Administrador

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Quarta, 15 Dezembro 2021 10:20

CLIPPING AHPACEG 14 E 15/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

"Chip da beleza" - Cremego faz alerta sobre uso sem base científica

Brasil registra mais 3.826 casos e 92 mortes por Covid; dados seguem incompletos

Nove estados ultrapassaram a marca de 90% da população-alvo vacinada com a primeira dose da vacina Covid-19

OMS diz que 77 países já relataram casos da variante Ômicron

Câmara vota MP que regulamenta cobertura de planos de saúde

Paciente que ficou com dificuldade de andar após ter joelho operado errado pede justiça, em Goiânia

Polícia indicia nove pessoas por morte de pacientes que ficaram sem oxigênio em hospital de Uruaçu

Anvisa passa a cobrar comprovante de vacinação, mas só de alguns viajantes

Número 2 de Queiroga recomenda evitar festas e Carnaval por causa da ômicron

Alego aprova venda do Hospital do Servidor e PEC dos Aposentados em sessão marcada por atritos

Estudo da Pfizer confirma eficácia de pílula antiviral no tratamento da covid-19

TV RECORD

"Chip da beleza" - Cremego faz alerta sobre uso sem base científica

https://www.youtube.com/watch?v=7awZG4aaC4c

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ISTOÉ

Brasil registra mais 3.826 casos e 92 mortes por Covid; dados seguem incompletos

O Brasil registrou nesta terça-feira 92 novas mortes por Covid-19, o que elevou o total de vítimas fatais da doença no país a 616.970, informou o Ministério da Saúde, mas diversos Estados não tiveram os dados informados depois que a pasta sofreu um ataque hacker.

Também foram contabilizados 3.826 novos casos de coronavírus, com o total de infecções confirmadas no país avançando para 22.195.775, acrescentou a pasta.

Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Tocantins não tiveram os dados de casos e mortes atualizados, enquanto Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Roraima forneceram apenas números de óbitos, segundo o ministério.

O Ministério da Saúde foi alvo de um ataque hacker na madrugada de sexta-feira que tirou do ar diversos sistemas da pasta, inclusive informações do Programa Nacional de Imunização, o ConecteSUS e o programa de emissão de certificado digital de vacinação. Segundo o ministérios, os dados foram recuperados, mas parte dos sistemas ainda continuava fora do ar nesta terça.

Em termos absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de óbitos pela doença, atrás somente dos Estados Unidos, e o terceiro em contagem de casos, abaixo de EUA e Índia.

O país, no entanto, tem registrado uma estabilidade nos números da pandemia nos últimos meses em patamares bem inferiores aos piores momentos da pandemia, à medida que avança em sua campanha de vacinação contra a Covid-19.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Nove estados ultrapassaram a marca de 90% da população-alvo vacinada com a primeira dose da vacina Covid-19

Entre as unidades federativas que mais aplicaram a primeira dose do imunizante estão os estados de Santa Catarina, Roraima e São Paulo

Nessa semana, a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 do Brasil ultrapassou a marca de 90% da população-alvo com a primeira dose da vacina. Com o avanço na imunização dos brasileiros contra a doença, nove estados brasileiros já ultrapassaram essa marca. Entre as unidades federativas que mais aplicaram a primeira dose do imunizante estão os estados de Santa Catarina, Roraima e São Paulo.

Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná e Rio Grande do Sul também estão na lista de estados com cobertura vacinal acima dos 90% em relação à primeira dose. Segundo o secretário Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a marca é resultado de uma política acertada do Governo Federal em adquirir, logo no início, mais de 550 milhões de doses de vacina Covid-19. Dessas, mais de 378 milhões já foram distribuídas e 314 milhões foram aplicadas.

"Nós temos um Programa Nacional de Imunizações, o PNI, que é forte e realiza hoje uma das maiores campanhas de vacinação da história do Brasil. Se juntarmos os outros agentes imunizantes do Calendário de Vacinação brasileiro, ao todo, são quase 1 bilhão de doses de vacina. Isso só demonstra que o nosso Sistema Único de Saúde é forte, que foi capaz de implementar e colocar em prática uma campanha de vacinação tão importante e significativa", contou Cruz.

Das mais de 314,1 milhões de doses aplicadas, 159,5 milhões de brasileiros iniciaram o ciclo vacinal e 140,5 milhões completaram o esquema com a segunda dose ou dose única do imunizante. Com o envio de doses de reforço, 14,1 milhões de brasileiros já reforçaram a imunidade com a dose adicional ou de reforço. Para 2022, mais de 354 milhões estão garantidas para dar continuidade à campanha no próximo ano.

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AGÊNCIA BRASIL

OMS diz que 77 países já relataram casos da variante Ômicron

Vacinas de reforço podem ajudar a conter a disseminação da covid-19, contanto que as pessoas mais necessitadas de proteção também tenham acesso a elas, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (14).

"É uma questão de priorização. A ordem importa. Dar reforços a grupos com risco baixo de doenças graves ou mortes simplesmente ameaça as vidas daqueles com risco alto que ainda estão esperando suas doses primárias por causa de restrições de suprimento", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um briefing virtual.

"Por outro lado, dar doses adicionais a pessoas com risco alto pode salvar mais vidas do que dar doses primárias àqueles com risco baixo."

Ele ressaltou que o surgimento da variante Ômicron levou alguns países a iniciar programas de vacinas contra covid-19 de reforço para todas as suas populações adultas, enquanto pesquisadores carecem de indícios sobre a eficácia dos reforços contra esta variante.

Tedros disse que 77 países já relataram casos de Ômicron "e a realidade é que a Ômicron provavelmente está na maioria dos países, mesmo se ainda não tiver sido detectada. A Ômicron está se disseminando em um ritmo que não vimos com nenhuma variante anterior", disse.

A OMS receia que as pessoas estejam minimizando a Ômicron por considerá-la amena.

"Certamente, aprendemos a esta altura que subestimamos este vírus por nossa conta e risco. Mesmo que a Ômicron de fato cause doenças menos graves, o número imenso de casos poderia sobrecarregar mais uma vez sistemas de saúde despreparados", disse.

Mike Ryan, o principal especialista em emergências da OMS, disse que o pico desta onda de infecções ainda está a "algumas semanas" de distância, dada a proliferação muito rápida da Ômicron.

Kate O'Brien, especialista em vacinas da OMS, disse que pessoas não vacinadas têm que ser a prioridade, já que estão pressionando os sistemas de saúde.

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Câmara vota MP que regulamenta cobertura de planos de saúde

O plenário da Câmara concluiu nesta terça-feira (14) a votação da Medida Provisória (MP) 1.067/21, que adota regras para que novos tratamentos obrigatórios sejam incorporados pelos planos e seguros de saúde. O texto garante aos pacientes que ocorra a aplicação dos novos tratamentos se a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não cumprir o prazo para a decisão. A MP segue para análise do Senado.

O parecer da deputada Silvia Cristina (PDT-RO) determina que os medicamentos contra o câncer de uso oral e domiciliar, inclusive aqueles com tratamento iniciado na internação hospitalar, sejam fornecidos obrigatoriamente pelos planos de saúde, em conformidade com a prescrição médica e desde que estejam registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com uso terapêutico aprovado para essas finalidades.

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PORTAL G1

Paciente que ficou com dificuldade de andar após ter joelho operado errado pede justiça, em Goiânia

Danilo Almeida Lobo diz que procedimento deveria ter sido feito na perna esquerda, mas acabou sendo feito na direita. Um ano após erro, ele diz que tem vida limitada e sofre com dores.

O supervisor de vendas Danilo Almeida Lobo, de 43 anos, que ficou com dificuldade de andar após fazer uma cirurgia no joelho errado, pede justiça, em Goiânia. Segundo ele, o procedimento deveria ter sido feito na perna esquerda, mas acabou sendo feito na direita. Após o erro, ele diz que tem uma vida limitada, além de sentir muitas dores. Ele quer que o responsável seja responsabilizado.

'Tenho a vida muito limitada. Esquece esporte. Eu tenho dificuldade de locomoção, quando eu ando muito minhas pernas doem. Hoje em dia eu fico restrito a trabalho. Volto para casa, passo gelo, tomo bastante medicação para conter a dor no joelho', disse Danilo.

'Justiça para que ele pague pelo dano que ele está me causando há mais de um ano. Eu fico muito indignado por saber que minha vida se transformou depois de um erro médico', desabafou.

'Justiça para que ele pague pelo dano que ele está me causando há mais de um ano. Eu fico muito indignado por saber que minha vida se transformou depois de um erro médico', desabafou.

O g1 tenta localizar a defesa do médico Igor Guimarães Naves, que fez a cirurgia, para que se posicione. Em abril deste ano, ele negou as acusações à TV Anhanguera e disse que não houve erro médico no procedimento. Na época, ele disse ainda que se descredenciou do plano de saúde depois da cirurgia e que só iria falar sobre o caso na Justiça.

O g1 também entrou em contato com o Hapvida, que é o plano de saúde que o Danilo tinha na época da cirurgia, por e-mail enviado às 16h07, e aguarda uma resposta.

Cirurgia errada

A cirurgia aconteceu em novembro de 2020, depois que ele sofreu um acidente no trabalho. Um dia depois, o médico fez mais dois procedimentos: um pra corrigir o erro e outro no joelho que estava machucado.

Ele disse que rompeu o ligamento e estava otimista pela cirurgia, mas, quando acordou, se assustou ao perceber que a cirurgia tinha sido feita no joelho errado e colocaram os parafusos sem necessidade. Em um dos laudos feitos nesse tempo, um perito disse que a lesão do Danilo era grave.

O hospital ofereceu sessões de fisioterapia, mas Danilo conta que parou porque se sentiu ofendido durante o tratamento.

'Algumas fisioterapeutas que tinham contato direto com o médico diariamente simplesmente me contestavam: 'Ah, você sabia que está dando prejuízo para a gente? A gente dependia do doutor'. Eu me senti constrangido, pois na própria fisioterapia eu tinha que ir dar satisfação, como se eu fosse culpado de algo', disse Danilo.

Há mais de um ano, ele trava uma batalha contra o hospital e o médico na Justiça. Ele pede que o profissional seja responsabilizado pela cirurgia errada. Ele denunciou o caso também no Conselho de Medicina de Goiás.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) informou que, por força do código de processo ético-profissional, todos os processos correm sob sigilo e por isso não pode passar nenhuma informação à imprensa.

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Polícia indicia nove pessoas por morte de pacientes que ficaram sem oxigênio em hospital de Uruaçu

Perícia apontou que não houve falta de energia, e sim uma falha na rede interna, fazendo os equipamentos funcionaram com bateria. Delegado aponta que servidores não perceberam o problema.

Por Vitor Santana, g1 Goiás

A Polícia Civil indiciou na terça-feira (14) nove pessoas da equipe médica do Hospital Centro-Norte Goiano pela morte de dois pacientes que ficaram se oxigênio, em Uruaçu, no norte do estado. A investigação apontou que houve uma falha na rede elétrica interna e que os profissionais não perceberam que os equipamentos estavam funcionando com bateria.

Foram indiciados por homicídio culposo uma médica, uma fisioterapeuta, uma enfermeira e seis técnicos. Além deles, uma pessoa da equipe de manutenção foi indiciada por falso testemunho. Os nomes dos indiciados não foram divulgados e, com isso, o g1 não conseguiu identificar se eles já têm advogado até a última atualização dessa reportagem.

g1 entrou em contato por e-mail às 8h40 com a Secretaria de Estado da Saúde e aguarda retorno.

As duas mortes aconteceram no dia 12 de julho. A perícia concluiu que não houve problema na rede elétrica do lado de fora do hospital e nem falta de energia na região. Porém, uma falha interna durante a madrugada vez com que um dos disjuntores que alimentavam os ventiladores mecânicos da UTI desarmasse.

Os equipamentos continuaram funcionando, mas com bateria, durante cerca de 3 horas. Quando a carga acabou, os pacientes ficaram sem o oxigênio, o que causou a morte de duas pessoas.

“A maioria [dos funcionários] não sabia identificar ou sabia muito vagamente identificar os sinais que o ventilador mecânico emite quando está em modo bateria e quando a bateria está em nível crítico. Outros, apesar de alegarem que saberiam identificar, dizem que não viram ou não despertou o alarme, mas os registros da memória do equipamento mostram que todos os alarmes foram disparados”, disse o delegado Sandro Leal.

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CORREIO BRAZILIENSE

Anvisa passa a cobrar comprovante de vacinação, mas só de alguns viajantes

Apesar de o comprovante ser cobrado de forma amostral, órgão regulador reforça que "regramento para a entrada de viajantes no país deve ser cumprido por todos"

Maria Eduarda Cardim

O primeiro dia da cobrança do comprovante de vacinação contra a covid-19 para viajantes que entram no país começou confuso já que alguns viajantes relataram que não tiveram o documento cobrado pelas autoridades. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta terça-feira (14/12), que "realiza, de forma amostral, a abordagem de passageiros para verificação da comprovação de vacinação e demais documentos necessários".

Segundo a nota oficial divulgada pelo órgão regulador, a agência também utiliza dados da Declaração de Saúde do Viajante (DSV) para avaliar voos e viajantes de maior preocupação, conforme critério de saúde preenchidos no documento que é cobrado para a entrada no Brasil.

Apesar de o comprovante de vacinação ser cobrado apenas de algumas pessoas, a Anvisa reforça que "o regramento para a entrada de viajantes no país deve ser cumprido por todos". "A verificação por amostra não exime a responsabilidade de todos os passageiros em relação ao cumprimento das restrições estabelecidas no país. Essas restrições visam reduzir a disseminação do Sars-CoV-2 e suas variantes em território nacional e proteger a saúde da população", disse a agência em nota.

A cobrança do comprovante de vacinação contra a covid-19 atende uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada no último sábado (11), mas o órgão regulador indicou que aguarda a edição de portaria interministerial para ter mais detalhes, "a fim de realizar as adequações operacionais que se fizerem necessárias."

Portaria

Na última semana, o governo federal editou uma portaria para passar a exigir o certificado de vacinação contra a covid-19 como condição para a entrada de viajantes da via aérea no Brasil. As pessoas que não apresentarem o documento precisariam realizar uma quarentena de cinco dias no país e somente poderiam circular pelo território brasileiro com o novo teste de covid-19 negativo.

No entanto, a cobrança do comprovante de vacinação teve que ser adiada após o ataque hacker sofrido pelo Ministério da Saúde. No último domingo (12), contudo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou, em caráter liminar, a obrigatoriedade da apresentação de comprovante de vacinação para todo viajante que chegar ao Brasil por meio de aeroportos.

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FOLHA DE S.PAULO

Número 2 de Queiroga recomenda evitar festas e Carnaval por causa da ômicron

Rodrigo Cruz diz que é cedo para pensar em festas já que ainda não é possível saber efeitos da variante

Raquel Lopes

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, recomendou não planejar festas de fim de ano e carnaval por conta da variante ômicron.

"O posicionamento do Ministério é conservador, como a gente ainda não sabe os efeitos da variante, a recomendação é que não se planeje festa de fim de ano e não se planeje ainda Carnaval. É tudo muito cedo", destacou em suas redes sociais.

No início do mês de dezembro, a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, disse que não recomendava a realização do Carnaval em 2022. Ela argumentou que festas com grandes aglomerações podem aumentar a transmissão da doença.

Segundo Leite, apesar de o país já estar com alta cobertura vacinal, nesses eventos há dificuldade de manter protocolos não farmacológicos que são importantes para evitar a contaminação. Entre eles o uso de máscara, medida de distanciamento e higiene das mãos.

"O Carnaval é uma festa que nós nos aglomeramos, que nós estamos juntos. É impossível você não ficar aglomerado nessas festas. E nós sabemos que mesmo o indivíduo estando com o seu esquema vacinal completo, até com dose de reforço, ele pode se contaminar", avaliou.

"É extremamente arriscado por tudo que nós já passamos, não só nós brasileiros, mas que o mundo já passou em relação a isso, fazer esse tipo de reunião, de comemorações no atual momento. É claro que estamos em dezembro, e em fevereiro ou março as coisas podem mudar. Mas hoje a nossa posição é que isso seja pensado com extrema cautela e não recomendamos no momento", finalizou.

Como a Folha tem mostrado, o temor de uma nova onda de contágio da Covid-19, ainda mais com a descoberta da variante ômicron, tem feito diversas cidades cancelarem a folia. Em muitas das cidades, porém, os vetos se restringem somente à esfera pública. Prefeituras do interior e do litoral de São Paulo anunciaram recentemente o cancelamento em massa de atividades carnavalescas em 2022.

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O HOJE

Alego aprova venda do Hospital do Servidor e PEC dos Aposentados em sessão marcada por atritos

Dando continuidade aos trabalhos legislativos da semana, o Plenário da Assembleia Legislativa realizou, nesta terça-feira (14/12), duas sessões híbridas, sendo uma ordinária e outra extraordinária. Ao todo, foram aprovadas quatro matérias. Dessas, apenas uma era de iniciativa parlamentar, sendo as outras três oriundas da Governadoria do Estado. Destaque para a aprovação, em votação definitiva do projeto que autoriza a venda do Hospital do Servidor Público (HSP) para o Estado.

O projeto, que obteve 22 votos favoráveis e nove contrários, vem gerando debate desde a semana passada e, à semelhança de ontem, também movimentou as tribunas, presencial e remota, na tarde de hoje. Os deputados Major Araújo (sem partido), Sérgio Bravo (Pros), Lêda Borges (PSDB), Delegada Adriana Accorsi (PT), Antônio Gomide (PT), Delegado Humberto Teófilo (sem partido), Paulo Cezar Martins (MDB), Gustavo Sebba (PSDB) e Alysson Lima (Solidariedade), todos da oposição, registraram votos contrários à matéria.

Além disso, Major Araújo ainda acabou de envolvendo em mais um atrito com o deputado Amauri Ribeiro (Patriota), a segunda em menos de 7 dias – no último dia 8 ambos se envolveram em um atrito na Casa durante a Ordem do Dia. Desta vez, Major Araújo criticou quem foi a favor da propositura com indiretas específicas para Amauri, chegando a chamar de “jumento”, quem não tinha argumento para ser favorável a venda do hospital, neste momento o Ribeiro se levantou e se aproximou de Araújo de forma brusca, veja no vídeo:

Dando seguimento à sessão, Antônio Gomide (PT) pediu a palavra, durante a sessão extraordinária híbrida, para manifestar seu posicionamento contrário à alienação da unidade de saúde. Ele voltou a lembrar os colegas que o HSP é um patrimônio do Ipasgo, construído e mantido por meio da contribuição dos servidores. “Nesse momento, o governador atual se utiliza da dívida do Estado para a venda do Hospital do Servidor, sendo que uma coisa nada tem a ver com a outra. Falta articulação política”, ponderou.

A defesa da propositura ficou a cargo do deputado Dr. Antonio (DEM). “Eu acho que essa medida é o que os servidores querem, desde que se faça um atendimento pleno a todos os servidores e seus dependentes”, defendeu o parlamentar.

Ao fazer uso da tribuna, na votação de ontem, o líder do Governo, deputado Bruno Peixoto (MDB), esclareceu a visão do Executivo ao propor a alienação ou permuta do HSP. O parlamentar disse, na ocasião, que o Estado não está vendendo e sim ampliando a rede de saúde dos segurados do Ipasgo. “Vamos dar um presente aos servidores, já que o hospital na verdade acarreta em prejuízos ao usuário que, em caso de urgência, tem que se deslocar para ser atendido”.

A ideia do Governo, segundo Bruno Peixoto, é eliminar esse transtorno e ampliar o atendimento por meio de policlínicas que já estariam supostamente aprovadas para serem instaladas em diversas regiões do estado. “Aquele cidadão que mora em cidades do interior e que hoje tem que se deslocar para a Capital poderá ser atendido em um lugar próximo à sua casa. Quero pedir a todos, por favor, que defendamos o usuário do Ipasgo e que votemos sim pela alienação do hospital e pela ampliação da rede credenciada. Com isso, ainda vamos dar um presente para Goiânia, que é o Hospital da Criança e o Hospital da Mulher”, afirmou.

A matéria abriu a pauta de deliberações da sessão extraordinária.

PEC dos Aposentados

Outra matéria de destaque, aprovada em primeiro turno, foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) a qual o Executivo estadual defende alterações nos descontos incidentes sobre a contribuição previdenciária das aposentadorias e pensões do estado e dos municípios.

Mediante a alteração do parágrafo 4º-A do artigo 101 da Constituição Estadual, o Governo de Ronaldo Caiado (DEM) pretende isentar aqueles que recebem proventos de até R$ 3 mil da cobrança da alíquota dos 14,25%, atualmente previstos no Regime Próprio de Previdência Social do Estado. Os aposentados e pensionistas que recebem valores superiores ao montante citado e foram excluídos do benefício deverão continuar contribuindo, portanto, com o referido percentual, hoje devido à Goiás Previdência (Goiasprev).

A exclusão foi contestada pela bancada da oposição, que defendeu a concessão do desconto para todos os servidores com proventos enquadrados dentro do teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cujo valor atual é de R$ 6.433,57. Embora a matéria tenha sido aprovada com 38 votos favoráveis e apenas dois contrários, dados pelos tucanos Lêda Borges e Helio de Sousa, os demais deputados oposicionistas presentes explicaram que votariam favoráveis, apesar de discordarem do valor da alíquota e do limite mínimo de R$ 3 mil para incidência do benefício.

As manifestações favoráveis e contrárias foram apresentadas nas etapas de discussões e encaminhamentos de votos, que seguiram as regras de proporcionalidade descritas no Regimento Interno da Casa. Lêda Borges e Helio de Sousa justificaram seus respectivos votos contrários alegando baixo impacto social da proposta e defendendo o retorno integral do benefício a todos da categoria que se enquadram dentro do teto do INSS.

Da tribuna da oposição, a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) decretou voto favorável ao projeto sob protesto de que irá continuar, junto com a bancada, sua atuação em prol da extinção geral e irrestrita do desconto. “Temos que ter responsabilidade. Quando houve a votação do projeto que institui o desconto de 14,25% dos aposentados, nossa bancada votou contra. Desde então, muita luta tem acontecido”, frisou a petista.

Na perspectiva da deputada, as dificuldades vivenciadas, hoje, pela maioria da população, tornam a cobrança ainda mais inoportuna. A petista lembrou que, diante do cenário de desemprego, que foi agravado pela pandemia de covid-19, o servidor público tem se tornado, em muitos casos, o arrimo da família. “Gostaria de deixar muito claro a posição do Partido dos Trabalhadores, que é de acordo com a posição dos líderes classistas: queremos a extinção deste desconto para todos e todas trabalhadores e trabalhadoras aposentados do Estado de Goiás, pois se trata de uma alíquota abusiva que não condiz com a realidade que vivemos hoje no País. Não condiz com a realidade do nosso estado, que está superavitário”, protestou Adriana Accorsi.

Já o deputado democrata Dr. Antonio foi um dos que saiu em defesa da matéria. O parlamentar argumentou que a medida precisa ser aprovada levando em conta o eixo de sustentabilidade de Goiás. “O governador Ronaldo Caiado tem implantado, na economia goiana, situações para transformar o nosso Estado em sustentável, e essas alterações no sistema previdenciário visam uma melhoria da qualidade de vida do servidor”, enfatizou.

A chamada “PEC dos Aposentados”, encaminhada pela Governadoria, foi aprovada durante as deliberações da sessão ordinária realizada na tarde de hoje. A reunião foi inicialmente comandada, em caráter interino, pelo deputado Humberto Aidar (MDB) e, depois, pelo presidente da Casa, deputado Lissauer Vieira (PSB). O revezamento entre ambos, na condução dos trabalhos, seguiu também durante a extraordinária.

Detalhes da PEC

Segundo o texto da matéria, o novo plano de custeio proposto não vai provocar desequilíbrio financeiro-atuarial em virtude da manutenção da situação superavitária do Fundo Previdenciário. “No entanto, haverá a necessidade de novos aportes do Tesouro Estadual para a cobertura da insuficiência do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)”, pondera a Governadoria. Segundo o documento, a projeção da renúncia de receita anual será, em média, de R$ 90.896.923,20.

A proposta também admite a possibilidade de que, em caso de futuro déficit atuarial no RPPS, a contribuição volte a incidir sobre valores acima do salário mínimo.

Dessa forma, o ente estadual e os entes municipais poderão optar, em caso de déficit atuarial, pela adoção da medida prevista no parágrafo 1º-A do art. 149 da Constituição Federal ou do parágrafo 4º-A do art. 101 da Constituição Estadual. “Assim, a proposta atua como medida contra o engessamento da matéria tributária pela Constituição Estadual, porque faculta ao legislador comum estabelecer faixa de isenção de acordo com a realidade conjuntural que se buscar amparar”.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Estudo da Pfizer confirma eficácia de pílula antiviral no tratamento da covid-19

Segundo comunicado, os testes indicaram que a pílula produzida pela farmacêutica reduziu em 89% o risco de internação ou morte em decorrência da doença entre os adultos mais vulneráveis ao vírus

Por André Marinho

A Pfizer divulgou nesta terça-feira, 14, os resultados de um estudo que confirmam a eficácia do antiviral Paxlovid no tratamento da covid-19. Segundo comunicado, os testes indicaram que a pílula produzida pela farmacêutica reduziu em 89% o risco de internação ou morte em decorrência da doença entre os adultos mais vulneráveis ao vírus.

