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CLIPPING AHPACEG 29 A 31/01/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Indústria farmacêutica quer política para o setor
País tem 330 mortes por covid em 24 horas
Hanseníase testes rápidos serão oferecidos na rede pública
Casal é suspeito de agredir médica com socos no rosto após ela pedir exame para dar atestado em Novo Gama
Médico preso por não atender delegado desabafa após ser solto pela Justiça: ‘Foi humilhante’
Criança de 12 anos morre com suspeita de Covid-19 após dizerem à família que era dengue
Avanço da Ômicron já faz governos adiarem volta das aulas presenciais
Doenças negligenciadas têm aumento em taxa de mortalidade
Em Aparecida, 76% dos pacientes em UTIs têm vacina atrasada ou não tomaram
Conjuntivite pode ser sintoma de infecção pela Covid-19
Criança morre em Aparecida de Goiânia por Covid-19 após ser diagnosticada com dengue
CORREIO BRAZILIENSE
Indústria farmacêutica quer política para o setor
Pandemia mostrou que o país é dependente de fornecedores externos de medicamentos, insumos e vacinas
Em meio à pandemia da covid-19, a maioria dos setores econômicos sofreu. Contudo, alguns ficaram em evidência e, comisso, solidificaram a própria importância para a sociedade como um todo. É o caso da indústria farmacêutica, que ganhou destaque diante da emergência sanitária deflagrada no início de 2020 e ainda vigente no mundo todo. Apesar de já consolidado, o setor farmacêutico brasileiro pôde aprender diferentes lições nesses dois anos. A maior delas é a de que é preciso reduzir a dependência externa quando se olha para os insumos farmacêuticos ativos. O Brasil, maior comprador do mundo na área da saúde, não pode depender de fornecedores estrangeiros para lidar com uma emergência de saúde pública. Em 2021, durante boa parte do ano, o país enfrentou atrasos na importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para produzir as vacinas contra a covid-19 no Brasil. Com capacidade para inovar e produzir, o país precisa de coordenação e planejamento de longo prazo para sanar o problema. É no que acredita Reginaldo Arcuri, presidente da Grupo FarmaBrasil (GFB), entidade que representa 14 empresas farmacêuticas de capital e controle brasileiros, entre elas as cinco maiores do país. Em entrevista ao Correio, ele, falou sobre os principais desafios do setor e como podem ser superados.
Qual a maior lição que a pandemia da covid-19 vai deixar para o setor farmacêutico?
A lição básica é de que precisamos reduzir a dependência externa quando falamos de insumos, medicamentos, fármacos e outros produtos. Ter uma indústria farmacêutica grande, de primeira qualidade e inovadora é estratégico para o país, é uma questão de segurança nacional. À gente vê que a pandemia de covid não acaba, e já enfrentamos surtos de influenza. E outros virão. Nós estamos com problemas para conseguir retomar os índices de cobertura vacinal para poliomielite, rubéola, sarampo, que acabamos perdendo. Então, é preciso ter capacidade local de produzir esses produtos. Temos que produzir mais insumos farmacêuticos ativos. Nossas empresas, inclusive, trabalham junto a vários núcleos de universidades que desenvolvem vacinas nacionais para covid-19, para gripe, e temos certeza de que, neste ano, vamos ter fabricação local dessas vacinas . Além disso, ficou demonstrado um outro tipo de problema. Os medicamentos para intubação, que são relaxantes musculares, analgésicos e opióides, são muito antigos e as multinacionais já pararam de fabricá-los há muito tempo. Quem fabrica no Brasil são as empresas nacionais, e foi necessário quintuplicar essa produção. Então, essa é uma indústria estratégica, que tem que ser tratada dessa forma, ter planos de longo prazo e planejamento articulado entre o setor privado e o governo. Parece simples, mas é difícil de fazer.
O que é preciso para reduzir essa dependência do setor externo quando falamos de insumos e medicamentos?
É necessário ter uma lei que diga claramente que esse setor é estratégico para o país e precisa ter um tratamento de coordenação e planejamento de longo prazo. É basicamente isso que o Projeto de Lei nº 2. 583 faz, e nós apoiamos o PL do deputado Luizinho (PP-RJ) desde o início. Já fizemos debates com ele e com o relator, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), porque consideramos que esse é um passo essencial. Estamos com grandes esperanças de que ele seja aprovado. O deputado Luizinho tem ainda a ideia de criar no Legislativo um instituto para discutir permanentemente as questões do complexo industrial de saúde. Achamos que o caminho é esse. Além disso, esperamos que o Executivo volte com um instrumento de coordenação como era o Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), para que a gente possa construir, no Ministério da Saúde, mecanismos de diálogo e planejamento.
O senhor citou a queda da cobertura vacinal de doenças já controladas no país. Com a covid-19, também vemos resistência de uma parcela da sociedade com a vacina. Como vê esse negacionismo e o movimento antivacina?
Isso é a maior peste que a humanidade está sofrendo, porque é uma coisa que mistura tudo o que a humanidade tem de pior: a burrice, as questões ideológicas, negacionistas, a falta de preocupação com a saúde coletiva e, principalmente, com a saúde das crianças. Isso é a coisa mais perigosa que o mundo está vivendo, que é querer negar o que é a salvação. Aqui no Brasil, por exemplo, os números da covid-19 só começaram a cair sistematicamente por causa da vacina. Com relação a outras doenças, vimos o país perdendo a cobertura vacinal de várias delas. O problema é que essas enfermidades ainda matam. Tem várias doenças para as quais a cobertura vacinal tem que ser superior a 95%. Vacina não é um problema de decisão individual. É um problema de saúde coletiva.
Se você tem um grupo de pessoas que se recusa a proteger a saúde de todos, isso é uma coisa criminosa. Não tem outro termo.
Ainda falando sobre vacinas, o que representa a produção de imunizante da Pfizer no Brasil a partir de 2022?
É um passo importante, mas nesse caso ainda se trata do procedimento final. O importante é que a gente tenha capacidade de produzir vacinas e medicamentos desde o início, desde o desenvolvimento do princípio ativo. Isso não é uma coisa que as indústrias possam fazer sozinhas, porque quem compra vacina é governo, aqui e no mundo inteiro. Temos insistido com o governo que precisamos de uma definição clara do que vai ser necessário para covid, para influenza, não só neste, mas nos próximos anos, porque são campanhas anuais. Então, é muito importante que se tenha esse equilíbrio do que os laboratórios públicos vão produzir - esse tipo de produto, sem dúvida, em boa parte tem que ser produzido pelos laboratórios públicos - e as vacinas e medicamentos que deverão ser produzidos pela indústria privada.
A produção da vacina da Pfizer no Brasil, mesmo sendo uma etapa final, pode reduzir o custo do imunizante para o governo?
Sim, mas não posso dizer exatamente quanto, porque isso envolve uma operação entre empresas privadas. Mas é o que sempre acontece. A produção no Brasil reduz muito os custos para o consumidor brasileiro e para o sistema público de saúde. Isso acontece, por exemplo, com os anticorpos monoclonais. Eles representam 10% das compras físicas do Ministério da Saúde para fornecimento no SUS e consomem 60% do orçamento, porque são caríssimos. Então, a produção no Brasil está reduzindo muito esses custos. É uma lei básica de mercado: na medida que há mais ofertantes capazes de suprir a demanda, o preço tem que cair.
Como avalia as ações e desempenho da Anvisa durante a pandemia? A agência foi rápida para aprovar medicamentos e vacinas?
A Anvisa enfrentou de cabeça erguida e com muita segurança duas coisas. Primeiro, a necessidade de continuar cumprindo a missão essencial dela, que é analisar medicamentos novos ou que queiram entrar no mercado brasileiro, para garantir que eles possam ser tomados pelas pessoas com segurança, qualidade e eficácia. A segunda coisa extremamente importante foi não ter arredado pé dessa missão, mesmo com todos os ataques que sofreu do Executivo, do Legislativo e de negacionistas. E isso foi extremamente relevante, porque a Anvisa certamente está em um processo de aprendizado que vai gerar, para o futuro, métodos que permitam avaliações mais rápidas, mantendo o essencial, que é garantir a segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos que estão no mercado brasileiro. Durante a pandemia, a Anvisa manteve a capacidade de analisar rapidamente esses aspectos, dando autorizações para uso emergencial. O grande mérito da Anvisa foi o de, em uma situação de extrema tensão, conseguir fazer o que tinha de ser feito. A agência está saindo mais forte e mais respeitada, cumprindo o seu dever como país.
Apesar de já ter alguns medicamentos contra a covid-19 autorizados pela Anvisa, até o momento não temos nenhum incorporado ao Sistema Unico de Saúde. Qual a importância de um medicamento para tratar covid nesse momento em que já temos vacinas eficazes?
Não vou dar uma opinião de médico, porque não sou, mas você tem vários fenômenos. Em alguns momentos, tem um ataque mais forte do vírus e é necessário um combate mais eficaz - e os medicamentos estão funcionando nessa linha. Além disso, têm sido vistas sequelas depois da fase aguda da doença. Tem gente, há meses, sem olfato, que continua com sintomas de cansaço. Então, os medicamentos estão sendo testados para poder reduzir esses efeitos de longo prazo da covid. Em outros casos, estão sendo desenvolvidos medicamentos para prevenir ou interromper os efeitos do vírus nos primeiros dias. Vamos ter um arsenal de medicamentos.
Como a indústria farmacêutica enxerga a pesquisa clínica no Brasil? Como podemos desenvolver essa área?
Hoje, você só desenvolve medicamentos entendendo a doença, e só entende a doença e os efeitos do medicamentos sobre ela quando estuda isso nos humanos, depois das fases anteriores. Ter testes clínicos é essencial. Além disso, é um campo de negócios específico. Há empresas especializadas, com profissionais de altíssima qualificação. O Brasil ganhará muito quando tiver uma legislação de pesquisa clínica mais moderna. Há um projeto de lei, nº 7. 082, que está pronto para ser votado na Câmara dos Deputados, e eu pedi ao presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), para que pautasse esse projeto. Toda indústria está a favor disso, para que a gente possa ter uma legislação mais atualizada. Ninguém quer fazer testes clínicos sem controle dos aspectos éticos, sem preservar os padrões de qualidade e sem garantir que os resultados vão ser controlados nos mais altos níveis científicos. Mas precisamos que haja uma decisão rápida. Não é que o projeto vá permitir menos controle. Ao contrário, vai dar mais previsibilidade sobre os prazos e os processos de definição.
Ter uma indústria farmacêutica grande, de primeira qualidade e inovadora é estratégico para o país, é uma questão de segurança nacional"
"Vacina não é um problema de decisão individual. É um problema de saúde coletiva. Se você tem um grupo de pessoas que se recusa a proteger a saúde de todos, isso é uma coisa criminosa. Não tem outro termo"
»Entrevista | REGINALDO ARCURI PRESIDENTE DO GRUPO FARMABRASIL
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País tem 330 mortes por covid em 24 horas
O número de mortes por covid-19 no Brasil subiu para 626. 854. Em 24 horas, foram registradas 330 mortes. Segundo os números publicados pelo Ministério da Saúde na noite de ontem, 134. 175 novos casos de covid-19 foram diagnosticados em 24 horas, informa a Agência Brasil. O país soma 25. 348. 797 ocorrências da doença desde o início da pandemia. Há ainda 3. 133 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação. Os óbitos pela síndrome somaram 766 nos últimos três dias.
O boletim também mostra que a taxa de casos ativos aumentou e a taxa de recuperação caiu. No momento, 87, 4% do total de infectados são considerados livres de sintomas. A taxa chegou a 96, 2% em dezembro, antes da chegada da variante ômicron ao Brasil.
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (157. 854), Rio de Janeiro (69. 878), Minas Gerais (57. 306), Paraná (41. 191) e Rio Grande do Sul (36. 863). Já as unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1. 868), Amapá (2. 039), Roraima (2. 096) , Tocantins (3. 997) e Sergipe (6. 093).
O painel de vacinação do Ministério da Saúde registra que 355. 702. 862 doses de vacinas diversas já foram aplicadas. Destas, 164, 7 milhões são referentes à primeira dose, enquanto 151, 7 milhões são relativas à segunda dose. As doses de reforço chegaram a 38, 6 milhões.
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TV RECORD
Hanseníase testes rápidos serão oferecidos na rede pública
https://www.youtube.com/watch?v=MzOMNGPeua4
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PORTAL G1
Casal é suspeito de agredir médica com socos no rosto após ela pedir exame para dar atestado em Novo Gama
Segundo testemunha, paciente disse que estava com Covid-19, mas não apresentou laudo. Por isso, profissional solicitou o teste, o que causou revolta na moradora.
Por Rafael Oliveira e Tarciane Vasconcelos, g1 Goiás e TV Anhanguera
Um casal é suspeito de agredir uma médica com puxões de cabelo e socos no rosto por causa de um atestado de Covid-19, em um posto de saúde de Novo Gama, no Entorno do DF (veja o vídeo acima). O esposo da médica, que também estava de plantão na unidade, tentou separar a briga, segundo a ocorrência.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar sobre o caso.
O casal foi conduzido pela Guarda Civil para a delegacia na noite de quinta-feira (27), junto com a profissional, onde assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal e foram liberados.
A médica foi identificada como sendo a dermatologista Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos. Ela fazia plantão na unidade como clínica geral no dia da agressão. Ela sofreu ferimentos no rosto, segundo a corporação.
A prefeitura da cidade divulgou nota de repúdio contra a agressão e disse que que está tomando as medidas judiciais necessárias. "Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e se solidariza com as equipes e família", destaca a nota.
Segundo o médico Paulo Henrique Lino, colega de trabalho da profissional, a paciente estava acompanhada do marido, com sintomas de Covid-19 e queria um atestado. Mas a médica solicitou um teste rápido para a doença com o objetivo de confirmar se a mulher estava contaminada.
"Nesse momento, a paciente se alterou muito. A médica pediu para ela ter calma, que iria só pedir o teste, mas que a atenderia normalmente. Aí ela começou a agredir a médica, puxando o cabelo, jogou ela no chão, deu socos", esclareceu Paulo Lino.
Ainda de acordo com o médico, o marido da paciente entrou na briga e a agrediu quando ela estava caída no chão.
A médica foi identificada como sendo a dermatologista Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos. Ela fazia plantão na unidade como clínica geral no dia da agressão.
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PORTAL MAIS GOIÁS
Médico preso por não atender delegado desabafa após ser solto pela Justiça: ‘Foi humilhante’
Fábio afirma que chegou a pensar em se mudar de Cavalcante, no nordeste de Goiás, onde tudo aconteceu
O medico Fábio Marlon Martins França, que foi preso por não atender um delegado com prioridade na última quinta-feira (27), disse que se sentiu muito constrangido com a situação. Na versão da Polícia Civil, o profissional foi preso por exercício ilegal da medicina, desacato e lesão corporal. O médico, no entanto, tem permissão para atuar na medicina.
Fábio afirma que chegou a pensar em se mudar de Cavalcante, no nordeste de Goiás, onde tudo aconteceu. Mas ao ver o apoio que teve da população, mudou de ideia. Ele classifica a situação que viveu como um ‘abuso’. “Eu acho que qualquer um na minha situação não aceitaria ser preso ilegalmente. Foi um excesso, foi um abuso, foi humilhante”, disse em entrevista do G1.
Segundo o médico, o delegado Alex Rodrigues queria ser atendido com prioridade após testar positivo para Covid-19. Fábio no entanto se negou atendê-lo primeiro que outros pacientes, o que gerou uma discussão no hospital.
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Criança de 12 anos morre com suspeita de Covid-19 após dizerem à família que era dengue
Mãe afirma que filho foi vítima de negligência dos servidores do cais Nova Era
A família de Kauan Victor Gomes da Costa Nunes, de 12 anos, foi surpreendida na última sexta-feira (28) com a notícia de que a criança havia morrido em função de sequelas da covid-19 depois de ter sido informada por profissionais de saúde do Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia, que a criança estava com dengue.
A mãe de Kauan, Tatiane Gomes da Costa, enterrou o filho no último sábado. Ela afirma que vai processar judicialmente os servidores da unidade por entender que foram negligentes e não trataram da criança como deveriam. “No cais não fizeram exame de Covid e, apesar disso, a médica me falou que essa hipótese estava descartada. Deram a ele soro e dipirona e nos mandaram para casa”.
Kauan sentiu-se mal pela primeira vez no domingo passado (23). Queixou-se de dor nas pernas e estava com febre. Ele chegou ao Cais com a mãe por volta de 14 horas e foi liberado no começo da noite – depois de exames que supostamente não detectaram nada de grave no paciente, segundo a mãe.
Kauan voltou a reclamar de mal-estar no dia seguinte e Tatiane o levou mais uma vez ao Nova Era. “Deram soro e dipirona de novo. Aí, pediram exame de sangue e urina. Falaram primeiro que era infecção no sangue, depois dengue. Internaram-no de segunda à quarta. Como não melhorou, resolveram transferir o meu filho para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP)”.
A mãe diz que ouviu uma enfermeira chamar a atenção de outra servidora no cais Nova Era por causa da quantidade de soro que estava sendo aplicado em Kauan. “Uma disse para outra que aquilo estava errado, mas não adiantou. O tratamento foi totalmente equivocado”.
No HMAP, Tatiane afirma que foi informada de que a criança estava com sequelas decorrentes da Covid. Realizou-se um teste para detecção de dengue, que deu negativo.
Segundo a mãe da criança, as sequelas da Covid evoluíram rápido e ele morreu no começo da manhã da última sexta (28). O atestado de óbito dele, a que o Mais Goiás teve acesso, confirma que Kauan morreu por volta de 8h em decorrência da infecção por coronavírus. Ele sofreu insuficiência respiratória aguda, hemorragia pulmonar e digestiva, além de síndrome inflamatória multissistêmica.
Prefeitura afirma que criança não estava com Covid-19
A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) afirma que o paciente Kauan Victor Gomes da Costa Nunes deu entrada no Cais Nova Era no dia 25 de janeiro, relatando febre e dores musculares há quatro dias. A pasta diz que a equipe do Cais deu assistência e solicitou exames laboratoriais e de imagem para auxílio do diagnóstico. Com quadro sugestivo de dengue, foi solicitada a transferência do paciente para unidade hospitalar.
Em nota, a SMS afirma que em menos de 24 horas, no dia 26 de janeiro, o paciente foi transferido para o Hospital Municipal de Aparecida (Hmap). A Secretaria diz ainda que foi realizado o exame RT-PCR para diagnóstico de Covid-19 e o resultado foi negativo. De acordo com a secretaria, no Hmap, o paciente apresentou uma severa piora do quadro clínico e recebeu toda a assistência hospitalar possível.
No entanto, no dia 28 de janeiro, não resistiu e foi a óbito. A Secretaria alega que, devido ao quadro clínico do paciente, o caso será encaminhado para o Comitê Municipal de Investigação de Óbitos e Controle da Dengue.
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AGÊNCIA ESTADO
Avanço da Ômicron já faz governos adiarem volta das aulas presenciais
No Tocantins e em ao menos quatro capitais do País o retorno foi prorrogado; especialistas apontam que, com protocolos sanitários, a educação deve ser priorizada
Grande parte das redes públicas já iniciou ou prevê retomar aulas presenciais nas próximas semanas, mas a variante Ômicron atrasará a volta às escolas em ao menos uma rede estadual (Tocantins) e de todos ou parte dos alunos de quatro capitais (Belo Horizonte, Manaus, Belém, São Luís), além de Teresina, que terá rodízio. No interior e em regiões metropolitanas, há adiamentos do ensino presencial para abril.
Apesar da escalada do coronavírus no País, especialistas apontam que a educação deve ser priorizada - a maioria dos governos não tem adotado restrições mais duras em relação a shows, festas e jogos de futebol, por exemplo. Pesquisas mostram que é possível reduzir o risco de transmissão com protocolos, como testagem e máscaras reforçadas. O Brasil foi um dos países que ficaram mais tempo com colégios fechados, com grandes prejuízos de aprendizagem.
Em São Paulo e no Rio, por exemplo, as aulas presenciais voltam em fevereiro - isso vale para as redes municipal e estadual. Já o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), adiou a volta presencial das redes públicas e privada do dia 3 para o dia 14 nas turmas entre 5 a 11 anos, sob argumento de que é preciso avançar na vacinação e 'proteger a saúde de alunos, familiares, professores e funcionários de instituições de ensino'.
O sindicato de trabalhadores da rede municipal havia pedido o adiamento. Já a entidade local de colégios particulares criticou. A prefeitura destacou ainda que vai pagar R$ 100 às crianças da rede pública, que vão ficar sem merenda.
PROBLEMAS. Tocantins adiou do dia i.° para o dia 14. Além da alta da covid, as enchentes foram apontadas como motivo. Segundo o secretário da Educação, Fábio Vaz, o ensino será prioridade, mas é preciso mais tempo para preparar a estrutura escolar, sobretudo em cidades menores. 'Será feito diagnóstico em cada ciclo de ensino para definir o nível que o aluno está e serão oferecidos conteúdos para a recomposição', diz ele, que descarta adiar de novo.
A diarista Vânia Lopes, de 50 anos, tem sentimento dividido sobre a ida do filho Geo-vanne, de 16. 'Agente fica com medo, porque cada dia é um tipo de variante que está vindo', conta ela, do Tocantins. 'Mas voltar para a escola é melhor, porque aula presencial tem mais rendimento. Em casa, ele olhava na internet, tirava dúvidas e tudo, mas é complicado aprender', conclui.
Os alunos de Belém retornam de forma gradual e escalonada nas próximas semanas. 'A adoção do retorno gradual das aulas é necessária enquanto não se conclui o processo de imunização contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 anos', escreveu o prefeito Ed-milson Rodrigues (PSOL) nas redes sociais.
Em Manaus, a rede municipal começa dia 7, no modelo online. No anúncio da decisão, a prefeitura disse seguir orientações dos órgãos de saúde e cuidar da segurança de todos.
São Luís empurrou a volta do dia i.° para o dia 22, sob justificativa da covid e outras doenças gripais. Segundo informe da capital maranhense, a decisão foi tomada em conjunto com representantes da área da Saúde e do Ministério Público e o ano letivo será cumprido.
Em Teresina, o modelo será híbrido, a partir do dia 7. Segundo a secretaria local, é cedo para o retomo 100% presencial, pois crianças de 5 a 11 anos ainda não estão vacinadas.
Em algumas cidades, o adiamento foi por tempo ainda maior. Jaboatão dos Guarara-pes - segundo município mais populoso de Pernambuco - passou a volta presencial para abril.
SEGURANÇA. A imunização do grupo de 5 a 11 anos começou quase um mês após o aval da Anvisa, por causa da resistência da gestão Jair Bolsonaro em iniciar a campanha na faixa etária. Júlia Ribeiro, porta-voz de educação da Unicef no Brasil, braço das Nações Unidas, defende que a vacinação não pode condicionar a volta às aulas. 'É preciso que as escolas estejam preparadas para ir atrás das crianças que não conseguiram estar ou deixaram a escola na pandemia; que deixaram de aprender', diz.
A epidemiologista Ethel Maciel diz que é possível pensar em volta escalonada, iniciando por adolescentes para esperar avanço da vacinação infantil, mas critica a falta de planejamento. 'Não tivemos investimento, como Estados Unidos e Europa. Aqui o protocolo é verificar temperatura - e no pulso. O valor é quase zero, já que muitas crianças são assin-tomáticas. Além de estarmos até hoje com professores com máscaras de tecido. Se houvesse distribuição de máscaras melhores e testes, já melhoraria.'
Com a Ômicron ainda em alta, serão desafios o cancelamento de aulas das classes onde houver alunos infectados e o afastamento de professores doentes, o que já dificultou a manutenção de escolas abertas no Reino Unido e nos EUA.
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AGÊNCIA BRASIL
Doenças negligenciadas têm aumento em taxa de mortalidade
A pandemia de covid-19 trouxe impactos para o atendimento em relação às doenças tropicais negligenciadas que passaram a registrar aumento da mortalidade, apesar da queda de internações.
Em 2020, a taxa de mortalidade para malária subiu 82,55%, apesar da queda de 29,3% nas internações. Doenças como a leishmaniose visceral e a leptospirose também registraram aumento de mortalidade de 32,64% e 38,98%, respectivamente. O número de internações por essas doenças diminuiu no período, com quedas de 32,87% e 43,59%.
Já a dengue registrou aumento de 29,51% nas internações e de 14,26% na taxa de mortalidade. Os dados fazem parte de um estudo dos pesquisadores Nikolas Lisboa Coda Dias e Stefan Oliveira, da Universidade Federal de Uberlândia; e Álvaro A. Faccini-Martínez, da Universidade de Córdoba.
Eles compararam os dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) durante os primeiros oito meses de 2020 com os valores médios do mesmo período dos anos de 2017 a 2019.
Na avaliação da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), houve aumento do número de casos dessas enfermidades durante a pandemia. 'Houve redução dos casos notificados e aumento da letalidade', disse à Agência Brasil o presidente da entidade, Júlio Croda.
'Houve uma desassistência às pessoas que são acometidas por essas doenças e que, geralmente, são populações mais vulneráveis', destacou.
Retrocesso
Na avaliação de Júlio Croda, o Brasil retrocedeu de dez a 20 anos no combate a essas doenças. Segundo ele, será necessário reconstruir os serviços de saúde já que todos os programas nacionais de controle para essas doenças sofreram algum impacto. Ele acredita ainda que a curva de redução de incidência que o país mantinha e de mortalidade associada a essas doenças tende a entrar em estabilidade até 2030.
'A gente perdeu uma década de combate a essas doenças, principalmente por conta da pandemia, da desassistência, da falta de diagnóstico e de um tratamento precoce', avaliou o especialista.
Procurado pela Agência Brasil para comentar a afirmação de Croda, o Ministério da Saúde não respondeu até o fechamento da matéria.
Tuberculose
O presidente da SBMT afirmou que, depois de 15 anos, houve registro de redução das notificações de tuberculose em todo o mundo e crescimento do número de óbitos. 'No Brasil, não foi diferente'. A tuberculose é a doença negligenciada responsável pelo maior número de mortes entre as populações mais vulneráveis, segundo Croda.
Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), divulgado em outubro de 2021, relatou que os serviços de tuberculose estão entre os interrompidos pela pandemia de covid-19 em 2020. O impacto sobre essa doença foi particularmente grave e, em 2020, 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose no mundo.
A OMS estima que 4,1 milhões de pessoas sofrem atualmente de tuberculose, mas não foram diagnosticadas com a doença ou não notificaram oficialmente às autoridades nacionais. Em 2019, o número de pessoas afetadas por tuberculose chegava a 2,9 milhões.
Doenças Negligenciadas
Mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o planeta sofrem com algum tipo de doença tropical negligenciada.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas somam um grupo diversificado de doenças transmissíveis que prevalecem em condições tropicais e subtropicais em 149 países, matam milhões de seres humanos e custam bilhões de dólares às economias em desenvolvimento a cada ano.
O Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, lembrado hoje (30), foi criado em 2019, por uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde. Este é o terceiro ano de celebração da data, em meio à pandemia da covid-19.
Em nota divulgada hoje, o coordenador de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Marcelo Wada, afirma que que a pasta vêm investindo na vigilância dessas doenças e implementando ações para que se alcance a eliminação ou controle desse grupo.
'Existem muitos desafios para a eliminação das DTNs, incluindo mudanças climáticas, ameaças zoonóticas e ambientais, emergentes em saúde pública. Vamos avançar nas estratégias para controlar essas doenças', afirmou.
Doenças esquecidas
As chamadas doenças negligenciadas, ou esquecidas, são enfermidades infecciosas, muitas delas parasitárias, que afetam principalmente as populações mais pobres e com acesso limitado aos serviços de saúde, em especial pessoas que vivem em áreas rurais remotas e favelas.
Segundo a OMS, elas integram um grupo diversificado de 20 enfermidades prioritárias de origem parasitária, bacteriana, viral e fúngica. Causam dor e incapacidade, criando consequências sociais, econômicas e para a saúde duradouras para indivíduos e sociedades. Impedem as crianças de ir à escola e os adultos de ir ao trabalho, prendendo as comunidades em ciclos de pobreza e desigualdade. As pessoas afetadas por deficiências causadas por essas doenças, muitas vezes sofrem estigma em suas comunidades, dificultando acesso aos cuidados necessários e levando ao isolamento social.
No Brasil, leishmaniose, tuberculose, doença de Chagas, malária, esquistossomose, hepatites, filariose linfática, dengue e hanseníase estão entre as principais doenças negligenciadas. Elas ocorrem em quase todo o território. Mais de 90% dos casos de malária ocorrem na Região Norte e há surtos de filariose linfática e oncocercose. As regiões Norte e Nordeste apresentam o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e concentram o maior número das DTNs.
Equidade
A comemoração deste ano do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) foi iniciada pela OMS no último dia 26, sob o tema 'Alcançar a equidade em saúde para acabar com a negligência das doenças relacionadas à pobreza'. A instituição fez um apelo a seus membros para que se concentrem no fortalecimento das intervenções, visando promover serviços de saúde equitativos para todos.
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A REDAÇÃO
Em Aparecida, 76% dos pacientes em UTIs têm vacina atrasada ou não tomaram
Goiânia - Dados da Prefeitura de Aparecida de Goiânia indicam que 76% das internações por covid-19 em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do município são de pessoas que não se vacinaram ou estão com o esquema vacinal em atraso. O balanço é referente ao dia 25 de janeiro.
Na data, das 21 pessoas internadas na rede pública municipal para o tratamento da doença, 16 estavam com o esquema vacinal em atraso ou não eram vacinadas. E ainda, 62% delas já poderia ter recebido a dose de reforço do imunizante, mas não procurou os postos. 13% não tinha recebido nenhuma dose da vacina.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também identificou que a população idosa permanece como maioria entre as internações em UTIs para tratamento da covid-19. “71% das internações em unidades intensivas no dia 25 era entre pessoas com mais de 60 anos. Característica que permanece desde o início da pandemia. Contudo, agora, a população tem uma arma poderosa contra o vírus: a vacinação. É muito importante que todos completem o esquema vacinal com a dose de reforço. A terceira dose é fundamental para manter a proteção”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.
De acordo com o gestor, o levantamento realizado no dia 25 apontou que 15 idosos estavam internados em UTI para tratamento da covid-19. Desse total, apenas um ainda não estava apto a receber a dose de reforço e 14 já tinham alcançado o intervalo necessário para recebimento da terceira dose. Contudo, desses, apenas quatro procuraram os postos para completar o esquema vacinal. Ou seja, dos 15 idosos internados, 10 estavam com o cartão de vacina em atraso.
Alessandro Magalhães detalha ainda que 29% das internações em UTI para tratamento da covid-19, no dia 25, era entre pessoas de 40 a 59 anos: “Foram seis casos nessa faixa etária. Desses, metade não tinha recebido nenhuma dose da vacina. Três deles receberam a primeira e a segunda dose, mas não completaram o esquema vacinal com a dose de reforço, mesmo já tendo alcançado o prazo para tanto. Eles poderiam ter sido imunizados no mês de novembro”.
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JORNAL OPÇÃO
Conjuntivite pode ser sintoma de infecção pela Covid-19
Por Acaray Martins
Com a nova onda da Ômicron, 22% das crianças contaminadas tiveram conjuntivite, enquanto apenas entre 1% e 3% dos adultos apresentaram esse sintoma
A conjuntivite é um dos indicativos de contaminação pelo Coronavírus, principalmente em crianças. Estudos apontam que com a nova onda da Ômicron, 22% das crianças infectadas tiveram conjuntivite, enquanto apenas entre 1% e 3% dos adultos apresentaram esse sintoma. Embora a conjuntivite não seja tão comum, sintomas oculares com a congestão conjuntival merece alerta dos pais quanto à possibilidade de ser Covid-19, ainda mais se vier acompanhado de outras manifestações comuns nessa doença, a exemplo de dor de garganta, febre e dor nos olhos.
Para a oftalmopediatra Marcela Barreira as observações relatadas desde o início da pandemia, que apontam que crianças costumam apresentar mais sintomas oculares quando positivadas para a Covid-19, podem ajudar na orientação, prevenção e manejo da doença e também da conjuntivite nas crianças. Ela explica que nem toda conjuntivite é sinal de Covid, mas a identificação requer atenção extra dos pais ou responsáveis. “No verão, temos um alta nos casos de conjuntivite nas crianças. A principal causa é a contaminação por vírus ou bactérias presentes na água de piscinas, praias, cachoeiras e rios. Portanto, é preciso calma e bom senso caso a criança apresente os sintomas da conjuntivite”, aponta.
A conjuntivite pode ser viral, bacteriana ou alérgica. Os sintomas variam de acordo com o tipo, mas a vermelhidão está presente em todos os casos. “A vermelhidão é sinal de inflamação na conjuntiva. Na conjuntivite viral, que pode ser causada pela Covid-19, a criança pode reclamar da sensação de ter areia nos olhos, há lacrimejamento e secreção. Além disso, pode levar até 14 dias para melhorar”, explica. A conjuntivite bacteriana se difere das outras pelo inchaço e pela secreção purulenta em abundância. Outra diferença é que a duração é menor, com melhora do quadro em uma semana, aproximadamente. Por fim, a conjuntivite alérgica evolui com muita coceira, uma vermelhidão menos acentuada e sem secreção.
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Criança morre em Aparecida de Goiânia por Covid-19 após ser diagnosticada com dengue
Por Italo Wolff
Secretaria de Saúde de Aparecida diz que todos os exames foram feitos, família nega e afirma que irá processar servidores judicialmente
Um garoto de 12 anos morreu em Aparecida de Goiânia por consequências da Covid-19, mas sua família fora informada pelos profissionais de saúde do Cais Nova Era de que a criança sofria de dengue. Segundo redação do jornal Mais Goiás, a mãe da criança afirma que não foram feitos exames para detectar Covid-19, e que o tratamento administrado foi de apenas soro e dipirona.
A criança foi equivocadamente diagnosticada com dengue no dia 23 e internada no Hospital Municipal de Aparecida (HMAP) no dia 26. Apenas no HMAP, exames para detecção das doenças foram realizados e apontaram que o paciente não tinha dengue. O óbito ocorreu na sexta-feira, 28, e o atestado informa que aconteceu em decorrência da infecção por coronavírus. Ele sofreu insuficiência respiratória aguda, hemorragia pulmonar e digestiva, além de síndrome inflamatória multissistêmica.
A família afirma que irá processar judicialmente os servidores da unidade por entender que foram negligentes e não trataram da criança como deveriam. A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) registra uma data diferente da relatada pela família para a consulta do paciente no Cais Nova Era, e diz ainda que exames laboratoriais foram solicitados, ao contrário do que afirma a família. Em nota, a SMS afirmou ainda que foi realizado o exame RT-PCR para diagnóstico de Covid-19 e o resultado foi negativo. De acordo com a secretaria, no Hmap, o paciente apresentou uma severa piora do quadro clínico e recebeu toda a assistência hospitalar possível. O caso será encaminhado para o Comitê Municipal de Investigação de Óbitos e Controle da Dengue.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 28/01/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Bancos de sangue estão com estoques baixos
Tocantins tem 2.213 novos casos de Covid e três mortes pela doença
Mãe de um dos bebês trocados em hospital se emociona ao pensar em ter que devolver menino que cuida há quase um mês: 'Dói'
Ex-governador de Goiás Marconi Perillo recebe alta de hospital, em Goiânia
Conselho do MP quer vacinação obrigatória contra covid para crianças
Covid-19: Goiás registra 6,6 mil novos casos e 34 mortes em um dia
Damares Alves ataca passaporte e abre disque-denúncia a antivacinas
Queiroga mantém texto contra diretriz anticloroquina
ANS notifica Amil sobre saída da UnitedHealth do Brasil
Autoteste deve ser vendido só em farmácia
Saúde põe obstáculos à vacinação infantil
TV ANHANGUERA
Bancos de sangue estão com estoques baixos
https://globoplay.globo.com/v/10248802/
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PORTAL G1
Tocantins tem 2.213 novos casos de Covid e três mortes pela doença
Estado soma 262.540 diagnósticos e 3.989 óbitos desde o início da pandemia. No momento, quase 12 mil pessoas estão com o vírus ativo, ou seja, internadas ou em isolamento domiciliar.
O Tocantins contabilizou 2.213 novos casos de Covid-19 nesta quinta-feira (27). Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) foram contabilizados 1.129 diagnósticos nas últimas 24 horas e mais três mortes pela doença. Desde o início da pandemia são 262.540 confirmações e 3.989 óbitos.
As mortes aconteceram em maio de 2021 e neste mês. Os pacientes são:
Homem, de 96 anos, morador de Palmeirante. Comorbidades: desnutrição proteica e doenças cardíacas crônicas. Morte em 22/01/22 no Hospital Dom Orione.
Homem, de 63 anos, morador de Alvorada do Tocantins. Comorbidade: hipertensão. Morte em 23/01/22 no Hospital Regional de Gurupi.
Mulher, de 57 anos, moradora de Lavandeira. Comorbidade: hipertensão. Morte em 22/05/21 no Hospital Palmas Medical.
Novos diagnósticos
Palmas contabilizou mais 654 novos casos da Covid. A capital é a cidade mais afetada pela doença com 63.800 infectados e 688 mortes.
Já Araguaína registrou 254 diagnósticos da doença. O município acumula 42.165 casos e 568 mortes desde o início da pandemia.
Todos os 139 municípios do Tocantins têm casos confirmados da doença. Veja abaixo as 10 cidades mais afetadas pela pandemia. A lista completa pode ser conferida no site sobre coronavírus da Secretaria Estadual de Saúde.
Do total de casos, 246.622 pacientes se recuperaram e 11.929 ainda estão com o vírus ativo. Ao todo, 221 pessoas estão hospitalizadas por causa da doença, sendo que 77 fazem tratamento em leitos de UTI públicos e 35 em unidades de terapia intensiva privadas. Os outros pacientes estão em leitos clínicos.
Conforme o Estado, nenhum paciente está aguardando por vaga em leito clínico ou leito de UTI. A última atualização foi feita nesta quinta-feira (27). Acompanhe a situação aqui.
Vacinação contra a Covid-19
De acordo com os dados do Vacinômetro, página que monitora a imunização no estado, o Tocantins recebeu 2.851.385 doses de vacinas do Ministério da Saúde, sendo que 2.737.942 doses foram distribuídas aos municípios e 2.106.172 foram aplicadas.
São 1.062.067 referentes a aplicação de primeira dose, 847.305 da segunda dose da vacina e 37.804 da dose única. Além disso, 158.996 pessoas receberam a dose de reforço. Os dados foram atualizados às 13h desta terça-feira (25).
Ocupação de leitos de UTI nos hospitais
Hospital Regional de Augustinópolis – 30% de ocupação
Hospital Regional de Gurupi - 95% de ocupação
Veja como está a ocupação dos leitos particulares contratados pelo estado.
Instituto de Terapia Intensiva do Tocantins – 100% de ocupação
Intensicare Palmas – 80% de ocupação
Instituto Sinai Palmas – 81% de ocupação
Hospital Dom Orione em Araguaína - 80% de ocupação
Hospital Palmas Medical - 40% de ocupação
Instituto Sinai Araguaína - 80% de ocupação
Os dados de estatística hospitalar foram atualizados nesta quinta (27). As informações podem ser conferidas no portal Integra Saúde.
Cidades mais afetadas pela pandemia
Palmas – 63.800 casos e 688 mortes
Araguaína – 42.165 casos e 568 mortes
Gurupi – 16.755 casos e 280 mortes
Porto Nacional – 11.521 casos e 214 mortes
Paraíso do Tocantins – 10.265 casos e 196 mortes
Colinas do Tocantins – 8.481 casos e 158 mortes
Formoso do Araguaia – 3.899 casos e 67 mortes
Guaraí – 3.567 casos e 81 mortes
Miranorte – 3.070 casos e 59 mortes
Araguatins – 2.976 casos e 74 mortes
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Mãe de um dos bebês trocados em hospital se emociona ao pensar em ter que devolver menino que cuida há quase um mês: 'Dói'
Crianças nasceram no dia 29 de dezembro do ano passado, em Aparecida de Goiânia. Hospital São Silvestre informou que 'houve quebra de protocolo' e que envolvidos foram suspensos.
Por Honório Jacometto e Guilherme Rodrigues, TV Anhanguera e g1 Goiás
A dona de casa Juciara Maria da Silva, de 28 anos, que é mãe de um dos bebês que foram trocados em um hospital de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, se emocionou ao pensar em ter que devolver o menino que está cuidando há quase um mês (assista ao relato dela abaixo).
“Vai ser um mês e quantos dias para devolver uma criança que eu cuidei, que amamentei, levei para casa, que meus filhos, minhas irmãs já se apaixonaram. Como que a gente fica nessa história? Dói”, lamentou Juciara.
As crianças nasceram no dia 29 de dezembro do ano passado, no Hospital São Silvestre. A advogada da unidade de saúde, Luciana Azevedo, registrou no boletim de ocorrências que o exame de DNA confirmou a situação. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Em nota, o hospital informou que “de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital” e que, ao ser percebido, de imediato as duas famílias foram comunicadas. A unidade de saúde informou ainda que abriu processo administrativo para apuração dos fatos “e que já houve a suspensão de vários envolvidos” (leia nota na íntegra ao final do texto).
A dona de casa contou que o hospital informou que acreditava que houve uma troca de pulseiras do filho dela com o outro bebê durante o teste do pezinho. Bastante emocionada, ela contou que, por ela, não trocaria a criança.
“Não, não trocaria, mas aquele é o meu, como que a gente vai ficar com o filho assim?”, disse.
A delegada Bruna Coelho, responsável pelo caso, afirmou que, até a noite de quinta-feira (27), não havia tido acesso aos documentos. “Foi registrada uma ocorrência. Nós vamos identificar se houve a identificação correta ou não [dos bebês], se foi doloso ou culposo - toda essa circunstância criminal. Tudo indica que houve pelo erro da identificação”, disse a delegada.
A outra família disse à TV Anhanguera que está muito abalada e que, por enquanto, prefere não dar entrevistas.
Troca dos bebês
O advogado de Juciara, Eduardo Augusto, contou que, desde que os bebês nasceram, as famílias aguardam aflitas o resultado do exame de DNA, que foi feito pelo próprio hospital, após desconfiar da troca.
“As mães estão muito desestabilizadas. Não sabemos como serão as reações das famílias. Já tem toda uma questão de apego e afeto com os bebês”, disse o advogado.
O advogado relatou ao g1 que, quando a cliente dele chegou ao quarto, após o parto, o filho dela já estava com a irmã. No entanto, minutos depois, enfermeiros e funcionários da unidade começaram a questioná-la sobre as características do pai do bebê, como cor da pele.
