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CLIPPING AHPACEG 12 A 14/03/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Média móvel de mortes por covid-19 no Brasil é a menor em 2 meses
Contratação para empregos na área da saúde cresce nos últimos anos
Doenças renais: saiba como identificar os sintomas que chegam de forma silenciosa
Descentralização da saúde: policlínicas ampliam cobertura médica em Goiás
Goiás registra 389 novos casos de covid-19 e nenhuma morte nas últimas 24h
Chás emagrecedores podem causar danos à saúde e até morte, alerta Cremego
Cremego alerta para aumento de atestados médicos falsos em Goiás
AGÊNCIA ESTADO
Média móvel de mortes por covid-19 no Brasil é a menor em 2 meses
Brasília - Com 146 novas mortes por covid-19 registradas nas últimas 24 horas, o total de vítimas da doença chegou neste domingo (13/3) a 655.139 no Brasil. A média móvel de óbitos, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, está em 419. Esse é o menor número ao qual a média chegou desde 27 de janeiro, quando foi de 417. Este é o terceiro dia consecutivo que o número fica abaixo de 500. No entanto, a média ainda é alta em comparação ao que se viu nas primeiras semanas de janeiro.
Foram notificados ainda 14.859 novos casos de infecções pelo coronavírus neste domingo. A média móvel de casos ficou em 45.613. Em comparação a duas semanas atrás, houve queda de 42.7%. O número está abaixo de 50 mil há quatro dias. O número total de diagnósticos positivos está em 29,36 milhões. Os dados diários da pandemia no Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.
De acordo com os números do governo, 27,74 milhões de pessoas estão recuperadas da covid-19. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
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O HOJE
Contratação para empregos na área da saúde cresce nos últimos anos
Por: Cecília Sampaio
A pandemia da Covid-19 evidenciou as transformações no mercado de trabalho. Áreas como a de tecnologia, recursos humanos, marketing, comunicação e principalmente saúde se mantêm destacadas em 2022.Segundo pesquisa realizada pelo Linkedin desde 2020, a saúde vem tendo crescimento em nível de empregabilidade. Isso é resultado da pressão que o Sistema Único de Saúde (SUS) sofria enquanto ele realizava o trabalho na linha de frente contra o coronavírus.A contratação de enfermeiros intensivos aumentou em 820% e 72% das admissões médicas foram de mulheres. As principais profissões procuradas foram de: enfermagem em terapia intensiva, farmácia clínica, medicina, fisioterapia, terapia ocupacional e biologia.Devido à alta procura por enfermeiros até aqueles que não atuavam mais na área voltarem a ativa. De acordo com o “Perfil de Enfermagem no Brasil”, levantado pela Fundação Oswaldo Cruz, 90% dos enfermeiros estão em atividade.Esse momento abriu um leque de oportunidades de emprego, chamando atenção para graduações em diversas áreas. Faculdades, com a Estácio, ainda oferecem oportunidades para ingressar em cursos de graduação no primeiro semestre de 2021.
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Doenças renais: saiba como identificar os sintomas que chegam de forma silenciosa
Por: Alexandre Paes
A cantora Paulinha Abelha foi a óbito no final de fevereiro deste ano devido a alguns problemas renais e complicações que agravaram seu estado de saúde. Segundo os boletins médicos, o quadro da cantora se iniciou com vômitos e tonturas, sintomas que podem ser relacionados às disfunções renais e, após a internação, evoluiu para um quadro neurológico irreversível, que causou a morte da artista com apenas 43 anos. O caso acendeu um alerta sobre a importância do cuidado com a saúde, especialmente no que se refere à saúde renal.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.
Segundo o doutor em ciências da saúde, Ricardo Viana, os rins são órgãos vitais, e servem como local de formação da urina no nosso corpo. “Cada rim situa-se em um lado da coluna vertebral ao nível da décima primeira e décima segunda costelas, logo acima da cintura. Eles recebem diariamente uma enorme quantidade de plasma sanguíneo a ser filtrado, aproximadamente 180 litros”, explica.
“Essa quantidade de sangue seria equivalente a uma ingestão de 180 litros de refrigerante ao longo de um dia”, complementa Ricardo. “Algo surreal! Portanto, como o volume médio de urina que deixa o rim é de apenas 1,5 litro por dia, mais de 99% do líquido que entra nos rins precisam voltar para o sangue, caso contrário o corpo desidrata rapidamente” salienta o professor.
Entre os vários papéis que são importantes para o correto funcionamento do nosso corpo, o professor cita que os principais são: eliminação de toxinas; controle da quantidade de água e sal do corpo; ajudar no controle da hipertensão arterial; produção de hormônios que impedem a anemia e a descalcificação óssea; eliminação de alguns medicamentos e outras substâncias ingeridas.
Alguns dos sintomas alertam sobre o mau funcionamento dos rins.
Hipertensão arterial;
Diabetes mellitus;
Inchaço nas pernas ou no rosto;
Cólica renal;
Infecção urinária (ardor para urinar ou dor lombar associada a febre, urina com mal cheiro ou turva, dificuldade para urinar ou sentir vontade de urinar muitas vezes ao dia);
Sangue na urina;
Fraqueza ou palidez cutânea não explicada por outras causas
Ricardo destaca que as doenças renais podem existir sem sintomas por um longo período. “Se uma pessoa com doença renal procurar auxílio médico tarde, pode já ter uma doença em fase irreversível. Portanto, se a pessoa apresentar algum dos sintomas acima, ou está em um grupo de risco, consulte um médico especialista”, indica o professor.
Como manter um bom funcionamento dos rins?
Mesmo com tantas complicações, o professor reforça que existem algumas estratégias que são importantes para manter a saúde dos nossos rins e prevenir possíveis doenças renais.
“Podemos reduzir o consumo de sal nos alimentos (máximo de 5-6 gramas/dia); beber bastante água diariamente (pelo menos 2 litros/dia); manter uma alimentação saudável (com o consumo de frutas); praticar exercícios físicos com regularidade (por exemplo, exercício aeróbio de leve-moderada intensidade); não fumar; manter um peso adequado; aferir regularmente a sua pressão arterial; e não se automedicar! Utilizar apenas os remédios indicados pelo seu médico”, finaliza Ricardo.
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A REDAÇÃO
Descentralização da saúde: policlínicas ampliam cobertura médica em Goiás
Goiânia - Com uma cobertura que alcançará até o final deste mês pelo menos 191 dos 246 municípios de Goiás, as policlínicas inauguradas pela atual gestão estadual descentralizam o atendimento médico e oferecem um serviço que estava, até então, em falta em várias regiões do Estado: a atenção secundária na Saúde, formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade.
Ao jornal A Redação, a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) esclareceu que, em grande parte das cidades do Estado, eram oferecidos apenas serviços de atenção primária, consultas iniciais em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e afins, e atenção terciária, quando o paciente necessita de internação ou alguma cirurgia específica. A atenção secundária, oferecida pelas policlínicas sem custo, garante o atendimento especializado, com consultas específicas e alguns tratamentos, como hemodiálise.
No total, são quatro policlínicas em atividade no Estado, localizadas em Formosa, Goianésia, Quirinópolis e Posse. A mais recente foi a entregue em Formosa, no último dia 3 de março. Na ocasião, o governador Ronaldo Caiado destacou os serviços disponíveis, entre eles de cardiologia, endocrinologia, ortopedia e pediatria. "Eu duvido que tenha uma clínica particular nessa região que tenha um padrão de qualidade que nós vamos oferecer à população na policlínica”, ressaltou o governador.
A previsão é que outras duas unidades, uma em São Luís de Montes Belos e outra na cidade de Goiás, sejam inauguradas ainda neste mês. "Para quem não tem plano de saúde, como é o meu caso, vai ser uma ajuda e tanto. Eu não vou precisar mais buscar certos atendimentos em Goiânia, por exemplo. Vou conseguir resolver tudo perto de casa mesmo", destacou Aurélia Batista, moradora de Aurilândia, cidade que fica na região de São Luís de Montes Belos.
São mais de 20 especialidades médicas disponíveis sem custo algum para a população. Uma das novidades entre as policlínicas, inclusive, é a ampliação do serviço de hemodiálise na Policlínica de Posse, que, a partir desta terça-feira (15/3), passará de oito cadeiras de atendimento para 20, um aumento de 150% da capacidade.
Cada uma das unidades em atividade tem à disposição uma carreta da prevenção. Nos automóveis, são oferecidos dois atendimentos: mamografia, para prevenção do câncer de mama, e papanicolau, para prevenir câncer no colo do útero. Uma nova carreta também disponibiliza a realização de tomografias e atenderá, sob demanda regional, o Estado inteiro.
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Goiás registra 389 novos casos de covid-19 e nenhuma morte nas últimas 24h
Goiânia - Goiás registrou 389 novos casos da covid-19 e nenhuma morte pela doença nas últimas 24 horas, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde deste domingo (13/3). Com as atualizações, o Estado chega a 1.217.250 casos e 26.014 óbitos ligados ao novo coronavírus.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás investiga 777.358 casos para saber se há ligação com a covid-19, enquanto outros 313.914 casos já foram descartados.
A taxa de letalidade do novo coronavírus é de 2,14% e há 402 óbitos suspeitos que estão em investigação, de acordo com as informações da pasta.
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Chás emagrecedores podem causar danos à saúde e até morte, alerta Cremego
Mônica Parreira
Goiânia - O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) emitiu, nesta sexta-feira (11/3), um alerta sobre os riscos que chás emagrecedores representam para a saúde. Segundo a entidade, é preciso que as pessoas tenham a consciência dos efeitos colaterais, que podem levar à morte.
Leia o posicionamento do Cremego sobre o tema:
O consumo de chás emagrecedores representa um grande risco para a saúde, podendo, inclusive, levar à falência de órgãos e à morte. O alerta é do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), que afirma ser um mito a ideia de que os chás são naturais e, portanto, sem efeitos colaterais ou riscos.
A literatura médica, de acordo com o Cremego, aponta que combinações de ervas tanto para o emagrecimento quanto para outros fins ditos medicinais podem ser prejudiciais ao corpo, pois algumas apresentam um alto grau de hepatotoxicidade, causando sérios danos ao fígado.
Portanto, alerta o Conselho, para emagrecimento, consulte um médico.
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MAIS GOIÁS
Cremego alerta para aumento de atestados médicos falsos em Goiás
Conselho Regional de Medicina do Estado emitiu alerta sobre o assunto
O Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremego) divulgou, nessa sexta-feira (11), alerta para o aumento da circulação de atestados médicos falsos em Goiás.
Segundo o comunicado, médicos inscritos na instituição procuraram a ouvidoria do Cremego para informar que os nomes deles estão sendo usados por pessoas que vendem atestados pela internet. Eles disseram ainda que só ficam sabendo do crime quando as empresas que receberam os documentos falsos os procuraram.
Vale citar que o Código penal tipifica a apresentação de atestado médico falso como crime nos artigos 299 e 304. “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”, diz o 299, que prevê “reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular”.
Já o alerta orienta: “Os médicos vítimas deste golpe devem entrar em contato com o Cremego e registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil. O registro pode ser feito pelo site https://raivirtual.ssp.go.gov.br/delegacia-virtual/#/.”
Confira o alerta na íntegra:
“O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) tem constatado um aumento na oferta de atestados médicos falsos, que são comercializados por sites ou por pessoas que lucram com essa venda, utilizando de forma fraudulenta e ilegal dados de médicos regularmente inscritos no Conselho.
Denúncias sobre essa falsificação têm sido relatadas à Ouvidoria do Cremego por médicos vítimas do golpe, que geralmente tomam conhecimento do problema ao serem abordados por empresas que receberam os atestados falsos de trabalhadores.
O Cremego alerta a população que a venda e a apresentação de atestados médicos falsos constituem crimes previstos no Código Penal Brasileiro (Artigos 299 e 304). A apresentação de atestado falso pode levar também à demissão do trabalhador por justa causa.
Os médicos vítimas deste golpe devem entrar em contato com o Cremego e registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil. O registro pode ser feito pelo site https://raivirtual.ssp.go.gov.br/delegacia-virtual/#/.”
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 11/03/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Em dois anos, variantes da covid-19 e vacinas moldaram fases da pandemia
Governo de Goiás dá aval e Rogério Cruz e outros prefeitos anunciam liberação das máscaras
Caldas Novas desobriga uso de máscaras em locais abertos e fechados
Rio Quente suspende obrigatoriedade de máscaras em locais abertos e fechados
Cannabis Medicinal: importações e registros disparam, mas prescritores ainda são poucos
Gestão do Corpo Clínico em tempos de pandemia
AGÊNCIA BRASIL
Em dois anos, variantes da covid-19 e vacinas moldaram fases da pandemia
Brasília - A pandemia de covid-19 completa nesta sexta-feira (11/3) dois anos, e o sobe e desce das curvas de casos e óbitos ao longo deste período teve dois fatores como protagonistas: as variantes e as vacinas. Se, de um lado, esforços para desenvolver e aplicar imunizantes atuaram no controle da mortalidade e na circulação do SARS-CoV-2, do outro, a própria natureza dos vírus de evoluir, adquirir maior poder de transmissão e escapar da imunidade fez com que as infecções retomassem o fôlego em diversos momentos.
Moldada por essas forças, a pandemia acumula, em termos globais, quase 450 milhões de casos e mais de 6 milhões de mortes, além de 10 bilhões de doses de vacinas aplicadas e 4,3 bilhões de pessoas com duas doses ou dose única, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Integrante do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Raphael Guimarães explica que, ao se multiplicar, qualquer vírus pode evoluir para uma versão mais eficiente de si mesmo, infectando hospedeiros com mais facilidade. Quando a mutação dá ao vírus um poder de transmissão consideravelmente maior que sua versão anterior, nasce uma variante de preocupação.
“O que a gente vive dentro de uma pandemia é uma guerra em que a gente está tentando sobreviver, e o vírus também está tentando”, resume Guimarães. “Cada vez que a gente dá a ele a chance de circular de forma mais livre e tentar se adaptar a um ambiente mais inóspito, o que ele está fazendo é tentar alterar sua estrutura para sobreviver.”
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, acrescenta que impedir que um vírus sofra mutações ao se replicar é impossível, porque isso é da própria natureza desses micro-organismos. Apesar disso, é possível, sim, dificultar esse processo, criando um ambiente com menos brechas para ele circular. E é aí que as vacinas cumprem outro papel importante.
“A gente pode reduzir esse risco aumentando a cobertura vacinal no mundo inteiro. A Ômicron apareceu na África, que é o continente com menor cobertura vacinal”, lembra ele. Enquanto Europa, Américas e Ásia já têm mais de 60% da população com duas doses ou dose única, o percentual na África é de 11%. “Se a gente conseguir equalizar a cobertura vacinal nos diferentes países, a gente tem um menor risco de ter uma variante aparecendo dessa forma”, diz Chebabo.
É unânime entre os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil que, se as ondas de contágio podem ser relacionadas à evolução das variantes, o controle das curvas de casos e óbitos se deu com a vacinação. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo, afirma que é inegável o papel das vacinas na queda da mortalidade por covid-19 ao longo destes dois anos.
“No início, vacinaram-se os idosos mais velhos, para depois ir descendo por idade e para pacientes com comorbidades. E, se olhar no miúdo a interferência da vacina no número de mortes, fica evidente, a partir da vacinação desse grupo das maiores vítimas, uma queda coincidindo com o aumento da cobertura”, avalia ela, que também resume a pressão das variantes no sentido contrário, aumentando os casos: “Começamos no Brasil com a cepa original, depois a Gama começou a predominar, foi substituída pela Delta, veio a Ômicron, e esse balanço nas nossas curvas foi acompanhando justamente essas novas variantes que foram se espalhando pelo mundo.”
A pediatra considera que problemas na disponibilidade de vacinas no início da imunização e a circulação de variantes também levaram o Brasil a ser um dos países mais afetados pela pandemia de covid-19, com mais de 650 mil mortes causadas pela doença, o segundo maior número de vítimas do mundo, e uma taxa de 306 mortes a cada 100 mil habitantes, a segunda maior proporção entre os dez países que mais tiveram vítimas da doença.
“Se a vacinação tivesse começado mais cedo e com uma oferta de doses maior desde o início, com certeza o panorama que a gente vivenciou teria sido diferente. Mas, ainda que tenhamos atrasado o início e a disponibilidade de doses também tenha demorado, chegamos a coberturas tão boas ou até melhores que muitos países, inclusive com esquema completo”, afirma a diretora da SBIm.
Variantes de preocupação
Desde que o coronavírus original começou a se espalhar, a OMS classificou cinco novas cepas como variantes de preocupação. Mais sete chegaram a ser apontadas como variantes sob monitoramento ou variantes de interesse, mas não reuniram as condições necessárias para justificarem o mesmo nível de alerta. Para que as mutações genéticas do vírus sejam consideradas de preocupação, elas devem ter características perigosas, como maior transmissibilidade, maior virulência, mudanças na apresentação clínica da covid-19 ou diminuição da eficácia das medidas preventivas.
O padrão de batizar as variantes com letras do alfabeto grego foi uma alternativa adotada pela OMS para evitar que continuassem sendo identificadas por seu local de origem, como chegou a acontecer com a Alfa, a que veículos de comunicação se referiam frequentemente como variante britânica. Associar uma variante a um país ou região pode gerar discriminação e estigmas, justifica a organização, que acrescenta que essa nomenclatura também simplifica a comunicação com o público e é fácil de pronunciar em vários idiomas.
Gama
Virologista e coordenador da Vigilância Genômica de Viroses Emergentes da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca coordenou o trabalho que confirmou a existência da variante Gama, a que teve maior impacto na mortalidade da covid-19 no Brasil. Ele explica que, ao longo do tempo, o coronavírus adquiriu maior transmissibilidade ao acumular mutações que permitiram o escape de anticorpos, aumentaram a replicação e facilitaram a entrada nas células.
Com essas vantagens, as variantes Alfa e Beta causaram aumentos de casos e óbitos em outros países, mas não chegaram a se disseminar a ponto de mudar o cenário epidemiológico no Brasil. Por outro lado, o pior momento da pandemia no país, nos primeiros quatro meses do ano passado, está diretamente ligado à variante Gama.
"A Gama foi o nosso grande terror, porque foi o surgimento de uma variante de preocupação aqui antes que a gente tivesse iniciado a vacinação. Até a gente conseguir avançar, ela já tinha se espalhado".
A disseminação da variante Gama causou colapso no sistema de saúde do Amazonas entre o fim de dezembro e janeiro de 2021. A sua disseminação pelo país levou à lotação das unidades de terapia intensiva em praticamente todos os estados ao mesmo tempo. O cenário continuou a se agravar até março e abril de 2021, quando a média móvel de mortes por covid-19 teve picos de mais de 3 mil vítimas diárias. Em 17 de março, a Fiocruz classificou a situação como o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil.
Iniciada em 17 de janeiro, a vacinação no Brasil ainda estava em estágio inicial durante a disseminação da variante Gama, e, quando o pico de óbitos foi atingido, menos de 15% da população tinha recebido a primeira dose. À medida que a vacinação dos grupos prioritários avançava, porém, a média móvel de mortes começou a cair no Brasil a partir de maio de 2021, e instituições como a Fiocruz chegaram a apontar uma queda na média de idade das vítimas de covid-19, uma vez que os mais velhos tinham cobertura vacinal maior que adultos e jovens.
