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CLIPPING AHPACEG 16/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Secretário de Saúde Wilson Pollara retorna ao cargo após afastamento
Polícia Civil de SP faz operação contra fraudes em planos de saúde
ANS incorpora mais remédios para tratar pacientes
Governo de Goiás alerta população sobre cuidados contra monkeypox
Médica morre após sofrer mal súbito em esteira de academia
Saúde Mental: prioridade para 75,2% das empresas brasileiras
TV ANHANGUERA
Secretário de Saúde Wilson Pollara retorna ao cargo após afastamento
https://globoplay.globo.com/v/12828149/
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FOLHA.COM
Polícia Civil de SP faz operação contra fraudes em planos de saúde
A Polícia Civil de São Paulo deflagrou na manhã desta quinta (15) uma operação contra fraudes em planos de saúde, que podem passar de R$ 2,5 milhões.
Foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão nas zonas leste, norte e sul da capital paulista. Ao todo, 115 policiais e 51 viaturas participaram da operação,
De acordo com as investigações, os suspeitos montaram clínicas-fantasmas com as quais contratavam serviços das operadoras. Os sócios dessas empresas de fachada também figuravam como beneficiários.
Eles conseguiam forjar pedidos médicos e resultados de exames para, posteriormente, pedir reembolsos de procedimentos que não existiam.
Segundo a polícia, foram apreendidos quatro simulacros de armas de fogo, 45 celulares, 56 cartões bancários, sete notebooks, dois CPUs e R$ 4,4 mil. As investigações continuam para descobrir a participação de cada envolvido.
Em nota, a Abramge (Associação Brasileira dos Planos de Saúde) informou que as fraudes contra os planos de saúde configuram um golpe contra os mais de 51 milhões de beneficiários que hoje são atendidos pelo sistema privado de saúde.
Segundo a associação, as fraudes envolvendo reembolsos investigadas pela Polícia Civil de São Paulo é apenas um dos tipos de atos criminosos cometidos contra o sistema que, custaram, isoladamente, R$ 10 bilhões às operadoras somente em 2023.
De acordo com relatório divulgado em novembro pelo IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar), as fraudes e os desperdícios causaram perdas de até 12,7% das receitas dos planos de saúde em 2022, com prejuízos estimados entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões.
O tema das fraudes começou a ganhar notoriedade há pouco mais de um ano, quando as entidades representativas do setor iniciaram um movimento para investigar o crescimento dos casos e denunciar a situação.
Entre os esforços adotados para combater o problema, a FenaSaúde (federação que representa companhias) montou uma gerência para aumentar a fiscalização sobre os dribles mais comuns na utilização dos planos e apresentou notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo sobre empresas de fachada criadas para solicitar cifras milionárias em reembolsos fraudulentos.
Operadoras também iniciaram investigações internas, e grandes companhias de diferentes setores fizeram demissões em massa de funcionários acusados de aplicar golpes nos planos corporativos oferecidos como benefício.
Ao mesmo tempo, tem aumentado a queixa de beneficiários sobre dificuldades impostas pelos planos em casos de reembolsos assegurados pela lei. Por exemplo, operadoras de saúde têm exigido o CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) em casos de reembolsos de consultas, terapias e tratamentos, o que não é exigência da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
De acordo com o Procon-SP, somente neste ano, 924 reclamações foram registradas sobre dificuldades para devolução de valores pagos e reembolso.
PRINCIPAIS TIPOS DE FRAUDE NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Fracionamento de recibo
Ocorre quando o médico faz apenas uma consulta, mas oferece diversos recibos falsos ao paciente, simulando atendimentos para extrair mais dinheiro do plano de saúde por meio do reembolso. Geralmente, o pretexto para iniciar a fraude é a cobrança de um preço de consulta acima do limite do reembolso
Solicitação de login e senha do plano de saúde
Acontece quando o beneficiário revela login e senha de seu aplicativo do plano de saúde para as clínicas ou os consultórios médicos. Depois de acessados por terceiros, os dados, que deveriam ser confidenciais, podem ser usados para trocar a conta bancária vinculada ao reembolso e receber ressarcimento por procedimentos falsos
Empréstimo de carteirinha
É a fraude em que o usuário de um plano de saúde cede sua carteirinha para que outro paciente, não beneficiário, tenha acesso a consulta ou procedimento se passando por outra pessoa
Estado clínico falso
Há muitos casos desse tipo de fraude em tratamentos estéticos, que não são cobertos pelo plano de saúde. O profissional faz uma aplicação de botox ou implante capilar, por exemplo, mas falsifica o estado clínico do paciente no recibo para forçar o plano a reembolsar seu serviço ao paciente
POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS PARA O BENEFICIÁRIO
Rescisão do contrato de plano de saúde
Perda do emprego nos casos em que o plano é fornecido pela empresa
Ações indenizatórias
Instauração de inquéritos
Fontes: Abramge (associação brasileira de planos de saúde) e FenaSaúde (federação nacional de saúde suplementar)
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AGÊNCIA BRASIL
ANS incorpora mais remédios para tratar pacientes
Quem tem psoríase e asma ganha mais opções na saúde suplementar
A diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a incorporação de cinco medicamentos ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. São eles, Brodalumabe, destinado a tratar psoríase em placas, moderada a grave, em pacientes adultos que são elegíveis para terapia sistêmica ou fototerapia; e Ibrutinibe - em combinação com venetoclax - para adultos com leucemia linfocítica crônica/linfoma linfocítico de pequenas células (LLC/LLPC), em primeira linha.
Também foram incorporados Tezepelumabe, remédio complementar para o tratamento da asma alérgica grave; Tezepelumabe, remédio para tratar a asma eosinofílica grave; e Belimumabe, destinado a pacientes adultos com nefrite lúpica (doença inflamatória que atinge os rins).
As cinco tecnologias terão cobertura obrigatória na saúde suplementar, de acordo com diretrizes de utilização, a partir de 2 de setembro próximo.
Coberturas obrigatórias
O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é a lista de coberturas obrigatórias pelas operadoras de planos de saúde para os seus beneficiários. Ele conta com tecnologias disponíveis entre terapias, exames, procedimentos e cirurgias que atendem doenças listadas na Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Seu processo de atualização tem sido constantemente aprimorado, com ampla participação social e buscando garantir a segurança das tecnologias oferecidas aos consumidores, a partir de bases científicas e da sustentabilidade do setor de saúde suplementar", diz nota da ANS.
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A REDAÇÃO
Governo de Goiás alerta população sobre cuidados contra monkeypox
O Governo de Goiás orienta a população de todos os municípios a manterem cuidados contra a monkeypox (mpox). A recomendação segue alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS), que anunciou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) para a doença. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) mantém a vigilância e monitoramento dos casos, mas garante que, até o momento, a situação está dentro da normalidade, com 84 notificações – 12 confirmadas, sem óbito registrado neste ano. Em 2023 foram 348 notificações, com 101 casos confirmados, também sem óbito.
“Goiás não vive surto da monkeypox. Temos casos esporádicos, mas que não têm vínculo entre si”, garante a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, ao lembrar que o alerta da OMS se deve à identificação, na África, de uma nova variante, uma mutação do vírus original da mpox, que tem se apresentado mais letal e transmissível. Os casos verificados no estado não têm relação com essa nova variante.
A superintendente garante que Goiás está atento e preparado, com capacidade para realizar exames e fazer a identificação precoce dos casos. No estado, a unidade de referência para a realização de exames de monkeypox é o Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). “Precisamos estar vigilantes com os casos que aparecerem, apresentando sinais e sintomas da doença”, diz.
Diagnóstico
Ainda segundo Flúvia, os primeiros sinais e sintomas da doença são o surgimento de erupções cutâneas (lesões, bolhas, crostas) de diferentes formas, em todo o corpo, incluindo rosto, palmas das mãos, plantas dos pés e órgãos genitais. “A partir do aparecimento dessas lesões, a pessoa precisa ficar atenta e procurar uma unidade de saúde, para fazer o diagnóstico”, recomenda Flúvia Amorim.
Ela explica que há casos em que a pessoa pode ter febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos (íngua), dor nas costas, dores musculares e falta de energia. E que qualquer pessoa exposta ao vírus pode se infectar e desenvolver a doença, independentemente de idade, sexo ou outras características. Outra orientação da superintendente é para que as pessoas com suspeita da doença devem manter o distanciamento. “O ideal é o isolamento, pois a doença também pode ser transmitida por meio das lesões, mesmo depois de secarem, por via aéreas e sexual”, finaliza.
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METROPOLES
Médica morre após sofrer mal súbito em esteira de academia
De acordo com o boletim de ocorrência, a médica estava pálida, com pupilas dilatadas e com a boca sangrando por conta da queda
A médica Luciana Xavier Oliveira, de 26 anos, sofreu um mal súbito e morreu nesta terça-feira (13/8) após cair da esteira em uma academia no bairro Sagrada Família, região Leste de Belo Horizonte (MG).
Os frequentadores da academia FormaFísica iniciaram a massagem cardíaca ao perceberem que, ao cair do aparelho, ela estava inconsciente.
Policiais militares das imediações foram acionados. As informações são de O Globo.
Segundo o Boletim de Ocorrência, Luciana estava caída, muito pálida, com pupilas dilatadas e com a boca sangrando por conta da queda. Eles tentaram colocá-la em posição que ajudasse na respiração e deram continuidade a técnica de reanimação.
Mesmo com os esforços, Luciana não retomou a consciência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e a moça encaminhada ao Hospital da Unimed do Contorno.
A jovem fazia especialização em oftalmologia na Santa Casa de Belo Horizonte, que emitiu uma nota de pesar pelo falecimento da médica.
"O Conselho Brasileiro de Oftalmologia lamenta a perda da dra. Luciana Xavier Oliveira, aluna do 2º ano de especialização em Oftalmologia da Santa Casa de Belo Horizonte. Nossos sinceros sentimentos à toda a família e amigos pela perda precoce. A gentileza, amabilidade e dedicação da dra. Luciana permanecerão vivos na memória de todos", diz a publicação.
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MONITOR MERCANTIL
Saúde Mental: prioridade para 75,2% das empresas brasileiras
A saúde e o bem-estar dos colaboradores são prioridades crescentes para as empresas brasileiras, com um foco significativo na implementação de programas abrangentes que promovam a saúde física e mental. Essa tendência consta de estudo feito pela Aon plc (Nyse: AON), líder global em serviços profissionais, que compartilha insights sobre o bem-estar corporativo com base em sua Pesquisa de Benefícios 2023.
Os principais benefícios de bem-estar de acordo com a pesquisa são: Saúde Mental - programas de saúde mental são oferecidos por 75,2% das empresas; programas de Qualidade de Vida - campanhas de vacinação (87,4%), descontos em academias (76,6%), programas de conscientização (66,7%) e programas de alimentação saudável (57,4%) são as principais iniciativas de qualidade de vida implementadas pelas empresas; e Telemedicina - o serviço de telemedicina é oferecido por 86,3% das empresas, um aumento de 13,4 pontos percentuais em relação ao período de 2020-2021.
"Investir no bem-estar dos trabalhadores resulta em maior produtividade e redução de custos," afirmou Leonardo Coelho, vice presidente de Health & Talent da Aon Brasil. "Nossa abordagem integral de saúde e bem-estar cria um ambiente onde os colaboradores podem prosperar, fortalecendo o comprometimento e a resiliência organizacional." acrescentou.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 15/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Custos médicos podem superar em três vezes a inflação
Ministério da Saúde vai instituir comitê de emergência para mpox
Golpe da falsa vistoria preocupa Bombeiros
Hospital de Câncer Araújo Jorge cobra repasses da Prefeitura de Goiânia
Governo e indústria da saúde anunciam R$ 57,4 bilhões em investimentos
Com R$ 2 bi em 2024, apoio do BNDES à indústria farmacêutica é recorde
Artigo - O papel crucial da Radiologia na Medicina Baseada em Valor
MONITOR MERCANTIL
Custos médicos podem superar em três vezes a inflação
A Aon (Nyse: AON), líder global em serviços profissionais, destacou o impacto do aumento dos custos médicos na saúde financeira das empresas durante a Human Insights Conference 2024, realizada nesta terça-feira (13), no teatro B32, em São Paulo. Foi discutido como programas de gestão de saúde estão ganhando força nas estratégias das empresas, visando tanto a sustentabilidade dos contratos de saúde quanto o reforço nas práticas de bem-estar voltadas à força de trabalho.
O tema foi amplamente abordado em um painel que reuniu líderes do setor, incluindo o vice-presidente de Health & Talent da Aon no Brasil, Leonardo Coelho, o presidente do Conselho Administrativo da Rede One Care, Sérgio Ricardo Santos, que também atuou como moderador do painel, o diretor gerente da Bradesco Saúde e vice-presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Flavio Bitter, o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Mauricio Nunes da Silva, a CEO da SulAmérica, Raquel Reis, o presidente executivo do Conselho de Administração da DASA, Doutor Romeu Domingues, o presidente da Rede Mater Dei, Henrique Salvador, e o superintendente de Atenção à Saúde da Unimed Belo Horizonte, Sérgio Bersan, que compartilharam suas experiências e estratégias para enfrentar os desafios financeiros impostos pelo aumento contínuo dos custos médicos.
Conforme o Relatório das Tendências Globais dos Custos de Saúde 2024 da Aon, a previsão é que a taxa média de aumento de planos de saúde corporativos no Brasil será de 14,1% em 2024. Esses dados reforçam os desafios significativos das empresas com os custos médicos, incentivando práticas inovadoras para o gerenciamento dessas despesas.
A Pesquisa de Benefícios 2023 da Aon, realizada com mais de 929 empresas de diversos setores e portes no Brasil, indica que os principais programas de gestão de saúde voltados a colaboradores, são:
Principais benefícios de saúde oferecidos:
Pesquisa de Benefícios Aon (Tabela: Aon)
- Assistência Médica: a assistência médica continua sendo prevalente, com 98,4% das empresas oferecendo esse benefício aos seus colaboradores.
- Assistência Odontológica: benefícios de assistência odontológica são oferecidos por 92,5% das organizações.
- Programa de Saúde Mental: 73% das empresas têm ações voltadas para o bem-estar psicológico dos trabalhadores, um aumento de 33 p.p. em relação a 2021.
- Telemedicina: o serviço de telemedicina é oferecido por 86,3% das empresas, um aumento de 13,4 pontos percentuais em relação ao período de 2020-2021.
"Abordar o impacto dos custos médicos é crucial, especialmente em um momento de volatilidade econômica e inflação global significativa", destaca Leonardo Coelho.
"Os especialistas Aon projetaram para 2024 aumento de 14,1% nos custos de planos de saúde corporativos, similar ao patamar de 14,4% de 2023. Para 2025 já observamos uma tendência de leve redução nesses percentuais. Nosso compromisso é apoiar nossos clientes com soluções inovadoras e estratégicas de gestão de Capital Humano que os ajudem a controlar e gerenciar esses custos de maneira eficaz, garantindo a sustentabilidade financeira das organizações e o bem-estar de seus colaboradores. Estamos no limiar de uma mudança profunda, onde inovação, sustentabilidade e adaptação são essenciais para enfrentar os desafios do setor de saúde".
A Pesquisa de Benefícios 2023 da Aon envolveu a participação de 929 empresas de diversos setores e portes no Brasil e mais outras 1.000 empresas em diferentes países da América Latina. O estudo abrangeu cinco dimensões do bem-estar: físico, emocional, social, financeiro e profissional. Os resultados mostram um aumento na adoção de programas de bem-estar e a importância crescente dessas iniciativas para a valorização de talentos, além de promover a saúde integral dos colaboradores.
O Relatório das Tendências Globais dos Custos de Saúde 2024 foi realizado em 113 escritórios da Aon em todo o mundo, com profissionais especializados em corretagem, administração e consultoria de planos de saúde custeados pelos empregadores. O relatório destaca a previsão de um aumento de 14,1% nos planos de saúde corporativos no Brasil para 2024, mantendo o patamar de 14,4% realizado em 2023. Esse aumento é impulsionado por fatores como inflação de preços, avanços tecnológicos e padrões de uso dos planos.
No dia 13 de agosto, a Aon realizou o Human Insights Conference 2024 em São Paulo, reunindo líderes empresariais e de RH para discutir as tendências emergentes e as melhores práticas na gestão de recursos humanos. O evento contou com painéis sobre o impacto do aumento dos custos médicos na saúde financeira das empresas, iniciativas de bem-estar, futuro do trabalho, entre outros, reunindo especialistas e líderes de mercado para compartilhar suas experiências e insights.
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AGÊNCIA BRASIL
Ministério da Saúde vai instituir comitê de emergência para mpox
"Nós vamos instituir um Comitê de Operação de Emergência, envolvendo Ministério da Saúde, Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde. Já estávamos acompanhando, tivemos reunião de especialistas, há duas semanas, desde que começaram os casos, e essa possibilidade [de disseminação da doença], e vamos analisar as questões como vacina. Não há motivo de alarme, mas de alerta", afirmo a jornalistas, no Palácio do Planalto, após participar de um evento de anúncio de investimentos na indústria da saúde.
Notícias relacionadas:
A avaliação da pasta é que a nova onda da doença apresenta risco baixo neste momento para o Brasil. Dados do ministério apontam que, em 2024, foram notificados 709 casos de mpox no Brasil e 16 óbitos, sendo o mais recente em abril do ano passado. Já em âmbito global, este ano, os casos já superam o total registrado em 2023 e somam mais de 14 mil, além de 524 mortes.
Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox também não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países.
Doença
A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Golpe da falsa vistoria preocupa Bombeiros
Corporação emite alerta para população não cair no golpe
Hélio Lemes
O Golpe da falsa vistoria tem chegado até o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO). Para alertar a população para não cair no golpe, a corporação fez questão de emitir um alerta.
De acordo com os Bombeiros e-mails em massa tem chegado para a corporação com a alegação de que uma vistoria será feita por Bombeiros Civis. No entanto, a corporação lembra que as inspeções técnicas em edificações comerciais e residências em Goiás são feitas de forma exclusiva pelo Corpo de Bombeiros Militar, conforme previsto na Lei 15.802.
A corporação orienta que caso receba um comunicado de outras fontes que afirmam fazer inspeções como Bombeiro Civil, não fornecer os dados e desconsidera a mensagem. A única entidade a fazer as vistorias é o Corpo de Bombeiros Militar, e qualquer informação sobre o assunto vai ser repassada pelos canais oficiais de comunicação da corporação.
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A REDAÇÃO
Hospital de Câncer Araújo Jorge cobra repasses da Prefeitura de Goiânia
O Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ) revelou que corre o risco de interromper diversos atendimentos, como quimioterapia e cirurgias, devido aos atrasos nos repasses municipais feitos pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). A instituição afirma que o valor devido é de quase R$ 45,5 milhões sem considerar juros e correção monetária.
Segundo o presidente da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), Alexandre Meneghini, o não repasse dos recursos ameaça a continuidade dos tratamentos e eleva os riscos de uma paralisação completa das atividades. “Temos trabalhado com afinco e implementado medidas para reduzir os impactos decorrentes desses atrasos. É essencial que os valores pendentes sejam liberados urgentemente para prevenir um colapso nos serviços prestados”, alerta.
O HAJ é contratualizado com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e o serviço prestado representa quase 90% da receita da Instituição. O hospital também declara que os atrasos começaram há três anos e que já fez diversas solicitações e reuniões com a prefeitura para regularizar a situação.
A dívida da Prefeitura com o Araújo Jorge é referente à produção dos meses de maio e junho, a emendas parlamentares, a processos administrativos, piso de enfermagem julho, diferenças no piso de enfermagem, a recursos pendentes da Portaria GM/MS Nº 443, de 3 de abril de 2023, e da Portaria nº 97 (Programa Hospitais Sustentáveis).
