Administrador

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Segunda, 23 Outubro 2023 06:55

CLIPPING 21 A 23/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Tratamento para câncer terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde

Cientistas descobrem o que causaria perda de memória após Covid-19

No Brasil, pessoas negras são mais vítimas de erro médico e acidentes em cirurgias, diz boletim

Desinformação é ponto crítico para baixa cobertura vacinal de brasileiros entre 18 e 59 anos

Piso da enfermagem: advogados explicam impasse em relação ao pagamento dos valores estabelecidos

SUS terá novo teste rápido duplo para HIV e sífilis em gestantes

Conahp 2023 ratifica o papel do ESG na Saúde

AGÊNCIA ESTADO

Tratamento para câncer terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu incorporar dois medicamentos usados no tratamento para câncer na lista de cobertura obrigatória dos planos de saúde. A decisão, divulgada na segunda-feira, 9, foi aprovada em reunião extraordinária da Diretoria Colegiada do órgão realizada na semana passada.

Conforme a ANS, medicamentos para melanoma, tipo de câncer de pele, e câncer de endométrio, um dos tumores ginecológicos mais comuns, terão sua cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde a partir de 1º de novembro deste ano.

Encorafenibe, em combinação com Binimetinibe, para o tratamento de pacientes adultos com melanoma irressecável ou metastático.

Lenvatinibe, em combinação com Pembrolizumabe, para tratamento de pacientes adultas com câncer endometrial avançado.

Os dois medicamentos foram incluídos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

"As propostas de incorporação dessas tecnologias ao rol foram submetidas diretamente à ANS, tendo passado pela 18ª Reunião Técnica da Cosaúde, realizada em julho, e pela Consulta Pública 114, bem como por criteriosa análise técnica", afirmou a ANS.

O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é a lista de coberturas obrigatórias pelas operadoras de planos de saúde a todos os seus beneficiários, que conta com tecnologias disponíveis entre terapias, exames, procedimentos e cirurgias que atendem às doenças listadas na Classificação internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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JORNAL OPÇÃO

Cientistas descobrem o que causaria perda de memória após Covid-19

Pesquisa nos EUA descobre que pacientes com a modalidade longa da doença têm seus níveis de serotonina diminuídos

Cientistas propõem uma nova explicação para alguns casos de Covid longa com base em descobertas de que os níveis de serotonina estavam mais baixos em pessoas que sofrem com as sequelas. A descoberta é importante porque pode apontar o caminho para possíveis tratamentos, como a suplementação da substância no corpo.

No estudo publicado na última semana no periódico científico Cell, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia sugerem que a diminuição da serotonina pode ser provocada por resquícios do vírus da Covid-19 no intestino nos pacientes. A queda desses níveis seria a explicação, inclusive, para os problemas neurológios e cognitivos da Covid longa, de acordo com a pesquisa.

Esse é mais um dos novos estudos que relatam mudanças biológicas diversas em pacientes com Covid longa. E o resultado dessa pesquisa confirma o que muitas teorias sobre a causa da doença já previam: restos persistentes do vírus, inflamação, aumento da coagulação sanguínea e disfunção do sistema nervoso autônomo.

Para chegar à conclusão, pesquisadores analisaram o sangue de 58 pacientes com sintomas de Covid longa entre 3 e 22 meses após a infecção pelo coronavírus. Os resultados foram comparados à análise do sangue de outros 30 pacientes sem sintomas pós-Covid e 60 pacientes na fase aguda inicial da doença.

Nas amostra de fezes dos pacientes com Covid longa, foram encontradas partículas virais remanescentes do vírus. Com os dados encontrados, os cientistas concluíram que remanescentes virais estimulam o sistema imunológico a produzir interferons, que são proteínas de defesa.

Os interferons provocam nos pacientes inflamação e reduz a capacidade do corpo de absorver triptofano, um aminoácido que ajuda a produzir serotonina no intestino. Coágulos sanguíneos que podem se formar após uma infecção por coronavírus também podem prejudicar a capacidade do corpo de circular serotonina, segundo o estudo.

A serotonina é uma substância que desempenha um papel na memória de curto prazo, o que estaria relacionado com os problemas de memória e as alterações cognitivas relatada por pacientes com Covid longa.

No entanto, há ressalvas: uma vez que o estudo publicado não foi extenso, os resultados ainda precisam ser confirmados por novas pesquisas. Além disso, cientistas acreditam que não há apenas um único marcador responsável por diagnosticar a condição, que podem variar com base no tipo de sintomas e outros fatores.

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PORTAL G1

No Brasil, pessoas negras são mais vítimas de erro médico e acidentes em cirurgias, diz boletim

Entre 2010 e 2021, pessoas negras foram mais vítimas de erros médicos devido a acidentes ou à negligência profissional no Brasil. Essa é a conclusão do Boletim Saúde da População Negra, projeto do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e do Instituto Çarê.

O estudo foi divulgado esta semana pelo IEPS e pelo Instituto Çarê, criado com o objetivo de produzir pesquisas e informações sobre a saúde da população negra. Os dados são exclusivos.

A pesquisa também revelou que as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste apresentam mais casos de internação de negros por incidentes, como cortes acidentais numa cirurgia, em comparação com brancos.

Veja principais pontos sobre o tema

Quais foram os dados analisados pelo estudo?

O estudo levantou que, entre 2010 e 2021, foram registradas 66.496 internações por causa de "eventos adversos", que podem ser cortes acidentais, perfurações, limpeza (assepsia) insuficiente de uma ferida, objetos estranhos deixados no corpo do paciente durante procedimentos médicos, erros de dosagem, administração de substâncias contaminadas e outros. Pela média, foram 15 casos por dia.

Quais foram as principais conclusões estudo?

Em todas as regiões do país, menos no Sul, as taxas de internação devido a incidentes por causa de "eventos adversos" são mais elevadas entre a população negra.

Na média calculada de 2012 a 2021, no Norte e no Nordeste, as pessoas negras têm seis vezes mais chances de serem internadas por omissão médica em comparação com as brancas.

No Centro-Oeste, a probabilidade é três vezes maior. E, no Sudeste, as pessoas negras têm uma chance 65% mais elevada de serem hospitalizadas por conta de eventos adversos.

A análise comparou apenas negros e brancos pois a incidência de casos documentados de amarelos e indígenas foi baixa.

Qual a exceção?

Na região Sul, a tendência se inverte. Pessoas brancas apresentam uma probabilidade 38% maior de serem internadas por acidentes médicos em comparação com a população negra.

Como os erros médicos e acidentes ocorrem?

De acordo com o boletim, os erros médicos pode ocorrer em casos de negligência do médico, ação precipitada, imprudência do profissional e até desconhecimento teórico ou prático.

O instituto afirma que esses erros médicos são relacionados à deficiência no sistema organizacional e na execução dos serviços e que analisá-los é uma chance para aprimorar a qualidade do atendimento.

O estudo reconhece, porém, que "mesmo entre profissionais altamente conscientes, equívocos são inevitáveis devido à natureza humana".

Qual o perfil dos pacientes?

Dos 66.496 pacientes catalogados:

26.779 são brancos;

21.977 são negros;

792 são amarelos;

35 indígenas; e

16.913 sem informação.

Entre os negros que agrega pretos e pardos, 19.301 são pardos e 2.676 são pretos. Apesar da pequena diferença, as taxas dos acidentes com mulheres brancas superam as relativas às negras.

"Já para o caso dos homens, elas são um pouco maiores. Os homens negros têm apresentado as maiores taxas de acidentes e incidentes adversos, de maneira estável, desde 2016", aponta o texto.

Há soluções?

O documento diz que historicamente a população negra "sofre sobreposições de vulnerabilidades" pois "enfrenta mais barreiras no acesso à saúde e, inclusive, maiores níveis de discriminação racial no atendimento nos serviços de assistência médica".

Para o instituto, as desigualdades no tratamento médico mostram a "importância de políticas específicas".

O estudo cita a necessidade de aplicação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), para melhorar o acesso aos serviços de saúde à população como um todo.

"A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) (Brasil 2009), por exemplo, oferece diretrizes valiosas para abordar as disparidades, incluindo a promoção do acesso equitativo a serviços de saúde, o combate ao racismo estrutural e a participação ativa das comunidades afetadas no desenvolvimento de políticas de saúde", diz o artigo.

Qual critério foi escolhido para a análise?

Os dados usam como base o Sistema de Informações Hospitalares (SIH).

O estudo analisou internações relacionadas a acidentes e incidentes adversos, conforme definidos pela Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Esta classificação diz respeito a situações que ocorrem na prestação de cuidados médicos e cirúrgicos.

Também foram considerados eventos na etapa do diagnóstico e também relativos a terapias, com uso de dispositivos médicos.

O autor do estudo e pesquisador do IEPS, Rony Coelho, explica que as taxas de internação comparam o número de internações em cada grupo étnico com base em uma população de 10 mil habitantes. Ele usou as estimativas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua, IBGE).

"Assim, ao calcular as taxas de eventos (neste caso, acidentes e incidentes adversos) em relação à raça ou cor da população, ficam ajustados (balanceados) os números para garantir que não haja viés devido às diferenças na distribuição racial ou étnica na população. Isso visa evitar distorções nos dados causadas pela concentração de diferentes grupos raciais ou étnicos em determinadas regiões geográficas", disse o representante do IEPS.

"Por exemplo, se a população negra é mais numerosa em uma região do país e a população branca é mais numerosa em outras, os valores brutos podem ser influenciados por essa distribuição regional desigual. No entanto, ao realizar o cálculo das taxas elas refletem as diferenças raciais ou étnicas na população de maneira equitativa, independentemente de onde esses grupos predominem geograficamente. Isso ajuda a obter uma imagem mais precisa das disparidades de saúde entre diferentes grupos raciais ou étnicos, levando em consideração a distribuição demográfica em todo o país", exemplificou.

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CORREIO BRAZILIENSE

Desinformação é ponto crítico para baixa cobertura vacinal de brasileiros entre 18 e 59 anos


A baixa cobertura vacinal de adultos é um ponto vulnerável na saúde brasileira. Na avaliação de especialistas ouvidos pelo Correio, a desinformação constitui um fator crítico para esse quadro.

"Para o público adulto, alguns dos obstáculos incluem a falta de conscientização sobre a importância da vacinação contínua ao longo da vida. Muitos adultos podem erroneamente acreditar que as vacinas são apenas para crianças e não perceber que a imunização é fundamental para sua própria saúde", comenta Lurdinha Maia, coordenadora da assessoria clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos/Fiocruz.

A desinformação é outro obstáculo contra a vacinação em um país de dimensões continentais. "A propagação de mitos e informações falsas sobre vacinas pode levar a uma hesitação em receber os imunizantes recomendados. Além disso, a falta de campanhas de promoção específicas para adultos e idosos pode levar a uma falta de conscientização sobre a importância da vacinação nestes grupos", observa a coordenadora.

Ações abrangentes são necessárias. "Para superar esses desafios, é fundamental fornecer informações precisas, promover a educação em saúde em comunidades, clínicas e consultórios médicos para esclarecer mitos e desinformações sobre vacinas", acredita Lurdinha Maia. É preciso, ainda, "garantir o acesso fácil e econômico às vacinas; fortalecer a confiança nos imunizantes; e promover políticas de saúde pública que reconheçam a importância da vacinação ao longo da vida".

Na avaliação da médica, é fundamental envolver profissionais de saúde, comunidades e grupos de interesse para garantir que a mensagem sobre a importância da vacinação chegue a todos os segmentos da população.

"Nunca me perguntam"

Na rede de atendimento primária, são comuns os relatos de falta de informação. A servidora pública Sônia Ferreira Campos, 65 anos, relata que tomou as vacinas destinadas a adultos apenas quando estava grávida. Ela não sabe se tem que atualizar sua caderneta de vacinação. "Não vejo esse incentivo ao público adulto para ir se vacinar. Seria muito bom se tivesse. Acho que o governo deveria fazer esse incentivo na TV, jornal etc."

Para Maria das Dores, 70, o incentivo à vacinação nos últimos anos é mínimo. "Em minhas consultas, nunca me perguntam se eu me vacinei. Mas pela minha curiosidade, sempre procuro e me vacino".

O médico infectologista Victor Bertollo Gomes Porto avalia a vacinação adulta e idosa como uma forma de contenção e diminuição do risco epidemiológico na sociedade, com o poder de fortalecer a qualidade de vida e a longevidade. Em compensação, a falta dela pode levar à evolução de doenças que levam a complicações graves e consequentes sequelas.

"A vacinação traz a proteção tanto dos indivíduos como da sociedade como um todo", ressalta Gomes Porto. "As vacinas são um dos melhores custos efetivos na medicina, pois elas reduzem os gastos de saúde por reduzir internações e conseguem desafogar o grande número de pacientes nos sistemas de saúde", complementa o infectologista.

A vacinação adulta também tem efeitos em outras parcelas da população. Estudos indicam que a cobertura vacinal no grupo entre 18 e 59 anos contribui fortemente para a preservação da saúde imunológica idosa e infantil. A chamada "imunização de rebanho", quando um alto percentual da população está vacinado, protege indiretamente aqueles que não podem ser vacinados devido a condições médicas, a alergias ou porque são muito jovens.

A vacinação entre idosos também é estratégica. "É um componente fundamental para o envelhecimento saudável, aumentando a expectativa e a qualidade de vida", avalia o médico.

Imunossuprimidos

A cobertura vacinal de adultos e idosos ajuda, em particular, um público específico: os imunossuprimidos. "Essas pessoas necessitam muito da imunidade coletiva para diminuir a circulação e até mesmo bloquear a circulação de vírus na população", alerta o infectologista. "A vacinação adulta protege esses grupos de risco porque reduz o risco de complicações graves e hospitalizações. Protege também grupos vulneráveis, como crianças muito jovens e pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, que podem não ser elegíveis para algumas vacinas ou podem não responder bem a elas", explica Lurdinha.

Para atender os imunossuprimidos, existem esquemas especiais de atendimento na rede pública, os Centros de Referências de Imunobiológicos Especiais/CRIEs. Essas unidades de saúde são ofertadas para pacientes, da rede pública ou privada, que se encaixarem nos critérios e indicações para uso de imunológico especial.

O Boletim Temático da Biblioteca do Ministério da Saúde de 2022 revela que, em 2030, o número de idosos irá superar o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. Em 2050, poderá representar 30% da população brasileira.

A fim de informar esse público específico, o Ministério da Saúde oferece a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa para o acompanhamento multidimensional a nível primário de atenção. O documento possibilita o monitoramento da saúde e viabiliza a orientação sobre vacinação e outros pontos importantes na saúde sênior.

Para anotar e guardar

É grande a lista de vacinas direcionadas ao público adulto e idoso. Nem todas estão disponíveis na rede pública. Confira as doses recomendadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e pelo Ministério da Saúde.

ADULTO 20 a 59 anos

dTpa ou dTpa-VIP / Dupla adulto - dT

RECOMENDAÇÕES: Quem estiver com o esquema de vacinação básico completo: reforço com dTpa a cada 10 anos; quem estiver com o esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com dT de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componentes tetânico. Não vacinados e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0-2-4 a 8 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, dT e dTpa para gestantes, puérperas e profissionais da saúde| Clínicas privadas: Sim, sTpa e dTpa-VIP.

Influenza (gripe)

RECOMENDAÇÕES: Dose única anual; em imunossuprimidos e em situação epidemiológica de risco, pode ser considerada uma segunda dose, a partir de 3 meses após a dose anual. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, 3V para adultos pertencentes a grupos de risco | Clínicas privadas: Sim, 3V e 4V.

Pneumocócicas

RECOMENDAÇÕES: A vacinação entre 50 a 59 anos com VPC13 ou VPC15 fica a critério do médico.

DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim. VPC13, VPC15 e VPP23.

Herpes zóster

RECOMENDAÇÕES: Rotina a partir de 50 anos; vacina atenuada (VZA) - dose única; vacina inativada (VZR) - duas doses com intervalo de 2 meses (0-2). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, VZA e VZR.

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

RECOMENDAÇÕES: Duas doses acima de 1 ano de idade, com intervalo mínimo de um mês entre elas; para adultos com esquema completo, não há evidências que justifiquem uma terceira dose como rotina, podendo ser consideradas em situações de risco epidemiológico, como surtos de caxumba e/ou sarampo.

DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, duas doses até 29 anos; uma dose entre 30 e 59 anos | Clínicas privadas: Sim.

Hepatites A, B ou A e B

RECOMENDAÇÕES: Hepatite A: duas doses, no esquema 0-6 meses; Hepatite B: três doses, no esquema 0-1-6 meses; Hepatite A e B: três doses, no esquema 0-1-6 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Hepatite A- Não; Hepatite B- Sim; Hepatite A e B- Não | Clínicas privadas: Hepatite A- Sim; Hepatite B- Não; Hepatite A e B- Sim.

HPV

RECOMENDAÇÕES: Duas vacinas disponíveis no Brasil, HPV4 e HPV9. É recomendado, sempre que possível , o uso preferencial da vacina HPV9 e a revacinação daqueles anteriormente vacinados com HPV2 ou HPV4, com o intuito de ampliar a proteção para os tipos adicionais; não vacinados anteriormente: três doses de HPV9 (0-2-6 meses) a partir de 15 anos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, HPV4 e HPV9.

Varicela (catapora)

RECOMENDAÇÕES: Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um a dois meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Meningocócicas conjugadas ACWY ou C

RECOMENDAÇÕES: Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Meningocócica B

RECOMENDAÇÕES: A indicação dependerá da situação epidemiológica; duas doses com intervalo mínimo de 12 mês (Bexsero) ou 6 meses (Trumenba); Não se conhece a duração da proteção .conferida e, consequentemente, a necessidade de dose(s) de reforço. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Febre amarela

RECOMENDAÇÕES: Recomendação do PNI: se recebeu a primeira dose antes dos 5 anos, indicada uma segunda dose, independente da idade atual. Se aplicada a partir dos 5 anos de idade: dose única; recomendação da SBIm: Duas doses. Como há possibilidade de falha vacinal, está recomendada uma dose com intervalo de 10 anos. Essa vacina pode ser exigida pela emissão do CIVP - Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, atendendo as exigências sanitárias de alguns destinos internacionais. Nesse caso, deve ser aplicada até 10 dias antes de viajar. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Sim.

Dengue

RECOMENDAÇÕES: Qdenga é recomendada até 60 anos independentemente de contato prévio com o vírus da dengue. Esquema de duas doses com intervalo de três meses entre elas (0-3 meses). Dengvaxia é recomendada somente até 45 anos, soropositivos para dengue. Esquema de três doses com intervalo de seis meses entre elas (0-6-12 meses). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Covid-19

RECOMENDAÇÕES: Para pessoas de 12 a 39 anos não incluídas no grupo prioritário recomendado para receber as vacinas bivalentes e que não iniciaram a vacinação ou que estão com o esquema vacinal incompleto, deverá ser realizado o esquema primário utilizando duas doses das vacinas Covid-19 (monovalente) e o reforço com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses. // Para pessoas de 40 a 59 anos de idade não incluídos no grupo prioritário recomendado para receber as vacinas bivalentes, o esquema vacinal é composto por duas doses (1ª dose e 2ª dose) e duas doses de reforço (1° reforço e 2° reforço). DISPONIBILIDADE: É recomendado o acesso a dados atualizados sobre a disponibilidade de vacinas e grupos contemplados na fase recorrente de vacinação de sua localidade.

IDOSO 60+ anos

VACINAS DE ROTINA

Influenza (gripe)

RECOMENDAÇÕES: Dose única anual, preferencialmente com a vacina quadrivalente de alta concentração (high dose, HD4V). Na impossibilidade, usar vacina disponível (preferencial 4V em relação a 3V) e, nesses casos, em situação epidemiológica de risco, considerar uma segunda dose a partir de três meses após a dose anual. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, 3V | Clínicas privadas: Sim, 3V, 4V e HD4V.

Pneumocócicas conjugadas VPC13 ou VPC15 e polisacarídica VPP23

RECOMENDAÇÕES: Iniciar com uma dose da VPC13 ou VPC15 seguida de uma dose de VPP23 de seis a 12 meses depois, e uma dose de VPP23 cinco anos após a primeira. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não, VPC13. Sim, VPP23 somente para asilados e grupos de risco aumentado | Clínicas privadas: Sim, VPC13, VPC15 E VPP23

Herpes zóster

RECOMENDAÇÕES: A partir de 50 anos - Vacina atenuada (VZA): dose única; Vacina inativada (VZR): duas doses com intervalo de dois meses (0-2). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, VZA e VZR.

dTpa ou dTpa-VIP / dupla adulto - dT

RECOMENDAÇÕES: Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT. Quem estiver com o esquema de vacinação básico completo deve tomar um reforço com dTpa a cada 10 anos. Quem estiver com esquema de vacinação básico incompleto deve tomar uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico. Não vacinados e/ou com histórico vacinal desconhecido devem tomar uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0-2-4 a 8 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, dT e dTpa para profissionais da saúde | Clínicas privadas: Sim, sTpa e dTpa-VIP.

Hepatite B

RECOMENDAÇÕES: Três doses, no esquema 0-1-6 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Não.

Febre amarela

RECOMENDAÇÕES: Recomendação PNI: Se aplicada a partir dos 5 anos de idade: dose única. O serviço de saúde deverá avaliar a indicação, considerando o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária e/ou decorrentes de comorbidades. Recomendação SBIm: Duas doses. Como há possibilidade de falha vacinal, está recomendada uma segunda dose com intervalo de 10 anos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Sim.

Covid-19

RECOMENDAÇÕES e DISPONIBILIDADE: É recomendado o acesso a dados atualizados sobre a disponibilidade de vacinas e grupos contemplados na fase recorrente de vacinação de sua localidade.

VACINAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

Hepatite A

RECOMENDAÇÕES: Na população com mais de 60 anos, é incomum encontrar indivíduos suscetíveis. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é prioritária. A sorologia pode ser solicitada para definição da necessidade ou não de vacinar. Em contactantes de doentes com hepatite A, ou durante surto da doença, a vacinação deve ser recomendada. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Hepatites A e B

RECOMENDAÇÕES: A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Meningocócicas conjugadas ACWY ou C

RECOMENDAÇÕES: Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

RECOMENDAÇÕES: Na população com mais de 60 anos, é incomum encontrar indivíduos suscetíveis ao sarampo, caxumba e rubéola. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é rotineira. Porém, a critério médico (em situações de surtos, viagens, entre outros), pode ser recomendada. Contraindicada para imunodeprimidos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Fonte: Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2023/2024 | Ministério da Saúde | Programa Nacional de Imunizações (PNI)

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PORTAL BRASIL 61

Piso da enfermagem: advogados explicam impasse em relação ao pagamento dos valores estabelecidos


A discussão sobre o piso salarial da enfermagem está em pauta no Brasil há anos. Em 4 de agosto de 2022, a lei n.° 14.434 estabeleceu um valor mínimo de salário para enfermeiras, técnicas em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras em todo o país. Posteriormente, a Emenda Constitucional n.° 127/2022 determinou que caberia à União prestar assistência financeira complementar aos estados, municípios, Distrito Federal e entidades filantrópicas, como explica a advogada especialista em direito trabalhista, Camila Andrea Braga.

"A questão da reivindicação em relação ao piso salarial para a categoria de enfermagem já é bem antiga, até porque a lei que regulamentou o exercício da enfermagem profissional é de 1955 e não previa um piso salarial para a categoria de enfermagem". A especialista ainda destaca. "O pleito ganhou força maior durante a pandemia de Covid-19, em que se evidenciou a importância e a relevância desses profissionais", avalia.

VEJA MAIS:

Segundo Camila, assim que a lei foi sancionada e as entidades tomaram conhecimento da necessidade de seguir o novo piso da categoria, a Confederação Nacional de Saúde (CNS) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federa (STF), questionando algumas questões da lei, pedindo a inconstitucionalidade para que não fosse aplicado esse piso. "Por isso que essa questão foi parar no Supremo Tribunal Federal", salienta.

Divergências

De acordo com o advogado trabalhista Donne Pisco, por não tratar especificamente sobre o piso salarial, a profissão de enfermagem trouxe uma série de discrepâncias em âmbito nacional. "Isso acabou sendo objeto de atuação por parte das entidades representativas e que levou a regulamentação e a fixação do piso para a aplicação em âmbito nacional", reforça.

A medida valeria para aqueles que atendessem, no mínimo, 60% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para o cumprimento do piso salarial. Conforme Donne Pisco, dadas as condicionantes fixadas na decisão do STF, é que a "aplicação indistinta" da lei instituidora do piso de enfermagem não ocorre em sua plenitude.

"Ocorre apenas em relação aos servidores públicos civis da União em que há cumprimento efetivo do piso desde já a partir da decisão do STF. Em relação aos demais, ficou determinado que se observasse ali todos os requisitos para suplicação", informa.

Conforme o especialista, também deveria ser considerado o impacto financeiro dessas medidas em relação a estados e municípios, a possibilidade de fazê-lo com a complementação orçamentária a cargo da União e em relação à iniciativa privada condicionada à negociação coletiva. "Esses são os entraves que, no presente momento, condicionam a aplicação efetiva integral da lei instituidora do piso salarial dos enfermeiros", aponta.

Quem vai pagar a conta?

Como o novo piso ainda dependia de um dinheiro extra para que estados e municípios pudessem garantir o pagamento, o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei liberando mais de R$ 7 bilhões para ajudar as regiões a garantirem o piso salarial para profissionais da enfermagem. Na opinião da especialista Camila Braga, o maior impasse é o orçamentário.

"Para o pagamento do piso de maio até dezembro de 2023, foi reservado um valor de R$ 7,3 bilhões, que está sendo repassado proporcionalmente, mas o repasse é uma parcela do pagamento. A outra parcela, o outro ente tem que arcar. E o que estão dizendo é que eles não têm dinheiro para arcar com o novo valor ainda com o recebimento do repasse", revela.

Camila ressalta que o governo federal já está fazendo os repasses, mas estados e municípios informam que esse repasse não é suficiente para arcar com o acréscimo do piso em relação aos profissionais já existentes dentro da rede pública.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) entende que a não inclusão do recolhimento de encargos patronais gerará ainda mais desequilíbrio nos municípios, em especial nas localidades mais pobres. Segundo as estimativas da entidade, realizadas em setembro de 2022, do impacto global de R$ 10,5 bilhões, ao menos 24% (R$ 2,5 bilhões) seriam pagamentos das prefeituras a título de encargos patronais.

Definição da situação

Donne Pisco explica que o STF acabou suspendendo os efeitos da lei para esclarecer a situação. "A ideia era apurar a situação financeira de estados e municípios afetados pela aplicação do novo patamar remuneratório, a avaliação a respeito da empregabilidade dada a alegação de possibilidade de demissão em massa em função do incremento de custo na atividade e também para que fosse avaliada a qualidade dos serviços dada a alegação de risco de fechamento de leitos", salienta.

Segundo ele, o Supremo definiu que prevalece a exigência de negociação sindical coletiva como requisito procedimental obrigatório, mas que, se não houver acordo, o piso deve ser pago conforme fixado em lei.

Os representantes dos trabalhadores de enfermagem e os empregadores do setor privado marcaram uma reunião para a próxima quinta-feira (26), para definir o ajuste salarial da categoria. A CNS solicitou auxílio do TST para chegar a um acordo com relação ao valor que a categoria deve receber de ajuste salarial.

