Administrador
CLIPPING AHPACEG 25/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
CFM cassa registro de médico que deformou paciente após aplicar PMMA
Subsidiária da Johnson & Johnson entra com pedido de recuperação judicial para agilizar acordo
Inteligência Artificial: a revolução nos sistemas de saúde
Planos de saúde: quatro beneficiários fraudaram R$ 9 milhões em três anos e meio
Porto Saúde se consolida entre os melhores planos de saúde do país e acelera expansão com novos produtos e serviços
METRÓPOLES
CFM cassa registro de médico que deformou paciente após aplicar PMMA
Médico foi condenado em um dos quatro casos que tramitavam na Justiça do DF. Vítimas o acusam de aplicar de forma errada o PMMA
O Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM) manteve a decisão da entidade de classe regional (CRM-GO) que cassou o registro profissional de Wesley Noryuki Murakami (). Os detalhes sobre a decisão contra o médico constam na edição desta quarta-feira (25/9) do Diário Oficial da União (DOU).
Wesley Noryuki Murakami foi condenado no processo em que era acusado de "deformar" o rosto de uma paciente ao realizar intervenções estéticas com aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato).
No início deste mês, a 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras determinou que o médico deverá cumprir 2 anos e três meses de prisão em regime inicial aberto.
A Justiça entendeu que Wesley aplicou quantidades excessivas de PMMA e em áreas inadequadas do rosto de uma das vítimas. No total, quatro pessoas o processaram por lesão corporal grave, porém, o juiz André Silva Ribeiro declarou extinta a punibilidade do médico em três casos - um por prescrever, outro por desistência da vítima e o último por falta de "elementos de prova".
O único caso pelo qual foi responsabilizado é um de setembro de 2015: a vítima pagou mais de R$ 8 mil por uma bioplastia no nariz. Após o procedimento, ela sofreu trombose venosa profunda, necessitou ser internada e, ainda, teve a evolução do quadro para tromboembolismo pulmonar.
O quadro a levou a ter incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias e causou "enfermidade incurável".
A reportagem não localizou a defesa do médico. O espaço segue aberto.
Relembre o caso
No caso que levou à condenação de Wesley, a vítima conta que as lesões começaram após ela ter recebido uma injeção com o mesmo produto embaixo do nariz. Ela chegou a aspirar parte do PMMA, sentindo-o em sua garganta. Dois dias depois do procedimento, constatou sinais de infecção na mucosa bucal, com pus, inchaço e dor.
A mulher não conseguiu contato com o médico em Brasília e foi até a emergência do Hospital Santa Helena. Lá, foi diagnosticada com trombose venosa profunda. O quadro se agravou para um tromboembolismo pulmonar, que a afastou de suas atividades por mais de 30 dias.
Mesmo após ser submetida a diversos tratamentos, a mulher teve deformidades permanentes e limitações geradas pelo procedimento: "Até o presente momento, sofre com falta de ar constante, fadiga, limitações para viajar, pois usa meias compressivas, associadas a injeções de anticoagulantes no abdômen", explicita a denúncia recebida pela Justiça.
......................................
JORNAL OPÇÃO
Subsidiária da Johnson & Johnson entra com pedido de recuperação judicial para agilizar acordo
Acordo visa encerrar milhares de processos judiciais que alegam que o talco para bebês da marca causou câncer
Uma subsidiária da Johnson & Johnson (J&J) entrou com pedido de falência pela terceira vez, na sexta-feira, 20, com o objetivo de avançar com uma proposta de acordo de US$ 8 bilhões. Esse acordo visa encerrar milhares de processos judiciais que alegam que o talco para bebês da marca causou câncer.
A Red River Talc, unidade da J&J, entrou com o pedido de falência no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, no Distrito Sul do Texas, utilizando o Chapter 11, um mecanismo equivalente à recuperação judicial no Brasil. O processo permite que empresas continuem suas operações enquanto reorganizam suas finanças sob supervisão judicial.
A Johnson & Johnson enfrenta mais de 62.000 ações judiciais, que alegam que seu talco estaria contaminado com amianto, causando câncer de ovário e outros tipos de câncer. Apesar das alegações, a empresa nega qualquer irregularidade, defendendo a segurança de seus produtos.
Após ter tentativas anteriores de acordo rejeitadas por tribunais federais, a J&J está recorrendo novamente à estratégia de falência conhecida como “duas etapas do Texas”. Com essa manobra, a empresa transfere a responsabilidade para uma subsidiária, que então solicita o Chapter 11, forçando um acordo coletivo sem que a própria Johnson & Johnson declare falência.
A J&J afirma que obteve o apoio de 83% dos reclamantes para o plano de falência, acima dos 75% necessários para que um juiz de falências imponha o acordo a todos os demandantes. Esse novo esforço da empresa, no entanto, se concentra nas alegações de câncer de ovário e outros tipos de câncer ginecológico, excluindo processos relacionados ao mesotelioma, que já foram abordados em acordos anteriores.
A estratégia da J&J ainda enfrenta desafios legais, incluindo uma decisão da Suprema Corte dos EUA e propostas de leis federais que visam restringir o uso de proteção falimentar por empresas financeiramente sólidas, como a Johnson & Johnson.
.............................
PORTAL IG
Inteligência Artificial: a revolução nos sistemas de saúde
O futuro da saúde depende da capacidade de adaptação e inovação constante
A transformação digital no setor de saúde, impulsionada pela Inteligência Artificial (IA), é amplamente vista como essencial para superar desafios crescentes. A inovação tecnológica promete resolver muitos dos problemas enfrentados pelos sistemas de saúde ao redor do mundo, desde a redução de custos até a melhoria na qualidade do atendimento. No entanto, muitos executivos do setor acreditam que os investimentos atuais são insuficientes para aproveitar todo o potencial dessas tecnologias emergentes.
Publicidade
A era digital trouxe uma revolução para diversos setores, e a saúde não está de fora dessa transformação. A IA se apresenta como uma ferramenta poderosa, capaz de analisar grandes volumes de dados rapidamente, identificar padrões complexos e oferecer soluções precisas e personalizadas. A promessa é grande: otimizar diagnósticos, prever surtos de doenças, personalizar tratamentos e até mesmo automatizar tarefas administrativas, liberando profissionais de saúde para se concentrarem em cuidados mais críticos e humanos.
Os benefícios da IA na saúde são amplos e variados. A tecnologia pode não apenas reduzir os custos operacionais, mas também aumentar a eficiência e a precisão dos serviços médicos. Imagine um sistema onde os diagnósticos são mais rápidos e precisos, onde os tratamentos são personalizados com base em dados reais do paciente, e onde a prevenção de doenças se torna proativa em vez de reativa. Este cenário, que antes parecia distante, está se tornando cada vez mais real com o avanço da IA.
Entretanto, a implementação dessas tecnologias não é isenta de desafios. A falta de investimentos robustos é uma barreira significativa. Muitos executivos do setor de saúde reconhecem a importância da transformação digital, mas a escassez de recursos financeiros e a resistência à mudança dentro das organizações dificultam a adoção ampla e eficaz da IA. Além disso, a integração dessas novas tecnologias exige um esforço coordenado para capacitar os profissionais e adaptar os processos organizacionais.
Para que a transformação digital no setor de saúde atinja seu pleno potencial, é necessário um compromisso firme com a inovação e o investimento estratégico. Isso inclui alocar recursos de forma adequada, investir na formação contínua dos profissionais de saúde e estabelecer parcerias com empresas de tecnologia especializadas. A colaboração entre diferentes setores é crucial para desenvolver soluções personalizadas e eficazes que atendam às necessidades específicas de cada sistema de saúde.
Ao explorar as prioridades de investimento em IA no setor de saúde, este artigo destaca os benefícios esperados, os desafios enfrentados e as estratégias necessárias para garantir uma implementação eficaz e sustentável. A transformação digital é uma jornada contínua e multifacetada. Com uma abordagem estratégica e colaborativa, os sistemas de saúde podem não apenas sobreviver aos desafios atuais, mas prosperar, oferecendo um atendimento de qualidade superior e mais equitativo para todos.
Publicidade
O futuro da saúde depende da capacidade de adaptação e inovação constante. A IA, longe de ser apenas uma ferramenta tecnológica, deve ser vista como um aliado poderoso na busca por um sistema de saúde mais eficiente, acessível e humano. A revolução digital está apenas começando, e aqueles que abraçarem essa mudança com visão e determinação estarão mais bem posicionados para liderar o caminho em direção a um futuro mais saudável e sustentável.
O Impacto Transformador da Inteligência Artificial na Saúde
Os avanços em IA, aprendizado de máquina e aprendizado profundo têm o potencial de revolucionar o setor de saúde. Segundo estudos da McKinsey, essas tecnologias podem resultar em uma economia líquida de até US$ 360 bilhões em gastos com saúde. A IA permite a análise rápida de grandes volumes de dados, identificando padrões que os seres humanos levariam anos para descobrir. Isso resulta em diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados, além de processos mais eficientes.
Diagnóstico e Tratamento
A IA já está sendo utilizada para aprimorar o diagnóstico de doenças. Ferramentas baseadas em IA podem analisar imagens médicas com uma precisão que rivaliza ou até supera a dos radiologistas humanos. Além disso, algoritmos de IA podem prever quais pacientes estão em maior risco de desenvolver complicações, permitindo intervenções preventivas e personalizadas.
Gestão de Recursos
A gestão eficiente dos recursos é outra área onde a IA pode fazer uma grande diferença. Sistemas baseados em IA podem prever a demanda por serviços de saúde, ajudando hospitais a otimizar o uso de seus recursos. Isso é particularmente importante em tempos de crises de saúde, como pandemias, onde a demanda pode variar drasticamente.
Desafios Persistentes nos Sistemas de Saúde
Os sistemas de saúde globais enfrentam desafios significativos, como custos crescentes, escassez de profissionais e uma população envelhecida que requer cuidados mais intensivos. Além disso, os consumidores estão exigindo cada vez mais conveniência e eficiência, como serviços de agendamento digital e telemedicina. A transformação digital, impulsionada pela IA, é vista como uma solução para muitos desses problemas, proporcionando melhores experiências aos pacientes e otimizando o uso dos recursos disponíveis.
Custos Crescentes
O aumento dos custos de saúde é uma preocupação constante. A IA pode ajudar a mitigar esses custos através da automação de tarefas administrativas e clínicas, melhorando a eficiência operacional. No entanto, a implementação dessas tecnologias exige investimentos iniciais significativos, o que pode ser um desafio para muitas organizações.
Escassez de Mão de Obra
A escassez de profissionais de saúde é outro desafio crítico. A IA pode ajudar a aliviar essa pressão automatizando tarefas rotineiras e permitindo que os profissionais de saúde se concentrem em cuidados mais complexos e personalizados. Isso não só melhora a eficiência, mas também aumenta a satisfação dos profissionais de saúde.
Envelhecimento da População
Com uma população global envelhecendo rapidamente, há uma demanda crescente por cuidados de longo prazo e gestão de condições crônicas. A IA pode desempenhar um papel crucial no monitoramento e gerenciamento desses pacientes, fornecendo cuidados personalizados e contínuos.
A Lacuna nos Investimentos em IA
Apesar do reconhecimento da importância da transformação digital, uma pesquisa da McKinsey revela que 75% dos executivos de saúde acreditam que seus investimentos atuais em IA e tecnologias digitais estão aquém do necessário. Muitos apontam a falta de recursos financeiros e a resistência à mudança como barreiras significativas. A implementação eficaz dessas tecnologias exige não apenas capital, mas também um compromisso com a formação contínua de profissionais e a adaptação de processos organizacionais.
Estratégias para Maximizar o Impacto da IA
Para superar essas barreiras, os sistemas de saúde devem adotar uma abordagem estratégica ao investir em IA. Isso inclui:
1. Alocação Adequada de Recursos: Priorizar investimentos em áreas com maior potencial de retorno, como diagnóstico por imagem, análise de dados clínicos e telemedicina.
2. Capacitação e Treinamento: Investir na formação de profissionais para que possam utilizar e integrar novas tecnologias de maneira eficiente.
3. Colaboração com Parceiros Tecnológicos: Estabelecer parcerias com empresas especializadas em IA para desenvolver soluções personalizadas e eficazes.
4. Monitoramento e Avaliação Contínua: Implementar sistemas de monitoramento para avaliar o impacto das tecnologias e ajustar estratégias conforme necessário.
A Visão para o Futuro
A transformação digital através da IA é uma jornada contínua e multifacetada. Os sistemas de saúde que priorizarem investimentos estratégicos, capacitação adequada e parcerias colaborativas estarão mais bem posicionados para enfrentar os desafios futuros. A economia projetada de bilhões de dólares em gastos com saúde não é apenas uma promessa distante, mas uma realidade alcançável com a abordagem certa.
Considerações Finais
O futuro da saúde depende da capacidade de adaptação e inovação constante, garantindo que as tecnologias emergentes sejam plenamente integradas para beneficiar pacientes e profissionais de saúde. O sucesso reside em reconhecer que a IA não é apenas uma ferramenta, mas um aliado poderoso na busca por um sistema de saúde mais eficiente, acessível e humano. Ao adotar uma visão holística e estratégica, os sistemas de saúde podem não apenas sobreviver aos desafios atuais, mas prosperar, oferecendo um atendimento de qualidade superior e mais equitativo para todos.
............................
CQCS - CENTRO DE QUALIFICAÇÃO DO CORRETOR DE SEGUROS
Planos de saúde: quatro beneficiários fraudaram R$ 9 milhões em três anos e meio
Criação de clínica fictícia para atendimento de menor, no endereço residencial dos pais, apresentação de notas falsas, uso de recibos adulterados, cobranças de serviços em duplicidade, declaração de procedimentos não reconhecidos pelos profissionais que os teriam realizado. Essas são algumas das fraudes identificadas em supostos tratamentos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) de quatro beneficiários de planos de saúde da SulAmérica que juntos totalizam um desembolso de cerca de R$ 9 milhões, de janeiro de 2021 a maio de 2024. Nesse caso, não se tratam de quadrilhas, como já denunciamos aqui, mas casos individuais que resultaram em notícia-crime à polícia e em ação judicial contra o beneficiário e seu representante legal.
Inteligência artificial, auditoria todas as ferramentas estão sendo usadas pela SulAmérica para identificação fraudes. A operadora chegou a barrar judicialmente R$ 73 milhões em reembolsos fraudulentos de janeiro de 2023 a julho deste ano, nesses quatro casos, no entanto, as irregularidades só foram identificadas após o pagamento. Segundo a operadora, a atuação visa além de combater práticas criminosas, proteger os beneficiários garantindo que sejam atendidos por estabelecimentos regulares e profissionais qualificados.
- Esses casos demonstram como surgem tipos inéditos de fraude a cada oportunidade - diz a diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Vera Valente.
Na avaliação da FenaSaúde, é necessário que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) crie uma Diretriz de Utilização (DUT), estabelecendo requisitos e procedimentos para a cobertura dos atendimentos multidisciplinares dos pacientes com TEA.
- Seria uma iniciativa capaz de ajudar a coibir desperdícios e evitar fraudes, sem comprometer o bom atendimento aos beneficiários com TEA, colaborando para preservar a sustentabilidade de todo o sistema suplementar - diz Vera.
Na avaliação de Ana Navarrete, consultora especialista em saúde suplementar, no entanto, a criação de DUTs é uma solução ruim, porque acaba por se tornar uma via indireta de controle de acesso ao tratamento, o que prejudica o usuário de boa-fé.
- A criação de DUTs dificulta o acesso de quem está no uso adequado do plano. Aumenta o risco de negar atendimento necessário a quem precisa. O que realmente resolveria o problema seria avançarmos numa regulação e maior fiscalização sobre os prestadores. Tanto sobre preço quanto qualidade - avalia Navarrete.
O combate a fraudes é de interesse de todos, inclusive dos consumidores, afinal a conta dos planos de saúde é como a dos condomínios, um rateio entre todos os usuários. Isso significa na prática, que todos pagam pelos procedimentos irregulares. No entanto, têm sido frequentes os relatos de dificuldade de aprovação de procedimentos e de pagamentos de reembolso aos beneficiários dos planos de saúde, diz a especialista.
- Combater a fraude é importante e necessário, mas não pode ser um pretexto para dificultar acesso ou criar burocracias desnecessárias para que os usuários de planos de saúde tenham acesso a seus direitos.
............................
Porto Saúde se consolida entre os melhores planos de saúde do país e acelera expansão com novos produtos e serviços
A Porto Saúde se destacou e conquistou uma posição entre os 10 melhores planos de saúde do país, segundo o 'Valor 1000', ranking que categoriza as maiores empresas por empresas por segmento. O reconhecimento afirma o compromisso da companhia em ser uma referência no setor de saúde suplementar, alcançando resultados financeiros robustos e expandindo os serviços por todo o Brasil.
Em março de 2024, a Porto Saúde expandiu a Linha Pro, já presente em São Paulo (SP) e outras regiões, para o Rio de Janeiro (RJ), que inclui três planos (Bronze Rio Pro, Prata Rio Pro e Ouro Rio Pro), com coparticipação opcional de 10, 20 e 30%, e diversos benefícios, como telemedicina 24 horas, descontos em medicamentos em mais de cinco redes de farmácias. Além disso, a Linha Pro também oferece Seguro Odontológico, sem custo adicional, e assistência viagem nacional, por um preço mais acessível e com a qualidade de atendimento Porto, para planos de três a 99 vidas.
A companhia também lançou, no primeiro trimestre do ano, a Linha Porto Saúde, que se destina para pequenas, médias e grandes empresas. Com abrangência nacional, reembolso, rede otimizada, custos cerca de 15% menores que a Linha Tradicional, o produto conta com acesso ao Time Médico Porto, a programas de promoção à saúde e descontos em farmácias parceiras.
A fim de continuar oferecendo um atendimento de qualidade para os segurados e gerando novas oportunidades para os corretores, a Porto Saúde realizou, em julho, o lançamento da Linha Porto Bairro, um plano de saúde microrregional operado pela Portomed e focado em pequenas e médias empresas (PMEs) de São Paulo.
O novo produto oferece 10 novos planos, cada um associado a um bairro específico da cidade, como Centro, Ipiranga e Itaquera, com hospitais de referência locais e outros serviços, que incluem acesso Time Médico Porto, a laboratórios próximos, telemedicina 24h, psicólogos online e descontos em farmácias. Com a nova linha, os clientes podem acionar seguros odontológicos e de vida a preços promocionais, como complemento ao plano.
Em meio ao cenário de crescimento e expansão, a companhia tende a continuar se adaptando às principais necessidades dos segurados e às evoluções do mercado brasileiro.
.........................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 24/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Gestão: hábitos saudáveis valem também para os negócios
A retomada da saúde suplementar
Doenças raras: Saúde barra 43% dos remédios que poderiam entrar no SUS
Hapvida NDI anuncia investimento anual de R$ 1 bilhão para expandir sua rede de atendimento
MEDICINA S/A
Gestão: hábitos saudáveis valem também para os negócios
Por Marcelo Stangherlin
Hábitos nada saudáveis podem causar sérias doenças. Algumas delas, com risco à vida, podendo abreviá-la ao ponto de viver os últimos momentos em cuidados paliativos, até seu ocaso. Vale para nossa existência e, também, para a gestão de negócios, quando a falta de cuidado pode fazer uma empresa ter um fim precoce.
Infelizmente, para mais da metade dos negócios brasileiros, essa tem sido a regra. São aquelas que, segundo estudo do BigDataCorp, não resistem a mais de três anos de operação. Entre os principais motivos para o fechamento precoce estão a falta de planejamento e a gestão financeira deficitária.
Empreendimentos que se descuidam e não priorizam o controle das finanças são os mais vulneráveis e menos preparados para enfrentar crises externas. Pouco resilientes, ficam sujeitos aos desequilíbrios provocados pelo contexto e apresentam maior dificuldade para retomada.
O assunto ganhou mais importância nos últimos anos, especialmente desde a pandemia. Na ocasião, um dos setores mais expostos foi o da saúde - tanto pelo excesso de demanda nas emergências quanto pela queda na procura por consultas e procedimentos eletivos. Clínicas e consultórios médicos com foco em pacientes recorrentes viram seu faturamento despencar e passaram a olhar para a saúde financeira com mais atenção. Ao mesmo tempo, tomaram como prioridade a transformação digital. O resultado dessa combinação? Tecnologia aplicada à otimização de recursos - de tempo e dinheiro.
Negócios médicos de pequeno e médio porte perceberam a importância de fluxos e processos mais robustos para dar conta das diferentes necessidades que envolvem o cuidado com as finanças. E o mercado acompanhou essa movimentação.
Softwares de gerenciamento voltados à área da saúde já substituem pilhas de papel, automatizam trabalhos manuais, facilitam o controle de estoque, resolvem repasses de valores, comissionamento, emissão de nota fiscal e fluxo de caixa, promovem a integração de dados e geram relatórios a partir do cruzamento de informações. Tudo isso de forma integrada, customizada, segura e descomplicada. Com visualização e análise avançada de dados, o médico tem o principal número do consultório na palma da mão - recurso fundamental para uma tomada de decisão ágil e assertiva.
