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Haikal Helou participa do 1º Seminário Internacional de Saúde Humanizada
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou, em Brasília (DF), do 1º Seminário Internacional de Saúde Humanizada. O evento foi organizado pela Postal Saúde e aconteceu nos dias 4 e 5 de setembro, reunindo diretores de operadoras de planos de saúde, como a Postal, Unidas e Cassi, representantes do setor e com apresentações de dois renomados especialistas na área, Robert Janett e Rushika Fernandopulle, que são referências globais no tema.
O objetivo foi debater o panorama atual da saúde suplementar no Brasil e buscar soluções inovadoras e eficazes para a gestão de recursos, a excelência no atendimento e a assistência ampliada aos pacientes.
Os palestrantes Janett e Fernandopulle compartilharam com representantes dos setores público e privado suas visões e experiências sobre a implementação de novas metodologias de gestão e cuidado com o paciente.
Único representante do setor hospitalar no evento, Haikal Helou destacou a importância do seminário, que debateu a parceria entre os players da saúde. “Foi um excelente evento, com um diálogo sobre parceria e compartilhamento de riscos e de resultados. Parabéns à Postal pela iniciativa”, afirmou.
CLIPPING AHPACEG 07 A 09/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Artigo - Um caminho eficaz para a redução de reinternações hospitalares
Perspectiva: o desafio da transição demográfica para a saúde
Fila para consulta médica no SUS dura mais de 1 mês em ao menos 13 capitais; tema vira alvo de promessas eleitorais
Farmácias de Goiânia registram falta de medicamento para diarreia
MEDICINA S/A
Artigo - Um caminho eficaz para a redução de reinternações hospitalares
Por Peer Buergin
Os hospitais de Transição de Cuidados desempenham um papel crucial para a melhoria da qualidade do cuidado e a redução de reinternações hospitalares. Essas unidades oferecem suporte contínuo e cuidados coordenados para pacientes que ainda necessitam de atenção médica após a alta hospitalar, mas que não requerem a complexidade de um hospital de cuidados agudos. A abordagem é particularmente eficaz na gestão de condições crônicas e na recuperação pós-cirúrgica, onde a transição suave pode prevenir complicações e readmissões.
As experiências de sucesso ao redor do mundo demonstram que a implementação de programas de transição de cuidados bem estruturados pode resultar em significativas melhorias na saúde dos pacientes e na eficiência dos sistemas de saúde. Como gestores de saúde, é nosso dever promover e investir em práticas que assegurem a continuidade do cuidado e a segurança dos nossos pacientes.
Para se ter uma ideia, segundo o Journal of Hospital Medicine, da Society of Hospital Medicine (SHM), nos Estados Unidos, os programas de transição de cuidados foram associados a uma redução de 25% nas reinternações de pacientes. Já o Journal of the American Medical Association (JAMA) publicou um estudo comprovando que as intervenções de transição de cuidados reduziram as taxas de reinternação em até 20%.
No Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein desenvolveu um programa de transição de cuidados focado em pacientes idosos, que inclui visitas domiciliares por enfermeiros e acompanhamento telefônico regular. O hospital relatou uma redução de 25% nas reinternações de pacientes idosos após a implementação do programa.
A importância da Transição de Cuidados
Quando os pacientes são transferidos de um ambiente de cuidado para outro, como do hospital para a casa, há um risco substancial de descontinuidade no tratamento. O fato do paciente ter recebido alta hospitalar, não significa que ele está 100% apto para se desvencilhar do cuidado necessário. Se não gerenciadas adequadamente, essas mudanças podem resultar na falta de adesão ao tratamento e, eventualmente, na necessidade de reinternação.
Os hospitais de Transição de Cuidados oferecem assistência especializada e programas de reabilitação que ajudam os pacientes a se recuperarem e a evitarem complicações que possam levar à readmissão hospitalar.
E de que forma isso acontece? Por meio de abordagem transdisciplinar que garante um cuidado abrangente. Isso significa que a equipe assistencial multiprofissional, com profissionais de diversas áreas, como médicos (clínico geral, geriatra, infectologista, fisiatra), enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, por exemplo, trabalham juntos para desenvolver e implementar planos de cuidados personalizados.
Além disso, a abordagem transdisciplinar, ou seja, a integração de conhecimentos e habilidades de diferentes disciplinas para a criação de um plano de cuidados coeso que aborde todas as necessidades do paciente de maneira holística, garante a melhor forma de cuidado. É importante frisar que os planos de cuidado são personalizados, justamente para atender às necessidades específicas de cada paciente. Esses planos geralmente incluem terapia física, ocupacional e outras modalidades de reabilitação.
Na prática, além de garantir que os pacientes recebam cuidados contínuos e coordenados, minimizando lacunas que podem levar a complicações e reinternações, os profissionais de saúde monitoram regularmente a condição do paciente, o que garante a detecção precoce de complicações e intervenções rápidas no caso de algum imprevisto ou situação adversa que possa ocorrer.
Ao ingressar em um hospital de transição de cuidados, os médicos desenvolvem planos personalizados de alta programada que, muitas vezes, são antecipadas de acordo com o grau de envolvimento e aderência do próprio paciente. Além disso, as instituições também fornecem suporte psicológico e social, auxiliando os pacientes a lidar com a ansiedade e o estresse associados à recuperação, o que pode contribuir para melhores resultados de saúde.
Impacto global da relação entre transição de cuidados e redução de reinternações
Estudos internacionais mostram que os hospitais de transição de cuidados têm um impacto significativo na redução de reinternações:
– A American Journal of Medical Quality divulgou um estudo recente que mostrou que hospitais de transição de cuidados reduziram as readmissões hospitalares em 20% ao implementar planos de cuidado personalizados e acompanhamento contínuo;
– Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que a integração de serviços de cuidados de transição pode melhorar os resultados dos pacientes e reduzir a carga sobre os sistemas de saúde, diminuindo as readmissões hospitalares;
– Um estudo do National Health Service (NHS), do Reino Unido, mostrou que programas de cuidados de transição reduziram as reinternações em pacientes com doenças crônicas em até 25% ao fornecer suporte contínuo após a alta hospitalar.
O ato de investir e desenvolver as instituições de transição de cuidados é fundamental para melhorar os resultados de saúde e a qualidade de vida dos pacientes. É essencial que os governos, organizações de saúde e stakeholders trabalhem juntos para fortalecer esses sistemas e assegurar que estejam acessíveis a todos que necessitam, garantindo um cuidado de saúde mais seguro e eficaz.
*Peer Buergin é CEO da YUNA.
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Perspectiva: o desafio da transição demográfica para a saúde
Por Lídia Abdalla
O Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022 confirmou o que estudiosos do tema já identificavam há anos: os brasileiros estão envelhecendo. Hoje, os maiores de 60 anos já representam 15,6% da população e, segundo projeção recente publicada pelo instituto, em 2070, 37,8% dos habitantes do país estarão nessa faixa etária, enquanto o percentual de pessoas entre 40 e 59 anos será de 25,6%.
Com menos nascimentos e o amadurecimento da população, o Brasil está em pleno processo de transição demográfica. Nos próximos anos, a estrutura etária do Brasil perderá o antigo formato de pirâmide, com a base composta pela população jovem, tende à inversão, como mostra a projeção do IBGE, que ainda é mais larga, se estreitando enquanto aumento a população de idosos. E isso acarretará desafios para vários setores da sociedade, sendo o setor de saúde um dos mais exigidos. Ainda que os maiores de 60 estejam cada vez mais saudáveis e autônomos, a maior sobrevida leva ao aumento natural da incidência de doenças associadas à terceira idade - como as crônicas e oncológicas - gerando questões que envolvem a sustentabilidade e a entrega de valor ao paciente.
Sabemos que 70% das decisões clínicas passam pelo laboratório clínico e, com a população vivendo mais, crescerá a necessidade por esses serviços. Ou seja, a demanda por serviços médicos será cada vez maior e a prevenção e o acompanhamento de pacientes com doenças crônicas é um dos caminhos para a sustentabilidade do sistema de saúde como um todo. A visão integral do indivíduo em toda a sua jornada de cuidado, aliada à promoção do autocuidado apoiado por equipes multidisciplinares, como preconiza o modelo da Atenção Primária à Saúde (APS).
O cuidado múltiplo e com visão preventiva, preditiva e personalizada, com enfermeiros, médicos, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais, apresenta resultados positivos em relação ao desfecho clínico e à qualidade de vida, evitando internações e, até mesmo, que se busque um pronto-socorro desnecessariamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a APS, além de prevenir doenças e agravos, pode resolver cerca de 80% das demandas de saúde dos indivíduos, sem necessitar de cuidados mais complexos.
E é exatamente com esse modelo que opera a Amparo Saúde, empresa que integra o ecossistema de negócios do Grupo Sabin e que realiza a gestão de saúde populacional para empresas e operadoras de saúde, aplicando a APS dentro dos princípios de acessibilidade, coordenação do cuidado, integralidade na atenção e longitudinalidade. Queremos estar cada vez mais presentes na jornada de saúde ao longo de toda a vida, alinhando tecnologia, inovação e humanização.
Com 40 anos de história e uma visão atenta aos desafios do setor, o Grupo Sabin acredita na necessidade de mudanças no modelo de saúde no país e no mundo com a contribuição da atenção primária à saúde como resposta à demanda por melhor assistência ao envelhecimento da população. O objetivo é ampliar o acesso à medicina de qualidade para milhões de brasileiros, sendo as pesquisas e tecnologias aliadas do ecossistema de ciência e inovação brasileiro.
O caminho está em construção. Em um país com a dimensão do Brasil, com toda sua complexidade e heterogeneidade, as mudanças e os avanços muitas vezes ocorrem de forma gradual. É preciso progredir ainda mais no diálogo com as diferentes instâncias empresariais, setoriais e governamentais, visando fortalecer o setor e superar os desafios presentes e futuros que se apresentam para todos os elos dessa cadeia produtiva.
É papel das lideranças da saúde atuar para que, cada vez mais, os pacientes estejam no centro do cuidado, de forma mais humana e inclusiva, dentro de uma lógica econômico-financeira sustentável. Somente assim vamos prosseguir rumo a uma sociedade mais justa e menos desigual, transformando o setor de saúde no Brasil e estimulando soluções cada vez mais eficientes.
*Lídia Abdalla é presidente-executiva do Grupo Sabin.
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O GLOBO
Fila para consulta médica no SUS dura mais de 1 mês em ao menos 13 capitais; tema vira alvo de promessas eleitorais
Bernardo Lima
Cuiabá tem o maior tempo médio de espera, com 197 dias para o paciente ser atendido; e Maceió, o menor, com 7,75 dias
Em ao menos treze capitais do país a população precisa esperar, em média, mais de um mês para ter uma consulta médica na rede municipal do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a expectativa frustrada de pacientes, o tema é alvo de promessas e discussões de candidatos para as prefeituras nas eleições deste ano.
Levantamento feito pelo GLOBO a partir de dados do Ministério da Saúde e das gestões de capitais com o mês de agosto como base mostra que, entre as administrações que forneceram dados oficiais, Cuiabá é a que tem o maior tempo médio de espera para consultas, com 197 dias para o paciente ser atendido. A capital mato-grossense também tem o maior tempo de espera para cirurgias eletivas (168 dias).
Na corrida eleitoral de Cuiabá, as críticas à atual gestão do MDB, de Emanuel Pinheiro, vão do União Brasil, passando pelo PL e chegando ao PT. Em um dos debates, Eduardo Botelho (União) disse que um dos focos de sua gestão seria a redução das filas. Para isso, ele pretende investir em ações primárias, aumento da equipe da saúde da família e a criação de três policlínicas.
No ano passado, com a crise na área, a saúde do município chegou a sofrer intervenção do estado. Neste contexto, Lúdio, candidato do PT, promete ser o "prefeito da saúde" e acabar com a espera para o atendimento. Na última sexta-feira, o petista chegou a usar um depoimento em vídeo da ministra da Saúde, Nísia Trindade, para pedir votos.
- Lúdio Cabral conhece a fundo o Sistema Único de Saúde e todos os programas do governo federal - disse Nísia.
Ainda de acordo com o levantamento, moradores de Florianópolis são os que têm enfrentam maior tempo de espera para exames, 583 dias, em média. Na capital, candidatos também prometem "zerar" a fila.
O ranking das filas conta com dados de 17 capitais, já que Rio Branco (AC), Macapá (AP), Fortaleza (CE), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Curitiba (PR), Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG) e Goiânia (GO) não responderam à solicitação do GLOBO.
O menor tempo de espera para consultas é registrado em Maceió, com 7,75 dias. Já Belém tem a menor média para a realização exames, com 7,95 dias, e Recife registra o menor tempo médio para as cirurgias eletivas, 4,79 dias.
A professora de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Carla Pintas, ressalta que as prefeituras dos municípios têm a responsabilidade sobre a gestão dessas filas.
- O município tem a obrigação de acompanhar o andamento dessa fila, para conferir se está avançando, se algum paciente acabou entrando em mais de uma fila. Essa leitura e filtro das filas tem que ser feito regularmente pelas prefeituras - diz a especialista.
Em São Paulo, candidatos como Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) se comprometem a diminuir as esperas. José Luiz Datena (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) vão além e dizem que vão zerar algumas das filas.
Em junho, o tempo médio de espera para exames era de 55 dias, 107 para consultas e 160 dias para as avaliações nas especialidades cirúrgicas. Em nota, a prefeitura destacou que, sob a atual gestão, os investimentos ano a ano e o orçamento do setor passou de R$ 10 bilhões, em 2016, para R$ 20 bilhões, em 2024.
"Em 2023, a rede executou 69.802.181 procedimentos e consultas médicas de Atenção Básica, além de 10.039.448 de consultas em urgência e emergência na área hospitalar", completa a nota.
No Rio de Janeiro, Tarcísio Motta (PSOL) quer diminuir as filas com a contratação de mais médicos especialistas. Enquanto isso, Alexandre Ramagem (PL) propõe diminuir em 80% a fila do Sisreg na rede municipal criando turnos extras nas unidades de saúde.
Segundo o cientista político da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Tadeu, problemas com a saúde pública são historicamente decisivos nas eleições.
- E o símbolo mais visível da falência dos serviços de saúde é a fila, que representa a dificuldade de atender a demanda da população. Então se cria uma expectativa muito grande no período eleitoral, e os políticos têm que fazer discurso vendendo esperança. Não adianta falar que é um problema complicado, que vai ser difícil, ele fala que vai resolver - ressalta o especialista.
A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019 mostrou que mais de 150 milhões de brasileiros, ou seja sete em cada dez, dependiam exclusivamente do SUS para cuidar de sua saúde.
Na visão de Carla Pintas, o problema das grandes filas pode ser resolvido principalmente com o fortalecimento dos serviços de atenção primária à saúde. Segundo ela, a adoção de consultas à distância nas redes municipais pode ser um caminho para resolução deste problema histórico na saúde brasileira.
- Se o paciente precisa fazer uma consulta com um endocrinologista, que não tem no município dele, hoje a gente consegue fazer isso online junto com o médico da atenção primária, e isso já se resolve lá. Essa é uma alternativa excelente pensando também no deslocamento que o paciente precisa fazer. E não precisa de muita tecnologia para isso, é só ter um celular ou uma câmera.
Para a medição do tempo médio de espera no levantamento, foi realizada uma média ponderada entre as diferenças das datas de execução/internação e as datas de solicitação das demandas registradas no Sistema de Regulação (SISREG) para calcular o tempo médio de agendamento.
Desde julho O GLOBO solicitou os dados referentes ao tempo de espera das filas às capitais. No entanto, nove prefeituras não responderam.
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A REDAÇÃO
Farmácias de Goiânia registram falta de medicamento para diarreia
Victor Santos
Goiânia - Farmácias de Goiânia registram, ao longo desta semana, a falta do medicamento Tiorfan sachê, receitado para casos de diarreia. A ausência do remédio nas prateleiras das drogarias da capital se dá em meio a um surto ativo de diarreia aguda (DDA) enfrentado por 149 cidades de Goiás. Só em agosto, 26.756 casos foram registrados no Estado.
A reportagem entrou em contato com farmácias de diferentes redes em Goiânia e constatou a falta do medicamento. Em um dos estabelecimentos, a farmacêutica citou que há uma "falta geral" do Tiorfan sachê nas drogarias. A reportagem entrou em contato com o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF/GO), que afirmou que ainda irá checar a ausência da medicação.
Surto de diarreia
Goiás vive um surto de DDA. Os dados mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) mostram que 149 municípios do Estado estão com surtos ativos da doença, que, segundo a pasta, apresenta aumento em todo o país. Em 2024, Goiás notificou 160.417 casos isolados em todos os municípios.
A SES-GO também informou que investiga as causas dos surtos, mas que as principais causas da DDA registradas são os vírus rotavírus e norovírus, com predominância do rotavírus em vários municípios. A contaminação da água de poços particulares, com presença da bactéria Escherichia coli (E. coli) também foi apontada pela pasta como uma das causas.
Prevenção
A saúde de Goiás informou que a DDA é uma doença que pode ser prevenida e controlada com medidas simples de higiene, saneamento básico e uso de máscara, e ainda:
• Lavar as mãos com frequência, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro.
• Consumir água tratada e alimentos bem cozidos.
• Manter os alimentos em locais adequados e protegidos de insetos.
• Buscar atendimento médico em caso de sintomas como diarreia, vômitos, febre e dor abdominal.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 06/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cremego presta homenagem póstuma ao médico Sizenando da Silva Campos Júnior
Conselho de Medicina lança plataforma para verificar se atestado é falso; veja como funciona
Beneficiários de planos de saúde crescem 1,7% em julho
Hospital São Luiz Campinas conquista certificação JCI
ANS esclarece: parceria Golden Cross e Amil não configura transferência de carteira
Fiocruz alerta para aumento de casos de covid-19 no país
CREMEGO
Cremego presta homenagem póstuma ao médico Sizenando da Silva Campos Júnior
O médico neurologista e neurocirurgião Dr. Sizenando da Silva Campos Júnior, ex-conselheiro do Cremego, recebeu uma homenagem póstuma do Conselho em uma cerimônia na noite da última quinta-feira (5).
Graduado em 1982, pela Universidade Federal de Goiás (UFG), onde também lecionou, Sizenando se tornou uma liderança do cooperativismo de trabalho médico. Foi ex-presidente da Unimed Goiânia e diretor da Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins (Unimed Federação Centro Brasileira) e da antiga Central Nacional Unimed, hoje, Unimed Nacional.
Sua trajetória na medicina foi marcada pela competência técnica, cuidado e dedicação, promovendo esperança aos pacientes nos momentos de vulnerabilidade, como lembrou a presidente do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor.
“Sua habilidade em unir conhecimento profundo com empatia e humanidade fez dele não apenas um excelente profissional, mas também uma fonte de inspiração para todos que tiveram o privilégio de trabalhar ao seu lado”, afirmou.
No Cremego, Sizenando trabalhou com convicção sobre a importância do respeito à ética médica. Em 2022, recebeu a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico, uma honraria do Conselho que ressaltou as contribuições do neurocirurgião à medicina goiana.
“Dr. Sizenando, infelizmente, não está aqui, mas sempre estará vivo na história da medicina goiana como um exemplo de dedicação, amor à profissão, líder cooperativista, cuidado com os pacientes e defesa da ética e da saúde. Esse é um momento de saudade, mas também de gratidão por podermos sempre contar com a inspiração que nos foi deixada por ele”, declarou a presidente Sheila Victor, que estendeu a solidariedade à esposa do médico, Maria Raquel Hidalgo, aos filhos Letícia e Daniel, além dos netos e amigos.
