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Terça, 10 Maio 2022 07:02

CLIPPING AHPACEG 10/05/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Médico Áureo Ludovico de Paula é absolvido pelo STF

Coletivo

Hospital de Santa Helena é 1º lugar em transparência em unidades estaduais

Com um mês de campanha, apenas 14% das crianças já se vacinaram contra Sarampo e Influenza

Entenda a nova cepa da dengue mais disseminada no mundo que contaminou morador de Aparecida de Goiânia

SP investiga casos suspeitos de hepatite; 2 crianças estão internadas

JORNAL OPÇÃO

Médico Áureo Ludovico de Paula é absolvido pelo STF

Por Rafaela Ferreira

Com processo desde 2010, médico prometia curar a diabetes com cirurgias de redução de estômago

O médico goiano Áureo Ludovico de Paula foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Com a promessa de curar a diabetes, chegando a realizar cirurgias de redução de estômago com um técnica criada por ele e intitulado “interposição ileal”. O processo se arrasta desde 2010, quando Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) protocolou ação civil pública em desfavor do cirurgião, afirmando que o procedimento era experimental e não poderia ser aplicado aos pacientes.

Sendo um procedimento considerado experimental pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o STF baseou-se em exames técnicos que declaram a não experimentalidade da cirurgia. Isto porque, em 2009, o procedimento havia sido realizado com sucesso pelo apresentador Faustão em 2009; pelo ex-jogador Romário em 2017 e também pelo ex-senador Démostenes Torres.

Desta forma, contra o profissional foi proposta ação civil publica, para discutir a regularidade do uso da técnica “gastrectomia vertical associada à interposição ileal para o tratamento de diabetes tipo 2”. Para as entidades, a cirurgia ainda não teria aprovação que permitisse a realização com segurança. A técnica do médico trouxe 100% de controle glicêmico, e 75% dos pacientes que fizeram tiveram remissão total da diabetes tipo 2, dispensando medicação.

Em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) havia inocentado o cirurgião Áureo Ludovico de Paula. A absolvição foi em primeiro e segundo graus, porém, recursos levaram o caso ao STF. O relator da ação foi o ministro Luís Roberto Barroso. Para ele, o exame técnico produzido nos autos, os peritos, membros da Câmara Técnica sobre Cirurgia Bariátrica e Síndrome Metabólica do CFM, concluíram que o procedimento é seguro e eficiente tanto para o tratamento de obesidade mórbida, quanto de diabetes tipo 2.

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O POPULAR

Coletivo - Pré-candidato a deputado federal, o ginecologista Rui Gilberto Ferreira (PDT) quer mandato compartilhado. Acertou o que tomará as decisões da área da saúde em conjunto com entidades como o CRM.

A REDAÇÃO

Hospital de Santa Helena é 1º lugar em transparência em unidades estaduais

O Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso) conquistou, por meio do site do Instituto de Planejamento e Gestão de Serviços Especializados (IPGSE), a melhor posição entre os hospitais estaduais no Ranking de Transparência dos Contratos de Gestão do Estado, elaborado pela Controladoria Geral do Estado e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
 
Essa foi a primeira avaliação do ano de 2022. Nela, o Herso registrou 79,5% da média de conformidade e transparência alcançadas na análise da página de acesso à informação da organização social. No ranking geral das instituições contratadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Herso aparece ao lado da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e do Centro Estadual de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq).
 
Para alcançar esse resultado, o diretor-presidente do IPGSE, Eduardo Ribeiro, explica que a divulgação constante de dados e documentos relacionados à gestão do hospital é prioridade. “Publicamos os relatórios mensais elaborados em conformidade com a lei. Tudo para atender à publicidade, princípio constitucional que rege os contratos do Poder Público”, afirmou.
 
A avaliação feita pelo TCE e pela CGE leva em consideração as páginas de acesso à informação do órgão supervisor (contratante) e da organização social. Considerando a pontuação obtida pela Secretaria, que foi de 65,22 pontos, e a obtida pelo IPGSE, com 88,5 pontos, a média final ficou em 79,5 pontos.

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O HOJE

Com um mês de campanha, apenas 14% das crianças já se vacinaram contra Sarampo e Influenza

Com apenas 14,02% das crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade vacinadas contra a Sarampo e 11,7% contra Influenza, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta pais ou responsáveis sobre a importância da imunização.

A pasta reforça que a Campanha de Vacinação está aberta há mais de um mês e segue até o dia 6 de junho em postos de saúde de todos os municípios do Estado. “Vacina é proteção, é segurança. Vacina salva vidas”, destaca o secretário de saúde, Sandro Rodrigues.

Ele aproveita para reforçar que os imunizantes “já foram estudados, avaliados e validados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)” e que eles previnem a ocorrência de casos graves das doenças.

A meta da Campanha Nacional de Vacinação é imunizar 425.748 crianças em todo o país, porém, até a última sexta-feira (06), somente 62.834 delas receberam as doses contra a Sarampo e 52.546 para a Influenza.

“Quando há elevados índices de vacinação, o vírus encontra dificuldade de circular e, aos poucos, vai desaparecendo”, incentiva a Diretora do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), a médica infectologista Mônica Ribeiro Costa.

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PORTAL G1

Entenda a nova cepa da dengue mais disseminada no mundo que contaminou morador de Aparecida de Goiânia

Ela não está ligada à grande quantidade de casos registrados em Goiás. Linhagem pode causar sintomas mais graves da doença.

O tipo de vírus da dengue identificado pela primeira vez no Brasil faz parte de uma das linhagens existentes de um dos sorotipos da doença. Ela é mais transmissível e pode causar sintomas mais graves.

O vírus da dengue possuiu quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. Cada um deles pode ser dividido em vários genótipos, ou linhagens. O genótipo cosmopolita é uma das seis linhagens do sorotipo 2. Ele foi identificado em um morador de 57 anos de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

A cosmopolita já foi registrada em países da Ásia, Pacífico, Oriente Médio e África. Na América do Sul, houve apenas um registro até então: no Peru em 2020.

"O sorotipo 2 tem um potencial maior de causar formas graves da dengue. Ela pode fazer com que o organismo da pessoa tenha uma doença mais exacerbada, principalmente com diminuição de plaquetas. A pessoa pode ter derrame pleural no pulmão de uma forma mais exacerbada. São sintomas que já são conhecidos da dengue, mas potencializados”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim.

A identificação do caso foi realizada em fevereiro em uma amostra referente a um caso ocorrido no final de novembro. O registro foi em um estudo entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Laboratório Central de Saúde Pública de Goiás (Lacen-GO).

Apesar da nova linhagem, as autoridades em Saúde afirmaram que a nova linhagem não tem relação com o grande número de casos de dengue registrados no Estado.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, a possibilidade de associação entre a linhagem cosmopolita e o aumento de casos no estado goiano é descartada, até o momento, com base no sequenciamento genético de amostras feito em Goiás.

Dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), divulgado no último dia 29, mostram que a incidência da dengue em Goiás é cinco vezes maior do que a média em todo o Brasil, que é de 254 diagnósticos para cada grupo do mesmo número de pessoas.

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AGÊNCIA ESTADO

SP investiga casos suspeitos de hepatite; 2 crianças estão internadas

Os registros em apuração foram na capital paulista e nos municípios de São José dos Campos e Fernandópolis. Autoridades dizem que a Vigilância está em alerta

JOÃO KER

ÍTALO COSME

O Ministério da Saúde monitora pelo menos 16 casos suspeitos de hepatite infantil misteriosa no Brasil, segundo informou o governo ontem. Conforme a pasta, os pacientes são monitorados nos Estados de São Paulo (6), Rio (5), Paraná (2), Espírito Santo (1), Santa Catarina (1) e Pernambuco (1).

A Secretaria da Saúde paulista reporta um caso suspeito a mais: sete. O mesmo ocorre no Espírito Santo, com dois casos.

Há confirmação da doença, cuja origem ainda é desconhecida, em mais de 20 países. Esse tipo específico da hepatite infantil, em 10% dos doentes, pode exigir transplante de fígado e até matar. Em São Paulo, os registros foram na capital paulista e nos municípios de São José dos Campos e Fernandópolis.

Todos são crianças, dois estão internados, e os demais "evoluem bem", de acordo com o órgão estadual.

O Rio de Janeiro, segundo Estado com mais ocorrências, investigava ontem seis pacientes suspeitos que variam dos 2 meses aos 8 anos de idade. A contagem do órgão estadual considera um paciente a mais do que a do Ministério da Saúde.

A maior concentração dos casos está na capital (três casos), enquanto os outros foram registrados em Araruama, Niterói e Maricá, onde um bebê de 8 meses morreu e tem caso em análise pelas autoridades, que ainda tentam estabelecer a causa do óbito.

"Estamos acompanhando a evolução da doença no mundo e monitorando com as Vigilâncias municipais os registros de casos suspeitos no Estado. O alerta é justamente para que esses pacientes possam ser acompanhados e monitorados de forma correta", afirmou o Alexandre Chieppe, secretário estadual de Saúde, que também pediu atenção de pais e responsáveis aos sintomas.

"Se houver qualquer suspeita, as crianças devem ser imediatamente levadas a um serviço de saúde para que possam ser diagnosticadas e tratadas." No Paraná, três casos suspeitos da doença foram acompanhados nos últimos dias pelas autoridades de saúde e pela Vigilância, sendo um já descartado.

Os outros dois pacientes são meninos entre 8 e 12 anos, em observação. A Secretaria da Saúde do Paraná, afirmou, em nota que tem "organizado o fluxo de vigilância e o apoio laboratorial", assim como "capacitado os serviços de saúde sobre a doença". A pasta também emitiu nota técnica sobre os sintomas e orientou a rede de vigilância epidemiológica.

Em Itajaí, no interior de Santa Catarina, uma criança de 7 anos está em observação desde que deu entrada no Hospital Pequeno Anjo. Ela apresentou quadro de hepatite aguda (inflamação do fígado), icterícia (pele e olhos amarelados), náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, além de aumento das transaminases (enzimas hepáticas). Após o atendimento, recebeu alta hospitalar e segue em acompanhamento ambulatorial.

Ainda não há caso confirmado da nova hepatite aguda e "misteriosa" no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença já foi registrada em mais de 300 pessoas no mundo.

ESTUDOS. Presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi lamenta o cenário de incertezas.

Porém, o especialista cita algumas convicções a partir de estudos e escritos britânicos.

Conforme as anotações dos ingleses, diz Sáfadi, de 5% a 10% dos casos já reportados evoluíram para hepatite fulminante, quando o recurso terapêutico necessário é o transplante de fígado. Além disso, 75% dos doentes têm idade inferior aos 5 anos. E, assim, descartase a possibilidade de relação com a vacina contra a covid19, uma vez que não há vacina para esta faixa etária. Parte dos 25% também não estava vacinada contra a covid. "Os casos não têm relação um com o outro, não ocorrem surtos dentro de uma escola ou família, e ocorreram em diversos países", destaca.

Sáfadi diz que é preciso ter cautela. "É tudo muito preliminar, não há dados se eram crianças infectadas pela covid."

Saiba mais

Cuidados

Os sintomas dessa hepatite aguda são em sua maioria gastrointestinais e incluem dor abdominal, diarreia, vômitos e aumento dos níveis de enzimas hepáticas, além de icterícia (pele e/ou olhos com cor amarelada) e ausência de febre. Como a origem da doença ainda é desconhecida, o tratamento por enquanto se restringe a aliviar os sintomas, manejar e estabilizar o paciente, se o caso for grave.

Embora a síndrome atinja pacientes de até 16 anos de idade, a maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos, conforme os primeiros relatos. O quadro das crianças europeias é de infecção aguda e a maior parte delas não havia se vacinado contra o coronavírus, o que descarta a princípio algum tipo de relação entre a doença e a imunização.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 09 Maio 2022 15:55

CLIPPING AHPACEG 07 A 09/05/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Advogada grávida de gêmeas morre com suspeita de dengue; bebês também morrem

HDT abre processo seletivo com salários de até R$ 4.190 em Goiânia

Brasil tem média de 89 mortes diárias por covid-19

Farmácia que vendia medicamentos roubados é alvo de operação

PORTAL G1

Advogada grávida de gêmeas morre com suspeita de dengue; bebês também morrem

Nathany Sanches Batista, de 33 anos, foi levada a hospital em Goiânia, mas não resistiu. Nas redes sociais, ela e o marido já haviam divulgado que as nenéns se chamariam Isabela e Gabriela.

Por Vanessa Martins, g1 Goiás

A advogada Nathany Sanches Batista, de 33 anos, e as gêmeas que ela estava gestando, Isabela e Gabriela, morreram após uma internação em hospital de Goiânia. Moradora de Silvânia, no sudeste de Goiás, ela era presidente da Comissão da Mulher Advogada na subseção da cidade da Ordem dos Adgvogados do Brasil (OAB).

Nathany morreu na sexta-feira (6). Segundo as primeiras informações, ela estava com suspeita de dengue e teve que ser internada às pressas. De acordo com informações da OAB em Silvânia, também há suspeita de um quadro de infecção.

O g1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Silvânia por mensagem às 9h42 desta segunda-feira (9), por e-mail às 10h08 e aguarda retorno sobre o caso. A reportagem também fez ligações neste intervaço de tempo, mas nenhuma delas foi atendida.

A OAB-GO publicou uma mensagem de luto pela morte da advogada. A nota manifestou “condolências pela morte da colega e estimada advogada, rogando a Deus que possa prover o conforto à família e amigos neste momento tão difícil”.

Nas redes sociais, o marido de Nathany, Anderson Gonçalves Teixeira, publicou imagens e mensagens expressando a dor pela perda da esposa e das filhas.

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A REDAÇÃO

HDT abre processo seletivo com salários de até R$ 4.190 em Goiânia

Começa nesta segunda-feira (9/5) o período de inscrições para o processo seletivo do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), em Goiânia. São sete áreas diferentes contempladas, com os salários que variam entre R$ 1.454 e R$ 4.190. As inscrições podem ser feitas até esta quarta-feira (11/5). 

Os cargos são para Analista da Qualidade, Analista de Desenvolvimento, Analista de Gestão de Pessoas, Auxiliar de Gestão de Pessoas, Farmacêutico, Nutricionista e Técnico de Tecnologia da Informação. Todas as áreas têm chances de convocação imediata. 

Não há custo para as inscrições, que devem ser realizadas de forma presencial, das 8h às 14h, no HDT, localizado na Alameda do Contorno, Jardim Bela Vista. 

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil tem média de 89 mortes diárias por covid-19

O Brasil está com uma média de 89 mortes diárias por covid-19. Chamada de "média móvel", a taxa é calculada a partir dos dados dos últimos sete dias para evitar distorções nos fins de semana e feriados, quando ocorre redução na avaliação dos testes. Ao todo, o País chegou a 664.189 mortes e 30.559.799 casos positivos do coronavírus, segundo dados divulgados no domingo (8/5).

Em 24 horas, foram registrados 10 óbitos e 6.062 casos da doença, porém apenas 18 das 27 unidades federativas enviaram dados atualizados. A média móvel é de 15.723 novos testes positivos por dia. Os dados das últimas 24 horas não incluem Acre, Distrito Federal, Amapá, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia e Tocantins. 

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DIÁRIO DA MANHÃ

Farmácia que vendia medicamentos roubados é alvo de operação

Os medicamentos apreendidos estão avaliados em aproximadamente R$3 milhões

Policiais Civis da Delegacia de Valentim Gentil/SP com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas de Goiás (DECAR/GO) deflagrou na última sexta-feira, 06, a Operação Fármaco para cumprir mandado de busca e apreensão em uma farmácia de Aparecida de Goiânia.

Conforme as investigações, o estabelecimento vendia medicamentos que foram roubados nos Estados de São Paulo e Paraná. No local, os policiais localizaram parte da carga que havia sido roubada e obtiveram informações de que haviam mais medicamentos roubados em outras farmácias da mesma rede. A equipe foi até os estabelecimentos e encontraram mais uma parte dos medicamentos roubados.

“As cargas de medicamentos foram roubadas durante o trajeto para o destino final, sendo que tais roubos ocorreram um no mês de dezembro de 2021, na rodovia estadual próxima à cidade de São Carlos e o outro roubo no mês de março de 2022 na rodovia federal de Campina Grande do Sul/PR, ambas avaliadas em aproximadamente R$3 milhões de reais, afirma a polícia.

De acordo com a corporação, os medicamentos encontrados foram apreendidos e dois proprietários da rede de farmácias foram autuados em flagrante por receptação qualificada. Eles foram encaminhados à carceragem da Central de Polícia Judiciária à disposição da justiça.

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Assessoria de Comunicação

HOSPITAL ACIDENTADOS

Dos dias 12 a 20 de maio, os associados Hospital de Acidentados e CRD - Medicina Diagnóstica vão promover seu 1º Workshop de Enfermagem. O evento, que faz parte das comemorações da Semana da Enfermagem, visa a atualização de conhecimento dos profissionais da área e a programação inclui movimentações recreativas e palestras sobre esse universo que compõe as técnicas assistenciais e de humanização do atendimento.

No dia 12 de maio, o workshop será aberto também ao público externo. Nesta data, será realizada uma palestra online, com transmissão pelo Youtube. As palestrantes serão Danielle Perdigão e Giseli Carvalho. No dia 19, também terá uma webconferência transmitida pelo Youtube com Gisele Alves e Christiano Quinan.

Para conferir, basta acessar o QR Code e não se esquecer de se inscrever no canal do Hospital de Acidentados e ativar o sininho para as atualizações de notificação.


Sexta, 06 Maio 2022 07:48

CLIPPING AHPACEG 06/05/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde de Aparecida autoriza gastos milionários sem contratos

Goiás tem o primeiro registro da cepa da dengue mais disseminada no mundo

Por que os planos de saúde sobem como nunca?

Planos de saúde: Com tecnologia e estratégia regional, operadoras voltam a vender contratos individuais

Hospital Unimed Poços destaca-se em Segurança do Paciente e é convidado a aderir a movimento internacional

Senado vai destruir com marreta e furadeira HD da CPI da Covid

Médico acusado de deformar rostos tem registro suspenso

Goiás tem cinco vezes mais casos de dengue por 100 mil habitantes que a média nacional

Ministério lança programa sobre segurança no trabalho

Mortes por Covid podem ser três vezes maior que o número oficial

Prefeitura de Goiânia libera agendamento de consultas pelo WhatsApp

Covid-19: Goiás registra 1,4 mil novos casos e 25 mortes em um dia

Após não renovar contrato por aumento de 30% no preço, prefeitura normaliza fornecimento de insulina

Bruno Peixoto defende proteção da tireoide contra radiação durante realização de exames

DIÁRIO DA MANHÃ

Saúde de Aparecida autoriza gastos milionários sem contratos

Secretário expediu ofício para a Sociedade Israelita Brasileira autorizando contratação de diversos serviços sem ter assinado contrato formal com a administração pública. TCM foi oficiado do ato

A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia autorizou a Sociedade Israelita Brasileira, entidade mantenedora do Hospital Albert Einstein, a “adotar providências para contratação dos bens e serviços” visando assumir a gestão do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP). A autorização para os gastos é baseada em um “Termo de Colaboração”.

Em ofício endereçado ao presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, Sidney Klajner, o secretário da Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães frisou que com base no “Termo de Colaboração”, a entidade ficava autorizada a fazer contratações de serviços como consultoria de recrutamento e seleção, admissões digitais, atestado de saúde ocupacional, colaboradores e lideranças, confecção de crachás, treinamento de Normas Técnicas, compra de materiais e insumos para treinamento, equipamentos de laboratórios e outros gastos.

A autorização foi denunciada no Tribunal de Contas dos Municípios porque ainda não há contrato de gestão assinado com a Sociedade Israelita. “O curioso é que o ofício do secretário lembra que devem ser observados critérios de legalidade, mesmo não havendo um instrumento legal de contrato de gestão entre a administração pública e a entidade privada”, observou um técnico do TCM.

Um procedimento aberto no TCM tendo como relator o conselheiro Sérgio Cardoso requereu informações da SMS de Aparecida de Goiânia por suspeitas de direcionamento para a Sociedade Israelita Brasileira no chamamento para gestão do HMAP. “Ainda não há contrato assinado e essa autorização pode ser apresentada como afronta ao Tribunal de Contas e um absurdo exemplo de improbidade administrativa por parte da administração pública. É igualmente preocupante a desídia da entidade mantenedora do Albert Einstein em se prestar a efetuar gastos sem a garantia de um contrato público”, frisou outro técnico do TCM.

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PORTAL 6 ANÁPOLIS

Goiás tem o primeiro registro da cepa da dengue mais disseminada no mundo

Para Fiocruz, chegada dessa cepa ao Brasil preocupa porque existe a possibilidade de ela se espalhar de forma mais eficiente do que a linhagem que atualmente circula no país Pesquisadores detectaram, pela primeira vez, o genótipo cosmopolita do sorotipo 2 do vírus da dengue no Brasil. A linhagem, que é a mais disseminada no mundo e está presente na Ásia, no Oriente Médio e na África, nunca havia sido encontrada no território brasileiro. O genótipo foi identificado em Aparecida de Goiânia.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (05) no portal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A detecção do genótipo da dengue foi liderada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública de Goiás (Lacen-GO) e ocorreu em fevereiro a partir de uma amostra de um caso de dengue do final de novembro do ano passado.

De acordo com a Fiocruz, para os pesquisadores, a chegada dessa cepa ao Brasil preocupa, porque existe a possibilidade de ela se disseminar de forma mais eficiente do que a linhagem asiático-americana, também conhecida como genótipo 3 do sorotipo 2, que atualmente circula no país.

A linhagem, no entanto, de acordo com a equipe, não é a responsável pelo surto de dengue em Goiás e tudo indica que ela foi identificada rapidamente, o que pode ajudar no controle dessa cepa.

Origem

O achado representa o segundo registro oficial desse genótipo nas Américas, após um surto no Peru, em 2019. As análises feitas no Brasil mostram que a linhagem encontrada é semelhante a dois microrganismos isolados durante o surto registrado na província de Madre de Dios, no Peru.

Porém, ainda não é possível dizer que o genótipo cosmopolita foi introduzido no Brasil a partir do país vizinho. A suspeita é que tenha chegado a partir da Ásia, por meio de viagens intercontinentais.

Segundo a Fiocruz, as secretarias municipal e estadual de Saúde e o Ministério da Saúde foram comunicados. Os pesquisadores publicaram um artigo na plataforma de pré-print medRxiv.

Os pesquisadores ressaltam que entre as principais ações para conter a disseminação da dengue está a eliminação de depósitos de água parada, que podem se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Além das ações de combate à dengue, os pesquisadores enfatizam a importância de intensificar a vigilância genômica do agravo para mapear a possível circulação da linhagem cosmopolita e compreender melhor as rotas de introdução do vírus no país.

Vigilância

A identificação do genótipo cosmopolita do vírus da dengue foi realizada a partir de um projeto de vigilância genômica de arbovírus em tempo real, liderado pelo Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz.

Na iniciativa, os pesquisadores se deslocam para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública dos estados (Lacens) e realizam a decodificação de genomas com equipamentos portáteis para sequenciamento genético.

Desde 2020, o trabalho contempla também a vigilância genômica do Sars-CoV-2, causador da covid-19, recebendo o nome de VigECoV-2.

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O GLOBO

Por que os planos de saúde sobem como nunca?

Praticamente nenhum setor escapa dos aumentos que se refletem na inflação. De acordo com o IBGE, oito de cada 10 itens pesquisados para a formação do índice oficial apresentaram aumento em abril. Só que partir desse mês um poderoso componente começa a entrar nessa conta. Os novos valores dos preços dos planos de saúde empresariais estão sendo anunciados. E sobem como nunca. A Associação Brasileira de Planos de Saúde e da Federação Nacional de Saúde Suplementar calculam em cerca de 16% o reajuste médio. Se a previsão se confirmar, será o maior aumento da história. Isso ocorre após um grande alívio nas despesas das operadoras durante a pandemia. Os planos individuais e familiares, os únicos que tem os valores regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e que representam a menor fatia do mercado, chegaram a ter um reajuste negativo. Agora, também devem subir às alturas, seguindo a mesma tendência dos planos coletivos. E daí, em qualquer segmento, sobram poucas opções para os contratantes. Uma é a portabilidade. A outra é buscar orientação e, se for o caso, entrar na Justiça. No Ao Ponto desta sexta-feira a editora da seção Defesa do Consumidor do GLOBO, Luciana Casemiro, e o advogado Rafael Robba, especialista em direto à saúde do escritório Vilhena Silva explicam quais são os reajustes esperados nos diferentes planos de saúde e até que ponto há margem para negociação. Eles também avaliam quando a portabilidade ou as ações judiciais passam a ser boas alternativas para fugir de reajustes abusivos.

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Planos de saúde: Com tecnologia e estratégia regional, operadoras voltam a vender contratos individuais

RIO - Os planos de saúde individuais estão voltando às prateleiras das operadoras. Esse tipo de contrato, cuja oferta vinha minguando há mais de uma década, deixando consumidores sem opções sobretudo nos grandes centros, surge agora com nova roupagem, oferecido tanto por empresas recém-chegadas ao mercado que usam a tecnologia para baixar custos, como por operadoras tradicionais que oferecem sua rede regional para a assistência a planos individuais.

Em 2021, havia 3.988 planos individuais à venda, o maior número em cinco anos, 125 contratos a mais que no ano anterior, que tinha sido de tímida expansão. Hoje, mais de 80% dos planos de saúde são empresariais ou coletivos.