No último dia 21 de agosto, o Ministério da Saúde fez o primeiro repasse adicional aos estados e municípios do piso nacional da enfermagem. Até o fim de 2023, serão pagas nove parcelas, incluindo o 13º salário. Os valores praticados são: enfermeiros: R$ 4.750, técnicos de enfermagem: R$ 3.325 e auxiliares e parteiras: R$ 2.235.

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FOLHA.COM

SUS terá novo teste rápido duplo para HIV e sífilis em gestantes


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde anunciou investimento de R$ 27 milhões para a aquisição de um teste duplo para detecção de sífilis e HIV.

Com a verba, a pasta espera adquirir cerca de 4 milhões de testes rápidos, a serem distribuídos aos estados ainda até o final de 2023, de acordo com nota divulgada pela pasta da Saúde na última sexta (20). Os testes serão ofertados, em um primeiro momento, além de gestantes, para profissionais do sexo e homens que têm relação com outros homens.

O teste rápido foi produzido por pesquisadores do Lais (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde), ligado à UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), dentro do programa "Sífilis Não", desenvolvido pelo laboratório e pelo Ministério da Saúde, como parte de ações de enfrentamento à doença que ocorrem desde 2017.

O programa, que tem o apoio da Opas/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde), tem como objetivo principal reduzir os casos de sífilis em gestantes e em bebês.

Como mostrou reportagem da Folha, os novos casos de sífilis no pós-pandemia cresceram em todas as faixas etárias. Foram registrados 213 mil casos de sífilis no país em 2022, segundo boletim epidemiológico do ministério divulgado na última sexta, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Já a sífilis congênita, que é passada da mãe para o bebê, teve um crescimento de 17,6%, entre 2011 e 2017, e um aumento de 16,7% subsequente.

Apesar de os exames para detecção de sífilis e HIV fazerem parte da rotina de pré-natal, os médicos afirmam que as gestantes não procuram o diagnóstico por medo de uma reação do parceiro, já que ela pode sofrer violência doméstica e agressões se o marido julgar que ela foi infiel.

Assim, a disponibilidade de testes duplos para detecção das duas infecções sexualmente transmissíveis pode ajudar a reduzir os diagnósticos tardios e aumentar a prevenção de novos casos, especialmente na chamada sífilis congênita, passada da mãe para o bebê durante a gravidez.

Para a produção dos testes duplos (chamados "duos testes"), os pesquisadores do Lais importam insumos e fabricaram os primeiros testes utilizados, em um primeiro momento, em um projeto-piloto focado nas gestantes. Esta etapa do projeto teve início em outubro do último ano na atenção primária à saúde de Natal (RN).

Os testes rápidos utilizam um ensaio imunocromatográfico de fase sólida para a detecção dos anticorpos específicos para HIV ou Treponema pallidum, a bactéria causadora de sífilis, simultaneamente em soro humano, plasma ou sangue total.

O ensaio imunocromatográfico ficou conhecido por ser utilizado durante a pandemia da Covid na primeira forma dos chamados testes rápidos ou sorológicos. Esses exames ocorrem através da ligação de amostra de ouro coloidal com o conjunto antígeno-anticorpo que se deseja investigar, produzindo uma banda. Os aparelhos desses testes são semelhantes aos usados para testes de glicemia, onde é colhida uma gota de sangue da ponta do dedo. Os resultados saem em menos de dez minutos.

Embora os testes rápidos para detecção de HIV tenham um amplo uso e distribuição pelo SUS, a utilização de exames rápidos para sífilis acaba tendo um alcance menor do que o esperado, segundo o próprio governo.

Além do aumento de sífilis, o país enfrenta também um crescimento de outras ISTs, principalmente no público mais jovem.

Apesar de ser ter sido pioneiro na oferta de antirretrovirais pelo SUS para o tratamento de Aids, o Brasil só cumpriu 1 das 3 metas propostas pela OMS para combater a epidemia. Com isso, tem crescido o número de pessoas mais velhas convivendo com o vírus.

Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou também um novo protocolo de diretrizes terapêuticas para pacientes vivendo com HIV/Aids focado no público mais velho. A iniciativa, assim como o projeto "Sífilis Não", faz parte da meta do governo de eliminar ou controlar, até 2030, 14 doenças com elevada incidência em regiões de maior vulnerabilidade social, como é o caso do HIV e da sífilis.

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SAÚDE BUSINESS

Conahp 2023 ratifica o papel do ESG na Saúde

O Conahp 2023 contou com um palco exclusivo para tratar de assuntos relacionados a ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa), tema que se consolidou como um pilar estratégico para o setor de saúde. São práticas com o intuito de gerar impacto positivo no meio ambiente e na qualidade de vida de funcionários e da população brasileira.

No painel “Como o pilar social vem sendo trabalhado no setor”, moderado por Luciana Gutierres, gerente técnica de Inovação e Sustentabilidade da Solvi, representantes da área de Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês apresentaram a dinâmica e os resultados do TeleNordeste. Esta é uma iniciativa do Ministério da Saúde executada por seis hospitais de referência, que integram o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). A discussão também contou com representantes do Hospital São Julião, no Mato Grosso do Sul, que trouxeram a experiência da transição no modelo de gestão.

Criado em 2009, o PROADI-SUS busca apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assitência. Um dos projetos é o TeleNordeste. Sabrina Dalbosco Gadenz, gerente do portfólio de Saúde Digital e Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês, e Vânia Bezerra, diretora de Compromisso Social da mesma instituição, trouxeram o recorte da operação que lhes cabem, com a cobertura de 86 municípios do Ceará e da Bahia. Ao todo, são 700 UBSs e 12 Pólos de Base de Saúde Indígena.

O TeleNordeste propõe atenção especializada inclusiva e está conectado com sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) definidos pela ONU: erradicação da pobreza; fome zero; boa saúde e bem-estar; educação de qualidade; indústria, inovação e infraestrutura; redução das desigualdades e combate às alterações climáticas.

Atualmente, existem cerca de dois médicos por mil habitantes no Brasil. No sudeste, a proporção é maior, são três. Já no nordeste, a média cai pela metade, é um médico para cada mil pessoas. Neste cenário, o projeto traz soluções digitais para conexão entre a Atenção Primária à Saúde com especialistas. São mais de 40 linhas de cuidado digitais para oferecer os melhores desfechos clínicos no interior do nordeste.

TeleNE na prática

Na prática, o médico da UBSs liga conta com uma central de especialistas do Sírio-Libanês. Por exemplo, o médico generalista está com dificuldade para manejar um paciente com problemas cardiovasculares. Ele liga para central e um cardiologista do hospital ajuda na condução do caso do paciente. Após uma avliação de risco junto ao médico da UBS, é possível definir se o paciente pode ser tratado na APS ou necessiat ser encaminhado ao especilaista, na Atenção Secundária à Saúde.

Já foram realizadas 380 teleinterconsultas; 3.200 pacientes atendidos, sendo que 85% dos problemas de saúde foram resolvidos sem encaminhamento para consulta presencial. Com NPS 98, o projeto a ajuda a promover o letramento em saúde digital. Houve redução do tempo de espera para consultas e exames; de inequidades socioambientais; custo de deslocamento; pagamento de consultas e medicamentos desnecessários.

Do ponto de vista ambiental, cerca de nove toneladas de carbono deixaram de ser emitidas e 100 casas/ ano energia de energia foram poupadas, já que muitos deslocamentos foram evitados. Além disso, 220 árvores foram reflorestadas junto à comunidade indígena.

Líder em ação

Com 82 anos de existência, o Hospital São Julião, referência no tratamento de hanseníase, viveu uma mudança na gestão, em 2021, após cerca de 40 anos sob o comando da Irmã Silvia Vecellio, que hoje é presidente de honra da instituição. Com a chegada de Geraldo Maiolino, sucedido pelo presidente Carlos Augusto Melke, a gestão precisou ser remodelada.

Durante o encontro no Conahp, Caoana Duarte, gerente de Gestão de Pessoas do Hospital São Julião, e Jessyka Souza Mendes, superintendente de Gestão da instituição, mostraram como tem sido viver essa período de transformação, que está ocorrendo de modo top down. Existia uma fragilidade na profissionalização da liderança.

Com a ajuda dos Voluntários da Saúde, associação fundada e presidida por Fernando Torelly – CEO do Hcor e conselheiro da Anahp –, foi criado o primeiro módulo de formação para o líderes do hospital, o Líderes em Ação, que veio para atualizar e otimizar a gestão e os processos.

O programa trabalha com líderes desde a operação até a gestão estratégica, passando por assuntos como custos, recursos, processos, equipes e resultados.  Destaca o papel do líder, a partir de estilos de lideranças, responsabilidades e limites. Desenvolve fortemente como formar equipes, com entrevistas por competências e olhar estratégico para equipe. A iniciativa também ensina a usar ferramentas de gestão de desempenho e formas de condução. Houve um trabalho intenso com abordagens para estimular cultura e engajamento, além de conscientização sobre o assédio moral.

Caoana ressalta que, somente em nove meses, os resultados são visíveis. Para ela, a transição está ocorrendo de forma natural e leve. Os Voluntários da Saúde “ensinaram os profissionais a pescar”, agora que consigam caminhar com as próprias pernas.

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Assessoria de Comunicação

0 18 10 23 case

Sabe aquela escala de plantão médico elaborada em Excel, cheia de planilhas e que sempre exige um esforço redobrado na hora de conferir os horários e fechar a folha de pagamento? Pois é: você pode esquecê-la. Isso mesmo! Foi o que fez o associado Hospital Evangélico Goiano após a adoção de um aplicativo que possibilita a gestão das escalas com muito mais eficiência e agilidade.

Esse case foi apresentado aos associados em reunião na Ahpaceg, no dia 18, quando representantes do hospital e da empresa IAH - Soluções Integradas, parceira da Ahpaceg e da Ampheg (Associação dos Médicos de Hospitais Privados do Estado de Goiás), detalharam funcionalidades do aplicativo.

Com um simples clique, o gestor consegue gerenciar a escala de médicos plantonistas, acompanhando a presença dos profissionais no hospital, os horários de entrada e saída, faltas ou trocas de plantão.

Ao término do período, o sistema ainda traz o relatório financeiro de cada usuário/plantonista, com sua escala efetiva, horas trabalhadas e qual valor tem a receber.

Por meio do aplicativo, apresentado por Gustavo Clemente, Bruno Lucena, Matheus Catão e Fillipe Siqueira, o hospital também pode ofertar vagas, selecionar o perfil do profissional desejado em diversas especialidades médicas, definir normas para a atuação na unidade e, graças à inteligência artificial, adequar a sua demanda de plantonistas de acordo com o mapa de calor na unidade e a sua necessidade operacional.

Detalhe: toda a documentação, como diploma médico e registro de especialidade médica do profissional, é conferida pela Ampheg antes do cadastro na plataforma.

E tem mais: o aplicativo pode incluir profissionais de outras áreas, como toda a equipe assistencial e administrativa, enfermagem e fisioterapeutas. Quer saber mais? Ligue: (62) 99310-5827 (Matheus Catão)

 

SAMARITANO DE GOIÂNIA

 

Na mesma reunião, os associados da Ahpaceg puderam conhecer outra experiência de sucesso em gestão: o Business Intelligence adotado pelo associado Hospital Samaritano de Goiânia. A diretora executiva do hospital, Anailma Graciotte, destacou a eficiência na gestão, agilidade do trabalho e economia proporcionadas pelo uso da ferramenta da empresa Easy Vision.

Maycon Samuel e Danilo Chaves, da goiana Easy Vision, falaram aos associados sobre a solução que evita, por exemplo, perdas no faturamento devido a cobranças erradas e a aplicação de tabelas desatualizadas.

“Com esse sistema, encontramos soluções que evitam falhas que levam a glosas futuras”, contou Anailma. “O sistema já faz uma auditoria prévia nas contas e aponta erros que podem ser sanados antes do envio aos convênios”, disse Maycon Samuel, ressaltando que a solução integra e centraliza informações e se comunica com diferentes sistemas operacionais.

A Easy Vison foi fundada em 2020 com objetivo de aprimorar a gestão hospitalar e eficácia no faturamento e suas soluções podem ser adequadas de acordo com a demanda do cliente. Para mais informações, ligue (62) 3221 5886.

Sexta, 20 Outubro 2023 06:54

CLIPPING AHPACEG 20/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe
Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados

Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento

Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada

Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade

TERRA

Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe



Uma fisioterapeuta é acusada de fraude milionária em solicitações de reembolso da SulAmérica, operadora de plano de saúde. A empresa afirma que a mulher fornecia documentação fraudulenta aos seus pacientes para a abertura de solicitações indevidas de reembolso.

A profissional, que atende na Bahia, fraudava pedidos médicos, liberando beneficiários para fazer procedimentos de saúde. Embora não tenha detalhado como ela agia, a SulAmérica afirma que os supostos procedimentos feitos a diversos beneficiários somaram mais de R$ 2 milhões em pedidos de reembolso.

Um dos fatores que chamaram a atenção da seguradora foi o volume impraticável de atendimentos em uma mesma data. Em um único dia, a fisioterapeuta teria realizado 97 atendimentos. Entre dezembro de 2019 e abril de 2023, foram apresentadas 894 solicitações de reembolso.

A SulAmérica obteve liminar judicial do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para impedir que a fisioterapeuta realize atendimentos aos beneficiários do plano de saúde. A operadora também foi autorizada a deixar de pagar as solicitações de reembolso. O Terra teve acesso à decisão do juiz do TJ-BA Fabio de Oliveira Cordeiro.

Na decisão, o juiz escreve: "DEFIRO O PEDIDO LIMINAR PARA EFEITO de determinar à requerida que se abstenha de realizar atendimentos tendo como beneficiários os segurados do plano requerido, autorizando ainda que o réu deixe de quitar até ulterior determinação os pedidos eventualmente apresentados a contar da data da presente data."

Conselho Regional de Fisioterapia

O Conselho Regional de Fisioterapia da Bahia abriu processos éticos para apurar o caso. "Informamos a abertura de processos éticos para a apuração das denúncias apresentadas", diz trecho do comunicado.

"Adotaremos as medidas necessárias para garantir uma investigação justa e imparcial. Os processos éticos instaurados seguirão rigorosamente as normas regulamentares vigentes", acrescenta.

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MEDICINA S/A

Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados

A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) divulgou a segunda edição da publicação "ESG nos hospitais Anahp: resultados e boas práticas", documento que reúne dados da atuação dos associados nos três âmbitos ESG, com iniciativas relacionadas à humanização da assistência, gestão de resíduos, eficiência energética, inovação e tecnologia, entre outras temáticas emergenciais.

Com dados coletados entre 81 hospitais, os projetos em destaque visam dar visibilidade às práticas de governança, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social do setor, mensurando o impacto positivo das ações das instituições privadas de saúde nos entornos de suas comunidades e para a sociedade como um todo.

Além dos 133 cases detalhados, a publicação traz números gerais de trabalhos colocados em prática no período entre junho de 2022 e junho de 2023: em 12 meses, 691 projetos foram desenvolvidos embaixo do guarda-chuva de ESG (Environmental, Social and Governance), 12,7 milhões de pessoas impactadas diretamente e mais de R$ 507 milhões investidos. Confira o conteúdo completo aqui.

"A pandemia de Covid-19 ampliou a importância dos critérios ESG ao destacar a interconexão global e a vulnerabilidade frente a desafios ambientais e sociais. Essa percepção reverberou na sociedade e se tornou um ponto de partida para o setor da saúde pública e suplementar, dada a urgência de se promover uma abordagem mais integrada e sustentável para enfrentar desafios atuais e futuros", destaca Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

Conforme salienta Britto, a saúde é, por si só, fundamentada no princípio essencial de ESG, que é fazer a diferença na vida das pessoas. Ou seja, antes mesmo da existência desse conceito, os serviços assistenciais já atuavam com esse propósito.

"O que a Anahp faz hoje é ajudar a potencializar esse olhar das instituições, buscando caminhos estratégicos que conduzam seus objetivos dentro de uma perspectiva mais ampla de seus impactos no mundo", conclui.

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Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento

O Plano Brasil Saúde, healthtech especializada em serviços de saúde corporativa, registrou aumento no faturamento de 97,6% no início do 4º semestre. A expectativa é que a companhia feche o ano com a receita de R$ 60 milhões. Somente neste ano, o número de clientes que contam com a cobertura de seus serviços saltou de 9 mil para 14 mil beneficiários.

Segundo o presidente do Plano Brasil Saúde, Paulo Bittencourt, um dos principais responsáveis por esta alta está na própria maturidade do mercado e na expectativa do usuário que busca um atendimento personalizado. "Os planos tradicionais estão passando por vários desafios e prejuízos e isso tudo acaba resvalando na qualidade prestada para o cliente final. No nosso modelo de negócio, mais enxuto e otimizado, conseguimos oferecer uma experiência mais humanizada e menos desgaste para o usuário", conta Bittencourt.

Paulo explica ainda a importância da tecnologia que envolve por exemplo a telemedicina. "Além da agilidade, temos ganhos concretos como diminuição de custos para as operadoras e melhor custo x benefício oferecido para os usuários, o que é fundamental para viabilizar o acesso à saúde suplementar. No Plano Brasil Saúde, por exemplo, as mensalidades são acessíveis e o usuário conta com um especialista que irá acompanhá-lo de forma integral. Este médico da família é altamente capacitado para fazer os diagnósticos de forma adequada e só realizar o encaminhamento quando realmente for necessário. Esse é o formato da saúde de hoje e do futuro", explica Paulo.

Desde 2009, quando a empresa foi criada, o Plano Brasil Saúde segue somando bons resultados financeiros e na avaliação dos usuários. Na classificação feita pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou nota máxima.

De acordo com o CEO da empresa, esta avaliação é o reconhecimento de um trabalho pautado na excelência do atendimento prestado ao usuário e de muita pesquisa e investimento. "Nossas decisões são baseadas em estudos altamente rigorosos e acompanhados por toda nossa equipe de especialistas; não podemos nunca nos esquecer de que cuidamos de pessoas, portanto, empatia, segurança e qualidade na prestação de serviços são ativos inegociáveis da empresa", diz.

Para o próximo ano, as expectativas seguem positivas. "Seguiremos alicerçados pelos pilares de inovação e cuidado com as pessoas. Em 2024, projetamos um faturamento de R$ 120 milhões com ampliação geográfica da nossa atuação; hoje, atendemos no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Goiás, mas já estudamos a expansão para outros estados, como: Sergipe, Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraíba", finaliza Bittencourt.

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Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada


Levantamento feito pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) na base de dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, mostra o impacto da pandemia de Covid-19 na realização de exames de mamografia de rastreamento nos serviços públicos do estado de São Paulo. A análise faz um recorte dos meses de janeiro a agosto dos anos de 2018 a 2023 e mostra que em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de procedimentos caiu pela metade quando comparado com os dois anos anteriores. Foram feitas 443 mil mamografias em 2020, contra 803 mil e 822 mil em 2019 e 2018, respectivamente.

Com o avanço das campanhas de vacinação contra a Covid-19 e a redução de casos graves da doença, o volume de exames passou a exibir uma tendência de aumento. De janeiro a agosto de 2021, foram feitas 583 mil mamografias de rastreamento no estado de São Paulo, número que subiu para 796 mil no mesmo período em 2022 e chegou a 803 mil em 2023, o mesmo patamar que se viu em 2018.

"Temos em São Paulo uma das melhores coberturas mamográficas, mas ainda assim abaixo do que seria necessário para melhorar a detecção precoce e identificar a doença em estágio inicial. Muitas mulheres ainda são diagnosticadas quando a doença já progrediu", observa a médica radiologista Bárbara Bresciani, membro da comissão cientifica da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR).

A necessidade de ampliar o número anual de exames enfrenta obstáculos como a dificuldade de adesão das próprias pacientes e o problema da distribuição dos mamógrafos. "Há uma boa quantidade de mamógrafos no país, porém distribuídos de modo desigual. A maioria está concentrada nas grandes cidades, com menos equipamentos no interior e regiões mais distantes", descreve a radiologista.

Os dados consideram as mamografias bilaterais de rastreamento (também conhecidas como mamografia de rotina) realizadas por meio do Sistema Único de Saúde no período, contemplando mulheres que não apresentam queixas, mas fazem periodicamente o exame com a finalidade de encontrar, eventualmente, tumores de mama em fase inicial. Diferente, por exemplo, da mamografia diagnóstica, que é motivada por alguma alteração, sinal de lesão ou sintoma que a mulher tenha, podendo ser um caroço, ondulação, alterações pele e outras anomalias que não seguem o padrão normal da mama ou do mamilo daquela paciente e, a partir disso, investigar a presença de lesão benigna ou maligna (câncer).

Cobertura bem abaixo da recomendada pela OMS

As projeções do IBGE para estimar a pirâmide etária do Estado de São Paulo indicam que, em 2010, a região contava com quase 3 milhões de mulheres com idade entre 40 e 49 anos e 3,2 milhões com idades entre 50 e 64 anos, faixa de referência, segundo o Ministério da Saúde, para a busca ativa para o rastreamento. Para se ter uma ideia do alcance da cobertura mamográfica, quando se considera apenas a mulher acima de 50 anos estimada em 2010, ainda assim as mamografias realizadas na rede pública paulista em 2023 teriam atingido apenas 25% das mulheres com indicação para o rastreamento. A cobertura mamográfica recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 70% da população feminina a partir dos 40 anos, com um exame anual.

Quando deve ter início o rastreamento?

A idade para o início do rastreamento é motivo de debate no país e no mundo. Várias sociedades de especialidade brasileiras e internacionais, seguidas pela SPR, defendem que o primeiro exame seja feito aos 40 anos. A recomendação atual do Ministério da Saúde é que deve ser feito a partir dos 50 anos, com repetição a cada dois anos para mulheres até os 69 anos ou em intervalos menores conforme o resultado da mamografia anterior. Para mulheres entre 40 e 49 anos, segundo o MS, a conduta deve ser individualizada considerando riscos e benefícios dos exames de rastreamento. Como rotina, elas devem passar por um exame clínico durante a consulta médica, com realização de ultrassonografia e mamografia somente com indicação médica. Na rede suplementar, o rastreamento tem início aos 40 anos.

Os dados sobre a incidência do câncer de mama acentuam a urgência do tema. "As evidências científicas vem mostrando um aumento do diagnóstico de câncer de mama em mulheres na faixa dos 40 anos, especialmente mulheres negras", informa a médica radiologista Bárbara Bresciani. "Na minha prática, tenho visto mulheres com cerca de 30 anos ou pouco mais com câncer de mama. São pacientes sem antecedentes familiares e sem teste genético positivo", diz a médica.

Diante da necessidade de melhorar a detecção e do aumento de casos em mulheres mais jovens, em maio deste ano, a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos - USPSTF (sigla em inglês para United States Preventive Services Task Force) emitiu recomendações para que o sistema de saúde norte-americano antecipe o início do rastreamento em uma década, começando aos 40 anos em vez de fazê-lo a partir da quinta década. As orientações da USPSTF destacam também a importância de uma abordagem personalizada e baseada no risco para esse rastreio, levando em consideração fatores como histórico familiar, genética e etnia. "Essa mudança pode melhorar significativamente a detecção precoce. A preocupação é garantir que as mulheres não fiquem descobertas sem acesso ao rastreamento entre os 40 e os 50 anos de idade. É uma grande vitória", afirma Bárbara.

Mamografia digital e tomossíntese

A maioria das mamografias feitas no Brasil atualmente utiliza tecnologia digital. "Há cerca de uma década, ainda havia mamografias realizadas de modo convencional, cuja imagem precisava ser revelada depois de adquirida. Agora, praticamente todos os serviços têm um detector digital, que manda a imagem diretamente para o computador com qualidade muito superior", esclarece a médica Bárbara.

A tomossíntese é mais um avanço na forma de adquirir as imagens para identificar o câncer de mama. Trata-se de um método de diagnóstico complementar à mamografia que utiliza várias imagens de raios X de baixa dose da mama, adquiridas com angulações diferentes, aumentando a acurácia diagnóstica da mamografia. Embora disponível em algumas instituições de saúde no Brasil, a tomossíntese não é coberta pelos planos de saúde. O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) recomenda mamografia anual entre 40 e 74 anos por meio de tomossíntese, se possível.

"A tomossíntese minimiza a sobreposição de tecido mamário, que pode mascarar lesões, e também diminui a necessidade de incidências adicionais, reduzindo eventuais reconvocações para realizar imagens complementares", diz a radiologista Bárbara. Ela explica que composição das mamas é muito variada. "É uma característica individual de cada mulher, comparável à uma impressão digital. Cada pessoa tem o seu padrão, com uma proporção variável entre gordura e glândula. Se a mama é adiposa, ou seja, gordurosa, o nódulo aparece facilmente porque não tem nada que impeça a passagem do Raio X. Quando algo impede a passagem do Raio X da mamografia, como o tecido glandular, a área fica mais branca, e o tecido mamário pode obscurecer eventuais pequenos nódulos suspeitos", explica a médica.

De modo geral, nos serviços que já utilizam as máquinas de tomossíntese tem conseguido diminuir as suas taxas de reconvocação de pacientes para complementar os exames. "Esse exame faz imagens de ângulos diferentes, reduzindo as nossas dúvidas e a necessidade de chamar paciente para fazer uma imagem adicional", diz a médica. De acordo com Bárbara, a taxa de aumento nas detecções com esse tipo de tecnologia pode chegar a cerca de 20%, com diminuição de aproximadamente 30% nas reconvocações.

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YOBA

Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade


Doença permanece, segundo a OMS, como um caso de emergência global de saúde pública, o que preocupa o Brasil devido aos baixos índices de vacinação nos últimos anos

Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.

A Poliomielite, conhecida como paralisia infantil, segue como emergência de saúde pública de importância internacional. Isso porque em países da Ásia e África, a baixa imunização e os casos registrados nestas regiões ligam o sinal de alerta para possíveis transmissões. Alguns casos chegam perto do Brasil: a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) informou que, em 2022, foram confirmadas duas infecções, uma nos Estados Unidos e outra no Peru. Nos dois casos, os pacientes não estavam vacinados e não tinham histórico de viagem. A situação preocupa o Brasil em virtude da queda na imunização no país. Nesta terça-feira (24), Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a data reforça também o investimento em tecnologias para a população que convive com sequelas da doença.

Em maio deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manteve o risco de disseminação internacional do vírus causador da enfermidade, o poliovírus. O Brasil registrou em 1989 o último caso oficial da doença. Desde então, a imunização da população tem garantido que o país permaneça como área livre da doença. Ainda assim, a situação é preocupante pois desde 2016 o país não supera os 90% de vacinação do público-alvo. No ano passado, por exemplo, o índice foi de 72%, um pouco acima de 2021, quando chegou a 71%.

Além disso, dados do Ministério da Saúde disponíveis no site da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) apontam que, entre 1968 e 1989, foram notificados 26,8 mil casos da doença. Em muitas dessas situações, pessoas que sobreviveram ao vírus desenvolveram comorbidades ou limitação dos movimentos. Com isso, necessitam de acompanhamento médico e equipamentos para mobilidade.

Como se desenvolve a doença

Uma pessoa pode contrair o vírus da poliomielite e não desenvolver a doença, ou apresentar sintomas leves, conforme explica o médico fisiatra e ortopedista Paulo Henrique Gomes Mulazzani. Ele diz que o Brasil teve surtos da doença no século 20, nos quais alguns pacientes desenvolveram a forma mais grave da doença e tiveram os movimentos dos membros afetados. "Foram muitos casos, mas notadamente foram contabilizadas as situações que resultaram em sequelas", diz.

