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CLIPPING AHPACEG 29/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Aumento em plano de saúde chega a 80%
Deputados aprovam projeto que regulamenta telessaúde
28 de abril: Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho aborda correlação de produtividade e Burnout
Robô desenvolvido por brasileiros é capaz de desinfectar ambientes hospitalares
Ministro da Saúde defende projeto que regulamenta telemedicina no Brasil
Lipo: Retirada de gordura além do recomendado causa da morte de mulher
Rede pública de Goiânia completa 10 dias sem internação de morador por covid
FOLHA DE S.PAULO
Aumento em plano de saúde chega a 80%
O fantasma do reajuste dos planos de saúde dá sinais de que pode trazer uma onda mais pesada neste ano.
Entre os primeiros aumentos, que costumam começar em maio, há casos que alcançam 80% em contratos com a Central Nacional Unimed.
Procurada pelo Painel S.A., a Central Unimed afirma, em nota, que o reajuste das operadoras de plano de saúde é um dispositivo legal, tem critérios claros e é previamente acordado entre as partes.
"Planos da modalidade adesão são negociados por meio de administradoras de benefícios, detentoras dos contratos, neste caso a Qualicorp, também responsável pela comunicação aos seus estipulantes", diz a Central Nacional Unimed.
Segundo a Qualicorp, o reajuste da carteira de clientes da Central Nacional Unimed em questão foi pontual, representa aproximadamente 0,5% do total de clientes da Qualicorp e abrange uma fração pequena de usuários de um contrato que não é mais comercializado.
"A média de reajustes das carteiras da CNU neste ano variou entre 6% e 12%", diz a Qualicorp.
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AGÊNCIA CÂMARA
Deputados aprovam projeto que regulamenta telessaúde
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) o projeto de lei que autoriza e conceitua a prática da telessaúde em todo o território nacional, abrangendo todas as profissões da área da saúde regulamentadas. A proposta (PL 1998/20) será enviada ao Senado.
De autoria da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e outros 14 deputados, o projeto foi aprovado na forma de um substitutivo do relator, deputado Pedro Vilela (PSDB-AL), que ampliou o texto original, antes restrito aos médicos.
Tecnologias
Segundo o texto, será considerada telessaúde a modalidade de prestação de serviços de saúde a distância por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação.
Essas tecnologias envolvem, entre outros aspectos, a transmissão segura de dados e informações de saúde por meio de textos, sons, imagens e outras formas consideradas adequadas.
Os atos do profissional de saúde praticados dessa forma terão validade em todo o território nacional e aquele que exercer a profissão em outra jurisdição exclusivamente por meio dessa modalidade não precisará de outra inscrição secundária ou complementar àquela do conselho de seu estado.
Entretanto, será obrigatório o registro, nos conselhos regionais de medicina (CRMs) dos estados em que estão sediadas, das empresas intermediadoras de serviços médicos. Essas empresas são consideradas como aquelas que contratam, de forma direta ou indireta, profissionais da área médica para o exercício da telemedicina.
Um diretor técnico médico dessas empresas também deverá estar inscrito no CRM da localidade da empresa, sob pena de cometer infração sanitária.
Para Adriana Ventura, “a pandemia ensinou muito a todos, mostrando que o Brasil precisava regulamentar a prática da telessaúde”.
O relator do projeto também defendeu a aprovação. “Nosso principal objetivo foi garantir a universalização do atendimento à saúde em todo o Brasil, e a tecnologia é uma aliada para isso”, afirmou Pedro Vilela.
O texto revoga a Lei 13.989/20, que permitiu a telemedicina durante a pandemia de Covid-19.
Liberdade de decisão
O substitutivo garante ao profissional “liberdade e completa independência” de decidir sobre a utilização ou não da telessaúde, inclusive com relação à primeira consulta, ao atendimento ou ao procedimento, podendo optar pela utilização de atendimento presencial sempre que entender necessário.
Quanto ao paciente, a prática da telessaúde também deve ser realizada com seu consentimento livre e esclarecido ou de seu representante legal.
Em busca de um acordo na votação em Plenário, Vilela incorporou trecho de emenda do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) para especificar que o paciente terá a garantia do atendimento presencial sempre que solicitar.
A todo caso, a prática da telessaúde estará sob responsabilidade do profissional de saúde, que deverá seguir os ditames do marco civil da internet, da Lei do Ato Médico, da Lei Geral de Proteção de Dados, do Código de Defesa do Consumidor e, quando for o caso, da Lei do Prontuário Eletrônico.
Normas e fiscalização
Sobre as regras da prática, o texto determina que o ato normativo no qual haja alguma restrição à telessaúde deve contar com demonstração da necessidade da medida para evitar danos à saúde dos pacientes. No caso do Sistema Único de Saúde (SUS), deverão ser observadas as normas para seu funcionamento expedidas pelo órgão de direção.
A fiscalização das normas éticas no exercício profissional da telessaúde será de competência dos conselhos federais das profissões envolvidas, aplicando-se os padrões adotados para as modalidades de atendimento presencial naquilo que não contrariarem as regras do projeto.
Princípios
Para o uso da telessaúde, o projeto estipula princípios a serem seguidos na prestação remota de serviços:
autonomia do profissional de saúde;
consentimento livre e informado do paciente;
direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde;
dignidade e valorização do profissional de saúde;
assistência segura e com qualidade ao paciente;
confidencialidade dos dados;
promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde;
observância estrita das atribuições legais de cada profissão; e
responsabilidade digital.
Ponto rejeitado
Na votação em Plenário, foi rejeitado destaque do PT que pretendia incluir dispositivo para resguardar a aplicação das normas que regem as contratações dos profissionais no regime de teletrabalho ou trabalho remoto.
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O HOJE
28 de abril: Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho aborda correlação de produtividade e Burnout
O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é comemorado nesta quinta-feira (28/4), e levanta o debate a respeito da Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, caracterizada pelo excesso crônico de estresse ocupacional que leva ao cansaço emocional e físico.
Em 2020, durante a pandemia, 44% dos brasileiros ouvidos disseram que o período de convívio com a Covid-19 amplificou a sensação de esgotamento profissional, de acordo com os dados International Stress Management Association (Isma-BR).
Em números absolutos, cerca de 39,6 milhões de trabalhadores foram afetados. Em um ranking de oito países sondados, o Brasil ocupa a primeira colocação, à frente de Singapura (37%), Estados Unidos (31%) e Índia (29%).
Estudo
Um estudo publicado na Recisatec – Revista Científica Saúde e Tecnologia, revelou que a correlação da alta produtividade e da Síndrome de Burnout é possível, porém, não necessariamente se apresentam como fenômenos decorrentes um do outro.
O neurocientista Fabiano Agrela, que esteve a frente desse estudo explica que “a alta produtividade no trabalho é algo comum nos dias de hoje, as pessoas querem produzir mais, de maneira rápida, sabendo administrar melhor o seu tempo de modo que não se cansem muito e sejam práticos”.
Segundo Agrela, o objetivo do estudo foi compreender a diferença entre um indivíduo produtivo e aquele com a síndrome de Burnout, a partir da revisão de literatura, realizada por meio de bases de dados.
“Um indivíduo altamente produtivo é aquele que consegue desempenhar diferentes ações em diferentes áreas da vida (física, social, emocional e profissional) com equilíbrio, por isso apresenta alta produtividade, por manutenção de metas e foco em objetivos, principalmente para a sua saúde mental e física”, diz trecho do estudo.
Já o esgotamento ocorre quando o sistema nervoso central fica inflamado e acaba sendo mediado pelo sistema imunológico com taxas de alta ou baixa quantidade de cortisol e, ao mesmo tempo liberando substâncias que levam a sensação de prazer como a dopamina e a serotonina, que são neurotransmissores, desregulando-os.
O professor também concluiu que “a evolução tecnológica do ser humano não foi uma evolução cerebral tornando-se uma sobrecarga ao cérebro, transformando essa sobrecarga em uma síndrome, por exemplo, a de Burnout”.
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TV ANHANGUERA
Pacientes enfrentam longa fila na Santa Casa de Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/10529492/
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CNN BRASIL
Robô desenvolvido por brasileiros é capaz de desinfectar ambientes hospitalares
Desde que o coronavírus se instalou no mundo e causou uma pandemia que já dura mais de dois anos, as preocupações com agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos) mais do que dobrou.
Seja com álcool em gel na bolsa, limpeza das compras que chegam, ou mesmo desinfecção redobrada em ambiente hospitalar - local que costuma ocorrer um grande número de infecções.
De acordo com a Ministério , as infecções hospitalares são um problema multifatorial que exige uma série de ações que devem ser organizadas nos serviços de saúde, dentro do Programa de Controle de Infecção, conforme determina a Lei 9.431/1.997.
As instituições adotam ações de prevenção e controle, como higienização das mãos, elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies.
Mas, nem sempre esses cuidados são suficientes. Estima-se que no Brasil, a taxa de infecção hospitalar aconteça em 14% das internações, segundo a .
Por esse motivo, pesquisadores do Grupo Phi Robotics Research Lab, sediado no Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), desenvolveram um robô inteligente, capaz de descontaminar ambientes infectados utilizando luz ultravioleta e névoa ozonizada.
"A tarefa realizada pelo nosso grupo consiste em dotar os robôs de autonomia para que consigam se deslocar com eficiência a fim de emitir adequadamente luz ultravioleta em todo o ambiente para descontaminá-lo. Para isso, mantemos um controle da área desinfectada, com um mapa que mostra o que foi descontaminado e o que não foi", revela Edson Prestes, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) e pesquisador da UFRGS.
DispositivoA "Jaci", como foi batizado o robô, achega a medir 1,80 metro de altura e funciona por bateria. O dispositivo faz uma varredura no local em que foi instalado, e com ajuda da luz ultravioleta previne e reduz os agentes infecciosos - como o coronavírus.
Num segundo momento, a névoa ozonizada, "é utilizada para desinfectar regiões que a luz não alcançou ou ficou menos tempo que o desejado", como explicou a coordenadora do projeto, Mariana Kolberg.
"O usuário escolhe quais serão os microrganismos a serem inativados e o robô desinfecta o local", disse Kolerg.
A Jaci foi desenvolvida para 'limpar' tanto superfícies sólidas quanto exterminar os agentes do ar.
https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/04/Jaci.mp4A tecnologia já está disponível em quatro hospitais: Unimed, Hospital Concenção (público), Hospital São Lucas, em Porto Alegre (atende SUS), Premiere e em breve no Instituto do Coração (Incor).
Segundo Prestes, "muitas vidas poderiam ter sido salvas com essa tecnologia nos hospitais durante os momentos mais agudos da pandemia".
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GAZETA DIGITAL
Ministro da Saúde defende projeto que regulamenta telemedicina no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu nesta quinta-feira (28) o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados que regulamenta a telemedicina, que é o atendimento médico a distância. Segundo ele, a modalidade é "uma forma de ampliar o acesso dos brasileiros à assistência à saúde de qualidade". As declarações foram dadas em visita à Record TV, em São Paulo.
O sistema, que permite ao médico atender virtualmente o paciente em qualquer hora, data e local, existe desde 2002, mas ganhou destaque durante a pandemia da Covid-19. Foram 300 parlamentares a favor e 83 contrários. O projeto segue agora para análise do Senado.
Pelo texto aprovado, a modalidade, que antes era restrita apenas aos médicos, poderá ser ampliada aos outros profissionais da área da saúde. Se a proposta for sancionada, eles poderão atender pacientes a distância em qualquer região do país. Para trabalhar com telessaúde, não será preciso ter registro no conselho profissional de cada unidade da federação, bastará o do local de residência.
Na semana passada, o Ministério da Saúde assinou a portaria que estabelece o fim da emergência em saúde pública de importância nacional, que estava em vigor desde fevereiro de 2020. Uma das normas suspensas com a medida foi a telemedicina. Para o ministro da Saúde, a aprovação do projeto é importante para que todos tenham acesso a saúde pública, em qualquer local do país. "Onde há Brasil, há SUS", disse Queiroga.
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CORREIO BRAZILIENSE
Lipo: Retirada de gordura além do recomendado causa da morte de mulher
A Polícia Civil detalhou, nesta quinta-feira (28/4), a investigação sobre a morte de Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira, de 39 anos, após fazer uma abdominoplastia e lipoaspiração no Instituto Mineiro de Obesidade, no Bairro de Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, em dezembro de 2021.
Conforme a investigação, o cirurgião plástico Lucas Mendes, indiciado por homicídio culposo pela morte da paciente, errou ao retirar durante a lipoaspiração uma quantidade de gordura acima do recomendado pelo Conselho Federal de Medicina. Em função disso, a paciente teve uma anemia aguda que levou a óbito a paciente.
"Após a realização da exumação do corpo, a prova técnica apontou, através do médico legista, que houve uma retirada de volume de gordura em desacordo com o balizamento do Conselho Federal de Medicina. Nas palavras do médico legista após o acesso à documentação médica da vítima, ele afirma em seu laudo que houve a lipoaspiração de 9.320 mililitros de gordura das áreas do abdômen, flancos, dorso, lombar, face interna da coxa, axila e tórax, o que por si só gera um pouco de estranheza por serem muitas áreas", disse a delegada Lígia Mantovani, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, no Centro de Belo Horizonte.
"Normalmente, isso não ocorre em procedimentos estéticos desta natureza. Esse é ponto chave da perícia pois corresponde a 10,02% do peso corpóreo da paciente. Conforme a resolução do Conselho Federal de Medicina para este tipo de procedimento infiltrativo há um limite de 7%", completou.
O inquérito foi concluído, após quatro meses de investigação. Ao todo, 18 pessoas foram ouvidas pela polícia. Também foram periciadas as imagens das câmeras da clínica onde a cirurgia plástica aconteceu.
"Conclui-se que houve um homicídio culposo por parte do médico, em razão da imperícia, e com inobservância de uma regra de técnica da profissão médica", ressaltou a delegada Lígia Mantovani.
O cirurgião plástico Lucas Mendes ainda não se manifestou sobre a conclusão das investigações, mas na época do ocorrido ele se manifestou por meio de nota.
"Perder uma paciente dessa forma foi e está sendo muito difícil para mim. Nenhum médico acorda de manhã para trabalhar com o objetivo de causar mal ao seu paciente. Algumas informações sobre o ocorrido e a paciente não tenho o direito de mencionar na mídia, pois tenho que respeitar o sigilo da relação médico-paciente. Quando os familiares estiverem se sentindo um pouco melhor, se for o desejo deles, estarei a disposição para conversar".
Relembre o caso
Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira estava acompanhada da irmã e fez a cirurgia na manhã de uma segunda-feira (6/12). A operação começou às 8h30 e terminou às 13h. Em seguida, a mulher foi encaminhada para o quarto e começou a se queixar de dores e falta e ar.
Ela chegou a ser medicada algumas vezes. A irmã acionou o botão de emergência do quarto e saiu para chamar socorro, mas, quando voltou, a mulher já estava desacordada. A equipe tentou fazer massagens para reanimá-la, e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Lidiane foi encaminhada ao Hospital Vera Cruz, deu entrada às 20h25 e morreu às 1h20, de embolia pulmonar.
Na época, o médico responsável pela cirurgia afirmou não ser funcionário da clínica e só utilizar o espaço. Segundo o Boletim de Ocorrência, ele disse que a operação transcorreu bem, começando às 8h30 e terminando 13h. A mulher foi levada para o quarto e ficou sob os cuidados da clínica, que possui médicos, enfermeiros e suporte básico, mas sem CTI.
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A REDAÇÃO
Rede pública de Goiânia completa 10 dias sem internação de morador por covid
Divino Rufino
Goiânia - A capital goiana completa, nesta sexta-feira (29/4), dez dias sem nenhuma internação de morador por covid-19 na rede pública municipal. A informação é do técnico da Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Sérgio Nakamura, em entrevista ao jornal A Redação.
Segundo ele, em todo o mês de abril foram registradas 14 internações por covid-19 via Sistema Único de Saúde (SUS) na rede municipal, sendo que seis dos pacientes vieram de outros municípios. Nakamura afirma que o período de dez dias sem internação de morador da capital é inédito.
“Já tivemos alguns dias sem internação de morador por covid, mas é a primeira vez que alcançamos a marca de dez dias”, explicou o técnico da SMS, atribuindo o fato ao avanço da vacinação na capital.
Dados do Vacinômetro, disponível no site da Prefeitura de Goiânia, apontam que até o dia 20 de abril 84,7% da população vacinável acima de 5 anos havia recebido a primeira dose contra a covid, e 78,1% recebeu segunda dose ou dose única.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 28/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Anvisa amplia prazo de validade da vacina da Pfizer
Planos de saúde têm prejuízo operacional de quase R$ 1 bi
Grupo faz protesto contra aprovação do rol taxativo da ANS
Goiânia quer prevenir automutilação entre jovens após aumento de casos
Falsa enfermeira suspeita de aplicar metracril em mulher que morreu após o procedimento estético é presa
Medicamentos mais caros, e agora?
Funcionários denunciam encontrar larvas e insetos em refeições de hospital no Distrito Federal
Como age o remédio para Covid que pode ir para o SUS
Saúde e educação têm graves deficiências nos municípios do Brasil
China confirma infecção em criança
Covid-19: alta probabilidade de surgirem novas variantes mais perigosas nos próximos meses
Covid: Nenhuma criança ou adolescente morreu por conta da vacina, diz Saúde
ANS disponibiliza a atualização dos painéis com os dados econômico-financeiros
PODER 360
Anvisa amplia prazo de validade da vacina da Pfizer
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na 4ª feira (27.abr.2022) a ampliação do prazo de validade da vacina contra a covid-19 da Pfizer.
A partir de agora, tanto as versões adulto quanto pediátrica já distribuídas pelo Ministério da Saúde passam a ter validade de 12 meses, independentemente do prazo impresso na embalagem.publicidade
De acordo com a Anvisa, a aprovação permite que a farmacêutica continue a importar lotes do imunizante que estejam com período de validade inferior a 12 meses. "Essa aprovação visa a agilidade na oferta de vacinas à população brasileira", explicou a agência sanitária em nota.
A decisão foi tomada por unanimidade pela diretoria colegiada. Tem como base a aprovação da petição de ampliação de prazo de validade já aprovada pela Gerência de Produtos Biológicos da agência e pareceres emitidos pelas áreas de registro e inspeção sanitária.
Desde abril de 2021, o imunizante anticovid da Pfizer é administrado no Brasil. A vacina de RNA mensageiro aplicada em duas doses é a mais usada no Brasil. Está disponível para crianças a partir de 5 anos.
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VALOR ONLINE
Planos de saúde têm prejuízo operacional de quase R$ 1 bi
O desempenho refletiu o aumento das despesas médicas, devido à segunda onda de covid-19 e à retomada de procedimentos adiados no primeiro ano da pandemia O mercado de planos de saúde encerrou o ano passado com um prejuízo operacional de R$ 919,7 milhões, o que representa uma queda relevante em relação ao desempenho de 2020, quando o setor apurou um resultado positivo de R$ 18,7 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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JORNAL OPÇÃO
Grupo faz protesto contra aprovação do rol taxativo da ANS
Por Ysabella Portela
Mudança de no rol de caráter exemplificativo para taxativo possibilitará que planos de saúde deixem de cobrir terapias e outros atendimentos
Nesta quarta-feira, 27, um grupo contrário a aprovação do rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) com caráter taxativo se reuniu na capital federal, Brasília, para protestar. Caso aprovado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), os planos de saúde terão brecha para não cobrir tratamento de algumas doenças da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a maioria dos tribunais de justiça brasileiros entendem que o rol da ANS é exemplificativo, significando o “piso” de cobertura obrigatória.
Segundo a Lei nº 9.961/2000, que determina as funções da ANS, afirma que é atribuição da agência “elaborar o rol de procedimentos e eventos em saúde, que constituirão referência básica” ou seja, os procedimentos e eventos em saúde existentes nessa lista não podem ser negados pelos planos de saúde, sob pena de terem a comercialização de planos suspensa ou serem multados. Dessa forma, o contratante do plano de saúde, caso precise, possui cobertura obrigatória sem precisar arcar com custos adicionais. Na cobertura exemplificativa, os planos de saúde não ficam limitados para cobrir apenas o que está na lista da ANS. Já na cobertura taxativa, os procedimentos que estão fora da ANS não precisarão ser cobertos pelos planos. Ou seja, se não está no rol, não tem cobertura.
Um dos integrantes do movimento, o pré-candidato a deputado estadual, Átila Marques (Republicanos), disse ao Jornal Opção que a manifestação ocorreu hoje como uma forma de pressionar o STJ para a não aprovação da matéria. Segundo ele, os protestos de forma antecipada ocorrerão até o dia da votação. “Nosso intuito é mostrar para os ministros que o povo está acordado. É um assunto complexo no qual boa parte da população não entende o que está acontecendo e, ao apagar das luzes, eles podem aprovar algo que beneficia apenas as grandes empresas milionárias que fazem a gestão de planos de saúde particulares. Caso seja aprovado, isso destruirá a vida de famílias que dependem de tratamentos médicos complexos, principalmente àquelas que possuem crianças autistas, que precisam de um número maior de sessão terapêutica”, pontua.
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Goiânia quer prevenir automutilação entre jovens após aumento de casos
Por Nielton Soares dos Santos
Focada na saúde mental de adolescentes, Goiânia deve investir em políticas de prevenção de automutilação entre jovens. Os incidentes de casos dessa natureza têm aumentado nos últimos anos e preocupam pais e autoridades. Os registros mais recentes ocorreram em uma escola de São Paulo, cujos alunos se feriram com lâminas de apontador de lápis. No Recife (PE), estudantes precisaram de atendimento, depois de uma crise coletiva de ansiedade, antes da aplicação de uma prova.
Para remediar casos na Capital, tramita na Câmara Municipal um Projeto de Lei (PL) para instituir a Política Municipal de Prevenção da Automutilação em Jovens de Goiânia. “Não temos respostas prontas, mas temos de enfrentar esse debate, chamar a nossa responsabilidade e encontrar ajuda dos especialistas, porque não podemos continuar perdendo nossos jovens”, salientou a vereadora Sabrina Garcez (Republicanos), propositora da matéria.
Conforme estudo feito no ano passado, apenas no estado de São Paulo 69% dos estudantes avaliados relataram sintomas de depressão e ansiedade. Nesse contexto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos, o que pode encaminhar ao suicídio – terceira principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Falsa enfermeira suspeita de aplicar metracril em mulher que morreu após o procedimento estético é presa
A filha dela também é alvo de mandados de busca e apreensão
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira, 27, Mariana Ramos de Jesus, de 41 anos que fazia procedimentos estéticos e se apresentava como enfermeira, mas não tinha licença do Conselho Regional de Enfermagem. Conforme a polícia, ela é responsável pela morte de uma jovem de 26 anos, que teve complicações depois da aplicação de metracril.
“A vítima contratou os serviços de uma falsa enfermeira para inserir metacril no organismo para aumentar o volume das nádegas. Após a inserção desse material, a mesma veio a ter várias complicações e evoluiu para óbito”, afirma o delegado Marcos Santana.
Conforme o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a vítima morreu por trombo embolia pulmonar, septicemia e síndrome inflamatória sistêmica causadas pela aplicação do metacril. Mariana vai responder por exercício ilegal da medicina.
A filha dela também é alvo de mandados de busca e apreensão. Elas atuavam juntas numa clínica clandestina, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
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Medicamentos mais caros, e agora?
Professor da Estácio orienta sobre aumento dos medicamentos neste ano
Nos últimos meses o brasileiro sofreu bastante com o aumento da cesta básica. Os alimentos ficaram mais caros, o combustível, o gás de cozinha, o vestuário e agora é a vez dos medicamentos. A inflação acumulada em 2021 chegou à casa dos dois dígitos, influenciando diretamente na alta do preço dos produtos.
Há pelo menos uma década o brasileiro não era aterrorizado com uma alta expressiva do preço dos medicamentos. No Brasil, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) é o órgão interministerial responsável pela regulação econômica deste produto. A CMED estabelece limites para preços de medicamentos, adota regras que estimulam a concorrência no setor, monitora a comercialização e aplica penalidades quando suas regras são descumpridas.
Segundo o professor de Farmácia da Estácio e mestre em Ciências Biológicas, Álvaro Paulo Souza, é possível fazer uma retrospectiva desse aumento nos últimos 5 anos, em 2017 o reajuste foi de 1,36% a 4,76%, 2018 de 2,84%, 2019 de 4,33%, 2020 de 5,21% e 2021 variou de 6,79% até 10,08%, sendo que um dos principais indicadores levados em consideração pela CMED é a inflação acumulada do ano anterior.
“No dia 1º de abril a CMED anunciou o percentual de reajuste para o ano de 2022, que assustou muita gente. Esse ano acompanhando a inflação acumulada de 2021 que foi de 10,06% os medicamentos estão sendo reajustados em até 10,89% que foi o limite autorizado pela pasta. Vale ressaltar que é facultativo os laboratórios fazerem o reajuste”, reafirma o professor.
Mas na prática, Álvaro comenta que de fato os laboratórios têm aumentado seus preços e as distribuidoras estão repassando esse reajuste para as farmácias que por sua vez repassa aos consumidores. “Antes do aumento anunciado pela CMED já tinha distribuidora de medicamentos informando para seus clientes que o reajuste seria linear na casa dos 12%”, revela.
Sempre no mês de abril existe um reajuste, revela o farmacêutico, tanto para o estabelecimento de saúde quanto para o cliente/paciente. “Eles já estavam acostumados com os preços, principalmente daqueles medicamentos que fazem uso contínuo, e esse reajuste impacta diretamente no orçamento familiar. Dessa forma, é importante deixar claro que o reajuste é só repassado pela drogaria e foi autorizado pelo governo a partir de sua Câmara Técnica que é a CMED”, explica.
Além disso, Álvaro reforça que todos estabelecimentos de saúde obrigatoriamente devem ter o farmacêutico em tempo integral. “O farmacêutico, nesse cenário, desempenha papel fundamental nas orientações e intercambialidade de medicamentos que pode incidir uma economia em média de 40%, dependendo do medicamento que foi prescrito”, adverte.
“Vale lembrar também que a intercambialidade deve ser feita seguindo as legislações vigentes e sob consentimento do paciente. O farmacêutico deve informar que o medicamento possui o mesmo princípio ativo, mesma dosagem e forma farmacêutica que o prescrito, garantindo que os resultados do tratamento serão os mesmos”, completa o professor da Estácio.
Álvaro ressalta que só o farmacêutico pode sugerir a intercambialidade para o paciente. “Portanto, a população tem um forte aliado para economizar nos preços dos medicamentos mantendo o tratamento farmacológico proposto frente a esse novo aumento publicado pelo CMED”, finaliza.
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O HOJE
Funcionários denunciam encontrar larvas e insetos em refeições de hospital no Distrito Federal
Por: Ícaro Gonçalves
Funcionários de um hospital público do Distrito Federal denunciaram no começo desta semana terem encontrado larvas, insetos e até mesmo pelos nas refeições oferecidas pela instituição de saúde. Segundo os servidores do hospital, os flagrantes do tipo são recorrentes, mas começaram a aumentar no último mês.
Conforme informações do portal Metrópoles, na segunda-feira (25/4), um profissional da saúde foi surpreendido por larvas ao receber sua refeição. Há duas semanas, outros profissionais da saúde registraram uma larva dentro de um pão e um pelo em uma sobremesa servida na mesma instituição.
Ao saber dos casos recorrentes, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF) divulgou nota de repúdio e denunciou a situação à Vigilância Sanitária do DF.
“Vamos cobrar a solução desse problema. Não é justo que os colaboradores passem por isso”, afirmou Josy Jacob, diretora do Sindate.
A cozinha do hospital distribui alimentos para os colaboradores, mas também para os pacientes internados, o que segundo os denunciantes tem colocado em risco todos do local.
Em nota enviada à imprensa, o órgão responsável pelo hospital afirmou que os alimentos distribuídos no hospital são produzidos por empresa terceizada, mas que vai apurar as denúncias e também fará uma pesquisa de satisfação.
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O GLOBO
Como age o remédio para Covid que pode ir para o SUS
Consulta técnica para inclusão do Paxlovid na rede, que já tem o aval da Anvisa, acabou ontem; Conitec deu parecer favorável
BERNARDO YONESHIGUE
Terminou ontem uma consulta pública sobre a inclusão do Paxlovid no Sistema Único de Saúde (SUS). O antiviral da Pfizer é um dos primeiros remédios desenvolvidos especificamente para combater a Covid-19. Recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento de casos leves ou moderados em grupos de risco, o medicamento reduziu em cerca de 89% as hospitalizações nos estudos clínicos.
O Paxlovid teve seu uso emergencial autorizado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de março, quando a diretora da agência Meiruze Freitas afirmou que "o mundo aguarda com esperança e urgência por terapias efetivas, de fácil acesso e que permitam o amplo tratamento da Covid-19". No início deste mês também recebeu um parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
Agora, uma consulta pública recebeu evidências e contribuições da sociedade civil sobre a inclusão do novo tratamento na rede pública. Países como os EUA, Canadá, China, Austrália, Japão, Reino Unido e México, além União Europeia, também deram sinal verde para ele.
DOIS COMPRIMIDOS
Destinado a pessoas com risco aumentado de progressão para a Covid-19 grave - como idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades - , o Paxlovid é uma combinação de dois comprimidos que são embalados e administrados de forma conjunta: o nirmatrelvir e o ritonavir. O primeiro, produzido especialmente para o Sars-CoV-2 em tempo recorde, atua inibindo a parte do vírus responsável pela sua replicação dentro do organismo humano.
- O nirmatrelvir age bloqueando a protease tipo 3C do Sars-CoV-2, uma enzima usada pelo vírus no seu ciclo de replicação, evitando assim a progressão da infecção da Covid-19 no corpo humano - explica o infectologista José Valdez Madruga, líder de estudos clínicos do CRTDST/AIDS, em São Paulo, um dos centros de estudos do antiviral no Brasil.
Ainda segundo ele, o nirmatrelvir é administrado junto ao ritonavir - outro medicamento usado para inibir o sistema de metabolização de remédios no fígado e fazer com que o novo antiviral permaneça mais tempo no organismo e tenha uma atuação mais forte. O ritonavir já é utilizado no combate a outros vírus, como o HIV, pelo seu efeito potencializador dos tratamentos.
As pesquisas com o Paxlovid começaram no mundo em março de 2021 espalhadas por países como EUA, Brasil, Hungria, Japão, Coréia do Sul, Malásia, México, Polônia, Porto Rico, Tailândia e Turquia. Os primeiros resultados, publicados na revista científica The New England Journal of Medicine no último dia 14, mostraram uma eficácia do tratamento de 89% para reduzir hospitalizações por Covid-19 em adultos de grupos de risco que não haviam sido vacinados ou previamente infectados pela doença.
Segundo a Anvisa, a indicação é que o tratamento comece o quanto antes após um diagnóstico positivo para a Covid-19, no prazo máximo de cinco dias após o início dos sintomas. A administração do remédio, que depende de prescrição médica, dura também um período de cinco dias.
Para Valdez Madruga, a incorporação do medicamento ao SUS é importante e pode ajudar a reduzir ainda mais os quadros graves de Covid-19 no país.
Segundo a Pfizer, testes laboratoriais conduzidos em janeiro mostraram que o antiviral continuou eficaz em combater a replicação do vírus em sua mutação mais recente, a Omicron.
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CORREIO BRAZILIENSE
Saúde e educação têm graves deficiências nos municípios do Brasil
Na área de saúde pública, segundo a CNM, nenhuma imunização do calendário nacional atingiu cobertura de 80% postado em 28/04/2022 06:00
Reunidos em Brasília, representantes da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgaram estudos que mostram as dificuldades entranhadas Brasil afora. Dois levantamentos indicaram deficiências graves na área da saúde e da educação.
Nos últimos cinco anos, o Brasil, que era referência mundial em cobertura vacinal para todas as idades, está em declínio na aplicação dos imunizantes. Estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra que, entre 2017 e 2021, a meta de imunização nacional, fixada pelo Ministério da Saúde, ficou abaixo dos 70%.
Segundo a CNM, nenhuma imunização do calendário nacional atingiu cobertura de 80%. As regiões Norte e Nordeste são as mais castigadas. "A vacina de Influenza/gripe foi a única que esteve acima dos 70% de cobertura em todas as regiões, mas a meta é de 90%. A imunização contra tuberculose (BCG), deveria ser de 95% e está em torno de 64%", diz o texto.
