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CLIPPING AHPACEG 06/07/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
É criada a Federação Goiana das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos
Brasil tem 44,5% da população total imunizada com dose de reforço contra covid
Exposição de orquídeas vai arrecadar alimentos para a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia
Mulher denuncia que perdeu parte do nariz e ficou com sequela após cirurgia estética com dentista: 'Destruiu minha autoestima'
Existe solução para pessoas com fobias fazerem Ressonância Magnética
'Todos precisam olhar mais para a saúde preventiva', diz CEO do Grupo Fleury
CMB e Frente Parlamentar conquistam derrubada de vetos que prejudicavam filantrópicos
A REDAÇÃO
É criada a Federação Goiana das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos
Iniciativa foi aprovada por unanimidade
Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (5/7), na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, representantes de Santas Casas e hospitais filantrópicos goianos aprovaram por unanimidade a criação da Federação Goiana das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos.
A entidade será a 19ª federação brasileira e integrará a Confederação Brasileira das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), contribuindo para o fortalecimento da representatividade do setor. Foi a certeza da importância dessa representatividade para a defesa do setor filantrópico de saúde, que apenas em Goiás conta com cerca de 1,5 mil leitos, que levou à aprovação da criação da Federação Goiana.
“Já tivemos uma Federação, mas ela desapareceu e, agora, a estamos recriando”, disse o superintendente Administrativo da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irondes José de Morais, ressaltando que a recriação já vinha sendo defendida pela superintendente Geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura, e, agora, se torna uma realidade com o apoio do presidente Mirócles Veras, e do diretor-geral da CMB, Mário César Homsi, que também participaram da reunião.
Eles explicaram aos presentes a importância da união dos hospitais filantrópicos. “A união do setor é essencial. A CMB está pronta para representá-los e para atuar em defesa de instituições de todos os portes e a nova federação vem reforçar esse trabalho”, afirmou o presidente Mirócles Veras, enfatizando que a meta é chegar a 20 federações ainda neste ano.
Mário César Homsi citou também ações da CMB em benefício das instituições federadas, como uma central de compras conjuntas que proporcionará aos hospitais uma economia considerável na aquisição de materiais e medicamentos.
Os presentes foram unanimes ao aprovar a criação da nova entidade. A ata da reunião de hoje e uma minuta do estatuto será encaminhada a todos para avaliação. No dia 15 de julho, eles voltam a se reunir para finalizar o estatuto e eleger a diretoria provisória da Federação.
Participaram do encontro, representantes do Hospital Araújo Jorge, Fundação Banco de Olhos de Goiás e Casa de Eurípedes (Goiânia), Hospital do Câncer Francisco Camargo (Inhumas), Santa Casa de Anápolis (Anápolis), Santa Casa de Misericórdia de Buriti Alegre (Buriti Alegre), Associação Hospital São Pio X (Ceres), Hospital de Caridade São Pedro de Alcântara (Cidade de Goiás) e Vila São Cottolengo (Trindade).
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil tem 44,5% da população total imunizada com dose de reforço contra covid
Mais de 83% iniciou processo de imunização
O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou nesta segunda-feira (4/7) a 179.164.159, o equivalente a 83,4% da população total.
Aproximadamente 54,5 mil brasileiros receberam a primeira aplicação do imunizante nas últimas 24 horas, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.
Entre os mais de 179 milhões de vacinados, 167,7 milhões completaram o esquema vacinal primário (duas doses ou vacina da Janssen), o que representa 78,06% da população total. Nesta segunda, o País administrou 117,3 mil segundas doses e outras 12,6 mil vacinas de dose única.
A dose de reforço foi aplicada em 95.690.830 brasileiros, ou 44,54% da população total. Até o momento, 15,1 milhões receberam o reforço extra da quarta dose. Ao todo, o Brasil administrou pouco mais de 1,1 milhão de doses da vacina contra o coronavírus nesta segunda.
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DIÁRIO DE GOIÁS
Exposição de orquídeas vai arrecadar alimentos para a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia
População poderá trocar um quilo de alimento não perecível por uma muda de orquídea
Nesta quinta-feira (07/07), a partir das 8 horas, no Bosque dos Buritis, o público poderá visitar gratuitamente a XXVII Exposição Nacional de Orquídeas de Goiânia e o V Encontro dos Colecionadores de Cattleyas do Cerrado, conhecer belas espécies de orquídeas nativas da região, de vários cantos do Brasil e de outros países e ainda ajudar a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia com a troca de um quilo de alimento não perecível por uma muda de orquídea. Ao todo, 3 mil mudas estarão disponíveis para a troca.
Os encontros, que voltam a ser realizados pela Associação Goiana de Orquidófilos, parceira do hospital, após uma pausa de dois anos devido à pandemia, vão acontecer até domingo, 10 de julho, sempre das 8 às 19 horas.
Além de admirar centenas de espécies expostas, o público poderá saber mais sobre o cultivo de orquídeas, um hobby cada vez mais comum e que, inclusive, já faz parte da terapia com pacientes na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que, em junho, ganhou um orquidário.
Todos os alimentos arrecadados durante as exposições serão doados à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e usados na alimentação de pacientes. A meta dos organizadores é superar a edição de 2019, quando foram arrecadados 2,7 mil quilos de alimentos.
Todos os alimentos arrecadados durante as exposições serão doados à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e usados na alimentação de pacientes. A meta dos organizadores é superar a edição de 2019, quando foram arrecadados 2,7 mil quilos de alimentos.
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PORTAL G1
Mulher denuncia que perdeu parte do nariz e ficou com sequela após cirurgia estética com dentista: 'Destruiu minha autoestima'
Paciente já passou por 14 cirurgias após ter a infecção e necrose. Procedimento pode ser feito apenas por médicos.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
Uma mulher de 37 anos denuncia que teve parte do nariz necrosado e ficou com sequelas após um procedimento estético em junho de 2020. Elielma Carvalho Braga fez uma alectomia, procedimento para afinar o nariz, com um dentista de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Ela conta que, após perder parte da pele, precisou fazer mais de dez cirurgias e ficou com cicatrizes, abalando sua autoestima.
“Eu tenho vergonha, porque a gente faz uma coisa para melhorar um pouco e a pessoa faz isso. Ele destruiu minha autoestima. Eu choro, não é fácil o que eu vivo hoje”, disse.
Qualquer profissional que não seja médico é proibido de realizar cirurgias no nariz. Dentistas podem fazer algumas cirurgias na face, mas o Conselho Federal de Odontologia proibiu expressamente a realização de alectomias por dentistas (leia mais sobre isso ao fim da reportagem).
O dentista Igor Leonardo informou que o problema da paciente não foi decorrente da cirurgia, e sim uma síndrome desenvolvida após uso de medicamentos, o que causou a necrose. Ele explicou ainda que deu todo atendimento à paciente.
Elielma conta que pesquisou sobre a alectomia, que é a redução das narinas, na internet e viu que o dentista Igor Leonardo Soares Nascimento fazia vários procedimentos estéticos. Ela contratou um pacote para fazer algumas cirurgias estéticas com ele.
Inicialmente, ela acreditou que o procedimento tinha dado certo. Porém, nos dias seguintes, ela começou a sentir fortes dores e alterações no rosto. Elielma manteve contato com o dentista, pedindo e recebendo orientações.
Quando a situação ficou muito grave, ela foi até o consultório do dentista e os dois foram até uma unidade de saúde para que ela recebesse o atendimento necessário.
“Meu rosto começou a queimar. No outro dia ficou cheio de bolha, como se fosse queimadura”, disse Elielma.
Sem plano de saúde, tentou diversos atendimentos na rede pública até achar um cirurgião plástico que conseguisse fazer o tratamento necessário e de maneira voluntária. Desde então, foram 14 cirurgias de reparação, incluindo enxerto de pele e gordura, além de reconstrução de uma das narinas.
Atualmente, Elielma precisa usar um alargador nas narinas para conseguir respirar. Sem eles, uma das narinas se fecha. Ainda serão necessárias mais cirurgias para melhorar as lesões existentes.
“É tanta agulhada que eu tenho até trauma. Em uma cirurgia [de reparação], tinha que dilatar meu nariz. Não pegou anestesia e eu gritava de dor”, disse a paciente.
Diante de tanto sofrimento e com as sequelas, se afastou das pessoas, usa máscara constantemente e não contou a quase ninguém sobre o que vem sofrendo nos últimos anos. Formada recentemente como esteticista, também desistiu de trabalhar na área.
“Fique com medo de fazer algo errado e causar um dano, assim como eu sofri”, desabafou.
Processo
Elielma resolveu processar o dentista. Na ação, ela pede danos morais, materiais e estéticos, totalizando R$ 42 mil.
A defesa do dentista diz que não houve imperícia ou imprudência por parte do profissional durante a cirurgia, tendo sido tomados todos os cuidados, e que houve negligência da paciente após o procedimento estético.
Ao g1, o dentista Igor Leonardo disse que “não foi a alectomia que gerou o problema”. Igor disse ainda que a paciente desenvolveu a Síndrome de Nicolau, “uma rara complicação caracterizada por necrose tecidual que ocorre após a injeção de medicamentos”.
Igor disse que deu total suporte e apoio nos tratamentos seguintes feitos por Elielma depois da alectomia.
“Me sensibilizei bastante com o problema dela. Custeei os medicamentos e tratamentos posteriores com outros colegas. Nunca a deixei desamparada em termos financeiros e acompanhei de perto seu tratamento posterior ao ocorrido. Infelizmente, nós, profissionais da área, estamos sujeitos a intercorrências que não são da nossa vontade”, disse.
Alectomia
A alectomia é feita para reduzir as asas nasais. A técnica é, teoricamente, simples: com uma anestesia local, o profissional corta um pedaço dessas estruturas que circundam as narinas e fecha com pontos.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) disse que o procedimento é um ato médico e, portanto, “deve ser realizado apenas por médicos”. A entidade disse o combate ao exercício ilegal da medicina tem sido feito com rigor.
“O grupo tem proposto ações e medidas em diferentes âmbitos em defesa dos interesses dos médicos, da medicina e da população”, disse a nota enviada.
O Conselho Regional de Odontologia informou que “os cirurgiões-dentistas têm autorização para a realização de procedimentos estético-faciais, desde que não sejam cirúrgicos puramente estéticos” e que a alectomia nunca esteve entre os procedimentos listados como permitidos para cirurgiões-dentistas.
Já uma resolução de agosto de 2020 proibiu expressamente a realização de alectomia por dentistas.
O CRO informou que realiza fiscalização de rotina e também apuração de denúncias. Caso seja constatado algum crime, é encaminhada uma denúncia à Polícia Civil e ao Ministério Público, além de abrir um processo ético odontológico.
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PORTAL SEGS
Existe solução para pessoas com fobias fazerem Ressonância Magnética
O Dr. Marcos Duchene, Coordenador da Radiologia do Hospital Albert Sabin, fala sobre a necessidade de anestesia na prática da R.M.
A Ressonância Magnética (RM) é um método de diagnóstico por imagem que permite visualizar, com grande precisão, órgãos e tecidos em diferentes planos do espaço.
Para a realização do exame, o paciente permanece deitado e é introduzido em um túnel do equipamento, aberto de ambos os lados, durante 20 a 40 minutos. "Apesar do equipamento ser "barulhento", o exame não é doloroso e é muito importante a colaboração do paciente, sendo necessário que ele não se movimente. Por esse motivo, em alguns casos como os de crianças, pessoas confusas, ansiosas, claustrofóbicas e pacientes que apresentem dores ou movimentos anormais, é necessária a utilização de anestesia", explica o Dr. Marcos Duchene, Coordenador da Radiologia do Hospital Albert Sabin (HAS).
Vale lembrar que a grande maioria dos pacientes não precisa de anestesia para a realização da RM, contudo, nos casos em que há necessidade, a sedação é sempre feita por um anestesista que, após a avaliação preliminar do paciente e do tempo do exame, poderá optar por uma anestesia inalatória ou endovenosa. Além disso, o procedimento é realizado em ambiente hospitalar, acompanhado de uma equipe multidisciplinar com toda a precaução e segurança para minimizar os riscos ao máximo.
"O objetivo da anestesia durante o exame de ressonância magnética é oferecer segurança e bem-estar ao paciente, reduzir o desconforto físico, a dor e a ansiedade. Também é importante um jejum prolongado. Exames como ECG e outros serão solicitados antes da realização da sedação", diz o Dr. Duchene.
O efeito da sedação dura somente o tempo do exame e, após permanecer na sala de recuperação e ser avaliado pelo anestesista, o paciente recebe alta.
Os setores de radiologia e anestesia do Hospital Albert Sabin estão em constante evolução e atualização, oferecendo as tecnologias mais modernas e se adequando constantemente às necessidades de seus pacientes.
Hospital se torna referência na zona oeste de São Paulo.
Com 50 anos de experiência, Hospital Albert Sabin passa por revitalização completa e se posiciona como principal polo de saúde da Lapa e região.
Com a missão de promover a saúde, buscando a excelência dos processos assistenciais, melhoria contínua e eficiência operacional, a história do Hospital Albert Sabin de SP (HAS), que completou 50 anos em 2020, remonta aos anos 1970 com a aquisição da Lapa Assistência Médica. Nos anos seguintes, deu-se a construção do prédio que ainda hoje abriga o hospital.
Já a partir dos anos 2000, seus sócios iniciaram o processo de revitalização e modernização do hospital, através de reformas e da aquisição de novos equipamentos com tecnologia de ponta, culminando em 2016 com a ampliação e nova reforma, dobrando o número de leitos.
Humanização, cuidado, atenção e respeito são os valores que orientam todas as atividades da equipe e do centro médico como um todo, colocando à disposição dos pacientes equipamentos de última geração, que garantem mais segurança e altos índices de sucesso em cirurgias e tratamentos.
Os serviços oferecidos à população, sempre com alto grau de qualidade, são os mais completos e diversos, como:
Pronto atendimento 24 horas - Preparados para atender emergências e urgências com rapidez e eficiência, o Hospital Albert Sabin tem uma equipe multiprofissional de alto nível e conta com diversas especialidades, como Cardiologia, Clínica Geral, Ortopedia e Cirurgia Geral.
Internações de urgência e eletivas - Para procedimentos clínicos e cirúrgicos, oferece um atendimento humanizado com total tranquilidade, contando com apartamentos confortáveis e com completo serviço de hotelaria, UTI adulto, com profissionais preparados para atender aos pacientes em todos os procedimentos intensivos com total segurança e agilidade, e uma equipe de enfermagem treinada nos mais altos padrões de excelência. Dispõe também de enfermaria, com todo o conforto dos apartamentos, contudo, com dois leitos por instalação.
Cirurgias - Centro Cirúrgico com instalações de alta qualidade e o mais bem equipado da região, oferecendo atendimento com total segurança e cuidado nas mais diversas especialidades, como Cardiológica, Oncológica, Cirurgia Bariátrica, Ortopédica, Torácica, Otorrinolaringológica, Neurológica, Urológica, Ginecológica, Vascular, Plástica e Geral. Também, o Arco Cirúrgico proporciona maior precisão para realização de procedimentos, principalmente para as Cirurgias Ortopédicas, Neurocirurgias e Cirurgias Vasculares.
UCO (Unidade Coronariana) - Especializada no tratamento de pacientes adultos com problemas cardíacos que correm alto risco e necessitam de cuidados intensivos com monitoramento 24h. Equipe sempre preparada para prestar a assistência especializada necessária a todos os pacientes durante procedimentos cardíacos ou nos seguintes eventos: Dor Torácica, Síndromes Coronarianas Agudas, Insuficiência Cardíaca Descompensada, Arritmia Instável, Síndrome Aórtica Aguda e Síndrome Pós-Parada Cardiorrespiratória.
Especialidades - Com o intuito de atender as mais variadas necessidades de seus pacientes, o HAS conta com equipes em, praticamente, todas as áreas, como Arritmologia, Bucomaxilo, Cardiologia, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Clínica Geral, Dermatologia, Endocrinologia, Fisioterapia, Gastroenterologia, Ginecologia, Hematologia, Infectologia ,Neurocirurgia, Neurologia, Nutrologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pneumologia, Proctologia, Psiquiatria, Urologia e Vascular..
Pensando sempre na comodidade de seus pacientes e tentando atender o maior número de pessoas que procuram o hospital, o HAS atende e trabalha com diversos convênios e planos de saúde.
O Hospital Albert Sabin também realiza exames laboratoriais, de imagens e cardiológicos, serviços de diagnose e terapia com o que há de mais moderno em termos de equipamentos e com qualidade profissional incomparável. Dentre esses serviços encontram-se a Anatomia Patológica, Broncoscopia, Colonoscopia, Doppler Transcraniano, Ecocardiograma, Ecodoppler, Eletrocardiograma, Endoscopia Digestiva Alta, Hemodinâmica, Prova de Função Pulmonar, Quimioterapia, Radiologia em Geral, Tomografia Computadorizada/Angiotomografia, Ultrassonografia e Ressonância Magnética/Angioressonância.
Impossível não se surpreender com a estrutura e a qualidade do Hospital Albert Sabin, adquiridos em 50 anos de trabalho árduo e abnegação pessoal de seus mantenedores e funcionários, visando sempre o bem-estar de seus pacientes, colaboradores e da população em geral que o procura. É realmente um centro médico completo e de excelência em todas as áreas que se propôs a atuar.
O hospital e seus profissionais atuam com protocolos de segurança e certificações internacionais para garantir processos seguros aos seus pacientes, acompanhantes e equipes. Vale ressaltar os esforços realizados pelo hospital na adoção de medidas de segurança, diante da pandemia de COVID-19, ao adotar entradas e instalações separadas para pacientes eletivos e a separação, no pronto socorro, de pessoas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus já na triagem.
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O ESTADO DE S.PAULO
'Todos precisam olhar mais para a saúde preventiva', diz CEO do Grupo Fleury
Futuro da assistência médica aponta para 'aumentar a integração de áreas', diz executiva Atuando em diferentes áreas do Grupo Fleury desde 2001 - e como presidente desde abril do ano passado -, Jeane Tsutsui vai lembrando os desafios enfrentados no dia a dia e conclui: "Sou apaixonada por gestão!". Cardiologista por formação, hoje à frente de uma equipe de peso que em plena pandemia cresceu 30%, ela detalha, nesta conversa com Cenários, sua vida comandando 3 mil médicos e mais de 13 mil funcionários.
No centro de tudo, adverte, está a valorização da medicina preventiva. "As pessoas precisam estar mais conscientes da importância da prevenção. Queremos cada vez mais uma saúde preventiva, integrada e híbrida." Isso pressupõe "pensar no todo, em um ecossistema de sustentabilidade para o setor de saúde", acrescenta a cardiologista, que se graduou na Medicina de Ribeirão Preto, passou pelo HC e Incor e no exterior participou de programas executivos em Harvard, MIT e Wharton.
Que ecossistema é esse? "Juntar competências complementares", explica. O que levou o Fleury, por exemplo, a fazer há pouco uma parceria com a Beneficência Portuguesa e com o Bradesco Saúde, num projeto de mais de R$ 670 milhões voltado a pacientes oncológicos. A seguir, os principais trechos da conversa.
O Fleury se juntou ao Bradesco e à Beneficência Portuguesa num projeto de saúde. Do que se trata?
A ideia é criar uma área de prestação de serviços para pacientes oncológicos. Ela vai cobrir desde prevenção, diagnóstico precoce e tratamento até o acompanhamento dos pacientes. Ao lado da BP e da Atlântica Hospitais, que é do grupo Bradesco Seguros, esse investimento chegará a R$ 678 milhões. Vamos construir clínicas oncológicas e 'câncer centers' em nível nacional.
Por que especificamente na área oncológica?
Nós sabemos que vem ocorrendo, no Brasil, um envelhecimento da população, o que aponta para uma demanda maior de cuidados com o câncer. Da parceria, surgirá uma joint venture para esse projeto. Além da medicina diagnóstica, fizemos uma aquisição na área de ortopedia, a Clínica Vita, que faz a parte de consultas e de fisioterapia. São mais de 40 médicos especialistas de diferentes áreas. E quanto à BP, ela tem um corpo clínico que produz muito conhecimento científico, assim como o Fleury.
Na área ortopédica, vocês compraram e decidiram apostar nisso sem ter uma parceria. Como vai ser?
O Fleury foi sempre muito ambulatorial. Temos mais de 290 unidades em 10 Estados, com forte foco no diagnóstico. E os pacientes já vêm percebendo o laboratório como uma área de acolhimento e excelência médica. No mercado da saúde, há esse olhar de oferecer ao cliente mais serviços. E a pandemia acelerou esse processo.
De que forma acelerou?
Em muitos casos, acelerar o processo é juntar competências complementares. A nova joint venture vem nesse sentido. Se três instituições já pensam em fazer isso isoladamente, por que não juntar forças? E nosso projeto continua se expandindo por meio de aquisições. Recentemente, adquirimos dois laboratórios no Espírito Santo e um em Pernambuco. Mas prefiro não falar de áreas específicas, e sim da estratégia. O que estamos construindo é um ecossistema com diversos serviços que atendam o cliente de diferentes formas, criando novos produtos, crescendo no atendimento móvel. No fim do ano, fizemos uma parceria de genômica com o Einstein e agora esta outra com a BP.
Acha que o 5G vai mudar muito o trabalho de vocês?
A meu ver, o 5G, a inteligência artificial já são uma realidade e têm trazido benefícios aos pacientes. Por exemplo, mecanismos de inteligência artificial fazem o filtro das tomografias e podem detectar se o paciente tem um tromboembolismo pulmonar, que é uma situação de risco de vida. Aí o médico pode puxar esse exame, fazer a interpretação e entrar em contato com o paciente.
Com todo esse tempo no Fleury, e agora como presidente, como você vê a saúde pública no Brasil?
Temos um sistema, o SUS, que é muito eficiente - e a prova disso foi o Programa Nacional de Imunização, que conseguiu vacinar 76% da população brasileira. O que falta, creio, é um sistema mais integrado. E as pessoas precisam estar mais conscientes da importância da prevenção. Queremos cada vez mais criar uma saúde preventiva integrada e híbrida, juntando ativos físicos e digitais.
E quanto ao Fleury como empresa? Como ele funcionou nestes dois anos?
Na pandemia, abrimos novas frentes de atuação. Fechamos 2021 com um crescimento de 30% e fizemos investimentos de mais de R$ 400 milhões em novos serviços. Neste ano, no primeiro trimestre crescemos 22%. O plano é abrir mais sete unidades de medicina diagnóstica e seis de ortopedia.
Tudo isso no Brasil, né? Nada lá fora.
Sim, ainda temos espaço pra crescer no País. Estamos em 10 Estados. Temos 13.500 colaboradores e 3 mil médicos conosco e uma universidade corporativa. Há espaço para crescer em ortopedia, infusões de medicamentos e clínica de reprodução humana.
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CMB
CMB e Frente Parlamentar conquistam derrubada de vetos que prejudicavam filantrópicos
Trabalho intenso da CMB e da Frente Parlamentar das Santas Casas, presidida pelo deputado federal Antonio Brito, resultaram na derrubada do veto 22/2022, por parte de deputados e senadores na noite de ontem (5), o qual agora garante os repasses financeiros às entidades prestadoras do Sistema Único de Saúde (SUS), dispensando-as do cumprimento das metas em razão da pandemia de Covid-19. A dispensa atingirá as metas quantitativas e qualitativas dos contratos até 30 de junho de 2022. O veto que havia sido feito pela Presidência da República impactava referia-se a projeto do senador José Serra (PSDB-SP), na forma de proposição de autoria do deputado Brito.