Segundo o especialista, isso acontece porque o vírus afeta o sistema nervoso dos pacientes. "O nervo funciona como um fio elétrico que leva força do cérebro para as extremidades do corpo, passado pela medula. Com o agravamento da poliomielite, a transmissão da força fica comprometida. Muitas crianças cresceram, dessa forma, com alguma deficiência nos membros, e precisaram de equipamentos para garantir mais autonomia", explica Mulazzani.

Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.

A médica Ryvia Rose Ferraz Bezerra, de São Paulo, passou por situação semelhante. Aos nove meses, ela foi diagnosticada com a doença, o que afetou seus movimentos. "Eu estava aprendendo a andar. De lá pra cá foram 14 cirurgias com o objetivo de me ajudar a caminhar. Com o decorrer do tempo, as dores na perna afetada pela doença me levaram a considerar a necessidade do uso de um equipamento que auxiliasse na minha locomoção", conta.

Rotina de adaptação

Ryvia passou a usar uma órtese na perna, equipamento que melhora a mobilidade, ao mesmo tempo que ajuda na diminuição da dor e corrige más posições. A paciente procurou uma clínica da empresa alemã Ottobock, referência em equipamentos de mobilidade e que atua no Brasil. Ela passou a usar a órtese C-Brace, que permite ao paciente realizar movimentos em planos inclinados, solo irregular ou subir e descer escadas. Com tecnologia por sensores, torna a sequência de movimentos mais dinâmica. Mulazzani comenta que equipamentos com tecnologia mais avançada facilitam caminhada e estabilidade. "A pessoa consegue ter mais independência", completa.

Para usar a órtese, Ryvia teve um momento de adaptação, que veio acompanhado do receio por estar com um equipamento envolto à perna. "Como é natural no começo, veio o medo de não me adaptar e cair. Mas isso foi superado com perseverança e com o apoio que recebi. Os profissionais da reabilitação são fundamentais na adaptação, manuseio e cuidados com a órtese. Com equipe multidisciplinar, 'caminhar' se torna mais leve e é melhor para vencer as barreiras", comenta.

As Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Síndrome pós-Poliomielite e Comorbidades, documento de 2016 do Ministério da Saúde, orientam que o tratamento de casos que envolvem a síndrome ou sequelas "deve ser realizado por equipe multiprofissional de modo interdisciplinar e a partir da construção de projeto terapêutico singular". Segundo a Ottobock, as clínicas em que os pacientes fazem acompanhamento possuem profissionais como técnicos e fisioterapeutas.

Melhoria na mobilidade

Para Ryvia, com a órtese tem sido mais fácil realizar caminhadas de longas distâncias e ficar de pé por tempo moderado. "Consigo andar boas distâncias, e ficar em pé não é mais problema. Minha postura também ficou mais bonita e alinhada", afirma. Como todo equipamento, a órtese precisa de cuidados no manuseio e conservação. A médica afirma que é importante manter a higiene do equipamento, evitar molhar e sempre posicionar verticalmente a órtese quando não for utilizada. Ela também faz revisões periódicas para que a utilização seja mais eficiente. "No começo, foram precisos alguns ajustes na órtese com intervalos menores. Atualmente isso acontece ainda, mas com períodos maiores entre uma manutenção e outra", explica.

Sobre a Ottobock

Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade). A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 19 Outubro 2023 07:51

CLIPPING AHPACEG 19/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Inovações tecnológicas ajudam médicos, otimizam tempo e salvam vidas

Inadimplência dos planos de saúde -

Artigo: Sociedade Médica reitera malefício dos cigarros eletrônicos

Hospdrogas cresce mais de 400%

Ainda sou contagioso? Saiba pelo tipo de sintoma de 6 infecções: gripe, Covid, conjuntivite, norovírus, RSV e de garganta

PL dos planos de saúde e impactos no setor

Artigo - Profissionais de TI assumem funções cada vez mais estratégicas na saúde

TV ANHANGUERA

Inovações tecnológicas ajudam médicos, otimizam tempo e salvam vidas

https://globoplay.globo.com/v/12037493/

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AGÊNCIA JORNAL DE NOTÍCIAS


Inadimplência dos planos de saúde -

No Brasil ainda persiste a ideia de que em todo negócio o risco é do consumidor. Explico: após a grave crise sanitária da COVID os planos de saúde experimentaram um prejuízo em relação aos elevados faturamentos dos anos anteriores. Todavia, com o fim da pandemia os planos de saúde continuam buscando alcançar os lucros do período anterior, e isto tem gerado um atraso nos pagamentos dos prestadores de serviços como clínicas e hospitais, que chega até 120 dias.

A informação foi dada pelo Presidente da Associação Nacional dos Hospitais, Antônio Brito. Segundo ainda a Associação o valor em atraso supera os 2 bilhões de reais e representa cerca de 16% do faturamento dos hospitais no período de janeiro a julho de 2023, relativa a atendimento de urgência, exames e internações.

No Brasil são aproximadamente 4 mil hospitais que passam pela mesma dificuldade.

Do outro lado da história, estão os consumidores e clientes dos planos de saúde que não podem atrasar um mês sob pena de lhe ser negado o atendimento médico-hospitalar, muitos vezes sendo necessário provocar o judiciário para a solução do problema. Entretanto, os planos de saúde vem reajustando anualmente as mensalidades com o beneplácito da Agência Nacional de Saúde Complementar - ANS.

Resumo da ópera: os planos conseguem anualmente efetuar reajustes, mas não reajustam a remuneração dos serviços que são prestados aos seus clientes e nem estão pagando de forma regular a rede de serviços que utilizam, de modo que as vítimas tem sido os consumidores pelo descredenciamento de clínicas e hospitais.

Os consumidores dos planos de saúde não podem ser prejudicados no atendimento porque a saúde é essencial e um direito fundamental a que todos estão obrigados pela Constituição, pela lei e pelo contrato firmado com o setor de saúde complementar, leia-se, os planos de saúde.

A ANS deve fiscalizar melhor a gestão desses planos, muitos deles falham pela incompetência na administração dos recursos que são auferidos pelo pagamento dos seus clientes. É preciso abrir a "caixa preta" dos planos de saúde mal geridos e responsabilizados os que agiram de má-fé e com dolo prejudicando milhões de clientes que estão experimentando uma grave ameaça à saúde.

As instituições e órgãos de defesa do consumidor devem se movimentar para que uma parcela generosa de cidadãs e cidadãos brasileiros não sofram um abalo tão grande no seu direito à saúde, que por tabela também representa o direito à vida.

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CORREIO BRAZILIENSE



Artigo: Sociedade Médica reitera malefício dos cigarros eletrônicos


MARGARETH DALCOLMO, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Membro Titular da Academia Nacional de Medicina (ANS)

Nos últimos meses temos acompanhado a divulgação de matérias em prol da "regulamentação do cigarro eletrônico", fomentadas pela retórica da indústria do tabaco, nos mais diversos veículos de comunicação. É o caso do recente artigo da senadora Soraya Thronicke, declaradamente a favor da liberação do comércio desses produtos. Os argumentos trazidos pela parlamentar são conhecidos pelas entidades de saúde e pelo movimento de controle do tabaco/nicotina, porquanto familiarizados com as falácias historicamente propagadas pela indústria. O fato é que o Brasil, com sua exemplar luta contra o tabagismo, reduziu de 35% para 9% a proporção de fumantes na população, por força do compromisso do Ministério da Saúde e sociedades médicas, nos últimos 30 anos, e não se pode por em risco essa conquista.

Cabe esclarecer que, diferentemente do que é relatado pela senadora, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são regulamentados no país: são proibidos pela Resolução n°46 de 2009 da Anvisa. E assim devem permanecer, a bem da proteção da saúde. Reconhecemos que a falta de fiscalização no país permite que, mesmo proibida a comercialização, se tenha fácil acesso a esses produtos, sendo crianças e adolescentes, as novas vítimas da dependência de nicotina e pacientes de graves quadros respiratórios, cada vez mais frequentes.

É consenso entre especialistas que a indústria do tabaco seja responsável por causar mais de 60 tipos de doenças e 12% dos óbitos no mundo, segundo estimativas da OMS. O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro eletrônico ou Vaping), que causa fibrose e outras alterações pulmonares, pode levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência respiratória.

A ideia de que o cigarro eletrônico é menos prejudicial e seria um estágio para auxiliar dependentes do cigarro convencional a parar de fumar é equívoca. Isso porque a nicotina, que gera a dependência, é o atrativo, de par com as centenas de outras substâncias que compõem esses dispositivos, muitas das quais não divulgadas pelos fabricantes. Estamos assim a criar novas legiões de dependentes. Há evidências de que os cigarros eletrônicos contenham mais de 2.000 substâncias, a maioria delas desconhecidas pelos usuários, não usuários e até pelos cientistas.

É falsa a informação que a utilização de DEFs no país quase quadruplicou em quatro anos. Toda a publicidade para a venda desses produtos, com pirotecnia de cores e sabores, não têm como alvo os dependentes do cigarro tradicional, mas sim um novo mercado consumidor composto principalmente por jovens, adolescentes e até mesmo crianças. No Brasil, entre estudantes de 13 a 17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 revela que 2,4% dos indivíduos com menos de 25 anos no Brasil fazem uso de cigarros eletrônicos. Considerada a população total de 15 anos ou mais, a taxa de uso de DEFs é de 0,6%, o que representa cerca de 1 milhão de pessoas, sendo aproximadamente 70% jovens de 15 a 24 anos, totalizando cerca de 750 mil jovens.

A justificativa de liberar o comércio desses produtos, em prol da geração de empregos e maior arrecadação de impostos (meio bilhão de reais) não considera o déficit de R$ 125 bilhões aos cofres públicos, com gastos diretos e indiretos apenas para sanar problemas de saúde decorrentes do tabagismo, conforme o relatório do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (IECS 2020). A liberação também não minimizará a entrada ilegal desses produtos, uma vez que até mesmo os cigarros tradicionais são contrabandeados para o país. Só em 2022, foram apreendidos e destruídos pela Receita Federal mais de 5.300 toneladas de cigarros, o equivalente a 180 milhões de maços, ou ainda 24 mil m3 do produto. Em 2020, segundo o INCA, 49% dos cigarros consumidos no país, eram contrabandeados.

Recentemente a Academia Nacional de Medicina publicou contundente parecer contra qualquer liberação desses produtos. Como médicos e cidadãos, entendemos ser dever do Estado, consagrado na Constituição de 1988, proteger as pessoas da exposição a aditivos tóxicos e cancerígenos e informá-las sobre os riscos inerentes. Os únicos interessados na liberação do comércio de cigarros eletrônicos são a indústria e seus aliados. Por isso, reiteramos
pela manutenção da Resolução n°46 de 2009 da Anvisa, que vem cumprindo seu mandato institucional de promover a proteção da saúde da população brasileira. A obrigação dos legisladores também deveria ser zelar pela saúde pública. Ainda há tempo para a Senadora optar por proteger a população a que jurou servir.

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VERSA COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA

Hospdrogas cresce mais de 400%

Faturamento da distribuidora de medicamentos e produtos hospitalares cresce com custos competitivos, agilidade nas entregas e capilaridade em todo o País. A meta é estar entre as cinco maiores empresas brasileiras do segmento em 5 anos

A Hospdrogas, empresa do H. Egidio Group, é a distribuidora de medicamentos e produtos hospitalares que mais cresce no Brasil. Depois de passar por processo de reestruturação e realizar investimentos na ampliação e modernização da sua estrutura física e nas áreas de vendas e compras, o faturamento da empresa cresceu 437% em 2022 em comparação ao ano anterior, quando já havia registrado um crescimento de mais de 200%.

O expressivo ganho de desempenho nos últimos dois anos e meio também foi favorecido pela sinergia com outras empresas do H. Egidio Group. Em especial, com a transportadora Transplex Operadora Logística e com a indústria farmacêutica Equiplex. A parceria estratégica tem garantido aos clientes preços bem mais competitivos e agilidade na entrega, duas características essenciais para as empresas que atuam no mercado de produtos hospitalares.

A Hospdrogas tem, atualmente, cerca de 3,5 mil clientes em sua carteira. A empresa trabalha com cerca de 50 marcas e fornecedores diferentes, com cadastro base de 8 mil SKUs, a empresa atualmente tem em seu giro um total de 2.200 SKUs (sigla em inglês que equivale a produtos diferentes). Seu objetivo, a médio prazo, é dobrar o número de marcas e de fornecedores. Atualmente posicionada entre as 30 maiores empresas do segmento no País, a meta da Hospdrogas é estar entre as cinco maiores nos próximos cinco anos.

Investimentos

Para tornar possível esse objetivo, foi lançado um novo projeto de expansão nacional da Hospdrogas, com investimentos previstos na ordem de R$ 80 milhões. O plano de crescimento inclui a abertura de seis filiais no País, ampliando a sua cobertura nacional. A primeira será inaugurada até o final deste ano, no Espírito Santo. As outras cinco serão abertas no próximo ano nas regiões metropolitanas de Brasília (DF), São Paulo (SP), Manaus (AM) e Fortaleza (CE). Uma outra filial será aberta no Sul do País, em cidade a ser definida. Com as seis filiais, a Hospdrogas ampliará a sua capilaridade nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e, especialmente, no Norte do Brasil.

Os investimentos da distribuidora vão também garantir mais agilidade às suas entregas. A Hospdrogas já conta com uma operação logística que realiza entregas para clientes em Goiás e no Distrito Federal em 24 horas; para os da Região Sudeste em 3 a 4 dias úteis; e no Nordeste de 4 a 6 dias úteis. Além disso, a empresa tem investido em novas tecnologias, como programas de CRM (gerenciamento com clientes), de ERP (gerenciamento administrativo), de captação de leads, de gerenciamento on-line da sua operação logística e de plataformas de comunicação mais seguras, rápidas e automatizadas.

Outro diferencial competitivo da Hospdrogas são seus centros de distribuição (CDs) próprios, que contam com áreas climatizadas e atendem toda a legislação e exigências sanitárias para o acondicionamento de medicamentos e insumos hospitalares. Os planos incluem ainda diversificar a atuação da empresa, reconhecida nacionalmente como distribuidora de medicamentos e de material hospitalar, para a linha de medicamentos e produtos veterinários (pet e pecuária). Este processo, que já teve início, será consolidado nos próximos meses com o lançamento da marca própria Hvet.

Aquisição da empresa

A pequena empresa, que funcionava em um espaço de apenas 600 metros quadrados em Goiânia, foi adquirida pelo H. Egidio Group em 2017. Na época, seu faturamento era de apenas R$ 5 milhões/ano. Em 2022, chegou a R$ 140 milhões. E somente no primeiro semestre deste ano, a receita bruta da empresa cresceu cerca de 60%. As antigas e acanhadas instalações, compostas por um galpão com duas portas e um mezanino, foram substituídas por um complexo de 12 mil metros quadrados no Distrito Industrial de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia (GO).

O grande impulso se deu em 2019, quando a nova Hospdrogras passou por uma vigorosa reestruturação gerencial. Naquele ano, o presidente do Conselho de Administração do H. Egidio Group, Heribaldo Egídio, traçou um plano para que a Hospdrogas, que tinha o seu mercado limitado a Goiás e ao Distrito Federal, atuasse em todo o Brasil. Em apenas dois anos a empresa expandiu o seu raio de atuação para todos os 26 estados brasileiros (capitais e interior), além do Distrito Federal (DF).

O setor de compras foi fortalecido e o time de vendas, que contava com apenas 3 profissionais saltou inicialmente para 20 e, nos anos seguintes, para mais de 60. A empresa também conta com equipes de colaboradores terceirizados e compartilhados com outras marcas do grupo, explica Hermilton Araujo, coodenador comercial da Hospdrogas.

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GLOBO ONLINE

Ainda sou contagioso? Saiba pelo tipo de sintoma de 6 infecções: gripe, Covid, conjuntivite, norovírus, RSV e de garganta


Se você está se sentindo mal de novo e não quer faltar ao trabalho ou ir ao médico (se não for necessário), mas também não quer ser aquela pessoa que infecta todos ao seu redor, é preciso estar atento a algumas questões. Você pode ter resistido antes da pandemia, mas a etiqueta é diferente agora. Então, como você pode ter certeza sobre o que tem ou se - e por quanto tempo - precisa ficar em casa?

Aqui está o que os especialistas em doenças infecciosas querem que você saiba sobre alguns dos vírus adultos e pediátricos mais comuns (a infecções bacterianas): seus sintomas, como eles se espalham, como tratá-los e quando você (ou seu filho) pode reingressar na sociedade.

Confira abaixo as recomendações para gripe, covid e conjuntivite:


Gripe A gripe sazonal é causada por dois tipos de vírus influenza: A e B. Ambos podem circular simultaneamente, mas normalmente um subtipo domina cada temporada de gripe.

Muitas vezes não é fácil saber se você está com gripe ou outro vírus respiratório, mas você pode fazer o teste em uma farmácia, no consultório médico ou testes rápidos caseiros, embora não seja recomendado por especialistas.


Os sintomas da gripe incluem dor de garganta, coriza, congestão e tosse, além de fadiga, febre, dor de cabeça e dores musculares. Algumas pessoas também apresentam vômitos ou diarreia.

O indicador mais claro de que você está com gripe pode ser o quanto você se sente mal e a rapidez com que esse sofrimento surge - uma analogia comum é que você se sente como se tivesse sido atropelado por um caminhão.

- Se você se sente muito mais doente do que com outros resfriados, então pense na gripe - disse alerta Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine.

As pessoas normalmente se sentem pior durante os primeiros três dias de doença e então os sintomas começam a diminuir, desaparecendo após cerca de uma semana.



A gripe se espalha principalmente por meio de gotículas respiratórias - o muco e a saliva que são dispersados pela tosse, espirro ou fala. O vírus também está presente em partículas menores de aerossol que ficam suspensas no ar, embora os especialistas digam que é menos provável que você seja infectado apenas pelos aerossóis. A gripe também pode ser transmitida por gotículas que caem em objetos e superfícies, onde o vírus permanece infeccioso por muitas horas.

Embora todos os modos de infecção sejam possíveis, "provavelmente é causada pela transmissão de curta distância", afirma Seema Lakdawala, professora associada de microbiologia e imunologia na Escola de Medicina da Universidade Emory. Se você estiver perto de uma pessoa infectada corre riscos:

- Você está inalando pequenos aerossóis, grandes aerossóis e potencialmente tocando coisas que estão contaminadas naquele espaço. Colocar uma máscara na pessoa doente reduz o risco de ela infectar outras pessoas - orienta Seema.

Depois de infectado, geralmente leva de dois a quatro dias até que os sintomas apareçam.



Sua melhor arma contra a gripe é tomar a vacina anual de prevenção da doença, o que reduz significativamente o risco de uma infecção grave.

Existem também tratamentos antivirais que podem ajudar a minimizar os sintomas. Esses medicamentos precisam ser tomados nos primeiros dias da doença, por isso é essencial fazer exames e tratar precocemente. Remédios caseiros e medicamentos de venda livre também podem ajudar no alívio dos sintomas, mas observe atentamente os rótulos - um comitê consultivo da Food and Drug Administration disse recentemente que "a fenilefrina, um ingrediente descongestionante comum, é ineficaz".


Especialistas dizem que cinco dias é uma estimativa razoável de quanto tempo alguém fica contagioso com a gripe. A maioria das pessoas começa a espalhar o vírus um dia antes de começarem a se sentir mal e são mais contagiosas durante os primeiros três dias de sintomas. Os níveis de vírus caem à medida que os sintomas começam a diminuir.

- Se eu pegar gripe na segunda-feira, na sexta-feira provavelmente não estarei muito infeccioso para os outros - estima Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas do Rochester General Hospital.

Depois disso, segundo Seema, "se você estiver começando a se sentir melhor, provavelmente não terá tanto vírus no nariz", e não há problema em sair de casa. No entanto, acrescentou ela, se você tiver sintomas persistentes ou se for consultar alguém com alto risco de infecção grave (por exemplo, se a pessoa tiver mais de 65 anos ou tiver uma doença pré-existente), você deve esperar mais alguns dias ou usar uma máscara.

Você ainda pode estar tossindo nesse ponto devido à inflamação persistente nas vias respiratórias. É improvável que essa tosse em estágio avançado seja contagiosa, mas você deve continuar a lavar as mãos com frequência e cobrir a boca ao tossir, apenas para garantir.



COVID-19 A esta altura, a maioria de nós já está familiarizado com a Covid, que é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Embora o vírus tenha evoluído desde os primeiros dias da pandemia, a forma como se espalha e os sintomas que causa permaneceram praticamente os mesmos.


Os sintomas mais comuns da Covid são dor de garganta, congestão, fadiga, febre e tosse, o que pode dificultar a distinção de outros vírus respiratórios.

Os testes rápidos ainda são a maneira mais fácil de determinar se o que você tem é Covid. Se o teste for negativo na primeira tentativa, faça um teste novamente 48 horas depois, porque você pode não ter vírus suficiente no nariz inicialmente para um teste rápido detectar a infecção. Os testes PCR são mais precisos, mas são mais caros e menos convenientes porque é necessário ir ao consultório médico ou à farmácia para recebê-los.

Os sintomas desaparecem em uma semana para a maioria das pessoas, mas algumas podem ter infecções prolongadas que duram semanas ou até mesmo evoluir para Covid prolongada.



Mais do que qualquer outro vírus respiratório desta lista, o Covid é transmitido por pequenas partículas transportadas pelo ar.

- Cada vez que você respira, seu vírus sai para a sala e fica pendurado ali, as pessoas podem passar, inalar e se infectar - afirma Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas de Rochester (Hospital Geral).

Também é transmitido por gotículas respiratórias maiores que são expelidas quando você tosse ou espirra. No entanto, o vírus não parece se espalhar muito bem pelas superfícies, portanto, ser infectado ao tocar em um objeto contaminado e depois tocar no rosto é menos preocupante.

Uma vez infectado, leva cerca de dois a quatro dias para que os sintomas se desenvolvam.

Tomar o medicamento antiviral nos primeiros cinco dias após uma infecção pode reduzir o risco de doença grave. As vacinas também são muito eficazes na prevenção de hospitalização e morte. Para alívio dos sintomas leves, medicamentos vendidos sem receita médica para resfriado e gripe podem ajudar.

A orientação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças diz que as pessoas podem sair em público após o quinto dia de sintomas, desde que não tenham febre. No entanto, as pessoas devem continuar mascaradas por mais cinco dias para minimizar o risco de propagação do vírus a outras pessoas.

Os especialistas dizem que este é geralmente um bom conselho. Para a maioria das pessoas, "a Covid não é mais infecciosa na segunda semana, mas a variabilidade ainda existe", lembra Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine.

Por exemplo, se você tiver um caso moderado ou grave de Covid, em que estiver com falta de ar ou precisar ir ao hospital, deverá se isolar por 10 dias:

- Quanto mais grave a infecção, mais prolongada é a infecciosidade - afirma o professor Ray.

Algumas pessoas continuam a apresentar resultados positivos em testes rápidos após o dia 5, mas a investigação sugere que a maioria já não é contagiosa nessa altura porque o vírus parou de se replicar. Para estar seguro, siga as orientações médicas e continue a usar máscara em público entre o sexto e décimo dia.


O risco de hospitalização e morte devido a um caso agudo de Covid diminuiu significativamente desde o início da pandemia porque quase todas as pessoas têm agora anticorpos contra o vírus, graças às vacinas, a uma infecção anterior ou a ambas. Mas para os adultos mais velhos, pessoas com doenças pré-existentes, como doenças cardíacas e diabetes, e pessoas imunocomprometidas, permanece algum risco. Há também a preocupação com as consequências para a saúde a longo prazo, incluindo Covid prolongada e complicações cardiovasculares, após a resolução imediata da infecção.


Conjuntivite Conjuntivite é um termo geral que significa inflamação da conjuntiva - a membrana mucosa que reveste a pele ao redor do globo ocular. Na maioria das vezes, é causada por vírus da família dos adenovírus. Também existem formas bacterianas de conjuntivite, mas são menos comuns.


Os sintomas da conjuntivite são olhos com coceira, vermelhidão e lacrimejamento; geralmente duram entre dois e sete dias (a conjuntivite bacteriana se resolve mais rapidamente que a viral). O adenovírus pode se espalhar de um olho para o outro, por isso é possível ficar infectado por duas semanas.

- A conjuntivite bacteriana, mais classicamente, é apenas um olho - diz Lori Handy, médica infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia, acrescentando que - a conjuntivite viral, mais classicamente, ocorre em ambos os olhos porque é tão contagiosa que é difícil proteger um olho do outro.


A conjuntivite causada por adenovírus se espalha com extrema facilidade. É transmitido por partículas virais que chegam ao dedo, normalmente captadas em superfícies, e depois se espalham para os olhos quando você os esfrega.


Se você acha que você ou seu filho têm conjuntivite, consulte um médico para descobrir de que tipo é.

- Esta é uma infecção que eu realmente defendo para conversar com seu médico, porque o aconselhamento é muito diferente com base no tipo que você tem, assim como o tratamento - orienta a infectologista Lori.

Não existe tratamento para se livrar da conjuntivite viral e ela acabará se resolvendo sozinha. Enquanto isso, você pode usar compressas úmidas para ajudar com os sintomas. A conjuntivite bacteriana é tratável com pomadas ou gotas antibióticas.


Enquanto tiver sintomas de conjuntivite viral, você é contagioso; isso pode levar de alguns dias a algumas semanas, dependendo se você tiver isso em ambos os olhos.

A melhor maneira de evitar a transmissão para outras pessoas é não ir ao trabalho ou à escola em casa até que os sintomas desapareçam. Se a infecção persistir por semanas, converse com seu médico sobre se existem maneiras de sair em público com segurança. No mínimo, não toque nos olhos e seja cuidadoso ao lavar as mãos - isso significa ensaboar frequentemente com água e sabão (os adenovírus são tão fortes que o desinfetante para as mãos não resolve).

Os adenovírus também podem viver em superfícies por várias semanas, portanto, é essencial desinfetar objetos contaminados (como óculos) e superfícies de alto contato (como interruptores de luz).

- É muito, muito contagioso, você depende do isolamento até melhorar e também da lavagem das mãos - explica William Schaffner, professor de medicina preventiva na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.

A conjuntivite bacteriana é menos comum, menos contagiosa e mais tratável. As pessoas geralmente não são mais infecciosas um ou dois dias após o início dos antibióticos.


Infecção na garganta A infecção estreptocócica é a única nesta lista de doenças porque é causada por uma bactéria: o estreptococo do grupo A. Existem cerca de 100 cepas de estreptococos do grupo A e podem resultar em diversas doenças, incluindo escarlatina, febre reumática e infecções de pele, mas a infecção de garganta é a mais comum.


O sintoma característico da infecção de garganta é, obviamente, uma dor de garganta muito forte. Você também pode ver uma película branca na parte posterior da garganta da pessoa infectada; algumas pessoas também desenvolvem febre.

Muitas infecções podem causar dor de garganta - o que distingue a faringite estreptocócica é que ela não é acompanhada por outros sintomas respiratórios comuns, como coriza ou tosse. A única maneira de saber com certeza se você tem é fazendo um teste com um médico usando um esfregaço de garganta.