Delta
Enquanto a curva da variante Gama descia no Brasil em maio, a variante Delta mostrava seu poder de transmissão na Índia desde abril e levava a outra situação de colapso que alarmava autoridades de saúde internacionais. Segundo dados da OMS, mais de 100 mil indianos morreram de covid-19 somente em maio, e a organização declarou a Delta uma variante de preocupação no dia 11 daquele mês.
A variante Delta se espalhou e diversos países como Indonésia, Estados Unidos e México tiveram altas na mortalidade entre julho e agosto. No Brasil, a vacinação dos grupos de risco e a recente onda da variante Gama produziram o que os pesquisadores chamam de imunidade híbrida.
"É a imunidade das vacinas somada à imunidade da infecção natural", explica o virologista. "O problema da imunidade natural é que milhares de pessoas morreram. Não é algo que a gente possa pensar como uma estratégia, mas aconteceu. A gente não viu nem de perto o que aconteceu com a Gama acontecer com a Delta."
Ômicron
Apesar disso, a variante Delta substituiu a Gama como a principal causadora dos casos de covid-19 no país ao longo do segundo semestre de 2021, e manteve esse posto até que fosse derrubada pela Ômicron. A última variante de preocupação catalogada, até então, teve seus primeiros casos identificados no Sul da África em novembro de 2021, e, a partir da segunda quinzena de dezembro, países de todos os continentes registraram um crescimento de casos em velocidade sem precedentes. Ao longo de todo o mês de janeiro de 2022, o mundo registrou mais de 20 milhões de casos de covid-19 por semana, enquanto o recorde anterior era de quase 5,7 milhões por semana, segundo a OMS.
Entre todas as variantes, a Ômicron é a que acumula mais mutações, garantindo uma capacidade de contágio muito maior que as demais. Além disso, explica Fernando Naveca, também é a mais capaz de escapar das defesas imunológicas, causando reinfecção e infectando pessoas vacinadas, ainda que sem gravidade em grande parte das vezes. Diferentemente da Gama, a variante supertransmissível encontrou um cenário de vacinação mais ampla, com mais de 60% da população brasileira com duas doses e dose única, e grupos de risco já com acesso à dose de reforço.
Antes da variante Ômicron, o recorde na média móvel de novos casos de covid-19 no Brasil era de 77 mil por dia. Entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro de 2022, porém, o país repetiu dia após dia uma média móvel de mais de 100 mil casos diários, chegando a quase 190 mil casos por dia no início de fevereiro, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fiocruz. Cidades como o Rio de Janeiro registraram, somente no mês de janeiro de 2022, mais casos de covid-19 que em todo o ano de 2021, quando as variantes Gama e Delta eram as dominantes.
Ainda que o número de mortes tenha subido com o pico da variante Ômicron, a média móvel de vítimas não superou os mil óbitos diários nenhuma vez em 2022, enquanto, em 2021, todos os dias entre 24 de janeiro e 30 de julho tiveram média de mais de mil mortes. Essa diferença tem relação direta com a cobertura vacinal atingida pelo país, que já tem 73% da população com duas doses ou dose única e 31% com dose de reforço.
"Felizmente, tivemos um pico absurdo de casos que não se refletiu em um número tão alto de casos graves. Então, a não ser que surja outra variante, a gente deve viver um período mais tranquilo, porque tivemos muita vacinação e um pico grande da Ômicron. Isso deve nos ajudar a ter uma queda de casos", espera o pesquisador.
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O HOJE
Governo de Goiás dá aval e Rogério Cruz e outros prefeitos anunciam liberação das máscaras
Por: Carlos Nathan Sampaio
Acompanhado do secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, concederá entrevista coletiva nesta sexta-feira (11/03) quando anunciará a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos e ações de retomada pós-pandemia de serviços em setores como infraestrutura, cultura, esporte e economia. A “liberação” acontece ao mesmo tempo em que o Estado de Goiás antecipou a autorização para as prefeituras.
Apesar disso, fica mantida a “recomendação” para utilização das máscaras em ambientes coletivos fechados, como transporte público, shoppings, supermercados, boates, aeroportos, rodoviárias, escolas, entre outros. A ideia anterior era pela liberação no próximo dia 14, mas na nota técnica divulgada nesta quinta-feira, também diz que as recomendações poderão ser modificadas de acordo com as novas evidências que surgirem ou de acordo com o cenário epidemiológico estadual.
O informe diz, ainda, que o uso de máscaras, como equipamento de proteção individual (EPI), deve continuar sendo incentivado para pessoas imunodeprimidas, com comorbidades de alto risco, pessoas não vacinadas e com sintomas de síndrome gripal, mesmo em locais abertos e sem aglomeração.
Já a flexibilização do uso de máscara em ambientes abertos, segundo informe da prefeitura, também leva em conta recomendação aprovada pelo Centro de Operações Especiais de Goiás (COE-GO), o índice de vacinação na capital goiana, que está com 75,32% da população com idade acima de 05 anos imunizada com duas ou dose única da vacina contra Covid-19, e o reforço vacinal aplicado em mais de 430 mil goianienses.
Cidades
Até esta quinta-feira, ao menos 152 municípios de Goiás devem ficar aptos a desobrigar as pessoas do uso das máscaras em locais abertos a qualquer momento. Agora, ainda mais com o “aval” do governo, o número deve crescer. Além disso, atualmente, segundo a Secretaria de Saúde de Goiás, há 89 cidades com mais de 80% da população apta a ser vacinada com o mínimo de duas doses e outras 59 em que este percentual alcança entre 75% e 80%. Em 37 municípios a população imunizada está entre 70% e 75% do total de moradores e nos demais 61 o percentual é abaixo disto.
Casos de covid
Apesar da decisão, não há dados que comprovem a redução de casos de Covid-19, os números ainda são muito variáveis. Por exemplo, a comparação feita pelo O Hoje entre as primeiras semanas de fevereiro e março, houve uma redução de 40% tanto nos casos quanto nas mortes, porém, nesta quarta-feira (9), Goiás registrou mais de 7 mil casos e 60 mortes em apenas um dia.
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A REDAÇÃO
Caldas Novas desobriga uso de máscaras em locais abertos e fechados
Prefeito de Caldas Novas, Kleber Marra suspendeu, em decreto publicado nesta quinta-feira (10/3) o uso obrigatório de máscaras em locais públicos ou privados em ambiente abertos ou fechados. "Fica agora facultativo a cada um o uso desse acessório: E claro que vamos continuar monitorando e se os casos aumentarem novamente podemos reavaliar essa medida”, disse.
Caldas Novas está seguindo a orientação do Governo de Goiás, que anunciou a liberação do uso do acessório no estado a partir de segunda-feira (14/3). No entanto, continua obrigatório o uso de máscara em hospitais e unidades de pronto atendimento público ou privado.
O Decreto 488/2022, que é válido por tempo indeterminado, também eleva para 100% a capacidade de lotação em estabelecimentos comerciais, bares, restaurantes, hotéis, pousadas e parques.
De acordo com o prefeito, essa determinação só foi possível graças à redução significativa no número de casos de covid-19 em Caldas Novas. "Fizemos várias ações e investimentos no sentido de controlar a pandemia em nossa cidade e graças a muito trabalho hoje estamos colhendo esse fruto”, disse.
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Rio Quente suspende obrigatoriedade de máscaras em locais abertos e fechados
Decreto publicado pela Prefeitura de Rio Quente na quarta-feira (9/3) suspendeu o uso obrigatório de máscaras faciais para acesso e permanência em locais públicos ou privados, em ambientes abertos ou fechados.
De acordo com a gestão municipal, a flexibilização só foi possível graças à redução do número de casos de covid-19 na cidade, além do avanço da vacinação.
O decreto publicado ontem também suspende as restrições previstas anteriormente no município goiano, como ocupação máxima em eventos e horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, hotéis, pousadas e parques.
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SAÚDE BUSINESS
Cannabis Medicinal: importações e registros disparam, mas prescritores ainda são poucos
Tratamentos à base de cannabis medicinal para problemas como dor crônica, epilepsia, esclerose múltipla, autismo, transtornos de ansiedade e sintomas associados ao câncer já tiveram eficácia comprovada em diversos estudos científicos. Com isso, vem crescendo a cada ano o número de pessoas que buscam por medicamentos deste perfil. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2021 foram autorizadas 40.191 importações desses itens, ante 19.150 em 2020, um aumento de 109,8%.
Nesta semana, com a liberação da Anvisa de mais três produtos medicinais derivados de cannabis e que poderão ser encontrados em farmácias de todo o país, já são 14 medicamentos registrados. Esses remédios só podem ser vendidos mediante prescrição médica e é aí que a questão esbarra em um entrave: ainda são pouquíssimos os médicos prescritores dessa terapêutica. De acordo com a Anvisa, o país possui 2.100 profissionais aptos a fazerem essa prescrição. O número, no entanto, equivale a menos de 0,5% da quantidade total de médicos no Brasil.
“A classe médica necessita se aprofundar mais no potencial da cannabis medicinal, porque, sem conhecimento, não há segurança para prescrever. Por diversas vezes, estive diante de pacientes refratários ao nosso arsenal terapêutico habitual e, cada vez mais, eles e seus familiares me questionavam sobre a possibilidade do tratamento com cannabis e o fato de eu não dominar o assunto me inquietava”, conta a neurocirurgiã Patrícia Montagner, que fundou a WeCann Academy, única instituição da América Latina que realiza cursos voltados à Medicina Endocanabinoide, exclusivamente para médicos.
Segundo dados da Kaya Mind - empresa de inteligência de mercado para o setor, considerando todas as prescrições feitas desde fevereiro de 2019, atualmente o estado que concentra o maior número de prescrições é São Paulo, com 41% do número total. Na sequência, vem o Rio de Janeiro (19%), seguido por Minas Gerais (7%).
Ainda de acordo com a Kaya Mind, considerando as informações disponíveis até 2019, os especialistas em tratamento com cannabis são distribuídos por áreas de atuação. As prescrições realizadas por médicos da Neurologia somaram 1.814, já que diversas condições médicas neurológicas são tratadas por meio dos fitocanabinoides da cannabis e envolvem estudos mais conhecidos em relação à planta, como a esclerose múltipla, a dor neuropática, o mal de Parkinson e a demência de Alzheimer. Na sequência, no mesmo ano, apareceram 941 receitas da Psiquiatria, área que envolve tratamentos voltados à depressão, ansiedade, insônia, entre outros. Prescrições para pacientes de Neuropediatria apareceram em terceiro lugar (367), sendo mais comuns para os casos de epilepsia infantil.
A fundadora da WeCann lembra que a temática da cannabis medicinal é pouco ou nada abordada nas etapas de formação médica. “Não há acesso a esse conhecimento na Faculdade de Medicina, nem na residência médica e, ainda, são poucas as opções de livros e cursos qualificados que ensinam o passo a passo dessa terapêutica e como prescrever na prática, com segurança e bons resultados”, fala. “Mas é nossa responsabilidade nos apropriarmos desse conhecimento e oferecer aos pacientes um tratamento com produtos à base de cannabis seguro, eficaz e assertivo”, completa a especialista, que tem em seu rol de atendimento mais de mil pacientes tratados com medicamentos à base da planta.
Outro ponto que trava o avanço da questão é o estigma que se estabelece quando o assunto é cannabis. “Há muita confusão entre uso medicinal e o uso recreativo, tornando-se esse o principal empecilho para a popularização dos benefícios da Medicina Endocanabinoide no Brasil”, salienta. “Por isso, é de extrema importância combater a ignorância em relação ao tema e, nesse sentido, a comunidade médica é a liderança natural e correta no esforço de esclarecimento da sociedade. Mas, para tomar à frente, precisa se preparar melhor”, conclui.
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Gestão do Corpo Clínico em tempos de pandemia
A subversão dos processos de atendimento causada pela pandemia foi muito maior que imaginamos. E o Gestor do Corpo Clínico, onde se situou?
Sandro Scárdua
Acerca da batalha de Termópilas, Grécia: "Diz Xerxes: minhas flechas serão tão numerosas que obscurecerão a luz do Sol!! Responde Leônidas: tanto melhor, combateremos à sombra!"
Heródoto
Após quase trinta meses sob a ditadura imposta pela pandemia causada pelo SARS-COV 2 (ou COVID-19, como ficou mais popularmente conhecida), os hospitais e centros de acolhimento para pacientes com complicações graves da doença, notadamente complicações respiratórias, podem agora refletir sobre tudo o que aconteceu. Não há registro na história da humanidade de nenhum momento em que tanto se fez no combate a uma doença aguda tão devastadora em tão pouco tempo, nem de como, enquanto instituições, os hospitais e centros de acolhimento trabalharam com tanta dedicação e entrega com o objetivo de reduzir as nefastas consequências nos milhares de pacientes atendidos, principalmente aqueles com complicações.
Em que pese todo um esforço concentrado de mitigar os efeitos da doença através da disponibilização de insumos, drogas, mobiliário, equipamentos, espaços físicos e capacitação de última hora; as perdas de vidas se multiplicaram e hoje representam um significativo valor em termos de perda força de trabalho para a sociedade. Mas há uma percepção, ainda não racionalizada totalmente através das pesquisas, que o estrago social poderia ser maior não fossem os esforços daqueles que tiveram, não sem medo e muita insegurança, que encarar o vírus mortal, disfarçado de gripe comum, tal qual lobo em pele de cordeiro.
A subversão dos processos de atendimento e acompanhamento dos pacientes internados causada pela pandemia foi muito maior que imaginamos. Orçamentos foram reavaliados e muitas vezes direcionados para outras finalidades, contratações de profissionais de todos os níveis foram feitas sem um processo seletivo mais rigoroso (sem contar o turnover elevado de profissionais), o gerenciamento dos insumos não raro causou angústia e desespero entre os responsáveis, os equipamentos doados ou adquiridos nem sempre atingiam seus objetivos quanto à segurança dos pacientes, a sobrecarga de trabalho sem distinção causou o esgotamento, o adoecimento e o afastamento de muitos em momentos críticos.
E o Gestor do Corpo Clínico, aonde se situou? A resposta é simples: não se situou. Apenas seguiu o fluxo, fazendo os ajustes de trajetória e apontando soluções baseadas quase que exclusivamente na percepção pessoal de que era o melhor caminho a se seguir respeitando as circunstâncias e o legado histórico da instituição que o albergava (lembrar do visceral apoio dos demais segmentos profissionais, principalmente da enfermagem), amparando vez por outra suas decisões através do compartilhamento de ideias e observações com a alta direção e demais membros do Corpo Clínico, sofrendo com expectativas frustradas em relação aos resultados de suas intervenções, e tentando a todo o custo não deixar de trazer alento e uma carga de entusiasmo, contrariando o cenário de incertezas e dor.
É importante lembrar que os momentos de angústia foram muitos, e ainda não estão totalmente eliminados, nem agora nem no futuro. Mas aquela imagem do Gestor do Corpo Clínico, do alto de suas planilhas e indicadores, com estratégias preconcebidas de ação baseadas em modelagens criadas por outros e para outros, com respostas exatas baseadas em números, em uma certa medida deixou de existir. Na adversidade conhecemos os líderes e fazemos nossas escolhas em boa medida através dos exemplos inspiradores, empatia e envolvimento destes profissionais, ainda que não vejamos de forma tão nítida a luz do Sol.
“Escritores antigos e modernos têm utilizado a Batalha das Termópilas como um exemplo do poder que um exército patriótico pode exercer defendendo seu próprio solo com um pequeno grupo de combatentes. O comportamento dos defensores na batalha também é usado como um exemplo nas vantagens do treinamento, do equipamento e bom uso da terra como multiplicadores de força de um exército, tornando-se um símbolo de coragem contra as adversidades” (Batalha das Termópilas -Wikipédia).
A pandemia deve ser eliminada. A maneira certa sobre como o Gestor do Corpo Clínico deve agir não.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 10/03/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ritmo de adições de beneficiários em planos de saúde desacelera em janeiro, diz BTG
OMS monitora nova variante que combina Ômicron e Delta
Siamesas passam por cirurgia preparatória para separação em Goiânia
Com liberação de máscaras dia 14, especialista diz que risco de infecção é pequeno
Estado recomenda liberação de máscaras apenas para cidades com mais de 75% de cobertura vacinal
Paço atrasa pagamentos e usuários do Imas ficam sem assistência à saúde
Goiás volta a registrar 7 mil casos de covid-19 em 24 horas e óbitos são 60 no mesmo período
Goiás apresenta queda em ocupação de leitos de UTI e cenário reflete na capital
Criança de 3 anos com tumor no braço precisa de cirurgia com urgência em Aparecida de Goiânia
VALOR ONLINE
Ritmo de adições de beneficiários em planos de saúde desacelera em janeiro, diz BTG
Ainda assim, os destaques foram a SulAmérica e Central Nacional Unimed (CNU)
O ritmo de adições líquidas de beneficiários de planos de saúde desacelerou em janeiro, diz o BTG Pactual, após crescer desde junho de 2020. Ainda assim, os destaques foram a SulAmérica e Central Nacional Unimed (CNU).
Os dados mensais foram divulgados esta semana pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no qual apontaram um acréscimo de 12,5 mil beneficiários nos planos médico-hospitalares, na comparação com dezembro.
Ao fim de janeiro, os planos de assistência médica somavam pouco mais de 48,9 milhões de usuários e os odontológicos tinham 29,2 milhões de cadastrados, após adicionarem 52 mil beneficiários no primeiro mês de 2022.
“CNU e SulAmérica foram os destaques nas adições, seguidas por Athena Saúde, Bradesco e Porto Seguro, enquanto a Hapvida/NotreDame Intermédica ficou para trás. Apesar dos números fracos da Hapvida, lembramos que há uma margem histórica de erro nos dados da ANS”, ponderam os analistas Pedro Lima, Samuel Alves e Yan Cesquim.
A Odontoprev, no segmento odontológico, mostrou redução nas adições, destacam os analistas.
Eles avaliam que, embora os números da agência de saúde não tenham sido positivos para players integrados verticalmente, eles continuam confiantes de que os ganhos de escala, principalmente após a fusão entre a Hapvida e a Intermédica, e eficiência do modelo de negócios verticalmente integrado irá prevalecer ao longo deste ano.
“Com essa fusão oficialmente concluída, recentemente, a Hapvida orientou para um forte crescimento orgânico. Acreditamos que sua estratégia comercial conjunta começará a apresentar resultados a partir deste mês”, dizem.
A equipe do BTG reforça que, por trás do forte potencial de crescimento do setor, junto aos principais impulsionadores de consolidação, prefere as ações de Hapvida, Rede D’Or e SulAmérica, sendo esta mais barata que os papéis da rede hospitalar.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para a Hapvida, SulAmérica e Rede D’Or, enquanto para a Odontoprev é neutra.
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A REDAÇÃO
OMS monitora nova variante que combina Ômicron e Delta
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira (9/3) que está monitorando o surgimento de uma nova variante do coronavírus que combina características genéticas duas outras versões do vírus: a Ômicron e a Delta. A mistura das duas variantes tem sido chamada informalmente de Deltacron.