A pesquisa de fase 2/3 que avaliou a eficiência do medicamento teve a participação de 2.246 adultos. “Esta notícia fornece mais corroboração de que nosso candidato a antiviral oral, se autorizado ou aprovado, pode ter um impacto significativo na vida de muitos, já que os dados apoiam ainda mais a eficácia do Paxlovid na redução de hospitalizações e mortes e mostram uma diminuição substancial na carga viral”, disse o CEO da Pfizer, Albert Boula.

Um outro estudo forneceu sinais de que o medicamento pode ajudar pessoas com baixo risco de desenvolver casos graves de covid-19, como indivíduos vacinados que acabam adoecendo. Na análise inicial, o Paxlovid diminuiu o risco de hospitalização e morte em 70% em adultos com essas características, embora não tenha conseguido reduzir ou resolver seus sintomas após quatro dias. Com informações da Dow Jones Newswires.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 13 Dezembro 2021 10:05

CLIPPING AHPACEG 11 A 13/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Reforço de vacina da Pfizer funciona contra ômicron, diz estudo de Israel

Brasil tem 65,32% da população com esquema vacinal completo contra covid-19

Conselho de Medicina de Goiás emite alerta contra o “chip da beleza”

Aparecida de Goiânia confirma 2 primeiros casos da variante Ômicron em Goiás

Prefeitura afirma que não há casos suspeitos da Ômicron em Goiânia

Estudos reforçam eficácia do Canabidiol no tratamento de complicações da Covid-19

“Chip da beleza” pode repor qualidade de vida, mas não é para todo mundo, explicam médicos

Falha em dados expõe subnotificação de mortes por Covid nas prisões

Médico que fez parto de bebê que nasceu empelicada disse que ela foi a primeira que ele viu romper a bolsa com a própria mão: ‘Raro’

FOLHA DE S.PAULO

Reforço de vacina da Pfizer funciona contra ômicron, diz estudo de Israel

Anúncio é o terceiro a sugerir que 3 doses podem ajudar a proteger contra variante

Pesquisadores israelenses disseram neste sábado (11) que a aplicação de três doses da vacina da Pfizer contra a Covid oferece proteção significativa contra a ômicron. Trata-se do terceiro anúncio feito nos últimos sugerindo que o reforço vacional pode ajudar a combater a variante do novo coronavírus.

O estudo, realizado pelo centro médico Sheba e pelo Laboratório Central de Virologia do Ministério da Saúde, comparou o sangue de 20 pessoas que receberam duas doses de 5 a 6 meses atrás com o sangue do mesmo número de indivíduos imunizados com a dose de reforço há um mês.

"As pessoas que receberam a segunda dose 5 ou 6 meses atrás não têm nenhuma capacidade de neutralização contra a ômicron, embora tenham contra a delta", disse Gili Regev-Yochay, diretora da unidade de doenças infecciosas do Sheba.

Segundo Gili, a terceira dose aumenta a proteção contra a ômicron, porém ainda abaixo da capacidade do reforço em relação à variante delta.

A equipe israelense disse que trabalhou com o vírus real, enquanto outras análises recorrem ao que é conhecido como um pseudovírus, projetado para ter as características das mutações da ômicron.

Na última quarta (8), a Pfizer e a BioNTech também disseram que três doses de sua vacina se mostram capazes de neutralizar a nova cepa, com base em teste de laboratório.

"A primeira linha de defesa, com duas doses de vacina, talvez fique comprometida [com a variante] e três doses são necessárias para restaurar a proteção", afirmou a médica Ozlem Tureci, da BioNTec. Segundo a empresa, duas doses ainda protegem contra casos graves.

"Garantir que o maior número possível de pessoas esteja totalmente vacinado com as duas primeiras doses e com a de reforço continua sendo a melhor forma para prevenir a disseminação do Covid-19", disse o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla.

No dia anterior a esse anúncio, o laboratório do Instituto Africano de Pesquisa em Saúde, na África do Sul, divulgou dados preliminares de testes efetuados com o sangue de 12 pessoas imunizadas com o produto das duas empresas.

A análise indicou que a nova variante do coronavírus pode escapar parcialmente da proteção oferecida por duas doses e que a terceira poderia ajudar a frear a doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, adotou cautela diante das informações iniciais acerca da eficácia das vacinas no enfrentamento à ômicron. Para a entidade, ainda não é possível ter certeza de que três doses neutralizam a variante.

Segundo a entidade, existe a expectativa de ter melhores evidências sobre a eficácia do reforço vacinal nas próximas semanas com o desenvolvimento de novas pesquisas.

A existência da nova cepa, detectada inicialmente na África do Sul, foi reportada à OMS em 24 de novembro. Nos dias seguintes, espalhou-se por países dos cinco continentes. Até o último dia 8, havia o registro de infectados em 57 nações.

No Brasil, já houve a confirmação de ao menos sete casos, sendo quatro deles no estado de São Paulo, dois no no Distrito Federal e um no Rio Grande do Sul.

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil tem 65,32% da população com esquema vacinal completo contra covid-19

A quantidade de vacinados no Brasil com duas doses ou dose única de imunizantes contra covid-19 chegou neste domingo, 12, a 139.339.569, o equivalente a 65,32% da população. Enquanto isso, aqueles que receberam ao menos uma dose da vacina são 159.839.190, ou 74,93% do total.

O número de pessoas com esquema vacinal parcial é inferior ao da véspera por possíveis problemas na alimentação de dados na Bahia e no Distrito Federal. Desde sexta-feira (10/12), os indicadores de alguns Estados estão sofrendo o impacto do ataque hacker à base de dados do Ministério da Saúde. Neste domingo (12/12), o ministério informou que o processo de recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a covid-19 no País, contidos na plataforma Conecte SUS, foi concluído.

Não houve, contudo, divulgação da data prevista para o restabelecimento, tampouco a especificação dos sistemas que seguem violados. Nas últimas 24 horas, os registros da aplicação de vacinas contra covid-19 País ficaram negativados: -261.168. Foram contabilizadas -379.095 primeiras doses, 27.997 segundas doses, 884 doses únicas e 89.046 doses de reforço.

Ao todo, 20.469.025 pessoas já receberam a terceira dose, apontam dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a 26 secretarias estaduais e Distrito Federal. Em termos proporcionais, São Paulo é o Estado que mais vacinou tanto com primeira dose, com 81,79% dos habitantes parcialmente imunizados, quanto com segundas aplicações ou doses únicas, com 77,12% das pessoas com esquema vacinal completo.

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A REDAÇÃO

Conselho de Medicina de Goiás emite alerta contra o “chip da beleza”

Através das suas redes sociais, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) emitiu um alerta para médicos e para a população sobre o chamado “chip da beleza”, cujo uso é proibido.
 
O uso de implantes hormonais e da chamada “modulação hormonal” com fins estéticos, são vendidos como soluções milagrosas para emagrecer, retardar o envelhecimento ou ganhar músculos. O conselho alerta, porém, que “não há evidências científicas de benefícios e dos riscos e malefícios desta prática à saúde dos pacientes”.
 
O alerta é da Câmara Técnica de Ginecologia e reforça pareceres e determinações de outras entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. O Cremego enfatiza, ainda, que “a divulgação do uso deste método para fins estéticos é vedada aos médicos e fere o Código de Ética Médica”.
 
Portanto, médicos não podem prescrever nem divulgar tal técnica e a população também deve ficar atenta a essa proibição para “não ser enganada nem colocar sua saúde em risco”.

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Aparecida de Goiânia confirma 2 primeiros casos da variante Ômicron em Goiás


Goiânia - Aparecida de Goiânia confirmou na manhã deste domingo (12/12) os dois primeiros casos da variante Ômicron do coronavírus. O prefeito Gustavo Mendanha (sem partido) usou as redes sociais para informar à população que um casal que teve contato com missionários que vieram de Luanda, em Angola, estão com a doença covid-19 causada pela Ômicron.

"Um casal de missionários vindo de Luanda, Angola, na África, desembarcou em Guarulhos (SP) no dia 3 de dezembro. Eles fizeram o teste RT-PCR, que apresentou resultado negativo. Esse casal de missionários esteve em algumas cidades no Brasil, inclusive em Aparecida de Goiânia. Ficaram do dia 3 ao dia 5 de dezembro", detalhou Mendanha.

De acordo com o prefeito de Aparecida, depois que o casal foi embora do Brasil, duas pessoas que tiveram contato com os missionários apresentaram resultado positivo no teste para covid-19 entre quarta (8/12) e quinta-feira (9/12). "Embora o casal [de missionários] tivesse tido resultado negativo, como tiveram contato, nós, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, resolvemos fazer o contingenciamento genético dessas duas pessoas que foram positivadas."

O sequenciamento genético identificou que a variante do coronavírus no organismo das duas pessoas em Aparecida de Goiânia é mesmo a Ômicron. Neste final de semana, São Paulo confirmou o quarto caso de Ômicron, o primeiro sem histórico de viagem para fora do País. 

"São duas mulheres, uma de idade de 46 e outra de 20 anos", afirmou o prefeito Gustavo Mendanha. Ele disse que os sintomas manifestados nas duas pessoas, até o momento, são leves e lembrou do alto poder de contaminação da variante. "Vocês não precisam entrar em pânico, até porque essa variante é bem mais leve", declarou Mendanha.

O que dizem os estudos sobre a Ômicron
Os estudos mais recentes com a variante Ômicron do coronavírus apontam indícios de que ela pode ter surgido da fusão do coronavírus com um vírus da gripe, que geralmente tem transmissão mais rápida e facilitada. Mas a gravidade da doença só foi testata, até o momento, em laboratório, nas pesquisas in vitro (fora do organismo humano). Nessa fase preliminar, a Ômicron seria mais leve, mas é preciso aguardar pesquisas com dados coledos em grupos observados de pessoas para verificar os possíveis sintomas e o nível de gravidade, internações e mortes pela nova variante.

O prefeito Gustavo Mendanha defendeu a vacinação e pediu para as pessoas que estão com a imunização contra a covid-19 atrasada que procurem os postos de saúde para receber a primeira, segunda ou terceira doses e se cuidem.

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Prefeitura afirma que não há casos suspeitos da Ômicron em Goiânia


Goiânia -  Após dois casos confirmados da variante Ômicron em Goiás, a Prefeitura de Goiânia emitiu uma nota, na tarde deste domingo (12/12), informando que ainda não há casos suspeitos da nova cepa no município. Os primeiros casos foram divulgados ainda pela manhã, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), em média, são analisadas 50 amostras por semana no município e, até o momento, não houve a identificação da variante ômicron circulando na cidade. A pasta ressaltou ainda, a realização da testagem ampliada da covid-19 diariamente em diversos postos da cidade.

Além disso, a SMS começa, nesta segunda-feira (13/12), a testar os passageiros que desembarcarem no Aeroporto Internacional Santa Genoveva. A testagem, no entanto, não será obrigatória. “É mais uma medida de segurança contra a circulação de novas cepas na cidade”, destacou a pasta em nota emitida à imprensa.

Confira nota na íntegra:
 

"A Secretaria de Saúde de Goiânia esclarece que faz o monitoramento das variantes que  circulam  no município de forma rotineira. São analisadas uma média de 50 amostras por semana e, até o momento, não houve identificação da Ômicron circulando na cidade. Além do sequencianto das variantes, Goiânia realiza testagem ampliada da população diariamente em postos diferentes da cidade. Nesta segunda-feira (13/12), equipes da Secretaria Municipal de  Saúde (SMS) começam a testar os passageiros que desembarcarem no aeroporto Internacional Santa Genoveva. É mais uma medida de segurança contra a circulação de novas cepas na cidade.

Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia"

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JORNAL OPÇÃO

Estudos reforçam eficácia do Canabidiol no tratamento de complicações da Covid-19

Por Aline Carlêto

Descobertas recentes demonstram que substância derivada da maconha pode ser eficaz para melhorar qualidade de vida de pacientes sequelados pela doença

Uma pesquisa demonstrou que o Canabidiol (CBD), substância derivada da maconha, reduziu as proteínas responsáveis pela entrada do coronavírus no organismo e inibiu a replicação do vírus. O levantamento foi realizado em fevereiro de 2021 e divulgado pelo International Journal of Molecular Sciences.

A substância revelou, ainda, efeitos terapêuticos eficazes para melhorar a qualidade de vida de pacientes sequelados pela Covid-19. Assim, os sintomas de estresse pós-traumático são limitados na pessoa que faz o tratamento.

Outro estudo publicado na mesma revista reforçou que o CBD pode ser uma nova opção terapêutica para o tratamento de casos de estresse pós-traumático relacionados à Covid. Este levantamento foi liderado por cientistas por cientistas dos Estados Unidos (Artelo Biosciences), Reino Unido (University of Nottingham) e Canadá (University of Western Ontario).

Benefícios:

Os principais benefícios identificados na pesquisa foram aumento da duração e da qualidade do sono e redução de pesadelos. Além disso, a substância pode ser usada para tratamento de depressão e de ansiedade, comorbidades frequentes pós-covid.

A especialista em medicina canabinóide, Maria Teresa Jacob a substância tem se mostrado eficaz no tratamento das patologias de forma segura. “O CBD e outras substâncias presentes na planta poderiam ser uma nova opção farmacológica para o quadro pulmonar e, também, para o tratamento das doenças de saúde mental relacionadas ao Covid-19”, apontou a médica.

Jacob defende que são necessários estudos clínicos profundos sobre a questão.

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“Chip da beleza” pode repor qualidade de vida, mas não é para todo mundo, explicam médicos

Por Gabriela Macedo

Especialistas explicam que dispositivo é implantado para reposição hormonal; no entanto, implantação é realizada somente quando constatada necessidade do paciente

Apesar de ter apenas cerca de três centímetros, a cápsula utilizada para implantes hormonais, popularmente chamada de “chip da beleza” têm se tornado cada vez mais conhecida. Amada por uns, rejeitada por outros, ainda há divergência de opinião entre os profissionais da Medicina sobre sua recomendação. Isso, porque em diversos casos, pessoas têm procurado médicos que realizam o implante com a demanda de “melhorias estéticas”. Seu uso, no entanto, se mostra benéfico e é defendido por diversos profissionais quando o assunto é a reposição hormonal para melhorar a qualidade de vida de pacientes que, por algum motivo – seja idade ou fatores genéticos – tiveram reduzida a produção hormonal. 

O nome “chip da beleza”, inclusive, apesar de popular, é rejeitado por grande parte dos profissionais – inclusive, todos os entrevistados pelo Jornal Opção, uma vez que essa reposição hormonal, de acordo com os profissionais, deve ser realizada de acordo com a necessidade que o organismo de cada paciente, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, em prol da saúde. Não por fins estéticos. Lanna Gomes, que é endocrinologista e metabologista, explica que esse é um termo equivocado para o material, e que a rejeição de seu uso está atrelada com a história do medicamento.

“O “chip da beleza” começou a ser utilizado por uma atleta, nos Estados Unidos. Quando ela teve melhora em sua performance, isso gerou abuso de uso e os EUA passaram a considerar o hormônio que ela usava, que era a gestrinona, como doping”, explica. No entanto, segundo Lanna, ainda que existam profissionais que indicam de forma equivocada a utilização dos implantes – assim como de diversos outros medicamentos, como remédios para emagrecer, os implantes de reposição hormonal costumam ser indicados para mulheres que possuem endometriose, que menstruam demais, que tenham miomatose uterina, síndrome pré-menstrual ou que estejam na menopausa. 

“Essa questão de melhorar a composição corporal, diminuir a gordura corporal e aumentar a libido, quando ocorre, é um bônus. Ainda que algumas pacientes me procurem unicamente com esse fim, esse não pode ser o motivo da implantação”, diz Lanna. Ela explica, inclusive, que diversas mulheres que a procuraram acabaram saindo do consultório com uma resposta diferente do que esperavam, uma vez que, através de exames, não demonstraram ter real necessidade da reposição desses hormônios. 

Ela explicou, inclusive, que é um mito dizer que todo implante hormonal emagrece e citou a gestrinona como exemplo. “Eu não indico a gestrinona para pacientes que estejam muito acima do peso, porque ela não emagrece. Isso é um mito”, declarou. Ela exemplificou isso com o caso de uma de suas pacientes, que com sobrepeso, a procurou com a intenção de implantar o “chip da beleza” para emagrecer. No entanto, a recomendação de Lanna foi a dieta balanceada em conjunto com os exercícios físicos, vista a não necessidade do implante naquele momento. Posteriormente, após perder peso, a paciente acabou realizando o implante, mas por necessidade de seu organismo. 

Roberta Roriz é outra profissional que realiza esse tipo de implantes em Goiânia, mas ela é clara ao explicar que “jamais utiliza implantes hormonais com fins de emagrecimento ou melhora de performance, somente para reposição hormonal no climatério ou menopausa”. “Sempre peço para esse tipo de paciente ir atrás de nutricionistas e educadores físicos pois sou ginecologista e não me especializei em emagrecimento, trato de mulheres na menopausa”, ressalta. 

Leila de Castro, que é empreendedora no ramo de bicicletas, foi uma das mulheres a realizarem o implante em razão da menopausa. Há sete anos na menopausa, ela conta que colocou o implante na primeira semana de dezembro. Apesar de ainda recente, Leila explica que buscou um endócrinologista da capital com a intenção de buscar uma solução às ondas de calor, também conhecidas como fogachos, que passou a sentir nesse momento. A solução sugerida pelo profissional consultado foi o implante. 

Com as expectativas altas, Leila afirma esperar que sua qualidade de vida possa retornar ao que era quando se trata dos “fogachos”. Por outro lado, Gleyce e Gláucia Gundim, que são irmãs e pacientes da Dra. Roberta, colocaram o implante esse ano, há três e um mês, respectivamente, e contam que foi uma escolha acertada quando se trata de melhorar a saúde de seus organismos. 

“O climatério e a menopausa são fases que sempre temi, sempre soube que não seria fácil. No entanto, eu que não usava anticoncepcional, por ter endometriose, comecei a desenvolver uma enxaqueca com aura. Também comecei a ficar entristecida, desanimada e isolada de todos. Sentia calores excessivos, pouca libido e minha pele começou a ficar extremamente seca”, conta Gleyce. A enxaqueca com aura, segundo ela, começou a afetar sua fala, causar adormecimento em seu dedo e pensamentos desordenados. Em meio a uma crise, ela chegou a acreditar que poderia estar em meio a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o que foi descartado ao passar por exames neurológicos. 

“Quando tive uma hemorragia, comecei a tomar anticoncepcional por conta da anemia. Isso desencadeou novas crises e isso me impediu de poder fazer a reposição hormonal via oral”, pontua Gleyce. Ainda que só tenha realizado o implante há três meses, ela relata ter sentido melhora significativa em todas as suas queixas anteriores, especialmente na própria disposição do corpo e no grande desânimo que sentia. “Minha qualidade de vida melhorou demais, porque eu estava muito mal. Penso muito em como mulheres de antigamente sofriam, quando esse tipo de reposição. Não sei como viviam, pois minha melhora foi grande”, explica. Do mesmo modo, Gláucia também teve detectado em seus exames uma redução significativa em seus hormônios, que foi recuperada a partir da reposição. 

Corretora de imóveis, Fabrine Mesquita também fez a implantação hormonal. Apesar de sua intenção inicial, ao procurar seu nutrólogo, ter sido o emagrecimento, ela explica que esse não foi o motivo pelo qual seu médico concordou em colocar o “chip”. “Quando fiz meus exames, meu nível de testosterona estava extremamente baixo. Como eu usava anticoncepcional há muitos anos, o que poderia me dar alguns problemas, optamos por fazer o implante”, explica. Ainda que tenha perdido peso, cerca de 11 quilos desde a implantação, ela deixa claro que o chip não foi o responsável por sua perca de gordura.

“Ele até pode ter dado um benefício a mais de ter ajudado a manter a massa magra, mas não foi o implante que me fez emagrecer. “Chip” nenhum faz milagre, eu tenho uma dieta balanceada e malho pelo menos cinco vezes por semana”, conta. Fabrine ainda revela que duas de suas amigas chegaram a procurar o mesmo médico, com a intenção de repor hormônios com propósito de emagrecimento, mas não obtiveram sucesso. “Ele não quis colocar, já que elas fizeram o exame e ele constatou que elas não precisavam de reposição hormonal”, exemplifica a corretora de imóveis. 

Mesmo que Gláucia e Gleyce tenham sentido dores semelhantes a cólicas menstruais na região pélvica, nos primeiros dez dias, Fabrine diz não ter tido dores. Como efeitos colaterais, ela percebeu aumento de acne e queda de cabelo. No entanto, segundo ela, “não chegou nem perto dos benefícios que obteve”. Gleyce, inclusive, teve melhora em seu ciclo do sono, uma vez que antes da reposição sofria com longas noites de insônia.

Apesar de profissionais que realizam esse tipo de implante explicarem que geralmente essa reposição hormonal costuma ser realizada em mulheres acima de 35 anos, que é quando a produção hormonal costuma ser reduzida, Lanna menciona o caso de uma paciente de 20 anos que irá colocar o “chip” nos próximos dias. Caso raro, a jovem já realizada reposição hormonal em gel, por nunca ter menstruado, mesmo com a idade que tem. “Ela tem um problema genético, não desenvolveu mamas e não tem a liberação de hormônios na hipófise, então entramos com a progesterona o estradiol e com um pouco de testosterona, na dosagem que a mulher pode tomar”, menciona. 

Ainda que a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) tenham desaprovado o uso dos implantes (especialmente o de gestrinona), e que o “chip da beleza” não seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), médicos que trabalham com a realização dos implantes se mostram criteriosos avaliação de quem pode ou não utilizá-los. 

A ginecologista Roberta Roriz, explica que antes de uma paciente colocar os implantes, ela precisa passar por um protocolo de exames de sangue e de imagem, além de consultas que duram mais de uma hora para que seja possível entender todo o histórico e a necessidade que a paciente apresenta. “A reposição hormonal é justamente repor hormônios que a mulher não possui mais. Através de doses ajustadas, o implante devolve a ela toda a qualidade de vida que ela já não mais estava tendo em razão da menopausa”, detalha a médica.

Ela ainda ressalta que não existe uma “receita de bolo” para os implantes, uma vez que cada um tem uma dosagem diferente. “A terapia hormonal é individualizada, cada paciente tem um peso, altura e queixas completamente diferente das outras. Então há necessidade de fazer exames assim obter uma dosagem individualizada para cada uma delas.Temos que ter critério para indicar e contra indicar”, complementa.

Fabrine, que faz a reposição há quase um ano, explica, inclusive, que há muito preconceito, especialmente pela falta de informação quanto ao implante. “Acham que o chip faz milagre e que não é nada demais, mas todas as doses são reguladas, porque se o hormônio for dado em altas doses, pode causar alterações no corpo, então a dose hormonal é dada de acordo com a demanda do próprio organismo”, pontua. 

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Falha em dados expõe subnotificação de mortes por Covid nas prisões

Por Aline Carlêto

A análise ressalta que cinco estados brasileiros não registraram óbitos dentro de 381 dias de monitoramento

Uma pesquisa do Projeto Infovírus demonstrou inconsistência em dados oficiais sobre mortes por Covid-19 em prisões brasileiras. Após denúncia de familiares de detentos, o projeto passou a acompanhar informações do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) referentes à situação dos presídios durante a pandemia.

Os estados de Alagoas, Amapá, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins não notificaram óbitos no período de 381 dias de monitoramento entre 2020 e 2021. O Paraná apresentou uma alta de 62,5% de mortes de um dia para o outro e retornou aos dados iniciais um dia depois.

No Ceará, houve um apagão de 17 dias entre 7 e 23 de abril de 2021. Os dados do painel foram totalmente zerados. Depois desse período, os dados retornaram aos valores que apareciam antes. Segundo o Infovírus, falta qualidade nos dados divulgados e inconstância de informações.

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PORTAL G1

Médico que fez parto de bebê que nasceu empelicada disse que ela foi a primeira que ele viu romper a bolsa com a própria mão: ‘Raro’

Ginecologista e obstetra, Tadeu Batista diz que em 30 anos de profissão só fez 3 partos desta forma. Pequena Elis, de 15 dias, veio ao mundo um minuto após a irmã gêmea Isis.

O médico que fez o parto da bebê que nasceu empelicada em Goiânia disse que ela foi a primeira que ele viu rompendo a bolsa amniótica com a própria mão. Em 30 anos de profissão, o ginecologista e obstetra Tadeu Batista disse que só fez outros dois partos de bebês desta forma antes da pequena Elis, de apenas 15 dias de vida, que nasceu um minuto após a irmã gêmea idêntica Isis.

“Nesse caso, o próprio bebê que rompeu a bolsa, o que é mais raro ainda. Quando eles nascem empelicados, a bolsa é mais resistente do que o normal, então, nós [médicos] que rompemos”, disse o médico.

Um vídeo feito pela fotógrafa Luciana Leandro registrou o momento em que a bebê rompeu a bolsa amniótica com as mãozinhas logo após o parto (assista acima). Mãe das gêmeas, Rosângela Maria Sousa Soares diz que foi um “momento mágico”.