Para crianças de até quatro anos, a meta é de 95% e está abaixo de 50%. Outra preocupação é a aplicação da primeira dose da Tríplice Viral, que deveria estar no patamar de 95%, está em 55,13%. A segunda dose, que deveria ter o mesmo percentual, não chega a 48%.
"Após aumento da cobertura (vacinal no SUS), de 2017 para 2018, a procura pelas vacinas obrigatórias entrou em declínio em todas as regiões, e registrou os menores valores da década, deixando o país suscetível a doenças já erradicadas e novos surtos de febre amarela, poliomielite, sarampo, caxumba e até rubéola", alerta o documento da CNM. "Isso representa um retrocesso na política sanitária nacional, ao colocar o Brasil em um cenário similar ao da década de 1980, e indica, ainda, que a pandemia de covid-19 distanciou a população dos postos de saúde", acrescenta o estudo.
Em outro levantamento, a CNM identificou que há quase sete mil obras paradas no Brasil. Entre escolas, casas populares, postos de saúde, os valores totais estipulados para todas as fases das construções chegam a R$ 9,32 bilhões.
"No caso dos municípios, a conclusão de obras públicas pode representar novas escolas, unidades de saúde, pavimentação de estradas, canalização de esgoto e iluminação pública, podendo elevar substancialmente a provisão de serviços públicos e o bem-estar social dos seus habitantes", diz o documento da CNM. A entidade analisou cinco ferramentas do governo onde as obras estão registradas.
Dados obtidos pela Plataforma Brasil, apontam que a maior parte dos empreendimentos não iniciados ou não movimentados, se encontra na Região Nordeste (55%). Segundo o levantamento, ao contabilizar valores de contrato e quantidade de obras, aproximadamente 78% do total estão em municípios com até 50 mil habitantes.
A construção e a restauração de unidades escolares da rede pública de ensino municipal são as vencedoras no quesito obra parada. Segundo o documento da CNM, 2.668 empreendimentos ficaram sem andamento entre 2012 e 2021.
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China confirma infecção em criança
A China confirmou o primeiro caso humano conhecido da gripe aviária H3N8, mas as autoridades afirmaram que o risco de transmissão entre pessoas é baixo. A cepa H3N8 está em circulação desde 2002, depois de ser detectada em aves aquáticas norte-americanas. Já infectou cavalos, cães e focas, mas não havia sido detectada em seres humanos.
A Comissão Nacional da Saúde (CNS) da China informou que um menino de 4 anos que mora na província central de Henan testou positivo para cepa, depois de ser hospitalizado com febre e outros sintomas. A família do paciente cria galinhas em casa e mora em uma área com a presença de patos silvestres, afirmou a CNS, em um comunicado. A criança foi infectada diretamente pelas aves, mas não há indícios de que a variante tenha capacidade de contaminar humanos, segundo a comissão. Os exames nos contatos próximos ao paciente não detectaram "anomalias", acrescentaram as autoridades.
Raridade
A CNS afirmou que o caso do menino foi uma "transmissão única entre espécies, e o risco de transmissão em larga escala é pequeno". Mas advertiu os cidadãos que permaneçam longe de aves mortas ou doentes e procurem tratamento imediato em casos de febre ou sintomas respiratórios.
A gripe aviária ocorre em particular em aves selvagens e domésticas, mas os casos de transmissão entre humanos são extremamente raros. As cepas H5N1 e H7N9 detectadas em 1979 e 2013 foram responsáveis pela maioria dos casos de doenças em pessoas, de acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. Em 2012, a cepa H3N8 foi considerada responsável pelas mortes de mais de 160 focas na costa nordeste dos Estados Unidos, depois de provocar pneumonia nos animais.
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MEDICINA S/A
Covid-19: alta probabilidade de surgirem novas variantes mais perigosas nos próximos meses
Por mais que o momento seja de relaxamento das medidas de prevenção à Covid-19 em todo o mundo, especialistas preveem que novas variantes do coronavírus podem estar por vir nos próximos meses, driblando a capacidade do sistema imune de contê-las. Esta é a conclusão de um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em parceria com o Instituto de Química (IQ-USP) e o Hospital Sírio Libanês.
Publicado na revista Viruses no dia 16 de abril, o estudo traz uma revisão de mais de 150 artigos sobre o SARS-CoV-2. Foram analisados diversos aspectos do vírus, como seu potencial de mutação, a capacidade de controle do sistema imune, a transmissibilidade e a eficácia das vacinas. A principal conclusão a que chegamos é que não devemos deixar o vírus circular, porque não sabemos como serão as variantes nos próximos meses, afirma Cristiane Guzzo, professora do Departamento de Microbiologia do ICB-USP e pesquisadora principal do artigo.
Segundo ela, é um erro acreditar que a pandemia está sob controle e que não se trata mais de uma emergência sanitária, como anunciou o Ministério da Saúde no último dia 18. Estamos em uma situação confortável para os próximos meses quando a imunidade criada pelas doses de reforço das vacinas e pelo alto índice de contaminação da Ômicron permanecerá alta. Mas depois a tendência é que as pessoas comecem a se infectar novamente e aí ficaremos sujeitos ao surgimento de variantes ainda mais contagiosas e fortes do que as que conhecemos, o que diminui a eficácia das vacinas. Como não temos como prever como será a evolução da pandemia e como as novas variantes vão se comportar, todo o cuidado ainda precisa ser feito pela sociedade de forma a evitar a circulação do vírus, destaca.
Mais perigoso No estudo, foi observado que o coronavírus é ainda mais mutável do que se imaginava. Isso porque a proteína Spike, parte superficial do vírus que faz contato com as células humanas, segue evoluindo. Identificamos em primeira mão que 9,5% das mutações produzidas pelas variantes estão localizadas na região N Terminal (NTD) da proteína. Isso mostra que estas mutações não estão diretamente associadas à interação ao receptor humano ACE2, mas afeta principalmente a capacidade dos anticorpos humanos reconhecerem o vírus, afirma Guzzo.
Os pesquisadores também constataram um número expressivo de mutações (7,7%) localizadas na região RDB, região que promove a interação com a ACE2. O que faz com que o contato entre vírus e célula humana seja maior e assim as contaminações aumentem. A hipótese encontrada é de que a maioria das vacinas tem como princípio o estímulo da produção de anticorpos que inibam a interação entre a proteína Spike ao ACE2, de forma a diminuir a infecção viral. E uma das formas que o vírus encontrou para burlar essa inibição é modificar a região de interação do vírus com a célula humana, enfatiza. O vírus vem evoluindo com o objetivo de se manter vivo e para isso ele está se modificando principalmente para burlar a ação dos anticorpos e conseguir infectar o ser humano, complementa.
Foram identificados seis mecanismos que a proteína Spike adquiriu de forma a aumentar a eficiência de transmissão do SARS-CoV-2. Um deles é o aumento da afinidade do Spike ao ACE2. Um outro é o aumento significativo da quantidade de proteínas Spike na superfície de cada partícula viral.
No artigo, os pesquisadores destacam que outras proteínas do vírus também estão se modificando. Isso ocasiona, por exemplo, o aumento da taxa com que o vírus consegue se multiplicar nas células humanas. Por esses e outros fatores, o vírus vai aprendendo a driblar a ação dos anticorpos e se adaptar ao ser humano, acrescenta.
O conjunto de mutações sendo observadas na proteína Spike pode sugerir que o SARS-CoV-2 possa evoluir para infectar outras células, além das células pulmonares. O grande medo seria a infecção, por exemplo, de células neurológicas, afirma Guzzo.
Aumento da transmissão Além disso, foi observado que o período em que as pessoas começam a transmitir o vírus tem se iniciado cada vez mais cedo conforme as variantes surgem. Antes ainda do início dos sintomas.
Vimos que 74% das transmissões pela variante Delta foram feitas por assintomáticos. Na variante original, as pessoas começavam a transmitir o vírus um dia antes do início dos sintomas. Já na Delta, isso passou a acontecer com dois dias de antecedência. São detalhes que mostram que o vírus está evoluindo na sua capacidade de se esconder em nosso organismo. O que também pode estar relacionado com o aumento na gravidade dos casos e na taxa de transmissão, detalha.
Isso explica por que cada pessoa contaminada com a variante original transmitia o vírus, em média, para duas pessoas. Já na Delta esse número aumentou para cinco e, na ômicron, a taxa varia entre sete e dez contaminações. Portanto, vale lembrar que as vacinas que temos hoje impedem a mortalidade e os casos graves da doença, mas não conseguem impedir que o vírus circule, complementa.
Nosso estudo vai ao encontro daquilo que apontou a Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente, que o coronavírus ainda segue com o status de emergência à saúde pública por conta de sua evolução imprevisível, afirma Guzzo. Precisamos tomar as doses de reforço da vacina, evitar aglomerações, manter a utilização das máscaras, a higienização das mãos e manter os ambientes ventilados, enfatiza. Assim evitamos uma nova onda, postergando o surgimento de novas variantes de preocupação até que possamos descobrir medicamentos eficazes contra a Covid-19 e imunizantes, que possam bloquear a infecção e a transmissão viral, além de ativarem a produção de anticorpos que permaneçam por um período mais longo de tempo no corpo humano.
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PORTAL UOL
Covid: Nenhuma criança ou adolescente morreu por conta da vacina, diz Saúde
Passados dez meses do início da vacinação contra a covid-19 da faixa etária abaixo de 18 anos no Brasil, nenhuma criança ou adolescente morreu em decorrência de efeito adverso da vacina. O dado consta em boletim epidemiológico especial do Ministério da Saúde, que investigou 38 óbitos notificados por estados e municípios e descartou que eles tenham sido provocados pela vacina.A vacinação de adolescentes foi aprovada no dia 11 de junho de 2021 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que liberou a vacina da Pfizer para a faixa etária de 12 a 17 anos. A vacina para crianças entre 5 e 11 anos foi liberada apenas em dezembro do ano passado. Relacionadas Minas investiga raiva humana em criança de 11 anos; 4º caso no estado Anvisa pede 15 dias para alteração de atos normativos relacionados à covid Queiroga oficializa fim da emergência por covid: o que pode mudar agora? Segundo o documento, divulgado na terça-feira (26), desde o início da vacinação até o dia 12 de março, o ministério recebeu a notificação de 3.463 casos de eventos adversos na faixa etária abaixo de 18 anos.
Destes, 419 (ou 12,1% do total) foram graves e 38 resultaram em morte, segundo classificação das vigilâncias epidemiológicas municipais e estaduais.A análise dos casos foi feita com base no sistema de informação e-SUS Notifica, onde há um módulo para que vigilâncias epidemiológicas municipais e estaduais comuniquem casos de eventos adversos. Com base nessas informações, todos os casos de óbito são investigados para comprovar ou descartar que a vacina está ligada à causa da morte.Segundo a investigação, a média de idade dos óbitos informados pelas vigilâncias foi de 13 anos e teve a mesma proporção entre os sexos. O intervalo de tempo entre a vacinação e o início do evento adverso é de, em média, 30 dias.Uma das revelações do documento é que alguns dos óbitos notificados nem sequer estavam dentro do intervalo possível entre a aplicação da dose e o óbito. "Quatro eventos ocorreram com mais de 30 dias após a vacinação, evidenciando uma relação temporal inconsistente de acordo com a classificação de evento adverso", aponta.Do total de comunicados de eventos adversos feitos ao ministério, 38 (ou 1,1%) terminaram em morte, sendo 36 casos relacionados à vacina Pfizer e dois, à CoronaVac.Após a investigação dos casos, os 38 óbitos notificados foram avaliados e classificados como:Reações coincidentes ou inconsistentes: 23;Inclassificáveis devido à necessidade de informações: 13;Dados conflitantes em relação à causalidade: 2.Até o momento, não há registro de evento adverso com desfecho óbito na faixa etária de cinco a menores de 18 anos com relação causal com as vacinas utilizadas confirmadaBoletim especial do Ministério da SaúdeEfeitos comprovadosPara especialistas ouvidos pela coluna, o resultado mostra como a vacinação nessa faixa etária é segura e confere grande eficácia."O boletim confirma o perfil de segurança demonstrado nos estudos de fase 3 e que propiciaram o licenciamento da vacina no público de crianças e adolescentes.
Portanto, vacinar continua como a melhor forma de prevenção para esse público, sem dúvidas", afirma a pediatra Melissa Palmieri, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) em São Paulo."A gente já esperava esse resultado [da Pfizer]; e no caso da CoronaVac é uma vacina de vírus inativado, igual a outras usadas há muita décadas e nada reatogênica", avalia Mônica Levi, diretora da SBIm. A dose liberada da vacina Pfizer é de apenas 1/3 da vacina para adultos e adolescentes.A gente quer proteger crianças e adolescente com segurança, e está provado --aqui e no mundo-- que evento adverso é extremamente raro. Esses dados mostram, para quem tinha medo ou receio de levar seu filho, que é hora vacinar! É o momento de vencer a desinformação.Mônica Levi, SBImAo contrário das vacinas, a covid-19 já foi responsável pela morte de 2.933 pessoas entre 10 e 19 anos, segundo dados dos cartórios de registro civil colhidos ontem (27) no portal da transparência da covid.A doença, por sinal, se tornou a principal causa de morte natural para essa faixa etária no país.
Entre adultos, segurança comprovadaNo que se refere à vacinação somando todas as faixas etárias, o acompanhamento dos eventos adversos também continua apontando para uma grande segurança de todos os imunizantes utilizados no Brasil.Até o dia 12 de março, foram 142.401 eventos adversos notificados ao ministério, sendo mais de 90% (130,4 mil) considerados não graves. Houve ainda 26.315 erros de imunização.É considerado evento adverso grave qualquer evento que requeira hospitalização e que tenha ao menos um desses itens:Risco de morte ou exigência de intervenção clínica imediata para evitar o óbito;Disfunção significativa e/ou incapacidade permanente;Anomalia congênita;Óbito.Em termos proporcionais, são idosos os que mais sofrem com efeitos adversos: Segundo as notificações dos departamentos de vigilância, apenas 4,1 doses em cada 100 mil aplicadas apresentam eventos adversos graves.Como tem feito em boletins passados, a pasta compara o risco de ter um evento adverso com o de ser internado com doença grave ou de morrer por covid-19.
Até o dia 2 de abril, lembra o boletim, foram 3.074.283 internações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e 660 mil óbitos confirmados pela covid-19 no Brasil.De acordo com o relatório, 1,4% da população brasileira (ou 1.451 a cada 100 mil habitantes) foi internada ou morreu por SRAG entre 2020 e abril de 2022. No mesmo período, a mortalidade por covid-19 foi de 311,7 a cada 100 mil habitantes. Os dados indicam que a chance de ser internado por SRAG é 354 vezes maior do que a de sofrer um evento adverso da vacina. A chance de morrer por covid-19 é 76 vezes maior.
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REVISTA COBERTURA
ANS disponibiliza a atualização dos painéis com os dados econômico-financeiros
As publicações contemplam dados referentes ao ano de 2021
Já está disponível no portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a atualização do Prisma Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar, do Painel Contábil da Saúde Suplementar, do Anuário: Aspectos Econômico-Financeiros das Operadoras de Plano de Saúde e do Atlas Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar. Os quatro painéis apresentam dados econômico-financeiros do setor em uma ferramenta dinâmica, com interface simples e de fácil compreensão para toda a sociedade.
O Prisma é dividido em três grandes grupos: Dados Consolidados do Setor de Saúde Suplementar, Ativos Garantidores e Provisões Técnicas e Indicadores Econômico-Financeiros (ponderados e não ponderados). Apresenta a evolução dos dados econômico-financeiros do setor de forma consolidada e por modalidade de operadoras de planos de saúde. O Prisma é atualizado com dados trimestrais das operadoras; e apresenta agora os dados relativos ao 4º trimestre de 2021.
No caso do Painel Contábil, o principal objetivo é apresentar, de forma dinâmica, os dados contábeis já divulgados no portal da ANS e no Portal Brasileiro de Dados Abertos, ampliando a transparência das informações enviadas pelas operadoras à Agência. O painel é atualizado com dados trimestrais das operadoras; e apresenta agora os dados relativos ao 4º trimestre de 2021. A novidade nesta edição é a inclusão de uma nova página na qual é possível consultar diferentes indicadores, como sinistralidade e índice combinado, em três bases temporais distintas: por trimestre, por período de 12 meses e acumulado no ano.
Já o Anuário apresenta aspectos econômico-financeiros de cada operadora de plano de saúde, como dados do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados do Exercício, além de diversos indicadores necessários para uma análise mais detalhada das empresas do setor. O Anuário é atualizado anualmente e apresenta agora os dados relativos a 2021.
O Atlas oferece uma visão concorrencial do setor, apresentando indicadores de concentração, número de beneficiários, identificação das operadoras que possuem as maiores fatias de mercado e receitas e despesas assistenciais estimadas para cada um dos 148 mercados relevantes de planos individuais e familiares, coletivos por adesão e coletivos empresariais. O Atlas apresenta também a evolução dos dados anualmente e apresenta agora os dados relativos a 2021.
Além disso, duas novidades estarão disponíveis aos usuários no Atlas:
I. A partir de agora será possível consultar a quantidade de planos (produtos) comercializáveis e de operadoras que os oferecem por mercado relevante. O objetivo é indicar quantos produtos estão efetivamente à disposição do consumidor.
II. Também será possível ter uma visão por operadora. Nela se consulta a importância dos principais mercados relevantes em que cada uma atua para a respectiva carteira.
Confira o Atlas Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar
Os dados que constam nos painéis incluem também as demais competências desde 2018, e são extraídos de Documentos de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS), do Sistema de Cadastro de Operadoras (CADOP), do Sistema de Informações de Beneficiários (SIB) e das Notas Técnicas de Registro de Produtos (NTRP).
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 27/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospital de Uruaçu passa a realizar cirurgia de reconstrução de face
Santa Casa diz que aumentou vagas para atendimento em cardiologia
Pacientes enfrentam dificuldade para conseguir consultas na Santa Casa de Goiânia
Dois hospitais ficaram sem energia por problemas nas redes elétricas em Goiás
Família de contador que morreu de Covid-19 deve ser indenizada em R$ 500 mil por empresa em que ele trabalhava
Médico atende pacientes à luz de velas por falta de energia em hospital de Niquelândia
Sindsaúde se reúne com titular da SEAD para discussão pautas dos servidores da saúde
HGG retoma o projeto Saúde na Praça com o atendimento gratuito; veja programação
A REDAÇÃO
Hospital de Uruaçu passa a realizar cirurgia de reconstrução de face
O Hospital Estadual Centro-Norte Goiano (HCN), localizado em Uruaçu, começou a oferecer neste mês de abril cirurgia de traumatologia do complexo bucomaxilofacial, segmento odontológico que atende a casos de alta complexidade, ocasionados por acidentes e outras indicações patológicas para reconstrução facial.
A intervenção foi indicada a dois pacientes que sofreram acidentes com traumas e fraturas na região da face. Uma das pessoas foi uma mulher de 35 anos. “Ela sofreu uma queda da própria altura. Devido ao trauma, ficou com dificuldades respiratórias e rinoescoliose, pois o nariz ficou bastante torto. Realizamos a cirurgia e deixamos o nariz da paciente o mais próximo do normal, fizemos tamponamento nasal, que foi removido após 48 horas”, explica o cirurgião-dentista do HCN, Leandro Costa.
Já o outro paciente foi um homem de 60 anos, regulado para o procedimento devido a um acidente motociclístico. Nos dois casos, a recuperação foi rápida e ambos tiveram alta. Nesse sentido, o especialista em cirurgia bucomaxilofacial pontua que o pós-operatório costuma ser tranquilo. “Em poucos dias de acompanhamento, o paciente já consegue ter alta e se alimentar em casa com as devidas orientações”, ressalta Costa.
Equipe capacitada
Vale reforçar que os profissionais odontólogos que realizam a cirurgia bucomaxilofacial possuem uma extensa especialização. O que evidencia o investimento do HCN na formação de equipe multiprofissional e altamente capacitada. Atualmente, fazem parte do quadro do hospital dentistas, enfermeiros, médicos, assistentes sociais, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros colaboradores de áreas diversas.
“Essa é uma especialidade odontológica que exige grande especialização para o profissional já formado em odontologia. São cerca de três anos de aperfeiçoamento a mais em vivência hospitalar. O procedimento abrange a região acima do osso hioide (que fica na parte anterior do pescoço) e abaixo da linha do glabelar (local entre as sobrancelhas)”, destaca Costa.
Fluxo de atendimento
Com a realização do novo procedimento, a população do Centro-Norte Goiano fica ainda mais assistida. “Antes, o paciente que tinha fratura ou trauma na face tinha de ser direcionado para outra unidade em uma cidade distante. Então, essa implementação no complexo melhora toda a logística hospitalar da região, além de ser um grande benefício para a assistência à saúde dos moradores de Uruaçu e cidades do entorno”, reforça o cirurgião-dentista.
A opinião vem ao encontro da direção do hospital: “Sem dúvida, estamos conseguindo atender à estratégia do Estado de inverter o fluxo de atendimento e regionalizar a saúde”, completa Getro de Oliveira Pádua, diretor do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), organização social que administra o HCN.
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TV ANHANGUERA
Santa Casa diz que aumentou vagas para atendimento em cardiologia
Apesar disso, capacidade é limitada para atender a grande demanda
https://globoplay.globo.com/v/10522358/?s=0s
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Pacientes enfrentam dificuldade para conseguir consultas na Santa Casa de Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/10521869/
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Transformador de energia pega fogo e Santa Casa precisa ser abastecida por geradores
globoplay.globo.com/v/10519169/
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Dois hospitais ficaram sem energia por problemas nas redes elétricas em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/10521204/
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PORTAL G1
Família de contador que morreu de Covid-19 deve ser indenizada em R$ 500 mil por empresa em que ele trabalhava
Parentes disseram que escritório funcionava presencialmente mesmo com proibição de decreto, o que levou o homem a contrair o coronavírus.
A viúva e o filho de um auxiliar de contabilidade de 42 anos devem ser indenizados em R$ 500 mil pela empresa em que ele trabalhava após o funcionário morrer de Covid-19, em Goiânia. Segundo a família, o escritório estava funcionando mesmo com o decreto que proibia a abertura de atividades não essenciais. Com isso, o homem teria contraído a doença no local e morrido.
Ainda cabe recurso dessa decisão. Por telefone, a defesa da empresa disse que não tinha conhecimento da sentença até as 12h30 desta terça-feira (26) e que buscaria informações sobre o caso. O g1 não recebeu um novo posicionamento até a última atualização dessa reportagem.
A família pediu que o nome do homem não fosse divulgado. Ele testou positivo para a Covid-19 e foi afastado do trabalho no dia 8 de março de 2021. O funcionário morreu no dia 1º de abril.
A Prefeitura de Goiânia publicou um decreto no dia 27 de fevereiro proibindo atividades não essenciais. Escritórios de contabilidade se enquadravam nos estabelecimentos que deveriam se manter fechados.
Porém, funcionários contaram em depoimento à Justiça que trabalhavam normalmente na empresa. Eles eram orientados a manter janelas e cortinas fechadas, não sair do local e até mesmo evitar estacionar próximo para não chamar a atenção da fiscalização.
Nesse período, dez funcionários ficaram doentes no escritório. Apenas no dia 27 de março um novo decreto da prefeitura incluiu escritórios de contabilidade como atividade essencial. Porém, nessa data, o auxiliar contábil já tinha contraído o coronavírus.
Na sentença, a juíza Viviane Silva Borges defende que não é possível afirmar com certeza o local da contaminação do trabalhador, mas que há uma “alta probabilidade de ter ocorrido no ambiente laboral diante dos demais elementos trazidos aos autos”.
Diante disso, a família pediu indenização por danos morais e materiais. Considerando a idade do homem, o tempo de vida que ele teria baseado nas expectativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o salário que ele ganhava na empresa, a Justiça determinou que fosse pago aos familiares o valor R$ 60 mil como reparação moral.
Além disso, foi estabelecida uma pensão mensal de R$ 1.095,44 até a data em que o funcionário faria 76 anos. Considerando que a vítima tinha 42 anos quando morreu, o montante acumulado da pensão ultrapassa R$ 440 mil.
“É um marco para a Justiça goiana e para a Justiça Trabalhista como um todo aplicar nossa legislação a um caso concreto de algo tão recente. O maior desafio é estabelecer o nexo causal, que é ter a relação entre o acidente, no caso a doença, com a atividade profissional”, disse o advogado da família do funcionário, Luis Gustavo Nicoli.
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Médico atende pacientes à luz de velas por falta de energia em hospital de Niquelândia
Profissional disse que gerador da unidade médica funciona apenas para o centro cirúrgico, que são os casos de emergência. Enel disse que vai trocar o transformador da região.
O médico Américo Lúcio Neto atendeu pacientes à luz de velas na noite de segunda-feira (25) por falta de energia no Hospital Santa Marta, o único privado de Niquelândia, no norte de Goiás. A diretora-administrativa da unidade médica, Maria Aparecida Arruda, disse que a energia elétrica acabou às 14h de segunda e não voltou até as 12h desta terça-feira (26).
"Eu fiz plantão a noite à luz de velas. Estamos com gestantes e pacientes internados. Não podemos ficar sem energia.Temos um transformador, mas funciona apenas para o centro cirúrgico", desabafou o médico.
A diretora-administrativa do hospital contou que a concessionária levou um gerador portátil de energia para atender a unidade momentaneamente, mas não resolveu.
"Chegou, mas não resolveu nosso problema porque a energia que está chegando é bem acima da voltagem dos nossos aparelhos. Chega mais de 300 volts, enquanto nossos equipamentos aceitam 220 volts", explicou Maria Arruda.
A distribuidora de energia Enel informou em nota que as esquipes estão trocando o transformador da região nesta terça-feira. A empresa avaliou que é preciso aumentar a capacidade do transformador para reduzir o risco de falhas.
A empresa reforçou ainda que, conforme a legislação, toda unidade de saúde precisa ter disponíveis geradores de energia para operar em casos de emergência.
Segundo a diretora, o hospital continua aberto para atender pacientes, mas não tem como fazer exames de raios-x e eletrocardiograma, por exemplo, pela falta de energia.
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O HOJE
Sindsaúde se reúne com titular da SEAD para discussão pautas dos servidores da saúde
Por: Cecília Sampaio
Na última segunda-feira (25/4), representantes do Sindicato dos trabalhadores do sistema único de saúde de Goiás (Sindsaúde) se reuniu com o titular da Secretaria de Estado da Administração (SEAD), Bruno D’Abadia, para discutir interesses dos servidores de saúde do estado. Eles tentam realinhar a tabela salarial, assegurar o pagamento da progressão salarial e aumentar o teto do vale-alimentação.
A Lei Complementar Federal 191/22 desenvolveu uma contagem de tempo para concessão de direitos relacionados ao tempo de serviço para a Saúde e Segurança. Quando questionado sobre Bruno afirmou que já está sendo acertada a liberação e que a concessão acontecerá até agosto.
Já sobre o vale-alimentação, o sindicato pede o aumento do teto, que no momento equivale a R$ 5508, e buscam alternativas para não perder o benefício.
De acordo com Ricardo Manzi, presidente do sindicato, o secretário já tem conhecimento sobre a tabela dos servidores. Bruno explicou que o processo retornou a Secretaria de Saúde de Goiás para qualificar informações e depois retornará a SAED, mas ainda dependerá do aval da Secretaria de economia.
Ficou acordado que eles terão retorno da secretaria. Além de Rodrigo participaram da reunião a vice-presidente do Sindsaúde de Goiás, Néia Vieira, e a secretária Geral Flaviana Alves.
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HGG retoma o projeto Saúde na Praça com o atendimento gratuito; veja programação
Por: Rodrigo Melo
Após dois anos suspenso devido à pandemia de Covid-19, o projeto Saúde na Praça, promovido pelo Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, retorna nesta terça-feira (26/4) e irá até o fim do ano (veja programação abaixo). A ação será realizada na Praça Abrão Rassi, em frente ao hospital, em alusão ao Dia Mundial de Prevenção à Hipertensão Arterial, celebrado na data.
A iniciativa de promoção da saúde conta com o atendimento de profissionais e serviços gratuitos à população, das 7 às 12 horas. O público terá acesso a aferição de pressão arterial, teste de glicemia e orientações das equipes de enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, cardiologia e clínica médica.
A chefe do serviço de Cardiologia do HGG, Flaviana Carneiro, alerta que a hipertensão arterial é uma doença silenciosa, de grande prevalência no mundo e que, normalmente, não manifesta sintomas. “Raramente a pessoa pode sentir uma dor de cabeça, uma dor no peito, mas como é uma doença silenciosa, a maioria dos hipertensos não percebe os sintomas”, explica.
A médica ressalta que as pessoas com maior predisposição à hipertensão são as obesas, as que fazem uso de medicação contínua e/ou de anti-inflamatórios, as tabagistas, as que levam uma vida sedentária e as que ingerem álcool e sal em excesso. Para evitar a hipertensão, é preciso ter uma vida saudável, com prática de exercícios físicos e alimentação controlada, além de observar o histórico familiar. “Quem tem hipertensos na família tem uma tendência maior de ter hipertensão”, explica Flaviana.
Saúde na Praça
O Saúde na Praça é um projeto do HGG realizado desde 2017, com ações organizadas pela equipe médica da unidade. O objetivo é promover ações de conscientização, prevenções de doenças e orientações para a melhora da qualidade de vida da população. Todos os serviços oferecidos pela “tenda da saúde” do HGG são gratuitos.
Programação
O projeto do HGG tem programação para o ano inteiro, sendo feito em maioria, duas vezes por mês. Cada dia terá um tema específico. No mês de maio já tem a definição dos temas, porém, nos outros ainda está em planejamento. Confira:
Maio:
Dia 5 – Higienização das mãos
Dia 26 – Saúde digestiva
Junho – dias 21 e 27
Julho – dias 15 e 28
Agosto – dias 4 e 5
Setembro – dias 6 e 22
Outubro – dias 6 e 27
Novembro – dias 10 e 17
Dezembro – dia 8
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 26/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Pesquisa da USP e do Sírio alerta para mais variantes
Capacitar liderança é prioridade maior que transformação digital em 2022
OCB/GO vai profissionalizar núcleos para apoiar cooperativas do interior
MPGO recomenda ao município de Goiânia a adoção de medidas para regularização do Imas e da assistência aos usuários
Vacina contra Covid nas clínicas particulares
Anvisa aprova novo medicamento à base de cannabis
Governo convoca mais de 2,6 milhões de goianos para tomarem a dose de reforço contra Covid-19
Paciente é executado dentro de hospital
O ESTADO DE S.PAULO
Pesquisa da USP e do Sírio alerta para mais variantes
Pandemia do coronavírus
_ Para cientistas, existe uma alta probabilidade de mutação, que ainda aumenta com a circulação crescente do vírus da covid-19 pelo mundo
EMÍLIO SANT'ANNA
Novas variantes do coronavírus capazes de enganar o sistema imunológico e mais transmissíveis devem surgir nos próximos meses, aponta pesquisa feita por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Sírio-Libanês. Publicado na revista Viruses o estudo alerta que essa é uma alta probabilidade e aumenta com a grande circulação do coronavírus - propiciada pela retomada do contato social - e não é possível afirmar que a letalidade menor apresentada pela Ômicron deve se repetir. E o cenário ainda é preocupante, com cidades enfrentando lockdowns, como Xangai, na China.
A pesquisa revisou mais de 150 artigos científicos. Foram analisados aspectos do vírus, como seu potencial de mutação, a capacidade de controle do sistema imune, a transmissibilidade e a eficácia das vacinas. Quanto maior for a circulação do vírus, maior a probabilidade do surgimento de novas variantes. "Essa é uma questão probabilística. Novas variantes são esperadas, o problema é diminuir as restrições (de contato social) que aumentam a circulação do vírus", diz Cristiane Guzzo, pesquisadora do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da USP e uma das autoras do artigo.
Ela explica que, por ora, estamos em uma situação confortável, que deve durar pelos próximos meses, período em que a imunidade criada pelas doses de reforço das vacinas e pelo alto índice de contaminação da variante Ômicron permanecerá alta. Depois disso, novas contaminações devem propiciar o surgimento de variantes ainda mais contagiosas, o que também deverá diminuir a eficácia das vacinas.
Contaminação acentuada
"Decretar que a pandemia acabou e que o vírus foi vencido não é verdade", diz o líder do grupo de pesquisas em Bioinformática do Hospital Sírio Libanês, Pedro Galante, também um dos autores do estudo. "Temos de continuar tomando todos os cuidados e medidas necessárias para evitar a transmissão", ressalta.