A primeira evidência mais sólida de um vírus recombinante Delta e Ômicron foi compartilhada pelo Instituto Pasteur, da França. Eles fizeram o sequenciamento genético completo do vírus para o GISAID, um banco de dados internacional que centraliza as sequências genéticas de todas as variantes do coronavírus.
A diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse que a entidade está ciente dessa nova variante, já identificada em três países europeus.
"Estamos cientes disso, é uma combinação das variantes Delta e Ômicron. Foi detectada na França, na Holanda e na Dinamarca. Isso era algo esperado dado que há uma intensa circulação dessas variantes", disse durante coletiva de imprensa da OMS.
Segundo ela, em países da Europa a variante Delta continuava circulando de forma expressiva quando surgiu a variante Ômicron, o que pode explicar essa recombinação.
A epidemiologista ponderou que, até o momento, não foi identificada nenhuma severidade maior da infecção pela nova variante, mas que pesquisas e estudos ainda estão em andamento.
Pandemia
Sobre a persistência da pandemia, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, voltou a dizer que ela está longe do fim. "A pandemia está longe de acabar. E ela não vai acabar em nenhum lugar até que ela acabe em todos os lugares", alertou.
Em janeiro deste ano, após o aumento exponencial de contaminações impulsionado pela variante Ômicron, o dirigente da OMS já havia dito a mesma coisa. Ele também lembrou que, na próxima sexta-feira (11) completará exatamente dois anos em que a epidemia de covid-19 foi descrita como uma pandemia global.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Siamesas passam por cirurgia preparatória para separação em Goiânia
As meninas são unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, intestinos delgado e grosso, fígado e genitália
As gêmeas siamesas de São Paulo Valentina e Eloá, de 2 anos, que nasceram unidas pelo abdômen, passam pela 3º cirurgia preparatória para a separação total dos corpos nesta quarta-feira, 9, no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia.
De acordo com o pai das meninas, Fernando de Oliveira Santos, a cirurgia vai colocar expansores de pele. Ele disse que se sente confiante e que a expectativa é boa diante do procedimento cirúrgico. O cirurgião pediátrico Zacharias Calil, especialista em separação de siameses, explicou nas primeiras cirurgias que esse procedimento é uma necessário antes da separação total dos corpos.
A expectativa da família é de que a cirurgia final seja marcada ainda neste ano. Entretanto, segundo Fernando, vai depender da recuperação das gêmeas diante do atual procedimento.
As meninas são unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, intestinos delgado e grosso, fígado e genitália, segundo o médico, as gêmeas nasceram em Guararema (SP). Atualmente, a família mora em Morrinhos, no sul de Goiás, para ficar mais próxima do médico e do hospital.
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JORNAL OPÇÃO
Com liberação de máscaras dia 14, especialista diz que risco de infecção é pequeno
Por Rafaela Ferreira
Uma crescente cobertura vacinal e um índice de internações e óbitos diminuindo também são apontados como fatores a serem considerados pelo médico infectologista Marcelo Daher
Com um baixo risco de contaminação pelo vírus da Covid-19 em ambientes abertos, a desobrigação do uso das máscaras é uma realidade possível em Goiás, aponta o médico infectologista Marcelo Daher. O anúncio de que estado dispensará o uso obrigatório de máscaras em locais abertos foi realizado pelo secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, nesta quarta-feira, 9. De acordo com Daher, a flexibilização também é viável uma vez que o cenário epidemiológico deste ano é diferente de 2021. “Com a Cobertura vacinal aumentando, índice de internação e óbitos diminuindo e um cenário diferente do que se via ano passado”, disse. A medida será aplicada a partir da próxima segunda-feira, 14.
A medida será aplicável somente para os municípios goianos que já apresentam uma cobertura vacinal acima de 75%, informou também o representante da SES-GO. Ao Jornal Opção, o secretário Ismael já havia confirmado a possibilidade da desobrigação do uso de máscaras em ambientes abertos a partir das próximas semanas. Ele ainda explica que a realização deste processo vai ser feita de forma gradativa, uma vez que a maioria das pessoas já têm algum nível de imunização. Seja pelo imunizante ou em contato com o vírus.
Para o Marcelo Daher, é necessário prudência neste momento. “É preciso liberar, primeiramente, o uso de máscaras em ambientes externos. Depois, avaliar como vai ser a resposta. Por fim, analisar a liberação de maneira total. Isso é o mais prudente e o mais recomendado”, explica o infectologista. O médico ainda exemplifica esta questão ao lembrar que, na Inglaterra, os casos voltaram a crescer a partir do momento em que houve a dispensa do uso de máscaras em todos os espaços no país. “É importante olhar o que está acontecendo lá fora como possível espelho do que pode acontecer aqui dentro também”, completa.
Atualmente, um total de 5.607.936 de primeira doses das vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas no estado de Goiás. Em relação à segunda dose e a dose única, o número de pessoas com imunizante é de 4.823.559. Por fim, 1.567.561 de pessoas receberam o reforço. Já para as crianças de 5 a 11 anos, a porcentagem é de 31,28%. Os dados são referentes as informações divulgadas pela Secretaria do Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), atualizadas no dia 8 de março.
Pelo menos 7 estados e o DF já flexibilizaram o uso de máscaras. Nesta quarta-feira, 9, o estado de São Paulo liberou o não uso das máscaras em locais abertos, como ruas, praças e parques. Já nos estados do Rio de Janeiro e Mato Grosso a desobrigação do uso da medida de contenção da disseminação do coronavírus passa a valer em locais abertos e fechados. Maranhão, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Acre também já aboliram máscaras em locais ao ar livre. No Distrito Federal, o não uso desta medida em locais abertos está permitido desde a última sexta-feira, 4.
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Estado recomenda liberação de máscaras apenas para cidades com mais de 75% de cobertura vacinal
Por Ysabella Portela
Apesar da flexibilização, em algumas situações, mesmo em locais abertos, deverá ser mantido o uso. Para locais fechados permanece obrigatório
Apenas 148 dos 246 municípios goianos terão aval da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) para iniciar a flexibilização gradativa do uso de máscaras, que deve começar a partir segunda-feira, dia 14. O parâmetro do Governo de Goiás é a existência de cobertura vacina igual ou acima de 75% da população acima de cinco anos com esquema primário vacinal completo, ou seja, primeira e segunda doses. Ainda esta semana a SES vai divulgar uma nota técnica aos municípios goianos com essas instruções.
Aparecida de Goiânia, a segunda maior cidade do Estado, fica de fora dos critérios adotados pela Secretaria de Saúde. Na cidade, a cobertura vacinal está em 69,69%. Portanto, permanece para os aparecidenses a recomendação de uso obrigatório de máscaras em locais abertos e fechados. Com 75,32% da população com esquema vacinal completo, Goiânia é uma das cidades aptas a desobrigação das máscaras pela SES.
A recomendação para o uso em locais fechados está mantida e novas avaliações serão feitas continuamente pelo Governo de Goiás. Apesar da flexibilização, a SES afirma de antemão que em algumas situações, o uso de máscara deverá ser mantido em locais abertos, como em espaços com grande presença de pessoas.
A recomendação deliberação ou não será feita após análise, levando em consideração o cenário epidemiológico atual e em evidências científicas. A medida, que poderá ser adotada na próxima semana, ressalta a importância da vacinação infantil, visto que a cobertura vacinal desse público está na faixa de 31,99%. Segundo a pasta, em Goiás há 2.240.488 pessoas em atraso. Outros 800.842 goianos ainda não tomaram a segunda aplicação.
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O HOJE
Paço atrasa pagamentos e usuários do Imas ficam sem assistência à saúde
Por Ítallo Antkiewicz
Hospitais, clínicas e bancos de sangue suspenderam o atendimento aos usuários do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) por falta de pagamento. Segundo as instituições credenciadas, há constante atraso nos pagamentos que deveriam ser feitos pela administração municipal. Apenas casos de urgência e emergência serão atendidos.
A suspensão dos atendimentos foi anunciada pela Associação de Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg), na última terça-feira (8). “A medida é extrema, mas se faz necessária diante da inviabilidade da manutenção da assistência, que tem um custo elevado, e da falta de compromisso por parte do Imas, que tem causado sérios prejuízos aos prestadores”, afirma o comunicado.
Ainda de acordo com a Ahpaceg, a suspensão do atendimento ocorreu após inúmeras tentativas de negociação com a diretoria do Imas. De acordo com a Associação, a suspensão dos atendimentos afeta cerca de 80 mil pessoas, que são atendidas pelo instituto na capital.
Segundo os prestadores, alguns estão até dez meses sem receber da autarquia. Para retomar as atividades, representantes querem quitação de todo o ano de 2021, um montante estimado em R$50 milhões.
A nota da Ahpaceg informa que a suspensão foi assinada por seis entidades que representam hospitais, laboratórios, bancos de sangue, clínicas de imagem e clínicas oncológicas. “Somente os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos”, destaca a nota. No caso de pacientes com câncer, parte já está com tratamentos suspensos.
O documento ainda informa que o Imas mantém negociação ativa com as entidades que representam os prestadores de serviços e que a paralisação não impactou a totalidade de estabelecimentos, mas casos pontuais.
No início do último mês, hospitais suspenderam os atendimentos para usuários do plano de saúde, mas retomaram diante de promessas da Prefeitura de que a questão seria regularizada. Como marca da crise, a autarquia tem recorrentes trocas de gestão, tendo sido administrada por cinco presidentes em dois anos.
Insustentável
A presidente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de Goiás (Fehosp), Christiane Maria Santos, afirma que manter os atendimentos pelo plano tornou-se insustentável. O maior problema, segundo ela, é o descumprimento recorrente de promessas feitas durante reuniões com a direção do Imas e com a Prefeitura.
“Nós já sentamos com a gestão várias vezes para dizer o que vinha acontecendo”, conta a médica. “Antes do carnaval nos reunimos com a presidência do Imas e ficou definido um cronograma até 3 de março. A promessa é de que todos os prestadores recebam todos os pagamentos referentes até agosto de 2021”, detalha a presidente.
O Imas relata que cerca de 90% dos prestadores estão com pagamento atualizado até agosto de 2021. “As faturas deste período que continuam em aberto ocorrem pela falta de entrega de notas fiscais e certidões ou outras pendências documentais”, alega a gestão.
A presidente da Fehoesg contesta e diz que os pagamentos não foram feitos para a ampla maioria. “Esperamos semana passada e nos reunimos na segunda, dia 7. A avaliação é de que não tem condições. O prefeito não toma pé da situação, o presidente do Imas promete e não cumpre. A insatisfação é generalizada”.
Os prestadores dizem que estão abertos ao diálogo e na expectativa de que sejam normalizados os pagamentos, para que os prestadores possam recompor sua estrutura financeira, para que os atendimentos possam retornar à normalidade aos beneficiários do Imas. Ainda assim, a representante da Feheoesg reforça que a demanda é de quitação de todos os débitos até dezembro de 2021. “E que seja estabelecido um cronograma de pagamentos. O contrato determina 90 dias de tolerância”, afirma.
Trajetória
A crise é reconhecida pela Prefeitura de Goiânia desde o início de fevereiro. As avaliações sobre as razões dos problemas têm diferentes perspectivas. O Paço diz que soube do problema apenas no último mês e que busca resolvê-los. Já os membros do Conselho de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Conas), entidade que fiscaliza o Imas, dizem que as questões já eram conhecidas e têm relação com a forma que a administração municipal faz a gestão dos recursos do instituto.
Para a conselheira Ludmylla Morais, o problema das dívidas é causado porque o dinheiro arrecadado pelo Imas não fica no caixa do instituto. “Vai para a conta única da Prefeitura. O gestor vive com o pires na mão. É uma autarquia que não tem fundo. Tem autonomia para pagar, mas não para receber”, diz a conselheira.
Na nota de suspensão dos atendimentos, as unidades de saúde amparam a afirmação do Conas. “Apesar de os recursos já terem sido descontados dos contracheques dos servidores municipais, a retenção pelo Imas e o não pagamento aos prestadores têm causado sérios prejuízos aos estabelecimentos, que não mais conseguem financiar gratuitamente suas atividades.”
Diante da crise, a Prefeitura anunciou que realizaria uma reformulação completa na administração do instituto. Após reunião com membros do conselho de fiscalização do instituto, a gestão sinalizou que iria criar um fundo próprio para a autarquia, o que, na avaliação de conselheiros, é a pauta mais urgente. Duas semanas após o anúncio, porém, as ações concretas não foram anunciadas.
A nota publicada pela Prefeitura informa que segue dedicando esforços para promover uma reformulação completa no instituto, “com o objetivo de garantir a autossustentabilidade do órgão e propiciar atendimento digno, eficiente e de qualidade aos milhares de segurados”.
“O Imas está empenhado em garantir uma solução definitiva para os problemas apontados e segue promovendo acerto de contas mediante entrega completa de documentação e de acordo com o fluxo de pagamentos do instituto”, acrescenta.
*NOTA ASSESSORIA AHPACEG: A AHPACEG NÃO ASSINA A NOTA CITADA PELO REPÓRTER DE FORMA EQUIVOCADA NA MATÉRIA. A CORREÇÃO JÁ FOI SOLICITADA AO JORNAL
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Goiás volta a registrar 7 mil casos de covid-19 em 24 horas e óbitos são 60 no mesmo período
Por: Carlos Nathan Sampaio
Apesar de Goiás ter registrado queda de 40% nos casos e mortes de Covid-19 na primeira semana de março em comparação a fevereiro, como apurou O Hoje, a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) informou durante boletim divulgado nesta quarta-feira (09/03) que foram registrados 7.031 casos da doença nas últimas 24 horas, um dos maiores números das últimas semanas.
Agora, o total de casos registrados no Estado desde o início da pandemia subiu para 1.201.696. Em relação às mortes, foram 60 registradas nas últimas 24 horas, um número também alto se comparado com os boletins dos últimos dias. O total de óbitos subiu para 25.935.
Vacinação
Neste mesmo dia, porém, também segundo a SES, Goiás ultrapassou 12 milhões de vacinas aplicadas contra a Covid-19. Até a manhã de hoje, 12.059.550 doses do imunizante contra o coronavírus foram aplicadas, número que corresponde a cerca de 73% da população de 5 anos ou mais com o esquema vacinal completo.
Apesar do número ser positivo, isso significa que mais de 25% das pessoas seguem sem a cobertura vacinal completa contra a doença, o que representa uma grande quantidade de pessoas: cerca de 1,5 milhão.
Ainda no painel de Saúde da SES, a secretária deixa claro que, dos idosos não vacinados/vacinação incompleta a taxa de óbitos é 19 vezes maior e uma taxa de internação 15 vezes maior que idosos com esquema primário com dose de reforço. Já os adultos não vacinados/vacinação incompleta tem taxa de óbitos 12 vezes maior e uma taxa de internação 3 vezes maior que adultos com esquema primário e dose de reforço.
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Goiás apresenta queda em ocupação de leitos de UTI e cenário reflete na capital
Por: Maria Paula Borges
Após atingir patamares acima de 80%, estados e o Distrito Federal vivem situação mais tranquila em relação ao cuidado com pacientes críticos em leitos exclusivos para Covid-19. Em Goiás, a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento do vírus recuou de 68% para 54% em duas semanas e, em Goiânia, a ocupação dos leitos desabou de 71% para 33,16% no mesmo período.
Entretanto, alguns estados ainda registram taxa de ocupação acima de 60%, como por exemplo Sergipe e Espírito Santo, segundo levantamento da Folha com governos na última segunda-feira (7/3).
Com a queda da ocupação das UTIs, governadores de ao menos cinco estados, além do Distrito Federal, deram aval ou irão liberar a população do uso obrigatório de máscara nas ruas e ambientes abertos.
Situação em outros estados
Em São Paulo, o cenário epidemiológico registrou quedas em internações. Na última segunda-feira (7/3), 1.573 pacientes com suspeita ou confirmação da doença estavam hospitalizados, gerando taxa de ocupação de 36,27%. Em fevereiro, a taxa era de 53,91%.
Segundo Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, a tendência da queda permite debate sobre liberação do uso de máscaras. “A tendência de queda se deve ao arrefecimento da variante ômicron. Isso permite um debate sobre a liberação das máscaras, mas não com efeito imediato de implementação, já que o estado ainda apresenta muitos internados na UTI”, afirma.
No Rio de Janeiro, um dos estados que liberaram o uso de máscaras em locais abertos e fechados, as internações em UTI pelo vírus despencaram, baixando de 46% para 10% no estado, e de 72% para 4% na capital, se analisado o período entre o dia 21 de fevereiro e 6 de março.
Na Bahia, o governo autorizou a realização de eventos com capacidade máxima de público, devido a queda na taxa de ocupação de UTI para adultos, de 56% para 31%, entre o dia 21 de fevereiro e 7 de março. Em Salvador, a capital apresentava taxa de ocupação de leitos para adultos de 34% das 175 vagas.
No Distrito Federal, 52% dos leitos de UTI estavam ocupados na última segunda-feira, sendo que dos 123 leitos para adultos, 64 estavam ocupados e 24 liberados. Outros 35 leitos aguardavam liberação ou estavam bloqueados. Dos leitos neonatal e pediátrico, 11 estavam ocupados. Além disso, foram criados 20 leitos para adultos.
Já no Mato Grosso do Sul, as internações apresentavam tendência de queda, após registrar 80% das UTIs ocupadas no dia 21 de fevereiro. Na última segunda-feira, o percentual caiu para 44%, mas cinco leitos pediátricos para covid estavam ocupados. Em Campo Grande, 68% das UTIs estavam ocupadas, índice que, há duas semanas, era de 98%.
Pacientes com câncer estão com o tratamento suspenso
Hospitais e clínicas oncológicas que prestam serviços o Imas anunciaram a suspensão do tratamento de ao menos 30 pacientes com câncer. A decisão se dá em meio a novo desdobramento da crise enfrentada pela autarquia municipal. Unidades cobram pagamentos atrasados e revisão de preços de procedimentos.
É o que afirma o vice-presidente do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs), o médico Antônio César Teixeira. Ele informa que, em um primeiro momento, a suspensão atinge 30 dos 200 pacientes de oncologia atendidos pelo plano. “Há uma série de medicamentos que o valor que o Imas paga é inferior ao valor de aquisição deles pelos hospitais”, explica.
Teixeira reivindica que o instituto cubra ao menos o valor de custo desses medicamentos. "Não estamos discutindo lucratividade, é custo operacional. Precisaremos ter um entendimento para que se reformule toda a tabela”, acrescenta o representante dos hospitais, sobre as condições apresentadas para a normalização dos atendimentos. O vice-presidente do Sindilabs reconhece que as demandas podem estar além das condições econômicas do Imas. “Se o orçamento vai comportar, nós não sabemos. É muito provável que não. Mas nesse caso nós não vamos voltar a atender. Estamos tentando negociar. Se o Imas não se sensibilizar, infelizmente os demais tratamentos também serão suspensos”, diz César. (Especial para O Hoje)
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PORTAL G1
Criança de 3 anos com tumor no braço precisa de cirurgia com urgência em Aparecida de Goiânia
Mãe contou que Everthon Gabriel tem dificuldade para dormir, comer e beber por causa do problema. Hospital Araújo Jorge aguarda autorização da Prefeitura de Goiânia.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
O menino Everthon Gabriel, de 3 anos, aguarda uma cirurgia para retirar um tumor em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A mãe, a dona de casa Gabriela Barbosa Lima, de 23, diz que o procedimento tem que ser feito com urgência porque ele pode perder o braço.