“Com imensa alegria recebemos essa notícia, que tanto ajuda nossas instituições, uma vez que traz enorme segurança jurídica para que as entidades possam pleitear os valores contratualizados com os gestores municipais e estaduais, independente do que conseguiram produzir”, fala o presidente da CMB, Mirocles Véras. “Essa conquista se deve a atuação incansável do deputado Antonio Brito, que não mediu esforços para que isso acontecesse. Nossa gratidão especial a ele, que sabemos que sempre podemos contar na defesa do nosso setor, assim como o senador José Serra, por seu reconhecimento e carinho com as nossas instituições. Nossos agradecimentos também aos parlamentares que compreenderam a importância da derrubada desse veto para a sobrevivência dos hospitais filantrópicos, que são a base do SUS”, completa.
Véras lembra que a luta por outros importantes pleitos continua. “A CMB celebra essa vitória, conquistada em conjunto com a Frente Parlamentar e seguimos, juntos, na busca por outras ações que fortaleçam o setor filantrópico de saúde, tão essencial no atendimento da população brasileira”, conclui Véras.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 05/07/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Apresentação de parecer sobre PEC do Piso da Enfermagem será feita nesta terça-feira
Gestores de hospitais filantrópicos se reúnem na Santa Casa de Goiânia para discutirem crise financeira
Privatização do Ipasgo recomendada pelo TCE-GO é negada pelo governo Caiado
Uso de cigarros eletrônicos saborizados despertam vícios em crianças, relata pesquisador
Tosse persistente após infecção por Covid é comum, avalia infectologista
Covid-19: Goiás notifica 3.380 novos casos e 8 mortes em 24 horas
ANS abre consulta pública para discutir cobertura obrigatória dos planos de saúde
AGÊNCIA CÂMARA
Apresentação de parecer sobre PEC do Piso da Enfermagem será feita nesta terça-feira
Conforme a relatora, deputada Carmen Zanotto, a proposta garante segurança jurídica ao projeto, já aprovado pelo Congresso, que prevê os novos pisos à categoria A relatora da comissão especial que analisa a proposta de emenda à Constituição do Piso da Enfermagem (PEC 11/22), deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), decidiu antecipar para esta terça-feira (5) a apresentação de seu parecer sobre a matéria. Inicialmente, a previsão era apresentar o texto na quarta-feira (6), quando se encerra o prazo de dez sessões para emendas à proposta. A reunião está marcada para as 10 horas. Na última quarta-feira (29), a relatora fez um apelo aos demais parlamentares para que não haja pedidos de vista a fim de que a PEC possa ser votada no mesmo dia da apresentação do parecer, durante a reunião da comissão.
Ela reforçou que o objetivo da PEC 11/22, da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), é garantir segurança jurídica ao Projeto de Lei 2564/20, que prevê os novos pisos para os profissionais de enfermagem. O projeto já foi aprovado pelas duas casas do Congresso e ainda aguarda o envio à sanção presidencial. "A PEC não é porque a matéria [projeto de lei] é inconstitucional, é para dar mais robustez e segurança jurídica ao texto já aprovado", pontua a relatora. "Tudo o que a enfermagem não precisa e não merece é ter o processo do seu piso questionado na Justiça, ou uma parte da enfermagem ser atendida e a outra parte o presidente da República ser orientado a vetar por questões jurídicas", acrescenta a relatora.
Já aprovada pelo Senado, a PEC determina que lei federal instituirá pisos salariais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira. O objetivo é evitar que os novos pisos acabem sendo questionados na Justiça com o argumento de "vício de iniciativa". Segundo a Constituição Federal, projetos de lei sobre aumento da remuneração de servidores públicos só podem ser propostos pelo presidente da República, mas o Projeto de Lei 2564/20 é de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o que abriria margem para veto ao novo piso para profissionais do setor público. De acordo com o projeto, o piso salarial de enfermeiros passará a ser de R$ 4.750,00; o de técnicos de enfermagem, R$ 3.325,00; e o de auxiliares e de parteiras, R$ 2.375,00.
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DIÁRIO DE GOIÁS
Gestores de hospitais filantrópicos se reúnem na Santa Casa de Goiânia para discutirem crise financeira
O encontro contará com a presença de diretores da Confederação Brasileira das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB)
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia será o local para reunião entre representantes de hospitais filantrópicos goianos com diretores da Confederação Brasileira das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), nesta terça-feira (5) para discutirem a recriação da Federação Goiana de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, e o atual cenário da rede de saúde que enfrenta uma das piores crises de sua história.
As Santas Casas de todo país vem passando por crise financeira. No dia 19 de abril deste ano, as entidades fizeram um protesto a nível nacional, com um dia de paralisação dos atendimentos eletivos com foco de chamar atenção da sociedade e dos gestores de saúde, sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor, colocando o atendimento em ameaça o atendimento à população.
Santa Casa de Goiânia recorre a empréstimo bancário
Com 85 anos de fundação, completados em 2021, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que é o maior hospital da rede do SUS do Centro-Oeste, tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas mensais.
De acordo com a superintendente Geral do hospital, Irani Ribeiro de Moura, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10,00 por uma consulta médica. “A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, ressalta.
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos – teve produto cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
Segundo Irani Ribeiro de Moura, o hospital está sendo prejudicado por um problema que não é da instituição. “Estamos trabalhando além da nossa capacidade, estamos co-financiando o SUS e isso é uma inversão de valores”, alerta, enfatizando que se não houver políticas imediatas e consistentes e investimentos dos Governos Federal, Estaduais e Municipais nos hospitais filantrópicos, eles dificilmente vão sobreviver, deixando milhões de brasileiros sem assistência.
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Privatização do Ipasgo recomendada pelo TCE-GO é negada pelo governo Caiado
Segundo análise do conselheiro relator, Celmar Rech, os recursos oriundos da receita do órgão não devem compor a Receita Corrente Líquida (RCL)
Em seu parecer prévio das contas anuais do governador, referente a 2021, o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) determinou a adoção de “providências para que, até o final de 2023, seja efetivada a conversão do Ipasgo [Instituto de Assistência aos Servidores Públicos do Estado de Goiás] em pessoa jurídica de direito privado”.
Pelas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) já se manifestou sobre o assunto: “Nosso governo jamais levantou qualquer hipótese de privatização do Ipasgo. Muito pelo contrário: repassamos os recursos do Instituto rigorosamente em dia”.
Como alternativa às providências para converter o Ipasgo em pessoa jurídica de direito privado, o governo pode promover “medida com potencial equivalente para resolução dos problemas” apontados na análise do conselheiro relator, Celmar Rech.
De acordo com ele, os recursos oriundos da receita do Ipasgo não devem compor a Receita Corrente Líquida (RCL). “No exercício de 2021, esses valores somaram R$ 1,817 bilhão, o que representa 5,76% da RCL do período.”
“A manutenção da atual natureza jurídica do Ipasgo também prejudica a transparência social e a inteligibilidade sobre os gastos estaduais com a função saúde pública, como dito alhures, pelo fato de que seus dispêndios, de caráter não universal, são direcionados a um público específico, os usuários do plano de saúde, e não com a saúde da sociedade em geral”, afirma o relator, que recomenda a transformação do órgão “em uma fundação ou outra instituição privada sem fins lucrativos”.
Em nota enviada ao Diário de Goiás, a assessoria de imprensa do TCE-GO esclareceu que “a determinação do Tribunal não envolve privatização do Ipasgo”.
“As pessoas jurídicas de direito privado podem ser estatais, a exemplo das fundações e empresas públicas. A Saneago, por exemplo, é uma empresa pública. A determinação do TCE trata apenas da autonomia da entidade, que por possuir suas próprias fontes de recurso, deverá sair da orçamento do Poder Executivo”, conclui.
À reportagem, a assessoria de imprensa do Ipasgo disse apenas que “não há nenhum estudo referente à privatização do Ipasgo e não é intenção do Governo privatizar o Instituto”.
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O HOJE
Uso de cigarros eletrônicos saborizados despertam vícios em crianças, relata pesquisador
O bioquímico norte-americano e ex -executivo de uma empresa de cigarros, Jeffrey Wigand, de 79 anos, concedeu uma entrevista ao UOL e conversou a respeito do uso de cigarros eletrônicos. O pesquisador relatou o uso desses cigarros, especialmente os saborizados, tem como objetivo de viciar milhões de pessoas e desde cedo, as crianças.
Wigand explica que nos Estados Unidos, o vício infantil em nicotina já virou realidade. Ele ainda faz um apelo as autoridades que façam algo a respeito sobre a situação e invistam em soluções baseadas em pesquisas científicas.
No Brasil, A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) afirmou que cigarros eletrônicos são acessíveis tanto para crianças quanto a adolescentes. Nos Estados Unidos, o “evali” (doença pulmonar relacionada ao uso do cigarro eletrônico) foi detectada entre diversos jovens.
Nesta quarta-feira (6/7), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá realizar uma sessão para debater a respeito da proibição atual do uso de cigarros eletrônicos.
“Os cigarros eletrônicos são a grande invenção para as empresas de tabaco porque eles podem começar com crianças, e graduá-los para o seu produto principal, que é o que tem combustão os cigarros tradicionais. A não ser que encontremos uma maneira de parar esse tipo de aumento para as indústrias de tabaco, continuaremos a ver vidas perdidas”, explica o pesquisador.
De acordo com Jeffrey, não há um número exato de crianças viciadas em cigarros eletrônicos, porém, a maioria está no ensino médio ou fundamental e todas têm acesso aos cigarros eletrônicos ou formas de cigarros eletrônicos, como o Juul (conhecido como ‘vape’ no Brasil).
“Cigarros entregam nicotina e cigarros eletrônicos, que entregam nicotina com sabor, como manga, menta, são muito atrativos para crianças. Nós sabemos que o Juul é altamente bem-sucedido em escolas. Quando uma criança se torna viciada tão cedo, não há apenas um vício, mas também mudanças na química do seu cérebro. E é por isso que é tão perigoso”, informou.
Para uma criança ter acesso a um cigarro eletrônico, é prático. Elas podem ter o contato de alguém maior de 18 anos, compram ou simplesmente pegam escondido (da irmã, irmão, amigos, pai, mãe e etc).
“O cigarro eletrônico é mais ou menos do tamanho do meu dedo. É facilmente Escondido na minha mão. Você não precisa de fósforos, de isqueiros, não existem cinzas. E você pode mudar o “pod” (espécie de acessório, em alguns casos, em forma de painel). O ‘pod’ de sabores de nicotina. Crianças jovens gostam do sabor do cigarro eletrônico. Menta, manga, morango”, alerta.
Além disso, o pesquisador que inspirou o filme “O Informante” de Michael Mann, expressou que as empresas são ardilosas em relação ao marketing e estratégia, pois a indústria dizem que “ajudam as pessoas a pararem de fumar”, porém não existe provas concretas que a nicotina de um cigarro eletrônico apresenta recursos parar facilitar o abandono do tabagismo.
“Eles fazem marketing para as crianças, destinam seu produto para crianças, e as crianças se tornam viciadas. Mesmo as de sete anos de idade. Como se livrar desse vício? É usar outro cigarro eletrônico? Eu não sei. É usar um produto com combustão? É onde eles irão. Mas, uma vez que o vício está aqui, elas precisam alimentá-lo”, opinou.
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Tosse persistente após infecção por Covid é comum, avalia infectologista
Por: Maria Paula Borges
Durante a infecção pela Covid-19, é comum que os pacientes tenham febre, tosse, coriza, dor no corpo, e diversos outros sintomas. Entretanto, mesmo após a infecção é possível que essas manifestações permaneçam mesmo após o período de infecção pelo vírus, as chamadas sequelas, que podem incomodar durante alguns meses. A tosse, em específico, pode persistir por semanas ou meses, e cerca de 2,5% das pessoas permanecem tossindo um ano após serem infectadas, de acordo com informações da BBC Brasil.
Caso persista, o sintoma pode prejudicar a capacidade de socialização do paciente, uma vez que a tosse é uma das manifestações do vírus, portanto, caso a tenha, é recomendado que evite contato com outras pessoas.
Conforme as informações, o vírus afeta o trato respiratório, passagens nasais e até mesmo os pulmões, e a tosse é um mecanismo que o corpo adota para se livrar de substâncias “estranhas”, como vírus, poeira e muco. Mas, apesar de ser uma ferramenta de defesa, é uma das maneiras que a covid se espalha e contamina.
O infectologista Marcelo Daher explica que a tosse em qualquer quadro respiratório normalmente é o último sintoma que melhora. “A gente observa a tosse por um período maior na covid, principalmente naqueles quadros mais graves, como a gente observou no princípio. A gente via um quadro muito mais persistente, uma tosse irritativa e intensa, com necessidade de fazer uso de antitussígeno”.
Além disso, o infectologista ressalta que, atualmente, o sintoma não tem tido tanta permanência quanto no início. “A gente não tem visto tanta permanência da tosse assim, mas normalmente em um quadro respiratório, na gripe, a gente costuma ver. Ressalto que, em qualquer quadro respiratório, é comum o sintoma”, afirma.
Assim como a tosse, a inflamação também é um processo defensivo que o sistema imunológico utiliza para combater qualquer vírus, inclusive a covid. Com isso, os tecidos inflamados incham, produzindo um líquido, o que pode durar até mesmo após a infecção. A irritação, segundo especialistas, tende a ser amenizada com o tempo, podendo desaparecer em dois ou três meses.
De acordo com Daher, é comum que os médicos utilizem medicamentos, mas sempre tentando usar a menor quantidade de “antitussígeno”, uma classe de medicamentos voltados à terapia farmacológica da tosse que visa promover o alívio do sintoma. O infectologista sugere algumas alternativas naturais e até mesmo comportamentais. “Tomar um chá com mel, evitar água gelada, falar menos, são estratégias que ajudam a reduzir a tosse e melhorar a rouquidão”, aconselha.
Entretanto, Daher alerta que, caso a tosse persistir por muito tempo e esteja muito irritativa, é recomendado que o paciente procure um médico. “É importante que, nesse caso, o paciente procure um pneumologista, um médico para avaliá-lo, porque se a tosse está te incomodando muito, é importante a avaliação médica para saber o que está acontecendo. Às vezes não é só tosse, pode ser uma complicação pós-covid. Então a consulta evita que tenham maiores complicações”.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás notifica 3.380 novos casos e 8 mortes em 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - O Estado de Goiás notificou 3.380 novos casos de covid-19 e 8 mortes provocadas pela doença em 24 horas, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (4/7) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano soma 1.518.014 infecções e 26.943 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Além disso, são investigados outros 834.934 casos e 228 mortes para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,77%.
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O GLOBO
ANS abre consulta pública para discutir cobertura obrigatória dos planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu uma consulta pública para discutir a cobertura obrigatória dos planos de saúde.
De acordo com a decisão da diretoria da ANS publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União, a consulta pública ficará aberta por 20 dias, até 24 de julho.
Durante o período poderão ser encaminhadas "críticas e sugestões relativas à proposta de Resolução Normativa que atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que estabelece a cobertura assistencial obrigatória a ser garantida nos planos privados de assistência à saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999".
As sugestões poderão ser encaminhados, por meio do endereço eletrônico https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/consultas-publicas.
A consulta pública é uma etapa a ser cumprida antes de medidas entrarem em vigor.
Segundo a ANS, a proposta de Resolução Normativa bem como todos os documentos estarão disponíveis na íntegra durante o período de consulta na página da ANS, em "Acesso à informação", no item "Participação da Sociedade", no subitem "Consultas Públicas".
No início de junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) alterou o entendimento sobre o rol de procedimentos listados pela ANS para a cobertura dos planos de saúde.
Antes, a lista da ANS era considerada exemplificativa pela maior parte do Judiciário. Isso significa que pacientes que tivessem negados procedimentos, exames, cirurgias e medicamentos que não constassem na lista poderiam recorrer à Justiça e conseguir essa cobertura. Isso porque o rol era considerado o mínimo que o plano deveria oferecer.
Os planos, assim, deveriam cobrir outros tratamentos que não estão no rol, mas que tenham sido prescritos pelo médico, tenham justificativa e não sejam experimentais.
Com o novo entendimento, a lista contém tudo o que os planos são obrigados a pagar: se não está no rol, não tem cobertura, e as operadoras não são obrigadas a bancar.
A decisão do STJ não obriga as demais instâncias a terem que seguir esse entendimento, mas o julgamento serve de orientação para a Justiça. Mas há, ainda, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) em tramitação no Supremo Tribunal Federal que pode mudar o entendimento do STJ.
Como fazer a consulta do rol de cobertura
Veja, abaixo, o passo a passo para consultar a lista de procedimentos que devem ser cobertos pelos planos de saúde:
Há exceções?
O entendimento do STJ é de que a lista, embora taxativa, admita algumas exceções, como terapias recomendadas expressamente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), tratamentos para câncer e medicações "off-label" (usadas com prescrição médica para tratamentos que não constam na bula daquela medicação).
Se não houver um substituto terapêutico ou depois que os procedimento incluídos na lista da ANS forem esgotados, pode haver cobertura de tratamento fora do rol, indicado pelo médico ou odontólogo assistente.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 02 A 04/07/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hapvida e Intermédica: o que aconteceu com a fusão prevista em R$ 100 bi?
Casos de varíola dos macacos chegam a 76 em todo o país
Covid-19: Goiás registra 2.425 novos casos nas últimas 24 horas
Após 10 anos, socorrista se emociona ao reencontrar menina que ajudou a resgatar de afogamento: ‘Nunca esqueci’
Goiás registra mais de 400 casos de hepatite em 2022
Robôs brasileiros usam raios ultravioleta para desinfetar ambientes
Ausência de planos contra incêndios lança alerta para condições de segurança em hospitais de BH
Descoberta de cardiopatias em bebês ainda na barriga das mães evita mortes
Novo exame é mais eficaz que a mamografia na detecção de câncer
EXAME
Hapvida e Intermédica: o que aconteceu com a fusão prevista em R$ 100 bi?
Quando a Hapvida (HAPV3) estreou na bolsa de valores em 2018, a ação rapidamente se tornou uma das queridinhas de gestores e analistas. O motivo estava no modelo de negócios: a Hapvida é uma operadora de saúde verticalizada com negócios em toda a cadeia de produção, desde o plano de saúde até uma rede própria de atendimento aos beneficiários. Oferecendo os serviços "dentro de casa", a empresa se torna mais lucrativa e, aos olhos dos investidores, mais atrativa.
A Hapvida mostrou crescimento forte impulsionado por aquisições que aumentaram o negócio. Até janeiro de 2021, data da máxima histórica da ação, o papel registrava avanço de quase 220% em comparação ao IPO. Dois meses depois desse pico, foi anunciada a fusão da empresa com a Intermédica, movimento que coroava o processo de expansão, criando uma gigante do mercado de saúde.
A complementariedade era clara. Enquanto a Hapvida era forte no Nordeste, a Intermédica atuava no Sudeste. A combinação das duas trazia a possibilidade da criação de um plano de saúde nacional - ápice de negócios no mercado de operadoras de saúde.
Os cálculos iniciais apontavam que o novo negócio valeria em torno de R$ 100 bilhões, número que encheu os olhos dos investidores. Pouco mais de um ano depois, a empresa combinada vale R$ 37 bilhões.
Desafio nas sinergias
Em uma fusão tão grande quanto a de Hapvida e Intermédica, uma das maiores expectativas do mercado é a chamada "sinergia de custos". A união das empresas permite cortes em áreas duplicadas, como área de relação com investidores ou mesmo da própria administração. Mas não foi o que aconteceu nesse caso - ao menos não da forma que o mercado esperava.
"O primeiro benefício de uma fusão deste porte é o corte de pessoal, mas a companhia manteve muito da estrutura das duas empresas. Isso acarreta em despesas com salário, time, retenção. Impacta a sinergia de custos, tanto que os resultados desde a fusão foram muito prejudicados", diz um gestor que prefere não se identificar.
A companhia apresentou os números da Intermédica apenas para os meses de fevereiro e março, a partir da integração das empresas. A falta de dados para janeiro prejudicou a base de comparação, aumentando a desconfiança com os potenciais ganhos da combinação de negócios.
Cenário macro difícil
Com a sinergia de custos prejudicada, a responsabilidade de alavancar a fusão fica com os potenciais ganhos de receita. E ela, por sua vez, tem sido derrubada pelo cenário macroeconômico que tem afetado não só a Hapvida, mas todo o setor de saúde.
Os primeiros sinais do contratempo para o setor, antes mesmo do anúncio da união, apareceram em 2020, um ano de despesas médicas (sinistralidade) muito baixo na indústria. Com o isolamento, os clientes preferiram postergar procedimentos eletivos, como cirurgias não urgentes e exames, o que diminuiu os custos das operadoras. No ano seguinte, no entanto, a demanda represada se uniu à alta de internações causadas pela Covid e fez disparar a sinistralidade dos planos de saúde.
As despesas médicas do setor privado subiram 24% em 2021 quando comparadas ao ano anterior, segundo cálculos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os custos foram ainda 19% acima dos níveis pré-pandêmicos de 2019.
E para este ano, o obstáculo ainda permanece. A sinistralidade da Hapvida atingiu 72,9% no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 11,8 pontos na comparação anual.
A pandemia também foi responsável pela quebra na cadeia de suprimentos médicos, que encareceu os preços e afetou a indústria. O saldo geral da crise é um movimento de alta inflacionária em todo o mundo, que encarece os produtos, eleva os juros e tira o poder de compra da população.
"O negócio da Hapvida depende da contratação do serviço por parte das famílias, então está completamente associado ao momento macroeconômico. A situação se complica ainda mais considerando que a maioria dos beneficiários da empresa são de baixa renda, população mais afetada pela deterioração da economia", afirma a dupla de analistas do setor de saúde da Guide Investimentos, Luis Assis e Guilherme Viana.
Crescimento orgânico é chave
Outro desafio da Hapvida é a aquisição e manutenção de clientes. Nos primeiros três meses do ano, a companhia perdeu 64 mil vidas, o equivalente a 0,7% da base.
"Tanto Hapvida quanto Intermédica cresceram ao longo dos anos impulsionadas por aquisições. Agora, no entanto, sem outro grande player para adquirir, esse movimento acabou. E torna a empresa muito mais dependente do crescimento orgânico", argumentam Lucas Ribeiro, head de renda variável da Kinitro, e Marcelo Ornelas, gestor de ações da mesma gestora.
A dupla acredita que a nova empresa ainda está em processo de acerto das operações das últimas compras. "Hapvida tem crescido abaixo da indústria organicamente porque ainda está se organizando. É um processo que não permite visualizar crescimento no curto e médio prazo. Além disso, crescer de forma orgânica é bem mais difícil", defendem.
O que esperar de Hapvida (HAPV3) daqui para frente?
Se depois da tempestade vem a bonança, o mercado espera que o momento desafiador para a Hapvida termine com a recuperação dos papéis e do modelo de negócios da Hapvida no longo prazo. "Investimos no IPO e mantivemos posição em Hapvida até a fusão. Vendemos porque consideramos que o papel subiu demais na época e não voltamos a investir desde então. Mas a tese é positiva e segue intacta", argumenta um gestor que preferiu não se identificar.
As ações da empresa são negociadas na casa dos R$ 5,20, valor 70% menor que a máxima alcançada na casa dos R$ 17.