"Estamos olhando apenas para os números de casos e mortes (em queda) para dizer se é seguro ou não. Isso não é suficiente", afirma Cristiane.
Nesta segunda-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, retirou a obrigatoriedade da apresentação do passaporte vacinai para frequentadores de bares, restaurantes, teatros e cinemas. Essa era a última restrição de circulação em vigor na capital fluminense e sua suspensão seguiu orientação do Comitê Especial de Enfrentamento da covid-19.
RISCO. Galante afirma que as mutações que podem ocorrer no vírus ajudam a explicar por que a ideia de que o vírus se torna menos letal conforme evolui não é uma regra. No início da pandemia, as transmissões começavam um dia antes dos primeiros sintomas, diz a pesquisa. Com a variante Delta, esse período aumentou para três dias de transmissão assintomática e 74% dos contágios por aquela variante ocorreram nessa janela. "As novas variantes evoluíram de forma a aumentar o período assintomático. Ou seja, as pessoas transmitem sem saber que estão contaminadas. Para o vírus o que importa é passar de uma pessoa para outra. O que vai acontecer com a pessoa depois disso (até a letalidade) 'não importa' para ele", afirma.
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Capacitar liderança é prioridade maior que transformação digital em 2022
O desenvolvimento de líderes tem sido cada vez mais entendido como papel das empresas, principalmente em relação às soft skills. Ter as habilidades comportamentais certas para o mercado de trabalho não é exatamente uma novidade, mas as urgências e as novidades dos últimos dois anos fizeram com que elas precisem ser ainda mais aperfeiçoadas.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Great Place to Work ouviu mais de 2.600 respondentes e apontou que a prioridade número um para este ano, dentro da área de gestão de pessoas, é o desenvolvimento de lideranças. O assunto foi destacado como o mais relevante por 42,6% dos entrevistados.
Em 2021, as prioridades eram comunicação interna, 54%, seguida de mudança do mindset da liderança, 53%, e transformação digital, 42%. Essa última, inclusive, perdeu espaço este ano. Em 2020, o tema era a preocupação de 41% dos entrevistados. Em 2022, apenas 16,5% elegeram o assunto como primordial para o ano.
"Nos dois últimos anos, a mentalidade digital era uma prioridade para as empresas. O primeiro fator foi a pandemia, que acelerou a transformação digital. Neste ano, porém, esse dado não foi expressivo. Deixou de ser um grande desafio apontado pelas empresas", explica Tatiane Tiemi, vice-presidente do Great Place to Work.
Agora, o que as empresas procuram é treinar os seus líderes para que eles consigam não apenas entregar o trabalho técnico e resultados para a organização, mas também cuidar dos funcionários, enquanto estão a par de temas caros ao mercado, como diversidade e inclusão, sustentabilidade e saúde mental, completa ela. "Agora ele precisa ser um superlíder."
Segundo a pesquisa, as capacidades mais importantes do ponto de vista das empresas são: a resolução de problemas complexos, a habilidade de liderar e influenciar e a resiliência.
"Existe hoje uma sobrecarga para os líderes. Então, mais do que nunca, há a priorização das empresas em relação à capacitação, para que eles possam seguir e enfrentar desafios que aparecem nesse ambiente de incerteza. De fato, agora precisam de mais cuidado e investimento", conta Tatiane.
Confira trechos do papo com a vice-presidente do Great Place to Work, Tatiane Tiemi.
Quando a pesquisa diz que a prioridade para 2022 é o desenvolvimento de lideranças, de que tipo se fala? No sentido técnico ou comportamental?
Nos dois sentidos. Os líderes são cobrados tanto pela questão técnica quanto pelo preparo emocional. O que a gente observa é que, com a complexidade dos tempos atuais, novas pautas entraram nesse escopo da liderança, exigindo maior qualificação e desenvolvimento desses líderes.
As soft skills têm entrado com força total. Temas relacionados à diversidade e inclusão e à sustentabilidade, principalmente com o ESG, também. Outro ponto é a atenção para a saúde mental, intensificada pela pandemia, pela forma que tivemos que nos relacionar nesses dois anos e principalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ter passado a considerar o burnout como uma questão ocupacional.
Todas essas mudanças e novas demandas organizacionais certamente impactam na formação desses líderes, que, além de cuidar dos negócios, têm que cuidar das pessoas.
Como esse conceito de desenvolvimento de lideranças se relaciona com a inovação nas empresas?
É um desafio que observamos desde a pesquisa de 2020. Quando perguntamos o maior empecilho para a inovação, a maioria diz que é a mentalidade da liderança. O líder está à frente da empresa, ele é a personificação para a equipe, para o mercado, para os clientes. Se ele não estiver muito bem preparado em relação à transformação digital, à inovação e a todos os temas que permeiam o dia a dia, ele acaba sendo a barreira para que o processo de inovação aconteça.
Quando o líder faz uma gestão adequada das pessoas e do time, ele consegue promover um ambiente de confiança e esse ambiente tem uma relação direta com a inovação. As pessoas quando se sentem amparadas pelo líder, quando entendem que um erro é visto como uma oportunidade de tentar algo diferente, elas tendem a sair da caixinha, a fazer diferente.
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Esse ambiente é fundamental para as equipes terem coragem para a inovação, porque ela passa por tentativa e erro. Quando você trabalha com líder que não reconhece os erros não intencionais e necessários para um processo de inovação, ela não acontece. Mais uma vez, é algo que está na mão do líder.
É papel das empresas o desenvolvimento de líderes?
As empresas precisam intensificar essa capacidade do líder. Não é à toa que a maioria dos respondentes da pesquisa afirmou que essa é a prioridade de trabalho para este ano, porque agora ele precisa ser um superlíder: responder pelos resultados do negócio, cuidar das pessoas, responder a temas como diversidade e inclusão, sustentabilidade e saúde emocional.
Existe hoje uma sobrecarga para eles. Então, mais do que nunca, há a priorização das empresas em relação à capacitação, para que eles possam seguir e enfrentar desafios que aparecem nesse ambiente de incerteza. De fato, agora precisam de mais cuidado e investimento.
Que tipo de capacidade as empresas buscam desenvolver nos líderes?
Observando as cerca de 4 mil empresas que se submeteram aos nossos processos e pesquisas, nós observamos esse desafio de treinar líderes. Elas estão demandando soluções que ajudem os líderes a ser mais humanizados, para conseguir trabalhar com as adversidades. Os temas que elas mais buscam são: dar e receber feedback, como se comunicar de forma mais assertiva, como liderar de forma imparcial e como humanizar as relações com o intuito de construir maior confiança nas equipes.
Com isso em mente, nós desenvolvemos duas soluções com foco na capacitação de líderes. Uma delas é a Youleader, que se consolidou no último ano, e trabalhamos com 500 empresas. A outra é a Lidera, que é voltada para pequenas empresas, porque sabemos que toda empresa precisa desse tipo de treinamento.
Essas duas formações acontecem de forma híbrida e são voltadas a diversos aspectos, principalmente na gestão de pessoas mais humanizada. A demanda por gestão emocional também cresceu bastante. O foco acaba sendo soft skills, gestão de negócios e visão de mundo.
Em "visão de mundo", por exemplo, a gente faz uma atualização em relação a tudo o que está acontecendo no mundo. Fazemos uma curadoria dos acontecimentos e, então, levamos alguém com propriedade no tema para conseguir compartilhar sobre o assunto. Recentemente, levamos um especialista para treinar sobre o impacto da segurança da covid-19, como que o líder pode atuar nesse sentido.
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A REDAÇÃO
OCB/GO vai profissionalizar núcleos para apoiar cooperativas do interior
Goiânia – O Sistema OCB/GO conquistou grande avanço em seu papel institucional de representação, capacitação e apoio às cooperativas goianas, em 2021. Para este ano, prevê novos investimentos, especialmente com o objetivo de fortalecer o cooperativismo em todas as regiões do Estado, por meio de melhor estrutura e da profissionalização dos núcleos regionais implantados no ano passado.
O projeto Sistema OCB/GO Itinerante, que continua em execução, possibilitou a visita a 127 cooperativas goianas até agora. Em 2022, terá forte incremento com a contratação, via processo seletivo do SESCOOP/GO, de analistas de cooperativismo para dar apoio in loco aos coordenadores dos seis núcleos regionais cooperativos do Sistema. A meta é ajudar a promover ações de fortalecimento do cooperativismo em todos os seus ramos.
"Visitamos os cinco núcleos regionais do interior (Norte, Nordeste, Sul, Sudoeste, Noroeste e Entorno do Distrito Federal) em 2021 e 2022. Agora, estamos em visita às cooperativas do Núcleo Central. Esperamos, até o final do ano, ter visitado todas as cooperativas registradas na OCB/GO”, disse o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira.
Os resultados foram destacados na Assembleia Geral Ordinária (AGO), seguida pela Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizadas em formatos presencial e on-line, na manhã de hoje (25/04), na sede da OCB/GO, em Goiânia. Também foram apresentadas a prestação de contas da administração relativa a 2021 e mudanças no estatuto da OCB/GO, integralmente aprovadas.
O estatuto foi atualizado, ampliando a abrangência dos serviços às cooperativas registradas e não filiadas e a implantação da governança dual, com Conselho de Administração e Diretoria Executiva separados em funções estratégicas e operacionais.
Solidez
O ano de 2021 foi próspero para o Sistema OCB/GO, apesar das dificuldades impostas pela pandemia. Conforme a demonstração das Mutações do Patrimônio Social, o resultado apresentou incremento de R$ 1,2 milhão em relação a 2020. E quando se considera os últimos cinco anos, os superávits totais saltaram de R$ 15,7 milhões, em 2016, para R$ 20,8 milhões, em 2021, apresentando crescimento em todos os anos.
Segundo Luís Alberto Pereira, esses números mostram que o Sistema OCB/ GO cresce ano a ano, o que comprova a solidez da instituição. "A demonstração de resultados atesta que a nossa receita subiu cerca de R$ 600 mil, enquanto nossas despesas cresceram cerca de R$ 150 mil. Ou seja, estamos com um controle muito eficiente das nossas despesas, ao passo que a receita subiu significativamente”, compara.
Números
Braço educacional do Sistema OCB/GO, o SESCOOP/GO investiu R$ 10,8 milhões em treinamentos, contabilizando mais de 660 ações de formação profissional e proporcionando a capacitação de 20.182 pessoas. Além disso, realizou 205 ações de promoção social, beneficiando 68.238 pessoas.
O Sistema OCB/GO representa mais de 260 cooperativas, em um universo formado por mais de 300 mil cooperados, responsável por cerca de 13 mil empregos diretos. De 2020 para 2021 foi registrado um aumento de 7,96% no número de postos de trabalho e de 42 mil novos associados, um salto de 16,1%.
Atividades
O Relatório de Atividades 2021 do Sistema OCB/GO também foi apresentado. Foram várias as ações ao longo do ano, com destaque ao fomento à criação de novas cooperativas. Para isso, foi estabelecida parceria com o Governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual da Retomada.
Além disso, foram executadas ações distribuídas com planejamento, alinhadas às diretrizes do Sistema OCB/GO: representação, gestão e governança, comunicação, inovação, intercooperação e mercado. "Fizemos muito em 2021 e faremos ainda mais em 2022”, enfatizou Luís Alberto.
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MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
MPGO recomenda ao município de Goiânia a adoção de medidas para regularização do Imas e da assistência aos usuários
O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou ao prefeito de Goiânia, Rogério Oliveira da Cruz, e ao presidente do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), Welmes Marques da Silva, que adotem uma série de medidas administrativas, em caráter de urgência.
No documento, assinado pelas promotoras de Justiça Carmem Lúcia Santana de Freitas, titular da 20ª Promotoria de Justiça (PJ) da capital, e Marlene Nunes Freitas Bueno, titular da 87ª PJ, é recomendado, entre outras medidas, que seja elaborado e apresentado cronograma de pagamento dos serviços realizados e auditados, com a respectiva quitação, para o restabelecimento da assistência à saúde aos usuários do Imas.
Também foi recomendado um levantamento da dívida pendente de reconhecimento, com a instituição de auditoria extraordinária, para elaboração de cronograma de pagamento. As promotoras de Justiça sugeriram também rigor na análise de contas, com apuração de glosas, bem como a elevação do quantitativo de profissionais auditores e peritos.
Na semana passada, as duas promotoras de Justiça reuniram-se com o prefeito Rogério Cruz, na sede do MPGO, quando pontuaram sobre a necessidade de tomada de providências urgentes para que a assistência aos servidores municipais retorne à normalidade, como o estabelecimento de cronograma para pagamento dos prestadores dos serviços de saúde, regularidade dos repasses financeiros para o Imas.
Outro aspecto abordado foi em relação à autonomia administrativa e financeira do instituto, fortalecimento do quadro de auditores, conclusão dos processos de credenciamentos, provimentos dos cargos de direção por meio de avaliação criteriosa, com preponderância da qualificação técnica.
Também participaram da reunião a procuradora-geral do Município, Tatiana Accioly Fayad; o chefe de Gabinete da Prefeitura, José Alves Firmino, e o subprocurador-chefe de Assessoramento Jurídico, Rafael de Oliveira Caixeta. Na ocasião, a promotora Carmem Lúcia Santana de Freitas fez explanação do histórico dos atos realizados pelo MPGO.
Promotoras apontam falta de informações em portal
Entre as outras recomendações contidas no documento expedido hoje (25/4), estão a imediata revisão das tabelas de procedimentos e serviços, reestruturação administrativa, provimento de cargos de direção com servidores qualificados tecnicamente, mediante criteriosa avaliação curricular, e maior transparência nas informações contábeis e anexos orçamentários.
Foi estabelecido prazo de cinco dias úteis para a manifestação de acatamento ou não da recomendação. No caso de concordância, afirmam as promotoras de Justiça, será aguardado o decurso do prazo de 15 dias úteis para a remessa aos autos do inquérito civil do cronograma de execução das medidas elencadas, juntamente com a documentação comprobatória das medidas iniciadas e ou concluídas.
Na recomendação, as promotoras de Justiça observam que, em consulta ao portal do Imas, foram verificadas falhas de informações e de acesso a informações. Além disso, afirmaram que o instituto é um plano de saúde em regime de cooperação, em que parte é financiada pelos servidores municipais por meio de contribuição descontada em folha de pagamento e a outra parte pelo poder público, com as contribuições dos servidores não integrando o caixa da Prefeitura.
Também consideraram que o Imas vem “demonstrando exaustivamente uma grave anormalidade administrativa, que tem ocasionado risco à qualidade e à continuidade do atendimento à saúde dos usuários”, bem como tem dificultado e impedido o acesso aos procedimentos e assistência em saúde. Outro problema é o descumprimento de regras relativas à contratação e ao credenciamento de prestadores de serviços de saúde.
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O POVO
Vacina contra Covid nas clínicas particulares
A vacina contra a Covid-19 nas clínicas particulares está mais perto de sair. Até então, o foco estava no Sistema Único. Mas o Ministério da Saúde já estuda uma forma de permitir a compra nas redes privadas para que os estabelecimentos ofertem aos pacientes.
Pela regra atual, as empresas somente podem adquirir os imunizantes para aplicação gratuita, além disso, com doação de 50% para o SUS, conforme Lei 14.125/2021.
A Associação Brasileira de Clínica de Vacinas (ABCVAC) inclusive frisava que a lei inviabilizava completamente que o setor privado trabalhasse nesse âmbito. ?Não há lógica para uma clínica, que sobrevive dos serviços de vacinação, comprar doses de vacinas, aplicá-las gratuitamente e ainda doar metade do estoque para a rede pública.?
O potencial de mercado neste tipo de vacina é grande. Pois vai ser uma imunização anual, em mais de uma campanha. E quem puder adquirir a dose em clínica particular vai ter essa opção.
As redes particulares vão atuar, conforme já fazem, como um serviço complementar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
E a busca por conseguir comprar vacina contra o coronavírus vem desde novembro de 2020. Mas como a prioridade é o SUS, não havia disponibilidade do produto.
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ISTOÉ
Anvisa aprova novo medicamento à base de cannabis
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (25), autorização de um novo produto à base de cannabis. O medicamento é o Canabidiol Active Pharmaceutical. Este é o 15º produto medicinal aprovado pela agência.
De acordo com a resolução, o produto será fabricado no Canadá e comercializado no Brasil sob a forma de solução, contendo 20 mg/ml de canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC). Ele poderá ser importado e vendido em farmácias e drogarias no Brasil.
A liberação para o paciente deverá ser feita pelo farmacêutico, a partir de prescrição médica por meio de receita especial do tipo B, que tem cor azul e é retida no estabelecimento.
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O HOJE
Governo convoca mais de 2,6 milhões de goianos para tomarem a dose de reforço contra Covid-19
Por: Augusto Sobrinho
Apesar dos bons resultados em relação à pandemia no estado, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), alerta que 2,6 milhões de goianos estão com a dose de reforço contra Covid-19 atrasado. São três aplicações para pessoas acima de 18 anos e quatro para idosos e imunossuprimidos.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, fala sobre esse cenário. “É preocupante esse alto número de atrasados para a dose de reforço. Todos os maiores de 18 anos que já receberam a segunda dose há mais de quatro meses já podem procurar um posto de saúde para receber a terceira dose”, explica.
Ela aproveita para reforçar que a imunização é comprovadamente segura e eficaz na prevenção de quadros graves e de óbitos pelo coronavírus, conforme tem sido demonstrado na análise dos óbitos ocorridos desde fevereiro. Além disso, afirma que há vacinas em todos os postos de saúde do estado.
A recomendação é que todos completem os esquemas vacinais seguindo as orientações sanitárias, ou seja, duas doses de vacina, mais uma de reforço (três doses), para toda a população acima de 18 anos de idade e as pessoas acima de 60 anos e os imunossuprimidos devem tomar, ao todo, quatro doses.
Impacto
De acordo com os dados de investigação da condição vacinal de pessoas que vieram a óbito desde fevereiro, às pessoas que não se vacinaram ou tomaram apenas uma única dose estão entre a maioria dos registros de óbitos, com taxa de 23,23/100 mil habitantes, na faixa etária acima de 60 anos.
Os idosos não vacinados ou com vacinação incompleta tem uma taxa de óbitos onze vezes maior e uma taxa de internação seis vezes maior do que os idosos com esquema primário completo mais a dose de reforço.
Mesmo quem está com esquema vacinal incompleto, a depender da condição da imunidade e de outros fatores clínicos individuais, tem taxa de 2,74 óbitos, na faixa etária acima de 60 anos. A SES-GO alerta que o coronavírus continua em circulação, com pelo menos três variantes conhecidas.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Paciente é executado dentro de hospital
Conforme um funcionário da enfermagem, o local foi tomado por um clima de "desespero" e "pânico" após o ataque
Um paciente foi executado a tiros na frente da equipe médica do Hospital Santo Amaro, em Guarujá, no litoral de São Paulo, no último domingo, 24. Conforme um funcionário da enfermagem, o local foi tomado por um clima de “desespero” e “pânico” após o ataque. Veja o momento:
Os suspeitos conseguiram fugir depois do crime e, até a manhã desta segunda-feira, 24, não haviam sido identificados.
“O paciente ficou internado em um quarto e eu estava em outro. Teve um momento que cheguei a entrar no local para ajudar a auxiliar de enfermagem que cuidava dele e ele parecia tranquilo durante toda a noite”, afirma o profissional, que atua na ala de pacientes que passaram por cirurgia.
Segundo o HSA, o paciente identificado como Gilianderson dos Santos, de 37 anos, deu entrada no local na última sexta-feira, 22, com ferimento por arma de fogo na nádega e na perna. A Polícia Civil, informou que Gilianderson relatou durante o registro do boletim de ocorrência, na madrugada do último sábado, 23, que havia sido vítima de um roubo na ciclovia da Piaçaguera.
De acordo com o B.O, os assaltantes levaram a bicicleta e mochila dele. Mesmo baleado na nádega e na perna, ele conseguiu caminhar até a Avenida Bento Pedro da Costa, no Jardim Conceiçãozinha e pedir ajuda. Uma equipe do SAMU socorreu a vítima ao hospital conta com 30 funcionários da segurança.
A dupla disparou cerca de seis tiros na direção de Gilianderson que atingiram a cabeça e abdômen do paciente.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 21 A 25/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Queiroga assina portaria que encerra emergência sanitária por conta da Covid-19
Planos de saúde terão reajustes que podem chegar a 16%
Secretaria de Saúde alerta para atraso na vacinação contra Covid-19 e zika em gestantes
Câmara deve votar projeto que libera teleatendimento médico em farmácias
Goiás não registra nenhum óbito por covid-19 nas últimas 24 horas
Brasil chega a 662,6 mil mortes por covid-19
Barroso manda à PF documentos e provas da CPI da Covid contra Bolsonaro e aliados
OMS confirma casos de hepatite de origem desconhecida
Artigo - A nova era da Telemedicina no Brasil
Saúde estuda regulamentar telemedicina após fim do estado de Emergência
Conselhos de Saúde criticam fim da emergência sanitária
Congresso analisa regulamentação da teleconsulta após fim de emergência por Covid
PORTAL G1
Queiroga assina portaria que encerra emergência sanitária por conta da Covid-19
Decisão deve alterar parte das medidas implementadas para o controle da pandemia, como o uso de máscaras, a compra de remédios e a vacinação.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou nesta sexta-feira (22) portaria que estabelece o fim da Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (Espin) por conta da Covid.
"Nós não acabamos com a Covid e nem com o vírus. Iremos aprender a conviver com ele. Temos capacidade de combater hoje", disse Queiroga.
A portaria assinada pelo Ministro entrará em vigor 30 dias após a publicação no "Diário Oficial" da União. Segundo ele, esse movimento deve ocorrer ainda hoje de forma excepcional.
O estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional por conta da Covid entrou em vigor em fevereiro de 2020, poucos dias depois de a OMS declarar emergência internacional de saúde pública.
A norma permitiu que o governo federal e os governos estaduais e municipais tomassem uma série de medidas, como o uso obrigatório de máscaras e a autorização emergencial para vacinas.
"Sei que os secretários de estados e municípios pediram tempo maior. Não vejo muita dificuldade para que secretarias estaduais e municipais se adequem ao que já existe na prática. Porque o ato normativo só vem ratificar o que já existe na prática. como falar de emergência sanitária se hoje está acontecendo carnaval em várias cidades do Brasil?", explicou Queiroga.
Com o fim da emergência em saúde pública, o Ministério da Saúde estima que mais de 2.000 normas caiam em todo o país, como a possibilidade de comprar medicamentos e insumos médicos sem licitação.
Entre as normas que poderão ser afetadas estão, por exemplo, a do uso de máscaras, do teletrabalho, e da regulamentação da telemedicina.
Especialistas avaliam que, apesar da redução recente das infecções, este ainda não é o melhor momento para revogar o estado de emergência.
O que muda com essa assinatura?
Segundo o próprio Ministro, poucas coisas na rotina de combate à Covid devem mudar, porém, ela pode tirar parte da autonomia local que foi cedida aos prefeitos e governadores durante a pandemia.
"Não muda muita coisa já que a principal política foi a vacina. Outras ações como a atenção primária na saúde foi reforçada, ela não irá diminuir. O que muda é essa questão de se restringir as liberdades individuais de um gestor local. Isso cria mais divergência do que uma situação efetiva de combate à situação pandêmica no Brasil", declarou Queiroga.
Prefeitos ainda poderão obrigar o uso de máscara?
"Na minha visão esse tipo de medida não faz sentido. A portaria só tem a prerrogativa de encerrar a Espin, o que decorre daí as vezes depende de decretos de estados, municípios. Tudo vai dar trabalho para o ministro Ricardo Lewandowski. A minha expectativa é que se acabe essas exigências", respondeu Marcelo Queiroga.
Extensão da regulamentação dos medicamentos
Queiroga disse que pediu à Anvisa que aumentasse um ano no período de regulamentação de medicamentos e vacinas que tivessem sido aprovadas em caráter emergencial durante o Estado de Emergência.
"Pedimos para a Anvisa para estender o prazo por mais de um ano. não são tantos né? é uma vacina, de vírus inativado, e 3 medicamentos", disse o Ministro.
Nesse caso, a vacina em questão é a CoronaVac desenvolvida pelo Instituto Butantan e pelo grupo chinês Sinovac. Ela é produzida a partir do vírus inativado e foi aceita pela Anvisa em caráter emergencial no início de 2021.
Ainda em caráter emergencial, a concessão dessa vacina pode ser revogada a qualquer momento. Para chegar a um nível definitivo é preciso apresentar pesquisas que comprovem qualidade, eficácia e segurança.
Depois disso, a Anvisa irá avaliar independentemente o caso e decidirá pela concessão ou não do direito definitivo.
O que levou ao fim do estado de emergência sanitária?
Em seu pronunciamento no último domingo (17), o ministro falou que com a alta taxa de vacinação no país – com cerca de 73% da população vacinada – além de uma melhora no cenário epidemiológico, foi possível decretar o fim da Espin.
Em março, o ministro havia dito que era preciso ao menos três fatores para a sua revogação:
Cenário epidemiológico favorável, com queda nos casos e mortes
Estrutura do sistema hospitalar, principalmente das UTIs desafogadas
Acesso a medicamentos eficazes contra a Covid-19 na fase inicial
Queiroga reiterou, no entanto, que o fim do estado de emergência não significa o fim da pandemia – e nem citou a possibilidade de considerar a Covid-19 uma endemia no Brasil.
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TV ANHANGUERA
Planos de saúde terão reajustes que podem chegar a 16%
https://globoplay.globo.com/v/10514349/
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Secretaria de Saúde alerta para atraso na vacinação contra Covid-19 e zika em gestantes
https://globoplay.globo.com/v/10514376/
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FOLHA DE S.PAULO
Câmara deve votar projeto que libera teleatendimento médico em farmácias
A Câmara dos Deputados deve votar em breve um projeto de lei que poderá abrir caminho para o teleatendimento médico em farmácias. Hoje a lei proíbe a realização de consultas nesses estabelecimentos comerciais.
Pelo modelo proposto, a farmácia poderá fechar parcerias com grandes redes de hospitais ou até mesmo com planos de saúde. Por meio de totens, poderia realizar exames simples, como aferição de pressão arterial e de glicose no sangue. Para os estabelecimentos, a vantagem é levar os usuários até às lojas e aumentar a circulação.
O projeto 1998/2020 é de autoria conjunta de 15 deputados de diversos partidos e foi elaborado para institucionalizar a telemedicina, muito utilizada no período de restrição de circulação durante a pandemia de coronavírus. Segundo argumentam, o objetivo é "ampliar o acesso, aumentar a qualidade e reduzir o custo dos serviços de saúde no Brasil".
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A REDAÇÃO
Goiás não registra nenhum óbito por covid-19 nas últimas 24 horas
Théo Mariano
Goiânia - Goiás não registrou nenhuma nova morte pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado neste domingo (24/4) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Ainda de acordo com a divulgação, foram notificados 51 novos casos da doença no mesmo período. Ao todo, desde o início da pandemia, os goianos acumulam 1.320.543 infecções e 26.415 óbitos confirmados.
O boletim também aponta taxa de letalidade de 2% da covid-19. Além disso, outras 315 mortes são investigadas para saber se há ligação com a doença, e mais de 770 mil pacientes são considerados casos suspeitos de infecção.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil chega a 662,6 mil mortes por covid-19
O Ministério da Saúde divulgou, neste domingo (24), novos números sobre a covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem, no acumulado, 30,3 milhões de casos confirmados da doença e 662,6 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 29,3 milhões (96,8% dos casos).
Em 24 horas, o ministério registrou mais 3,8 mil novos casos e 36 mortes pela doença.
Ranking
O estado de São Paulo tem, até o momento, o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 5,3 milhões, e também de mortes: 168 mil. Em seguida, aparecem Minas Gerais, com 3,3 milhões de casos e 61,2 mil óbitos; Paraná. com 2,4 milhões de casos e 43 mil óbitos) e Rio Grande do Sul, com 2,3 milhões de casos e 39,2 mil óbitos.
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AGÊNCIA ESTADO
Barroso manda à PF documentos e provas da CPI da Covid contra Bolsonaro e aliados
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, acolheu um pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou a remessa, à Polícia Federal, de documentos e provas que constam no relatório da CPI da Covid e implicam o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Em despacho dado na quarta-feira (20/4), o ministro baseou a determinação na 'necessidade de análise mais precisa' das provas colhidas pelos parlamentares, citando ainda uma 'dificuldade' apresentada pela PGR.
A indicação faz referência à informação prestada pelo órgão no sentido de que o relatório da CPI não teria sido 'preciso' em vincular as condutas supostamente criminosas aos documentos colhidos durante a investigação parlamentar'. "Há, portanto, a necessidade de sistematizar a documentação apresentada a fim de que se possa subsidiar eventual pedido de instauração de inquérito, arquivamento ou oferecimento de denúncia", registro Barroso no despacho.
O chefe do Ministério Público Federal, Augusto Aras, quer que a PF examine o conjunto probatório coletado pela CPI na busca de 'provas individualizadas e destacadas' sobre a hipótese criminal de que o chefe do Executivo e uma série de aliados - incluindo seus filhos Flávio e Eduardo - informaram publicamente a prática de crime no contexto da pandemia da covid'.
Incitação ao crime
Quando a CPI da Covid apresentou o relatório final da investigação parlamentar, sugerindo 68 indiciamentos, foi descrita a conduta de Bolsonaro enquadrada como incitação ao crime. Os parlamentares apontaram não só a omissão do governo na conscientização da população acerca da pandemia, mas também a 'participação efetiva' do presidente, de seus filhos, de parlamentares, do primeiro escalão do governo e de empresários na criação e disseminação das informações falsas sobre a covid-19.
No documento de mais de mil páginas, a CPI afirmou que o chefe do Executivo e seus aliados, em um contexto de 'comunicações enganosas' e 'de forma mal intencionada e visando interesses próprios e escusos', 'provocaram grande confusão na população, levando as pessoas a adotarem comportamentos inadequados para o combate à pandemia'.
"A incitação ao crime por parte do presidente Jair Bolsonaro também ocorreu pela disseminação de notícias falsas (fake news) que encorajaram os brasileiros a infringirem medidas sanitárias preventivas, conduta que, como visto, é tipificada como crime pelo art. 268 do CP. Em relação a esse delito, o Chefe do Executivo não agiu sozinho, na verdade, foram vários os agentes, sempre contanto com uma estrutura organizada", registra trecho do relatório.
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JORNAL OPÇÃO
OMS confirma casos de hepatite de origem desconhecida
Por Dayrel Godinho
Países europeus detêm maioria dos registros da doença, foram 160 casos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou o surgimento de 169 casos de casos de hepatite aguda grave que têm origem desconhecida. A maioria das notificações está na Europa e envolve bebês, crianças e adolescentes entre um mês e 16 anos de idade. Até o momento, uma morte foi confirmada.
Foram notificados à OMS 114 casos da doença no Reino Unido; 13 na Espanha; 12 em Israel; nove nos Estados Unidos; seis na Dinamarca; cinco na Irlanda; quatro na Holanda; quatro na Itália; dois na Noruega; dois na França; um na Romênia e um na Bélgica. Segundo a OMS, os sintomas da doença incluem elevada taxa de enzimas hepáticas, vômito, diarreia e dores abdominais. Entre os casos registrados, 17 crianças (cerca de 10% do total) necessitaram de transplante de fígado após contraírem a doença.
No comunicado distribuído à imprensa, a OMS declarou que está monitorando a situação e afirmou que não é preciso restringir viagens e o comércio com o Reino Unido e os demais países que tiveram casos confirmados.
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JORNAL HOJE
Artigo - A nova era da Telemedicina no Brasil
Sandra Franco
O anúncio do final do Estado de Emergência em Saúde Pública pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga traz como assunto urgente uma nova regulamentação da Telemedicina, especialmente da teleconsulta, para que não haja um estado de insegurança jurídica na sociedade.
O próprio ministro disse que nos próximos dias deve ter um novo ato normativo que trará as novas diretrizes para a Telemedicina no Brasil. E nossa esperança é que ocorram avanços significativos que estabeleçam uma nova era para a telessaúde no país.
Acelerados por conta das necessidades impostas pela pandemia da Covid-19 em 2020, os atendimentos médicos realizados por meio de computadores e smartphones crescem diariamente e já estão inseridos na rotina de médicos e pacientes.
Importante ressaltar que em nos últimos dois anos, a Telemedicina foi utilizada em duas entre cada três consultas. Ou seja, uma metodologia eficaz que se tornou a principal alternativa para que as pessoas não precisem ir presencialmente a hospitais e pronto socorros e que se provou se resolutiva.
