amigos do Coração e será realizado no 4º andar do prédio localizado na Avenida Portugal, 496, no Setor Oeste.
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JURINEWS
Médica é condenada por espalhar fake news sobre câncer de mama não existir
A Justiça do Pará condenou a médica Lana Tiani Almeida da Silva após a profissional alegar, em vídeo publicado no Instagram, que o câncer de mama "não existe" e que a mamografia causaria inflamação, contrariando as principais evidências científicas e recomendações das autoridades de saúde.
No processo, movido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a juíza Lailce Ana Marron da Silva Cardoso, da 9ª vara Cível e Empresarial de Belém, determinou que Lana retire imediatamente do ar as publicações.
Além disso, a decisão proíbe a médica de alegar que o exame da mamografia é prejudicial à saúde, sob pena de multa diária de R$ 1,5 mil, e de anunciar tratamentos que não tenham comprovação científica.
Na publicação que motivou o caso, Lana disse para "esquecer o Outubro Rosa": - Câncer de mama não existe (.) Esqueçam a mamografia - falou. No mesmo vídeo, defendeu uma terapia sem evidências de reposição hormonal para reverter o quadro que, segundo ela, seria uma inflamação crônica por acúmulo de cálcio.
Na decisão, a juíza diz que "o perigo de dano está comprovado pela indevida conduta da ré, ao promover descredibilização dos métodos científicos de diagnóstico e tratamento do câncer de mama, bem como na indevida divulgação de método de tratamento, desenvolvido por profissional não médico, sem qualquer comprovação científica e, principalmente, no imenso e irresponsável risco à saúde da população, o qual, em concreto, pode ser irreversível".
Nas redes, Lana diz ser médica especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas. No entanto, a plataforma do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que não há especialidades cadastradas em seu nome. Após a repercussão do vídeo, o Conselho Regional de Medicina do Pará disse que o "fato será objeto de apuração", mas destacou que o procedimento tramita sob sigilo.
Entidades médicas se posicionaram em repúdio à declaração. Em nota, o CBR disse estar "preocupado com a repercussão dos depoimentos" e ressaltou a segurança das mamografias.
"O acesso da mulher ao exame de mamografia pode salvar vidas e evitar tratamentos mais onerosos em estágios avançados do câncer de mama (.) Não há qualquer evidência científica reconhecida que atribua à realização de um exame de mamografia ser um fator de risco para o surgimento de câncer na mama ou qualquer outro órgão ou parte do corpo humano e nem a causa de inflamações ou outros transtornos de saúde para as mulheres", afirmou.
Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologistas e Obstetras (FEBRASGO) publicaram uma nota conjunta citando "fake news que vem circulando em quase todo o Brasil" e reforçando a orientação para a realização de mamografias.
Segundo os dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 65,7 mil novos casos de câncer de mama no ano passado e 20,3 mil mortes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a neoplasia é a mais comum em mulheres depois do câncer de pele não melanoma.
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PORTAL UOL
Governo brasileiro emite alerta sanitário sobre mpox nos aeroportos
Com o objetivo de minimizar riscos da entrada de novas variantes do mpox no Brasil, o ministério da Saúde e a Anvisa emitem alertas sanitários nos aeroportos e portos brasileiros.
"Os viajantes e funcionários que circularem pelos locais da campanha poderão encontrar painéis informativos ilustrando os sintomas, além de orientações sobre o que fazer, caso apresente algum deles", afirmou o Ministério da Saúde, em nota.
No Brasil, mais de mil casos foram registrados em 2024. Em agosto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou emergência sanitária global por causa da proliferação dos casos da doença. Naquele momento, o vírus estava presente em 13 países.
A mpox é uma doença zoonótica viral causada pelo vírus MPXV. Sua transmissão em humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas pelo Mpox vírus ou por materiais contaminados com o vírus. A principal forma de transmissão é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada.
Mas a infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente infectados como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
No Brasil, o ministério enfatiza "a necessidade de informar as populações em risco e implementar medidas de preparação e resposta nos serviços de saúde para prevenir e controlar a transmissão da Mpox".
No aeroporto de Brasília, onde passam cerca de 40 mil viajantes diariamente, por exemplo, os avisos já estão disponíveis tanto nas áreas de embarque e desembarque doméstico, quanto na área internacional. "Ações como essa somam-se a esforços internacionais para evitar e prevenir a disseminação de novas variantes pelo mundo", diz a nota do governo.
A Anvisa também atualizou, no último dia 21 de outubro, a Nota Técnica oferecendo orientações detalhadas para os profissionais sobre a prevenção e controle da Mpox nos serviços de saúde.
A nota traz informações sobre a identificação e acompanhamento dos casos, e orientar sobre isolamento, gerenciamento de resíduos e coleta e transporte de amostras laboratoriais. Ainda inclui uma introdução histórica da doença, informações epidemiológicas, desafios na detecção e controle, e a importância de medidas de vigilância rigorosa e contínua.
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MEDICINA S/A
Planos de saúde coletivos empresariais têm marca recorde de vínculos no País
As adesões a planos médico-hospitalares seguem em ritmo de crescimento contínuo, especialmente nos últimos quatro anos. Em agosto de 2024 atingiram 51,4 milhões de vínculos no País, novo recorde histórico para o setor, puxado principalmente, pelo tipo coletivo empresarial, que soma a maior parte dos contratos 36,7 milhões. As informações são da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 98, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O estudo mostra que esse tipo de contratação, ofertada por empresas a seus colaboradores, cresceu 3,4% apenas nos últimos 12 meses encerrados em agosto deste ano, resultando em acréscimo de 1,2 milhão de vínculos – via de regra, esses planos estão interligados a criação de empregos formais. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estoque de oportunidades passou de 45,5 milhões para 47,2 milhões, no mesmo período, alta de 3,9% com 1,8 milhão de novos postos de trabalho.
Vale frisar que, os setores de serviços, comércio e indústria, historicamente, são os que mais ofertam planos de saúde aos seus colaboradores. Eles são, inclusive, os que apresentaram maior saldo de empregos entre agosto do ano passado e o mesmo mês desse ano: 1 milhão, 340,7 mil e 280,5 mil, respectivamente, seguido da construção (147,5 mil) e agropecuária (11,6 mil).
Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, o volume acumulado de empregos formais tem melhorado em vários setores, fato que justifica o aumento de adesões a planos médico-hospitalares. “Os planos coletivos empresariais, em especial, respondem por 71% dos beneficiários, ou seja, tem um peso muito grande, que influencia bastante no total geral de vínculos. Portanto, enquanto a economia estiver reagindo com saldo positivo de empregos formais, a tendência será de crescimento para esse tipo de plano e do setor como um todo”, observou.
Variação de beneficiários
As adesões a planos de saúde médico-hospitalares sofreram variações ao longo dos anos. Em dezembro de 2014, por exemplo, atingiram o seu ápice com 50,5 milhões de beneficiários. Nos anos seguintes, até o final 2017, sofreram uma queda aproximada de cerca de 3 milhões de vínculos. No entanto, após o impacto inicial da pandemia de Covid-19, entre março e junho de 2020, o número começou a crescer de forma acelerada e continuou expandindo até atingir o patamar atual (51,4 milhões), superior a marca de 2014.
Veja a íntegra da Analise Especial da NAB 98 https://www.iess.org.br/biblioteca/periodico/analise-especial-da-nab/segmento-de-planos-medico-hospitalares-atinge
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
O futuro da acreditação em saúde: como tecnologias auxiliam na busca pelos selos de qualidade
Como funcionava suposto esquema de fraude arquitetado por namorado de Sandy
Artigo - Imposto mais alto para combater o câncer
CFM entra na Justiça contra sistema de cotas na residência médica
Como os profissionais de saúde ganham visibilidade com estratégias digitais
SAÚDE BUSINESS
O futuro da acreditação em saúde: como tecnologias auxiliam na busca pelos selos de qualidade
Conheça resultados que instituições alcançaram depois de acreditadas, inclusive no setor público, e saiba como ir além.
A tecnologia está redefinindo a acreditação hospitalar, integrando inteligência artificial, análise de dados e plataformas digitais para elevar a qualidade e segurança no atendimento. Enquanto hospitais privados avançam na implementação de soluções digitais, os hospitais públicos enfrentam o desafio de equilibrar recursos limitados com a necessidade crescente de modernização.
Essa jornada digital contínua, que transforma a acreditação em um processo proativo e automatizado, aponta para um futuro em que tanto o setor privado quanto o público podem alcançar novos patamares de excelência, com foco em um cuidado mais seguro, eficiente e acessível.
Essas tecnologias têm o potencial de otimizar cada etapa da busca pela acreditação, desde a preparação inicial até o monitoramento contínuo e a reavaliação dos processos. Não apenas melhoram a eficiência operacional das instituições de saúde como também contribuem para a qualidade do atendimento ao paciente A integração de plataformas digitais para o gerenciamento de pacientes e a coordenação de cuidados facilitou a conformidade com os padrões de acreditação.
O principal benefício das tecnologias está na sua capacidade de identificar, de forma precisa e proativa, áreas que necessitam de melhorias, além de garantir conformidade em tempo real com os padrões de acreditação, segundo Ana Carla Parra Labigalini Restituti, co-fundadora e diretora de acreditação e educação da Infinity Accreditation Healthcare, instituição credenciada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).
“Em vez de ciclos de avaliação pontuais, essas ferramentas permitem um monitoramento contínuo e automatizado, trazendo agilidade ao processo e ampliando o impacto da acreditação nas operações diárias das organizações de saúde.”
Claudio Giulliano, CEO da Folks, afirma que as novas tecnologias digitais têm contribuído significativamente para que os processos de qualidade e segurança sejam implementados na prática, colaborando para que o processo se torne uma jornada digital, com mecanismos automatizados de controle e geração automática de dados para que o gestor possa realizar uma melhoria contínua.
“A integração de soluções digitais permite que as instituições de saúde não apenas atendam aos requisitos, mas superem expectativas, alcançando níveis excepcionais de excelência”, diz Ana Carla.
Segundo Giulliano, os hospitais mais digitais possuem maior facilidade de atender às exigências das principais acreditações do mercado. Ele comenta que em alguns estudos, realizados por meio do índice de maturidade digital da Folks, foi possível observar uma correlação estatística positiva entre alto nível de maturidade digital e certificações/acreditações na área de saúde.
Sustentabilidade e atendimento humanizado
No cenário atual da saúde, o conceito de excelência tem evoluído, com a inclusão de critérios que vão além da qualidade técnica e segurança. Sustentabilidade, cuidado centrado no paciente e respeito aos seus direitos sempre foram requisitos dentro de um órgão de acreditação. Porém, a evolução da participação dos pacientes, no sistema de saúde, tornou esses critérios pilares da acreditação. Essa mudança reflete a necessidade de um sistema de saúde, que equilibre alta performance assistencial e responsabilidade ambiental.
Giulliano comenta que muitas acreditações estão trazendo requisitos para avaliar se as instituições estão, de fato, desempenhando essas ações. “No âmbito da certificação da HIMSS, há uma categoria específica sobre patient engagement. Essa categoria avalia como a tecnologia da informação está ajudando no atendimento ao paciente, tanto do ponto de vista operacional como assistencial, visando uma jornada digital do paciente”, enfatiza.
Selos de acreditação: resultados práticos
A acreditação não é apenas um reconhecimento de conformidade, mas um instrumento de transformação cultural nas instituições de saúde. É um recurso capaz de promover mudança de mentalidade, incentivando uma cultura organizacional voltada para a segurança, a qualidade e a melhoria contínua. Ao exigir uma abordagem estruturada para a gestão de processos e riscos, a acreditação fortalece a capacidade das organizações de antecipar problemas, corrigir falhas e implementar soluções inovadoras, o que, em última instância, eleva o nível de assistência oferecido aos pacientes.
Hospitais acreditados apresentam melhor desempenho em vários aspectos, incluindo tempo de espera reduzido e melhor gestão de recursos, de acordo com estudo realizado pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).
Dados indicam que instituições acreditadas aplicam práticas de segurança capazes de reduzir significativamente eventos adversos relacionados a medicações e cirurgias. “Em alguns casos, foi observada uma redução de até 30% nas taxas de quedas de pacientes, enquanto os erros de medicação caíram em até 50%, após a implementação de processos de segurança padronizados, como a identificação de medicamentos com fonética semelhantes, uso de abreviações perigosas e a segurança no uso de medicamentos de alto risco”, cita Ana Carla.
Como a acreditação traz melhores resultados em instituições públicas de saúde
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), em seus vários institutos, possui algumas das principais acreditações e certificações com foco na melhoria contínua.
Silvia Takanohashi Kobayashi, chefe de gabinete da Superintendência do hospital, conta que os processos de acreditação nos Institutos HCFMUSP trouxeram benefícios, como:
Melhoria do gerenciamento da organização;
Aumento da qualidade da assistência prestada;
Garantia de reconhecimento público;
Padronização dos processos e adoção de padrões de trabalho embasados e controlados;
Consolidação da cultura de segurança e da cultura justa;
Alteração no comportamento e maior envolvimento das equipes profissionais de saúde.
O HCFMUSP realiza o acompanhamento de seus diversos processos (principais, de apoio e de gestão) por meio de controles e indicadores. Os dados obtidos nas atividades são trabalhados e estas informações municiam análises, avaliações e tomadas de decisão nos mais variados níveis de gestão (estratégico, tático e operacional).
O processo para obter a acreditação é mais desafiador para uma instituição pública? Silvia diz que a administração de organizações públicas já traz, em si, inúmeros desafios. “Nosso primeiro desafio é o tamanho da nossa estrutura representado na assistência, por exemplo, por uma demanda muito grande de problemas de saúde de alta complexidade, aliado a orçamentos limitados. Isso exige maior eficiência na utilização dos recursos e mais eficácia nos resultados de inúmeros processos”, explica.
O Hospital Pequeno Príncipe é uma instituição filantrópica - com 60% dos atendimentos via SUS - que tem experiência semelhante. São vários os resultados que demonstram melhorias, tanto no processo de segurança como também na redução de desperdícios, segundo Fábio Motta, médico e vice-diretor de Qualidade e Pesquisa Clínica do Hospital.
Ele cita a segurança da cadeia medicamentosa, ponto muito sensível dentro da pediatria, como exemplo. Qualquer hospital que trabalhe com processos pediátricos deve estar atento a esse processo, pelos riscos inerentes. A variação de dose na pediatria é muito maior do que a variação no adulto; as doses são pequenas, prescritas em miligramas por quilo e isso aumenta o risco de erro.
“Desde o início do processo de acreditação, trabalhamos com foco na melhoria da segurança da cadeia medicamentosa a partir de novos protocolos. Essa estratégia também possibilitou uma diminuição de gastos e desperdícios. Além disso, promovemos o uso racional de antimicrobianos, que evita o uso desnecessário ou equivocado, reduzindo o tempo de administração do medicamento, visando maior controle no avanço da resistência a esses fármacos”, conta Motta.
Na opinião do médico, o processo de acreditação tem a capacidade de formalizar e chancelar o nível de excelência de uma instituição. “Hoje, pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), alcançamos o nível mais alto de excelência e, sem dúvidas, isso acaba tendo um impacto importante no reconhecimento nacional e internacional do Pequeno Príncipe. Os resultados de excelência construídos no processo de acreditação contribuem para manter a reputação do Hospital”, pontua.
A instituição também usa tecnologias para melhorar a gestão, em especial no monitoramento dos padrões de qualidade. O desenvolvimento de um sistema de alertas criado a partir de dados provenientes do prontuário eletrônico do paciente é um exemplo concreto. O sistema funciona por meio de painéis de gestão clínica, que permitem às equipes acompanharem e tomarem decisões em relação à mudança de processos.
“Desenvolvidas internamente, ferramentas como essa têm um grande impacto na conquista e na manutenção do selo de acreditação. Os recursos foram fundamentais para que conseguíssemos monitorar os padrões de qualidade e segurança. Essa rotina consolidada na tecnologia faz com que possamos avançar em inovações a cada ciclo de avaliação”, ressalta.
Hospitais privados e o ganho da credibilidade
O Hospital Moinhos de Vento é acreditado, desde 2002, pela Joint Commission International (JCI). A acreditação internacional foi aplicada a todas as unidades da instituição.
Vania Röhsig, superintendente Assistencial e de Educação do Moinhos de Vento, explica que a acreditação melhorou a qualidade dos processos, embora pontos como eficiência sejam sempre mais difíceis de serem medidos. “A principal mudança se chama ‘tempo-sensível’, quando medimos o intervalo de tempo daquilo que é sensível para a saúde do paciente, como o tempo entre um infarto ou um acidente vascular cerebral, e o atendimento. Os nossos tempos melhoraram muito e vão todos além dos vistos na prática mundial”, explica.
Ela destaca o aprimoramento dos processos, a garantia de segurança, a adoção de padrões como os principais impactos da acreditação na rotina do hospital. São características que promovem a melhor entrega no cuidado e, de forma geral, na instituição: a garantia da qualidade dos profissionais, do processo de informação e de validação dos diplomas.
Já no Hospital Sírio-Libanês, as acreditações representam um reconhecimento ao trabalho desempenhado pelas equipes todos os dias. “Isso traz confiança a médicos e pacientes no momento da escolha pelo nosso hospital”, opina Carla Bernardes Ledo, gerente de Qualidade da instituição.
Ela conta que o hospital foi o primeiro centro médico privado brasileiro a receber a acreditação Commission on Accreditation of Rehabilitation Facilities (CARF), que reconhece a qualidade dos programas de reabilitação oferecidos por diferentes instituições.
“Com isso, o hospital tem conseguido garantir o direito de ir e vir, com segurança, conforto e autonomia, pelo mais amplo espectro de usuários, incluindo crianças, idosos e pessoas com limitações temporárias ou permanentes”, afirma Carla.
Outra experiência de como a acreditação tem mudado os rumos da gestão das instituições de saúde é a do Grupo Fleury, tanto na área diagnóstica quanto hospitalar, com o Hospital Saha.
“Em 2018, iniciamos o processo para acreditação da ONA. Os resultados foram visíveis e incluem desde mudanças no nível de comprometimento de todos os colaboradores até a implantação de uma cultura de otimização diária dos processos”, conta Daniel Szor, gerente médico do Hospital Saha, marca do Grupo Fleury.
Do ponto de vista da equipe médica, a acreditação trouxe processos mais estruturados, como a avaliação regular do corpo clínico a cada seis meses, o que antes era realizado de maneira informal. “Também passamos a desenvolver atividades de integração com as equipes mensalmente. Essas ações refletiram na melhoria do atendimento, que passou a ser mais otimizado.”
Na área laboratorial, as acreditações, tanto a ONA quanto as específicas para laboratórios, como o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) e a acreditação DICQ (Sistema Nacional de Acreditação), se complementaram no Grupo Fleury.
Daniel Périgo, gerente sênior de ESG do Grupo, conta que as duas últimas possuem um foco maior na qualidade técnica dos processos, enquanto a ONA agregou a visão assistencial e de segurança do paciente nos processos.
Entre os resultados observados, Périgo destaca a melhoria da qualidade técnica dos processos, o que inclui uma nova visão sobre como as falhas são identificadas e tratadas, além da redução de desperdício e de retrabalho.
Sobre o impacto das tecnologias na conquista dos selos de acreditação, Périgo destaca que os benefícios trazidos pelas tecnologias, como maior agilidade no diagnóstico, redução da intervenção manual e o direcionamento das pessoas para atividades que agreguem mais valor na otimização de processos, ajudaram a instituição a focar na necessidade do paciente e na qualidade técnica. Melhorou o atendimento e, na ponta, contribuiu para a obtenção da acreditação.
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UOL NOTÍCIAS
Como funcionava suposto esquema de fraude arquitetado por namorado de Sandy
O médico Pedro Andrade, namorado da cantora Sandy, é acusado pela SulAmérica Saúde de violar o sistema de reembolso de planos de saúde por meio do instituto que leva o próprio nome.
Empresa alega que a instituição teria fraudado as regras de reembolso, causando um prejuízo de mais de R$ 2 milhões. Mas, afinal, como funcionava a suposta fraude?
Advogado Henrique Arbache, que representa a administradora, contou detalhes da fraude em entrevista exclusiva a Splash.
Uma auditoria apontou que entre janeiro de 2022 e outubro de 2024 foram apresentadas 6.637 solicitações de reembolso, totalizando R$ 2.787.447,11. Dentre esse montante, foram reembolsados R$ 2.306.754,53.
Irregularidades apontadas pela SulAmérica: Instituto teria emitido notas fiscais parceladas, em valor diferente do real da consulta, e como se o atendimento tivesse sido realizado por diversos profissionais. A prática visava aumentar o valor a ser recebido pelos beneficiários a título de reembolso.
Médico disponibilizava pedidos de exames prévios à realização da consulta, muitas vezes desnecessários e sem ao menos saber o quadro clínico do paciente.
Emissão de notas fiscais em datas em que o médico estava viajando. "Atendimentos prestados em datas que, segundo se colheu em redes sociais, o médico responsável pelo atendimento, Pedro Andrade, estava viajando, fora da cidade de São Paulo. Aqui, é importante destacar que em nenhuma nota fiscal analisada havia informação de que houve algum atendimento virtual."
Comprovantes de pagamento falsos. Algumas solicitações de reembolso foram acompanhadas de comprovantes de pagamento falsos, cuja operação financeira não foi reconhecida pela instituição.
Quando apuradas irregularidades desta ordem, a SulAmérica comunica os fatos à autoridade policial e segue com medida judicial para cessar a prática com a maior brevidade possível. Henrique Pires Arbache, advogado
Pedro Andrade, médico e namorado da cantora Sandy Imagem: Reprodução/Instagram Administradora de plano de saúde afirma que um membro da equipe realizou uma consulta com o médico, no valor de R$ 3.500,00, a fim de comprovar a prática ilegal. "Contudo, para maximizar o reembolso, foi emitida pela clínica uma nota fiscal divergente do valor do atendimento, fracionado inicialmente no valor de R$ 1.200,00."
Procurado por Splash, Pedro Andrade não retornou até o momento. Se o fizer, o texto será atualizado. Após a divulgação do caso, o médico fez uma reflexão e compartilhou trecho bíblico nas redes sociais: "O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba."
Juíza Edna Kyoko Kano alegou em decisão recente que há indícios de prática ilegal ao conceder tutela de urgência. "Os elementos de convicção trazidos aos autos apontam no sentido da prática, pelos réus, de atos que violam o sistema."
Decisão impede que instituto emita e fracione recibos e notas fiscais de supostos atendimentos de saúde prestados a beneficiários dos planos de saúde. O descumprimento acarretará multa de R$ 5 mil por infração, limitada a R$ 200 mil.
Justiça não aceitou o pedido de suspensão de todos os pedidos de reembolso, considerando que a medida poderia prejudicar pessoas que não fazem parte da ação. O médico e o instituto já foram citados.