A reportagem do jornal A Redação entrou em contato com a SMS para obter um posicionamento sobre esta situação, que retornou com a seguinte nota: “A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que tem se empenhado para realizar os pagamentos e eles estão ocorrendo dentro das condições do município e no tempo adequado. Hoje será realizado mais um repasse ao hospital”.
Como ocorrem os repasses
A União, via Fundo Nacional de Saúde, efetua os repasses com regularidade ao Fundo Municipal de Saúde de Goiânia. Porém, o repasse para o Hospital de Câncer Araújo Jorge tem uma média de 40 dias de atraso, afirma a instituição.
Além disso, o hospital estaria enfrentando atrasos maiores para alguns recursos, como de algumas emendas parlamentares federais do ano de 2023, as quais foram repassadas à SMS e ainda não foram recebidas pela instituição.
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ISTOÉ
Governo e indústria da saúde anunciam R$ 57,4 bilhões em investimentos
No contexto da nova política industrial do país, em vigor desde janeiro, o governo federal e empresas do complexo econômico-industrial da saúde anunciaram investimentos conjuntos que somam R$ 57,4 bilhões. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira (14).
"O governo cuida da indústria, do povo, do país, da soberania desse país. Esse país tem tudo para ser grande. Estejam certos que o SUS vai continuar se aperfeiçoando e a gente vai poder ter orgulho de dizer que somos brasileiros e não desistimos nunca", declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia.
Além disso, foram definidas novas metas para o setor, aprovadas durante reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), reativado no mês passado pelo presidente Lula.
A principal delas é o aumento da produção nacional na área de medicamentos e produtos de saúde visando reduzir a dependência de importações. O objetivo é chegar a suprir, com a indústria nacional, 70% da necessidade do país em nove anos, segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
"Hoje, foi apresentada a Missão 2 da Nova Indústria Brasil, que [envolve] o complexo industrial da saúde. Na reunião do CNDI, mais cedo, foram aprovadas as metas. Então, nós partimos de um número básico [atual] de 45% de produção no país, dos produtos do complexo da saúde. A meta, até 2026, é chegarmos a 50%. E, depois, em 2033, a 70% [de produção nacional]", detalhou Alckmin.
Titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos destacou a importância de ampliar a produção nacional na área de saúde como estratégia de soberania nacional.
"Sentimos na pele o quanto significou a dependência [internacional], principalmente na [pandemia de] covid. Mesmo com nossa força na produção de vacinas, nós tivemos que importar bastante por causa da escala para atender o povo", exemplificou.
Investimentos
Já em relação aos investimentos, a indústria da saúde conta com financiamento público de R$ 16,4 bilhões, segundo o governo. São R$ 8,9 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saúde, R$ 4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 3,5 bilhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência federal vinculada ao MCTI. Esses valores já incluem os contratos assinados durante a reunião.
A esse volume somam-se R$ 39,5 bilhões em investimentos privados das empresas do setor, que incluem empresas da indústria médica e farmacêutica.
Desse total, R$ 33,5 bilhões são aportes do Grupo FarmaBrasil, Interfarma e Sindusfarma, previstos entre 2024 e 2026, que vão financiar novas plantas industriais e ampliação da fabricação nacional de insumos.
Outros R$ 6 bilhões irão para o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS/Santa Cruz e Fiocruz) para ampliar a oferta de vacinas e biofármacos. A produção estimada é de 120 milhões de frascos por ano - para atender prioritariamente demandas da população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O setor de saúde representa cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que reflete o tamanho da economia brasileira, destacou o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante.
"É um setor fundamental e que gera muita inovação tecnológica, além de ter um papel decisivo na sobrevida, na qualidade de vida da população", afirmou. Mercadante defendeu uma ampliação do setor de saúde, que atualmente corresponde a 2% da indústria de transformação.
"É pouco, tem que ser mais. Temos um déficit comercial de US$ 14,6 bilhões. Nós importamos US$ 17,1 bilhões e só exportamos US$ 2,5 bilhões. Ou seja, se a gente fortalece esse setor, a gente economiza divisas, gera emprego, gera mais competitividade e começa a exportar", observou.
Um dos impulsos para novos investimentos deve ser a reforma tributária, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante a reunião.
"Uma outra dimensão muito importante da reforma tributária, que ainda vai para o Senado, como sabemos, é estabelecer 100% de desoneração nas compras públicas, na área da saúde, e redução de 60% da alíquota básica na área de medicamentos", afirmou.
Avanço da indústria
Presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil, que representa o setor de medicamentos, Reginaldo Arcuri afirmou que as políticas industriais dos governos anteriores de Lula fizeram com que das 10 maiores empresas farmacêuticas do país seis passassem a ser nacionais ao longo dos últimos 20 anos.
"Em todas essas políticas, o setor saúde e especificamente a produção de medicamentos tiveram destaque como setores estratégicos e importadores de futuro", afirmou. Ele ressaltou que o Grupo FarmaBrasil vai investir cerca de R$ 20 bilhões em novas fábricas, ampliações, equipamentos e pesquisa e desenvolvimento nos próximos anos.
Arcuri ainda defendeu segurança jurídica e previsibilidade nas políticas públicas, já que o setor de medicamentos depende de longos processos de desenvolvimento.
"Para isso, precisamos atualizar as normas na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cemed). Outro fator, já mencionado, é solucionarmos, com urgência, os problemas enfrentados pela Anvisa para o desempenho de suas ações. É imprescindível manter o alto nível de qualidade da agência na análise de segurança e eficácia dos medicamentos", observou.
Nova Indústria Brasil
Ainda durante o evento de hoje, em Brasília, o governo anunciou incremento extra de R$ 42,7 bilhões para o Plano Mais Produção (P+P), coordenado pelo BNDES e que financia a política industrial.
Com isso, a soma total passa a R$ 342,7 bilhões, com recursos do BNDES, da Finep e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), além de reforço em linhas de crédito do Banco do Nordeste (BNB), com R$ 16,7 bilhões, e do Banco da Amazônia (Basa), com outros R$ 14,4 bilhões.
A Nova Indústria Brasil (NIB), como foi batizada a política do governo, prevê o uso de recursos públicos para atrair investimentos privados. Entre as medidas, destaca-se a criação de linhas de crédito especiais, subvenções e ações regulatórias e de propriedade intelectual, bem como uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local para estimular o setor produtivo em favor do desenvolvimento do país.
A política pública foi dividida em missões, que, na verdade, representam setores estratégicos específicos. A Missão 1 é a agroindústria, a Missão 2 é o complexo industrial da saúde, a Missão 3 abrange o setor de infraestrutura, a Missão 4 envolve transformação digital, a Missão 5 representa o segmento de transição ecológica e a Missão 6, a indústria de defesa.
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JORNAL CINFORME
Com R$ 2 bi em 2024, apoio do BNDES à indústria farmacêutica é recorde
Até meados de julho de 2024, as aprovações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as indústrias farmoquímica e farmacêutica brasileiras alcançaram R$ 2 bilhões, maior valor desde 1995.
Os valores aprovados em 2024 são 32% superiores a todo o ano de 2023 (R$ 1,4 bilhão) e correspondem a 16% do total de 30 anos de apoio do BNDES ao segmento.
Com o apoio do banco, as indústrias estão desenvolvendo novos medicamentos, novas associações farmacêuticas (que facilitam a absorção e a administração), vacinas, montagem de centros de pesquisa e desenvolvimento e adquirindo máquinas e equipamentos.
"Este país voltou a investir em setores estratégicos com o governo do presidente Lula e o BNDES é um importante parceiro da inovação. A pandemia mostrou ao mundo a importância do desenvolvimento de tecnologias para a produção de novos medicamentos e de vacinas como ferramentas de saúde pública", disse o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.
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MEDICINA S/A
Artigo - O papel crucial da Radiologia na Medicina Baseada em Valor
A medicina baseada em valor, conceito impulsionado pelo Professor Michael Porter, de Harvard, em colaboração com a Professora Elizabeth O. Teisberg, tem ganhado relevância como uma abordagem essencial para enfrentar os complexos desafios da saúde no Brasil.
O conceito, delineado no livro ‘Redefining Health Care’, dos autores Michael e Elizabeth, propõe uma mudança fundamental na prestação de cuidados de saúde, colocando o foco nos resultados dos pacientes em vez de considerar a quantidade de serviços prestados.
Há, no entanto, grandes desafios para implementar o modelo na prática, considerando a complexidade do setor de saúde no Brasil. A ausência de dados e a falta de interoperabilidade de sistemas são ofensores importantes que fazem com que parte significativa dos planos de saúde, governos, seguradoras e prestadores de serviços de saúde atuem contabilizando e remunerando procedimentos de forma independente, sem considerar o desfecho clínico do paciente e tampouco o resultado esperado.
Nesse contexto, o Programa de Compras Baseadas em Valor Hospitalar (VBP), do inglês ‘Hospital Value-Based Purchasing Program (VBP)’, implementado primeiramente nos Estados Unidos pelo ‘Centers for Medicare & Medicaid Services (CMS)’, uma agência federal responsável por administrar os principais programas de saúde estadunidenses, é um exemplo de iniciativa que pode ser determinante para impulsionar a adoção da medicina baseada em valor, por recompensar hospitais e prestadores de serviços de saúde que demonstram resultados superiores em termos de qualidade e eficiência.
Ao vincular o financiamento à entrega de resultados mensuráveis de saúde, o VBP é uma iniciativa que objetiva alcançar para a saúde a prestação de cuidados de alta qualidade, alinhando os interesses dos prestadores de serviços de saúde com os resultados obtidos no cuidado dos pacientes.
No viés da radiologia, a importância da medicina baseada em valor é especialmente relevante pois, os exames de imagem desempenham um papel central na assistência à saúde, fornecendo informações cruciais para o diagnóstico precoce, tratamento e monitoramento de uma ampla gama de condições médicas.
Os exames de imagem representam uma parcela relevante do custo total de atendimento de um paciente, por isso é fundamental que sejam utilizados adequadamente. À vista disso, se torna muito importante considerar o conceito de ‘Fee-for-value’, que pode ser traduzido como reembolso por taxa de valor pois, pressupõe remunerar os prestadores de serviços de saúde com base nos resultados alcançados e não na quantidade de exames realizados.
O conceito oferece incentivos para que o fornecimento dos diagnósticos seja mais preciso, evitando a solicitação de exames desnecessários. Este modelo auxilia os prestadores de serviços de saúde a usar eficientemente os recursos de imagem, reduzindo custos e melhorando resultados dos pacientes. Adicionalmente, pode reduzir a exposição desnecessária do paciente à radiação em exames de raios-x e tomografia computadorizada.
Ainda que a medicina baseada em valor ofereça uma abordagem inovadora e promissora para a prestação de cuidados de saúde no Brasil, a implementação bem-sucedida é altamente desafiadora pois, requer mudanças estruturantes no setor.
Recentemente o Hospital Alemão Osvaldo Cruz, em sua unidade Vergueiro, adotou um modelo experimental que pode ser considerado um primeiro passo na direção da medicina baseada em valor. Baseado em pacotes e protocolos pré-estabelecidos de custos, o projeto, embora promissor, não se mostrou viável na prática devido à necessidade de altos níveis de integração e compartilhamento de dados com todos os agentes da cadeia da saúde.
Nesse contexto, mesmo que os prestadores de serviços de saúde se adaptem, é necessário que governos, entidades reguladoras, planos de saúde e fontes pagadoras também assumam o compromisso com a transição para modelos mais eficientes, tanto sob a ótica assistencial como financeira, como a medicina baseada em valor.
*Alan Ramos é head de Expansão na FIDI – Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 14/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Impacto econômico da Covid gera atraso em indicadores de saúde no mundo, diz estudo
STF analisa reajuste no valor de planos de saúde pela idade
Expoente na saúde, Instituto Ética Saúde reúne o setor para debater a transformação das relações econômico-financeiras
IA e cibersegurança: como instituições de saúde podem se proteger e evitar ataques
FOLHA DE S.PAULO
Impacto econômico da Covid gera atraso em indicadores de saúde no mundo, diz estudo
Os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid tendem a causar um retrocesso nos indicadores de saúde dos países e a gerar uma desaceleração no ritmo de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030. É o que mostra estudo da Fiocruz Minas (Fundação Oswaldo Cruz).
Análises apontam que países com rendimentos mais baixos podem ter uma perda de progresso de 16% em todos os indicadores avaliados. O declínio é maior do que o estimado para os países de alta renda (3%). A desproporção exacerba as desigualdades globais de saúde, dizem os pesquisadores.
Publicado na revista Plos One, o estudo analisa a evolução global de 43 indicadores dos ODS, abrangendo sete temas de saúde em 185 países e faz uma projeção do desempenho deles para o período entre 2021 e 2030 para avaliar a perda potencial de progresso devido à pandemia. Os temas avaliados incluem saúde materna e reprodutiva, saúde infantil e neonatal, doenças infecciosas, doenças não transmissíveis, lesões e violência, riscos do ambiente e cobertura e sistemas de saúde.
A publicação é pioneira em fornecer uma perspectiva global das repercussões da pandemia na evolução dos ODS que se relacionam à saúde.
Os pesquisadores usaram as projeções de crescimento econômico pré-Covid do FMI (Fundo Monetário Internacional) como referência e os resultados foram contrastados com um cenário pós-Covid, quando a maioria dos custos da pandemia já era conhecido.
Eles partiram do princípio de que há uma associação empírica entre bem-estar e renda. "A pandemia impacta de várias formas, nas condições socioeconômicas, ou seja, na capacidade que as pessoas têm de adquirirem o que precisam para o bem-estar, e na organização do próprio serviço de saúde. É um fenômeno tão intenso e transversal que permite que a gente compreenda a relação entre desenvolvimento socioeconômico e o efeito da alteração dessa dinâmica na saúde", diz o pesquisador e epidemiologista Rômulo Paes de Sousa.
Foram considerados também o índice de Gini, que mede distribuição de renda, e os investimentos em saúde de cada país, conforme dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). "Queríamos mensurar como o acesso à saúde é diferenciado quando você tem níveis de desigualdade de renda muito elevado em cada país, além dos efeitos indiretos da pandemia, pelo simples fato de que as economias foram profundamente afetadas nesse processo", afirma o economista Fabrício Silveira.
Seguindo critérios do Banco Mundial, as nações foram divididas em quatro grupos: países de baixo-rendimento, cujo PIBpc (Produto Interno Bruto per capita) é de US$ 1.045 ; países de rendimento médio-baixo, com PIBpc variando entre US$ 1.046 e 4.095; de rendimento médio-alto, com PIBpc entre US$ 4.096 e 12.695; e países de alta renda, com PIBpc superior a US$ 12.696.
O estudo mostrou que as perdas de crescimento econômico são estimadas em 42% e 28% para países de baixa e média-baixa renda, e 15% e 7% em países de alta e média-alta renda, respectivamente, segundo projeções do FMI.
A desigualdade, mensurada pelo índice de Gini, influenciou significativamente 15 indicadores, com destaque para os índices de crianças com atraso no crescimento, cobertura vacinal infantil, incidência de malária, número de pessoas infectadas por doenças tropicais negligenciadas, mortalidade por doenças crônicas não-transmissíveis, prevalência de tabagismo, homicídios e nos gastos diretos com saúde.
Além disso, indicadores relacionados a doenças infecciosas- como novas infecções por HIV, incidência de tuberculose e de malária- estão entre os mais impactados negativamente, com previsão de desaceleração no ritmo de implementação nos países. A perda de progresso esperada em países de baixa renda é uma média de 34%, ante cerca de 6% em países de alta renda.
Há ainda uma previsão de desaceleração de cerca de 10% no ritmo da implementação dos indicadores referentes a saúde materna, infantil e neonatal, sistemas e a cobertura de saúde nos países de rendimento médio-baixo. Os países de baixa renda também têm impactos mais negativos do que o esperado para lesões e violência.
Para os países de rendimento médio-alto, doenças não transmissíveis, lesões e violência são os principais pontos de atenção. Entre os de alta renda, há também menos avanços em riscos ambientais e saúde materna e reprodutiva, com menores índices de desaceleração.
Só quatro indicadores não mostram diferenças regionais significativas: nascimentos assistidos por pessoal qualificado, sobrepeso infantil, taxa de mortalidade por desastres naturais e proporção da população que sofreu violência sexual.
Segundo os pesquisadores, os países com economia mais potente conseguem se recuperar mais rapidamente, enquanto os mais pobres têm um processo de reorganização mais longo, o que impacta no cumprimento dos ODS.
"Obtivemos um resultado absolutamente assustador: como serão desproporcionais os efeitos da pandemia a longo prazo, como as perdas que tivemos se acumulam e são muito maiores nos países de renda baixa", destaca Silveira.
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PODER 360 - ONLINE
STF analisa reajuste no valor de planos de saúde pela idade
Corte decidirá se o Estatuto do Idoso pode ser aplicado a contratos firmados antes da sua vigência para impedir aumentos na mensalidade
O STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar nesta 4ª feira (14.ago.2024) se o Estatuto do Idoso (lei 10.741/2003) pode impedir aumentos nos valores cobrados pelos planos de saúde em decorrência da idade do contratante. O tema foi pautado pelo presidente da Corte, ministro Roberto Barroso, em 1º de julho.
O julgamento em plenário virtual estava suspenso desde junho de 2020. Pedido de destaque do ministro Gilmar Mendes em dezembro do mesmo ano levou a discussão ao plenário físico. Ou seja, os ministros votarão novamente, independentemente de terem votado na época.
Na sessão desta 4ª (14.ago), não votam os ministros Luiz Fux (impedido) e o presidente da Corte, Roberto Barroso, que afirmou suspeição.
Suspeição é a impossibilidade de um juiz julgar um tema, por condição pessoal ou vantagem que questione sua imparcialidade no processo, segundo art. 145 do novo CPC (Código de Processo Civil).
RECURSO DA UNIMED
A Unimed recorreu de decisão do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul) que considerou abusivo o aumento da contribuição do plano de saúde pela idade.
A cliente da Unimed teve reajustada sua mensalidade em outubro de 2008 conforme o contrato pelo ingresso na faixa etária de 60 anos. Ela é cliente desde 1997 e alegou alterações e reajustes abusivos no plano desde 2005.
Acionou na justiça a aplicação do Estatuto do Idoso, de 2003, para impedir os reajustes. A sentença do TJ julgou procedente e negou o aumento.
Para o plano de saúde, o Estatuto do Idoso não poderia ser aplicado ao caso, já que o contrato foi firmado antes da vigência da lei. A Unimed diz que foi aplicada "retroativamente" a norma legal.
PLENÁRIO VIRTUAL
Em junho de 2020, o julgamento foi suspenso depois do pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Dias Toffoli. Na ocasião, votou a ministra relatora, Rosa Weber (aposentada), que foi acompanhada dos ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes e Celso de Mello, negando o recurso. O ministro Marco Aurélio (aposentado), votou por dar provimento ao pedido da Unimed.
Eis o placar de 5 x 1 do julgamento virtual, antes do pedido de destaque:
contrários ao reajuste pela idade : Rosa Weber, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes e Celso de Mello.
a favor do reajuste pela idade : Marco Aurélio.
Em seu voto, a relatora votou pela aplicação do Estatuto do Idoso, logo, para que não haja reajuste na mensalidade do plano de saúde quando o consumidor completa 60 anos.
A divergência foi aberta pelo ministro Marco Aurélio, que considerou incompatível com a Constituição aplicar o Estatuto do Idoso a contrato firmado antes da sua vigência (2003).