“Ele chora, tem dificuldade para dormir. Antes ele comia, bebia, trocava de roupa, ia ao banheiro sozinho, agora tudo eu que faço porque ele não consegue segurar com o outro braço”, desabafou a mãe.
Em comunicado enviado, a Secretaria de Saúde de Aparecida explicou que Everthon foi avaliado pelo Hospital Araújo Jorge no dia 22 de fevereiro e um médico da unidade solicitou a cirurgia. A pasta mencionou que no dia 25 do mesmo mês o pedido foi encaminhado para a Central de Regulação de Goiânia.
Em nota, a Central de Regulação de Goiânia informou que o procedimento já foi autorizado pela Secretaria Municipal de Saúde e a Autorização de Internação Hospitalar (AIH) será encaminhada ainda nesta quarta-feira (9) para o Hospital Araújo Jorge, que fica responsável por agendar o procedimento.
A Prefeitura de Goiânia solicitou que a família entre em contato com o hospital na quinta-feira (10) ou sexta-feira (11), para receber as orientações quanto ao agendamento e execução da cirurgia.
O Hospital Araújo Jorge confirmou que houve a regulação no dia 22 de fevereiro, mas, como Everthon precisava de uma internação, era necessária a emissão da AIH pela SMS de Goiânia. Conforme a assessoria, o documento não havia sido recebido na unidade até a última atualização desta reportagem.
Gabriela conta que o problema começou em dezembro, após o filho levar um tombo. Everthon foi levado a um hospital, mas liberado após uma radiografia. A dona de casa explica que a dor continou e ele precisou voltar ao hospital. Em 22 de fevereiro, o Hospital Araújo Jorge fez um pedido de cirurgia, mas aguarda uma autorização da Prefeitura de Goiânia.
“Eu queria que eles fizessem logo a liberação e que tivessem comoção para ele operar, porque está muito feio o braço dele. Está grande e não para de crescer”, lamentou Gabriela.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 09/03/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Prestadores de serviços do IMAS suspendem atendimentos por falta de pagamento
Bolsonaro sanciona projeto de lei que determina fim do home office para gestantes
Goiás deve derrubar obrigatoriedade de máscara até semana que vem
Mãe denuncia ter perdido bebê por causa de demora e burocracia na Maternidade Dona Iris
No Dia Das Mulheres, Bolsonaro sanciona lei que prevê retorno de grávidas ao trabalho presencial
Einstein é eleito o melhor hospital da América Latina pela Newsweek
TV ANHANGUERA
Prestadores de serviços do IMAS suspendem atendimentos por falta de pagamento
https://globoplay.globo.com/v/10369435/
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Bolsonaro sanciona projeto de lei que determina fim do home office para gestantes
https://globoplay.globo.com/v/10369515/
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A REDAÇÃO
Goiás deve derrubar obrigatoriedade de máscara até semana que vem
Théo Mariano
Goiânia - Goiás deve derrubar o uso obrigatório de máscaras em locais abertos até semana que vem. A informação é do titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Ismael Alexandrino, que afirma que o cenário atual, com queda no número de óbitos por covid-19 e avanço da vacinação, favorece a flexibilização. Diante disso, conforme pontuou Alexandrino ao jornal A Redação nesta terça-feira (8/3), "é provável" a suspensão da obrigatoriedade nos próximos dias.
Dados do Ministério da Saúde confirmam a declaração do secretário em relação à diminuição de mortes ligadas ao novo coronavírus. Conforme consta no mais recente boletim epidemiológico divulgado na última sexta-feira (4/3) pela pasta federal, o Estado de Goiás, de fato, apresentou, entre as semanas 7 e 8 deste ano, entre os dias 13 a 26 de fevereiro, queda nos números de mortes e casos da covid-19.
Em Goiás, a cidade de Minaçu divulgou na última sexta-feira (4) um decreto que desobriga o uso de máscaras em locais abertos. De acordo com o prefeito Carlos Alberto Lereia (PSDB), o fim da exigência da utilização do item de prevenção se justifica pelo avanço da vacinação contra a covid-19 no município do Norte goiano. A máscara continua a ser obrigatória em Minaçu para locais fechados.
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O HOJE
Mãe denuncia ter perdido bebê por causa de demora e burocracia na Maternidade Dona Iris
Uma mãe, de 24 anos, denuncia ter perdido o bebê devido demora para conseguir um parto cesárea no Hospital e Maternidade Dona Iris, em Goiânia. Com 40 semanas de gestação, a mulher relatou ter sentido muita dor, mas com dilatação de apenas 1 cm foi mandada para casa por causa da troca de plantão dos médicos.
A mulher, que era mãe de primeira viagem, teve uma gravidez considerada “tranquila”. Na noite do dia 09 de setembro de 2021, ela entrou em trabalho de parto e foi até o hospital. Com dores muito fortes, ela foi avaliada pelos médicos, mas devido a pouca dilatação não conseguiu autorização para realizar a cesariana.
O parto cesárea é uma forma de nascimento por via cirúrgica e, normalmente, é indicada quando há risco para realização de um parto normal. Desde 2016, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC), definiu que a cesariana deve ser realizada quando há riscos à vida da mãe ou do bebê.
Para realizar a operação é necessário indicação médica. A mulher conta que durante a espera realizou uma ultrassom e foi medicada para poder voltar para casa. “Foi um verdadeiro descaso, nenhum médico veio até mim e eu tive que pedir reavaliação. Não colocaram cardiotocografia para medir a intensidade da contração”, afirma.
O exame de cardiotocografia verifica os picos do batimento cardíaco do feto e os movimentos uterinos para indicar as contrações durante o trabalho de parto. Esta burocracia, segundo a mulher, agravou o quadro, pois, somente às 7h do dia 10, foi realizado um parto cesárea de emergência após a médica identificar o mecônio na bolsa, que são as primeiras fezes do bebê eliminada apenas depois do nascimento.
“Nada foi feito por mim nem por minha filha. Minha filhinha estava em sofrimento fetal e eu lá dentro da maternidade. Só perceberam porque eu fui aos prantos pedindo ajuda pra médica que tinha acabado de chegar, ela percebeu o líquido estranho e fizeram meu parto de emergência, mas infelizmente minha filhinha já estava sem vida”, relata.
A mulher denuncia que o parto cesária foi feito “tarde demais” e, além disso, reclama que teve que ficar em uma sala junto com outras mães, que estavam com os bebês vivos. De acordo com ela, só pode tocar na filha, que “era um sonho”, apenas uma vez e já “gelada”.
“Me sinto muito indignada, pois nós gestantes conhecemos nosso corpo, mas eles ficam incentivando um parto normal. Se tivessem feito a cesariana, minha filha estaria viva. Vão dizer que é uma fatalidade, mas estava passando da hora. Quero lutar pelo direito de escolha na hora do parto”, denuncia.
No laudo médico, a bebê faleceu devido um sofrimento fetal agudo. Em nota, o Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI) informa que, conforme prontuário, a paciente foi atendida de acordo com todos os protocolos médicos e normas técnicas.
O HMDI destaca que a conduta da unidade e de seus profissionais de zelar pela saúde e segurança dos pacientes, assistindo-os com cuidado, respeito e humanização é notória por toda a população. O hospital compreende que a situação é extremamente dolorosa e se solidariza com a família. As providências estão sendo tomadas.
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No Dia Das Mulheres, Bolsonaro sanciona lei que prevê retorno de grávidas ao trabalho presencial
O presidente Jair Bolsonaro sancionou um projeto de lei que muda as regras para o afastamento da empregada gestante, inclusive a doméstica, das atividades laborais durante o período de pandemia. O texto determina o retorno presencial de trabalhadoras grávidas após a conclusão do esquema vacinal contra a covid-19, com duas doses ou dose única (no caso da vacina da Janssen).
A medida foi aprovada de forma definitiva pelo Congresso Nacional em fevereiro, modificando uma lei que estava em vigor desde o ano passado, e que garantia às mulheres grávidas o afastamento do trabalho presencial sem prejuízo do salário.
A nova lei, que será publicada no Diário Oficial de quinta-feira (10/03), estabelece as hipóteses em que o retorno ao regime presencial é obrigatório para mulheres grávidas: encerramento do estado de emergência; após a vacinação (a partir do dia em que o Ministério da Saúde considerar completa a imunização); se ela se recusar a se vacinar contra o novo coronavírus, com termo de responsabilidade; ou se houver aborto espontâneo com recebimento do salário-maternidade nas duas semanas de afastamento garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O afastamento do trabalho presencial só continua mantido para a mulher que ainda não tenha completado o ciclo vacinal.
O texto considera que a opção por não se vacinar é uma “expressão do direito fundamental da liberdade de autodeterminação individual”. Segundo a medida, caso decida por não se imunizar, a gestante deve assinar um termo de responsabilidade e livre consentimento para o exercício do trabalho presencial.
Para os casos em que as atividades presenciais da trabalhadora não possam ser exercidas remotamente, ainda que se altere suas funções, respeitadas suas competências e condições pessoais, a situação deve ser considerada como gravidez de risco até a gestante completar a imunização e poder retornar ao trabalho presencial.
Durante esse período, ela deve receber o salário-maternidade desde o início do afastamento até 120 dias após o parto ou, se a empresa fizer parte do programa Empresa Cidadã de extensão da licença, por 180 dias. Entretanto, não poderá haver pagamento retroativo à data de publicação da lei.
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SAÚDE BUSINESS
Einstein é eleito o melhor hospital da América Latina pela Newsweek
Divulgação/Hospital Israelista Albert Einstein
Ranking da revista norte-americana, elaborado com instituições de 27 países, coloca o Einstein em 34º lugar no ranking global, sendo o único brasileiro entre os 50 melhores do mundo e latino-americano no top 100
O Einstein é eleito o melhor hospital da América Latina pelo ranking The World’s Best Hospitals 2022, divulgado pela revista norte-americana Newsweek, pela 3ª vez consecutiva. Único brasileiro no top 50 e latino-americano no top 100, o hospital ficou em 34º lugar entre os melhores do mundo.
A premiação da Newsweek é elaborada em parceria com a empresa de pesquisa de dados Statista Inc. e baseada em recomendações de profissionais de saúde, pesquisas com pacientes e indicadores-chave de desempenho médico em quatro continentes.
Para Dr. Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, as áreas do Einstein, que compreendem não só a Assistência, mas também Ensino, Pesquisa, Responsabilidade Social, Inovação, entre outras, atuam de forma coordenada para desenvolver atividades que entregam saúde às pessoas. “Isso se dá pelo compromisso de promover um impacto positivo em comunidades e na sociedade, característica compartilhada com os melhores centros de saúde do mundo”, destaca.
A pesquisa foi realizada com cerca de 80 mil profissionais (médicos, profissionais de saúde e administradores de hospitais) de mais de 27 países, selecionados com base no padrão socioeconômico e expectativa de vida, tamanho da população, número de hospitais e disponibilidade de dados. A lista destaca centros que atuam com base em boas práticas de cuidado, avanços na medicina e na ciência.
“Cada profissional é parte desta conquista, que representa um reconhecimento do nosso empenho em entregar segurança e excelência em toda a jornada do paciente. A presença do Einstein no ranking enaltece nosso comprometimento com a qualidade assistencial e das nossas equipes de saúde, que lideram verdadeiras transformações no setor”, celebra Miguel Cendoroglo, Diretor-Superintendente Médico e de Serviços Hospitalares do Einstein.
Para conferir a lista completa, acesse: https://www.newsweek.com/worlds-best-hospitals-2022.
Especialidades
Em setembro do ano passado, a Newsweek já havia publicado o The World's Best Specialized Hospitals 2022, ranking que contempla os hospitais com base em seus desempenhos segmentados por especialidades.
Em nove das dez especialidades avaliadas pela publicação, o Einstein obteve posição de destaque. Em três delas - Oncologia, Ortopedia e Gastroenterologia -, o hospital foi considerado o melhor do Brasil e da América Latina. Além disso, foi reconhecido também em Cardiologia, Cirurgia Cardiovascular, Neurologia, Neurocirurgia, Endocrinologia e Pediatria.
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Assessoria de Comunicação
CRD Medicina Diagnóstica forma a segunda turma de residentes em Radiologia e Diagnósticos Por Imagem
O CRD Ensino e Pesquisa, extensão educacional do CRD Medicina Diagnóstica, formou a segunda turma de seu Programa de Aperfeiçoamento de Radiologia de Diagnósticos por Imagem.
A formatura dos residentes aconteceu no dia 25 de fevereiro, de forma híbrida, com a participação de formandos e convidados online e presencialmente. A cerimônia foi realizada no auditório do Hospital de Acidentados e foi motivo de grande emoção por parte dos médicos staff e formandos.
Após três anos de estudos e acompanhamento constante no CRD sob a coordenação da médica radiologista Letícia Maguollo Daher, as médicas Beatriz Carmo da Costa Lauriano, Daniela Rodrigues Mohn e Maria Eduarda Cordeiro Barroso Rocha concluíram a residência em Radiologia.
Agora, já médicas radiologistas, elas estão trabalhando em grandes serviços na área pelo Brasil, fazendo o R4, inclusive na USP, o que prova o sucesso do CRD Ensino e Pesquisa em uma boa formação.
A cerimônia de formatura foi marcada também pelo ingresso dos novos residentes do CRD Ensino e Pesquisa: os médicos Gabriel Victor Borba Oliveira, Raíssa Pimental Albernás e Ana Carolina Feitoza Rocha.
A Ahpaceg parabeniza os novos especialistas, deseja sucesso aos residentes e cumprimenta o filiado CRD Medicina Diagnóstica por essa grande iniciativa na área de ensino, pesquisa e por contribuir com a formação de profissionais.
CLIPPING AHPACEG 08/03/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Média de mortes por covid no Brasil fica abaixo de 500 pelo 4º dia seguido
Covid-19: Goiás registra 3.967 novos casos e 11 mortes em 24 horas
Ismael Alexandrino confirma que Goiás se prepara para liberar o uso da máscara em lugares abertos
Covid-19: uso de máscaras deixa de ser obrigatório no município do Rio
AGÊNCIA ESTADO
Média de mortes por covid no Brasil fica abaixo de 500 pelo 4º dia seguido
A média móvel de óbitos por covid-19 no Brasil, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, está em 430, ficando abaixo de 500 pelo quarto dia consecutivo. Os dados são de domingo (6/3), quando foram registradas 219 novas mortes. Com isso, o país chegou a 652.207 vítimas confirmadas da doença.
Os dados diários da pandemia no Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL, em conjunto com 27 secretarias estaduais de Saúde e do Distrito Federal, em balanço divulgado às 20 horas. Neste domingo, Distrito Federal e Tocantins não enviaram informações atualizadas.
Em 24 horas, também foram notificados 15.810 novos casos de coronavírus. A média móvel de testes positivos ficou em 40.161. Esse é o quarto dia consecutivo que o número ficou abaixo de 50 mil. O número total de diagnósticos positivos está em 29.045.946. Os dados das últimas 24 horas não incluem o Distrito Federal.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 3.967 novos casos e 11 mortes em 24 horas
Gabriel Neves
Goiânia - Goiás registrou 3.967 novos casos de covid-19 e 11 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os números constam no boletim da Secretaria de Estado de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta segunda-feira (7/3).
Desde que a pandemia alcançou o território goiano, em março de 2020, já foram registrados 1.187.930 casos da doença e 25.850 óbitos no Estado por complicações provocadas pela covid-19. A taxa de letalidade do novo coronavírus em Goiás é de 2,18%.
Ainda segundo o balanço da SES-GO, há 785.447 casos e 402 óbitos suspeitos em investigação.
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JORNAL OPÇÃO
Ismael Alexandrino confirma que Goiás se prepara para liberar o uso da máscara em lugares abertos
Por Gabriela Macedo
Esse é o primeiro passo para que gradativamente Goiás desobrigue o uso de máscaras em locais fechados
Foi confirmada ao Jornal Opção, pelo secretário de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, a possibilidade de Goiás desobrigar o uso de máscaras em ambientes abertos, a partir da próxima semana. “Iremos fazer isso de forma gradativa, já que a maioria da população já tem algum nível de imunização. Seja pela vacina ou pelo contato com o próprio vírus”, declarou Alexadrino.
Somente após a desobrigação da utilização em ambientes abertos é que, aos poucos, o uso de máscaras em locais fechados será flexibilizado. Isso, porque ao todo, de acordo com a SES-GO, já foram aplicadas mais de 5,5 milhões de imunizantes referentes a primeira dose no estado de Goiás – sendo que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado conta com 7,2 milhões de habitantes.
Quanto à segunda dose e a dose única, esses dados caem para 4,8 milhões e 1,5 milhão, respectivamente. Já as crianças entre 5 e 11 anos, cerca de 30,4% receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus.
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: uso de máscaras deixa de ser obrigatório no município do Rio
Taxa de transmissão da doença é a menor desde o início da pandemia
O decreto do prefeito Eduardo Paes que desobriga o uso de máscaras de proteção, inclusive em locais abertos em todo a cidade do Rio de Janeiro foi publicado nesta tarde em edição extra do Diário Oficial do Município.
Com isso, a medida já entrou em vigor na cidade e se estende até os transportes públicos. Segundo o Artigo 2º do decreto, deixa de ser obrigatório o uso de máscaras faciais para ter acesso e permanecer em dependências de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, bem como de órgãos públicos municipais e demais locais, ambientes e veículos de uso público restrito ou controlado.
Ainda conforme o decreto, quando o município atingir o índice de 70% da população maior de 18 anos vacinada com a dose de reforço, as pessoas ficam dispensadas de prévia comprovação de vacinação contra a covid-19 para acesso e permanência no interior dos estabelecimentos e locais definidos no Decreto Rio nº 49.894, de 1º de dezembro de 2021, como bares, lanchonetes, restaurantes; academias; estádios e ginásios esportivos; cinemas, teatros, salas de concerto; museus galerias e exposições, entre outros.
“Ficam os indivíduos dispensados de prévia comprovação de vacinação contra a covid-19 para acesso e permanência no interior dos estabelecimentos e locais elencados no Decreto Rio nº 49.894, de 1º de dezembro de 2021, quando o município atingir o índice de 70% da população maior de 18 anos vacinada com a dose de reforço”, diz o Artigo 1º do decreto. “Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogados, especialmente, o Decreto Rio nº 49.769, de 16 de novembro de 2021 e o Decreto Rio nº 49.766, de 11 de novembro de 2021, conclui a norma de hoje.
Comitê científico
A decisão de abolir o uso de máscaras foi tomada pelo município com base na recomendação do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC), que se reuniu na manhã desta segunda-feira. O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, que é um dos integrantes do comitê, disse que, considerando o atual panorama epidemiológico, a cidade tem a menor taxa de transmissão da doença desde o início da pandemia. Segundo Soranz, o nível atual é de 0,3 enquanto na semana passada era de 0,5.
