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Quarta, 28 Agosto 2024 08:01

CLIPPING AHPACEG 28/08/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

CFM diz que vai obrigar médico a declarar vínculo com farmacêuticas

74 cidades de Goiás enfrentam surto de doença diarreica aguda, diz Secretaria de Saúde

Albert Einstein assume oficialmente gestão do Hospital de Urgências de Goiás

Artigo - Reforma tributária: aumento da carga de impostos na saúde

PORTAL UOL

CFM diz que vai obrigar médico a declarar vínculo com farmacêuticas


Vínculos entre médicos e indústria no Brasil devem ser divulgados ao público Imagem: O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou uma resolução que obriga os médicos a declararem se prestam serviços para farmacêuticas e fabricantes de próteses, como palestras e pesquisas. Outros tipos de benefícios, como viagens internacionais, jantares e presentes, não precisam ser declarados. A norma deve entrar em vigor em março de 2025.

O que aconteceu - A resolução foi aprovada em 17 de agosto e deve ser anunciada pelo CFM nesta quarta (28), em coletiva de imprensa. O texto prevê regras em relação aos "vínculos e conflitos de interesse do médico com indústrias farmacêuticas, de insumos da área da saúde e equipamentos médicos".

É a primeira norma nacional que exige a transparência dos vínculos entre médicos e indústrias da saúde. Dezenas de outros países têm leis que obrigam a divulgação total dos conflitos de interesse.

Mas a regra do CFM exige apenas a menção da existência do vínculo, não a declaração dos valores recebidos. A intenção do CFM é disponibilizar as informações para consulta pública.

Além disso, a resolução engloba apenas prestação de serviços pelos médicos. Isso inclui remuneração por cursos e palestras, divulgações de produtos e pesquisa. Os médicos terão que declarar as informações ao CFM em até 60 dias após o pagamento dos serviços.

Já presentes recebidos pelos médicos, como viagens para congressos internacionais, ficaram de fora da resolução do CFM. Isso corresponde à maior parte dos recursos pagos pela indústria da saúde aos profissionais, segundo análise do UOL.

O texto inicial levado à discussão do CFM era mais ambicioso: abrangia tanto a declaração dos valores como dos presentes. Mas, durante a discussão, essas partes foram suprimidas. O tema foi levado ao CFM por Raphael Câmara, conselheiro da entidade. A inspiração veio de uma proposta de Medida Provisória apresentada por Marcelo Queiroga, então ministro da saúde, a Jair Bolsonaro, à época presidente.

A norma do CFM também prevê que os médicos deverão declarar os conflitos de interesse quando forem dar entrevistas. A norma isentou sociedades médicas de declararem vínculos com a indústria de saúde.

O CFM diz que o objetivo é evitar que "conflitos de interesse interfiram em ações" médicas. A entidade afirma também que as novas regras criam "um novo paradigma" para as relações entre médicos e indústria, sem interferir na autonomia dos profissionais.

É uma resolução histórica. A resolução pega os peixes grandes, ou seja, os médicos que ganham dinheiro diretamente da indústria - muitas vezes para elogiarem um produto, sem que a população ou outros médicos desconfiem. Além disso, a resolução vai iniciar um debate no Brasil sobre o tema.

Os pagamentos da indústria aos médicos, principalmente se não houver transparência, podem ser deletérios e, ao meu ver, interferir na conduta médica em alguns casos. O CFM mostra que está preocupado com isso e assumindo a dianteira dessa questão.Raphael Câmara, conselheiro do CFM, que apresentou o texto da resolução aprovada pela entidade

Indústria da saúde gasta milhões com médicosA indústria da saúde gasta milhões com presentes e mimos a médicos brasileiros, conforme mostrou o UOL em março, a partir da análise inédita de dados de Minas Gerais.

Minas é o único estado do país que obriga a divulgação de pagamentos e benefícios concedidos aos médicos pela indústria da saúde. As informações devem ser divulgadas anualmente à Secretaria Estadual de pelas próprias empresas e são incluídas em um banco de dados.

A análise do UOL mostra que os médicos mineiros receberam R$ 198 milhões da indústria da saúde, de 2017 a 2022 - excluindo-se financiamento de pesquisas.

A contratação de cursos e palestras - no foco da resolução do CFM - respondeu por 30% desse montante (R$ 59 milhões). Gastos com transporte e hospedagens para congressos consumiram mais R$ 64 milhões; inscrições em congressos e eventos educativos, R$ 37 milhões; refeições, R$ 31 milhões.

Dez médicos mineiros foram beneficiados com mais de R$ 1 milhão cada um. O maior valor foi para um ortopedista: R$ 2,7 milhões.

Cardiologistas, dermatologistas e endocrinologistas foram as especialidades mais patrocinadas. As empresas dizem que não trocam os pagamentos e benefícios por prescrições.

A lei mineira foi inspirada no Sunshine Act, aprovado nos Estados Unidos, em 2010, no governo de Barack Obama. Dezenas de países copiaram a iniciativa. No Brasil, projetos de lei similares estão parados no Congresso Nacional.

CFM já tentou proibir viagens, mas recuouEm 2010, o CFM tentou proibir que fabricantes de remédios e de próteses custeassem viagens de médicos a congressos. Isso corresponde à maior parte dos benefícios pagos aos profissionais de Minas Gerais (32%).

O objetivo era reduzir conflitos de interesse - como a prescrição de determinada marca de remédio ou produto de saúde para ganhar as viagens. "Nenhuma indústria farmacêutica faz atos de generosidade desinteressada", escreveu o presidente do CFM à época, o médico Roberto d'Avila.

Ao final, a ideia acabou descartada. Em vez de impedir o financiamento de viagens em geral, o CFM proibiu apenas o pagamento de viagens de lazer para médicos, bem como viagens para parentes. Viagens para participar de congressos seguiram permitidas.

Já em 2018, a Abimed, que reúne fabricantes de próteses e equipamentos de saúde, proibiu que seus associados bancassem viagens de médicos a congressos organizados por terceiros. O custeio de eventos organizados pelas próprias patrocinadoras, no entanto, continuou valendo.

A medida foi tomada após escândalos no Brasil e nos Estados Unidos envolvendo indústrias de próteses. Médicos foram descobertos recebendo comissões pelo uso de produtos ortopédicos em cirurgias, muitas desnecessárias.

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CORREIO BRAZILIENSE

74 cidades de Goiás enfrentam surto de doença diarreica aguda, diz Secretaria de Saúde


Pasta aponta rotavírus e contaminação de poços como principais causas; municípios somam mais de 12 mil casos desde junho

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que 74 municípios estão com surtos ativos de doença diarreica aguda (DDA). No total, essas cidades somaram 12.205 casos de DDA nos últimos três meses.

A doença causa a diminuição da consistência das fezes e o aumento do número de evacuações - a pessoa apresenta, no mínimo, três diarreias agudas em um período de 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde. Além da diarreia, ela também pode causar febre, dor abdominal, náusea e vômito.

Causas

A DDA poder ter múltiplas causas. Nos municípios de Goiás, o surto tem origem em dois agentes infecciosos: o rotavírus e a bactéria Escherichia coli.

O rotavírus é transmitido por contato de pessoa a pessoa, pela ingestão de água e alimentos contaminados, por contato com objetos contaminados e também pela propagação aérea por aerossóis.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacinação contra o vírus está disponível para crianças menores de um ano de idade e é uma das principais maneiras de prevenir a infecção.

Segundo a SES-GO, o Estado registrou cobertura vacinal abaixo da meta preconizada pelo ministério, que é 90% do público-alvo. Em 2023, Goiás vacinou 81,17% das crianças menores de 1 ano de idade e, em 2024, a cobertura foi de 80,62% até julho.

Além do rotavírus, a secretaria também identificou a contaminação por Escherichia coli em poços de água particulares. Depois de fechar essas estruturas irregulares, a SES-GO notificou os proprietários para que façam a regularização.

"Até o momento, apenas três amostras provenientes de solução alternativa de coleta de água foram positivas para a bactéria E. coli, todas do município de Campos Belos, e as medidas de controle sanitário já foram tomadas", afirmou a pasta em comunicado.

Junto ao monitoramento de casos, investigação das fontes de contaminação e análise de qualidade da água, a secretaria enviou insumos e medicamentos aos municípios. Agora, busca conscientizar a população sobre maneiras de prevenção da DDA.

Prevenção

A vacina contra o rotavírus humano é oral e deve ser aplicada em duas doses, uma aos dois meses e outra aos quatro meses de idade.

Além da imunização, a DDA pode ser prevenida com medidas de higiene e saneamento básico:

Em caso de sintomas de DDA, como diarreia, febre ou vômito, a orientação é buscar atendimento médico.

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A REDAÇÃO

Albert Einstein assume oficialmente gestão do Hospital de Urgências de Goiás

Depois de prestar serviços junto ao Governo de Goiás, mediante contrato emergencial, por três meses, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein assume oficialmente a administração do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). O governador Ronaldo Caiado assina, nesta quarta-feira (28/8), o termo de colaboração com a entidade, que passa a ter vínculo regular com a Secretaria estadual de Saúde.  
 

Na ocasião, Caiado vai anunciar investimentos para melhoria na infraestrutura da unidade hospitalar. Distribuídas em quatro fases, as intervenções vão garantir modernização de todos os espaços e ampliação de setores como Ambulatório e Pronto Socorro, além da reestruturação de leitos de UTI, reformas de centro cirúrgico e nova subestação elétrica. 

Mais cedo o governador participa da abertura da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex) e do II Fórum de Governadores do Brasil Central. A programação é voltada para impulsionar o comércio internacional na região Central do Brasil. Caiado preside o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC) - que mantém ações integradas à programação da Ficomex. 

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MEDICINA S/A

Artigo - Reforma tributária: aumento da carga de impostos na saúde

Por Alessandro Acayaba de Toledo

Em meio a uma série de discussões no setor da saúde suplementar, mais um movimento da Câmara Legislativa deve impactar profundamente o mercado de planos de saúde. O projeto de regulamentação da reforma tributária não conseguiu resolver totalmente um problema já aventado por especialistas: a carga de impostos dedicada aos equipamentos e remédios por meio do novo imposto agregado, o IVA.

Avaliando a lei, concordo que há um ganho em relação ao texto do governo, pois agora existe uma lista de quase 400 remédios com isenção total de impostos, embora outros ainda possuam uma alíquota fixada em 60%. Embora seja uma melhoria em relação à proposta inicial, a decisão ainda apresenta problemas devido à falta de atualização. Essa defasagem pode onerar novos medicamentos, especialmente no setor oncológico, onde novas drogas são introduzidas anualmente. A preocupação é que, sem isenções abrangentes, o custo adicional seja repassado aos pacientes.

Outra questão preocupante é a criação de listas específicas para dispositivos médicos. Com mais de 100 mil equipamentos registrados na Anvisa, a defasagem dessas listas pode penalizar novos dispositivos, que enfrentariam tarifas completas. A proposta do setor é que todos os dispositivos regularizados pela Anvisa sejam incluídos na redução de 60% do IVA, exceto alguns itens específicos com redução de 100%.

A questão torna-se ainda mais crítica quando analisada sob a perspectiva da saúde suplementar. O setor já enfrenta desafios importantes, incluindo a pressão do rol exemplificativo da ANS, que exige cobertura ampla por parte dos planos de saúde. Esta exigência impõe um fardo significativo sobre as operadoras, que precisam garantir uma vasta gama de tratamentos e procedimentos para seus beneficiários. Com a reforma tributária, a adição de uma carga mais elevada sobre novos medicamentos e equipamentos médicos representaria uma pressão de custos adicional.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) conseguiu uma vitória parcial com a modificação que permite às empresas se creditarem pelas alíquotas pagas em planos corporativos contratados para seus funcionários. No entanto, essa medida não é suficiente para mitigar as preocupações gerais com a carga tributária adicional imposta pela reforma.

A defasagem das listas de medicamentos e equipamentos isentos de impostos e a pressão dos custos adicionais sobre novos tratamentos, podem resultar em aumentos significativos nos preços dos planos de saúde. Este cenário preocupa não apenas as operadoras, mas também os beneficiários, que poderão enfrentar reajustes em suas mensalidades ou até mesmo a redução da cobertura oferecida.

Além disso, é importante considerar que o setor de saúde suplementar já lida com diversas outras pressões regulatórias e financeiras. A introdução de uma carga tributária mais elevada sobre medicamentos e equipamentos médicos pode exacerbar ainda mais essas dificuldades. A sustentabilidade do setor depende de uma abordagem mais equilibrada e atualizada na reforma tributária, que considere as necessidades de inovação e a realidade econômica das operadoras de saúde. A falta de isenções abrangentes e a defasagem das listas de produtos isentos podem comprometer a capacidade dos planos de saúde de oferecer um serviço acessível e de qualidade a seus beneficiários.

Em resumo, a questão da lista de remédios e equipamentos médicos se torna mais uma pressão sobre a saúde suplementar, que já enfrenta uma série de desafios. A sustentabilidade do setor de saúde suplementar no Brasil exige uma atenção cuidadosa às implicações tributárias e um compromisso com a atualização constante das listas de isenção para evitar onerar ainda mais os consumidores e as operadoras de saúde.


*Alessandro Acayaba de Toledo é advogado especialista em Direito na Saúde e presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB).

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Assessoria de Comunicação



Terça, 27 Agosto 2024 07:42

CLIPPING AHPACEG 27/08/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

GPTW 2024: As Melhores Empresas para Trabalhar na Área da Saúde

Névoa de fumaça em Goiás pode afetar saúde dos olhos, alerta especialista

Goiás vai receber 88 novos profissionais do programa Mais Médicos

MEDICINA S/A

GPTW 2024: As Melhores Empresas para Trabalhar na Área da Saúde

O ranking do GPTW Saúde revela as empresas que se destacam por práticas inovadoras em gestão de pessoas, sustentabilidade e qualidade de vida, confirmando tendências do mercado de trabalho e a crescente presença feminina na alta liderança.

Hoje, 26 de agosto, aconteceu a 11ª edição do prêmio Great Place to Work (GPTW) Saúde, que reconhece as melhores empresas para se trabalhar no setor de saúde. A premiação avalia práticas de gestão de pessoas, políticas corporativas e a satisfação dos colaboradores. 

A cerimônia foi realizada no Tokio Marine Hall, em São Paulo, e contou com a participação de 80 empresas. Desde sua primeira edição em 2014, houve um aumento de 160% de empresas inscritas em busca deste reconhecimento. 

O ranking completo das Melhores Empresas Para Trabalhar™ GPTW na Área da Saúde inclui 5 clínicas, 5 corretoras de seguro, 20 farmacêuticas, 10 farmácias e distribuidoras, 5 hospitais, 15 empresas do setor industrial e de serviços, 10 de medicina diagnóstica e 10 planos de saúde. 

A região Sudeste se destacou como a mais representada, com 54 empresas premiadas, enquanto a região Norte teve a menor participação, com apenas 2 empresas. A cidade de São Paulo liderou com folga, somando 40 empresas entre as vencedoras. 

ESG em foco 

Entre as empresas premiadas, 28% se destacam por seus programas de sustentabilidade robustos, alinhados com padrões internacionais e demonstrando um forte compromisso com as práticas ESG. Além disso, 19 dessas empresas são signatárias do Pacto Global da ONU, uma iniciativa global da Organização das Nações Unidas que convoca empresas e organizações a aderirem a princípios fundamentais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. 

Essa postura não apenas fortalece a imagem dessas empresas, mas também as posiciona como líderes em transparência e gestão sustentável - qualidades cada vez mais valorizadas no cenário empresarial atual. 

Perfil dos colaboradores  

Nas melhores empresas para se trabalhar na área de saúde, a maioria dos colaboradores (34%) tem entre 26 e 34 anos, enquanto 33% estão na faixa etária de 35 a 44 anos. Jovens de até 25 anos representam 16%, seguidos por 13% de colaboradores entre 45 e 54 anos, e apenas 4% têm 55 anos ou mais. Em relação ao nível de escolaridade, 43% dos colaboradores concluíram o Ensino Médio ou menos, 34% possuem Ensino Superior completo, 16% têm Pós-Graduação, Mestrado ou Doutorado, e o menor percentual, 7%, está com o Ensino Superior incompleto. 

Em média, a maioria dos colaboradores permanece na empresa por até 2 anos (39%), enquanto 29% permanecem de 2 a 5 anos, 17% ficam de 6 a 10 anos, 8% de 11 a 15 anos, 4% de 16 a 20 anos, e apenas 3% permanecem mais de 20 anos. 

Nos últimos anos, a distribuição por gênero nessas empresas tem se mantido estável, com mulheres ocupando 61% dos postos de trabalho.

Na alta liderança, os números apresentam uma diferença significativa: 35% dos cargos são ocupados por mulheres, enquanto 65% são homens. A idade média dos CEOs é de 53 anos, com um tempo médio de permanência na empresa de 9 anos. A participação feminina entre os CEOs aumentou 10 pontos percentuais entre 2022 e 2024, atingindo 18% das posições nas empresas premiadas. 

Quando questionados sobre o motivo para permanecerem em seus empregos atuais, a maioria dos colaboradores apontou oportunidades de crescimento e desenvolvimento, seguidas por qualidade de vida e alinhamento de valores. 

Qualidade de vida dos colaboradores  

Confirmando as tendências do mercado de trabalho, 80% das melhores empresas para se trabalhar no setor de saúde adotam o home office, e 71% oferecem horário flexível. Além disso, 94% implementaram práticas de saúde mental e bem-estar, enquanto 71% operam com uma jornada de trabalho híbrida.  

No ranking GPTW Saúde 2024, 11% das empresas premiadas oferecem licença-maternidade superior aos 120 dias exigidos por lei. Em relação à licença-paternidade, cujo período mínimo legal é de 5 dias, 51% das empresas ampliaram esse benefício. 