Alguns números atestam que as consultas virtuais estão sendo utilizadas cada vez mais no país. Segundo dados da pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), pelo menos metade da população brasileira realizou serviços de saúde online nos últimos doze meses.
De acordo com o levantamento, a Telemedicina foi a alternativa mais utilizada entre as pessoas de maior renda, classes A e B, o que representa 42% de todas as pessoas que fizeram consultas online. Logo em seguida aparecem as classes C, com 22%, e as classes D e E, com 20% da demanda. A pesquisa contou com a participação de 5,5 mil pessoas acima de 16 anos e foi divulgada no último dia 5 de março.
Os dados indicam que 82% dos usuários das classes A e B foram atendidos online na rede privada, enquanto 78% dos usuários das classes D e E fizeram uso da telemedicina na rede pública. A pesquisa também demonstrou que quase 40% dos brasileiros que utilizaram o serviço possuem ensino superior. Já os outros beneficiados dos atendimentos online finalizaram o ensino médio (22%) e o fundamental (21%).
A regulamentação da Telemedicina no Brasil foi acelerada em razão da emergência em saúde pública, reconhecida pela Portaria 188/20 e pela Lei 13.979/20. O isolamento social, necessário para controlar a rápida disseminação do vírus trouxe a urgência de medidas rápidas a serem adotadas pelas autoridades sanitárias, uma delas foi a de se permitir a teleconsulta, uma das modalidades da telemedicina. A mais complexa do ponto de vista ético e legal, considerando que extrai da relação médico e paciente um dos seus elementos centrais: o exame clínico presencial.
A legislação para garantir a segurança de médicos e pacientes precisa avançar. Para tanto, tramitam no Congresso Nacional dois projetos de lei que pretendem regulamentar de uma forma mais robusta a Telemedicina. Os debates dessas propostas estão centrados na autonomia, na segurança de dados, da qualidade no atendimento e da boa remuneração dos profissionais que atuam na Telemedicina.
É necessário observar as limitações de uma consulta a distância e os cuidados redobrados com relação à segurança de dados e princípios éticos representativos de direitos constitucionais, como a privacidade e a dignidade humana.
Entre os pontos importantes discutidos, vale destacar que no texto de uma das propostas está estabelecido que as operadoras de planos de saúde podem oferecer serviços de telessaúde, desde que não causem impedimentos ou dificuldades de acesso ao atendimento presencial, caso seja a opção do profissional de saúde ou do usuário.
Porém, faltam em ambos os projetos de lei um incentivo maior a separação e destinação de recursos públicos para a ampliação para o acesso Telemedicina, principalmente no SUS. Esse deveria ser um ponto a ser estudado de imediato, pois o atendimento virtual da saúde é fundamental para um maior controle e economia dos recursos em serviços do setor. É preciso uma avaliação mais ampla e um parágrafo exclusivo de como esses recursos poderão e deverão ser utilizados por Estados e Municípios.
A Telemedicina, entretanto, precisa evoluir para o bem do cidadão e para o bem do sistema de saúde, seja ele privado ou público. Entre as principais barreiras estão o acesso à internet e aos dispositivos móveis. É preciso democratizar o acesso aos serviços de saúde online. Precisamos abrir a possibilidade de consulta virtual para todos, seguindo inclusive exemplos no mundo de países pobres e de outros desenvolvidos que tem a telemedicina como parte de seu sistema de saúde há décadas. Apenas para ilustrar três grandes sistemas: Índia, Estados Unidos, Reino Unido (no sistema de saúde britânico, aliás, a primeira consulta deve ser virtual).
Esses são grandes desafios em um país de enorme extensão territorial, com grandes diferenças econômicas e culturais e muitos lugares sem condições básicas de saúde.
A Telemedicina foi importante na pandemia e poderá ser ainda mais relevante para se atingir as metas de um melhor atendimento de saúde a população e da redução do gasto global do sistema. Programas que envolvam saúde primária, para que se evitem doenças, podem ser amplamente desenvolvidos através da telemedicina.
Agora, precisamos encontrar caminhos para aumentar e equalizar o acesso à saúde, com o objetivo de também equacionar os gastos de recursos investidos em políticas públicas.
Sandra Franco é consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, doutoranda em Saúde Pública
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Saúde estuda regulamentar telemedicina após fim do estado de Emergência
Por Ítallo Antkiewicz
A telemedicina é uma forma eficaz de levar a saúde mais longe e, por isso, discutir e fomentar a criação de conhecimento e ferramentas é de grande importância para profissionais da área, para todo o setor e os pacientes para que se possa, cada vez mais, aumentar qualidade e eficiência para salvar vidas. E não é por menos, ao abordar o potencial da tecnologia na medicina é um assunto urgente, que ganha ainda mais relevância em meio à maior crise sanitária da nossa geração.
Equipes do Ministério da Defesa e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) debateram nesta semana em Goiânia, detalhes sobre o Programa Nacional de Telemedicina, que deverá atuar nas regiões de maior vulnerabilidade social e com pouco ou nenhum atendimento à saúde. O objetivo do People Near Transit (PNT) é criar uma infraestrutura profissional e tecnológica para propiciar o acesso a consultas, exames e tratamentos médicos que exigiam o deslocamento do paciente a centros maiores e distantes.O pré-projeto piloto do PNT foi lançado no dia 4 de dezembro de 2021, no distrito de Marajó, em Cristalina (GO), no entorno do Distrito Federal, com a participação do secretário Ismael Alexandrino. “Já conhecíamos o secretário, que atendeu à proposta e percebeu a relevância do que estamos fazendo”, afirma o secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, general de Exército Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, ao explicar a escolha de Goiás para participar de forma pioneira no PNT.
O anúncio do final do Estado de Emergência em Saúde Pública, assinado ontem (22) em portaria pelo Ministro da Saúde (MS), Marcelo Queiroga traz como assunto urgente uma nova regulamentação da Telemedicina, especialmente da teleconsulta, para que não haja um estado de insegurança jurídica na sociedade. O próprio ministro afirmou que nos próximos dias deve ter um novo ato normativo que trará as novas diretrizes para a Telemedicina no Brasil. E nossa esperança é que ocorram avanços significativos que estabeleçam uma nova era para a telessaúde no país.
Acelerados por conta das necessidades impostas pela pandemia da Covid-19 em 2020, os atendimentos médicos realizados por meio de computadores e smartphones crescem diariamente e já estão inseridos na rotina de médicos e pacientes. Importante ressaltar que em nos últimos dois anos, a Telemedicina foi utilizada em duas entre cada três consultas. Ou seja, uma metodologia eficaz que se tornou a principal alternativa para que as pessoas não precisem ir presencialmente a hospitais e prontos socorros e que se provou ser resolutiva.
Alguns números atestam que as consultas virtuais estão sendo utilizadas cada vez mais no país. Segundo dados da pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), pelo menos metade da população brasileira realizou serviços de saúde online nos últimos doze meses.
Alternativa mais procurada
De acordo com o levantamento, a Telemedicina foi a alternativa mais utilizada entre as pessoas de maior renda, classes A e B, o que representa 42% de todas as pessoas que fizeram consultas online. Logo em seguida aparecem as classes C, com 22%, e as classes D e E, com 20% da demanda. A pesquisa contou com a participação de 5,5 mil pessoas acima de 16 anos e foi divulgada no último dia 5 de março.
Os dados indicam que 82% dos usuários das classes A e B foram atendidos online na rede privada, enquanto 78% dos usuários das classes D e E fizeram uso da telemedicina na rede pública. A pesquisa também demonstrou que quase 40% dos brasileiros que utilizaram o serviço possuem ensino superior. Já os outros beneficiados dos atendimentos online finalizaram o ensino médio (22%) e o fundamental (21%).
Expansão da Telemedicina
A regulamentação da Telemedicina no Brasil foi acelerada em razão da emergência em saúde pública, reconhecida pela Portaria 188/20 e pela Lei 13.979/20. O isolamento social, necessário para controlar a rápida disseminação do vírus, trouxe a urgência de medidas rápidas a serem adotadas pelas autoridades sanitárias, uma delas foi a de se permitir a teleconsulta, uma das modalidades da telemedicina. A mais complexa do ponto de vista ético e legal, considerando que extrai da relação médico e paciente um dos seus elementos centrais: o exame clínico presencial.
A legislação para garantir a segurança de médicos e pacientes precisa avançar. Para tanto, tramitam no Congresso Nacional dois projetos de lei que pretendem regulamentar de uma forma mais robusta a Telemedicina. Os debates dessas propostas estão centrados na autonomia, na segurança de dados, na qualidade no atendimento e na boa remuneração dos profissionais que atuam na Telemedicina.
A consultora jurídica especializada em direito médico e saúde, Sandra Franco, ressalta que a Telemedicina, entretanto, precisa evoluir para o bem do cidadão e para o bem do sistema de saúde, seja ele privado ou público. Entre as principais barreiras estão o acesso à internet e aos dispositivos móveis. “É preciso democratizar o acesso aos serviços de saúde online. Precisamos abrir a possibilidade de consulta virtual para todos, seguindo inclusive exemplos no mundo de países pobres e de outros desenvolvidos que têm a telemedicina como parte de seu sistema de saúde há décadas. Apenas para ilustrar três grandes sistemas: Índia, Estados Unidos, Reino Unido (no sistema de saúde britânico, aliás, a primeira consulta deve ser virtual)”, afirma Franco.
De acordo com a consultora jurídica, esses são grandes desafios em um país de enorme extensão territorial, com grandes diferenças econômicas e culturais e muitos lugares sem condições básicas de saúde. “A Telemedicina foi importante na pandemia e poderá ser ainda mais relevante para se atingir as metas de um melhor atendimento de saúde à população e da redução do gasto global do sistema. Programas que envolvam saúde primária, para que se evitem doenças, podem ser amplamente desenvolvidos através da telemedicina. Agora, precisamos encontrar caminhos para aumentar e equalizar o acesso à saúde, com o objetivo de também equacionar os gastos de recursos investidos em políticas públicas”, explica.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Conselhos de Saúde criticam fim da emergência sanitária
As entidades lembram que a pandemia não acabou, razão pela qual a manutenção de políticas para combater a circulação do vírus, para ampliar a vacinação e para mitigar novas infecções ainda se fazem necessárias
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviaram ofício ao Ministério da Saúde nesta terça-feira (19) questionando o anúncio de que a pasta irá publicar norma para decretar o fim do estado de emergência de saúde pública de importância nacional em decorrência da pandemia da covid-19.
As entidades manifestam preocupação com o “fim abrupto” da emergência. Segundo elas, há um conjunto de leis, regras e políticas públicas vinculadas a essa situação que afetam estados e municípios.
Outro impacto negativo mencionado pelas entidades é o fato de haver leis e decretos estaduais e municipais baseados nessa condição, que teriam de ser ajustados e atualizados. Os conselhos destacam que o enfrentamento da pandemia envolveu ampliação de políticas, celebração de contratos com fornecedores e contratação de profissionais.
“É imperativa a readequação dos serviços e o remanejamento dos profissionais, além da adequação de contratos já celebrados e que estão em andamento, o que demandará considerável esforço dos municípios e dos estados, o que não poderá ser concluído em curto espaço de tempo”, ressalta o ofício.
“Sob o risco de desassistência à população, solicitamos ao Ministério da Saúde que a revogação da Portaria MS/GM nº 188, de 03 de fevereiro de 2020, estabeleça prazo de 90 (noventa) dias para sua vigência e que seja acompanhada de medidas de transição pactuadas, focadas na mobilização pela vacinação e na elaboração de um plano de retomada capaz de definir indicadores e estratégias de controle com vigilância integrada das síndromes respiratórias”, defendem o Conass e o Conasems.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “mantém permanente diálogo com estados e municípios e reforça que nenhuma política pública será interrompida com a medida”. A pasta acrescenta que entende que “o cenário epidemiológico permite o encerramento da Espin [Emergência de Saúde Pública de Interesse Nacional], além da alta cobertura vacinal e a capacidade de resposta e assistência do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
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CNN
Congresso analisa regulamentação da teleconsulta após fim de emergência por Covid
Durante a pandemia, mais de seis milhões de brasileiros foram atendidos de maneira remota; parlamentares buscam instituir o modelo via projeto de lei
Mathias BroteroVinícius Tadeu
Diante da decisão anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que a pasta irá reclassificar a pandemia no Brasil e decretar o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) instaurada em fevereiro de 2020, alguns procedimentos de enfrentamento à Covid-19 serão reavaliadas no país.
Entre as consequências do fim da emergência pelo coronavírus, está a derrubada da medida que instituiu a teleconsulta no Brasil. Durante a pandemia, muitas pessoas passaram a usar esse tipo de atendimento, seja para desafogar o sistema de saúde, evitar o contato pessoal ou até mesmo facilitar o acesso à saúde.
Nos últimos dois anos, desde que a medida entrou em vigor, mais de seis milhões de atendimentos foram realizados pela internet, sendo que a taxa de resolução chegou a 90%. Isso significa que a cada dez pacientes, um deles foi encaminhado para atendimento presencial.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que conta com um projeto no Congresso Nacional para regulamentar a teleconsulta no país mesmo com o fim da emergência por Covid-19.
Um dos projetos que tramitam na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal é o PL 1998/2020, de autoria da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que diz que o atendimento remoto deve acontecer em consenso tanto pelo médico quanto pelo paciente.
Além disso, a deputada pontua que outros pontos estão em discussão pelos parlamentares, como, por exemplo, o que diz respeito à regionalização dos atendimentos. Ainda não foi encontrada uma definição sobre se a região em que o médico e o paciente estarão deve ser a mesma.
A previsão é que o projeto seja protocolado na Câmara até a próxima quinta-feira (21) e, então, encaminhado para votação na semana que vem.
Com o eventual fim do estado de emergência devido à Covid-19, há preocupação sobre um possível vácuo jurídico que pode se formar em relação às medidas que foram implementadas no combate à pandemia, como a telemedicina.
Durante os dois anos em que foi usada, a teleconsulta foi usada principalmente por pessoas das classes A e B, que representam 42% dos pacientes. A classe C constitui 22% dos atendimentos e as classes D e E representam 20% das consultas remotas.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 20/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Sem recursos, Santa Casa de Misericórdia suspende consultas e exames por 24h
Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos
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O HOJE
Sem recursos, Santa Casa de Misericórdia suspende consultas e exames por 24h
Maiara Dal Bosco
A SantaCasadeMisericórdia de Goiânia suspendeu, ontem (19), os atendimentos eletivos, como consultas, exames e cirurgias. Segundo informoua entidade, aparalisaçãodurou24 horas e fez parte de um movimento nacional das Santas Casas,que alerta para o risco de fechamento definitivo destes hospitais diante da pior crise enfrentada por eles. Ainda de acordo com a Santa Casa, todos os atendimentos agendados para ontem (19) já foram remarcados e o funcionamento hoje (20) já está normalizado.
Nos últimos dias, em diversas entrevistas à imprensa, em reuniões com colaboradores, em publicações do hospital e em um encontro com o presidente da Santa Casa, arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, e com o vice-presidente, Dom Levi Bonatto, a superintendente falou sobre a crise enfrentada. “É um pedido de socorro, pois precisamos de recursos para manter o funcionamento das Santas Casas”, afirma a superintendente Geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura.
O assunto também foi abordado em uma audiência com o prefeito da capital, Rogério Cruz, e com o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso. “Agora, com essa mobilização, queremos chamar a atenção de toda a sociedade, do poder público e de parlamentares sobre as dificuldades vividas pela rede filantrópica de hospitais e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia”, diz Moura, enfatizando que se nada for feito, os hospitais podem fechar definitivamente, deixando milhares de pessoas sem assistência.
“Nossas entradas de recursos não batem com as saídas e, a cada dia, estamos nos endividando mais e, sem apoio, vamos fechar. E as Santas Casas não podem fechar”, aponta. A superintendente destaca também que as contas estão à disposição de toda a população. “Estão disponíveis de forma transparente para que vejam como são aplicados os recursos disponíveis, e contamos com o apoio de todos para que possamos continuar atendendo, salvando vidas com qualidade e, sobretudo, de forma humanizada”, diz a superintendente.
Entenda
Conforme dados divulgados pela entidade, uma olhada rápida nos números já deixa clara a gravidade da crise enfrentada pelas Santas Casas: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, e o salário-mínimo 1.597,79%.
Este descompasso representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa. “A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município”, frisa Moura, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10 por uma consulta médica.
Aumentos e atrasos
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo afirma, o Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
“E todos os casos cirúrgicos que chegam judicializados à SMS de Goiânia são encaminhados à Santa Casa, sendo que nem todos temos condições de atender”, diz a superintendente, ressaltando que já comunicou esse fato à SMS, mas os encaminhamentos continuam sendo feitos.
No início da semana, a reportagem de O Hoje já havia questionado a Prefeitura sobre o assunto. Em nota, a Prefeitura de Goiânia, por meio da SMS afirmou que a tem feito um esforço concentrado para quitar, com recursos próprios, todos os contratos ou convênios com prestadores de serviços na área da saúde.
Segundo a pasta, os repasses junto à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia foram colocados em dia, as recentemente um problema no sistema do SUS levou a liberação de apenas uma parte dos recursos, o que provocou um mês de atraso. “A situação vem sendo discutida entre a Secretaria Municipal de Saúde e gestores da Santa Casa e caminha para uma solução”, destaca o comunicado. (Especial para O Hoje)
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Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos
Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos estima que 70% das instituições aderiram ao ato nesta terça-feira
A CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), que organiza a campanha "Chega de Silêncio", para alertar o poder público sobre a alarmante situação financeira dessas instituições, estima que 70% das instituições aderiram ao ato, nesta terça-feira (19 de abril).
A movimentação foi grande nos 17 estados brasileiros nos quais a Confederação possui federações estaduais que mobilizaram os hospitais, promovendo grandes atos públicos e paralisações de atendimentos eletivos (consultas, exames e cirurgias) não urgentes e reagendados para o mais breve possível.
"Em todas essas capitais e também no interior dos estados, instituições filantrópicas promoveram atos para sensibilizar a população, gestores públicos e deputados federais. Foram abraços simbólicos, palestras, panfletagens, entrevistas para a imprensa e, na grande parte, foi possível reprogramar os agendamentos eletivos das 24h do dia de hoje, para datas próximas, demonstrando a importância e volume do atendimento do setor para o SUS", destaca o presidente da CMB, Mirocles Veras.
Procedimentos e cirurgias de alta complexidade, especialmente na Oncologia, e o atendimento nas emergências foram mantidos.
"Podemos destacar algumas regiões e estados, como o Rio Grande do Sul, onde todos os hospitais de Porto Alegre se reuniram em um grande encontro; o interior do estado de São Paulo, em que há regiões onde 90% do atendimento SUS são realizados por hospitais filantrópicos; Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia e Santa Catarina, com a exposição pública da grave crise que enfrentamos", elencou.
As Santas Casas e hospitais filantrópicos requerem a alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter de urgência, como única alternativa de assunção das obrigações trabalhistas decorrentes do projeto de lei 2564/20 - que institui o piso salarial da enfermagem, com impacto estimado em R$ 6,3 bilhões, porém, sem indicação de alternativa de financiamento; assim como para a adequação ao equilíbrio econômico no relacionamento com o SUS.
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A REDAÇÃO
Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos nesta terça-feira (19/4)
Goiânia - A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu nesta terça-feira (19/4) todos os atendimentos eletivos da unidade - consultas, exames e cirurgias. A paralisação vai durar 24 horas e objetiva chamar a atenção dos governos e parlamentares para a crise vivida pela instituição.
A assessoria de comunicação da Santa Casa afirma que o hospital recebe mensalmente dos governos Estadual e Federal R$ 4 milhões - metade do montante necessário para custear seu funcionamento. A instituição alega que tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas.
Pacientes que buscaram atendimento pela manhã, alguns vindos do interior do Estado, foram surpreendidos com a interrupção dos serviços. “Infelizmente, algumas pessoas que estiveram aqui hoje não foram avisadas da paralisação, mas elas serão atendidas”, se desculpou a superintendente-geral da unidade, Irani Ribeiro de Moura.
A “greve de um dia” ocorre simultaneamente em mais de 2 mil Santas Casas de todo o país. O movimento alerta que se os governos não aumentarem os repasses, as instituições filantrópicas podem fechar as portas e suspender a assistência em definitivo.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos governos, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani Ribeiro de Moura.
Segundo ela, a Santa Casa de Goiânia é responsável por mais de 70% do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital e recebe do SUS apenas R$ 10,00 por uma consulta médica.
Além da defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa ainda enfrenta o reajuste dos valores dos medicamentos – teve remédio cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal também tem feito repasses de forma atrasada ao hospital. Os valores são enviados aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses estão demorando mais de 100 dias.
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Covid-19: Goiás registra 1.512 novos casos e três mortes em 24 horas
Gabriel Neves
Goiânia - Goiás registrou 1.512 novos casos da covid-19 e três mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado na tarde desta terça-feira (19/4) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o Estado chega a 1.318.837 casos e 26.401 óbitos ligados ao novo coronavírus.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás monitora 768.930 casos para saber se há ligação com a covid-19, enquanto outros 319.125 casos já foram descartados. A taxa de letalidade do novo coronavírus é de 2,00% em Goiás. A pasta informa que 318 óbitos suspeitos estão em investigação para saber se há ligação com o vírus.
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Unimed Goiânia doa mudas de árvores para recompor área degradada
Goiânia - A Unimed Goiânia fez a doação de 2.200 mudas nativas do Cerrado para o viveiro da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) de Senador Canedo, cidade que fica na Grande Goiânia. A ação faz parte do processo de neutralização da emissão de Dióxido de Carbono (CO2) relacionada ao consumo de combustíveis utilizados em automóveis e geradores de energia e ao consumo de gás natural pela Cooperativa, no ano de 2020.
De acordo com o diretor de Mercado da Unimed Goiânia, Frederico Moraes Xavier, responsável pela área de Sustentabilidade, foi usado o software CO2 Neutro para o cálculo das emissões da operadora de planos de saúde, recursos próprios e eventos, disponibilizado pela Unimed do Brasil. “Desse modo é possível fazermos a quantificação de árvores que devem ser plantadas para neutralização de CO2”, explicou o diretor.
A entrega simbólica aconteceu no dia 13 de abril, no prédio administrativo da Unimed Goiânia, com a presença do presidente, Sergio Baiocchi Carneiro; do diretor de Mercado, Frederico Moraes Xavier; e do presidente da Amma de Senador Canedo, Paulo Roberto dos Santos, juntamente com a bióloga do município, Virgínia dos Santos Macedo.
A Área de Preservação Permanente Flor do Ipê, localizada na região norte de Senador Canedo, e que se encontra em situação de degradação, foi o local escolhido para receber o plantio das mudas. O presidente da Amma do município, Paulo Roberto dos Santos, pondera que o meio ambiente em áreas urbanas também precisa ser protegido, o que explica a importância dessa parceria com a Unimed Goiânia. “A comunidade vai receber esse reflorestamento com a maior satisfação. A área que vai ser recuperada e é próxima a duas comunidades bem povoadas no nosso município e, com certeza, vai ser um enorme ganho para todos”, ressalta.
Para o presidente da Unimed Goiânia, Sergio Baiocchi Carneiro, a doação das 2.200 mudas tem um importante caráter socioambiental e que cumpre o princípio cooperativista de cuidado com a comunidade. “De um lado, estamos fazendo a neutralização de emissão de CO2 e do outro, reforçamos o bom relacionamento com o município de Senador Canedo, que integra a área de atuação da Unimed Goiânia. Esse trabalho de conservação do meio ambiente também faz parte do cuidado com a saúde das pessoas. Nós médicos buscamos orientar as pessoas a viverem mais e melhor e do ponto de vista da biologia, a fauna e a flora fazem parte desse processo”, reiterou o presidente da Cooperativa.
Área de Preservação Permanente
A bióloga Virgínia dos Santos Macedo explica que a área fragilizada a ser restaurada no município de Senador Canedo já apresenta erosão, mas o plantio está previsto para ser feito durante o período chuvoso, no final do ano, para melhor manejo das plantas. “A Unimed Goiânia está nos ajudando a dar andamento no projeto de recuperação de uma área de aproximadamente 40 mil metros quadrados e isso é muito valioso para nós”, afirma.
O diretor de Mercado da Unimed Goiânia, Frederico Moraes Xavier, disse que além de ser uma das marcas de plano de saúde mais lembradas no mercado, a Cooperativa tem uma reconhecida participação no desenvolvimento das comunidades onde atua e no cuidado com o meio ambiente. “O plantio de espécies nativas do Cerrado possibilitará melhoria na qualidade do ar e na saúde das pessoas”, afirmou.
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JORNAL OPÇÃO
Surto de dengue faz Caldas Novas decretar estado de emergência em saúde pública
terça-feira 19 abril 2022 15:46
Por Giselle Vanessa Carvalho
Prefeito Kleber Marra prepara decreto e força-tarefa para mitigar a crise. Goiânia também reconheceu a crise sanitária provocada pelo Aedes aegypti
Caldas Novas é a segunda cidade goiana a decretar estado de emergência em saúde pública em decorrência do aumento de 295,32% nos casos de dengue registrados este ano. Na segunda-feira, 18, a Prefeitura de Goiânia tomou a mesma medida. Prefeito de Caldas, Kleber Marra (Republicanos) prepara decreto com tempo de vigência indeterminado e também vai anunciar a criação de uma força tarefa para tentar mitigar a crise.
“Vivemos mais um momento difícil em nosso município, com um aumento expressivo no número de crianças internadas com síndromes respiratórias em estados graves, além dos casos de dengue”, diz. Uma das medidas imediatas de Marra será o remanejamento de profissionais para o Hospital Municipal André Ala Filho, além de criar uma força-tarefa para amenizar essa situação. A decisão foi tomada em conjunto com o secretário de Saúde de Caldas Novas, Marcos Paixão, e com o diretor-clínico do hospital, João Osório. Previsto na Constituição, o estado de emergência pode ser decretado em situações extraordinárias face à ameaças que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público atingido. Como efeito do decreto, o governo tem autorização legal para suspender parte de suas funções básicas e colocar em prática projetos específicos para conter a situação.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que Goiás já tem confirmados confirmados 39.874 casos de dengue. Além desses, há 87.042 notificações. Antes de decretar emergência, Caldas Novas, assim como outras cidades goianas, a exemplo de Silvânia, Luziânia, Valparaíso de Goiás e Cristianópolis, já havia intensificado este ano a capacitação de profissionais de saúde e a limpeza urbana. A baixa adesão dos cidadãos à limpeza dos espaços privados propícios à reprodução do mosquito transmissor Aedes aegypti, inclusive, é uma das explicações para o surto que o Estado vive, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim. Ela também credita a crise sanitária à intensidade das chuvas, que favorecem o surgimento de novos criatórios para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Os números alarmantes fizeram o Governo de Goiás aumentar também o envio de insumos, materiais e equipamentos para o combate à dengue aos municípios goianos. De acordo com a SES, as cidades do Estado já receberam, entre outros, 720 unidades de bombas costais motorizadas de uso individual pelo agente de saúde, com manutenção de outras 211 já existentes; todas em pleno funcionamento. A pasta também fez a distribuição de 20 bombas ultrabaixo volume (UBV) veiculares adquiridas em 2021, contemplando as 18 Regionais de Saúde do Estado, além do município de Goiânia que recebeu duas unidades. Foi feita, ainda, a distribuição dos inseticidas às regionais, regularizando o abastecimento em todos os municípios. Entre os insumos repassados incluem-se 14.775 litros do Cielo, 203 quilos de Pyriproxyfen, 4.086 sachês de fludora, 591.920 pastilhas de espinosade e 1.263 unidades de cortador de comprimido.
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AGÊNCIA ESTADO
Prevent Senior isenta de crimes contra pacientes
Investigação da Policia Civil de São Paulo isentou funcionários da operadora de saúde Prevent Senior dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio em decorrência da prescrição para pacientes com coronavírus do chamado kit Covid, coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada.
Segundo o inquérito instaurado pela delegada Lisandrea Colabuono, da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Liberdade Pessoal, a análise de prontuários médicos não comprovou imperícia ou negligência por parte dos médicos da operadora, conforme denúncia. No relatório final, a delegada ressaltou que a investigação afastou "qualquer motivação político-partidária". Segundo a Prevent Senior, a empresa é "vítima do sistema político".
A investigação analisou o prontuário de cinco pacientes da operadora que morreram no início da pandemia em decorrência de sintomas respiratórios, entre eles, o infectologista Antony Wong e Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang.
A delegada ouviu os médicos denunciantes do uso do kit Covid pela Prevent Senior. Em depoimento, eles não confirmaram que algum paciente tenha morrido devido ao uso dos medicamentos, apesar de terem sido prescritos sem a devida realização de exames e análise prévia do prontuário.
Laudos
Além dos laudos periciais feitos por médicos legistas, o inquérito policial se baseou em análises técnicas da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). "Criminalizar as condutas médicas, neste caso, seria condenar inúmeros médicos e servidores da saúde que atuaram e perderam suas vidas nesse embate contra esse novo vírus até então desconhecido", escreveu a delegada.
Para o advogado da empresa, Aristides Zacarelli Neto, a conclusão do inquérito "é o primeiro resultado de uma investigação técnica que mostra que a Prevent Senior foi alvo de uma injustiça semelhante à sofrida pela Escola Base há quase 30 anos". Concluída no início de abril, a CPI da Prevent Senior feita pela Câmara Municipal de São Paulo acusou 20 pessoas ligadas à empresa por 52 crimes em relatório final.
Na lista de acusados estão os donos da operadora de saúde, os irmãos Fernando e Eduardo Parrillo, o ex-diretor-executivo Pedro Benedito Batista Júnior, além de outros seis integrantes do pentágono, nome dado à cúpula da empresa. A Prevent Senior contestou o relatório e afirmou que "tem total interesse em que investigações técnicas, sem contornos políticos, possam restabelecer a verdade dos fatos".
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Hepatite infantil: o que se sabe sobre a doença que avança na Europa
A origem da infecção, no entanto, ainda é uma incógnita e está sendo apurada
Por Leon Ferrari
Setenta e quatro casos de hepatite aguda foram descobertos em crianças do Reino Unido até o dia 8 de abril, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). De lá para cá, os registros têm crescido na Europa e nos Estados Unidos. A origem da infecção, no entanto, ainda é uma incógnita e está sendo apurada.
Por ora, a OMS não orienta restringir viagens aos países com casos da doença e destaca que a prioridade no momento é encontrar a causa dos quadros. A preocupação se deve ao fato de que a infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais.
O que é hepatite?
Conforme a OMS, a hepatite é uma inflamação que atinge o fígado causada por uma variedade de vírus infecciosos (hepatite viral) e agentes não infecciosos. A infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais. Existem cinco cepas do vírus da hepatite: A, B, C, D e E.
Embora todas causem doença hepática, tem modos de transmissão, gravidade, distribuição geográfica e métodos preventivos diversos entre si. Os vírus B e C, diz a OMS, causam doenças crônicas em milhões de pessoas e, juntos, são a principal causa de cirrose hepática, câncer de fígado e mortes relacionadas à hepatite viral. Estima-se que 354 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com hepatite B ou C. A maioria não acessa testes e tratamentos.
De acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), os sintomas mais comuns da doença são: urina escura; fezes brancas ou acinzentadas; comichão na pele; olhos e pele amarelados (icterícia); dores musculares e nas articulações; cansaço; perda de apetite; dores de barriga.
Qual a causa da hepatite aguda que aflige crianças do Reino Unido?
Essa é a chave da questão. Por mais que profissionais de saúde e agências do Reino Unido estudem os casos desde janeiro, ainda não encontraram a etiologia dos quadros. De acordo com a OMS, nos casos do Reino Unido, testes laboratoriais descartaram os vírus da hepatite A, B, C, D e E.
Entre os casos do Reino Unido, muitos apresentavam infecção por adenovírus (família de vírus comuns que, em geral, causam doenças leves) ou pelo vírus causador da covid-19, disse a OMS. Recentemente, houve aumento na atividade dos adenovírus na região, que cocirculam com o SARS-CoV-2.
Por mais que sejam investigados como causas potenciais, o papel desses vírus na patogênese (mecanismo pelo qual a doença se desenvolve) ainda não está claro. Nenhum outro fator de risco epidemiológico foi identificado, incluindo viagens internacionais recentes. A UKHSA informou não haver vínculo com a vacina contra covid – nenhum dos casos confirmados recebeu imunizante.