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O GLOBO
Artigo - Imposto mais alto para combater o câncer
Arrecadação gerada com tributação sobre produtos de tabaco pode ser revertida diretamente para fortalecer o SUS
A relação entre a reforma tributária e o câncer é muito mais profunda que parece. Ao abordar o tabagismo, responsável por diversas doenças crônicas e milhares de óbitos no Brasil e no mundo, é essencial considerarmos as políticas fiscais como ferramenta de saúde pública.
O tabaco está diretamente ligado a vários tipos de câncer, especialmente de pulmão, cavidade oral e laringe, que, juntos, aparecem entre as principais causas de morte no país. Reformar o sistema tributário e incluir o tabaco numa categoria especial de taxação não apenas desestimula o consumo, como devolve recursos ao Sistema Único de Saúde (SUS), que terá de arcar com tratamentos.
Dados da ACT Promoção da Saúde revelam que o tabagismo custa à sociedade brasileira mais de R$ 125 bilhões por ano, enquanto a arrecadação com impostos sobre o tabaco é de R$ 13 bilhões. A disparidade evidencia a necessidade de políticas que desencorajem o consumo desses produtos.
Mais Sobre Câncer Horóscopo de hoje: veja previsão para seu signo no dia 4/11 Horóscopo de hoje: veja previsão para seu signo no dia 3/11 Os tumores pulmonares são a principal causa de mortalidade por câncer, com mais de 1,8 milhão de mortes anuais globalmente. Em 2020, o Brasil registrou mais de 28 mil óbitos devido a essa doença, segundo o Inca. Cerca de 70% dos pacientes apresentam o câncer em estágio avançado, o que torna o diagnóstico precoce prioridade urgente na prevenção e no tratamento.
Uma das propostas da reforma tributária é destinar parte da arrecadação para a Programa Nacional de Controle do Tabagismo e para o SUS. Esse fato é relevante, pois não só o tabagismo ativo, mas também o fumo passivo, somado à poluição e ao diagnóstico tardio, causa deficiências fonatórias e respiratórias graves.
A nicotina, presente em todos os derivados do tabaco, é uma droga com alto potencial viciante. Suas propriedades psicoativas alteram o sistema nervoso, provocando mudanças de comportamento e induzindo à dependência, impactando também um grande desafio global: a saúde mental.
Nos últimos anos, a preocupação com o uso de cigarros eletrônicos cresceu. No Brasil, a venda desses produtos é ilegal e proibida pela Anvisa, mas o comércio clandestino prospera, aumentando os riscos. A proposta de reavaliar a proibição e, potencialmente, liberar a venda desses dispositivos levanta questões sobre os impactos futuros para a saúde pública. Estudos internacionais associam o uso de tais aparelhos a riscos sérios, incluindo doenças respiratórias e cardiovasculares, além do potencial de criar uma nova geração de dependentes de nicotina.
É fundamental que políticas fiscais e regulamentares sejam usadas para desincentivar o uso de cigarros tradicionais e eletrônicos. A evidência de que produtos de tabaco, independentemente da forma, causam sérios danos à saúde pública deve motivar uma posição firme contra a liberação desses dispositivos e a adoção de medidas tributárias mais robustas, como sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para a Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço e a ACT Promoção de Saúde, a reforma tributária representa uma oportunidade única para proteger a saúde pública, e reformar as políticas de tributação sobre produtos de tabaco é essencial. Com isso, a arrecadação gerada pode ser usada diretamente para fortalecer o SUS, destinando recursos para campanhas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de cânceres relacionados ao uso de tabaco.
Essa abordagem não só ajudaria a aliviar o peso econômico do tabagismo sobre o SUS, mas também contribuiria para a promoção de ações de saúde pública eficazes e sustentáveis, combatendo as ameaças presentes e futuras do tabagismo.
*Melissa Medeiros é fundadora e presidente voluntária da Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço e integrante do Conselho Nacional de Saúde
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RÁDIO ITATIAIA
CFM entra na Justiça contra sistema de cotas na residência médica
Conselho abriu uma ação civil pública contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pelo Exame Nacional de Residência (Enare)
O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou com uma ação civil pública contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) por causa da reserva de 30% das vagas (cotas) para grupos populacionais vulnerabilizados - como pessoas com deficiência, indígenas, negros e residentes em quilombos - na distribuição de vagas dos aprovados no Exame Nacional de Residência (Enare). A ação corre na 3ª Vara Cível de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Em nota, o CFM se posicionou, na quarta-feira (30), contra a implementação de cotas nas Residências Médicas, iniciativa que surge a partir do edital lançado pela Ebserh. Para o CFM, esse mecanismo de cotas 'vai causar uma discriminação reversa' e 'fomentará a ideia de vantagens injustificáveis dentro da classe médica'.
Ebserh e Fiocruz defendem ações afirmativas na criação de cotas. Em nota, a Ebserh "manifesta profunda discordância em relação a notas publicadas que questionam a inclusão de políticas afirmativas nos editais do Enare."
A empresa lembra que as reservas de vagas, como feita no Enare, estão previstas em lei e há respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF) ao "critério étnico-racial na seleção para ingresso no ensino superior público."
O Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também manifestou apoio aos critérios do Enare que observam as ações afirmativas. "O acesso às diferentes modalidades de pós-graduação, inclusive às residências em saúde, ainda é extremamente desigual, com sub-representação das pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e pessoas com deficiência", assinala a nota.
Enare
O Exame Nacional de Residência (Enare) foi realizado no dia 20 de outubro em 60 cidades, oferecendo 4.854 vagas de residência médica e mais 3.789 vagas de residência multiprofissional em hospitais e outras áreas profissionais da saúde. As vagas serão abertas em 163 instituições de todo o país. Dos 89 mil candidatos inscritos, aproximadamente 80 mil compareceram aos locais da prova.
Os resultados do exame escrito do Enare serão divulgados no dia 20 de dezembro.
'A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) lançou um edital reservando 30% das vagas do Exame Nacional de Residência (Enare) para negros, indígenas, quilombolas e portadores de necessidades especiais. Com isso, várias universidades estão aprovando a criação de cotas para suas respectivas residências. O CFM defende que esse mecanismo vai causar uma discriminação reversa, já que as eventuais desigualdades foram equalizadas a partir da entrada dos grupos menos favorecidos nas faculdades de medicina, além de que a seleção para a residência medica não se assemelha a concurso para provimento de cargos públicos.
O CFM reconhece a importância das políticas afirmativas para a concretização do princípio de equidade, mas entende que elas não se aplicam para a seleção em residências médicas. Ao ingressarem nos cursos de medicina por meio das cotas, negros, indígenas, quilombolas e portadores de necessidades especiais tiveram acesso ao mesmo ensino que os demais colegas da ampla concorrência. Todos tiveram a mesma formação intelectual e profissional e fazem parte de uma relevante categoria profissional.
O registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) significa que todos são médicos, não havendo lacunas de conhecimento que justifiquem um tratamento diferenciado para alguns.
Esse privilégio para a entrada na residência médica pelo sistema de cotas, que a Ebserh inaugurou e outros serviços estão seguindo, fomentará a ideia de vantagens injustificáveis dentro da classe médica.
O que o CFM defende, e que deveria fazer parte da lista de reivindicações de todos os que querem uma medicina brasileira de qualidade, é que a residência médica se mantenha como o padrão-ouro na formação de especialistas, baseando o acesso aos programas no mérito acadêmico de conhecimento, motivo pelo qual o CFM ajuizou ação judicial para este fim'.
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MEDICINA S/A
Como os profissionais de saúde ganham visibilidade com estratégias digitais
Aproveite o poder do maior portal de saúde do mundo e crie o seu perfil gratuito na plataforma da Doctoralia.
O setor da saúde mudou muito nos últimos anos, devido ao avanço da tecnologia e a necessidade dos profissionais que atuam nessa área se reinventarem e mudarem a forma como eles trabalham no dia a dia. Com isso, a presença na internet passou a ser inevitável para os médicos aumentarem sua visibilidade e ficarem mais próximos dos seus pacientes.
Para tanto, é preciso estudar cada canal digital e entender quais são os conteúdos mais procurados e de interesse do seu público-alvo, para ser cada vez mais assertivo e atender às suas reais necessidades.
Diante deste contexto, os médicos podem aproveitar e investir em marketing de conteúdo para publicar informações em blogs e redes sociais sobre assuntos relacionados a sua área de atuação, com materiais que envolvem diagnósticos, tratamentos, particularidades de cada doença e sintomas, ajudando a atrair e reter mais pacientes.
De acordo com a pesquisa Paciente Digital, feita pela Doctoralia, 90% dos pacientes usam a internet como fonte de informação sobre saúde; 40% dos consumidores afirmam que as informações encontradas no ambiente digital e nas redes sociais afetam a maneira como lidam com sua saúde, e 80% dos pacientes escolhem um especialista com base em avaliações online.
Para que eles consigam aumentar sua visibilidade, os médicos e especialistas da saúde devem apostar em estratégias digitais, como o uso de ferramentas como Google Business Profile, onde os pacientes conseguem verificar os serviços disponíveis em cada clínica e cada médico em apenas alguns cliques, podendo inclusive já efetuar o agendamento por meio do botão “agendar online” nos perfis comerciais do Google.
Uma forma também de melhorar a presença na internet é utilizar plataformas de agendamento, onde é possível publicar todas as informações básicas da clínica, como descrição, serviços oferecidos e planos de saúde aceitos e ainda outros benefícios, como agenda online, personalização avançada das informações e ferramentas de marketing para potencializar presença online.
Outra estratégia é usar as opiniões dos pacientes a favor dos profissionais de saúde e deixá-las visíveis para que todos possam ter acesso tanto no Google como nas plataformas de agendamento. Isso fará com que as pessoas tenham recomendações e possam se sentir mais seguros em agendar uma consulta, principalmente se eles interagirem com esses pacientes e responderem a críticas ou elogios. Isso mostrará interesse do médico sobre o que está sendo dito. Seguindo essa linha, outra forma de engajar seu público-alvo é utilizar fóruns de discussão ou canais como o “Pergunte ao especialista”, pois vai garantir maior visibilidade e mais visitas ao perfil do médico – aumentando assim as chances de novas marcações.
Por fim, vale destacar que a presença dos médicos na internet já se tornou algo imprescindível e que deve ser levada em consideração, principalmente porque ela amplia o alcance desses especialistas, tornando-o mais visível e ajudando a transmitir ainda mais credibilidade e confiança a todos os envolvidos. Tudo isso fará uma grande diferença no trabalho desses profissionais.
Dê mais visibilidade ao seu consultório ou clínica. Aproveite o poder do maior portal de saúde do mundo.
Sobre a Doctoralia
A Doctoralia, empresa do Grupo Docplanner, é a maior plataforma de saúde do mundo. Presente em 13 países, o grupo é responsável por atender 55 milhões de pacientes e processar mais de 15 milhões de agendamentos de consultas por mês, atualmente, possui mais de 2 milhões de profissionais de saúde em sua base, com um total de 10 milhões de avaliações de pacientes. Com a missão global de tornar a experiência em saúde mais humana, a Doctoralia atende a diferentes públicos ao oferecer uma gama diversificada de serviços: marketplace, que permite agendamento e avaliação de consultas, sistema SaaS (Software as a Service) voltado para otimização da gestão do consultório, fluxo de pacientes e realização de teleconsultas. Em julho de 2022 a empresa anunciou a aquisição da Feegow, software líder de gestão para clínicas. Para ampliar o alcance do serviço, a Doctoralia disponibiliza também o aplicativo móvel para pacientes.
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Assessoria de Comunicação
ELEIÇÃO OAB/GO: Ahpaceg recebe representantes da Chapa 1
Escrito por AdministradorA Ahpaceg recebeu na quinta-feira, representantes da chapa ‘O Compromisso Continua’, que disputa a eleição da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO). O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, o associado Luiz Rassi Júnior, o assessor jurídico João Bosco Luz e advogados dos departamentos jurídicos de instituições associadas participaram do encontro.
As eleições para o triênio 2025-2027 serão realizadas no dia 19 de novembro de 2024, no formato online. Os representantes da chapa 1, que tem na presidência Rafael Lara, atual presidente da OAB-GO, falaram sobre as propostas do grupo, principalmente as relacionadas à assistência à saúde dos advogados goianos.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
OCB/GO homenageia personalidades de destaque do cooperativismo goiano
Colégio de Radiologia processa médica após fake news sobre câncer de mama
Artigo - Concierge hospitalar: humanização e eficiência no atendimento
Medicamentos importados continuam isentos de Imposto de Importação
Ansiedade é a 3ª causa de afastamento do trabalho no Brasil
Em webinar internacional da Canon Medical, Celso de Paula Nunes destaca os benefícios do novo tomógrafo do CDI Premium
Artigo - CFM cria monopólio inconstitucional e ilegal com plataforma digital
Modelo de atenção primária gera economia mensal de R$ 300 mil a operadora
A REDAÇÃO
OCB/GO homenageia personalidades de destaque do cooperativismo goiano
O Sistema OCB/GO entregou, nesta quinta-feira (31/10), a Comenda e o Diploma do Mérito Cooperativo 2024 para Antonio Chavaglia e Antônio Carlos Borges, por seus trabalhos prestados ao cooperativismo goiano, e a Jaime Câmara Júnior, que recebeu a honraria em nome de seu pai, Jaime Câmara. Na primeira edição do evento, ano passado, o governador Ronaldo Caiado, o senador Vanderlan Cardoso e o presidente do Sistema OCB nacional, Marcio Lopes de Freitas, receberam a homenagem.
Para Luís Alberto Pereira, presidente da OCB/GO, a comenda é uma forma de agradecer àqueles que marcaram a trajetória do setor. “É importante homenagear líderes que marcaram a história da nossa entidade com muita determinação, persistência e resiliência. A comenda é um reconhecimento e um gesto de gratidão a todos que contribuíram com essa história.”
Antonio Chavaglia é presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano, a Comigo, e atuou como presidente da OCB/GO por cinco gestões. Dentre suas várias contribuições, Chavaglia fez parte da criação dos bancos cooperativos. “Muitas pessoas contribuíram para o cooperativismo brasileiro e o País inteiro tem pessoas fantásticas fazendo isso. Eu fiz minha colaboração de acordo com o que fui capaz”, disse.
Antônio Carlos Borges foi presidente da OCB/GO por um mandato e vice por outros quatro. A gestão do dirigente que recebeu a Comenda e o Diploma do Mérito Cooperativo foi marcada por iniciativas que fortaleceram as cooperativas rurais e por um trabalho de base focado em ampliar o alcance e a representatividade do cooperativismo em todo o Estado. Antônio é presidente da Agrovale, Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Vale do Paranaíba.
O presidente do Grupo Jaime Câmara, Jaime Câmara Júnior, recebeu a honraria em nome de seu pai, que esteve na criação da OCB Goiás, na época União das Cooperativas do Estado de Goiás (UCEG). O empresário compôs a primeira diretoria da entidade e assumiu o cargo de vice-presidente. “É uma honra enorme representar meu pai nessa homenagem, porque tenho certeza de que ele a receberia com a mesma humildade e alegria com que sempre viveu a sua vida.”
Autoridades
Diversas autoridades e lideranças dos ramos políticos, empresariais e cooperativos participaram da solenidade de entrega da Comenda do Mérito Cooperativo. Entre eles, a deputada federal Marussa Boldrin, os deputados estaduais Wagner Neto e Rosângela Rezende, a vice-prefeita de Quirinópolis, Nicolina Maria da Costa, a superintendente do Sistema OCB Nacional, Tânia Zanella, o secretário de Relações Institucionais de Goiás Armando Vergílio, que representou do governador Ronaldo Caiado, entre vários outros.
A cerimônia também protagonizou a inauguração da Galeria de Presidentes da OCB/GO. O cartunista goiano Mariozan foi o responsável pelos retratos de cada um dos presidentes que marcaram a história do Sistema e que agora estão homenageados em peças de arte na sede da instituição.
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PORTAL TERRA
Colégio de Radiologia processa médica após fake news sobre câncer de mama
O debate sobre a eficácia da mamografia voltou ao foco após declarações de médicos questionando sua segurança e a própria existência do câncer de mama. O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) tomou medidas legais contra a médica Lana Tiani Almeida da Silva, acusada de divulgar alegações infundadas em suas redes sociais. A prática da mamografia desempenha um papel crucial no diagnóstico precoce do câncer de mama, um dos tipos mais comuns entre as mulheres, tornando-se essencial discutir a relevância e a segurança desse exame.
Em um vídeo publicado no Instagram, Lana Tiani expressou opiniões que contradizem as recomendações de saúde pública, afirmando que a mamografia causaria inflamação nas mamas e que o câncer de mama não existiria. Essas declarações geraram grande repercussão, especialmente por não estarem respaldadas por qualquer evidência científica, o que levou à ação civil pública por práticas abusivas no Pará. O cenário trouxe à tona a importância de combater informações falsas que possam comprometer a saúde pública.
A mamografia é um exame de imagem utilizado principalmente para detectar precocemente o câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a detecção precoce é crucial, pois aumenta significativamente as chances de tratamento eficaz e a possibilidade de cura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e diversas entidades médicas internacionais recomendam que mulheres a partir dos 50 anos façam o exame regularmente.
Existem várias diretrizes globais que defendem a mamografia como um procedimento seguro, sem qualquer evidência científica que sugira que ela cause inflamações ou aumente o risco de câncer. Essa confiança na mamografia é baseada em décadas de dados coletados mundialmente. Ignorar essas recomendações pode levar a diagnósticos tardios, reduzindo as opções de recuperação para as pacientes.
A propagação de informações falsas, como as alegações feitas por Lana Tiani, representa um risco significativo à saúde pública. Quando figuras de autoridade ou influência compartilham dados incorretos, muitas pessoas podem ser levadas a adotar práticas inadequadas ou evitar procedimentos médicos fundamentais. A confiança do público em orientações médicas é essencial para garantir o bem-estar social, daí o papel vital de instituições responsáveis em esclarecer a população com informações baseadas em evidências.
Dessa forma, organizações como o Conselho Regional de Medicina do Pará e o CBR fazem um alerta sobre o impacto negativo dessas informações e se comprometem a esclarecer a verdade. Além disso, essas entidades continuam a educar sobre a importância vital dos exames regulares de mamografia para a saúde das mulheres.
As reações das instituições médicas foram rápidas e contundentes. O CBR e a Sociedade Brasileira de Mastologia, entre outras entidades, emitiram notas reafirmando a segurança e eficácia das mamografias. Essas entidades destacam que as mamografias não causam câncer nem inflamação, sendo, na verdade, ferramentas salvadoras de vidas que auxiliam na detecção precoce da doença.
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MEDICINA S/A
Artigo - Concierge hospitalar: humanização e eficiência no atendimento
A transformação dos hospitais em ambientes mais acolhedores e alinhados ao conceito de hospitalidade vem moldando uma nova realidade na prestação de serviços de saúde. Desde o final dos anos 1990, a introdução da hotelaria hospitalar no Brasil impulsionou uma mudança significativa na experiência do paciente, trazendo elementos de conforto e cuidado antes encontrados apenas em hotéis de luxo. Essa evolução criou novas funções para atender à crescente demanda por um suporte mais humanizado, como a figura do concierge hospitalar.
Inicialmente, presente apenas em hospitais de alto padrão, este coordenador de suporte de centros de saúde tornou-se essencial também em instituições fora do mercado premium, à medida que o conceito de hospitalidade se expandiu. Com a modernização da infraestrutura hospitalar — incluindo quartos privativos, instalações avançadas e serviços de apoio bem estruturados — o concierge tornou-se uma peça estratégica no aprimoramento da experiência do paciente. Este profissional oferece um atendimento personalizado, visando atender às mais diversas necessidades que surgem durante a internação.
Entre as atribuições dele estão agendar corridas de táxi, resolver questões de manutenção do quarto, articular pedidos de alimentação e coordenar o suporte de hotelaria. Funções que antes eram típicas de hotéis agora são adaptadas ao ambiente hospitalar, proporcionando mais conforto, menos estresse e uma estadia mais tranquila para pacientes e familiares. No entanto, o papel do concierge vai além de atender pessoas internadas; ele é crucial na coordenação entre diferentes áreas do hospital, como nutrição, higienização e manutenção, permitindo que os enfermeiros se concentrem em suas funções principais, melhorando a qualidade do suporte.
Como destaca o Prof. Marcelo Boeger, consultor na Hospitallidade Consultoria e especialista em processos de atendimento ao cliente: “O concierge hospitalar pode ter múltiplas funções, desde recepcionar as pessoas na chegada, gerenciando sua experiência, até atender demandas específicas durante a internação, proporcionando um cuidado personalizado. Também tenho aplicado essa função em UTIs e Pronto-Socorro, com resultados impressionantes.”
A presença do coordenador de suporte hospitalar também contribui para a eficiência operacional dos hospitais. Ao centralizar pedidos e garantir que as demandas dos pacientes sejam resolvidas de forma rápida e eficaz, o profissional reduz a sobrecarga das equipes de saúde e oferece uma experiência mais fluida e agradável. O paciente não precisa buscar informações fragmentadas ou esperar por respostas sem uma referência clara. O concierge, assim, é o elo que facilita esse fluxo de comunicação e garante que cada solicitação seja atendida, aumentando a satisfação e a confiança no atendimento.
Com o avanço da tecnologia, o papel do coordenador de suporte de centros de saúde evoluiu para versões digitais, oferecendo o mesmo nível de conforto e humanização, agora com o suporte da inovação.
O concierge digital está revolucionando a maneira como os hospitais gerenciam o atendimento ao paciente. Essa tecnologia não apenas substitui o serviço tradicional, mas amplia sua eficiência ao integrar todas as solicitações dos pacientes em uma plataforma digital, que coordena automaticamente as respostas das equipes de saúde. Isso garante um suporte mais ágil e preciso.
Hospitais de renome, como a Beneficência Portuguesa, o Real Hospital Português, a Rede Oncoclínicas e a Rede Mater Dei, já utilizam essa solução digital, que gerencia cerca de 200 mil solicitações mensais. E os números falam por si só. Com a implementação de uma plataforma brasileira, conhecida por seu pioneirismo na área, houve uma redução de 70% no tempo de resposta às solicitações dos pacientes, mais de 40 mil horas foram economizadas anualmente pelas equipes de enfermagem, e o tempo de liberação dos leitos diminuiu em 65%.
Assim, a presença do concierge, seja ele físico ou digital, vai além de atender às expectativas de conforto e bem-estar dos pacientes; ela contribui para a humanização do atendimento e para a profissionalização dos serviços de apoio. O resultado é uma experiência mais digna e acolhedora para quem enfrenta momentos de vulnerabilidade. Mais do que atender demandas pontuais, o coordenador proporciona um cuidado personalizado que faz toda a diferença na percepção da qualidade do serviço de hospitais.
