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CONVITE AHPACEG MEDHEALTH

No dia 10 de janeiro, Goiânia vai receber uma das maiores autoridades do mundo em modelos de atenção primária em saúde em um evento promovido pela Ahpaceg e MedHealth. O Prof. Rushika Fernandopulle vem à capital, diretamente dos Estados Unidos, para falar sobre este tema tão importante para a sustentabilidade assistencial e financeira do sistema de saúde.

Ele é médico, professor no Massachusetts General Hospital, foi fundador e CEO da IORA Health, uma empresa referência em Atenção Primária nos EUA, que foi adquirida pela One Medical. Atualmente, o Dr. Rushika é Chief Innovation Officer da One Medical, a maior provedor de cuidados primários dos EUA, com 125 clínicas, que foi adquirida pela gigante Amazon em 2023 por US$ 3,9 Bi.

No setor privado, tem se observado nos últimos anos que a Atenção Primaria à Saúde (APS) vem ocupando lugar de destaque na agenda do modelo de atenção à saúde como uma estratégia abrangente, representando mudanças na lógica da organização assistencial, até então, estruturadas de forma fragmentada. Estamos caminhando de um modelo de assistência médica especializada, com abordagem curativista nas doenças agudizadas ou agudizações de condições crônicas, para uma lógica de práticas de saúde preventiva e de promoção da saúde.

A estratégia da Amazon no segmento de saúde é criar impulso para serviços de cuidados primários com acessibilidade e gestão, em parceria com o ecossistema de saúde, ou seja, integrado. Agora, porque a gigante Amazon vem investindo no segmento de saúde? Temos alguma coisa para aprender ou ensinar a eles? O que vem por aí? Se junte a nós neste grande papo pessoalmente com o Dr. Rushika. O evento contará com tradução simultânea.

Data: 10/01/24

Horário: 12 horas

Local: Ahpaceg – Rua 94, 220, Setor Sul

Evento exclusivo para associados e convidados da Ahpaceg e MedHealth

Quarta, 20 Dezembro 2023 07:55

CLIPPING AHPACEG 20/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Confira os valores e prazos para pagamento da anuidade de 2024

Care Plus compra clínica de vacinação e já negocia mais 3 M&As em 2024

Novo dono da Amil deve ser anunciado ainda neste ano; saiba quem são os favoritos

OMS pede mais controle sobre cigarros eletrônicos

Medicamentos genéricos representam 65% do mercado nacional: Veja dicas para verificar a procedência dos remédios que se tem em casa

CREMEGO

Confira os valores e prazos para pagamento da anuidade de 2024

O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução CFM Nº 2.368/2023, modificada pela Resolução CFM nº 2.369/2023, fixou os valores das anuidades e taxas para o exercício de 2024.

Atenção: os boletos NÃO serão enviados aos médicos pelo Cremego. Eles devem ser retirados no site do Conselho (https://sistemas.cfm.org.br/boletoweb/go) a partir da primeira semana de janeiro de 2024.

O valor integral da anuidade de pessoa física será de R$ 859,00, com vencimento em 31 de março de 2024.

Pagamentos antecipados terão desconto. Para quem pagar a anuidade até 31 de janeiro de 2024, o valor cairá para R$ 816,05. Para pagamentos até 29 de fevereiro de 2024, o valor será de R$ 833,23.

Os médicos interessados em parcelar o pagamento da anuidade poderão solicitar o parcelamento em até cinco vezes. A solicitação deve ser encaminhada ao Cremego por e-mail (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.) até o mês de março.

Pagamentos após o vencimento, serão acrescidos de multa e juros.

Médicos que já completaram ou venham a completar 70 anos de idade em 2024 estarão isentos do pagamento da anuidade do ano que vem.

Pessoa Jurídica

O valor da anuidade de pessoa jurídica para o exercício de 2024 – matriz ou filial, dentro ou fora do Estado – será calculado de acordo com o capital social da empresa. O prazo para pagamento vence em 31 de janeiro de 2024.

Os valores variam de R$ 859,00 (capital social até R$ 50 mil) a R$ 6.873,00 (capital social acima de R$ 10 milhões). A anuidade pode ser parcelada em até cinco vezes, sem desconto. A solicitação de parcelamento deve ser feita em janeiro de 2024 também pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Para saber mais sobre valores, isenções, descontos e multas, acesse o texto completo da Resolução CFM Nº 2.368/2023: https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2023/2368.

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INFOMONEY

Care Plus compra clínica de vacinação e já negocia mais 3 M&As em 2024



Dando sequência à estratégia de aquisições já anunciada, a operadora de saúde Care Plus está comprando o centro de imunização Vacinar. O negócio, que será oficialmente anunciado nesta quarta-feira (20), é a terceira operação da companhia desde que foi comprada pelo grupo britânico Bupa, em 2016. O valor do negócio não foi revelado.

A Vacinar é uma clínica de imunização fundada em 1997, que aplica mais de 400 mil doses por ano e atende a empresas de todos os portes (e atua também no varejo). A companhia tem um modelo asset light e apenas uma unidade em São Paulo, no Brooklin, pois promove campanhas de vacinação dentro das próprias empresas que a contratam.

Isso, inclusive, foi um diferencial para a aquisição, pois permite uma expansão da operação sem a necessidade de unidades físicas. "Além disso, como a Vacinar tem um know how de fazer campanhas de vacinação dentro das companhias, existem sinergias comerciais a serem capturadas", afirma Ricardo Salem, diretor-executivo da Care Plus.

A compra também está alinhada ao objetivo da empresa de oferecer soluções em saúde corporativa, tanto na operação de planos de saúde quanto de saúde ocupacional. "Ajuda no relacionamento com as empresas e impacta na renovação. Nenhum RH gosta de ter vários fornecedores".

Salem ressalta ainda que as bases de clientes das empresas são complementares - enquanto o centro de imunização atende a cerca de 500 empresas de todos os portes, a Care Plus é mais focada em grandes empresas dos setores de tecnologia e do mercado financeiro. "Não tem tanta intersecção".

Fundada em 1992, a Care Plus atua principalmente no segmento corporativo premium, mas também tem planos odontológicos e um braço de saúde ocupacional. A empresa atende atualmente a cerca de 600 mil beneficiários (480 mil em planos de saúde e odontológicos e mais 120 mil pessoas em saúde ocupacional) e 1,6 mil empresas. Eram 500 companhias antes da aquisição da Inpao, que trouxe mais de mil CNPJs para o grupo em julho, mas a operadora de saúde ainda é o core business, com mais de 90% da receita.

A compra do Inpao Dental, uma operadora de planos odontológicos, quadruplicou o número de vidas da empresa no segmento. Antes das aquisições deste ano, a última havia sido em 2020, da Qualiwork (que se tornou o braço de saúde ocupacional da Care Plus).

Crescimento via aquisições

Com um cheque de milhões no bolso, a Care Plus negocia mais três M&As para 2024 (a conclusão de uma outra aquisição, que tinha a expectativa de ser anunciada ainda neste ano, ficou para o próximo).

A estratégia da Bupa no Brasil, desde o início, era crescer via aquisições. Mas a concorrência (e os valuations) dos últimos anos no setor de saúde fizeram com que o grupo tirasse o pé e esperasse o mercado ficar mais "racional". "Não participamos daquela indisciplina financeira do mercado. Agora, estamos mais ativos", afirma o CFO Manny Roman. "Mas temos apetite a risco e capital para fazer vários M&As".

Manny Roman, CFO da Care Plus (Foto: Divulgação)O grupo britânico tem presença em mais de 190 países, e o objetivo é se tornar um dos três maiores players no Brasil no médio/longo prazo. Para isso, tem se aproveitado que grandes players listados do setor estão endividados e/ou digerindo aquisições recentes, como é o caso da Rede D'Or com a SulAmérica, da Hapvida com a NotreDame Intermédica e do Fleury com o Hermes Pardini.

Esse crescimento envolve também uma maior diversificação, pois a Care Plus ainda está concentrada em São Paulo (onde estão as grandes empresas). "Miramos um crescimento geográfico também, pois hoje grande parte da carteira ainda é em São Paulo", afirma Salem. "Nós já estamos no Rio, mas queremos crescer mais. Outra cidade é Campinas, que tem muita empresa de tecnologia e que recebeu muitas pessoas que moravam em São Paulo e se mudaram por causa da pandemia".

Para os próximos M&As, o foco da Care Plus continua sendo o de fazer aquisições de empresas que tenham soluções complementares ao seu core business - e que possam ampliar a gama de produtos e serviços oferecidos pela empresa, como é o caso da Vacinar. Roman diz, inclusive, que a transação não pe para "comprar lucro" ou buscar um negócio de maior margem, "mas sim de ampliar o relacionamento 360º com os nossos clientes".

Um desses negócios deve ser o de um laboratório de análises de São Paulo, focado no público de média/alta renda, que deveria ter sido concluído neste ano, apurou o IM Business com fontes do setor. Os executivos não confirmam a informação e dizem apenas que os M&As estão em diferentes estágios de due diligence e ainda devem levar alguns meses para serem concluídos.

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BRASIL 247

Novo dono da Amil deve ser anunciado ainda neste ano; saiba quem são os favoritos


A UnitedHealthGroup (UHG) está em processo de definir um comprador para sua operação brasileira a Amil até o final desta semana. A Amil uma operadora de planos de saúde e dental possui uma base de 5 milhões de usuários e uma infraestrutura que inclui 31 hospitais e 28 clínicas médicas. Entre os interessados na compra estão os empresários José Seripieri Júnior Nelson Tanure que havia anunciado sua desistência da operação e a gestora Bain Capital. Esta informação foi reportada pelo jornal Valor Econômico.

O valor total da operação é estimado entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões excluindo a carteira de planos individuais considerada deficitária. O comprador potencial deverá desembolsar entre R$ 25 bilhões e R$ 3 bilhões devido a um passivo da Amil na ordem de R$ 10 bilhões. Cerca de 60% deste passivo são devidos a dívidas tributárias com o restante relacionado a contingências médicas. A UHG pretende concluir a venda dentro deste ano visando retirar as operações brasileiras de seu balanço.

A receita da divisão de planos de saúde da UHG nos primeiros nove meses foi de US$ 210 bilhões em contraste com os R$ 152 bilhões faturados pela Amil no mesmo período. O BTG Pactual assessorando a UHG intensificou as conversas com os interessados. José Seripieri Júnior está sendo assessorado pelo BR Partners enquanto Nelson Tanure conduz as negociações através do banco Master e da Alliança empresa de medicina diagnóstica. A Bain Capital é considerada uma forte concorrente e está em diálogo com Irlau Machado ex-executivo da NotreDame Intermédica para liderar o negócio.

Entretanto a venda enfrenta desafios principalmente devido à carteira de planos individuais deficitária. Em 2022 a UHG tentou vender esta carteira separadamente mas a transação foi vetada pela ANS. No acumulado de nove meses a Amil registrou um prejuízo operacional de R$ 26 bilhões. A ANS informou que qualquer mudança no controle da Amil necessitará de aprovação regulatória. Até o momento não houve formalização sobre a venda. A UHG Bain Capital os empresários envolvidos BR Partners BTG Master Alliança e Irlau Machado não comentaram sobre o processo.

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AGÊNCIA BRASIL

OMS pede mais controle sobre cigarros eletrônicos


A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para os riscos dos cigarros eletrônicos. A organização sugere aos países que tratem esses dispositivos eletrônicos de fumar da mesma forma que o tabaco é tratado. Com adoção de medidas de controle e a proibição dos dispositivos com sabor.

Embora os cigarros eletrônicos sejam proibidos no Brasil desde 2009, cerca de 2,2 milhões de pessoas usam esses dispositivos para fumar, conforme pesquisa do Ipec - Inteligência em Pesquisa e Consultoria. A maior parte, jovens.

A Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina - droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.

Desde o início de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu consulta pública para saber o que a sociedade pensa sobre a liberação dos cigarros eletrônicas. A consulta fica aberta até 9 de fevereiro de 2024 e pode ser acessada por qualquer pessoa.

Em entrevista ao Repórter Brasil, da TV Brasil, o médico e coordenador do Centro de Apoio ao Tabagista, Alexandre Milagres, se posicionou contrário à regulamentação do dispositivo no Brasil.

Para ele, o discurso de que a regulamentação acabaria com o comércio ilegal de cigarros eletrônicos é falacioso e apenas traz um discurso de interesse da indústria do setor, interessada na legalização do cigarro eletrônico. "A regulamentação não garante que você deixe de obter dispositivos ilegais. Os cigarros convencionais são regulamentados há mais de um século e isso não impede que 30% da comercialização de cigarros no Brasil sejam de cigarros contrabandeados".

Milagres afirma que a indústria tabagista abraçou e difundiu a ideia de que o cigarro eletrônico é menos prejudicial à saúde porque quer se recuperar da perda de milhões de clientes por ano, seja por uma mudança cultural, seja pela morte de pessoas em decorrência do cigarro.

"A indústria sabe que está perdendo clientes de uma forma colossal, porque as pessoas estão se conscientizando dos males do tabaco. O cigarro, em alguns países, já é considerado pelos jovens uma coisa cafona. E tem uma mortalidade de 9 milhões de pessoas por ano. São menos 9 milhões de consumidores/ano. A indústria descobriu esse nicho [dos cigarros eletrônicos] e todas elas [fabricantes de cigarros] estão vendendo essa ideia de que o cigarro [eletrônico] causa menos dano."

Riscos

De acordo com a AMB, nos cigarros eletrônicos, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. "Foram identificadas centenas de substâncias nos aerossóis, sendo muitas delas tóxicas e cancerígenas."

"Cada pod do cigarro eletrônico no formato de pen drive contêm 0,7 mililitro (ml) de e-líquido com nicotina, possibilitando 200 tragadas, similar, portanto, ao número de tragadas de um fumante de 20 cigarros convencionais. Ou seja, pode-se afirmar que vaporizar um pen drive equivale a fumar 20 cigarros (um maço)", alertou a entidade.

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SALA DA NOTÍCIA

Medicamentos genéricos representam 65% do mercado nacional: Veja dicas para verificar a procedência dos remédios que se tem em casa


Em um cenário onde a comodidade das entregas de medicamentos ganha destaque, compreender "Como verificar a procedência e a qualidade dos remédios entregues em casa" torna-se uma consideração de extrema importância.

Neste contexto, a segurança e eficácia do tratamento médico estão intrinsecamente ligadas à garantia da origem e qualidade dos medicamentos recebidos pelos pacientes.

No universo da saúde, a prática de adquirir medicamentos por meio de entregas em domicílio é uma realidade cada vez mais presente. No entanto, a comodidade não pode comprometer a integridade dos tratamentos médicos.

Portanto, explorar métodos eficazes para verificar a procedência e qualidade desses medicamentos é essencial para garantir a confiabilidade das terapias, resguardando a saúde e bem-estar dos pacientes.

Vamos explorar juntos as nuances desse tema, garantindo que cada paciente possa contar com informações sólidas para uma experiência de tratamento segura e eficaz.

Como diferenciar medicamentos originais de genéricos? Medicamentos originais, genéricos e similares são todos aprovados pela Anvisa e têm a mesma qualidade e eficácia. No entanto, existem algumas diferenças entre eles que podem ser observadas na embalagem.

Medicamentos originais Os medicamentos originais são aqueles que foram desenvolvidos pela empresa farmacêutica que detém a patente do medicamento. Eles são geralmente mais caros que os genéricos e similares, mas podem oferecer algumas vantagens, como maior biodisponibilidade, ou seja, maior quantidade do ingrediente ativo que é absorvido pelo organismo.

Na embalagem de um medicamento original, é possível identificar o seguinte:

O nome da empresa farmacêutica que desenvolveu o medicamento

O nome do princípio ativo

O nome fantasia do medicamento

O número do lote

A data de validade

O número de registro na Anvisa

Medicamentos genéricos Segundo informações inéditas divulgadas pela Anvisa, os produtos mencionados atingiram um marco significativo de 2,9 bilhões de embalagens vendidas no último ano, equivalente a 65% do volume total de caixas de remédios comercializadas no país, que alcançou a marca de 4,4 bilhões.

Ao detalhar os números, observamos que mais de 1,5 bilhão de unidades de medicamentos genéricos foram vendidas, representando 34,6% do total, enquanto mais de 1,3 bilhão de embalagens de medicamentos similares foram comercializadas, perfazendo 30,6%.

Combinadamente, esses dois tipos de medicamentos corresponderam a 4.770 itens, o que representou 72,4% do catálogo total de produtos registrados pela indústria farmacêutica. Esses produtos também contribuíram significativamente para o faturamento do setor, totalizando um terço do montante global, alcançando a cifra de R$23,5 bilhões em vendas, equivalente a 33,9% do total do mercado farmacêutico.

Na embalagem de um medicamento genérico, é possível identificar o seguinte:

O nome do princípio ativo

A letra "G" na embalagem, indicando que o medicamento é genérico

O número do lote

A data de validade

O número de registro na Anvisa

Quais são os sinais indicativos que um paciente deve observar ao receber medicamentos em casa? Quando se trata da entrega de medicamentos em domicílio, a segurança e autenticidade dos produtos são essenciais para garantir a eficácia do tratamento.

Ao receber medicamentos em casa, é crucial estar atento a uma série de sinais indicativos que podem assegurar a procedência e qualidade dos remédios.

Primeiramente, verifique a integridade da embalagem. Qualquer sinal de violação ou danos pode indicar problemas na autenticidade do medicamento.

Além disso, examine cuidadosamente as datas de validade, garantindo que o produto ainda está dentro do prazo recomendado para consumo seguro.

Hologramas de segurança são uma ferramenta valiosa para verificar a autenticidade. Muitos medicamentos genuínos possuem hologramas específicos que são difíceis de reproduzir.

Ao inclinar a embalagem, observe se há mudanças nas cores ou padrões holográficos, o que pode indicar autenticidade.

Outro aspecto importante é a presença de informações claras sobre o medicamento na embalagem, como nome do fabricante, número de lote e composição.

Estes detalhes são cruciais para garantir que o medicamento seja exatamente o que foi prescrito pelo profissional de saúde.

Ao incorporar esses cuidados simples ao receber medicamentos em casa, os pacientes contribuem significativamente para a proteção de sua saúde e a eficácia do tratamento.

Ficar atento a esses sinais de autenticidade é um passo importante na construção de uma experiência segura e confiável no universo da entrega de medicamentos em domicílio.

Vale ressaltar que os serviços de entrega em domicílio que comercializam medicamentos têm responsabilidades legais em garantir a qualidade e autenticidade dos medicamentos entregues.

Essas responsabilidades são estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é o órgão responsável pela regulamentação e fiscalização de medicamentos no Brasil.

De acordo com a Anvisa, os serviços de entrega em domicílio devem cumprir as seguintes obrigações para garantir a qualidade e autenticidade dos medicamentos entregues:

Somente comercializar medicamentos de fornecedores autorizados pela Anvisa.

Verificar a autenticidade dos medicamentos antes da entrega.

Armazenar os medicamentos em condições adequadas, de acordo com as especificações do fabricante.

Fornecer informações claras e precisas aos pacientes sobre os medicamentos entregues.

Os serviços de entrega em domicílio que não cumprirem essas obrigações estão sujeitos a sanções administrativas, que podem incluir multas, suspensão ou cancelamento do registro.

Os riscos do consumo de medicamentos falsificados O consumo de medicamentos falsificados ou de procedência duvidosa pode representar um sério risco à saúde. Esses medicamentos podem conter ingredientes inativos ou ativos incorretos, o que pode causar uma série de problemas, incluindo:

Efeitos colaterais graves O consumo de medicamentos falsificados pode causar efeitos colaterais graves, como intoxicação, alergias, reações adversas e até mesmo a morte.

Ineficácia do tratamento Os medicamentos falsificados podem não ser eficazes no tratamento da doença, o que pode levar à piora do quadro clínico.

Resistência a medicamentos O consumo de medicamentos falsificados pode contribuir para o desenvolvimento de resistência a medicamentos, o que torna mais difícil o tratamento de doenças no futuro.

Os medicamentos falsificados podem ser encontrados em diferentes canais de distribuição, incluindo farmácias, sites de vendas online e serviços de entrega em domicílio.

É importante estar atento aos sinais indicativos de falsificação, como erros de impressão, embalagens danificadas ou informações inconsistentes.

