CLIPPING AHPACEG 26/08/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Casos de varíola dos macacos caem 21%, mas Américas preocupam
Anvisa aprova que governo importe antiviral contra varíola dos macacos
Homenagem ao fundador da Amil, Edson de Godoy Bueno
Médico é afastado de hospital após mulher denunciar violência obstétrica durante parto e bebê morrer, em Niquelândia
Governador busca recurso federal para a saúde em Goiás e recebe homenagem
Piso Salarial da Enfermagem: saiba quantos profissionais devem ser demitidos
ANS divulga dados sobre o interesse na portabilidade de carências
Supermedicação em idosos: um problema real
AGÊNCIA ESTADO
Casos de varíola dos macacos caem 21%, mas Américas preocupam
LEON FERRARI
Após quatro semanas de crescimento, o número de casos semanais de varíola dos macacos no mundo caiu 21%, conforme informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) ontem. A região das Américas, porém, apresenta crescimento "contínuo" e "acentuado", o que preocupa. No acumulado, há 41.664 infecções confirmadas em 96 países, e 12 mortes.
A diminuição global nos últimos sete dias pode refletir os "primeiros sinais de queda" nos registros na Europa, segundo a organização. A maioria dos casos notificados nas últimas quatro semanas foi na região das Américas (60,3%), seguida, então, da região europeia (38,7%).
"Há sinais de que o surto está diminuindo na Europa, onde uma combinação de medidas eficazes de saúde pública, mudança de comportamento e vacinação está ajudando a prevenir a transmissão", destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, nesta quinta-feira. "No entanto, na América Latina em particular, conscientização insuficiente ou medidas de saúde pública se combinam com a falta de acesso a vacinas, para atiçar as chamas do surto", advertiu.
Na última semana, nações relataram aumento de casos com os Estados Unidos sendo o que mais fez novas notificações - e 16 países não notificam novas infecções há mais de 21 dias. No total, os membros da OMS com mais casos acumulados são: EUA (14.049), Espanha (6.119), Brasil (3450), Alemanha (3.295) e Reino Unido (3.225).
Jovens do sexo masculino representam 98,2% dos casos. Entre as notificações com orientação sexual informada, 95,8% são homens que fazem sexo com homens, que inclui gays e bissexuais. Isso não significa que só eles possam ser infectados.
BRASIL . Até anteontem, o Brasil já acumulava 4.144 confirmações da doença, conforme dados do Ministério da Saúde. Isso representa um aumento de 23,3% em relação ao total da semana anterior. Os Estados com mais casos são São Paulo (2.640), Rio de Janeiro (508) e Minas Gerais (221). Por ora, apenas um óbito foi registrado no País.
Conforme mostrou o Estadão, médicos têm recorrido à morfina e a outros opioides para manejar a dor de pacientes com quadros graves da varíola dos macacos no Brasil. Cerca de 8% dos casos levaram à hospitalização. Para ser classificado assim, o quadro pode ser caracterizado por uma ou mais lesões que aumentam de tamanho a ponto de a dor ser descrita como insuportável.
Para prevenir o aumento de casos de monkeypox na capital paulista, a Prefeitura de São Paulo divulgou recomendações para que as pessoas passem a usar máscara em restaurantes, supermercados, salões de beleza, academias e demais estabelecimentos de prestação de serviços.
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Saiba mais
1º caso de transmissão de homem para cachorro
Situação rara
O Brasil registrou, nesta semana, o primeiro caso de um animal de estimação infectado pelo monkeypox. A contaminação foi identificada cm um cachorro de 5 meses que vive em Juiz de Fora (MG). A principal suspeita é de que a transmissão para o filhote, que não
teve a raça identificada, aconteceu por meio do dono, que foi diagnosticado com a doença no início do mês. Ambos estão bem, segundo a Secretaria de Saúde de Minas Gerais.
O caso foi identificado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) na segunda-feira, que informou a situação para o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais. Em nota, o Ministério da Saúde também confirmou o caso.
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BAND
Anvisa aprova que governo importe antiviral contra varíola dos macacos
Autorização concedida para importar o medicamento Tecovirimat é aplicada somente ao Ministério da Saúde PixabayA Anvisa aprovou, nesta quinta-feira (25), a dispensa de registro para que o Ministério da Saúde importe e utilize no Brasil o medicamento antiviral para tratamento da varíola dos macacos.
