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Quarta, 23 Fevereiro 2022 08:13

CLIPPING AHPACEG 23/02/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Covid-19: Goiás registra 6.377 novos casos e 46 mortes em 24 horas

Saúde de Aparecida passa a realizar partos no Hospital Maternidade Garavelo

Covid-19 pode causar danos no sistema auditivo, apontam estudos

Queiroga fala em fim de caráter pandêmico' da Covid ao lançar vacina 100% feita pela Fiocruz

STJ pode restringir tratamentos e medicamentos cobertos por planos

Pílula da MSD tem eficácia de 65% contra hospitalização por Covid, mostra estudo

Governo muda regra que exige passaporte da vacina para entrar no país

 

A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 6.377 novos casos e 46 mortes em 24 horas

Ludymila Siqueira

Goiânia - O Estado de Goiás registrou 6.377 novos casos do novo coronavírus e 46 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás divulgados na tarde desta terça-feira (22/2). Com as atualizações, o território goiano chega a 1.149.491 infecções e 25.592 óbitos desde o início da pandemia. 

Além disso, outros 778.712 casos e 406 mortes estão sendo investigadas pela Saúde goiana para saber se há alguma relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 2,23%, em Goiás. 

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Saúde de Aparecida passa a realizar partos no Hospital Maternidade Garavelo

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia iniciou nesta semana a realização de partos no Hospital Maternidade Garavelo (HMG). Os procedimentos são realizados mediante encaminhamento da Superintendência de Regulação, Avaliação e Controle. A iniciativa é fruto do plano de governo do prefeito Gustavo Mendanha e da parceria do Município com o Hospital Sírio-Libanês, firmado em 12 de julho de 2019. Nesta consultoria, previa-se a expansão da rede de assistência materna-infantil na cidade.

Com a inclusão, os partos do Sistema Único de Saúde (SUS) em Aparecida passam a ser realizados em três locais: na Maternidade Marlene Teixeira e no Hospital São Silvestre, onde já eram feitos, e agora também no Hospital Garavelo. A pasta também prepara a transformação da Maternidade Marlene Teixeira em um Centro de Saúde da Mulher com atendimentos ambulatoriais.

Estrutura e atendimentos 

O prefeito Gustavo Mendanha visitou o Hospital Maternidade Garavelo na manhã desta terça-feira (22/2), acompanhado do secretário de Saúde Alessandro Magalhães. “Vim conhecer a estrutura. Há quatro ou cinco anos estive aqui, e agora melhorou demais. Fizemos essa parceria com o HMG, que passa a ser mais uma maternidade nossa, já que a Marlene Teixeira já não é mais suficiente para atender a toda a demanda, e aqui podemos dar muito conforto às mães numa estrutura digna de Aparecida”, afirmou.

Recepcionados pela gerente geral do HMG, Stéfany Gontijo, o prefeito e a comitiva conheceram consultórios, apartamentos, enfermarias para adultos e pediátricas, o laboratório, as salas cirúrgicas, as UTI’s e os postos de enfermagem. Ao fim da visita, o gestor destacou que “essa semana começaram nossas atividades nessa parceria e já foram realizados nove partos encaminhados pela Secretaria de Saúde”.

“Há dois anos trabalhamos nessa ampliação da rede para dar mais conforto às mães e seus bebês, uma determinação do prefeito Gustavo Mendanha já prevista no plano de governo dele. Estamos num processo de ampliação do acesso à obstetrícia aqui no município e a MMT deverá se tornar um Centro de Atendimento Especializado à Mulher”, destacou o secretário Alessandro Magalhães.

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JORNAL OPÇÃO

Covid-19 pode causar danos no sistema auditivo, apontam estudos

Por Aline Carlêto

Efeitos colaterais da doença ainda são estudados, mas casos recentes demonstram que vírus pode afetar saúde auditiva. Pacientes relatam zumbidos e até perda completa da audição

Um relatório divulgado, pelo Manchester Biomedical Research Centre (BRC), no Reino Unido, revelou que um dos efeitos colaterais do coronavírus pode ser a perda de audição e zumbido nos ouvidos. A pesquisa foi resultado de 24 estudos e demonstrou que 7,6% dos pacientes pesquisados relataram terem sofrido de perda de audição. Outros 14,8% sentiram zumbido após contraírem o vírus. Nenhum dos pacientes possuia histórico de problemas no ouvido.

Um segundo estudo observou que uma quantidade significativa de pessoas desenvolveu zumbido pela primeira vez ou percebeu que seus sintomas pioraram após serem diagonosticados com Covid-19. A pesquisa foi realizada também no Reino Unido, pela British Tinnitus Association em parceira com American Tinnitus Association. Segundo o levantamento, 40% dos pacientes que já possuíam queixas auditivas prévias, em especial zumbidos, e tiveram sintomas do coronavírus, apresentarem, simultaneamente, piora no quadro.

Pacientes assintomáticos da doença também tiveram diminuição da capacidade auditiva, conforme exposto em um estudo realizado por pesquisadores da South Valley University, no Egito. De acordo com a pesquisa, que comparou pacientes assintomáticos com não infectados, os limiares de alta frequência na audiometria e as amplitudes das Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (EOAT) foram significativamente piores nas pessoas diagnósticas com a doença.

Um caso registrado no American Journal of Otolaryngology (EUA) apontou um paciente assintomático com Covid-19 que apresentou perda súbita de audição três dias após o diagnóstico positivo. Testes laboratoriais e radiológicos não mostraram qualquer anormalidade que pudesse explicar a causa, exceto PCR positivo para a doença.

A recomendação de especialistas é que as pessoas procurem ajudar médica no primeiro sinal de desconforto auditivo. “É importante procurar um médico otorrrinolaringologista ou um fonoaudiólogo o mais rápido possível para uma avaliação audiológica completa. Isso inclui audiometria de altas frequências, audiometria vocal, imitanciometria e acufenometria. Esses exames vão orientar o especialista para um tratamento adequado”, aconselhou a fonoaudióloga Rafaella Cardoso.

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FOLHA DE S.PAULO

Queiroga fala em fim de caráter pandêmico' da Covid ao lançar vacina 100% feita pela Fiocruz

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta terça-feira (22) que pretende "acabar com o caráter pandêmico" da Covid-19.

"O Brasil já estuda esse tipo de iniciativa", afirmou Queiroga durante evento de lançamento da vacina da AstraZeneca de produção totalmente nacional pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Segundo Queiroga, o governo avalia o cenário epidemiológico e o impacto da mudança de status da doença no Brasil, por exemplo, sobre vacinas e medicamentos que têm apenas autorização de uso emergencial.

"Determinados contratos foram feitos na vigência da pandemia. As vacinas que têm registro emergencial, será que podem continuar sendo usadas fora do caráter pandêmico? Toda essa análise tem de ser feita para conseguirmos levar uma palavra segura à sociedade", disse Queiroga.

As vacinas Coronavac e da Janssen, além de alguns medicamentos, perdem este tipo de aval quando o Ministério da Saúde declarar que "não mais se configura situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional", segundo a regra atual da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O governo declarou emergência sanitária por meio de portaria publicada em 4 de fevereiro de 2020. Integrantes do Ministério da Saúde afirmam que Queiroga e sua equipe avaliam se este texto deve ser revogado ou não para mudar o caráter da doença no Brasil.

Também estudam se anular a portaria impactaria na liberação de créditos extraordinários e em outras ações ligadas à pandemia.

"Já assistimos países da Europa fazendo isso, a Inglaterra anunciou que vai relaxar medidas sanitárias e restritivas. Na Dinamarca já há uma flexibilização. É uma tendência no mundo", disse o ministro à imprensa após o evento.

Queiroga aplicou nesta terça as primeiras doses da AstraZeneca totalmente feitas no Brasil. O governo não divulgou dados dos imunizados.

A distribuição da vacina produzida a partir do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) nacional estava prevista para começar em agosto de 2021, mas foi postergada.

O evento para lançar a vacina foi feito sob uma tenda na parte externa do Ministério da Saúde com a presença dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), João Roma (Cidadania), além de Queiroga e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

A cerimônia teve discursos de apoio ao presidente Bolsonaro, que não acompanhou a vacinação, afirma não estar imunizado e distorce dados sobre a segurança e eficácia das doses.

O ministro da Cidadania, João Roma, disse que o governo "não falhou na área social" durante a pandemia. Também fez críticas ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), que ocupa o cargo que Roma pretende disputar neste ano.

Já Queiroga voltou a afirmar que o governo Bolsonaro é "vacinado contra a corrupção".

O ministro da Saúde tem dito que deseja passar a tratar a Covid-19 como uma endemia, mas ainda não explicou o que deve mudar na prática.

No começo deste ano, alguns países, como Reino Unido e Dinamarca, decidiram passar a encarar a Covid-19 como uma endemia e relaxar restrições como de distanciamento social e uso obrigatório das máscaras.

Em boletim sobre a pandemia divulgado no último dia 9, o Observatório Covid-19 Fiocruz afirma que a transição de pandemia para endemia não significa a eliminação do vírus. De forma geral, a doença se torna uma endemia quando é recorrente em uma região e não há um aumento inesperado de casos.

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Pílula da MSD tem eficácia de 65% contra hospitalização por Covid, mostra estudo

Droga já foi aprovada para uso nos EUA e no Reino Unido; no Brasil, pedido já foi feito à Anvisa

Um estudo de fase 3 da droga molnupiravir, desenvolvida pela farmacêutica MSD (chamada de Merck nos Estados Unidos e Canadá) apontou uma eficácia na redução do risco de hospitalização por Covid superior a 65%, quando comparada ao tratamento padrão sozinho.

A pesquisa avaliou 1.218 pacientes adultos com alto risco para Covid-19. Foi observado que o uso por cinco dias de duas pílulas de 800 mg do medicamento em pacientes até cinco dias após o início dos sintomas reduziu o risco de hospitalização e de morte por Covid em comparação aos pacientes que não receberam o tratamento.

Os resultados preliminares desse ensaio clínico, conduzidos na Índia, foram divulgados pela farmacêutica MSD no último sábado (19). Ainda de acordo com a companhia, não foi registrada nenhuma morte decorrente do tratamento no estudo.

Já os resultados do estudo global MOVe-OUT, que avaliou a droga em cerca de 1.400 voluntários em 23 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Brasil, divulgados ainda em outubro de 2021, mostraram uma eficácia inicial de redução de 50% para risco de hospitalização. Posteriormente, essa redução caiu para 30%.

Em novembro passado, o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar a pílula contra Covid da MSD.

Em seguida, a FDA, agência que regulamenta drogas e alimentos nos Estados Unidos, autorizou o uso do molnupiravir em situações específicas, como alto risco para a hospitalização e após determinado o diagnóstico de Covid-19. Não há indicação até o momento para uso profilático (prevenção pré-exposição) da droga.

No Brasil, a MSD submeteu pedido de autorização para uso emergencial do antiviral em novembro, mas ainda aguarda determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que pediu novas informações.

O prazo de resposta da Anvisa após submissão do pedido é de 30 dias, mas a contagem desse período é pausada quando a agência pede ao fabricante informações adicionais. Em nota, a agência informou que o pedido está no prazo regulamentar e que, por isso, não é possível antecipar detalhes ou prazos.

O ensaio feito na Índia refere-se a um acordo de não exclusividade de licenciamento feito pela MSD com a sua parceira, a Ridgeback Biotherapeutics, para produzir e testar o medicamento em cem países de baixa renda.

Procurada, a MSD disse que não enviou os dados do estudo indiano à Anvisa, pois eles correspondem ao medicamento genérico do molnupiravir, mas disse que, caso aprovada pela agência, a farmacêutica está em conversas avançadas com a Fiocruz para produzir e ofertar amplamente a droga para toda a população brasileira.

Na última semana, um artigo publicado na revista científica Nejm (The New England Journal of Medicine) confirmou os dados do ensaio do molnupiravir em adultos não hospitalizados, com redução do risco de hospitalização em 30% e de morte por Covid de 89%.

Participaram do estudo randomizado, controlado e duplo-cego (padrão ouro para ensaios clínicos) 1.433 pessoas, das quais 716 receberam a droga e 717 formaram o grupo controle (receberam placebo).

O mecanismo de ação do antiviral, descoberto por pesquisadores da Universidade de Emory, em Atlanta, Georgia (EUA), e desenvolvido pela empresa de biotecnologia Ridgeback Biotherapeutics, sediada em Miami, em parceria com a MSD, consiste em uma proteína que forma o RNA (material genético) do vírus modificado, se liga ao genoma viral e impede sua replicação.

Segundo o estudo da Nejm, os participantes que fizeram uso da droga registraram por menor tempo a presença de material genético do vírus no nariz, na boca e na garganta, indicando a eficácia da droga também em eliminar o coronavírus do organismo. Especialistas, no entanto, afirmam que as drogas antivirais não devem substituir a vacinação contra a Covid-19.

Na mesma edição do periódico, foi publicado um editorial defendendo o uso dessa e de outras drogas antivirais, como Paxlovid, da Pfizer, e o remdesivir, da farmacêutica Gilead Sciences, especialmente no tratamento inicial da Covid-19.

No Brasil, até o momento a Anvisa autorizou apenas o remdesivir para uso em pacientes hospitalizados com pneumonia e que precisam de suporte de oxigênio, mas a droga ainda não foi incorporada ao SUS.

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O ESTADO DE S.PAULO

STJ pode restringir tratamentos e medicamentos cobertos por planos

Corte realiza julgamento sobre flexibilidade da lista de cobertura das empresas. Enquanto pacientes temem interrupção de serviços, operadoras defendem previsibilidade

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga hoje recursos que podem restringir a cobertura de planos de saúde. Grupos de pacientes e de mães de crianças com deficiência temem a interrupção de tratamentos caros concedidos por via judicial e planejam um protesto na sede da Corte em Brasília. Já as operadoras dos planos reivindicam segurança jurídica para viabilizar financeiramente a manutenção do serviço.

O julgamento previsto para hoje pode definir se a lista de tratamentos e remédios coberta pelos planos, que é estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é exemplificativa ou taxativa. O rolde procedimentos estabelece a cobertura assistencial obrigatória a ser fornecida pelos planos. Consumidores reclamam que essa lista não é suficiente e que muitos tratamentos necessários acabam não sendo contemplados. Só em 2019 ocorreram 112. 253 demandas judiciais de direito do consumidor envolvendo planos de saúde. No total, o Brasil tem cerca de 48 milhões de beneficiários desses convênios.

DIFERENÇAS. Na interpretação exemplificativa, a lista de procedimentos cobertos pelos planos de saúde contém alguns itens, mas as operadoras também devem atender outros que tenham as mesmas finalidades, se houver justificativa clínica do médico responsável. Isso tem feito com que famílias recorram à Justiça para que o direito à cobertura pelo plano seja garantido.

No caso da interpretação taxativa, os itens descritos no rol de procedimentos seriam os únicos que poderiam ser exigidos aos planos. Comisso, o pedido para tratamentos equivalentes poderia ser negado, sem chance de reconhecimento pela via judicial. A indefinição apresentada pelo STJ entre as diferentes interpretações motivou a abertura dos embargos de divergência que serão julgados hoje. Esses recursos têm como objetivo uniformizar a jurisprudência interna do Tribunal. Assim, a característica taxativa ou exemplificativa do rol da ANS deverá ser definida pela Corte, causando uma jurisprudência sólida que deve afetar todas as próximas decisões sobre o tema, e quem já emitiu liminar para obrigar os planos de saúde a estenderem sua cobertura.

O ministro do STJ Luis Felipe Salomão, relator do caso, em julgamento da 4. º turma em 2019, votou a favor da taxatividade do rol, argumentando que considerá-lo exemplificativo restringiria a livre concorrência das operadoras de planos de saúde e dificultaria 'o acesso à saúde suplementar às camadas mais necessitadas e vulneráveis da população'.

No entanto, ele sinalizou que pode haver excepcionalidades, como no caso de medicamentos relacionados ao tratamento do câncer ou medicamentos administrados durante internação hospitalar. No voto, declarou que podem existir situações pontuais em que o Juízo determine o fornecimento de certa cobertura que constate ser imprescindível.

Por outro lado, em 2021, a 3º turma do STJ teve um posicionamento distinto, considerando o rol como exemplificativo. No recurso, relatado pela ministra Nancy Andrighi, destaca-se: 'A qualificação do rol de procedimentos e eventos em saúde como de natureza taxativa demanda do consumidor um conhecimento que ele, por sua condição de vulnerabilidade, não possui nem pode ser obrigado a possuir'.

IDEC. Para a coordenadora do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarrete, a definição do rol da ANS como taxativo vai 'gerar um risco muito grande de os planos de saúde negarem coberturas necessárias e de efetividade comprovada'. Além disso, Navarrete afirma que o próprio rol não se baseia apenas na efetividade dos tratamentos para os pacientes, mas também na lucratividade das empresas. 'Ou seja, não entra qualquer tecnologia que seja boa ou custo-efetiva. Ela também não pode ser muito cara. Ei sso coloca o rol em situação de equilíbrio muito difícil. ' A coordenadora também considera como inválido o argumento de desequilíbrio econômico da parte dos planos de saúde. 'Esse entendimento é assim há pelo menos dez anos e isso não gerou colapso. '

Além disso, segundo uma das advogadas do caso em julgamento, Caroline Salerno, pessoas com deficiência estarão entre as principais afetadas. 'Além de abordar a questão do rol, (o julgamento) deveria ser analisado na perspectiva da proteção à pessoa com deficiência, nesse microssistema jurídico que é mais sensível e vulnerável', alega. O impacto é considerável ainda entre pacientes com doenças graves, como câncer ou epilepsia.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) afirmou que a consideração do rolda ANS como exemplificativo é desafiadora e cria um ambiente de judicialização que impossibilita a previsibilidade na atuação das operadoras. 'Formular o preço de um produto sem limite de cobertura, que compreenda todo e qualquer procedimento, medicamento e tratamento existente, pode tornar inviável o acesso a um plano de saúde e colocar a continuidade da saúde suplementar no Brasil em xeque. '

A Unimed, parte de uma das ações, declarou que 'a definição clara das coberturas obrigatórias, de forma taxativa, garante segurança jurídica aos contratos e evidencia direitos e obrigações na relação entre beneficiários e operadoras'.

O professor de Direito Administrativo da Uerj Gustavo Binenbojm também defende um rol taxativo. Para ele, a judicialização dos casos é uma 'falsa solução', porque cria um desequilíbrio para os planos, favorece apenas as pessoas que vão à Justiça e acarreta em um reflexonos preços. 'A melhor solução seria uma que respeite o equilíbrio dos valores da segurançajurídica e do respeito aos contratos de um lado, e do acesso à saúde de ponta do outro lado', afirma. Ele considera que casos como os que vão para a Justiça hoje deveriam ser objeto de consideração por parte da ANS, durante a atualização semestral do rol.

O que está em jogo

O julgamento no STJ pode definir se a lista de tratamentos e remédios coberta pelos planos, que é estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é exemplificativa ou taxativa. O rol de procedimentos estabelece a cobertura assistencial obrigatória a ser fornecida pelos planos. Consumidores reclamam que essa lista não é suficiente e muitos tratamentos necessários acabam não sendo contemplados.

O que é essa lista exemplificativa das famílias?

Na prática, a lista de procedimentos cobertos pelos planos de saúde contém alguns itens, mas as operadoras também devem atender outros que tenham as mesmas finalidades, se houver justificativa clínica. Isso tem feito com que famílias recorram à Justiça para que o direito à cobertura seja garantido.

E a taxativa, dos planos?

No caso da interpretação taxativa, os itens descritos no rol de procedimentos seriam os únicos que poderiam ser exigidos aos planos. Com isso, o pedido para tratamentos equivalentes poderia ser negado, sem chance de reconhecimento pela via judicial.

E os especialistas?

Mesmo entre eles há divisões. Ana Navarrete, do Idec, observa que os planos fazem uma interpretação muito restritiva do rol, no que ela chama de 'uma prática abusiva das empresas', sobretudo quando o tratamento é mais custoso. Já para o professor Gustavo Binenbojm a judicialização favorece só os indicados nos processos e seria melhor discutir essa situação de forma geral, em sessões da ANS.

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AGÊNCIA BRASIL

Governo muda regra que exige passaporte da vacina para entrar no país

O Ministério da Saúde alterou as regras de exigência do comprovante de vacinação para entrada de crianças no Brasil vindas do exterior por via aérea. A mudança consta em uma retificação da Nota Informativa nº 2/2022, que foi publicada na última sexta-feira (18). No texto, a Secretaria Extraordinária do Enfrentamento à Covid-19 mudou a idade mínima para a obrigatoriedade de apresentação do documento, que passou de 5 anos para 12 anos de idade.

A exigência do comprovante de vacina para crianças com idades inferiores a 12 anos estava em vigor desde o dia 11 de fevereiro. Nela, apenas crianças menores de 5 anos, que estavam fora do país há mais de 30 dias ou que eram viajantes de países com baixa cobertura vacinal, estavam isentas da comprovação de vacina. A lista do ministério considera baixa cobertura vacinal países com vacinação abaixo dos 10% da população.

Ao mudar a regra, o órgão argumentou que, apesar de ao menos 39 países da Europa e 14 da América Latina já terem autorizado ou iniciado a vacinação contra a covid-19 em menores de 12 anos, há ainda uma desigualdade no acesso às vacinas. "A decisão de vacinar crianças e adolescentes deve considerar o contexto e a situação epidemiológica do país a nível de outros países também: a carga da doença, a disponibilidade de imunizantes e estratégias locais, de modo a priorizar os subgrupos de maior risco".

No caso da entrada no país por via terrestre, a nota informa que são elegíveis para apresentação de comprovante de vacinação, em função da idade, aqueles viajantes maiores de 5 anos, os brasileiros e estrangeiros residentes no país com idade superior a 5 anos, excetuados aqueles que estejam retornando em viagem iniciadas a pelo menos 30 dias.

Em relação aos brasileiros e estrangeiros residentes e não residentes, com idade superior a 5 anos e menores de 18 anos em viagem terrestre que não apresentem comprovante de vacinação em razão da não disponibilidade de doses para este público no país de origem, ficam dispensados, neste momento, da apresentação do certificado de vacinação. Segundo o governo, com o avanço do envio de doses suficientes para completar o esquema vacinal de 100% da população prevista no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 - PNO, novas faixas etárias serão atualizadas para as regras de entrada no país.

Ao ingressar no Brasil, os viajantes vindos do exterior devem preencher a Declaração de Saúde do Viajante (DSV), formulário exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No caso de quem não comprove a vacinação, é preciso fazer uma quarentena de 14 dias, a ser cumprida na cidade de destino final do viajante. Só é possível sair da quarentena antecipadamente se o turista ou residente estiver assintomático e obtiver um resultado negativo de PCR ou teste de antígeno coletado a partir do quinto dia do início da quarentena.

Para viajar ao território brasileiro vindo do exterior também é preciso apresentar o resultado negativo de um PCR colhido até 72 horas antes do embarque ou teste de antígeno realizado até 24 horas antes, de acordo com as regras.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 22 Fevereiro 2022 08:46

CLIPPING AHPACEG 22/02/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Covid-19: Brasil tem 28,2 milhões de casos e 644,6 mil mortes

Estudo mostra que desigualdade social aparece até em casos de covid nos profissionais da saúde

Relatório do impeachment do governador afastado Mauro Carlesse será apresentado nesta terça-feira, 22

Crianças acima de 6 anos começam a receber 2 dose da vacina contra Covid, em Goiânia

Vila São Cottolengo inaugura Centro de Especialidades para atender pacientes do Estado

Homem é indiciado por apresentar atestado médico falso para faltar ao trabalho no Ano Novo, em Caldas Novas

Médica suspeita de lesão sofre interdição temporária

AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil tem 28,2 milhões de casos e 644,6 mil mortes

Desde o início da pandemia, 28.245.551 pessoas foram infectadas pelo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 37.339 diagnósticos positivos da doença. Ontem, o painel de informações do Ministério da Saúde marcava 28.208.212 casos acumulados.

A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 está em 2.356.921. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

A soma de vidas perdidas para a pandemia chegou a 644.604. Entre ontem e hoje, foram registradas 318 mortes. Ontem, o sistema de dados da pandemia totalizava 644.286 óbitos.

Ainda há 3.105 mortes em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 25.244.026 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 88,8% dos infectados desde o início da pandemia.

As informações estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (21). Nele, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras o nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (163.183), Rio de Janeiro (71.323), Minas Gerais (59.116), Paraná (42.074) e Rio Grande do Sul (37.922).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.959), Amapá (2.097), Roraima (2.125), Tocantins (4.090) e Sergipe (6.223).

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 380,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 171,2 milhões referentes à primeira dose e 155,7 milhões referentes à 2ª dose ou dose única. Outros 48,5 milhões já receberam a dose de reforço.

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Estudo mostra que desigualdade social aparece até em casos de covid nos profissionais da saúde

Uma pesquisa realizada no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), mostrou que fatores ligados à desigualdade social influenciaram a contaminação dos trabalhadores da unidade pelo SARS-CoV-2 entre junho e julho de 2020.

O vírus infectou mais os trabalhadores não brancos, os de menor escolaridade e renda e os que não trabalham diretamente na assistência em saúde, como recepcionistas, guardas e agentes de limpeza. A pesquisa analisou testes sorológicos realizados em 1.154 trabalhadores, e os resultados foram publicados na revista científica Lancet Regional Health – Americas.

O artigo relata que 30% dos trabalhadores do hospital tiveram anticorpos contra o vírus detectados em seus exames, percentual muito superior à taxa de contaminação da população em geral, que foi de 3% a 5%.