À medida que mais hospitais adotam essa prática, fica clara a tendência: o setor de saúde está cada vez mais comprometido em oferecer uma experiência completa, que combina alta tecnologia com atendimento humanizado. O concierge hospitalar é o exemplo perfeito dessa transformação, refletindo um compromisso em trazer o melhor da hospitalidade para o ambiente hospitalar.
*Gabriel Gebrim é COO e CFO da Quality24.
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Medicamentos importados continuam isentos de Imposto de Importação
A Medida Provisória 1271/24 garante a continuidade da isenção do Imposto de Importação incidente sobre medicamentos vendidos por meio de plataformas, sites e outros meios digitais, até 31 de março de 2025. O limite para a isenção será de 10 mil dólares (cerca de R$ 57 mil), para importação por pessoa física para uso próprio.
O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União e agora será analisado pelos deputados e pelos senadores.
O governo federal afirma que a medida é fundamental para garantir o direito social à saúde. Segundo o Executivo, a incidência do imposto poderia dificultar a compra de medicamentos considerados essenciais à sobrevivência.
Tributação simplificada
As empresas que realizam remessas internacionais por meio do regime de tributação simplificada ficam obrigadas a prestar informações detalhadas sobre as mercadorias antes mesmo da chegada dos insumos ao país.
Elas também devem recolher os tributos devidos e atender a outros requisitos da Receita Federal.
Segundo o governo, essas medidas vão agilizar o processo de importação, porque as informações e os pagamentos serão realizados de forma antecipada, reduzindo burocracia e custos.
Validade vencida
A MP 1271/24 substitui a MP 1236/24, que perdeu a validade em 25 de outubro.
A norma foi editada pelo governo federal em resposta a dúvidas de pacientes e profissionais da saúde em relação à Lei 14.902/24, que instituiu o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Programa Mover).
Próximos passos
A Medida Provisória 1271/24 já está em vigor, mas precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal para virar lei.
O texto será analisado por uma comissão mista de deputados e senadores e, em seguida, pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
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CANAL COM Q
Ansiedade é a 3ª causa de afastamento do trabalho no Brasil
A ansiedade já ocupa o terceiro lugar entre as causas de afastamento do trabalho no Brasil. Dados do Ministério da Previdência Social revelam que, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concedeu 128.905 auxílios por incapacidade, antigo auxílio-doença, para casos de "outros transtornos ansiosos", que incluem ansiedade generalizada e transtorno de pânico. Esses números refletem a crescente preocupação com a saúde mental no ambiente profissional e apontam para o impacto das condições emocionais na rotina de trabalho.
De acordo com a psicóloga Denise Milk, ansiedade e estresse estão fortemente conectados e podem se retroalimentar. "Quando estamos ansiosos, o corpo entra em alerta, liberando hormônios do estresse, como o cortisol. Se não houver um controle dessa ansiedade, ela pode desencadear uma resposta ao estresse, criando um ciclo vicioso onde ambos os estados se retroalimentam", explica. Essa interação constante entre ansiedade e estresse pode dificultar o bem-estar e a produtividade dos profissionais.
Denise destaca que o estresse pode ser "contagioso" e se espalhar no ambiente de trabalho. "O estresse é 'contagioso' porque envolve reações individuais, ambientais e sociais. Quando estamos perto de alguém estressado, o cérebro humano, por meio dos neurônios-espelho, pode 'absorver' essa tensão", comenta. Essa dinâmica contribui para um ambiente de trabalho mais tenso, onde um problema pessoal pode afetar colegas e gerar um ciclo de desgaste coletivo.
Embora o brasileiro seja conhecido por sua alegria e descontração, Denise observa que o contexto social e econômico do país cria obstáculos diários que elevam o estresse. "A alegria muitas vezes pode ser uma válvula de escape, mas não elimina os fatores estressores, como violência urbana, pressão no trabalho e instabilidade econômica", reflete. Esses fatores complexos agravam a experiência de ansiedade e dificultam a construção de ambientes de trabalho saudáveis.
Para enfrentar esses desafios, a psicóloga recomenda a adoção de estratégias práticas e o autoconhecimento. "O controle do estresse passa por técnicas de respiração, mindfulness, atividade física, sono de qualidade e uma boa gestão do tempo. A psicoterapia também pode ajudar a identificar as causas do estresse e desenvolver estratégias personalizadas para lidar com ele", sugere Denise. Essas ações não apenas auxiliam no enfrentamento do estresse e da ansiedade, mas também contribuem para o equilíbrio emocional e o desempenho no trabalho.
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FOLHA DO PLANALTO
Em webinar internacional da Canon Medical, Celso de Paula Nunes destaca os benefícios do novo tomógrafo do CDI Premium
O médico Celso de Paula Nunes, do corpo clínico do CDI Premium, participou ontem, 31, do webinar “Inteligência Artificial e fluxos automatizados em tomografia computadorizada”. O encontro virtual foi promovido pela Canon Medical Systems Corporation e reuniu palestrantes internacionais, que compartilharam com o público suas experiências na América Latina nos avanços diagnósticos.
Os benefícios do uso do Aquilion Serve, novo equipamento de tomografia computadorizada adquirido pelo CDI Premium, foi o tema central da apresentação do especialista em radiologia e diagnóstico por imagem Celso de Paula Nunes (CRM/GO 9631 – RQE 4812)
Ele citou que o CDI Premium tem uma longa parceria com a Canon Medical e, buscando oferecer aos pacientes o que há de mais avançado em tecnologia, já adquiriu outros equipamentos da empresa ao longo destes 24 anos.
Isso permite ao CDI Premium avaliar e comparar a evolução e os benefícios do Aquilion Serve, equipado com as mais avançadas tecnologias, inteligência artificial e com aquisições e reconstruções muito mais automatizadas, que elevam o padrão de diagnóstico.
Segundo o médico, atualmente, o CDI Premium realiza entre 60 e 80 tomografias computadorizadas por dia, sendo que cerca de metade delas é feita no Aquilion Serve.
“Esse novo tomógrafo nos permite um posicionamento mais ágil e fácil do paciente, da região a ser estudada, os protocolos são rapidamente carregados e duas câmeras possibilitam o monitoramento do paciente, o que torna o exame mais rápido, eficiente e preciso”, citou, exemplificando alguns benefícios do equipamento que tem recursos mais práticos e intuitivos.
Em vídeo exibido durante o webinar, o médico cardiologista Leonardo Sara (CRM/GO 12480 | RQE 7780), também da equipe CDI Premium, destacou vantagens do Aquilion Serve, exemplificando que são grandes para a rotina do trabalho na parte de tomografias vasculares, angiotomografia e tomografia de coronárias, proporcionando mais precisão e qualidade aos resultados.
Dentre outros benefícios citados do Aquilion Serve estão a realização de tomografias com baixas doses de radiação e um fluxo de trabalho mais intuitivo e automatizado, o que permite um maior rendimento e maior produtividade, gerando mais benefícios para o médico e para o paciente.
A incorporação de um equipamento como esse enfatiza a missão do CDI Premium de oferecer aos pacientes uma experiência cada vez mais agradável, um atendimento humanizado e seguro, exames precisos, com alta qualidade e realizados por um corpo clínico qualificado em aparelhos modernos.
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SAÚDE BUSINESS
Artigo - CFM cria monopólio inconstitucional e ilegal com plataforma digital
Resolução determina validação e armazenamento obrigatório no Conselho de todos os atestados médicos do Brasil.
Fernando Aith*
Por meio da Resolução CFM 2.382/2024, o Conselho Federal de Medicina (CFM) instituiu a plataforma Atesta CFM, definida como “o sistema oficial e obrigatório para emissão e gerenciamento de atestados médicos, inclusive de saúde ocupacional, em todo o território nacional, sejam em meio digital ou físico” (Art. 1º).
A resolução obriga todos os médicos a aderirem a esta plataforma digital para a emissão de atestados médicos. Uma leitura atenta do texto normativo apresentado permite aferir que se trata de novo abuso de poder regulatório por parte do CFM, na medida em que contraria e viola dispositivos constitucionais e legais do ordenamento jurídico nacional.
O que diz a resolução?
O artigo 2º da resolução dispõe que “os atestados médicos, inclusive de saúde ocupacional, deverão ser emitidos obrigatoriamente por meio da plataforma Atesta CFM ou por sistemas integrados a esta, e preferencialmente de maneira eletrônica”.
A resolução, ao obrigar os médicos a validarem os atestados em uma única plataforma, cria um monopólio de emissão e validação de vários tipos de atestados médicos, considerados em seu sentido amplo. Não há especificação na norma sobre quais são os atestados médicos incluídos em seu escopo. Seja qual for a abrangência dos documentos incluídos, fato é que se cria um monopólio que não encontra respaldo na Constituição Federal e na legislação nacional vigente.
Atualmente, tais documentos são emitidos de diversas formas em todo o país por médicos que atuam no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) ou no sistema privado de saúde em geral, e podem ser validados por diferentes meios de emissão e validação jurídica de atestados médicos, como por exemplo:
- Atestados médicos que já são emitidos e/ou validados de forma eletrônica, por meio de plataformas diversas, e que já podem, inclusive, ser comunicados à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), vinculada ao SUS;
- Atestados médicos impressos, emitidos simplesmente por meio físico, através de assinatura também física e presencial, acompanhada de carimbo;
- Atestados assinados e validados por meio de plataformas digitais legalmente autorizadas a operar no país para certificar e validar assinaturas e documentos eletrônicos.
A Resolução CFM 2.382/2024 vem se inserir nesse mercado já dinâmico criando um monopólio cartorial para emissão de atestados médicos, conforme consta do artigo 3º: “os atestados emitidos ou verificados por meio da plataforma Atesta CFM serão considerados válidos em todo o território nacional e produzirão os efeitos legais que deles se espera”.
O mesmo artigo 3º, em seu parágrafo único, dispõe que “os atestados que excecionalmente forem emitidos em papel e com elementos de segurança gerados pela plataforma Atesta CFM gozarão das mesmas garantias dos atestados gerados digitalmente”.
O artigo 10º da resolução deixa evidente que o CFM tem consciência dos riscos embutidos no monopólio criado ao dispor que o site do Conselho Federal de Medicina deve oferecer gratuitamente o recurso de validação de atestados a todos os interessados, por meio de protocolo seguro, sem interrupções e excelente desempenho.
A pergunta que fica é: quem fiscalizará se isso ocorre? Qual a garantia de que o CFM respeitará sua própria norma? O que ocorrerá nos períodos em que o site não funcionar?
Os artigos 12 a 15 da resolução consolidam o monopólio inconstitucional e ilegal criado para a certificação digital de atestados médicos. O artigo 12 afirma que os atestados emitidos por outras plataformas digitais somente serão considerados válidos quando integrados ao ecossistema Atesta CFM, a ser disponibilizado gratuitamente pelo Conselho, conforme regras a serem definidas por Instrução Normativa do CFM. O artigo 13 dispõe que após o período de 180 dias a partir da data de publicação da resolução atestados emitidos pelas plataformas existentes somente serão considerados válidos quando integrados ao referido ecossistema.
Finalmente, o artigo 14 fecha o pacote monopolista, inconstitucional e ilegal ao afirmar que “pessoas jurídicas que tiverem interesse na utilização do serviço avançado de validação de atestado da plataforma Atesta CFM deverão contratá-lo em site específico do CFM, mediante a formalização do termo de adesão e o pagamento do preço público do serviço”. Ou seja, cria um preço público por meio de resolução infralegal de autarquia corporativa, referente a um serviço público essencial inventado pelo CFM em evidente violação às suas competências legais.
Como se não bastasse, o §1º do artigo 14 prevê que o valor do serviço será definido por meio de Instrução Normativa, afrontando a segurança jurídica dos profissionais de saúde e de um mercado já consolidado, e deixando ao livre arbítrio deste órgão de classe o estabelecimento de um preço público por um serviço essencial inventado do nada e para o qual não está legalmente habilitado para prestar.
O artigo 15 da resolução reforça o monopólio ao proibir aos médicos a utilização dos atuais portais ou plataformas que existem, geridos por instituições ou empresas no Brasil. O uso das plataformas existentes somente será permitido aos médicos se estas instituições do mercado nacional de certificação e validação de documentos e assinaturas eletrônicas tiverem firmado com o CFM o termo de adesão previsto na resolução.
Faz-se aqui a seguinte mágica: o CFM cria uma nova obrigação abusiva e a transforma, do nada, em uma obrigação de “ética profissional”. Assim, obriga a adesão de todos os médicos do país à sua plataforma e garante o monopólio.
No entanto, essa nova exigência não tem nada a ver com ética profissional ou com o desempenho da profissão médica, mas sim com interesses de exercício de poder político e econômico desse órgão de classe que não foi criado legalmente para gerenciar plataformas de certificação eletrônica de documentos no Brasil.
Outro ponto que merece atenção na norma é o fato de que a administração da plataforma Atesta CFM caberá a uma Comissão Permanente de Acompanhamento (CPA), composta tão somente por conselheiros e funcionários do CFM. Estão excluídos representantes de usuários, do Ministério da Saúde ou de outros grupos de interesse sobre a referida plataforma que reunirá dados pessoais sensíveis de milhões de brasileiros.
Em síntese, são esses os termos da resolução. As inconstitucionalidades e ilegalidades são inúmeras, e serão listadas nos itens subsequentes.
Violações constitucionais
A Resolução CFM 2.382/2024 viola um conjunto expressivo de direitos constitucionais que serão sintetizados abaixo:
- Violação do princípio da legalidade: versa sobre conteúdo sobre o qual o CFM não possui competência legal – cria obrigação primária aos médicos e inventa um preço público para serviço essencial sem previsão legal. A lei que criou o CFM não lhe dá o poder de criar tal obrigação ou preço público, além de que o texto da resolução afronta outros direitos fundamentais inscritos na Constituição Federal e vai contra leis que já regulam, de forma diferente, alguns dos conteúdos tratados na resolução.
- Violação do direito de livre exercício de profissão (CF, Art. 5º, XIII): não há previsão legal que autorize o CFM a impor aos médicos a emissão de seus documentos essenciais de trabalho por meio de plataforma digital do CFM.
- Violação do direito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem (CF, Art. 5º, X): a plataforma está sendo criada para armazenar e tratar dados de todas as informações constantes de todos os atestados médicos emitidos por todos os médicos do Brasil. Caso seja levada adiante essa proposta, será um dos maiores bancos de dados pessoais do mundo, a reunir informações sensíveis e ultrassensíveis de saúde. O potencial econômico, político e social de uma plataforma desta envergadura é incomensurável e não deve ficar sob a gestão e responsabilidade de uma instituição corporativa de médicos.
- Violação do direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais (CF, Art. 5º, LXXIX): esse dispositivo constitucional assegura o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais. Os dados que estarão disponíveis na plataforma Atesta CFM são dados pessoais sensíveis, que merecem proteção especial. O CFM está criando um monopólio artificial de dados pessoais sensíveis de saúde, a serem reunidos em uma plataforma do CFM, gerenciados e sob a guarda de pessoas que não estão legalmente habilitadas e nem são juridicamente aptas e/ou legalmente competentes para deter e tratar tais dados sensíveis.
- Violação dos princípios da administração pública (CF, Art. 37, caput): o CFM, ao criar, por meio de ato normativo infralegal que exorbita o poder de atuação a ele atribuído legalmente, uma obrigação extraordinária e que não guarda relação com a ética ou com o bom desempenho do exercício profissional, fere os princípios da legalidade e da moralidade administrativa. A resolução também viola o princípio da impessoalidade, uma vez que o Conselho passará a ter acesso não anonimizado a todos os documentos médicos emitidos por todos os médicos do país sobre todos os pacientes do Brasil. Fere também o princípio da publicidade, uma vez que não há qualquer transparência sobre vários aspectos relacionados à coleta, armazenamento, tratamento e disponibilização dos dados que estarão na plataforma Atesta CFM (estando inclusive abertamente prevista a monetização destes dados). Finalmente, fere o princípio da eficiência, uma vez que já há um amplo mercado de certificação de documentos digitais em funcionamento no país, que garante concorrência, preços acessíveis, segurança e eficiência ao sistema.
- Violação das competências constitucionais do Ministério da Saúde como direção única do SUS no âmbito federal: no nível nacional, o Ministério da Saúde é a direção única do SUS e a ele compete a gestão do Sistema Único de Saúde. Conforme dados de demografia médica no Brasil, estima-se que 21% dos médicos atuam só no setor público e 51% atuam nos setores público e privado concomitantemente. Isso quer dizer que mais de 70% dos médicos brasileiros atuam no SUS, que já possui sistemas digitais próprios de gestão e validação de dados em saúde. Se a norma do CFM entrar em vigência, esses médicos do SUS terão que, obrigatoriamente, validar seus documentos médicos no sistema do CFM, ao invés de se utilizarem dos sistemas próprios do SUS, já regulamentados pelo ministério, ou de outros sistemas igualmente confiáveis e já existentes no país.
Ilegalidades
Além dos vícios constitucionais citados, a Resolução CFM 2.382/2024 também possui vícios de legalidade por violar dispositivos das seguintes leis federais vigentes, que não serão aprofundados por falta de espaço:
- Violação da Lei 3.268/1957 (lei que cria o CFM): no que se refere ao abuso de poder regulatório, o CFM viola sua própria lei de criação, que não delega ao Conselho o poder de regular sobre validação de documentos eletrônicos no país e nem de ferir a autonomia médica por meio de obrigações que não guardam relação com a ética médica ou com o desempenho profissional.
- Violação da Lei 14.063/2020 (lei de assinaturas eletrônicas): conforme previsto no artigo 3º desta lei, as assinaturas eletrônicas são classificadas em três tipos (simples, qualificadas e avançadas), e todas elas serão consideradas válidas e com alto grau de confiabilidade. Além disso, conforme previsto no artigo 13 desta norma legal, que trata especificamente das assinaturas eletrônicas em documentos de interesse à saúde pública, compete ao Ministério da Saúde regulamentar quais os receituários de medicamentos e atestados médicos que devem ser subscritos por assinatura eletrônica qualificada do profissional de saúde. Também prevê que as exigências de assinatura eletrônica qualificada não se aplicam aos atos internos do ambiente hospitalar, incluindo aí, portanto, os atestados médicos emitidos em ambiente hospitalar dos sistemas público e privado.
- Violação da Lei 12.529/2011 (Lei de Defesa da Concorrência): o CFM, ao publicar a Resolução 2.382/2024, coloca-se ao mesmo tempo como regulador do mercado (obriga médicos a utilizarem seu sistema) e fornecedor do serviço que tornou obrigatório (plataforma Atesta CFM). Evidente, assim, o conflito de interesses e o abuso de sua posição dominante sobre os médicos. O CFM, que deveria fiscalizar a ética e o desempenho profissional e adotar procedimentos disciplinares para os casos de falsidade ou desvios éticos verificados em atestados médicos, passa a ser o validador cartorial de documentos e fiscalizador de sua própria plataforma, gerando um cenário de autofiscalização que compromete o princípio da impessoalidade no exercício de seu poder de polícia. Além disso, a resolução cria barreiras de entrada no mercado de plataformas já existentes de emissão de atestados médicos, prejudicando a livre concorrência e a livre iniciativa, em violação à Lei 12.529/2011 (Lei do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência).
- Violação da Lei 13.874/2019 (Lei de Liberdade Econômica): A Resolução 2.382/24 foi elaborada sem a devida Análise de Impacto Regulatório (AIR), o que constitui uma clara violação à Lei 13.874/2019 (Lei de Liberdade Econômica), que instituiu a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica e estabelece garantias de livre mercado no Brasil.
- Violação da Lei 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados): conforme previsto no artigo 11, I, da LGPD, o tratamento de dados pessoais sensíveis somente pode ocorrer quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica e destacada, para finalidades específicas. Sem o consentimento do titular dos dados pessoais, estes dados somente podem ser compartilhados em casos específicos listados no inciso II do mesmo artigo 11 da LGPD. O compartilhamento destes dados com o CFM, que será obrigatório a partir da criação da plataforma Atesta CFM, não se encaixa em nenhuma das hipóteses legais previstas no inciso II do Art. 11 da LGPD.
- Violação das leis 3268/1957 (lei que cria o CFM) e 12.514/2011(lei que trata das contribuições devidas aos conselhos profissionais em geral): há uma evidente cobrança indevida de preço público, agravada pela ilegalidade na oferta de serviço de compartilhamento de dados pessoais sensíveis com terceiros. A Lei 3.268/1957 prevê em seu artigo 11 as rendas permitidas ao CFM e lá não está prevista a possibilidade do Conselho aferir renda por meio da criação de serviço público essencial não previsto em lei. Trata-se de abuso de poder regulatório do CFM, visando a aferição ilegal de renda a partir da criação de um serviço público para o qual o CFM não foi criado para prestar. O artigo 4º da Lei 12.514/2011 prevê expressamente que qualquer outra cobrança que não as ali expressamente previstas somente poderiam ser feitas pelos Conselhos por meio de leis específicas, que não existem.
Com a palavra, os órgãos de controle
As inconstitucionalidades e ilegalidades são diversas e graves. Espera-se que os órgãos de controle competentes e os interessados em geral adotem as medidas administrativas e judiciais cabíveis junto aos órgãos administrativos e judiciais competentes para a anulação da Resolução CFM 2.382/2024, visto que a entrada em vigor desta norma ensejará danos significativos ao sistema de saúde brasileiro e à segurança jurídica nacional, fragilizando pacientes, médicos, empresas que atuam no setor e o próprio Ministério da Saúde.
*Fernando Aith é professor titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Professor visitante da Faculdade de Direito da Universidade de Paris. Diretor do Centro de Pesquisas em Direito Sanitário da USP.
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Modelo de atenção primária gera economia mensal de R$ 300 mil a operadora
Com foco no usuário e suporte tecnológico, operadora Alice otimiza recursos e reduz despesas hospitalares.
A Alice, um plano de saúde para empresas, lançou o seu Report de Saúde, comparando dados médicos dos beneficiários (como índices de hipertensão, diabetes, obesidade, rastreamento de câncer de colo de útero, pré-natal e qualidade de vida) com indicadores nacionais e internacionais. Os resultados indicam, em diversos aspectos, que a eficácia da atenção primária aliada à coordenação de cuidado e à tecnologia tem potencial para transformar a saúde suplementar, em contraponto ao cenário de desperdício e insustentabilidade predominante no setor.
Atenção primária focada no usuário
“Nosso modelo de atenção primária já nasceu centrado no usuário e combinado à coordenação de cuidado e tecnologia. Adicionamos ainda a AI para nos ajudar a encontrar o tratamento mais custo-efetivo com base nos dados de saúde integrados na nossa plataforma. O objetivo é assegurar que os membros recebam o cuidado certo, no momento certo, e que suas necessidades de saúde sejam atendidas de maneira eficiente. É assim que conseguimos fazer com que 77% dos nossos membros avaliassem sua própria saúde como boa ou excelente, um resultado acima da média da OCDE, que é de 63,5%”, comemora André Florence, cofundador e CEO da Alice.