Participaram da homenagem colegas de trabalho e de vida, como o atual presidente da Unimed Goiânia, Lueiz Amorim Canedo, o 2° secretário do Cremego, Robson Paixão de Azevedo, diretores e conselheiros e o amigo de Sizenando, Edmur Muller.
Em discurso, o conselheiro Fernando Pacéli lembrou os momentos vividos junto ao homenageado, desde quando eram estudantes. “Sizenando era um homem íntegro, centrado e correto, que sempre prezava pelo equilíbrio em tudo o que realizava”.
O senso de justiça, gentileza e altruísmo foram as características ressaltadas pelo presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou.
“Nos últimos 10 anos, eu não fazia nada sem conversar com ele antes. Todas as vezes que nos encontrávamos, era uma grande alegria. Tenho a honra de ter sido chamado de amigo por ele”, afirmou.
A esposa de Sizenando, Maria Raquel Hidalgo, que recebeu uma placa com a homenagem do Cremego, descreveu a determinação do médico em tudo o que se propunha a realizar.
“Ele teve uma existência breve, mas intensa. Fez muita coisa em seus 64 anos, não para ele próprio, mas para uma missão. Foi uma pessoa acima de seu tempo. Tenho certeza de que ele está em um lugar bom, o lugar dos justos”, finalizou.
Todas as fotos da cerimônia estão disponíveis no site do Cremego na aba Educação/Eventos: www.cremego.org.br
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PORTAL G1
Conselho de Medicina lança plataforma para verificar se atestado é falso; veja como funciona
Ferramenta estará disponível para pacientes, médicos e empregadores, com funcionalidades específicas. Serviço começa a ser testado em novembro, e se torna obrigatório no ano que vem
O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou uma plataforma online para validar atestados médicos emitidos em todo o país.
A nova ferramenta, chamada Atesta CFM, funcionará como um canal para verificar a integridade do documento e, caso se trate de um atestado falso, o usuário será notificado.
O sistema começa a ser testado em novembro, e passa a ser uma ferramenta obrigatória para profissionais da saúde a partir de março de 2025.
O serviço estará disponível no site do conselho e por aplicativo.
Segundo o CFM, ele terá versões para médicos - com acessos específicos - e para pacientes e empresas.
Para usar o Atesta CFM, o médico precisará acessar o site https://atesta.cfm.org.br e preencher os dados pessoais.
Depois da autenticação, poderá emitir atestados na plataforma, inclusive os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), medicina do trabalho e saúde, comparecimento e acompanhamento.
De acordo com o CFM, a plataforma e o app permitem a emissão de atestados de qualquer lugar, como hospitais, clínicas, por telemedicina ou em atendimentos domiciliares.
Os atestados médicos emitidos pela plataforma prescricao.cfm.org.br também serão reconhecidos automaticamente pela plataforma Atesta CFM.
A plataforma também vai permitir a personalização dos documentos com as seguintes ferramentas:
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NOTÍCIAS DO BRASIL
Beneficiários de planos de saúde crescem 1,7% em julho
Número de usuários de assistência médica foi de 51.235.927; no mesmo mês de 2023 eram 50.359.060
O número de beneficiários de planos de saúde de assistência médica em julho foi de 51.235.927 -alta de 1,7% em relação aos 50.359.060 de julho de 2023. Em comparação aos 51.065.517 de junho, o aumento foi de 0,3%. Eis a íntegra dos dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) (PDF - 151 kB).
Em números absolutos, os planos médico-hospitalares tiveram crescimento de 876.867 beneficiários em julho em relação ao mesmo mês de 2023. Já no comparativo com junho de 2024, houve um aumento de 170.410 usuários.
No comparativo com julho de 2023, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 24 Unidades da Federação, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará os Estados com maior ganho em números absolutos.
Já o número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos em julho foi de 33.634.183 -alta de 7,7% em relação aos 31.215.860 de julho de 2023. Em comparação aos 33.459.289 de junho, o aumento foi de 0,5%.
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MEDICINA S/A
Hospital São Luiz Campinas conquista certificação JCI
O Hospital e Maternidade São Luiz Campinas, da Rede D'Or, maior grupo privado de saúde do Brasil, é o primeiro da região campineira a receber a certificação Joint Commission International (JCI), concedida pelo mais importante órgão certificador de qualidade de instituições de saúde no mundo.
A conquista, pouco depois de a unidade completar seu primeiro ano de funcionamento, reflete o alto padrão de atendimento e qualidade da unidade, que é o maior hospital privado do interior paulista.
"Esse reconhecimento é fruto do empenho e dedicação de toda a nossa equipe, que trabalha diariamente para oferecer o melhor cuidado aos nossos pacientes. A certificação internacional não é apenas um selo de qualidade, mas também uma prova de nosso compromisso com a segurança e a excelência no atendimento", destaca Fernando De Marco, diretor geral do Hospital São Luiz Campinas.
Para conquistar a certificação o São Luiz Campinas recebeu, entre os dias 20 e 23 de agosto, a visita de uma equipe de avaliadores da JCI, que realizaram a auditoria de mais de mil itens de diversas áreas e processos da unidade, com base nos padrões e elementos de mensuração exigidos pelo órgão.
"A conquista da JCI é resultado de um trabalho contínuo e dedicado de toda a equipe da Rede D'Or e do Hospital São Luiz Campinas para garantir nosso compromisso de um cuidado centrado no paciente, alinhado às práticas globais, refletindo em excelência e segurança assistencial para nossos pacientes", ressalta Helidéa Lima, Diretora da Qualidade Corporativa da Rede D'Or.
Na avaliação, a unidade teve um excelente desempenho, sem registar não conformidades. Entre os destaques estão estrutura física, que conta com mais de 47 mil metros quadrados, maturidade dos processos, formalização dos documentos e ciclos de melhoria já em aplicação.
"Iniciamos a preparação dessa certificação ainda em janeiro, com um intenso trabalho de todo o time. Essa certificação é um marco importante que reflete nosso esforço constante em aprimorar os processos e garantir o bem-estar de todos que confiam em nossos serviços", conta Carla Simplicio, supervisora de Qualidade do hospital.
Além do São Luiz Campinas, outros 22 hospitais pertencentes à Rede D'Or no Brasil já foram certificados pela JCI - de um total de 56 hospitais acreditados pela metodologia no país.
Inaugurado em maio de 2023, o São Luiz Campinas, da Rede D'Or, conta com estrutura para 325 leitos no total, dos quais 73 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI adulto, neonatal e pediátrica), distribuídos em 12 andares, com serviços como pronto-socorro adulto e infantil, maternidade, centro cirúrgico, apartamentos para internação e ambulatórios, com mais de 40 especialidades disponíveis.
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NOTÍCIAS SINDSEGSP
ANS esclarece: parceria Golden Cross e Amil não configura transferência de carteira
Desde julho, mais de 200 mil clientes da Golden Cross estão sendo atendidos pela Amil, enquanto a Golden Cross interrompeu a comercialização de seus planos para "reestruturação". A parceria permite o uso da rede da Amil, mas a Golden Cross mantém a responsabilidade pelo atendimento.
"O acordo prevê que os 240 mil clientes da Golden Cross, residentes majoritariamente no Rio de Janeiro, sejam atendidos pela rede credenciada da Amil", informou a Golden Cross. Além disso, a empresa destacou que essa medida está em vigor desde 1º de julho e que não houve alteração no vínculo com esses clientes. "Desde então, os beneficiários têm sido atendidos com qualidade e eficiência em uma rede completa e com ampla cobertura geográfica", finalizou.
Em nota ao CQCS, a ANS ressaltou que o uso da rede de uma operadora por outra é permitido na saúde suplementar, desde que haja comunicação à Agência. "Na ocasião do anúncio da Golden Cross aos seus consumidores sobre o uso da rede da Amil, a ANS não recebeu essas informações à época, tendo notificado a operadora, que posteriormente oficializou a informação", afirmou.
Para mudanças no tipo de rede utilizada (direta, indireta ou própria) por uma operadora de planos de saúde, não é necessário obter autorização prévia da ANS, apenas comunicá-la previamente sobre a mudança. No caso da Golden Cross, que anteriormente atuava apenas com rede direta, foi preciso atualizar seu registro para incluir a utilização da rede indireta da Amil, explicou a reguladora de saúde suplementar.
"Assim, a ANS ressalta que essa parceria entre a Golden Cross e a Amil, que teve início em 1º/7, não se trata de transferência de carteira, nada mudando no atendimento aos beneficiários. A Golden Cross continua sendo a responsável pela prestação da assistência aos seus clientes", enfatizou.
Ainda em nota, a ANS disse que as operadoras de planos de saúde são responsáveis pelas ações de seus corretores, que são considerados seus prepostos. Isso implica que as companhias devem responder por eventuais ações inadequadas. Denúncias de fraudes, exceto aquelas relacionadas à omissão de doenças preexistentes pelo consumidor, são encaminhadas pela Agência para apuração pelos órgãos competentes.
Confira a íntegra da nota:
Inicialmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) esclarece que não houve transferência de carteira entre a Amil e a Golden Cross.
O que ocorreu foi uma parceria entre as operadoras para utilização pelos beneficiários Golden Cross da rede da Amil. O uso da rede de uma operadora por outra é permitido na saúde suplementar, desde que haja comunicação à Agência. Na ocasião do anúncio da Golden Cross aos seus consumidores sobre o uso da rede da Amil, a ANS não recebeu essas informações à época, tendo notificado a operadora, que posteriormente oficializou a informação. Vale destacar que, nesses casos, não existe a necessidade de autorização da Agência, é preciso apenas que a reguladora seja comunicada nos casos de mudança do tipo de contratação (rede direta, indireta ou própria) que havia sido registrada. Como a Golden Cross havia informado à ANS atuar apenas com rede direta, seja para prestadores hospitalares e não hospitalares, ela precisou fazer essa alteração no seu registro junto à reguladora para utilizar a rede da Amil (rede indireta). Clique e obtenha mais informações.
Assim, a ANS ressalta que essa parceria entre a Golden Cross e a Amil, que teve início em 1º/7, não se trata de transferência de carteira, nada mudando no atendimento aos beneficiários. A Golden Cross continua sendo a responsável pela prestação da assistência aos seus clientes.
Com relação aos corretores, a ANS informa que regula o setor de planos de saúde no país e fiscaliza as operadoras e as administradoras de benefícios que atuam nesse mercado para garantir o cumprimento das normas que regem a saúde suplementar. A legislação setorial não contempla a atribuição de supervisão do corretor de plano de saúde. Dessa forma, as ações regulatórias da ANS, no que diz respeito à venda de planos de saúde, incidem sobre a operadora de planos de saúde e as administradoras de benefícios. A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), por sua vez, possui atribuição legal de fiscalizar a atuação dos corretores de seguro saúde.
Para a ANS, a operadora de planos de saúde é responsável em última instância pelo processo de venda, logo, os corretores são entendidos como prepostos das operadoras, cabendo a elas as consequências de eventual ação indevida deles. Denúncias ou suspeitas de fraudes, à exceção daquelas relacionadas à alegação, pela operadora, de omissão de doença ou lesão preexistente por parte do consumidor no ato da contratação ou adesão ao plano de saúde, quando recebidas pela ANS, são encaminhadas à apuração dos órgãos competentes.
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AGÊNCIA BRASIL
Fiocruz alerta para aumento de casos de covid-19 no país
Goiás e São Paulo são os estados que mais preocupam
Por Agência Brasil - O Boletim InfoGripe divulgado hoje (5) pela Fiocruz mostra aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. Entre crianças e adolescentes de até 14 anos, o principal responsável é o rinovírus. Nas demais faixas etárias, o predomínio é da Covid-19. Por outro lado, os casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e influenza A mantêm a tendência de queda na maior parte do território. O estudo se refere à Semana Epidemiológica de 25 a 31 de agosto.
Segundo a Fiocruz, os estados que mais se destacam nesse momento pelo aumento da covid-19 são Goiás e São Paulo. A preocupação maior é com esse último, devido a grande movimentação de pessoas que passam pelo estado e depois se deslocam por outras regiões. Os pesquisadores alertam para a possibilidade de o estado impulsionar a disseminação e o crescimento da doença pelo país.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação em dia contra a Covid-19 para todas as pessoas dos grupos de risco. E o cuidado para não transmitir o vírus.
"Em caso de aparecimento de sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, inclusive as crianças e adolescentes. Com a alta do rinovírus nessa faixa etária, caso apresentarem alguns sintomas de síndrome gripal, a orientação é ficar em casa e não ir para a escola. Se não for possível fazer esse isolamento, é importante sair de casa usando uma boa máscara, e claro, diante de aparecimento e piora dos sintomas, procurar atendimento médico", diz a pesquisadora.
Quanto aos casos de SRAG por rinovírus, a alta está concentrada principalmente em estados da região Nordeste, Centro-sul e Norte. O VSR e o rinovírus permanecem como as principais causas de internações e óbitos em crianças de até dois anos. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 28,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19); 12,4% para influenza A; 2,6% para influenza B; e 11,3% para VSR.
Quando se leva em conta o ano epidemiológico 2024, foram notificados 123.082 casos de SRAG, sendo 59.410 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 49.377 (40,1%) negativos; e ao menos 7.692 (6.2%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 18,7% são influenza A; 0,6%, influenza B; 41,6%, VSR; e 18%, Sars-CoV-2 (Covid-19).
Durante o ano foram registrados 7.370 óbitos, sendo 3.844 (52.2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 2.909 (39,5%) negativos, e ao menos 152 (2,1%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 30,2% foram influenza A; 0,8%, influenza B; 10,3%, VSR; e 50,8%, Sars-CoV-2 (Covid-19).
ESTADOS E CAPITAIS - O Boletim InfoGripe mostra que 17 UFs apresentam sinais de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Entre as capitais, 11 apresentam crescimento dos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belo Horizonte (BH), Brasília (DF), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).
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Assessoria de Comunicação
Jacqueline Lopes Rodovalho apresenta case de sucesso do Hospital do Coração de Goiás em evento da Anahp
Ministrada no dia 3, em São Paulo (SP), a primeira aula do projeto Anahp Pro, contou com uma participação especial: a CEO do associado Hospital do Coração de Goiás, Jacqueline Lopes Rodovalho, que apresentou aos alunos o case desta instituição goiana, que já é uma referência nacional.
“Nosso hospital foi reconhecido pelo trabalho implantado em gestão estratégica nesses oito anos, tendo como alguns exemplos uma controladoria atuante e eficiente, contabilidade automatizada e integrada com demais áreas e feita por produção, orçamento anual planejado, planejamento estratégico sistematizado em toda organização, B.I customizado e alinhado com os objetivos da organização, dentre outras tantas práticas”, explicou Jacqueline.
O Anahp Pro é um projeto da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), que visa ampliar a oferta ao público de oportunidades de qualificação e capacitação sobre questões de saúde no Brasil. O programa conta com aulas, apresentações e estudos de casos de instituições renomadas de todo o país”, explica Antônio Britto, diretor executivo da Anahp.
A participação do Hospital do Coração de Goiás neste projeto, compartilhando suas iniciativas e ações, reforça a qualidade do setor hospitalar goiano. Parabéns ao Hospital do Coração de Goiás e a toda a sua equipe!
CLIPPING AHPACEG 05/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Especialista recomenda modelo do PSF para transformar a saúde suplementar
Prescrição Segura: Como a IA pode apoiar a decisão clínica e aprimorar esse cenário no Brasil
Reembolsos de despesas médicas: importância dos entendimentos do STJ sobre o tema
Goiás registra 380 mortes por dengue em 2024, pior ano da doença no estado
SAÚDE BUSINESS
Especialista recomenda modelo do PSF para transformar a saúde suplementar
“O momento da mudança é agora, ou podemos esperar o colapso do sistema”, alertou Robert Janett, especialista em Atenção Primária à Saúde da Harvard Medical School. Durante um encontro promovido pelo Grupo Sabin, em São Paulo, na quarta-feira (28), com o apoio da Aliança pela Saúde Populacional (ASAP), Janett destacou a importância de adotar modelos semelhantes ao Programa Saúde da Família (PSF) na saúde suplementar para garantir a sustentabilidade do sistema.
Janett, que atua como médico consultor em Atenção Primária nos EUA, América Latina e Ásia, apontou que o atual modelo da saúde suplementar apresenta lacunas que deixam o paciente vulnerável, responsabilizando-o por seu próprio tratamento. “A saúde não deve ser vista como uma partida de golfe, com médico e paciente desempenhando papéis de taco e bola. Na realidade, é mais como o futebol, onde o gol é resultado do esforço coletivo de vários jogadores”, explicou, ressaltando as vantagens da equipe multidisciplinar da Atenção Primária à Saúde (APS). “O Programa Saúde da Família atende milhares de pessoas e previne muitas situações complexas”, afirmou.
Experiência internacional e inovação
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O modelo do PSF é semelhante ao da Amparo, que promove a gestão da saúde de grupos populacionais por meio de programas e cuidados coordenados em uma jornada híbrida (remota e presencial). Como parceira das operadoras e empresas, a Amparo contribui para a redução de custos com saúde, sinistralidade médica e absenteísmo, além de melhorar os desfechos clínicos. “Nossa preocupação é com a sustentabilidade do sistema, buscando agregar cada vez mais valor para o paciente em sua totalidade”, destacou Lídia Abdalla, presidente-executiva do Grupo Sabin.
Para ilustrar a eficácia do modelo, Janett compartilhou sua experiência com o sistema privado de Boston (EUA), onde uma equipe acompanha pacientes com hipertensão, diabetes e outras condições crônicas, além de intercorrências como infecções urinárias. “Os resultados foram a redução das filas de espera por especialistas e uma cobertura completa das necessidades dos pacientes, sejam elas de saúde ou biopsicossociais”, revelou Janett.
Em linha com o especialista internacional, Abdalla acrescentou: “A Amparo complementa a missão do Grupo Sabin, que celebra 40 anos, ao promover um cuidado eficiente por meio da atenção primária”. Maurício Ceschin, ex-diretor da Agência Nacional de Saúde (ANS), reforçou a necessidade de reavaliar o modelo atual da saúde suplementar: “Durante décadas, o foco do marketing foi o tamanho da rede credenciada de uma operadora, e não a visão global da saúde do paciente”, criticou.
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MEDICINA S/A
Prescrição Segura: Como a IA pode apoiar a decisão clínica e aprimorar esse cenário no Brasil
Integração de inteligência artificial nos sistemas de gestão de saúde representa um avanço importante no suporte à decisão clínica e na prevenção de interações medicamentosas adversas.
Quem está no dia a dia e na gestão de uma instituição de saúde sabe o tamanho do desafio que se tem nas mãos quando se fala em controle de eventos adversos e em garantir a segurança do paciente. Estamos falando de um problema de âmbito global e que pode ser originado por diferentes causas. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 2,6 milhões de pessoas falecem anualmente em todo o mundo devido a erros evitáveis na assistência à saúde, o que equivale a cinco pacientes a cada minuto.
Dentro todas as origens de erros, os relacionados à medicação representam um problema crítico e bastante democrático, que afeta a todas as instituições de saúde, em maior ou menor grau, sem exceção. Afinal, é inevitável não lembrar que, aproximadamente 84% de todas as consultas médicas nos consultórios de atenção primária envolvem terapia medicamentosa, segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos.
Segundo a literatura, no Brasil, os erros de prescrição são considerados os mais graves, devido à enorme ocorrência nos indivíduos hospitalizados. Essa perspectiva é trazida inclusive em um recente artigo “Os principais fatores de risco para a ocorrência de erros de prescrição no âmbito hospitalar brasileiro: uma visão integrativa”, publicado na Revista FT (publicação científica), reunindo diferentes referências bibliográficas sobre o tema. Nesta revisão, a autora cita ainda que dentre os principais aspectos que mais potencializam a ocorrência dos erros de prescrição nos hospitais, o sistema de prescrição manual foi o mais mencionado em todos os estudos observados. E entre as causas, erros de dosagem aparecem com bastante evidência.