O percentual médio de 30%, porém, esconde disparidades, que aparecem quando os dados são cruzados com informações como cor da pele, escolaridade, renda, área de atuação e forma de locomoção.

A pesquisa mostrou que 23,1% dos trabalhadores que se identificam como brancos tiveram resultado positivo no inquérito sorológico, enquanto entre os não brancos o percentual foi de 37,1%.

Os profissionais que atuam na assistência, como técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos tiveram um percentual de positividade de 25%, enquanto para os cargos administrativos, recepcionistas, seguranças e agentes de limpeza essa proporção chega a 40,4%. A maior taxa de contaminação foi dos profissionais da limpeza, com 47,5%.

A Fiocruz aponta ainda que a forma de deslocamento da residência para o trabalho influenciou nos percentuais de contaminação, já que os trabalhadores que usaram transporte coletivo (trem, metrô e ônibus) tiveram resultados positivos com mais frequência do que aqueles que foram trabalhar caminhando, de carro, motocicleta ou táxi.

Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, a primeira autora do artigo, a aluna de doutorado e fisioterapeuta do IFF/Fiocruz, Roberta Fernandes Correia, destacou que a “desigualdade é o vírus mais letal do mundo”.

“Os achados deste trabalho não divergem da desigual contaminação da população brasileira e países afins, em especial os da América Latina. Apesar do IFF/Fiocruz ser uma instituição pública de vanguarda na atenção à saúde da população, também sofre inevitavelmente os reflexos da economia de seu país, o que afeta na contaminação pelo Sars-CoV-2 entre seus trabalhadores. É provável que a solidariedade seja o antídoto e precise urgentemente ser incorporada às políticas sociais, econômicas, de saúde, educação, ambientais e de afeto”.

A orientadora da pesquisa, a professora e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e do IFF/Fiocruz Elizabeth Artmann, ressalta que o estudo reforça o papel de determinantes sociais nas taxas de contaminação em trabalhadores da saúde.

“Em um país com tanta desigualdade como o nosso, estes resultados são muito relevantes e mostram a importância de pesquisas que possam ancorar a tomada de decisões, neste caso, a priorização dos grupos mais vulneráveis”. 

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JORNAL OPÇÃO

Relatório do impeachment do governador afastado Mauro Carlesse será apresentado nesta terça-feira, 22

Por Ruy Bucar

As argumentações contidas na manifestação serão apreciadas e votadas pelos membros que compõem a Comissão Especial do Impeachment

A Comissão Especial Processante do Impeachment do governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), volta a se reunir nesta terça-feira, 22, para analisar e votar a manifestação/defesa elaborado pelo relator, deputado Júnior Geo (PROS) que apresenta explicações sobre o incidente de impedimento feito pela defesa de Carlesse, na semana passada.

A defesa do governador contesta a indicação do deputado Júnior Geo (PROS), para compor a Comissão Especial Processante e ocupar a sua relatoria. A defesa pediu ainda concessão de efeito suspensivo aos autos do processo do impeachment até o julgamento do incidente de indicação e decretação de nulidade de todos os atos exarados no processo de impeachment pelo relator. O documento é assinado pelos advogados Juvenal Klayber Coelho, Adriana Guinzele e Gizela Magalhães Bezerra.

A suspeita, segundo a defesa, tem como fundamento artigo 64 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa que veda deputado membro de comissão seja relator de matéria do qual seja autor. “Queria deixar bem claro, à defesa do governador, caso não saiba, que o autor do pedido do impeachment não sou eu. O autor do pedido de impeachment que está sendo analisado é um advogado, a argumentação utilizada não precede”, disse o deputado.

O pedido de impeachment protocolado pelo advogado Evandro de Araújo Melo Júnior, foi acatado pela mesa diretora da Assembleia Legislativa no dia sete de dezembro de 2021. Os demais pedidos – protocolados pelo deputado estadual Júnior Geo (PROS), pelo presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, e pelo deputado federal Vicentinho Júnior (PL-TO) – foram rejeitados por falta de requisitos formais exigidos por lei para abertura do processo.

Comissão

Os membros da Comissão Especial do Impeachment vão decidir, através do voto, se o pedido da defesa de Carlesse é procedente ou improcedente, sobre a permanência ou o afastamento do deputado Júnior Geo, da relatoria. Compõem a Comissão Especial do Impeachment, os parlamentares: Elenil da Penha (MDB) – presidente; Júnior Geo (PROS) – relator; Eduardo do Dertins (CIDADANIA); Zé Roberto Lula (PT) e Olyntho Neto (PSDB).

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Crianças acima de 6 anos começam a receber 2 dose da vacina contra Covid, em Goiânia

Por Acaray Martins

Para ter acesso a segunda dose, é preciso que a criança esteja acompanhada de um responsável; também é necessário apresentar cartão de vacina e documento de identificação

Crianças a partir de seis anos que receberam a primeira dose há 28 dias já podem tomar a segunda dose da CoronaVac a partir desta terça-feira, 22. Ao todo, foram disponibilizados 13 postos exclusivos para atendimento ao público infantil, que irão funcionar de segunda a sexta-feira, de oito horas da manhã às cinco horas da tarde, e aos sábados, de oito horas da manhã às quatro horas da tarde.

Já crianças entre 5 a 11 anos que ainda não tiverem tomado a primeira dose, podem se dirigir a qualquer posto de saúde do município, sem a necessidade de agendamento. A CoronaVac foi inserida na campanha de vacinação contra a Covid-19, após liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para ter acesso a segunda dose, é preciso que o menor esteja acompanhado de um responsável e apresente cartão de vacina e documento de identificação. Pais ou demais responsáveis que não puderem levar a criança devem preencher autorização disponibilizada pela Prefeitura para o acompanhante.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda diz que, para tomar a segunda dose da Pfizer (e não da Coronavac), as crianças vacinadas com a primeira dose precisam esperar um prazo de oito semanas. Além disso, ressalta que a vacina contra a Covid-19 não deve ser aplicada simultaneamente a imunizantes de outras doenças. O ideal é que o intervalo é de 15 dias.

Nesta terça-feira, 22, serão vacinados com a segunda dose as crianças que receberam a primeira aplicação até 25 de janeiro, na quarta (23), os de até 26 de janeiro; na quinta (24), os vacinados até 27 de janeiro e na sexta (25), os que receberam a primeira dose até 28 de janeiro.

Entre os locais de vacinação estão:

Centro Municipal de Vacinação (CMV)
Endereço: Avenida Edmundo P. de Abreu, s/n, Setor Pedro Ludovico

Centro de Saúde Cidade Jardim
Endereço: Praça Abel Coimbra, s/n, Setor Cidade Jardim

CIAMS Novo Horizonte
Endereço: Avenida Engenheiro José Martins, Qd. 55, s/n, Setor Novo Horizonte

UPA Novo Mundo
Endereço: Avenida New York, 667-569, Jardim Novo Mundo

USF Militão R. de Araújo – Recanto das Minas Gerais
Endereço: Rua Sienna, APM-1, Jardim Maria Helena

USF São Francisco
Endereço: Avenida das Palmeiras, Qd. 89 Lt. 10, Bairro São Francisco

USF Jardins do Cerrado IV
Endereço: Rua Pingo de Ouro, Jardins do Cerrado IV

USF Leste Universitário
Endereço: Rua 218, Qd. A-2 Lt. 10, Setor Leste Universitário

USF Santa Rita
Endereço: Av. Americano do Brasil, Qd. 2 Lt. 6, Parque Santa Rita

USF Guanabara I
Endereço: Rua Porto Alegre, Qd. 13-A Lt. 1, Jardim Guanabara I

USF São Judas Tadeu
Endereço: Avenida Brasília esquina com Rua Santana, Qd. 30, Setor São Judas Tadeu

USF Alto do Vale
Endereço: Rua VF-9 com Rua Samir, Qd. Área, s/n, Setor Alto do Vale

USF Vila Mutirão
Endereço: Avenida do Povo, Qd. D, Vila Mutirão

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O HOJE

Vila São Cottolengo inaugura Centro de Especialidades para atender pacientes do Estado

Em comemoração aos 71 anos da Vila São Cottolengo, o Arcebispo de Goiânia, Dom João Justino celebrou nesta segunda-feira (21/2) uma missa de entrega das novas unidades de atendimento aos pacientes. O evento foi realizado na Praça da Amizade, área interna da vila que fica localizada em Trindade (GO). A celebração contou com a participação de funcionários, residentes, pacientes e autoridades como o Governador Ronaldo Caiado, e o prefeito da cidade Marden Junior.

O novo Centro de Especilidades conta com equipamentos mais tecnológicos que pretende beneficiar pacientes de todo estado.  Foram investidos mais de 3 milhões, e o novo prédio conta com enfermarias, apartamentos clínicos e cirúrgicos para o atendimento dos pacientes. De acordo com a Superintendente Assistencial da Vila São Cottolengo, Lidiane Figueiredo, o objetivo da nova unidade é se tornar um centro de referência em gastroenterologia, cardiologia e oftalmologia.

“Agora contamos com mais internos para prestar atendimento, e todas as salas de consulta e exames foram revitalizadas e receberam novos equipamentos de exame”, pontuou. “Com a nova reestruturação teremos uma maior capacidade de atendimento de todos os pacientes que vem encaminhados do SUS (Sistema Único de Saúde) e de unidades particulares, e poderemos oferecer tratamento e diagnósticos com maior precisão e cuidado”, concluiu.

A nova expansão poderá operar com uma estrutura de qualidade, e o seu Amilton Oliveira que viajou 380 km para trazer a sogra a consulta oftalmológica, comemorou o novo benefício social. “Agora vai ficar ainda melhor pra gente que vem de longe se consultar aqui. Tudo muito bem arrumado e atendimento bem rápido, tomara que permaneça assim” comemorou Amilton.

Atualmente mais de 300 pacientes vivem na instituição. O local realiza reabilitação e dispensação de órteses e próteses para pacientes. Espera-se que o local permaneça atendendo cerca de 136 munícipios goianos.

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PORTAL G1

Homem é indiciado por apresentar atestado médico falso para faltar ao trabalho no Ano Novo, em Caldas Novas

Documento tinha carimbo com nome de médico, mas com número de registro errado e sem assinatura. Profissional disse que não atende na unidade há sete anos.

Um homem foi indiciado pela Polícia Civil por apresentar um atestado médico falso para faltar ao trabalho no último réveillon, em Caldas Novas, sul do estado. O próprio patrão desconfiou da autenticidade do documento e fez a denúncia. Investigação apontou erros no atestado apresentado que comprovaram a fraude.

O documento foi apresentado no dia 30 de dezembro. Nele, constava que o paciente teria passado por uma consultada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sendo necessários dez dias de repouso devido a uma gripe.

O nome do indiciado não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última atualização dessa reportagem.

O atestado tinha o timbre da unidade de saúde e um carimbo com o nome de um médico da cidade. Porém, não tinha assinatura do profissional.

Ao ser ouvido pela polícia, o médico que teve o nome usado disse que não atendia mais na UPA há cerca de sete anos e que não tinha consultado aquele paciente na data apontada, pois estava viajando. Além disso, o número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina que estava no carimbo estava errado, contendo um dígito a mais.

A UPA informou à polícia que não há registro do suposto paciente na unidade no dia registrado no atestado médico. O g1 entrou em contato com a prefeitura da cidade pedindo um posicionamento sobre o caso, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

Ao ser interrogado, o homem disse que apresentou o documento à empresa, mas ficou em silêncio ao ser questionado sobre a doença e veracidade do atestado.

O homem vai responder em liberdade pelo crime de uso de documento público falso. A pena pode chegar a seis anos de prisão e multa.

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O POPULAR

Médica suspeita de lesão sofre interdição temporária

A cirurgiã plástica Lorena Duarte Rosique, suspeita de lesão corporal contra três pacientes, foi temporariamente interditada pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e está proibida de exercer a medicina em todo o Brasil. Em nota, o Conselho informou que tomou conhecimento das denúncias este mês reiniciou-os procedimentos para a apuração da conduta profissional de Lorena. À suspensão temporária foi aprovada em uma plenária do Cremego, realizada na quinta-feira (7) e a cirurgiã foi comunicada da decisão na sexta-feira (18). A interdição tem validade de seis meses, mas pode ser revogada a qualquer momento ou renovada pelo mesmo período. Segundo o Conselho, essa é uma medida administrativa adotada pelos Conselhos Regionais de Medicina para restringir exercício da profissão por médicos que possam ter prejudicado a população. A reportagem não conseguiu localizar defesa da profissional até o fechamento dessa edição.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 21 Fevereiro 2022 10:15

CLIPPING AHPACEG 19 A 21/02/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS dribla lei e decisões sobre planos de saúde são tomadas por interinos

Hospitalizações de crianças por Covid saltaram de 284 para 2. 232 em 1 mês

Goiás registra 780 novos casos de covid-19 e 5 mortes em 24 horas

Caiado:"Crianças não podem estar expostas por não ter vacina no tempo certo"

“Sob nenhum aspecto cigarro eletrônico é saudável”, avalia especialista; veja malefícios

Vendedora relata aflição antes de cirurgia para reparar necroses após plástica

Médica é interditada pelo Cremego por erros em cirurgias plásticas

AGÊNCIA ESTADO

ANS dribla lei e decisões sobre planos de saúde são tomadas por interinos

Manobra concentra poderes na mão de presidente da agência, ligado a líder do governo na Câmara, e mantém dirigentes nomeados aguardando aprovação há 2 anos

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por fiscalizar o setor de planos de saúde no País, funciona há quase dois anos com diretores substitutos mantidos no cargo acima do prazo legal. O arranjo garantiu ao atual presidente da agência, Paulo Rebello, acumular superpoderes. Advogado e ex-chefe de gabinete do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), Rebello controla hoje, além da própria presidência, duas das mais importantes diretorias da ANS.

Ambas responsáveis por processos como a venda bilionária da carteira de planos individuais da Amil, que atingem milhares de clientes. Rebello é hoje o único diretor titular. Outras três diretorias são ocupadas há quase dois anos pelos mesmos três servidores.

A legislação das agências reguladoras estabelece, contudo, limite de 180 dias para a permanência de um servidor como diretor substituto. À área jurídica da ANS produziu um parecer para abonar a violação dessa trava. A interpretação é contestada pelo Sinagências, entidade que representa os servidores de carreira dos órgãos reguladores.

Apelidada de 'escravos de Jó', uma referência à conhecida brincadeira de criança, a manobra consiste em, a cada 180 dias, alterar os nomes dos ex-diretores que esses servidores estão substituindo como se estivessem sempre numa nova suplência.

Trata-se de uma mera formalidade. Nesse jogo os servidores não mudam de posto na direção, e o que muda é o nome do ex-diretor que cada servidor está substituindo.

Em dezembro, o Senado aprovou dois nomes para diretoria da ANS. O presidente Jair Bolsonaro, contudo, ainda não os nomeou. Comisso, permite que a agência siga comandada por servidores substitutos e mantém a concentração de poder nas mãos do atual presidente do órgão.

MUDANÇA. A ANS tem cinco diretorias, além do cargo de diretor-presidente. Pelas regras, o chefe da agência acumulava o cargo com a Diretoria de Gestão (Diges), ligada à administração interna. Mas uma mudança no regimento interno feita dois dias após Paulo Rebello assumir o comando da ANS permitiu que ele trocasse o cargo burocrático pelo comando das duas diretorias mais poderosas do órgão regulador - Normas e Habilitação das Operadoras (Diope) e a outra, a de Normas e Habilitação dos Produtos (Dipro).

O País tem hoje dez agências reguladoras, incluindo a ANS. De acordo com os portais de cada órgão, em nenhuma delas o diretor-presidente ocupa outra diretoria além da sua própria.

Em geral, as agências reguladoras são comandadas por conselheiros ou diretores que não detêm controle sobre áreas técnicas específicas. A ANS tem uma particularidade: cada diretor cuida de temas, como a diretoria que trata da habilitação de operadoras de planos de saúde, sob o comando do atual presidente da agência. Uma concentração de poder numa pessoa. E a ANS, por exemplo, que define reajuste de planos de saúde e multa operadoras por maus serviços.

COBIÇA. Os cargos na cúpula da ANS são alvo de disputa política. Um dos motivos é que os parlamentares se interessam em ter alguém de sua confiança no comando de órgãos responsáveis por decisões impactantes e que envolvem cifras bilionárias.

Entre o fim de 2020 e dezembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou 12 indicações ao Senado para compor a diretoria da ANS. Por pressão de senadores que apoiam seu governo, nomes entraram e saíram da lista nesse meio tempo.

O atual presidente Paulo Rebello é um exemplo. O nome dele foi retirado em 6 de julho do ano passado no rastro das acusações de que o deputado Ricardo Barros estaria envolvido em um esquema de compra de vacinas para covid-19, feitas à CPI da Covid. No dia seguinte, porém, Bolsonaro recuou e mandou o nome de Rebello novamente. O deputado Barros nega o vínculo.

Das 12 tentativas de preencher as vagas na ANS, o atual governo nomeou apenas dois diretores-presidentes em sequência. Outros dois indicados foram aprovados pelo Senado, mas não foram nomeados por Bolsonaro. E dois nomes para diretoria aguardam análise dos senadores há quase três meses.

NOMEADOS. Em dezembro, o Senado aprovou os nomes da defensora pública estadual aposentada Eliane de Castro Medeiros e do diretor substituto de fiscalização da ANS, Mauricio Nunes da Silva, para assumir mandatos de cinco anos. . Ela seria indicação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); ele, de Barros. Os dois negam o apadrinhamento.

A defensora pública disse que soube da vaga na direção da ANS 'no boca a boca de amigos, e mandei currículo', disse ao Estadão. 'Eu busco uma adrenalina. Como eu não tenho coragem de pular de paraquedas, fazer viagem de cruzeiro, a minha adrenalina é me habilitar para alguns projetos. ' Nome também aprovado pelo Senado em dezembro, Mauricio Nunes é diretor substituto desde maio de 2020.

Em nota, a ANS sustenta que o rodízio entre os integrantes da lista de substituição é determinado pela lei, 'a qual também estabelece a impossibilidade de o mesmo diretor-substituto ocupar o mesmo cargo por um período de 180 dias' (mais informações na pág. A7).

BURLA. Para o economista Arthur Barrionuevo Filho, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nas áreas de concorrência e regulação, ter uma diretoria formada por substitutos no comando de uma agência reguladora, por tanto tempo, 'burla o espírito da legislação, que era evitar que a mesma pessoa fique indefinidamente ocupando espaço na diretoria sem ter sido nomeada para tal'.

Ele afirma ainda que o mandato da diretoria foi criado para garantir liberdade para decidir contra ou a favor de quaisquer interesses. 'Quando você pega alguém que é provisório, esse alguém não tem essa garantia. Ele tem uma garantia provisória. Isso pode tornar essas pessoas mais suscetíveis a pressões. ' e

'Quando você pega alguém que é provisório, esse alguém não tem essa garantia (de decidir contra ou a favor). Ele tem uma garantia provisória. Isso pode tornar essas pessoas mais suscetíveis a pressões. 'Arthur Barrionuevo Filho Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

O QUE É A ANS?

A Agência Nacional de Saúde Suplementar é o órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde responsável por normas, controle e fiscalização do setor de planos de saúde no Brasil. A sede fica no Rio de Janeiro. Foi fundada no ano 2000

Decisões relevantes da ANS: Suspendeu a operação societária de R$3 bilhões da APS/Amil

O Determinou acompanhamento in loco na Prevent Senior após a operadora virar alvo da CPI da Covid do Senado por usar tratamento precoce contra a doença. E multa inicial de R$ 25 mil por não avisar pacientes sobre o kit covid

Em julho de 2021, a ANS definiu que os planos de saúde individuais ou familiares teriam percentual de reajuste negativo, de -8, 19%, no período de maio de 2021a abril de 2022.

Agência afirma ter respaldo em 'interpretação da lei'

Parecer da AGU foi usado para manter interinos; órgão diz que situação não prejudicou execução de seus trabalhos

Para validar a permanência de diretores substitutos no comando da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por quase dois anos, a direção do órgão regulador recorreu a um parecer da Advocacia Geral da União (AGU). O documento elaborado pela AGU admite que foi preciso buscar uma 'interpretação da lei' das agências reguladoras para permitir que o prazo de 180 dias de interinidade fosse estendido.

A regra foi elaborada justamente para impedir que a mesma pessoa fique indefinidamente ocupando o cargo sem que tenha passado por sabatina no Senado e nomeada pelo presidente da República.

LISTA. Em nota, a ANS afirmou que 'segue estritamente o que determina a legislação no processo de nomeação e substituição da diretoria'. 'Os servidores que integram a atual lista de substituição da diretoria colegiada são altamente capacitados e foram designados para os cargos vagos pelo Presidente, atuando, tanto quanto um Diretor titular' nos processos submetidos à Diretoria Colegiada e observando todos os processos estabelecidos pelo regimento interno da agência e pelos normativos legais vigentes. Todos os trabalhos da agência vêm sendo desenvolvidos normalmente, sem prejuízo ao funcionamento da reguladora. '

O parecer da AGU foi encomendado em setembro de 2020, próximo ao fim dos primeiros seis meses de interinidade de um dos servidores substitutos. 'Embora a situação não tenha sido prevista expressamente pelo legislador, é preciso buscar uma interpretação que assegure a maior efetividade à continuidade do serviço público e à capacidade decisória da agência, desde que a interpretação se mantenha dentro dos limites do texto legal', justificou a AGU.

No entendimento dela, 'o legislador não tratou expressamente da situação quando um substituto atingir o prazo máximo de 180 dias de substituição do cargo e os demais integrantes da lista já estejam exercendo a substituição em decorrência da vacância de outros dois cargos. ' O que deu margem para a interpretação.

O parecer da AGU que vem sendo usado pela ANS para manter no cargo os diretores substitutos inclui duas tabelas que deixam claro o troca-troca na lista de substituição forjada pela agência. As tabelas indicam, por exemplo, que o servidor Bruno Martins foi convocado em 17 de março de 2020 para assumir o posto de diretor com a saída do ex-diretor Leandro Fonseca. Em 14 de setembro de 2020, seis meses depois, o mesmo Bruno aparece como substituto de outro diretor que também tinha deixado a ANS.

O Sinagências (sindicatos dos servidores das agencias) questionou a interpretação da lei. 'O descaso pela leitem permitido graves irregularidades e ilegalidades. ' A entidade afirmou que a manobra 'fere o princípio basilar das agências nacionais de regulação: a independência técnica, financeira e política, devendo suas diretorias serem constituídas de forma colegiada, com mandatos fixos e não coincidentes'. 'A cada nova vacância ou a cada ciclo de 180 dias de interinidade, nova lista de substituição deveria ser enviada para designação do Presidente, excluindo da lista aquele que já exerceu a interinidade, adicionando um novo servidor substituto a ela. ' Procuradas, a Presidência e a Casa Givil não se manifestaram.

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FOLHA DE S.PAULO

Hospitalizações de crianças por Covid saltaram de 284 para 2. 232 em 1 mês

Alta foi maior do que para adultos; falta de vacinas é principal explicação, segundo pesquisadores



SÃO PAULO - A recente explosão das internações infantis por Covid-19 supera em muito a curva geral de aumento durante a onda associada à variante ômicron no Brasil.

Levantamento da Folha com dados do Ministério da Saúde revela que o número de crianças menores de 12 anos hospitalizadas com complicações da doença saltou de 284 em dezembro para 2. 232 em janeiro. Uma escalada de 686%.

Desde o início da pandemia, o Brasil ainda não havia visto tantas internações pediátricas por Covid em um só mês. Foram 70% a mais em relação a janeiro do ano passado e 11% acima de março, pico dos atendimentos no país em todas as faixas etárias.

Entre as demais idades, a alta de dezembro para janeiro foi proporcionalmente menor, de 395%. As hospitalizações de adolescentes e adultos subiram de 7. 399 para 36, 6 mil entre os dois meses, puxadas especialmente pelos idosos.

Apesar do aumento expressivo, essa quantidade é bem inferior aos 95, 8 mil atendimentos em janeiro de 2021 e aos 228, 3 mil registrados em março, no auge da pandemia.

Praticamente uma em cada dez internações por Covid na faixa de 0 aos 11 anos no Brasil ocorreu em janeiro de 2022.

Segundo especialistas, a principal explicação é a falta de cobertura vacinal nesse público. Autorizada em 16 de dezembro pela Anvisa para as crianças de 5 anos ou mais e iniciada oficialmente em 14 de janeiro no país, a campanha de imunização começou em ritmo lento.

Até segunda-feira (14), data da última atualização dos registros de internações, 28% das crianças elegíveis haviam recebido a primeira dose, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde coletados pelo consórcio dos veículos de imprensa formado por Folha, UOL, O Globo, G1, O Estado de S. Paulo e Extra.

Entre os brasileiros adultos, 94% já estavam protegidos como primeiro ciclo completo (duas doses ou o imunizante de dose única).

'Observamos um aumento impressionante, seguramente relacionado à dinâmica de transmissão. É como uma batalha, em que o vírus quer sobreviver e procura os lugares onde será menos atacado. Hoje, o nicho mais vulnerável é justamente o das crianças', explica Raphael Guimarães, pesquisador do Observatório Covid-19 da Fiocruz.

A análise da Folha mostra que o número de crianças hospitalizadas cresceu não apenas em termos absolutos, mas também no comparativo comas demais faixas etárias.

Elas respondiam por cerca de 1, 5% na média de internações até novembro passado. No fim de janeiro, eram 6%.

O fenômeno conhecido como rejuvenescimento da pandemia já havia sido observado pelos cientistas em outras ocasiões, tampouco é exclusivo do Brasil. À medida que a imunidade avança entre os mais velhos, a média de idade dos infectados - e consequentemente das internações e dos óbitos- tende a diminuir, explica Guimarães.