Para Mario Ferretti, Diretor Médico da Alice, a atenção primária centrada no usuário é essencial para um modelo de saúde custo-efetivo, permitindo que as pessoas naveguem corretamente pelo sistema. “Na Alice, isso é possível graças ao Alice Agora, um canal digital integrado ao app. Por meio de chat e videochamadas, membros acessam rapidamente profissionais de saúde, com 70% das demandas resolvidas digitalmente, evitando deslocamentos desnecessários a hospitais,” explica Ferretti.
Esse modelo reduz significativamente idas ao pronto-socorro e utiliza melhor os recursos disponíveis. Dados da ANS mostram que a frequência mensal ao pronto-socorro na saúde suplementar é de 108 visitas por mil beneficiários, enquanto na Alice essa média é de 76 por mil, uma redução de 30%. “Com um custo médio de R$ 425 por atendimento, economizamos cerca de R$ 292 mil mensais, ao mesmo tempo priorizando a saúde dos membros”, afirma Florence. Esses dados abrangem os 21 mil membros Alice, excluindo os advindos da aquisição da carteira Q Saúde.
Rastreamento de câncer de colo de útero
O relatório também apresenta dados sobre rastreamento de câncer de colo de útero, consultas de pré-natal e controle de diabetes e hipertensão. A Alice registrou 84% de rastreamento de câncer de colo de útero entre membros com útero, acima da média nacional de 80% segundo o Vigitel Brasil. A empresa usa o exame Papanicolau para monitorar pessoas de 21 a 64 anos, assegurando acompanhamento contínuo e personalizado.
“Nossa coordenação de cuidado inclui busca ativa, com contato via app, telefone ou mensagens para orientar os membros e incentivá-los a realizar exames preventivos. Assim, aumentamos as chances de detecção precoce, essencial para a cura,” acrescenta Ferretti.
Exame de hemoglobina glicada
O relatório destaca ainda o exame de hemoglobina glicada, fundamental para o acompanhamento da diabetes, avaliando a glicemia dos últimos 90 dias. “Este exame é mais completo que o de glicose, que mede apenas o nível de açúcar no momento do teste,” explica Ferretti. Na Alice, 81% dos membros com diabetes realizam esse exame, comparável a países como os EUA, e 63% mantêm a doença controlada, superando a média americana de 51%.
Consultas de pré-natal
Em pré-natal, 82% das gestantes da Alice realizam ao menos seis consultas, conforme o recomendado pelo Ministério da Saúde. No primeiro quadrimestre de 2024, 54% dos partos foram vaginais, em contraste com a média nacional de 18%.
“É possível oferecer mais saúde com melhor custo-efetividade, reduzindo desperdícios e colocando o usuário no centro do cuidado. O setor privado pode sair da crise atual quando o foco inclui a experiência das pessoas, além do retorno financeiro. Empresas de tecnologia têm liderado essa transformação e isso também está acontecendo na saúde,” conclui Florence.
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Assessoria de Comunicação
AHPACEG|COMCISS: Reunião orienta sobre o cadastramento do Núcleo de Segurança do Paciente no CNES
Escrito por Administrador
Nesta quinta-feira, 40 profissionais de hospitais e instituições de saúde associadas à Ahpaceg e filiadas ao Sindhoesg se reuniram para discutir a atualização do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). O foco principal do encontro, realizado no auditório do Sindhoesg, foi a inclusão no CNES das comissões obrigatórias nas unidades de saúde, em especial o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), e a necessidade de comprovação das ações na Avaliação das Práticas de Segurança do Paciente.
Ana Cláudia Andrade Cordeiro Peris, representante da Coordenação Municipal de Segurança do Paciente e Controle de Infecção em Serviços de Saúde (COMCISS), falou sobre a atualização do CNES, que visa garantir a segurança do paciente em ambientes de saúde, está fundamentada na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n. 63, regulamentada pela Portaria 774/17.
Esta norma estabelece diretrizes para a criação e funcionamento dos NSP, essenciais para a promoção de práticas seguras nas instituições de saúde.
Durante o encontro, Diego Ferreira da Silva, colaborador do Hospital Ortopédico de Goiânia (HOG), realizou uma simulação prática, apresentando um passo a passo detalhado sobre como cadastrar as comissões no CNES.
A reunião, promovida pela Ahpaceg sob a coordenação de Madalena Del Duqui, em parceria com a COMCISS, reforçou a importância da formação contínua e do alinhamento entre as instituições de saúde em Goiás para garantir a qualidade e segurança no atendimento ao paciente.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde estão entre os que mais recebem reclamações
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MONITOR MERCANTIL
Planos de saúde estão entre os que mais recebem reclamações
O setor de planos de saúde está entre os que mais recebem reclamações de consumidores todos os anos. Este cenário levou a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a convocar audiência pública para discutir a reformulação das regras sobre preços de planos de saúde e aumentos anuais. Além disso, está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 7419/2006, que propõe mudanças na Lei dos Planos de Saúde e uma reformulação da regulamentação do setor. A iniciativa da ANS não agradou os usuários dos convênios médicos, e as discussões do PL ainda não avançaram.
Lucas Andrietta, coordenador do programa de Saúde do Idec, afirma que um dos principais pontos de discussão é a extensão da proteção dos planos de consumidores para todos os contratos de plano de saúde. "Existem lacunas que criam distorção entre os planos individuais e os coletivos. Individual tem nível de proteção muito maior, e coletivos que não têm essa regulação e pessoas ficam mais desprotegidas", afirma Andrietta.
Uma dessas proteções está ligada ao reajuste das mensalidades. O reajuste dos planos coletivos tem sido um dos principais motivos para a judicialização contra planos de saúde, que saltou 50% nos últimos três anos. Os planos individuais e familiares têm os reajustes regulamentados pela ANS, que neste ano ficou em 6,91%, enquanto que os planos coletivos e empresariais não são regulados pela agência e seguem livre negociação do mercado, com reajuste neste cerca de três vezes maior do que nos planos individuais, ficando em 20%, em média.
A estimativa, segundo a ANS, é que dos 51 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil, cerca de 85% possuem contratos coletivos. "Muitas operadoras não têm interesse nesta modalidade (planos individuais), mas na prática são planos coletivos com quatro ou cinco pessoas, ou seja, um falso coletivo. O que acontece é que esses planos são imunes ao teto de reajuste, e as operadoras se veem no direito de cancelar contrato unilateralmente, o que acaba prejudicando muito os usuários", enfatiza Andrietta.
Para ele, existem avanços que podem ser promovidos pela agência sem necessidade de mudança legislativa, como garantir proteção aos planos coletivos em harmonia com Código de Defesa do Consumidor e dos Estatuto do Idoso. "O que estamos discutindo, e é de grande gravidade, é que, além de não promover avanço nos planos de saúde, a ANS tem promovido mudanças no sentido de piorar e que oferecem grande risco para os consumidores", alerta.
Reajuste extraordinário
Entre as mudanças que seriam prejudiciais aos usuários, Andrietta cita o reajuste extraordinário para os planos individuais. "O reajuste por revisão técnica é ilegal e tem decisão do Judiciário neste sentido. Ele traz insegurança jurídica para quem está contratando plano e é uma medida que pode estimular a ineficiência da operadora, porque exime o risco da carteira de cliente", avalia.
O reajuste extraordinário tem como objetivo diferenciar quando uma operadora tiver custos maiores que outras e, assim, permitir um teto de reajuste diferente. "Não é justo que o consumidor arque com esse desequilíbrio econômico nos planos individuais", enfatiza Caio Henrique Fernandes, sócio do Vilhena Silva Advogados.
Hoje, os planos individuais têm um teto de reajuste que todas as operadoras têm que seguir e, até por isso, eles já são mais caros que os planos coletivos. "E ninguém quer trocar esses planos por serem antigos e regulados. Mesmo que tenham valores de mensalidade altos, você não tem um índice aleatório, você vai ter um índice fixado pela ANS", explica Fernandes.
Sem internação
Outro proposta da agência reguladora que está causando preocupação é a que prevê a venda de planos exclusivamente ambulatoriais. A proposta foi apresentada pelo diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, que sugere a inclusão do debate sobre as regras para venda de planos exclusivamente ambulatoriais.
"Hoje em dia, sabemos que há cerca de 60 milhões de pessoas usando cartões de desconto, que são produtos baratos, sem qualquer tipo de regulação e fiscalização, mas que possibilitam a realização de consultas e exames. É a forma como essas pessoas encontraram de ter acesso aos serviços de saúde", argumentou à época.
Nesse sentido, diz Rebello, "a proposta de rever as regras dos planos exclusivamente ambulatoriais é dar a esses consumidores a possibilidade de ter planos de saúde com preços mais baixos, com regras claras e com coberturas garantidas, possibilitando o cuidado com a saúde e a realização de consultas e exames como forma de prevenir doenças ou identificá-las em fase inicial".
De um lado, os que são favoráveis à medida consideram que ter planos que cobrem apenas consultas e exames pode ser benéfico para um grande número de pessoas que utilizam os cartões de desconto.
Do outro, os que são contra avaliam que permitir um plano apenas com consulta e exames é temerário porque deixa o usuário com o diagnóstico em mãos, mas sem ter para quem recorrer para fazer o tratamento ou em caso de necessidade de exames mais complexos.
É fundamental, caso a medida seja aprovada, que os produtos sejam cuidadosamente regulados para garantir que ofereçam a segurança jurídica e a qualidade de atendimento, além de clareza na comunicação com o usuário para evitar que compre um plano achando que terá todo o atendimento e isso não ocorra.
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O REPÓRTER DO ARAGUAIA
Ex-presidente da Unimed Cuiabá é preso por suspeita de fraude de R$ 400 milhões
O ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, foi preso nesta quarta-feira (30), acusado de participar de um esquema que desviou R$ 400 milhões da cooperativa. Ele estava em Belo Horizonte (MG) quando foi detido pela Polícia Federal (PF).
A Operação Bilaz apura as ações da gestão que geriu a Unimed Cuiabá de 2019 a 2023. Segundo a PF, foram encontrados indícios de ilegalidades nos setores financeiro e administrativo, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis que foram apresentados à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Foram cumpridos seis mandados de prisão de ex-administradores e funcionários da cooperativa, além de mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telefônicos, financeiro e fiscal, assim como o sequestro de bens dos investigados.
Na operação foi apreendido uma grande quantidade de dinheiro, incluindo dólares, relógios de luxo, celular, joias e até canetas tinteiro caras. Além de Rubens, foram presos o ex-CEO Eroaldo Oliveira e a ex-diretora administrativa e financeira Suzana Palma.
Entre os problemas encontrados estão contratos irregulares, antecipação de pagamentos de forma indevida, aquisições e obras sem autorização em assembleia geral - o que é obrigatório em cooperativas -, além de relação desigual com fornecedores.
Em 2023, quando a nova gestão da Unimed Cuiabá assumiu, foram encontradas as primeiras inconsistências. Enquanto o balanço dos administradores apontava uma sobra de R$ 371 mil, uma auditoria particular encontrou um prejuízo de R$ 400 milhões. Para tentar controlar a crise, foi aprovado na época um plano de ação para resolver as contas da cooperativa, com medidas como o rateio das perdas e a renegociação dos contratos e dívidas com bancos.
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OLHAR DIRETO
CRM abre sindicância para investigar médicos envolvidos em esquema de fraude de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) anunciou nesta quarta-feira (30) a abertura de uma sindicância para apurar a conduta de médicos envolvidos no esquema de fraudes contábeis investigado pela Operação Bilanz, que mira a alta administração da Unimed Cuiabá. Foram presos os médicos Rubens de Oliveira, ex-presidente da Unimed Cuiabá, e Suzana Palma, ex-diretora administrativo-financeira.
"Diante das apurações, por parte do Ministério Público Federal, de supostas irregularidades envolvendo a gestão da Unimed Cuiabá, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) instaurou sindicância para apurar a conduta dos médicos investigados neste caso", informou ao Conselho em nota enviada à imprensa. .
"O CRM-MT ressalta o respeito ao sigilo sobre procedimentos administrativos em andamento, conforme a legislação vigente".
A Justiça Federal em Mato Grosso aceitou denúncia do Ministério Público Federal contra seis ex-integrantes da alta administração da Unimed Cuiabá por possíveis fraudes contábeis no âmbito da Operação Bilanz.
A acusação aponta que os denunciados teriam ocultado um prejuízo de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da operadora em 31 de dezembro de 2022.
A denúncia, oferecida pelo MPF à Justiça Federal, em 26 de agosto, acusa os ex-integrantes de sete crimes de falsidade ideológica. Entre os denunciados, estão o ex-diretor presidente, a ex-diretora administrativo-financeira, a antiga chefe do departamento jurídico, o antigo CEO, a ex-superintendente administrativo-financeira e a ex-chefe do Núcleo de Monitoramento de Normas.
As irregularidades apontadas consistem na omissão intencional de passivos (obrigações) e na inclusão indevida de ativos (bens e direitos), distorcendo as demonstrações contábeis para apresentar um resultado econômico artificialmente mais favorável.
Essas ações teriam distorcido a realidade econômico-financeira da Unimed Cuiabá, dificultando e obstruindo a fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quanto aos parâmetros regulatórios mínimos de liquidez e solvência da operadora, além de ocultar desvios patrimoniais.
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FUTURO DA SAÚDE
Após decisão do STF sobre judicialização, instituições buscam aprofundar diálogo
A decisão do STF sobre a judicialização de medicamentos não incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS), que estabeleceu critérios mais rígidos para processos judiciais, segue movimentando parte dos principais atores impactados pela discussão, em busca de reverter o impacto aos pacientes ou participar das mudanças que podem ocorrer nos processos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS).
É o caso da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que enviou um ofício ao Ministério da Saúde no último dia 22 de outubro, solicitando que seja constituído um processo de aprimoramento do processo de ATS realizado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), assim como adotar medidas de participação social para qualquer mudança prevista.
Já associações de apoio ao pacientes buscam o Legislativo para estabelecer novos requisitos para o fornecimento de medicamentos não incorporados ao SUS ou não registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Projetos de lei do senador Romário (PL-RJ) e da deputada federal Rosangela Moro (União-SP) tramitam no Congresso Nacional, e as entidades buscam sensibilizar os parlamentares para pautarem os textos.
"Vai acontecer como foi no rol taxativo. A questão vai ser decidida pelo Legislativo, o que é muito ruim. Não queríamos ter esse jogo de poder entre Judiciário, Executivo e Legislativo. No entanto, entendemos que a decisão e a interpretação dela tem questões que estão omissas e que precisam ainda de reflexões para a sua interpretação", afirma Luana Ferreira Lima, gerente de políticas públicas e advocacy da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).
Em meio a movimentos, a discussão sobre a possibilidade do país ter uma agência única de ATS segue sendo vista como uma possibilidade em tornar o processo de avaliação mais independente e confiável. A iniciativa depende da avaliação do Ministério da Saúde, já que a pasta, junto ao Governo Federal, seria responsável por propor a mudança. Procurado, o Ministério da Saúde não se posicionou sobre o tema até o momento.
"No caso do Brasil especificamente, a principal vantagem seria economizar e ter um determinado tipo de possibilidade de unificar critérios, dar um pouco mais de consistência ao processo, que é o que faz basicamente a Inglaterra, Austrália e o Canadá. O fato de você ter uma agência única de avaliação de tecnologia, porém, não significa que você tenha uma determinação do que vai ser incluído no rol, seja dos planos de saúde, seja do SUS", avalia André Medici, consultor em economia da saúde que atuou por 24 anos no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e no Banco Mundial.
Decisão do STF
O STF publicou, em 3 de outubro, a Súmula Vinculante nº 61, que trata do julgamento de medicamentos registrados na Anvisa e não incorporados ao SUS. Ela estabelece que os juízes devem adotar os critérios fixados no julgamento do Tema 6 de repercussão geral, isto, que via de regra os tratamentos não serão fornecidos por decisão judicial.
A ideia é frear o impacto da judicialização da saúde no país. O Governo federal gastou cerca de R$ 1,8 bilhão em 2022 e R$ 2,2 bilhões em 2023 com o tema. Com o aumento do preço de terapias avançadas, o Judiciário buscou o Governo Federal para buscar uma solução para a discussão.
Contudo, estabeleceu critérios para exceções, como o registro na Anvisa, a negativa de fornecimento do medicamento no SUS e, caso tenha passado pela Conitec, que houve ilegalidade no processo de incorporação. Se o medicamento não foi submetido à avaliação, é preciso indicar o fato ou apontar demora no processo. A avaliação de agentes do setor da saúde é que a decisão alça à Conitec poder indiscutível, e existem críticas aos processos desenvolvidos pela Comissão.
"Essa decisão não é de todo mal, tem aspectos positivos. Tem uma definição importante de competências, de quais entes são responsáveis pelo custeio, por exemplo. Para o Estado isso traz segurança jurídica. Mas existem questões que são extremamente difíceis, como as incorporações pela Conitec", afirma Luana Lima, da Abrale.
Críticas como a falta de transparência no processo, a influência do Ministério da Saúde nas avaliações e a composição da Comissão são algumas das mais frequentes. Por isso, entidades de apoio a pacientes têm buscado no Legislativo uma alternativa para conseguir uma alternativa. "Estamos buscando o Congresso Nacional", , afirma Antoine Daher, presidente da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas) e da Casa Hunter. "Temos dois projetos de lei em andamento e mais um terceiro em produção para ter uma estratégia de enfrentamento. Em nenhum momento defendemos a judicialização, especialmente a banalização dela, mas defendemos o direito do paciente à saúde. No caso das doenças raras, a Justiça é o último recurso que existe para salvar a vida do paciente."
Daher aponta que atualmente, existem mais de 120 medicamentos para doenças raras registrados na Anvisa, frente a cerca de 200 tratamentos disponíveis no mundo. Deles, menos de 40 estão incorporados ao SUS. "Isso prova que se a gente vai depender do Ministério da Saúde, mais de 70% dos pacientes ficam desassistidos", afirma o presidente da Febrararas.
Perspectiva do paciente e Legislativo
Os primeiros casos em que juízes se embasaram na decisão do STF para negar um pedido de acesso a medicamentos já estão sendo observados e acompanhados pelas associações de pacientes. Elas temem pelo impacto que a decisão pode provocar, limitando o acesso da população e trazendo riscos à saúde.
No caso da Abrale, por exemplo, o ibrutinibe, medicamento com indicação para o tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica recidivada ou refratária, é considerado uma das principais terapias que são solicitadas por via judicial, exatamente por ter tido recomendação de não incorporação pela Conitec por conta do impacto orçamentário ao Ministério, isto é, acima do limiar de custo-efetividade definido de R$ 40.000 QALY.
"Deveria ter tido uma atualização desse limiar, ter uma atualização anual. E isso está na normativa sobre custo-efetividade, mas não consideraram essa questão da atualização do índice. A análise do impacto econômico sempre vai nivelar e nada vai ser aprovado, porque o parâmetro que está usando de para o custo daquele medicamento é totalmente fora do padrão. Tudo sofre reajuste", observa Luana Lima, da Abrale, que aponta que esse como um dos casos que serão impactados pela decisão do STF.
Agora, as associações de pacientes estão centralizando as iniciativas junto ao Congresso Nacional, apontando que não há espaço na Conitec e no Ministério da Saúde para a discussão sobre o impacto das decisões e a atualização sobre o processo de ATS.
Dois projetos de lei já foram apresentados e tramitam no Legislativo. O mais avançado deles é o PLP 149 de 2024, de autoria do senador Romário (PL-RJ). Ele dispõe sobre os requisitos para que entes federados forneçam medicamentos não incorporados pelo SUS, tornando os critérios mais brandos e não considerando a avaliação da Conitec. O projeto aguarda apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para posteriormente passar por outras duas comissões, antes de ser pautado em plenário. Procurada, a assessoria de imprensa do senador Romário não respondeu ao pedido de entrevista ou posicionamento sobre o tema.
A Abrale, junto ao Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), também está trabalhando por outro caminho, buscando o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para sensibilizar instituições do sistema de justiça, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) sobre o impacto da decisão do STF. A entidade levanta dados para, até o final de novembro, apresentar de forma estruturada as informações sobre tratamentos não incorporados e pacientes.
Indústria pede cautela e diálogo
Para a Interfarma, a discussão sobre a possibilidade do Brasil adotar uma agência única de avaliação de tecnologias em saúde tem ocorrido de forma superficial e rápida. Por isso, a entidade aponta que é preciso cautela, diálogo com todos os setores envolvidos nesse processo e análise sobre quais temas o país quer resolver ao propor a mudança.
"O mais importante é ter um modelo de incorporação ou ter um acesso qualificado à população? O modelo de incorporação é uma ferramenta, uma ação dentro do nosso grande objetivo, que é mudar a qualidade do atendimento. É preciso escutar todas essas pessoas e não ser induzido por uma única premissa", afirma Renato Porto, presidente-executivo da associação.
A Interfarma tem buscado desenvolver estudos para colaborar com a discussão sobre incorporação de tecnologias, que devem ser concluídos e apresentados no início de 2025. Enquanto isso, tem procurado o Ministério da Saúde solicitando que seja instituído oficialmente um processo de aprimoramento da ATS no âmbito da Conitec. "Apresentamos um ofício pedindo para que esse processo seja transparente, aberto a tomada pública de subsídios, consulta pública e que se apresente uma norma ou que se elabore uma proposta de norma que leve em consideração todos os atores qualificados desse processo, para que isso depois seja levado para a sociedade com toda segurança", defende Porto.
Frente a esse cenário, a Interfarma prefere não se posicionar, em um primeiro momento, sobre a possibilidade de existir uma agência única de avaliação de tecnologias. A entidade aguarda uma discussão mais robusta, diálogo e a construção de materiais que embasam esse posicionamento.
"Precisamos ser determinantes na solução que vamos dar, para que tenhamos no final uma legitimação pela própria sociedade e pelos próprios atores. Sob pena, mais uma vez, de caminhar em um processo ancorado ou de uma maneira muito superficial, não chegando a uma solução definitiva nesse processo", observa o presidente-executivo.
Agência única é a solução?
"O ministro Gilmar Mendes tem razão e concordamos com ele sobre ter uma agência independente. Só que deveriam montar e aprovar essa agência antes de colocar essa decisão do STF sobre a judicialização em vigor. Quem tem que criar é o Executivo e mandar para o Congresso o projeto, mas o STF, com a força que tem, pode alinhar isso com o Governo", defende Antoine Daher, da Febrararas.
Para o economista André Medici, ter uma agência única pode simplificar o processo de ATS, já que ANS e SUS teria uma única instância decisória, sem necessidade de repetir processos, além de dar validade nacional e dar credibilidade. "Desde que isso não seja uma questão que tenha a mandatoriedade para incorporação, porque as situações têm que ser discutidas caso a caso. Coincide com o que acontece em países mais avançados", defende. Ele aponta o National Institute for Health and Care Excellence (NICE), do Reino Unido, como um dos exemplos de modelos semelhantes.