Além disso, como é sabido, essa complexidade aumenta ainda mais quando pensamos que o ciclo do medicamento envolve inúmeros profissionais, impactando substancialmente o SUS, a saúde suplementar e a rede privada. Do ponto de vista do paciente, os tratamentos podem se tornar ineficientes, prolongados e até arriscados. Embora a segurança do paciente seja central, não podemos ignorar os reflexos na custo-efetividade e qualidade dos atendimentos, como aumento de custos, reinternações, perda de reputação, judicialização e possíveis sanções. As operadoras de saúde também sofrem com os desperdícios e gastos evitáveis, especialmente com o envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas, que elevam o número de medicamentos prescritos e os riscos associados.
A boa notícia é que os profissionais e instituições de saúde conquistam importantes aliados dia a dia para solucionar essa difícil equação. Terapias e tratamentos personalizados, baseados em testes genéticos, estão revolucionando a medicina moderna ao permitir diagnósticos e tratamentos mais eficazes e personalizados, por exemplo. A inteligência artificial (IA) desempenha um papel crucial nesse avanço, processando grandes volumes de dados genéticos e clínicos para identificar padrões e prever respostas individuais aos tratamentos. Essa abordagem já está sendo aplicada em áreas como oncologia e farmacogenômica, nas quais os tratamentos são ajustados com base no perfil genético do paciente, melhorando a eficácia e reduzindo efeitos adversos. À medida que a tecnologia avança, a integração de IA na medicina personalizada promete continuar transformando os cuidados de saúde, proporcionando terapias ainda mais precisas e eficazes.
Além disso, é crescente a implementação de protocolos rigorosos de prescrição e dispensação e também o emprego de tecnologias no dia a dia, suportando as decisões médicas. A digitalização do processo de emissão de documentos de saúde antes feitos à mão pelo prescritor, o próprio uso do prontuário eletrônico, já fizeram uma diferença substancial no processo. No entanto, a complexidade e a variabilidade dos medicamentos disponíveis tornam essa tarefa hercúlea e demanda que se vá além, tornando indispensável agregar recursos ainda mais avançados.
Ou seja, imagine um cenário no qual cada prescrição médica possa ser automaticamente analisada por um sistema, que combina o uso de inteligência artificial com um repositório de milhões de informações de medicamentos para alertar ao médico sobre possíveis interações medicamentosas. E, ainda, correlacione com seu histórico clínico e caraterísticas específicas para aquele atendimento, evitando assim uma prescrição não recomendada aos pacientes.
Esse nível de vigilância não é apenas desejável, mas essencial e, o melhor, já está acessível no Brasil e devemos tirar proveito. Importante sempre termos claro que a integração de inteligência artificial nos sistemas de gestão de saúde representa um avanço importante no suporte à decisão clínica e na prevenção de interações medicamentosas adversas. Ao investir nessas tecnologias, não estamos apenas reduzindo custos, aumentando o equilíbrio financeiro, evitando risco reputacionais ou de judicialização, mas, sobretudo, o mais importante, estamos protegendo vidas. A tecnologia e a IA não são apenas ferramentas; são parceiras indispensáveis na construção de um sistema de saúde mais seguro e eficiente.
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*Murilo Fernandes é CEO da Salux Technology.
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CONSULTOR JURÍDICO
Reembolsos de despesas médicas: importância dos entendimentos do STJ sobre o tema
Você deve conhecer algum usuário de plano de saúde que arcou com as despesas médicas e precisou solicitar o reembolso dos valores dispendidos. Em
Opinião Reembolsos de despesas médicas: importância dos entendimentos do STJ sobre o tema
Você deve conhecer algum usuário de plano de saúde que arcou com as despesas médicas e precisou solicitar o reembolso dos valores dispendidos. Em situações como essas, primeiramente o consumidor fica confuso e, depois, sente-se lesado pela maneira como a regra de reembolso é interpretada.
Apesar de estar regulado pela legislação e por diversas resoluções da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), é comum que a interpretação dessas normas chegue ao Judiciário. Os limites e normas relacionados aos pedidos de ressarcimento geralmente são interpretadas e aplicados, de acordo com o entendimento e decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre o tema.
Alguns pontos das solicitações parecem um tanto óbvios e balizados, quase que exclusivamente numa logica de "bom senso". Entretanto, precisam ser definidos com base em decisões do STJ. Um exemplo é quando não existe indicação dos prestadores autorizados para determinado tratamento, o que leva o beneficiário a buscar atendimento fora da rede.
Nessa situação, o consumidor tem direito à devolução integral da despesa com o tratamento, até que seja disponibilizado atendimento na central credenciada. O posicionamento da ministra Nancy Andrighi, da 3ª Turma do STJ, é justamente nesse sentido.
A magistrada entende que, no caso de a operadora do plano de saúde se omitir em indicar um prestador de serviço credenciado apto a realizar o atendimento do beneficiário, este terá direito ao reembolso integral das despesas assumidas com o tratamento que lhe foi prescrito pelo médico assistente, em razão do descumprimento contratual, mesmo que exista uma cláusula no contrato que exclua o atendimento em determinados hospitais e/ou sempre que não for possível a assistência pela rede própria ou contratada.
Em situações de urgência, quando o paciente for direcionado por um médico conveniado, este pode escolher um hospital diferenciado e de alto custo. Isso se justifica pela gravidade da situação ou da especialidade do tratamento. Ressalta-se o REsp 1.286.133, no qual o ministro Marco Aurélio Bellizze afirma que a lei não faz restrições em relação a hospitais de custo elevado, tornando nulas cláusulas que restrinjam a cobertura. Ele também faz referência à limitação de reembolso conforme o artigo 12, inciso VI, da Lei 9.656/98.
Outro ponto analisado pelo STJ diz respeito a casos em que o processo ultrapassa o que está legalmente estabelecido. Sem o pagamento prévio pelo beneficiado, não há base para o ressarcimento nem para a cessão dos seus direitos, pois o valor não foi gasto e, portanto, não há fundamento para ser ressarcido. No REsp 1.959.929, Bellizze declara: "Apenas assinar um contrato de cessão de direitos não pode servir de justificativa para desvirtuar a cobertura securitária prevista na legislação de regência, em relação às regras do reembolso".
Prescrição para reembolsos médicos
A discussão sobre o prazo prescricional para pedido de reembolso de despesas médicas foi abordada pelo ministro Luis Felipe Salomão, na 2ª Seção, em 2020. Em seu voto, o magistrado definiu que, para reparação de danos causados pelo descumprimento de obrigação prevista em contrato de plano de saúde, aplica-se a regra de 10 anos, conforme previsto no artigo 205 do Código Civil. Isso deve distinguir da regra de prescrição de devolução para valores pagos indevidamente, devido à nulidade de cláusula contratual de reajuste. Nesse caso, vale a regra do artigo 206, parágrafo 3, inciso IV do Código Civil, que estabelece prescrição de três anos.
Os consumidores podem ter um entendimento equivocado sobre o retorno financeiro das despesas médicas. A cobertura para tratamentos multidisciplinares de portadores de TEA (Transtorno do Espectro Autista), por exemplo, é garantida pela Resolução Normativa 539/2022 da ANS, que assegura ressarcimento integral se a rede credenciada não oferecer a cobertura adequada. No entanto, há restrições e condições que devem ser observadas.
Por outro lado, as despesas com prestadores não credenciados em situação médica não urgentes, nem sempre têm garantias de devolução dos valores. No EAREsp 1.459.849, o ministro Bellizze esclarece que as operadoras de planos de saúde são responsáveis pelas despesas médicas do usuário do plano, nos casos de urgência, quando a utilização da rede própria ou autorizada é inviável.
Ele frisa que: "cabe ao Poder Judiciário agir cautelosamente para interpretar as cláusulas dos contratos de plano de saúde, notadamente aquelas que estabelecem restrições ao atendimento, a fim de que não se imponha um ônus insuportável às operadoras dos planos, mas também não se descuide da garantia dos direitos do elo frágil da relação".
As situações descritas ilustram alguns dos inúmeros exemplos de divergências entre operadoras e consumidores. Esses casos representam os desafios enfrentados pelos operadores jurídicos, que lidam com a ciência interpretativa do direito. E, mesmo com as questões já interpretadas pelo STJ, serão judicializadas com o intuito de reinterpretar certos casos.
Embora as decisões sobre os temas não vinculantes permitam total a autonomia dos magistrados para decidir segundo a legislação e sua maneira de interpretar a Lei, as decisões anteriores, com suas fundamentações bem descritas, tornam-se importantes referências para definições de rumos das decisões iniciais dos processos e proporcionam maior clareza dos entendimentos do judiciário. Desse modo, os tribunais superiores são fundamentais para definições de rumos processuais.
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A REDAÇÃO
Goiás registra 380 mortes por dengue em 2024, pior ano da doença no estado
Goiás registrou 380 mortes por dengue até o momento em 2024, o que torna este o pior ano da doença no estado, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Anápolis, Goiânia, Luziânia, Cristalina e Valparaíso de Goiás são os municípios com maior número de óbitos.
O último boletim da SES-GO também revela que o Estado está investigando 68 mortes para determinar se estão relacionadas à dengue. No total, Goiás contabiliza 284.086 casos confirmados da doença em 2024.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 04/09/24
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Como construir uma cultura de segurança do paciente em hospitais?
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SAÚDE BUSINESS
Como construir uma cultura de segurança do paciente em hospitais?
10% dos pacientes sofrem algum dano ao receber assistência hospitalar. Veja, no conteúdo da RTS, como criar uma cultura de segurança do paciente.
Mais de 10% dos pacientes sofrem algum tipo de dano ao receber assistência hospitalar, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esses incidentes não são atribuídos à evolução da doença de base, mas sim a erros de medicação, infecções hospitalares e quedas, entre outros, e mais de 50% deles são evitáveis. Investir na segurança do paciente para a redução desses danos, além de melhorar o atendimento e os resultados de quem está recebendo os cuidados, proporciona uma grande economia. Pois o prejuízo que esses incidentes causam em âmbito global é superior a um trilhão de dólares por ano.
A segurança do paciente em hospitais do Brasil
No Brasil, de janeiro a dezembro de 2023, foram notificados mais de 368 mil incidentes relacionados à assistência à saúde em diferentes tipos de serviços, como hospitais, urgência, diálise, ambulatório, clínicas e outros, sendo que a grande maioria deles ocorreu em hospitais. Esses incidentes se referem aos eventos adversos, ou seja, não são atribuídos à evolução da doença de base, mas sim a uma ocorrência imprevista, indesejada ou ofensiva à saúde do paciente.
Cinco tipos de incidentes mais frequentes em hospitais:
Falhas durante a assistência à saúde;
Falhas envolvendo cateter venoso;
Lesão por pressão;
Queda do paciente;
Falhas envolvendo sondas.
Tudo isso evidencia ainda mais a necessidade de desenvolver e implementar protocolos de segurança rigorosos visando a segurança do paciente em hospitais e avaliar regularmente o cumprimento e efetividade das práticas que eles estabelecem. Assim como oferecer treinamentos periódicos para os profissionais de saúde.
Benefícios de estabelecer protocolos de segurança do paciente nos hospitais
Redução de erros e incidentes - protocolos ajudam a padronizar procedimentos, reduzindo a variabilidade e a chance de erros. Diretrizes claras ajudam a prevenir incidentes comuns, como erros de medicação e infecções hospitalares.
Melhoria da qualidade do atendimento – protocolos de segurança são baseados nas melhores práticas e evidências científicas, promovendo um atendimento de alta qualidade. Eles estabelecem parâmetros para que todos os pacientes recebam um nível consistente de cuidado, independentemente do profissional ou do turno. Além disso, melhora a qualidade do atendimento e reduz a morbidade e mortalidade, beneficiando tanto os pacientes quanto os sistemas de saúde.
Melhoria da segurança do paciente – protocolos permitem identificar riscos riscos potenciais e estabelecer procedimentos para mitigá-los antes que causem danos aos paciente, promovendo uma cultura de segurança dentro da instituição, onde todos os profissionais estão cientes e comprometidos com a segurança do paciente.
Aumento da confiança dos pacientes - a implementação de protocolos de segurança aumenta a confiança dos pacientes na instituição de saúde ao saber que há um compromisso com a sua segurança.
Melhor capacitação – protocolos de segurança do paciente em hospitais estabelecem diretrizes que servem como base para programas de treinamento e capacitação contínua dos profissionais de saúde. Assim como orientação para novos profissionais ao fornecer uma orientação clara para eles, facilitando sua integração e adesão às práticas seguras.
Eficiência dos recursos - melhorar a segurança do paciente pode economizar recursos, permitindo que sejam utilizados de maneira mais eficaz. Essas economias resultam da redução de custos associados a tratamentos adicionais, prolongamento de internações e complicações evitáveis.
Práticas para a segurança do paciente em hospitais
Ao implementar as práticas estabelecidas nos protocolos de segurança do paciente em hospitais, essas instituições protegem a saúde e o bem-estar dos pacientes, otimizam os processos internos e reduzem custos associados às complicações evitáveis. Veja algumas dessas práticas:
1. Prevenção de erros médicos
Identificação correta - garantir que cada paciente seja corretamente identificado e confirmar a identidade antes de qualquer procedimento ou administração de medicamentos para evitar erros.
Medicação segura - implementar sistemas para evitar erros, como o uso de códigos de barras e listas de verificação, e seguir rigorosamente os protocolos para a prescrição, dispensação e administração de medicamentos.
2. Higiene e controle de infecções
Lavagem das mãos - promover a lavagem adequada das mãos entre os profissionais de saúde é uma das medidas mais simples e eficazes para prevenir a transmissão de infecções hospitalares. Todos os profissionais de saúde devem higienizar as mãos antes e após o contato com o paciente.
Equipamentos estéreis - utilizar equipamentos estéreis e técnicas assépticas durante procedimentos invasivos.
Higienização dos ambientes - realizar limpeza e desinfecção sistemática de todas as áreas hospitalares, especialmente aquelas de alto risco, como salas de cirurgia e UTIs.
Uso de EPIs - garantir que todos os profissionais de saúde utilizem equipamentos de proteção individual adequados aos procedimentos que forem executar, como luvas, máscaras, aventais e protetores faciais, para prevenir a transmissão de infecções.
3. Comunicação eficaz
Passagem de plantão - garantir que as informações sobre os pacientes sejam passadas de forma clara e completa entre as equipes de plantão.
Envolvimento do paciente - incentivar os pacientes e suas famílias a participarem ativamente do cuidado, fazendo perguntas e confirmando informações.
4. Ambiente seguro
Prevenção de quedas - avaliar os riscos de queda e implementar medidas para prevenir, como o uso de alarmes de cama, barras de apoio e pisos antiderrapantes.
Prevenção de lesões por pressão - realizar avaliação de risco dos pacientes acamados e fazer a mudança regular da posição deles, a inspeção frequente da pele e utilizar colchões especiais.
Equipamentos - garantir que todos os equipamentos médicos estejam em boas condições de funcionamento e sejam utilizados corretamente.
5. Treinamento e educação
Capacitação contínua - oferecer treinamento contínuo para os profissionais de saúde sobre práticas de segurança e novas diretrizes.
Simulações - realizar simulações de situações de emergência para preparar a equipe para responder de forma rápida e eficaz.
6. Monitoramento e melhoria contínua
Auditorias internas - realizar auditorias regulares para identificar áreas de risco e implementar melhorias.
Relato de incidentes - estabelecer um sistema para que os profissionais possam relatar incidentes e quase-incidentes sem medo de represálias, promovendo uma cultura de segurança.
Envolvimento de quem está recebendo cuidados e da família em medidas para a segurança do paciente no hospital
Priscilla Puhl, que é fisioterapeuta hospitalar há 12 anos e especialista de produtos da RTS, ressalta a importância do próprio paciente e da família dele na construção de uma cultura de segurança nos hospitais. Mas pondera que “é necessário alertá-los e orientá-los sobre suas participações no processo”.
Ela acredita que os hospitais podem estimular o engajamento deles divulgando e explicando as metas internacionais de segurança do paciente, conscientizando sobre as responsabilidades que eles têm nesse processo e, principalmente, os benefícios que as boas práticas podem proporcionar”.
A especialista explica que “existem seis metas internacionais de segurança do paciente que são amplamente divulgadas nos hospitais. São elas”:
Identificar corretamente os pacientes;
Estabelecer uma comunicação efetiva;
Prezar pela segurança dos medicamento;
Garantir a segurança dos paciente para cirurgias;
Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde;
Prevenir complicações decorrentes de quedas.
Ela também destaca a importância do uso de tecnologias para facilitar a dinâmica assistencial: “desde que sejam bem implementadas e acompanhadas de treinamento eficiente, elas podem facilitar o atendimento, diminuir a sobrecarga do profissional e, consequentemente, deixá-lo mais alerta para os cuidados essenciais em relação ao paciente”.
A RTS e a segurança do paciente no hospital
Priscilla Puhl diz que a RTS também desempenha um papel importante na construção de uma culltura de segurança em hospitais. “A principal contribuição da RTS ocorre no fornecimento e divulgação de tecnologias que propiciem maior qualidade assistencial, padronização e diminuição da sobrecarga do profissional de saúde”.
“Nessas tecnologias incluímos camas, macas, andadores, suportes de soro e demais equipamentos que, devido a qualidade e diferenciação frente aos modelos comuns, fazem a diferença na dinâmica assistencial”. Ela conta que a RTS completa 25 anos de existência em 2025, tendo se consolidado como referência no Brasil em soluções inovadoras que promovem o bem-estar e a eficiência no atendimento médico-hospitalar por meio por meio da venda, locação, gestão integrada e assistência técnica para equipamentos hospitalares.
Presença em todo o Brasil – a empresa tem filiais, suporte técnico e time comercial estruturados em pontos estratégicos do Brasil, o que permite oferecer pronto atendimento, manutenção e reposição de equipamentos em todo o território nacional.
Parceria na gestão da saúde – além de fornecer equipamentos, a RTS tem uma equipe especializada sempre pronta para oferecer suporte técnico e consultoria aos clientes para que eles foquem no que é mais importante: o tratamento dos pacientes.
Compromisso com a excelência – a RTS acompanha cada detalhe, desde a instalação até o suporte técnico, para garantir que todo equipamento funcione perfeitamente e contribua para a segurança e conforto de pacientes, cuidadores e equipes de saúde.
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MEDICINA S/A
Artigo - Inovação em modelo de negócio, a transformação da saúde brasileira
Por Diana Jardim
Inovação em modelos de negócios envolve a criação ou transformação das maneiras pelas quais uma organização cria, entrega e captura valor. Diferente da inovação de produto ou processo, que se concentra em melhorias específicas ou na eficiência operacional, a inovação em modelo de negócio abrange mudanças fundamentais na operação e geração de receita de uma empresa. Essas mudanças podem impactar todo o ecossistema, sendo disruptivas para setores tradicionais, redefinindo expectativas dos consumidores, transformando relacionamento com parceiros e alterando formas de consumo e concorrência.
Exemplos notáveis incluem o Uber e o Airbnb, que criaram plataformas conectando fornecedores e consumidores diretamente, eliminando intermediário. Netflix e Spotify popularizaram o acesso contínuo a música e vídeos por uma assinatura mensal. Bancos digitais como o Nubank eliminaram agências físicas, oferecendo serviços online para abrir contas, solicitar cartões de crédito e realizar transações, eliminando burocracias, simplificando processos e em alguns casos, zerando tarifas.