Horas depois, conforme o advogado, o diretor do hospital foi até a mulher e a informou que, possivelmente, haveria tido uma troca de bebês e que ela precisaria fazer um exame de DNA, que seria oferecido pela própria unidade.
Mesmo com a possibilidade de troca e, devido ao tempo que levaria para o resultado sair, o diretor do hospital informou à mãe que poderia ir para casa levando o bebê e que era para cuidar dele “como se fosse realmente o filho dela”, relatou o advogado.
Exame de DNA
O exame de DNA, segundo o advogado da família, ficou pronto na última segunda-feira (24), quando as duas famílias foram chamadas pelo hospital para que o resultado fosse entregue.
A defesa da família contou que as mães foram direcionadas para um escritório, que faz o jurídico da unidade hospitalar, mas que, ao chegarem ao local, a advogada não quis entregar os exames, "alegando que deveria ser feita uma contraprova".
No entanto, em nota, o Hospital São Silvestre informou que o resultado do exame foi informado às famílias na última segunda feira, "todavia, devido à emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento".
A unidade disse ainda que uma das famílias já procurou o hospital e já foi disponibilizado o resultado do exame. "Sendo inverídica a negativa por parte do hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado".
Com isso, uma das famílias decidiu fazer um boletim de ocorrências na Polícia Civil. Contudo, quando chegou à delegacia, descobriu que o próprio hospital já havia feito o registro e que o caso já é investigado. A mãe de um dos bebês prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (27).
Nota do hospital na íntegra
O Hospital São Silvestre informa que, de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital no dia 29 de dezembro de 2021. A situação foi percebida quando da alta médica de uma das mães, sendo que de imediato as duas famílias foram comunicadas e foi solicitado pelo Hospital a realização de teste de DNA. As famílias se mostraram resistentes a todo momento a qualquer exame, o qual levaria quinze dias para ficar pronto (conforme determinação do laboratório responsável pelo exame).
O resultado do exame foi informado às famílias na última segunda-feira (24), todavia, devido a emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento. Mas uma das famílias já procurou o hospital e já foi disponibilizado o resultado do exame. Sendo inverídica a negativa por parte do hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado.
O hospital abriu um processo administrativo ainda no dia 1º de janeiro de 2022 para apuração dos fatos, e já houve a suspensão de vários envolvidos. Foi solicitada na quarta-feira (27), a abertura de investigação na Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente, para que auxiliasse o hospital na condução do caso.
Nesta quinta-feira (27), foi protocolado informação dos fatos ao Ministério Público, para que preste o mesmo auxílio.
O Hospital entende a gravidade dos fatos, e se coloca, como se colocou em todos esses dias, à disposição das famílias ao que for necessário a fim de tentarem encontrar o melhor caminho.
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Ex-governador de Goiás Marconi Perillo recebe alta de hospital, em Goiânia
Unidade informou que político foi hospitalizado por causa de arritmia cardíaca. Novo boletim médico informou que ele vai seguir com medicamentos e repouso domiciliar.
Por Guilherme Rodrigues, g1 Goiás
O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) deixou o hospital, na tarde desta quinta-feira (27), após ser internado com um quadro arritmia cardíaca, em Goiânia. O boletim médico informou que o político vai seguir com medicamentos e repouso domiciliar.
Segundo o comunicado assinado pelo médico José Maria Azeredo, Marconi havia sido internado na tarde de quarta-feira (26) por causa da arritmia, já que estava sentindo palpitações. A nota detalhava que os resultados dos exames laboratoriais e de imagem foram "satisfatórios", indicando taquiarritmia.
O político havia sido diagnosticado com Covid-19 em novembro de 2021. À época, a esposa dele, Valéria Perillo, também teve a doença. Eles se recuperaram em casa, em São Paulo.
Carreira
Perillo foi governador de Goiás por quatro vezes: 1998, 2002, 2010 e 2014.
Marconi nasceu no dia 7 de março de 1963, em Goiânia. Ainda na infância mudou com a família para Palmeiras de Goiás, onde viveu até os 15 anos, quando retornou para a capital.
Ele se formou como bacharel em direito e ingressou na carreira política como discípulo do ex-governador Henrique Santillo, de quem foi assessor especial. Ele é casado e pai de duas filhas.
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A REDAÇÃO
Conselho do MP quer vacinação obrigatória contra covid para crianças
Goiânia - O Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) aprovou, durante reunião ordinária realizada na quarta-feira (26/1) em São Paulo, nota técnica acerca da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. O objetivo é subsidiar a atuação de cada unidade do Ministério Público, respeitada a independência funcional dos seus membros. MP de Goiás informa que irá avaliar definições que constam na nota técnica, como a vacinação obrigatória para as crianças.
No documento, elaborado pelas Comissões Permanentes de Defesa da Saúde (Copeds), da Infância e Juventude (Copeij), da Educação (Copeduc) e da Pessoa com Deficiência e Idoso (COPEDPDI) do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), conclui-se que: a vacina contra Covid-19 para essa faixa etária é obrigatória em todo o território nacional; e a vacinação é um direito das crianças e um dever dos pais ou responsáveis, de modo que a omissão no cumprimento desse dever inerente ao poder familiar pode ensejar a responsabilização, na forma prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Também ficou definido na nota técnica do CNPG que "a violação do direito à saúde de crianças deve ensejar a intervenção de todo o Sistema de Garantia de Direitos, objetivando concretizar a proteção integral a elas dispensada" e "as escolas públicas ou privadas devem exigir, no ato de matrícula e rematrícula e para a frequência do estudante em sala de aula, a carteira de vacinação completa, incluindo-se a vacina contra a covid-19".
Matrícula
Entretanto, o descumprimento desse dever não pode, em nenhuma hipótese, significar a negativa da matrícula ou a proibição de frequência à escola, em razão do caráter fundamental do direito à educação. Em tais situações, deve ensejar a notificação aos órgãos competentes, em especial ao Conselho Tutelar, para as devidas providências.
A nota, aprovada pelos chefes dos Ministérios Públicos de todo o País, descreve ainda que é necessária grande mobilização nacional na defesa da imunização em geral da população e, em especial, de crianças e adolescentes. O CNPG ressalta no documento que o Ministério Público deve primar pela atuação na perspectiva resolutiva, prestigiando a intervenção na esfera extrajudicial e mantendo uma postura empática e não autoritária com relação a eventuais dúvidas de boa-fé dos pais ou responsáveis.
Indicação pela Anvisa
De acordo com os procuradores-gerais, uma vez que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica o uso do imunizante, a vacina contra a Covid-19 para a faixa etária de 5 a 11 anos é obrigatória em todo o território nacional. Esta obrigatoriedade está fundamentada no artigo 14, parágrafo 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi ressaltado que União, Estados e municípios devem promover campanhas educativas, que possuem o potencial de gerar efeitos positivos superiores à judicialização individual dos casos.
MP goiano
O procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, afirma que a nota técnica será encaminhada para a Área de Atuação da Infância, Juventude e Educação e para a Área de Atuação da Saúde para embasar a orientação institucional.
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Covid-19: Goiás registra 6,6 mil novos casos e 34 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 6.601 novos casos da covid-19 e 34 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quinta-feira (27/1). Com as atualizações, o Estado chega a 1.027.657 casos e 24.978 óbitos confirmados.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 975.356 pessoas que tiveram a doença provocada pelo novo coronavírus e que estão recuperadas. Goiás tem 690.598 casos suspeitos em investigação, enquanto outros 299.144 já foram descartados.
Além dos 24.978 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,43%, há 408 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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FOLHA DE S.PAULO
Damares Alves ataca passaporte e abre disque-denúncia a antivacinas
Nota da pasta, endossada por ministra, se opõe à obrigatoriedade de imunização de crianças
BRASÍLIA O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos produziu uma nota técnica em que se opõe ao passaporte vacinal e à obrigatoriedade de vacinação de crianças contra a Covid-19.
No documento, a pasta coloca o Disque 100, o principal canal do governo para denúncias de violações dos direitos humanos, à disposição de pessoas antivacinas que passem por 'discriminação'.
A nota técnica, obtida pela Folha, foi concluída no dia 19. É assinada por três secretários e um diretor da pasta. A ministra Damares Alves endossou o documento e o encaminhou a outros ministérios a partir do dia 21.
A apresentação de uma prova de vacinação contra a Covid-19para circulação por espaços públicos e privados é uma medida sanitária adotada em diferentes países. Passou a ser usual em estabelecimentos privados e em repartições públicas no Brasil.
O governo de Jair Bolsonaro (PL) se opõe à medida, assim como apresenta resistência à vacinação de crianças de 5 a 11 anos, o que retardou a imunização infantil.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), no parágrafo1º do artigo 144, afirma: 'E obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias'. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a vacinação dessa faixa etária no Brasil.
Ao colocar o Disque 100 à disposição de quem passa por 'discriminação' em razão de falta de vacinação, como afirmou o ministério, a pasta pode gerar desvirtuamento e sobrecarga do canal de denúncias, na visão de gestores do governo familiarizados com o serviço.
O Disque 100 é o principal instrumento do governo federal para recebimento de denúncias e encaminhamento para investigação dessas acusações de violência contra mulheres, crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, pessoas que vivem nas ruas e população LGBTQIA+.
Em nota à reportagem, o ministério afirmou que o Disque 100 é aberto a todos que se sentem violados em seus direitos fundamentais.
'O serviço não faz juízo de valor sobre as denúncias. Apenas recebe, faz a triagem e encaminha relatos de insatisfação aos órgãos competentes', informou.
A nota técnica foi elaborada pelo ministério porque a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu manifestações sobre violações de direitos, segundo a pasta.
'O ministério não é contra a vacinação contra Covid-19, porém manifesta-se, fundamentado em dispositivos legais, contrariamente à sua obrigatoriedade'
Na nota técnica elaborada e distribuída a ministérios, a pasta de Damares concluiu que 'medidas imperativas de vacinação como condição para acesso a direitos humanos e fundamentais podem ferir dispositivos constitucionais e diretrizes internacionais'.
Além disso, na visão de integrantes da pasta, essas medidas podem contrariar princípios bioéticos, ferir a dignidade humana e 'acabar por produzir discriminação e segregação social, inclusive em âmbito familiar'.
'O ministério entende que a exigência de apresentação de certificado de vacina pode acarretar em violação de direitos humanos e fundamentais', cita o documento distribuído a ministérios, como o do Trabalho e da Previdência e o da Economia.
'Para todo cidadão que por ventura se encontrar em situação de violação de direitos, por qualquer motivo, bem como por conta de atos normativos ou outras medidas de autoridades e gestores públicos, ou, ainda, por discriminação em estabelecimentos particulares, está disponível o canal de denúncias, que pode ser acessado por meio do Disque 100', diz a nota técnica.
O ministério prometeu encaminhar essas denúncias aos órgãos competentes, 'a fim de que os direitos humanos de cada cidadão possam ser protegidos e defendidos'.
A pasta de Damares disse que não é contra campanhas e vacinação, mas sustentou que 'medidas de imposição' de certificado de vacinação podem afetar o direito à liberdade de ir e vir, de reunião e de exercício profissional.
No caso da vacinação de crianças contra a Covid-19, o ministério afirmou que a família deve ter proteção especial por parte do Estado. A previsão feita pelo ECA não se aplicaria à imunização contra a Covid, conforme a pasta.
'A vacina pediátrica autorizada pela Anvisa, apesar de fazer parte do Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19, enquanto não constar no Programa Nacional de Imunização, ou no calendário básico de vacinação da criança, não será obrigatória, e os pais ou responsáveis têm autonomia sobre a decisão de aplicá-la ou não em seus filhos ou tutelados', afirmou a nota técnica.
Assinaram o documento Eduardo Miranda Freire, secretário nacional de Proteção Global substituto; Fernanda Ramos Monteiro, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente substituta; Marcelo Couto Dias, secretário nacional da Família substituto; e Jaílton Almeida do Nascimento, diretor de Promoção e Educação em Direitos Humanos.
Damares endossou o documento. 'A nota técnica foi elaborada conjuntamente pelas secretarias nacionais de Proteção Global, da Família e dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o objetivo de apresentar fundamentos técnicos, jurídicos e políticos no campo dos direitos humanos, que, na visão desta pasta, não justificam a obrigatoriedade ora proposta', afirmou.
No último dia 20, Damares e Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, visitaram uma criança na cidade de Lençóis Paulista (SP) que teve uma crise de taquicardia após tomar vacina contra a Covid-19.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, telefonou para os familiares da criança. À ministra fez uma suposição de relação entre as alterações cardíacas e a vacina recebida, mas o governo de São Paulo e o próprio Ministério da Saúde descartaram a ligação.
'A síndrome de Wolff-Par kinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família, levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade hemodinâmica', afirmou o ministério, citando a investigação realizada pelo governo local.
O ministério não é contra a vacinação contra Covid-19, porém manifesta-se, fundamentado em dispositivos legais, contrariamente à sua obrigatoriedade trecho de nota técnica elaborada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
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Queiroga mantém texto contra diretriz anticloroquina
BRASÍLIA Os conselhos de secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) de Saúde pediram nesta quinta feira (27) a revogação imediata de portarias do Ministério da Saúde que rejeitaram as diretrizes de tratamento da Covid-19 do SUS que contraindicam o uso do 'kit Covid'
O ministro Marcelo Queiroga negou o pedido e disse que irá avaliar o caso quando for apresentado recurso formal dentro do processo. Ele disse que o texto só poderia ser derrubado agora se houvesse 'flagrante ilegalidade'.
Essas diretrizes foram elaboradas por um grupo de especialistas e representantes de entidades médicas, aprovadas pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), mas rejeitadas pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Hélio Angotti.
O pedido de revogação imediata das portarias foi feito durante reunião da comissão de gestão do SUS, que reúne o Conass, o Conasemse o Ministério da Saúde.
Em ofício entregue a Queiroga, os conselhos também manifestaram 'total discordância' com nota técnica assinada por Angotti para justificar a rejeição das diretrizes. Como mostrou a Folha, o documento afirmava que hidroxicloroquina funciona e é segura contra a Covid-19 e dizia que vacina não funciona.
Após a repercussão negativa, a pasta da Saúde excluiu esse trecho do documento, mas manteve a decisão de rejeitar as diretrizes.
Os secretários de estados e município não apresentaram um recurso administrativo, mas um pedido de revoga%ão imediata da decisão de Hélio Angotti.
O recurso a essa decisão do ministério deve ser apresentado pelo mesmo grupo que elaborou as diretrizes.
'Sou a instância administrativa final. Não posso [revogar a decisão], em ofício, salvo em situações de flagrante ilegalidade', disse Queiroga.
Durante a reunião de gestão do SUS, o ministro fez acenos a Angotti. Ele afirmou que a Secretaria de Ciência e Tecnologia foi responsável por liderar o acordo para a produção na Fiocruz da vacina da AstraZeneca.
Também defendeu a vacinação. 'Independente de diretriz ou não, tenho certeza de que fundamental hoje é avançarmos na nossa campanha de imunização da Covid-19", afirmou Queiroga aos secretários.
O recurso à decisão de Angotti, em tese, seria julgado pelo próprio secretário. Mais tarde, por Queiroga, em última instância.
O ministro não antecipou se irá contrariar Angotti e aceitar as diretrizes que contraindicam o kit Covid.
Ele disse que irá seguir a ciência na sua análise. Sem citar o nome do medicamento, também falou, porém, que o tratamento usado para combate à malária, ou seja, a hidroxicloroquina, teve explosão de uso na pandemia.
'Vou analisar ponto a ponto', disse Queiroga.
Ao assumir o Ministério da Saúde, em março de 2021, Queiroga anunciou que promoveria o debate na Conitec para encerrar a discussão sobre ouso do kit Covid. Ele indicou o médico e professor da USP Carlos Carvalho, contrário aos fármacos ineficazes, para organizar grupo que iria elaborar os pareceres.
Queiroga, porém, modulou o discurso e tem investido em agrados a Bolsonaro para se agarrar ao cargo. O ministro ainda alterna elogios à compra e entregadas vacinas com acenos à ala bolsonarista que duvida da segurança e eficácia da imunização.
Gestores do SUS cobram que Queiroga, além de atuar na compra das doses, faça campanha de estímulo a imunização das crianças.
Depois de repercussão negativa aos acenos do ministro à ala negacionista do governo, Queiroga vacinou crianças nesta quinta-feira (27).
Na última segunda (24), também disse que hidroxicloroquina não tem eficácia comprovada contra a Covid-19. Medicamentos do chamado kit Covid já foram descartados pela comunidade científica para a doença.
Especialistas e sociedades médicas que participaram da elaboração da diretriz preparam um recurso ao Ministério da Saúde para reverter a decisão de rejeitar o texto.
Devem assinar o recurso a Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e a AMB (Associação Médica Brasileira).
Sou a instância administrativa final. Não posso [revogar a decisão], em ofício, salvo em situações de flagrante ilegalidade Marcelo Queiroga ministro da Saúde
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O GLOBO
ANS notifica Amil sobre saída da UnitedHealth do Brasil
Operadora tem dez dias para responder à agência reguladora
A Amil foi notificada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na quarta-feira, para dar explicações a respeito de informações veiculadas pela imprensa mencionando a possível saída da UnitedHealth, controladora do Grupo Amil no Brasil. A operadora tem dez dias, a partir do recebimento do ofício, para responder à agência reguladora.
Uma das preocupações da ANS seria a transferência dos 337. 459 contratos de planos de saúde individuais para a Assistência Personalizada à Saúde (APS), autorizada pela agência em 22 de dezembro e concretizada no último dia 1º.
Sediada em Jundiaí, a APS também faz parte do UnitedHealth Group, mas tinha até o início deste mês pouco mais de 11 mil usuários. Entre os beneficiários da Amil que serão transferidos para a empresa, a maioria está em São Paulo, 260 mil.
Em nota, a ANS confirma o envio do ofício e diz que 'atua na defesa do interesse público e monitora o setor de saúde suplementar de forma permanente. '
Segundo fontes, para se desfazer da carteira, a UnitedHealth vai desembolsar R$3 bilhões, a fim de permitir que a APS assuma os contratos. A transação envolve ainda o veículo de investimento Fiord Capital.
A Amil, em nota, diz que responderá à ANS no prazo determinado.
Analistas de mercado avaliam que a transferência da deficitária carteira de planos individuais para APS foi o primeiro passo para que a UnitedHealth negocie a venda da Amil.
Neste mês, no entanto, fontes do mercado têm dito que a intenção do grupo americano não seria vender exclusivamente a operadora, mas todos os seus ativos no país, que inclui, entre outros negócios, o Américas Serviços Médicos, que contabiliza 16 hospitais e 41 clínicas médicas, distribuídos em seis estados brasileiros, com estrutura que soma 2. 332 leitos e mais de 17 mil profissionais.
A carteira de beneficiários e as redes de laboratórios e hospitais podem ser negociadas separadamente.
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CORREIO BRAZILIENSE
Autoteste deve ser vendido só em farmácia
A liberação de autotestes da covid-19 defendida pelo Ministério da Saúde prevê a venda exclusiva em farmácias. A proposta está entre as informações complementares enviadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que pode decidir hoje sobre a questão. Não há qualquer menção à distribuição do item pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O documento indica que a pessoa com resultado positivo no autoteste (feito de forma doméstica, com coleta nasal ou de saliva e resultado em torno de 10 a 20 minutos) deve procurar uma unidade de atendimento de saúde ou um tele atendimento, 'para que um profissional da saúde, mediante as estratégias já postas pelo Ministério da Saúde, realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes de vigilância e assistência em saúde',
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Saúde põe obstáculos à vacinação infantil
Depois de revogar prescrição para a imunização pediátrica, ministério volta a sugerir que pais ou responsáveis consultem médicos antes de os filhos receberem as doses. Nota tenta dar respaldo técnico à não obrigatoriedade da aplicação
Apesar de já ter indicado a vacinação contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, o Ministério da Saúde voltou a promover o desestímulo da vacinação infantil. Em uma publicação no site da pasta, sugere que pais e responsáveis 'procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização' das crianças, ainda que essa recomendação não seja obrigatória e endossada por sociedades médicas. Outra nota técnica do ministério enumera argumentos para sustentar a posição do governo federal de que a imunização pediátrica não é compulsória.
A orientação para que os responsáveis 'procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização' promoveu mais desinformação. A pasta publicou uma nota na qual ressalta a não obrigatoriedade da vacinação de crianças e 'apenas visa à verificação de eventuais contraindicações e em caso de comorbidades'.
No entanto, o ministério não explica em que situação a recomendação médica antes da aplicação é aconselhada. 'A única exigência para a aplicação do imunizante é que pais ou responsáveis estejam presentes no ato da vacinação e expressem a concordância na admissão da dose', trouxe a nota.
A cobrança de uma prescrição chegou a ser cogitada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas a medida foi rejeitada por governadores e criticada por especialistas. Depois disso, ele recuou e desistiu de cobrar o documento.
Outro plano
Por meio de outra nota técnica, a pasta também reforçou que a vacinação do grupo de 5 a 11 anos não é obrigatória. Um dos argumentos usados é de que o fármaco contra a covid-19 faz parte do Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da vacinação contra o novo coronavírus, e não no Programa Nacional de Imunizações (PNI) - constituído por 19 vacinas, todas obrigatórias, segundo a legislação.
O documento é assinado pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Melo, e pelo diretor de programa, Danilo de Souza Vasconcelos.
O primeiro parágrafo do artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) informa que é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, mas a nota técnica do ministério faz uma ginástica teórica ao distinguir o PNO e indicar que não integra o PNI, pois está subordinado à Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. Ou seja, a vacinação contra o novo coronavírus, teoricamente, não se submeteria às mesmas obrigações legais que as campanhas de vacinação do PNI.
Diante do movimento que prejudica a vacinação pediátrica contra a covid, o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG) emitiu uma nota de 56 páginas que indica a obrigatoriedade da vacinação para crianças de 5 a 11 anos. 'As escolas de todo o país, públicas ou privadas, devem exigir, no ato de matrícula e rematrícula e para a frequência do estudante em sala de aula, a carteira de vacinação completa, incluindo-se a vacina contra a covid-19, ressaltando-se que o descumprimento desse dever inerente ao poder familiar deve ensejar a notificação aos órgãos competentes, em especial ao Conselho Tutelar', afirmou o documento.
Sem prejuízo
O CNPG ressalta, porém, que a não apresentação da vacinação contra a covid 'em nenhuma hipótese, possa significar a negativa da matrícula ou a proibição de frequência à escola, em razão do caráter fundamental do direito à educação'. O conselho ressalta que 'há o reconhecimento de que a vacinação protege as crianças, ao reduzir os agravos e o risco de morte por covid-19, e daí surge a obrigatoriedade da vacinação, amparada pelo ECA e pela Constituição Federal, para todos que convivem'.
Além disso, os procuradores também indicam que é necessário uma mobilização nacional em defesa da imunização, sobretudo de crianças e adolescentes. 'União, estados e municípios têm o dever de promover campanhas educativas, as quais possuem o potencial de gerar efeitos positivos superiores à judicialização individual dos casos e à imposição judicial da vacinação', salientou a nota.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 2701/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
'Papel do Brasil na busca da vacina não foi reconhecido', diz Esper Kallás
Pessoas trans relatam preconceito e despreparo em atendimentos médicos
Hospital Albert Einstein vai gerenciar o HMAP, em Aparecida
Brasil registra queda de 13, 5% nas consultas pré-natal em meio à pandemia
Cartilha de Verão orienta população sobre doenças típicas do calor
Marconi é diagnosticado com taquiarritmia e deve receber alta na sexta (28)
Goiás tem apenas 22 leitos de UTI para adultos com covid na rede estadual
Covid-19: Goiás registra 6.299 novos casos e 74 mortes em um dia
Em carta da Associação Médica Brasileira, Marcelo Queiroga é duramente criticado
Hospital da Criança e do Adolescente foi acordo político entre Zacharias Calil e Ronaldo Caiado
Goiás enfrenta cenário crítico com ocupação de UTIs pediátricas
85% dos internados em UTI’s para covid-19 não tomaram vacina, diz presidente do Conasems
Pessoas que já foram infectadas e vacinadas contra covid adquirem “superimunidade”, veja o estudo
Menino de 2 anos morre por causa da Covid-19, em Morrinhos
PORTAL TERRA
'Papel do Brasil na busca da vacina não foi reconhecido', diz Esper Kallás
Ajuda de cientistas brasileiros foi decisiva para Coronavac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen, diz médico; ele falou ainda sobre os riscos de extinção da espécie humana
Nestes dois anos de combate entre a ciência e a covid, dezenas de cientistas travaram uma dura tarefa para proteger a sociedade de fake news, defender as vacinas, advertir sobre como é a busca da verdade pela ciência, deixar claro que não há mágicas quando se trata do conhecimento. O infectologista Esper Kallás foi um deles. Titular de Medicina da USP, ele sentiu na própria pele várias epidemias - zika, dengue e covid, entre outras - no exercício da missão. Recentemente, fez críticas ao Conselho Federal de Medicina por defender a autonomia integral do médico na relação com o cliente (e, portanto, receitar drogas não comprovadas). O também respeitado cientista e pesquisador low profile ressalta que é preciso "olhar a pandemia de forma coletiva".
Nesta conversa com Cenários, Kallás finca pé na defesa das vacinação geral e lembra que "foi no Brasil que se fizeram alguns dos principais estudos para as vacinas, que deram elementos para o mundo inteiro adotá-las". O Instituto Butantan e várias outras instituições, de vários Estados brasileiros, tiveram papel de peso, avisa o médico, "e esse papel não teve o devido reconhecimento público". Por fim, pondera que o chamado equilíbrio da natureza "não favorece necessariamente a espécie humana" e os riscos de extinção são parte da história do Planeta. A seguir, trechos da conversa:
Por que o sistema imune às vezes protege e às vezes não?
Sabemos que nosso sistema imune consegue ser educado com o passar do tempo, e isso vai desde o nascimento até o fim da nossa vida. Vamos encontrando diferentes germes e construindo formas de proteção. As vacinas contra covid estão cumprindo seu papel. No entanto, com o tempo, esse vírus se modificou e deu origem à variantes. No Brasil, tivemos a variante Gama única, que causou aquela tragédia em Manaus, ano passado.
Como identificar se estamos protegidos de uma variante?
Não sabemos ainda. Há alguma imunidade cruzada, como a gente a chama, mas não dá para ter certeza sobre o que veremos depois da onda da Ômicron.
Pode explicar melhor?
Embora exista uma teoria sobre a Ômicron, segundo a qual depois dela vamos estabelecer uma certa normalidade no mundo, não gosto de acreditar na natureza - ela sempre nos reserva surpresas. O jeito é estudar em profundidade os vírus para tomar decisões com base na realidade. Temos vários exemplos na História nos quais achamos que a natureza era uma coisa maravilhosa, que podia se autorregular e chegar sempre a um equilíbrio. Mas esse equilíbrio não favorece necessariamente a nossa espécie. Aliás, na maioria das vezes não nos favorece. Temos estudar neste momento, por exemplo, se precisaremos de uma vacina específica contra Ômicron, ou se chegaremos a uma vacina polivalente que resolva tudo.
Acha que o planeta Terra estaria atuando, a seu modo, contra uma espécie - no caso, nós - que abusa dela?
O que podemos dizer é que o modo como estamos fazendo as coisas não é sustentável. Cabe lembrar, aqui, que a espécie humana esteve na iminência de ser extinta, há 250 mil anos. Havia então um punhado de humanos vagando pelo planeta, em um momento em que 99% das espécies foram extintas. No entanto, por uma conjunção de fatores, nossa espécie encontrou meios de driblar as forças da natureza e chegar aonde chegou.
Mas o risco continua...
Estamos indo para 8 bilhões de habitantes. Se a gente não encontrar meios de respeitar a diversidade da natureza, não interromper o aquecimento do planeta e não produzir energia alternativa, estamos fadados a, um dia, desaparecer.
Ser extintos.
Sim, 99% de probabilidade. Porque o planeta vai resolver o seu problema, e o problema dele, no caso, seremos nós.
Voltando à covid, o que ela nos "ensinou"?
Nos ensinou, para começar, que temos de valorizar o nosso profissional de saúde. E valorizar os enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares. Eu temo que nossos gestores comecem a se esquecer disso rápido e logo reduzam o investimento. Vamos lembrá-los de que a próxima pandemia está ali na esquina. E, se ela chegar, temos de estar preparados.
Não há outra saída, né?
Precisamos fazer do Brasil uma nação de descobertas. Tivemos várias soluções criadas aqui. Foi no Brasil que se fizeram alguns dos principais estudos para as vacinas, que deram elementos para o mundo inteiro adotá-las. Fizemos estudos da Pfizer, da Coronavac, da Janssen e da AstraZeneca. E acho que não tivemos o devido reconhecimento, e não foi extraído o benefício dessa participação.
Detalha um pouco mais?
O estudo da Coronavac foi feito aqui, coordenado pelo Instituto Butantan com outras 16 instituições. O da Pfizer teve um centro em São Paulo e outro em Salvador. Para a AstraZeneca foi a Unifesp que coordenou grande parte do estudo. E o da Janssen também teve participação de vários centros brasileiros.
Seria bom se a sociedade fizesse pressão, exigindo mais atenção e investimentos para a saúde?
Sim, isso tem de fazer parte da pauta. E valorizar o que foi feito. Não é à toa que todas as grandes potências estão investindo tanto em tecnologia e inovação. Temos de pensar dessa forma se queremos um País melhor para os nossos filhos.
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FOLHA DE S.PAULO
Pessoas trans relatam preconceito e despreparo em atendimentos médicos
Brasil não tem política pública unificada de acolhimento; no Sul, ambulatório ajuda em transição
SÃO PAULO O direito a uma saúde digna e igualitária ainda é uma das demandas urgentes de pessoas trans, que celebram, no sábado (29), um dia de visibilidade de suas lutas. Relatos de constrangimento durante consultas médicas e dificuldade para agendar uma cirurgia de redesignação sexual pelo SUS não são incomuns, tanto para homens quanto para mulheres deste grupo social.
Quando precisa passar por atendimento, o bartender e técnico em turismo Cláudio Raphael Galícia Neto, 49, homem trans, conta que é constrangedor entrar numa sala de espera do ginecologista só com mulheres, algumas delas grávidas. 'Me olham tentando decifrar se eu sou o marido de alguma paciente. Até que o médico me chama'
Morador de São Paulo, Galícia afirma que, por várias vezes, sofreu preconceito de médicos durante o atendimento. 'Acontece de o ginecologista ficar surpreso por eu ser homem, ficam constrangidos e te constrangem também. Fica complicado até se despir para o exame'
Ele conta que esperou cinco anos para fazer a mastectomia masculinizadora (retirada da glândula mamária e o reposicionamento da aréola) pelo SUS em janeiro de 2017, algo que nem imaginava ser possível na década de 1980, quando se descobriu trans.
'Não setinha acesso a informações e muito menos atendimento específico ao público trans. Então eu apenas me conformava em ser uma lésbica masculinizada'
Segundo Galícia, alguns profissionais insistem em chamá-lo pelo nome de registro, e não pelo social.
'E nós temos que engolir sapo, como sempre fazemos, porque precisamos do atendimento', conta ele, que começou aos 24 anos o processo de hormonização por conta própria, o que envolve perigo à saúde.
Esse tipo de preconceito acaba por afastar pessoas trans do sistema de saúde, segundo a comunicadora e ativista Luiza Barros, 37. 'Essa população deixa de ocupar esses espaços públicos por falta de informação ou para evitar o preconceito que, já sabe, irá sofrer'
Luiza afirma que muitos transgêneros tomam altas doses de hormônio por conta própria, já que não conseguem orientação profissional de um endocrinologista ou clínico geral.
'Isso mexe com nosso corpo e com nosso psicológico. Muitas mortes acontecem há décadas em consequência disso. Precisamos de um de um atendimento mais acolhedor. E que seja respeitada também a nossa identidade'
A saúde mental de pessoas trans é uma das questões que mais preocupa, segundo Keila Simpson, presidenta da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).
'É necessário que o SUS ofereça um sistema humanizado, pois a falta de atenção com a saúde do corpo também afeta a saúde mental. É um problema de exclusão, e a pessoa sofre muito'
Ela lembra que há uma fila de espera de anos para conseguir realizar um procedimento transexualizador pelo SUS, porque não há profissionais, hospitais e ambulatórios suficientes para o público transgênero no país.
'Se o gênero foge do que o médico está habituado, homem e mulher, o SUS, em geral, não sabe como lidar', afirma Keila.
Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp, divulgada em novembro de 2021, estima que a população adulta identificada como transgêneros ou não-binários (não pertencem a um gênero exclusivamente) no Brasil é de 2%. São 3 milhões de indivíduos, considerando apenas os 80% que são adultos, em uma população estimada em 214 milhões em 2021, de acordo como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
'Há quem fale que queremos privilégios. Não queremos. Não pedimos que aceitem nossa formação, mas sim queremos uma inclusão respeitosa', afirma a presidenta da Antra.
Embora se acumulem queixas por uma atenção digna à saúde de pessoas trans, há exemplos de cidades que têm programas e serviços públicos de atendimento voltados à população LGBTQIA*+ e de valorização da diversidade que têm colhido bons resultados, como em Goiânia (GO), em Belém (PA) e em Recife (PE).
Em São Paulo, há o ambulatório do núcleo TransUnifesp, da Universidade Federal de São Paulo, e o Ambulatório de Transexualismo do Hospital das Clínicas.
Pensando num atendimento específico e acolhedor ao público trans, a Prefeitura de Santa Maria (RS) inaugurou, em outubro de 2020, o Ambulatório Transcender (LGBTQI+ Processo Transexualizador), que realiza atendimentos via SUS.
Uma vez que a pessoa transgênero chega ao Transcender, passa por consultas com psicólogo e realiza exames clínicos para analisar se não há impedimentos à afirmação de gênero, segundo o psicólogo César Bridi Filho, coordenador do ambulatório. Tudo pelo sistema público de saúde.
'Nossa expectativa neste ano é atender mais de mil pessoas transgênero da região', explica Filho. 'Nossa intenção é, ainda, ajudar na construção da identidade da trans', afirma o profissional.
O psicólogo afirma que o ambulatório também atende crianças e adolescentes, mas sem o processo de hormonização.
'Damos suporte ao paciente e à família também. Há risco de vulnerabilidade quando a pessoa entra na adolescência, quando acontece alto índice de rompimento familiar por questões como religião. Pretendemos minimizar os problemas que podem acontecer adiante', relata o coordenador.
A designer de moda Maria Eva Rizzatti, 37, declara ter sofrido muito com bullying tanto na escola quanto na faculdade, mas não desistiu dos estudos por causa do apoio da família. 'Eles são maravilhosos. É por eles que resisto. ''
Maria Eva passou a frequentar o ambulatório transexualizador de Santa Maria no início de janeiro. Ela usava hormônios de forma perigosa, consultando dicas que encontrava na internet. Eva conta que já gastou R$ 450 em uma consulta particular por acreditar que teria atendimento melhor que no SUS, mas afirma que o preconceito foi o mesmo.
'A primeira coisa que os médicos já mandavam fazer era os exames de HIV e de sífilis. Eu estava com dor de garganta, ele mandava fazer o teste da Aids. Travesti é associada à prostituição, à promiscuidade e a doenças sexualmente transmissíveis.
Keila concorda. 'A trans tem dor de dente, pedem teste de HIV. Quebra o pé, a mesma coisa. Uma vez, numa palestra, uma menina trans perguntou ironicamente se quando ela tiver dor de garganta, precisaria amarrar uma camisinha na garganta para se curar'
Maria Eva afirma que na vida adulta nunca fez exames de saúde para identificar como os hormônios estavam reagindo no seu corpo. 'Nenhum médico me orientou'
Ela afirma que o ambulatório foi uma 'bênção'. 'Finalmente alguém pensou em nós e sabe como nos tratar. Com esse atendimento acolhedor, me senti muito bem, viva, humana, uma pessoa de verdade?
Procurado, o Ministério da Saúde afirma em nota que instituiu por meio de portaria a Política Nacional de Saúde Integral LGBT e que ela 'apresenta mecanismos para garantir o acesso à rede do SUS'.
O ministério diz, ainda, que a organização da rede pública de saúde local, como agendamento de consultas, exames e organização de filas de espera, é de responsabilidade de estados e municípios e que está sob sua competência o monitoramento das políticas de alta complexidade.
O Conselho Federal de Medicina, por sua vez, cita o Código de Ética Médica, onde diz que os profissionais devem respeitar os pacientes segundo suas características e que é vedado 'tratar o ser humano sem civilidade, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo'. Em caso de queixa contra um médico, diz a nota, o interessado deve procurar o CRM do seu estado. Colaborou Emerson Vicente
Acontece de o ginecologista ficar surpreso por eu ser homem, ficam constrangidos e te constrangem também. Fica complicado até se despir para o exame Cláudio Raphael Galícia Neto bartender
Cláudio Raphael Galícia Neto, bartender e técnico em turismo
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PORTAL MAIS GOIÁS
Hospital Albert Einstein vai gerenciar o HMAP, em Aparecida
Ainda há prazo de uma semana para recurso. O resultado final deve ser divulgado na semana que vem
A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein venceu o certame realizado na manhã de segunda-feira (24) para escolha da instituição para a operacionalização e execução das ações e serviços de saúde do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP). Ainda há prazo de uma semana para recurso. O resultado final deve ser divulgado na semana que vem.
Na ocasião, a Comissão de Licitação do Município de Aparecida de Goiânia de posse do Parecer da Subcomissão de Seleção de Organização Social e de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde constatou que não houve ressalvas quanto ao julgamento de habilitação, sendo procedida a avaliação e classificação final das propostas de trabalho e solicitada a conclusão do processo de seleção.
Além do Hospital Albert Einstein, concorreram Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), o Instituto ACQUA Ação, Cidadania, Qualidade Urbana e Ambiental, Instituto Saúde e Cidadania (Isac), Instituto Social Mais Saúde, Instituto Haver, o Instituto Nacional de Desenvolvimento (INDSH) Social e Humano e o Ação Brasil Gestão Pública.
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O ESTADO DE S.PAULO
Brasil registra queda de 13, 5% nas consultas pré-natal em meio à pandemia
Medo de infecção pela covid e remanejamento de serviços de saúde prejudicaram a assistência para grávidas e bebês
Além de milhões de infectados, a pandemia de covid-19 teve impacto direto na saúde de gestantes e recém-nascidos no Brasil. Estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que, em 2020, o Sistema Único de Saúde (SUS) fez 842 mil consultas de pré-natal a menos do que no ano anterior, uma queda de 13, 5%. Para especialistas, o medo da infecção foi o principal motivo do afastamento das grávidas.
Em 2019, o SUS fez 6, 2 milhões de atendimentos a gestantes, ante 5, 3 milhões no ano seguinte, o primeiro da pandemia. A redução das consultas das grávidas tem impacto direto na realização de exames. Alguns podem ser cruciais para a saúde do bebê, como a ultrassonografia obstétrica. Outros são fundamentais para a mãe, como os testes de diagnóstico de HIV, sífilis, hepatite B, entre outros, que são de rotina.
'A assistência preventiva, de qualidade, ainda é considerada inadequada, tanto em termos de alcance da população em idade reprodutiva quanto da qualidade em si', atesta Ademar Carlos Augusto, coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM. 'O que já não era bom ficou pior ainda. Nosso estudo mostra que tivemos redução significativa no número de consultas e oferta de exames. Provavelmente houve agravamento ainda maior no ano passado, com a chegada das cepas mais agressivas. '
'O acesso das pessoas à rede de atenção primária já é uma dificuldade e, com a pandemia, foi ainda mais prejudicado', resume o vice-presidente do CFM, o pediatra Donizetti Giamberardino. 'O vírus (Sars-CoV-2) agrava a desigualdade. Os lugares com mais dificuldade foram os que tiveram maior redução de acesso. Nos Estados que tinham infraestrutura mais robusta, a população sofreu menos. '
Utilizada para auxiliar no diagnóstico de possíveis más formações fetais e para obter informações importantes, como idade gestacional, sexo e batimentos cardíacos, entre outras, a ultrassonografia obstétrica caiu cerca de 12% em 2020. Foi o maior recuo registrado nos últimos dez anos.
Importantes exames diagnósticos feitos no pré-natal também tiveram quedas muito significativas em 2020. O teste para detecção de HIV recuou 38%. Se o vírus da aids é detectado precocemente na gestante, é possível impedir sua transmissão ao bebê. Os testes diagnósticos para hepatite B também caíram 38%. No caso da sífilis, sexualmente transmissível e cuja incidência tem subido nos últimos anos, a redução nos testes foi de 34%. Outros exames essenciais que tiveram queda foram o da hepatite C (menos 21%) e o de câncer de colo de útero (45%).
'Temos percebido, de um tempo para cá, um aumento de casos das doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e HIV', afirma Augusto. 'Temos visto também muitos casos de sífilis neonatal e bebês soropositivos ao nascer. '
A desigualdade do País fica mais uma vez clara nos números. O impacto da pandemia foi bem menor nas Regiões Sudeste e Sul e muito maior no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 'A pandemia tornou mais explícita a importância da atenção primária e como ela deve ser valorizada', afirma Gianberardino. 'E esse deve ser o grande papel do SUS no nosso País: combater a desigualdade', acrescenta.
CARDIOPATIA GRAVE. Em regiões remotas, mesmo com a melhora nos indicadores da pandemia, o acesso a consultas e exames ainda segue um gargalo. A respiração de Heliarquim Santos acelerou demais (taquipneia) logo após seu nascimento, em dezembro de 2021, na maternidade pública Dona Regina, a maior do Tocantins, em Palmas. Sobreveio um quadro de picos de pressão arterial, roxidão, e o bebê precisou ser transferido para uma UTI neonatal suplementar, contratada na rede particular pelo governo estadual.
No dia seguinte, foi submetido a um ecocardiograma. A mãe, a doméstica Nézia Santos, de 30 anos, descobriu então que o filho tinha uma cardiopatia complexa. Moradora de Porto Alegre de Tocantins, a 291 km da capital, ela relata dificuldade de acesso a exames e se recorda de ter feito só uma ultrassonografia pelo SUS. Conta ter feito outras, particulares, pagas com o dinheiro que recebe ajudando uma irmã em uma lanchonete.
'Ninguém descobriu nenhum problema com meu bebê. Não teve consulta profunda nem tinha recursos (equipamentos e exames). Toda consulta que fiz me falaram que estava tudo bem', diz ela, que tem mais três filhos. O pré-natal foi feito com um biomédico da equipe de saúde da família, único à disposição. No quarto mês de gestação, Nézia teve um sangramento grave e chegou a ser informada de que teria ocorrido um aborto. O bebê, que conseguiu a cirurgia agora após uma ação movida a pela Defensoria Pública, segue na UTI com quadro delicado.