Ao receber medicamentos em casa, o paciente deve verificar as seguintes informações na embalagem:

Nome do medicamento: o nome do medicamento deve estar correto e legível.

Número do lote: o número do lote é uma identificação única do medicamento.

Data de validade: a data de validade indica até quando o medicamento é seguro para uso.

Fabricante: o fabricante do medicamento deve ser uma empresa registrada na Anvisa.

Número de registro na Anvisa: o número de registro na Anvisa é uma identificação do medicamento que foi aprovado pela agência.

Mecanismos de denúncia de medicamentos falsificados Em um contexto em que a entrega de medicamentos em domicílio se torna cada vez mais comum, é crucial que os pacientes tenham à disposição mecanismos eficientes para relatar qualquer suspeita relacionada à qualidade ou procedência dos medicamentos.

Diversos recursos estão disponíveis para aqueles que desconfiam da autenticidade ou segurança de seus tratamentos.

Uma opção amplamente utilizada é o contato direto com a farmácia delivery responsável pela entrega. As farmácias geralmente possuem canais de comunicação específicos, como linhas telefônicas ou formulários online, que permitem aos pacientes relatar suas preocupações de maneira rápida e direta.

Pacientes que suspeitam da qualidade ou procedência de medicamentos entregues em domicílio podem denunciar ou relatar o caso aos seguintes órgãos:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) A Anvisa é o órgão responsável pela regulamentação e fiscalização de medicamentos no Brasil. O paciente pode denunciar medicamentos falsificados à Anvisa por meio do site da Anvisa ou do número 0800 642 9782.

Ministério da Saúde (MS) O MS também é responsável pela fiscalização de medicamentos no Brasil. O paciente pode denunciar medicamentos falsificados ao MS por meio do site do MS ou do número 136.

Polícia Federal (PF) A PF é responsável pela investigação de crimes contra a saúde pública, incluindo a falsificação de medicamentos. O paciente pode denunciar medicamentos falsificados à PF por meio do site da PF ou do número 190.

Além desses órgãos, o paciente também pode denunciar medicamentos falsificados ao próprio serviço de entrega em domicílio que o forneceu.

Ao promover a conscientização sobre esses mecanismos de denúncia, os pacientes se tornam agentes ativos na garantia da segurança e qualidade dos medicamentos que recebem em casa.

A participação ativa e informada dos pacientes contribui para um sistema de entrega de medicamentos mais transparente e responsável, promovendo a confiança e segurança no universo da saúde domiciliar.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 19 Dezembro 2023 08:18

CLIPPING AHPACEG 19/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Piso da enfermagem: 2023 foi marcado por negociações e desacordos na implementação da portaria que define salário da categoria

Estudo mostra desigualdades na evolução de pacientes com covid-19

TCU pede que ministra da Saúde pague R$ 11 milhões aos cofres públicos

Justiça ordena remoção de postagens que associam vacina à aids

Polícia investigará mortes de mãe e filho após comer produto de confeitaria; loja se pronunciou

Hospital Vila Nova Star é recertificado pela Joint Commission International

AGÊNCIA BRASIL

Piso da enfermagem: 2023 foi marcado por negociações e desacordos na implementação da portaria que define salário da categoria


Para alguns profissionais da saúde, o ano de 2023 foi satisfatório após a implementação do piso nacional da enfermagem. Mas para outros, os desafios continuam. Uma parcela da categoria permanece em busca da aplicação integral do piso salarial em todo o território nacional. Na opinião do advogado especialista em direito da saúde, Josenir Teixeira, ainda não existem motivos para comemorações. Segundo ele, a lei tem cerca de ano e três meses, mas até hoje não foi aplicada.

"Ela privilegiou uma classe que deve ser respeitada, mas em detrimento de várias outras que também atuam na área da saúde e também precisam ser respeitadas, reconhecidas e remuneradas de forma justa e digna". Para Josenir Teixeira, a situação é bem delicada de se resolver. "Os trabalhadores querem receber exatamente o que a lei prevê e os empregadores não possuem dinheiro para pagar, sendo que o repasse do governo será insuficiente para isso", avalia.

As discussões se arrastaram em estados e municípios que, até hoje, não resolveram a situação. Ao longo do ano, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi chamado pela Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) - que representa a categoria patronal de estabelecimentos privados de saúde - , para mediar a situação. De acordo com o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro, o problema já poderia ter sido resolvido se, desde o processo legislativo, existisse um cuidado para se identificar as possibilidades e a viabilidade para efetuar o pagamento.

"O impacto era de mais de 16 bilhões de reais para o pagamento do piso e obviamente isso num custo muito alto, de acréscimo em folha de pagamento para o serviço de saúde - e a gente não conseguiu ainda", pontua.

Já os enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o país, não ficaram satisfeitos com as propostas apresentadas durante as negociações. O conselheiro do Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen), Daniel Menezes, reconhece que o ano de 2023 foi importante para a implementação do piso da categoria, mas admite que o cenário ainda não é favorável para todos.

"A nossa expectativa é que a gente consiga fazer a implementação a 100%. Então toda essa luta de 2023 ela continuará em 2024", reforça.

Solução que não atende

Alguns estados e municípios fizeram o repasse dos salários da categoria, após rodadas de negociações. Em Minas Gerais, por exemplo, o governo realizou o pagamento de R$ 27 milhões para cerca de 120 prestadores filantrópicos de serviços da área da saúde, referente ao Piso Nacional da Enfermagem.

No Rio de Janeiro, a situação também é favorável. O estado recebeu repasse do Ministério da Saúde, no valor de R$ 22,3 milhões. Pelo cronograma da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ), 3.198 profissionais vinculados à Fundação Saúde e às organizações sociais, receberiam primeiro em folha suplementar. Já os 3.862 terceirizados que atuam na rede estadual tiveram o benefício depositado em dezembro.

Apesar do repasse ter sido feito, alguns profissionais reclamam que o acordo ainda não foi o ideal. A técnica de enfermagem Patricia Monteiro Vieira Almeida trabalha em uma rede privada de hospitais. Ela conta que o processo para tentar resolver a situação foi difícil. Para a profissional, a solução encontrada não atende completamente.

"Esse acordo não atende muitos profissionais da saúde, por estar sendo feito fora da lei, a lei do Piso Nacional da Enfermagem. Porém, a gente sabe que por lei, o que a gente esperava, o cenário que a gente esperava era estar recebendo o valor integral do piso nacional. E não está sendo dessa forma", desabafa.

O advogado especialista em direito da saúde, Josenir Teixeira, concorda. "Se eu sou enfermeiro eu tenho uma lei que fala que eu tenho que receber 4.750 como piso eu nunca vou abrir mão desse direito é um direito buscado há anos. E se eu tenho uma lei que me garante esse direito, porque eu vou abrir mão dele", analisa.

A advogada especialista em direito público do Kolbe Advogados Associados, Anna Cecília Tibério, ainda acrescenta: "Alguns hospitais e áreas da saúde não querem fazer o valor do retroativo, apenas fazer o pagamento a partir do momento que a entrada em vigor da legislação. Assim, vem travando os recebimentos dos profissionais", salienta.

Expectativa para 2024

Enquanto de um lado parte do problema foi resolvido, do outro, os desafios continuam. De acordo com informações do Sinsaúde - entidade que atua junto aos órgãos sindicais, governamentais e empresariais propondo ações que visam a melhoria do sistema de saúde - , os trabalhadores do Hospital Novo Atibaia, que integra a Rede D'Or, conseguiram reajuste salarial de 3,74% e o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem. Os encontros duraram meses, com várias negociações que culminaram em cinco dias de greve. Com a solução, mais de mil foram funcionários beneficiados com o acordo firmado entre o Sinsaúde e a Rede D'Or.

O Secretário Geral da Condsef, Sergio Ronaldo da Silva, informa que a categoria também permanece sem acordo e promete continuar os debates e uma definição em 2024. Para ele, é muito importante que os profissionais passem a receber o piso, conforme determinado.

De acordo com o advogado especialista em direito da saúde,Josenir Teixeira, é possível que, em 2024 os trabalhadores que esperam uma solução continuem sem respostas.

"Se os representantes dos enfermeiros, o Conselho Federal de Enfermagem, os conselhos regionais e o sindicato dos enfermeiros, e do outro lado, os empregadores, tanto públicos quanto privados, se ninguém chegar a um acordo, o que vai acontecer é que a lei terá que ser cumprida. Você tem que cumprir, porque ela é fruto da decisão do Congresso Nacional representado pelas pessoas, deputadas e senadores que nós elegemos", ressalta.

Representante de mais de 5,2 mil municípios, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) demonstra preocupação com a não-inclusão do recolhimento de encargos patronais. Segundo a entidade, isso poderia trazer mais desequilíbrio nos municípios, em especial nas localidades mais pobres. Conforme estimativas da CNM realizadas em setembro de 2022, do impacto global de R$ 10,5 bilhões, ao menos 24% (R$ 2,5 bilhões) seriam pagamentos das prefeituras a título de encargos patronais.

Entenda o impasse

Desde agosto de 2022, foram pautados sete recursos da categoria contra uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, entre outras implicações, obrigava os profissionais a cumprirem uma carga horária de trabalho de 44 horas semanais para o recebimento do piso. E esse tem sido o gargalo das negociações. Desta forma, o pagamento mensal seria proporcional nos casos de contratos com carga horária menor - o STF definiu que o piso nacional da enfermagem fosse pago aos trabalhadores do setor público pelos estados e municípios na medida dos repasses federais. A partir desse momento, os profissionais passaram a reivindicar o pagamento do piso independente da carga horária.

Na opinião do advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira, a situação do pagamento do piso da enfermagem é bem delicada. "O pessoal da enfermagem quer receber, porque a lei diz isso e do ponto de vista legal, do ponto de vista jurídico, eles têm direito. Já o pessoal dos hospitais privados não tem dinheiro para pagar, porque a lei foi feita de baixo para cima, incluindo na folha de pagamento uma despesa não prevista e não tem como", explica.

Segundo ele, para que a lei seja cumprida, o governo está subsidiando estados e municípios para que eles repassem o dinheiro para as entidades privadas para que elas paguem os trabalhadores.

"Na prática, em última análise, quem vai pagar o Piso Salarial Nacional da Enfermagem é o governo, ou seja, somos nós porque é fruto do dinheiro do imposto que a gente arrecada, porque o governo não produz riqueza. O governo só gasta riqueza que é gerada pelos impostos que nós pagamos", observa.

Já em 2023, o governo federal sancionou a Lei n.°14.581/2023 que garantiria um crédito especial de R$ 7,3 bilhões, para a Assistência Financeira Complementar aos estados, municípios e Distrito Federal referente ao pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem. As diferenças entre as regras para o setor público em relação ao setor privado dependeriam das negociações coletivas, como determinado pelo STF.

Os gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal seriam responsáveis por efetuar o pagamento dos colaboradores diretos, sejam servidores e ou empregados, bem como a transferência dos recursos às entidades privadas contratualizadas ou conveniadas, que atendam, pelo menos, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 21 de agosto, o Ministério da Saúde fez o primeiro repasse adicional aos estados e municípios do piso nacional da enfermagem. Até o fim de 2023, foi definido o pagamento de nove parcelas, incluindo o 13º salário. Os valores praticados são: enfermeiros: R$ 4.750, técnicos de enfermagem: R$ 3.325 e auxiliares e parteiras: R$ 2.235.

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Estudo mostra desigualdades na evolução de pacientes com covid-19


A covid-19 expôs as desigualdades socioeconômicas e de saúde no Brasil, assim como a importância e as fragilidades do Sistema Único de Saúde (SUS), apontando a necessidade de se reverter a falta de investimento no sistema público de saúde universal.

Esta é a conclusão do artigo Covid-19 inpatient mortality in Brazil from 2020 to 2022: a cross-sectional overview study based on secondary data (Mortalidade hospitalar por covid-19 no Brasil de 2020 a 2022: um estudo transversal baseado em dados secundários), assinado pelas pesquisadoras da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Margareth Portela, Mônica Martins, Sheyla Lemos, Carla Andrade e Claudia Pereira.

Publicado no International Journal for Equity in Health, o estudo mostra que variações na mortalidade de pacientes internados pela doença estiveram associadas não somente à faixa etária e à gravidade do caso, mas também a desigualdades sociais, regionais e no acesso ao cuidado de boa qualidade.

Para a realização da pesquisa, foram utilizados dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados apontaram que mais de 70% das internações por covid-19 no Brasil foram cobertas pelo SUS. O Sistema Único de Saúde atendeu os grupos populacionais mais vulneráveis, no entanto, apresentou pior mortalidade hospitalar ajustada. Em geral, os hospitais privados e filantrópicos não pertencentes ao SUS, em sua maioria reembolsados por planos privados de saúde acessíveis às classes socioeconômicas mais privilegiadas, apresentaram os melhores resultados.

A Região Sul do Brasil teve o melhor desempenho entre as macrorregiões, e a Região Norte o pior desempenho. Indivíduos negros e indígenas residentes em municípios de menor IDH e internados fora de sua cidade de residência apresentaram maiores chances de morrer no hospital. Além disso, as taxas ajustadas de mortalidade hospitalar foram mais altas nos momentos de pico da pandemia e foram significativamente reduzidas após a vacinação contra a covid-19 atingir uma cobertura razoável, a partir de julho de 2021.

"Segundo as pesquisadoras, os achados demonstram a importância fundamental do SUS na prestação de cuidados de saúde, uma vez que a maior parte das internações por covid-19 foram cobertas pelo sistema público de saúde brasileiro. Por outro lado, os resultados também indicam fragilidades no desempenho das unidades hospitalares do SUS, em comparação com o setor privado ou mesmo, em algumas regiões, com as unidades hospitalares públicas não prestadoras de serviço para o SUS, refletindo problemas estruturais e de financiamento acumulados", diz a Fiocruz.

Os achados também apontam maior mortalidade hospitalar por covid-19 entre pessoas pretas em todas as regiões do Brasil, e indígenas, nas regiões Norte e Centro-Oeste.

O estudo indicou ainda maior mortalidade hospitalar na primeira onda da pandemia (abril a agosto de 2020) e na segunda (dezembro de 2020 a maio de 2021) , tornando-se menor em 2022, mesmo durante a terceira onda (janeiro a fevereiro). O pico de ocorrência de óbitos ocorreu em março de 2021, quando, em todo o país, os hospitais estavam operando no máximo da capacidade ou acima dela, o que levou à escassez de recursos críticos, como ventiladores, oxigênio e leitos de UTI.

"Como lições aprendidas, melhorias precisam ser feitas para melhor preparar o sistema de saúde para futuras pandemias ou outras emergências de saúde em larga escala. Isso inclui investimento em mais infraestrutura de saúde, aumentando o número de profissionais de saúde, oferecendo melhor treinamento e suporte para esses trabalhadores, bem como melhores salários e condições de trabalho, incluindo dispositivos de proteção", sugere a pesquisada.

Para as autoras do artigo, apesar de seus desafios, o SUS apresenta diversos pontos fortes que o tornam essencial, único e valioso para os brasileiros. Segundo elas, os resultados alertam para a necessidade de investimento e melhoria do Sistema Único de Saúde, com enfoque especialmente nas causas das desigualdades na oferta, no acesso e nos resultados do cuidado, além de fornecerem elementos para o debate, em cenários de crise, sobre o papel e a atuação de cada tipo de prestador de cuidado hospitalar (privado e público) no sistema de saúde brasileiro.

"Mudanças, investimentos e monitoramento são necessários para evitar os riscos de comprometer o acesso universal aos serviços de saúde e ampliar as desigualdades entre usuários do SUS e não SUS. Em resumo, o estudo destacou a necessidade de esforços contínuos para melhorar a qualidade e a equidade dos cuidados de saúde para todos", concluem as pesquisadoras.

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Justiça ordena remoção de postagens que associam vacina à aids

Uma liminar obtida pela Advocacia-Geral da União (AGU), nesta segunda-feira (19), em decisão proferida pela 20ª Vara Federal do Rio de Janeiro, determinou a remoção de publicações falsas que associavam as vacinas contra a covid-19 ao suposto desenvolvimento de uma "síndrome de imunodeficiência adquirida por vacina", ou "VAIDS". O texto foi publicado em uma página na internet. A decisão também abrange o canal do site no Telegram.

Segundo levantamento da AGU, a postagem viralizou em outras redes sociais e alcançou pelo menos três milhões de pessoas. A liminar ainda obriga a retirada de outras 20 publicações do site com desinformações sobre vacinas em um prazo de 24 horas a partir da intimação dos responsáveis, sob pena do pagamento de uma multa diária de R$ 10 mil, por cada publicação mantida no ar, em caso de descumprimento da decisão. Além disso, a liminar proíbe os responsáveis pelos canais de fazer novas postagens disseminando conteúdos falsos sobre o assunto.

A ação foi proposta pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), da AGU, a partir de informações levantadas pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) no âmbito do Comitê de Enfrentamento da Desinformação sobre o Programa Nacional de Imunizações e as Políticas de Saúde Pública. A iniciativa faz parte do Saúde com Ciência, programa interministerial voltado para a promoção e fortalecimento das políticas públicas de saúde e a valorização da ciência.

Em outubro, um monitoramento do governo passou a detectar um aumento expressivo de menções na internet ao termo "VAIDS" e, após o cruzamento dos dados, foi identificado o site Tribunal Nacional como sendo a fonte da informação falsa.

"Foi verificado, então, que o website funciona como epicentro de uma cadeia de desinformação de conteúdos disseminados no Telegram e no X [antigo Twitter] com o escopo de desacreditar o Programa Nacional de Imunização e desestimular as pessoas a se vacinarem, inclusive de forma conectada ao movimento antivacina internacional por meio da replicação, traduzida, de textos publicados em sites estrangeiros reconhecidos como disseminadores de desinformações sobre o assunto", relatou a AGU, em nota.

Ainda em nota, a AGU alertou que na ação que a associação das vacinas à aids, entre outras teorias simulares infundadas, "prejudicam a saúde pública ao fomentar dúvidas sobre a segurança e eficácia dos imunizantes e induzir indivíduos a evitarem as vacinas e a procurarem tratamentos alternativos sem eficácia comprovada ou que oferecem perigos para a saúde. A Advocacia-Geral da União assinala, ainda, que a redução da cobertura vacinal, verificada em dados recentes do Ministério da Saúde, compromete a imunidade coletiva e aumenta a possibilidade de surtos de doenças preveníveis e do surgimento de cepas mais perigosas e resistentes dos patógenos dos quais as vacinas protegem, colocando em risco a saúde e a vida das pessoas".

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PORTAL TERRA

TCU pede que ministra da Saúde pague R$ 11 milhões aos cofres públicos


A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu no dia 4 de dezembro um parecer indicando que a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, pague aos cofres públicos mais de R$ 11 milhões por supostos danos ao erário público. Assinado pelo auditor Sérgio Brandão Sanchez, o documento afirma que a titular da pasta não comprovou a regularidade da aplicação de recursos repassados pela União em um contrato com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quando ela presidia a instituição.

De acordo com o auditor, houve erros na metodologia aplicada em uma pesquisa produzida pela fundação sobre o uso de drogas pela população. Segundo o parecer, a ministra deixou "de tomar as providências ao seu alcance, necessárias ao atingimento dos objetivos previstos no objeto do ajuste, seja por ser o objeto inservível ou por não ter alcançado funcionalidade."

A quantia deve ser devolvida ao Fundo Nacional Antidrogas. Para ter efeito de lei, o parecer ainda precisa ser aprovado pelo ministro relator do caso, Antonio Anastasia, e pelos outros membros em plenário. Ainda não foi definida a data do julgamento.

Procurado, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde disse que o tema seria tratado pela própria Fiocruz.

A Fundação Oswaldo Cruz não retornou o contato da reportagem até o fechamento deste texto.

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DIÁRIO DO ESTADO

Polícia investigará mortes de mãe e filho após comer produto de confeitaria; loja se pronunciou

Estabelecimento emitiu uma nota em que dizia que não há nenhum tipo de laudo ou exame pericial que aponte que os produtos apresentam riscos à saúde humana, e informou que está colaborando com as apurações policiais

A famosa confeitaria de Goiânia, Perdomo Doces, emitiu uma nota de esclarecimento após a morte de duas pessoas, supostamente por intoxicação alimentar provocada pelo consumo de um produto do estabelecimento. O caso ganhou enorme repercursão nas redes sociais e grupos de WhatsApp após postagem de uma familiar no Instagram. A Polícia Técnico-Científica vai investigar o caso e realizou a coleta de materiais, após um registro na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) em Goiânia, realizado no início da madrugada desta segunda-feira, 18.