“Tive gêmeas univitelinas, que nasceram em bolsas separadas. A segunda bebê nasceu empelicada. Ela mesma rompeu com a mãozinha a bolsa. Foi um momento mágico”, disse a mãe.

Isis nasceu 21h01 do dia 26 de novembro em uma maternidade em Goiânia. Um minuto depois, nasceu Elis. Quando a primeira gêmea nasceu, a bolsa já estava rompida. Segundo o médico, as irmãs se desenvolveram em uma única placenta, com bolsas separadas.

“Na maioria das vezes, os bebês gêmeos ficam em bolsas separadas. Pode ser uma placenta e uma bolsa, mas não foi o caso dela. Ela [Rosângela] tinha uma placenta e duas bolsas, eram gêmeas idênticas. Quando são duas placentas, não são idênticos. Quando os bebês estão em só uma bolsa, é uma gravidez de risco”, disse Tadeu.

Segundo médico, o nascimento de bebês empelicados é raro. Ele, que acredita já ter feito cerca de 10 mil partos em 30 anos de profissão, disse que só fez três partos de bebês que nasceram sem o rompimento do saco gestacional, contando com este.

“Eu fiz um parto normal e uma cesárea, antes desta. É raro. O bebê pode romper a própria bolsa, mas não é comum. Foi uma emoção, porque é algo que acontece por acaso, a gente não esperava, não tem como prever”, contou o obstetra.

Nascimento

As gêmeas vieram ao mundo após 36 semanas de gestação e saudáveis, há 15 dias. A Elis nasceu pesando 2,3 kg e a Isis, 2,2 kg. Apesar de o nascimento ter sido na capital goiana, a família vive em Crixás, no norte goiano. Rosângela é casada e, além das gêmeas, tem uma filha de 19 anos e um filho de 3 anos.

“Nem precisaram de incubadora, graças a Deus. Dois dias depois do parto, nós já viemos para casa", disse a mãe.

"Na hora que o médico tirou a Isis, foi bem rapidinho. Quando ele foi tirar a Elis, ele falou: 'Parece que ela vai vir empelicada'. Nisso, a fotógrafa já começou a filmar e conseguiu registrar o momento. Foi muito emocionante", lembra Rosângela.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 10 Dezembro 2021 08:49

CLIPPING AHPACEG 10/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Novas medidas para entrada no Brasil passam a valer a partir de sábado

Governo exige vacinação e diz que não é passaporte

Surto de gripe às vésperas do verão

Plano individual da Amil vai para Fiord Capital

Opinião - Ruth De Aquino Quarentena de 5 dias é patética'

Os “Prevent Senior” de Goiás: empresários que desprezaram a vida para ficar do lado do lucro

CORREIO BRAZILIENSE

Novas medidas para entrada no Brasil passam a valer a partir de sábado

Decreto publicado deixa claro que quem apresentar documento provando estar imunizado não terá problemas. Mas, quem não tiver vai para a quarentena

Maria Eduarda Cardim

Os viajantes de procedência internacional, brasileiros ou estrangeiros, que chegarem ao Brasil por vias aéreas, a partir de amanhã precisarão apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19 para provar que estão imunizados. Caso contrário, devem cumprir uma quarentena de cinco dias na cidade de destino e realizar um teste no final do período para comprovar um resultado negativo e sair do isolamento. A medida, na prática, adota o "passaporte da vacina", rejeitado pelo governo federal e criticado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Para a entrada de passageiros por transporte aéreo, o governo aderiu a toda orientação feita pela agência. Já as recomendações feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o desembarque por via terrestre sofreram alterações.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, explicou que a decisão foi tomada baseada no tamanho da fronteira terrestre do Brasil e indicou que a maioria dos viajantes chega pela via aérea. "É a grande fronteira do Brasil com o mundo. São esperados, a cada semana, cerca de 100 mil passageiros, dos quais cerca de 70% são brasileiros e 30% estrangeiros", salientou. A Anvisa considerou que as novas regras alinham "o Brasil a um movimento de alcance global".

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"A adoção do comprovante de vacina como ferramenta para controle de entrada de viajantes no país é medida que alinha o Brasil a um movimento de alcance global e pavimenta o caminho para uma política de fronteiras guiada pela segurança sanitária", afirmou a Anvisa em nota.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, "o requisito da portaria é de que a imunização tem que ser completa há mais de 14 dias". Cruz informou também que o governo federal volta a se reunir daqui a 30 dias para rediscutir as medidas adotadas agora. Segundo ele, a revisão é necessária já que o cenário epidemiológico do país e do mundo pode mudar até lá.

Postos em aeroportos

O governo federal anunciou, ainda, que disponibilizará postos de vacinação nos três aeroportos que recebem maior fluxo de passageiros estrangeiros. Dessa forma, Guarulhos (SP), Tom Jobim (RJ) e Brasília terão doses para quem chegar e tiver interesse em se vacinar contra a covid-19. A medida visa incentivar a imunização, mas não impede que os turistas que forem vacinados ainda nos aeroportos tenham que passar pela quarentena imposta aos não imunizados.

A publicação das novas medidas veio depois do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente Jair Bolsonaro serem duramente criticados pela não adoção do "passaporte vacinal" - e criarem um vácuo administrativo que levou os governos de São Paulo e do Distrito Federal analisarem a possibilidade de cobrar o documento de vacinação para quem desembarcar dentro das fronteiras das duas unidades da Federação. Alegando que o governo preserva as "liberdades individuais", Queiroga chegou até a citar Bolsonaro ao dizer que "às vezes é melhor perder a vida do que perder a liberdade".

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Governo exige vacinação e diz que não é passaporte

Novas medidas para o ingresso no país passam a valer a partir de amanhã. Decreto publicado deixa claro que quem apresentar documento provando estar imunizado não terá problemas. Mas, quem não tiver vai para a quarentena

» MARIA EDUARDA CARDIM

Os viajantes de procedência internacional, brasileiros ou estrangeiros, que chegarem ao Brasil por vias aéreas, a partir de amanhã precisarão apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19 para provar que estão imunizados. Caso contrário, devem cumprir uma quarentena de cinco dias na cidade de destino e realizar um teste no final do período para comprovar um resultado negativo e sair do isolamento. A medida, na prática, adota o 'passaporte da vacina', rejeitado pelo governo federal e criticado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Para a entrada de passageiros por transporte aéreo, o governo aderiu a toda orientação feita pela agência. Já as recomendações feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o desembarque por via terrestre sofreram alterações (veja ao lado).

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, explicou que a decisão foi tomada baseada no tamanho da fronteira terrestre do Brasil e indicou que a maioria dos viajantes chega pela via aérea. 'É a grande fronteira do Brasil com o mundo. São esperados, a cada semana, cerca de 100 mil passageiros, dos quais cerca de 70% são brasileiros e 30% estrangeiros', salientou. A Anvisa considerou que as novas regras alinham 'o Brasil a um movimento de alcance global'.

'A adoção do comprovante de vacina como ferramenta para controle de entrada de viajantes no país é medida que alinha o Brasil a um movimento de alcance global e pavimenta o caminho para uma política de fronteiras guiada pela segurança sanitária', afirmou a Anvisa em nota.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, 'o requisito da portaria é de que a imunização tem que ser completa há mais de 14 dias'. Cruz informou também que o governo federal volta a se reunir daqui a 30 dias para rediscutir as medidas adotadas agora. Segundo ele, a revisão é necessária já que o cenário epidemiológico do país e do mundo pode mudar até lá.

Postos em aeroportos

O governo federal anunciou, ainda, que disponibilizará postos de vacinação nos três aeroportos que recebem maior fluxo de passageiros estrangeiros. Dessa forma, Guarulhos (SP), Tom Jobim (RJ) e Brasília terão doses para quem chegar e tiver interesse em se vacinar contra a covid-19. A medida visa incentivar a imunização, mas não impede que os turistas que forem vacinados ainda nos aeroportos tenham que passar pela quarentena imposta aos não imunizados.

A publicação das novas medidas veio depois do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente Jair Bolsonaro serem duramente criticados pela não adoção do 'passaporte vacinal' - e criarem um vácuo administrativo que levou os governos de São Paulo e do Distrito Federal analisarem a possibilidade de cobrar o documento de vacinação para quem desembarcar dentro das fronteiras das duas unidades da Federação. Alegando que o governo preserva as 'liberdades individuais', Queiroga chegou até a citar Bolsonaro ao dizer que 'às vezes é melhor perder a vida do que perder a liberdade'.

As regras para entrar no Brasil

Veja as orientações para os viajantes procedentes do exterior, brasileiros ou estrangeiros, para entrar no território nacional Testagem Necessária apresentação do resultado negativo do teste de covid-19, do tipo antígeno, realizado em até 24h antes do embarque, ou do tipo RT-PCR, realizado em até 72h antes do embarque.

Declaração de Saúde do Viajante

Necessária apresentação, em no máximo 24h de antecedência ao embarque para o Brasil, o comprovante, impresso ou em meio eletrônico, do preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante (DSV), com a concordância sobre as medidas sanitárias que deverão ser cumpridas durante o período em que estiver no país.

Vacinação'

Necessária apresentação do comprovante, impresso ou em meio eletrônico, de imunização contra a covid-19 antes do embarque para o Brasil.

Serão aceitas vacinas aprovadas pela Anvisa, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pelas autoridades do país em que o viajante foi imunizado;

A aplicação da segunda dose ou a injeção única da vacina deve ter sido feita em, no mínimo, 14 dias antes da data do embarque;

A apresentação do comprovante da vacina será dispensada aos viajantes considerados não elegíveis para a imunização, de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Por exemplo: crianças menores de 12 anos, que ainda não podem tomar a dose no Brasil, não precisam apresentar o comprovante.

Caso o viajante não possua comprovante de vacinação. . . .

Ele pode entrar no Brasil desde que aceite realizar quarentena no território brasileiro, por cinco dias, na cidade de destino e no endereço registrado na Declaração de Saúde do Viajante;

Precisa realizar um novo teste de antígeno ou RT-PCR ao final da quarentena. Dando resultado negativo, o isolamento acaba e o viajante pode circular pelo Brasil. Em caso de recusa à realização do teste ou resultado positivo, o indivíduo permanece em quarentena.

Proibição: viajantes estrangeiros procedentes ou com passagem, nos últimos 14 dias antes do embarque, por África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue - continuam proibidos de embarcar para o Brasil.

Fonte: Portaria Interministerial Nº 661/governo federal

POR VIA TERRESTRE: Passageiros de procedência internacional que ingressam no país por rodovias ou outro meios terrestres deverão apresentar à autoridade migratória ou sanitária quando solicitado: W Comprovante, impresso ou em meio eletrônico, de vacinação contra a covid-19 (considerar os mesmos parâmetros exigidos na via aérea); ou

Resultado negativo do teste de covid-19, do tipo antígeno, realizado em até 24h antes do embarque, ou do tipo RT-PCR, realizado em até 72h antes do embarque.

Apresentação do teste negativo ou do comprovante de vacinação não se aplica a alguns casos. Por exemplo: viajantes em situação de vulnerabilidade decorrente de fluxo migratório provocado por crise humanitária e viajantes que realizam transporte de carga.

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Surto de gripe às vésperas do verão

A notícia de que o vírus Influenza está circulando de forma acelerada em várias cidades do país, principalmente no Rio de Janeiro, às vésperas do verão, causou surpresa e acendeu o sinal de alerta de especialistas. Até novembro, o vírus H3N2 não tinha sido identificado na capital fluminense e hoje, conforme levantamento feito pela rede integrada de saúde Dasa, está presente em mais de 90% das amostras.

A circulação acelerada da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nos últimos dias também tem provocado uma corrida aos postos de saúde e hospitais no Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo, conforme o Boletim InfoGripe da Fiocruz.

A ocorrência de Influenza A a poucos dias do início do verão intriga especialistas. A circulação do H3N2 não é comum neste período de temperaturas elevadas. A cepa identificada no Brasil é a mesma que está circulando no Hemisfério Norte, que entra agora no período de inverno mais rigoroso. No entanto, conforme o painel viral da Dasa, já tem maior incidência que o rinovírus e até mesmo o Sars-Cov-2, causador da covid-19.

Ainda conforme a Dasa, em 2021, não havia histórico de circulação desse tipo de vírus. O primeiro caso identificado de H3N?2 foi em 13 de novembro. No estado do Rio de Janeiro, houve aumento de 76% dos exames de Influenza A no mês passado, em relação a setembro de 2021, sendo 11% com diagnósticos positivos. Já em dezembro (até o último dia 6), houve aumento de 41% dos exames, em relação a setembro, alcançando a marca de 56% de positividade nos diagnósticos realizados.

Com as atenções voltadas para a imunização contra a covid-19, as pessoas deixaram de se vacinar contra a gripe. Mesmo nos grupos prioritários, como idosos e crianças, a adesão foi baixa. O Ministério da Saúde, que em anos anteriores fazia uma campanha forte de conscientização sobre a importância dessa proteção, este ano não intensificou a divulgação para atingir uma cobertura vacinal maior da população contra a gripe. A meta do governo no início da campanha, em abril, era cobrir 90% dessa parcela da população.

No Rio, apenas 53% do grupo prioritário foi imunizado, conforme dados do Vacinômetro do SUS. Em Belo Horizonte, de acordo com a prefeitura, a cobertura vacinal contra a gripe está em 62%. Desde 19 de julho, a vacina da gripe passou a ser aplicada na população em geral, a partir dos seis meses de idade.

Segundo informações do Ministério da Saúde, em 2020 foram diagnosticados 94. 584 casos de gripe, provocados pela Influenza e com outras manifestações respiratórias por vírus não identificado. Neste ano, os dados apurados até o último dia 4 de novembro mostram que o número de diagnósticos pulou para 123. 084.

A vacina contra a Influenza é importante pelo fator de proteção contra as formas mais graves de síndromes respiratórias. Não existem grandes diferenças entre os vírus HINI, H2N3 e H3N2 no que diz respeito às doenças e maneiras de prevenção e tratamento. Mas o HINI é considerado um tipo mais agressivo se não tratado de forma adequada.

Especialistas creditam o aumento de casos de Influenza ao fato de que as pessoas passaram a circular mais livremente agora, após o isolamento social imposto pela covid-19 em 2020. Antes da pandemia, as pessoas tinham contato com o vírus ao longo do ano, o que garantia uma certa imunidade para a forma mais grave da doença. Agora, com o relaxamento das medidas de proteção e o aumento de viagens, elas estão mais vulneráveis, e, portanto, mais sujeitas à gripe e às suas complicações, principalmente no caso de idosos e crianças.

A mesma atenção que se dá agora à vacinação contra a covid-19 precisa ser dispensada à Influenza. Postos de saúde e laboratórios particulares oferecem o imunizante e essa cobertura precisa atingir uma parcela grande da população para reduzir o ritmo de contágio e até mesmo descartar casos do coronavírus, já que os sintomas dos dois vírus são muito parecidos. A recomendação é que não haja atraso entre as duas vacinas e desde o final de setembro não há mais a necessidade de aguardar duas semanas de intervalo entre as doses contra covid-19 e gripe, podendo, inclusive, serem tomadas no mesmo dia. Antes, o Programa Nacional de Imunização (PNI) estabelecia um intervalo mínimo de 14 dias.

Além disso, as medidas de segurança contra a covid-19 devem ser mantidas para evitar as síndromes respiratórias, ou seja, o uso de máscara de proteção facial e a higienização frequente das mãos. Com esses cuidados, é possível diminuir a circulação não só do coronavírus como também da Influenza e suas complicações.

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O GLOBO

Plano individual da Amil vai para Fiord Capital

Fundo de investimento se associa à operadora APS em negócio de R$ 3 bi, que inclui a carteira de 370 mil beneficiários e a compra de quatro hospitais. Protocolo de transferência já está em análise pela ANS. Veja quais são as regras para o consumidor

LUCIANA CASEMIRO E RENNAN SETTI

Fiord Capital, veículo de investimento, se juntou à operadora paulista APsS (Assistência Personalizada à Saúde), que tem pouco mais de 11 mil usuários, para assumir a carteira de planos de saúde individuais da Amil, que totaliza 370 mil beneficiários em Paraná, Rio e São Paulo (onde há maior concentração, 260 mil).

A operação na qual a Amil se desfaz de seus planos individuais foi antecipada pelo jornal Valor Econômico. A UnitedHealth, dona da Amil, vai pagar R$3 bilhões para que outra empresa assuma os contratos.

Segundos fontes, do valor total, R$ 1, 6 bilhão se refere à carteira, que é deficitária. O restante inclui quatro hospitais da Amil para garantia de atendimento e o pagamento de provisão (espécie de depósito) à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A princípio, para os consumidores nada muda, pois os contratos deverão ser mantidos pela nova operadora.

A Amil protocolou a informação de transferência de carteira na ANS na última semana. A solicitação ainda está em análise, mas, segundo fontes do setor, na prática há pouco espaço para o regulador interferir, tratando-se mais de um processo protocolar.

FOCO NO COLETIVO

No entanto, a agência pretende fazer recomendações às empresas envolvidas para garantir uma transição sem problemas para o consumidor e manterá o monitoramento contínuo da assistência. Uma reunião deve ser marcada já na próxima semana.

A negociação dessa carteira pela Amil deixa claro o desejo das grandes operadoras de focarem no mercado coletivo, em que há menos regulação da ANS, e se livrarem dos planos individuais -diz a advogada Maria Stella Gregori, ex-diretora da ANS.

Os planos individuais têm reajuste limitado pela ANS. Nos coletivos, eles são negociados entre as partes.

Composta primordialmente de idosos, a carteira de planos individuais da Amil é deficitária. O índice de sinistralidade - percentual que representa o custo de prestação de assistência sobre o total arrecadado -é de 120%, quando a média de mercado fica entre 80% e 85%. Fontes próximas afirmam, porém, que mudanças na gestão abririam caminho para que 80% da carteira se tornassem lucrativos. Segundo pessoas a par da negociação, esses contratos já não fazem parte da estratégia central da Amil, mas a nova gestão deve trabalhar com horizonte de cinco a sete anos para rentabilizar a carteira e evitar o comprometimento do negócio.

O Fiord foi fundado em novembro por profissionais com experiência no mercado de restruturação financeira, vindos da gigante Starboard Partners. Nos bastidores, diz-se que a negociação com a Amil teria sido a razão da abertura do Fiord. Nem o fundo nema Amil quiseram se manifestar sobre a negociação.

O advogado Rafael Robba, especialista em saúde, teme que se repitam problemas vistos em 2013, na venda de planos individuais da Golden Cross à Unimed-Rio: - Houve uma enorme judicialização, principalmente por mudanças na rede credenciada. É fundamental que a ANS seja muito diligente.

ENTENDA AS REGRAS NA TROCA DE GESTÃO DA CARTEIRA

Com a venda da carteira, o valor da mensalidade pode mudar?

Não. De acordo com a ANS, em uma operação de transferência de carteira é obrigatório que a operadora adquirente garanta a manutenção das condições contratuais dos beneficiários, inclusive o valor da mensalidade e as regras de reajuste previstos em contrato, não sendo permitida qualquer cobrança de carência para as já cumpridas pelos beneficiários.

E quanto à rede credenciada, ela pode ser modificada? Numa negociação como essa também é prevista a manutenção da rede credenciada. Qualquer alteração deve ser submetida à avaliação da ANS, mas, na prática, especialistas afirmam que é comum haver mudanças na rede. Segundo especialistas, esse costuma ser o ponto mais sensível quando é feita a mudança de operadora. Para analistas, a ANS deveria recomendar que os clientes da Amil em tratamento pudessem manter o atendimento na rede credenciada atual.

Pode haver alteração no critério de reajuste por faixa etária?

Não. A operadora deve manter tudo que estabelecido em contrato, inclusive as datas e percentuais de reajustes por mudança de faixa etária previamente acordados. Se eu não quiser permanecer na nova operadora, há algum benefício para portabilidade?

Não há nenhuma condição especial para troca de operadora prevista para casos de transferência de carteira. ANS destaca, no entanto, que os beneficiários que não ficarem satisfeitos com a transferência podem optar pela portabilidade, seguindo as condições previstas pelas regras da ANS , entre elas, estar em dia com a mensalidade e ter cumprido o prazo de carência na Amil. Quem optar por aceitar a transferência de carteira e se vincular à nova operadora poderá, no futuro, optar pela portabilidade. Nesse caso, será computado todo o tempo passado na Amil na transferência para outro plano. Alguma coisa muda para os clientes da Amil que não têm contrato individual?

De forma alguma. A operadora permanece como responsável assistencial de todos contratos atrelados a produtos não contemplados na operações de transferência de carteira, não havendo qualquer modificação na relação contratual em virtude de eventual alienação de parte da carteira.

Em casos de problema ou de dúvidas, a quem recorrer?

As operadoras deverão informar a mudança clara e ostensivamente aos consumidores. Em caso de dúvidas ou problemas, os usuários dos planos podem se informar ou registrar queixa na ANS pelo Disque ANS (0800 701 9656) ou pelo site (www. gov. br/ans/pt-br). Também é possível registrar reclamações nos Procons ou pela plataforma de intermediação de conflito do Ministério da Justiça, Consumidor. gov. br.

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Opinião - Ruth De Aquino Quarentena de 5 dias é patética'

RUTH DE AQUINO

Essa quarentena de cinco dias é patética, injusta e impossível de fiscalizar, especialmente num país continental como o Brasil. Quem afirma é a Dra. Margareth Dalcolmo. 'O passaporte vacinal é o mínimo civilizatório neste momento. Todos os países pedem. O Brasil será uma exceção e, desculpe o termo forte, vai virar uma espécie de bordel de entrada de pessoas não vacinadas. Para onde elas irão viajar no fim do ano e nas férias se nenhum país aceita? Patético'.

O período é curto demais também para a incubação e detecção do vírus. 'Cinco dias é um número arbitrário, sem base científica, alguns países estabelecem sete dias, outros, como a China, 21 dias'. Como me disse a Dra. Margareth, que acaba de lançar seu livro 'Um tempo para não esquecer', o Brasil complica ao apelar a esse arremedo de isolamento. Uma barreira muito mais complexa e trabalhosa do que a requisição de um passaporte sanitário.

'E uma medida injusta com nossa população. Vai expor os brasileiros, depois de tanto esforço para conseguir um ritmo de cruzeiro em nossa imunização'. Tivemos a adesão em massa do povo às vacinas. Pais, mães, filhos. De todas as classes. Fizemos fila. O Brasil surpreendeu positivamente. Confiamos na ciência, no SUS e nos médicos sérios. Fomos solidários e ótimos, em comparação com os europeus.

Quando cheguei a Paris em maio, o Brasil estava na zona vermelha. Eramos turistas indesejados no mundo. Punidos pela irresponsabilidade, ignorância e desprezo à vida do governo Bolsonaro. Quem conseguia entrar na França era sujeito a várias exigências. Além do PCR antes de ir e teste antígeno ao chegar ao aeroporto, era preciso informar endereço, celular, email. No mesmo dia de minha chegada, recebi a visita de dois gendarmes, uma moça e um rapaz, para checar se eu estava isolada. Durante dez dias, policiais, de farda e à paisana, foram a meu endereço em horários diversos. Se eu não estivesse, - a multas e ria de 1. 500 euros, ou R$ 10 mil.

Uma funcionária da Assurance Maladie me telefonou para saber se eu tinha sintomas estranhos ou se estava bem. Pediu - desculpas por incomodar. E mandou um e-mail orientando como fazer, no meu bairro, um PCR no penúltimo dia da quarentena. Essa é uma quarentena à francesa. Como seria a quarentena à brasileira? Em pleno verão? Ahsim, a fiscalização ficaria por contados Cievs -centros de informações estratégicas em vigilância em saúde. Alguém realmente acredita que os não vacinados serão fiscalizados e monitorados? Ou estarão no bar e na praia no dia seguinte? À quarentena tropical é pra gado dormir. Até agora nem se falou de multa ou punição para quem transgredir.

Um leitor escreveu para o GLOBO contando como foi bem recebido, sem restrições, no Brasil, chegando de Lisboa. 'Ninguém me exigiu teste de Covid, que fiz em Portugal, e nem o formulário Anvisa que preenchi via internet. Só passaporte. Vim de uma cidade que apresenta casos da nova variante. E se estivesse contaminado ou sem teste?' O leitor, Luiz Renato Quintanilha, chamou o que viveu de 'gravíssima negligência oficial' e 'descontrole sanitário'. Ninguém consciente se sente a salvo hoje chegando a um país assim.

Mas o cardiologista e ministro da Saúde Marcelo Queiroga discorda. Ele acha 'melhor perder a vida do que a liberdade'. Talvez ache melhor perder o diploma do que o cargo. Melhor perder o pescoço do que a boquinha. Se o saudoso e irônico Xexéo estivesse vivo, Queiroga seria fortíssimo candidato a mala do ano. Mala não, baú.