O UnitedHealth Group avalia retomar a venda de planos individuais por operadoras do grupo, como a Ana Costa, em Santos, e a Santa Helena, em São Paulo. Ambas têm operação baseada em hospitais próprios. É o mesmo modelo da Sobam, da UnitedHealth, sediada em Jundiaí, que oferece plano individual na região.

O UnitedHealth é dono da Amil e tentou vender a carteira de 340 mil planos individuais e familiares da operadora a um grupo de investidores, em operação vetada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A oferta de contratos individuais por operadoras regionais do grupo seria, segundo fontes, um ensaio para retomar a venda de planos pela Amil, que é sua marca líder.

Gestão da saúde

Outras grandes empresas, dizem fontes, estão estruturando a oferta de planos individuais. Entre elas, estaria a NotreDame Intermédica. Procurada, a empresa afirma que já vende planos individuais em alguns locais estratégicos, sem dizer quais são, mas admite que o estudo da venda desses produtos em outras cidades faz parte do plano constante de expansão, sem citar prazos nem regiões prioritárias.

Marcos Novais, superintendente da Abramge, associação que reúne operadoras de medicina de grupo, diz que o crescimento na oferta de planos individuais tem sido impulsionado por novas empresas, com uso intensivo de tecnologia. São operações que, segundo ele, têm como característica o "acompanhamento 360 graus" dos usuários:

- São empresas que trabalham de forma integrada com a rede, com dados e protocolos. Ou então têm um modelo verticalizado, de rede própria (quando a operadora do plano de saúde é também dona dos hospitais e clínicas). A principal característica é a gestão de saúde, que traz bons resultados para o consumidor e para as contas da empresa, reduzindo eventos graves, como internação, que são os mais caros.

A gestão de saúde envolve medicina preventiva, atendimento primário e acompanhamento mais próximo de pacientes crônicos, reduzindo custos de atendimentos de emergência ou ocorrência de casos mais graves. Novais vê essa mudança no setor refletida no número de operadoras associadas à entidade, com 40 novos participantes desde o início da pandemia.

Outra característica dos planos individuais nas prateleiras é a regionalização. Esse é o modelo adotado pela operadora Alice, que começou a funcionar há cerca de dois anos e tem dez mil beneficiários, todos paulistanos, dois centros de atendimento primário, com consultas e pequenos procedimentos, uma rede com 12 hospitais, 200 laboratórios, mais de 150 especialistas conveniados e 700 funcionários.

A perspectiva é de crescimento, com foco nos 12,3 milhões de moradores da cidade de São Paulo, onde ela identifica baixa oferta de planos individuais.

- Nossa meta é crescer na cidade, ampliar a oferta de tipos de produtos e a cobertura dentro de São Paulo, para atender a quem mora em diferentes regiões. Hoje, 84% dos eventos de saúde da Alice são atendidos na operação de rede própria, e a maior parte é feita virtualmente. A rede enxuta de parceiros permite integração profunda, com a possibilidade de desenvolver uma saúde baseada em valor e a integração de dados - diz Guilherme Azevedo, co-fundador e chief Health Officer da Alice.

Chat e monitoramento

Tecnologia de informação e teleatendimento estão entre os pilares da nova geração de planos individuais. A Alice, por exemplo, nasceu da parceria de Azevedo, que vinha de uma década no Dr. Consulta, com André Florance e Matheus Moraes, egressos da 99. A empresa que captou US$ 175 milhões em três rodadas de investimento, desenvolveu em casa chat, protocolos de atendimento e de gerenciamento das tarefas da equipe de monitoramento do usuário.

É uma empresa de "tecnologia raiz", diz Azevedo. Segundo ele, isso permitiu que, em 20 meses, o preço de entrada dos planos ao público-alvo médio (profissionais liberais na faixa etária dos 30 anos) caísse de R$ 900 para R$ 580.

Preço de entrada é mais alto

O paulista Ricardo Queiroz, de 30 anos, diretor geral da Campus Party, já tinha tido plano de saúde individual e coletivo por adesão e estava sem cobertura em 2020, auge da pandemia, quando decidiu voltar à saúde suplementar.

- Tinha claro que queria um plano individual, quando achei um plano com o perfil digital fez sentido pra mim. O custo foi mais alto do que pagava no coletivo, mas ter um time de saúde que me acompanha fez muita diferença, principalmente quando tive Covid e fiquei internado em dezembro de 2020. A facilidade de falar com os profissionais, por um clique no celular, por exemplo, me levou a parar com automedicação e consultar para eventos que antes eu deixaria para lá. Além disso, ao contratar um plano individual, acabei com o risco de percentuais de reajustes abusivos - conta Queiroz, que é cliente da operadora Alice.

Tradicionalmente, os preços de entrada dos planos individuais são mais altos dos que os dos contratos de adesão e empresariais. No entanto, os reajustes anuais são limitados pela ANS, o que pode significar em alguns casos que, ao longo do tempo, os valores dos contratos coletivos possam até superar a mensalidade dos individuais.

Na média, uma pessoa com 59 anos ou mais, paga por um plano individual R$ 1.702. No plano por adesão, o valor médio é de R$ 1.473. Num contrato empresarial, de R$ 1.510.

- Plano individual esbarra estruturalmente no problema do pool (não há um grupo de consumidores por trás compartilhando um risco coletivo). Mas é um mercado regulado, com reajuste limitado, significa que seus preços e lucros são regulados, o que leva as empresas a imporem valor de entrada mais alto - explica o economista Carlos Ocké-Reis, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Para o professor Walter Cintra Ferreira Junior, da FGV EAESP, a tecnologia racionaliza o uso e pode conter custos:

- A telemedicina é determinante. Só não podemos aceitar, a pretexto da volta dos planos individuais, o aumento da segmentação (cobertura mais restrita, excluindo procedimentos de complexidade, como quimio e cirurgias), o que é arapuca, pois significa que, quando o consumidor mais precisa, terá de ir ao SUS.

Coordenadora do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarrete, diz que há uma demanda reprimida do consumidor brasileiro por planos individuais:

- Apesar de o número não ser grande, mostra reversão de tendência. Os dados são suficientes para que o regulador olhe o mercado e comprove que não há problema com o modelo do plano individual, mas com a forma que ele é gerido.

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JORNAL MANTIQUEIRA

Hospital Unimed Poços destaca-se em Segurança do Paciente e é convidado a aderir a movimento internacional

Poços de Caldas, MG - Os esforços do Hospital Unimed Poços na implantação da cultura de segurança do paciente têm apresentado excelentes resultados e projetado a instituição internacionalmente. Durante o Simpósio de Segurança e Experiência do Paciente, realizado no dia 28 de abril, o Hospital foi convidado a integrar a Patient Safety Movement Foundation - PSMF (Fundação do Movimento pela Segurança do Paciente). O convite foi feito pelo CEO do movimento, o médico americano Michael Ramsay, presidente Emérito do Departamento de Anestesiologia e Tratamento da Dor do Baylor University Medical Center em Dallas, Texas. O PSMF reúne organizações do mundo inteiro que se comprometem a trabalhar para atingir "Zero" eventos adversos evitáveis em instituições de saúde até 2030.

"Ao aceitar este convite, o Hospital Unimed Poços mostrará ao mundo a importância que dá à qualidade e segurança dos seus pacientes e como seu time está comprometido com esses valores", destacou o médico Salvador Gullo, CEO da plataforma Safety4Me, que trouxe o convite. "Hoje, no Brasil, apenas o Hospital Ernesto Dornelles, de Porto Alegre (RS) integra o movimento. No mundo são 56 hospitais, além de uma ampla rede de instituições parceiras e apoiadoras".

Para o médico Odilon Trefiglio Neto, presidente da Unimed Poços, a indicação tem um enorme significado. "É um reconhecimento à equipe da Unimed Poços e a certeza de que estamos no caminho certo para oferecer cada vez mais atendimento de excelência - humano, com qualidade e segurança - aos nossos pacientes".

Sobre a Patient Safety Movement Foundation

A Patient Safety Movement Foundation (PSMF) é uma organização global sem fins lucrativos, fundada em 2012, nos Estados Unidos. O movimento une pacientes, advogados, provedores de saúde, empresas de tecnologia médica, governo, empregadores e pagadores privados em apoio à causa, e tem mais de 30 sedes regionais em todo o mundo e parcerias com organizações globais como a World Federation of Societies of Anaesthesiologists (WFSA), European Society of Anaesthesiology (ESA), Global Sepsis Alliance (GSA), o Taiwan Patient Safety Culture Club, Sistema Español de Notificación en Seguridad en Anestesia y Reanimación (SENSAR), Edna Adan University Hospital e o AC Camargo Cancer Center.

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O ESTADO DE S.PAULO

Senado vai destruir com marreta e furadeira HD da CPI da Covid

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mandou servidores destruírem com marretas e furadeiras um HD externo que armazena documentos sigilosos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ele acatou uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Não há registros recentes de descartes de acervos de investigações do Congresso.

Entre abril e outubro do ano passado, a CPI apurou as ações e omissões do Palácio do Planalto e do Ministério da Saúde, pasta então comandada pelo general Eduardo Pazuello, na pandemia que matou 664 mil brasileiros. "Estou aqui há 11 anos e (a destruição ) é inédita", afirmou Leandro Cunha Bueno, coordenador de Comissões Especiais Temporárias e Parlamentares de Inquérito da Casa.

A destruição do HD está prevista para a tarde de hoje em uma sala fechada do Senado. Os dados e as informações que serão destruídos envolvem a empresa OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda. e o site Brasil Paralelo, apoiador do governo Bolsonaro. Nenhuma das duas empresas foi citada no relatório final da CPI da Covid e seus representantes podem participar do ato.

Por ser uma prática que nunca ocorreu, ao menos na última década no Senado, os servidores precisaram "desenhar um método" para garantir a destruição do material, relatou Cunha Bueno. A Polícia Federal e a Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado (Prodasen) foram consultados. "Todo o ato de destruição será filmado para evitar questionamento futuro", afirmou. "As imagens serão mantidas sob sigilo."

Tanto o Senado quanto a Câmara guardam acervos das CPIs instaladas no Congresso desde os anos 1950, quando a

capital era no Rio. Leigos e pesquisadores sempre tiveram acesso irrestrito a relatórios e papéis acumulados nas investigações de parlamentares.

Os documentos que Pacheco irá destruir estão guardados em um HD na sala-cofre do Senado. Com a extinção da CPI, segundo a Casa Legislativa, a decisão sobre documentos passa a ser de competência do presidente do Senado. "Oficie-se à Presidência do Senado Federal para que proceda à imediata destruição dos documentos, dados e informações", determinou Gilmar Mendes, em duas decisões no dia 17 de fevereiro, às quais o Estadão teve acesso.

FUNDAMENTO. Em ambas, o ministro se baseou em uma lei de 1996 que regulou um trecho da Constituição. Segundo a legislação, "a gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada".

A decisão do ministro foi tomada em dois mandados de segurança do site Brasil Paralelo e da OPT. O portal e a empresa tiveram as quebras de sigilo telefônico, fiscal, bancário e telemático aprovadas pela CPI da Covid. Na ocasião, os senadores Renan Calheiros (MDBAL), relator da CPI, e Humberto Costa (PT-PE), afirmaram que o Brasil Paralelo era suspeito disseminar fake news sobre saúde pública. Já a OPT, segundo Calheiros, tinha "grande correlação" com a Precisa Medicamentos, intermediadora da vacina Covaxin junto ao governo e investigada pela comissão.

O Estadão procurou as duas empresas, mas não obteve resposta. Ambas argumentaram ao STF que os dados são sigilosos e deveriam ser destruídos após o fim da CPI.

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JORNAL DE BRASÍLIA

Médico acusado de deformar rostos tem registro suspenso

A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quinta-feira

Wesley Murakami, ou apenas "Dr. Murakami", é um médico que ficou conhecido por acusações de deformar o rosto de diversos pacientes, em Goiânia e no Distrito Federal, em 2018. Pelas denúncias, o Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), decidiu, nesta quinta-feira, 05, suspender o registro profissional de Murkami por 30 dias.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quinta-feira:

Depois de anos, Alexandre Garzon, 35 anos, conseguiu se olhar no espelho. Apesar de as marcas ainda estarem em seu rosto, elas não lhe causam mais dor, culpa ou raiva. Assim como ele, mais de 40 pacientes denunciam erros de um médico que atua em Brasília e em Goiânia (GO). Murakami promete mudar e melhorar a estética. Mas o que entrega são rostos tidos pelos pacientes como deformados e, em quase todos os casos, com inflamações e danos irreversíveis à aparência.

Passados seis anos, o empresário Alexandre consegue relatar como conheceu o trabalho do médico. Tudo começou em 2012, quando comprou dez sessões de carboxiterapia capilar - tratamento para crescer os fios - em um site de promoções. Ao chegar à clínica de Murakami, localizada no Taguatinga Shopping, outros procedimentos foram oferecidos a ele pelo médico. "Ele começou a ver problema na minha pele, no meu queixo, em todo meu rosto", conta Alexandre.

Envolvido na conversa do profissional, o homem confiou nos diagnósticos e resolveu fazer a bioplastia facial. "Eu sempre tive muita marca de espinha. Fiz laser, peeling, tudo para tratar. Mas mexer no meu rosto não era uma ideia que tinha passado pela minha cabeça. Ele era bom de lábia e pegou no meu ponto fraco. Disse que eu ia ficar muito bonito e ainda ia tirar as marcas de espinha", lembra.

Bioplastia

A promessa caiu como luva para Alexandre. Seduzido pelo possível resultado, o empresário não pesquisou como era feito o procedimento. Caso tivesse buscado mais informações, saberia que a bioplastia é caracterizada como um preenchimento com o PMMA - polimetil- metacrilato. Por ser um plástico, seus efeitos são irreversíveis e definitivos. Apenas dermatologistas ou cirurgiões plásticos podem prescrevê-lo. A recomendação é de que seja utilizado em casos específicos.

No dia seguinte à consulta, 11 de abril de 2014, Alexandre voltou ao consultório e fez a bioplastia. "Em nenhum momento ele me explicou que era irreversível. Pensei que era como um botox, que vai saindo com o tempo", argumenta.

Segundo o paciente, na mesma hora o rosto inchou e ficou deformado. Para ir embora, precisou de máscara para tapar a face. "Durante dois meses fui toda semana fazer consulta. Reclamava, questionava o meu rosto inchado, mas ele falava que ia diminuir, que estava inchado por conta do próprio procedimento. Quando percebi que não ia diminuir, procurei ajuda em outro médico", afirma.

Após os seis anos e tratamentos com corticoide para reparar o erro, o empresário reconhece que seu rosto nunca mais será o mesmo. O queixo e a mandíbula, que antes eram finos, agora seguem o padrão retangular. Para minimizar o efeito, Alexandre prefere deixar a barba crescer. Na pele, quando apertada, é possível sentir as bolas de plástico formadas pelo PMMA.

Justiça

Nesse tempo, além de pagar por procedimentos reparadores, o empresário entrou com uma ação na Justiça por danos morais e estéticos. Ele ganhou a causa, mas até hoje nunca recebeu os valores devidos por Murakami. "Na verdade, o dinheiro é muito pouco diante de tudo que passei. O que eu queria não era isso. Por muito tempo me fechei em casa, não saía, não queria mais viver. Eu não me aceitava e não reconhecia a minha identidade", desabafa.

"Conto tudo isso porque agora não me dói mais. Mas, na época, não conseguia tocar no assunto. Minha filha chegou a me perguntar o por que estava com o rosto grande. Foi muito difícil suportar os olhares. Tive que buscar um psicólogo, porque eu queria me matar. Wesley mudou a minha vida para pior", sentencia.

Gastos para reparação

Bruna (nome fictício), 25 anos, é atriz e trabalha com a sua imagem. Por isso, sempre teve a preocupação de estar bonita. Até bioplastia já havia feito. "Fiz com um dermatologista e tinha ficado ótimo, com um inchaço mínimo", avalia. No fim de 2016, ela conheceu Wesley Murakami. "Fui ao consultório dele para fazer outro tipo de tratamento, mas ele começou a fazer minha cabeça, apontando defeitos no meu rosto e o que podia melhorar", conta.

Curiosa com o tratamento, Bruna pesquisou sobre o médico e encontrou boas referências na internet, como as fotos em que ele divulga nas redes sociais. "Como já tinha feito o procedimento, achava que seria tranquilo. Fui confiante", relembra. "Durante a bioplastia, comecei a achar estranho. Ele estava aplicando muitas seringas. Acho que colocou umas 12, enquanto o outro médico usou só uma. Tentei ficar tranquila. Pensei que estava usando o PMMA em baixa concentração", completa.

Durante o procedimento, Bruna passou mal e foi "medicada" com água com açúcar. Ao final, a atriz estava curiosa em saber como estava o rosto. "Pedi para olhar no espelho. Quando vi, estava um monstro. Tive que sair de máscara, mas nem isso tampou o tamanho da minha mandíbula", relata.

Por já ter feito a bioplastia antes, logo nos dias seguintes ela percebeu que havia algo anormal e procurou a ajuda de outro médico. "O PMMA não sai, mas o outro médico me disse que era para ter calma, que tinha um tratamento com corticoide que diminuía. Também fui a Blumenau (SC) fazer uma cirurgia com um especialista. Gastei, ao todo, mais de R$ 30 mil para fazer raspagem no osso da mandíbula e diminuir o volume", contabiliza.

Bruna enfatiza que sua crítica não é em relação à bioplastia, mas a Wesley Murakami. "O procedimento pode ser bem feito. Acontece que ele é mau-caráter. Se importa apenas com o dinheiro e coloca muito produto. Não é normal ele ver que tem esse tanto de pessoas insatisfeitas e continuar fazendo. Só quero que ele pare", dispara a atriz.

Aceitar a nova identidade

Outra paciente, Camila (nome fictício), 37 anos, optou por não fazer mais nenhum procedimento estético desde que saiu com um novo rosto do escritório de Murakami em Goiânia. "Não tenho coragem de mexer em nada. Com o tempo melhorou um pouco, porque não está mais inflamado, mas ainda dói. Quando vou cumprimentar alguém e os rostos encostam, a maçã da minha bochecha dói a ponto de escorrer uma lágrima", descreve.

Após o trauma, ela encontrou coragem na religião e no apoio de familiares e de psicológicos. "Eu não estava me aceitando, não saía de casa. Quase cometi suicídio porque estava muito depressiva", revela. "Tem três meses que voltei com a minha rotina. Estou me aceitando mais com o novo rosto. Entendi que minha vida não podia parar, porque tenho dois filhos e tenho que estar presente na vida deles. Venci com apoio das pessoas que estão a minha volta", acrescenta.

"Eu estava horrorosa"

O sofrimento de Camila começou no início de 2017. Ela conheceu o trabalho de Murakami após uma colega de indicá-lo. "Marquei consulta e ele me disse que cobrava R$ 35 mil para a bioplastia de todo o rosto. O preço era muito alto e eu não conseguia pagar. Fui embora, mas no outro dia ele me mandou mensagem perguntando quanto eu conseguia pagar. Eu disse que tinha cerca de R$ 20 mil e ele falou que faria por esse preço", lembra.

No mesmo dia, ela voltou ao consultório para negociar os valores, mas foi atraída para fazer o procedimento logo. "Ele me deitou na maca, começou a aplicar anestesia e a injetar o PMMA. Comecei a sentir um incômodo, como se meu olho fosse sair. Mas ele disse que era normal. Comecei a tremer e me trouxeram um cobertor. Desmaiei duas vezes. Quando acordei, a assistente estava me trazendo água com açúcar. Ele insistia que era normal", recorda.

Ao final, Muramaki deu-lhe um espelho e mostrou o resultado. "Fiquei aterrorizada. Estava horrorosa", exclama. Camila retornou para casa e passou a trocar mensagens com o médico. Ela voltou ao consultório por mais duas vezes e teve de ouvir que o resultado não estava bom porque ela estava gorda. Quando se deu conta do problema que havia entrado, deixou de frequentar e falar com o médico. "Deixei de lado porque fui cuidar da minha saúde. A única coisa que quero é que ele pare, que não faça isso com mais ninguém. Ele já destruiu muitas vidas", desabafa.

Versão Oficial

A reportagem tentou, por diversas vezes, falar com Wesley Murakami. Apenas o advogado de defesa dele, André Bueno, atendeu às ligações. Segundo o advogado, existe uma única denúncia contra o médico em Goiânia. Bueno desconhece qualquer denúncia em Brasília. "Estive nesta semana com o delegado da 4ª Delegacia de Polícia de Goiânia. Fui buscar informações e me inteirar das acusações. Lá, existe apenas um boletim de ocorrência feito em julho, por uma paciente que se diz insatisfeita com o resultado da bioplastia", comenta. Segundo Bueno, o delegado ainda abriria um inquérito. "Levei registro médico, comprovante de endereço. Estou à disposição do delegado para que possamos solicitar fotografias e exames", assegura. Questionado se o cliente seria capacitado para realizar os procedimentos estéticos, o advogado alegou que a bioplastia e outros tratamentos oferecidos por Murakami não requerem especialização. "Doutor Wesley não é cirurgião. Ele é médico e para esses procedimentos não é necessário ter especialização. O importante é verificar que ele é capacitado como médico e que usa produtos permitidos por lei", conclui.

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PORTAL G1

Goiás tem cinco vezes mais casos de dengue por 100 mil habitantes que a média nacional

Os dados do MS foram divulgados na última sexta-feira (29). O mesmo estudo mostra que, entre janeiro e abril deste ano, Goiás registrou 98,4 mil casos de dengue.

A cada 100 mil moradores de Goiás, 1,3 mil têm ou tiveram dengue este ano, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Sáude (MS). O órgão indica que essa incidência é cinco vezes maior do que a média em todo o Brasil, que é de 254 diagnósticos para cada grupo do mesmo número de pessoas. Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi uma das cidades que identificou aumento expressivo da doença e deixou duas unidades de saúde exclusivamente para tratar pacientes com dengue.

Os dados do MS foram divulgados na última sexta-feira (29). O mesmo estudo mostra que, entre janeiro e abril deste ano, Goiás registrou 98,4 mil casos de dengue.

A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que trabalha junto aos municípios - enviando produtos e orientações - para combater a doença.

Com base na situação mostrada pelo boletim epidemiológico do MS, o infectologista Marcelo Daher comentou que a melhor forma de lidar com maior número de pessoas com a doençaé diagnosticar rapidamente os casos e pensar em soluções para atender prontamente essas pessoas.

"Talvez tendas de hidratação, laboratórios de prontidão para fazer exames [ ] e atender esse paciente mais rapidamente com hemogramas, principalmente, e a sorologia", disse.

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ISTOÉ

Ministério lança programa sobre segurança no trabalho

O Ministério do Trabalho e Previdência lançou hoje (5) o Programa Trabalho Sustentável. Trata-se de um conjunto de orientações a trabalhadores e empregadores sobre a importância de cumprir as normas de proteção ao trabalho, especialmente as de saúde e segurança. A ideia do programa é promover a conduta empresarial responsável, o respeito aos direitos dos trabalhadores.

"É um processo de mudança cultural que se moderniza a cada dia, que não somente bate na porta das empresas para fazer a fiscalização, mas também se consolida como uma unidade de inteligência. Conseguiremos identificar setores problemáticos, chamar a sociedade civil e os representantes dos trabalhadores", afirmou o secretário-executivo do ministério, Bruno Dalcolmo, no lançamento do programa, em encontro online.

Para Dalcomo, as empresas precisam estar regularizadas e "ter a sensibilidade da importância de estarem alinhadas com o Marco Regulatório, de respeitarem sem ressalvas os direitos dos trabalhadores".

O programa traz quatro eixos de iniciativa: ações de diálogo setorial, capacitações, campanhas e soluções tecnológicas. Os participantes também conheceram os primeiros produtos do Programa Trabalho Sustentável voltados a empregadores, trabalhadores, bem como para toda a sociedade.

Os auditores-fiscais do Trabalho demonstraram a Ferramenta de Avaliação de Risco para o Programa de Gerenciamento de Risco no Trabalho Rural (PGRTR) (), o Sistema Ipê Trabalho Infantil e o Autodiagnóstico Trabalhista para a Conduta Empresarial Responsável, desenvolvidos em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

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MEDICINA S/A

Mortes por Covid podem ser três vezes maior que o número oficial

Na situação global da pandemia da Covid-19, incluindo a variante Ômicron, existem 6,2 milhões de óbitos relatados, com 511 milhões de casos acumulados. Mas, de acordo com a diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19, Maria Van Kerkhove, o número de mortes pela doença deve ser três vezes maior, devido à ausência de testes.

Segundo a epidemiologista, cada país está enfrentando uma situação diferente com a covid-19. Existem vários fatores para que isso aconteça. "Tem a ver com a estratégia passada e a atual, a epidemiologia atual e a circulação do vírus, os dados demográficos da população, os níveis de imunidade da população com vacinação, se há prevalência alta da imunização, entendendo a complexidade da imunidade, se ainda precisa muita pesquisa, o acesso a ferramentas que salvam vidas e a capacidade de se ajustar", enumerou Maria Van Kerkhove.

Segundo a diretora da OMS, um dos grandes problemas percebidos na pandemia foi a falta de confiança da ciência e do público. Outro entrave é a falta de vacinação completa nas populações acima de 60 anos de idade, percebida em muitos países, ou que ainda não tiveram nenhuma dose.