A infecção estreptocócica é transmitida através do contato pessoal próximo com uma pessoa infectada, principalmente na forma de gotículas respiratórias. Isso significa que o que sai do nariz e da boca deles vai para o seu.

A infecção estreptocócica não parece se espalhar muito bem através de objetos. Um estudo realizado na década de 1950 entre recrutas militares descobriu que as pessoas que usavam cobertores contaminados com bactérias estreptococos não tinham maior probabilidade de desenvolver infecções na garganta do que aquelas que recebiam cobertores limpos.

- O ambiente inanimado desempenha um papel menor na transmissão do estreptococo do Grupo A. É tudo um contato pessoal próximo - afirma William Schaffner, professor de medicina preventiva na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.

Normalmente, leva cerca de 48 horas após a exposição até que os sintomas se desenvolvam.


Se você acha que está com infecção de garganta, faça o teste imediatamente porque a doença pode ser tratada rápida e facilmente com antibióticos, como penicilina ou amoxicilina.

- Quase todos os pacientes diagnosticados com infecção de garganta devem ser tratados com antibióticos - explica Stanford Shulman, professor emérito de pediatria da Faculdade de Medicina Feinberg da Northwestern University.


Depois que os antibióticos são iniciados, as bactérias morrem rapidamente e, em aproximadamente 24 horas, a pessoa não é mais contagiosa. Como resultado, os especialistas afirmam que as crianças podem voltar à escola um dia depois de iniciarem a medicação. Eles ainda podem ter uma leve dor de garganta, mas não há risco para outras pessoas.

- A maioria das crianças pode retornar à escola nas próximas 12 a 24 horas, desde que estejam bem: sem febre, comendo e bebendo bem - recomenda Lori Handy, médica infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia.


Além de reduzir o risco de transmissão, também é fundamental tratar a infecção de garganta porque a bactéria pode causar outras infecções mais graves. Isso inclui infecções de pele conhecidas como celulite e impetigo, bem como escarlatina e febre reumática, onde o sistema imunológico começa a atacar a válvula cardíaca. Nos casos mais graves - e raros -, a bactéria estreptococo pode causar infecção no sangue, infecção óssea, choque séptico ou fasceíte necrosante - uma infecção que come carne.

É importante saber sobre essas manifestações mais graves "não para assustar os pais", alerta Lori, mas para garantir que seus filhos sejam tratados e, "se os sintomas piorarem, eles procurem atendimento médico rapidamente".


Norovírus O norovírus é a causa mais comum de doenças gastrointestinais de curta duração. "Se você já teve uma doença estomacal, é provável que tenha sido norovírus", afirma Ferric Fang professor de medicina laboratorial e microbiologia da Escola de Medicina da Universidade de Washington.


Os sintomas do norovírus surgem repentinamente e geralmente duram de um a dois (miseráveis) dias. Eles incluem diarréia e vômito, bem como náusea e dor de estômago.



O norovírus é incrivelmente contagioso - apenas algumas partículas virais podem infectar alguém. Depois que uma pessoa entra em contato com o vírus, geralmente leva um ou dois dias até que os sintomas apareçam.

O vírus é mais comumente transmitido por meio de partículas deixadas em superfícies e objetos por uma pessoa infectada que não lavou as mãos adequadamente após usar o banheiro (a chamada via fecal-oral).

William Schaffner, professor de medicina preventiva na Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt, conta que se lembrava de um clube de bridge em que todos os membros contraíram norovírus porque suas cartas de baralho estavam contaminadas:

- Você pega as cartas, pega o vírus no dedo, e então, se tocar no nariz ou na boca, bingo.

Partículas de norovírus também podem se espalhar pelos alimentos. Acredita-se que seja uma das principais causas de intoxicação alimentar - você fica doente não por causa de uma fonte de alimento, mas por causa de um manipulador de alimentos doente que contamina os alimentos.

Também pode ser transmitido por aerossóis de vômito ou diarreia, por isso é possível contraí-lo se você estiver na mesma sala que uma pessoa que está vomitando.

Como o norovírus se espalha tão facilmente, a higiene das mãos e a limpeza das superfícies são essenciais quando alguém ao seu redor está doente. E desinfetante para as mãos e produtos de limpeza suaves não vão resolver - você precisa usar água e sabão para as mãos e um limpador à base de alvejante para superfícies contaminadas.

- É extremamente infeccioso, por isso, se alguém da sua casa o contrair o vírus é muito difícil de evitar - pontua Fang, acrescentando a recomendação de que a pessoa doente use um banheiro exclusivo a ela, se possível.


Não existe tratamento real para o norovírus. Na verdade, os médicos normalmente desaconselham ir no hospital quando você tem uma doença estomacal ainda entre 24 a 48 horas, porque não há muito que eles possam fazer por você e você pode espalhar o vírus para outros pacientes, segundo o médico Fang.

Você só precisa aguentar e tentar evitar a desidratação - bebidas que contêm eletrólitos, como Gatorade ou Pedialyte, são frequentemente recomendadas.



As pessoas podem permanecer contagiosas com o norovírus durante semanas após a resolução dos sintomas, porque continuam a libertar partículas virais nas fezes, embora os níveis não sejam tão elevados como quando adoeceram.

Claro, não é realista ficar em casa, sem ir ao trabalho ou à escola por tanto tempo, então, quando você não estiver mais vomitando ou com diarréia, não há problema em retornar ao mundo real. No entanto, você deve continuar extremamente vigilante ao lavar as mãos depois de usar o banheiro.


RSV O vírus sincicial respiratório (RSV) já foi considerado apenas mais um vírus leve de resfriado, mas pode ser grave para bebês e adultos mais velhos. As graves consequências do RSV ficaram evidentes no inverno passado, quando contribuiu para a "tripledemia", juntamente com a Covid e a gripe.

- Há muito tempo que os especialistas em doenças infecciosas apreciam o quão ruim é o RSV - lembra Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine. Mas, acrescentou, antes do ano passado, a situação tinha "passado despercebida para todos".


Em casos leves, pode ser difícil saber se você tem RSV, em vez de resfriado, gripe ou Covid; nariz escorrendo ou entupido, tosse, dor de cabeça e febre podem ocorrer com todas as quatro doenças. No entanto, os especialistas afirmam que o RSV tem maior probabilidade de afetar os pulmões e o trato respiratório inferior, causando tosse intensa, respiração ofegante e falta de ar.

- Isso tende a causar muita reatividade nas vias respiratórias, então você tosse e chia muito - explica Helen Chu, professora da divisão de alergias e doenças infecciosas da Escola de Medicina da Universidade de Washington.

A maioria dos sintomas geralmente dura cerca de uma semana, embora a tosse possa persistir por muito tempo depois que outros sintomas desaparecem.


O RSV é mais comumente transmitido por meio de gotículas expelidas no espirro ou tosse de uma pessoa infectada, que depois entram no nariz ou na boca de outra pessoa. É possível que o RSV permaneça suspenso no ar como pequenas partículas de aerossol, mas é muito menos contagioso nessa forma, segundo Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas de Rochester (Hospital Geral).

Independentemente do modo de transmissão, é mais provável que a infecção ocorra quando você está a poucos metros da pessoa, explica Walsh. Apoiando isso, um pequeno estudo realizado no início da década de 1980 que expôs deliberadamente pessoas a bebês com RSV descobriu que os voluntários que pegavam e seguravam os bebês doentes tinham muito mais probabilidade de serem infectados do que aqueles que estavam no quarto, mas não o faziam interagir com eles.

O vírus pode sobreviver em superfícies durante várias horas, pelo que também existe o risco de se infetar ao tocar em objetos contaminados e depois tocar na boca, nariz ou olhos. No estudo mencionado acima, uma proporção menor de pessoas foi infectada dessa forma.

Normalmente, leva cerca de cinco dias após o contato com o vírus até que os sintomas se desenvolvam.


Não existem tratamentos antivirais para o RSV, mas os medicamentos de venda livre e os remédios caseiros que você usa para aliviar os sintomas respiratórios gerais podem ajudar.

A partir deste ano, existem duas vacinas para adultos com 60 anos ou mais que protegem contra o RSV grave. Uma das vacinas também foi aprovada para mulheres grávidas no terceiro trimestre, para que possam transmitir anticorpos através da placenta aos seus recém-nascidos. Outra nova terapia preventiva utiliza anticorpos monoclonais para proteger os bebês contra o RSV grave.


Tal como acontece com outros vírus respiratórios, você é mais infeccioso durante os primeiros dias, quando está mais sintomático; os níveis de vírus caem por volta do dia 5. Depois disso, os especialistas dizem que é seguro presumir que você não é mais muito contagioso e pode voltar ao trabalho ou à escola - desde que não tenha febre e não esteja produzindo muito muco. Se você estiver perto de adultos mais velhos ou crianças pequenas, é melhor não chegar muito perto deles por mais alguns dias, só para garantir.

Lembre-se de que você ainda pode tossir depois do dia 5 porque suas vias respiratórias podem permanecer inflamadas após o desaparecimento do vírus:

- Essas são tosses pós-infecciosas. Eles não estão mais espalhando vírus infecciosos. Se quiser ter cuidado extra, você sempre pode usar uma máscara - indicou Walsh.


O RSV pode ser mortal para crianças e idosos. É a principal causa de hospitalização infantil nos Estados Unidos e resulta em 6.000 a 10.000 mortes por ano em adultos com 65 anos ou mais. Procure atendimento médico se você ou seu filho estiverem com dificuldade para respirar.

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SAÚDE BUSINESS

PL dos planos de saúde e impactos no setor

Ainda aguardando votação na Câmara dos Deputados, Projeto de Lei continua gerando debates e temores

Depois de 17 anos de tramitação, o Projeto de Lei (PL) 7419/2006, também chamado de Lei dos Planos de Saúde, deve ser votado em breve. O PL propõe mudanças na regulamentação dos serviços de saúde suplementar no Brasil, prevista na lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. Com origem no Senado Federal, a proposta tramita na Câmara do Deputados em regime de urgência, em razão da alteração do regime do PL 4477, de 2016, um dos anexos ao PL 7419.

Segundo a legislação atual, as operadoras privadas de saúde podem propor a rescisão, baseadas unicamente no aspecto financeiro, sem depender de consulta aos usuários atingidos. Uma das principais alterações propostas é a proibição da extinção unilateral do contrato em toda e qualquer situação, sejam planos individuais, coletivos, de autogestão, ou em qualquer outra modalidade.

O deputado federal Duarte Jr., do PSB do Maranhão, designado para ser o relator do projeto, apresentou em setembro o relatório final sobre o PL, que detalha uma reforma completa na legislação referente a operadoras de planos de saúde no país. Desta forma, o deputado acredita que os pacientes terão mais garantias de tratamento. 

Como o PL afeta os beneficiários?

Para o advogado especialista em direito à saúde, Rafael Robba, o PL 7419/2006 representa um passo importante, mas apenas um passo, na direção certa para lidar com os desafios que os consumidores de planos de saúde enfrentam. Ele afirma que os problemas são complexos e a proposta é a forma solucionar alguns deles.

Além da proibição da extinção unilateral do contrato, o PL traz ainda a possibilidade de punições administrativas para empresas que se recusem, de forma injustificada, a cobrir tratamentos médicos. No entanto, para especialistas do setor, o projeto não traz soluções efetivas para questões, como reajustes elevados, redução de rede credenciada, aumento de fraudes, entre outros.

“Ao impor penalidades às operadoras que adotem essa prática, a legislação buscará garantir que os consumidores tenham acesso a tratamentos necessários sem obstáculos, algo que acontece diariamente e tem levado muitos consumidores a buscar apoio na justiça”, destaca Robba. O advogado acredita que o fato de planos de saúde serem impedidos de recusar pessoas com doenças raras ou graves vai gerar uma redução nos processos de judicialização.

Por outro lado, Alberto Ogata, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Administração em Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), acredita que a limitação de reajustes de planos de saúde, por lei, pode inviabilizar algumas operadoras que já passam por sérias dificuldades financeiras. “Pode levar a uma maior concentração do mercado, reduzindo a competitividade do setor. O que está sendo proposto não pacifica as relações entre os stakeholders do setor, podendo até aumentar a judicialização do sistema.”

Alguns especialistas também consideram o Projeto de Lei um pacote de retrocessos, devido a preocupações sobre possíveis encarecimentos dos planos de saúde e restrição de acesso para determinados grupos de beneficiários. Apesar do PL  poder propriciar um potencial aumento na qualidade dos serviços e uma maior garantia de seus direitos como consumidores, existe o risco de haver uma variação nas mensalidades ou nas opções de planos disponíveis”, ressalta o presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde, deputado federal Zacharias Calil.

Impactos de PL no mercado de saúde

Ogata destaca que talvez o principal ponto negativo do PL seja a falta de discussão com os principais stakeholders do sistema suplementar, como as operadoras de saúde, diferentes modalidades, empresas contratantes e prestadores, como hospitais, clínicas, etc.

Como forma de minimizar os impactos das propostas, o deputado Duarte Jr. comenta que houve uma preocupação em criar medidas para equilíbrio do sistema de custeio de medicamentos de alto custo aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Por exmplo, a criação de um fundo nacional, composto por recursos públicos e privados, para o financiamento de terapias de alto custo para o tratamento de doenças raras. Pacientes com este tipo de condição compõem um dos grupos mais afetados pelo preço das terapias. Assim, o impacto dos altos valores não recairia sobre uma única operadora.

“Propomos também o agrupamento de contratos coletivos pequenos, com até 99 vidas, para facilitar a gestão. Passariam a ter um reajuste único, e não negociado caso a caso." afirma o deputado. Atualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define que o reajuste único ocorra em contratos de até 29 vidas.

Para Robba, é importante que a ANS vá além de simplesmente considerar as perspectivas das operadoras de planos de saúde. Ele argumenta que a agência precisa desempenhar um papel mais eficaz na fiscalização e punição de práticas abusivas por parte de operadoras.

“A atual versão deste Projeto de Lei traz uma contribuição na busca de maior transparência nos reajustes dos planos corporativos empresariais. Resta saber se a ANS tem condições de acompanhar e regular milhares de contratos empresariais que são repactuados diariamente. A agência reguladora já se posicionou, considerando ser inviável a regulação e o controle de milhares de prestadores de serviços para os planos, como hospitais, clínicas e laboratórios”, ressalta.

Para o deputado Zacharias Calil, a avaliação dos impactos da nova lei dependerá da perspectiva de cada parte interessada. “Algumas podem ver como uma regulamentação necessária para garantir a qualidade dos serviços prestados, enquanto outras podem interpretar como um aumento de responsabilidades e custos.”

Em nota, diferentes agentes do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), a Unimed do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) emitiram um posicionamento quanto ao PL. 

“Entidades representativas da saúde suplementar veem com preocupação algumas medidas presentes no relatório que desconsideram peculiaridades do setor e comprometem alguns dos pilares fundamentais de seu funcionamento. No entanto, acreditamos na capacidade de diálogo com o relator e com todos os demais parlamentares a fim de evitar decisões que poderiam prejudicar o funcionamento da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje”, destacam.

O PL e o Sistema Único de Saúde (SUS)

O deputado Duarte Jr. vê com bons olhos a aprovação do projeto de lei também para a saúde pública. Ele acredita, que se aprovado, pode contribuir para desafogar o SUS, pois os pacientes, que fazem tratamento pelo plano de saúde e tiveram seu contrato rescindido unilateralmente, passaram a procurar auxílio na saúde pública, âmbito já sobrecarregado.

Para o deputado Zacharias Calil, o Projeto de Lei pode ter diversos impactos no SUS e na população idosa. “Podemos citar melhorias na assistência prestada aos idosos no SUS, estabelecendo padrões mais rigorosos para atendimento e garantindo maior qualidade nos serviços; acesso a tratamentos específicos e especializados para esse público, abordando questões de saúde que afetam mais comumente essa faixa etária. Além disso, pode levar a uma necessidade de ajustes na capacidade de atendimento do SUS, por conta do aumento das demandas nos serviços de saúde, com padrões mais elevados voltados aos idosos”, comenta.

Em relação a possíveis benefícios do PL ao SUS, o texto sugere a implementação de um prontuário digital por meio da alteração da Lei Orgânica da Saúde e da determinação de que o poder público seja obrigado a manter uma plataforma com as informações dos pacientes das redes pública e privada. Assim, seria possível um compartilhamento de dados entre os sistemas, o que se traduziria na redução de desperdícios e consequente economia para todo o sistema de saúde.

Em compasso de espera

Segundo o deputado Duarte Jr., atualmente estão ocorrendo reuniões com lideranças partidárias para discussão do PL. Também houve uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que pretende se reunir com as operadoras de planos de saúde para ouvir suas reivindicações e contribuições.

Robba reforça, em última análise, que o documento evidencia a necessidade de futuras políticas considerarem pontos para garantir uma melhoria verdadeira e abrangente no setor de planos de saúde. “Estamos com um mercado de saúde suplementar batendo recordes de novos consumidores. É mais do que necessário haver uma atualização da lei para dar mais segurança aos mais de 50 milhões de beneficiários, que buscam nos planos de saúde a proteção para a própria saúde”, afirma.

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MEDICINA SA

Artigo - Profissionais de TI assumem funções cada vez mais estratégicas na saúde

O mercado de tecnologia segue aquecido, sendo um dos que mais registra crescimento no Brasil e no mundo. Para se ter ideia, estima-se que no período anterior à pandemia, o setor contabilizou uma alta de 60% na taxa de contratação. Ainda assim, uma pesquisa de mercado mostra que há uma previsão de déficit de 530 mil profissionais até 2025 e mais de 85 milhões de vagas de emprego no mundo não serão preenchidas por falta de profissionais qualificados.

Na área da saúde não é diferente. Com o boom das inovações, empresas e instituições têm investido continuamente na adoção de novas tecnologias e na contratação de profissionais de TI. Acompanhando o movimento de crescimento acelerado, o perfil dessa área e do profissional de TI evoluiu e alcançou novos patamares. A área de tecnologia deixa de exercer apenas o suporte e volta os olhos à atuação estratégica dentro do negócio.

As instituições de saúde já trabalham nesse modelo de governança que garante autonomia às pontas e maior protagonismo aos profissionais de TI. A perspectiva é que cada área da empresa contemple um especialista dedicado à função, absorvendo atividades de sustentação, infraestrutura, governança, além de toda a parte de TI e sistema, atuando especialmente no negócio. Em um hospital, por exemplo, há uma média de 50 projetos solicitados por mês. A grande maioria dessas demandas são relacionadas ao desenvolvimento de relatórios, implementação de novas funcionalidades nos sistemas. Se o profissional estiver locado na área em que atua haverá maior resolutividade, eficiência e agilidade nos processos.

A mudança vai de acordo com as características naturais desse profissional, que já atua em diversas frentes, estabelecendo interface com as mais variadas áreas, além de ser acostumado a lidar com pressão, prazos e relacionamento com fornecedores e clientes. Adicionalmente, o especialista traz em seu DNA, elementos cada vez mais importantes para a tomada de decisão, como o pensamento analítico e em forma de fluxos e a expertise em gestão de projetos.

Nessa concepção em que o profissional assume cada vez mais uma posição estratégica e de liderança, a formação é premissa fundamental. Atualmente, percebemos um avanço no interesse dos profissionais em assuntos como gestão de TI e de governança, além da segurança da informação. O especialista está se dedicando a estudar a parte teórica, mas especialmente o nicho em que atua. Quanto maior o aprofundamento no conhecimento do negócio e das questões estratégicas, melhor será sua performance para apresentar as soluções de tecnologia.

No dia 19 de outubro, celebramos o Dia do Profissional de Tecnologia da Informação e nunca foi tão importante refletir sobre a relevância desse especialista no setor de saúde. Investir em formação e carreira, garantir maior autonomia e apostar na liderança desses especialistas é urgente e necessário. Nas instituições de saúde, não existe discussão operacional que não impacte a área de TI, e o quanto antes todos entenderem isso, maior será o ganho em relação à eficiência, redução de custos e celeridade nos processos.


*Alex Vieira é Superintendente de Inteligência Digital e TI do HCor.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 18 Outubro 2023 14:01

CLIPPING AHPACEG 18/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dia do Médico – Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023 será entregue no dia 18

Governo anuncia parceria para zerar fila de transplante de córnea em Goiás

Justiça ordena que Unimed João Pessoa pague o piso da enfermagem; descumprimento acarretará em multa

Alego concede Comenda Nabyh Salum a médicos de destaque na noite desta 4ª-feira

Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha

Entidade médica quer lei que regulamente procedimentos estéticos

Chat GPT pode ocupar o lugar de um médico? Veja

Dia do Médico: em 2023, Senado mira expansão da oferta

GONEWS

Dia do Médico – Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023 será entregue no dia 18

Em homenagem ao Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, nesta quarta-feira, às 19h30, o Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) fará a entrega da Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2023. Dez médicos goianos receberão seus troféus e diplomas em solenidade na sede do Conselho.

Serão homenageados os médicos Aclécio José Dias Pereira, Delzirene Pinheiro Botelho, Edson Tadeu de Mendonça, Élio Caetano de Assis, Fátima Maria Lindoso da Silva Lima, Fernando Oliveira Castro, Ilza Pascoal Trevenzol, José Cruvinel de Macedo, Marco Túlio Campos Tahan e Nicean Serrano Telles de Souza Campos.

Criada em 2005 pelo Cremego, a comenda é entregue anualmente a médicos com mais de 35 anos de atuação ética e conduta ilibada e que se destacam no exercício da profissão, sendo uma referência para os colegas nas áreas de ensino e pesquisa, assistencial e/ou de organização da classe. A entrega marca a comemoração do Dia do Médico pelo Cremego.

A solenidade deste ano será coordenada pela presidente do Conselho, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e deve reunir conselheiros e diretores do Cremego, autoridades da área da saúde, médicos, parentes e amigos dos homenageados.

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A REDAÇÃO

Governo anuncia parceria para zerar fila de transplante de córnea em Goiás

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) vai firmar parceria com o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) com o objetivo de zerar a fila para transplantes de córnea em Goiás e colocar o estado na condição de exportador para o país. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17/10) durante a solenidade de apresentação da reforma e adaptação do Banco de Olhos do Cerof.
 
Com a parceria, o Estado, que tem hoje um Banco de Olhos, passará a contar com uma nova unidade, possibilitando o aumento das captações. Ao todo, foram realizados, entre janeiro e setembro de 2023, 460 transplantes de córneas em Goiás, o que representa um aumento de 75% em relação ao ano passado. Contudo, 1.534 pessoas ainda aguardam na fila para o transplante.
 
Durante o evento de reinauguração, o titular da SES-GO, Sérgio Vencio, destacou que o Cerof é referência nacional para o tratamento de doenças oftalmológicas, entre as quais glaucoma e as diversas enfermidades na retina. “A retomada das atividades com equipamentos altamente especializados traz boas perspectivas para o aumento dos transplantes de córnea e os hospitais estaduais poderão ser utilizados para a captação desse tecido ocular”.
 
O diretor-geral do Cerof, Marcos Pereira de Ávila, explicou que a unidade deve realizar a captação em 50 doadores por mês, o equivalente a 100 córneas. “Vamos utilizar o nosso conhecimento e estrutura, que agora foi totalmente remodelada”.
 
Segundo a gerente de Transplantes da SES-GO, Katiúscia Freitas, quando a unidade estiver em pleno funcionamento, as captações serão divididas por região de abrangência. “Existe a proposta do Cerof treinar profissionais de hospitais que são referências no interior para termos captação no interior", explicou.

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SÃO BENTO EM FOCO

Justiça ordena que Unimed João Pessoa pague o piso da enfermagem; descumprimento acarretará em multa


A Justiça do Trabalho determinou, nesta terça-feira, (17), que a Unimed João Pessoa e o Amip paguem o piso da enfermagem de R$ 4.750,00. A decisão foi dada pelo juiz Jose Airton Pereira e pela juíza Maria das Dores Alves. A informação é do Blog do Maurílio Junior.

Os magistrados atenderam ações movidas pelo Sindicato dos Enfermeiros da Paraíba.

Em ambos os casos o prazo dado para implantação do piso é de 10 dias, sendo que a multa estabelecida contra a Unimed é de R$ 1 mil por dia em eventual descumprimento. Já para o Amip, a multa é de R$ 500 mil, além de complicações judiciais para as duas unidades.

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JORNAL BRASIL EM FOLHAS

Alego concede Comenda Nabyh Salum a médicos de destaque na noite desta 4ª-feira


A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que tem como presidente o deputado Gustavo Sebba (PSDB), promove, nesta quarta-feira, 18, a partir das 19 horas, sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum, que homenageia os médicos pela dedicação do trabalho em prol da saúde no Estado de Goiás. Cerca de 30 profissionais receberão a honraria.

"Neste dia em especial, convido a todos a refletir sobre a importância da medicina e o compromisso que temos em apoiar nossos profissionais de saúde. Através de seu trabalho, esses médicos têm sido faróis de esperança e cura, especialmente em tempos difíceis como os que temos enfrentado recentemente. Em nome da Comissão de Saúde, como presidente, quero expressar nossa mais profunda gratidão aos médicos que serão agraciados com a Comenda Nabyh Salum e a todos os profissionais da saúde que, dia após dia, fazem a diferença nas vidas de nossos concidadãos", disse Sebba.

O tucanos afirma que a homenagem deve servir para inspirar e fortalecer o compromisso com a saúde e o bem-estar da comunidade. "Que continuemos a trabalhar juntos para criar um ambiente propício para a prática da medicina e para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade".

Quem foi Nabyh Salum

O médico Nabyh Salum nasceu em Minas Gerais, mas construiu sua carreira em Goiás, sendo um dos médicos mais importantes do Estado. Foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Sociedade Goiana de Radiologia, do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), além de ter estado à frente da implantação da cooperativa Unimed, no Estado, e participado da construção da Associação Médica de Goiás (AMG), instituição da qual foi presidente por oito mandatos.

Nabyh Salum faleceu aos 83 anos, no dia 30 de novembro de 2016.

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FOLHA.COM

Número de estudantes de medicina sobe, mas formação de especialistas não acompanha


RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - O número de alunos de medicina no Brasil cresceu, mas o total de médicos formados em residência para obter título de especialistas não aumentou na mesma proporção. Enquanto a taxa da graduação atingiu a marca 1,05 estudante para cada mil habitantes, a de residentes médicos ficou em apenas 0,21 por mil, um índice que deve diminuir o impacto da política da expansão de vagas para a área, sobretudo no atendimento ao sistema público de saúde.

O alerta é do Radar da Demografia Médica no Brasil, elaborado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a AMB (Associação Médica Brasileira) e atualizado neste mês com os novos dados do Censo Nacional da Educação. Segundo os autores, em 2022, o Brasil dispunha de 321.581 médicos especialistas, o que corresponde a apenas 62,5% dos profissionais em atividade no país, sendo todos os demais, 192.634 médicos (37,5%), generalistas.

No ano passado, quase 1 milhão de pessoas (952.865) tentaram ingressar nas graduações nacionais e o país registrou recorde de 245.501 estudantes do curso, alta de 25,2% em relação aos 167.788 alunos de 2018.

O relatório aponta que, de 2015 a 2023, a oferta de residência médica no Brasil mais que dobrou. Olhando para os últimos cinco anos, porém, quase nada foi feito para acompanhar o aumento do número de médicos graduados.

Entre 2018 e 2022, o total de residentes aumentou apenas 8,7%, passando de 41.274 para 44.857 no mesmo período. Outro problema é que a oferta continua concentrada: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm juntos mais de 60% das vagas de residência médica.

Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do levantamento, diz que as filas no SUS (Sistema Único de Saúde) têm relação direta com a falta de especialistas. "As especialidades são imprescindíveis para que o SUS possa ampliar uma atenção primária resolutiva e superar o problema do acesso a cirurgias, exames e consultas na atenção especializada, tanto ambulatorial quanto hospitalar", reforça.

A residência é, segundo Scheffer, a principal forma de obter a titulação de especialista ao lado de cursos oferecidos pelas sociedades médicas. As vagas para residentes e de planos de carreira no sistema público, porém, seguem desigualmente distribuídos pelas regiões, concentrados sobretudo em capitais e zonas metropolitanas, sendo os especialistas, ao final, absorvidos principalmente pelo sistema privado.

O mapeamento tomou por base registros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e, neste mês, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Nos próximos anos, o estudo indica um país com uma oferta de médicos mais jovens e feminina e recordes na densidade de profissionais formados até 2035, quando o país deve saltar dos atuais 2,7 médicos para cada mil habitantes para índices acima de 4,4 médicos para cada mil.

Apesar de uma boa média nacional, próxima à de países como Coreia do Sul (2,5/mil) e EUA (2,6/mil), a densidade médica no Brasil ainda varia muito no território, sendo possível encontrar 6 médicos para cada mil habitantes no Distrito Federal e apenas 1 para cada mil no Maranhão.

A médica Fernanda Nicolela Susanna, residente do primeiro ano de oftalmologia do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/USP), viu mais da metade de seus colegas seguirem na carreira sem uma especialização. "Acho que algumas pessoas não se sentiam prontas, mas também tenho muitos amigos que queriam passar, que estavam estudando muito e não conseguiram a vaga. Cada ano está mais concorrido", pondera.

Para garantir a residência que buscava, a médica começou a estudar ainda no sexto ano da graduação, com grupo e plano de estudos, além de aulas extras em um cursinho. "Fiquei muito feliz com os resultados, mas foi um ano difícil, que exigiu muita dedicação", conta.

De acordo com o mapeamento, as mulheres já são maioria entre os recém-formados em medicina e, em 2024, pela primeira vez, devem ser maioria também na profissão. "As mulheres serão mais de 50% dos médicos, com perspectiva de chegar a 56% ou 57% na próxima década", aponta Scheffer.

O professor reforça que a feminização da carreira é um marco importante na demografia médica e que isso, como em outras áreas, vem acompanhado de desafios para conter as desigualdades de gênero.

"Elas são minoria em 36 das 55 especialidades. São maioria em apenas 19. Então, se estamos falando de um futuro com uma maior presença de mulheres na profissão, e se estamos defendendo a necessidade de ampliação da oferta de formação de especialistas, há que se discutir essas especialidades nas quais as mulheres estão subrepresentadas", avalia.

O professor, que também participou de estudos de renda baseados em inquérito com médicos e dados da Receita Federal, afirma ainda que há uma desigualdade significativa de remuneração entre médicos e médicas. O levantamento mostrou que a renda média declarada pelos homens médicos em 2020 foi de R$ 36.421 contra R$ 23.205 das mulheres médicas (ou seja, 63,7% do rendimento masculino na mesma profissão). "Homens declaram rendimento superior em todas as faixas etárias, enquanto mulheres têm variações menos flexíveis. Até os 30 anos, mulheres declaram, em média, 82,7% do rendimento dos homens, diferença que se amplia para faixas etárias intermediárias, voltando a diminuir nas idades mais avançadas", afirma Scheffer.

O professor ressalva que a diferença acentuada a favor dos homens pode se dar devido a outros rendimentos de origem patrimonial declarados no IR, mas que a desigualdade segundo gênero é verificada em outros estudos e fontes. "Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, e no Inquérito Nacional com Médicos, do estudo Demografia Médica, o rendimento das médicas também é proporcionalmente menor", lembra Scheffer.

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NEWS CUIABÁ

Entidade médica quer lei que regulamente procedimentos estéticos


Crescimento da procura por procedimentos revela urgência de criar lei para definir atribuições, regras e responsabilidades dos profissionais

A morte da fotógrafa Roberta Correa, de 44 anos, após se submeter a um procedimento estético no interior de São Paulo, na última sexta-feira, reforça a necessidade de criar uma legislação que defina quais profissionais têm a capacitação e habilitação necessárias para realizar procedimentos estéticos e outros atos médicos com segurança. O professor titular da Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e presidente da Associação Brasileira de Médicos Com Expertise em Pós-Graduação (Abramepo), Eduardo Costa Teixeira, explica que cada conselho profissional tem autonomia para determinar quais procedimentos os profissionais que representa estão aptos a realizar. "Demorou-se muito para discutir a Lei do Ato Médico, que foi aprovada em 2013 cheia de vetos, completamente desfigurada. De um modo geral, não temos uma lei ampla que defina os limites de atuação de cada profissional. Não existe uma legislação acima dos conselhos, que assumem o papel de definir os limites das suas respectivas profissões. É urgente criar uma regulamentação que norteie e garanta, de fato, a segurança da sociedade", afirma Teixeira.

Médicos, biomédicos, farmacêuticos e profissionais de estética são habilitados, por seus respectivos conselhos, a realizar o endolaser (procedimento ao qual a fotógrafa seria submetida), uma técnica considerada minimamente invasiva, mas que requer uma anestesia local.

Busca por procedimentos estéticos cresceu 390% no Brasil

O professor explica que não é necessário um anestesiologista para aplicar uma anestesia local. "Se houver necessidade de sedação a partir do nível 2, aí sim seria necessário um especialista. Até algum tempo atrás, toda a clínica de estética tinha que ter um médico responsável, mas essa exigência foi derrubada. Então, esteticistas, dentistas, biomédicos e enfermeiros estão habilitados por seus conselhos a aplicar anestesias locais", afirma.

Teixeira explica que toda e qualquer anestesia pode provocar reações e complicações sérias que podem levar à morte. "O que pode fazer diferença no caso de uma reação, é uma resposta rápida de um profissional devidamente habilitado. Por isso é importante regulamentar esses atos em lei e fiscalizar o cumprimento da legislação", diz.

O presidente da Abramepo, Eduardo Costa Teixeira

Medicina Estética

No entendimento do presidente da Abramepo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) peca por não reconhecer, até hoje, a Medicina Estética como especialidade médica. "Formalmente, a medicina continua renegando a estética. O posicionamento do CFM é o de que a estética está incluída na Dermatologia e na Cirurgia Plástica, mas médicos não podem anunciar seus cursos de pós-graduação lato sensu em Medicina Estética, enquanto outras profissões têm suas pós-graduações reconhecidas como especialidade", completa o presidente da Abramepo.

Mercado em expansão

O Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, segundo o Euromonitor International. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) revelou crescimento de 390% na busca por procedimentos estéticos no país. "Nesse cenário, é imperativo que se regulamente a medicina estética e a realização de procedimentos para que o cidadão tenha um parâmetro bem definido sobre como escolher com segurança um profissional para realizar determinados procedimentos", completa o professor.

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ESTADO DE MINAS

Chat GPT pode ocupar o lugar de um médico? Veja


Pesquisadores de Israel e do Reino Unido conduziram uma pesquisa com oito pacientes hipotéticos para identificar se o Chat GPT é capaz de conduzir e orientar uma pessoa com depressão, assim como os médicos da atenção primária. O novo estudo foi publicado na última segunda (16/10), na revista científica Family Medicine and Community Health, do grupo British Medical Journal (BMJ). Segundo os autores, um dos diferenciais entre o atendimento médico e a inteligência artificial (AI) foi que o segundo não apresentou preconceitos de gênero ou classe social - ação observada entre os médicos analisados no estudo.

Cada "paciente" realizou a mesma pergunta ao Chat GPT: "O que você acha que um médico de cuidados primários deveria sugerir nesta situação?". As possíveis respostas eram: encaminhamento para psicoterapia; prescrição de tratamento farmacológico (não incluindo psicoterapia); encaminhamento para psicoterapia e prescrição de tratamento farmacológico; e nenhum desses tratamentos.

Caso a inteligência artificial escolhesse o tratamento farmacológico, ele era levado a selecionar uma das seguintes opções: antidepressivo; ansiolítico/hipnótico; antidepressivo e ansiolítico/hipnótico; e nenhuma dessas drogas.

Leia também: Outra discrepância entre as abordagens terapêuticas foi em relação ao tratamento. Entre os médicos da atenção primária, apenas 4,3% recomendaram exclusivamente o encaminhamento para psicoterapia para casos leves. Já o Chat GPT 3.5 e Chat GPT 4 (versão mais atual), por outro lado, recomendaram exclusivamente o encaminhamento para psicoterapia em 95% e 97,5% dos casos, respectivamente.Leia também: Outubro Rosa e menopausa: entenda a relação

Já nos casos graves, a maioria dos médicos da atenção primária propôs encaminhamento para psicoterapia e prescrição de tratamento farmacológico (44,4%). No entanto, a inteligência artificial propôs isso com mais frequência do que os médicos de cuidados primários: Chat GPT 3.5 (72%) e Chat GPT 4 (100%). Além disso, 40% dos médicos da atenção primária indicaram exclusivamente a prescrição de tratamento farmacológico, recomendação que não foi feita pelo Chat GPT 3.5 e Chat GPT 4.

MEDICAÇÃO

Nos casos em que médicos de cuidados primários ou Chat GPT propuseram psicofarmacologia (exclusivamente ou juntamente com psicoterapia), foi feita uma pergunta de acompanhamento sobre os medicamentos específicos recomendados. Os resultados indicam que os médicos da atenção primária recomendam uma combinação de antidepressivos e medicamentos ansiolíticos/hipnóticos em 67,4% dos casos, uso exclusivo de antidepressivos em 17,7% dos casos e uso exclusivo de medicamentos ansiolíticos/hipnóticos em 14,0% dos casos.

Em contraste, as recomendações das duas últimas versões do Chat GPT apresentaram variações significativas. Sendo que ambos propuseram o uso exclusivo de medicamentos ansiolíticos/hipnóticos, em contraste com as recomendações dos médicos da atenção primária, como aponta a pesquisa: " A proporção de casos em que o tratamento antidepressivo exclusivo é recomendado é maior tanto para Chat GPT 3.5 (74%) quanto para Chat GPT 4 (68%) do que para as recomendações dos médicos de atenção primária.

Além disso, Chat GPT 3.5 (26%) e Chat GPT 4 (32%) "sugeriram o uso de uma combinação de antidepressivos e medicamentos ansiolíticos/hipnóticos com mais frequência do que os médicos de cuidados primários".

As duas versões do Chat GPT exibiram desempenho bastante semelhante na maioria dos casos. Uma exceção importante foi observada nos casos de depressão grave. Chat GPT-3.5 recomendou uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia em apenas 72% dos casos, recomendando psicoterapia isoladamente sem tratamento farmacológico nos restantes 28%. Em contrapartida, a versão mais avançada do Chat GPT-4 recomendava uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia em 100% dos casos.

As observações revelaram diferenças entre o Chat GPT e as normas utilizadas pelos médicos de cuidados primários na identificação da gravidade da depressão e na determinação de como o distúrbio deve ser tratado. Especificamente, o Chat GPT 4 demonstrou maior precisão no ajuste do tratamento para cumprir as diretrizes clínicas.

"O estudo sugere que o Chat GPT, com o seu compromisso com protocolos de tratamento e ausência de preconceitos, tem potencial para melhorar a tomada de decisões nos cuidados de saúde primários. No entanto, sublinha a necessidade de investigação contínua para verificar a fiabilidade das suas sugestões. A implementação de tais sistemas de AI poderia reforçar a qualidade e a imparcialidade dos serviços de saúde mental."

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AGÊNCIA SENADO

Dia do Médico: em 2023, Senado mira expansão da oferta


O Dia do Médico se comemora nesta quarta-feira (18). Em 2023, o Senado chega à data tendo cumprido uma missão importante: a abertura de uma frente de formação doméstica de profissionais para o programa Mais Médicos. Já sancionada, a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde (Lei 14.621, de 2023) pode integrar médicos à atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste ano.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) foi a relatora da medida provisória (MP 1165/2023) que se transformou na lei. Para ela, celebrar o Dia do Médico deste ano com a nova política do Mais Médicos encaminhada é emblemático para sinalizar a importância da expansão da oferta de profissionais da saúde em todas as comunidades.

- Uma atenção primária robusta evita o agravamento de doenças, reduz internações, diminui a mortalidade infantil e, sobretudo, é uma forma de o Estado dizer que enxerga, respeita e reconhece a cidadania que é de todos, independentemente do local de moradia. Saúde é direito e médico não deve ser luxo para poucos.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, em fevereiro, a edição mais recente da Demografia Médica, pesquisa periódica que reúne dados sobre a presença e a distribuição de médicos no país. Segundo a publicação, o Brasil tem 2,56 médicos em atividade para cada mil habitantes, uma média que situa o país próximo a membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). como Japão (2,5) e Canadá (2,7).

No entanto, a pesquisa evidencia também problemas na distribuição de profissionais pelo território nacional. As capitais atingem a marca de 6,22 médicos por mil habitantes, e reúnem 54% dos médicos em atividade no país, apesar de terem menos de um quarto da população nacional. Já as cidades do interior somam menos de dois médicos por mil habitantes. Os médicos atuantes nas capitais também são, em geral, mais experientes, com quase dois anos a mais de prática após a formação do que os médicos do interior.

A oferta de médicos no Brasil tem crescido ano a ano, e um dos fatores importantes, de acordo com a pesquisa do CFM, é a entrada de médicos no país. Os anos de 2020 a 2022 registraram, cada um, um saldo positivo de mais de 20 mil médicos ingressando no país. São os números mais altos da série histórica, que remonta a 1990.

Revalida

Durante as negociações pela aprovação da MP 1165, um dos pontos de atrito foi a dispensa de exigência do teste de revalidação do diploma (Revalida), que é requerido para que médicos que tenham se formado no exterior possam trabalhar no Brasil. O texto aprovado permite a participação no programa sem o diploma revalidado por quatro anos; após esse período, é necessário fazer o exame.

O Revalida foi criado em 2019, e a sua legislação teve como um de seus relatores o senador Dr. Hiran (PP-RR), que na época era deputado federal. Ele argumentou, durante a votação, que o teste é especialmente importante para asseverar a competência de médicos que trabalharão em locais de pouca oferta, que são justamente os alvos prioritários do Mais Médicos.

- Não podemos tergiversar sobre a avaliação do profissional que vai trabalhar principalmente nos vazios do nosso país. É inadmissível que a gente possa aprovar algo que possa deixar a população brasileira à mercê de um profissional que não foi devidamente avaliado para prestar um serviço tão essencial à saúde das pessoas.

Também naquela sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) rebateu a necessidade imediata do diploma revalidado e destacou que o objetivo da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde é capacitar os médicos por meio da própria atividade e do contato com os pacientes.

- A atenção primária tem que ser de excelente padrão, e só vamos fazer isso quando tivermos formação complementar dos profissionais de saúde num programa como o Mais Médicos, sob supervisão. Esses médicos têm que ser avaliados na vida real, é na prestação de serviço, como são avaliados os médicos residentes. Especialista em medicina é formado na prática, seguindo doente.

Efeméride

O 18 de outubro é escolhido para o Dia do Médico pela associação da data com São Lucas, um dos primeiros apóstolos do cristianismo e reconhecido como autor de dois livros do Novo Testamento, incluindo um dos Evangelhos. Ele foi um médico grego e é o padroeiro da profissão.

Médicos no Senado

O Senado tem, atualmente, sete senadores formados em medicina:

Dr. Hiran - Oftalmologista

Humberto Costa (PT-PE) - Psiquiatra

Marcelo Castro (MDB-PI) - Psiquiatra

Nelsinho Trad (PSD-MS) - Urologista

Otto Alencar (PSD-BA) - Ortopedista

Rogério Carvalho - Especialista em medicina preventiva

Zenaide Maia - Infectologista

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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Assessoria de Comunicação

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Indicado pela Ahpaceg, o médico Hugo Walter Frota Filho, do associado Hospital São Francisco de Assis, será homenageado, nesta quarta-feira, com a Comenda Nabyh Salum, entregue pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás.

A homenagem faz parte das comemorações do Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, e é um reconhecimento ao trabalho e a dedicação de médicos goianos à medicina e à sociedade.

Desde a criação da comenda, em 2017, a Ahpaceg indica um dos homenageados e foi com muita satisfação que a Associação, após votação interna, apresentou o nome do médico Hugo Walter Frota Filho para a comenda 2023.

A solenidade será coordenada pela Comissão de Saúde da Alego e acontecerá a partir das 19 horas, no Plenário Iris Rezende, na Assembleia.

Terça, 17 Outubro 2023 07:01

CLIPPING AHPACEG 17/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde atrasam pagamento de faturas dos hospitais

Vigilância Sanitária já interditou 21 casas de recuperação em Goiânia

Cuidados paliativos vão além do alívio da dor física

PL dos planos de saúde e impactos no setor

Oncoclínicas e Cedro investem R$ 850 mi em Cancer Center em SP

Senado volta a analisar desoneração da folha

DIÁRIO DO NORDESTE

Planos de saúde atrasam pagamento de faturas dos hospitais

Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Hospitais Privados e divulgada ontem revelou que os atrasos de pagamento por parte das operadoras de planos de saúde já somam cerca de R$ 2,3 bilhões.

A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro deste ano e envolveu 48 hospitais credenciados.

Essa montanha de dinheiro em dívidas dos planos de saúde para com os hospitais representa 16% da receita bruta de R$ 14,6 bilhões registrada pelas unidades hospitalares no período de janeiro a julho deste ano, relativa a atendimentos de emergência, realização de exames e internações.

O diretor executivo da Associação Nacional dos Hospitais, Antônio Brito, disse que os planos de saúde também ampliaram o prazo de pagamento das faturas, que passou de 70 para 120 dias.

Ele informou que esse problema não é apenas dos hospitais filiados à entidade, mas que atinge a todos os 4 mil hospitais privados brasileiros.

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A REDAÇÃO

Vigilância Sanitária já interditou 21 casas de recuperação em Goiânia

Com a intenção de garantir a integridade física de quem é acolhido em uma das casas de recuperação terapêutica existentes em Goiânia, a Vigilância Sanitária, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana, vem intensificando a fiscalização dos lugares. O resultado, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (16/10), foi que, entre janeiro de 2021 e julho de 2023, durante visita a 52 locais, foram interditadas/desativadas 21 deles. Só neste ano, até o mês de julho, foram feitas 12 fiscalizações, com duas casas desativadas e uma interditada, por não haver alvará de funcionamento.


“A Assessoria de Políticas sobre Drogas realiza vistorias, ocasião em que é verificada toda a documentação exigida pela lei, responsabilidade técnica e corpo clínico adequados, tudo conforme a lei”, afirma o comandante da GCM, Wellington Paranhos, ao destacar a redução significativa de casas de recuperação clandestinas.

 “Havia notícias e denúncias de subtração de cartões bancários de acolhidos, faziam uso de dinheiro sem o consentimento ou autorização familiar. Hoje a realidade é outra. Conseguimos, com um trabalho muito importante, fazer com que as casas de recuperação ou casas-abrigo estejam totalmente legais, e evitar que pessoas que tinham como prática maltratar ou explorar acolhidos não agissem mais nesses recintos”, pontua Paranhos.

Goiânia conta com 18 comunidades terapêuticas cadastradas e dez sem cadastro no Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas (Comad). São entidades filantrópicas de natureza jurídica privada, sem fins lucrativos.

Para entrar em funcionamento, de acordo com a Assessoria de Políticas sobre Drogas, as casas terapêuticas têm de apresentar toda a documentação exigida pelos órgãos competentes, além de contar com responsável técnico habilitado e com profissional da área da saúde com qualificação na área (psicólogo, enfermeiro, assistente social, etc.)

O ambiente também tem de apresentar infraestrutura física e sanitária adequada para receber os acolhidos e deve cumprir exigências dos órgãos como Corpo de Bombeiro, Vigilância Sanitária e Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad).

As fiscalizações são realizadas após recebimento de denúncias formuladas junto ao Ministério Público e à Vigilância Sanitária. Em seguida, o Comad é acionado e, em conjunto com outros órgãos competentes, realiza as fiscalizações pertinentes. Já as vistorias de orientação são feitas de forma rotineira. A GCM disponibiliza o telefone 153 e o Comad 3524-8156.

Além de denúncias feitas ao MP e Vigilância Sanitária, a Prefeitura de Goiânia disponibiliza uma plataforma em seu site para controle e disponibilidade de vagas com o cadastro de todas as comunidades terapêuticas regulares em Goiânia, onde a população também pode apresentar denúncia.

Sobre o acompanhamento das condições dos acolhidos nessas unidades terapêuticas, a GCM afirma que o Comad tem feito relatórios em todas as fiscalizações. O Conselho também tem como papel orientar e dar o suporte técnico para comunidades terapêuticas que atuam na área.

Ações de interdição e encaminhamento

A GCM ressalta que as ações, na atual gestão da Prefeitura, já garantiram a integridade física de mais de 1.100 acolhidos irregularmente através das interdições, com encaminhamento desses casos para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) e/ou familiares. Já as ações que identificam internação compulsória irregular dos acolhidos são encaminhadas ao Ministério Público.

“É importante destacar a preocupação do prefeito Rogério com o tema, sendo que ele, quando detinha o cargo de vereador de Goiânia, ele participou do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, como titular, representando a Câmara Municipal”, pontua Wellington Paranhos, classificando a atuação do prefeito como “ativa, produtiva e afetuosa”, e que incentiva a participação de instituições no combate às drogas e o fortalecimento do Fundo Municipal de Políticas sobre Drogas (Fumpud).

Gestão antidrogas

À Assessoria de Políticas Sobre Drogas compete auxiliar a AGCMG na gestão do subsistema municipal antidrogas, em consonância com as diretrizes nacionais, estaduais e do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas. Tem ainda como atribuição, dentre outras, desenvolver ações de integração e articulação das políticas de atenção à saúde, de assistência social, educação, desporto, cultura, juventude, direitos humanos e de segurança pública, dentre outras, visando a prevenção do uso, o tratamento e a reinserção social de usuários de crack e outras drogas.

No rol das atribuições da Assessoria de Políticas sobre Drogas também constam estimular e cooperar na realização de estudos e pesquisas sobre a questão do uso indevido e abuso de substâncias psicoativas que causem dependência física ou psíquica. E, também, estabelecer fluxos contínuos e permanentes de informações com outros órgãos do Sistema Nacional e Estadual Antidrogas, visando à consecução das políticas de prevenção e fiscalização de entorpecentes e recuperação dos dependentes.

E, ainda, propor ações de prevenção primária, no combate ao uso de drogas, em especial pelo Programa Anjos da Guarda, Programa Guarda Mirim e Banda de Música.

Atuação do Comad

O Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad), que tem como finalidade a redução da demanda do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas no âmbito do Município de Goiânia, constitui órgão auxiliar da Administração Municipal de caráter consultivo, articulador, deliberativo e normativo das questões sobre drogas no âmbito municipal. 

À Agência da Guarda Civil Metropolitana (AGCMG), compete fornecer ao Comad o suporte logístico e administrativo necessário ao regular funcionamento do Comad, que tem o papel de acompanhar a política nacional, estadual sobre drogas e propor ações no âmbito do Município de Goiânia, bem como promover a integração aos sistemas nacional e estadual antidrogas dos órgãos e entidades congêneres, entre outras atribuições.

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ACONTECE AGORA

Cuidados paliativos vão além do alívio da dor física


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidado paliativo é uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados às doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, com identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Na capital, os cuidados paliativos são ofertados em toda a rede da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) abrangendo os níveis primário, em serviços como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o atendimento domiciliar realizado pelas pelas equipes multiprofissionais da atenção domiciliar (Emad) e de apoio (Emap), além de secundário, nos atendimentos de urgência e média complexidade, e terciário, nos hospitais.

O Dia Mundial de Cuidados Paliativos é celebrado no segundo sábado de outubro. O termo "Cuidados Paliativos" deriva da palavra 'paliar', que significa aliviar, atenuar, proteger. De acordo com a Aliança Mundial de Cuidados Paliativos, anualmente, 57 milhões de pessoas precisam desses cuidados, e, destes, 25 milhões estão no final da vida, sendo que pelo menos 18 milhões de pessoas morrem em dor e angústia desnecessárias todos os anos, sem acesso a cuidados para mitigá-las.

Entre os pilares do cuidado paliativo estão ainda a reafirmação da vida e da morte como processos naturais, onde tanto apressar quanto adiar a morte é evitado. Além disso, ele busca integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao cuidado clínico com o paciente e familiares. Por isso, atuam como paliativistas não apenas médicos, mas também profissionais de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros.

Cuidados não se limitam ao fim da vida ou ambiente hospitalar

Embora o cuidado paliativo seja comumente visto como a assistência prestada a pacientes em fase avançada de doenças sem possibilidade de cura, esse cuidado não se limita ao fim de vida ou ao ambiente hospitalar, mas representa uma abordagem mais ampla de alívio e controle de sintomas, com foco na pessoa e no seu sofrimento, de forma integrada ao plano de cuidado.

A nota técnica nº 10/2023, elaborada pela Coordenadoria de Atenção Básica (CAB) da Secretaria Executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde (Seabevs) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça esta concepção. Ela estabelece que os cuidados paliativos devem ser ofertados em toda a rede municipal, o que abrange os níveis primário, em serviços como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o atendimento domiciliar realizado pelas pelas equipes multiprofissionais da atenção domiciliar (Emad) e de apoio (Emap), além de secundário, nos atendimentos de urgência e média complexidade, e terciário, nos hospitais.

De acordo com o documento, a maioria dos adultos que necessitam de cuidados paliativos tem doenças crônicas como problemas cardiovasculares (38,5%), câncer (34%), doenças respiratórias crônicas (10,3%), Aids (5,7%) e diabetes (4,6%).

Programa Melhor em Casa

Na Atenção Primária, os pacientes com dificuldades para realizar o acompanhamento necessário nas UBSs são assistidos pelas Emads e Emaps do Programa Melhor em Casa. A Atenção Domiciliar permite que os pacientes em cuidados paliativos permaneçam junto às suas famílias, o que favorece a melhoria da qualidade de vida e a continuidade das relações sociais, o que influencia positivamente o curso da doença.

O Programa Melhor em Casa possui três níveis de complexidade de atenção domiciliar, sendo os níveis 2 e 3 os que envolvem casos de maior complexidade e são acompanhados por Emads e Emaps, com atendimento em domicílio, no mínimo uma vez por semana.

Atualmente, o Programa melhor em Casa atende cerca de 4.450 pessoas na cidade de São Paulo, por meio de 61 Emads formadas por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas, além de 19 Emaps formadas por assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas, cirurgiões-dentistas, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. Desde 2016 o Melhor em Casa já atendeu mais de 85 mil pessoas, com a realização de 2.160.000 atendimentos. Destes, 65% foram a pessoas idosas, em sua maioria do sexo feminino.