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de varíola dos macacos chegam a 76 em todo o país
O Ministério da Saúde informou neste domingo (3/7) que, até o momento, 76 casos de varíola dos macacos (monkeypox) foram confirmados em todo o país. Desse total, foram registrados um caso no Distrito Federal, um no Rio Grande do Norte, dois em Minas Gerais, dois no Rio Grande do Sul, dois no Ceará, 16 no Rio de Janeiro e 52 em São Paulo.
“A pasta, por meio da Sala de Situação e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes”, disse o ministério.
Rio de Janeiro
Também em nota, a Secretaria de Saúde do Rio relatou que até a última sexta-feira (1º), haviam sido notificados no estado 39 casos suspeitos da doença, dos quais 13 foram confirmados, sendo nove pacientes no município do Rio, incluindo o caso que veio para a capital, procedente de Londres, Inglaterra.
Os demais estão assim distribuídos: um em Maricá, na Região dos Lagos; um em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; um em Queimados, também na Baixada e residente em Portugal; e um em Niterói, na região metropolitana do Rio, procedente da Inglaterra. Mais seis casos permanecem em investigação e 20 foram descartados.
A diferença entre o total relatado pela secretaria e pelo Ministério da Saúde pode ser explicada, segundo a assessoria do órgão estadual, pela não confirmação de casos ainda pela área técnica. “Os casos confirmados e suspeitos são monitorados diariamente pela secretarias estaduais e pelas equipes de Vigilância em Saúde dos municípios”, informou.
A secretaria ressaltou que embora a doença tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animais.
Como é considerado um caso suspeito?
Até o fim do mês de julho, a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO) informou a existência de quatro casos suspeitos de varíola dos macacos (Monkeypox) no estado. Segundo a SES-GO, são considerados os seguintes critérios para definição de um caso suspeito:
Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda (lesões na pele como feridas, caroços e bolhas), única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia (inchaço nos linfonodos do pescoço) ou relato de febre.
Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas, ou vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico, ou país com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
Histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.
Os casos que apresentam os critérios de definição são caracterizados como suspeitos. A partir de então, é desencadeado o processo de investigação por meio de exames laboratoriais para confirmar ou descartar a doença. O processo de investigação também contempla a busca ativa de contatos e o isolamento do paciente.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 2.425 novos casos nas últimas 24 horas
Goiânia - Goiás notificou 2.425 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado, neste domingo (3/7), pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Não foi registrada nenhuma morte neste período. O Estado acumula 1.514.634 casos da doença confirmados e 833.045 suspeitos.
Desde o começo da pandemia, foram registradas 26.935 mortes pela covid-19 em território goiano. Ainda existem 226 óbitos suspeitos, que estão em investigação. A letalidade do vírus é de 1,78%.
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PORTAL G1
Após 10 anos, socorrista se emociona ao reencontrar menina que ajudou a resgatar de afogamento: ‘Nunca esqueci’
Andressa Morais se afogou na piscina de um berçário em Goiânia. Isaque Sousa Faleiro, de 2 anos, também se afogou, mas não sobreviveu.
Por Michel Gomes, Guilherme Rodrigues e Giovanna Dourado, g1 Goiás e TV Anhanguera
10 anos depois de participar do resgate de uma bebê, o socorrista Marco Antônio se emocionou ao reencontrá-la. A pequena Andressa Morais, agora com 11 anos, se afogou na piscina de um berçário em Goiânia e chegou a ficar internada.
“Nossa, que moça, meu Deus do Céu! Passamos tudo isso aí, essa pandemia... A gente não sabia se reencontrava os amigos e as pessoas, mas nunca a esqueci”, disse Marco.
O afogamento aconteceu no dia 2 de julho de 2012, no Setor Serrinha. Além de Andressa, Isaque Sousa Faleiro, de 2 anos, também se afogou. O menino ficou em coma por 51 dias, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu.
À TV Anhanguera, Andressa contou que já assistiu reportagens sobre o caso dela. Com o semblante sereno, a menina não poupou elogios à equipe que a resgatou e se considera como um milagre.
“Eu cresci e aprendi muita coisa com essa história. Se eu consegui sobreviver à aquilo, eu sei que eu sou muito mais forte. Eu tenho certeza que Deus tem um propósito para mim através desse acidente, ainda não descobri o que, mas tem”, falou Andressa.
Emocionado, o socorrista ainda leu uma cartinha que Andressa escreveu para ele. A menina agradeceu Marco e toda a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) (leia abaixo).
“Oi, lembra de mim? Não? Vou te ajudar a lembrar. Meu nome é Andressa Moraes Vieira, eu escrevi essa carta para você, Marco Antônio, para te agradecer por um dia ter ajudado a salvar minha vida. Eu sou muito grata a todos do Samu, os médicos, os bombeiros, e principalmente Deus. Hoje, graças a todos vocês, o dia 02/07 é o meu segundo aniversário. Que Deus abençoe a todos vocês, obrigado!”, escreveu a menina.
O reencontro do socorrista e de Andressa foi acompanhado dos pais da menina, que agradeceram ao profissional e relembraram a recuperação da filha.
“Durante a madrugada, ela pegou o tubo que ela estava entubada e puxou. O pessoal correu lá para ver o que que estava acontecendo, e ela estava respirando sozinha”, relembrou o pai, Fabrício Martins.
A família comemora também que Andressa não teve sequelas do afogamento e da internação. Na pele, ela carrega apenas uma marca no braço, por onde ela recebia os remédios.
“Às vezes, hoje era para Andressa não poder falar, ter alguma sequela, não andar... E no dia que ela ganhou alta, ela ‘danou’ a correr no corredor, e correu que ninguém segurava. Hoje, está, graças a Deu, sem nenhuma sequela”, disse a mãe, Polliana Morais, com um sorriso no rosto.
Relembre o caso
O acidente aconteceu em um berçário que funcionava numa casa no Setor Serrinha. Os donos do berçário, um filho e uma monitora foram indiciados por homicídio culposo pela morte do Isaque.
A perícia feita no local confirmou que o portão dos fundos da casa estava aberto. Andressa foi resgatada, primeiro, pelos funcionários da creche.
De acordo com a polícia, Isaque ficou quase 15 minutos debaixo d'água e morreu após ficar internado por 51 dias.
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O HOJE
Goiás registra mais de 400 casos de hepatite em 2022
Hepatite viral é inflamação no fígado causada por alguns tipos de vírus no fígado, os principais vírus que acometem o Brasil são os vírus tipo a tipo B tipo é tipo C, existem também os tipos D e E que não são mais tão comuns no Brasil conforme afirma a médica do serviço de gastrocirurgia, Mirela Medeiros Monteiro Marta.
O mês de junho é voltado para a conscientização dessa doença, por isso existe o julho amarelo. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, em Goiás no ano de 2020 foram registrados 455 casos de hepatite B e 210 da C. Em 2021 foram 910 casos do tipo A e 507 do B. Já em 2022 o total – até o mês de junho – 223 casos da B e 182 de hepatite C. O mês que mais registrou casos foi em janeiro com 45 casos de hepatite B e marco com 48 casos da B.
Na grande Goiânia em 2020 foram registrados 90 pessoas com o vírus da Hepatite B detectado e 76 da Hepatite C. No ano de 2021 356 da Hepatite B e 238 da Hepatite C. Somente neste ano de 2022 95 Hepatite B e 115 da Hepatite C.
Para conter os casos da doença no estado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informou que são tomadas medidas de prevenção, principalmente voltadas para a Hepatite B. A pasta afirma que a principal medida de prevenção da doença está disponível para a população em geral nas Unidades de Saúde.
É informado ainda que a imunização para a hepatite B é realizada em três doses, com intervalo recomendado de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Também é recomendada para todas as pessoas sem restrição de idade.
O calendário infantil do Ministério da Saúde recomenda a 1ª dose da vacina da hepatite B (ao nascer) e 3 doses da pentavalente bacteriana (aos 2, 4 e 6 meses de idade) segundo a secretaria estadual afirma.
Outra medida indispensável para conter a doença, de acordo com a SES, é fazer o pré-natal com testagem para hepatite B no 1º trimestre e no 3º trimestre de gestação. Para os recém nascidos de mães com hepatite B é importante receber a 1ª dose da vacina contra o vírus da hepatite B e imunoglobulina contra a hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida.
As medidas de prevenção comuns às Hepatites B e C são o uso de preservativos masculinos ou femininos; Evitar compartilhamento de objetos pessoais: lâminas de barbear e depilar, escovas de dentes, alicates de unha e outros; Evitar compartilhamento de instrumentos de drogadição; Frequentar locais (consultórios e clínicas médicas e dentárias, estúdios de tatuagem e colocação de piercings, salões de beleza, entre outros) que seguem as normas de biossegurança da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Já a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia comentou por meio de nota as Américas que são tomadas a respeito como a estruturação do Plano de Micro Eliminação da Hepatite C, reunião de sensibilização e solicitação de apoio das áreas de Vigilância Epidemiológica e Atenção à Saúde Estaduais para construção do Plano Municipal de Micro Eliminação da Hepatite C, mapeamento das Clínicas de Diálise do município de Goiânia para parcerias e ações de micro eliminação da Hepatite C entre usuários destes serviços.
Também a secretaria afirma que é realizada a sensibilização das áreas gerenciais da Atenção à Saúde de Goiânia para construção e pactuação do Plano de micro eliminação da Hepatite C , diagnóstico situacional de serviços de saúde como Hospitais, Bancos de sangue, laboratórios quanto a necessidade de Padronização de fluxo de informações e reporte adequado de casos identificados, o que gerou a demanda de Elaboração ( ainda não concluída) de Notas informativas a cada um dos serviços supracitados.
Além disso é realizada reunião com Ministério da Saúde para esclarecimentos e orientações sobre o processo de elaboração do Plano Municipal de Micro Eliminação da Hepatite C em Goiânia, ampliação da oferta de testagem para unidades de APS com Capacitação de profissionais da Atenção Primária em testes rápidos para hepatites virais com apresentação do fluxo de notificação e encaminhamento de casos para tratamento e já é desenvolvido o projeto piloto de testagem para Hepatite C da população prioritária Profissionais de Saúde da UPA Novo Mundo e SVO.
Uma doença silenciosa
O vírus se instala no fígado e fica inflamado o órgão ao longo do tempo. O que causa Hepatite viral na maioria das vezes é essa inflamação, ela passa por um período silencioso ou seja o indivíduo não sente nada ou pode sentir também alguns sintomas bem inespecíficos que às vezes até confunde com a virose em geral conforme exemplifica Mirela Medeiros. “Os sintomas mais específicos da Hepatite são icterícia – olho amarelo a pele mais amarelada – , o xixi fica mais escuro as fezes ficam mais claras, dor abdominal, o fígado pode aumentar um pouco de tamanho esses são sintomas mais específicos, mas no geral é silenciosa”.
A especialista afirma que na Hepatite A que o paciente se contamina e tem grande chance do próprio organismo eliminar o vírus. No entanto, com a Hepatite B e a Hepatite C é um pouco diferente, quando o paciente se contamina com o vírus da Hepatite B ele tem de 85% a 90% de chance de eliminar o vírus do organismo. Na Hepatite B aguda é quando ele pode apresentar sintomas ou não mais uma vez ele pode ser assim automático mas o organismo pode ficar por seis meses tentando colocar aquele vírus para fora e se passar esse período e o organismo não conseguir colocar o vírus para fora a hepatite deixa de ser aguda e se torna crônica. Com isso o paciente passa o resto da vida com a doença e aumenta a chance do paciente evoluir para uma cirrose no fígado ou para um câncer de fígado. Por isso é importante sempre fazer acompanhamento conforme destaca a especialista.
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PORTAL MSN
Robôs brasileiros usam raios ultravioleta para desinfetar ambientes
A emergência sanitária provocada pela covid-19 acelerou o desenvolvimento de dispositivos robóticos projetados para desinfetar ambientes e mantê-los livres do novo coronavírus e de outros vírus, fungos e bactérias. No Brasil, a empresa gaúcha Instor Projetos e Robótica, de Porto Alegre, e a startup pernambucana e.Aí Tecnologias Inteligentes, do Recife, investiram nos últimos anos na criação de robôs com essa finalidade. Os aparelhos, criados em parceria com universidades, utilizam recursos de inteligência artificial (IA) e radiação ultravioleta para desinfecção. Já em operação no mercado, os modelos podem ser usados não apenas em hospitais, mas também em salas de aula, escritórios, lojas, academias, entre outros ambientes.
"Vários estudos científicos já mostraram que a radiação ultravioleta do tipo C [UVC] tem forte efeito germicida. Ela destrói o ácido nucleico de vírus e bactérias, perturbando seu DNA ou RNA e deixando-os incapazes de se replicarem e infectarem o organismo", explica o engenheiro eletrônico Miguel Ignácio Serrano, diretor da Instor e um dos líderes do projeto Jaci.
A primeira versão do robô gaúcho, desenvolvida a partir de abril de 2020 com recursos da empresa, ainda não era autônoma e precisava ser posicionada em diferentes lugares do ambiente, sucessivamente, até que todo o recinto recebesse a luz UVC. Uma versão teleguiada, controlada remotamente, foi projetada em seguida. "Como a exposição à luz UVC é prejudicial à saúde humana, o local tem que estar livre de pessoas quando o robô estiver em ação. Por isso, vimos a necessidade de tornar a operação autônoma", recorda-se Serrano.
Parceria
Foi então que surgiu a ideia de fazer uma parceria com o Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde Serrano havia concluído o mestrado. Pesquisadores da unidade ficaram responsáveis pela criação de um método que permitisse ao robô explorar autonomamente o ambiente, irradiando raios UVC na dosagem necessária para desinfetar o ar, as paredes e as superfícies. A nova versão ficou pronta em outubro de 2021.
Para navegar em um ambiente desconhecido, a equipe recorreu a técnicas de robótica móvel. "O mapa do ambiente é construído por um algoritmo que recebe informações de um sensor a laser [detecção de luz e medida de distância] 2D e de três câmeras convencionais", explica a cientista da computação Mariana Kolberg, coordenadora do projeto pela UFRGS e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (Ieee), entidade internacional dedicada ao avanço da tecnologia em prol da humanidade. "O tem uma cobertura de 180 graus e as câmeras complementam o campo de visão do Jaci, detectando obstáculos em diferentes alturas que estão fora do alcance do ."
O sistema também elabora um mapa indicando a dose UVC dispensada em cada parte do ambiente. "Com o mapa é possível definir pontos com baixa irradiação. O Jaci retorna a esses locais e complementa o trabalho lançando uma névoa ozonizada, que também inativa vírus e bactérias. Todo o processo é realizado sem interferência humana", destaca Kolberg. "Antes da pandemia, existiam outras iniciativas de robôs autônomos para desinfecção no mundo. O Jaci se destaca por combinar luz UVC e névoa ozonizada." Uma patente internacional foi solicitada e está em avaliação.
O desenvolvimento do robô envolveu outras universidades. A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a Unisinos, ambas em Porto Alegre, mostraram os efeitos antimicrobianos da névoa de ozônio, enquanto a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) validou a eficiência da luz UVC contra vírus. Coube à UFRGS comprovar a eficácia dos raios ultravioleta contra bactérias.
Uso em hospitais
Oito meses depois de ficar pronto, o robô está em uso no Grupo Hospitalar Conceição, no Hospital da Unimed e no Hospital São Lucas, da PUC-RS, todos em Porto Alegre, e no paulistano Premier Hospital. Em junho, após a conclusão desta reportagem, o Jaci estava programado para começar a operar no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
"Estamos sempre em busca de novas tecnologias que promovam a segurança dos pacientes, o aprimoramento de processos de controle de infecção hospitalar e a redução da sobrecarga de trabalho sobre os profissionais", afirma Guilherme Rabello, gerente comercial do Núcleo de Inovação do InCor. "O robô Jaci preenche esses requisitos e pode ser um auxílio para nosso ambiente assistencial mais seguro, reduzindo custos e o tempo de limpeza manual e aumentando a segurança dos profissionais envolvidos."
A Instor, que há 14 anos desenvolve robôs para os setores de óleo, gás e mineração, também oferece a possibilidade de locação dos robôs.
Com 80 centímetros de altura, o robô da startup e.Aí Tecnologias Inteligentes é controlado via aplicativo. "Nosso dispositivo desloca-se de forma autônoma no ambiente. Isso é possível graças a sensores e métodos de IA capazes de reconhecer uma rota livre para navegação. Em cerca de três minutos ele desinfeta uma sala de 25 metros quadrados", destaca o cientista da computação Leandro Maciel Almeida, criador da startup e professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn-UFPE).
Desafio da autonomia
O robô nasceu a partir de um projeto aprovado na universidade, em maio de 2020, e que teve a participação de pesquisadores do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e do Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE). "Por meio de um edital, a UFPE aportou recursos no valor de R$ 60 mil para construção de 10 unidades, mas nem todas foram finalizadas. O robô, batizado na época de Aurora, foi testado no Hospital das Clínicas da universidade, obtendo uma redução média de 95% da carga de microrganismos no ambiente", ressalta Almeida.
Segundo o físico Clayton Benevides, do CRCN-NE, que integrou a equipe do Aurora, o maior desafio tecnológico da iniciativa foi fazer um robô que tivesse grande autonomia, com alta dose de UVC, e fosse barato. Com o fim do projeto na UFPE, a e.Aí Tecnologias foi criada para continuar o desenvolvimento do robô. Seu modelo de negócio prevê a oferta do serviço de desinfecção com pacotes mensais a partir de R$ 300. Seis dispositivos já estão em operação.
"Existem robôs similares operando no Canadá, nos Estados Unidos, na Ásia e na Europa. Algumas empresas estrangeiras apresentam soluções em feiras no país, mas o custo é muito alto", informa Almeida. "O dispositivo robótico que desenvolvemos foca no baixo custo e tem como objetivo popularizar a tecnologia de desinfecção com radiação ultravioleta."
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HOJE EM DIA
Ausência de planos contra incêndios lança alerta para condições de segurança em hospitais de BH
Importantes hospitais públicos e filantrópicos de Minas ainda não implementaram planos de prevenção a incêndio. A ausência dos documentos não significa que as unidades de saúde estão irregulares, mas lança novo alerta sobre as condições de segurança. Os prazos para regularização variam conforme tratativas já iniciadas com os Bombeiros. Na maioria dos casos, dificuldades financeiras justificam o atraso.
O chamado Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) busca evitar tragédias como a ocorrida na Santa Casa de BH, que registrou um incêndio no CTI semana passada. Três pessoas morreram durante a evacuação. O fogo destruiu um dos quartos e o complexo precisou suspender parte das internações e cirurgias.
O auto de vistoria certifica que a edificação cumpre todas as regras de combate às chamas, atestando condições seguras para abandono em caso de pânico, acesso fácil para equipes dos bombeiros e equipamentos de segurança.
Segundo os Bombeiros, ainda estão em processo de regularização - além da Santa Casa - hospitais como o Julia Kubitschek e João XXIII, ambos administrados pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), e o prédio principal do Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas, de responsabilidade do Governo Federal.
Segundo o 1° tenente Felipe Brittes Pereira, do Corpo de Bombeiros, todas as edificações precisam ter o AVCB. Os hospitais estão no grupo classificado com maior risco. "Significa que não é admitido processo de regularização por declaração. É obrigatório um projeto".
Há três fases, explica Brittes. A primeira é a apresentação de um plano, feito junto aos Bombeiros. Em seguida, inicia-se a implementação do projeto. Após o término, as unidades solicitam a análise da corporação para conceder o AVCB.
"É uma dinâmica que mostra que a edificação se projetou e executou esse projeto corretamente. Ou seja, existe um documento que demonstra que a edificação está com equipamentos preventivos projetados", detalhou.
As exigências variam conforme a estrutura dos hospitais. Dentre as mínimas, saídas de emergência, sinalização, iluminação, extintores e brigadistas. "Algumas unidades mais complexas vão exigir também hidrantes e alarmes", exemplifica o oficial.
Dificuldades financeiras
Para a presidente da Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Estado de Minas Gerais (Federassantas), Kátia Regina Rocha, as dificuldades financeiras estão por trás do atraso na implementação das medidas.
"As instituições não têm caixa para fazer essas regularizações imprescindíveis", afirma. De acordo com ela, o incêndio na Santa Casa de BH "chama atenção para problemas estruturais que precisam ser enfrentados". "Precisamos que os entes públicos paguem e entreguem condições de promover todas as adequações", cobra.
"Essa situação me preocupa muito. As Santa Casas e hospitais filantrópicos lutam para não interromper os atendimentos e com isso não conseguem recursos para fazer investimentos necessários, imprescindíveis, que afetam a segurança do ambiente do trabalhador e do paciente", destacou.
Ainda conforme a presidente da Federessantas, os valores dos repasses estão "defasados". "Os hospitais precisam de remuneração adequada para fazer investimentos. Queremos mostrar para o Ministério da Saúde quanto custa manter as unidades. É dever dos entes públicos repassar valores que garantam o que precisam os hospitais", completa.
Hospitais
A Santa Casa de BH informou que projeto de prevenção a incêndio, aprovado em fevereiro, tem previsão de ser finalizado até julho de 2023.
A reportagem consultou a Fhemig sobre a situação nos hospitais Julia Kubitschek e João XXIII. Em nota, a fundação, sem informar previsões, disse que "cumpre criteriosamente todos os prazos e etapas".
A Fhemig também afirma "promover a segurança dos pacientes e servidores por meio de sistemas de prevenção e combate a incêndios e pânico, que estão sendo revistos em parceria com o Corpo de Bombeiros". E disse que obras de modernização das redes elétricas estão em fase de execução".
Sobre o Hospital das Clínicas, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela unidade, disse estar apurando a informação. Contudo, não respondeu até a publicação dessa reportagem.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou que disponibilizará R$ 10 milhões para auxiliar na recuperação da Santa Casa. "A liberação dos recursos deve ocorrer de maneira célere para o restabelecimento do atendimento no local atingido", afirma.
Sobre as demais instituições, a pasta informou apenas "que repassa, mensalmente, recursos financeiros para as secretarias estaduais e municipais de saúde, destinados ao custeio de serviços hospitalares de média e alta complexidade, incluindo os ofertados pelos hospitais sem fins lucrativos".
Ainda segundo o Ministério, em 2021 foram "repassados aos fundos estaduais e municipais mais de R$ 67,7 bilhões para o custeio dos serviços em todo o país. Em 2022, entre janeiro e abril, já foram repassados R$ R$ 18,6 bilhões para o custeio desses serviços".
Secretaria de Estado de Saúde
Em nota, a SES-MG disse ter aumentado os repasses para os prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do programa Valora Minas. Os valores chegaram a R$ 1,25 bilhão em 2021, segundo a pasta.
Com relação à Santa Casa de BH, a secretaria diz ter feito repasse de R$ 34 milhões à unidade em 2021, o que representa 2,5 vezes mais do que em 2020. Veja a nota completa:
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa em 2021 houve incremento de investimentos na política hospitalar Valora Minas, em que foram pactuados mais de R$ 1,25 bilhão para repasse aos prestadores do SUS, além de R$ 203 milhões para zerar a fila de cirurgias eletivas com o programa Opera Mais Minas Gerais.
A título de exemplo, para Santa Casa de Belo Horizonte, que recebe recursos do Estado, houve aumento de repasses de valores à unidade, fortalecendo o atendimento à população. A unidade é um dos 13 hospitais beneficiados pelo programa Valora Minas de fortalecimento dos hospitais do município de Belo Horizonte.