O documento traz a informação de que uma família teria sofrido intoxicação alimentar após comer doces da confeitaria. De acordo com a filha de uma das vítimas, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, que não teve o nome revelado, começaram a passar mal, no domingo, 17, logo após comerem um bolo no pote.

Através de uma nota, o estabelecimento relatou que não há nenhum tipo de laudo ou exame pericial que aponte que os produtos apresentam riscos à saúde humana, e informou que está colaborando com as apurações policiais. 

Uma parente das vítimas disse que três pessoas da mesma família comeram o bolo no pote após o almoço. Horas depois, a mãe, o filho e uma outra mulher começaram a passar mal. Dentre os sintomas que sentiram, estavam vômito, diarreia e dores abdominais. 

Já a mulher, que é nora do homem e está gestante, teria consumido uma quantidade menor que as vítimas falecidas, sentiu dores e foi levada para Itumbiara. Ela precisou retornar para a capital em busca de atendimento médico especializado.

Através de uma postagem no Instagram, a filha de Leonardo, Maria Paula, se despediu do pai com um texto em que relata os últimos acontecimentos.

“Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando ao óbito. Entre o primeiro sintoma até seu último suspiro não teve nem 12 horas. Papai era uma pessoa de 58 anos que não tinha 1 fio de cabelo branco na cuca e que acordou o dia 17 de dezembro completamente bem”, escreveu a filha de uma das vítimas. 

Confira a nota completa da confeitaria

“Ao longo de seus oito anos de existência, a Perdomo Doces sempre primou pela adoção de rígidos critérios de segurança alimentar. Ciente de sua responsabilidade, no sentido de agir de forma ética e transparente com seus clientes, parceiros e equipe composta por mais de 200 colaboradores sérios e comprometidos, a empresa se solidariza com a família enlutada e esclarece que dispõe de todos os elementos para comprovar junto aos órgãos de fiscalização a adoção dos protocolos sanitários exigidos por lei

A Perdomo Doces reforça, ainda, que não há nenhum tipo de laudo ou exame pericial que associe seus produtos a riscos à saúde humana. O corpo jurídico da empresa já está prestando todos os esclarecimentos às autoridades competentes, para que os fatos sejam elucidados o mais breve possível. Por fim, a Perdomo Doces assegura a seus clientes que os produtos comercializados seguem o alto padrão de qualidade que a tornou sinônimo de excelência e confiança.”

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MEDICINA S/A

Hospital Vila Nova Star é recertificado pela Joint Commission International

Com apenas quatro anos de funcionamento o Hospital Vila Nova Star, da Rede D’Or, foi recertificado pela Joint Commission International (JCI), líder mundial em certificação de organizações de saúde. Os padrões hospitalares internacionais da JCI destinam-se a promover a melhoria contínua da organização e nos resultados do cuidado do paciente.

Entre os dias 4 e 7 de dezembro, a unidade, localizada na zona sul da capital paulista, recebeu a visita de três avaliadores que percorreram todo o hospital avaliando a conformidade das práticas aplicadas em relação aos padrões do Manual da JCI, por meio de tracer (ferramenta de gestão que acompanha todas as etapas do atendimento prestado ao paciente), entrevistas e observação direta.

Desde a inauguração, em 2019, o Vila Nova Star tem como propósito manter os padrões de excelência em cuidados de saúde. “Esse resultado é fruto da dedicação de um time que tem como propósito uma assistência segura, seguindo o padrão de qualidade técnica da Rede D’Or”, enfatiza Pedro Loretti, Diretor Geral do Vila Nova Star.

Nesta avaliação o Hospital Vila Nova Star teve um excelente desempenho, com seis capítulos sem nenhum apontamento. Merecem destaques os padrões do ACC – Acesso e Continuidade de Cuidado, PCC – Cuidado Centrado no Paciente e o ASC – Anestesia e Cuidados Anestésicos.

“Com o projeto de expansão já em fase de finalização, essa certificação valida o padrão de cuidado diferenciado no Vila Nova Star que certamente estará presente nos novos leitos”, destaca Helidea Lima, Diretora de Qualidade da Rede D’Or.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 18 Dezembro 2023 11:00

CLIPPING AHPACEG 16 A 18/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Fraudes geram perdas de até R$ 34 bilhões aos planos de saúde no país

Planos de saúde esperam ultrapassar os 52 milhões de usuários em 2024

Medicamentos aumentam o risco de demência? Saiba mais

Prefeitura de Goiânia começa a fazer ultrassonografias pelo Corujão no próximo dia 6 de janeiro

INFOMONEY

Fraudes geram perdas de até R$ 34 bilhões aos planos de saúde no país


Dados de 2022 apontam que notas fiscais fraudulentas para pedidos de reembolso têm sido usadas nos golpes contra as companhias do setor

Fraudes e desperdícios causaram perdas estimadas entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões às operadoras de planos de saúde ao longo de 2022, informou o IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar), a partir de pesquisa realizada pela consultoria EY (Ernst & Young).

Segundo José Cechin, superintendente-executivo do IESS, a pesquisa considerou parâmetros internacionais, especialmente dos Estados Unidos e União Europeia, em que as fraudes e desperdícios por lá são estimados entre 6% e 7% da receita com saúde.

"No Brasil, temos uma situação diferente porque estamos menos aparelhados tecnologicamente para dificultar a vida do fraudador e identificar atividade ilícitas, além de termos uma maior propensão à fraudes", diz o executivo. Por aqui, as fraudes e os desperdícios representaram participação entre 11% e 12% nas receitas das operadoras de planos de saúde em 2022.

Para o advogado Fernando Bianchi, sócio do M3BS Advogados, o combate às fraudes demanda ações em diferentes áreas. "Não há como combater este problema de forma individualizada, uma vez que ele demanda ações das operadoras, do órgão regulador e também do Poder Público, com a edição de legislação especifica", pontua Bianchi.

Cechin reforça que os indicadores de fraude ameaçam a sustentabilidade do sistema, com milhões de consumidores. "Temos a melhor marca em relação ao número de beneficiários, quase 51 milhões. De outro, a questão das perdas com fraudes e desperdícios, que são altos. Essas perdas afetam a sinistralidade, o desempenho operacional das operadoras e, por fazerem parte dos custos, impactam diretamente sobre as mensalidades dos compradores de planos", avalia Cechin.

O advogado Columbano Feijó, especializado em direito da saúde e sócio da Falcon, Gail, Feijó e Sluiuzas Advocacia Empresarial, ressalta que as fraudes encarecem o custo do convênio médico para todos.

"O plano de saúde é regido pelo princípio do mutualismo, onde todos pagam mesmo sem usar e, todo fim de ano, o plano faz um balanço de sinistralidade [percentual que foi pago pelo plano de saúde] e é neste momento que pondera todo o custo da carteira e tem que passar ao consumidor o reajuste por sinistralidade, que é um reajuste legal", diz.

Esquema do reembolso

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) formalizou, recentemente, uma notícia-crime para apurar fraudes contra operadoras em um esquema de notas fiscais fraudulentas para pedidos de reembolso que atingiram, aproximadamente, R$ 40 milhões.

No início do ano, o Grupo CCR (CCR03) chegou a demitir pouco mais de 100 profissionais por uso indevido do benefício de reembolso do plano de saúde que a empresa oferta. O caso chamou a atenção após investigação da própria companhia apontar que as fraudes ocasionaram um custo adicional de ao menos R$ 12 milhões nos últimos cinco anos contra os cofres do conglomerado que reúne as maiores companhias de concessões de infraestrutura da América Latina.

A maioria das fraudes na CCR estava concentrada em São Paulo e na Bahia e envolvia golpes recorrentes em 12 procedimentos, com destaque para tratamentos de estética e emagrecimento, RPG e acupuntura. Os ex-funcionários flagrados na prática delituosa dividiam o valor de procedimentos não praticados, superfaturados ou desnecessários, com profissionais ou clínicas de saúde "de fachada".

Golpes mais comuns contra planos de saúde

As investigações apontam que as fraudes mais comuns são as relacionadas com:

fracionamento de recibos;

cobrança por procedimentos ou exames não realizados;

e utilização do plano de saúde por não beneficiário.

Na visão de Cechin, embora esse não seja o foco do estudo, no passado, havia uma grande incidência de fraudes cometidas a partir de atendimentos assistenciais.

Ele lembra que, há cerca de 8 anos, o episódio mais marcante ficou conhecido como a 'Máfia das Próteses', com sobrepreço de insumos e denúncias de cirurgias e uso de dispositivos médicos sem necessidade ou sem a devida qualidade. Hoje, continua o representante do IESS, a conduta fraudulenta está concentrada em atos administrativos, por meio dos pedidos de reembolso.

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CQCS - CENTRO DE QUALIFICAÇÃO DO CORRETOR DE SEGUROS | NOTÍCIA

Planos de saúde esperam ultrapassar os 52 milhões de usuários em 2024


O número de usuários de planos de saúde vem crescendo sem parar desde junho de 2020, auge da pandemia, e vai bater novo recorde este ano. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estima que o setor feche 2023 com 51,1 milhões de beneficiários em planos médicos hospitalares. E expectativa é de um incremento de mais de um milhão de clientes em 2024, chegando a 53,2 milhões de consumidores.

Retomada:fecham o terceiro trimestre com lucro de R$ 2,27 bilhõesPlanos de saúde: estudo estima perdas com fraudes e desperdícios de R$ 30 bi a R$ 34 bi em 2022 O atingimento de recordes sucessivos pelo setor está diretamente ligado a melhora do mercado de trabalho. É nos contratos coletivos que se concentra mais de 80% do mercado, sendo as empresas as grandes contratantes do serviço.

Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge, aponta ainda como um fenômeno recente, diante da redução do desemprego, a oferta de planos de saúde por empresas que não costumavam ter esse benefício como forma de atrair novos colaboradores:

Entenda: Plano de saúde quer excluir dependentes maiores de idade do convênio -A taxa de desemprego mais baixa tem dois efeitos importantes. Além do fato do emprego ser a principal porta de acesso ao plano de saúde, com a redução da taxa desemprego, preencher as vagas em aberto tem ficado mais difícil, o que levou as empresas a melhorar a oferta de benefícios e um dos mais valorizados pelos trabalhadores é o plano de saúde. Esse é um fator novo que temos observado, companhias que tradicionalmente não ofereciam plano de saúde e passaram a contratar.

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JORNAL OPÇÃO

Medicamentos aumentam o risco de demência? Saiba mais

O uso regular de medicamentos para dormir, incluindo zolpidem, clonazepam, diazepam e antidepressivos, está associado a um aumento significativo no risco de demência, chegando a 79%, de acordo com um estudo recente realizado pela Universidade da Califórnia-São Francisco e publicado no Journal of Alzheimer’s Disease.

“A fragmentação do sono, a redução da eficiência do sono, a redução do sono REM, o aumento do sono leve e os distúrbios respiratórios do sono foram identificados como preditores de declínio cognitivo. A duração do sono exibiu uma relação em forma de U com a neurodegeneração subsequente. Além disso, vários parâmetros microestruturais do sono foram associados ao declínio cognitivo”, concluiu o estudo.

Intitulado “Saúde, Envelhecimento e Composição Corporal”, o estudo analisou ao longo de nove anos cerca de três mil idosos sem demência, que viviam fora de asilos. Aproximadamente 42% eram negros e 58% brancos. Ao longo do estudo, 20% dos pacientes desenvolveram demência.

Com base nas evidências, participantes de origem branca que utilizavam medicamentos para dormir de forma “frequente” ou “quase sempre” apresentaram um risco 79% maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que raramente ou nunca recorriam a esses medicamentos.

Surpreendentemente, mesmo entre os participantes de origem negra, que geralmente tinham uma dependência menor desses medicamentos, foi identificado um aumento no risco quando o uso era frequente. Além disso, os pesquisadores exploraram a possibilidade de que determinados medicamentos para dormir possam apresentar um risco mais elevado de demência do que outros.

Yue Leng, autor principal do estudo, enfatizou a importância de os pacientes com distúrbios do sono considerarem cuidadosamente as intervenções farmacêuticas. Ele destacou a terapia cognitivo-comportamental para insônia como a abordagem inicial preferencial para casos diagnosticados de insônia. Quanto aos medicamentos, mencionou a melatonina como uma opção potencialmente mais segura, ressaltando, no entanto, a necessidade de evidências adicionais para compreender o impacto a longo prazo na saúde.

“Uma possível explicação poderia ser que os adultos negros que têm acesso a remédios para dormir são um grupo selecionado de pessoas com alto status socioeconômico, o que pode proporcionar a eles uma vantagem na saúde mental que protege contra a demência”, concluiu Leng.

Segundo os estudiosos, no entanto, pesquisas adicionais são necessárias. Enquanto a ciência não avança em resultados, os pesquisadores ofereceram algumas dicas. “Em geral, antes de alguém tomar qualquer medicamento para dormir, ou qualquer outro medicamento, deve conversar com seu médico para ver como ele pode interagir com qualquer outro medicamento que já esteja tomando. “Sua história médica e história de vida em geral também devem ser consideradas, adicionou.

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Prefeitura de Goiânia começa a fazer ultrassonografias pelo Corujão no próximo dia 6 de janeiro

Secretaria realizou mais de 104 mil ligações para pessoas que aguardam entre 60 e 180 dias para fazer uma ultrassonografia

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), começa a realizar ultrassonografias pelo Programa Corujão a partir do dia 6 de janeiro. A meta da ação é atender aos 119,5 mil pedidos que foram se acumulando desde a pandemia da Covid-19, quando os exames eletivos foram suspensos.

A primeira fase do Corujão, que são as ligações para os pacientes, será encerrada na próxima semana. Do dia 9 de novembro ao dia 11 de dezembro, o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idetech) realizou 104.485 telefonemas para pacientes que aguardam entre 60 e 180 dias para fazer uma ultrassonografia.

Do total, 18.962 (16,23%) pedidos foram excluídos após três tentativas de contato, sem sucesso, em dias e horários diferentes, inclusive à noite e finais de semana. Um total de 16.703 pessoas (15,99%) disseram querer fazer o exame e 5.040 informaram não precisar mais.

A SMS segue em busca ativa dos demais pacientes 65.678 (62,86%) que não foram localizados nos primeiros contatos. As pessoas que confirmaram a necessidade de passar pelo exame já estão sendo agendadas e começarão a ser atendidas a partir de 6 de janeiro de 2024. O paciente que aguarda por mais de 180 dias passará por consulta, via telemedicina, para saber se ainda haverá necessidade de realizar a ultrassonografia.

O titular da SMS, Wilson Pollara, esclarece que o Corujão é uma ação a mais que o município realiza para atender a população. “O prefeito Rogério lançou o Saúde Mais Perto de Você, o Goiânia Sempre Rosa, o Intensifica Saúde Goiânia, tem os mutirões e as ações em parceria com veículos de comunicação, tudo com o objetivo de atender a população o mais rápido possível”, citou Pollara, ao acrescentar que a pasta está com o Corujão da Ultrassonografia, que aumenta a quantidade de prestadores. “Com isso, a capacidade de atendimento aumenta. A meta é realizar mais corujões para agendar outros exames com a demanda reprimida”, informa.

Ultrassonografia

Também conhecida como ultrassom, a ultrassonografia é um exame de imagem que permite ao médico observar determinadas estruturas internas do corpo humano. Ela funciona por meio do uso de ondas ultrassônicas de alta frequência, que ecoam dentro do corpo do paciente. A resposta desse eco é capaz de formar imagens, que são visualizadas pelos médicos.

Por ser um exame não invasivo, indolor e seguro, o ultrassom é indicado principalmente para crianças e gestantes, buscando avaliar o estado dos órgãos dos pacientes. Também serve para identificar problemas em vasos sanguíneos, ligamentos, cartilagens, entre outras regiões internas do corpo humano.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 15 Dezembro 2023 08:35

CLIPPING AHPACEG 15/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Campanha alerta sobre a importância da prevenção do glaucoma

Tecnologia: Hapvida NotreDame Intermédica é destaque no evento Data & AI Forum

CDI PREMIUM alerta a sua saúde: Não deixe para depois: faça o seu check-up cardiológico ainda em 2023

'Não conseguimos entender por que ele fazia isso com as pessoas': quem é o médico preso por suspeita de 42 mortes de pacientes

'Chip da beleza' com ocitocina: implante hormonal 'turbinado' leva jovem para UTI; veja os riscos

Médico agredido por marido de paciente que morreu em atendimento diz que não houve negligência

PORTAL TÁ ON

Campanha alerta sobre a importância da prevenção do glaucoma

Estima-se que 2,5 milhões de brasileiros vivem com a doença que é a principal causa de cegueira em todo o mundo

A Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) lançou uma nova campanha educativa para alertar a população sobre os riscos e a importância da prevenção do glaucoma, uma doença silenciosa e considerada a mais comum causa de cegueira irreversível em todo o mundo.

Até o dia 15 de dezembro, quem for aos cinemas de Goiânia e de outras 125 cidades do Brasil assistirá a um filme de 29 segundos com alerta sobre a doença. O objetivo é chamar a atenção das pessoas para o glaucoma.

De acordo com a SBG, em todo o mundo, há pelo menos 3,6 milhões de cegos e 4,1 milhões de pessoas com deficiência visual entre moderada e grave devido ao glaucoma. No Brasil, estima-se que 2,5 milhões de pessoas vivem com a doença, que deve afetar 114 milhões de pacientes no planeta até 2040.

Prevenção

Com a campanha, a SBG espera alcançar 150 mil pessoas, alertá-las e torná-las multiplicadoras de informações sobre a importância de consultas periódicas com oftalmologistas para o diagnóstico precoce e tratamento do glaucoma, prevenindo o avanço da doença.

Uma pesquisa feita por oftalmologistas ligados à SBG com 1.636 pessoas mostrou que 90% ignoravam que já apresentavam sinais de risco da doença.

O diagnóstico tardio é o maior inimigo do tratamento da doença, encarecendo em até quatro vezes a assistência, reduzindo as chances de preservação da visão, comprometendo a qualidade de vida do paciente e aumentando os riscos de quedas e acidentes.

É por isso que o check-up oftalmológico não pode ser esquecido, como alertou o médico oftalmologista Ricardo Antônio Pereira, membro da equipe do Instituto Panamericano da Visão (IPV).

“O glaucoma não apresenta sintomas. É uma doença que consome aos poucos a sua visão sem que você perceba, pois a perda de campo visual é assimétrica e isso faz com que você não note precocemente a perda visual”, ressaltou.

Qualquer idade

A doença pode atingir pessoas de qualquer idade, afetando a visão das laterais para o centro do olho, o que pode ser percebido tardiamente, quando até 60% do nervo óptico já estiver destruído. Normalmente, o glaucoma é causado pelo aumento da pressão intraocular e associado a outros fatores, como diabetes, hipertensão arterial e miopia.

O oftalmologista Ricardo Pereira explicou ainda que, quando uma pessoa possui histórico familiar da doença, há um aumento de 20% nos riscos de ela também desenvolver o problema.

O glaucoma não tem cura ou um tratamento específico e definitivo, mas é possível estabilizar a doença e a perda de campo visual por meio de medicamentos, laser e cirurgias. Por isso, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de sucesso na preservação da visão.

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FOLHA DO PLANALTO

Tecnologia: Hapvida NotreDame Intermédica é destaque no evento Data & AI Forum

A Hapvida NotreDame Intermédica, maior empresa de saúde da América Latina, segue qualificando seus fluxos e processos por meio da inovação e da tecnologia. Nesta quarta-feira (13), a instituição foi destaque no evento Data & AI Forum, promovido pela Oracle, maior empresa de gerenciamento de banco de dados do mundo.

Na ocasião, o head of Data&Analytics da Hapvida NDI, Renan Assunção, palestrou sobre a experiência da instituição e debateu, ao lado de grandes nomes do mercado, o impacto da inteligência artificial nos negócios do mundo real.

