Palestra exclusiva para a Ahpaceg aborda o cenário da saúde e a segurança do paciente
Exclusiva para associados da Ahpaceg, a palestra “Mercado de Saúde: A Relação entre Hospitais e Operadoras (Fusões e Aquisições no Brasil)” foi promovida pelo Ipog no dia 30 de março. Realizado no formato virtual, o evento teve como palestrantes a professora Gilvane Lolato e o enfermeiro e gestor de qualidade Erik Mikael Lemes.
Com um vasto currículo na área da saúde, incluindo mais de dez anos de atuação em Gestão da Qualidade em Saúde, Gilvane Lolato apresentou um panorama da saúde no Brasil em relação à quantidade de hospitais públicos e privados desde 2017 e mostrou que há uma tendência à redução do número de estabelecimentos e de leitos por mil habitantes. Ela observou ainda que a variação da quantidade de leitos é bem desigual de região para região.
Erik Lemes, enfermeiro e gestor de Qualidade, atualmente no Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente da Seguros Unimed, falou sobre a relação entre hospitais e os planos de saúde e movimentações no mercado, como as recentes aquisições de operadoras, o volume de recursos movimentados e a expansão de carteiras.
Ele também observou que os custos na saúde suplementar têm aumentado devido a fatores, como a incorporação de novas tecnologias sem tanta superioridade em eficiência e a remuneração baseada em fee for service. A otimização de oportunidades foi outro ponto abordado por Érik Lemes, que afirmou que o setor sempre vai procurar se adequar ao mercado.
Segurança do paciente
Mas, além do cenário do mercado de saúde, os palestrantes abordaram um dos principais pilares do trabalho da Ahpaceg: a segurança do paciente. Segundo Gilvane Lolato, as instituições precisam focar na melhoria contínua dos processos e aperfeiçoamento da qualidade e segurança da assistência.
A implementação desta cultura da segurança, de acordo com os palestrantes, passa pelo conhecimento e aplicação da legislação e regulamentação dos serviços de saúde e pelo envolvimento de profissionais e gestores de todos os setores da instituição.
Todos devem estar cientes e comprometidos com a segurança, participando de forma ativa deste processo. “Os profissionais precisam entender, compreender e se comprometer com a qualidade e segurança do trabalho dele e do colega”, afirmaram. As operadoras e os pacientes também precisam estar envolvidos neste processo.
A divulgação de dados em saúde, citou Erik Lemes, ainda é um tabu para todos, mas faz parte da cultura de segurança que consigam compartilhá-los buscando a melhoria contínua. “A operadora fideliza o hospital se ele mostrar que é mais resolutivo, mesmo que seja mais caro”, afirmou.