A autorização se aplica ao medicamento Tecovirimat, concentração de 200 mg, e indicado para o tratamento de doenças causadas por Ortopoxvírus em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg.
O produto a ser importado é o mesmo autorizado nos EUA para a empresa SIGA Technologies, fabricado pela Catalent Pharma Solutions localizada em Winchester, Kentucky, Estados Unidos.
A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.
A diretora relatora Meiruze Freitas destacou que o conhecimento prévio da Anvisa sobre o medicamento, resultado da comunicação e interação com as autoridades que avaliaram o medicamento, permitiu a rápida conclusão do processo.
A diretora também pontuou que o acesso ao medicamento pode salvar vidas e controlar os danos causados pela varíola dos macacos, especialmente para os pacientes com maiores riscos.
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O GLOBO
Homenagem ao fundador da Amil, Edson de Godoy Bueno
O saudoso médico e empresário Edson de Godoy Bueno será homenageado pelos colegas, segunda, em comemoração aos 10 anos do Centro Médico Américas, na Barra. Falecido há 5 anos, Bueno é considerado um dos empresários que mais investiram no setor de saúde no Brasil. O próprio Centro é um exemplo de seu empreendedorismo. Um, entre dezenas dos legados de Edson enquanto esteve à frente da Amil. Se fosse vivo, ele teria completado 79 anos no último dia 22.
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PORTAL G1
Médico é afastado de hospital após mulher denunciar violência obstétrica durante parto e bebê morrer, em Niquelândia
Caso é investigado pela Secretaria Municipal de Saúde. Paciente diz que profissional empurrou pernas do bebê para dentro da barriga para que fosse transferida para outro hospital.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
Um médico foi afastado na quarta-feira (24) do Hospital Municipal de Niquelândia, norte do estado, após uma mulher denunciar que sofreu violência obstétrica e o filho dela, que nasceu prematuro, morrer depois do parto. Em uma rede social, a paciente disse que entrou em trabalho de parto e o profissional empurrou as pernas do bebê para dentro da barriga novamente para que ela fosse transferida para outro hospital. A Secretaria Municipal de Saúde disse que está investigando o caso.
Américo Lúcio Neto não é servidor público, mas tem contrato com a prefeitura desde 2016 para fazer atendimentos como ginecologista e obstetra. A defesa do obstetra disse que ainda não teve acesso à documentação do procedimento para que ele possa se defender.
"A priori, o que ele nos passou é que ela chegou ao hospital e, por falta de outros profissionais, ela foi transferida para outro hospital. Ele inclusive a acompanhou na ambulância junto com uma enfermeira. Foi outra equipe que fez o parto", disse o advogado Luiz Gustavo Barreira Muglia.
No último dia 12, a grávida participava da Romaria do Muquém e começou a passar mal. Ela foi atendida por uma equipe do distrito. Os médicos sugeriram que ela fosse de ambulância até o hospital, mas a mulher preferiu ir em carro próprio, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Ela entrou em trabalho de parto e foi para o hospital municipal, onde foi atendida imediatamente. A paciente contou em uma publicação na internet que as pernas do bebê já estavam aparecendo e o médio as empurrou novamente. Com isso, teria comprimido o cordão umbilical e dificultado a oxigenação da criança.
A mulher foi levada para um hospital em Uruaçu, onde deu à luz. A criança chegou a ficar internada, mas morreu horas depois.
O caso foi registrado na Polícia Civil nesta quinta-feira (25). O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse que não informa sobre tramitação de denúncias, processos, e sindicâncias.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que soube pelas redes sociais do caso. O médico foi afastado até que a situação seja investigada.
“Durante o atendimento o médico constatou que a mãe precisaria de uma UTI e ela foi encaminhada para o hospital de Uruaçu. Esse médico acompanhou a mãe, mas, infelizmente, o bebê não resistiu. Diante da denúncia nas redes sócias, visando apurar melhor os fatos, o médico foi afastado das suas atividades até que haja a devida apuração sobre eventual culpa ou mal procedimento no exercício da função”, disse o advogado da secretaria, Diêgo Vilela.
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2022/08/25/medico-e-afastado-de-hospital-apos-mulher-denunciar-violencia-obstetrica-durante-parto-em-niquelandia.ghtml
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A REDAÇÃO
Governador busca recurso federal para a saúde em Goiás e recebe homenagem
Com o objetivo de pleitear recursos para a rede estadual de saúde, o governador Ronaldo Caiado se reuniu nesta quinta-feira (25/8), em Brasília, com o ministro da pasta, Marcelo Queiroga. Acompanhado dos secretários estaduais Sandro Rodrigues (Saúde), Cristiane Schmidt (Economia) e do senador Luiz do Carmo, Caiado apresentou as ações da atual gestão no setor e pediu apoio da União para o financiamento da rede.