A inovação em modelos de negócio, pode ser uma estratégia de competitividade, permitindo que empresas se diferenciem em mercados saturados e se adaptem a mudanças rápidas. Ela também pode abrir novas oportunidades de mercado, ampliar a base de clientes, melhorar a eficiência operacional e a otimizar recursos.
Aplicação na Área de Saúde
Na saúde, a inovação em modelos de negócio pode ser a diferença entre um sistema sobrecarregado e um que oferece cuidado de alta qualidade e acessível. Em um cenário de custos crescente e desafios regulatórios, fraudes e desperdícios, a auditoria, negociação e glosas não alcançam mais os resultados necessários para sustentabilidade do setor, principalmente, se pensarmos que a saúde das pessoas deveria ser o foco.
Estratégias como o Value-Based Health Care (VBHC), coordenação do cuidado, prevenção de doenças e promoção de saúde através do autocuidado apoiado, têm sido testadas, e em algumas empresas, como na Unimed Porto Alegre, já estão em estágio de escalabilidade, entendendo que é apenas o início da mudança na forma de oferecer e consumir saúde suplementar no Brasil.
“Viver Bem Juntos” é o nome da jornada de cuidado do cliente Unimed Porto Alegre, promovendo saúde integral e melhorando a qualidade de vida. Não é “apenas” um programa de promoção de saúde, mas uma aplicação que mapeia perfis e hábitos de vida, utilizando algoritmos de machine learning para sugerir trilhas de cuidado. Isso empodera os clientes com ações e informações para gerenciar sua saúde. Usuários com doenças crônicas são automaticamente convidados linha de Cuidado com planos individualizados à sua condição, assim como idosos, gestantes e mamães de crianças com até 24 meses. A operadora também oferece acompanhamento para clientes com Transtorno do Espectro Autista e pessoas em cuidados continuados, com apoio multidisciplinar em várias fases da vida. É a tecnologia aliada à humanização, para um cuidado assertivo e personalizado.
Evolução e Impacto
Mas tudo isto não surgiu ontem! Assim, como os exemplos de modelo de negócio famosos, a evidência e exponencialidade levou anos, alguns até décadas! É importante contar a história de solidez e crescimento desta solução inovadora da Unimed Porto Alegre. Em 2021 começou-se a desenvolver programas de navegação de alguns clientes em situação crítica de saúde. O modelo foi consolidado e automações testadas, aumentando de 3 mil vidas para 10 mil vidas navegadas em 2023, e este ano, atingindo quase 30 mil vidas. A integração tecnológica permite essa escala, e logo toda a base de mais de 650mil clientes estará embarcada no novo modelo assistencial, transformando a forma de oferecer e consumir saúde suplementar no Brasil, muito além do modelo tradicional baseado em autorizações e tratamentos de doenças!
Em 2023, a Unimed Porto Alegre criou o Escritório de Valor em Saúde, acelerando soluções inovadoras para melhores desfechos, considerando a camada mais profunda na perspectiva da experiência do paciente em sua trajetória e contexto de dor. Liderando a cocriação a cocriação de um ecossistema baseado no VBHC, a operadora engaja diversos profissionais e rede prestadora para promover uma cultura de transparência e confiança, com resultados mensuráveis e excelência no cuidado.
Transformação das Operadoras de Planos de Saúde no Brasil
Obviamente que existem startups e outras operadoras de planos de saúde atuando com lógica similar, alguns exemplos são as plataformas de telemedicina, as clínicas populares, as inteligências artificias para predição de doenças, os wearables que monitoram atividades físicas ou sinais vitais. Entretanto, parecem ações isoladas. Para uma transformação efetiva, é necessária a mudança cultural e estrutural abrangendo operadoras de planos de saúde, empresas, hospitais, clínicas, profissionais de saúde e a população como um todo.
A mudança de mentalidade, saindo do foco exclusivo em custos para resultados e qualidade do cuidado, é crucial. Agir para evitar doenças, traçando estratégias para redução da jornada de diagnóstico e tratamento, é o caminho. Adoção de sistemas de informação robustos e integrados, interoperabilidade de dados, e capacitação dos profissionais de saúde para novas práticas e tecnologias, são fundamentais. Por último, mas não menos importante, é imprescindível fazermos parcerias estratégicas, em uma lógica de inovação aberta, cocriando com provedores de saúde, governos e outras partes interessadas para criar um ecossistema de saúde mais integrado, eficiente e com o paciente no centro.
A inovação em modelo de negócio é uma abordagem poderosa para transformar organizações e setores inteiros, promovendo a criação de valor sustentável e adaptabilidade em um ambiente dinâmico. E apenas desta forma, a tão sonhada transformação disruptiva do setor de saúde brasileiro, resiliente a longo prazo, será alcançada.
*Diana Jardim é Gerente de Inovação da Unimed Porto Alegre.
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Artigo - Saúde mental: A importância de cuidar de quem cuida de nós
Por João Romano
Quando um profissional da saúde adoece, é essencial que ele receba a compreensão e o apoio dos gestores e colegas. Estar preparado para essa eventualidade, especialmente quando a doença está relacionada à saúde mental, é vital para enfrentar o estigma que ainda prevalece. A busca por tratamento é uma parte fundamental da vida de todos os colaboradores da área da saúde.
Apesar de ter acesso a uma vasta quantidade de informações e, teoricamente, maiores condições de prevenção e tratamento, muitos profissionais de saúde enfrentam desafios únicos que dificultam a busca por ajuda. Observa-se que esses profissionais apresentam maior vulnerabilidade, procuram menos ajuda, apresentam altas taxas de abandono ao tratamento e enfrentam complicações significativas.
Diversas razões contribuem para essa situação, como a negação das próprias necessidades, dificuldade em aceitar-se como doente, vergonha e orgulho em buscar apoio, além do receio de prejudicar sua imagem profissional. Cada um desses fatores contribui para a maior vulnerabilidade dos nossos profissionais.
Quando o assunto é saúde mental, especificamente, um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizado entre junho de 2021 e abril de 2022, revelou que os profissionais de saúde brasileiros da rede pública apresentaram indicadores negativos na pandemia de Covid-19. A pesquisa revelou que 86% desses profissionais sofreram com Síndrome de Burnout e 81% com estresse. Sintomas depressivos leves foram encontrados em 22% dos profissionais de saúde, enquanto 16% exibiram sintomas depressivos moderados e 8% severos. Má qualidade de sono (74,4%) e dores pelo corpo também foram frequentemente relatadas.
Como já divulgado amplamente, a crise global na saúde mental se intensificou com os desafios e mudanças ocorridos no mundo, como o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, as transformações sociais e econômicas aceleradas e as pressões cotidianas. A saúde mental desempenha um papel primordial no bem-estar geral, influenciando como um indivíduo lida com os desafios e pressões da vida, além do equilíbrio entre desejos, habilidades, ambições, ideias e emoções.
Uma saúde mental comprometida pode afetar profundamente aspectos do cotidiano, como relacionamentos afetivos, familiares e o ambiente profissional, ocasionando prejuízos, por vezes, irreparáveis, à rotina.
Identificar sintomas de problemas de saúde mental e buscar ajuda especializada o quanto antes são medidas cruciais. Consultar um profissional de saúde mental pode proporcionar o suporte necessário para enfrentar esses desafios de forma eficaz, promovendo melhor qualidade de vida, maior bem-estar emocional e a capacidade de desempenhar funções de maneira equilibrada. Incentivar essa prática é essencial para garantir a saúde integral dos profissionais de saúde e de todos os indivíduos.
Para enfrentar esse cenário, é necessário integrar o assunto em diferentes políticas públicas. No ambiente corporativo, a saúde mental dos colaboradores é um elemento central e as empresas têm um papel crucial em sua promoção. Programas de suporte psicológico, ambientes de trabalho saudáveis e políticas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são fundamentais. Quando os profissionais de saúde estão mentalmente saudáveis, eles estão mais capacitados para fornecer cuidados de qualidade aos pacientes.
Reconhecendo essa necessidade, muitas organizações têm adotado medidas para garantir o bem-estar de sua equipe. Aqui no CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”), recentemente, fechamos uma parceria com uma plataforma especialista em saúde emocional, para oferecer sessões de terapia online aos colaboradores. Além disso, investimos em um espaço de escuta qualificada por meio da medicina do trabalho, com uma equipe multidisciplinar composta por médicos e psicólogos, disponível para apoiar os profissionais quando necessário.
Outra iniciativa destacada e que possui bastante aderência é a Roda de Terapia Comunitária, realizada mensalmente. Este espaço oferece apoio para a redução da ansiedade, estresse e sobrecarga emocional, fomentando um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado. Nós, ainda, facilitamos o acesso dos colaboradores a academias e estúdios para a manutenção da saúde física e incentivamos o combate ao sedentarismo por meio da participação em grandes eventos de corrida e caminhada de rua em São Paulo.
É importante ressaltar que nem todas as reações emocionais indicam uma desordem mental, pois as múltiplas reações às situações cotidianas fazem parte do ciclo de vida de todas as pessoas. A intensidade e a duração dos sintomas, e a repercussão negativa que eles causam nas atividades diárias, como redução de desempenho, desadaptação e sofrimento, são os principais indicativos de alerta. Nesses casos, procurar apoio psicológico é uma demonstração de coragem e autocuidado. Ao buscar ajuda profissional, você está se permitindo crescer, aprender e descobrir novas maneiras de lidar com os desafios da vida.
A saúde mental dos profissionais que atuam no setor é um aspecto fundamental para a sustentabilidade e a eficácia de qualquer sistema de saúde. Esses profissionais, que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros, também precisam ser cuidados. É imprescindível criarmos um ambiente onde a busca por apoio psicológico seja encorajada e normalizada, sem medo ou estigma. Somente assim podemos assegurar que esses profissionais continuem a desempenhar seu papel vital na sociedade de maneira saudável e sustentável.
No CEJAM, acreditamos que promover o bem-estar emocional de nossa equipe é essencial para garantir a qualidade dos cuidados que oferecemos ao usuário do SUS (Sistema Único de Saúde). Nossa gerência corporativa e o departamento de recursos humanos estão totalmente comprometidos em implementar e manter iniciativas que fortaleçam a saúde mental de todos os nossos colaboradores.
Como gerente executivo de uma organização social de saúde, vejo de perto a dedicação e o esforço incansável dos nossos profissionais da saúde. E é nossa responsabilidade garantir que eles recebam os recursos e o suporte necessário para cuidar de sua saúde mental. Reconhecer e tratar as questões de saúde mental, com a mesma seriedade que tratamos a saúde física, é mais que uma necessidade, é um dever. Juntos, podemos aprimorar ainda mais nosso ambiente de trabalho, onde todos se sintam valorizados, compreendidos e apoiados.
*João Romano é gerente executivo do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”)
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A REDAÇÃO
Transmissões de cirurgias robóticas são destaque de congresso em Goiânia
Goiânia – Transmissões ao vivo de cirurgias complexas com intervenção mínima utilizando um robô controlado remotamente dentro da sala de cirurgia são uma das principais novidades apresentadas pelo 72º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) que começou em Goiânia nesta terça-feira (3/9). Realizado no Centro de Cultura e Convenções de Goiânia e também com atividades em outros locais, o congresso se estende até sábado (7/9) com a presença de especialistas de todo o Brasil e convidados internacionais para debater as mais recentes inovações no tratamento de doenças coloproctológicas.
A programação do evento é ampla e diversificada, incluindo cursos, palestras e transmissões ao vivo de procedimentos cirúrgicos. Por meio de parcerias, ocorrem durante o evento aulas para especialistas durante cirurgias realizadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) com pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e a transmissão ao vivo de cirurgias feitas com robô no Hospital Israelita Albert Einstein, feitas em pacientes também do SUS, atendidos pelo Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), que é administrado pela grupo Albert Einstein.
Uma dessas cirurgias ocorreu na manhã desta terça, no centro cirúrgico do Einstein, com transmissão ao vivo para o auditório da Associação Médica de Goiás, ambos localizados no Complexo Órion, no Setor Marista, na capital. Os cirurgiões Dr. Rômulo Almeida, da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da comissão científica da SBCP e o Dr. Hélio Moreira Júnior, presidente da SBCP e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), salientam a importância de ter esta tecnologia inovadora em Goiás e em apresentá-la cada vez mais aos médicos goianos.
“A cirurgia robótica é algo que existe na medicina já há alguns anos. Infelizmente aqui no Brasil demorou um pouco para ter abrangência nacional. Temos aproximadamente 140 robôs de diversas marcas distribuídas pelo país”, conta Almeida. Em Goiânia, há apenas um robô, que está no centro cirúrgico do Hospital Israelita Albert Einstein e que é utilizado em todo tipo de cirurgia.
Hélio Moreira salienta que o robô não é autônomo: “você tem os braços robóticos que estão conectados nas pinças, que vão funcionar como apoio para a câmera e pinças cirúrgicas, que são introduzidas na cavidade abdominal por pequenas incisões. E existe o console que fica distante da mesa cirúrgica, onde o cirurgião tem controle absoluto de todo o instrumental e de todos os movimentos durante a cirurgia. Ele fica sentado confortavelmente neste console com dedeiras nas mãos e um visor ótico com visão 3D”, explica.
Portanto, o robô obedece e replica os movimentos feitos pelo médico com mais precisão e refinamento do que as técnicas menos invasivas padrão, como a laparoscopia, que introduz a câmera e os instrumentos por pequenos cortes, mas que são controladas diretamente pelo cirurgião de pé ao lado da mesa operatória, e que além de mais fisicamente desgastante, oferece movimentos mais limitados.
Segundo Almeida, existem outras vantagens, como o treinamento: “o número de cirurgias que um treinando tem que fazer para atingir a proficiência em determinadas áreas é um décimo do que ele teria que fazer operando por laparoscopia, por exemplo”. De forma resumida, a cirurgia robótica causa menos trauma, o que significa menos dor pós-operatória, recuperação mais rápida e alta mais precoce.
Hélio adiciona que, por ter maior alcance e maior amplitude de movimento, somado ao uso do console, o desgaste do cirurgião é muito menor, o que faz grande diferença em procedimentos longos. “O cirurgião cansado obviamente terá uma produção menor, vai oferecer maior risco para o paciente, não só pelo cansaço em si, físico, mas pela fadiga mental. O julgamento dele em um determinado momento da cirurgia pode ser diferente porque ele está cansado. Se estivesse descansado, talvez optasse por uma abordagem diferente do que ele estava fazendo naquele momento”, afirma.
É uma diferença grande, e por isso os doutores consideram importante inserir as transmissões ao vivo na programação, para encorajar os médicos participantes a se capacitarem e a buscar trazer mais plataformas robóticas para Goiás e para o Brasil: “Queremos gerar o desejo de voltar para a sua cidade e procurar a direção de seu hospital, os órgãos públicos do seu Estado e dizer ‘olha, a gente precisa se atualizar, a gente precisa de um robô aqui’. É gerar engajamento”, afirma Hélio.
Durante a transmissão, os médicos no auditório podem fazer perguntas e colocações que são repassadas por um mediador para a equipe de cirurgiões, que podem sanar dúvidas e até mesmo ouvir sugestões do colegiado de médicos. Além de ser uma primeira oportunidade, para muitos, de conhecer a tecnologia: a plataforma robótica ainda é tão rara por ser muito cara, custando cerca de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 19,7 milhões), com uma manutenção anual de US$ 200 mil (cerca de R$ 1,12 milhão).
Isto gera um custo adicional que ainda não é coberto por nenhum plano de saúde do Brasil. Para os médicos, isto é outra importância do Congresso: quanto mais essa tecnologia se tornar difundida e mais conhecida, mais cedo ela se tornará mais acessível para mais camadas da população, seja por meio de planos, seja pelo SUS. “É algo com o qual todo mundo ganha. Ganha o paciente, ganha os congressistas, ganha a instituição que o está oferecendo e gera um atendimento de melhor qualidade”, assegura Hélio.
Além da transmissão desta terça, ocorrerá uma outra na manhã de quarta-feira (4/9). Ela será ainda mais especial, pois terá como cirurgião Eduardo Parra, uma das maiores referências no mundo em cirurgia robótica e que veio direto da Flórida, nos EUA, para operar um paciente do HMAP no centro cirúrgico do Einstein.
Especialistas
Um dos cirurgiões engajados no procedimento desta terça foi o Dr. Sérgio Araújo, que é diretor médico da rede cirúrgica do Hospital Israelita Albert Einstein e presidente eleito da SBCP. Como o hospital é o único com o modelo robótico no Estado, ele afirmou que o Einstein tem uma responsabilidade em apresentar essa tecnologia e capacitar a comunidade médica por meio de aulas, apresentações e transmissões de cirurgias como as oferecidas nesta edição do congresso.
“Por isso que nós fizemos o curso aqui, porque nós conseguimos operar casos do Einstein e operar casos de outras instituições que são geridas pelo Einstein, como por exemplo o HMAP e quem sabe futuramente o Hugo, oferecendo cirurgia robótica para o maior número de pacientes”, relata, lembrando que ambos os hospitais são administrados pelo Einstein.
Entre os convidados participantes está o Dr. Luís Romagnolo, do Hospital do Amor de Barretos (SP), que destaca que este é o maior congresso de coloproctologia do país e que é muito importante para os médicos da área já que “é uma especialidade que envolve todos os tipos de técnicas cirúrgicas, doenças orificiais, cirurgias de câncer do intestino, cirurgias inflamatórias como a doença de Crohn. São várias doenças associadas que compõem o ensino médico. Então esse congresso traz todas as especialidades da Coloproctologia para dentro, pra gente poder discutir novas terapias, novos tratamentos, novas técnicas cirúrgicas”, destacou.
Romagnolo é especialista em técnicas minimamente invasivas e já atua com dois modelos robóticos que realizam mais de 3 mil cirurgias por ano no Hospital do Amor. Ele veio trazer este conhecimento para a comunidade médica goiana. “Vamos discutir sobre novas possibilidades, novos robôs no mercado, como tratar melhor o paciente, como trazer padronizações de cirurgia, para que os médicos sejam mais bem informados e levem para os seus pacientes essa tecnologia. Essa é a diferença se dirigir uma Ferrari sabendo dirigir ou não sabendo dirigir. Então, se você não sabe usar a tecnologia a seu favor, o paciente pode ser prejudicado. Então, o congresso serve para os médicos se aprimorarem nas tecnologias, nas inovações, para trazer o melhor para o paciente, essa é a minha participação”, completa.
Outro participante de destaque é o Dr. Armando Melani, diretor do Ircad América Latina no Rio de Janeiro, que é o maior centro de treinamento em cirurgias minimamente invasivas da América Latina. “Sempre que vamos introduzir uma tecnologia nova no meio médico, temos que ter responsabilidade. É muito legal você trabalhar com tecnologia de ponta, mas ela tem um custo, temos que pesar e entender o quanto ela vai impactar de forma positiva o paciente”, explica.
“Este congresso é importante porque aborda exatamente como é que a gente vai treinar esses profissionais que já são médicos, que estão no mercado, e que precisam aprender e voltar lá para a escola, para utilizar essa plataforma de forma segura”, comenta Melani, dizendo que o foco está na capacitação do especialista.
Atendimento para quem mais precisa
Os participantes do congresso fizeram questão de salientar que todos os pacientes operados durante o evento são da rede pública de saúde e destacaram a importância de poder oferecer este tratamento de ponta para pessoas que, de outra forma, não teriam acesso.
“Por meio dessa parceria, conseguimos oferecer a cirurgia robótica para pacientes do SUS, que seriam operados por laparoscopia e sabemos que a cirurgia robótica são as melhores formas de operar estes pacientes”, destaca o Dr. Sérgio Araújo.