“Estamos diante de um intercâmbio de conhecimentos. A importância da inteligência artificial fica evidenciada a partir do exemplo de grandes empresas aqui presentes. A participação da Hapvida NotreDame Intermédica reforça o nosso compromisso com inovação e aprendizado. Nosso hall de tecnologia tem um propósito muito bem delineado: melhorar a qualidade assistencial e o acolhimento de nossos pacientes”, afirma Assunção. 

Dentre os palestrantes, estiveram, ainda, Alexandre Nery, head of Data Science do Serasa; Felipe Starling, CIO da Azul Linhas Aéreas; Giselle Ruiz Lanza, diretora-geral para América Latina da Intel; e Márcio Aguiar, diretor para América Latina da Nvidia.

Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica

Com 78 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina.  A companhia, que possui mais de 66 mil colaboradores, atende cerca de 15,8 milhões de beneficiários de saúde e odontologia e tem à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país. Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 87 hospitais, 77 prontos atendimentos, 331 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

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GONEWS 365

CDI PREMIUM alerta a sua saúde: Não deixe para depois: faça o seu check-up cardiológico ainda em 2023.

Cardiologista do CDI Premium explicou que a saúde do coração precisa de atenção constante.

A virada de um ano para o outro costuma ser inspiradora para muitas pessoas. É nessa época que definimos planos e buscamos formas de ter uma vida melhor. Em meio a isso, você também pensa na sua saúde? Saiba que sempre é tempo para cuidar de si e, caso você não tenha realizado o seu check-up em 2023, aproveite os últimos dias do ano para fazê-lo e começar 2024 da melhor forma! O médico cardiologista é um dos especialistas que não pode ficar de fora da rotina de cuidados. Afinal, os dados sobre doenças cardiovasculares são preocupantes: elas são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 400 mil vidas são perdidas por ano, ultrapassando todos os tipos de câncer e acidentes, por exemplo.

O infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são as condições mais lembradas quando o assunto envolve os problemas no coração e nos vasos sanguíneos. São situações que podem deixar sequelas graves e, muitas vezes, não apresentam sinais de alerta, como explica o médico cardiologista e membro da equipe do CDI PREMIUM, Leonardo Sara. “Os fatores de risco (para infarto e AVC), como hipertensão, diabetes e colesterol alto, são silenciosos, ou seja, não geram sintomas, exceto em casos raros”, alertou.

Tais comorbidades e outros aspectos, como hábitos ruins cotidianos (má alimentação e sedentarismo, por exemplo), aumentam o risco do aparecimento da aterosclerose, que são as placas de gordura nas principais artérias do corpo. “O entupimento das artérias pode levar ao infarto. Já o entupimento e sangramento das artérias do cérebro causam o AVC. Ambas as situações podem deixar sequelas muito danosas à nossa saúde, inclusive levando ao óbito”, esclareceu o médico, que é ex-presidente da Sociedade Goiana de Cardiologia.

O que fazer para preservar a saúde?

As informações sobre as doenças cardiovasculares podem assustar, mas saiba que existem aliados para nos ajudar a evitá-las: os próprios médicos cardiologistas. Por isso, é importante consultá-los anualmente e nunca é tarde demais para esse atendimento. “A hora é agora. Se você ainda não procurou o médico, procure. Aproveite este final de ano, essa época de ‘balanço’, em que revemos o que fizemos ou deixamos de fazer, e busque o cardiologista, pois é ele que pode detectar essas alterações (na saúde cardíaca)”, afirmou Leonardo Sara.

O especialista mencionou ainda sobre não deixar os exames complementares de lado, pois os testes identificam várias condições, como a hipertensão e o colesterol alto. Os de imagem, especialmente, contribuem para checar a presença das placas de gordura, como é possível com a tomografia das coronárias, além dos que analisam a função do músculo cardíaco, como o ecocardiograma e a ressonância magnética.

Como queremos te ver sempre bem, saiba que os profissionais do CDI PREMIUM estão prontos para te atender. Então, não tem desculpa: faça sua consulta cardiológica e agende seus exames no CDI PREMIUM. Assim, você irá aproveitar a virada do ano com tranquilidade e saúde! 

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O GLOBO

'Não conseguimos entender por que ele fazia isso com as pessoas': quem é o médico preso por suspeita de 42 mortes de pacientes


O médico cirurgião João Batista de Couto Neto, de 46 anos, investigado em vários inquéritos por ter cometido dezenas de negligências médicas que teriam provocado mortes e mutilações em mesas de cirurgia de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foi preso, na noite desta quinta-feira, enquanto exercia a medicina num hospital do município de Caçapava, no interior de São Paulo. No início do ano, com a suspensão vencida em outubro e, portanto, sem impeditivos, ele havia feito um novo registro no Conselho Regional de Medicina de SP (Cremesp) para atuar.

O mandado de prisão preventiva foi expedido na quarta-feira pelo juiz Guilherme Machado da Silva, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O médico foi indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar - pela Delegacia de Novo Hamburgo, com base na conclusão de três inquéritos. A polícia suspeita que, ao todo, ele possa estar por trás de pelo menos 42 mortes de pacientes e outros 114 casos de lesão corporal.

Em contato com O GLOBO, o advogado de Couto Neto, Brunno de Lia Pires, criticou a prisão.

- Com surpresa a defesa recebeu a notícia da decretação da prisão preventiva do médico João Batista. A decisão não se reveste de qualquer fundamento fático ou jurídico e constitui clara antecipação de pena, com a finalidade de coagir e constranger o médico - disse, acrescentando ainda que entrará com um pedido de habeas corpus "o mais breve possível, para fazer cessar a absurda e imotivada prisão".

De acordo com o portal g1, os inquéritos concluídos e que culminaram neste primeiro indiciamento contra o cirurgião dizem respeito às mortes de dois homens e uma mulher. Ao site, o Cremesp explicou que, quando aceitou o registro de João Couto, sabia que o profissional havia enfrentado uma suspensão de licença, mas que "era obrigado a efetuar o registro do médico", porque a restrição era parcial.

Redes sociais apagadas

Mas quem é o médico que pode estar por trás de mais de uma centena de casos de negligência? No ano passado, quando ainda mantinha no ar suas redes sociais, Couto Neto exibia em seu perfil, como forma de propaganda pessoal, a marca de mais de 25 mil cirurgias realizadas em 19 anos de profissão - uma média de cerca de 1,3 mil por ano. O profissional era participativo na internet, onde ostentava mais de 15 mil seguidores no Instagram, além de outros 13 mil, no Facebook.

Há 1 ano, no dia 12 de dezembro de 2022, quando foi afastado por 180 dias das mesas de cirurgia por decisão da Justiça gaúcha, o cirurgião comentou sobre a marca de "mais de 20 mil cirurgias realizadas" e exaltou o exercício da Medicina.

"Atuar como médico é sempre um grande desafio. Temos plena consciência e certeza de praticar a medicina para a melhor saúde dos pacientes", escreveu. "E com esta responsabilidade e maturidade, nos sentimos confortáveis em afirmar que realizamos mais de vinte mil cirurgias e procedimentos durante os últimos 19 anos, cumprindo os mais elevados preceitos médicos, honrando esta profissão que é a melhor tradução de minha vida."

Na publicação, em meio a elogios que eram feitos por pacientes que diziam estar com o profissional há anos, havia também a descrição, por parte de outras pessoas, de um homem que já tinha sua atuação questionada, inclusive por colegas de profissão. São vários os que o acusavam de erro médico.

Daniel Fernandes era um deles. Sua mãe, ele conta, teria sido uma das vítimas de negligência por parte do doutor.

- A minha mãe foi vítima dele, teve perfurações no estômago e bexiga. Já passou por nove cirurgias e ainda vai fazer outra - contou à reportagem.

'Não conseguimos entender por que ele fazia isso com as pessoas'

As investigações são lideradas pelo delegado Tarcísio Kaltbac, da Polícia Civil em Novo Hamburgo. De acordo com ele, o médico, que só atuava na rede particular, chegava a acumular até 25 cirurgias num mesmo turno de plantão.

Uma das linhas da investigação da polícia é que esse comportamento visava a aumentar os ganhos financeiros, mas levava à negligência e aos erros médicos. Para o delegado, a quantidade de cirurgias impedia Couto Neto cuidar corretamente das intervenções e dos pós-operatórios. Mas os investigadores ainda tentam entender como falhas tão graves foram cometidas, o que leva à hipótese de crueldade deliberada.

Não conseguimos entender por que ele fazia isso com as pessoas. Às vezes, operava uma região do corpo, mas cortava outra que não tinha a ver com a cirurgia. Houve casos de pessoas que definharam no hospital, morrendo aos poucos. Isso é recorrente nos depoimentos - afirmou Kaltbach ao GLOBO no ano passado.

Na ocasião, o delegado contou que, além dos depoimentos, longos e numerosos, há documentos, prontuários e relatórios médicos que baseiam os vários inquéritos.

- É estarrecedor o que ele fazia. Temos fotos de pessoas com a barriga aberta, apodrecendo, e ele não receitava nada, nenhum medicamento. Dizia que não era nada e que tudo ia passar. Temos relatos de tentativa de suicídio dentro do hospital, por causa de tanta dor - acrescentou Kaltbach.

'Ainda descobri que o caso da minha mãe nem foi o pior de todos', diz filha de suposta vítima

Em maio de 2021, Núbia Costa, de 72 anos, se consultou com o médico João Couto Neto, em Novo Hamburgo (RS), por causa de uma pedra na vesícula. Como a retirada é considerada um procedimento simples, o especialista em cirurgias do sistema digestivo marcou a intervenção para o mesmo dia, e três horas depois, ela foi feita. Ao dar alta, o médico avisou que havia ocorrido uma perfuração no intestino, mas sem gravidade, e que o corte estava suturado.

Nas semanas seguintes, parentes avisaram a Couto Neto que a idosa estava se sentindo mal. Mas ele deu pouca atenção ao problema, até ela ser internada novamente, 17 dias depois, com uma uma infecção generalizada no abdômen. Núbia morreu em julho, na cama do hospital.

Além de sofrer com a perda, Cristiana Costa, filha de Núbia, contou ao GLOBO no ano passado que ficou estarrecida com a "soberba e o descaso" com que o médico tratava a paciente e seus parentes, na segunda internação.

Quando minha mãe teve alta, ele disse que tinha perfurado o intestino sem querer, mas que já havia feito a sutura e não teria nenhum problema. Como sou leiga no assunto, acreditei. Mas ela nunca esteve bem. Ficou sentindo dores abdominais, vomitando. Quando eu trocava mensagens com ele, as respostas eram de que estava tudo normal, ele só receitava chá e leite de magnésia. Houve várias etapas em que poderiam reverter a situação. Mas minha mãe não teve a oportunidade - lamenta Cristiana.

A filha de Núbia contou que o cirurgião era frequentemente indicado como o especialista para questões digestivas em dois dos três convênios de saúde mais fortes do município, que fica na Região Metropolitana de Porto Alegre.

- Ela ficou 60 dias no hospital até falecer. No final, já estava com uma cratera na barriga, porque de tanto abrir, não adiantava mais costurar. Era coisa de terror. Depois, ainda descobri que o caso da minha mãe nem foi o pior de todos - recorda Cristiana.

A filha da idosa contou que, no final da internação, conversou com enfermeiros e funcionários do Hospital Regina, onde Couto Neto mais costumava trabalhar, e descobriu que o caso da sua mãe não era inédito. Nos meses seguintes, em conversas pela cidade e pela internet, um grupo de vítimas e parentes se formou. Até que familiares de 15 ex-pacientes contrataram um advogado para denunciar o cirurgião à polícia. Hoje, o grupo tem parentes de 50 supostas vítimas.

- Entre os casos, há uma senhora que está em estado vegetativo há cinco anos, por causa de uma perfuração no fígado. Gente que teve perfuração de veia. Há outra ex-paciente que passou pela nona cirurgia tentando arrumar o intestino. - enumera Cristiana. - Atribuo tudo o que ele fez de errado à falta de conduta. Faz tanto tempo que isso vem ocorrendo que a gente fica se perguntando por que precisaram acontecer tantos casos para alguma coisa ser feita.

De acordo com a página de Couto Neto, ele é formado em Medicina pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e graduado em Cirurgia Geral, em 2003, pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Porto Alegre. Possui ainda diversas especializações ao longo da carreira em cirurgia do aparelho digestivo, vídeocirurgia, entre outros. Dizia ser membro da Sociedade Brasileira de Vídeocirurgia (Sobracil), do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e, também, da Sociedade Brasileira de Hérnia.

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PORTAL G1

'Chip da beleza' com ocitocina: implante hormonal 'turbinado' leva jovem para UTI; veja os riscos

Emagrecer, controlar a ansiedade para comer, libido maior e tratamento da obesidade. Essas são algumas das promessas de médicos que vendem implantes hormonais, popularmente chamados de "chips da beleza" com ocitocina. O uso do hormônio nesses implantes é a nova tendência on-line com o movimento "ocitocine-se".

Segundo especialistas, isso representa um risco à saúde e não tem qualquer comprovação científica de que ele traga os resultados prometidos. Nesta semana, viralizou nas redes sociais o caso de uma jovem de cerca de 20 anos que está internada em estado grave em um hospital particular de São Paulo depois de um edema cerebral 24 horas após colocar o implante. A jovem colocou dois implantes com ciproterona, gestrinona, testosterona e ocitocina.

ð A ocitocina, conhecida popularmente como hormônio do amor, é produzido pela hipófise e tem uma ação antidiurética, agindo sobre o equilíbrio da água e sódio no corpo. Quando há uma quantidade de hormônio acima dos níveis naturais, o corpo tem uma baixa de sódio e isso faz com que o volume de água aumente causando uma intoxicação por água.

No caso da paciente, ela teve um edema cerebral que, segundo especialistas, é uma das consequências do excesso de água no corpo.

Pelo quadro clínico, a principal hipótese foi essa. Quando se aumenta a ocitocina, e essa quantidade que ela usava no implante era grande, pode ocorrer a redução dos níveis de sódio no sangue e, consequentemente, a intoxicação por água. Isso é o que pode ter gerado o edema cerebral que ela teve. - Marcelo Luis Steiner, ginecologista endócrino Embora não seja o responsável pelo caso da jovem, Steiner decidiu fazer uma publicação contando o caso para alertar pacientes dos riscos da moda do uso da ocitocina.

"Isso (divulgação dos implantes) está pela rede social, promessas diversas, sem comprovação científica. Foram dois implantes com mil unidades de ocitocina. Qual a segurança disso? Não existe. Não tem ensaio clínico para saber se isso é eficaz e seguro", alerta.

Ocitocina não tem eficácia comprovada para fins estéticos Não há qualquer pesquisa que comprove que o uso de ocitocina pode ser eficaz para tratar obesidade, ansiedade, falta de libido. A única comprovação é do efeito na indução de partos em gestantes e a única forma que ela pode ser indicada.

O médico e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Paulo Augusto Miranda, explica que a ciência vem estudando o papel desse hormônio, mas na sensação de bem estar. No entanto, o primeiro passo tem sido compreender como identificar a deficiência.

ð Para doses extras de qualquer coisa no corpo, é preciso antes saber se há uma baixa e o que isso pode causar. Ou seja, sem isso não é possível fazer qualquer suplementação, como no caso do chip hormonal.

"Estamos na fase de tentar identificar a deficiência e na compreensão dos efeitos crônicos dessa falta de ocitocina. Ou seja, não dá para dizer que injetar isso pode trazer benefícios. O que sabemos é que não é seguro", explica Miranda.

A única aplicação em que a ocitocina pode ser usada é na indução de partos. O médico ginecologista Marcelo Luis Steiner explica que no caso de gestantes são usadas cerca de 20 unidades em um prazo máximo de seis horas.

No caso da paciente, ela tinha mil unidades que deveriam ser liberadas aos poucos, mas a absorção dos hormônios é uma das questões que fez o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibir os chips.

"Chips da beleza" são proibidos A proibição das terapias hormonais com fins estéticos foi feita pelo conselho em abril deste ano. O motivo: não há comprovação da segurança.

Um dos pontos é, justamente, a absorção. Os chips podem guardar diversos hormônios que são administrados em quantidades diferentes e que devem ser liberados aos poucos no corpo. No entanto, os estudos não mostraram, de forma clara, o perfil de absorção dessas substâncias e, com isso, as reações adversas.

Não temos estudos que determinem de maneira clara o perfil de absorção dessas substâncias no chip. E os estudos que existem mostram que há uma variação individual e isso muda o efeito colateral de pessoa para pessoa. Ou seja, é um risco. - Paulo Augusto Miranda, presidente da SBEM.

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Médico agredido por marido de paciente que morreu em atendimento diz que não houve negligência

Profissional disse Nathali Haydee Cunha foi diagnostica com dengue e que seguiu o protocolo recomendado para o tratamento da doença. Marido da paciente o acusa de negligência.

Por Vitor Santana, g1 Goiás

O médico Pablo Henrique, que foi agredido pelo marido de uma paciente que morreu durante atendimento em uma unidade de saúde de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, diz que não houve negligência. O profissional disse que seguiu todos os protocolos para tratar a professora Nathali Haydee Cunha, mas que o quadro dela se agravou e ela não resistiu, mesmo com os esforços. Devido ao corte que teve no rosto, o profissional está afastado do trabalho, se recuperando.

g1 entrou em contato nesta quinta-feira (14) por e-mail e mensagem com a Secretaria Municipal de Saúde e com a organização social que administra a unidade, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem sobre o atendimento prestado à paciente e se há falhas na segurança da unidade.

A defesa de Jhader de Melo, marido da paciente que agrediu o médico, disse que o cliente está arrependido e que ele se descontrolou após a perda da esposa.

Pablo, que preferiu não ter o nome completo divulgado, explicou que a paciente procurou inicialmente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Setor Mansões Odisséia com dores no corpo. Ela foi diagnosticada por um médico com dengue e encaminhada para casa para se hidratar e tomar medicação.

Porém, quatro dias depois, voltou à unidade, ainda com dores. Na ocasião, foi atendida por ele. Ele conta que, do momento em que ela chegou de carro até ser medicada, passando pela triagem, levou cerca de 8 minutos.

“Em nenhum momento foi tratado com negligência, isso é totalmente incompatível com o tratamento que foi dado a ela”, afirmou o médico.

O marido de Nathali ainda acusa o médico de ter gritado com a paciente, a mandando calar a boca e dizendo que ela não estava sentindo tanta dor. Pablo nega que tenha gritado e disse que conversou naturalmente com a paciente, mas para confrontar as informações sobre o estado de saúde dela e que ela se acalmasse.

Pablo conta que seguiu os protocolos para o tratamento da dengue e que era necessário esperar que eles fossem administrados para ver a evolução da paciente e determinar os próximos passos.

“Em um momento, a paciente disse que tinha melhorado um pouco, então expliquei que íamos esperar terminar o remédio para ver como ficaria a situação”, disse. O médico conta que, após ver que a paciente não tinha melhorado, foi solicitar a transferência dela para a área de emergência.

“Na hora que a paciente chegou, eu sabia que era uma paciente que tinha potencial de gravidade, que o acompanhante poderia ficar agitado, porque a paciente estava com dor. Com essa paciente, todas as vezes que o acompanhante me chamou, eu fui lá, nem que fosse para explicar que era preciso aguardar a medicação, ver se ela estava sentindo dor”, disse.

Porém, a paciente morreu cerca de 2 horas depois. Nesse momento, o marido da paciente, Jhader de Melo, entrou no consultório do médico e o agrediu com socos. O profissional conta que atendia outra pessoa quando as agressões começaram. Pablo teve um corte no olho esquerdo.

A Polícia Militar registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o acompanhante da paciente por agressão. A morte de Nathali é investigada pela Polícia Civil.

Pablo conta que é médico há dois anos e seis meses e trabalha na UPA há pouco mais de um ano. Durante esse tempo, já recebeu ameaças e também presenciou agressões a outros colegas.