Secretário da Saúde do Tocantins, Afonso Piva reconhece dificuldades. 'Houve prejuízo no atendimento às grávidas, em razão da priorização dos e pacientes da covid-19 na rede pública', diz. 'Muitas mulheres deixaram de ir às unidades para realizar as consultas de pré-natal e puericultura. '
Além disso, Piva destaca as limitações do acompanhamento feito de forma online, o que, segundo ele, motivou uma queda na taxa de cobertura vacinal e vigilância do crescimento e desenvolvimento das crianças. Ele cita ainda como efeitos a suspensão do direito das gestantes a ter um acompanhante no parto e a queda na cobertura de programas de triagens universais, como o teste do pezinho, que ficou suspenso no Tocantins. ? colaborou LAILTON COSTA, ESPECIAL PARA O ESTADÃO
'O que já não era bom ficou pior ainda. Tivemos redução no número de consultas e oferta de exames' Ademar Carlos Augusto Coordenador do CFM
'O vírus agrava a desigualdade. Lugares com mais dificuldade foram os que tiveram maior redução' Donizetti Giamberardino Vice-presidente do CFM
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JORNAL DE BRASÍLIA
Cartilha de Verão orienta população sobre doenças típicas do calor
O material ilustrado está disponível para todos os brasileiros no site do Cremerj sob o título Cartilha de Verão
Dicas para a população aproveitar o verão com segurança e sem descuidar da saúde podem ser encontradas na cartilha online lançada nesta quarta-feira (26) pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O material ilustrado está disponível para todos os brasileiros no site do Cremerj sob o título Cartilha de Verão. As informações são da Agência Brasil.
A cartilha traz orientações sobre cuidados para evitar doenças típicas do verão, como insolação, intoxicação alimentar, reações alérgicas, conjuntivite e otite. Alerta também para o combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zika, falando de práticas importantes para diminuir a presença do inseto, sem esquecer a importância dos cuidados contra a gripe que, apesar de incomum no verão, tem acometido muitas pessoas, devido à facilidade de transmissão.
O presidente do Cremerj, Walter Palis, recorda que o Brasil ainda passa pela pandemia de covid-19 e destacou que, se houver disseminação das doenças mais comuns, a cartilha orientará a população. Isso ajudará o sistema de saúde a ter mais disponibilidade para atuar naquilo que é o mais importante no momento.
Segundo Palis, o objetivo é alertar a população sobre doenças típicas da estação mais quente do ano, que podem ser evitadas com ações simples. No verão, algumas doenças acabam incidindo de forma mais elevada. 'A cartilha tem essa finalidade. Com informação simples, interativa e clara, indica práticas que a população pode adotar para minimizar o risco de ter essas doenças.'
O médico ressaltou à Agência Brasil que a luta contra o coronavírus é um dos principais tópicos da cartilha. 'A covid-19 faz parte de qualquer orientação que se dê hoje em dia, porque também tem práticas que são bem simples e que ajudam a diminuir a ocorrência [da doença].'
O médico reafirmou a importância da imunização contra a covid-19, que consta da cartilha. O texto reforça a necessidade do ciclo vacinal completo e reitera práticas não farmacológicas já conhecidas: lavagem frequente das mãos, uso de máscaras e de álcool em gel e evitar aglomerações.
O documento destaca ainda que, no caso de apresentar qualquer sintoma, a pessoa deve procurar um médico para ter o diagnóstico e o tratamento adequado.
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A REDAÇÃO
Marconi é diagnosticado com taquiarritmia e deve receber alta na sexta (28)
Mônica Parreira
Goiânia - Internado desde quarta-feira (26/1) no Hospital Ruy Azeredo, em Goiânia, o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, foi diagnosticado com taquiarritmia. Boletim médico divulgado na manhã de hoje indica que ele está estável e deve receber alta na sexta-feira (28).
Marconi deu entrada no hospital às 15h de ontem com quadro de arritmia cardíaca e queixa de palpitação. "Foram realizados exames laboratoriais, assim como de imagem cardiológica. Os resultados dos referidos exames laboratoriais foram satisfatórios, sendo evidenciado no eletrocardiograma taquiarritmia", diz a nota da unidade de saúde.
O ex-governador é acompanhado pelo cardiologista José Maria Dias de Azeredo Bastos, que assina o boletim médico. "No momento o paciente encontra-se hemodinamicamente estável, com parâmetros dentro dos valores normais, com previsão de alta para amanhã", conclui o texto.
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Goiás tem apenas 22 leitos de UTI para adultos com covid na rede estadual
Théo Mariano
Goiânia - Os hospitais da rede estadual de saúde de Goiás têm apenas 22 leitos disponíveis em unidades de terapia intensiva (UTIs) destinadas ao tratamento de adultos com covid-19. Segundo dados da tarde desta quarta-feira (26/1) da plataforma de monitoramento do avanço do vírus disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), a ocupação dos leitos de UTI para adultos com covid-19 já está em 89%.
Além de Goiás, outros cinco Estados e o Distrito Federal estavam, na manhã desta quarta (26), com a ocupação dos leitos de UTI para pacientes com covid-19 acima de 80%. De acordo com números da Fiocruz, os casos são preocupantes no Espírito Santo (80%), Mato Grosso do Sul (80%), Pernambuco (81%), Piauí (82%) e Rio Grande do Norte (83%).
Além disso, o novo Boletim Infogripe Fiocruz mostra que 25 das 27 unidades da Federação apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas seis semanas. Nas capitais, 23 das 27 apresentam igualmente sinal de crescimento.
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Covid-19: Goiás registra 6.299 novos casos e 74 mortes em um dia
Goiás registrou 6.299 novos casos da covid-19 e 74 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quarta-feira (26/1). Com as atualizações, o Estado chega a 1.021.056 casos e 24.944 óbitos confirmados.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 969.854 pessoas que tiveram a doença e estão recuperadas. No Estado, há 682.209 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 298.887 casos.
Além dos 24.944 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,45%, há 399 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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JORNAL OPÇÃO
Em carta da Associação Médica Brasileira, Marcelo Queiroga é duramente criticado
Por Gabriella Oliveira
Os profissionais acusam o ministro de cometer “erros de conduta e deslizes éticos”
No último domingo, 23, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou uma carta em que critica duramente o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, por “erros de conduta e deslizes éticos” durante a pandemia do Covid-19. A Associação enumerou uma série de “fatos contundentes” que violariam o direito à Saúde, conforme a Constituição, e o Código de Ética da Medicina.
A AMB cita que em agosto passado, Queiroga se disse contrário ao uso obrigatório de máscaras, não fez esforços efetivos para solucionar o apagão de dados epidemiológicos em momento crucial da pandemia, defendeu o uso de cloroquina como tratamento, recomendou a paralisação da vacinação de adolescentes e a demorou para dar início a vacinação de crianças, tendo em vista que esta foi autorizada pela Anvisa em dezembro passado, mas começou somente neste mês de janeiro.
“O Brasil está em alerta e pede mudanças na gestão da saúde. Nós, do grupo CEM COVID_AMB, conclamamos ao senhor Ministro a cumprir os preceitos constitucionais que lhe cabem no exercício de sua nobre missão”, diz um trecho da carta.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que “em nenhum momento afirmou que medicamentos contra Covid são seguros para tratamento da doença, nem questionou a segurança das vacinas, que é atestada pela agência reguladora.”
Um abaixo-assinado contendo 65 mil assinaturas de docentes, profissionais da Saúde e pesquisadores brasileiros também repudiaram a gestão de Queiroga. “O comportamento do Ministério da Saúde transgride não somente os princípios da boa Ciência, mas avança a passos largos para consolidar a prática sistemática de destruição de todo um sistema de saúde”, afirmaram.
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Hospital da Criança e do Adolescente foi acordo político entre Zacharias Calil e Ronaldo Caiado
Por Gabriella Oliveira
Nova unidade substitui o Materno Infantil, hospital que operou por 50 anos e se tornou referência no atendimento a a crianças e adolescentes, sobretudo na cirurgia de siameses, especialidade que deu ao lugar e a Calil projeção mundial
A viabilização do Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad) foi condição para que o médico Zacharias Calil (DEM) aceitasse o convite do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para entrar na política e fazer parte da chapa que deu a vitória para ambos. O acordo, feito em 2017, foi cumprido. A unidade entrou em operação na semana passada, absorvendo serviços que durante 50 anos foram prestados pelo Hospital Materno Infantil (HMI), onde o agora deputado federal atuou por 35 anos e que lhe deu projeção mundial depois de separar as gêmeas siamesas Larissa e Lorrayne.
Ao Jornal Opção, Zacharias contou que aceitou o desafio de entrar para a vida pública com a condição de que o Estado investisse em um hospital bem equipado para realizar o atendimento de crianças e adolescentes. Caiado aceitou. O compromisso entre os políticos foi reafirmado em 2018, agora com ambos já eleitos – um para chefe do executivo goiano, o outro para a Câmara dos Deputados -, à caminho da solenidade de posse do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, Zacharias lembra que mostrou para Caiado uma mensagem que tinha acabado de receber do Hospital Materno Infantil. Nela, falava que eles teriam que fechar por não terem medicamentos. Depois da posse, os dois foram ao HMI e viram que as enfermeiras estavam fazendo vaquinha para conseguir comprar medicamento para uma criança que estava tendo crises compulsivas. Ali, Caiado se comprometeu novamente a melhorar a situação daquela unidade pública.
Assim, o Materno foi transformado em Hecad. O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), adquiriu o Hospital do Servidor, que antes pertencia ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), e transformou neste centro especializado. Zacharias, que ao longo da carreira política não deixou de atender e realizar cirurgias no Materno, inclusive destinando emendas parlamentares para ajudar na melhoria do hospital, agora trabalha no Hospital da Criança e do Adolescente.
“Vamos trabalhar numa estrutura de primeiro mundo. Eu acho que são poucos hospitais no Brasil que tem uma estrutura como aquela. Em Goiás talvez o Órion tenha uma estrutura semelhante”, comemora Zacharias, que é pré-candidato ao Senado Federal. Para Calil, o Hecad é uma conquista médica e também política.
O Materno e as gêmeas siamesas
Mesmo com a moderna estrutura oferecida no Hecad, Zacharias conta que sentiu nostalgia ao deixar a sede Materno Infantil, agora desativado, mas prefere não olhar “no retrovisor”. Apesar de querer manter o foco no presente e no futuro, ele conversou com o Jornal Opção sobre a trajetória no HMI, onde trabalhava desde 1986. Ao longo dessa história, o Materno ficou conhecido nacional e internacionalmente por realizar cirurgia de separação de gêmeos siameses e no tratamento de hemangiomas, muitas delas feita pelo médico pediatra e também deputado federal.
Calil conheceu o Materno Infantil em 1979, pouco depois da inauguração, em 1972. Ele relata que, desde quando estagiava como estudante de medicina, o hospital já apresentava uma infraestrutura muito precária. “Os estudantes não queriam ir para lá porque era muito ruim”, conta. O HMI sempre ofereceu atendimento de urgência, emergência e ambulatorial aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 1986, já como médico cirurgião pediátrico, Zacharias relata alguns dos inúmeros problemas que o hospital tinha. “Era muito cheio de gambiarra, a campainha do hospital era pendura com esparadrapo. Os armários do centro cirúrgico estavam caindo, enferrujados, o piso era precário. As paredes tinham infiltrações. Quando chovia lá era o caos”, relata. “Lá tem uma fila enorme de crianças com má formações que precisam de cirurgias, mas para isso você tem que ter vaga de UTI, porque não dá para fazer um pós operatório numa enfermaria”, explica.
Com a precariedade da infraestrutura, era difícil até realizar cirurgias, porque não havia UTIs no hospital nem neonatal. Os investimentos vieram aos poucos. “Conseguimos colocar UTI pediátrica depois de muita luta, depois de muita confusão por tentar convencer os governos estaduais. Só nos anos 90 que a gente começou a fazer mais cirurgias complexas, de grande porte”. Contudo, a situação continuava ruim. “Tinha dia que a gente estava operando e a energia caia, tudo desligava. Várias vezes eu terminei a cirurgia tendo que usar a luz do celular”, lembra Calil.
A falta de aparelhos para realizar exames básicos também eram frequente. As vezes uma criança precisava fazer uma tomografia, mas não tinha como. Então, o paciente tinha que ir entubado numa ambulância até outro centro para realizar esse exame.
Nos anos 2000, veio a primeira cirurgia de gêmeos siameses. A mãe adotiva de Larissa e Lorrayne veio a público pedir ajuda para que alguém realizasse a cirurgia. Calil se propôs a fazer o desafio, mesmo com os obstáculos do hospital. “Fizemos a cirurgia com muita dificuldade, pedindo material emprestado. Tinha muita pouca gente acreditando no sucesso daquela cirurgia”, lembra o médico.
Na época, Zacharias convidou o professor da residência médica dele, Célio Pereira, para acompanhar a cirurgia. Calil lembra que Pereira disse que ele era um “louco” por querer realizar aquela cirurgia num hospital como aquele e que operar as gêmeas no Materno era “fazer milagre”. Mas Calil sempre afirmou que o corpo clínico do hospital era muito bom e compensava as dificuldades.
Larissa e Lorrayne eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. A cirurgia foi um sucesso. Por causa do procedimento, Larissa, ficou apenas com uma das pernas, a esquerda, um rim e o coração dela é do lado direito. A irmã Lorrayne, veio à falecer sete anos depois, em decorrência da paralisia cerebral que tinha e que ocasionou uma embolia pulmonar. Hoje em dia, Larissa quer seguir os passos de Zacharias e cursar medicina.
“A separação de Lorraine e Larissa foi emblemática para Goiás por ter sido a primeira. Na época, não tínhamos orientação da experiência e nem mesmo da literatura médica, que era escassa. Tivemos de estudar a fundo o caso específico, que era muito complexo”, relembra Zacharias.
Depois dessa cirurgia houve algumas reformas, “puxadinhos”, como diz o médico. A procura por cirurgias começou a aumentar. Zacharias relembra que tinha dias que ele fazia de oito a 10 cirurgias por dia, totalizando no mês cerca de 120 operações. Mas mesmo com a repercussão das cirurgias de siameses (já são cerca de 20 na conta de Calil) o hospital continuava a enfrentar muita dificuldade.
Ao ser questionado do por quê de ter continuado no Materno Infantil, mesmo com a situação extremamente precárias e as inúmeras dificuldades, Zacharias declarou que foi por causa da preocupação com as crianças. “Você tem que investir na criança para que ela seja um adulto saudável, com boa educação, e que ela possa ter as oportunidades que eu tive na vida”, concluiu.
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Goiás enfrenta cenário crítico com ocupação de UTIs pediátricas
Por Redação
Levantamento da Folha de São Paulo apontou que outros seis estados têm ocupação de 80% ou mais deste tipo de leito
A ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas em Goiás está em cenário crítico. Um levantamento do portal Folha de São Paulo mostrou que o estado está entre as sete unidades federativas que estão 80% ou mais dos leitos ocupados. Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio Grande do Norte atingiram o patamar de 100%.
Os outros estados em cenário crítico são Ceará, Bahia e Pernambuco. O portal informou que foram levantados dados em 18 unidades federativas e no Distrito Federal. No entanto, oito não responderam ou informaram que não divulgariam a informação.
As UTIs pediátricas em Goiás estão com ocupação de 81%. Até a última segunda-feira (21), a rede estadual de saúde disponibilizava apenas 21 leitos para crianças. O governo se prepara para abertura de mais dez leitos em Uruaçu, na região Norte de Goiás.
Um dos motivos da alta ocupação no país é a pouca quantidade de leitos desse tipo disponibilizadas. Além disso, a disseminação e a facilidade de contágio da variante Ômicron começam a preocupar as redes de saúde.
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O HOJE
85% dos internados em UTI’s para covid-19 não tomaram vacina, diz presidente do Conasems
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (26/1) que 85% das pessoas internadas em UTI’s para covid-19 não tomaram a vacina, e 7% estão com o esquema vacinal incompleto.
As informações foram divulgadas logo após a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgar uma nota técnica alertando para o aumento na taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Apesar do aumento das ocupações, o presidente do Conasems reforça que as pessoas não devem temer a falta de leitos para outras doenças. “Nós temos em torno de 23 mil leitos normais e mais 15 mil leitos para Covid”, disse em entrevista à CNN. Wilames ainda afirmou que, se necessário, leitos de UTI serão reativados.
Em Goiás
O número de infectados em Goiás está em alta. Ontem (26), foram registrados 7.577 novos casos de covid-19 no estado. Há uma semana, na quarta (19), o número foi de 5.658 novos casos. A média móvel dos últimos 14 dias é de 5.228.
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Pessoas que já foram infectadas e vacinadas contra covid adquirem “superimunidade”, veja o estudo
“A resposta imunitária medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e mais eficazes do que a imunidade gerada apenas pela vacinação”, indicam as conclusões de um estudo da Oregon Health & Science University (OHSU), dos Estados Unidos, publicada na revista Science Immunology.
Pesquisadores da OHSU descobriram que pessoas que foram vacinadas e infectadas pelo SARS-CoV-2 , independente da ordem, adquirem imunidade até dez vezes maior à proteção imunológica de quem apenas recebeu a vacina. A pesquisa ocorreu antes do surgimento da variante Ômicron.
Mesmo assim, a vacina continua sendo o fator mais importante, pois a proteção natural oferecida pela infecção é de curta duração. “Estaremos mais preparados se estivermos vacinados. Neste caso, se o vírus vier, você tem uma contaminação mais branda e ainda fica com a imunidade maior”, comentou Fikadu Tafesse, professor de microbiologia molecular e imunologia na Escola de Medicina da OHSU.
Marcel Curlin, médico e também coautor da pesquisa, ressaltou que a imunidade adquirida apenas pela infecção do vírus varia muito de pessoa para pessoa. “A imunidade conferida apenas pela infecção natural é muito variável. Algumas pessoas produzem uma resposta forte, outras não. Mas a vacinação combinada com a imunidade da infecção oferece respostas fortes”, comentou.
Neste estudo, os cientistas mediram as respostas de anticorpos neutralizantes de 104 indivíduos e os dividiram em três grupos. No primeiro, 42 pessoas que foram vacinadas e não tiveram infecção; 31 que foram vacinadas após uma infecção e 31 que tiveram infecções após a vacinação.
A equipe levou em consideração fatores como idade, sexo e tempo de vacinação e infecção. Além disso os pesquisadores coletaram amostras de sangue de cada participante e expuseram-nas a três variantes do coronavírus no laboratório Marquam Hill de nível 3 de biossegurança da OHSU.
Os resultados mostraram que dois grupos com “imunidade híbrida” (pessoas que já foram infectados e vacinadas) podem gerar maiores níveis de anticorpos em comparação com o grupo de vacinados sem infecção, cerca de 10 vezes mais em comparação aos fornecidos pela vacinação.
Isso tudo não quer dizer, é claro, que as pessoas que já foram vacinadas e não pegaram Covid-19 devem deixar de lado a proteção. Mesmo a variante Ômicron sendo considerada mais leve e as vacinas fazendo efeito, a Covid ainda é uma doença com sintomas intensos e risco de morte. Além disso, há os riscos dos efeitos de longo prazo (a chamada Covid longa) e os perigos de espalhar o vírus para crianças, causando sobrecarga no sistema de saúde.
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PORTAL G1
Menino de 2 anos morre por causa da Covid-19, em Morrinhos
Núcleo de Vigilância Epimemiológica da cidade confirmou que a causa da morte no atestado de óbito foi por insuficiência respiratória aguda, provocada pela doença. O caso ainda será investigado pela SES.
O menino José Vitor Xavier Rodrigues, de 2 anos e oito meses, morreu por causa da Covid-19 em Morrinhos, no sul de Goiás, na terça-feira (25). Segundo o Núcleo de Vigilância Epimemiológica da cidade, a causa da morte registrada no atestado de óbito foi por insuficiência respiratória aguda, provocada pela doença.
O caso, porém, ainda será investigado pela Secretaria Estadual de Saúde para entrar na estatística oficial da pasta.
Segundo a prefeitura, o menino chegou a ser intubado, mas teve paradas cardíacas e não resistiu.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação da cidade informou que a criança esteve presente na Escola Municipal de Educação Infantil no último dia 17 onde, ao apresentar quadro febril, a diretora comunicou a família, que buscou o menino no colégio.
No dia seguinte, a família comunicou que José Vitor não frequentaria a escola nesse período. Mas segunda-feira (24), a criança retornou à escola. A pasta disse que o menino não teve febre na entrada. Porém, no decorrer do dia, ele começou a tossir e levar a mão ao peito.
A médica Márcia Alves Ferreira atendeu o menino em um hospital particular poucas horas antes de ele morrer. Ela chora ao falar que levou a criança para o hospital municipal no próprio carro para tentar salvar a vida dela.
"Era um tempo que eu decidi que não ia perder. Por isso, botamos o oxigênio no carro e a mãe dele foi comigo. Já me abalei muito com o caso e o que me magoou foi a situação”, desabafa a médica.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 26/01/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Centro de Saúde em Campinas sem reformas e com estrutura comprometida corre risco de ser fechado
Denúncia
Estudo aponta que pessoas infectadas e vacinadas adquirem “superimunidade” contra a Covid-19
Afastamento de trabalhador com Covid cai para dez dias
Diagnósticos de casos de hanseníase caíram 35% durante o primeiro ano da pandemia
Contágio é o maior em 18 meses; lotação de UTI supera 80% em 6 Estados e DF
A gritante falta de políticas públicas
Saúde recua e exclui tabela que avaliza 'kit covid' e questiona vacina
EUA suspende uso de dois tratamentos; Anvisa analisa
Ismael avalia avanço da covid em Goiás: "Números altos sempre preocupam"
Goiás registra recorde de casos de covid com 8.263 confirmações em 24 horas
Goiânia tem dia recorde de vacinação de crianças contra a covid-19
Brasil registra mais de 199 mil casos de covid e 489 mortes nas últimas 24 horas
8% dos infectados pela Covid podem transmitir o vírus por mais de dois meses, mostra pesquisa
Ministério da Saúde reduz de 30 para 10 dias prazo para doação de sangue por quem teve Covid-19
O HOJE
Denúncia
Alinhado ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Conselho Federal de Medicina (CFM) posiciona à Coluna, sem mais detalhes, que recebeu a denúncia contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a 'encaminhou para a área competente para sua tramitação legal'. Não detalha como será, nem menciona prazo sobre a análise da denúncia.
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Centro de Saúde em Campinas sem reformas e com estrutura comprometida corre risco de ser fechado
Moradores da Vila Santa Helena, pedem a reforma nas instalações do Centro de Saúde da Vila Santa Helena, na região de Campinas, em Goiânia. A unidade foi construída há mais de 40 anos com placas de concreto está com suas estruturas comprometidas, sem as mínimas condições para abrigar com dignidade médicos, funcionários e pacientes.
O líder comunitário e membro do Conselho de Saúde local, Eudisnei de Lima, afirma que já foi feito até um documento oficial com mais de 25 mil assinaturas, endereçado a Secretaria Municipal de Saúde, solicitando a reforma, mas não teve nenhuma resposta do poder público municipal.
João Gonçalves, comerciante, relata os problemas vivenciados no local. “Esse posto de saúde está esse caos há anos e ninguém toma nenhuma providência. O imóvel está se desmanchando, as pessoas precisam de ir ao médico, mas como que faz? Com um local desse jeito, é uma vergonha, uma cidade desse tamanho, um posto de saúde nessa situação precária de abandono,” relata o comerciante
Atendimentos remanejados
No local é possível encontrar paredes com rachaduras, mofo e infiltrações, além de mato alto na área externa. O Centro de Saúde da Vila Santa Helena, na região Campinas, será fechado e terá que remanejar os atendimentos para uma antiga escola por conta de problemas estruturais graves. De acordo com a prefeitura, a partir do dia 07 de fevereiro os moradores da região deverão procurar o prédio provisório no mesmo bairro para terem acesso aos serviços de saúde.
A gerente comercial Larissa Richelle Fagundes teme que a estrutura desabem sobre os usuários. “Acho que só vão tomar uma providência nesse posto quando uma parede cair em cima se alguém. Porque está tudo velho, deteriorado. Um desrespeito com os pacientes. Vira e mexe dá polícia aqui porque as pessoas vêm para consultar e ficam insatisfeitas com o atendimento. Chegam a esperar horas e não dá certo, isso é uma falta de respeito com a população que precisa de posto”.
Reforma
A Secretaria de Saúde de Goiânia esclarece que tem promovido vistorias nas unidades de Saúde com o objetivo de levantar as condições físicas atuais. Esclarece ainda que se encontra em andamento o processo de contratação de empresa especializada em manutenção e reforma predial. “O projeto da Prefeitura de Goiânia é reformar todas as unidades de Saúde que mostrarem necessidade, entre as obras prioritárias está o Centro de Saúde Santa Helena”.
Quatro unidades de saúde de Goiânia ainda estão em reforma. O Centro de Saúde Integrada (Cais) do setor Chácara do Governador foi reformado para ser transformado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e deve começar a funcionar nesta semana. Já o Cais Cândida de Moraes, Ciams Jardim América e Jardim Guanabara devem ter suas reformas concluídas até o meio deste ano. Ao todo, as obras afetam 20 mil usuários.
Secretário Municipal de Saúde, Durval Pedroso, realizou a prestação de contas do primeiro mês deste ano em uma reunião remota da Comissão de Saúde da Câmara Municipal e foi cobrada pela conclusão das reformas das unidades de saúde pelos vereadores. Ele garantiu que todas devem ser concluídas até o fim deste ano, com expectativa para o término dos trabalhos até novembro.
Sobre a reforma do Centro de Saúde da Vila Santa Helena, a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) está fazendo os projetos para adequações de banheiros com acessibilidade, ampliação da sala de urgência, ampliação da Sala de Reanimação e ampliação do número de leitos.
De acordo com Pedroso, as obras das unidades de saúde dos bairros Campinas, Cândida de Moraes, Jardim Guanabara e Jardim América estão em curso. A Secretaria culpa a pandemia do Coronavírus pelos atrasos de conclusão dos trabalhos. “Foi difícil conseguir materiais e colocar mão de obra para funcionar porque muitos trabalhadores estavam em idade avançada”, alega. Ela ainda disse que todas as empresas envolvidas nas reformas tiveram essa dificuldade.
Imóveis antigos
As unidades de Saúde foram construídas na década de 1980 e precisam ser atualizadas para atender as normas da vigilância e trazer mais conforto aos pacientes. Os Cais de Goiânia recebem verbas federais do Ministério da Saúde. Por outro lado, as UPAs, se habilitadas, podem receber recursos para investimento interno que variam de R$ 150 mil a R$ 400 mil, a depender do porte da unidade de saúde.
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Estudo aponta que pessoas infectadas e vacinadas adquirem “superimunidade” contra a Covid-19
Uma pesquisa realizada pela Oregon Health & Science University (OHSU), dos Estados Unidos, e publicada pela revista Science Immunology, nesta terça-feira (25/1), aponta que pessoas com infecção pelo coronavírus e vacinadas adquirem “superimunidade”, ou seja, uma imunidade superior à proteção imunológica de quem apenas recebeu a vacina. Segundo conclusões a “resposta imunológica medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e eficazes”.
O estudo, entretanto, foi feito antes do surgimento da variante Ômicron, mas a expectativa dos pesquisadores é que as respostas híbridas sejam semelhantes à nova variante, classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como preocupante e altamente contagiosa. Segundo Fikadu Tafesse, coautor do estudo e professor de microbiologia molecular e imunologia da OHSU, não faz diferença se a pessoa foi infectada e depois vacinada ou vice-versa, nos dois casos a resposta imunológica é alta.
Para realizar a pesquisa, foram utilizadas 104 pessoas vacinadas contra a Covid-19 e divididas e três grupos. O primeiro era composto por 42 pessoas vacinadas e sem infecção, o segundo por 31 pessoas vacinadas após a infecção e o terceiro por 31 infectados depois da vacinação. Os participantes ainda foram controlados de acordo com idade, sexo e tempo de vacinação e infecção.
Dos participantes os pesquisadores recolheram amostras de sangue de cada um, e estas foram expostas a três variantes do vírus em laboratório. Os especialistas concluíram que os dois grupos com “imunidade híbrida”, ou seja, infectados e vacinados, geraram maiores níveis de imunidade se comparado ao grupo vacinado sem infecção.
De acordo com Marcel Curlin, professor de infecciologia na instituição, a imunidade pela infecção natural é variável, mas, quando combinada com a vacinação, fornece respostas eficientes “quase sempre”. “Os resultados indicam o momento em que o SARS-CoV-2 poderá se tornar infecção endêmica leve, como doença sazonal do trato respiratório, em vez de pandemia”, afirma.
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FOLHA DE S.PAULO
Afastamento de trabalhador com Covid cai para dez dias
Prazo para caso de quem teve contato com infectado também passa a dez dias
O governo formalizou nesta terça (25) a redução no prazo de afastamento de trabalhadores com Covid-19.
O tempo de licença por infecção pelo coronavírus passa a ser de dez dias, contados do primeiro dia de sintomas ou da realização do teste. O afastamento poderá cair para sete dias caso o trabalhador esteja sem febre há mais de 24 horas, sem o uso de medicamentos antitérmicos, e tenha tido melhora dos sintomas respiratórios.
O prazo anterior, fixado pelas portarias 19 e 20, de junho de 2020, era de 14 dias. Nesta terça, os ministérios da Saúde, do Trabalho e Previdência e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento atualizaram os anexos dessas normas, nos quais são detalhados os parâmetros para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão.
A mudança era esperada desde o início do mês, quando o Ministério da Saúde reduziu os intervalos de isolamento para pessoas com Covid-19. A quarentena de infectados assintomáticos, para os quais a recomendação de afastamento de atividades e contatos era de dez dias, passou a cinco.
Para os trabalhadores, outra modificação trazida pelos novos anexos é o tempo de isolamento para os que tiveram contato com pessoas contaminadas e também 0 intervalo para que esse trabalhador seja considerado sob risco.
Na publicação anterior, o governo estabelecia como contratante os que estiveram com alguém contaminado entre 2 dias antes e 14 dias depois do início dos sintomas ou da confirmação laboratorial. A partir desta terça, esse intervalo cai para entre 2 antes e 10 dias depois.
Os casos suspeitos, por terem contato com alguém contaminado, ainda precisam ser afastados do trabalho presencial, mas o prazo de isolamento também cai de 14 para 10 dias. Esses trabalhadores também podem voltar antes às atividades presenciais.
A portaria prevê que o retorno pode ocorrer no 8o dia a partir do contato com a pessoa infectada, desde que a empresa encaminhe o funcionário para testagem a partir do 5o dia.
O trabalhador afastado porque está com Covid-19, porque está com sintomas gripais suspeitos ou porque teve contato com alguém contaminado tem direito à manutenção da remuneração durante o afastamento -essa garantia é mantida na atualização das portarias.
Na avaliação do advogado Luiz Guilherme Migliora, sócio da área trabalhista do Veirano Advogados, a nova redação das recomendações equipara o entendimento de casos suspeitos e confirmados. O que muda é que, para aqueles que somente estiveram próximos de pessoas contaminadas, as regras publicadas nesta terça autorizam o retorno antecipado.
'A mudança está atendendo uma demanda de todo o mundo, uma vez que há mais casos e de menor gravidade. Lembrando que você sempre pode afastar por mais ou menos tempo a depender do que o laudo médico recomenda', diz.
A norma atualizada nesta terça pelo governo prevê que os trabalhadores com 60 anos ou mais ou que apresentem condições clínicas de risco para desenvolvimento de complicações da Covid-19 devem receber atenção especial, podendo ser adotado de trabalho ou em trabalho remoto a critério do empregador.
Na norma anterior, de 2020, a recomendação era para dar prioridade a sua permanência em trabalho remoto ou em local que reduzisse o contato com outros trabalhadores e o público, quando possível
Outra mudança trazida pelo governo Jair Bolsonaro (PL) nas publicações desta terça foi o intervalo de substituição das máscaras de proteção, que subiu de três para quatro horas.
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Diagnósticos de casos de hanseníase caíram 35% durante o primeiro ano da pandemia
O número de diagnóstico de novos casos de hanseníase caiu 35% no primeiro ano da pandemia do novo coronavírus. Foram 27,6 mil casos em 2019 contra 17,9 mil em 2020.
Já em 2021 foram 15.155 novos casos, segundo os dados preliminares que vão até 6 de dezembro. Os dados foram apresentados pela pasta nesta terça-feira (25).
Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, destacou também os dados de hanseníase em menores de 15 anos. Foram 1.545 em 2019 contra 879 em 2020, redução de 43%.
"A gente tem falado de menores de 15 anos, ministro, porque isso de alguma forma tem relação com o contato. A linha de transmissão da hanseníase é lenta. Um adulto não diagnosticado acaba contaminando os seus filhos", disse.
Causada por uma bactéria, a hanseníase acomete principalmente nervos periféricos e pele, podendo causar incapacidades físicas, principalmente nas mãos, olhos e pés.
Segundo a pasta, apesar de haver cura, a doença permanece endêmica em várias regiões do mundo, como no Brasil, na Índia e na Indonésia.
Os sinais e sintomas mais frequentes são dormência, formigamento e diminuição da força nas mãos, pés ou pálpebras. Além de machas brancas ou avermelhadas com a diminuição ou perda da sensação de calor, de dor ou de tato.
Nereu Mansano, representante do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), avaliou que a queda nem sempre é boa. Isso pode estar relacionado com a pandemia do novo coronavírus e a dificuldade de acesso ao sistema de saúde nesse período.
"Isso aumenta o risco do diagnóstico numa fase mais avançada e com maior risco de sequela", destacou.
Os dados apontam ainda que de 2016 a 2020 foram diagnosticados 115,3 mil casos novos de hanseníase no país. Desses, 86,2 mil ocorreram no sexo masculino, o que corresponde a 55% do total. A maioria da população é parda e com o ensino fundamental incompleto.
Medeiros informou que o diagnóstico e tratamento são oferecidos no SUS e, neste ano, serão incluídos novos testes laboratoriais complementares ao diagnóstico da hanseníase, entre eles um teste rápido.
A pasta ressaltou que, com essa incorporação, o Brasil será o primeiro do mundo a ofertar em nível assistencial, de forma universal e no sistema público de saúde, um teste rápido para apoiar o diagnóstico.
"A linha de transmissão da hanseníase é lenta. Um adulto não diagnosticado acaba contaminando os seus filhos". Arnaldo Medeiros
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O ESTADO DE S.PAULO
Contágio é o maior em 18 meses; lotação de UTI supera 80% em 6 Estados e DF
Brasil registra maior n. º de mortes desde 12 de novembro e tem 14. º dia seguido de recorde de casos; síndrome respiratória aguda grave está em alta em 25 das 27 unidades da federação
O avanço da variante Ômicron já causa uma explosão de casos e internações no Brasil. Números do Observatório Covid Fiocruz atestam que em sete unidades da Federação a ocupação dos leitos de UTI covid-19 ultrapassa 80%; o Distrito Federal chegou ontem à ocupação máxima. Além disso, o País registrou ontem o maior número de mortes desde novembro e a maior taxa de transmissão do vírus desde julho de 2020. Para especialistas, o momento é de preocupação e de reavaliar as medidas de prevenção e de restrição de aglomeração.
Sobre ocupação dos leitos de UTI destinados à covid-19, os números da Fiocruz mostram que o porcentual está a cima de 80% em Distrito Federal, Espírito Santo (80%), Goiás (82%), Mato Grosso do Sul (80%), Pernambuco (81%), Piauí (82%) e Rio Grande do Norte (83%). Em São Paulo, é de 65% no Estado e de 71% na capital (dados de ontem). No Rio, a situação é um pouco mais preocupante: 62% no Estado, mas 96% na capital.
'Não é a mesma situação que tivemos há um ano. Hoje, o número total de leitos é muito menor que em agosto. Além disso, tenho muita fé na vacina, não acredito que vamos reviver o que já vivemos, com pessoas chegando aos hospitais sem respirar, praticamente mortas', afirmou a pesquisadora Margareth Portela, do Observatório Covid-19/Fiocruz. 'Mas não dá para menosprezar que existe um crescimento e que seguimos vivendo como se não houvesse uma pandemia; as pessoas estão tratando isso como se fosse uma 'gripezinha' e não é. Precisamos de novas medidas. '
SRAG. Além disso, o novo Boletim Infogripe Fiocruz mostra que 25 das 27 unidades da Federação apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas seis semanas. Nas capitais, 23 das 27 apresentam igualmente sinal de crescimento. 'Certamente estamos vivendo uma explosão de casos da Ômicron, e isso já era mais ou menos esperado pelo que acompanhamos no restante do mundo; a variante é dos vírus mais infecciosos de que se tem notícia', afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio Guimarães, pesquisador da UFMG. 'Acho que o momento é de repensarmos algumas estratégias; não acho que seja necessário um lockdown, mas não é possível seguir com o processo de abertura. '
TRANSMISSÃO. O Imperial College de Londres, referência em análise da crise sanitária, apontou nesta terça-feira que a taxa de transmissão (Rt) no Brasil está se expandindo e já é a maior desde julho de 2020: 1, 78. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas infectam outras 178. Na semana passada, esse indicador estava em41, 35- após os números ficarem quase um mês sem ser calculados, pelo apagão de informações no Ministério da Saúde. Somente quando esse índice fica abaixo de 1 pode-se dizer que a doença está arrefecendo; agora, está acelerando.
'É descontrole total', diz a integrante do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ e especialista em gestão em saúde Chrystina Barros. 'Nosso modelo matemático baseado exclusivamente na taxa de transmissão indica lockdown, mas isso, por si só, não é suficiente. De qualquer forma, há outras medidas a serem implementadas, como a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos, restrição do número de pessoas em locais fechados e também no transporte público. Não dá para cancelar o carnaval e manter o Maracanã com 50 mil pessoas. '
MORTES ECASOS. O novo avanço da pandemia também é notado nos balanços dados diários do consórcio de veículos de imprensa, que inclui o Estadão. O Brasil registrou 489 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira, maior número desde 12 de novembro. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 332, mantendo tendência de crescimento pelo 14. º dia consecutivo. O número de novas infecções foi de 199. 126, o terceiro maior número da pandemia. À média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 159. 789.
RISCO FUTURO. Segundo especialistas, a situação atual só não é mais grave por dois motivos. Um é que a Ômicron é aparentemente menos virulenta que suas antecessoras. Outro - sobretudo - é porque o vírus agora se espalha em uma população já amplamente vacinada. Por isso, o número de casos graves e mortes não cresceu na mesma proporção que o número de novas infecções. O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou nesta terça-feira, a 163. 389. 955, O equivalente a 76, 06% da população total, segundo o consórcio de veículos de imprensa - e 148, 5 milhões receberam a segunda dose ou um imunizante de aplicação única, o que corresponde a 69, 15%.
Mas, se a disseminação do vírus se mantiver nessa velocidade, pode haver sobrecarga nos sistemas de saúde. Há também o risco do surgimento de uma nova variante.
'A Ômicron prevalece nas vias aéreas superiores, não desce muito para os pulmões. Além disso, a variante é mais suscetível ao interferon, que é uma molécula produzida pelo organismo que ajuda no combate ao vírus. Por isso, ela não causa tantos casos graves e mortes', explica Flávio Guimarães. 'Mas, se não limitarmos a circulação do vírus, os casos graves e as mortes vão aparecer: é uma questão matemática. E se o vírus continuar se multiplicando de forma descontrolada, novas variantes podem surgir. ' e
Taxa de transmissão Segundo indica o Imperial College, cada 100 pessoas contaminadas infectam outras 178 no País
UTI na zona sul da capital paulista; a ocupação em São Paulo está em 71%, mas no Rio já chega a 96%
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A gritante falta de políticas públicas
Recusa do Ministério da Saúde em elaborar norma para notificar casos confirmados de covid-19 por autoteste obriga a Anvisa a cobrar o óbvio
A decisão da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de rejeitar o uso do autoteste de covid-19 é mais um capítulo do amadorismo que tem sido regra no enfrentamento da pandemia pelo governo. Romison Rodrigues Mota, diretor do órgão regulador, teve que expressar o óbvio e cobrar do Ministério da Saúde, antes que a venda do produto possa ser liberada, o estabelecimento de uma política pública que defina a forma de notificação dos casos confirmados e a inclusão desses dados no balanço oficial. A pasta terá 15 dias para elaborar essas diretrizes, o que pode ser pouco tempo para uma gestão que há quase dois anos se recusa a liderar uma estratégia nacional de combate ao coronavírus.
Em pleno pico da onda da variante Ômicron, com mais de 200 mil casos diários, a demanda explodiu, as filas nas unidades de saúde são gigantescas e o preço dos testes RT-PCR atingiu R$ 400 nas farmácias e laboratórios. Esse tipo de exame caseiro é vendido a preços bem mais baixos na Europa e nos Estados Unidos. No Reino Unido, o governo envia o produto de forma gratuita aos cidadãos em suas casas.
Quando a imprensa questionou a Anvisa sobre a razão da proibição dos testes por conta própria, no início do mês, o órgão regulador citou os termos de uma resolução que impedia o enquadramento como autoteste de produtos com a finalidade de 'testar amostras para a verificação da presença ou exposição a organismos patogênicos ou agentes transmissíveis, incluindo agentes que causam doenças infecciosas passíveis de notificação compulsória'. É evidente que a covid19 se encaixa nessa descrição.
Essas normas não são nenhum capricho, mesmo porque falhas na execução do autoteste comprometem sua confiabilidade. Ademais, há chance de resultados falso-negativos no início do ciclo da doença. A agência, porém, reconheceu que a vedação poderia ser afastada pela diretoria caso houvesse 'políticas públicas e ações estratégicas formalmente instituídas pelo Ministério da Saúde'. Foi exatamente o que foi feito pelos países que autorizaram o produto. 'Outros países que adotaram a abordagem de execução de testes in vitro para covid-19 fora do ambiente laboratorial detêm critérios sanitários direcionados a tais situações e estabeleceram políticas públicas na perspectiva do combate à disseminação do coronavírus.'
Para um bom entendedor, bastaria reparar a quantidade de vezes que a Anvisa mencionou o termo 'política pública' na nota divulgada no início de janeiro - foram cinco -, mas esse não parece ser o caso do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. No voto aprovado nesta semana, o diretor Romison Rodrigues Mota repetiu as palavras três vezes - e, para facilitar, as negritou. 'Ocorre que, como bem apontou a Procuradoria Federal junto à Anvisa quando da análise jurídica da proposta, não houve, por parte do Ministério da Saúde, a formalização da inclusão da autotestagem por usuários leigos como política pública. Tal formalização é condição para que seja afastada a vedação', cobrou. Dada a agilidade da pasta, é bem possível que a venda do produto somente seja liberada quando a onda da Ômicron estiver no fim.