Esse movimento ficou mais claro entre maio e julho, após a vacinação dos idosos. A faixa dos 20 aos 59 anos chegou a responder por mais da metade das mortes ao longo de seis semanas consecutivas e por mais de 60% das hospitalizações em UTI (unidade de terapia intensiva) durante dois meses, segundo relatório da Fiocruz.

O levantamento da Folha também aponta a queda acentuada na participação percentual dos grupos mais longevos, a partir do início da vacinação, em relação ao total de casos hospitalizados.

Os septuagenários representavam 20% dos internados em janeiro do ano passado, mas apenas 7, 5% em junho. Entre os sexagenários, a presença caiu de 24% em maio para 12% em julho, na contramão dos picos de hospitalização entre adultos e jovens. Recentemente, após aumento da cobertura vacinal entre adultos, a presença de idosos voltou a subir em relação ao total.

O infectologista pediátrico Marcio Nehab ressalta que a baixa vigilância genômica no Brasil e o esgotamento dos testes diagnósticos durante a explosão de casos em janeiro limitam análises mais aprofundadas sobre o real impacto da ômicron nesse cenário.

'Hoje, as pessoas não adequadamente vacinadas, isto é, sem duas doses ou sem a dose de reforço, são a gigantesca maioria das que nós internamos. E as crianças fazem parte do grupo de não vacinados. Esse é o principal fator para o aumento absoluto. É um mar de suscetíveis', diz o especialista do IFF (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira).

Segundo o IBGE, há cerca de 20, 5 milhões de brasileiros menores de 12 anos.

Até a última atualização dos dados oficiais, a Covid havia provocado ao menos 1. 536 óbitos e 25. 295 hospitalizações por Srag (síndrome respiratória aguda grave) entre crianças, segundo os critérios utilizados no levantamento.

Houve também 63 mortes e 1. 160 hospitalizações por sindrome inflamatória multissistêmica pediátrica no público infantil de o aos 9 anos.

Os números podem parecer pequenos se comparados às 638, 9 mil vidas tiradas pelo coronavírus no Brasil.

De acordo com balanços do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e do próprio ministério, entretanto, nenhuma outra doença imunoprevenível causou tantos óbitos em crianças no Brasil em 2021 quanto a Covid.

O levantamento da Folha considerou somente as internações por Srag com diagnóstico confirmado para a Covid e dadas como encerradas, seja por alta ou óbito.

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A REDAÇÃO

Goiás registra 780 novos casos de covid-19 e 5 mortes em 24 horas

Goiás registrou 780 novos casos de covid-19 e 5 óbitos causados pela doença Goiás registrou, nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado na tarde deste domingo (20/2) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
 
Desde que a pandemia teve início, já foram notificados 1.140.298 casos de doença pelo coronavírus em Goiás. Ao todo, o Estado acumula 25.526 óbitos confirmados.
 
Outros 776.085 casos suspeitos e 406 mortes estão em investigação. A taxa de letalidade do vírus é de 2,24% em Goiás.

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Caiado:"Crianças não podem estar expostas por não ter vacina no tempo certo"

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) realizou a abertura oficial do Dia “V” de Vacinação contra a covid-19, na manhã deste sábado (19/2), no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. A campanha visa ampliar a cobertura vacinal junto às crianças, com idade entre 5 a 11 anos, e ocorre, simultaneamente, em 750 postos de vacinação em todos os municípios do Estado. Ao longo do dia, a iniciativa deve mobilizar 1.250 profissionais de saúde para atender à população.

O Dia “V” concentra esforços para proteger o público infanto-juvenil, que é um dos grupos vulneráveis, justamente, por ainda não estar imunizado. Médico com 47 anos de atuação, Caiado reforçou o objetivo maior da campanha: “salvar vidas”. “As crianças não podem, de maneira nenhuma, estarem expostas a um risco de morte por não terem a vacinação no tempo certo”, alertou o governador, ao fazer um apelo aos pais: “Acreditem na ciência e na vacina.”

A estratégia estabelecida pelo Governo de Goiás é facilitar o acesso dos pais que não podem levar os filhos aos postos durante a semana e buscar o aumento nos dados de cobertura vacinal. Para tanto, os municípios foram abastecidos com doses suficientes para alcançar um índice de 58% do público infantil apto a vacinar. Atualmente, o percentual registrado está em 21% de vacinação na faixa etária, com 157 mil crianças já imunizadas com a primeira dose. 

Elisa Marques Costa foi a primeira a ser vacinada no Hecad e recebeu o “certificado de coragem”, distribuído a todos os pequenos, pelas mãos do governador, ao lado de Zé Gotinha e outros personagens do universo infantil, além da equipe do Missão Sorriso e Sesi Goiás’. “Nem doeu, só um pouquinho”, disse a garota de sete anos.

“Me sinto mais acalentada e tranquila, porque Elisa tem bronquite asmática e está no grupo de risco”, destacou a mãe, Murichaine Marques, de 33 anos, que trabalhou no Hospital de Campanha de Goiânia (Hcamp). “Ela vivenciou toda minha agonia enquanto eu trabalhava no Hcamp e eu sempre explicava a ela sobre a importância de cuidar da própria saúde”, completou a enfermeira.


Necessidade da vacina

Valentina Lopes, de apenas cinco anos, demonstrou conhecimento sobre a necessidade de tomar a vacina que alguns adultos, ainda, não tem. “É muito importante para a gente não pegar doença, ficar muito protegida. Se o coronavírus vier, não vai ser bom; mas se vacinar, vai ser bom.” A força-tarefa também recebe adolescentes e adultos que precisam atualizar o esquema vacinal. 

Com a proximidade do feriado de Carnaval, a vacina é uma proteção a mais, aliada ao respeito aos protocolos. “Cada vez mais, nós estamos nos conscientizando disso. Se cumprirmos o protocolo, nós atravessaremos e vamos diminuindo essa situação [da pandemia de Covid-19] que estamos vivendo”, frisou Caiado.

“Se tivermos excessos, vamos correr o risco de ter aumento do número de contaminados”, alertou o governador.

Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), na faixa de idade acima de 60 anos, a quantidade de mortes é mais de 15 vezes maior em não vacinados e atrasados do que em relação aos completamente protegidos.

“Esse dia de hoje, dia V, de celebração da vida, não é só para crianças, mas para qualquer um que não esteja com esquema vacinal completo. Temos em nosso estoque quase meio milhão de vacinas, em torno de 300 mil dedicadas às crianças e as demais para adultos”, salientou o secretário Ismael Alexandrino.

Segurança da Vacina

A grande circulação do vírus e a falta de imunização fazem da população pediátrica um dos grupos mais suscetíveis ao agravamento da Covid-19. Ao mesmo tempo, as vacinas são cientificamente reconhecidas como uma via de proteção, segura e eficaz, contra a doença.

“Assim é importante que nós, médicos, nesta hora, mostremos aos pais, que é algo testado, muito bem comprovado, passado por todas agências de controle”, assegurou o governador. 

Desde o início da pandemia, 44 crianças abaixo de 10 anos de idade não tiveram a oportunidade de se imunizar e morreram de Covid-19 em Goiás. Apesar de ter características mais brandas nessa faixa etária, a doença em crianças pode ocasionar sintomas clínicos prolongados, conhecidos como “Covid-19 longa”, doença pós-Covid-19 ou sequelas pós-agudas de infecção. 

Também compareceram à abertura do Dia V de Vacinação, o secretário Joel Sant'Anna Braga Filho (Indústria, Comércio e Serviços), deputados federais Delegado Waldir e Zacharias Calil; superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, a presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Marise Tofoli e a diretora técnica do Hecad, Cynara Porto.

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JORNAL OPÇÃO

Moda entre jovens

“Sob nenhum aspecto cigarro eletrônico é saudável”, avalia especialista; veja malefícios

Projeto na Alego quer proibir comercialização do produto, que não tem venda autorizada pela Anvisa. Médico alerta para problemática social no futuro 

Os malefícios do cigarro eletrônico passaram a repercutir depois que o cantor sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, foi diagnosticado com doença pulmonar causada pelo produto. Moda entre adolescentes e jovens, a “nova onda” chegou por influência americana e pode comprometer toda uma geração de luta contra o tabagismo. 

A tendência entre jovens começa a preocupar a comunidade científica. O médico Frederico Monteiro, oncologista torácico do Cebrom Oncoclínicas, ressaltou que não há benefícios no uso do produto, pelo contrário. “Muita gente fala que cigarro eletrônico serve como controle de danos para pessoa conseguir sair do tabagismo convencional. Isso é verdade ‘até a página dois’, porque os grandes estudos não provaram isso. Quero reforçar que sob nenhum aspecto o cigarro eletrônico é saudável para as pessoas”, pontuou o especialista. 

Exemplo disso é Zé Neto. O cantor sertanejo passou a fazer campanha contra o produto depois de apresentar “vidros no pulmão”. O termo médico é figurado, mas indica início de lesão grave no pulmão. Segundo o Dr. Frederico Monteiro, tratam-se de “alterações que aparecem no pulmão com aspecto de vidro moído”, explicou o especialista. 

A ação do produto no corpo pode configurar para ser pior do que a do tabagismo convencional. Conforme explicação do médico especialista, enquanto, no cigarro de tabaco, a nicotina estimulada pela combustão, no cigarro eletrônico, ocorre a vaporização. “É a nicotina mais concentrada, em até quatro vezes. Ela entra na corrente sanguínea com capacidade maior de viciar a pessoa”, disse Dr. Frederico Monteiro. 

Os efeitos desse consumo a longo prazo ainda são desconhecidos. Por se tratar de prática nova, há poucos estudos sobre o tema. O médico oncologista informou que as principais pesquisas se desenvolvem nos Estados Unidos (EUA), onde problemas com relação ao uso do cigarro eletrônicos estão mais frequentes. 

Por outro lado, a se considerar os componentes do produto e o desenvolvimento de casos, como o do cantor sertanejo, é possível prever que o hábito poderá causar mal futuro. “Para entender os efeitos do cigarro eletrônico, temos de entender o que o compõe. A nicotina, que dá o prazer para quem fuma, e alguns compostos orgânicos, como benzeno e nitrosamina. Há também alguns metais pesados e ácidos graxos essenciais. Quando se inala isso, está colocando tudo para dentro do organismo”, explicou o médico. 

Os efeitos a curto ou longo prazo são certos. A principal preocupação dos especialistas é que o produto cause destruição do pulmão. Nos EUA, foi criado um nome para doença causada pelo uso do cigarro eletrônico, Evali. O termo é uma sigla em inglês para a expressão “E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury”, “Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico ou produto Vaping”, em português. 

Segundo o médico, os estudos nos EUA apontaram desde resultados de pessoas que se recuperaram sem sequelas até aquelas que desenvolveram problemas irreversíveis, que precisaram de transplantes ou morreram. 

Moda no Brasil 

Apesar do produto não ter legislação específica no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe sua produção e comercialização. Sob o aspecto social, o médico aponta que a popularidade entre adolescentes e jovens representa um sucesso do País no combate ao tabagismo. 

Desde a década de 90, leis e resoluções do Ministério da Saúde foram criadas para combater o tabagismo. A Lei nº 9.294/96 instituiu restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros. Além disso, a Lei nº 12.546/2011 determinou que 30% das embalagens de tabaco fossem de advertências sanitárias sobre o uso do tabagismo. 

Com o sucesso do combate no Brasil, as grandes empresas de tabaco buscaram novas formas de aumentar as vendas para não perder mercado. Com a proibição do cigarro eletrônico, os especialistas temem que o tabaco volte a ter potenciais consumidores. “O hábito de fumar cigarro eletrônico está muito difundido. Nossa preocupação é que daqui um ou dois anos, esse público vai precisar do cigarro convencional para satisfazer seu vício”, explicou o Dr. Frederico Monteiro. 

Segundo o médico, a publicidade desta moda é ainda mais forte nos Estados Unidos. “Lá, os cigarros eletrônicos são vendidos com tema, tem da Hello Kitty, de personagens de anime. Isso causa nos jovens o aspecto de ser descolado, moderno, mas, no final, será uma porta de entrada para o tabagismo”, lamentou o especialista. 

Projeto na Alego 

Tramita na Assembleia Legislativa de Goiás o Projeto de Lei nº 5.402/19, que prevê proibição do uso, da comercialização, da importação, da produção e da propaganda de qualquer tipo de cigarro eletrônico. A expectativa é que a proposta seja votada ainda neste ano. Segundo o autor da proposta, deputado Rafael Gouveia (Progressistas), a medida é necessária para proteger a saúde de quem consome e de terceiros que inalam a fumaça. 

Na justificativa, o deputado enumera o histórico de proibição do produto no Brasil. Conforme afirma, o cigarro eletrônico foi proibido em 2009 pela Anvisa. Apesar disso, o produto continua a ser comercializado livremente. 

Para cessar a prática, Rafael Gouveia propõe punição a locais onde o produto é livremente utilizado. O projeto prevê multa e até interdições para estabelecimentos que fizerem a comercializar, a importação, a produção ou a publicidade de cigarro eletrônico. “A propositura se justifica devido a insegurança ocasionada pela disseminação desse produto na sociedade, mesmo estando proibido pela Anvisa, sem que haja licença para introdução destes cigarros eletrônicos na vida dos indivíduos, colocando-os em posição de risco à saúde”, justifica o deputado. 

O projeto foi acolhido pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e será relatado pelo deputado Delegado Humberto Teófilo (sem partido). Caso o parecer seja favorável, o colegiado precisará dar sinal verde para que a proposição seja apreciada pelo Plenário da Alego. A expectativa é que a votação seja ainda neste ano. Depois, caberá ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) sancionar o texto. 

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TV ANHANGUERA

Vendedora relata aflição antes de cirurgia para reparar necroses após plástica

https://globoplay.globo.com/v/10317705/

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RÁDIO CBN GOIÂNIA

Médica é interditada pelo Cremego por erros em cirurgias plásticas

A médica cirurgiã-geral e cirurgiã-plástica Lorena Duarte Rosique foi interditada cautelarmente pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Segundo o Cremego,  a interdição foi aprovada  no plenário da instituição  nesta quinta -feira (17). A médica  fica temporariamente proibida de exercer a medicina em todo o País.

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/m%C3%A9dica-%C3%A9-interditada-pelo-cremego-por-erros-em-cirurgias-pl%C3%A1sticas-1.2405740

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 18 Fevereiro 2022 12:22

CLIPPING AHPACEG 18/02/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dados sugerem que Brasil passou pelo pico da Ômicron, mas é preciso cuidado

Brasil registra 1.129 mortes por Covid nesta quinta e média móvel fica estável, mostra consórcio de imprensa

Amil e APS apresentam ações para atender planos após alta de queixas

Anvisa aprova primeira marca de autoteste do Brasil

Covid-19: Goiás registra 5.360 novos casos e 20 mortes em 24 horas

Injeções contra obesidade são usadas por quem não precisa. Conheça os riscos e benefícios

Covid: 153,4 milhões de brasileiros completam vacinação, 71,4% da população

Médico diz que vídeo de funcionário negro acorrentado foi encenação, mas polícia seguirá investigando racismo

CNN

Dados sugerem que Brasil passou pelo pico da Ômicron, mas é preciso cuidado

À CNN, quatro especialistas disseram que o país pode ter passado pelo pico de casos do coronavírus, mas cobertura vacinal deve avançar para evitar novas variantes

Desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, em fevereiro de 2020, o país já enfrentou os mais diversos cenários no enfrentamento à pandemia. Nos últimos meses, impulsionados pelo surgimento da variante Ômicron, os casos de Covid-19 dispararam.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 3 de fevereiro de 2022, o país atingiu o maior número de novas infecções com 298.408 em 24 horas. Contudo, diferente do que o Brasil viu no início de 2021, devido principalmente à vacinação, o índice de mortes não aumentou na mesma proporção que os casos dispararam.

Na época, alguns especialistas estimaram que o pico da Ômicron iria acontecer até a segunda semana de fevereiro e depois, o país veria uma queda nos casos.

A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Ethel Maciel, foi uma delas. À CNN, ela disse em janeiro que o Brasil seguia os dados de outros países que fazem muitos testes e que acreditava que ainda não tínhamos atingido ao nosso pico.

Agora, no entanto, muito se especula se o país já passou pelo pico da pandemia e quais devem ser os próximos cenários do SARS-CoV-2 à medida que há o avanço da cobertura vacinal.

Para Ester Sabino, imunologista e ex-diretora do Instituto de Medicina Tropical, que liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus, o pico de casos da Ômicron já pode ter passado. 'Tudo indica que a tendência é, nos próximos dias, vermos uma queda no número de casos - que já está acontecendo - e também nas mortes', disse à CNN.

O mesmo é defendido pelo infectologista Fernando Bellissimo-Rodrigues, do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Ele disse à CNN que 'talvez o pior já tenha passado, mas isso demora um pouco para se refletir no número de mortes.'

Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz, disse à CNN que já passamos pelo pico do coronavírus.

'Já estamos há uma semana, claramente, com queda no número de casos. Já tivemos momentos piores e esse comportamento é similar ao que ocorre em outros países: de quatro a seis semanas de subida e de quatro a seis semanas de queda', afirma.

Bellissimo-Rodrigues explica que na epidemiologia há um fenômeno chamado 'esgotamento de suscetíveis' e por isso o número de infecções deve continuar a cair. 'Como uma grande parcela da população já foi infectada, e outra grande parcela está imunizada, especialmente com a dose de reforço, o vírus começa a ter dificuldade de achar uma pessoa para infectar', explicou.

Contudo, todos especialistas ouvidos pela CNN para esta reportagem afirmam que as condições de queda no número de casos diários devem ser mantidas, se, e somente se, o mundo avançar na vacinação para evitar o surgimento de novas variantes.

Surgimento de novas variantes

No começo de 2022, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse que 'a pandemia não está nada perto de acabar e, com o rápido crescimento da Ômicron globalmente, novas variantes devem surgir'.

Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Unesp, disse à CNN que não é impossível que surjam novas variantes.

'Mas, provavelmente, essas novas variantes não vão ter o mesmo grau de letalidade que outras cepas - graças ao avanço na vacinação.', explicou.

Sabino aponta que existe a chance de novas variantes surgirem. 'Não entendemos bem de onde veio a Ômicron e, por não compreendermos bem, é que ficamos sem saber qual a chance de acontecer de novo', afirma.

Bellissimo-Rodrigues comenta que sempre há chance de uma nova cepa mudar o jogo.

'Em novembro do ano passado, eu teria dito que a tendência seria caminhar para uma endemia. Mas veio a Ômicron e nos surpreendeu. E isso ocorre porque há bolsões de localidades com baixa cobertura vacinal', comenta.

O infectologista lembra regiões no mundo que foram de surgimento das variantes. 'Toda vez que há um local com baixa cobertura e o vírus chega ali, ela dissemina facilmente e aumenta a probabilidade de mutações. Isso aconteceu na África do Sul com a Ômicron, na Índia com a Delta, no Amazonas com a Gama e no Reino Unido com Alfa', disse Bellissimo-Rodrigues da FMRP.

A variante Ômicron do coronavírus foi identificada em novembro de 2021. Desde a classificação da cepa como uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foram detectadas diferentes outa linhagens da variante, incluindo subvariantes chamadas de BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3. A linhagem BA.2 apresenta um grande número de mutações que se diferem daquelas identificadas na cepa BA.1.

Pelo menos 57 países, incluindo o Brasil, já enviaram sequências genéticas de amostras pertencentes à subvariante aos bancos de dados internacionais. A proporção semanal de BA.2 em relação a outras sequências de Ômicron aumentou em mais de 50% durante as últimas seis semanas em vários países.

Segundo a OMS, que realiza o monitoramento constante da evolução do SARS-CoV-2, até o momento não foi possível estabelecer como e onde as subvariantes da Ômicron se originaram e evoluíram.

Sabino disse que a BA.2 merece atenção. 'Ela está crescendo e se tornando a principal na África do Sul', comenta.

Naime aponta que a subvariante já está se apresentando como variante de extrema preocupação porque se mostra com escape dos anticorpos monoclonais.

'A subvariante BA.2 é de preocupação extrema, que parecia ser menos patogênica, e num segundo momento, parece que ela vai ter uma capacidade de fugir da resposta neutralizante dos anticorpos monoclonais', afirma.

Codra, da Fiocruz, destaca que mesmo com uma nova subvariante, como a BA.2, o cenário de 2022 é diferente do vivido em 2021.

'Como a Ômicron contaminou muitas pessoas, a combinação de infecção prévia e vacinação gera uma imunidade extremamente elevada que pode proteger a população para evitar hospitalização e óbitos, mesmo no contexto de uma nova variante', disse o pesquisador.

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Confira orientações do Ministério da Saúde diante do diagnóstico de Covid-19

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O Ministério da Saúde recomenda que diante de sintomas compatíveis com a Covid-19, como febre, tosse, dor de garganta ou coriza, com ou sem falta de ar, as pessoas devem buscar atendimento médico. Confira outras orientações

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Use máscara o tempo todo

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Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo

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Depois de usar o banheiro, limpe o vaso, mantendo a tampa fechada, higienize a pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária. Sempre lave as mãos com água e sabão

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Separar toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos para uso exclusivo

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O lixo produzido precisa ser separado e descartado

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Evite compartilhar sofás e cadeiras e realize limpeza e desinfecção frequente com água sanitária ou álcool 70%

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Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária

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Caso o paciente não more sozinho, recomenda-se que os demais moradores da residência durmam em outro cômodo

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Mantenha a distância mínima de 1,5 m entre a pessoa infectada e os demais moradores

Vacinação no controle do pico do vírus

Todos os pesquisadores ouvidos pela CNN destacam a vacinação como principal forma de controle do vírus.

O Ministério da Saúde lembra que é necessário avançar na vacinação no país, em especial com a dose de reforço.

O ministro Marcelo Queiroga, disse em entrevista coletiva na quinta-feira (10) que 'é isso o que vai fazer a diferença. O Brasil tem uma cobertura em torno de 30% de dose de reforço, índice que precisamos ampliar.'

Segundo levantamento feito pela Agência CNN, até a quinta-feira (17), 79,28% da população no país já receberam a primeira dose, 71,05% a segunda dose e 26,80% a dose de reforço

O painel que monitora vacinação no site da Saúde não notificou atualização sobre dados de vacinais dos estados desde 28 de janeiro de 2022.

Naime diz que pessoas 'não vacinadas acabam tendo um risco individual de progressão para gravidade e morte muito alto.'

Sabino afirma que o risco das pessoas não vacinadas é que elas estão disseminando o vírus.

'O problema das pessoas não vacinadas é que elas mantêm o vírus circulando e para as pessoas que são imunossuprimidas ou muito mais velhas, as quais a vacina não funciona tão bem, os não vacinados estão colocando esses indivíduos em risco porque elas mantêm a circulação do vírus.'

Para Bellissimo-Rodrigues, não há necessidade de tornar a vacinação obrigatória, contudo, 'o direito individual de não se vacinar termina quando a pessoa apresenta um risco para a saúde coletiva', afirma.

Sabino destaca ainda que é muito importante que as pessoas tomem a dose de reforço. 'Por enquanto, pouca gente tomou. No Brasil, ainda estamos atrasados com a terceira dose', disse.

Ele afirma ainda que deve haver 'equidade na distribuição de vacina, tanto a nível nacional quanto a nível global.'

'Quando Israel estava com a terceira dose adiantada, foram surpreendidos com a chegada da Ômicron. É preciso que os países mais desenvolvidos comecem a olhar e perceber que um problema global requer um esforço ordenado global. O que podemos fazer nacionalmente é nos vacinarmos, mas nas relações internacionais, procurar garantir que os países menos desenvolvidos tenham acesso à vacina', afirma o infectologista.

Possíveis cenários do coronavírus

Um artigo publicado na revista científica The Lancet, analisa os cenários epidemiológicos em todo o mundo. De acordo com a publicação, a Covid-19 vai continuar, mas 'o fim da pandemia está próximo'.

A estimativa da análise é que em março de 2022, uma grande proporção do mundo já terá sido infectada com a variante Ômicron, e com aumentos contínuos na vacinação contra a Covid-19, o uso em muitos países de uma dose de reforço e altos níveis de imunidade adquirida por infecção, por algum tempo os níveis globais de imunidade ao SARS-CoV-2 devem estar sempre altos.

No entanto, o artigo aponta que os impactos da futura transmissão do SARS-CoV-2 na saúde serão menores devido à ampla exposição anterior ao vírus, às vacinas regularmente adaptadas a novos antígenos ou variantes, ao advento dos antivirais e ao conhecimento de que os mais vulneráveis ??podem se proteger durante ondas futuras, quando necessário, usando máscaras de alta qualidade e distanciamento.

Para Ester Sabino, 'a tendência [da Covid] é virar uma endemia, mas tudo depende do aparecimento de novas variantes, ou alguma variante que seja resistência à vacina. Isso pode fazer com que tenhamos picos epidêmicos novamente'.

Codra afirma que a 'Covid-19 está caminhando para ser uma doença endêmica porque a de letalidade associada à doença reduziu nos últimos meses, algo que já chegou a ser 20 vezes maior a influenza e hoje em dia está duas vezes maior', disse.

A letalidade é um marcador de gravidade que indica sobrecarga de serviço de saúde, hospitalização.

De acordo com o pesquisador da Fiocruz, 'quando há uma redução da letalidade, isso traz menos impacto ao serviço de saúde e, portanto, mesmo que haja um aumento importante número de casos não gera impacto nos serviços de saúde', aponta.

O infectologista indica que isso deve ocorrer quando não houver necessidade de uso de medidas de restrição ou protetivas.