Conforme dados da Secretaria de Saúde (SES-GO), desde 2019 houve um salto de 16 para 30 unidades de saúde no Estado. O Governo de Goiás entregou policlínicas em seis municípios: Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Goiás e Formosa, com aporte de cerca de R$ 67 milhões. Juntas, as unidades já prestaram mais de meio milhão de atendimentos aos cidadãos goianos.
Já o número de leitos de UTI subiu, no mesmo período, de 244 para 920 leitos entre adulto, pediátrico, neonatal e covid-19. Em 2018, o Estado tinha 1.635 leitos de internação (UTI + enfermaria). Hoje, são 3.333 leitos de internação, sendo 920 de UTI e 2.413 de enfermaria. Com os investimentos, o Governo de Goiás ultrapassou o mínimo constitucional de 12% de receitas destinadas à saúde.
“Extrapolamos o que a Constituição determina de gasto com a saúde, que é 12%. Estamos em 14,7% de aplicação e trouxemos a planilha para mostrar ao ministro para que haja uma reposição diante desse quadro”, afirmou o governador.
O secretário de Saúde, Sandro Rodrigues, disse que saiu contente da reunião, porque foi possível mostrar toda expansão de qualidade da rede. “O ministro elogiou e queremos garantir mais recursos para continuar com essas ações”, frisou. “Goiás está fazendo tão bem o dever de casa que estamos com boas perspectivas em conseguir mais recursos para o Estado”, completou Cristiane Schmidt.
Homenagem
Durante o encontro, o governador também foi condecorado pelo ministro Marcelo Queiroga com a medalha da Ordem do Mérito Médico, no grau Grã-Cruz, considerada a mais alta honraria concedida pelo Ministério da Saúde.
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JORNAL DO COMMERCIO
Piso Salarial da Enfermagem: saiba quantos profissionais devem ser demitidos
Pesquisa revela a quantidade de demissões consequentes da implantação do novo piso salarial da enfermagem -->
O impacto do novo piso da enfermagem pode resultar na demissão de mais de 83 mil profissionais de saúde, além do fechamento de 20 mil leitos no Brasil.
Esses dados foram levantados pela Confederação Nacional de Saúde, Federação Nacional de Hospitais, Associação Nacional dos Hospitais Privados, Associação Brasileira de Indústria Diagnóstica e a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB).
O levantamento das consequências do piso salarial da enfermagem ocorreu entre 19 e 23 de agosto, com 2.511 instituições de saúde do país.
Do total de ouvintes, 34,1% eram do Sul, 33,9% da região Sudeste e 20% correspondiam ao Nordeste.
Os serviços de diagnóstico totalizaram 52,6% das amostras, enquanto os hospitais corresponderam a 42,9%.
RESULTADOS DA PESQUISA SOBRE O IMPACTO DO PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM:
A principal pergunta feita pela pesquisa para as instituições foi como seriam feitos os pagamentos previstos no reajuste do piso salarial da enfermagem.
O benefício iria favorecer os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, resultando em um acréscimo de 60% na folha de pagamento das instituições.
Com a aprovação do piso salarial, a qualidade no setor privado vai cair?
Um total de 77% das empresas pesquisadas revelaram que, para conseguirem fazer o pagamento do novo piso salarial da enfermagem, precisariam reduzir o corpo de enfermagem.
Já 65% confirmou o planejamento de demitir profissionais de outras áreas por conta do reajuste do piso salarial da enfermagem, enquanto, para 51%, o alvo das reduções seriam os leitos.
>>> Confira aqui a defesa do piso salarial da enfermagem pelos representantes do Cofen no STF
POSICIONAMENTO DO REPRESENTANTES DA COMISSÃO DE SAÚDE SOBRE AS POSSÍVEIS DEMISSÕES:
"Você ameaçar de demissão, de precarização, é algo que não contribui para o debate, é preciso que se discuta com tranquilidade esse processo", afirmou a vice-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Enfermeira Rejane.
A deputada estadual também questionou o valor pago aos médicos, maior que o piso salarial da enfermagem.