Players do setor que investiram em soluções de gestão financeira à época da pandemia certamente estavam melhor preparados para lidar com os desafios motivados pela recente catástrofe no Rio Grande do Sul. E seguem menos suscetíveis a crises futuras. Estão credenciados para encarar, com resiliência, as adversidades no horizonte.
E essa solução não se restringe ao setor da saúde. É o cuidado necessário para auxiliar gestores de qualquer nicho a navegar em mares revoltos. Valendo-se de ferramentas como essas, somado a hábitos saudáveis, como boa gestão, rigor com as finanças e planejamento, é possível ter uma vida mais longa e prosperar com sustentabilidade.
*Marcelo Stangherlin é CEO da GestãoDS.
...........................
A retomada da saúde suplementar
Planos de saúde registram primeiro resultado operacional positivo no 1º trimestre desde 2021. IESS enxerga primeiros sinais de recuperação depois da crise no período pós-pandemia.
As operadoras de planos de saúde de assistência médico-hospitalar fecharam o primeiro trimestre desse ano com Resultado Operacional (RO) positivo de R$ 1,9 bilhão, o primeiro desempenho “no azul” para os três primeiros meses desde 2021. Além disso, o resultado trimestral apresentou convergência positiva dos três principais indicadores de desempenho econômico-financeiro do setor: RO, Resultado Líquido (RL) e Resultado Financeiro (RF) – algo inédito desde 2020 (até então, pelo menos um dos três indicadores tinha performance negativa no primeiro trimestre). Os dados, divulgados em agosto, fazem parte do relatório “Análise econômico-financeira dos planos de assistência médica no Brasil (2018-2024): Impactos da pandemia e perspectivas de recuperação”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
“A Receita Operacional retrata exatamente todas as entradas e saídas das operadoras especificamente com o negócio do plano de saúde, sem envolver os ganhos financeiros, por exemplo, com aplicações de Tesouraria. Obter um resultado operacional positivo é uma condição elementar para a sobrevivência e a sustentabilidade de qualquer negócio, e, claro, o mesmo raciocínio vale para uma operadora de plano de saúde”, analisa o superintendente executivo do IESS, José Cechin.
A RO equivale à diferença entre receitas e despesas da operação, ou seja, é o resultado obtido após deduzir despesas assistenciais, administrativas, de comercialização e outras do volume total de receitas obtidas com contraprestações (mensalidades) e outros rendimentos operacionais. Isso exclui, portanto, os ganhos financeiros das operadoras. Cabe lembrar que, em março de 2024, os planos de saúde de assistência médico-hospitalar contavam com 50,9 milhões de beneficiários, sendo que 17% possuíam planos individuais ou familiares, enquanto 83% estavam em planos coletivos empresariais ou por adesão, distribuídos entre 673 operadoras.
Segundo Cechin, diante da crise econômica deflagrada no setor desde a pandemia de covid-19 iniciada em 2020, esse é o primeiro sintoma de um processo de recuperação do sistema de saúde suplementar. Prova disso é que o RO do primeiro trimestre de 2024 representou uma melhora considerável ante o mesmo período de 2023, quando foi registrado resultado de negativo de R$ 1,7 bilhão.
O resultado é significativo porque, a partir de 2022, o setor viveu um processo de intensificação de demanda de serviços de saúde, a partir da retomada de procedimentos suspensos durante a pandemia de covid-19 (2020 e 2021). “Entre 2022 e 2023, observou-se uma deterioração no resultado operacional, registrando valores negativos de R$ 10,7 bilhões e R$ 5,9 bilhões, respectivamente. Por outro lado, os resultados financeiros apresentaram melhora significativa, impulsionados pelo acelerado crescimento nas taxas de juros, alcançando R$ 9,4 bilhões e R$ 11,2 bilhões, respectivamente. O resultado líquido foi negativo em R$ 529,8 milhões e positivo em R$ 1,9 bilhão, respectivamente”, relata o documento.
A margem de lucro líquido (MLL), que representa a porcentagem do RL em relação ao total de receitas operacionais acumuladas no período, variou consideravelmente ao longo do tempo analisado, oscilando entre -4,7% e 16,2% (início da pandemia). No primeiro trimestre de 2024, a MLL foi, no entanto, de 3,7%, refletindo uma melhoria gradual nas margens das operadoras médico-hospitalares.
O estudo explica que os primeiros sinais de recuperação advêm de diversas iniciativas deflagradas pelas operadoras, caso de renegociações de contrato com fornecedores e prestadores de serviços, ganhos de eficiência administrativa (sobretudo com uso de tecnologias e melhorias de processos), combate ao desperdício (especialmente no enfrentamento de práticas fraudulentas) e reorientação assistencial, com foco em promoção da saúde, cuidados preventivos e apoio à gestão de saúde de portadores de doenças crônicas.
Todo esse conjunto de iniciativas também refletiu em melhoria da sinistralidade, outro indicador relevante. A proporção das receitas destinadas às despesas assistenciais atingiu o patamar de 91,7% no segundo trimestre de 2022, até chegar ao índice de 82,5% no primeiro trimestre de 2024, dentro da média histórica. “Observa-se uma tendência de redução da sinistralidade em todos os períodos, indicando uma possível recuperação do setor do ponto de vista econômico-financeiro, com a ressalva de que o primeiro trimestre de cada ano tende a apresentar resultados líquidos mais favoráveis”, informa o documento.
5 milhões de empregos
As oportunidades de empregos formais geradas na cadeia produtiva da saúde seguem em crescimento no país. No segundo trimestre deste ano, elas atingiram a expressiva marca de 4 milhões e 997 mil vínculos, com alta de 1,5% no período. As informações são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde nº 72, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O estudo considera os setores público e privado e os empregos diretos e indiretos, sendo que a região Sudeste detém mais da metade dos vínculos (2,5 milhões) da cadeia. O maior crescimento no trimestre ocorreu no Nordeste (15,8%), seguido por Sudeste (9,8%), Centro-Oeste (3,2%) e Norte (1%). O Sul apresentou variação negativa (-1,9%) no período.
As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, no entanto, destacaram-se ao apresentar a maior proporção de contratações na saúde em relação à economia, todas com o mesmo índice 12,4%, considerando o peso da cadeia no mercado de trabalho total. O Sudeste registrou 10,5% e o Sul, 8,4%.
Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, as oportunidades de emprego na cadeia da saúde seguem atingindo bons indicadores. “Com exceção do Sul, que no período avaliado registrou uma leve queda, reflexo das fortes chuvas que afetaram centenas de cidades, os indicadores foram positivos nas demais regiões, superando inclusive a taxa de crescimento da economia (1,2%)”, afirma.
O Norte também se sobressaiu em relação ao volume de funcionários públicos na saúde ao registrar a maior proporção (45,1%) do total de contratações na cadeia. A Análise Especial do estudo também aponta que, em junho, a região representava 5% dos vínculos empregatícios na economia brasileira, e a cadeia de saúde suplementar correspondia a 7,4% do total de trabalhadores.
Os dados apontam que o Pará é o estado com maior número de vínculos no período (71,1 mil registros de carteira assinada), seguido pelo Amazonas (32,9 mil).
Liderança das Unimeds
34 das 50 maiores operadoras de planos de saúde do Brasil são Unimed
O anuário Valor 1000 apresentou o ranking dos maiores planos de saúde que atuam no mercado. Dentre as 50 operadoras classificadas, estão 33 cooperativas médicas e uma empresa do Sistema Unimed. O resultado reflete a liderança da Unimed no setor de saúde suplementar, com 20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos, e a força do modelo cooperativista, que possibilitou que a marca expandisse sua atuação a todas as regiões do país, com presença em 92% dos municípios brasileiros.
A Unimed do Brasil – confederação que representa institucionalmente as 340 cooperativas médicas e empresas do Sistema Unimed – tem acompanhado o crescimento da participação das cooperativas no ranking ao longo dos anos. O presidente da entidade, Omar Abujamra Junior, analisa que o desempenho de destaque também é fruto da segurança assistencial e da qualidade dos serviços prestados, que fazem com que a marca conquiste a confiança de um número crescente de consumidores, tendo obtido aumento na carteira de clientes no último ano.
“A Unimed gera valor para a sociedade, contribuindo para movimentar a economia no segmento de saúde e para a criação de emprego e renda, com o desenvolvimento de estruturas para atender às necessidades da população, como hospitais e centros de diagnósticos, e de tecnologias para aprimorar a prestação de serviços. Nossas cooperativas também transformam vidas, pois participam do dia a dia das comunidades em que estamos presentes, por meio do investimento em programas de promoção à saúde e à prevenção e em projetos socioambientais”, destaca o presidente da Unimed do Brasil.
A força da Unimed em números
Ao longo de mais de 56 anos de atuação, a Unimed consolidou-se como líder do setor de saúde suplementar. Fundada em 1967, com a criação da Unimed Santos (SP), o sistema é composto atualmente por 340 cooperativas médicas e empresas. Presente em 92% dos municípios do Brasil, a marca atende 20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos, com uma rede que inclui 118 mil médicos cooperados, responsáveis por gerar 147 mil empregos diretos.
A rede da Unimed é a maior do país em termos de assistência, com mais de 30 mil estabelecimentos de saúde parceiros, além de sua rede própria, que inclui 163 hospitais e hospitais-dia, 86 unidades de urgência e emergência, 509 clínicas, 42 centros de diagnóstico, 68 laboratórios e 96 serviços de terapias especiais. Em 2023, essa operação injetou mais de R$ 87 bilhões no sistema de saúde brasileiro, com a realização de 631 milhões de eventos assistenciais, como consultas, exames e internações.
___________________
Destaques do Sistema Unimed
340 cooperativas médicas e empresas
Presença em 92% dos municípios – 5.147 ou 9 em cada 10 cidades brasileiras
20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos – 10% da população
118 mil médicos cooperados – 20,5% dos médicos ativos no país
147 mil empregos diretos
39% de participação no mercado de planos de saúde, líder na saúde suplementar
Rede própria: 163 hospitais gerais e hospitais-dia, 86 unidades de urgência e emergência, 509 clínicas, 42 centros de diagnóstico, 68 laboratórios e 96 serviços de terapias especiais
17 hospitais da Unimed figuram no ranking “The World’s Best Hospitals 2024” da revista Newsweek, entre os 115 melhores hospitais do Brasil
631 milhões de eventos assistenciais realizados em 2023, com um total de R$ 87 bilhões destinados aos serviços de saúde
No Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), avaliação da ANS, 20 das 25 operadoras com nota máxima são Unimed, e 234 cooperativas foram classificadas nas melhores faixas de desempenho
98 cooperativas possuem 138 unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) e 392 programas de promoção à saúde e prevenção de doenças crônicas
Líder global entre cooperativas de saúde no World Cooperative Monitor 2023
Parcerias com mais de 130 startups por meio do centro de inovação Lab Hub Unimed
Faculdade Unimed: mais de 170 mil profissionais formados nas áreas de gestão, saúde e cooperativismo
___________________
Inovação e ESG
A Unimed do Brasil investe fortemente em inovação aberta e sustentabilidade. No Top Open Corps, 100 cooperativas mantêm negócios com startups, e o Lab Hub Unimed promove parcerias com incubadoras e investidores. Além disso, a Unimed é signatária do Pacto Global da ONU, com programas que incentivam práticas de ESG em todo o sistema. A marca também promove iniciativas como o Acelera Unimed e o Programa de Inteligência Artificial, com foco no desenvolvimento de novas tecnologias e na transformação digital do setor de saúde.
Boas práticas
Acompanhe nas próximas matérias as boas práticas de excelência e modelos inovadores de cooperativas Unimeds, com foco em resultados de gestão, tecnologia, práticas assistenciais e experiência do cliente.
.....................................
METROPOLES
Doenças raras: Saúde barra 43% dos remédios que poderiam entrar no SUS
De 23 medicamentos avaliados desde 2023, dez foram negados pela Conitec, subordinada ao Ministério da Saúde
Dez dos 23 medicamentos contra doenças raras e ultrarraras analisados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) em 2023 e em 2024 foram barrados de entrar para o Sistema Único de Saúde (SUS). É o equivalente a 43,4%, mostra levantamento da coluna sobre dados do Ministério da Saúde.
O dado é equivalente à média da série histórica e representa uma queda em relação aos dois últimos anos do governo passado, quando foram negados 65% dos medicamentos. Procurado, o Ministério da Saúde acrescentou que "doenças raras" é a categoria com o maior número de incorporações desde janeiro de 2023.
Nenhum medicamento ou exame, por exemplo, chega à rede pública antes de passar pelo crivo da Conitec - as exceções foram as vacinas contra a Covid-19, que tiveram processo emergencial anterior ao aval da comissão. O colegiado é subordinado ao Ministério da Saúde e tem caráter técnico e de assessoramento, sem poder de decisão. A palavra final é do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha. Porém, via de regra, as orientações do grupo são acatadas.
3 imagens Fechar modal. 1 de 3 Fachada do Ministério da Saúde Marcelo Camargo/Agência Brasil 2 de 3 Ministra da Saúde, Nísia Trindade Fábio Vieira/Metrópoles 3 de 3 Doenças raras acometem, em maior parte, crianças, dizem especialistas Breno Esaki/Agência Saúde-DF
Números parciais de janeiro a setembro de 2024 apontam para nove medicamentos avaliados: cinco aprovados e quatro negados. Entre os barrados, está o pegvisomanto, usado no tratamento da acromegalia, que se caracteriza pelo crescimento excessivo de algumas partes do corpo.
Esse cenário se assemelha ao de 2023. No último ano, a Conitec analisou 14 medicamentos, tendo recomendado oito e barrado seis. Na lista de negados, há o inibidor da C1 esterase derivado de plasma via subcutânea, usado contra o angioedema hereditário (que atinge o sistema imunitário).
O total de medicamentos para doenças raras barrados no atual governo é menor do que o dos dois últimos anos do governo de Jair Bolsonaro (PL). Em 2021 e em 2022, a Conitec analisou 29 remédios e negou 19, o equivalente a 65%. À época, o tema era uma pauta encampada pela então primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL).
Doenças raras são aquelas que afetam uma pequena parte da população em relação às enfermidades mais comuns. Segundo o ministério, a maioria delas ocorre em crianças. Tratam-se de pacientes que necessitam, muitas vezes, de cuidados e tratamentos contínuos e multidisciplinares.
O total de enfermidades raras é desconhecido e o diagnóstico, um entrave. Estima-se, contudo, que existam 5 mil tipos diferentes delas. Segundo estudos internacionais, doenças raras podem acometer de 263 milhões a 446 milhões de pessoas em todo o mundo. Esse montante corresponde a 3,5% a 5,9% da população.
Entenda as decisões que barram medicamentos para doenças raras
É comum que os medicamentos para doenças raras tenham alto custo, até mesmo milionário. Interlocutores ouvidos pela coluna avaliam que a análise da Conitec, por vezes, foca no caráter econômico em detrimento de outros quesitos e, por isso, parte dos medicamentos não se torna disponível no SUS.
Essa análise é corroborada por entidades de pacientes, que pleiteiam um assento no grupo. "Para a Conitec, tudo é muito caro. Eles veem o preço. Eles não estão vendo a importância do diagnóstico precoce, a incorporação do medicamento para raras", disse a presidente da Associação Maria Vitoria de Doenças Raras (AMAVI Raras) e vice-presidente da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas), Lauda Santos.
Outra avaliação é de que a escassez de evidências científicas, ainda que os medicamentos precisem ter aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para passarem pela Conitec, faz com que haja possibilidade de negativa. Segundo fontes, existe até mesmo um atrito em razão disso entre a autarquia federal e a comissão.
"Muitas vezes, existe uma carência de dados científicos. Por terem menos evidências científicas, é mais fácil de negar", analisou o advogado especialista em doenças raras e pesquisador do tema na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Daniel Wainstock.
O Ministério da Saúde, por sua vez, confirmou os dados publicados pela coluna e acrescentou que, desde a criação da Conitec, em 2011, o percentual de recomendações favoráveis é de cerca de 55% do total das demandas recebidas.
"De janeiro de 2023 a setembro de 2024, a pasta incorporou 47 tecnologias no SUS, das quais 15 (32%) são destinadas a tratamentos para doenças raras, sendo 13 medicamentos e 2 tecnologias, tornando-se a categoria com o maior número de incorporações, seguida pelo grupo de doenças infecciosas, com dez incorporações", diz a pasta.
Conheça a Conitec
A Conitec se divide em três comitês: Medicamentos; Produtos e Procedimentos; e Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. As reuniões são gravadas e disponibilizadas online dias após a realização delas.
Participam da comissão as secretarias do ministério, os conselhos de secretários de saúde (Conass e Conasems), a Anvisa, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats).
O grupo tem 180 dias, prorrogáveis por mais 90, para analisar se uma tecnologia será ou não incorporada ao SUS. De acordo com a Conitec, criada em 2011, as evidências científicas consideram a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança da tecnologia, além da avaliação econômica em comparação às já existentes.
...................................
SAÚDE BUSINESS
Hapvida NDI anuncia investimento anual de R$ 1 bilhão para expandir sua rede de atendimento
Ao completar mais um ano de sua trajetória de quase oito décadas, a Hapvida NotreDame Intermédica segue em ritmo de expansão e qualificação da sua rede própria. Com 79 anos de atuação e uma estrutura que abrange 803 unidades distribuídas em 19 estados e no Distrito Federal, incluindo hospitais, clínicas, prontos atendimentos, além de unidades de coleta laboratorial e exames de imagem, a empresa se consolida em uma posição estratégica para explorar o crescente potencial do setor.
Nos últimos dois semestres, a rede ganhou 41 novas unidades, provenientes de inaugurações e aquisições, e adicionou 290 leitos hospitalares. O foco em expansão permanece firme, com planos de intensificação nos próximos anos. A empresa prevê um investimento anual de R$ 1 bilhão, abrangendo todas as regiões do país. Além disso, foi anunciado o planejamento de seis novos hospitais na rede própria até 2026, com localizações nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Manaus e Fortaleza.
Paralelamente à ampliação da infraestrutura física, a companhia está fazendo investimentos robustos em tecnologia. A integração de sistemas, automação de dados e processos têm sido prioritárias desde a fusão com a NDI, cujo processo deve ser finalizado até o fim do ano. Também estão em andamento a modernização de parques de diagnósticos e equipamentos, melhorias nos sites e novos recursos nos aplicativos. Esses esforços visam aumentar a qualidade, segurança e agilidade para clientes e médicos, além de fortalecer a estratégia de verticalização que sustenta o modelo de negócios da empresa.
A operação com uma rede própria é central para garantir eficiência em custos, preços competitivos e alta qualidade no atendimento aos beneficiários. O modelo verticalizado facilita a padronização dos cuidados, adotando protocolos clínicos que aumentam a eficácia dos tratamentos, evitam duplicidade de exames e procedimentos, e aceleram a implementação de novas tecnologias, além de garantir um controle eficiente das informações clínicas.
“Nossa missão na Hapvida NotreDame Intermédica é expandir continuamente nossa rede, com um compromisso sólido com o ensino, pesquisa e tecnologia. Estamos investindo fortemente em inovação, hotelaria e conforto para aprimorar a experiência de saúde dos nossos pacientes. Nosso objetivo é garantir melhorias constantes no atendimento, elevando os padrões de qualidade e proporcionando uma experiência ainda mais eficiente e acolhedora”, afirma Jorge Pinheiro, CEO da companhia.
................................
Assessoria de Comunicação
Case do Hospital do Coração de Goiás é selecionado para a edição 2024 da publicação ESG nos Hospitais Anahp
O case "Impressão zero", do associado Hospital do Coração de Goiás, foi aprovado e entrará na publicação "ESG nos Hospitais Anahp", de 2024.
A nova edição será lançada durante o Conahp, que acontecerá em São Paulo nos dias 16 e 17 de outubro.
A publicação terá uma tiragem impressa limitada, e, em seguida, será disponibilizada na versão digital no site da Anahp.
Na edição de 2023, a Anahp ressalta que “não é mais possível olhar para a saúde sem enxergar em cada pedacinho dela os pilares do ESG”, que englobam práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade social e governança empresarial.
Parabéns ao Hospital do Coração de Goiás
CLIPPING AHPACEG 21 A 23/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Saúde suplementar registra queda em maior parte dos procedimentos
"Máfia das Próteses": condenados seguem atuando na saúde pública do DF
Ipasgo Saúde irá manter 10 mil beneficiários mesmo depois de adesão as regras da ANS
Bebê morre em hospital no dia de aniversário de 1 ano, e polícia investiga
MEDICINA S/A
Saúde suplementar registra queda em maior parte dos procedimentos
Com o objetivo de descobrir por que os custos da saúde suplementar vêm aumentando, a 3ª Edição do Balanço Observatório Anahp, publicação trimestral com o panorama financeiro e operacional do setor, apresenta entre os dados, um levantamento específico para o período de 5 anos, de 2019 a 2023. Os números apontam que não houve elevação no uso por beneficiário, e sim uma queda na maior parte dos procedimentos.