A despeito de todas as lacunas apontadas pela Anvisa na solicitação de registro apresentada pelo Ministério, Queiroga disse que a posição favorável da pasta acerca do autoteste é 'clara, como é tudo aqui no governo do presidente Jair Bolsonaro'. É quase um deboche vindo de uma gestão que compra vacinas infantis para, em seguida, promover a perseguição dos servidores que aprovaram seu uso e alarmar os pais superestimando os riscos do imunizante. Mais de um mês após o suposto ataque hacker que o Ministério da Saúde diz ter sofrido em seu site, o caso não foi esclarecido, ainda há sistemas com registro de instabilidade e a contabilização de notificações atrasadas levará semanas. A opacidade é a regra no governo bolsonarista. A única coisa cristalina é a estratégia de desmonte da máquina administrativa e a negligência com as políticas públicas e, consequentemente, com a população.
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Saúde recua e exclui tabela que avaliza 'kit covid' e questiona vacina
O Ministério da Saúde afirmou ontem que serão feitas alterações na nota técnica assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti, com diretrizes de tratamento contraacovid-19 que indicam a eficácia da hidroxicloroquina e a falta de efetividade das vacinas, argumentos que contrariam estudos e orientações sanitárias em todo o mundo. Em nota, a pasta afirma que o documento será republicado na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU), porém, não se manifesta especificamente sobre a tabela onde constam dados anticientíficos sobre a hidroxicloroquina e os imunizantes. Embora o Ministério não tenha se posicionado, Angotti anunciou que a tabela será removida para 'evitar possível mau uso'.
'A tabela embora não esteja errada no contexto em que ela se encontra, vamos optar por tirá-la. Não vai mudar nada o parecer, não vai mudar nada o argumento, mas optamos por tirá-la para fomentar a clareza, promover clareza', disse o secretário em entrevista ao programa Os Pingos nos is, da Jovem Pan.
O documento original assinado por Angotti bloqueia as diretrizes que contraindicam o 'kit covid' no tratamento ambulatorial e hospitalar da doença, impondo entraves que deixam o País sem uma recomendação oficial de como tratar pacientes de covid após quase dois anos de pandemia. CRÍTICA. A tabela foi alvo de contestação de acadêmicos e especialistas em saúde pública porque apresenta em uma de suas colunas o questionamento sobre a efetividade dos tratamentos disponíveis no País em estudos controlados e randomizados para a covid-19. No campo das respostas, consta 'sim' para a efetividade da hidroxicloroquina e 'não' para as vacinas.
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EUA suspende uso de dois tratamentos; Anvisa analisa
A Foodand Drug Administration (FDA), agência americana equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), suspendeu o uso de dois tratamentos com anticorpos monoclonais contra a covid-19: o da empresa Regeneron (casirivimabe e imdevimabe) e o da Eli Lilly (bamlanivimabe e etesevimabe). O órgão regulador aponta que dados 'fortemente' indicam que eles não são eficazes contra a Ômicron - variante dominante no país.
Ambos têm autorização de uso emergencial no Brasil. À Anvisa informa que notificou as empresas Eli Lily e Roche (responsável por comercializar o medicamento da Regeneron) para que apresentem justificativas para a manutenção da liberação.
'Os dados disponíveis e limitações quanto à eficácia contra variantes estão previstos em bula, ficando a cargo do prescritor a avaliação clínica de eventual benefício quando da utilização do tratamento', diz a agência brasileira. Na nota, ainda destaca que é obrigação dos laboratórios monitorar o perfil de eficácia dos medicamentos frente às novas cepas. A associação de casirivimabe e imdevimabe recebeu autorização de uso emergencial da Anvisa em abril de 2021.
O coquetel tem uso restrito a hospitais EUA. O documento americano aponta que 'no futuro, se houver probabilidade de pacientes em determinadas regiões geográficas serem infectados ou expostos a uma variante suscetível a esses tratamentos, o uso deles poderá ser autorizado nessas regiões'. A decisão se deu após análise de um painel independente de especialistas.
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A REDAÇÃO
Ismael avalia avanço da covid em Goiás: "Números altos sempre preocupam"
Estado confirmou 8,2 mil novos casos em um dia
Théo Mariano
Goiânia - A chegada da Ômicron acendeu um alerta em todo o País, que vê novamente o número de casos da covid-19 crescer desenfreadamente. Em Goiás, foi registrado um recorde no boletim desta terça-feira (25/1): no intervalo de 24 horas, mais de 8,2 mil casos do novo coronavírus foram confirmados. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, "números altos sempre preocupam".
Ainda assim, em entrevista ao jornal A Redação nesta terça (25), o titular da pasta estadual reitera que, por ser menos letal, a Ômicron tem causado menos complicações nos pacientes infectados em Goiás. Como mostrou o AR na última semana, pelo menos 92,5% dos novos casos registrados em Goiás em 2022 eram da variante sul-africana.
No último domingo, Goiás ultrapassou a marca de 1 milhão de casos confirmados da covid-19 desde o início da pandemia. Desse total, quase 25 mil morreram pelo vírus. No entanto, levantamentos preliminares apontam que a Ômicron, por afetar principalmente o sistema respiratório superior, seria menos mortal que outras cepas já encontradas no Brasil.
Além disso, a vacinação está avançada em muitos Estados. Como reforça Ismael Alexandrino, a queda no número de mortes por covid também é reflexo dos imunizantes aplicados. Agora, o Estado de Goiás aguarda a chegada de mais 64,2 mil doses pediátricas da vacina contra a covid-19. A entrega do lote aos goianos está prevista para esta terça-feira (25).
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Goiás registra recorde de casos de covid com 8.263 confirmações em 24 horas
Estado soma 1.014.757 infecções
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou novo recorde de notificações de novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas, com 8.263 confirmação. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) nesta terça-feira (25/1). O Estado não registrou, segundo a SES-GO, mortes em decorrência da covid-19 no mesmo período.
Com as atualizações, o Estado chega ao total de 1.014.757 pessoas infectadas e 24.870 óbitos confirmados pela doença desde o início da pandemia. Ainda segundo o boletim estadual, há o registro de 965.231 pessoas recuperadas da covid-19 no território goiano. Além disso, há em Goiás 675.881 casos e 394 mortes em investigação para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus.
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Goiânia tem dia recorde de vacinação de crianças contra a covid-19
Mais de 14 mil já foram vacinadas na capital
Após liberar a vacinação a partir de 5 anos com a Pfizer pediátrica e disponibilizar a vacina CoronaVac para crianças com 6 anos ou mais, Goiânia teve um dia recorde de vacinação nesta terça-feira (25/1), com a aplicação de 3.452 doses.
Com isso, o número de criança vacinadas desde o último dia 17, quando a vacinação começou no município, chega a 14.391. Nesta quarta-feira (26/01), a vacinação das crianças de 5 a 11 segue nas 14 unidades de saúde exclusivas para esse público.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil registra mais de 199 mil casos de covid e 489 mortes nas últimas 24 horas
País soma 623.901 mortos
O Brasil registrou 489 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira (25/01). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 332, mantendo tendência de crescimento pelo 14° dia consecutivo. O número de novas infecções notificadas foi de 199.126, o terceiro maior número da pandemia. A média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 159.789. No total, o Brasil soma 623.901 mortos e 24.334.072 casos da doença. Acre, Goiós e Roraima não registraram vítimas fatais da doença nesta terça.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
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JORNAL OPÇÃO
8% dos infectados pela Covid podem transmitir o vírus por mais de dois meses, mostra pesquisa
Por Gabriella Oliveira
Os pesquisadores da Plataforma Científica Pasteur-USP acompanharam um paciente de 38 anos que permaneceu por 232 dias com o novo coronavírus sendo detectado no organismo e sofrendo mutações
Em uma recente pesquisa feita pela Plataforma Científica Pasteur-USP (PCPU), com, apoio da FAPESP e que foi publicada na revista Frontiers in Medicine alertou para o risco de pacientes com Covid-19 que mesmo após o período de 14 dias continuaram testando positivo para o vírus. Os pesquisadores acompanharam 38 contaminados e constataram que, em média, levou cerca de um mês para o teste diagnóstico se tornar negativo.
Um dos casos, foi um homem de 38 anos que contraiu Covid-19, mas apresentou apenas sintomas leves durante 20 dias. Contudo, ao ser acompanhado pela PCPU, eles observaram que o vírus permaneceu por 232 dias no organismo do paciente e sofrendo mutações. Ou seja, se não estivesse sendo observado e mantido distanciamento social e usado máscara, poderia ter disseminado o vírus por mais de sete meses. Este foi um dos três voluntários em que o coronavírus permaneceu no organismo por mais de 70 dias.
“Dos 38 casos que acompanhamos, dois homens e uma mulher foram atípicos, permanecendo mais de 70 dias com o vírus detectável no organismo. Baseados nesse resultado, podemos dizer que cerca de 8% dos infectados pelo SARS-COV-2 podem apresentar capacidade de transmissão do vírus por mais de dois meses, sem necessariamente apresentar qualquer sintoma durante a fase final da infecção”, explica Marielton dos Passos Cunha, primeiro autor do estudo.
O estudo alerta para o curto período de tempo de isolamento recomendado pelos médicos e entidades sanitárias para pessoas diagnosticadas com Covid. “Queríamos saber se 14 dias eram realmente suficientes para que o vírus deixasse de ser detectável. Verificamos que não. Em média, pode demorar um mês para que o teste dê negativo e, em alguns casos desse estudo, a positividade se estendeu de 71 a 232 dias”, disse uma das coordenadoras da PCPU, Paola Minoprio.
Contudo, nesta semana, o Ministério da Saúde reduziu o tempo de isolamento para quem testou positivo para o vírus e teve sintomas de leve a moderado, de dez para sete dias. O período de quarentena pode ser reduzido para cinco dias caso o paciente esteja sem sintomas e faça um novo teste com resultado negativo.
*Com informações da reportagem da Agência FAPESP feita pelo repórter André Julião
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Ministério da Saúde reduz de 30 para 10 dias prazo para doação de sangue por quem teve Covid-19
Por Rafaela Ferreira
Rede Estadual de Hemocentros já começou a adotar os critérios. Déficit no banco de sangue chega em 41%, apenas em janeiro
A Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo) começou a adotar novos critérios para quem já teve Covid-19, mas deseja realizar a doação de sangue. Antes, era necessário aguardar um período de 30 dias, agora, caiu para 10 dias, após completar a recuperação. A alteração nas regras foi definida pelo Ministério da Saúde (MS) que informa que os candidatos que apresentaram um diagnóstico positivo, mas que permaneceram sem sintomas, poderão doar após 10 dias da data de coleta do exame. As pessoas que tiveram contato com um caso confirmado de Covid durante o período de transmissibilidade, poderão doar sangue sete dias após o último contato.
De acordo com a diretora técnica da Rede Hemo, Ana Cristina Novais, as medidas de distanciamento e atendimento nas unidades da Rede Hemo permanecerão as mesmas, e ela orienta que os doadores podem realizar o agendamento prévio por meio do site agenda.hemocentro.org.br ou do telefone 0800 642 0457. “Os doadores também podem comparecer a uma das unidades da Rede Hemo por livre demanda e escolher o melhor dia e horário para a coleta de sangue”, finaliza a diretora.
Vale lembrar ainda que a Rede Hemo emitiu um alerta para os baixos níveis nos estoque de sangue nas unidades. Só em janeiro, a Rede apresentou déficit de 41%. No mesmo período em 2021, o número foi 22%. O baixo número de doadores se deve, principalmente, ao aumento no número de casos de Covid-19 e Influenza. Por outro lado, a alta da dengue no estado elevou a demanda por sangue.
Doação
A doação de sangue pode ser feita por pessoas com peso acima de 50kg, estar saudável, apresentar documento com foto válido em todo o território nacional e idade entre 16 e 69 anos, sendo que antes de completar 18 anos é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis. Quem tomou a vacina da febre amarela deve aguardar 30 dias para fazer uma doação. Já para a vacina contra gripe, o prazo é de 48 horas. No caso da vacina contra o novo coronavírus é preciso esperar 48 horas após a dose de Coronavac, e sete dias após a aplicação das demais.
Ao contrário disso, o Ministério da Saúde especifica, também, que ficam inaptos para doar sangue os profissionais de saúde que não estejam usando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequadamente. Além disso, o intervalo entre as doações é de 60 dias para homens e 90 para mulheres. Fica vedada a doação para pessoas que realizaram o procedimento de piercings e tatuagens nos últimos 12 meses. Gravidas ou lactantes e pessoas que tiveram hepatite após os 11 anos de idade também não podem doar sangue.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 25/01/22
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DESTAQUES
Saúde prorroga custeio de leitos de UTI da Covid em todo o país
Governo avalia indicar Angotti para Anvisa
Pfizer e BioNTech testam versão de vacina específica para Ômicron do coronavírus
Rosa envia a PGR pedido para investigar Bolsonaro
Tesourada retira um terço das verbas do Ministério do Trabalho
Butantan tem doses suficientes de CoronaVac para faixa infantil
Ministério da Saúde precisa rever decisão que reabilita o 'kit Covid'
Goiânia começa a vacinar crianças de 5 anos contra covid nesta terça (25/1)
Covid-19: Goiás registra 5,6 mil novos casos e uma morte em 24 horas
100% dos casos de Covid em Goiás são da variante Ômicron, indica análise feita pela SES
Empresas são autuadas por alto preço de testes
FOLHA DE S.PAULO
Saúde prorroga custeio de leitos de UTI da Covid em todo o país
Decisão do governo federal ocorre após pedido de estados e municípios
BRASÍLIA - O Ministério da Saúde vai prorrogar por mais 30 dias o custeio de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto e pediátrico destinados ao tratamento da Covid-19.
Os conselhos de secretários de Saúde de estados (Conass) e de municípios (Conasems), além do Fórum Nacional de Governadores, haviam pedido para o governo federal manter o pagamento, que se encerraria no próximo dia 31, por causa do aumento de internações recente.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que renovará o financiamento para manutenção de 14. 254 leitos espalhados em todo o país.
'Vale informar, ainda, que o Ministério da Saúde segue monitorando a situação epidemiológica no país e caso seja necessário novas prorrogações a pasta irá avaliar', disse a pasta.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que a decisão do Ministério da Saúde é acertada.
'Importante decisão para um momento em que vários Estados e municípios tem muitas regiões de saúde, com elevado número de pacientes e não só para Covid, mas também outras doenças. Decisão acertada e agradecemos', declarou Dias, que coordena os debates sobre a resposta à pandemia no Fórum Nacional de Governadores.
A renovação do custeio dos leitos deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
O avanço da variante ômicron fez aumentar os casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave), segundo a Fiocruz.
No último domingo (23), o Brasil bateu, pelo sexto dia na semana, o recorde de média móvel de novos casos de Covid, que agora é de 148. 212 infecções por dia, aumento de 309% em relação aos dados de duas semanas atrás. À média móvel de mortes provocadas por coronavírus também continua subindo e agora é de 292 óbitos por dia, aumento de 129%.
'Já temos sete Estados com 70% ou mais da capacidade dos leitos ocupados, para doença respiratórias agudas e graves (Covid19, destacadamente variante Ômicron e H3N2/Influenza), além de viroses e diarréias). E demais Estados em situação de elevação no nível de ocupação', afirmou ainda o governador do Piauí, em nota.
No último dia 12, o Conass também pediu que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, apoie medidas como a ampliação da testagem, da cobertura vacinal. Gestores do SUS ainda cobram que o ministro, além de atuar na compra das doses, faça campanha de estímulo a imunização das crianças.
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Governo avalia indicar Angotti para Anvisa
Médico pró-cloroquina é defendido por ala alinhada a bandeiras negacionistas após embates com Barra Torres
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PL) busca nomes para integrar a cúpula da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e reagir à disputa com o chefe do órgão regulador, o contra-almirante Antonio Barra Torres.
A ideia é indicar para o cargo de diretor, que ficará vago em julho, alguém com perfil alinhado ao governo e favorável às bandeiras negacionistas de Bolsonaro, como Hélio Angotti, médico pró-cloroquina que comanda atualmente a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
O nome foi colocado sobre a mesa em conversas de integrantes do governo favoráveis ao kit Covid'. A proposta agradou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que deseja afastar Angotti, sem entrar em atritos com o médico, segundo integrantes do governo.
A indicação do presidente Bolsonaro precisa ser aprovada pelo Senado, e o secretário encontra resistências no centrão. Integrantes desses partidos dizem que as chances de Angotti chegar à Anvisa são pequenas.
Seguidor do escritor Olavo de Carvalho, Angotti é um dos líderes do núcleo pró-cloroquina da Saúde, também integrado pela secretária Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina'.
Na última sexta-feira (21), ele rejeitou diretrizes de tratamentos do SUS que contraindicavam medicamentos como a hidroxicloroquina. O texto havia sido elaborado por especialistas e aprovado pela Conitec, comissão ligada à Saúde que avalia tratamentos da rede pública.
Para justificar a rejeição da diretriz, Angotti assinou nota que contraria entidades científicas ao apontar eficácia e segurança comprovadas da hidroxicloroquina para a Covid. O mesmo texto diz que a vacina não apresenta essas características.
Esse texto gerou reação e repúdio de especialistas e integrantes da própria Anvisa.
Procurados, Saúde, Planalto e Angotti não se manifestaram sobre as discussões para indicação à Anvisa.
Interlocutores do centrão afirmam que o ideal é indicar alguém de perfil mais discreto, que consiga a aprovação no Senado sem ruídos, em vez de tentar alimentar a briga com a Saúde.
Barra Torres foi decisivo em aprovar ou vetar nomes sugeridos dentro do governo para a agência, mas não irá participar das discussões sobre a próxima vaga. Integrantes do governo dizem que essas indicações despertam interesses do governo, Congresso e do lobby do setor.
A aposta da ala política do governo é que a indicação poderia servir para constranger Barra Torres e agradar apoiadores do presidente.
Antes aliado de Bolsonaro, o presidente da Anvisa passou a liderar decisões que desagradam o mandatário, como o aval para uso de vacina da Covid em crianças.
Os diretores da Anvisa têm mandatos de cinco anos. A vaga que abrirá em julho é ocupada hoje pela médica Cristiane Jourdan, que tenta a recondução com base em brechas da nova lei das agências.
Jourdan foi militante da fosfoetanolamina, a 'pílula do câncer' e, antes de entrar na Anvisa, chegou a compartilhar publicações em defesa do tratamento precoce.
Na agência, não defendeu publicamente medicamentos sem eficácia e apoiou reações do órgão regulador aos ataques de Bolsonaro. As chances de Jourdan conseguir novo mandato são consideradas também pequenas por integrantes do governo.
Integrantes do centrão afirmam que é cedo para escolher um nome para a indicação, ainda que a sabatina no Senado possa ocorrer antes de julho. Uma autoridade do governo que acompanha as discussões lembra que diversas sugestões às agências foram feitas precipitadamente e não prosperaram.
Barra Torres, por exemplo, foi o quarto indicado para a mesma vaga -os dois primeiros nomes foram apresentados ainda pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).
Em 2021 o governo ainda desistiu de duas sugestões à Anvisa, entre elas Roberto Dias, que acabaria mais tarde exonerado do cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde, em meio a apurações sobre supostas irregularidades na compra de vacinas.
Todos os cinco diretores atuais da Anvisa foram indicados por Bolsonaro.
Integrantes da Anvisa consideraram a ideia uma provocação, pois o secretário tem posições diferentes daquelas defendidas pela atual cúpula da agência em temas como vacinas e medicamentos para a Covid.
Angotti tem boa relação com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ambos participaram de viagem do governo à Israel, em 2021, para conhecer um spray nasal anti-Covid.
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O ESTADO DE S.PAULO
Pfizer e BioNTech testam versão de vacina específica para Ômicron do coronavírus
A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta terça-feira (25/1) que iniciaram um estudo clínico para avaliar a segurança e resposta imune de uma versão da vacina específica para a variante Ômicron do coronavírus. Os testes serão realizados com adultos saudáveis de idades entre 18 e 55 anos nos Estados Unidos e na África do Sul.
A expectativa das farmacêuticas é de que os resultados iniciais sejam divulgados na primeira metade deste ano. As duas companhias afirmam que têm capacidade de produzir 4 bilhões de doses em 2022, o que não deve mudar caso o profilático adaptado seja necessário. A pesquisa será conduzida por meio de três grupos de voluntários.
Um deles deve contar com até 615 pessoas que receberam duas doses do imunizante existente entre três e seis meses antes do estudo. O segundo terá até 600 indivíduos que tomaram três injeções. Outras cerca de 205 pessoas que não foram vacinadas vão compor o terceiro grupo.
Apesar disso, as fabricantes esclarecem que a vacina atual ainda oferece "alto nível de proteção" contra a Ômicron, particularmente na prevenção de casos graves e internação. Com informações da Dow Jones Newsiwres.
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Rosa envia a PGR pedido para investigar Bolsonaro
Notícia-crime de parlamentares acusa presidente e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de atrasar vacinação infantil
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) notícia-crime para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sejam investigados por suposta prevaricação na demora para incluir crianças de cinco a onze anos no programa de imunização contra a covid-19.
A notícia-crime foi proposta pelo senador Alessandro Vieira (SE), pré-candidato do Cidadania à Presidência, pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e pelo secretário de Educação do Rio de Janeiro, Renan Carneiro. A abertura de vista à PGR é praxe, pois cabe ao Ministério Público decidir se há elementos para abrir a apuração. O despacho de Rosa é de 7 de janeiro e foi publicado ontem.
Previsto no Código Penal, o crime de prevaricação é cometido por funcionário público que, no exercício da função, age ou deixa de agir por interesses pessoais. Os autores da petição enviada ao STF citam o encadeamento de eventos envolvendo a autorização do uso da vacina pediátrica da Pfizer no País como prova da suposta inação do governo para incluir as crianças no Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid.
No dia 12 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do imunizante na população entre cinco e onze anos, mas somente em 15 de janeiro teve início a vacinação, após uma consulta pública do Ministério da Saúde.
A notícia-crime também cita declarações de Bolsonaro, como as que o presidente defende a exigência de prescrição médica para dar andamento à imunização infantil. O texto alega que Bolsonaro e Queiroga 'impuseram obstáculos' que atrasaram a vacinação das crianças.
AFASTAMENTO. Ontem, os autores da petição assinaram, junto a outros congressistas, ação popular pedindo à Justiça Federal do Distrito Federal o afastamento do Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto. Ele foi o autor da nota técnica da Pasta que classificou como 'eficaz' a hidroxicloroquina - medicamento com ineficácia comprovada contra a covid-19-e afirmou que as vacinas contra a covid-19 - testadas e aprovadas - não demonstram a mesma efetividade.
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Tesourada retira um terço das verbas do Ministério do Trabalho
Com os vetos de Bolsonaro no texto vindo do Congresso, INSS teve a maior perda de recursos: R$ 988 milhões
Recriado no fim de julho passado, o Ministério do Trabalho e Previdência foi o principal atingido em termos nominais pelos vetos do presidente Jair Bolsonaro no Orçamento de 2022. A pasta levou uma tesourada de R$ 1,005 bilhão do total de R$ 3,184 bilhões cortados do texto aprovado pelo Congresso. O valor corresponde a quase um terço das verbas que o ministro Onyx Lorenzo-ni teria para este ano, restando R$ 2,035 bilhões. Dentro do ministério, o INSS foi a unidade mais afetada, com a perda de R$ 988 milhões que seriam usados em administração, gestão e processamento de dados.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento na sexta-feira, mas a lei só foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Ele manteve a previsão de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores, sem especificar as categorias a serem contempladas. Dos R$ 3,18 bilhões cortados, R$ 1,36 bilhão são de emendas de comissão e R$ 1,82 bilhão de despesas dos ministérios em geral (discricionárias).
RELATOR REAGE. 'Os vetos a programas do INSS são muito preocupantes porque, nos dois anos de pandemia, os serviços para atender aposentadorias e outros benefícios foram muito afetados', escreveu o relator da peça orçamentária de 2022, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ, no Twitter. 'Há uma grande demanda represada, principalmente das pessoas mais necessitadas, que o Congresso buscou atender', afirmou. Ele sinalizou que defenderá, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, a derrubada dos vetos. 'Os próprios dirigentes do INSS defenderam junto à Comissão de Orçamento a necessidade de mais recursos para atender os segurados', declarou.
O Ministério da Educação aparece em segundo entre os mais atingidos, com vetos que somam R$ 739,893 milhões. Somente o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) perdeu R$ 499 milhões. O orçamento discricionário da pasta conta ainda com R$ 23,265 bilhões.
Os vetos para o Ministério do Desenvolvimento Regional chegam a R$ 458,709 milhões, atingindo ações de melhorias urbanas, saneamento e recuperação de bacias hidrográficas. A implantação do Projeto Sul-Fronteira em Mato Grosso do Sul, por exemplo, perdeu R$ 122 milhões. A pasta conta ainda com R$ 9,889 bilhões.
O Ministério da Cidadania -responsável pelo Auxílio Brasil - teve vetos de R$ 284,317 milhões, restando R$ 6,893 bilhões. A Secretaria Especial do Esporte foi o principal alvo, com a perda de R$ 111,998 milhões. O Sistema Único de Assistência Social (Suas) teve verbas vetadas em R$ 105,110 milhões, e a Rede de Suporte Social do Dependente Químico perdeu R$ 66,220 milhões.
Enquanto tenta emplacar o nome do ministro da Infraes-trutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para o governo de São Paulo, Bolsonaro também vetou R$ 177,829 milhões da pasta. O corte se concentrou em recursos para obras em rodovias via Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A pasta conta ainda com R$ 8,203 bilhões.
Mesmo poupado em termos proporcionais no maior orçamento da Esplanada (de R$ 34,387 bilhões em despesas discricionárias), o Ministério da Saúde teve a perda de R$ 74,203 milhões. O maior corte, de R$ 40 milhões, ocorreu em ações da pasta ligada ao saneamento básico em pequenas comunidades rurais ou comunidades tradicionais remanescentes de quilombos. Além disso, a Fundação Oswaldo Cruz perdeu R$ 11 milhões em pesquisa e desenvolvimento.
Ciência e Tecnologia perdeu R$ 73,048 milhões; Comunicações, R$ 63,547 milhões; Defesa, R$ 62,109 milhões; e, completando a lista dos dez ministérios mais atingidos, Justiça e Segurança Pública, R$ 54,820 milhões.
R$ 1,7 bi de reajuste para servidores são aceno para policiais
Tecnicamente, a verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste de servidores sancionada não é carimbada para nenhuma categoria específica, mas foi articulada pelo presidente Jair Bolsonaro para conceder uma remuneração extra à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal e ao Departamento Penitenciário Nacional, em um aceno em ano eleitoral.
O reajuste efetivo ainda dependerá de atos do Executivo. Técnicos e parlamentares esperam que Bolsonaro deixe a decisão em 'banho-maria', enquanto consolida um apoio maior para o aumento aos policiais nas próximas semanas. Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, a verba não é suficiente sequer para os reajustes da segurança.
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O GLOBO
Butantan tem doses suficientes de CoronaVac para faixa infantil
Instituto conta com imunizante em estoque e não deve retomar produção
Aprovada para imunização de crianças acima de 6 anos, a CoronaVac - trazida ao Brasil pelo Instituto Butantan - não terá uma nova linha de produção no país por enquanto. Em entrevista ao GLOBO, o diretor do Butantan, Dimas Covas, explicou que as doses disponíveis em estoque são suficientes para liquidar a necessidade atual de aplicações para os menores de 12 anos.
Até quinta-feira, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval à vacina para crianças, o instituto contava com 15 milhões de doses armazenadas. Desse total, 8 milhões serão destinadas ao estado de São Paulo. Outros 7 milhões devem ser encaminhadas ao Ministério da Saúde, diz Covas.
- Neste momento existe a promessa pública do ministério de dar segmento à aquisição de 7 milhões de doses. Para dar início a uma nova rodada de produção, teríamos que ter (novos) pedidos. A capacidade de produção do Butantan é 1 milhão de doses por lote. Não começamos produções pequenas, de 100 mil, 200 mil doses - afirma Covas.
O diretor do Butantan explica que se a demanda total for de até 15 milhões de doses é mais vantajoso trazer as vacinas prontas da China. Por enquanto, portanto, a linha de produção de envase da CoronaVac no Butantan seguirá parada. A última vez que houve finalização da vacina no país foi em meados de setembro de 2021.
Se o ministério pedir mais doses será possível reativar a produção. Por enquanto, o Butantan ainda não produz o IFA da CoronaVac. Essa produção foi anunciada tão logo houve o acordo entre a Sinovac e o Butantan para a produção do imunizante, ainda em 2020. FÁBRICA PRÓPRIA A ideia era que a CoronaVac contasse com uma fábrica própria no Butantan. O projeto, porém, está atrasado e deverá estar apto para liberação a partir do segundo semestre. A nova fábrica será multiplataforma, podendo produzir também outras vacinas, sem incluir a CoronaVac.
A aprovação da CoronaVac ameniza, mas não liquida, o cenário de incerteza pelo qual o imunizante passa. Responsável por iniciar a vacinação no país e representante de 25% das doses aplicadas, a CoronaVac tem futuro difícil de prever.
A venda internacional, por exemplo, não decolou. Os países vizinhos que têm baixa cobertura vacinal não podem arcar com o preço das doses ou com a tarifa de frete. Doar, diz Covas, é algo 'difícil' no momento. O dirigente explica há tratativas, inclusive com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em andamento, mas nenhum acordo foi concretizado
Além disso, o Ministério da Saúde não incluiu a CoronaVac nas compras para vacinação de adultos de 2022, sob justificativa de que o imunizante conta somente com autorização emergencial da Anvisa e não a liberação completa. À pasta também não indica o uso desse imunizante para as doses de reforço.
-O ministro uma hora fala que não vai adquirir a vacina. Quando sai a aprovação para crianças diz que irá adquirir. É uma incerteza muito grande em termos de política de vacinação. Não temos uma diretriz, não é previsível -afirma Covas.
Ele espera que a atual aprovação para crianças faça o Ministério da Saúde voltar à incluir a CoronaVac ao quadro brasileiro de vacinação.
Calendário. O governo de São Paulo começou a vacinação de crianças a partir de 6 anos com CoronaVac logo após o aval da Anvisa, na quinta-feira. Estado deve usar 8 milhões de doses
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O GLOBO
Ministério da Saúde precisa rever decisão que reabilita o 'kit Covid'
Documento que defende cloroquina e questiona eficácia das vacinas contra o coronavirus é uma afronta à ciência
É inaceitável a decisão do Ministério da Saúde de rejeitar diretrizes da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) sobre o 'kit Covid', que reúne medicamentos com-provadamente ineficazes contra o novo coronavírus, como cloroquina, ivermectina e azitromicina. A Conitec propôs que essas drogas -que, além de ineficazes, podem causar efeitos adversos graves -não sejam usadas no SUS, nem em tratamento ambulatorial nem em pacientes hospitalizados. Procedimento óbvio, diante das evidências científicas e das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No entanto, uma nota técnica publicada na sexta-feira pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insu-mos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, conduziu a saúde brasileira aos labirintos do obscurantismo ao ignorar o parecer da Conitec. Mais do que a rejeição em si, a decisão afronta a ciência pelos argumentos estapafúrdios. Em suas justificativas, Hélio Angotti disse que a elaboração das diretrizes da Conitec 'passou por processos de grande tumulto' e chegou ao cúmulo de afirmar que as vacinas não têm eficácia nem segurança demonstradas contra a Co-vid-19, mas a cloroquina sim, absurdo que não encontra respaldo na ciência.
O médico e professor da Universidade de São Paulo (USP) Carlos Carvalho, coordenador do grupo de trabalho que debateu a questão durante meses, se disse surpreendido pela decisão e anunciou que pedirá revisão da nota técnica ao ministro Marcelo Queiroga. A rejeição ao parecer da Conitec causou indignação também nas comunidades acadêmica e científica, que divulgaram notas de repúdio à decisão.
Discutir cloroquina a esta altura é totalmente fora de propósito. No início da pandemia, quando se conhecia pouco sobre a Covid-19 e não havia vacinas contra o novo coronavírus, o debate ainda fazia algum sentido. Mas ainda em 2020 pilhas de estudos comprovaram que o medicamento não era eficaz contra a doença e ainda trazia riscos aos pacientes. Na verdade, o parecer da Conitec rejeitando o 'kit Covid' veio tardiamente, não por culpa da comissão, mas pela pressão dos negacionistas, entre eles o próprio presidente Jair Bolsonaro.
O país não pode perder tempo com discussões ultrapassadas. A Ômicron tem levado a recordes diários do número de infectados. A disparada de casos já está pressionando os sistemas de saúde, que, além do aumento da demanda, sofrem com os afastamentos de profissionais. A vacinação tem de avançar, principalmente entre as crianças.
O ministro Queiroga precisa rever urgentemente a decisão de seu secretário. Em depoimento na CPI da Covid, em junho do ano passado, Queiroga reconheceu que medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina não tinham eficácia comprovada contra a Covid-19. Espera-se que mantenha a posição. Deveria também restabelecer a verdade sobre a eficácia da vacinação. E hora de corrigir o rumo e se concentrar no que realmente importa.
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A REDAÇÃO
Goiânia começa a vacinar crianças de 5 anos contra covid nesta terça (25/1)
Augusto Diniz
Goiânia - Goiânia começa a vacinar contra a covid-19 crianças a partir de 5 anos nesta terça-feira (25/1). A idade, que ontem estava em 9 anos na ordem decrescente, agora inclui a faixa etária de 5 a 11 anos em 14 salas fixas de vacinação das 8 às 17 horas. Antes de Goiânia, cidades como Aparecida de Goiânia e Anápolis adotaram a redução da idade do público-alvo da imunização contra a doença no Estado.
A orientação da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina Coronavac em crianças de 6 a 11 anos é para que os municípios que têm estoque do imunizante passem a utilizar doses, além da versão pediátrica da Pfizer, na campanha contra a covid-19 nos postos de vacinação.
Além dos 14 postos de para vacinar as crianças de 5 a 11 anos em Goiânia, 54 salas de imunização oferecem a primeira e segunda doses para quem tem a partir de 12 anos, a terceira aplicação aos adultos com mais de 18 anos e quatro meses de intervalo da terceira dose, além da quarta dose para os imunossuprimidos a partir de 18 anos que tomaram a terceira vacina contra covid-19 há quatro meses.
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Covid-19: Goiás registra 5,6 mil novos casos e uma morte em 24 horas
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 5.626 novos casos da covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados na tarde desta segunda-feira (24/1) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o Estado chega a 1.006.494 casos e 24.870 óbitos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, há o registro de 959.510 pessoas que tiveram a doença no Estado e estão recuperadas. Goiás soma 670.887 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 298.199 casos.
Além dos 24.870 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,47%, há 394 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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JORNAL OPÇÃO
100% dos casos de Covid em Goiás são da variante Ômicron, indica análise feita pela SES
Por Gabriella Oliveira
Só neste ano, entre os dias 1º e 20 de janeiro, foram notificadas cerca de 35 mil pessoas com a Covid-19 em Goiás
Na última semana, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), fez uma projeção da variante Ômicron em Goiás. Segundo os dados recolhidos, só neste ano, entre os dias 1º e 20 de janeiro, foram notificadas cerca de 35 mil pessoas com a Covid-19 em Goiás. A maioria dos casos são da variante Ômicron.
Na primeira semana de janeiro, entre os dias 3 e 6, o Estado realizou sequenciamento genômico (genotipagem) em 15 amostras coletadas em diferentes regiões do território goiano. Os resultados das análises indicaram que 100% eram da variante Ômicron. A projeção é de que até meados de fevereiro deste ano, cerca de 50% da população goiana tenha sido infectada pela variante Ômicron da Covid-19.
A explosão de casos se deu devido as festas de final de ano e a alta transmissibilidade do vírus. O balanço mostra que foram realizados 43.300 testes em uma semana, sendo 30.519 não reagentes e 12.781 reagentes. Em média, 29,51% das pessoas testaram positivo para a doença.
Apesar do alto número de casos, eles têm sido menos graves que os anteriores, com o registro de menos complicações, internações e óbitos. Acredita-se que o cenário está vinculado ao avanço da vacinação em Goiás. Dados preliminares da SES-GO revelam que cerca de 75% da população recebeu a primeira dose e que, uma média de, 65% está completamente imunizada.
As entidades de saúde continuam recomendando o uso de máscaras PFF2 ou N95 que são as que conseguem proteger de fato o indivíduo contra a variante Ômicron. O distanciamento social e o uso de álcool em gel também não foram descartados. E é claro, o esquema vacinal completo é um fator decisivo para evitar a contaminação, ou caso ocorra, que os sintomas do Covid-19 sejam leves.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Empresas são autuadas por alto preço de testes
O Procon Goiás autuou sete empresas em Goiânia por desobediência ao prazo dado pelo órgão para que apresentassem documentação que justifique o aumento do valor dos testes
O Procon Goiás autuou sete empresas em Goiânia por desobediência ao prazo dado pelo órgão, para que apresentassem documentação que justifique o aumento do valor dos testes de Covid-19 (RT-PCR). Durante a fiscalização, foram encontrados testes na margem de R$ 90 a R$ 390.
De acordo com o Procon, as autuações são resultado de uma ação iniciada na terça-feira, 18, que tem o intuito de reprimir possível prática de preços considerados abusivos. A ação também foi realizada no dia 19 e abrangeu outros municípios: Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Itauçu.
Outras empresas também poderão ser autuadas se descumprirem o pedido. A multa pode chegar a R$11 milhões a depender da reincidência, do porte e da gravidade do delito de cada empresa.
A fiscalização ocorre após denúncias apontarem aumento de até 50% nos preços dos testes. De acordo com as denúncias, os aumentos teriam origem no crescimento dos casos de Covid-19 e influenza devido às novas variantes das doenças.
O artigo 39° do Código de Defesa do Consumidor (CDC) veda que o fornecedor de produtos ou serviços eleve o preço sem justa causa. “A economia brasileira é regida pelo livre mercado e há uma infinidade de variáveis que interferem na elevação dos preços, dentre elas a inflação, o aumento do valor dos insumos e outros”, esclarece o superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 22 A 24/01/22
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DESTAQUES
Brasil registra mais de 84 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Vacinação contra covid para crianças é alvo de desinformação
Nota em favor do 'kit covid' vira alvo de parlamentares e de cientistas
Doenças crônicas, como a obesidade e a diabetes, crescem no país e atingem mais a população pobre
Nova fase da campanha 'Vacina Sim' incentiva a imunização de crianças
Crianças até 4 anos são mais vulneráveis ao coronavírus
Telemedicina: fila de espera para planos de saúde ultrapassa 24h
Opinião - Natalia Pasternak - Efeitos adversos em vacinas
Aparecida amplia vacinação contra covid-19 para crianças a partir de 5 anos
Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 1 milhão de casos confirmados
Com aumento de casos de Covid-19 em Goiás, busca por testes sobrecarrega laboratórios
Por que a Espanha agora quer tratar covid como gripe - e o que dizem especialistas
Mapa mostra 23 cidades com indicação para medidas mais restritivas contra a Covid-19
Família reclama de descaso no atendimento de paciente no Hugol
Casos de Covid aumentam no TO e várias pessoas ainda não completaram o esquema vacinal
AGÊNCIA ESTADO
Brasil registra mais de 84 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas
O Brasil registrou 166 novas mortes pela covid-19 neste domingo (23/1). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 292, mantendo tendência de crescimento pelo 12° dia consecutivo.
O número de novas infecções notificadas foi de 84.230. A média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 148.212 - recorde batido a cada dia, desde o dia 18 de janeiro. No total, o Brasil soma 623.145 mortos e 24.044.437 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20 horas.
Segundo os números do governo, 21,8 milhões de pessoas se recuperaram da doença desde o início da pandemia. São Paulo teve 52 mortes e 4.992 novos casos nas últimas 24h. A maior quantidade de testes positivos para o coronavírus no período veio do Minas Gerais, que notificou mais de 15 mil novas infecções.
Amapá e Roraima não registraram vítimas fatais da doença neste domingo. Tocantins e o Distrito Federal não atualizaram os dados. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.
A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Dados do Ministério
O Ministério da Saúde informou que foram registrados 135.080 novos casos e 269 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 24.044.255 pessoas infectadas e 623.097 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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Vacinação contra covid para crianças é alvo de desinformação
É FALSO
Após o início da vacinação infantil contra a covid-19, WhatsApp e redes sociais se encheram de conteúdos falsos que relacionam os imunizantes a reações adversas graves. Um exemplo em especial viralizou impulsionado por políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) - o caso de uma menina de 10 anos, de Lençóis Paulista (SP), que sofreu uma parada cardiorrespiratória após se vacinar na última terça-feira.
No mesmo dia, grupos antivacina passaram a espalhar que a culpa era do imunizante, mesmo que ainda não houvesse diagnóstico. Na quinta-feira, a Secretaria da Saúde de São Paulo informou que uma investigação conduzida por dez especialistas descartou relação com a vacina - a criança, na realidade, tem uma doença congênita que era desconhecida pela família.
Ainda assim, Bolsonaro continuou a repercutir o caso - no sábado, voltou a levantar dúvidas sobre o imunizante ao falar da conversa telefônica que teve como pai da menina. Os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), foram visitar a família da criança na quinta-feira e intermediaram a ligação do presidente. Nos tuítes que fez sobre a viagem, Damares não citou que a relação com a vacina já fora descartada. Também na quinta, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) postou que a investigação sobre o caso da menina foi feita 'em tempo recorde' e pediu a suspensão da vacinação.
O imunizante infantil contra a covid-19 foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e órgãos semelhantes de vários países, que ratificaram a segurança e a eficácia do produto. Não foram registrados eventos adversos graves durante os testes. Anvisa e Ministério da Saúde mantém monitoramento constante sobre notificações de possíveis reações, que são investigadas por equipes de vigilância.
É FALSO
Ministros não são isentos de se vacinar Vídeo que circula no WhatsApp diz que uma resolução isenta ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados e senadores de se vacinar. Mas a resolução não existe. STF e Câmara exigem certificado de vacinação ou teste para entrada no prédio.
É FALSO
Alta na gasolina não é culpa de dívida Circula no Facebook um texto que afirma que o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, teria dito que o combustível está caro por causa de uma dívida de US$ 880 bilhões com o governo americano. A estatal negou que ele tenha dito isso.
É ENGANOSO
Rede não impede posts pró-governo Em postagem no TikTok, um homem reclama que não consegue publicar um vídeo a favor de Bolsonaro. Mas isso não é verdade. O autor do vídeo tentava —compartilhar uma publicação com visualização restrita apenas a amigos.