Na África do Sul, por exemplo, ela disse que a cada onda nova da covid-19, houve cobertura vacinal muito baixa. Já na Coreia do Sul, identificou-se alto nível de cobertura vacinal, seguindo uma estratégia de covid zero, que resultou na modernização do sistema de saúde pública e investimentos em recursos humanos.

Otimização

A epidemiologista criticou o fato de alguns países terem aberto mão das máscaras contra a covid-19, principalmente em locais fechados. Segundo Maria Van Kerkhove, há muita desinformação e politização, que diminuíram a eficácia dessas medidas. "Eu nunca tinha visto isso antes", disse, referindo-se a todas as suas experiências em surtos.

Ela mencionou também as políticas de desinformação em alguns países, que provocaram muitas mortes pela doença. Maria Van Kerkhove disse que a pandemia não acabou e o que é preciso fazer é otimizar as estratégias global e nacional, alguns objetivos principais: prevenir o diagnóstico, tratar a doença e reduzir a morbidade e a mortalidade, além de diminuir também a transmissão, o que inclui a proteção à exposição, principalmente dos mais vulneráveis, daqueles que não foram vacinados. É preciso, ainda, segundo a epidemiologista, reduzir o risco da emergência de variantes. "Focar em apenas uma (variante) gera um sentido de falsa segurança, porque não sabemos qual será o custo das variantes".

A expectativa da OMS é que o vírus vai continuar evoluindo. "Esperamos com uma severidade baixa, porque temos ferramentas e vacinação, imunização populacional aumentando", disse. Ela aposta que veremos surtos menores entre aqueles que não estão protegidos. "Teremos uma sazonalidade, porque é um patógeno respiratório", disse.

O pior cenário prevê uma variante mais transmissível e letal, em que será necessário fazer uma revisão grave das vacinas e impulsionar a vacinação nas populações mais vulneráveis, alerta. Há também um bom cenário, no qual as variantes são menos severas e apenas mantemos as proteções já existentes.

Maria Van Kerkhove disse que a OMS está se preparando ainda para um quarto cenário, que seria o surgimento de um vírus tão diferente que toda a população global estaria suscetível a ele. "A gestão do pós-covid será essencial nesse cenário".

Muitos estudos já estão relatando as consequências da covid-19, incluindo condições graves cerebrais, cardíacas e nos pulmões, disse.

Testagem

Maria Van Kerkhove citou entre as principais áreas foco da OMS a vigilância e as estratégias de testagem, que caíram drasticamente. "Isso é importante para prever o vírus. Nós precisamos garantir que isso seja mantido".

Em termos de vacinação, a meta da OMS é atingir 70% das populações de todos os países imunizados. E, dentro desses 70%, atingir 100% dos profissionais de saúde e indivíduos com comorbidades. "A cobertura vacinal está bem menor do que deveria ser em alguns países, principalmente na África", alertou.

A epidemiologista disse que com os avanços das vacinas contra a covid-19 que já temos, e o desenvolvimento das futuras vacinas para a doença, tem sido um triunfo científico. Uma das coisas boas que ela viu nessa pandemia foi a solidariedade global entre cientistas.

Segundo a diretora da OMS, foram distribuídas globalmente 11,7 bilhões de doses de vacinas, com 41 milhões de doses sendo administradas diariamente, mas só 59% das pessoas completaram a vacinação principal e só 13% nos países de baixa renda. "Trata-se de acesso, não de caridade", disse.

Maria Van Kerkhove disse que há muito trabalho a ser feito. E que é preciso criar sistemas para o futuro, com investimentos sustentáveis, porque ninguém está seguro até que todos estejam seguros. "E esses sistemas têm que ser eficientes localmente, para depois ganhar âmbito maior. A preparação para a pandemia não vai parar. E a testagem é o caminho para o futuro".

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1,4 mil novos casos e 25 mortes em um dia

Goiás registrou 1.451 novos casos da covid-19 e 25 mortes em razão da doença nas últimas 24 horas, segundo dados da  Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quinta-feira (5/5). Com as atualizações, o Estado chega a 1.335.636 casos e 26.501 óbitos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.

Também segundo a SES-GO, Goiás soma 767.386 casos suspeitos em investigação para saber se há ligação com o novo coronavírus. Outros 321.551 já foram descartados.

Além dos 26.526 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,99%, há 321 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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Prefeitura de Goiânia libera agendamento de consultas pelo WhatsApp

A Prefeitura de Goiânia ampliou o serviço de marcação de consultas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, moradores da capital podem fazer agendamento via WhatsApp. Os atendimentos são para clínico geral, ginecologista/obstetra e pediatra, além de especialidades que integram a chamada atenção primária à saúde. O serviço já está em funcionamento pelo número de WhatsApp (62) 3524-6305, das 7h às 19h. 

Se o morador precisar de encaminhamento a outras especialidades, será encaminhado após consulta na rede primária. "A oferta deste serviço tem como objetivo ampliar o acesso da população a consultas especializadas. WhatsApp é uma ferramenta utilizada pela grande maioria das pessoas. Ao disponibilizarmos consultas nesse formato, facilitamos o acesso à saúde pelo goianiense”, afirma o prefeito Rogério Cruz.

O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, explica que pelo aplicativo, além de agendar consultas, também é possível obter informações sobre covid-19, como sintomas, pontos de vacinação e de testagem disponíveis diariamente pelos sete distritos sanitários de Goiânia. “Vale lembrar que o Teleconsulta, pelo número 0800-646-1560, continua em funcionamento, e oferece os mesmos serviços do WhatsApp", ressalta.

O horário de atendimento via WhatsApp é das 07h às 19h, todos os dias da semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados, e o agendamento pode ser feito para todos os Centros de Saúde (CS), Unidades de Saúde da Família (USFs) e Centros Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) de Goiânia, que contam diariamente com profissionais nas áreas de clínica geral, ginecologia/obstetrícia e pediatria.

O atendimento é autoexplicativo, e assim que o cidadão inicia a conversa, recebe uma mensagem com os detalhes do serviço e como proceder para agendar a consulta.

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JORNAL OPÇÃO

Após não renovar contrato por aumento de 30% no preço, prefeitura normaliza fornecimento de insulina

Por PH Mota

Percentual de reajuste está acima da inflação oficial do país e não há previsão legal, segundo a Secretaria Municipal de Saúde

A Prefeitura de Goiânia vai normalizar até o final da próxima semana o fornecimento de insumos para tratamento do diabetes nas unidades de saúde da Capital. A falta foi provocada pela não renovação do contrato com a empresa fornecedora em decorrência de um aumento de 30% no valor dos itens, percentual acima da inflação oficial do país e sem previsão legal, segundo o diretor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde, Bruno Vianna. Para resolver o problema, um processo para fornecimento emergencial dos insumos tramita com prioridade na secretaria.

A previsão, de acordo com o diretor, é que o empenho e o pagamento ocorram na próxima semana. Isso permitirá que a empresa contratada forneça os medicamentos às unidades de saúde. O contrato emergencial terá duração de seis meses. O prazo, segundo Bruno, será suficiente para conclusão de um novo processo licitatório. O assunto foi tratado em reunião extraordinária da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal de Goiânia.

A agenda foi convocada pelo presidente comissão, o vereador Mauro Rubem (PT) a pedido do vice-presidente da Associação Metropolitana de Apoio ao Diabético (Amad), André Fabrício Cardoso. De acordo com a entidade, o fornecimento de insumos está irregular desde o dia 02 de maio. O secretário municipal de Saúde, Durval Ferreira Fonseca Pedroso, não compareceu à reunião porque estava viagem, mas indicou Bruno como representante.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Bruno Peixoto defende proteção da tireoide contra radiação durante realização de exames

O deputado Bruno Peixoto (União Brasil) é autor do processo nº 1710/22, que torna obrigatório a disponibilização, pelos hospitais, laboratórios, clínicas médicas e odontológicas da rede estadual de saúde pública e privada, do colar de proteção para pacientes como prevenção de radiação na tireoide durante a realização de exames. A matéria foi encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para análise do deputado Amilton Filho (MDB), relator do projeto. 

Bruno Peixoto afirma que os exames de imagem são importantes aliados em diferentes tipos de investigações diagnósticas, viabilizando que a equipe médica identifique mais rapidamente os problemas de saúde e indique o tratamento adequado. Peixoto ressalta, ainda, que a segurança é fundamental para problemas futuros e diz que a exposição radiológica é um risco que pode ser evitado tomando os cuidados protetivos.

“Uma das principais soluções para aumentar a segurança dos radiologistas e pacientes é o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPls), como aventais de chumbo, protetores de tireóide e óculos, sendo que o uso desses equipamentos proporciona uma proteção de 90% quando comparado ao não uso deles. É comum na realização de exames com emissão de radiação colocarem no paciente só o avental, não preocupando com o colar em torno do pescoço”, afirma, destacando que devido a importância e sensibilidade da glândula tireóide à radiacão, é fundamental que os radiologistas usem o equipamento específico.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 05 Maio 2022 07:28

CLIPPING AHPACEG 05/05/22

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DESTAQUES

Usuários de plano de saúde reclamam de prestação de serviço de plano de saúde

Por 449 a 12, Câmara aprova piso salarial de R$ 4.750 para enfermeiros

Congresso aprova piso para agentes de saúde e enfermeiros

Consulta presencial ou online vira opção de plano e médico

Reajuste de plano de saúde empresarial vai parar na Justiça

Anvisa aprova remédio de uso oral contra vírus

Pesquisadores da Fiocruz alertam para risco de retorno da poliomielite no Brasil

CFM regulamenta telemedicina; médico poderá decidir forma de atendimento

Diretor-geral da OMS lança apelo a favor do direito ao aborto

Covid-19: Goiás registra 2.229 novos casos e 20 mortes nas últimas 24 horas

Secretário é acusado de pagar mais do dobro por respiradores em Palmeiras de Goiás 

Agentes de saúde, de endemias e procuradores do município têm benefícios aprovados

Saúde avalia se perdeu 20 mil vacinas contra gripe, Covid-19 e de rotina após curto-circuito em câmara fria de Goiânia

TV ANHANGUERA

Usuários de plano de saúde reclamam de prestação de serviço de plano de saúde

https://globoplay.globo.com/v/10545677/

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CARTA CAPITAL

Por 449 a 12, Câmara aprova piso salarial de R$ 4.750 para enfermeiros

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira 4, por 449 votos a 12, um projeto de lei que fixa em 4.750 reais o piso salarial nacional de enfermeiros.

A proposta, já avalizada pelo Senado, pode seguir para sanção do presidente Jair Bolsonaro. Isso depende, porém, de um acordo sobre as fontes de custeio.

"Conforme assumido com a enfermagem brasileira, não será na semana que vem que este projeto seguirá para sanção presidencial, mas sim tão logo garantirmos o respectivo financiamento", disse a relatora da proposta, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC).

Segundo Zanotto, o PL poderá ser sancionado após a votação da PEC 122/15, que proíbe a União de criar despesas aos demais entes federativos sem prever a transferência de recursos para o custeio.

O projeto de lei, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), também fixa os pisos salariais para técnicos de enfermagem (3.325 reais), auxiliares de enfermagem (2.375) e parteiras (2.375).

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FOLHA DE S.PAULO

Congresso aprova piso para agentes de saúde e enfermeiros

BRASÍLIA O Senado aprovou nesta quarta (4) proposta de emenda à Constituição que estabelece um piso salarial para os agentes comunitários de saúde, de dois salários mínimos - atualmente R$ 2.404.

O texto foi aprovada em primeiro turno com 70 votos a favor e nenhum contrário - eram necessários 49 votos. Na segunda rodada, foram 74 votos a favor e nenhum contrário. Como já havia tramita do pela Câmara, segue direto para a promulgação.

A proposta cria um piso salarial para a categoria e determina que os vencimentos para os profissionais serão pagos pela União. Os recursos devem constar no Orçamento com dotação própria e específica. Estimativas de consultores legislativos apontam um impacto de R$ 3,7 bilhões para os cofres públicos.

Lideranças governistas presentes na sessão não orientaram os parlamentares da base sobre como deveríam se posicionar na votação. Por outro lado, o líder do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Portinho (PL-RJ), orientou favoravelmente à proposta.

Também está previsto que os valores da remuneração desses agentes não sejam incluídos no cálculo para fins de limite de despesa com pessoal.

O texto determina que os profissionais terão direito adicional de insalubridade e aposentadoria especial, considerando os riscos enfrentados no exercício das atividades.

A justificativa da proposta explica que os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias "exercerem trabalho árduo, de sol a sol escaldante, de chuva a chuva, subindo ladeiras e descendo morros. Tudo somado ao contato permanente com moradores, por vezes portadores de doenças infectocontagiosas", afirma o texto.

Estados e municípios podem ainda criar outras parcelas remuneratórias, tais como vantagens, incentivos, auxílios e gratificações.

Também nesta quarta, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que estabelece um piso nacional para enfermeiros sem apontar uma fonte específica para custear a despesa, em texto criticado pela equipe econômica e por esta dos e municípios pelo receio do impacto dessa mudança sobre suas finanças.

O texto, do senador Fabiano Contarato (PT-ES), foi aprovado por 449 a 12. Como não houve alteração em relação ao projeto do Senado, segue para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O projeto cria um piso de R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem receberiam 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50%. Segundo a proposta, o valor será corrigido anualmente pelo INPC.

O texto veio do Senado sem fonte apontada para custear o piso. Entidades do setor, por sua vez, buscaram alertar para o impacto do projeto. A Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) calcula que o impacto pode chegar a R$ 5,7 bilhões para estabelecimentos do setor público.

Outros R$ 64 bilhões afetam instituições privadas sem fins lucrativos, efeito que pode aca bar recaindo sobre o governo, uma vez que parte dessas organizações são remuneradas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) pela prestação de serviços.

O Tesouro Nacional, por sua vez, estima um impacto ainda maior, de até R$ 7 bilhões, no caso de hospitais públicos, e de R$ 8 bilhões, no caso das filantrópicas. Segundo os técnicos do governo, o custo adicional recai quase totalmente sobre as finanças de estados e municípios.

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Consulta presencial ou online vira opção de plano e médico

Após avanço durante a crise da covid, sete modalidades de uso são definidas; especialistas ainda temem mercantilização de consultas

ROBERTA JANSEN

RIO

A Resolução 2.134/2022 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que define e regulamenta a telemedicina no Brasil, entra em vigor hoje. Antes restrita, a prática se popularizou nos últimos dois anos, com a pandemia de covid-19 e as medidas de isolamento. Especialistas veem a medida como inevitável, mas temem a banalização e a mercantilização de consultas.

Pela nova resolução, os planos de saúde poderão decidir oferecer atendimentos por teleconsulta ou não. O médico poderá optar pelo tipo de consulta que quer fazer. E indicará o atendimento presencial se considerar necessário. A medida não estabelece restrições às teleconsultas. Também não fixa prioridades para atendimento presencial. "A princípio, um médico bem formado sabe os cuidados que deve ter com o paciente e, se achar prudente, deve fazer atendimento híbrido ou presencial, garantindo a não inferioridade dos serviços prestados", explicou o especialista Chao L. Wen, chefe da disciplina de telemedicina da Faculdade de Medicina da USP. "Evita-se, assim, por exemplo, que médico seja forçado a fazer um atendimento a distância, independentemente da condição clínica do paciente."

POLÊMICA. O debate sobre a regulamentação da telemedicina começou em 2018 e envolveu representantes dos conselhos regionais e de associações médicas. Especialistas acreditam que a regulamentação da prática será muito útil para o Sistema Único de Saúde (SUS), que faz 75% dos atendimentos do País. Será importante para municípios mais isolados e também vai facilitar a vida dos pacientes. "Por exemplo, 50% dos exames do SUS são desperdiçados porque, com frequência, o paciente não tem para quem mostrar ou, quando consegue marcar uma nova consulta, eles já perderam a validade", afirma Wang. Ele lembra que isso poderia ser facilmente resolvido com uma teleconsulta. "Outro exemplo: em alguns exames complexos, o paciente precisa receber instruções do médico antes; já vi pacientes com câncer viajarem mais de 600 quilômetros apenas para receberem essas instruções e, na semana seguinte, terem de voltar para fazer o exame."

A telemedicina não se resume à teleconsulta. Ela é apenas uma das sete modalidades definidas pela nova resolução. As demais são: teleinterconsulta (quando médicos consultam outros médicos), telediagnóstico (envio de laudos de exames aos médicos), telecirurgia (mediada por robôs), telemonitoramento (o acompanhamento da evolução clínica do paciente), teletriagem (regulação do paciente para internação) e teleconsultoria.

"A consulta médica presencial permanece como padrão ouro, ou seja, referência no atendimento", destacou o relator da resolução, Donizetti Giamberardino. "Mas a pandemia mostrou que a telemedicina pode ser um importante ato complementar à assistência médica, permitindo o acesso a milhares de pacientes."

Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, a prática mostrou, durante a pandemia, sua grande capacidade de levar assistência a cidades do interior e beneficiar também os grandes centros. Reduziu o estrangulamento causado no sistema pelo deslocamento de pacientes em busca de tratamento, avalia.

NECESSIDADE. "A ausência de regulamentação dificulta tornar a matéria obrigatória na formação profissional; é na formação e na residência que o médico desenvolve o raciocínio investigativo e a empatia com o paciente", lembra Chao Wang. "Mas precisamos levantar a bandeira, queremos uma telemedicina responsável, não mercantilista; nesse sentido, a responsabilização do profissional ajuda muito."

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O GLOBO

Reajuste de plano de saúde empresarial vai parar na Justiça

Com aumento da inflação médica e da busca por consultas e exames, já há casos de aumentos de 60 % e de mais de 80 %

GLAUCE CAVALCANTI E LUCIANA CASEMIRO

Diante da previsão de aumentos recordes nas mensalidades de planos de saúde no país este ano, a queda de braço entre empresas e operadoras nas negociações de reajustes de contratos coletivos já foi parar na Justiça. Uma companhia paulista do ramo alimentício, com 129 funcionários, por exemplo, obteve no Judiciário a redução do percentual proposto de 87,97% para 8,46%. Já uma empresa paulistana de tecnologia, com 369 empregados, busca reduzir na Justiça o aumento de 61,65% imposto pela operadora.

Os percentuais de reajustes também assustam usuários de planos coletivos para pequenas empresas e de adesão, com menos de 30 beneficiários. Os índices alcançam quase 20%. Para planos com esse limite de participantes, cada operadora aplica um reajuste único, definido a partir da análise de risco de seus contratos com as mesmas características. O percentual é divulgado em maio para aplicação no aniversário do contrato, como prevê a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Nesses contratos, mostra relatório do BTG Pactuai, a Hapvida anunciou reajuste de 16,2%, um recorde para a operadora. Já o Grupo Notre Dame Intermédica terá aumento de 18,43%; a Sul América, de 19,4%; e o Bradesco, de 19,25%.

Com a alta da inflação de mais de 11% em 12 meses, diz o banco, e o reajuste recorde previsto para planos individuais este ano - de 16,2%, pela previsão do BTG - , o aumento de preço de dois dígitos deverá atingir todos os segmentos de planos de saúde.

Mariana Dias Lucon, diretora da Mercer Marsh Benefícios (MMB), pontua que, em 2021, o reajuste das operadoras para planos corporativos em médias e grandes empresas ficou em torno de 10% a 12%. Este ano, as companhias têm falado em alta de 14% a 15%, afirma ela:

- Em 2021, houve uma explosão da inflação médica em razão da retomada pós-pandemia, não apenas pelas pessoas colocarem exames em dia, mas pelo adiamento da prevenção ter demandado também procedimentos mais caros. A demanda represada veio com muita força. Este ano, a tendência é de normalização dessa inflação, voltando a patamares de 2018/2019.

Um levantamento feito pela MMB sobre a inflação médica de três milhões de usuários de planos empresariais na carteira da consultoria aponta expectativa de um índice de 13,5% para este ano, pouco abaixo do registrado em 2019, que foi de 14,9%. No ano passado, a Variação do Custo Médico Hospitalar (VCMH), a chamada inflação da saúde, bateu em 22,59%, após retração de 2,1% no primeiro ano de pandemia.

CLÁUSULA DE FIDELIDADE

Pequenas empresas e grupos de adesão têm ainda mais dificuldade para negociar. Para fugir de um aumento de 80% no plano de saúde do filho este mês, num plano por adesão, a paulistana Vanessa Santos, de 36 anos, aceitou trocar de plano dentro da mesma operadora, a Central Nacional Unimed (CNU). O contrato para o qual o rapaz de 15 anos foi migrado, porém, tem reajuste anual em setembro:

- Após reclamar à Qualicorp (administradora de benefícios), ameaçar ir à Justiça, me ofereceram um contrato com mensalidade menor da mesma operadora. Agora vou aguardar o reajuste de setembro, espero não ter só adiado o problema. Aumento de 80% é abusivo - queixa-se ela.

Esse aumento foi alvo de notificação do Procon-SP à Qualicorp e à CNU pedindo esclarecimentos. Ao GLOBO, a Qualicorp diz que o reajuste em questão foi pontual e representa cerca de 0,5% do total de seus clientes, e que a média de aumento dos contratos da CNU ficou entre 6% e 12%. A operadora informou estar prestando esclarecimentos ao Procon e que a administradora também terá de se explicar ao órgão, já que parte do percentual diz respeito à remuneração da Qualicorp.

Segundo o advogado Rafael Robba, especialista em saúde do escritório Vilhena e Silva, porém, mesmo para as grandes empresas a negociação está desequilibrada:

- Para reduzir o aumento, algumas operadoras querem impor às empresas cláusula de fidelidade de 24 meses, com multa por rompimento de contrato. Com isso, o único caminho acaba sendo a Justiça.

Na empresa paulista que obteve sentença reduzindo o reajuste de 87,97% para 8,46%, um executivo que pediu para não ser identificado diz que a cláusula de fidelidade não permitiu a troca de operadora:

- A multa era alta, tentamos negociar o aumento, mas dessa vez não sucumbimos à fidelização e fomos à Justiça.

Mariana, da MMB, sublinha que o índice ao fim das negociações depende de vários fatores:

- O reajuste definido no fim passa pela questão comercial, pela importância de uma marca ou empresa na carteira da operadora. As vezes, ela precisa do cliente porque tem de ter demanda para pagar sua rede na região, ou avalia participação de mercado. Pode ainda dar um desconto e pedir fidelização. Tudo vai na balança.

Para Leonardo Giusti, sócio da KPMG, a judicialização pesa para as operadoras. E o ponto não é "bater" no aumento do custo, mas investir nas ações para gestão e controle do uso do plano de saúde em contratos empresariais:

- Falta às operadoras incentivo para gerir, pois, no fim, se necessário, acertam com a contratante. As empresas clientes perceberam que têm de fazer a gestão de suas populações, monitorar crônicos, investir em prevenção.

Marcos Novais, superintendente da Abramge, associação do setor, pondera que, nos anos de pandemia, entre os setores regulados, o de saúde seria o que aplicou o menor aumento. Se este ano o reajuste dos coletivos pode ficar na casa dos 18%, segundo estimativas de bancos, diz ele, em 2021, o reajuste médio dos planos empresariais foi de 7,4%, e o dos coletivos por adesão, de 6,7%. Foram os menores em sete anos, refletindo menor uso no auge da pandemia:

- Estávamos em um movimento descendente dos percentuais de reajuste nos contratos coletivos desde 2016. Há uma aceleração agora, com a pressão da alta dos insumos, que não voltaram e não voltarão aos patamares pré-pandemia, e com o aumento da sinistralidade, que levou o setor a um prejuízo operacional de quase R$ 1 bilhão no ano passado. O setor tem que se pagar.

Para Novais, altas fora da curva devem ser analisadas com cuidado, pois podem refletir condições específicas.

Procurada, a ANS disse que, apesar de não haver limite regulatório para o reajuste dos contratos coletivos, no caso de aumentos atípicos as operadoras são oficiadas a prestar esclarecimento.

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CORREIO BRAZILIENSE

Anvisa aprova remédio de uso oral contra vírus


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, ontem, a utilização de um medicamento oral contra a covid-19, que age diretamente contra o vírus da doença, dificultando o processo de reprodução do micro-organismo. O Monulpiravir e já é utilizado em 30 países. O próximo passo é conseguir o aval da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para que possa entrar no rol de substâncias a serem empregadas contra o coronavírus.

Estudos mostram que a utilização do remédio pode reduzir em quase 90% a mortalidade de pessoas do grupo de risco, se for administrado nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas da covid. O Monulpiravir também não interfere na aplicação de remédios de uso contínuo usados por essa parcela da população.

O Monulpiravir está sendo testado para utilização em casos de contato primário com pessoas infectadas pela covid. Parte do processo de desenvolvimnento do remédio está com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) -- que realizará estudos para a aplicação em doenças como dengue e chikungunya.

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GAZETA WEB

Pesquisadores da Fiocruz alertam para risco de retorno da poliomielite no Brasil

Juntamente com os demais países da Região das Américas, o Brasil foi certificado, pela Organização Mundial da Saúde, como livre da poliomielite no ano de 1994. Contudo, a doença, também chamada de pólio ou paralisia infantil, corre grande risco de ser reintroduzida no país. A avaliação é do pesquisador Fernando Verani, epidemiologista da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz).