O secretário acrescentou que o índice de positividade dos testes para covid-19 também recuou e está abaixo de 5%. “Temos uma redução da positividade gradativa ao longo das últimas semanas. Hoje, de cada 100 pessoas que fazem testes de covid-19 na cidade do Rio de Janeiro, menos de 5% são positivas para covid-19. Então, temos um dos menores índices de positividade da nossa história”, afirmou, destacando que o número de pessoas internadas em consequência da doença corresponde a menos de 1% do total da capital.
De acordo com o secretário, por todos esses motivos, o CEEC considerou que era possível recomendar a desobrigação do uso de máscaras na cidade do Rio, inclusive em locais fechados. “Vale lembrar que, desde outubro, já não era mais obrigatório o uso de máscaras em locais abertos e, a partir desta decisão do comitê, o prefeito Eduardo Paes vai elaborar um decreto, para aí, sim, formalizar essa recomendação do Comitê Científico”, completou.
Segundo o secretário, a recomendação de manter, por enquanto, o passaporte vacina é por causa da importância do documento, especialmente para garantir a dose de reforço. “Precisamos aumentar o número de pessoas que façam a dose de reforço. Hoje temos uma situação epidemiológica muito positiva na cidade do Rio de Janeiro justamente por conta da alta cobertura vacinal, só que essa cobertura vacinal, essa proteção, não dura para sempre. Sabemos que essa proteção vai caindo ao longo do tempo e que a dose de reforço é essencial para manter a proteção em níveis adequados.Nosso comitê recomenda que se mantenha o passaporte vacinal estimulando a população a fazer a dose de reforço."
Permanece também a recomendação do uso de máscaras por pessoas com imunossupressão, com nível de comorbidade grave ou que não se vacinaram, o mesmo para quem apresenta sintomas respiratórios, de gripe ou de covid-19 para evitar a transmissão de doenças para outras pessoas. Soranz informou que a secretaria vai manter a aplicação dos testes de covid-19 e ampliar o atendimento que é feito em 240 unidades do município.
Para o secretário, a desobrigação do uso de máscaras inclusive em locais fechados não é uma decisão precipitada porque os números dão segurança para adotar a medida. “Não considero. A gente tem indicadores epidemiológicos que dão muita segurança para essa decisão”, disse, lembrando que essa é uma desobrigação, mas quem quiser, pode continuar utilizando as máscaras.
Escolas
De acordo com Soranz, nas unidades escolares públicas ou privadas, também não é necessário usar máscaras. No entanto, para as crianças que ainda não estejam vacinadas, a recomendação é continuar usando a máscara de proteção. “Recomendamos às crianças que não se vacinaram que usem máscaras, mas não será mais obrigatório o uso de máscaras nas escolas.”
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 05 A 07/03/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Goiás lidera Centro-Oeste em hospitalizações por covid-19 em 2022
Goiás registra 3 mil novos casos de covid-19 e 17 mortes em 24 horas
Teste pode poupar pacientes de câncer de mama de quimioterapia
A pandemia invisível: histórias dos sobreviventes da Covid
Burnout está relacionado à alta produtividade e pode custar caro
Cirurgia Plástica: médicos e hospitais foram adaptados para receber cirurgias eletivas em momentos pandêmicos
Vendedora que teve necrose após plástica passa pela 6ª cirurgia e diz que está confiante: 'Ansiosa pela notícia de que correu tudo bem'
A REDAÇÃO
Goiás lidera Centro-Oeste em hospitalizações por covid-19 em 2022
Théo Mariano
Goiânia - Até a oitava semana do ano, finalizada no último dia 26, Goiás registrou o maior número de hospitalizações por covid-19 do Centro Oeste. Desde o início de 2022, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste final de semana, foram 3.048 internados pelo novo coronavírus. O número é quase equivalente aos registros de todos os Estados da região Norte, que notificaram 4.779 internações pela doença.
Apesar do alto número, Goiás é uma das unidades federativas que apresentaram queda nos números de mortes e casos da covid-19 entre a semana 7 (13/2 a 19/2) e a semana 8 (20/2 a 26/2). Ainda assim, durante a oitava semana, os goianos registraram a quarta maior taxa de mortalidade pelo novo coronavírus do país, com 3,1 óbitos a cada 100 mil habitantes - atrás de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia.
No último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, Goiás havia registrado 3 mil novos casos e 17 mortes pela covid-19 apenas em 24 horas. Desde que a pandemia alcançou o território goiano, em março de 2020, já foram registrados 1.183.384 casos da doença e 25.832 óbitos.
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Goiás registra 3 mil novos casos de covid-19 e 17 mortes em 24 horas
Mônica Parreira
Goiânia - Goiás registrou 3 mil novos casos da covid-19 e 17 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os números constam no boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde deste sábado (5/3).
Desde que a pandemia alcançou o território goiano, em março de 2020, já foram registrados 1.183.384 casos da doença e 25.832 óbitos. A taxa de letalidade do vírus é de 2,19%.
Ainda segundo balanço da SES-GO, há 786.209 casos e 402 óbitos suspeitos em investigação. Os dados são atualizados diariamente e estão disponíveis na plataforma, clicando aqui: https://indicadores.saude.go.gov.br/pentaho/api/repos/:coronavirus:paineis:painel.wcdf/generatedContent
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JORNAL OPÇÃO
Teste pode poupar pacientes de câncer de mama de quimioterapia
Por Gabriella Oliveira
O método consegue avaliar se seria benéfico um paciente passar pelo tratamento
Os testes desenvolvidos para usar tecnologia genômica podem conseguir analisar se será benéfico para uma pessoa passar pela quimioterapia, após a cirurgia de retirada de um tumor. “A utilização das assinaturas genômicas auxilia de maneira substancial a decisão da terapia adjuvante, mas o custo destes testes ainda é elevado, o que dificulta o acesso e limita seu uso na prática diária”, explica o oncologista clínico Gabriel Felipe Santiago.
O teste, que são avaliados por plataformas avançadas como Oncotype, MammaPrint, Breast Cancer Index (BCI), podem ajudar a diagnosticar se alguns tipos de câncer de mama tem mais chances de reaparecerem ou não, podendo em alguns casos descartar a quimioterapia. “São novos testes baseados em biologia molecular e análise gênica. Por meio deles, podemos prever se um determinado tipo de câncer de mama em estágio inicial tem maior risco de recidiva após o tratamento inicial”, esclarece Santiago.
De acordo com o oncologista, o teste pode ser feito na biópsia inicial ou na biópsia da cirurgia. Com essa informação os médicos podem saber quais mulheres que apresentam tumores mamários iniciais (com receptores hormonais positivos, HER 2 negativo e até 2 linfonodos positivos) podem se beneficiar da quimioterapia após a cirurgia.
O teste Oncotype Dx é o mais utilizado no Brasil. Analisa a biologia do tumor através da atividade de 21 genes. A partir da análise, são gerados resultados na pontuação denominada Recurrence Score (RS), que varia de 0 até 100, fornecendo informações sobre a possibilidade de retorno da doença em um período de 10 anos.
“Assim, pacientes que apresentam doença de alto risco pelo exame (RS acima de 25) têm indicação de quimioterapia adjuvante seguida de terapia hormonal (e supressão da atividade dos ovários na pré-menopausa). Já pacientes com doença de baixo risco (RS abaixo de 16) têm indicação apenas de terapia hormonal pós-operatória. Pacientes com doença de risco intermediário (RS de 16 a 25) têm indicação de terapia hormonal isolada se estiverem na menopausa e de supressão da atividade dos ovários associada à terapia hormonal na pré-menopausa, com o uso de quimioterapia em casos selecionados”, explica Santiago.
Responsável por 2,26 milhões de casos registrados em 2020, o câncer de mama se tornou o tipo de câncer mais diagnosticado no mundo. Este é o tipo de câncer que mais acomete mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), representando cerca de 15,5% dos óbitos. Para este ano, o Inca prevê 66 mil novos diagnósticos e mais de 18 mil mortes.
O câncer de mama é curável na maioria das vezes. “Quando detectado em estágios iniciais, as chances de cura são de 95%”, afirma Santiago.
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A pandemia invisível: histórias dos sobreviventes da Covid
Por Italo Wolff
Pessoas que sofreram da forma grave da doença compartilham com o Jornal Opção suas lutas contra as dores físicas, mentais e sociais
Desde o dia 12 de março de 2020, quando os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados em Goiás, 1,18 milhão de pessoas já contraíram o coronavírus. Isso significa que praticamente uma a cada cinco pessoas no Estado já teve a doença e, com quase 26 mil mortos, um a cada 250 goianos morreu. Para todos nós, o vírus transformou a forma de ver o mundo, mas a mudança foi especialmente profunda para os primeiros sobreviventes da forma grave da doença.
O Jornal Opção entrou em contato com alguns dos infectados que passaram longos períodos em tratamento intensivo por conta da doença, até então desconhecida, para observar as transformações que as experiências de quase morte trouxeram em suas perspectivas sobre a vida. Além de sequelas debilitantes e duradouras, as vítimas relatam o medo, o preconceito e profunda transformação pessoal como as principais transformações trazidas pela pandemia.
O vírus, que diminuiu a expectativa média de vida em 2,2 anos em relação a 2019, pode ter deixado milhões de pessoas com sequelas e traumas. Segundo pesquisa do Penn State College of Medicine, publicado no periódico médico Jama, metade dos sobreviventes da forma grave da doença carregarão sintomas por longos períodos após a cura da Covid-19.
Consequências físicas
O sargento da Polícia Militar Leandro Moro contraiu a Covid-19 em junho de 2020, na primeira onda da doença. Com dores de cabeça, febre e tosse seca, o policial foi atendido pelo médico em plantão no Hospital do Policial Militar de Goiânia (HPM), que receitou remédios e disse que seu caso era preocupante, mas preferiu não interná-lo. Três dias depois, com febre alta e baixa oxigenação, ele teve de ser intubado.
Leandro Moro é um recordista: passou 57 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), 24 dias intubado e sedado, 11 dias respirando por traqueostomia, 35 dias em ventilação mecânica. Foram 81 dias no hospital e mais vários meses em tratamento domiciliar, com suporte respiratório. Ele chegou a ter 90% dos pulmões comprometidos pela infecção e precisou de hemodiálise por 35 dias, pois seus rins deixaram de funcionar.
Recebeu alta no dia 6 de setembro, festejado como um vencedor pela equipe do hospital. Entretanto, sua luta não terminou: Leandro Moro perdeu 40 quilos, principalmente de massa muscular, e teve de reaprender a caminhar, a falar e a engolir. Foram várias sessões de fisioterapia e fonoaudiologia.
Com sequelas graves, Leandro Moro nunca pôde retornar a sua profissão. O policial ficou surdo do ouvido direito; teve uma lesão no nervo ciático por ter passado várias semanas pronado; teve comprometimento do nervo fibular esquerdo e, por isso, caminha com dificuldade. Até hoje faz consultas frequentes com neurologistas e pneumologistas e relata se cansar com mínimos esforços.
Entretanto, são as sequelas neurológicas as que mais aborrecem Leandro Moro: “Eu tive bastante lucidez até ser intubado, mas, após 24 dias sedado, a consciência foi retornando aos poucos”, conta. “Tive muitos dias de delírio, alucinações. Minha família negava muitas das coisas de que eu me lembrava vividamente. Até hoje tenho lapsos de memória, amnésias pontuais. Recentemente, fui ao hospital fazer exames e me esqueci; as contas chegaram e eu não sabia pelo que estavam me cobrando.”
Contudo, Leandro Moro se diz feliz por estar vivo. Ele teve sepse duas vezes – antigamente chamada de septicemia, é a infecção generalizada, o quadro máximo de inflamação sistêmica. “Quando cheguei nesse ponto, os médicos não tinham o que fazer. Disseram para a minha família que não havia muita esperança para mim.”
Leandro Moro relata que a experiência foi profundamente transformadora: “Quando acordei e a lucidez voltou, eu quis valorizar muito mais as pessoas à minha volta, meus familiares e amigos. Eu percebi que perdi muito tempo fazendo coisas que, na realidade, não têm importância. O que realmente fez a diferença foi a dedicação daqueles que amam e que fizeram 864 horas de oração ininterruptas por mim. Essas pessoas se revezaram em uma corrente de fé, rezaram em minha igreja, intercederam espiritualmente por mim. Eu acredito que, se não fosse por isso, eu não teria sobrevivido.”
Consequências mentais
João Batista Silva Filho e sua esposa, Carleane, começaram a manifestar sintomas leves da Covid-19 na véspera do Natal de 2020 e, por isso, decidiram ficar isolados durante o feriado. Com o agravamento dos sintomas da mulher, o casal foi ao pronto-socorro e ambos fizeram exames de raios-X, que não indicaram comprometimento pulmonar.
No dia 28 de dezembro, com tosse seca e persistente, febre alta e baixa oxigenação, João Batista foi aconselhado pela sobrinha médica, Gláucia Naves, a procurar um hospital. Quatro dias após a primeira radiografia, João fez outro exame e constatou que 75% de seus pulmões estavam comprometidos. Ele foi internado e recebeu oxigênio via cateter nasal, mas não sentia falta de ar. Pensava estar se recuperando.
Na véspera do ano-novo, ele ouviu uma conversa entre sua esposa e o médico, que informava que ele deveria ser transferido de hospital e ir para uma UTI. Foi apenas então que percebeu que seus problemas estavam longe de terminar. “Fui transferido para o hospital da Hapvida de ambulância. Quando me tiraram de maca e me separei de minha esposa, eu percebi que poderia não vê-la mais, e foi aí que eu fiquei realmente preocupado.”
Internado na UTI, João Batista não se lembra de muita coisa, mas um choque o perturbou. “Vi gente morrendo ao meu lado; vi funcionários tirando os corpos todas as manhãs no ambiente em que eu estava. Acho que comentei algo com os enfermeiros, que me deram alguma medicação sedativa para que eu não ficasse vendo aquilo”.
No dia 2 de janeiro de 2021, às 10 horas da manhã de um sábado, o médico conversou com João Batista. “Ele veio me pedir autorização para me intubar. Eu sabia que, naquele momento da pandemia, a maioria dos intubados morria. Foi aí que eu fiquei sabendo a data, porque não havia janelas na UTI e não existe noção da passagem de tempo – eu não sabia se estava lá há dias ou semanas, não sabia se era noite ou dia”.
No mês em que João Batista foi submetido à respiração artificial, 80% dos pacientes intubados por Covid-19 morreram. Mas, felizmente, 14 dias depois, João Batista se firmou no grupo dos 20% que se salvariam. Cinco dias após ser extubado, acordou. “Os médicos me disseram que não sabia como eu havia voltado. Foi uma surpresa para todos.”
Ao todo, foram 38 dias internado. Com dores e imobilizado pela perda de músculos, ele relata ter sofrido imensamente, e que o sofrimento foi amenizado apenas pela atenção e cuidados da equipe do hospital. “Voltei como uma criança, sem capacidade de falar, me mover e mesmo de engolir.” Após muitas sessões de fisioterapia e fonoterapia, João Batista teve de aprender a comer e se movimentar novamente, de forma que conseguiu caminhar apenas 3 semanas depois de ter recebido alta e ido para casa.
Como herança da Covid-19, João Batista hoje sente dores nas pernas e coluna, além de ter ficado com a visão comprometida e sofrer de fotossensibilidade. “Me canso com facilidade, sinto dores agudas que vêm do nada, duram alguns minutos, e desaparecem”, ele diz. Entretanto, suas sequelas mais debilitantes não são físicas.
“Eu sempre fui uma pessoa extrovertida, muito brincalhona”, lembra João Batista. “Mas, com toda essa experiência, desenvolvi depressão. Já estive pior, mas até hoje me pego isolado, querendo distância das pessoas, chorando muito. Em meu pior período, pedi à minha esposa que ficasse próxima de mim durante o dia, porque não sabia o que faria se ficasse sozinho. Ainda tenho episódios de muito medo e tristeza que preocupam meus amigos e familiares.”
Consequências sociais
O atual responsável pela Secretaria Estadual de Indústria e Comércio (Sic), Joel Sant’Anna, relata que foi um dos primeiros contaminados pelo vírus no Estado. Ele contraiu a doença durante uma viagem de avião de Lisboa para Brasília nas primeiras semanas de março de 2020, quando nem Goiás nem Portugal tinham casos confirmados da doença. No vôo da TAP, entretanto, o secretário viajou ao lado de franceses e italianos que já estavam infectados.
Os sintomas de febre e dores de cabeça começaram no dia 14 de março. Joel Sant’Anna foi atendido por médicos que ainda desconheciam a Covid-19 e, sem um protocolo consolidado para diagnóstico, trataram a doença como sinusite, receitando corticóides. Atualmente, os antiinflamatórios e imunossupressores corticóides são utilizados para combater a Covid-19, mas apenas em casos graves para evitar a reação exacerbada das defesas do organismo.
Com a persistência dos sintomas, Joel Sant’Anna se consultou com outros médicos que acreditaram que ele sofria de labirintite e insistiram nos corticóides. Foi apenas após seis dias, no Hospital Anis Rassi, quando as tomografias e exames de raios-X revelaram comprometimento de 58% dos pulmões, que os médicos começaram a tratar a infecção respiratória.
“Na época, os exames levavam uma semana para ficar prontos, mas a doutora Christiane Kobal e os médicos do Anis Rassi estavam convictos de que era Covid-19”, conta o secretário. Naquela data, apenas Joel Sant’Anna e dois médicos do interior de Goiás ocupavam os leitos do hospital destinados aos pacientes de Covid.
Após 15 dias de tratamento, Joel Sant’Anna voltou para casa. Ele relata que, no condomínio onde mora, o pânico e o preconceito foram seus maiores problemas. Mesmo curado, não transmitindo mais o vírus, seus vizinhos divulgaram seu nome e imagem em redes sociais. “Eles relatavam onde eu ia: na academia, nas ruas em que eu andava, e tinham muito medo de pegar a doença. É o medo do desconhecido. Na época em que eu estive internado, minha esposa teve a forma leve da doença e precisou ficar isolada em casa, mas ninguém era autorizado a ajudá-la ou fazer entregas em casa. Eu atribuo isso à ignorância inicial; hoje em dia as pessoas já sabem que essa não é a melhor forma de lidar com os infectados.”
Joel Sant’Anna foi o primeiro participante do estudo coordenado por Christiane Kobal com o tratamento de plasma convalescente, que envolve a doação de anticorpos no plasma dos curados para aqueles que estão com a doença. Desde então, ele contraiu a variante ômicron, mas afirma que, tendo se vacinado com três doses, seus sintomas foram muito leves.
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Burnout está relacionado à alta produtividade e pode custar caro
Por Italo Wolff
Síndrome pode ser facilmente confundida com cansaço ou nervosismo, mas é grave e pode levar ao pânico ou depressão
Nádia Santana Lemos é mestre em Psicologia da Personalidade, pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e especialista em Psicologia da Saúde. Com 22 anos de experiência clínica, atendeu pessoas que passaram por burnout e estudou o tema no Hospital da Associação de Combate ao Câncer de Goiânia.
A psicóloga afirma que, diferente de um estresse genérico, o burnout é por ser diretamente decorrente do trabalho, em especial nas profissões que atuam com pessoas: cuidado, ensino, advogados, atendentes do setor de serviços. Seus sintomas incluem a indisponibilidade do paciente para lidar com seus clientes. São professores que, por estresse agudo, não conseguem ensinar seus alunos; médicos que não se envolvem com seus pacientes – atitudes erroneamente percebidas como frieza, cinismo ou má vontade.