O economista aponta a iniciativa como possível solução para o impacto na questão da judicialização da saúde no país, já que o órgão seria responsável por apontar a eficácia e segurança do medicamento. Assim, seria possível se embasar nessa avaliação para que saúde pública e suplementar fizessem ou não a incorporação. O mesmo vale para processos judiciais.
Além disso, na visão dele, é preciso pensar de forma diferente do que foi feito até hoje: "Quando pensamos nessa questão das novas tecnologias, temos que avançar para processos que não são somente os processos anteriores, onde testam a tecnologia a partir de ensaios clínicos. Isso normalmente é o que se fazia há algum tempo atrás. Atualmente está se discutindo a incorporação de tecnologia através de estatísticas do mundo real. E quando a gente incorpora estatísticas do mundo real, significa que você tem que ter ferramentas que não liberam totalmente o processo, mas libera em caráter experimental, até ver especificamente como é que aquele medicamento está impactando fora do laboratório."
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Médicos são investigados por desinformação sobre câncer de mama
Sociedade Brasileira de Mastologia pontuou que observa com preocupação o crescente número de notícias falsas a respeito do tratamento e da prevenção do câncer de mama
Dois médicos estão sendo investigados pelos conselhos de medicina por divulgarem desinformação sobre o câncer de mama no outubro rosa , mês dedicado a conscientização sobre a doença. Um deles é o médico Lucas Ferreira Mattos, que tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram. Ao responder uma pergunta de uma pessoa que disse ter dois cistos nos seios e que fazia acompanhamento, ele disse que a mamografia gera uma radiação para a mama equivalente a 200 raios-X .
"Ficar fazendo mamografia? Uma mamografia gera uma radiação para a mama equivalente a 200 raios-X. Isso aumenta a incidência de câncer de mama, por excesso de mamografia. Tenho 100% de certeza que o seu nódulo benigno é deficiência de iodo", disse Lucas.
Já a médica Lana Tiani Almeida da Silva sugeriu que o câncer de mama não existe. Sou a doutora Lana Almeida, médica integrativa, especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas. Por isso venho falar para vocês que câncer de mama não existe. Então esqueçam Outubro Rosa. Esqueçam mamografia , alegou a profissional. Depois, o Instagram da médica foi fechado.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Pará informou que já que tomou conhecimento da postagem no Instagram da Dra. Lana Almeida, devidamente inscrita neste CRM, e o fato já está sendo apurado pela regional. Ressaltamos que os procedimentos no CRM-PA tramitam sob sigilo , disse.
O Conselho de Medicina de São Paulo também informou que está investigando as declarações do médico Lucas e que as investigações tramitam sob sigilo determinado por lei.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) pontuou que observa com grande preocupação o crescente número de notícias falsas a respeito do tratamento e da prevenção do câncer de mama. Em pleno outubro rosa, quando o tratamento e a prevenção do câncer de mama deveriam ser o foco principal de atenção, temos visto com tristeza o surgimento de postagens que afirmam absurdos , diz a organização.
Sobre a afirmação de que o câncer de mama não existe, a SBM explicou que a doença é a principal neoplasia (tumor) maligna entre as mulheres brasileiras, sendo responsável por mais de 70 mil novos casos ao ano no país. Menosprezar esta doença é um desrespeito às milhares de vítimas e suas famílias, além de poder causar tratamentos inadequados em mulheres que acabaram de descobrir a doença , frisa.
Acerca da declaração de que a mamografia causa câncer de mama, a Sociedade Brasileira de Mastologia ressaltou que o procedimento é a principal forma de prevenção de mortes pela doença. O diagnóstico precoce, obtido pela mamografia, permite a descoberta do câncer em estágios menores, onde as chances de cura são maiores e os tratamentos menos agressivos. Estudos comparativos realizados em países europeus e norte-americanos demonstraram que a realização de mamografia anual em mulheres entre os 40 e 75 anos reduz em 20% a 30% a mortalidade do câncer de mama em comparação com mulheres que não realizaram o exame , cita.
A SBM rebateu, ainda, a afirmação de que o câncer de mama pode ser tratado com o uso de hormônios. O uso de hormônios sexuais (estrógeno, progesterona e testosterona) é contraindicado em casos de câncer de mama, pois estimula o crescimento de células tumorais. Inúmeras publicações científicas mostram este efeito e a piora na evolução da doença. Inclusive, a terapia de alguns casos de câncer de mama é feita através de bloqueio destes hormônios, com resultados comprovados na diminuição da mortalidade , destaca.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) disse, ao Correio, que a mamografia é o melhor exame para diagnóstico de câncer de mama, e ela não é arriscada. O procedimento não produz uma radiação equivalente a 200 raios-X.
O mastologista Marcelo Bello, diretor do Hospital do Câncer III, especializado em câncer de mama, cita que "as novas tecnologias de mamografia digital reduzem em até 70% a exposição à radiação. Para desenvolver câncer de mama causado pela mamografia, a mulher teria que fazer cerca de 5 mil destes exames, o que é algo similar a ter um câncer de pulmão fumando apenas 1 cigarro por ano, ou seja, é um risco muito baixo, principalmente hoje com os modernos aparelhos digitais".
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PORTAL G1
Ginecologista é acusado de abusar de pacientes; vítima relata consulta - veja vídeo
Mateus Barbosa Leite é indiciado por crimes sexuais contra pacientes e foi preso nessa terça-feira (29) após descumprir uma medida protetiva solicitada por sua ex-companheira
O ginecologista Mateus Barbosa Leite é indiciado por crimes sexuais contra pacientes e foi preso nessa terça-feira (29) após descumprir uma medida protetiva solicitada por sua ex-companheira, que o denunciou por violência doméstica.
A delegada Yvve Rocha, responsável pelo caso, informou que, além da acusação de violência doméstica, o médico responde a dois processos por crimes sexuais.
Mateus Barbosa Leite foi preso em Catalão, no sudeste de Goiás, por violar a proibição de manter contato com sua ex-companheira. A delegada Rocha confirmou que o médico era monitorado por tornozeleira eletrônica, mas não divulgou detalhes sobre as declarações feitas em depoimento.
O advogado de defesa do médico, Fausto Mesquita, argumentou que não houve violência doméstica, mas sim uma determinação para afastamento do lar . Mesquita afirmou que está aguardando a audiência de custódia para apresentar os argumentos relativos ao descumprimento da medida protetiva.
Em relação às acusações de crimes sexuais, o advogado mencionou uma denúncia isolada relacionada a um suposto incidente durante uma consulta médica , que será devidamente investigada e contestada.
A delegada Rocha informou que uma das investigações sobre os abusos sexuais foi concluída e encaminhada ao Judiciário em junho, e a outra, em agosto deste ano. As datas exatas dos crimes não foram divulgadas.
O médico é acusado de posse sexual mediante fraude, conforme definido pelo Código Penal, que ocorre quando o autor usa de fraude ou de qualquer meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) afirmou que todas as denúncias sobre a conduta ética de médicos são investigadas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
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JORNAL OPÇÃO
“Prefeito me estendeu a mão e perguntou quando eu vinha, deveria ter falado nunca”, relata Pollara sobre convite de Cruz
O sentimento de frustração do secretário de Saúde está relacionado com a tentativa de explicar como a pasta gastou R$ 1,5 bilhão apesar do acúmulo da dívida com as maternidades, hospitais e prestadores de serviços
O secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, disse, durante prestação de contas na Câmara Municipal, que deveria ter recusado convite para o cargo. Frustrado com situação da saúde na Capital, o secretário afirmou que foi convidado para ser consultor, mas após apontar possíveis soluções para algumas áreas da pasta para o prefeito Rogério Cruz (SD) recebeu o convite, porém Pollara expressou: “Eu devia ter tirado a mão e falado nunca”.
O sentimento expressado pelo secretário de Saúde está relacionado com a tentativa de explicar como a pasta gastou R$ 1,5 bilhão apesar do acúmulo da dívida com as maternidades, hospitais públicos e privados, médicos, crise no SAMU e a falta de insumos básicos nas unidades.
“Quando cheguei aqui, o prefeito me chamou para fazer uma consultoria, não para ser secretário. Aliás, hoje eu acho que hoje eu devia ter ficado só na consultoria… Ele falou pra mim, o senhor consegue corrigir isso? E eu disse que sim. Ele estendeu a mão e perguntou quando eu viria. Eu devia ter tirado a mão e falado nunca”, relatou.
A prestação de contas, que estava marcada para as 13h, começou apenas após as 14h. Após as apresentações iniciais da presidente da Comissão da Saúde, vereadora Kátia Maria (PT), o secretário alertou: teria que sair mais cedo pois estava de viagem marcada. Ao fim da audiência tentou contornar. “Vamos agendar uma prestação de contas mais detalhadas”. Ocorre que esta é a última prestação de contas de Pollara enquanto secretário de saúde de Goiânia. Os dados referentes ao terceiro quadrimestre só serão apresentados pelo próximo secretário a ser nomeado na gestão do prefeito eleito, Sandro Mabel (UB).
Segundo Pollara, a Prefeitura de Goiânia aplicou, entre janeiro e outubro, mais de 24% do orçamento do município na área. O número é acima do mínimo constitucional, definido em 15%. O secretário aponta que apenas o gasto com a folha de pagamento dos servidores gira em torno de 17%. “Então se a gente pagar só os funcionários, você já não tem mais nada para aplicar na saúde. O governo faz um esforço e nós chegamos a 24%”.
Esse dispêndio alto, segundo o secretário, é referente “ao pagamento de mais de uma tabela SUS para os prestadores, principalmente para sustentar as três maternidades que, juntas, custam mais de R$ 250 milhões por ano”. Pollara apontou que houve uma articulação para estadualizar a maternidade Célia Câmara, mas a proposta não foi para frente por falta de força política para concretizar o planejamento.
Ainda sobre as maternidades, o secretário apontou que realizou um pagamento de R$ 14 milhões na semana passada e que estão previstos outros dois pagamentos até o mês de dezembro, sendo um de R$ 12 milhões e outro de R$ 10 milhões. “Fizemos um estudo que com R$ 28 milhões a nós conseguimos pagar e o prefeito conseguiu esse recurso a mais e nós conseguiremos pagar”, afirmou.
Sobre sanar as dívidas até o final da atual gestão, Pollara diz que não será possível quitar todos os débitos, mas que o fundo da saúde não terá dívida. “Alguma coisa não vai ser possível, a parte do fundo de saúde, que é da nossa administração, vai estar zerada. Nós não vamos estar devendo nada para ninguém”.
Aplicação de R$ 1,5 bi não está clara
Em coletiva de imprensa, a vereadora Katia Maria (PT), presidente da Comissão de Saúde, manifestou preocupação com a transparência e a eficácia na administração dos recursos destinados à saúde no município.
A parlamentar exigiu esclarecimentos sobre a aplicação dos valores. “Eles precisam demonstrar para a gente o que não está claro, onde foi aplicado 24% da receita do município, porque nós não encontramos esse recurso na ponta, nas unidades. Tirando a folha de pagamento dos servidores, você tem um déficit de funcionários, falta de insumos. Chego nas unidades e tem lugar que não tem álcool e algodão”, afirmou.
No que diz respeito à destinação dos recursos e ao cumprimento das metas estabelecidas para o setor, a vereadora Katia Maria destacou que a Comissão de Saúde adotará medidas rigorosas para cobrar a administração municipal. “As metas de saúde são apresentadas anualmente, e a Prefeitura presta contas três vezes ao ano. Eles não têm cumprido essas metas. Por isso, estamos encaminhando relatórios detalhados das visitas aos CAIS e às UPAs ao Ministério Público e ao Conselho Regional, para que possam tomar providências”, declarou.
Além das ações de fiscalização e cobrança, a Comissão estuda a possibilidade de acionar a Justiça para garantir o cumprimento dos compromissos assumidos pela Secretaria de Saúde de Goiânia. “Chega num ponto que não há condição de ficar apenas na cobrança política. A Câmara já encaminhou ao Ministério Público e demais órgãos de controle as ineficiências e problemas administrativos detectados para análise e, se necessário, a judicialização,” concluiu a vereadora.
Katia Maria também questionou a alocação dos recursos em entidades filantrópicas e privadas, além das dívidas acumuladas pela prefeitura com prestadores de serviços. “O (Hospital) Araújo e Jorge têm mais de R$ 40 milhões em dívidas, os laboratórios acumulam mais de 6 milhões, e as maternidades têm um déficit de R$ 86 milhões. Poderia ter sido feito um planejamento para sanar esse passivo”, pontuou.
Situação crítica
Conforme mostrou o Jornal Opção em 8 de outubro, a dívida da Prefeitura de Goiânia com os hospitais credenciados no Sistema Único de Saúde (SUS) pode gerar uma paralisação de diversos serviços, como já vem ocorrendo em algumas unidades. A situação é agravada pela falta de repasses a unidades essenciais como a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Araújo Jorge, impactando diretamente a capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.
As maternidades gerenciadas pela Fundahc, por exemplo, restringiram uma série de atendimentos eletivos devido à dívida com fornecedores, funcionários e médicos da unidade. De acordo com a diretora da fundação, somente em obrigações vencidas e não pagas, o Paço devia, antes de parte do pagamento, R$ 86,5 milhões. Se incluídos os passivos trabalhistas, a dívida ultrapassa os R$ 127 milhões.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Infecções hospitalares matam 45 mil pessoas por ano no Brasil.
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Maternidades municipais iniciam normalização de atendimentos em Goiânia
O TEMPO
Infecções hospitalares matam 45 mil pessoas por ano no Brasil.
A Unimed realiza, na quarta-feira (30/10), um evento virtual para discutir as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). O diagnóstico mata, por ano, 45 mil pessoas no Brasil. No entanto, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70% dos casos poderiam ser evitados com a adoção de práticas nos hospitais.
O evento terá a participação e mediação do médico e infectologista Carlos Starling, que integrou o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte durante a pandemia. "No Brasil, melhoramos muito em serviços de controle de infecções nos últimos 30 anos, mas elas ainda são um problema enorme no país, principalmente aquelas provocadas por bactérias extremamente resistentes", diz Starling, que é especialista em medicina preventiva e social.
O médico destacou outro dado alarmante: na maioria dos hospitais, menos da metade dos profissionais de saúde higieniza as mãos quando necessário, atitude que seria essencial para prevenir as infecções. "E isso após a pandemia de Covid-19, quando todos pensavam que os cuidados durariam para sempre. Poucas faculdades de medicina no país dedicam carga horária ao controle de infecções relacionadas à assistência à saúde", complementou.
As infecções mais comuns no país são pneumonia associada à ventilação, infecção cirúrgica, infecção do trato urinário e infecção da corrente sanguínea. "Com os cuidados adequados, essa última é evitável em quase 100% das vezes. Hoje, convivemos com pacientes com múltiplas comorbidades, os quais são mais idosos e necessitam ser submetidos a múltiplos procedimentos invasivos e intervenções cirúrgicas que não eram feitas no passado, além de tratamentos com drogas imunossupressoras contra doenças até então intratáveis", afirmou o médico, que também é coordenador científico do Centro Nacional de Pesquisa Clínica e Tecnologia (CNPCT) do Sistema Unimed.
O assunto será discutido no Webinar Conecta Científico, promovido pela Faculdade Unimed em parceria com a Solventum, no próximo dia 30 de outubro, às 19h. Além de Carlos Starling, a mestre em enfermagem, professora e especialista em auditoria Aline Monzani; e o enfermeiro especialista em epidemiologia e prevenção de IRAS Márcio Melo vão integrar o debate.
As inscrições podem ser feitas no site da Unimed. As discussões são voltadas para enfermeiros de UTI, terapia infusional, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), gerência de enfermagem, médicos infectologistas que lideram ou fazem parte da CCIH, diretores médicos e auditores.
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PORTAL G1
Médico, personal trainer e outras duas pessoas são presas suspeitas de vender remédio ilegal para emagrecer
Casal trouxe medicamento da Inglaterra. Personal trainer divulgava remédios nas redes sociais, segundo delegado.
A Polícia Civil prendeu, em Goiânia , quatro pessoas suspeitas de participação em um esquema de venda ilegal de medicamentos para emagrecimento, originalmente destinados ao tratamento de diabetes. Entre os presos estão um médico e um personal trainer.
O g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) para pedir um posicionamento sobre a prisão do médico, mas não houve retorno até a última atualização do texto. A reportagem também contatou o Conselho Regional de Educação Física (Cref), mas não obteve resposta até a última atualização.
À TV Anhanguera, o delegado Alex Rodrigues explicou que as investigações começaram após uma denúncia anônima que apontava a divulgação dos medicamentos nas redes sociais do personal trainer. Segundo o delegado, o profissional admitiu à polícia que comercializava os remédios e afirmou que os conseguia por meio do médico.
O g1 entrou em contato com os advogados dos quatro suspeitos, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
O delegado detalhou que o médico afirmou ter adquirido o medicamento de um casal que trazia os produtos do exterior. "O casal trouxe os remédios da Inglaterra, porém, sem nenhum tipo de autorização legal para isso. O personal então adquiriu os medicamentos para revenda", explicou Alex Rodrigues.
Conforme o delegado, o médico atuava como intermediário na venda. Durante a apreensão, foram encontradas 11 caixas do medicamento na residência do casal, que confessou ter transportado 50 caixas para o país, das quais a maioria já havia sido vendida.
Os envolvidos responderão por associação criminosa e por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
NOTA CREMEGO
Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
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Polícia ouve atores que se passam por médicos em vídeos roteirizados para vender produtos que prometem resultados milagrosos
Vídeos com falsos especialistas são veiculados em sites para dar credibilidade a produtos, diz Conselho Regional de Medicina de SP, que denunciou os casos à Polícia Civil e ao Ministério Público em julho.
A Polícia Civil de São Paulo ouviu atores que estão sendo investigados por interpretarem médicos em produções roteirizadas na internet para vender produtos que prometem resultados milagrosos.
O g1 e Jornal Hoje denunciaram o caso em julho deste ano. Os vídeos têm a intenção de parecer reais e alguns não incluem um alerta ao internauta informando que se trata de uma encenação.
As denúncias chegaram ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). O órgão, então, pediu via ofício que a Polícia Civil e o Ministério Público apurassem a situação. Em 5 de agosto, o Ministério Público concordou que a Polícia Civil abrisse um inquérito policial.
Os atores Fernanda Padilha, Rodrigo Gonzales e Renato Chocair foram intimados à delegacia. Fernanda e Rodrigo prestaram depoimento no dia 22 deste mês.
Fernanda aparece em vídeos como "Roberta Damasceno", "Roberta Zanetti" e "Maria Fernandez", se passando por oftalmologista, ginecologista e farmacêutica. Ela foi ouvida pela Polícia Civil na capital paulista nesta terça-feira (22).
A atriz apresentou os contratos de prestação de serviço que teve com três empresas e um acordo com uma das contratantes por "prejuízo moral sofrido com a vinculação de seu nome de forma indevida".
O que disse Fernanda Padilha à polícia
À polícia, Fernanda contou que é atriz há 23 anos e que faz propagandas comerciais. Sobre o material encaminhado à investigação com sua imagem, ela afirmou que trabalhou para três empresas e interpretou três papéis:
Roberta Damasceno: Padilha disse que interpretou a médica Roberta e esse anúncio foi veiculado na internet. Ela alegou que a responsabilidade, nesse caso, foi do contratante, que deveria ter colocado um aviso que se tratava de personagem fictícia.
Roberta Zanetti: sobre a personagem Roberta Zanetti , uma pesquisadora, a atriz informou à investigação que foi contratada pela empresa para anunciar um suplemento natural para a visão, o "VisiControl .
Maria Fernandez: sobre a personagem Maria, Fernanda Padilha comentou que foi paga para falar sobre o suplemento GotasFlux, e argumentou que "todos esses produtos são suplementos naturais, que sua profissão é atriz e nunca divulgou os vídeos".
O que disse Rodrigo Gonzales à polícia
Rodrigo Gonzales, segundo a denúncia, aparecia como urologista e falava sobre um aplicativo e o "truque do pepino", que seria um "segredo para a infertilidade". O g1 não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização desta reportagem.
O publicitário e ator, de 43 anos, contou aos policiais que eventualmente faz trabalhos para a área artística e tinha sido contratado para fazer um anúncio, como ator, para um aplicativo e que "não sabia a finalidade".
No material, ele interpretou um especialista em urologia. Durante uma entrevista fictícia, ele lembrou que "falou bastante sobre os benefícios do pepino para a saúde", assim como passou dicas de como o pepino pode ser bom para ereção masculina.
Ao fim do vídeo, ele dizia que para mais dicas como essa basta clicar no link abaixo . "O declarante foi contratado, e afirmou que nunca divulgou tal propaganda", finalizou.
Outros atores
Já Renato Chocair, também ator intimado pela polícia, interpretava o "doutor Fábio Rocha" e apresentava um suposto produto para perder peso. Ele ainda deve prestar esclarecimentos à polícia. Procurado pela reportagem anteriormente, ele não quis falar sobre o caso.
Sidnei Oliveira aparecia em vídeos falando sobre produtos para emagrecer e usava até um jaleco com um nome bordado e sendo entrevistado pela atriz Fernanda Padilha. No entanto, ele não aparecia como intimado pela polícia no inquérito do 15º DP de São Paulo.
Conar apura
Em nota atualizada, o Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária (Conar) diz que desde julho abriu três representações éticas contra os anúncios com evidências de testemunhal falso, entre outras desrespeitos ao Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
Um deles, com abertura do processo naquele mês, é contra o anúncio "Gotasflux", divulgado em espaço patrocinado em plataformas de redes sociais e em página da internet.
Segundo a entidade, os casos serão levados a julgamento nas próximas sessões do Conselho de Ética do Conar.
"Reafirmamos que o uso de testemunhais falsos é rechaçado pela legislação e pelas regras éticas do Conar. No caso de testemunhais de especialistas e/ou autoridades, há peso e gravidade ainda maiores, acerca da possível irregularidade. Os testemunhais falsos, inclusive, têm sido um dos indicativos de publicidade flagrantemente irregular.
Os suplementos integram o gênero alimentício. Não podem prometer cura ou benefícios diretos à saúde.
A partir da pandemia, verificou-se uma tendência maior de apelos irregulares na publicidade do segmento, com as promessas enganosas de cura", informou a entidade.
O que disse o Cremesp
O Cremesp disse que nas publicações checadas não tinha nenhuma indicação de que a pessoa que estava participando do anúncio era ator ou atriz.
[Solicitamos] a exclusão imediata destas publicações mentirosas das redes sociais, que só prejudicam a população e a própria classe médica. Reforçamos, ainda, a importância do uso do Guia Médico, disponível no site do Cremesp, que permite checar, pelo nome ou CRM, se o profissional é realmente médico e se possui especialidade registrada."