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) repudiou, em nota, a agressão contra o médico e afirmou que “nada justifica a violência registrada”. O órgão também lamentou dizendo que episódios de violência como esse estão cada dia mais comuns e exigiu a implementação de medidas “para garantir a segurança de quem trabalha salvando vidas”.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 14 Dezembro 2023 07:01

CLIPPING AHPACEG 14/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Deputados apresentam emendas para manter prazo de 3 anos de experiência para OSs em Goiás

Defesa de marido que agrediu médico após esposa morrer em UPA diz que profissional a mandou calar a boca quando ela reclamou de dor: 'Falou que estava exagerando'

Conheça o primeiro homem trans que deverá receber pelo SUS tratamento com testosterona em Goiás

Piso da enfermagem: profissionais da saúde podem não receber valor da portaria que garante empregos

Empresas e planos de saúde adotam linhas de cuidado por eficiência e menor custo

JORNAL OPÇÃO

Deputados apresentam emendas para manter prazo de 3 anos de experiência para OSs em Goiás

Texto foi apreciado na Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJ) desta quarta-feira, 13; governadoria justifica melhoria para a prestação de serviços

Tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) a proposta de alteração do regime jurídico das Organizações Sociais (OSs) para atuação na área de saúde. O texto foi apreciado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa e recebeu emendas dos deputados Issy Quinan (MDB) e Antônio Gomide (PT).

A relatoria do projeto na Alego é do deputado estadual Tales Barreto (UB), que acatou parte dos argumentos dos dois deputados. Devido à alteração na redação, o líder do governo, Wilde Cambão (PSD), pediu vista. Agora, ao devolver, a proposta passará por nova análise do colegiado para ser votada em Plenário.

De autoria da governadoria, o PL justifica a redução do prazo de três anos para instituições que atendam “demais requisitos de qualificação dispostos na Lei”. Outras mudanças são o chamamento público preferencialmente pela internet e, nos casos de calamidade pública, o Estado poderá contratar emergencialmente OSs por até um ano.

Segundo o Executivo, a iniciativa visa ampliar a participação de novas entidades nos chamamentos públicos, o que deve garantir, ao mesmo tempo, a continuidade de serviços essenciais. A possibilidade de redução do prazo de experiência mínimo de três anos para as organizações seria por meio de um ato específico do governador, previamente à publicação do edital de chamamento público, caso não haja entidades aptas para participar dos processos seletivos.

Outra mudança é a introdução de novos mecanismos de controle e transparência na fiscalização de contratos. Por exemplo, é estabelecido parâmetros para a desqualificação de entidades em casos de infrações e aplicação de sanções que consideram a natureza e gravidade das irregularidades cometidas.

Contrário

O deputado Antônio Gomide defendeu a manutenção do período de experiência de no mínimo três anos na prestação de serviços de assistência à saúde.

“A retirada do período de experiência mínimo no texto original da propositura pode gerar diversos prejuízos na qualidade e estabilidade do serviço”, acentuou. Ele rebateu ainda a ampliação dos contratos emergenciais de seis meses para um ano.

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PORTAL G1

Defesa de marido que agrediu médico após esposa morrer em UPA diz que profissional a mandou calar a boca quando ela reclamou de dor: 'Falou que estava exagerando'

Médico foi agredido dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Águas Lindas de Goiás. Suspeito diz que estava fora de si e que agiu pela emoção da perda da esposa.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

A defesa do marido suspeito de agredir um médico após a esposa dele morrer em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) diz que o profissional a mandou calar a boca quando ela reclamou de dor. Pablo Henrique de Araújo Leal foi agredido na UPA de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF).

“A esposa começou a debater na sala, espernear e gritar de dor. Nesse momento, o médico disse: é melhor você calar a boca, essa dor toda não é para isso”, contou o advogado Fábio Cavalcanti.

Ao g1, o advogado disse que Jhader de Melo Montalvão, de 35 anos, lamenta ter agredido e médico, disse que ele não estava em si no momento e que agiu pela emoção da perda da esposa. O g1 tentou localizar o contato do médico para ouví-lo, mas não obteve sucesso até a última atualização desta matéria.

“O Jhader lamenta muito ter feito isso, mas diz que não estava em si. Ele diz que perdeu a pessoa que mais amava no mundo e se descontrolou”, afirma.

Cavalcanti conta que a esposa de Jhader, Nathali Haydee Cunha, estava com suspeita de dengue e sentindo muitas dores. Segundo ele, Pablo teria receitou duas bolsas de soro e, após ela tomar, a paciente voltou ao consultório. “Ela falava que estava sentindo morrer, arrancou a sonda e começou a sangrar”, detalha.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão contra Pablo e lamentou dizendo que situações como essa estão se tornando comuns. O g1 também solicitou um posicionamento da Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás, mas não obteve retorno.

Relembre

O médico Pablo Henrique de Araújo Leal foi agredido com socos pelo marido de uma paciente que morreu na UPA onde ele trabalha, em Águas Lindas de Goiás. Segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito acredita que o profissional foi negligente ao atender a esposa dele e, consequentemente, permitiu que ela morresse.

A agressão aconteceu na segunda-feira (12), no Setor Mansões Odisséia. Jhader confessou aos policiais que ficou nervoso com a morte da esposa e, por isso, invadiu a sala do médico para agredi-lo. Um exame de corpo delito constatou que o médico teve um ferimento de três centímetros em uma das pálpebras causada pelos socos.

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Conheça o primeiro homem trans que deverá receber pelo SUS tratamento com testosterona em Goiás

Eduardo Araújo de Jesus falou ao g1 sobre a emoção e a importância do tratamento. ‘Conquista’ foi alcançada somente após uma decisão da Justiça.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

Eduardo Araújo de Jesus será o primeiro homem trans a receber a hormonioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás, afirma a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). Uma ‘conquista’ alcançada somente após uma decisão da Justiça. Ao g1, ele falou sobre a emoção e a importância do tratamento com testosterona para ele e para a comunidade trans.

“Isso é um direito e eu torço para que todos os homens trans consigam ter acesso ao tratamento”, disse.

A decisão da juíza Liliam Margareth da Silva Ferreira, da 6ª Vara de Fazenda Pública Estadual, obriga o Estado de Goiás e o Município de Goiânia a disponibilizar o tratamento de graça para Eduardo. O g1 pediu um posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e aguarda retorno. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que não há pendência com o paciente no município.

Quem é o Eduardo?

Eduardo tem 35 anos, nasceu e mora em Goiânia, é casado e, ao g1, contou um pouco da história dele e sobre quando ele se entendeu como um homem trans. “Eu me entendo como homem trans desde de criança. Vivi com meus primos e sempre gostei de jogar bola, vestir roupas mais largas, usar tênis e fazer coisas do universo masculino. Era desligado das coisas ‘de menina’”, revela.

Ele conta que a família foi o principal incentivo nesse processo de identidade de gênero e brinca: “minha mãe diz que meu pai sempre pediu um menino, mas eles tiveram três filhas primeiro. Então, na quarta veio eu, um homem trans”. Com o incentivo da família, principalmente da irmã mais velha, ele decidiu procurar um médico, iniciar a transição e o tratamento com testosterona.

Transição e início do tratamento

Eduardo afirma que vivenciou a transição 'tarde' e que começou o tratamento aos em 2018, aos 30 anos. “O tratamento em Goiás sempre foi algo muito distante e, por isso, meu acompanhamento começou tardio”, lembrou. Após pesquisar sobre o tratamento, ele solicitou um encaminhamento com um clínico geral para o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), em Goiânia.

Por causa da pandemia, Eduardo conseguiu iniciar o acompanhamento no Ambulatório TX, o Serviço Especializado do Processo Transexualizador do HGG, três anos depois, em 2021. “No HGG, eu faço um acompanhamento com ginecologista, psicólogo e com psiquiatra pelo Sus. Porém, a medicação hormonal não era oferecida e eu tinha que arcar sozinho”, lamenta.

Hormonioterapia

Segundo ele, o gasto com o medicamento é de no mínimo R$ 200 a cada três meses. “Nós já sofremos tantas dificuldades por causa do preconceito no trabalho e, muitas vezes, não temos condições de custear esse valor do tratamento com hormônio, que é bastante caro”, alerta. A decisão da Justiça saiu no domingo (10) e foi comemorada por Eduardo e pela DPE, que o ajudou.

“Eu fiquei muito feliz. É uma vitória e uma conquista muito grande”, comemora.

Para Eduardo, essa decisão é apenas o começo, pois abre portas para que outros homens trans também consigam ter acesso a esse direito. “Isso é só o começo e nossa luta não para”, afirma. Questionado sobre quais etapas do processo ele ainda quer alcançar, ele conta que está na fila aguardando para fazer a mamoplastia, isto é, a cirurgia para retirada da mama.

“A nossa luta é silenciada, poucas pessoas conhecem a nossa história e nós vivemos muito resguardados. Mas nós existimos e queremos ser vistos”, destaca.

Por fim, Eduardo não deixou de agradecer às pessoas envolvidas nesse processo. Para ele, o incentivo e o acolhimento dá forças para continuar na luta pelos direitos. “Queremos que falem de nós com amor e quero agradecer a todos que nos acolhem. Tenho uma gratidão imensa pela equipe do HGG e todos os outros homens trans que estão nessa luta”, finaliza.

Íntegra da nota da SMS

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que não há nenhuma pendencia em aberto em nome do paciente em Goiânia, ele é atendido pelo HGG.

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PORTAL BRASIL 61

Piso da enfermagem: profissionais da saúde podem não receber valor da portaria que garante empregos


Após sucessivas negociações, os enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o país podem não receber os valores estabelecidos pela portaria MS 597/2023, que definiu o salário base da categoria e especificou como deve ser feito o repasse de recurssos para o pagamento do piso nacional da enfermagem.

De acordo com a advogada especialista em direito do trabalho, Camila Andrea Braga, no julgamento de recursos contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que acontece na Corte até 18 de dezembro - e que estabeleceu parâmetros sobre o piso da categoria - os ministros têm seguido uma tendência de votos que sugerem um acordo para fazer o cálculo do salário com base na remuneração e não no valor estabelecido pelo piso.

"Quando você considera o piso da categoria no valor previsto na lei, significa que todos os valores devem ser considerados com base naquele valor. Quando você considera o valor global, significa que o profissional de enfermagem, dentro dos diferentes níveis, não pode receber menos do que aquilo, considerando a remuneração como um todo. Então aí poderia ser pago um salário base menor, desde que ele tivesse outros elementos de remuneração", explica.

Caso o STF mantenha a tendência de votos, Braga reconhece que existe a possibilidade de o cenário não ser o esperado - e esteja mais distante do ideal no exercício da profissão. "Para ganhar mais você tem que ter o emprego, que é o que as empresas estão dizendo que não conseguem manter com o que está sendo garantido no piso. A saída que tem sido encontrada pelos ministros seria não considerar o salário base, mas sim a remuneração", observa.

Já o Conselho Federal da Enfermagem (Cofen) espera que o julgamento estabeleça os termos que foram dispostos na lei aprovada pelo Congresso Nacional. Segundo o conselheiro, Daniel Menezes, a expectativa é que o STF reconheça que o piso salarial deve ser entendido como aquele valor referente ao salário base que o profissional recebe quando contratado.

"A grande questão do financiamento, do custeio, ela já foi resolvida, está sendo implementada e a gente tem uma expectativa e clama pela sensibilidade dos 'jogadores' para que, de fato, façam justiça social para essa profissão tão importante para o nosso país", ressalta.

Representante de mais de 5,2 mil municípios, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) demonstra preocupação com a não-inclusão do recolhimento de encargos patronais. Segundo a entidade, isso poderia trazer mais desequilíbrio nos municípios, em especial nas localidades mais pobres. Conforme estimativas da CNM realizadas em setembro de 2022, do impacto global de R$ 10,5 bilhões, ao menos 24% (R$ 2,5 bilhões) seriam pagamentos das prefeituras a título de encargos patronais.

Decisão final pode ficar para 2024

O STF segue com a analise dos recursos de revisão apresentados contra a decisão do piso da enfermagem. Dentre os autores do pedido de revisão estão o Senado Federal, a Advocacia Geral da União (AGU) e confederações de classe que questionam alguns posicionamentos da Corte. O julgamento está sendo feito via plenário virtual - plenário em que os votos são apresentados eletronicamente, sem a discussão física dos ministros - e pode ser prolongado até 18 de dezembro.

Segundo a advogada trabalhista Camila Andrea Braga, o judiciário encerra as atividades no dia 20. Ela espera que todos os votos sejam apresentados dentro do prazo para resolver esse problema que já se arrasta há um tempo. Caso não aconteça, ela diz que, provavelmente, os profissionais vão ter que aguardar o ano que vem para ter uma solução.

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FUTURO DA SAÚDE

Empresas e planos de saúde adotam linhas de cuidado por eficiência e menor custo


Eficiência assistencial e redução de custos estão no centro das novas linhas de cuidado

Eficiência assistencial e redução de custos estão no centro das novas linhas de cuidado

Os passos da saúde suplementar em busca de eficiência na assistência e redução de custos têm sido através de mudanças graduais na forma como o setor provê serviços. Tendência nos últimos anos e ganhando ainda mais força em 2023, as linhas de cuidado têm sido vistas como parte essencial desse processo de busca pela sustentabilidade econômica.

Em meio à discussão sobre desperdícios e fraudes, a adoção de linhas de cuidado pode contribuir com uma melhor coordenação do paciente dentro do plano de saúde, sem deixá-lo solto dentro da rede credenciada. Para isso, é preciso que as operadoras de planos de saúde tenham um diálogo com prestadores, como hospitais, clínicas e laboratórios, para que haja um alinhamento sobre o trabalho que será desenvolvido, utilizando dados e tecnologia como parte essencial do processo.

A ideia é que antes que o beneficiário tenha um evento de saúde que leve-o ao pronto-socorro, internação ou procedimentos de média e alta complexidade, que geram os maiores custos em saúde, o serviço acompanhe de forma próxima e ativa o paciente, verificando como está a eficácia de um tratamento, a qualidade de vida ou o avanço de uma gestação.

O tema ganhou mais espaço na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que criou um programa para receber e disseminar projetos-pilotos que utilizam linhas de cuidado em modelos de remuneração baseado em valor. Ainda, o órgão abriu uma tomada pública para receber iniciativas que servirão de embasamento para que incentivem o setor a adotar tais modelos.

As linhas de cuidado também têm ganhado espaço dentro das empresas, que contratam diretamente serviços de linhas de cuidado para cuidar dos colaboradores e reduzir a sinistralidade com os planos de saúde. Assim, há um menor risco de haver um reajuste anual de contrato expressivo, aumentando os custos da empresa com o benefício.

Muito voltadas para doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, gestantes e saúde mental, as linhas de cuidado avançam ainda em outras áreas, principalmente quando estão alinhadas a modelos de remuneração baseado em valor. Oncologia, procedimentos cirúrgicos e internações são algumas delas.

"Dado o momento em que as operadoras vivem, elas também começam a buscar novas alternativas para fazer com que a jornada do cuidado seja, por um lado, mais efetiva e, por consequência, com custo menor, sem que se perca a qualidade", analisa Leonardo Vedolin, diretor geral médico, assistencial e de cuidados integrados da Dasa.

Linhas de cuidado na prática

"A linha de cuidado funciona no sentido de uma coordenação. Por exemplo, a linha para pessoas com diabetes começa com a estratificação dessa população, pesquisando, fazendo entrevistas e coletando informações para conhecer o público. Verifica a realização de exames e identifica em qual estágio do diabetes está. A partir daí, cria linhas que determinam que passos do cuidado a operadora vai ter com a pessoa, de acordo com a condição", explica Anderson Mendes, presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (UNIDAS).

Por isso, traz maior previsibilidade sobre os custos com a assistência para aquele paciente incluído na linha de cuidado, além de reduzir os riscos de complicações. Dados da Caixa de assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi), operadora de autogestão com mais de 590 mil beneficiários, mostram que a partir do terceiro ano como beneficiário, aqueles que estão em linhas de cuidado consomem 30% menos recursos que os usuários soltos na rede. Segundo Anderson, a empresa já trabalha com linhas de cuidado há 20 anos.

No entanto, é comum ouvir no mercado que a média de permanência de um beneficiário em um plano de saúde é de dois anos, e por isso trabalhar a coordenação do cuidado não é vantajoso do ponto de vista da operadora, já que há um investimento na saúde do beneficiário que não será colhido. Por isso, o setor cobra que haja incentivos para que as operadoras adotem tais modelos.

Entretanto, Mendes levanta a discussão sobre o custo assistencial de um usuário que não foi tratado de forma preventiva. "Se tem um paciente que está indo muito ao serviço, se internando e descompensado demais, se você já entra com a linha de cuidado já reduz o custo. Agora, se é um paciente que não está fazendo exame e não está acompanhando sua saúde, você tem um gasto maior nesse primeiro momento, para fazer todos os exames que ele precisa", analisa o presidente da entidade.

Da mesma forma que se discute a importância da atenção primária como porta de entrada do paciente, a adoção de linhas de cuidado é importante para a saúde da população que conta com plano de saúde. Isso porque há uma melhor coordenação sobre as necessidades, assim como um acompanhamento do quadro geral.

"O paciente solto na rede muitas vezes não tem o atendimento que precisa ou tem atendimentos em excesso. Além de que, a fragmentação do cuidado com frequência tem até tratamentos que são concorrentes, até conflitantes. Pode haver uma medicação passada por um cardiologista que não é ideal tomar junto com uma passada pelo endócrino. Essas questões trazem muito risco para o paciente", defende Mendes.

A UNIDAS tem incentivado a adoção do modelo e já possui 14 clínicas compartilhadas entre as operadoras de autogestão para as linhas de cuidado. Assim, elas conseguem dividir o investimento feito para que tenha equipes dedicadas, acompanhando as informações dos pacientes e controlando quem sai ou entra nas linhas. Por ter uma média de idade dos beneficiários acima do mercado, podem sofrer com os custos assistenciais decorrentes de doenças crônicas descompensadas - e atuam para reduzir esse impacto.

Passo a passo

Outro exemplo é a Bradesco Saúde, que tem trabalhado o desenvolvimento de linhas de cuidado em 10 especialidades para os seus cerca de 4 milhões de beneficiários. "A partir do momento em que temos uma população mais saudável e menos exposta ao desenvolvimento de doenças ou o agravamento de quadros, há também o potencial de benefícios sistêmicos. A qualidade da saúde dessa população impacta na sustentabilidade do setor", explica Thais Jorge, diretora da operadora.

O grupo conta com uma rede de clínicas, a Meu Doutor Novamed, que atua através do modelo de atenção primária, importante ferramenta para a coordenação do cuidado. Mais de 30 unidades estão distribuídas pelo país e contam com consultas, exames laboratoriais e de imagem, além de realizar procedimentos ambulatoriais. De acordo com a operadora, os beneficiários que usam a rede tem uma redução da frequência em pronto-socorro de 30% a 40%.

"Manter uma gestão próxima e individualizada de cuidados com a saúde permite um diagnóstico precoce, especialmente nas doenças silenciosas que se manifestam tardiamente. Nos casos de doença, quanto antes detectada, melhores as chances de êxito no tratamento, com desfechos mais favoráveis". analisa a diretora da Bradesco Saúde.

De forma mais estrutural, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, no início de dezembro, 16 projetos que foram selecionados para o Programa de Modelos de Remuneração Baseados em Valor, que tem por objetivo induzir uma mudança de forma estrutural no setor, incentivando que operadoras adotem novas formas de pagamento entre os diferentes elos da cadeia, tendo como base linhas de cuidado. O programa, que está em 2ª edição, já contemplou 13 projetos em 2021.

No mesmo mês, a ANS também anunciou uma tomada pública de subsídios sobre linhas de cuidado em saúde, com o objetivo de receber propostas que contenham fluxos, protocolos clínicos, diretrizes terapêuticas e indicadores de saúde. Elas servirão de base para que a agência incentive a adoção de linhas que coloquem o paciente como foco do cuidado, reduzindo custos e melhorando o desfecho.

"Desde 2010 está acontecendo nos Estados Unidos essa discussão da evolução do modelo de pagamento do serviço prestado, indo de um extremo para outro. No Brasil também está acontecendo, mas é uma jornada. Existe uma evolução de modelo ao longo do tempo e, dada a dificuldade de dados, interoperabilidade e o alinhamento de incentivos, a evolução é contínua, gradual e mais lenta do que a gente gostaria", explica Vedolin, da Dasa.

Ele defende que é preciso haver uma maior e melhor relação entre prestadores de serviços, indústria e operadoras de planos de saúde, para que possam chegar a acordos que sejam interessantes para todos. Isso porque discutir linhas de cuidado e modelos de pagamento baseados em valor muda a dinâmica de funcionamento da saúde suplementar e requer alinhamento e bons parceiros.