“É frequente que, distante do trabalho, a pessoa fica bem”, comenta Nádia Lemos, “mas no contexto profissional, há desconforto e sofrimento psicológico que pode gerar sintomas fisiológicos: sudorese, dores de cabeça, dores crônicas, aceleração do batimento cardíaco, dificuldade para se concentrar, entre outros.”
O diagnóstico geralmente é feito por psicólogos, psiquiatras e outros médicos, comenta Nádia Lemos. Como as empresas têm contratado cada vez mais psicólogos para suas equipes, o diagnóstico precoce da síndrome tem ocorrido dentro das próprias corporações. “As empresas já têm diagnosticado a condição e têm feito um trabalho de conscientização acerca dos riscos do burnout. Isso é um avanço muito grande, pois, antigamente, os trabalhadores sofriam com o burnout até que a síndrome levasse a condições mais graves, como o pânico e a depressão.”
Este movimento preveniu grandes impactos na economia. Após as causas ortopédicas, os transtornos mentais eram responsáveis pela maior parte dos pedidos de auxílio e afastamento do trabalho.
Nádia Lemos comenta estratégias que podem prevenir ainda mais a síndrome: a conscientização para reconhecer os sintomas precocemente; investimento em comunicação dentro do ambiente de trabalho, que melhora drasticamente os índices de bem estar em escritórios; investimento em um clima organizacional favorável. As relações interpessoais são a maior fonte de possível estresse, e uma política empresarial que treine os funcionários a se relacionarem de forma saudável pode evitar problemas graves. relacionamento. Ferramentas de relacionamento interpessoal.
O principal tratamento para a condição é a psicoterapia. “Alguns casos são mais severos e podem necessitar de ajuda farmacológica, prescrita por um psiquiatra. Em geral, porém, a psicoterapia é a melhor alternativa, pois não há medicação específica para resolver a síndrome de burnout.”
Dados assustadores
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, como uma doença ocupacional, isto é, relacionada ao estresse da rotina de trabalho. O termo foi incluído na 11ª versão da Classificação Internacional de Doenças, a CID-11, que passou a vigorar em 1º de janeiro de 2022.
A Síndrome foi oficializada como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. No texto anterior, ela era considera ainda como um problema na saúde mental e um quadro psiquiátrico.
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o número de solicitações de auxílio doença quintuplicou entre março e abril de 2020. Estes foram os dois meses de evolução do contágio da covid-19 no Brasil. Os dados apontam que entre um mês e outro, os pedidos saltaram de 100 mil para 500 mil.
“De fato, o número de requerimentos de benefícios previdenciários no INSS de natureza psiquiátrica está entre os primeiros colocados. Os pedidos de auxílio doença e benefícios assistenciais, em decorrência de transtornos mentais, só possuem menor incidência em relação aos de natureza ortopédica”, diz Carla Benedetti, advogada, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP e associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).
Pesquisa da Microsoft apontou um aumento de 44% de brasileiros com esgotamento profissional. “A Síndrome de Burnout, consequência do excesso ou sobrecarga de trabalho, se agravou na pandemia. Nesta condição, a pessoa se sente literalmente exausta, esgotada física e psicologicamente, seja por causa do número de horas trabalhadas, seja pelo estresse provocado pelas condições de trabalho”, explica a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
O home office, por exemplo, se tornou uma rotina para muitos profissionais. No entanto, nem todos conseguiram se adaptar com a junção do ambiente de trabalho ao de casa. “Pacientes relatam desânimo, dificuldade de raciocínio, ansiedade, irritabilidade, sensação de incapacidade, diminuição da motivação e da criatividade, entre outros sintomas”, conta Dr. Adiel Rios, Mestre em Psiquiatria pela UNIFESP, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
A privação do sono também é um forte gatilho para a Síndrome de Burnout. “Quando o profissional não dorme o suficiente para ser produtivo ou trabalha até tarde da noite, prejudica a rotina do sono, desregulando seu relógio biológico. Isso resulta em uma extrema exaustão, pois o organismo, que já está habituado com um determinado padrão de sono, sofre um forte impacto, precisando de tempo e resistência para se adequar às mudanças”, reforça Adiel Rios.
Uma consequência frequente da Síndrome é o uso de drogas (álcool, tabaco, além das drogas ilícitas) como forma de alívio. “É importante estar alerta a esta situação que agravará ainda mais a condição física e mental do indivíduo. O mesmo pode ser dito da automedicação”, frisa a psiquiatra Danielle H. Admoni.
Nos casos em que a Síndrome de Burnout já está instalada, recomenda-se buscar auxílio médico especializado para avaliação do quadro e orientação quanto ao tratamento. “Especialmente no caso das pessoas cujas características de personalidade as tornam mais propensas ao Burnout, a psicoterapia é um complemento importante, pois o problema está, muitas vezes, dentro da pessoa, e não tanto em suas condições de trabalho”, avalia Monica Machado, psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.
Alta produtividade está relacionada ao Burnout
Estudo do neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, discorre sobre as consequências do excesso crônico de estresse ocupacional. Segundo o cientista, a síndrome de burnout, muitas vezes causada pelo excesso de trabalho, leva ao cansaço físico e mental que acarreta na redução da capacidade de um indivíduo. Nesse contexto, o PhD em neurociências, biólogo e antropólogo membro da Society for Neuroscience, Dr. Fabiano de Abreu acredita que a alta produtividade, apesar de comum nos trabalho contemporâneos, pode ser uma das razões pelas quais as pessoas desenvolvem burnout.
Durante o isolamento social rígido e todas as mudanças de rotina causadas pela pandemia de covid-19, os números de casos de síndrome de burnout aumentaram. “A necessidade constante de o indivíduo se apresentar como produtivo, eficiente e eficaz, desencadeou o surgimento de algumas habilidades para conviver nessa sociedade tecnológica, e uma delas, a alta produtividade surge para dar conta das demandas atuais”, explica o cientista.
De acordo com ele, é necessário, antes de tudo, compreender as diferenças existentes entre um indivíduo produtivo e uma pessoa que passa muito tempo ocupada. “Produtividade é sinônimo de realizar atividades em um curto espaço de tempo sem se distrair. Trabalhar por mais de 12 horas todos os dias, não é necessariamente ser produtivo. Passar horas realizando uma tarefa e não conseguir atingir a meta gera frustração e estresse”, pontua.
A síndrome de burnout pode ainda vir acompanhada de depressão, o que deixará evidente algumas alterações na produtividade profissional de cada indivíduo em diferentes âmbitos. “Há sintomas físicos, mentais e emocionais. Há negligência profissional, lentidão e contato impessoal, por exemplo”, detalha o neurocientista.
Porém, o estudo do Dr. Fabiano de Abreu, publicado pela Revista Científica Saúde e Tecnologia, concluiu que apesar de possível, a relação entre a produtividade e a burnout não são fenômenos obrigatoriamente dependentes um do outro. “O esgotamento ocorre quando o sistema nervoso central fica sobrecarregado e acaba sendo mediado pelo sistema imunológico com taxas de baixa ou alta quantidade de cortisol e, ao mesmo tempo, liberando substâncias que levam a sensação de prazer como a dopamina e a serotonina, desregulando-os”, explica.
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O HOJE
Cirurgia Plástica: médicos e hospitais foram adaptados para receber cirurgias eletivas em momentos pandêmicos
Por: Lanna Oliveira
Inegavelmente, a pandemia atingiu todos os setores da vida comum, mas sem dúvidas, o mais atingido foi as mais diversas áreas da medicina. As funções eletivas foram pausadas para dar lugar a uma demanda urgente que surgiu com as várias mortes em todo o mundo. Mas como foi para os médicos, que não estavam na linha de frente do enfrentamento do Coronavírus, buscar perspectivas para suas especialidades? O médico cirurgião plástico Fernando de Nápole revela que muitas mudanças tiveram que ser feitas nos consultórios.
Há dois anos do início da época mais assustadora que essa geração verá, o mundo da cirurgia plástica se viu de cabeça para baixo. Pautados por procedimentos invasivos, e em sua maioria, de cunho estético, os médicos especialistas em cirurgia plástica se viram paralisados e receosos com o que estava por vir. Segundo Fernando de Nápole, com a chegada da pandemia a profissão entrou em risco iminente, mas que o primordial era a segurança de seus pacientes. “Apesar do espanto, mantive a serenidade para tranquilizar meus pacientes”, relembra.
Em meio ao caos que o mundo viveu no primeiro momento, cheios de incertezas e inseguranças, os cirurgiões plásticos se viram impossibilitados de exercer o ofício. Mas apesar da tristeza imposta pela situação, Fernando admite que naquele momento se viu a favor da pausa nas cirurgias eletivas, já que garante prezar pela segurança de todos em primeiro lugar. “Naquele momento a pausa se fez necessária, já que era nítido para nós da área da saúde que o momento era grave. Por isso o retorno foi de forma gradual e consciente”, conta o médico.
Calmamente o retorno aconteceu, mas cuidados são tomados desde então. A rotina das salas de cirurgias foi alterada diretamente pela pandemia, e adaptações foram feitas. “Na prática, fizemos mudanças em diversos âmbitos, desde o pré, durante e pós-operatório. O uso de máscaras e álcool nas clínicas, de protetores faciais de acrílico na cirurgia também foram indispensáveis e fiscalizados pela vigilância sanitária. Tanto quanto o distanciamento, causando uma redução de funcionários, de atendimentos e cessando as visitas aos pacientes”.
Além dos médicos, os hospitais também se depararam com essa nova realidade. Com extremo rigor no momento da internação, as unidades de saúde testam equipe médica, pacientes e acompanhantes para Covid-19, restringem visitas e uma maior preocupação com a limpeza sanitária. “Aos pacientes que contraiam Coronavírus no pós-operatório, nós, junto com médicos de especialidades específicas dos hospitais, oferecemos assistência. O que influenciou a não termos fatalidades decorrentes do Coronavírus”, explica Fernando.
Segundo o médico, esse acompanhamento faz toda diferença no momento em que a saúde atravessa. “Sempre tivemos riscos em cirurgias estéticas e sabemos o agravamento que a pandemia causou. Mas busco manter contato com meus pacientes para esclarecer os riscos, mas também todas as possibilidades e tranquilizá-los quanto às prevenções que tomamos”. Ele continua dizendo que é um mito acreditar que no hospital estamos mais suscetíveis a contrair a doença, já que o índice de infecção nos hospitais de cirurgias plásticas é muito baixo. “Aqui somos todos monitorados, regulados e fiscalizados diariamente”.
Para além das salas cirúrgicas
Fernando revela que desde o início da pandemia ele lida com situações que vão além das técnicas cirúrgicas. Passou a ser um ponto de apoio dos seus pacientes, que compreensivelmente, estão mais inseguros e preocupados com tudo que pode acontecer. Ele revela que lida de forma informativa, escutando e sanando dúvidas que possam surgir. “Minhas pacientes chegaram com muitas inseguranças, mas nesse novo momento da pandemia elas estão mais conscientes e entenderam que tudo é feito de forma segura”.
Mas o cirurgião ressalta que ele também se pegou inseguro e se questionando sobre as condutas que deveria seguir, já que tudo era novo para todos. “Minha maior dificuldade durante esse período foi entender meus limites. Me perguntei várias vezes se eu deveria ter parado de operar antes das determinações governamentais, ou até mesmo ter esperado um pouco mais, mesmo com a volta autorizada. Esse foi o meu maior enigma, me fazia esses questionamentos todos os dias antes de dormir”.
O medo de perder familiares e pacientes também permeou a vida do médico durante o período pandêmico, mas ele diz que com os estudos revelando que a ômicron pode ser a última variante do Coronavírus, questões podem ser superadas. “Apesar de termos superado uma fase mortal do vírus, ainda mantemos alguns cuidados, que acredito que permanecerão nesse dito novo normal”, adianta. O uso de máscara e álcool, o distanciamento, as testagens e adaptações impostas por órgãos sanitários ainda são indispensáveis.
Hoje, avaliamos cada paciente de forma minuciosa, já que muitas pessoas ainda possuem resquícios da doença. Fatores como se o contato com o vírus foi assintomático, sintomas leves, se tiveram internações em UTI, a quantidade de dias acometidos pela doença, são determinantes na possibilidade de fazer a cirurgia. Alguns casos merecem a avaliação de pneumologistas e cardiologistas, e talvez até o adiamento da cirurgia”. Fernando de Nápole finaliza dizendo que todos os cuidados são tomados para tentar evitar trombose, embolia pulmonar e agravos que possam levar o paciente a óbito. Procure um especialista capacitado e de confiança.
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PORTAL G1
Vendedora que teve necrose após plástica passa pela 6ª cirurgia e diz que está confiante: 'Ansiosa pela notícia de que correu tudo bem'
Kelly Cristina está internada há quase 30 dias e passou por enxerto de tecido nos locais das cicatrizes. Se o procedimento tiver dado certo, ela diz que poderá receber alta nos próximos dias.
A vendedora Kelly Cristina Gomes da Costa, de 29 anos, que está internada há quase um mês após ter parte da pela necrosada depois de fazer uma plástica, passou pela sexta cirurgia para melhorar a situação, em Goiânia. Nesta sexta-feira (4), ela fez um enxerto de tecido nos locais das cicatrizes. Segundo Kelly, se o procedimento tiver dado certo, ela poderá receber alta nos próximos dias.
“A cirurgia foi concluída com sucesso. Estou confiante e ansiosa pela notícia de que tudo correu bem”, disse.
O g1 entrou em contato com o advogado que faz a defesa da médica Lorena Duarte Rosique, que fez a plástica em Kelly, por ligação e mensagens por volta das 14h40 desta sexta-feira, para saber o posicionamento da médica, mas não teve retorno até a última atualização.
No dia 17 de fevereiro, a médica foi proibida de atuar na área temporariamente pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Ao g1, o órgão informou, nesta sexta-feira, que a profissional segue impedida de trabalhar.
Anteriormente, a defesa de Lorena já havia esclarecido, em nota, que a paciente estava ciente do risco de necrose da pele em decorrência da cirurgia plástica e quis fazer o procedimento ainda assim.
Também de acordo com o comunicado, a médica orientou 20 sessões de câmara hiperbárica e outros tratamentos, que a paciente não fez como recomendado. Por fim, o texto diz que ela "se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas de macular sua honra" (leia íntegra ao fim da reportagem).
Procedimentos e recuperação
Kelly está internada desde o dia 5 de fevereiro no Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Segundo ela, as cirurgias que fez desde que foi internada foram para retirar a pele que necrosou. Após o procedimento feito nesta sexta-feira, ela contou que ficará com um curativo até a próxima semana.
“Estou fraca, mas correu tudo bem. Vou ficar cinco dias de curativo fechado. Se o enxerto pegar, o médico me libera para continuar o tratamento em casa”, contou.
Antes da sexta cirurgia, Kelly estava com um curativo a vácuo na barriga e contou que estava fazendo sessões de fisioterapia diariamente.
"Agora é rezar para que o enxerto pegue, porque ainda pode ser que não pegue. Os médicos falam que é uma das etapas finais. Tudo depende do resultado dessa cirurgia", afirmou, antes da sexta cirurgia.
Operação e consequências
Kelly fez a plástica na barriga e nos seios no último dia 19 de janeiro. O procedimento era um sonho dela, mas que acabou virando um pesadelo com vários dias de muita dor.
"Eu mandava áudio para ela chorando: 'Doutora está queimando, estou com muita dor'. Ela aumentava os remédios, mas não adiantava", disse.
A vendedora contou que nunca perdeu o contato com a médica, que ela sempre a atendeu e que chegou a acompanhá-la em um pronto socorro às pressas, quando sentiu falta de ar.
Kelly contou que, no início de fevereiro, após sentir muita dor, foi ao Hugol, onde já ficou internada e passou por um procedimento cirúrgico de urgência. Segundo ela, os médicos ficaram assustados com a gravidade dos ferimentos.
Investigação policial
A mãe da Kelly denunciou a situação da filha à Polícia Civil. O registro foi feito como caso de lesão corporal culposa (sem que a médica tivesse intenção de causar mal à paciente). A vendedora e testemunhas foram ouvidas e relataram como foi a cirurgia e como foram os dias após o procedimento.
Até o último dia 21 de fevereiro, a polícia esperava a conclusão dos laudos da perícia para identificar melhor as causas das queimaduras e necrose na pele.
O g1 tentou contato com o delegado responsável pelo caso, por ligação às 14h40 desta sexta-feira, para saber se a polícia tem alguma novidade sobre a investigação, mas as chamadas não foram atendidas. A assessoria da Polícia Civil disse que ainda não há nenhuma informação nova sobre o caso.
Íntegra da nota da defesa da médica
"Com relação à reportagem sobre Kelly Cristina Gomes Costa, a defesa da médica Lorena Duarte Rosique esclarece o que se segue:
Já foram enviados documentos para a redação do respeitável veículo de imprensa entre os quais o Termo de Consentimento assinado por Kelly em que foi informado “que a lipoaspiração pode, mesmo com todos os cuidados, levar a sofrimento de pele (necrose) com formação de feridas, sejam focais (menores) ou mais extensas (...) de solução demorada e com formação de cicatrizes (...) não está descartada a colaboração eventual de outros profissionais para o adequado tratamento”.
Ainda que a paciente 'deverá fazer retornos (...) com zelo e atenção a todas orientações e cuidados do pós-operatório'.
No caso, a médica deu toda a assistência à paciente, e especificamente prescreveu medicações orais, tópicas e oxigenoterapia hiperbárica por 20 (vinte) dias seguidos, com toda orientação e auxílio para a realização do tratamento. Cumpre esclarecer que a oxigenoterapia hiperbárica consiste em terapia em que a paciente respira oxigênio puro com pressão maior, o que aumenta muito a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue, combatendo infecções, compensando deficiência de oxigênio em entupimentos ou destruição de vasos sanguíneos, ativando células e ajudando na cicatrização.
Contudo, apesar de receitado e insistido, conforme documentado pelo consultório da médica, a paciente Kelly fez apenas 5 (cinco) sessões espaçadas, não se sabe o motivo, se por não poder ou não querer.
Tudo será esclarecido a seu tempo perante a Justiça e a médica se compadece com o drama pelo qual passa a paciente, ao mesmo tempo em que se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas, seja de quem for, de macular sua honra, dispendiosa e longa formação médica, zelo e competência profissional.
Marina Toth
Octavio Orzari
Advogados"
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RÁDIO CBN GOIÂNIA
Conheça algumas curiosidades sobre o vitiligo
O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos. Recentemente, um estudo realizado por pesquisadores goianos tem mostrado eficácia da mama-cadela, planta típica do cerrado, para o tratamento da doença. Para isso, Luiz Geraldo e Larissa Lopes conversaram com a médica dermatologista Carolina Sampaio Gressler.
https://www.cbngoiania.com.br/cmlink/cbngoiania/colunas/guia_saude/GuiaSaude.col
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Assessoria de Comunicação
Participe da palestra “Indicador de Terapia Nutricional”: 08/03 - 18h
Parceiros da Ahpaceg e do Sindhoesg, a Benenutri Distribuidora e a Fresenius convidam associados e filiados para a palestra “Indicador de Terapia Nutricional”, que será ministrada pela nutricionista, especialista em Fisiologia Humana Aplicada à Nutrição e mestre em Ciências da Saúde, Camila Prim, nesta terça-feira, 8 de março, às 20 horas, pela plataforma Zoom.