Nesta edição, 14% das empresas incentivam a prática esportiva, seja por meio de academias internas ou oferecendo reembolso por atividades físicas realizadas fora do ambiente de trabalho. 

O panorama fornecido pelo GPTW traz uma série de informações e dados relevantes sobre o dia a dia nas organizações da área de saúde. 

Como é feita a pesquisa? 

A pesquisa do Great Place to Work (GPTW) é dividida em duas etapas principais. A primeira etapa é quantitativa, onde a empresa deve alcançar uma amostra mínima de funcionários e obter uma nota mínima de 70%. Somente após atingir esse patamar, a empresa avança para a segunda etapa, que avalia práticas organizacionais sob os Pilares For All. 

Essa abordagem não só mensura a satisfação dos colaboradores, mas também analisa a equidade e a inclusão dentro das empresas. As informações demográficas coletadas são baseadas no ano anterior à pesquisa, proporcionando um retrato atualizado do ambiente de trabalho. O ranking final reflete o desempenho das empresas em ambas as fases, destacando aquelas que realmente se sobressaem em criar ótimos ambientes de trabalho. 

Veja o ranking completo das Melhores Empresas Para Trabalhar da Área de Saúde 

Clínicas 

Pronutrir (Médias e Grandes) 

Odontologia Peixoto (Pequenas) 

Pepita Duran Clínica de Multiserviço e Home Care (Pequenas) 

IMED Saúde (Pequenas) 

Exame Analises Clinicas (Pequenas)

Corretoras de Seguros 

Alper Seguros (Médias e Grandes) 

D'or Consultoria Em Corretagem De Seguros E Beneficios Ltda. (Médias E Grandes) 

Qualicorp (Médias E Grandes) 

Shinlife Corretora De Seguros Ltda (Pequenas) 

All Care Brasilía (Pequenas) 

Farmacêuticas 

Novo Nordisk Produção Farmacêutica do Brasil LTDA (Pequenas, Médias e Grandes) 

Bristol Myers Squibb (Pequenas, Médias e Grandes) 

Mundipharma Brasil Produtos Médicos e Farmacêuticos LTDA (Pequenas, Médias e Grandes) 

Bayer Brasil (Pequenas, Médias e Grandes) 

Novo Nordisk (Pequenas, Médias e Grandes) 

Supera Farma Laboratorios S.A (Pequenas, Médias e Grandes) 

Astellas Farma Brasil Importacao E Distribuicao De Medicamentos Ltda. (Pequenas, Médias e Grandes) 

Eurofarma Laboratórios S/A (Pequenas, Médias e Grandes) 

AstraZeneca (Pequenas, Médias e Grandes) 

Boehringer Ingelheim (Pequenas, Médias e Grandes) 

Laboratórios Servier do Brasil (Pequenas, Médias e Grandes) 

Libbs (Pequenas, Médias E Grandes) 

Ofta Vision Health (Pequenas, Médias E Grandes) 

Lundbeck Brasil Ltda (Pequenas, Médias E Grandes) 

Galderma (Pequenas, Médias E Grandes) 

Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda (Pequenas, Médias E Grandes) 

Chiesi Farmaceutica Ltda (Pequenas, Médias E Grandes) 

Biofarm Química E Farmacêutica Ltda. (Pequenas, Médias E Grandes) 

Dr. Reddy's Farmacêufica Do Brasil Ltda (Pequenas, Médias E Grandes) 

Herbarium Laboratorio Botanico Ltda (Pequenas, Médias E Grandes) 

Farmácias e Distribuidoras 

Arthrex Brasil (Médias E Grandes) 

4bio Medicamentos (Médias E Grandes) 

Henry Schein Brazil (Médias E Grandes) 

Grupo Dpsp (Médias E Grandes) 

Farmácia Artesanal (Médias E Grandes) 

Ultra Medka Produtos Para Saúde (Pequenas) 

Otima Distribuidora (Pequenas) 

Importek Brasil (Pequenas) 

Saga Medical (Pequenas) 

Sellene Medicamentos (Pequenas) 

Hospitais 

Hospital Santa Catarina De Blumenau (Médias E Grandes) 

Hospital Albert Einstein (Médias e Grandes) 

Real Hospital Portugues De Beneficencia Em Pernambuco (Médias E Grandes)  

Aacd Ibirapuera (Médias e Grandes) 

Hospital de Olhos do Norte de Minas (Pequenas) 

Indústria e Serviços 

Stratiner (Médias e Grandes) 

ConvaTec Brasil (Médias e Grandes) 

Shift Consultoria e Sistemas (Médias e Grandes) 

Biomedical Produtos Cientif Medicos E Hospitalares Ltda (Médias e Grandes) 

Opy Healthcare Gestão de Ativos e Investimentos S.A. (Médias e Grandes) 

Messer Gases Brasil (Médias e Grandes) 

Haytek (Médias e Grandes) 

Schuster Comercio De Equipamentos Odontologicos LtdA (Médias e Grandes) 

Espaçolaser (Médias e Grandes) 

Sorocaps (Médias e Grandes) 

Buckminster Quimica Ltda (Pequenas) 

Contourline Equipamentos (Pequenas) 

Four Importação e Distribuição Ltda (Pequenas) 

Colorcon Do Brasil Ltda (Pequenas) 

Polydrogas (Pequenas) 

Medicina Diagnóstica 

Grupo Sabin (Médias e Grandes) 

Laboratório Vicente Lemos (Médias e Grandes) 

Maxipas Empresanal (Médias e Grandes) 

Med Mais Soluções em Serviços Especiais LTDA (Médias e Grandes) 

AGIR (Médias e Grandes) 

Laboratório Fleming (Pequenas) 

Euroimmun Brasil Medicina Diagnóstica (Pequenas) 

Telelaudo (Pequenas) 

Grupo Kovalent (Pequenas) 

QIAGEN (Pequenas) 

Planos de Saúde 

Unimed Sul Capixaba (Médias e Grandes) 

Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Médias e Grandes) 

Unimed Litoral Sul/RS (Médias e Grandes) 

Unimed Fortaleza (Médias e Grandes) 

Cemig Saúde (Médias e Grandes) 

AllCare - Gestão de Saúde (Médias e Grandes) 

Bradesco Seguros (Médias e Grandes) 

Afrafep Saúde (Pequenas) 

You Saude (Pequenas) 

Uniodonto Porto Alegre Cooperativa Odontologica Ltda (Pequenas) 

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O HOJE

Névoa de fumaça em Goiás pode afetar saúde dos olhos, alerta especialista

De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a nuvem de fumaça deve durar pelos próximos dois dias

Desde o último domingo (25) que Goiás sofre com uma nuvem de fumaça que afeta principalmente os moradores da capital. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a situação deve durar pelos próximos dois dias.

Ainda segundo o órgão, a nuvem de fumaça ocorreu devido ao avanço de uma frente fria que se formou no sábado, além da combinação de ventos que transportam a fumaça das queimadas no país, especialmente no Centro-Oeste.

O evento que causou transtornos no Aeroporto da capital que precisou cancelar voos devido à baixa visibilidade, também ameaça a saúde dos olhos. Rodrigo Ximenes, oftalmologista alerta sobre os riscos da nuvem de fumaça que os moradores enfrentam.

Em entrevista ao jornal O HOJE, o oftalmologista discutiu os impactos dessa condição atmosférica na saúde ocular e forneceu orientações para lidar com os sintomas associados. A chegada da poeira e da fumaça em Goiânia é uma preocupação significativa para a saúde ocular, segundo o especialista.

“A população goiana tem acordado com o ar carregado e a poeira em suspensão, que é um reflexo do tempo seco que já caracteriza a região durante o ano”, destaca Ximenes. O médico alerta que esse tipo de poluição pode desencadear diversos problemas nos olhos, com sintomas que variam desde o ressecamento ocular até a sensação de corpo estranho.

Principais sintomas

Os principais sintomas incluem olho seco, vermelhidão, prurido –  caracterizado pela coceira que pode surgir em diferentes pontos da pele -, lacrimejamento intenso e a sensação de que algo está dentro do olho. “Esses sintomas são causados pelo contato dos olhos com as partículas de poeira e fumaça presentes no ar”, detalha o especialista.

Ao falar sobre as precauções, o médico destaca que é importante tomar medidas imediatas para aliviar os sintomas e evitar complicações. Embora pessoas com condições oculares pré existentes, como olho seco ou outras doenças oculares, possam experimentar sintomas mais intensos, o oftalmologista esclarece que qualquer indivíduo exposto à fumaça está sujeito a desconfortos oculares.

“Os trabalhadores ao ar livre e usuários de lentes de contato devem redobrar os cuidados, utilizando equipamentos de proteção e mantendo uma boa higiene ao manusear as lentes”, alerta.

Para prevenir e tratar os sintomas iniciais, Ximenes recomenda o uso de colírios lubrificantes, como aqueles à base de hialuronato de sódio. Esses colírios ajudam a aliviar a irritação ocular causada pela poeira. No entanto, ele advertiu contra o uso de colírios à base de nafazolina, comuns em farmácias e muitas vezes utilizados para tratar sintomas semelhantes, pois podem causar efeitos rebote e agravar a irritação.

O oftalmologista também ressaltou a importância de evitar a automedicação. “Se a pessoa não tem acesso imediato ao soro fisiológico, a água corrente pode ser usada para lavar os olhos, mas é essencial buscar a orientação de um especialista.” Ele destacou que, em casos de sintomas persistentes, é crucial procurar um oftalmologista para um diagnóstico adequado.

“É importante não deixar de consultar um especialista, mesmo que os sintomas possam parecer leves inicialmente. Em alguns casos, os sintomas de irritação ocular podem mascarar condições mais sérias que podem ser agravadas pela exposição prolongada à poeira”, afirma.

De modo geral, a recomendação é tomar medidas preventivas como a lavagem dos olhos com soro fisiológico e o uso de colírios lubrificantes, e buscar atendimento especializado caso os sintomas persistam.

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A REDAÇÃO

Goiás vai receber 88 novos profissionais do programa Mais Médicos

O novo edital para o 38º ciclo do programa Mais Médicos para o Brasil ofertou 3.177 vagas e recebeu 33.014 inscrições, destacando a participação expressiva de médicos formados no país. Do total de vagas, 95% foram preenchidas por profissionais que possuem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Brasil. Os 5% restantes das vagas foram preenchidos por brasileiros formados no exterior. Ao todo, na região Centro-Oeste serão alocados 174 profissionais, desse número, 88 irão atuar em Goiás.  

Dentre as inscrições, o programa registrou 3.079 somente de cotistas, representando 9,3% do total. Neste grupo, 382 candidatos (12,4%) se inscreveram para vagas destinadas a pessoas com deficiência, enquanto 2.741 (88%) optaram pelas cotas étnico-raciais.

Já a distribuição por sexo foi a seguinte: 18.782 inscrições femininas (56,9%), 14.196 masculinas (43%), e 36 que não especificaram o sexo (0,1%).

Em relação à descrição dos inscritos, o perfil 1 - que inclui médicos com CRM no Brasil - foi o mais prevalente, com 15.699 inscrições (47,5%). O perfil 2, que abrange brasileiros formados no exterior, somou 13.467 inscrições (40,8%), enquanto o perfil 3, destinado a estrangeiros formados no exterior, contou com 3.848 inscrições (11,7%).

Resultados  

Das 3.177 vagas oferecidas no edital do 38º ciclo do programa, 99,9% foram preenchidas, com apenas uma vaga em São Jerônimo (RS) não ocupada. Entre os profissionais alocados, 3.005 (95%) pertencem ao perfil 1, enquanto 171 (5%) são do perfil 2. Esse resultado reflete uma mudança significativa em comparação ao 28º ciclo, quando o perfil 1 representou 84,7% das alocações e o perfil 2, 15,3%.

Em termos de autodeclaração de raça e cor, 53,9% dos selecionados se identificaram como brancos, 42,2% como negros (32,9% pardos e 9,3% pretos), 3,4% como amarelos e 0,5% como indígenas. Além disso, 425 profissionais (13,3%) utilizaram o sistema de cotas étnico-raciais, sendo 416 negros, 6 indígenas e 3 quilombolas. Entre os alocados, 129 (4%) são pessoas com deficiência (PcD).

Pela primeira vez, o quesito orientação sexual foi analisado. A maioria, 85,3%, se identifica como heterossexual, enquanto 5% se declaram homossexuais, 1,7% bissexuais, 0,2% indicam outra orientação, 0,1% se identificam como assexuais, e 7,7% preferiram não informar.

Melhorias

O governo federal retomou o Mais Médicos em 2023 para garantir atendimento médico principalmente em regiões de vazios assistenciais, além de trazer aos profissionais oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento em saúde da família e comunidade, com incentivos e benefícios para atuação em áreas mais vulneráveis.

Desde o ano passado, eles têm a possibilidade de fazer especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).  

O número de profissionais do Mais Médicos em atividade aumentou 93,83% desde o início do governo Lula — de janeiro de 2023 até junho de 2024. Atualmente, 24.894 médicos e médicas atendem em todo o Brasil. São 12.051 a mais que o registrado em dezembro de 2022.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 26 Agosto 2024 07:03

CLIPPING AHPACEG 24 A 26/08/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Cirurgia salva a vida de criança com doença rara

Menina de 5 anos morre durante atendimento em unidade de saúde, e família denuncia negligência

Doctoralia inicia coleta de respostas para o Panorama das Clínicas e Hospitais 2025

Mater Dei inaugura hospital com investimentos de R$ 200 milhões

Ministério da Saúde passa a utilizar o sistema de indicadores hospitalares da ANAHP

TV SERRA DOURADA

Cirurgia salva a vida de criança com doença rara

https://www.youtube.com/watch?v=_x-_jzHV3A4

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PORTAL G1

Menina de 5 anos morre durante atendimento em unidade de saúde, e família denuncia negligência

Após machucar o pé durante brincadeira, Maria Laura foi levada quatro vezes ao ambulatório num intervalo de dois dias, e parentes suspeitam que ela teve reação alérgica a medicamento. Caso é investigado pela polícia.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

Uma menina de 5 anos morreu durante um atendimento em um ambulatório, em Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia. A família de Maria Laura acredita que ela teve uma reação alérgica a um medicamento aplicado no bumbum e denuncia negligência do hospital durante o socorro. O caso é investigado pela Polícia Civil.

“Eu vi minha neta morrendo, agonizando de dor e sem conseguir respirar. Eu não podia fazer nada e eles não estavam nem aí, não faziam nada”, desabafou Antônio Damião, avô da menina.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Guapó lamentou a morte de Maria Laura e disse que os profissionais do Ambulatório 24 horas adotaram as medidas previstas nos protocolos clínicos para o caso. Informou ainda que está à disposição das autoridades para esclarecer as causas da morte.

Maria Laura morreu na quarta-feira (21). Num intervalo de dois dias, ela foi levada quatro vezes ao ambulatório, segundo a família.

Primeiros atendimentos

Ao g1, a tia da menina, Suelen Sousa, contou que, na tarde de segunda-feira (19), Maria Laura caiu e machucou o pé durante uma brincadeira. “Ela não reclamou de dor na hora, mas à noite ela vomitou e, por volta das 21h, a mãe dela procurou o ambulatório para ver o que era”, disse.

Segundo a tia, neste primeiro atendimento, o médico receitou a menina com soro e, como ela não estava reclamando de dor no pé, a mandou para casa.

“Durante à noite, ela reclamou de muita dor e estava com o pé inchado e roxo. Pela manhã de terça-feira (20), ela voltou no hospital”, disse.

Aplicação da injeção

Suelen relatou que, no segundo atendimento, a médica passou um ibuprofeno e dipirona por via oral e pediu para ela voltasse no dia seguinte para fazer o Raio-X do pé. Segundo ela, a menina voltou na quarta-feira (21), fez o exame e a profissional verificou que não havia quebrado.

“Como ela estava sentindo muita dor, minha irmã pediu um remédio, e a médica aplicou um remédio no bumbum da Maria”, detalhou a tia.

Ao g1, a família disse que a equipe do ambulatório não informou qual remédio seria aplicado e que não teve acesso ao prontuário ou receita. Além disso, afirmou que Maria Laura nunca teve reação alérgica a medicamentos e informou que a médica perguntou sobre isso antes da aplicação.

“Ela sempre tomou as coisas e nunca deu nada”, afirmou Jéssica Sousa, mãe da menina.

Suspeita de reação alérgica

Segundo a família, após a aplicação do remédio no bumbum, a médica deu alta para Maria Laura. “Ela voltou para casa e foi muito rápido. Meia hora depois ela começou a ficar com o corpo todo empolado e a perna roxa. Então, a minha irmã [mãe da menina] correu para o ambulatório”, disse.

Suelen contou que, quando chegou à unidade, Maria Laura foi internada e as equipes colocaram um aparelho de oxigênio para ajudá-la a respirar. Segundo a tia, os médicos pediram a transferência da menina para um hospital em Goiânia e, neste momento, o avô chegou para acompanhá-la.

“Quando cheguei, minha neta estava na maca tomando soro e com a máscara de oxigênio. Eu falava que ela estava com falta de ar e eles não faziam nada. Ela reclamando de dor e eu sem poder fazer nada. Eu precisava segurar a máscara para o oxigênio não vazar” relatou Antônio.

Desesperado, Antônio disse que começou a rezar e pediu para que Maria Laura o acompanhasse na oração.

“Ela só perguntou se o papai do céu iria cuidar dela”, conta.

O avô contou que pedia para os médicos fazerem algo pela menina, que estava piorando.

“A pressão dela foi caindo e, quando a ambulância chegou, eles levaram ela sem aparelho nenhum e nem a máscara, e ela morreu”, contou.