Ele relata que é motivo de grande orgulho para o hospital ser pioneiro neste segmento em Goiás: “estamos tentando fortemente estender [a cirurgia robótica] para pacientes do sistema público através da gestão conjunta sobre o HMAP e o Hugo. O nosso sonho, nosso trabalho, é para que a cirurgia robótica seja oferecida rotineiramente a estes pacientes, exatamente como já acontecem em outros hospitais públicos do país”.
O Dr. Armando Melani também parabenizou a iniciativa em atender pacientes do SUS com as cirurgias do Congresso, levando tecnologia de ponta para a população mais carente. “A grande dificuldade para as universidades e hospitais públicos adquirirem o robô é o custo, mas sabemos que conforme mais essa plataforma se disseminar, ela vai ficar mais acessível. Como trazer essa tecnologia para o sistema público para transformar a nossa saúde também é papel nosso e o Einstein faz essa discussão. Poder oferecer essa ferramenta com qualidade para aquele paciente que mais precisa é papel do médico”, finaliza.
Inscrições
O evento continua até sábado (7/9) com diversas atividades. As inscrições podem ser feitas através do site oficial, em que os interessados devem preencher a ficha de inscrição e escolher a categoria correspondente. Um certificado online será conferido a todos os participantes. O encerramento do congresso está previsto para sábado, às 20h, no Cel da OAB, em Aparecida de Goiânia.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Saúde esclarece os 62 casos notificados de Mpox em Goiânia
Notificações aconteceram entre janeiro a agosto de 2024
Desde o início do ano foram 62 casos notificados de Mpox em Goiânia, dos quais 5 se confirmaram. Os dados são de janeiro a agosto de 2024. No mesmo mês de agosto, no dia 14, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a Mpox à categoria de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Essa decisão aconteceu por causa do avanço da Cepa 1b, variante da doença. Segundo a Saúde de Goiânia, nenhum caso confirmado na cidade foi causado pela Cepa 1b.
Por causa do alerta da OMS, os profissionais de saúde foram instruídos a notificar qualquer caso suspeito de Mpox, especialmente quando não conseguem diferenciar a doença de outras com sintomas semelhantes, como a varicela, também conhecida como catapora, que também causa feridas na pele. Essa medida visa garantir a coleta e o diagnóstico laboratorial adequados, com os casos sendo descartados caso não se confirme a infecção.
Sintomas da Mpox
Os principais sintomas da doença incluem febre, dores de cabeça e no corpo, fraqueza, lesões na pele semelhantes a erupções e linfadenopatia, também conhecidas popularmente como "ínguas".
A Mpox pode ser mais grave em recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão, como portadores de HIV, pacientes renais crônicos e em tratamento contra cânceres.
A transmissão da Mpox acontece quando há contato direto com as lesões, bolhas ou crostas causadas na pele. Roupas, talheres, louças também podem propagar a contaminação.
Qualquer pessoa com sintomas semelhantes ao da Mpox deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento.
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JORNAL OPÇÃO
Ipasgo anuncia exclusão de servidores federais de seus planos
Quase 10 mil beneficiários serão prejudicados, caso a medida se oficialize
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) anunciou, ao longo da última semana, o cancelamento dos serviços para servidores federais. A Universidade Federal de Goiás (UFG), o Instituto Federal de Goiás (IFG) e o Instituto Federal Goiano (IF Goiano) são algumas das 14 instituições que podem ser afetadas caso a exclusão desses servidores se concretize, afetando cerca de 9.877 beneficiários.
Em entrevista ao Jornal Opção, o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior de Goiás (SINT-IFESgo), Fernando Mota, fala sobre o impacto da medida na categoria. “Uma questão muito estranha essa forma de exclusão de uma parte desse público do Ipasgo”, afirmou.
O sindicalista lembra do processo de transição que o Ipasgo vem sofrendo nos últimos anos, passando de Co-gestão para auto-gestão, mas reforça que “nesse processo, ninguém levantou alguma possibilidade de que o ipasgo não poderia continuar atendendo o conjunto dos servidores públicos que moram no estado de Goiás”. Segundo Mota, a notícia de “última hora” foi recebida com “espanto” pelos servidores.
Apesar de já terem tido reuniões com gestores da UFG e também na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), ainda não há resposta clara para a motivação dessa exclusão unilateral de servidores federais. Segundo o coordenador do SINT-IFESgo, algumas especulações apontam para possível déficit no Ipasgo, enquanto outros apontam para regulação imposta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“Fica até difícil propor uma solução, porque a gente não tem claramente do Ipasgo o que motiva eles a não querer esse quantitativo de servidores”, resumiu o representante do sindicato. Por fim, Mota diz que, após melhor compreensão da situação, as entidades vão se mobilizar para que “não se permita essa expulsão desses servidores da área federal do Ipasgo”.
Em reunião na última segunda-feira, 2, o deputado estadual Mauro Rubem (PT) questionou a terceirização da responsabilidade da gestão da instituição por parte do Estado. Ao Portal Alego, o parlamentar disse: “beneficiários que sustentam o plano há mais de 20, 30, 40 anos são comunicados de que a rua é a serventia da casa? Ora, o plano é do beneficiário que o sustenta, e o governador Caiado disse que ninguém seria prejudicado com a privatização do Ipasgo, que deixou de ser autarquia para ser Serviço Social Autônomo de Direito Privado, e agora acontece isso? Não podemos permitir”.
Vale ressaltar que existe reunião marcada para a manhã desta terça-feira com a presidência do Ipasgo e representantes dos servidores federais na Alego.
Resposta do Ipasgo
Até o momento, o Ipasgo publicou duas notas esclarecendo a situação. A primeira afirmava que as mudanças se devem ao processo de registro do órgão como “autogestão” junto à ANS. Segundo informam, as mudanças vieram “a fim de atender ao artigo 1º da Lei Estadual nº 21.880/2023 e, assim, a elegibilidade das Entidades Patrocinadoras, o que impossibilita manter a prestação de serviços a órgãos federais”
No mesmo comunicado, o Ipasgo Saúde reitera que “tem se posicionado, perante a ANS, de forma reiterada, pela manutenção da assistência a todos os beneficiários inscritos no SSA, porém, até o momento não logramos êxito”. A justificativa apresentada seria a de que, segundo o artigo 12 da Resolução Normativa nº 137/2006, “essas entidades não apresentam correlação de atividades com o Poder Público Estadual para a continuidade da prestação de serviço”.
Num segundo comunicado, o Ipasgo afirma que está em tratativas junto à ANS a fim de manter o serviço prestado aos servidores que já estavam inscritos em planos da instituição. Após confirmar que 14 instituições seriam excluídas caso as mudanças passem a valer, o comunicado segue informando que: “A instituição propôs à agência reguladora que a assistência seja mantida por meio do enquadramento como produto em extinção, quando ficam impedidas novas adesões, mas há garantia de atendimento às pessoas que já são beneficiárias”.
O Jornal Opção entrou em contato com a ANS a fim de compreender melhor a situação, mas não obteve resposta até o momento de publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
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O GLOBO
Planos de saúde: veja como funciona o reajuste anual e como economizar com a sua escolha
Um primeiro passo é entender como são feitos os reajustes anuais dos diferentes tipos de convênio médico para se planejar melhor. Outro ponto importante é saber as opções de portabilidade para escapar de aumentos abusivos.
Um dos dilemas do orçamento familiar é contratar um bom plano de saúde que não seja um enorme peso no bolso.
Entre os principais erros está o de olhar apenas para o preço inicial do plano, mas se surpreender com o preço dos reajustes. Mas há quem se complique ao contratar um convênio com ampla cobertura e usar pouco ou quase nada.
O g1 reuniu dicas de como o consumidor deve modular o custo-benefício de um plano médico e como se precaver dos reajustes de mensalidade. Veja abaixo.
De acordo com a advogada Giselle Tapai, especialista em direito da saúde e sócia da Tapai Advogados, o primeiro passo para fazer uma boa escolha de um plano de saúde é entender bem as diferenças, que basicamente é como os reajustes anuais são realizados.
São três principais tipos:
â¶ï¸ Individual/familiar
O plano individual pode ser uma boa escolha para quem deseja diminuir as despesas, na medida em que os reajustes anuais são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ou seja, a entidade estima o limite máximo de aumento.
â¶ï¸Coletivo por adesão
Nos planos coletivos por adesão, o reajuste de preço é feito de forma livre conforme cada contrato de prestação de serviço. Neste caso, é comum que o valor de entrada seja mais barato que no plano individual, mas os reajustes posteriores podem até dobrar de preço de acordo com a operadora.
â¶ï¸Coletivo empresarial
Da mesma forma, nos planos coletivos empresariais o reajuste de preço é feito de acordo com cada contrato de prestação de serviço. Tanto nos planos empresariais ou por adesão, o percentual de reajuste é definido por uma negociação entre a operadora e empresas ou sindicatos.
"Algo importante de pontuar é que empresas grandes com planos de mais de trinta vidas tem poder de barganha maior, pois fecham contratos maiores, administram sinistralidade, podem inserir coparticipação e até mudar de contrato. Já empresas pequenas tem pouco poder de negociação, pois o contrato possui critérios mais específicos, e de difícil negociação de valores", declarou a advogada Giselle Tapai. â ï¸ OBSERVAÇÃO: Como empresas pequenas têm menos possibilidade de negociação, se o reajuste aumentar bruscamente, elas acabam migrando para planos inferiores ou até mesmo cancelando em definitivo por conta dos altos custos.
Os planos individuais costumam ser mais apropriados para quem deseja uma maior previsibilidade financeira, porque os percentuais de reajuste são tabelados pela ANS. A entidade também mostra, de forma clara, como ela chegou no valor do reajuste anual - definido conforme a inflação e pelo preço das despesas hospitalares.
A advogada Giselle Tapai alertou que muitas operadoras não estão mais oferecendo o plano individual, pelo fato de o reajuste anual ser menor comparado a um plano coletivo. "O plano individual não compensa para as operadoras. A dica é: se você tem um plano individual, busque ficar com ele para o resto da vida", afirmou a especialista.
Mas, para que essa modalidade seja uma boa escolha, é preciso que o consumidor tenha consciência de contratar um plano conforme a sua real necessidade.
"Mesmo que seja um plano individual, as pessoas também precisam ficar atentas com os possíveis gastos desnecessários. Se uma pessoa possui um bom estado de saúde, não precisa que ela tenha um plano com rede nacional que cubra internações, por exemplo. Neste caso, é possível que ele tenha um plano municipal, que cubra consultas, exames e terapias simples", disse Tapai.
Em relação aos planos coletivos por adesão ou empresarial, os reajustes são estabelecidos conforme cada contrato, sem interferência da ANS. Na maioria dos casos, essa modalidade apresenta um menor preço de entrada, o que pode atrair muitos consumidores. Mas é preciso ter cautela porque os reajustes são feitos de acordo com a necessidade da prestadora.
â ï¸ Caso você tenha um plano coletivo e perceber que a operadora aumentou drasticamente o valor do reajuste, é recomendado pedir orientação jurídica.
"Os planos de saúde coletivos são impedidos de aplicarem índices inexplicáveis e abusivos aos consumidores. Quando o segurado notar a existência de altas cobranças em seu plano, ele deve pedir orientação jurídica adequada", explicou a advogada. "O Poder Judiciário pode afastar os reajustes anuais abusivos, para que haja aplicação apenas dos índices fixados pela ANS aos contratos individuais/familiares, além de determinar devolução dos valores pagos no período de três anos."
Um outro alerta fica para famílias que criam microempresas pelo MEI (Microempreendedor Individual) para ter acesso a planos de saúde coletivos empresariais. Isso não é recomendado, já que as microempresas não possuem o mesmo poder de negociação que uma grande empresa em caso de aumento abusivo.
Parte dos planos de saúde tem boas políticas de reembolso, caso o segurado precise fazer uma consulta ou exame particular. Quanto maior for o percentual desse retorno, maior será o valor do seu plano, em geral.
A dica para diminuir o custo com plano de saúde, nesse caso, é adequar a quantidade de reembolsos necessários para um bom atendimento da família. Ou então comparar o preço de um plano que tenha uma maior cobertura contra aquele que tenha uma política mais agressiva de reembolsos.
Uma opção mais barata é partir para planos com política de coparticipação. Nessa modalidade, os consumidores pagam um percentual sobre cada serviço usado, como consulta e exames, além da mensalidade fixa.
Segundo Giselle Tapai, a alternativa é indicada para pessoas que não possuem grandes necessidades médicas ou precisem de tratamentos recorrentes. Também não é recomendado utilizar a coparticipação em emergências e internações, pois o custo dos procedimentos pode ser alto.
"Não sou contra a coparticipação, aliás eu a acho saudável, porque beneficiários com planos com essa modalidade podem utilizar de forma mais racional o sistema de saúde. Tem médicos não muito éticos que quando veem que o convênio cobre muitos procedimentos, acabam pedindo exames desnecessários. Nessa situação, o consumidor pode questionar, porque está mexendo com o bolso dele também", disse.
O g1 separou seis principais dicas que o consumidor pode seguir para driblar os altos preços dos planos de saúde e também economizar caso já tenha um plano.
Para atrair clientes, algumas operadoras oferecem planos com preços muito baixos. A advogada Giselle Tapai explica que esses planos geralmente são coletivos, o que significa que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não controla o percentual de aumento dos reajustes.
Assim, o primeiro reajuste do convênio pode até dobrar de valor, o que desestabiliza a estrutura financeira dos consumidores.
Antes de contratar um plano de saúde, é essencial que o cliente tenha conhecimento sobre a sua real necessidade por tratamentos médicos e, claro, sua condição financeira.
"Vou ao médico com frequência? Preciso de um plano que atenda no Brasil inteiro? Quanto posso pagar por um plano?". Essas são algumas perguntas podem auxiliar a decisão.
Pessoas com a saúde em dia, mais jovens, podem ter planos que forneçam apenas consultas, exames e terapias simples, com abrangência regional. Nesse caso, planos com coparticipação também podem ser vantajosos.
Pessoas que necessitem de cuidados médicos mais frequentes, como os idosos, podem precisar de planos que cubram internações, exames e consultas com especialistas.
Tomada a decisão, é o momento de pesquisar os preços dos planos de saúde e o histórico de reajustes das empresas no mercado. É orientado sempre pedir ao corretor o histórico dos últimos aumentos para poder comparar com os aumentos de outras operadoras.
Para saber a quantidade de reclamações e o nível de confiabilidade de uma empresa que vende plano de saúde, os consumidores podem pedir ao corretor o número de registro da operadora e do plano na ANS. Com isso, no , é possível conferir o desempenho das empresas e o ranking de reclamações.
Se o consumidor já possui um plano de saúde, mas está insatisfeito com o preço ou abrangência do serviço, é possível solicitar a troca por meio da Portabilidade de Carências no .
Com esse mecanismo, o beneficiário consegue migrar para um novo plano sem precisar cumprir novos períodos de carência.
Mas para ter acesso à Portabilidade, é preciso ficar atento a alguns requisitos, como ter ficado pelo menos dois anos no antigo plano.
A especialista Giselle Tapai também alerta que pessoas com comorbidades precisam ter atenção redobrada ao contratar um plano de saúde:
"Neste caso, o paciente não pode ficar trocando de plano porque, sem a portabilidade, ele vai precisar zerar a carência e começar do zero. Melhor esperar ter direito a portabilidade e, assim, pode trocar de plano", afirmou.
Não é porque o consumidor já tem plano de saúde que ele pode utilizar de forma indevida, exagerada e sem necessidade. O valor das mensalidades também é definido pela quantidade de sinistralidade, ou seja, pela quantidade de vezes que o plano de saúde foi utilizado.
"Imagina se todo mundo do plano usar o serviço sem precedentes, no outro ano a operadora pode aumentar a mensalidade para cobrir esses gastos. É preciso ter cautela e atenção, pois tem médicos que pedem exames desnecessários porque sabem que você possui convênio", alegou Giselle Tapai. "Outro alerta é quando o beneficiário usa o convênio indevidamente para procedimentos estéticos, algo que não deveria ser feito em busca de reembolso. Isso é uma fraude, não é coberto pelos planos."
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 03/09/24
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A nova era da liderança em saúde: perfis e competências indispensáveis
Liderança em saúde no Brasil exige adaptação rápida às novas tecnologias, gestão estratégica e foco no paciente. Saiba quais outras habilidades são essenciais e como se preparar.
Em meio à complexidade crescente do setor de saúde no Brasil, no qual desafios, como a limitação de recursos e a necessidade de incorporação de novas tecnologias são constantes, surge uma demanda urgente por líderes capazes de navegar esse cenário com competência. A liderança em saúde, hoje, exige mais do que conhecimento técnico, demanda uma visão estratégica que englobe desde a gestão de custos até a implementação eficaz de tecnologias digitais, sempre com o foco na experiência do paciente. Adaptabilidade, inovação e um profundo entendimento das dinâmicas do setor são, portanto, as novas marcas de um líder bem-sucedido. Entenda quais características e habilidades indispensáveis ao líder em saúde, e como desenvolvê-las.
Equilíbrio entre tecnologias, gestão e foco no paciente
No Brasil, o sistema de saúde enfrenta diversos desafios, como baixo orçamento e a adesão a novas tecnologias que prometem melhorar o atendimento e contribuir para a sustentabilidade do setor.
Nesse contexto, diversas competências e habilidades passam a ser exigidas do líder em saúde, como entender custos, financiamento em saúde, assistência e ferramentas tecnológicas que impulsionem o cuidado. Saúde digital, incorporação e regulação de novas tecnologias, gestão da cadeia de suprimentos e de pessoas, por exemplo, são temas que cada dia são mais comuns para quem atua na área.
A incorporação de novas tecnologias é essencial para a melhoria dos serviços de saúde, o que requer dos líderes uma maior compreensão das tendências tecnológicas e como implementá-las de forma eficaz. Já a gestão de pessoas envolve a capacidade do profissional de liderar equipes multidisciplinares, o que inclui, além de habilidades para gestão de conflitos, a motivação da equipe e o desenvolvimento profissional contínuo dos colaboradores.
Priorizar as necessidades do paciente deve ser o foco do líder, promovendo, além da cultura de cuidado, a melhoria da experiência do indivíduo. Andrea Bocabello, diretora de Estratégia, Inovação e ESG do Grupo Fleury, acredita que, hoje, é fundamental as lideranças compreenderem o que é o mundo digital para o paciente. “A medicina é phygital, por isso, o líder precisa encontrar o equilíbrio entre o que o paciente espera e o que ele, como líder, deve fazer para garantir a segurança e a qualidade no atendimento. O líder tem que ter sensibilização quando entra no mundo da tecnologia, e esse é um dos principais desafios que temos enfrentado entre as lideranças em saúde.”
Competências e habilidades exigidas da liderança
“Vivemos em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo, no qual as mudanças e imprevistos ocorrem em grande volume e velocidade. Em meio a esse cenário, competências como resiliência, resolução de conflitos e colaboração são cruciais para o fortalecimento das equipes e a consequente melhoria da experiência do paciente. Também acredito ser fundamental para um líder em saúde a escuta ativa. Essa competência é desenvolvida em meio a uma cultura justa, na qual os colaboradores se sentem seguros e livres para trazer suas sugestões, reportar eventuais falhas, erros e não conformidades”, comenta Nelcina Tropardi, diretora-geral de Jurídico, Relações Governamentais, ESG e Compliance na Dasa.
Para Tacyra Valois, diretora-executiva do CBEXs, a dinâmica atual do sistema de saúde exige profissionais com conhecimentos e habilidades para exercer a liderança em áreas diversas, o que exige deles capacidade crítica, analítica e de tomada de decisão; capacidade de ação e implementação das mudanças; capacidade de diálogo e entendimento das diversas partes interessadas; visão ampla da dinâmica do sistema de saúde; capacidade de solução de problemas complexos; compromisso com o aprendizado constante e inteligência emocional.