'A doença tende a ser endêmica, com períodos sazonais, onde teremos aumento de casos, eventualmente de hospitalização e óbitos, mas não viveremos mais o que vivemos no passado, principalmente no Brasil, no contexto da Gama com três ou quatro mil óbitos diários', destaca Julio Codra.

Naime ressalta que é difícil prever um cenário a longo prazo, ainda mais com a variante BA.2.

'Na pandemia aprendemos que não existe bola de cristal. Podemos falar apenas a curto prazo. Podemos dizer que nos próximos dois meses, a tendência é que haja queda do número de casos, quedas número internação. Isso se não surgir nenhuma variante. Agora, se a BA.2 começar a predominar, podemos ter problemas entre seis, oito ou 12 semanas, afirma.

Para Bellissimo-Rodrigues, dois cenários são prováveis: 'a Covid-19 pode evoluir para uma endemia, causando surtos sazonais, ou podemos ver uma nova cepa - motivada por não vacinados', disse.

'O cenário nos próximos meses deve ser, provavelmente, de calmaria, mas é muito importante que as pessoas tomem a terceira dose', finaliza Sabino.

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O GLOBO

Brasil registra 1.129 mortes por Covid nesta quinta e média móvel fica estável, mostra consórcio de imprensa

Índice foi apenas 15% maior que o de duas semanas atrás; país tem 129.266 novos casos da doença

O Brasil registrou nesta quinta-feira 1.129 mortes por Covid-19, elevando para 641.997 o total de vidas perdidas no país para o coronavírus. Já a média móvel foi de 811 óbitos, 15% maior que o cálculo de duas semanas atrás, o que demonstra tendência de estabilidade. Apenas um estado não registrou óbitos.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

O país também registrou 129.266 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 27.941.476 infectados pelo coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel foi de 116.566 diagnósticos positivos, 36% menor que o cálculo de 14 dias atrás, o que demonstra tendência de queda. Os números de casos e mortes foram atualizados em 26 estados.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Vacinação

Ao todo, 23 unidades federativas do Brasil atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 nesta quinta. Em todo o país, 170.609.984 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 79,42% da população brasileira. A segunda dose da vacina, por sua vez, foi aplicada em 153.442.549 pessoas, ou 71,43% da população nacional. Já 58.593.781 pessoas receberam uma dose de reforço.

Nas últimas 24h foram registradas a aplicação de um total de 1.426.858 doses de vacinas contra a Covid-19. Foram 602.865 primeiras doses, 152.600 segundas doses, 5.125 e 666.268 doses de reforço.

Até o momento, ao menos 6.742.032 crianças de 5 a 11 anos já receberam a primeira dose contra a Covid-19. Esse valor representa 32,89% da faixa etária. A vacinação infantil nas capitais tem avanço desigual, falhas de registro e atraso nos dados. Por isso, as estatísticas podem estar aquém da realidade.

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Amil e APS apresentam ações para atender planos após alta de queixas

Em reunião com ANS, operadora cita redução de prazo para cirurgias eletivas

Amil e APS apresentaram ontem um plano em prol da carteira de beneficiários de planos individuais e familiares da operadora, atendendo à solicitação feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em reunião com as empresas na última semana. À demanda do regulador veio após o salto de reclamações de usuários em razão do descredenciamento de clínicas e laboratórios pela empresa de saúde desde a transferências dos planos da Amil para a APS.

Entre as medidas apresentadas pela Amil estão a redução do tempo para autorização de cirurgias eletivas e a retirada temporária da exigência de autorização prévia para liberação dos exames laboratoriais.

No início de janeiro, a agência autorizou a transferência dos planos individuais e familiares da carteira da Amil em Rio, São Paulo e Paraná para a APS, que pertence também ao UnitedHealth Group, dono da Amil. Neste mês, um grupo formado por Fiord Capital, Seferin & Coelho e Henning Von Koss fechou acordo para assumir o controle da APS.

ORIENTAÇÃO AO USUÁRIO A agência suspendeu essa operação, pois a solicitação formal para a transferência de controle da APS aos novos sócios não havia sido enviada ao regulador.

Os novos controladores da APS planejam dobrar a carteira da operadora, hoje de 330 mil beneficiários, em dois anos, perseguindo a meta de transformar a empresa em líder nesse segmento no país. A transação teria aporte de R$ 2, 4 bilhões da Amil, incluindo a transferência de quatro hospitais. A documentação sobre a transferência do controle da APS foi enviada à ANS no fim da última semana e está em análise.

Paulo Rebello, presidente do órgão regulador, vem afirmando que o número de reclamações de beneficiários da Amil nesses planos começou a subir desde a virada de setembro para outubro do ano passado. Agora, teria chegado a um volume preocupante.

No encontro desta semana com a agência, a Amil apresentou ações em curso para atender os beneficiários. O tempo de autorização para cirurgias eletivas com o uso de órtese, prótese e material especial (OPME) foi reduzido para 15 dias corridos, enquanto o prazo para procedimentos sem OPME caiu para até cinco dias consecutivos.

Foi criada uma célula para contato antecipado para todos os casos que receberem negativas de rede credenciada, para orientar o usuário e garantir que a demanda seja atendida por um prestador conveniado ou eventual, mantendo os prazos previstos na regulação. Já as centrais de atendimento têm novo fluxo para assegurar a resolução imediata das demandas do beneficiário ainda ao telefone.

Por fim, a exigência prévia de liberação para exames laboratoriais está temporariamente suspensa. E os beneficiários serão redirecionados automaticamente do portal da APS para o da Amil.

Dentre os próximos passos planejados pela Amil estão reforçar a comunicação com a carteira de beneficiários transferida para a APS por e-mail marketing e pelo portal Amil; a atualização da base de 25 mil prestadores não hospitalares da APS no portal e a reestruturação do portal da operadora que agora detém os planos individuais e familiares.

ANS MONITORA

Durante a reunião, a ANS destacou a importância de tais ações para que o beneficiário sinta segurança em todo o processo. A agência seguirá monitorando os prazos de atendimento e a assistência conferida aos clientes.

É importante frisar que a transferência parcial da carteira da Amil foi autorizada pela ANS somente para os beneficiários de planos individuais e familiares da operadora residentes em São Paulo, Rio e Paraná. Os demais beneficiários permanecem na Amil.

A ANS segue monitorando a implementação das medidas e reforça que, em caso de dificuldades ou problemas no uso do plano, usuários devem procurara Amil. Se a questão não for resolvida, a recomendação é registrar queixa na agência.

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AGÊNCIA BRASIL

Anvisa aprova primeira marca de autoteste do Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (17/2) a primeira marca de testes aplicados por leigos, os chamados “autotestes”, do Brasil. O produto foi nomeado de “Novel Coronavírus Autoteste Antígeno”, fabricado pela empresa CPMH Comércio e Indústria de Produtos Médicos-Hospitalares e Odontológicos.
 
O exame funcionará com coleta por meio de bastão (swab) a ser inserido no nariz. O resultado deve sair em 15 minutos. A aprovação pela Anvisa foi feita com um conjunto de recomendações, disponíveis para acesso no site do órgão.
 
O teste deve ser realizado entre o 1º e 7º dia do início do sintoma, ou 5 dias depois de contato com uma pessoa infectada com o novo coronavírus. O exame não é válido como diagnóstico, como documento para viagens ou para licença do trabalho.
 
A cartilha de orientações da Anvisa também traz informações ilustradas sobre como aplicar o teste e como interpretar seus resultados. Como exigido pela agência, a CPMH disponibilizou um canal de atendimento ao cliente para dúvidas e esclarecimentos (por meio do telefone 0800 940 8883).
 
Autotestes

Segundo a Anvisa, os autotestes são um procedimento “orientativo”. Eles indicam que alguém pode estar infectado com o novo coronavírus. Contudo, o diagnóstico efetivo só pode ser realizado por um profissional de saúde.
 
A Anvisa explica que o autoteste de covid-19 deve ser usado como triagem, para permitir o auto isolamento precoce e, assim, quebrar a cadeia de transmissão do vírus o mais rápido possível, "mas o diagnóstico depende de confirmação em um serviço de saúde”, alerta a publicação da agência sobre o tema. 

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 5.360 novos casos e 20 mortes em 24 horas

Ludymila Siqueira

Goiânia - Goiás registrou 5.360 novos casos da covid-19 e 20 mortes pela doença nas últimas 24 horas, conforme o boletim estadual divulgado, nesta quinta-feira (17/2,  pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Ao todo, o Estado já soma 1.129.049 infecções e  25.443 óbitos desde o início da pandemia. 

Segundo a SES-GO, estão em investigação 772.737 casos e 411 mortes, no território goiano,  para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 2,25%.

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R7

Injeções contra obesidade são usadas por quem não precisa. Conheça os riscos e benefícios

Medicamentos não exigem receita para serem comprados na farmácia, mas a caixa de um deles chega a custar R$ 900

Remédios que chegam a custar entre R$ 600 e R$ 900 estão entre os mais vendidos nas farmácias brasileiras. São produtos desenvolvidos originalmente para o tratamento de diabetes tipo 2, mas que se mostraram eficazes no controle de peso, fazendo com que o fabricante criasse versões específicas para pacientes com obesidade.

Mas o Brasil tem tantos obesos e diabéticos assim com condições de gastar uma cifra tão alta por mês ou está havendo uso indevido por pessoas que não se encaixam nas definições estabelecidas nas bulas?

Por não ser um remédio controlado - diferente de antibióticos e psicotrópicos, por exemplo -, não há como saber quem os está comprando. Entretanto, médicos ouvidos pelo R7 afirmam que há, sim, consumo por pessoas que desejam perder alguns quilinhos e fazem uso sem orientação.

Antes de falar sobre os riscos de automedicação com estas drogas, é preciso entender como e por que elas chegaram ao patamar das mais vendidas no país.

Saxenda

Entre abril de 2020 e abril de 2021, o Saxenda foi o segundo medicamento mais comercializado nas farmácias do país, segundo levantamento da consultoria IQVIA.

O princípio ativo é a liraglutida, um agonista do receptor GLP-1 (hormônio liberado pelo intestino após as refeições e que atua nos receptores do cérebro que controlam o apetite, a sensação de saciedade e a fome).

A consequência natural é que o indivíduo que faz uso do medicamento coma menos e emagreça.

A liraglutida foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2011 exclusivamente para o controle de diabetes tipo 2.

O medicamento registrado foi o Victoza, cujas doses da caneta de injeção subcutânea são de 0,6 mg, 1,2 mg e 1,8 mg.

"Sabia-se que era um remédio que aumentava a saciedade, diminuía a fome e a vontade de comer, e as pessoas emagreciam. Este produto, quando foi lançado [no Brasil], estouraram as vendas nas farmácias. Os diabéticos - que eram o público principal para uso - mal conseguiram comprar", lembra a endocrinologista Claudia Cozer Kalil, médica do corpo clínico no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O Victoza foi liberado na mesma época em que a Anvisa proibiu a venda dos anorexígenos anfepramona, femproporex e mazindol, comumente usados por quem queria emagrecer, mas que eram antigos demais e não havia estudos atualizados para atestar a segurança e eficácia deles conforme os critérios atuais.

"Existia um uso abusivo dessas medicações, e o Brasil era o primeiro ou o segundo país em prescrições", comenta a médica, ao considerar que houve uma migração de pessoas que faziam uso indevido dos anorexígenos para a liraglutida devido ao acesso fácil sem a exigência de receita.

"Desde aquela época, as pessoas já faziam uso sem orientação médica - e naquela época o Victoza também não estava aprovado para perda de peso."

Com novos estudos, a desenvolvedora do Victoza, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, concluiu que doses mais altas forneciam melhores resultados na perda de peso em pessoas obesas.

Foi criado, então, o Saxenda, com doses ajustáveis de 0,6 mg, 1,2mg, 1,8mg, 2,4 mg e 3 mg de liraglutida, liberado pela Anvisa em março de 2016.

Ele é indicado para pessoas com IMC (índice de massa corporal) acima de 30 (obesidade) ou acima de 27 (sobrepeso), desde que este último grupo tenha alguma doença associada ao peso, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado ou apneia obstrutiva do sono, por exemplo.

Uma caixa com três canetas do Saxenda custa cerca de R$ 600. Cada uma, se usada na dose de 3 mg por dia, dura sete dias.

O que todos que começam o tratamento com liraglutida se perguntam é: quanto vou emagrecer?

Uma revisão feita por pesquisadores do Texas em 2016 e publicada na revista Obesity Science & Practice mostrou que quem fez uso de 3 mg do Saxenda perdeu, em média, 6% do peso original (6,4 kg) após 56 semanas.

Sendo assim, o gasto com o medicamento seria, ao final deste período, de aproximadamente R$ 11 mil.

Indivíduos que utilizaram 1,8 mg perderam uma média de 4,7% do peso (5 kg). O grupo que tomou placebo - substância sem efeito no organismo - emagreceu 2% (2,2 kg).

A endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês ainda faz uma ressalva a respeito do medicamento.

"70% das pessoas costumam ter resultados bons em relação à perda de peso, mas 30% não respondem à medicação. É como se não fizesse efeito nenhum sobre essas pessoas."

A própria bula recomenda a suspensão do uso se não houver resultados em três meses.

"O tratamento com Saxenda deve ser descontinuado após 12 semanas de tratamento na dose de 3,0 mg/dia se o paciente não apresentar perda ponderal ?5% do peso inicial. A necessidade de continuar com o tratamento deve ser reavaliada anualmente."

Ozempic

O mesmo laboratório que criou o Victoza e o Saxenda desenvolveu posteriormente uma substância que se mostrou mais eficaz no tratamento de diabetes tipo 2, especialmente por ser aplicada em um intervalo maior de tempo (uma semana): a semaglutida, vendida sob a marca Ozempic.

O Ozempic foi aprovado pela Anvisa em agosto de 2018 somente para o tratamento de diabetes tipo 2, mas imediatamente passou a ser usado off label (sem indicação na receita) também para obesidade e por pessoas que não têm indicação para uso deste medicamento.

A caneta aplicadora da injeção subcutânea do Ozempic tem doses de 0,25 mg e 0,5 mg, seis agulhas descartáveis e custa cerca de R$ 870.

A mesma pesquisa da IQVIA mostrou que o Ozempic saltou da 42ª posição dos mais vendidos em 2020 para a 6ª no ano passado.

"O Ozempic não foi estudado para obesidade. Os estudos de obesidade são com uma dose maior. Esse remédio já foi lançado nos Estados Unidos, chama Wegovy. Seria o Ozempic para obesidade", destaca o vice-presidente do Departamento de Obesidade da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), Márcio Mancini.

Nos EUA, o tratamento com Wegovy começa em 0,25 mg de injeção subcutânea nas primeiras quatro semanas, passa por aumentos de doses mensais, de 0,5 mg, 1 mg e 1,7 mg, até chegar à dose de 2,4 mg, ao custo médio mensal de US$ 1.627 (em torno de R$ 8.360 na cotação atual) para quem não tem seguro de saúde.

A Novo Nordisk Brasil entrou com pedido de registro do Wegovy na Anvisa no início de 2021 e aguarda uma resposta.

A farmacêutica afirma, em nota, que "não endossa ou apoia a promoção de informações de caráter off label, ou seja, em desacordo com a bula de seus produtos" e reitera que o Ozempic "não possui indicação aprovada pelas agências regulatórias nacionais e internacionais para obesidade".

Um estudo sobre o Wegovy financiado pelo fabricante e publicado no NEJM (The New England Journal of Medicine) em março do ano passado analisou 1.961 indivíduos obesos (IMC ?30) ou com sobrepeso (IMC ?27), desde que tivessem ao menos uma condição coexistente relacionada ao peso e que não tinham diabetes.

Eles foram divididos em grupos aleatórios sem que os pesquisadores que os acompanhavam e nem eles próprios soubessem em qual estavam. Metade tomou 2,4 mg de semaglutida subcutânea semanalmente e a outra metade recebeu injeções de placebo.

"A alteração média no peso corporal desde a linha de base até a semana 68 [um ano e quatro meses] foi de -14,9% no grupo semaglutida em comparação com -2,4% com placebo", escreveram os autores, acrescentando que a perda de peso médio no período foi de 15,3 kg no grupo que fez uso do medicamento, em comparação com -2,6 kg em quem tomou placebo.

Também foi constatado que 86,4% dos participantes do grupo semaglutida haviam perdido ao menos 5% do peso inicial, enquanto no grupo placebo foram 31,5%.

"Quando a gente fala em 15%, um indivíduo de 100 kg passar para 85 kg, já é algo. Isto é média, mas tem indivíduos que perderam 20%, mais que 20%. Então são tratamentos bem promissores", comenta Mancini, ao ponderar que nos Estados Unidos, 35% dos adultos são obesos, mas apenas 2% fazem uso de algum medicamento para tratar a doença.

Uso sem orientação e riscos

Como qualquer medicamento, a liraglutida e a semaglutida podem causar uma série de efeitos colaterais.

"Um estudo com liraglutida analisou a incidência de efeitos colaterais de acordo com uma série de fatores e chegou à conclusão de que quem tinha mais efeito colateral eram mulheres com peso menor. Mas os estudos foram conduzidos em pessoas que tinham indicação de tomar o remédio. Então, quando eu falo mulheres com peso menor, estou dizendo que uma mulher com 1,50 m e 65 kg tinha indicação de usar o remédio, mas ela tinha mais efeito colateral do que uma mulher com 1,70 m e 90 kg", pontua Mancini.

Não existem, continua o médico, quaisquer estudos envolvendo os dois princípios ativos em pessoas fora dos critérios estabelecidos: sobrepeso com IMC acima de 27 e doença associada ou obesidade, além dos casos de diabetes tipo 2.

"O que tem de negativo é que são pessoas tomando medicações que, por mais seguras que sejam, têm efeitos colaterais e não foram estudadas nessa população. Ninguém estudou Saxenda ou Ozempic em, por exemplo, mulheres com 60 kg que gostariam de pesar 57 kg. Os pacientes estudados ou eram diabéticos ou pesavam, em média, algo próximo de 100 kg."

Segundo o médico, o uso esporádico também aumenta a chance de efeitos colaterais.

"Tem pessoas que usam e têm peso normal, mas que gostariam de pesar 2 kg ou 3 kg a menos para entrar em uma roupa, para ir a uma festa de casamento, coisas bem pontuais. E às vezes o uso é por um mês para ver se resolve. [...] É como se fosse sempre um recomeço de tratamento."

Para a endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês, a facilidade de acesso e a falta de opções tornaram a liraglutida e a semaglutida populares entre quem pode pagar.

"Eu acho que existe um uso indiscriminado no sentido de que são os únicos remédios para controle de peso que não precisam de prescrição médica. Como a sibutramina é uma medicação controlada, de tarja preta e precisa de receita específica, ficou muito mais fácil as pessoas saírem comprando medicamentos que não precisam de prescrição, que é o caso do Victoza, do Saxenda e do Ozempic."

Dentre os efeitos colaterais mais comuns descritos nas bulas do Saxenda e do Ozempic estão:

? Náusea, vômito, diarreia, constipação

? Tontura

? Problemas que afetam o estômago e intestino, como: indigestão (dispepsia), inflamação gástrica (gastrite), desconforto gástrico, dor na região superior do estômago, azia, sensação de

empachamento, flatulência, eructação, boca seca

? Sensação de fraqueza ou cansaço

? Paladar alterado

? Dificuldade para dormir (insônia)

? Cálculo biliar

? Reações no local da injeção (como hematoma, dor, irritação, coceira e erupção cutânea)

? Hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), que provoca mal-estar súbito

? Aumento de enzimas pancreáticas, como lipase e amilase

Claudia chama atenção também para reações que podem levar pacientes ao pronto-socorro.

"As mais comuns são vômitos e enjoo muito importante. Algumas pessoas ficam em quadro de vômito recorrente e acabam se desidratando. Um dos efeitos dessas drogas é lentificar o trânsito intestinal, então existem pessoas que ficam com uma obstipação intestinal muito intensa, formando fecalomas que também precisam muitas vezes ser tratados no ambiente hospitalar."

Ela alerta ainda para o risco de pancreatite aguda, embora seja um efeito adverso raro, mas que já foi observado em pacientes usam estes remédios.

"A combinação destes medicamentos com alto teor alcoólico pode levar a um quadro de pancreatite, que é bem grave, pode ocorrer nos primeiros meses de uso. A pessoa tem uma dor forte na região abdominal, perto da altura do estômago, uma dor como se estivesse deitando sobre uma barra horizontal. Esse quadro muitas vezes precisa de internação, ficar em jejum, precisa de todo um suporte. Você pode perder o pâncreas e ficar diabético ou até morrer."

Restringir venda ou orientar?

A venda livre de liraglutidade e semaglutida em farmácias preocupa os especialistas.

"Os nossos jovens hoje têm apresentado uma incidência muito alta tanto de obesidade quanto de transtorno alimentar. Você imaginar que qualquer jovem de 12 anos pode entrar em uma farmácia, comprar um remédio destes e sair se autoaplicando, é um risco enorme", observa Claudia.

Por outro lado, o vice-presidente do Departamento de Obesidade da SBEM destaca que nenhum remédio para diabetes no Brasil tem venda controlada. Impor restrições à compra do Saxenda faria com que as pessoas que fazem uso sem prescrição passassem a comprar o Victoza.

"Procure um profissional para te indicar se você deve ou não tomar, se esse é o melhor remédio para você e se não dá para resolver o seu problema sem um remédio. Para a obesidade, eu diria que menos, mas para quem tem um excesso de peso de poucos quilos pode ser suficiente só mudar o comportamento", orienta Mancini.

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PORTAL UOL

Covid: 153,4 milhões de brasileiros completam vacinação, 71,4% da população

O Brasil atingiu os 153,4 milhões de habitantes com vacinação completa contra a covid-19, como indica o boletim divulgado hoje pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Até aqui, 153.442.549 pessoas foram vacinadas com a segunda dose ou a dose única, o que representa 71,43% da população do país. Os dados foram obtidos junto às secretarias estaduais de saúde.

O total de doses aplicadas entre ontem e hoje foi de 1.426.858. Neste período, 157.725 brasileiros concluíram o ciclo vacinal, com 152.600 segundas e 5.125 únicas. Ainda foram imunizadas 602.865 pessoas com a primeira e 666.268 com a de reforço desde as 20h de ontem.

Até agora, o número de habitantes vacinados com a primeira dose chegou a 170.609.984, o equivalente a 79,42% da população nacional. Já são 58.593.781 brasileiros imunizados com a dose de reforço até aqui.

Quanto à vacinação infantil, 6.742.032 crianças entre 5 e 11 anos já receberam a primeira dose, o correspondente a 32,89% da população desta faixa etária.

Nas últimas 24 horas, 23 estados informaram novos dados referentes à vacinação.

Em termos percentuais, o estado de São Paulo ocupa a primeira posição entre aqueles com a maior parcela da população com vacinação completa: 80,03% de seus habitantes.

O Piauí se mantém à frente quanto à aplicação da primeira dose: 88,26% da população local já recebeu a dose inicial.

Substituta de defensor da cloroquina na Saúde diz que tema está 'encerrado'

A nova secretária da SCTIE (Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos) do Ministério da Saúde, Sandra de Castro Barros, disse ontem que a discussão em torno do uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19 está "encerrada". O medicamento, sem eficácia científica comprovada contra a doença, é frequentemente divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e inclusive foi exaltada pelo ex-secretário da SCTIE Hélio Angotti Neto.

O médico declaradamente olavista Hélio Angotti Neto deixou o comando da SCTIE do Ministério da Saúde para assumir o cargo que era ocupado pela médica Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina". Com a saída de Angotti, Sandra Barros, que era diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, assumiu o cargo.

Angotti Neto foi o responsável pela nota técnica, publicada pela pasta em janeiro, que colocou a cloroquina como eficaz contra a covid-19, e a vacina não. O medicamento já teve sua ineficácia comprovada contra a doença, sendo contraindicada, inclusive, pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

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PORTAL G1

Médico diz que vídeo de funcionário negro acorrentado foi encenação, mas polícia seguirá investigando racismo

Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos da cidade de Goiás pediu ao MP que também apure o caso; órgão acompanha. Conselheiro da OAB diz que entidade rechaça toda incitação ao racismo.

O médico Márcio Antônio Souza Júnior, que filmou um funcionário negro acorrentado pelos pés, mãos e pescoço, disse que o vídeo foi uma encenação criada pelos dois, na cidade de Goiás. Em uma rede social, ele disse que gravação foi uma ‘zoeira’. Mesmo assim, a Polícia Civil seguirá investigando o caso como racismo.

O homem filmado trabalha a cerca de três meses para o médico, segundo a Polícia Civil. A Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos da cidade de Goiás pediu ao Ministério Público (MP) que também investigue o caso.

Por meio de nota, o MP informou que recebeu o pedido e o encaminhou à Polícia Civil, que já está investigando o caso. Também de acordo com o comunicado, "a 3ª Promotoria de Justiça de Goiás está acompanhando a investigação".

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o médico diz que tudo foi uma brincadeira e se desculpa com quem se sentiu ofendido.