Maria Laura morreu na noite de quarta-feira. A família acredita que ela teve uma reação alérgica ao remédio aplicado no bumbum. Segundo o avô, no atestado de óbito colocaram a morte de Maria Laura como morte natural, mas, para a família, não é.

“É uma dor pior do que perder um pai ou uma mãe. Ver minha neta morrer e não poder fazer nada, sem ninguém fazer nada, foi negligência”, finalizou Antônio.

O g1 questionou a Secretaria de Saúde de Guapó por mensagens e ligações sobre qual remédio foi aplicado no bumbum da menina, mas pediram para falar com a diretora do ambulatório. Questionada sobre isso, a responsável reforçou a nota enviada e pediu para falar com a Polícia Civil (PC).

Investigação

O delegado André Veloso, que investiga o caso, informou ao g1 que solicitou todas as documentações referentes ao atendimento médico oferecido à Maria Laura. Também informou que intimou os profissionais que tiveram contato com a criança e, em breve, ouvirá a família da menina.

O delegado complementou que foram solicitados exames complementares para verificar a causa da morte da menina. Segundo Veloso, o laudo deve ficar pronto em até 45 dias.

"Está sendo investigado se houve algum tipo de omissão de socorro ou negligência hospitalar", disse Veloso.

Íntegra da nota da Secretaria Municipal de Saúde

A Secretaria de Saúde lamenta informar o óbito registrado em 21/08/2024 da criança M.L.O.S cinco anos. A criança foi recebida no Ambulatório 24 horas em estado grave, momento em que os profissionais adotaram medidas previstas nos protocolos clínicos para o caso, buscando salvar a vida da criança. Registra-se que toda a equipe agiu sensibilizada, empenhada e comprometida a solucionar o caso.

Por fim a equipe médica, assistencial e de direção do Ambulatório 24 horas encontram - se à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários a elucidar as causas do óbito, causa essa que será investigada pelo IML. A secretaria de saúde se solidariza com a família nessa momento de dor ressaltando o atendimento imediato para casos graves como esse sempre de acordo com o alto grau de responsabilidade da instituição.

Íntegra da nota da PCGO

Em luto, todos os servidores da Delegacia de Guapó, com os corações profundamente entristecidos, tomaram conhecimento, na noite de ontem, do falecimento da criança M.L.O.S., de apenas 5 anos de idade.

Ressaltamos que, imediatamente, foi confeccionado um Registro de Atendimento Integrado (RAI) N 37409277, sendo logo em seguida solicitadas as perícias médicas legais para apurar a morte de M.L.O.S.

Além disso, a Delegacia de Polícia Civil de Guapó solicitou todas as documentações referentes ao atendimento médico oferecido à criança. Em ato contínuo, estão sendo realizadas diligências para intimar os profissionais que tiveram contato com a criança e todos os familiares.

Visa-se verificar se o atendimento foi de acordo com o previsto pelo Protocolo do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Conselho Federal de Medicina.

A Prefeitura Municipal de Guapó, a Secretaria de Saúde de Guapó e todos os servidores estão colaborando para que, o mais breve possível, tudo seja esclarecido e possamos chegar a uma conclusão e esclarecer o caso perante a sociedade.

Por fim, não temos palavras para expressar nosso pesar e tristeza. Que vocês, familiares e amigos, encontrem paz, conforto e o amor de que precisam nos próximos dias.

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MEDICINA S/A

Doctoralia inicia coleta de respostas para o Panorama das Clínicas e Hospitais 2025

5ª edição do projeto tem objetivo de mapear o mercado no Brasil, levantando dados para gestores de clínicas, hospitais, laboratórios e centros de diagnóstico.

O setor da saúde tem passado por grandes transformações ano após ano, impulsionadas pelo avanço de novas tecnologias, pela evolução da prática médica e, principalmente, pela mudança de comportamento dos pacientes, que estão cada vez mais digitais e conectados. Diante desse cenário, é essencial que os profissionais da área tenham acesso a estudos de mercado que ofereçam dados relevantes e gerem insights valiosos, para que se mantenham constantemente atualizados.

Pensando nisso, a Doctoralia publica anualmente o Panorama das Clínicas e Hospitais, apresentando uma visão abrangente e detalhada do cenário atual da saúde.

Esse estudo identifica as principais tendências do setor e oferece informações estratégicas, permitindo que gestores e administradores aprimorem seus resultados e tomem decisões embasadas em análises precisas.

A 5ª edição da pesquisa é elaborada em parceria com grandes nomes do setor da saúde, como Feegow, TuoTempo, Memed, Neo, Patient Centricity Consulting e Dr. Fisiologia.

O estudo aborda questões relevantes que refletem os desafios atuais do setor. Dentre os principais temas, destacam-se:

Estratégias de marketing adotadas por clínicas e hospitais;

Particularidades na gestão de negócios;

Uso de soluções tecnológicas;

Nível de maturidade digital;

Principais tendências para os próximos anos.

“Os dados gerados no relatório são extremamente valiosos para o nosso setor. Por meio deles, é possível compreender as principais dificuldades enfrentadas pelas clínicas e hospitais e mapear as tendências para os próximos anos. Além disso, o material é projetado para apoiar executivos e gestores de clínicas e hospitais na melhoria de suas práticas, contribuindo diretamente para uma experiência do paciente mais humana e uma operação mais eficiente”, afirma José Maurício, COO da Doctoralia.

Além de receber os resultados do estudo em primeira mão, os respondentes do questionário concorrem a uma Echo Show (smart display com Alexa); um Kindle e ao livro “Experiência do Paciente – Como criar, implementar e gerir bem um Programa de Excelência em Experiência de Pacientes”, escrito por Kelly Rodrigues, fundadora da Patient Centricity Consulting.

O prazo para a coleta de respostas vai até 15 de setembro e o lançamento do material completo será em dezembro. 

Protagonize uma das principais pesquisas de saúde no Brasil! Responda o questionário e compartilhe o link com seus colegas clicando aqui ou acesse:  https://bit.ly/3WNqBCS

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Mater Dei inaugura hospital com investimentos de R$ 200 milhões

Rede Mater Dei de Saúde inaugura amanhã (23) uma nova unidade em Minas Gerais: o Hospital Mater Dei Nova Lima, no município de mesmo nome. O hospital recebeu investimentos da ordem de R$ 200 milhões e tem capacidade de atender em mais de 40 especialidades médicas. Com 117 leitos no total, o hospital terá atendimento geral e resolutivo.

Um dos diferenciais da unidade é o Núcleo Especializado em Medicina Esportiva e Medicina Preventiva, com equipe de ortopedia 24 horas. “Todos os serviços ofertados nas unidades Mater Dei de Belo Horizonte – Santo Agostinho e Contorno -, incluindo unidades de terapia intensiva (UTI) adulta e pediátrica 24h, e serviços obstétrico e de maternidade especiais, estarão disponíveis em Nova Lima. Além disso, a nova unidade terá o atendimento de médicos renomados e uma equipe hospitalar qualificada, para cuidar dos pacientes e seus familiares com o mesmo jeito especial de oferecer cuidados médicos que a rede carrega há 44 anos e que os usuários Mater Dei já conhecem. Estamos orgulhosos em inaugurar esta nova unidade para os mineiros”, enfatiza a médica Flávia Mendes Lima Freire, gestora da nova unidade hospitalar.

No centro médico, o serviço de medicina diagnóstica contará com ressonância magnética, tomografia computadorizada, endoscopia, colonoscopia, ultrassonografia e exames cardiovasculares. Com ênfase na saúde da mulher, a unidade oferecerá ultrassom ginecológico e densitometria óssea.

Estrutura

A unidade de saúde foi construída seguindo normas e um alto padrão de arquitetura hospitalar para oferecer aos usuários uma experiência de conforto, segurança e atendimento de alta qualidade com processos hospitalares verificados e certificados internacionalmente. A edificação ocupa uma área total de 21 mil metros quadrados e foi construída com a técnica de retrofit, para requalificação da estrutura já existente, com o uso de metal, concreto e fibra de carbono. A unidade é considerada premium, por utilizar modernas técnicas de arquitetura, com acabamentos especiais para o ambiente hospitalar.

“Buscamos adotar processos construtivos modernos, priorizando acabamentos arquitetura e disposição interna dos espaços para que o paciente se sinta em um ambiente acolhedor, com privacidade. Teremos leitos completamente diferenciados, com áreas separadas para acompanhantes, garantindo maior privacidade ao paciente. Além disso, alguns quartos terão varanda, pois sabemos que a interação com o ambiente externo e plantas traz maior conforto e ajuda na recuperação”, comenta José Henrique Dias Salvador, CEO da Rede Mater Dei de Saúde.

A nova unidade conta com cerca de mil colaboradores – entre enfermeiros, nutricionistas, técnicos e pessoal administrativo, além de médicos e fisioterapeutas. Esses profissionais, grande parte de Nova Lima, atuarão em conjunto com os cerca de 3 mil médicos que integram o hub Mater Dei BH.

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Ministério da Saúde passa a utilizar o sistema de indicadores hospitalares da ANAHP

A ministra Nísia Trindade assinou o termo de cooperação com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a partir do qual os hospitais públicos federais poderão monitorar e comparar seus resultados com os dos hospitais privados utilizando a plataforma criada pela entidade há 21 anos.

Desde sua fundação, a Anahp defende que é impossível prestar serviços de qualidade dentro dos hospitais se eles não acompanham e não medem os resultados do que fazem. Por isso, desenvolveu o Sistema de Indicadores Hospitalares, que hoje conta com 265 indicadores distribuídos nas áreas: assistenciais, gestão de pessoas, econômico-financeira, sustentabilidade, TI e engenharia clínica. Atualmente, 184 hospitais estão no sistema, sendo 36 da rede pública.

O uso de indicadores e desse sistema tem trazido benefícios significativos aos hospitais. Além de cada instituição ter acesso a relatórios individuais para avaliação de seus próprios resultados, também é possível fazer comparações com hospitais com características estruturais similares e que também utilizam a plataforma.

O desejo da Associação sempre foi que esses benefícios ultrapassassem o setor privado, beneficiando ao sistema de saúde brasileiro como um todo. Por isso, foi oferecido gratuitamente ao Ministério da Saúde que os hospitais públicos também passem a utilizar o Sistema de Indicadores Hospitalares Anahp.

Com o termo de cooperação assinado, um maior número de hospitais públicos poderá incluir seus dados no sistema, comparar indicadores e resultados e, acima de tudo, traçar uma rota de crescimento e aprimoramento do atendimento prestado ao paciente, prezando pela qualidade. “Este acordo se traduzirá em iniciativas importantes para os setores público e privado, pois há vários desafios comuns entre eles”, afirmou a ministra. Ela relatou a iniciativa da Anahp em procurar o Ministério e gratuitamente ceder o uso da plataforma com o objetivo de colaborar na melhoria da qualidade dos hospitais públicos.

“Não é do interesse da Anahp que somente hospitais privados tenham meios para alcançar a excelência nos serviços prestados à população, porque entendemos que o sistema de saúde é um só e todos ganham quando há aprimoramento do cuidado. Esse convênio com o Ministério da Saúde é um grande passo para continuarmos a contribuir com o setor público, com o SUS, e ajudarmos a melhorar cada vez mais a qualidade da assistência prestada aos brasileiros”, reforça Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Associação.

Além do uso da plataforma, a parceria também inclui outras iniciativas que visam a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro, por meio de ações conjuntas que permitirão lançar luz à importância do complexo econômico industrial da saúde; promover o compartilhamento de experiências sobre a judicialização no setor; além de divulgar e viabilizar a discussão de possíveis parcerias público-privadas para estratégias nacionais do Ministério da Saúde, buscando a ampliação e qualificação do cuidado prestado ao paciente, como por exemplo, o Programa Mais Acesso a Especialistas – PMAE.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 23 Agosto 2024 09:00

CLIPPING AHPACEG 23/08/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ministra da Saúde anuncia primeiras informações sobre regulamentação da lei que reajusta anualmente a Tabela SUS

Médicas da Clínica São Marcelo publicam artigo “Mídias sociais para radiologistas: oportunidades e desafios” na revista norte-americana Abdominal Radiology

Mpox pode causar cegueira. Saiba como a doença afeta os olhos

Graduação Médica em risco: proliferam cursos irregulares

Usuários dizem que planos continuam com rescisões mesmo após acordo

95% das novas vagas do Mais Médicos são ocupadas por formados no Brasil

Criança morre após tomar medicação em ambulatório de Guapó

PORTAL G7

Ministra da Saúde anuncia primeiras informações sobre regulamentação da lei que reajusta anualmente a Tabela SUS


A plateia de quase mil participantes do 32º Congresso Nacional das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos, em Brasília, ouviu atentamente da ministra da Saúde, Nísia Trindade, as primeiras informações acerca da regulamentação da lei nº 14.820/2024, que determina a revisão, no mês de dezembro de cada ano, dos valores de remuneração dos serviços que os hospitais prestam em favor do SUS (Sistema Único de Saúde). Nísia participou da cerimônia de encerramento do evento, que também teve a presença do secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, que palestrou no painel "Ações e Caminhos para a Transformação do SUS".

"Visando ampliar a co-participação da gestão e do custeio da atenção especializada, o Ministério da Saúde propôs a criação de uma estratégia de incremento da remuneração dos serviços e dos salários prestados pelas entidades filantrópicas e sem fins lucrativos, em sinergia com o programa Mais Acesso aos Especialistas. Para a implementação da Lei nº 14.820, definimos e apresentamos aqui esta estratégia, que totalizará R$ 1 bilhão, com dois componentes", iniciou. "O primeiro componente é a aplicação do percentual de 3,5% sobre o valor anual da gestão e do custeio da atenção especializada dos estabelecimentos filantrópicos e sem fins lucrativos, aprovada pelos gestores estaduais e municipais, e registrada nos sistemas de informação ambulatoriais e hospitalares. Esse componente perfaz o montante de R$ 593,4 milhões, a ser distribuído entre esses estabelecimentos, de forma proporcional ao percentual atual do custeio da atividade", explicou.

Segundo a ministra, o segundo componente é o reajuste dos valores e dos procedimentos da Tabela SUS, das especialidades de cirurgia vascular, oncológica, ortopédica, consideradas estratégicas para o programa Mais Acesso aos Especialistas. "Esse reajuste proporcionará um aumento médio de mais de 320% a esses três procedimentos, incluindo correção de valores da OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais), utilizados de até 500%. Esse componente totaliza, assim, um montante de R$ 46,9milhões", falou. "Dessa forma, então, totalizaremos R$ 1 bilhão nesses dois componentes, buscando atender o conjunto do setor e, ao mesmo tempo, reforçar uma política tão importante para o sistema de saúde, para a saúde das brasileiras e dos brasileiros", completou.

A ministra da Saúde finalizou, colocando a pasta à disposição das federações das entidades filantrópicas. "O SUS fortalecido significa o setor de Santas Casas e hospitais filantrópicos fortalecidos em benefício do SUS e em benefício do nosso país", concluiu.

Em três dias, 1.400 pessoas participaram da programação do Congresso, cuja abertura, no dia 13, foi marcada pela presença de autoridades, como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, além dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente, e da ministra da Saúde, Nísia Trindade, em jantar de confraternização.

"Trazer ao nosso evento as maiores autoridades de cada poder constituído em nosso país é inédito, é de importância imensurável. Poucos eventos de todas os setores produtivos dificilmente conquistam esse feito e isso é reflexo da valorização do trabalho de cada federação de Santas Casas, de cada gestor hospitalar, de cada equipamento de saúde e sua importância para a vida dos brasileiros", salientou o presidente da CMB, Mirocles Véras.

Projeto de lei

No início da noite de quarta-feira (14), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei complementar 57/22, de autoria do deputado Antonio Brito, que cria conta-corrente específica para repasses federais e de emendas parlamentares direcionados a prestadores privados de serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, a matéria será enviada ao Senado.

O ato foi resultado da mobilização da CMB e do setor filantrópico no dia 13 de agosto, na Câmara dos Deputados, que levou o pedido de aprovação da matéria.

"Mais uma vitória das Santas Casas e hospitais filantrópicos, evidenciando a força das nossas instituições, que configuram a maior rede hospitalar do país", ressaltou o presidente da CMB, após a votação.

A proposta altera a lei sobre aplicações mínimas em saúde pública (Lei Complementar 141/12). Com a mudança, prestadores privados desses serviços, inclusive, sem fins lucrativos, como as Santas Casas, poderão receber diretamente os recursos de transferências regulares, automáticas e obrigatórias ("emendas Pix") sem a necessidade de passarem antes pela prefeitura ou governo estadual da localidade.

A ação deve melhorar a transparência e eficiência, já que a conta específica acelera e facilita a execução dos recursos.

O relator na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), deputado Luiz Gastão, ressaltou a magnitude da atuação dos hospitais filantrópicos. "São quase 3 mil estabelecimentos de saúde filantrópicos que prestam serviço ao SUS, sendo responsáveis por quase 42% das internações de média e alta complexidade. Em 911 municípios, a assistência hospitalar é realizada unicamente por essas unidades", falou.

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CONGRESSO NEWS

Médicas da Clínica São Marcelo publicam artigo “Mídias sociais para radiologistas: oportunidades e desafios” na revista norte-americana Abdominal Radiology

As três médicas, duas delas goianas, são coautoras do artigo publicado na edição de agosto

A importância do uso das redes sociais para a informação de médicos e pacientes é inegável. Hoje, muitos profissionais e leigos recorrem a sites de busca, Instagram, Facebook, LinkedIn e outras redes para atualizar conhecimentos, obter informações e interagir com colegas ou outros pacientes.

Mas, quando se trata de cuidados com a saúde, essa interação não é isenta de desafios e apresenta algumas armadilhas. O tema foi abordado no artigo científico “Mídias sociais para radiologistas: oportunidades e desafios”, que tem a coautoria das médicas goianas Marcela Caetano Vilela Lauar e Gabriela Caetano Vilela Lauar, e foi publicado na edição de agosto da revista norte-americana “Abdominal Radiology”.