"Mas, no caso da enfermagem, pagar apenas o piso vai quebrar o hospital? A enfermagem precisa se manter firme", acrescentou.
Na visão do representante da instituição no Fórum Nacional da Enfermagem, Daniel Menezes, as demissões não serão uma realidade após a implantação do piso salarial da enfermagem.
"São especulações, um ajuste pelo qual o mercado vai passar, mas não acreditamos que isso [as demissões] se concretizará", declarou Menezes.
"Hoje, como o profissional da enfermagem recebe um salário muito ruim, ele trabalha em dois, três empregos para conseguir sustentar a sua família com dignidade. Com o piso, isso vai mudar", finalizou.
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REVISTA COBERTURA
ANS divulga dados sobre o interesse na portabilidade de carências
Usuários de planos de saúde geraram mais de 162 mil protocolos no 1º semestre de 2022
No primeiro semestre de 2022, usuários de planos de saúde finalizaram 162.754 pesquisas no portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre planos disponíveis para a realização da portabilidade de carências. O principal motivo informado pelos consumidores para o interesse na troca de plano sem a necessidade de cumprimento de novos períodos de carência foi a busca por um produto mais barato.
O dado faz parte do relatório de acompanhamento de protocolos de portabilidade emitidos pelo Guia ANS de Planos de Saúde, ferramenta de consulta disponível no portal da Agência para a contratação e troca de planos de saúde. Cada pesquisa de portabilidade de carências concluída no Guia ANS gera um protocolo com as informações sobre o plano e a operadora escolhidas pelo consumidor para a troca.
O total de protocolos emitidos no primeiro semestre deste ano foi 2,1% maior (3.309) que o total gerado no segundo semestre de 2021 e 7,8% menor que o total de protocolos emitidos no primeiro semestre de 2021. Importante destacar que o número de protocolos emitidos representa o total de consultas finalizadas no Guia ANS e não o número de portabilidades de carência efetivadas.
Motivação para mudança de plano
De janeiro a junho de 2022, os principais motivos informados pelos beneficiários quanto ao interesse na portabilidade de carências foram: a busca por plano mais barato (36%), a procura por melhor qualidade da rede prestadora (25%) e cancelamento de contrato (17%), como pode ser visto no gráfico abaixo.
Período: janeiro a junho de 2022
Percepção dos usuários sobre o Guia de Planos da ANS
A percepção dos usuários sobre o Guia de Planos tem sido mensurada pela ANS com o objetivo de aprimorar, de forma permanente, a ferramenta. Dessa maneira, após o relatório ter sido gerado, é feita uma pesquisa com os usuários.
No primeiro semestre de 2022, 72% das pessoas que acessaram o Guia não tiveram dificuldades, enquanto 11% informaram dificuldade de encontrar planos disponíveis na região de seu interesse. Já 9% informaram que tiveram dificuldades com os termos técnicos utilizados no sistema.
Período: janeiro a junho de 2022
Como fazer a portabilidade de carências
A portabilidade de carências é o direito que o beneficiário tem de mudar de plano de saúde sem a necessidade de cumprimento de novos períodos de carências ou cobertura parcial temporária, garantido a todos os beneficiários de planos de saúde regulamentados (contratados a partir de 01/01/1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98).
Essa opção está disponível aos beneficiários de qualquer modalidade de contratação (planos individuais, coletivos empresariais e coletivos por adesão), mediante o cumprimento dos seguintes requisitos gerais:
O plano atual deve ter sido contratado após 1º de janeiro de 1999 ou ter sido adaptado à Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98)
O plano de destino deve ter faixa de preço compatível com o plano atual O contrato deve estar ativo, ou seja, o plano atual não pode estar cancelado O beneficiário deve estar em dia com o pagamento das mensalidades O beneficiário deve ter cumprido o prazo mínimo de permanência no plano:
- 1ª portabilidade: 2 anos no plano de origem ou 3 anos se tiver cumprido Cobertura Parcial Temporária (CPT) para uma Doença ou Lesão Preexistente.
- 2ª portabilidade: Se já tiver feito portabilidade antes, o prazo de permanência exigido é de pelo menos 1 ano; ou de 2 anos caso tenha feito portabilidade para o plano atual com coberturas não previstas no plano anterior.
Há ainda situações específicas, em que não é exigida a compatibilidade de preço ou o cumprimento do prazo de permanência no plano (veja situações específicas de portabilidade), são os casos em que o beneficiário tem que mudar de plano por motivos alheios à sua vontade, como, por exemplo, morte do titular, demissão, cancelamento do contrato e falência da operadora.