Hospitais e empresas

"A estratégia da Dasa é bem clara, temos diversos ativos que estão presentes em vários pontos da jornada de cuidado dos pacientes. Com isso, nós temos a possibilidade de começar a fazer a integração do cuidado de uma forma mais verdadeira dentro de uma rede de presença nacional. Isso por si só não acontece com a integração dos ativos físicos, precisa ter dados para que o cuidado seja melhor executado", afirma Vedolin.

O grupo atua com linhas de cuidado para empresas e operadoras, dentro de seus 15 hospitais, laboratórios e centros médicos. O executivo explica que para a construção de uma linha de cuidado, seja para beneficiários de planos de saúde ou colaboradores, é preciso ter dados disponíveis e atualizados, adequando a cultura, profissionais de saúde certos, um bom desenho da linha a ser seguida e uma execução efetiva.

"Não existem linhas de cuidado erradas, existem dificuldades operacionais e de execução de uma linha de cuidado ao longo do tempo. É muito difícil criar uma linha de cuidado sem que haja parceiros. Por mais que a Dasa seja grande, tenha presença nacional, nós também temos consciência de que a gente precisa de parceiros, como operadoras e startups", afirma.

Entre as principais linhas de cuidado do grupo estão doenças crônicas, saúde mental, procedimentos cirúrgicos, neurologia, cardiologia e acompanhamento de gestantes, onde são definidos os caminhos que um paciente seguirá ao entrar nas linhas. Uma mesma pessoa pode fazer parte de mais de uma linha e transitar por elas ao longo da vida. Dados da Dasa mostram que 49% dos pacientes com diabetes descompensada ficaram com a condição sob controle quando passaram a ser acompanhados por linhas de cuidado.

O próximo passo é fazer com que o setor entenda a sua importância e, juntos, diferentes elos participem da mudança. "Para evoluir o modelo existe uma camada de evolução do alinhamento de incentivos no setor, entre os principais pagadores, prestadores, indústria e as empresas que empregam os colaboradores que vão ter os planos de saúde. Existe uma necessidade de evolução da capacidade de compartilhar dados que gerem informações que sejam úteis. Ainda, avanço na regulação e cultura", defende Vedolin.

Healthtech

A tendência de empresas buscarem construir ambulatórios próprios com coordenação do cuidado fez com que a healthtech 3778 mudasse sua estratégia de negócio, partindo da saúde ocupacional para a saúde integrada, levando diferentes serviços para as instituições e até mesmo operadoras. Com o auxílio de inteligência artificial, a startup consegue automatizar parte do processo de alertar sobre pacientes que precisam ser incluídos em linhas de cuidado ou que estejam em situação de alerta em suas condições, como o diabetes descompassado por um período que merece atenção.

"Conseguimos fazer algumas análises preditivas, que nos dá a inferência de possíveis pacientes que poderão evoluir com alguma doença crônica. O grande desafio é mudar a cultura das pessoas, porque elas engajam principalmente quando já estão adoecidas", afirma Thamyris Lima, gerente de operações de saúde na 3778.

Dos 190 ambulatórios que a healthtech possui em empresas, cerca de 40 deles contam com o serviço de linhas de cuidado, sendo parte expressiva do modelo de negócio, com saúde mental, gestantes, hipertensão e diabetes entre as principais, mas também conta com linhas para internação e reinternação de pacientes.

A possibilidade de integrar com a saúde ocupacional é outro diferencial da empresa. A partir do exame admissional o médico já encaminha novos colaboradores para as linhas de cuidado, de acordo com os as informações de saúde obtidas através da consulta. De acordo com Thamyris, novos funcionários tendem a se engajar mais por querer participar de todas as ações da companhia, mas é preciso atuar para que cada vez mais as pessoas entendam o modelo, a sua importância e engajem nas linhas.

"São empresas que estão preocupadas com a saúde e muito nessa tendência de entregar valor agregado para o colaborador. Agora, o mercado da saúde corporativa está caminhando para isso, em oferecer algo que seja diferenciado como forma de retenção de pessoas, para eles entenderem a preocupação da empresa. Tanto que na linha de cuidado de saúde mental temos mais de 10 mil inscritos", afirma a gerente.

Em um programa de saúde mental desenvolvido junto a um cliente, a 3778 conseguiu identificar através do cruzamento e análise de dados que 16% dos colaboradores participantes tinham ideação suicida. Dessa forma, foi possível que o time de saúde atuasse na prevenção e tratamento, mantendo o sigilo das informações e anonimato.

"Não dá para fazer linhas de cuidado sem observar os dados. Até porque a gente não conseguiria estratificar a população-alvo e mensurar se a densidade de cuidado que estabelecemos faz sentido naquele momento, avaliando se o número de consultas, por exemplo, está adequado ao paciente", defende Thamyris, que afirma que o uso de wearbles e aplicativos irá contribuir ainda mais com insumos para análise.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 13 Dezembro 2023 07:10

CLIPPING AHPACEG 13/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde em Goiás registra marca histórica de doadores de órgãos em 2023

Rombo nessa Unimed, venda da Amil e gigantes falindo: 3 terrores dos planos de saúde desmascarados em 2023

Aumenta a insatisfação com planos privados de saúde e em 5 anos as reclamações dobram

Pré-natal na rede pública: gestantes são mais propensas à depressão pós-parto

A REDAÇÃO

Saúde em Goiás registra marca histórica de doadores de órgãos em 2023

A rede de saúde do Governo de Goiás obteve em 2023 mais um número histórico, chegando a 100 doadores de órgãos. Até então, o maior número era de 2018, quando foram registrados 89 doadores. A centésima captação foi feita no último sábado (9/12), no Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), de um doador de 57 anos que teve morte encefálica, após sofrer acidente vascular cerebral isquêmico. As equipes captaram córneas e rins, que vão beneficiar pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). 

“Esse desempenho de 2023 é resultado do trabalho realizado pelos profissionais de saúde e das campanhas de sensibilização que têm impactado a cultura da doação de órgãos no Estado”, avalia a gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Freitas.

Um dos principais motivadores desses números positivos, segundo a gerente, é a redução da recusa familiar, que atualmente está em 62%. O número ainda é considerado alto, mas já é melhor que o registrado em 2022, quando a rejeição chegou a 66,4%. "A nossa avaliação é que o trabalho que vem sendo desenvolvido está apresentando resultados até acima do que a gente esperava", avalia.

Outro indicador em Goiás e no Brasil se refere ao fato de que o país já alcançou a meta estipulada da taxa de doadores para 2023, conforme o último registro brasileiro de transplantes. O índice projetado para o Brasil, de 19,4 doadores por milhão de população (pmp), foi superada ainda em setembro, com 19,6 doadores pmp. Já o estado de Goiás registrou, em 2023, a maior taxa de doações da série histórica, com 14,9 pmp. 

Para a gerente de transplantes da SES, é preciso continuar avançando. E a principal barreira está no ambiente doméstico. "O maior desafio é a gente fazer o assunto da doação de órgãos estar dentro de casa, para as pessoas conversarem e deixarem avisado aos familiares o desejo de ser doador”, orienta.

“Só por meio da conscientização das famílias e do engajamento da sociedade como um todo será possível aumentar esses números, proporcionando esperança para aqueles que aguardam na fila por um órgão compatível”, deseja.

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TV O FOCO

Rombo nessa Unimed, venda da Amil e gigantes falindo: 3 terrores dos planos de saúde desmascarados em 2023


Empresas como Unimed e Amil entram em crise e ficam a beira da falência

A crise financeira em nosso país tem feito centenas de empresas decretarem falência, assim como aconteceu com uma unidade da Unimed, venda da Amil e inúmeras marcas, que vem enfrentando dificuldades financeiras.

Uma das empresas que mais tiveram prejuízos financeiros e ficaram realmente a beira da falência foram o setor de planos de saúde, que chegou a registrar um prejuízo operacional de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano, aprofundando a perda de R$ 1 bilhão de igual período de 2022, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O problema está tão grave que a venda da Amil e das da rede de hospitais da United Health Group - UHG (UNHH34) estão próximas de serem concluídas, de acordo com o colunista do O Globo, .

Segundo o colunista, existem quatro propostas confirmadas, prontas para serem entregues ao BTG Pactual, contratado pela UHG para coordenar o processo de venda.

Falência decretada - Foto: Reprodução

A venda corrobora com a fase difícil que a Amil vem passando, aliás os maiores prejuízos, dentre as operadoras de saúde listadas pela ANS, foram os da Amil e Unimed-Rio.

A Amil teve resultado negativo de R$ 415,7 milhões, enquanto o prejuízo operacional alcançou R$ 650,5 milhões. Já a Unimed-Rio teve prejuízo de R$ 387 milhões, com perda operacional de R$ 334,2 milhões. Pedido de falência: O abismo de plano de saúde e situação hoje - Foto: Reprodução Qual o plano de saúde recorde em reclamações? Pedido de falência: O abismo de plano de saúde e situação hoje - Foto: Reprodução

De acordo com o levantamento, o plano de saúde líder em reclamações é Unimed-Rio. Depois dele, aparecem São Cristóvão Saúde, Notre Dame Intermédica e Alvorecer, também apontando diversas queixas a cerca de problemas e demandas reprimidas pelos usuários.

Vale mencionar que neste cenário pós-pandemia, muitos planos têm recebido inúmeras reclamações a cerca de demandas que não foram sanadas, gerando queixas e reclamações a cerca da demora na conclusão de exames e consultas.

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PORTAL GRAFITTI NEWS

Aumenta a insatisfação com planos privados de saúde e em 5 anos as reclamações dobram


No ranking da ANS onde estão as operadoras brasileiras com maior volume de reclamação, a Unimed Vitória ocupa o 13º lugar, mesmo tendo apenas 402.137 clientes, comparado com a Notre Dame Intermédica Saúde, a campeã nacional de reclamações e tem 6,53 milhões de clientes

A insatisfação dos clientes contra planos privados de saúde vem ampliando a cada ano no Brasil e os últimos dados de reclamações registradas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que nos últimos cinco anos mais do que dobrou as denúncias de mau atendimento. A ANS criou em 2018 o Índice Geral de Reclamação (INR), que vem apresentando crescimento ano a ano. O forte interesse pelo lucro rápido e fácil dessas instituições privadas, ocasiona a insatisfação.

No computo geral, o IGR iniciou-se em 2018 com a marca de 15,5 e dali em diante vem enfrentando um crescimento significativo. Em 2022 já era mais do que o dobro do primeiro ano, com o registro do IGR ficando em 37. Do ano passado para este ano, até novembro último, já está em 44,8.

No quadro referente a este ano, entre janeiro e novembro, entre as operadoras de maior porte, a Notre Dame Intermédica Saúde S/A é a lider absoluta em reclamações, com 45.539, seguido do Bradesco Saúde (34.529 reclamações), Hapvida Assistência Médica S/A (25.791), Sul América Companhia de Seguro Saúde (23.517), Unimed Rio (20.555), Amil Assistência Médica Internacional S/A (18.794). A Unimed Viória, que tem apenas 6,15% do total de clientes da Notre Dame Intermédica, ocupa o 13º lugar no ranking nacional da insatisfação da ANS. Nesta última terça-feira (12), a Unimed anunciou através da empesa de cobrança Benevix um aumento acima de 22%, enquanto o assalariado não tem o reajuste salarial aumento nem na metade desse índice.

Descaso com autista

Entre as reclamações contra as operadoras, está o descaso com crianças autistas, onde o cuidado necessário implica em redução do lucro. É o caso de uma reclamante da Baixada Fluminense, mãe de uma criança de dois anos identificada com autismo. Ela registrou reclamação contra a Unimed Rio, porque pela falta de pagamento dessa cooperativa as clínicas da Baixada Fluminense interromperam atendimento aos clientes da Unimed.

Com isso, reclamou que a sua filha necessita de terapia ocupacional, psicóloga e fonoaudiologa, por ter dificuldade de comunicação e de fazer as tarefas básicas dfa vida humana, como escovar dentes e de se limpar no banheiro. Mas, a Unimed Rio não se preocupa com os problemas de saúde de seus clientes, mesmo tendo reajustado há dois meses o plano em 80% e agora estar cobrando R$ 539,00 por mês, reclamou a cliente da Unimed Rio.

Sempre preocupados em não reduzir o lucro, as empresas privadas que exploram o serviço de saúde complementar, vem provocando de forma deliberada a redução na qualidade dos serviços prestados. Nas reclamações registradas pela ANS há demonstração de insatisfação com as barreiras no atendimento, na liberação de exames, de procedimentos médicos e, principalmente, de cirurgias de maior valor.

Outra questão grave registrada na ANS é o descaso das operadoras privadas com os atendimentos médicos, onde o profissional da saúde é forçado a fazer um atendimento ambulatorial bem rápido, sem se preocupar com detalhes da saúde do paciente, para poder ter no final do mês uma remuneração maior. A imposição nesse sentido vem do uso do sistema fee for service (taxa de serviço), adotado para a remuneração do profissional, dos hospitais e e delaboratórios .

Essa modalidade de pagamento se importa apenas em registrar quantas vezes o serviço foi utilizado pelo cliente, sem levar em consideração a qualidade do serviço prestado. Nesse caso, o médico que realizou quatro atendimentos em consultas de 15 minutos, em uma hora, vai ter menos dinheiro no bolso no final do mês. Já aquele que opta em consultar 12 pessoas em atendimentos de 5 minutos, vai ter mais lucratividade e ganhar mais dinheiro.

ANS se une aos Procons para defender os clientes de planos de saúde

Na primeira quinzena de novembro último, a Agência realizou o projeto ANS com Você, que reuniu uma série de eventos para disseminar informações de planos de saúde e aproximar a reguladora da sociedade. A edição de 2023 foi realizada em Procons municipais e estaduais em 12 cidades nas cinco regiões do país.

A diretora de Fiscalização da ANS, Eliane Medeiros, que participou do evento, fez a seguinte observação: "Este ano, optamos por realizar eventos em cidades onde não temos Núcleos da ANS, justamente para podermos chegar mais perto dos beneficiários que moram nesses locais. A parceria com os Procons foi fundamental para essa ampliação do nosso alcance e para o fortalecimento desse trabalho tão importante de atendimento aos consumidores."

Nessa mesma ocasião, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES), com os Procons municipais de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Anchieta, Guaçuí e Câmara municipal da Serra também participaram desse encontro, que foi realizado na sede do Procon-ES no Centro Histórico de Vitória (ES). Nessa oportunidade foram abordados diversos aspectos relevantes sobre a saúde suplementar, como cobertura, portabilidade, reajustes, suspensão e rescisão de contratos, além do intercâmbio entre as operadoras, entre outros temas pertinentes.

Segundo a diretora-presidente do Procon-ES, Letícia Coelho Nogueira, foi uma grande oportunidade para troca de experiências, debates enriquecedores e aprofundamento do conhecimento sobre as questões que envolvem a proteção e defesa do consumidor no âmbito da saúde suplementar. "O objetivo foi proporcionar esclarecimentos, orientações e um ambiente propício para o diálogo e aprendizado dos Procons", ressaltou.

ANS quer sugestões da sociedade para mudar regras com operadoras

A ANS encerra no dia 25 de janeiro de 2024 a Consulta Pública 121, que tem como objetivo a obtenção der contribuições de toda a sociedade para a proposta de revisão da Resolução Normativa 395/2016 e, dessa forma, promover melhorias nos serviços de atendimento aos clientes a serem empregadas pelas operadoras de planos de saúde e administradoras de benefícios. A realização da consulta pública foi iniciada no último dia 12 de dezembro.

"A proposta é uma das ações previstas na Agenda Regulatória 2023-2025 e tem o objetivo de estimular as operadoras a desempenharem, da melhor forma, suas funções no relacionamento com os usuários da saúde suplementar. Aperfeiçoando os atendimentos e os serviços e seguindo as regras do setor, elas estarão reduzindo o registro de reclamações, entregando eficiência e transformando o ambiente de negócios", afirma a diretora de Fiscalização da ANS, Eliane Medeiros.

A revisão da RN 395/2016 é fruto de estudos sobre a identificação do problema regulatório referente ao relacionamento entre operadoras e beneficiários no âmbito dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs) e das centrais de atendimento, com a consequente Análise de Impacto Regulatório (AIR).

A proposta traz várias linhas de ação compatíveis com a visão moderna de fomentar medidas indutoras, sem perder de vista o olhar mais atento para os entes regulados que não estejam atingindo metas definidas pelo órgão regulador em indicador específico ou, ainda que distantes da meta, não apresentam movimento de melhoria:

Expansão do escopo da norma de forma a contemplar todas as espécies de demandas de beneficiários com suas operadoras e administradoras de benefícios com alinhamento à estratégia da legislação federal sobre SAC, bem como excepcionalizando as regras específicas, customizadas ao setor de saúde suplementar.

Aproveitamento melhor a estrutura das ouvidorias internas das operadoras (Resolução Normativa 323/13), uma vez que são áreas com a vocação de resolutividade de conflitos no atendimento aos consumidores, bem como possuem atribuição de propor melhorias e recomendações no aperfeiçoamento dos processos de trabalho da operadora.

Ajustes para maior informação e qualificação de informação ao beneficiário no ciclo de tratamento da demanda no SAC/central de atendimentos. Ausência de resposta à solicitação dos beneficiários sobre cobertura, respostas genéricas no curso da jornada do usuário após a solicitação de cobertura, além de falta de clareza na comunicação com os clientes foram alguns problemas identificados que podem ser melhorados no fluxo dos SAC/central de atendimento das operadoras.

Previsão de incentivo(s) indutor(es) pelo desempenho e performance da operadora quanto ao número de reclamações recepcionadas pela Agência, hoje retratado pelo Índice Geral de Reclamações (IGR). Aliado a esses parâmetros, ajustes também sob a ótica punitiva-pedagógica, de forma que as sanções por descumprimento possam considerar o desempenho no indicador.

Como dar a sua contribuição

Os interessados podem enviar suas contribuições até 25/01/2024 no próprio site da ANS, onde também estão disponíveis os documentos relacionados à proposta: www.gov.br/ans, em "Acesso à informação", no item "Participação Social", no subitem "Consultas Públicas".

Serviço:

Como registrar uma reclamação contra a sua operadora de saúde privada na ANS:

O interessado pode acessar clicando este link do portal da ANS

Dúvidas sobre a formulação da deúncia podem ser tiradas através deste número: Disque ANS: 0800 701 9656

Canal de atendimento a deficientes auditivos: 0800 021 2105

A ANS não se exige apresentação de documentação

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O HOJE

Pré-natal na rede pública: gestantes são mais propensas à depressão pós-parto

Estudo revela que mães atendidas pelo SUS apresentam 40% a mais de chances de desenvolver a condição comparadas à rede privada

O puerpério vai muito além das mudanças físicas e hormonais enfrentadas pelas mulheres. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 25% das mães no Brasil enfrentam a depressão no início da maternidade. Estudo realizado por estudante de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) aponta disparidades na prevalência e gravidade da depressão pós-parto entre gestantes que receberam cuidados pré-natais na rede pública e privada de saúde. Além de colocar em risco a saúde mental das mães, o quadro reflete de forma profunda no desenvolvimento infantil e na dinâmica familiar. 

Os resultados da pesquisa destacaram diferenças significativas nos escores médios da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS). O grupo de 32 mulheres atendidas pelo Serviço Único de Saúde (SUS) exibiu uma média de 12,16, enquanto o grupo da rede privada registrou 8,63. Outro ponto de alerta é que 31,25% das participantes do SUS indicaram já terem tido algum tipo de ideação suicida, sendo no grupo privado o percentual de 9,38%. “Estes dados nos mostraram que as participantes do Grupo SUS tinham um adoecimento mais grave que as do Grupo Privado”, aponta a pesquisadora Rebecca Ribeiro.

Segundo ela, é possível perceber, a partir da caracterização do estudo, que as participantes do grupo SUS carregam mais fatores de risco e de vulnerabilidade em todos os aspectos: econômicos, sociais, obstétricos, além de terem mais experiências negativas com os serviços de saúde durante o acompanhamento da gestação, parto e pós-parto. “Quem sofre é a mulher, mas esse sofrimento está relacionado a uma história de vida e a um contexto social”, destaca a aluna do CEUB.