Assinado também pelas médicas Cinthia Callegari Barbisan, Aline Campos Oliveira Mello, Carla Cristina Teixeira Polimeni Benetti, Kamila Seidel Albuquerque e Luciana Pardini Chamié, o artigo ressalta que radiologistas podem usar as redes sociais para aprender, educar outras pessoas, formar novos relacionamentos com colegas, ajudar na pesquisa e divulgar seu trabalho acadêmico para o avanço profissional. Mas, devem ficar atentos à responsabilidade de garantir que as postagens sejam éticas e respeitem os princípios científicos.

Marcela Caetano Vilela Lauar, Gabriela Caetano Vilela Lauar e Cinthia Callegari Barbisan integram o corpo clínico da Clínica São Marcelo.

As autoras enfocaram várias questões críticas que comprometem a confiabilidade e a eficácia das mídias sociais como recurso profissional de saúde, especialmente na área de radiologia, e discutiram possíveis soluções e dicas para facilitar o uso desta valiosa ferramenta de maneira confiável e a favor dos médicos.

O artigo completo está disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00261-024-04528-w

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METRÓPOLES

Mpox pode causar cegueira. Saiba como a doença afeta os olhos

Bruno Bucis

Sintomas da doença nos olhos costumam ser mais duradouros do que os da pele, alertam oftalmologistas
Além das lesões que a mpox causa na pele, a doença também pode atingir as mucosas, gerando complicações graves e dolorosas. Entre elas, existe a possibilidade de a doença atingir os olhos, levando à perda da visão.

A evolução sem controle da doença produz danos na superfície conjuntiva. Os olhos costumam ser afetados pela progressão quando a doença se espalha na pele do rosto ou quando os pacientes coçam as feridas e, em seguida, colocam as mãos nos olhos.

Caso o vírus da mpox alcance os olhos, as partes mais afetadas são as pálpebras e a superfície ocular. Uma vez que ocorre a contaminação, o vírus encontra um ambiente propício para se proliferar e se manter ativo, segundo alertam os oftalmologistas.

"Na pele, o desfecho mais comum da mpox é que as lesões apareçam e, em um prazo de duas a quatro semanas, elas sejam controladas. Nos olhos, os estudos realizados durante a primeira onda da doença, em 2022, indicaram que os vírus podem ficar ativos por mais de quatro meses, causando não só as lesões, mas mantendo também a transmissibilidade", aponta a oftalmologista Luciana Peixoto Finamor, da Clínica de Olhos Moacir Cunha, do Grupo Fleury, em São Paulo.

Ela é autora líder de um estudo publicado em junho no International Journal of Infectious Diseases sobre as consequências oculares da mpox. A pesquisa se dedicou a estudar os casos de cinco pacientes paulistanos que tiveram mpox no surto de 2022.

Os cinco tiveram ceratite, uma inflamação aguda da córnea por pelo menos dois meses. Em três casos, as lesões afetaram a parte interna dos olhos. Os sintomas só foram controlados com o uso do anti-viral tecovirimat, que foi usado de forma experimental durante o surto.

Como a mpox afeta os olhos?

De acordo com as informações produzidas no primeiro surto, um a cada dez infectados tem sintomas oculares. A infecção nos olhos surge apenas em pacientes com quadro especialmente agudo. Os sinais aparecem quando a doença já aparenta estar mais controlada no corpo, com as lesões da pele mais cicatrizadas.

Os pacientes afetados ficam com os olhos irritados, têm febre, dor ocular e sensibilidade à luz. Alguns podem ter apenas uma irritação inespecífica, como uma conjuntivite viral. No entanto, caso a córnea seja atingida, quando a ferida se torna mais profunda, há uma sensação de ardência e de aspereza constantes, como se houvesse areia na região.

Assim como nas lesões da pele, o olho afetado costuma se recuperar sozinho. No entanto, a cicatrização do tecido ocular aumenta a espessura do revestimento dos olhos, o que leva a um maior risco de comprometimento da visão.

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MEDICINA S/A

Graduação Médica em risco: proliferam cursos irregulares

Por Florentino Cardoso

A regulação para abertura de cursos de medicina ganhou um capítulo vergonhoso e irresponsável no Brasil. Recentemente, foi anunciada abertura de novos cursos de medicina irregulares em oito estados, além do Distrito Federal. Pretendem se estabelecer em grandes capitais brasileiras, como Fortaleza, Salvador e Manaus, e em outras cidades como Rio de Janeiro, Belford Roxo e Maricá, no Estado do Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais. Vai piorar. Cursos foram abertos fora da política educacional consagrada no país e sem respeito às devidas portarias do Ministério da Educação (MEC) e à recente decisão do STF, comprometendo significativamente a qualidade da formação Médica no Brasil, colocando em risco a saúde da população e aumentando custos na saúde. O sistema de saúde não vai aguentar e virá o colapso. A quem interessa isso?

Regulamentar cursos de medicina como estabelecido no Programa Mais Médicos e exigir portarias para seu pleno funcionamento são absolutamente essenciais para garantir a mínima qualidade na formação Médica. Essas medidas protegem a segurança dos pacientes, mantém uniformidade na formação, promovem supervisão e avaliação contínuas, incentivam a responsabilidade social das instituições de ensino e garantem desenvolvimento socioeconômico dos municípios.

Sem supervisão do MEC e sem cumprir as portarias, não há formação de qualidade e, com esses cursos irregulares à solta, a população ficará exposta à saúde de péssima qualidade. É fundamental que esses cursos "aventureiros" de medicina sejam regulamentados pelos órgãos competentes para contribuir com a qualidade na saúde do Brasil. Regulação dos cursos de medicina assegura que as instituições de ensino atendam a padrões mínimos de qualidade em termos de infraestrutura, corpo docente, currículo, recursos educacionais e disponibilidade de campos de prática para adequada formação médica. O MEC tem diretrizes específicas para criação e funcionamento de cursos de medicina, garantindo que todas as instituições sigam normas rigorosas. Por que não são cumpridas por todos?

Criar cursos ao bel prazer da irresponsabilidade, sem portaria, extrapolando vagas sem observância de disponibilidade de leitos públicos, movidos por interesses estritamente comerciais, não combina com boa formação médica. Sem portaria e supervisão contínua do MEC, alunos ficam com falhas em conhecimentos, habilidades e atitudes, que é vital para uniformizar competências entre os Médicos, fundamental para qualidade e segurança no atendimento médico do Brasil.

O MEC avalia periodicamente instituições de ensino, promovendo melhorias dos programas educacionais. Esta supervisão contínua assegura que os cursos se adaptem à inovação, necessidades e demandas da sociedade, promovendo educação médica dentro dos melhores padrões para bem atender às demandas de saúde da população. Normas não cumpridas, possibilita que esses cursos fiquem sem supervisão contínua, sem avaliação e à margem de avanços científicos e tecnológicos.

Cursos de medicina irregulares podem subverter aspectos importantes da responsabilidade social em seus currículos, como saúde pública, medicina preventiva e atenção primária. Deturpa sobremaneira a formação de médicos comprometidos com melhorias na saúde das pessoas, promovendo visão mais ampla, atual e humanista da medicina.

A credibilidade internacional da formação médica do Brasil é outro benefício significativo da regulamentação ao qual esses cursos esdrúxulos não contemplam. Cursos bem regulamentados são mais facilmente aceitos por organismos internacionais, facilitando o intercâmbio de profissionais e reconhecimento de diplomas em outros países. Há tendência de que Médicos formados em escolas não acreditadas no Brasil, não consigam candidatar-se para residência Médica ou trabalhar em alguns países do primeiro mundo.

Além de prejuízos à sociedade e à saúde, esses cursos irregulares ainda fazem outras vítimas: seus alunos. Movidos pelo sonho de tornarem-se médicos, estudantes e pais são ludibriados e prejudicados. Investem vultosos recursos e tempo, sem qualquer garantia de que os alunos receberão ensino de qualidade e muito menos se poderão de fato exercer a profissão. Corre a passos largos a possibilidade de aprovação do "Exame de Ordem" para todos os egressos de Faculdades de Medicina no Brasil, em que somente os aprovados terão registro nos Conselhos Regionais de Medicina, para poderem exercer a profissão.

É atroz e danoso o oportunismo de instituições que disseminam indiscriminadamente cursos irregulares de medicina pelo país, comprometendo a formação de qualidade e retrocedendo no que temos conquistado em termos de saúde. Devemos formar Médicos em número necessário e sempre com qualidade. A justiça deve agir com extremo rigor e ser criteriosa no sentido de exigir cumprimento das leis e normas vigentes, evitando proliferação de propostas descabidas, para mantermos bom padrão de qualidade na educação médica.

Saúde é nosso bem maior. Lutemos por ela.

*Florentino Cardoso é Cirurgião Oncológico (RQE 5934-CE) e Conselheiro Titular do Conselho Federal de Medicina. Graduou-se pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Fez Residência Médica em Cirurgia Geral (Hospital de Ipanema-RJ) e Cirurgia Oncológica (INCA-RJ). É mestre em Cirurgia pela UFC, possui formação em Economia da Saúde e Capacitação Gerencial de Dirigentes Hospitalares. Foi superintendente dos hospitais universitários da UFC (2010-2014) e diretor geral do Hospital Geral de Fortaleza (2003-2006). Presidente da Associação Médica Brasileira por dois mandatos (2011-2017) e da Confederação Médica Ibero-Latino-Americana e do Caribe (2018).

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O ESTADO ONLINE

Usuários dizem que planos continuam com rescisões mesmo após acordo


Depois de quase três meses do acordo entre a Câmara dos Deputados e planos de saúde para interromper cancelamentos unilaterais de pessoas vulneráveis, a prática continua e tem se somado a uma outra: o descredenciamento de serviços sem alternativas compatíveis. O relato é de representantes de usuários que participaram, na quarta-feira (21), de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado, solicitada pelo senador Flávio Arns (PSB/PR).

Durante o encontro virtual, mães de crianças autistas relataram que os cancelamentos unilaterais sem motivos continuam a despeito do acordo entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), e as operadoras. É o caso do filho da médica Juliana Elvira Herdy. O adolescente tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), com nível de suporte 2, o que significa que apresenta mais desafios na comunicação e interação social.

A mãe contou que os episódios de agressividade que o filho apresentava estavam controlados com o tratamento que fazia, mas que, com o cancelamento do plano, várias terapias foram interrompidas e ele voltou a manifestar crise grave. O autista não pode ter as terapias interrompidas. Juliana afirmou que as pessoas com TEA estão hoje reféns da quase impossibilidade de portabilidade, por falta de oferta de planos equiparados e de outras burocracias envolvidas no processo.

Letícia Fantinatti de Mello, fundadora da Associação Vítimas da Mil, disse que, além dos cancelamentos, muitos usuários têm enfrentado situação ainda pior, que são os descredenciamentos de serviços em massa, sem que o plano ofereça alternativas compatíveis ao que era antes ofertado. "Descredenciam os locais e as pessoas continuam com os mesmos problemas para seguir com o tratamento. Então, eu diria que dá no mesmo [cancelar o contrato ou descredenciar serviços]", disse.

Ela relatou o caso de uma beneficiária de 76 anos, de Barueri (SP), que paga R$ 5 mil de mensalidade e que, ao precisar de pronto-socorro, descobriu que o plano, da Amil, tinha descredenciado o serviço. A unidade mais perto fica em Osasco (a 15 km de distância) ou na Liberdade, em São Paulo. Pelas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em casos de descredenciamento, o plano precisa oferecer alternativa em um raio de 8 km.

Em nota, a Amil esclarece não ser possível identificar o caso mencionado na audiência pública, porque não se tem nome ou outros dados da pessoa citada. Informa também que moradores da região de Barueri têm à disposição hospitais como Nove de Julho e Yes, entre outros, de acordo com o produto contratado.

A operadora reforça que cumpre todas as normas da ANS no que se refere à comunicação, garantia de cobertura, prazos de atendimento, distribuição geográfica e padrão de qualidade.

Na audiência pública no Senado, Vitor Hugo do Amaral Ferreira, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, disse que o órgão notificou mais de 20 planos de saúde por abusos, mas o cenário tem se agravado. Ele afirmou também que foi solicitada ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, audiência pública para amplo debate sobre o tema. A data ainda não está definida.

Fabiane Alexandre Simão, presidente da Associação Nenhum Direito a Menos e que também é mãe de filho com autismo, criticou Lira por não abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar abusos praticados pelos planos. "É um absurdo ter um representante do povo, eleito pelo povo, sentando em cima de uma CPI que seguiu todos os ritos burocráticos, isso para mim é um atentado à democracia de direito."

A CPI foi apresentada em junho, com 310 assinaturas de deputados. A ANS também foi muito criticada durante a audiência no Senado.

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AGÊNCIA BRASIL

95% das novas vagas do Mais Médicos são ocupadas por formados no Brasil

Centro-Oeste receberá 174 profissionais 

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (22/8) que 95% das 3.177 novas vagas do programa Mais Médicos foram preenchidas por profissionais formados no Brasil. As vagas restantes, segundo a pasta, foram ocupadas por brasileiros formados no exterior.

Do total de 33.014 inscrições registradas no último ciclo do programa, 3.079 (9,3%) eram de cotistas. Nesse grupo, 382 candidatos (12,4%) se inscreveram para vagas destinadas a pessoas com deficiência e 2.741 (88%) optaram pelas cotas étnico-raciais.

Já a distribuição por sexo, de acordo com dados divulgados pelo ministério, foi a seguinte: 18.782 de inscrições femininas (56,9%), 14.196 de inscrições masculinas (43%) e 36 candidatos que não especificaram o sexo (0,1%).

Em relação à descrição dos inscritos, o perfil 1, que inclui médicos com registro no Brasil, foi o mais prevalente, com 15.699 inscrições (47,5%). O perfil 2, que abrange brasileiros formados no exterior, somou 13.467 inscrições (40,8%), enquanto o perfil 3, destinado a estrangeiros formados no exterior, contou com 3.848 inscrições (11,7%).

Resultados

Do total de vagas ofertadas no 38º ciclo, apenas uma, em São Jerônimo (RS), não foi ocupada. Entre os profissionais alocados, 3.005 (95%) pertencem ao perfil 1 e 171 (5%), ao perfil 2. “Esse resultado reflete uma mudança significativa em comparação ao 28º ciclo, quando o perfil 1 representou 84,7% das alocações e o perfil 2, 15,3%”, avaliou o ministério.

Sobre a autodeclaração de raça e cor, 53,9% dos selecionados se identificaram como brancos, 42,2% como negros (32,9% pardos e 9,3% pretos), 3,4% como amarelos e 0,5% como indígenas. Além disso, 425 profissionais (13,3%) utilizaram o sistema de cotas étnico-raciais, sendo 416 negros, seis indígenas e três quilombolas.

Entre os médicos alocados no ciclo, 129 (4%) são pessoas com deficiência.

A pasta destacou que, pela primeira vez no programa, o quesito orientação sexual foi analisado. A maioria dos profissionais alocados (85,3%) se identifica como heterossexual, enquanto 5% se declaram homossexuais; 1,7%, bissexuais; 0,2% indicaram outra orientação; 0,1% se identificam como assexuais; e 7,7% preferiram não informar.

De acordo com o ministério, os profissionais do 38º ciclo serão distribuídos nas regiões da seguinte forma:

- Nordeste: 1.104 (34,7%);

- Sudeste: 853 (26,9%);

- Sul: 664 (21%);

- Norte: 381 (12%);

- Centro-Oeste: 174 (5,4%);

Entre os estados que vão receber o maior número de profissionais estão São Paulo (457), Rio Grande do Sul (275) e Bahia (246).

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TV ANHANGUERA

Criança morre após tomar medicação em ambulatório de Guapó

https://globoplay.globo.com/v/12844484/

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Assessoria de Comunicação

doctor nurse discussing digital tablet

 

Tendo como tema “Liderança e Comunicação Eficaz na Implementação da Estratégia na Saúde”, a segunda edição do Workshop Planisa acontecerá no dia 18 de setembro, das 9 às 17h30, no Oitis Hotel, em Goiânia.

Dentre os palestrantes, estão Jacqueline Lopes Rodovalho, do associado Hospital do Coração de Goiás, e Mayra Melo, do associado Hospital Santa Helena. Elas participarão da mesa-redonda “Direcionamento estratégico para o setor saúde”.

Para se inscrever, acesse: https://www.sympla.com.br/evento/workshop-planisa-2-edicao-goiania/2547002?referrer=www.google.com

O Conahp (Congresso Nacional de Hospitais Privados) 2024 será realizado em São Paulo (SP) nos dias 16 e 17 de outubro, e a Ahpaceg tem uma grande notícia para os associados: a gratuidade nas inscrições, que, neste ano, são no valor de R$ 900,00.

Isso mesmo! A Ahpaceg conseguiu, junto à Anahp, duas cortesias para cada associado interessado em participar deste evento já consagrado como um marco na saúde no Brasil.

As cortesias são exclusivas para diretores técnicos, representantes legais ou gestores em cargos estratégicos, pois o objetivo é que possam compartilhar os conhecimentos com suas equipes.

Confirme a sua participação até 28 de agosto (próxima quarta-feira) na Ahpaceg, garanta a sua vaga e descubra para onde os grandes líderes da saúde estão olhando.