Nesta semana, equipes do Reino Unido divulgaram que um agente infeccioso é a causa mais provável do problema, mas um diagnóstico completo ainda está em investigação pelas autoridades locais.
Quais os sintomas que as crianças do Reino Unido têm apresentado?
O quadro das crianças europeias é de infecção aguda. Muitos apresentam icterícia, que, por vezes, é precedida por sintomas gastrointestinais, principalmente em pequenos até 10 anos.
Qual a idade dos pacientes?
A síndrome atinge pacientes de até 16 anos de idade. A maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos.
Alguma morte já foi registrada?
Alguns dos pacientes precisaram ser transferidos para unidades especializadas de fígado infantil e seis precisaram de transplante. Nenhuma morte foi registrada até 11 de abril.
Em que países há casos?
Dos casos confirmados, 49 são da Inglaterra, 13 da Escócia e os demais do País de Gales e da Irlanda do Norte, conforme as autoridades do Reino Unido. Após o alerta do Reino Unido, Irlanda, Holanda, Dinamarca e Espanha também notificaram casos confirmados e suspeitos à OMS. Eles ainda estão sob investigação Autoridades dos Estados Unidos também relataram casos.
Como esses países têm respondido aos casos?
Conforme a OMS, medidas clínicas e de saúde pública foram adotadas no Reino Unido, a fim de coordenar a identificação de casos e de investigar a etiologia da doença. As autoridades estudam o histórico de exposição dos pacientes, aplicam testes toxicológicos e virológicos/microbiológicos. Na Irlanda e na Espanha, as medidas também foram aplicadas
Como prevenir?
Mesmo sem causa identificada, em nota, a diretora de Infecções Clínicas e Emergentes da UKHSA, Meera Chand deu algumas orientações aos pais e responsáveis. “Medidas convencionais de higiene, como boa lavagem das mãos e higiene respiratória, ajudam a reduzir a propagação de muitas das infecções que estamos investigando.” Ela também pediu para que fiquem atentos a sinais de hepatite e contatem profissionais de saúde.
Quais foram as orientações da OMS?
Segundo a OMS, como há tendência crescente de casos desde o mês passado no Reino Unido, além de busca extensa, é provável que ocorram mais confirmações antes que a etiologia (causa) seja identificada. A organização encorajou países a identificarem, investigarem e notificarem casos potenciais. Com base nas informações obtidas até agora, a organização recomendou não restringir viagens a países com casos confirmados. Mas destacou que está monitorando o cenário.
Há casos suspeitos no Brasil?
Conforme o alerta emitido pela OMS ainda não há casos confirmados fora da Europa. No entanto, a organização pediu atenção de todos os países-membros. O Estadão fez contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Saúde, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
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CORREIO BRAZILIENSE
Um terço dos infectados com covid-19 continua com sintomas após fase aguda
Um em cada três pessoas que têm covid-19 continuará com sintomas, mesmo após a fase aguda. Fadiga é a sequela mais comum, mas estudo descobre diferenças entre pacientes hospitalizados e aqueles com atendimento ambulatorial postado em 20/04/2022 06:00
(crédito: HANDOUT)
P ara 30% dos sobreviventes do Sars-CoV-2, a doença causada por ele não acaba com o fim dos sintomas. Bastante estudada desde os primeiros casos de recuperação da fase aguda, a chamada covid longa caracteriza uma série de condições que acompanham os pacientes mesmo depois de curados da infecção. Havia dúvidas, porém, sobre sua prevalência. Agora, um estudo publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (Ucla), constatou que as sequelas estão presentes em uma de três pessoas afetadas pelo coronavírus.
Segundo Sun Yoo, professor clínico de ciências da saúde na Escola de Medicina David Geffen da Ucla, "a incidência e os fatores de risco da covid longa, e até mesmo a definição da síndrome, permaneceram obscuros ao longo da pandemia". Por isso, ele se associou a outros pesquisadores para avaliar características como sintomas, prevalência e incidência, em um grupo de 1.038 pacientes de covid-19, dos quais 309 apresentaram consequências persistentes da infecção.
Como esperado, pessoas com histórico de hospitalização, diabetes e índice de massa corporal mais alto eram mais propensos a desenvolver a síndrome. Contudo, para a surpresa dos pesquisadores, características associadas previamente à covid longa e à gravidade da doença, como idade avançada e status socioeconômico, não tiveram relação, neste estudo, com a permanência dos sintomas depois da fase aguda.
Acompanhados por um ambulatório da própria Ucla desde o início da infecção, 30,8% dos pacientes que foram hospitalizados e 26,5% daqueles que receberam atendimento ambulatorial desenvolveram a síndrome. No total, 29,8% dos 1.038 incluídos no estudo tiveram sintomas persistentes, que se mantiveram por mais de 30 dias. Os mais comumente relatados foram fadiga (73,2%), seguida de falta de ar (63,6%), febre e calafrios ( 51,5%) e, por fim, dores musculares (50,6%).
Passados 60 dias da infecção, a fadiga foi o sintoma mais relatado (31,4%), seguida de falta de ar (13,9%) e perda de paladar ou olfato (9,8%). Febre persistente (1,9%) e erupção cutânea (
Os fatores associados à síndrome pós-covid também foram diferentes entre pessoas tratadas no ambiente hospitalar versus ambulatorial. No segundo, os pacientes eram mais jovens, com maior probabilidade de serem brancos. Mulheres e indivíduos com seguro saúde eram a maioria. Já em relação aos internados, idade e etnia não se correlacionaram com a permanência de sintomas, embora o sexo feminino tenha sido, estatisticamente, mais afetado. De acordo com Yoo, o estudo destaca a necessidade de se considerar diversos fatores nas investigações sobre covid longa, incluindo alguns que não foram incluídos nessa pesquisa em particular.
"O estudo ilustra a necessidade de se acompanhar longitudinalmente diversas populações de pacientes para entender a trajetória da covid longa e avaliar como fatores individuais, como comorbidades pré-existentes, fatores sociodemográficos, status de vacinação e tipo de variante do vírus, afetam o tipo e a persistência da covid longa", diz. "Nosso estudo também levanta questões como: por que os pacientes com seguro privado tinham duas vezes mais chances de desenvolver covid longa? Como os sintomas persistentes podem ser de natureza subjetiva, precisamos de melhores ferramentas para diagnosticar com precisão a síndrome. Finalmente, precisamos garantir o acesso equitativo aos cuidados ambulatoriais da covid longa."
Fardo
Deborah Dunn-Walters, professora de imunologia da Universidade de Surrey, no Reino Unido, concorda que são necessários mais estudos para caracterização da covid longa, incluindo o perfil dos pacientes mais suscetíveis. "Apesar das tentativas de caracterizar a síndrome, há uma diversidade de sintomas associados. Não compreendemos ainda todos os processos que estão por trás da covid longa", diz. De acordo com a especialista, acredita-se que o sistema imunológico desempenhe um papel no desenvolvimento da síndrome em um número significativo de casos, provavelmente como resultado de uma resposta imune super-reativa e/ou levemente mal tratada durante a infecção aguda.
Para ela, uma das formas mais eficazes de evitar a persistência dos sintomas, o que afeta não só o paciente, mas pode se tornar um fardo para os sistemas de saúde, é a vacinação. "Revisões de estudos têm mostrado que, pessoas vacinadas e que pegam covid são menos propensas a desenvolver a forma longa se tiverem recebido uma ou duas doses do imunizante, em comparação com indivíduos não vacinados. A melhor forma de evitar os sintomas pós-covid é se vacinar."
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de dengue em todo o país aumentam 95% em relação a 2021
O número de casos prováveis de dengue, em todo o país, quase dobrou desde o começo do ano comparado ao mesmo período de 2021, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya, dengue e zika vírus
De acordo com o levantamento, foram registrados quase 400 mil casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento, são 184 casos para cada 100 mil habitantes neste ano.
Para a segunda vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Rosylane Rocha, dois fatores podem explicar esse aumento considerável. O primeiro é que a dengue é uma doença sazonal, com maior incidência em períodos de chuva e calor. E, como este ano muitas regiões tiveram chuvas acima do esperado, favoreceu o acúmulo de água, situação propícia para o surgimento de focos do mosquito transmissor.
Outro motivo, segundo Rosylane Rocha, é que o medo da covid-19 fez muita gente procurar atendimento médico, aumentando os registros oficiais de casos de dengue, já que, no início as duas doenças têm sintomas parecidos.
Muito acima da média nacional, a Região Centro-Oeste apresenta taxa superior a 700 casos de dengue por 100 mil habitantes, com destaque para as capitais Goiânia, Brasília e Palmas. É na capital federal onde mora o fotógrafo Raphael Padilha, que teve dengue logo após se curar da covid-19, em fevereiro. Assustado com os sintomas, chegou a desconfiar de complicações da covid-19. Raphael conta que, na região onde vive, está havendo surto de dengue e que nem o filho mais novo, de quase 2 anos, ficou ileso.
O boletim do Ministério da Saúde aponta que, até o momento, está confirmada a morte de 112 pessoas, das 280 que desenvolveram agravamento da dengue no país. Os registros ocorreram, principalmente, nos estados de São Paulo, seguido de Goiás, Bahia, Santa Catarina e Minas Gerais. Além disso, mais de 170 mortes ainda são investigadas e podem estar associadas à dengue.
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FOLHA DO TOCANTINS
Piso salarial para enfermagem deve ser votado no dia 4 de maio
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) afirmou que a votação do piso salarial da enfermagem (PL 2564/20) deverá ser realizada no dia 4 de maio. A definição foi feita, segundo ela, após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). "No mês de maio nós comemoramos a Semana Brasileira de Enfermagem e no dia 4 de maio estaremos aqui no Plenário da Câmara deliberando o projeto de lei do piso salarial da enfermagem", disse.
A proposta teve a urgência aprovada pelo Plenário no dia 22 de março. Zanotto, que coordenou o grupo de trabalho sobre o impacto orçamentário da proposta, afirmou que há várias sugestões de fontes de financiamento para custear esse aumento salarial.
A proposta define salário inicial para os enfermeiros de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e privados. Nos demais casos, haverá proporcionalidade: 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
O texto prevê ainda a atualização monetária anual do piso da categoria com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e assegura a manutenção de salários eventualmente superiores ao valor inicial sugerido, independentemente da jornada de trabalho para a qual o profissional tenha sido contratado.
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BLOG JOVEM PAN
Bolsonaro critica Mais Médicos no lançamento de novo programa: Salários iam para Fidel
Bolsonaro critica Mais Médicos no lançamento de novo programa: Salários iam para Fidel - Central das Notícias - Notícias, vídeos, esportes e diversão
País abre 4,6 mil vagas para profissionais de saúde com diplomas obtidos em outros países, mas eles terão que ser aprovados no exame Revalida, que dá valor legal ao documento no Brasil
Foto: Isac Nóbrega/PRPresidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o antigo programa Mais Médicos e citou algumas diferenças do novo programa, o Médicos Pelo Brasil
No evento de lançamento do programa Médicos Pelo Brasil, que substitui o Mais Médicos e deve reforçar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o novo programa não é uma continuação do anterior, criado em 2013, no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), e que contava com profissionais cubanos sem diploma válido no Brasil. "Entre outras coisas, 80% do salário ia diretamente para Fidel Castro. O pessoal ficava aproximadamente com 20% aqui. Nós tentamos emendar o projeto, de modo que eles pudessem receber o salário no Banco do Brasil ou Caixa Econômica. A oposição, ou melhor, situação naquela época, a esquerda, passou por cima disso. Não foi possível. Tentamos também fazer o mínimo de teste da pessoa, não é um Revalida, não, um mínimo de teste simples, para saber, por exemplo, se Benzetacil é endovenosa, se é muscular, se é oral. Tenho certeza que a maioria não seria aprovada, não conseguiria responder", disse Bolsonaro.
O programa Médicos Pelo Brasil permite a entrada de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, mas exige a aprovação no exame Revalida, que dá valor legal ao diploma de outro país. Inicialmente, são 4,6 mil vagas para atender quase 2 mil cidades brasileiras. No lançamento do programa foram contratados 529 profissionais de saúde para a primeira etapa. Até o fim deste mês devem ser convocados 1,7 mil médicos. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o novo programa servirá "de verdade" para assistência à população, com médicos preparados. "Todos nós nos lembramos o que aconteceu nos anos de 2013 e 2014. O governo que estava de plantão à época trouxe um programa que consistia em importar médicos de uma ditadura da América Latina. E esse programa, esses médicos que vinham para o Brasil, 80% do que eles recebiam era retornado para o país de origem. Esses colegas não tinham autonomia para sequer receber o suor do seu trabalho, que eles ganhavam prestando assistência. Isso, no governo Bolsonaro, não acontece mais", disse Queiroga.
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BLOG ALTAIR TAVARES
Paralisação: Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos eletivos nesta terça (19)
Médicos da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspederam, nesta terça-feira (19), o atendimento para consultas, exames e cirurgias. O ato faz parte de um movimento que cobra mais investimentos para remediar a crise financeira acerca das mais de 2 mil Santas Casas de todo país. Apenas casos de emergência estão sendo atendidos. Segundo a direção do hospital, todos os serviços votam ao normal nesta quarta-feira (20).
Ainda de acordo com a superintendente Geral, Irani Ribeiro, atualmente a entidade trabalha com uma tabela muito ”desafada”. ”Funcionamos com uma tabela muito desafada. Um dos exemplos, é uma consulta médica a R$ 10 reais e o médico recebe depois de 60 dias. Uma cirurgia, R$ 120 reais e o médico recebe depois de 60 dias”, destaca Irani Ribeiro. Ela ainda afirma que a unidade não possui nenhum laboratório que trabalha com a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). ”Nós pagamos além do valor SUS, mais 40% para complementação. Ou seja complementamos os exames”, disse.
Atendimento SUS
Segundo a superintendente, em 2021, a Santa Casa de Goiâna atendeu uma alta demanda do SUS. Sendo 41 mil de consultas, mais de 7 mil cirurgias, mais de 40 mil atendimentos laboratoriais por mês. ” 96% da nossa produção é SUS. É um hospital susdependente”, disse Irani.
Irani reforça que a situação financeira das unidades está crítica nesse período pós pandemia principalmente após alta nos preços dos medicamentos. A superintendente conta que antes, o valor de uma ampola para anestésico utilizado para cirurgias, custava R$ 1,90 , agora, essa mesma ampola custa R$ 245.
Essa situação tem ficado mais difícil para a Santa Casa porque segundo a superintendente,a cada semana os preços dos medicamentos sobem. ”Está faltando medicamentos no mercado, e quando encontramos o preço é altíssimo. Então, as Santas Casas estão passando por muitas dificuldades”, frisa.
Leitos usados na pandemia
De acordo com Irani, há um ano atrás, as Santas Casas conversaram com presidente da República pedindo ajuda, segundo ela, mostrando que durante a pandemia 70% dos leitos ocupados para tratamento da Covid-19 são das instituições filantrôpicas. ”Nós temos um papel social muito grande, mas precisamos ter recursos para continuar salvando vidas. E hoje salvar vidas está ficando muito caro” disse.
No ano passado, segundo a superintendente, o governo fedral prometeu R$ 2 bi para serem distribuidos às Santas Casas, seguindo as suas produções, para liquidar um pouco das dívidas. ”Nós estamos financiando o SUS, estamos emprestando recursos para cubrir uma tabela que hoje ninguém quer trabalhar com essa tabela”, destaca.
Discrepância
A Santa Casa relembra o histórico dos números ao longo dos últimos tempos: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani Ribeiro de Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
As Santas Casas apoiam a melhoria da remuneração de todos os profissionais de saúde, mas, com esse PL, teriam impacto estimado em R$ 6,3 bilhões de reais por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento, tornando insustentável seus funcionamentos e estabelecendo-se definitivamente a falência dos hospitais.
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PORTAL G1
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisa consultas, exames e cirurgias para cobrar mais investimentos
Cerca de 800 atendimentos deixaram de ser feitos nesta terça-feira (19). Dívida do hospital é de cerca de R$ 50 milhões.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisaram o atendimento para consultas, exames e cirurgias nesta terça-feira (19). O movimento faz parte de um ato nacional que cobra mais investimentos para remediar a crise financeira. Apenas casos de emergência serão atendidos. A previsão é que todos os serviços voltem ao normal na quarta-feira (20).
A dona de casa Heloísa Maria Gomes viajou de Araçu a Goiânia para trazer uma parente para uma consulta após colocar um marca-passo. Porém, teve que voltar sem o atendimento. “Não tem como, tem que voltar depois de novo. Eu achei errado, porque não sei como vou fazer com ela”, disse.
Em um comunicado, a Santa Casa disse que 800 atendimentos, entre consultas e exames já marcados, deixarão de ser feitos na unidade e serão remarcados. Muitos pacientes disseram que foram pegos de surpresa.
“Eu não sei como vou fazer, porque fiz cirurgia, ontem fez um mês e hoje era o retorno”, disse o autônomo José Viríssimo Gomes.
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia informou que é responsável por mais de 70% do atendimento do Sistema Único de Saúde na capital. A unidade disse ainda que recebe do SUS apenas R$ 10 por consulta médica. A dívida do hospital com fornecedores é de R$ 50 milhões.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a gestão e financiamento do SUS, conforme determina a Constituição Federal, é compartilhada entre União, estados e municípios. A pasta afirmou que repassa mensalmente para as secretarias estaduais e municipais de saúde, recursos financeiros destinados ao custeio de serviços hospitalares, incluindo os ofertados pelo setor filantrópico.
Segundo o ministério, o Governo Federal elabora políticas públicas e financia os serviços e cabe aos estados e municípios gerenciar o sistema na ponta conforme as características, necessidades e demandas de cada região (leia nota na íntegra no fim do texto).
“Nós estamos pedindo socorro para deixar nós continuarmos trabalhar. A Santa Casa é o único hospital que o paciente SUS fica 60 dias, 90 dias tratando todas suas patologias”, disse a superintendente-geral da Santa Casa de Misericórdia, Irani Ribeiro de Moura.
Ela afirmou ainda que as equipes trabalharam intensamente para atender nos outros dias as pessoas que tiveram as consultas e exames canceladas devido à paralisação.
Atendimentos
Por mês, a Santa Casa de Misericórdia realiza cerca de 40 mil consultas, 30 mil exames, 10 mil internações e 400 cirurgias. Para manter esse volume de atendimentos, recebe do estado e município R$ 3,5 milhões.
A direção da unidade disse que precisaria do dobro desse valor para manter e ampliar o atendimento com qualidade.
“O que a gente sente dificuldade é falta de recursos para fazer novos investimentos, melhorias nas condições de trabalho”, disse Cláudio Tavares, superintendente técnico do hospital.
Nota Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde repassa mensalmente para as secretarias estaduais e municipais de saúde, recursos financeiros destinados ao custeio de serviços hospitalares de média e alta complexidade, incluindo os ofertados pelo setor filantrópico.
Em 2021, foram repassados aos fundos estaduais e municipais mais de R$ 67,7 bilhões para o custeio dos serviços em todo o país. Em 2021, entre janeiro e abril, já foram repassados R$ R$ 18,6 bilhões para o custeio desses serviços.
A pasta reforça que a gestão e financiamento do SUS, conforme determina a Constituição Federal, é tripartite, ou seja, compartilhada entre União, estados e municípios. O Governo Federal elabora políticas públicas e financia os serviços. Cabe aos estados e municípios gerenciar o sistema na ponta conforme as características, necessidades e demandas de cada região.
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TV ANHANGUERA
Servidores da Santa Casa de Misericórdia realizam paralisação em Goiânia
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/
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Santa Casa para atividades por 24 horas em protesto ao fechamento de outras unidades
https://globoplay.globo.com/v/10499169/
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 19/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil registra 65 mortes pela covid nas últimas 24h; média móvel fica abaixo de 100
Governo anuncia contratações do programa Médicos Pelo Brasil
Goiás pode decretar emergência em saúde por aumento de casos de dengue
Duas pessoas são indiciadas por morte de idosa no Hugo
Rogério Cruz aponta equilíbrio fiscal durante prestação de contas na Câmara
Fim de emergência desobriga exigir máscara no trabalho
Fim da emergência sanitária não pode desmontar combate à Covid no país
Secretários de Saúde criticam fim do estado de emergência
ANS trabalha para reduzir prazo de incorporação de novos medicamentos pelos planos de saúde
CoronaVac deve ser usada apenas em pessoas de 5 a 18 anos, diz Queiroga
Sandro Batista assume nesta segunda a titularidade da Secretaria de Estado da Saúde
Covid-19 e o cérebro: vírus causa danos mesmo em infecções leves
AGÊNCIA ESTADO
Brasil registra 65 mortes pela covid nas últimas 24h; média móvel fica abaixo de 100
O Brasil registrou 65 novas mortes pela covid-19 nesta segunda-feira (18/4). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 98, abaixo de 100 pela primeira vez desde 5 de janeiro deste ano, quando atingiu o mesmo patamar. Este é o 14º dia consecutivo em que o índice mantém tendência de queda. O número de novas infecções pela covid notificadas foi de 10.393, enquanto a média móvel de testes positivos na última semana é de 14.253. No total, o Brasil tem 662.076 mortos e 30.258.475 casos do coronavírus.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, foram 29,2 milhões de recuperações da doença desde o início da pandemia no País. São Paulo registrou quatro mortes e 2,6 mil infecções pela covid nesta segunda. Ao todo, 11 Estados não registraram óbitos pela covid nas últimas 24 horas, são eles: Acre, Amapá, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. O Ministério da Saúde informou que foram registrados 8.470 novos casos e mais 66 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 30.261.088 pessoas infectadas e 662.026 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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AGÊNCIA BRASIL
Governo anuncia contratações do programa Médicos Pelo Brasil
O governo federal anunciou nesta segunda-feira (18/4) a chegada dos primeiros profissionais contratados para o programa Médicos pelo Brasil, substituto do programa Mais Médicos, lançado há mais de dois anos. O anúncio ocorreu durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, de ministros e parlamentares.
Nesta primeira etapa, 529 profissionais foram chamados, entre médicos e tutores. Eles serão distribuídos para 24 estados (veja quadro). Ao todo, até o final de abril, serão convocados cerca de 1,7 mil profissionais. As demais convocações ocorrerão durante todo o período de vigência do edital, sendo a maioria ao longo de 2022. Os resultados do concurso foram homologados no último dia 5 de abril.
"Do total de municípios que receberão esses profissionais, cerca de 6% serão contemplados por provimento médico federal pela primeira vez. Não eram contemplados pelo Mais Médicos", informou o secretário de atenção básica à saúde, Raphael Câmara. "Os profissionais do programa são todos médicos, com diploma expedido por instituições de ensino brasileiras, com curso devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação, e médicos formados em instituições estrangeiras com diploma revalidado no Brasil, com o Revalida", acrescentou.
Foram ofertadas pelo Ministério da Saúde, inicialmente, 5 mil vagas para os municípios, com a confirmação final de 4.652 posições pelas gestões locais, das quais 595 foram destinadas ao cargo de tutores médicos e 4.057 para médicos bolsistas.
A definição dos locais a serem incluídos no programa, segundo a pasta, foi organizada por meio da classificação dos municípios brasileiros por grau de prioridade. Os critérios primários são a classificação geográfica definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o percentual da população vulnerável.
Médicos Pelo Brasil
O programa Médicos pelo Brasil foi criado em 2019 com o objetivo de estruturar a carreira médica federal para locais com dificuldade de fixar o profissional e com alta vulnerabilidade social. O programa foi substituindo de forma gradativa sua versão anterior, o Mais Médicos, e será executado pela Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), também criada pela lei do novo programa.
Uma das principais novidades do Médicos pelo Brasil é a contratação dos profissionais pelo regime de Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Até então, os contratos eram temporários de até três anos. Os aprovados no programa serão alocados em unidades de saúde predefinidas pelo ministério e terão dois anos para realizar curso de especialização em medicina de família e comunidade. O valor da bolsa formação será de R$ 12 mil mensais e gratificação de R$ 3 mil adicionais para áreas rurais e remotas ou R$ 6 mil adicionais para distritos indígenas.
"Desde o início, se defendeu a criação de uma carreira de estado para médico, e ela hoje se materializa através do programa Médicos pelo Brasil. Esse programa será ampliado e tenho certeza que será um divisor de águas na saúde do país", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
"Quero cumprimentar o Queiroga por esse programa Médicos pelo Brasil, onde médicos de verdade, bem remunerados, vão ser espalhados pelo Brasil para bem atender a nossa população", afirmou o presidente Jair Bolsonaro.
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A REDAÇÃO
Goiás pode decretar emergência em saúde por aumento de casos de dengue
Goiânia - Goiás pode decretar situação de emergência em saúde após explosão de casos de dengue. É o que afirma o novo secretário estadual de Saúde, o médico Sandro Rogério Rodrigues Batista, que foi empossado no cargo nesta segunda-feira (18/4). "Vamos fazer análises e ver a possibilidade disso [decretar estado de emergência]. Nosso trabalho é baseado em evidências", disse o novo auxiliar do governo Ronaldo Caiado. "Sempre com muita discussão técnica", completou.
Balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) na útima semana mostra que no comparativo das 13 primeiras semanas deste ano com o mesmo período de 2021, o número de notificações de dengue teve crescimento de 295,32%. Foram 22.018 casos notificados em 2021 contra 87.042 em 2022.
Capital
Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já decretou situação de emergência em saúde em razão do elevado número de casos de dengue. A capital, inclusive, figura há algumas semanas como a cidade brasileira com mais registros da doença. Com o decreto municipal, Goiânia pode adquirir materiais para ampliar as ações preventivas contra o mosquito Aedes aegypt. Fica também permitida a ampliação de equipes, em caráter temporário, para o combate à doença.
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Duas pessoas são indiciadas por morte de idosa no Hugo
A Polícia Civil indiciou duas pessoas pela morte de uma paciente idosa no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), em Goiânia: um homem que invadiu o leito sem autorização e um vigilante da unidade de saúde. O caso aconteceu no último dia 7 de abril. Internada há dois meses, a vítima Neuza Cândida estava traqueostomizada e teria morrido após um desconhecido entrar em seu quarto.
Segundo a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), o homem que entrou no leito, identificado como Ronaldo do Nascimento, não conhecia a vítima e não possuía a intenção de matá-la. Contudo, para a Polícia Judiciária, o investigado assumiu o risco ao manipular a idosa, especialmente suas via aéreas, sem autorização, sem conhecimento técnico para tal e em razão do estado de saúde já debilitado da vítima. Diante disso, ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado, por ter sido cometido por meio de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O outro inidiado é um vigilante vinculado a uma empresa que presta serviço de segurança de forma terceirizada ao Hugo. De acordo com as investigações, o vigilante deixou de observar protocolos de segurança básicos e autorizou a entrada do investigado Ronaldo do Nascimento em área restrita do hospital, fato esse que possibilitou a morte da vítima. Como o vigilante não agiu com dolo, no entender da Polícia Civil, ele foi indiciado pelo crime de homicídio culposo.
Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram o homem tendo acesso ao hospital e circulando pelo corredor até entrar nos leitos.
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Rogério Cruz aponta equilíbrio fiscal durante prestação de contas na Câmara
Goiânia - Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz esteve nesta segunda-feira (18/04) na Câmara Municipal para prestação de contas da administração pública, referente ao exercício do 3° quadrimestre de 2021. A demonstração do cumprimento de metas fiscais à Comissão Mista da Casa é obrigação legal, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei Complementar Municipal nº 129, de 16 de dezembro de 2003.
“Os resultados alcançados em 2021 demonstram o equilíbrio das contas públicas, a responsabilidade fiscal, e o nosso compromisso com o povo goianiense em todas as suas necessidades”, detalha o prefeito, ao frisar que a atual gestão superou números relacionados a investimentos com saúde e educação, além de criar condições para a retomada econômica do município, com políticas para a geração de emprego e renda.
Rogério Cruz demonstrou que, em seu primeiro ano de gestão, a receita total da Prefeitura de Goiânia, ou seja, o valor arrecadado entre janeiro e dezembro, totalizou R$ 6.519.783.640,87. O detalhamento das principais receitas realizadas no exercício de 2021 mostra que valores referentes ao pagamento de IPTU, ISS, ISTI e transferências correntes são a fonte principal de recursos para o Tesouro Municipal.
O valor total da receita realizada entre os exercícios de 2020 e 2021 apresenta crescimento nominal de 6,32%, que representa o montante de R$ 387.665.743,35 a mais. Em 2021, a receita foi de R$ 6.519.783.640,87; em 2020, as receitas arrecadadas ficaram em R$ 6.132.117.897,52.
De acordo com o prefeito, parte significativa da receita foi aplicada na abertura de novos leitos, testagem em massa, vigilância epidemiológica, contratação de pessoal, e toda a logística para vacinação, bem como na criação e ampliação de programas sociais para minimizar as dificuldades da população mais carente, principalmente em face da pandemia de Covid-19.
Rogério Cruz explicou que, ao contrário de 2020, no ano passado a União não prestou auxílio financeiro aos municípios no âmbito da pandemia de Covid-19. Ele ressaltou que, apesar disso, a gestão não mediu esforços para assegurar atendimento médico a cada goianiense.
“Investimentos em saúde superaram em 40% limite constitucional obrigatório, que é de 15%. Ao todo, nós investimos 20,92% da receita para cuidar da saúde das pessoas. Foram R$ 228 milhões a mais do que o previsto, um gasto necessário para dar resposta imediata à crise sanitária”, destaca.
Os investimentos em educação também superaram o mínimo constitucional: 25,49% da receita foi aplicada na abertura de mais de 3 mil vagas na rede municipal, inauguração de Cmeis, criação de novas escolas em tempo integral, e repasse de R$ 33 milhões para reformar todas as unidades escolares.
“Dialogamos muito para assegurar aos professores e demais trabalhadores da educação uma correção salarial digna e que fique dentro dos limites de responsabilidade fiscal”, frisa o prefeito.
Ele ressalta que, mesmo com os investimentos vultosos nas áreas de saúde e educação, todas as obras em andamento foram mantidas. “E preparamos a aceleração de investimentos em infraestrutura neste ano: 2021 foi um ano de muito planejamento, 2022 será de execução e de continuidade”, afirma.
O prefeito anunciou que, além das diversas obras para entregar, outras devem ser iniciadas, a exemplo da construção de novas unidades básicas de saúde, e da ampliação de vagas na educação.
“Para cumprir com o plano de governo, vamos seguir em frente pautando nossas ações rumo ao equilíbrio, com rígido controle orçamentário, e atenção permanente às necessidades da cidade e da população goianiense”, ressalta o prefeito, que conclamou os vereadores a trabalharem juntos. “É tempo de somar esforços”, completa.
Destaques elencados por Rogério Cruz, sobre as contas de 2021:
- Mais investimentos na contribuição patronal para garantir o equilíbrio para aposentadoria dos servidores, conforme prevê a lei complementar nº 336, de 29 de janeiro de 2021, que passou para 18% a alíquota patronal.
- Para melhorar o sistema de transporte coletivo de Goiânia, injeção de mais de R$ 70 milhões para subsidiar a tarifa do transporte e impedir aumento da passagem. Assim, Goiânia mantém a tarifa de R$ 4,30.
- Retomada do pagamento das dívidas contratadas pelo município, que estava suspenso desde 2020, em razão da pandemia de Covid19.
-Encerramento do exercício com grande redução nos restos a pagar. Ao final do exercício de 2020, os restos a pagar apresentavam o valor de R$ 146.677.893,18. No exercício de 2021, a cifra foi de R $38.571.986,14, o que representa redução superior a 70%.
Iniciativas tributárias
-Entre julho e agosto de 2021, foi realizado o maior Refis da história de Goiânia, com a possibilidade de acertar débitos vencidos sem entrada, e com parcelamento em até 60 vezes.
-Participação na Semana da Conciliação, do Conselho Nacional de Justiça, com rodada de negociações para os contribuintes em débito, inclusive os ajuizados. Dos dois eventos, resultou arrecadação no valor total de R$ 69.912.301,19.
-Programa de redução temporária do imposto sobre transmissão de imóveis (ISTI), cujo salto na arrecadação foi de 39,48%. “Essas foram algumas das iniciativas tributárias que implementamos em benefício dos goianienses e que somaram positivamente à arrecadação do município”, detalha.
Área social
-Aplicação de cerca de R$ 30 milhões com o Renda Família, programa importante para garantir comida no prato das famílias que vivenciaram os impactos da pandemia, e para movimentar o comércio local.