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JORNAL OPÇÃO

Os “Prevent Senior” de Goiás: empresários que desprezaram a vida para ficar do lado do lucro

A pandemia trouxe grandes desafios aos líderes da política e da economia; alguns deles se afundaram no abismo em busca de faturar mais

Neste mês se completam dois anos desde o alerta do oftalmologista chinês Li Wenliang sobre o risco de um novo vírus ser responsável por uma série de casos de internações por problemas respiratórios graves em Wuhan, na China. O médico foi duramente reprendido e silenciado pelo regime político autoritário de seu país e morreria em 7 de fevereiro, justamente em decorrência da exposição ao coronavírus. O governo se penitenciou depois e considerou Li um herói.

Em todas as nações houve personagens que, mais do que vítimas, foram mártires da Covid-19. Gente que buscava de alguma forma ajudar outras pessoas afetadas direta ou indiretamente pela doença. Eles se expuseram além da conta, fosse por dever de ofício, como várias categorias de profissionais da saúde, fosse por empatia e espírito coletivo, para arrecadar e entregar alimentos e outros donativos a quem havia perdido a fonte de renda, por causa do fechamento da economia, ou simplesmente levar consolo espiritual às famílias enlutadas e aos doentes.

Por outro lado, no Brasil e no mundo, houve homens públicos que minimizaram os riscos trazidos pelo coronavírus. Eles serão lembrados nas futuras eleições e seus nomes serão eternizados pela história por seu papel sórdido. Da mesma forma, desde o início, autoridades dignas dos cargos que obtiveram com o voto da população, buscaram, em meio às grandes incertezas que ainda pairavam em relação ao novo vírus e à nova doença, se preparar para o cenário de uma pandemia como o mundo não sofria havia um século.

Esses são os que arriscaram sua popularidade seus votos nas urnas em prol de preservar o máximo de vidas dos cidadãos que estavam sob sua guarda. Medidas amargas, como o isolamento social e o fechamento de comércios, tiveram de ser tomadas a contragosto por chefes de governo de todas as esferas.

Em Goiás, especialmente, é preciso ressaltar o papel central que teve o governador Ronaldo Caiado (DEM) na liderança desse processo. Quando o pânico com o vírus ameaçou se instalar, em meio a todas as dúvidas e todos os medos decorrentes das cenas sombrias de caminhões militares carregados de caixões deixando os hospitais na Itália e centros de convenções transformados em hospitais e necrotérios na Espanha, seu instinto de preservação de vidas forjado nos bancos da Faculdade de Medicina se sobressaiu à tentação política de jogar a situação para debaixo do tapete: foi à frente das câmeras e, de forma clara e transparente, disse aos goianos que era hora de obedecer às necessárias regras sanitárias.

E foi assim, caminhando sempre de acordo com o que prezava a ciência, com o apoio de uma equipe técnica competente e de instituições de pesquisa, como a valorosa e prestativa Universidade Federal de Goiás (UFG), que Caiado pautou e tem pautado seu corolário de resoluções nada fáceis, às vezes tendo de desagradar a categorias que foram fundamentais para sua eleição. Seu posicionamento pró-ciência também o afastou do presidente Jair Bolsonaro (PL), sempre refratário ao combate da pandemia por meio das medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foi o confronto entre dois políticos em atitudes opostas: um que arriscou abrir mão do próprio eleitorado – que basicamente era convergente ao de Bolsonaro, apoiador que foi de primeira hora de sua campanha à Presidência – e outro que arriscou a vida de seus apoiadores com aglomerações, recomendação de medicamentos ineficazes e extrema má vontade em relação às vacinas.

Bolsonaro não teria ido tão longe na pregação anticiência se não tivesse uma base sólida de apoiadores influentes em áreas estratégicas, esses também com seus próprios interesses. O exemplo mais conhecido é o da operadora de planos de saúde Prevent Senior, responsável em grande parte por dar a casca de falsa legitimidade aos argumentos sem comprovação científica liderados pelo Palácio do Planalto. Foi baseado em uma “pesquisa” da empresa que o presidente disse, por exemplo, que a cloroquina funcionava contra a Covid-19.

A Prevent Senior, de origem paulista e que tem como proprietários os irmãos Eduardo e Fernando Parrillo, atrai pessoas idosas como massa de clientes, oferecendo mensalidades mais em conta no mercado de seguros de saúde. Havia, desde a chegada da pandemia ao Brasil, a suspeita de que cometia irregularidades, até que uma denúncia de médicos prestadores de serviços foi parar na CPI do Senado.

No depoimento aos parlamentares concedido por Bruna Morato, advogada dos profissionais denunciantes, a empresa foi acusada pelos ex-colaboradores de práticas dignas de uma Comenda Joseph Mengele, o médico “anjo da morte” dos nazistas: usar como cobaias de seus experimentos com hidroxicloroquina e outros placebos os próprios pacientes; reduzir nível de oxigenação de pessoas internadas há 14 dias ou mais em determinadas UTIs para economizar gastos; e deixar seus profissionais da saúde e administrativos sem equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados e trabalhando mesmo contaminados pelo vírus.

A Prevent rechaçou as acusações, o que também já havia feito quando do depoimento de seu diretor-executivo, Pedro Benedito Batista Júnior, que entrou como testemunha na sala da comissão e saiu como investigado.

Na segunda-feira, 29, a operadora divulgou um comunicado em grandes veículos da mídia, dirigindo-se aos associados e à comunidade, afirmando que não existe qualquer pesquisa científica que comprove a eficácia dos medicamentos do chamado “kit Covid”. Da mesma forma, alegou ter suspendido sua distribuição. A divulgação estava prevista no termo de ajustamento de conduta (TAC) feito com a Promotoria de Saúde do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e homologado pelo Conselho Superior do MP.

Doutrina curandeira em Goiás
Providências estão sendo tomadas contra a empresa, mas obviamente não só ela se esbaldou no discurso negacionista ou no simplismo de que bastaria tomar um medicamento – ou um kit com eles – para seguir a vida normalmente em meio à pandemia. Em Goiás há pelo menos dois casos que mereceriam uma apuração rigorosa das autoridades, justamente por destacarem fatos e pessoas com poder e prestígio e que foram fundo na mesma doutrina curandeira.

Um desses personagens é o ex-deputado e empresário Sandro Mabel, atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Ele foi um dos maiores críticos das medidas de contenção da pandemia, sempre muito preocupado com os prejuízos para o setor industrial e de serviços. Para Mabel, era preciso que a vida seguisse normalmente e não poucas vezes se mostrou alinhado às atitudes intempestivas do presidente Jair Bolsonaro, notadamente em defesa dos remédios de ineficácia comprovada para o tratamento da Covid-19.

Mais do que isso, em março deste ano, com todos os estudos já ressaltando a inutilidade e até os danos que tais medicamentos poderiam provocar, Sandro Mabel solicitou à Procuradoria Geral da República (PGR) que responsabilizasse prefeitos goianos que não cumprissem uma recomendação do Ministério Público Federal no Estado para uso do tratamento precoce no combate à Covid-19.

Mas Mabel já tinha feito coisa pior: ele promovera, por meio de sua autoridade sindical, lives para disseminar o uso de kits nas empresas. Foi assim no dia 17 de setembro de 2020, quando ao lado das médicas Pollyana Pimenta, Lucy Kerr (esta organizadora de estudo sobre o uso da ivermectina no combate à Covid-19), Helen Brandão e do gerente de Saúde e Segurança do Sesi, Bruno Godinho, liderou a live intitulada “Tratamento Precoce à Covid-19”. Em nota sobre o evento, que ainda hoje consta no site do Sesi Goiás, o presidente da Fieg afirma que “se o Brasil tivesse adotado esse protocolo [de tratamento precoce], teríamos menos de um terço das mortes que tivemos”. Baseado em quê? No puro achismo, na frieza calculista de quem quer ver trabalhadores se expondo para não perder lucros ou, na melhor das hipóteses, no chamado “wishful thinking”, expressão idiomática inglesa para o ato de tomar os próprios desejos por realidade ou seguir raciocínios baseados nesses desejos.

No mesmo texto do site do Sesi Goiás, com o título “Sandro Mabel anuncia ampliação do tratamento precoce contra a Covid-19”, está escrito que “a estratégia do Sesi com o atendimento é oferecer ao público-alvo (empresas e trabalhadores da indústria) o tratamento precoce logo no início da infecção e dos primeiros sintomas, proporcionando assim, ao paciente, ser diagnosticado, orientado e monitorado por equipe médica, a fim de evitar o agravamento da doença e reduzir as chances de internação hospitalar. O atendimento, aberto também à comunidade, está disponível por teleconsulta para todo o Estado.”

Outro caso emblemático – e este um escândalo divulgado nacionalmente – envolvendo goianos foi o da farmacêutica Vitamedic, com sede em Anápolis e de propriedade do empresário José Alves Filho, principal nome do Grupo José Alves (GJA), com grandes empreendimentos em vários ramos. Na mesma CPI do Senado que levou a Prevent Senior aos holofotes de forma negativa, mais discretamente passou o diretor-executivo da empresa goiana, Jailton Batista, para tentar explicar como a Vitamedic lucrou milhões de reais com a venda de ivermectina.

A suspeita dos senadores, colocada em relatório, é de que a bonança da empresa de José Alves Filho tenha sido à custa de milhares de vidas perdidas para a Covid-19. Por essa razão, a CPI colocou o empresário como um de seus 80 indiciados, com o crime “epidemia com resultado morte”.

Para entender melhor o caso, em julho passado surgiu a informação de que a Vitamedic estaria por trás de anúncios assinados pela Associação Médicos pelo Brasil, em defesa do tratamento precoce contra o coronavírus. Publicações nos grandes jornais de cada Estado, bem como outdoors espalhados por todo o País, compuseram a estratégia de marketing para propagar o tratamento precoce. Um dos itens do “kit Covid” é a ivermectina, da qual a empresa é uma das maiores fabricantes no Brasil. Dados que chegaram à CPI revelaram aumento de vendas do medicamento pela Vitamedic em mais de 1.000%.

Diante de indícios tão claros e documentados de pouco caso com a vida e tanto compromisso com o lucro, o mínimo que se espera é que o Ministério Público de Goiás e demais autoridades policiais e sanitárias levem a cabo uma investigação sobre esses casos notórios e partindo de pessoas e firmas conhecidas e reconhecidas.

Talvez esses empresários goianos tenham levado a fundo demais a premissa de que “enquanto uns choram, outros vendem lenços”. Em meio a uma pandemia de tantas dores, é sinistro imaginar que tenha gente sorrindo com cifrões e metas de produção, ainda que para isso haja a morte de tantos. No julgamento do tempo, que atravessa décadas e séculos, esse capitalismo de resultados, lá na frente, vai se encontrar com os piores parâmetros de civilidade da história.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 09 Dezembro 2021 08:52

CLIPPING AHPACEG 09/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

“Enfermeiros querem mais que aplausos”, diz deputada ao defender piso salarial

Covid-19: país tem 22,1 milhões de casos e 616,2 mil mortes

Ômicron chega a 57 países e hospitalizações devem subir

Custo de UTI para covid sobe 187% e planos ameaçam aumentar mensalidade

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Artigo - Com a tecnologia na saúde, o médico pode voltar a ser médico

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Polícia analisa mensagens e PIX feitos por mulher que morreu após fazer procedimento estético no bumbum, em Goiânia

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CONGRESSO EM FOCO



“Enfermeiros querem mais que aplausos”, diz deputada ao defender piso salarial

A Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara, realizou nesta quarta-feira (8) uma audiência pública para debater o piso salarial de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. O projeto, de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), foi aprovado pelo Senado em novembro. Participaram da audiência representantes do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), de hospitais, Santas Casas, do Ministério da Saúde e de outras entidades interessadas no assunto.

A audiência foi presidida pelos deputados Dr. Luiz Antônio Teixeira Jr. (PP-RJ) e Carmen Zanotto (Cidadania-SC). A deputada, que é enfermeira, iniciou a reunião lembrando que a pauta da enfermagem não é nova. Ela destacou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia da covid-19.

“A pandemia da covid-19 mostrou a importância de cada um dos trabalhadores da saúde. E, com muita sinceridade e respeito, eu já dizia no início de 2019 que a enfermagem precisava muito mais do que aplausos. Era necessário discutir e avançar no reconhecimento e na valorização da categoria. Tínhamos dois temas para ser dialogado, o piso salarial e a jornada”, afirmou. A categoria tem priorizado o piso salarial nacional e deixado a discussão sobre a carga de 30 horas semanais para um segundo momento.

A parlamentar disse que, se fosse algum outro setor, já teria “recebido até prêmio”. Segundo ela, a saúde sempre fica para trás, sem um orçamento compatível. Para a deputada, é necessário buscar caminhos para dar dignidade e respeito a esses profissionais.

Logo em seguida foi a vez de Breno de Figueiredo Monteiro, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), que representa os hospitais particulares.

Ele afirmou que a Câmara, os enfermeiros e os trabalhadores dos setores público e privado estão diante de uma grande oportunidade de valorizar os profissionais da saúde. Breno afirmou que a entidade não aceita que coloquem a CNS contra os trabalhadores: “Não vamos aceitar em hipótese alguma que nos coloquem contra os trabalhadores. Estamos aqui para construir uma proposta que seja exequível, que possa fazer valer a sua aprovação, é importante deixar isso claro”, disse.

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O representante das instituições privadas ressaltou que, embora alguns hospitais estejam crescendo e operando na Bolsa de Valores, a realidade da rede particular é outra. Segundo ele, na última década houve o fechamento de 40 mil leitos, o que significa uma perda de 13% do total. Breno contou que 629 hospitais privados foram fechados na última década. O presidente da CNS disse estar pronto para fazer vários debates sobre a valorização do profissional da saúde no país e identificar novas fontes de custeio.

O coordenador-geral de Economia da Saúde do Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento (Desid), do Ministério da Saúde, Everton Macêdo Silva, apontou o impacto orçamentário da aplicação do novo piso.

“Chegamos ao total de impacto orçamentário considerando os setores público e privado da ordem de R$ 22,5 bilhões ao ano. E esse valor total estaria composto pela participação de cerca de R$14,5 bilhões no setor público – município, estado e União – e o setor privado com uma participação de R$ 8 bilhões com impacto orçamentário estimado por ano. Impactos que vão de 2021 até o ano de 2024 com atualização de valores corrigidos com índice de inflação”, disse o representante do Ministério da Saúde, que não manifestou a posição da pasta em relação ao assunto.

Em nota divulgada semana passada, a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) estimaram que a aprovação do piso nacional para enfermeiros e técnicos de enfermagem pode criar um custo extra com salários e encargos de R$ 18,4 bilhões por ano para o setor de saúde público e privado. Desse total, R$ 12,5 bilhões teriam de ser custeados pela União, pelos estados, municípios e pelos hospitais filantrópicos.

Prefeitos e representantes de hospitais têm feito corpo a corpo com parlamentares, sobretudo, do Centrão. Os partidos do grupo político de Lira se recusaram a assinar o requerimento para que o texto fosse apreciado em caráter de urgência no plenário. A versão aprovada pelos senadores prevê piso de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem, R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.

Na última semana,  presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), informou a deputados da Frente Parlamentar da Enfermagem que não pretende pautar a proposta em plenário, mas, sim, levá-la à análise de comissões temáticas. Se Lira não mudar de ideia, o texto começará a ser discutido do zero pelos deputados apenas em 2022.

A decisão é vista por deputados ligados à categoria como uma forma de barrar o projeto, que enfrenta forte resistência de prefeitos, que alegam não ter recursos para bancar os novos valores, de hospitais privados e Santas Casas de Misericórdia. Prefeitos alegam que a medida terá impacto de R$ 9 bilhões sobre os cofres municipais.

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AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: país tem 22,1 milhões de casos e 616,2 mil mortes

Há 152.214 pacientes em acompanhamento e 21.399.316 já recuperados

Balanço divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Ministério da Saúde aponta 10.055 novos casos de covid-19 em 24 horas no Brasil. O dado eleva para 22.167.781 o total de infecções pelo vírus no país desde o início da pandemia. Ontem (7), o painel de estatísticas indicava 22.157.726 casos acumulados.

Segundo a pasta, as mortes pela doença somam 616.251 ao longo de toda a pandemia, sendo que 233 foram registradas em 24 horas. Ontem, o painel contabilizava 616.018 óbitos acumulados por covid-19.

Há ainda 152.214 pacientes em acompanhamento e 21.399.316 já recuperados.

Estados

Os estados com mais mortes por covid-19 são os seguintes: São Paulo (154.571), Rio de Janeiro (69.200), Minas Gerais (56.371), Paraná (40.817) e Rio Grande do Sul (36.243).

Já as unidades da Federação com menor número de óbitos pela doença são Acre (1.849), Amapá (2.005), Roraima (2.059), Tocantins (3.926) e Sergipe (6.048).

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Ômicron chega a 57 países e hospitalizações devem subir

A variante Ômicron já foi notificada em 57 países, e o número de pacientes que precisarão de internação hospitalar provavelmente aumentará à medida que ela se dissemina, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (8/12).

Em seu relatório epidemiológico semanal, a OMS disse que mais dados são necessários para avaliar a gravidade da doença causada pela Ômicron e se suas mutações podem reduzir a proteção da imunidade induzida pelas vacinas.

"Mesmo que a gravidade seja igual, ou possivelmente até menor, que a da variante Delta, é de se esperar que as hospitalizações aumentem se mais pessoas se infectarem e que ocorra um lapso de tempo entre um aumento na incidência de casos e um aumento na incidência de mortes", afirmou a agência.

No dia 26 de novembro, a OMS declarou a Ômicron, detectada primeiramente no sul da África, como uma "variante preocupante". Trata-se da quinta variante da SARS-CoV-2 a receber essa designação.

O número de casos de covid-19 relatados na África do Sul dobrou na semana encerrada em 5 de novembro, quando passou de 62 mil. Aumentos de incidência "muito grandes" são vistos na Suazilândia, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Lesoto, informou a organização.

A disseminação da Ômicron, somada ao aumento dos exames e às taxas baixas de vacinação, pode ter desempenhado um papel, acrescentou a OMS.

"Análises preliminares indicam que as mutações presentes na variante Ômicron podem diminuir a atividade neutralizadora de anticorpos, resultando em uma proteção reduzida da imunidade natural", disse a OMS sobre o risco de infecção.

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PORTAL UOL

Custo de UTI para covid sobe 187% e planos ameaçam aumentar mensalidade

O custo de cada paciente com covid-19 internado em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) de hospitais que atendem a convênios médicos quase triplicou, com aumento de 187%, desde o início da pandemia, aponta uma pesquisa da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que reúne as 15 maiores operadoras do Brasil.

A entidade argumenta que o aumento desses custos deve encarecer as mensalidades dos planos médicos no ano que vem, o que é criticado pelo professor e pesquisador da USP (Universidade de São Paulo) Mario Scheffer, para quem a ameaça de aumento desconsidera a estagnação econômica brasileira em plena pandemia.

A FenaSaúde atribui o aumento do custo de internação ao "aumento da demanda [mais pacientes doentes], dos poucos fornecedores, aumento de custos logísticos, incertezas na economia brasileira e, principalmente, aumento do dólar". Já Scheffer diz que o custo individual aumentou porque "o tratamento do internado com covid evoluiu".

"Os protocolos na UTI mudaram, medicamentos e procedimentos foram incorporados. Quando recomendado, o tempo de diálise, por exemplo, aumentou", afirma.

De acordo com o levantamento, um paciente infectado pelo coronavírus que precisou ser internado pelo convênio em UTI em março do ano passado custou R$ 34.200 em média.

Esse valor foi crescendo ao longo dos meses até chegar ao pico de R$ 98.300 em agosto deste ano, com pequeno recuo em setembro. Agora um paciente internado em UTI custa aos planos R$ 97.300.

Neste período, segundo a entidade, o tempo médio de internação também aumentou. Em março de 2020, os pacientes permaneciam cinco dias em UTI contra oito em setembro de 2021.

UOL "A maior quantidade de dias de internação foi constatada em fevereiro e maio de 2021, com 14 dias em média", afirmou ao Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde.

Com isso, cada paciente custou em setembro R$ 12 mil por dia aos convênios.

Presidente da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), Suzana Lobo afirma que aumento no tempo de internação também pode ser justificado "pela maior disponibilidade de leitos nos hospitais, que, com mais tranquilidade, não teriam tanta urgência em liberar leito de UTI para novos pacientes".

De fato o volume de internados na rede particular vem caindo. O pico foi em março deste ano, quando 336 pessoas foram tratadas em UTI para cada 100 mil beneficiários de planos. Hoje essa relação é de 122, redução contínua desde maio.

Plano de saúde ficará mais caro "Infelizmente, os beneficiários sentirão os reflexos dos custos altos no reajuste do ano que vem", diz Valente. "É muito preocupante essa estabilidade dos custos em patamares tão expressivos, os maiores da série histórica, que podem trazer consequências para a sustentabilidade do sistema."

Há uma característica comercial brasileira muito comum: depois que os preços aumentam por uma necessidade econômica do momento, passado isso, dificilmente eles voltam a cair."

Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde "Não há espaço para reajustes" Para Scheffer , no entanto, "não há espaço para reajustes agora".

"Num momento de recessão econômica como esse, empresas estão com grande dificuldade de pagar os planos de empregados, enquanto indivíduos e famílias fazem sacrifícios para continuar arcando com mensalidades", diz.

O professor defende que "os planos gastaram muitíssimo menos com covid do que antes" porque "os casos graves e internações por covid caíram drasticamente no setor privado com a maior cobertura vacinal".

Ele diz que "essa ameaça de repassar custos para as mensalidades vai expulsar muita gente dos falsos coletivos", planos que abrangem até 30 pessoas que são criados pelas operadoras para derrubar a adesão aos modelos individuais e familiares , cujas mensalidades são decididas pela ANS . "Quem deveria definir critérios de reajustes é a ANS , não as operadoras", diz o professor.

Para Valente, da FenaSaúde , são os índices de sinistralidade divulgados pela própria ANS que embasam a defesa de aumento na mensalidade.

"A sinistralidade cresceu dez pontos percentuais desde o primeiro trimestre do ano, o que indica forte aumento das despesas assistenciais", defende.

Pacientes voltam a usar planos Além do aumento nos custos de internação, os beneficiários vêm acionando mais os convênios em 2021. São pacientes que deixaram de procurar ajuda médica em 2020 em razão da pandemia e que agora estão reagendando consultas, exames e cirurgias.

Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o índice de "sinistralidade" —quando o paciente recorre ao plano— já supera o período pré-pandemia: ela foi de 79% em 2019, caiu para 76% em 2020 e agora é de 85%.

Graças a isso, diz a FenaSaúde, as despesas das operadoras passaram de R$ 77,5 bilhões, nos seis primeiros meses de 2020, para R$ 96,9 bilhões no mesmo período deste ano, um crescimento de 25%.

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O ESTADO DE MINAS

Beleza tóxica: aumento de plásticas requer responsabilidade

O Brasil é o país com o maior número anual de cirurgias plásticas no mundo, sendo, aproximadamente 1, 5 procedimentos, à frente dos Estados Unidos e México. O estudo é da plataforma de descontos Cupom Valido. com. br, reunindo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Geralmente, a elevação da demanda é motivada, principalmente, pelas redes sociais e o crescimento da insatisfação com a própria imagem. A intervenção estética mais solicitada é a lipoaspiração, representando 15, 5% do total, seguida pelo implante de silicone, maior procura mundial e, a abdominoplastia.

Um fato curioso é a preferência dos brasileiros por cirurgias no corpo, enquanto no Japão, por exemplo, o rosto é mais solicitado. Uma pesquisa, considerando os últimos 10 anos, apontou que o número de cirurgias entre jovens, de 13 a 18 anos, cresceu mais de 140%.

A rinoplastia é a cirurgia mais procurada por esse público, porém também são a colocação de prótese mamária e a lipoaspiração, sendo que eles passam pela ginecomastia e, elas, pelo implante de silicone. No entanto, comumente se veem na mídia alguns casos de procedimentos estéticos malsucedidos, deixando sequelas e óbitos. Ainda não existem dados oficiais sobre mortes por lipoaspiração ou por outra cirurgia estética. Os registros do Ministério da Saúde apenas informam óbitos por "causas externas'.

É normal as pessoas chegarem às clínicas indicando os procedimentos em moda ou feitos por famosos; contudo, podem não ser adequados para elas. Apesar da grande demanda, antes de qualquer cirurgia estética a recomendação é consultar um especialista para uma avaliação clínica individualizada, visando a um equilíbrio adequado e promoção de saúde. Infelizmente, tem muitos profissionais que não estão comprometidos com a harmonia e o bem-estar.

Os profissionais da saúde devem sempre prezar pela segurança do paciente, promovendo ações para reduzir os riscos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prioriza dois desafios globais na área de segurança do paciente: restringir a infecção associada ao cuidado em saúde com campanhas de higienização das mãos e execução da cirurgia mais segura.

As metas brasileiras para segurança do paciente estão baseadas nas metas internacionais da OMS, sendo coordenadas pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde. É possível saber se o médico tem registro de especialista consultando o site do Conselho Federal de Medicina (CFM), clicando no campo 'cidadão" e depois "busca por médico". As pessoas não devem se expor a profissionais que coloquem sua vida em risco.