É ENGANOSO
Vídeo de projeto na Dutra é antigo Viralizou no Facebook um vídeo que apresenta um novo traçado para o trecho da BR-116 na Serra das Araras. Mas o projeto é de 2016 e não chegou a sair do papel. A empresa CCR informou que o projeto não deve ser aplicado como nas imagens.
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Nota em favor do 'kit covid' vira alvo de parlamentares e de cientistas
A Frente Parlamentar Observatório da Pandemia de Covid-19 deve convidar o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, para prestar esclarecimentos sobre a nota técnica da pasta que atribui eficácia à hidroxicloroqui-na e diz ainda que as vacinas não têm a mesma efetividade contra a covid, na contramão de estudos em todo mundo.
O documento assinado por Angotti barra as diretrizes que contraindicavam o 'kit covid' no tratamento ambulatorial e hospitalar da doença, aprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema de Saúde.
O vice-presidente da frente e líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já havia apresentado um pedido para criação de nova CPI da pandemia. Neste sábado, Randolfe contabilizava 11 assinaturas, das 27 necessárias, a maioria da frente.
MANIFESTO ONLINE. Mais de 40 mil professores, pesquisadores e profissionais da saúde já assinam carta de repúdio à nota técnica. Ela foi redigida primeiramente pelo patologista Paulo Saldiva. Ao Estadão,ele contou que outras cinco profissionais ajudaram na redação: a infectologista Anna Sara Levin, a patologista Mari-sa Dolhnikoff, a endocrinolo-gista Berenice Mendonça, a fi-siatra Linamara Batistella e a pediatra Sandra Grisi. A carta afirma que ao publicar o documento, a Saúde 'transgride não somente os princípios da boa ciência, mas avança a passos largos para consolidar a prática sistemática de destruição de todo um sistema de saúde'.
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FOLHA DE S.PAULO
Doenças crônicas, como a obesidade e a diabetes, crescem no país e atingem mais a população pobre
SÃO PAULO Se o Ministério da Saúde falha categoricamente em monitorar uma epidemia aguda como cada Covid-19 que nos mata aos montes a olho nu, imagine só, caro leitor, a quantas anda a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis no país.
Como alerta a OMS (Organização Mundial de Saúde), essas condições, a despeito de evoluírem insidiosamente, são responsáveis por nada menos do que 71% dos óbitos globais, podendo chegar a 85% nos países não desenvolvidos.
Sem a vigilância adequada das doenças e seus determinantes -o que envolve coleta de dados e análises técnicas sistemáticas- não se podem implementar políticas públicas preventivas baseadas em evidência.
Chama-se Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas) o nosso principal estudo de abrangência nacional que monitora anualmente a prevalência de condições crônicas e seus fatores de risco.
Como a divulgação dos resultados do Vigitel 2020 atrasou (assim como a conclusão da pesquisa de 2021), pesquisadores do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) debruçaram-se sobre os dados disponíveis e publicaram uma breve nota técnica para balizar políticas públicas.
Em dezembro de 2021, finalmente o Ministério da Saúde divulgou o relatório completo.
Com base em ambos os documentos, faço um apanhado dos principais resultados, que, adianto, não são nada animadores.
Em 2020, 16 capitais apresentaram prevalência de obesidade acima de 20%. Há dez anos, nenhuma delas superava essa marca.
Manaus, Cuiabá e São Paulo lideramo ranking, com cerca de 25% de obesos. A proporção de pessoas com hipertensão arterial e diabetes do tipo 2 -ambas associadas com o excesso de peso corporal- manteve-se estável na série histórica, com cerca de 25% ? 7%, respectivamente.
Em cidades como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, três em cada dez pessoas reportaram ser hipertensos; ao lado de Maceió, a capital fluminense também encabeça o ranking de diabetes, com 11% da população acometida.
Há um pequeno punhado de fatores de risco que predispõem às doenças crônicas: tabagismo, inatividade física, abuso de álcool e alimentação inadequada. E no quesito hábito de vida, também caminhamos mal.
Na comparação entre 2019 e 2020, portanto dos períodos pré e pós-pandemia de Covid-19, com exceção do tabagismo, praticamente todos os fatores de risco comportamentais se deterioraram, ainda que discretamente.
A inatividade física avançou de 14% para 15% (considerado o critério da OMS de 150 minutos semanais de atividades moderadas a vigorosas, o incremento foi de 45% para 47% da população).
O consumo excessivo de álcool saltou de 19% para 21%. O consumo de ultra processados -os alimentos de mentira- também cresceu. Destaque para Porto Alegre, onde cerca de dois a cada dez habitantes relataram consumir cinco ou mais grupos desse tipo de alimento diariamente.
Esses dados do Vigitel 2020 reforçam as conclusões de estudos internacionais e nacionais feitos na pandemia.
Entre eles, um de nosso grupo da Universidade de São Paulo, que apontara importantes mudanças nos comportamentos alimentares da família brasileira, como o aumento do hábito de 'beliscar' alimentos ultra processados entre as refeições e a maior demanda por serviços de entrega de fast foods.
A tendência de agravamento da inatividade física identificada pelo inquérito brasileiro também é global, provavelmente como consequência do uso mais frequente de telas para o trabalho, estudo e lazer, bem como das necessárias medidas de restrição de circulação por conta da Covid.
O dado mais preocupante do inquérito refere-se à associação entre determinantes sociais e a prevalência de doenças e fatores de risco. Entre as pessoas menos escolarizadas, as prevalências de hipertensão e diabetes foram mais de duas vezes maiores do que as observadas entre os mais escolarizados.
O grupo com menor escolaridade também apresentou piores taxas de obesidade, inatividade física, consumo de frutas e tabagismo.
Se não bastasse ter de passar a conviver com a insegurança alimentar, que atingiu a obscena marca de 55% dos]lares brasileiros em 2020, o pobre também trava luta contra a obesidade e suas mazelas.
O cenário que se descortina é característico de uma sindemia -a sobreposição de várias pandemias (Covid-19, obesidade, doenças crônicas, etc. ) que sobrecarregam sistemas de saúde e golpeiam com mais intensidade pessoas dos andares de baixo.
Enquanto gestores públicos mundo afora se mobilizam para ampliar o guarda-chuva de proteção dos vulneráveis contra a tormenta que se avizinha, por essas bandas, o Congresso Nacional aprovou a proposta de gastos encaminhada pelo Ministério da Saúde mais enxuta em relação ao orçamento total da última década, o que certamente minará a já combali da capacidade de resposta do SUS (Sistema Único de Saúde).
Como se pode antecipar, sofrerá primariamente o pobre, alimentando assim a lista ímpar de iniquidades que somente este país é capaz de produzir.
Entre as pessoas menos escolarizadas, as prevalências de hipertensão e diabetes foram mais de duas vezes maiores do que as observadas entre os mais escolarizados
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Nova fase da campanha 'Vacina Sim' incentiva a imunização de crianças
SÃO PAULO - O consórcio de veículos de imprensa -formado por Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1, TV Globo, GloboNews e Extra- lançou neste domingo (23) a quinta fase da campanha 'Vacina Sim''.
O objetivo desta etapa é incentivar a imunização de crianças de 5 a 11 anos, faixa etária que começou a ser vacinada no Brasil no último dia 144, quando o menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, 8, foi o primeiro a receber uma dose do fármaco.
Na atual fase da campanha, um especialista foi convidado para sanar as dúvidas dos pequenos: o tio Drauzio, também conhecido como dr. Drauzio Varella, médico e colunista da Folha.
Nos vídeos que serão veiculados, cerca de 20 crianças perguntam se a vacina dói, se coça, se pode ter febre ou, então, como ela age no corpo -dúvidas semelhantes às de adultos.
A conversa foi diferente por causa do público-alvo? 'Eu acho que não existe uma linguagem para criança. Procuro responder como estou acostumado a falar, mas tentando adaptar com uma linguagem mais simples, mais fácil', afirma Drauzio.
Recentemente, a Folha conversou com crianças a respeito da ansiedade de se imunizar contra a Covid. Alguns falaram sobre a vontade de rever e abraçar amigos e parentes que estão em grupos de risco, assim como ir ao cinema ou viajar.
Além de crianças anônimas, alguns atores mirins também fizeram perguntas para o tio Drauzio. É o caso de Gabriel Miller, o Mig do sitcom 'Bugados', da Gloob, o canal infantil da Globo. Ele diz estar feliz de participar da campanha e assim inspirar outras pessoas a se protegerem contra a Covid.
'É uma missão muito séria e todo mundo precisa colaborar e fazer a sua parte para podermos voltar à escola, rever os amigos, brincar e nos abraçarmos muito. Chegou a nossa hora e, como diria o Mig de Bugados, hoje é o melhor dia da minha vida!'
A imunização infantil, porém, vem sofrendo ataques do governo de Jair Bolsonaro (PL), que, sem provas, lança dúvidas sobre a segurança das vacinas.
O presidente disse que sua filha de 1 anos não será vacinada contra a Covid.
Inicialmente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a sua pasta recomendaria a vacinação desde que houvesse a exigência de prescrição médica, o que foi rejeitado em consulta pública.
Em recente pesquisa Datafolha, 79% dos brasileiros com 16 anos ou mais disseram ser favoráveis à imunização de crianças de 5 a 11 anos. Outros 17% afirmaram ser contra, e 4% declararam não saber opinar.
Os pequenos da campanha 'Vacina Sim', no entanto, não estão preocupados com o debate político envolvendo os fármacos, e sim com os seus efeitos no corpo. 'Parece que essas crianças [da campanha] não foram contaminadas pela discussão política que cerca as vacinas no Brasil neste momento', diz Drauzio.
No Brasil, há dois imunizantes autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as crianças: a Pfizer, liberada em dezembro para quem tem a partir de 5 anos; e a Coronavac, que recebeu aval na última quinta (20) para quem tem a partir de 6 anos.
Iniciativa inédita, o consórcio de veículos de imprensa foi criado em junho de 2020 para acompanhar e divulgar os números da Covid-19 depois que Ministério da Saúde tirou dados do ar e ameaçou sonegar informações sobre a situação da pandemia.
Desde então, os veículos se reuniram para divulgar balanços diários de casos e mortes pela Covid. Com o início da vacinação, em janeiro de 2021, o consórcio passou a divulgar também dados de imunizados. As informações são coletadas diariamente de secretarias estaduais de saúde pelas equipes dos veículos.
Em janeiro do ano passado, o consórcio criou a campanha 'Vacina Sim'', para conscientizar a população sobre a importância de se vacinar contra a Covid-19.
Na segunda etapa da campanha, em fevereiro, jornalistas e personalidades ligadas aos veículos do consórcio se reuniram para incentivar a vacinação. A campanha juntou os colunistas da Folha Juca Kfouri, Luiz Felipe Pondé e Djamila Ribeiro aos atores Lázaro Ramos e Fernanda Montenegro, entre outros.
A terceira fase, em abril, teve como objetivo incentivar a população brasileira a continuar tomando os cuidados necessários -como uso de máscaras e distanciamento social- durante o avanço da vacinação.
A quarta etapa, em setembro, buscou conscientizara população sobre a importância de completar a imunização. Ela foi direcionada ao público jovem, que ainda não havia tomado a primeira dose, e também àqueles que estavam parcialmente imunizados.
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Crianças até 4 anos são mais vulneráveis ao coronavírus
Brasil registra quase quatro vezes mais mortes por Covid na faixa de O a 4 anos em comparação à de 5 a 11
BRASÍLIA - Crianças de 0 a 4 anos são mais vulneráveis ao novo coronavírus do que o público infantil de 5 a 11, faixa etária que entrou no plano nacional de vacinação contra a Covid.
Oficialmente, o Brasil registrou 1. 544 mortes de crianças de o a 11 anos por Covid desde o início da pandemia. Do total, 324 delas tinham de 5 a 11. Entre o e 4, o número de óbitos alcançou 1. 220, o que representa quase quatro vezes mais ocorrências que na faixa acima de 5 anos.
Em 2021, segundo o IBGE, havia no país 14, 7 milhões de crianças de o a 4 anos e 20, 5 milhões de 5 a 11 anos.
Levantamento da organização Vital Strategies avalia ainda que há subnotificação de dados e projeta a omissão de 2. 537 mortes. Isso porque, como não há um diagnóstico do motivo da morte em alguns casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), os óbitos entram nas estatísticas como SRAG por causa não especificada.
Com isso, o total estimado pode chegar a 4. 081 mortes de crianças por Covid. Os números chegariam então a 3. 249, de 0 a 4 anos, e 832, de 5 a 11.
Questionado sobre subnotificações e as estimativas da Vital Strategies, o Ministério da Saúde não se manifestou.
A médica epidemiologista e especialista sênior da Vital Strategies Fatima Marinho disseque a falta de diagnóstico é consequência de diversos fatores, como baixa testagem, colapso no sistema de saúde e acesso desigual à assistência.
A SRAG é uma condição que pode ser causada tanto pela Covid quanto por outros vírus respiratórios, como o HIN1, agente infeccioso da Influenza A (gripe). Os dados foram coletados no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), do Ministério da Saúde.
Marinho disse que êam chegar a essa projeção foi feita a redistribuição de óbitos de SRAG não especificados considerando a série histórica de anos anteriores à pandemia - mo caso 2018 e 2019.
O número excedente foi reclassificado como Covid e por outros vírus respiratórios, como o da Influenza. Houve explosão de casos de mortes não especificadas por SRAG em 2020 e 2021, o que aponta a preponderância da Covid.
'As crianças têm menor diagnóstico de Covid por causa da clínica diferente [sintomas]. Muitas vezes o sintoma de Covid nas crianças é a diarreia, dor abdominal, tosse, não tendo muitas vezes alguns sintomas clássicos como febre, falta de ar. Em paralelo há a baixa testagem que contribui para a não identificação da Covid', disse Marinho.
Recentemente mais impactadas pela Covid, as crianças de 0 a 4 anos continuam mais vulneráveis porque ainda não podem ser imunizadas.
No Brasil, dois imunizantes foram aprovados para crianças pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o da Pfizer, para maiores de 5 anos, e a Coronavac, para maiores de 6.
Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), diz que a maior mortalidade em crianças com menos de 5 anos também foi registrada em outros países. Nessa faixa etária, o sistema imunológico é mais imaturo e não responde às infecções como os mais velhos.
'As crianças nessa faixa etária vão continuar mais vulneráveis. Por causa disso, quem já pode, deve tomar a vacina para ajudar a reduzir a circulação do vírus', afirmou.
A dona de casa Adriana de Godoy Zaniolo, 41, teve seu terceiro filho durante a pandemia em Rio Claro, no interior paulista, no início da campanha de vacinação da Covid no Brasil. Com isso, ela não havia ainda sido imunizada.
Nas primeiras horas de vida de Matheus, em 10 de março de 2021, ele foi transferido para a UTI, com a oxigenação baixa. No terceiro dia de internação, foi identificado que ele estava com Covid.
A partir desse momento, os médicos isolaram o bebê e pediram para Adriana também fazer um teste, que deu positivo. No dia seguinte, Matheus morreu.
'Parece que ainda não caiu a ficha. Tudo pronto esperando meu filho, nasceu tão per feito e do nada o mundo desaba. Cada vez que nós íamos à UTI o médico não tinha um diagnóstico', disse Adriana.
Flávia Bravo, diretora da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações) disse acreditar que as vacinas contra Covid não devem demorar a chegar para faixas etárias abaixo de 5 anos.
O pedido do Instituto Butantan à Anvisa era para usar as doses em crianças a partir de 3 anos. Mas a agência entendeu que não existem dados suficientes para autorizar a vacinação até essa idade.
O instituto agora aguarda resultados da pesquisa do Chile com crianças de 3 a 5 anos para encaminhá-los à agência reguladora. A previsão é que ocorra ainda neste ano.
Em entrevista à Folha, a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, disse que a farmacêutica pretende apresentar à Anvisa ainda neste ano o pedido de autorização de uso da vacina da Covid em crianças de 6 meses a 5 anos.
O Ministério da Saúde prevê em contrato com a Pfizer a possibilidade de adquirir doses para crianças de o a 4 anos caso a vacina seja aprovada pela agência reguladora.
As subnotificações também ocorrem com as internações.
Dados do Ministério da Saúde apontam 18. 326 internações no público de o a 4 anos e 6. 802 em crianças de 5 a 11.
Entretanto, o Brasil já pode ter atingido 92. 837 internações em crianças de 0 a 4 anos e 39. 584 em crianças de 5 a 11.
Marinho, da Vital Strategies, afirmou que uma política de testagem eficaz é imprescindível para controlar os casos em crianças. Porém, quase dois anos após a pandemia, ainda não há uma estratégia consolidada quanto ao tema.
A médica diz que as crianças que não poderão tomar a vacina continuarão vulneráveis e acompanhando as curvas da pandemia -conforme cresce o total de casos e mortes, isso ocorre também entre as crianças, mas em proporção menor que a de adultos.
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PORTAL IG
Telemedicina: fila de espera para planos de saúde ultrapassa 24h
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a demanda por atendimento dobra a cada 36 horas
Morador de Marechal Hermes, no Rio, o empresário Renan Reis, de 30 anos, recorreu ao serviço de telemedicina da Amil para a mulher e o filho de oito meses, que apresentaram sintomas respiratórios após um familiar testar positivo para a Covid-19
No primeiro dia, encarou uma fila com 4,9 mil pessoas, e o aplicativo travou após 12 horas de espera. No segundo, esperou mais de dez horas, mas a consulta com o médico não aconteceu. O jeito foi levar o filho a um hospital:
- No hospital, a médica disse que não podia pedir o exame para Covid porque os planos não estão autorizando por falta de testes, apenas em casos de internação. Não tivemos atendimento, nem suporte.
O episódio enfrentado por Reis está longe de ser um fato isolado. Com a explosão de casos de Covid em meio ao avanço da variante Ômicron, a demora no atendimento on-line pelas operadoras de saúde tem sido alvo de queixa frequente em redes sociais.
50 mil teleconsultas
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a demanda por atendimento via telemedicina para casos de Influenza e Covid-19 dobra a cada 36 horas.
Entre o Natal e o Réveillon, o número de atendimentos saltou de sete mil para 15 mil. Já nos dez primeiros dias de janeiro, a associação estimou que seria alcançada a marca de 50 mil atendimentos à distância somente para as duas doenças.
Apesar de numericamente pouco significativas, as queixas sobre telemedicina à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), saltaram de oito, em todo o mês de dezembro, para 36, entre 1º e 17 de janeiro. A agência considera um 'aumento considerável' e admite que pode haver subnotificação.
A telemedicina está liberada para uso em caráter emergencial e transitório no país na pandemia, ressalta o Conselho Federal de Medicina (CFM). A regulamentação atual permite a prescrição de medicamentos, solicitação de exames, atestados e relatórios.
"A estrutura de atendimento deve prever conexão estável da internet e mecanismos de comunicação para situações inesperadas de interrupção. A prescrição pode ser enviada por e-mail", diz Donizetti Dimer Giamberardino vice-presidente da CFM.
Os planos de saúde não têm sequer a obrigação de ofertar a telemedicina. Mas, se oferecem o serviço, precisam garantir que o consumidor acesse a consulta, diz Matheus Falcão, advogado do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec):
"O que não pode é ofertar a telemedicina, gerar a expectativa no consumidor e ele esperar por 20 horas. Ou, pior ainda, o médico não aparecer ou haver uma desconexão."
Foi o que aconteceu com o fotógrafo Lucas Westfal, de 40 anos. Mesmo com hora marcada, ele só conseguiu ser atendido 14 horas depois do agendado pela SulAmérica.
"Uma hora antes do horário marcado, o sistema (do aplicativo) ficou travado. A consulta foi remarcada pelo menos três vezes", queixa-se.
O estudante Victor Meirelles, de 19 anos, aguardou treze horas na fila virtual para a teleconsulta pelo Saúde Bradesco:
"Por volta das 4h, finalmente chegou a minha vez. Entrei na sala virtual e fui avisado de que se a médica não entrasse em cinco minutos eu seria atendido por outro profissional. Esperei 40 minutos e nada. Desisti."
Depois de saber, pela Amil, que o agendamento de consulta demoraria sete dias, a analista de TI Emanuele Vieira, de 45 anos, decidiu enfrentar a fila de espera. Mais do que pela demora, ela reclama do descuido do médico com as informações prestadas na triagem:
"Quando o médico me encaminhou a receita havia medicamentos que não posso tomar por ser alérgica. E na triagem eu tinha dado a informação à enfermeira. Achei a teleconsulta arriscada."
Fenasaúde: Alta da covid
Paulo Roque, diretor do Instituto Brasileiro de Direito do Consumidor (Brasilcon) orienta, seja em caso de mau ou não atendimento, registro de queixa no Procon, na ANS e até no Ministério Público.
Procuradas Amil, SulAmérica e Bradesco informaram que a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) responderia por eles. Em nota, a federação informou que o aumento do tempo de espera por atendimento de telemedicina é resultado da explosão de casos de Covid.
A Fenasaúde disse que as operadoras vêm adotando medidas como ampliar a orientação a beneficiários, melhorias nas plataformas e reforço nas equipes médicas, medida que esbarra no afastamento de profissionais de saúde infectados por Covid.
Onde reclamar
Fila. Quem tiver problemas para marcar consultas ou com o teleatendimento, pode entrar em contato com a ANS no site ou pelo 0800 7019656.
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O GLOBO
Opinião - Natalia Pasternak - Efeitos adversos em vacinas
Em abril de 1982, a rede NBC de televisão nos EUA exibiu um documentário chamado 'Vaccine Roulette' ('Roleta da Vacina'). O filme mostrava os 'perigos' de terríveis efeitos adversos atribuídos à vacina DTP, contra difteria, tétano e pertussis (coqueluche). O foco era na vacina contra coqueluche, que supostamente estaria causando danos cerebrais permanentes em crianças, epilepsia e deficiência cognitiva.
O filme mostrava cenas de crianças tendo convulsões e espasmos. Nunca houve prova de que a vacina seria a causa, mas pais e mães ficaram impressionados. A vacina utilizada então continha a bactéria Bortedella pertussis (que causa coqueluche) inteira, inativada. Esta formulação, raras vezes, causava febres altas. Febres altas, também raras vezes, podem causar convulsões. Assim, relatos de casos apareciam na mídia e eram, erroneamente, associados a encefalopatias e danos cerebrais. A vacina acabou substituída por uma versão acelular, que não causa febre alta.
Apesar do estrago causado pelo documentário, e pelos grupos antivacinas formados por causa dele -só no Reino Unido, a queda nas taxas de vacinação levou a uma epidemia com mais de cem mil episódios de coqueluche -o caso alertou para a necessidade de mais transparência quanto aos efeitos adversos de vacinas. Após o filme, tanto pessoas físicas como associações de pais e mães abriram tantos processos contra fabricantes de vacinas que muitos saíram do mercado, deixando os EUA, por exemplo, em risco de não conseguir mais produzir os imunizantes de que precisava.
Em1986, o Congresso americano aprovou lei transferindo ao governo a responsabilidade de indenizar supostas 'vítimas' das vacinas obrigatórias, dando aos fabricantes segurança de que não seriam levados à falência por custos judiciais. Também foi criado o Vaers, um sistema de comunicação de efeitos adversos de vacinas. No Brasil, o órgão responsável por fazer esse controle é a Anvisa, com o sistema de farmaco-vigilância VigiMed.
Qualquer pessoa pode reportar qualquer suposto efeito adverso ao Vaers. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com os dados dali. Para um efeito constar do Vaers, basta que alguém, em algum lugar, ache que a causa foi uma vacina. A ausência de filtro é importante para que a população veja que existe um canal aberto. A partir dos informes recebidos, o Vaers procura padrões. Se houver muitos efeitos parecidos atribuídos a uma mesma vacina, o CDC investiga para determinar se é possível ou provável que a vacina seja mesmo a causa.
Exemplo: a vacina de rotavírus Rotashi-eld, de 1998, causava um efeito raro de obstrução intestinal. Este efeito não apareceu nos testes clínicos, que usaram dez mil crianças. Quando a vacina foi aplicada em milhões, percebeu-se que a obstrução ocorria com frequência de cem por milhão. O imunizante foi retirado do mercado, e hoje temos vacinas melhores.
No caso das vacinas de Covid-19, nenhum efeito adverso sério chega nem perto desse número. As mortes possivelmente associadas a vacinas de Covid-19 -ou seja, aquelas que foram investigadas pelos órgãos competentes e em que a hipótese de relação entre vacina e óbito foi tida como plausível - somam 11 no Brasil, com mais de 140 milhões de pessoas vacinadas, e 9 nos EUA, com mais de 200 milhões.
O ministro Marcelo Queiroga distorceu esse número e citou a cifra de quatro mil mortes relacionadas à vacina. Estes são os casos reportados e, à semelhança do Vaers, ali entra tudo. Agora cabe ao sistema de farmacovigilância analisar cada evento. Até agora, após investigação, restam 11 onde tem alguma lógica ligar a vacina ao óbito -não quatro mil. Um erro de 'apenas' 36.000%. E compreensível que grande parte da população não esteja familiarizada com os sistemas de comunicação de efeitos adversos. E inaceitável que o Ministro da Saúde não esteja.
O ministro Queiroga citou quatro mil mortes relacionadas à vacina, mas após investigação, só em 11 há alguma lógica fazê-lo
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A REDAÇÃO
Aparecida amplia vacinação contra covid-19 para crianças a partir de 5 anos
Aparecida de Goiânia começa nesta segunda-feira (24/1) a vacinar as crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 em sete pontos fixos. A partir de hoje, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou a ampliação da aplicação de doses para toda a faixa etária que recebe a dose pediátrica.
De acordo com a Prefeitura de Aparecida, assim como nas escolas, todo o público infantil autorizado pelo Ministério da Saúde poderá receber, a partir desta segunda-feira, o imunizante pediátrico na Central de Imunização e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros Andrade Reis, Anhembi, Cardoso, Veiga Jardim, Retiro do Bosque e Jardim Olímpico. A Central funciona de segunda a sexta, das 8 às 18 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. A imunização nas UBSs ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
A coordenadora de Imunização da SMS, Renata Cordeiro, explica que esse sempre foi o objetivo da pasta. “Desde o início da vacinação infantil em Aparecida, na segunda-feira passada, a expectativa era liberar a imunização para todas as crianças de 5 a 11 anos."
Continua Renata: "Só que, em decorrência do quantitativo de doses recebidas e da estratégia de vacinação escolar, iniciamos a vacinação infantil nas unidades de saúde apenas às crianças de 11 anos e aos pequeninos de 5 a 11 anos com deficiência permanente ou comorbidades, indígenas e quilombolas, grupos considerados prioritários no País para essa imunização".
De acordo com a coordenadora de Imunização da SMS de Aparecida, "a partir desta semana, para aumentarmos a cobertura vacinal infantil no município, vamos ampliar a imunização para todas as crianças com mais de cinco anos interessadas na proteção contra a covid-19 nos sete postos fixos de vacinação pediátrica da cidade”.
Estratégia ampliada
Além disso, a SMS tem realizado uma maratona de visitas em mais de 50 escolas da cidade para vacinar crianças de 5 a 11 anos matriculadas nessas instituições e também residentes nas imediações dos colégios.
Em todos os locais, unidades de Saúde ou escolas, as vacinas pediátricas são aplicadas mediante a apresentação da certidão de nascimento ou RG e cartão SUS ou CPF. As crianças também precisam estar acompanhadas de um responsável legal ou apresentar termo de autorização do responsável.
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Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 1 milhão de casos confirmados
Goiás ultrapassou a marca de 1 milhão de contaminados pela covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (23/1) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Estado também registrou mais 11 mortes entre ontem e hoje, atingindo o total de 24.869 óbitos pelo vírus.
Ainda de acordo com a pasta estadual, 667 mil infecções têm ligação suspeita com a doença, e outras 394 mortes são investigadas para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado de Goiás é de 2,49%.
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JORNAL OPÇÃO
Com aumento de casos de Covid-19 em Goiás, busca por testes sobrecarrega laboratórios
Por Gabriella Oliveira
Só nas últimas 24h, o Estado tem 6. 143 casos confirmados da doença
Após as festas de fim de ano e com o surgimento da nova variante Ômicron, o número de casos de Covid-19 voltou a aumentar fazendo com que Goiás registrasse 6. 143 casos confirmados somente nas últimas 24h, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com isso, a procura por testes tem sobrecarregado laboratórios e denúncias de aumentos exorbitantes de preço tem ocorrido, levando o Procon Goiás a realizar uma fiscalização na terça-feira, 18.
Em alguns relatos, houve queixas de pacientes que reclamaram de falta de testes. Contudo, procurado pelo Jornal Opção, os principais laboratórios privados do Estado negaram a falta de teste. O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO) também reiteraram que “apesar do alerta de risco de falta de insumos nos laboratórios, devido ao aumento do consumo no mercado brasileiro e mundial o Sindilabs-GO não registrou o problema em Goiás. O Sindicato também não tem registros de reajustes de preços dos exames neste mês”.
A SES-GO, afirmou que na rede pública “não há falta de teste na rede estadual. O Estado, inclusive, tem realizado um programa de testagem em 22 hospitais e distribuído testes aos municípios. Além de testes recebidos do Ministério da Saúde, Goiás se antecipou e realizou uma compra, que já está sendo entregue”.
Além desses testes distribuídos, a Universidade Federal de Goiás (UFG), afirmou que os testes de RT-Lamp COVID desenvolvidos por eles já foram distribuídos para seis laboratórios do Estado por meio da transferência de tecnologia. As equipes técnicas dos laboratórios tiveram treinamento na quinta-feira, 20, e realizarão os exames em nos laboratórios por um custo bem mais baixo em relação ao RT-PCR.
O laboratório da Unimed, explicou que a alta demanda tem levado a demora para realizar todos os testes, mas que isso não significa que os testes tenham esgotado. “No período de 1º a 17 de janeiro de 2022, foram realizados no Laboratório Unimed 11.881 testes de covid-19. No mesmo período, em 2021, foram realizados 5.171 exames, o que representa um crescimento de 130%. Mesmo com o aumento no número de testes, até o momento, não houve comprometimento do atendimento devido à falta de insumos, embora a Unimed Goiânia tenha ciência do risco iminente de desabastecimento”, explicou a Unimed.
O laboratório Padrão, informou que houve falta apenas dos testes rápidos de Covid-19, mas que o RT-PCR continuava sendo aplicado mesmo com a alta demanda. “Ampliamos os estoques de insumos, contratamos profissionais, reforçamos nossos canais de atendimento, entre outras medidas. Não houve aumento de preço dos exames em nenhum momento. Inclusive, houve redução no valor do teste rápido de R$ 110 para R$ 90,00”, explicaram.
Já o laboratório Atalaia, afirmou que o aumento do preço se deu devido ao crescimento do valor dos insumos. “Por enquanto estamos conseguindo atender as pessoas que nos procuram. A tendência atual é de aumento de preços porque os valores dos insumos estão cada vez mais altos”.
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PORTAL G1
Por que a Espanha agora quer tratar covid como gripe - e o que dizem especialistas
O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, declarou que seu país está trabalhando para começar a tratar a covid-19 como uma gripe e não como uma epidemia.
O presidente do governo da Espanha (equivalente ao cargo de primeiro-ministro), Pedro Sánchez, declarou na semana passada que seu país está trabalhando para começar a tratar a covid-19 como uma gripe e não como uma epidemia, como tem sido até agora.
E ele também defende que essa seja a estratégia para o resto da Europa.
"Estamos trabalhando nisso há semanas", respondeu Sánchez em entrevista ao canal Cadena Ser quando perguntado se ele está buscando uma "gripalização da pandemia".
"A ciência conhece melhor o vírus. (...) Temos que avaliar a evolução da covid para uma doença endêmica", disse Sánchez, embora tenha esclarecido que seu governo ainda aguarda relatórios "mais conclusivos" sobre a variante ômicron.
O presidente justificou a nova abordagem devido à taxa de vacinação (82% da população com vacinação completa e 36% com dose de reforço), o uso de máscaras, o surgimento de medicamentos como a pílula da Pfizer - cujos ensaios apontam que é eficaz na 89% dos casos para evitar internações e óbitos em pacientes de risco - e a aparente menor letalidade do vírus com a variante mais recente.
"Este é um debate que já estamos tentando abrir em nível europeu", disse Sánchez, que está levando a questão aos ministérios da saúde europeus e ao Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças. "É um debate necessário."
A ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias, acrescentou que a atual sexta onda de covid da Espanha é diferente das anteriores.
"Temos que ser capazes de antecipar novos cenários, por isso temos que começar a avaliar a adaptação a um novo sistema de vigilância e controle da covid-19 uma vez superada esta sexta onda epidêmica em que nos encontramos", disse.
Vigilância
Essa nova abordagem da pandemia é chamada de "vigilância sentinela".
Ela tem sido usada para outros vírus e implica interromper os testes em massa e, em vez disso, controlar grupos menores que servem como amostra do que está acontecendo no resto da sociedade.
Isso pode ser feito com uma ou mais instituições médicas que coletam rotineira e sistematicamente informações epidemiológicas e amostras laboratoriais de pacientes - mas não deve ser um processo muito extenso, pois pode reduzir a qualidade da informação, afirma o escritório regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com a gripe sazonal, por exemplo, "quantidades limitadas de dados de alta qualidade de 'locais sentinela' representativos são suficientes para entender a epidemiologia e a circulação", afirma a OMS.
As localizações devem ser distribuídas no território de forma que produzam uma amostra confiável do que acontece na população em geral.
Além disso, é necessário usar definições padrão que possam ser comparadas ao longo do tempo, tanto dentro de um país quanto com outros países.
A informação deve ser comunicada uma vez por semana às autoridades nacionais, de acordo com o escritório europeu da OMS.
A partir daí, podem ser estimadas as taxas de incidência de pessoas infectadas — sintomáticas e assintomáticas —, internações, pacientes em terapia intensiva e óbitos pela doença.
Se esse método for usado com a covid, acredita-se que pode ajudar a evitar a superlotação de hospitais com casos leves, disse a Sociedade Espanhola de Medicina de Família e Comunidade.
Essa posição, no entanto, não é compartilhada por todos os sindicatos médicos da Espanha. E nem mesmo em todos os países.
A transição da pandemia para a endemia
Outros países também estão pensando em como será o fim da pandemia.
No Reino Unido, o ministro da Educação, Nadhim Zahawi, que até setembro estava à frente do programa de vacinação contra a covid-19, disse que seu país deve liderar a saída.
"Espero que sejamos uma das primeiras grandes economias que mostre ao mundo como fazer a transição de uma pandemia para uma endemia", disse ele ao canal Sky News.
O país também tem a seguinte taxa de vacinação contra covid-19: 70% com esquema completo e 53% com dose de reforço.
Além disso, o risco de hospitalização para a variante ômicron é cerca de um terço do risco da delta, de acordo com uma análise publicada pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido. E a ômicron está substituindo a delta pelo mundo como a variante predominante.
Outro estudo preliminar realizado nos EUA por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, da organização Kaiser Permanente e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostrou que as pessoas infectadas com ômicron tinham metade da probabilidade de serem hospitalizadas em comparação com a delta, 75% menos probabilidade de entrar em uma UTI e 90% menos probabilidade de morrer.
As internações hospitalares, por sua vez, foram reduzidas de cinco para 1,5 dia com a ômicron.
"O Reino Unido é provavelmente o mais próximo de qualquer país de estar fora da pandemia, se é que já não está fora, em endemia já", disse David Heymann, professor de epidemiologia de doenças infecciosas da London School of Medicine em um bate-papo virtual aberto com a organização sem fins lucrativos Chatham House.
Numa endemia, a doença geralmente está presente, mas não há mais um aumento incomum no número de casos. A gripe, por exemplo, é endêmica.
"Em breve estaremos em uma situação em que o vírus estará circulando, cuidaremos das pessoas em risco, mas aceitaremos que qualquer outra pessoa o pegue", diz a virologista Elisabetta Groppelli, da Universidade de St. George de Londres.
"Se uma nova variante ou uma variante anterior aparecer, para a maioria de nós, como qualquer outro coronavírus de resfriado comum, teremos espirros e um pouco de dor de cabeça e ficaremos bem", disse Julian Hiscox, chefe de infecções e saúde global da Universidade de Liverpool e integrante do Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes do governo do Reino Unido.
Nos Estados Unidos, um grupo de seis especialistas que assessoraram o presidente Joe Biden publicou uma série de artigos nos quais defendiam que é hora de abordar a pandemia de uma maneira diferente.
"Nem a vacinação contra covid-19 nem a infecção parecem conferir imunidade ao longo da vida", escreveu Ezekiel Emanuel, especialista em políticas de saúde da Universidade da Pensilvânia, que coordenou as propostas do grupo.
"As infecções por covid-19 são assintomáticas ou levemente sintomáticas, e o período de incubação do SARS-CoV-2 é curto, o que impede o uso de estratégias específicas, como 'vacinação em anel'. Mesmo pessoas totalmente vacinadas correm o risco de ter SARS-CoV avançado. Consequentemente, um 'novo normal com covid' em janeiro de 2022 não é viver sem covid-19", disse Emanuel.
Ele defende que a covid-19 deve ser tratada como outras doenças respiratórias, como a gripe, já que "as pessoas já conviveram normalmente com as ameaças desses vírus" antes.
Não tão cedo
O principal conselheiro da Casa Branca para doenças infecciosas, Anthony Fauci, acredita que uma nova fase está próxima, mas diz que os EUA ainda não chegaram lá.
"Qual é a caixa que todos estamos olhando agora? Essa caixa é controle, ou seja, baixar o nível de infecção que causa doença grave de forma suficiente para que possamos incorporar essa infecção. Acredito que possivelmente estamos nos aproximando disso", disse Fauci.
Com uma taxa de vacinação completa de apenas 62% da população e 23% com doses de reforço, os EUA enfrentam a onda de ômicron com número recorde de internações pelo vírus, quase o dobro em relação às registradas no Reino Unido.
"O vírus está a caminho de se tornar endêmico. Não há dúvida sobre isso. Mas ainda estamos no meio dessa pandemia", disse a líder técnica da Covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, em uma conferência na semana passada.
"Não podemos acabar com a pandemia e fazer com que o vírus se torne 'endêmico' em um país, enquanto o resto do mundo lida com a pandemia. Não é assim que funciona."
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TV ANHANGUERA
Mapa mostra 23 cidades com indicação para medidas mais restritivas contra a Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/10235051/
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Família reclama de descaso no atendimento de paciente no Hugol
https://globoplay.globo.com/v/10234811/
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 21/01/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ômicron já representa 97% dos casos no Brasil, diz estudo
Crianças receberam doses erradas
Criança não teve reação a imunizante, conclui apuração
Em SP, 90% dos internados não estão vacinados
Infecções pela covid disparam; mortes também registram alta
Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste
Anvisa libera Coronavac para grupo de 6 a 17 anos e veta em crianças de 3 a 5
Quanto custou o atraso de 30 dias para o início da imunização?
Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 23 mortes em 24 horas
Goiás aguarda parecer do governo federal para distribuir doses pediátricas
Preços dos testes de diagnóstico da Covid-19 disparam e procura mais que dobra
Com apenas 60 fiscais, prefeitura informa que vai fiscalizar medidas contra Covid-19
PODER 360
Ômicron já representa 97% dos casos no Brasil, diz estudo
A variante ômicron já representa 97% dos casos da covid-19 no Brasil, mostra um estudo conjunto das redes Vírus e Corona-ômica BR, vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Eis a íntegra (1,8 MB).
O levantamento, que considera infecções até a 1ª semana de janeiro, mostra que em cinco Estados a variante chegou a 100% das amostras analisadas: Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Santa Catarina.
A ômicron já tem um percentual superior a 90% das infecções em 13 estados, mostra o estudo. A pesquisa contou com um total de 208.480 amostras, distribuídas entre 01/11/2021 até 06/01/2022, nas 27 unidades federativas.
O informe confirma ainda uma maior transmissão da ômicron em relação às demais variantes. Comparando com a gama e a delta, a nova cepa alcançou 100% dos casos positivos em um intervalo de tempo menor, cerca de 6 semanas, desde a sua introdução no país.
Os casos da linhagem foram aumentando progressivamente em novembro (3,4%), dezembro (67,5) e janeiro (97%). Nesses três meses, o Brasil enfrentou um aumento no número de casos positivos para covid-19.
Apesar do levantamento apontar que o número de infectados pela ômicron passa dos 90%, dados oficiais do Ministério da Saúde contabilizavam 1.407 casos da nova cepa até esta 5ª feira (20.jan.2022). Há 1.080 casos em investigação, segundo a pasta.
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CORREIO BRAZILIENSE
Crianças receberam doses erradas
Exatamente duas semanas depois da autorização da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, um levantamento do Ministério da Saúde com base nos dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) mostrou que crianças dessa faixa etária foram vacinadas antes da liberação. Outros imunizantes, além da Pfizer, o único autorizado para o público infantil, também foram aplicados. Ao todo, mais de 57 mil crianças espalhadas pelo país receberam doses erradas.
De acordo com o relatório, até dezembro de 2021 teriam sido vacinadas cerca de 2, 4 mil crianças de zero a quatro anos, além de mais de 18 mil crianças de 5 a 11 anos. Uma tabela apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostra, ainda, que 14. 561 crianças e adolescentes de até a 17 anos receberam doses da AstraZeneca, 20. 064 da CoronaVac e 1. 274 da Janssen. Esses imunizantes não têm aval para aplicação pediátrica.
O levantamento também apontou que 18. 838 crianças de 5 a11 anos e 2. 410 de até 4 anos receberam o imunizante da Pfizer antes da chegada das doses específicas para a faixa etária - ou seja, vacinas destinadas ao público adulto. A AGU cita, também, o caso do menino que recebeu dose vencida da vacina na Paraíba. Diante dos dados, a AGU solicitou ao STF a suspensão de qualquer campanha de vacinação de crianças e adolescentes em desacordo com as diretrizes prescritas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 (PNO) e nas recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
UTIs
A ocupação dos leitos de UTI para covid-19 também aumentou nas últimas semanas. Cinco unidades da Federação ingressaram na zona de alerta intermediário de ocupação (com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%). Somaram-se às outras seis que se encontravam nessa faixa. Quatro estados estão na zona de alerta crítico, com ocupação superior a 80%: Pernambuco (86%), Espírito Santo (80%), Mato Grosso (84%) e Goiás (81%).
Entre as capitais com taxas divulgadas, Fortaleza (85%), Recife (80%), Belo Horizonte (88%), Rio de Janeiro (95%) e Cuiabá (100%) estão na zona de alerta crítico. Porto Velho (66%), Manaus (77%), Boa Vista (60%), Palmas (69%), São Luís (68%), Teresina (66%), Salvador (65%), Vitória (78%), Curitiba (61%), Campo Grande (77%), Goiânia (77%) e Brasília (74%) estão em alerta intermediário.