Ela também aponta a necessidade do desenvolvimento de uma escala brasileira de rastreio da depressão pós-parto, que contemple estes fatores sociais e econômicos. “O Brasil é um país com grandes desigualdades e a Escala de Edimburgo, apesar de mundialmente utilizada, não reflete todos os fatores de vulnerabilidade aos quais as mães brasileiras estão expostas”.

O orientador da pesquisa e professor de Psicologia do CEUB, Sérgio Henrique Alves, afirma que os resultados alertam para a necessidade de melhorias na política de saúde pública voltada à assistência pré-natal no Brasil. De acordo com o professor, já existem políticas em funcionamento no país, mas os achados revelaram uma maior propensão para depressão no SUS, especialmente por essas mulheres terem um histórico de vida de vulnerabilidade social e econômica. “Esses aspectos já interferem significativamente nos efeitos do pré-natal”, considera.

Pré-Natal Integrado

O orientador da pesquisa afirma que, na rede pública de saúde, os cuidados durante a gravidez tendem a ser mais generalizados, com esforços para integrar serviços de saúde mental. Já na rede particular, há uma abordagem personalizada e acesso a uma gama de recursos e especialidades, embora com custos elevados. “A rede pública busca atender uma população mais ampla, enquanto a particular oferece maior comodidade e opções individualizadas, refletindo diferenças estruturais, financeiras e de acesso aos serviços de saúde”, explica.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 12 Dezembro 2023 06:53

CLIPPING AHPACEG 12/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

A importância dos cães-guia no auxílio de pessoas com deficiência

Médicos vinculados à Secretaria de Saúde de Goiânia anunciam paralisação

Ministra da Saúde destaca ética como parte da formação médica de qualidade

Hospital é atingido por incêndio e mais de 50 pacientes são removidos em Porto Alegre

Bebê morre dentro da barriga após mãe entrar em trabalho de parto, ir à maternidade três vezes e ser mandada de volta para casa, denuncia família

Trindade recebe selo federal de reconhecimento a eliminação da transmissão vertical de HIV

TV SERRA DOURADA

A importância dos cães-guia no auxílio de pessoas com deficiência

https://www.youtube.com/watch?v=KmpVVsSqgJk

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A REDAÇÃO

Médicos vinculados à Secretaria de Saúde de Goiânia anunciam paralisação

Uma paralisação de advertência foi a saída que médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia encontraram para pressionar a Prefeitura a oferecer à categoria melhores condições de trabalho. A suspensão dos atendimentos, segundo o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) terá início às 7h desta terça-feira (12/12) e vai durar 24 horas. 

O anúncio foi feito pelo após decisão tomada durante Assembleia Geral Extraordinária Permanente (AGEP) realizada no último dia 4 de dezembro e mantida durante novo encontro neste domingo (11/12). As reuniões foram comandada pela presidente do Simego, Franscine Leão, que informou que serviços de urgência e emergência serão mantidos, em razão de determinação legal.

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AGÊNCIA BRASIL

Ministra da Saúde destaca ética como parte da formação médica de qualidade

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse, nesta segunda-feira (11/12), que os Ministérios da Saúde e da Educação se preocupam e contribuem para uma formação médica permanente e de qualidade, que vai além da parte técnico-científica."Formação médica de qualidade implica também a questão da ética médica, dos valores, do compromisso social. Não há dissociação, a meu ver, entre qualidade técnico-científica e compromisso ético contribuir para uma formação médica de qualidade", frisou a ministra.

A ministra participou, em Brasília, da abertura do Projeto Formação Médica para o Brasil. Um olhar comprometido com a Responsabilidades Social no Século XXI, iniciativa da Associação Brasileira de Educação Médica.

Cursos

Para uma plateia formada, sobretudo, por médicos, a ministra Nisia disse que a recente expansão de novos cursos de medicina, da forma como foi realizada em instituições de ensino superior pelo país, descumpre parâmetros previstos desde 2014, por não atender regiões do país carentes destes profissionais de saúde e por ter baixa qualidade de ensino. "Esse é um grave problema porque não seguiu aqueles parâmetros que diziam respeito, não só aos vazios assistenciais tão importantes, mas a questão da qualidade."

A ministra reconhece que há divergências entre a classe médica e o poder público no que diz respeito ao Programa Mais Médicos, retomado em 2023, mas, Nísia diz ter convicção de que, em conjunto, os dois lados poderão avançar em ações estruturantes para formação médica que conjugue a parte técnica de qualidade, com formação ética, dos profissionais que atuarão no Sistema Único de Saúde e na saúde suplementar (planos de saúde) e privada.

Neste ponto, o representante do Conselho Federal de Medicina, Julio Vieira Braga, discordou. O conselheiro entende que há limitações para interiorizar os cursos de medicina, no país. "Por mais que se queira levar cursos de medicina para locais remotos, temos a dificuldade nos locais com baixa população, com baixa qualidade de serviços de saúde, com baixa quantidade de médicos. Então, é muito difícil, quando não impossível, levar o curso de medicina. Precisamos garantir o mínimo de qualidade para que esses cursos possam formar os médicos que vão atender a população pobre e carente, que acaba sendo atendida muitas vezes por profissionais de qualidade, no mínimo duvidosa, já que não existe uma forma de avaliação."

Avaliação externa

O médico Julio Braga defende ainda que o Brasil adote um sistema de avaliação externa e independente, com reconhecimento internacional, dos formados em medicina. "Boa parte dos países do mundo fazem, todos os seus cursos são acreditados. No Brasil, não é obrigatória essa avaliação externa, porque o Ministério da Educação tem sua responsabilidade, o INEP [Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa Anisio Teixeira/MEC] faz sua forma de avaliação, mas entendemos que não é o mais correto".

Estágio 

Os presentes no encontro também apontaram a fase do estágio do estudante de medicina como importante para melhorar a formação dos futuros profissionais. No entanto,  o diretor científico da Associação Médica Brasileira, José Eduardo Lutaif Dolci, alertou para a falta de vagas de estágio e de professores com capacitação para tal. "Quando falamos em qualificar os médicos que vão se formar, os egressos, precisamos colocar isso nas nossas diretrizes curriculares como obrigatoriedade. É importante sempre discutir a qualidade do nosso egresso, porque sem dúvida, vai repercutir na qualidade do atendimento à nossa população, na qualidade do médico do SUS".

A representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Francisca Valda da Silva, afirmou que o ensino superior na área da saúde não está atendendo às diretrizes, anteriormente propostas. Ela ainda lamentou a falta atualizações de cursos de formação para outras profissões de saúde dentro do Ministério da Educação (MEC). "Nossos desafios são muito grandes e nós temos que entender que a luta da qualidade nos reúne."

Atenção Primária

Ainda nesta segunda-feira (11/12), Nísia trindade participou do início da 2ª Conferência Nacional de Planificação da Atenção à Saúde (APS). O evento foi promovido pelo Conass.

Na sede da entidade, Nísia tratou dos desafios enfrentados pela sociedade brasileira. "Desafios demográficos, com o envelhecimento da população; climáticos; do mundo do trabalho, que se diversificou e que perdeu muito dos vínculos de proteção social; Desafios da ciência e tecnologia, como um grande fator de desigualdade entre os países e dentro do nosso próprio país, essa que é uma das nossas marcas mais persistentes, mas também [desafios] da luta por equidade, que envolve não só a questão de classe social, mas questões de gênero, de etnia, ou seja, raça/cor. Lidamos com diversidades e desigualdades históricas."

Na abertura do evento, o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, disse que é preciso fortalecer a atenção primária na saúde pública. “Precisamos colocar recursos e, com persistência, fazer com que as ideias saiam do papel para que a APS se firme como uma política prioritária, no Brasil”, pontuou.

 A 2a Conferência Nacional da Planificação da Atenção à Saúde ocorre em Brasília até quarta-feira (13/12) e reúne profissionais de saúde todo o país. 

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PORTAL G1

Hospital é atingido por incêndio e mais de 50 pacientes são removidos em Porto Alegre

Pacientes foram enviados a outros hospitais, ou a áreas não atingidas e seguras do local. Bombeiros controlaram as chamas e causa do incêndio será investigada.

O Hospital Independência, que fica no bairro Agronomia, em Porto Alegre, foi atingido por um incêndio na noite desta segunda-feira (11). O fogo começou no prédio que fica anexo ao principal, que abriga as unidades de internação 4 e 5. Não há feridos.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, 58 pessoas, entre pacientes e funcionários, deixaram o local. Alguns dos pacientes, que estavam em macas, foram colocados ainda nas camas em via pública até que fosse possível retornar com segurança às áreas não atingidas do hospital.

Dentro do prédio principal ficaram cinco pacientes que estavam intubados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O local não correu risco de incêndio e a retirada dos pacientes poderia colocá-los em risco.

Os pacientes foram acompanhados por equipes médicas. A Secretaria Municipal de Saúde divulgou que a central de regulação do município foi mobilizada para providenciar as vagas.

Pacientes foram encaminhados aos hospitais Vila Nova, Conceição, Presidente Vargas, São Lucas, Divina Providência e UPA Moacyr Scliar. Casos mais críticos foram realocados para o Cristo Redentor, Santa Casa e HPS.

O Corpo de Bombeiros controlou o fogo em cerca de 1 hora. As causas do incêndio ainda não estão claras. Relatos de pessoas no local apontam que o fogo teria começado no teto.

Segundo o diretor do hospital, Angelo Chaves, o Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) do Hospital Independência está em dia. O atendimento do bloco cirúrgico não deve ser afetado.

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PORTAL G1/GOIÁS

Bebê morre dentro da barriga após mãe entrar em trabalho de parto, ir à maternidade três vezes e ser mandada de volta para casa, denuncia família

Tia afirma que mãe teve uma gravidez saudável e que fez o pré-natal. Secretaria de Saúde diz que acompanha o caso e que a equipe médica seguiu os protocolos.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

Família denuncia morte de beber após mãe procurar maternidade três vezes

Um bebê morreu dentro da barriga da mãe após ela ir à maternidade três vezes e ser mandada de volta para casa, em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, denuncia a tia, Vanessa Martins. O pai afirma que estava pronto para receber a filha em casa, mas, por 'incompetência', não conseguiu. Polícia investiga o caso.

“Nós viemos com tudo para voltar com a nossa filha nos braços e por incompetência deles não conseguimos”, lamentou o pai à TV Anhanguera.

O caso aconteceu neste domingo (10), na Maternidade Municipal Aristina Cândida. A Secretaria de Saúde afirma que acompanha o caso e que médicos seguiram os protocolos. À TV Anhanguera, a direção da unidade disse que seguiu a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Temos que esperar o laudo do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para saber a causa da morte do bebê”, afirma o diretor clínico da maternidade, Rogério Cândido.

Vanessa é irmã do Rafael Martins, de 30 anos, e cunhada da Ana Beatriz Nunes, de 23. “A gravidez foi tranquila, ela fez tudo certinho, veio em todas as consultas do pré-natal e era uma gravidez saudável para a bebê e para a mãe”, detalha. Foto mostra que o quarto da bebê estava todo pronto para recebê-la em casa.

Na madrugada de domingo, a mãe entrou em trabalho de parto e, por volta das 7h, ela e o esposo foram até a maternidade, disse Vanessa. “Ela foi atendida às 8h, quando fizeram o exame de toque que constatou que a Ana Beatriz estava com 3 cm de dilatação e um sangramento, que disseram ser normal”, conta.

Apesar de estar em trabalho de parto e com sangramento, a mãe foi orientada a voltar para casa, ficar andando e voltar às 12h. “Eles só iriam internar ela quando a dilatação chegasse a 5 cm”, detalha. Ao voltar, a dilatação continuava em 3 cm e a mãe foi orientada a voltar para casa, almoçar e voltar às 14h para exames para ver os batimentos do bebê.

“Eles fizeram um exame para ver os batimentos do bebê e deram um remédio para cortar a dor e a Ana Beatriz ficar mais confortável”, disse.

Segundo Vanessa, às 14h, Ana Beatriz voltou e, no exame, as médicas viram que os batimentos do bebê estavam acelerados, mas disseram ser normal e pediram para ela voltar às 17h. “Nisso, a Ana Beatriz já estava sangrando desde a primeira ida à maternidade de manhã e eles disseram que era normal por causa do trabalho de parto e do exame de toque”, disse.

Sem dores e contrações, a mãe voltou por volta das 17h. “Chegou na maternidade, ela passou pela triagem de novo e, na médica, ela não ouviu os batimentos e mandou um ultrassom de emergência”, revela. Neste momento, as equipes informaram a morte da bebê e fizeram uma cesariana.

“Se tivesse feito a cesariana antes, isso não teria acontecido. Tem mulher que dilata só um pouco e não dilata mais. Se ela estava sangrando, deviam ter colocado ela em observação. Não tinham que mandar ela para casa. A gente confiou, pois eles são os médicos e deviam saber”, denúncia.

Ao g1, Vanessa revela que as equipes do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) suspeitam que a mãe teve descolamento de placenta e infecção de urina e que o cordão umbilical enrolou no pescoço da bebê. Além disso, afirma que a família registrou um Boletim de Ocorrência (BO).

“Eles estão muito muito tristes. A mãe só chora e fica quietinha. O pai está com ela e só o desespero a todo momento”, finaliza.

Informações da Secretaria de Saúde

A mãe recebeu atendimento, o último deles às 12:40 no domingo. Ainda não havia dilatação de cinco centímetros da mãe para fazer a internação e os sinais vitais do bebê eram normais. A orientação foi ir para casa e retornar à um negócio unidade entre duas e três horas depois. Quando buscou novo atendimento, já por volta das 18:30, foi constatada a ausência de batimentos.

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JORNAL OPÇÃO

Trindade recebe selo federal de reconhecimento a eliminação da transmissão vertical de HIV

Transmissão vertical ocorre durante a gravidez, parto ou amamentação

O município de Trindade foi a única cidade goiana a receber um selo de reconhecimento pela eliminação da transmissão vertical do HIV. A solenidade de entrega do Selo Prata em HIV foi feita na última sexta-feira, 8, em Brasília. De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada por alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) durante a gravidez, parto ou durante o período de amamentação.

“A certificação é um marco para a atuação da Coordenação de Vigilância de IST, que funciona no âmbito da Superintendência de Vigilância em Saúde, e demonstra que o trabalho realizado em diferentes esferas, quando articulado e com foco na população-alvo, traz resultados revertidos em ganhos para a população”, diz a coordenadora de vigilância das ISTs da SES, Luciene Siqueira.

Luciene afirma que o trabalho da SES, junto aos municípios goianos, continuará para que, nas próximas edições, outros municípios alcancem a certificação de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis. A Coordenação de Vigilância da IST funciona junto a Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis (GVEDT), da Suvisa.

Durante a cerimônia, a ministra da Saúde, Nísia Trindade ressaltou que todas as regiões brasileiras estão representadas pelas localidades certificadas; e que o trabalho dos profissionais de vigilância em saúde é decisivo para a eliminação da transmissão vertical tanto de HIV e sífilis, quanto das doenças determinadas socialmente.

“Esse ato representa o gesto das equipes de cada estado, de cada município. Assim vemos o quanto a saúde só se faz com trabalho coletivo. A união e a reconstrução de políticas públicas são a marca do governo federal e, com a entrega desses selos, damos um passo fundamental para a eliminação da transmissão vertical dessas doenças em todo o país” afirmou a ministra.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 11 Dezembro 2023 07:02

CLIPPING AHPACEG 09 A 11/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde abre consulta pública sobre inclusão de vacina da dengue no SUS

Siamesas Lara e Larissa estão na UTI em estado grave e não há previsão para cirurgia de separação, diz hospital

Cirurgião da coluna vertebral alerta sobre os perigos do uso descontrolado de opióides

Qual país latino-americano possui o melhor sistema de saúde?

O HOJE

Saúde abre consulta pública sobre inclusão de vacina da dengue no SUS

O imunizante Qdenga está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde

Uma consulta pública foi aberta pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (7), sobre a proposta de incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante Qdenga está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Durante uma reunião feita na última quarta-feira (6), a Comissão recomendou inicialmente a incorporação do imunizante para localidades e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações, considerando as regiões de maior incidência e transmissão e nas faixas etárias de maior risco de agravamento da doença. A recomendação considera o cenário epidemiológico e a necessidade de incluir mais uma alternativa para o enfrentamento à doença.

A restrição de público considera a capacidade de fornecimento de doses por parte da fabricante. Além disso, a sugestão da Conitec também está condicionada a uma proposta de redução de preço pela fabricante, que seja compatível com a sustentabilidade do PNI. No entanto, se considerados os demais imunizantes já ofertados, apesar do desconto inicialmente oferecido, o valor por dose, de 170 reais, ainda é alto, sendo duas vezes maior que as vacinas mais caras incluídas no programa.

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Nos dados avaliados pela comissão da empresa japonesa Takeda Pharma, por quem a demanda para avaliação da tecnologia foi submetida, foi verificada uma eficácia geral de redução da hospitalização em 84% dos casos de dengue.  Após questionar o quantitativo de doses que poderia ser fornecido ao SUS, a fim de propor uma estratégia nacional, o Ministério da Saúde obteve a informação dada pelo laboratório de que poderão ser entregues 8,5 milhões no primeiro ano e um total acumulado de 50 milhões em cinco anos, o que impõe restrições no público a ser atendido.

Todas as recomendações feitas pela Conitec são submetidas à consulta pública por um período de 20 dias. A consulta deve ficar aberta pelo prazo de 10 dias. Depois desse período, as contribuições e sugestões serão organizadas e avaliadas pela Comissão, que emitirá uma recomendação final.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o processo de incorporação da vacina contra a dengue está seguindo todos os critérios necessários.  A vacina deve ser administrada em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses. 

“Este processo de incorporação poderá se constituir em uma alternativa importante para auxiliar no enfrentamento da doença, alinhada às demais estratégias já implementadas atualmente”, destaca Nísia Trindade.

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PORTAL G1

Siamesas Lara e Larissa estão na UTI em estado grave e não há previsão para cirurgia de separação, diz hospital

Irmãs nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia. Gêmeas pesam juntas 3,6 kg, estão sedadas, entubadas e se alimentam por sonda.

Por Michel Gomes, g1 Goiás

Conheça as siamesas Lara e Larissa, que estão na UTI em Goiânia após nasceram unidas pelo

As siamesas Lara e Larissa, unidas pelo tórax, abdômen e bacia, continuam internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. Ao g1, a unidade informou que o quadro é grave, mas estável.

As meninas nasceram no dia 11 de outubro, em Goiânia. Segundo o Hecad, as meninas não têm condições de passar por procedimento cirúrgico, por isso não há previsão para a cirurgia de separação.

As irmãs estão sedadas, entubadas e se alimentam por sonda. Segundo o hospital, elas contam com todo o suporte de equipamentos e profissionais necessário.

Parto

O parto das siamesas aconteceu no Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) e por lá ficaram 59 dias em estado gravíssimo. Elas foram estabilizadas e transferidas para o Hecad.

A transferência das gêmeas Lara e Larissa aconteceu no dia 5 de dezembro. Juntas, elas pesam 3,6 kg, segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que fez o acompanhamento pré-natal da mãe, Kátia Márcia Cardoso, de 36 anos, das crianças desde o mês de setembro.

O parto das meninas durou cerca de 1h30 minutos, sendo assistido por uma equipe multidisciplinar do Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu). Kátia é casada e tem uma filha, de 6 anos.

O médico Zacharias Calil é especialista em casos de gêmeos siameses e pioneiro no procedimento de separação de siameses em Goiás. Ele contou que o quadro clínico das recém-nascidas mudava a cada minuto e, por detalhes, piorava, tornando o período um desafio para os profissionais.

“Não foi tarefa fácil, mas a equipe nunca desistiu. Sempre acreditando na vida, mesmo diante das mínimas chances de sobrevivência. Parabéns aos guerreiros e heróis do Hospital Estadual da Mulher”, diz Zacharias Calil.

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O ANÁPOLIS

Cirurgião da coluna vertebral alerta sobre os perigos do uso descontrolado de opióides


Os Estados Unidos enfrentam uma situação sem precedentes, referente ao uso descontrolado de opióides, chegando a contabilizar, de acordo com dados do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA, 80,4 mil mortes em 2021, o equivalente a mais de 200 mortes por dia causadas por overdose dessas substâncias.