Inscreva-se antecipadamente e participe deste grande evento sobre a nutrição de pacientes críticos:
https://us06web.zoom.us/meeting/register/tZ0tcuCvqDkjGtx99s_sdCRHQUnZVB70R5GX
Após a inscrição, você receberá um e-mail de confirmação contendo informações sobre como entrar na reunião.
CLIPPING AHPACEG 04/03/2022
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil pode rebaixar pandemia de covid-19 para endemia, diz presidente
PF abre inquérito contra Bolsonaro por associação da vacina da covid à aids
Goiás avaliará flexibilização do uso de máscaras 14 dias após Carnaval
Pesquisadores da USP comprovam a eficácia do canabidiol no tratamento de burnout
Número de idosos mortos por Covid-19 volta a crescer indicando a necessidade de uma quarta dose
Polícia investiga UPA por jovem ter morrido após ser mandada para casa ao ser atendida na unidade, em Caldas Novas
Grávida tem bebê diagnosticado com 'meio coração' e tenta cirurgia em São Paulo
AGÊNCIA BRASIL
Brasil pode rebaixar pandemia de covid-19 para endemia, diz presidente
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (3) que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estuda rebaixar para endemia o status da covid-19 no Brasil.
“Em virtude da melhora do cenário epidemiológico e de acordo com o § 2° do Art. 1° da Lei 13.979/2020, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estuda rebaixar para ENDEMIA a atual situação da COVID-19 no Brasil”, disse Bolsonaro por meio de uma postagem no Twitter.
Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que já está adotando as medidas necessárias para reclassificar o status da covid-19 no Brasil que, atualmente, é identificado com pandemia. “O Ministério da Saúde avalia a medida, em conjunto com outros ministérios e órgãos competentes, levando em conta o cenário epidemiológico e o comportamento do vírus no país”, declarou o órgão.
Diferenças
Desde março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o surto sanitário de covid-19 como uma pandemia.
O termo endemia é usado nos casos de doenças recorrentes, típicas, que são frequentes em uma determinada região, mas para as quais já há uma resposta efetiva à população por parte da rede de saúde.
Uma enfermidade pode começar como um surto ou epidemia e se torna uma pandemia quando atinge níveis mundiais, ou seja, quando determinado agente se dissemina em diversos países ou continentes, usualmente afetando um grande número de pessoas.
Se confirmada a reclassificação no Brasil, a medida vai de encontro às orientações da OMS, órgão que define quando uma doença se torna uma ameaça global e que ainda classifica a covid-19 como pandemia.
Efeitos
Se passar a ser tratada como endemia, a covid-19 deixará de ser uma emergência de saúde e, assim, restrições como uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte vacinal, além de realização compulsória de exames médicos, por exemplo, podem deixar de ser obrigatórias.
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AGÊNCIA ESTADO
PF abre inquérito contra Bolsonaro por associação da vacina da covid à aids
A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abriu inquérito para investigar as declarações falsas do presidente Jair Bolsonaro sobre relação entre a vacina contra a covid-19 e a infecção pelo vírus da aids. A peça de desinformação foi espalhada pelo presidente no dia 21 de outubro de 2021, um dia depois do indiciamento do chefe do Executivo na CPI da Covid por 11 crimes ligados à sua conduta frente à pandemia.
Em ofício endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a abertura da apuração, a delegada Lorena Lima Nascimento, da Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores, não só informou sobre a instauração oficial da investigação junto à PF, mas também solicitou o compartilhamento de uma apuração feita pela Procuradoria-Geral da República sobre o caso.
O documento, datado do dia 25 de fevereiro, chegou à corte máxima nesta quarta-feira (2/3) e também pede o compartilhamento dos autos da investigação em que a PF atribuiu a Bolsonaro violação de sigilo funcional após o compartilhamento de inquérito sigiloso sobre ataque hacker aos sistemas internos do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições 2018.
A Procuradoria-Geral da República defende o arquivamento de tal apuração. Em dezembro, Alexandre de Moraes proferiu duas decisões sobre o caso, a primeira determinando a abertura da investigação sobre as falas do presidente. Depois, determinou o trancamento de uma notícia de fato (apuração preliminar) que tramitava na PGR sobre o caso, para a regularização do procedimento, com o devido "controle judicial" pela corte. Segundo o ministro, é "indispensável" que toda e qualquer medida relacionada às investigações sejam devidamente formalizadas nos autos que tramitam no STF.
Em ambos os despachos, o ministro indicou que havia justa causa para abertura da investigação, por considerar que "há dúvidas de que as condutas do presidente da República, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra o Covid-19 utilizam-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, revelando-se imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados".
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A REDAÇÃO
Goiás avaliará flexibilização do uso de máscaras 14 dias após Carnaval
Théo Mariano
Goiânia - A flexibilização do uso de máscaras em locais abertos só será discutida em Goiás daqui a duas semanas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) informou ao jornal A Redação nesta quinta-feira (3/3) que a exigência do item de proteção individual "está mantida" e que duas semanas após o feriado de Carnaval avaliará se as folias ocasionaram novo crescimento dos casos da covid-19.
"Até lá, a SES reforça a necessidade do uso de máscaras e o cuidado redobrado durante o feriado para que não haja um novo recrudescimento da pandemia no Estado", diz trecho de nota divulgada pela pasta. A orientação é de que, independentemente do local frequentado, "todas as pessoas utilizem máscaras de proteção respiratória".
Além das máscaras, a SES-GO também reforça a importância da vacinação para o combate à covid-19. "Apesar de a vacinação ainda ser a melhor estratégia para se proteger neste momento de circulação da variante Ômicron, que possui maior potencial de transmissibilidade, as demais medidas de prevenção da covid-19 não devem ser menosprezadas."
O Distrito Federal foi uma das unidades federativas que anunciaram a flexibilização do uso de máscaras. Pelas redes sociais, o governador Ibaneis Rocha declarou que o relaxamento das medidas será iniciado a partir da próxima segunda-feira (7/3).
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O HOJE
Pesquisadores da USP comprovam a eficácia do canabidiol no tratamento de burnout
Por: Cecília Sampaio
Na Universidade de São Paulo (USP), em Rio Preto, pesquisadores comprovaram que canabidiol (CDB) tem ação terapêutica do composto no burnot, a síndrome do esgotamento profissional. O estudo foi feito através de 120 profissionais da saúde da linha de frente da resposta à Covid-19 e chegaram a conclusão que doses diárias do medicamento reduziram sintomas de fadiga emocional em 25% nos voluntários, depressão em 50% e ansiedade em 60%.
Os mesmos pesquisadores também estão avaliando uma possível colaboração com o Instituto de Psiquiatria da USP de São Paulo efeito do CDB na prevenção das consequências neurológicas e médicas gerais da infecção por coronavírus.
Essa é só uma das pesquisas que mostra os benefícios dessa substância. Nesse momento no Brasil a Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa) está cinco pedidos em análise de produtos que usa canabidiol e quatro em exigência e outros três ainda devem começar a ser avaliados.
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Número de idosos mortos por Covid-19 volta a crescer indicando a necessidade de uma quarta dose
Por: Cecília Sampaio
Desde o começo da vacinação o número idosos que morriam por causa da Covid-19 estava em queda, mas depois de um ano os números voltam a crescer. O causador é o fato da grande maioria dessa faixa etária ter completado o esquema vacinal há quatro meses e se encontrarem mais vulnerável.
Na cidade Goiânia nas últimas duas semanas houveram 77 óbitos de pessoas com 60 anos ou mais, sendo que desde o começo da Ômicron, em dezembro, morreram menos de 400 pessoas nessa faixa etária, isso de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Goiânia . É um avanço muito alto para só duas semanas, vendo o quadro estável em que se encontrava.
Já em Goiás o número de óbitos desse mesmo grupo no último mês 302 sendo 375 o número de óbitos, de acordo com os dados divulgados no site da Secretaria de Saúde de Goiás . Todos esses dados deixam claro que deve ser implantada a quarta dose no esquema vacinal, deixando todos grupos protegidos.
A necessidade da quarta dose já vem sendo discutida desde do final do ano passado e a rápida disseminação da variante Ômicron mostrou que ela é uma necessidade. O fato dos idosos voltarem a ser um grupo mais vulnerável, por terem tomado a terceira dose já a cerca de 4 meses só ajuda a deixar mais claro.
Esse é o momento certo, pois de acordo com os especialistas, após tantas infecções e aumentando o número de vacinados poderemos bloquear a circulação do vírus no país.
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PORTAL G1
Polícia investiga UPA por jovem ter morrido após ser mandada para casa ao ser atendida na unidade, em Caldas Novas
Relatório médico apontou que Amanda Rodrigues deu entrada no hospital com dores no estômago e vômitos e foi liberada após o fim dos sintomas. No entanto, família diz que ela continuou passando mal.
Por Michel Gomes e Roberto Vicente, g1 Goiás e TV Anhanguera
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A Polícia Civil investiga uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pela morte de Amanda Rodrigues Souza, de 19 anos. A jovem faleceu após ser mandada para casa depois de ser atendida em Caldas Novas, no sul de Goiás.
“Requisitamos as perícias de exames cadavéricos para elucidar a causa da morte. Não cabe a nos dizer que houve erro médico, até o presente momento não tem essa constatação, foi uma hipótese levantada pela família”, explicou o delegado Tiago Fraga Ferrão, responsável pelo caso.
O relatório médico diz que Amanda foi atendida às 21h50 de segunda-feira (28) com dores no estômago e vômitos e liberada após o fim dos sintomas. No entanto, a sogra da paciente, Maria dos Santos Freitas, denunciou que não foi feito nenhum exame e a jovem foi embora sentindo muitas dores.
“Colocaram um soro pequeno com medicação, ela tomou. Depois colocaram outro, mas só colocaram, não perguntaram e não examinaram. Todo mundo que viu comentou que ela estava mal e não devia ir para casa”, contou a mulher.
A família relatou que a jovem passou mal novamente em casa e voltou à UPA. Ela foi levada pelo Corpo de Bombeiros às 6h de terça-feira (1º) em parada cardiorrespiratória e teve o óbito confirmado às 6h20.
Em nota, a Prefeitura de Caldas Novas lamentou a morte da jovem e informou que a secretaria de saúde está colaborando para que toda a apuração seja conduzida de forma ágil e para que os fatos sejam elucidados.
O delegado completou que a polícia está fazendo todos os procedimentos necessários para a apuração. O pai de Amanda, o companheiro dela e os dois médicos que a atenderam já foram ouvidos pela polícia.
“Temos que ser muito cautelosos, se for o caso, vão ser solicitadas novas pericias e podemos formar uma junta médica para avaliar os protocolos, algo profissional”, pontua Tiago.
O investigador aguarda o laudo cadavérico, feito após um pedido da polícia. Na terça-feira (1º), quando Amanda morreu, o médico solicitou a remoção do corpo ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Inicialmente, os familiares não autorizaram a necropsia, mas após a interferência do delegado, o procedimento foi feito.
Nota da Prefeitura de Caldas Novas
A Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas vem, por meio desta nota, lamentar profundamente o falecimento de Amanda Rodrigues Souza, de 19 anos, ocorrido nesta terça-feira, 1, e prestar os mais sinceros pêsames aos seus familiares e amigos.
Esclarecer que, a jovem deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento - UPA às 21:50h da noite desta segunda-feira, 28, com dores no estômago e vômitos. Após triagem protocolar, a paciente foi atendida por um profissional médico e imediatamente medicada, recebendo alta após cessarem os sintomas e ter o quadro clínico estabilizado.
Conforme relatos, Amanda teria passado mal novamente em sua residência, sendo levada pela equipe do Corpo de Bombeiros à unidade por volta das 6h da manhã desta terça-feira, 01. Ainda de acordo com informações da UPA, quando a paciente chegou já estava em parada cardiorrespiratória, com óbito declarado às 6:20h pelo médico, que solicitou então a remoção do corpo ao Serviço de Verificação de Óbito - SVO.
A secretaria de Saúde enfatiza que está colaborando para que toda a apuração seja conduzida de forma ágil e para que os fatos sejam elucidados.
Importa esclarecer ainda que, inicialmente os familiares não autorizaram a realização da necrópsia para identificação da causa da morte, e que, somente após interferência dos médicos e do delegado de Polícia Civil, ocorreu a devida autorização para que o Instituto Médico Legal - IML pudesse realizar o referido procedimento.
Respeitosamente, nos colocamos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos.
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Grávida tem bebê diagnosticado com 'meio coração' e tenta cirurgia em São Paulo
Kamylla Santos conseguiu liminar que garante custeio pelo plano, em Pires do Rio. Ipasgo informou que não recebeu pedido dela, não foi intimado, mas trabalha para entender o caso.
Chegando à 36ª semana de gestação, Kamylla Santos descobriu que seu bebê deve nascer com uma malformação conhecida como "meio coração" - uma cardiopatia considerada grave pelo médico que diagnosticou o caso. Ela contou que precisa conseguir a São Paulo fazer o parto e uma cirurgia em Arthur Gabriel assim que ele nascer.
Moradora de Pires do Rio, no sudoeste goiano, Kamylla faz o acompanhamento da gravidez em Goiânia. Ela disse que informou a situação ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) e entrou com um pedido na Justiça no domingo (27). No mesmo dia, ela conseguiu uma decisão que determina o "custeio de todos os procedimentos de internação".
O Ipasgo informou ao g1, por telefone na tarde desta quinta-feira (3), que não foi contactado pela usuária e ainda não recebeu a intimação da Justiça - emitida na tarde do dia anterior. Além disso o Instituto informou que tenta contato com Kamylla para entender o caso.
Enquanto luta pela autorização do plano, Kamylla começou uma vaquinha online para garantir que terá condições de se manter na cidade e arcar com o tratamento.
“Se eu fizer o parto aqui em Goiânia a chance é zero de ele sobreviver. Já em São Paulo é de 84%! Já estou com 36 semanas, estou desorientada. Como que vou para lá sem autorização, sem dinheiro?”, desabafou a mãe.
'Meio coração'
Kamylla disse que o diagnóstico foi dado na sexta-feira (25). O cardiologista que analisou os exames emitiu um laudo descrevendo que o bebê tem Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo - popularmente chamada de "meio coração”.
De acordo com o documento, trata-se da “mais graves das cardiopatias congênitas”, uma malformação “complexa”. Por isso, ele indicou que a cirurgia seja feita por médico em São Paulo “por ter nesta patologia a maior estatística de sobrevivência cirúrgia no Brasil.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 03/03/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil ultrapassa marca de 650 mil mortes por covid-19
Covid-19: Goiás registra 1.617 novos casos e nove mortes em 24 horas
Lissauer entrega gabinetes da nova sede da Assembleia Legislativa
Hospital Estadual de Luziânia oferece tratamento ambulatorial pós-Covid
Câmara cancela sessão plenária de quinta-feira para atualizar sistema
Cerca de 600 goianas poderão ter câncer de colo do útero em 2022, estima Inca
Vendedora que teve necrose após plástica relata que já passou por 5 cirurgias e segue sem previsão de alta: 'Deus tem me dado força'
AGÊNCIA ESTADO
Brasil ultrapassa marca de 650 mil mortes por covid-19
O Brasil registrou 335 novas mortes pela covid-19 nesta quarta-feira (2/3) e superou a barreira de 650 mil óbitos pela doença. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 509, em queda pelo 10º dia seguido.
"Infelizmente nós temos vários estudos que mostram que no Brasil tivemos um número excessivo de mortes. O porcentual de mortes evitáveis é algo que vem sendo calculado entre 40% e 60% se tivéssemos tomado as decisões corretas", explica Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
O professor de Infectologia da Unesp afirma que era muito importante que tivesse tido um discurso mais coordenado entre governo federal, estadual e prefeituras em relação às medidas de circulação de pessoas, sobre o uso de máscaras e isolamento social. "Essas medidas não farmacológicas deviam ter sido coordenadas de maneira uniforme e isso não aconteceu. Isso levou à desconfiança da população em relação à efetividade dessas medidas."
"Outro ponto foi a questão dos imunizantes. Tivemos desde o começo, quando as vacinas começaram a ter resultados divulgados, uma politização desse debate que foi extremamente danosa. Muito antes de as vacinas chegarem, políticos questionaram a efetividade da vacina e gente do governo federal disse que não tinha pressa para comprar as vacinas. E isso realmente ocorreu. A vacinação começou em janeiro, e foi muito lenta, só engrenando tardiamente. E foi nesta época que tivemos a variante Gama, que foi nosso grande problema, com cerca de 400 mil óbitos concentrados", continuou. Para Jesem Orellana, epidemiologista da Fiocruz/Amazônia, pandemia e mortes são conceitos intimamente relacionados. "Especialmente quando se trata de doença nova e de fácil alastramento, como é o caso da covid-19. No entanto, o número de mortos que um país alcança é resultado das estratégias de enfrentamento e mitigação adotadas. A marca de cerca de 650 mil mortes conhecidas no Brasil é tragicamente alta (segunda maior do planeta) e, na prática, é ao menos 15% maior, devido à subnotificação", lamenta.
O especialista cita ainda os efeitos indiretos sobre a própria saúde pública como os casos de covid longa, os gastos em contexto de subfinanciamento do SUS, o agravamento de outras doenças pré-existentes (transtornos mentais, diabetes, pressão alta) ou até mesmo a redução da expectativa de vida da população. "Não é impossível chegarmos a 700 mil ou mesmo 800 mil mortes conhecidas por covid-19, pois se continuarmos colocando a agenda econômica acima da vida, seguiremos tendo mais e mais mortes evitáveis, sem qualquer benefício econômico, tal como testemunhamos nestes dois anos de pandemia no Brasil, um duplo desastre, sanitário e econômico", avisa.
A primeira morte por covid-19 no Brasil ocorreu em 12 de março de 2020. Desde então os números de contaminados e óbitos cresceram progressivamente e já dá para dizer que o momento atual é uma terceira onda. Em 20 de junho de 2020, o País passou a barreira de 50 mil mortes e na ocasião sequer se imaginava que este número seria multiplicado por 13. Nesta mesma época do ano passado, o País vinha em um aumento de mortes que fez passar de 300 mil óbitos em 24 de março para 500 mil em 19 de junho. Mas no final de 2021 houve uma desaceleração nas mortes, só que neste ano, com a variante Ômicron, as vítimas fatais por covid-19 voltaram a crescer, ligando o alerta nas autoridades.
Nesta quarta (2/3) o número de novas infecções notificadas foi de 29.841. No total, o Brasil tem 650.052 mortos e 28.839.306 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 26.506.005 pessoas estão recuperadas.
O Estado de São Paulo registrou 29 mortes por coronavírus nesta quarta. Outros quatro Estados superaram a barreira de 20 óbitos: Minas Gerais (51), Rio Grande do Sul (40), Bahia (39) e Pará (21). No lado oposto, Amapá, Rio Grande do Norte e Roraima não registraram nenhuma morte.