Na visão dos cientistas do Observatório, a distribuição dos casos de internação e morte nos grupos etários também preocupa, já que, desde dezembro de 2021, houve uma mudança de perfil. Tanto para internações quanto para óbitos, destaca-se a maior presença de pessoas mais jovens. Em especial para internações, chama a atenção a presença de crianças com até dois anos.
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O GLOBO
Criança não teve reação a imunizante, conclui apuração
Menina internada após receber dose da Pfizer possui doença congênita rara
Uma menina de 10 anos internada após ser vacinada contra Covid-19 em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, não teve reação ao imunizante da Pfizer, concluiu ontem uma investigação do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.
A análise, realizada por mais de 10 especialistas, apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico. A conclusão foi de que não existe qualquer relação causai entre a vacinação e seu estado de saúde.
"A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da vacinação e reafirma que todas os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são seguros e eficazes", afirmou a pasta em nota.
De acordo com a Prefeitura, o pai relatou que a criança "apresentou alterações nos batimentos cardíacos e desmaiou" 12 horas após receber a dose pediátrica da Pfizer. Ela foi encaminhada à rede de saúde particular para receber atendimento médico, onde foi reanima-da. Ainda segundo o governo municipal, a criança estava em estado estável e consciente. Ela foi transferida para o Hospital Uni-med de Botucatu, onde permanece sob observação. Procurada, a unidade de saúde não informou o quadro clínico da paciente até esta publicação.
O geneticista e pediatra Salmo Raskin afirmou ao GLOBO que "a parada cardíaca não está nem descrita nos efeitos adversos a curto prazo da vacina" e que a miocardite nessa faixa etáriaé "raríssima" - (A miocardite) acomete uma em cada milhão de crianças, e os casos não são graves. Rara, a miocardite é mais frequente em meninos e após a segunda dose -afirmou.
VACINAÇÃO SUSPENSA
Apesar disso, a Prefeitura de Lençóis Paulista decidiu manter a decisão de suspender a vacinação de crianças até a próxima terça-feira. A medida foi aconselhada pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 local, em reunião extraordinária realizada na quarta-feira. Na ocasião, ficou estabelecida a interrupção da aplicação de imunizante em crianças entre 5 e 11 anos por sete dias, "em livre demanda". No entanto, pais e responsáveis que queiram imunizar crianças antes de a Prefeitura retomar o calendário de vacinação podem ligar na Central Saúde para realizar agendamento.
O comitê municipal afirma ainda que não coloca em questão a importância da vacinação infantil. Mas que vai usar o prazo de suspensão para acompanhar e monitorar as crianças já imunizadas no município.
- Seguiremos monitorando nossas 46 crianças vacinadas. Na terça-feira, retomamos (a vacinação em massa) - disse o prefeito Anderson Prado ao GLOBO. - Eu acredito na nota informativa do Centro, nos técnicos e que a vacinação é segura e devemos orientá-la. Sempre fomos a favor da vacinação -emendou.
A Pfizer informou, por meio de nota, que o relato de potencial evento adverso foi submetido à área de farmaco vigilância da empresa, conforme estabelece o processo global da companhia.
No texto, a Pfizer também afirma que "não há alertas de segurança graves relacionados ao imunizante". E acrescenta que a "companhia realiza habitualmente o acompanhamento de relatos de potenciais eventos adversos de seus produtos, mantendo sempre informadas as autoridades sanitárias brasileiras, de acordo com a regulamentação vigente".
Investigação. Mais de 10 especialistas comprovaram que não existe relação entre a vacinação e saúde da criança
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Em SP, 90% dos internados não estão vacinados
De 376 pacientes hospitalizados pela Covid-19, apenas 37 tinham recebido as três doses; no Rio, situação é semelhante e solicitações por leitos chegam ao maior número desde o dia 24 de agosto de 2021
Um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde do Governo de São Paulo mostra que 90,1% dos pacientes internados por Covid-19 em hospitais estaduais não tinham completado o esquema de vacinação com as três doses.
O estudo foi feito com base nos dados de 16 serviços hospitalares ligados à pasta na capital paulista, região metropolitana da Grande São Paulo, interior e litoral do estado.
Dos 376 pacientes internados com o novo coronavírus, apenas 37 tinham recebido as três doses da vacina.
Outros 202 haviam tomado duas doses, o que representa 53,7% dos hospitalizados pela doença. Ainda conforme o levantamento, 83 (ou 22%) dos pacientes com Covid-19 internados em hospitais estaduais tinham tomado apenas uma ou nenhuma dose do imunizante.
- Os números comprovam que é fundamental tomar as duas doses e mais o reforço para evitar quadros graves entre os infectados pelo novo coronavírus. A vacina segue sendo a melhor forma de se prevenir complicações da doença -afirma Jean Gorynchtein, Secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
Os dados do levantamento foram coletados nos hospitais estaduais de Bauru, Sorocaba e Américo Brasi-liense, no interior do estado; Hospital das Clínicas da FMUSP, Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Hospital Metropolitano Santa Cecília, Hospital Estadual da Vila Alpina e Hospital Heliópolis, na capital paulista; Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, e os hospitais estaduais de Santo André, Cotia, Itaquaque-cetuba, Mogi das Cruzes, Carapicuíba e Diadema.
INTERNAÇÕES NO RIO
No Rio, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 90,7% dos internados na rede SUS da capital não estão com o esquema vacinai completo (incluindo o reforço), e 38% sequer tomaram a primeira dose.
Como consequência da explosão de casos de Covid-19 provocada jielo avanço da variante Omi-cron, o número de solicitações por leitos para o tratamento da doença no Rio de Janeiro chegou na segunda-feira ao maior número desde o dia 24 de agosto de 2021, quando o estado enfrentava o pico da variante Delta. Foram 181 pedidos de internação, contra 191 naquele dia, aponta o painel de monitoramento da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde.
O indicador cresceu rapidamente no último mês. Entre a semana que antecedeu o Natal, de 18 a 24 de dezembro, e a semana passada, de 9 a 15 de janeiro, o acumulado semanal de solicitações por leito de Co-vid-19 no estado saltou de 85 para 756, um aumento de 789%.
TAXA DE OCUPAÇÃO
Um levantamento da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), maior Organização Social de Saúde (OSS) do Brasil, que mantém contratos para gestão de hospitais estaduais e municipais, aponta que os serviços geridos pela entidade atingiram no dia 13 de janeiro a maior taxa de ocupação de leitos de internação por Covid-19 desde julho de 2021.
O estudo contempla hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde), a maioria deles no estado de São Paulo, mas também em cidades como Uberlândia (MG) e Fortaleza (CE), onde há 700 leitos de enfermaria e UTI disponíveis.
No dia 13, os hospitais administrados pela SPDM chegaram a 50% de ocupação dos leitos de UTI por Covid e 49% das vagas de enfermaria destinadas ao atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Foi a maior taxa em cinco meses.
RISCO DE MORTE
Levantamento feito a partir das estatísticas oficiais do governo da Suíça indica que pessoas não vacinadas correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que aqueles que completaram o esquema vacinai, incluindo a dose de reforço.
O Ministério da Saúde do país europeu vem reunindo, há um ano, dados sobre o status de vacinação da população. Além disso, ao notificar mortes provocadas pela Covid-19, os médicos precisam informar as autoridades se o paciente foi ou não vacinado. O gráfico obtido por esses dados mostra como as vacinas são eficazes para salvar vidas, especialmente a dose de reforço. (Comgl)
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O ESTADO DE S.PAULO
Infecções pela covid disparam; mortes também registram alta
Explosão de casos diários, que já passam de 200 mil, eleva internações e aumenta em 121% número de óbitos em 19 dias
A pressão no sistema de saúde do País, causada pela disseminação da variante Ômicron, está nas filas dos postos de saúde, na falta de medicamentos antigripais nas farmácias, na escassez de testes para detecção de covid-19 nos laboratórios privados e, em janeiro, após longo represamento de dados, nos levantamentos do Ministério de Saúde. A explosão de casos diários, que já passam de 200 mil, eleva as internações. A média móvel de mortes aumentou 121% em duas semanas.
Especialistas alertam que a chegada e a evolução da Ômicron, ao longo de dezembro, não foram registradas pelo Ministério da Saúde. Alguns usam a expressão 'voo cego' para ilustrar a situação dos gestores públicos e dos hospitais privados.
Quando os sistemas da pasta sofreram um ataque hacker, em 10 de dezembro, o número de casos, hospitalizações e mortes por covid-19 estava no nível mais baixo do ano. Isso foi antes das celebrações de fim de ano, do surto de gripe em várias cidades e do avanço da Ômicron.
Em janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas haviam sido restabelecidas ainda em dezembro e a instabilidade não teria interferido na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Isso é o oposto do que dizem os pesquisadores. 'Tivemos um apagão epidemiológico importante. Esses números estabilizados, segundo o Governo Federal, envolvem os dados retrospectivos? Para chegarmos à média móvel recorde de 100 mil deve ter havido uma variação importante em janeiro', opina Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
O especialista se refere à média móvel de 100 mil diagnósticos diários registrada na quarta-feira. Foi a primeira vez que esse número foi atingido desde o início da pandemia. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +487%, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.
Mesmo sem os dados oficiais, o avanço da doença é flagrante. Como surto de gripe misturado ao crescimento de casos de covid-19, pessoas com sintomas gripais lotam as unidades de saúde neste início de ano. Com isso, as vendas de medicamentos antigripais nas farmácias dispararam.
A recuperação dos dados do Ministério de Saúde não resolveu o problema da subnotificação de casos, na opinião de Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Para o especialista, a questão é recorrente. 'Desde outubro, o e-Sus não reportou adequadamente os testes de antígeno. Ainda não sabemos o real impacto da Ômicron. Os números ainda são subestimados. A maioria dos resultados é da rede privada. '
Outro entrave é a falta de testes de detecção de covid-19. Em várias partes do Brasil, gestores públicos e laboratórios privados têm dificuldades para conseguir mais exames.
O número de casos neste início do ano impressiona na comparação com os períodos anteriores. Apenas nos primeiros 19 dias do ano, o número de casos de covid (1. 135. 488) equivale a 30% do total de casos confirmados ao longo de todo o segundo semestre de 2021 (3. 726. 209).
IMPACTO NAS MORTES. A curva de mortes começou a subir recentemente por conta do tempo entre o contágio, hospitalização, óbito, confirmação da causa e, finalmente, o registro. Em 31 de dezembro, a média móvel registrava 97 óbitos diários. No dia 19, essa mesma métrica registrava 215 óbitos diários - aumento de 121% em pouco mais de duas semanas. Dessa forma, a média móvel de vítimas atingiu agora um patamar acima do que estava às vésperas do ataque hacker, quando a média indicava 183 mortos pela doença a cada dia. Desde o dia 3 de dezembro de 2021, o País não ultrapassava as 200 mortes diárias.
Descontrole
Para especialistas, chegada e evolução da Omicron não foram registradas pelo governo
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FOLHA DE S.PAULO
Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste
Associação que reúne Dasa e Einstein saiu em defesa da decisão da Anvisa de adiar liberação do modelo
Após a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de adiar a liberação dos autotestes de Covid no Brasil, a Abramed, associação que reúne empresas de medicina diagnóstica como Dasa, Fleury e Einstein, diz que vai procurar o Ministério da Saúde para sugerir serviços de laboratórios que poderiam auxiliar a população a aplicar os autoexames. A sugestão seria verificar o funcionamento dos testes e transmitir os resultados às autoridades, segundo a entidade.
"Embora os autotestes pareçam de grande simplicidade, certamente, muitas pessoas terão dificuldade em realizá-los, e a coleta do material é um passo crítico para que o resultado final seja confiável e não apresente falsos negativos", afirma a associação, em nota.
Executivos do setor avaliam que os laboratórios, que viram nascer um mercado com os testes de Covid na pandemia, poderiam encontrar um novo nicho de atuação na área, caso viessem a perder espaço com a chegada do autoteste.
A Abramed saiu em defesa da decisão da Anvisa de não aprovar o uso do autoteste.
A entidade afirma que, antes de liberar os pacientes para fazer seus próprios exames, seja estruturado um sistema de compartilhamento de informações sobre os resultados dos testes. Também sugere que o Conecte SUS seja avaliado como uma das possibilidades.
Nesta quarta-feira (19), ao postergar a medida, a Anvisa justificou que a nota técnica do Ministério da Saúde, que fez o pedido da liberação, apresentava lacunas sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.
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Anvisa libera Coronavac para grupo de 6 a 17 anos e veta em crianças de 3 a 5
Decisão faz deslanchar campanha paulista de vacinação e aumenta oferta ao Ministério da Saúde
BRASÍLIA A Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O voto dos diretores segue a recomendação da área técnica.
O pedido do Instituto Butantan era para utilizar as doses em crianças a partir de 3anos. No entanto, a agência entendeu que não existem dados suficientes para reduzir a vacinação contra a Covid-19 até essa idade. A avaliação também veta o uso do imunizante em crianças e adolescentes imunocomprometidos.
O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, que fez a apresentação da área técnica antes da votação, explicou que a ampliação da faixa etária para 3 a 5anos poderá ser feita quando houver mais dados disponíveis.
O governo de São Paulo reservou 8 milhões de doses de Coronavac para o uso em crianças, segundo informou o Instituto Butantan nesta quinta -há outros 7 milhões de doses prontas à disposição do governo federal ou de outros estados que desejarem fechar contrato.
A vantagem do imunizante é sua disponibilidade de doses, já que parou de ser usado pelo governo federal na imunização dos adultos.
O imunizante fabricado pelo Instituto Butantan está autorizado para uso emergencial no Brasil desde 17 de janeiro de 2021 para pessoas a partir de 18 anos.
O Brasil já recebeu 2, 4 milhões de doses pediátricas da Pfizer. A próxima entrega deve ocorrer na segunda (24). No total, a Saúde prevê a entrega de4, 3 milhões de vacinas desse tipo em janeiro.
A previsão é de que 7, 3 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer sejam entregues em fevereiro. Em março, a Pfizer prevê enviar outros 84 milhões de unidades.
Além desses 20 milhões de vacinas, o governo espera receber outros 10 milhões de doses da Pfizer para crianças no primeiro trimestre. Esse lote, porém, não tem cronograma de entrega definido pela farmacêutica.
O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças. Como a vacina é do mesmo modelo aplicado em adultos, estados já se planejam para destinar doses estocadas ao público mais jovem.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou as redes sociais para se manifestar sobre a aprovação da vacina.
'A Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO [Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19]. Aguar damos o inteiro da decisão e sua publicação no DOU [Diário Oficial da União]', disse.
A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), e SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) apoiam a autorização e extensão do uso da vacina Coronavac para crianças de 6 a 17 anos.
Um dos estudos usados para a análise foio da vacinação com a Coronavac no Chile, que tem resultado preliminar de efetividade na população de 6 a 16 anos. As evidências científicas disponíveis sugerem que há benefícios e segurança para a utilização da vacina na população pediátrica.
A Anvisa aprovou que a dose aplicada em crianças seja a mesma utilizada em adultos, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda.
'São os dados que temos maior informação [6 a 17 anos] e maior sugestão de desempenho. São os dados do Chile, de efetividade do Chile. Isso também é corroborado com os pareceres das sociedades médicas' disse Mendes.
'E não imunocomprometidas porque essas crianças precisam de uma atenção especial, principalmente no que diz respeito à eficácia. A sugestão é que sejam vacinas crianças de 6 a17 anos até que tenha a apresentação de novos dados para subsidiar a ampliação da faixa etária', completou.
A diretora relatora, Meiruze Sousa Freitas, também destacou a não aprovação da vacina para crianças de 3 a5 anos. Disse que a agência apenas aprova a vacina contra a Covid-19 após uma avaliação criteriosa que demonstra qualidade, segurança e eficácia.
'Foram apresentados estudos clínicos de fase 1, 2 e 3 em andamento. E dados e estudos de vida real em quase 2 milhões de crianças com 6 anos ou mais e adolescentes de até 17 anos em países que têm demonstrado competência no monitoramento das vacinas', ressaltou Freitas.
Apesar da aprovação, a Anvisa aguarda que o Butantan encaminhe outros dados sobre a vacinação em crianças coma Coronavac, como o resultado da fase três, que ainda está em andamento. Além disso, destacou que a instituição deve adotar uma farmacovigilância robusta e capaz de identificar reações adversas da vacina.
Para ampliar o uso da vacina para a faixa de 3 a 5 anos, deverá ser realizado um novo pedido por parte do Butantan.
O pedido aprovado é o segundo feito pelo Butantan para aplicar Coronavac em crianças e adolescentes. O primeiro, apresentado em julho, foi avaliado pela agência reguladora e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que, em 2021, havia 20, 4 milhões de pessoas de 5 a 11 anos.
Calendário no estado de SP
20 a 30 de janeiro - 1º dose
* Crianças de 9a 11 anos de idade * Crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas
31 de janeiro a 10 de fevereiro - 1º dose
* Crianças de 5 a 8 anos de idade
* Crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas
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Quanto custou o atraso de 30 dias para o início da imunização?
No dia 16 de dezembro de 2021, a Anvisa aprovou a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. Surpreendentemente, autoridades do governo federal deflagraram uma série de medidas protelatórias para tentar impedir a introdução de um esquema vacinal para esse grupo etário.
As medidas desnecessárias e absurdas foram propostas pelo Ministério da Saúde. Incluíam a necessidade de um estudo mais detalhado do que o feito pela Anvisa e que seria feito por técnicos do Ministério da Saúde, a exigência de prescrição médica para a vacinação das crianças, e até uma inédita e absurda consulta pública sobre a conveniência da vacinação de crianças.
Esse processo culminou com uma manifestação da autoridade máxima do país minimizando a morte de crianças por Covid-19 e ignorando completamente os 308 óbitos de crianças entre 5 e 11 anos de idade registrados pelo Ministério da Saúde até dezembro de 2021.
Além disso, o governo federal parece ignorar que as crianças infectadas pelo Sars COV-2 podem sofrer de efeitos gravíssimos, como a síndrome inflamatória multissistêmica aguda.
O governo alega que encomendou a vacina assim que a Pfizer entrou com o pedido de autorização junto à Anvisa. Entretanto, é difícil acreditar nessa afirmação, pois, se assim fosse e houvesse vacinas disponíveis no fabricante, a vacinação das crianças poderia ter se iniciado no dia seguinte à autorização.
Quantos casos e mortes teriam sido evitados se o governo federal tivesse procedido imediatamente com a vacinação em vez de tentar protelar o seu início?
Para responder a essa pergunta, utilizamos um modelo matemático que consiste em simulação em ambiente computacional da dinâmica da Covid-19 na faixa etária de 5 a 11 anos. Os resultados são as estarrecedoras cifras de 23 mil casos e 37 mortes evitáveis nessa faixa de idade para esses 30 dias de atraso.
Esse mesmo modelo mostrou sua utilidade quando previu, uma semana antes da Copa América de 2021, que ocorreriam 27 casos de Covid-19 entre os atletas participantes, um número muito próximo das 33 infecções registradas.
Com base nesse caso e em uma série de outros exemplos, pode-se afirmar que esse modelo tem confiabilidade e boa capacidade preditiva.
Esse tipo de modelo já demonstrou há muitos anos que, quando se vacinam as faixas etárias superiores à média de idade em que as pessoas adquirem a infecção, essa idade média diminui e, como é o caso, se a infecciosidade aumenta, eleva-se o risco para os indivíduos mais jovens.
No Brasil, já circula a variante ômicron, que é muito mais infectante, podendo cada pessoa infectara contaminar outras dez, e o número de casos de Covid-19 em crianças pode aumentar significantemente, o que explica os 23 mil casos previstos pelo modelo.
Caso o Instituto Butantan tivesse a autorização para a aplicação da Coronavac na faixa etária de 3 a 11 anos, mais 5. 000 casos teriam sido evitados e cinco vidas poupadas nesses 30 dias.
Embora a taxa de letalidade da ômicron seja inferior à das cepas anteriores, o número de casos esperados é tão grande que as mortes se acumulariam, o que explica a mortalidade esperada, nesses 30 dias, ser de 12% do total registrado até dezembro de 2021.
Entretanto, deve-se entender que o modelo é sensível à taxa de contato entre as pessoas e isso muda de acordo com medidas tomadas por autoridades municipais e estaduais. Essas autoridades, diferentemente de certas autoridades federais, ouvem a opinião de grupos de especialistas para enfrentar a pandemia.
O ex-primeiro ministro britânico Harold Macmillan dizia: 'Se você não acredita em Deus, acredite na decência'. O presidente do Brasil diz que acredita em Deus (acima de tudo), mas é difícil imaginar indecência maior que tentar impedir a vacinação de crianças contra a doença que mais mata dentre as infecções preveníveis pela vacinação.
O governo federal parece ignorar que as crianças infectadas pelo Sars-CoV-2 podem sofrer de efeitos gravíssimos, como a síndrome inflamatória multissistêmica aguda
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AGÊNCIA BRASIL
Afastamento do trabalho por Covid quase triplica em um ano
Foram concedidos 98.787 benefícios por incapacidade pela doença, em 2021, quando o período de licença é acima de 15 dias
O número de afastamento do trabalho por causa da Covid-19 quase triplicou em um ano. De janeiro a dezembro de 2021, foram concedidos 98.787 benefícios por incapacidade, o antigo auxílio-doença, por causa de infecção por coronavírus, ante 37.045 de abril a dezembro de 2020, um aumento de 166%.
A Covid-19 passou a ser o principal motivo de afastamento dos profissionais no trabalho desde o primeiro trimestre de 2021. Além de liderar o ranking das doenças que mais afastaram no ano passado, a infecção causada pelo coronavírus tem o triplo dos casos do segundo problema que mais afetou os trabalhadores, a fratura de punho, com 30.336 concessões.
Os dados são de um levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência. "Esses casos representam somente aqueles afastamentos por mais de 15 dias e que, consequentemente, geraram um benefício de segurados do Regime Geral de Previdência Social do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)", afirmou o ministério em nota. A pasta não tem os números deste último mês nem os casos de afastamento com atestado médico inferior a 15 dias.
"A Covid foi responsável pelo maior número de afastamento no INSS no ano passado. Na verdade não é só a Covid, mas sim as sequelas da doença que muitas vezes incapacita as pessoas para o trabalho", alerta a advogada trabalhista Lariane Del Vecchio, do escritório Aith Badari e Luchin Advogados.
Uma pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas, de São Paulo, apontou que cerca de 60% dos pacientes que tiveram a doença apresentaram algum tipo de sequela. Entre os casos analisados foram relatados alterações pulmonares importantes, sintomas cardiológicos e emocionais ou cognitivos, como perda de memória, insônia, concentração prejudicada, ansiedade e depressão.
Avanço da Ômicron
Segundo a advogada trabalhista, no começo da pandemia, antes da vacina, e no ano passado, com o avanço da imunização, o período de afastamento era maior e as sequelas também, por isso os casos demandavam mais do INSS.
O Brasil tem registrado uma disparada nos casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias devido ao avanço da variante Ômicron. Nesta quinta-feira (20), foram registrados 168.495 novos casos de coronavírus, com o total chegando a 23.585.243. Na véspera, houve recorde de 204.854 de novos casos em apenas 24 horas.
No começo do ano, o Ministério da Saúde determinou uma nova orientação de isolamento para quem contrair a doença. Paciente assintomático que tiver diagnóstico negativo pode ser liberado da quarentena após cinco dias. Para aqueles que apresentarem teste positivo, o prazo é até dez dias depois da infecção.
Para a advogada trabalhista, o avanço da vacinação e as novas normas do Ministério da Saúde vão refletir em redução dos afastamentos pelo instituto, quando o atestado é dado com mais de 15 dias consecutivos e que tenha ocasionado uma incapacidade para o trabalho. "Essa nova recomendação, que prevê períodos de afastamento de 5 a 10 dias, vai fazer com que as pessoas não sejam afastadas pelo INSS. Esse encargo vai ficar por conta das empresas", avalia Lariane.
Mas o que deve prevalecer é o atestado médico. "É o médico que deve determinar os dias de afastamento e a data da alta", orienta a advogada. O que vale é o atestado médico. Na minha opinião, ele se sobrepõe à portaria do Ministério da Saúde."
Lariane também recomenda ao funcionário que sentir os sintomas que, no primeiro momento, comunique a empresa e passe no médico, para avaliar qual o período que deve ficar afastado e o que deve ser feito.
"A primeira coisa é comunicar o empregador e buscar o atendimento médico. Em caso de atestados com mais de 15 dias, a empresa deve encaminhar o funcionário para afastamento pelo INSS", explica a advogada.
Para funcionário em home office, vale a mesma regra. "Se o médico disser que ele precisa ser afastado para se recuperar, ele não tem que trabalhar. Ele não pode ser obrigado a exercer suas tarefas. Se ele estiver se sentindo bem, ele pode trabalhar mesmo que tenha atestado, mas não pode ser obrigado", conclui.
Familiares e vítimas têm direito a benefícios do INSS
Você sabia que familiares e vítimas da covid-19 têm direito a receber benefícios previdenciários? Entre eles, estão: auxílio-doença, acidente de trabalho, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Veja as dicas do advogado João Badari, especialista em direito previdenciário do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, e da advogada Daniela Castro, especializada em direito previdenciário do escritório Vilhena Silva Advogados, e da advogada Adriana Calvo, professora da FGV Direito RJ e coordenadora de direito individual da OAB/SP. Clique nas imagens acima e veja mais!
AUXÍLIO DOENÇA: o benefício é devido ao trabalhador que precisa se ausentar do trabalho por mais de 15 dias em decorrência da doença. Para ter o direito, a incapacidade temporária deve ser constatada por perícia médica. A advogada Daniela Castro acrescenta que o segurado precisa comprovar a carência mínima de 12 contribuições para ter direito de pedir o auxílio-doença. 'O trabalhador também precisa ficar atento às contribuições pagas pelos empregadores para que o benefício não seja negado, em caso de necessidade futura, por falta de pagamento por parte da empresa', diz Daniela.
Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.
ACIDENTE DE TRABALHO: Esse auxílio vale para os profissionais que adquiriram a doença em sua atividade de trabalho, caso dos profissionais da saúde, por exemplo. Porém, uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) abriu caminho para profissionais que mantiveram sua atividade de trabalho dentro da empresa - independentemente da sua área de atuação - possam caracterizar a contaminação pela covid-19 como doença ocupacional e, assim, garantir um benefício do INSS mais atrativo. Ao classificar a covid-19 como uma doença ocupacional, a advogada Adriana Calvo explica que o trabalhador tem direito ao benefício integral, a partir do primeiro dia de contratação, e estabilidade de 12 meses no emprego.'Cabe ao empregador comprovar que o empregado não adquiriu a covid-19 no ambiente de trabalho ou decorrente do exercício da atividade laboral', completa Badari.
Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (OU INCAPACIDADE): o trabalhador tem direito a solicitar quando um perito atesta sua incapacidade - definitiva ou por tempo indeterminado - para exercer sua atividade profissional.
O benefício também é concedido a profissionais que tiveram sequelas graves que o impeçam de retornar ao trabalho.Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.
PENSÃO POR MORTE: Em caso de morte de segurado por causa da covid-19, os familiares podem reivindicar pensão por morte ao INSS. Se a doença foi causada em razão do trabalho, o cálculo será de 100% sobre o salário de benefício, e não existe número mínimo de contribuições para o seu pagamento. Caso não seja em decorrência do trabalho, o valor inicial é de 50%, mais 10% para cada dependente.
Como pedir: o pedido pode ser feito é realizado via internet (Meu INSS) ou pelo telefone 135.
DIREITOS TRABALHISTAS: o advogado João Badari também destaca que além desses benefícios previdenciários, o trabalhador e seus dependentes também possuem direitos securitários e trabalhistas, tais como:
? Indenização por dano moral;
? Indenização por danos materiais (exemplo: compra de remédios, fisioterapia e gastos hospitalares);
? Estabilidade acidentária no caso de retorno ao trabalho (pelo período de 12 meses);
? Recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) durante o afastamento;
? Pensão mensal, paga pelo empregador, aos dependentes em caso de falecimento; e
? Recebimento de eventual seguro de vida profissional (caso a empresa oferecesse aos funcionários).
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 23 mortes em 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 6.143 novos casos e 23 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (20/1), pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano soma 988.950 infecções e 24.815 óbitos desde o início da pandemia.
Conforme o boletim estadual, 656.220 infecções e 395 mortes são investigadas para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Além disso, do total de infecções, 945.963 pessoas estão recuperadas da doença no Estado.
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Goiás aguarda parecer do governo federal para distribuir doses pediátricas
Goiânia - A Secretária de Estado de Saúde de Goiás adiou a distribuição das 44.300 doses pediátricas da Pfizer contra a covid-19 que chegaram à Goiânia na última terça-feira (18/1). Como as doses chegaram em condições inadequadas de uso, o Estado enviou um relatório com as informações ao Ministério da Saúde (MS) e aguarda um parecer para saber se as crianças poderão ser imunizadas com estas doses ou não.
O órgão federal é o responsável por toda a logística de envio dos imunobiológicos aos Estados. De acordo com SES-GO, as vacinas, que deveriam ter chegado entre -60 e -90ºC, chegaram a -119ºC - ou seja, mais congeladas. A pasta estadual informou que, como a nova remessa dos imunizantes foi entregue fora da temperatura adequada, os lotes que seriam enviados aos municípios nesta quarta-feira (20) seguem armazenados pelo Estado.
Em nota enviada ao jornal A Redação nesta quinta-feira (21/1), a Secretaria informa que as vacinas estão estocadas na Central Estadual de Rede de Frio da SES-GO (CERF-GO). "Assim, a distribuição dos imunizantes aos municípios, que seria feita na última quarta-feira, (19), foi adiada até que as recomendações sejam formalizadas. Conforme disponibilidade de vacinas, a campanha segue no Estado, visto que todos os 246 municípios ainda estão abastecidos com a remessa que chegou na sexta-feira (14)", esclarece a SES-GO.
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O HOJE
Preços dos testes de diagnóstico da Covid-19 disparam e procura mais que dobra
Denúncias nos órgãos de proteção ao consumidor de Goiânia apontam elevação de até 50% nos valores dos testes de diagnóstico da Covid-19 nos últimos dias. Os fiscais do Procon Goiás já percorreram vários laboratórios, drive-thrus e drogarias localizados em Goiânia e em Aparecida de Goiânia para apurar. O objetivo da ação é coibir a possível prática de preços considerados abusivos.
Os estabelecimentos comerciais visitados têm o prazo de 48 horas para apresentar a documentação solicitada: notas fiscais de compra mês a mês dos últimos 12 meses e as notas fiscais de venda (uma por semana) dos últimos 12 meses. Os documentos serão encaminhados para análise da Gerência de Pesquisa e Cálculo.
O superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz, ressalta a importância de os consumidores fazerem as denúncias das supostas irregularidades ao órgão. Problemas como demora no atendimento também devem ser relatados. “Os consumidores devem guardar os comprovantes de compra e notas fiscais como documentos para registrar as denúncias ou reclamações junto ao órgão, que irá apurar todas, uma a uma”.
Segundo ele, as empresas podem cobrar diferentes preços pelos produtos/testes em respeito ao princípio da livre iniciativa e por isso não existe tabelamento de preços. No entanto, a prática de preços abusivos fere os direitos do consumidor e causa um desequilíbrio nas relações de consumo.
“O mercado se autorregula pela lei da oferta e procura, que interfere diretamente na elevação ou redução dos preços dos produtos, mas por lei, os fornecedores não podem obter vantagem excessiva sobre o consumidor, ainda mais neste momento de aumento de casos de Covid em plena pandemia que já impactou sobremaneira o orçamento das famílias brasileiras”, analisa o superintendente.
Caso seja constatada abusividade sobre a margem de lucro dos empresários, o que infringe o artigo 39 inciso V do Código de Defesa do Consumidor, a empresa responderá a um processo administrativo sancionatório que pode resultar na aplicação de multa que pode chegar a até R$ 11 milhões.
A empreendedora Paula Soares disse que se assustou quando foi procurar fazer um teste Covid tipo PT-PCR pela rede particular de laboratórios. “Quando busquei fazer o teste de Covid pela primeira vez estava custando em torno de R$ 70, deixei para uma próxima vez, quando voltei novamente já tinha aumentado o valor, e estava custando R$ 90. Quando finalmente fui marcar para fazer o teste, já estava no valor de R$ 105 só que o meu teste eu paguei o total de 159,00 porque fiz a H1N1 junto. Olha que diferença surreal de preço de R$ 70 tive que pagar R$ 159 no final”, denuncia.
Buscas mais que dobram
Quase um mês após as festas de fim de ano, a busca por testes de Covid-19 mais que dobrou na Capital. Antes, a média diária girava em torno de 700 pessoas que iam aos locais de testagem rápida. Atualmente, o número oscila entre 1,5 mil e 1,8 mil pessoas, de acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Grécia Pessoni. Do dia 27 de dezembro ao dia 2 deste mês, foram realizados 8.952 testes. Já do dia 3 ao dia 9 janeiro, 17.635.
O atendimento na modalidade tenda das testagens ampliadas é feito somente mediante agendamento, disponibilizado na página principal do site da Prefeitura de Goiânia. Serão disponibilizados pela SMS 1,5 mil testes de antígeno por ponto e na modalidade drive-thru, o atendimento continua por demanda espontânea, com horário das 8h às 16h nas duas opções.
Na opção tenda, no ato do cadastro, os munícipes devem cadastrar o endereço e apresentar o comprovante no ato da aplicação do exame. Serão disponibilizados três pontos nesta modalidade por dia e o agendamento sempre será liberado um dia antes da testagem.
“O comprovante de endereço apresentado deve ser o mesmo cadastrado”, ressalta a secretária-executiva da SMS, Luana Ribeiro. A intenção da secretária, é evitar aglomerações e desorganização. “Ainda não é tempo de baixarmos a guarda e, por isso, estamos tomando essas medidas para proporcionar um melhor atendimento à população de Goiânia”, salienta.
Luana Ribeiro acrescenta ainda que a empresa responsável pela realização dos testes já foi comunicada e ninguém sem agendamento deve ser atendido. “Não vamos abrir exceções e solicitamos que os interessados se organizem e fiquem atentos no site da prefeitura, bem como nas redes sociais”, pontua.
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Com apenas 60 fiscais, prefeitura informa que vai fiscalizar medidas contra Covid-19
A Prefeitura de Goiânia informou, nesta quinta-feira (20/1), que dará início à fiscalização das medidas de enfrentamento da pandemia da Covid-19 estabelecidas pelo Decreto Municipal n. 138/2021, publicado no Diário Oficial do Município. As ações serão realizadas pela Central Covid-19, que a partir de agora passa a ser coordenada pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e que conta com auditores fiscais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e agentes da Guarda Civil Metropolitana.
Os fiscais vão verificar protocolos como distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as mesas de estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, pit dogs, boates e congêneres, número máximo de pessoas nos ambientes, definido em 50% da capacidade máxima até o limite de 500 pessoas, entre outras regras.
“ Apesar de estarmos avançando na vacinação e termos reserva de leitos para acolhimento da nossa população, a variante Ômicron tem provocado uma defasagem profissional em várias áreas do mercado de trabalho e precisa ser controlada, por isso, a necessidade de ações mais enérgicas visando combatê-la”, afirma o diretor de Fiscalização da Seplanh Goiânia, Fausto Henrique Gomes.
No total, apenas 60 auditores fiscais e agentes da Prefeitura de Goiânia estarão diariamente nas ruas realizando visitas aos estabelecimentos para verificar o cumprimento das medidas na capital que possui cerca de 1,5 milhão de habitantes. Além disso, também está disponível no aplicativo Prefeitura 24 Horas um espaço para que a população possa encaminhar denúncias sobre o descumprimento do decreto.
Os estabelecimentos vistoriados que estiverem descumprindo as medidas adotadas pelo município poderão pagar multa de até R$12 mil e serem fechados pela fiscalização municipal. Além disso, os clientes e frequentadores que descumprirem o regramento de utilização de máscara de proteção facial podem ser multados em R$ 110, conforme legislação municipal.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING 20/01/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Escolas da rede estadual de Goiás são as primeiras do país a retomar as aulas 100% presenciais
Não-vacinados correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que quem tomou a dose de reforço
Reino Unido vai retirar obrigatoriedade do uso de máscaras, anuncia Johnson
Planos de saúde serão obrigados a pagar teste rápido, decide ANS
Lewandowski manda MP fiscalizar pais antivacina
Lençóis Paulista suspende vacinação infantil após pai relatar suposta reação
Em recorde, Brasil supera 200 mil casos em único dia
Anvisa adia liberação de autoteste e cobra mais dados da Saúde
Governo quer lançar uma plataforma 'Open Health' para reduzir custos
Em SP, cresce internação por Covid entre menores de 18
É #FAKE que Drauzio Varella escreveu texto ensinando como socorrer crianças em caso de mal súbito
Sem apagão, registros de óbito pela covid em cartórios saltam 81% em 2022
Goiás recebe vacinas pediátricas contra a Covid-19 fora da temperatura adequada
Estudo genético mostra que infecção da sífilis está de volta
Trombose: entenda a relação da doença com o Covid-19 e as vacinas contra o vírus
Vendedora relata sofrimento e seios deformados após cirurgia de implantes em Goiânia: 'Traumatizada'
PORTAL G1
Escolas da rede estadual de Goiás são as primeiras do país a retomar as aulas 100% presenciais
No estado, 91% dos servidores da educação estão imunizados com a segunda dose da vacina. Entre os estudantes de 11 a 18, 73% já foram vacinados.
As escolas da rede estadual de Goiás foram as primeiras do país a iniciar o ano letivo com aulas 100% presenciais.
Nesse retorno, os cuidados são os mesmos adotados desde que a pandemia começou: tapete sanitizante, medição de temperatura e proteção no rosto.
'Não tirar a máscara, a não ser na hora de comer ou beber água, manter distanciamento e sempre usar álcool em gel. Eu tenho álcool gel na minha bolsa', diz a estudante Ágata Maciel.
'Hoje, as escolas têm condições de funcionar, as crianças precisam da escola. Hoje, nós estamos preparados', afirma Flávio Roberto de Castro, presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás.
'Hoje, as escolas têm condições de funcionar, as crianças precisam da escola. Hoje, nós estamos preparados', afirma Flávio Roberto de Castro, presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás.
A volta às aulas presenciais foi obrigatória para os mais de 500 mil alunos da rede estadual de Goiás. A Secretaria de Educação recomendou que quem estiver com febre ou outros sintomas de gripe fique em casa.
Nos últimos dois anos, a maioria dos alunos da rede estadual estudou de casa ou fez revezamento semanal para ir para as salas de aula no sistema híbrido de ensino.
'As crianças deram um show de responsabilidade. Elas realmente levaram para casa aquilo que estava sendo ensinado a respeito da pandemia e, agora, nós vamos trabalho isso em relação à vacinação', declara a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli.
'As crianças deram um show de responsabilidade. Elas realmente levaram para casa aquilo que estava sendo ensinado a respeito da pandemia e, agora, nós vamos trabalho isso em relação à vacinação', declara a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli.
Em Goiás, 91% dos servidores da educação estão com esquema vacinal completo. Entre os estudantes de 11 a 18, 73% já tomaram pelo menos a primeira dose. Mas a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que o percentual está subestimado por causa do apagão de dados no sistema do Ministério da Saúde.
'A gente precisa também readaptar os nossos tempos a esse momento que a gente está vivendo. Que faça a vacinação dos seus filhos e não esqueçam dos cuidados: evitar aglomerações, uso de máscara, higiene das mãos, isso sempre', diz a infectologista Nívia Ferreira.
'A gente precisa também readaptar os nossos tempos a esse momento que a gente está vivendo. Que faça a vacinação dos seus filhos e não esqueçam dos cuidados: evitar aglomerações, uso de máscara, higiene das mãos, isso sempre', diz a infectologista Nívia Ferreira.
Para quem está terminando o ensino médio, estar novamente na sala de aula tem um significado ainda maior.
'É bastante alegre, é gratificante a gente poder voltar, pelo menos, no último ano do nosso ensino médio e essa volta vai ajudar muito na questão dos estudos e do nosso preparo para o Enem, para o vestibular, para concurso. E, realmente, isso me deixa muito feliz de poder aproveitar esse último ano de vida minha de escola', comemora o estudante Pedro Romão Paiva.
'É bastante alegre, é gratificante a gente poder voltar, pelo menos, no último ano do nosso ensino médio e essa volta vai ajudar muito na questão dos estudos e do nosso preparo para o Enem, para o vestibular, para concurso. E, realmente, isso me deixa muito feliz de poder aproveitar esse último ano de vida minha de escola', comemora o estudante Pedro Romão Paiva.
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Não-vacinados correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que quem tomou a dose de reforço
Estatísticas do governo da Suíça deixam evidente a eficácia das vacinas contra Covid para salvar vidas. País vacinou 68% da população com duas doses; 35% com o reforço.
Na Suíça, as estatísticas do governo mostraram que pessoas não vacinadas correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que as vacinadas com dose de reforço.
Há um ano, o Ministério da Saúde da Suíça reúne dados sobre o status de vacinação da população e, ao relatar mortes por Covid, os médicos também precisam passar essas informações para as autoridades. O resultado é um gráfico que deixa evidente a eficácia das vacinas - e especialmente da dose de reforço - para salvar vidas.
O gráfico mostra as mortes por Covid desde o dia 27 de janeiro de 2021, de acordo com o status de vacinação. A linha vermelha, no alto, indica o número de pessoas não-vacinadas que morreram. Bem abaixo, em azul, estão os vacinados sem reforço. E, em amarelo, o número ainda menor de vacinados com reforço que perderam a vida.
Edouard Mathieu, chefe de dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, explicou que o risco de morrer por Covid na Suíça é nove vezes menor para pessoas vacinadas e 48 vezes menor para quem tomou uma dose de reforço em comparação com quem não tomou nada.
A Suíça vacinou 68% da população com duas doses; 35% com o reforço. E o governo quer aumentar logo esses números, porque os casos não param de subir. Nesta quarta-feira (19), o país registrou o maior número de casos em 24 horas desde o início da pandemia: mais de 38 mil em um país com menos de 9 milhões de habitantes.
O ministro da Saúde, Alain Berset, avisou: 'Precisamos seguir muito modestos e prudentes'.
O governo estendeu até o fim de março algumas medidas de restrição e, até o fim de fevereiro, a obrigação para trabalhar de casa.
O ministro da Saúde da Suíça alertou: 'Para sair da pandemia, não há atalho. A vacinação é fundamental, inclusive com a dose de reforço, para proteger contra quadros graves da doença'. Ele também pediu paciência e cautela.