Vale ainda esclarecer que as regras gerais para exercício da Portabilidade de Carências, bem como os requisitos necessários para tal, estão atualmente dispostos na Resolução Normativa nº 438/2018. No portal da ANS, também pode ser encontrada uma cartilha que explica a portabilidade de forma didática e acessível: Confira aqui.
Guia ANS de Planos de Saúde
Para consultar os planos disponíveis no mercado e compatíveis para fins de portabilidade, o beneficiário deve consultar o Guia ANS de Planos de Saúde. Depois de preencher as informações requisitadas sobre o plano de origem e sobre os critérios desejados na contratação do novo plano, ao final da consulta serão retornados os planos disponíveis para portabilidade.
O beneficiário deve escolher o plano que mais lhe convier e emitir o protocolo de Relatório de Compatibilidade. Depois de escolher o novo plano ao qual deseja aderir, deve procurar a operadora munido da documentação exigida e solicitar a proposta de adesão. A operadora do plano de destino tem até 10 dias para analisar o pedido de portabilidade. Caso a operadora não responda ao pedido após esse prazo, a portabilidade será considerada válida.
Documentação exigida para realizar a portabilidade de carências:
1. Comprovante de que está em dia com o pagamento das mensalidades: comprovante das três últimas mensalidades pagas OU declaração da operadora do plano de origem ou da pessoa jurídica contratante estar em dia com o pagamento das mensalidades ;
2. Comprovante de prazo de permanência: proposta de adesão assinada OU contrato assinado OU declaração da operadora do plano de origem ou da pessoa jurídica contratante do plano atual;
3. Relatório de compatibilidade entre os planos de origem e destino OU nº de protocolo, ambos emitidos pelo Guia ANS de Planos de Saúde;
4. Se o plano de destino for coletivo, comprovante de que está apto para ingressar no plano. No caso de empresário individual, comprovante de sua inscrição nos órgãos competentes para contratação de plano empresarial.
Situações em que há carência no novo plano contratado
Caso o beneficiário exerça portabilidade para um plano com coberturas não previstas no plano de origem, estará sujeito ao cumprimento de carências, mas somente para as novas coberturas. Por exemplo: um beneficiário que possui um plano ambulatorial poderá fazer portabilidade para um plano ambulatorial + hospitalar cumprindo carências apenas para a cobertura hospitalar.
Com isso, a ANS ampliou as opções de escolha do beneficiário, permitindo que ele encontre um plano de saúde que atenda suas necessidades, sem cumprir carências para as coberturas que já tenha cumprido, preservando, por outro lado, o equilíbrio do setor, ao manter a lógica prevista em Lei de exigência de carências para as novas coberturas.
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CENTRAL DAS NOTÍCIAS
Supermedicação em idosos: um problema real
Apesar dos benefícios dos medicamentos modernos, o excesso de prescrição coloca milhões de idosos em situação se risco. Um relatório divulgado em 2019, pelo Lown Institute ('Medication Overload - America's Other Drug Problem'), conta detalhes sobre a terrível epidemia da polifarmácia, nos Estados Unidos. Afinal, o que é isso?
A polifarmácia é definida como o uso concomitante de cinco ou mais medicamentos. E mais de 40% dos adultos idosos faz uso dela. São três vezes mais a quantidade de vinte anos atrás, de acordo com o CDC.
Se incluirmos os medicamentos e os suplementos vendidos sem receita médica, podemos dizer que quase 20% dos idosos tomam dez ou mais fármacos, ao mesmo tempo. Alguns chegam até a mais de duas dúzias de medicamentos diferentes, de acordo com uma pesquisa da Slone Epidemiology Center.
Todos os dias, 750 pessoas com 65 anos ou mais são hospitalizadas, nos EUA, por um efeito adverso de um ou mais medicamentos, segundo o Lown Institute. Na última década, os idosos procuraram tratamento médico para combatê-los, mais de 35 milhões de vezes.
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O Lown Institute estima que, se nada for feito, a sobrecarga de medicamentos levará a 150 mil mortes prematuras, na próxima década, e reduzirá a qualidade de vida de milhões de idosos.
Além disso, haverá 4,6 milhões de hospitalizações por sintomas adversos graves, relacionados à sobrecarga de medicamentos, e 74 milhões de consultas ambulatoriais, a um custo total de, pelo menos, 60 bilhões de dólares.