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EXAME

Artigo - Com a tecnologia na saúde, o médico pode voltar a ser médico

Com o uso dessas soluções, há menos dependência dos profissionais, e, assim, a equipe pode se dedicar aos pacientes

Apesar de ser uma das áreas prioritárias para a qualidade de vida e desenvolvimento de uma nação, a saúde enfrenta um cenário de desigualdades no Brasil. A disparidade já aparece na disponibilidade do atendimento médico.

O estudo Demografia Médica no Brasil, divulgado em 2020, aponta que temos 2,38 médicos por mil habitantes. Porém, enquanto nas capitais essa proporção passa para 5,65 profissionais, nas cidades do interior cai drasticamente, chegando a 1,49. Ou seja, dependendo do lugar onde a pessoa mora, é quase impossível ter acesso ao atendimento médico, consultas ou exames. A situação se agrava ainda mais se for necessário um especialista. O mesmo mapeamento mostra que no Acre, por exemplo, a população de quase 800 mil habitantes conta com apenas 22 cardiologistas em atuação.

Nestes casos, o uso da telemedicina, autorizada enquanto durar a pandemia e cuja regulamentação definitiva está em discussão no Congresso, pode ser um caminho importante. Por meio de tecnologia simples, é possível fazer o atendimento remoto de pacientes - inclusive daqueles fora dos grandes centros e que enfrentam mais dificuldade de acesso. A McKinsey estima que as receitas decorrentes do atendimento médico por telemedicina, farmácia e aparelhos vestíveis irão aumentar de US$ 350 bilhões, em 2020, para US$ 600 bilhões em 2024.

Além da disparidade no número de médicos por região, muitas pessoas ainda não têm acesso a um serviço de qualidade. Temos os desafios do Sistema Único de Saúde (SUS), que não consegue atender a uma demanda gigantesca no país. Além disso, a adesão aos planos de saúde tradicionais ainda é baixa: em maio de 2021, apenas um a cada cinco brasileiros tinha plano de saúde, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Porém, é um número que vem crescendo: em um ano houve incremento de 1.334.781 beneficiários. O total de usuários é o maior número registrado desde julho de 2016. E, mais uma vez, o caminho para garantir o acesso a um serviço de saúde de qualidade e menos custoso passa pela tecnologia.

Com o uso de ciência dos dados e inteligência artificial, é possível analisar inúmeras informações que já são coletadas dos pacientes - pressão arterial, nível de colesterol, entre tantos outros - e trabalhar com uma medicina preditiva. Isso significa usar essa massa de dados e transformar em valor, usar as informações para construir cenários, parâmetros e atuar de forma preventiva e com tratamentos precoces.

A medida evita sobrecarregar os sistemas de saúde - tanto público como privado - com consultas de rotina ou exames desnecessários, além de reduzir custos. Soluções inovadoras e softwares de gestão também permitem agilizar e automatizar processos burocráticos, como autorizações, preenchimento de cadastros e de prontuários, o que auxilia nessa otimização de tempo e de recursos.

O ponto fundamental do uso dessas tecnologias na área da saúde é que são iniciativas que podem ser replicadas em qualquer lugar. E com essa disseminação, a tendência é a redução dos custos para operadoras e prestadores e, como consequência, aos usuários. Outro quesito é que com o uso dessas soluções, há menos dependência dos profissionais em alguns processos. Assim, médicos e toda equipe podem se dedicar ainda mais aos pacientes, humanizando o atendimento. Além disso, ao ter em um aplicativo, por exemplo, seu acompanhamento clínico, o usuário se torna parte protagonista na tomada de decisões.

Todos esses aspectos evidenciam que a transformação digital e o uso de tecnologia na área da saúde é um caminho sem volta. As empresas desse ecossistema precisam se adaptar e avançar neste sentido urgentemente. Para isso, é fundamental deixar de lado antigos processos e uma mentalidade retrógrada, além de inovar inclusive nos modelos de negócios. E, no final das contas, todos saem ganhando - com um acesso a um serviço de saúde mais disseminado, de mais qualidade, com menos custos e com o paciente como prioridade.

*Daniel Torres é CEO da healthtech Zitrus e foi executivo na Oracle e no Gartner

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 583 novos casos e nove mortes em um dia

Adriana Marinelli

Goiânia - Goiás registrou 583 novos casos da covid-19 e nove mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (8/12). Com as atualizações, o Estado chega a 942.240 casos e 24.599 óbitos confirmados de covid-19.

Também de acordo com a SES-GO, Goiás soma 911.994 pessoas que tiveram a doença provocada pelo novo coronavírus e estão recuperadas. No Estado, há 581.368 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 292.601 casos. 

Além dos 24.599 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,61%, há 390 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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JORNAL OPÇÃO

Goiás recebe remessa da Janssen e Pfizer para reforço

Por Acaray Martins

Ao todo, 17,5 mil doses da Janssen e 102,960 mil da Pfizer serão distribuídas para os 246 municípios do Estado de Goiás

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) recebeu, nesta quarta-feira, 8, novo carregamento de vacinas contra Covid-19. Ao todo, a pasta recebeu cerca de 17,5 mil doses da Janssen e 102,960 mil da Pfizer. Os imunizantes serão distribuídos para os 246 municípios do Estado de Goiás.

As novas doses chegaram no Aeroporto de Goiânia, por volta das 14h05, logo em seguida a carga seguiu para a Rede de Frios do Estado. Segundo a SES, as definições sobre a distribuição e uso da Janssen, com as respectivas quantidades de doses para cada município, serão pactuadas nesta quinta-feira, 9, durante encontro da Comissão de Intergestores Biparte (CIB).

De acordo com a SES-GO, os imunizantes da Janssen devem ser usados no reforço para quem já tomou a dose única (DU), com intervalo de 2 meses, no mínimo, após a primeira aplicação. Podem tomar o reforço das doses pessoas maiores de 18 anos.

A Secretaria de Saúde informou ainda que até o momento foram aplicadas 151 mil doses da Janssen em Goiás. Em todo o Estado, a campanha de imunização contra a Covid-19 pretende vacinar toda a população. A expectativa é de que o Ministério da Saúde disponibilize novas doses até neste final de semana.

Balanço

Levantamento realizado pela SES-GO apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.229.746 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 4.187.948​ pessoas.

Até esta quarta-feira, 8, há 942.240 casos de doença pelo Coronavírus no território goiano. Destes, há o registro de 911.994 pessoas recuperadas e 24.599 óbitos confirmados. No Estado, há 581.368 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 292.601 casos. Há 24.599 óbitos confirmados de Covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,61%. Há 390 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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PORTAL G1

Médico filmado ao atirar contra namorada em estacionamento de hospital passa a responder por lesão corporal, em Goiânia

Antes, ele chegou a se tornar réu pelo crime de tentativa de feminicídio, porém MP e defesa pediram mudança da tipificação. Vídeo mostra agressão em estacionamento de hospital.

Por Vitor Santana, g1 Goiás


O médico Márcio Antônio Barreto Rocha, de 56 anos, filmado ao agredir e atirar contra a namorada no estacionamento de um hospital de Goiânia passou a responder por lesão corporal. Antes, ele chegou a se tornar réu pelo crime de tentativa de feminicídio.

O crime aconteceu no dia 25 de setembro, no estacionamento de um hospital particular no Setor Bueno. Segundo as investigações, Márcio e a namorada estavam discutindo dias antes do crime e decidiram terminar.

As brigas, no entanto, continuaram devido a questões ligadas a dinheiro e amassados no carro da mulher. Ele, então, teria passado a ameaçá-la e divulgado fotos íntimas dela para outras pessoas.

No dia do crime, após novas brigas, os dois se encontraram no estacionamento do hospital. Segundo a investigação, Márcio começou dar tapas, socos e chutes na namorada. O médico, então, sacou a arma e chegou a colocar na boca na vítima, mas ela se esquivou e o tiro atingiu a perna.

Um vídeo mostra a briga entre o casal. Nas imagens de câmeras de segurança do estacionamento, o médico aparece jogando objetos da bolsa da vítima no chão. Em outro momento, a mulher aparece correndo para o carro. Márcio tenta tirá-la de dentro do veículo, puxando-a pelos cabelos.

Depois das audiências para ouvir as testemunhas e também o acusado, o Ministério Público pediu que o crime fosse mudado de tentativa de feminicído, com pena de até 20 anos, para lesão corporal, cuja pena é de até 3 anos.

A defesa também concordou com a mudança para o crime de lesão corporal. A sentença que desclassificou o crime foi dada no dia 8 de novembro e assinada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Como o caso não é tratado mais como tentativa de homicídio, o processo o caso ainda será enviado para o 4º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O acusado aguarda o processo em liberdade.

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Polícia analisa mensagens e PIX feitos por mulher que morreu após fazer procedimento estético no bumbum, em Goiânia

Família diz que vítima combinou aplicação de hidrogel com uma pessoa que conheceu por redes sociais. Ela chegou a passar mal e ser internada em hospital, mas não resistiu.

A Polícia Civil vai analisar mensagens e transferências bancárias de PIX feitos por Jenifer Maclis Virissimo Cordeiro Silva, de 34 anos, que morreu após fazer procedimento estético no bumbum dentro de casa, em Goiânia. Segundo o delegado Bruno Soares Mateus, o objetivo é chegar ao suspeito.

"O celular é rico em informações, conversas no Whatsapp, envio de pagamento por PIX, e por meio desses dados conseguiremos chegar até a pessoa e, se ficar comprovada a imperícia, ela será indiciado por homicídio culposo", explicou o delegado Bruno Soares.

A família da vítima disse que ela combinou por rede social de fazer a aplicação de hidrogel com uma pessoa ainda não identificada, em 20 de novembro.

A mulher chegou a ficar internada após passar mal com o procedimento estético, mas morreu em 4 de dezembro devido à falência múltipla dos órgãos.

Jenifer foi enterrada na segunda-feira (6) em Araguapaz, onde tinha familiares. O delegado informou que não tem informação se o responsável pela aplicação tinha alguma formação ou conhecimento na área estética. Familiares e amigos serão ouvidos nos próximos dias.

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Justiça determina compra de medicamentos e insumos após oncologia do HGP registrar até falta de seringas

Juiz também intimou o secretário de saúde e deu um prazo para regularização. Pelo menos 14 tipos de medicamentos estariam em falta no setor.

Por g1 Tocantins

A Justiça determinou nesta semana que o governo do Tocantins regularize o fornecimento de medicamentos oncológicos na rede estadual de saúde. Apenas no Hospital Geral de Palmas (HGP) seriam 14 remédios em falta. O setor estaria enfrentando, inclusive, a falta de seringas.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que ainda não foi notificada e que possui medicamentos similares que podem ser utilizados. (Veja nota completa no fim desta reportagem)

O pedido para regularização do estoque foi feito pelo Ministério Público do Tocantins e a Defensoria Pública Estadual. A decisão foi publicada na terça-feira (7). Conforme a ação, há desabastecimento no estoque dos seguintes medicamentos e insumos:

Bleomicina 15UI inj, Imatinibe 100mg e 400mg cp, Epirrubicina 10mg inj, Dietiletilestrol 1mg cp, Citaratina 1mg e 500mg inj, Paclitaxel 300mg inj, Vincritina 1mg, Clorambucila 2mg cp, Ciclofosfamida 1g inj, Simeticona cp, Morfina 30mg, Morfina 10mg, Lactulose xarope, além de Seringa (60mg); e Tretinoina.

O Estado deve informar a quantidade em estoque de cada medicamento e promover a imediata regularização dos que estiverem em falta, comprovando quais medidas foram tomadas para adquirir os remédios.

Também deverá informar a cotação de cada medicamento para que, se necessário, sirva de referência em caso de bloqueio de valores para cumprimento da ordem judicial.

O juiz Gil de Araújo Corrêa ainda intimou o secretário de saúde, Afonso Piva de Santana, para prestar esclarecimentos e comprovar a regularização do serviço até o próximo dia 13 de dezembro.

“A interrupção do tratamento oncológico é situação grave que pode colocar em risco a vida e a integridade física dos usuários”, afirmou o juiz na decisão.

O que diz a SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que ainda não foi notificada sobre a referida decisão, contudo, não tem medido esforços para garantir o abastecimento de todos os medicamentos oncológicos.

A SES-TO esclarece que a pandemia da Covid-19 ocasionou diversos entraves para manutenção dos estoques, desde processos licitatórios desertos, atrasos na entrega por parte dos fornecedores e até dificuldades para importação de determinados produtos.

A SES-TO detalhou ainda, que possui em estoque medicamentos similares que podem ser utilizados sem prejuízo para o tratamento dos pacientes. Além disso, a SES-TO já notificou os fornecedores com entregas pendentes, enfatizando que os mesmos poderão sofrer as sanções previstas na legislação.

Sobre os medicamentos citados a SES-TO esclarece que:

Bleomicina 15UI – medicamento não produzido no Brasil, aquisição via importadora.

Imatinibe de 100mg e de 400mg – medicamento fornecido diretamente pelo Ministério da Saúde (MS) e com aquisição também pelo Estado com atraso na entrega.

Epirrubicina 10mg – processo licitatório deserto, mas pode ser substituído sem prejuízos ao paciente pelo medicamento Epirrubicina de 50mg em estoque.

Morfina de 30mg - processo licitatório fracassado, mas pode ser substituído sem prejuízos ao paciente pela Morfina de 10mg e Morfina injetável em estoque.

Dietilestilbestrol 1mg, Clorambucila de 2mg e Tretinoina - processo licitatório deserto

Ciclofosfamida de 1000mg - aguardando entrega

Simeticona 40mg - é um medicamento do componente básico sendo de responsabilidade do município do paciente fornecer.

Lactulose 667mg/ml - medicamento do componente básico sendo de responsabilidade do município do paciente fornecer.

Seringa de 60ml - aguardando entrega do fornecedor

Citarabina de 1g, Citarabina de 500mg, Paclitaxel de 300mg e Vincristina 1mg estão com estoque abastecido.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 08 Dezembro 2021 11:09

CLIPPING AHPACEG 08/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Governo adota quarentena de 5 dias para viajantes não vacinados contra covid

Se você tem um plano Alice, ganha até 90% de desconto no app da Medipreço

Órgão técnico da Saúde aprova relatório que contraindica kit Covid em pacientes não internados

Mulher morre após fazer procedimento estético no bumbum dentro de casa, em Goiânia, diz polícia

Goiás fica de fora da primeira remessa da Janssen por critérios técnicos

Mulher morre após fazer procedimento estético com hidrogel em Goiânia

44 cidades goianas recebem R$16,5 milhões oriundos de emenda parlamentar

AGÊNCIA ESTADO

Governo adota quarentena de 5 dias para viajantes não vacinados contra covid

Em meio a uma queda de braço com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre restrições contra a covid-19 nas fronteiras, o governo anunciou nesta terça-feira (7/12), a edição de uma portaria para colocar quem chega ao Brasil sem estar vacinado contra covid-19 em quarentena de cinco dias. Os imunizados, por sua vez, não precisarão do isolamento. Os viajantes ainda precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo feito 72 horas antes de entrar no País.

Em pronunciamento convocado às pressas no Palácio do Planalto, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno Bianco (Advocacia-geral da União), no entanto, evitaram falar sobre "passaporte da vacina" para não esbarrar na resistência do presidente Jair Bolsonaro. Os ministros não deram detalhes sobre a portaria e não quiseram responder perguntas dos jornalistas.

A opção pela quarentena a não-imunizados acolhe uma sugestão da Anvisa. Em 12 de novembro, a agência enviou à Casa Civil notas técnicas sobre a entrada de viajantes ao Brasil: propôs a abertura das fronteiras para aqueles que comprovarem a vacinação e quarentena de cinco dias para os não imunizados. Após a quarentena, estrangeiros não vacinados poderão circular livremente pelo País e, eventualmente, se contaminar pelo novo coronavírus em meio à ameaça da variante Ômicron. Bolsonaro, que diz não ter se imunizado, é crítico à exigência de comprovação de vacinação.

Mais cedo, ao comentar a pressão por mais restrições nas fronteiras para conter a variante Ômicron do coronavírus, o presidente se exaltou e mentiu sobre as recomendações feitas pela Anvisa. "Estamos trabalhando com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo. De novo, p? De novo vai começar esse negócio?", afirmou, em tom elevado, durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com empresários do setor. A agência, porém, não recomendou fechar o espaço aéreo. Pouco depois, em outro evento, chamou a adoção do passaporte vacinal de "coleira".

"Tanta gente tem morrido, para que o passaporte vacinal? Essa coleira que querem colocar no povo brasileiro. Cadê nossa liberdade? Eu prefiro morrer a perder a liberdade", disse o presidente. Em pronunciamento no Palácio do Planalto, Queiroga repetiu a frase do chefe para justificar a não adoção da medida no País. "Nós respeitamos as liberdades individuais e o povo brasileiro tem procurado as políticas públicas livremente. O presidente ainda há pouco falou: "às vezes, é melhor perder a vida do que perder a liberdade".

"Não estamos aqui querendo fazer nenhum tipo de polemização, mas são direitos fundamentais e que eles têm a mesma importância e o nosso compromisso é com isso." O ministro afirmou que, após o período de cinco dias, o viajante poderá sair do isolamento caso o teste seja negativo. "Não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não-vacinadas para, a partir daí, impor restrições", disse Queiroga. "A ciência já sabe que as vacinas não impedem totalmente a transmissão do vírus", completou.

A nova regra foi discutida em reunião interministerial e fará parte de uma portaria a ser publicada. O governo cancelou a reunião que faria nesta segunda-feira (6/12), com a Anvisa para discutir eventual adoção do chamado passaporte da vacina para entrar no País e, ainda, possível fechamento das fronteiras aéreas com mais quatro países africanos: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia. O cancelamento ocorreu após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), dar 48 horas para o Executivo explicar o porquê dispensa a apresentação de comprovante de vacinação contra a covid-19 ou a imposição de quarentena obrigatória a quem chega no País, como recomenda a Anvisa.

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EXAME.COM

Se você tem um plano Alice, ganha até 90% de desconto no app da Medipreço

A parceria oferece também compras programadas, entregas por delivery e lembretes de consumo para os membros da gestora de saúde.

A Medipreço, startup brasileira especializada no cuidado à saúde e bem-estar de colaboradores de empresas, anunciou uma parceria com a Alice, primeira gestora de saúde do Brasil. O objetivo é oferecer aos membros da healthtech descontos em remédios e outras facilidades no tratamento medicamentoso, como compras programadas e entregas em domicílio. A ação reforça a estratégia de Atenção à Saúde Primária, valorizada pelas duas startups, que prioriza o cuidado contínuo com o objetivo de garantir a manutenção da saúde.

Por meio do aplicativo da Alice, os membros serão direcionados para a farmácia digital exclusiva da Medipreço, onde conseguirão adquirir medicamentos e produtos de saúde com até 90% de desconto em relação ao varejo tradicional. Lá também é possível programar compras e ter o controle do consumo de medicamentos crônicos ou de uso contínuo, evitando atrasos e garantindo a eficácia do tratamento. As entregas são feitas no endereço indicado pelo usuário e podem levar de três a 48 horas, de acordo com a escolha da pessoa.

“O setor de saúde no Brasil está muito carente de inovação. Nossa missão na Alice é tornar o mundo mais saudável e estamos fazendo isso repensando todo sistema de saúde suplementar. Assim como nós, diversas healthechs têm surgido para mudar o panorama da saúde no nosso país. Faz super sentido para Alice estarmos próximos a essas healthtechs e assim potencializar essa transformação”, declara André Florence, CEO e cofundador da Alice.

As duas startups trabalham juntas para garantir a prevenção, o tratamento e a melhor jornada de acesso aos medicamentos para os mais de cinco mil membros Alice. “A Medipreço e a Alice estão alinhadas no propósito de levar saúde, seja na prevenção ou tratamento, de forma rápida e fácil. Ambas as healthtechs utilizam a tecnologia para potencializar conhecimentos, romper barreiras e solucionar problemas. É uma disrupção no mercado de saúde e cuidado com pacientes. A atuação da Medipreço nessa parceria deve aumentar a taxa de adesão aos tratamentos médicos, já que a facilidade de compra de medicamentos garante a continuidade do procedimento”, afirma Alexandre Máximo, CEO da Medipreço.

A Alice é a primeira gestora de saúde do Brasil e traz um modelo inovador que combina tecnologia, coordenação de cuidado e saúde baseada em resultados. Os membros da Alice são acompanhados por um Time de Saúde —formado por médico, enfermeiro, nutricionista e preparador físico — que tem o papel de apoiá-los a definirem um plano de ação mirando decisões mais saudáveis. A healthtech conta com uma Comunidade de Saúde com dez hospitais, mais de 200 unidades de centros de diagnóstico e médicos especialistas de excelência. Nesse sentido, a Medipreço complementa essa atuação da healthtech, ajudando a manter os membros saudáveis por meio da prevenção de doenças e acompanhamento de tratamentos medicamentosos.

“As doenças crônicas muitas vezes são silenciosas e não causam sintomas importantes inicialmente. No entanto, se não forem tratadas adequadamente, podem gerar problemas mais sérios. Os dados disponibilizados no aplicativo podem apontar tendências e oferecer uma visão sistêmica anonimizada do perfil epidemiológico dos usuários. Ao possibilitar o acesso a tratamentos por meio de recomendações onlines, conseguimos manter os usuários saudáveis e em nível de atenção primária — pilar essencial do modelo da Alice, evitando assim complicações médicas”, diz Máximo.

Healthtechs

Segundo os dados do HealthTech Report 2020, relatório realizado pela consultoria Distrito , o número de startups de saúde cresceu 118% no Brasil em dois anos, passando de 248 para 542. O progresso não para por aí, uma vez que esse nicho recebeu US$ 93 milhões de investimentos em 2020 — distribuídos em 42 negociações no total.

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O GLOBO

Órgão técnico da Saúde aprova relatório que contraindica kit Covid em pacientes não internados

Decisão contrária ao uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina vem após imbróglio com Planalto, que queria barrar discussão

Melissa Duarte

Contrários ao parecer, ficaram a Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde Indígena (Sesai), de Atenção Primária à Saúde (Saps), de Atenção Especializada à Saúde (Saes)e de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), além do Conselho Federal de Medicina (CFM).

No rol de medicamentos incluídos no documento como ineficazes, estão cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina. A reunião extraordinária estava prevista para terminar às 17h, mas se estendeu até a noite, por volta das 19h.

''Poucas terapias medicamentosas mostraram-se eficazes no tratamento ambulatorial de paciente com covid-19. À exceção dos anticorpos monoclonais que apresentaram algum benefício, outras terapias não mostraram benefício significativo na prevenção de desfechos clinicamente relevantes, como necessidade de hospitalização, evolução para ventilação mecânica e mortalidade. Banlanivimabe + etesivimabe, casirivimabe + imdevimabe, regdanvimabe e sotrovimabe sugerem benefício clínico em pacientes com alto risco de progressão para doença grave, contudo não é possível realizar a recomendação a favor do uso destes medicamentos no momento devido a seu alto custo, baixa experiência de uso, incertezas em relação à efetividade e a sua indisponibilidade no sistema de saúde'', diz o parecer.

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PORTAL G1

Mulher morre após fazer procedimento estético no bumbum dentro de casa, em Goiânia, diz polícia

Família diz que vítima combinou aplicação de hidrogel com uma pessoa que conheceu por redes sociais. Ela chegou a passar mal e ser internada em hospital, mas não resistiu.

Uma mulher de 34 anos morreu após fazer um procedimento estético no bumbum dentro de casa, em Goiânia. A família da vítima disse que ela combinou por rede social de fazer a aplicação de hidrogel com uma pessoa ainda não identificada. A mulher chegou a ficar internada após passar mal com o procedimento estético, mas acabou morrendo. A Polícia Civil está investigando o caso.

Jenifer Maclis Virissimo Cordeiro Silva fez aplicação no dia 20 de novembro. Segundo o delegado Bruno Henrique Soares Mateus, no dia seguinte, ela começou a passar mal e foi internada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

Ela morreu no dia 4 de dezembro devido à falência múltipla dos órgãos. Ela foi enterrada na segunda-feira (6) em Araguapaz, onde tinha familiares.

A pessoa que fez o procedimento deve responder por homicídio culposo. O delegado informou que não tem informação se o responsável pela aplicação tinha alguma formação ou conhecimento na área estética.

A polícia também vai periciar o celular da vítima em busca de pistas que possam ajudar a identificar quem fez o procedimento. Familiares e amigos serão ouvidos nos próximos dias.

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A REDAÇÃO

Goiás fica de fora da primeira remessa da Janssen por critérios técnicos

Augusto Diniz

Goiânia - Goiás ficou de fora da primeira remessa para aplicação da segunda dose da vacina Janssen contra a covid-19. De acordo o 70º informe técnico do Ministério da Saúde, emitido às 21h35 de segunda-feira (6/12), as prioridades neste momento são os Estados que fazem fronteira com outros países para tentar evitar o avanço da variante Ômicron do coronavírus e moradores em situação de rua que receberam a primeira dose do imunizante. A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) é de que Goiás possa receber doses da Janssen até o final de dezembro, mas a previsão ainda não foi confirmada pelo Ministério da Saúde.