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AGÊNCIA ESTADO
Reino Unido vai retirar obrigatoriedade do uso de máscaras, anuncia Johnson
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou nesta quarta-feira, 19, que encerrará na próxima semana as principais restrições contra a disseminação da covid-19 impostas para combater a variante Ômicron. Além disso, em março ele planeja encerrar o isolamento para casos positivos.
A medida, porém, ocorre em meio a pressões depois que a imprensa revelou festas em sua residência oficial durante o lockdown. A partir do dia 27 de janeiro, o uso da máscara deixará de ser obrigatório, o teletrabalho não será oficialmente recomendado e o passaporte sanitário não será obrigatório para ter acesso a discotecas e a grandes aglomerações, anunciou o líder conservador no Parlamento.
"À medida que a covid se torna endêmica, temos que substituir as obrigações legais por conselhos e recomendações", argumentou Johnson. Ele disse que não tinha intenção de estender as regras que impõem o isolamento para casos positivos de covid-19 que expira em 24 de março. Essa data poderia até ser antecipada.
A decisão vai contra o que o primeiro-ministro vinha fazendo no combate à pandemia desde que ele próprio foi infectado em 2020. Desde o fim do ano passado, o país vinha registrando números recordes de casos devido à disseminação da variante Ômicron. Os números dão sinais de queda agora, mas internações ainda preocupam e o número de óbitos foi o maior na última terça-feira, 18, do que o registrado em quase um ano.
Esse relaxamento das medidas não tem razões sanitárias, mas sim políticas. Ele ocorre em meio a um escândalo sobre festas do governo durante o confinamento, que afetou diretamente o primeiro-ministro. Johnson luta para reprimir uma revolta interna de seus próprios legisladores que estão irritados com as festas em Downing Street, o escritório e residência do primeiro-ministro.
Recusa à renunciar
O premiê disse ao Parlamento nesta quarta-feira que não renunciará. Johnson, que em 2019 conquistou o maior número de votos de seu partido em mais de 30 anos com a promessa de "concluir o Brexit", pediu desculpas repetidamente pelas festas e disse que não sabia de muitas delas. No entanto, ele participou do que disse que achava ser um evento de trabalho em 20 de maio de 2020, no qual os convidados foram instruídos a "trazer sua própria bebida".
"Toda semana, o primeiro-ministro oferece defesas absurdas e francamente inacreditáveis aos partidos de Downing Street, e a cada semana isso se desfaz", disse Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista de oposição, ao Parlamento. A pressão sobre o primeiro-ministro cresceu quando um parlamentar conservador desertou para o Partido Trabalhista de oposição e um ex-membro do gabinete de Johnson lhe disse: "Em nome de Deus, vá!"
Voto de desconfiança
Os legisladores conservadores estão julgando se devem abrir um voto de desconfiança contra Johnson em meio à raiva pública pelo escândalo do "partygate". De acordo com as regras do Partido Conservador, um voto de desconfiança no líder do partido pode ser acionado se 54 parlamentares do partido escreverem cartas exigindo isso. Até agora, apenas alguns membros conservadores do Parlamento pediram abertamente que Johnson renuncie, embora se acredite que várias dezenas tenham enviado cartas.
O legislador conservador Andrew Bridgen, que está pedindo uma mudança de liderança, disse acreditar que o limite de 54 assinaturas seria atingido "esta semana", preparando o terreno para um voto de desconfiança em poucos dias. Se Johnson perdesse o voto de confiança entre os 359 legisladores do partido, isso desencadearia uma disputa para substituí-lo como líder conservador. O vencedor também se tornaria primeiro-ministro.
Derrubar Johnson deixaria o Reino Unido no limbo por meses, enquanto o Ocidente lida com a crise da Ucrânia e a quinta maior economia do mundo lida com a onda inflacionária desencadeada pela pandemia de covid-19, com a inflação no Reino Unido subindo para o nível mais alto em quase 30 anos. Os principais rivais dentro do Partido Conservador incluem o Chanceler do Tesouro Rishi Sunak, 41, e a Secretária de Relações Exteriores Liz Truss, 46.
Ao menos 14 festas
Do lockdown anunciado por Johnson no dia 23 de março de 2020, até abril do ano passado, houve pelo menos 14 festas em Downing Street, a sede do governo britânico, no coração de Londres. Uma delas aconteceu na véspera do funeral do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II - o premiê imediatamente pediu desculpas à família real.
Na semana passada, a imprensa britânica noticiou que, uma das festinhas, em maio de 2020, saiu do controle e adentrou a madrugada nos jardins da residência oficial. Um dos convidados, um pouco mais animado, quebrou o balanço de Wilf Johnson, filho de 1 ano do primeiro-ministro. Relatos de alguns frequentadores garantem que uma geladeira especial foi instalada na sala de imprensa para armazenar garrafas de vinho.
O futuro do premiê depende agora do resultado da investigação de Sue Gray, uma alta funcionária do gabinete responsável pelo monitoramento da ética no governo. Aos 64 anos, ela tem reputação de ser independente e fama impecável. Johnson disse aos legisladores que o relatório de Gray seria publicado na próxima semana e instou seu partido a reter o julgamento até então. "Cabe ao inquérito apresentar uma explicação do que aconteceu", disse.
As desculpas de Johnson - nas quais ele reconheceu "erros de julgamento", mas não quebra de regras pessoais - parecem ter enfraquecido, em vez de fortalecido, sua posição no partido. Mesmo os legisladores que apoiaram Johnson dizem que ele teria que renunciar se for descoberto que mentiu. (Com agências internacionais).
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Planos de saúde serão obrigados a pagar teste rápido, decide ANS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu na tarde de ontem que os planos de saúde devem cobrir os testes rápidos para detecção de antígeno do coronavírus a todos os beneficiários. A inclusão da testagem no rol de procedimentos obrigatórios foi aprovada por unanimidade durante reunião extraordinária e virtual entre a diretoria colegiada do órgão.
O teste passa a ser disponibilizado para todos os pacientes que apresentem sintomas de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave, desde que entre o primeiro e o sétimo dias do início dos sintomas. A janela, segundo os diretores da ANS, teria uma 'melhor resposta no diagnóstico'.
Os planos de saúde não serão obrigados a pagar pelo teste quando o paciente tiver resultado positivo para o coronavírus em teste há até 30 dias ou tiver contactado alguma pessoa infectada, mas esteja assintomático. Crianças com menos de dois anos de idade também não serão incluídas na cobertura dos planos, assim como aqueles que desejam saber o diagnóstico para volta ao trabalho ou suspensão do período de isolamento.
'O covid nos traz restrições e impactos sobre toda a população, tanto no individual quanto no coletivo. A pandemia nos impõe algumas situações e reflexões. Mas, mais do que refletir, nós fomos instados a agir', disse Paulo Rebello, presidente da ANS, durante a reunião.
RECORDE DE CASOS. O Brasil registrou 349 novas mortes pela covid-19 ontem. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 215, mantendo a tendência de crescimento pelo nono dia consecutivo e superando o patamar de 200 pela primeira vez desde o início de dezembro.
O número de novas infecções pelo coronavírus notificadas foi de 205. 310, o maior registro em 24 horas desde o início da pandemia, substituindo o recorde alcançado na véspera, quando mais de 132 mil pessoas foram diagnosticadas com covid-19.
Com isso, a média diária de testes positivos é de 100. 322, também a maior até então, representando um aumento de 487% em relação à de duas semanas atrás.
No total, o Brasil tem 621. 927 mortos e 23. 420. 861 casos da doença.
Mortes por covid
O País registrou ontem 349 novos óbitos, sendo a média diária de 215 na última semana
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Lewandowski manda MP fiscalizar pais antivacina
Ministro do STF dá orientação após questionamento de partido; lei prevê imunização obrigatória quando houver recomendação de autoridades sanitárias
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, oficiou ontem os procuradores-gerais de Justiça dos 26 Estados e do Distrito Federal para que adotem as 'medidas necessárias' para fiscalizar pais que não estão vacinando seus filhos contra a covid-19, inclusive com a eventual aplicação de penalidades. A determinação leva em consideração atribuições do Ministério Público previstas na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em nota, o gabinete do ministro diz que a medida se dá para que os MPs possam verificar se os pais 'estão tendo o devido cuidado' com a saúde das crianças no tema da imunização.
O despacho de Lewandowski ocorre após o partido Rede Sustentabilidade questionar sobre casos de pais antivacina e frisar que o Estatuto da Criança e do Adolescente 'impõe a obrigatoriedade de toda e qualquer vacina nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias'. Ao oficiar o MP em todo o País, o ministro recomendou que os promotores também atuem na 'relevante tarefa de preservar a saúde das crianças' - embora os Conselhos Tutelares sejam os primeiros responsáveis na fiscalização desse tipo de conduta.
De acordo com o ECA, a vacinação é obrigatória nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. Quem descumpre 'os deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda' está sujeito a multa de três a 20 salários - podendo haver, ainda, punições mais severas.
O presidente Jair Bolsonaro, contudo, tem colocado em xeque a segurança e a eficácia da vacina para o grupo de 5 e a 11 anos, na contramão de entidades médicas, científicas e mais de 40 países que aplicam o imunizante nesta faixa etária.
DISCUSSÃO. Alexandre Schneider, pesquisador do Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Público da FGV, diz que 'não há discussão em relação à obrigatoriedade da vacinação' nas escolas, por causa do posicionamento do STF de 2020, sobre o tema. Ele diz acreditar que, quando houver imunizante disponível para todos, será possível que escolas apliquem medidas para incentivar a vacinação.
'O Supremo na decisão, inclusive, definiu que o Estado pode impor algumas obrigações indiretas como, por exemplo, vetar a presença de pessoas não vacinadas em determinados ambientes', diz. 'A escola pode adotar uma regra de obrigatoriedade da vacina para todos os estudantes que a estejam frequentando. Não é o caso de eventualmente negar a matrícula, mas de garantir com que a frequência à escola seja em aulas presenciais feitas só por crianças e adolescentes vacinados. '
INFORMAÇÃO. Para a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, o debate sobre se uma criança pode ou não frequentar a escola por não estar vacinada gera polêmica. Quando os pais se negam a imunizar os filhos, a orientação é acionar o Conselho Tutelar - o que ela destaca não ser algo rotineiro para vacinas obrigatórias no País.
'Hoje, essa discussão só aumenta o discurso dos contra vacina e as dúvidas dos pais', diz. 'Temos uma maioria de famílias que pretende vacinar seus filhos e temos uma parte importante, de pelo menos 20%, com dúvidas. ' Para ela o importante é reforçar orientações sobre a vacinação infantil contra a covid, destacando que o imunizante é seguro e eficaz.
IRREGULARIDADES. No âmbito da mesma ação - processo que tratava inicialmente da compra de vacinas, pelo governo federal - Lewandowski solicitou manifestação, em 48 horas, dos Estados e do Distrito Federal sobre supostas irregularidades na vacinação de crianças e adolescentes menores de 18 anos contra a covid-19.
Segundo a Advocacia-Geral da União, o governo teve acesso a informações 'extremamente preocupantes' sobre o registro de aplicação de imunizantes em crianças e adolescentes fora dos padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária'. O órgão sustenta que, segundo o cadastro, doses de outras vacinas teriam sido aplicadas. Além disso, a AGU diz haver registros de que crianças com menos de cinco anos teriam sido vacinadas.
Público-alvo
5 a 1l anos é a nova faixa etária da campanha nacional de imunização contra a covid-19, iniciada na última semana
61 % foi o aumento de internações de crianças e adolescentes pelo novo coronavírus nos últimos dois meses no Estado de São Paulo, conforme dados da Secretaria da Saúde.
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FOLHA DE S.PAULO
Lençóis Paulista suspende vacinação infantil após pai relatar suposta reação
Secretaria estadual diz ser precipitado associar o caso à vacina contra a Covid
A informação de que uma criança apresentou alterações nos batimentos cardíacos após tomar a vacina contra a Covid-19 levou a Prefeitura de Lençóis Paulista, no interior paulista, a suspender nesta quarta-feira (19) a campanha de imunização de crianças.
A decisão foi tomada pelo prefeito Anderson Prado (DEM) depois de circular um relato de que uma criança com asma teria apresentado alterações nos batimentos cardíacos e, segundo relato dos pais, chegou a desmaiar cerca de 12 horas após a aplicação da vacina
A criança foi levada para uma clínica particular e transferida para um hospital em Botucatu, onde permanece sob observação. A Prefeitura de Lençóis Paulista informou que, segundo a família, a criança tem quadro estável e está consciente.
Em nota divulgada nas redes sociais, a prefeitura ainda afirmou que não teve acesso ao prontuário da criança. Mesmo assim, optou por suspender a vacinação infantil por sete dias.
O prefeito informou, no entanto, que pais ou responsáveis que procurarem espontaneamente a rede poderão vacinar os filhos.
A campanha de vacinação infantil foi iniciada nesta terça (18) e 46 crianças já haviam sido vacinadas no município. Segundo a prefeitura, elas serão monitoradas por técnicos da saúde, que vão atestar se houve ou não alguma nova reação indesejada.
Com cerca de 70 mil habitantes, a cidade tem 6.430 crianças de 5 a 11 anos.
O prefeito explicou que a decisão de suspender a campanha de vacinação para crianças foi tomada em reunião extraordinária do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do município, realizada na tarde desta quarta.
"O Comitê deixa claro que não existe dúvida sobre a importância da vacinação infantil. Mas, diante do ocorrido, será dado esse prazo para o acompanhamento e monitoramento diário das 46 crianças lençoenses vacinadas até o momento", disse o prefeito em nota.
Ele afirmou que o prazo é necessário para aprofundamento sobre o caso de envio de relatórios aos órgãos de controle federais e estaduais: "A Secretaria de Saúde está solicitando autorização para acesso ao prontuário médico, uma vez que o atendimento ocorreu na rede privada", acrescenta.
Antes da reunião do comitê, a prefeitura já havia publicado uma nota nas redes sociais oficiais da relatando o caso.
Na nota, a prefeitura afirma que não teve acesso ao prontuário médico e, portanto, não tinha certeza se o quadro clínico da criança seria um efeito da aplicação da vacina.
A decisão do prefeito provocou reações nas redes sociais. Mas também ganhou o apoio de parcela da população, que informou que não mais vacinaria os seus filhos.
O prefeito defendeu a divulgação do caso nas redes da prefeitura: "Não há nada de alarmismo nessa medida. A decisão de tornar o caso público foi totalmente acertada e uma forma de mostrar transparência das medidas adotadas pela Administração", disse o prefeito.
O prefeito Anderson Prado publicou nesta terça-feira (19) em suas redes sociais um vídeo em que é cumprimentado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) por ter conseguido junto ao Ministério da Saúde um lote de 10 mil testes para Covid-19 para a cidade.
Nesta semana, Zambelli enviou ofício ao ministério e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em que pede a suspensão da vacinação infantil "até a reavaliação de segurança".
O prefeito afirmou não ter nenhuma relação com Zambelli. Disse que sempre foi à favor da vacina e que também é favorável à vacinação infantil. Mas defendeu ser prudente suspender a vacinação e avaliar os efeitos nas crianças já imunizadas.
A Secretaria de Estado da Saúde disse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes, impactando diretamente na redução de casos graves e internações por Covid-19.
A pasta estadual informou ainda que o Centro de Vigilância Epidemiológica está acompanhando e analisará o caso de Lençóis Paulista. Ainda informou que todos os casos de eventos adversos são examinados por uma comissão de especialistas antes de qualquer confirmação.
"É, portanto, precipitado e irresponsável afirmar que o caso do município está associado a vacinação. Na maioria das vezes, os casos de eventos adversos pós-vacinação são coincidentes, sem qualquer relação causal com o imunizante", afirma a secretaria.
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Em recorde, Brasil supera 200 mil casos em único dia
São Paulo O Brasil, pelo segundo dia consecutivo, registrou recordes de casos de Covid. Nesta quarta-feira (19), foram 205. 310 infecções documentadas, maior valor observado em um único dia. A média móvel de casos também atingiu o recorde de toda a pandemia e agora é de 100. 322 infecções por dia, valor 487% maior do que o dado de duas semanas atrás.
Na terça (18), foram registrados 132. 254 casos de Covid.
Além do crescimento de casos, as mortes também aumentaram. Nesta quarta, foram registrados 349 óbitos e a média móvel chegou a 215 vidas perdidas por dia, aumento de 114%, também em relação aos dados de duas semanas atrás.
O elevado valor de infecções se deve, em especial aos dados do Rio de Janeiro, que registrou sozinho 69. 223 casos. O estado não apresentou explicações para o número.
Com os dados desta quarta, o país chegou a 621. 927 vidas perdidas e a 23. 420. 861 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia. Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de
Saúde estaduais.
Os dados da vacinação contra a Covid-19 estão afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, com diversos estados sem atualização. De toda forma, as informações foram ao menos parcialmente atualizadas em 15 estados e no Distrito Federal.
Nesta semana, o consórcio de veículos de imprensa atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.
O Brasil registrou 1. 689. 540 doses de vacinas contra Covid-19, nesta quarta-feira. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 153. 477 primeiras doses, 198. 979 segundas doses. Além disso, foram registradas 1. 440. 750 doses de reforço.
As doses únicas ficaram com dados negativos (-103. 666). Isso ocorreu devido a revisões no Amapá (-5-455), Bahia (-31), Ceará 83. 959), Distrito Federal (-39), Maranhão (-133), Minas Gerais (-92) e, principalmente, Rio Grande do Sul (-95. 400).
Ao todo, 162. 418. 676 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -142. 752. 088 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 147. 754. 119 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país já tem 75, 60% da população com a 1º dose e 68, 78% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 100, 40% ? 91, 33%.
Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
205. 310 número de casos registrados nesta quarta
100. 322 média móvel de novas infecções por dia; valor é 487% maior do que o dado de duas semanas atrás
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Anvisa adia liberação de autoteste e cobra mais dados da Saúde
BRASÍLIA A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não aprovou nesta quarta (19), por 4 votos a 1, o uso de autoteste de Covid-19 no Brasil.
A decisão ocorre no momento em que há uma explosão da procura por testes da Covid com o avanço da variante ômicron. Laboratórios privados têm relatado falta de exames.
A leitura foi de que a nota técnica do Ministério da Saúde apresentava lacunas, por exemplo, sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.
Os diretores aprovaram a realização de diligências adicionais e a retomada da votação sobre o tema em até 15 dias.
Na quinta (13), a pasta pediu para a agência liberar esse tipo de exame, que pode ser feito em casa. Seu uso é vetado por uma resolução de2015.
Pela regra, o ministério precisa propor uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo. A pasta já sinalizou que os produtos não devem ser comprados pelo governo federal.
A diretora relatora, Cristiane Rose Jourdan Gomes, foi a única que sinalizou positivamente a aprovação do autoteste mesmo sem política pública por parte do ministério.
Ela entendeu que que tal regulamentação pode ser editada em medida de excepcionalidade para garantir maior acesso da população a testagem, e consequentemente, identificar, isolar e minimizar a transitabilidade da variante ômicron independentemente da ação de política pública.
'Considerando o contexto pandêmico que vivemos, o uso dos autotestes pode representar uma estratégia de triagem, uma vez que poderia iniciar rapidamente os casos positivos e as ações necessárias para interrupção da cadeia de transmissão', disse.
'Trata-se de uma medida adicional que amplia o acesso a testagem a fim de prevenir a transmissão de Covid junto com a vacinação, o uso de máscara e o distanciamento social', afirmou Gomes.
Ela citou algumas medidas que deveriam ser tomadas, como a exigência de uma linguagem clara ao público com alertas, precauções, como realizar a coleta adequada e a execução do teste.
Gomes disse ainda que se deve alertar que o teste negativo não eliminaria a possibilidade de infecção do vírus e pediu a criação de um canal para atender ao usuário.
Os outros diretores seguiram o voto do diretor Rômison Mota. No seu voto, ele disse que não houve uma formalização da inclusão da auto testagem como política pública pelo Ministério da Saúde. Na sua visão, tal formalização é condição da que seja afastada a vedação.
'Outros países que adotaram o teste fora do ambiente laboratorial, além de possuir critério sanitário direcionado a tais situações, estabeleceram políticas públicas na perspectiva de combate à disseminação do coronavírus'
Os diretores esclareceram que, conforme entendimento da Procuradoria Federal junto à Anvisa, a nota técnica enviada pelo Ministério da Saúde não cumpre todos os requisitos necessários a uma política pública.
Em razão disso, a diretoria responsável pela análise do processo havia encaminhado pedido de esclarecimentos adicionais ao ministério na terça (18) e aguarda resposta.
O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que há diversas lacunas a serem respondidas. Há preocupação por 1parte da agência, por exemplo, sobre a compilação de dados e a transformação de dados compilados em notificação capaz de gerar todo o tratamento estatístico necessário.
O ministro da Saúde, Mar celo Queiroga, afirmou que irá se manifestar sobre a cobrança feita pela Anvisa quando tiver acesso ao inteiro teor da decisão.
'A posição do Ministério da Saúde acerca do autoteste é clara, como é tudo aqui no governo do presidente Jair Bolsonaro [PL]. Nós já nos manifestamos favoráveis à venda de autotestes nas farmácias', disse após assinar, em evento no ministério, portaria que libera R$104 MILHÕES para municípios atingidos pelas chuvas na Bahia.
'Em relação à política pública, a política são os testes na atenção primária. E nós estamos distribuindo testes para os municípios para que eles realizem testes na atenção primária', afirmou.
Na sequência, o ministro voltou a se manifestar em redes sociais. 'Vamos complementar as informações solicitadas pela Anvisa. Em relação aos testes no SUS, as demandas têm sido atendidas', escreveu Queiroga. Segundo ele, foram enviados 15 milhões detestes.
Como a Folha mostrou, o presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa, disse que os autotestes devem ser mais baratos que exames de antígeno vendidos em farmácia.
Outros países que adotaram o teste fora do ambiente laboratorial, além de possuir critério sanitário direcionado a tais situações, estabeleceram políticas públicas na perspectiva de combate à disseminação do coronavírus
Rômison Mota diretor da Anvisa
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O GLOBO
Governo quer lançar uma plataforma 'Open Health' para reduzir custos
Compartilhamento seria similar ao de dados entre os bancos. Especialistas lembram que não há prontuário unificado no país
O Ministério da Saúde planeja a criação de um modelo de compartilhamento de dados entre planos de saúde para ampliar a concorrência no setor de saúde suplementar, conforme informou o colunista do GLOBO Lauro Jardim no último fim de semana. A ideia é que o 'Open Health' funcione nos moldes do que acontece com os bancos no Open Banking, que permite ao consumidor compartilhar dados com quais bancos desejar, possibilitando a oferta de produtos personalizados.
Em entrevista ao Valor Econômico, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o projeto já recebeu aval do presidente Jair Bolsonaro. O governo estuda fazer uma medida provisória sobre o tema, disse o ministro. Uma das consequências citadas por Queiroga seria reduzir o tempo necessário para a portabilidade entre planos.
A plataforma reuniria registros de pacientes e indicadores de saúde, que seriam compartilhados entre as empresas. Assim, diz o ministro, operadoras poderiam oferecer planos adequados ao perfil de cada cliente, com preços menores para aqueles que usam menos o sistema de saúde. Além disso, com o esperado aumento da oferta de planos, haveria menos pressão sobre o sistema público de saúde. Procurado pelo GLOBO, o ministério, porém, não esclareceu até o fechamento desta edição como os dados seriam compilados, uma vez que não existe um prontuário unificado de saúde no país.
ALCANCE DA MEDIDA
No caso do sistema financeiro, os dados de crédito estão reunidos em plataformas privadas, e o Open Banking demanda adesão do usuário.
Representantes do setor de saúde receberam a proposta com surpresa e ponderam que a medida pode, de fato, aumentar a concorrência no setor, porém há risco de segregação de beneficiários que dependem mais do plano, coma adoção de preços maiores, e reforçam que não há prontuário unificado no país.
Para José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), parte dos usuários pode ter resistência a compartilhar seu prontuário médico, principalmente se há algum problema de saúde, mas bons hábitos também podem servir como indicador, como prática de esportes e alimentação. Do ponto de vista do negócio, ele vê ganhos:
- Com conhecimento dos dados da carteira de usuários do outro, as operadoras poderiam 'pescar no aquário', oferecer o que fazem melhor por um custo menor. Mas é preciso fazer uma análise criteriosa para entender as consequências.
Para Mário Scheffer, especialista em saúde e professor da faculdade de Medicinada USP, a proposta do governo pode prejudicar quem já tem algum tipo de doença ou comorbidade:
-A circulação livre de dados dos pacientes entre as operadoras serve para que façam seleção de risco, escolham pessoas que não têm doença e para justificar a venda de planos 'customizados' de menor cobertura.
Há dúvidas ainda sobre o alcance da medida. Renato Casarotti, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), lembra que na saúde os dados são muito descentralizados, pois não há sistema de prontuário único. Além disso, os planos de saúde individuais representam apenas 20% do mercado.
- Não sei se o compartilhamento desses dados seria suficiente para aumentar a oferta de planos individuais, já que o grande entrave é mesmo a aplicação de reajuste pela média do mercado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) - disse Casarotti, lembrando que não é permitido fazer diferenciação de preço de entrada nos planos nem recusar cliente se o produto estiver à venda.
Alexandre Putini, diretor de Transformação Digital, Inovação e Advanced Analytics da SulAmérica, diz que o sistema teria impacto positivo na velocidade e qualidade de atendimento e na redução da inflação médica, com mais eficiência em prescrições e exames.
- Veremos muita inovação, produtos e serviços 'digital', muito amparados por novas tecnologias e redes de alta velocidade habilitando experiências incríveis, algumas delas em tempo real.
Para Carlos Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), o maior risco é a segregação de quem precisa de um cuidado mais intensivo: - O sistema pode vir travestido de benefícios, mas me preocupa a vulnerabilidade dessa população. A exposição de dados aos planos aumenta o risco de segregação.
'Com conhecimento dos dados da carteira de usuários, as operadoras poderiam 'pescar no aquário; oferecer o que fazem melhor por custo menor' José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar '
'A circulação livre de dados dos pacientes entre as operadoras serve para que façam seleção de risco, escolham pessoas que não têm doença' Mário Scheffer, especialista em saúde e professor da faculdade de Medicina da USP
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Em SP, cresce internação por Covid entre menores de 18
Aumento de ocupação de UTIs foi de 61% nos dois últimos meses, de acordo com dados do governo do estado
A internação de crianças e adolescentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido à Covid-19 aumentou 61% nos últimos dois meses. Segundo o governo do estado, em 15 de novembro de 2021 havia 106 menores de idade em UTI. Já na segunda-feira desta semana, o número chegava a 171 internados em estado grave.
- Esse aumento mostra a necessidade de acelerar a vacinação nesta faixa etária -afirmou o governador João Doria, em coletiva realizada ontem.
A expectativa do governo de São Paulo é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libere a aplicação da vacina Corona-Vac para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos de idade ainda hoje, numa reunião prevista para as 10 horas da manhã. Se aprovada, a vacinação começará imediatamente, prometeu Doria.
PRONTA-ENTREGA
Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, que fabrica a CoronaVac no Brasil, informou que o laboratório játem 15 milhões de doses prontas para aplicação em crianças e adolescentes, das quais 10 milhões deverão ser utilizadas nos 645 municípios de São Paulo.
As doses de CoronaVac também poderão ser negociadas com o governo federal, caso o Ministério da Saúde solicite, ou com governos de outros estados. Por enquanto, o governo liberou apenas 10% da quantidade necessária de vacinas para imunizar, com Pfizer, as crianças de 5 a 11 anos em todo o país.
-A CoronaVac tem o melhor perfil de segurança para essa faixa etária. É absolutamente segura e temos confiança que a Anvisa deverá aprovar -disse Covas.
Coordenadora do programa de vacinação em São Paulo, Regiane de Paula informou que, tendo vacina disponível, os municípios terão condições de aplicar 250 mil doses diariamente.
A vacina produzida pelo Butantan é indicada para crianças a partir de 3 anos de idade. Já a vacina pediátrica da Pfizer, adotada pelo governo federal, pode ser aplicada em crianças a partir de 5 anos.
São Paulo tem hoje 2.842 pessoas internadas em UTI. Apesar do aumento ocorrido a partir do início do ano, o número de internações ainda está bem abaixo dos períodos de pico: 6.500 na primeira onda e 13.150 na segunda onda.
'GALINHA VACINADINHA'
Na terça-feira, o governo de São Paulo lançou uma campanha que traz a personagem Galinha Pintadinha se vacinando contra a Covid-19, para incentivar a imunização de crianças. Na peça publicitária, após receber a primeira dose, a penosa se transforma em "Galinha Vacinadinha".
O vídeo de 30 segundos será exibido nos canais de televisão, portais e redes sociais até o dia 31 de janeiro. Além da Galinha Vacinadinha, a ação exibe outros personagens representando médicos e cientistas.
"A peça destaca que a ciência, através de diversos estudos, trabalhou no combate a pandemia e garantiu a vacinação para toda a população, inclusive, a imunização para mais de 4 milhões de crianças", disse o governo, em nota.
Ainda de acordo com o governo de São Paulo, a paródia musical é um incentivo para que pais e responsáveis acompanhem o calendário vacinai e levem seus filhos ao posto mais próximo de casa para serem imunizados.
A vacinação infantil no estado começou na sexta-feira passada, após a entrega do lote inicial de 234 mil vacinas pediátricas da Pfizer. O menino indígena Davi Seremramiwe Xavan-te, de 8 anos e portador de uma deficiência motora, foi a primeira criança a receber a vacina no Brasil.
Esta não é a primeira vez que o governo faz referência a desenhos, filmes ou séries em suas campanhas. Anteriormente já foram usados 'Harry Potter', 'Elite' e 'High School Musical'. A estratégia também já foi adotada por políticos, como a deputada Joice Hasselmann, que usou a 'Miss Piggy', em alusão à personagem Peppa Pig, durante o último pleito, no qual concorria à prefeitura de São Paulo.
Espera incansável. Expectativa do governo de São Paulo é que Anvisa libere CoronaVac para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos de idade ainda hoje
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É #FAKE que Drauzio Varella escreveu texto ensinando como socorrer crianças em caso de mal súbito
Médico não escreveu coluna com esse teor. A imagem falsa serve de mote para legendas que alegam que as vacinas contra a Covid-19 para crianças são prejudiciais à saúde. A Anvisa atesta que as vacinas são seguras. Além disso, a bula do imunizante não cita os efeitos alegados na mensagem viral.
RIO - Circula nas redes sociais uma imagem que imita o aspecto da coluna do médico Drauzio Varella no jornal "Folha de S.Paulo" com o seguinte título: "Como socorrer seu filho pequeno caso ele tenha um mal súbito". É #FAKE.
A suposta coluna mostra uma foto de uma criança sendo socorrida e a seguinte frase abaixo do título: "Má alimentação, vida sedentária e aquecimento global podem contribuir para o problema".
A imagem é uma montagem. Drauzio Varella não escreveu uma coluna com esse título. "É fake. Nunca escrevi essa idiotice", disse o médico ao Fato ou Fake.
Drauzio também desmentiu a mensagem falsa em suas redes sociais verificadas e em seu site oficial. "A imagem e a coluna não são verdadeiras. As fake news são um problema grave, e não podemos ser ingênuos. Verifique antes de compartilhar", afirma uma publicação em sua conta do Twitter.
Está rolando por aqui, o print de uma suposta coluna do dr. Drauzio que teria sido publicada no dia 12/01, na Folha de S.Paulo.
A imagem e a coluna NÃO SÃO VERDADEIRAS.
As fake news são um problema grave, e não podemos ser ingênuos. Verifique antes de compartilhar.
- Portal Drauzio (@drauziovarella) January 17, 2022
A Folha também publicou em seu perfil verificado no Facebook uma checagem da Agência Lupa que desmente que Drauzio tenha escrito uma coluna com esse título.
Detalhes revelam a inconsistência da mensagem falsa. A imagem apresenta data de 12 de janeiro de 2022. Mas a coluna real de Drauzio publicada neste dia é intitulada "No combate a Covid e influenza, enfermeiras são linha de frente da saúde".
Além disso, a imagem falsa apresenta Drauzio como médico e jornalista. Mas a coluna verdadeira dele na Folha o apresenta como "médico cancerologista, autor de 'Estação Carandiru'.'
Fake usada para criticar vacinação infantil
A imagem falsa serve de mote para legendas que alegam que as vacinas contra a Covid-19 para crianças são prejudiciais à saúde delas.
"Pais, se preparem, porque a partir dessa segunda-feira o aquecimento global vai causar muitas mortes de crianças por mal súbito", diz uma delas. De forma irônica, a mensagem troca o termo "vacina" por "aquecimento global".
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas contra a Covid são seguras. A agência autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Também participaram da avaliação feita pela Anvisa especialistas das sociedades brasileiras de Infectologia (SBI), de Imunologia (SBI), de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Pneumologia e Tisiologia.
A mesma autorização de uso já foi concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia), além de países como Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai.
Em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos. A bula da Pfizer não cita mal súbito ou ataques cardíacos entre os possíveis efeitos adversos da vacina.
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PORTAL UOL
Sem apagão, registros de óbito pela covid em cartórios saltam 81% em 2022
Depois de nove meses seguidos de queda no número de registros de óbitos pela covid-19, o mês de janeiro já marca uma reversão na tendência. Os cartórios de registro civil do país contabilizavam, até as 19h de quarta-feira (19), um aumento de 81% na média móvel de mortes diárias pela doença.
O número estava em 102 no dia 31 de dezembro, o menor desde março de 2020. Passou para 183 em 16 de janeiro, o mais alto desde 11 de novembro de 2021.
Os dados, ainda preliminares, já apontam que a média móvel cresce a passos largos em meio à terceira onda da pandemia no país, marcada pela disseminação da variante ômicron.
Total de mortes sobe, mas patamar é mais baixo
O número de mortes, no entanto, deve ficar longe de se aproximar dos alcançados na segunda onda de covid no país. Em 30 de março do ano passado, a média móvel diária de mortes registrada pelos cartórios ficou em 3.413.
"Vamos ter um número significantemente menor em comparação ao ano anterior", diz Juliane Fonseca de Oliveira, pesquisadora do CIDAC (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde) da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O país tem quase 70% da população com o ciclo vacinal completo contra covid-19, segundo o consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte. Mesmo após o recorde de mais de 200 mil casos confirmados no país ontem, as internações cresceram em um ritmo menos acelerado -assim como deve ocorrer com as mortes.
Uma média baixa também está sendo observada em outros países que também estão sendo bastante afetados pela circulação do ômicron, o que prova o efeito da proteção da vacina. Mas ainda é cedo: a gente precisa acompanhar para ver se vamos manter a proteção e entender o quão ela é eficaz diante da ômicron".
Juliane Fonseca de Oliveira, Fiocruz
Mortes causadas pela covid-19:
Apesar dos dados dos cartórios ainda serem parciais, a tendência é que janeiro registre um aumento de mortes em relação ao mês anterior, algo que não ocorria desde março em relação a fevereiro de 2021. Em todo o mês de dezembro do ano passado, os cartórios registraram 3.341 óbitos. Este mês, até ontem, eram 2.768.
Os dados do Portal da Transparência da Arpen Brasil (Associação de Registradores de Pessoas Naturais) têm como base a causa mortis apontada pelo médico na declaração de óbito. Além disso, o número de mortes se refere à data do óbito, diferente dos estados (que abastecem o Ministério da Saúde e o consórcio de imprensa) -que se referem à data da inclusão do óbito no sistema.
"Os números já mostram uma elevação nos óbitos em janeiro, na comparação com os dados de dezembro, chegando ao pico de mais de 80% no dia 16 de janeiro, ainda dentro de um prazo em que podem ser lançados mais registros na plataforma", disse Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen/Brasil.
O prazo total para recepção dos dados dos cartórios e inclusão no portal é de até 15 dias, ou seja, os números dos últimos dias janeiro ainda podem subir.
Outro dado do portal é que as mortes pela covid-19 cresceram de forma desigual pelo país, com maior aumento nos estados que primeiro detectaram a circulação da variante ômicron.
O Rio de Janeiro teve o maior crescimento, de 933%, indo de 3 para 31 entre o último dia do ano passado e o dia 17 deste mês.
Mortes no Rio:
Em São Paulo, também houve uma alta acima da média nacional. A média móvel de sete dias mais que dobrou este ano: de 24 (em 31 de dezembro) para 57 (em 14 de janeiro). As internações de crianças e adolescentes no estado cresceram 61% entre novembro e janeiro, informou ontem o governador João Doria.
Apagão impediu prever alta
Para especialistas em análise de dados ouvidos pelo UOL, a curva de ascensão de casos e internações -que resultou na alta de mortes- não pôde completamente percebida porque ocorreu justamente no período de apagão de dados do Ministério da Saúde.
Juliane Oliveira explica que a estimativa é que o número de óbitos provocados pela covid-19 comece a subir em torno de 15 dias após a alta o número de casos.
"O apagão de dados demonstra também um colapso no acompanhamento do risco da pandemia como um todo. Esses dados do registro civil com crescimento [de mortes] na primeira semana de janeiro demonstra que falhamos em prever o impacto da ômicron, que é a variante que mais causava risco no aumento de casos no final do ano", aponta.
A ferramenta mais importante para essa medição é o Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), usado para que municípios reportem casos graves, internações e mortes por Influenza ou covid-19. A plataforma ficou sem dados entre 30 de novembro de 2011 (data da última atualização antes do ataque hacker) até a volta, no dia 14 de janeiro.
Um ponto que é importante destacar é que, como houve esse apagão do número de casos, temos um cenário de subnotificação que não somente está relacionado com os casos, mas muito provavelmente relacionado ao número de óbitos. Essa subnotificação também precisa ser estudada e estimada".
Juliane Fonseca de Oliveira, Fiocruz
Após o retorno do acesso aos dados do Sivep-Gripe, a Rede Análise Covid-19 remontou sua plataforma de dados com números de internações pelo país --e, só então, viu que elas cresceram durante o período de apagão.
"Os dados Sivep-Gripe mostram que a reversão de tendência de SRAG [Síndrome Respiratória Aguda Grave] aconteceu bem no período do apagão. Essa inversão começou a ocorrer ainda no final de 2021, quando a média diária de mortes parou de cair", explica Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede.
Ele também destaca que, como a doença deve ter um novo comportamento na sociedade, é difícil estimar um teto de óbitos que ela pode chegar, por exemplo. "Agora temos variante nova, vacinas, comportamento diferente da população", finaliza.
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CNN BRASIL
Goiás recebe vacinas pediátricas contra a Covid-19 fora da temperatura adequada
Ministério da Saúde orientou que o estado não distribua as doses até a conclusão da análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)
A equipe técnica da Central Estadual de Rede de Frio de Goiás (CERF-GO) constatou, nesta quarta-feira (19), um erro na temperatura das caixas que armazenavam 44.300 doses da vacina pediátrica da Pfizer contra a Covid-19 transportadas pelo Ministério da Saúde.
A partir do parecer, a Secretaria da Saúde de Goiás notificou o órgão do governo federal 'visto que ele é o responsável por toda a logística de envio dos imunobiológicos aos estados'. É aguardada pela pasta a decisão sobre a liberação ou não dos imunizantes.
Com o caso, a distribuição das vacinas que chegaram na terça-feira (18) foi suspensa. A campanha no estado continua com a remessa que chegou na última sexta-feira (14).
Procurado pela CNN, o Ministério da Saúde 'informa que foi notificado e investiga o caso'. A pasta orientou Goiás a não 'distribuir as doses aos municípios, até a conclusão da análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).'
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JORNAL OPÇÃO
Estudo genético mostra que infecção da sífilis está de volta
Por Rafaela Ferreira
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revela que um total de 64.301 casos de sífilis adquirida foi registrado no primeiro semestre de 2021. Pesquisadores descobriram duas linhagens da infecção e as duas estão circulando atualmente em 12 países
Durante décadas, a infecção sexualmente transmissível (IST) silenciosa e sistêmica da Sífilis diminui nos anos 1980 e 1990. Isto ocorreu em decorrência, em parte, das práticas sexuais mais seguras na esteira da epidemia de HIV/Aids. Porém, recentemente, no Brasil, o número de casos desta IST parece aumentar. Segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde (MS), cerca de 64.300 casos foram registrados no Brasil somente no primeiro semestre de 2021. O número é 16 vezes maior do que em todo o ano de 2010, quando 3.936 pessoas foram diagnosticadas com a doença.
Em um levantamento realizado pela CNN Brasil, mostrou que o Centro-Oeste aparece com 7% dos casos totais de todo país, sendo a última do ranking. Desta forma, o Centro-Oeste segue o Sudeste que representa cerca de 45% dos casos, em seguida, aparecem o Sul (22%), Nordeste (16,5%), Norte com 8%.
Mesmo com uma baixa expressiva, em comparação com as outras regiões do país, os casos de sífilis seguem sim uma ascensão no estado. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no período entre 2010 e 2029 foram detectados 25.616 casos de sífilis adquirida, 12.707 casos em gestantes e 2.385 casos de sífilis congênita no estado. Os casos concentram-se na população masculina (65%) e na faixa etária de 20 a 29 anos.
Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, é possível observar que no ano de 2020, comparado ao ano de 2019, houve redução de todas as taxas: 26,6% na taxa de detecção de sífilis adquirida, 9,4% na taxa de incidência de sífilis congênita e 0,9% na taxa de detecção em gestantes. A redução no número de casos pode decorrer de uma subnotificação dos casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) devido à mobilização local dos profissionais de saúde ocasionada pela pandemia.
A sífilis tem cura e o tratamento é simples, por meio de uma a três doses de penicilina, dependendo da fase da doença, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Quando não é tratada, a bactéria permanece no organismo e a doença evolui para os estágios de sífilis secundária, quando podem ocorrer manchas, pápulas e outras lesões no corpo, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar, dor de cabeça e línguas. Além disso, pode acarretar também na sífilis latente, fase assintomática, quando não aparece mais nenhum sinal ou sintoma. Após o período de latência, que dura de dois a 40 anos, a doença evolui para a sífilis terciária, uma condição grave que leva à disfunção de vários órgãos e pode provocar a morte do paciente. Costuma apresentar lesões ulceradas na pele, além de complicações ósseas, cardiovasculares e neurológicas.
Pesquisa
Em um mapeamento sobre o ressurgimento da doença em todo o mundo, pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM, na sigla em inglês), Instituto Wellcome Sanger, Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, foi considerado o maior e mais abrangente estudo dos genomas da sífilis até hoje e fornece dados sobre como as cepas estão se movendo ao redor do mundo.