A unidade faz jus ao valor anual de R$ 34.759.648,11, em recursos estaduais, repassados em três parcelas quadrimestrais. O valor representa 2,5 vezes mais do que o valor repassado em 2020.
Em dezembro de 2021, o hospital recebeu um tomógrafo, além de recursos para a realização de cirurgias eletivas, represadas em função da pandemia. A Santa Casa de Belo Horizonte, também, é um dos 10 hospitais da capital que foram contemplados com repasse total de 4,8 milhões para o fortalecimento do serviço de hemodiálise.
A SES-MG também esclarece que os repasses de recursos para prestadores hospitalares são realizados por meio do Fundo Estadual de Saúde para os Fundo Municipais de Saúde.
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YAHOO
Descoberta de cardiopatias em bebês ainda na barriga das mães evita mortes
Mãe de uma menina, a empresária Danieli Piovezan, de 38 anos, ficou feliz quando descobriu que a segunda filha estava a caminho. Mas ao fazer um ultrassom, aos seis meses de gestação, tomou um susto: a pequena Lara tinha uma cardiopatia congênita, uma doença cardíaca desenvolvida na gravidez. O diagnóstico foi confirmado por um ecocardiograma fetal, que avalia o coração do bebê dentro do útero. Era a síndrome da hipoplasia do coração esquerdo, que pode causar insuficiência cardíaca.Já no primeiro dia de vida, Lara foi encaminhada da Maternidade Curitiba ao Hospital Pequeno Príncipe, também na capital paranaense. Ficou nove dias na UTI neonatal até a primeira cirurgia. Passou por outras duas operações, e aos oito meses foi para casa. Hoje, prestes a completar três anos, Lara se prepara para sua quarta e última cirurgia.- No hospital aprendemos muito, tinha dia em que eu estava desolada. Se não tivéssemos descoberto no pré-natal, talvez ela nem tivesse sobrevivido. É um conjunto de milagres, superação e amor - afirma a mãe.O acesso ao serviço de saúde faz diferença. O Ministério da Saúde estima que um a cada cem nascidos vivos apresente alguma cardiopatia congênita, o que equivale a cerca de 30 mil bebês por ano no Brasil. Destes, 80% vão precisar de cirurgia, 50% deles no primeiro ano de vida.Os casos representam uma das principais causas de morte neonatal no país e vão de cardiopatias mais frequentes, como a comunicação interventricular, o "sopro" cardíaco, a doenças como a Anomalia de Ebstein, condição rara que há dez dias levou a filha recém-nascida do ator Juliano Cazarré, de "Pantanal", a fazer uma cirurgia.Com o avanço da tecnologia, a identificação de casos tem aumentado no país. Mas, ainda assim, não é a maioria que tem acesso ao diagnóstico precoce, nem ao tratamento.- Nos anos 90, pouquíssimos médicos faziam o ecocardiograma fetal, e havia poucos aparelhos de alta qualidade. Por isso, muitos diagnósticos não eram feitos. Mas ainda hoje falta atenção ao coração do feto. Na pandemia, muitos bebês nasceram sem diagnóstico - diz a cardiologista pediátrica Cristiane Binotto, do Hospital Pequeno Príncipe.Há ainda um desafio regional. Boa parte da infraestrutura direcionada a cardiopatias congênitas está nas regiões Sul e Sudeste, onde mais de 70% dos casos são tratados. No Norte e Nordeste, a situação se inverte: cerca de 70% ficam sem tratamento. Muitas vezes o diagnóstico só acontece quando o bebê já apresenta alguma descompensação. E aí pode ser tarde.No SUS, o exame de ecocardiograma fetal não é obrigatório no pré-natal, mas pode ser pedido caso o médico desconfie de alguma alteração.
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PORTAL REGIÃO NOROESTE
Novo exame é mais eficaz que a mamografia na detecção de câncer
Um novo tipo de exame é capaz de detectar o câncer de mama com maior eficácia e precisão do que a mamografia convencional. Diversos estudos têm demonstrado a tomossíntese da mama, também conhecida como mamografia 3D, aumenta até 30% a taxa de detecção da doença. Outras vantagens da técnica incluem uma redução significativa nas taxas de reconvocação e na necessidade de imagens complementares.
A tomosíntese tem a vantagem de ser tridimensional, fazer cortes mais finos e mais detalhados, o que evita a sobreposições de imagens. Isso é importante porque evita falsos-positivos e falsos-negativos. Então essa é uma ferramenta que representa um enorme avanço porque acaba diagnosticando mais tumores de mama dentro do rastreamento do que o exame convencional diz o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer.
A mais recente evidência sobre o assunto é um estudo publicado na conceituada revista científica Lancet Oncology, que mostrou que a tomossíntese em conjunto com a mamografia tradicional é capaz de detectar 48% mais tumores invasivos do que apenas a mamografia tradicional. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Munster, na Alemanha, rastreou 99 mil mulheres com idade entre 50 e 69 anos. Entre 5 de julho de 2018 e 30 de dezembro de 2020, as pacientes foram aleatoriamente designadas para realizar um dos dois exames.
Os resultados mostraram que a taxa de detecção de câncer de mama invasivo foi de 7,1 casos em cada mil mulheres rastreadas pela tomossíntese, em comparação com 4,8 casos por mil mulheres no grupo da mamografia.
Esse não é o primeiro estudo a mostrar a superioridade da tomossíntese em relação à mamografia tradicional no rastreio do câncer de mama. Um trabalho anterior, realizado pela Universidade de Lund, na Suécia, e publicado na mesma revista, mostrou que a mamografia 3D foi capaz de detectar 34% mais tumores do que a mamografia tradicional. Mas, de acordo com os pesquisadores, esse é o primeiro estudo controlado randomizado a comparar os dois métodos em um ambiente multicêntrico e com equipamentos de diferentes fornecedores.
O equipamento utilizado para a tomossíntese é o mesmo da mamografia tradicional. Basicamente, a diferença entre os dois métodos está na forma como a imagem é capturada. Enquanto a mamografia tradicional é bidimensional (2D), a tomossíntese é em 3D. Isso significa que são tiradas várias imagens de raios X de baixa dose da mama, de diferentes ângulos. Em seguida, essas imagens são reconstruídas por um computador, para mostrar camadas finas da mama. Com menos estruturas de tecido sobrepostas e imagens melhores e mais precisas, a probabilidade de detectar tumores pequenos aumenta.
Embora o estudo tenha avaliado a combinação da tomossíntese com a mamografia, não é preciso se assustar achando que vai ter que passar pelo desconforto dos apertos da mamografia duas vezes seguidas. A radiologista Marcela Balaro, especialista pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e responsável pelo setor de Imagem Mamária do Richet Medicina & Diagnóstico, explica que mamógrafos de última geração permitem a realização simultânea dos dois exames. Além de diminuir a dor, isso também reduz o nível de radiação, que é uma preocupação em relação ao uso da tomossíntese em conjunto com a mamografia. Vale ressaltar que mesmo nos casos em que é necessário realizar os dois exames, o nível de radiação ainda dentro do limite considerado seguro.
No Brasil, o método já está disponível em alguns hospitais particulares, centros de diagnóstico e hospitais públicos especializados, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da USP (Inrad). No entanto, a maioria dos planos de saúde não cobre o procedimento, que custa entre 500 e 800 reais. Por isso, no país, o exame ainda é utilizado como um complemento quando há alguma dúvida sobre o resultado da mamografia ou para o diagnóstico nas mulheres com sintomas clínicos.
Embora o exame ainda não esteja amplamente disponível no país, ele pode ser uma arma ainda melhor para um grupo específico de pacientes: o de mulheres jovens, com mamas mais densas.
Aqui no Brasil ainda não existe uma recomendação formal de utilização da tomossíntese no rastreamento. Mas a gente sabe que para mamas de pacientes mais jovens, que chamamos de mama densa, a tomossíntese é melhor porque diminui a sobreposição de tecido. Então muitos médicos já pedem esse exame como rastreamento para essas pacientes diz Balaro.
Os especialistas acreditam que o crescente número de evidências a favor da tomossíntese associado à redução do custo do exame devem fazer com que o uso da ferramenta seja propagado cada vez mais. Existe, inclusive, a possibilidade da tomossíntese eventualmente substituir a mamografia como ferramenta recomendada para o rastreio do câncer de mama.
Por outro lado, o oncologista Marcelo Bello, diretor do Hospital do Câncer III, acredita que antes de pensar em incorporar uma nova tecnologia para rastreio do câncer de mama no Brasil, é preciso ampliar o acesso à tecnologia que já existe. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a realização da mamografia anual, a partir dos 40 anos de idade. Nas pacientes de alto risco, os exames devem começar ainda mais cedo, em geral a partir dos 30.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele não melanoma. Segundo dados do Inca em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença no país. O câncer de mama é também a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.
Apesar das estatísticas, esse tipo de tumor está entre os mais tratáveis, especialmente com diagnóstico precoce.
Precisamos reforçar que o diagnóstico de câncer de mama não é uma certeza de morte. Os resultados do tratamento no diagnóstico precoce beiram a 95% de cura. Então é importante não ter medo de rastrear a doença que o câncer de mama diagnosticado na hora certa é tratado e curado afirma Bello.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 02 A 04/07/22
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DESTAQUES
Hapvida e Intermédica: o que aconteceu com a fusão prevista em R$ 100 bi?
Casos de varíola dos macacos chegam a 76 em todo o país
Covid-19: Goiás registra 2.425 novos casos nas últimas 24 horas
Após 10 anos, socorrista se emociona ao reencontrar menina que ajudou a resgatar de afogamento: ‘Nunca esqueci’
Goiás registra mais de 400 casos de hepatite em 2022
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EXAME
Hapvida e Intermédica: o que aconteceu com a fusão prevista em R$ 100 bi?
Quando a Hapvida (HAPV3) estreou na bolsa de valores em 2018, a ação rapidamente se tornou uma das queridinhas de gestores e analistas. O motivo estava no modelo de negócios: a Hapvida é uma operadora de saúde verticalizada com negócios em toda a cadeia de produção, desde o plano de saúde até uma rede própria de atendimento aos beneficiários. Oferecendo os serviços "dentro de casa", a empresa se torna mais lucrativa e, aos olhos dos investidores, mais atrativa.
A Hapvida mostrou crescimento forte impulsionado por aquisições que aumentaram o negócio. Até janeiro de 2021, data da máxima histórica da ação, o papel registrava avanço de quase 220% em comparação ao IPO. Dois meses depois desse pico, foi anunciada a fusão da empresa com a Intermédica, movimento que coroava o processo de expansão, criando uma gigante do mercado de saúde.
A complementariedade era clara. Enquanto a Hapvida era forte no Nordeste, a Intermédica atuava no Sudeste. A combinação das duas trazia a possibilidade da criação de um plano de saúde nacional - ápice de negócios no mercado de operadoras de saúde.
Os cálculos iniciais apontavam que o novo negócio valeria em torno de R$ 100 bilhões, número que encheu os olhos dos investidores. Pouco mais de um ano depois, a empresa combinada vale R$ 37 bilhões.
Desafio nas sinergias
Em uma fusão tão grande quanto a de Hapvida e Intermédica, uma das maiores expectativas do mercado é a chamada "sinergia de custos". A união das empresas permite cortes em áreas duplicadas, como área de relação com investidores ou mesmo da própria administração. Mas não foi o que aconteceu nesse caso - ao menos não da forma que o mercado esperava.
"O primeiro benefício de uma fusão deste porte é o corte de pessoal, mas a companhia manteve muito da estrutura das duas empresas. Isso acarreta em despesas com salário, time, retenção. Impacta a sinergia de custos, tanto que os resultados desde a fusão foram muito prejudicados", diz um gestor que prefere não se identificar.
A companhia apresentou os números da Intermédica apenas para os meses de fevereiro e março, a partir da integração das empresas. A falta de dados para janeiro prejudicou a base de comparação, aumentando a desconfiança com os potenciais ganhos da combinação de negócios.
Cenário macro difícil
Com a sinergia de custos prejudicada, a responsabilidade de alavancar a fusão fica com os potenciais ganhos de receita. E ela, por sua vez, tem sido derrubada pelo cenário macroeconômico que tem afetado não só a Hapvida, mas todo o setor de saúde.
Os primeiros sinais do contratempo para o setor, antes mesmo do anúncio da união, apareceram em 2020, um ano de despesas médicas (sinistralidade) muito baixo na indústria. Com o isolamento, os clientes preferiram postergar procedimentos eletivos, como cirurgias não urgentes e exames, o que diminuiu os custos das operadoras. No ano seguinte, no entanto, a demanda represada se uniu à alta de internações causadas pela Covid e fez disparar a sinistralidade dos planos de saúde.
As despesas médicas do setor privado subiram 24% em 2021 quando comparadas ao ano anterior, segundo cálculos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os custos foram ainda 19% acima dos níveis pré-pandêmicos de 2019.
E para este ano, o obstáculo ainda permanece. A sinistralidade da Hapvida atingiu 72,9% no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 11,8 pontos na comparação anual.
A pandemia também foi responsável pela quebra na cadeia de suprimentos médicos, que encareceu os preços e afetou a indústria. O saldo geral da crise é um movimento de alta inflacionária em todo o mundo, que encarece os produtos, eleva os juros e tira o poder de compra da população.
"O negócio da Hapvida depende da contratação do serviço por parte das famílias, então está completamente associado ao momento macroeconômico. A situação se complica ainda mais considerando que a maioria dos beneficiários da empresa são de baixa renda, população mais afetada pela deterioração da economia", afirma a dupla de analistas do setor de saúde da Guide Investimentos, Luis Assis e Guilherme Viana.
Crescimento orgânico é chave
Outro desafio da Hapvida é a aquisição e manutenção de clientes. Nos primeiros três meses do ano, a companhia perdeu 64 mil vidas, o equivalente a 0,7% da base.
"Tanto Hapvida quanto Intermédica cresceram ao longo dos anos impulsionadas por aquisições. Agora, no entanto, sem outro grande player para adquirir, esse movimento acabou. E torna a empresa muito mais dependente do crescimento orgânico", argumentam Lucas Ribeiro, head de renda variável da Kinitro, e Marcelo Ornelas, gestor de ações da mesma gestora.
A dupla acredita que a nova empresa ainda está em processo de acerto das operações das últimas compras. "Hapvida tem crescido abaixo da indústria organicamente porque ainda está se organizando. É um processo que não permite visualizar crescimento no curto e médio prazo. Além disso, crescer de forma orgânica é bem mais difícil", defendem.
O que esperar de Hapvida (HAPV3) daqui para frente?
Se depois da tempestade vem a bonança, o mercado espera que o momento desafiador para a Hapvida termine com a recuperação dos papéis e do modelo de negócios da Hapvida no longo prazo. "Investimos no IPO e mantivemos posição em Hapvida até a fusão. Vendemos porque consideramos que o papel subiu demais na época e não voltamos a investir desde então. Mas a tese é positiva e segue intacta", argumenta um gestor que preferiu não se identificar.
As ações da empresa são negociadas na casa dos R$ 5,20, valor 70% menor que a máxima alcançada na casa dos R$ 17.
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de varíola dos macacos chegam a 76 em todo o país
O Ministério da Saúde informou neste domingo (3/7) que, até o momento, 76 casos de varíola dos macacos (monkeypox) foram confirmados em todo o país. Desse total, foram registrados um caso no Distrito Federal, um no Rio Grande do Norte, dois em Minas Gerais, dois no Rio Grande do Sul, dois no Ceará, 16 no Rio de Janeiro e 52 em São Paulo.
“A pasta, por meio da Sala de Situação e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes”, disse o ministério.
Rio de Janeiro
Também em nota, a Secretaria de Saúde do Rio relatou que até a última sexta-feira (1º), haviam sido notificados no estado 39 casos suspeitos da doença, dos quais 13 foram confirmados, sendo nove pacientes no município do Rio, incluindo o caso que veio para a capital, procedente de Londres, Inglaterra.
Os demais estão assim distribuídos: um em Maricá, na Região dos Lagos; um em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; um em Queimados, também na Baixada e residente em Portugal; e um em Niterói, na região metropolitana do Rio, procedente da Inglaterra. Mais seis casos permanecem em investigação e 20 foram descartados.
A diferença entre o total relatado pela secretaria e pelo Ministério da Saúde pode ser explicada, segundo a assessoria do órgão estadual, pela não confirmação de casos ainda pela área técnica. “Os casos confirmados e suspeitos são monitorados diariamente pela secretarias estaduais e pelas equipes de Vigilância em Saúde dos municípios”, informou.
A secretaria ressaltou que embora a doença tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animais.
Como é considerado um caso suspeito?
Até o fim do mês de julho, a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO) informou a existência de quatro casos suspeitos de varíola dos macacos (Monkeypox) no estado. Segundo a SES-GO, são considerados os seguintes critérios para definição de um caso suspeito:
Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda (lesões na pele como feridas, caroços e bolhas), única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia (inchaço nos linfonodos do pescoço) ou relato de febre.
Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas, ou vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico, ou país com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
Histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.
Os casos que apresentam os critérios de definição são caracterizados como suspeitos. A partir de então, é desencadeado o processo de investigação por meio de exames laboratoriais para confirmar ou descartar a doença. O processo de investigação também contempla a busca ativa de contatos e o isolamento do paciente.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 2.425 novos casos nas últimas 24 horas
Goiânia - Goiás notificou 2.425 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado, neste domingo (3/7), pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Não foi registrada nenhuma morte neste período. O Estado acumula 1.514.634 casos da doença confirmados e 833.045 suspeitos.
Desde o começo da pandemia, foram registradas 26.935 mortes pela covid-19 em território goiano. Ainda existem 226 óbitos suspeitos, que estão em investigação. A letalidade do vírus é de 1,78%.
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PORTAL G1
Após 10 anos, socorrista se emociona ao reencontrar menina que ajudou a resgatar de afogamento: ‘Nunca esqueci’
Andressa Morais se afogou na piscina de um berçário em Goiânia. Isaque Sousa Faleiro, de 2 anos, também se afogou, mas não sobreviveu.
Por Michel Gomes, Guilherme Rodrigues e Giovanna Dourado, g1 Goiás e TV Anhanguera
10 anos depois de participar do resgate de uma bebê, o socorrista Marco Antônio se emocionou ao reencontrá-la. A pequena Andressa Morais, agora com 11 anos, se afogou na piscina de um berçário em Goiânia e chegou a ficar internada.
“Nossa, que moça, meu Deus do Céu! Passamos tudo isso aí, essa pandemia... A gente não sabia se reencontrava os amigos e as pessoas, mas nunca a esqueci”, disse Marco.
O afogamento aconteceu no dia 2 de julho de 2012, no Setor Serrinha. Além de Andressa, Isaque Sousa Faleiro, de 2 anos, também se afogou. O menino ficou em coma por 51 dias, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu.
À TV Anhanguera, Andressa contou que já assistiu reportagens sobre o caso dela. Com o semblante sereno, a menina não poupou elogios à equipe que a resgatou e se considera como um milagre.
“Eu cresci e aprendi muita coisa com essa história. Se eu consegui sobreviver à aquilo, eu sei que eu sou muito mais forte. Eu tenho certeza que Deus tem um propósito para mim através desse acidente, ainda não descobri o que, mas tem”, falou Andressa.
Emocionado, o socorrista ainda leu uma cartinha que Andressa escreveu para ele. A menina agradeceu Marco e toda a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) (leia abaixo).
“Oi, lembra de mim? Não? Vou te ajudar a lembrar. Meu nome é Andressa Moraes Vieira, eu escrevi essa carta para você, Marco Antônio, para te agradecer por um dia ter ajudado a salvar minha vida. Eu sou muito grata a todos do Samu, os médicos, os bombeiros, e principalmente Deus. Hoje, graças a todos vocês, o dia 02/07 é o meu segundo aniversário. Que Deus abençoe a todos vocês, obrigado!”, escreveu a menina.
O reencontro do socorrista e de Andressa foi acompanhado dos pais da menina, que agradeceram ao profissional e relembraram a recuperação da filha.
“Durante a madrugada, ela pegou o tubo que ela estava entubada e puxou. O pessoal correu lá para ver o que que estava acontecendo, e ela estava respirando sozinha”, relembrou o pai, Fabrício Martins.
A família comemora também que Andressa não teve sequelas do afogamento e da internação. Na pele, ela carrega apenas uma marca no braço, por onde ela recebia os remédios.
“Às vezes, hoje era para Andressa não poder falar, ter alguma sequela, não andar... E no dia que ela ganhou alta, ela ‘danou’ a correr no corredor, e correu que ninguém segurava. Hoje, está, graças a Deu, sem nenhuma sequela”, disse a mãe, Polliana Morais, com um sorriso no rosto.
Relembre o caso
O acidente aconteceu em um berçário que funcionava numa casa no Setor Serrinha. Os donos do berçário, um filho e uma monitora foram indiciados por homicídio culposo pela morte do Isaque.
A perícia feita no local confirmou que o portão dos fundos da casa estava aberto. Andressa foi resgatada, primeiro, pelos funcionários da creche.
De acordo com a polícia, Isaque ficou quase 15 minutos debaixo d'água e morreu após ficar internado por 51 dias.
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O HOJE
Goiás registra mais de 400 casos de hepatite em 2022
Hepatite viral é inflamação no fígado causada por alguns tipos de vírus no fígado, os principais vírus que acometem o Brasil são os vírus tipo a tipo B tipo é tipo C, existem também os tipos D e E que não são mais tão comuns no Brasil conforme afirma a médica do serviço de gastrocirurgia, Mirela Medeiros Monteiro Marta.
O mês de junho é voltado para a conscientização dessa doença, por isso existe o julho amarelo. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, em Goiás no ano de 2020 foram registrados 455 casos de hepatite B e 210 da C. Em 2021 foram 910 casos do tipo A e 507 do B. Já em 2022 o total – até o mês de junho – 223 casos da B e 182 de hepatite C. O mês que mais registrou casos foi em janeiro com 45 casos de hepatite B e marco com 48 casos da B.
Na grande Goiânia em 2020 foram registrados 90 pessoas com o vírus da Hepatite B detectado e 76 da Hepatite C. No ano de 2021 356 da Hepatite B e 238 da Hepatite C. Somente neste ano de 2022 95 Hepatite B e 115 da Hepatite C.
Para conter os casos da doença no estado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informou que são tomadas medidas de prevenção, principalmente voltadas para a Hepatite B. A pasta afirma que a principal medida de prevenção da doença está disponível para a população em geral nas Unidades de Saúde.
É informado ainda que a imunização para a hepatite B é realizada em três doses, com intervalo recomendado de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Também é recomendada para todas as pessoas sem restrição de idade.
O calendário infantil do Ministério da Saúde recomenda a 1ª dose da vacina da hepatite B (ao nascer) e 3 doses da pentavalente bacteriana (aos 2, 4 e 6 meses de idade) segundo a secretaria estadual afirma.
Outra medida indispensável para conter a doença, de acordo com a SES, é fazer o pré-natal com testagem para hepatite B no 1º trimestre e no 3º trimestre de gestação. Para os recém nascidos de mães com hepatite B é importante receber a 1ª dose da vacina contra o vírus da hepatite B e imunoglobulina contra a hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida.