Relatos no Reclame Aqui
No Reclame Aqui, site usado para divulgar reclamações e denúncias de consumidores pelo país, uma usuária descreveu, no dia 8 de julho, que fez a compra do produto apresentado por Ricardo Bruno , recebeu comprovantes do pagamento, mas não teve a mercadoria entregue.
Em julho de 2024, assisti a um vídeo que apresentava um médico, dr. Ricardo Bruno, que se diz endocrinologista e professor da USP, mostrando um suplemento/medicamento aprovado pela Anvisa para emagrecer. Acreditei no suposto médico e comprei o produto. Preocupada, no dia seguinte entrei em contato com o suporte ao cliente solicitando o cancelamento da compra.
Em outro relato do Reclame Aqui, a pessoa afirma que nunca recebeu retorno da empresa.
Depoimentos sobre os produtos
Ao menos uma pessoa que aparece como paciente dos médicos fictícios anunciava depoimentos positivos ensaiados por meio de um site a R$ 25. No site, é possível encontrar a oferta de diversos tipos de serviço, como tradução e criação de convites, mas também muitos anúncios de pessoas vendendo propagandas e depoimentos para fazer com que o produto venda muito .
Em um vídeo, uma mulher agradece à "doutora Roberta", que é interpretada pela atriz Fernanda Padilha, pela indicação de um produto para os olhos: o VisiControl. "Depois de 6 dias de uso eu já vi os resultados. Eu tirei os colírios, a minha dor de cabeça passou. Então, assim, muito obrigado doutora Roberta, de coração", relata.
A paciente fictícia é Luciene Parizotto, que se apresenta na internet como especialista em prova social (uma estratégia usada por marcas para incentivar os consumidores a fazer compras).
Na descrição do seu serviço no site, Luciene diz que que faz um comercial persuasivo em vídeo ou em áudio com total espontaneidade e naturalidade sobre seu produto/serviço . Ela tinha um portifólio na internet com vídeos em que interpretava médicas, advogada e pacientes.
Por mensagem de texto, ela escreveu que um de seus vídeos foi vinculado ao VisiControl, mas que ela nunca gravou algo do tipo, que foi contratada por uma agência e que foi criado um avatar. Luciane nega que seja ela no vídeo.
O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) afirmou, por meio de nota, que o uso de testemunhais falsos é rechaçado pela legislação e pelas regras éticas do órgão .
O que dizem os representantes dos produtos
José Detzel, de 18 anos, representante da Night Slim, disse ao g1 que Fernanda não representou nenhum papel de médica , e pediu para a reportagem procurar o advogado da empresa, mas não encaminhou contato.
Já o advogado que representa a VisiControl, que contratou Fernanda Padilha para falar de um produto para a visão, declarou, em nota, que o vídeo da oferta conta com disclaimers - que são avisos legais para informar ao consumidor que se trata de uma história fictícia.
Ainda segundo a nota, em nenhum momento a atriz foi mencionada ou retratada como médica, sendo sua atuação meramente ilustrativa e com fins publicitários . Devido à adesão abaixo do esperado, o suplemento alimentar VisiControl foi descontinuado e não se encontra mais disponível para comercialização.
Sobre a Alívio 360, Fernanda disse que o contratante pediu para não passar informações por questão de sigilo contratual.
Na internet, outros atores também aparecem interpretando profissionais da saúde. Alguns depoimentos como especialistas ou pacientes fictícios chegam a ser vendidos a R$ 20 em um site.
O Harmony House, dono do estúdio onde foi gravado o programa Saúde em Foco com os dois atores em São Paulo, afirmou, por nota, que o serviço de gravação foi contratado por um cliente de nome José. Nós, como estúdio de locação, oferecemos serviços para a gravação de conteúdos de áudio e vídeo conforme as especificações fornecidas pelos nossos clientes. Não temos envolvimento ou conhecimento sobre o conteúdo dos projetos gravados em nossos estúdios. A responsabilidade pelo conteúdo, assim como pela contratação dos apresentadores e demais participantes, é integralmente do cliente , escreveu.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comentou os supostos selos de aprovação usados em suplementos como o Night Slim: Não há nenhum medicamento registrado na Anvisa com o nome Night Slim. Dessa forma, não se trata de medicamento autorizado para nenhuma indicação terapêutica. Destacamos que somente medicamentos registrados na Anvisa podem alegar propriedades terapêuticas na Anvisa .
O que disseram os atores ao g1
O ator Sidnei Oliveira, que aparece como um médico, afirmou que foi contratado como ator para interpretar um personagem simples , mas que se desvinculou do trabalho. Eu não faço mais parte. Portanto, não estarei mais nos vídeos e acredito que me citar na reportagem será em vão, pois minhas cenas estão sendo retiradas.
Questionado se sabia sobre o uso da imagem para a venda de produtos e citado como especialista da USP, Oliveira afirmou, por meio de mensagem de visualização única e áudio, que não sabia.
Ele disse ainda que passou o contato do jornalista para os responsáveis por sua contratação e não deu detalhes sobre o serviço prestado nem quem eram seus contratantes.
Já a atriz que aparece como uma apresentadora é Fernanda Padilha. As personagens dela são pelo menos quatro: a médica Roberta Zanetti , que também se diz diretora de pesquisas há mais de 19 anos, a médica Roberta Damaceno e a farmacêutica Maria Fernandes , além da apresentadora Vanessa Amorim . Ao g1, Fernanda Padilha falou que estão circulando vídeos na internet criando uma distorção sobre sua índole e trabalho .
Esses vídeos dizem que eu me passo por médica para vender produtos e insinuam que esses produtos são meus. Isso é mentira. Eu tenho contratos com todas as empresas para as quais prestei serviços. Eu não sou médica. Eu sou atriz há mais de 20 anos.
A atriz argumentou que um contratante disse que pessoas estão roubando as imagens e usando ferramentas de sincronia labial e mudando o texto gravado.
Segundo a atriz, ela foi contratada para ao menos três produtos: Night Slim, VisiControl e Alívio 360. O que diz Fernanda Padilha
Leia a nota da atriz na íntegra:
Recentemente, fui contratada por algumas empresas de suplementos vitamínicos para interpretar personagens fictícias em seus vídeos publicitários. Há aproximadamente três semanas, enviaram-me um vídeo produzido por um influencer que atribuía a mim responsabilidades que são das empresas contratantes, além de distorcer o meu trabalho e minha índole.
Por exemplo, o vídeo me acusa de "vender medicamentos falsos", induzindo a audiência à ideia errada de que a responsabilidade pelos produtos é minha e de que existiu uma intenção minha de "vender medicamentos falsos". Primeiramente, nunca fiz um vídeo publicitário para medicamento. Todos são suplementos nutricionais. Todo material publicitário foi gravado para a venda de suplementos alimentares e não de remédios.
Em nenhum momento foi gravado por mim algum conteúdo prometendo tratamento terapêutico ou até mesmo cura de doenças. Todos os contratos me eximem de toda e qualquer responsabilidade com relação à concepção do produto, sua validação perante órgãos pertinentes, conteúdo do roteiro, qualquer garantia expressa explícita ou implícita relacionada ao produto, além de qualquer ação legal decorrente do projeto. Além disso, as empresas têm a responsabilidade de informar expressamente que sou uma atriz interpretando uma personagem fictícia.
Os vídeos do influencer criaram uma falsa narrativa sobre meu trabalho e minha índole. Pessoas começaram a entrar na minha rede social para me xingar e difamar de forma extremamente agressiva. Esses vídeos foram compartilhados em grupos do WhatsApp pelo Brasil todo indiscriminadamente, me afetando pessoalmente. Foi então que comecei a fazer vídeos na tentativa de esclarecer sobre o trabalho do ator e sobre o que aconteceu comigo. Além de tudo isso, descobri sofrendo na pele que esse meio apresenta um problema sério que afeta principalmente a nós, atores, já que estamos expostos. Indivíduos que não possuem o direito da nossa imagem usam uma IA para fazer uma sincronização de lábio, mudam o texto completamente ou aproveitam parte do texto gravado e fazem o que querem com a nossa imagem, utilizando-a indevidamente.
Ontem fui informada de que 3 vídeos contendo minha imagem manipulada estavam circulando na rede. Antes de ontem, foram 4. Eu recorro aos contratantes que detêm a guarda da minha imagem para que solicitem a retirada do ar. Infelizmente, não tenho controle sobre isso porque as propagandas não chegam a mim. Assim que fui informada que alguns vídeos não tinham a legenda informando expressamente de que sou uma atriz e que as personagens são fictícias, solicitei aos meus contratantes, os quais não haviam colocado tais legendas, que retirassem os vídeos do ar imediatamente.
O que diz o Sindicato
De acordo com o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP), as empresas que produzem as mercadorias é que devem ser responsabilizadas.
Por meio de nota, Rita Teles, presidente do Sated-SP disse que, como entidade que representa os artistas, defende que as empresas que produzem os medicamentos Night Slim, VisiControl e Alívio 360 sejam responsabilizadas .
É importante afirmar que o Sated-SP apoia e incentiva a regulamentação da atividade publicitária através de convenções coletivas, monitorando o descumprimento das legislações vigentes por parte das empresas contratantes, e principalmente no que diz respeito à relação dessas empresas com os artistas que contratam , escreveu.
Não é justo que a responsabilidade recaia sobre atrizes e atores que comprometem-se a cumprir o que está previsto no contrato de trabalho , complementa.
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DIÁRIO FM ONLINE
CRM investiga médica que diz que "câncer de mama não existe"
A desinformação, em especial aquela com interesses obscuros, como vender um tratamento alternativo para alguma doença ou algum produto, pode ser muito perigosa para quem é afetado e acredita nela.
É o caso de uma médica paraense que está sendo alvo de uma apuração do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) após compartilhar um vídeo em seu perfil nas redes sociais, afirmando que o câncer de mama "não existe".
O conteúdo foi amplamente divulgado e provocou diversas reações entre os internautas, provocando uma resposta do CRM e do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa).
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"O que existe é uma inflamação crônica nas mamas, que pode ser inflamação da tireoide, do rim, do fígado, em qualquer lugar. É cálcio nas mamas", afirma a médica no vídeo, apresentando também um produto que diz ser o "tratamento" para a inflamação na qual ela justifica.
CRM-PA e Sindmepa acompanham o caso
As falas da médica paraense provocaram uma reação por parte do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), que disse estar ciente do caso e enfatizou, por meio de nota, a importância do diagnóstico e do tratamento do câncer de mama.
O CRM-PA também se manifestou sobre as falas da médica paraense. Em nota, disse que apura o caso e que o procedimento tramita em sigilo, de acordo com o Código de Processo Ético-Profissional.
"O Sindicato dos Médicos do Pará (SINDMEPA) vem a público manifestar sua posição em relação ao recente vídeo divulgado pela Dra. Lana Almeida, no qual a médica afirma que o câncer de mama não existe, contraindica a realização de mamografias e desafia as evidências científicas estabelecidas sobre o câncer de mama.
O SINDMEPA reafirma que o câncer de mama é uma condição de saúde séria e amplamente reconhecida, responsável por um número significativo de mortes entre mulheres. A prevenção e o diagnóstico precoce, especialmente através da mamografia, são estratégias fundamentais e baseadas em evidências para a redução da mortalidade e tratamento mais eficaz da doença.
Estudos amplamente documentados e revisados por pares têm mostrado que a mamografia é uma ferramenta essencial para a detecção precoce do câncer de mama. Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de mama tem maiores chances de cura e tratamento menos agressivo, contribuindo para uma melhor qualidade de vida das pacientes.
Ao público, reforçamos que as recomendações de prevenção e rastreamento, inclusive a realização de mamografias conforme orientação médica, seguem rigorosos protocolos científicos e visam à proteção e ao cuidado da saúde da mulher.
O SINDMEPA se compromete a promover e disseminar informações corretas e respaldadas cientificamente para garantir que a população tenha acesso a orientações médicas seguras e responsáveis."
Confira a nota na íntegra do CRM-PA:
"O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará informa que tomou conhecimento da postagem no Instagram da Dra. Lana Almeida, devidamente inscrita neste CRM, nesta terça-feira (29), e o fato será objeto de apuração por este Regional.
Ressaltamos que os procedimentos no CRM-PA tramitam sob sigilo, de acordo com o art. 1º, do Código de Processo Ético-profissional."
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UOL NOTÍCIAS
Como a IA está ajudando a melhorar o diagnóstico do câncer de mama
Imagem: O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e a rapidez da sua detecção é o primeiro passo para o diagnóstico e o sucesso do tratamento. O exame mais indicado para esse fim é a mamografia, especialmente quando não há sintomas.
Como esse tipo de câncer é a doença com a maior evolução no tratamento medicamentoso e cirúrgico, o desenvolvimento de novas tecnologias que confiram velocidade ao diagnóstico é constante. Hoje, a proposta que mais se destaca é o uso da Inteligência Artificial (IA).
Para emplacar seus modelos na oncologia, a IA ainda precisa se consolidar como ferramenta de precisão, mas as evidências científicas disponíveis no momento já colocam a identificação e estratificação do câncer de mama como a sua maior aplicação na vida real.
IA até nas mamas?
A OMS (Organização Mundial da ) define a IA como uma área da ciência da computação que se dedica à simulação da inteligência por meio de máquinas que trabalham e reagem como humanos. Tal habilidade é obtida por meio de algoritmos, ou seja, uma sequência de instruções e operações para a resolução de problemas e a execução de tarefas.
Imagem: No campo da oncologia, o investimento em modelos de algoritmos para treinamento da IA (machine learning), hardwares e o acesso a grandes volumes de informações (imagens, dados genômicos e clínicos) permitiu o desenvolvimento de novas ferramentas.
A partir daí, a IA se tornou capaz de entender e prever mecanismos biológicos, descobrir e aproveitar padrões de informações clínicas para aprimorar não só diagnósticos, mas também tratamentos e decisões médicas.
A fase atual da evolução desses algoritmos permite que eles desvendem imagens e dados que detectam padrões complexos - como tumores em fase inicial - que podem passar despercebidos pela avaliação humana. Alexandre Chiavegatto Filho, professor de IA na FSP-USP
Poupa tempo
Essa possibilidade de detectar o câncer antes de que ele se manifeste é considerada a cereja do bolo das oportunidades que a IA tem oferecido. Economizar tempo, nesse cenário, resultaria em tratamentos menos invasivos e mais acertados.
Um exemplo disso é a tecnologia desenvolvida pela startup Huna, que identifica a probabilidade de ter um tumor a partir de exames de sangue de rotina. "Ao antecipar em até 16 semanas o diagnóstico, a chance de detecção precoce aumenta em até três vezes e permite a busca ativa das pacientes", fala Daniella Castro Araújo, diretora de tecnologia da empresa.
Imagem: Já a Linda Lifetech usa a termografia - um mapa térmico - integrada à IA que revela padrões suspeitos na mama. Um de seus sócios, Rodrigo Victorio, diz que ela pode se tornar a primeira triagem feita no consultório médico, oferecendo dados de quem realmente precisará de maior monitoramento dali para frente.
As muitas possibilidades da IA
Para além da possível detecção precoce de tumores por meio da melhoria das imagens e da precisão de suas interpretações, a IA têm-se demonstrado relevante de outras formas. Veja algumas delas:
Redução de resultados falsos positivos/negativos, proporcionando exatidão dos resultados e reduzindo erros e seus efeitos psicológicos na jornada da (os) pacientes.
Avaliação de risco personalizado a partir do cruzamento de dados do histórico de saúde, riscos pessoais, além da interpretação de exames genéticos que ajudam a traçar plano de acompanhamento do paciente.
Apoio para a tomada de decisão entre radiologistas com dados que funcionam como uma segunda opinião em casos complexos, o que também reduz o tempo de trabalho.
Análises de biópsias por meio da classificação de células e tecidos, aprimorando a identificação, por parte dos patologistas, do comportamento das células (benignidade e malignidade), além da descoberta de subtipos moleculares de câncer que podem melhor direcionar o tratamento.
IA explicável para todos Imagem: Apesar de o uso da IA na saúde já alcançar os 30%, Cristiano Teodoro Russo, especialista em transformação digital, tecnologia e inovação em saúde da PUCPR, afirma que ainda é preciso mais tempo para que os médicos entendam melhor essas ferramentas e para que elas se provem eficientes, seguras e relevantes.
Outro desafio é fazer que a IA perca a fama de caixa preta, garantindo a qualidade, a origem e a representatividade populacional dos dados usados para treinar as máquinas, a dos pacientes, além de transparência dos parâmetros usados para chegar ao diagnóstico (IA explicável).
O vice-presidente da área médica da Dasa, Leonardo Vedolin, afirma que tudo isso revela a urgente necessidade de uma discussão mais madura sobre riscos e segurança para a incorporação da IA.
Assim como outras tecnologias, ela pode trazer benefícios e não deve ser combatida por medo do eventual prejuízo que possa causar. Leonardo Vedolin
Futuro promissor
Enquanto isso, o INCA (Instituto Nacional de Câncer), encarregado da pesquisa, prevenção e vigilância para o controle do câncer no Brasil, já incorporou a tecnologia em um estudo envolvendo o tumor de ovário. A proposta diz respeito a possíveis respostas à quimioterapia e pode ser adaptada à mama.
Quem dirige esse trabalho é Mariana Boroni, chefe do Laboratório de Bioinformática e Biologia Computacional da instituição. Ela declara que as possibilidades são infinitas com a IA e prevê que, no futuro, o foco será a prevenção da doença e não o seu tratamento.
"A colaboração intensa de diferentes profissionais permitirá, cada vez mais, que os algoritmos combinem dados antes inacessíveis para nós. E será a partir desse conjunto de informações precisas que todas as decisões serão tomadas", acrescenta a pesquisadora.
Mais tempo para o cuidado
A mamografia é hoje considerada o exame padrão ouro por ser o mais preciso para o diagnóstico precoce (rastreamento) do câncer de mama, e é indicado para a população em geral, a partir dos 40 anos e até 74 anos ou mais, a depender da expectativa de vida da mulher.
Essa recomendação é a das sociedades médicas (Febrasgo, SBM, CBR*), mas o Ministério da sugere o rastreamento bienal entre os 50 anos e 69 anos.Em casos especiais, como quando há histórico familiar, o teste pode ser útil até mais cedo.Embora seja o teste de referência, a mamografia tem suas limitações. São exemplos a efetividade reduzida em identificar câncer em mulheres com idade inferior a 40 anos, bem como a menor sensibilidade a tumores menores que 1 mm. Assim, a IA tem o potencial de aumentar a eficácia do exame, beneficiando um maior número de pessoas.
A ginecologista Uianê Azevedo, especialista em mamografia e ultrassom do MEJC-UFRN/Ebserh vê o uso da IA com entusiasmo: "Como o diagnóstico se dá em várias etapas, a tecnologia poderá acelerar esse processo e ainda dará maior espaço para que os médicos se dediquem à qualidade no cuidado da (o) paciente", conclui.
Fontes: Alexandre Chiavegatto Filho, professor de IA da FSP-USP (Faculdade de Pública da Universidade de São Paulo); Cristiano Teodoro Russo, especialista em transformação digital, tecnologia e inovação na saúde, é professor do curso de Medicina na PUCPR-Londrina (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), palestrante e apresentador do programa MOVE na TV Tarobá/Band-PR; Daniella Castro Araújo, engenheira e doutora em Ciências da Computação pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), é diretora de tecnologia da Huna; Leonardo Vedolin, médico e vice-presidente da Área Médica da Dasa; Mariana Boroni, pesquisadora do INCA (Instituto Nacional de Câncer), tem doutorado em Bioinformática e lidera o Laboratório de Bioinformática e Biologia Computacional da instituição; Rodrigo Victorio, country manager da Linda Lifetech Brasil e um dos sócios da Linda global; Uianê Azevedo, médica ginecologista e obstetra da MEJC-UFRN/Ebserh (Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que integra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), especialista em mamografia e ultrassom pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), responsável técnica e fundadora do Grupo Reviver, integra ainda a Liga Norte-Rio-Grandense contra o câncer e o corpo clínico da Clínica de Oncologia e Mastologia de Natal.
*Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia); CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem).
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A REDAÇÃO
Maternidades municipais iniciam normalização de atendimentos em Goiânia
Suspensos por falta de repasses por parte da Prefeitura de Goiânia, os atendimentos eletivos - aqueles que não se enquadram como urgências e emergências - nas maternidades municipais Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara serão retomados gradualmente a partir de 11 de novembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (29/10) pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), responsável pela gestão das unidades de saúde.
Em nota, a entidade comunicou que as equipes das unidades já iniciaram os contatos com pacientes que tinham consultas, exames e cirurgias agendados durante o período de paralisação, a fim de remarcar os atendimentos. A orientação é que os usuários aguardem o contato das unidades para confirmação das novas datas.
A retomada foi possível graças à liberação de recursos pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), viabilizando o retorno responsável das consultas ambulatoriais, exames e cirurgias eletivas, em conjunto com a regularização do fornecimento de insumos e a normalização dos contratos com prestadores.
"A Fundahc/UFG reafirma seu compromisso com a segurança e qualidade do atendimento à população e destaca que a continuidade plena dos serviços dependerá do cumprimento regular dos repasses pela SMS", traz a nota.
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Assessoria de Comunicação
Profissionais de RH da Ahpaceg no 22º GoianaRH
Escrito por Administrador
O 22º GoianaRH, o grande congresso promovido pela regional goiana da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH/GO), começou ontem, 29, e segue nesta quarta-feira com a participação do time de profissionais da Ahpaceg.
Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim), coordenadora do Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg, é uma das participantes do encontro, que conta com 16 palestrantes do cenário nacional e internacional.
Com a programação dividida em quatro eixos de aprendizado (Heartset, MindSet, Skillset e Toolset), o GoianaRH tem em pauta temas, como desafios e tendências na gestão de pessoas em Goiás, no Brasil e mundo; vida e relações de trabalho; inteligência artificial e gestão de pessoas; e o poder da adaptação: como sobreviver em um mundo que não para de mudar.
O 22º GoianaRH prossegue hoje com outras palestras, como o panorama do bem-estar corporativo e mudanças na velocidade da luz: qual é transformação esperada do RH. Durante o evento, acontece também uma feira de exposições e experiências
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Queixas contra planos de saúde quase quadruplicam em cinco anos
Médicos não serão obrigados a realizar atendimentos em serviço do governo a partir de janeiro
Mais Médicos: MPF recomenda ao Ministério da Saúde revisão dos critérios e convocação dos cotistas aprovados
Unimed é o plano de saúde mais lembrado pelos brasileiros há 32 anos
Por uma saúde ética e sustentável
FOLHA.COM
Queixas contra planos de saúde quase quadruplicam em cinco anos
Com aumento das reclamações, cada vez mais consumidores vão à Justiça, o que preocupa investidores; ANS abriu consulta pública para discutir novidades no setor
São Paulo
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) abriu no último dia 7 consulta pública para discutir diferentes temas envolvendo planos de saúde, desde a revisão das regras para incentivar a venda de opções exclusivamente ambulatoriais, sem direito à internação, até rever critérios de reajustes dos planos individuais e familiares para permitir que operadoras façam reajustes excepcionais.