A pesquisa intitulada “Global phylogeny of Treponema pallidum lineages reveals recent expansion and spread of contemporary syphilis“ revelou que a equipe descobriu que todas as amostras vieram de apenas duas linhagens profundamente ramificadas, Nichols e SS14. Ambas as linhagens estão circulando atualmente em 12 dos 23 países amostrados, e amostras quase idênticas estiveram presentes em 14 desses países. Também foram encontradas algumas sub-linhagens mais raras, como cepas únicas ou privadas de um único país. Embora isso possa ser esperado em locais com pouca amostragem e geograficamente distantes, como Cuba, Haiti, México e Zimbábue, a pesquisa mostrou que a maioria das sub-linhagens privadas e cepas únicas eram, na verdade, do Canadá, Reino Unido ou EUA, sugerindo que uma amostragem mais profunda em outros lugares também pode encontrar uma nova diversidade.
O Dr. Mathew Beale, do Instituto Wellcome Sanger, primeiro autor do estudo, explica que foram encontradas evidências de transmissão generalizada de cepas entre países e que a maioria das cepas de todo o mundo são extremamente semelhantes. “Isso porque compartilham uma fonte comum que data de apenas algumas décadas (final dos anos 1990 / início dos anos 2000). Embora também tenhamos sequenciado algumas cepas mais antigas, elas não estão intimamente relacionadas à sífilis atual e parece que novas cepas (linhagens) de sífilis substituíram as mais antigas”, ressalta.
Ainda segundo o pesquisador, as linhagens de sífilis dominantes que infectavam pacientes antes de 1983 não são as mesmas que infectam hoje. “Nossa análise mostra um gargalo populacional ocorrido no final da década de 1990 que indica um grande declínio no tamanho da população de T. pallidum, provavelmente como resultado da crise de HIV / Aids”, destaca. Para ele, isso acende um alerta do ponto de vista da saúde pública. “O preocupante é que a presença de amostras quase idênticas em vários países sugere que a doença está sendo transmitida internacionalmente de forma regular. A sífilis está de volta e é global”, atenta o Dr. Beale.
Para realizar o levantamento, os pesquisadores utilizaram 726 amostras de sífilis de 23 países, as quais incluíram áreas bem amostradas, como Estados Unidos e Europa Ocidental, além de regiões mal amostradas, como Ásia Central, Austrália e África. O estudo é um recurso valioso para a compreensão da diversidade genética do T. pallidum que pode ter implicações para o desenvolvimento de vacinas e resistência aos medicamentos. Além disso, o estudo também mostra a associação com o aumento da sífilis congênita, que decorre do aumento do número geral de casos.
Atualmente, uma limitação da pesquisa é o número muito limitado de amostras de certas partes do mundo, incluindo a América Latina. Não há genomas disponíveis atualmente no Brasil e por isso a equipe está em busca de laboratórios no Brasil ou países vizinhos que tenham interesse em colaborar com a genômica da sífilis.
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Trombose: entenda a relação da doença com o Covid-19 e as vacinas contra o vírus
Por Gabriella Oliveira
Com a pandemia, casos de trombose tem aumentado, gerando dúvidas e medos em relação ao vírus e seu imunizante
Desde o surgimento do vírus Sars-CoV-2, em dezembro de 2019, os casos de trombose vêm aumentando em pacientes que se contaminaram com a doença e também em uma pequena parcela de pessoas que tomaram o imunizante que protege o corpo do vírus. Diante dos casos, muitas dúvidas e polêmicas foram criadas em torno do Covid-19 e das vacinas, por isso médicos e cientistas especialistas realizaram uma série de pesquisas para descobrir a relação entre os três fatores.
A trombose é um problema circulatório que se dá quando um coágulo, parcial ou total, se forma nos vasos sanguíneos, veias ou artérias, limitando o fluxo normal do sangue. “Em relação a Covid-19 nós sabemos que ele tem relação com a trombose, porque ele aumenta a coagulação sanguínea. Então, em determinados momentos, nós temos que entrar com anticoagulantes nos pacientes”, explica o infectologista Marcelo Daher.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a trombose acomete cerca de um terço dos pacientes internados com Covid-19 e, normalmente, são casos de trombocitopenia, ou seja, a produção de plaquetas diminuem no sangue formando uma coagulação, uma trombose, aumentando a produção de trombos. Essa sequela do vírus pode acometer qualquer pessoa, de qualquer idade, mesmo que o paciente não tenha pré-disposição a problemas circulatórios. Contudo, como esclarece Daher, “não é exclusividade do Covid-19 apresentar alguma sequela trombótica, outras doenças graves também podem desenvolver”.
Em relação as vacinas, tanto a bula da Astrazeneca quanto a da Janssen, alertam para “trombose em combinação com trombocitopenia” como efeito colateral de ter tomado o imunizante, reiterando que são raros os casos. As duas tem tecnologia semelhante em sua fórmula, chamada de vetor de adenovírus, que seria o causador da possível trombose. De acordo com o Ministério da Saúde, na Europa os casos de pessoas que desenvolveram esse efeito colateral foi de 1 a 8 milhão de casos por indivíduo, ou seja, menos de 0,008%. Sendo assim, como concluiu um estudo feito pela The British Medical Journal (The BMJ), no Reino Unido, as chances de desenvolver coágulos sanguíneos é maior ao ser infectado pelo novo coronavírus do que ao receber uma vacina contra Covid-19.
A trombocitopenia, causada pela aplicação da vacina, pode aparecer após 4 a 52 dias depois que o indivíduo tomou a primeira dose, sendo muito pouco provável que a doença venha a se desenvolver após esse período ou após a segunda dose. As pessoas mais suscetíveis a ter esse efeito colateral da vacina, como explicou Marcelo Daher, seriam mulheres na idade fértil. “Por isso, a Inglaterra passou a dar preferência de usar essa vacina em mulheres a partir de 40 anos de idade”, explica o infectologista. E gestantes, por terem uma pré-disposição a enfrentarem problemas circulatórios, também estariam dentro desse risco, por conta disso que a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi que as grávidas se vacinem com o imunizante Pfizer.
Os sintomas de uma trombocitopenia, incluem falta de ar, dor no peito, inchaço ou dor nas pernas, dor abdominal persistente e sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves. Caso uma pessoa apresente esses sintomas dentre o período citado (de 4 a 52 dias após tomar a primeira ou segunda dose), deverá se encaminhar a um centro de saúde para que exames sejam feitos e o tratamento realizado o mais rápido possível.
A Anvisa, lançou uma nota em que reitera que “os benefícios das vacinas da AstraZeneca e da Janssen superam os riscos do uso desses produtos e (a Agência) mantém a recomendação da continuidade da vacinação com os imunizantes, dentro das indicações descritas na bula.” A Anvisa lembra que os casos de trombose após receber a vacina são raros e que “é fundamental a identificação precoce dos casos e a implementação urgente de terapia adequada” para quem apresentar os sintomas da trombocitopenia.
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PORTAL G1 GOIÁS
Vendedora relata sofrimento e seios deformados após cirurgia de implantes em Goiânia: 'Traumatizada'
Processo pede R$ 180 mil ao cirurgião e à clínica em indenização por danos morais e materiais à paciente. Defesa afirma que os acusados prestaram atendimento adequado.
Uma vendedora de 40 anos conta que sofreu com dores intensas e ficou com os seios deformados após cirugia para colocar próteses de silicone, em Goiânia. Segundo ela, o que um dia foi um sonho se tornou fonte de medo e decepção, por isso, entrou com um processo pedindo R$ 180 mil de indenização por danos morais e materiais contra o cirurgião e a clínica onde fez a operação.
“Fiquei traumatizada. Foram seis meses gritando de dor para tomar banho, acordando com pontadas, um líquido vazando do meu peito, e ele [cirurgião] sempre me remendando e dizendo que era meu corpo que não tinha uma cicatrização boa”, contou.
Os advogados da clínica e do médico informaram, por meio de nota, que a cirurgia foi feita em local regularizado, por profissional habilitado e que "transcorreu sem intercorrências".
Também de acordo com o comunicado, a paciente teve uma infecção um ano após o procedimento por uma bactéria que pode ter sido contraída em ambiente profissional ou residencial da paciente. A defesa também disse que ela recebeu o atendimento adequado, mas que abandonou o tratamento.
Questionado sobre o caso e se há investigação em andamento contra o profissional, o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) respondeu, por meio de nota, que "não informa sobre a tramitação de denúncias/processos/sindicâncias".
Segundo a paciente, a cirurgia para colocar os implantes foi feita no início de 2020. Ela contou que sofreu com os seios muito doloridos e o mamilo esquerdo com um aspecto de necrose. Depois de seis meses tentando resolver a situação com o mesmo médico, ela procurou outro profissional, que conseguiu ajudá-la a se recuperar.
“O outro médico se sensibilzou com o meu caso. Eu lembro que fui fazer consulta com ele e só conseguia chorar. Ele colheu o material que estava vazando do meu peito, identificou uma infecção bacteriana, me prescreveu o antibiótico e eu melhorei, mas tive que retirar a prótese, colocar um curativo interno. Fiz duas cirurgias para tentar resolver o problema da primeira”, completou.
Após as novas consultas, ela fez uma cirurgia em agosto e outra em outubro do mesmo ano para conseguir se recuperar das sequelas da primeira operação.
Ao contar o que viveu, a vendedora se emociona. Ela disse que, mesmo dois anos depois, ainda sofre muito com a própria imagem e, apesar de ter superado a dor física, as sequelas emocionais e os tratamentos psicológicos e psiquiátricos ainda fazem parte da realidade dela.
“Me sinto feia, quase não me olho no espelho. Dormi seis meses separada do meu marido, isso afetou nosso casamento. Afetou muito a minha autoestima, fiquei muito abalada. Ainda é difícil contar”, disse.
Com base nas consultas que fez com o médico que a curou, a vendedora disse que, para recuperar o formato dos seios, seria colocando novo implante. No entanto, depois de tudo que passou, ela disse que não consegue considerar a alterantiva por medo.
Processo
A vendedora conseguiu entrar com um processo na Justiça em março de 2021. O pedido de indenização feito pela defesa da vendedora registra que as cirurgias e medicamentos usados para reparar os danos causados custaram mais de R$ 30 mil.
Os documentos relatam ainda que a paciente teve que começar tratamentos psiquiátricos para lidar com as deformidades com que ficou. No registro, são citados problemas no casamento, com a autoimagem, crises de ansiedade, entre outras dificuldades.
No último dia 14 de janeiro, o juiz do caso nomeu um perito para que analise o caso e dê um parecer técnico sobre a situação. O prazo estipulado é de 30 dias para a entrega do laudo.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 19/01/22
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DESTAQUES
Anvisa deve aprovar nesta quarta uso de autoteste de Covid
Brasil registra 2º maior número de casos de covid em 24h; média móvel é recorde
Procon Goiás fiscaliza laboratórios e farmácias para verificar preços de testes para Covid
Com estoques baixos, bancos de sangue em Goiânia apelam por doações
Pacientes denunciam superlotação e falta de medicamentos no Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia
Estudo conclui que a maioria das reações às vacinas contra covid-19 é de ordem psicológica
Psiquiatra e clínica médica são condenados por se recusar a atender paciente preso, em Trindade
Dona da Amil divulga resultados em meio a negociações para deixar o Brasil
Goiânia retoma aulas presenciais da rede municipal nesta quarta (19/1)
Covid-19: Goiás registra mais de 5 mil novos casos nas últimas 24 horas
Caiado anuncia abertura de 40 leitos de UTI para tratar covid-19 em Goiás
Goiânia registra menor índice de obesidade do País, mostra pesquisa
Santa Casa de Misericórdia precisa de doações de sangue com urgência
Erro em teste de paternidade gera condenação de R$ 80 mil para laboratório
Índice de Covid-19 no esgoto de Goiânia é o maior desde agosto do ano passado, alerta UFG
FOLHA DE S.PAULO
Anvisa deve aprovar nesta quarta uso de autoteste de Covid
BRASÍLIA - A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve aprovar nesta quarta-feira(19) o uso do autoteste para Covid-19 no Brasil.
O Ministério da Saúde pediu na última quinta (13) para a agência liberar o exame que pode ser feito em casa. Utilizado há meses em outros países, os autotestes são proibidos no país por causa de uma resolução da Anvisa de 2015.
Pela regra, o ministério precisa propor uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já sinalizou que os produtos não devem ser comprados pelo governo federal.
Técnicos da agência também tentavam levar para a mesma reunião a votação sobre pedido de uso da Coronavac para o público de 3 a 17 anos. Mas a análise da diretoria deve ser feita em outra data, ainda nesta semana, pois alguns pareceres sobre a vacina estão sendo finalizados.
A tendência é aprovar o autoteste e o uso da Coronavac em crianças e adolescentes, mas a decisão final depende do voto da maioria dos cinco diretores da Anvisa.
A testagem no Brasil está centrada em clínicas, farmácias e serviços públicos, que não estão conseguindo atender à demanda diante da circulação da variante ômicron.
Entidades científicas cobraram, na semana passada, uma política de testagem mais ampla do governo federal e a per missão do exame em casa. A procura pelos testes disparou como avanço da contaminação na virada do ano.
O ministro Queiroga disse que o autoteste pode desafogaras unidades de saúde, mas afirmou que a compra do produto para o SUS pode não ter o efeito desejado.
'O Brasil é um país muito heterogêneo, de muitos contrastes. A alocação deste recurso para aquisição de autoteste, distribuir para a população em geral, pode não ter resultado da política pública que nós esperamos', disse o ministro no último dia 14.
Presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa disse à Folha que os autotestes devem ser mais baratos que exames de antígeno vendidos em farmácia. 'Hoje a gente vê valores de R$70 a R$ 150 (de testes de antígeno) nas farmácias. O autoteste deve ficar de R$45 a R$70', afirma Gouvêa.
Na proposta envidada à Anvisa, o ministério orienta que pacientes que detectaram a infecção pelo autoteste procurem atendimento em unidade de saúde ou teleatendimento para confirmar o diagnóstico e receber orientações.
Segundo a mesma nota, a autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social.
A campanha de vacinação das crianças foi aberta na última sexta-feira (14), com o imunizante da Pfizer destinado ao grupo de 5 a 11 anos.
Integrantes da Anvisa afirmam que algumas condições
podem ser definidas para aprovar a Coronavac para o grupo de 3 a 17 anos. Entre elas, que o Instituto Butantan, que produz a Coronavac no Brasil, se comprometa a gerar dados sobre o uso das doses no Brasil, além de apresentar o desfecho de estudo global que está sendo conduzido na China, África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas.
Os pareceres das áreas técnicas devem apontar que a vacina demonstra dados sólidos de segurança. Além disso, destacar que o imunizante é largamente aplicado nos mais jovens em outros países, como o Chile. O país andino já imunizou 1, 4 milhão de pessoas entre 3 e 17 anos.
O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças, caso haja aprovação da Anvisa.
"A alocação deste recurso para aquisição de autoteste, distribuir para a população em geral, pode não ter resultado da política pública que nós esperamos"
Marcelo Queiroga - ministro da Saúde
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil registra 2º maior número de casos de covid em 24h; média móvel é recorde
O Brasil registrou, entre a segunda-feira, 17, e esta terça-feira, 137.286 novos casos de covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste dia 18 de janeiro. O total só é menor do que o registrado em 18 de setembro de 2021, com 150.106 casos.
À época, o pico de casos foi um ajuste feito na compilação de dados após falhas no sistema, o que acumulou os dados para esse dia específico. O total entre a segunda-feira e esta terça é quase o dobro do que o registrado uma semana atrás. Em 11 de janeiro foram 70.765 novos casos. A média móvel de novos registros nos últimos sete dias atingiu 83.205 casos, a maior desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020.
A maior média móvel até então era de 77.328 casos, em 23 de junho de 2021. O total de casos de covid-19 chega a 23.211.894 desde o início da pandemia, de acordo com o Conass.
Mortes
O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, apontou 351 óbitos causados pela covid-19 entre a segunda-feira e esta terça, 2,32 vezes superior ao total de uma semana atrás com 147 mortes. A média móvel de sete dias foi a 183 óbitos, ante 154 na segunda-feira e 122 óbitos de média móvel em 11 de janeiro, uma semana atrás. Com isso, o País acumula 621.517 vidas perdidas para a doença.
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TV ANHANGUERA
Procon Goiás fiscaliza laboratórios e farmácias para verificar preços de testes para Covid
globoplay.globo.com/v/10221087/
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DIÁRIO DO ESTADO
Com estoques baixos, bancos de sangue em Goiânia apelam por doações
Não bastasse a pandemia do novo coronavírus, somado ao surto de gripe e dengue que Goiânia vive, as férias no fim do ano acabaram afastando as pessoas dos bancos de sangue. O resultado de todo o combo são estoques baixos. Na Santa Casa de Misericórdia, alguns tipos sanguíneos já se esgotaram e, consequentemente, cirurgias precisam ser adiadas e até desmarcadas. No Hemocentro, as doações de sangue apresentam queda vertiginosa que chega a 41%.
De acordo com a biomédica e coordenadora do banco de sangue da Santa Casa de Misericórdia, Gabriela Miranda, a situação atual é crítica. “Na situação em que estamos existem cirurgias que precisam ser desmarcadas ou adiadas porque não existe reserva de sangue para poder atender essas cirurgias de grande porte, como as cardíacas, vasculares, gerais… Nesse momento, já está acontecendo de ter que desmarcar essas cirurgias”, pontua.
A atual situação impede que alguns pacientes possam continuar seus tratamentos. “Dependendo dos pacientes que já estão internados alguns podem já precisar ficar esperando”, destaca. Ela atribui a situação crítica às férias de fim de ano. “As doações nessa época costumam cair e a gente enfrenta dificuldades”, pondera Miranda.
Mas não apenas. “Coincidentemente, além da pandemia que já vem incomodando há 2 anos, estamos num período epidêmico de gripes e das doenças sazonais transmitidas pelo mosquito, dengue, chikungunya. Isso afasta o doador dos bancos de sangue visto que não estando saudável não se pode doar sangue. Estamos enfrentando tudo isso ao mesmo tempo”, destaca.
Ela pede para que as pessoas com condições de doação possam realizar o gesto. “É um apelo para quem esteja dentro das condições que compareçam ao banco de sangue e liguem pra gente para tirar as dúvidas porque a saúde infelizmente não podem esperar. Tem muitas pessoas necessitadas de doação”.
As doações para a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia podem ser feitas entre 2ª e 5ª feira entre a 7h e às 12h e das 13h às 16h. Na sexta-feira, as doações podem ser feitas até as 15h. O agendamento pode ser feito pelo telefone (62) 3254-4283.
Hemocentro apresenta queda de 41% nas doações
A baixa nos estoques também preocupa a rede do Hemocentro em Goiás. De acordo com a diretora-geral Denyse Goulart as doações despencaram e os estoques de sangue das unidades apresentaram uma queda de 41%. Ela também atribui as férias escolares ao distanciamento das pessoas dos bancos. “Outra razão é pelo aumento da demanda dos hospitais por hemocomponentes. Temos um número elevado de acidentes que demanda a emergência e observamos um crescente número de casos de dengue e covid o que tem exigido um esforço ainda maior da rede estadual do Hemocentro”, pontua.
O contexto pandêmico e das doenças sazonais que saltaram vertiginosamente nas últimas semanas também não ajuda. A situação precisa ser revertida a medida que o feriado do Carnaval também se avizinha. “Estamos vivendo um momento delicado por conta da pandemia e dessas doenças sazonais que aparecem. No carnaval aumentam as viagens e com isso, também a probabilidade de acidentes de trânsito. A gente espera que haja um aumento no consumo para que consigamos reverter esse quadro”, destaca Denyse.
Goulart ainda destaca que o processo para doação é simples, não é doloroso e seguro. “O processo de doação de sangue é extremamente simples, diferente do que muitas pessoas pensam, que é doloroso ou demorado. A gente observa o anseio das pessoas em ir até um serviço de saúde como o Hemocentro achando que é um ambiente de risco para adquirir Covid-19. Asseguramos que é um processo simples, não é doloroso e o ambiente é extremamente seguro. Todos os profissionais usam EPIs completos. O ambiente possui dispenser de álcool em gel e temos um controle de pessoas que circulam na unidade que pode ser feito pelo nosso site ou telefone.”
Veja os critérios para doação de sangue, de acordo com o Hemocentro:
Quais as condições básicas para doar sangue?
Estar em boas condições de saúde;
Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos, precisam de autorização)
Pesar no mínimo 50 kg;
Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
Apresentar documento com foto emitido por órgão oficial.
Impedimentos temporários:
Gripe, resfriado e febre: aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas;
Período gestacional;
Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
Amamentação (até 12 meses após o parto);
Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;
Ter estado exposto a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição).
Pessoas que tiveram contato com pacientes infectados ou com suspeita de Covid-19 ficam impedidas de doar sangue pelo prazo de 14 dias
Pessoas que foram consideradas caso suspeito ou confirmado, devem aguardar o prazo é de 30 dias após a remissão dos sintomas.
Vacinas têm um período de inaptidão que varia entre 48 horas e 12 meses.
Critérios definitivos de impedimento:
Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade;
Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
Uso de drogas ilícitas injetáveis;
Malária.
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Pacientes denunciam superlotação e falta de medicamentos no Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia
Por conta da alta procura por atendimento, os pacientes tem precisado sentar no chão por falta de assentamentos no Cais
Os usuários da rede municipal de saúde de Aparecida de Goiânia tem sofrido com a superlotação e a demora no atendimento devido a surtos de dengue, chicungunha e H3N2. Unidades de saúde como o Centro de Atenção Integrada à Saúde (CAIS) Nova Era, por exemplo, tem registrado superlotação e falta de médicos, segundo os pacientes. Algumas pessoas, inclusive, precisam sentar no chão por falta de assentos.
Ao Diário do Estado, a população disse que não havia distanciamento social na unidade de saúde, uma das principais medidas de proteção contra a Covid-19. De acordo com a aposentada Zione da Costa Oliveira, de 79 anos, o motivo da superlotação foi a falta de médicos e a demora para fazer a triagem.
“Cheguei no CAIS e fiz a minha ficha era umas 7 horas da manhã. No entanto, eles começaram a chamar para a triagem já era mais de 8 porque os médicos não tinham chegado ainda. A partir dai foi mais uma luta para conseguir ser atendida. Quando cheguei não tinha muita gente, mas quando começou a chamar para a triagem as pessoas começaram a se aglomerar”.
Desorganização
Para Zione, o atendimento na unidade de saúde é desorganizado. Ela explica que durante a consulta foi aconselhada a fazer um exame para detectar a Covid-19. Entretanto, ao tentar agendar o teste, ela precisou voltar na sala do médico novamente, já que um dos papeis necessários para o agendamento não havia sido impresso por falta de papel.
Outro problema denunciado pela idosa é a falta de medicamentos no CAIS. A aposentada afirma que a médica lhe passou seis medicamentos, mas ao tentar pegá-los na farmácia do local conseguiu apenas dois, já que os outros quatro estavam em falta.
“O atendimento no CAIS é mito desorganizado. Precisei voltar na médica que me passou o pedido para fazer o teste contra a Covid-19 porque estava faltado uma folha. Ela me falou que não tinha imprimido porque tinham acabado as folhas. Já na hora de marcar o exame a internet caiu e não conseguimos marcar. Porém, o pior foi a falta de medicamentos na unidade. A mulher da farmácia me deu paracetamol porque não tinha dipirona”, exaltou.
Nota Prefeitura de Aparecida
“A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) esclarece que nesta terça-feira, 18 de janeiro, o Cais Nova Era está com a escala médica completa, com sete médicos atuando no plantão diurno. A Secretaria informa que os atendimentos ocorrem conforme prioridade clínica, ou seja, priorizando os casos mais graves e com risco de vida. Logo, casos mais leves têm um maior tempo de espera, dependendo da demanda.
A SMS acrescenta que a procura de pacientes no Cais aumentou em mais de 43% no mês de janeiro devido aos casos suspeitos de dengue, gripe e covid-19, ou seja, pessoas com sintomas gripais como tosse, dor de cabeça e no corpo, coriza, febre e fraqueza, dentre outros. Além do fluxo intenso de pacientes da cidade, a pasta continua atendendo diariamente a pacientes vindos de outros municípios, principalmente da Região Metropolitana de Goiânia, o que tem correspondido a 40% do total de atendimentos.
Para desafogar as UPAs e Cais, a SMS abriu, desde o último 29 de dezembro, todas as 40 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) da cidade para atendimentos de livre demanda, sem necessidade de agendamento prévio, de segunda a sexta-feira, relacionados às síndromes gripais e à dengue, inclusive com exames laboratoriais para descartar casos de covid e dengue. O município também está disponibilizando atendimento agendado via telemedicina”.
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O HOJE
Estudo conclui que a maioria das reações às vacinas contra covid-19 é de ordem psicológica
Mais de dois terços dos casos de efeitos adversos em pessoas que se vacinaram contra Covid-19 são de ordem psicológica. Foi o que concluiu um estudo feito em voluntários e conduzido por pesquisadores do Centro Médico Beth Israel Deaconess, nos Estados Unidos.
Segundo o resultado dos estudos, os efeitos caracterizam o efeito nocebo — oposto ao do placebo — que ocorre quando um indivíduo experimenta reações desagradáveis sem que elas tenham relação específica com um fármaco. No caso do placebo, há benefícios físicos ou psicológicos sem que a pessoa tenha tomado uma medicação específica.
O estudo foi publicado nesta terça-feira (18/1) no Jornal da Associação Médica Americana (JAMA Open Network). Os pesquisadores analisaram dados de 12 ensaios clínicos de vacinas contra Covid-19 com um total de 45.380 participantes.
Placebo x nocebo
Para alcançar os resultados, metade dos voluntários tomaram uma injeção de soro fisiológico (placebo), e a outra metade recebeu a vacina. Os voluntários não sabem o que tomaram até o fim do estudo. Os pesquisadores observaram que 35% dos participantes que tomaram uma injeção de placebo relataram efeitos adversos após a primeira dose — principalmente dor no corpo, febre e cansaço.
No grupo que tomou a vacina, 46% declararam ter experimentado algum efeito adverso sistêmico como os relatados acima. Os integrantes do Programa de Estudos Placebo do Centro Médico Beth Israel Deaconess fizeram análises e cálculos e conseguiram estimar que o efeito nocebo esteve presente em 76% de todas as reações adversas entre quem tomou a vacina.
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Psiquiatra e clínica médica são condenados por se recusar a atender paciente preso, em Trindade
A Justiça de Goiás condenou uma clínica médica e um psiquiatra do município de Trindade, após o médico ter se recusado a prestar atendimento a um homem presidiário. O caso ocorreu no ano de 2015. O preso se dirigiu à clínica acompanhado de sua irmã e de escolta policial. Após a recusa de seu atendimento, o homem foi levado de volta ao presídio da cidade, onde teve um surto psicótico e decepou dedos do próprio pé com o uso de uma faca.
Segundo os autos, a irmã do preso procurou a unidade de saúde no dia 28 de setembro de 2015, já que o irmão estava passando por problemas psicológicos e psiquiátricos. A consulta foi agendada, com valor definido em de R$ 105. No entanto, ao chegar à clínica escoltado, o médico recusou atendê-lo. Conforme os autos, a condição de preso e existência de escolta foram reportados ao médico pela secretária da clínica, que retornou com a informação de que o médico não o atenderia.
A condenação foi proferida nesta terça-feira (18/1) pelo juiz Liciomar Fernandes da Silva, titular da 2ª Vara Cível, Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental da comarca de Trindade. O estabelecimento e o médico deveram indenizar solidariamente o preso e sua irmã, cada um em R$ 20 mil, pela recusa no atendimento que contraria o Código de Ética Médica.
“Resta evidente a discriminação praticada pelo réu em relação ao autor, pois, ao tomar conhecimento de que o paciente era presidiário, se recusou a atendê-lo, orientando a secretária a pedir desculpas e devolver o valor pago pela consulta. Infelizmente, ferindo princípio básico dos direitos humanos, o de ser tratado de forma igual”, ressaltou o juiz.
Para o magistrado, a conduta do médico ao constranger de forma deliberada o paciente, feriu o direito à imagem do requerente, além de lhe negar proteção ao direito à vida, bem tão caro ao ordenamento jurídico brasileiro, sendo constitucionalmente assegurado. Prosseguindo, afirmou que caso a clínica e respectivo consultório efetivamente não contassem com estrutura para atender de forma adequada o paciente, era dever médico, após avaliação, realizar encaminhamento do paciente a outra clínica/hospital.
“O médico sequer conversou com o paciente ou com a irmã dele que estava no local, demonstrando total descaso com a pessoa que necessitava de atenção médica. Sua completa omissão evidencia a culpa que atrai a obrigação de indenizar, na forma do artigo 14, parágrafo único do Código do Consumidor”, sentenciou o magistrado.
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EXAME
Dona da Amil divulga resultados em meio a negociações para deixar o Brasil
UnitedHealth Group deve apresentar receita de 73 bilhões de dólares; companhia busca comprador para a Amil e deve deixar o Brasil
A UnitedHealth, gigante norte-americana do setor de saúde que é dona da operadora de planos brasileira Amil, divulga nesta quarta-feira (19) seus resultados para o quarto trimestre de 2021. A expectativa do mercado é que a empresa apresente receita de 73 bilhões de dólares, o que representará alta de 11,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Um dos pontos fortes da companhia no período foi a venda de seguros, que cresceu principalmente com mais adesões nos programas para idosos e baixa renda nos EStados Unidos. Planos odontológicos e oftalmológicos também devem ajudar a companhia a crescer no período, de acordo com estimativa da plataforma de investimentos Zacks.
Ainda assim, a última linha do balanço pode ser impactada pelos efeitos negativos dos custos de testagem e tratamento para a covid-19. A empresa teve um aumento no nível de gastos devido à ampliação dos custos médicos e operacionais causada pela pandemia.
A expectativa da UnitedHealth é terminar 2021 com receita de 287 milhões de dólares. Para 2022, o faturamento esperado é de 318 milhões de dólares.
Venda da Amil
Os números do quarto trimestre chegam em meio às notícias de que a companhia pretende deixar o Brasil. A empresa busca um comprador para a operadora de planos Amil, que tem uma carteira de 5,7 milhões de usuários, 15 hospitais e 53 centros ambulatoriais.
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A REDAÇÃO
Goiânia retoma aulas presenciais da rede municipal nesta quarta (19/1)
O ano letivo de 2022 da rede municipal de Goiânia tem início nesta quarta-feira (19/1) de forma 100% presencial. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), as aulas começam com rígidos protocolos de biossegurança nas instituições e com planejamento pedagógico elaborado para recuperar as aprendizagens dos estudantes após mais de um ano de ensino remoto ou híbrido.
Estudos e avaliações diagnósticas realizadas pela Secretaria Municipal de Educação (SME) apontaram defasagens no ensino dos estudantes e baixa efetividade no aprendizado. Por este motivo o retorno presencial contará com o apoio de programas como o Aprender Sempre e o Alfabetização em Foco que visam melhorar as aprendizagens.
As aulas retornarão em um formato 100% presencial e levarão em conta as normativas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que autorizam o funcionamento das instituições de ensino desde que sejam cumpridos rígidos protocolos de biossegurança. Diante disso, toda a comunidade escolar será obrigada a cumprir medidas sanitárias de combate à disseminação de covid-19, que incluem o uso obrigatório de máscaras, envio de máscara reserva dentro da mochila, higienização frequente com álcool em gel, água e sabão e limpeza recorrente dos ambientes educacionais.
Os protocolos de biossegurança determinam ainda que as refeições sejam feitas em locais arejados e ao ar livre. Além disso, os alunos não deverão compartilhar objetos e a aferição de temperatura com termômetro estará mantida. A qualquer sinal de síndrome gripal, a orientação é de que os pais e responsáveis não levem os filhos para as unidades. As medidas de segurança incluem ainda a testagem em massa dos integrantes de toda a comunidade escolar.
Além disso, técnicos da SME e da SMS, em conjunto com Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para o novo Coronavírus (COE-Ncov), irão avaliar diariamente o cenário epidemiológico da Covid-19 em Goiânia. "O nosso objetivo é garantir a segurança das crianças, estudantes e servidores do município de Goiânia", frisa o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.
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Covid-19: Goiás registra mais de 5 mil novos casos nas últimas 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 5.509 novos casos de covid-19 somente nas últimas 24 horas. Além disso, 23 mortes foram confirmadas em decorrência da doença, no mesmo período. É o que apontam os dados divulgados, na tarde desta terça-feira (18/1), pela Secretária de Estado da Saúde de Goiás. A taxa de letalidade do vírus é de 2,54%.
Com as atualizações, o Estado já contabiliza 978.504 infecções pelo novo coronavírus e 24.792 mortes. A pasta investiga outros 644.856 casos e 391 óbitos para saber se há alguma ligação com a doença. Ainda conforme informações da SES-GO, do total de registros, 938.814 pessoas estão recuperadas da covid-19 no território goiano.
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Caiado anuncia abertura de 40 leitos de UTI para tratar covid-19 em Goiás
Théo Mariano
Goiânia - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou nesta terça-feira (18/1), por meio das redes sociais, a abertura de mais unidades de terapia intensiva (UTIs) para tratamento exclusivo de pacientes com a covid-19. Segundo o chefe de Estado, foram remanejados ao todo 40 leitos: "Sendo 30 para adultos e 10 pediátricos nas cidades de Goiânia, Formosa e Itumbiara."
O Estado de Goiás tem passado, assim como todo o País, por uma nova onda da covid-19, que ganhou força após a chegada da variante Ômicron. Em um boletim da última semana, inclusive, a Secretaria de Estado da Saúde chegou a reportar mais de 6 mil novos casos da doença em um único dia.
Com a alta do número de infectados, os governantes precisaram entrar em alerta para retomar medidas de combate ao vírus. Em Goiânia, que segundo o último boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz estava com a maior taxa de ocupação das UTIs para covid-19 entre as capitais, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) publicou decreto proibindo carnaval, grandes eventos e outras medidas retritivas.
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Goiânia registra menor índice de obesidade do País, mostra pesquisa
A pesquisa Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel, realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), mostrou que Goiânia foi a capital com o menor índice de obesidade do Brasil. Em 2019 a doença atingiu 20,3% dos adultos nas capitais do País, mas em 2020 o número cresceu para 21,5% neste grupo, com maior prevalência nos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste. No entanto, Goiânia foi a capital do país com o menor índice, de 14,8%.
“Não podemos esquecer que a obesidade é a doença que mais mata no mundo. É uma doença crônica, multifatorial, inflamatória e extremamente ligada aos hábitos. Atendendo no Rio de Janeiro e Goiânia é bastante evidente que a forma com que as pessoas encaram o trabalho determina muito o estilo de vida que ela levará. Então, quando veio a pandemia e as pessoas foram obrigadas a ficarem isoladas e distantes de sua jornada de trabalho intensa, ficaram mais ansiosas e depressivas, sendo estes um dos principais fatores que interferem diretamente na obesidade”, explica o médico especialista em nutrologia, Lucas Augusto.
No entanto, o índice nacional chega a quase o dobro do que foi registrado 14 anos antes, em 2006, quando só 11,8% da população brasileira era portadora desse tipo de comorbidade. O ano marca a primeira vez que foi realizado o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) pelo Ministério da Saúde, de onde os dados do IEPS foram extraídos. Foram entrevistadas 27.077 pessoas nesta edição do estudo.
Beatriz Rache, mestre em Economia pela Universidade Columbia (EUA) e autora da pesquisa do IEPS, destaca ainda o aumento dos fatores de risco à saúde, como o consumo de ultraprocessados (biscoitos, chocolate, salsicha, margarina, entre outros), em praticamente todos os segmentos da pesquisa. Só o tabagismo se manteve estável em 2020 ante 2019.
Outro hábito que contribuiu pra o aumento de peso foi o crescimento do consumo de comida delivery, a maioria gordurosa, calóricas, fast-food várias vezes por semana. Aquelas pessoas que faziam pequenas caminhadas para ir trabalho passaram a ficar sentadas em casa, o que que também contribuiu para a piora.
“Com o aumento das lives e as maratonas de filmes e séries, a população começou a inserir bebidas alcoólicas e comidas de fácil preparo em seus hábitos diários. Então o que era esporádico tornou-se rotina e a falta de acompanhamento médico, psicológico e nutricional na pandemia fizeram os novos-obesos perderem o controle de suas vidas e entrarem num ciclo vicioso. No caso a ansiedade e depressão regiam seus dias já que o futuro era totalmente incerto”, explica o médico.
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Santa Casa de Misericórdia precisa de doações de sangue com urgência
Com estoque baixo, o Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia realiza uma campanha para estimular a doação de sangue de qualquer tipo. As doações podem ser feitas de segunda a quinta-feira, das 7h às 16h. Na sexta-feira entre 7h e 15h.
O atendimento pode ser agendado pelo telefone (62) 3254-4283, das 7h às 17h. "O Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia está funcionando normalmente e pronto para te receber, seguindo todas as medidas de segurança para evitar a disseminação do novo coronavírus. Precisamos com urgência", pontuou a unidade.
Para ser um doador, você precisa:
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 18 e 65 anos de idade;
- Pesar acima de 51 kg;
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
- Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
- Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 7 dias;
- Pode ter qualquer tipo sanguíneo;
No momento da doação, é preciso apresentar documento original, com foto.
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JORNAL OPÇÃO
Erro em teste de paternidade gera condenação de R$ 80 mil para laboratório
Por Acaray Martins
Mãe alegou que o resultado trouxe grande sofrimento, abalo moral e constrangimento, que perdurou até a realização de novo exame confirmando a paternidade
Um laboratório foi condenado a pagar R$ 80 mil para uma mulher, a titulo de indenização por danos morais, em decorrência de erro em exame de paternidade, no qual constava falso negativo. A juíza Sueli Juarez Alonso, da 2ª Vara Cível de Itaquera, entendeu que o falso resultado trouxe à autora desequilíbrio psicológico que perdurou até a constatação da afirmativa da paternidade.
A autora da ação alegou que procurou a ré para fazer exame de DNA visando confirmar a paternidade da filha dela. Afirmou que o resultado do exame foi falso negativo para a paternidade do companheiro e que o resultado trouxe grande sofrimento, abalo moral e constrangimento, que perdurou até a realização de novo exame confirmando a paternidade.
Na análise dos autos, a juíza considerou evidente que a mulher sofreu constrangimento. “É evidente que o falso resultado trouxe a autora desequilíbrio psicológico que perdurou até a constatação da afirmativa da paternidade. Não se pode olvidar que enquanto aguardava o resultado de outro exame, que, diga-se, a ré sequer se prontificou a fazer, a autora ficou exposta a situação capaz de abalar sua integridade psíquica, com repercussão na sua reputação e consideração no meio familiar e social”, afirmou.
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Índice de Covid-19 no esgoto de Goiânia é o maior desde agosto do ano passado, alerta UFG
Por Rafaela Ferreira
A alta concentração de carga viral no esgoto de Goiânia não era identificada desde setembro de 2021. No entanto, a semana do Natal já apontou mudança de tendência na amostragem
Monitoramento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) mostra que, após quatro meses de baixa concentração do vírus Sars-CoV-2 no esgoto de Goiânia, a carga viral voltou a subir, atingindo uma alta concentração na última semana. O estudo, realizado em conjunto com a Saneago, identificou que os índices correspondem aos que foram encontrados do dia 18 do mês de agosto de 2021. As amostras estão sendo coletadas desde maio do ano passado e pesquisadores projetam um alerta precoce a ser divulgado para as entidades de saúde.
A análise é realizada semanalmente e são coletadas na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Doutor Hélio Seixo Brito, para onde são enviados 70% do esgoto gerado na capital. Em boletim da Rede Vírus-MCTI, é mostrado que há uma tendência de aumento da carga viral. As coletas semanais representam a contribuição de aproximadamente um milhão de pessoas.
A alta concentração de carga viral no esgoto de Goiânia não era identificada desde setembro de 2021. Isso ocorre após meses de queda na concentração do material genético do vírus no esgoto, que era identificado em níveis médios ou até mesmo inferiores ao limite de detecção. Para se ter ideia, em duas semanas dos meses de outubro e novembro e no início de dezembro o monitoramento não detectou carga viral no esgoto. No entanto, a semana do Natal já apontou mudança de tendência na amostragem.
“Identificamos um aumento significativo na semana do Natal. E a primeira semana de janeiro já apontou a tendência de aumento, apesar de não ter atingido alta concentração do vírus. Isso muito provavelmente devido às chuvas intensas do período que diluíram o material de análise. Com a estiagem, a carga viral da segunda semana de janeiro já atingiu níveis elevados”, explica a professora da UFG e coordenadora do projeto, Gabriela Duarte.
Em considerações gerais do documento, é afirmado que, a média móvel de casos clínicos reportados também vem sofrendo reduções gradativas. Porém, na última semana foi detectada concentração média de fragmentos do RNA viral no esgoto, na ordem de 105 cópias de RNA/L. “Nas semanas epidemiológicas de 30 a 49/2021, amostragens realizadas entre os dias 30 de julho e 08 de dezembro de 2021, foi detectada a presença de fragmentos do material genético do SARS-CoV-2. As concentrações detectadas variaram entre 106 e 109 cópias de RNA/L (faixas de média e alta concentração)”, aponta boletim.
Alerta
Atualmente, as pesquisadoras da UFG pretendem divulgar um Alerta Precoce para orientar os órgãos públicos em ações e na distribuição de recursos, incluindo estratégias de teste, rastreamento e preparação para o enfrentamento de surtos virais. A frequência de ocorrência de Covid-19, em uma comunidade, pode ser estimada pela detecção do RNA do vírus no esgoto, explica Gabriela.
“O monitoramento oferece uma importante ferramenta epidemiológica que sugere a necessidade urgente de medidas de controle sanitário para o enfrentamento da pandemia”. Os resultados do monitoramento da covid no esgoto em Goiânia são publicados em boletins semanais pela Rede Vírus-MCTI.
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Assessoria de Comunicação
A pandemia não acabou. Cuide-se e ajude a cuidar dos outros
Estamos vivendo um momento de aumento de casos de síndromes gripais e Covid-19, além de casos de Dengue, Zika e Chikungunya, que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Essa situação tem provocado a lotação de prontos atendimentos e aumentado o tempo de espera por assistência.
Por isso, sempre é importante cuidar da prevenção para proteger você e quem você ama.
Para evitar as síndromes gripais e Covid-19, mantenha o distanciamento social, evitando aglomerações; vacine-se; use corretamente a máscara de proteção facial e higienize frequentemente as mãos com água e sabão e com álcool em gel quando não for possível lavá-las.
Para prevenir a Dengue, Zika e Chikungunya, mantenha os ambientes limpos, eliminando objetos que possam acumular água e se tornar criadouros do mosquito.
Cada um precisa fazer a sua parte.