Na sexta-feira (3/12), a fabricante Johnson & Johnson enviou ao Brasil uma remessa de 2,8 milhões de doses da vacina Janssen. A chegada dos imunizantes possibilitou ao Ministério da Saúde encaminhar na terça-feira (7/12) um lote de 1.096.500 doses da Janssen aos Estados que fazem fronteira com outros países. O segundo critério adotado pelo Ministério para essa remessa é destinar 619,2 mil doses para atender a população em situação de rua que recebeu a primeira dose da vacina da Janssen.

"Ressaltamos que, em razão da nova variante (Ômicron), com estratégia de vacinação do Ministério da Saúde a primeira remessa do imunizante Janssen para dose de reforço será direcionada aos municípios de fronteira para bloqueio vacinal", diz a nota assinada por Rosana Leite Melo, secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Sáude.

Cobertura vacinal
No informe técnico, o Ministério da Saúde explica que as pessoas que tomaram a primeira dose da Janssen devem tomar a segunda apliação do mesmo imunizante contra a covid-19. Lembra também que aqueles que tomaram a segunda dose de outra marca de vacina, como no caso das gestantes, o ciclo de duas doses já está completo e não há necessidade de tomar uma segunda dose da Janssen. 

Para a terceira dose (dose de reforço), a recomendação do Ministério da Saúde é de que a pessoa vacinada com doses da Janssen receba outra vacina, prioritariamente Pfizer, mas não há qualquer problema se o reforço disponível for da AstraZeneca ou CoronaVac.

"Esclarece-se que para o envio de doses de reforço de Janssen para a população de rua com 18 anos ou mais com exceção das gestantes e puérperas atendida na 28ª Pauta de Distribuição, a metodologia utilizada foi a população 18 anos ou mais que recebeu dose única quando distribuída às Unidades Federadas (UF), conforme 26º Informe Técnico e 28ª Pauta de Distribuição."

O Ministério da Saúde continua no informe: "Cabe salientar que a população vacinada com Janssen, que concluiu o esquema primário e que dentro do recomendado já recebeu a dose de reforço com outro imunizante, não deve receber uma outra dose de Janssen ou de qualquer outro imunizante, portanto para estas pessoas o esquema já está completo".

Janssen em Goiás
Até o momento, a Secretaria de Estado da Saúde em Goiás recebeu três remessas de doses da vacina Janssen. A primeira, no dia 24 de junho, foi de  50.100 doses. Depois, chegaram mais 98.800 no dia 3 de julho. A última entrega do Ministério da Saúde de Janssen a Goiás ocorreu em 6 de agosto, quando foram enviadas 3.050 doses. No total, o Estado recebeu, quando ainda era recomendada apenas a dose única da Janssen, 151.950 doses.

O Ministério da Saúde comprou 38 milhões de doses da vacina Janssen contra a covid-19. Do total enviado a Goiás, das quais 27.178 foram utilizadas em Goiânia, 16.710 em Aparecida de Goiânia e o restante distribuído para outros municípios goianos. A Secretaria de Estado da Saúde informou que ainda não tem previsão de quando a nova remessa de doses da Janssen será enviada ao Goiás pelo governo federal nem a quantidade de imunizantes que será enviada ao Estado.

Recomendações

"O Ministério da Saúde recomenda a segunda dose às pessoas que tomaram o imunizante Janssen a ser feito de forma homóloga, ou seja, uma segunda aplicação com o mesmo imunizante Janssen no intervalo mínimo de dois meses, podendo este intervalo ser de até seis meses, cuja estratégia pontual dependerá do cenário epidemiológico local e adjacências e condições específicas da população que recebera o imunizante da Janssen previamente", detalha o 70º informe ténico.

De acordo com o Ministério da Saúde, "mulheres que tomaram a Janssen previamente e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o Imunizante Pfizer, conforme previsto na Nota Técnica Nº 61/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS".

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Mulher morre após fazer procedimento estético com hidrogel em Goiânia

Uma mulher de 34 anos morreu em Goiás após aplicação de hidrogel no bumbum. O procedimento foi feito dentro de casa. Jenifer Maclis Virissimo Cordeiro Silva chegou a ficar internada após passar mal com o procedimento estético, mas não resistiu. A Polícia Civil investiga o caso. 

Jenifer fez aplicação no dia 20 de novembro. Segundo a Polícia Civil, ela começou a passar mal no dia seguinte e foi internada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). A mulher morreu no dia 4 de dezembro devido à falência múltipla dos órgãos. Ela foi enterrada na segunda-feira (6) em Araguapaz, onde tinha familiares.

A pessoa que fez o procedimento deve responder por homicídio culposo. A polícia, no entanto, ainda não tem informação se o responsável pela aplicação tinha alguma formação ou conhecimento na área estética. A polícia deve periciar o celular da vítima em busca de pistas que possam ajudar a identificar quem fez o procedimento.

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JORNAL OPÇÃO

44 cidades goianas recebem R$16,5 milhões oriundos de emenda parlamentar

Por Aline Carlêto

Cidades como Águas Lindas, Anicuns, Caldas Novas, Goianésia, Pirenópolis e São Luís de Montes estão entre as beneficiadas. Recurso foi liberado pelo Ministério da Saúde

Pelo menos 44 municípios goianos receberão recursos para saúde neste mês. Cerca de R$16,5 milhões foram liberados elo Ministério da Saúde para atender a emendas parlamentares indicadas no primeiro semestre. Diante da ameaça da nova variante do coronavírus, a Ômicron, o recurso foi visto como necessário. Algumas cidades que serão beneficiadas são Águas Lindas, Anicuns, Caldas Novas, Goianésia, Pirenópolis e São Luís de Montes. O parlamentar responsável pela indicação da emenda foi Glaustin da Fokus.

Com o recurso, o parlamentar espera que os municípios consigam conter a disseminação da nova variante. “Esses recursos vêm em boa hora, porque nada melhor do que equipar os municípios para vencer mais essa batalha contra o vírus”, pontuou o deputado federal. As emendas parlamentares são destinadas a financiar ações e serviços de saúde. Além disso, podem ser usadas para aquisição de medicamentos, insumos, equipamentos e contratação de serviços em emergência.

Veja as cidades que serão beneficiadas:

Adelândia, Águas Lindas de Goiás, Americano do Brasil, Anicuns, Araguapaz, Bonfinópolis, Cachoeira Alta, Cachoeira de Goiás, Caldas Novas, Campo Limpo de Goiás, Carmo do Rio Verde, Cidade Ocidental, Corumbá de Goiás, Cristalina, Cristianópolis, Damianópolis, Edealina, Edéia, Flores de Goiás, Formoso, Goianésia, Guaraíta, Inaciolândia, Israelândia, Itapuranga, Jandaia, Jaraguá, Mairipotaba, Marzagão, Mozarlândia, Ouro Verde de Goiás, Palestina de Goiás, Palmelo, Paranaiguara, Petrolina de Goiás, Pirenópolis, Posse, Quirinópolis, Santa Cruz de Goiás, São Francisco de Goiás, São Luís de Montes Belos, São Patrício, Terezópolis de Goiás e Vila Boa.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 07 Dezembro 2021 10:01

CLIPPING AHPACEG 07/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Audiência debaterá piso salarial e jornada de 30 horas para profissionais de enfermagem

Saúde inaugura terceiro centro de sequenciamento do Genomas Brasil

Centrais sindicais se posicionam contra nova proposta de reforma trabalhista

Médica é impedida de sair de UPA

Oito especialidades estão previstas para mutirão de 50 mil cirurgias no Estado

AGÊNCIA CÂMARA

Audiência debaterá piso salarial e jornada de 30 horas para profissionais de enfermagem

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realiza audiência pública na quarta-feira (8) para discutir o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico e do auxiliar de enfermagem e a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.

A audiência foi sugerida pelo presidente da comissão, deputado Dr. Luiz Antônio Teixeira Jr. (PP-RJ), e pela deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que querem debater as propostas sobre o tema em análise na Câmara: PL 2564/20, aprovado em 24 de novembro pelo Senado; e PLs 459/15 e 2295/00.

Na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Projeto de Lei 2564/20 será analisado por uma comissão especial, antes de seguir para o Plenário. O anúncio foi feito após reunião com os líderes partidários.

Debatedores
Entre os convidados para a reunião estão: o presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Breno de Figueiredo Monteiro; a coordenadora do Fórum Nacional da Enfermagem, Libia Dantas Bellusci; e um representante do Ministério da Saúde. Confira a lista completa de convidados

A audiência está marcada para as 16 horas, em plenário a definir. Internautas poderão enviar perguntas e acompanhar a reunião ao vivo pelo portal e-Democracia.

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AGÊNCIA BRASIL

Saúde inaugura terceiro centro de sequenciamento do Genomas Brasil

O Ministério da Saúde inaugurou o terceiro centro de sequenciamento do programa Genomas Brasil, a proposta é sequenciar o DNA de brasileiros para ajudar no diagnóstico e tratamento de doenças raras

O Ministério da Saúde inaugurou nesta segunda-feira (6) o terceiro centro de sequenciamento do programa Genomas Brasil. Segundo a pasta, a proposta é sequenciar o DNA de brasileiros para ajudar no diagnóstico e tratamento de doenças raras e complexas, como câncer e doenças cardiovasculares.

O terceiro hub de sequenciamento genômico de alto desempenho foi inaugurado no Laboratório de Biologia Molecular Prof. Dr. Fernando Eugênio Santos Cruz Filho, do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no Rio de Janeiro. Os primeiros foram instalados no Hospital Israelita Albert Einstein e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Genomas Brasil

Lançado em 2020, o programa Genomas Brasil busca estabelecer um banco de dados genéticos e de saúde de 100 mil brasileiros. Na prática, a iniciativa vai sequenciar genes de pessoas com doenças raras, cardíacas, câncer e infectocontagiosas, para ajudar na prevenção, no tratamento e em diagnósticos médicos.

As informações, segundo a pasta, devem ajudar a nortear o investimento em pesquisas e tecnologias personalizadas para encontrar cura para essas doenças. A escolha das enfermidades levou em conta a quantidade de casos no país e o alto custo que geram ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Tecnologia

O sequenciador instalado no INC possui capacidade para sequenciar cerca de 4 a 5 mil genomas humanos completos em um ano e, de acordo com o ministério, é considerado um dos equipamentos mais potentes do mundo.

Com a aquisição, o centro será utilizado principalmente para o desenvolvimento do projeto da Rede Nacional de Genômica Cardiovascular, que vai sequenciar uma parte do DNA chamado exoma (parte do genoma que produz uma proteína) de pacientes com doenças cardiovasculares hereditárias atendidos pelo SUS.

"As análises vão rastrear e mapear doenças cardiovasculares hereditárias que muitas vezes levam à morte súbita, identificando os possíveis riscos individuais por meio do exame genético", informou a pasta.

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JORNAL OPÇÃO

Centrais sindicais se posicionam contra nova proposta de reforma trabalhista

Por Rafaela Ferreira

Governo propõe, entre outras alterações, folga nos domingos a cada dois meses, proíbe reconhecimento de vínculo de emprego entre prestadores de serviço e aplicativos. Estudo contém mais de 330 mudanças na lei

As centrais sindicais se posicionaram contra o estudo recomendado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para subsidiar uma nova reforma trabalhista. Uma das propostas sugere que empregados tenham direito a folgar nos domingos uma vez a cada dois meses. A nota de repúdio contra novas alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é assinada por representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Sindical de Trabalhadores (CST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

As mudanças partiram de grupo instituído pelo Ministério do Trabalho e da Previdência. A proposta altera o artigo 67 da CLT onde diz que é assegurado a todo empregado um repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. O estudo muda este artigo para: “Não há vedação ao trabalho em domingos, desde que ao menos uma folga a cada 7 (sete) semanas do empregado recaia nesse dia”.

Em nota, as centrais explicam que o projeto foi trabalhado por mais de dois anos sem assegurar o diálogo social e a participação dos trabalhadores por meio de sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais. “Agora, propõem mudanças imensas na legislação trabalhista, de novo em prejuízo da classe trabalhadora. Ao invés de modernizar estão restabelecendo a mentalidade da República Velha, a perversa lógica escravista, e o predomínio da força ao invés do entendimento nas relações de trabalho”, diz o documento.

Reforma

O relatório, de 262 páginas, foi apresentado na segunda-feira, 29 de novembro, ao Conselho Nacional de Trabalho. Pelo texto, ainda fica proibido o reconhecimento de vínculo de emprego entre prestadores de serviço e aplicativos.  Assim, que os motoristas de app não podem ser considerados empregados dessas empresas, ou seja, não teriam os direitos cobertos pela CLT.

O novo relatório do Grupo de Altos Estudos do Trabalho (GAET), criado em 2019, também propõe a modificação de, ao menos, 330 alterações em dispositivos legais, a inclusão de 110 regras—entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas—, a alteração de 180 e a revogação de 40 delas, conforme noticiou o jornal Folha de SP. Atualmente, o texto da nova proposta já foi concluído e segue para avaliação. A justificativa dos autores do texto é de que a reforma vai ajudar a combater o desemprego. 

“Hoje, para trabalhar aos domingos e feriados, é necessário: estar na lista de atividades autorizadas pela Secretaria Especial do Trabalho [convertida em ministério], ou possuir autorização de entidade sindical, mediante convenção ou acordo coletivo”. A sugestão prevê acordo individual entre empresa e contratado.

Nota de repúdio

Diante do estudo sobre uma nova reforma trabalhista, centrais sindicais organizaram um documento. Nele é informado que o Brasil vai em contramão de países engajados, dando o histórico de alguns, como a Alemanha e a legalização de serviços no Reino Unido. Além disso, é afirmado também que as leis e os direitos trabalhistas garantem maior segurança tanto ao empregado quanto ao empregador. Confira a nota na íntegra:

NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS

Repudiamos a nova proposta indecente do governo

Na contramão de países engajados no crescimento, como EUA, Alemanha e China, o governo brasileiro insiste em tirar direitos da classe trabalhadora deixando o povo cada vez mais pobre e com menos recursos.

O novo relatório do Grupo de Altos Estudos do Trabalho – GAET, complementando o desmonte da CLT iniciado em 2017, propõe a modificação de “ao menos 330 alterações em dispositivos legais, a inclusão de 110 regras —entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas—, a alteração de 180 e a revogação de 40 delas”, conforme noticiou o jornal Folha de SP. Entre as medidas estão a desregulamentação do trabalho aos domingos, deixando a gerencia do serviço à bel prazer do patrão, a descarada proibição do reconhecimento de vínculo empregatício entre prestadores de serviço e aplicativos e a legalização do locaute, institucionalizando o lobby empresarial, penalizando de forma nefasta os trabalhadores e a sociedade.

A alegação é a mesma de sempre: “promover ampla liberdade” e, segundo eles, “fortalecer a negociação”. Ampla liberdade aqui cabe dizer o livre exercício da “lei do mais forte” em sua expressão mais selvagem. Fortalecem os que já são fortes, os patrões, ao invés de equilibrar as forças nas negociações.

Trabalharam mais de dois anos sem assegurar o diálogo social e a participação dos trabalhadores por meio de seus sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais. Agora, propõem mudanças imensas na legislação trabalhista, de novo em prejuízo da classe trabalhadora. Ao invés de modernizar estão restabelecendo a mentalidade da República Velha, a perversa lógica escravista, e o predomínio da força ao invés do entendimento nas relações de trabalho.

Uma mentalidade contrária aos ajustes sociais que visam minimizar as desigualdades. O mundo, após pagar um alto preço pela fase de extravagâncias neoliberais, caminha para retomar uma maior regulação do trabalho. Isso porque, ao contrário dos que defendem o indefensável: a desregulamentação e o salve-se quem puder, as leis e os direitos trabalhistas garantem maior segurança tanto ao empregado quanto ao empregador.

No fim de novembro foi noticiado que “Greves e pedidos de demissão em massa: o movimento que pode resultar em ‘CLT’ nos EUA”. Em maio de 2021, motoristas de Uber foram reconhecidos pela Suprema Corte do Reino Unido como trabalhadores legalizados. Na Alemanha, o novo primeiro ministro, Olaf Scholz, tomou a decisão de aumentar o salário mínimo para aumentar o consumo e diminuir o desemprego. No Brasil o TRT-4 reconheceu ,em setembro, o vínculo entre motorista e a empresa Uber. São exemplos que mostram que há uma tendência à regulamentação e que a precarização causa problemas sociais.

Mas a intenção do governo, ao que parece, é aumentar o exército industrial de reserva , que é aumentar o desemprego, que no Brasil sempre foi grande, para daí normatizar a exploração e a precarização. É criar dificuldade para vender facilidade. Neste caso, criar miséria absoluta para vender pobreza. A nova proposta de desmonte da CLT visa dar amplos poderes ao capital e minar ainda mais instituições como as entidades sindicais e a Justiça do Trabalho, que funcionam como freios e contrapesos para que o sistema econômico seja mais justo.

Reiteramos que o desenvolvimento e a geração de empregos e renda vêm de investimentos no setor produtivo e do consumo garantido por segurança, direitos, salários valorizados e programas sociais. Não aceitaremos imposições arbitrárias.

Estamos vigilantes. A luta é de toda a Classe Trabalhadora!

São Paulo, 6 de dezembro de 2021

Assinaram a nota Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Miguel Torres, Presidente da Força Sindical, Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Moacyr Auersvald – vice- presidente da CST (Central Sindical de Trabalhadores) e Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médica é impedida de sair de UPA

Vídeos que circulam nas redes sociais registraram o momento

Pacientes insatisfeitos com a demora no atendimento, impediram uma médica de sair da UPA de Rocha Miranda (RJ), após o fim do plantão na manhã de segunda-feira, 6. Vídeos que circulam nas redes sociais registraram o momento. Veja abaixo:

Segundo os pacientes, não havia outro médico na unidade para atendê-los.

“Ela não vai sair não. É a única médica que tem aqui. Então traz a outra médica para render ela. Só vai sair quando chegar alguém para ficar no lugar”, diz uma paciente.

Outra mulher que também não tinha sido atendida se colocou na frente da profissional e do segurança da unidade. “A senhora não vai sair. Só vai sair quando me atender. Eu falei com a senhora ali desde o início”.

Em nota, a UPA Rocha Miranda informou que “Temendo pela sua integridade física, ela foi levada para parte interna da UPA, enquanto a unidade era reorganizada após o tumulto. Momentos depois, ela deixou a unidade e entrou na ambulância para realizar a transferência de um paciente”, disse a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

SMS negou que a UPA de Rocha Miranda estivesse com um só médico no plantão. “A unidade contava com dois médicos clínicos e dois pediatras prestando atendimento ao público”.

Disse também que todas as unidades de saúde do município estão atendendo com sua capacidade máxima por conta do surto de gripe e que, na segunda, a unidade registrou maior espera no atendimento devido à grande demanda de pacientes com síndrome gripal.

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O HOJE

Oito especialidades estão previstas para mutirão de 50 mil cirurgias no Estado

Oito especialidades são previstas para realização das cirurgias eletivas no Estado. De acordo com a Secretaria de Saúde (SES-GO), o programa Opera Goiás irá funcionar com estrutura pública estadual pela contratação de serviços, por meio da adesão de instituições hospitalares, filantrópicas e privadas em todo o Estado. A meta é realizar cirurgias eletivas em cerca de 50 mil  pacientes que aguardam na fila. 

O edital do programa será lançado nos próximos dias e somente após, será possível condensar todo o elenco de unidades aptas ao programa. São oito especialidades previstas: ortopedia, traumatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia, pneumologia, cirurgia vascular, cirurgia geral e os custos com recursos  já alocados na SES-GO. Segundo a pasta, são estimados em R$ 100 milhões. 

Foi publicada na última quarta-feira (1º) no Diário Oficial do Estado, portaria da SES que institui o Programa. Instituições hospitalares filantrópicas e privadas poderão vender suas capacidades ociosas para a SES, tornando possível realizar grande número de cirurgias em todo o Estado. 

O anúncio foi feito pelo titular da Saúde, Ismael Alexandrino. “Nossa ideia é que tenhamos uma adesão de 50 cidades, para que possamos operar no Estado inteiro uma média de 50 mil pessoas que estão aguardando”, afirmou. Para aderir ao programa, os hospitais terão de atender três exigências: ter alvará sanitário; fazer uma autodeclaração de capacidade técnica e operacional; e o gestor de saúde municipal terá de abrir mão da regulação desses pacientes para o Estado. Isso porque a ideia é operar não só pessoas da cidade, mas da região como um todo, explicou Ismael Alexandrino. Atendendo a esses três requisitos, a participação será feita por adesão.

O secretário ainda pede apoio dos prefeitos para ajudar a localizar as instituições privadas e filantrópicas que têm capacidade de ofertar esse serviço para o Estado e possibilidade de aderir ao programa Opera Goiás. Também cita outro programa, o Qualifica PS Goiás, cuja meta é tornar as unidades básicas de saúde mais resolutivas.

Baixa adesão da segunda dose

Em Goiás, cerca de 900 mil goianos ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Ismael informa que deverá ser emitida recomendação de exigência da segunda dose para a entrada de pessoas em alguns lugares, como teatros, campos de futebol, boates e shows em locais fechados. “Infelizmente, se depender só da conscientização da população, a gente vai passar anos e anos (com a pandemia), porque está faltando conscientização”, pondera. 

Já sobre o Carnaval, argumenta que ainda faltam quatro meses para o evento. A Secretaria da Saúde permanecerá alerta, mas considerou que ainda é precoce para se tomar alguma decisão, que provavelmente sairá em janeiro. “Não emitiremos nenhuma recomendação a respeito do Carnaval de rua neste momento”, destaca. (Especial para O Hoje).

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 06 Dezembro 2021 12:56

CLIPPING AHPACEG 04 A 06/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

'Chip da beleza' preocupa médicos

Baixa produção de matéria-prima Íreia pesquisas e fabricação de vacinas

Os trunfos do Brasil contra a ômicron

Goiânia vacina contra covid-19 em postos fixos e um itinerante nesta segunda

Goiás já acumula 940 mil casos de covid-19 e mais de 24,5 mil óbitos

Aumento de demanda no Hospital e Maternidade Dona Íris reflete o impacto do fechamento de outros serviços

Superbactérias triplicam durante pandemia da Covid-19

Risco de Covid-19 usando máscara PFF2 é mínimo, aponta estudo

O ESTADO DE S.PAULO

'Chip da beleza' preocupa médicos

Do tamanho de um fósforo, o dispositivo de silicone é implantado no corpo com a promessa de ganho de massa muscular e emagrecimento

Ítalo Lo Re, O Estado de S. Paulo

Com nome atraente, o chamado 'chip da beleza' vem se difundindo ao longo dos últimos anos no País. Do tamanho de um palito de fósforo, o dispositivo de silicone é implantado no corpo para liberar continuamente hormônios como a gestrinona, esteroide com ações anabolizantes. A promessa é que, com os efeitos androgênicos do hormônio, ocorra emagrecimento, ganho de massa muscular e aumento na disposição física.

Costuma-se omitir, contudo, que o 'chip da beleza' não é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode gerar efeitos colaterais graves. Apesar das contraindicações de tratamentos subcutâneos com a gestrinona, hormônio cuja aplicação é a mais frequente, os relatos médicos sobre efeitos colaterais envolvendo os 'chips' têm crescido.

Na última semana, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) se posicionou contra o implante de gestrinona. 'Nós somos 5 mil endocrinologistas no Brasil, tinha profissionais de todo o País mandando denúncias sobre o 'chip da beleza' para a gente', disse o presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade da SBEM, Alexandre Hohl.

Segundo ele, foram enviados ofícios à Anvisa e ao Conselho Federal de Medicina (CFM) demandando atenção para o assunto.

O médico explica que, em um primeiro momento, o dispositivo com gestrinona era injetado no corpo sob a justificativa de tratar a endometriose, distúrbio ligado ao crescimento de tecidos do útero. De uns cinco anos para cá, porém, percebeu-se que o uso do dispositivo para fins estéticos e a combinação com outros tipos de hormônios passou a se intensificar. O nome 'chip da beleza' veio no meio desse processo.

'Quando se viu, estavam colocando todo tipo de anabolizante nos 'chips', principalmente com a justificativa de aumentar massa magra e diminuir massa gorda. Mas não há indicação médica para benefício estético', conta Hohl. 'Pode dar acne, problemas no fígado, no coração, na mama, aumentar colesterol e gerar uma série de outros efeitos.'

À medida que o diagnóstico dessas consequências se intensificou nos consultórios, o médico explica que começou um movimento coletivo das entidades médicas, uma vez que mastologistas, por exemplo, começaram a observar mulheres que usaram o 'chip' com o problemas de mama.

Erros

Triatleta, a bancária Roberta Mori, de 40 anos, ficou sabendo o que era o 'chip da beleza' no início do ano passado, quando procurava novas formas de melhorar sua performance no esporte. Roberta pagou R$ 5 mil antecipadamente para um tratamento com 'chips' de gestrinona que duraria 12 meses. Poucos após o implante, a experiência passou a ser marcada por complicações. 'Tive inchaço, meu corpo reteve líquido, deu tudo de ruim que poderia dar', conta a bancária, que relata ter engordado cerca de 7 kg. Os médicos responsáveis, então, receitaram um diurético, que não foi suficiente para evitar que a situação se complicasse ainda mais. Ao ir a uma consulta com um nutrólogo, Roberta conta que seus 'exames de sangue bagunçaram absurdamente', aparecendo inclusive taxas de colesterol alto. Ela relata também ter perdido a libido e o ânimo para a prática de esportes.