A discussão ocorre em meio a uma crise no atendimento por parte dos planos de saúde. Entre 2018 e 2023, as reclamações contra o setor saltaram 263%, de 97.336 para 353.784, segundo levantamento feito pela agência a pedido da Folha.
O caso da Notre Dame Intermédica chama ainda mais a atenção: usuários registraram quase 49 mil queixas contra a empresa junto à ANS no ano passado. As reclamações contra a operadora dispararam 778% nos últimos cinco anos -em 2018, somavam 5.578.
Questionada pela reportagem, a Notre Dame não reconhece o aumento de 778% e indica alta de 153% nas queixas em tro intervalo (entre os meses de agosto de 2019 e agosto de 2024). Confira resposta abaixo.
ANS, por sua vez, acredita que o aumento das queixas possa ter relação com "o empoderamento e o maior entendimento dos beneficiários sobre seus direitos."
A Amil lider o ranking de queixas junto à ANS nos anos de 2018, 2019 e 2020. A partir de 2021, foi a Notre Dame Intermédica quem assumiu a dianteira na lista dos planos com mais reclamações do país.
Em fevereiro de 2021,a Notre Dame Intermédica anunci a sua fusão com a Hapvida -tra campeã de reclamações junto à ANS, ocupando o "top five" das mais reclamadas nos últimos anos.
Na Hapvida, as queixas saltaram 488% entre 2018 e 2023, para 28.067. Juntas, as empresas lideram em número de clientes de planos de saúde no Brasil, com 7,5 milhões de vidas.
Os principais problemas enfrentados pelos usuários das duas operadoras (que hoje formam um só grupo) são os mesmos: regras para acesso aos atendimentos, prazos máximos para atendimento e rede de atendimento conveniada.
Concluída em dezembro de 2023, a união entre Notre Dame Intermedica e Hapvida não foi o único movimento recente de concentração no setor. Em fevereiro de 2022, hve a compra da SulAmerica pela Rede D'Or, que também anunci em maio deste ano a criação de uma nova rede de hospitais com a Bradesco Seguros. Já em junho deste ano foi anunciada a fusão entre Dasa e Amil para formar a segunda maior rede de hospitais do país.
Em dezembro de 2023, a UnitedHealth Grp havia acertado a venda da Amil para o empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp.
Na Amil, as queixas cresceram 74% entre 2018 e 2023, para 21.411. Na operadora, os principais problemas são regras para acesso aos atendimentos, reembolso e suspensão e rescisão contratuais.
Em resposta à Folha, a Amil disse que ampli o número de procedimentos realizados desde 2019, que no ano passado somaram 80,2 milhões. "De janeiro a agosto do ano passado hve uma média de 0,005 reclamação por cliente junto à ANS."
Já o grupo Hapvida afirm, em nota, que nos últimos cinco anos acrescent mais de 2,7 milhões de vidas à sua carteira de clientes e incorpor 18 operadoras. A empresa afirma que as reclamações subiram 153% entre agosto de 2019 e agosto deste ano, "um aumento proporcional no número de demandas, acompanhando a expansão da base de beneficiários."
PROCESSOS CONTRA PLANOS TAMBÉM DISPARARAM ENTRE 2021 E 2023
O aumento das reclamações ocorre em meio à crise financeira vivida pela ANS -que está com dificuldades de pagar agências de viagem e os Correios, como apont a Folha.
Na opinião da advogada Ana Navarrete, membro do CNS (Conselho Nacional de Saúde), a ANS já prov que tem dificuldades em impor uma regulação aos planos de saúde, tendo em vista não só o aumento das reclamações, como o avanço da judicialização.
Só os novos casos envolvendo reajuste contratual cresceram 137% entre 2021 e 2023, para 32.325, segundo dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Já os novos casos envolvendo tratamento médico-hospitalar atingiram 115.669 no ano passado, um salto de 83% sobre 2021.
"Existem práticas consolidadas no mercado que vão contra a regulação, como seleção de risco e exclusão de risco de vulneráveis [como o que envolve o tratamento de crianças autistas]", diz ela. "Há um vácuo na governança da saúde suplementar e, no âmbito do CNS, se discute a criação de uma área no Ministério da Saúde que faça este ponto de conexão entre as questões envolvendo saúde pública e saúde privada."
Como exemplo, ela cita a Secretaria de Vigilância Sanitária, responsável por formular as diretrizes da política de vigilância sanitária e acompanhar a sua execução por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "É preciso um ponto de contato junto ao Ministério, é difícil a ANS regular sozinha."
No último dia 7, um relatório do banco Goldman Sachs, assinado pelos analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira, chama a atenção para os efeitos do aumento da judicialização no negócio da operadora.
"Um dos principais pontos de discussão recente com investidores tem sido o alto nível de judicialização do setor (com o aumento do número de ações cíveis movidas por beneficiários devido a eventos assistenciais ocorridos durante o período de carência do contrato, cobertura de seguro mais limitada das operadoras, por exemplo) e como isso está impactando o provisionamento e o caixa da empresa", diz o relatório.
Para o terceiro trimestre, os analistas esperam novas saídas de caixa devido à realização de mais depósitos judiciais, resultado de contingências civis contabilizadas não -com valores que variam entre R$ 110 milhões e R$ 140 milhões por trimestre, até o final de 2025, afirmam.
No balanço da companhia no segundo trimestre, a própria Hapvida cham a atenção para o assunto, quando registr R$ 195,1 milhões em depósitos e bloqueios judiciais no período, uma alta de 80% sobre o mesmo intervalo de 2023.
Segundo apont no balanço, o valor se refere "a causas cíveis, cujos depósitos e bloqueios são reflexos processuais da crescente judicialização no setor", além de causas relacionadas ao ReSUS (Ressarcimento ao Sistema Único de Saúde), "cujos depósitos são necessários para que a companhia realize sua defesa judicial sem a incidência de multa moratória e encargos". O ReSUS ocorre quando o atendimento a usuários dos planos de saúde é realizado pelo SUS.
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ESTADÃO
Médicos não serão obrigados a realizar atendimentos em serviço do governo a partir de janeiro
Vídeo engana ao afirmar que profissionais de saúde seriam obrigados a documentar dados da prática médica em plataforma governamental; na realidade, Receita vai pedir recibos de pagamentos de consultas
O que estão compartilhando: que, a partir do dia 1º de janeiro, médicos e outros profissionais de saúde serão obrigados a realizar atendimentos, emitir laudos e documentar o histórico do paciente em uma plataforma governamental. Em vídeo, um homem afirma que o profissional que não seguir a medida poderá ser criminalizado.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Não existe plataforma governamental que obrigue médicos e profissionais de saúde a registrar dados clínicos dos pacientes. O Ministério da Saúde informou ao Verifica que as alegações do vídeo não têm respaldo em portarias ou atos públicas da pasta.
Procurado, o psicólogo Alex Alves, autor da alegação verificada, disse que se referiu a uma plataforma da Receita Federal criada para digitalizar recibos referentes à prestação de serviços de profissionais de saúde. De fato, em abril deste ano, o Fisco lançou o serviço Receita Saúde, destinado a profissionais liberais da área, como médicos, dentistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Mas a ferramenta não impõe a esses profissionais a obrigatoriedade de registrar detalhes clínicos dos pacientes e da prática médica, como afirmou Alves.
Saiba mais: o vídeo verificado aqui consiste em um trecho de uma entrevista publicada em um canal no YouTube, no dia 10 de outubro. O recorte foi postado na rede social X no dia 17 do mesmo mês e, até o fechamento dessa verificação, tinha mais de 80 mil visualizações. Leitores também solicitaram checagem deste conteúdo por meio do WhatsApp do Estadão Verifica , pelo número (11) 97683-7490 .
Ao contrário do que afirma o autor das alegações, a plataforma Receita Saúde não determina que médicos e demais profissionais realizem atendimentos, emitam laudos ou documentem o histórico do paciente. Conforme informações publicadas pelo Ministério da Fazenda ( aqui ), pela Receita Federal ( aqui ) e pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) ( aqui ), a ferramenta tem como objetivo simplificar a emissão de recibos para profissionais autônomos da área, reduzir a incidência de contribuintes na malha fina e dificultar fraudes que envolvem a falsificação e venda ilegal de recibos.
Desenvolvida pelo Serpro, a plataforma está disponível no aplicativo da Receita. Os recibos emitidos serão carregados automaticamente na declaração pré-preenchida de 2025. O serviço também pode ser acessado pelos pacientes para consulta. De acordo com o Serpro, a iniciativa é "uma resposta às estatísticas que demonstram que um terço das retenções na malha fina envolvem esses serviços". Dados do Fisco indicam que, desde o lançamento em abril, mais de 128 mil recibos já foram emitidos.
Conforme reportagem publicada pelo jornal O Globo em abril , o uso da ferramenta será obrigatório a partir de 2025. O Verifica não identificou, em materiais disponibilizados pela Receita Federal, quais serão as implicações para os profissionais que não adotarem a plataforma quando ela se tornar obrigatória. A Receita foi procurada, mas não respondeu.
Quanto aos dados registrados na ferramenta, um texto sobre o Receita Saúde, publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), informa que a emissão do recibo requer no máximo quatro informações: CPF do pagador, CPF do beneficiário, valor e data. Segundo o CFM, quando o pagador é o beneficiário, apenas três dados são necessários.
Ao Verifica , o Ministério da Saúde informou que não há regulamentação em vigor que imponha a obrigatoriedade de médicos ou demais profissionais da saúde registrarem atendimentos, laudos médicos ou dados clínicos exclusivamente em plataformas governamentais. Segundo a pasta, as plataformas digitais do SUS visam facilitar o acesso a informações sobre saúde, incluindo histórico clínico, exames, vacinas e atendimentos. "Esses sistemas visam aprimorar a qualidade do atendimento e garantir a segurança dos dados, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)", esclareceu.
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BAHIA NOTÍCIAS
Mais Médicos: MPF recomenda ao Ministério da Saúde revisão dos critérios e convocação dos cotistas aprovados
As listas de convocação do programa Mais Médicos são objeto de recomendação do Ministério Público Federal (MPF) destinada à Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde. O MPF quer a correção das listas que não tenham considerado candidatos cotistas entre os aprovados.
Segundo as apurações do MPF, os gestores do programa federal vêm adotando critérios de seleção que, na prática, dificultam ou impedem o preenchimento de vagas reservadas a profissionais pretos, pardos, indígenas ou com deficiência.
A autora da recomendação do MPF é a procuradora regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Ana Letícia Absy. Ao requerer a correção das listas de convocação, ela pede que os candidatos cotistas aprovados sejam computados para o preenchimento das vagas afirmativas, independentemente do perfil de sua habilitação profissional. Apenas se inexistirem esses candidatos é que o Mais Médicos deverá convocar concorrentes da classificação geral para as vagas.
A falha, de acordo com a entidade, se deve à aplicação das cotas somente após o ranqueamento dos aprovados conforme a habilitação profissional.
O MPF explica que essa metodologia privilegia o denominado Perfil 1, composto por candidatos que tenham formação no Brasil ou diploma revalidado no país e que possuam registro em Conselho Regional de Medicina (CRM). Eles têm preferência sobre os concorrentes classificados em outros dois grupos, de profissionais brasileiros e estrangeiros com habilitação no exterior para o exercício da medicina. As cotas são observadas em cada uma dessas categorias, não sobre o total de vagas disponíveis.
Como constatou o MPF, os critérios têm gerado distorções. Em um dos casos analisados pelo Ministério Público Federal, constatou-se que todas as vagas foram destinadas à ampla concorrência no Perfil 1, em detrimento de candidatos cotistas aprovados nos perfis 2 e 3.
O MPF destaca que, da maneira como têm sido interpretadas, as regras de cotas no Mais Médicos vêm tornando "letra morta" a garantia da efetiva implementação de ações afirmativas no serviço público, prevista na legislação.
Em nota, o Ministério Público Federal diz que a aplicação dos critérios atuais no programa contraria o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que já proibiu a administração pública de adotar artifícios que limitem o alcance ou impeçam a incidência da reserva de vagas em concursos.
A Secretaria de Atenção Primária à Saúde tem 30 dias para informar o acatamento da recomendação. Caso descumpra os pedidos, o órgão fica sujeito a medidas judiciais, como o ajuizamento de ação civil pública.
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GAZETA DA SEMANA
Unimed é o plano de saúde mais lembrado pelos brasileiros há 32 anos
Líder do segmento, com 39% do mercado, se mantém invicto no primeiro lugar da pesquisa Top of Mind, da Folha de S.Paulo
Pela 32ª vez, a Unimed conquistou o prêmio Folha Top of Mind, no segmento "Planos de Saúde". A principal pesquisa de lembrança de marca da América Latina anunciou as empresas premiadas em cerimônia realizada no dia 22 de outubro, na capital paulista.
Desde que a categoria "Planos de Saúde" foi criada, a Unimed ocupa o primeiro lugar do ranking, como a marca mais lembrada. Nesta edição, a Unimed foi citada, de forma espontânea, por 33% dos brasileiros adultos, 27 pontos percentuais a mais do que o obtido pela segunda colocada no ranking.
O presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior, avalia que o resultado consistente, ao longo de mais de três décadas, é fruto do modelo de negócios adotado - o cooperativismo. Esse modelo possibilitou que a Unimed esteja presente em 9 de cada 10 municípios brasileiros.
"Além disso, como cooperativas médicas, temos o foco na qualidade dos serviços prestados aos nossos beneficiários e o envolvimento no dia a dia das comunidades em que estamos presentes, transformando a vida das pessoas tanto com a assistência à saúde quanto fomentando a geração de empregos e iniciativas sociais. Tudo isso nos trouxe a confiança de 20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos e o reconhecimento da sociedade", analisa Abujamra Junior.
A Folha Top of Mind reflete a percepção do público sobre as empresas que mais se destacaram ao longo do ano em diversas categorias. A pesquisa é feita pelo Datafolha, que realizou, nesta edição, 7.543 entrevistas em 171 municípios de todas as regiões do Brasil. O levantamento oferece insights sobre as preferências dos consumidores e as tendências do mercado, servindo como um termômetro para a reputação.
Sobre a Unimed
Em mais de 56 anos de atuação, a Unimed se destaca na liderança do setor de saúde suplementar. A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje compõe um sistema de 340 cooperativas médicas e empresas, que estão presentes em nove de cada dez cidades brasileiras e atendem a 20,5 milhões de pessoas em planos de saúde e odontológicos. A Unimed reúne 118 mil médicos cooperados, gera cerca de 150 mil empregos diretos e dispõe da maior rede assistencial do país, com 30 mil estabelecimentos parceiros, além da rede própria, formada por 163 hospitais e hospitais-dia, 86 unidades de urgência e emergência, 509 clínicas, 42 centros de diagnósticos, 68 laboratórios e 96 serviços de terapias especiais, entre outros. Toda essa operação injetou no sistema de saúde brasileiro mais de R$ 87 bilhões em 2023, com a realização de 631 milhões de eventos assistenciais (consultas, exames, internações e outros procedimentos) no ano.
As cooperativas Unimed também são destaque no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), avaliação oficial da ANS para o setor. Das 25 operadoras médico-hospitalares que obtiveram nota máxima no IDSS 2023 (ano-base 2022), 20 são Unimed. Além disso, 234 Unimeds foram classificadas nas duas melhores faixas de pontuação, incluindo a operadora de planos odontológicos Unimed Odonto e a operação de saúde da Seguros Unimed.
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FORBES BRASIL ONLINE
Por uma saúde ética e sustentável
Grupo Care Plus inicia movimento para enfrentar fraudes bilionárias e impulsionar o uso consciente de recursos
Nos últimos anos, o setor de saúde suplementar tem enfrentado desafios à medida que se transforma. Um dos principais problemas é o número de fraudes, que geraram prejuízo de R$ 34 bilhões no Brasil em 2023, de acordo com levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Diante desse cenário, alguns players do setor têm buscado alternativas para garantir um crescimento mais sustentável.
O grupo , parte da global Bupa, com mais de 60 milhões de beneficiários em todo o mundo, decidiu ir além. Em setembro, a operadora iniciou o movimento Faça pelo Mundo, ação em grande escala para promover a sustentabilidade do setor e o combate às fraudes não apenas em sua atuação direta, mas em toda a cadeia de valor.
"Chamamos de movimento, e não de campanha, porque se trata de um processo de educação que visa fomentar ações que transformem a cultura do setor para uma nova realidade, mais esclarecida e sustentável", diz o presidente da companhia, Luiz Camargo.
A iniciativa ocupa todos os canais de comunicação da empresa, tanto internos quanto externos, incluindo a presença ativa dos executivos da companhia nas redes sociais, como o LinkedIn. A estratégia é alcançar todos os elos da cadeia de valor, desde beneficiários e operadoras até a rede credenciada e os fornecedores.
"Nossa intenção é ir além do ESG. Estimular o uso racional dos recursos, evitar desperdícios e combater fraudes - tudo isso é sustentabilidade e está no escopo do movimento. Porém, trazer o beneficiário para o centro das decisões é algo fundamental para nos tornarmos sustentáveis, pois ele é a razão de ser de todo o nosso ecossistema. A operadora, o hospital, o laboratório de análises clínicas e quaisquer outros players do setor só existem porque há alguém a ser cuidado", explica o executivo.
A fase inicial do movimento está prevista para se estender até os primeiros meses de 2025, mas a intenção é que ele continue indefinidamente. A acredita que uma verdadeira mudança cultural não acontece de forma rápida, tampouco com um único "momento de virada". Ao contrário, "a cultura só muda quando as ações transformadoras se tornam hábitos", diz Camargo.
*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da FORBES Brasil e de seus editores.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Tecnologia na saúde coloca o paciente no centro do cuidado
Ministro do STF mantém suspensas decisões para fornecer remédio de R$ 17 milhões
A segurança psicológica no trabalho agora é lei
Morte de empresário durante ressonância magnética pode ter sido 'fatalidade', diz neurologista
Veja novas diretrizes para controlar a pressão arterial, que passou a ser considerada elevada a partir de '12 por 8'
Sem regras específicas, cadáveres frescos são comprados no exterior para cursos de estética
MEDICINA S/A
Tecnologia na saúde coloca o paciente no centro do cuidado
A tecnologia na saúde representa um marco revolucionário na maneira como cuidamos de pacientes e gerenciamos instituições de saúde. A integração de sistemas de informação tem permitido uma gestão mais eficiente, garantindo que os dados dos pacientes sejam acessados e atualizados em tempo real, o que é crucial para a tomada de decisões clínicas. Além disso, a automação de tarefas administrativas libera os profissionais da saúde para se concentrarem no que é mais importante: o cuidado ao paciente.
Softwares de gestão de saúde são essenciais para a coordenação eficaz do atendimento ao paciente. Eles não apenas simplificam o agendamento e a administração de tratamentos, mas também garantem que a comunicação entre diferentes especialistas seja fluida e eficiente.
A assertividade dos recursos virtuais é um ativo valioso para as equipes médicas, proporcionando um suporte robusto e eficaz no atendimento ao paciente. Por exemplo, o acesso facilitado a exames, prontuários e relatórios médicos melhora a comunicação entre os profissionais de saúde, permitindo que procedimentos sejam concluídos com base em um volume abrangente de informações. Isso não apenas otimiza o processo de tomada de decisão clínica, mas também promove uma abordagem mais personalizada e centrada no paciente.
Nesse contexto, a gestão eficiente de consultórios e instituições de saúde é um desafio complexo, que envolve não apenas a administração de recursos humanos e materiais, mas também a coordenação de horários e a comunicação com os pacientes. O absenteísmo, ou no-show, é uma questão crítica que afeta diretamente a eficiência operacional e financeira dessas instituições. Quando pacientes faltam sem aviso prévio, isso não só resulta em perda de receita, mas também em desperdício de recursos e tempo de profissionais de saúde, que poderiam estar atendendo outros pacientes.
Além disso, o absenteísmo pode aumentar a fila de espera e retrabalho nos reagendamentos, afetando a satisfação do paciente e a reputação da instituição. Contudo, a tecnologia ocupa um lugar privilegiado ao oferecer soluções simples que mudam a trajetória da relação com o cliente. Por exemplo, um lembrete eficaz pode ser a chave para reduzir o esquecimento, enquanto uma interface de agendamento online intuitiva pode minimizar erros na marcação de consultas. Neste cenário, criar políticas claras de cancelamento e reagendamento, bem como implementar sistemas de confirmação de presença, pode ajudar a mitigar o impacto das faltas.
A utilização de sistemas automatizados baseados em inteligência artificial para a gestão de presenças em unidades de saúde representa um avanço na eficiência operacional. Essa tecnologia não só otimiza o processo de confirmação de consultas e exames, como também contribui para a redução do absenteísmo. A integração desses sistemas com as ferramentas de gestão dos prestadores de saúde permite uma comunicação eficaz com os pacientes, garantindo que sejam lembrados de seus compromissos sem a necessidade de intervenção manual.
Para abordar esses desafios, as instituições de saúde podem adotar uma variedade de estratégias. A tecnologia desempenha um papel fundamental nesse processo, oferecendo soluções como sistemas de gestão de pacientes, aplicativos móveis para lembretes de consultas e plataformas de telemedicina que facilitam o acesso aos cuidados de saúde. A análise de dados também pode revelar padrões de absenteísmo e ajudar a identificar áreas de melhoria na comunicação e no agendamento.
Além das soluções tecnológicas, é essencial que haja um esforço contínuo para entender as necessidades e comportamentos dos pacientes. Pesquisas de satisfação, feedback direto e grupos focais podem fornecer insights valiosos sobre como melhorar a experiência do paciente e, consequentemente, reduzir as taxas de no-show. A colaboração entre profissionais de saúde, administradores e pacientes é crucial para criar um sistema mais resiliente e responsivo.
Em última análise, a redução do absenteísmo em instituições de saúde requer uma abordagem multifacetada que combine tecnologia, comunicação eficaz e um compromisso com a melhoria contínua. Ao enfrentar esse desafio de frente, as instituições de saúde podem não apenas melhorar suas operações, mas também fornecer um atendimento ao paciente mais confiável e de maior qualidade.
Ou seja, a tecnologia na saúde tem sido um catalisador para melhorias significativas na qualidade do atendimento ao paciente e na eficiência operacional. À medida que continuamos a integrar novas ferramentas e sistemas, podemos esperar um futuro em que a saúde seja mais acessível, personalizada e eficiente para todos.
*Eduardo Nunes é o cofundador e CMO da Wellon.