De acordo com a coordenadora do Programa Melhor em Casa, Karina Mauro Dib, o cuidado domiciliar pode ser complementar aos atendimentos realizados na Atenção Básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar à internação hospitalar. "Até pacientes com ventilação mecânica, reabilitação após cirurgias e cuidados paliativos podem passar a ser atendidos em casa, o que melhora o conforto dessas pessoas ao lado da família, além de evitar complicações e agravamento dos quadros, promovendo uma abordagem individualizada e integrada, de acordo com as necessidades e o contexto de vida do paciente", explica. Segundo ela, por estes motivos, uma das atribuições das equipes é realizar busca ativa, em hospitais, de pacientes que possam receber atendimento domiciliar.

Karina explica que, para quem está em cuidados paliativos no Programa Melhor em Casa, existem três possibilidades: a alta e o retorno ao atendimento pela UBS, caso ocorra uma melhora no quadro do paciente, ou, em caso de piora, a hospitalização ou a permanência em casa, junto aos familiares, tendo todo o suporte das equipes multidisciplinares. Após a morte do paciente, o atendimento é continuado no período de luto dos familiares. "Cuidados Paliativos não é 'não ter mais nada a fazer', e sim proporcionar qualidade de vida e conforto para o paciente, junto aos entes queridos", enfatiza.

A psicóloga aposentada Vilma Cintra da Silva Souza, 62 anos, moradora da região de São Miguel Paulista, perdeu a tia de 94 anos, vítima de um AVC, em julho deste ano. Ela faz uma avaliação muito positiva dos cuidados paliativos proporcionados pelo Programa Melhor em Casa: "A equipe nos fez sentir acolhidos e amparados numa fase muito difícil de nossas vidas, e sempre nos atendeu pronta e rapidamente, não medindo esforços para obter êxito e aliviar a paciente nas inúmeras intercorrências, dando a ela qualidade de vida com o tratamento paliativo humanizado".

Vilma relembra que a equipe do programa proporcionou suporte essencial e indispensável para superar as dificuldades no período. "O pronto atendimento profissional e completo evitou a necessidade de várias internações, que, caso fossem realizadas, trariam grande transtorno e sofrimento a todos, paciente e cuidadores".

A experiência de dois hospitais com cuidados paliativos

Esta humanização no cuidado com o paciente também é uma busca dos hospitais, que cada vez mais contam com equipes ou mesmo centros de cuidados paliativos. No caso do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), a Hospedaria de Cuidados Paliativos, que este ano completou 19 anos, funciona em um casarão, fora do ambiente hospitalar.

Por ali, já passaram 845 pacientes, em sua maioria com câncer, que contam com uma equipe de assistência à saúde formada por 19 profissionais, além de 10 profissionais de outras áreas, responsáveis por outros serviços. A equipe multidisciplinar presta assistência integral também aos familiares, visando facilitar o entendimento e o enfrentamento do processo de morte/luto.

No Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, localizado no Jabaquara, na zona sul, o grupo de estudos em Cuidados Paliativos teve início em 2016, com profissionais de áreas como fonoaudiologia, serviço social, psicologia, enfermagem, nutrição, fisioterapia, farmácia, terapia ocupacional e equipe multidisciplinar em terapia nutricional, aos quais se uniram, em um segundo momento, médicos, além das diretoras técnica e da Unidade de Internação.

A unidade possui 198 leitos e atende cerca de seis mil pacientes por mês. Com 30 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é referência para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Santa Catarina e Jabaquara, além de receber uma grande quantidade de pacientes oncológicos. "A intenção é ter mais profissionais paliativistas, uma vez que recebemos muitos pacientes idosos, com doenças crônicas e um índice de gravidade alto", comenta a terapeuta ocupacional Lorena Martinez Barra, que também é paliativista e foi uma das profissionais responsáveis pela estruturação do grupo.

Segundo a diretora técnica do hospital, Josiane Motta e Motta, as discussões sobre os pacientes em processo ativo de morte deram origem a protocolos que orientam tanto os cuidados médicos quanto da equipe multidisciplinar, orientados para o conforto do paciente e apoio à família. No caso desta, as visitas são flexibilizadas para que possam se despedir, enquanto para o paciente, fazem parte deste processo desde o manejo da dor por meio de medicamentos até o conforto espiritual e diretivas de vontades.

"O paciente poderá, por exemplo, tomar um café, comer um pedaço de bolo, fumar um cigarro, receber a visita de familiares ou mesmo de seu animal de estimação; as equipes estão preparadas para ajudar a transformar essas vontades em realidade, além de dar suporte aos familiares; tudo isso contribui para ressignificar o luto, para tornar essa travessia menos dolorosa para todos", resume Josiane.

SMS promove curso EAD em paliativismo

De outubro até dezembro, a SMS promove o curso "Atualização em Cuidados Paliativos: Fundamentos para Prática", voltado a profissionais de nível superior da Atenção Básica que atuam nas UBSs, Emads, Emaps, e Programa Acompanhante de Idosos. Serão ministradas 20 horas em formato EAD, trazendo conteúdos voltados a abordagem, processos e ferramentas em cuidados paliativos.

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SAÚDE BUSINESS

PL dos planos de saúde e impactos no setor


O Projeto de Lei (PL) 7419/2006, também chamado de Lei dos Planos de Saúde, que altera a regulamentação dos serviços de saúde suplementar no Brasil, deve ser votado em breve depois de 17 anos de tramitação.

O deputado federal Duarte Jr., do PSB do Maranhão, apresentou em setembro o relatório final sobre o PL. Designado para ser o relator do projeto, nos últimos meses ele elaborou o texto que analisa e propõe uma reforma na lei que rege as operadoras de planos de saúde no país.

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O PL 7419/2006 altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. A proposta, que teve origem no Senado Federal, tramita na Câmara em regime de urgência, em razão da alteração do regime do PL 4477, de 2016 (um dos apensados ao PL 7419).

Um dos pontos principais desse relatório é a proibição da extinção unilateral do contrato em toda e qualquer situação, sejam planos individuais, coletivos, de autogestão, ou em qualquer outra modalidade. Dessa forma, acredita o deputado, os pacientes terão mais garantias de tratamento. Pela legislação atual, as operadoras privadas de saúde podem propor a rescisão baseadas unicamente no aspecto financeiro, sem depender de consulta aos usuários atingidos.

Como o PL afeta os beneficiários

De acordo com o advogado Rafael Robba, sócio do escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde, o PL 7419/2006 representa um passo importante, mas apenas um passo, na direção certa para lidar com os desafios que os consumidores de planos de saúde enfrentam. Para ele, os problemas são complexos e a proposta é a forma de dar solução a alguns desses problemas.

Além da proibição da extinção unilateral do contrato, o PL traz ainda, entre suas propostas, a possibilidade de punições administrativas para empresas que se recusem, de forma injustificada, a cobrir tratamentos médicos. Mas para especialistas do setor, o projeto não traz soluções efetivas para o setor de saúde, que enfrenta problemas como reajustes elevados, redução de rede credenciada, aumento de fraudes, entre outros.

"Ao impor penalidades às operadoras que adotem essa prática, a legislação buscará garantir que os consumidores tenham acesso a tratamentos necessários sem obstáculos, algo que vemos acontecer diariamente e que tem levado muitos consumidores a buscar apoio na justiça", destaca Robba. Ao impedir que as pessoas com doenças raras ou graves sejam recusadas pelos planos de saúde, ele acredita que haverá uma redução nos processos de judicialização.

No entanto, Alberto Ogata, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Administração em Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), acredita que a limitação, por lei, de reajustes nos planos de saúde, pode inviabilizar algumas operadoras que já passam por sérias dificuldades financeiras. "Isso pode levar a uma maior concentração do mercado, reduzindo a competitividade do setor. O que está sendo proposto não pacifica as relações entre os stakeholders do setor, podendo até aumentar a judicialização do sistema."

Alguns especialistas também consideram o Projeto de Lei um pacote de retrocessos devido a preocupações sobre possíveis encarecimentos dos planos de saúde e restrição de acesso para determinados grupos de beneficiários. Apesar de o projeto poder incluir um potencial aumento na qualidade dos serviços e uma maior garantia de seus direitos como consumidores, existe o risco de haver uma variação nas mensalidades ou nas opções de planos disponíveis", ressalta o presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde, deputado federal Zacharias Calil.

Impactos de PL no mercado de saúde

Ogata destaca que, em sua opinião, talvez o principal ponto negativo deste PL seja a falta de discussão com os principais stakeholders do sistema suplementar, como as operadoras de saúde (de diferentes modalidades), empresas contratantes e prestadores (hospitais, clínicas etc.).

Como forma de minimizar os impactos das propostas, o deputado Duarte Jr. comenta que houve uma preocupação em criar medidas para equilíbrio do sistema de custeio de medicamentos de alto custo aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), como a criação de um fundo nacional, composto por recursos públicos e privados, para o financiamento de terapias de alto custo para o tratamento de doenças raras, considerado um dos principais grupos de pacientes mais afetados pelo preço das terapias. Assim, o impacto dos altos valores não recairia sobre uma única operadora.

"Propomos também o agrupamento de contratos coletivos pequenos, para até 99 vidas, para facilitar a gestão desses contratos, que passariam a ter um reajuste único, e não negociado caso a caso." Atualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define que o reajuste único ocorre em contratos de até 29 vidas.

Para Robba, é importante que a ANS vá além de simplesmente considerar as perspectivas das operadoras de planos de saúde. Ele argumenta que a agência precisa desempenhar um papel mais eficaz na fiscalização e punição de práticas abusivas por parte dessas operadoras.

"A atual versão deste Projeto de Lei traz uma contribuição na busca de maior transparência nos reajustes dos planos corporativos empresariais. Resta saber se a ANS tem condições de acompanhar e regular milhares de contratos empresariais que são repactuados diariamente. A agência reguladora já se posicionou, considerando ser inviável a regulação e o controle de milhares de prestadores de serviços para os planos (como hospitais, clínicas e laboratórios)", comenta Ogata.

Para o deputado Zacharias Calil, a avaliação dos impactos da nova lei dependerá da perspectiva de cada parte interessada. "Algumas podem ver como uma regulamentação necessária para garantir a qualidade dos serviços prestados, enquanto outras podem interpretar como um aumento de responsabilidades e custos."

Em nota, várias entidades do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), a Unimed do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), afirmam que as "entidades representativas da saúde suplementar veem com preocupação algumas medidas presentes no relatório que desconsideram peculiaridades do setor e comprometem alguns dos pilares fundamentais de seu funcionamento. No entanto, acreditamos na capacidade de diálogo com o relator e com todos os demais parlamentares a fim de evitar decisões que poderiam prejudicar o funcionamento da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje."

O PL e o Sistema Único de Saúde (SUS)

O deputado Duarte Jr. vê com bons olhos a aprovação do projeto de lei também para a saúde pública. Ele acredita, que se aprovado, o PL pode contribuir para desafogar o SUS, pois os pacientes que fazem tratamento pelo plano de saúde e tiveram seu contrato rescindido unilateralmente passaram a procurar auxílio na saúde pública, um sistema que já está sobrecarregado.

Na opinião do deputado Zacharias Calil, o Projeto de Lei pode ter diversos impactos no SUS e na população idosa. "Entre eles, podemos citar melhorias na assistência prestada aos idosos no SUS, estabelecendo padrões mais rigorosos para atendimento e garantindo maior qualidade nos serviços; acesso a tratamentos específicos e especializados para esse público, abordando questões de saúde que afetam mais comumente essa faixa etária. Além disso, pode levar a uma necessidade de ajustes na capacidade de atendimento do SUS, por conta do aumento das demandas nos serviços de saúde, com padrões mais elevados voltados aos idosos."

Em relação ainda a possíveis benefícios do PL ao SUS, o texto sugere a implementação de um prontuário digital por meio da alteração da Lei Orgânica da Saúde e determinação de que o poder público seja obrigado a manter uma plataforma com as informações dos pacientes das redes pública e privada. Assim, seria possível um compartilhamento de dados entre os sistemas, o que se traduziria na redução de desperdícios e consequente economia para todo o sistema de saúde.

Em compasso de espera

Segundo o Deputado Duarte Jr., atualmente estão ocorrendo reuniões com lideranças partidárias para discussão do PL. Também houve uma reunião com o Presidente da Câmara, Arthur Lira, que pretende se reunir com as operadoras de planos de saúde para ouvir suas reivindicações e contribuições.

Robba reforça em última análise sobre o parecer do PL que o documento evidencia a necessidade de que futuras políticas considerem esses pontos para garantir uma melhoria verdadeira e abrangente no setor de planos de saúde em benefício de todos os envolvidos.

"Estamos com um mercado de saúde suplementar batendo recordes de novos consumidores. É mais do que necessário que haja uma atualização da lei para dar mais segurança aos mais de 50 milhões de beneficiários que buscam nos planos de saúde a proteção para a própria saúde."

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CANAL EXECUTIVO

Oncoclínicas e Cedro investem R$ 850 mi em Cancer Center em SP


São Paulo (SP) - A Oncoclínicas&Co e a Cedro Participações comunicam a celebração de parceria para desenvolvimento do primeiro complexo hospitalar de tratamento oncológico em São Paulo (Cancer Center), que será inaugurado em 2026. O investimento para construção e aquisição do terreno será de aproximadamente R$ 550 milhões, aportados pela Cedro Par, e R$ 300 milhões aportados pela Oncoclínicas para equipar o hospital.

O Contrato de Locação Atípico de Imóvel Não Residencial, sob a modalidade Built To Suit (BTS), tem duração de 30 anos e foi feito com fundo de investimento imobiliário integralmente detido pela Cedro Participações S.A. O empreendimento ficará localizado na Rua Vergueiro, 470, região central da cidade de São Paulo, em uma área de 48 mil m2 próxima a importantes vias da cidade, como Avenida 23 de Maio e Avenida Paulista e a apenas 300 metros da estação de metrô Vergueiro. Contará com aproximadamente 360 leitos.

O investimento, por parte da Oncoclínicas, associado sobretudo aos equipamentos e mobiliário, inclui um moderno parque de diagnóstico por imagem, anatomia patológica e genômica integradas, cerca de 20 salas para cirurgias de alta complexidade (incluindo robótica), ala dedicada a terapia celular, aceleradores lineares para radioterapia e cuidados continuados, além de pronto atendimento e centro clínico de especialidades complementares ao paciente oncológico como cardiologia, urologia, neurologia, entre outras.

O Cancer Center São Paulo representa uma das mais importantes iniciativas da Oncoclínicas&Co em direção ao seu objetivo estratégico de cobrir integralmente toda a jornada do paciente na cidade de São Paulo e região, onde já conta com oito unidades ambulatoriais, corpo clínico de mais de 120 médicos dedicados ao cuidado integral ao paciente oncológico, ampliando ainda mais a rede de serviços oferecidos aos mais de 3.400 profissionais médicos que a companhia se relaciona no estado. A Unimed Nacional terá o direito de co-investir no Cancer Center São Paulo com uma participação de 25%, atuando como um dos investidores e parceiros comerciais nesse empreendimento.

"A inauguração do primeiro Cancer Center em São Paulo faz parte da estratégia da Oncoclínicas de democratizar o acesso e fortalecer o cuidado completo ao paciente oncológico, oferecendo excelência e qualidade para o melhor desfecho clínico. Com este empreendimento estamos ampliando o modelo integrado do cuidado em busca do melhor resultado para os nossos pacientes, corpo clínico, companhia e seus investidores", ressalta Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.

Para Lucas Kallas, presidente do Conselho da Cedro Participações, "a parceria com a Oncoclínicas&Co para desenvolver o Cancer Center em São Paulo, além dos centros em Goiânia e nas proximidades de BH, reflete o compromisso da Cedro em contribuir de maneira sustentável e responsável para setores vitais do desenvolvimento social. Contribuindo da nossa forma com o propósito maior da Oncoclínicas: vencer o câncer".

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AGÊNCIA SENADO

Senado volta a analisar desoneração da folha

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Da Agência Senado | 06/09/2023, 18h13

 

Construção civil é um dos setores beneficiados com a desoneração sobre a folha de salários
José Paulo Lacerda/CNI

Proposições legislativas

PEC 45/2019

PL 334/2023 (Substitutivo-CD)

Está de volta ao Senado o Projeto de Lei 334/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027. O texto, do senador Efraim Filho (União-PB), foi aprovado com mudanças pela Câmara dos Deputados no final de agosto. Entre as mudanças feitas pela Câmara, está a que estende a diminuição da contribuição previdenciária a todos os municípios brasileiros. O texto aprovado pelo Senado restringia essa lista a municípios menores.  

A desoneração da folha é um mecanismo que permite às empresas dos setores beneficiados o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi introduzida há 12 anos para algumas áreas e há pelo menos dez anos abrange todos os setores hoje incluídos. 

A ideia é que esse mecanismo reduza os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimule a contratação de pessoas. Atualmente, a lei só garante o benefício até 31 de dezembro de 2023, o que, segundo Efraim, causa insegurança jurídica ao setor produtivo. Após a aprovação do projeto pela Câmara, o senador disse que todos os envolvidos têm a ganhar com a desoneração.

— O maior desafio do Brasil, atualmente, é gerar emprego, não é arrecadar mais. Este projeto dialoga com quem produz, dialoga com sindicatos de trabalhadores, faz com que pais e mães de família e jovens que estão na fila do desemprego possam conquistar a oportunidade de trabalho e, com o suor do seu rosto, colocar o pão na mesa. É um projeto de ganha-ganha. É bom para quem produz, é bom para quem trabalha e consegue dar um encaminhamento importante para o Brasil — disse Efraim. 

Para ele, a urgência agora é garantir a prorrogação, mas, no futuro, é preciso pensar em incluir novos setores nessas regras. Em audiência pública sobre a reforma tributária na última semana, Efraim já havia defendido a extinção dos impostos sobre a folha de pagamento para todos os setores. Essa discussão, contudo, só caberia numa segunda fase da reforma — a primeira (PEC 45/2019) ainda não foi votada pelo Senado.

— Está na hora de pensar não apenas em prorrogar esse benefício para 17 setores, mas, na segunda fase da reforma tributária, poder pensar em desonerar de forma ampla e universal todos os setores. É um imposto equivocado porque, quanto mais eu entrego, mais impostos eu pago. A mensagem correta seria o inverso: quanto mais empregos eu gerar, menos impostos eu vou pagar. É isso que a desoneração da folha de pagamento significa — afirmou Efraim, em entrevista ao comemorar a aprovação do projeto na Câmara.

Atualmente, os 17 setores alcançados pela medida são: confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

Municípios

O texto aprovado na Câmara prevê a diminuição da contribuição previdenciária de todos os municípios, que também valerá até 2027 e terá uma variação de 8% a 18% de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) de cada cidade. Atualmente, a contribuição patronal por contratações pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de 20%.

O texto aprovado no Senado previa a alíquota de 8%, mas a quantidade de municípios era menor: a regra valeria apenas para aqueles com população inferior a 142,6 mil habitantes.

Renúncia

A renúncia fiscal com a desoneração no setor privado é estimada em cerca de R$ 9,4 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. No entanto, para o autor  trata-se de uma política já existente, ou seja, o governo já não recebe esses recursos. Ele também afirmou que a desoneração gera R$ 30 bilhões em economia de recursos.

Uma preocupação de parlamentares contrários à medida é garantir que as empresas beneficiadas com a desoneração tenham que oferecer contrapartidas. Na Câmara, os deputados derrubaram um destaque que pretendia alterar o texto para proibir empresas beneficiadas pela desoneração de demitir sem justa causa ou reduzir o salário de seus empregados nos seis meses após o encerramento do novo prazo.

Artigo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) essa semana mostra que os setores desonerados cortaram vagas de trabalho formais entre 2012 e 2022 e não figuram entre os que mais empregam. A análise, realizada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que nenhum dos desonerados aparece entre os sete setores que, juntos, ocupam mais da metade (52,4%) dos trabalhadores no Brasil.

Outra conclusão do Ipea é que, enquanto empresas privadas de outros setores expandiram em 6,3% seus empregos com carteira (+1,7 milhão) entre 2012 e 2022, os desonerados encolheram os seus postos de trabalho em 13% (-960 mil). No mesmo período, segundo o levantamento, o conjunto de todos os setores com folha desonerada reduziu sua participação no total de ocupados, de ocupados contribuintes da Previdência e de empregados com carteira do setor privado.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 16 Outubro 2023 08:39

CLIPPING AHPACEG 16/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Cremego homenageia médicos com a comenda Honra ao Mérito Profissional 2023

Telemedicina ganha cada vez mais força no Brasil e agiliza atendimentos

Após vomitar sangue, mulher morre repentinamente em Goiânia

HGG realiza cirurgia inédita para tratamento de aneurisma cerebral

Teste permite detectar coinfecção por nova espécie de parasita em casos graves de leishmaniose visceral

Do reajuste à judicialização dos planos de saúde: a conta não fecha

Vias tortas do debate sobre plasma

Telemedicina continua a crescer em Goiás
Entenda como as fraudes podem prejudicar o seu plano de saúde

A REDAÇÃO

Cremego homenageia médicos com a comenda Honra ao Mérito Profissional 2023

Evento será na sede do Conselho, em Goiânia 

Dez médicos serão homenageados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), em Goiânia, no Dia do Médico, data comemorada nesta quarta-feira (18/10), na sede do Conselho, às 19h30. A comenda Honra ao Mérito Profissional 2023 será uma grande solenidade, e contará com as presenças de diretores, conselheiros, autoridades da área da saúde, médicos, demais convidados e os grandes homenageados da noite.

Criada em 2005 pelo Cremego, a comenda é entregue anualmente a médicos com mais de 35 anos de atuação ética e conduta ilibada e que se destacam no exercício da profissão, sendo uma referência para os colegas nas áreas de ensino e pesquisa, assistencial e/ou de organização da classe.

Neste ano, os homenageados serão os médicos Aclécio José Dias Pereira, Delzirene Pinheiro Botelho, Edson Tadeu de Mendonça, Élio Caetano de Assis, Fátima Maria Lindoso da Silva Lima, Fernando Oliveira Castro, Ilza Pascoal Trevenzol, Jose Cruvinel de Macedo, Marco Túlio Campos Tahan e Nicean Serrano Telles de Souza Campos. 

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Telemedicina ganha cada vez mais força no Brasil e agiliza atendimentos


Caroline Louise 

São Paulo - Regulamentada recentemente, em 2022, a teleconsulta ou consulta médica não presencial tem ganhado cada vez mais força no Brasil. A modalidade foi adotada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros em todo o País no ano passado, segundo informações divulgadas pelo Centro de Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). "Durante a pandemia da covid-19, a telemedicina foi uma saída para evitar grandes aglomerações nos hospitais e unidades básicas de saúde. O formato atualmente tem grande colaboração para a rapidez dos atendimentos. Hoje eu atendo pessoas de todos os lugares do Brasil e em minutos já consigo passar a receita médica, por exemplo. O paciente não precisa ficar horas em uma fila aguardando ser atendido", comenta o médico generalista Lucas Martins Morais, que atende telemedicina por meio de convênio com um plano de saúde. Ele destaca, no entanto, que há casos em que o atendimento presencial ainda é o mais recomendado. 


A pesquisa TIC Saúde, feita pelo Cetic, revela um crescimento do uso de tecnologias por profissionais do setor médico quando comparado ao período anterior à pandemia, o que, para os pesquisadores, pode impactar positivamente a assistência à saúde. A Unimed Goiânia, por exemplo, diante da necessidade de isolamento social provocado pela pandemia da covid-19, estruturou com grande agilidade, ainda em 2020, o serviço on-line para consultas, diagnósticos e monitoramento de saúde dos beneficiários com sintomas da doença. Atualmente, o atendimento on-line, que inicialmente só atendia casos suspeitos de covid-19 e pós-covid, é destinado a pacientes com sintomas diversos. Há também atendimento virtual pediátrico. De acordo com dados da Unimed Goiânia, de 2020 até agosto de 2023, a telemedicina da unidade realizou mais de 160 mil atendimentos. 


 

A telemedicina ajuda, inclusive, pessoas que moram no interior do Estado e que muitas vezes precisam buscar atendimento na capital. Além de poupar o tempo de deslocamento, o paciente não precisa gastar minutos e até horas na sala de espera de consultórios e outras unidades de saúde. 

Exemplo na prática
Morador de Iturama, no Triângulo Mineiro, Adilson Cândido de Lima levava cerca de 2 horas para se deslocar até uma unidade de saúde para conseguir uma receita de colírio para lubrificar os olhos. Com a possibilidade de ser atendido de forma remota, ele economizou tempo e dinheiro. "Eu recebi minha receita médica por SMS, nem dá para acreditar que hoje em dia é tão fácil assim", comemora. 

O médico generalista Lucas Martins Morais atende cerca de 20 pacientes por dia, de urgência e emergência, e garante que a qualidade do atendimento remoto não deixa a desejar. "A telemedicina pode contribuir muito para melhorar os índices em saúde, isso porque o médico pode chegar a lugares que antes eram difíceis, que não tinham estrutura. Claro que é preciso ter internet. Mesmo com todas as possíveis dificuldades, a teleconsulta tem cumprido o seu papel em atender quem precisa no menor tempo de espera possível. O paciente é atendido no conforto da sua casa, geralmente sentado no sofá, com qualidade ímpar. Não temos como pensar no futuro da medicina sem incluir as consultas on-line. E o presente é esse, a telemedicina se consolidou no que consideramos pós-pandemia", finaliza o especialista. 

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O HOJE

Após vomitar sangue, mulher morre repentinamente em Goiânia

Antes de falecer, a mulher chegou a ser atendida no Cais da região

Na madrugada deste domingo (15/10), uma mulher de 43 anos, identificada como Hilda Maria Pinto da Silva, faleceu após sentir dores na garganta, fraqueza e vomitar sangue. O caso aconteceu no Setor Campinas, em Goiânia. Antes de falecer, a mulher chegou a ser atendida no Cais da região. 

Hipertensa e com prescrição médica para tomar medicamentos para a doença a cada 6 horas, Hilda veio a óbito por volta das 2 horas. Segundo o relato do marido, o mal-estar começou em casa.

Quando começou a se sentir mal, Hilda estava deitada em uma rede, queixando-se de dor na garganta, quase sem energia para se levantar. A situação piorou e ela começou a vomitar sangue. Seu esposo a levou ao Cais de Campinas, onde recebeu atendimento médico.

Durante a consulta, ela também apresentou sangramento pelo nariz e boca. Apesar dos cuidados, não resistiu e faleceu na unidade. O registro do óbito classificou-o como morte acidental, e o exame cadavérico futuro deverá esclarecer as causas do falecimento de Hilda.

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TV ANHANGUERA

HGG realiza cirurgia inédita para tratamento de aneurisma cerebral

https://globoplay.globo.com/v/12031490/

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FOLHA DE S.PAULO

Teste permite detectar coinfecção por nova espécie de parasita em casos graves de leishmaniose visceral

Nos últimos anos, médicos e cientistas de regiões do Brasil onde a leishmaniose visceral (LV) é endêmica têm se deparado com cada vez mais casos de coinfecção por diferentes protozoários: Leishmania infantum e Crithidia. O diagnóstico preciso, no entanto, é dificultado pela ausência de testes simples e específicos.

Com o objetivo de acelerar e facilitar essa distinção e, consequentemente, a definição do tratamento, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um teste do tipo PCR (que analisa o material genético contido na amostra) que leva menos de duas horas para ser concluído. Os resultados do estudo foram publicados no periódico Tropical Medicine and Infectious Disease.

O novo método representa um avanço no diagnóstico da LV - forma mais severa de leishmaniose que afeta órgãos como baço, medula óssea, fígado e gânglios linfáticos.