O médico Alexandre Hohl explica que atualmente os 'chips da beleza' estão em um 'limbo', uma vez que não há normas específicas para regulamentar o uso do dispositivo no País. 'A SBEM quer normatizar, que existam regras, que determinem que o implante seja limitado só para determinados casos', explica o médico.

A entidade realizou uma reunião inicial com a Anvisa para, entre outros pontos, solicitar a inclusão da gestrinona na lista C5, que regula os anabolizantes utilizados no País, e a criação de outras formas de controle. Na nota divulgada, a SBEM reforça que a gestrinona está na lista de substâncias proibidas no esporte e que não é recomendada por entidades americanas. O documento foi endossado pela Associação Médica Brasileira (AMB). A Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Ostetrícia (Febrasgo) apontou que não há dados suficientes que apontem eficácia e segurança na implementação dos chips.

Investigação

A Anvisa informou, em nota, que não há medicamento registrado no Brasil contendo o princípio ativo gestrinona. Complementou, porém, que está a par de propagandas de implantes e que está tomando as 'medidas necessárias para investigação e apuração dos fatos'.

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O GLOBO

APAGÃO DE INSUMOS

Baixa produção de matéria-prima Íreia pesquisas e fabricação de vacinas

MARIANA ROSÁRIO

O Brasil ainda patina na produção de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima de vacinas e medicamentos. Além de deixar o país em desvantagem em situações como a pandemia de Covid-19, quando depende da importação do produto, o apagão produtivo barra o avanço de pesquisas de novos medicamentos e vacinas em universidades brasileiras.

De acordo com estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), apenas 5% dos fármacos (o que inclui diversos tipos de medicamentos e vacinas) utilizados no país têm produção interna. Países como a China, que cobram preços mais baixos, suprem a demanda brasileira com maior facilidade do que as iniciativas locais, segundo o presidente da Abiquifi, Norberto Prestes.

- Há poucas pessoas que têm o conhecimento 'mão na massa' de produção industrial de produtos biotec-nológicos no Brasil. Quando precisamos discutir com profissionais (locais) sobre como poderiamos evoluir com projeto de imunizante ou técnicas de produção em larga escala, não conseguimos -diz o professor Breno Castello Branco Beirão, do Departamento de Patologia Básica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde há desenvolvimento de uma vacina para Covid-19.

Para superar a falta de parceria com farmacêuticas, a universidade prepara um laboratório específico para ser usado em estudos clínicos de novos fármacos.

-Se você falar da parte de pesquisa e desenvolvimento, no Brasil, é uma situação dramática. Das milhares de vacinas, medicamentos, fármacos, anticorpos monoclonais, o que foi desenvolvido no Brasil é mínimo - diz Luís Carlos de Souza Ferreira, Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

A diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Sousa Freitas, diz que a importação quase absoluta da matéria-prima não é só uma decisão comercial. Abrir mão do investimento em pesquisa e produção de medicamentos internamente deixa o Brasil em posição desfavorável no controle de doenças endêmicas, por exemplo. Ela questiona por que os grandes laboratórios não apoiam universidades brasileiras.

- Estamos extremamente dependentes de insumos estratégicos de fora do Brasil. Perdemos investimento em pesquisa, em conhecimento e domínio de tecnologia. E passamos a sofrer a regra do mercado. O que vale é a procura e, quando o insumo passa a ser necessário, o 'dono da bola coloca o preço que ele quiser-afirma.

Mesmo nas instituições de referência, não há produção de IFA em larga escala. De janeiro a agosto, o Instituto Butantan produziu cerca de 191 milhões de doses para sete tipos de vacina. Nem uma aplicação sequer foi produzida com IFA nacional. Já na Fiocruz, cinco tipos de vacina têm produção de matéria-prima no Brasil. Outras três são importadas.

POLÍTICA DE ESTADO

Nem sempre foi assim. Nos anos 1980, estima a Abiquifi, o Brasil chegou a produzir 50% do IFA dos fármacos consumidos no país. O cenário começou a mudar em meados de 1990, com a queda de proteções tarifárias à importação de produtos. Segundo a professora do Instituto de Economia Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Julia Paranhos, a indústria farmacêutica e farmoquímica - responsável pela matéria-prima dos medicamentos - foi duramente atingida por essa mudança.

- Houve naquela época a entrada de fornecedores chineses e indianos com preços muito baixos. Isso gerou uma concorrência forte, sem qualquer política que desse apoio à indústria nacional -explica Julia.

Representantes do setor afirmam que, para reverter esse cenário, é preciso investir em novas fábricas que tenham a expertise de produzir IFA em território nacional. O presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini, por exemplo, defende que o aumento deve ser uma política de Estado, mesmo que tenha um início lento, para pequenos grupos de medicamentos.

'Perdemos investimento em pesquisa, em conhecimento e domínio de tecnologia.'

Meiruze Souza Freitas, diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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CORREIO BRAZILIENSE

Os trunfos do Brasil contra a ômicron

Uma das apostas é a vacinação, que alcançou 90% do público-alvo com a primeira dose, na última semana

MARIA EDUARDA CARDIM GABRIELA BERNARDES*

Quase dois anos após o início da pandemia da covid-19, o Brasil e o mundo vivem mais um momento de tensão com o surgimento da nova variante do covid. Sem ainda saber muito sobre o potencial de transmissão e letalidade da nova cepa e, ainda, se as vacinas já disponíveis perdem alguma eficácia contra a variante, os países começam a reforçar medidas de restrições para conter o impacto da ômicron, que já está presente em todos os continentes. Especialistas alertam que, apesar de não poder relaxar, o Brasil conta com pontos a favor que podem ajudar no combate à nova cepa.

Para o médico infectologista Wercilei Júnior, o avanço da vacinação é um dos trunfos do país diante da chegada dessa nova variante. O Brasil alcançou, na última semana, a marca de 90% do público-alvo vacinado com a primeira dose da vacina do novo coronavírus. No entanto, ele relembra que já foi mostrado em estudos que a eficácia dos imunizantes tem uma diminuição gradativa após seis meses da conclusão do esquema vacinai.

'Por isso, expandir a aplicação da terceira dose entra num momento muito importante, pois já estamos aumentando a qualidade das defesas das pessoas, enquanto que muitos países da Europa e da África ainda nem conseguiram chegar a uma vacinação de acima de 50% da população', destaca. O Ministério da Saúde ampliou a aplicação da dose de reforço para toda população adulta brasileira desde novembro. A medida foi elogiada por especialistas, que acreditam que a dose de reforço ganha ainda mais importância diante da ômicron.

'Quando a gente pensa em uma nova variante mais transmissível, com 32 mutações na proteína spyke, de alguma forma essas mutações podem levar a um maior escape de resposta imune entre os vacinados e quem teve a infecção prévia. Então, nesse sentido, é muito importante que, primeiro, a população tenha o esquema vacinai completo e, em segundo, tome a dose de reforço', pondera o infectologista da Fiocruz Júlio Croda, que afirma que as vacinas devem preservar a proteção para hospitalizações e óbitos.

O ministro da Saúde reforçou a importância da dose de reforço e pediu para as pessoas irem até o posto para tomar a dose adicional. 'Mais de 14 milhões de brasileiros já tomaram a dose de reforço da vacina e, com isso, nós vamos nos proteger contra essa variante ômicron e contra outras variantes que possam surgir desse vírus', disse. Além disso, Marcelo Queiroga relembrou, durante reunião de vigilância e monitoramento da ômicron no Brasil realizada na última semana, que o país já passou por uma situação parecida com a variante delta, que se tornou dominante em muitos países estrangeiros, mas no Brasil não.

'A variante delta, que é a que causa maior problema no mundo, é a que está pressionando os sistemas de saúde na Europa. E, aqui no Brasil, não houve essa pressão. E há vários motivos para que não tenha havido, mas, sobretudo, a nossa campanha de vacinação e adesão que a população brasileira teve à campanha. Os brasileiros têm essa cultura de vacinação', pontuou.

O epidemiologista Eliseu Alves concorda que a postura da população brasileira frente à vacinação contra a covid-19 também é um fator que favorece o país em relação à Ômicron. "A grande vantagem do Brasil de hoje é que não tem havido recusas a vacinação em número significativo, não temos tido falta de vacinas e boa parte das autoridades do país está tendo conduta cautelosa em relação à abertura', disse.

Na última semana, estados e municípios voltaram atrás nas flexibilizações feitas neste final de ano. As festividades de ano novo e, até mesmo, do carnaval, já foram canceladas perante o medo do impacto de uma nova onda da doença. Para especialistas, essa cautela é necessária. 'Apesar de todos esses aspectos positivos, não podemos ficar tranquilos, é necessária a manutenção de todas medidas de prevenção da covid-19 em relação à nova variante, que ainda sabemos pouco a respeito', completou Alves.

Desvantagem

Apesar de possuir algumas vantagens, o Brasil ainda peca pelo atraso da tomada de decisões importantes - como a exigência do comprovante de vacinação para a entrada de viajantes no país - que podem ajudar a controlar melhor a transmissão da doença em território nacional. A recomendação de exigir a vacinação de viajantes foi feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 12 de novembro e foi reforçada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na última semana. No entanto, o governo ainda não aderiu à medida.

Para o fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina Neto, a relutância do governo à medida é perigosa, já que o período de fim de ano movimenta ainda mais turistas. 'Essa é uma ideia importante, mas não é nova. Ela já é praticada no mundo há algum tempo. Nós já exigimos certificado de vacina, por exemplo, contra febre amarela de qualquer viajante que venha de um país onde a doença ainda é transmitida', exemplifica.

Uma nova deliberação sobre o assunto, que é considerado sensível pelo ministro da Saúde, será discutida hoje, em reunião prevista entre a Anvisa e os Ministérios da Casa Civil, da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, e da Infraestrutura.

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A REDAÇÃO

Goiânia vacina contra covid-19 em postos fixos e um itinerante nesta segunda

)

Mônica Parreira

Goiânia - A vacinação contra a covid-19 nesta segunda-feira (6/12) ocorre em 67 postos fixos e também em formato itinerante na capital. Lançado na última semana, pela Prefeitura de Goiânia, o "VacinAção" leva vans com as doses a vários lugares da cidade. Hoje, o projeto estará na Praça Berimbal, no Jardim Guanabara II. 

Podem tomar a primeira dose pessoas a partir de 12 anos. Há, também, a aplicação de segunda e terceira doses, a depender do calendário vacinal de cada pessoa. A exceção é a Janssen, cuja aplicação só será realizada quando chegar remessa a Goiás. A previsão da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) é que o governo federal faça o envio neste mês.


Sem agendamento

PRIMEIRA DOSE:
Adolescentes de 12 a 17 anos
Onde? Salas de vacinação de rotina do município (confira a lista)

População geral a partir de 18 anos
Onde? Salas de vacinação de rotina do município (confira a lista)

Gestantes e puérperas (com até 45 dias após o parto) que residem em Goiânia e idosos
Onde? Centro Municipal de Vacinação (CMV)

SEGUNDA DOSE:
Vacinas AstraZeneca, Pfizer para pessoas que tomaram a primeira dose há oito semanas, ou seja, até o dia 11 de outubro
Onde? Salas de vacinação de rotina do município (confira a lista) e Clube da Caixa Econômica / APCEF-GO

Vacina CoronaVac para pessoas com data para o dia 6 de dezembro e em atraso
Onde? Salas de vacinação de rotina do município (confira a lista) e Clube da Caixa Econômica / APCEF-GO

Vacina Pfizer para pessoas que tomaram a primeira dose há oito semanas, ou seja, até o dia 11 de outubro
Onde? Drive-thru shopping Passeio das Águas

Gestantes e Puérperas que residem Goiânia (com até 45 dias após o parto) que tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca, que optaram por receber após o intervalo recomendado de 12 semanas as vacinas Pfizer ou CoronaVac
Onde? Centro Municipal de Vacinação (CMV)

TERCEIRA DOSE:
População geral a partir de 18 anos que tomou a segunda dose há cinco meses (ou seja, até o dia 6 de julho) – apenas para as vacinas Astrazeneca, Pfizer e Coronavac
Onde? Salas de vacinação de rotina do município (confira a lista), drive-thru do shopping Passeio das Águas

Pessoas imunossuprimidas acima de 18 anos e com 28 dias de intervalo da segunda dose (ou seja, até o dia 7 de novembro)
Onde? Salas de vacinação de rotina do município (confira a lista), drive-thru do shopping Passeio das Águas e Clube da Caixa Econômica / APCEF-GO

Endereços:
A vacinação contra a covid-19 para primeira, segunda e terceira dose ocorre sem necessidade de agendamento nas salas de vacinação de rotina (acesse os endereços e contatos aqui)
Salas de Vacinação Municipal (clique aqui)
Horário de atendimento de segunda a sexta-feira: 08h às 17h.
Horário de atendimento aos sábados: 08h às 16h.
 
Drive-thru shopping Passeio das Águas - sem necessidade agendamento
- Serão disponibilizadas duas mil senhas a partir das 8h, e o atendimento prossegue até a finalização do atendimento das senhas.
Atendimento para os seguintes grupos:
• Terceira dose para população geral com 50 anos ou mais que tomaram a segunda dose há cinco meses
• Terceira dose dos trabalhadores da saúde que tomaram a segunda dose há seis meses
• Terceira dose de imunossuprimidos acima de 18 anos com 28 dias de intervalo da segunda dose
• Segunda dose Pfizer
 
Clube da Caixa Econômica / APCEF-GO – ATENDIMENTO NA MODALIDADE PEDESTRES
sem necessidade de agendamento
Endereço: Av. T-1, 1155, quadra 53, Setor Bueno
Horário de atendimento de segunda a sexta-feira: 08h às 17h
Horário de atendimento aos sábados: 08h às 16h
Atendimento para os seguintes grupos:
• Terceira dose para população geral com 50 anos ou mais que tomaram a segunda dose há cinco meses
• Terceira dose de imunossuprimidos acima de 18 anos com 28 dias de intervalo da segunda dose
• Segunda dose das vacinas AstraZeneca, CoronaVac, Pfizer
 
Centro Municipal de Vacinação (CMV) – ATENDIMENTO NA MODALIDADE PEDESTRES
sem necessidade de agendamento
Endereço: Av. Edmundo P. de Abreu, s/n – St. Pedro Ludovico
Horário de atendimento de segunda a sexta-feira: 08h às 17
Atendimento para os seguintes grupos:
• Primeira e segunda dose de gestantes e puérperas

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Goiás já acumula 940 mil casos de covid-19 e mais de 24,5 mil óbitos

Desde o início da pandemia, em março do ano passado, Goiás já confirmou a ocorrência de 940.077 casos de covid-19. Destes, há o registro de 909.755 pessoas recuperadas e 24.581 óbitos confirmados. O boletim foi divulgado na tarde deste domingo (5/12) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

Atualmente, há 581.349 casos e 390 óbitos suspeitos em investigação. A taxa de letalidade do vírus em território goiano é de 2,62%.

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CREMEGO

Aumento de demanda no Hospital e Maternidade Dona Íris reflete o impacto do fechamento de outros serviços

Fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) no Hospital e Maternidade Dona Íris mostra o impacto sofrido pela unidade, nos últimos anos, após o fechamento de outros serviços de obstetrícia da região metropolitana de Goiânia. Com frequência, o Hospital e Maternidade Dona Íris tem enfrentado a superlotação.

A última vistoria realizada pelo diretor de Fiscalização do Cremego, Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro, e pelo médico fiscal, Fabiano Souza Soares, constatou que a maternidade vem registrando um aumento no fluxo de atendimento após o fechamento do setor de obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, de parte do atendimento no Hospital Materno Infantil e, mais recentemente, da Maternidade Aristina Cândida, em Senador Canedo.

A fiscalização encontrou pacientes na sala de observação e em enfermarias improvisadas, aguardando vagas para internação há mais de 24 horas.

O Hospital e Maternidade Dona Íris recebe pacientes de todo o Estado, sendo que a demanda por parte de moradores de Senador Canedo aumentou 100% em agosto, em comparação a julho, quando a Maternidade Aristina Cândida foi fechada.

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JORNAL OPÇÃO

Superbactérias triplicam durante pandemia da Covid-19

Por Gabriela Macedo

Com baixa perspectiva de novos medicamentos contra superbactérias, OMS diz que só existem 43 antibióticos em ensaios clínicos no mundo atualmente

Dados do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) mostram que a detecção de superbactérias, que são resistentes a antibióticos, triplicou no Brasil durante a pandemia da Covid-19. Além do próprio aumento no número de amostras detectadas, é possível perceber aumento na resistência desses microorganismos aos medicamentos disponíveis.

De acordo com o estudo, esse processo de aumento das bactérias e de sua maior resistência tem sido acelerado devido ao alto – e diversas vezes incorreto – consumo de remédios durante a pandemia do coronavírus. Isso é, inclusive, uma ameaça global, já que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 700 mil pessoas morrem anualmente por infecções por superbactérias, não apenas um problema restrito ao Brasil.

A capacidade de tratar infecções se trata de um dos maiores avanços da medicina moderna. No entanto, a OMS ainda estima que o número de mortes no mundo por superbactérias deve subir para dez milhões até 2050, ultrapassando as mortes por câncer.

Esse aumento de amostras foi constatado gradativamente pela FioCruz, uma vez que em 2019 o laboratório recebeu mil amostras de superbactérias, advindas de diversos estados, para análises aprofundadas. Em 2020, esse número de amostras confirmadas subiu para 2 mil e em 2021 para 3,7 mil – número quase quatro vezes maior que no período pré-pandêmico. No geral, essas superbactérias são relacionadas à alta taxa de mortalidade.

“Durante a emergência sanitária provocada pela Covi-19, houve um aumento significativo no número de pacientes internados em estado grave e por longos períodos, que apresentam maior risco de infecção hospitalar”, afirmou a chefe do laboratório, Ana Paula Assef, ao Estadão. Isso, porque bactérias se multiplicam a cada 20 minutos, além de sofrerem mutações aleatórias em alguns casos.

Ao se multiplicarem, as bactérias agem como forma de um estudo contra os antibióticos, uma vez que o antibiótico faz com que as bactérias que sofreram mutação não morram, e sim se multipliquem. Para piorar, há uma baixa perspectiva de criação de novos medicamentos contra bactérias. De acordo com a OMS, existem apenas 43 antibióticos em ensaios clínicos no mundo atualmente.

“Em parte, a alta prescrição de antibióticos nos hospitais durante a pandemia pode ser justificada pelo maior número de pacientes graves internados, que acabam desenvolvendo infecções secundárias e precisam desses medicamentos, porém o uso excessivo precisa ser controlado para evitar que se impulsione a resistência bacteriana”, diz Ana Paula.

Análises da FioCruz

Um medicamento analisado pelo laboratório e que foi detectado aumento a resistência de sua atuação foi a polimixina. De 2019 para 2021, a proporção de bactérias A. bumanii (que provoca infecções hospitalares) resistentes à polimixina subiram de 2,5% para 5,6%. Já as O. aeruginosa subiram de 14% para 51%. As enterobactérias também foram de 42% para 58%.

“A polimixina é um medicamento antigo, que não era mais usado por causa dos efeitos colaterais, mas voltou a ser empregado nos últimos anos por causa da resistência aos fármacos mais modernos. Como se trata de uma das últimas opções terapêuticas, mesmo um aumento discreto nesse tipo de resistência é preocupante”, explica Ana Paula.

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Risco de Covid-19 usando máscara PFF2 é mínimo, aponta estudo

Por Elder Dias

Por outro lado, sem máscara a probabilidade de se infectar é de 90%, mesmo com distanciamento, concluem pesquisadores alemães

Máscaras do tipo PFF2 (equivalentes a outros padrões internacionais conhecidos como N95, KN95 e máscaras P2) oferecem quase 100% de proteção contra a Covid-19, aponta um estudo do Instituto Max Planck, da Alemanha.

Se uma pessoa infectada pelo coronavírus tiver contato com uma saudável num espaço fechado – mesmo que a uma distância pequena e após 20 minutos –, o risco de contágio é de apenas 0,1%. Se a pessoa estiver vacinada, o risco de contrair a doença é ainda menor, apontam os pesquisadores.

No entanto, segundo os cientistas, a redução do risco depende de a máscara ser usada da maneira correta. Para ter a proteção ideal, o clipe de metal deve estar bem ajustado ao nariz, pressionando-o lateralmente.

Se a máscara não estiver corretamente encaixada ao rosto, o risco de infecção no mesmo cenário sobe para cerca de 4%, aponta o estudo, publicado na revista científica PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

A análise também demonstrou que máscaras PFF2 bem encaixadas ao rosto protegem 75 vezes mais do que máscaras cirúrgicas – as quais, no entanto, reduzem o risco de infecção para no máximo 10%, se também forem bem ajustadas.

Os pesquisadores afirmaram que seus cálculos são bastante conservadores. “Na vida cotidiana, a probabilidade real de infecção é certamente de dez a cem vezes menor”, afirma Eberhard Bodenschatz, pesquisador que liderou o estudo.

Sem máscara, risco alto
Por outro lado, a análise de encontros entre duas pessoas sem máscara apontou que, se um indivíduo saudável ficar por alguns minutos diante de um infectado, mesmo a uma distância de 3 metros, há uma probabilidade de 90% de ocorrer uma infecção.

Apesar da distância de 3 metros, os pesquisadores ressaltam que o risco é enorme quando se entra em contato com infectados com uma carga viral alta, como ocorre no caso da atualmente dominante variante delta do coronavírus, por alguns poucos minutos e sem máscara.

“Nossos resultados demonstram mais uma vez que o uso de máscaras em escolas e também em geral é uma boa ideia”, conclui Bodenschatz.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 03 Dezembro 2021 08:45

CLIPPING AHPACEG 03/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

 

DESTAQUES

Covid-19: 90% dos adultos brasileiros já tomaram a 1ª dose da vacina

No Brasil, vacinação ampla é esperança contra a cepa

Casos de dengue e zika no Brasil diminuem, mas os de chikungunya aumentam

Antecipação não tem base na ciência, dizem médicos

Anvisa aguarda dados da Pfizer sobre variante delta para decidir sobre vacina para crianças

Doutor Bumbum tem o registro cassado

Covid-19: Goiás registra 1.174 novos casos e 9 mortes em 24 horas

Covid-19: Goiânia é uma das quatro capitais com tendência de queda de casos

Artigo/Breno Monteiro: Piso salarial pode fechar hospitais e causar desemprego na saúde

AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: 90% dos adultos brasileiros já tomaram a 1ª dose da vacina

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (2/12) que o número de pessoas aptas a receberem o imunizante corresponde a 177 milhões de brasileiros. Ao todo, 159,3 milhões tomaram a primeira dose da vacina. Até o momento, mais de 372,5 milhões de doses foram distribuídas aos 26 estados e Distrito Federal.

O Brasil atingiu nesta quinta-feira a marca de 90% do público-alvo, ou seja, adultos com mais de 18 anos vacinados com a primeira dose de algum dos imunizantes contra a covid-19. Ao todo, 159,3 milhões de brasileiros iniciaram o ciclo vacinal contra a doença e 79,03% completaram o esquema com as duas doses ou dose única, de acordo com dados divulgados pelo ministério.

O país também registrou queda de 92,57% na média de óbitos desde o pico da pandemia, registrado em 19 de abril deste ano.

Novas doses

Em novembro, o governo federal comprou mais de 550 milhões de doses de imunizantes. A expectativa do Ministério da Saúde é que mais de 354 milhões de doses sejam utilizadas como reforço em 2022.

Até o momento, 14,1 milhões de pessoas estão com a imunização reforçada com a dose adicional ou de reforço. Cerca de 13,7 milhões de brasileiros entre 12 e 17 anos já tomaram a primeira dose da vacina e 3,4 milhões estão completamente vacinados com as duas doses da Pfizer. 

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O GLOBO

No Brasil, vacinação ampla é esperança contra a cepa

Para especialista, tendência é que hospitalizações e mortes não cresçam tanto com a nova variante

Ao fechar o mês de novembro com pouco mais de 6. 800 mortos pela Covid-19, o Brasil colhe hoje os frutos da vacinação. E é nela que se pode apostar para enfrentar a nova ameaça mundial, a variante Ômicron, que parece ser ainda mais transmissível que a Delta.

O número de óbitos ainda é alto, mas é incomparavelmente menor que o do pico da pandemia, em abril, quando mais de 82 mil pessoas morreram pela doença em um só mês. Até aquele momento, a vacinação ainda patinava no Brasil, com frequente falta de doses.

Maio e junho ainda mantiveram elevado número de óbitos, 58. 679 e 55. 280, respectivamente. A partir de julho, justamente quando o programa de vacinação engrenou, a queda se tornou constante. Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, membro do Comitê de Monitoramento Extraordinário da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB), a relação é clara.