REPERCUSSÃO GERAL
O STF reconheceu a repercussão geral do caso em 2011, tratada no Tema 381 sobre "Aplicação do Estatuto da Pessoa Idosa a contrato de plano de saúde firmado anteriormente a sua vigência". Ou seja, ao final do julgamento, será fixada uma tese que será aplicada em todos os processos do país que tratam da mesma matéria.
A tese defendida por Rosa Weber e os ministros que acompanharam seu voto, na época, dizia que "a garantia constitucional do ato jurídico perfeito não elide a incidência da Lei 10.741/2003 - a vedar a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade -, quando o ingresso em faixa etária diferenciada for posterior à vigência do denominado Estatuto do Idoso (1º.1.2004), ainda que se trate de contratos de plano de saúde anteriormente firmados".
A tese de divergência proposta pelo ministro Marco Aurélio fixava que "surge incompatível, com a Constituição Federal, a observância do Estatuto do Idoso em relação a contrato de plano de saúde firmado em momento anterior à vigência do diploma".
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GAZETA DA SEMANA
Expoente na saúde, Instituto Ética Saúde reúne o setor para debater a transformação das relações econômico-financeiras
O realizou o 1º Fórum de Integridade na Saúde, em parceria com o Instituto ARC e a ESENI, em São Paulo, no dia 7 de agosto. O evento aconteceu dentro do Expo Compliance. A abertura contou com a presença da presidente do Conselho de Administração do IES, Cândida Bollis, do Head de Direito Digital e Compliance do Saavedra & Gottschefsky, Giovani Saavedra, e dos diretores executivo e de Relações Institucionais do Instituto. Filipe Venturini Signorelli definiu o Fórum como "a materialização da ética". Carlos Eduardo Gouvêa completou ressaltando a importância do Instituto: "somos uma referência internacional e uma grande conquista de modelo de autorregulação". O evento reuniu os principais players do mercado, com objetivo de formar uma rede de pessoas e empresas interessadas em construir os caminhos da integridade corporativa no Brasil.
O primeiro painel debateu os desafios de compliance no setor da Saúde. A Compliance Director da Data Protection Officer & Diversity and Inclusion Sponsor - Abbott, Juliana Ruggiero, destacou que o compliance tem um papel cada vez mais importante no protagonismo e na decisão das empresas. A gerente executiva Jurídico e Compliance na Unimed Porto Alegre, Sabrina Pezzi, lembrou a história do compliance ao longo dos tempos para as empresas. "Hoje o compliance tem sido norteado por comportamentos. O desafio é ter mecanismos objetivos", completou. Já a diretora LATAM de Compliance na Johnson & Johnson, Janaína Pavan, abordou as fusões e aquisições que têm ocorrido no mercado. "Vejo de forma positiva para a cultura do complianece. Os grupos maiores, em linhas gerais, estão com maior maturidade no compliance e acabam disseminando boas práticas e uma integridade mais robusta. Mas as autoridades concorrenciais precisam estar de olho nos abusos". A mediação foi do Head de Direito Digital e Compliance do Saavedra & Gottschefsky, Giovani Saavedra.
Due Diligence e integridade na cadeia de terceiros no setor da saúde foi o tema do painel mediado pelo gerente Executivo da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI), Davi Uemoto, que ressaltou a importância colaborativa de todos os elos da cadeia. "Precisamos buscar um sistema de compliance efetivo e o mais amplo possível". Para a diretora de Compliance para Brasil e América Latina da Thermo Fisher Scentific, Liana Cunha, quando o compliance envolve a alta liderança e todos os colaboradores é possível disseminar a integridade para toda a estrutura e melhorar os negócios de forma sustentável. "Temos que mostrar para as diversas áreas dentro da empresa que o nosso trabalho maximiza os negócios e minimiza os riscos e também é importante olhar para os parceiros para integrar em nosso sistema", exemplificou a gerente de Compliance na Medartis, Bianca Bertoloto. Segundo o gerente de Qualidade e Assuntos Regulatórios da Braille Biomédica, Sandro Ottoboni, a Due Diligence é uma foto do momento apenas, mas é necessário ir além e estruturar como o terceiro será gerenciado.
Desafios da regulação no setor da saúde
A presidente do Conselho de Administração do , Cândida Bollis, falou de regulação e autorregulação e como é sempre complicado com esses temas com tantos players envolvidos. "A gente vê o paciente sofrendo com acesso e as inúmeras distorções que acabam bloqueando os próprios acessos. Precisamos sentar para buscar caminhos efetivos para a sustentabilidade".
A assessora Legislativa da Frente Parlamentar Mista da Saúde, Alethea Pereira, lembrou que a gestão da saúde é sempre complexa por ser tão ampla e com inúmeras frentes. "No Congresso, recebemos muitas empresas que nos procuram para incorporar os seus produtos no SUS e entendo que não somos preparados para conhecer tanto a temática do compliance", completou solicitando um curso para assessores parlamentares, desafio aceito de imediato pelo IES.
O diretor da unidade de Auditoria Especializada na Saúde do TCU, Rafael di Bello, esclareceu as questões relacionadas à atenção com o foco no paciente com os valores pagos para cumprir esse enorme desafio de levar saúde para todos. "Temos um problema com a sustentabilidade já que SUS tem déficit de R$ 57 bilhões com problemas de prestações de contas mesmo com as auditorias que implementamos de conformidade, desempenho e financeira".
O médico sanitarista e assessor de Conformidade e Controle Interno da Rede Ebserh, José Santana, apresentou os números do Ebserh, que atende 100% o SUS, tem 45 unidades hospitalares em 25 estados com mais de 64 mil funcionários. "Nós só perdemos para o próprio SUS em termos de complexidade e abrangência de atendimento público em saúde".
"Debater questões de compliance traz limites entre os conflitos de interesse e possibilidade de aproximação de todos os setores", contextualizou a gerente executiva na UNIDAS, Amanda Bassan.
O presidente Executivo da Interfarma, Renato Porto, afirmou que a Interfarma é percursora da implantação de um código de ética e um grupo que se autorregula com avaliação externa. "Ser esse modelo diferente nos orgulha, mas nos posiciona como alavanca para outros segmentos da sociedade".
Para o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, a palavra que todos citaram no painel foi 'transparência', mas "a saúde teve R$ 4,4 bilhões de cortes e ninguém sabe se onde isso ocorreu. Esse é apenas um item de falta de transparência que vivemos por aqui no Brasil", concluiu.
Encerrando, o diretor executivo do IES destacou que ali estavam representantes expoentes da saúde - que junto aos outros membros do Conselho Consultivo, demais entidades que o Instituto possui acordos de cooperação técnica, associados e demais parceiros - demonstrando a força que o setor possui. "A transformação completa para um setor ético e íntegro está nas mãos daqueles que conduzem o mercado, seja público ou privado. O IES é, sem dúvida, o maior instrumento para que todos possam estar próximos, trabalhando neste propósito. Temos aqui a representação de um grupo que vai mudar o rumo da história da ética na saúde do Brasil", concluiu Venturini.
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IA e cibersegurança: como instituições de saúde podem se proteger e evitar ataques
O uso da Inteligência Artificial (IA) na saúde é um caminho sem volta no Brasil e no mundo . É tanto que a possibilidade de se ter um hospital apenas com médicos robóticos será uma realidade até o fim deste ano na China, como no projeto desenvolvido pela Universidade de Tsinghau. Apesar d esse grande avanço tecnológico e dos inúmeros benefícios proporcionados pela IA, é necessário chamar atenção para os cuidados que os setores de TI devem ter para proteger a instituição e os pacientes de possíveis ataques de cibercriminosos.
Entre os benefícios dessa integração com a IA estão a possibilidade da realização de cirurgias menos invasivas; antecipação de detecção de surtos de doenças; monitoramento remoto de pacientes; mais agilidade para o agendamento de consultas; além de promover apoio aos médicos ao contribuir para a otimização de tarefas permitindo com que os mesmos dediquem-se, ainda mais, ao cuidado assistencial.
Ao ser alimentada constantemente com dados sensíveis de usuários, essas ferramentas precisam estar, também, no centro das atenções da equipe tecnológica da instituição para que seja criado um plano de manutenção e segurança das IAs corriqueiramente utilizadas naquele ambiente.
"Caso um cibercriminoso - utilizando-se d as linguagens Python, JavaScript e C++, consiga invadir as funcionalidades da IA generativa, por exemplo, torna-se possível modificar prontuários e indicações clínicas de pacientes, vindo a prejudicar ou dificultar o diagnóstico final", alerta Filipe Luiz, líder técnico da plataforma de segurança da Flowti, empresa especialista em infraestrutura para ambientes de missão crítica.
Esse prejuízo, porém, pode não ficar restrito aos dados do paciente. A imagem do profissional de saúde também corre o risco de ser prejudicada caso o invasor utilize-se da técnica Deepfake - IA utilizada para alterar vídeos, imagens e falas de pessoas através de montagens constrangedoras e que não condizem com a conduta da vítima.
Para evitar problemas como esses e obter bons resultados com a implementação das Inteligências Artificiais no setor de saúde, é necessário , de acordo com o especialista em segurança cibernética, garantir que o uso delas estão sendo feitas de forma ética e com respeito aos direitos humanos; contar com um time de TI para acompanhar os algoritmos, fazer as correções em caso de necessidade e a integração da IA com os sistemas existentes; capacitar os usuários para a utilização segura dessas ferramentas, entre outros.
Dessa forma, conclui-se que o investimento em tecnologia e em cibersegurança são essenciais e devem caminhar junto à integração da IA em instituições de saúde, afinal essas tecnologias chegaram, também, para revolucionar o setor trazendo avanços significativos em diagnóstico, tratamento e gestão de pacientes.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 13/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Nova diretoria do Sindhoesg assume em 9 de agosto. Gustavo Clemente é o novo presidente
Brasil tem 709 casos de mpox e Ministério da Saúde convoca reunião
Pacientes de Goiás podem ver posição na fila por cirurgias, exames e consultas no SUS; veja passo a passo
Relação familiar garante sucesso da rede Mater Dei
Inovação contra fraudes: Unimed Goiânia lança nova tecnologia de "Validador de Boletos"
FOCO NACIONAL
Nova diretoria do Sindhoesg assume em 9 de agosto. Gustavo Clemente é o novo presidente
A nova diretoria do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) tomou posse no dia 9 de agosto de 2024. Gustavo Suzin Clemente foi empossado presidente para a gestão 2024/2027, sucedendo Valney Luiz da Rocha.
A nova diretoria foi eleita em 8 de julho. Além do presidente, foram escolhidos os membros da nova diretoria executiva e do Conselho Fiscal. Os eleitos para a atual gestão são:
Presidente: Gustavo Suzin Clemente (Hospital da Criança)
Vice-Presidente: Lúcia Helena Meluzzi Xavier (Hospital VER Excelência em Oftalmologia)
Secretário Geral: Pedro Seronni Frota (Hospital São Francisco de Assis)
Secretário Adjunto: Newton Antônio Tristão (Instituto Ortopédico de Goiânia)
Tesoureiro Geral: Haikal Yaspers Helou (Hospital Santa Mônica)
Tesoureiro Adjunto: Hugo Teodoro Vasconcelos Rodrigues (Hospital e Maternidade Santa Bárbara)
Conselho Fiscal – Efetivos:
Luiz Mauro de Paula e Souza (Hospital Santa Helena)
Miguel Luis Eliam (Hospital do Coração de Goiás)
Clidenor Gomes Filho (Maternidade Ela)
Conselho Fiscal – Suplentes:
Valney Luiz da Rocha (Hospital de Acidentado Clínica Santa Isabel)
Samuel Diniz Filho (Clínica do Esporte)
Gustavo Rassi (Hospital do Coração Anis Rassi)
A diretoria assume o compromisso de dar continuidade e ampliar o trabalho iniciado na gestão anterior e de implementar novas estratégias para fortalecer o Sindicato, a prestação de serviços e a representatividade dos filiados.
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O HOJE
Alerta de Vírus
Brasil tem 709 casos de mpox e Ministério da Saúde convoca reunião
Meta é atualizar serviços de emergência e assistência médica
Em resposta ao aumento de casos de mpox e à circulação de uma nova variante do vírus no continente africano, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou uma reunião de emergência para esta terça-feira (13). A pauta principal será a revisão das diretrizes e do plano de contingência para lidar com a doença no país, de modo a prevenir a disseminação e garantir uma resposta eficaz caso o cenário se agrave.
De acordo com comunicado oficial da pasta, a reunião contará com a participação de especialistas em saúde pública que discutirão atualizações nos protocolos de vigilância e assistência médica. O objetivo é garantir que o sistema de saúde brasileiro esteja preparado para lidar com qualquer eventual aumento de casos.
Embora a avaliação atual do Ministério da Saúde indique que o risco para o Brasil é baixo, a situação global exige uma atenção redobrada.
O ministério destacou que monitora de perto os desenvolvimentos internacionais relacionados à mpox, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Dados recentes do ministério revelam que, em 2024, o Brasil registrou 709 casos de mpox e 16 óbitos, sendo o mais recente em abril do ano passado.
Vacinação e prevenção
No que diz respeito à vacinação contra a mpox, o Ministério da Saúde relembrou que, em 2023, a imunização foi realizada em caráter de emergência, com doses aprovadas provisoriamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida aconteceu durante um momento de alta disseminação da doença.
A pasta também enfatizou que, caso surjam novas evidências que justifiquem ajustes no planejamento atual, as ações necessárias serão prontamente implementadas e comunicadas ao público.
Cenário internacional
A preocupação com a mpox ganhou destaque global após o anúncio do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que convocou um comitê de emergência para avaliar o surto na África e o potencial de disseminação internacional. O agravamento da situação, especialmente na República Democrática do Congo, onde a doença está em ascensão há mais de dois anos, é atribuído a uma mutação do vírus que facilitou a transmissão de pessoa para pessoa.
Esse novo desenvolvimento elevou o nível de alerta, levando a OMS a solicitar que fabricantes de vacinas submetam seus produtos para análise de uso emergencial.
Desafios e riscos da Mpox
A mpox, uma doença zoonótica viral, pode ser transmitida a humanos através do contato com animais silvestres infectados, pessoas contaminadas ou materiais que carreguem o vírus. Seus sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre e fraqueza, sendo que as lesões na pele podem aparecer em diversas partes do corpo.
Embora a maioria dos pacientes se recupere dentro de um mês com tratamento adequado, a mpox pode ser fatal, especialmente se não tratada, como evidenciado pelas mais de 479 mortes registradas na República Democrática do Congo desde o início do ano.
Resposta Global
A OMS tem enfatizado a importância de uma resposta robusta e coordenada para combater a mpox, mesmo após a entidade declarar, em maio de 2023, que a doença não configurava mais uma emergência de saúde pública de importância internacional. Essa decisão ocorreu quase um ano após o surto da doença levar a OMS a decretar emergência em vários países, incluindo o Brasil.
“Casos relacionados a viagens, registrados em todas as regiões, demonstram a ameaça contínua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os países mantenham sua capacidade de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem as necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessário”, alertou Tedros em 2023.
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PORTAL G1
Pacientes de Goiás podem ver posição na fila por cirurgias, exames e consultas no SUS; veja passo a passo
Ferramenta começou a valer nesta segunda-feira. O g1 preparou um passo a passo para mostrar ao cidadão como fazer a consulta.
Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás
Os pacientes de Goiás já podem saber o lugar na fila de espera por cirurgias, consultas, exames e internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A ferramenta começou a valer nesta segunda-feira (12). O g1 preparou um passo a passo para mostrar ao cidadão como fazer a consulta.
A busca é feita pelo site da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Na página inicial, entre as opções de acesso rápido a serviços, há a opção “Consultar Fila de Espera”. Para fazer a busca, o paciente precisa informar a data de nascimento e CPF ou número do cartão SUS.
Passo 1: Acesse o site da SES-GO pelo computador ou celular e clique em “Consultar Fila de Espera"
Passo 2: Informe a data de nascimento e o CPF ou número do Cartão Nacional de Saúde e clique em “Pesquisar”
Feito isso, de acordo com a SES-GO, após acessar a ferramenta, primeiro, o site vai mostrar as instruções de uso em uma área destacada em cinza. Além disso, aparecerá, em amarelo, um alerta informando que a posição na fila de espera ocorre de acordo com a prioridade de cada paciente.
Passo 3: Lista de todas as consultas, internações, cirurgias e exames solicitadas
Passo 4: Clique em “Ver detalhes” para ver a situação de cada solicitação
Nos detalhes, segundo a SES-GO, o paciente poderá ver a data, hora e local onde tem procedimentos agendados e a prioridade e posição na fila para consultas, exames e cirurgias. Também é possível ver o histórico de buscas por locais para internações e as solicitações já finalizadas.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
Relação familiar garante sucesso da rede Mater Dei
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PORTAL SINDIPLANOS
Inovação contra fraudes: Unimed Goiânia lança nova tecnologia de "Validador de Boletos"
Inovação contra fraudes: Unimed Goiânia lança nova tecnologia de "Validador de Boletos"
Solução rápida, prática e acessível visa garantir a autenticidade dos documentos de pagamento
Com o aumento constante de fraudes virtuais, que se adaptam e mudam de formato continuamente, a Unimed Goiânia - Cooperativa de Trabalho Médico lançou, no dia 19 de julho, uma nova ferramenta que ajudará a proteger seus beneficiários contra golpes de boletos falsos. Trata-se do "Validador de Boletos", uma solução rápida, prática e acessível para garantir a autenticidade dos documentos de pagamento.
O diretor-presidente da Unimed Goiânia, Dr. Lueiz Amorim Canedo, destaca a importância dessa novidade, que ofertará maior segurança durante os pagamentos. "As fraudes virtuais só aumentam e mudam de formato, mas nunca param. Estamos sempre em busca de novas tecnologias que aumentem a segurança e tranquilidade dos nossos beneficiários. O Validador de Boletos é mais um passo nessa direção, facilitando a verificação da autenticidade dos boletos de forma rápida e eficiente", explica.
Além de proporcionar segurança contra fraudes, o novo validador também traz comodidade aos beneficiários, que podem verificar seus boletos a qualquer momento e em qualquer lugar. Essa novidade busca oferecer serviços que aliam tecnologia de ponta à simplicidade de uso, sempre focando na segurança e praticidade para os usuários.
Como acessar o Validador de Boletos da Unimed Goiânia?
-Acesse o site ou o app da Unimed Goiânia: unimedgoiania.coop.br;
-No menu principal, clique em "Validador de Boletos";
-Digite ou cole o código de barras do seu boleto;
-Clique no botão "Validar Boleto" para confirmar a autenticidade.
A Unimed Goiânia reforça seu compromisso com a segurança e bem-estar de seus beneficiários, garantindo que todos os pagamentos sejam realizados de forma segura e eficiente. Por isso, a cooperativa alerta que os beneficiários sempre solicitem a segunda via dos boletos nos canais oficiais da Unimed Goiânia, o Portal Unimed: unimedgoiania.coop.br; a assistente virtual - Jane: via portal ou WhatsApp (62) 3216-8000; o Super App: disponível para Android ou iOS; e pela Central de Atendimento: 0800 642 8008.
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Assessoria de Comunicação
Nova lei autoriza visita de crianças e adolescentes a pais internados em hospitais
Agora é lei: toda criança e adolescente tem direito de visitar os pais internados em hospitais e clínicas. A medida, Lei Nº 14.950, de 2 de agosto de 2024, foi publicada no Diário Oficial da União de 5 de agosto de 2024 e entrará em vigor em fevereiro de 2025.
Até lá, clínicas e hospitais públicos e privados de todo o País terão que se adequar para o cumprimento da nova lei, elaborando os critérios para as visitas, a partir das definições médicas e das normas da área da saúde.