Hoje, os usuários de planos de saúde realizam menos consultas médicas e internações do que em 2019. O aumento de custos, mostram os números, ocorre pelo crescimento dos beneficiários e pelo descontrole em itens específicos como exames e terapias.
"A busca por eficiência e o combate ao desperdício precisam partir de uma avaliação técnica, e é isso que buscamos ter com estes números referentes aos últimos 5 anos e que foram analisados do ponto de vista financeiro e operacional", destaca Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.
Do ponto de vista do custo com os procedimentos cobertos pelos planos de saúde, as terapias e outros atendimentos ambulatoriais cresceram 40% e 31%, em valores reais, respectivamente; e as despesas com consultas médicas baixaram 1%, aplicado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para deflacionar esse valor.
No que se relaciona especialmente às operadoras, dados do segundo trimestre de 2024 mostram um cenário econômico favorável. Os números parciais indicam que o mercado de saúde suplementar vem garantindo algum resultado ou atenuando déficits de sua operação em função do resultado das aplicações financeiras, como aconteceu em 2023 .
Contudo, o indicador de prazo médio de recebimento, que expressa a quantidade média de dias em que o hospital recebe pelo serviço prestado, o prazo segue elevado (cerca de 65 dias) e, sugere dificuldade de negociação entre hospitais e operadoras, com contas hospitalares que levam meses para serem pagas; o que traz maior dificuldades aos hospitais para manutenção de seu fluxo de caixa.
Houve também uma mudança nas provisões técnicas, que são valores contabilizados no passivo da operadora que refletem as obrigações esperadas decorrentes da operação de plano de saúde. Como se pode ver no gráfico abaixo, a PEONA (Provisão para eventos ocorridos e não avisados), passou o PESL (Provisão de eventos/sinistros a liquidar), fato que não ocorria há quatro anos. Isso aponta que as operadoras estão provisionando mais do que antigamente.
O Balanço Observatório Anahp traz dados econômico-financeiros do setor da saúde suplementar é resultado de desdobramento do Observatório Anahp, e para seu conteúdo há duas fontes básicas de dados: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Sistema de Indicadores Hospitalares da Anahp. Os números contam com a análise da consultoria Arquitetos da Saúde.
....................................
METRÓPOLES
"Máfia das Próteses": condenados seguem atuando na saúde pública do DF
"Máfia das Próteses" foi um grupo criminoso acusado de mutilar pacientes do DF em cirurgias desnecessárias com materiais de baixa qualidade
Durante o juramento de Hipócrates, ato solene feito por médicos na sua formação, profissionais de saúde prometem guardar máximo respeito e dignidade pela vida humana dos pacientes. No entanto, as falas não são seguidas por todos. Em 2016, a população do Distrito Federal ficou chocada ao ter ciência das denúncias contra a "Máfia das Próteses", grupo criminoso acusado de fraudar planos e mutilar pacientes submetidos a cirurgias desnecessárias com materiais de baixa qualidade.
Com a divulgação das acusações, centenas de vítimas do esquema procuraram a polícia para prestar depoimento. Os relatos incluem mutilações e tentativa de homicídio, segundo consta no inquérito. O grupo teria movimentado milhões de reais em cirurgias, equipamentos e propinas. Estavam envolvidos empresários, médicos, enfermeiros e outros profissionais.
Em meados de 2020, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou 12 réus da "Máfia das Próteses". Muitos seguem livres e continuam atendendo em hospitais e clínicas da capital federal. Há casos, inclusive, de condenados que seguem trabalhando na saúde pública do DF.
Sammer Oliveira Santos, que trabalhava na empresa de fornecimento órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs), foi sentenciada a uma pena de 3 anos e 9 meses de reclusão em regime aberto. A mulher chegou a admitir o esquema criminoso em uma delação premiada.
O Metrópoles apurou que, atualmente, Sammer Oliveira Santos é servidora ativa da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) atuando como enfermeira em centro obstétrico dentro de uma unidade pública de saúde. Ela é funcionária pública desde 2018 e recebe uma remuneração básica bruta de R$ 14.489,31.
Durante sua delação, a enfermeira admitiu que por orientação de um dos sócios havia uma combinação entre empresas para fazer a cotação das órteses, próteses e outros materiais especiais (OPMEs). De acordo com ela, essas empresas eram indicadas apenas para "fazer número".
No decorrer das investigações que deram origem à operação Mister Hyde, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) precisou prender um servidor da própria corporação. Na decisão de 2020, Marco de Agassiz Almeida Vasques foi condenado a 4 anos e 6 meses em regime fechado por organização criminosa.
Mesmo assim, ele segue como como médico-legista lotado na policlínica da PCDF. De acordo com o Diário Oficial do DF (DODF), no final do ano passado, o servidor chegou a ocupar o cargo de gerente de Perícias Médicas por um curto período de tempo. A remuneração básica dele gira em torno de R$ 25 mil.
Como a defesa do perito recorreu da decisão em 1ª grau, o processo está em fase de recurso no TJDFT, portanto não houve trânsito em julgado. O Metrópoles conseguiu entrar em contato com o advogado do médico.
A defesa alega que Marcos continua trabalhando porque foi absolvido no Processo Administrativo Disciplinar (PAD) aberto sobre o caso. "Ele foi absolvido, primeiro, ao fundamento de que não havia nenhuma relação entre essas acusações com a atuação dele na Polícia Civil. As acusações dizem respeito à atuação dele enquanto médico privado", argumenta o advogado Marcelo Leal.
Ele informa também que o PAD foi arquivado, pois testemunhas ouvidas comprovaram o "contrário" do que foi exposto nas denúncias. Inclusive, segundo a defesa do homem, haveria depoimentos de "delatores que desdizem o que haviam dito anteriormente".
Outro ponto levantado pela defesa é de que o simples indicativo de formação de organização criminosa sem apontar outros crimes: "Como é que existe uma organização criminosa que não praticou crime nenhum? O Ministério Público do DF abriu inquéritos para investigar os supostos crimes praticados pela organização criminosa e não ofereceu nenhuma outra denúncia. Significa que chegou-se à conclusão que não teve crime praticado".
"Marco Agassiz é inocente e, por isso, foi absolvido administrativamente, não havendo qualquer impedimento para que exerça suas funções na Polícia Civil. Quanto à condenação de primeira instância, esta defesa aguarda com serenidade o julgamento do recurso de apelação, na certeza de que sua inocência será reconhecida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal", finaliza Leal.
Máfia das Próteses
Segundo a investigação dos promotores e dos policiais civis, o grupo usava os procedimentos cirúrgicos para ganhar cada vez mais dinheiro. Entre as pessoas presas na Operação Mister Hyde, estão médicos e representantes de empresas fornecedoras de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs). O esquema teria movimentado milhões de reais em cirurgias, equipamentos e propinas.
Há casos de pacientes que foram submetidos a procedimentos desnecessários, como sucessivas cirurgias, para que gerassem mais lucro aos suspeitos. Em outros, conforme revelado pelas investigações, eram utilizados produtos vencidos e feita a troca de próteses mais caras por outras baratas.
Além dos pacientes, muitos dos quais sofreram sequelas provocadas pelas lesões intencionais, outro alvo do esquema são os planos de saúde, que acabavam pagando mais caro por uma cirurgia que não necessitaria de órteses ou próteses. A propina geralmente era paga por depósito nas contas dos médicos ou então entregues em espécie nas proximidades dos hospitais onde ocorrem as cirurgias.
Manifestações
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ressaltou que segue atuando nas denúncias referentes ao caso da "Máfia das Próteses" tanto em novas denúncias que surgirem quanto na fase recursal, realizada pela procuradoria de justiça.
Questionado sobre a atuação da enfermeira Sammer Oliveira Santos, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) informou apenas que colabora com as investigações e, sempre que solicitada, fornece informações aos órgãos competentes e dentro dos autos do processo. "A pasta esclarece que não comenta processos internos relacionados a servidores", indicou o órgão.
A Polícia Civil do DF (PCDF), por sua vez, comentou que o caso de Marco de Agassiz Almeida Vasques já foi jucidializado e não questiona decisões judiciais.
................................
JORNAL OPÇÃO
Ipasgo Saúde irá manter 10 mil beneficiários mesmo depois de adesão as regras da ANS
Beneficiários devem receber atenção especial do plano. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União
O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho, confirmou que mesmo aderindo as regras da ANS, o Ipasgo Saúde irá continuar atendendo 9.877 beneficiários. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (20/9).
O documento afirma que deve ser dedicada especial atenção aos quase 10 mil indivíduos que estão vinculados ao plano, e que os beneficiários não podem ficar sem assistência do sistema de saúde suplementar, e impede “qualquer exclusão das pessoas filiadas ou associadas das coberturas assistenciais do Ipasgo Saúde”. A decisão foi referendada pela Diretoria Colegiada da ANS.
A entrada do Ipasgo na regulação pela ANS deixava inelegíveis celetistas e servidores federais. No entanto, após interferência do governador Ronaldo Caiado, todos aqueles que já são beneficiários do Ipasgo continuam contemplados.
O registro definitivo de autogestão do Ipasgo Saúde será avaliado pela ANS no dia 27 de setembro. Confirmada a aprovação, o Instituto atuará sem finalidade lucrativa e focado na assistência aos servidores públicos de Goiás e seus familiares.
“É um padrão de excelência. O Ipasgo não vai mais ficar a critério de quem governa o Estado. Ou seja, as regras agora são nacionais, exigem uma auditoria, um compliance, como também caixa de reserva”, disse Caiado.
Reserva financeira
Com a mudança, o Ipasgo Saúde passa a contar com uma reserva financeira de R$ 480,3 milhões assegurada pelo Governo de Goiás. É uma exigência da agência e que servirá como provisão técnica para garantir que as operadoras possam cumprir obrigações futuras com usuários.
“Isso mostra para todos os beneficiários que não existe mais aquele risco de amanhã não saber se vai ter ou não condição de ser atendido”, concluiu Caiado.
...............................
PORTAL G1/GOIÁS
Bebê morre em hospital no dia de aniversário de 1 ano, e polícia investiga
Aylla Lorena passou por três unidades de saúde. Família disse que menina ficou roxa e com dificuldade para respirar antes de morrer no hospital.
Uma bebê morreu no Hospital Municipal de Itaberaí na quinta-feira (19), dia de seu aniversário de 1 ano. A causa da morte de Aylla Lorena Conceição Santos não foi divulgada, mas a família espera respostas: "Eu quero saber [a causa da morte]. A polícia está nesse caso, mas ainda não sabe", disse Ana Cristina Conceição Santos, mãe da criança. A Polícia Civil investiga a causa da morte.
Ao g1, a prefeitura lamentou o falecimento da bebê e disse que está à disposição para esclarecer o que aconteceu.
Ana Cristina informou ao g1 que ela começou a ter febre na quarta-feira (18) pela manhã. A família buscou atendimento no posto de saúde e saiu da unidade com prescrição de antibiótico, antitérmico e antiemético (remédio para enjoo e vômito).
Por volta das 10h, a mãe disse que a bebê tomou o antibiótico e vomitou cinco minutos depois. Ana Cristina relatou que, às 14h, a bebê tomou o remédio para enjoo. “Ela tomou o remédio e parou de vomitar. Ela mamou, dormiu e fui fazer as coisas aqui de casa”, contou a mãe.
No fim da tarde, depois de mamar e dormir de novo, a mãe notou que a criança começou a ficar mole e roxa e a levou ao Hospital Municipal de Itaberaí. De lá, Aylla foi encaminhada de ambulância ao Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, a 120 km de Itaberaí.
A mãe contou que a menina chegou ao Hecad por volta das 22h de quarta-feira (18). Lá a menina recebeu medicação em bombinhas e apresentou melhora, segundo Ana Cristina.
Aylla e a mãe voltaram para Itaberaí de ambulância e foram deixadas no hospital municipal por volta das 4h de quinta-feira (19). A mãe contou que elas ficaram por muito tempo num quarto escuro, sem atendimento, e que ela mesma pediu alta médica para irem para casa.
Ana Cristina contou que ela e a bebê dormiram logo depois de chegar em casa.
“Ela acordou chorando e eu já acordei. Vi que ela não estava mais normalzinha, do jeito que eu cheguei com ela. Já corri pro hospital com ela”, narrou a mãe.
Logo após chegarem ao hospital, a bebê morreu.
Investigação
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a Polícia Científica realizou exames toxicológico e anatomopatológico para esclarecer a causa da morte. Os laudos devem sair em 10 dias.
A Polícia Civil informou que irá aguardar o laudo do IML e que nenhuma linha de investigação será descartada. A PC declarou ainda que as investigações serão sigilosas.
...........................................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 20/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Alta hospitalar antes do meio-dia
Cirurgias robóticas devem revolucionar cuidados médicos até 2035
Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19 em Goiás
Casos de meningite crescem em Goiás; vacinação é essencial para evitar doença
SAÚDE BUSINESS
Alta hospitalar antes do meio-dia
Uma prática já desromantizada no exterior e que o Brasil segue adotando como revolucionária.
Quando comecei a participar dos eventos da Society of Hospital Medicine, há quase duas décadas, o tema "alta antes do meio-dia" era bastante discutido. A sigla DCBN (de Discharge Before Noon) estava em voga.
É curioso observar como certas tendências evoluem. Essa discussão já esfriou consideravelmente por lá. Mesmo em alguns hospitais brasileiros mais avançados em qualidade e gestão de processos assistenciais, a ênfase cega na alta antes do meio-dia já passou. Hoje, é uma questão menor nas iniciativas de otimização de giro de leitos.
Conheço inclusive uma organização que adotou essa meta de forma exemplar – praticamente todas as altas hospitalares eram realizadas até as 9h da manhã. Perceberam então que não conseguiam preparar todos aqueles leitos de uma vez.
Entre redimensionar e reorganizar o pessoal da limpeza/montagem de leitos e permitir uma distribuição mais espalhada das saídas e entradas dos pacientes na enfermaria, começaram a valorizar o caminho do meio.
Entre viabilizar a transferência em bloco segura de pacientes da emergência e permitir uma distribuição mais espalhada das saídas e entradas de pacientes na enfermaria, ajudando a própria organização do trabalho nas duas pontas, constataram que não se tratava de uma simples escolha entre passado e futuro, ou ineficiência versus plena funcionalidade. Ambos os caminhos tinham vantagens e desvantagens.
A alta hospitalar antes do meio-dia foi inicialmente concebida como uma solução para a superlotação das emergências, problema que está associado a piores desfechos clínicos, aumento do tempo de permanência hospitalar e experiência negativa tanto para pacientes quanto para profissionais.
Passou a ser uma métrica frequentemente empregada para otimizar o fluxo, garantir a rotatividade eficiente dos leitos e melhorar a capacidade de admissão de novos pacientes. Em teoria, parece fantástica - uma medida extremamente lógica onde libera-se leitos bem cedo no dia, permitindo que novas admissões sejam realizadas logo a seguir, favorecendo eficiência operacional e atenuando os problemas acima.
Embora alguns estudos exploratórios apoiem uma associação negativa entre alta cedo no dia e sobrecarga das emergências ou tempos de permanência hospitalar elevados, evidências mais robustas sobre o emprego da alta precoce como intervenção não têm empolgado. Como é típico da vida real, a questão é mais complexa do que aparenta.
Alguns pontos críticos:
Muitos requisitos para a alta hospitalar segura estão fora do controle médico. Uma atenção insuficiente aos gargalos a jusante da alta médica (não infrequentemente os verdadeiros impulsionadores de alta taxa de permanência), geram pressões descabidas ou desnecessárias sobre os hospitalistas;
Adotar cegamente a meta pode levar os médicos a adiar altas que ocorreriam à tarde para o dia seguinte pela manhã, o que pode ter custos operacionais e clínicos;
Nem sempre a alta antes do meio-dia reflete as necessidades clínicas do paciente. Forçar essa prática pode resultar em decisões apressadas e mal planejadas, aumentando, por exemplo, o risco de readmissões.
O primeiro ensaio clínico randomizado multicêntrico que buscou isolar o efeito da alta precoce não resultou em melhores desfechos. De fevereiro a julho de 2021, 4.437 pacientes foram internados em 60 equipes de medicina hospitalar. Nenhuma diferença significativa foi observada no horário da derradeira saída dos pacientes do hospital e no tempo de permanência hospitalar. Mas não pensem que uma controversa surge com ele. Já em 2015, DCBN foi tratada por Shine como “lenda urbana”.
O que se fala no exterior sobre alta hospitalar antes do meio-dia?
Muito pouco. Pode até continuar sendo um norte a ser pactuado com os gestores hospitalares, mas não deve jamais carregar dogmatismo ou desviar atenção de medidas realmente consagradas na literatura contemporânea para otimização de fluxo nos hospitais.
Em perspectiva mais ampla, cabe reconhecer que nenhuma intervenção isolada será mágica num processo tão complexo e multifacetado como o fluxo de pacientes. Na verdade, o Institute for Healthcare Improvement, no seu documento técnico de 2020 Achieving Hospital-Wide Patient Flow, aponta que otimizar fluxo hospitalar “requer uma apreciação do hospital como um sistema complexo de processos interligados e interdependentes”.
Recomendam, então, uma abordagem multifacetada amparada em ciência da melhoria, como tal em aprendizagem e adaptação locais. Os prestadores de cuidados devem concentrar-se em dar alta aos pacientes quando clinicamente indicados, enquanto as lideranças hospitalares devem criar processos e prover recursos para que as metas operacionais sejam atingidas sem comprometer a qualidade do cuidado e a segurança do paciente.
................................
MEDICINA S/A
Cirurgias robóticas devem revolucionar cuidados médicos até 2035
Cirurgias com maior precisão, minimamente invasivas, com menos sangramento e proporcionando uma recuperação mais rápida dos pacientes. Essas são as principais vantagens da cirurgia robótica, procedimento realizado por médicos com a utilização de robôs. O avanço tecnológico na área da saúde e das comunicações tem possibilitado o crescimento do setor e projeções indicam para uma ampla utilização desses procedimentos em todo o mundo.
Segundo relatório da GlobalData, empresa internacional especializada em análise de dados, a cirurgia robótica deve revolucionar os cuidados médicos até 2035. O relatório Future of Healthcare projeta que o mercado de dispositivos de cirurgia geral alcançará um valor de 58 milhões de dólares até 2033. O levantamento destaca que esses procedimentos podem aumentar a eficiência e melhorar os resultados das cirurgias, proporcionando vantagens significativas para médicos e pacientes.
No Brasil, a primeira cirurgia robótica foi realizada há 16 anos. Os procedimentos foram regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2022, que estabelece que as cirurgias robóticas devem ser realizadas em hospitais capacitados para atender alta complexidade e que cirurgiões tenham capacitação para essas intervenções.
O urologista Aníbal Branco, do Hospital São Marcelino Champagnat, realiza cirurgias robóticas na área uro-oncológica. O procedimento de maior frequência é a prostatectomia radical robótica, para tratamento do câncer de próstata. Também são realizadas a nefrectomia parcial e nefrectomia radical, para o tratamento de tumores renais malignos. Para o urologista, não há como vislumbrar um caminho sem tecnologia. "Eu diria que o futuro já está presente. Recentemente, participei de um congresso na Itália, onde foi realizada, pela primeira vez, uma cirurgia onde o cirurgião estava em Roma e o paciente estava em Pequim. Isso foi possível graças à cirurgia robótica e à tecnologia 5G. O procedimento ocorreu sem intercorrências. Isso já é uma realidade e a tendência é que se torne rotina, permitindo realizar cirurgias com pacientes em áreas remotas", conta.
Aumento das cirurgias robóticas
O número de robôs que realizam cirurgias no Brasil mais do que dobrou em cinco anos. Em 2018, eram 51 equipamentos. No ano passado, esse número chegou a 111. A expansão do mercado e a chegada de novos robôs facilitaram a realização de procedimentos. Em 2024, o Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), atingiu a marca de mil cirurgias robóticas realizadas por dois tipos de robôs. O robô Da Vinci X, utilizado em uma variedade de procedimentos, incluindo cirurgias gerais, oncológicas, urológicas, ginecológicas, torácicas, gastrocirurgias, bariátricas e de cabeça e pescoço, oferece orientação visual avançada com uma câmera de alta tecnologia e controles precisos. Isso permite um ajuste fino e um maior alcance cirúrgico. O robô ROSA Knee é especializado em Artroplastia Total do Joelho (ATJ), ou seja, a colocação de próteses de joelhos. Equipado com um sistema de robótica moderno e intuitivo, o ROSA Knee proporciona cortes exatos e auxilia o ortopedista com precisão durante os procedimentos.
Para o gerente médico do hospital, Jarbas Motta Junior, oferecer as melhores tecnologias e tratamentos aos pacientes é fundamental para se manter como referência. "No Centro de Cirurgia Robótica, onde realizamos os procedimentos com robôs, contamos com médicos altamente capacitados e bem treinados para garantir um serviço de excelência. É com grande satisfação que chegamos à marca de mil cirurgias robóticas e seguimos comprometidos em estar sempre na vanguarda da saúde", observa.