-No final de dezembro, programa foi ampliado para as mulheres em vulnerabilidade socioeconômica. Na próxima semana, serão entregues os cartões da terceira etapa do Renda Família + Mulher que, ao todo, vai alcançar 12.800 mulheres. Investimento será de R$ 23 milhões, para amparar as famílias chefiadas por mulheres.
-Em 2021, a prefeitura renunciou a mais de R$ 2 milhões para o custeio do programa IPTU Social, que isentou do pagamento do imposto todas as famílias que viviam em imóveis residenciais de até R$ 60 mil, e aquelas desempregadas que moravam em habitações de até R$ 100 mil.
-Ao todo, foram 13.197 inscrições beneficiadas pelo IPTU Social. Para os próximos anos, serão cerca de 50 mil famílias que deixarão de pagar o imposto, conforme o Novo Código Tributário.
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FOLHA DE S.PAULO
Fim de emergência desobriga exigir máscara no trabalho
Empresas também vão poder demandar retorno de grávidas não vacinadas
Fernanda Brigatti
SÃO PAULO
O fim da emergência de saúde pública anunciado no domingo (17) pelo ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, afetará também a vida dos trabalhadores que, desde março de 2020, estiveram sujeitos a mudanças temporárias de regras e obrigações.
A revogação do estado de enfrentamento à crise sanitária acabará definitivamente com a obrigação de as empresas exigirem o uso de máscaras, de afastarem automaticamente trabalhadores com sintomas gripais e de darem prioridade ao teletrabalho para aqueles com mais de 60 anos.
Poderá ainda antecipar o fim do trabalho remoto para gestantes. Até a exigência para que os aplicativos de entrega, como iFood, Rappi e Loggi, sejam obrigados a contratar seguros contra acidentes será revogada.
Passa de 170 o número de portarias do Ministério da Saúde que serão afetadas pela revogação do estado de emergência, que tratam desde regras para compras de insumos, mas que afetam também os regulamentos para os ambientes de trabalho.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (18), Queiroga disse que uma portaria a ser publicada até o fim desta semana vai formalizar o fim do estado de emergência em saúde.
Essa publicação será acompanhada de uma nota técnica que criará, segundo Queiroga, uma transição para normas e leis vinculadas à situação de emergência. "Foi criado um ordenamento jurídico próprio e algumas leis federais perderiam seu efeito", afirmou o ministro da Saúde. "É necessário que elas tenham uma transição."
Segundo Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde, a portaria interministerial 17, de 22 de março deste ano, que dispensou o uso de máscaras, já foi uma flexibilização possível a partir dos dados epidemiológicos disponíveis, o mesmo parâmetro usado na decisão de encerrar o estado de emergência.
?A declaração de emergência foi feita por meio da portaria 188, de 3 de fevereiro de 2020, pouco mais de um mês antes de a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificar a contaminação pelo coronavírus como uma pandemia.
Enquanto a medida não for publicada, todas as portarias ou leis vinculadas ao estado de emergência em saúde continuam valendo.
VEJA O QUE DEVE MUDAR:
SEREI OBRIGADO A VOLTAR AO TRABALHO PRESENCIAL?
As opções pelo trabalho remoto, pelo home office ou pela atividade presencial são decisões da empresa e não são afetadas pelo estado de emergência. Apesar de o trabalho fora das dependências da empresa ter sido adotado por mais companhias a partir do início da pandemia, ele não era obrigatório.
As empresas que adotaram o teletrabalho ou modelos híbridos de trabalho precisarão agora formalizar a opção em aditamento contratual, pois, na avaliação da advogada Maria Lucia Benhame, não haverá mais qualquer justificativa para que o modelo fique sem regulamentação.
O QUE MUDA QUANTO AO USO DE MÁSCARAS?
A portaria interministerial 17, de 22 de março, já tinha acabado com a obrigatoriedade de as empresas exigirem e fornecerem máscaras descartáveis ou de tecido aos funcionários. A obrigação foi mantida apenas em relação aos funcionários com condições clínicas de risco ou com 60 anos ou mais.
As regras dessa portaria estão condicionadas ao estado de emergência de saúde pública e, a menos que a nota técnica prevista pelo Ministério da Saúde defina outros parâmetros, todos os seus artigos perderão a validade.
O professor de direito do trabalho Ricardo Calcini diz entender que, independentemente do fim da eficácia da portaria, a exigência do uso de máscaras em ambientes fechados é uma prerrogativa do empregador.
Sem a portaria e sem o estado de emergência, porém, ele acredita que a tendência é as organizações também dispensarem a obrigação, uma vez que a imposição também perde o propósito.
ESTOU GRÁVIDA E AFASTADA DO TRABALHO PRESENCIAL. SEREI OBRIGADA A RETORNAR À EMPRESA?
Sim, a empresa poderá exigir o retorno. O afastamento obrigatório das gestantes foi previsto em uma lei alterada recentemente, que manteve o home office ou teletrabalho apenas para aquelas que ainda não estejam totalmente vacinadas.
Na avaliação da advogada Maria Lucia Benhame, com o fim o estado de emergência em saúde pública, gestantes terão que voltar ao trabalho, vacinadas ou não.
SE EU TIVER SINTOMAS DE GRIPE OU RESFRIADO, NÃO PRECISO MAIS FICAR AFASTADO?
Não, a menos que a nota técnica do Ministério da Saúde traga alguma nova regra sobre o afastamento de trabalhadores com sintomas ou que tenham tido contato com pessoas contaminadas. Ricardo Calcini diz que as empresas poderão prever parâmetros em seus planos de segurança e saúde.
É mais provável, porém, que passem a valer as regras gerais para licenças médicas, segundo as quais é necessário passar por atendimento médico e, a critério do médico, ficar ou não afastado. Sem o atestado médico, a ausência é considerada uma falta não justificada.
A advogada Cássia Pizzotti, do escritório Demarest, recomenda que as empresas definam protocolos em seus programas de controle de saúde ocupacional, os PCMSO, independentemente da revogação da situação de emergência.
Na avaliação dela, ter um conjunto de regras para abordar questões de saúde é um diferencial para evitar novos surtos em ambiente de grande circulação de funcionários.
ALGUMA LEI DEIXARÁ DE VALER COM O FIM DA EMERGÊNCIA?
Sim, todas aquelas que tiveram sua eficácia vinculada à emergência em saúde pública, como é o caso das grávidas. É também a situação da lei 14.297, que obrigou as plataformas de entrega a contratar seguro e prever uma assistência financeira aos entregadores de moto que atuam por meio delas, em caso de afastamento.
Esse benefício previsto na lei trata de afastamento por contaminação por Covid-19. Ele é pago por 15 dias e pode ser prorrogado por até um mês (45 dias, ao todo) nos casos em que o médico recomendar, por meio de laudo, a manutenção do afastamento. O valor da assistência financeira corresponde à média dos três últimos pagamentos mensais recebidos pelo entregador.
Para a advogada Maria Lúcia Benhame, somente após a publicação da portaria com a revogação do estado de emergência será possível prever quais leis serão afetadas, uma vez que o governo falou em criar uma transição.?
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O GLOBO
Fim da emergência sanitária não pode desmontar combate à Covid no país
É inegável o oportunismo do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao anunciar no domingo de Páscoa o fim da emergência sanitária decretada em fevereiro de 2020, no início da pandemia. É o sexto ministro a usar cadeia nacional de rádio e TV neste ano. Não se pode esquecer que o roteiro do comunicado já estava traçado pelo presidente Jair Bolsonaro, que nunca suportou as medidas de restrição, impostas por estados e municípios com aval do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro avisara que Queiroga anunciaria em breve o rebaixamento da pandemia. Em ano eleitoral, será sempre um tema incômodo para o chefe de uma nação que concentra mais de 660 mil mortes.
É verdade também que o atual cenário epidemiológico justifica a revisão das normas rígidas adotadas no início de 2020, quando a Covid-19, então uma doença desconhecida, assombrava o mundo. Há quase dois meses o número de mortes está em queda cerca de cem por dia ante mais de 4 mil no auge da pandemia. A ocupação de UTIs saiu dos níveis críticos. A vacinação avançou: 76% da população recebeu duas doses, e em torno de 50% a dose de reforço. Estados e municípios, protagonistas das medidas de restrição para conter a transmissão, empreenderam ampla liberação. Mesmo o uso das máscaras foi aliviado em praticamente todo o país. No início do mês, a Paraíba foi o último estado a abolir a proteção.
Mas o fim da emergência sanitária não demanda apenas um decreto. Inúmeras decisões estão direta ou indiretamente atreladas a ela. A CoronaVac, usada na vacinação infantil, está autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas para uso emergencial. O mesmo ocorre com medicamentos contra a Covid-19 aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). As regras de exceção afetam também o passaporte vacinal, a importação e exportação de remédios e as normas trabalhistas, como proteção social e de saúde a entregadores ou a regulamentação do teletrabalho.
É preciso, portanto, bom senso para que o arcabouço de normas que sustentam o combate à pandemia não seja desmontado de uma hora para outra. Por um motivo simples: a pandemia não acabou. O próprio Queiroga reconheceu isso. Rebaixar a pandemia para endemia, como pretendia Bolsonaro, é tarefa que não cabe a governos, mas tão somente à Organização Mundial da Saúde (OMS). Queiroga afirmou que atos normativos serão publicados nos próximos dias para aparar as arestas. É o que se espera.
Não há dúvidas de que normas precisam ser aliviadas diante da queda no número de mortos e infectados. O vírus não desaparecerá repentinamente, e será necessário aprender a conviver com ele. O aumento de casos de Covid-19 na China e nos Estados Unidos mostra que não se deve relaxar. Será fundamental manter a vigilância e o monitoramento de novas variantes. Toda decisão tem de ser tomada baseada na ciência. Deixar que a política e o calendário eleitoral contaminem o combate à pandemia é um erro que pode ser fatal.
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PORTAL IG
Secretários de Saúde criticam fim do estado de emergência
Integrantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) planejam entregar ao Ministério da Saúde, nesta terça-feira, uma carta com críticas ao fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin).
Ao GLOBO, interlocutores afirmaram que entre os principais pontos de insatisfação estão o prazo de 30 dias para entrar em vigor, considerado "exíguo" e a falta de um plano de transição para a saída do estado de emergência.
O documento, que está em fase de finalização, deve ser divulgado na manhã de terça-feira. Secretários se reúnem na noite desta segunda para alinhar os tópicos, que ainda precisam de ajustes.
- O foco principal é a transição do estado de emergência. Nós reconhecemos que caminhamos para superá-lo, mas pretendemos que não seja um ato administrativo puro e simples de revogação de ato anterior, mas que compreenda estratégia de saída do estado de emergência, o que permita que todos os entes federados tenham prazo mínimo para poder adequar todos os seus atos administrativos e seus contratos - disse ao GLOBO o presidente do Conass, Nésio Fernandes.
Outro secretário de Saúde, ouvido em caráter reservado pela reportagem, afirmou que "o prazo de 30 dias, divulgado pelo ministro (da Saúde, Marcelo Queiroga), é inexequível" e que "o documento (dos conselhos) exigirá 90 dias para que haja tempo de adequações". A avaliação é de que três meses são o tempo necessário para adequar as medidas. Covid: EUA convocam cúpula mundial para debater esforços na pandemia Covid: EUA deixam de exigir uso de máscara em aviões, metrôs e ônibus Anvisa avalia ampliar autorização de uso emergencial para vacinas
- Você tem um óbito a cada 14 minutos no Brasil por uma doença que já é imunoprevenível (por vacinas). Não podemos nos vangloriar com ufanismo em torno do plano de vacinação e desmerecer as insuficiências dele: temos desigualdades regionais que precisam ser enfrentadas e uma velocidade de vacinação infantil ruim - continua Fernandes, que também é secretário de Saúde do Espírito Santo.
Um dos pontos de atenção está no recrutamento de profissionais de saúde por meio da contratação por contratos temporários e emergenciais, o que precisa de prazo para ajustes.
Queiroga anunciou o fim do estado de emergência em pronunciamento na noite do último domingo. Uma portaria deve ser publicada até o fim da semana, com as novas diretrizes. Segundo o ministério, a transição é sustentada pelo avanço da vacinação e pela queda do número de casos e de mortes.
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FOLHA DO ESTADO ONLINE
ANS trabalha para reduzir prazo de incorporação de novos medicamentos pelos planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) trabalha para se adequar à nova lei que define regras para a incorporação de novos tratamentos pelos planos e seguros de saúde (Lei 14.307/22).
A gerente-geral de Regulação Assistencial da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Ana Cristina Marques Martins, explicou que a agência tem hoje 59 medicamentos orais contra o câncer, para 112 indicações diferentes, na lista de tratamentos obrigatórios. Ela participou de audiência pública realizada pela comissão especial que avalia o combate ao câncer no Brasil e afirmou que a agência trabalha para se adequar aos novos prazos de análise. "É um processo que tem demandado um esforço muito grande da equipe, de conhecimento de novas metodologias, e a gente tem investido nesse período, tem mobilizado servidores para trabalhar nessas ações para que o tempo seja cumprido da melhor forma possível e também com qualidade", disse.
Pela nova legislação, o prazo para a ANS concluir a análise do processo de inclusão de procedimentos e medicamentos na lista dos obrigatórios será de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. As tecnologias que forem recomendadas positivamente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que tiverem decisão de incorporação já publicada, deverão ser incluídas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar no prazo de até 60 dias.
Conselheiro de advocacia do Instituto Oncoguia, Tiago Matos lembrou que em 2018 um novo medicamento podia demorar quase quatro anos para chegar a um paciente, dada a demora para que fosse incorporado pela ANS. Para o conselheiro, a nova lei é uma oportunidade para que a agência mude um paradigma. "A ANS tem a oportunidade de fazer história na formatação do processo e garantir credibilidade e legitimidade social. Se um tratamento não tem registro na Anvisa, a sociedade fica desconfiada do tratamento, da tecnologia, e não da Anvisa. Na saúde suplementar, isso ainda não acontece. Se uma tecnologia não está no rol, a gente não questiona a qualidade da tecnologia, a gente questiona a decisão da ANS. Acho que é essa a chave que a gente precisa mudar", recomendou.
A deputada Silvia Cristina (PL-RO), relatora da medida provisória que deu origem à lei, relembrou o trabalho feito para garantir a aprovação da matéria. "Tivemos longas discussões com todos os agentes para que pudéssemos ter um texto consensual que fosse efetivamente aplicável ao País. Não somente o problema da quimio oral foi resolvido, mas todos os medicamentos agora possuem prazos para análise, e precisam, sim, ser avaliados pela ANS, porém não mais sem data para isso."
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MAIS GOIÁS
CoronaVac deve ser usada apenas em pessoas de 5 a 18 anos, diz Queiroga
Ministro disse que em países desenvolvidos imunizante não é usado em esquema primário de vacinação
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira que a vacina CoronaVac deve ser usada apenas na faixa etária de 5 a 18 anos. Ele argumentou que em países desenvolvidos o imunizante não é usado em esquemas primários de vacinação, ou seja, nas duas primeiras doses.
Queiroga detalhou nesta segunda-feira os motivos para declarar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), anunciado por ele no domingo. Neste contexto, o ministro falou sobre a autorização emergencial de vacinas e medicamentos. A regra atual condiciona a autorização emergencial à vigência da Espin. Na semana passada, o Ministério da Saúde pediu à Anvisa que prorrogue por um ano a partir da queda da emergência em saúde o prazo para que a autorização emergencial continue valendo.
- Mais de um ano após (a primeira aplicação) ainda não se conseguiu colecionar evidências científicas suficientes para que esse imunizante tivesse o registro definitivo. Com isso eu quero dizer que para o esquema vacinal primário em adultos esse imunizante, penso que é um consenso nos países que têm agências regulatórias do porte da Anvisa, que são os países mais desenvolvidos, não é utilizado - afirmou Queiroga sobre a CoronaVac, complementando:
- Ele pode ser usado no esquema vacinal primário aqui no Brasil na faixa etária compreendida entre 5 e 18 anos. Esse registro emergencial o Ministério da Saúde pleiteou à Anvisa que mantivesse o registro, claro que é uma decisão da agência regulatória. Se a Anvisa autorizar e atender ao pleito do ministério, essa vacina pode ser usada em crianças e adolescentes. Como dose de reforço, essa vacina também não tem evidências científicas.
Estados têm palavra final sobre Coronavac e outras vacinas
Embora o Ministério da Saúde oriente a vacinação nacionalmente, os estados têm prerrogativa para adotar suas próprias estratégias, como tem ocorrido com o estado de São Paulo ao longo da pandemia. A pasta pede, no entanto, que as diretrizes nacionais sejam seguidas para não causar atropelos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19.
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JORNAL OPÇÃO
Sandro Batista assume nesta segunda a titularidade da Secretaria de Estado da Saúde
Por Eduardo Marques
Governador Ronaldo Caiado conduzirá o ato solene de posse hoje no auditório da Superintendência da Escola de Saúde de Goiás, em Goiânia
Conforme antecipou o Jornal Opção, o médico Sandro Batista assume a titularidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) nesta segunda, 18, às 16 horas. O governador Ronaldo Caiado (UB) conduzirá o ato solene de posse. Representantes de entidades da área médica e servidores da SES-GO foram convidados para a cerimônia do novo secretário.
Sandro Rodrigues é formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), mestre e doutor em Ciências da Saúde e especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Até abril de 2022, ocupou o cargo de superintendente de Atenção Integral à Saúde da pasta e foi o nome escolhido pelo governador Ronaldo Caiado para suceder Ismael Alexandrino, que deixou o cargo ao decidir postular mandato de deputado federal.
Ele também exerceu cargos de assessoramento técnico em diversas áreas da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e de Secretaria de Saúde do Distrito Federal, onde é servidor de carreira. É professor adjunto do Serviço de Medicina Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) e membro do Comitê Gestor da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde.
Pesquisador nas áreas de Atenção Primária à Saúde e Sistemas de Saúde, Sandro Rodrigues ainda é co-líder do Grupo Brasileiro de Estudos sobre Multimorbidade (Gbem) e coordenador do Grupo de Interesse Especial em Multimorbidade da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
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Covid-19 e o cérebro: vírus causa danos mesmo em infecções leves
segunda-feira 18 abril 2022 13:21
Por Rafaela Ferreira
Estudos revelam como o coronavírus está atrelado com prejuízos à memória, além de gerar encolhimento do cérebro
A pandemia de Covid-19, que ainda arrefeceu, mas ainda resiste, mudou a dinâmica do mundo. A doença é nova e os sintomas e consequências são atualizados a todo momento. Entre elas, está a dificuldade de memorização, sendo um dos diagnósticos mais presentes apresentados por pacientes do coronavírus. Desta forma, um estudo revela que as células da glia são muito importantes para o sistema nervoso, sendo responsáveis por diversas funções do dia a dia. Os astrócitos, que fazem parte desta célula, são profundamente afetados pelas proteínas da Covid-19. O reflexo disso é um dano na memória da pessoa após a contaminação pela doença, explicou o PhD em neurociência, Fabiano de Abreu Agrela.
Junto ao estudo do doutor e mestre em Psicologia da Saúde, uma pesquisa registrou a sinalização dentro de astrócitos individuais em um nível de detalhe e velocidade nunca visto antes nos cérebros de camundongos acordados. Com isso, os pesquisadores da Universidade de Pós-Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST), provaram que os sinais ultra rápidos semelhantes aos observados em neurônios e padrões de atividade de sinalização correspondem a diferentes comportamentos. O que sugere o papel crucial dos astrócitos em muitas funções do nosso cérebro, incluindo como pensamos, nos movemos e aprendemos.
“Este estudo revelou que os astrócitos geram sinais in vivo tão rápidos quanto os dos neurônios, com duração inferior a 300 milissegundos. Foi usado um vetor viral adeno-associado que continha um gene que faz as células infectadas florescerem no aumento da presença de cálcio, indicador da atividade do sinal. Foram percebidas áreas nos astrócitos, hotspots, com níveis de atividades mais altas. Esses hotspots sugerem a representação de engramas de memória, que é um padrão para a memorização”, explica Fabiano de Abreu.
Cérebro encolhido
A Covid-19, além da perda de memória, também danifica os tecidos e causa o encolhimento do cérebro. Redução da massa cinzenta nas regiões que controlam a emoção e danifica áreas que controlam o olfato, também foram apontados por um estudo da Universidade de Oxford. Divulgada no início deste mês, pesquisadores disseram que os efeitos foram vistos até em pessoas que não foram hospitalizadas com Covid.
Em contrapartida, é necessário mais investigações para descobrir se o impacto pode ser parcialmente revertido ou se persiste a longo prazo. Mesmo em casos leves, os participantes da pesquisa mostraram uma piora da função executiva, responsável pelo foco e organização. Em média, o tamanho do cérebro encolheu entre 0,2% e 2%.
A pesquisa foi realizada com 785 participantes, com idade entre 51 e 81 anos, incluindo 401 pessoas que pegaram Covid entre os dois exames. Com cérebros examinados duas vezes, o segundo exame foi realizado 141 dias após o primeiro. Além disso, o estudo foi revisado por pares e publicado na revista Nature.
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PORTAL G1
Médico é ameaçado de morte por filho de paciente que queria tirar pai da UTI, diz hospital de Anápolis
Situação aconteceu na Santa Casa de Misericórdia da cidade. Unidade informou que funcionário registrou caso na Polícia Civil, mas corporação não localizou denúncia.
Por Vanessa Martins, g1 Goiás
18/04/2022 16h35 Atualizado há 12 horas
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Filho de paciente é suspeito de ameaçar médico em Anápolis
Um médico foi ameaçado de morte pelo filho de um paciente na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a unidade de saúde, a situação aconteceu porque o homem queria retirar o pai à força da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não teve autorização do profissional responsável.
A situação aconteceu no domingo (17). O hospital informou que o funcionário registrou o caso junto à Polícia Civil, mas, até as 16h20 desta segunda-feira (18), a corporação não havia localizado a denúncia no sistema.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, por isso o g1 não conseguiu localizar a família a defesa do paciente para pedir uma posição sobre o caso.
Também de acordo com o hospital, o médico vítima da ameaça prefere não falar com a imprensa sobre o episódio.
Por meio de nota, a Santa Casa afirmou que “não admite ameaças, ofensas, agressões ou qualquer outra postura inapropriada, nem por parte de seus colaboradores nem por parte de pacientes, nem de acompanhante ou familiar, e sempre que necessário vai apurar e usar as medidas necessárias de acordo com as normas legais cabíveis”.
O hospital não divulgou se o paciente seguia internado na unidade após o episódio de ameaça.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) informou que não vai se manifestar sobre o caso.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 15 A 18/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Queiroga anuncia fim da emergência em saúde pública da covid-19 no Brasil
Hospitais privados ainda sofrem com consequências financeiras da pandemia
Goiás não registra nenhuma morte por covid-19 nas últimas 24 horas
Prefeitura de Goiânia realiza Conferência Municipal de Saúde Mental
Uso de Viagra pode aumentar risco de cegueira em até 85%, diz estudo
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspende atendimentos eletivos amanhã
Sarampo volta a se tornar preocupação e chama a atenção das autoridades da Saúde no Brasil
Amil tem até hoje para esclarecer transferência de beneficiários
Plano de saúde está caro? Veja alternativas antes de abrir mão do benefício
Fim da emergência no Brasil contraria consenso na OMS e estratégia dos EUA
AGÊNCIA ESTADO
Queiroga anuncia fim da emergência em saúde pública da covid-19 no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na noite deste domingo (17/4) o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) da covid-19, decretada em fevereiro de 2020 pelo governo federal. Nos próximos dias, a pasta irá editar um ato regulamentando a decisão, anulando a portaria que ancorou as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus no País.
O anúncio foi feito por Queiroga em cadeia nacional de rádio e TV, dois anos após o Brasil registrar o primeiro caso de covid. O ministro atribuiu a decisão à queda nos índices da doença e ao alcance da vacinação no País, que alcançou 73% da população. Ele ponderou que a mudança não significa o fim da pandemia do novo coronavírus e que ainda é preciso ficar "vigilante".
"Graças à melhora do cenário epidemiológico, à ampla cobertura vacinal da população e à capacidade de assistência do SUS, temos hoje condições de anunciar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, a Espin", disse o ministro. O pronunciamento durou cerca de três minutos.
Até sábado, o Brasil registrou 662.011 mortos e 30.248.082 casos da doença. Conforme a Coluna do Estadão revelou, que o ministro estava escolhendo as palavras do pronunciamento junto a Bolsonaro e aliados. O presidente Jair Bolsonaro já queria o fim da emergência no país, mas Queiroga foi aconselhado por técnicos da pasta, principalmente após a demanda de Estados e municípios, a iniciar um período de transição.
A Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) permite uso emergencial de vacinas, compras de insumos sem licitação e outras regras. No total, 172 regras do Ministério da Saúde poderiam ser impactadas com o fim da emergência. O governo federal terá que editar uma norma para não causar um vácuo jurídico com a decisão.
"Esta medida, no entanto, não significa o fim da covid-19. Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros em total respeito à Constituição Federal", disse o chefe da pasta.
Os governos regionais afirmam que precisam de um período de transição para comprar medicamentos e, principalmente, a vacina Coronavac, que ainda não têm o registro definitivo na Anvisa.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, disse ao Broadcast que o fim do período emergencial é para comemorar, mas que essa decisão precisa de um período de transição de 90 dias. "É preciso demonstrar para a população que a pandemia ainda não acabou. Do contrário, ainda mais com o fim do uso de máscara, haverá o sentimento de que não há mais riscos", disse.
Para ele, com a queda no número de internações e de casos, o "momento é de alegria". "Mas precisamos de uma transição para avaliar o cenário para o segundo semestre", comentou o presidente do Conass. No pronunciamento deste domingo, Queiroga também fez um balanço das ações do governo federal na pandemia e prestou solidariedade às famílias das vítimas.
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PORTAL MEDICINA S.A
Hospitais privados ainda sofrem com consequências financeiras da pandemia
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) publicou o Observatório 2022 que apresenta dados inéditos do setor hospitalar. Dentre os indicadores e análises apresentados, os tópicos do anuário foram divididos em perfil clínico e epidemiológico, desempenho assistencial, desempenho institucional e hospitais não associados. Em cada tema, os dados são comparados com os de períodos anteriores, possibilitando, assim, que sejam feitas novas conclusões sobre o setor.
No que diz respeito à pandemia, foi mostrado que as taxas de letalidade de Covid-19 do primeiro bimestre de 2022 (10,52%) foram melhores em comparação ao mesmo período de 2021 (13,47%). Observou-se também que, após um ano de redução nas internações, as saídas hospitalares voltaram a crescer em 2021. Além disso, houve uma queda nas internações e mudança no mix de internações ao compararmos o primeiro trimestre de 2020 com o mesmo período em 2021, pois houve um aumento de 7,90 p.p. nas internações relacionadas a doenças infecciosas onde está classificado a Covid-19, e uma queda de 3,7 p.p. das internações relacionadas às doenças crônicas dos aparelhos digestivo e circulatório, e às doenças do sistema osteomuscular.
Ainda sobre a pandemia, a publicação permite a percepção de que, com a vacina, as saídas hospitalares de Covid-19 com alta devido a óbito diminuíram em 2021, principalmente no grupo de pessoas com 60 anos ou mais. Basicamente o que estamos vendo, principalmente nos países desenvolvidos ou de renda média alta, onde o Brasil se inclui, é justamente um momento em que, mesmo que tenhamos alguns picos de casos por conta de algumas variantes, ainda temos um número de casos graves ou de óbitos muito menor do que era visto antes do início da vacinação. Temos hoje uma maior estabilidade, explica André Medici.
Já nos indicadores de desempenho financeiro das instituições, ao compararmos dados de 2021 e 2022, foi mostrado que houve um aumento de 1,65 p.p. no valor das contas glosadas sobre a receita líquida dos hospitais, um aumento de 1,50 p.p. na taxa de absenteísmo, ainda bastante superiores aos valores encontrados em anos anteriores à pandemia. Na avaliação de Ary Ribeiro, esse resultado possivelmente tem como causa mais relevante o afastamento dos profissionais de saúde que contraíram a Covid-19.
A margem EBITDA passou de 8,04% (o pior resultado dos últimos 5 anos) em 2020 para 11,72% em 2021. Na avaliação da Anahp, apesar da leve recuperação, os hospitais ainda sofrem com as consequências financeiras da pandemia. A performance de 2020, que foi completamente fora da curva de crescimento, com certeza fará com que os hospitais ainda levem algum tempo para recuperar índices pré-pandemia, prevê Ribeiro.
No que diz respeito aos planos de saúde, ainda que o cenário inflacionário (aumento do IPCA de 10,06%) tenha prejudicado a renda da população em 2021, houve um aumento de 1,51 milhão de beneficiários ao compararmos com 2020, chegando assim em um total de 49 milhões. Esse aumento no número de beneficiários faz com que o patamar de 2021 se iguale ao de 2015, entretanto esse valor ainda não é o maior dos últimos anos, cabendo este lugar ao ano de 2014, com 50 milhões de beneficiários. Além disso, um dos motivos para esse crescimento mais recente se dá pelo aumento do mercado formal de trabalho também neste mesmo ano, complementa Ary Ribeiro.
Por fim, os dados e análises apresentadas permitiram a conclusão de que foram gerados 176,95 mil novos empregos formais no setor de saúde, dos quais 55,03 mil correspondem ao preenchimento de vagas em atividades de atendimento hospitalar. Em 2021, foi feito um ajuste no saldo de 2020, que foi de 91,61 mil vagas geradas no referido setor, com 67,37 mil delas em atividades de atendimento hospitalar. Estima-se que os hospitais mantiveram cerca de 1,93 milhão de vínculos de empregos formais em 2021.
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A REDAÇÃO
Goiás não registra nenhuma morte por covid-19 nas últimas 24 horas
Boletim da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado neste domingo (17/4) mostra que o Estado não registrou nenhuma morte por Covid-19 nas últimas 24 horas. No período, 13 novos casos da doença foram confirmados, elevando o número total para 1.315.231. Há ainda 769.051 casos suspeitos sendo monitorados.
Desde o início da pandemia, a doença matou 26.398 pessoas em Goiás, o que significa uma taxa de letalidade de 2,01%. Outras 318 mortes suspeitas estão sendo investigadas.
Vacinação
Nas últimas 24 horas, foram aplicadas 173 primeiras doses das vacinas contra Covid-19 em Goiás. Em relação à segunda dose e dose única, foram vacinadas 698 pessoas, enquanto outras 808 receberam a dose de reforço. Entre crianças de 5 a 11 anos, a SES-GO informa que 43,5% já receberam uma dose da vacina.
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Prefeitura de Goiânia realiza Conferência Municipal de Saúde Mental
Em parceria com o Conselho Municipal de Saúde, a Prefeitura de Goiânia realiza a 5ª Conferência Municipal de Saúde Mental nos dias 18, 19 e 20 de abril, sempre das 13 às 17 horas. O evento acontece no auditório da área V da PUC, localizado na Avenida Fued José Sebba, nº1184, Jardim Goiás.
Será o desfecho de discussões iniciadas em oito pré-conferências que aconteceram em 2021. Serão votadas propostas para as etapas regional e estadual que, por sua vez, contribuirão com as diretrizes que nortearão a Conferência Nacional. A realização deste evento atende a orientações dos Conselhos Nacional e Estadual de Saúde (CNS e CES).
"É um momento em que debatemos saúde mental e tiramos os principais pontos para as políticas públicas voltadas aos pacientes do SUS. O debate é sempre pautado por princípios com universalização, equidade e integralidade", diz o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso.
A diretora de Atenção Primária e Promoção à Saúde, Acácia Spirandelli, explica que a política de Saúde Mental proposta pelo SUS é organizada em uma rede. " É a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e os serviços são preconizados para oferecer aos usuários do SUS um cuidado em liberdade, é isso que Goiânia pratica e é isso que precisamos garantir com as Conferências", diz Acácia.
"A defesa do SUS exige ação política consistente e articulada para impedir o desmonte dos serviços preconizados, por meio da ampliação da representação dos sujeitos participantes, bem como melhorar a organização e a qualificação da participação de todos os segmentos da sociedade nas instâncias de deliberação da saúde", destaca a presidente do CMS, Celidalva Bittencourt.
Propostas a serem votadas na 5ª CMSM
Eixo I - Cuidado em Liberdade como Garantia de Direito à Cidadania;
Eixo II - Gestão,Financiamento, Formação e Participação Social na Garantia de Serviços de Saúde Mental;
Eixo III- Política de Saúde Mental e os Princípios do SUS:Universalidade, Integralidade e Equidade;
Eixo IV - Impactos na Saúde Mental da População e os Desafios para o Cuidado Psicossocial durante e Pós-Pandemia.