Negligenciada, a doença é considerada um problema de saúde pública, com mais de 3,5 mil casos todos os anos no país, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse número representa 93% de todos os casos da América Latina. Somente em 2020, foram 165 mortes em território nacional.

O estudo - financiado pela Fapesp por meio de nove projetos - mostrou que o método foi altamente preciso na identificação e quantificação de L. infantum e Crithidia em amostras obtidas in vitro e in vivo ou coletadas de hospedeiros (humanos, cães, gatos e vetores), por exemplo, por meio de biópsias de pele ou aspirados de medula óssea.

"Apesar de já existirem outros métodos moleculares de identificação de espécies, eles costumam envolver o sequenciamento do DNA da amostra, processo mais trabalhoso, lento e custoso", explica Sandra Regina Costa Maruyama, professora do Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular (PPGGEv) da UFSCar e coordenadora do estudo.

"Nosso teste avalia o material genético dos parasitas diretamente dos vetores e nos tecidos de pessoas e animais [gatos e cachorros]."

Ao contrário dos testes rápidos utilizados no sistema de saúde, que não detectam diretamente o parasita e sim os anticorpos produzidos contra ele, o novo ensaio quantitativo de PCR baseado em corante (qPCR) foi projetado e padronizado com sequências-alvo específicas para as espécies Leishmania infantum e Crithidia em amostras experimentais e clínicas.

Os novos alvos se mostraram específicos, entretanto é necessário realizar inicialmente um ensaio para detectar o primeiro parasita e, na sequência, um segundo para identificar Crithidia.

"Selecionamos esses novos alvos por meio de análises dos genomas das duas espécies. Agora que mostramos que apresentam especificidade em diferentes tipos de amostras, é necessário otimizar o ensaio para que em uma única reação de qPCR saibamos se a espécie infectante em questão é Leishmania infantum, Crithidia ou ambas", diz Maruyama.

Atualmente, o grupo de pesquisa tem testado as amostras para deteção de L. infantum e, num segundo teste, faz a detecção de Crithidia.

Segundo a pesquisadora, qualquer laboratório de diagnóstico capacitado com equipamento de qPCR -que se tornou mais acessível durante a pandemia de Covid-19 -poderia realizar esse teste. A técnica pode ser útil para estudos epidemiológicos, monitoramento de carga parasitária e acompanhamento terapêutico.

Casos de coinfecção

Durante o trabalho, foram realizados testes com 62 parasitas isolados dos tecidos de pacientes com leishmaniose visceral. Desses, 51 testaram positivo para Crithidia. Além disso, a coinfecção de Leishmania infantum e Crithidia em medula óssea foi identificada em dois novos casos de LV no Brasil. Em maio deste ano, o grupo publicou um relato de caso grave de LV no qual as duas espécies de parasitas foram detectadas.

De acordo com Maruyama, além da eficácia do teste, os resultados indicam que a infecção por Crithidia é mais frequente do que se imaginava e a coinfecção pelos dois protozoários parece acontecer principalmente nos casos mais graves.

"Ainda não sabemos quais as implicações clínicas da presença de Crithidia nos casos de LV, mas suspeitamos que a coinfecção possa exacerbar a doença ou até mesmo atrapalhar a resposta ao tratamento recomendado para Leishmania infantum", diz a pesquisadora.

"Identificar a espécie de parasita corretamente permite que sejam tomadas providências rapidamente para evitar a piora e a progressão do quadro clínico, reduzindo a mortalidade. Além disso, abre espaço para que, no futuro, se descubram medicamentos e tratamentos mais específicos."

O artigo Parasite Detection in Visceral Leishmaniasis Samples by Dye-Based qPCR Using New Gene Targets of Leishmania infantum and Crithidia pode ser lido em www.mdpi.com/2414-6366/8/8/405.

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CONSUMIDOR MODERNO

Do reajuste à judicialização dos planos de saúde: a conta não fecha


Superlotação, falta de recursos e longas filas de espera na saúde pública colaboraram para que a busca por planos de saúde na rede privada tivesse um crescimento exponencial nas últimas décadas. Para se ter uma ideia, de acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS) há aproximadamente 50 milhões de pessoas com cobertura de algum plano de saúde no Brasil, sendo que 35 milhões possuem contratos empresariais e seis milhões têm planos coletivos por adesão.

Essa corrida pela busca da assistência médica é uma decisão crucial para a maioria das pessoas e famílias. Não à toa, ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo do consumidor, segundo levantamento da IESS/Ibope. No entanto, a escolha entre planos individuais ou familiares e planos empresariais pode parecer uma questão trivial, mas há aspectos importantes a serem considerados ao tomar essa decisão, uma vez que a regulação desses planos de saúde está em jogo e que grande parte dos beneficiários estão suscetíveis a reajustes nos planos de saúde que podem ir além de sua capacidade de mantê-lo.

A criação de CNPJs como o Microempreendedor Individual (MEI) tem se tornado uma estratégia para acesso a planos de saúde e uma prática cada vez mais comum, especialmente entre aqueles que buscam uma opção de assistência médica a preços mais acessíveis. Porém, essa abordagem pode ter suas complicações, principalmente pelo aumento dos custos de contratação e manutenção.

Índices dos reajustes nos planos de saúde: Quem paga a conta?

Para Elton Fernandes, advogado especialista em direito da saúde e professor de pós-graduação de Direito Médico e Hospitalar da USP, sempre que possível o consumidor deve contratar planos individuais ou familiares. De acordo com o professor, o rol de cobertura é o mesmo em qualquer plano de saúde e, depois, o reajuste do plano empresarial mesmo para pequenas empresas costuma ser muito superior aos índices da ANS para planos individuais e familiares.

"Atualmente as operadoras de saúde devem aplicar um índice de reajuste para todos os seus contratos PME (até 29 vidas). Ou seja, não importa o quanto aquela pequena empresa utilizou de plano de saúde, seu índice será igual ao de todas as demais empresas que possuem contrato com aquela operadora", destaca Elton Fernandes.

No entanto, a falta de fiscalização e regulamentação dos índices de reajuste para contratos empresarial levantam uma reflexão importante: quem está auditando esses números, ou melhor, como o consumidor pode conferir se o índice aplicado está certo ou errado? De acordo com o professor, a ANS precisaria realizar uma fiscalização mais assídua, especialmente para que esse índice de reajuste dos contratos PMEs tivessem maior confiabilidade

"A ANS não estabelece esse índice atualmente, embora haja a previsão de que ela pode solicitar à operadora os dados sobre a metodologia de como chegou a esse percentual", critica. "As operadoras por sua vez dizem que esses índices foram auditados pelas grandes empresas de auditoria, mas acontece que no relatório dessas empresas elas dizem que checaram o índice utilizando apenas uma amostragem de contratos fornecido pela operadora, o que significa dizer que na prática não houve aferição de toda base de dados e que pode ter sido manipulado pela operadora" destaca.

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Plano de saúde: "Não faz sentido limitar reajuste aos 59 anos"

O último reajuste por faixa etária atualmente é limitado aos 59 anos de idade. A regra foi estabelecida pelo Estatuto do Idoso e a ANS. "Não faz sentido em se cobrar aos 59 anos todo o incremento de risco futuro desse consumidor. Isso onera em demasia quem completa 59 anos e os expulsa do contrato, beneficiando o plano de saúde que passa a receber muito antes todo o risco futuro que esse consumidor pode dar. Seria necessário rever a regra, sobretudo agora que a Justiça pacificou que o Estatuto do Idoso, por si, não impede que haja algum reajuste por faixa etária, vedando apenas o reajuste diferenciado, o abusivo" pontua Elton.

"O correto seria diluir esse reajuste ao longo da vida do consumidor, em novas faixas. Mas isso soa para a população como se o idoso estivesse sendo onerado, quando na verdade essa oneração já ocorre de forma antecipada, mas ocorre justamente antes da pessoa ser considerada legalmente idosa. É um contrassenso" reflete.

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Judicialização do setor da saúde

Essa falta de clareza tem feito com que consumidores entrassem na justiça pedindo revisão dos custos e índices de reajustes. Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) destacou que os reajuste dos planos de saúde, incluindo o índice de 9,6% estipulado pela ANS, extrapolaram o limite razoável, uma vez que as operadoras conseguem compensar os prejuízos de outras formas, por exemplo, com a rentabilidade de suas aplicações financeiras.

Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Idec afirmou em nota que vê o cenário se repetir "Após o maior aumento da história aplicado no ano passado, mais uma vez registramos reajustes elevados autorizados pela ANS, em um momento de inflação bem menor, sem que os rendimentos dos consumidores tenham crescido no mesmo ritmo. Na prática, o consumidor, que no ano passado pagou mais de R$238 bilhões às operadoras de planos em mensalidades, acaba custeando tanto os serviços contratados quanto os prejuízos gerados por problemas de gestão", reflete.

A aprovação desse índice é quase 67% maior do que o valor da inflação acumulada em 2022, e quem sofre com isso é o consumidor que além de gastar mais, enfrenta problemas de gestão das operadoras do setor. As empresas alegam enfrentar uma crise como nunca antes vista no mercado de planos de saúde.

"O consumidor se sente lesado porque vê a inflação oficial a 5% e não entende como pode o plano de saúde subir 15%, 20% ou até 30%, como ocorre nos casos de contratos coletivos por adesão. Então esse consumidor de um plano coletivo entra com ação judicial exigindo que a operadora de saúde prove que a sinistralidade fora de fato tão elevada ao ponto de justificar esse percentual de reajuste e, na prática, raras vezes um plano de saúde consegue provar que houve base idônea para aplicar esse percentual", explica Ana Carolina Navarrete.

"Isso então leva à consequência de que a Justiça poderá nesse caso determinar a nulidade do reajuste aplicado e sua substituição por outro índice, bem como o ressarcimento daquilo que fora indevidamente pago ao longo dos 03 anos anteriores ao ajuizamento da ação. Se o reajuste do plano coletivo tem base idônea, como as grandes operadoras não conseguem provar isso dentro dos processos?", avalia Elton Fernandes.

O PL que ganhou novo foco na saúde

Após 17 anos, o Projeto de Lei 7.419, que trata da atualização dos planos de saúde voltou a ser o centro de discussão no setor da saúde. De autoria do deputado Duarte Jr. (PSB-MA), o projeto pretende proibir as operadoras de planos privados de assistência à saúde de rescindirem unilateralmente os contratos firmados com beneficiários, a menos que o atraso na mensalidade supere 60 dias consecutivos.

O tema ganhou novos debates, após a recusa de atendimento a consumidores em alta vulnerabilidade, como idosos, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, que de acordo com o deputado em nota à agência Câmara "vem sendo retirados dos planos de saúde por gerarem um custo maior".

No contraponto, o professor e advogado Elton Fernandes acredita ser muito difícil a aprovação do PL "Penso que a chance disso passar nesse Congresso de viés mais liberal é muito difícil. A reforma já parou na Câmara após pressão das operadoras de saúde. Se aprovado na forma como proposto, os planos empresariais para pequenas e médias empresas teriam limite de reajuste seguindo um índice da ANS que hoje só existe para planos individuais e familiares".

"É benéfico ao consumidor, pois os planos individuais e familiares são raros no mercado justamente em razão de que os reajustes dos planos empresariais são significativamente maiores e, agora, colocam-se famílias nos contratos de plano de saúde através de um CNPJ, o que implica numa falsa coletivização do setor" finaliza Fernandes.

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O GLOBO

Vias tortas do debate sobre plasma

Manter um suprimento adequado de sangue e plasma para pacientes que necessitam de transfusão ou hemoderivados - garantindo o uso adequado e a segurança dos produtos, bem como a prevenção da transmissão de doenças infecciosas - está entre as principais preocupações das autoridades nacionais de saúde e instituições internacionais.


Todo ano, milhões de pacientes recebem transfusões de sangue, componentes sanguíneos ou derivados do plasma para melhorar sua qualidade de vida e sobrevivência. O Brasil tem uma legislação adequada e conta com hemocentros responsáveis pela doação de sangue e medula óssea.


Valores solidários e o modelo de organização do sistema de sangue nacional são compatíveis com países desenvolvidos e recomendações da OMS. Decisões de superar um passado quando se comercializava sangue foram tomadas devido à contaminação de milhares de pessoas e acúmulo de evidências sobre a correlação entre venda, pobreza e infecções que poderiam ser evitadas. O pagamento da doação conforma um ciclo que desestimula atos voluntários e solidários, essenciais para assegurar estoques, inclusive de tipos sanguíneos mais raros.

Mais sobre OMS RNA mensageiro: Entenda como funciona a tecnologia que deu Prêmio Nobel de Medicina a cientistas Testemunhas de Jeová pedem que Supremo acione OMS para decidir sobre religião e saúde No passado, a venda de sangue foi polêmica. Houve gente que enriqueceu e quem tenha se dedicado a teorizar sobre sua natureza mercantil. Numerosos escândalos de contaminação deram fim às filas de miseráveis anêmicos, de quem se extraía sangue praticamente em troca de comida. Durante a pandemia de Covid-19, as preocupações sobre sangue e emergências sanitárias retornaram aos fóruns especializados. A redução das doações em função do isolamento social estimulou iniciativas para articular ferramentas de saúde digital para a convocação de jovens. Ações endereçadas a renovar constantemente o estoque.

Preocupações com o aproveitamento integral das doações e preços, especialmente de produtos do fracionamento do plasma, sempre estiveram nos bastidores. Hemácias e plasma têm requerimentos de uso e possibilidades de armazenamento diferenciados. Providências para exportação em troca de redução de preços de hemoderivados e, posteriormente, a criação de instalações para a produção no país foram adotadas. Mas as dificuldades para a aquisição e acesso a imunoglobulinas continuaram a desafiar o acesso de pacientes e os orçamentos da saúde. Estamos longe de ter uma saída fácil, mas tínhamos acertado uma rota.

As expectativas de ampliação da oferta de hemoderivados minguaram na gestão de Ricardo Barros no Ministério da Saúde. Alterações nas atribuições de órgãos do sistema de sangue foram sucedidas por impasses no armazenamento do plasma e discussões sobre o desperdício e, a seguir, privatização. Uma sequência de relações causa-efeito leviana e simplificadora. Mas suficiente para trazer para dentro do Congresso Nacional um projeto de alteração da Constituição de 1988, sem fundamento científico e técnico, baseado em arranjos empresariais-políticos improvisados e bizarros.

Contas sobre desperdício do plasma - como se a transfusão de hemácias fosse um adendo dispensável no dia a dia dos serviços de saúde - e a desconsideração de plataformas tecnológicas e capacidade de inovação para o processamento do sangue lembram experiências recentes. A tentativa de compra de vacinas inexistentes de empresas sem experiência na produção de imunizantes passou muito longe das propostas de complementação virtuosa entre público e privado na saúde.

No mesmo momento em que se anunciam investimentos do PAC na Hemobrás, senadores de oposição tentam obstruir a longa trajetória da política de sangue pública de um país que tem SUS. Sangue bom é uma expressão que sinaliza a direção correta: acesso sustentável para quem precisar de um bem valioso, cujo valor é incomensurável.

*Ligia Bahia é professora da UFRJ

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O POPULAR

Telemedicina continua a crescer em Goiás

Passado o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, o atendimento médico por telemedicina continua sendo adotado por usuários. A facilidade de acesso em qualquer localidade é um fator que leva à escolha dos pacientes pelas consultas online. Planos de saúde se estruturam para expandir o acesso na modalidade, seja pela porta de entrada dos prontos-socorros ou consultas eletivas.O atendimento via telemedicina foi autorizado em caráter excepcional no início da pandemia no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e aprovado pelo Congresso Nacional. Depois, em maio de 2022, uma resolução do conselho regulamentou a prática. Uma lei sancionada em dezembro reforçou a autorização em todo o território nacional, abrangendo todas as profissões da área da saúde.A discussão do uso da telemedicina que tomou força em 2018, mas foi impulsionada pela Covid-19, se mantém nos dias atuais, com a rede privada buscando novos formatos de se desenvolver.
A exemplo, a Unimed Goiânia, uma das maiores operadoras de plano de saúde da capital, atendeu de março de 2020 a setembro de 2023, um total de 161,8 mil usuários na modalidade online, mas apenas para pronto-atendimento.
No primeiro ano, a operadora teve uma média mensal de 3,4 mil consultas, quando eram atendidos apenas suspeitos ou infectados com o novo coronavírus. Em 2021, subiu para a média mensal de 5 mil. No ano seguinte, com o fim do isolamento social, caiu para 3,7 mil por mês. No mesmo período, ampliou o quadro de especialistas para a consulta virtual. No entanto, ainda não faz consulta eletiva na modalidade, ou seja, aquelas feitas por agendamento.A maior procura em todos os anos foi para clínico geral, mas também para pneumologia, infectologia e pediatria. Coordenadora da telemedicina da Unimed Goiânia, a pneumologista Daniela Campos Mattos explica que a telemedicina é "um caminho sem volta" e cada vez mais está se modernizando para ampliar o atendimento.
Isso porque, diz, há aparelhos "sofisticados" e com possibilidade de fazer os exames físicos à distância.
Conforme a médica, a principal dificuldade é poder examinar os pacientes via telemedicina. No entanto, pontua que, para casos leves, a modalidade tem contribuído para desafogar a fila do pronto-socorro. "A resolutividade é alta. O índice de encaminhar para o presencial é de 2% (nos casos moderados a graves). Na tela consigo resolver muita coisa, agiliza os exames, receita médica. Economiza-se muito, transporte, trânsito, e sem contar o risco de chegar no pronto-socorro lotado e pegar uma infecção que não tinha", diz.O membro da Câmara Técnica de Telemedicina do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e do CFM, Leonardo Emílio da Silva destaca que a telemedicina tem um "papel fundamental e vai assumir cada vez mais em situações de dificuldade de acesso ao paciente". Ele cita, a exemplo, o acompanhamento médico para idosos, pacientes crônicos e no pós-operatório, além de moradores do interior."Facilitou muito a forma de prestar assistência a pessoas de outros estados e do interior.
(E se torna) um acompanhamento mais próximo, pois o paciente não precisa ficar se deslocando", pontua. Além disso, acrescenta que a teleconsulta segue todos os critérios da consulta presencial, tais como prontuário e sigilo médico, o que garantiu com que tenha "aceitação tanto por parte dos médicos como dos pacientes". "Vem sendo implementado, devagar, pois é óbvio que tem um tempo para ser implementada", finaliza.Outra grande operadora de plano de saúde no estado, a Hapvida NotreDame Intermédica deu início ao atendimento via telemedicina em 2021. Naquele ano, foram 904 consultas virtuais por agendamento. Em 2022, chegou a 6.984 em todo o ano, com um aumento de 501% para este ano, quando totalizou 42.014, contabilizados até o mês de setembro. Ao menos 17 especialidades possuem teleconsulta, incluindo outras três voltadas à pediatria.
Dentre as especialidades médicas, a operadora lista ao menos 13 como as mais atendidas, como clínico geral, alergologia, cardiologia, dermatologia, gastroenterologia, infectologia, nefrologia, neurologia, nutrição, pneumologia e psiquiatria, além de urologia.No Sistema Único de Saúde (SUS), a implementação da telemedicina em Goiás tem ocorrido lentamente.
Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estava fazendo o uso da telemedicina para acompanhar casos suspeitos e confirmados da Covid-19, conforme o POPULAR mostrou em abril de 2020. Hoje, no entanto, a pasta não tem trabalhado mais com a modalidade.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) começou a implantar a modalidade no segundo semestre deste ano. A pasta diz em nota que, de julho a setembro, realizou 676 atendimentos via telemedicina. As consultas são para as especialidades de cardiologia, endocrinologia, neurologia, pneumologia, psiquiatria e reumatologia, em 52 municípios do interior do estado.Conforme a secretaria, a implantação faz parte do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), desenvolvido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. Em Goiás, para os requisitos de seleção dos municípios, "foram priorizadas as cidades mais distantes da capital".
A pasta, no entanto, não disse quais são esses.
Empresa explora mercado de saúde digitalA Zapymed, uma plataforma goiana focada em consultas por telemedicina, que funciona como um plano de saúde, tem explorado o mercado deixado pela modalidade. Em 2021, no auge da pandemia da Covid-19, a empresa deu início ao seu funcionamento. No período, ao menos 150 mil atendimentos médicos virtuais já foram realizados. É o que diz um dos fundadores do plano de saúde digital, Mayco Dias."Na pandemia que vi a possibilidade de montar um negócio nesse segmento", explica. O cofundador destaca ainda que o objetivo da Zapymed é "democratizar o acesso à saúde" e facilitar o acesso às pessoas que têm menos condições a ter saúde de qualidade". "Queremos alinhar tecnologia para solucionar a saúde", destaca.Ainda conforme ele, mesmo tendo sido criada no estado, o plano tem atendido pacientes de todo o Brasil, com médicos parceiros espalhados pelo País.
Mesmo com foco na telemedicina, a plataforma também dispõe de atendimento presencial. "A receptividade no começo foi grande, depois veio uma estabilidade. Agora está numa boa tendência", diz. Isso pois, relata, ainda "falta informação" e "resistência" por parte de alguns usuários e médicos.
"Mas vem numa crescente boa, o comportamento vai mudando."A gerente comercial Tatianna Laura Borges, de 38 anos, começou a utilizar a Zapymed há um ano. "Uso sempre que preciso, não faço mais automedicação por sempre ter acesso rápido à consulta médica", pontua.Ela avalia ainda que há vários benefícios: "rápido, prático e de fácil uso, bom atendimento e não preciso me locomover e esperar horas em uma recepção pra ter atendimento."

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METRÓPOLES

Entenda como as fraudes podem prejudicar o seu plano de saúde


O cenário da Saúde Suplementar no Brasil vive um paradoxo. O setor fechou 2022 com mais de 50,5 milhões de beneficiários, sendo um ápice nos últimos nove anos. No entanto, em paralelo, o mesmo período registrou um prejuízo operacional acumulado de R$ 11,5 bilhões, o maior em mais de duas décadas, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E um dos principais motivos desse desequilíbrio são as ações fraudulentas.

Tanto que as fraudes - como simulação de falsos grupos/coletivos e pedidos alterados de reembolso de consultas e procedimentos, por exemplo - consomem 2,3% do investimento das empresas de saúde suplementar, pontua Fabiano Catran, diretor Institucional e de Gestão do Cliente da Seguros Unimed, que oferece serviços de saúde, seguros de vida, residencial, planos odontológicos e previdência privada. Inclusive, essa diversificação de produtos é um dos destaques da marca Unimed, que hoje é um ecossistema completo presente em mais de 80% do solo nacional.

Assim, as consequências das fraudes, ao contrário do que muitos podem pensar, não impactam apenas as empresas, elas afetam todos os envolvidos no sistema, desde administradores e funcionários até beneficiários honestos.

Isso é por conta dos princípios que os seguros - seja na área da saúde ou outra - têm para assegurar o equilíbrio financeiro. E, caso as regras sejam quebradas, toda a engrenagem do sistema para. Como é o caso do mutualismo, conceito fundamental para os seguros de saúde, em que os membros de um grupo contribuem para o benefício geral, que é utilizado para cobrir as despesas médicas quando necessário.

Consequências das fraudes

Além de ameaçar a solidariedade entre os beneficiários, as fraudes desestabilizam todo o sistema de saúde suplementar, com consequências na sociedade em geral. Isso porque os seguros particulares aliviam a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Visto que os planos de saúde fornecem cuidados médicos e hospitalares a cerca de 25% da população.

Nesse sentido, o uso indevido do seguro ainda coloca em risco a qualidade do atendimento, já que os recursos desviados poderiam ser utilizados para melhorar os serviços.

"A sustentabilidade do sistema mutualista do seguro de saúde depende da correta utilização dentro das coberturas contratadas. É assim que a Seguros Unimed garante uma oferta diferenciada de serviços, combatendo as fraudes que poderiam prejudicar seus clientes", completa o diretor-executivo de Provimento da , que destaca ainda o compromisso da empresa com a qualidade do atendimento.

Inclusive, quem comete as fraudes pode ter consequências jurídicas, porque são crimes passíveis de punição. Sem contar que empresas já demitiram profissionais por conta do uso indevido do plano de saúde.

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Combate às fraudes

Com todas essas consequências negativas para a sociedade, as empresas de seguro e planos de saúde vêm conscientizando os beneficiários para entrar na luta contra as fraudes. Esse é o princípio da campanha Saúde Sem Fraude. Além de dicas de como usar o plano corretamente, no site oficial há um canal exclusivo para denúncias, com a opção de identificar o denunciante, ou não.

A campanha foi lançada pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que une 13 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência. A Seguros Unimed participa desse movimento e tem investido em tecnologias avançadas, como o reconhecimento facial e modelos de detecção de padrões, para proteger os consumidores e garantir a integridade do sistema.

Outro destaque é a parceria da Seguros Unimed com empresas que utilizam a inteligência artificial para, por exemplo, prevenir pagamentos de reembolsos abusivos e também ajudar na precificação e previsão de custos. O resultado é uma economia estimada de R$ 7 milhões por ano, que serão retornados para os beneficiários por meio de melhorias nos atendimentos e tratamentos.

"Sabemos que as fraudes são um dos principais desafios da Saúde Suplementar no Brasil. Em outubro de 2022, a FenaSaúde denunciou um esquema que custava R$ 40 milhões em reembolsos solicitados por empresas de fachada. Estamos sempre combatendo essas ações para poder investir recursos no melhor atendimento ao segurado", explica Catran.

Aliás, para além do combate às fraudes, a Seguros Unimed investiu mais de R$ 350 milhões em tecnologia, desde 2021, em vários âmbitos da empresa. Por exemplo, neste ano, a seguradora foi pioneira dentro do Sistema Unimed ao migrar informações para a nuvem, efetivando assim a digitalização completa de 100% das operações e aprimorando a gestão de recursos.

Dessa forma, a seguradora passou a base de dados para uma única plataforma, que possui um sistema mais avançado e automatizado para o armazenamento de informações. Tudo isso seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, já que a integridade ética é um pilar fundamental para a empresa.

As mudanças são para melhor atender os beneficiários da Seguros Unimed, evidenciando o compromisso da empresa com a saúde e as vidas dos brasileiros. E, como explica Fabiano Catran, a empresa cultiva um relacionamento com os clientes pautado pela empatia e sensibilidade humanas.

Faça o certo!

Há várias formas de fraudar o sistema, mais ou menos elaboradas, como emprestar a carteirinha ou compartilhar o login e senha do plano de saúde com terceiros para fazer solicitações de consultas e, em seguida, reembolsos. Por isso:

Evite compartilhar as informações de acesso ao plano de saúde com outras pessoas e não empreste a identificação do plano.

Recuse a divisão de recibos e faturas.

Decline ofertas para procedimentos estéticos cobertos pelo plano de saúde.

Utilize o pronto-socorro somente para situações de urgência ou emergência.

Faça uso da telemedicina para questões de menor complexidade.

Opte por prestadores de serviços da rede credenciada ou locais de saúde de confiança.

Informe ao médico sobre exames recentes para evitar repetições desnecessárias.

Recuse propostas de reembolso que exijam pagamento antecipado pelo atendimento.

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Assessoria de Comunicação

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A mediação como um recurso na gestão de conflitos, inteligência emocional, mapeamento de processos, tecnologia e inovação e a realidade na gestão e comunicação e feedback são alguns dos temas a serem debatidos no Eu Líder - Desenvolvimento de Líderes, evento que acontecerá em Goiânia nos dias 17 e 18 de novembro.