Para conferir a programação, acesse https://conahp.org.br/2024/

Quinta, 22 Agosto 2024 08:08

CLIPPING AHPACEG 22/08/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Mulheres médicas ganham 12,9% a menos, por hora semanal, do que os homens

Aparecida de Goiânia lidera casos de Mpox em Goiás

Diarreia aguda em Goiás: escolas registram surto da doença

Como a inteligência artificial está revolucionando a Saúde

MEDICINA S/A

Mulheres médicas ganham 12,9% a menos, por hora semanal, do que os homens

O Research Center, núcleo de pesquisa da Afya, apresenta a terceira edição da pesquisa “Panorama Financeiro do Médico em 2023”. O estudo feito com 2.624 profissionais de saúde apontou que o médico recebe em média R$ 26.138, e a médica R$ 19.865, uma diferença de 24%. Dividindo esses valores pela quantidade de horas semanais trabalhadas, sendo de 54,7 horas por semana para o homem e 47,8 horas para a mulher, chega-se ao valor da hora semanal remunerada do médico igual a R$ 477 e da médica, R$ 416, uma diferença de 12,9% a menos.

O impacto das funções familiares na carreira profissional da médica feminina é evidenciado também, pois a pesquisa aponta que, nas formações familiares sem filhos, o tempo de dedicação ao trabalho remunerado aumenta para 50,6 horas por semana. Há ainda uma maior insatisfação entre as mulheres com seus salários, com 73,5% das respondentes que não consideram justo o que ganham, contra 70,2% dos homens. O grau de formação profissional por gênero no estudo mostrou-se similar em todos os níveis, desde generalistas, até residentes, pós-graduandos em andamento e especialistas.

“Os resultados evidenciam uma desigualdade salarial entre homens e mulheres também na medicina. Realizamos essa divisão por gênero em nossa pesquisa para mostrar a importância de nos atentarmos para esse problema no Brasil e buscarmos soluções”, afirma Eduardo Moura, médico e diretor de pesquisa do Research Center.

A renda de acordo com a especialidade

A pesquisa também trouxe dados de especialistas e generalistas, mostrando que quanto mais especializado o profissional, maior a sua renda. A média salarial do especialista com duas ou mais especializações é de R$ 28.954, enquanto do generalista que ainda não se especializou é de R$18.906. As especialidades cirúrgicas, medicina intensiva e cardiologia são as mais rentáveis, com média de salário de R$ 32.709, para 55,5 horas trabalhadas; R$ 32.163, para 67,9 horas trabalhadas; e R$ 29.970, para 52,1 horas trabalhadas, respectivamente.

Com relação ao ambiente de trabalho, 33,7% dos médicos respondentes afirmaram trabalhar em emergências ou unidades de pronto atendimento públicas; 27,1% em consultórios particulares; 26,7% em clínicas da família ou unidades de atenção básica; e 21,4% ambulatórios em clínica ou policlínicas públicas; e 20,5%, em particulares. A maioria (64,1%) trabalha em plantões médicos, representando um aumento significativo em comparação com 2022, quando a porcentagem de médicos plantonistas era de 58,7%.

Comportamento financeiro

A renda líquida mensal média dos profissionais foi de R$ 22.933, 18,6% superior ao ano anterior, onde a renda média era em torno de R$ 19.340, e a média de seus gastos com as despesas mensais é de R$ 17.336. Em relação às dívidas, 34% afirmaram não possuir dívidas ou financiamentos no momento, e 45,8% dos que afirmaram possuir, mas estão dentro do planejado. No entanto, 20,3% assumiram ter dificuldades para arcar com suas dívidas/financiamentos atuais ou mesmo não sabem como conseguirão pagá-los.

Ao mesmo tempo em que 34,6% dos médicos expressaram não terem poupado nada de sua renda líquida no ano passado. Essa é uma realidade que vem crescendo, em 2021, 25,5% dos médicos pesquisados já haviam afirmado que não conseguiram, e em 2022 esse número passou para 29,5%. Embora se considerem aptos a se organizarem financeiramente, 73,2% dos médicos não conseguem se manter financeiramente, por meio de suas reservas, por mais de seis meses em caso de emergência que os impossibilitam de trabalhar; e 19,8% não conseguem se manter por nenhum mês.

Ao serem questionados sobre o peso que a qualidade de vida tem sobre os ganhos financeiros, ficam divididos entre priorizar sua qualidade de vida, 53,4%, e seus ganhos financeiros, 46,6%. Porém, do ponto de vista de gênero, há uma definição clara de que a mulher médica prioriza a qualidade de vida, 59,9%.

Metodologia:

O estudo de abrangência nacional foi realizado entre 06/02/2024 e 07/04/2024, com 2.624 participantes, sendo 33,3% generalista que ainda não se especializou; 5,8% generalista residente; 12,5% generalista pós-graduando; 18,5% com uma especialização; 8% com outra especialização em andamento; e 21,9% com duas ou mais especializações. Para uma população estimada de 546.171 médicos no Brasil, a amostra apresenta nível de confiança de 95% com margem de erro de 1,91 p.p. Com método quantitativo a partir de pesquisa transversal, foi utilizado como instrumento de coleta questionário online estruturado.

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MAIS GOIÁS

Aparecida de Goiânia lidera casos de Mpox em Goiás

Município registrou cinco casos contra quatro em Goiânia

Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás confirmou, na última sexta-feira (16), que o Estado já teve 12 casos de monkeypox (Mpox) em 2024. Aparecida lidera com cinco confirmações, contra quatro, em Goiânia, conforme repassado ao Mais Goiás, nesta quarta-feira (21).

Ainda segundo a pasta, os seguintes municípios tiveram um caso confirmado cada: Goianápolis, Anápolis e Águas Lindas de Goiás.

O Mais Goiás procurou as duas prefeituras com maior número de casos para saber quais são as medidas tomadas. A secretaria de Saúde da capital informou que os casos “foram do início do ano e Goiânia ainda não identificou a nova cepa. Portanto, após o alerta da OPAS, não houve casos positivos”.

Em relação as medidas adotadas, a pasta enumerou:

Todas as unidades de saúde estão preparadas para o atendimento dos casos e é feito o monitoramento e acompanhamento de todos os pacientes notificamos ( suspeitos ou confirmados);

Aalém disso, há unidades referências para a realização da coleta de exame em todos os distritos (12 unidades de urgência e emergência);

Realizado orientações referente a medidas de prevenção e controle para os notificados.

Aparecida, por meio da pasta de Saúde, disse que existem, atualmente, dois casos suspeitos de monkeypox em investigação no município, sem nenhum caso confirmado/ativo neste momento. Ressalta que a notificação de casos da doença é obrigatória e que a SMS mantém vigilância constante sobre a circulação do vírus na cidade. “Neste ano, até o momento, foram notificados 23 casos, dos quais 16 foram descartados, 5 confirmados e curados e 2 estão em investigação.”

Mpox em Goiás

A SES-GO também informou que tiveram, até o momento, 84 notificações, mas nenhum óbito – as localidades não foram reveladas. A pasta destaca que, apesar dos casos, não há um surto da doença em Goiás, com os casos sendo esporádicos e sem conexão entre si. Em 2023, foram 101 casos confirmados de um total de 348 notificações, também sem mortes.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, explica que a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) para a doença devido à identificação, na África, de uma nova variante, uma mutação do vírus original da mpox, que tem se apresentado mais letal e transmissível. Os casos verificados no estado não têm relação com essa nova variante.

Amorim garante que Goiás possui capacidade para realizar exames e fazer a identificação precoce dos casos. No estado, a unidade de referência para a realização de exames de monkeypox é o Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). “Precisamos estar vigilantes com os casos que aparecerem, apresentando sinais e sintomas da doença”, diz.

Sintomas e tratamento

Anteriormente conhecida como varíola dos macacos, a Mpox é causada pelo vírus monkeypox. A doença é caracterizada por sintomas como:

cansaço 

febre

calafrios 

dor de cabeça 

dor no corpo

além de bolhas ou feridas na pele. 

Embora não exista um tratamento específico para a infecção, o foco do atendimento médico é no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações.

A transmissão da mpox ocorre principalmente através do contato direto com feridas ou bolhas na pele de pessoas infectadas, ou por meio de gotículas respiratórias. O vírus também pode ser transmitido pelo compartilhamento de objetos usados por indivíduos contaminados. Embora não haja confirmação científica de que o vírus seja transmitido sexualmente através de sêmen ou fluidos vaginais, o contato direto com lesões durante a atividade sexual pode resultar em contágio.

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PORTAL G1/GOIÁS

Diarreia aguda em Goiás: escolas registram surto da doença


Secretaria confirmou mais de 60 casos em escolas da capital. Superintendente em Vigilância de Saúde reforça colaboração dos pais e responsáveis.

Três escolas registram surto de diarreia aguda, em Goiânia, informou a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) Segundo a pasta, até o momento, 64 casos da doença foram confirmados nas unidades escolares

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Ao g1, Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que os surtos não são na rede municipal O g1 pediu nota à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem

Ao g1, a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da SES-GO, Grécia Pessoni, explicou que as amostras são analisadas e que, até o momento, não foi possível identificar a causa da doença

Pessoni destacou ainda que os surtos em Goiânia são em uma escola privada de ensino infantil, pública de ensino infantil e uma pública para jovens e adolescentes "Elas não têm relação uma com a outra e são monitoradas", disse

Em entrevista à TV Anhanguera, a coordenadora do Programa de Saúde na Escola da SME, Marislei Brasileiro, afirmou que as escolas são orientadas a notificar os casos e, no início do ano, receberam cartilhas de ações de prevenção

"Há um mapeamento e as unidades são orientadas a notificar quando houver mais de três casos É importante que as ações de prevenção sejam executadas pelos professores, administrativos, gestores e alunos", afirmou Brasileiro

Além da coordenadora, a superintendente em Vigilância de Saúde, Flúvia Amorim, destacou a importância da colaboração dos pais e responsáveis "Criança doente não deve ir para creche ou escola, procure um médico", disse

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SAÚDE BUSINESS

Como a inteligência artificial está revolucionando a Saúde

A era da inteligência artificial está redesenhando o futuro da saúde, prometendo avanços transformadores enquanto enfrenta desafios regulatórios e éticos. Descubra como essa tecnologia pode moldar um sistema mais eficiente e acessível.

A era da inteligência artificial (IA) está revolucionando diversos setores, incluindo a saúde. O Future of Digital Health International Congress, que ocorreu durante a Hospitalar 2024, trouxe à tona questões essenciais sobre o futuro das cadeias públicas e privadas de saúde e como a IA pode reduzir a entropia no setor. Veja uma reflexão detalhada sobre essas discussões, explorando os desafios, oportunidades e implicações dessa revolução tecnológica para a próxima década. 

Impacto da IA generativa nas decisões clínicas 

A IA generativa, especialmente, tem demonstrado um potencial significativo em várias áreas da saúde, desde a automação de processos administrativos até o suporte avançado na tomada de decisões clínicas. Durante as palestras, foi destacado como essa tecnologia pode fornecer análises rápidas e precisas, facilitando o trabalho dos profissionais de saúde e melhorando os resultados para os pacientes. 

Um exemplo apresentado foi o caso hipotético de João da Silva, um paciente com múltiplas condições crônicas que apresentava sintomas de apendicite. A IA poderia analisar seu histórico médico e fornecer probabilidades de sucesso e riscos para diferentes opções de tratamento (cirurgia, tratamento com antibióticos ou observação conservadora). Isso não apenas agilizaria o processo de decisão, mas também permitiria um tratamento mais personalizado e seguro. 

Dificuldades da implementação da IA na Saúde 

Apesar das promessas, a implementação da IA na saúde enfrenta vários desafios. A principal preocupação é a confiabilidade e a precisão dos dados usados para treinar os algoritmos. Dados enviesados podem levar a decisões errôneas, o que é particularmente perigoso em contextos médicos. Durante as palestras, foi enfatizado que a transparência e a explicabilidade dos algoritmos são cruciais para garantir a confiança e a aceitação dessas tecnologias tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos pacientes. 

Outro ponto importante é a necessidade de um pacto ético no uso da IA, que inclua diretrizes claras sobre a responsabilidade dos profissionais e a segurança dos dados dos pacientes. A criação de um marco regulatório específico para a saúde foi discutida como uma medida essencial para garantir que a IA seja usada de maneira segura e eficaz. 

O papel da regulação 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e outras entidades reguladoras têm um papel fundamental na definição de diretrizes para o uso da IA na saúde. A regulação não deve apenas focar na mitigação de riscos, mas também em promover a inovação responsável. A ANS já está utilizando IA para otimizar processos internos, como a análise de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas há um longo caminho a ser percorrido para a adoção plena dessa tecnologia em contextos clínicos. 

Impacto econômico e operacional 

A adoção da IA pode trazer benefícios econômicos significativos, como a redução de custos operacionais e a melhoria da eficiência dos serviços de saúde. Por exemplo, a automatização de tarefas administrativas pode liberar profissionais para se concentrarem em atividades mais complexas e de maior valor agregado. Além disso, a IA pode ajudar a identificar padrões em grandes volumes de dados, melhorando a gestão de doenças crônicas e a prevenção de complicações. 

No entanto, essa transformação exige investimentos substanciais em infraestrutura tecnológica e capacitação de profissionais. A integração da IA nos sistemas de saúde deve ser acompanhada de treinamento contínuo para garantir que os profissionais estejam preparados para utilizar essas ferramentas de forma eficaz. 

 O futuro da saúde com IA 

Olhando para a próxima década, é possível vislumbrar um cenário em que a IA desempenhará um papel central na saúde. Tecnologias como a transcrição automática de voz para prontuários médicos, a análise preditiva de riscos e a personalização de tratamentos serão cada vez mais comuns. Além disso, a interoperabilidade dos dados de saúde permitirá uma visão mais holística e integrada do paciente, melhorando a coordenação do cuidado e os resultados clínicos. 

Porém, para alcançar esse futuro, é fundamental que todos os stakeholders – governos, profissionais de saúde, desenvolvedores de tecnologia e pacientes – trabalhem juntos para superar os desafios e maximizar os benefícios da IA. A confiança e a aceitação da tecnologia serão construídas com base na transparência, na ética e na eficácia comprovada das soluções implementadas. 

 A transformação da saúde com a IA é inevitável e necessária para enfrentar os desafios crescentes do setor. A próxima década trará avanços significativos, mas também exigirá uma abordagem cautelosa e responsável. Com a regulação adequada, a qualificação dos profissionais e a participação ativa de toda a sociedade, a IA pode se tornar uma aliada poderosa na construção de um sistema de saúde mais eficiente, acessível e equitativo. 

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 21 Agosto 2024 08:15

CLIPPING AHPACEG 21/08/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Palestra do Sindhoesg sobre Higienização Hospitalar destaca medidas para a prevenção de infecções

Emergência global por mpox: OMS não aconselha lockdown

Saúde exige cuidados que só uma gestão eficiente pode oferecer

FOCO NACIONAL

Palestra do Sindhoesg sobre Higienização Hospitalar destaca medidas para a prevenção de infecções

Na palestra promovida pelo Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás) no dia 16 de agosto, a enfermeira Luciene Paiva da Silva Potenciano proporcionou ao público formado por profissionais do setor de limpeza das instituições filiadas uma visão detalhada sobre a importância da higienização hospitalar.

Durante sua apresentação, Luciene Paiva enfatizou que a higienização ambiental nas unidades de saúde é um componente fundamental para garantir um ambiente seguro e saudável para pacientes e profissionais de saúde.

Ela alertou sobre a persistência de microrganismos patogênicos, alguns dos quais podem sobreviver por mais de cinco meses no ambiente hospitalar, o que aumenta o risco de transmissão de infecções, tornando a limpeza rigorosa ainda mais essencial.

Um ponto particularmente enfatizado foi a necessidade de uma correta e frequente higienização das cortinas de privacidade. Segundo Luciene Paiva, essas cortinas, que são frequentemente tocadas tanto por profissionais de saúde quanto por visitantes, podem se tornar veículos de contaminação se não forem devidamente desinfetadas. A falta de manutenção adequada dessas cortinas pode contribuir significativamente para a disseminação de patógenos nos ambientes hospitalares.

“A limpeza e desinfecção são pilares na prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)”, disse a enfermeira, que enfatizou que, além de proteger a saúde e segurança dos pacientes, práticas eficazes de higienização ajudam a reduzir a carga de infecções, minimizando os riscos e melhorando a qualidade do atendimento.

A palestra fez parte da programação educativa do Sindhoesg, que sempre aborda temas atuais e de interesse das instituições de saúde, com foco na qualidade assistencial e na segurança dos pacientes e profissionais. Ao promover eventos como este, o Sindhoesg reafirma seu compromisso com a excelência na saúde e segurança dos ambientes hospitalares.

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AGÊNCIA BRASIL

Emergência global por mpox: OMS não aconselha lockdown

Depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox uma emergência em saúde pública de importância internacional, boatos sobre a possibilidade de novos mega lockdowns tomaram as redes sociais. A entidade, entretanto, não aconselhou Estados-membros a implementar nenhum tipo de isolamento social em massa para interromper a transmissão da doença, como o que aconteceu durante a pandemia de covid-19.

No último dia 14, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a declaração de emergência global por mpox no canal oficial da entidade no YouTube. Durante os 53 minutos de vídeo, em nenhum momento, Tedros recomenda aos Estados-membros a implementação de mega lockdowns para frear a disseminação da doença. “A OMS vem trabalhando para conter o surto de mpox na África e alertando que o cenário é algo que deve preocupar a todos nós”.

“A detecção e a rápida disseminação de uma nova variante de mpox na República Democrática do Congo, a detecção dessa mesma variante em países vizinhos que não haviam reportado casos da doença anteriormente e o potencial de disseminação em toda a África e além são muito preocupantes”, disse Tedros, à época, apelando por uma ação coordenada para conter a situação e salvar vidas.

Dois dias após a declaração e diante de um caso da nova variante registrado na Suécia, o primeiro fora do continente africano, Tedros avaliou que o cenário reforçava a necessidade de que todos os governos trabalhassem para combater o vírus de forma conjunta, sem citar, em nenhum momento, orientações relacionadas à mega lockdowns ou isolamento social em massa como estratégias para interromper a transmissão.