As medidas de prevenção comuns às Hepatites B e C são o uso de preservativos masculinos ou femininos; Evitar compartilhamento de objetos pessoais: lâminas de barbear e depilar, escovas de dentes, alicates de unha e outros; Evitar compartilhamento de instrumentos de drogadição; Frequentar locais (consultórios e clínicas médicas e dentárias, estúdios de tatuagem e colocação de piercings, salões de beleza, entre outros) que seguem as normas de biossegurança da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Já a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia comentou por meio de nota as Américas que são tomadas a respeito como a estruturação do Plano de Micro Eliminação da Hepatite C, reunião de sensibilização e solicitação de apoio das áreas de Vigilância Epidemiológica e Atenção à Saúde Estaduais para construção do Plano Municipal de Micro Eliminação da Hepatite C, mapeamento das Clínicas de Diálise do município de Goiânia para parcerias e ações de micro eliminação da Hepatite C entre usuários destes serviços.
Também a secretaria afirma que é realizada a sensibilização das áreas gerenciais da Atenção à Saúde de Goiânia para construção e pactuação do Plano de micro eliminação da Hepatite C , diagnóstico situacional de serviços de saúde como Hospitais, Bancos de sangue, laboratórios quanto a necessidade de Padronização de fluxo de informações e reporte adequado de casos identificados, o que gerou a demanda de Elaboração ( ainda não concluída) de Notas informativas a cada um dos serviços supracitados.
Além disso é realizada reunião com Ministério da Saúde para esclarecimentos e orientações sobre o processo de elaboração do Plano Municipal de Micro Eliminação da Hepatite C em Goiânia, ampliação da oferta de testagem para unidades de APS com Capacitação de profissionais da Atenção Primária em testes rápidos para hepatites virais com apresentação do fluxo de notificação e encaminhamento de casos para tratamento e já é desenvolvido o projeto piloto de testagem para Hepatite C da população prioritária Profissionais de Saúde da UPA Novo Mundo e SVO.
Uma doença silenciosa
O vírus se instala no fígado e fica inflamado o órgão ao longo do tempo. O que causa Hepatite viral na maioria das vezes é essa inflamação, ela passa por um período silencioso ou seja o indivíduo não sente nada ou pode sentir também alguns sintomas bem inespecíficos que às vezes até confunde com a virose em geral conforme exemplifica Mirela Medeiros. “Os sintomas mais específicos da Hepatite são icterícia – olho amarelo a pele mais amarelada – , o xixi fica mais escuro as fezes ficam mais claras, dor abdominal, o fígado pode aumentar um pouco de tamanho esses são sintomas mais específicos, mas no geral é silenciosa”.
A especialista afirma que na Hepatite A que o paciente se contamina e tem grande chance do próprio organismo eliminar o vírus. No entanto, com a Hepatite B e a Hepatite C é um pouco diferente, quando o paciente se contamina com o vírus da Hepatite B ele tem de 85% a 90% de chance de eliminar o vírus do organismo. Na Hepatite B aguda é quando ele pode apresentar sintomas ou não mais uma vez ele pode ser assim automático mas o organismo pode ficar por seis meses tentando colocar aquele vírus para fora e se passar esse período e o organismo não conseguir colocar o vírus para fora a hepatite deixa de ser aguda e se torna crônica. Com isso o paciente passa o resto da vida com a doença e aumenta a chance do paciente evoluir para uma cirrose no fígado ou para um câncer de fígado. Por isso é importante sempre fazer acompanhamento conforme destaca a especialista.
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PORTAL MSN
Robôs brasileiros usam raios ultravioleta para desinfetar ambientes
A emergência sanitária provocada pela covid-19 acelerou o desenvolvimento de dispositivos robóticos projetados para desinfetar ambientes e mantê-los livres do novo coronavírus e de outros vírus, fungos e bactérias. No Brasil, a empresa gaúcha Instor Projetos e Robótica, de Porto Alegre, e a startup pernambucana e.Aí Tecnologias Inteligentes, do Recife, investiram nos últimos anos na criação de robôs com essa finalidade. Os aparelhos, criados em parceria com universidades, utilizam recursos de inteligência artificial (IA) e radiação ultravioleta para desinfecção. Já em operação no mercado, os modelos podem ser usados não apenas em hospitais, mas também em salas de aula, escritórios, lojas, academias, entre outros ambientes.
"Vários estudos científicos já mostraram que a radiação ultravioleta do tipo C [UVC] tem forte efeito germicida. Ela destrói o ácido nucleico de vírus e bactérias, perturbando seu DNA ou RNA e deixando-os incapazes de se replicarem e infectarem o organismo", explica o engenheiro eletrônico Miguel Ignácio Serrano, diretor da Instor e um dos líderes do projeto Jaci.
A primeira versão do robô gaúcho, desenvolvida a partir de abril de 2020 com recursos da empresa, ainda não era autônoma e precisava ser posicionada em diferentes lugares do ambiente, sucessivamente, até que todo o recinto recebesse a luz UVC. Uma versão teleguiada, controlada remotamente, foi projetada em seguida. "Como a exposição à luz UVC é prejudicial à saúde humana, o local tem que estar livre de pessoas quando o robô estiver em ação. Por isso, vimos a necessidade de tornar a operação autônoma", recorda-se Serrano.
Parceria
Foi então que surgiu a ideia de fazer uma parceria com o Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde Serrano havia concluído o mestrado. Pesquisadores da unidade ficaram responsáveis pela criação de um método que permitisse ao robô explorar autonomamente o ambiente, irradiando raios UVC na dosagem necessária para desinfetar o ar, as paredes e as superfícies. A nova versão ficou pronta em outubro de 2021.
Para navegar em um ambiente desconhecido, a equipe recorreu a técnicas de robótica móvel. "O mapa do ambiente é construído por um algoritmo que recebe informações de um sensor a laser [detecção de luz e medida de distância] 2D e de três câmeras convencionais", explica a cientista da computação Mariana Kolberg, coordenadora do projeto pela UFRGS e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (Ieee), entidade internacional dedicada ao avanço da tecnologia em prol da humanidade. "O tem uma cobertura de 180 graus e as câmeras complementam o campo de visão do Jaci, detectando obstáculos em diferentes alturas que estão fora do alcance do ."
O sistema também elabora um mapa indicando a dose UVC dispensada em cada parte do ambiente. "Com o mapa é possível definir pontos com baixa irradiação. O Jaci retorna a esses locais e complementa o trabalho lançando uma névoa ozonizada, que também inativa vírus e bactérias. Todo o processo é realizado sem interferência humana", destaca Kolberg. "Antes da pandemia, existiam outras iniciativas de robôs autônomos para desinfecção no mundo. O Jaci se destaca por combinar luz UVC e névoa ozonizada." Uma patente internacional foi solicitada e está em avaliação.
O desenvolvimento do robô envolveu outras universidades. A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a Unisinos, ambas em Porto Alegre, mostraram os efeitos antimicrobianos da névoa de ozônio, enquanto a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) validou a eficiência da luz UVC contra vírus. Coube à UFRGS comprovar a eficácia dos raios ultravioleta contra bactérias.
Uso em hospitais
Oito meses depois de ficar pronto, o robô está em uso no Grupo Hospitalar Conceição, no Hospital da Unimed e no Hospital São Lucas, da PUC-RS, todos em Porto Alegre, e no paulistano Premier Hospital. Em junho, após a conclusão desta reportagem, o Jaci estava programado para começar a operar no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
"Estamos sempre em busca de novas tecnologias que promovam a segurança dos pacientes, o aprimoramento de processos de controle de infecção hospitalar e a redução da sobrecarga de trabalho sobre os profissionais", afirma Guilherme Rabello, gerente comercial do Núcleo de Inovação do InCor. "O robô Jaci preenche esses requisitos e pode ser um auxílio para nosso ambiente assistencial mais seguro, reduzindo custos e o tempo de limpeza manual e aumentando a segurança dos profissionais envolvidos."
A Instor, que há 14 anos desenvolve robôs para os setores de óleo, gás e mineração, também oferece a possibilidade de locação dos robôs.
Com 80 centímetros de altura, o robô da startup e.Aí Tecnologias Inteligentes é controlado via aplicativo. "Nosso dispositivo desloca-se de forma autônoma no ambiente. Isso é possível graças a sensores e métodos de IA capazes de reconhecer uma rota livre para navegação. Em cerca de três minutos ele desinfeta uma sala de 25 metros quadrados", destaca o cientista da computação Leandro Maciel Almeida, criador da startup e professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn-UFPE).
Desafio da autonomia
O robô nasceu a partir de um projeto aprovado na universidade, em maio de 2020, e que teve a participação de pesquisadores do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e do Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE). "Por meio de um edital, a UFPE aportou recursos no valor de R$ 60 mil para construção de 10 unidades, mas nem todas foram finalizadas. O robô, batizado na época de Aurora, foi testado no Hospital das Clínicas da universidade, obtendo uma redução média de 95% da carga de microrganismos no ambiente", ressalta Almeida.
Segundo o físico Clayton Benevides, do CRCN-NE, que integrou a equipe do Aurora, o maior desafio tecnológico da iniciativa foi fazer um robô que tivesse grande autonomia, com alta dose de UVC, e fosse barato. Com o fim do projeto na UFPE, a e.Aí Tecnologias foi criada para continuar o desenvolvimento do robô. Seu modelo de negócio prevê a oferta do serviço de desinfecção com pacotes mensais a partir de R$ 300. Seis dispositivos já estão em operação.
"Existem robôs similares operando no Canadá, nos Estados Unidos, na Ásia e na Europa. Algumas empresas estrangeiras apresentam soluções em feiras no país, mas o custo é muito alto", informa Almeida. "O dispositivo robótico que desenvolvemos foca no baixo custo e tem como objetivo popularizar a tecnologia de desinfecção com radiação ultravioleta."
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HOJE EM DIA
Ausência de planos contra incêndios lança alerta para condições de segurança em hospitais de BH
Importantes hospitais públicos e filantrópicos de Minas ainda não implementaram planos de prevenção a incêndio. A ausência dos documentos não significa que as unidades de saúde estão irregulares, mas lança novo alerta sobre as condições de segurança. Os prazos para regularização variam conforme tratativas já iniciadas com os Bombeiros. Na maioria dos casos, dificuldades financeiras justificam o atraso.
O chamado Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) busca evitar tragédias como a ocorrida na Santa Casa de BH, que registrou um incêndio no CTI semana passada. Três pessoas morreram durante a evacuação. O fogo destruiu um dos quartos e o complexo precisou suspender parte das internações e cirurgias.
O auto de vistoria certifica que a edificação cumpre todas as regras de combate às chamas, atestando condições seguras para abandono em caso de pânico, acesso fácil para equipes dos bombeiros e equipamentos de segurança.
Segundo os Bombeiros, ainda estão em processo de regularização - além da Santa Casa - hospitais como o Julia Kubitschek e João XXIII, ambos administrados pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), e o prédio principal do Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas, de responsabilidade do Governo Federal.
Segundo o 1° tenente Felipe Brittes Pereira, do Corpo de Bombeiros, todas as edificações precisam ter o AVCB. Os hospitais estão no grupo classificado com maior risco. "Significa que não é admitido processo de regularização por declaração. É obrigatório um projeto".
Há três fases, explica Brittes. A primeira é a apresentação de um plano, feito junto aos Bombeiros. Em seguida, inicia-se a implementação do projeto. Após o término, as unidades solicitam a análise da corporação para conceder o AVCB.
"É uma dinâmica que mostra que a edificação se projetou e executou esse projeto corretamente. Ou seja, existe um documento que demonstra que a edificação está com equipamentos preventivos projetados", detalhou.
As exigências variam conforme a estrutura dos hospitais. Dentre as mínimas, saídas de emergência, sinalização, iluminação, extintores e brigadistas. "Algumas unidades mais complexas vão exigir também hidrantes e alarmes", exemplifica o oficial.
Dificuldades financeiras
Para a presidente da Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Estado de Minas Gerais (Federassantas), Kátia Regina Rocha, as dificuldades financeiras estão por trás do atraso na implementação das medidas.
"As instituições não têm caixa para fazer essas regularizações imprescindíveis", afirma. De acordo com ela, o incêndio na Santa Casa de BH "chama atenção para problemas estruturais que precisam ser enfrentados". "Precisamos que os entes públicos paguem e entreguem condições de promover todas as adequações", cobra.
"Essa situação me preocupa muito. As Santa Casas e hospitais filantrópicos lutam para não interromper os atendimentos e com isso não conseguem recursos para fazer investimentos necessários, imprescindíveis, que afetam a segurança do ambiente do trabalhador e do paciente", destacou.
Ainda conforme a presidente da Federessantas, os valores dos repasses estão "defasados". "Os hospitais precisam de remuneração adequada para fazer investimentos. Queremos mostrar para o Ministério da Saúde quanto custa manter as unidades. É dever dos entes públicos repassar valores que garantam o que precisam os hospitais", completa.
Hospitais
A Santa Casa de BH informou que projeto de prevenção a incêndio, aprovado em fevereiro, tem previsão de ser finalizado até julho de 2023.
A reportagem consultou a Fhemig sobre a situação nos hospitais Julia Kubitschek e João XXIII. Em nota, a fundação, sem informar previsões, disse que "cumpre criteriosamente todos os prazos e etapas".
A Fhemig também afirma "promover a segurança dos pacientes e servidores por meio de sistemas de prevenção e combate a incêndios e pânico, que estão sendo revistos em parceria com o Corpo de Bombeiros". E disse que obras de modernização das redes elétricas estão em fase de execução".
Sobre o Hospital das Clínicas, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela unidade, disse estar apurando a informação. Contudo, não respondeu até a publicação dessa reportagem.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou que disponibilizará R$ 10 milhões para auxiliar na recuperação da Santa Casa. "A liberação dos recursos deve ocorrer de maneira célere para o restabelecimento do atendimento no local atingido", afirma.
Sobre as demais instituições, a pasta informou apenas "que repassa, mensalmente, recursos financeiros para as secretarias estaduais e municipais de saúde, destinados ao custeio de serviços hospitalares de média e alta complexidade, incluindo os ofertados pelos hospitais sem fins lucrativos".
Ainda segundo o Ministério, em 2021 foram "repassados aos fundos estaduais e municipais mais de R$ 67,7 bilhões para o custeio dos serviços em todo o país. Em 2022, entre janeiro e abril, já foram repassados R$ R$ 18,6 bilhões para o custeio desses serviços".
Secretaria de Estado de Saúde
Em nota, a SES-MG disse ter aumentado os repasses para os prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do programa Valora Minas. Os valores chegaram a R$ 1,25 bilhão em 2021, segundo a pasta.
Com relação à Santa Casa de BH, a secretaria diz ter feito repasse de R$ 34 milhões à unidade em 2021, o que representa 2,5 vezes mais do que em 2020. Veja a nota completa:
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa em 2021 houve incremento de investimentos na política hospitalar Valora Minas, em que foram pactuados mais de R$ 1,25 bilhão para repasse aos prestadores do SUS, além de R$ 203 milhões para zerar a fila de cirurgias eletivas com o programa Opera Mais Minas Gerais.
A título de exemplo, para Santa Casa de Belo Horizonte, que recebe recursos do Estado, houve aumento de repasses de valores à unidade, fortalecendo o atendimento à população. A unidade é um dos 13 hospitais beneficiados pelo programa Valora Minas de fortalecimento dos hospitais do município de Belo Horizonte.
A unidade faz jus ao valor anual de R$ 34.759.648,11, em recursos estaduais, repassados em três parcelas quadrimestrais. O valor representa 2,5 vezes mais do que o valor repassado em 2020.
Em dezembro de 2021, o hospital recebeu um tomógrafo, além de recursos para a realização de cirurgias eletivas, represadas em função da pandemia. A Santa Casa de Belo Horizonte, também, é um dos 10 hospitais da capital que foram contemplados com repasse total de 4,8 milhões para o fortalecimento do serviço de hemodiálise.
A SES-MG também esclarece que os repasses de recursos para prestadores hospitalares são realizados por meio do Fundo Estadual de Saúde para os Fundo Municipais de Saúde.
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YAHOO
Descoberta de cardiopatias em bebês ainda na barriga das mães evita mortes
Mãe de uma menina, a empresária Danieli Piovezan, de 38 anos, ficou feliz quando descobriu que a segunda filha estava a caminho. Mas ao fazer um ultrassom, aos seis meses de gestação, tomou um susto: a pequena Lara tinha uma cardiopatia congênita, uma doença cardíaca desenvolvida na gravidez. O diagnóstico foi confirmado por um ecocardiograma fetal, que avalia o coração do bebê dentro do útero. Era a síndrome da hipoplasia do coração esquerdo, que pode causar insuficiência cardíaca.Já no primeiro dia de vida, Lara foi encaminhada da Maternidade Curitiba ao Hospital Pequeno Príncipe, também na capital paranaense. Ficou nove dias na UTI neonatal até a primeira cirurgia. Passou por outras duas operações, e aos oito meses foi para casa. Hoje, prestes a completar três anos, Lara se prepara para sua quarta e última cirurgia.- No hospital aprendemos muito, tinha dia em que eu estava desolada. Se não tivéssemos descoberto no pré-natal, talvez ela nem tivesse sobrevivido. É um conjunto de milagres, superação e amor - afirma a mãe.O acesso ao serviço de saúde faz diferença. O Ministério da Saúde estima que um a cada cem nascidos vivos apresente alguma cardiopatia congênita, o que equivale a cerca de 30 mil bebês por ano no Brasil. Destes, 80% vão precisar de cirurgia, 50% deles no primeiro ano de vida.Os casos representam uma das principais causas de morte neonatal no país e vão de cardiopatias mais frequentes, como a comunicação interventricular, o "sopro" cardíaco, a doenças como a Anomalia de Ebstein, condição rara que há dez dias levou a filha recém-nascida do ator Juliano Cazarré, de "Pantanal", a fazer uma cirurgia.Com o avanço da tecnologia, a identificação de casos tem aumentado no país. Mas, ainda assim, não é a maioria que tem acesso ao diagnóstico precoce, nem ao tratamento.- Nos anos 90, pouquíssimos médicos faziam o ecocardiograma fetal, e havia poucos aparelhos de alta qualidade. Por isso, muitos diagnósticos não eram feitos. Mas ainda hoje falta atenção ao coração do feto. Na pandemia, muitos bebês nasceram sem diagnóstico - diz a cardiologista pediátrica Cristiane Binotto, do Hospital Pequeno Príncipe.Há ainda um desafio regional. Boa parte da infraestrutura direcionada a cardiopatias congênitas está nas regiões Sul e Sudeste, onde mais de 70% dos casos são tratados. No Norte e Nordeste, a situação se inverte: cerca de 70% ficam sem tratamento. Muitas vezes o diagnóstico só acontece quando o bebê já apresenta alguma descompensação. E aí pode ser tarde.No SUS, o exame de ecocardiograma fetal não é obrigatório no pré-natal, mas pode ser pedido caso o médico desconfie de alguma alteração.
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PORTAL REGIÃO NOROESTE
Novo exame é mais eficaz que a mamografia na detecção de câncer
Um novo tipo de exame é capaz de detectar o câncer de mama com maior eficácia e precisão do que a mamografia convencional. Diversos estudos têm demonstrado a tomossíntese da mama, também conhecida como mamografia 3D, aumenta até 30% a taxa de detecção da doença. Outras vantagens da técnica incluem uma redução significativa nas taxas de reconvocação e na necessidade de imagens complementares.
A tomosíntese tem a vantagem de ser tridimensional, fazer cortes mais finos e mais detalhados, o que evita a sobreposições de imagens. Isso é importante porque evita falsos-positivos e falsos-negativos. Então essa é uma ferramenta que representa um enorme avanço porque acaba diagnosticando mais tumores de mama dentro do rastreamento do que o exame convencional diz o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer.
A mais recente evidência sobre o assunto é um estudo publicado na conceituada revista científica Lancet Oncology, que mostrou que a tomossíntese em conjunto com a mamografia tradicional é capaz de detectar 48% mais tumores invasivos do que apenas a mamografia tradicional. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Munster, na Alemanha, rastreou 99 mil mulheres com idade entre 50 e 69 anos. Entre 5 de julho de 2018 e 30 de dezembro de 2020, as pacientes foram aleatoriamente designadas para realizar um dos dois exames.
Os resultados mostraram que a taxa de detecção de câncer de mama invasivo foi de 7,1 casos em cada mil mulheres rastreadas pela tomossíntese, em comparação com 4,8 casos por mil mulheres no grupo da mamografia.
Esse não é o primeiro estudo a mostrar a superioridade da tomossíntese em relação à mamografia tradicional no rastreio do câncer de mama. Um trabalho anterior, realizado pela Universidade de Lund, na Suécia, e publicado na mesma revista, mostrou que a mamografia 3D foi capaz de detectar 34% mais tumores do que a mamografia tradicional. Mas, de acordo com os pesquisadores, esse é o primeiro estudo controlado randomizado a comparar os dois métodos em um ambiente multicêntrico e com equipamentos de diferentes fornecedores.
O equipamento utilizado para a tomossíntese é o mesmo da mamografia tradicional. Basicamente, a diferença entre os dois métodos está na forma como a imagem é capturada. Enquanto a mamografia tradicional é bidimensional (2D), a tomossíntese é em 3D. Isso significa que são tiradas várias imagens de raios X de baixa dose da mama, de diferentes ângulos. Em seguida, essas imagens são reconstruídas por um computador, para mostrar camadas finas da mama. Com menos estruturas de tecido sobrepostas e imagens melhores e mais precisas, a probabilidade de detectar tumores pequenos aumenta.
Embora o estudo tenha avaliado a combinação da tomossíntese com a mamografia, não é preciso se assustar achando que vai ter que passar pelo desconforto dos apertos da mamografia duas vezes seguidas. A radiologista Marcela Balaro, especialista pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e responsável pelo setor de Imagem Mamária do Richet Medicina & Diagnóstico, explica que mamógrafos de última geração permitem a realização simultânea dos dois exames. Além de diminuir a dor, isso também reduz o nível de radiação, que é uma preocupação em relação ao uso da tomossíntese em conjunto com a mamografia. Vale ressaltar que mesmo nos casos em que é necessário realizar os dois exames, o nível de radiação ainda dentro do limite considerado seguro.
No Brasil, o método já está disponível em alguns hospitais particulares, centros de diagnóstico e hospitais públicos especializados, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da USP (Inrad). No entanto, a maioria dos planos de saúde não cobre o procedimento, que custa entre 500 e 800 reais. Por isso, no país, o exame ainda é utilizado como um complemento quando há alguma dúvida sobre o resultado da mamografia ou para o diagnóstico nas mulheres com sintomas clínicos.
Embora o exame ainda não esteja amplamente disponível no país, ele pode ser uma arma ainda melhor para um grupo específico de pacientes: o de mulheres jovens, com mamas mais densas.
Aqui no Brasil ainda não existe uma recomendação formal de utilização da tomossíntese no rastreamento. Mas a gente sabe que para mamas de pacientes mais jovens, que chamamos de mama densa, a tomossíntese é melhor porque diminui a sobreposição de tecido. Então muitos médicos já pedem esse exame como rastreamento para essas pacientes diz Balaro.
Os especialistas acreditam que o crescente número de evidências a favor da tomossíntese associado à redução do custo do exame devem fazer com que o uso da ferramenta seja propagado cada vez mais. Existe, inclusive, a possibilidade da tomossíntese eventualmente substituir a mamografia como ferramenta recomendada para o rastreio do câncer de mama.