Além disso, habilidades como comunicação, adaptabilidade e empatia devem sempre estar presentes.
De olho nos novos modelos de negócios
Dentro das competências e habilidades exigidas dos líderes, Andrea destaca uma tendência do setor que precisa ser observada com atenção. Trata-se de um novo modelo de negócio no qual hospitais e laboratórios passam a atuar de maneira mais integrada, e, segundo ela, é preciso preparar os líderes médicos para essa nova realidade.
“Nesse cenário, as ferramentas de gestão precisam ser criadas do zero, porque não temos parâmetros que possam servir de benchmarking. Quem trabalha em hospital precisa conhecer as rotinas dos laboratórios, e vice-versa. Esses novos modelos de negócio passaram a ser um assunto urgente. Velocidade de desenvolvimento, complexidade do conhecimento exigido, aprender a lidar com máquinas e entender a nova relação digital que é esperada são tópicos aos quais temos que estar atentos”, diz Andrea.
Formação contínua e de programas de desenvolvimento
A pesquisa nacional Atlas-CBEXs 2024, realizada com mais de 1.500 gestores de saúde, destacou que, quando perguntados sobre a satisfação com o investimento que a empresa tem realizado para a capacitação da liderança e de profissionais técnicos, é notório que há insatisfação por parte dos profissionais - 43% no que tange à capacitação de liderança, e 41% no que tange à capacitação dos profissionais técnicos.
Sessenta por cento dos respondentes disseram que a capacitação em gestão de negócios está em desenvolvimento na empresa em que atuam, enquanto 22% consideram que atendem plenamente às expectativas e apenas 5% relatam que o investimento supera as suas expectativas. No universo da pesquisa Atlas, 88,67% dos respondentes receberam até cinco treinamentos de liderança/gestão nos últimos 24 meses. “Concluindo, há necessidade de ampliação de investimento em formação e educação continuada no sistema de saúde como um todo”, avalia Tacyra.
Diante da necessidade de preparar os líderes para a saúde digital, Rúbia Spindola, diretora de Pessoas, Cultura e Desenvolvimento Organizacional do Grupo Fleury, conta que a empresa desenvolveu um projeto de aceleração digital e evolução cultural que permeia desde uma definição de novos papéis, com foco no desenvolvimento da liderança, até o reposicionamento das competências da organização, apontando o que o novo líder precisa desenvolver em termos de habilidades capazes de atender à aceleração digital, eficiência, excelência e experiência do cliente.
“Focamos em sete competências: colaboração, desenvolvimento de si e dos outros; orientação a valores e consciência da diversidade; foco na experiência do cliente; orientação para o resultado; desenvolvimento de um ambiente de confiança e segurança; inovação e mindset ágil e colaborativo”, cita Rúbia.
Andrea complementa, dizendo que a empresa busca envolver seus colaboradores em vários projetos, fazendo assim com que as pessoas possam migrar em carreiras dentro da companhia. “Incentivamos a mudança de área focada em projetos específicos, com missões ao longo do ano.”
Já a Dasa investe em diversos programas de formação continuada tanto para colaboradores quanto para médicos. Um deles é a Academia de Liderança Dasa, voltada para lideranças, composto por vários módulos de treinamento para desenvolvimento de competências, separados por nível.
“Contamos também com o Programa Liderança DNA, produzido em parceria com a HSM e a Singularity University. Trata-se de um programa robusto, com conteúdo customizado para o nosso time, flexível e adaptável para apoiar nossos gestores a se desenvolverem e crescerem junto com a companhia. Com ele, formamos dentro de casa, com nossa cultura, a atual e futura liderança da empresa”, destaca Nelcina.
Ela cita ainda o Dasa Educa, programa de educação continuada para profissionais da saúde que conta com mais de 50 mil médicos inscritos e mais de 2 mil horas de conteúdo disponível: 92% dos médicos que participam do programa permanecem na Dasa.
Mas Daniela Toledo, gerente executiva da Michael Page, destaca também o papel das parcerias entre instituições de saúde e universidades e startups para o desenvolvimento de competências e habilidades para o líder em saúde, além dos cursos de pós-graduação em Saúde.
Preparo do profissional diante das novas tecnologias
Um fator se destaca entre os líderes em saúde quando o tema são as competências e habilidades exigidas do gestor: a necessidade de adaptação e preparo diante das novas tecnologias, seja para implementação ou integração de sistemas.
Para Daniela, com a saúde cada vez mais digital, é preciso garantir a ética no uso dos dados, além de atenção maior nas regulamentações, que são complexas e rigorosas, e exigem, por isso, uma constante atualização.
“Acolher a tecnologia como realidade e como um meio é hoje essencial e perpassa a liderança. Estamos diante de um ambiente complexo onde as áreas precisam acompanhar as tendências, e onde a liderança assume uma responsabilidade maior. Cabe às empresas serem parceiras das lideranças no desenvolvimento de carreira, ajudando a desenvolver competências técnicas em um contexto mais digital, onde a relação com o cliente muda no sentido de ambidestria, excelência médica, eficiência, e em como lidamos com a complexidade atual”, analisa Rúbia.
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O HOJE
Com aumento de casos, saiba como se proteger da Covid-19
Grupos prioritários devem receber dose de reforço anual da vacina contra a Covid-19 em uma das mais de 900 salas de imunização do estado
A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população sobre a necessidade de adoção de medidas de prevenção à Covid-19. Em especial, o alerta para a imunização das pessoas que estão com o esquema de vacinação incompleto.
Acima de tudo, dados da SES apontam um avanço da doença no estado, com 4.629 casos confirmados em agosto e 2.318 em julho.
O Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) também verificou o crescimento e registrou um incremento de novos testes para detecção da doença. A taxa de positividade saltou de 8,1% em julho para 23,1% neste mês de agosto.
O Lacen-GO também verificou um aumento de casos nesta mesma época do ano passado nas amostras que processou. Naquela ocasião, o laboratório identificou que a taxa de positividade para a doença aumentou de 9,5% em julho para 19,1% no mês seguinte.
COVID-19
Em 2024 já foram confirmados 56.729 casos e 133 mortes por Covid-19 no estado. Apenas de 28 de janeiro a 2 de março o número de registros da doença chegou a 33.042. Desde 2022 é possível observar, em Goiás, períodos nos quais é esperado aumento de casos, como após as festas de final de ano e após as férias de julho.
Os dados são dinâmicos e sujeitos a alterações realizadas pelos municípios nos sistemas oficiais de notificação do Ministério da Saúde.
A vacina contra a doença está atualmente incluída no Calendário Nacional de Vacinação (para crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias) e é também indicada para grupos prioritários, para pessoas que não tomaram nenhuma dose ou não completaram o esquema vacinal.
Ela está disponível nas mais de 900 salas de vacinação espalhadas por todo o estado. Em maio, Goiás recebeu um reforço de 86 mil unidades da monovalente XBB do laboratório Moderna.
Primordialmente, devem receber uma dose de reforço anual os grupos prioritários, que incluem pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, trabalhadores da saúde e do sistema de privação de liberdade, pessoas em situação de rua, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, população privada de liberdade a partir de 18 anos de idade, pessoas com deficiência permanente e pessoas com comorbidades.
Já os grupos de idosos, gestantes e puérperas e imunocomprometidos devem se vacinar a cada 6 meses.
Recomendações
Além disso, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, as pessoas que apresentam sintomas gripais devem usar a máscara, procurar o serviço de saúde e evitar o contato com outros cidadãos. Ela também aponta a necessidade de crianças, idosos, imunodeprimidos e gestantes evitarem locais com grande aglomeração e pouca ventilação, e sempre higienizar bem as mãos.
“Essas são medidas que já conhecemos e, nesse momento, com a possibilidade de aumento de casos no estado, de uma forma geral, devemos retomar essas recomendações”, ressalta Flúvia Amorim, enfatizando também a importância da vacinação. Atualmente, a cobertura vacinal para o imunizante bivalente no estado é de 15,82%.
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A proposta do prefeito Rogério a reduzir custos de medicamentos a usuários do Imas
Objetivo é selar parceria com farmácias e laboratórios para baratear preços, incluindo adoção do sistema de cashback
O prefeito e candidato à reeleição Rogério (SD) propõe selar parceria com farmácias e laboratórios para reduzir custos na aquisição de medicamentos.
Ao mesmo tempo, e realização de exames aos cerca de 80 mil associados do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas).
O objetivo da proposta, que consta do Plano de Governo de Rogério, visa melhorar o acesso a tratamentos e diagnósticos, por meio de convênios com redes de farmácias para oferecer descontos significativos na compra de medicamentos prescritos para os associados do Imas. Também há previsão de firmar parcerias com laboratórios de análises clínicas para oferecer preços reduzidos em exames laboratoriais de rotina e especializados.
Outra novidade que consta do Plano de Governo é a implementação do sistema de cashback ou pontos, onde os associados ganham créditos a cada compra de medicamentos ou realização de exames, que podem ser usados em futuras compras ou procedimentos.
Ao mesmo tempo, diante de recomendação do Ministério Público e Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a gestão do prefeito Rogério buscou reestruturar o Imas.
Segundo o governo, a partir de convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG), como forma de garantir autonomia administrativa e financeira.
As novas regras adotadas pelo instituto buscam garantir atendimento integral na promoção e proteção da saúde, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção de serviços prestados aos usuários.
A proposta integra um dos dez eixos temáticos do Plano de Governo, na área da saúde. O plano prevê o Programa Fila Zero, para reduzir o tempo de espera para consultas em especialidades médicas.
E ainda aumentar a cobertura da atenção primária em saúde no Município, com a ampliação de 193 para 228 equipes de saúde da família. Também construir novas unidades de saúde da família nas regiões mais vulneráveis de Goiânia, entre outras metas.
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PORTAL G1
Congresso Brasileiro de Coloproctologia reúne médicos de 10 países em Goiânia
Evento acontece entre os dias 3 e 7 de setembro. São esperados 1,7 mil congressistas neste ano.
A 72ª edição do Congresso Brasileiro de Coloproctologia acontece em Goiânia, entre os dias 3 e 7 de setembro. O evento reúne cursos, cirurgias ao vivo e palestras com médicos especialistas do Brasil e de outros 10 países diferentes; saiba mais abaixo.
O congresso é pago e acontece de forma presencial, no Centro de Convenções Goiânia, no Setor Central, sendo voltado para profissionais da área da saúde com interesse em coloproctologia - área da medicina que se dedica aos cuidados de doenças e distúrbios do intestino grosso, reto e ânus.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Hélio Moreira Júnior, são esperados 1,7 mil congressistas neste ano.
Nesta 72ª edição, o evento vai se dividir de duas formas. Nos dias 3 e 4 de setembro acontecerá o pré-congresso, em que os congressistas participarão de cursos imersivos da área de coloproctologia, como endometriose intestinal e disfunções do assoalho pélvico.
Ao todo, estão sendo oferecidos nove cursos, sendo dois deles realizados em hospitais parceiros da cidade, como o Albert Einstein. Os cursos têm valor de inscrição a parte e para garantir a vaga é necessário estar previamente inscrito no congresso. Para mais informações, acesse o site www.coloprocto2024.com.br/inscricoes/.
“Entre as atividades que vão ser desenvolvidas nesse pré-congresso, teremos cirurgias robóticas transmitidas ao vivo para o auditório. Os pacientes vão estar sendo operados no Hospital Albert Einstein aqui de Goiânia, e as imagens serão transmitidas ao vivo para o auditório, favorecendo a interação entre o auditório e a equipe cirúrgica que está operando naquele momento”, detalhou Hélio.
A partir do dia 5 de setembro se inicia, de fato, o congresso com palestras sobre os avanços tecnológicos na área da coloproctologia e outros assuntos, com a participação de vários convidados internacionais. Haverá tradução simultânea em Inglês. Para acesso e retirada do fone será necessário a apresentação de um documento de identificação.
“É um momento em que nós estamos trazendo a globalização para dentro da Sociedade Médica de Coloproctologia”, destaca Hélio.
No último dia, segundo o presidente, está planejada para acontecer uma homenagem às mulheres coloproctologistas, que representam cerca de 42% dos associados da sociedade. O objetivo é incentivar para que elas continuem participando da instituição.
“Vem crescendo muito a proporção de mulheres coloproctologistas. Mas apesar disso estar acontecendo, a gente não percebe muito ainda o engajamento da mulher na gestão da sociedade. Então a ideia é estimular o engajamento maior das mulheres dentro da sociedade”, explicou.
90 anos
Segundo Hélio Moreira, o Brasil tem a segunda maior sociedade de coloproctologia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Nesta edição, a instituição estará completando 90 anos de fundação.
“É uma sociedade que começou no Rio de Janeiro, na época era a capital do Brasil, com 20 médicos. E hoje ela tem mais de 2 mil associados, o que faz dela a segunda maior sociedade da especialidade no mundo, só é menor em número que a sociedade americana”, afirma.
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MEDICINA S/A
PRM: a evolução do cuidado ao paciente na era digital
Mesmo com a crescente evolução da transformação digital nas instituições de saúde, o uso da tecnologia para o acompanhamento do paciente nos períodos entre consultas médicas, atendimentos ambulatoriais ou hospitalares, tem se mostrado um caminho ainda pouco explorado no setor. Isso significa que o período em que não há supervisão de nenhum profissional de saúde, o paciente está sozinho.
Para se ter uma ideia, apenas 20% dos usuários de smartphones usam aplicativos de saúde, sendo em sua maioria apps de atividades físicas, de acordo com o Medical News Today. Nesse sentido, torna-se fundamental e oportuno que as instituições de saúde passem a explorar ainda mais tecnologias que possibilitem o acompanhamento dos pacientes e suas condições de saúde, assim como, estimulem o autocuidado, o controle de doenças crônicas, o desfecho de cuidados clínicos e cirúrgicos, além da prevenção de doenças.
A evolução do acompanhamento do paciente
Até pouco tempo, o acompanhamento do paciente fora dos consultórios e hospitais era apenas um sonho. Isto porque, não havia uma maneira prática e sistemática de monitorar a adesão e o progresso dos tratamentos, assim como, os desfechos. No entanto, essa realidade mudou. Hoje, o desenvolvimento de ferramentas de gerenciamento do relacionamento, proporcionam uma série de possibilidades e oportunidades.
Imagine estreitar a relação entre pacientes, médicos, equipe multiprofissional e instituições, possibilitando um acompanhamento contínuo e personalizado, podendo ser feito via WhatsApp e E-mail. É assim que surge o conceito de gerenciamento do relacionamento com o paciente ou Patient Relationship Management (PRM). Por meio do PRM é possível criar réguas de relacionamento para qualquer tipo de acompanhamento, como também, criar linhas de cuidados, campanhas de prevenção e promoção da saúde.
Como funciona
As réguas de relacionamento nada mais são do que conjuntos de ações criadas para gerar uma comunicação regular com o paciente. Ou seja, após uma consulta ou procedimento, a instituição envia mensagens e questionários para acompanhar o estado do paciente, monitorar intercorrências e garantir que ele esteja seguindo as orientações médicas e os cuidados necessários.
Tudo isso ocorre de forma automatizada e não é necessário que um profissional de saúde realize qualquer ação. Basta a personalização da régua de cuidado para que a ferramenta interaja com o paciente e comunique a equipe responsável no caso da necessidade de atenção especializada.
Outro ponto interessante é que, por meio de estratégias de PRM, também é possível entrar em contato com os pacientes em momentos oportunos, tais como, tomar uma nova dose de vacina de acordo com calendário, refazer um exame ou checar a evolução de suas doenças crônicas e ainda incentivá-los a cuidar de sua saúde por meio de programas de medicina preventiva e campanhas de conscientização, como por exemplo, Outubro Rosa e Novembro Azul.
O futuro dos cuidados clínicos
Os benefícios do PRM para as instituições de saúde vão além de melhorar a comunicação entre profissionais, instituições e pacientes, pois também otimiza a assistência, oferecendo cuidados mais personalizados, promoção à saúde e apoio na redução dos custos associados a complicações, muitas vezes evitáveis.
Portanto, investir no monitoramento do paciente através da tecnologia não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para instituições que desejam proporcionar uma experiência única, com cuidados de alta qualidade, e se destacar no mercado de saúde.
*Paula F. Calderon é médica e CMIO e Marcos H. Gonçalves é CTO, ambos da Beth Health Tech
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 31/08 A 02/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Entenda o que é importante considerar ao escolher hospital
Usuários de planos de saúde ganham 60% das ações por reajustes abusivos
NOTÍCIAS DO BRASIL
Entenda o que é importante considerar ao escolher hospital
Rede D'Or investe em qualidade e obtém resultados melhores que a média da rede particular de hospitais do país, além de certificações de excelência
A escolha de um hospital para tratar questões de saúde demanda saber se a unidade tem qualificações e estrutura para realizar um bom atendimento. Conhecer os indicadores de qualidade técnicos pode fazer a diferença nesses momentos para que os pacientes tomem uma decisão consciente. Nesse sentido, a Rede D'Or busca transparência e, desde 2022, divulga publicamente os dados dos hospitais do grupo.
São 50 indicadores da empresa, 24 para adultos e 26 da linha materno-infantil. Os números são monitorados no âmbito do Programa de Qualidade Técnica interno, que também atua no desenvolvimento das equipes profissionais. Os índices do grupo mostram um melhor desempenho em relação à média da rede particular de hospitais, conforme dados de entidades de referência.
Esse trabalho resulta em um atendimento de excelência, como o recebido pelo coordenador de implantação de sistemas Anderson Lima, de 45 anos. De forma repentina, ele passou mal em março deste ano, com problemas de fígado. Morador da região metropolitana de São Paulo (SP), logo procurou o Hospital São Luiz São Caetano, da Rede D'Or, e descobriu que sofria de uma hepatite fulminante.
Depois dos exames iniciais, foi transferido e fez o transplante de fígado no Hospital São Luiz Itaim, também do grupo e centro de referência para essa cirurgia.
"Fui muito bem atendido em todos os âmbitos do meu diagnóstico, principalmente na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Senti-me seguro com todos os procedimentos e fui muito bem instruído sobre o que estava acontecendo comigo. Todos os médicos e profissionais envolvidos no meu caso foram atenciosos e me deixaram confiante de que a minha escolha foi certeira para um tratamento de excelência. Sinto que recebi uma atenção especial tanto no pré quanto no pós-operatório", afirmou o paciente.
Avaliações e acreditação
O Programa de Qualidade Técnica também é baseado em acreditação de excelência, auditorias interna e externa e compartilhamento de boas práticas entre os hospitais. A acreditação é importante no processo de escolha de um hospital por ser um reconhecimento da competência da unidade de saúde, um atestado da qualidade.
A certificação é concedida por entidades avaliadoras independentes, nacionais e internacionais, a instituições de saúde a partir da mensuração de requisitos de avaliação técnica assistencial. Dos 73 hospitais da empresa, 64 possuem esse tipo de reconhecimento.
A cada ano, é completado um novo ciclo para que todas as unidades da Rede D'Or recebam a avaliação. Em 2023, 139 avaliadores externos independentes visitaram os hospitais, atuando com metodologias validadas pela ISQua (International Society for Quality in Health Care). São profissionais treinados por JCI (Joint Commission International), dos EUA, Qmentum International, do Canadá, ACSA (Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía), da Espanha, e ONA (Organização Nacional de Acreditação).
"A criação de bancos de dados, padrões e manuais utilizados como referências em todos os Estados pela Rede D'Or tem acelerado o processo de elevação da segurança dos processos assistenciais e retroalimentado o sistema continuamente", disse o avaliador da JCI Franklin Lindolf Bloedorn.