A sazonalidade e a distribuição geográfica das mortes apontam para os meses mais frios nos estados mais pobres, menos industrializados do norte por exemplo, com piores indicadores de saúde, menor capacidade resolutiva de problemas complexos, desemprego e a ausência de políticas públicos de saúde.

Basta dizer que tais cenários são superponíveis à parte significativa do território nacional incluindo a periferia de grandes cidades brasileiras.

O uso dessas substâncias, especialmente do fentanil, uma das versões mais potentes, tem levado milhares de americanos a overdoses.

Os opióides são uma classe de substâncias que incluem medicamentos prescritos para aliviar a dor, bem como drogas ilícitas, como a heroína. Eles agem no sistema nervoso central, interagindo com receptores específicos chamados receptores opióides.

Embora sejam eficazes no alívio da dor, o uso indevido e o abuso de opióides tornaram-se uma preocupação significativa de saúde pública em muitas partes do mundo.

Laboratórios farmacêuticos em todo mundo investem somas vultosas em marketing para que os médicos aprendam a utilizar opióides em suas práticas diárias. A estratégia, que em circunstâncias específicas extrapola a esfera ética e é proibida no mundo todo inclusive no Brasil, carece de regulamentação.

Há quem afirme que os estrategistas de marketing de produtos se valem de brechas na lei e na inviolabilidade, por assim dizer da relação médico paciente, validam ou pelo menos oficializam práticas consideradas criminosas.

A própria capilaridade da rede criminosa do tráfico, de forma independente se incumbe de pulverizar o restante da droga produzida oficialmente dentro do próprio país.

Alvo de denúncia, no entanto pelo ministério público em várias cidades americanas, grandes laboratórios têm pago indenizações vultosas, porém o tráfico de entorpecentes opióides vêm crescendo em todo mundo, fruto da ausência de políticas de resolução de problemas estruturais de saúde, como por exemplo o financiamento público e privado de cirurgias para hérnias de disco, estreitamento do canal medular, e demais procedimentos para tratamento de doenças degenerativas da coluna vertebral como a espôndilo-artrose.

Tipos de opióides/opiáceos:

Analgésicos Opióides: Incluem medicamentos prescritos, como a codeína, o tramadol que são opióides considerados fracos. A metadona, a oxicodona e a hidrocodona, são considerados opióides fortes e são utilizados para tratar a dor moderada a grave.

A nomenclatura pode mudar de acordo com a droga: opióides são termos que designam drogas sintéticas e opiáceos são drogas presentes na natureza como a morfina que é extraída da papoula.

Dr Maurício MartellettoDivulgação

Maurício Martelletto, médico formado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo há mais de 30 anos especialista em dor e problemas da coluna explica que os opióides ligam-se aos receptores opióides no cérebro e na medula espinhal, modificando a percepção da dor.

"Além do alívio da dor, eles podem causar uma sensação de euforia, levando ao potencial de abuso e dependência. Quando utilizados corretamente, os opióides são ferramentas valiosas no controle da dor pós-operatória, ou associada a condições médicas graves, porém se utilizados indevidamente, causam dependência química, física e psicogênica, contaminação crescente da matriz extracelular, além de complicações mais graves, como overdoses e mortes relacionadas ao abuso dessas substâncias por depressão respiratória. Os opióides são um grupo de drogas que funciona bem para um amplo espectro de sintomas dolorosos. Porém em muitos casos, a dose terapêutica é muito próxima da dose letal, além do risco de depressão respiratória ela apresenta uma série de efeitos colaterais dentre os quais uma série de fenômenos farmacológicos que nos acostumamos a chamar de vício ou dependência. O tratamento da dor envolve o conhecimento muito mais amplo da condição da doença e do paciente do que se suspeitava em décadas passadas. Para dor, o ideal é oferecer acesso a uma equipe multidisciplinar, que trate os pacientes por completo incluindo as causas da doença", explica.

A auto medicação deve ser evitada a todo custo.O especialista diz que o tema deve servir de alerta para a saúde pública e que órgãos regulamentadores devem estabelecer programas de monitoramento para evitar prescrições excessivas, além de investir em pesquisa e desenvolvimento de alternativas não opioides no tratamento da dor.

"O Brasil precisa agir rapidamente e ficar atento para evitar que uma crise de abuso de opioides, semelhante à que vive os americanos hoje, aconteça por aqui. Precisamos de políticas públicas e principalmente foco em impedir que o uso da droga se popularize. Estamos distantes da realidade americana, mas é crucial que as autoridades monitorem esses dados para avaliar a evolução da situação", finaliza Martelletto.

Dr Maurício Martelletto - Ortopedia e Traumatologia CRM:72348/SP SBC:7166 Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Instagram: @clinicapromovimento

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O POVO

Qual país latino-americano possui o melhor sistema de saúde?


Quais os critérios que posicionam as nações nos rankings sanitários? É mesmo justo compará-los? Especialistas consultados pela DW esclarecem estas e outras questões.Nos últimos anos, estudos internacionais com enfoques e variáveis diferentes expuseram a situação em que se encontram os sistemas de saúde dos países latino-americanos em comparação a nações mais ricas ou mais pobres. Em 2019, a revista médica The Lancet publicou uma pesquisa sobre a qualidade dos serviços de saúde de 204 países entre 1990 e 2019. Os países latino-americanos com melhores resultados foram Costa Rica, Chile, Colômbia e Brasil. Entre os piores estavam Venezuela, Paraguai, Nicarágua e Bolívia. Outro estudo realizado pela Associação Colombiana de Hospitais e Clínicas (ACHC) em novembro de 2022 apresentou resultados semelhantes com base no Índice Composto de Resultados de Saúde (ICRS), que avalia 12 variáveis como a taxa de mortalidade materna, índices de doenças não transmissíveis, financiamento, expectativa de vida, entre outros. No estudo colombiano, que avalia 93 países com notas de 0 a 100, o Brasil recebeu 70,0. Costa Rica (90,0), Chile (87,6), Panamá (85,0) e Colômbia (81,5) obtiveram os melhores resultados entre os países da América Latina, sendo que nas piores posições ficaram Paraguai (68,8), República Dominicana (67,7) e Guatemala (67,4). Modelos regionais Em abril deste ano, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou seu informe mais recente sobre o panorama dos sistemas de saúde da região, intitulado Health at a Glance: Latin America and the Caribbean 2023. Em conversa com a DW, Octavio Gómez Dantés, pesquisador do Centro de Estudos de Sistemas de Saúde do Instituto Nacional de Saúde Pública do México, disse que o relatório "possui quatro ou cinco indicadores que nos dizem muito bem quem é quem na região". O especialista assegura que "não existe um sistema de saúde na ALC - América Latina e Caribe - que possa ser considerado como o melhor exemplo a seguir. Alguns têm desempenhos muito bons em algumas áreas, e não tão bons em outras". Modelos sanitários em destaque O especialista mexicano afirma que, no entanto, há três países que "mostram valores bons em indicadores-chave: investimentos em saúde, cobertura, condições de saúde sensíveis ao desempenho do sistema e proteção financeira". São estes: Chile, Costa Rica e Uruguai. Juan García-Ubaque, médico especialista em saúde pública e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional da Colômbia (Unal), afirmou à DW que "Costa Rica, República Dominicana e Colômbia talvez estejam à frente". "A primeira, por ter um sistema consolidado; a segunda, pelos baixos gastos com saúde e o avanço da conceitualização do direito; e a terceira, pelos avanços conquistados nos últimos anos. Esses sistemas de saúde, porém, não têm garantias, por isso as crises tendem a ser recorrentes", observou. É justo comparar os sistemas? Vários países da região carecem de recursos suficientes para desenvolver seus sistemas. As comparações e rankings de qualidade, portanto, podem acabar sendo injustas. "É importante comparar o desempenho dos sistemas de saúde. É uma das formas de melhorá-los, identificando as boas práticas e evitando as más. As comparações, no entanto, devem também ser justas e, dessa forma, devem levar em conta os recursos disponíveis", sublinhou Gómez Dantés. "As comparações mais justas são aquelas feitas entre os países com mesmo nível de desenvolvimento", acrescentou. Jorge Alarcón Villaverde, professor do Departamento de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM), do Peru, disse à DW que antes de comparar "deve-se estar de acordo em relação ao conceito de sistema de saúde e a forma de medir seus resultados, e não apenas os processos" que não consideram a diversidade geográfica, econômica, política e cultural. O peruano explica que, na maioria dos casos, quando se fala de sistema de saúde "somente se faz referência ao sistema setorial de desempenho". Com essa perspectiva, "comparam os países segundo indicadores que ocultam as diferenças existentes, as inequidades e desigualdades que são enormes em muitos dos países de nossa região", acrescentou. Como melhorar um sistema de saúde Os especialistas oferecem suas recomendações para melhorar os sistemas de saúde latino-americanos. García-Ubaque, da Unal, diz que "indubitavelmente, os sistemas baseados na segurança social demostraram resultados muito importantes", e a opção de um sistema nacional de saúde seria "recomendável". O médico destaca ainda que a grande dificuldade da América Latina está na questão dos empregos formais, uma vez que quem trabalha em empregos informais não paga impostos e não colabora com o sistema de saúde. Financiar a saúde com impostos não é apenas difícil, mas também obriga a divergir outros investimentos que podem ser importantes para esses países, conclui o especialista. Para Gómez Dantés, um bom sistema de saúde deve ter quatro características: investimentos de uma quantidade razoável de recursos (entre 8% e 9% do Produto Interno Bruto); ser financiado com recursos predominantemente, mas não exclusivamente, públicos; garantir acesso universal a serviços integrais de saúde de alta qualidade - o que se traduz em melhores condições da saúde - e garantir proteção financeira, ou seja, evitar que os usuários dos sistemas de saúde se empobreçam ao atender suas necessidades sanitárias. 

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 08 Dezembro 2023 09:11

CLIPPING AHPACEG 08/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde tiveram lucro líquido de R$ 3,1 bi no 3º trimestre

Nova lei torna setembro o Mês de Conscientização sobre Doenças Cardiovasculares

Plano de saúde: Justiça proíbe clínica de solicitar login e senha para pacientes

Artigo - Desafios e oportunidades da Saúde no Brasil: um diálogo sobre presente e o futuro da Saúde Pública e Suplementar

NOTÍCIAS DO BRASIL

Planos de saúde tiveram lucro líquido de R$ 3,1 bi no 3º trimestre

Levantamento da ANS mostrou que esse foi o melhor resultado do período nos últimos 2 anos

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou nesta 5ª feira (7.dez.2023) os dados econômico-financeiros relativos ao 3º trimestre de 2023 em seu portal eletrônico. O setor de saúde suplementar registrou lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no acumulado dos 3 primeiros trimestres de 2023, o que equivale a 1,3% da receita total no período (R$ 233,4 bilhões). Foi o melhor resultado para o período em 2 anos.

Nos números agregados por segmentos, os resultados líquidos foram positivos para todos os segmentos. Eis abaixo:

administradoras de benefícios: R$ 388,4 milhões;

R$ 388,4 milhões; operadoras exclusivamente odontológicas: R$ 471,6 milhões;

R$ 471,6 milhões; médico-hospitalares: R$ 2,27 bilhões.

As operadoras médico-hospitalares, principal segmento do setor, fecharam o 3º trimestre de 2023 com resultado operacional negativo acumulado no ano de R$ 6,3 bilhões.

Segundo a agência, o principal aspecto que explica o desempenho do setor continua sendo a sinistralidade -que fechou o trimestre em 88,2% (cerca de 2,1 pontos percentuais abaixo do apurado no mesmo período do ano anterior). Isso indica que em torno de 88% das receitas advindas das mensalidades são utilizadas com as despesas assistenciais. "Tal resultado, ainda superior ao observado nos anos pré-pandemia, foi fortemente impulsionado por algumas das maiores operadoras do país", informou.

Agência Nacional de Saúde Suplementar afirmou ainda que o resultado pode ser explicado pela recomposição das receitas dos planos, em razão do crescimento das mensalidades médias e das despesas assistenciais por beneficiário, ambas ajustadas pela inflação. Segundo a ANS, o contexto de aumento do número de beneficiários e da queda dos juros básicos da economia brasileira tendem a reduzir o resultado financeiro em relação aos períodos anteriores.

"A recuperação do desempenho econômico-financeiro do setor pode ser observada em diversos indicadores desde o 4º trimestre de 2022, especialmente nas séries de 12 meses do Painel Econômico-Financeiro, com o aumento dos resultados líquido e operacional, e a redução da sinistralidade. Além disso, o agregado da margem de lucro líquido das operadoras médico-hospitalares ficou positivo, apresentando o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2021", afirmou o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.

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MEDICINA S/A

Nova lei torna setembro o Mês de Conscientização sobre Doenças Cardiovasculares


Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Lei 14.747/23, que torna setembro o Mês de Conscientização sobre Doenças Cardiovasculares. A norma teve origem em projeto da Câmara dos Deputados aprovado em abril, com parecer da deputada Erika Kokay (PT-DF). No Senado, o texto foi aprovado no mês passado.

De acordo com a nova lei, uma campanha dividida por semanas deverá alertar a população sobre a cardiopatia isquêmica, a cardiopatia congênita, as doenças da aorta e as doenças das válvulas cardíacas.

O objetivo é disseminar, com alertas nos meios de comunicação, a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças cardíacas.

A norma prevê ainda que, durante a mobilização, o governo federal deverá iluminar locais públicos de vermelho.

Estatísticas

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano, em decorrência dessas enfermidades. Isso representa 30% de todos os óbitos no País.

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EXTRA ONLINE

Plano de saúde: Justiça proíbe clínica de solicitar login e senha para pacientes


Na tentativa de reduzir fraudes contra operadoras de planos de saúde, a Seguros Unimed obteve uma liminar proibindo que uma clínica solicite logins e senhas de seus pacientes. O juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível Central do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), entendeu que a solicitação dos logins e senhas é uma prática abusiva, pois viola o direito à privacidade dos segurados.

Na ação, a empresa de seguros alega que "a prática do estabelecimento é abusiva para realizar o reembolso de despesas médicas". A empresa argumentou que a solicitação dos logins e senhas viola a privacidade dos segurados e representa um risco à segurança de suas informações pessoais.

Além disso, a empresa também obteve autorização para recusar os pedidos de reembolsos em que não houver a prova do desembolso. O juiz fixou aplicação de multa de R$ 500,00 por solicitação dessas informações aos pacientes da clínica.

As fraudes envolvendo reembolsos de planos de saúde se multiplicaram, se sofisticaram no pós-pandemia e viraram caso de polícia. São práticas variadas, que usam recibos superfaturados ou que declaram tratamentos estéticos como procedimentos médicos e clínicas de fachada criadas apenas para atestar serviços inexistentes.

A mais comum é o chamado "reembolso assistido", na qual a clínica se oferece para agilizar a liberação de ressarcimentos se o cliente informar seu login e senha do plano de saúde e acaba cobrando por procedimentos não realizados ou inflacionando os valores.

A FenaSaúde, que reúne as seguradoras do setor, já ingressou com três notícias-crimes no Ministério Público de São Paulo pedindo a apuração de indícios de fraudes que somam R$ 51 milhões contra nove operadoras.

No esquema denunciado, há não só clínicas e laboratórios de fachada, mas também empresas fictícias que contratam planos para supostos funcionários, tudo criado com o único objetivo de pedir ressarcimento por procedimentos nunca realizados.

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GAZETA DA SEMANA

Artigo - Desafios e oportunidades da Saúde no Brasil: um diálogo sobre presente e o futuro da Saúde Pública e Suplementar


Como CEO da Tuinda Care, tive o privilégio de mediar uma conversa fascinante e esclarecedora com três renomados especialistas em gestão médica no Brasil. Rafael Cremonese, Joé Sestello, Fernando Pinto e eu nos reunimos para discutir os desafios e perspectivas do sistema de saúde no país. O diálogo, embora diverso em enfoques, revelou uma profunda compreensão das questões prementes em nosso sistema de saúde e apontou para valiosas direções para o futuro.

"O avanço da telemedicina é inegável, trazendo inúmeras vantagens, como o aumento do acesso à saúde. No entanto, devemos lembrar que, acima de tudo, precisamos manter o toque humano na prestação de cuidados de saúde", enfatizou o Dr. Rafael Cremonese, médico intensivista e diretor geral do Hospital Mãe de Deus.

Cremonese dirige um hospital referência em atendimento de alta complexidade em Porto Alegre (RS) e reconhece que embora haja esforços para melhorar a eficiência no atendimento médico, há espaço para melhorias. Eu concordo com a visão do Dr. Rafael quando ele destaca a necessidade de envolver os médicos na discussão sobre a eficiência em saúde. É um desafio implementar uma linha de valor em saúde sem a participação ativa dos médicos na discussão.

Joé Sestello, médico angiologista e diretor presidente da Unimed Nova Iguaçu (RJ), direcionou nossa atenção para a gestão de custos no sistema de saúde, salientando: "Em um cenário de recursos limitados, é fundamental buscar eficiência e otimização desses recursos, sem comprometer a qualidade dos cuidados".

Para Sestello, a obesidade e o envelhecimento, por exemplo, são desafios significativos, com 20,5% de gastos em envelhecimento na carteira da Unimed Nova Iguaçu, o que levanta uma necessidade de programas específicos para lidar com essa questão. A falta de formação médica em gestão e de definição de limites para os poderes da caneta dos médicos dificultam o bom uso dos recursos que estão disponíveis. Veja por exemplo as disparidades de custos entre o SUS e a saúde suplementar, onde em média se gasta R$ 1400 por usuário no SUS e R$ 4000 na saúde suplementar. Sem um equilíbrio e uma eficiência operacional os custos aumentarão sem refletir a qualidade no atendimento.

Em meu diálogo com esses especialistas, fato que chamou muita atenção foi levantado pelo doutor Fernando Pinto, médico cirurgião de cabeça e pescoço e presidente da Unimed Natal. Ele realçou a importância da colaboração entre as instituições de saúde: "A união de esforços e a partilha de melhores práticas entre os hospitais são fundamentais para garantir que todos os pacientes recebam cuidados de alta qualidade". A troca de experiência pode ser espontânea.

Ao abordar a educação e pesquisa médica, ficou claro que "o investimento contínuo em educação médica e na promoção da inovação é um investimento no futuro da nossa saúde", como explicou o Dr. Fernando Pinto. Porém, ele nos fez um alerta importante sobre a judicialização dessa educação, ao citar que faculdades de medicina estão sendo abertas por força de liminar e não por aprovação por parte do Ministério da Educação, que é quem deveria liderar o assunto. Isso gera uma deformação na quantidade e qualidade dos profissionais que estarão disponíveis no mercado em alguns anos.

Uma das mensagens mais prementes que emergiu de nossa conversa diz respeito à necessidade de políticas públicas eficazes. A pandemia de COVID-19 expôs vulnerabilidades em nosso sistema de saúde e sublinhou a importância de aprender com as dificuldades que enfrentamos. Como resumiu Joé Sestello, "o Brasil deve focar na criação de políticas públicas que promovam um sistema de saúde mais inclusivo e sustentável. A saúde é um direito fundamental, e é nosso dever assegurar que todos tenham acesso a cuidados de qualidade". E eu, como um homem de tecnologia, reforço que o futuro da medicina pública e suplementar no Brasil se tornará mais democrático com a inclusão maciça da tecnologia, especialmente da telessaúde e da integração de sistemas, com reforço na segurança dos dados dos pacientes.

Em resumo, nossos especialistas ofereceram uma visão abrangente das complexidades que cercam a saúde no Brasil. Eles concordam que várias mudanças são necessárias, desde a formação médica até a regulação, a aproximação do Judiciário e o envolvimento do Legislativo Federal (com líderes de bancada para promover mudanças significativas no sistema de saúde). A colaboração entre instituições, especialmente as universidades, investimentos em tecnologia e educação, e a manutenção da qualidade dos cuidados são elementos cruciais para o futuro de nossa assistência médica.

O Brasil tem a oportunidade de transformar seus desafios em oportunidades e construir um sistema de saúde mais resiliente e eficiente, sempre mantendo o bem-estar da população no centro de suas preocupações.

*Fabio Mattoso é CEO da Tuinda Care, Healthtech que tem como objetivo promover acesso médico especializado remotamente

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Assessoria de Comunicação