Por outro lado, o oncologista Marcelo Bello, diretor do Hospital do Câncer III, acredita que antes de pensar em incorporar uma nova tecnologia para rastreio do câncer de mama no Brasil, é preciso ampliar o acesso à tecnologia que já existe. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a realização da mamografia anual, a partir dos 40 anos de idade. Nas pacientes de alto risco, os exames devem começar ainda mais cedo, em geral a partir dos 30.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele não melanoma. Segundo dados do Inca em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença no país. O câncer de mama é também a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.
Apesar das estatísticas, esse tipo de tumor está entre os mais tratáveis, especialmente com diagnóstico precoce.
Precisamos reforçar que o diagnóstico de câncer de mama não é uma certeza de morte. Os resultados do tratamento no diagnóstico precoce beiram a 95% de cura. Então é importante não ter medo de rastrear a doença que o câncer de mama diagnosticado na hora certa é tratado e curado afirma Bello.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 01/07/22
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ANS avalia incorporar 18 serviços de saúde no rol dos planos
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Após manifestação, empresa promete pagar salários atrasados de colaboradores do HMAP
FOLHA DE DOURADOS
ANS avalia incorporar 18 serviços de saúde no rol dos planos
Decisão do STJ que considerou rol taxativo dificultou o acesso a tratamentos não incluídos na lista
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) avalia a autorização para 18 pedidos de itens como exames, tratamentos e medicamentos que ainda não constam na lista coberta pelos planos de saúde.
A análise se dá após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), neste mês de junho, que considerou o rol taxativo. Ou seja, obriga o custeio apenas dos itens que constam nele e consolida uma nova jurisprudência sobre o tema. Desde então, entidades se movimentam para pedir a ampliação da lista de procedimentos cobertos pelos planos.
Após a decisão do STJ, a Diretoria da ANS já aprovou a inclusão de tratamentos para transtornos globais do desenvolvimento, como o autismo, Asperger e Síndrome de Rett, de medicamentos para doenças degenerativas e aplicação de contraceptivo injetável, por exemplo. Atualmente, o rol conta com mais de 3.360 itens.
Na avaliação da conselheira nacional de Saúde e coordenadora adjunta da Comissão Intersetorial de Saúde Suplementar (Ciss) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Shirley Morales, a inclusão dos itens após a decisão do STJ deve ser avaliada de forma ampla.
"A gente sabia que teriam movimentos nesse sentido. Mas isso pode prejudicar a compreensão da sociedade como um todo sobre a gravidade da decisão do STJ. Essa restrição impossibilita tratamentos para doenças novas que podem surgir, como foi com a Covid-19, que você precisava de exame para diagnóstico, por exemplo.", pontua.
"Por mais que tenha essa ampliação, que é muito importante para esses grupos que estão se mobilizando, temos pessoas com doenças raras que não conseguem se mobilizar da mesma forma".
Um dos grupos que mostra preocupação com o rol taxativo é a Aliança Nacional LGBTI+. À CNN, a entidade afirmou que a decisão do STJ tem "potencial de lesar pessoas trans que precisam de procedimentos que a cada dia estão mais complexos e modernos". Em nota, a instituição destacou que se preocupa com a demora da ANS para incluir essas técnicas.
A Aliança também ressaltou que cirurgias para pessoas trans não devem ser encaradas como estéticas e que esperam que a abrangência do rol seja revertida pelo STF ou por lei aprovada no Congresso. Atualmente, cirurgias como a neovagina, neofaloplastia, histerectomia, mastectomia, já estão previstas no rol.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a resolução que prevê o rol de procedimentos de planos de saúde como taxativo. Ele também participa de outras ações como parte interessada ou amigo da corte, mas que ainda precisam ir a julgamento.
O Idec recomenda que um paciente com indicação médica, que tenha um tratamento negado, deve buscar o direito ao atendimento na Justiça. Além disso, recomenda que seja averiguado se o caso atende a alguma das condições colocadas pelo STF como:
- Inclusão do serviço no rol não tenha sido negada expressamente pela ANS; - Tratamento/medicamento seja eficaz e tenha resultados comprovados; - Seja recomendado por órgãos técnicos de renome nacionais, como CONITEC e NATJUS, ou estrangeiros; - Judiciário busque, quando possível, informações junto a órgãos técnicos, sem que isso represente a mudança do andamento do processo para a Justiça Federal.
A CNN buscou a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) para pedir um posicionamento sobre como vê a movimentação contra o rol taxativo e a possibilidade de clientes se sentirem lesados pela negativa de tratamentos. Nossa reportagem aguarda um retorno.
Desde a decisão do STJ, a ANS aprovou a incorporação dos seguintes itens no rol:
- Cobertura de qualquer método ou técnica indicado pelo médico assistente para o tratamento do paciente que tenha um dos transtornos globais de desenvolvimento, como autismo e síndrome de Asperger.
- Medicamento alfacerliponase, para tratamento de pacientes com lipofuscinose ceroide neuronal (grupo de doenças neurodegenerativas) tipo 2.
- Procedimento para implante do dispositivo necessário para a administração do medicamento alfacerliponase (implante intracerebroventricular de bomba de infusão de fármacos).
- Aplicação de contraceptivo hormonal injetável (acetato de medroxiprogesterona + cipionato de estradiol e algestrona acetofenida + enantato de estradiol), para mulheres em idade fértil.
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O GLOBO
CGU afirma que Saúde desperdiçou 1,1 milhão de testes
Relatório aponta que pasta encaminhou exames RT-PCR perto da data de vencimento ao Instituto de Medicina Tropical da USP
Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a gestão do Ministério da Saúde indicou que a pasta deixou vencer cerca de 1,1 milhão de testes RT-PCR para detecção de Covid-19 e da infecção pelo vírus Influenza. A CGU afirma que o ministério "não geriu adequadamente" seus estoques, gerando a perda de R$ 37,3 milhões para os cofres públicos.
O caso foi revelado pelo jornal "Folha de S. Paulo" e confirmado pelo O GLOBO. De acordo com o documento, quando a data de validade dos testes estava próxima, o Ministério da Saúde encaminhou os insumos ao Instituto de Medicina Tropical de São Paulo da Universidade de São Paulo (USP) "em prazos extremamente exíguos".
Os exames perdidos já faziam parte de cerca de 2,1 milhões insumos doados ao ministério após a perda de 1,8 milhão de testes. Ainda assim, a pasta repetiu o erro.
O órgão de controle ressalta que, embora o Ministério da Saúde tenha recebido os exames com até 157 dias de validade, os insumos chegaram ao instituto quando estavam a apenas 8 a 17 dias de sua expiração. A CGU sustenta que a ocorrência evidencia a existência de problemas na logística da pasta, já que a "distribuição se deu às vésperas da perda de sua validade".
À CGU, o Instituto da USP afirmou que os testes foram destinados a pesquisas e que, por conta disso, puderam ser utilizados após a data de validade. Apesar da explicação, os técnicos da Controladoria destacaram que o caso gerou dano à política pública na área de saúde e mau uso do dinheiro público.
"O encaminhamento dos produtos à USP, com validades próximas ao vencimento e a sua utilização em finalidade distinta da originariamente prevista quando da sua aquisição, ratifica o desperdício de recursos públicos e o desvio de finalidade na aquisição realizada. Em apertada síntese, pode-se concluir que a doação de testes para fins de pesquisa, em vez de testagem da população, indica somente ter sido realizada para que a validade de tais produtos não viesse a expirar, de fato, sob propriedade do Ministério da Saúde", diz o documento.
RESPOSTA DA PASTA
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que "avalia com atenção" os apontamentos feitos pela CGU. Segundo a pasta, caso sejam constatadas inconformidades, elas serão corrigidas. O ministério disse ainda que as informações pedidas pela CGU serão repassadas ao órgão.
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A REDAÇÃO
Goiás tem apenas 4 leitos de UTI para casos de covid nos hospitais estaduais
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás conta com apenas quatro leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) nos hospitais estaduais para atender adultos com covid-19. A informação consta na plataforma atualizada em tempo real pela Saúde do Estado. Na tarde desta quinta-feira (30/6), por volta das 17h, a taxa de ocupação de UTIs para pacientes com covid chegava a 95%.
A rede estadual de saúde soma 86 UTIs para atender pacientes com complicações provocadas pelo novo coronavírus. Desse total, 73 estão ocupadas e outras nove estão bloqueadas, o que significa que já estão reservados para pacientes em atendimento. Dos quatro leitos disponíveis, três são no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano, em Uruaçu, e um no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia.
Casos em alta
O número de novos casos da covid-19 está em alta em Goiás. Só nas últimas 48 horas, segundo boletim da Saúde estadual, foram mais de 17 mil novas confirmações da doença. No mesmo período, também de acordo com o boletim, foram registradas 35 mortes em consequência da doença no Estado.
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O HOJE
Goiás tem quatro casos notificados de varíola dos macacos, sendo um fora da capital
A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO) informou, nesta quinta-feira (30), que há quatro casos notificados de varíola dos macacos (Monkeypox) no estado. Trata-se de uma mulher de 43 anos, moradora de Goiânia, que teve contato com uma pessoa de outro município do interior de Goiás, que apresentava sinais semelhantes. As outras duas notificações são de contatos próximos da mulher investigada em Goiânia, monitorados pela Vigilância Epidemiológica Municipal.
De acordo com a pasta, as amostras foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório de Saúde Pública (Lacen). A paciente e outras duas pessoas que moram na mesma casa, mas que não apresentam sinais e sintomas, estão isoladas e sendo monitoradas diariamente. Será feito o diagnóstico diferencial para outras doenças exantemáticas, e após a confirmação laboratorial, serão tomadas as medidas necessárias.
Enquanto o outro caso suspeito no interior do estado, a vigilância municipal repassou para o orgão de saúde local.
Como é considerado um caso suspeito?
A SES-GO explicou que são considerados os seguintes critérios para definição de caso suspeito da varíola dos macacos:
Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda (lesões na pele como feridas, caroços e bolhas), única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia (inchaço nos linfonodos do pescoço) ou relato de febre.
Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas, ou vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico, ou país com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
Histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.
Os casos que apresentam os critérios de definição são caracterizados como suspeitos. A partir de então, é desencadeado o processo de investigação por meio de exames laboratoriais para confirmar ou descartar a doença. O processo de investigação também contempla a busca ativa de contatos e o isolamento do paciente.
Casos confirmados no Brasil
O número de casos de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil chega a 37, segundo informações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. A secretaria confirmou ontem o sexto caso no estado. Agora, são cinco ocorrências na capital e uma na cidade de Maricá, no Grande Rio.
Já Minas Gerais confirmou o seu primeiro caso, um homem com 33 anos, que esteve na Europa no período entre 11 e 26 deste mês. Segundo a Secretaria de Saúde mineira, trata-se de um caso importado.
Segundo o Ministério da Saúde, São Paulo tem 28 casos confirmados. Somando-se os dois registros do Rio Grande do Sul e os do Rio e de Minas, o Brasil chega a 37 casos.
Preparo das equipes de saúde
A SES-GO aponta ainda que tem realizado capacitações rotineiras com médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde voltados à identificação, conduta a ser adotada, diagnóstico, tratamento e outros protocolos.
Uma dessas capacitações foi realizada nesta quarta-feira (29), com participação de especialistas da área de epidemiologia e vigilância laboratorial.
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Plano de saúde goiano fornece cirurgia de emergência a criança com hidrocefalia após negar procedimento
O plano de saúde Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico irá efetuar uma neurocirurgia de emergência em uma criança de cinco anos, após ter negado o procedimento. A liminar foi feita pela 2ª Defensoria Pública Especializada de Atendimento Inicial em Saúde da Capital e deferida nesta terça-feira (28/6).
Emanuele Ovanoith, de apenas cinco anos, foi diagnosticada com hidrocefalia logo após o nascimento. A menina já passou por outros procedimentos cirúrgicos enquanto era recém-nascida, com um ano de idade, e também aos quatro.
Entretanto, recentemente, Emanuele apresentou novos sintomas ao se consultar. Nos exames de emergência, foi constatado siringomielia em progressão, ou seja, o desenvolvimento de um cisto com conteúdo fluido dentro da medula espinal.
Assim como a existência de dilatação ventricular, que corresponde a uma dilatação das cavidades de líquor dentro do crânio, e um cateter proximal em posição inadequada.
Com isso, o médico recomendou uma neurocirurgia de urgência. O profissional de saúde também informou que a demora do procedimento pode levar à piora progressiva da criança, o que pode causar sequelas irreversíveis.
Após o pedido ser encaminhado para o plano de saúde, ele foi recusado. A agência alegou uma carência contratual, mesmo a cirurgia sendo categorizada como de urgência.
Plano de saúde
Segundo a defensoria pública, a terapia indicada pelo médico está inserida no rol de procedimentos mínimos e obrigatórios elencados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além disso, a criança tem chances de eficácia do tratamento reduzidas, podendo chegar ao óbito pela demora no procedimento.
De acordo com a mãe da menina, Michele Ovanovith, apesar de sempre pagar o plano de saúde, a cirurgia ainda foi negada. “O pedido nem chegou para a auditoria, eles negaram quase imediatamente após o pedido. E quando eu procurei a auditoria da Unimed para poder falar do caso, eles apenas falaram que estavam amparados pela lei”, conta.
A médica que acompanha o caso relata que, essa não foi a primeira vez que a Unimed se recusou a realizar os exames pedidos em caráter de urgência. “Eu tive que gastar mais de R$ 3 mil para poder fazer a ressonância magnética e a tomografia da Emanuele de forma particular, porque era urgente e eles falaram que ainda estava na carência”, relatou Michele que saiu recentemente do emprego para poder acompanhar a filha nos novos procedimentos.
Liminar
Na decisão do juízo, foi considerado o entendimento jurisprudencial de que os serviços prestados pelo plano de saúde devem assegurar a cobertura de casos de emergência ou urgência.
“Negar a autorização de tratamento do qual necessita a autora é conduta abusiva, ilegal e atentatória aos mais comezinhos princípios que regem a relação consumerista”, afirma a defensora pública Michelle Bitta, titular da 2ª Defensoria Pública Especializada de Atendimento Inicial em Saúde da Capital.
No deferimento da liminar, foi determinado que o plano de saúde forneça o tratamento integral de Emanuele, em especial a neurocirurgia de urgência, no prazo máximo de 72 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Unimed Goiânia na tarde desta quinta-feira (30/6), mas não obtivemos retorno. O espaço para posicionamento segue em aberto.
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MAIS GOIÁS
Após manifestação, empresa promete pagar salários atrasados de colaboradores do HMAP
Em reunião com os servidores, terceirizada prometeu pagar todos os débitos até segunda-feira, dia 4 de julho
Colaboradores do Hospital Municipal de Aparecida Iris Rezende Machado (HMAP) realizaram uma manifestação pacífica para cobrar o pagamento de salários atrasados há dois meses. Em resposta, a CSMed (Carvalho Serviços Médicos), que é uma empresa terceirizada pela Organização Social (OS) Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), realizou, nesta quarta-feira (29), uma reunião com os servidores e prometeu pagar todos os débitos até segunda-feira, dia 4 de julho.
Ao Mais Goiás, profissionais relataram ter sido despedidos do HMAP sem aviso prévio, horas antes de gestão do hospital ser passada do IBGH para o Hospital Albert Einstein, no dia 1° de junho. Com isso, salários referentes a abril e maio estão atrasados até hoje e ainda não foram pagos os direitos trabalhistas pelo tempo de serviço prestado.
Uma das servidoras, que optou por não se identificar, explicou que cerca de 30 pessoas participaram da manifestação. Muitas outras não tiveram dinheiro nem para ir até o local. “São pessoas de cargos diferentes, técnicos em enfermagem, psicológicos, assistente social, fisioterapeutas, fonoaudiólogos”, afirma. Estima-se que 180 colaboradores foram afetados.
Ainda segundo a servidora, ela está passando dificuldades com os quatro filhos que tem, por não receber os salários. “Estou a procura de outro emprego, mas preciso do meu salário e do acerto trabalhista”, afirma.
Terceirizada promete pagar salários atrasados
Em nota, a CSMed disse que não recebeu os repasses do IBGH e que também foram pegos de supresa no dia 1° de junho por também terem seus contrados encerrados ‘de forma abrupta e sem aviso prévio’. Em razão disso, a empresa atualmente está com ‘dificuldades financeiras’ para pagar os salários dos trabalhadores e as rescisões trabalhistas.
“Estamos tentando todas as formas possíveis receber pelos serviços prestados. Três notificações extrajudiciais já foram protocoladas no IBGH, na tentativa de recebermos e cumprir com nossas responsabilidades. Mas, diante da falta de resposta do IBGH, estamos buscando recursos financeiros no mercado, para cumprir com esses pagamentos. Todos serão pagos. Em reunião com nossos colaboradores, pedimos um prazo até segunda-feira dia 04/07/22 para que todos os débitos sejam pagos”, prometeu a CSMed.
O que diz o IBGH?
Em reportagem publicada dia 18 de junho, o IBGH disse ao Mais Goiás que a empresa “não está mais no HMAP”. Quando questionados sobre o não pagamento de salário ser referente ao período em que a OS ainda geria o hospital, não houve resposta.
Segundo a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia “o contrato com o IBGH para gerenciamento do Hospital Municipal de Aparecida vigorou até 31 de maio, com todos os repasses da pasta realizados pontualmente”. Diz, ainda, que não realizou qualquer acordo com a tercerizada.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 30/06/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) acertam fusão
Três casos suspeitos de varíola dos macacos são monitorados em Goiás
Caiado garante doação de terreno para construção de Hospital do Câncer
Goiás tem mais de 10,1 mil casos conhecidos de Covid nas últimas 24 horas
Polícia investiga morte de médica em banheiro de hospital em Pirenópolis
Medicina personalizada: futuro da saúde exige tecnologia e ampliação do acesso
EXAME
Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) acertam fusão
A combinação de negócios entre as duas empresas do setor de saúde criará um grupo com 16% de participação do mercado
A rede de laboratórios Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) acertaram nesta quinta-feira, 30, a combinação dos negócios.
A fusão era um negócio ventilado há anos por sócios das empresas e analistas do setor. A fusão entre Fleury e Hermes Pardini criará um grupo que representaria 16% do mercado.
Segundo a Fleury, a fusão elevará o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) anual em até R$ 190 milhões.
Segundo a rede de laboratórios, essa combinação de negócios "aumentará a competitividade e a presença nacional".
A Fleury pagará R$ 2,1541 por ação ordinária da Hermes Pardini para realizar a operação ou uma troca de ações de 1:1,2135.
A Hermes Pardini continuará usando sua marca após a fusão.
Série de fusões e aquisições da Fleury (FLRY3)
A rede de laboratórios está realizando uma série de fusões e aquisições desde o começo de 2021.
A operação com a Hermes Pardini seria a oitava dos últimos meses para a Fleury.
Em entrevista ao EXAME In em maio, a presidente da Fleury, Jeane Tsutsui, tinha declarado que "nossas últimas transações são todas no sentido de desenvolver um ecossistema para expandir em diversas áreas, na jornada de cuidado do indivíduo".
No primeiro trimestre de 2022, o faturamento da Fleury aumentou 22%, para R$ 1,09 bilhão. O Ebitda recorrente cresceu 14,4% e somou R$ 326,6 milhões. A margem Ebitda encolheu um pouco, passando de 32% para 30%. O número de clientes atendidos no primeiro trimestre cresceu 20,3%.
Em 2021, a receita da Fleury cresceu 30,1%, chegando em um recorde de R$ 4,172 bilhões.
Essa expansão acelerada foi possível graças ao crescimento orgânico e as aquisições realizadas ao longo do ano.
No ano passado o lucro líquido ajustado da Fleury cresceu 37,3% na base anual, para R$ 374,7 milhões.
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A REDAÇÃO
Três casos suspeitos de varíola dos macacos são monitorados em Goiás
Adriana Marinelli
Goiânia - Há três casos suspeitos de varíola dos macacos em Goiás, sendo todos na capital, segundo informações repassadas ao jornal A Redação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) nesta quarta-feira (29/6).
O primeiro caso passou a ser monitorado no início da semana. Trata-se de uma mulher de 43 anos. Os outros dois casos são de pessoas que tiveram contato com ela, também de acordo com a SES-GO. Todos os pacientes estão em isolamento domiciliar e os casos são acompanhados por autoridades de saúde.
A SES-GO informou que alguns dos critérios para suspeitar de varíola dos macacos são: apresentar lesões características da doença, ter histórico de contato com casos suspeitos ou confirmados, ou ter se deslocado para locais onde há uma transmissão sustentada do vírus.
O Ministério da Saúde divulgou, nesta quarta-feira (29), que o Brasil tem 21 casos confirmados de varíola dos macacos. Outros 23 casos estão sendo investigados.
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JORNAL OPÇÃO
Caiado garante doação de terreno para construção de Hospital do Câncer
Por Redação
Terreno com área de 17 hectares, localizado em Goiânia, pertencia ao governo federal
Eduardo Marques e Giselle Vanessa Carvalho
O governador Ronaldo Caiado (UB) viabilizou de forma definitiva a doação de um terreno da União para construção do Complexo Hospitalar Oncológico, em Goiânia. Tendo como referência o Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, a unidade deve contar com alas de internação, ambulatório, recuperação, quimioterapia, radioterapia, cirurgia, tecnologia em robótica, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e um amplo setor para abrigar familiares de pacientes oncológicos que estiverem em tratamento e cujas residências sejam nos municípios do interior de Goiás. Os acertos finais ocorreram junto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) durante agenda nesta quarta-feira, 29, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Na ocasião, foi assinado ato de doação da propriedade onde será construído o complexo. O local inicialmente pertencia à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Depois, a área esteve sob domínio da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), do Ministério da Economia. Agora, pertence efetivamente ao Governo de Goiás. As tratativas sobre a cessão do terreno e para sanar entraves burocráticos que dificultavam a execução do projeto foram iniciadas neste mês de junho junto ao Ministério da Economia. No início do mês o governador esteve com o Secretário Adjunto de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Mauro Benedito de Santana Filho, em Brasília. Na ocasião, o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou positivamente à doação da área de 17 hectares. “Não existe coisa mais nobre do que essa. Como a gente vai negar? Está decidido”, afirmou.
A unidade, que será referência em tratamento oncológico no Estado, será construída na BR-153, no Residencial Barravento, em Goiânia, próxima à Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO), na área de 136,4 mil metros quadrados doada pelo Governo Federal. Além do apoio da União, a viabilização do complexo contou com parceria com a Prefeitura de Goiânia e com a Câmara Municipal da Capital goiana. O legislativo aprovou em regime de urgência, no início deste mês, projeto do Executivo que isentou o poder público estadual do pagamento da Taxa de Aprovação de Desmembramento da área destinada à construção do Complexo Hospitalar Oncológico. O tributo estava fixado em R$ 269 mil.
O governador reconheceu o trabalho dos vereadores de Goiânia para avanço no projeto, com isenção das taxas. “A Câmara Municipal de Goiânia exerceu um papel importante para acelerarmos essa etapa burocrática, demonstrando sensibilidade com a saúde do povo goiano”, avalia Caiado. “É um hospital que sempre foi o meu sonho”, diz . “Trata-se de algo inédito que vai garantir atendimento e tratamento médico-hospitalar de qualidade para crianças, mulheres, idosos e pacientes em geral, que poderão contar com um espaço humanizado e adequado com os melhores padrões internacionais na área da saúde”, acrescenta o governador.