O ortopedista Antonio Tomazini, especializado em cirurgia de joelho, realiza procedimentos com auxílio de robôs e destaca como a tecnologia melhorou o acesso a intervenções mais complexas. "O uso da cirurgia robótica proporciona mais precisão, menos sangramento e uma execução aprimorada. Os pacientes sentem menos dor no pós-operatório e necessitam de menos medicação. Isso é especialmente benéfico para pessoas com mais de 60 anos, que são pacientes mais sensíveis a medicamentos e frequentemente utilizam outros compostos químicos", analisa.
Custos e desafios
Devido à alta tecnologia envolvida e à necessidade de aprimoramento constante dos profissionais, as cirurgias robóticas são mais caras e, em muitos casos, ainda não são cobertas pelos planos de saúde. Esse fator representa um grande desafio do acesso a esses procedimentos para boa parte da população brasileira.
O urologista Aníbal Branco acredita que a chegada de novas plataformas e empresas ao setor de saúde deve reduzir custos e ajudar na democratização. "Temos uma empresa que é líder de mercado há mais de 20 anos. Já chegaram duas plataformas, ainda de maneira tímida, ao Brasil, com poucas unidades. Mas há, agora, mais de 30 novas plataformas, uma grande parte com origem na Ásia, especialmente na China, e que prometem baratear o mercado e fazer com que mais pacientes tenham acesso à tecnologia robótica. A expectativa é que algumas delas já sejam aprovadas pela Anvisa. Com isso, espera-se que os custos diminuam e mais pessoas tenham acesso à cirurgia robótica, inclusive no sistema público", comenta.
Tags: 5G CFM Cirurgia Hospital Marcelino Champagnat Robótica
Cirurgias com maior precisão, minimamente invasivas, com menos sangramento e proporcionando uma recuperação mais rápida dos pacientes. Essas são as principais vantagens da cirurgia robótica, procedimento realizado por médicos com a utilização de robôs. O avanço tecnológico na área da saúde e das comunicações tem possibilitado o crescimento do setor e projeções indicam para uma ampla utilização desses procedimentos em todo o mundo.
Segundo relatório da GlobalData, empresa internacional especializada em análise de dados, a cirurgia robótica deve revolucionar os cuidados médicos até 2035. O relatório Future of Healthcare projeta que o mercado de dispositivos de cirurgia geral alcançará um valor de 58 milhões de dólares até 2033. O levantamento destaca que esses procedimentos podem aumentar a eficiência e melhorar os resultados das cirurgias, proporcionando vantagens significativas para médicos e pacientes.
No Brasil, a primeira cirurgia robótica foi realizada há 16 anos. Os procedimentos foram regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2022, que estabelece que as cirurgias robóticas devem ser realizadas em hospitais capacitados para atender alta complexidade e que cirurgiões tenham capacitação para essas intervenções.
O urologista Aníbal Branco, do Hospital São Marcelino Champagnat, realiza cirurgias robóticas na área uro-oncológica. O procedimento de maior frequência é a prostatectomia radical robótica, para tratamento do câncer de próstata. Também são realizadas a nefrectomia parcial e nefrectomia radical, para o tratamento de tumores renais malignos. Para o urologista, não há como vislumbrar um caminho sem tecnologia. "Eu diria que o futuro já está presente. Recentemente, participei de um congresso na Itália, onde foi realizada, pela primeira vez, uma cirurgia onde o cirurgião estava em Roma e o paciente estava em Pequim. Isso foi possível graças à cirurgia robótica e à tecnologia 5G. O procedimento ocorreu sem intercorrências. Isso já é uma realidade e a tendência é que se torne rotina, permitindo realizar cirurgias com pacientes em áreas remotas", conta.
Aumento das cirurgias robóticas
O número de robôs que realizam cirurgias no Brasil mais do que dobrou em cinco anos. Em 2018, eram 51 equipamentos. No ano passado, esse número chegou a 111. A expansão do mercado e a chegada de novos robôs facilitaram a realização de procedimentos. Em 2024, o Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), atingiu a marca de mil cirurgias robóticas realizadas por dois tipos de robôs. O robô Da Vinci X, utilizado em uma variedade de procedimentos, incluindo cirurgias gerais, oncológicas, urológicas, ginecológicas, torácicas, gastrocirurgias, bariátricas e de cabeça e pescoço, oferece orientação visual avançada com uma câmera de alta tecnologia e controles precisos. Isso permite um ajuste fino e um maior alcance cirúrgico. O robô ROSA Knee é especializado em Artroplastia Total do Joelho (ATJ), ou seja, a colocação de próteses de joelhos. Equipado com um sistema de robótica moderno e intuitivo, o ROSA Knee proporciona cortes exatos e auxilia o ortopedista com precisão durante os procedimentos.
Para o gerente médico do hospital, Jarbas Motta Junior, oferecer as melhores tecnologias e tratamentos aos pacientes é fundamental para se manter como referência. "No Centro de Cirurgia Robótica, onde realizamos os procedimentos com robôs, contamos com médicos altamente capacitados e bem treinados para garantir um serviço de excelência. É com grande satisfação que chegamos à marca de mil cirurgias robóticas e seguimos comprometidos em estar sempre na vanguarda da saúde", observa.
O ortopedista Antonio Tomazini, especializado em cirurgia de joelho, realiza procedimentos com auxílio de robôs e destaca como a tecnologia melhorou o acesso a intervenções mais complexas. "O uso da cirurgia robótica proporciona mais precisão, menos sangramento e uma execução aprimorada. Os pacientes sentem menos dor no pós-operatório e necessitam de menos medicação. Isso é especialmente benéfico para pessoas com mais de 60 anos, que são pacientes mais sensíveis a medicamentos e frequentemente utilizam outros compostos químicos", analisa.
Custos e desafios
Devido à alta tecnologia envolvida e à necessidade de aprimoramento constante dos profissionais, as cirurgias robóticas são mais caras e, em muitos casos, ainda não são cobertas pelos planos de saúde. Esse fator representa um grande desafio do acesso a esses procedimentos para boa parte da população brasileira.
O urologista Aníbal Branco acredita que a chegada de novas plataformas e empresas ao setor de saúde deve reduzir custos e ajudar na democratização. "Temos uma empresa que é líder de mercado há mais de 20 anos. Já chegaram duas plataformas, ainda de maneira tímida, ao Brasil, com poucas unidades. Mas há, agora, mais de 30 novas plataformas, uma grande parte com origem na Ásia, especialmente na China, e que prometem baratear o mercado e fazer com que mais pacientes tenham acesso à tecnologia robótica. A expectativa é que algumas delas já sejam aprovadas pela Anvisa. Com isso, espera-se que os custos diminuam e mais pessoas tenham acesso à cirurgia robótica, inclusive no sistema público", comenta.
.............................
AGÊNCIA BRASIL
Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19 em Goiás
O novo Boletim InfoGripe desta semana destaca que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 crescem e se ampliam no país. A atualização mostra aumento dos casos de SRAG associado à covid-19 no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os estados de Minas Gerais e Paraná também apresentam leve aumento de casos SRAG em idosos, provavelmente associado à covid-19. Os dados foram divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (19/9).
A manutenção do aumento dos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos de idade em muitos estados da região Centro-Sul e em alguns estados do Norte-Nordeste está associada ao rinovírus. No entanto, já é possível observar sinais de desaceleração no crescimento de SRAG pela doença em alguns desses estados e até mesmo a queda das hospitalizações por rinovírus em outras regiões do país.
Entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos de idade, os vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos. A mortalidade da SRAG permanece mais elevada entre os idosos, com predomínio de covid-19, seguido pela influenza A.
No agregado nacional, há sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Esse aumento se deve a um crescimento das SRAG por rinovírus e covid-19 em muitos estados.
A análise aponta que 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.
Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella ressalta que o crescimento dos casos graves por rinovírus já começam a dar sinais de desaceleração em alguns estados ou até de queda em algumas regiões. Em relação aos vírus da influenza A, informa Tatiana, os casos graves do vírus continuam em baixa na maior parte do país.
No entanto, segundo a pesquisadora, o estudo observou aumento de casos graves por influenza A no Rio Grande do Sul. "Por isso, é importante que todas as pessoas do grupo de risco do Rio Grande do Sul que ainda não tomaram a vacina contra o vírus da influenza A procurem um posto de saúde para se vacinarem contra o vírus. Além disso, diante do cenário de aumento de casos graves de covid-19 em muitos estados do país, é muito importante que todas as pessoas do grupo de risco também estejam em dia com a vacina".
......................
DIÁRIO DA MANHÃ
Casos de meningite crescem em Goiás; vacinação é essencial para evitar doença
Doença pode deixar sequelas graves e levar a óbito, atacando membranas cerebrais e medula espinhal
Infecção causada por vírus, bactérias e fungos, a meningite tem avançado em Goiás, com registro de 23 mortes em 2024. Esta situação levou a Secretaria de Saúde (SES) a intensificar as ações de alerta e estímulo à vacinação, principalmente de crianças e adolescentes.
Em entrevista ao programa TBC News na quarta-feira (18/09), a superintendente de Vigilância em Saúde Pública da SES, Flúvia Amorim, reforçou a importância da imunização como forma de prevenir a doença.
“Para a saúde pública, os três tipos de meningite principais são a baceriana miningocócia, a meningite causada por hemófilos Influenza B e a meningite pneumocócica. Para os três tipos a rede de saúde pública tem disponibilidade de vacinas”, explicou Flúvia Amorim,
Ainda, ela ressaltou que é fundamental que os pais levem seus filhos aos postos de saúde para colocar em dia as vacinas e atualizar o cartão vacinal.
A meningite é uma doença séria, capaz de deixar sequelas como surdez e pode levar a óbito. A doença ataca as membranas cerebrais e a medula espinhal. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez da nuca e fraqueza.
.....................................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 19/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Internações por doenças respiratórias aumentam quase 28%
Anvisa aprova atualização de vacina contra covid - Notícias do brasil
Direitos da Saúde e do Paciente: Um Guia Essencial para Entendimento e Exercício
Doação de Órgãos cresceu 17% no último ano, mas assunto ainda causa insegurança
Surto de diarreia aguda atinge mais de 180 cidades em Goiás, diz Secretaria de Saúde
Índice OPME registra ligeira alta de 0,07% em agosto
AGÊNCIA BRASIL
Internações por doenças respiratórias aumentam quase 28%
Alta foi verificada no período de janeiro a agosto em 27 hospitais
Levantamento feito em 27 hospitais públicos e filantrópicos do país mostra que, de janeiro a agosto, as internações causadas por doenças respiratórias aumentaram 27,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em valores, as internações custaram, em 2024, R$ 11 milhões a mais do que o registrado no mesmo período de 2023. Os dados são da Planisa, empresa de gestão hospitalar.
"O aumento nos custos hospitalares é significativo, indicando um impacto econômico considerável para os hospitais. O valor estimado de R$ 11 milhões reflete a pressão financeira adicional que os hospitais enfrentam devido ao aumento das internações e ao aumento nos custos diários de tratamento", destacou o especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa, Marcelo Carnielo.
De acordo com o diretor, para administrar o número maior de pacientes e a elevação dos custos operacionais, os hospitais terão de investir em estratégias de prevenção, como incentivar a vacinação contra doenças respiratórias e doenças sazonais cujo aumento da incidência pode estar relacionado a condições climáticas adversas.
"[Os hospitais deverão] adaptar o planejamento para lidar com picos sazonais e eventos climáticos extremos, como otimizar a alocação de leitos, pessoal e outros recursos, além de revisar e atualizar continuamente os protocolos e práticas hospitalares", acrescentou.
..................................
Anvisa aprova atualização de vacina contra covid - Notícias do brasil
Objetivo da agência é evitar o aumento da circulação de novas variantes do vírus
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, por unanimidade, uma instrução normativa que estabelece a atualização da composição de vacinas contra a covid-19. A medida é adotada para evitar o aumento da circulação de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 pelo país.
De acordo com a relatora do texto, a diretora Meiruze Sousa Freitas, a evolução constante do tipo de coronavírus SARS-CoV-2 exige que as vacinas sejam atualizadas periodicamente para lidar com as novas variantes do vírus.
"O aprendizado que tivemos com a pandemia trouxe à tona a necessidade de respostas regulatórias mais ágeis. Para reduzirmos a chance de danos, é preciso reduzirmos lacunas no arcabouço regulatório. Elas precisam ser ajustadas em tempo real para atendermos as demandas urgentes de uma crise sanitária", disse Meiruze.
A proposta normativa inclui a resolução da diretoria colegiada e a instrução normativa que tratam das atualizações das vacinas, estabelecendo, segundo ela, "critérios claros e eficientes para atualização das vacinas no Brasil, de forma alinhada com as diretrizes internacionais e a evolução do cenário epidemiológico".
Ajuste
A proposta normativa busca ajustar a composição das vacinas para garantir que continuem eficientes diante das mutações do vírus, para continuar protegendo a população.
"A constante revisão e a atualização das vacinas em sintonia com parâmetros globais são essenciais para evitarmos novos surtos e para controlarmos a mortalidade associada ao vírus. Justifica, inclusive, a urgência em suplementarmos um marco regulatório que facilite e acelere esse processo, sem comprometer a qualidade, a segurança e a eficácia", afirmou.
Segundo a relatora, o monitoramento contínuo da covid-19 -no Brasil e no exterior- evidencia que a doença não segue um padrão sazonal definido, "mas flutua em ondas determinadas principalmente pelo comportamento populacional. Neste contexto é crucial garantirmos acesso às vacinas atualizadas", disse.
...............................
PODER JURÍDICO
Direitos da Saúde e do Paciente: Um Guia Essencial para Entendimento e Exercício
A saúde é um direito fundamental previsto na Constituição Federal de 1988, no Brasil, estabelecendo que todo cidadão tem o direito de acesso a serviços de saúde de qualidade, independente de sua condição socioeconômica. Este princípio orienta a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e de normas que regem a atuação do setor privado, visando garantir o acesso universal e igualitário à saúde. Contudo, o conhecimento sobre os direitos dos pacientes é frequentemente limitado, e muitos cidadãos não sabem como assegurar a defesa desses direitos. Este artigo aborda os principais direitos da saúde e do paciente no Brasil, explorando tanto o setor público quanto o privado.
1. O Direito Constitucional à Saúde
O artigo 196 da Constituição Brasileira estabelece que a saúde é "direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação". Isso implica que o Estado é o principal garantidor da saúde pública, devendo oferecer condições para que toda a população tenha acesso a serviços essenciais.
Esse direito se estende a todos os níveis de atendimento, desde a atenção básica até tratamentos mais complexos, como cirurgias de alta complexidade e acesso a medicamentos especializados. O SUS é o principal responsável por assegurar esse direito, oferecendo atendimento gratuito à população, mas o sistema privado de saúde também é regulado para garantir que os direitos dos pacientes sejam respeitados.
2. Direitos do Paciente: Autonomia e Informação
O paciente possui diversos direitos estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor (no caso dos serviços privados) e pela legislação de saúde pública. Entre os principais, destaca-se o direito à informação adequada e clara sobre seu estado de saúde, diagnóstico, tratamentos disponíveis e possíveis riscos. Esse princípio é fundamental para garantir a autonomia do paciente em relação às decisões sobre seu corpo e tratamentos.
Além disso, o paciente tem direito a consentir ou não com qualquer procedimento médico. O "consentimento informado" é um direito essencial e significa que o paciente precisa ser completamente esclarecido antes de dar seu aval para intervenções cirúrgicas ou tratamentos que podem trazer riscos à sua saúde. Se for negado esse direito, o paciente ou seus representantes legais podem buscar amparo judicial.
3. Direito à Dignidade e Privacidade
A dignidade humana está no cerne dos direitos dos pacientes. Isso inclui o tratamento com respeito, sem discriminação de qualquer natureza, seja por raça, gênero, orientação sexual ou condição social. No ambiente hospitalar, os pacientes devem ser tratados com empatia e respeito, com proteção à sua integridade física e moral.
O direito à privacidade também é um ponto crucial. Os dados médicos do paciente são confidenciais e devem ser protegidos. Nenhuma informação sobre seu estado de saúde pode ser divulgada sem o consentimento do próprio paciente ou de seu responsável, exceto em situações previstas em lei, como notificações compulsórias de doenças.
4. Direito ao Acesso Igualitário
Um dos pilares do SUS é o acesso igualitário aos serviços de saúde. Isso significa que qualquer cidadão, independente de sua localização geográfica, deve ter acesso aos mesmos níveis de cuidado, incluindo atenção primária, atendimento especializado e cirurgias complexas.
No setor privado, os planos de saúde também são obrigados a seguir regras claras que garantem o acesso dos usuários aos serviços contratados, sem restrições indevidas. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) regula as operadoras de planos de saúde para assegurar que os contratos sejam cumpridos, garantindo o acesso a consultas, exames e tratamentos previstos nos planos.
5. Direitos Relacionados ao Atendimento de Urgência e Emergência
Em situações de urgência e emergência, todo paciente tem o direito de receber atendimento imediato, independentemente de possuir ou não plano de saúde, bem como de sua condição financeira. Essa regra é válida tanto no sistema público quanto no privado. Os hospitais não podem recusar atendimento em casos emergenciais, e o não cumprimento dessa obrigação pode resultar em sanções severas.
A Constituição e a legislação brasileira determinam que qualquer hospital deve estabilizar o quadro de saúde do paciente em risco iminente, mesmo que seja necessário transferi-lo para outra unidade de atendimento, assegurando sua vida e integridade física.
6. Direito ao Acesso a Medicamentos e Tratamentos
A distribuição de medicamentos, especialmente aqueles de alto custo, é um tema frequentemente debatido no Brasil. O SUS é responsável por fornecer medicamentos essenciais gratuitamente, e há uma lista padronizada de medicamentos que devem ser oferecidos pela rede pública.
Nos casos em que o SUS ou planos de saúde não disponibilizam um medicamento ou tratamento necessário, os pacientes têm o direito de acionar a Justiça para garantir o acesso ao tratamento. A chamada "judicialização da saúde" tem se tornado um recurso frequente, especialmente para tratamentos mais caros ou inovadores, que não estão disponíveis nas redes pública e privada.
7. Direito à Continuidade de Tratamento
Outro aspecto importante é o direito à continuidade de tratamento. O paciente não pode ser interrompido no meio de um tratamento essencial, exceto em casos específicos e justificados. Isso é especialmente relevante no caso de pacientes com doenças crônicas, como diabetes ou câncer, que necessitam de cuidados contínuos.
No setor privado, os planos de saúde têm a obrigação de garantir a continuidade do atendimento, mesmo em situações de transição contratual ou administrativa entre operadoras, assegurando que os pacientes em tratamento não sejam prejudicados.
8. Proteção contra Abusos no Setor Privado
No Brasil, o setor de saúde suplementar é regulado pela ANS, que protege os consumidores de abusos por parte de operadoras de planos de saúde. Entre os principais direitos do paciente nesse setor, está a impossibilidade de recusa injustificada de cobertura. As operadoras são obrigadas a cobrir tratamentos que estejam previstos no rol de procedimentos da ANS e não podem aumentar mensalidades ou rescindir contratos unilateralmente em casos de doença grave.
A ANS também estabelece regras sobre prazos máximos de atendimento, garantindo que os pacientes possam agendar consultas, exames e cirurgias em tempo hábil.
9. Direito ao Tratamento Humanizado
A humanização do atendimento de saúde é um princípio defendido tanto pelo SUS quanto pelo setor privado. Isso inclui a garantia de um atendimento que respeite as particularidades de cada indivíduo, levando em conta não apenas o aspecto físico, mas também o psicológico e emocional do paciente.
O tratamento humanizado também está relacionado ao direito de o paciente ter acesso a visitas de familiares, especialmente em casos de internação prolongada, respeitando os horários e normas das instituições.
Conclusão
O conhecimento dos direitos à saúde e dos pacientes é essencial para que a população possa exercer sua cidadania de forma plena. Tanto o SUS quanto o setor privado têm obrigações definidas para assegurar que todos os indivíduos recebam o cuidado necessário com respeito, dignidade e eficiência. Estar ciente desses direitos permite que os pacientes reivindiquem um tratamento adequado e lutem contra abusos, fortalecendo o sistema de saúde como um todo e garantindo uma sociedade mais justa e saudável.
.................................
CANAL Q
Doação de Órgãos cresceu 17% no último ano, mas assunto ainda causa insegurança
Doação de órgãos é um assunto bastante disseminado e muito sério, mas ainda existem muitos tabus em relação ao tema. Segundo dados do Ministério da Saúde, até maio deste ano o Brasil tinha mais de 72 mil pessoas na lista de transplante de órgãos, sendo o rim o mais aguardado, com cerca de 40 mil pessoas na fila.
Inspirada no Setembro Verde - Mês de Conscientização sobre Doação de Órgãos, a Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, convidou a Dra. Rita Pedrosa, médica nefrologista e professora da Ages Jacobina, para esclarecer as dúvidas da população sobre o tema. Confira:
Quem pode ser doador de órgãos?
R: Todas as pessoas são doadoras em potencial. Entretanto, antes da doação, são avaliadas as condições clínicas do potencial doador e realizados exames para evitar a transmissão de doenças para o receptor do órgão ou tecido. A doação de órgãos só acontece após a autorização escrita da família.