A lei foi considerada um avanço para o desenvolvimento social dos pequenos e a melhora clínica dos pais. "Para as crianças ou adolescentes, visitar um pai internado pode ser uma experiência formativa. Ensinando empatia, responsabilidade e a importância de apoiar os membros da família em momentos difíceis. A presença dos filhos pode melhorar a qualidade de vida do paciente, contribuindo para uma recuperação mais rápida e melhorando o bem-estar geral”, diz a diretora de Promoção Social da Fundação para a Infância e Adolescência do Rio de Janeiro, Cláudia Christina Silva.
Mas, ela observa também que é importante considerar a saúde e o bem-estar das crianças durantes essas visitas, certificando-se que elas estão preparadas para a experiência e que a visita seja realizada de maneira segura e apropriada ao estado do paciente e ao ambiente hospitalar. (Com informações: Agência Brasil)
CLIPPING AHPACEG 10 A 12/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Semana Atuarial da Unimed Federação Centro Brasileira abordou a sustentabilidade das operadoras
Workshop de Vendas, da Unimed Federação Centro Brasileira, destaca a importância do bom relacionamento com clientes
Ação no STF busca pressionar Arthur Lira a instaurar CPI dos planos de saúde
O dilema da "uberização" na saúde e como a tornar a tecnologia uma aliada
FOCO NACIONAL
Semana Atuarial da Unimed Federação Centro Brasileira abordou a sustentabilidade das operadoras
Durante quatro dias de apresentações, participantes aprenderam sobre precificação, criação de produtos de baixo custo e equilíbrio de contratos, entre outras dicas de especialistas
Para solucionar as dúvidas que costumam surgir no dia a dia de suas Singulares, a Unimed Federação Centro Brasileira realizou a “Semana Atuarial – Ciência atuarial para não atuários”, dos dias 6 a 9 de agosto, de forma online.
Durante a abertura do evento, o presidente da Federação, Danúbio Antonio de Oliveira, lembrou a importância do controle dos números e finanças das cooperativas. “Temos que trabalhar bem os dados e nada melhor do que os atuários para nos assessorar, na gestão como um todo e nas questões de sinistralidade”.
O primeiro tema da Semana foi a precificação dos planos de saúde, quando o gerente Atuarial da Unimed Federação Mato Grosso, Wagner Borges, estimulou a reflexão sobre a quantidade de planos oferecidos e a necessidade de reavaliar e redirecionar com maior assertividade o que é comercializado ao público.
Ele apresentou algumas perguntas que devem ser respondidas antes da criação de um novo produto ou para repensar a manutenção dele:
O novo plano combate alguma concorrência ou atinge um público diferente?
Qual redirecionamento dar aos que já existem?
Faz parte da estratégia agregar produtos à operadora?
Quem irá comercializar?
“São várias as ideias que temos que discutir antes de determinar o preço. Quando começamos a precificação sem essa análise, temos chances de fracassar ou ficar frustrados com algum ponto”, ressaltou o especialista, que é pós-graduado em Gestão Financeira e Estratégia Organizacional.
A sustentabilidade da saúde suplementar
No segundo dia de evento, a atuária e pesquisadora na área de pacto intergeracional, Samara Lauar, apresentou os desafios para a sustentabilidade da saúde suplementar.
Ela descreveu dados que revelam o atual cenário das operadoras de planos de saúde, como o aumento da sinistralidade, que passou de 83%, em 2014, para 88%, em 2024, segundo o estudo “Caderno de Informação da Saúde Suplementar”.
A partir disso, Samara mostrou como o atual modo de financiamento das operadoras, o mutualismo, em que muitas pessoas pagam para que outras possam utilizar, gera ameaças à sustentabilidade.
Uma alternativa seria o pacto intergeracional, em que os jovens contribuem para o uso dos mais velhos. Porém, também existem desafios nesse âmbito, por exemplo, o avanço do envelhecimento populacional e o aumento dos custos para essa faixa etária. “Temos menos pessoas pagando para uma despesa maior”, resumiu ela.
No entanto, carteiras com muitos beneficiários jovens nem sempre são ideais, como lembrou Samara, em razão dos custos de terapias de neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Para algumas operadoras, os maiores custos estão nas faixas (etárias) das extremidades. Elas são sustentadas por quem está no meio da pirâmide etária”.
Para driblar tais dificuldades, Samara afirmou que é preciso agir estrategicamente, com monitoramento contínuo das tabelas de preços, que permite a verificação de possíveis riscos em tempo hábil. Também é necessário buscar a eficiência de recursos, reduzindo fraudes e desperdícios. “Com essas mudanças, podemos ainda melhorar os serviços proporcionados aos nossos beneficiários”, concluiu.
Como aplicar os produtos de baixo custo?
Em continuidade à Semana Atuarial, o terceiro dia de aprendizado teve como tema a elaboração e aplicação de produtos de baixo custo, com as explicações do atuário da Unimed Federação Centro Brasileira, Murillo Oliveira.
Ele explicou que tais produtos com preços menores recebem maior atenção em um cenário em que as empresas não oferecem mais o benefício completo do plano de saúde aos funcionários, além dos custos acima da inflação e a alta judicialização vivida pelas operadoras.
“Como operadora, temos que equilibrar o custo com a qualidade oferecida aos beneficiários, sem esquecer da sustentabilidade financeira. Então, é preciso analisar se é possível se manter sustentável ao criar e oferecer um produto de baixo custo”, descreveu ele, que acrescentou a necessidade de observar as ações da concorrência.
O especialista listou os principais passos para a criação de um produto do tipo:
Conhecer o perfil da operadora e ter dados estruturados;
Estudar as tendências atuais e futuras;
Gestão de riscos;
Simulações de cobertura;
Planejamento estratégico;
Engajamento: o monitoramento das premissas do produto.
Murillo alertou ainda para a importância da criação de critérios rigorosos de inscrição e programas de gestão de saúde, a fim de evitar o aumento da sinistralidade, como ao atrair pacientes com mais necessidades de assistência.
Outro risco a ser evitado é a insatisfação do beneficiário em razão do aumento de burocracias para o atendimento. “Antes de lançar o produto, todas as áreas precisam passar por um treinamento, para promover um esclarecimento de como tudo irá funcionar. Deve existir uma sinergia para que haja rentabilidade", aconselhou e lembrou também sobre a análise da regulamentação e viabilidade da nova oferta de plano.
O equilíbrio atuarial
Para finalizar a Semana Atuarial, o superintendente atuarial da Unimed do Brasil, Saulo Lacerda, apresentou as condutas que ajudam a alcançar o equilíbrio atuarial, especialmente em contratos coletivos.
“Não há como falar sobre equilíbrio sem precificação e reajuste. Quanto melhor a precificação, menor será a necessidade de reajuste. Quando o preço é definido corretamente, no ano seguinte, o contrato fica equilibrado”, afirmou ele. Assim, as alterações nos valores são embasadas pelo aumento dos custos dos serviços, não pela sinistralidade.
Para que a precificação seja correta, Saulo orientou criar uma rede específica direcionada ao público de cada operadora. “Você não pode ofertar na zona rural um preço feito para São Paulo, Goiânia ou outros grandes centros”, exemplificou.
Mais um erro a ser evitado é interpretar a coparticipação como uma fonte de receita, sendo que, na verdade, é uma forma de gestão de risco. “É uma inibidora de utilização exagerada ou indevida. Porém, a coparticipação não pode ter um valor alto a ponto de impedir o tratamento, fazendo com que o paciente não procure o médico e vá ao pronto-socorro, onde irá gastar mais”, alertou.
Por fim, o reajuste deve ser realizado de forma prospectiva, ou seja, analisando o que pode ocorrer no futuro. “Não podemos reajustar olhando para o passado. Temos que entender o que está acontecendo no presente e tentar prever o futuro”, aconselhou.
O serviço atuarial da Unimed Federação Centro Brasileira
Promover educação continuada às Singulares é uma das missões da Unimed Federação Centro Brasileira, como ressaltou o diretor de Integração e Desenvolvimento Institucional, Éder Cássio Rocha Ribeiro. “A programação (da Semana Atuarial) foi elaborada com muito carinho e trabalho para termos um conteúdo técnico. Sabemos a importância de precificar bem um produto e os estudos para gerir uma carteira”.
Além do ensino, a entidade também se prepara para ofertar auxílio prático às Federadas, como divulgou o diretor-superintendente Martúlio Nunes Gomes. “A Federação utilizava a equipe atuarial da Unimed do Brasil, mas contratamos um atuário próprio, que também irá contribuir com as necessidades das nossas Singulares. Afinal, a função da Federação é essa, cooperar com nossas operadoras”, anunciou.
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FOLHA DO PLANALTO
Workshop de Vendas, da Unimed Federação Centro Brasileira, destaca a importância do bom relacionamento com clientes
Os instrutores apresentaram estratégias de como conhecer as necessidades dos futuros clientes
Para auxiliar as equipes de vendas e de outros departamentos de suas Singulares, a Unimed Federação Centro Brasileira promoveu, no dia 9 de agosto, mais um Workshop de Vendas. Realizado na sede da Federação, em Goiânia, o evento teve oito horas de aula presencial.
Os instrutores da Unimed Paraná, Evandro Lucas de Barros e Paulo Henrique de Carvalho, foram os responsáveis pelo treinamento dinâmico, que colocou os participantes para aprenderem na prática e a refletirem muito.
Logo no início, foi lançada a reflexão: “saúde suplementar é vender mais do que produto, mas será que entendemos como ir além disso?”, questionou Evandro, que acrescentou que a base deve ser o bom relacionamento com os clientes.
Portanto, é necessário conhecer esses futuros beneficiários profundamente e saber quais perguntas realizar, a fim de eliminar possíveis objeções. É preciso lembrar que um plano de saúde é algo dinâmico e que requer um investimento mensal, como afirmou Paulo Henrique.
De olho no mercado
“Em um caso de venda para o público empresarial, por exemplo, preciso deixar claro para o empresário o que irá agregar no negócio dele. O nosso papel enquanto consultor de alta performance é entender o cliente, suas dores e ajudar o negócio dele a ter mais resultados. Quando o empresário começa a enxergar esses benefícios, ele passa a ver o plano de saúde como investimento e não como custo”, descreveu.
Na federada Unimed Catalão, Alexandre Stach, executivo Comercial, lida com esse desafio de maneira recorrente. “Somos uma cidade menor e com um público diferente, pois somos uma potência em Goiás, com grandes indústrias. Porém, grande parte das nossas vendas também envolve PME, com empresas de 4 a 10 vidas. Então, colocamos em prática o relacionamento para fidelizar”.
Em meio à relação com o cliente, é necessário ainda ficar atento às mudanças do mercado. “É um cenário dinâmico, que muda em razão dos fatores econômicos, concorrência, perfil de população e segmentação. Em um momento, é interessante vender um tipo de produto e, em outro, não”, esclareceu Evandro.
Como vender mais?
Não tem segredo: para vender mais, é preciso estudar as técnicas de venda, testá-las, observar os resultados e aperfeiçoar as ações, de acordo com o que listaram os instrutores.
No entanto, não pode faltar o desenvolvimento pessoal e o autoconhecimento, ou seja, o vendedor precisa conhecer a personalidade que possui, seus pontos positivos e como fortalecê-los, além verificar aqueles não tão positivos e trabalhar para melhorá-los.
É o que fez a assistente de Relacionamento Aline Boaventura, da Unimed Cerrado, que há apenas 5 meses ingressou na operadora. “Decidi participar do workshop para entender mais sobre os modos de comercialização da Unimed, porque ainda é um mercado novo para mim. O meu objetivo é a expansão do meu conhecimento”.
Relacionamento
Afinal, aprender a como vender do jeito certo é algo que abre portas para novas oportunidades, como ressaltou Evandro. “Por isso, quero que vocês saiam do workshop focando no relacionamento com o seu cliente. Mesmo que você já pratique essa estratégia, sempre é preciso reforçá-la”, aconselhou o instrutor, que enfatizou muito a importância de se ter uma boa rede de relacionamento.
Essa rede, segundo ele, deve ser construída e fortalecida no dia a dia. Aí, valem a conversa com amigos, o bate-papo com vendedores ou proprietários de empresas visitadas, a busca de informações para conhecer melhor a realidade de potenciais clientes, a participação em encontros sociais e muito mais. De uma conversa aparentemente informal pode nascer um relacionamento, a abertura de um nicho e indicações de clientes. No caso das empresas, uma dica é acompanhar o calendário de eventos da cidade e marcar presença nestes locais.
A promoção do Workshop de Vendas faz parte das ações institucionais da Federação que visam levar informações às Unimeds federadas a fim de melhor prepará-las para a superar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado. Participaram do evento, as federadas Unimed Anápolis, Unimed Araguaína, Unimed Catalão, Unimed Cerrado, Unimed Jataí, Unimed Mineiros, Unimed Morrinhos e Unimed Regional Sul Goiás.
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JORNAL OPÇÃO
Ação no STF busca pressionar Arthur Lira a instaurar CPI dos planos de saúde
A comissão solicitada por 310 deputados não foi instaurada pelo presidente da Câmara, apesar do amplo apoio dos parlamentares
Em 8 de maio de 2021, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), abrisse a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. A decisão veio em um momento crítico: mais de 300 mil pessoas já haviam morrido em decorrência da Covid-19, e apenas 13% da população brasileira estava vacinada. Pacheco vinha resistindo à abertura da CPI, mesmo com as assinaturas necessárias reunidas por dois meses. Foi então que o ministro Luís Roberto Barroso, atendendo a um pedido da oposição, determinou a instalação da comissão, uma decisão ratificada pelo plenário logo em seguida. A CPI cumpriu um papel essencial ao pressionar o governo Jair Bolsonaro, que se recusava a implementar medidas sanitárias adequadas.
Três anos depois, o cenário se repete com um novo tema de grande relevância para a saúde pública. Desta vez, é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), quem reluta em autorizar a abertura de uma CPI, agora focada nos planos de saúde. Um grupo de 310 deputados, representando uma ampla maioria na Câmara, exige a investigação das operadoras de saúde, que atendem 51 milhões de brasileiros. A demanda se deve à série de cancelamentos unilaterais de contratos por parte das empresas, que têm deixado muitos usuários sem cobertura, inclusive durante tratamentos médicos.
Embora o requerimento tenha recebido forte apoio na Câmara, superando em 136 o número necessário de assinaturas, Lira tem evitado dar seguimento à instalação da CPI. Além disso, ele tem se recusado a colocar em votação um projeto de lei que propõe mudanças nas regras do setor de saúde suplementar. Em 28 de maio, Lira se reuniu com representantes das operadoras de planos de saúde e anunciou um acordo para suspender os cancelamentos unilaterais. No entanto, o compromisso não foi formalizado, o que deixou os usuários vulneráveis e sem garantias legais.
Diante dessa inação, a Associação Nenhum Direito a Menos (Anedim) decidiu acionar o Supremo Tribunal Federal, utilizando como base o precedente estabelecido durante a CPI da Pandemia. A associação argumenta que, com as assinaturas necessárias, a abertura de uma CPI não pode ser impedida pelo presidente da Câmara. A Anedim ressalta que a CPI é crucial para fiscalizar o Poder Executivo e garantir a transparência, especialmente em um contexto onde há o risco de perda de provas.
O pedido de abertura da CPI foi liderado pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que destacou a liderança dos planos de saúde no ranking de reclamações dos consumidores em 2023. Além disso, em maio de 2023, os valores dos planos foram reajustados em até 35%. O requerimento da CPI menciona cancelamentos sem justificativa, exclusão de reembolsos, aumento dos percentuais de coparticipação e redução da rede de prestadores, com destaque para as operadoras Unimed e Amil.
O caso agora está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, ex-ministro da Justiça, que deve decidir sobre a abertura da CPI. A Anedim, presidida por Fabiane Alexandre Simão, mãe de uma criança com paralisia cerebral e transtorno do espectro autista, acusa os planos de saúde de prejudicar a população de forma criminosa. Fabiane critica a falta de ação do Ministério Público e dos partidos políticos, e questiona os motivos de Lira para realizar reuniões sigilosas com as operadoras de saúde e evitar a CPI.
Apesar do acordo anunciado por Lira, os cancelamentos de planos de saúde continuam a ocorrer. Casos emblemáticos incluem o de uma aposentada em Recife, que teve seu plano cancelado pela Amil enquanto passava por tratamento oncológico, e o de uma professora aposentada em São Paulo, que perdeu seu plano de saúde após mais de 20 anos de pagamento. Esses exemplos ilustram a gravidade da situação e a ineficácia das medidas adotadas até o momento.
Em resumo, o Supremo Tribunal Federal pode ser acionado novamente para garantir a abertura de uma CPI que se mostra fundamental para investigar as práticas abusivas dos planos de saúde no Brasil. A inação de Arthur Lira tem gerado grande preocupação entre parlamentares e a população, reforçando a necessidade de uma intervenção judicial para assegurar a proteção dos direitos dos usuários.
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MEDICINA S/A
O dilema da "uberização" na saúde e como a tornar a tecnologia uma aliada
As plataformas digitais evidenciam a uberização dos serviços na saúde, onde metas de produtividade podem comprometer a qualidade e segurança dos tratamentos.
Víctor Macul e Olívio Souza Neto*
Nos últimos anos, a área da saúde tem passado por transformações tecnológicas significativas, levando a debates acalorados sobre a "uberização" dos profissionais de saúde. Algumas empresas apostam nesse caminho como sendo o futuro, enquanto outras pessoas expressam preocupações sobre esse formato de trabalho.
A "uberização" dos profissionais da saúde, caracterizada pela prestação de serviços por meio de plataformas digitais, tem suscitado preocupações sobre a qualidade da experiência, a falta de continuidade do cuidado e a despersonalização dos pacientes. No entanto, o sistema de saúde já opera em um modelo de uberização do profissional de saúde há muito tempo, sob a denominação de rede credenciada. As plataformas digitais apenas tornaram a uberização do trabalho mais evidente. No modelo de pagamento por atendimento (fee-for-service), aliado a metas de produtividade, há o risco de priorizar a quantidade em detrimento da qualidade, o que pode comprometer a segurança e a eficácia de um tratamento.
Neste modelo, não há espaço nem tempo para a criação de vínculos duradouros entre profissionais de saúde e pacientes. Os atendimentos são pontuais e nada personalizados. Muitas vezes, as pessoas não se sentem ouvidas, saindo das consultas com dúvidas e sem a confiança necessária no profissional. A impossibilidade de realizar um acompanhamento com o mesmo profissional de saúde incentiva a busca por uma segunda opinião, gerando consultas repetidas e, por vezes, diagnósticos e condutas divergentes, o que complica ainda mais a eficácia do tratamento.
Diante desse cenário, é compreensível que a tecnologia seja vista com desconfiança e receio na área da saúde. No entanto, é importante reconhecer que a inovação, quando utilizada de forma ética, pode ser uma aliada valiosa na busca pela humanização dos atendimentos. Em vez de substituir a interação, os recursos tecnológicos podem ser integrados aos processos de cuidado para servirem de apoio aos profissionais de saúde.
Um exemplo promissor é o uso de plataformas que combinam a expertise humana com a inteligência artificial para oferecer um cuidado personalizado e contínuo. Por meio de uma simples mensagem no WhatsApp, as pessoas podem acessar informações sobre sua saúde, esclarecer dúvidas e receber orientações básicas, ampliando o acesso ao bem-estar e promovendo, de quebra, a autonomia. Ao mesmo tempo, os profissionais de saúde têm a oportunidade de interagir com assistentes virtuais, revisar as interações, identificar necessidades que não foram acompanhadas e intervir quando necessário. Tudo para garantir a efetividade do atendimento.