Os motivos para o alerta são vários. O principal deles é a baixa cobertura vacinal. Apesar da gravidade das sequelas provocadas pela pólio, o Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de 95% do público-alvo vacinado, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda causada pelo poliovírus selvagem responsável por diversas epidemias no Brasil e no mundo. Ela pode provocar desde sintomas como os de um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade.

No país, duas vacinas diferentes são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a imunização da pólio: a inativada e a atenuada. A vacina inativada deve ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já o reforço da proteção contra a doença é feito com a vacina atenuada, aquela administrada em gotas por via oral entre os 15 e 18 meses e depois, mais uma vez, entre os 4 e 5 anos de idade.

Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), a cobertura vacinal com as três doses iniciais da vacina está muito baixa: 67% em 2021. A cobertura das doses de reforço (a de gotinha) é ainda menor, e apenas 52% das crianças foram imunizadas. Nas regiões Nordeste e Norte, a situação é ainda pior, com percentuais de 42% e 44%, respectivamente, para a imunização completa com as cinco doses.

Risco de reintrodução

Uma cobertura vacinal baixa aumenta em muito as chances do retorno do vírus ao país. Por exemplo, em fevereiro de 2022, as autoridades do Malawi, na África, declararam um surto de poliovírus selvagem tipo 1, após a doença infecto-contagiosa ser detectada em uma criança de 3 anos. A menina sofreu paralisia flácida aguda, uma das sequelas mais graves da enfermidade, a qual, muitas vezes, não pode ser revertida.

O último caso de poliomielite no país africano havia sido notificado em 1992, e a África toda declarada livre da doença em 2020. A cepa do vírus responsável por esse caso está geneticamente relacionada à cepa circulante no Paquistão, um dos dois países do mundo, junto com o Afeganistão, onde a pólio continua endêmica.

"Enquanto a poliomielite existir em qualquer lugar do planeta, há o risco de importação da doença. É um vírus perigoso e de alta transmissibilidade, mais transmissível do que o Sars-CoV-2, por exemplo. Estamos com sinal vermelho no Brasil por conta da baixa cobertura vacinal, e é urgente se fazer algo. Não podemos esperar acontecer a tragédia da reintrodução do vírus para tomar providências", afirmou Fernando Verani.

A opinião é compartilhada pela pesquisadora Dilene Raimundo do Nascimento, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). "A pandemia veio acentuar ainda mais a vulnerabilidade das populações em relação às doenças infecciosas. Hoje, o deslocamento de pessoas é muito mais fácil e rápido, logo, a possibilidade de circulação do vírus aumenta. Há uma grave possibilidade de a pólio ressurgir no Brasil, como foi com o sarampo, em 2018. Por isso, precisamos chamar a atenção para o risco e para a necessidade de vacinação".

O virologista Edson Elias, chefe do Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), explicou que a vacinação adequada evita, ainda, o perigo de mutação do vírus atenuado da pólio. "Quando a população está com baixa cobertura vacinal, há o risco de mutação do vírus, ao ser transmitido de pessoa para pessoa, tornando-se uma cepa agressiva", ressaltou.

Sistema de vigilância também é fundamental

De acordo com Fernando Verani, também é motivo de preocupação a pouca eficiência nas estratégias de vigilância da doença para a contenção de possíveis surtos, como foi feito no Malawi. No país africano, o caso da menina infectada foi rapidamente identificado e a população local foi revacinada contra a poliomielite, impedindo uma epidemia viral.

"Há cerca de três anos, os protocolos de vigilância epidemiológica ficaram enfraquecidos no Brasil. Eles têm a finalidade de detectar e prevenir as doenças transmissíveis. As amostras de esgoto das cidades não têm sido recolhidas com a frequência esperada, e não há a notificação e investigação constante de possíveis casos de paralisia flácida aguda. O país possui os recursos e a expertise para manter a polio erradicada, mas não está tomando as ações necessárias", disse o pesquisador da ENSP/Fiocruz.

O especialista teme que, caso haja uma importação da doença, o sistema de saúde talvez não consiga agir com a rapidez necessária para reprimir sua disseminação. "Se o vírus for reintroduzido e não houver uma notificação rápida do caso, podemos ter uma epidemia. Com as baixas coberturas vacinais que temos hoje, as crianças estão desprotegidas. Podemos ter centenas ou milhares de crianças paralíticas como consequência", advertiu o pesquisador da ENSP/Fiocruz.

Em dezembro de 2021, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e a Secretaria de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) assinaram um protocolo de intenções para implementar um programa de Reconquista das Altas Coberturas Vacinais.

O projeto estabelecerá uma rede de colaboração interinstitucional, envolvendo atores nacionais e internacionais dos setores governamental, não governamental e privado, em torno da melhoria da cobertura vacinal brasileira.

O objetivo é implementar ações de apoio estratégico ao PNI para reverter a trajetória de queda nas coberturas vacinais dos Calendários Nacionais de Vacinação - da Criança, do Adolescente, do Adulto e ldoso, da Gestante e dos Povos Indígenas e, assim, assegurar o controle de doenças transmissíveis que podem ser controladas com o uso de vacinas, como a poliomielite.

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O TEMPO

CFM regulamenta telemedicina; médico poderá decidir forma de atendimento

A Resolução 2.134/2022 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que define e regulamenta a telemedicina no Brasil, entra em vigor nesta quinta-feira, 5. Antes restrita, a prática se popularizou nos últimos dois anos, com a pandemia de covid-19 e as medidas de isolamento. Especialistas veem a medida como inevitável, mas temem a banalização e a mercantilização de consultas.Pela nova resolução, os planos de saúde poderão decidir oferecer atendimentos por teleconsulta ou não. O médico poderá optar pelo tipo de consulta que quer fazer. E indicará o atendimento presencial se considerar necessário. A medida não estabelece restrições às teleconsultas. Também não fixa prioridades para atendimento presencial."A princípio, um médico bem formado sabe os cuidados que deve ter com o paciente e, se achar prudente, deve fazer atendimento híbrido ou presencial, garantindo a não inferioridade dos serviços prestados", explicou o especialista Chao L.

Wen, chefe da disciplina de telemedicina da Faculdade de Medicina da USP. "Evita-se, assim, por exemplo, que médico seja forçado a fazer um atendimento a distância, independentemente da condição clínica do paciente."O debate sobre a regulamentação da telemedicina começou em 2018 e envolveu representantes dos conselhos regionais e de associações médicas. Especialistas acreditam que a regulamentação da prática será muito útil para o Sistema Único de Saúde (SUS), que faz 75% dos atendimentos do País. Será importante para municípios mais isolados e também vai facilitar a vida dos pacientes. "Por exemplo, 50% dos exames do SUS são desperdiçados porque, com frequência, o paciente não tem para quem mostrar ou, quando consegue marcar uma nova consulta, eles já perderam a validade", afirma Wang.Ele lembra que isso poderia ser facilmente resolvido com uma teleconsulta. "Outro exemplo: em alguns exames complexos, o paciente precisa receber instruções do médico antes; já vi pacientes com câncer viajarem mais de 600 quilômetros apenas para receberem essas instruções e, na semana seguinte, terem de voltar para fazer o exame."A telemedicina não se resume à teleconsulta.

Ela é apenas uma das sete modalidades definidas pela nova resolução. As demais são: teleinterconsulta (quando médicos consultam outros médicos), telediagnóstico (envio de laudos de exames aos médicos), telecirurgia (mediada por robôs), telemonitoramento (o acompanhamento da evolução clínica do paciente), teletriagem (regulação do paciente para internação) e teleconsultoria."A consulta médica presencial permanece como padrão-ouro, ou seja, referência no atendimento", destacou o relator da resolução, Donizetti Giamberardino. "Mas a pandemia mostrou que a telemedicina pode ser um importante ato complementar à assistência médica, permitindo o acesso a milhares de pacientes."Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, a prática mostrou, durante a pandemia, sua grande capacidade de levar assistência a cidades do interior e beneficiar também os grandes centros. Reduziu o estrangulamento causado no sistema pelo deslocamento de pacientes em busca de tratamento, avalia."A ausência de regulamentação dificulta tornar a matéria obrigatória na formação profissional; é na formação e na residência que o médico desenvolve o raciocínio investigativo e a empatia com o paciente", lembra Chao Wang.

"Mas precisamos levantar a bandeira, queremos uma telemedicina responsável, não mercantilista; nesse sentido, a responsabilização do profissional ajuda muito."PERGUNTAS E RESPOSTASO que é e como funciona a telemedicina?A modalidade é usada para atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na rede privada. O atendimento médico à distância pode ser feito diretamente entre médicos e pacientes, por meio de tecnologia da informação e comunicação que garanta a integridade, segurança e o sigilo de informações. Toda a consulta deve ser, obrigatoriamente, registrada em prontuário clínico com indicação de data, hora, tecnologia utilizada e o número do Conselho Regional Profissional do médico e sua unidade da federação.Os médicos estão autorizados a emitir atestados ou receitas médicas desde que assinados eletronicamente e acompanhados de informações sobre o profissional.

Também devem seguir os requisitos estabelecidos pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nos Estados Unidos e em países da Europa, o atendimento à distância já é bastante utilizado.Como a telemedicina pode ajudar durante a pandemia do novo coronavírus?A ideia é usar a telemedicina como ferramenta de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Desta forma, seria possível reduzir a procura por outros atendimentos, permitindo que os hospitais cuidem dos pacientes infectados com covid-19 e casos de urgência e emergência. Outros tipos de atendimentos podem ser esclarecidos pelo atendimento remoto sem a necessidade de uma consulta presencial. Além disso, a ferramenta pode ser utilizada para monitoramento de pacientes confirmados com a doença, que estejam em isolamento domiciliar.É possível diagnosticar caso positivo do novo coronavírus pelo atendimento à distância?É importante reforçar que o diagnóstico confirmado do novo coronavírus deve ser feito presencialmente, pois depende da realização de exames.

Pelo atendimento à distância somente é possível orientar para o isolamento em alguns casos, monitorar e controlar o quadro clínico de casos mais leves, como já explicado anteriormente. Em caso de febre, acompanhada de sintomas como tosse seca ou falta de ar, procure atendimento médico presencial. A partir do diagnóstico, a pessoa saberá se precisa de internação ou se pode fazer o monitoramento à distância de sua casa.Quais cuidados o paciente precisa ter quando não conhece o médico que fará o atendimento à distância?O atendimento pode ser feito por telefone, plataforma de mensagens ou videoconferência. Especialistas recomendam que o paciente opte pela terceira opção, em caso de não conhecer o médico que o irá atender. Fazendo previamente uma consulta aos conselhos de medicina para verificar o perfil do responsável pelo atendimento. Caso seja o próprio médico ou uma indicação confiável, o paciente pode realizar tranquilamente a consulta pelas outras duas opções também.Quanto custa, em média, um atendimento à distância?No âmbito do sistema Único de Saúde (SUS) e dos planos de saúde, não deve ocorrer qualquer pagamento adicional (no SUS pela gratuidade do atendimento e nos planos de saúde porque o valor da consulta está incluído na mensalidade paga pelo usuário).

A remuneração deverá ocorrer nas consultas particulares e a forma de pagamento deverá ser ajustada de comum acordo entre as partes. O preço deve variar de 75% a 100% do valor da consulta presencial.Como funciona o atendimento à distância para as crianças?As crianças precisam de assistência médica com frequência e, muitas vezes, os pais ficam em dúvida se é necessário procurar um pronto-socorro. Como a ida a um hospital sempre representa um risco, já que é um ambiente onde circulam pessoas com doenças respiratórias transmissíveis, o objetivo da telemedicina é ajudar as famílias a evitar idas desnecessárias ao pronto-socorro neste período de pandemia da covid-19.Em quais casos a telemedicina é recomendada às crianças?Problemas como resfriados simples, dor de garganta, tosse, dores de cabeça, alergia, rinite alérgica, sangramentos nasais ou vermelhidão nos olhos. Irritações e alergias de pele, infecções menores, coceira, infecções da pele ou verrugas, picada de inseto, assaduras e reação vacinal.

Dúvidas sobre saúde geral das crianças, aleitamento materno ou vacinação de seu filho.O atendimento à distância é aliado do presencial?O médico do atendimento à distância fará perguntas ao paciente, sendo o mesmo tipo de triagem do atendimento presencial. Ao monitorar o paciente, poderá encaminhar, sempre que necessário, o paciente para atendimento em um hospital. São serviços complementares. Em alguns casos, não basta somente a conversa, o monitoramento, o médico precisa colocar a mão no paciente para examiná-lo.Quais são os prós e os contras debatidos sobre a telemedicina?O lado positivo da telemedicina é, sem dúvida, tornar a saúde acessível ao maior número de pessoas, em qualquer tempo e lugar, reduzindo de forma significativa o tempo e os custos de deslocamento de pacientes, além de propiciar contato com profissionais de diversas outras especialidades. A telemedicina revela uma nova forma de trabalho para todo o setor da saúde e pode representar um novo campo de trabalho para muitos profissionais.O lado negativo, mais imediato e visível, é a falta de contato pessoal com o médico e a eventual falta de proteção, guarda e segurança de informações sigilosas, inclusive, prontuário, do paciente, o que pode significar o aumento de demandas judiciais e ações de reparação de danos.

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ISTOÉ

Diretor-geral da OMS lança apelo a favor do direito ao aborto

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou hoje apelo a favor do direito ao aborto, questionado nos Estados Unidos (EUA) por um projeto de acórdão do Supremo Tribunal.

"Restringir o acesso ao aborto não reduz o número de procedimentos. A restrição leva mulheres e jovens a recorrerem a procedimentos perigosos", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus em mensagem no Twitter, sem mencionar diretamente os EUA.

"O acesso a um aborto seguro pode salvar vidas", acrescentou.

Tedros Adhanom defendeu que "as mulheres devem sempre ter o direito de escolha quando se trata dos seus corpos e da sua saúde".

Segundo a OMS, os abortos inseguros causam cerca de 39 mil mortes por ano em todo o mundo e resultam na hospitalização de outros milhões de mulheres devido a complicações.

A maioria dessas mortes está concentrada em países de baixo rendimento - mais de 60% na África e 30% na Ásia - e entre pessoas mais vulneráveis.

Para a organização, dados mostram que as restrições ao acesso ao aborto não reduzem o número de procedimentos.

Em seu portal na internet, a agência da ONU também afirma que nos países com as restrições mais severas, apenas um em cada quatro abortos é seguro, em comparação com quase nove em dez em países onde o procedimento é amplamente legalizado.

A OMS divulgou novas diretrizes sobre cuidados com o aborto, no início de março, com o objetivo de proteger a saúde de mulheres e dos jovens e ajudar a prevenir os mais de 25 milhões de procedimentos inseguros que ocorrem atualmente, todos os anos, no mundo.

As diretrizes reúnem mais de 50 recomendações relacionadas à prática clínica, prestação de serviços de saúde e a intervenções legais e políticas para apoiar a assistência ao aborto com qualidade.

O jornal norte-americano Politico informou, na segunda-feira (2), citando documentos não divulgados, que o Supremo Tribunal dos EUA prepara-se para anular a decisão histórica de 1973, que reconheceu o direito ao aborto.

O diário afirmou ter obtido projeto de decisão, do juiz conservador Samuel Alito e datado de 10 de fevereiro, que está sendo negociado e tem publicação prevista para antes de 30 de junho.

O processo Roe v. Wade, que há quase meio século sustentava que a Constituição dos EUA protegia o direito da mulher a fazer um aborto, era "totalmente sem mérito desde o início", de acordo com o documento citado pelo jornal

Se essa conclusão for aceita pelo Supremo Tribunal, os Estados Unidos voltarão à situação que existia antes de 1973, quando cada estado era livre para proibir ou autorizar a realização de abortos. Considerando a grande divisão geográfica e política sobre a questão, a previsão é que metade dos estados, especialmente no Sul e no Centro conservadores, proíbam rapidamente o procedimento.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 2.229 novos casos e 20 mortes nas últimas 24 horas


Ludymila Siqueira

Goiânia - Goiás registrou 2.229 novos casos do novo coronavírus e 20 mortes nas últimas 24 horas. É o que afirmam os dados divulgados na tarde desta quarta-feira (4/5) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano chega a 1.334.185 de infecções e  26.501 óbitos pela doença desde o início da pandemia.

Ainda segundo a pasta, são investigados outros 767.420 casos e 320 mortes para verificar se há alguma relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,99%. 

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JORNAL OPÇÃO

Secretário é acusado de pagar mais do dobro por respiradores em Palmeiras de Goiás 

Por Nielton Soares dos Santos

Segundo o Ministério Público de Goiás, equipamento adquirido pela prefeitura por R$ 119,736 tem custo unitário de 39.488,08 

Durante a pandemia da Covid-19, a Secretaria de Saúde de Palmeiras de Goiás adquiriu respiradores mecânicos pagando R$ 119.736,00. Isto é, mais de duas vezes o valor de equipamentos iguais comprados pelo Governo Federal e por outras prefeituras, por R$ 39.488,08. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) comparou os preços com base em dados do Tribunal de Contas da União (TCU).

Diante disso, a Promotoria de Justiça do município ajuizou duas ações civis públicas na Justiça. Uma por ato de improbidade administrativa contra o secretário municipal de Saúde, Carlos Alberto Mamede Corrêa Júnior, solicitando a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos por até 12 anos. Nesse processo, constam também pedidos de punições contra os empresários Francisco Ferro de Morais Neto e Amanda Chaves Miranda, sócios da Medicini Comércio Hospitalar. A empresa integra a segunda ação, acusada de corrupção, conforme a Lei Anticorrupção (12.846/13).

O promotor de Justiça, Eduardo Silva Prego, explicou que os processos foram desmembrados devido à responsabilidade da pessoa jurídica. Uma vez que foi identificado a prática de sobrepreço também pela empresa, que se condenada terá que pagar multa e poderá ficar proibida de selar contrato com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais. 

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Agentes de saúde, de endemias e procuradores do município têm benefícios aprovados

Por Ysabella Portela

Plano de carreira e remunerações segue agora para sanção do prefeito Rogério Cruz

Nesta quarta-feira, 4, a Câmara Municipal de Goiânia aprovou projetos de lei complementar, oriundos do Poder Executivo que beneficiam agentes comunitários de saúde, de combate às endemias e procuradores. A matéria segue agora para a sanção do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

As categorias beneficiadas pelos Projetos de Lei Complementar 03/2022 e 05/2022 terão atualização da nomenclatura dos incentivos e foram criados valores diferenciados na lei complementar que trata da organização administrativa e do plano de carreira dos procuradores do município. De acordo com a matéria, foi criado um incentivo de produtividade e qualidade no desempenho das funções, condicionado ao cumprimento de jornada de 40 horas semanais, valor que vai variar de uma a 200 UPVs (Unidade Padrão de Vencimento), ou seja, de R$ 15 a R$ 3 mil. Para os procuradores, o incentivo vai de 100 a 400 UPVs, variando de R$ 1.500 a R$ 6 mil. Para que sejam contemplados com a gratificação, é preciso que atinja metas pré-estabelecidas.

Também foi instituída gratificação para instrutor em atividades de desenvolvimento de servidores públicos, no valor de R$ 40 (2,7 UPVs) por hora-aula. O valor vai para R$ 50 para atividades fora do horário convencional de trabalho. Membros de comissões, grupos de trabalho ou conselhos nomeados pelo prefeito terão direito a gratificação de acordo com a quantidade de horas trabalhadas.

Plano de carreira dos servidores que ocupam cargo de Agente Comunitário de Saúde (ACS) e de Agente de Combate às Endemias (ACE)

A matéria aprovada discorre sobre a evolução na carreira a cada três anos, com escalonamento dos vencimentos. A partir de 1º de maio de 2022, vão de R$ 1.707,48 (Classe I) a 2.227,87 (Classe X). O adicional por produtividade em campo será de forma variável em até R$ 300,00; adicional por insalubridade, e vale-alimentação de R$ 400,00.

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PORTAL G1

Saúde avalia se perdeu 20 mil vacinas contra gripe, Covid-19 e de rotina após curto-circuito em câmara fria de Goiânia

Pasta disse que vai avaliar as doses para saber se ainda podem ser usadas, mas que campanha de imunização continua na capital. No entanto, vacinação na Polícia Civil foi suspensa.

Por Vanessa Martins, g1 Goiás

A Secretaria Municial de Saúde (SMS) de Goiânia cumpre, nesta quarta-feira (4) protocolos de segurança para avaliar se 20 mil doses de vacinas ainda podem ser usadas após um curto-circuito nas câmaras frias onde ficam guardados os imunizantes, no Paço Municipal. As doses são de imunizantes contra a gripeCovid-19 e demais doses de rotina.

Por causa da situação, uma ação para imunizar policiais civis, que estava agendada para esta quarta-feira, foi suspensa e deve ser remarcada.

Segundo a SMS, a situação não comprometeu a aplicação de vacinas nas 71 salas de imunização e no Clube da Caixa Econômica Federal. Portanto, a população pode procurar os locais normalmente para se vacinar.

O comunicado da pasta detalha que o curto-circuito aconteceu na noite de terça-feira (3) e fez com que a temperatura nas câmaras frias fosse alterada de +8°C para +13°C. Também segundo a nota, "como não houve interrupção de energia, o gerador não foi acionado".

Ainda de acordo com a pasta, o curto-circuito foi resolvido já no início desta manhã. A secretaria também garantiu que a rede de frio e o gerador estavam em dia com as manutenções de rotina.

Leia íntegra do comunicado da SMS abaixo:

NOTA - SMS

Em atenção à solicitação deste veículo de comunicação, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informa o que se segue:

- Em decorrência de um curto-circuito ocorrido na noite desta quarta-feira (03/05), parte das câmaras frias onde são armazenadas as vacinas no Paço Municipal, teve a temperatura alterada de +8°C para +13°C. Como não houve interrupção de energia, o gerador não foi acionado.

- Havia 20 mil doses de vacinas contra gripe, Covid-19, e de rotina. A secretaria Estadual de Saúde (SES) receberá relatório sobre as vacinas, e avaliará se elas ainda podem ser utilizadas.

- Por conta do ocorrido, as vacinações na Polícia Civil e Ingoh agendadas para hoje, serão remarcadas. Nas 71 salas de vacinas e no Clube da Caixa Econômica Federal, a vacinação ocorre normalmente.

Secretaria Municipal de Saúde (SMS) - Prefeitura de Goiânia

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 04 Maio 2022 07:11

CLIPPING AHPACEG 04/05/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Em 4 meses, Brasil empata com casos de dengue de todo o ano de 2021

Planos de saúde: Procon cobra esclarecimentos após aumentos de até 80%

Planos já preveem reajuste maior do que 15% após gasto médico recorde

Saiba como funciona cálculo da ANS para reajustes de planos de saúde

Fevereiro registra 78,2 milhões de usuários de planos de saúde

Artigo - Excesso de informação diária está afetando nossa saúde mental

'Cumprimos nosso objetivo', diz presidente da CPI da Prevent Senior

IMC alto reduz vantagens da perda de peso, diz pesquisa

Casos de raiva sobem com avanço da pobreza

Brasil precisa amadurecer discussão sobre o aborto, diz especialista

HDT abre Processo Seletivo para sete áreas em Goiânia

Covid-19: Goiás registra 1,9 mil casos e uma morte em 24 horas

Médico do Araújo Jorge é indiciado por corrupção, ao cobrar para preencher apólice de seguro de vida

Especialista esclarece sobre a hipoacusia, definida como ‘diminuição da capacidade de se detectar os sons’

Médico do Araújo Jorge é indiciado por cobrar dinheiro para assinar documentos de paciente

A REDAÇÃO

VALOR ONLINE

Em 4 meses, Brasil empata com casos de dengue de todo o ano de 2021

Até abril país registrou 542 mil infecções pelo mosquito Aedes aegypti, contra 544 mil em todo o ano passado

Em apenas quatro meses, o Brasil já registrou quase a mesma quantidade de casos de dengue de todo o ano passado.

Foram 542 mil infecções prováveis entre janeiro e abril deste ano, de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Nos doze meses de 2021, foram registrados 544 mil.

Somente na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2022 com o de 2021, a alta é de 113,7%.

O número de mortes também se aproxima do registrado em todo o ano passado. Até agora, já foram 160 casos confirmados, sendo 56 em São Paulo, que concentra a maior incidência. Há ainda 228 óbitos em investigação.

No último boletim epidemiológico sobre casos de dengue em 2021, o Ministério da Saúde havia notificado 240 mortes pela doença e outros 62 casos em investigação.

A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e evolução benigna na maioria dos casos. Costuma ocorrer em áreas tropicais e subtropicais, em que as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, como informa o livro "A Saúde de Nossos Filhos", da Publifolha, assinado pelo Departamento de Pediatria do Hospital Israelita Albert Einstein.

O Aedes aegypti é encontrado nas cidades, até mesmo no interior das casas, principalmente naquelas em que existem baldes ou vasos em pratos com água, nos quais o mosquito pode se desenvolver. A transmissão ocorre sazonalmente, especialmente nas estações de chuvas. Não há tratamento específico e as medidas terapêuticas visam à manutenção do bom estado geral do paciente.

A taxa de incidência da doença por 100 mil habitantes encontra neste ano um pico no Centro-Oeste. Enquanto no Brasil como um todo ela está em 254 casos a cada 100 mil habitantes, na região esse número sobre para 920.

Duas capitais da região lideram inclusive o ranking das cidades com a maior quantidade de casos. concentrando 11% do total de casos de todo o Brasil. Goiânia (GO) já registrou 31,2 mil casos, enquanto Brasília já notificou 29,9 mil infecções.