- Em janeiro, quando a variante Gama começou a circular, como era mais transmissível que a cepa original, houve um aumento exponencial. A partir de maio, o percentual de vacinados aumenta um pouco e isso ajudou a frear o número de óbitos. Mas entre março e junho a vacinação ainda era lenta. Só em julho, ultrapassou 40% e entramos num ritmo rápido, conseguimos diminuir as mortes e também os casos - afirma Naime Barbosa.

A aceleração em julho foi fundamental, de acordo com o infectologista, para que a variante Delta, que é 100% mais transmissível que o vírus original e 50% mais que a Gama, não fizesse um estrago tão grande.

Para Barbosa, a alta cobertura vacinal -63% dos brasileiros já estão totalmente imunizados contra a Covid - será determinante para nos proteger da Omicron:

- É muito provável que, por conta da alta taxa de vacinação, o Brasil não deva ter problema de aumento nas hospitalizações e óbitos pela nova variante. Ela deve começar a circular por aqui, mas muito provavelmente não vai vingar - afirma o infectologista, celebrando a tradição de vacinar do brasileiro: - Os negacionistas e até o governo federal não mudam nosso DNA. Aqui é o país do Zé Gotinha! Com o PNI erradicamos varíola, pólio, sarampo, e hoje o brasileiro vai para a fila de vacina sabendo que ela é eficaz e segura. Isso fez toda a diferença.

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FOLHA DE S.PAULO

Casos de dengue e zika no Brasil diminuem, mas os de chikungunya aumentam

Raquel Lopes

Os casos de dengue e de zika caíram no Brasil, enquanto os de chikungunya cresceram em 2021, todos em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados do Ministério da Saúde foram apresentados durante o lançamento da campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Os casos de dengue tiveram queda de 46,6% de janeiro a novembro deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Foram notificados 494.992 casos neste ano e 927.060 em 2020.

Já o total de mortes pela doença caiu 62%. Em 2020, foram 564 e, em 2021,212.

Apesar de o país registrar tendência de queda em números de casos, 12 estados apresentaram crescimento. Entre eles, os que tiveram maior variação foram Amapá, Alagoas e Rio Grande do Sul

Em relação aos casos de chikungunya, o número de notificações subiu em 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, de janeiro a 20 de novembro, houve 92.066 casos, elevação de 30,8% em relação ao ano anterior. Foram dez óbitos em 2021.

Todas as regiões apresentaram aumento nas notificações, sendo que a maior incidência foi registrada no Sudeste. Segundo dados do Ministério da Saúde, os três estados que mais registraram casos da doença foram Pernambuco, São Paulo, e Paraíba.

Entre as principais arboviroses de circulação urbana, dengue, chikungunya e zika, essa última foi a única que não resultou em óbitos em 2021.

Ao todo, foram registrados 5.710 casos prováveis da doença, uma queda de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2020.

Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, destacou que a campanha irá durar 30 dias. Ele destacou que é preciso combater o mosquito Aedes aegypti para conseguir controlar as doenças ligadas a esse vetor.

'O Brasil tem diminuído, como foi dito, de uma maneira geral no âmbito geral as chamadas arboviroses de 2020 a 2021, mas como foi mostrado alguns estados têm chamado a nossa preocupação. É por isso que precisamos estar atentos, vigilantes para garantir cada vez mais a saúde de qualidade', ressaltou.

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Antecipação não tem base na ciência, dizem médicos

Para infectologistas, a decisão do estado de São Paulo de antecipar a dose de reforço da vacina contra Covid não tem justificativa científica. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (2) e ocorreu por conta do surgimento da variante ômicron e pela proximidade com as festas de fim de ano.

Antes os paulistanos deveriam esperar cinco meses após a segunda dose para receber o reforço do imunizante. Agora a espera caiu para quatro meses.

O calendário de início das aplicações varia conforme o município. Na cidade de São Paulo, a nova medida passa a valer a partir desta sexta-feira (3) -será usado o imunizante da Pfizer, independentemente de qual produto tenha sido aplicado no esquema vacinal primário.

Renato Kfouri, pediatra e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), afirma que "não há nenhuma evidência para se fazer isso em indivíduos com menor idade".

"Temos dados que mostram que há uma perda de proteção acima de 50 anos -e com o passar do tempo. Essa perda é mais rápida de acordo com a vacina e a idade, então a Coronavac perde primeiro a proteção do que a AstraZeneca, assim como os idosos perdem primeiro", explica ele.

Kfouri afirma ainda que dados sobre perda de proteção contra o coronavírus para pessoas abaixo de 50 anos não existem no Brasil.

No entanto, o médico destaca que tomar o reforço mesmo com menor idade e no prazo mais curto não deve trazer malefícios às pessoas. "Todos vão precisar do reforço, mas nesse intervalo mais curto eu não vejo vantagem. Fazer um reforço com intervalo de cinco meses, privilegiando aqueles que mais precisam, é uma ideia melhor", diz.

"O programa de imunização se faz com estratégias, recomendações que não são mudadas a toda hora e com evidências. No Ministério da Saúde, a conta que fizemos é que até o final do ano estaríamos oferecendo dose de reforço para todos acima de 50 anos cinco meses após a segunda dose", afirma.

Quanto à ômicron, Kfouri diz que não há evidência, ao menos por enquanto, de que, com a nova variante, seja necessária uma mudança no esquema de vacinação.

"Não acho que é uma atitude que trará benefícios, só serve para criar confusão. As pessoas podem se perguntar 'por que São Paulo está fazendo assim?'. Parece que sempre querem criar um programa diferente do resto do país", completa.

Nesta quinta, após o anúncio do governo de João Doria (PSDB), membros do Ministério da Saúde informaram que atualmente a pasta não pretende recomendar a redução do intervalo de doses de cinco para quatro meses. Até o momento, dizem esses integrantes da pasta, não há benefícios comprovados dessa redução.

Ao informar o novo calendário, o governo paulista diz ter levado "em consideração que São Paulo é porta de entrada, via portos e aeroportos, de pessoas de todo o mundo e o Brasil ainda não tem a obrigatoriedade da apresentação de comprovante de esquema vacinal completo para os viajantes".

Raquel Stucchi, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), concorda com Kfouri que faltam evidências para essa antecipação do reforço.

Para ela, já foi observado por cientistas que as pessoas até 50 anos mantêm uma proteção boa por até cinco meses, que passa a diminuir a partir de 60 e 70 anos. "Antecipar mais um mês parece um desperdício de vacina", diz ela.

De acordo com Stucchi, seria mais recomendável que o estado doasse doses para países que mais precisam.

"Outra atitude que o governo do estado de São Paulo deveria fazer é buscar quem não tomou a primeira dose e os faltosos da segunda dose. Esforços deveriam estar concentrados para isso e não ficar mudando a política", afirma.

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Anvisa aguarda dados da Pfizer sobre variante delta para decidir sobre vacina para crianças

Mateus Vargas

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aguarda a Pfizer entregar dados complementares sobre a segurança e eficácia da vacina contra a Covid-19 para decidir sobre a imunização de crianças de 5 a 11 anos.

O órgão regulador pediu informações sobre a resposta do imunizante contra a variante delta, predominante no Brasil, além da comparação de registro de reações adversas nesta faixa etária e em grupos mais velhos, entre outras manifestações.

Desde 16 de novembro a Anvisa avalia o pedido da Pfizer. O prazo de resposta é de 30 dias, mas foi congelado em 23 de novembro, data em que a agência solicitou mais dados.

O prazo voltará a correr quando a farmacêutica entregar este pacote de informações.

A diretora Meiruze Sousa Freitas, responsável pela área de registro das vacinas, disse à Folha que a Anvisa pode encerrar a análise antes do prazo. Procurada, a Pfizer afirmou que deve entregar os dados "o quanto antes".

"Quando entregar os dados, diria que está indo para a finalização (da análise)", disse Meiruze. A diretora ponderou que o período de análise pode ser novamente interrompido, caso a agência apresente novas exigências.

"Não há atraso. Apenas cuidado e rigor técnico, assim como tivemos em todos os momentos das análises das vacinas, seja para a autorização inicial, dose de reforço ou quando ampliamos para adolescentes", afirmou.

Ainda não há aval no Brasil para o uso de vacinas contra o novo coronavírus em crianças. Apenas o modelo da Pfizer pode ser aplicado no grupo de 12 a 17 anos.

Alguns países já aplicam a mesma vacina em crianças, como os Estados Unidos.

Meiruze disse que o tempo de análise da agência brasileira está alinhado ao de outras agências.

A autoridade sanitária europeia levou 38 dias para liberar a imunização a este grupo com a dose da Pfizer. Já o órgão regulador do Japão abriu a análise em 10 de novembro e ainda não deu resposta.

A diretora disse que os dados sobre a variante delta foram citados em relatório divulgado pela agência sanitária dos Estados Unidos ao liberar a vacina para crianças, mas não estavam no dossiê entregue ao Brasil.

"São informações sobre eficácia, segurança, de um estudo que foi feito e entregue ao FDA (agência análoga à Anvisa). A delta é a variante dominante no Brasil", afirmou Meiruze.

A Anvisa também cobrou os resultados do monitoramento das primeiras semanas da vacinação com as doses da Pfizer nos Estados Unidos no grupo mais jovem.

Meiruze disse que pediu à farmacêutica dados sobre registro de miocardite e de pericardite após a vacinação. A diretora afirma que estas exigências são tradicionais e não indicam que há alto risco de reações às doses.

"O produto pediátrico tem sempre um olhar adicional de segurança", afirmou. "Normalmente são populações menores nos estudos (de crianças). Exige maior avaliação", declarou ainda.

A diretora da agência disse que as farmacêuticas já foram cobradas a avaliar a resposta das vacinas à variante ômicron, mas que este estudo não deve impactar na análise das doses às crianças.

Meiruze afirmou que não basta considerar a aprovação da vacina em outro país ou publicações científicas para liberar o uso no Brasil.

Segundo a diretora, há análises específicas para cada país, como sobre a estabilidade do produto em climas diferentes. A agência ainda exige um plano de minimização de risco e de alertas sobre reações adversas. A partir destes documentos, pode determinar orientações, como a necessidade de uma "rede de alerta", informações adicionais para os profissionais de saúde que lidam com a vacina ou a inclusão de reações adversas na bula.

A Anvisa também pediu a colaboração de entidades médicas no debate sobre a vacinação das crianças. A primeira reunião com representantes das sociedades brasileiras de imunologia, pediatria, infectologia, entre outras organizações, será feita na sexta-feira (3).

Meiruze afirmou que o grupo será apenas consultado, mas não tem poder de decisão. O debate com os especialistas não deve atrasar a decisão sobre a vacinação das crianças, disse a diretora.

A presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, disse à Folha que o pedido feito no Brasil para o público de 5 a 11 anos é igual ao apresentado em outras agências reguladoras.

As vacinas também são as mesmas para adultos e crianças, mas em dose inferior.

"É um terço dose da vacina dos adultos. Solicitamos a aprovação à Anvisa e estamos esperando a resposta. Depois dessa aprovação, estamos preparando resultados para crianças de 6 meses a 5 anos. Esperamos para 2022, mas ainda não sabemos quando. A companhia ainda não comunicou os dados", disse.

Ministério da Saúde prevê, no plano de vacinação do próximo ano, imunizar 70 milhões de crianças, o que depende de aprovação da Anvisa.

O governo anunciou na segunda (29) a compra de 100 milhões de doses da Pfizer para 2022, com possibilidade de contratar mais 50 milhões de vacinas do mesmo modelo.

Diretores da Anvisa receberam ameaças de integrantes do movimento antivacina, e o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) é um vetor de desinformação.

Meiruze disse que as ameaças e a pressão do grupo antivacina não interferiram no trabalho da agência. "A Anvisa busca estar isenta nestes processos", afirmou.

"Não há atraso. Apenas cuidado e rigor técnico, assim como tivemos em todos os momentos das análises das vacinas, seja para a autorização inicial, dose de reforço ou quando ampliamos para adolescentes"

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O DIA

Doutor Bumbum tem o registro cassado

O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, teve seu registro de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) por atuar como cirurgião plástico sem especialização. A cassação foi julgada e aprovada pelo Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina. Além de Denis, sua mãe, a doutora Maria de Fátima Barros Furtado, também teve seu registro de profissão anulado em razão da mesma prática. Os dois respondem no Rio de Janeiro pela morte de uma paciente, em 2018, devido a um procedimento estético inapropriado.

A bancária Lilian Calixto, de 46 anos, morreu horas após realizar uma intervenção estética com Denis, no apartamento do médico na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O profissional prometia realizar o procedimento de bioplastia de glúteos, com a aplicação da substância química polimetilmetacrilato 30% (PMMA) em quantidade acima da recomendada. A vítima faleceu no dia seguinte, no Hospital Barra D'Or, devido a complicação derivada diretamente da aplicação da substância.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1.174 novos casos e 9 mortes em 24 horas

Ludymila Siqueira 

Goiânia - Dados atualizados da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) mostram que o Estado registrou 1.174 novos casos do novo coronavírus e 9 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira(2/12). A pasta já contabiliza 938.668 infecções e 24.556 óbitos confirmados em razão da covid-19. 

Conforme o boletim estadual, 937.895 pessoas estão recuperadas da doença em Goiás. A SES-GO investiga ainda 580.709 casos e 390 mortes para saber se há alguma relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,62%.

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Covid-19: Goiânia é uma das quatro capitais com tendência de queda de casos


Goiânia - Goiânia é uma das quatro capitais brasileiras com tendência de queda nos casos do novo coronavírus, segundo análise feita por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizando números das últimas seis semanas. Os dados foram publicados nesta quinta-feira (2/12) em nova edição do Boletim InfoGripe, que traz atualizações sobre os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil.

No País, cerca de 96% dos casos de SRAG registrados desde o ano passado são causados por infecções da covid-19. Além de Goiânia, Belém (PA), Campo Grande (MS) e Porto Alegre (RS) são as outras capitais com tendência de queda das contaminações pelo vírus. Todos os números foram contabilizados até a semana 47 deste ano, referente ao período de 21 a 27 de novembro. De acordo com a Fiocruz, o Estado de Goiás figura entre as sete unidades federativas com tendência de queda no número de casos, a partir da análise dos dados referentes às últimas seis semanas.

A faixa etária dos zero aos nove anos de idade é a única na qual não predominam os casos de covid-19, mas sim do vírus sincicial respiratório (VSR). Em todas as outras, informa a Fiocruz, a predominância das infecções registradas é das contaminações pelo novo coronavírus. Em relação aos casos de SRAG, a Fundação destaca no boletim que 14 das 27 unidades da federação apresentaram sinal de crescimento dos casos com base nos dados de longo prazo (das últimas seis semanas).



Nas últimas quatro semanas, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) atualizados nesta quinta-feira (2/12), foram confirmados 4.305 casos do novo coronavírus. A taxa de incidência registrada no período, de acordo com a SES-GO, foi de 61 infectados a cada 100 mil habitantes. Ao todo, 3.038 pessoas se recuperaram da doença. A maioria das infecções foi registrada em mulheres (52,26%).

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O ESTADO DE S.PAULO

Artigo/Breno Monteiro: Piso salarial pode fechar hospitais e causar desemprego na saúde

O piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem (PL nº 2564/2020), aprovado recentemente pelo Senado e que aguarda votação na Câmara dos Deputados, pode tornar insustentável a operação de centenas de estabelecimentos de pequeno e médio porte, bem como de hospitais sem fins lucrativos em todo o país. Em alguns estados, o aumento médio na remuneração será de mais 150%, o que pode fazer com que muitos hospitais sejam fechados.

O texto votado no Senado estabelece um piso salarial de R$ 4.750,00 mensais para enfermeiros; 70% do valor desse piso para técnicos de enfermagem e 50% do valor desse piso para auxiliares de enfermagem.

Estudos apontam que o impacto financeiro do piso salarial seria devastador para todo o setor da saúde, podendo chegar a R$ 18,4 bilhões no total — sendo R$ 6,3 bilhões para o setor público, R$ 6,2 bilhões para entidades sem fins lucrativos e R$ 5,8 bilhões para entidades com fins lucrativos por ano.

Apesar de considerar que enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem desempenham um papel imprescindível dentro de um hospital, outro efeito colateral do piso salarial nacional seria estrangular ainda mais um setor que já enfrenta uma crise. Para se ter uma ideia, nos últimos 10 anos, cerca de 40 mil leitos privados foram fechados.

Impor o piso, sem considerar a realidade de cada região, bem como do próprio setor, pode não só provocar o fechamento de centenas de hospitais, como causar desemprego na área.

De acordo com um recente levantamento da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), que representa 1.824 hospitais filantrópicos com atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, há estados em que o piso nacional representará um aumento de mais de 100% na remuneração. É o caso de Pernambuco, Acre e Paraíba, em que o projeto de lei vai impor um aumento médio no salário de enfermeiros, respectivamente, de 114%, 126% e 131%. O acréscimo será ainda maior na remuneração dos técnicos de enfermagem.

Em São Paulo, estado que tem a maior média salarial de técnicos, o piso vai impor um aumento de 40% e de 10% dos enfermeiros. Na Paraíba, a remuneração dos técnicos terá um acréscimo de 186%, a maior entre os estados. Regiões mais pobres serão as mais impactadas pelo aumento de custos, pois praticam médias salariais bem abaixo dos grandes centros.

O que torna o cenário ainda mais preocupante é a crise no setor hospitalar causada pela pandemia de Covid-19, que diminuiu drasticamente a receita e aumentou exponencialmente o preço de insumos. Somente a enfermagem representa, em média, 50% dos custos com pessoal, nas unidades hospitalares.

O piso salarial nacional pode, ainda, pressionar o orçamento do poder público, uma vez que é preciso ter receita para poder absorver esse piso. Entretanto, é sabido que muitas prefeituras não terão como arcar com esses salários nas unidades de atenção básica e nos hospitais municipais.

Cerca de 56,5% dos hospitais privados atendem a rede pública, ou seja, são prestadores de serviços, que, principalmente no interior do país, acabam tornando-se a única opção de assistência hospitalar. Sendo assim, sem ter como pagar as contas, muitos serão obrigados a encerrar as atividades. Além do desemprego, veremos moradores de diversas cidades desassistidos. O cenário não é nada animador.

*Breno Monteiro, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde)

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 02 Dezembro 2021 13:05

CLIPPING AHPACEG 02/12/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Especialista fala sobre prevenção ao câncer de pele

Teste de laboratório mostra eficácia de coquetel contra variante Ômicron

Anvisa aprova mais um produto medicinal à base de Cannabis

AGÊNCIA BRASIL

Teste de laboratório mostra eficácia de coquetel contra variante Ômicron

Londres - Análises de laboratório da terapia de anticorpos contra covid-19 que a GlaxoSmithKline (GSK) está desenvolvendo em parceria com a norte-americana Vir indicam que o remédio é eficaz contra a nova variante Ômicron do coronavírus, anunciou a farmacêutica britânica nesta quinta-feira (2/12).

Em comunicado, a GSK disse que testes laboratoriais e um estudo com hamsters demonstraram que o coquetel de anticorpos sotrovimab funciona contra vírus que foram criados com bioengenharia para transportar várias mutações características da Ômicron.

Os testes continuam para confirmar os resultados contra todas as mutações da Ômicron e uma atualização é esperada até o final do ano, acrescentou o comunicado.

Os anticorpos são concebidos para se prenderem à proteína spike na superfície do coronavírus, mas se descobriu que a Ômicron tem uma quantidade anormalmente alta de mutações nessa proteína.

"O sotrovimab foi criado deliberadamente com um vírus mutante em mente", disse o presidente executivo da Vir, George Scangos, acrescentando que o medicamento está visando uma região da proteína spike que muito dificilmente passa por mutações.

Sotrovimab

Separadamente, a agência regulatória de medicamentos do Reino Unido aprovou hoje o sotrovimab, também conhecido pelo nome comercial Xevudy, para pessoas com casos de covid-19 entre brandos e moderados que correm risco alto de desenvolver uma doença grave.

A Agência Regulatória de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) recomendou o uso do Xevudy o mais cedo possível, até cinco dias após o surgimento de sintomas.

Anticorpos monoclonais

O sotrovimab se baseia em anticorpos monoclonais, que são versões de laboratório dos anticorpos naturais que o corpo cria para combater infecções. Produtos semelhantes são oferecidos ou estão sendo desenvolvidos pela Eli Lilly, a Regeneron e a AstraZeneca.

Na terça-feira, a Regeneron disse que testes de laboratório e modelos de computador levam a crer que remédios de anticorpos contra covid-19, incluindo o seu, teriam eficácia reduzida contra a variante Ômicron.

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Anvisa aprova mais um produto medicinal à base de Cannabis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quarta-feira (1º/12) a autorização sanitária de mais um produto à base de Cannabis. Trata-se de solução de uso oral contendo 23,75 miligramas por mililitro (mg/mL) de canabidiol (CBD), com até 0,2% de tetraidrocanabidiol (THC).

Segundo a Anvisa, o produto, fabricado na Colômbia, deverá ser comercializado em farmácias e drogarias do Brasil por meio de receita médica do tipo B (de cor azul). Este é o oitavo produto à base de Cannabis aprovado pela agência.

Prescrição

Ainda segundo a agência, o canabidiol pode ser prescrito quando estiverem esgotadas outras opções terapêuticas disponíveis no mercado brasileiro. A indicação e a forma de uso são de responsabilidade do médico, sendo que o paciente deve ser orientado em detalhes sobre o uso.

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JORNAL OPÇÃO

Justiça nega restituição de R$ 13 mil apreendidos de ginecologista na operação policial

Por Acaray Martins

No pedido, feito pela mulher do acusado, ela argumenta que o valor é proveniente do trabalho lícito exercido por eles e da vende um carro

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O desembargador Ivo Favaro, da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), negou, em Decisão Monocrática, o pedido de restituição de R$ 13 mil apreendidos, durante operação policial, do médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, acusado de estupro de pacientes. O pedido foi feito pela mulher do acusado, que está preso desde o dia 8 de outubro.

No processo, ela disse que o marido foi preso por suposta violação ao artigo 215, do Código Penal e, na busca domiciliar, foi apreendido o equivalente a R$ 13 mil em espécie. O dinheiro estava no cofre do casal. A mulher argumentou que o valor é proveniente do trabalho lícito exercido por eles e da vende um carro.

O magistrado explicou que a restituição de material apreendido pode ser feita desde a instauração do inquérito policial, e depois da apreensão, porém no prazo de até 90 dias, após o trânsito em julgado. Ele ressaltou que a devolução dos objetos apreendidos pode ocorrer desde que a peça não seja de interesse ao processo.

No entanto, ao se tratar do contexto, a requerente não comprovou que a questão incidental de restituição foi apreciada na origem, conforme preconiza o artigo 120, do CPP, não podendo o tribunal adiantar-se ao exame, sob pena de supressão de instância.

Caso

O médico ginecologista foi preso em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Mais de 50 pacientes procuraram a Delegacia de Atendimento à mulher da cidade. Ele possuía licença para atender em quatro estados: Goiás, Distrito Federal, Pará e Paraná. O Conselho Regional de Goiás e do DF suspenderam a permissão de atuação do acusado.

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Assessoria de Comunicação

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A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) e o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) alertam que a aprovação pela Câmara dos Deputados do substitutivo do Projeto de Lei (PL) 2564/20, já aprovado pelo Senado Federal, põe em risco a sobrevivência de hospitais privados e filantrópicos brasileiros e pode causar um colapso no setor público de saúde.

 

O substitutivo aprovado pelos senadores reajusta o piso salarial de enfermeiros para R$ 4.750,00, o dos técnicos de enfermagem para 70% deste valor e dos auxiliares para 50% do piso do enfermeiro.

 

A Ahpaceg e o Sindhoesg, em nenhum momento, questionam a importância da boa remuneração dos profissionais de enfermagem, que têm um papel de extrema relevância nas equipes de saúde, mas afirmam que os hospitais privados e filantrópicos não têm a menor condição de arcar com o pagamento dos pisos salariais propostos, principalmente neste momento em que enfrentam uma crise sanitária sem precedente, incertezas na economia e a baixa contrapartida das fontes pagadoras.

 

Estudos demonstram que o impacto financeiro anual do projeto seria de mais de R$ 10 bilhões para o setor de saúde nacional, sendo que em torno de R$ 4 bilhões afetariam diretamente o setor público e R$ 6 bilhões, o setor de saúde privado, incluindo as Santas Casas e hospitais filantrópicos.

 

Apenas entre os hospitais de alta complexidade goianos, que contam hoje com cerca de 500 enfermeiros e de 4 mil técnicos de enfermagem, o total da folha de pagamento e encargos com esses profissionais saltará de R$ 16 milhões para mais de R$ 30 milhões, um custo inviável.

 

Sem caixa para arcar com esses aumentos, o resultado imediato seria o fechamento de um grande número de hospitais, principalmente os de pequeno e médio portes, e a perda de milhares de postos de empregos de enfermagem, além de um impacto devastador na assistência médico-hospitalar à população.

 

Ahpaceg e Sindhoesg esperam que os parlamentares reavaliem essa proposta, cuja aprovação neste momento seria desastrosa para o setor de saúde brasileiro e traria muito mais prejuízos do que benefícios à enfermagem e a toda a população.

 

 

Ahpaceg e Sindhoesg