Segundo ele, o complexo vai consolidar a rede estadual de tratamento oncológico, iniciada com a implantação de uma ala no Hospital Estadual do Centro-Norte (HCN), em Uruaçu. “Goiás não tinha atendimento em oncologia na rede pública estadual e vamos corrigir isso”, garante o governador. A construção do complexo faz parte de uma ampla reformulação da assistência em Saúde em Goiás, iniciada com a regionalização da rede estadual, com abertura de policlínicas e hospitais regionais. “Vai ser algo que vai mudar o perfil da Saúde no Estado de Goiás”, sublinha o líder do Executivo.
Conforme dados da Secretaria de Saúde, o HCN conta com 36 leitos de internação, capacidade para realização de cirurgias e 22 poltronas para a realização de até 750 sessões de quimioterapia mensalmente. A unidade recebe demanda clínica e cirúrgica, com estrutura de centro cirúrgico e UTI’s. O atendimento prevê clínica e cirurgia oncológica do aparelho digestivo, urologia, proctologia, dermatologia, pneumologia e ainda, serviço de quimioterapia. A regulação é de responsabilidade do Complexo Regulador Estadual (CRE).
Também está em fase de implantação a unidade de transplantes do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), que contará com estrutura moderna em uma área de 644 m², e terá um total de 32 leitos, sendo seis exclusivos para transplante de medula óssea. Após a inauguração, e credenciamento do novo serviço pelo Ministério da Saúde, o Serviço de Transplante de Medula Óssea do HGG terá a capacidade de realizar no mínimo seis transplantes por mês (transplante autólogo), além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes por mês.
A ação também foi destacada pelo secretário de Saúde, Sandro Rodrigues, que considera fundamental a ampliação do atendimento em oncologia no Estado. “Organizamos o HCN para atender 91 internações e 65 cirurgias oncológicas por mês, com possibilidade de realizar até 700 sessões de quimioterapia mensalmente. Tudo será instalado para atender a demanda clínica e cirúrgica, com estrutura de centro cirúrgico e UTIs ”, explica o secretário.
Agora, o governador espera contar agora com apoio de deputados e senadores para agilizar o projeto, por meio da destinação de emendas. “Que destinem verba para que a gente possa, o mais rápido possível, tratar crianças de Goiás e todo Brasil, que venham a ser acometidas por esse mal”, pede. “É uma luta de longa data pela busca de um local que pudesse receber uma estrutura capaz de atender pacientes de oncologia infantil. Espero que essa obra se inicie rapidamente”, projeta.
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PORTAL G1
Goiás tem mais de 10,1 mil casos conhecidos de Covid nas últimas 24 horas
Boletim também indica 22 mortes pela doença neste período. Ao todo, já foram registrados quase 1,5 milhão de casos de coronavírus no estado.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
Goiás tem 10.153 casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), nesta quarta-feira (29). Os dados ainda mostram que foram registradas 22 mortes pela doença neste período.
Ao g1, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) ressaltou, no entanto, que apesar de terem sido registrados no sistema nesta quarta, os casos não necessariamente foram diagnosticados hoje.
Segundo a pasta, nesta quarta, a taxa de ocupação dos leitos estaduais de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para o tratamento da doença é de 93%, com 6 leitos disponíveis e 65 ocupados. Em relação à enfermaria, 55% estão sendo usadas e 27, das 60, estão disponíveis.
Ao todo, Goiás já registrou 1.496.413 casos e 26.869 mortes pela a doença desde o início da pandemia da Covid-19.
Já em relação à vacinação, o levantamento realizado pela SES-GO mostra que, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.791.407 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o estado.
Em relação à segunda dose e a dose única, foram imunizadas 5.180.202 pessoas. Já quanto a aplicação da dose de reforço, cerca de 2.402.321 pessoas foram vacinadas.
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Polícia investiga morte de médica em banheiro de hospital em Pirenópolis
Jayda Bento, de 26 anos, foi encontrada sem vida por colegas de trabalho. Delegado apura circunstâncias do ocorrido e informou que perícia deve apontar causa da morte.
Por Vanessa Martins, g1 Goiás
A médica Jayda Bento de Souza, de 26 anos, foi encontrada morta em um banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj) em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. A Polícia Civil investiga qual foi a causa da morte e se alguém deve ser responsabilizado.
A Fundação Universitária Evangélica, responsável pelo Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime, lamentou a morte da profissional e disse que “todas as informações foram repassadas às autoridades competentes pela investigação do caso”.
Segundo o delegado Tibério Martins, a vítima foi encontrada pelos colegas de trabalho no sábado (25), próximo ao horário em que deveria assumir o plantão na unidade.
"O pessoal abriu a porta do quarto [em que ela estaria] e ouviu a torneira ligada no banheiro. Bateram na porta, ela não respondia, então arrombaram e encontraram o corpo dela lá", descreveu.
Tibério disse que, ao lado de Jayda, havia um frasco de remédio e uma seringa. De acordo com ele, deve ser apurado o regime de trabalho da jovem no local, se há envolvimento de outra pessoa e se ela morreu em decorrência de um choque anafilático - uma reação alérgica grave que pode ser fatal.
O delegado contou que estava indicado no frasco um tipo de anestésico, que "é usado para regulagem do sono", mas que a confirmação de qual substância pode ter sido usada pela médica e com qual intuito são objetos da investigação e dependem de resultados de perícia.
Questionado se há suspeita de que a médica estaria com sobrecarga de trabalho, o delegado disse que a questão também será apurada.
"Sobre o horário de plantão, circulou essa informação [de que a médica estaria trabalhando há 60 horas direto] pelas redes sociais, mas o hospital já desmentiu esta carga horária. Em todo caso, será apurado o regime de trabalho dela no ambiente hospitalar. [...] Nós não descartamos nada nesse sentido, se com o andamento das investigações for informado que esse medicamento era de uso frequente dos médicos, aí teremos mais essa linha para apurar", explicou.
A fundação que administra o hospital disse que a médica estava no seu segundo plantão desde que foi contratada como plantonista e que não procede a informação de que ela estaria sob carga excessiva de trabalho na unidade.
As investigações devem contar com trabalho da Polícia Técnico-Científica para esclarecer o que realmente levou à morte da médica.
Homenagens
Nas redes sociais, Jayda recebeu várias mensagens de carinho e despedida de amigos e familiares. Várias publicações lembraram a médica como uma pessoa “divertida”, “companheira”, “leal”, “rica de alma”, “intensa” e amada. Uma das pessoas escreveu:
“É triste que sua passagem neste mundo tenha sido tão breve, mas tenho certeza que você viveu intensamente, aproveitou cada minuto, foi uma pessoa incrível e amada".
Outra amiga se declarou lembrando da importância da amizade e presença de Jayda.
"Tenho muita gratidão a Deus por ter me permitido falar no seu último dia aqui na Terra aquilo que devíamos falar diariamente pra quem é especial pra nós: que eu te amava. E tive a honra de receber sua resposta a tempo. [...] Ainda não consigo acreditar que toda essa energia contagiante não vai estar mais perto de mim. Você deixou pra mim um imenso legado de sua enorme resiliência. Obrigada por tudo! Lembrarei de você sempre com um sorriso no rosto e do seu abraço casa".
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SAÚDE BUSINESS
Medicina personalizada: futuro da saúde exige tecnologia e ampliação do acesso
Em entrevista exclusiva para o Portal Saúde Business, Marcelo Oliveira - Head de Medicina Personalizada da Roche Farma Brasil - discute presente e futuro da personalização na saúde.
“Não consigo enxergar uma medicina no futuro sem uma abordagem personalizada”. Foi com essa frase que Marcelo Oliveira, Head de Medicina Personalizada na Roche Farma Brasil, abriu a conversa em uma entrevista exclusiva ao Saúde Business. Com a missão de liderar o desenvolvimento da área no País, Marcelo defende que a medicina personalizada pode oferecer soluções inovadoras que vão muito além do diagnóstico de precisão, mas que também contemplam testagem genômica, Big Data, estudos de vida real e apoio à decisão clínica, gerenciando custos do sistema e gerando insights para o desenvolvimento de medicamentos e novas abordagens terapêuticas.
Esse é um tema considerado estratégico: no Brasil, a empresa investiu no último ano cerca de R$9 milhões em medicina personalizada. Dois movimentos recentes, em 2018, foram importantes para posicionar a Roche como um player central nessa área. O primeiro deles foi a compra da Foundation Medicine, referência global na realização de testes genômicos em tumores, focada em municiar médicos com informações mais precisas sobre os biomarcadores e ajudar na decisão clínica sobre a abordagem terapêutica. O segundo movimento tem a ver com dados: a Roche adquiriu no mesmo ano a healthtech FlatIron Health, dedicada ao mapeamento das informações de jornada do paciente oncológico em prontuários eletrônicos de hospitais americanos, realizando a extração, a curadoria e a publicação de dados reais.
“Acredito que um ponto importante da forma como escolhemos trabalhar é que a Roche, globalmente, é uma empresa disponível para parcerias com qualquer instituição de saúde que nos ajude a ter uma visão mais ampla sobre os sistemas, inclusive os nossos competidores”, comenta Oliveira. No Brasil, um exemplo dessa abordagem é a parceria da empresa com a Clínica AMO, em um projeto que identifica ineficiências na jornada do paciente com câncer de pulmão. “A partir dos dados obtidos nessa parceria, estamos desenvolvendo em conjunto uma solução automatizada que ajuda na tomada de decisão clínica. Ou seja, usamos testes genéticos sim, mas também a captura de dados, para identificar custos desnecessários e ineficiências de forma geral. Isso é medicina personalizada também”, defende.
De acordo com Oliveira, existe uma tendência a pensar a medicina personalizada apenas sob a ótica do tratamento oncológico ou de doenças raras. “Essa não é uma percepção errada, mas é limitada. Existem múltiplas outras aplicações de medicina personalizada em áreas terapêuticas diversas, ligadas à jornada como um todo. Na medicina personalizada, diagnóstico e tratamento caminham juntos, Falando do paciente oncológico, por exemplo, podemos aplicar soluções personalizadas em diferentes estágios de sua doença. Eventualmente, no futuro, será possível agir inclusive antes do diagnóstico, antecipando abordagens terapêuticas e monitorando com testes genéticos a evolução da doença”, vislumbra.
Uma tecnologia destacada por Oliveira é o NAVIFY Tumor Board, um software que reúne e concentra o fluxo de informações e dados clínicos, de imagem e genéticos sobre os pacientes de determinada instituição, permitindo que os médicos responsáveis pela oncologia daquela instituição possam olhar para os dados completos desse paciente e a partir deles tomar as melhores decisões clínicas, tendo por base a jornada personalizada desse paciente.
Jornada do paciente, dados compartilhados e o desafio do acesso
Para que a medicina personalizada prospere de fato, a intercambialidade dos dados é fundamental. Diante de pressões externas, como as regulamentações previstas na LGPD e na GDPR, a responsabilidade com os dados é ainda mais sensível. “É importante que as instituições compreendam e comuniquem os benefícios que a análise de dados dos pacientes pode gerar, para que a população também se sinta segura em compartilhar seus dados com as instituições. Essa é uma responsabilidade compartilhada por todos os atores do sistema de saúde”, complementou.
“Se as instituições não estiverem dispostas a compartilhar as informações, será ainda mais difícil identificar e criar soluções que corrijam dificuldades na jornada do paciente”, acredita Oliveira. “É impossível tornar a medicina personalizada uma realidade sem uma ação conjunta. Não podemos fazer isso sozinhos. Sem a intercambialidade dos dados, não vamos conseguir tomar decisões amplas e que de fato transformem o setor”, defendeu.
A transformação defendida pela Roche exigiu, inclusive, mudanças internas. Nos últimos 5 anos, a empresa investiu em mudanças, por exemplo, no perfil de profissionais do trabalho de campo. No lugar do tradicional representante farmacêutico, a Roche hoje trabalha com profissionais focados na jornada, os “Patient Journey Partners”, responsáveis por atuar dentro das instituições e entender todos os aspectos da jornada dos pacientes, propondo projetos de melhoria. “Saímos de um modelo focado em vendas para, em campo, colocar nossos profissionais à disposição das instituições para entender como podemos ajudar. Entendemos que melhorar uma instituição ajuda a melhorar os resultados de toda a jornada, em uma reação em cascata”, conta Oliveira.
Embora a integração entre os sistemas seja um dos grandes desafios para o setor, outra questão surge como prioridade para a empresa: o acesso. “A medicina personalizada só vai se tornar uma realidade quando ela for acessível. Hoje no Brasil já existe tecnologia para que um paciente com Câncer de Pulmão, por exemplo, realize testes genômicos e tenha acesso a um tratamento personalizado completo. Mas essa realidade não está disponível para todos”, explica. “Sabemos que o SUS tem desafios muito sérios com a saúde. Por isso, fazemos questão de incluir o Governo nessa conversa, compartilhando os resultados e propostas, para buscarmos em conjunto opções que viabilizem o acesso a essas soluções”, conta.
Nos próximos 10 anos, a Roche quer trazer de 3 a 5 vezes mais inovação, se possível com metade do custo para a sociedade. “Não falamos apenas de redução de preço da tecnologia, mas também na ampliação do acesso, fazendo com que essas soluções estejam disponíveis para o paciente certo, no momento certo, e da maneira correta. Tratar o paciente de forma personalizada torna todo o sistema mais eficiente”, defende Oliveira. “Nossa matriz aqui no Brasil trabalha com a inspiração de não deixar nenhum paciente para trás. Esse é um cenário idealizado, mas com isso queremos dizer que estamos, do diagnóstico ao tratamento, fazendo parte das jornadas de pacientes com doenças difíceis, como cânceres, esclerose múltipla, hemofilia, doenças raras… Nossa intenção, com a medicina personalizada, é tornar a jornada desses pacientes o mais eficiente e fluida possível, com abordagens personalizadas e direcionadas. E se, ao longo do tratamento, ele foi capaz de manter sua qualidade de vida e se manter ativo, vivendo em sociedade, esse é o nosso legado - e por si só, é uma contribuição para a sociedade em si”, finaliza.
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Assessoria de Comunicação
Em menos de 2 anos, Central de Compras da Ahpaceg proporciona economia de cerca de R$ 23,5 milhões aos associados
O mais recente histórico de negociações da Central de Compras da Ahpaceg, apresentado aos associados pela farmacêutica Ana Valéria Miranda, revelou o grande sucesso deste serviço criado pela Associação há quase dez anos.
Responsável pela negociação de compras coletivas de medicamentos, demais produtos e serviços na área da saúde, a Central de Compras proporcionou aos usuários uma economia de cerca de R$ 11,5 milhões em contratos firmados entre 2020 e 2022.
Apenas na compra de 12 itens soluções parenterais, os associados economizaram mais de R$ 15 milhões nos primeiros cinco meses de 2022. Em outro contrato, a economia entre julho de 2020 e dezembro de 2021 foi de mais de R$ 3,9 milhões. Em um terceiro contrato, a economia também foi de mais de R$ 3,9 milhões em 2021.
O restante economizado foi observado em contratos nas áreas de engenharia clínica, gestão de resíduos de serviços de saúde, softwares, medicamentos e outros.
Negociações
Além dessa redução de gastos proporcionada pelas compras coletivas, a Central de Compras tem tido uma atuação expressiva também em negociações para garantir o abastecimento das instituições associadas durante esse período de crise no mercado brasileiro e internacional.
Foi o que aconteceu, por exemplo, durante o primeiro ano da pandemia, quando a Central de Compras negociou a importação de medicamentos em falta no mercado nacional.
A Central de Compras está disponível a todos os associados da Ahpaceg e seu trabalho visa a aquisição de produtos e serviços com menor preço e maior qualidade.
CLIPPING AHPACEG 29/06/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Mortes por data real da covid voltam a subir, mas seguem baixas
Mulher morre após lipoaspiração e família denuncia médico no DF
Fila de espera por transplante no País cresce 30,4% e chega a 50 mil pessoas
Goiás registrou 40 abortos legalizados de vítimas de estupro na rede pública estadual desde 2021, diz hospital
CCJ da Câmara aprova piso salarial para enfermagem
Anahp lança publicação para estimular a qualidade hospitalar
Goiás monitora primeiro caso suspeito de varíola dos macacos
Goiana ganha decisão judicial que obriga plano de saúde a pagar por retirada do útero
Profissionais de saúde temem a aplicação do remédio mais caro do mundo; entenda
Duas crianças morrem por dia devido a Covid-19 no Brasil
PODER 360
Mortes por data real da covid voltam a subir, mas seguem baixas
Depois de abril de 2022 ter o menor número de mortes por covid desde março de 2020, os óbitos tiveram leve alta em maio e em junho. É o que mostram os dados de mortes por data real ( sobre a estatística abaixo).
As mortes estavam em queda desde o final de janeiro de 2022, quando o Brasil enfrentou o pico da ômicron, variante mais transmissível do coronavírus. E voltaram a subir com o aumento atual de casos por causa das baixas temperaturas.
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Os números da covid-19 divulgados diariamente (óbitos por data de notificação) se referem à quantidade de vítimas informada às autoridades em 24 horas -não à data em que essas pessoas morreram. Só a estatística de mortes por data real mostra quantas pessoas de fato morreram em cada dia.
O dado, no entanto, demora para ser computado. Dessa forma, os números das últimas semanas ainda vão aumentar. Isso porque 3% dos óbitos ainda não tiveram sua data de ocorrência definida.
Os números foram divulgados no último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Eis a íntegra (9 MB) do documento, publicado na 2ª feira (27.jun).
O gráfico abaixo mostra que o número de mortes (por data de registro ou data real de ocorrência) caiu brutalmente nas últimas semanas, sinalizando o arrefecimento da covid-19.
Abril de 2022 foi o mês com menos mortes por covid-19 no Brasil desde março de 2020, quando foi registrada a 1ª vítima da doença no país. Até agora, 1.209 óbitos foram contabilizados naquele mês. Maio já tem 1.423 mortes computadas -alta de 18% frente a abril. Junho, com dados até dia 20, soma 1.520 (26% de aumento ante abril).
Os números, no entanto, continuam muito abaixo do auge da pandemia: em março de 2021, foram 81.622 mortes por causa da covid-19.
O recorde de óbitos neste ano foi em 27 de janeiro, quando 961 pessoas morreram pela covid-19. O dia com mais mortes durante toda a pandemia foi em 29 de março de 2021, com 3.492 vítimas da doença. É quase o quádruplo dos óbitos de 27 de janeiro.
MORTE DE COVID POR DATA REAL
Há duas estatísticas de mortes por covid-19. A mais conhecida é a das notificações: esse número é divulgado diariamente no Poder360.
O outro dado, mais preciso, é a data real da ocorrência do óbito. Mostra o dia em que as pessoas de fato morreram. Esse registro permite verificar de maneira mais precisa o estágio em que a pandemia se encontra.
Os gráficos desta reportagem mostram a diferença das duas estatísticas. Em laranja, está a quantidade de vítimas confirmadas em 24h pelo Ministério da Saúde -cada um desses óbitos pode ter ocorrido em diferentes datas. Já em azul está a quantidade de pessoas que de fato morreram naquele dia.
OÂ Poder360Â é o único veículo brasileiro que publica com frequência as estatísticas de mortes pelas datas em que realmente se deram. Saiba aqui como e de onde o jornal digital obtém dados sobre a pandemia.
O último boletim do Ministério da Saúde traz dados até meio-dia de 20 de maio. Das 669.390 mortes confirmadas até esse dia, 651.791 têm a data real conhecida. Ou seja, ainda não se sabe exatamente em que dia aconteceram 3% das mortes registradas até a última atualização dos dados.
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O ESTADO DE S.PAULO
Fila de espera por transplante no País cresce 30,4% e chega a 50 mil pessoas
Pelo menos nove pacientes morreram por dia à espera de transplante no primeiro trimestre deste ano, segundo relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto). Enquanto isso, a lista ativa de pacientes adultos e pediátricos em espera ultrapassou os 50 mil. Foi um crescimento de 30,45% desde o início da pandemia de covid-19.
A crise sanitária causou aumento nas contraindicações médicas de doação e represamento de procedimentos, além de ampliar as mortes de pacientes em lista de espera. Mesmo com o aparente arrefecimento da pandemia, os dados do primeiro trimestre não são animadores, na visão de especialistas.
Presidente da Abto, Gustavo Ferreira destaca que a pandemia desestruturou o programa de transplante no Brasil, ao provocar impacto negativo no número de procedimentos e de doações, que vinham em alta. A queda se deu, explica Ferreira, por dois motivos principais: insegurança de movimentar um paciente debilitado e expô-lo ao vírus e por causa da pressão no sistema de saúde, que paralisou alguns centros de transplante e reduziu a ação de outros.
Em 2020, o Ministério da Saúde recomendou "contraindicação absoluta" para doação de órgãos e tecidos em caso de doador com teste positivo, por exemplo. A taxa de contraindicação passou de 15% em 2019, para 23% em 2021, reduzindo a efetivação das doações.
A mortalidade em fila também progrediu. Foram mais de 4,2 mil mortes em 2021, número que foi de 2,5 mil em 2019. Isso tem forte ligação com a contaminação por covid. "São pacientes mais vulneráveis", destaca Ferreira. Mais de 71% eram pacientes à espera de transplante renal, que precisam fazer hemodiálise ao menos três vezes na semana.
O ano passado foi um dos piores para a atividade, especialmente o primeiro trimestre. Em números absolutos, os três meses iniciais de 2022 foram um pouco melhores. Na projeção anual, porém, "não foi bom", destaca Valter Duro Garcia, responsável pelos transplantes renais na Santa Casa de Porto Alegre e editor do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Abto. No editorial trimestral, escrito por ele, a associação projeta queda nas taxas de transplantes de rim (-13,8%), fígado (-11,5%) e coração (-12,5%).
A taxa de efetivação de doação passou de 26,2% no fim de 2021 para 24,3% no primeiro trimestre deste ano. A queda foi acompanhada pelo crescimento da não autorização familiar para doação, que chegou a 46% - era 42% em 2021.
A contraindicação médica caiu, ficando em 21%, mas segue alta levando em consideração os níveis pré-pandemia. Em março, o governo flexibilizou as regras de doação em relação à covid para retomar os índices de antes da doença.
O QUE FAZER
Para atingir os níveis de 2019, Garcia destaca que é preciso "crescimento substancial" até o fim do ano. Ele aponta ser necessário aumentar a efetivação da doação e melhorar o aproveitamento de órgãos. E, principalmente, aprimorar o acolhimento a famílias de potenciais doadores. É preciso encarar também a desigualdade regional. "Os maiores centros de transplante estão localizados nas Regiões Sudeste e Sul. Enquanto Norte e Nordeste têm menor número dessa atividade", diz Gustavo Ferreira, presidente da Abto.
O Ministério da Saúde afirmou ter lançado o Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (Qualidot), com investimento de R$ 26 milhões, para qualificar estabelecimentos que atuam nesses procedimentos. O governo ainda destacou que atua na formação de profissionais para que façam o acolhimento das famílias.
ENQUANTO ESPERAM
Na fila, pacientes relatam piora do quadro, medo de pegar covid e perda de autonomia. Veneranda Gama da Silva, de 40 anos, ficou cerca de um ano e meio na fila de transplante hepático. Conseguiu fazer o procedimento em julho do ano passado, quando já estava bastante debilitada. "Eu estava com 40 quilos. Fraquinha, fraquinha. Só couro e osso." Isso prejudicou sua recuperação.