“Encorajamos todos os países a ampliar a vigilância, compartilhar dados e trabalhar para compreender melhor a transmissão; a compartilhar ferramentas como vacinas; e a aplicar as lições aprendidas em emergências de saúde pública de interesse internacional anteriores”, escreveu Tedros, em seu perfil na rede social X.  

Na segunda-feira (19), a OMS divulgou uma lista de recomendações temporárias direcionadas a países que enfrentam surtos de mpox, incluindo, mas não de forma restrita, as seguintes nações: República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Dentre as orientações estão melhor coordenação da resposta à emergência, tanto em nível local quanto nacional, e o envolvimento de organizações humanitárias em áreas de refugiados e de insegurança.

Outro item da lista publicada pela entidade envolve melhorar a vigilância à doença, por meio da expansão do acesso a diagnósticos precisos e acessíveis, capazes de diferenciar as variantes de mpox em circulação. A OMS pede ainda que os países forneçam apoio clínico, nutricional e psicossocial a pacientes, incluindo, “quando justificado e possível”, o isolamento em unidades de saúde e orientação para cuidados domiciliares.

Outra recomendação feita pela entidade é que os governos estabeleçam ou reforcem acordos de colaboração para a vigilância e a gestão de casos de mpox em regiões de fronteira, com destaque para o fornecimento de orientações a viajantes, mas sem recorrer “de forma desnecessária” a restrições gerais envolvendo fluxos de viagem e de comércio.

Mpox X covid

Nesta terça-feira (20), o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, reforçou que o cenário mpox – independentemente de se tratar da nova variante 1, por trás do surto atual na África, ou da variante 2, responsável pela emergência global em 2022 – não configura “uma nova covid”.

“Sabemos muito sobre a variante 2. Ainda precisamos aprender mais sobre a variante 1. Com base no que sabemos, a mpox é transmitida sobretudo através do contato da pele com as lesões, inclusive durante o sexo”, disse. “Sabemos como controlar a mpox e – no continente europeu – os passos necessários para eliminar completamente a transmissão,” completou.

Brasil

Na última quinta-feira (15), o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à mpox no Brasil. A pasta informou que, desde a primeira emergência decretada em razão da doença, de 2022 a 2023, a vigilância para mpox se manteve como prioridade no país.

O ministério destacou que vinha monitorando atentamente a situação mundial e as informações compartilhadas pela OMS e por outras instituições e que já iniciou a atualização das recomendações e do plano de contingência para a doença no Brasil. A pasta anunciou ainda que negocia a aquisição emergencial de 25 mil doses contra a mpox junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

“Estamos numa fase em que o que é importante é a vigilância e o monitoramento”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Muitas vezes, as pessoas ficam ansiosas. A vacina sempre gera uma grande expectativa. Mas é importante reiterar que, nos casos em que se recomenda a vacinação, ela é muito seletiva, focada em públicos-alvo muito específicos até este momento”, completou.

Ainda durante a instalação do COE, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, lembrou que, dentro das configurações da nova emergência global instalada pela OMS, o Brasil está no nível 1, o menos alarmante, com cenário de normalidade para mpox e sem casos da nova variante. O último óbito pela doença em solo brasileiro foi registrado em abril de 2023.

De acordo com o ministério, o nível 2 refletiria um cenário de mobilização, com detecção de casos importados no Brasil; o nível 3, cenário de alerta, com detecção de casos autóctones esporádicos; o nível 4, situação de emergência, com transmissão sustentada em território nacional; e o nível 5, situação de crise, com uma epidemia de mpox instalada no país.

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MEDICINA S/A

Saúde exige cuidados que só uma gestão eficiente pode oferecer

O sistema de saúde brasileiro enfrenta hoje um enorme paradoxo: enquanto pacientes frequentemente reclamam do atendimento, os planos de saúde são considerados caros, as operadoras de saúde reportam déficits financeiros e os médicos recebem pouco a cada consulta. Não quero aqui entrar no mérito de quais motivos levam a essas considerações discrepantes, mas o fato é que a balança da saúde encontra-se claramente desequilibrada e mudanças são necessárias para corrigir o cenário.

Diante deste contexto, uma gestão integrada pode ser a chave para alcançar eficiência, qualidade e sustentabilidade nos custos da saúde. Isso porque, a integração permite uma visão holística dos processos, o que possibilita a identificação de gargalos e a implementação de melhorias contínuas nas diferentes áreas da saúde.

Há de se destacar ainda que esse tipo de gestão promove a padronização. Padronizar significa que todos os procedimentos seguem protocolos estabelecidos, reduzindo variáveis que podem comprometer a qualidade e a segurança do atendimento. Além disso, um gerenciamento eficaz facilita a integração de tecnologias avançadas, assim como aumenta a capacidade de resposta e reduz custos operacionais drasticamente.

A questão financeira, aliás, vale uma análise à parte. Embora exista um paradigma predominante na saúde que associa corte de gastos a impactos negativos, é preciso deixar claro que estamos falando de custos que serão deixados de lado por conta da maior produtividade operacional. Ao eliminar desperdícios e possíveis redundâncias, é possível gerar um atendimento mais qualificado e econômico a longo prazo. Até porque, uma gestão ineficiente, com diversos fatores como objetivos e prioridades distintas, traz desperdícios, custos desnecessários e prejudica toda a cadeia do cuidado.

A pandemia de Covid-19 trouxe à tona a necessidade urgente de uma gestão mais eficiente na saúde. Hospitais, clínicas e profissionais se viram no limite de suas capacidades, o que evidenciou que a saúde precisava avançar não apenas na rapidez do atendimento, mas na redução de custos e na melhoria dos processos médicos. Esse cenário caótico demonstrou a importância de passos estratégicos e a adoção de novos recursos e soluções rumo a uma gestão mais competente.

Tecnologia como fator preponderante

E já existem fatores que serão, sem dúvida alguma, essenciais para esse esforço em busca de maior eficiência. A tecnologia, por exemplo, assume um papel crucial na dinâmica de transformação. Além de aprimorar os próprios recursos médicos em si, ela permite a automação de processos. Dessa forma, é possível afirmar que a chegada de novas soluções trazem agilidade na rotina e a possibilidade do uso da mão de obra humana para atividades mais relevantes, algo essencial para a área do cuidado assistencial

Mais do que isso, há de se ressaltar ainda que o uso de ferramentas tecnológicas ajuda na melhora da capacidade de tomada de decisões estratégicas, o que torna o atendimento médico mais assertivo e qualificado como um todo.

A digitalização da saúde precisa ser amplificada ainda pelo uso da Inteligência Artificial (IA). Embora ainda incipiente e em fase de muitos testes, ela promete revolucionar o setor, proporcionando análises mais precisas e suportes diversos às atividades em Saúde. Ou seja, a adoção de IA deve transformar a gestão operacional e gerar ganhos significativos em eficiência.

Tempo de mudança

Não há dúvidas de que o cenário atual da medicina brasileira exige mudanças. Hoje, o principal desafio passa pelo alinhamento de todos os stakeholders da área – operadoras, SUS, hospitais, médicos, clínicas e pacientes – em busca de uma qualidade maior. Atualmente, o que temos é um diálogo fragmentado, onde cada parte defende seus próprios interesses, o que resulta em um sistema caótico e oneroso para todos.

O desafio de equilibrar os interesses dos diferentes players é real, mas não insuperável. Até por isso, a integração da gestão operacional não se trata de concentrar poder em um único local. É fundamental que o processo seja participativo e transparente, envolvendo todos. A comunicação clara e constante será essencial para construir confiança e garantir o alinhamento dos objetivos. A integração de diferentes perspectivas enriquece a tomada de decisões e certifica que as soluções implementadas atendam às necessidades como um todo.


*Rogério Guariniello é Diretor Geral do Hospital HELP.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 20 Agosto 2024 07:17

CLIPPING AHPACEG 20/08/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Opinião | Novos cursos de Medicina, solução ou problema?

Algoritmo de inteligência artificial suporta decisão médica para diagnóstico ágil e preciso de marcadores para tratamento de câncer de pulmão

Dívida da Prefeitura de Goiânia com o Hospital do Câncer Araújo Jorge chega a quase R$ 45 milhões

Usuários do plano SulAmérica relatam precarização dos serviços desde que grupo foi adquirido pela gigante Rede D'Or

Cibercriminosos e o Setor de Saúde: Como Proteger Dados Sensíveis e Evitar Vazamentos

O ESTADÃO

Opinião | Novos cursos de Medicina, solução ou problema?


Multiplicação de instituições de ensino médico levanta preocupações quanto à qualidade da formação e à solução dos problemas de saúde pública no País
Nos últimos anos, o Brasil tem observado um aumento significativo no número de faculdades de Medicina. Para se ter uma ideia, nas duas primeiras semanas de julho de 2024, o Ministério da Educação deu permissão para a criação de 12 novos cursos de Medicina. Só nessas duas semanas a quantidade de cursos de graduação médica autorizados ultrapassou todas as autorizações feitas em 2023.

O discurso governamental busca explicar essa expansão visando a atender à demanda crescente por profissionais de saúde em um país de dimensões continentais e com uma população que ultrapassa 200 milhões de habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, essa multiplicação de instituições de ensino médico levanta sérias preocupações quanto à qualidade da formação oferecida e à real solução dos problemas de saúde pública no País.

A principal justificativa para a abertura de novas faculdades de Medicina reside na suposta escassez de médicos, especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos. Médicos não faltam. A má distribuição de médicos é, de fato, uma questão estrutural que está relacionada à forma como o sistema de saúde é organizado e como os recursos são alocados.

Regiões distantes e carentes sofrem com a precariedade, de um lado, das condições técnicas para o exercício profissional ético da medicina e, de outro, da infraestrutura e serviços a esta associados, como condições habitacionais, transporte e logística, geração e transmissão de energia, saneamento básico e telecomunicações, que possuem grande importância para o desenvolvimento social e econômico desses territórios.

Além disso, e não considerando aqui os reconhecidos problemas de gestão do sistema público de saúde no alcance de maior eficiência, a falta de um plano nacional de carreira, cargos e salários para profissionais da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) torna mais grave a situação. Um plano de carreira bem estruturado, a exemplo de outras carreiras de Estado, seria capaz de distribuir médicos de forma mais equitativa pelo território nacional, oferecendo-lhes condições de trabalho e incentivando sua permanência em regiões que atualmente são negligenciadas.

A abertura de novas faculdades de Medicina sem um controle rigoroso de qualidade é um tema que precisa ser abordado com seriedade pelos órgãos reguladores e instituições de ensino. Muitas dessas instituições carecem de condições adequadas ao ensino, como estrutura física, hospitais-escola bem equipados, laboratórios modernos, corpo docente competente e qualidade dos estágios práticos. A formação médica exige um ambiente de aprendizado que simule a prática profissional, com acesso a casos clínicos diversificados e supervisão de profissionais experientes.

Além disso, o processo de expansão das faculdades de Medicina, muitas vezes, atende a interesses políticos e econômicos, em vez de priorizar a qualidade da educação e, por extensão, a própria qualidade do serviço médico. A abertura de cursos sem levar em conta critérios objetivos e a avaliação cuidadosa das necessidades regionais e das capacidades institucionais pode levar a um excesso de profissionais em áreas já saturadas, enquanto regiões realmente necessitadas continuam desassistidas.

Para contextualizar, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), temos hoje 575.930 médicos ativos no País, uma das maiores quantidade do mundo, resultando em uma proporção de 2,81 médicos por mil habitantes, a maior já registrada e que coloca o Brasil à frente dos Estados Unidos, Japão e China.

Com um crescimento exponencial, o número de faculdades de Medicina no Brasil passou de 78 em 1990 para as atuais 389, sem que isso se traduza necessariamente em uma distribuição equitativa de médicos ou em uma melhoria na qualidade do atendimento à saúde.

Em direção oposta ao que vem sendo sustentado, a abertura de novos cursos de Medicina não é garantia de permanência de seus formandos nas regiões sede dessas faculdades. O mero aumento de faculdades de Medicina no Brasil é uma "proposta de solução" simplista para um problema complexo.

Em vez de unicamente aumentar o número de faculdades de Medicina, é necessário investir na melhoria da gestão do sistema de saúde, aumentar o financiamento do Sistema Único de Saúde, garantir a construção e manutenção de infraestruturas de saúde adequadas e a oferta de segurança, suporte profissional e remuneração justa.

Muitos argumentam que isso, na verdade, virou um grande negócio, bancado na sua maioria pelo Estado que "financia" os estudos e depois isenta o pagamento das mensalidades, criando um maior custo do que seria a criação de escolas públicas e serviços de saúde públicos. Se cada faculdade de Medicina tivesse a obrigação de criar serviços para a formação, aí sim seria um início de demonstração de interesse na saúde pública e no cuidado da população.

Antônio Geraldo da Silva Médico psiquiatra e psiquiatra forense

César Augusto Trinta Weber Médico psiquiatra e psiquiatra psicoterapeuta

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PORTAL G7

Algoritmo de inteligência artificial suporta decisão médica para diagnóstico ágil e preciso de marcadores para tratamento de câncer de pulmão

Soluções de patologia digital para escaneamento de lâminas e aplicação de algoritmos oferecidas pela Roche Diagnóstica facilitam a identificação da expressão de PD-L1 e decisão terapêutica em oncologia

Algoritmo de inteligência artificial suporta decisão médica para diagnóstico ágil e preciso de marcadores para tratamento de câncer de pulmão

Soluções de patologia digital para escaneamento de lâminas e aplicação de algoritmos oferecidas pela Roche Diagnóstica facilitam a identificação da expressão de PD-L1 e decisão terapêutica em oncologia

Agosto Branco é o mês de conscientização e prevenção do câncer de pulmão, uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a principal causa de mortes por câncer globalmente e responsável por cerca de 1 em cada 5 óbitos relacionados à doença¹. No Brasil, segundo estimativas 2023, é o terceiro mais comum em homens com 18.020 casos novos e o quarto em mulheres no Brasil com 14.540 casos novos - sem contar o câncer de pele não melanoma². Seus sintomas geralmente só se manifestam em estágios avançados, tornando o diagnóstico precoce essencial para um tratamento mais eficaz e melhores resultados³.

Pensando nisso, a Roche Diagnóstica, líder mundial em diagnóstico in vitro, destaca o algoritmo de inteligência artificial PD-L1 (SP263), uma ferramenta tecnológica que traz análises de imagens para apoiar a decisão clínica e ajudar patologistas a avaliar - de forma confiável e objetiva - a lâmina de anatomia patológica do câncer de pulmão. É uma solução de patologia digital que facilita a identificação da expressão de PD-L1, auxiliando na detecção mais rápida e precisa da expressão do marcador e na decisão terapêutica.

O algoritmo integra o portfólio VENTANA, sendo conectado ao equipamento DP600, digitalizador de lâminas e gerador de imagens de alta qualidade para vários tipos de tecidos, incluindo lâminas de congelação e citologia. A tecnologia faz uma digitalização de alta velocidade e tem uma interface de usuário intuitiva, sendo capaz de dar acesso às imagens digitalizadas em tempo real.

Entre os principais benefícios do PD-L1 (SP263) estão: identificação de pacientes mais prováveis de se beneficiarem de terapias específicas; suporte à avaliação de expressão de PD-L1 pelo patologista em linha com as diretrizes mais recentes de patologia, permitindo que os médicos oncologistas façam escolhas terapêuticas assertivas, provendo ferramentas necessárias para uma avaliação precisa do marcador, consolidação do perfil de expressão de PD-L1 e decisão terapêutica adequada aos pacientes.

"A digitalização de lâminas associada ao uso do algorítmo para PD-L1 (SP263) para suporte à avaliação da expressão do marcador é uma confiável inovação, que representa um avanço significativo em direção a uma abordagem mais personalizada e precisa no tratamento do câncer de pulmão, suportando a tomada de decisão clínica e a melhora da resposta terapêutica do paciente. Temos o compromisso de oferecer o melhor cuidado com o paciente, além de buscarmos contribuir para uma gestão de saúde mais efetiva", afirma Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil.

Para mais informações sobre a tecnologia, acesse: https://rochedia. showpad.com/share/ HxI5cHYlsCcd5xe2XV21C

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JORNAL OPÇÃO

Dívida da Prefeitura de Goiânia com o Hospital do Câncer Araújo Jorge chega a quase R$ 45 milhões

Hoje, o hospital é responsável por quase 70% do atendimento oncológico de Goiás

A dívida da Prefeitura de Goiânia com o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ) já se aproxima dos R$ 45 milhões, montante que não contempla juros e correção monetária. Segundo o diretor de Relações Institucionais da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, mantedora do Hospital de Câncer Araújo Jorge, Dr. Jales Benevides, esses valores são referentes a repasses do SUS, emendas estaduais e federais, e processos administrativos.

Ao Jornal Opção, Jales explicou que por conta dos atrasos nos repasses, a unidade de saúde fecha as contas com R$ 4 milhões negativos todos os meses. “Tudo que produzimos pelo SUS não paga as nossas despesas. As coisas aumentaram, água, energia, alimentação, medicação. Gastamos mais de quatro milhões de reais de quimioterapia. Então nosso hospital é responsável para atender Goiás e Goiânia, e não estamos sendo bem tratados pela Secretaria Municipal de Saúde”, afirmou diretor.

“Nós não estamos recebendo os repasses da União em dia. O governo faz o pagamento após a prestação de serviço. Esse dinheiro é repassado para a Secretaria de Saúde que deve repassar ao hospital. A Secretaria demora mais 40 dias para fazer o repasse de um dinheiro que não é novo. Então a secretaria consegue me destratar, destratar o povo goiano, destratar os pacientes oncológicos ao não fazer o repasse em dia”, continua.