Outra tendência da tecnologia na área da saúde é a utilização de modelos de inteligência artificial generativa para simular interações humanas e aprimorar as habilidades de comunicação dos profissionais de saúde. Esses modelos podem ser treinados com base em dados reais de consultas para gerar diálogos realistas, permitindo que os profissionais de saúde pratiquem e aprimorem suas interações de forma segura.
Ao facilitar o acesso a uma equipe de saúde de referência, o ambiente digital proporciona um aumento dos pontos de contato entre as pessoas e os profissionais de saúde, que passam a fazer um acompanhamento mais próximo no dia a dia. Mais conversas geram mais dados, que, com inteligência, são utilizados para personalizar o cuidado de forma eficiente e segura. No modelo human-in-the-loop, os profissionais de saúde atuam como curadores do conteúdo produzido pela IA. A presença constante de profissionais de saúde no ciclo de feedback garante que as recomendações sejam supervisionadas e refinadas por humanos bem treinados e imersos na cultura da organização. Esse modelo híbrido não apenas melhora a precisão das intervenções, mas também aborda questões éticas, assegurando que o cuidado ao paciente seja mais humanizado e mais bem preparado para lidar com vieses sociais, culturais, de raça e de gênero que podem ocorrer.
É importante ressaltar que a tecnologia, por si só, não é capaz de garantir a humanização dos atendimentos de saúde. Ela deve ser combinada com práticas que valorizem a empatia, a escuta atenta e o acolhimento, para criar uma experiência verdadeiramente centrada no paciente. Também é fundamental estabelecer diretrizes e regulamentações claras para seu uso na área da saúde, garantindo a privacidade, a segurança das informações e a proteção da dignidade dos pacientes.
A uberização não é um fenômeno inevitável, mas uma escolha de design de sistema. Devemos escolher sabiamente como utilizaremos a tecnologia, priorizando o bem-estar das pessoas e a satisfação dos profissionais de saúde. Em última análise, a qualidade da nossa saúde depende da qualidade das nossas relações humanas dentro do sistema.
* Víctor Cussiol Macul é engenheiro é COO e fundador da Ana Health. Olívio Alves de Souza Neto é médico é cirurgião cardíaco, CEO e fundador da Ana Heath.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 09/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Crianças com doenças raras se encontram após cirurgia inovadora
ESG foi tema de workshop de inovação da Unimed Federação Centro Brasileira
Polarização, acusações de fake news e pedido de anulação: como foi a eleição no CFM que elegeu médicos bolsonaristas
OMS discute se mpox deve voltar a ser uma emergência sanitária global
STF decidirá se testemunha de Jeová pode recusar transfusão de sangue
TV SERRA DOURADA
Crianças com doenças raras se encontram após cirurgia inovadora
https://www.youtube.com/watch?v=bNz7hAPvH2w
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FOCO NACIONAL
ESG foi tema de workshop de inovação da Unimed Federação Centro Brasileira
Pesquisadora e colaboradoras da entidade explicaram como transformar os valores e princípios ESG em ações práticas
Com o objetivo de desenvolver a cultura de inovação entre as Unimeds federadas, a Unimed Federação Centro Brasileira realizou o workshop “Inovação e ESG”, na manhã da quinta-feira (8), de forma online.
O diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional da Federação, Éder Cássio Rocha Ribeiro, explicou que o tema do evento foi escolhido para desmistificar algumas percepções.
“Inovação não é só tecnologia, mas também mudanças de processo. Já o ESG não é só meio ambiente, envolve ainda governança e área social”, ressaltou, destacando que a sociedade tem cobrado esse posicionamento das empresas e, com o evento, a Federação busca preparar as federadas para o atendimento desta demanda.
Para o bate-papo, a superintendente da Federação, Fabiana Daniel, e a coordenadora da Qualidade Thais Cardoso se uniram à consultora da Co-Viva, consultoria de inovação parceira, Carlota Mingolla.
Elas mostraram como o ESG (sigla para “Ambiental, Social e Governança”, em inglês) evoluiu com o tempo de acordo com as necessidades da população de cada área. “Independentemente do setor e da cadeia, não há como não olhar para essa temática. Diante de tudo o que vemos, é preciso ter uma agenda e prática nesse sentido”, lembrou Carlota.
Um exemplo citado por elas foi a movimentação de empresas de todo o país para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. “A população exige maior transparência das empresas e, por isso, cobra também essas ações e deseja ver os resultados”, afirmou Thais.
A adequação também impacta o aspecto de marca empregadora, ou seja, a satisfação dos colaboradores e o desejo de trabalhar naquele local. “A geração Z é focada no diálogo, transparência e qualidade de vida. Essas pessoas procuram lugares que tenham essas práticas de trabalho e certificações, com a preocupação não só com o lado profissional do trabalhador, mas também pessoal”, descreveu Fabiana.
Fator determinante para os negócios
O coordenador do workshop, o analista de Inteligência de Mercado e Inovação da Unimed Federação Centro Brasileira, Arthur Rezende, ressaltou que não há apenas a cobrança da sociedade, pois o cumprimento das expectativas de ESG também pode impactar os negócios.
“Teremos um cenário em que a minha empresa só irá negociar com a sua se existirem os mesmos valores. ESG é mais do que um conceito e também afeta as relações de negócios”.
Investimentos, reputação e casos de boicotes são exemplos de resultados das ações ou falhas das empresas nas áreas ambientais, sociais e de governança, como foi debatido no evento.
ESG na saúde
Em um setor com tantas regulações, é preciso inovar com autenticidade, como esclareceu Carlota Mingolla, pesquisadora da área de ESG. “Quando olhamos para o público (das instituições de saúde), é possível ver que existem oportunidades para ir além do regulatório”.
Na área de planos de saúde, Thais Carvalho citou sobre a possibilidade de criar produtos que incluam maiores grupos de pessoas. Afinal, o ESG também está na oferta de serviços, como algumas Singulares que, mesmo pequenas, possuem hospitais próprios. “Os valores de ESG podem ser implantados em qualquer empresa, independentemente do tamanho”.
Outras opções lembradas pelas palestrantes estão no campo na medicina preventiva, como no mapeamento genético e uso de Inteligência Artificial para rastreio de câncer. “Na saúde, a relação é essa: quais inovações trazem uma melhor eficiência para o negócio e benefícios sociais?”, refletiu a superintendente da Federação, Fabiana Daniel.
Como começar?
Ao final do workshop, as palestrantes listaram algumas orientações para as empresas que querem começar na jornada ESG:
Engajamento da alta liderança e planejamento;
Entender os benefícios;
Saber qual o ponto de partida: os atuais impactos positivos e negativos que a companhia gera;
Mostrar aos colaboradores que o ESG é algo do dia a dia e não abstrato.
O debate sobre o assunto se estenderá para outros eventos da Unimed Federação Centro Brasileira. De acordo com Arthur Rezende, está previsto outro evento sobre inovação na saúde. “É uma trilha de aprendizados para implantarmos a cultura da inovação”, descreveu.
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O GLOBO
Polarização, acusações de fake news e pedido de anulação: como foi a eleição no CFM que elegeu médicos bolsonaristas
Mobilização conservadora gerou uma contrapartida que não alcançou os mesmos resultados
A eleição dos 54 titulares e suplentes do Conselho Federal de Medicina (CFM) foi concluída na quarta-feira com um resultado que consolida a entrada da polarização política em uma autarquia que regula uma atividade profissional. Depois de uma campanha em que parlamentares bolsonaristas se empenharam para emplacar candidatos no conselho, entre os escolhidos, estão nomes como Raphael Câmara, reeleito conselheiro no Rio de Janeiro com o mote de "não deixar a esquerda tomar o CFM", e Rosylane Rocha, reeleita pelo Distrito Federal, que chegou a comemorar nas redes os atos golpistas no 8 de janeiro. A disputa teve acusações de fake news e de disparos de mensagens fora do prazo legal.
A mobilização conservadora gerou uma contrapartida que não alcançou os mesmos resultados. De um grupo de oito candidatos que se apresentaram como progressistas, apenas um foi eleito: Eduardo Jorge, de Pernambuco.
Antes da divulgação do resultado da disputa, na noite de quarta-feira, o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, fez um pronunciamento defendendo a união dos médicos "sem alinhamento de qualquer natureza ideológica". O discurso foi transmitido ao vivo pelo site da entidade.
- Os médicos encontrarão no CFM uma autarquia pronta atuar em prol dos interesses da coletividade de forma isenta e sem alinhamento de qualquer natureza ideológica. Afinal, esta é a casa do médico brasileiro - reforçou Gallo.
Segunda vice-presidente da autarquia, Rosylane Rocha foi eleita com 50,4% dos votos válidos no Distrito Federal, pela chapa Reunir e Trabalhar. No ano passado, a médica comemorou nas redes sociais a invasão das sedes dos Três Poderes e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília. O próprio CFM abriu um procedimento para apurar a conduta de Rosylane por causa disso. A médica também apareceu na campanha de outro candidato eleito, Jeancarlo Cavalcante, do Rio Grande do Norte, em uma corrente em que bolsonaristas pediam votos em candidatos de direita.
Pesquisa questionada A campanha da vice-presidente foi acusações de disseminar fake news. No sábado, a comissão eleitoral do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal cassou a chapa de Rosylane por "divulgação de informações falsas que comprometem a lisura do processo eleitoral", ao difundir uma pesquisa de intenção de voto que "não consegue provar que é verdadeira ou atendeu à legislação eleitoral". Mas no domingo, o presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Aldemir Humberto Soares, reverteu a cassação, alegando que não ficou demonstrada a falsidade das informações e que a pesquisa havia sido divulgada primeiro por outra chapa.
No Rio de Janeiro, foi reeleito Raphael Câmara, o nome por trás da resolução do CFM que proibiu a assistolia fetal a partir da 22ª semana de gravidez para o aborto legal em caso de mulheres vítimas de estupro. Em maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes suspendeu a resolução com o argumento de que ela foi além das competências da autarquia.
O candidato vitorioso em São Paulo foi Francisco Cardoso Alves, da chapa Força Médica, com 37,98% dos votos válidos. Apoiado por Nikolas Ferreira (PL-MG), Cardoso já apareceu em lives bolsonaristas por defender tratamentos sem comprovação científica durante a pandemia.
Outros parlamentares bolsonaristas no estado, como a deputada federal Carla Zambelli e a deputada Fabiana Barroso, ambas do PL, preferiram apoiar o médico Armando Lobato. Assim como a candidata Melissa Palmieri, apoiada pela infectologista Luana Araújo, crítica da conduta do governo Bolsonaro na pandemia, Lobato foi derrotado. Palmieri foi a segunda colocada, com 34% dos votos válidos.
Médicos paulistas que apoiavam as chapas derrotadas denunciaram o envio de mensagens de celular com pedidos de votos para Cardoso, descrito como "único candidato anti-Lula", nas 24 horas que antecederam as eleições, o que é proibido por lei.
A chapa ConsCiência CFM, de Palmieri, pediu ontem a impugnação da eleição pela propaganda irregular e por discrepância entre o número de votos e votantes em todo o país. O conselho informou que o pedido foi enviado à Comissão Nacional Eleitoral e "a resposta será encaminhada à chapa ainda antes da homologação das eleições".
O site com a apuração informa que a eleição contou com 408.748 votantes, ou 75,2% do total de eleitores habilitados. Mas na soma dos votos recebidos pelos conselhos regionais de todo o país, o número chegou a 424.689 - quase 16 mil a mais que a quantidade de médicos aptos, alega a chapa.
- Precisamos entender ao que se refere essa discrepância nos votos para saber o quando reflete nas eleições de São Paulo e nos demais conselhos regionais - afirmou Palmieri.
Nem todos os nomes apoiados pela direita foram escolhidos. Annelise Meneguesso, que já se referiu ao aborto como "agenda demoníaca" e uma "nova face do marxismo cultural", foi derrotada na Paraíba. Meneguesseo teve 30% dos votos válidos contra 69% da chapa vencedora, liderada por Bruno Leandro de Souza. A chapa de Leandro defendeu em suas propostas "tomadas de decisão baseadas sempre em princípios éticos e científicos e com dados, criando departamentos de pesquisa para gerarmos evidências e solicitarmos políticas públicas".
Credibilidade em risco Professora titular de Emergências da Faculdade de Medicina da USP, Luhdmila Hajjar teme que a interferência política possa resultar em decisões no conselho influenciadas por interesses alheios à saúde pública e à prática médica. Além disso, um CFM politizado pode ter sua credibilidade questionada, tanto pelos profissionais de saúde quanto pela sociedade, comprometendo sua capacidade de regular e orientar a prática médica de maneira eficaz, na avaliação da cardiologista e intensivista.
Hajjar, que recusou o convite para ser ministra da Saúde durante o governo Bolsonaro, lembra que o CFM possui um papel regulatório e ético, devendo agir como guardião dos princípios que regem a medicina.
- Desde 1951, o CFM revisa práticas médicas, assegura o melhor tratamento baseado em evidências científicas e fiscaliza o exercício da profissão - reforçou, lembrando de uma decisão que fez a autarquia ser questionada durante a pior fase no combate à Covid-19 no Brasil. - Impor que os médicos tenham autonomia no atendimento é uma maneira disfarçada de dar direito ao médico de decisões não baseadas na ciência. Isso se intensificou na pandemia, quando os médicos foram autorizados a receitar cloroquina para tratamento da Covid-19, mesmo sem respaldo científico.
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OMS discute se mpox deve voltar a ser uma emergência sanitária global
Comitê de emergência deve decidir se o atual surto da doença na República Democrática do Congo representa uma emergência de saúde pública de importância internacional. Reunião ocorre pouco mais de um ano após a agência rebaixar o status da "varíola dos macacos".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou um comitê de emergência para discutir se o atual surto de mpox na República Democrática do Congo (RDC) representa, mais uma vez, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
O mais alto título de alerta da organização havia sido declarado para o surto da "varíola dos macacos", como era então conhecida a doença, no final de julho de 2022. Somente em maio de 2023 que a organização decidiu rebaixar seu status, por causa da diminuição global do número de casos (como também aconteceu com a Covid).
Agora, de acordo com a entidade, a tendência é de justamente o contrário. A preocupação é com a propagação da mpox fora da República Democrática do Congo (RDC), país que vem registrando somente este ano quase 8 mil casos, incluindo 384 mortes.
O comitê é formado por especialistas internacionais que fornecem consultoria técnica e recomendações ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, para avaliar se o surto da doença configura o status. A decisão final é tomada por ele. A OMS NÃO informou quando a reunião será realizada.
A principal suspeita por trás desse aumento é a propagação de uma nova variante do vírus (conhecida como Clade Ib), que causa uma maior mortalidade, é mais fácil de transmitir e está circulando na África Central.
Isso explicaria, em tese, os números tão altos de mortes pela doença no país (384 este ano) e em quatro outros países da região (50) onde não haviam sido relatados casos anteriormente - Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda.
A título de comparação, de 1º de janeiro de 2022 a 31 de março de 2024, foram notificadas em todo o mundo 185 mortes por mpox, um número bem abaixo do registrado esse ano somente na RDC.
O alerta da OMS é feito para desencadear uma resposta internacional coordenada e desbloquear financiamento para colaboração no compartilhamento de vacinas e tratamentos.
No Brasil, a vacinação contra a doença começou em março do ano passado para grupos específicos, como pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas.
Desde setembro de 2023, porém, o número de casos no país estava em declínio considerável.
Em maio, quando os números de casos na África Central começaram chamar à atenção de autoridades de saúde, o Ministério da Saúde informou ao g1 que monitorava as informações sobre a doença compartilhadas pela OMS e por outras instituições como o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, da África e da Europa.
Na época, a pasta chegou a ressaltar, em nota, que o evento apresentava risco baixo, restrito ao país afetado.
"O Ministério da Saúde continuará analisando as informações sobre o tema em nível internacional, para subsidiar as recomendações e ações necessárias no território brasileiro. Caso novas evidências demonstrem, no futuro, a necessidade de alterações de planejamento, as ações necessárias serão adotadas e divulgadas oportunamente pelo Ministério da Saúde", dizia o texto.
Em 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação do uso da vacina contra a monkeypox, chamada de Jynneos/Imvanex.
A medida tinha validade de seis meses, mas quando o prazo esgotou em fevereiro, a pedido do ministério, a agência prorrogou a dispensa de registro para que a pasta importasse e utilizasse no Brasil o imunizante, que é fabricado pela empresa Bavarian Nordic A/S.
Isso porque as doses já tinham sido adquiridas por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e importados pelo governo federal, um número aproximado de 49 mil. Apesar disso, as vacinas, que possuem prazo de até 60 meses de validade, só foram utilizadas no ano passado, 6 meses após a aprovação do imunizante.
A mpox era chamada de varíola dos macacos porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos, em 1958. Só foi detectada em humanos em 1970.
Entretanto, o surto mundial de 2022 não tem relação nenhuma com os primatas - todas as transmissões identificadas foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas.
Por causa disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um processo de consulta pública para encontrar um novo nome para a doença e assim combater o racismo e estigma provocado pelo nome.
Durante o processo, foram ouvidos vários órgãos consultivos até chegar no termo "mpox" (do inglês, "monkeypox").
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AGÊNCIA BRASIL
STF decidirá se testemunha de Jeová pode recusar transfusão de sangue
Os votos serão proferidos no julgamento da causa, que ainda não tem data definida
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar nesta quinta-feira (8) se as testemunhas de Jeová podem recusar transfusão de sangue em tratamentos realizados pelo Sistema Único da Saúde (SUS). A Corte também decidirá se o Estado deve custear tratamento alternativo que não utilize a transfusão de sangue. Por razões religiosas, as testemunhas não realizam o procedimento.
Dois recursos protocolados na Corte motivam o julgamento da questão. O primeiro envolve o caso de uma mulher que se recusou a conceder autorização para transfusão de sangue durante cirurgia cardíaca na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Diante da negativa, o hospital não realizou o procedimento.
No segundo caso, um homem, que também faz parte do grupo religioso, pediu que a Justiça determine ao SUS o custeio de uma cirurgia ortopédica que não realiza a transfusão, além do pagamento dos gastos com o tratamento.
Segundo a advogada Eliza Gomes Morais Akiyama, representante da mulher que recusou a transfusão, as testemunhas de Jeová passam dificuldades para manter sua saúde. Eliza também defendeu que o Estado deve oferecer tratamentos sem o uso de transfusão de sangue.
"A recusa não é um capricho. Recusar transfusão de sangue está estritamente ligado ao exercício da dignidade pessoal e para viver poder em paz com ela mesma e com o Deus que ela tanta ama, Jeová. Será que essa recusa é um ato de extremismo, de fanatismo religioso ou será que o avanço da medicina e do direito tem apontado que é razoável e legitimo um paciente fazer essa escolha em razão de suas convicções religiosas?", questionou.
O defensor público Péricles Batista da Silva defendeu a implantação de um protocolo para atendimento das testemunhas de Jeová e disse que a escolha de não passar pela transfusão deve ser respeitada quando médicos tiverem conhecimento da condição. "Não há como obrigar um paciente adulto e capaz a receber um tratamento médico."
Para o advogado Henderson Furst, representante da Sociedade Brasileira de Bioética, a autonomia dos pacientes deve ser respeitada pelos médicos, contudo ele apontou que há insegurança jurídica para os profissionais de saúde.
"Trata-se de observar um entendimento mais amplo. Como registrar essa autonomia? Um testamento será suficiente? Preciso registrar no cartório ou não?", questionou.