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JORNAL OPÇÃO
Uso de Viagra pode aumentar risco de cegueira em até 85%, diz estudo
Por PH Mota
Veja o que especialistas goianos falam sobre pesquisa realizada com mais de 213 mil homens e constatou relação entre uso de medicamentos para disfunção erétil e condições ópticas graves
Para que uma pessoa possa enxergar, a luz que sai dos objetos passa pela córnea, tem o foco ajustado pela lente por trás dela e então chega até a retina, uma camada composta por fotorreceptores no fundo dos olhos. Aí, então, a luz recebida é convertida em sinais elétricos que viajam por meio de nervos ópticos até o cérebro, onde os sinais são interpretados em imagens. Qualquer problema nesse percurso pode gerar problemas de visão e, em casos graves ou sem tratamento, à cegueira.
Agora, pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, descobriram que o uso contínuo e prolongado de remédios para disfunção erétil, como o Viagra, pode aumentar em até 85% o risco para contrair doenças como descolamento de retina, oclusão venosa da retina (OVR), neuropatia óptica isquêmica (NOI), entre outras. Tanto OVR como NOI são condições marcadas por impedimento de fluxo sanguíneo para o nervo óptico. O diagnóstico de OVR, inclusive, é uma das principais causas de cegueira no mundo.
Para o estudo, publicado na revista científica JAMA Ophthalmology, no último 7 de abril, foram analisados 213 mil homens que consumiam regularmente medicamentos utilizados para o tratamento de disfunção erétil, como o Viagra (mais antigo e mais popular remédio utilizado nos casos). As análises dos pacientes foram comparadas com dados de 4,5 mil homens que não faziam uso regular do composto. A média de idade dos pacientes observados era de 64,6 anos.
Durante o período de observação, foram observados 278 casos de descolamento de retina, 628 casos de OVR e 240 casos de NOI, entre 1º de janeiro de 2006 e 31 de dezembro de 2020. Os pacientes que apresentaram os problemas tinham maior propensão a sofrer com condições crônicas de saúde, como hipertensão e diabetes, por exemplo. Mesmo controlando outros fatores de risco, o risco de problemas oculares, em média, foi 85% maior nos pacientes medicados. De forma específica, o risco de descolamento de retina cresceu em 158%, enquanto o OVR cresceu em 44% e o de NOI, 102%. Em números absolutos, isso indica cerca de 3,8 casos de descolamento, 8,5 de OVR e 3,2 de NOI, num grupo de 10 mil pessoas, por ano.
Resposta médica
Apesar do estudo ser recente, a novidade não chega a ser surpresa dentro do meio médico. De acordo com Fernando Cruvinel, médico urologista especialista em andrologia, nos últimos anos já eram percebidas possíveis relações no uso constante dessas medicações no aumento de casos de problemas oculares graves. “Já havia na comunidade científica relatos tentando fazer essas relações. O grande mérito desse estudo é que ele conseguiu reunir um grande número de homens pesquisados”, explica.
A discussão também já ocorria entre especialistas da visão, de acordo com Carlos Eduardo Gonçalves Pereira, oftalmologista mestre pela Universidade Federal de Goiás e especialista em retina. Segundo ele, os medicamentos para disfunção erétil ocupam o segundo lugar na lista que mais chama a atenção para efeitos colaterais em clínicas oftalmológicas. O primeiro lugar fica com medicamentos utilizados no tratamento contra o aumento da próstata.
Para o especialista, o principal alerta que o novo estudo acende é para o acúmulo de fatores de risco em pacientes que já sofrem com outras condições e podem vir a ter quadros gravados pelo uso dos medicamentos. “O próprio paciente que tem dificuldade de ereção já pode ter um fator de risco para desenvolver problemas oftalmológicos. Se ele tem isso, já tem o controle prejudicado da circulação e os remédios vão mexer justamente com isso. A grande questão é que o remédio surge com algo mais, somando-se a vários outros fatores de risco”, aponta. Ao mesmo tempo, Carlos Eduardo reconhece que o estudo gera a necessidade de novas observações, para que possam ser identificados os mecanismos que provocam esses danos. “Talvez até para conseguir fazer uma medicação contra disfunção erétil que não mexa com microvasculatura de outros locais do corpo”, sugere.
O aumento do risco, porém, não significa que pacientes em tratamento precisam interromper o consumo dos medicamentos contra a disfunção. Uma vez que se trata de um estudo epidemiológico, ainda não é possível estabelecer de forma absoluta as associações de causa e efeito entre os remédios e os problemas oculares. De acordo com o alerta do urologista Fernando Cruvinel, é preciso entender o organismo do paciente como um todo. “Não dá para estabelecer de forma definitiva a relação porque, hoje, as principais causas orgânicas de disfunção são doenças que provocam alterações nos pequenos vasos, como diabetes e pressão alta. Então as lesões nos vasos do pênis podem indicar lesões já presentes nos vasos oculares”.
Nesse sentido, ele chama a atenção para um paralelo com a famosa questão de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. “Será que o homem tem maior incidência de problemas oculares por estar usando os medicamentos ou usa os medicamentos porque já está com condições que levam a esses problemas?”, questiona. “Foi a medicação que fez isso ou foi a doença?”.
Saúde dos olhos
De acordo com o oftalmologista Carlos Eduardo, a maioria dos pacientes que apresentam sinais de OVR ou NOI já sofrem com algum problema crônico, como diabetes ou problemas cardiovasculares, algo que também é observado nos pacientes com problemas de ereção. Assim como acontece na transmissão de dados entre olhos e cérebro, o pênis tem os corpos cavernosos regados de sangue por mecanismos vasculares para poder ficar ereto. Por causa disso, ele explica que ao menor sinal de problema ligado a condições vasculares, é importante fazer check ups completos para analisar as áreas afetadas pelo abastecimento de sangue e evitar o avanço das condições nos olhos, evitando chances de cegueira. “A oclusão venosa, por exemplo, pode ser só de um ramo e não da veia central. Nesses casos, a chance de levar pra uma cegueira é menor, pois quanto mais distante do nervo central, menos risco”, explica o oftalmologista.
Ele também garante que as condições listadas pelo estudo não são consideradas tão comuns e possuem tratamento, quando acompanhadas de perto. Caso o paciente deixe passar muito tempo para buscar alternativas, o médico pode ficar com o tratamento limitado, mas quanto mais cedo ele for se consultar, mais chances terá de recuperação, “Já tive pacientes que chegaram a perder totalmente a visão, assim como também tive pacientes que voltaram com praticamente 100%. Dependendo do caso, ele pode ser recomendado para um cardiologista, por exemplo, para observar outras coisas que agravam o quadro ocular para ajudar no tratamento”, esclarece.
Outros estudos
Pesquisas anteriores a essa já apontavam a relação entre o uso dos medicamentos contra disfunção e problemas de saúde dos olhos. Em outubro de 2018, pesquisadores da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, de Nova Iorque, publicaram um estudo de caso que concluía que o uso de altas doses de Viagra poderiam levar a danos significativos na visão, a longo prazo. Os estudiosos apresentaram a conclusão baseada no caso de um paciente de 31 anos que chegou ao atendimento de urgência de uma clínica por reclamações de visão avermelhada nos dois olhos por dois dias. O problema começou depois que ele consumiu medicamentos para disfunção erétil.
Em 2020, um outro relatório científico publicado na revista Frontiers in Neurology descreveu o caso de 17 homens saudáveis que procuraram atendimento médico depois de usarem remédios contra disfunção pela primeira vez. A princípio, a prescrição desse tipo de droga começa com a recomendação de doses de 50 mg, que podem ser elevadas ou reduzidas de acordo com a necessidade. Para todos os pacientes observados, entretanto, o consumo foi da quantidade mais alta recomendada, de 100 mg. Após o consumo, todos eles relataram incômodo na visão, entre sensibilidade à luz, embaçando, visão azulada e até mesmo perda da percepção de cores. De acordo com o relato da pesquisa, os sintomas persistiram mesmo após o fim do efeito dos medicamentos, tendo duração de até três semanas em alguns dos casos.
Uso recreativo
É por isso, inclusive, que os dois médicos demonstram a mesma preocupação em relação ao uso dos remédios contra disfunção erétil de forma causal e indiscriminada, sem indicação e acompanhamento médico. Para Fernando Cruvinel, a segunda conclusão a se observar sobre o estudo, “e talvez a mais importante”, pontua, é do uso abusivo e desnecessário do medicamento. “Todo remédio tem seus efeitos colaterais e complicações, e a gente tem visto cada vez mais o uso recreativo do indivíduo que não precisa.O estudo acende o alerta de que é uma medicação para ser usada por quem precisa, e não por quem quer ter expectativa irreal de desempenho sexual”, pontua o urologista.
Ele ainda alerta para os possíveis efeitos colaterais que podem surgir a partir do uso dos remédios, que podem surpreender quem não recebe a orientação de um profissional antes do uso. Sintomas como dores de cabeça, sensação de orelha e nariz quente, congestão nasal, dor muscular e dor no estômago podem aparecer para quaisquer pacientes. Apesar disso, o médico garante que nenhum deles é considerado grave e todos podem ser controlados a partir da administração da dosagem no tratamento, o que chama a atenção para a importância de fazer uso somente com acompanhamento de especialista.
Para piorar, casos de uso recreativo ou indiscriminado de remédios contra disfunção em pacientes com rendimento sexual considerados normais e saudáveis podem gerar impotência por dependência psicológica. “A gente observa um fenômeno comum que não é de dependência orgânica, mas de condicionamento que o homem cria por ter aprendido a precisar daquilo para entrar numa relação, então se ele não tem, mesmo sem precisar pode ficar inseguro e sofrer com o risco da falha”, explica.
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O HOJE
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspende atendimentos eletivos amanhã
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia vai suspender, amanhã (19), todos os atendimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias. Segundo informou o hospital, a paralisação, que será nacional e deve atingir todas as instituições de saúde filantrópicas do País, foi uma forma encontrada pelas mais de 2 mil Santas Casas brasileiras para mostrar à sociedade e ao poder público que elas enfrentam uma das piores crises de sua história e que, se nada for feito, a suspensão da assistência poderá ser definitiva, por total falta de condições de funcionamento dos hospitais.
A superintendente Geral do hospital, Irani Ribeiro de Moura, ressalta que não se trata de uma greve, mas de um pedido de socorro. De acordo com a Santa Casa, uma olhada rápida nos números já deixa clara a gravidade da crise enfrentada: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano Real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Neste cenário, Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
Consulta por 6 reais
Com 85 anos de fundação, completados em 2021, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que é o maior hospital da rede do SUS do Centro-Oeste, tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas mensais.
“A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, afirma.
A superintendente Geral destaca que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 6,23 por uma consulta médica. “Arredondamos esse valor para R$ 10 para pagar os médicos, mas continua irrisório por uma consulta com especialistas”, frisa Moura.
Aumentos e atrasos
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos – teve produto cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Isso porque o Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
“E todos os casos cirúrgicos que chegam judicializados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia são encaminhados à Santa Casa, sendo que nem todos temos condições de atender”, diz a superintendente, ressaltando que já comunicou esse fato à SMS, mas os encaminhamentos continuam sendo feitos. O resultado é que os pacientes que não podem ser atendidos são penalizados e a Santa Casa vira alvo de críticas na imprensa e na sociedade.
A reportagem questionou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia sobre o assunto. Em nota, a Prefeitura de Goiânia, por meio da SMS afirmou que a Prefeitura de Goiânia tem feito um esforço concentrado para quitar, com recursos próprios, todos os contratos ou convênios com prestadores de serviços na área da saúde.
Segundo a pasta, os repasses junto à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia foram colocados em dia, mas recentemente um problema no sistema do SUS levou a liberação de apenas uma parte dos recursos, o que provocou um mês de atraso. “A situação vem sendo discutida entre a Secretaria Municipal de Saúde e gestores da Santa Casa e caminha para uma solução”, destaca o comunicado.
Quebrando o silêncio
Segundo Moura, o hospital está sendo prejudicado por um problema que não é da instituição. “Estamos trabalhando além da nossa capacidade, estamos cofinanciando o SUS e isso é uma inversão de valores”, alerta. A superintendente Geral enfatiza ainda que se não houver políticas imediatas e consistentes e investimentos dos governos municipais, estaduais e federal nos hospitais filantrópicos, eles dificilmente vão sobreviver, deixando milhões de brasileiros sem assistência.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos governos federal, estaduais e municipais, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Moura. Ela destaca ainda que os hospitais decidiram quebrar o silêncio e mostrar sua realidade à sociedade, ao poder público, aos pacientes e colaboradores neste grande movimento que acontece em abril.
Além da paralisação de amanhã, no dia 26 de abril, haverá uma grande mobilização das Santas Casas em Brasília. A meta é alertar sobre a crise e também para os impactos da aprovação do PL 2564/20, que tramita na Câmara Federal e fixa os pisos salariais dos profissionais de enfermagem.
As Santas Casas apoiam a melhoria da remuneração de todos os profissionais de saúde, mas, com esse PL, teriam impacto estimado em R$ 6,3 bilhões de reais por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento, tornando insustentável seus funcionamentos e estabelecendo-se definitivamente a falência dos hospitais.
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Sarampo volta a se tornar preocupação e chama a atenção das autoridades da Saúde no Brasil
Por: Redação
Por Sabrina Vilela
O sarampo volta a chamar a atenção das autoridades da Saúde no Brasil. Apesar de existir vacina para essa doença, neste ano, até do dia 26 de março, foram registrados no País 98 casos suspeitos com 13 confirmados. Em Goiás, após 20 anos sem circulação do vírus, começaram a aparecer casos, a partir agosto de 2019 com o registro de cinco casos confirmados.
Esse surto que começou em 2019 durou até março de 2020, quando foram registrados 20 casos da doença no Estado, nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Posse e Rialma. No ano passado foram 25 casos suspeitos e neste ano, até o momento dois casos foram notificados, mas ambos foram descartados.
Com relação ao índice de cobertura vacinal em Goiás, em 2019, antes do início da pandemia – quando no Estado foram confirmados cinco casos –, a cobertura da vacina de rotina para tríplice viral para crianças de 1 ano foi de 88,39%. No primeiro ano da pandemia, em 2020, o índice de cobertura caiu mais ainda e foi de 75,36%. No ano passado, o porcentual de vacinação foi de 76,66%. Em 2021, mais de 96 mil pessoas vacinaram contra o sarampo em Goiás.
Caderneta em dia
Especialistas destacam que a melhor forma para conseguir se livrar do sarampo é por meio da vacina que é aplicada ainda na infância. A maquiadora Sarah Brill, 24 anos, é mãe do Oliver, de 1 ano e 2 meses, faz parte do time de mães que se preocupa em deixar o cartão de vacinação do filho sempre atualizado. “Vacinar impede ele de pegar doenças. Eu sou a louca das vacinas, se tem vacina estou lá tomando e levando o Oliver”, brinca.
Sarah Brill explica que nunca teve medo de vacinar o filho porque acredita que essa é a melhor forma de mantê-lo protegido. “Tem tanta doença que foi erradicada por conta da vacina. Tem vacinas que mães se negam a levar o filho e tem doenças que estão ressurgindo”, conta.
A maquiadora alerta sobre a necessidade de se conscientizar os pais sobre as fake news, que acabam gerando medo na população sobre as reações causadas por vacinas. “Eu acho errado não levar para vacinar. Quem faz isso é por falta de informação mesmo. Se a pessoa for pesquisar os resultados positivos da vacinação vai ver que vale a pena. É melhor a reação da vacina do que pegar a doença”, completa.
Campanha de vacinação
Para prevenir contra o sarampo, o Ministério da Saúde divulgou que o Governo Federal realiza até o dia 3 de junho a Campanha Nacional contra o Sarampo 2022. Inicialmente a prioridade é crianças com menos de 5 anos e trabalhadores da saúde. A Superintendência de Vigilância em Saúde informa que será realizado o Dia D de Vacinação em 30 de abril.
Na primeira etapa que acontece até o dia 30 de abril serão prioridade os trabalhadores da Saúde. Na segunda etapa, de 30 de abril a 3 de junho de 2022, é a vez das crianças receberem as doses. Durante este período o horário de funcionamento dos postos será das 8h às 17h, sem interrupção do atendimento.
A campanha visa vacinar contra o sarampo as crianças de seis meses a menor de cinco anos de idade e Trabalhadores da Saúde. A meta é vacinar no mínimo 95% da população-alvo da campanha. Nessa campanha será utilizada a Vacina Tríplice Viral – sarampo, caxumba e rubéola – de forma indiscriminada em crianças e para os trabalhadores da saúde.
Em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), promove até 3 de junho, simultaneamente, a 8ª Campanha Nacional de Seguimento e Vacinação de Trabalhadores da Saúde contra o Sarampo e a 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza. O Estado conta com 965 postos de vacinação fixos nos municípios e 1.860 profissionais envolvidos nas campanhas. Será utilizada a vacina tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola.
Casos no Brasil
Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em 2018, foram confirmados 9.325 casos de sarampo no Brasil, e 12 pessoas perderam suas vidas. Em 2019, foram 20.884 casos confirmados com 16 mortes. No primeiro ano da pandemia, 2020, foram registrados 8.444 casos da doença com dez óbitos. Já em 2021, foram 668 casos confirmados e dois óbitos no Brasil.
Por conta dos casos da enfermidade em 2018, quando ocorreu a reintrodução do vírus do sarampo no Brasil, e a manutenção da circulação da mesma cadeia de transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o Brasil perdeu a certificação de país livre do Sarampo, o que significa um retrocesso em termos de saúde pública.
Sobre a doença
O sarampo é altamente transmissível, podendo cursar com sérias complicações e evoluir para óbito, por isso é necessário compreender a doença. O infectologista Robert Fabian Crespo Rosas explica que a enfermidade é “uma doença viral causada por um vírus RNA de alta transmissibilidade tanto por via aérea como por contato com fluidos e secreções do paciente infectado. Tem um período de incubação que varia de 7 a 12 dias”. Os sintomas do sarampo são febre, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo, que podem facilmente se confundirem com outras doenças virais atuais.
O médico infectologista ressalta ainda que os sintomas mais comuns são febre, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo. A taxa de transmissão da doença é de 12% a 18%. “Significa que cada caso confirmado é capaz de transmitir a doença para 12 a 18 indivíduos suscetíveis”, detalha Robert Fabian. A transmissão pode ocorrer por meio de gotículas com partículas virais no ar, principalmente em ambientes fechados.
A melhor forma para prevenir a doença é por meio da vacinação. “A vacina deve ser administrada a partir dos 9 meses e com reforço aos 18 meses. Quando a pessoa já está infectada ela deve ser mantida afastada de outras pessoas suscetíveis pois a doença e transmitida por via aérea e por contato”. Não existe nenhum antiviral específico para o tratamento da doença apenas medicamentos para febre e complicações.
De acordo com o especialista a gravidade do sarampo é comum para crianças menores de 5 anos e adultos acima de 30 anos. “Onde as complicações como cegueira, encefalite, diarreia e infecções bacterianas são mais frequentes”, explica as consequências.
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EXAME
Amil tem até hoje para esclarecer transferência de beneficiários
As operadoras de saúde Amil e APS têm até esta segunda-feira para apresentar suas manifestações à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a respeito da transferência da carteira de beneficiários com planos individuais de uma operadora para a outra. Após esse prazo, a ANS decidirá em definitivo se anula a autorização que permitiu essa transferência e se adotará outras medidas a respeito do caso.
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A carteira, que tem cerca de 340 mil beneficiários, havia sido transferida à operadora APS (Atenção Personalizada à Saude) no final do ano passado. A APS pertence ao mesmo grupo que controla a Amil, o UnitedHeath Group, gigante do setor de saúde com sede nos Estados Unidos.
O plano do UnitedHealth Group era transferir a carteira de planos individuais para a APS e depois se desfazer da APS, transferindo-a a um grupo investidor interessado em ingressar no setor de planos de saúde no Brasil.
Porém,  dia 4 de abril, uma medida cautelar da ANS determinou que a Amil reassuma  a carteira de planos individuais e se mantenha como responsável por ela. A Amil passou então a responder novamente pela carteira a partir do dia 6 de abril. Na decisão, a ANS deu um prazo para que as operadoras envolvidas se manifestem sobre o caso, que termina hoje.
A ANS afirma que, no pedido de autorização para transferência da carteira, a Amil declarou que se tratava de uma simples reorganização societária entre operadoras do mesmo grupo econômico. Disse ainda que garantiria qualquer necessidade de aporte financeiro para manter o equilíbrio econômico-financeiro da APS "enquanto Amil e APS integrarem o mesmo grupo econômico".
No entanto, após o exame da documentação, a ANS verificou que a Amil já tinha definido a venda da APS. Isso, segundo a ANS, esvaziaria a garantia oferecida pela Amil em favor da APS. A ANS diz ainda que os compradores da APS não têm capacidade financeira suficiente para garantir o equilíbrio econômico-financeiro da empresa. E diz que a Amil omitiu fatos da agência reguladora.
A decisão da ANS foi vista como acertada por entidades de defesa do consumidor. A Amil não se manifestou sobre o caso.
Já a avaliação dos empresários interessados em adquirir a carteira é de que os 2,4 bilhões de reais de capital definidos no acordo com a Amil são suficientes para fazer a empresa funcionar. "Temos muito interesse em entender o que preocupa a agência nesse ponto, uma vez que o capital disponível, mesmo se tudo piorasse muito, duraria por muito tempo", disse o executivo Henning von Koss, em entrevista a EXAME.
Terminado o prazo da ANS para que Amil e APS se manifestem, a transferência da carteira de beneficiários está mais perto de um desfecho.
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UOL NOTÍCIAS
Plano de saúde está caro? Veja alternativas antes de abrir mão do benefício
Ter plano de saúde no Brasil está difícil, por causa do custo. Quem tem um plano enfrenta dois tipos de reajuste. O primeiro é o anual, que incide em todos os contratos uma vez por ano, e o segundo é por idade e é aplicado o envelhecimento do cliente.
A expectativa do setor é que os planos individuais tenham reajuste de 16% neste ano. Mas o que fazer se o aumento pesar demais no bolso? Especialistas ouvidos pelo UOL dizem que existem algumas alternativas antes de abrir mão da assistência privada.
Negociar com a operadoraMatheus Falcão, analista do programa de Saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), orienta que o cliente questione a operadora sobre o reajuste assim que perceber um aumento muito forte no preço da mensalidade.
"O consumidor precisa perguntar de onde veio o percentual do reajuste e usar o Código de Defesa do Consumidor a seu favor, principalmente sobre direito de informação. A tentativa aqui é fazer uma barganha com a operadora. Percebemos que em alguns casos dá para conseguir descontos na mensalidade nessa conversa", afirma Falcão.
Nem sempre o consumidor vai conseguir negociar. Se isso não acontecer, a orientação é fazer uma denúncia nos órgãos de defesa do consumidor, como Procon.
Se ainda assim a situação não for resolvida, o próximo passo é entrar com um processo na Justiça. Os especialistas orientam que o consumidor não deixe de pagar o plano de saúde durante o período, a não ser que tenha alguma autorização da Justiça.
A lei permite que as operadoras suspendam a assistência depois de 60 dias com dívidas em atraso nos planos individuais.
"Os planos individuais só podem ser cancelados por inadimplência depois de 60 dias, e a operadora precisa comunicar o consumidor até o 50º dia. Nos planos coletivos, não existe uma regra na lei, precisa ver o que está no contrato", afirma Rafael Robba, advogado do escritório Vilhena Silva.
Troca de plano de saúdeOutra alternativa é a portabilidade de carências, que significa que o consumidor pode trocar de plano de saúde sem nenhum tipo de restrição de cobertura (carência). A portabilidade tem algumas regras:
O plano atual deve ter sido contratado depois de 1º de janeiro de 1999 ou ter sido adaptado à Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98)O contrato deve estar ativo, ou seja, o plano atual não pode estar canceladoO beneficiário deve estar em dia com o pagamento das mensalidadesO beneficiário deve cumprir o prazo mínimo de permanência no plano. Na primeira portabilidade, são dois anos no plano de origem ou três se tiver cumprido a cobertura parcial temporária para uma doença ou lesão preexistente. Na segunda portabilidade, o prazo de permanência exigido é de pelo menos 1 ano ou 2 anos caso tenha feito portabilidade para o plano atual com coberturas não previstas no plano anteriorO plano de destino deve ter preço compatível com o seu plano atualOs documentos necessários para a portabilidade são comprovante de pagamento das três últimas mensalidades, comprovante do prazo de permanência, relatório de compatibilidade entre os planos (emitidos pelo Guia ANS de Planos de Saúde). Se o plano de destino for coletivo, deve apresentar o comprovante de que está apto para ingressar no plano.
Um ponto importante é que a compatibilidade considera o preço inicial de contratação do plano, ou seja, desconsidera os reajustes aplicados ao longo do tempo. Isso ajuda a aumentar a quantidade de planos que podem ser compatíveis na hora da portabilidade.
Apesar de algumas operadoras dificultarem a portabilidade para idosos ou com alguma doença pré-existente, Robba afirma que esse é um direito do consumidor, desde que cumpra todos os requisitos.
"É importante que o consumidor se documente sobre toda a tentativa de fazer a portabilidade. Se houver qualquer recusa da operadora, pode abrir uma reclamação na ANS ou na Justiça", afirma Robba.
A operadora de destino tem até 10 dias para avaliar o pedido de portabilidade. A ANS orienta que o consumidor solicite o cancelamento do plano antigo em até cinco dias após o início do novo plano.
"Se você não solicitar o cancelamento nesse prazo, estará sujeito ao cumprimento de carências no novo plano por descumprimento das regras", explica a ANS.
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Fim da emergência no Brasil contraria consenso na OMS e estratégia dos EUA
A decisão do governo brasileiro de decretar o fim da emergência nacional da covid-19 ocorre dias depois de uma reunião na qual os principais cientistas do mundo declararam, de forma unânime, que a pandemia ainda é uma realidade e que não é o momento de falar ainda do fim da emergência internacional. Ela ainda contraria a estratégia de Joe Biden, nos EUA, que acaba de ampliar por mais três meses medidas de controle e uso da máscara.
Para o Comitê de Emergência da OMS, a covid-19 ainda é "um evento extraordinário que continua a afetar negativamente a saúde das populações em todo o mundo, representa um risco contínuo de propagação internacional e interferência no tráfego internacional, e requer uma resposta internacional coordenada". A decisão significa que, pelo menos pelos próximos três meses, não haverá uma alteração na posição da OMS e que a emergência internacional segue. Liderando mais de 30 especialistas, o presidente do Comitê, Didier Houssin, admitiu durante o encontro que está "preocupado com o crescente cansaço entre as comunidades em todo o mundo em resposta à pandemia e os desafios colocados pela falta de confiança na orientação científica e nos governos".
No domingo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o fim da situação de emergência sanitária nacional devido à pandemia da covid-19. Ele afirmou que irá editar nos próximos dias um ato normativo para encerrar a Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional). No entanto, ressaltou que a medida não significa o fim da doença.
Fontes na OMS revelaram à coluna que a imprevisibilidade do vírus é o principal motivo da cautela da agência. "Ainda não se tem clareza sobre a evolução do vírus", explicou uma fonte do alto escalão da agência.
A OMS respeita a soberania dos governos. Mas, menos de uma semana antes da decisão do Brasil, o Comitê da OMS reconheceu que o SARS-CoV-2 continua a ter uma evolução viral imprevisível, que é agravada por sua ampla circulação e intensa transmissão em humanos, bem como a introdução generalizada de infecções em uma série de espécies animais com potencial para o estabelecimento de reservatórios animais ».
"O SARS-COV-2 continua a causar altos níveis de morbidade e mortalidade, particularmente entre as populações humanas vulneráveis. Neste contexto, o Comitê levantou preocupações de que o uso inadequado de antivirais pode levar ao surgimento de variantes resistentes a drogas", disse.
Os membros do Comitê reconheceram a capacidade nacional, regional e global de responder ao contexto pandêmico, mas "observaram com preocupação » que alguns governos "relaxaram » as medidas de controle e "reduziram os testes, impactando assim a capacidade global de monitorar a evolução do vírus".
"O Comitê também observou com preocupação a inconsistência dos requisitos globais da COVID-19 para viagens internacionais e o impacto negativo que medidas inadequadas podem ter em todas as formas de viagens internacionais. Neste contexto, o Comitê observou que oferecer vacinação a grupos de alto risco de viajantes internacionais na chegada poderia ser considerado um meio de mitigar o risco de doença grave ou morte devido à COVID-19 entre esses indivíduos", defendeu.
Nesse contexto, o Comitê enfatizou a importância de manter as medidas contra a covid para proteger as populações vulneráveis. "Os Estados Partes são aconselhados a ajustar regularmente suas estratégias de resposta, monitorando sua situação epidemiológica (inclusive através do uso de testes rápidos), avaliando sua capacidade do sistema de saúde", insistiu.
Na avaliação dos cientistas, os governos precisam se preparar para "futuros cenários com a assistência da OMS e continuarem a utilizar de forma robusta as ferramentas essenciais (por exemplo, vacinas, terapêutica e diagnósticos)".
Diante desse cenário, o Comitê concordou que a pandemia de COVID-19 continua sendo uma emergência global e aconselhou a OMS a manter tal status, o que foi seguida pela agência.
Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da organização, acatou a sugestão e emitiu uma nova série de recomendações aos governos.
Numa delas, a agência pede que às autoridades "reforçar a resposta nacional à pandemia da COVID-19, atualizando os planos nacionais de preparação e resposta, de acordo com as prioridades e cenários potenciais delineados no Plano Estratégico de Preparação e Resposta (SPRP) da OMS de 2022".Biden amplia emergência em mais três mesesA decisão do governo de Jair Bolsonaro sobre a pandemia também contraria a direção que os EUA tomaram em relação à doença. Os dois países lideram em número de mortes pela covid-19.
Na quarta-feira passada, o governo americano decidiu ampliar por mais três meses a emergência sanitária, permitindo assim que os cidadãos possam continuar sendo testados e recebendo tratamento de forma gratuita.
Nos EUA, a emergência de saúde pública foi inicialmente declarada em janeiro de 2020. Desde então, ela é renovada a cada trimestre.
O governo tem pago por testes, vacinas e certos tratamentos. A Casa Branca ainda exigiu que os seguros cubram o custo total dos testes e vacinas, usando um financiamento de emergência de saúde pública.
Mas quando a emergência de saúde pública expirar, os planos terão de arcar sozinhos com certos custos. O temor é de que milhões de pessoas possam perder o acesso a certos serviços.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 13 E 14/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Santa Casa de Goiânia alerta para risco de falência e suspende atendimentos eletivos no dia 19 de abril
Por “socorro”, Santa Casa de Misericórdia de Goiânia irá suspender todos os atendimentos eletivos
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NOTÍCIA TODA HORA
Santa Casa de Goiânia alerta para risco de falência e suspende atendimentos eletivos no dia 19 de abril
Na próxima terça-feira (19), a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia vai suspender todos os atendimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias. Irani Ribeiro de Moura, superintendente Geral do hospital, explica que não se trata de uma greve, mas de um pedido de socorro.
A paralisação faz parte de um movimento nacional das mais de duas mil Santas Casas brasileiras, que alertam para o risco de fechamento definitivo diante da pior crise financeira enfrentada pelos hospitais.
De acordo com um levantamento, nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
“A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, explica Irani, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10 por uma consulta médica.
A superintendente Geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda destaca que o hospital enfrenta o reajuste de medicamentos e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani.
Além da paralisação no dia 19, no dia 26 de abril, haverá uma grande mobilização das Santas Casa em Brasília. A meta é alertar sobre a crise e também para os impactos da aprovação do PL 2564/20, que tramita na Câmara Federal e fixa os pisos salariais dos profissionais de enfermagem.
Se aprovado, o PL causaria um impacto estimado em R$ 6,3 bilhões por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento.
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DIÁRIO DE GOIÁS
ALERTA
Por “socorro”, Santa Casa de Misericórdia de Goiânia irá suspender todos os atendimentos eletivos
De acordo com a superintendente da Santa Casa, paralisação será um alerta
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia anunciou nesta quarta-feira (13/04) que irá suspender todos os atendimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias, marcadas para a próxima terça-feira (19/04), com um pedido de “socorro” feito pela entidade. A superintendente Geral do hospital, Irani Ribeiro de Moura destaca que ainda não trata-se de uma greve, mas a paralisação é um alerta do que pode acontecer com a entidade.