A partir de qual idade a pessoa pode se tornar um doador?
R: A partir de 18 anos.
Qual a idade limite?
R: Não existe uma idade limite para ser doador de órgãos. Depende muito das condições clínicas em que se encontra o possível doador. Temos doadores de córneas com 70, 75 anos em excelentes condições de saúde e temos possíveis doadores com 40 anos sem a menor condição clínica para a doação efetivar.
O que é um transplante?
R: É uma cirurgia que substitui um órgão ou tecido doente por um órgão ou tecido sadio de um doador para um receptor.
Quais órgãos ou tecidos podem ser doados?
R: Órgãos - rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e intestino. Tecidos - pele, córneas, osso, valva cardíaca e medula óssea.
Como se declarar doador?
R: Para se declarar doador, é preciso decidir sobre o desejo e avisar a família, pois serão eles que irão permitir e assinar a autorização.
É necessário algum tipo de exame antes da doação?
R: â
Tanto na doação em vida como na doação com doador falecido, se faz necessária a realização de vários exames que ajudam a excluir doenças infecto contagiosas que podem ser transmitidas para o receptor e contra indicariam a doação. Em se tratando de doador falecido são realizados dois exames clínicos por dois médicos diferentes e um exame complementar que pode ser um EEG, ou um Doppler transcraniano para confirmar a morte encefálica.
Quem pode receber órgãos?
R: Quem pode receber órgãos precisa obrigatoriamente estar inscrito na lista de transplantes que é gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes que é um Órgão do Ministério da Saúde. Os pacientes que têm doenças que podem ser tratadas por meio de um Transplante devem ser avaliados por equipes credenciadas pelo Ministério da Saúde para realizar cada tipo de transplante. Após a avaliação, o paciente e incluído em lista de espera. A lista é um cadastro com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde com normas iguais para todos os cidadãos.
Como funciona a fila para recebimento?
R: A fila é controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes e pela central de Transplantes de cada estado, e supervisionada pelo Ministério Público.
É possível escolher a pessoa para quem doar os órgãos?
R: Não é possível escolher para quem vai o órgão visto que existem vários critérios para selecionar a distribuição do mesmo. Em vida, pode se escolher doar por exemplo um rim para um parente como filho, pai, mãe, irmã. Parentes até segundo grau.
Órgãos são doados apenas após o óbito?
R: Os órgãos podem ser doados após a Morte Encefálica ser confirmada por dois médicos e com um exame complementar e atestada por um médico devidamente capacitado.
Quais órgãos podem ser doados em vida?
R: O rim, uma parte do pulmão e uma parte do fígado. A medula óssea pode ser doada em vida também.
Quais os riscos para o doador?
R: O doador de órgãos em vida é minuciosamente estudado. São realizados inúmeros exames para que não exista a menor possibilidade de algum tipo de dano renal para o mesmo. Os riscos são de uma cirurgia normal.
Como funciona a retirada e transporte de um órgão que será doado?
R: A retirada dos órgãos deverá ser realizada em um centro cirúrgico apto para cirurgias médio e grande porte, por profissionais capacitados, habilitados e credenciados pelo Sistema Nacional de Transplantes. Os órgãos são acondicionados em seus respectivos recipientes em solução específica para tal aguardando seu destino para o receptor. O rim é o órgão que pode permanecer em solução de preservação por mais tempo, de até 24 horas.
Somente após o óbito é procurada a pessoa que receberá a doação?
R: Somente após ser confirmada e atestada a morte encefálica e que poderá ser avisado ao receptor.
Qual é a probabilidade de o transplante não funcionar?
R: A rejeição pode ocorrer em qualquer momento do transplante desde a fase inicial até anos após, mas com as medicações imunossupressores atuais, o índice de rejeição diminuiu muito.
Quando é indicado o transplante de órgão?
R: O Transplante é indicado quando o órgão é acometido por alguma patologia que o leva a perder a sua funcionabilidade. Neste momento o paciente deverá ser avaliado por um especialista na área que, após detectar a falência do órgão, deverá ser credenciado na Central de Transplantes, para inseri-lo na lista.
Quais os riscos de um transplante?
R: Os riscos de um transplante são os riscos pertinentes de qualquer cirurgia de médio porte.
Como funciona a compatibilidade?
R: A compatibilidade funciona quando é realizado o estudo da carga genética do potencial doador HLA e do provável receptor, onde se evidencia o grau de compatibilidade através exames de sangue que irão determinar qual o receptor tem a maior chance de o órgão ser compatível com menor risco de rejeição.
Qual órgão tem a maior procura?
R: O rim é o órgão mais procurado, pois pacientes que aguardam por um órgão podem permanecer em diálise aguardando por um órgão.
Qual é o órgão mais difícil de conseguir doação?
R: Dos órgãos normalmente captados, o pulmão é um órgão de maior complexidade apresentado e o coração também tem um certo grau de dificuldade.
Qual o grau de complexidade de um transplante de órgão?
R: É de média a alta complexidade dependendo do transplante.
..................................
PORTAL G1
Surto de diarreia aguda atinge mais de 180 cidades em Goiás, diz Secretaria de Saúde
Mais de 217 mil casos foram notificados no estado esse ano, sendo mais de 57 mil só no mês de agosto. Principais causas identificadas são o rotavírus e o norovírus.
A higienização das mãos é uma das principais recomendações para evitar a contaminação de diarreia — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde
Pelo menos 186 cidades goianas estão com surto de diarreia aguda, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). De acordo com a secretaria, mais de 217 mil casos foram notificados no estado esse ano, sendo mais de 57 mil só no mês de agosto (veja abaixo a lista de cidades com diarreia aguda).
A quantidade de cidades com o surto foi informada pela SES na terça-feira (17). A secretaria explicou que é considerado surto quando há dois ou mais casos da diarreia aguda com relação de localização e tempo. Disse ainda que as principais causas identificadas são o rotavírus e o norovírus.
O QUE É E COMO TRATAR: Surto de diarreia aguda em Goiás
A SES também informou que segue monitorando os municípios e auxiliando nas ações de controle. Além disso, a secretaria alertou que é esperado o aumento de casos de diarreia aguda em todo o país nos meses de agosto e setembro e que o número de casos acima do limite "representa uma realidade em todo o país". Em Goiás, os casos começaram a ser identificados no mês de junho em Campos Belos, Cavalcante e Monte Alegre de Goiás.
Entenda a diarreia aguda
Ao g1, o médico infectologista Marcelo Daher explicou a diferença entre a doença aguda e a crônica. “A diarreia aguda é um quadro súbito, ou seja, a pessoa está bem e tem diarréia por alguns dias. Já a crônica leva mais tempo e até meses”, detalhou.
Assim como suspeita a SES, segundo o médico, a bactéria na água pode ser uma das causas da diarreia aguda. “No caso da transmissão pela água a abrangência é maior, pode ter um surto em uma cidade inteira, um bairro ou uma escola, por exemplo”, disse.
“Lugares onde não tem água tratada ou coleta de esgoto, existe um risco maior de contaminação pelo solo”, destacou.
Questionado sobre o tratamento da diarreia aguda, o médico explicou que ele depende do agente causador e, principalmente, da avaliação de um profissional do quadro do paciente. “No geral, é indicado reforçar a hidratação, soro e comidas mais leves e de pouca fibra”, explicou.
Veja cidades com surto de diarreia aguda em Goiás:
Municípios que estão em surto, com aumento no número de casos:
Abadiânia
Alto Horizonte
Alvorada do Norte
Amaralina
Aparecida do Rio Doce
Aporé
Araçu
Aragarças
Araguapaz
Aurilândia
Bom Jardim de Goiás
Bom Jesus de Goiás
Bonópolis
Cabeceiras
Caldas Novas
Caldazinha
Campestre de Goiás
Campinaçu
Campinorte
Carmo do Rio Verde
Castelândia
Colinas do Sul
Corumbá de Goiás
Damolândia
Diorama
Doverlândia
Edéia
Fazenda Nova
Firminópolis
Formosa
Gameleira de Goiás
Goianápolis
Goianésia
Goianira
Goiás
Guaraíta
Guarinos
Heitoraí
Hidrolina
Iaciara
Iporá
Israelândia
Itaberaí
Itarumã
Jandaia
Jaraguá
Jesúpolis
Lagoa Santa
Mara Rosa
Maurilândia
Montividiu do Norte
Montividiu
Morrinhos
Mossâmedes
Mundo Novo
Nova Roma
Novo Brasil
Novo Gama
Novo Planalto
Ouro Verde de Goiás
Palmeiras de Goiás
Palminópolis
Paranaiguara
Perolândia
Petrolina de Goiás
Pires do Rio
Planaltina
Pontalina
Professor Jamil
Rianápolis
Rio Verde
São Luís de Montes Belos
São Miguel do Passa Quatro
Sanclerlândia
Santa Cruz de Goiás
Santo Antônio de Goiás
São João d'Aliança
São Luiz do Norte
São Patrício
São Simão
Silvânia
Simolândia
Santa Terezinha de Goiás
Santa Rita do Araguaia
Santo Antônio da Barra
Taquaral de Goiás
Três Ranchos
Trindade
Turvelândia
Uruana
Urutaí
Valparaíso de Goiás
Varjão
Vianópolis
Vila Boa
Vila Propício
Municípios que estão em surto, contudo têm apresentado uma redução no número de casos:
Abadia de Goiás
Adelândia
Americano do Brasil
Amorinópolis
Anhanguera
Anicuns
Aeroania
Barro Alto
Bela Vista de Goiás
Britânia
Buriti de Goiás
Cachoeira Alta
Cachoeira de Goiás
Caiçú
Caiapônia
Campo Alegre de Goiás
Campo Limpo
Campos Belos
Campos Verdes
Caturaí
Cavalcante
Ceres
Cezarina
Cocalzinho de Goiás
Córrego do Ouro
Crixás
Cromínia
Edealina
Estrela do Norte
Flores de Goiás
Formoso
Goiatuba
Gouvelândia
Guarani de Goiás
Inaciolândia
Indiara
Inhumas
Ipameri
Itaguaru
Itapaci
Itauçu
Jataí
Jaupaci
Leopoldo de Bulhões
Luziânia
Mairipotaba
Mambaí
Matrinchã
Minaçu
Mineiros
Monte Alegre de Goiás
Montes Claros de Goiás
Mutunópolis
Nazário
Nerópolis
Niquelândia
Nova Aurora
Nova Crixás
Nova Iguaçu de Goiás
Nova Veneza
Orizona
Ouvidor
Palmelo
Panamá
Porangatu
Portelândia
Quirinópolis
Rialma
Rubiataba
Santa Isabel
Santa Tereza de Goiás
São Miguel do Araguaia
Serranópolis
Santo Antônio do Descoberto
Terezópolis de Goiás
Uirapuru
Vicentinópolis
..............................
MEDICINA S/A
Índice OPME registra ligeira alta de 0,07% em agosto
O Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (I-OPME) apresentou leve alta em agosto, com variação de +0,07%. Comparativamente a outros índices, esse resultado ficou abaixo das variações do IGP-M/FGV (+0,29%), que reflete a inflação ao consumidor, no atacado e nos custos da construção civil; da taxa média de câmbio (+0,19%), que indicou uma depreciação do real; e do IPM-H (+0,13%), que acompanha os preços dos medicamentos para hospitais. Por outro lado, o Índice OPME superou ligeiramente o IPCA/IBGE (-0,02%), que apresentou uma leve deflação no mês.
Desenvolvido em conjunto pela Fipe e pela Bionexo, empresa de soluções tecnológicas SaaS para gestão em saúde, o Índice OPME acompanha a evolução dos preços dos itens transacionados entre fornecedores e hospitais por meio da plataforma Opmenexo, que processa mais de 3 mil cotações diárias de preços para mais de 45 mil produtos do setor.
Entre as especialidades que compõem a cesta de cálculo do Índice OPME, a maioria apresentou recuo nos preços em agosto: sistema genital e reprodutor (-0,08%); sistema nervoso central e periférico (-0,23%); sistema urinário (-0,48%); sistema cardiocirculatório (-0,56%); cabeça e pescoço (-1,19%). Por outro lado, foram apuradas altas nos preços de órteses, próteses e materiais especialistas classificados como sistema musculoesquelético e articulações (+1,03%) e sistema digestivo e anexos (+0,33%).
No acumulado de 2024 até agosto, o Índice OPME registrou um aumento de 0,22% nos preços de órteses, próteses e materiais especiais. Nesse intervalo, as variações acumuladas por especialidade foram as seguintes: sistema cardiocirculatório (+1,91%); sistema digestivo e anexos (+0,26%); sistema nervoso central e periférico (+0,19%); sistema genital e reprodutor (+0,17%); cabeça e pescoço (-1,03%); sistema musculoesquelético e articulações (-1,06%); e sistema urinário (-2,39%).
Comparativamente, nos últimos 12 meses (até agosto de 2024), os preços de órteses, próteses e materiais especiais registraram uma discreta valorização de 0,06%. Nesse período, as variações de preço por especialidade podem ser ordenadas da seguinte maneira: sistema cardiocirculatório (+1,72%); cabeça e pescoço (+0,50%); sistema musculoesquelético e articulações (+0,32%); sistema nervoso central e periférico (-1,22%); sistema urinário (-1,74%); sistema genital e reprodutor (-1,90%); e sistema digestivo e anexos (-2,70%).
Segundo a leitura de Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe: “com base no histórico, é possível constatar que a discreta variação registrada pelo Índice OPME em agosto de 2024 (+0,07%) situou-se na mediana dos resultados para esse mês desde 2017, sendo que a maior variação ocorreu em agosto de 2021 (+0,74%) e a menor, em agosto 2018 (-0,52%). Com respeito aos resultados desagregados, embora a maior parte das especialidades que integram a cesta do índice tenha exibido queda mensal nos seus respectivos preços, o comportamento levemente positivo do Índice OPME foi influenciado pela valorização identificada em especialidades com peso relevante no cálculo, como sistema musculoesquelético e articulações (+1,03%).”
Ao analisar o período completo das séries históricas disponíveis, de janeiro de 2017 a agosto de 2024, o Índice OPME demonstra uma leve retração de 0,08% nos preços de próteses, órteses e materiais especiais. Em termos específicos, as variações históricas por especialidade foram as seguintes: cabeça e pescoço (+18,74%); sistema musculoesquelético e articulações (+6,65%); sistema nervoso central e periférico (+3,02%); sistema digestivo e anexos (-0,94%); sistema genital e reprodutor (-2,69%); sistema urinário (-3,95%); e sistema cardiocirculatório (-8,78%).
Por dentro do índice
O Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (índice OPME) é o primeiro indicador dedicado a analisar o comportamento de preços de produtos e materiais transacionados entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro e é resultado da parceria entre Fipe e Bionexo.
A cada mês e para cada material, calcula-se um índice que indique a variação de seu preço em relação ao mês de referência, levando em consideração variáveis que podem ser relevantes para determinar o preço, entre elas: (1) quantidade de itens requisitados no mercado; (2) discriminador de produto (dado que uma única família pode ser composta por múltiplos produtos); (3) localização do hospital e do fornecedor; (4) convênio; e (5) procedimento de urgência. Os produtos são agrupados em oito especialidades e ponderados de acordo com uma cesta de valor total transacionado na plataforma Opmenexo. O Índice OPME consolida o comportamento dos índices dos preços de cada especialidade.
Apesar de estar correlacionado a outros indicadores, o Índice OPME não mensura ou influencia o comportamento de preços de produtos e materiais no varejo. Ele não reflete diretamente em mudanças ou substituições tecnológicas, nem tem relação direta com os custos de hospitais e planos de saúde. Os dados apontam tendências de preços para negociações entre fornecedores e instituições hospitalares.
https://medicinasa.com.br/opme-agosto/
........................
Assessoria de Comunicação
Associados da Ahpaceg participam do 2º Workshop Planisa
Jacqueline Lopes Rodovalho, do associado Hospital do Coração de Goiás, e Mayra Melo, do associado Hospital Santa Helena, palestraram hoje, 18, na segunda edição do Workshop Planisa, que teve como tema “Liderança e Comunicação Eficaz na Implementação da Estratégia na Saúde” e debateu os novos caminhos para a sustentabilidade econômica dos hospitais.
Jacqueline e Mayra participaram da mesa-redonda “Direcionamento estratégico para o setor saúde”. Representantes de outras instituições associadas também compareceram ao workshop promovido pela Planisa, organização parceira do setor de saúde na busca por otimizar os resultados financeiros das empresas.
Realizado em Goiânia, das 9 às 17h30, o evento reuniu representantes da área da saúde dos setores público e privado. Em pauta, temas como a gestão estratégica de custos: do dado ao resultado, para onde caminha a regulamentação da saúde suplementar, a visão da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás sobre a gestão estratégica de custos e experiências exitosas nesta área, além de comunicação e liderança.
CLIPPING AHPACEG 18/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
34 das 50 maiores operadoras de planos de saúde do Brasil são Unimed
Empresa CDI Premium denuncia que vem sendo alvo de golpe
CDI Premium diz ser vítima de golpe
2024: Cremego homenageia médicos que completaram 70 anos de idade ou 50 de formados
Clínica é condenada a indenizar técnica de enfermagem que foi demitida enquanto tratava câncer
Avanços e gargalos da radioterapia para o câncer de colo do útero
Golpista aterroriza pacientes com falso diagnóstico para pedir Pix
Utilização de soluções de suporte à decisão clínica cresce 14% em comparação a 2023
PORTAL G7
34 das 50 maiores operadoras de planos de saúde do Brasil são Unimed
Com presença em 9 de cada 10 municípios do país, cooperativas da marca são destaque no Valor 1000, principal ranking de negócios do país
Divulgado nesta terça-feira (17), o anuário Valor 1000 traz o ranking dos maiores planos de saúde que atuam no mercado. Dentre as 50 operadoras classificadas estão 33 cooperativas médicas e uma empresa do Sistema Unimed. O resultado reflete a liderança da Unimed no setor de saúde suplementar, com 20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos, e a força do modelo cooperativista, que possibilitou que, ao longo de seus 56 anos, a marca expandisse sua atuação a todas as regiões do país, com presença em 92% dos municípios brasileiros. A Unimed do Brasil - confederação que representa institucionalmente as 340 cooperativas médicas e empresas do Sistema Unimed - tem acompanhado o crescimento da participação das cooperativas no ranking ao longo dos anos.
O presidente da entidade, Omar Abujamra Junior, analisa que o desempenho de destaque também é fruto da segurança assistencial e da qualidade dos serviços prestados, que fazem com que a marca conquiste a confiança de um número crescente de consumidores, tendo obtido aumento na carteira de clientes no último ano.
"A Unimed gera valor para a sociedade, contribuindo para movimentar a economia no segmento de saúde e para a criação de emprego e renda, com o desenvolvimento de estruturas para atender às necessidades da população, como hospitais e centros de diagnósticos, e de tecnologias para aprimorar a prestação de serviços. Nossas cooperativas também transformam vidas, pois participam do dia a dia das comunidades em que estamos presentes, por meio do investimento em programas de promoção à saúde e prevenção e em projetos socioambientais", destaca o presidente da Unimed do Brasil. Operadoras Unimed no ranking dos 50 maiores planos de saúde Unimed Nacional Unimed-BH Seguros Unimed Unimed Porto Alegre Unimed Curitiba Unimed Campinas Unimed Fortaleza Unimed Goiânia Unimed Vitória Unimed Belém Unimed Fesp Unimed Cuiabá Unimed Grande Florianópolis Unimed Recife Unimed Natal Unimed Nordeste RS Unimed São José do Rio Preto Unimed Sorocaba Unimed João Pessoa Unimed Londrina Unimed Leste Fluminense Unimed Maceió Unimed Santos Unimed Campo Grande Unimed Regional Maringá Unimed Ribeirão Preto Unimed Uberlândia Unimed de Blumenau Unimed Santa Catarina Unimed Teresina Unimed São José dos Campos Unimed Piracicaba Unimed Paraná Unimed Sergipe Anuário O Valor 1000 também divulgou o ranking com as maiores empresas que atuam nos segmentos de vida e previdência, no qual a Seguros Unimed ocupa a 21ª posição.
Em sua 24ª edição, o Valor 1000 se consolidou como um dos anuários de negócios mais respeitados e de credibilidade do país, com a organização de rankings e a premiação de empresas de diversos segmentos econômicos. A iniciativa é realizada por meio de parceria do jornal Valor Econômico com a Serasa Experian e a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Sobre a Unimed Em mais de 56 anos de atuação, a Unimed se destaca na liderança do setor de saúde suplementar. A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje compõe um sistema de 340 cooperativas médicas e empresas, que estão presentes em nove de cada dez cidades brasileiras e atendem a 20,5 milhões de pessoas em planos de saúde e odontológicos. A Unimed reúne 118 mil médicos cooperados, gera 147 mil empregos diretos e dispõe da maior rede assistencial do país, com 30 mil estabelecimentos parceiros, além da rede própria, formada por 163 hospitais e hospitais-dia, 86 unidades de urgência e emergência, 509 clínicas, 42 centros de diagnósticos, 68 laboratórios e 96 serviços de terapias especiais, entre outros.