“A gente fez um roteiro a quatro mãos, foi como se fosse um filme, uma zoeira. Não teve a intenção nenhuma de magoar, irritar ou apologia a nada. Gostaria de pedir desculpas se alguém se sentiu ofendido, foi uma encenação teatral”, disse.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 17 Fevereiro 2022 17:18

CLIPPING AHPACEG 17/02/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Relatório aponta rombo de R$ 90 milhões no Imas

Maternidade Dona Iris deixa de receber pacientes por superlotação, em Goiânia

Brasil tem 1.085 mortes por covid-19 em 24h

Prioridade hoje é a dose de reforço, diz vice-diretor da Opas

Tema 'cloroquina' está encerrado, diz secretária da Saúde

Médico ironiza escravidão em vídeo gravado em Goiás

Médico que filmou homem negro preso com correntes e algema grava vídeo ao lado de funcionário: 'Não tem nada de escravidão'

Pfizer pede autorização para uso emergencial de antiviral

HIV: o que se sabe sobre suposto caso de cura de mulher nos EUA

Município deve indenizar por morte de paciente atendida por falso médico

Pessoas não vacinadas são maioria nos casos de internação e óbito em Goiás

Especialistas alertam pais sobre vacinação de crianças contra covid-19

Secretário de Governo descarta privatização do Imas

Médico filma homem negro com correntes e algemas com referência a ‘senzala’; polícia investiga injúria racial

Defensoria Pública do Estado de Goiás solicita que MPT investigue caso de trabalhador acorrentado

TV ANHANGUERA

Relatório aponta rombo de R$ 90 milhões no Imas

https://globoplay.globo.com/v/10309613/

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Maternidade Dona Iris deixa de receber pacientes por superlotação, em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10310939/

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PORTAL IG

Brasil tem 1.085 mortes por covid-19 em 24h

País teve 147.734 novos casos da doença no mesmo período

O Brasil voltou a registrar mais de mil mortes por covid-19 em apenas um dia. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nas últimas 24h, 1.085 pessoas morreram em decorrência da doença.

No mesmo período, 147.734 pessoas testes tiveram resultado positivo, elevando o total do país a 27.806.786 infecções. Desde o início da pandemia, são 640.774 vítimas.

A média móvel de casos ficou em 121.622, abaixo da registrada ontem (126.062). A de mortes foi de 814. Ontem, era 840.

Um levantamento feito pelo Instituto Todos Pela Saúde (ITpS) apontou que, embora o país esteja sofrendo com os reflexos da variante Ômicron, ainda não há sinais de que a subvariante BA.2, descoberta recentemente, esteja crescendo.

Em todo o mundo, já são 417.094.312 casos de covid-19, e 5.846.612 mortos. Segundo o Instituto Johns Hopkins, 10.527.109.696 doses da vacina já foram aplicadas.

O site "Our World in Data" aponta que cerca de 80% dos brasileiros já completaram sua imunização.

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PODER 360

Prioridade hoje é a dose de reforço, diz vice-diretor da Opas

Para Jarbas Barbosa, a análise das evidências científicas sobre a 4ª dose deve ser feita de maneira 'tranquila'

O vice-presidente da Opas (Organização Pan-americana da Saúde), Jarbas Barbosa, disse nesta 4ª feira (15.fev.2022) que a prioridade hoje é 'identificar' as pessoas que não tomaram a dose de reforço. 'Temos milhões de pessoas que já deveriam estar recebendo a 3ª dose', afirmou em coletiva de imprensa.

Segundo Barbosa, enquanto essas pessoas são identificadas, a análise das evidências científicas sobre a 4ª dose são feitas de forma 'tranquila' para que uma recomendação possa ser feita no futuro.

Ele destacou ainda a importância da dose de reforço para a população, já que a proteção dada pela vacina começa a 'diminuir com o tempo'.

No dia 9 de fevereiro, o governo publicou uma nota técnica recomendando a aplicação da 4ª dose contra a covid-19 em adolescentes imunocomprometidos.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o Estado adotará a 4ª dose da vacina contra a covid, independentemente de recomendação do Ministério da Saúde.

A decisão de Doria foi criticada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. 'É fundamental avançar na dose de reforço. A gente ouve 'ah, tem que aplicar uma 4ª dose'. Tem que avançar na dose de reforço, isso sim, é o que devemos fazer: nos unir para aplicar a dose de reforço na população', disse.

Outros países, como Chile e Israel, também já anunciaram a aplicação da dose extra.

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Tema 'cloroquina' está encerrado, diz secretária da Saúde

Declaração foi dada durante o anúncio da troca de nomes no Ministério da Saúde nesta 4ª feira (16.fev.2022)

A nova secretária do Ministério da Saúde, Sandra Barros, disse durante coletiva de imprensa nesta 4ª feira (16.fev.2022) que a discussão sobre a hidroxicloroquina está 'encerrada'. Barros assumiu na pasta o lugar do ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto.

O ministro Marcelo Queiroga destacou ainda que o recurso será julgado por ele. 'Isso não vai mudar a história da pandemia da covid-19, mas nós vamos julgar', disse.

Queiroga ainda ressaltou que a 'a medicina não é uma ciência exata'.

As declarações foram dadas durante o anúncio do ministério sobre a troca de nomes da pasta. A ex-secretária Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mayra Pinheiro foi substituída por Hélio Angotti Neto, até então secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

Pinheiro, conhecida como 'Capitã Cloroquina', foi nomeada Subsecretária de Perícia Médica Federal da Secretaria da Previdência do Ministério do Trabalho na última 2ª feira (14.fev.2022).

Também foi anunciada a nova responsável pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde: a funcionária pública Maíra Botelho.

Apesar das trocas, Queiroga manteve na equipe o secretário executivo, Rodrigo Cruz; e os responsáveis pela atenção básica, Raphael Parente, e pelo enfrentamento à covid-19, Rosana Melo.

Segundo o ministro, ainda há 'muito trabalho pela frente' no que diz respeito ao enfrentamento da pandemia.

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O POPULAR

Médico ironiza escravidão em vídeo gravado em Goiás

Homem negro aparece com mãos e pés acorrentados e uma argola no pescoço; Polícia Civil abre investigação

A delegacia da cidade de Goiás está investigando um suposto caso de apologia à escravidão envolvendo um rapaz negro e um médico do município. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o jovem aparece com as mãos e pés acorrentados e uma argola no pescoço. As imagens foram publicadas em uma rede social do médico Márcio Antônio Souza Júnior, que enquanto mostra as amarras afirma que 'o jovem não quis estudar e vai viver na senzala'.

A filmagem teria sido feita em um colégio na zona rural e apagada pouco tempo depois de ser publicada. O delegado responsável pelo caso, Gustavo Barreto, disse à CBN Goiânia que a possível vítima já prestou depoimento na delegacia e relatou que foi ele mesmo quem pediu para o médico filmá-lo e concordou com toda a situação. O homem também contou à polícia que é funcionário do médico e não relatou nenhuma situação de trabalho escravo ou que desrespeitasse as leis trabalhistas. O delegado disse ainda que nos próximos dias deve ouvir o médico e mais testemunhas.

A Secretaria das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos da Cidade de Goiás divulgou uma nota repúdio sobre o que classificou como 'lamentável episódio em que uma Pessoa Negra, um Ser Humano é exposto acorrentado pelas pernas e com grilhões nos braços e no pescoço'. A nota cita o artigo 3º da Constituição Federal, que estabelece os direitos fundamentais do cidadão. Por fim, a pasta afirma que a Prefeitura 'acompanhará atentamente os desdobramentos da investigação e tomará as medidas de sua competência. Após a repercussão, o médico publicou um novo vídeo em que questiona o homem negro sobre as acusações de apologia a escravidão. 'Isso é uma brincadeira, só entrar na mídia, moçada. Nós tem é que trabalhar moçada, é tudo uma brincadeira', responde. O médico completa: 'Aqui é tranquilidade, paz, tem nada de escravidão, não. Quem não queria uma vida dessa?'. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos envolvidos. O Conselho Regional de Medicina (Cremego) disse que não vai se manifestar.

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PORTAL G1

Médico que filmou homem negro preso com correntes e algema grava vídeo ao lado de funcionário: 'Não tem nada de escravidão'

Rapaz aparece com os pés acorrentados, as mãos algemadas e até o pescoço preso por um ferro. Polícia investiga caso como racismo.

O médico, que filmou um homem negro preso com correntes e algema, gravou um novo vídeo ao lado dele para falar que não há situação de escravidão, na tarde desta quarta-feira (16). O funcionário da fazenda, que apareceu acorrentado até pelo pescoço, disse à Polícia Civil que a gravação não passou de uma brincadeira.

O novo vídeo foi gravado após a primeira filmagem repercutir e o caso ter ido parar na delegacia, na cidade de Goiás (leia diálogo abaixo).

Médico: E ai, camarão. O povo está enchendo o saco. O que você acha disso?

Funcionário: O povo tem é que trabalhar. A vida melhor que Deus deu para o homem foi trabalhar, moçada.

Médico: Aqui é tranquilidade, paz. Não tem nada de escravidão. Quem não queria uma vida dessa.

O vídeo, que mostra o funcionário em situação análoga à escravidão, foi publicado na terça-feira (15), na rede social do profissional (assista acima).

"Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala", disse o médico enquanto filmava o homem acorrentado.

O g1 não conseguiu contato com o profissional para se posicionar sobre o vídeo até a última atualização desta reportagem. O Conselho Regional de Medicina (Cremego), disse que não vai comentar o caso.

Investigação

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o crime de racismo. O delegado Gustavo Cabral, responsável pelas investigações, informou que, mesmo o funcionário alegando em depoimento que a situação era uma brincadeira, o médico pode pegar até cinco anos de prisão.

'Apesar da vítima informar que partiu dela essa iniciativa e que não deseja representar contra esse médico por eventual constrangimento ou injúria. Nós observamos a possibilidade de estar caracterizado o crime previsto no artigo 20, da lei de crimes raciais, por ele, aparentemente, ter incitado e induzido a prática de racismo', explicou o delegado.

Repúdio

A prefeitura da cidade divulgou uma nota dizendo que 'o ato divulgado, sem explicação aceitável, causa profunda repulsa e deve ser objeto de investigação e apuração pela autoridade policial competente, para uma célere instrução e responsabilização nos termos da lei'.

Para o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares e defensor dos direitos da população negra, José Vicente, o caso não pode ser encarado como uma 'brincadeira'.

'Não pode se brincar, não é uma brincadeira devida nem apropriada e ela menos ainda serve como uma justificativa de retirar seja responsabilidade, seja culpabilidade, seja civil, penal ou criminal ou mesmo social em um fato concreto como esse', disse.

O delegado que investiga o caso também repudiou a situação.

'É terrível ver esse racismo estrutural ocorrendo. É terrível ver a própria vítima consentir na mente dela com essa situação, isso precisa ser mudado. Espero que esse caso, além da punição individual para essa pessoa, sirva de aprendizado para toda sociedade, para superar esse terrível racismo estrutural que a gente vive', disse Gustavo Cabral.

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HIV: o que se sabe sobre suposto caso de cura de mulher nos EUA

Esse é o terceiro caso registrado em que paciente fica livre da infecção pelo vírus causador da aids. A técnica utilizada pode ampliar o número de indivíduos de diferentes origens que se beneficiaram dessa intervenção.

Pesquisadores americanos anunciaram na terça-feira (15) a terceira possível cura de uma infecção pelo HIV, o vírus causador da aids. Esse é o primeiro caso que envolve uma paciente do sexo feminino.

Durante uma conferência médica realizada em Denver, nos Estados Unidos, especialistas da Weill Cornell Medicine, de Nova York, disseram que utilizaram uma nova abordagem, diferente do que foi feito nos dois registros anteriores de cura.

Em vez de fazer um transplante de medula óssea com células-tronco obtidas a partir de um doador adulto compatível, eles optaram por usar as células-tronco encontradas no sangue do cordão umbilical de um recém-nascido.

De acordo com os responsáveis pelo estudo, isso pode ampliar o número de indivíduos de diferentes origens que se beneficiariam dessa estratégia, já que é possível usar o sangue de cordão umbilical de um doador parcialmente compatível, enquanto que o transplante convencional exige uma similaridade bem maior entre quem está doando e quem está recebendo.

Embora a notícia tenha sido celebrada na comunidade científica e entre associações de pacientes, é importante dizer que tratamentos do tipo só são indicados para uma parcela mínima dos mais de 37 milhões de pessoas infectadas com o HIV no mundo.

Confira a seguir o que se sabe sobre o terceiro caso de provável cura, o método de tratamento e o impacto que ele pode ter no futuro.

A paciente

Por questões de privacidade, o grupo da Weill Cornell Medicine não divulgou o nome ou a idade da mulher que supostamente está livre do HIV.

Sabe-se que o vírus foi detectado no organismo dela em junho de 2013. Em março de 2017, a paciente foi diagnosticada com leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas.

Em agosto daquele mesmo ano, ela recebeu o sangue de cordão umbilical de um doador que possui uma mutação genética capaz de impedir a infecção pelo HIV.

Em paralelo, os médicos também utilizaram sangue colhido de um familiar próximo da mulher.

A paciente foi acompanhada durante todo esse período e, três anos e um mês após passar pela terapia, ela decidiu abandonar o coquetel antirretroviral, o conjunto de remédios capaz de manter o vírus sob controle (embora não consiga eliminá-lo de fato do organismo).

Depois de 14 meses da interrupção na terapia medicamentosa, ela não apresenta nenhum sinal do HIV em exames de sangue.

Ainda não se sabe ao certo os mecanismos de funcionamento da nova abordagem. Especialistas especulam que o sangue do cordão umbilical carrega células-tronco com maior capacidade de adaptação, enquanto o sangue de um familiar próximo fornece células de defesa que conseguem aumentar a imunidade durante e após o procedimento.

Os casos anteriores

Antes do anúncio recente, os únicos dois indivíduos que foram curados do HIV foram Timothy Ray Brown (também conhecido como paciente de Berlim), em 2008, e Adam Castillejo (o paciente de Londres), em 2019.

Brown viveu 12 anos sem o vírus até morrer em 2020, por causa de um câncer.

Ambos receberam um transplante de medula óssea, a estrutura popularmente conhecida como "tutano" que fica no interior dos ossos e é responsável por fabricar as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas).

Nesses dois casos, os doadores de medula também carregavam aquela mutação genética que impede a infecção pelo HIV.

Após passarem pelo tratamento, tanto Brown quanto Castillejo experimentaram efeitos colaterais severos, como múltiplas infecções, perda de peso, queda de cabelo e uma espécie de "rejeição", em que as células imunológicas passam a atacar o próprio organismo e promovem uma inflamação intensa.

A terceira paciente, na contramão, teve alta hospitalar 17 dias após receber o sangue do cordão umbilical e não apresentou os mesmos eventos adversos graves observados anteriormente.

É pra todo mundo?

Embora essas três experiências recentes indiquem um caminho promissor para curar a infecção pelo HIV, é preciso reforçar que os cientistas não veem o transplante de medula óssea, seja a partir de um doador adulto ou do cordão umbilical, como algo que vai beneficiar a grande maioria dos pacientes.

Considerados métodos arriscados e invasivos, ele só são testados em portadores de HIV que também foram diagnosticados com câncer, em que outras opções de tratamento não estão mais disponíveis.

Para ter ideia, antes de realizar o transplante com as células-tronco em si, os especialistas usam quimioterapia e radioterapia para destruir a medula óssea "original" do paciente.

Ainda nessa seara, o caso específico da mulher supostamente curada amplia um pouquinho mais as esperanças de beneficiar um número maior de portadores de HIV.

Isso porque o método de transplante de medula óssea utilizado nos pacientes de Londres e Berlim exige uma compatibilidade maior entre doador e receptor, como explicado mais acima. E a tal da mutação genética que impede a infecção pelo HIV foi encontrada em cerca de 20 mil doadores, sendo que a maioria deles tem descendência do Norte da Europa.

Já no caso do cordão umbilical, a exigência de compatibilidade é menor - com isso, seria possível utilizar esse material num número um pouco maior de pacientes de diferentes origens e ancestralidades.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 37,7 milhões de pessoas vivem com o HIV, sendo que dois terços delas (25,4 milhões) estão na África.

Só em 2020, 680 mil indivíduos morreram por causas relacionadas a essa infecção e 1,5 milhão de pessoas se infectaram com o vírus.

No Brasil, o Ministério da Saúde calcula que 694 mil pessoas estão em tratamento contra o HIV atualmente. Dessas, 45 mil iniciaram a terapia antirretroviral em 2021.

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O GLOBO

Pfizer pede autorização para uso emergencial de antiviral

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu do laboratório farmacêutico Pfizer um pedido de uso emergencial e temporário do remédio Paxlovid, um antiviral para tratamento de Covid-19. A agência informou que, de acordo os documentos enviados pela farmacêutica, os estudos demonstram que o medicamento reduz hospitalizações e mortes em 89% quando aplicado no início da infecção. A Anvisa vai agora analisar esses dados, dentro de um prazo de 30 dias. Inicialmente, a Anvisa vai verificar se a Pfizer enviou todos os documentos necessários para a aprovação. Caso isso não tenha ocorrido, a agência poderá pedi-los.

Em 19 de janeiro deste ano, a Anvisa já tinha feito um encontro com a Pfizer para tratar do remédio. Foi a 'reunião de pré-submissão', que ocorre antes do pedido formal de liberação de um medicamento.

O Paxlovid é um remédio oral que deve ser tomado no início dos sintomas de Covid-19, principalmente por pacientes com alto risco de complicações graves da doença. A droga funciona como um inibidor de protease, ou seja, tem a função de bloquear uma enzima de que o vírus precisa para se multiplicar no organismo.

Agências estrangeiras já aprovaram o remédio. A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, autorizou o uso emergencial em dezembro do ano passado. Na semana passada, a agência chinesa divulgou que deu aprovação condicional ao Paxlovid, para tratar adultos de alto risco de complicações graves.

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CONSULTOR JURÍDICO

Município deve indenizar por morte de paciente atendida por falso médico

O município é o responsável primário pelo serviço de saúde local e, nesta condição, é responsável pelos danos causados pelas pessoas jurídicas de direito privado prestadoras do serviço público de saúde.

Assim entendeu o juiz Fernando José Alguz da Silveira, da 2ª Vara Cível de Tatuí (SP), ao condenar o município a indenizar em R$ 150 mil os dois filhos de uma mulher que morreu após ser atendida por um falso médico na Santa Casa de Misericórdia da cidade.

A mãe dos autores sofreu um infarto e foi atendida por um médico plantonista na Santa Casa. Os filhos alegaram se tratar de um falso médico, que vinha atendendo de forma indevida há seis meses. Na ação, eles relacionam a morte da mãe a falhas no atendimento e citam, por exemplo, a recusa do médico em transferir a paciente para a UTI.

Além disso, destacaram a demora para realização de exames imprescindíveis e a ausência de prescrição médica por muitas horas após a entrada da paciente no hospital, "o que certamente foi crucial para o agravamento de seu quadro". Os autores são representados pelo advogado Levi Avila.

Ao condenar o município, o magistrado ressaltou que o médico foi posteriormente identificado como integrante de uma organização criminosa que aplicava golpes. O grupo teria indicado pessoas sem formação em medicina para trabalhar em hospitais da região, incluindo o médico que atendeu a mãe dos autores.

"A perícia realizada atestou que o atendimento efetuado pelo suposto médico foi deficitário, pontuando que 'houve falha no diagnóstico' e 'consequentemente, falha na devida condita médica. Em que pese o perito tenha relatado não ser possível afirmar que a paciente teria sobrevivido caso o tratamento oferecido fosse o adequado, é inegável que a conduta agravou o estado de saúde e, se não extinguiu as suas chances de recuperação, certamente as reduziu", disse.

De todo modo, afirmou o magistrado, o simples fato de a paciente ter sido atendida por um falso médico em um hospital a serviço da município "é deveras absurdo". Silveira disse que houve falha no momento da contratação, da checagem de informações, da análise da vida pregressa do médico, entre diversos outros aspectos.

"Um hospital tem em suas mãos o mais importante bem jurídico: a vida. A Constituição Federal assegura a inviolabilidade do direito à vida (artigo 5º, caput), considerado o mais importante direito fundamental, que condiciona todos os demais direitos. Desta feita, é inadmissível que qualquer instituição hospitalar permita que uma pessoa imperita atue como se profissional da saúde fosse, colocando em risco a vida dos cidadãos", acrescentou Silveira.

Para ele, o fato de o falso médico ter atuado por meses na Santa Casa de Misericórdia já configura risco à saúde pública, gerando o dever de indenizar os autores: "Evidente a existência de dano moral, já que no momento mais importante, ao procurar a ajuda do hospital que acreditava ser qualificado, a genitora dos autores foi submetida a um falsário, que a diagnosticou errado e falhou em seu atendimento".

Silveira disse que, ainda que não se possa falar em certeza de sobrevivência da paciente, é possível falar em melhores condições nos últimos momentos de vida, isto é, em dignidade. "A Santa Casa de Misericórdia de Tatuí, ao permitir que um falso médico atendesse em seu pronto-socorro, emitindo diagnósticos errados e oferecendo tratamentos inadequados, tolheu a dignidade da paciente", disse.

A conclusão do juiz foi de que os autores sofreram "incontestável abalo psíquico", não somente pela perda repentina da mãe, mas pela "situação absurdamente insólita". Assim, afirmou, o município, na condição de responsável primário pela saúde local e contratante dos serviços da Santa Casa de Misericórdia, deve responder pelos danos causados.

"Está devidamente comprovado que houve erro de diagnóstico por parte do falso médico e, em decorrência disto, erro na escolha do tratamento, o que leva à conclusão de que a Santa Casa de Misericórdia não atuou de acordo com o que prevê a melhor técnica médica", finalizou Silveira, fixando a indenização em R$ 75 mil para cada autor.

Estado foi absolvido

Os autores também buscavam a responsabilização do Estado de São Paulo, o que foi rejeitado pelo magistrado. Isso porque os fatos aconteceram na Santa Casa de Misericórdia de Tatuí, pessoa jurídica de direito privado conveniada ao SUS, contratada pelo município, situação que afasta a responsabilidade do Estado, já que não tem qualquer vínculo com a instituição hospitalar ou com o falso médico.

"Neste sentido, o Superior Tribunal de Justiça reconheceu a ilegitimidade passiva da União em demanda indenizatória ajuizada em decorrência de erro médico cometido em hospital privado, mediante atendimento pelo SUS, sujeito a controle e avaliação do município", pontuou Silveira, citando o julgamento do EREsp 1.388.822 pelo STJ.

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A REDAÇÃO

Pessoas não vacinadas são maioria nos casos de internação e óbito em Goiás

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) lançou um novo painel que mostra os números de internações e óbitos entre a população não vacinada contra a covid-19 ou com esquema vacinal incompleto. Lançada na quarta-feira (16/2), a ferramenta mostra dados os últimos 28 dias. Tanto para internações quanto óbitos, os pacientes com vacinação incompleta ou não vacinados são maioria.

"Entre não vacinados ou incompletamente vacinados, as hospitalizações são muito mais frequentes do que quando a gente compara com quem toma dose de reforço. Isso corrobora a informação que a gente já tinha: a vacinação vem, principalmente, para proteger contra casos graves e óbitos", explicou a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim. 

Veja os gráficos: https://www.aredacao.com.br/noticias/163757/pessoas-nao-vacinadas-sao-maioria-nos-casos-de-internacao-e-obito-em-goias

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Especialistas alertam pais sobre vacinação de crianças contra covid-19

As vacinas contra a covid-19 são seguras, eficazes e reconhecidas como solução em potencial para o controle da pandemia do coronavírus, explicam especialistas na área de saúde. A afirmação serve de orientação aos pais que ainda têm receio de procurar a imunização para os filhos, para que participem do Dia “V” de Vacinação neste sábado (19/2). O objetivo da campanha realizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e em parceria com os municípios, é acelerar a aplicação de doses em crianças de 5 a 11 anos e conscientizar sobre a importância da vacinação. 

O governador Ronaldo Caiado, que é médico, faz um apelo pela imunização e a conscientização dos pais. "Não temos o direito de ultrapassar o limite que nos é dado. A criança não tem autonomia própria, e aí é uma decisão da família, dos pais. Por isso, temos que sensibilizá-los”, reforça o chefe do Executivo estadual, que participará da abertura do Dia “V”. 

Para incentivar a imunização das crianças, o Governo de Goiás também elaborou um vídeo com participação de profissionais como a presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Marise Tofoli, para divulgar a campanha e reforçar a mensagem de que a vacina é segura. A aplicação das doses ocorrerá das 8h às 17h em 750 postos espalhados por todo o Estado. 

Autoridades em saúde são unânimes ao explicar que a vacinação no público infanto-juvenil é segura porque os imunobiológicos passaram por um processo de desenvolvimento com muito rigor. “São estudos de fase pré-clínica, clínica, fase 1, 2 e 3. Nesta última etapa são observadas a eficácia e segurança e chega-se a uma dose ideal. Isto é, a quantidade de antígeno suficiente para o desenvolvimento de anticorpos neutralizantes na criança”, explica a médica alergista, imunologista e pediatra Lorena Diniz. 

Segundo Diniz, os casos de óbitos ou de sequelas graves causadas pela Covid-19 em crianças justificam a necessidade de incorporação da imunização no público infantil. A Síndrome Inflamatória Multissistêmica (SIM-P) é uma doença rara, mas grave, em que crianças com Covid-19 desenvolvem uma inflamação que afeta diferentes órgãos do corpo. Os pequenos com essa condição precisam de cuidados especializados e podem ser internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). 

“Os pais que estão hesitando em levar os filhos para vacinar colocam as crianças num risco ainda maior caso sejam contaminadas pela Covid-19”, afirma Lorena Diniz ao ponderar que os efeitos adversos graves ocorridos com a administração da vacinação são raros. Conforme a imunologista, até o momento, eventos causados pela imunização são considerados leves e toleráveis, sem deixar sequelas.

Eficácia e segurança

Os esforços e o apelo das autoridades para explicar a importância da vacinação ocorrem em meio a um quadro de baixa procura pela imunização. Segundo a SES-GO, do público vacinável entre 5 e 11 anos com a primeira dose, que soma 726.580 crianças e adolescentes, pouco mais de 153 mil procuraram a dose que tem direito. O que não representa nem 22% (21,09%) de cobertura da faixa etária. 