O Sul também está acima da média nacional, com 427,2 casos a cada 100 mil. Já no Sudeste, ela é de 188,3 casos a cada 100 mil. Norte, com 154 casos a cada 100 mil, e Nordeste, com 105 casos a cada 100 mil, têm as menores incidências.

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AGÊNCIA ESTADO

Planos de saúde: Procon cobra esclarecimentos após aumentos de até 80%

Consumidores registraram reclamações no Procon-SP contra a Qualicorp e a Central Nacional Unimed (CNU) por causa de valor reajustado

Receber boletos do plano de saúde com reajustes altíssimos é a nova preocupação das famílias pressionadas pela alta geral de preços de produtos e serviços essenciais. Consumidores registraram reclamações no Procon-SP contra a Qualicorp e a Central Nacional Unimed (CNU) por causa da cobrança com valor reajustado em 80%.

O órgão de defesa do consumidor quer que as empresas apresentem planilha com a identificação das carteiras que tiveram esse aumento e o número de pessoas afetadas. Pediu também esclarecimentos sobre a relação de custo administrativo em comparação ao custo médico-hospitalar de todos os planos comercializados.

Além disso, o órgão determinou que a Qualicorp indique quais outras operadoras, além da Central Nacional Unimed, aplicarão o reajuste questionado. O prazo dado pelo Procon-SP para o recebimento das informações venceu na segunda-feira, 2. As empresas pediram extensão até o dia 11 e ela foi concedida.

Os contratos desses clientes são do tipo coletivo por adesão, categoria de plano de saúde sem limite de reajuste determinado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – a agência só define os índices dos planos individuais e familiares.

Quando as operadoras deixaram de oferecer novos planos individuais para fugir do controle da ANS sobre o reajuste, as famílias migraram para os planos coletivos por adesão. Trata-se de planos contratados por entidades de classe, sindicatos e associações. Os clientes são pessoas que demonstram ter vínculo com essas entidades.

Existem também os chamados planos “falsos coletivos” empresariais para grupos de poucas pessoas (muitas vezes, duas ou três apenas). Para contratá-los é preciso ter um CNPJ, mas, em geral, os beneficiários fazem parte de uma mesma família (pai, mãe e filho, por exemplo) sem condições de ter um convênio melhor.

“Há 9,2 milhões de pessoas com planos por adesão, incluindo a adesão dissimulada, em que o próprio corretor indica ao consumidor que ele se associe a uma entidade fajuta”, diz Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e blogueiro do Estadão.

“Nos falsos coletivos, são mais de 5 milhões de pessoas em contratos com menos de 30 vidas. É um conjunto de 14 milhões de pessoas que recebem reajustes bem mais elevados que os praticados nos planos individuais (com 8,9 milhões de beneficiários”, diz.

Em nota, a Qualicorp afirmou que “o reajuste da carteira de clientes da CNU em questão foi pontual e representa aproximadamente 0,5% do total de clientes da Qualicorp, abrangendo uma fração pequena de usuários de um contrato que não é mais comercializado. A média de reajustes das carteiras da CNU neste ano variou entre 6% e 12%. A Qualicorp oferece alternativas para que seus clientes possam manter acesso a planos de saúde de qualidade e se coloca à disposição para maiores esclarecimentos”

Também em nota, a Central Nacional Unimed (CNU) afirmou que “não estabelece contratos diretamente com os beneficiários, pois atua exclusivamente com contratos corporativos, sendo as administradoras de benefícios as autoras dos valores das mensalidades. Dessa forma, é a Qualicorp a responsável pela gestão do plano de saúde junto aos seus clientes, inclusive aplicação de reajustes. A CNU também informa que está tomando as medidas cabíveis em relação ao post publicado pela Qualicorp, que induz erroneamente ao entendimento de que o reajuste foi aplicado pela operadora. A cooperativa esclarece, ainda, que prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados pelo Procon-SP no prazo legal e assegura que cumpre todas as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”.

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Planos já preveem reajuste maior do que 15% após gasto médico recorde

Dados de despesas das operadoras indicam corrida por consultas e exames em 2021, após meses de procedimentos represados por causa da quarentena imposta pela pandemia

CRISTIANE SEGATTO

Na expectativa da divulgação do índice de reajuste dos planos de saúde individuais e familiares pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), operadoras esperam reajuste acima de 15% após relatarem gasto médico-hospitalar recorde. Ao considerar a fórmula de cálculo utilizada pela ANS, entidades representativas das empresas dizem chegar a valores semelhantes. A ANS diz que ainda estão sendo feitos os cálculos e considera outros fatores, como inflação.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) estima que a agência autorize um reajuste de 15,7%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) chegou a 15,8%. Um dos principais motivos é o aumento dos custos médico-hospitalares, reportado pelas operadoras. No total, o Brasil tem 49 milhões de beneficiários de planos de saúde.

Segundo o mais recente estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), obtido com exclusividade pelo Estadão, a variação de custos médico-hospitalares (VCMH) das operadoras foi de 27,7% nos 12 meses encerrados em setembro. Trata-se de recorde na série histórica iniciada em 2007. Antes disso, a maior alta (20,4%) havia ocorrido entre 2015 e 2016, quando o Brasil mergulhou em uma crise.

No início da pandemia da covid19, as pessoas deixaram de ir a médicos e hospitais e adiaram exames mais caros e cirurgias eletivas (não urgentes). Com isso, as despesas despencaram. Em setembro de 2020, a VCMH apurada pelo IESS foi negativa (em 3,6%). "Muita gente adiou coisas que não deveriam ter sido postergadas, como o diagnóstico e o tratamento do câncer. Com a progressão da doença, os custos aumentaram", afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS. As despesas das operadoras voltaram a crescer em março de 2021. Com o avanço da vacinação e a sensação de segurança, as pessoas deixaram de evitar médicos e hospitais. "A variação das despesas foi rápida e intensa, principalmente entre junho e setembro de 2021."

Na composição dos custos com assistência à saúde, as internações tiveram o maior peso (63%). Em seguida, vieram as terapias (13%), os exames (11%), outros serviços ambulatoriais (7%) e as consultas (6%). Em todos os itens, houve aumento, só que mais acentuado na categoria outros serviços ambulatoriais, que registrou avanço de 38%. "Uma das hipóteses foi a grande procura por fisioterapia, fonoaudiologia e psicoterapia por pessoas que tiveram covid longa", diz Cechin. No estudo do IESS, foram analisadas apenas as despesas de 688,9 mil beneficiários, a maior parte (36,9%) com idade de 59 anos ou mais.

Para definir o reajuste, a ANS considera também outros fatores. O cálculo combina o índice de valor das despesas assistenciais (IVDA) com a inflação pelo índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), retirando desse último o subitem plano de saúde. Na fórmula, o IVDA tem peso de 80% e o IPCA, de 20%. Em nota, a ANS informou que o porcentual máximo a ser autorizado para os planos individuais ou familiares está sendo calculado e será divulgado após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia.

Segundo a agência, não há data para divulgação. Em anos anteriores, isso ocorreu em maio. No ano passado, o índice foi anunciado em julho. "Esperamos que a ANS siga a fórmula que ela inventou. Haverá reclamações porque as rendas das pessoas não têm crescido de acordo com a inflação, mas o reajuste dos planos de saúde será alto porque as despesas assistenciais das operadoras cresceram", afirma Cechin.

MOMENTO INCOMPATÍVEL. Segundo Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e blogueiro do Estadão, um aumento elevado dos planos individuais seria totalmente incompatível com a crise econômica e sanitária atual. "É um absurdo, ainda mais depois de um período em que as operadoras lucraram muito, com aumento de clientes e baixa utilização durante a pandemia", afirma.

"A ANS permite reajustes baseados em dados superestimados pelas operadoras, sem justificativa técnica transparente. Há inconsistências na forma como as operadoras justificam o reajuste e a agência é conivente", diz ele. "Ela (a agência) aceita o que vai ser o maior aumento das mensalidades dos planos individuais em mais de 20 anos. Além disso, continua não controlando nem fiscalizando reajustes dos planos coletivos", acrescenta.

A agência só define o valor de reajuste dos planos individuais ou familiares. E não há nenhum limite de reajuste para os planos coletivos empresariais nem para os coletivos por adesão. O valor do aumento para esses casos é negociado entre as empresas e as operadoras de saúde.

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Saiba como funciona cálculo da ANS para reajustes de planos de saúde

No estudo do IESS, foram analisadas apenas as despesas de uma amostra de 688,9 mil beneficiários, a maior parte (36,9%) com idade de 59 anos ou mais. Para definir o reajuste das mensalidades, a ANS considera também outros fatores. O cálculo combina o índice de valor das despesas assistenciais (IVDA) com a inflação pelo índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), retirando desse último o subitem plano de saúde. Na fórmula, o IVDA tem peso de 80% e o IPCA, de 20%.

Em nota, a ANS informou que o percentual máximo de reajuste a ser autorizado para os planos individuais ou familiares está sendo calculado e será divulgado após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia. Segundo a agência, não há data definida para a divulgação. Em anos anteriores, a definição ocorreu em maio. No ano passado, o índice só foi anunciado em julho.

"Esperamos que a ANS siga a fórmula que ela mesma inventou. Haverá reclamações porque as rendas das pessoas não têm crescido de acordo com a inflação, mas o reajuste dos planos de saúde será alto porque as despesas assistenciais das operadoras cresceram", afirma Cechin.

Segundo Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e blogueiro do Estadão, um aumento elevado dos planos individuais seria totalmente incompatível com a crise econômica e sanitária atual. "É um absurdo, ainda mais depois de um período em que as operadoras lucraram muito, com aumento de clientes, e baixa utilização durante a pandemia", afirma Scheffer.

"A ANS permite reajustes baseados em dados superestimados pelas operadoras, sem justificativa técnica transparente. Há inconsistências na forma como as operadoras justificam o reajuste e a agência é conivente com isso", diz. "Ela (a agência) aceita o que vai ser o maior aumento das mensalidades dos planos individuais em mais de 20 anos. Além disso, continua não controlando nem fiscalizando os reajustes dos planos coletivos", acrescenta o professor da USP.

ANS tinha outra fórmula de cálculo antes de 2019

Em um contexto de inflação alta e encarecimento geral de produtos e serviços, os consumidores temem não conseguir arcar com mais gastos com o plano de saúde. "A possibilidade de um reajuste alto tem preocupado os consumidores porque chega neste momento muito ruim, com alta do gás, da energia e do supermercado", afirma Ana Carolina Navarette, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

"É preciso lembrar que as estimativas das empresas do setor costumam superar o reajuste autorizado pela ANS", diz ela. "No ano passado, os cálculos das operadoras ficaram em torno de 2% e o índice da agência foi negativo (-8,19%)".

Segundo Ana Carolina, a atual fórmula de cálculo é mais favorável aos clientes do que a adotada pela agência antes de 2019. "Ela é mais transparente, adota dados auditáveis e tem produzido reajustes mais baixos, historicamente", afirma ela. "O primeiro reajuste com a nova metodologia foi de 7,35%. Os aumentos autorizados nos anos anteriores foram de 10% (2018) e 13,55% (2017)", salienta.

Checar possibilidades de migração é alternativa para clientes

Caso a ANS defina um percentual elevado e o cliente não consiga mais arcar com essa despesa, Ana Carolina recomenda que o consumidor tente trocar de plano dentro da mesma operadora. Dessa forma, é possível levar com ele as carências que já foram cumpridas.

A operadora é obrigada a fornecer uma lista de planos para os quais é possível fazer a migração. Outra possibilidade é tentar trocar de plano e de operadora fazendo portabilidade. Para isso, o beneficiário deve acessar o guia da ANS no site da agência.

Ao informar os dados do plano de saúde, o serviço fornece uma lista de outros para os quais é possível mudar. Só é permitido fazer portabilidade se o cliente estiver há pelo menos dois anos no plano de origem e em dia com o pagamento das mensalidades. O plano para o qual a pessoa pretende migrar precisa ser do mesmo valor ou mais barato.

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PRIMEIRA HORA

Fevereiro registra 78,2 milhões de usuários de planos de saúde

Em relação a fevereiro do ano passado, o número de beneficiários nos planos médico-hospitalares evoluiu 3,06% Os planos de saúde registraram a adesão de 78,2 milhões de beneficiários em fevereiro, sendo 49,04 milhões em planos de assistência médica e 29,2 milhões em planos exclusivamente odontológicos. A informação foi divulgada hoje (5) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).Em relação a fevereiro do ano passado, o número de beneficiários nos planos médico-hospitalares evoluiu 3,06%, ou o correspondente a mais 1,4 milhão de beneficiários. Na comparação com janeiro de 2022, o crescimento foi de 71,9 mil usuários, com 19.587 planos ativos. Já nos planos exclusivamente odontológicos, houve expansão em um ano de 2,3 milhões de beneficiários, o que representa aumento de 8,60% no período. Comparativamente ao mês anterior, o total de usuários foi acrescido de 104.065 novos beneficiários, com 4.598 planos ativos. Por tipo de contratação, os planos coletivos superaram os planos individual ou familiar nas duas modalidades de usuários, com 40,094 milhões de beneficiários de assistência médica e 24,1 milhões de usuários de planos exclusivamente odontológicos. Nos estados, no comparativo com fevereiro de 2021, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 26 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina os que tiveram o maior ganho em números absolutos. Entre os odontológicos, 25 estados registraram crescimento no comparativo anual, com São Paulo, Minas Gerais e Paraná mostrando maior aumento.

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PORTAL TERRA

Artigo - Excesso de informação diária está afetando nossa saúde mental

Como o cenário de abundância não deve mudar, nos cabe ter responsabilidade e senso crítico.

Falta de saúde mental: taí o grande mal do século 21. Eu sei, não trago exatamente uma novidade ao redigir a frase, mas é que, a partir dela, quero convidá-lo a refletir sobre essa constatação.

Tenho pensado cada vez mais sobre a desconexão entre, de um lado, inovação e tecnologia e, de outro, temas sociais importantes, como a saúde mental. Ao mesmo tempo em que a medicina evolui de forma extraordinária em termos de diagnóstico, terapias, procedimentos, equipamentos, novas drogas e maquinário de ponta, a saúde mental toma uma verdadeira surra e todos nós, como sociedade, perdemos muito com isso se nada for feito para mudar esse jogo.

Saúde mental, inovação, trabalho

Quer ver só? Descobri que o consumo de antidepressivos aumentou em 13% nos primeiros meses de 2021, o que impressiona porque no começo da pandemia, em 2020, esse número já era 16% maior -- segundo dados que verifiquei no site do Conselho Federal de Farmácia. E o mesmo aconteceu com remédios para dormir, tanto que no ano passado a Anvisa até liberou o uso de melatonina no Brasil.

Só que não adianta tratar o assunto tomando remédios e sem pensar no próprio estilo de vida. Porque ele é sim um reflexo desse adoecimento que provoca tanta ansiedade, estresse e depressão.

A quantidade de informações -- relevantes ou não -- que nos inunda através de uma tela é uma das causas que relaciono com o prejuízo à nossa saúde mental. E precisamos dar mais atenção a isso.

Provavelmente a quantidade de informações que eu e você recebemos esta semana é maior do que nossos antepassados do século passado receberam durante a vida toda! E, claro, isso traz sequelas graves à nossa saúde mental.

Qualquer exposição a fatores externos que mudam as características de uma espécie impacta diretamente a saúde do indivíduo. É assim tanto com a exposição aos raios UVA-UVB, que pode provocar câncer de pele, como com um vírus que nos deixa doentes até desenvolvermos anticorpos.

Pense que o mesmo mecanismo acontece com essa exposição constante a um turbilhão de informações que sequela diretamente a saúde mental.

A boa notícia é que, para começar a refletir sobre uma solução, podemos contar com a grande capacidade de adaptação do ser humano -- repare que recorro ao evolucionismo darwiniano para provar que dá para reter informações importantes entre as tantas que recebemos.

Para isso, é preciso que todos tenhamos posicionamento crítico diante das tendências de evolução tecnológica. Não dá mais para aderir a tudo o que chega de novidade sem uma reflexão mais contundente quanto ao tipo de emoções e sentimentos que essa tecnologia pode nos gerar.

Como o desenvolvimento das tecnologias só se intensifica, nós, usuários, também precisamos ter mais responsabilidade na hora de consumir essas soluções na vida pessoal e, principalmente, no trabalho. Desenvolver esse tipo de crítica trará importante efeito positivo à nossa saúde mental.

E você, quais atitudes acredita que devemos tomar para cuidar melhor desse aspecto? E sua empresa, o que ela tem feito pelo bem da saúde mental de seus colaboradores?

(*) Rodrigo Guerra é economista e consultor. Atua conectando empreendedores com investidores, e é fundador do projeto unbox.dev.br.

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PORTAL IG

'Cumprimos nosso objetivo', diz presidente da CPI da Prevent Senior

O iG conversou com o vereador Antonio Donato, que liderou os trabalhos da CPI; relatório final contou com o indiciamento de 20 pessoas Richard Lourenço | REDE CÂMARA SP CPI da Prevent Senior na Câmara de SP

A CPI da Covid-19 no Senado Federal serviu não apenas para trazer à tona escândalos do governo federal em relação à compra de vacinas e desvios na saúde em plena pandemia. Os trabalhos feitos em Brasília também trouxeram a participação decisiva da Prevent Senior no que diz respeito à propaganda de métodos ineficazes de tratamento contra a Covid-19, além de comportamentos médicos inapropriados em relação aos cuidados com pacientes infectados.

Como consequência, a Câmara de São Paulo fez sua própria CPI para apurar exclusivamente a atuação da Prevent Senior na pandemia e suas supostas irregularidades. Os trabalhos se iniciaram em setembro do ano passado e só terminaram no dia 4 de abril deste ano. O relatório final da CPI da Prevent Senior indiciou 20 pessoas por 52 crimes relacionados às ações da empresa durante a pandemia.

O iG conversou com exclusividade com o vereador Antonio Donato (PT), que presidiu os trabalhos da CPI, para esclarecer quais foram os resultados finais dos trabalhos e o que será feito a partir de então.

"Acho que a gente conseguiu cumprir nossos objetivos, que era de entender o funcionamento da empresa e, a partir daí, entender quais foram as medidas tomadas por ela", afirma.

Entre os indiciados estão os irmãos Fernando Parrillo e Eduardo Parrillo, sócios-proprietários da Prevent Senior, que, ao longo da CPI, não compareceram em nenhuma reunião às quais foram convidados a prestar esclarecimentos.

Fernando foi acusado do crime de omissão de socorro por integrar o chamado Pentágono (estrutura hierárquica extra-oficial de comando interno da empresa). Eduardo também foi acusado por omissão de socorro por integrar o Pentágono, além dos crimes de perigo para a vida ou saúde e crime contra a humanidade, devido ao seu envolvimento no preprint, ou seja, uma prévia publicação, de um suposto estudo que comprovaria a eficácia de medicamentos contra a Covid-19.

"O relatório concluiu que essas várias medidas faziam parte de uma cultura empresarial centralizada, que restringia a autonomia médica e que foi particularmente grave na pandemia. Isso obrigou e induziu o tratamento precoce sem nenhuma base científica, inclusive com uma pesquisa fraudada. Isso levou a um número absurdo de mortes em hospitais da rede Prevent Senior", diz o presidente da comissão ao iG.

Além dos sócios-proprietários, também foi proposto o indiciamento de Pedro Benedito Batista Júnior, diretor da Prevent Senior, por três crimes: omissão de socorro por integrar o Pentágono; perigo para a vida ou saúde e crime contra a humanidade, relacionados ao preprint do suposto estudo de eficácia de medicamentos contra a Covid-19. Diversos médicos que faziam parte da rede também foram acusados por fazerem parte do esquema da Prevent Senior. Pesquisa fraudada

No início da pandemia, o vereador conta que "o Instituto Prevent Senior fez uma pesquisa e divulgaram um preprint dizendo que a hidroxicloroquina tinha um efeito positivo no tratamento contra a Covid-19, mas depois ficou demonstrado pelo Conselho Nacional de Ética e Pesquisa (órgão do Ministério da Saúde) que essa pesquisa tinha sido feita sem base científica e que os resultados não eram aqueles", diz Donato.

O preprint é uma forma de divulgar um artigo que ainda não foi submetido a um periódico científico. Na teoria, esse tipo de publicação antecipada é uma forma de agilizar a transmissão de conhecimento no meio científico, permitindo mais comunicação e agilidade na troca de informações entre pesquisadores.

"No início da pandemia, todo mundo buscava um caminho e soluções, mas a partir de junho e julho de 2020 já haviam estudos internacionais dizendo que esses medicamentos (cloroquina e ivermectina) não tinham eficácia e, mesmo assim, eles mantiveram esse tratamento até assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público, que foi em novembro do ano passado", diz.

O TAC é um acordo que o Ministério Público celebra com o violador de determinado direito coletivo. Este instrumento tem a finalidade de impedir a continuidade de alguma situação de ilegalidade, reparar o dano ao direito coletivo e evitar ações judiciais. Próximo passo

Após a conclusão dos trabalhos e do relatório final, os membros da comissão enviaram o texto para o Ministério Público de São Paulo. "Quem faz o indiciamento de fato é o Ministério Público, que propõe para a Justiça, mas eu digo que a nossa proposta de indiciamento está muito baseada em fatos, muito documentada. Então a gente propôs o indiciamento daqueles que assinaram aquela pesquisa fraudada, que assinaram protocolos de manejo clínico, que é um protocolo interno da Prevent que orientava o tratamento de pacientes com cloroquina e ivermectina", afirma o presidente da comissão. "Existem provas abundantes e eu acredito que vá prosperar na Justiça", completa.

O relatório final da CPI ainda propõe ações fiscalizatórias por parte da prefeitura, do Ministério Público, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre a situação fiscal, trabalhista e operacional da empresa.

A reportagem entrou em contato com a Prevent Senior para falar sobre o resultado final da CPI. Por meio de nota, eles se limitaram a dizer que "a Prevent Senior reafirma sua convicção de que investigações técnicas, sem contornos políticos, possam restabelecer a verdade dos fatos, como já ocorreu no relatório final enviado ao Ministério Público pela Polícia Civil do Estado de São Paulo".

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CORREIO BRAZILIENSE

IMC alto reduz vantagens da perda de peso, diz pesquisa

Para pessoas com obesidade, o tamanho dos benefícios obtidos durante a perda de peso pode ter como referência o índice de massa corporal (IMC) calculado antes do processo de emagrecimento, afirmam pesquisadores ingleses. A equipe avaliou dados de 422.642 adultos para chegar à conclusão. "Nossas descobertas sugerem que um IMC inicial diferente pode influenciar o risco de desenvolver complicações específicas relacionadas à obesidade", resume, em comunicado à imprensa, Camilla S Morgen, uma das autoras do estudo e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Diabetes da Universidade de Leicester.

Detalhes do trabalho foram apresentados no Congresso Europeu de Obesidade (ECO, na sigla em inglês), em andamento, na Holanda. Os participantes -- cujas informações fazem parte do UK Clinical Practice Research Datalink, banco de dados de mais de 11 milhões de britânicos -- tinham, em média, 51 anos e estavam na condição de obesidade (IMC de 30kg/m² ou mais) entre 2001 e 2010.

Os pesquisadores compararam como o risco de desenvolver 13 complicações relacionadas à obesidade -- apneia do sono, osteoartrite de quadril/joelho, pressão alta, dislipidemia, angina instável, infarto do miocárdio, tromboembolismo venoso, fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, doença renal crônica, asma, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e depressão -- poderia ser afetado pelo padrão de mudança de peso durante um período de quatro anos após a primeira medição do IMC -- quando o índice médio dos participantes era 33,6.

A equipe descobriu que um IMC inicial mais baixo foi associado a uma maior redução do risco de SOP, apneia do sono e diabetes tipo 2 durante o emagrecimento. O mesmo não ocorreu entre os participantes com o IMC mais alto. "Por exemplo, uma perda de peso de 20% em pessoas a partir de um IMC de 30 foi associada a um risco relativo 56% menor de desenvolver diabetes tipo 2. A partir de um IMC de 50, a perda de peso semelhante reduziu esse risco em apenas 39%", ilustram os autores do artigo.

Os autores ponderam que as informações precisam ser validadas em novas pesquisas, já que fatores não avaliados pelo grupo também podem influenciar os resultados obtidos. Mesmo assim, os cientistas reforçam a importância de intervenções precoces no tratamento de pacientes com obesidade.

"Se a perda de peso intencional em pessoas que sofrem com obesidade com um IMC mais baixo de cerca de 30 é particularmente benéfica para a saúde e o ganho de peso é potencialmente prejudicial, devemos nos concentrar em um tratamento da obesidade feito mais cedo no curso da doença", declarou Kamlesh Khunti, também autor autor.

Europa: epidemia de obesidade

Uma "epidemia" de sobrepeso e obesidade está castigando a Europa, alerta a OMS. A obesidade é a causa de 1,2 milhão de mortes por ano, ou seja, 13% dos óbitos na região, revela um estudo divulgado, ontem, pela agência da ONU. "A taxa de sobrepeso e obesidade atingiu níveis epidêmicos em toda a região e continua a progredir", indica o documento. Nenhum país da região foi capaz de conter o avanço e a magnitude do problema, que se agravou durante a pandemia da covid-19, período em que o sedentarismo e a alimentação pouco saudável se tornaram comuns. A OMS ressalta, ainda, a importância de reverter esse cenário. "As políticas de intervenção que focam em uma melhor nutrição provavelmente serão eficazes para conter essa epidemia."