 

Promovido pelo Instituto RG, o evento terá como palestrantes um time de especialistas e as inscrições já podem ser feitas pelo site https://www.even3.com.br/eu-lider-395314/.

 

Acesse, confira a programação e faça a sua inscrição para os dois dias, aproveitando os valores especiais para associados da Ahpaceg:

 

CÓDIGO              DESCONTO         DATA LIMITE DE USO    

01AHPACEG1510             R$618,00             15 de out de 2023          

02AHPACEG3110             R$800,00             31 de out de 2023          

03AHPACEG1611             R$900,00             16 de nov de 2023          

Quarta, 11 Outubro 2023 06:57

CLIPPING AHPACEG 11/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Quem são as pacientes do médico acusado de morte e sequelas de mulheres após cirurgias plásticas em Goiás

Um em cada cinco beneficiários de plano de saúde tem obesidade, aponta estudo

Outubro Rosa: Mamografia pode reduzir em até 40% a mortalidade por câncer de mama

Artigo - Sem as Santas Casas, não haveria saúde pública no Brasil

Câncer de pulmão custa R$ 1,3 bilhão ao País

Câmara aprova projeto que cria certificado para empresa que promover saúde mental e bem-estar de funcionários; acompanhe

PORTAL G1

Quem são as pacientes do médico acusado de morte e sequelas de mulheres após cirurgias plásticas em Goiás

Cirurgião plástico responde a sete ações em Goiás e outras quatro no Maranhão. Apesar dos processos, o médico está com situação regular e exercendo a profissão.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

Quatro mulheres teriam sido vítimas de erro médico após procedimentos estéticos realizados pelo cirurgião plástico Dagmar João Maester, de 61 anos. Em Goiás são sete ações contra o profissional e no Maranhão existem outros quatro processos. Três pacientes morreram e uma teve sequelas.

Dagmar tem registro como médico em Goiás, Distrito Federal, Maranhão e São Paulo. Ele tem especialização em cirurgia geral e cirurgia plástica e, atualmente, está com situação regular no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). A defesa do cirurgião disse que não vai comentar os casos.

Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) informou que acompanha o caso e se solidariza com a família da paciente goiana que morreu. Porém, disse que não cabe à entidade julgar a conduta do profissional a respeito dos fatos, pois esse papel é dos conselhos regionais.

O Cremego afirmou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas, mas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico. Também informou que Dagmar ficou 30 dias proibido de exercer a profissão, em 2017, após ter causado dano a paciente.

Processos

Existem sete processos contra o médico no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), sendo que dois deles estão sob segredo de justiça. Já no Tribunal de Justiça do Maranhão há outros quatro processos. São duas ações por erro médico, uma por homicídio simples e um processo por direito de imagem.

Em Goiás, há duas ações pela morte da paciente Marisa Rodrigues da Cunha, de 62 anos. Uma de indenização por dano moral causada por erro médico para a paciente Keila Patricia Dias da Silva. Além desses, há uma ação sobre direitos morais e uma de indenização por dano material causado.

Em julho do ano passado, o g1 publicou uma reportagem informando que o médico estava sendo investigado pela Polícia Civil pela morte das pacientes Robenha Pereira e Patriciana Nunes Barros, após procedimentos estéticos realizados por ele na cidade de Imperatriz, a 629 km de São Luís.

Caso Marisa

A idosa realizou uma cirurgia estética para redução de mama, abdominoplastia e lipoaspiração no dia 14 de abril deste ano, no Hospital Goiânia Leste. Dois dias depois ela morreu em casa por complicações do procedimento. O g1 tentou contato com o hospital, mas não teve sucesso.

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a idosa realizou os exames pré-operatórios pedidos pelo médico, que constataram que ela era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano. Segundo o órgão, Marisa não tinha condições para fazer a cirurgia.

O documento diz também que um dia após o procedimento, o médico deu alta para a vítima. Em casa, ela começou a vomitar com frequência e, por isso, a filha passou a questionar o médico. Inicialmente ele disse que os sintomas eram normais e depois pediu para ela parar de tomar todos os remédios.

A filha de Marisa chegou a pedir ajuda para o enfermeiro do médico, que conversou com o profissional. Mas conforme a denúncia, em nenhum momento Dagmar orientou que a vítima voltasse para o hospital. A filha da idosa chamou o socorro, mas Marisa não resistiu e morreu ainda em casa.

De acordo com o laudo de exame cadavérico, a idosa morreu por alterações relacionadas à cirurgia, que resultaram em um tromboembolismo pulmonar. O MPGO denunciou o médico alegando que ele deixou de prestar socorro e, com isso, agiu com imperícia e negligência.

Caso Keila

Em janeiro de 2022, Dagmar também operou a paciente Keila Patricia Dias da Silva, no Hospital Goiânia Leste, na capital. Ela também fez três tipos de procedimentos estéticos de uma só vez por um valor de R$ 19 mil. Porém, a cirurgia não ficou como a mulher queria.

À TV Anhanguera, a paciente disse que o médico tirou a pele da mama errada e, com isso, os seios ficaram com tamanhos diferentes. Após a cirurgia, a paciente procurou o médico para pedir o dinheiro de volta. O médico respondeu que não concordava com isso e que eles deveriam resolver judicialmente.

“Era pra ele ter operado o peito esquerdo, mas ele fez no peito direito. Ele tirou a pele no peito direito que não podia tirar, então eu fiquei com a mama direita bem pequenininha e a esquerda com displasia. Não consigo me olhar no espelho”, desabafou a paciente, que quer o dinheiro para reparar o erro.

Robenha morreu no dia 15 de fevereiro de 2022 depois de ter feito uma abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital particular do município. O atestado de óbito apontou insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão e tromboembolismo pulmonar pós-operatório.

“Eu não tenho dúvidas da negligência que houve, porque assim que ele terminou a cirurgia, ele saiu do box cirúrgico e foi logo para o hotel. Ela foi para a enfermaria e até então estava tudo bem, mas logo depois ela começou a sentir dor nas costas”, disse a filha da paciente, Tâmara Regina Pereira.

A reportagem do g1, publicada em julho do ano passado, revela ainda que um mês depois da morte de Robenha, a assessora parlamentar Patriciana Nunes também morreu após passar por uma abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas realizada por Dagmar.

O marido de Patriciana chegou a enviar vídeos para o médico mostrando a esposa passando mal. Em resposta às mensagens, Dagmar teria dito que poderia ser uma crise de ansiedade e recomendou um psiquiatra. Cinco dias depois, Patriciana faleceu.

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CNN BRASIL

Um em cada cinco beneficiários de plano de saúde tem obesidade, aponta estudo


Atualmente, um em cada cinco beneficiários de planos de saúde enfrenta um quadro de obesidade, segundo um estudo exclusivo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Há 15 anos, em 2008, primeiro ano analisado pela pesquisa, a proporção de pessoas com esse problema era de uma a cada oito.

O levantamento, que usou como base de dados o Inquérito Telefônico para Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) de 2008 a 2021.

Ele mostra que a prevalência desse problema de saúde entre beneficiários cresceu 7,2 pontos percentuais nesse período, saltando de 12,9% para 20,1%.

Entre os anos analisados, observa-se um pico no percentual de pessoas obesas no Brasil em 2020, quando a taxa atingiu 21,1%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade uma epidemia global, que está associada ao desenvolvimento de diversas outras doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

A estimativa da organização é que a obesidade afete ao menos 650 milhões de pessoas em todo o mundo

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JORNAL FLORIPA ONLINE

Outubro Rosa: Mamografia pode reduzir em até 40% a mortalidade por câncer de mama

Quando detectada em fase inicial, as chances de cura podem ultrapassar os 95%; Especialistas comentam importância do exame ser realizado anualmente pelas mulheres a partir dos 40 anos

Com o objetivo de alertar sobre um exame indispensável, o mês de outubro recebe simbolicamente um laço rosa como forma de trazer um olhar mais apurado para a conscientização sobre o câncer de mama, atualmente o tipo que mais atinge a população global feminina. De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afeta 2,3 milhões de pessoas por ano.

No Brasil, projeções do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que devem ser registrados 73.610 novos casos em 2023, número que corresponde a 10,5% de todos os diagnósticos de câncer registrados no país - o que faz dos tumores de mama os mais incidentes entre as mulheres no país, ficando atrás apenas do câncer de pele-não melanoma. Por aqui são ainda estimados 11,84 óbitos pela doença a cada 100 mil mulheres, ainda conforme indica o INCA, fazendo dela uma das líderes no ranking das que mais matam a população feminina.

Diante dessa realidade, a detecção em fase inicial continua sendo a principal arma no combate ao câncer de mama, tendo como aliada essencial a mamografia - que deve ser realizada anualmente em mulheres a partir dos 40 anos e, à nível populacional, é a melhor forma de detectar o tumor no começo do seu desenvolvimento aumentando as chances de cura. Vale lembrar que o diagnóstico do câncer de mama, quando feito no início, faz com que ele seja altamente curável, superando a taxa de 95%.

"O primeiro e principal passo para vencermos o câncer de mama é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral estejam conscientes da necessidade de realização da mamografia", afirma Max Senna Mano, líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.

O oncologista enfatiza que a mamografia é um exame que tem o objetivo de avaliar o tecido mamário. Contudo, ela não deve ser realizada apenas quando existe suspeita de câncer de mama. A partir do rastreamento mamográfico - desde que realizado periodicamente - diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%, principalmente por seu potencial de identificar lesões ainda não palpáveis e num estágio muito inicial, com tamanho menor do que 1 cm.

Mamografia é pilar essencial para salvar vidas

Apesar dos dados mostrarem a importância da realização da mamografia, é justamente na adesão a este exame primordial para o diagnóstico do câncer de mama que está um dos entraves para vencer a doença. O Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), que avaliou procedimentos de detecção e tratamento da doença de 2015 a 2021 no Brasil, revelou que o país registrou apenas 17% de alcance na cobertura mamográfica entre mulheres de 50 a 69 anos. O número ainda é muito inferior ao recomendado pela OMS, que preconiza que esse índice seja de ao menos 70% de cobertura.

"Para se ter uma ideia mais precisa, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), uma em cada 8 mulheres receberão o diagnóstico de um tumor nas mamas em alguma fase da vida. Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que mais de 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura", comenta o mastologista da Oncoclínicas, Guilherme Novita

De acordo com ele, a incidência de câncer de mama ocorre, principalmente, em mulheres na perimenopausa, ou seja, no fim da vida reprodutiva da paciente. As diretrizes do Ministério da Saúde preconizam a realização da mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos, com um intervalo de até dois anos entre um exame e outro. Mas o constante aumento da incidência em mulheres mais jovens tem estimulado debates para que o rastreio seja iniciado com mais antecedência .

"Importantes entidades de todo o mundo, entre elas a SBM e a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF), defendem a orientação de realização do exame como parte da rotina de monitoramento da saúde a partir dos 40 anos. Esta recomendação foi recentemente ratificada em um trabalho conjunto de sociedades médicas brasileiras - composto por Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e também pela própria Sociedade Brasileira de Mastologia - no qual as recomendações de rastreio da doença também foram atualizadas, prevendo o rastreamento mamográfico anual para as mulheres brasileiras de risco habitual entre 40 e 74 anos", detalha Guilherme Novita.

"Tal recomendação é baseada em estudos que mostram que 25% das mulheres com câncer de mama estão na faixa etária entre 40 e 49 anos de idade e, portanto, essa medida simples de redução da idade base para início da triagem pode salvar muitas vidas", completa.

Caso haja histórico familiar da doença, vale lembrar, as indicações podem mudar - por exemplo, com o rastreamento mamográfico começando ainda mais cedo e/ou envolvendo outros tipos de exames - conforme análise e recomendação médica de acordo com cada caso.

Como o exame é feito?

O mastologista comenta que, geralmente, o procedimento pode durar cerca de 20 minutos. "Através de duas placas, as mamas são pressionadas na horizontal e vertical para a avaliação adequada. O exame pode causar um pouco de desconforto, mas a compressão é rápida e a dor passageira. Para um maior conforto da paciente, é recomendado que o agendamento seja realizado para alguns dias após a menstruação, período em que as mamas estão menos sensíveis e o exame possui maior precisão", descreve Guilherme Novita.

Incentivo a mudanças simples nos hábitos de vida

Além de realizar exames preventivos com frequência, cultivar uma rotina saudável, de acordo com os especialistas, é a chave para reduzir as taxas de câncer de mama. Controlar o excesso de peso, buscar uma alimentação saudável e manter uma rotina de exercícios físicos exercem também papel fundamental para redução dos riscos de incidência da doença.

E a importância de um olhar para tipo de atitude não fica apenas na prevenção. "A prática regular de exercícios físicos e adoção de uma dieta alimentar balanceada são relevantes tanto para reduzir as chances de desenvolver câncer de mama quanto para reduzir os riscos de recidiva da doença", diz Max Mano.

Uma série de pesquisas científicas sugerem que indivíduos que praticam atividade física e seguem uma dieta equilibrada têm melhores respostas ao tratamento e, portanto, apresentam taxa de sobrevivência maior ao câncer cinco anos após o diagnóstico. A exemplo disso, um estudo publicado em 2023 pela revista JAMA, intitulado "Adherence to Cancer Prevention Lifestyle Recommendations Before, During, and 2 Years After Treatment for High-risk Breast Cancer", ouviu um total de 1.340 mulheres, com idades e tipos de tumores semelhantes, através de um questionário. As pacientes com pontuações altas no índice de estilo de vida tiveram 37% de redução na recorrência do câncer de mama e queda de 58% na mortalidade, em comparação com quem obteve números menores no índice.

A pesquisa reforça aquilo que já vem sendo preconizado pelos principais órgãos de saúde no mundo: a adoção de hábitos saudáveis é fundamental na luta contra o câncer. "Sabemos que uma rotina saudável pode prevenir em até 40% dos casos e agora estamos mostrando que essas práticas têm influência em que é diagnosticado, com aumento da sobrevida, queda na recorrência e diminuição de mortalidade. Adicionalmente, é importante frisar, uma vida saudável também melhora, em muito, as chances e a qualidade de vida de quem está passando pelo tratamento. É algo que precisa ser olhado com atenção na hora de pensarmos em saúde como um todo", resume o líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.

#CuidarSemLimites

Reforçando a proposta da campanha do Outubro Rosa, a Oncoclínicas realiza uma série de ativações para apoiar o conhecimento sobre o câncer de mama. Dando início às ações, que tem como mote o slogan "Se o amor não tem limites, o cuidado também não", ao longo da primeira semana do mês (de 1 a 8/10) o maior grupo especializado no tratamento oncológico da América Latina iluminará cinco dos principais monumentos da cidade de São Paulo com a cor rosa: Viaduto do Chá, Pateo do Collegio, Biblioteca Mário de Andrade, Edifício Matarazzo e Monumento às Bandeiras.

Já nas unidades Oncoclínicas em todo o Brasil e nos canais oficiais nas redes sociais, uma série de conteúdos promoverá a disseminação e discussão sobre os benefícios de uma rotina de atividades físicas, alimentação equilibrada e o olhar global para a saúde a partir da realização de exames periódicos para monitoramento de possíveis alterações no organismo, com respaldo de especialistas, de forma a esclarecer as principais dúvidas da população em geral e dos pacientes oncológicos. As iniciativas em ambiente digitado podem ser acompanhadas pela hashtag #CuidarSemLimites.

"A informação de qualidade é essencial para frear as estatísticas da doença no Brasil, que tem um crescimento significativo de casos a cada ano. Cada vez mais devemos falar sobre o diagnóstico precoce e prevenção, contribuindo assim para o aumento das chances de cura e um cuidado personalizado", finaliza Max Mano.

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 135 unidades em 36 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 600 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

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CORREIO BRAZILIENSE

Artigo - Sem as Santas Casas, não haveria saúde pública no Brasil


PAULO MAGNUS

CEO da MV Sistema para a Saúde

Em setembro, comemoramos os 35 anos do Sistema Único de Saúde, nosso SUS, que é referência para diversos países. Antes dele, porém, já havia no Brasil um pilar de assistência gratuita à população, com quase 500 anos de história. As Santas Casas de Misericórdia, estabelecidas por aqui desde o século 16, são uma das bases de funcionamento do SUS e estão espalhadas por todo o país: de acordo com a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), existem hoje 1.819 Santas Casas e hospitais filantrópicos no Brasil, ofertando 170 mil leitos, dos quais 24 mil são Unidades de Terapia Intensiva.

O setor filantrópico é responsável respectivamente por mais de 50% das internações realizadas pelo SUS e cerca de 70% dos procedimentos de média e alta complexidade. Para cerca de mil municípios brasileiros, a Santa Casa é a única porta de entrada de atendimento. Por tudo isso, posso dizer com toda certeza que, sem as Santas Casas, não existiria saúde pública no Brasil.

Apesar de todo o seu protagonismo em nossa saúde, as Santas Casas vivem desafios enormes em seu financiamento, com repasses defasados e grande endividamento que sempre ganham as páginas de jornais. Durante o 31- Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, um dos eventos mais importantes do setor de saúde no país que ocorreu em agosto, pudemos debater o momento dessas instituições, em busca de caminhos e soluções para que possam seguir cumprindo tão importante papel para nossa população.

Durante o congresso, ficou muito claro que o setor filantrópico ganhou uma magnitude importante nos últimos anos- em especial pela importância e imprescindibilidade que tem para a saúde dos brasileiros. Para continuar sendo importante e representativo no setor, necessita construir bases sólidas de governança corporativa e aproveitar a esteira da tecnologia com uso de inteligência artificial para formar redes de assistência integrada em cada um dos estados.

Como conselheiro da CMB há mais de 20 anos, acredito muito na criação de hubs regionais de tecnologia, por meio dos quais possamos ter centros de serviços compartilhados para dividir custos de tecnologia, de gestão, de materiais e financeiros. Com o trabalho em conjunto, os custos de manutenção dessas instituições cairiam, o que levaria ao uso de melhores práticas de gestão e à evolução das instituições.

Esses hubs são redes de assistência integradas que melhoram a performance, reduzem custos e aumentam a produtividade das instituições. Eles permitem que todas as unidades estejam instaladas numa mesma base de dados, com cadastro e prontuários únicos, com a estruturação de um centro de serviços compartilhados, por meio do qual se pode compartilhar custos e sinergias.

Isso porque eu vejo que a transformação digital das Santas Casas é um importante ponto de evolução. Já temos cases bem-sucedidos na mudança da gestão de algumas instituições. Lembro a trajetória da Santa Casa da Bahia, que fez um projeto de transformação digital que ficou conhecido nacionalmente e teve o apoio da MV A instituição deu início às mudanças em 2009 e conquistou o estágio 7 da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), a mais importante certificação de digitalização de processos em instituições de saúde.

Temos outros exemplos de Santas Casas que têm investido na transformação digital, como as de Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Santos (SP), São Paulo (SP) e São José dos Campos (SP). Naturalmente, ainda existem limitações consideráveis, especialmente em comparação aos hospitais privados, pois é preciso obter recursos para que essas mudanças aconteçam.

A transformação digital desempenha um papel fundamental na otimização de recursos, permitindo a automação de tarefas, aprimoramento da qualidade do atendimento, redução de custos operacionais e uma melhor gestão do orçamento disponível. Mas se ajuda na economia por um lado, por outro, depende de investimentos para que aconteça.

Por isso, é importante ressaltar que a implementação de tais estratégias requer um compromisso de longo prazo por parte dos estados e governos, bem como parcerias eficazes com o setor público e privado para garantir o sucesso das iniciativas. A pandemia de covid-19 certamente melhorou a percepção das Santas Casas junto aos gestores públicos do Brasil, tanto que aprovamos dois projetos de liberação de recursos, em 2021 e em 2023. Mas acredito que possamos evoluir mais em alocação de recursos e projetos para essas instituições. Porque, sem a devida atenção às Santas Casas, o setor da saúde não irá para lugar nenhum.

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PORTAL TERRA

Câncer de pulmão custa R$ 1,3 bilhão ao País


Pela primeira vez, a sociedade brasileira conhece as dimensões da conta anual gerada pelos tumores de pulmão, entre custos diretos e indiretos. De acordo com o relatório O Custo Econômico do Câncer de Pulmão e a Importância do Rastreamento e Diagnóstico Precoce , liderado pelo Insper, com o apoio da biofarmacêutica AstraZeneca, a maior parcela do gasto, equivalente a 78%, é resultado do impacto indireto da doença.

A mortalidade precoce provocada pelos tumores de pulmão atinge muitas pessoas que ainda estão em plena produtividade. O levantamento feito com base em números válidos para 2019 mostra que dentro do Sistema Único de Saúde, entre internações em UTI, com vários tipos de terapias e cirurgia, um total de R$ 127,5 milhões foi consumido diretamente do orçamento público.

Enquanto as estimativas dos custos indiretos, decorrentes principalmente da perda de produtividade dos pacientes, são da ordem de R$ 1 bilhão. "Os dados mostram que a doença de câncer de pulmão é muito cara para o País, não apenas do ponto de vista essencialmente econômico, mas também social", afirma a economista Vanessa Boarati, professora do Insper e uma das autoras da pesquisa. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), por volta de 32,5 mil casos de tumor de pulmão deverão ser diagnosticados em 2023 no País.

Anualmente, a doença mata cerca de 28 mil brasileiros e é o tipo de câncer com o maior número de vítimas entre as neoplasias. "Hoje, dados comprovam que, se você diagnostica o paciente no estágio 1 (aquele inicial, em que o tumor está localizado), existe a possibilidade de cura com apenas um tratamento - cirurgia ou radioterapia - de 80% a 90%; já em casos avançados, as possibilidades são muito menores", salienta Clarissa Baldotto, presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica.

As informações econômicas e sociais sobre a doença ganham ainda maior peso ao serem combinadas com as da área de saúde. O consenso científico formado a favor do rastreamento preventivo dos cânceres de pulmão está explicitado em um documento elaborado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR).

O projeto fruto desse consenso, segundo Gustavo Prado, médico pneumologista do Instituto do Coração (InCor) e professor da Faculdade de Medicina da USP, engloba vários aspectos fundamentais para o enfrentamento do câncer de pulmão. "A ideia inclui não apenas a síntese das evidências em favor da estratégia do diagnóstico precoce, mas também um plano estruturado que inclui a prevenção, com o tratamento de cessação do tabagismo, o delineamento da população elegível para o rastreamento, requisitos mínimos de estrutura, equipamentos e especificações técnicas da tomografia com baixa dose de radiação e, por fim, como interpretar os resultados e referenciar pacientes com achados relevantes nos exames de imagem a uma linha de cuidado de diagnóstico, estadiamento e tratamento em centros especializados", afirma o cientista da USP.

Os esforços para baixar as mortes decorrentes do câncer de pulmão também se espalham pelo setor privado, afirma Karina Fontão, diretora médica executiva da multinacional AstraZeneca. "Nós estamos liderando ações cujo objetivo é aumentar a sustentabilidade do sistema de saúde, seja por meio da criação de protocolos de screening, ou da implementação de ferramentas fundamentais para permitir o diagnóstico cada vez mais precoce."

De acordo com Boarati, professora do Insper, experiências internacionais também ajudam a dar lastro à ideia de o Brasil implementar um programa de rastreamento preventivo do câncer de mama. "Não é uma tarefa simples. Existem desafios, mas isso não significa que eles não devem ser enfrentados."

Devido aos vários gargalos que a saúde pública brasileira apresenta, o relatório do Insper também deixa claro como cada passo deve ser dado, para que uma implementação paulatina e segura do programa de rastreamento possa ocorrer. "No curto prazo, o ideal seria começar em centros de excelência para a doença que são mais bem preparados e equipados para atender as pessoas. Outro ponto importante, ainda mais com a penetração dos cigarros eletrônicos na sociedade, é a intensificação das campanhas antitabagismo", defende Boarati.

Como melhorar o prognóstico dos pacientes brasileiros?

O câncer de pulmão foi discutido no Summit Saúde 2023 em painel realizado pelo Blue Studio com o patrocínio de AstraZeneca. Intitulado Câncer de Pulmão: como melhorar o prognóstico dos pacientes brasileiros, o debate discutiu estratégias para rastrear antecipadamente a silenciosa doença. Mediada pela jornalista Rita Lisauskas, a conversa contou com a participação de Gustavo Prado, membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, e Clarissa Baldotto, presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT)

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AGÊNCIA CÂMARA

Câmara aprova projeto que cria certificado para empresa que promover saúde mental e bem-estar de funcionários; acompanhe


A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) projeto de lei que cria um certificado federal para empresas por seguirem critérios de promoção da saúde mental e do bem-estar de seus funcionários.

O Projeto de Lei 458/23, da deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE), será enviado ao Senado com texto da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).

Segundo o projeto, o certificado terá validade de dois anos, período após o qual a empresa deverá passar por nova avaliação para renovação. Enquanto válido, as empresas poderão utilizá-lo em sua comunicação e materiais promocionais.

Para obter o certificado, os interessados deverão cumprir diretrizes para desenvolver ações e políticas que efetivamente promovam esse bem-estar e a saúde mental dos trabalhadores. Caso descumprir as diretrizes, a empresa poderá ter o certificado revogado.

Paralelamente, o governo federal poderá promover ações publicitárias de incentivo à adoção do Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental.

A deputada Maria Arraes comemorou a aprovação do projeto. "Hoje é o Dia Mundial da Saúde Mental e é importante colocá-la no centro das atenções corporativas", afirmou.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Maria Arraes, autora do projeto de lei Comissão aprova projeto que isenta pessoa com deficiência de IPI na compra de trator

Segundo Laura Carneiro, "se considerarmos que os indivíduos passam a maior parte de seu tempo, quando em vigília, no ambiente de trabalho, pode-se imaginar o nível da influência que ele exerce na saúde mental e no bem-estar dos trabalhadores".

Diretrizes

As diretrizes fixadas pelo texto estão divididas em três áreas. Na promoção da saúde mental, constam:

implementação de programas de promoção da saúde mental no ambiente de trabalho;

oferta de acesso a recursos de apoio psicológico e psiquiátrico;

promoção da conscientização sobre a importância da saúde mental com a realização de campanhas e treinamentos;

promoção da conscientização sobre a saúde mental da mulher;

capacitação de lideranças;

realização de treinamentos específicos de saúde mental de maior interesse dos funcionários;

combate à discriminação e ao assédio em todas as suas formas.

Quanto ao bem-estar, o texto lista seis diretrizes:

promoção de ambiente de trabalho seguro e saudável;

incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional;

incentivo à prática de atividades físicas e de lazer;

incentivo à alimentação saudável;

incentivo à interação saudável no ambiente de trabalho;

incentivo à comunicação integrativa.

Transparência

Para subsidiar a concessão e a manutenção do certificado, a empresa deverá fazer uma espécie de prestação de contas e atuar com transparência. Assim, terá de divulgar regularmente as ações e políticas relacionadas à promoção da saúde mental e do bem-estar de seus funcionários nos meios de comunicação utilizados pela empresa.

Terão ainda de manter um canal para recebimento de sugestões e avaliações; além de fixar metas e realizar análises periódicas dos resultados.

Comissão certificadora

A concessão do certificado será realizada por comissão certificadora nomeada pelo Ministério da Saúde, que terá a atribuição de aferir se as práticas desenvolvidas pela empresa estão alinhadas com as diretrizes.

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Assessoria de Comunicação