A médica infectologista, professora da Universidade Federal de Goiás e membro do comitê de vacinas para a Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Cristiana Toscano, faz um alerta para o momento vivido hoje na pandemia com a presença de “uma variante altamente transmissível”, a Ômicron. “Há uma circulação de vírus muito intensa na população pediátrica. É esperado, nesse momento, um número muito maior do que já ocorreu desde o início da pandemia de hospitalizações, além de óbitos e complicações”, aponta.

Toscano coordena o Grupo de Modelagem Dinâmica do SaRS-CoV-2 no Brasil e destacou uma nota técnica divulgada recentemente que projeta o impacto potencial de acelerar a vacinação de crianças no País. “A gente consegue estimar que essa vacinação teria a capacidade de evitar, só em crianças de 5 a 11 anos, 5.400 hospitalizações por Covid-19 e 430 óbitos nos próximos três meses apenas”, ressalta.

A pediatra da equipe da Gerência de Imunizações da SES-GO, Nádia Teixeira Gabriel, acrescenta que o assunto deve ser tratado com máxima responsabilidade pelas famílias, já que as crianças são hoje “o grupo mais vulnerável em relação à Covid-19”. A médica complementa que a vacinação é fundamental para superar a pandemia. “Procuramos uma proteção coletiva, que todos estejam vacinados, para impedir que haja uma circulação viral e que esse vírus sofra mutações”, completa.

Outro fator de impacto junto ao público infantil é a volta das aulas presenciais. A coordenadora do departamento de comunicação da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), Mirna de Sousa, defende a imunização completa, junto à manutenção dos protocolos de higiene, para garantir mais segurança no ambiente escolar. “É importante que as crianças que frequentam as escolas estejam com seu calendário vacinal completo tanto para a Covid-19 quanto para qualquer outra vacina”, defende.

Serviço

Assunto: Governo de Goiás promove Dia “V” de Vacinação contra Covid-19

Quando: Sábado (19/02), das 8h às 17h

Onde: 750 postos no Estado

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JORNAL OPÇÃO

Secretário de Governo descarta privatização do Imas

Por Rafaela Ferreira

Por falta de repasse, contratos de hospitais e instituições de saúde com o Imas estavam parados desde o dia 11 deste mês

A privatização do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas) foi descartada pelo secretário de Governo da Prefeitura de Goiânia, Arthur Bernardes. A meta, segundo ele, é buscar solução para a autosustentabilidade do plano de saúde que atende o funcionalismo público goianiense. A crise no Imas, que vai passar por auditoria, foi discutida durante reunião entre a Secretaria Municipal de Governo (Segov) e o Ministério Público de Goiás (MPGO) nesta quarta-feira, 16.

“Não temos como cravar um número. O que temos é um levantamento inicial, que ainda pode aumentar muito”, alerta Arthur Bernardes. “É prematuro falar, mas já foram encontrados 90 milhões de débitos anteriores”, continuou. Por falta de repasse, contratos de hospitais e instituições de saúde com o Imas estavam parados desde o dia 11 deste mês. O órgão também acumula saldos com prestadores de serviços que ainda não receberam, além dos servidores municipais, embora, segundo Arthur, receba recursos do município. “O que ele recebe não consegue pagar suas dúvidas”, completa o secretario, que defende intervenção para que o órgão tenha capacidade de se sustentar.

A proposta, agora, é encontrar a melhor solução para o Imas. Para isso, Bernardes afirma que há necessidade de dialogar com sindicatos, servidores, Câmara e órgãos de controle. Apesar de garantir que o Imas enfrenta grandes dificuldades, o secretário não pontuou quais são esses problemas durante a coletiva de imprensa. “É cedo para se falar quais são os problemas do instituto. Se encontra muitas dificuldades para encontrar informações, por conta do sistema antigo. Estamos tendo problemas em descobrir até mesmo quem são os nossos credores”, diz o secretário. Segundo ele, atualmente o plano de saúde tem condição de fazer a auditoria. O caminho, nesse caso, seria a terceirização.

Após cinco meses de atraso nos pagamentos, na última sexta-feira, 11, hospitais e instituições de saúde integrantes da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) anunciaram a suspensão gradual do atendimento aos usuários do Imas. De acordo com a Ahpaceg, a medida foi tomada diante de recentes decisões do Imas, como a definição de cotas de pacientes. A associação afirma que a decisão foi unilateral e sem comunicado prévio e caracteriza uma violação do contrato firmado com os prestadores de serviços de saúde.

Além do titular da Segov, estiveram presentes na coletiva o atual presidente do Imas, Jefferson Leite da Silva, e a promotora, Carmen Lúcia. Jefferson substituiu Júnior Café (Brasil 35/Partido da Mulher Brasileira), que foi exonerado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) no dia 4 de fevereiro. No mesmo dia, Jefferson Leite da Silvateria foi nomeado. A publicação do desligamento de Júnior Café foi confirmada no Diário Oficial do Município (DOM) após crise nas clínicas e bancos de sangue particulares. Na terça-feira, 15, Jefferson Leite já teria levado ao atual prefeito de Goiânia as dificuldades mapeadas no Imas e, só assim, Rogério teria tomado conhecimento os problemas do órgão municipal.

O atual gestor teria feito um apanhado crônico do que ocorre no órgão de prestação de serviços a saúde. A questão da alternância dos pagamentos e a cronologia dos pagamentos foram listadas por Jefferson Leite. Além disso, a alta do valor de procedimentos médicos na tabela teria chamado a atenção de Rogerio Cruz. “Ele fez um apanhado rápido no site da Unimed, por exemplo, e identificou lá que uma cessaria está, no entorno, de R$ 700 que a Unimed paga. Na tabela do Imas, está R$ 1.200”, contou Arthur Bernardes. A revisão das tabelas é outra preocupação da atual gestão.

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Médico filma homem negro com correntes e algemas com referência a ‘senzala’; polícia investiga injúria racial

Por Redação

Investigações começaram após vídeo viralizar na internet. Rapaz aparece com pés e mãos acorrentadas. Caso ocorreu na Cidade de Goiás

Médico será investigado por injúria racial. | Reprodução

Um médico será investigado por injúria racial por ter filmado e postado em suas redes sociais um homem negro algemado e acorrentado. No vídeo, que viralizou, há referência à senzala. O caso ocorreu na Cidade de Goiás. A publicação foi feita na última terça-feira (15).

A polícia passou a investigar o caso depois da viralização do vídeo. “Falei para estudar, mas não quer. Vai ter que ficar na minha senzala”, diz o médico na gravação.

O delegado Gustavo Barreto é o responsável pelo caso. O primeiro passo é descobrir o vínculo entre o homem algemado e o suspeito. Segundo as investigações, a filmagem foi feita na zona rural da Cidade de Goiás.

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O HOJE

Defensoria Pública do Estado de Goiás solicita que MPT investigue caso de trabalhador acorrentado

Por Felipe Cardoso e Yago Sales

A arquitetura colonial da Cidade de Goiás, antiga capital do Estado até 1933, ganhou elementos escravocratas, com Ernando Correa, de 37 anos, um homem negro acorrentado pelos pés, mãos e pescoço e falas de senhores da Casa Grande. Sem estudos, o homem humilde trabalha e mora em uma fazenda há três meses. 

A situação foi divulgada em vídeos pelo Instagram do médico goiano Márcio Antônio Souza Júnior, proprietário da fazenda onde foi gravado a cena que repercutiu nacionalmente na manhã da última quarta-feira (16/2). O vídeo foi removido logo em seguida. O Hoje revelou o caso com exclusividade na versão online do jornal. Logo após a repercussão, o autor do vídeo afirmou que o funcionário é de “confiança” e que é seu “braço direito”. 

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE/GO), por intermédio de seu Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) oficializou o Procurador-Chefe do Ministério Público em Goiás, Alpiniano do Prado Lopes. “Tendo em vista a gravidade do ocorrido, bem como a possibilidade de incidência”, diz o documento. A Defensoria quer saber a relação de trabalho entre o médico e fazendeiro com o funcionário. 

O caso

Na gravação, o médico e conhecido fazendeiro na região, comenta enquanto filma o homem acorrentado: “falei para estudar, mas ele não quer. Então vai ficar na minha senzala”. Em outro trecho, acrescenta: “tente fugir, pode ir embora”. O homem acorrentado apenas sorri. 

Populares da região dizem que Márcio, popularmente conhecido como Doutor Marcim no interior goiano, faz parte de uma família tradicional da cidade. Região que, por sinal, foi assolada durante anos pelo regime escravocrata. As imagens, atreladas ao contexto histórico maximizaram o sentimento de revolta e indignação da população vilaboense.

Em depoimento à polícia na tarde de ontem, Correa diz que presta serviços na fazendo do médico há três meses e que partiu dele o que classificou como “brincadeira”. O delegado Gustavo Cabral vê o caso como uma questão social. “As pessoas não devem aceitar isso. É repugnante. Não é aceitável”. 

A respeito do fato de o funcionário ter dito que a ideia do vídeo partiu dele e não haver uma representação por parte da vítima, pode deixar o médico e fazendeiro ileso do ponto de vista legal.  “Sejá lá o que for, a investigação depende da representação da vítima”, disse o delegado. 

Advogado do médico, Reginaldo Ferreira Adorno Filho, disse que o cliente deve se manifestar quando falar com o delegado, já que ainda não foi ouvido. O advogado não soube responder se Ernando tem algum vínculo empregatício há três meses em uma das fazendas do médico. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) não quis comentar o caso. 

“Profunda repulsa”

Diante da gravidade das cenas, a prefeitura Municipal da Cidade de Goiás se manifestou, por meio de sua Secretaria das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Em resposta à reportagem, considerou “lamentável” o episódio em que uma pessoa negra, “um ser humano”, é exposto acorrentado. O médico já prestou serviços em um hospital municipal da cidade.

A pasta lembra que racismo, bem como a injúria racial, “são crimes previstos na Legislação brasileira”. E continua: “Além das disposições constitucionais e legais, a prática de qualquer ato que atente contra a dignidade humana por conta da cor da pele deve ser amplamente combatida pela sociedade e pelo Poder Público, sendo essencial para a construção de uma sociedade mais justa, sustentada na igualdade entre as pessoas”.

Para a pasta, o ato divulgado, sem explicação aceitável, causa “profunda repulsa e deve ser objeto de investigação e apuração pela autoridade policial competente, para uma célere instrução e responsabilização nos termos da lei”. Por fim, a prefeitura assegura que acompanhará “atentamente” os desdobramentos da investigação e tomará as “medidas de sua competência”. 

“A vida nesta cena”

Ao comentar as imagens, a historiadora e professora do Instituto Federal de Goiás (IFG) e da Rede Goiana de Mulheres Negras, Janira Sodré, o próprio significado moral da escravidão é algo que deveria “horrorizar” a sociedade.

“No entanto, temos setores, segmentos e pessoas especificas que se autorizam, não apenas a gravar esse tipo de cena horripilante, como revitimizar um homem negro, responsabilizando-o”, acrescenta. 

Ela ressalta a simplicidade do homem, vista no vídeo, e comenta a tentativa do autor das imagens em se “isentar da responsabilidade”. “Isso é gravíssimo e exige uma averiguação rigorosa, além, claro, da responsabilização. É uma ação odiosa, motivada pelo ódio racial”.

Sobre o contexto histórico que pesa sobre os ombros da cidade de Goiás, a pesquisadora rememora: “Foi sede da capitania de Goiás para onde foram sequestrados e trazidos, pelo menos no primeiro século, 40 mil africanos para atividades em regimes escravocratas. É lamentável que nossa cidade de Goiás, que também representa um patrimônio, veja a vida nesta cena”.  

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 16 Fevereiro 2022 10:49

CLIPPING AHPACEG 16/02/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil tem 10º dia seguido com queda na média móvel de casos

Ômicron afeta menos o pulmão, mas está longe de ser gripe; entenda impacto e sequelas da variante

Covid-19: Fiocruz aprova primeiro lote de vacina 100% brasileira

Onda Ômicron elevou óbitos fora das UTIs dos hospitais

Governo Bolsonaro autoriza compra de remédio mais caro do mundo por até R$ 6,5 mi

Prefeitura de Goiânia vai vacinar crianças contra a covid-19 nas escolas

Ismael: Queda nos pedidos por UTI sinaliza redução nos casos de covid-19

Covid-19: Goiás registra 5,6 mil novos casos e 40 mortes em um dia

PODER 360

Brasil tem 10º dia seguido com queda na média móvel de casos

Foram 120.549 novos diagnósticos em 24 h, além de 854 mortes; há duas semanas, média estava em 126.062

O Ministério da Saúde confirmou 854 novas mortes por covid-19 no Brasil nesta 3ª feira (15.fev.2022). São 639.689 vítimas da doença no país desde o início da pandemia.

Foram registrados 120.549 novos casos de covid-19. Ao todo, são 27.659.052 diagnósticos confirmados.

Apenas o Ceará não atualizou os dados diários.

Leia aqui como e de onde o Poder360 obtém dados sobre o coronavírus. Os registros diários de mortes não se referem às datas das mortes, mas ao dia em que o óbito foi informado ao Ministério da Saúde.

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O GLOBO

Ômicron afeta menos o pulmão, mas está longe de ser gripe; entenda impacto e sequelas da variante

Pneumologista e infectologista avaliam que é cedo para fazer afirmações sobre as consequências da variante a longo prazo. No entanto, parte das impressões que corroboram que é uma versão menos agressiva do vírus estão, na verdade, ligadas à vacinação contra a doença.

A ômicron se espalhou pelo Brasil e, desde dezembro, a curva de transmissão e o número de mortes entraram em ascensão em meio a uma explosão de casos. Por isso, novas perguntas surgem em meio a mais esta onda do coronavírus: a ômicron causa impacto menor no pulmão e em outras partes do corpo? A variante deixa sequelas da Covid longa? Faz sentido dizer que ela é mais "fraca"?

As respostas do especialistas consultados pelo g1 apontam para a gravidade da doença e um fato: a ômicron não causa resfriados. Há consenso de que as impressões de que o impacto da Covid-19 atualmente seria mais leve estão diretamente relacionadas à proteção conferida pela vacinação.

No entanto, a lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) segue alta. Como o número de casos está ainda maior, mesmo que a nova variante tenha um risco de morte proporcionalmente menor, o número absoluto de casos graves ainda tem um papel relevante. Nesta terça-feira (15), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que os casos da ômicron tiveram 'forte impacto' no sistema de saúde em janeiro.

"O efeito da vacina deu essa impressão de que a ômicron é leve. Ela é de fato mais leve do que a delta e que a gama, mas não é verdade que ela não cause quadros graves", disse Frederico Fernandes, diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.

"O efeito da vacina deu essa impressão de que a ômicron é leve. Ela é de fato mais leve do que a delta e que a gama, mas não é verdade que ela não cause quadros graves", disse Frederico Fernandes, diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.

Como a ômicron age no pulmão?

Independentemente da variante, o coronavírus entra no corpo humano pelas vias aéreas. As gotículas que carregam o vírus entram pelo nariz ou pela boca e se multiplicam até "estacionar" nos pulmões. A partir daí, a Covid-19 pode se desenvolver em uma escala que varia entre casos assintomáticos e casos graves, com necessidade de UTI e até risco de morte.

Os pulmões são órgãos-chave do desenvolvimento da doença.

"Quando o acometimento pulmonar acontece e, especialmente, ele atinge mais de 25% do pulmão, vai aumentando a chance de os indivíduos terem a Covid grave, ou seja, precisarem de internação hospitalar, suporte com oxigênio, ou ventilação mecânica. É a doença no pulmão que leva o indivíduo ter o caso grave", explica Ferndandes.

No caso da ômicron, o pneumologista explica que "a doença no pulmão, ou seja, os casos graves, reduziu muito com a vacinação". No entanto, entre os não vacinados, a chance de um acometimento do órgão ainda é alta.

"Em indivíduos com o esquema de vacinação completo, a chance de ter morrer por uma doença pulmonar grave pela Covid diminuiu cerca de 11 vezes, em comparação com o indivíduo não vacinado', disse o especialista, se referindo a estudo feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

"Em indivíduos com o esquema de vacinação completo, a chance de ter morrer por uma doença pulmonar grave pela Covid diminuiu cerca de 11 vezes, em comparação com o indivíduo não vacinado', disse o especialista, se referindo a estudo feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

O estudo publicado pela "The BMJ" reuniu dados de vigilância coletados durante o verão pelo CDC, órgão de saúde americano. Além do número citado por Fernandes, os números apontaram que pessoas vacinadas tinham 10 vezes menos probabilidade de serem internadas no hospital e cinco vezes menos de serem infectadas, em comparação com não vacinadas.

E a ômicron, será que tem uma chance menor de causar a doença pulmonar e grave? Aparentemente sim, segundo o pneumologista, se a comparação for feita com a delta e a gama. No entanto, a chance é 50% menor do que as variantes anteriores, segundo dados do governo do Reino Unido - ou seja, o risco ainda existe.

Pacientes ainda apresentam Covid longa?

Estudos preliminares no início da pandemia chegaram a alertar que os sintomas da Covid longa - quando os sinais persistem mesmo após o fim da infecção - poderiam acometer até 80% dos pacientes. Fadiga, dor de ouvido, perda de olfato e paladar, ansiedade, problemas para dormir, entre outros problemas, são relatados por sobreviventes da doença.

Infectologista do Hospital Sírio-Libanês e consultora técnica do Ministério da Saúde, Carla Kobayashi avalia que é cedo para afirmar se a ômicron é capaz, ou não, de causar a Covid longa. A alta das infecções começou em dezembro no Brasil, com a maioria dos casos em janeiro. Algumas internações hospitalares ocorrem por um período de algumas semanas e apenas depois disso que é possível identificar qualquer sequela do vírus no corpo.

"Há um arsenal de possibilidades e de sintomas crônicos. A gente já tinha isso desde o início da pandemia e agora, com a ômicron, estamos observando que, apesar desses sintomas agudos serem mais curtos, ainda existem alguns casos, uma porcentagem boa com sintomas pós-Covid", disse Kobayashi.

"E quais são esses sintomas? Aquela fadiga, aquele cansaço mais crônico, uma dor no corpo mais crônica, a perda do olfato e do paladar, que não está sendo tão comum na ômicron, mas que quando ocorre pode ficar até 2 meses".

"E quais são esses sintomas? Aquela fadiga, aquele cansaço mais crônico, uma dor no corpo mais crônica, a perda do olfato e do paladar, que não está sendo tão comum na ômicron, mas que quando ocorre pode ficar até 2 meses".

De acordo com Fernandes, a perda de olfato e paladar é um sintoma que não deixou de existir com a ômicron, mas, de fato, "parece que reduziu". Ele avalia que também é cedo para fazer afirmações sobre as sequelas da nova variante, mas compartilha da impressão de que há uma redução, talvez relacionada à vacinação.

"Era muito comum com a variante inicial a perda do olfato, e essa perda do olfato aguda costumava perdurar, às vezes, até meses. Hoje, seja porque a ômicron tem menor afinidade com os tecidos relacionados à sensibilidade do olfato, seja porque mudou o panorama de vacinação, a gente não vê tanto anosmia como no início da pandemia, nem aguda nem prolongada", disse o pneumologista.

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AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Fiocruz aprova primeiro lote de vacina 100% brasileira

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) liberou o primeiro lote da vacina contra a covid-19 feita 100% no país. Fabricado em parceria com a AstraZeneca, o imunizante será entregue ao Ministério da Saúde para ser incluído no Programa Nacional de Imunizações (PNI). A aprovação de qualidade ocorreu ontem (14), mas a informação só foi divulgada nesta terça-feira (15).

'O primeiro lote de vacinas Covid-19 Fiocruz 100% nacionais foi liberado pelo controle de qualidade nesta segunda-feira. A Fiocruz vem alinhando junto ao Ministério da Saúde a agenda dessa entrega, segundo a demanda da pasta. Outras informações sobre a vacina nacional serão divulgadas em breve', informou a fundação em nota.

O imunizante é resultado de contrato de transferência tecnológica entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Os primeiros lotes produzidos no Brasil pela fundação usaram ingrediente farmacêutico ativo (IFA) - principal insumo do imunizante - enviado pela China.

A necessidade de adquirir o IFA na China fez com que a entrega de imunizantes da AstraZeneca pela Fiocruz sofresse atrasos no ano passado. Essa situação mostrou a importância de se concretizar a capacidade de produção do ingrediente no Brasil.

O Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre o recebimento do primeiro lote 100% nacional nem a quantidade de vacinas que será entregue.

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O GLOBO

Onda Ômicron elevou óbitos fora das UTIs dos hospitais

Lotação de unidades fez com que metade das mortes ocorresse sem assistência intensiva, diz Fiocruz

Com a maior parte dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ocupados no mês de janeiro em decorrência do aumento de casos variante Ômicron, o país registrou uma alta no número de mortes em outras áreas dos hospitais, que não são apropriadas para o atendimento de pacientes graves. As informações estão em uma nota técnica divulgada pela Fiocruz ontem eleva em conta hospitalizados por várias enfermidades, e não só Covid-19.

Das 5. 764 mortes de hospitalizados registradas no mês de janeiro, 2. 811 (48, 76%) constam como ocorridas fora do ambiente da UTI ou aparecem no sistema do Ministério da Saúde como 'sem informação'. Segundo os pesquisadores, o percentual de óbitos fora da UTI em janeiro deste ano só ficou atrás dos patamares de maio e abril de 2020. Naqueles meses, essa proporção foi de 56, 18% e 54, 13%, respectivamente.

A falta de acesso da população à terapia intensiva, em que pacientes graves ficam sob cuidados e supervisão constante de médicos e enfermeiros, denota um quadro de desassistência ocorrido durante o pico da Ômicron no Brasil, dizem os especialistas.

ALTA OCUPAÇÃO

Apesar de menos letal, a nova variante da Covid-19 infectou um número expressivo de pessoas e levou à maior ocupação de leitos de UTI, cenário que se soma ainda à epidemia de influenza e às demandas de saúde de outras doenças.

- A proporção de pessoas que morreram sem o atendimento adequado é grande. Se as pessoas falavam que a Covid-19 não era grave do ponto de vista individual, do ponto de vista de saúde clínica, ela é, sim, um grande problema. Esses números são a expressão do colapso do sistema - afirma Diego Xavier, pesquisador que coordenou a análise.

Para ele, houve uma confluência de fatores que ampliou a gravidade do quadro:

- O que houve foi uma combinação de um grande volume de casos da variante Ômicron, com o aumento da influenza e a retomada de atendimentos represados que estava acontecendo no Brasil. Muita gente precisou de atendimento, mas não tinha.

O estudo aponta ainda que o fenômeno ocorreu em quase todos os estados do país. Em alguns deles, no entanto, foi de forma mais elevada, como no Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

MELHORA Outro comunicado da Fiocruz, divulgado ontem, no entanto, apontou a melhora da taxa de ocupação de leitos de UTI de Covid-19 para adultos apresentou uma melhora inédita. Os dados são do dia 14 de fevereiro.

Dos noves estados que se encontravam na zona crítica (com taxas iguais ou superiores a 80%) na semana anterior, apenas quatro - Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal - seguiram nesse estágio. Tocantins, Piauí, Espírito Santo, Mato Grosso e Goiás passaram para a zona de alerta intermediário, que indica taxas entre 60% e 80%.

Segundo a fundação, embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam em patamar elevado, o recuo da onda de Covid associada à Ômicron já pode ser notado. Os pesquisadores destacam a importância dos avanços na campanha de vacinação pelo país para evitar números maiores.

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FOLHA DE S.PAULO

Governo Bolsonaro autoriza compra de remédio mais caro do mundo por até R$ 6,5 mi

Preço ainda é inferior ao desembolsado pelo Ministério da Saúde para entregar o tratamento após decisões da Justiça

O governo Jair Bolsonaro (PL) aprovou subir de R$ 2,9 milhões para R$ 6,5 milhões o preço máximo de venda no Brasil do zolgensma, tratamento considerado o mais caro do mundo.

Usado em crianças com AME (atrofia muscular espinhal), o medicamento tem o valor tabelado desde o fim de 2020, mas pode custar aos cofres públicos mais de R$ 10 milhões por paciente.

O governo ainda não divulgou o novo valor. A informação consta de ata da reunião de ministros que aprovou a mudança, obtida pela Folha.

Como o produto não foi lançado no Brasil e está fora do SUS (Sistema Único de Saúde), o governo banca alguns tratamentos por determinação da Justiça. ?

Em nota, o Ministério da Saúde disse que já custeou 75 entregas do zolgensma, desembolsando R$ 715,7 milhões.

Com a mudança de preço máximo, integrantes da Saúde esperam ganhar maior poder de negociação com a fabricante Novartis e reduzir o preço da judicialização.

A definição do valor teto também é um passo necessário para negociar a eventual incorporação da droga ao rol de medicamentos ofertados pelo SUS.

A farmacêutica, no entanto, pedia R$ 9,7 milhões como valor teto, cifra que equivale ao menor preço no mercado internacional.

A Novartis disse que ainda não foi notificada sobre o novo preço.

"Reafirmamos nosso compromisso com a comunidade de pacientes e todos os atores do sistema de saúde e permanecemos abertos ao diálogo para avançar nos desafios e oportunidades de trazer inovação à saúde de todos", afirmou a empresa, em nota.

A decisão sobre o novo valor do zolgensma foi tomada em 25 de janeiro durante reunião dos ministros do conselho da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), última instância do órgão que define o preço dos fármacos no Brasil.

O ministro Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) sugeriu, no encontro, que o valor fosse fixado em R$ 5,1 milhões. Paulo Guedes (Economia) defendeu o preço recomendado pelo fabricante, enquanto Marcelo Queiroga (Saúde) propôs R$ 6,5 milhões.