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Casos de raiva sobem com avanço da pobreza



A morte de uma menina indígena, na última sexta-feira, chamou a atenção de especialistas para o avanço da raiva humana entre as populações desassistidas. Segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2020 e 2021 foram registrados 40 casos da doença. Neste ano, já foram confirmados três óbitos causados pela exposição ao vírus transmissor.

Os estudiosos consideram a raiva uma doença diretamente ligada às más condições de vida da população, como higiene precária, ausência de saneamento básico, falta de cuidados pessoais e ausência de informação. Com o avanço da pobreza -- de acordo com levantamento realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV Social), divulgado em outubro passado, quase 28 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil; em 2019, antes da pandemia de covid-19, eram pouco mais de 23 milhões nesta situação --, os casos começaram a ser percebidos na rede pública de saúde.

Jonas Brant, epidemiologista e professor do departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), confirma a relação da raiva com a pobreza. "Depende de um bom acesso de saúde para conseguir (tratamento), caso haja a exposição, e depende, também, de uma boa infraestrutura sanitária", esclarece.

Brant observa que caso a pessoa perceba que pode ter sido exposto ao agente infeccioso, a higiene é essencial para que a doença não avance. "O vírus é muito sensível ao sabão. Ao lavar, posso conseguir inativá-lo e não me infectar", observou.

O epidemiologista alerta que é preciso uma campanha constante de esclarecimento, por parte das autoridades de saúde, sobre como as pessoas devem se proteger do vírus para, uma vez infectadas, se tratarem corretamente. "Um dos grandes problemas da doença é que, muitas vezes, os sintomas vão se desenvolver dois ou três meses depois da exposição. A pessoa esquece que está infectada e, depois, começa a desenvolver os sinais. O vírus vai progredindo até chegar ao sistema nervoso central", explicou.

Maiores incidências

De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, a incidência de raiva humana diminuiu entre 2006 e 2017, e as regiões Norte e Nordeste concentraram a maioria dos casos. De acordo com um estudo desenvolvido, em 2018, pelo doutorando em Ciências Animais pela (UnB) Alexander Vargas, os riscos da raiva estão relacionados, principalmente, ao contato com algumas espécies de mamíferos silvestres.

"No Nordeste, temos a transmissão por raposas, mas, em todo o país, é praticamente feita por morcegos. No Norte, os últimos surtos têm sido verificados entre as populações ribeirinhas ou indígenas", observa.

Segundo Vargas, os morcegos "transmitem o vírus da raiva entre eles e, como ficam doentes, entram nas casas e caiem no chão. Inadvertidamente, as pessoas manuseiam esses animais e são mordidas e infectadas" -- alerta.

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O ESTADO DE S.PAULO

Artigo - EUA andarão para trás ao banir ou limitar aborto

Paulo Sotero

Quem diria, os Estados Unidos podem ficar parecidos com o Brasil e outras sociedades conservadoras e atrasadas na questão do aborto. Segundo minuta de decisão da Suprema Corte sobre caso em litígio no Estado de Mississippi, obtida pelo jornal online Politico e publicada no início a semana, em vazamento sem precedentes, o direito ao aborto, que é preceito constitucional há 49 anos, será restringido ou anulado, deixando para os Legislativos dos 50 Estados a decisão sobre a interrupção artificial da gestação.

O projeto de lei adotado no Mississippi proíbe o aborto depois de 15 semanas. O autor da controvertida decisão, o juiz Samuel Alito, foi elevado ao Supremo pelo presidente republicano George W. Bush. Uma decisão ainda mais drástica, aprovada pelo tribunal supremo do Texas, limita o aborto à sexta semana, quando muitas mulheres nem sequer sabem que estão grávidas.

O objetivo dos proponentes de ambas as iniciativas é restringir fortemente ou invalidar decisão tomada há meio século por sete juízes da Suprema Corte (cinco dos quais nomeados por presidentes republicanos) que legalizou o aborto com base no direito à privacidade ? um direito que, a exemplo de outros, não consta no texto original da Constituição.

Nos Estados Unidos e em outras democracias, o direito à privacidade foi construído ao longo do tempo por jurisprudências adotadas para proteger o indivíduo contra a intromissão indevida do Estado em sua vida privada. O privilégio dá às mulheres a opção de escolher se querem ou não levar a gravidez a termo.

A complexidade do debate público começa com os termos usados para descrever os dois campos em contenda. De um lado estão os que se autointitulam "pro-choice", ou seja, "pela escolha", e defendem a soberania da mulher sobre seu corpo; do outro, alinham-se os que se autodefinem "pro-life", ou "pela vida". Estes buscam o banimento do aborto e julgam ter o monopólio das razões éticas, morais ou religiosas que invocam para justificar sua posição.

As pesquisas de opinião, estáveis há anos, mostram apoio de 62% dos cidadãos e de proporções maiores de mulheres ao aborto legal. Mas os números variam quando as restrições propostas são nuançadas.

O presidente Joe Biden, o segundo católico a governar o país, vai à missa as domingos, mas é pro-choice. Donald Trump, um narcisista pragmático acusado de atos de violência sexual por várias mulheres e que nunca orientou suas ações por razões de ordem moral, reforçou o lado antiaborto nos seus quatro anos na Casa Branca nomeando três juristas conservadores para a Suprema Corte. A nova maioria do tribunal tornou inevitável a limitação ou proibição do aborto. A forma final da decisão terá fortes consequências políticas, a começar para o prestígio do próprio Supremo, que está em declínio.

Ela pode tanto motivar o eleitorado republicano e trumpista como gerar reação oposta e mobilizar o eleitorado jovem e feminino e poupar os democratas de uma provável derrota nas eleições legislativas de novembro próximo.

No Brasil, o debate sobre o assunto é ocioso. Proibido desde sempre no (supostamente) maior país católico do mundo, o aborto é permitido apenas quando a gravidez envolve risco de vida para a gestante, resulta de estupro ou envolve feto anencéfalo. Na realidade, porém, o aborto é vedado apenas às mulheres de baixa renda, que não têm acesso a clínicas privadas e às informações e respaldo social necessários para justificar a interrupção da gravidez pelas razões permitidas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018 morria mais de uma mulher por dia no País em consequência de abortos feitos sem as devidas condições de segurança sanitária.

Considerada a subnotificação, o número real é estimado em dezenas, talvez centenas de milhares.

A exemplo dos Estados Unidos, o assunto é fonte de hipocrisia.

Nas eleições de 2010, os candidatos presidenciais Dilma Rousseff e José Serra esforçaramse para não explicitar suas posições reais sobre o tema que eram idênticas: ambos viam o aborto como uma questão de saúde pública. Como era politicamente desaconselhável deixar isso claro, Dilma fez peregrinação à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, e a esposa do candidato tucano, Monica Serra, também foi ao Santuário, de onde saiu abraçada a uma imagem da santa, com a missão de levá-la de presente ao povo do Chile, seu país de origem.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito nas pesquisas para voltar ao Planalto, não parece saber o que fazer ou dizer sobre o aborto. Recentemente, ele se declarou publicamente a favor da legalização da prática. Mas, no mesmo dia ? na certa alertado por assessores de que sua posição ajudaria Bolsonaro e sua base evangélica ?, fez meia volta e esclareceu que "pessoalmente", é "contra o aborto".

Num país onde a representação feminina em cargos eletivos segue irrisória, onde as candidatas evitam falar em direitos reprodutivos e mesmo mulheres da elite são vítimas de violência obstétrica, é difícil de vislumbrar progresso neste tema.

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PORTAL ÚLTIMO SEGUNDO

Brasil precisa amadurecer discussão sobre o aborto, diz especialista

Decisão da Suprema Corte dos EUA que pode representar um retrocesso nos direitos reprodutivos das norte-americanas traz assunto à tona no país Fernando Frazão/Agência Brasil Protesto contra a criminalização do aborto

Na noite da última segunda-feira (2), a versão preliminar de um relatório do ministro da Suprema Corte dos Estados Unidos, Samuel Alito, acendeu o debate sobre o aborto no país. O documento ainda não é definitivo, mas indica que a Corte pode reverter uma decisão histórica, tomada em 1973, e permitir que os estados decidam, individualmente, sobre a prática.

Aqui no Brasil, o assunto segue sendo um tabu, e evitado ao máximo até mesmo em campanhas políticas - até mesmo Lula, que já governou o país por dois mandatos, precisou se explicar ao tocar no assunto, preocupando aliados e municiando adversários .

Para Taylisi de Souza Corrêa Leite, professora do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA e doutora em Direito Político e Econômico, é passada a hora do amadurecimento do debate sobre a questão que deveria ser vista como uma pauta de saúde pública.

"O Brasil precisa entender a descriminalização do aborto do ponto de vista legal, dentro de um espectro de direitos fundamentais das mulheres sobre o próprio corpo, e das políticas públicas de saúde. Nós não estamos defendendo a legalidade do aborto como um método contraceptivo, até porque a interrupção da gestação coloca a mulher em uma situação de intenso sofrimento. É invasivo, sofrido e arriscado", afirma.

"Se o aborto fosse descriminalizado, as mulheres não 'sairiam por aí' abortando, porque é drástico. O que se defende é a descriminalização. Quando você tira da esfera penal, obriga o estado a fazer uma regulamentação. Políticas e serviços públicos - inclusive preventivos, teriam que ser criados, como controle de natalidade, planejamento familiar, educação sexual, para que as pessoas não precisassem chegar a esse nível de intervenção e pudessem optar por outros métodos".

A lei brasileira permite que mulheres interrompam a gravidez em apenas três situações: estupro, em até as 20 semanas de gestação; quando há risco de vida para a mulher ou feto anencéfalo.

Quem aborta fora dessas condições, se denunciada, pode ser condenada de um a três anos de prisão. O médico pode ser condenado a até quatro anos. Alheios à lei, na prática, os procedimentos continuam acontecendo.

Segundo um levantamento do G1 com base no DataSUS, em 2020, quase 81 mil mulheres foram atendidas pelo SUS no primeiro semestre por complicações após um aborto mal-sucedido, número 79 vezes maior do que o de interrupções previstas em lei. Grande parte das mulheres submetidas ao procedimento, porém, não sobrevivem e sequer entram nessas estatísticas.

"Na prática, as mulheres tem escolhido, mas quem tem poder econômico faz isso de forma segura. Quem para quem não tem - as pobres, e também negras, por que há aí um atravessamento racial - o que acontece é um morticínio de mulheres. E isso se torna um imenso problema de saúde pública, porque quando há uma complicação na prática clandestina, é para o SUS que as mulheres vão, sobrecarregando esse sistema", alerta Taylisi.

"Se fosse feito de forma segura, com assistência médica, talvez tivéssemos menos problemas, menos mortes. Na prática, mulheres com poder aquisitivo abortam, as pobres, não, e a gente sustenta hipocritamente isso num atravessamento religioso dentro de um estado que deveria ser laico", prossegue.

"Precisamos amadurecer a discussão, trazer da superficialidade moralista e sermos mais consequentes na abordagem de fatos que são públicos, e deviam ser objeto de debates públicos, e não pessoais, moralistas e de convicções religiosas, que não podem se impor a outras pessoas."

Consequências nos Estados Unidos

Na prática, caso a decisão seja confirmada pela Suprema Corte dos EUA, o que pode acontecer no mês de junho, cada estado poderá decidir se o procedimento será legal ou não. A especialista em direito explica como isso se dá no país.

"Os EUA têm uma federação plena, todas as unidades federativas têm total autonomia, legislativa, judiciária e executiva. Aqui no Brasil não, temos matérias privativas da União que não podem ser objeto de política pública por parte dos outros entes da federação. Isso significa que, por norma, cada estado tem sua própria legislação e plena autonomia", diz.

"Há, no entanto, um direito que chamamos de 'costumeiro', construído mais em reiteradas decisões a partir de casos emblemáticos do que uma legislação positiva, nos moldes de um código penal ou código civil. É por isso que essas decisões emblemáticas criam jurisprudência e constituem o direito sobre a legislação positivada. Esses casos de 1973 [Roe v. Wade], de 1992 [quando se decidiu que o aborto era permitido até que a vida do bebê fosse viável fora do útero], eles homogenizam e vinculam toda jurisprudência dos EUA e interditam a autonomia dos estados".

O que é Roe v. Wade

Em 1973, a jovem Norma McCorvey, conhecida como Jane Roe, tentou interromper sua terceira gravidez em uma clínica clandestina do Texas. Desempregada, morando na rua e usuária de drogas, ela havia perdido a guarda dos dois primeiros filhos. O estado, porém, só permitia o aborto em caso de risco à vida ou violência sexual, mediante autorização judicial.

Roe encontrou duas advogadas que buscavam um caso do gênero para lutar contra a proibição. Depois de uma batalha nos tribunais, houve o entendimento favorável na Suprema Corte por 7 votos a 2.

E o que representaria uma mudança nesse entendimento?

Com uma economia consolidada no seguimento, a mudança atingiria não só as mulheres e seus direitos, mas também a economia do país, que já passa por uma crise.

"Se a Suprema Corte volta atrás na sua orientação, isso faz com que os EUA retrocedam a antes de 1973. Os estados mais reacionários no sul e no centro sul, aqueles que são currais eleitorais dos Republicanos, e tem mais representatividade nos parlamentos, provavelmente passariam essas legislações. Haveria um movimento de criminalização das práticas abortivas trazendo um retrocesso imenso", afirma.

"Esse caso de 1992 envolve a Planned Parenthood, uma grande empresa de clínicas. Eles são um império especializados em direitos pré-natais, direitos reprodutivos, ginecologia e obstetrícia, além de prática de interrupção. Você quebra um setor da economia e outros relacionados. Toda uma atividade econômica lícita, estabelecida desde os anos 1970, seria levada para a ilegalidade."

Entre no e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.

** Filha da periferia que nasceu para contar histórias. Denise Bonfim é jornalista e apaixonada por futebol. No iG, escreve sobre saúde, política e cotidiano.

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A REDAÇÃO

HDT abre Processo Seletivo para sete áreas em Goiânia

O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) abre seu quarto processo seletivo de 2022. As vagas são destinadas para os seguintes cargos:  Analista da Qualidade; Analista de Desenvolvimento; Analista de Gestão de Pessoas; Auxiliar de Gestão de Pessoas; Farmacêutico; Nutricionista e Técnico de Tecnologia da Informação (T.I).
 
Os salários variam de R$ 1.454,14 a R$ 4.190,80. Interessados devem se inscrever presencialmente entre os dias 09, 10 e 11 de maio de 2022, no setor de Gestão de Gente, na sede da unidade de saúde, localizada na Alameda do Contorno, nº 3556, Jardim Bela Vista, em Goiânia.
 
Para se inscrever é preciso apresentar ficha de inscrição preenchida, bem como todos os documentos exigidos como pré-requisitos para cada cargo (originais e cópias). Todas estas informações e o detalhamento do processo podem ser conferidos através do site: www.isgsaude.org.br, na aba 'trabalhe conosco'.

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Covid-19: Goiás registra 1,9 mil casos e uma morte em 24 horas

Goiás registra 1.996 novos casos da covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta terça-feira (3/5). Com as atualizações, o Estado chega a 1.331.956 casos e 26.481 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia. 

Também de acordo com a SES-GO, Goiás soma 767.715 casos suspeitos em investigação para saber se há relação com a covid-19, enquanto outros 320.906 casos já foram descartados.

Além dos 26.481 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,99%, há 321 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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JORNAL OPÇÃO

Médico do Araújo Jorge é indiciado por corrupção, ao cobrar para preencher apólice de seguro de vida

Por Marcos Aurélio Silva

Segundo o inquérito policial, o médico exerce a função de médico assistente do Grupo de Apoio ao Paciente Paliativo da unidade

Um médico do Hospital Araújo Jorge foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás, por corrupção passiva. Segundo denúncia de familiares de um paciente da unidade hospitalar, o profissional identificado como Antônio Gomes Teles, cobrava valores que variavam entre R$ 200 e R$ 400 para preencher apólices de seguro de vida. Para a vítima em questão, o médico chegou a entregar um comprovante de pagamento.

O indiciamento foi feito pela PC-GO nesta terça-feira, 3. Segundo o inquérito policial, o médico exerce a função de médico assistente do Grupo de Apoio ao Paciente Paliativo do Hospital Araújo Jorge, entidade privada e filantrópica, sem fins lucrativos, credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o atendimento de pacientes oncológicos em Goiás. De acordo com a Polícia Civil, na qualidade de funcionário público o médico teria cobrado, indevidamente, vantagem de familiares de pacientes falecidos, como condição para o preenchimento de formulários de apólices de seguro de vida.

Até o momento, apenas o filho de um paciente levou ao conhecimento da Polícia Civil as informações do fato. Ele pagou a cobrança, embora indignado, e depois deu conhecimento à autoridade, tendo inclusive gravado a entrega da “propina”.

Segundo o delegado Cleybio Januário, responsável pelas investigações, a cobrança e o próprio preenchimento desses formulários são expressamente proibidos por Resolução do Conselho Federal de Medicina. A Dercap ainda informa que pessoas que tenham sido vítimas desse tipo de cobrança devem procurar a delegacia para que o fato também seja devidamente apurado ou façam denúncia pelo Disque Combate à Corrupção, número 181, da Secretaria de Segurança Pública de Goiás.

Nota

Ao Jornal Opção, o hospital Araújo Jorge apontou que “o preenchimento de relatório de seguradora configura atividade pericial, motivo pelo qual a instituição orienta os integrantes do seu corpo clínico a não preencherem tal declaração”. Além disso, a entidade esclarece que não compactua com infrações à lei ou com desvios éticos, “o que inclui o preenchimento desses formulários, o que é expressamente proibidos por Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM)”. Em relação aos fatos apurados pela PC-GO, o hospital afirmou que irá se inteirar para tomada de posição.

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O HOJE

Especialista esclarece sobre a hipoacusia, definida como ‘diminuição da capacidade de se detectar os sons’

Precisa pedir para que repitam mais de uma vez o que lhe foi dito, por não ter compreendido a conversa? Assiste televisão em volume alto, causando reclamação de quem está ao redor? Já deixou de ouvir o som do telefone ou da campainha ou não sabe identificar a direção do som? O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, estima 10 milhões de brasileiros com alguma deficiência auditiva, aproximadamente 5% da população com dificuldades em ouvir ou já em grau avançado de surdez.

Caso tenha se identificado com essas situações ou conheça alguém que passe por isso, o Dr. Lucas Bevilacqua Alves da Costa, Otorrinolaringologista no São Cristóvão Saúde, Doutor pela FMUSP e membro do Fellowship em Otologia, esclarece sobre a hipoacusia, definida como “diminuição da capacidade de se detectar os sons” e seus possíveis tratamentos. 

“Nos adultos, a principal queixa se dá por meio de relatos de dificuldade para compreender o que familiares ou amigos estão dizendo. Já nas crianças, se manifesta principalmente com falta de atenção e atraso no desenvolvimento de fala e linguagem”, comenta o especialista.

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, esse é um problema que, até 2050, vai afetar 900 milhões de pessoas no mundo e pode surgir, gradualmente, ao longo da vida. Grande parte das causas está relacionada a fatores que podem ser evitados com o controle de condições já existentes e por métodos de prevenção.

“É importante evitar a exposição a fatores de risco, tais como ruído de alta intensidade, e da manipulação e/ou uso de produtos ototóxicos. Para pessoas que trabalham expostas à ruídos, é importante o uso de equipamento de proteção individual apropriado para atenuação da intensidade sonora. Também é importante orientar adolescentes e crianças sobre o uso dos fones de ouvido”, notifica Dr. Lucas Bevilacqua A. da Costa.

“No caso das crianças, quando o responsável notar atraso no desenvolvimento de fala e linguagem ou qualquer suspeita que o mesmo venha a ter”, complementa o médico. Assim, o diagnóstico é realizado por meio de exames que analisam as diferentes habilidades auditivas, sendo o mais comum a audiometria.

Dependendo dos resultados dos exames e das causas da surdez, o médico indicará o tratamento mais adequado. Alguns casos são resolvidos com a administração de antibióticos e anti-inflamatórios, sempre sob prescrição médica. Outros, como trauma acústico, requerem repouso. “Denominamos a surdez completa de um dos ouvidos (unilateral), de anacusia. Quando esta é nos dois ouvidos (bilateral) a denominação é que o indivíduo está cofótico”, esclarece. “No caso dos aparelhos auditivos, o mais conhecido deles é o chamado Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). Porém, sua indicação depende do grau da perda auditiva (leve, moderado, severo ou profundo) e do tipo da perda auditiva (neurossensorial, condutiva ou mista)”, finaliza Dr. Lucas Costa.

Desse modo, ao notar sinais que podem estar relacionados à perda auditiva, procure um médico otorrinolaringologista para melhor investigação. Afinal, a prevenção é sempre a melhor maneira de cuidar de sua saúde.

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TV ANHANGUERA

Médico do Araújo Jorge é indiciado por cobrar dinheiro para assinar documentos de paciente

https://globoplay.globo.com/v/10542188/

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Assessoria de Comunicação

Terça, 03 Maio 2022 19:03

CLIPPING AHPACEG 03/05/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

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Telespectador denuncia que cadeiras e macas estão abandonadas no Hugol

Moderna vai pedir aval da Anvisa para aplicar vacina da covid em bebês

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1,9 mil casos e uma morte em 24 horas

Goiás registra 1.996 novos casos da covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta terça-feira (3/5). Com as atualizações, o Estado chega a 1.331.956 casos e 26.481 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia. 

Também de acordo com a SES-GO, Goiás soma 767.715 casos suspeitos em investigação para saber se há relação com a covid-19, enquanto outros 320.906 casos já foram descartados.

Além dos 26.481 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,99%, há 321 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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POLÍCIA CIVIL

PCGO indicia médico do Araújo Jorge por corrupção ao cobrar dinheiro para preencher apólice de seguro de vida

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), indiciou nesta terça-feira (03/5) um médico funcionário do Hospital Araújo Jorge pela prática do crime de corrupção passiva. O crime perpetrado por ele era comum, sendo cobrado valores que variavam entre R$ 200 e R$ 400.

Conforme esclarecido por meio do respectivo inquérito policial, o indiciado exerce a função de médico assistente do Grupo de Apoio ao Paciente Paliativo do Hospital Araújo Jorge, entidade privada e filantrópica, sem fins lucrativos, credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o atendimento de pacientes oncológicos em Goiás, sendo que, na qualidade de funcionário público por equiparação, teria cobrado, indevidamente, vantagem indevida de familiares de pacientes falecidos, como condição para o preenchimento de formulários de apólices de seguro de vida. Até o momento, apenas o filho de um paciente levou ao conhecimento da Polícia Civil as informações do fato. Ele pagou a cobrança, embora indignado, e depois deu conhecimento à autoridade, tendo inclusive gravado a entrega da “propina”.

Segundo o delegado Cleybio Januário, responsável pelas investigações, a cobrança e o próprio preenchimento desses formulários são expressamente proibidos por Resolução do Conselho Federal de Medicina. A Dercap solicita às demais pessoas que tenham sido vítimas desse tipo de cobrança que procurem a delegacia para que o fato também seja devidamente apurado ou façam denúncia pelo Disque Combate à Corrupção, número 181, da Secretaria de Segurança Pública de Goiás.

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TV ANHANGUERA

Telespectador denuncia que cadeiras e macas estão abandonadas no Hugol

globoplay.globo.com/v/10540487/

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AGÊNCIA ESTADO

Moderna vai pedir aval da Anvisa para aplicar vacina da covid em bebês

O Brasil pode ter uma vacina contra a covid-19 para bebês a partir dos seis meses até o final de 2022. A farmacêutica Zodiac, representante da Moderna Inc. no Brasil, pretende submeter o imunizante desenvolvido pela empresa americana para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda neste semestre.

Ainda sem nenhum registro no Brasil, o objetivo é que a vacina da Moderna contra o coronavírus seja aplicada por aqui em toda a população acima dos seis meses de idade, incluindo crianças, adolescentes e adultos. Segundo a Zodiac, o dossiê para o pedido de registro definitivo está sendo elaborado e "engloba o uso da vacina para todas as idades em que os estudos mostram eficácia".

A empresa submeteu na última quinta-feira (28/4) dois pedidos emergenciais ao Food and Drug Administration (FDA, agência regulatória dos Estados Unidos) para que o imunizante seja administrado em bebês e crianças de seis meses a dois anos e em crianças de dois aos seis anos de idade.

A expectativa da Moderna é que o aval da FDA saia ainda em junho deste ano, quando um grupo da agência deve avaliar o pedido. Nos Estados Unidos, o imunizante já é aplicado na população com seis anos ou mais. Caso receba a autorização, essa seria a primeira vacina contra o coronavírus autorizada em crianças e bebês dessa idade em todo o mundo. No Brasil, o Instituto Butantan também tenta a autorização da Anvisa para aplicar a Coronavac em crianças de três a seis anos.

Dados promissores
O pedido da Moderna é baseado nos resultados positivos das fases 2 e 3 de um estudo feito com crianças dos seis meses aos seis anos, durante o qual a vacina demonstrou "uma resposta robusta de anticorpos neutralizantes" e "perfil de segurança favorável" nessa faixa etária. "Estamos orgulhosos de compartilhar que enviamos para autorização a nossa vacina contra covis-19 para crianças pequenas", disse Stéphane Bancel, presidente corporativo da Moderna. Segundo informações divulgadas pela empresa, as estimativas de eficácia são semelhantes às encontradas na população adulta contra variante Ômicron e após duas doses.