Para pacientes mais velhos, os medicamentos inapropriados prescritos mais comumente são: inibidores da bomba de prótons, como Nexium e Prilosec, benzodiazepínicos, como Xanax e Ativan, e antidepressivos tricíclicos. Tudo isso, de acordo com uma análise de dados do Medicare.
Michael Schoenbaum, epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde, disse ao New York Times que fraturas e quedas já são um perigo comum para pessoas idosas. Os acidentes podem se tornar ainda mais recorrentes, porque os "benzos" causam tonturas. Este tipo de medicamento também está associado a acidentes automobilísticos, já que provocam sonolência e fadiga.
De acordo com o Dr. Donovan Maust, psiquiatra do Veterans Affairs Ann Arbor Health Care System, o fármaco citado anteriormente também provoca efeitos negativos na memória e em outras funções cognitivas. Alguns estudos mostraram, inclusive, uma associação deste remédio com demência e Alzheimer, embora especialistas considerem que as evidências, até o momento, são inconclusivas, de acordo com o New York Times.
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Embora tenham um efeito calmante, são altamente viciantes, de acordo com os American Addiction Centers. Sua retirada pode durar até um ano ou mais, por isso, não devem ser usados por mais de um mês.
Keith Humphreys, pesquisador da Universidade de Stanford, disse ao The New York Times que muitas pessoas tomam benzodiazepínicos por anos. Descrevê-las como "dependentes" normalmente causa um sentimento de raiva, por conta do estigma negativo em torno a problemas do vício.
Cerca de 12,6% dos adultos estadunidenses tomam benzodiazepínicos e seu uso indevido é feito por quase 20% dos pacientes, de acordo com o PubMed. Comprar o fármaco sem prescrição é o tipo mais comum de uso indevido.
Por exemplo: tomar a dose incorreta do fármaco, tomá-lo fora de hora, esquecer uma dose, interromper seu uso antes do previsto ou tomá-lo por outros motivos que não aquele pelo qual foi prescrito.
É comum os idosos irem a médicos diferentes, que receitam remédios distintos. Isso pode fazer com que tomem a pílula errada, ou a dose errada e na hora errada. Os pacientes muitas vezes não sabem quais medicamentos são essenciais, assim, podem deixar de tomar um medicamento necessário, enquanto aderem fielmente a um fármaco menos vital, de acordo com o JAMA Internal Medicine.
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Dr. Ariel Green, geriatra e pesquisador do centro Johns Hopkins, disse ao The New York Times que as prescrições estão sendo reescritas, ano após ano, sem que ninguém explore por que foram inicialmente necessárias. Seria urgente rever este método de renovação das receitas médicas, para avaliar se o medicamento permanece eficaz.
A maioria dos idosos diz que está disposta a reduzir seus medicamentos, de acordo com um estudo de 2018, publicado no JAMA Internal Medicine, mas, paradoxalmente, também acredita que todos os seus medicamentos são necessários.
O plano de ação do Lown Institute oferece recomendações em várias áreas. A principal seria aumentar a conscientização sobre a sobrecarga de medicamentos entre os pacientes e a comunidade de saúde, bem como os agentes políticos.
Os médicos precisam saber quais medicamentos seus pacientes já tomam, e conhecer quais as diretrizes da prática clínica, para poder suprir as necessidades de pacientes mais velhos, segundo o Lown Institute.
Os médicos precisam receber ferramentas para realizar uma atualização eficaz da prescrição. É preciso avaliar a carga de medicamentos de seus pacientes e atualizá-la.
Além disso, é fundamental sensibilizar os profissionas da saúde sobre os perigos da sobrecarga de medicamentos. Eles precisam saber como evitar o excesso de prescrição, sendo capazes de desprescrever, quando o paciente estiver sobrecarregado.
De acordo com o Lown Institute, a grande influência da indústria farmacêutica ajudou a persuadir pacientes e prescritores a usar uma pílula para cada doença.
Um grupo de líderes de saúde, médicos, tomadores de decisão e pesquisadores acadêmicos trabalha para promover o conhecimento e a desprescrição de medicamentos que podem não ser mais benéficos e, inclusive, causar danos.
Esta instituição, nos EUA, especializada em pacientes idosos, também adotou uma estratégia de desprescrição, já que os pacientes mais velhos, com transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade ou depressão, geralmente tomam benzodiazepínicos.
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Assessoria de Comunicação