Este preço serve para a comercialização por laboratórios e distribuidores e não considera a cobrança de ICMS, que pode chegar a 20% no Rio de Janeiro.

Fontes do governo reconhecem que o aumento do preço máximo não garante por si só a viabilidade de um acordo com a fabricante para a aquisição da droga, mas o tema segue sob acompanhamento das pastas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro do zolgensma em agosto de 2020. Em dezembro do mesmo ano, a CMED fixou o custo de cerca de R$ 2,9 milhões.

A cifra foi calculada a partir do valor de dois anos de tratamento da AME com o spinraza, droga concorrente. Para chegar a cerca de R$ 6,5 milhões, a Saúde considerou a comparação de 5,2 anos de uso do spinraza.

A farmacêutica Novartis questionou o preço definido em 2020 sob argumento de que o medicamento é uma terapia gênica inovadora que apresenta resultados duradouros, enquanto o concorrente oferece um tratamento contínuo.

"O uso da terapia gênica em dose única diminui o impacto relacionado às múltiplas aplicações intratecais, necessidades de visitas regulares aos médicos e serviços de saúde, o que determina uma melhor qualidade de vida para os pacientes e seus cuidadores", afirmou a Novartis no recurso.

O governo ainda patina no debate sobre incorporar medicamentos de alto custo ao SUS. Em 2019, a Saúde testou um modelo de "compartilhamento de risco" com a Biogen para entrega do spinraza, mas o plano foi encerrado.

Pacientes ainda reclamam que há muitas restrições de acesso às drogas que estão na rede pública, o que mantém aberta a porta da judicialização.

Advogada e coordenadora do programa de Saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Ana Carolina Navarrete afirmou que há fragilidades nos critérios usados para definição de preços no Brasil.

Navarrete defende que o centro do debate sobre acesso a tratamentos de alto custo não deve ser contrapor o interesse individual ao coletivo. "Antes de perguntar quando a sociedade está disposta a pagar uma vida, há outro questionamento: por que o medicamento custa tanto?"

"O caminho pode ser dar mais transparência aos critérios de precificação e pensar em políticas que não se limitam a fixar um valor, como mobilizar o complexo industrial da saúde [para produção dos fármacos no Brasil], disse Navarrete.

Em agosto de 2020, Marina Moraes de Souza Roda foi a primeira criança a receber a dose única do zolgensma no país. O procedimento foi feito no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A AME é uma doença rara causada por uma alteração do gene responsável por codificar a proteína necessária para o desenvolvimento adequado dos músculos. A doença, portanto, causa fraqueza, hipotonia, atrofia e paralisia muscular progressiva e pode levar à morte.

O governo monitora com preocupação as ações na Justiça para fornecimento do tratamento. Em julho de 2021 o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, determinou à União o fornecimento do zolgensma a uma criança.

Em 2017, Gianlucca Trevellin, hoje com 9 anos, foi o primeiro paciente a receber na Justiça o direito ao tratamento contra a AME com o spinraza custeado pelo Ministério da Saúde.

A droga só chegou no ano seguinte. Após quatro anos de infusões, o pai do paciente, Renato Trevellin, afirmou que há clara melhora na saúde.

"Hoje ele consegue ficar períodos fora do ventilador pulmonar, o que seria impossível para um paciente de 9 anos. Também pode brincar no computador com os movimentos da mão e consegue ficar em pé. Antes sentia muita dor", disse ele.

Trevellin preside um instituto que leva o nome do filho e dá apoio a outros pacientes da AME. "Com este valor elevado, praticamente todo mundo tem de ir para a Justiça. Geralmente é um ano de briga."

"Uma pessoa que parece saudável não sabe se carrega a doença rara e pode precisar, amanhã, de um remédio desse custo. Tem de ser solidário. Vai condenar a criança à morte por causa do preço?", disse Trevellin, que também cobra que a indústria reduza os valores dos medicamentos.

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A REDAÇÃO

Prefeitura de Goiânia vai vacinar crianças contra a covid-19 nas escolas

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, anunciou, na noite desta terça-feira (15/2), a vacinação contra covid-19 em crianças e adolescentes nas unidades educacionais do município. A estratégia é desenvolvida pelo Programa Saúde na Escola e começa nesta sexta-feira (18/2).
 
“A imunização direto nas unidades de ensino permite que os pais ou responsáveis que trabalham tenham seus filhos protegidos”, afirma o prefeito em vídeo veiculados em suas redes sociais. A campanha começa pela Escola Municipal Professora Lousinha, no Residencial Itamaracá.
 
A campanha de imunização contra a covid-19 contempla estudantes de 5 a 17 anos matriculados na Rede Municipal de Ensino, mediante autorização dos pais ou responsáveis.


 
Um ofício da Secretaria Municipal de Educação (SME) será enviado às instituições, nesta quarta-feira (16/2), orientando quanto a necessidade do termo de autorização permitindo que a criança ou adolescente receba o imunizante na própria escola.
 
Após o recolhimento das autorizações, a escola terá o quantitativo de alunos aptos a receber o imunizante, o que permite às equipes de vacinação reservar as doses necessárias.
 
Com esses dados, a unidade de ensino será contactada para o planejamento. Na escola, deverá ser montada estrutura adequada para os procedimentos, contendo salas separadas de pré-vacinação, vacinação e pós-vacinação.
 
“A aplicação será, de modo geral, nas salas de aula, segundo recomendações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Haverá, ainda, dias específicos em que contaremos com as vans da VacinAção, ampliando as possibilidades de atendimento”, explica Rogério Cruz.
 
O secretário municipal de Educação, Wellington Bessa, destaca a importância da estratégia para a proteção dos alunos. “Sabemos que nossos estudantes terão ainda mais segurança quando imunizados. A vacina é importante para garantir a proteção da comunidade escolar no atendimento presencial”, salienta.
 
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, reforça que as doses, agora, são disponibilizadas em todas as salas de vacinação do município, além das vans.
 
O titular da pasta destaca a segurança dos ambientes escolares e frisa que “a vacina salva vidas e, para nos proteger ainda mais, continuamos a recomendar o respeito aos protocolos de segurança aplicados nas unidades educacionais”.
 
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), há 75 mil alunos entre 5 e 14 anos na rede e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 43 mil doses pediátricas já foram aplicadas.

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Ismael: Queda nos pedidos por UTI sinaliza redução nos casos de covid-19

"Já começamos a perceber a queda no número de pedidos de vagas em UTI [Unidade de Terapia Intensiva]." A fala do secretário de Estado da Saúde (SES-GO), Ismael Alexandrino, em entrevista ao jornal A Redação na noite de segunda-feira (14/2), mostra otimismo na possível redução de casos da covid-19 nos próximos dias. 

"O número [de infecções] ainda está grande porque a variante que é predominante, a Ômicron, é muito transmissível. Mas o nível de letalidade e complicações dela é baixo. Ela está começando a reduzir os novos casos, como eu previa lá em novembro - provavelmente em meados de fevereiro ela começaria a diminuir", disse Ismael durante a solenidade de entrega do Prêmio Mais Influentes da Política em Goiás, realizado no plenário da Câmara de Goiânia.

De acordo com o titular da SES-GO, nos últimos cinco dias Goiás começou a perceber uma diminuição nos novos pedidos de vagas em UTI. "Quando esse número reduz, a gente percebe nos próximos dias a redução também do número de casos, do número de óbitos. Essa é a expectativa até o final do mês."

Novo repique de casos
Ismael informou que a SES-GO trabalha com a possibilidade de um novo repique de casos de covid-19 15 dias após o carnaval. "Mas em menor escala. Não será suficiente para precisar adotar nenhuma medida restritiva", completou Ismael. 

O titular da Saúde explicou que agora "as estratégias são outras". "A grande maioria da população está vacinada, que é o que queríamos. Precisamos, como sociedade, buscar uma certa normalidade do convívio, se assim pode ser dito", avaliou.

Vacinar, vacinar e vacinar
Ao reforçar que as vacinas contra covid-19 são eficazes, seguras e efetivas, Ismael defendeu que o principal objetivo é ampliar a cobertura vacinal no Estado. "Encorajar a vacinação é a nossa principal arma, nossa principal estrátégia, seja de criança, seja de adulto."

O secretário lembrou que começou a ser veiculada na segunda-feira uma campanha publicitária "para reforçar a necessidade da vacinação". "E é inegável. Não podemos abrir mão disso, não podemos transigir em relação a isso. Não podemos titubear em relação à vacinação", pontuou.

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Covid-19: Goiás registra 5,6 mil novos casos e 40 mortes em um dia

Goiás registrou 5.607 novos casos da covid-19 e 40 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta terça-feira (15/2). Com as atualizações, o Estado chega a 1.116.033 casos e 25.384 óbitos confirmados.

No Estado, há 770.013 casos suspeitos de covid-19 em investigação, enquanto outros 305.773 já foram descartados.

Além dos 25.384 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,28%, há 413 óbitos suspeitos que estão em investigação para saber se tem ligação com o novo coronavírus. 

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Assessoria de Comunicação

Terça, 15 Fevereiro 2022 11:46

CLIPPING AHPACEG 15/02/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dono de clínica estética é suspeito de exercer medicina ilegalmente em Goiânia

Maioria dos infectados pela Ômicron não foi vacinada, ao contrário do que diz médico

Covid: quarta dose ainda não é consenso entre ministério e estados

Brasil tem mais 58.540 casos e 473 mortes por Covid

Covid-19: Goiás tem 25.344 mortos e 1.110.426 infectados até esta segunda-feira, 14

PORTAL G1

Dono de clínica estética é suspeito de exercer medicina ilegalmente em Goiânia

Segundo Polícia Civil, profissional comprovou ser biomédico, mas apareceu nas redes sociais fazendo procedimento que só poderia ser feito por médicos. Empresário foi ouvido e liberado.

Por Vanessa Martins, g1 Goiás

A Polícia Civil investiga se o dono de uma clínica estética, que não teve o nome divulgado, exerceu medicina ilegalmente em Goiânia. Segundo a delegada Renata Vieira, que está à frente do caso, o profissional tem formação em biomedicina, mas aparece nas redes sociais realizando um procedimento que só poderia ser feito por médicos.

Como o nome do suspeito e da clínica não foram divulgados, o g1 não conseguiu descobrir quem representa a defesa deles para pedir uma posição sobre o caso.

Renata e agentes da corporação foram à clínica, que fica no Setor Eldorado, e ouviram o profissional. Aos policiais, ele negou ter se passado por médico. O investigado assintou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.

A delegada disse que não houve necessidade de interditar a clínica ou impedir o profissional de continuar trabalhando como biomédico, que é a atividade que ele comprovou ter autorização para exercer.

A denúncia de que o dono da clínica estaria atuando ilegalmente partiur do Conselho Regional de Medicina (Cremego). No entanto, o órgão também não divulgou o nome do profissional e da empresa.

As investigações apontaram que o profissional apareceu nas redes sociais realizando um procedimento chamado escleroterapia - que é uma aplicação de medicamento nas varizes.

Questionado pelo g1 sobre quem tem autorização para realizar esse procedimento, o Cremego indicou um parecer publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2015. O documento alerta que o tratamento só pode ser indicado e feito por médicos licenciados porque oferece riscos aos pacientes.

Também procurado pelo g1, o Conselho Regional de Biomedicina 3ª Região (CRBM-3) alertou que há um tratamento estético injetável para microvasos que é regulamentado e autorizado pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), que pode ser feito por biomédicos.

Atuação ilegal

Ainda de acordo com o Cremego, qualquer profissional formado em medicina no exterior precisa fazer uma prova aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), se quiser trabalhar no Brasil. Com essa aprovação, ele pode se credenciar ao conselho do estado em que deseja trabalhar.

Segundo a delegada, o profissional em questão se formou em medicina no Paraguai, mas não passou neste teste para trabalhar no Brasil.

Renata detalhou que a investigação continua para verificar a veracidade dos documentos apresentados pelo profissional e conseguir um parecer do Cremego sobre a atividade exercida por ele na clínica.

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CNN BRASIL

Maioria dos infectados pela Ômicron não foi vacinada, ao contrário do que diz médico

Em vídeo que circulou em redes sociais, médico questionava ainda casos de influenza no Brasil; entenda por que conteúdo é falso

Falso: São falsas as afirmações de um médico que nega a epidemia de influenza no Brasil e diz que a variante Ômicron infectou mais as pessoas vacinadas contra Covid-19.

Ao contrário do que diz o profissional, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) reconhecem o aumento de casos de influenza, em especial da variante H3N2 e vários estados declararam epidemia ou surto da doença. Já em relação à Covid, estudos mostram que a maior parte dos infectados pela Ômicron não foram vacinados.

Conteúdo verificado: Vídeo de um médico contestando a veracidade da epidemia de influenza no Brasil e sugerindo que pessoas vacinadas contra o coronavírus são mais suscetíveis a contaminação pela variante Ômicron.

São falsas as afirmações difundidas pelo médico Rubens Amaral em um vídeo no Instagram e no Telegram. Ele nega a epidemia de influenza no Brasil e diz que pessoas vacinadas contra a Covid-19 estão mais vulneráveis à variante Ômicron.

O profissional afirma que, como os sintomas causados pela Ômicron são semelhantes aos da gripe, as pessoas contaminadas pela H3N2 estariam, na verdade, infectadas com a variante do coronavírus.

O médico ainda recomenda o tratamento precoce, que não tem eficácia comprovada.

Ao contrário do que diz Amaral, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde reconhecem o aumento de casos de influenza, em especial da variante H3N2, e vários estados já declararam situação de epidemia ou surto da doença.

Em relação à Covid, estudos feitos nos Estados Unidos mostram que a maior parte dos infectados pela Ômicron não foram vacinados. Além disso, segundo um estudo realizado pelo Imperial College de Londres, o risco de reinfecção por Covid-19 pela Ômicron na comparação com a delta é maior para não vacinados (6,4 vezes) do que para vacinados (5 vezes). O resultado do estudo foi destacado em um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o avanço da variante publicado em janeiro.

Embora pessoas vacinadas possam se infectar com a Ômicron, não há nenhuma evidência científica que comprove que a variante contamine de forma mais expressiva essas pessoas. Inclusive, caso contaminados com a cepa, indivíduos vacinados devem ter sintomas leves justamente pela proteção dos imunizantes.

O Comprova entrou em contato com o médico, questionando as fontes utilizadas por ele para embasar o que é dito no vídeo aqui verificado, mas não houve retorno até a publicação desta checagem.

Todo conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original é classificado como falso pelo Comprova.

Como verificamos?

O primeiro passo da verificação foi a busca por dados oficiais a respeito da disseminação da gripe influenza no Brasil para dimensionar a ocorrência de casos da doença no verão.

Para isso, procuramos informações nos sites oficiais de autoridades sanitárias, como o Conselho Nacional de Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Butantan, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Também entramos em contato com o Ministério da Saúde.

O segundo passo foi encontrar estudos científicos a respeito da variante Ômicron do coronavírus e sua relação com o sistema imunológico de pessoas vacinadas. Sobre essa temática foram utilizadas pesquisas da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, do Instituto Nacional de Doenças Comunicáveis (NICD) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

Além disso, entrevistamos o diretor do laboratório de imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), Jorge Kalil, para esclarecer sobre a infecção pela cepa Ômicron e o perfil das pessoas infectadas pela variante.

Por fim, o Comprova entrou em contato com o autor do vídeo, o médico Rubens Amaral, por meio de telefone disponível em suas redes sociais, mas não obteve retorno até o fechamento desta verificação.

O Comprova fez esta verificação baseado em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a Covid-19 disponíveis no dia 7 de fevereiro de 2021.

Verificação Epidemia de influenza no Brasil

Embora o médico negue que há uma epidemia de influenza no Brasil no verão, o Conselho Nacional de Saúde e secretarias de saúde de estados como Paraná reconhecem a situação. O aumento de casos de gripe - em especial da variante H3N2 - é reconhecido também pelo governo federal.

Em uma publicação nas redes sociais, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirma que a cepa Darwin, da influenza H3N2, foi registrada em vários estados.

'Estamos enfrentando tanto o vírus da #GripeH3N2, como a #Covid19, em que ambos atacam o sistema respiratório e apresentam sintomas bem parecidos', escreveu.

Em dezembro de 2021, 17 estados notificaram aumento incomum dos casos de influenza. Pelo menos 11 estados registraram mortes pela variante H3N2.

Em nota enviada ao Comprova, o Ministério da Saúde informou que o padrão de sazonalidade da influenza varia entre as regiões do país, sendo mais marcado naquelas com estações climáticas definidas, ocorrendo com maior frequência nos meses mais frios e em locais de clima temperado.

Por este motivo, espera-se um aumento de casos no outono e inverno, o que não impede a circulação da H3N2 em outras épocas do ano, devido às diferenças geográficas e climáticas.

O órgão explica que para verificar se existe uma epidemia, é preciso avaliar os dados da doença e suas características epidemiológicas locais, sendo através de uma série histórica (avaliando os dados de anos anteriores, o conhecimento e comportamento da doença) ou por meio de uma análise epidemiológica minuciosa (dados de tempo, pessoa e lugar).

'Em 2021, a partir do mês de outubro, mesmo com a pandemia do SARS-CoV-2, começou a ser observada a circulação dos vírus influenza de maneira intensificada e com predominância do vírus influenza A (H3N2) - indicando um início de sazonalidade de temporalidade atípica em algumas unidades federadas do país, podendo ser configurada como uma epidemia, ou surtos localizados de influenza A (H3N2) e que já se encontra em redução', diz a nota.

Em entrevista ao Comprova, o diretor do laboratório de imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), Jorge Kalil, diz que epidemias e surtos de influenza são incomuns no verão. Apesar de terem sintomas parecidos com os da Covid, testes laboratoriais, explica Kalil, são capazes de diagnosticar o vírus.

'São feitos diagnósticos moleculares ou celulares para identificar a influenza. Ela realmente é incomum no verão, é uma anormalidade', disse.

Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias em dezembro de 2021, o pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo da Fiocruz Fernando Motta disse que um dos fatores que ajuda a entender o aumento dos casos de influenza é a combinação de uma circulação reduzida do vírus influenza em 2020 com a baixa adesão à campanha de vacinação em 2021.

No ano passado, o Brasil vacinou 72,1% do público-alvo, quando a meta era 90%. Vale lembrar que o imunizante contra a influenza, na época, não incluía a cepa H3N2. Os dados são do Ministério da Saúde. A campanha de imunização começou em abril e se estendeu até setembro diante da baixa adesão.

Ômicron entre vacinados

Outra afirmação falsa feita pelo médico é a de que a Ômicron 'aparece mais em pessoas picadas', em referência a quem se vacinou contra Covid-19. Ele chega a dizer que 'as pessoas picadas têm um sistema imunológico que facilita a penetração da Ômicron nelas'.

Jorge Kalil explica que, comprovadamente, a maior parte das pessoas que foram hospitalizadas ou morreram em decorrência da infecção pelo coronavírus foram as não vacinadas, o que refuta a alegação do médico de que a nova cepa apareceria mais em indivíduos imunizados.

Isso não significa, no entanto, que pessoas vacinadas não possam se contaminar com a Ômicron. Segundo o especialista, a capacidade da variante Ômicron escapar aos 'anticorpos antigos' (gerados pela vacinação ou pela infecção por variantes anteriores) é alta, porém não total. Isso significa que pessoas vacinadas podem se contaminar com a cepa, mas o imunizante contribuirá para um quadro mais leve da doença.

'A resposta imunológica que você tinha pode ser mais fraca, é o que acontece com essas variantes. A vacina inicial dá uma imunidade e depois essas variantes escapam da resposta imune. Os anticorpos que você tem para bloquear essa contaminação não são mais ativos. Mas a gente sempre tem uma resposta celular. Essa resposta somada aos anticorpos que sobraram depois dessas mudanças na célula humana ainda são suficientes para deixar a doença mais leve', diz.

Uma pesquisa do Instituto Nacional de Doenças Comunicáveis, da África do Sul, mostrou que a Ômicron é menos grave que as outras variantes do coronavírus. Segundo o estudo, a onda gerada por essa variante teve menos casos graves e isso está associado à vacinação e a proteção conferida por infecções anteriores.

No dia 12 de janeiro, a Casa Branca, dos Estados Unidos, divulgou dois gráficos com base em informações do Departamento de Saúde de Nova York, referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2021 (veja abaixo).

Desde o primeiro caso da Ômicron registrado nos EUA, em 1º de dezembro, o número de infecções em pessoas não vacinadas foi de cerca de 500 para cada 100 mil habitantes, para mais de 3 mil para cada 100 mil habitantes em 19 de dezembro. Entre os vacinados, a taxa que se aproximava de zero, foi para 500 no mesmo período.

Em duas semanas, as hospitalizações decorrentes da Ômicron entre os não vacinados aumentaram de cerca de 30 (para cada 100 mil habitantes), em 5 de dezembro, para 80 (para cada 100 mil habitantes). Entre os vacinados, o índice, que era quase zero, teve uma pequena alteração e ficou abaixo de 10.

O médico Jorge Kalil explica que a Ômicron pode infectar pessoas vacinadas, mas que a maioria dos contaminados deve ter sintomas leves justamente pela proteção dos imunizantes.

'Existem algumas pessoas que apesar de terem sido vacinadas podem se infectar com a Ômicron e ter doença leve. Agora, se você olhar qualquer estatística no mundo, você vai ver que 90 a 95% das pessoas que estão hospitalizadas ou vieram a morrer não são vacinadas, apesar de elas serem uma porção pequena da população', pontua.

Outro estudo realizado nos Estados Unidos pelo CDC e publicado em janeiro de 2022 mostrou que as pessoas não vacinadas no país apresentaram um risco 53 vezes maior de morte por Covid-19 em comparação com as pessoas vacinadas com duas e três doses.

Com a Ômicron, o risco entre quem não se vacinou foi 13 vezes maior em relação aos imunizados. A dose de reforço apresentou taxa de proteção de 90% contra a variante.

O estudo 'Effectiveness of a Third Dose of mRNA Vaccines Against COVID-19? (Eficácia de uma terceira dose de vacinas do mRNA contra a COVID-19, tradução livre), do CDC, concluiu que pessoas vacinadas com dose de reforço são menos propensas a serem infectadas pela Ômicron. A pesquisa foi publicada em 28 de janeiro deste ano.

Um segundo estudo, publicado na Revista Médica Jama em 21 de janeiro deste ano, mostrou que a dose de reforço ajudou a evitar que as pessoas adoecessem com a Ômicron. A pesquisa avaliou pouco mais de 13 mil casos da variante nos EUA e descobriu que as chances de desenvolver uma infecção sintomática eram 66% menores para pessoas que receberam reforço em comparação com aquelas que receberam apenas duas injeções.

Uma verificação sobre o mesmo tema foi feita pela Agência Lupa em novembro de 2021. Segundo a Lupa, na época, não havia evidências científicas suficientes que comprovassem uma relação entre a nova variante Ômicron e a vacinação. Além disso, não há nenhuma pesquisa que tenha concluído que a cepa é mais severa entre as pessoas totalmente imunizadas contra a Covid-19.

Quem é Rubens Amaral

Rubens Amaral é formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Tem mestrado em Educação pela Universidade Católica de Santos, é especialista em nefrologia, fisiologia do exercício na saúde pela USP e coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Rubens Amaral é contrário à aplicação de vacinas para combater a Covid-19 e já incentivou, repetidamente, o uso de ivermectina como tratamento precoce contra a doença, o que não tem eficácia comprovada pela ciência.

Em dezembro de 2021, o Comprova investigou uma afirmação enganosa do médico sobre a eficácia das vacinas frente ao surgimento de novas variantes do coronavírus.

Por que investigamos?

O Comprova verifica informações suspeitas que tenham viralizado nas redes sociais ou aplicativos de mensagens sobre políticas públicas, eleições presidenciais e a pandemia de Covid-19. O conteúdo checado foi compartilhado no Instagram e no Telegram, tendo alcançado mais de 47 mil visualizações.

As opiniões do médico dão fôlego aos discursos contrários à imunização e à ciência, e contribuem para o aumento da desconfiança sobre as vacinas. Devido aos alcance que as publicações de Amaral têm nas redes sociais, informações falsas a respeito das vacinas e da pandemia são compartilhadas e difundidas por milhares de pessoas.

A eficácia e a segurança dos imunizantes já foram amplamente defendidas e comprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde. Além de prevenir quadros graves da doença, as vacinas reduzem as chances de contaminação e transmissão do vírus.

Ao longo da pandemia, o Comprova fez diversas verificações que refutam falas e conteúdos compartilhados na internet que desacreditam a ciência e impactam negativamente no combate ao coronavírus.

Alguns exemplos são as verificações a respeito da proteção das máscaras contra a epidemia de H3N2, que é falsa a afirmação de um médico sobre o vírus da Covid ser parcialmente desconhecido e que as vacinas são 'lixo', e que a Ômicron existe e não é um conceito criado apenas para esconder os efeitos adversos das vacinas contra o coronavírus.

Outra fala do médico Rubens Amaral também já foi verificada pelo Comprova. Na ocasião, foi confirmado que, ao contrário do que afirmou o profissional, as vacinas contra a Covid-19 continuam sendo eficazes mesmo com o surgimento de novas variantes do vírus.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado.

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AGÊNCIA BRASIL

Covid: quarta dose ainda não é consenso entre ministério e estados

A aplicação da quarta dose de vacina contra covid-19 não é consenso entre autoridades estaduais, federais e especialistas.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, ainda são poucos os dados que mostram essa necessidade. Apesar de considerar importante a discussão do tema e a análise dos dados, decisões descentralizadas podem ser preocupantes.