A Moderna também afirma que os critérios estatísticos para similaridade com os adultos satisfez o objetivo principal do estudo. Em abril, representantes da Anvisa, da Zodiac e da Moderna participaram de uma reunião técnica para tratar da regularização da vacina no País, que já conta com registro definitivo nos Estados Unidos, autorização emergencial da Organização Mundial da Saúde e é aplicada em outros 84 países.

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PORTAL G1

Pneumologista alerta para os perigos da asma

A asma é uma das doenças crônicas mais comuns, tanto em adultos quanto em crianças. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, estima que no Brasil existem aproximadamente 20 milhões de asmáticos. Para alertar a população sobre a doença, foi criado o Dia Mundial de Combate à Asma, celebrado na primeira terça-feira de maio.

Segundo a pneumologista Jyselda Duarte (CRM 1594), cooperada Unimed Teresina: "a asma é uma doença crônica inflamatória que se caracteriza pelo estreitamento dos brônquios, que são as vias aéreas por onde o ar passa até os pulmões. Essas vias inflamam e produzem um muco extra, que torna difícil a respiração. Caso não seja tratada corretamente, pode levar a morte", detalha a médica.

As causas da doença são uma junção de fatores genéticos e ambientais. "Os gatilhos, como costumamos chamar as causas, principalmente da asma alérgica, geralmente são os alérgenos inalatórios como poeira domiciliar; resfriado; fumaça; odor forte; mudança brusca de temperatura; pólen, mofo, ácaros e outros".

A doença possui vários tipos, a mais comum é alérgica. Porém ainda existe a asma não alérgica; asma de início tardio, principalmente em mulheres adultas; asma com obesidade; asma com obstrução fixa, devido a inflamação persistente das vias respiratórias e outros tipos.

"Os sintomas da doença geralmente aparecem e desaparecem, além de piorar em determinados períodos do ano de mudança brusca de temperatura. São: falta de ar, tosse, aperto no peito e chiados. Ainda há uma associação muito grande com a rinite, muitos pacientes com asma têm sintomas de rinite como espirros, coriza e alguns com dermatite atópica na pele", explica a pneumologista.

Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com o uso de medicação e algumas medidas. "Existe a medicação de resgate, para o momento de crise, e a medicação controladora de uso contínuo, mesmo sem sintomas. Porém a indicação é feita somente após avaliação com um pneumologista".

Além disso, a médica recomenda medidas de controle de ambiente. "O asmático não deve fumar e nem conviver com quem fuma. Outro controle é evitar contato com poeira como tapetes, cortinas, bichos de pelúcia, colchões e tudo que possa desencadear as crises. Outra recomendação é a prática regular de atividade física e uso correto da medicação, com essas medidas o paciente pode ter uma vida normal", pontua.

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BLOG DO CORRETOR

Qualicorp lança Qualiclass, programa que alia serviço de concierge à promoção da saúde

Programa oferecerá atendimento personalizado, resolutivo, ágil e serviços focados na gestão da saúde e no cuidado integral do Cliente. Iniciativa conta com profissionais qualificados que serão responsáveis por cuidar de toda amplitude do processo assistencial dos beneficiados

SÃO PAULO - A Qualicorp, a mais completa plataforma de planos de saúde do Brasil, anuncia seu serviço de concierge e de atenção à saúde: o Qualiclass. O novo programa tem como objetivo oferecer serviços focados no cuidado integral dos Clientes participantes, aliado a um atendimento personalizado, próximo, ágil e, sobretudo, humanizado.

"O Cliente está no centro do nosso negócio. O compromisso da Quali é oferecer sempre o melhor atendimento a seus beneficiários e garantir que tenham acesso à saúde de qualidade" afirma Bruno Blatt, CEO da Qualicorp. "Os Clientes que integram o Qualiclass terão atendimento especializado e resolutivo, visando garantir sua total satisfação."

O Qualiclass oferecerá diversos serviços exclusivos aos Clientes participantes, sem custo adicional, entre eles o Qualiviva, responsável pela coordenação da atenção primária, composto por uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e psicólogos das nossas operadoras parceiras.

O Qualiclass conta também com o suporte de uma equipe dedicada aos casos de alta complexidade. A médica Ludhmila Hajjar, especialista em cardiologia, terapia intensiva, clínica médica e medicina de emergência, foi escolhida pela Quali para compor o time do Qualiclass.

"O Qualiclass é um programa desenvolvido para promover saúde, de maneira personalizada, visando reduzir doenças e melhorar a qualidade de vida das pessoas", diz a médica Ludhmila Hajjar, que supervisionará os casos de alta complexidade do programa, que contará com outros profissionais, como o do neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, Marcos Stevale.

"Devemos lembrar que 50% das doenças crônicas como as doenças cardiovasculares e o câncer podem ser prevenidos com o controle dos fatores de risco. E estas doenças, que hoje são as principais causas de morte no Brasil se diagnosticadas precocemente, podem ter sua história modificada, com maior chance de cura e melhora da qualidade de vida", diz Ludhmila.

Entre as vantagens do programa, estão um atendimento exclusivo e serviços personalizados, como o apoio ao agendamento de consultas e exames, o suporte em internações, o apoio a autorizações prévias de cirurgias e outros procedimentos, entre outros tantos benefícios.

"Estamos sempre aprimorando nosso atendimento e é com muita satisfação que o Qualiclass vem somar, com um time de alta performance, ainda mais cuidado ao cliente", afirma Pablo Meneses, vice-presidente de operações e relacionamento da Qualicorp. "A iniciativa de aproximarmos o Qualiclass ao nosso programa Qualiviva é também uma forma de reforçarmos o nosso compromisso social, consagrado nos nossos princípios de ESG."

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PORTAL TERRA

Planos de saúde preveem reajuste maior do que 15% após relatarem gasto médico recorde

Dados de despesas das operadoras indicam corrida por consultas e exames em 2021, após meses de procedimentos represados por causa da quarentena imposta pela pandemia

Na expectativa da divulgação do índice de reajuste dos planos de saúde individuais e familiares pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), operadoras preveem reajuste acima de 15% após relatarem gasto médico-hospitalar recorde. Ao aplicar a mesma fórmula de cálculo utilizada pela ANS, entidades representativas das empresas chegaram a valores semelhantes.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) estima que a agência autorize um reajuste de 15,7%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) chegou ao índice de 15,8%. Um dos principais motivos para a previsão é o aumento dos custos médico-hospitalares, reportado pelas operadoras. No total, o Brasil tem aproximadamente 49 milhões de beneficiários de planos de saúde.

Segundo o mais recente estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), obtido com exclusividade pelo Estadão, a variação de custos médico-hospitalares (VCMH) das operadoras foi de 27,7% nos 12 meses encerrados em setembro de 2021. Trata-se de um recorde na série histórica iniciada em 2007. Antes disso, a maior alta (20,4%) havia ocorrido entre 2015 e 2016, quando o Brasil mergulhou em uma crise econômica.

No início da pandemia da covid-19 e do isolamento social, as pessoas deixaram de ir a médicos e hospitais e adiaram exames mais caros e cirurgias eletivas (não urgentes). Com isso, as despesas dos planos de saúde despencaram. Em setembro de 2020, a VCMH apurada pelo IESS foi negativa pela primeira vez (-3,6%).

"Muita gente adiou coisas que não deveriam ter sido postergadas, como o diagnóstico e o tratamento do câncer. Com a progressão da doença, os custos aumentaram", afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS. As despesas das operadoras voltaram a crescer em março de 2021. Com o avanço da vacinação e o aumento da sensação de segurança, as pessoas deixaram de evitar consultórios médicos e hospitais. "A variação das despesas foi rápida e intensa, principalmente entre junho e setembro de 2021", diz ele.

Na composição dos custos com assistência à saúde, as internações tiveram o maior peso (63%). Em seguida, vieram as terapias (13%), os exames (11%), outros serviços ambulatoriais (7%) e as consultas (6%). Em todos os itens, houve aumento nas despesas per capita entre setembro de 2020 e setembro de 2021. Ele foi mais acentuado na categoria outros serviços ambulatoriais, que registrou crescimento de 38% nas despesas. "Uma das hipóteses de aumento nesse item foi a grande procura por serviços como fisioterapia, fonoaudiologia, psicoterapia por pessoas que tiveram covid longa", diz Cechin .

Como funciona o cálculo da ANS

No estudo do IESS, foram analisadas apenas as despesas de uma amostra de 688,9 mil beneficiários, a maior parte (36,9%) com idade de 59 anos ou mais. Para definir o reajuste das mensalidades, a ANS considera também outros fatores.

O cálculo combina o índice de valor das despesas assistenciais (IVDA) com a inflação pelo índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), retirando desse último o subitem plano de saúde. Na fórmula, o IVDA tem peso de 80% e o IPCA, de 20%.

Em nota, a ANS informou que o percentual máximo de reajuste a ser autorizado para os planos individuais ou familiares está sendo calculado e será divulgado após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia. Segundo a agência, não há data definida para a divulgação. Em anos anteriores, a definição ocorreu em maio. No ano passado, o índice só foi anunciado em julho.

"Esperamos que a ANS siga a fórmula que ela mesma inventou. Haverá reclamações porque as rendas das pessoas não têm crescido de acordo com a inflação, mas o reajuste dos planos de saúde será alto porque as despesas assistenciais das operadoras cresceram", afirma Cechin.

Segundo Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e blogueiro do Estadão, um aumento elevado dos planos individuais seria totalmente incompatível com a crise econômica e sanitária atual. "É um absurdo, ainda mais depois de um período em que as operadoras lucraram muito, com aumento de clientes, e baixa utilização durante a pandemia", afirma Scheffer.

"A ANS permite reajustes baseados em dados superestimados pelas operadoras, sem justificativa técnica transparente. Há inconsistências na forma como as operadoras justificam o reajuste e a agência é conivente com isso", diz. "Ela (a agência) aceita o que vai ser o maior aumento das mensalidades dos planos individuais em mais de 20 anos. Além disso, continua não controlando nem fiscalizando os reajustes dos planos coletivos", acrescenta o professor da USP.

ANS tinha outra fórmula de cálculo antes de 2019

Em um contexto de inflação alta e encarecimento geral de produtos e serviços, os consumidores temem não conseguir arcar com mais gastos com o plano de saúde. "A possibilidade de um reajuste alto tem preocupado os consumidores porque chega neste momento muito ruim, com alta do gás, da energia e do supermercado", afirma Ana Carolina Navarette, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

"É preciso lembrar que as estimativas das empresas do setor costumam superar o reajuste autorizado pela ANS", diz ela. "No ano passado, os cálculos das operadoras ficaram em torno de 2% e o índice da agência foi negativo (-8,19%)".

Segundo Ana Carolina, a atual fórmula de cálculo é mais favorável aos clientes do que a adotada pela agência antes de 2019. "Ela é mais transparente, adota dados auditáveis e tem produzido reajustes mais baixos, historicamente", afirma ela. "O primeiro reajuste com a nova metodologia foi de 7,35%. Os aumentos autorizados nos anos anteriores foram de 10% (2018) e 13,55% (2017)", salienta.

Checar possibilidades de migração é alternativa para clientes

Caso a ANS defina um percentual elevado e o cliente não consiga mais arcar com essa despesa, Ana Carolina recomenda que o consumidor tente trocar de plano dentro da mesma operadora. Dessa forma, é possível levar com ele as carências que já foram cumpridas.

A operadora é obrigada a fornecer uma lista de planos para os quais é possível fazer a migração. Outra possibilidade é tentar trocar de plano e de operadora fazendo portabilidade. Para isso, o beneficiário deve acessar o guia da ANS no site da agência.

Ao informar os dados do plano de saúde, o serviço fornece uma lista de outros para os quais é possível mudar. Só é permitido fazer portabilidade se o cliente estiver há pelo menos dois anos no plano de origem e em dia com o pagamento das mensalidades. O plano para o qual a pessoa pretende migrar precisa ser do mesmo valor ou mais barato.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 02 Maio 2022 20:04

CLIPPING AHPACEG 30/04/A 02/05/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hospitais e planos de saúde retêm valores devidos a fornecedores

Educação é alicerce do cooperativismo - Helton Freitas é presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed

Planos de Saúde: Aumento em plano de saúde chega a 80%

Clientes comemoram suspensão de repasse de planos da Amil

Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC

Com surto de dengue, Brasil já chega ao mesmo patamar de casos de 2021

Estudante do ensino médio relaciona câncer a profissões e conquista prêmio internacional

Estudo do Inca revela que atividade física atua no controle do câncer

Goiânia: Fim da obrigatoriedade da máscara completa 1 mês com recuo da covid

Dengue decola em Goiás – cientistas inovam contra a doença

Covid-19: Goiás recebe prêmio por uso de evidências científicas no enfrentamento à pandemia

AGORA ONLINE

Hospitais e planos de saúde retêm valores devidos a fornecedores

Uma sondagem realizada pela Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) com empresas associadas alerta para distorções no setor que comprometem o fluxo de caixa das empresas, provoca o fechamento de algumas e pode resultar até em desabastecimento de produtos. O principal problema apontado pelo levantamento é a retenção de faturamento praticada por hospitais e planos de saúde. Ou seja, as distribuidoras entregam os produtos mas não recebem o pagamento no prazo acordado.

"Infelizmente essa situação virou uma prática de mercado, mas é ilegal. Hospitais e operadoras de planos de saúde não pagam as distribuidoras no vencimento acordado e essas, por sua vez, sofrem com a falta de dinheiro em caixa. Esse abuso de poder econômico prejudica muito os distribuidores e as consequências vão desde o fechamento de empresas e a falta de produtos no mercado, até o encarecimento da operação toda, afetando diretamente o consumidor final", explica o advogado Gustavo Afonso Martins, do Wilhelm & Niels Advogados Associados.

Por precisarem vender e pelo temor de serem descredenciadas, as distribuidoras brasileiras vêm amargando essa situação, muitas vezes até sem recorrer à justiça. "Boa parte dos produtos comercializados são importados. Próteses, instrumentais cirúrgicos, parafusos e tecnologias de ponta são adquiridas pelas distribuidoras em dólar, por meio de operações que exigem compra mínima e pagamento de impostos. São diversos custos e riscos embutidos em uma operação de compra e venda", afirma Martins.

Segundo o levantamento, os atrasos comprometem grande parte do faturamento/mês das empresas fornecedoras. Para 40% os pagamentos superam os 121 dias. "A exploração no segmento de saúde tem revelado comportamentos oportunistas, e com abuso de poder econômico, por parte daqueles que realizam retenções indevidas de valores faturados pelas empresas distribuidoras de produtos para saúde, além do potencial prejuízo aos consumidores", alerta o advogado.

Com 12 anos de atuação no mercado de OPME (Órteses, Próteses, e Materiais Especiais), um empresário paranaense, que prefere não se identificar, disse que essa prática adotada por hospitais e planos de saúde prejudica muito as distribuidoras. "Toda empresa aplica sua margem de lucro baseada no custo e pensando na liquidez em um prazo saudável, mas as operadoras e os hospitais retêm esses valores. Essa é uma prática nacional e que envolve instituições de saúde privadas e públicas de todo o país."

Na opinião do empresário, o que predomina é a lei do mais forte. "Eles querem comprar pelo preço mais barato e ainda pagar com muito atraso. Já registramos casos de pagamento em 180 dias, quando não deveriam passar de 90. Temos um cliente, que é um hospital que atende pelo SUS, que não paga há dois anos, mas não podemos parar de fornecer. Essas vendas com atraso no pagamento representam até 80% do nosso faturamento", lamenta.

O advogado Gustavo Afonso Martins conta que na maioria das execuções de cobrança o devedor chama para o acordo e procura liquidar a dívida. "O problema é que as distribuidoras evitam fazer isso por medo de represália. Por isso essa denúncia da ABRAIDI é tão importante. Ela é fruto de anos de reclamação do setor e, com certeza, um importante passo para que essa situação seja resolvida."

A falência de muitas distribuidoras, em consequência desse atraso nos pagamentos, resulta na falta de competitividade no mercado. "As grandes distribuidoras conseguem absorver o prejuízo e se manter no mercado, enquanto as pequenas dificilmente sobreviverão. Isso afeta o mercado, que é tutelado pela Lei 12.529/11, que defende a livre concorrência. Se a concorrência diminui, quem sofre é o consumidor, que acaba pagando mais caro por esses produtos."

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REVISTA MUNDO COOP

Educação é alicerce do cooperativismo - Helton Freitas é presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed

A primeira cooperativa do mundo, a Sociedade dos Pioneiros de Rochdale, Reino Unido, fundada em 1844, já ressaltava a importância da educação contínua. Dentre os princípios do cooperativismo está o que congrega educação, formação e informação. Para que uma sociedade seja justa, equilibrada e desenvolvida é fundamental priorizar o pilar da educação, celebrada mundialmente no dia 28 de abril. Em 2020 - número mais recente divulgado pela Organização das Cooperativas Brasileiras, OCB -, o segmento de Educação representava 21% do ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços. Além de atuar diretamente no ensino, neste ramo, as cooperativas em geral também investem na educação de suas equipes e da sociedade, para cumprir seus preceitos de transparência, valorização do trabalho, livre adesão, decisões compartilhadas e interesse na comunidade.

De acordo com o balanço social consolidado pela Unimed do Brasil, em 2020 o Sistema Unimed destinou mais de R$ 49,5 milhões em programas de educação, capacitação profissional e desenvolvimento pessoal para colaboradores, médicos cooperados e comunidades, o que ressalta o seu compromisso com o tema. E foi essa premissa que levou, em 1995, à criação da Fundação Unimed, o seu braço educacional que, mais tarde, deu origem a uma faculdade. Já são mais 150 mil profissionais formados em todo território nacional, nas áreas de gestão, saúde e cooperativismo, entre turmas de pós-graduação, curta-duração e aperfeiçoamento, incluindo inúmeros opções gratuitas disponíveis para toda a população.

Há diversos exemplos do poder da educação para mudar a vida, a história e a trajetória. No ano passado, a Seguros Unimed foi escolhida o lugar mais incrível para trabalhar dentre todas as empresas de médio porte no Brasil. Recebemos, além disso, um destaque que nos deixou particularmente felizes: a mais incrível em educação corporativa, dentre todas as empresas avaliadas neste prêmio - parceria da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) com o UOL. Pensamos na educação de forma sistêmica, não somente para o nosso público interno, mas também apoiando entidades sociais na formação e na capacitação de jovens aprendizes.

Reafirmamos, assim, compromisso individual e coletivo, como maior sistema cooperativo de trabalho médico do mundo, com uma educação inclusiva, igualitária, transformadora e criativa, fundamental para que os indicadores sociais, econômicos e tecnológicos brasileiros deem um salto de qualidade nas próximas décadas.

Parabéns a todos os profissionais que se dedicam à educação e vamos, juntos, cobrar que este tema esteja na pauta dos candidatos às eleições deste ano. Contem sempre com o cooperativismo para que este fomento seja ainda maior.

*Por Helton Freitas, médico sanitarista, presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed, e diretor-geral da Faculdade Unimed

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FOLHA DE S.PAULO

Planos de Saúde: Aumento em plano de saúde chega a 80%

Central Nacional Unimed afirma que reajuste é legal e tem critérios

O fantasma do reajuste dos planos de saúde dá sinais de que pode trazer uma onda mais pesada neste ano.

Entre os primeiros aumentos, que costumam começar em maio, há casos que alcançam 80% em contratos com a Central Nacional Unimed.

Procurada pelo Painel S.A., a Central Unimed afirma, em nota, que o reajuste das operadoras de plano de saúde é um dispositivo legal, tem critérios claros e é previamente acordado entre as partes.

"Planos da modalidade adesão são negociados por meio de administradoras de benefícios, detentoras dos contratos, neste caso a Qualicorp, também responsável pela comunicação aos seus estipulantes", diz a Central Nacional Unimed.

Segundo a Qualicorp, o reajuste da carteira de clientes da Central Nacional Unimed em questão foi pontual, representa aproximadamente 0,5% do total de clientes da Qualicorp e abrange uma fração pequena de usuários de um contrato que não é mais comercializado.

"A média de reajustes das carteiras da CNU neste ano variou entre 6% e 12%", diz a Qualicorp.

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Clientes comemoram suspensão de repasse de planos da Amil

Daniele Madureira

Cliente da Amil, a microempresária paulista Maria de Fátima da Silva, 50, está aliviada com a decisão da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), divulgada na sexta (29), de proibir que a empresa venda sua carteira de planos individuais e familiares para a APS.

A venda da carteira para a APS (do próprio grupo UnitedHealth, dono da Amil) fora realizada em dezembro e, na sequência, um fundo de investimentos recém-criado, o Fiord Capital, se tornou dono da APS no negócio, que envolve 330 mil planos nos estados de São Paulo, Rio e Paraná. Pouco antes do anúncio, os clientes já vinham observando mudanças, para pior, na rede credenciada, o que motivou até o aumento das reclamações na ANS.

"Achei excelente, espero que a Amil volte a ser como antes" diz Maria de Fátima, que se incomodou com mudança da rede de laboratórios credenciados.

"A Amil tirou o Lavoisier e, no lugar dele, colocou um laboratório pequeno, o Carezzato, que só faz os exames às segundas."

O administrador de empresas Benjamin Wainberg, 68, se diz aliviado, mas receoso. Para ele, a determinação da ANS resolve temporariamente o casa "É como morfina no momento da dor, você tem um alívio, mas ainda não está curado" diz ele, que deve passar em breve por uma cirurgia e vai dar início a uma série de exames pré-operatórios.

Em comunicado na sexta, a ANS declarou a nulidade do contrato de compra e venda de quotas celebrado entre a Amil e a Fiord Capital, a Seferin & Coelho e Henning Von Koss. O acordo previa aporte de R$ 2,34 bilhões da Amil na APS - ambas pertencem à americana UnitedHealth. Ou seja, por se tratar de uma carteira deficitária, que não dá lucro, a Amil iria pagar para passar o negócio à frente.

Em janeiro, havia sido anunciada mudança no controle da APS, repassada para três sócios: Fiord Capital, gestora de investimentos criada em novembro pelo empresário Nikola Lukic; Seferin & Coelho, empresa gaúcha com negócios em telemedicina, casa de repouso e dona da rede de hospitais Life Plus; e Henningvon Koss, ex-executivo de empresas do setor, como a própria Amil e a Hapvida.

Em fevereiro, a ANS bar rou essa operação, pela "ausência de informações sobre a suposta aquisição do controle societário da APS por uma empresa de reestruturação financeira".

No início de abril, A ANS determinou a suspensão da venda da carteira de clientes individuais e familiares, por constatar que "os compradores das quotas da APS não têm capacidade financeira suficiente para garantir o equilíbrio econômico financeiro da APS".

Amil e APS tiveram dez dias para se manifestar. A ANS, então, na reunião da diretoria colegiada na sexta, decidiu anular em definitivo a autorização para a transferência de carteira.

Em nota, a Amil disse que vai acatara decisão da agência. "A prioridade da Amil segue sendo garantir que seus beneficiários tenham pleno acesso aos cuidados de saúde que necessitam."

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PROCON GOIÁS

Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC

Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC

Goiânia, 2 de maio de 2022 ? O Procon Goiás multou os planos de saúde Hapvida e Unimed Goiânia no valor de R$ 4,56 milhões cada por irregularidades relacionadas ao cumprimento das regras do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). As notificações foram expedidas na última sexta-feira (29/4).

Além das normas impostas pelo Código de Defesa do Consumidor, as empresas descumpriram os ditames impostos pelo Decreto Federal nº 6.523/2008, que regulamenta o SAC no Brasil.

Os fiscais do órgão realizaram um monitoramento telefônico e pelo site das duas empresas, e, em relação à Hapvida, flagraram as seguintes irregularidades: a ausência, no primeiro menu eletrônico, de opção de contato direto com atendente, a falta de informação, no início da ligação, sobre o protocolo daquele atendimento e que só foi ofertada a opção de contato direto com o atendente após o terceiro menu.

Tais comprovações confirmam as inúmeras denúncias e reclamações feitas pelos usuários da assistência médica sobre a dificuldade em se obter informações junto à empresa.

Quanto à Unimed, constatou-se que o SAC não garantiu ao consumidor, no primeiro menu eletrônico, as opções de contato com o atendente e que o SAC não garantiu o direito de o consumidor não ter a sua ligação finalizada antes da conclusão do atendimento.

Também verificou-se que o atendimento pelo SAC condicionou o acesso inicial pelo atendente ao prévio fornecimento de dados pelo consumidor e, além disso, não foi informado o número de protocolo para acompanhamento da demanda.

O superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael, afirma que o órgão agirá com rigor para garantir a efetividade dos direitos dos consumidores. "A saúde é um serviço essencial e, por isso, vamos tratar essa questão com o devido rigor que ela merece. Esses planos de saúde cobram valores consideráveis de seus segurados e devem prestar um atendimento de qualidade e que cumpra todas as normas previstas na legislação. Não é favor. É direito do consumidor, que deve ser respeitado", afirma.

O dinheiro advindo a partir da aplicação das multas será recolhido ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, gerido pela SSP com o objetivo de destinar recursos para a formulação de políticas públicas em prol do consumidor, como campanhas educativas por exemplo.

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METRÓPOLES

Com surto de dengue, Brasil já chega ao mesmo patamar de casos de 2021

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (2/5) que o registrou, de janeiro a abril deste ano, 542 mil casos de dengue.