“Tentamos vários diálogos com o secretário anterior. Tentamos diálogo com o atual, tentamos diálogo com a Secretaria da Finanças e eles não nos respeitam. A partir do momento, você não repassa o dinheiro, não é só esse, tem mais dinheiro lá para ser repassado, é uma falta de respeito”, disse.

Ameaça ao funcionamento

Segundo o presidente da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), Alexandre Meneghini, a falta dos repasses dos recursos ameaça a continuidade dos tratamentos e eleva os riscos de uma paralisação completa das atividades, algo que afeta diretamente os inúmeros pacientes que dependem dos serviços prestados pelo Araújo Jorge.

“Temos trabalhado com afinco e implementado medidas para reduzir os impactos decorrentes desses atrasos. Entretanto, está difícil! Daqui a pouco não teremos mais de onde tirar. É essencial que os valores pendentes sejam liberados urgentemente para prevenir um colapso nos serviços prestados. A demora adicional poderá comprometer a saúde e a segurança dos pacientes e a estabilidade operacional do hospital”, disse.

Cerca de 90% da receita da unidade de saúde é contratualizado com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Hoje, o hospital é responsável por quase 70% do atendimento oncológico de Goiás.

O repasse é feito pela União via Fundo Nacional de Saúde. Esse dinheiro é enviado com regularidade ao Fundo Municipal de Saúde de Goiânia. Porém, o repasse para o Hospital de Câncer Araújo Jorge tem uma média de 40 dias de atraso. Além disso, o hospital sofre atrasos ainda maiores para outro recursos. Por exemplo, algumas emendas parlamentares de 2023 ainda não foram repassadas para a unidade de saúde.

Veja o detalhamento das dívidas

Serviço prestado pelo Hospital de Câncer Araújo Jorge para o SUS

Produção maio de 2024 (nota fiscal solicitada em 11/7) – valor R$ 8.294.261,98

Produção junho de 2024 (nota fiscal solicitada em 09/8) – valor R$ 8.424.033,10

Total: 16.718.295,08

Valor total piso de enfermagem: R$ 517.339,00

Total produção SUS: R$ 19.458,46301

Outros Recursos

Emendas estaduais: R$ 350.000,00

Emendas federais: R$ 7.550.000,00

Portaria 443: R$ 8.020.405,33

Portaria número 97 de 28/2/2024: R$ 9.000.000,00

Valor total: R$ 24.920.405,33

Processos administrativos

Processos administrativos com notas fiscais emitidas e aptos para pagamento: R$ 2.740.167,93

Resumo de todos os valores pendentes: R$ 45.476.223,55

O outro lado

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que vem se empenhado para realizar os pagamentos ao Hospital Araújo Jorge e que tudo está ocorrendo “dentro das condições do município”.

“O mês de maio foi quitado na última quarta-feira (14/8) e novos pagamentos estão sendo planejados.
Quanto a diferença do piso da enfermagem, ainda não houve liberação de recursos por parte do Ministério da Saúde (MS) para que o município possa realizar o repasse”, diz o documento.

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ÚLTIMA HORA

Usuários do plano SulAmérica relatam precarização dos serviços desde que grupo foi adquirido pela gigante Rede D'Or


Não bastasse o desgaste causado pela rotina de cirurgias e acompanhamento médico, a terapeuta Andrea Ferreira trava uma batalha para conseguir o reembolso de um exame pelo qual pagou R$ 1.322,51. "A SulAmérica reembolsou R$ 591,65. Logo, o que estou pleiteando é o complemento do reembolso, no valor de R$ 730,86", diz.

Usuária do plano de saúde SulAmérica desde 1999, Andrea era habituada a realizar os procedimentos médicos no Hospital AC Camargo, em São Paulo. Diagnosticada com lesões precursoras do câncer de mama, ela passou por cinco cirurgias entre 2021 e 2022, quando soube, sem aviso prévio, que a unidade de saúde não faria mais parte da lista de credenciadas da SulAmérica. A partir daquele momento, Andrea teria que desembolsar altos valores pelos procedimentos que, até então, eram custeados pelo plano.

"Nunca tive problemas com a SulAmérica até o segundo semestre de 2022, quando foi comprada pela Rede D'Or e os descredenciamentos em massa iniciaram", conta. A terapeuta faz parte de um grupo de 55 pessoas que se uniram, via internet, para procurar suporte jurídico e emocional diante dos casos de descredenciamento de unidades e serviços de saúde por parte da operadora. Em 2023, Andrea registrou uma reclamação no serviço de ouvidoria da Agência Nacional de Saúde (ANS), órgão responsável pela regulação dos planos de saúde.

Naquele ano, a agência registrou 29.462 queixas contra o grupo SulAmérica. Somente em julho de 2024, foram 2.655 reclamações. Na plataforma Reclame Aqui, a SulAmérica soma 33.034 contestações. Dessas, 6.482 foram registradas nos últimos seis meses e 1.613 mencionam a palavra reembolso. Outras falam sobre descredenciamento e descaso com os clientes.

Usuária do plano SulAmérica há 29 anos, a jornalista Cris Braga engrossa o coro dos descontentes. Ela teve dois cânceres de mama e, para realizar os procedimentos mais recentes, precisou de suporte jurídico. Contratou advogados e conseguiu, por meio de liminares, ter acesso ao tratamento. O câncer está em remissão, mas ela teme uma recidiva.

"E não é o medo de morrer, mas é pela luta que terei que enfrentar. O peso emocional que estamos vivendo não tem preço", lamenta.

Assim como Andrea, Cris passou a lidar com as recusas de atendimento após a compra do SulAmérica pela Rede D'Or, grupo liderado pelo médico e empresário Jorge Moll Filho, cujo nome integra a lista dos 69 bilionários brasileiros da revista Forbes. Conforme a publicação, a rede da família Moll administra mais de 30 hospitais no Brasil.

Mas esse domínio vai além. Segundo estudo conduzido pelo pesquisador Eduardo Magalhães Rodrigues, pós-doutor em economia política pela PUC de São Paulo, a Rede D'Or tem 77 empresas e é a mais abastada entre o que ele chama de "as sete irmãs", um grupo do ramo da saúde que controla outras 192 corporações no Brasil.

Ao lado da Rede D'Or, estão Dasa, Eurofarma, Amil, Aché, Hapvida e NotreDame, esta última líder de queixas no Reclame Aqui, com 101.788 registros. Juntas, essas gigantes fazem parte de um grupo de 1% das empresas que controla quase 25% de toda a economia corporativa brasileira.

Na pesquisa, Magalhães alerta sobre o impacto dessas megaestruturas econômicas na vida dos usuários da rede privada de saúde. "Essas empresas fazem o que querem. Elas sentam em uma mesa e determinam quais serviços vão ser oferecidos, em qual qualidade e a que preço", declarou o pesquisador em entrevista ao site Intercept Brasil.

Oligopólio na saúde

De acordo com a advogada Marna Paullelli, do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), a tendência de oligopólio na área da saúde vem sendo observada há, pelo menos, dez anos. "No passado foi muito comum ver, por exemplo, empresas que aparentemente tinham problemas financeiros sendo absorvidas por outras", avalia. Segundo a advogada, o perfil das transações mudou nos últimos anos.

"O que se viu, principalmente de 2021 para cá, foram empresas grandes mudando a sua rede, tentando mudar um pouco do seu modelo de negócios", diz.

Em 2013, o Ministério Público Federal enviou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um parecer alertando para o risco de monopólio da Rede D'Or no Distrito Federal. No ano anterior, o grupo havia comprado participações no hospital Santa Lúcia e na empresa Medgrupo, que controla os hospitais Santa Helena, Prontonorte, Maria Auxiliadora, Renascer e o Santa Lúcia.

Como já detinha o Hospital Santa Luzia e o Hospital do Coração, a Rede D'Or passou a controlar mais de 50% dos leitos de Brasília. Um inquérito civil sobre o caso chegou a ser aberto, mas foi arquivado e está, atualmente, sob sigilo.

Segundo o ranking de bilionários da revista Forbes, o patrimônio de Jorge Moll Filho batia os US$ 5,3 bilhões (em torno de R$ 29 bilhões) na data de publicação desta reportagem e alcançou seu valor mais alto, de US$ 11,3 bilhões, em 2021.

No capítulo de conclusão, o estudo de Magalhães ressalta que, nessas configurações, a saúde é apenas um negócio como qualquer outro. "Um negócio que deve dar o máximo possível de lucros, não importando se isso custará o bem-estar e a vida de milhões de pessoas", conclui a pesquisa.

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MASTER MAVERICK

Cibercriminosos e o Setor de Saúde: Como Proteger Dados Sensíveis e Evitar Vazamentos


Não é de hoje que a gente escuta falar sobre ataques cibernéticos, mas quando o alvo é o setor de saúde, o perigo vai muito além da perda financeira. Estamos falando de vidas humanas em risco, de dados pessoais extremamente sensíveis que caem nas mãos erradas, e de sistemas que não podem parar por um segundo sequer. É um cenário preocupante, especialmente quando vemos o quanto esses ataques têm se intensificado nos últimos anos.

O Setor de Saúde na Mira dos Cibercriminosos

O setor de saúde, que já carrega a responsabilidade de cuidar da nossa vida e bem-estar, também está tendo que lidar com uma batalha constante contra cibercriminosos. Por mais que a gente queira acreditar que esses sistemas são seguros, a realidade é que muitas vezes eles são alvos fáceis para ataques digitais. E por que isso acontece? Porque o setor de saúde lida com uma quantidade gigantesca de informações pessoais e confidenciais, desde dados médicos até informações financeiras.

Segundo o "2024 Data Breach Investigations Report" da Verizon, que traz um panorama geral dos incidentes de segurança no mundo todo, só em 2023 foram registrados 1.378 incidentes no setor de saúde. Desses, 1.220 resultaram em vazamentos de dados confirmados. É um número assustador, e o pior é que muitos desses ataques poderiam ser evitados com medidas de segurança mais robustas e uma atenção maior aos erros humanos, que são responsáveis por 83% das violações.

Eu sou um nordestino de 35 anos, formado em redes de computadores, e acompanho de perto essa realidade. Ver o impacto desses ataques no setor de saúde me deixa inquieto. Além da minha preocupação com o bem-estar das pessoas, como alguém que entende de tecnologia, sei o quanto esses sistemas podem ser vulneráveis. É triste ver que, apesar de todos os avanços na área médica, a segurança digital ainda é um ponto fraco.

Por Que o Setor de Saúde é Tão Vulnerável?

Mas afinal, por que o setor de saúde é tão vulnerável a ataques cibernéticos? Segundo Alcyon Júnior, que é Head de Serviços de Segurança Ofensiva da Apura Cyber Intelligence, há uma série de fatores que tornam esse setor um alvo tão atrativo para os cibercriminosos. Para começar, as organizações de saúde acumulam uma vasta quantidade de dados sensíveis, o que é um prato cheio para quem quer roubar informações valiosas.

Além disso, muitas vezes, a infraestrutura de TI usada por hospitais e clínicas pode ser ultrapassada ou mal protegida. Eu sei bem como é difícil para algumas instituições acompanharem a rápida evolução da tecnologia, especialmente quando a prioridade é salvar vidas. E essa urgência, essa pressão constante, pode levar a lapsos de segurança, facilitando a ação dos criminosos.

A situação fica ainda mais crítica com o crescente uso da Internet of Medical Things (IoMT). Equipamentos médicos conectados à internet são uma maravilha para a medicina moderna, mas também abrem portas para ataques se não forem bem protegidos. E aqui eu vejo uma contradição: enquanto esses dispositivos são criados para melhorar a nossa saúde, eles também podem se tornar uma ameaça se caírem nas mãos erradas.

O Aumento dos Ataques Internos

Outro dado alarmante que aparece no relatório da Verizon é o aumento significativo dos chamados "insiders", ou seja, pessoas de dentro das corporações que acabam causando incidentes de segurança. Se antes a ameaça interna estava diminuindo, agora vemos uma reversão dessa tendência. Em 2023, 70% dos incidentes foram causados por atores internos, enquanto apenas 30% vieram de fora. Isso mostra que a segurança não é só sobre proteger contra invasores externos, mas também sobre ter um controle rigoroso dentro de casa.

O "Uso Indevido de Privilégios", que nem aparecia entre os principais padrões de ataque no ano passado, agora ocupa a segunda posição. Isso é preocupante porque indica que, muitas vezes, quem tem acesso privilegiado aos sistemas pode ser um risco se não houver uma política de segurança rigorosa. É uma realidade que deve acender um alerta vermelho para todas as instituições de saúde.

Mudança no Alvo dos Cibercriminosos

Outro ponto que me chamou atenção no relatório foi a mudança no tipo de dados visados pelos cibercriminosos. Antes, o foco era mais nos dados médicos, mas agora, os dados pessoais dos pacientes estão sendo cada vez mais alvos de ataques. E o que isso significa? Significa que os criminosos estão mais interessados em monetizar essas informações, usando-as em fraudes e outros esquemas ilegais.

Dos dados comprometidos em 2023, 75% eram informações pessoais, seguidos por dados internos (51%), outros tipos de dados (25%) e credenciais (13%). O motivo por trás dessas violações é majoritariamente financeiro (98%), com apenas 1% relacionado à espionagem. É assustador ver como as nossas informações pessoais podem se tornar moeda de troca no mundo do crime digital.

Casos de Ataques no Setor de Saúde

Para ilustrar o quão grave essa situação pode ser, temos alguns exemplos recentes de ataques cibernéticos no setor de saúde. A UnitedHealth, uma das maiores empresas de saúde dos Estados Unidos, sofreu um ataque que comprometeu uma quantidade substancial de seus dados. O prejuízo pode chegar a US$1,6 bilhão, e o impacto disso para os pacientes é incalculável.

Aqui no Brasil, a Unimed Cuiabá também foi alvo de um ataque que interrompeu seus serviços em março de 2023. Isso mostra que nem mesmo as grandes corporações, com todos os seus recursos, estão imunes a essas ameaças.

Outro dado interessante vem da ManageEngine, que revelou que a IA Generativa foi utilizada em mais de 50% dos ataques recentes contra empresas brasileiras. Isso demonstra o quanto as ferramentas cibernéticas estão ficando cada vez mais sofisticadas, tornando a defesa contra esses ataques um desafio cada vez maior.

Como Proteger o Setor de Saúde?

Diante desse cenário, o que pode ser feito para proteger melhor o setor de saúde contra ataques cibernéticos? A resposta não é simples, mas passa por várias medidas que, se aplicadas corretamente, podem fazer a diferença.

Primeiro, é essencial que as instituições de saúde adotem uma abordagem proativa para enfrentar as ameaças cibernéticas. Isso significa implementar políticas rigorosas para o manejo de dados e investir em tecnologias de segurança de ponta.

Outro ponto crucial é o monitoramento constante das ameaças. Hoje, é possível obter informações sobre as mais diversas ameaças cibernéticas a partir da coleta de dados em fontes variadas, tanto na surface web quanto na deep web e dark web. Com isso, as instituições podem se antecipar aos ataques e evitar que eles aconteçam.

É importante lembrar que a cibersegurança não pode ser tratada como um luxo, mas como uma necessidade vital. Proteger os dados sensíveis dos pacientes é, em última análise, proteger a vida deles. E para quem trabalha na área de saúde, essa deve ser sempre a prioridade número um.

Considerações Finais

O setor de saúde é, sem dúvida, um dos mais vulneráveis quando se trata de ataques cibernéticos. A quantidade de dados sensíveis e a urgência em manter os sistemas funcionando 24 horas por dia tornam esse setor um alvo atrativo para os cibercriminosos.

Como alguém que entende tanto de tecnologia quanto de preocupação com o bem-estar das pessoas, eu vejo que ainda temos um longo caminho a percorrer quando se trata de segurança digital no setor de saúde. Mas com as medidas certas, é possível reduzir os riscos e proteger tanto os dados quanto as vidas dos pacientes.

Para isso, é fundamental que as instituições de saúde invistam em tecnologias de segurança, adotem políticas rigorosas de manejo de dados, e estejam sempre um passo à frente dos cibercriminosos. Só assim poderemos garantir que a saúde digital seja tão segura quanto a saúde física.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 19 Agosto 2024 14:28

CLIPPING AHPACEG 17 A 19/08/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Usuários trocam plano de saúde nacional por regional para pagar menos: vale a pena?

Herdeiros de fundador da Amil vencem disputa com a Receita de quase R$ 700 milhões

Crescem os custos dos planos de saúde com jovens após a pandemia

Pedido de Dino sobre CPI dos Planos de Saúde aumenta tensão com Lira

Hospital diz que Imas deve mais de R$ 137 mil; Instituto afirma que unidade não apresentou notas

INFOMONEY

Usuários trocam plano de saúde nacional por regional para pagar menos: vale a pena?


Diferença varia muito de região para região, mas, em geral, regionais são entre 20% e 25% mais baratos

Diferença varia muito de região para região, mas, em geral, regionais são entre 20% e 25% mais baratos

Ter um plano de saúde é um dos principais desejos dos brasileiros. Atualmente, cerca de 51 milhões de pessoas têm convênio médico no país. No entanto, manter este benefício tem sido cada vez mais difícil. Os sucessivos reajustes, especialmente nos planos coletivos que representam 85% dos contratos e os que não são definidos pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), têm levado usuários a buscarem alternativas para manter o produto.

Estudo realizado pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) mostra um aumento no número de usuários que optam pelo plano de saúde regional e uma redução dos modelos nacionais.

A modalidade de grupos de municípios foi a que mais cresceu, com aumento de 4 pontos percentuais nos últimos 10 anos - entre março de 2014 e 2024 passando de 40% para 44% de cobertura.