De acordo com a entidade, a paralisação, que será nacional e deve atingir todas as instituições de saúde filantrópicas no Brasil, foi uma forma encontrada pelas mais de 2 mil Santas Casas brasileiras para mostrar à sociedade e ao poder público que elas enfrentam uma das piores crises de sua história e que, se nada for feito, a suspensão da assistência poderá ser definitiva, por total falta de condições de funcionamento dos hospitais.
Discrepância
A Santa Casa relembra o histórico dos números ao longo dos últimos tempos: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani Ribeiro de Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
Consulta por 10 reais
Com 85 anos de fundação, completados em 2021, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que é o maior hospital da rede do SUS do Centro-Oeste, tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas mensais.
“A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, diz, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10,00 por uma consulta médica.
Aumentos e atrasos
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos – teve produto cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias. “E todos os casos cirúrgicos que chegam judicializados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia são encaminhados à Santa Casa, sendo que nem todos temos condições de atender”, diz a superintendente, ressaltando que já comunicou esse fato à SMS, mas os encaminhamentos continuam sendo feitos. O resultado é que os pacientes que não podem ser atendidos são penalizados e a Santa Casa vira alvo de críticas na imprensa e na sociedade.
Quebrando o silêncio
Segundo Irani Ribeiro de Moura, o hospital está sendo prejudicado por um problema que não é da instituição. “Estamos trabalhando além da nossa capacidade, estamos co-financiando o SUS e isso é uma inversão de valores”, alerta, enfatizando que se não houver políticas imediatas e consistentes e investimentos dos Governos Federal, Estaduais e Municipais nos hospitais filantrópicos, eles dificilmente vão sobreviver, deixando milhões de brasileiros sem assistência.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani Ribeiro de Moura, destacando que os hospitais decidiram quebrar o silêncio e mostrar sua realidade à sociedade, ao poder público, aos pacientes e colaboradores neste grande movimento que acontece em abril.
Além da paralisação no dia 19, no dia 26 de abril, haverá uma grande mobilização das Santas Casas em Brasília. A meta é alertar sobre a crise e também para os impactos da aprovação do PL 2564/20, que tramita na Câmara Federal e fixa os pisos salariais dos profissionais de enfermagem.
As Santas Casas apoiam a melhoria da remuneração de todos os profissionais de saúde, mas, com esse PL, teriam impacto estimado em R$ 6,3 bilhões de reais por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento, tornando insustentável seus funcionamentos e estabelecendo-se definitivamente a falência dos hospitais.
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil tem 158 mortes por covid em 24h; média móvel é a menor desde 13 de janeiro
O Brasil registrou 158 novas mortes em decorrência da covid-19 nesta quarta-feira (13/4). A média móvel de óbitos está em 133, a menor desde 13 de janeiro, quando esteve em 126. O índice elimina distorções entre dias úteis e fim de semana. O declínio dos indicadores da pandemia ocorre após o surto da Ômicron registrado no início do ano. No acumulado, a doença já ceifou a vida de 661.710 brasileiros Entre as 20 horas dessa terça, 12, e o mesmo horário de hoje, o número de novas infecções notificadas foi de 28.785 No total, o Brasil tem 30.209.276 casos acumulados da doença.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 30.209.276 pessoas estão recuperadas. O Estado de São Paulo registrou 40 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, a maior quantidade entre as unidades da federação. Conforme o levantamento, 10 estados não registraram óbitos. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.
A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 26.924 novos casos e mais 163 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 30.210.853 pessoas infectadas e 661.656 óbitos acumulados. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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Abril Verde: debatedores defendem políticas para prevenção de doenças e acidentes de trabalho
Instituir uma política de Estado que efetive o sistema de prevenção de doenças e acidentes de trabalho e garantir instrumentos legais para a fiscalização em defesa do meio ambiente profissional e da saúde do trabalhador. Essas foram algumas das iniciativas defendidas por senadores e especialistas durante sessão de debates temáticos, hoje (13), para promoção do Movimento Abril Verde, mobilização criada para a conscientização sobre a segurança e saúde do trabalho.
Autor do requerimento que propôs a sessão, o senador Paulo Paim (PT-RS), observou que um ambiente de trabalho saudável implica em menos acidente, maior produtividade e bem-estar do trabalhador e de sua família. Ele apresentou dados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho - 2020, emitido pelo INSS, que registrou, naquele ano, cerca de 450 mil acidentes de trabalho no Brasil. Na visão de Paim, esses acidentes são totalmente "evitáveis" e o melhor caminho para enfrentar esse cenário seria fortalecer o sistema de proteção e prevenção.
- A participação de todos nesse movimento potencializa o processo de transformação das fábricas, escritórios, enfim, de todos os espaços de trabalho, em lugares mais seguros e produtivos, cada setor e cada trabalhador dando atenção e olhar de cuidado, na prevenção. Temos desafios imensos em todos os setores. No campo temos uma alta contaminação em razão do manuseio de agrotóxicos, com elevados índices de câncer. Precisamos de políticas públicas que visem à produção de alimentos saudáveis, crédito e assistência técnica aos agricultores. No campo e na cidade, os acidentes com máquinas e equipamentos ainda são uma realidade que mutila e ceifa a vida de trabalhadores.
Segundo a OIT, as condições de trabalho inadequadas matam um trabalhador a cada 11 segundos no mundo. Ainda de acordo com o órgão, cerca de 4% do PIB mundial, cerca de US$2,8 trilhões, são perdidos por ano em impostos diretos ou indiretos devido a acidentes de trabalho.
No Brasil, somente em 2021, foram comunicados 571 mil acidentes de trabalho e mais de 2.487 mortes no trabalho.
Especialistas apontaram que tais acidentes não acontecem por puro acaso, mas por falta de preparo e segurança. Eles ainda explicaram que o número elevado desses registros acarretam grandes perdas para vários setores como impacto financeiro para as empresas, queda de produtividade, prejuízos altíssimos ao sistema previdenciário e o Sistema Único de Saúde (SUS), que acaba arcando com tratamento decorrentes de acidentes e doenças de trabalho.
A vice-procuradora-geral do Trabalho, Maria Aparecida Gurgel, afirmou que o movimento de conscientização sobre segurança do trabalho é um convite a reflexão de como a sociedade brasileira quer a evolução do país. De acordo com ela, os movimentos econômicos recentes e os fatores e fatos sociais, como os processos de migração e a revolução tecnológica e científica tem ampliado o número de trabalhadores submetidos a ambientes inseguros. Para Gurgel, é necessário a implantação de uma política de estado voltada a promoção de melhorias nas condições sociais e de trabalho dos trabalhadores.
- Devemos sair desse círculo vicioso e transformar tudo isso num círculo virtuoso. Mas, para isso, é preciso uma construção sólida de sistemas eficientes, resolutivos e resilientes que envolvam os entes públicos e privados vocacionados para a defesa do meio ambiente de trabalho e da saúde do trabalhador e da trabalhadora e, mais que isso, uma política institucional de Estado voltada para esse círculo virtuoso do mundo do trabalho, preservando a saúde, preservando a higidez física, a segurança, a autonomia de todos esses trabalhadores e trabalhadoras.
Informalidade
A procuradora do Trabalho e Coordenadora Nacional de Defesa Meio Ambiente do Trabalho, Marcia Kamei, disse que qualquer trabalho de prevenção e segurança no trabalho precisa passar, primeiro, por um trabalho eficiente de registro das ocorrências, sejam elas no trabalho formal ou informal. Segundo ela, não há comunicação de cerca de 20% dos acidentes com afastamento, que abrangem os casos mais graves e que geram benefícios, o que indica subnotificação nos números oficiais de acidentes e mortes em decorrência do ambiente de trabalho no país. Para ela, a falta de dados dificulta o planejamento de ações efetivas nessa área.
- Tanto o órgão previdenciário como o de saúde reconhecem a relevância desses dados para fins epidemiológicos. A vigilância epidemiológica e o controle de doenças é a base para a gestão de serviços. Eles orientam a implantação, o acompanhamento, a avaliação dos modelos de atenção em saúde e as ações de prevenção e controle de doenças.
Trabalho escravo
Segundo dados do Ministério do Trabalho de 2021, somente no ano passado, foram resgatadas 1.937 pessoas em situação de escravidão no Brasil. O país também já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em razão desse tipo de conduta. Para o secretário de Justiça na Defensoria Pública da União, Murillo Martins, é preciso avançar nesse enfretamento.
- Quando a gente fala em trabalho escravo, necessariamente a gente está falando em condições insalubres e degradantes de trabalho, sem a observância de condições mínimas de segurança no ambiente de trabalho. São trabalhadores que são colocados em alojamentos em péssimas condições, com trabalho extenuante, sem equipamentos adequados para o exercício do seu ofício - relatou.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) reforçou o alerta de Martins ao defender que o Abril Verde também se volte para as questões ambientais, principalmente em relação as condições de exploração do índio e da floresta Amazônica.
- Vincular também a questão do verde, a questão daqueles que vivem na floresta, como os índios, por exemplo, que são os grandes protetores, guardiões da nossa Amazônia e, portanto, falar em meio ambiente e condições de trabalho inclusive para o mundo todo - as condições da rua, as condições ambientais do calor, da terra - argumentou.
Precarização
Para a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), a reforma trabalhista e a ampliação da possibilidade de terceirização de serviços, inclusive para atividades fins, também contribuíram para a precarização do trabalho e, como consequência, para a elevação de casos de acidentes e doenças nesse ambiente.
- Nós tivemos um desmonte da CLT, em que houve mais uma precarização gravíssima. Passou a haver o chamado "trabalho intermitente". Na verdade, passaram-se a contratar trabalhadores como se fossem tratores ou retroescavadeiras. Podem ser três horas hoje, duas amanhã. Isso ocorreu com trabalhadores e, inclusive, com professores. Houve universidade privada, aqui, que fez isto: demitiu todo mundo e ofereceu para receber por hora de trabalho. Isso já tirou o descanso de final de semana, as férias e tudo. E esses trabalhadores podem receber, sim, menos do que o salário mínimo.
A diretora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Débora Raymundo Melecchi, alertou ainda que o Brasil se enquadra como o quarto país no mundo em que mais morreram trabalhadores da saúde em razão da pandemia de covid-19. Mais de 11 mil trabalhadores dessa área foram a óbito no país por esta causa. Ela também manifestou preocupação com o adoecimento e o agravamento da saúde mental dos trabalhadores e a ausência de uma política pública efetiva de apoio a essas pessoas. Somente no ano de 2021, houve um aumento de 17% em relação à venda de medicamentos psicotrópicos no Brasil. Ela pediu atenção dos congressistas na revisão de normas que venham a trazer ainda mais danos à saúde do trabalhador.
- Porém, no nosso entendimento, este momento em que estamos vivendo um processo de revisão das normas regulamentadoras é, no mínimo, questionável, porque as revisões das normas, até agora, pretendem eliminar 90% das suas exigências, causando um tipo de banalização das situações de risco a que milhões de trabalhadores e trabalhadoras estão submetidos no seu dia a dia laboral.
Por outro lado, o especialista em Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Ernesto Kieckbusch, enfatizou a necessidade de revisão no processo regulatório para sua adaptação a modernização do mercado de trabalho, das relações trabalhistas e pela introdução de novas tecnologias a esse ambiente. Para ele, empregadores, trabalhadores e congressistas precisam dialogar e buscar consenso no sentido de garantir a segurança do trabalhador e desburocratizar o sistema, estimulando a competitividade e melhorando as oportunidades de negócios no país.
- Existe um conjunto de iniciativas que são importantes para a gente melhorar o ambiente regulatório e, nessa nova fase, vamos dizer assim, desse marco da revisão das novas NRs, conseguirmos reduzir ainda mais as taxas de acidentes. Estes são os nossos objetivos: melhorar o ambiente, trazer competitividade, trazer segurança jurídica, trazer um ambiente em que as normas sejam respeitadas e, principalmente, possam ser implementadas.
Já o coordenador da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Canpat), José Almeida de Jesus, acredita que o país já possui um ordenamento jurídico muito forte em relação ao sistema de proteção ao trabalho. No entanto, segundo ele, esse arcabouço não está sendo aplicado de forma efetiva como política de Estado.
- No mundo competitivo, no mundo globalizado, quem fizer a melhor gestão, o país que fizer a melhor gestão em segurança e saúde vai ser mais competitivo. As nossas empresas serão mais competitivas, vamos aumentar a competitividade e a produtividade do trabalhador com consequência de aumento de salário.
Ainda participaram da sessão o Procurador do Trabalho, Luciano Leivas; a auditora fiscal do Trabalho e Coordenadora de Fiscalização de Estabelecimentos de Saúde, no Estado do Rio de Janeiro, Ana Luiza Horcades; o presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Distrito Federal (Sintest-DF), Wilton Cardoso de Araújo; o diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho, (ANP), Bruno Martins Mano Teixeira; e a gerente executiva de saúde do Serviço Social da Indústria (Sesi), Katyana Aragão Menescal.
Origem do Movimento
O Movimento Abril Verde se justifica por registrar duas datas relacionadas ao tema: o Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7 de abril; e o dia 28, Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Esse último tem origem em uma tragédia ocorrida em 1969, quando se registrou a explosão de uma mina nos Estados Unidos da América, em que morreram 78 mineiros.
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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
EaD na área da Saúde: tema foi pauta de Audiência Pública realizada nesta quarta-feira, 13
Lideranças classistas, representantes de instituições de ensino e de entidades atuantes no segmento questionaram proposta de revogação da lei em vigor e defenderam formação na modalidade presencial
O vereador Mauro Rubem (PT) promoveu, na tarde desta quarta-feira (13), Audiência Pública para discutir o Ensino à Distância (EaD) na área da Saúde. O debate, que contou com a participação de lideranças classistas, representantes de instituições de ensino e de entidades atuantes no segmento, foi realizado em Plenário, de forma híbrida – presencial e remotamente, com transmissão ao vivo pelo canal oficial da Câmara no YouTube (https://youtu.be/SXIqX1pM4x8), e também em outras plataformas digitais.
No ano passado, durante a Sessão do dia 30 de novembro, o vereador Leo José (PTB) encaminhou requerimento solicitando o desarquivamento dos autos do Projeto de Lei 253/2021. A matéria revoga a Lei número 10.612, de 14 de abril de 2021 – e atualmente em vigor -, que dispõe sobre a proibição de cursos à distância na área da Saúde. Foi essa ação do colega parlamentar que motivou a realização da Audiência Pública, conforme explicou o vereador Mauro Rubem, presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara.
“Essa revogação, solicitada no fim do ano passado, nos surpreendeu muito”, destacou, ao iniciar a discussão. “Precisamos concluir, encerrar essa questão, para que não tenhamos mais esses repiques no futuro. É esse o nosso objetivo”, acrescentou Mauro, frisando que acompanhará todos os trâmites relacionados à solicitação do colega e que manterá posição pelo arquivamento. Segundo ele, o vereador Leo José – ausente à Audiência Pública - foi convidado a participar do evento, assim como outros parlamentares. O pedido de Leo José, pelo desarquivamento dos autos do Projeto de Lei 253/2021, ainda deverá ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Unanimidade
De acordo com a atual legislação municipal, é vedado, no Município de Goiânia, qualquer curso na modalidade de ensino à distância (EaD), na rede pública e privada de cursos técnicos, de nível superior ou pós-graduação, na área da Saúde. Pelo descumprimento da proibição, a Lei 10.612/2021 determina, ainda, que seja aplicada multa diária, no valor de R$ 5 mil reais, à instituição de ensino infratora, triplicando-se, esse valor, na autuação em que seja constatada reincidência. A partir da reincidência, a instituição estará sujeita à cassação do alvará de funcionamento, com o imediato fechamento do estabelecimento.
Dentre os presentes à Audiência Pública realizada na tarde desta quarta-feira, estiveram médicos, enfermeiros, biomédicos e educadores. Foi unânime a manifestação contrária à revogação da lei. Participaram do debate Fernando Pacéli, do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego); Robson Paixão de Azevedo, do Sindicato dos Médicos (Simego); Christiane do Valle Santos, do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue (Sindilabs-GO); Eleni Carneiro Cunha Neves e Camila Cardoso Caixeta, da Universidade Federal de Goiás (UFG); Madalena Delduque, da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg); Helen Betane Ferreira, do Instituto Federal de Goiás (IFG); Vanuza Claudete Anastácio, da Pontifícia Universidade Católica (PUC/GO); e Cristina Galdino, do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-GO).
Ao longo do debate - que durou cerca de uma hora -, foram pontuadas questões referentes à regulamentação do EaD e esclarecidas diferenças importantes entre ensino híbrido e ensino à distância, além de destacadas especificidades e peculiaridades dos cursos de Saúde. A maioria dos presentes defendeu o arquivamento definitivo da proposta de revogação da lei em vigor e manutenção dos cursos de formação, na área, na modalidade presencial. Foi sugerida, ainda, a reedição de uma carta aberta, com o posicionamento geral, assinada pelas diferentes entidades que representam o segmento.
“Restou claro que não somos contrários às tecnologias, mas que defendemos, sim, uma formação fundamentalmente necessária em todos os cursos da área da Saúde”, declarou o vereador Mauro Rubem, ao encerrar a Audiência Pública. “Já sabemos que há interesse financeiro de empresários nessa proposta, mas vamos trabalhar para fechar todas as brechas que possam existir. O dinheiro, afinal, não pode se sobrepor à qualidade do ensino nem ao atendimento prestado à população”, concluiu.
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A REDAÇÃO
Hospitais estaduais atenderão emergências durante o feriado da Semana Santa
Unidades vão funcionar em regime de plantão | 13.04.22 - 08:34
Os hospitais da rede pública estadual funcionam em regime de plantão nesta quinta e sexta-feira (14 e 15/4) durante o feriado da Semana Santa. A assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) será realizada normalmente nos setores de urgência e emergência.
Vão funcionar normalmente a urgência e emergência do Hugol, Hugo, HDT, Ceap-Sol, Hospital da Mulher (Hemu – antigo HMI), Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, todos em Goiânia; Heapa, em Aparecida de Goiânia; Herso, em Santa Helena de Goiás; Heana, em Anápolis; Heelj, em Pirenópolis; Hetrin, em Trindade; Heja, em Jaraguá; HCN, de Uruaçu; e HEJ, em Jataí.
No HGG, segue durante todo o feriado o atendimento dos pacientes internados e regulados para a unidade, bem como a realização das cirurgias de urgência e transplantes renais e de fígado, caso ocorra doação de órgãos.
No Crer, os procedimentos e atendimentos da internação, ambulatório e centro cirúrgico serão realizados normalmente, atendendo a demanda da instituição. O HDS atenderá somente pacientes que necessitam de curativos e cuidados paliativos. O Lacen funcionará com plantonistas para o recebimento de amostras de testes para Covid-19 e dengue.
As policlínicas de Posse, Goianésia e Quirinópolis, que têm serviço de hemodiálise, vão funcionar com esse serviço normalmente até sábado (16/4) e a parte administrativa até quarta-feira (13/4). As policlínicas de Formosa, São Luís de Montes Belos e Goiás encerram as atividades na quarta-feira e retornam na segunda-feira (18/04).
Doação de Sangue
No feriado da Semana Santa, as unidades da Rede Estadual de Hemocentros – Rede Hemo, de Goiânia e do interior, funcionarão na quinta-feira para o atendimento aos doadores e pacientes, das 8 às 18h. Na sexta-feira, todas as unidades estarão fechadas.
No sábado, o Hemocentro Coordenador Prof. Nion Albernaz, em Goiânia, funcionará das 8 às 12h para atendimento de doadores e pacientes. O agendamento de doações pode ser feito pelo telefone 088 642 0457 ou pelo site agenda.hemocentro.org.br.
A Central Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac) interrompe as suas atividades durante o feriado e retorna na segunda-feira.
A Gerência de Transplantes de Goiás funcionará em regime de plantão, para atender os casos de notificação, captação e distribuição de órgãos. O telefone de plantão para os profissionais de saúde acionarem a equipe é o 3201-2200. Ou pelo site https://www.saude.go.gov.br/complexo-regulador/transplantes.
O Centro de Informações Toxicológicas, para orientação de acidentes com animais peçonhentos ou outros tipos de intoxicações, atenderá no plantão pelo DISQUE INTOXICAÇÃO 0800 646 4350.
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JORNAL OPÇÃO
Vereadora Luciula do Recanto sofre mal súbito e é hospitalizada
Por Ysabella Portela
Ela está medicada e aguarda vaga para internação
Nesta quarta-feira, 13, a vereadora Luciula do Recanto (PSD) teve um mal súbito durante o lançamento da Cartilha de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, evento que aconteceu no Paço Municipal. A parlamentar foi atendida no Hospital Neurológico e diagnosticada com pancreatite aguda. No momento, ela está medicada e aguardando transferência para outro hospital. As informações são da assessoria de comunicação da vereadora.
A pancreatite aguda é o termo utilizado para designar a inflamação do pâncreas decorrente da autodigestão do pâncreas causado pelas próprias enzimas pancreáticas, podendo ou não envolver subsequentemente outros tecidos regionais, órgãos ou tecidos a distância.
Não é a primeira vez neste ano em que Luciula passa mal. Em fevereiro, ela precisou ser levada às pressas para atendimento médico após sentir dores de cabeça, no ouvido e tontura.
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Superfaturamento em compra de Viagra pelas Forças Armadas é investigado pelo TCU
Por Ysabella Portela
Comprimidos variam de preço entre R$ 1,50 e R$ 3,65
O Tribunal de Contas da União abriu processo para fiscalizar a compra de 35 mil comprimidos de Viagra para as Forças Armadas, com suspeita de superfaturamento que pode chegar a 143%. O relator do processo é o ministro Weder de Oliveira. As investigações se dão depois da denúncia apresentada pelos goianos deputado federal Elias Vaz (PSB) e senador Jorge Kajuru (Podemos).
O medicamento com o princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (nome genérico do Viagra), para a compra de 15.120 comprimidos de 25 mg, estabelece como preço unitário R$3,65, de acordo com o processo 00106/2020, com data de compra em 7 de abril de 2021. Outro processo com data próxima, para atender o Exército do Brasil, apenas uma semana depois, em 14 de abril, adquire cada comprimido por R$ 1,50. Os dois são para a cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Nesta quarta-feira, 13, o presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que a compra dos medicamento foi destinada ao tratamento de hipertensão arterial e outras doenças reumatológicas. “Com todo o respeito, isso não é nada. Quantidade para o efetivo das três Forças, obviamente, muito mais usada pelos inativos e pensionistas”, afirma o presidente, que não comentou sobre os R$ 3,5 milhões destinados a aquisição de próteses penianas.
Foram identificados, ao todo, oito pregões no Portal da Transparência e no Painel de Preços do Governo Federal, ainda em vigor neste ano. Nos processos de compra, o medicamento aparece com o princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato, nas dosagens de 25 mg e 50 mg. O maior volume, 28.320 comprimidos, é destinado ao Comando da Marinha. Em seguida, aparece o Comando do Exército, com 5 mil comprimidos, e o da Aeronáutica, com 2 mil comprimidos.
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O GLOBO ONLINE
HIV: Brasil vai pedir para OMS certificação do fim da transmissão de mãe para filho
BRASÍLIA Grávida do primeiro filho aos 21 anos, Izabelita Gonçalves Batista ficou paralisada ao abrir o envelope dos resultados de exames de rotina do pré-natal e descobrir que havia testado positivo para o HIV. Com uma vida na barriga, ela só enxergava um atestado de morte na papelada em suas mãos. O diagnóstico ocorreu ainda na década de 1990. Ela tomou o coquetel de AZT, droga usada na época, e conseguiu evitar que Mariana, hoje com 24 anos, fosse contaminada com o . Mais recentemente, Miguel, de três anos e meio, também nasceu salvo da doença após uma gravidez inesperada.
Vencendo o vírus:
Cloroquina:
Na primeira gestação foi muito angustiante. Fiquei com aquela culpa dentro de mim, muito medo de contagiar minha filha, e achando que eu tinha pouco tempo de vida. Com o meu filho agora, já estava há anos com carga viral indetectável e sabia que não havia riscos lembra Izabelita, professora aposentada de 46 anos.
As duas gestações de Izabelita, já na condição de soropositiva em um intervalo de 20 anos, são simbólicas da meta que o Brasil tenta atingir ainda em 2022. O governo quer conquistar o certificado de eliminação da transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV como problema de saúde pública emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Não se trata de erradicação, mas atingir níveis mínimos desse tipo de contágio. A obtenção do selo da OMS seria um marco dos 40 anos do primeiro caso de Aids no país. No momento, o Ministério da Saúde investiga casos de crianças junto às vigilâncias estaduais de saúde para ter segurança ao preparar sua candidatura como território livre do contágio ocorrido na gestação, parto ou amamentação.
Dados preliminares, ainda não publicados, mostram que o Brasil está próximo de atingir os dois parâmetros de impacto exigidos pela OMS. Um deles é a taxa de incidência de infecção pelo HIV por meio da transmissão vertical (que relaciona o número de crianças infectadas segundo o ano de nascimento e o número de nascidos vivos naquele mesmo ano). O indicador determinado pela organização internacional é 0,5 casos ou menos por mil nascidos vivos. O Brasil registrou 0,09 casos por mil nascidos vivos bem menor que o exigido.
Onda fake:
O segundo indicador é a taxa de transmissão vertical, calculada com base em outros parâmetros importantes para o controle da doença no país (relaciona o número de crianças infectadas segundo o ano de nascimento pelo número de gestantes HIV positivas do mesmo ano). Enquanto a OMS exige que essa taxa seja de 2%, o Brasil registrou 2,4%. Os dados para embasar o pedido à OMS são de 2019, ano para o qual os principais indicadores já podem ser calculados, e não estão publicados nos boletins epidemiológicos porque a pasta está fazendo a revisão sistemática de casos.
Diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Gerson Fernando Mendes Pereira afirma que a revisão dos casos é importante para não se fazer um pedido à OMS com alguma lacuna, até mesmo porque a entidade internacional envia uma comitiva ao país para checar as informações repassadas.
Tudo leva a crer que o Brasil vai conseguir atingir a meta exigida. Os dados apontam para isso. Ter uma capital como São Paulo, com 12 milhões de habitantes, certificada e recertificada pelo Ministério da Saúde como livre de transmissão como problema de saúde pública dá uma certa tranquilidade explica Pereira.
Doses insones:
A cidade de São Paulo, Curitiba e Umuarama (PR) são os três municípios considerados livres da transmissão vertical do HIV, certificados pelo Ministério da Saúde anualmente. No entanto, locais na região Norte e Nordeste tem índices mais elevados. A pasta não informou taxas regionalizadas porque estão sendo checadas, uma vez que há problemas nas notificações em um país tão grande quanto o Brasil. Em São Paulo, por exemplo, houve quatro casos que haviam sido registrados mas que a investigação mostrou que não ocorreu a transmissão do HIV de fato, conta Pereira.
Segundo o diretor do Ministério da Saúde, uma certificação da OMS, que considerará a taxa global do país, será importante para estimular localidades em que os índices de transmissão ainda estão acima da média nacional. Ele ressalta que o Brasil é a única nação de renda média com chance real de ser certificada. Há 14 países, como Cuba, Tailândia e Barbados, entre outros com população pequena, que já conquistaram o selo da OMS, informou Pereira.
O principal caminho para diminuir a transmissão vertical, além de baixar os números gerais da doença no país, é garantir uma excelente cobertura de pré-natal, que já é superior a 95% no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, O protocolo no país é fazer um teste de HIV na primeira consulta e outro no início do terceiro trimestre da gravidez. Se a gestante for soropositiva, é necessário iniciar ou ajustar o tratamento com os antirretrovirais para ficar com carga viral indetectável, o que praticamente elimina o risco de transmissão ao bebê.
Dinheiro traz felicidade:
Cada vez mais gestantes já chegam ao consultório com carga viral indetectável, porque houve um avanço da política de testagem e da adesão ao tratamento, que hoje pode ser feito com dois comprimidos por dia. Antigamente, já cheguei a receitar 24 comprimidos três vezes ao dia. Isso faz com que a gestação possa ser vivida com tranquilidade afirma Jorge Senise, infectologista do Núcleo de Patologias Infecciosas da Gestação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A ginecologista Ana Katherine da Silveira Gonçalves ressalta que para eliminar qualquer risco de contágio há o protocolo de uso de AZT durante o parto, quando pode haver contato do bebê com fluidos da mãe, como sangue e secreções. Segundo ela, que integra a Comissão Nacional Especializada de Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 65% das transmissões ocorrem no parto e na amamentação.
O que a Finlândia tem?
Apesar da rede pública de saúde seguir os protocolos com eficácia consolidada e ofertar o tratamento com os antirretrovirais, há mulheres que não fazem o pré-natal, que não têm informação, que moram na rua. E os casos de transmissão vertical acabam ocorrendo ainda hoje. O HIV tem uma relação grande com as condições sociais afirma Ana Katherine.
Para se candidatar à certificação da OMS, o Brasil trabalha revisando microdados de 2019, que são os consolidados mais recentes e estão sendo resguardados. Em relação aos últimos grandes indicadores monitorados regularmente, a pasta informa que, em 2020, o Brasil registrou 177 casos de Aids (doença causada pelo HIV) em crianças menores de cinco anos. Esse número em 2010 foi de 547 notificações, conforme mostram os boletins epidemiológicos anuais publicados pelo Ministério da Saúde.
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TV ANHANGUERA
Hospitais relatam dificuldade em achar medicamentos básicos para atendimento
Entre os remédios, está a dipirona injetável. Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia relatou dificuldades em fechar contratos de compra.
https://globoplay.globo.com/v/10477393/
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Assessoria de Comunicação
Em audiência pública, Ahpaceg, Cremego, Simego e demais entidades de saúde se posicionam contra liberação de cursos EaD na área
Instituições mostram a importância do contato entre o aluno e o paciente para o aprendizado
Na quarta-feira, 13 de abril, a Câmara Municipal de Goiânia, a pedido do vereador Mauro Rubem (PT), realizou uma audiência pública para debater o desarquivamento do Projeto de Lei nº 253/21, que revoga a Lei nº 10.612/21, sendo que esta última proíbe a realização de cursos com educação à distância (EaD) na área da saúde.
Na reunião, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) foi representado pelo seu vice-presidente, Fernando Pacéli, que ressaltou como o estudante de medicina precisa tocar e escutar o paciente, a fim de se tornar um bom profissional. “Essa ideia (de revogar a Lei nº 10.612/21), estava eivada de ilicitudes quando foi posta à mesa e o Conselho não comunga dessa atitude, assim como não comunga com as aberturas de faculdades de medicina inauguradas em todo o Brasil sem nenhuma boa condição de ensino”, acrescentou ele.
Já a enfermeira e representante da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Madalena Del Duqui (foto), lembrou que quem cria um projeto pedagógico precisa ser responsabilizado pela qualidade dos profissionais formados por meio dele.
“Para você ter um curso muito bem elaborado, existe um documento que rege tudo, que é o projeto pedagógico. Entre tantas informações nesse documento, existe o perfil do profissional que nós queremos no mercado. Não se cria cursos EaD sem projeto pedagógico. Então, quem está propondo o ensino à distância tem que ser responsabilizado pela qualidade desses profissionais que irão atuar no mercado de trabalho”, afirmou ela, que também é professora na Pontifícia Universidade Católica do Estado de Goiás (PUC Goiás).
Os impactos da aprovação de aulas EaD serão sentidos não agora, mas, sim, daqui cerca de seis anos, quando os primeiros profissionais se formarem, como relatou o secretário do Trabalho do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo. “A comunicação online é um benefício que chegou, mas não podemos estender isso a todas as áreas. A saúde, em especial, não combina com esse tipo de educação. Em determinados momentos, o professor até pode fazer uma apresentação assim, mas não podemos colocar isso em uma lei para que algumas pessoas, às vezes até de forma inescrupulosa, possam se aproveitar disso”.
Esteve presente ainda a representante do Sindicato das Clínicas Radiológicas, de Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás (Sindimagem), entidade que também se manifestou contra os cursos à distância para a área da saúde. A audiência contou ainda com representantes de enfermeiros, biomédicos, odontólogos e outros profissionais de saúde.
Ao final da audiência, o vereador Mauro Rubem garantiu que continuará acompanhando o trâmite da matéria e que acredita que o assunto deve ser acionado nacionalmente, para que esse tipo de regulamentação não seja decidida separadamente por cada município.