A espera poderia ter sido menor. Para fazer o transplante, ela deixou Rio Branco, no Acre, e veio para a capital paulista. A viagem, que estava marcada para março de 2021, só pode ocorrer um mês depois. "O governado do Acre suspendeu todos os voos." Aquele mês foi um dos piores para ela. "Eu passava dois dias em casa e o resto no hospital." Além da dor, os dias na fila foram marcados pelo medo de deixar os quatro filhos desamparados - a mais nova tem 2 anos.
Necessitando de transplante duplo, de rim e pâncreas, desde 2020, Marla Patrícia Ramos, de 41 anos, temia ser infectada pelo coronavírus. "Quando peguei, chorei quase três dias seguidos achando que ia morrer", conta. Hoje, ela aguarda por um transplante de pâncreas. O de rim foi feito há três meses.
Conseguir vencer a fila significará uma oportunidade de, finalmente, voltar para casa. Cerca de quatro anos atrás, conta, os rins "pararam de funcionar" em decorrência da diabete. Para fazer hemodiálise, precisou se mudar de Iturama, em Minas Gerais, para Votuporanga, em São Paulo. "Estou com saudade da minha casa, da minha avó, da minha mãe", diz. "Tem três meses já que não vejo meus filhos."
Antonio Carlos Rodrigues de Sousa, de 44 anos, disse não ter tido medo de se infectar. "Até porque eu não saía. Era de casa para a hemodiálise." Essa foi sua rotina durante seis anos na fila de espera por transplantes de pâncreas e rim.
Morador de Vitória da Conquista, na Bahia, ele realizou em abril os transplantes em São Paulo. Dois meses após o procedimento, Antonio sonha em comer uma buchada e abrir uma loja. "Considero já ter uma vida normal. Agora é manter os cuidados e tocar o barco para frente."
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PORTAL G1
Goiás registrou 40 abortos legalizados de vítimas de estupro na rede pública estadual desde 2021, diz hospital
Goiás registrou 40 abortos legalizados realizados por vítimas de estupro na rede pública estadual desde 2021, de acordo com dados divulgados pelo Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o hospital é único da rede pública a fazer o procedimento legalizado no estado.
Segundo o Hemu, ao todo, contando com os casos decorrentes de violência sexual, foram realizados 48 procedimentos na rede estadual desde o início de 2021. Destes, 18 ocorreram este ano em pacientes com idades entre 11 e 39 anos. No entanto, a maior parte tinha de 20 e 35 anos.
No hospital, o procedimento é oferecido desde 2005. O g1 solicitou os dados dos procedimentos realizados anteriormente, mas a instituição não divulgou.
De acordo com a instituição, na rede pública, o aborto legalizado é feito seguindo as instruções da portaria nº 2.561, do Ministério da Saúde, que foi publicada em 23 de setembro de 2020.
O aborto legal é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é permitido em três casos, de acordo com a legislação brasileira:
No Hemu, a médica especialista em medicina do adolescente e coordenadora do ambulatório de apoio à vitima de violência sexual, Marce Divina de Paula, explica que as mulheres chegam até o hospital em busca do procedimento por "livre demanda" OU por encaminhamento.
"Pelo Código Penal Brasileiro, se exige apenas a vontade da mulher. Não se diz que precisa se ordem judicial e nem que precisa de um defensor. O código exige que se respeite a vontade da pessoa", diz Marce.
Atendimento
De acordo com a médica Marce Divina, quando uma mulher dá entrada no Ambulatório de Apoio à Vítima de Violência Sexual para a realização do procedimento, ela é atendida por uma equipe multiprofissional, que conta com médicos, psicólogos e assistentes sociais.
"Ela é recebida por uma enfermeira, consulta com um médico e expressa o que ela deseja fazer. A assistência é integral, já que a violência não causa dano apenas ao corpo", explica a coordenadora do ambulatório.
O próximo passo após a triagem é preencher o protocolo previsto na portaria do Ministério da Saúde, que deve ser assinado e aprovado por pelo menos três profissionais e pela diretoria técnica do hospital.
Marce explica que a aprovação do procedimento é comunicada à paciente durante uma etapa de entrevista, onde ela assina um termo de consentimento de riscos. Logo depois, são iniciados os protocolos para internação.
O que é necessário?
No único hospital da rede pública de Goiás que realiza o aborto legal são definidos os seguintes critérios para a realização do procedimento, conforme o que diz a legislação brasileira:
Como ele é feito?
De acordo com a norma técnica do Ministério da Saúde que regulamenta o aborto, sempre que possível deve ser oferecida à mulher a opção de escolha da técnica a ser empregada para a interrupção da gestação:
No Hemu, as três técnicas são oferecidas.
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METRÓPOLES
Mulher morre após lipoaspiração e família denuncia médico no DF
O marido de uma paciente que morreu após uma lipoaspiração no Distrito Federal abriu um boletim de ocorrência contra o médico cirurgião e denuncia que a família aguarda desde 18 de junho pelo prontuário do Hospital Daher, no Lago Sul, onde foi realizada a operação.
A advogada Elieni Prado Vieira, 56 anos, foi submetida a procedimento estético de hérnia umbilical, lipoaspiração do abdômen e abdominoplastia no dia 19 de maio. O cirurgião plástico trabalha em uma clínica privada, mas realizou a operação na paciente no Daher.De acordo com o policial militar Filipe Vieira Cedro, 27, filho de Elieni, ela teve alta no dia seguinte. No entanto, já no dia 21 de maio, a mulher começou a vomitar sangue, ficar pálida e apresentar falta de ar."No terceiro dia, eu liguei para a secretária do médico e falei que ela estava bem mal. Levamos minha mãe na clínica dele, na Asa Sul, e ele tranquilizou a gente, falou que era normal da cirurgia. Nós ficamos tranquilos naquele momento, mas, enquanto isso, ela já estava com hemorragia interna", comenta Filipe.
O filho da paciente, então, questionou uma amiga que já tinha feito lipoaspiração se ela passara por situação parecida. "Perguntei por quanto tempo ela sentiu esses sintomas e ela disse que não teve isso. Foi aí que fiquei preocupadíssimo."
"Se minha mãe tivesse feito exame de sangue logo quando começaram os sintomas, teria descoberto e poderia estar aqui ainda. Mas o médico cirurgião não pediu, eu que procurei a secretária dele para solicitar o pedido do exame", desabafa o filho."A gente conseguiu encaixe em outra clínica e ela fez exame de sangue. Na hora, o médico dessa outra clínica disse para ela correr para o pronto-socorro", conta.Ainda segundo Filipe, a mãe fez uma endoscopia em 29 de março deste ano e teve resultados normais. "Aí, depois dessa cirurgia, faltam que ela adquiriu uma úlcera", diz.
Prontuário
No dia 30 de maio, a mulher deu entrada na Unidade de Terapia de Intensiva (UTI) por 15 dias de um outro hospital privado. Em 14 de junho, Elieni não resistiu e veio a óbito.Conforme Filipe, a família fez a solicitação do prontuário médico ao Hospital Daher no dia 18 de junho, mas ainda não recebeu o documento. "Se for preciso exumar para fazer algum exame, por exemplo, essa demora deles pode comprometer demais", reclama o filho.De acordo com o marido da paciente, um homem de 50 anos que pediu para não ser identificado, a denúncia de erro foi registrada na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). Para a família, além de uma suposta falta de apoio correta do médico no pós-operatório, causa sofrimento a demora na obtenção do prontuário.
"Nós estamos em busca de saber se houve algum procedimento no Daher que desencadeou tudo isso. Só quero saber o que houve, porque agora ficamos eu e os meus três filhos e nós estamos sem chão", lamenta o esposo de Elieni.O que dizem os envolvidosO Metrópoles procurou o Daher e o médico denunciado, mas nenhum dos envolvidos respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações futuras.
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DIÁRIO DO GRANDE ABC
CCJ da Câmara aprova piso salarial para enfermagem
A CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou o texto da Proposta de Emenda à Constituição 11/2022, que dá segurança jurídica ao piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Agora, o texto segue para a comissão especial, que deverá discutir a PEC antes de sua apreciação em plenário.
A votação, ocorrida de maneira simbólica, só não foi unânime porque o partido Novo foi divergente. Já o deputado Bilac Pinto (União Brasil-MG) afirmou que a comissão especial deve definir qual será a fonte de custeio desse piso salarial. ?Nós somos a favor, mas não podemos botar essa conta somente para as prefeituras e para os hospitais?, disse.
A matéria foi proposta após senadores e deputados aprovarem o PL 2.564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que prevê piso mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750. Pela proposta, esta será a remuneração mínima a ser paga nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados. No caso dos demais profissionais, o texto fixa 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
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ABC DA COMUNICAÇAO
Anahp lança publicação para estimular a qualidade hospitalar
Segundo a associação, a promoção estruturada da qualidade é condição para o sistema ser sustentável diante dos novos desafios na saúde
A Associação Nacional de Hospitais Privados - Anahp lançou nesta terça-feira (28) a publicação Desafios de Qualidade em Saúde no Brasil, que relaciona as transformações do setor de saúde ao debate sobre entrega de qualidade para o atendimento da população. Dentre os temas abordados no material estão: a importância da acreditação, indicadores de qualidade hospitalar, o engajamento dos players do setor e o interesse do paciente em buscar por informações sobre as instituições de saúde que frequentam.
De acordo com o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto, o objetivo da publicação é traçar um panorama do atual cenário em que a qualidade hospitalar está inserida, as relações com o paciente, operadoras de planos de saúde, empresas contratantes e as acreditadoras que atuam no Brasil. "Hoje, a disponibilidade de dados que demonstram a qualidade dos serviços de saúde são raros. Outro dado que reflete esse cenário é que apenas 7% dos hospitais brasileiros possuem algum tipo de acreditação", disse o executivo.
Nesse sentido, continua, "a acreditação é uma ferramenta que pode orientar a busca por qualidade de maneira consistente e uniforme, inclusive com soluções que permitam a integração mais produtiva entre os segmentos público e privado". Além disso, ajuda a minimizar um dos principais obstáculos para a qualidade nos sistemas de saúde, que é a dificuldade para evoluir de forma homogênea e sustentável.
Outro tópico destacado na publicação é a forma como o setor dialoga com a população sobre qualidade em saúde. "Em pesquisa encomendada pela Anahp, observamos que parte das pessoas relacionam a estrutura física do hospital com qualidade, somente a minoria cita o conhecimento sobre indicadores de qualidade. E isso é responsabilidade do setor, de trabalhar nessa educação", finaliza Britto.
O material Desafios de Qualidade em Saúde no Brasil tem o intuito de estimular uma cultura de informações transparentes, objetivas e relevantes para que a sociedade tenha em mãos os elementos fundamentais para medir a qualidade das instituições de saúde, sendo um ponto de início para a jornada pela busca da assistência qualificada e sustentável.
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A REDAÇÃO
Goiás monitora primeiro caso suspeito de varíola dos macacos
Mônica Parreira
Goiânia - Goiás monitora um caso suspeito de varíola dos macacos, informou nesta terça-feira (28/6) a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A paciente é uma mulher de 43 anos e que mora em Goiânia. Ela está em isolamento domiciliar e a situação é acompanhada pelas autoridades de saúde.
A pasta confirmou que chegou a registrar dois casos suspeitos. No entanto, um deles não se encaixava nos critérios da doença e foi descartado. Sobre a mulher que está com os sintomas, já houve a coleta de material para análise laboratorial.
A SES-GO informou que alguns dos critérios para suspeitar de varíola dos macacos são: apresentar lesões características da doença, ter histórico de contato com casos suspeitos ou confirmados, ou ter se deslocado para locais onde há uma transmissão sustentada do vírus.
Até o momento, o Ministério da Saúde notificou pelo menos 80 casos suspeitos da doença no Brasil, sendo 20 confirmados e 14 suspeitos.
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O HOJE
Goiana ganha decisão judicial que obriga plano de saúde a pagar por retirada do útero
Por: Ana Bárbara Quêtto
Kênia Fabiana da Silva, de 46 anos, foi diagnosticada com trombose endovenosa crônica – formação de coágulo no interior das veias profundas – além de uma grave doença no útero. A supervisora de call center procurou o plano de saúde da Hapvida, mas teve o procedimento negado por “não atender os critérios para a cobertura”.
Na última sexta-feira (24/6), a mulher ganhou uma decisão judicial, com assistência da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), que obriga a operadora a cobrir os custos do procedimento. A paciente também possui uma miomatose uterina (tumores benignos), que causam um constante sangramento volumoso, sem contar uma forte anemia.
Por isso, Kênia é obrigada a utilizar fraldas adultas e receber diversas transfusões. O caso se agravou na última quinta-feira (23/6), que foi levada ás pressas ao hospital credenciado e internada para a estabilização do seu quadro clínico geral.
Devido a trombose, e também da trombofilia – predisposição para a formação de coágulos de sangue – recém diagnosticada, a mulher ainda não pode fazer a cirurgia que geralmente é indicada nesses casos, a histerectomia (retirada do útero). O risco de óbito é extremamente alto.
“Solicitei à Hapvida a autorização para a embolização da artéria uterina e foi negado duas vezes”, explica Kênia. A defensora pública Michelle Bitta, titular da 2ª Defensoria Pública Especializada de Atendimento Inicial em Saúde da Capital fala que o plano de saúde agiu de forma abusiva ao negar o procedimento.
“O plano de saúde informou que a paciente não atende os critérios para a cobertura, pois todos os miomas seriam submucosos, o que não são. Além de que, essa exigência não consta no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS). O procedimento está no rol da ANS”, frisou a defensora pública.
Kênia Fabiana agora aguarda que o procedimento seja feito para que ela possa voltar a ter uma vida normal. “Nenhuma palavra consegue descrever a sensação que eu senti na hora que eu descobri que a justiça tinha me concedido isso. Hoje eu sei que eu tenho direito a viver”, disse.
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Profissionais de saúde temem a aplicação do remédio mais caro do mundo; entenda
Por: Ana Bárbara Quêtto
Os profissionais de saúde de um hospital de Curitiba, no Paraná, temem aplicar o remédio Zolgensma, que custa R$ 6,5 milhões. A maioria tem medo desperdiçar o conteúdo da droga. “E se eu deixar cair? E se eu perder uma gota?”, relatam.
A droga, que chegou a ser transportada em carro forte, é armazenada em local sigiloso até que finalmente possa ser aplicada em crianças com AME (Atrofia Muscular Espinhal). Uma doença genética rara que paralisa os músculos de recém-nascidos, levando a maioria à morte.
O remédio é tão caro que pode inviabilizar o orçamento de grandes cidades. Ele chega ao hospital com um esquema avançado de segurança. Esse esquema é um ritual no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, referência nacional em atendimento pediátrico e o segundo do país a administrar o Zolgensma em um paciente, em setembro de 2020.
A responsável pela aplicação foi a neuropediatra Adriana Banzato, que já vinha acompanhando o tratamento com Zolgensma em outras 30 crianças, na capital do Paraná. Em entrevista ao UOL, a médica fala sobre o custo de uma vida.
“Pensando só no dinheiro, quanto esse paciente vai custar à sociedade? Uma criança [com AME] deverá ter tratamento em tempo integral por toda vida. O custo disso para sociedade e para família é muito maior que o do remédio”, relata.
Para Benzato, o poder público deve custear o tratamento com Zolgensma por operadoras de planos de saúde, a quem necessitar. Segundo a pediatra, o remédio traz melhorias à qualidade de vida de crianças com AME. Ainda garante que todos os pacientes tratados melhoraram após a medicação.
Inclusive, Novartis, laboratório que desenvolveu a droga, convidou a doutora a expor sua experiência com o manuseio do remédio, no evento de lançamento no mercado brasileiro. A conferencia ocorreu em Brasília, no final de maio.
O preço
A novidade do remédio é que ele é um tratamento genético. O Zolgensma insere um pedaço de um gene em células do paciente com AME para que produzam uma proteína essencial para a sobrevivência de neurônios. Um dos motivos pelo preço do líquido.
Crianças com AME não têm o gene produtor dessa proteína, os neurônios começam a morrer. Logo, o paciente perde os movimentos motores e, em seguida, vem a atrofia.
Para inserir o gene produtor da proteína no organismo das crianças doentes, o Zolgensma utiliza um vírus, chamado AAV9, presente no ar e inofensivo a humanos. Em laboratório, o “conteúdo” do vírus é modificado. Entao, o gene produtor da proteína que falta no organismo de quem tem AME é inserido nesse invólucro.
Dessa forma, ao entrar no organismo humano, ele procura células para “infectar”. Ao encontrá-las, ele se fixa a elas, bem perto dos genes originais do paciente doente. Assim, o organismo produz anticorpos para combater o vírus, liberando o conteúdo.
Por fim, o gene se posiciona ao lado do DNA que passa a funcionar como se fosse do próprio organismo para sempre, e a proteína começa a ser produzida. Em alguns casos, essa abordagem não funciona. Por isso é importante fazer o teste da existência de anticorpos contra o AVV9.
Sobre o transporte do remédio
Banzato explica que o Zolgensma é um líquido que vem em pequenos frascos, de 5,5 ml ou 8,3 ml cada, enviados diretamente do laboratório para o hospital no qual o paciente receberá o tratamento. Cada paciente recebe uma dose de 40 ml a 80 ml, dependendo de tamanho e peso.
Com os dados do paciente, o laboratório calcula quantos frascos são necessários para compor essa quantidade de remédio e os envia acondicionados numa caixa. De acordo com a médica, carros fortes já foram utilizados para transportar o Zolgensma, mas acabaram sendo abandonados por chamar muita atenção.
Por segurança, o Hospital Pequeno Príncipe não informa o local onde o medicamento é armazenado até que ele seja aplicado no paciente. Ele chega ao hospital congelado a 60º C negativos. Leva 24 horas para o conteúdo se transformar em líquido.
Depois de um dia, os frascos podem ser abertos e aplicados nos pacientes. Benzato conta ao UOL que os farmacêuticos relataram apreensão durante o transporte. “Mas eles estão acostumados com esse trabalho. Passam por um treinamento e têm certificação para lidar com isso”, disse.
Aplicação do Zolgensma
O líquido é inserido no corpo das crianças através de um cateter na veia, similar ao usado na aplicação de soros. Para receber o Zolgensma, é preciso estar internado em um leito hospitalar.
Alguns hospitais só aplicam o Zolgensma em pacientes que foram internados um dia antes, e a alta só ocorre um dia depois do procedimento. Outros centros hospitalares exigem apenas uma hora de internação prévia e a liberação acontece no mesmo dia.
Segundo Benzato, o tempo de internação varia conforme o protocolo de cada hospital e a evolução de cada paciente. O custo para a aplicação do remédio, que não está incluso no valor do medicamento – muda de acordo com esses indicadores.
No entanto, o gasto extra dificilmente supera 1% do custo do remédio —o que pode chegar a mais de R$ 100 mil. Ainda assim, isso dificilmente sai do bolso dos pacientes, já que decisões judiciais obrigando o Estado a fornecer o Zolgensma para quem tem AME determinam que o internamento e a aplicação também sejam custeados.
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Duas crianças morrem por dia devido a Covid-19 no Brasil
Por: Alexandre Paes
Cerca de duas crianças menores de cinco anos morrem por dia no Brasil, desde o início da pandemia. Ao todo, 1.439 crianças nessa faixa etária morreram em decorrência da Covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia no país. Os dados são de um levantamento feito pelo Observa Infância em parceria com a Fiocruz, com base em dados coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
Em 2020, foram registradas 599 mortes de crianças com até cinco anos em consequência da doença. Já em 2021, quando a letalidade da doença aumentou em toda a população, o número de vítimas infantis saltou para 840.
Metade dos óbitos registrados está concentrada na região Nordeste do país. Dados preliminares divulgados pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde indicam que a média de duas mortes diárias se mantém este ano. Entre janeiro e 13 de junho de 2022, o Brasil registrou um total de 291 óbitos entre crianças menores de 5 anos.
A análise destes dois primeiros anos da pandemia no Brasil mostra que crianças de 29 dias a 1 ano de vida são as mais vulneráveis. Os dados de 2020 e 2021, analisados pelos coordenadores do Observa Infância, Cristiano Boccolini e Patricia Boccolini, passaram por revisão do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
A professora e epidemiologista Patricia Boccolini, alerta para a urgência na aprovação da vacina para essa faixa etária. “Bebês nessa faixa etária respondem por quase metade dos óbitos registrados entre crianças menores de 5 anos. É preciso celeridade para levar a proteção das vacinas a bebês e crianças, especialmente de 6 meses a 3 anos. A cada dia que passamos sem vacina contra Covid-19 para menores de 5 anos, o Brasil perde 2 crianças”, aponta Patrícia.
A farmacêutica Pfizer informou que já prepara a documentação para solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o aval para liberação da vacina contra a Covid-19 para bebês acima de 6 meses até crianças de 5 anos.
Na semana passada, os Estados Unidos começaram a imunizar crianças com menos de cinco anos contra o coronavírus. A agência de saúde norte-americana expandiu autorizações de uso emergencial das vacinas da Moderna e da Pfizer para incluir crianças dessa faixa etária.
O pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz Cristiano Boccoli explica que os dados se referem a óbitos infantis em que a Covid-19 foi registrada como causa básica e àqueles em que a doença é uma das causas da morte, ou seja, a infecção agravou alguma condição de risco preexistente ou esteve associada à causa principal de óbito.
“Na análise do Observa Infância consideramos também as mortes em que a Covid-19 agravou um quadro preexistente. Quer dizer, embora nem todas essas crianças tenham morrido de Covid-19, todas morreram com Covid-19”, esclarece o pesquisador.
Boccolini atribui o número alto de mortes comparado a outros países ao descontrole da pandemia e à desigualdade de acesso aos serviços de saúde entre as regiões do país, como a oferta de leitos de terapia intensiva, por exemplo.
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Assessoria de Comunicação
Associados da Ahpaceg participam de eventos comemorativos do Dia D da Desospitalização Hospitalar
Estudos comprovam que 80% dos pacientes desnutridos sem acompanhamento nutricional domiciliar são readmitidos na unidade hospitalar em menos de 30 dias após a alta médica. Para alertar os profissionais de saúde sobre a importância deste acompanhamento pós-alta, a Danone Nutricia – parceira da Ahpaceg – está promovendo a semana o Dia D da Desospitalização Hospitalar.
Em conjunto com o distribuidor Ubermédica, a Danone Nutricia está visitando alguns hospitais associados da Ahpaceg e promovendo a degustação de suplementos nutricionais e a demonstração dos tipos de dietas usadas no ambiente hospitalar e domiciliar. O objetivo é orientar e envolver todos os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas e outros) na intervenção nutricional e no combate à desnutrição hospitalar e pós-alta.
Os associados Hospital do Rim, Hospital Premium, Hospital Santa Mônica e Hospital de Acidentados já participaram desta ação. Os representantes da Danone Nutricia também estiveram na sede da Ahpaceg apresentando os produtos à farmacêutica da Central de Compras da Associação, Ana Valéria Miranda.
Parceiro da Ahpaceg, Ipog oferece condições especiais para associados em matrícula no MBA Executivo Gestão em Saúde
O Ipog está oferecendo condições especiais a associados da Ahpaceg interessados em participar do MBA Executivo Gestão em Saúde.
O curso tem o compromisso de instrumentalizar profissionais e gestores, compartilhando saberes e práticas para que possam atuar com eficiência e efetividade, impactando, assim, o resultado das organizações de saúde, contribuindo para um melhor desempenho individual e organizacional, com racionalização e otimização de tempo, de esforços e de recursos.
Para mais informações e inscrições, fale com o consultor Paulo Oliveira