Na sessão de hoje, os ministros ouviram as sustentações das partes envolvidas no processo. Os votos serão proferidos no julgamento da causa, que ainda não tem data definida.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg e Ipasgo debatem soluções para problemas técnicos do novo sistema de gestão
Em busca de soluções para problemas técnicos registrados pelos associados com a implantação do novo sistema de gestão do Ipasgo, o FacPlan, a Ahpaceg recebeu ontem, 7, o presidente do instituto, Vinícius Luz e equipe.
Durante a reunião, o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, e o diretor de Relacionamento, Renato Daher, destacaram que o Ipasgo é um grande parceiro da Associação e a solução dos problemas é essencial para ambos, pois eles têm comprometido a assistência aos pacientes.
Dentre os transtornos citados pelos associados estavam a supressão de códigos, divergências entre códigos do FacPlan e da tabela TUSS, dificuldade de operacionalização com travas no sistema, dificuldade de envio de contas de terceiros, ampliação do prazo de autorizações e a falta de orientações objetivas pelo call center do Ipasgo.
Segundo Renato Daher, os associados têm enfrentado alguns transtornos desde 1º de agosto, quando o novo sistema entrou em vigor. “Mas, somos parceiros e queremos ajudar a sanar esses problemas”, afirmou Haikal Helou.
O presidente do Ipasgo explicou que a mudança faz parte das alterações necessárias para a adequação do instituto à sua nova personalidade jurídica, que deve seguir às normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Essas normas, segundo Vinícius Luz, incluem mudanças nos prazos de autorização de procedimentos. “O paciente precisa ser educado sobre essa nova realidade”, disse, deixando claro que as autorizações não serão imediatas, mas, sim, feitas na janela de dias definidos pela ANS.
Vinícius Luz assegurou que, mesmo diante desta fase de adaptação, o pagamento dos prestadores de serviços de saúde não terá atraso. “Vamos cumprir o cronograma”. A solicitação de prorrogação do prazo de entrega das contas para 15 de agosto ainda será analisada pelo Ipasgo.
Haikal Helou destacou que a reunião tranquilizou os associados, pois o presidente e os técnicos do Ipasgo ouviram as demandas e esclareceram as dúvidas de todos. “Foi um encontro muito positivo e mostrou que a Ahpaceg e o Ipasgo são parceiros que buscam oferecer o melhor aos pacientes”, disse.
Um comitê de crise, formado por representantes da Ahpaceg e do Ipasgo, vai acompanhar essa fase inicial de implantação do novo sistema e discutir, em tempo real, as medidas necessárias para garantir a assistência aos pacientes.
CLIPPING AHPACEG 08/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
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CFM
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A eleição para a escolha dos representantes (efetivos e suplentes) das 27 unidades da Federação do País que comporão o Conselho Federal de Medicina (CFM) entre 2024 e 2029 foi encerrada às 20h desta quarta-feira (7). Sem qualquer intercorrência, mais de 408 mil médicos votaram. Essa é a maior marca da história da Autarquia em eleições de qualquer natureza. Do total de 598.573 médicos ativos no País, 543.395 estavam aptos a votar, ou seja, estavam com seus dados cadastrais atualizados e não possuíam pendências administrativas ou financeiras com os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Ao todo, 75% dos médicos votantes participaram do pleito. Estavam na disputa 73 chapas e 146 candidatos.
De acordo com a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que, juntamente com as 27 Comissões Regionais Eleitorais (CREs), esteve à frente de todo o processo eleitoral, o pleito foi marcado por tranquilidade, eficiência e segurança. Pela primeira vez, a escolha dos conselheiros federais do CFM foi realizada online, sendo que os eleitos tomam posse num mandato que se inicia em 1º de outubro de 2024 e se estende até 30 de setembro de 2029. Os resultados completos por estado estão disponíveis no site oficial da eleição.
CLIQUE AQUI PARA VER OS RESULTADOS POR ESTADO: https://eleicoescfm.org.br/.
“Creio que cumprimos com louvor a missão de promover uma eleição moderna, transparente e segura em todo o País. Para mim, realmente foi uma honra ter dirigido os trabalhos da CNE diante de um pleito imenso e complexo. Temos certeza de que os médicos votaram com sabedoria e inspirados pela ética que rege o exercício de nossa profissão”, resumiu o presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Aldemir Humberto Soares.
Segundo ele, não há dúvidas de que esse processo eleitoral foi marcado pela confiança no sistema de votação, na transparência dos dados e das informações e na agilidade da apuração e divulgação dos resultados e serve de exemplo para o Brasil. “Espero que o CFM e os CRMs continuem a contribuir com o País, com a medicina, com os médicos e, principalmente, com os pacientes brasileiros”, declarou.
Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, os números impressionam e a alta participação responde ao esforço de planejamento para a votação. “Para que os médicos pudessem exercer o direito do voto, nossas equipes trabalharam sem trégua para garantir o funcionamento dos sistemas e dar ampla publicidade a esse pleito de grande relevância para a medicina e para a saúde do País”, afirmou.
Ele agradeceu aos eleitores pela relevância atribuída ao pleito e pelo compromisso com o exercício de sua cidadania. Segundo Gallo, os frutos virão: “tenho confiança de que os conselheiros federais eleitos retribuirão essa ida às urnas com trabalho sério e comprometido com a ciência, com a vida e com a saúde, sempre respeitando os limites da lei e da ética”, observou.
Boletins – Ao longo dos dois dias de votação, 6 e 7 de agosto, a Coordenação de Comunicação do CFM divulgou boletins em entradas ao vivo pelo canal do Conselho no Youtube, que foram retransmitidos, simultaneamente, nos perfis da autarquia no Instagram e no Facebook. Na oportunidade, a equipe apresentou dados e informações sobre como votar e os percentuais de participação em todos os estados do país.
Ao contrário das eleições passadas, em 2019, em que os médicos precisavam se dirigir aos locais de votação ou votar por correspondência, desta vez a votação foi online. A novidade foi reflexo do êxito das Eleições para os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), realizadas em 2023 e que contaram com cerca de 80% de participação dos profissionais aptos a votar.
Segurança – Além de uma empresa de auditoria externa contratada para acompanhar todo o processo eleitoral, The Perfect Link, observadores externos também foram convidados pelo CFM. Polícia Federal (PF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) nomearam representantes para acompanhar o processo.
Cada estado da Federação e o Distrito Federal elegeram dois conselheiros federais (um efetivo e um suplente) para compor o Plenário até setembro de 2029. A campanha eleitoral se iniciou em junho, depois do registro das candidaturas. O pleito foi regulamentado pela Resolução CFM nº 2.335/2023, publicada um ano antes.
Engajamento – Para estimular a participação dos médicos, o CFM implementou uma intensa campanha publicitária explicando aos médicos detalhes do processo, enfatizando a necessidade de atualização dos dados cadastrais e reforçando a importância do voto. Desde abril, foram enviados pelo menos 20 e-mails marketing para os médicos brasileiros.
Além dos e-mails marketing, desde abril, o CFM postou cerca de 30 materiais inéditos em seus perfis de redes sociais. Esse conteúdo teve grande repercussão: as postagens alcançaram um total de 232 mil pessoas no Facebook e no Instagram. Entre os materiais publicados, destacaram-se oito vídeos institucionais e tutoriais. O conteúdo também foi disponibilizado aos CRMs para que reforcem com suas equipes locais a publicização dos dados do pleito. O material informativo também foi encaminhado nos grupos organizados pelo CFM no WhatsApp para envio de mensagens e comunicados institucionais.
Com o encerramento do pleito, o presidente do CFM espera que as lideranças médicas unam forças em torno de pautas urgentes, como a defesa do ato médico, a valorização da medicina, a melhoria da assistência e a qualificação do ensino e da residência médicos, entre outros temas. “Sem dúvida, essa agenda pública não está dissociada dos anseios e demandas da sociedade e dos médicos, que encontrarão no CFM uma autarquia pronta a atuar em prol dos interesses da coletividade, de forma isenta e sem alinhamentos de qualquer natureza”, disse.
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TV SERRA DOURADA
Fique de olho: novo sistema de regulação da saúde
https://www.youtube.com/watch?v=UIWxBHpZcvI
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AGÊNCIA PÚBLICA
Lei dos Planos: por dentro do lobby das operadoras no Congresso
Após 18 anos de tramitação, o Projeto de Lei (PL) dos Planos de Saúde deve ser votado na Câmara dos Deputados no segundo semestre deste ano. A promessa foi feita pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), mas não sem ressalvas. Ao se comprometer a pautar o texto que pode deter cancelamentos unilaterais, que nos últimos meses encerraram cobertura a tratamentos de pacientes autistas ou com câncer, Lira fez um acordo com as empresas para atenuar o teor do texto e agradar ao setor.
Esse foi um dos compromissos firmados em reunião privada entre o presidente da Câmara e os dirigentes de grandes operadoras em 28 de maio, momento em que os planos de saúde estavam sob escrutínio público em razão do aumento de queixas de cancelamentos unilaterais - quando operadoras decidem finalizar contratos, mesmo no caso de pacientes com todas as mensalidades pagas.
Por que isso importa? Operadoras e deputados falam abertamente sobre como os interesses do setor estão sendo levados para discussões importantes no Congresso e o impacto dos acordos realizados na Casa no acesso à cobertura de saúde por parte vulnerável da população.
Lira, entretanto, só anunciou publicamente uma parte do trato, como "uma boa notícia para os beneficiários dos planos de saúde": disse em seus perfis nas redes sociais que as operadoras haviam se comprometido a suspender "os cancelamentos recentes relacionados a algumas doenças e transtornos", sem mais detalhes. Porém, pacientes denunciam que o acordo não tem sido cumprido.
O presidente da Câmara se reuniu em sua residência oficial com representantes da Amil, Bradesco, Unimed e SulAmérica, além de Paulo Rebello, presidente da ANS, e o deputado Duarte Júnior (PSB-AM)
É o caso de Eveliny Goulart, cujo filho, Francisco, de 3 anos, tem síndrome de Edwards e câncer de fígado, e está em internação domiciliar. Após ter seu plano cancelado pela Amil no final de abril, Goulart entrou com uma ação judicial e conseguiu uma liminar que mantém o plano, pelo qual paga hoje quase R$ 7 mil por mês. Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proíbe o cancelamento de planos de pacientes em tratamento. Entretanto, em 21 de junho, ou seja, após o "acordo" de Lira, a Amil pediu a suspensão da liminar e segue tentando encerrar o plano que garante a vida de Francisco.
"O Francisco é um paciente paliativo, então a expectativa de vida dele é baixa. Eu me desgasto tanto com essas questões burocráticas do plano, de negativas, para que ele tenha o mínimo necessário, que isso rouba o tempo de vida que eu teria com ele", explicou Goulart em entrevista à Agência Pública.
"Isso que o Lira fez no dia 28 é até bizarro. Um acordo de boca diante de um problema social tão grande. [ ] Foi uma conversa que não foi coercitiva com ninguém, porque o acordo não está sendo cumprido", finalizou Goulart.
Em nota, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) disse que o presidente solicitou "a elaboração de um diagnóstico setorial e a proposição de soluções para apresentar aos parlamentares dentro dos próximos meses". "A Abramge entende que o diálogo entre o setor, a sociedade e as autoridades públicas é o melhor caminho, [e] aguarda o avanço do diálogo iniciado pelo presidente da Câmara dos Deputados", acrescentou.
A reportagem questionou o gabinete de Arthur Lira sobre o acordo feito com as operadoras e sua atuação nas articulações do setor, mas não recebeu resposta até o momento. Este espaço será atualizado tão logo haja manifestação.
Acordo zero e quase duas décadas de influências
A mobilização da sociedade civil em protesto contra cancelamentos unilaterais rendeu audiências públicas na Câmara e no Senado e deixou em evidência o PL 7.419/2006. "Quando você demora em fazer justiça, você comete uma profunda injustiça. Se nós tivéssemos avançado nessa legislação, não estaríamos vivenciando isso", disse a deputada Erika Kokay (PT-DF) à reportagem em audiência no dia 25 de junho.
O PL em questão é, na verdade, um apensado de mais de 200 projetos que abordam o tema, apresentado pelo então senador Luiz Pontes (PSDB-CE). A proposta inicial seria fazer ajustes pontuais na Lei 9.656, a primeira Lei dos Planos, aprovada em 1998.
O relatório do PL, apresentado pelo deputado Duarte Júnior (PSB-MA) em setembro do ano passado, proíbe o cancelamento unilateral, a menos que o cliente deixe de pagar o plano por 60 dias, estabelece regras para evitar reajustes abusivos nos planos coletivos e, segundo o parlamentar, está maduro e pronto para ser pautado "logo". "Se eu tiver que fazer uma escolha, a minha escolha vai ser manter as operadoras insatisfeitas, mas a defesa do consumidor garantida."
Duarte considera ter construído um texto "harmônico", que protege os consumidores e traz "pontos mais favoráveis às empresas", como a criação de um prontuário único entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde suplementar, a fim de evitar repetição de exames, e a formação de um consórcio entre as operadoras e o SUS, o que permitiria que a saúde privada pagasse o mesmo valor que o setor público por medicamentos. "É uma demanda que veio delas", disse.
Lira, entretanto, já disse ter recebido "muita reclamação" quanto ao texto e estaria avaliando retirar Duarte da relatoria para abrir caminho a outras propostas defendidas pelo setor: a principal é a criação de planos segmentados, nos quais só haveria cobertura para consultas e exames, sem internações.
Para Lucas Andrietta, coordenador de saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), permitir a criação de planos segmentados, apresentados pelas empresas como planos "populares", significa desregulamentar a cobertura dos planos de saúde. "A gente destrói a ideia de plano de saúde e dá o poder apenas para as empresas de definição por contrato daqueles procedimentos que elas querem cobrir", afirmou em entrevista à Pública.
O histórico de tramitação do PL mostra a força do lobby das operadoras no Congresso, na avaliação do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). O projeto já teve dois outros relatores, os então deputados Hiran Gonçalves (PP-RR) e Rogério Marinho (PL-RN), hoje senadores, que lideraram uma comissão especial em 2017 para debater o texto. A comissão defendeu, por exemplo, a flexibilização de multas aplicadas às empresas, a autorização para reajustes nos planos de idosos depois de 60 anos e a restrição de coberturas. As medidas foram consideradas como "prejudiciais aos usuários" pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), que pediu o arquivamento da matéria.
"Você não consegue avançar. Por quê? Porque os lobbies são muito fortes", afirma Valente, que participou da comissão naquele ano. O deputado considera que a mobilização em torno dos cancelamentos poderia ter fortalecido a aprovação de um projeto que defendesse o consumidor, como aconteceu em 2022 com o rol taxativo, mas a proposta de negociação e a demora de Lira em pautar o projeto diminuíram essas chances.
Em maio daquele ano, o STJ decidiu que os planos de saúde deveriam arcar somente com procedimentos previstos em uma lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A decisão foi alvo de protestos liderados por mães de crianças autistas, e o Congresso Nacional aprovou em setembro uma lei que tornou a lista apenas exemplificativa, ou seja, ela não restringiria os procedimentos que deveriam ser cobertos.
A deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP) foi uma das articuladoras da mobilização, antes de entrar para a política. "Foi muito difícil negociar. Tinha forças ali, parlamentares puxando muito para o outro lado", explicou. Hoje, ela considera que "a maior luta" é aprovar uma Lei dos Planos que proteja os consumidores. "Estão querendo de todo jeito que esse PL passe com as coisas que eles querem colocar", afirmou.
Deputada estadual de São Paulo, Andrea Werner, em audiência pública sobre cancelamentos unilaterais na Câmara dos Deputados em 30 de maio de 2024
Em nota, a Unimed informou que contribuiu "em audiências e debates promovidos pela Comissão Especial de Planos de Saúde, em seus dois períodos de funcionamento, em 2017 e 2021" e segue "participando das discussões" sobre o PL 7.419/2006. "Somos favoráveis à revisão e à modernização do marco regulatório da saúde suplementar, com o estabelecimento de princípios claros, que dêem previsibilidade ao setor e garantam o tripé de segurança assistencial, segurança jurídica e segurança econômico-financeira a todos os envolvidos". A operadora não respondeu se enviou sugestões à Lira sobre o PL e nem se apoia a criação de planos segmentados.
As operadoras no Congresso
A proposta dos planos segmentados, uma das grandes apostas das operadoras, é defendida, por exemplo, pelos deputados Dr. Luizinho (PP-RJ), líder do Progressistas, e Pedro Westphalen (PP-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços de Saúde (FPMDSS). "Por que não? [A pessoa] faz o que quer, para ter o que pode ter", disse Westphalen em entrevista. Ele explicou que a frente foi criada justamente para ser a "voz" dos serviços de saúde no Parlamento, "onde as coisas se definem".
O deputado avalia que é necessário "flexibilizar" o texto de Duarte. "O próprio presidente Arthur [Lira] já disse isso", justificou. Westphalen contou que a frente tem se reunido com representantes da saúde suplementar, como as operadoras nas terça-feiras pela manhã e discutido o PL e outros projetos.
A frente foi lançada em agosto do ano passado com as assinaturas de 213 deputados de diversos partidos. De acordo com a Agenda Legislativa de 2024, documento que apresenta o grupo e elenca suas prioridades, a Lei dos Planos de Saúde é uma das prioridades do grupo, ao lado da desoneração da folha de pagamento do setor de saúde, da regulamentação da reforma tributária e de outros projetos. No caso da reforma, Westphalen avalia que a frente já conseguiu avanços: "Conseguimos excepcionalizar a agricultura e a saúde". Os serviços de saúde, por exemplo, terão alíquota reduzida em 60%.
Na imagem, o então presidente da Abramge, Renato Casarotti, e Westphalen seguram a "Agenda Legislativa 2023", que define o PL dos Planos como uma prioridade do grupo
"As operadoras entregam [reivindicações] em nome da frente [aos parlamentares]", explicou o deputado. Questionado sobre quais seriam as recomendações já feitas, Westphalen disse que não tinha "autorização" para compartilhar e sugeriu que a reportagem pedisse diretamente às empresas.
O principal argumento utilizado pelos planos de saúde para justificar os cancelamentos e demandar uma lei mais favorável é uma suposta crise econômica vivida pelo setor. No primeiro trimestre deste ano, as operadoras tiveram R$ 3,1 bilhões de lucro líquido, o melhor resultado desde 2019 [R$ 3,9 bilhões], de acordo com dados da ANS. De janeiro a março de 2024, as empresas registraram lucro operacional de R$ 1,87 bilhão. No ano passado, o resultado havia sido negativo em R$ 1,66 bilhão no mesmo período.
"É preciso ter equilíbrio, muita conversa, as posições têm que ser colocadas para que se possa avançar, e não quebrar um sistema que já vem com dificuldades. Se houver uma radicalidade na construção de uma lei que é importante, acaba a saúde suplementar", argumenta Westphalen.
Duarte Júnior, entretanto, diz não acreditar no que diz o setor: "Elas alegam ter crise, mas não apresentam documentos, planilhas. Não é possível acreditar em algo que não tem prova".
"Pelo contrário, o setor é composto por uma série de grupos econômicos que são protagonistas da acumulação de capital no setor de saúde privado brasileiro", concorda Lucas Andrietta, do Idec. Ele destaca tanto o lucro quanto o movimento "intenso" de fusões e aquisições de empresas no setor como indicativos que descaracterizariam uma crise.
CPIs sobre cancelamentos e soluções ainda distantes
Além de jogar luz sobre o PL, o alto número de cancelamentos gerou um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o tema, que ultrapassou 300 assinaturas - de uma Câmara com 513 deputados. "É um setor muito forte no Congresso Nacional, de um lobby muito forte, e a gente entendeu que tinha que ter uma ação mais efetiva para dar clareza à população brasileira e aprofundar nos números apresentados", explicou à reportagem o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), autor do requerimento. Ribeiro também destacou o fato de os planos não estarem cumprindo o acordo com o presidente da Câmara: "Quero saber se ele [Lira] quer continuar sendo enrolado".