Toda essa operação injetou no sistema saúde brasileiro mais de R$ 87 bilhões em 2023, com a realização de 631 milhões de eventos assistenciais (consultas, exames, internações e outros procedimentos) no ano. As cooperativas Unimed também são destaque no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), avaliação oficial da ANS para o setor. Das 25 operadoras médico-hospitalares que obtiveram nota máxima no IDSS 2023 (ano-base 2022), 20 são Unimed. Além disso, 234 Unimeds foram classificadas nas duas melhores faixas de pontuação, incluindo a operadora de planos odontológicos Unimed Odonto e a operação de saúde da Seguros Unimed.
...............................
FOLHA DO PLANALTO
Empresa CDI Premium denuncia que vem sendo alvo de golpe
Fundada há 24 anos pelos médicos cardiologistas Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado, a clínica CDI Premium vem sendo vítima de um golpe.
Com notícias falsas, fraudadores estão abordando médicos, clientes e parceiros da empresa, que recentemente concentrou todos os seus atendimentos em um grande prédio localizado na Av. Portugal, 496, esquina com a Rua 22, no Setor Oeste.
Em uma das abordagens, os golpistas recolherem materiais de divulgação do CDI Premium, que estavam com as pessoas abordadas, e alegaram que a clínica estaria funcionando em outro endereço e com novo telefone de atendimento aos clientes.
O CDI Premium já está adotando as medidas legais para coibir esse crime e vem alertando os seus clientes e parceiros por meio de mensagens e das redes sociais.
.................................
DIÁRIO DA MANHÃ
CDI Premium diz ser vítima de golpe
Empresa CDI Premium denuncia que vem sendo alvo de golpe
Fundada há 24 anos pelos médicos cardiologistas Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado, a clínica CDI Premium vem sendo vítima de um golpe.
Com notícias falsas, fraudadores estão abordando médicos, clientes e parceiros da empresa, que recentemente concentrou todos os seus atendimentos em um grande prédio localizado na Av. Portugal, 496, esquina com a Rua 22, no Setor Oeste.
Em uma das abordagens, os golpistas recolherem materiais de divulgação do CDI Premium, que estavam com as pessoas abordadas, e alegaram que a clínica estaria funcionando em outro endereço e com novo telefone de atendimento aos clientes.
O CDI Premium já está adotando as medidas legais para coibir esse crime e vem alertando os seus clientes e parceiros por meio de mensagens e das redes sociais.
.............................
CONGRESSO NEWS
2024: Cremego homenageia médicos que completaram 70 anos de idade ou 50 de formados
Os médicos que completaram 70 anos de idade ou 50 de formados em 2024 foram homenageados pelo Cremego, em uma cerimônia na noite da última segunda-feira (16).
Para a presidente do Conselho, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, a homengem é uma celebração da jornada, dedicação e legado construídos em décadas de medicina e de cuidados com os pacientes.
“Vocês ingressaram em uma era em que a tecnologia como conhecemos hoje era um sonho distante, sem a telemedicina, inteligência artificial e ferramentas de diagnóstico. Vocês enfrentaram desafios monumentais apenas com conhecimento e habilidades humanas. Mostraram resiliência e um compromisso inabalável com a ética, a medicina, a vida e os pacientes. Foram verdadeiros faróis de esperança para cada paciente”, descreveu.
Também prestigiaram a cerimônia o conselheiro e diretor da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), Valdenir Ribeiro; o conselheiro e diretor de Relacionamento e Inovação do Sicoob Unicentro BR, José Umberto Vaz de Siqueira; o 2° vice-presidente do Cremego, Vagner Ruiz Gil; o 2° secretário do Conselho, Robson Paixão de Azevedo; e o diretor de Fiscalização, Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro.
A homenagem foi acompanhada ainda pelos conselheiros Carlos Eduardo Cabral Fraga, Elias Fouad Rabahi, Humberto Ramos Carneiro, Larissa Roriz de Castro, Loiane Moraes Ribeiro Victoy, Ricardo Borges da Silva, Rocicleia De Vlieger, Tarik Kassem Saidah, Valéria Granieri Oliveira Araújo, Thiago Maxwell Araújo Santos e Wilder Alves, além de parentes e amigos dos homenageados.
A presidente do Cremego ressaltou que os homenageados são uma inspiração para todos e para as futuras gerações. “Vocês não foram apenas testemunhas das mudanças e avanços, mas, sim, participantes ativos na construção do nosso sistema de saúde. A experiência de cada um de vocês transcende o tempo, é um patrimônio inestimável, e seu exemplo é uma fonte de inspiração para todos nós”, disse.
........................
PORTAL G1
Clínica é condenada a indenizar técnica de enfermagem que foi demitida enquanto tratava câncer
Mulher trabalhava na clínica há quase 22 anos e foi demitida sem justa causa. Empresa alega que não sabia do câncer.
Uma clínica psiquiátrica de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, foi condenada a pagar R$ 17,5 mil a uma técnica de enfermagem que foi demitida após receber o diagnóstico de câncer de mama. Além do pagamento de multa por danos morais, a Justiça determinou que a mulher fosse recontratada pela empresa e que tivesse o plano de saúde reativado.
A sentença foi publicada no dia 27 de agosto. Em 9 de setembro, a enfermeira e a empresa firmaram um acordo, que estabeleceu o pagamento da indenização em duas parcelas.
De acordo com informações da sentença, a técnica trabalhou na clínica por quase 22 anos. Em 28 de agosto de 2023, a mulher disse que recebeu o diagnóstico de câncer de mama e que informou seu superior em seguida. No dia 14 de setembro do ano passado, ela foi demitida sem justa causa, disse a sentença.
A empresa alegou que não tinha conhecimento da doença. O g1 entrou em contato com a defesa da clínica na manhã de terça-feira (17) por e-mail e telefone, mas não recebeu o posicionamento até a última atualização desta reportagem.
A clínica foi processada por demissão discriminatória, que significa fazer o desligamento de um funcionário por sua origem, raça, cor ou por necessidade de reabilitação profissional, entre outros motivos.
De acordo com Danyelle Zago, advogada da funcionária, ela foi reintegrada ao trabalho no início do processo, mas está afastada por motivos médicos.
..........................
MEDICINA S/A
Avanços e gargalos da radioterapia para o câncer de colo do útero
A falta de acesso da maioria da população às tecnologias de saúde no Brasil atinge uma ampla camada de mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero. Até 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), ao menos 17 mil mulheres, receberão o diagnóstico de câncer de colo uterino maligno no país, sendo a doença considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), em alusão à campanha Setembro em Flor organizada pelo Grupo EVA (Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos) - cujo intuito é conscientizar sobre os tumores ginecológicos - chama a atenção para a importância do acesso à radioterapia externa e as dificuldades existentes no sistema de saúde no Brasil.
A radioterapia externa, também conhecida como teleterapia, é um tratamento que consiste na emissão de radiação ionizante em um tumor, feita a partir de um aparelho que fica a uma certa distância do paciente. O feixe de radiação é geralmente de raios X de alta energia, gerados por um acelerador linear de partículas. "É um tratamento extremamente sofisticado e que tem por objetivo irradiar a região do câncer e regiões de interesse e proteger os tecidos sadios vizinhos, minimizando as toxicidades ou efeitos colaterais", explica o médico radio-oncologista da SBRT, Renato José Affonso Júnior, coordenador do Departamento de Radioterapia do Hospital de Base de São José do Rio Preto e membro da diretoria do Grupo EVA. De acordo com o especialista, a radioterapia externa consiste na realização de sessões diárias de entrega de radiação com o intuito de promover a regressão, destruição tumoral ou redução no risco de recidiva da doença (nas pacientes operadas).
Ao final desta fase de tratamento, conforme o médico, pode ser realizada a braquiterapia, (radioterapia em íntimo contato com o tumor) no caso de pacientes com câncer de colo do útero. "A radioterapia externa aumenta a taxa de sobrevida e de cura nas pacientes com tumores localmente avançados no colo do útero, quando associada à quimioterapia, no entanto é conveniente salientar que quanto mais precocemente for detectado o câncer, maiores serão as chances de cura, por isso a necessidade das campanhas de vacinação contra o HPV para jovens do sexo masculino e feminino e de exames anuais de Papanicolau", enfatiza o especialista.
Conforme o especialista da SBRT, a braquiterapia é uma modalidade de radioterapia que pode ser empregada após a radioterapia externa (câncer de colo uterino, vagina e vulva não operada), ou exclusivamente nos casos de pacientes operadas e que tenham indicação para que se reduza o risco de recidiva local. Renato Affonso explica que a braquiterapia tem a proposta de entregar uma dose elevada de radiação, com segurança, no colo uterino ou no fundo vaginal, minimizando a dose nos tecidos sadios vizinhos, podendo promovendo um maior controle local, aumentando as taxas de sobrevida global e de cura. "Na braquiterapia, são colocados dispositivos intravaginais e o tratamento é realizado em caráter ambulatorial, com a frequência de duas a quatro sessões, duas vezes por semana", complementa.
Nessa modalidade de tratamento, a dose programada de radiação chega às células cancerosas por meio de uma fonte radioativa que penetra nos aplicadores, de modo que os cateteres são inseridos com a ajuda de analgesia e quando necessário, sob sedação e preferencialmente guiados por ultrassom. Tais dispositivos são retirados após cada sessão. "O tratamento para cada paciente é definido pelo médico, a depender do estágio de evolução da doença, características pessoais de cada mulher (anatomia). Cânceres como o do colo uterino e de endométrio têm altas chances de cura se diagnosticados precocemente", enfatiza o radio-oncologista.
Affonso reforça que, no caso de radioterapia externa (teleterapia), preferencialmente, usa-se a técnica de radioterapia por Intensidade Modulada de Feixe (IMRT) ou Arcos Volumétricos Modulados (VMAT), pelas quais é reduzida a toxicidade do tratamento, com menos efeitos colaterais no tecido sadio. Ainda de acordo com o radio-oncologista, há também a opção da radioterapia guiada por imagem (IGRT), pela qual é possível avaliar, durante o tratamento, a regressão tumoral, facilitando assim a realização da radioterapia adaptativa (replanejamento) em meio ao curso do tratamento.
O radio-oncologista reforça que, enquanto a radioterapia externa é realizada com o paciente deitado em um equipamento conhecido como acelerador linear - que dispara feixes de radiação sobre determinada região, a braquiterapia emite radiação por uma fonte inserida na região tumoral ou no leito operatório (fundo vaginal). "A braquiterapia tem indicações clínicas para outros tipos de câncer ginecológico além do colo de útero, como o corpo do útero (endométrio), vulva, vagina", detalha.
De maneira geral, a primeira abordagem do câncer de colo de útero, quando a manifestação da doença for inicial, pode ser cirúrgica (conização, traquelectomia ou histerectomia com ou sem linfadenectomia- casos selecionados). Já para as pacientes com tumores não operáveis ou localmente avançados, costuma-se adotar protocolos que unem a quimioterapia (com uma ou mais substâncias) à radioterapia associada com o intuito de potencializar o efeito da radiação sobre o tecido neoplásico. Além disso, a imunoterapia começa a ser também administrada em tumores ginecológicos, como o câncer cervical em fase mais avançada.
RT 2030
O médico rememorou o levantamento do documento RT2030, realizado pela SBRT, cujas conclusões apontaram que 97% dos procedimentos de braquiterapia no Brasil, no ano de 2019, foram ginecológicos, com o maior impacto sendo sentido na falta de acessibilidade ao tratamento exatamente do câncer do colo do útero, que é o mais incidente entre os tumores ginecológicos. "Além disso, pode ser evidenciada a deficiência no número de equipamentos de radioterapia criando um alerta que merece ser muito bem enfatizado visto que precisamos de, no mínimo, mais 329 equipamentos (aceleradores lineares) para tratarmos da população", afirma. De acordo com Affonso Júnior, aliada à estagnação do reajuste da tabela (que não ocorre desde 2010) e ao alto custo de manutenção desses avançados equipamentos (dolarizado), se as medidas práticas e objetivas, sugeridas pela SBRT (em seu relatório RT 2030) não forem adotadas o sistema entrará em um colapso ainda maior.
Fatores de risco e sintomas
Entre os principais fatores de risco para o aparecimento de tumores ginecológicos, segundo o radio-oncologista, estão a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) em primeiro lugar, múltiplos parceiros sexuais, tabagismo e imunossupressão ( diminuição da resposta imune) devido ao uso de algumas medicações, Os sintomas mais comuns, são o sangramento vaginal intermitente ou após relação sexual, bem como dor à relação sexual. Também se destacam entre os sintomas a secreção vaginal anormal, dores pélvicas que podem piorar após a relação sexual e o desconforto urinário recorrente.
Prevenção
A vacinação contra o HPV, conforme o médico, ainda é a melhor forma de prevenção, considerada a mais eficaz. Convém lembrarmos da utilização de preservativos durante a relação sexual. No SUS, a vacina está disponível para meninas e meninos entre nove e 14 anos, pessoas imunossuprimidas, pessoas com HIV, pessoas com câncer, vítimas de violência sexual dos nove aos 45 anos ou Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) e em tratamento com retroviral. O método de rastreamento, explica, se dá pelo exame Papanicolau, que consiste em uma pesquisa de células anormais no exame de citologia de colo uterino capaz de detectar lesões pré-cancerígenas e suspeitas. O exame deve ser feito entre os 25 e 64 anos e após dois exames anuais negativos, deve ser realizado a cada três anos. "As consultas regulares com o ginecologista para exames clínicos, laboratoriais ou de imagens são fundamentais para complementação do diagnóstico dos casos positivos", explica Affonso.
Câncer de endométrio
Embora não traga os mesmos números alarmantes do câncer de colo uterino, o câncer de endométrio também chama a atenção. Segundo o especialista, a doença é mais comum em mulheres após a menopausa. Conforme dados do INCA, quase 8 mil novos casos devem ser identificados por ano no Brasil no biênio 2024-2025.
O câncer de endométrio ocorre na camada interna do corpo do útero e tem, entre os fatores de risco, a idade, obesidade, predisposição genética como antecedentes familiares e síndrome de Lynch, síndrome de ovários policísticos, terapia de reposição hormonal, não ter engravidado, menarca precoce ou menopausa tardia.
Diferentemente do câncer de colo do útero, que pode ser diagnosticado em um exame preventivo, ainda não há um método de rastreamento para o câncer de endométrio. "Os métodos de prevenção e redução do risco são comuns para diversos tipos de doença e valem para a prevenção desses tipos de câncer, como ter uma dieta equilibrada, pobre em gorduras, prática de atividade física regular, controle de peso e de demais comorbidades. Sempre devemos avaliar de forma ponderada a terapia de reposição hormonal, pesando riscos e benefícios", recomenda o médico.
............................
METRÓPOLES ONLINE
Golpista aterroriza pacientes com falso diagnóstico para pedir Pix
O golpista se passava por médico e informava que o paciente teria contraído bactéria e que a família precisaria fazer um Pix de R$ 4,9 mil
Jofre Eduardo Chaves Filho, 76 anos, precisou passar por uma cirurgia de descompressão do nervo ciático em um hospital privado no Distrito Federal. Após o procedimento, a esposa dele, Sandra Lima Pinheiro, recebeu, nessa segunda-feira (16/9) a ligação de um homem dizendo ser "Dr.Marcelo". O suposto médico informava que o paciente teria contraído uma bactéria no sangue e que a família precisaria fazer um Pix de R$ 4,9 mil para um procedimento de extrema urgência. Tudo não passava de um grande golpe.
O golpista usou táticas para pressionar a família, afirmando que o exame era urgente e que o plano de saúde cobriria, mas ele precisava do pagamento imediato para não atrasar o procedimento. Fingindo ser chefe do laboratório do hospital, o homem ligou e enviou mensagens insistentemente cobrando o Pix. Os parentes acreditam que tiveram informações do prontuário vazadas.
"Eu entrei em pânico a partir do momento que ele falou que meu esposo estava com uma bactéria agressiva no sangue. Eu tinha acabado de acordar, você nem raciocina. Ele [golpista] falou assim: 'O valor do exame é R$ 4,9 mil e eu preciso desse valor agora para poder realizar esse exame, eu posso marcar para às 18 horas'. Isso foi me botando pressão. [ ] Eu enlouqueci aqui, já liguei para um, para outro", conta Sandra.
No momento do contato, ela estava na casa de um parente descansando e decidiu mandar mensagem para o médico que estava acompanhando o caso do esposo. O profissional explicou que não tinha conhecimento de nenhuma bactéria e também não indicava qualquer procedimento novo. Além disso, não reconhecia a foto e o nome do suposto "Dr.Marcelo".
A esposa foi se encontrar com o marido no centro hospitalar para se certificar do quadro de saúde do homem. "O rapaz ligando, ligando, chegou a me mandar o Pix dele. Eu falei que não ia enviar qualquer tipo de pagamento para você, porque o meu esposo está aqui sem entender nada, eu estou sem entender nada ainda direito. Disse para ele: ´Então, já que está no hospital, você sobe no quarto e venha nos explicar essa situação. Só assim eu faço o pagamento´. Ele desapareceu, apagou todas as mensagens que tinha enviado", relata.
Sandra relatou o ocorrido à administração do hospital e descobriu que este era o quarto caso semelhante. O hospital já estava ciente do golpe. No elevador do centro de saúde, havia um cartaz com a foto do suposto "Dr.Marcelo", alertando sobre o golpe. Como existe uma grande chance da imagem e dos nomes completos serem falsos e pertencerem a outra pessoa, o Metrópoles preferiu não divulgar essas informações no momento.
"Quando você dá entrada no hospital, recebe todo esse tipo de informação, mas você está focado na cura do seu problema, não vai lembrar que o hospital avisou verbalmente para você fazer nenhum tipo de pagamento, que o hospital não estaria pedindo. Você nunca lembra disso porque ele pega exatamente a pessoa, sabendo todas essas informações, num momento frágil", afirma a vítima da tentativa de golpe.
A família, que mora em Formosa (GO), informou que tentou realizar um boletim de ocorrência em uma delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). No entanto, indica que o registro somente poderia ser feito na cidade onde vivem. O Metrópoles não conseguiu entrar em contato com o hospital.
.........................
Utilização de soluções de suporte à decisão clínica cresce 14% em comparação a 2023
A crescente complexidade do setor de saúde no Brasil exige que os hospitais estejam cada vez mais preparados para enfrentar os desafios do segmento. Com esse objetivo, a ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados) e a Wolters Kluwer Health, líder global provedora de soluções de suporte à decisão e informações baseadas em evidência, acabam de divulgar a segunda edição de sua pesquisa anual, que analisa o estágio atual de maturidade dessas instituições quanto à qualidade do cuidado e à segurança do paciente.
O estudo, que contou com a participação de 90 hospitais associados à ANAHP, examina como a adoção de soluções de suporte à decisão clínica e a implementação de bases de conhecimento baseadas em evidências estão impactando o setor.
De acordo com a Diretora de Estratégia de Mercado e Comercial de Global Growth Markets da Wolters Kluwer, Natália Cabrini, a pesquisa oferece uma visão detalhada das necessidades e desafios do setor, permitindo ao mercado a possibilidade de orientar melhor as ações futuras. “Compreender o nível de maturidade dos hospitais em relação à qualidade do cuidado e à segurança do paciente é fundamental para identificar áreas que necessitam de desenvolvimento e promover a adoção de práticas ainda mais efetivas”, explica.
A Medicina Baseada em Evidências como pilar da qualidade do cuidado
Os resultados indicam uma tendência sólida da adoção de soluções avançadas nos hospitais privados do Brasil. Atualmente, 92% das instituições utilizam algum tipo de recurso de suporte à decisão clínica, um aumento de 14% em comparação a 2023, refletindo a importância dessas ferramentas na prática clínica. Além disso, a integração dessas soluções ao fluxo de trabalho, presente em 85% dos hospitais, sugere um avanço em direção a uma medicina mais orientada por dados, com decisões apoiadas em evidências científicas.
Para as instituições participantes, as principais utilidades das ferramentas de suporte à decisão clínica, segundo ordem de importância, são aumentar a segurança do paciente, prevenir eventos adversos e reduzir a variabilidade clínica indesejada.
Outro destaque do estudo é a percepção dos participantes sobre a importância das informações baseadas em evidências. Para quase 50% deles, o acesso a bases de conhecimento clínico fundamentadas em evidências é considerado muito relevante para garantir a segurança do paciente, enquanto 47% avaliam essa questão como extremamente relevante.
No que diz respeito ao uso de soluções de suporte à decisão clínica para elevar a qualidade do cuidado, 53% dos participantes as consideram muito relevantes, enquanto 43% as classificam como extremamente relevantes. “Para todos os respondentes, essas ferramentas são vistas como fundamentais para ajudar as instituições a alcançar melhorias operacionais e reduzir os custos relacionados à assistência médica”, afirma Natália.
Desafios na aliança entre custo e qualidade
O estudo aborda ainda os principais desafios que os hospitais enfrentam na busca por equilibrar custos e manter elevados padrões de qualidade. Nesse sentido, a necessidade de contratar e reter profissionais qualificados é uma das principais preocupações apontadas, em um contexto onde a excelência clínica é cada vez mais exigida.