Premiações
Outra boa forma de se informar para escolher o hospital é verificar os prêmios técnicos recebidos pela instituição, baseados em critérios de qualidade.
O projeto UTIs Brasileiras, da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) com a Epimed Solutions, por exemplo, destacou 180 UTIs da Rede D'Or em 2023. As unidades receberam os selos Top Performer (alta performance) e UTI Eficiente (boa performance).
O resultado faz parte do investimento da empresa em qualidade. "A excelência da Rede D'Or é fruto do compromisso em disponibilizar tecnologia de ponta e equipes qualificadas em busca de tratamentos avançados", afirmou o presidente da Oncologia D'Or, Paulo Hoff.
Outros prêmios e rankings, baseados em reputação, também podem ser considerados. "A reputação está associada a percepções, como a presença de médicos renomados nas equipes, a experiência do paciente naquela instituição, dentre outras questões", disse a doutora em Medicina, mestre em Administração e professora titular da FGV (Fundação Getulio Vargas) Ana Maria Malik.
Mas, ainda que significativos, esses prêmios devem complementar o principal: o compromisso com a excelência, a transparência e altos índices de qualidade. Por manter o foco na qualidade técnica, a Rede D'Or eleva os padrões na saúde, destacando-se como uma escolha confiável para médicos e pacientes no Brasil e no mundo.
Este conteúdo foi produzido e pago pela Rede D'Or.
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FOLHA DE S.PAULO
Usuários de planos de saúde ganham 60% das ações por reajustes abusivos
A cada dez ações judiciais que questionam reajustes nas mensalidades dos planos de saúde coletivos, seis têm o aumento revisto pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em favor do usuário,
Em dez anos, o psicoterapeuta Arlindo Salgueiro, 83, de Santos (SP), foi à Justiça três vezes para pedir a redução do valor da mensalidade do seu plano de saúde. Nas três vezes saiu vitorioso. Na última, em julho deste ano, o boleto chegou com um reajuste de 35% e um valor de R$ 6.124.
“Se eu não tivesse entrado com as ações judiciais, estaria pagando R$ 12 mil. Ainda trabalho, tenho minha renda, mas preciso recorrer aos filhos para me ajudar porque não consigo pagar esse valor absurdo. É humilhante”, diz ele, que aguarda a execução da decisão judicial e a revisão do valor do plano.
A cada dez ações judiciais que questionam reajustes nas mensalidades dos planos de saúde coletivos, seis têm o aumento revisto pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em favor do usuário, mostra estudo realizado por pesquisadores da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e da USP.
Publicada na Revista Direito Público, a pesquisa aponta que o principal argumento que ampara a revisão é a falta de transparência ou de justificativa no cálculo do reajuste por parte das operadoras de saúde.
O trabalho partiu de uma amostra de 666 decisões judiciais e, dessas, analisou 215, todas referentes a planos coletivos. O reajuste foi considerado legal em 85 casos (40%) e ilegal em 130 (60%).
De acordo com o estudo, ao fazer a revisão, o TJSP costuma usar o índice de reajuste adotado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para os planos individuais/familiares. Neste ano, esses planos tiveram aumento de 6,9%, menos da metade da taxa de reajuste médio dos planos coletivos, que foi de 14%.
A legislação e a regulação dos planos coletivos estabelecem que o preço é determinado pela livre negociação entre as partes. Mas, segundo o advogado Daniel Wang, professor da FGV e um dos autores do estudo, as decisões mostram que o Judiciário desconfia dessa livre negociação.
“Ele entende que não tem uma negociação, mas sim uma imposição de reajuste em cima de indivíduos que fazem parte de um plano coletivo. Ou seja, aquilo que a regulação diferencia, o Judiciário uniformiza.”
Segundo Wang, na maioria das vezes, os juízes entendem que as operadoras não exemplificam ou não justificam para o beneficiário a necessidade do reajuste.
“Essa autoridade parte do pressuposto de que, quando o reajuste do plano coletivo está acima do índice da ANS para o plano individual, há alguma coisa errada, e as decisões acabam permitindo ao indivíduo que ele tenha um reajuste limitado ao índice da ANS.”
Foi o que aconteceu com Arlindo Salgueiro nas três vezes em que recorreu à Justiça para rever os reajustes. Mas ele diz que, ainda assim, é uma situação insegura. “Alguns juízes determinam, a partir de uma ação, que esse [reajuste de acordo com o índice da ANS] deve ser o padrão para todo o sempre; outros não. Isso te obriga a entrar com novas ações todos os anos.”
Planos coletivos, como o de Salgueiro, são contratados entre a operadora e a pessoa jurídica pela qual o beneficiário direto é empregado ou da qual é associado ou sindicalizado. Para os com menos de 30 vidas, a ANS determina a adoção de um cálculo por meio de um pool de risco.
Ou seja, cada operadora realiza o agrupamento de todos os seus contratos com menos de 30 vidas, distribuindo os riscos de cada um em pools maiores de beneficiários. Assim, um mesmo índice de reajuste é aplicado a todos os contratos dentro de um mesmo subagrupamento.
Já os planos coletivos com 30 vidas ou mais devem ser negociados entre a operadora e a pessoa jurídica contratante, sem a mediação da ANS ou sem a imposição de tetos para o reajuste.
Para o advogado Rafael Robba, sócio do escritório Vilhena Silva e especialista em direito à saúde, as operadoras, ao calcular os reajustes para os planos coletivos, não levam em conta a sinistralidade de toda a carteira, mas sim a de contratos individuais, que normalmente têm menos beneficiários e, portanto, podem apresentar um risco mais elevado.
“Isso faz com que os reajustes para contratos menores frequentemente sejam mais altos, enquanto, em uma carteira mais ampla, o risco é mais diluído e a sinistralidade tende a ser mais equilibrada.”
A advogada Marina Paullelli, do programa de saúde do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), afirma que pesquisas feitas pela entidade identificaram abusos nos reajustes dos coletivos. “As operadoras alegam o aumento da sinistralidade, mas não apresentam planilhas, documentos que embasem essa utilização do plano e também a expressividade do percentual.”
Na sua opinião, é importante que haja mudança na regulação dos planos coletivos, que leve a uma padronização das cláusulas de reajuste e que esteja alinhada ao Código de Defesa do Consumidor, ao qual muitas vezes os juízes recorrem para fazer as revisões.
Para Daniel Wang, ainda que as decisões judiciais beneficiem individualmente os usuários de planos, elas não resolvem o problema coletivo do aumento dos custos da saúde e podem levar a reajustes ainda maiores, a serem custeados pelos outros integrantes da carteira que compartilham os riscos financeiros.
Ele argumenta que, nessa discussão de reajustes, é preciso considerar o aumento expressivo na lista de terapias aprovadas pela ANS, o que encarece o produto e será repassado ao valor da mensalidade. “Não é simples. Você tem que tentar equilibrar a qualidade e o tamanho do seu pacote com a manutenção de um preço acessível.”
Segundo Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), fatores como a lei que obrigou os planos a arcarem com tratamentos fora da lista de referência da ANS, as fraudes e a judicialização geram falta previsibilidade ao setor, o que torna a conta muito complexa.
“Não há falta de visão [transparência] programada. Acontece que tem tanto elemento externo que não está nessa equação que vira uma coisa muito complicada de se calcular. Precisávamos de uma lei de mercado que operasse com mais previsibilidade, com mais respeito à agência reguladora. Isso tudo não existe.”
Ribeiro afirma que as ações judiciais causaram um impacto de R$ 5,5 bilhões ao setor em 2023. “Isso aí desequilibra qualquer conta, qualquer demonstração de qualquer coisa.”
Para ele, quando um juiz arbitra que o reajuste de um plano de saúde coletivo deva seguir a metodologia do individual, ele está regulando o setor. “Uma coisa é a pessoa ter direito a um tratamento X e a operadora não deu. Indiscutível. Cumpra o contrato. Agora, quando o juiz legisla, quando ele se sobrepõe à ANS, ao legislador, é uma mecânica artificializada.”
No fim, segundo ele, essas decisões judiciais individuais recaem sobre o conjunto de usuários de planos. “Alguém sempre paga a conta. Ele [o juiz] faz a justiça ali, naquele caso concreto, mas gera um efeito em cascata e que é ressonante para toda a coletividade.”
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 30/08/24
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DESTAQUES
40% dos médicos no Brasil sofrem com algum tipo de transtorno mental, mostra novo levantamento
Prefeitura atrasa pagamentos para Fundahc e instituição paralisa atendimentos nas maternidades municipais
Maternidades municipais suspendem atendimentos eletivos em Goiânia
Lean Summit Saúde evidencia linha de cuidado para gestão hospitalar mais produtiva
Hapvida aposta em tecnologia para otimizar integração operacional
O GLOBO
40% dos médicos no Brasil sofrem com algum tipo de transtorno mental, mostra novo levantamento
O estudo foi realizado entre julho e agosto deste ano e foram coletadas 2005 respostas; ansiedade, depressão e burnout foram os principais problemas relatados
Cerca de 40% dos médicos no Brasil apresentam quadro de transtorno mental, segundo estudo feito pela Afya, maior hub de educação e soluções para a prática médica do país. A pesquisa "Qualidade de vida dos médicos" desenvolvido pelo Research Center, núcleo de pesquisa da companhia, revelou ainda que os profissionais da saúde são afetados principalmente por ansiedade, depressão e burnout.
A pesquisa revelou ainda que duas em cada três pessoas afetadas são mulheres e que elas são maioria entre os médicos com problemas nos três quadros de transtornos mentais. O estudo também mostrou que os médicos de forma geral estão trabalhando mais de 50 horas semanais, porém, que este tempo de trabalho não tem relação com os quadros de transtornos mentais.
"A proposta deste estudo é manter um panorama vivo e dinâmico sobre a qualidade de vida médicos e, a partir disso, incentivar a comunidade a criar soluções que deem suporte e acolhimento a este público. Ao compreender esse cenário, podemos promover um ambiente de trabalho mais saudável, prevenindo o esgotamento e assegurando a continuidade de um cuidado médico de qualidade para toda a população", explica Eduardo Moura, médico e diretor de pesquisa do Research Center da Afya.
O estudo foi realizado entre julho e agosto deste ano e foram recebidos um total de 2005 respostas. Cerca de 33,5% dos médicos responderam que são diagnosticados com ansiedade - sendo que 21,1% destes apresentaram os sintomas nos últimos 12 meses. Deste montante, 27 afirmaram estar em tratamento e 6,4%, embora constatado o transtorno, não o tratam.
A depressão vem em segundo lugar, com 22,1% dos profissionais já receberam esse diagnóstico, sendo que 19,9% tratam e acompanham com especialistas e 2,2% não tratam. Outros 17,1% apresentam sintomas, mas não têm diagnóstico e não tratam a doença.
O burnout aparece com 6,7% dos casos, e metade foram identificados nos últimos 12 meses. 2% dos médicos diagnosticados com a condição não fazem acompanhamento com especialista.
Contudo, em uma avaliação mais ampla, mais de 50% dos médicos indicam já terem apresentado sintomas da doença, ainda que não tenham um diagnóstico fechado ou já tenham se curado da condição.
Quase 50% deles responderam que não tratam a doença por não terem disponibilidade de tempo. Médicos com diagnóstico de burnout trabalham em média 57,2 horas por semana, cerca de sete horas a mais do que a média geral.
Estresse 94% dos médicos concordam que o nível de estresse compromete seu relacionamento fora do ambiente de trabalho, enquanto 82% concordam que compromete muito o desempenho no trabalho. Quase 50% concordam que o estresse já os levaram a erros médicos.
O estudo mostra que 48% dos médicos apontam elevada demanda de trabalho como principal motivo do estresse e 42% pelo descontentamento com o Sistema de Saúde e condições de trabalho.
A pesquisa ainda revelou que cerca de 3,6% dos médicos já esteve internado para tratar alguma condição mental e precisou ficar afastado cerca de 5,1 semanas nos últimos 12 meses.
Médico, está tudo bem? O estigma associado aos transtornos mentais e a dificuldade de acesso a serviços de apoio frequentemente levam os médicos a evitarem buscar ajuda profissional. O tema que ainda é tabu na sociedade, ganha força durante o Setembro Amarelo, mês dedicado ao cuidado com a saúde mental e à prevenção ao suicídio. Ciente desse cenário, a Afya lança nesta quinta-feira a campanha "Está tudo bem?" para incentivar médicos e estudantes de medicina a procurar por ajuda especializada.
Durante o mês de setembro, médicos e alunos de medicina em todo o país terão acesso a uma nova funcionalidade nas plataformas digitais da Afya: o botão "Está tudo bem?". Ao utilizar esse recurso, o usuário será direcionado para um mapeamento de saúde mental, que pode oferecer desde conteúdos sobre cuidados com a saúde e bem-estar até suporte médico e psicológico gratuito para aqueles que estiverem enfrentando dificuldades emocionais.
"Precisamos quebrar o estigma das doenças mentais e humanizar a figura do médico como um ser humano que também enfrenta adversidades e indecisões ao longo da jornada. Tratar corretamente sintomas oriundos de condições mentais em desequilíbrio é uma etapa importante para uma vida mais equilibrada e saudável", diz Moura.
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JORNAL OPÇÃO
Prefeitura atrasa pagamentos para Fundahc e instituição paralisa atendimentos nas maternidades municipais
Fundahc alega que a suspensão deve vigorar "até que seja alcançada a regularidade financeira dos convênios com a Prefeitura de Goiânia"
A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG) anunciou a suspensão de atendimentos ambulatoriais e eletivos nas maternidades da Capital. A instituição é responsável pela gestão do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), da Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC). A entidade alega que a suspensão deve vigorar “até que seja alcançada a regularidade financeira dos convênios com a Prefeitura de Goiânia”, diz a nota à imprensa.
A Fundahc afirmou que os atendimentos emergenciais estão sendo realizados, mas que há limitações de internações “com possibilidade de transferência de pacientes para outras unidades por meio da Central de Regulação do município”.
“A Fundahc/UFG reforça que, mesmo com o impacto negativo para a população assistida, as medidas foram adotadas para garantir a segurança de pacientes e profissionais. Reitera, ainda, manter o diálogo contínuo com as autoridades competentes em busca de solução definitiva”, completa a nota.
Em nota à imprensa, a Prefeitura de Goiânia disse que há a previsão de novos repasses à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) “na próxima semana”. “Ressaltamos que a assistência de urgência e emergência continua sendo prestada normalmente e que os esforços estão concentrados na rápida normalização dos serviços afetados”, completa.
Crise nas maternidades
Não é a primeira vez que as maternidades de Goiânia entram em regime de contingenciamento devido à falta de pagamento dos contratos com a Prefeitura de Goiânia. No ano passado, os consultórios da maternidade Célia Câmara, no Setor Vera Cruz 1, ficaram vazios por quase uma semana. Os espaços destinados ao atendimento de cerca de 60 mulheres e crianças por dia ficaram fechados após a falta de acordo. O custo mensal de operação da Maternidade Célia Câmara, segundo o plano de trabalho vigente, é de R$ 10,3 milhões.
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A REDAÇÃO
Maternidades municipais suspendem atendimentos eletivos em Goiânia
Serviços essenciais podem ser comprometidos
Alegando novamente a falta de repasses por parte da Prefeitura de Goiânia, as maternidades municipais Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara anunciaram, nesta quinta-feira (29/8), a suspensão dos atendimentos eletivos - aqueles que não se enquadram como urgências e emergências, e do recebimento de pacientes encaminhados pela central de regulação.
Segundo a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), fundação sem fins lucrativos responsável pela gestão das unidades de saúde, a decisão da suspensão foi comunicada ao secretário de saúde da capital, Wilson Modesto Pollara, em 27 de agosto. A previsão do gestor é que os pagamentos sejam feitos semana que vem.
Ainda de acordo com a Fundahc, a inadimplência por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia está comprometendo o funcionamento das três maternidades. Em nota, a fundação informou que, caso os pagamentos não sejam feitos, outras medidas serão tomadas, como o fechamento de outros serviços essenciais, “para garantir a segurança e a saúde de pacientes e colaboradores”.
"Reiteramos nosso compromisso com a busca por soluções e o diálogo contínuo para superar as dificuldades impostas pela irregularidade nos repasses financeiros que afetam nossas maternidades", traz a nota.
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SAÚDE BUSINESS
Lean Summit Saúde evidencia linha de cuidado para gestão hospitalar mais produtiva
No próximo dia 3 de setembro, evento discute como a linha de cuidado, baseada no sistema lean, pode transformar a gestão com mais qualidade e segurança.
Um dos principais desafios para profissionais que atuam na saúde é idealizar e implementar a “linha de cuidado”, prática inspirada no sistema lean, filosofia de gestão originária do modelo Toyota.
A avaliação é do médico oncologista Carlos Frederico Pinto, senior advisor do Lean Institute Brasil (LIB), autor do livro “Em busca do cuidado perfeito” e ex-diretor do Instituto de Oncologia do Vale (IOV), rede de clínicas que, por mais de 15 anos, implementou o sistema de gestão lean, tornando-se referência nesse tema.
Especialista em gestão da saúde, o médico explica que a ideia da “linha de cuidado” é inspirada numa das principais ferramentas do sistema lean: o Mapeamento do Fluxo de Valor, também conhecido pela sigla MFV.
Em resumo, o MFV se consiste em se realizar um estudo profundo e detalhado sobre todas as etapas que ocorrem num determinado processo de trabalho para entender o que, de fato, ocorre nele, o que é chamado de “Estado Atual”.
O objetivo, então, é enxergar o que está afetando o bom andamento do processo – os desperdícios, desvios, “gargalos”... – para, então, projetar um “Estado Futuro” sem esses problemas, mas somente com a agregação real de valor. Para o oncologista, esse conceito e prática advindo do sistema lean cabe como uma “luva cirúrgica”, por exemplo, na gestão de um grande hospital.
“Trata-se de uma nova maneira mais produtiva e segura de pensar o cuidado. Consiste em desenhar, por exemplo, num hospital, todo o fluxo percorrido pelos pacientes, identificando e determinando todas as etapas necessárias, sob a ótica do valor que precisa ser entregue e da segurança necessária. Ao mesmo tempo, temos a oportunidade de identificar e eliminar problemas, desperdícios e entraves que possam impactar negativamente o cuidado”, resumiu o médico.
Segundo ele, a “linha de cuidado” é uma ferramenta necessária para se gerar um novo modelo de gestão da saúde baseado na criação de valor, desenvolvendo os profissionais para que possam, cotidianamente, analisar os processos produtivos, aumentar a entrega de valor, eliminar os desperdícios e resolver problemas.
“Essa é uma abordagem diferente dos modelos de gestão tradicionais usados hoje na saúde que são, em geral, centrados em processos burocráticos inseguros e repletos de desperdícios”, resumiu o médico.
O oncologista vai discutir esse tema no Lean Summit Saúde, dia 3 de setembro, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), um encontro que vai reunir 34 profissionais de 20 organizações – entre hospitais, associações médicas e empresas – que vão debater como transformar e melhorar a gestão da saúde ao adotar o sistema lean.
O encontro vai unir médicos, enfermeiros e gestores de 10 hospitais, incluindo Albert Einstein, Sírio-Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Santa Joana e A Beneficência Portuguesa. Também vai reunir especialistas de três grandes associações médicas: Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Associação Nacional de Acreditação (ONA). Terá ainda profissionais de três organizações governamentais: do Sistema Único de Saúde (SUS), da Secretária de Saúde do Estado de São Paulo, e do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Para o médico, trata-se de uma discussão importante porque, historicamente, a gestão hospitalar tradicional gera fluxos de cuidado “quebrados”, pois é baseada em processos desconectados, operados por profissionais que atuam isoladamente, o que frequentemente gera retrabalhos, inseguranças e demais problemas.