No segmento nacional, que contempla cobertura em todo o território brasileiro, a análise revela que houve retração de 3 pontos percentuais nos planos, caindo de 43% para 40%. O mesmo ocorreu com os planos de abrangência em grupo de estados, que passaram de 6% para 4% de representatividade no mesmo período.

Tendência de mercado

A pesquisadora Cristina Helena de Mello comenta que essa é uma tendênica do mercado. "Normalmente, as contratações dos planos são feitas por pessoas jurídicas. A contratação não é mais facilitada para pessoa física, embora é muito raro isso acontecer. Então, quando a gente olha esse padrão de crescimento nos últimos dez anos, a gente tem que entender que por trás disso temos empresas fazendo negociações para oferecer o benefício pelo melhor preço", afirma.

Ela comenta ainda que, dependendo da região, os planos de saúde têm um poder de barganha muito grande com os hospitais. "Muitas vezes, eles concentram quase todos os atendimentos dos hospitais, que por sua vez, não conseguem fazer boas negociações de preço. Então, encontramos custos que podem ser significativamente menores em algumas regiões do que para um plano nacional", diz.

Bruno Corano, economista e investidor da Corano Capital, explica que essa troca se deve majoritariamente ao fato de os planos regionais serem mais acessíveis, ou seja, mais baratos. De acordo com ele, a diferença varia muito de região para região, mas, em geral, os planos custam entre 20% e 25% menos quando são regionais.

Na avaliação dele, essa troca pode ser importante do ponto de vista financeiro. "Para famílias menos privilegiadas, o gasto com o convênio ou com o plano de saúde é relativamente importante, já que às vezes chega a mais de 10% da renda, ou bem mais de 10% da renda. Considerando esse patamar de custo, se a família conseguir 20% a 25% de redução, é significativo para o orçamento", afirma.

O educador financeiro Emerson Santos aconselha que, diante dos reajustes nos planos de saúde em 2024, a revisar as necessidades de saúde e comparar opções de planos com coberturas adequadas e mais econômicas. "Considere também planos com coparticipação, que têm mensalidades menores. Negocie com sua operadora para tentar obter melhores condições, especialmente se fizer parte de um plano coletivo", diz o especialista.

Especialistas consideram que, para aquelas pessoas que não viajam muito, que têm um estilo de vida bem local, o plano regional pode ser uma boa opção. "Agora, se a frequência de viagens for muito grande, não vale", considera Corano.

Se as viagens forem esporádicas, só de férias ou trabalho, por exemplo, o usuário pode fazer um seguro-viagem para garantir atendimento em caso de necessidade.

Cuidados na contratação

O médico Armando Lobato, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Nacional (SBACV Nacional), alerta que a escolha deve ser feita com cuidado.

"Acredito que a escolha de um plano de saúde é uma decisão crucial para garantir a qualidade da assistência médica e o estudo do IESS evidencia o crescimento significativo dos planos municipais nos últimos 10 anos, destacando a importância de entender bem essa modalidade antes de tomar uma decisão", diz.

Para ele, o plano de saúde regional pode ser um importante aliado na tentativa de reduzir despesas, mas o usuário deve estar atento à cobertura, aos laboratórios, locais de pronto-atendimento e hospitais que serão contemplados neste modelo. "Tão importante quanto ter um plano de saúde é saber que, no momento da necessidade, você terá opções que garantam um atendimento de qualidade."

O médico comenta que é fundamental estar atento à cobertura geográfica, rede de atendimento, especialidades médicas cobertas, serviços de emergências, qual a cobertura dos procedimentos, reajustes e carências e não menos importante, o atendimento ao cliente.

Além desses pontos, diz ele, é crucial que o plano de saúde seja administrado por uma operadora idônea e confiável.

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Crescem os custos dos planos de saúde com jovens após a pandemia

Os custos dos planos de saúde com beneficiários na faixa etária de 0 a 18 anos apresentou um crescimento amplamente superior no período pós-pandemia de Covid em comparação aos valores registrados pela média dos beneficiários e também em relação à população mais idosa (a partir de 59 anos). A constatação é do estudo "Análise dos custos da Variação Médico-Hospitalar de planos individuais na faixa etária de 0 a 18 anos", elaborado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), ao utilizar uma base de dados de planos médico-hospitalares individuais.

"Os resultados apontam para a necessidade de se revisar os hábitos de saúde das crianças e adolescentes. Isso envolve temas como alimentação, práticas de atividades físicas, acompanhamento de saúde mental. Se não olharmos com muita atenção a esse problema, teremos uma geração futura com muitos problemas de saúde", pontua José Cechin, superintendente-executivo do IESS.

Em setembro de 2023, último período disponível, a Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH), ou seja, a variação da despesa per capita nos 12 meses até setembro de 2023, foi de 32,7% para o grupo dos mais jovens, de zero a 18 anos. Em comparação, a VCMH dos beneficiários de 59 anos ou mais (última faixa de agrupamento de planos de saúde) foi de 7,8%. Para apurar a VCMH, considera-se a variação de preço unitário em grupos de produtos e serviços de saúde (por exemplo, o comportamento dos preços de exames) e a frequência de utilização (ou seja, o volume consumido). "Desde 2015, o índice VCMH da faixa de 0 a 18 anos sempre ficou acima do que o da média dos beneficiários e o do grupo dos idosos. O que chama a atenção é que, a partir de 2021, no período pós-pandemia, o crescimento dos custos dos mais jovens é maior e mais intenso, proporcionalmente, à média e ao grupo dos idosos", analisa Cechin.

Nos diversos grupos de despesas de operadoras, destaca-se o crescimento dos custos em Outros Serviços Ambulatoriais (OSA), que engloba atendimentos profissionais de fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas, entre outros de nível superior não-médicos. Em setembro de 2023, foi registrado crescimento de 9% no custo médio dos serviços e de 26,6% na frequência de utilização, comparativamente aos 12 meses anteriores. No grupo Terapias, o custo médio aumentou 3%, enquanto a frequência cresceu 63,8%. Por outro lado, o estudo relata o crescimento menos intenso no grupo Consultas (altas de 7,7% no custo médio e de 4% na frequência de utilização) e no grupo de Exames (aumento de 4,7% na frequência de utilização, enquanto o custo médio teve resultado negativo de 0,9%).

A hipótese levantada pelo trabalho para os aumentos, especialmente nos grupos OSA e Terapias, é de haver relação com as recentes tendências de sobrepeso e obesidade infantil, que podem ter sido potencializadas durante o período da pandemia, por conta do afastamento social. Pesquisas citadas pelo estudo reforçam a hipótese, considerando o sedentarismo (em especial pelo tempo de permanência à frente de telas e redução de atividades esportivas) e a alimentação hipercalórica como fatores a potencializar o problema de saúde.

O IESS também considera que outro fator de potencialização dos custos para a primeira faixa etária está relacionado ao crescimento dos casos diagnosticados do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e à elevada demanda por tratamentos. Em julho de 2022, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revogou o limite de cobertura de quatro categorias profissionais: fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia, o que pode ter gerado uma pressão inflacionária na VCMH. Um estudo do IESS identificou, em caráter exemplificativo a partir da análise dos dados de uma operadora de plano de saúde, que as internações psiquiátricas de crianças diagnosticadas com TEA saltaram, entre 2015 e 2022, de 33 pacientes para 391, sendo que o pico foi registrado em 2021, com 592 pacientes. Conforme relata o estudo, o crescimento pode estar relacionado à pandemia, novamente por conta do isolamento social e da interrupção de tratamentos.

Outro dado preocupante desse novo estudo do IESS é o indicativo de tendência de continuidade de alta dos custos para o atendimento à população mais jovem, baseando-se em uma metodologia internacional de projeção de custos (o modelo ARIMA, com linguagem Python). Isso torna o cenário de cuidados à saúde para a população mais jovem bastante desafiador, especialmente se considerado o fato de os planos de saúde estarem baseados no princípio do mutualismo, no qual os beneficiários mais saudáveis e os mais jovens subsidiam parte dos custos dos menos saudáveis e mais idosos.

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FOLHA.COM

Pedido de Dino sobre CPI dos Planos de Saúde aumenta tensão com Lira


O pedido do ministro Flavio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dê informações dos motivos pelos quais não instalou uma CPI que investiga a atuação das operadoras de planos de saúde aumentou a tensão da cúpula da Casa com o Supremo - e pode gerar nova reação dos parlamentares mirando a corte.

Na terça (13), Dino deu um prazo de 10 dias para que Lira prestasse informações, em resposta a uma ação da Associação Nenhum Direito a Menos, que acusa o alagoano de omissão. Segundo relatos, Lira se queixou do pedido do ministro.

A CPI foi apresentada em junho com 310 assinaturas de deputados e busca investigar a atuação das operadoras de plano de saúde. Nos bastidores, Lira já demonstrou contrariedade à instalação da comissão.

O pedido de Dino ocorre em meio ao acirramento do ambiente entre Legislativo e Judiciário, após decisões do magistrado que levaram à paralisação das emendas parlamentares.

No despacho, o ministro diz que o pedido será analisado após as informações concedidas por Lira, "as quais considero indispensáveis para a análise das alegações de violação a direito líquido e certo suscitadas pela associação impetrante".

Um aliado do presidente da Câmara diz que, caso Dino determine a instalação da comissão dos planos de saúde, o alagoano indicou que poderá instalar, em resposta, uma CPI que mira a atuação do Judiciário e também está na fila para ser aberta.

A CPI do Abuso de Autoridade foi apresentada pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). Ela tem a finalidade de investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem a observância do devido processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade, por membros do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal".

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JORNAL OPÇÃO

Hospital Infantil de Campinas alega que Instituto Municipal dos Servidores está a cinco meses sem pagar pelos serviços prestados

O Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS) está devendo cinco meses de pagamento ao Hospital Infantil de Campinas (HIC), de acordo com a direção do hospital. O HIC atende, por mês, a média de 700 pacientes trabalhadores do IMAS, que utilizam do pronto socorro, necessitam de internações com apartamento e enfermaria, UTI, cirurgias e consultas eletivas. No total, o Imas deve R$ 137.275,00 ao Hospital Infantil de Campinas.

Anteriormente, o Imas estava em atraso com o hospital há oito meses. Em 27 de maio, houve uma reunião na qual estavam presentes a presidente do Imas, Gardene Moreira, o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (conselho do Imas) e Márcio Coelho, diretor executivo do Hospital Infantil de Campinas. Ficou decidido no encontro que a dívida seria quitada dentro de 90 dias e que as faturas em atrasos iriam ser pagas de duas em duas. 

No mês de junho as duas parcelas foram pagas como combinado. Já no mês de julho apenas uma parcela foi paga, assim como o valor de agosto, que também teve pagamento de uma parte somente. Neste mês de agosto foi realizado o pagamento de R$ 6.000 referente ao mês de março. Segundo o diretor executivo do hospital, se a parcela de abril, que está em atraso, não for paga até amanhã, terça-feira, 20, os atendimentos aos servidores do Imas serão suspensos. 

Atualmente, o Hospital Infantil de Campinas é a única instituição de saúde pediátrica que presta serviços ao Imas. Os pagamentos são essenciais para continuação dos serviços e manutenção do hospital, considera Márcio Coelho, diretor executivo. 

Realizamos tratamentos de baixa, média e alta complexidade. Nosso corpo clínico é composto por 70 médicos. O contingente do Imas é muito grande e só temos uma UTI. Se temos uma UTI lotada de pacientes do Imas e ao mesmo tempo um grande atraso de pagamento da mesma instituição, o fluxo financeiro do hospital começa a ser comprometido

Caso os repasses não sejam feitos, o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia pode ser descredenciado, assim como aconteceu com o Hospital da Criança e o Plano Socorro Infantil. 

Em nota, o Imas se manifestou sobre a contexto de dívida. Leia a nota na íntegra abaixo.

Nota do IMAS sobre o Hospital Infantil de Goiânia

O Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) esclarece que o Hospital Infantil de Campinas segue com o pagamento dentro do prazo legal, cuja fatura referente ao mês de março de 2024 foi paga no dia 6 de agosto deste ano. Além disso, o hospital ainda recebe por meio de indenização, metodologia que precisa ser modificada para o credenciamento conforme edital publicado. Importante ressaltar que esse processo precisa ser regularizado pelo prestador o mais rápido possível.

Cabe ressaltar que o novo processo de credenciamento de todos os prestadores foi aberto pelo Imas em fevereiro de 2024, e o Hospital Infantil de Campinas pediu adesão apenas no dia 20 de maio. Até o momento, o processo não foi aprovado por falta de documentação exigida no edital, tendo em vista que o hospital consta com certidão federal positiva e a mesma precisa ser regularizada para que o novo credenciamento possa ser concluído.

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MANDEE | BLOG

Herdeiros de fundador da Amil vencem disputa com a Receita de quase R$ 700 milhões


Herdeiros do fundador da empresa de saúde Amil e controladores da rede de diagnósticos Dasa, os irmãos bilionários Pedro de Godoy Bueno e Camilla de Godoy Bueno Grossi ganharam uma disputa de quase R$ 700 milhões com a Receita Federal na semana passada. O caso envolveu a cobrança de impostos sobre uma parte do patrimônio deixado pelo pai Edson de Godoy Bueno, que morreu em fevereiro de 2017.

Para explicar o contexto: Godoy Bueno (pai) era o dono das cotas de um fundo de investimento exclusivo, ou seja, que não tinha outros cotistas. Com sua morte, as participações foram transferidas para os dois filhos - mas o dinheiro do fundo seguiu investido, ou seja, não houve resgate.

A Receita quis cobrar imposto de renda (IR) sobre o ganho de capital na herança das cotas. E a primeira turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu a favor da família do fundador da Amil. Não cabe mais recurso.

Fundos de investimento exclusivos são usados por milionários e bilionários como veículo de investimento e também de planejamento sucessório. A decisão no caso da família Godoy Bueno deve contribuir para balizar outras decisões.

Representados pelo escritório de advocacia Pinheiro Neto, os filhos do empresário entraram com o processo em 2018, ao serem surpreendidos pela cobrança. Na ocasião, a Receita utilizou uma norma infralegal emitida por ela própria para pedir o recolhimento de IR sobre um suposto ganho de capital, uma vez que o valor de mercado dos fundos aumentou ao longo dos anos. O fisco notificou o administrador dos fundos, o Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), para fazer o recolhimento do IR na transferência das cotas aos herdeiros.

O custo do imposto citado no processo judicial alcançou R$ 662,5 milhões, em valores atualizados. A alíquota utilizada foi de 15% sobre o ganho de capital, que é a diferença entre a última estimativa das participações declarada pelo empreendedor e o valor de mercado atual do patrimônio.

A partir do valor atualizado do imposto, o InvestNews calcula que o ganho de capital tenha sido de R$ 4,4 bilhões desde o falecimento de Edson Bueno. Estimativas do mercado avaliam o patrimônio total deixado pelo empresário em torno de R$ 7,5 bilhões.

O advogado Rodrigo Martone, sócio do Pinheiro Neto, faz uma ressalva importante sobre o caso. O representante da família Godoy Bueno explica que a ação não questionou pagar ou não o IR, mas em qual momento fazer o recolhimento. "O imposto vai ser pago. O que a gente discutiu foi o momento de pagamento." Em lugar de recolher o tributo agora, o desembolso será feito ao término do período de investimento.

No processo, os herdeiros argumentaram que, como os fundos são fechados, as cotas não podem ser resgatadas. Essa situação só aconteceria no encerramento dos portfólios, que têm prazo de validade. Desse modo, eles receberam as participações pelo o mesmo valor já declarado e não ocorreu uma realização de ganho de capital. O STJ teve o mesmo entendimento.

Com a decisão, os R$ 662 milhões que a Receita receberia agora vão ser pagos ao término de vigência dos fundos. A cifra terá ainda o acréscimo do imposto caso haja valorização do patrimônio de agora até o encerramento.

O simples adiamento do momento em que o fisco recebe seu quinhão pode trazer um ganho extra para os herdeiros. Esse diferimento fiscal, ou seja, o pagamento do IR só no fim dos fundos, preserva as reservas, que continuam a crescer sem desconto. Por exemplo, se as aplicações tivessem um rendimento equivalente ao do CDI, o ganho mensal hoje estaria em 0,83%. Com aplicação da alíquota de 15% a taxa líquida cairia para 0,70% ao mês.

Em um exercício prático, um investimento de R$ 1.000 subiria para R$ 1.104,27 em 12 meses com CDI cheio. No caso de incidência do imposto como queria a Receita, o mesmo valor aplicado terminaria o ano em R$ 1.087,31.

Decisão cria precedente

A interpretação do tribunal vale apenas para o caso dos herdeiros do fundador da Amil. Apesar de ser uma questão específica, o sócio do Pinheiro Neto afirma que a decisão cria precedente para outras famílias solicitarem o benefício.

"Como se trata de uma decisão de tribunal superior, acho que não só os herdeiros desse caso, mas todos os family offices que cuidam dessas cotas ficam muito mais confortáveis", diz Martone. Para que o entendimento da primeira turma do STJ pudesse valer para todo o país, o advogado considera ser necessário que outros herdeiros entrem com pedidos semelhantes na corte. "Mas não vejo como algo que possa acontecer no curto prazo; deve demorar anos para ter um volume de processos que leve o STJ a uma decisão vinculante."

O especialista lembra ainda que ações preventivas, ou seja, para evitar o pagamento do IR na fonte, funcionam melhor para os contribuintes. Foi o que fez a família Godoy Bueno. Quando os herdeiros já fizeram o recolhimento do imposto, a possibilidade é pedir na Justiça a devolução dos valores. O risco, no entanto, é de, mesmo em caso de vitória no tribunal, a pendência se tornar um precatório. Isso significa que, mesmo com uma decisão da qual a Receita não possa recorrer, os credores podem levar anos e até décadas para receber o dinheiro de volta.

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Assessoria de Comunicação