O levantamento também destaca que, embora 85% das instituições relatem uma receptividade alta ou moderada por parte das equipes clínicas em relação à adoção de novas tecnologias, 90% indicam que o maior desafio está no engajamento das equipes para implementar efetivamente essas inovações.
Outro aspecto relevante é a necessidade de otimizar os recursos disponíveis, visto que o desperdício continua sendo uma preocupação para os gestores hospitalares. “Nota-se que a busca por eficiência operacional é identificada como um fator chave para garantir a sustentabilidade financeira das instituições sem comprometer a qualidade do atendimento”, ressalta Natália.
A segurança do paciente permanece como uma prioridade central para os hospitais privados. No entanto, o estudo revela que ainda há um caminho a ser percorrido para garantir que as práticas mais avançadas sejam efetivamente incorporadas às rotinas clínicas. Os desafios mais mencionados incluem a promoção de uma comunicação clara e consistente entre as equipes, a adesão a protocolos clínicos e a prevenção de eventos adversos.
Chegada de novos profissionais ao mercado
Considerando o aumento significativo no número de escolas de medicina e novos profissionais ingressando no mercado, a pesquisa também explorou os desafios relacionados à inserção de médicos recém-formados no segmento de hospitais privados.
Para 86% dos entrevistados, o principal desafio é conciliar as expectativas dos jovens médicos com a realidade da prática clínica. Outras barreiras incluem o nível de qualidade dos profissionais recém-formados (78%), a necessidade de prover treinamento e suporte adequados para a rápida adaptação ao ambiente institucional (76%) e a dificuldade em encontrar especialistas para suprir a demanda (34%).
Diante disso, Natália realiza uma análise detalhada dos desfechos da pesquisa. “Os resultados são um reflexo claro das tendências e desafios enfrentados pelos hospitais privados no Brasil e demonstram como as ferramentas de suporte à decisão clínica e a medicina baseada em evidências estão sendo integradas ao atendimento, indicando áreas em que ainda há espaço para avanços significativos. E isso é essencial para guiar o planejamento estratégico do setor de saúde”, acrescenta.
O papel da telemedicina na evolução do setor de saúde
A telemedicina, que se destacou como uma solução importante durante a pandemia, continua a se consolidar como uma ferramenta estratégica no setor de saúde. Embora a utilização do modelo como opção de atendimento primário via teleconsultas tenha crescido 1% em comparação ao ano passado, chegando a 46%, o emprego da telemedicina para a divulgação de resultados de exames passou de 32% em 2023 para 70% em 2024. Por outro lado, a relevância da adoção dessa tecnologia ainda varia, com 50% das instituições considerando-a apenas moderadamente importante, enquanto 20% consideram extremamente importante e 18% muito importante.
Para Natália, o estudo é um indicativo de que os desafios futuros exigirão um esforço ainda maior para equilibrar custos e manter a excelência. “Adotar uma abordagem estratégica e utilizar as ferramentas certas permitirá que o setor continue a evoluir e a fornecer serviços de alta qualidade, ao mesmo tempo em que otimiza recursos, aumenta a eficiência operacional e eleva a segurança dos pacientes”, finaliza.
..........................
Assessoria de Comunicação
Ahpaceg apresenta resultado de pesquisa salarial 2024
Garantir o engajamento e evitar a alta rotatividade de colaboradores são desafios enfrentados por muitas empresas e na área da saúde não é diferente, por isso, a gestão estratégica de talentos se torna um diferencial essencial para o sucesso organizacional. Para orientar os associados nesta área, o Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg coordenou a realização de uma pesquisa salarial entre hospitais e clínicas da rede.
Aplicada pela empresa Avante e apresentada aos associados, no dia 10 de setembro, pelo especialista Milton Marinho, a pesquisa é um dos pilares da gestão de talentos e proporciona aos participantes uma visão clara e precisa sobre a remuneração de trabalhadores, comparativo com outras empresas da área e impactos da folha no orçamento das instituições.
A pesquisa contou com a participação de 15 associados da capital e interior: CDI Premium, Clínica de Imagem, Clínica São Marcelo, Hospital Amparo, Hospital do Coração Anis Rassi, Hospital do Coração de Goiás, Hospital do Rim, Hospital Evangélico Goiano, Hospital Samaritano de Goiânia, Hospital Santa Bárbara, Hospital Santa Helena, Hospital Santa Mônica, Hospital São Francisco de Assis, Hospital Ver e Instituto de Neurologia de Goiânia.
Coordenadora do Comitê, Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim), ressaltou a importância da pesquisa. Segundo ela, essa ferramenta permite que as empresas conheçam melhor a sua realidade e a do mercado, se mantenham competitivas, melhorem seu planejamento orçamentário, promovam a equidade salarial, tenham dados para a tomada de decisões e promovam maior engajamento e um ambiente de trabalho mais estável para os trabalhadores.
CLIPPING AHPACEG 17/09/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Superbactérias: resistência a antibióticos pode causar mais de 39 milhões de mortes até 2050
Judicialização: Anadem defende aprovação de proposta que agiliza distribuição de medicamentos específicos pelo SUS
Beneficiários também serão atendidos no DF | 16.09.24 - 12:21
Artigo - A verdade por trás do reembolso assistido ou inteligente
Farmacêutica de opioides repete no Brasil tática que matou milhares nos EUA
Farmacêutica pagou R$ 200 mil a sociedade médica para promover opioides
O GLOBO
Superbactérias: resistência a antibióticos pode causar mais de 39 milhões de mortes até 2050
Mais de 39 milhões de pessoas em todo o mundo podem morrer diretamente devido a infecções resistentes aos antibióticos nos próximos 25 anos, segundo um estudo publicado na noite desta segunda-feira pela revista científica The Lancet, que considera possível evitar essa tragédia.
Espera-se que a resistência aos antibióticos, reconhecida como um grande desafio de saúde pública, se agrave nos próximos anos. Esse fenômeno ocorre quando bactérias ou outros patógenos sofrem alterações que os impedem de responder aos tratamentos antimicrobianos.
O estudo avalia, pela primeira vez, o impacto da resistência aos antibióticos ao longo do tempo e tenta calcular sua evolução. De 1990 a 2021, mais de um milhão de pessoas em todo o mundo morreram a cada ano devido à resistência aos antibióticos, de acordo com os autores.
Os pesquisadores analisaram 22 patógenos, 84 combinações entre patógenos e tratamentos, 11 síndromes infecciosas em pessoas de todas as idades em 204 países e territórios, com base em dados de 520 milhões de pessoas.
Em publicações em grupo, membros trocam cloroquina e outros medicamentos por gramas de ouro As mortes de crianças menores de cinco anos diretamente causadas pela resistência aos antibióticos diminuíram em mais de 50% em três décadas, pois a prevenção e o controle das infecções melhoraram em bebês e crianças pequenas.
No entanto, as mortes de adultos com 70 anos ou mais aumentaram em mais de 80% nesse período, devido ao rápido envelhecimento da população e à maior vulnerabilidade dos idosos às infecções. Em relação aos patógenos, as mortes causadas pelo Staphylococcus aureus são as que mais aumentaram no mundo.
Nas próximas décadas, as mortes provocadas pela resistência aos antibióticos crescerão ainda mais. O número de vítimas diretas pode chegar a 1,9 milhão anual em todo o mundo até 2050, um aumento de 67% em relação a 2021, segundo as projeções dos pesquisadores.
De acordo com os cientistas, a resistência aos antibióticos pode causar diretamente mais de 39 milhões de mortes no mundo e estar associada a 169 milhões de óbitos entre os anos de 2025 e 2050. Com um melhor tratamento das infecções e acesso a antibióticos, seria possível evitar 92 milhões de mortes no mundo durante esse período, especialmente no sudeste asiático e na África subsaariana, segundo os autores do estudo.
..........................
GAZETA DA SEMANA
Judicialização: Anadem defende aprovação de proposta que agiliza distribuição de medicamentos específicos pelo SUS
STF deve analisar ação sobre o fornecimento de medicamentos em casos com recurso jurídico
Nos últimos dias, a pauta sobre a judicialização do fornecimento de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) vem ganhando cada vez mais espaço. Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) deve analisar a ação que trata do fornecimento de remédios pelo SUS em casos decididos pela Justiça.
Em linhas gerais, esse tipo de judicialização é marcado pela reivindicação, junto ao Poder Judiciário, de medicamentos não disponíveis na rede pública ou na chamada saúde suplementar. Geralmente, são remédios de alto custo, desenvolvidos para tratar doenças raras e de alta complexidade.
Acordo proposto pelo ministro Gilmar Mendes, juntamente com uma comissão especial para tratar do assunto, sugere diferentes medidas, entre elas a criação de uma plataforma nacional com o objetivo de centralizar as demandas de medicamentos.
O intuito é facilitar a gestão e o acompanhamento desses pedidos, além de padronizar o processo de distribuição de remédios, definindo as responsabilidades entre União, Estados e Municípios, e aprimorando a atuação do Poder Judiciário neste aspecto. A princípio, próteses, órteses e equipamentos médicos não fazem parte da iniciativa.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, o Recurso Extraordinário (RE) 1366243, com repercussão geral (Tema 1234), precisa ser aprovado: "Assim, o Governo Federal terá ampla visão da necessidade real da população e saberá onde e em quais medicamentos o investimento deverá ser feito. Já os pacientes terão o remédio para a continuidade do seu tratamento à disposição, de forma mais simples".
Outros pontos
O acordo prevê outras regras, como a inclusão de critérios sobre quem é o responsável por julgar essas demandas (Justiça Federal ou Justiça Estadual), assim como os limites para os valores dos medicamentos fornecidos judicialmente e as respectivas compensações financeiras para Estados e cidades que bancarem tratamentos fora de sua responsabilidade.
Além disso, também serão definidos os conceitos sobre os remédios já existentes no SUS e ainda não disponibilizados. Em números, a judicialização dos medicamentos está centrada em 80% na Justiça Estadual e 20% na Justiça Federal. "Com esse cenário claro e já definido, Estados e Municípios poderão se organizar para atender à população de forma mais eficiente", reforça Canal.
Vale ressaltar que, nos pedidos apresentados à Justiça Federal ou Estadual, o juiz precisará avaliar a justificativa da Administração Pública para negar o fornecimento do remédio. No caso dos não incorporados ao SUS, deverão ser consideradas a comprovação científica de sua eficácia e a ausência de outros remédios que podem ser alternativas já disponíveis no Sistema.
.............................
A REDAÇÃO
Ipasgo será registrado na ANS e terá novos serviços, anuncia Caiado
Beneficiários também serão atendidos no DF | 16.09.24 - 12:21
Goiânia - O Ipasgo Saúde será registrado na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como uma autogestão, o que significa que passará a atuar sem fins lucrativos, com foco exclusivo em servidores públicos de Goiás e seus familiares. O anúncio foi feito pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em solenidade no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, na manhã desta segunda-feira (16/9). Caiado definiu a regulamentação como "uma das principais conquistas de sua gestão".
Com essa mudança, o Ipasgo não terá mais relação direta com as atividades do Governo de Goiás, que, no entanto, segue como patrocinador e garantidor do plano. Mesmo assim, 9.877 beneficiários federais e celetistas, de 14 entidades, que originalmente não teriam direito ao plano, continuarão recebendo assistência, graças a uma articulação direta do governador com a ANS. Segundo Caiado, o atendimento a esses beneficiários será mantido em caráter excepcional, mas em regime de extinção, ou seja, não serão permitidas novas adesões, mas os atuais beneficiários continuam sendo atendidos.
Outro ponto destacado pelo governador foi a alocação de R$ 480 milhões para a provisão técnica do Ipasgo, valor necessário para cumprir as exigências da ANS sobre a reserva financeira das operadoras de saúde. "Pela primeira vez, o Governo de Goiás destina, por meio de subvenção à economia, um valor dessa magnitude ao Ipasgo. Desse total, R$ 245,7 milhões já estão na conta da entidade, e os outros R$ 245,7 milhões serão transferidos até o final do ano. Essa é uma das maiores conquistas do Estado", destacou Caiado.
A lei ainda define o Estado como principal patrocinador do Ipasgo, participando total ou parcialmente do custeio do plano e das despesas administrativas.
Criação de 30 leitos exclusivos para beneficiários do Ipasgo Saúde
Gestantes beneficiárias do Ipasgo Saúde terão leitos exclusivos em unidades pediátricas de Goiânia. Inicialmente, o Hospital Santa Bárbara oferecerá esses leitos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) humanizada, com direito a acompanhante, além de apartamentos e enfermarias. Segundo Caiado, o Hospital Infantil de Campinas, também em Goiânia, está em fase final de implantação e contará com 30 novos leitos pediátricos exclusivos: 10 UTIs, 10 enfermarias e 10 apartamentos.
Ampliação da rede credenciada para Brasília
Além dos novos leitos exclusivos, o Governo de Goiás expandirá a rede credenciada do Ipasgo para Brasília, atendendo a uma demanda antiga dos beneficiários do Entorno, que vem desde 2009. Agora, cerca de 30 mil beneficiários da região têm à disposição 21 prestadores de serviços de saúde do Ipasgo, com 184 filiais credenciadas apenas este ano.
Até 2022, o Ipasgo Saúde contava com 107 prestadores e 131 filiais no Distrito Federal e Entorno. Com a ampliação, o plano passa a ter 142 prestadores e 347 pontos de atendimento distribuídos em 16 cidades do Entorno do DF.
.............................
CONSULTOR JURÍDICA
Artigo - A verdade por trás do reembolso assistido ou inteligente
Todos que contratam um plano de saúde sabem que passarão a ter direito ao atendimento pela rede referenciada da operadora ou seguradora de saúde. Neste caso, para ser atendido, basta o cliente se dirigir ao prestador referenciado e apresentar sua carteirinha, cabendo à operadora ou seguradora o pagamento diretamente ao estabelecimento de saúde.
Alguns contratos permitem, ainda, outra forma de atendimento, primada no direito de livre escolha do beneficiário: o reembolso [1]. Aqui, o cliente se dirige ao estabelecimento de saúde de sua escolha, efetua o pagamento devido e, após, solicita o reembolso da despesa ao plano, que será pago nos termos dos limites contratuais.
Também não é novidade que o preço pago aos prestadores referenciados pelas operadoras e seguradoras de saúde é menor do que aquele cobrado pelos estabelecimentos diretamente aos pacientes. Qual a vantagem do referenciamento? Ganha-se menos, mas em mais quantidade, já que a gama de pessoas atreladas a planos de saúde que procuram tais prestadores é maior do que aqueles que buscam atendimento de forma particular.
Reembolso sem pagamento prévio
O que muitos ainda não sabem, no entanto, é que alguns estabelecimentos de saúde adotaram um esquema visando a atrair clientes como se referenciados das operadoras e seguradoras fossem, mas cobrando valores de atendimento particular. Ou seja, tais prestadores ganham na quantidade de clientes atendidos e no valor cobrado.
A estratégia adotada é ludibriar os consumidores com o oferecimento de algumas facilidades. Primeiro, atua-se de forma a convencer os clientes de que os atendimentos prestados de forma particular não precisam ser previamente pagos, bastando que seja apresentado recibo ou nota fiscal à operadora/seguradora a fim de que ela efetue o reembolso da despesa.
Tem-se, então, o primeiro problema evidente: os contratos firmados com os clientes das operadoras e seguradoras preveem que, para fazer jus ao reembolso, consumidores devem apresentar nota fiscal ou recibo da despesa. O que os prestadores tentam fazer crer é que não há obrigação explícita de efetuar, antes, o desembolso pela despesa, não obstante o nome "reembolso" (que, por si, já deixa claro que, antes, tem de ter havido um desembolso) e a exigência de apresentação de nota fiscal ou recibo para comprovar o valor pago pelo consumidor (alguém recebe nota fiscal ou recibo antes de efetuar o pagamento de algum produto ou serviço?).
Exigência de comprovante de desembolso
Diante do estratagema adotado por esses prestadores mal-intencionados, as operadoras e seguradoras, agora, se veem obrigadas a exigir, também, um comprovante de desembolso (que, em verdade, pensavam ser a própria nota fiscal ou recibo). A partir daí, outras condutas ilícitas vêm sendo adotadas pelos prestadores maliciosos, como a fabricação de comprovantes de desembolso (em alguns casos, os estabelecimentos fazem transferências bancárias para o paciente, que devolve o valor para os primeiros, apenas com o fim de, falsamente, demonstrar que teria havido um desembolso prévio a justificar o reembolso).
Não bastasse isso, também sob a máscara de estar ajudando os consumidores, os prestadores adotam a prática que chamam de "reembolso assistido" ou "reembolso inteligente": afirmam que o atendimento se dá mediante reembolso, mas sem necessidade de prévio desembolso, e solicitam o login e senha do cliente de acesso ao aplicativo da operadora/seguradora a fim de fazer, por ele, o pedido de reembolso.
Com os dados sigilosos do cliente em mãos e sob a promessa de que o cliente nada terá que desembolsar, abrem-se mais algumas portas para atuação fraudulenta desses prestadores. Em muitos casos, os pedidos de reembolso são instruídos com documentos falsos (não só os comprovantes de desembolso, mas até relatórios médicos).
Risco de consumidor sofrer ação na Justiça
Em vários outros, são feitos pedidos de reembolso por serviços que sequer foram prestados ou, até, são cobrados valores muito maiores do que os usualmente praticados, já que, se não teria que pagar nada previamente pelos serviços, o valor que seria cobrado não chega a ser compartilhado ao cliente (possibilitando, assim, superfaturamento do preço).
E há, ainda, mais uma situação de extremo prejuízo ao consumidor: quando, por qualquer motivo, o reembolso não é efetuado pela operadora/seguradora, em que pese a promessa que nada teria que arcar, esses prestadores ajuízam ações de cobrança contra os clientes que, aí sim, tomam ciência das artimanhas praticadas, dentre elas, o superfaturamento do preço.
Ação contra reembolso sem desembolso
Não se pode perder de vista que todo esse cenário causa um duplo prejuízo aos direitos dos consumidores: o prejuízo na esfera individual e o prejuízo na esfera coletiva. Afinal, se está havendo uma oneração maior às operadoras e seguradoras do que a inicialmente prevista (e não só pelo aumento do valor das cobranças em si, mas pelos custos que estas têm tido para combater as fraudes ora relatadas [2]), é claro que, ao final, toda a massa de beneficiários será afetada com aumento dos preços.
Não por outra razão, a jurisprudência dos tribunais já caminha no sentido de solidificar o entendimento de que a prática do "reembolso sem desembolso" não pode ser admitida, eis que desvirtua a lógica e o disposto na Lei nº 9.656/1998 [3].
E não é só. Diante de tudo o que foi descrito, resta evidente que a prática também abre espaço para o cometimento de ilícitos penais (como ocorre quando é identificada a falsificação dos documentos que instruem os pedidos de reembolso).
A verdade por trás do "reembolso assistido" ou "reembolso inteligente", portanto, é esta: não há qualquer preocupação com o cliente, mas, sim, o único interesse em aumentar o faturamento daqueles que adotam a prática.
[1] E, ao fazer isso, as Operadoras e Seguradoras estão, diga-se, ampliando os direitos previstos na própria Lei n.º 9.656/1998, que, em seu art. 12, inciso VI, apenas prevê o reembolso nos casos de i) urgência ou emergência ou ii) quando não for possível a utilização dos serviços próprios, contratados, credenciados ou referenciados pelas operadoras, observando-se os limites do contrato e de acordo com as despesas efetuadas pelo beneficiário.
[2] https://fenasaude.org.br/noticias/fraudes-na-saude-suplementar-pressionam-o-sistema-com-prejuizos-bilionarios-1; https://www.jota.info/tributos-e-empresas/saude/fraudes-e-desperdicios-custaram-r-34-bi-para-planos-de-saude-em-2022.
[3] STJ, REsp n.º 1.959.929/ SP, Terceira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio Belizze, pub. em 30/11/2023; TJSP, Agravo de Instrumento n.º 2296059-32.2023.8.26.0000, 4ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Alcides Leopoldo, pub em 12/12/2023; TJSP, EDs n.º 1144247-82.2022.8.26.0100, 4ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Carlos Castilho Aguiar França, julg. em 26/03/2024; TJSP; AC 1011874-38.2023.8.26.0008, 29ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Mário Daccache, julg. em 27/03/2024.
Érika Thomaka da Silva é pós-graduanda na Academia Brasileira de Direito Constitucional
................................
METRÓPOLES
Farmacêutica de opioides repete no Brasil tática que matou milhares nos EUA
Bruna Lima
Guilherme Amado
Empresa da crise de opioides contrata médicos para ensinar prescrição no Brasil; um deles fez projeto de lei que difunde uso das substâncias
Em fevereiro de 2023, numa sala de convenções do resort de luxo Villa Rossa, funcionários da gigante farmacêutica Mundipharma ergueram suas taças de espumante e brindaram aos bons resultados de vendas no ano anterior e aos dez anos de atividade do laboratório no Brasil. A celebração, que atravessou quatro dias no resort a 76 quilômetros de São Paulo, teve como ponto alto uma festa de carnaval com todos de abadá, e entrega de medalhas pelo empenho nas vendas de medicamentos à base de opioides, substâncias que, bem longe dali, foram protagonistas na morte de mais de meio milhão de americanos. Uma pista do passado da empresa estava nas paredes do salão, decoradas com cartazes da Mundipharma exibindo o slogan "Construindo um futuro com precisão" - uma referência à autocrítica que a empresa fez, de não terem sido precisos ao explicitar os riscos do uso da oxicodona, princípio ativo de seu principal produto, e assim terem levado a uma das mais mortais crises de saúde pública dos Estados Unidos.