"Não sei por que não instala, qual [é] esse jogo de interesse de não ter instalação, [ou] quem quer proteger nessa relação, mas eu acho que a sociedade merece essa clareza", afirmou o deputado. O responsável por instalar ou não a CPI é Arthur Lira.
A mobilização social também motivou um pedido de CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e rendeu uma comissão já instalada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). "A gente partiu pra iniciativa da CPI porque fizemos audiências públicas e sinalizações aos entes envolvidos para que houvesse uma conversa [sobre os cancelamentos] e não tivemos o retorno esperado", explicou o presidente da comissão, deputado Fred Pacheco (PMN-RJ). De acordo com ele, depois do início da CPI, no início de junho, as operadoras começaram a se movimentar: "A gente sente [a pressão] nos corredores", disse.
Atualmente, não é possível saber nem quantas pessoas perderam seus planos por decisão das empresas, já que a ANS não contabiliza esses dados. "Se trata de uma relação entre contratante e contratado", justificou a agência em resposta à Agência Pública, ainda que a ANS tenha como finalidade justamente regular "as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores".
Em maio, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou 17 operadoras e quatro associações do setor e perguntou quantos contratos haviam sido cancelados entre 2023 e 2024 - cada contrato inclui diversos planos - , mas "a maioria das operadoras não forneceram os números", de acordo com nota técnica da secretaria.
Os dados que demonstram o aumento de cancelamentos são as queixas apresentadas pelos consumidores. Entre janeiro e abril deste ano, o total de reclamações na ANS sobre o tema atingiu 5.888, o que representa um crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Em todo o ano de 2023, as queixas somaram 15,2 mil; e, em 2022, mais de 11 mil. A reportagem solicitou à ANS o número atualizado até julho, mas a agência não forneceu a informação até o momento.
Abusos vão além dos cancelamentos
O encerramento unilateral dos planos só é possível porque a Lei dos Planos de Saúde (9.656/98) define regras diferentes para planos individuais ou familiares e coletivos. Os cancelamentos e aumentos arbitrários são proibidos na primeira categoria, que desde então se tornou raridade - representa 15,6% do total e não é mais vendida pela maior parte das operadoras. Hoje, a maioria das pessoas faz contratos coletivos, que podem ser reajustados em qualquer valor e cancelados a qualquer momento.
O alto reajuste deste ano, por exemplo, fez com que Suzian Mendes decidisse cancelar o plano de sua mãe, Odete Bezerra, que trata um câncer de mama há mais de dez anos.
Em abril, elas receberam a notificação de cancelamento unilateral do plano que mantinham com a Amil, ainda que Odete estivesse em tratamento. Entraram na Justiça e conseguiram uma liminar para manter o convênio. Entretanto, em julho, veio o reajuste, que fez o plano saltar de cerca de R$ 2.900 para R$ 3.700. "A gente não conseguiu continuar pagando", explicou Mendes. Há um mês, Odete vem sendo tratada pelo SUS.
A reportagem entrou em contato com a Amil e perguntou sobre os casos de Eveliny Goulart e Suzian Mendes, além de ter solicitado mais detalhes sobre o acordo com Lira e a avaliação da empresa acerca do PL, mas a operadora não respondeu até o momento.
Responsável pela regulação das operadoras desde os anos 2000, quando foi criada, a ANS tem sido alvo de críticas por sua atuação a respeito dos cancelamentos unilaterais.
Para Lígia Bahia, professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a agência tem sido "omissa" e "muito solidária com as empresas, e não com os clientes".
"Às vezes não são ações explícitas, mas omissões em relação àquele que poderia ser o seu papel", concorda Lucas Andrietta, coordenador de saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). Ele avalia que a agência poderia ter "um papel mais ativo no âmbito regulatório para impedir e coibir algumas práticas abusivas".
"Infelizmente, o que chega para a gente é que a pessoa provocou a ANS e recebeu uma resposta protocolar, como essa do cancelamento unilateral", acrescentou a defensora Raquel Brodsky, da Defensoria Pública da União (DPU). "Você não vê uma irregularidade, mas não consegue ver o diálogo que a gente gostaria de uma agência que mexe com saúde."
ANS: Críticas de todos os lados
A ANS é atualmente presidida por Paulo Rebello, que assumiu o cargo em julho de 2021, indicado por Jair Bolsonaro (PL), e fica até o fim deste ano. Antes de assumir a função, Rebello havia sido chefe de gabinete do então ministro da Saúde Ricardo Barros, durante o governo de Michel Temer. Barros é um defensor dos planos segmentados e já disse que o Brasil deveria repensar o SUS, pois faltariam recursos.
Dep. Arthur Lira durante evento da Unimed
Rebello esteve presente no aniversário de um ano da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços de Saúde (FPMDSS), em junho deste ano, e na 52ª Convenção Nacional Unimed - Inovação, Inclusão e Cooperação na Saúde, que também contou com a participação de Lira e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).
Em dezembro do ano passado, Rebello foi homenageado com o prêmio 100 Mais Influentes da Saúde, organizado pelo Grupo Mídia. No LinkedIn, ele postou uma foto ao lado de Renato Casarotti, então presidente da Abramge, e dedicou o troféu a "todos aqueles me apoiaram e estiveram comigo", como família, amigos, ANS e "parceiros do setor".
Evento de premiação dos 100 mais influentes da saúde em 2023
Foi Rebello quem, a pedido de Lira, chamou as operadoras para a reunião em maio. "O Arthur [Lira] me ligou, conversei com ele e convidei as operadoras para estarem lá a pedido dele", explicou em entrevista à Pública. Ele rebate as críticas de que os consumidores não foram convidados para a reunião por, em tese, representá-los: "Eu estava lá. Essa é a minha função".
Para o presidente, a instituição vem "fazendo tudo que for preciso para que as infrações sejam sanadas e a qualidade da assistência seja prestada pelas operadoras de forma cada vez mais forte, cumprindo aquilo que está estabelecido no contrato", mas faltam vagas para o corpo técnico.
Sobre as críticas de que a ANS estaria sendo omissa, disse que "a gente tem uma máxima de que a gente está dando certo quando ninguém está satisfeito com a gente. Porque quando a operadora está reclamando, como está agora, dizendo que o regulador não olha, não atende, não vê as demandas das operadoras, a gente é criticado. O beneficiário, por outro lado, também está criticando, e temos órgãos de defesa do consumidor criticando".
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INFOMONEY
Qualicorp (QUAL3): lucro líquido fica em R$ 13,3 mi no 2º tri, queda de 3,2%
A Qualicorp (QUAL3) registrou lucro líquido de R$ 13,3 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representou uma queda de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No indicador ajustado, a companhia teve um lucro de R$ 30,1 milhões, alta de 112,4% ante o registrado um ano antes, de R$ 14,2 milhões.
O Ebitda ajustado foi de R$ 181 milhões no período, 7,1% inferior ao verificado em igual período de 2023, com uma margem Ebitda ajustada de 45,4%, 0,6 pontos porcentuais (p.p.) maior que um ano antes.
Já a receita líquida totalizou R$ 398,8 milhões, recuo anual de 8,3%.
O resultado financeiro somou uma despesa líquida de R$ 43 milhões no intervalo de abril a junho, 1,8% menor que o trimestre imediatamente anterior e 23,7% inferior que um ano antes.
A dívida líquida da Qualicorp encerrou junho em R$ 1,096 bilhão, decréscimo de 4,6% frente o resultado ao final de março, obtido, segundo a companhia, "após mais um trimestre de forte geração de caixa operacional e pagamento da primeira amortização realizada em junho, estando a maior parte da dívida registrados no longo prazo".
A alavancagem financeira reduziu no segundo trimestre, fechando o período em 1,48 vez, contra 1,53 vez do trimestre anterior e 1,55 vez de um ano antes.
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JORNAL OPÇÃO
OMS divulga lista de micróbios mais perigosos para a saúde humana
A lista inicial foi publicada em 2017
Uma lista divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) atualiza os patógenos prioritários, destacando bactérias resistentes a antibióticos que são uma ameaça crescente para a saúde global. A lista inicial foi publicada em 2017 e é uma ferramenta crucial para orientar investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tratamentos.
A lista classifica 24 bactérias em 15 famílias de patógenos resistentes a antibióticos em três grupos de prioridade: crítica, alta e média. A categorização é baseada na gravidade da ameaça que cada um dos patogéneos representa e na urgência para o desenvolvimento de tratamentos.
A atualização reflete melhorias recentes na vigilância, incluindo em locais com recursos limitados, e incorpora estimativas sobre o impacto global da resistência aos antibióticos. A resistência antimicrobiana pode agravar a situação das infecções, o que torna o controle de surtos infecciosos mais difícil.
Todos os anos, 7,7 milhões de mortes são atribuídas a infecções bacterianas. Destas, 4,95 milhões estão associadas a patógenos resistentes a medicamentos. Neste montante, 1,27 milhão de mortes são diretamente causadas por bactérias resistentes aos antibióticos disponíveis.
A OMS estima que mortes associadas à resistência antimicrobiana aumentará para 10 milhões por ano até 2050. Com isso, os custos globais da saúde podem crescer em até US$ 1 trilhão por ano e custando à economia mundial US$ 100 trilhões até 2050.
Patógenos de prioridade crítica
Acinetobacter baumannii, resistente a carbapenem: Este patógeno é uma preocupação importante em ambientes hospitalares, onde pode causar infecções graves, como pneumonia e infecções na corrente sanguínea, especialmente em pacientes com sistemas imunológicos comprometidos
Enterobacterales, resistente a cefalosporinas de terceira geração: Este grupo inclui bactérias como Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli, que podem provocar infecções graves e difíceis de tratar, devido à sua resistência a uma classe crítica de antibióticos
Enterobacterales, resistente a carbapenem: Também conhecido como “superbactérias”, esses micróbios apresentam resistência a uma das últimas linhas de defesa em antibióticos, o que torna o tratamento de infecções provocadas por eles extremamente desafiador
Mycobacterium tuberculosis, resistente a rifampicina: Essa forma resistente da bactéria causadora da tuberculose é um desafio significativo, especialmente em países de baixa renda, onde a doença é mais prevalente e o tratamento pode ser limitado
Patógenos com prioridade alta
Salmonella Typhi, resistente a fluoroquinolonas: Causa febre tifoide e é resistente a uma classe importante de antibióticos, tornando o tratamento e controle das infecções mais difíceis
Shigella spp., resistente a fluoroquinolonas: Responsável por diarreia severa, esta bactéria desenvolveu resistência a antibióticos usados comumente para tratar infecções intestinais
Enterococcus faecium, resistente a vancomicina: Este micróbio pode causar infecções graves, como infecções urinárias e na corrente sanguínea, e a resistência à vancomicina limita as opções de tratamento
Pseudomonas aeruginosa, resistente a carbapenem: Além de sua resistência a múltiplos antibióticos, essa bactéria pode causar infecções severas em pacientes com condições crônicas ou imunocomprometidos
Salmonella não-tífica, resistente a fluoroquinolonas: Assim como outras espécies de Salmonella, esta pode causar doenças intestinais graves e é resistente a importantes antibióticos
Neisseria gonorrhoeae, resistente a cefalosporinas de terceira geração e/ou fluoroquinolonas: Esta bactéria causa gonorreia e tem desenvolvido resistência a tratamentos comuns, complicando a gestão da doença
Staphylococcus aureus, resistente a meticilina: Conhecida como MRSA, esta bactéria pode causar uma variedade de infecções, incluindo infecções de pele e de corrente sanguínea, e é resistente a muitos antibióticos usados para tratá-la
Patógenos com prioridade média
Streptococcus pyogenes (grupo A), resistente a macrolídeos: Esta bactéria é responsável por infecções como faringite estreptocócica e pode ser difícil de tratar quando resiste aos macrolídeos
Streptococcus pneumoniae, resistente a macrolídeos: Causa pneumonia e outras infecções respiratórias, e a resistência aos macrolídeos reduz as opções de tratamento eficazes
Haemophilus influenzae, resistente a ampicilina: Pode causar infecções respiratórias e meningite, e a resistência à ampicilina compromete a eficácia do tratamento
Streptococcus agalactiae (grupo B), resistente a penicilina: Este patógeno pode causar infecções graves em recém-nascidos e mulheres grávidas, e a resistência à penicilina limita as opções de tratamento
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A REDAÇÃO
Saúde convoca público-alvo para se vacinar contra a dengue em Goiânia
Crianças e adolescentes que tenham entre 6 e 16 anos, além de adultos com até 59 anos que se vacinaram em abril, estão sendo convocados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para procurarem uma das 67 salas de vacinação de Goiânia. Isso porque a pasta reforçou, nesta quarta-feira (7/8), que mantém em dia os estoques da vacina Qdenga, contra a dengue. Por orientação do Ministério da Saúde (MS), o Centro Municipal de Vacinação (CMV) não realiza a aplicação do imunizante.
Em Goiânia, 41.958 já se vacinaram contra a dengue, o que representa 19,3% de cobertura vacinal. Esse avanço é fundamental para o controle da doença e a proteção da população, especialmente considerando que a dengue é uma das arboviroses mais prevalentes no Brasil. A vacinação não apenas ajuda a reduzir a incidência da doença, mas também diminui a hospitalização e os casos graves.
Importância da vacinação
O Brasil foi o primeiro país do mundo a disponibilizar a vacina contra a dengue no sistema público universal de saúde. Segundo o MS, o acesso à vacinação é uma estratégia essencial para criar uma barreira coletiva contra a doença. À medida que mais pessoas se vacinaram, a probabilidade de surtos diminui, beneficiando a saúde coletiva e aliviando o sistema de saúde.
A vacina é uma das principais estratégias para o controle da dengue, doença que pode causar sérias complicações, incluindo formas graves como a dengue hemorrágica, que pode levar à morte. Nesse contexto, a vacina se torna uma das principais abordagens para o controle da dengue, complementando outras medidas como o combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus.
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Saúde em Goiás já monitora cenário de alerta para febre do oropouche
Mesmo sem nenhum caso registrado no estado, a Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), anunciou, nesta quarta-feira (7/8), que já monitora o cenário de alerta para febre do oropouche. O cuidado vem depois que o Ministério da Saúde chamou atenção para o registro da doença em quase todos os municípios do Brasil, o que levou a pasta, inclusive, a criar o Plano Nacional de Enfrentamento às Arboviroses, documento que inclui dengue, zika, chikungunya e oropouche e que será divulgado nos próximos dias.
Em Goiás, a Secretaria da Saúde já analisou em 2024, no Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen), mais de 2 mil amostras que chegaram ao local para testagem de dengue, zika, chikungunya e que acabaram também sendo examinadas para a febre do oropouche. A pasta, porém, acredita que é só uma questão de tempo para que casos sejam registrados no estado.
Casos no Brasil
No País, foram registrados 7.286 casos em 21 Estados brasileiros, segundo dados até o dia 28 de julho. A maior parte dos casos foi registrada no Amazonas e em Rondônia. Na quinta-feira, 25, duas mortes por febre oropouche no interior da Bahia, que estavam sob investigação, foram confirmadas como os primeiros óbitos do País. As vítimas, ambas mulheres com menos de 30 anos e sem comorbidades, apresentaram sinais e sintomas semelhantes aos de dengue grave. Até o momento, de acordo com o ministério, não havia registro na literatura científica mundial de óbitos causados por essa doença. Uma morte está sob investigação em Santa Catarina.
Doença
Febre oropouche é associada a casos de microcefalia em bebês Pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (IEC), associado ao Ministério da Saúde (MS), encontraram evidências de que a febre oropouche, doença transmitida por mosquitos, pode ser passada da mãe para o bebê durante a gestação.
Diante da descoberta, a pasta emitiu, ainda em julho, uma nota técnica recomendando que Estados e municípios redobrem a vigilância sobre a possibilidade desse tipo de transmissão, chamada de vertical. A investigação revive preocupações diante do histórico com o vírus zika, outra arbovirose.
Antes raridade, a microcefalia virou rotina em diversas localidades do Brasil em 2015. Nos primeiros meses, a comunidade científica ainda não tinha conhecimento, mas havia uma relação entre o vírus e a doença, o que resultou no nascimento de mais de 4 mil bebês com a má formação no País.
Como ocorre a transmissão?
A febre oropouche é causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos) chamado Orthobunyavirus oropoucheense (OROV).
Transmitido aos seres humanos principalmente pela picada do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, esse vírus foi detectado no Brasil na década de 1960, a partir de amostra de sangue de um bicho-preguiça. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos Estados da região Amazônica, e em países como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.
A transmissão ocorre quando o mosquito maruim pica uma pessoa ou animal infectado e, em seguida, pica uma pessoa saudável, passando a doença para ela. Assim, existem dois tipos de ciclo de transmissão: Ciclo silvestre: nesse ciclo, animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquito, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus, mas o maruim é considerado o principal transmissor nesse ciclo. Ciclo urbano: os humanos são os principais hospedeiros do vírus.
O maruim é o vetor principal, porém alguns casos também podem estar associados ao Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos. Quais sintomas podem surgir? "Em caso de sinais e sintomas compatíveis com arboviroses, como febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular, dor articular, tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos, procure atendimento em uma Unidade de Saúde, e informe ao profissional de saúde responsável pelo acompanhamento pré-natal", alerta o ministério.
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AGÊNCIA BRASIL
Lei autoriza crianças e adolescentes a visitar pais internados
A visitação é uma das ações propostas pela Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS)
Lei que dispõe sobre o direito da criança e do adolescente de visitação à mãe ou ao pai internados em instituições de saúde foi sancionada esta semana. A norma entra em vigor 180 dias após a publicação na última segunda-feira (5).
A visitação é uma das ações propostas pela Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, o Ministério da Saúde informou que a proposta é ampliar visitas às unidades de internação no intuito de garantir ao paciente "pleno acesso ao seu ciclo social e a serviços de saúde".
"O direito de receber pessoas conhecidas e familiares, bem como de ter um acompanhante, concretiza o conceito da clínica ampliada e torna as visitações parte do tratamento", destacou o ministério.
Acolhimento
Para liberar a entrada de menores nas instituições de saúde será necessário que as equipes multiprofissionais façam o acolhimento de acordo com cada caso, além de seguir protocolos clínicos para evitar infecções hospitalares.
Outro fator que deverá ser revisto, segundo o ministério, é a percepção de que o ambiente hospitalar é "impróprio, frio e hostil". A presença de visitas e acompanhantes estimula a produção hormonal no paciente e diminui seu estado de alerta e ansiedade, segundo a pasta.
Humanização
A Política Nacional de Humanização existe desde 2003 sob a proposta de efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários.
"Promover a comunicação entre estes três grupos pode provocar uma série de debates em direção a mudanças que proporcionem melhor forma de cuidar e novas formas de organizar o trabalho", avalia o Ministério da Saúde.
"A humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de produção de saúde. Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior autonomia, a ampliação da sua capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade compartilhada, da criação de vínculos solidários e da participação coletiva nos processos de gestão e de produção de saúde," finaliza o ministério.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 07/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Menino faz cirurgia no cérebro para controlar doença do olho de tigre
Médica que levou bebê de hospital tentou comprar recém-nascida na Bahia, diz polícia
Greve dos funcionários do Hapvida expõe problemas internos do plano de saúde
O aumento das filas cirúrgicas e o modelo de cirurgia ambulatorial
Casos de dengue no inverno em 2024 já superam o registrado em toda a estação no ano passado
METRÓPOLES
Menino faz cirurgia no cérebro para controlar doença do olho de tigre
Doença que causa rigidez dos músculos e dores semelhantes à cãibras constantes foi controlada com cirurgia inovadora feita em Goiânia
Nos últimos três anos, a vida do pequeno Luan Cardoso Oliveira, de 10 anos, era de dores constantes, 24 horas por dia. Ele tem uma doença extremamente rara, a síndrome de Hallervorden-Spatz, que afeta o cérebro formando uma espécie de olho de felino que aparece nos exames de imagem — por isso, a condição ficou conhecida como “doença do olho de tigre”.