O foco deve ser convencer as pessoas a completar a vacinação com as duas doses e o reforço, segundo Juarez Cunha. A alta transmissibilidade da variante ômicron justifica o esquema vacinal completo.

A Sociedade Brasileira de Infectologia afirmou em nota que diversos trabalhos científicos publicados demonstram que contra a ômicron é necessário o esquema com três doses para melhor proteção dos indivíduos.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde afirmou que a 4ª dose para idosos está em pauta na Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19, mas que devem ser encaradas de forma prioritária as medidas para que a população complete o esquema vacinal.

Mesmo assim, o Mato Grosso do Sul já começou a aplicar a quarta dose em pessoas com 60 anos ou mais e profissionais da saúde. São Paulo informou que vai oferecer esse segundo reforço aos idosos a partir de abril.

O Ministério da Saúde, por outro lado, não recomenda a quarta dose para todos públicos. Em nota, o órgão afirmou que faltam dados mais robustos sobre a efetividade dessa dose. No momento, a aplicação é indicada apenas para pessoas imunossuprimidas a partir de 12 anos de idade.

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ISTOÉ

Brasil tem mais 58.540 casos e 473 mortes por Covid

SÃO PAULO, 14 FEV (ANSA) - O Brasil registrou mais 473 mortes e 58.540 casos de Covid-19 no último período de 24 horas, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta segunda-feira (14).

Ao todo, o país soma 27.538.503 infecções e 638.835 óbitos desde o início da emergência sanitária. A taxa de letalidade da doença passou de 2,4% para 2,3%.

Geralmente, domingos e segundas-feiras costumam ter números menores devido à falta de notificação das secretarias aos finais de semana.

No entanto, a quantidade de vítimas registradas hoje é maior do que o número de óbitos contabilizados no mesmo dia da semana passada, quando foram 428 falecimentos.

A média móvel de óbitos em sete dias subiu de 881 para 888, um aumento de 0,79%. Já a média móvel de casos caiu pelo quinto dia seguido, chegando a 134.130 - um decréscimo de 0,84% em relação aos 135.279 que estavam registrados no último domingo (13).

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AGORA

Covid-19: Goiás tem 25.344 mortos e 1.110.426 infectados até esta segunda-feira, 14


A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que há 1.110.426 casos de doença pelo coronavírus 2019 (Covid-19) no território goiano. Destes, há o registro de 1.069.816 pessoas recuperadas e 25.344 óbitos confirmados. No Estado, há 767.243 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 305.320 casos.

Com os 25.344 óbitos confirmados de Covid-19 em Goiás até o momento, significa uma taxa de letalidade de 2,28%. Há 412 óbitos suspeitos que estão em investigação.

Doses aplicadas

Levantamento realizado pela SES-GO apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.504.383 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose e a dose única, foram vacinadas 4.749.278 pessoas.

Esses dados são preliminares e coletados junto aos municípios goianos, visto que o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúdem permanece fora do ar.

Conforme pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), as Secretarias Municipais de Saúde devem registrar, de forma obrigatória, as informações sobre as vacinas administradas no módulo Covid-19 do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI Covid-19). Em relação às vacinas recebidas em Goiás, os dados estão disponíveis em https://www.saude.go.gov.br/coronavirus/vacinacao-covid-19 .

Painel Covid-19

O boletim com as notificações da SES-GO foi informatizado e realiza o processamento dos dados a partir dos sistemas do Ministério da Saúde (e-SUS VE e Sivep Gripe). Eventuais diferenças são justificadas por ajustes nas fichas de notificação pelos municípios, como por exemplo, a atualização do local de residência da pessoa.

Para conferir os detalhes dos casos e óbitos confirmados, suspeitos e descartados, acesse o painel Covid-19 do Governo de Goiás por meio do link http://covid19.saude.go.gov.br/ .

Os dados deste boletim foram divulgados nesta segunda-feira, dia 14 de fevereiro de 2022

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 14 Fevereiro 2022 09:21

CLIPPING AHPACEG 12 A 14/02/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Segundo a OMS, casos de Covid longa disparam

Brasil registra queda na média móvel de casos de Covid pelo segundo dia consecutivo

Brasil tem maior incidência mundial em doença de pele que impede exposição solar

Goiás registra 773 novos casos de covid-19 e uma morte em 24 horas

Segundo SES-GO, mais de 80 municípios estão com apenas 65% da população imunizada

Bebê com Síndrome de Down e problema cardiorrespiratório aguarda por trânsferência

Justiça libera bens do Ingoh

AGÊNCIA BRASIL

PORTAL R7

Segundo a OMS, casos de Covid longa disparam

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada cinco infectados pela Covid-19, um apresenta sintomas depois de se recuperar da fase aguda. A organização estima que os sintomas da covid longa se prolongam em até três meses após a infecção. Entre os médicos e cientistas, os efeitos da infecção pelo Sars-Cov-2 ainda são cheios de incertezas.

Nicole Oliveira contraiu o vírus em dezembro do ano passado, demonstrando sintomas parecidos com os de gripe e se recuperou em casa. Dois meses depois de curada, a jovem apresenta fraqueza e está em busca de neurologistas e necessita fazer alguns exames. 'Entrei na covid com 29 anos e estou saindo com 59. Não me reconheço no meu corpo', diz Nicole. A variante Ômicron aumentou o número das infecções e gera alerta para novos pacientes que apresentam sintomas prolongados.

Vacinada com as duas doses, Nicole, de 29 anos, afirma ter crises de ansiedade e dificuldade para pegar o trem para o trabalho. 'Tenho uma fraqueza absurda e muita tremedeira, tontura e enxaqueca', afirma Nicole.

As reclamações mais recorrente nos consultórios são fraqueza, perda de memória e dificuldade de concentração. A gerente médica dos serviços de reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein, Milene Ferreira acrescenta, 'causa impacto em ações de maior complexidade, como fazer transação bancária ou tomar decisões no trabalho'.

O médico Regis Rosa, pesquisador do tema pelo Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS aponta que 'é plausível que a nova onda com a Ômicron aumente bastante o número de pessoas com covid longa. Mesmo que a pandemia acabe, vamos ficar com milhões de pessoas com sequela'. Em São Paulo, 27,2 mil pacientes continuam sendo acompanhados após internação segundo a Prefeitura. Quanto maior o tempo de hospitalização do paciente, maior são os riscos de sequelas. Existem registros comprovando sintomas físicos e mentais após um ano de internação.

Uma pesquisa realizada em Israel, com 3 mil participantes, chegou a conclusão que pessoas vacinas que contraíram o vírus relataram menos dores de cabeça e musculares após a infecção em comparação aos que não se vacinaram. O motivo para isso é o tempo de resposta ao vírus, direcionando a resposta imune para atacar o vírus e não outras partes do corpo.

A participação da Ômicron na covid longa ainda é uma interrogação, pois poucos estudos foram concluídos desde sua identificação em novembro. Os médicos da linha de frente relatam que algumas queixas mudaram como: a perda de olfato e formigamentos nas mãos, poupando o sistema nervoso periférico.

Segundo o governo de São Paulo, os pacientes com sequelas da covid são encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde. (UBS). Já os casos mais severos são encaminhados para os centros especializados. Em nota, o Ministério da Saúde, em dezembro de 2021, ampliou a capacidade de serviços da Rede de Cuidados à Pessoas com Deficiência, no total de 268 centros especializados em reabilitação e 47 oficinas ortopédicas.

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FOLHA DE S.PAULO

Brasil registra queda na média móvel de casos de Covid pelo segundo dia consecutivo

A média móvel de casos ficou em 135.205 infecções diárias, uma queda de 27,59% se comparada com a informação de duas semanas atrás; número ainda é alto

O Brasil registrou 325 mortes por Covid e 58.056 casos neste domingo (13).

A média móvel de casos ficou em 135.205 infecções diárias, uma queda de 27,59% se comparada com a informação de duas semanas atrás.

Essa redução é observada pelo segundo dia consecutivo. Neste sábado (12), a média móvel de infecções ficou em 136.138, uma queda de 25,97% se comparado com a informação de duas semanas atrás.

A de mortes alcançou 880 óbitos por dia, ainda semelhante ao patamar de agosto de 2021. Em relação ao dado de duas semanas, a média móvel de mortes aumentou 62,96%.

O país chega a 638.449 vidas perdidas e a 27.483.031 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo. Neste domingo, as informações foram atualizadas em 15 estados.

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente. ?

O Brasil registrou 143.480 doses de vacinas contra Covid-19, neste domingo. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 52.800 primeiras doses e 19.625 segundas. Também foram registradas 456 doses únicas e 70.599 doses de reforço.

Ao todo, 169.180.966 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -147.833.553 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 152.516.096 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 78,75% da população com a 1ª dose e 70,99% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 104,58% e 94,28%??.?

Somente 26,05% da população tomou dose de reforço até o momento.

O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 27,38%.

Considerando toda a população acima de 5 anos, 84,53% recebeu uma dose e 76,20% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

?Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

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CNN BRASIL

Brasil tem maior incidência mundial em doença de pele que impede exposição solar

Xeroderma Pigmentoso é uma condição rara que atinge um a cada milhão de habitantes no Brasil; pacientes sofrem queimaduras graves quando expostos ao Sol

Pensar em viver no Brasil, muitas vezes, é sinônimo de verão escaldante, calor, praias maravilhosas e muito sol.

O sol, no entanto, pode ser o grande vilão no dia a dia de portadores de xeroderma pigmentoso, (XP).

A doença é genética de herança recessiva, cujo defeito se dá na reparação do DNA, como explicou à CNN Mauro Yoshiaki Enokihara, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Isso quer dizer que pessoas com xeroderma pigmentoso não conseguem absorver de forma ordenada a radiação ultravioleta (UV), e quando são expostas à luz solar, os raios UV causam alterações de sensibilidade na pele, queimaduras, lesões e consequentemente um aumento do risco de câncer de pele - chegando a mil vezes em relação à população geral.

Em pessoas sem a doença, os genes são responsáveis por incentivar a produção de proteínas reparadoras do DNA, causadas pelos raios UV ou Sol ou até de lâmpadas comum das casas.

Já nos portadores de XP, há deficiência nessas proteínas que não são produzidas e corrigindo as lesões no DNA, como explicou à CNN a bióloga Ligia Pereira Castro, pesquisadora e especialista em xeroderma pigmentoso.

'O XP ocorre quando dois alelos mutados em um mesmo gene, um da mãe e um do pai, são transmitidos juntos para o filho. No filho, essas duas cópias de gente mutado causam um problema para proteínas que têm função de reparar nosso DNA. As manifestações da síndrome ocorrem quando a pessoa com XP é exposta aos raios UV sem proteção', disse.

Além das partes expostas do corpo, o olho é uma região muito afetada, ficando hipersensível quando exposta e muito mais propensa ao aparecimento de tumores que causam cegueira e até a remoção do órgão.

A patologia não é contagiosa e é rara. Até 2020, a estimativa era de aproximadamente 200 pacientes XP no Brasil, o que representaria um caso por milhão de habitantes.

Contudo, essa frequência é ainda maior na região ensolarada e tropical de Araras, em Faina, (GO), que tem incidência de um a cada 410 habitantes.

Uma dessas pessoas é Alisson, jovem de 19 anos que foi diagnosticado com xeroderma pigmentoso ainda muito novo.

'Ele era bebê, ficava exposto, brincava um pouco no sol e já apareciam bolhas, queimaduras enormes. Foi quando eu desconfiei que havia algo errado', disse Gleice Machado, que é mãe de Alisson e hoje, presidente da Associação Brasileira de Xeroderma Pigmentoso (AbraXP).

Apesar de altas temperaturas causarem lesões mais graves, Yoshiaki Enokihara explica que o que influencia de fato é o tempo de exposição.

'O problema não é a temperatura, mas sim a insolação, pois o defeito está na pele não conseguir absorver a radiação UV', comenta o presidente da SBD.

Desde que recebeu o diagnóstico do filho, Gleice passou a dedicar-se a ajudar pessoas com XP no município de Araras, e depois em todo Brasil.

A AbraXP atua junto à União, estados e municípios, Ministério da Saúde, previdência social e outros órgãos públicos ou privados, visando assegurar a todos o tratamento e o fornecimento de medicamentos com qualidade e segurança, bem como, os direitos e garantias previdenciários.

Uma questão além da genética

Em um estudo de 2017, um grupo de pesquisadores identificou quais eram as mutações nos genes que atingiram o povoado de Araras.

Em 2020, cientistas brasileiros descobriram que uma dessas mutações chegou ao país por conta da colonização europeia, há cerca de 200 anos.

'O legado genético ibérico em uma comunidade isolada no Brasil central, onde uma mutação no gene POLH é responsável por vários pacientes afetados pela síndrome XP. [?] Portanto, os dados indicam que há aproximadamente 200 anos, uma rara mutação genética no POLH atravessou o Oceano Atlântico e chegou à costa brasileira. Este é um exemplo interessante do impacto das migrações humanas e eventos demográficos (como efeitos fundadores e endogamia) ocorridos durante a colonização histórica do Brasil na incidência de doenças genéticas', escreveram.

Ela explica que existem níveis diferente de XP. 'Existem oito tipos de XP, que vão de XP-A até o grupo XP-G, e a variante XP-V. No Brasil, a maioria das pessoas já diagnosticadas clínica e geneticamente fazem parte do grupo XP-C e XP-V.'

A doença também pode ser dividida em grau, já que os tipos de XP se manifestam de forma diferente, segundo a cientista.

'É comum entre as pessoas que são XP-C, logo nos primeiros anos de vida, relatarem muita sensibilidade dos olhos ao sol. Não conseguem nem abrir o olho quanto estão em muita claridade. Diferente das pessoas XP-V, por exemplo, que não desenvolvem fotofobia extrema', explica Ligia.

As descobertas da equipe, no entanto, não se limitaram a saber a origem das mutações. Os pesquisadores descobriram que a alta taxa de incidência em Araras acontece porque há casamento entre pessoas da mesma família.

'A alta incidência da doença no povoado se dá por conta dos casamentos consanguíneos e do isolamento geográfico da localidade. Temos um caso em que 50% do cromossomo de uma criança é igual ao de seu tio-avô, ambos com a doença. Isso ocorre porque não houve recombinação. Ou seja, são três gerações de relações entre primos', escreveram

Restrições ao sol

A exposição à luz solar por muito tempo já causa incômodo e queimaduras regulares em indivíduos que não tem a mutação genética, nos portadores de xeroderma pigmentoso isso pode ser ainda pior.

'Eu sinto como se estivesse no inferno, ou quase isso', disse João Vitor Bernardis (15), portador de xeroderma pigmentoso.

Por se tratar de uma doença rara incurável e tendo como maior inimigo o sol, vivendo num país tropical, pessoas com XP devem ter o dobro de cuidados.

'Uma vez eu fui num passeio da escola e minha pele caiu. Foi a pior queimadura que tive', disse João.

Yoshiaki Enokihara diz que existem variantes de XP, formas mais leves e mais agressivas. 'Nestes indivíduos, se as lesões atingirem as camadas mais profundas da pele, tipo hipoderme - tecido gorduroso - há queimaduras de 3º grau que podem deixar cicatrizes permanentes', explica.

Em situações mais graves, os portadores de xeroderma pigmentoso são submetidos a cirurgias de reconstrução da pele, imunoterapias e uma série de tratamentos que amenizam, mas não curam a doença.

/ Acervo pessoal / João Vitor

O presidente da SBD também destaca que nessas formas mais agressivas, os portadores de XP apresentam expectativa de vida menor, e formas mais brandas, as pessoas podem ter expectativa de vida semelhante à população geral.

Por essa razão, praias, atividades ao ar livre como ida a parques, caminhadas e tudo que envolva o verão, devem ser evitadas por pacientes com XP.

'O principal é a fotoproteção, evitar se expor à luz solar. Pode ser com fotoprotetores físicos: chapéu, boné, guarda-sol, óculos escuros, roupas cobrindo a pele, além dos filtros solares', recomenda o presidente da SBD.

Todos esses cuidados deixam João com preguiça de sair de dia. 'Eu já nem gosto muito de sair. Mas quando preciso, uso camisa térmica, protetor solar, tomo todos os cuidados possíveis. A maioria das atividades eu prefiro fazer quando está anoitecendo porque sei que não vou me queimar.'

Uma vez, ele conta que estava muito sol e que esqueceu de usar protetor solar nas pernas. 'Nem fiquei exposto ao sol, foi só o mormaço que causou essas queimaduras', disse.

A bióloga explica que evitar lesões envolve toda e qualquer exposição ao sol, mas não o isolamento.

'Quero enfatizar a fotoproteção não é isolamento ou passar a viver a noite. Uma vez, uma criança me disse não gostar de ser chamada de 'criança da Lua' pois ela não era vampiro para viver somente à noite. Foto proteção adequada é muito protetor solar, roupas longas com proteção UV, chapéu, viseiras, óculos escuros, filtros adequados para UV nas janelas de casa e nas escolas que essas pessoas frequentam', aponta Ligia.

E apesar de todos cuidados redobrados, João comenta que prefere passar longe do sol.

'Queria trabalhar como sargento do exército, mas infelizmente não posso porque grande parte das atividades são expostas à luz solar', disse.

Políticas públicas para doenças raras

O Ministério da Saúde publicou uma Portaria 199, de 30 de janeiro de 2014, e por meio deste instrumento normativo instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.

A norma ainda definiu as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e institui incentivos financeiros de custeio para os serviços especializados destinados ao tratamento de pessoas com essas condições.

Confira alguns direitos que os pacientes portadores de doenças raras possuem:

Tratamento médico integral gratuito;

Saque do FGTS, PIS/PASEP;

Isenção do Imposto de Renda (para determinadas doenças);

Isenção do IPVA, ICMS, IPI e IOF na compra de um veículo automotor adaptado caso a doença impeça o paciente de dirigir um veículo comum;

Quitação da casa própria;

Acesso a Previdência Privada;

Auxílio-doença;

Aposentadoria por invalidez;

TFD - tratamento fora de domicílio, quando necessário.

HOME CARE - assistência domiciliar;

Gleice conta que, os pacientes de XP procuram a AbraXP buscando ajuda para diagnósticos e tratamento adequado - que nem sempre ocorre. 'Mesmo já tendo implantado algumas políticas de saúde para os portadores de doenças raras, ainda estamos muito distantes do que seria necessário', aponta.

Para ela, há muitas realidades e experiência de SUS. 'Esse sistema tem uma dinâmica linda, mas nas entranhas vem um sistema frio, saturado, porém, no final do dia, é ele que nos socorre, e é ele que nós defendemos e cobramos as melhorias tão sonhadas e tão necessárias para cada portador de XP', disse.

Yoshiaki Enokihara, destaca que o médico dermatologista está habilitado para diagnosticar e tratar os casos de Xeroderma pigmentoso. 'Sou docente em uma Universidade Federal cujo pacientes são todos do SUS, e temos feito diagnóstico e tratado pessoas com XP.'

Gleice diz qual o caminho: 'para cada brasileiro que precisa só tem essa única opção que é tratar. Sonhamos e lutamos muito para alcançar esse SUS para todos, de forma acessível, eficiente e suficiente. Esperamos que todos os pacientes tenham seus direitos respeitados e garantidos.'

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A REDAÇÃO

Goiás registra 773 novos casos de covid-19 e uma morte em 24 horas

Mônica Parreira

Goiânia - Goiás registrou, nas últimas 24 horas, 773 novos casos de covid-19 e um óbito causado pela doença. Os números constam no boletim divulgado na tarde deste domingo (13/2) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A pasta informa que os "dados são preliminares e coletados junto aos municípios goianos".

Desde que a pandemia teve início, já foram notificados 1.105.423 casos de doença pelo coronavírus 2019 no território goiano. Destes, há o registro de 1.064.676 pessoas recuperadas e 25.341 óbitos confirmados. O boletim informa, ainda, que está em andamento a investigação de 765.858 casos suspeitos e 412 mortes que podem ter sido causadas pela covid-19. 

A taxa de letalidade do vírus é de 2,29% em Goiás. 

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O HOJE

Segundo SES-GO, mais de 80 municípios estão com apenas 65% da população imunizada

Mesmo com vacinas sobrando, 84 municípios goianos estão com somente 65% da população imunizada contra a Covid-19, aponta o boletim da Secretaria de Saúde do Estado (SESGO). A taxa em outras 45 cidades gira em torno de 65% e 70%. Contudo, a baixa adesão à dose de reforça ainda preocupa as autoridades no Estado. 

Estudos mostram que só é possível ter um impacto considerável na redução da taxa de ocupação dos leitos e óbitos se pelo menos 80% da população estiver vacinada. “Se essas pessoas vão deixando de se vacinar, demora mais a chegar nesse percentual de 80% e mais ainda a ter o impacto esperado. Para todas as vacinas, exceto a da Janssen- que é dose única –, para se ter imunidade, a proteção máxima, é preciso tomar as duas doses. Uma só não resolve. E aquela imunidade de rebanho que são os 80% da população vacinada, quando eu falo vacinada, é completamente vacinada”, reforça a superintendente de Vigilância Sanitária, Flúvia Amorim. 

Atualmente, Goiás tem cerca de 1,9 milhão de pessoas que não completaram ainda o esquema vacinal contra a Covid-19. Apesar de 63% da população (4,4 milhões de pessoas) estarem em dia com a proteção (com duas e três doses), a baixa procura pelas doses de reforço preocupa as autoridades de saúde.

Clarice Carvalho, gerente de Imunização da SES alerta para o risco de infecção e internação, e até mesmo o óbito, das pessoas que não concluíram o ciclo de vacinação contra a doença. A gestora lembra ainda os números atuais de ocupação de leitos na rede estadual de saúde em função da pandemia. As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) têm hoje 74% de sua capacidade utilizada com pessoas em tratamento de Covid, enquanto nas enfermarias esse número é de 63%.

UTIs

Até a última atualização feita pela reportagem, a taxa de ocupação das UTIs na rede estadual estava em 74% com 60 disponíveis. De acordo com a SESGO, o monitoramento dos casos por Covid-19 está sendo feito constantemente. O órgão confirma o número de contaminados é grande e crescente, o que impacta proporcionalmente no número de internações.

Por isso, a estratégia tem sido manter o nível de ocupação em torno de 85% e transferir leitos gerais para Covid-19 em blocos de dez e em alas dedicadas e isoladas. O governador Ronaldo Caiado explica que ampliar a rede é importante e isso está sendo feito. “Neste momento é um remanejamento dinâmico, de acordo com a necessidade, mas é necessário reforçar a importância da vacinação”, diz. 

Ele defende a vacinação pontuando que é a única forma de impedir o agravamento da Covid-19. “A imunização é a única forma de evitar as formas mais graves da Covid-19. Estamos fazendo a nossa tarefa de casa, mas contamos com a conscientização de todos. Mantenha o seu cartão de vacinação atualizado”, alerta. 

Reforço 

As doses de reforço não apenas reforçam a proteção imunológica já atingida com as anteriores, elas são fundamentais para impedir agravamentos que podem levar à morte. É o que ressalta o secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães. Segundo ele, com o avanço da vacinação, a SMS do município tem constatado uma redução e estabilidade das taxas de internação hospitalar para tratamento da covid-19 em Aparecida. “Não podemos deixar que essa tendência positiva seja ameaçada por uma cobertura vacinal insuficiente”, diz. 

Prevenção 

Enquanto isso, a saúde recomenda as medidas não farmacológicas. “Como uso correto de máscara, distanciamento físico, etiqueta respiratória, correta higienização das mãos e, principalmente, a vacinação completa com dose de reforço”, enumera Flúvia Amorim. Ela destaca ainda que a população deve adotar “todos os cuidados que minimizem o risco de infecção ou disseminação da Covid-19 em suas rotinas”.

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TV ANHANGUERA

Bebê com Síndrome de Down e problema cardiorrespiratório aguarda por trânsferência

https://globoplay.globo.com/v/10298469/

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Justiça libera bens do Ingoh

https://globoplay.globo.com/v/10298694/?s=0s

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Assessoria de Comunicação

Em vigor desse julho passado, quando foi publicada no Diário Oficial do Estado, a Lei nº 21.053, de 15 de julho de 2021, dispõe sobre a garantia de informação ao idoso acerca de seu direito de contar com um acompanhante no período em que estiver internado ou em observação em hospitais públicos e privados goianos.

De acordo com a lei, os hospitais da rede pública estadual e privada deverão afixar cartaz ou placa, em local visível, informando sobre esse direito do idoso. O cartaz ou placa deve conter a seguinte informação:

“À pessoa idosa internada ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico, nos termos do art. 16 da Lei federal nº 10.741, de 2003”.

Os hospitais privados que descumprirem a lei estarão sujeitos a advertência ou multa de R$ 3.000,00, na hipótese de reincidência, ou de R$ 10.000,00 a R$ 25.000,00, a partir da terceira infração.

A multa será revertida em prol do Fundo Estadual de Saúde instituído pela Lei nº 17.797, de 19 de setembro de 2012.

 

x

 

Apesar dos alertas e dos cuidados para a proteção dos dados dos pacientes adotados pelos hospitais, golpes usando os nomes de instituições de saúde continuam se repetindo.

Por isso, a Ahpaceg volta a alertar a população que fique muito atenta: hospitais associados da Ahpaceg não ligam para pedir depósitos.

Se você tem um parente ou amigo internado e recebe um telefonema solicitando depósitos em dinheiro para o pagamento de exames ou medicamentos extras, entre em contato imediatamente com o hospital e não faça nenhuma transferência.

Isso é golpe, inclusive já denunciado à polícia.

Recebeu essa ligação suspeita? Denuncie ao hospital e às autoridades policiais.