O Rio de Janeiro não divulgou os dados até o horário de publicação do texto. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.
A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Nesta quarta, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 23.545 novos casos e mais 297 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas.
No total, segundo a pasta, são 28.811.165 pessoas infectadas e 649.630 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1.617 novos casos e nove mortes em 24 horas
Goiás registrou 1.617 novos casos de covid-19 e nove mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. É o que aponta o boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), divulgado na tarde desta quarta-feira (2/3). Com as atualizações, o Estado já soma 1.169.274 infecções e 25.772 óbitos relacionados à covid-19.
Além disso, a pasta ainda investiga 787.672 casos e 402 mortes para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Em Goiás, 310.321 suspeitas já foram descartadas. De acordo com o boletim, a taxa de letalidade é de 2,21% no Estado.
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Lissauer entrega gabinetes da nova sede da Assembleia Legislativa
Presidente da da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), recebeu, na manhã desta quarta-feira (2/3), os parlamentares da 19ª legislatura para apresentar os gabinetes do novo prédio da Casa, o Palácio Maguito Vilela. Durante a reunião, precedida de um café da manhã, o chefe da Casa de Leis afirmou que hoje é um dia marcante para o Legislativo goiano. “Muitos de nós, deputados, não estaremos aqui no futuro. Mas, isso fica como um legado da 19ª Legislatura e de outras que passaram. Todos podem se sentir orgulhosos em compartilhar esse momento. Isso é um sonho realizado que foi sonhado por muitos”, evidenciou.
Lissauer também lembrou dos desafios enfrentados e agradeceu aos presidentes das últimas Legislaturas por prosseguirem com a construção da sede que hoje está sendo concluída sob sua direção. “No nosso País temos desafios burocráticos que não nos permitem entregar as coisas na hora que planejamos. Mas Deus quis que entregássemos durante a minha presidência. Porém, não seria possível sem o trabalho feito pelos últimos presidentes: José Vitti e Helio de Sousa (PSDB)”, disse.
O presidente da Alego recordou ainda as dificuldades durante os anos de pandemia e agradeceu a cada um que fez parte do processo de idealização e construção do prédio. “Tudo isso nos preocupou muito. Mas, nossa equipe foi competente. Agradeço a todos os envolvidos. Faço um agradecimento especial à construtora JL que está concluindo a obra dessa sede e a todas as outras empresas da área de tecnologia, iluminação, etc. Agradeço de coração a todos vocês. O nome de cada um de vocês está escrito na história da Casa Legislativa do Estado de Goiás”, pontuou.
Após o discurso de Lissauer, os parlamentares visitaram o gabinete de Charles Bento (PRTB) para conhecer como será a sala de cada um, que é padronizada. Além disso, ainda nessa mesma manhã, alguns deputados visitaram o plenário do prédio, conheceram a estrutura do ambiente e já fizeram cadastro biométrico para a primeira sessão, que ocorre nesta quinta-feira, 3. Ademais, os parlamentares passaram pela sala da presidência, Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), salão nobre e seus respectivos gabinetes.
Primeira sessão
O Plenário se reunirá a partir das 15 horas desta quinta-feira, 3. Essa será a primeira reunião deliberativa do quarto período da 19ª Legislatura e, na prática, abrirá os trabalhos legislativos de 2022. Regimentalmente, a abertura se dá no dia 15 de fevereiro, mas nesse ano, o calendário de retomada das sessões foi alterado em virtude do atraso na entrega da obra da nova sede por parte da empresa responsável, a construtora JL.
A sessão vai obedecer aos ritos das sessões ordinárias, com a leitura de um trecho bíblico, leitura da ata da sessão anterior, apresentação de matérias, Pequeno Expediente e Grande Expediente, além da Ordem do Dia.
Nova sede
O Palácio Maguito Vilela tem área total construída de 44.528,71 metros quadrados e torna possível à população acompanhar, ainda mais de perto, as atividades desenvolvidas na Casa. O novo plenário, por exemplo, teve a galeria ampliada e, agora, passa a contar com capacidade para mais de 200 pessoas.
A estrutura possui também uma sala dedicada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento, dois miniplenários, um auditório com capacidade para 600 pessoas, 11 salas de comissões temáticas, cinco salas de reuniões, além de 44 gabinetes para os deputados, seis gabinetes dedicados à Mesa Diretora, mais Escola do Legislativo, restaurante-escola, lanchonetes, área de atendimento de saúde, departamentos administrativos e presidência.
Outro diferencial da nova Casa é a disponibilidade de estacionamento. Uma das principais reclamações dos visitantes, em relação ao prédio anterior — Palácio Alfredo Nasser, na Alameda dos Buritis, Setor Oeste — era quanto à falta de vagas, principalmente para as comitivas do interior do estado, uma questão que será solucionada pelas mais de mil vagas de estacionamentos oferecidas no Palácio Maguito Vilela.
A sessão será transmitida ao vivo pela TV Alego (canais 3.2 da TV aberta, 8 da NET Claro e 7 da Gigabyte Telecom), pelo YouTube, e pelo site da Assembleia Legislativa de Goiás.
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JORNAL OPÇÃO
Hospital Estadual de Luziânia oferece tratamento ambulatorial pós-Covid
Por Gabriella Oliveira
Pacientes que tiveram alta podem ter atendimentos médico, psicológico e fisioterapia
O Hospital Estadual de Luziânia (HEL), passou a oferecer tratamento para pessoas que ficaram com sequelas do Covid-19. Os pacientes terão atendimento médico, psicológico e fisioterapia. No primeiro momento, o programa é exclusivo para quem esteve internado na unidade.
Para participar do projeto ambulatorial, o paciente deve ter tido alta nos últimos 30 dias. O atendimento fisioterapêutico funciona toda as quartas-feiras. A taxa de adesão de quem ficou internado é de cerca de 90%. Já os cuidados médicos e psicológicos tiveram um índice de 60% dos pacientes advindos da UTI e 40% da enfermaria.
Nesse período de teste e funcionamento, o projeto ocorreu dentro do previsto, auxiliando possíveis sequelas de quem passou pelo hospital. Na fisioterapia, o resultado já colhe seus frutos, tendo pacientes recuperando funções motoras que possuíam antes da contaminação. Todo acompanhamento é adaptado às necessidades de cada paciente, sendo realizada uma avaliação no começo do tratamento para definir a melhor forma de realizar os cuidados oferecidos.
Para a fisioterapeuta Patrícia Vasconcelos, o resultado já obtido é considerado excelente. “Foi de extrema satisfação, tanto pessoal quanto profissional, ver e acompanhar o progresso da reabilitação dos pacientes. Me sinto realizado em notar os resultados satisfatórios que estamos tendo com o ambulatório”, contou.
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Câmara cancela sessão plenária de quinta-feira para atualizar sistema
O SUAP, como é conhecido internamente, enfrentou problemas técnicos desde a implementação, no início de fevereiro
A sessão plenária desta quinta-feira, 3, foi cancelada pela Câmara Municipal de Goiânia. A administração do legislativo alega necessidade de atualização do Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP), que foi implementado no dia 1º de fevereiro deste ano e apresenta problemas técnicos desde então. As sessões ordinárias serão retomadas na terça-feira, 8.
“Em razão da necessidade de ajustes de funcionamento do SUAP, que completa nesta data 30 dias de implantação, não realizaremos a sessão ordinária desta quinta-feira, 3 de março. As adaptações serão concluídas na próxima sexta-feira, 4, e as sessões plenárias serão retomadas na terça-feira, 8 de março”, explica a gestão da Câmara de Goiânia, por meio de nota. O SUAP é um sistema utilizado por todos os servidores com a finalidade de dar transparência à Casa e é também o que opera o sistema de biometria.
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O HOJE
Cerca de 600 goianas poderão ter câncer de colo do útero em 2022, estima Inca
O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais incide na população feminina no Brasil, com exceção dos tumores de pele não melanoma. É o que apontam os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em 2020, o risco estimado foi de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres. Este é, ainda, o segundo tipo de câncer mais incidente na região Centro-Oeste, com 12,35 casos a cada 100 mil mulheres. Neste mês, lembrado por ser o Mês da Mulher, é realizada a Campanha de Conscientização e Combate ao Câncer de Colo de Útero, o Março Lilás.
Neste cenário, o Inca aponta ainda que cerca de cerca de sete mil mulheres morrem de câncer de colo de útero no Brasil todos os anos. O Instituto prevê também o registro de 16.590 mil novos casos da doença ao longo de 2022, sendo quase 600 apenas em Goiás. Para a Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), estes números estão no centro do debate sobre a baixa adesão à vacina contra o HPV, que segue como maior entrave para o controle da doença, bem como uma das maiores preocupações do Setor de Ginecologia e Mama (SGM) do Hospital do Câncer Araújo Jorge (HAJ).
A reportagem conversou com a médica oncologista Danielle Laperche, que esclareceu diversas dúvidas sobre o tema. Danielle, que é médica oncologista do Hemolabor e membra titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, explica que o exame de Papanicolau é a melhor ferramenta que se tem para a identificação do câncer de colo de útero.
“O exame já detecta células alteradas. É um exame simples, feito em consultório e que colhe material a ser avaliado em microscópio para verificar as alterações presentes nessas células. Às vezes conseguimos detectar lesões que não são visíveis até mesmo a olho nu, ou seja, em uma fase bem inicial, o que torna possível fazer um tratamento sem deixar sequelas e erradicando a doença”, afirma.
Sobre os sintomas, a especialista destaca que o câncer uterino só aparece com sintomas em fases mais avançadas da doença e que por isso é extremamente importante a realização dos exames preventivos. “O [exame] Papanicolau detecta a doença na fase quando ela ainda é assintomática. Quando a doença já está em uma fase mais avançada é que os sintomas começam a surgir. Os principais são sangramento vaginal anormal, principalmente durante ou após as relações sexuais, sensação de peso e dor no baixo ventre, na região da bacia e dor pélvica”, ressalta Danielle.
Além destes, a oncologista frisa que podem haver, ainda, sintomas urinários e retais, além de dor para urinar, sangramento na urina e sangramento retal. “Isso porque são órgãos muito próximos que podem estar sendo acometidos pela doença. O corrimento vaginal, de odor desagradável, persistente, que não responde a tratamentos e a coloração alterada, às vezes um pouco sanguinolento, também pode ser um sinal de alerta”, destaca.
Contudo, a médica frisa que é necessário saber que os sintomas descritos não são unicamente exclusivos do câncer de colo de útero, podendo ser, inclusive, em decorrência de outras doenças. “Por isso, diante de um sintoma desses, sempre se deve passar por avaliação médica, para fazer essa diferenciação. Os sintomas também podem estar relacionados a doenças benignas. Então é uma situação que a gente tenta evitar a suspeita do diagnóstico, a partir dos sintomas e realmente agir antes com os exames preventivos periódicos”, afirma Danielle.
Fator de risco
A especialista alerta que o principal fator de risco para a doença é a infecção pelo HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano). O Ministério da Saúde (MS) define que o HPV é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de mulheres quanto de homens, provocando verrugas na região genital e do ânus e, ainda, câncer, a depender do tipo de vírus. Por isso, a infecção pelo HPV é classificada como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
Ela explica que todos os fatores que aumentam as chances de infecção pelo HPV aumentam também a chance de câncer de colo do útero e que, em uma proporção menor, há, ainda, neste aspecto, um papel também do tabagismo no aumento da incidência deste câncer. “Além disso, alterações imunológicas como a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) com comprometimento imunológico são um fator de risco para o câncer uterino, bem como uma vida sexual promíscua, com um início precoce de vida sexual, um maior número de parceiros, má condição de higiene genital e histórico familiar também podem ter papel na incidência da doença”, afirma a médica.
“Aprendi a lição”
“Descobri o HPV quando tinha 19 anos. Peguei o vírus na minha primeira relação sexual. Tinha acabado de entrar na faculdade e, por mais que eu tivesse estudado sobre o assunto na escola, acabei resistindo para ir ao médico, o que fez com que a doença se espalhasse”. Este relato é de uma mulher que hoje tem 28 anos e preferiu não ser identificada pela reportagem.
Ela contou que, diante dos sintomas como coceira e o aparecimento de verrugas, procurou auxílio médico. “Fui a dois médicos e um deles foi muito sensível comigo. Fizemos raspagem e foi um dos piores dias da minha vida porque eu senti muita dor, passei mal muito mal com o efeito da anestesia”, destaca. Após, ela conta que a doença foi tratada com pomadas, que auxiliaram na cicatrização do procedimento.
“Precisava, ainda, tomar as vacinas [contra o HPV], que à época ainda eram pagas. As três doses saíram cerca de R$ 1,3 mil reais, e eram escassas. Hoje, faço acompanhamento ainda, mas nunca mais apresentei nenhum sintoma. Aprendi a lição”, frisa.
Prevenção
O Ministério da Saúde (MS) destaca que meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos podem tomar a vacina contra o HPV gratuitamente no SUS. Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses), sendo que, no caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.
Outros grupos etários podem dispor das vacinas em serviços privados, se indicado por seus médicos. De acordo com o registro na Anvisa, a vacina quadrivalente é aprovada para mulheres entre 9 a 45 anos e homens entre 9 e 26 anos, e a vacina bivalente para mulheres entre 10 e 25 anos.
A vacina quadrivalente faz parte do calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e deve ser administrada em duas doses, com intervalo de seis meses, as meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Meninas e meninos que chegaram aos 15 anos sem completar as duas doses da vacina podem também atualizar o esquema vacinal.
Desde 2017, a vacina contra o HPV está também disponível para mulheres e homens vivendo com HIV, ou que sejam pacientes transplantados ou oncológicos. Em 2021, o Ministério da Saúde ampliou a indicação da vacinação para as mulheres com até 45 anos com uma destas condições.
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PORTAL G1
Vendedora que teve necrose após plástica relata que já passou por 5 cirurgias e segue sem previsão de alta: 'Deus tem me dado força'
Kelly Cristina está internada há quase 30 dias e relatou que dores diminuíram, mas faz fisioterapia diariamente. Médica que fez operação foi proibida de atuar; caso é investigado pela Polícia Civil.
A vendedora Kelly Cristina Gomes da Costa, de 29 anos, está há quase 30 dias internada após fazer uma cirurgia plástica e ficar com parte da pela necrosada, em Goiânia. Segundo ela, já foram cinco cirurgias para melhorar a situação e mais uma está agendada para sexta-feira (4).
"Está melhorando, mas os médicos dizem que vai mais ou menos um ano de tratamentos ainda. […] Deus tem me dando força, mas ficar tanto tempo em hospital e sentindo dor é de enlouquecer", descreveu.
A médica que a operou, Lorena Duarte Rosique, foi proibida de atuar na área temporariamente pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Segundo o órgão, ela segue "sob interdição cautelar total".
A defesa de Lorena já havia esclarecido, em nota, que a paciente estava ciente do risco de necrose da pele em decorrência da cirurgia plástica e quis fazer o procedimento ainda assim.
Também de acordo com o comunicado, a médica orientou 20 sessões de câmara hiperbárica e outros tratamentos, que a paciente não fez como recomendado. Por fim, o texto diz que ela "se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas de macular sua honra" - leia íntegra ao fim da reportagem.
Nesta quarta-feira (2), o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) informou que a paciente tem "estado de saúde regular, consciente e respirando espontaneamente".
Procedimentos e recuperação
De acordo com Kelly, as cirurgias que fez desde que foi internada, no último dia 4 de fevereiro, foram para retirar a pele que necrosou. Ela contou que está com um curativo a vácuo na barriga e tem feito sessões de fisioterapia diariamente.
“Os médicos disseram que é para a pele não cicatrizar esticada e eu acabar ficando corcunda. Para eu não ter dificuldade para andar”, explicou.
A próxima operação, segundo a paciente, está marcada para sexta-feira (4) e deve ser para enxertar tecido nos locais das cicatrizes. Kelly disse que esta é a sua principal preocupação atualmente.
"Agora é rezar para que o enxerto pegue, porque ainda pode ser que não pegue. Os médicos falam que é uma das etapas finais, mas ainda não sabem quando vou sair. Tudo depende do resultado dessa cirurgia", afirmou.
Operação e consequências
Kelly fez a plástica na barriga e nos seios no último dia 19 de janeiro. O procedimento era um sonho dela, mas que acabou virando um pesadelo com vários dias de muita dor.
"Eu mandava áudio para ela chorando: 'Doutora está queimando, estou com muita dor'. Ela aumentava os remédios, mas não adiantava", disse.
A vendedora contou que nunca perdeu o contato com a médica, que ela sempre a atendeu e que chegou a acompanhá-la em um pronto socorro às pressas, quando sentiu falta de ar.
Kelly contou que no dia 4 de fevereiro, após sentir muita dor, foi ao Hugol, onde já ficou internada e passou por um procedimento cirúrgico de urgência. Segundo ela, os médicos ficaram assustados com a gravidade dos ferimentos.
Investigação policial
A mãe da Kelly denunciou a situação da filha à Polícia Civil. O registro foi feito como caso de lesão corporal culposa (sem que a médica tivesse intenção de causar mal à paciente). A vendedora e testemunhas foram ouvidas e relataram como foi a cirurgia e como foram os dias após o procedimento.
Até o último dia 21 de fevereiro, a polícia esperava a conclusão dos laudos da perícia para identificar melhor as causas das queimaduras e necrose na pele.
Até as 12h desta quarta-feira, o g1 não havia localizado o delegado responsável para saber como está o andamento da apuração.
Defesa da médica Lorena Rosique
Com relação à reportagem sobre Kelly Cristina Gomes Costa, a defesa da médica Lorena Duarte Rosique esclarece o que se segue:
Já foram enviados documentos para a redação do respeitável veículo de imprensa entre os quais o Termo de Consentimento assinado por Kelly em que foi informado “que a lipoaspiração pode, mesmo com todos os cuidados, levar a sofrimento de pele (necrose) com formação de feridas, sejam focais (menores) ou mais extensas (...) de solução demorada e com formação de cicatrizes (...) não está descartada a colaboração eventual de outros profissionais para o adequado tratamento”.
Ainda que a paciente “deverá fazer retornos (...) com zelo e atenção a todas orientações e cuidados do pós-operatório”.
No caso, a médica deu toda a assistência à paciente, e especificamente prescreveu medicações orais, tópicas e oxigenoterapia hiperbárica por 20 (vinte) dias seguidos, com toda orientação e auxílio para a realização do tratamento. Cumpre esclarecer que a oxigenoterapia hiperbárica consiste em terapia em que a paciente respira oxigênio puro com pressão maior, o que aumenta muito a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue, combatendo infecções, compensando deficiência de oxigênio em entupimentos ou destruição de vasos sanguíneos, ativando células e ajudando na cicatrização.
Contudo, apesar de receitado e insistido, conforme documentado pelo consultório da médica, a paciente Kelly fez apenas 5 (cinco) sessões espaçadas, não se sabe o motivo, se por não poder ou não querer.
Tudo será esclarecido a seu tempo perante a Justiça e a médica se compadece com o drama pelo qual passa a paciente, ao mesmo tempo em que se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas, seja de quem for, de macular sua honra, dispendiosa e longa formação médica, zelo e competência profissional.
Marina Toth
Octavio Orzari
Advogados
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Assessoria de Comunicação