A investigação jornalística Mundo da dor, uma colaboração do Metrópoles e mais dez veículos, entre eles o site americano The Examination e a revista alemã Der Spiegel, revela, porém, que a expiação do slogan talvez esteja mais para uma peça de marketing do que para uma mudança real de conduta da empresa.
Após cinco meses de apuração, a investigação mostrou que, tal qual nos Estados Unidos, a Mundipharma no Brasil repete táticas de venda usadas por lá na década de 1990 e no início dos anos 2000. O laboratório segue afirmando que a oxicodona de liberação prolongada não causa dependência, embora a ciência diga o contrário. A empresa também minimiza o eventual risco de uma crise semelhante à americana acontecer no Brasil, o que é contestado por especialistas. A Mundipharma financia, assim como fez nos Estados Unidos, eventos sobre o uso de opioides - em que médicos promovem essas substâncias a outros médicos - sob a justificativa de que são para formação e educação para o uso dos medicamentos. Nessas aulas, a farmacêutica detém o controle absoluto sobre o que os médicos falam das substâncias, e paga todas as despesas dos profissionais convidados para participar dos eventos.
A Mundipharma é conhecida mundialmente por distribuir os remédios da Purdue Pharma, empresa americana que assumiu a culpa pela morte de mais de 500 mil pessoas nos Estados Unidos por overdose causada por opioides. Fundada pelos irmãos e médicos Arthur, Mortimer e Raymond Sackler, a Purdue Pharma é responsável por desenvolver o OxyContin, remédio composto pela substância oxicodona, que tem um efeito 150% maior que a morfina e possui alto risco de dependência. O marketing e a propagação do OxyContin para o tratamento de dor no final da década de 1990 e início dos anos 2000 levaram aproximadamente 90 mil pessoas à morte só naqueles dez anos, por overdose de opioides, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano.
A Mundipharma desembarcou no Brasil em 2013, um ano antes de a Purdue começar a ser alvo de processos judiciais coletivos nos Estados Unidos pelas consequências do uso do OxyContin. A entrada do OxyContin no mercado de tratamento de dor no país era o principal objetivo da farmacêutica. Em março daquele ano, a empresa deu entrada no processo de regulamentação do medicamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e só conseguiu a aprovação três anos depois, em julho de 2016.
Remédios à base de oxicodona começaram a ser comercializados no Brasil em 2001 pelo laboratório Zodiac. Entretanto, os primeiros dados que a Anvisa tem sobre a venda de oxicodona são de 2014, quando foram registradas 149,8 mil vendas de caixas. Em 2016, ano em que o OxyContin, da Mundipharma, entrou para o mercado brasileiro, o número saltou para 169,5 mil caixas vendidas, um aumento de 13,5%. O crescimento aconteceu até 2017. No mesmo período, a Mundipharma começou a vender outro opioide no Brasil: o Restiva, um adesivo que tem como princípio ativo a buprenorfina e é considerado, atualmente, o principal produto da farmacêutica no Brasil.
O medicamento mais recente do laboratório a ser regulamentado pela Anvisa, em 2018, foi o Targin, que representou um retorno da empresa à promoção da oxicodona, princípio ativo em que foi pioneira. Ao contrário do OxyContin, o Targin não tem apenas a oxicodona. O remédio é associado a outra substância, a naloxona, que funciona como um antídoto para algumas reações adversas do opioide. Sua bula explica que a naloxona é usada para reduzir os efeitos colaterais, como a constipação.
Outro efeito colateral do medicamento, também citado na bula, é a dependência. Em 21 de agosto de 2024, a Mundipharma disse em resposta a esta investigação, porém, que a associação com a naloxona torna o uso do Targin seguro. A afirmação é falsa, segundo o pesquisador sênior da FioCruz Francisco Inácio Bastos. De acordo com o médico, a associação das duas substâncias não torna o medicamento seguro contra a dependência.
Um vídeo da Mundipharma usado para o treinamento de seus funcionários, e obtido pela coluna, mostra que, em 2022, a farmacêutica tinha o objetivo de transformar o ano seguinte em o "ano de Targin" no Brasil. A peça apresenta o medicamento como "equivalente ao OxyContin" e fala em construir "o futuro de Targin com precisão", em outra referência à confessa falta de precisão ao anunciar os efeitos do remédio protagonista da crise nos Estados Unidos. Mas o vídeo é impreciso na apresentação do risco de dependência. O tema foi tratado em breves quatro segundos, num longo texto com letras pequenas, somente no início do vídeo.
A exemplo do OxyContin, o Targin é um comprimido com liberação lenta na corrente sanguínea. O desbloqueio controlado da substância no sangue não causa um pico no sistema nervoso central, que está diretamente ligado a efeitos colaterais, como a dependência. Em entrevista à coluna, Walter Almeida, gerente de Acesso da Mundipharma, afirmou que, no Brasil, nunca chegou a ser vendido o mesmo OxyContin comercializado no início da década de 1990 nos Estados Unidos. "O Oxycontin de liberação rápida, que causou o problema nos Estados Unidos, nunca chegou ao Brasil. O que a gente trouxe para cá já era de liberação controlada", disse Almeida.
Mas um estudo de 2003 do Departamento de Prestação de Contas do governo dos Estados Unidos (Government Accountability Office) mostram que o OxyContin de liberação controlada, aprovado em 1995, foi apontado como o causador da crise dos opioides naquele país. A informação de que a dispensação lenta no sangue mitigaria a dependência da substância também era usada pela Mundipharma na década de 1990. Nas farmácias brasileiras, desde a chegada do Targin, o OxyContin foi substituído e há alguns anos a Mundipharma passou a vender o medicamento apenas para uso hospitalar.
Disse o estudo do Departamento de Prestação de Contas do governo dos Estados Unidos:
"Essa característica [liberação controlada] pode ter tornado o OxyContin um alvo atraente para abuso e desvio, segundo o DEA [Departamento Antidrogas dos EUA]. Funcionários da FDA [Food and Drug Administration, agência sanitária dos EUA] pensaram que o recurso de liberação controlada tornaria a droga menos atraente para os usuários. No entanto, a FDA não percebeu que o medicamento poderia ser dissolvido em água e injetado, o que reverte as características de liberação controlada e criou uma sensação imediata de euforia, aumentando assim o potencial de abuso".
Em entrevista à coluna em julho deste ano, a psiquiatra Mariana Campello, do ambulatório de dependência em opioides do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), apontou que mesmo a oxicodona de liberação controlada, como é o caso do Targin e do OxyContin, causa sintomas de abstinência no paciente. Campello afirmou que a oxicodona é a terceira substância mais presente entre os dependentes químicos do ambulatório. A primeira é a morfina, e a segunda é a fentanila. Inaugurado em janeiro de 2024, o ambulatório é o primeiro a oferecer tratamento para dependência em opioides pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A Mundipharma disse, em 21 de julho, em resposta a questionamentos desta investigação, que os produtos da empresa "não devem desempenhar um papel importante em qualquer abuso de opioides prescritos no Brasil". A farmacêutica alegou que o OxyContin presente no Brasil é do tipo "ADF [Abuse-Deterrent Formulations]". Isso significa que o uso abusivo, por exemplo via inalação, é mais difícil devido a uma resina que dificulta o medicamento de ser esfarelado. O Targin, entretanto, não tem a mesma formulação e pode ser macerado.
Um ambulatório para tratar dependentes de opioides
O medicamento mais vendido pela Mundipharma no Brasil, segundo Walter Almeida, gerente de Acesso da Mundipharma, é o Restiva. O opioide, que tem como princípio ativo a buprenorfina, é vendido em forma de adesivo e deve ser aplicado no ombro, peito ou costas. Almeida ressaltou que o medicamento é mais seguro contra efeitos colaterais do que o OxyContin e o Targin. O Restiva de fato é um dos medicamentos usados para tratar a dependência em opioides dos pacientes do ambulatório do Hospital das Clínicas da USP. O outro, segundo a psiquiatra Mariana Campello, é a metadona, opioide que tem uma liberação mais lenta do que a oxicodona no organismo e apresenta menos casos de abstinência e dependência.
Os três medicamentos à base de opioides para tratamento de dor comercializados pela Mundipharma no Brasil - OxyContin, Targin e Restiva - são indicados, segundo suas bulas, para tratamento de dores moderadas a intensas, que podem ser causadas por tumores de câncer, dores crônicas ou pós-operatórios, entre outros casos.
As artes nas paredes do Instituto Perdizes, onde funciona o ambulatório de opióides do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, dão boas-vindas a um corredor com seis salas, onde funciona a triagem de possíveis pacientes. Quem procura ajuda para curar a dependência em opioides passam por uma consulta que avalia o nível de dependência da pessoa, e se é um caso de internação.
Segundo dados de julho do Hospital das Clínicas de São Paulo, dos 60 pacientes que se trataram da dependência em opioides no ambulatório desde seu lançamento, em janeiro de 2024, oito tiveram alta, 15 ficaram internados e o restante continua em acompanhamento. A maioria das pessoas, segundo Campello, desenvolveu o vício ao usar opioides para tratamento de dor crônica ou depois de uma cirurgia.
"Os pacientes dizem que é uma droga que dá um conforto mental, psíquico e físico absoluto, como se fosse um carinho, um colo, um abraço de mãe. E que isso é uma sensação tão positiva que é quase impensável conseguir parar de usar logo depois que você usa pela primeira vez", disse a psiquiatra.
Nas consultas do Instituto Perdizes, Campello já ouviu pacientes admitirem que injetaram ou inalaram remédios à base de oxicodona para, segundo ela, "potencializarem os efeitos" da analgesia. A psiquiatra alerta que é difícil para dependentes de substâncias prescritas se considerarem usuários de droga. Entretanto, ela pontuou: o maior despreparo está nos médicos que não reconhecem os sintomas de dependência num paciente.
Apesar de especialistas afirmarem que o Brasil estar abaixo da média da prescrição desejada de opioides para a população, o consumo de substâncias opiáceas é algo que está no radar de gigantes do setor médico, como a Rede D'or. A maior rede de hospitais privados do Brasil conta com um prontuário universal em que são compilados dados de prescrição de opioides. Dessa maneira, pacientes que voltam frequentemente ao pronto-socorro solicitando opioides para tratar dores são direcionados para tratamento contra dependência.
Os bastidores da relação da Mundipharma com médicos
Walter Almeida, o gerente de Acesso da Mundipharma, contou que, quando a empresa chegou no Brasil, aulas começaram a ser ministradas para médicos aprenderem sobre o uso de opioides no tratamento de dor, prática que, segundo ele, perdura até hoje. A educação dos médicos no manuseio das substâncias, e o empenho da Mundipharma para o aumento das vendas, fez com que a prescrição de opioides aumentasse nos últimos dez anos, segundo o executivo.
Almeida começou a trabalhar na Mundipharma em 2015 como representante comercial em Minas Gerais. A farmacêutica não havia completado um ano no Brasil e não tinha nenhuma droga aprovada na Anvisa, mas fazia eventos com médicos contratados por eles para conscientizar e educar outros médicos sobre o uso de opioides para tratamento de dor crônica não oncológica. Segundo o funcionário da Mundipharma, ele participava, na época em que era representante comercial, de três a quatro eventos por mês para discutir dor com outros médicos.
Em 2018, a Mundipharma parou de promover opioides para médicos nos Estados Unidos no esteio do processo judicial que corre na Justiça americana. Entretanto, no Brasil, o cenário não é o mesmo. Esses "eventos" - que são, na prática, aulas oferecidas pela Mundipharma - geralmente acontecem à noite, em meio a jantares em salas reservadas de restaurantes. De acordo com o funcionário da farmacêutica, a opção por lugares fechados se devia ao compliance, porque clientes dos restaurantes não poderiam ter acesso ao que era falado sobre os medicamentos.
"Esses eventos são em locais fechados. A Mundipharma se preocupa muito em relação a esse compliance. Quando a gente for falar sobre dor, sobre drogas, tem que ser em um ambiente onde somente há profissionais, médicos, um lugar fechado onde não vai ter ruído, onde nenhuma pessoa leiga vai ter acesso, vai escutar", afirmou.
Almeida disse ter percebido um aumento do interesse dos médicos pelo tratamento de dor.
"Desde 2015, eu vi uma mudança drástica, mas drástica, muito drástica no interesse de médicos por dor. Antes a gente tinha poucos especialistas [em dor], nenhum médico queria ser médico da dor. [ ] A gente recebia pedidos de ajuda de médicos que queriam estudar mais sobre dor. Acabou que foi um nicho também que o médico viu de mercado e oportunidade e acabou se especializando", disse Almeida.
Pós-graduado em Dor no Instituto de Ensino Albert Einstein, Almeida foi promovido em 2020 para o cargo de gerente de Acesso da Mundipharma, área encarregada de abrir mercados para a empresa junto a planos de saúde, clínicas e outros grandes clientes. Segundo ele, a farmacêutica busca médicos que são "formadores de opinião" para ministrarem as aulas para outros médicos sobre o uso de opioides.
Os profissionais contratados pela Mundipharma para darem aulas, segundo Almeida, devem compartilhar todo o material da aula com especialistas da empresa no Reino Unido, onde está a sede da farmacêutica, para avaliação do alto escalão. Caso a aula não seja aprovada, ou seja, se o médico falar algo com que a Mundipharma não concorde, o trecho pode ser retirado do material a ser usado.
Médico que deu aula paga pela Mundipharma fez projeto de lei
A coluna entrevistou um dos médicos "formadores de opinião" que foi contratado para dar aula para Mundipharma. Presidente da Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (Sbed) desde o início de 2024, e com mandato até 2025, o anestesiologista Carlos Marcelo de Barros, especialista em dor, deu uma aula para a farmacêutica em 2023 sobre casos clínicos oncológicos.
Barros afirmou ter recebido US$ 900 pela aula - cerca de R$ 4,9 mil na conversão de 16 de setembro de 2024. Segundo Barros, ele teve que mandar seu material para análise da Mundipharma, e 80% da aula apresentada foi de sua autoria e 20% foi orientação da farmacêutica. O médico também disse que não teve qualquer contrato com a farmacêutica após a "primeira e única aula" que lecionou e alegou que já teve essa relação profissional com outras farmacêuticas de opioides.
Entre 2019 e 2023, a Sociedade Brasileira de Estudo da Dor recebeu US$ 39 mil - cerca de R$ 214,8 mil na conversão de 16 de setembro de 2024 - em investimentos da Mundipharma. O dado foi enviado pela farmacêutica a esta reportagem em 13 de setembro. A empresa disse que o "suporte" foi para atividades como simpósios educacionais, programas médicos e presenças em congresso realizados pela entidade. A Mundipharma, entretanto, ressaltou que o aporte financeiro "não foi limitado a essas atividades".
Em seu mandato na Sociedade Brasileira de Estudo da Dor, Carlos Marcelo de Barros também teve um enfoque legislativo. No começo deste ano, Barros apresentou um projeto de lei à deputada Bia Kicis, do PL do Distrito Federal, que propõe uma série de iniciativas de tratamento de dor crônica no Brasil.
O projeto de lei 336/2024 está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal da Câmara dos Deputados, desde junho deste ano. A proposta pede a institucionalização da disciplina de dor nas faculdades; a criação do "Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Dor Crônica" em 5 de julho e o atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde a pessoas que sofrem de dor crônica. Segundo especialistas, o projeto de lei pode ser uma janela para o aumento de prescrição e circulação de opioides no país.
À coluna, a Mundipharma disse não ter havido qualquer interferência da farmacêutica na formulação da proposta. A informação foi confirmada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Dor, que negou qualquer envolvimento além da aula que ministrou em 2023 sob patrocínio do laboratório.
A deputada Bia Kicis alegou à coluna que sabe dos riscos que o aumento de prescrição de opioides pode causar, mas que considera mais importante "as pessoas sofrendo". A parlamentar afirmou também que a proposta ficará parada na CCJ para "maior discussão". Segundo ela, haverá audiências públicas sobre o projeto de lei. Kicis afirmou também que não sabia que Barros - que lhe apresentou o projeto de lei - teve qualquer tipo de vínculo com a Mundipharma, mas considera que "não tem nada a ver" com isso e que o projeto de lei "se distancia" de qualquer interesse de grandes farmacêuticas.
À coluna, o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Dor defendeu o aumento da prescrição de opioides para pacientes com dor crônica não oncológica, mas considerou que o controle de substâncias como a oxicodona deveria ser mais rígido por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (Anvisa). Barros também disse que médicos deveriam ser mais bem orientados a manipular e reconhecer o uso abusivo de opioides para evitar uma crise como a dos Estados Unidos.
Lá, a crise dos opioides ganhou contornos dramáticos. Investigações de autoridades americanas mostraram que a Purdue Pharma, produtora dos medicamentos distribuídos pela Mundipharma, sabia, desde meados da década de 1990, que o OxyContin estava transformando milhares de pacientes em dependentes químicos, principalmente nos subúrbios da classe média americana. Analgésicos opioides passaram a ser prescritos, principalmente para adolescentes, para torções, retirada de dentes e dores nas costas, por exemplo.
A oxicodona, como qualquer medicamento, faz o paciente desenvolver uma tolerância durante seu uso e, além da analgesia, causa uma sensação de euforia. Para potencializar essa sensação, pacientes passaram a usar o medicamento com mais frequência, de maneira inalada ou injetada. Estudos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano mostraram que a partir de 2014 dependentes de oxicodona passaram a usar outras substâncias, como fentanila e heroína, agravando a crise.
A situação americana aparentemente está distante no Brasil, mas o risco não pode ser ignorado, conforme explicou a psiquiatra Mariana Campello, do Hospital de Clínicas da USP:
"A gente vai minimizando, vai colocando esse problema como 'aqui não vai chegar, não vai ser tão abrangente como dessa forma'. Mas a gente sabe que cada vez mais esse problema vai ser uma questão que vai crescer e precisamos começar a falar sobre isso e considerar esse problema com tal seriedade justamente para a gente evitar os mesmos erros que foram cometidos, evitando essa grande epidemia de opioides como a dos Estados Unidos".
Em 1926, num ensaio de cunho autobiográfio, Virginia Woolf (1882-1941) escreveu sobre a dor. Disse a escritora em "Sobre estar doente", enquanto sofria com severas enxaquecas: "A mais simples colegial quando se apaixona tem Shakespeare ou Keats para exprimir seus pensamentos, mas peça a alguém que sofre para tentar explicar sua dor de cabeça a um médico e a linguagem imediatamente emudece". Woolf talvez não imaginasse que, cem anos depois, as prateleiras de respostas oferecidas pelas grandes farmacêuticas são engenhosamente sedutoras.
..................................
Farmacêutica pagou R$ 200 mil a sociedade médica para promover opioides
Bruna Lima
Guilherme Amado
Empresa da crise de opioides contrata médicos e promove congressos para ensinar e incentivar prescrição no Brasil
A farmacêutica Mundipharma, distribuidora de uma das empresas protagonistas da crise dos opioides nos Estados Unidos, pagou US$ 39 mil dólares, cerca de R$ 200 mil na cotação desta segunda-feira (16/9), para a Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (Sbed), entre 2019 e 2023. O investimento, segundo a própria farmacêutica, foi para promover o uso de opioides no Brasil.
A informação foi revelada na série de reportagens Mundo da dor, uma colaboração do Metrópoles e mais dez veículos, entre eles o site americano The Examination e a revista alemã Der Spiegel. A investigação revela que a Mundipharma reproduz no Brasil, e ao redor do mundo, as mesmas táticas que levaram os Estados Unidos a uma das maiores crises de saúde pública de sua história, do uso abusivo de opioides.
A Purdue Pharma é fabricante do OxyContin, remédio que tem como princípio ativo a oxicodona, substância 150% mais forte do que a morfina e com alto poder de adicção. As táticas de venda e marketing do medicamento foram os causadores da crise dos opioides nos Estados Unidos. O drama na saúde pública americana causou a morte de mais de 500 mil pessoas, estimou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país.
Segundo a Mundipharma disse no dia 10 de setembro a esta investigação, o investimento na Sociedade Brasileira de Estudos de Dor foi para a realização de simpósios educacionais, programas médicos e presenças em congressos do grupo médico. A empresa, entretanto, ressaltou que o aporte financeiro "não foi limitado a essas atividades".
Em 2018, a Mundipharma parou de promover opioides para médicos nos Estados Unidos, no esteio do processo judicial que corre na Justiça americana. Entretanto, no Brasil, o cenário não é o mesmo. Esses eventos são, na prática, uma forma de promover o uso de opioides.
.........................................
Assessoria de Comunicação