As notificações revelam que o país enfrenta um surto de casos da doença, que já superam os registros de todo o ano de 221, quando foram notificados 544 mil casos.

Os números representam uma alta de 113% nos casos da doença cujo vetor é o mosquito Aedes Aegypti, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, até o momento foram confirmados 16 mortes por dengue em todo o país. Os estados que apresentaram o maior número de óbitos são: São Paulo (56), Santa Catarina (19), Goiás (19) e Bahia (16).

A pasta informou que investiga ainda outros 228 óbitos prováveis pela doença.

A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no , a doença pode levar o paciente a morte

O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 1 dias

A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

Centro-Oeste tem maior taxa de incidênciaSegundo dados do governo federal, até 16 de abril a Região Centro-Oeste teve a maior incidência de dengue, com 92,4 casos a cada 1 mil habitantes.

O estado de Goiás é o que lidera o ranking de incidência do país, com 1.366 casos a cada 1 mil habitantes. A incidência nacional é de 254 casos a cada 1 mil habitantes.

Os municípios que mais registram casos de dengue foram Goiânia (31.189), Brasília (29.928) e Palmas (9.8).

As cidades de São José do Rio Preto e de Votuporanga, em São Paulo, aparecem na sequência com 7 mil e 6 mil casos, respectivamente.

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PORTAL R7

Estudante do ensino médio relaciona câncer a profissões e conquista prêmio internacional

Maria Eduarda Palomba Arquivo Pessoal

A estudante do terceiro ano do ensino médio, Maria Eduarda Palomba, conquistou a medalha de ouro na feira I Giovani e le Scienze com uma pesquisa que relaciona a LMC (Leucemia Mieloide Crônica) e as profissões. A pesquisa começou a ser desenvolvida durante as aulas eletivas do Cientista Aprendiz.

Após uma visita à Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) em 2018, Maria Eduarda, a Duda, se emocionou muito com uma pesquisa sobre câncer e decidiu que esse seria seu objeto de estudo. A LMC é um tipo de leucemia que afeta principalmente adultos e os homens.

"Eu queria entender se as profissões estão relacionadas à doença", explica a aluna do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. Para desenvolver a pesquisa, Duda contou com a orientação e apoio da professora Bianca Rocha, orientadora do programa de pré-iniciação científica do Dante, Cientista Aprendiz, professora de gestão pessoal e interpessoal e professora do biologia.

"Entrei em contato com o professor Israel Bendit, que é um grande especialista no assunto, e pudemos estabelecer uma parceria com Laboratório de Hematologia da USP (Universidade de São Paulo) para que a Duda pudesse desenvolver sua pesquisa sozinha", explica Bianca.

Para a pesquisa, foram analisados 153 prontuários de pacientes já diagnosticados com LMC, no entanto, por uma questão ética, a estudante só teve acesso ao sexo e profissão dos pacientes. Já para fazer a análise, Duda cruzou os dados usando duas classificações - a Classificação Brasileira de Ocupações e da Associação de Medicina do Trabalho.

"A pesquisa começou em 2019 e em 2020 acredito que a pandemia me ajudou, tive mais tempo para focar na pesquisa", diz. Como resultado, Maria Eduarda concluiu que as profissões na área industrial podem ser indicadas como atividades de risco para a doença. Outro ponto, foi o contato com produtos químicos, em especial com benzeno, presente em 48% das profissões analisadas. "O próximo passo é aprofundar a pesquisa, expandir o número de pessoas estudadas e buscar mais informações sobre o histórico das profissões", afirma a estudante.

O prêmio foi a cereja no bolo da pesquisa que extrapolou os muros da escola. "Receber esse prêmio foi o reconhecimento mais do que merecido, destaca a relevância da pesquisa e o trabalho de todos", conclui Bianca.

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PORTAL UOL

Estudo do Inca revela que atividade física atua no controle do câncer

Mudança no estilo de vida é fator preventivo para maioria dos tipos de câncer Lauro Alves / Agencia RBS

Os gastos federais somente com três tipos de câncer entre os de maior incidência no Brasil (mama, intestino grosso e endométrio) poderiam ser reduzidos em até R$ 20 milhões com o tratamento do câncer, em 2040, a partir da ampliação da prática da atividade física na população. O dado consta de estudo divulgado na sexta-feira (29) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), durante o seminário Atividade física no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUS, dentro ainda das comemorações pelo Dia Mundial da Atividade Física, transcorrido no último dia 6.

De acordo com o Inca, para que haja essa economia nos gastos com tratamento de câncer, um terço dos brasileiros deveria realizar, pelo menos, 150 minutos de exercícios físicos por semana, até 2030, em atividades moderadas.

Caso não ocorram políticas públicas e ações que estimulem a atividade física no lazer, o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com esses três tipos de câncer, que somaram R$ 1,4 bilhão, em 2018, podem alcançar R$ 2,5 bilhões, em 2030, e R$ 3,4 bilhões, em 2040. As despesas levam em consideração procedimentos hospitalares e ambulatoriais realizados no SUS em pacientes oncológicos na faixa de 30 anos ou mais de idade. Os cânceres de mama, intestino grosso e endométrio têm como fatores de risco a inatividade física e hábitos sedentários, como assistir televisão e usar celular ou computador em excesso.

Mortes por covid-19 caem quase 70% entre março e abril no RSBombinha, chiado, insônia: confira perguntas e respostas sobre a asma, doença que atinge 20 milhões de brasileirosCom grande número de casos suspeitos, Porto Alegre restringe testes para dengue Insuficiência

O pesquisador Fabio Carvalho, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, disse à Agência Brasil que, em 2019, a prevalência da atividade física insuficiente no lazer diminuiu de 92% para 70% em homens e de 94% para 77% em mulheres. Apesar da redução, os valores da falta de atividade física entre os brasileiros ainda são elevados. ?A prática é insuficiente?, observou:

? O cenário que fica mais favorável na perspectiva de economia de recursos seria reduzir em 10% a prevalência. Dá para dizer que é uma meta factível, porque isso seria em dez anos.

A economia resultante desse aumento da atividade física entre a população poderia ser reaproveitada tanto na questão hospitalar e ambulatorial, como em programas de atividade física.

“Aí, é bom para todo mundo”, assegurou Carvalho.

O pesquisador sinalizou que essas ações valem para a prevenção de novos casos de câncer e também para quem está em tratamento ou já teve a doença.

O estudo apresentado pelo Inca ressaltou que, se a tendência de aumento de casos de câncer se mantiver, e a ausência da prática de atividades físicas entre os brasileiros persistir, a expectativa de gastos do governo federal com tratamentos oncológicos será de cerca de R$ 7,8 bilhões, em 2040, contra quase R$ 3,5 bilhões, em 2018. A projeção é que o número de casos novos de câncer diagnosticados no Brasil, exceto não melanoma, sofra aumento de 66%, em 2040, em relação aos 450 mil casos registrados em 2019, com ampliação de 81% no número de óbitos, em comparação às 232 mil mortes por câncer observadas em 2021.

Prevenção

A pesquisadora Thainá Alves Malhão, também da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, analisou, entretanto, que é possível traçar um cenário diferente, porque entre 80% e 90% dos casos de câncer são potencialmente preveníveis, com mudança de estilo de vida. A prevenção primária é aliada no controle da doença, assegura o Inca.

“O câncer é possível prevenir por meio da atividade física e da alimentação saudável”, reforçou Fabio Carvalho.

Durante o evento, foi apresentado o guia Atividade física e câncer: recomendações para prevenção e controle, elaborado por meio de parceria institucional entre o Inca, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) e a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (Sbafs). Destinado a gestores do SUS, o guia pode ser consultado, por qualquer pessoa interessada que poderá entender que a atividade física é muito importante para a prevenção do câncer, completou Fabio Carvalho.

A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, destacou que o papel do instituto, vinculado ao Ministério da Saúde, é informar à população que o câncer, em boa parte dos casos, pode ser evitado. Segundo Ana Cristina, o evento de hoje teve por objetivo estimular bons hábitos diários e mostrar os efeitos positivos da prevenção primária, que podem refletir na economia dos gastos do SUS.

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A REDAÇÃO

Goiânia: Fim da obrigatoriedade da máscara completa 1 mês com recuo da covid


Divino Rufino

Goiânia - A vendedora Keila Marçal, de 28 anos, entra em um restaurante no Setor Universitário, em Goiânia, com um sorriso no rosto. Questionada sobre como está a vida, agora, sem máscara, ela confessa alívio. “Estava esperando por este momento há muito tempo. É uma sensação de liberdade muito boa”, comemora.

Amiga de Keila, Luciana Aparecida Martins, de 35 anos, também sorri durante a entrevista, mas com os olhos. Ela decidiu continuar usando máscara porque é cuidadora de uma idosa no Setor Sul. “É uma questão de responsabilidade mesmo. Tenho que minimizar o risco de contrair e transmitir o vírus”, avalia.

Keila e Luciana representam duas realidades que coexistem na capital goiana desde 1º de abril, quando passou a valer o decreto da Prefeitura de Goiânia que desobriga o uso de máscara em locais fechados. A medida, tomada por todas as capitais do Brasil, com exceção de Belém, foi amparada pela queda no número de internações provocadas pela covid-19.

Um mês após a liberação da máscara, o técnico da Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), médico Sérgio Nakamura, avalia a decisão como acertada. “O quadro de diminuição de casos, internações e óbitos por covid-19 vem se mantendo. Foi uma decisão acertada, para a vida voltar ao normal”, explica o especialista. 

Sérgio Nakamura destaca que Goiânia vem registrando média de 100 casos confirmados de covid-19 por dia, “número muito próximo da menor série histórica durante toda a pandemia”. “Antes do decreto (que libera o uso de máscara) tínhamos, em março, uma média de 500 casos por dia. E a média móvel em 14 de abril foi de 142 casos, uma redução de 59% em relação a 14 dias antes”, pontua.

Segundo o técnico da SMS, foram registradas de 1º a 29 de abril 14 internações por covid-19 na rede pública municipal, sendo oito delas de pessoas que residem em Goiânia. No mês anterior, 56 habitantes da capital foram internados em razão da doença. O número é baixo se comparado ao pico de internações na rede, ocorrido em março de 2021: foram 1.467 pessoas, incluindo do interior do Estado, hospitalizadas em Goiânia, sendo 1.299 que vivem na capital.

“Abril (de 2022) é o mês que teve menos casos de internações por covid-19 em Goiânia em toda a série histórica. Mês de menos casos, internações e mortes”, diz Dr. Nakamura. O médico atribui o arrefecimento da pandemia e consequente “desafogamento” da rede pública municipal de Saúde ao avanço da vacinação. “Temos uma cobertura vacinal superior à cobertura do Estado de Goiás”, diz.

Vacinação 
Dados do Vacinômetro, disponível no site da Prefeitura de Goiânia, apontam que até o dia 20 de abril 84,7% da população vacinável acima de 5 anos havia recebido a primeira dose da vacina contra a covid, e 78,1% receberam segunda dose e dose única, num total de 2.871.317 doses aplicadas.

A Prefeitura oferece testagem gratuita à população diariamente, mas houve queda na procura pelo serviço. Sérgio Nakamura diz que isso é reflexo da “diminuição de casos sintomáticos”. “Houve redução na procura (pelo teste), mas também na positividade. A maioria dos casos testados hoje tem resultado negativo”, justifica.

A melhora no cenário epidemiológico na capital não apaga o passado recente de dor e sofrimento enfrentado por milhares de famílias goianienses. Desde o início da pandemia de covid-19, há dois anos, Goiânia registra 313.484 casos e 7.533 mortes pela doença. No último mês de março, foram 53 óbitos; e neste mês de abril, até dia 28, nove. Isso significa que a doença continua fazendo vítimas, por isso, não deve ser subestimada.

“As mortes e casos graves reduziram drasticamente, mas temos que tomar cuidado porque o vírus continua circulando. É sempre bom evitar aglomerações, e usar máscara em ônibus, escolas e unidades de saúde. A recomendação vale, principalmente, para pessoas vulneráveis”, finaliza Sério Nakamura.

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JORNAL OPÇÃO

Dengue decola em Goiás – cientistas inovam contra a doença

domingo 01 maio 2022 0:00 

Por Italo Wolff

Longo período de chuvas, bolsão de vulneráveis e circulação concomitante de dois sorotipos da dengue explicam aumento do número de casos

O número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti explodiu em Goiás neste ano. Apenas na primeira semana de 2022, as notificações de dengue aumentaram 572% em comparação com a primeira semana de 2021. Desde o início do ano até a data do fechamento desta edição, foram 56.470 casos confirmados e 21 óbitos – no mesmo período de 2021 se registrou 20.282 casos e 15 óbitos. 

O crescimento foi tão expressivo que colocou Goiás em segundo lugar entre os estados com mais mortes pela doença, atrás apenas da Bahia. Além da dengue, também cresceu o número de notificações para chikugunya – de 1.171 casos notificados no ano passado para 2.704 casos neste ano, uma variação de 131% – e de zika – que saiu de 29 notificações no ano passado para 104 notificações neste ano; embora o número de casos de zika confirmados tenha caído de 15 para 11 até o momento. 

Todas essas doenças são arboviroses. Tratam-se de patologias causadas por vírus que são transmitidos pela picada de artrópodes (arbovirose é uma contração do termo em inglês arthropod-borne virus). São assim designados não somente pela sua veiculação através de artrópodes, mas principalmente pelo fato de parte de seu ciclo replicativo ocorrer nos insetos.

O coordenador estadual de Dengue, Zika e Chikungunya da Secretaria de Saúde de Goiás, Murilo do Carmo, afirmou que vários fatores contribuíram para estes resultados ruins no estado, como a circulação concomitante de dois sorotipos do vírus da dengue, tipos 1 e 2. “Tivemos um intenso período chuvoso no Estado de Goiás, que fez com que aumentasse a oferta de água nos criadouros e favorecesse a multiplicação de Aedes aegypti. Somado a isso, tivemos baixa adesão da sociedade em campanhas de combate aos criadouros do mosquito”, analisou.

Virologia 

Fabíola Fiaccadori, professora e doutora em Microbiologia e Virologia, pesquisa os arbovírus na Universidade Federal de Goiás (UFG). A cientista afirma que a análise da dispersão do vírus da dengue na população ao longo dos anos revela ciclos no contágio da doença. Isso ocorre pois o vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes e a infecção do hospedeiro por uma cepa não garante a imunidade contra outras variantes, além de ser uma proteção passageira. Desta forma, a circulação prolongada de um determinado sorotipo gera na população a imunidade coletiva contra este sorotipo em questão, mas também cria oportunidade para sorotipos diferentes. 

“Eventualmente, a entrada de um sorotipo coincide com o momento em que há um bolsão de pessoas suscetíveis”, explica Fabíola Fiaccadori. “Às vezes, isto é associado ainda ao contexto ambiental, com o favorecimento a replicação do mosquito que é vetor da doença. Nessas ocasiões, vemos o pico no número de casos que estamos presenciando agora.” 

É diferente dos vírus das doenças chikungunya e zika, em que há apenas um sorotipo. O aumento de casos da chikungunya se explica pelo fato de que, desde a entrada da doença no Brasil, Goiás foi pouco exposto, ao contrário de estados como Rio de Janeiro e Bahia,  de forma que poucas pessoas desenvolveram imunidade contra o vírus. Diferentemente, o vírus causador da doença zika já havia castigado os goianos em 2016, e seu crescimento mais lento pode ser explicado pelo obstáculo da imunidade desenvolvido nesta data. 

Imunologia

O fator dos múltiplos sorotipos ajuda a explicar a dificuldade de se desenvolver uma vacina que previna todos os tipos de dengue. Com quatro cepas circulantes, em constante mutação, o desafio de criar uma única plataforma vacinal é complexo. Atualmente, existe uma vacina contra a dengue no sistema particular de saúde, com eficácia geral de 60,8%. O imunizante é composto por três doses administradas com intervalo de seis meses; só pode ser aplicado em indivíduos entre 9 e 45 anos de idade; e possui seis contraindicações.

Entretanto, o desafio que impede que essa vacina seja comprada pelo poder público e administrada amplamente para toda a população via Sistema Único de Saúde é ainda mais complicado de se superar. Fabíola Fiaccadori explica que a imunidade parcial contra o vírus da dengue não é necessariamente favorável ao hospedeiro na evolução da infecção. É comum ouvirmos aforismos como: “a terceira dengue é pior”. Existe alguma verdade na declaração, pois parte dos sintomas do paciente com dengue estão vinculados à própria resposta imunológica do hospedeiro.

Isso não necessariamente significa que alguma proteção prévia contra o vírus causará obrigatoriamente a forma mais grave da doença. Também não quer dizer que a primeira infecção por dengue é sempre leve. Mas significa que medidas de saúde pública aplicadas a toda a população devem ser mais cuidadosas. “O primeiro contato com um sorotipo da dengue causa uma resposta imune no hospedeiro; a reinfecção por outro sorotipo pode agravar o segundo caso da doença. Da mesma forma que a infecção natural induz uma resposta imune que pode complicar casos de reinfecção por sorotipos diferentes, a vacina também induz uma resposta imune. Por isso, a imunopatogênese (compreensão acerca de como a doença é mediada pelo sistema imune) complica o cenário”, afirma Fabíola Fiaccadori.

Desde 2009, pesquisadores do Butantan estudam a produção de uma vacina contra o vírus da dengue. Ela ainda não tem previsão de distribuição à população, mas ensaios clínicos estão avançados. Esse imunizante usa a técnica de vírus atenuado, apresentando o vírus da dengue ao organismo e induzindo a produção de anticorpos sem causar a doença. A tecnologia foi patenteada pelo instituto e pela farmacêutica Merck em 2021.

Os ensaios clínicos da fase três da vacina estão em andamento. A previsão é que a pesquisa seja finalizada até 2024. Em paralelo aos estudos clínicos, o Butantan estuda o escalonamento da vacina, ou seja, a elevação da produção para nível industrial. “A vacina vai ser um dos principais componentes de combate à doença, mas é importante ressaltar que não é só a vacina que vai combater a dengue. Nós temos que continuar realizando todas as outras formas de ajudar a combater o mosquito e, portanto, a transmissão da dengue”, afirma o diretor do Centro de Segurança Clínica e Gestão de Risco: Farmacovigilância e Farmacoepidemiologia, Alexander Precioso. 

“As pessoas vacinadas vão evitar hospitalizações e mortes e isso vai tornar a dengue controlada no país”, explica Neuza. “Em qualquer situação é importante agir na prevenção. Na saúde pública a prevenção de doenças é feita principalmente com as vacinas”, completa. 

Controle do Vetor

Por todas as dificuldades envolvidas na produção de um imunizante contra a dengue, o controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti, é a alternativa mais fácil, barata e prática. Entretanto, o sucesso desta tarefa depende de engajamento social, com a extinção dos criadores onde os mosquitos se multiplicam, por exemplo. Por isso, pesquisadores tentam desenvolver novas formas de diminuir a quantidade de vetores no ambiente ou dificultar a replicação viral dentro do vetor.

Nos últimos anos, um grupo de pesquisadores liderado pelo professor Wolf Christian Luz do Laboratório de Patologia de Invertebrados do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (LPI/IPTSP) da UFG desenvolveu um método de infectar os adultos, larvas e ovos Aedes aegypti com um fungo letal para o mosquito. Trata-se de uma técnica para atrair os insetos para um local com água, que se assemelha a um criadouro para o mosquito. Ali, a umidade está carregada de partes (conídios e microescleródios) do fungo Metarhizium humberi. 

Este fungo é uma espécie nova, descrita em 2001 pelo grupo liderado pelo professor Christian a partir de amostras de solo coletadas no Cerrado.  “A linhagem Metarhizium humberi IP 46 utilizada na nossa pesquisa já foi estudada intensamente em Aedes aegypti em condições de laboratório e apresenta atividade inseticida em ovos, larvas e adultos desse vetor”, esclarece Christian.  

A ideia de distribuir o dispositivo em áreas peridomiciliares é promissora e os testes em laboratório mostraram bons resultados, mas deve-se ressaltar que o estudo foi realizado sob condições controladas. Fabíola Fiaccadori lembra da dificuldade prática de aplicar boas ideias no ambiente em larga escala: “Os vetores são criados nas casas das pessoas, mas nossas ferramentas de controle do vetor são via Estado. É difícil conseguir adesão social e aplicar as técnicas em locais que estão fora do alcance do Estado.

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PORTAL NTH

Covid-19: Goiás recebe prêmio por uso de evidências científicas no enfrentamento à pandemia

Em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) priorizou evidências científicas na tomada de decisões, tão logo ficou configurada a emergência sanitária. A política de Gestão Informada por Evidências, implementada na SES por meio do Núcleo de Evidências, ainda em 2019, teve sua importância reconhecida pela Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O método foi reconhecido na primeira edição do Prêmio Evidência 2022. A SES ficou em 3º lugar nacional e a FGV destacou que “embora não seja possível fazer uma relação direta com o levantamento, Goiás permaneceu em posição mediana no ranking dos estados brasileiros (10º considerando número de casos por 1 milhão de habitantes e 12º considerando número de óbitos por 1 milhão de habitantes); não tendo vivenciado o colapso do sistema de saúde local”.

“Com as evidências embasando o enfrentamento da pandemia no Estado, toda população é beneficiária da iniciativa, pois essa política busca direcionar as ações de saúde pública, resultando na gestão inteligente da crise e potencializando as chances de se alcançar melhores resultados”, afirma o titular da SES, Sandro Rodrigues.

Desde a instalação do Núcleo de Evidências, foram produzidas 121 sínteses para orientar a tomada de decisão dos gestores. Ao longo da pandemia, foram mais de 70 sínteses elaboradas sobre os mais diversos temas, como vacinas, uso de máscaras e retorno às aulas, por exemplo. T

Ciência

“O caminho estratégico da Gestão Informada por Evidências já era característica da atual gestão e tornou-se mais importante e desafiador frente à rápida evolução do conhecimento e da grande quantidade de produção científica, nem sempre de qualidade, sobre os temas de interesse no contexto da pandemia”, destaca a subsecretária Luciana Vieira.

O Núcleo de Evidências da SES-GO é vinculado à Gerência do CONECTA SUS e composto atualmente pelos servidores Péricles Lopes Dourado (biomédico), Airton Ferreira dos Santos Filho (médico) e Luciana Vieira (fisioterapeuta).

A produção técnica conta com artigos, relatórios, sínteses de evidência, sumário de evidência e similares. O trabalho apresentado teve ainda a participação da servidora Alessandra Rodrigues de Almeida Lima (odontóloga) e do então secretário de Saúde anterior, Ismael Alexandrino (médico).

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Assessoria de Comunicação

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Na abertura de seu ciclo de encontros com expoentes do setor de saúde, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) recebeu, no dia 28 de abril, o diretor geral do associado Hospital Mater Dei/Premium, Daniel Coudry, que falou sobre “Mercado de Saúde - Movimentações, tendências, perspectivas, oportunidades e desafios”.

Em um bate-papo com os associados e convidados, Daniel Coudry abordou o cenário atual do mercado de saúde; a concentração de empresas em poucas mãos; novos modelos assistenciais; a necessidade de mais foco e investimentos na atenção básica; e os altos e crescentes custos do setor.

O surgimento das startups que tem avançado na área da saúde, mas ainda sem escala para mudar o sistema, foi outro tema abordado. “A disrupção vai sair das startups. Temos que ter atenção ao mercado”, alertou Daniel Coudry, enfatizando ser a saúde uma das maiores e mais rentáveis indústrias e que ainda tem uma enorme demanda reprimida.

 

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Dentre os desafios do setor, ele citou a fragmentação. “Não temos um sistema integrado”, disse. A escassez de informações é outro problema. “O consumidor não tem uma informação segura para tomar decisões na área da saúde, os dados estão descentralizados e desorganizados e há uma falta crônica de transparência”, afirmou.

Esse quadro precisa mudar, pois o mercado, de acordo com Daniel Coudry, deve estar atento às necessidades dos pacientes e transformar desafios em oportunidades. “É o paciente quem demanda e ele quem vai impor as mudanças”, alertou o palestrante, para quem o sistema hoje está desequilibrado e as correções vão impor perdas a alguns segmentos no início. “Mas depois, todos sairão ganhando”, disse.

Na próxima quinta-feira, 5 de maio, a Ahpaceg vai receber o médico, gestor e consultor estratégico Erickson Blun.

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Depois de uma pausa nas negociações devido à pandemia, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) e a PUC Goiás (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) retomaram o diálogo para uma parceria voltada para a formação de futuros profissionais de saúde e de áreas afins.

A parceria, que deve se dar por meio de estágios em instituições associadas da Ahpaceg, foi discutida em reunião realizada na sede da Associação, no dia 28 de abril. A professora Marília Rabelo, representante da PUC Goiás, reuniu-se com o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, a coordenadora de Educação Continuada, Madalena Del Duqui, a administradora Executiva, Lorena Teles, e a médica Márcia Toledo – diretora do associado Ver Hospital de Olhos.

 

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Além do estágio em instituições associadas, a parceria poderá abranger ainda a promoção de cursos de formação e atualização profissional. “A educação continuada é fundamental para formar bons profissionais e assegurar a qualidade assistencial pela qual tanto trabalhamos”, disse o presidente da Ahpaceg. Em breve, devem ser anunciadas ações educacionais conjuntas entre a PUC Goiás e a Ahpaceg.