A síndrome é uma doença neurodegenerativa genética e rara que foi descrita pela primeira vez em 1992. Ela altera a forma como o corpo processa o ferro, gerando substâncias tóxicas responsáveis por um descontrole dos movimentos e dores semelhantes a cãibras o tempo inteiro.
No caso de Luan, a torsão do corpo causava até um comprometimento do desenvolvimento cardíaco, já que seu corpo ficava excessivamente arqueado para trás.
O diagnóstico só veio aos sete anos. Desde pequeno, o menino tinha uma leve dificuldade para falar e caminhar, o que levou os médicos a suspeitarem de um autismo leve. O quadro, porém, começou a piorar e a família descobriu que Luan tinha a doença através de exames de imagem.
“Ele começou a regredir e fomos atrás para entender o que estava acontecendo. O médico que deu o diagnóstico falou que não tinha nada a ser feito por ele, eram só remédios paliativos e ele ia morrer assim. Não aceitamos, fomos pesquisar até achar a cirurgia que podia ajudar ele”, conta Edilene Araujo, mãe do pequeno.
A família começou a arrecadar dinheiro em uma campanha de financiamento coletivo para custear uma cirurgia que controlasse os sintomas do menino. O procedimento inovador só tinha sido feito no Brasil uma única vez, em 2021, pela mesma equipe que fez a cirurgia de Luan em 21 de julho no Instituto de Neurologia de Goiânia (ING).
Após uma mobilização nas redes sociais, a família conseguiu reunir R$ 660 mil para pagar a cirurgia. “Foi mais de um ano e meio de campanha, da gente indo para a internet todos os dias pedir ajuda. Esse valor é muito, muito alto e lutamos até conquistar”, celebra a mãe do menino.
Como a cirurgia controla a doença do olho de tigre
O procedimento durou cerca de 11 horas. Ele foi chefiado pela neurocirurgiã goiana Ana Maria Moura e, com auxílio de outros 14 profissionais, foram instalados dois eletrodos no cérebro do menino.
Estes eletrodos funcionam como uma espécie de marcapasso cerebral, controlando os impulsos elétricos do cérebro e ajudando a modular os sinais da doença. O tratamento com estimulação cerebral profunda (DBS, em inglês) é feito também para tratamento de outras condições, como o Parkinson, mas ele é mais complicado para controle da doença do olho de tigre.
“Embora seja usado o mesmo material das cirurgias do Parkinson, é preciso colocar os eletrodos em uma outra região do cérebro. Enquanto os sintomas da demência são controlados na área cerebral chamada de núcleo subtalâmico, os da síndrome do Luan precisam chegar no globo pálido interno, que tem um acesso bastante desafiador”, explica a médica.
A melhora do quadro do menino foi praticamente imediata após o procedimento. Luan conseguiu se sentar e até dançou com a equipe médica. “Estamos muito otimistas quanto à melhora na qualidade de vida do Luan e continuaremos acompanhando seu progresso de perto”, completa Ana Maria.
O garoto ainda tem pela frente um período de recuperação e reabilitação que deve ser feito de perto. Por isso, a família se mudou momentaneamente da Bahia para Goiânia, onde deverá ficar por mais dois meses, pelo menos.
Embora controle os movimentos e aumente a qualidade de vida do paciente, o procedimento não é considerado uma cura para a condição, que continua sendo desafiadora. Devem ser feitos ajustes periódicos dos eletrodos de acordo com a evolução do paciente, e o tratamento deve ser combinado com uma reabilitação multidisciplinar envolvendo fisioterapia, fonoterapia e psicologia, entre outros.
https://www.metropoles.com/saude/cirurgia-doenca-do-olho-de-tigre
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PORTAL G1
Médica que levou bebê de hospital tentou comprar recém-nascida na Bahia, diz polícia
Cláudia Soares Alves, de 42 anos, está presa e foi indiciada pelos crimes de falsidade ideológica e tráfico de pessoas. Segundo a polícia, ela também forjou uma gravidez e tentava conseguir uma adoção ilegal.
A médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, que levou uma bebê de um hospital de Uberlândia para Itumbiara tentou oferecer pagamento para pegar crianças ilegalmente na Bahia, segundo a polícia. A Polícia Civil concluiu o caso e a indiciou pelos crimes de falsidade ideológica e tráfico de pessoas.
"Ela foi até o estado da Bahia, quatro dias antes de levar a criança de Uberlândia. Por lá, ela procurou insistentemente famílias vulneráveis, pessoas pobres, que teriam interesse de ceder um recém nascido, mediante remuneração", disse o delegado Anderson Pelágio.
Ao g1, a defesa de Cláudia disse que o processo está em segredo de justiça e que independentemente do teor do indiciamento ou até mesmo de eventual denuncia acredita que a questão será resolvida no procedimento de insanidade da acusada que já está em andamento.
Anteriormente, o advogado Vladimir Rezende, responsável pela defesa da médica, explicou que a cliente tem transtorno bipolar e, no momento dos fatos, se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discernir sobre o que estava fazendo.
O crime aconteceu dia 24 de julho e Cláudia está presa preventivamente. Conforme a polícia, ela também forjou uma gravidez e tentava conseguir uma adoção ilegal.
A investigação envolveu a Polícia Civil de Itumbiara e também a Polícia Civil de Uberlândia. Em uma coletiva, realizada nesta terça-feira (6), o delegado Anderson explicou detalhes da conclusão do caso.
Falsa gravidez
A Polícia Civil divulgou que Cláudia premeditou o crime há meses e que desde maio deste ano ela divulgava para parentes e amigos que estava grávida, e chegou até a comprar um enxoval de bebê.
O delegado contou ainda que ela conseguiu um documento que mostrava que estava grávida com um biomédico, de forma irregular, com base em um exame de gravidez de farmácia. A polícia concluiu que neste período Cláudia não estava grávida.
"O biomédico foi ouvido e disse que já era conhecido dela há anos. Ela ligou para ele, contou que estava grávida após fazer um teste e queria um laudo de exame de sangue como se ela estivesse ido ao laboratório. Daí, ele fez na confiança", contou o delegado.
Crimes
A polícia concluiu que Cláudia entrou no hospital usando um nome falso e com o crachá da universidade onde ela era professora universitária. "Ela teria livre acesso só com base nesse crachá, mas mesmo assim ela usou essa fraude de se passar por pediatra e anunciou um nome que não é dela, era um nome fictício", disse o delegado.
A investigação disse que antes de Cláudia levar a vítima dos pais, ela chegou a ir até alguns quartos do hospital, mas voltava ao perceber que não havia crianças meninas, que era o que ela desejava. "Ela conseguiu enganar os pais dizendo que iria ministrar o leite dela e a retirou do hospital. Depois disso, ela fugiu para Itumbiara, onde foi presa", contou Anderson.
Anderson explicou que no início do caso, Cláudia foi autuada por sequestro porque a polícia não tinha certeza da finalidade. No caso dela, o delegado explicou que o sequestro foi uma ferramenta que ela utilizou para depois fazer a adoção ilegal, ou seja, foi uma etapa do do crime.
"Ela sequestrou essa criança, levou para Itumbiara, acolheu essa criança que já configura o crime de tráfico de pessoas, que exige que ela faça esse acolhimento. Além disso, ela utilizou de fraude para entrar no hospital e enganar os pais para levar a recém-nascida. Então, o tráfico de pessoas é um crime mais grave com uma finalidade específica, absorve o crime de sequestro tem restrição de liberdade", disse.
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O HOJE
Greve dos funcionários do Hapvida expõe problemas internos do plano de saúde
A decisão é uma resposta às reivindicações não atendidas pela empresa, como o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho instituída pelo MTE
Os funcionários do plano de saúde Hapvida estão com os serviços paralisados desde o dia primeiro de agosto e segue até a empresa dar um posicionamento. Durante este período, os serviços essenciais serão mantidos em operação mínima (30%), de acordo com as normas legais, para garantir a segurança e o atendimento de urgência aos pacientes.
A decisão é uma resposta às reivindicações não atendidas pela empresa. Após a paralisação que ocorreu no feriado de Corpus Christi, no dia 30 de junho, os trabalhadores solicitaram o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), já homologada no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A técnica de enfermagem, Laura Silva, que também está na Hapvida há cinco anos, expressou sua frustração com a situação atual. “Estamos aqui para cuidar dos nossos pacientes, mas também precisamos ser cuidados. Sem o devido reajuste salarial, ficamos desmotivados e preocupados com o nosso próprio futuro”, desabafa.
A empresa prometeu que cumpriria a exigência, mas não foi o que aconteceu e os funcionários foram surpreendidos no contracheque deste mês de agosto, com a ausência total do primeiro pela empresa.
Ana Souza, Enfermeira, trabalha na Hapvida há seis anos e, durante todo esse tempo, viu a demanda de pacientes aumentar, mas isso não reflete no salário. “Precisamos de um aumento salarial para continuarmos oferecendo um atendimento de qualidade”, comenta.
Carlos Mendes, Técnico de Enfermagem, trabalha no Hapvida há quatro anos e diz estar desanimado. “O custo de vida está subindo, mas nossos salários permanecem os mesmos. Temos que lidar com a pressão constante, sobrecarga de trabalho e ainda enfrentar condições que muitas vezes são precárias”, lamenta.
“O aumento salarial não é um luxo, é uma necessidade para garantir que possamos continuar desempenhando nosso papel de forma eficaz e digna”, finaliza.
Com os salários abaixo do mercado, muitas vezes a jornada extra impacta diretamente nas condições de trabalho e no bem-estar dos profissionais de saúde, o que prejudica a assistência ao paciente, segundo os colaboradores, que atualmente recebem R$ 1500,31.
Mariana Lima, Técnica de Enfermagem, se sente desvalorizada pela empresa. “Estamos sempre à disposição, lidando com emergências e trabalhando além do horário. A falta de reajuste salarial afeta não só nossa motivação, mas também nossa capacidade de continuar oferecendo o melhor atendimento possível aos nossos pacientes”, afirma, ao destacar que o reajuste salarial é uma questão de justiça e reconhecimento.
O recepcionista João Ferreira, que trabalha na empresa há três anos , destaca que ver de perto a dedicação de todos os profissionais que trabalham na concessionária, mas lamenta que a remuneração não acompanha essa dedicação. “Estamos lutando por um salário que nos permita viver com dignidade e que reconheça a importância do nosso trabalho na cadeia de atendimento à saúde”, salienta.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do plano de saúde Hapvida para entender como está o funcionamento e atendimento dos usuários além de entender as negociações com os colaboradores, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
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MEDICINA S/A
O aumento das filas cirúrgicas e o modelo de cirurgia ambulatorial
Por Newton Quadros
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), criada em 1961, é formada por 38 países, da América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia. Em 2023, ela publicou o estudo denominado Health at a Glance 2023: OECD Indicators, em que apresentou dados sobre os longos tempos de espera para cirurgia eletivas e atendimento médico em duas dezenas de países. A conclusão desse estudo é que o problema se agrava anualmente. Em 2022, o tempo médio de espera de um paciente para realizar uma cirurgia de catarata era de 149 dias no Chile; 278 dias na Costa Rica; 148 dias na Irlanda; 108 dias em Portugal; 240 dias na Eslovênia; 132 dias na Noruega; 113 dias na Nova Zelândia e 350 dias na Polônia.
A OCDE se dedica à promoção de padrões convergentes em vários temas, como questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e ambientais. Com sede em Paris, a organização atua na coleta de dados, análises, discussões, decisões colegiadas, implementações de políticas e vigilância multilateral. O Brasil protocolou o pedido de acesso à OCDE em 2017, e em junho de 2022, o governo brasileiro recebeu o Accession Roadmap, que estabelece os termos e condições para o processo de adesão, porém não houve ainda uma posição definitiva de ingresso do Brasil.
Na Espanha, segundo dados do Ministério da Saúde, a comunidade de Andaluzia tinha 1 milhão de pacientes em lista de espera, sendo 840 aguardando consulta com especialista e 160 mil aguardando por agendamento cirúrgico. O Brasil, segundo o Programa Nacional de Redução de Filas, encontra muitas dificuldades para conter o crescimento das filas de espera. Segundo o Ministério da Saúde, em relatório divulgado em maio de 2023, há mais de 1 milhão de cirurgias eletivas à espera do SUS em todo o Brasil.
Os riscos decorrentes de longas filas de espera são deterioração da saúde do paciente; aumento dos custos relacionados à assistência à saúde; redução da qualidade de vida; aumento da ansiedade e geração de novas comorbidades devido à espera; perda da janela de ação preventiva; aumento das solicitações de emergência; perda da eficiência terapêutica, entre outros.
Muitos países europeus e norte-americanos, em especial os EUA, decidiram incentivar o modelo de Ambulatory Surgery Center (ASC - Centro Cirúrgico Ambulatorial, em português), como uma alternativa para reduzir as filas e os custos cirúrgicos, com impactos positivos para o sistema de saúde. Nos EUA, os sistemas Medicare e Medicaid são considerados grandes compradores de cirurgias realizadas em ASCs e a legislação e o controle sobre a cirurgia ambulatorial já estão muito avançados. Entre 2011 e 2022, o número total de centros cirúrgicos ambulatoriais certificados pelo Medicare nos Estados Unidos cresceu a uma taxa anual de 1,3%, aumentando de 5.217 para 6.028 unidades.
Neste mercado, 30% das unidades estão concentradas em grandes grupos empresariais, a exemplo da AMSURG, que se fundiu com a Envision Healthcare; a United Surgical Partners International (USPI - empresa controladora da Tenet Healthcare/Tenet); a SCA Health (SCA, de propriedade da Optum/UnitedHealth Group); a HCA Healthcare (HCA); a Surgery Partners (54% de propriedade da Bain Capital), entre outros grupos. Os outros 70% estão pulverizados em pequenas empresas.
Nos EUA, a expectativa é de que, até 2028, cerca de 85% dos procedimentos cirúrgicos sejam realizados em ASCs e isto significa uma migração de mercado na ordem de 60 bilhões de dólares. Considerando que, segundo o Medicare, os custos dos procedimentos cirúrgicos são de 15 a 47% mais caros se realizados em hospitais convencionais, quando comparados aos ASCs, tal migração não pode ser mais considerada uma tendência, mas sim uma estratégia do governo para reduzir filas cirúrgicas ao mesmo tempo em que reduz custos assistenciais. Nos últimos anos, certos procedimentos de maior complexidade, tradicionalmente realizados em um ambiente de internação ou no denominado Departamento Ambulatorial Hospitalar (HOPD), começaram a migrar para um ambiente de ASC independente.
Essa mudança estabeleceu um novo padrão para o nível de complexidade que um ambiente de ASC pode lidar com segurança e eficiência. A diretora de operações da Virtua Health, Catherine Retzbach, disse que os ASCs que lidam com casos de alta complexidade "oferecem aos pacientes mais opções para a realização de procedimentos em um ambiente de alta qualidade e baixo custo." Como exemplo, os ASCs devem realizar metade de todos os procedimentos cardiológicos até final de 2024.
O Brasil ainda não percebeu as vantagens de migração de procedimentos cirúrgicos para o ambiente ambulatorial como estratégia para reduzir filas cirúrgicas e custos assistenciais e ampliar o acesso ao cuidado. O Governo Federal poderia investir no modelo de Unidade Cirúrgica Ambulatorial (UCA) e aumentar muito o rol de procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, atualmente realizados nas AMEs e UPAs, além de reduzir a ocupação dos hospitais públicos com demanda cirúrgica de baixa e média complexidade, abrindo vagas para os pacientes de alta complexidade. O mesmo serve para o setor privado que ainda opera na conservadora mentalidade hospitalocêntrica, na contramão do que vemos nos países mais ricos e desenvolvidos do mundo.
*Newton Quadros é Administrador de Empresas, especialista em Qualidade Hospitalar e Governança Corporativa, Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Ambulatorial - SOBRACAM, atuou na concepção e implantação do Projeto NEO LIFE em Brasília e atualmente é Superintendente Hospitalar do ISG Saúde.
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de dengue no inverno em 2024 já superam o registrado em toda a estação no ano passado
Até a última semana epidemiológica, foram confirmados 206.952 casos de dengue em 2024 no período do inverno
Casos de dengue no inverno em 2024 já superam o registrado em toda a estação no ano passadoAté a última semana epidemiológica, foram confirmados 206.952 casos de dengue em 2024 no período do inverno Saúde|
Os casos de dengue no inverno de 2024 já superam o total registrado em toda a estação do ano passado. Até a última semana epidemiológica, foram confirmados 206.952 casos de dengue em 2024, comparado a 123.833 casos registrados durante todo o inverno de 2023, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
Normalmente, o inverno é um período de redução nos casos de dengue devido às baixas temperaturas, que dificultam a eclosão dos ovos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Contudo, o inverno de 2024 apresenta uma situação diferente.
Nos meses de inverno, que ocorrem de junho a setembro, os casos de dengue costumam cair devido às temperaturas mais baixas, mas especialistas atribuem a alta deste ano a fatores como mudanças climáticas e rescaldo da alta histórica registrada nos primeiros meses deste ano.
O início do inverno, em 21 de junho, coincide com a 25ª semana epidemiológica, utilizada para monitorar a dengue e outras doenças. Em 2023, foram confirmados 19.287 casos de dengue nesta semana, o maior número registrado até então. Em 2024, esse número mais que triplicou, saltando para 65.186 novos casos.
Entre 21 de junho (semana 25) e 1º de agosto (semana 31) de 2024, foram registrados 206.952 casos de dengue. Em comparação, durante o mesmo período em 2023, foram confirmados 82.194 casos. Mesmo considerando um período mais longo no ano passado, de 21 de junho até 23 de setembro (semana 38), o total foi de 123.833 casos, ainda significativamente menor do que o número já registrado em 2024.
Embora o avanço do inverno e a diminuição das temperaturas tenham reduzido o número de novos casos, a dengue não desapareceu. Ao longo de todo o ano, foram notificados 6.446.748 casos prováveis de dengue em todo o país, resultando em uma taxa de letalidade de 0,08% de acordo com a última atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. O coeficiente da doença no Brasil, neste momento, é de 3.170,1 casos para cada 100 mil habitantes.
A faixa etária mais afetada é a dos 20 aos 29 anos, seguida pelas faixas de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos. Os grupos menos afetados são os menores de um ano, pessoas com 80 anos ou mais, e crianças de um a quatro anos.
Entre os Estados, São Paulo lidera em números absolutos de casos de dengue. Em seguida, estão Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. No entanto, quando se considera o coeficiente de incidência da doença, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, seguido por Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
No momento, o Ministério da Saúde afirma trabalhar na organização da rede de assistência aos pacientes, capacitação de profissionais, reavaliação do fluxo de atendimento e estudos sobre os casos graves em discussões com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAs).
A situação atual acende um alerta para a necessidade de reforçar as medidas de prevenção e controle da dengue, especialmente em períodos em que, tradicionalmente, a incidência da doença tende a ser menor. As autoridades de saúde seguem monitorando de perto a situação e promovendo campanhas para conscientizar a população sobre a importância de eliminar os focos do mosquito transmissor.
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Assessoria de Comunicação