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A TRIBUNA ONLINE
Ministro do STF mantém suspensas decisões para fornecer remédio de R$ 17 milhões
Medicamento de alto custo é destinado para crianças diagnosticadas com distrofia muscular de Duchenne
Supremo Tribunal Federal: Gilmar Mendes manteve suspensão das decisões para fornecer medicamento de alto custo
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a restrição na concessão do medicamento de alto custo Elevidys para crianças de 4 a 7 anos diagnosticadas com distrofia muscular de Duchenne.
Na mesma decisão, o ministro manteve suspensas as liminares que determinam o fornecimento do medicamento custeado pelo Ministério da Saúde. A exceção segue para liminares já concedidas para crianças que contassem com no mínimo 6 anos e 6 meses, em 6 de setembro de 2024.
O medicamento também deve ser adquirido nos casos de liminares concedidas por ministros do STF.
O financiamento desse medicamento abriu um impasse entre o governo federal e a farmacêutica Roche, em negociações mediadas pelo STF. Famílias têm recorrido à Justiça para que o Ministério da Saúde cubra os custos.
O medicamento Elevidys, que tem custo médio de R$ 17 milhões, ainda não está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) e está em avaliação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para essa idade.
Hoje, 108 ações judiciais estão em andamento, aguardando o desfecho do possível acordo, mas já houve 19 decisões liminares (provisórias) determinando à União fornecer o Elevidys.
A decisão do ministro desta sexta-feira (25) acolhe parcialmente uma proposta conjunta apresentada pela União e a farmacêutica Roche Brasil. As partes solicitaram ainda a suspensão das audiências de conciliação por 45 dias ou até o registro do Elevidys pela Anvisa.
A medida foi autorizada pelo ministro após a União e a Roche informarem que o processo de avaliação na agência reguladora está em fase final e que eventual aprovação facilitaria o avanço das tratativas.
A Anvisa afirmou, em nota, que a análise está sendo feita para o fornecimento do medicamento em crianças de 4 a 7 anos. No momento, a agência aguarda resposta dos últimos pedidos de informações feitos à Roche, enviado em setembro de 2024.
As reuniões sobre o tema são conduzidas de forma sigilosa no STF. Uma nova rodada foi pré-agendada para o dia 12 de dezembro.
A distrofia muscular de Duchenne é uma doença rara que causa fraqueza progressiva dos músculos, levando com o tempo à perda de mobilidade e comprometendo as funções respiratória e cardíaca.
Por determinação da Justiça, a Saúde já pagou R$ 52,8 milhões para custear a entrega da terapia a três crianças. Apenas em 2024, a pasta comandada por Nísia Trindade empenhou (etapa que antecede o pagamento) R$ 1,7 bilhão para cumprir decisões judiciais sobre o fornecimento de diferentes tratamentos.
A discussão sobre o medicamento se intensifica por ser o único que atua diretamente na causa da doença. Atualmente, o tratamento disponível para crianças é limitado ao uso de corticoides e fisioterapia, que apenas reduzem os impactos.
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PORTAL G1
A segurança psicológica no trabalho agora é lei
Entenda a NR-1 e como a TH Segmed está à frente disso
A saúde mental no ambiente de trabalho é fundamental para o funcionamento saudável e produtivo de qualquer empresa, e por anos ela foi relegada ao segundo plano. Não obstante, a TH Segmed sempre empenhou-se em se especializar e se dedicar em garantir um ambiente de trabalho seguro e a estabilidade emocional e psicológica do trabalhador, o que agora se tornou uma lei vigente.
A Norma Regulamentadora 1 (NR-1) é a diretriz que trata do gerenciamento de riscos organizacionais, e ela foi atualizada em Julho de 2024 para incluir o bem estar e a saúde mental dos funcionários. O novo padrão demanda que as empresas identifiquem e controlem os riscos psicossociais no ambiente de trabalho. A partir de agora, as empresas devem tratar as questões de saúde mental com a mesma seriedade que lidam com riscos de lesões físicas. As empresas que não se adequarem à nova norma regente estão passíveis de multas e também podem ser interditadas.
A TH Segmed é especializada em Medicina e Segurança do Trabalho, e é a única empresa que conta com psicólogos especializados no assunto e capacitados para prestar esse serviço para outras empresas. Adicionalmente, a TH Segmed oferece um treinamento - uma especialização - para que tais adversidades sejam primeiramente identificadas, e então seus métodos aplicados de maneira efetiva para que tanto o ambiente de trabalho quanto o trabalhador prosperem.
Sempre com o objetivo de promover a saúde dos trabalhadores, por meio da adequação das rotinas trabalhistas com as normas vigentes de segurança ocupacional e da adoção de medidas preventivas, a TH Segmed é composta por profissionais excelentes e experientes, e busca encontrar os melhores e mais eficientes caminhos para o desenvolvimento integral de sua empresa.
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Morte de empresário durante ressonância magnética pode ter sido 'fatalidade', diz neurologista
Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, morreu em uma clínica em Santos (SP). Causa da morte será apontada por meio do exame de necrópsia feito pelo Instituto Médico Legal (IML).
A morte do empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, durante um exame de ressonância magnética na cabeça em uma clínica em Santos, no litoral de São Paulo, pode ter sido uma fatalidade. Ao g1, o médico neurologista e professor adjunto da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), João Brainer Andrade, explicou a função e os riscos do exame.
Fábio se submeteu à ressonância na cabeça em uma clínica no bairro Vila Mathias, às 14h de terça-feira (22). O exame foi indicado após ele relatar que sentia "muito sono" a um médico. A comerciante e viúva Sabrina Altenburg Penna, de 44 anos, contou ter sido informada por uma médica da unidade sobre o marido ter sofrido um "infarto fulminante".
Apesar disso, ainda de acordo com a viúva, um laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) de Santos considerou "morte suspeita", solicitando a conclusão do Instituto Médico Legal (IML) por meio de exame de necrópsia. O prazo para a divulgação do resultado é de 90 dias.
Ao g1, o médico neurologista João Brainer Andrade, que não acompanha o caso, explicou que a ressonância magnética não causa chance de infarto. Sendo assim, a morte de Fábio, ainda neste contexto, pode ter sido uma fatalidade.
"O paciente [pode] ter se sentido mal e, por coincidência, ter tido o infarto dentro da ressonância", afirmou o médico.
O médico acrescentou que o contraste, em si, também não causa infarto. "Ele pode causar uma insuficiência respiratória, dificuldade para respirar e pressão baixa, no contexto que a gente chama de choque anafilático, [mas] aí é diferente, que é o choque da reação alérgica", disse.
Ressonância magnética
De acordo com o médico, a ressonância magnética é um exame inócuo, ou seja, que não é nocivo, do ponto de vista de radiação, uma vez que cria um campo eletromagnético - diferentemente dos exames de Raios-X e tomografia, que podem causar mal devido o "efeito acumulativo".
Andrade complementou dizendo que, apesar disso, a ressonância pode ser um "problema" para pacientes que possuem órtese [dispositivo ortopédico que auxilia as funções de um membro, órgão ou tecido], prótese, marca-passo ou metais, que podem agir como um "grande ímã" e serem deslocados ou aquecidos durante o exame.
"Todas essas questões devem ser informadas previamente, os médicos do paciente têm que ser informados. Em geral, esses devices [dispositivos] têm um manual de instruções relacionados ao tipo de ressonância que pode ser feita [...]", afirmou.
O médico ressaltou que, em alguns casos, o paciente pode sofrer reação alérgica ao contraste. Ele explicou que, apesar disso, o tipo de contraste usado na ressonância causa menos alergia do que o utilizado na tomografia. Nessas situações, o quadro do paciente pode evoluir para afilaxia.
"[Acontece] quando o paciente tem choque circulatório, ou seja, fica com a pressão baixa, [e] pode ter problema para respirar grave, secundário a essa alergia", disse.
Quando o exame é indicado?
O neurologista explicou que, para a cabeça, de forma geral, a ressonância é indicada em casos de tumor para identificar o padrão e tipo. Além disso, o procedimento também é usado para identificar Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Para pacientes que sentem sono demais durante o dia, a sonolência excessiva diurna, como o caso do empresário, o especialista afirmou que a avaliação é feita por meio de um exame chamado teste das latências múltiplas.
"Se o médico identifica alguma outra alteração do exame neurológico do paciente, ai ele pode, eventualmente, recomendar realizar a ressonância, mas não é o primeiro exame que a gente indica que seja realizado", finalizou.
Entenda o caso
Segundo a esposa, uma médica da unidade disse que Fábio sofreu um infarto fulminante. Apesar disso, de acordo com a viúva, um lado do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) de Santos considerou 'morte suspeita', solicitando a conclusão do IML.
“Isso tudo me deixa angustiada e nervosa”, desabafou Sabrina. A viúva afirmou ter recebido um prazo de 90 dias para o resultado do exame de necrópsia.
Conforme apurado pelo g1, a morte aconteceu em uma unidade da Mult Imagem. A equipe de reportagem entrou em contato, em busca de um posicionamento, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.
Morte de empresário
Segundo a esposa, um médico de Fábio pediu o exame de ressonância magnética na cabeça após o homem reclamar de sentir "muito sono" durante o dia.
“A gente sempre fez exames de rotina, mas esse em especial foi um pedido do médico”, afirmou a comerciante. De acordo ela, o marido estava "tranquilo" com o procedimento apesar de fazê-lo pela primeira vez.
A comerciante contou que o exame estava marcado para o meio-dia de terça-feira (22). Apesar disso, segundo ela, o marido só foi atendido às 14h. Sabrina disse que o companheiro não reclamou de fome mesmo tendo passado oito horas em jejum. "Demorou muito, atrasou demais. Mas ele estava tranquilo, aguardando", disse.
Sabrina afirmou ter deixado a clínica para almoçar nos andares inferiores do prédio comercial assim que o marido foi atendido. Ela disse que voltou à unidade em menos de 30 minutos, perguntando a uma das funcionárias se o companheiro estava bem. "Ela disse que sim, que estava fazendo o exame, agitado, normal, mas que estava tudo bem", lembrou.
De acordo com o relato, a comerciante aguardou o fim do exame dentro da clínica. Pouco depois de perguntar sobre o estado do marido, ela percebeu uma "movimentação estranha" de pessoas entrando e saindo do cômodo rapidamente. Sabrina novamente questionou sobre o companheiro.
"[A funcionária] falou: 'Olha, está tudo bem. Ele passou mal, mas já estamos resolvendo'. E ficou uma moça na porta o tempo inteiro, então sentei e fiquei esperando", lembrou Sabrina.
Após aproximadamente 40 minutos de "tensão e angústia", Sabrina viu dois profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) indo em direção à sala da ressonância. Por isso, ela perguntou mais uma vez sobre o que estava acontecendo.
“Os médicos do Samu abriram a porta para entrar e vi que ele [Fábio] estava deitado e tinha uma pessoa em cima dele fazendo a massagem [cardíaca] com a mão", relatou a mulher.
A comerciante chegou a ver a blusa do marido ser rasgada para os primeiros socorros, mas logo foi informada sobre a morte dele após infarto fulminante. A mulher disse que a mãe dela e uma amiga chegaram ao local na sequência, assim como a polícia.
"Ficaram lá perto para ouvir o que estava acontecendo. Eu não aguentava, só chorava”, relembrou, acrescentando que precisou ir até a delegacia registrar o caso, enquanto o corpo do marido foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que emitiu um laudo sobre morte suspeita.
No documento, foi descrito que o órgão considerou "prudente e necessário o exame necroscópico e toxicológico" realizado por médico legista. "Por exposição a outras drogas, medicamentos e substâncias biológicas, não especificadas, intenção não determinada - residência".
Prefeitura de Santos e SSP-SP
Em nota, a administração municipal informou que o Samu foi acionado para a ocorrência por volta das 15h. O município ressaltou, porém, que os profissionais encontraram o paciente sendo atendido por um médico da clínica.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso está sob investigação no 2° Distrito Policial de Santos. O laudo no IML está em andamento e, assim que finalizado, será analisado pela autoridade policial.
"Vale esclarecer, que o processo para conclusão dos laudos demanda tempo devido à sua complexidade e o prazo pode ser estendido por questões técnicas, em casos excepcionais. Quando isso ocorre, a autoridade solicitante sempre é comunicada", acrescentou a pasta.
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FOLHA DE S.PAULO
Veja novas diretrizes para controlar a pressão arterial, que passou a ser considerada elevada a partir de '12 por 8'
Protocolos brasileiros estão sendo revisados e alinhados ao modelo europeu, com previsão de divulgação em 2025
A pressão alta afeta 1 em cada 4 brasileiros, segundo dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2023. Globalmente, o número de hipertensos foi de 650 milhões para 1,3 bilhão, entre 1990 e 2019. Para melhorar esse cenário, foram apresentadas novas diretrizes para hipertensão no Congresso Europeu de Cardiologia, em Londres, trazendo mudanças no diagnóstico e tratamento da doença.
A principal novidade é que a pressão arterial 12/8 (entre 120 por 80 e 129 por 84 mmHg), tradicionalmente considerada normal, passa a ser vista como elevada. Agora, a pressão ideal é 12/7 (12 por 7 mmHg) menos.
As diretrizes médicas ainda definem hipertensão arterial como uma pressão de 14/9 (140/90 mmHg) mais, explica Carlos Alberto Machado, cardiologista e assessor científico da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).
"Isso significa que o diagnóstico de hipertensão arterial continua o mesmo, seja, se sua pressão estiver acima desse valor em duas ocasiões, você será considerado hipertenso", completa o médico que também é um dos autores da publicação "Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório".
O objetivo dessa mudança anunciada no congresso europeu é reduzir os níveis de pressão o máximo possível, especialmente para pessoas de alto risco.
Novas diretrizes para hipertensão foram apresentadas no Congresso Europeu de Cardiologia, em Londres
Outras alteração nas diretrizes é o início imediato do tratamento medicamentoso para hipertensão, exceto em casos de baixo risco em idosos acima de 80 anos, quando o tratamento pode ser iniciado de forma mais gradual para evitar riscos de quedas devido aos efeitos colaterais dos remédios, explica
Anteriormente, pacientes de baixo risco tinham até três meses para tentar controlar a pressão apenas com mudanças no estilo de vida. Agora, o tratamento começa logo após o diagnóstico para alcançar rapidamente a meta de pressão e reduzir o risco de complicações cardiovasculares.
A abordagem atualizada recomenda o uso de dois fármacos de classes diferentes desde o início, aumentando a eficácia e reduzindo os efeitos colaterais. Para casos mais difíceis de controlar, combinações de três fármacos podem alcançar o controle em até 90% dos pacientes.
"O objetivo é atingir a meta de controle entre 3 e 6 meses, reduzindo riscos de comorbidade e mortalidade cardiovascular", completa o cardiologista. Carlos Alberto Machado afirma que as diretrizes brasileiras de hipertensão estão sendo revisadas, alinhadas ao modelo europeu, com previsão de divulgação no início do próximo ano.
Para as pessoas já diagnosticadas com hipertensão, o tratamento medicamentoso deve começar junto com mudanças no estilo de vida. Para aqueles com pressão apenas elevada, a prioridade é ajustar a rotina, como dieta e exercícios. No entanto, se o risco de problemas cardíacos for alto, é necessário iniciar também o tratamento com medicamentos, explica Celso Amodeo, cardiologista do Hcor (Hospital do Coração).
Pacientes de baixo risco podem inicialmente se beneficiar de mudanças no estilo de vida sem medicamentos, evitando efeitos colaterais desnecessários. Já os muito idosos, devido à fragilidade e ao risco de hipotensão e quedas, precisam de um ajuste mais gradual da pressão arterial para manter uma boa perfusão (passagem de líquido através do sistema circulatório) e priorizar a qualidade de vida.
A diretriz, portanto, recomenda um tratamento mais personalizado e menos agressivo para esses grupos.
Diagnóstico de hipertensão
O diagnóstico de hipertensão não deve se basear em uma única medição no consultório. É recomendada a monitorização ambulatorial (MAPA) residencial (MRPA), explica Carlos Alberto Machado. A pressão deve ser medida inicialmente nos dois braços para identificar possíveis diferenças, o que pode indicar problemas de circulação. A precisão é fundamental, já que a hipertensão é uma condição crônica que requer tratamento contínuo.
A medição da pressão no consultório funciona como uma "fotografia", refletindo a pressão arterial apenas naquele momento específico, enquanto a medição fora do consultório, como a monitorização ambulatorial (MAPA) residencial (MRPA), permite um acompanhamento contínuo, oferecendo uma visão mais ampla e precisa do comportamento da pressão ao longo do dia e da noite, ajudando a identificar variações que podem passar despercebidas em uma única consulta.
Mede a pressão em casa, durante o dia, com o uso de aparelhos automáticos de medição de pressão arterial (medidores digitais)
Dá uma ideia melhor da pressão no cotidiano, fora do ambiente do consultório, mas não inclui o período noturno
Ajuda a entender a pressão ao longo do dia e a evitar leituras erradas causadas pelo efeito "jaleco branco", seja, o estresse de estar no consultório médico
Monitora a pressão ao longo de 24 a 48 horas, incluindo durante a noite, com um aparelho de monitorização ambulatorial, que é portátil e permanece acoplado ao braço do paciente durante todo o período
É mais completa, pois mostra o comportamento da pressão durante o sono, quando a pressão deve naturalmente cair
Se a pressão não baixa à noite aumenta ao despertar, o risco de problemas cardiovasculares é maior
Estratégias não farmacológicas
Além do uso de medicamentos, a diretriz recomenda medidas não farmacológicas, como exercícios físicos e alimentação equilibrada.
A combinação de atividades aeróbicas (corrida, natação bicicleta) e de resistência (musculação) é ideal, devendo ser realizada na maior quantidade de dias possíveis, em intensidade moderada, permitindo falar durante o esforço, explica Andrea Brandão, membro do conselho administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Atividades como corrida, natação e ciclismo ajudam a melhorar a saúde cardiovascular e a reduzir a pressão arterial. Esses exercícios aumentam a frequência cardíaca, fortalecem o coração e melhoram a circulação sanguínea
Incluem musculação, levantamento de peso, uso de faixas elásticas e exercícios com o próprio peso corporal (como flexões e agachamentos). Eles fortalecem os músculos, melhoram o metabolismo e ajudam no controle do peso, beneficiando a saúde do coração e a redução da pressão arterial
Alimentação e consumo de sódio
Na alimentação, é recomendada a redução do uso de sal (sódio). Alimentos que ajudam a controlar a pressão alta são ricos em potássio, magnésio e fibras, e pobres em sódio, explica Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da ABRAN (Associação Brasileira de Numerologia).
O potássio ajuda a eliminar o excesso de sódio pelos rins e promove o relaxamento dos vasos sanguíneos, reduzindo a pressão arterial. "Manter um equilíbrio adequado entre potássio e sódio é essencial para controlar a hipertensão", completa Garcez.
Garcez recomenda frutas e vegetais (banana, abacate, laranja, espinafre), cereais integrais (aveia, quinoa), leguminosas (feijão, lentilha), oleaginosas (nozes, amêndoas), peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha) e laticínios com baixo teor de gordura.
"A recomendação de consumo de sódio permanece em 2g por dia, o que equivale a 5g de sal de cozinha (cloreto de sódio)", completa Andrea Brandão.
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PORTAL UOL
Sem regras específicas, cadáveres frescos são comprados no exterior para cursos de estética
As redes sociais entraram em polvorosa com o oferecimento de cursos de estética em cadáveres fresh frozen , termo médico que indica que são cadáveres frescos conservados congelados, sem uso de formol. A comoção se agravou com a informação de que os corpos seriam importados.
E são mesmo, segundo Kelly Ricca, diretora de ensino do Instituto de Treinamento em Cadáveres. Em entrevista à Folha , a dentista não deu detalhes de valores ou de onde vêm os corpos. Segundo ela, isso comprometeria a operação. O que a dentista diz é que muitas compras são feitas em dólar.
Instituições como o Centro de Treinamento em Cadáveres, Nepuga, Ramaga e Instituto de Treinamento em Cadáveres oferecem, principalmente, cursos de estética como preenchimentos com ácido hialurônico e aplicações de outros produtos injetáveis com corpos frescos.
No Brasil, a compra e venda de corpos é proibida. Mas existe uma regulamentação para uso de cadáveres para estudos. A norma, de 1992 , é repleta de lacunas, segundo Henderson Furst, presidente da Comissão de Bioética da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Segundo a lei, "o cadáver não reclamado junto às autoridades públicas, no prazo de trinta dias, poderá ser destinado às escolas de medicina ".
Não há orientações para a doação voluntária de corpos para a pesquisa e ensino , nem sobre a venda. A única orientação sobre importação diz respeito a restos mortais, a resolução 662 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O ITC (Instituto de Treinamento em Cadáveres) é uma das instituições que usa os cadáveres frescos. "A gente é praticamente 100% dependente do mercado externo", afirma o dentista Mohamad Abou Wadi, à frente do instituto.
Na seção de perguntas frequentes do site do ITC, a resposta para a origem das peças é apenas que "as peças chegam de fora do Brasil, sem origem especificada".
A reportagem falou com um médico familiarizado com os processos de uma das unidades do ITC, que acompanhou a compra de cabeças humanas pela instituição.
O médico, que pediu para não ser identificado, diz que cada cabeça pode custar até R$ 10 mil. Elas vêm dos Estados Unidos, por meio de sistemas em que famílias que não podem arcar com os custos de velório doam o corpo para a ciência.
Diversas empresas oferecem o serviço, americanas e europeias, caso da Novusarge, na Turquia e Science Care, nos EUA. Universidades americanas indicam em seus sites que aceitam doações de corpos, como a Indiana University e a Universidade da Califórnia-Davis.
A reportagem solicitou mais informações sobre as transações com a Anvisa, o Ministério da Saúde , o Ministério da Educação, o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Nenhum deles deu detalhes do que as duas resoluções já mencionadas.
A Anvisa afirmou que não se trata de uma competência da alçada da agência. O MEC não respondeu sobre a regulamentação de compra de cadáveres no exterior para uso em salas de aula. A SSP afirma que o Instituto Médico Legal não tem autorização para doar corpos ou parte deles.
A Receita Federal, por onde os corpos comprados devem necessariamente passar, não respondeu à solicitação de imprensa.
Segundo profissionais da área, inclusive Ricca, a vantagem dos cadáveres frescos é que eles conservam algumas características dos tecidos humanos que se perdem na conservação química.
Furst afirma que os corpos podem ser usados em qualquer nível de ensino superior, tanto na graduação, quanto em cursos de pós-graduação latu ou stricto sensu. Ele diz que o Código Civil veda a comercialização de corpos humanos, tecidos ou células. "Mas isso só vale para negócios realizados no Brasil. Não incide sobre negociações internacionais."
"Na ausência de outra regra específica ou de uma proibição expressa, fica valendo a importação de corpos para fins de ensino", diz. Eis a brecha.
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Assessoria de Comunicação