Segundo o oncologista, trata-se de um modelo baseado em crises geradas cotidianamente pelo confronto entre as prestadoras de serviços – por exemplo, os hospitais – com as organizações “pagadoras” desses serviços, como os planos de saúde ou cooperativas. “Esse confronto é mediado principalmente pela falta de informação entre esses dois lados da mesma moeda”, resumiu.
Para o oncologista, mudar isso pode inclusive aumentar a qualidade de vida de médicos e de enfermeiros. Segundo ele, a “linha de cuidado” faz com que profissionais da saúde analisem o trabalho que fazem não sob um ponto de vista burocrático, de tarefas a se realizar, mas principalmente no sentido de como as atividades que fazem criam de fato valor real aos pacientes dentro de um fluxo integrado.
“Essa visão focada em valor também humaniza relação entre profissionais e deles com seus pacientes”, disse o especialista.
Para o oncologista, sob uma ótica mais abrangente e social, a ideia da “linha de cuidado” também pode permitir que as diversas organizações do setor – não só hospitais, mas também planos de saúde, cooperativas e mesmo órgãos públicos – consigam, juntas, mapear e mitigar os riscos de seus clientes e pacientes.
“No caso dos idosos, por exemplo. Uma ‘linha de cuidado’ voltada às suas necessidades, poderia mapear oportunidades para se melhorar não só o cuidado, mas a qualidade de vida, riscos com uso excessivo de medicações em hospitais, clínicas e postos de saúde. Propor mudanças nos meios de transportes ou nas residências, reduzindo riscos de acidentes e quedas, diminuindo a procura dos serviços de saúde. Isso melhora o sistema de saúde e a sociedade como um todo”, exemplificou o médico.
Nesse contexto, explica o oncologista, a “linha de cuidado” pode ajudar a enfrentar o grande desafio atual da humanidade, que são as doenças crônicas, frutos do envelhecimento, como cardiopatias, diabetes, câncer, demências...
“Ou seja, ajudando a administrar esse fluxo de milhares de pessoas, cada vez mais afetadas por problemas como esses, uma ‘linha de cuidado’ pode organizar melhor tratamentos e cuidados necessários. E, mais que isso, pode identificar e diminuir riscos para que menos indivíduos busquem cuidados de saúde em emergências ou de causas evitáveis”, resumiu o médico.
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MEDICINA S/A
Hapvida aposta em tecnologia para otimizar integração operacional
Integrar duas corporações de qualquer setor econômico não é tarefa trivial. Na área da saúde, então, o desafio é ainda mais complexo. Nesse contexto, a integração entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica, duas gigantes do setor, soma hoje 15,7 milhões de beneficiários no Brasil. Uma operação avaliada por analistas de mercado como muito bem-sucedida, êxito explicado por uma gestão que usa tecnologia e dados em prol da melhor assistência aos seus clientes. Detalhes desse case foram apresentados pelo vice-presidente de Operações da Hapvida NotreDame Intermédica, Francisco Souto, e pelo diretor de Digital da empresa, Pedro Fleury, durante a Abrafarma Future Trends 2024.
Na ocasião, Souto exemplificou como a tecnologia, a inovação e a inteligência de dados estão transformando a gestão da assistência médico-hospitalar da companhia. “Do parecer médico aos exames clínicos e diagnósticos, tudo funciona interligado, trazendo mais praticidade aos atendimentos”, afirma o executivo. “Isso nos permite criar ritos e linhas de cuidado, acompanhar de perto toda a jornada do paciente, tanto no físico quanto no digital, além de desenvolver diversas ações preventivas.” Uma das ferramentas usadas é o prontuário único: ao identificar o paciente por biometria, o médico que o está atendendo recebe instantaneamente todas as suas informações de saúde.
Um dos benefícios do modelo verticalizado e integrado é uma gestão mais eficiente dos recursos e dos resultados. “Um exemplo prático é a capacidade que temos de controlar em tempo real mais de 40 indicadores, tarefa que cabe ao Comitê de Qualidade Assistencial e que tem participação ativa do Conselho de Administração do Grupo”. A agilidade no atendimento, com redução de burocracias em todo o processo, são outros diferenciais que permitiram que a empresa fosse uma das primeiras e mais ágeis a implantar a telemedicina. Os números comprovam a relevância da operação. Atualmente, segundo Souto, a Hapvida NotreDame Intermédica acumula mais de 10 milhões de atendimentos em teleconsultas, com mais de 91% de taxa de resolutividade, e nota de satisfação de 4,6 no máximo de 5 estrelas. Na força de trabalho, estão mais de 1,2 mil médicos de mais de 20 especialidades.
Responsável pela área digital da Hapvida NotreDame Intermédica, o diretor Pedro Fleury explica que a tecnologia possui papel extremamente relevante na integração de todas as operações da empresa em uma única plataforma sistêmica. Segundo o executivo, essa decisão visa a “garantir a padronização de processos e modelo de relacionamento com clientes, a integração e a sinergia de áreas de negócio, além da unificação de conceitos e indicadores de gestão”.
De acordo com Fleury, o trabalho começou a ser planejado e executado imediatamente após a fusão das duas companhias. “Em 2022, nós analisamos as opções de plataforma do grupo e definimos o modelo futuro, buscando utilizar o que havia de melhor em cada operadora”, afirmou.
Em 2023, as operações do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Minas Gerais foram integradas. Neste ano, a conclusão do processo acontece em São Paulo e Rio de Janeiro. “Ao fim do ano, teremos toda a empresa em uma plataforma única”, apontou Fleury.
Em paralelo à integração, a empresa intensificou seu processo de transformação digital. Atualmente, segundo Fleury, a Hapvida NotreDame Intermédica possui a maior operação de telemedicina do Brasil com 500 mil atendimentos/mês, base de 5 milhões de apps instalados, responsáveis por mais de 65% de autosserviço, e está expandido para modelo de ecossistemas digitais, unindo toda a cadeia de saúde.
Adicionalmente, a Hapvida NotreDame Intermédica está investindo fortemente em projetos de ciência de dados com resultados concretos. “Já desenvolvemos diversos projetos para promover melhoria de automação, dar apoio à decisão médica e personalização ao tratamento do beneficiário”, informou. O compromisso com a melhoria contínua da Hapvida NotreDame Intermédica enxerga, na gestão da informação, a serviço de um corpo médico qualificado, um futuro ainda mais preciso na saúde suplementar.
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Assessoria de Comunicação
Hapvida aposta em tecnologia para otimizar integração operacional
CLIPPING AHPACEG 29/08/24
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DESTAQUES
CFM publica novas regras para trazer maior transparência na relação entre médicos e indústrias da área da saúde
Hapvida investe em tecnologia para otimizar integração operacional
Sociedade Albert Einstein assume gestão do Hospital de Urgências de Goiás
MPGO propõe ação contra farmacêutica por fabricar medicamentos impróprios para consumo
PORTAL MÉDICO
CFM publica novas regras para trazer maior transparência na relação entre médicos e indústrias da área da saúde
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulga nesta quarta-feira (28/08) uma resolução que estabelece limites e possibilidades nas relações entre médicos e indústrias farmacêuticas, de insumos e de equipamentos médicos. A Resolução nº 2.386/2024, aprovada em reunião plenária no dia 21 de agosto, busca aumentar a transparência e prevenir conflitos de interesse que possam influenciar decisões clínicas, assegurando que as práticas médicas no Brasil sejam conduzidas dentro de parâmetros éticos e legais.
As novas regras determinam que todos os médicos que possuam qualquer tipo de vínculo com setores das indústrias da área da saúde (farmácias, laboratórios e equipamentos) devem informar esses vínculos através da plataforma CRM-Virtual do Conselho Regional de Medicina (CRM) em que estão registrados. Esses vínculos incluem desde contratos formais de trabalho até consultorias, participação em pesquisas e atuação como palestrantes remunerados (speakers).
O presidente do CFM, José Hiran Gallo, explica essa norma permitirá que informações desse tipo sejam registradas e monitoradas, e, posteriormente, divulgadas ao público, promovendo uma maior clareza nas relações entre médicos e empresas. “Com esta Resolução, estamos estabelecendo um novo marco de transparência na relação entre médicos e a indústria da saúde, sem interferir na autonomia dos profissionais. Nosso compromisso é garantir que as decisões médicas sejam guiadas exclusivamente pelo melhor interesse do paciente e da medicina, sem influências externas indevidas”, afirma.
Declarações – A Resolução nº 2.386/2024 detalha ainda que os médicos deverão declarar seus conflitos de interesse em situações públicas, como entrevistas, debates, exposições em eventos médicos e interações com o público leigo. Segundo o relator da Resolução, Raphael Câmara Parente, essa medida assegura que a população terá acesso a informações imparciais e baseadas em evidências, reforçando a confiança na classe médica.
“O poder do marketing influencia a relação entre profissionais de saúde e indústrias, o que pode interferir em políticas de saúde, pressionando na aquisição de medicamentos e outros materiais com custo de bilhões de reais que interferem no funcionamento dos Sistemas de Saúde Público e Privado”, defendeu o conselheiro.
A norma também proíbe o recebimento de benefícios relacionados a medicamentos, órteses, próteses e equipamentos hospitalares que não possuam registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), salvo nos casos de protocolos de pesquisa aprovados por Comitês de Ética. Médicos que descumprirem as exigências da resolução poderão ser alvo de sanções por parte dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).
Exceções estabelecidas – Rendimentos e dividendos oriundos de investimentos em ações ou cotas de participação em empresas do setor de saúde, desde que a relação seja puramente financeira, não precisarão ser declarados. Amostras grátis de medicamentos ou produtos médicos, prática comum no setor, também estão isentos das obrigações de declaração, desde que, segundo a Resolução, sejam distribuídas conforme as normativas vigentes e dentro de práticas éticas. Benefícios recebidos por sociedades científicas e entidades médicas também estão excluídos das regras de transparência impostas aos indivíduos.
Segundo Emmanuel Cavalcante, 3º vice-presidente e diretor de Fiscalização do CFM, a iniciativa do Conselho é vista como uma resposta a uma preocupação crescente sobre a influência das indústrias de saúde sobre a prática médica. “Com a Resolução, a entidade busca criar um ambiente mais ético e transparente, onde a população possa confiar plenamente nas recomendações e decisões dos profissionais de saúde”, defendeu.
Prazos – A Resolução nº 2.386/2024 entra em vigor em 180 dias a partir da data de sua publicação no Diário Oficial da União, dando aos médicos tempo para se adequarem às novas exigências. Durante esse período, os profissionais deverão revisar seus vínculos e garantir que todas as informações pertinentes sejam registradas corretamente. Médicos que já possuem vínculos com empresas de saúde terão um prazo de 60 dias para informar qualquer benefício recebido após a entrada em vigor da resolução.
De acordo com José Hiran Gallo, o Conselho continuará monitorando a aplicação da nova resolução e estará disponível para apoiar os médicos na adaptação às novas exigências, garantindo que a prática médica no Brasil seja conduzida com responsabilidade e ética. “Estamos convencidos de que essa medida fortalecerá a confiança pública em nossa profissão, ao assegurar que as decisões clínicas sejam baseadas exclusivamente no melhor interesse dos pacientes”, concluiu o presidente do CFM.
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MEDICINA S/A
Hapvida investe em tecnologia para otimizar integração operacional
Integrar duas corporações de qualquer setor econômico não é tarefa trivial. Na área da saúde, então, o desafio é ainda mais complexo. Nesse contexto, a integração entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica, duas gigantes do setor, soma hoje 15,7 milhões de beneficiários no Brasil. Uma operação avaliada por analistas de mercado como muito bem-sucedida, êxito explicado por uma gestão que usa tecnologia e dados em prol da melhor assistência aos seus clientes. Detalhes desse case foram apresentados pelo vice-presidente de Operações da Hapvida NotreDame Intermédica, Francisco Souto, e pelo diretor de Digital da empresa, Pedro Fleury, durante a Abrafarma Future Trends 2024.
Na ocasião, Souto exemplificou como a tecnologia, a inovação e a inteligência de dados estão transformando a gestão da assistência médico-hospitalar da companhia. "Do parecer médico aos exames clínicos e diagnósticos, tudo funciona interligado, trazendo mais praticidade aos atendimentos", afirma o executivo. "Isso nos permite criar ritos e linhas de cuidado, acompanhar de perto toda a jornada do paciente, tanto no físico quanto no digital, além de desenvolver diversas ações preventivas." Uma das ferramentas usadas é o prontuário único: ao identificar o paciente por biometria, o médico que o está atendendo recebe instantaneamente todas as suas informações de saúde.
Um dos benefícios do modelo verticalizado e integrado é uma gestão mais eficiente dos recursos e dos resultados. "Um exemplo prático é a capacidade que temos de controlar em tempo real mais de 40 indicadores, tarefa que cabe ao Comitê de Qualidade Assistencial e que tem participação ativa do Conselho de Administração do Grupo". A agilidade no atendimento, com redução de burocracias em todo o processo, são outros diferenciais que permitiram que a empresa fosse uma das primeiras e mais ágeis a implantar a telemedicina. Os números comprovam a relevância da operação. Atualmente, segundo Souto, a Hapvida NotreDame Intermédica acumula mais de 10 milhões de atendimentos em teleconsultas, com mais de 91% de taxa de resolutividade, e nota de satisfação de 4,6 no máximo de 5 estrelas. Na força de trabalho, estão mais de 1,2 mil médicos de mais de 20 especialidades.
Responsável pela área digital da Hapvida NotreDame Intermédica, o diretor Pedro Fleury explica que a tecnologia possui papel extremamente relevante na integração de todas as operações da empresa em uma única plataforma sistêmica. Segundo o executivo, essa decisão visa a "garantir a padronização de processos e modelo de relacionamento com clientes, a integração e a sinergia de áreas de negócio, além da unificação de conceitos e indicadores de gestão".
De acordo com Fleury, o trabalho começou a ser planejado e executado imediatamente após a fusão das duas companhias. "Em 2022, nós analisamos as opções de plataforma do grupo e definimos o modelo futuro, buscando utilizar o que havia de melhor em cada operadora", afirmou.
Em 2023, as operações do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Minas Gerais foram integradas. Neste ano, a conclusão do processo acontece em São Paulo e Rio de Janeiro. "Ao fim do ano, teremos toda a empresa em uma plataforma única", apontou Fleury.
Em paralelo à integração, a empresa intensificou seu processo de transformação digital. Atualmente, segundo Fleury, a Hapvida NotreDame Intermédica possui a maior operação de telemedicina do Brasil com 500 mil atendimentos/mês, base de 5 milhões de apps instalados, responsáveis por mais de 65% de autosserviço, e está expandido para modelo de ecossistemas digitais, unindo toda a cadeia de saúde.
Adicionalmente, a Hapvida NotreDame Intermédica está investindo fortemente em projetos de ciência de dados com resultados concretos. "Já desenvolvemos diversos projetos para promover melhoria de automação, dar apoio à decisão médica e personalização ao tratamento do beneficiário", informou. O compromisso com a melhoria contínua da Hapvida NotreDame Intermédica enxerga, na gestão da informação, a serviço de um corpo médico qualificado, um futuro ainda mais preciso na saúde suplementar.
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A REDAÇÃO
Sociedade Albert Einstein assume gestão do Hospital de Urgências de Goiás
O governador Ronaldo Caiado assinou termo de colaboração com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein para a administração do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). A assinatura ocorreu nesta quarta-feira (28/8), durante solenidade realizada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.
Além do termo, o governador anunciou investimento de R$ 100 milhões no Hugo. Deste valor, R$ 60 milhões serão destinados a obras na infraestrutura do complexo, R$ 35 milhões para a compra de equipamentos médicos, assistenciais e mobiliário e R$ 5 milhões para modernização tecnológica.
"Não tenho palavras para descrever a vinda de vocês (grupo Albert Einstein) depois de um longo embate que tivemos para poder modificar a forma de contratar entidades para gerir nossos hospitais em Goiás. Hoje vocês estão implantando o que eu chamo de novo Hugo", disse Caiado.
"Hoje é um dia muito especial porque marca o início de uma nova fase desse hospital, que é tão importante para a população goiana e que agora conta com a gestão do Einstein. Ele simboliza, portanto, um futuro que estamos construindo com o governo de Goiás, de entregar um serviço mais seguro e de qualidade para as pessoas", analisou o presidente da Sociedade Israelita Albert Einstein, Sidney, Klajner.
A diretora-geral do Hugo, Fabiana Rolla, explicou como os atendimentos continuarão enquanto as obras estiverem em andamento. "Nós temos planos de contingência desenhados para que a população seja atendida sem nenhum prejuízo nos casos de urgência e emergência e que se adiem cirurgias eletivas, eventualmente, se isso for realmente necessário para os momentos de obra". Fabiana ainda explicou que um possível remanejamento de pacientes do Hugo para outros hospitais "não é esperado".
Para o período entre 2024 e 2025, está prevista a contratação de um Plano Diretor de Infraestrutura completo que prevê, numa próxima etapa, serviço de ressonância magnética e implantação de cirurgia robótica. A partir do Plano Diretor, o governo de Goiás anunciou que aportará novos investimentos necessários para completar um novo Hugo.
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JORNAL OPÇÃO
MPGO propõe ação contra farmacêutica por fabricar medicamentos impróprios para consumo
A ação foi feita em conjunto pela 12ª Promotoria de Justiça de Goiânia e a 5ª Promotoria de Justiça de Anápolis
O Ministério Público de Goiás (MPGO) propôs ação civil pública contra a Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A. por fabricação de medicamentos com alterações de odor e sabor, o que os tornaram impróprios para o consumo. A ação foi feita em conjunto pela 12ª Promotoria de Justiça de Goiânia e a 5ª Promotoria de Justiça de Anápolis.
De acordo com o MP, os medicamentos, identificados como Gastrol e Gastrol TC, foram produzidos em 2023 na fábrica da empresa em Anápolis e, posteriormente, com a identificação das alterações, recolhidos das farmácias. Na ação, o MP busca o pagamento de indenizações por danos materiais e morais aos consumidores, além de reparação pelos danos morais coletivos.
Segundo a ação civil pública, o Ministério Público de Minas Gerais encaminhou denúncia ao MPGO relatando que consumidores que adquiriram os medicamentos notaram alterações no odor e sabor. Alguns relataram, também, mal-estar após o uso dos fármacos. Por a empresa ter sede em Anápolis, o caso foi transferido ao MPGO.
A ação foi instaurada para apurar a responsabilidade da farmacêutica pela colocação de medicamentos contaminados no mercado. Os medicamentos citados na ação são indicados para o tratamento de problemas gástricos, vendidos sem necessidade de prescrição médica.
De acordo com a investigação, 91.026 unidades dos lotes contaminados foram distribuídas em todo o país, inclusive para grandes redes de farmácias. Mesmo com o recall voluntário, realizado após um tempo, a quantidade recolhida soma apenas 8.040 unidades.
Segundo o MP, as falhas na fabricação resultaram na possível contaminação microbiológica do princípio ativo hidróxido de alumínio, devido ao contato inadequado entre as embalagens primária e secundária. Mesmo que o problema não represente risco de morte, o desvio de qualidade representa risco significativo à saúde dos consumidores.
O Ministério Público também afirma que a empresa já havia enfrentado problemas, como a suspensão de nove lotes dos medicamentos Gastrol TC em 2022 e, mais recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão de quatro lotes do suplemento alimentar de Bacillus Claussi da marca Neogermina, também produzido pela Brainfarma.
A reportagem entrou em contato com a Brainfarma, mas até o fechamento desta reportagem não tivemos retorno. O espaço continuar aberto para manifestação.
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Assessoria de Comunicação