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CLIPPING AHPACEG 06/09/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Queremos que as pessoas usem melhor o plano de saúde, diz CEO da SulAmérica Saúde e Odonto
Sistema Único de Saúde vai oferecer novo tratamento para fibrose cística
Saúde diz que é cedo atribuir alta de casos de covid à nova variante
Federação da Unimed afasta Rubens de Oliveira por prejuízo de R$ 400 milhões
Por que 8 Unimeds estão entre os 20 planos com mais reclamações na ANS
Os dilemas do sistema de Saúde
Em plenária, Cremego e convidados debateram a Lei Estadual nº 22.236
EXAME.COM
Queremos que as pessoas usem melhor o plano de saúde, diz CEO da SulAmérica Saúde e Odonto
Prestes a completar nove meses como CEO da Sulamérica Saúde e Odonto, Raquel Giglio, experiente no setor de saúde suplementar, pode comemorar - ainda timidamente - os resultados positivos da empresa. Em conversa com a EXAME, ela esclarece seu projeto para a empresa: reestruturar a companhia, recompor os prêmios e coibir fraudes, incorporando inovação a um setor marcado pelo tradicionalismo e investindo em capital humano.
"Não é que não queiramos que as pessoas usem plano de saúde. Muito pelo contrário, queremos que usem da maneira correta até para que usem melhor", afirma Giglio.
No último trimestre, a empresa surpreendeu analistas do mercado financeiro. As receitas cresceram 18% na comparação anual e o índice de sinistralidade (que mede a relação entre custos dos serviços e os valores recebidos pela contratação do plano) caíram para 86%, refletindo aumento dos preços e melhoria dos controles de custo. Com isso, o EBTIDA finalizou o período com perdas de R$ 7 milhões, número muito melhor do que os cerca de R$ 70 milhões esperados pelo mercado.
Para buscar rentabilidade, Giglio lançou mão de novos produtos - afirma que a SulAmérica inaugurou mais produtos nos últimos oito meses do que nos últimos cinco anos - , entre eles pacotes com maior modulação de coparticipação. Historicamente, ela pondera, o maior volume de todo o reembolso vai para consultas e honorários médicos-cirúrgicos. "Isso se perdeu. Hoje é exame, depois terapia, depois, consulta e depois honorário médico-cirúrgico. Esses novos produtos que a gente está lançando estão modulando a coparticipação", afirma.
Em fevereiro do ano passado, a SulAmérica foi adquirida pela Rede D'Or. A executiva fez um balanço da fusão entre as operações até, do ponto de vista da operadora de planos de saúde. "Em um primeiro momento, muita sinergia foi gerada porque permaneceu dentro da SulAmérica o que efetivamente é core", diz.
Por fim, refletiu sobre os desperdícios que, em sua visão, impedem um uso adequado dos planos de saúde no Brasil. "Se você perguntar para alguém da sua família dificilmente eles vão saber como é a lógica de um plano de saúde, o princípio do mutualismo. Todo mundo coloca dinheiro dentro de um balde para aqueles que precisarem usar. Parece que é um buraco sem fim. As pessoas têm dificuldade de entender a relação de causa e consequência desse consumo desordenado", diz. "Grande parte desse problema é causado por nós, que talvez não demos a informação da forma correta."
Confira a íntegra da entrevista.
A meta número um é recompor a rentabilidade. Precisamos da sustentabilidade para esse setor, que desafoga o SUS. Cada vida que o setor de saúde suplementar perde é uma vida a mais para onerar o SUS. Quando falamos de rentabilidade o assunto é amplo. Iniciamos com a recomposição de prêmio [o quanto a operadora recebe dos beneficiários]. Durante a pandemia, os relatórios de sinistralidade [o uso ao acionar o plano de saúde] ficaram artificialmente baixos porque houve uma baixa momentânea de utilização, principalmente eletiva e ambulatorial com cirurgias que precisavam ser remarcadas. Ficamos com uma base de prêmio aquém do que deveria estar. Quando voltou ao patamar normal, voltaram também os procedimentos que deveriam ter acontecido. Isso dá um boom e leva a uma explosão de sinistralidade.
De que ordem é essa recomposição?
A recomposição de um prêmio que ficou com defasagens durante dois anos não acontece de uma hora para outra. Muitas empresas não estavam prontas para fazer um reajuste na ordem de 40% a 50%. Em alguns casos é esse desequilíbrio que vemos. É muito ruim também para a empresa prestadora de serviços sentar com o cliente e dizer que a cada um real que está entrando estou perdendo 30 centavos, numa hipótese de uma sinistralidade de 130%, e preciso de um reajuste eventualmente de 50%. Não se faz isso do dia para noite. Isso começou ano passado, quando o setor teve um prejuízo histórico. Mas vimos uma evolução de reajuste começando a acontecer de maneira importante esse ano, e isso está vindo mais forte.
Especificamente no caso da SulAmérica em quanto está essa sinistralidade?
Divulgamos no primeiro trimestre uma sinistralidade quatro pontos abaixo. Depois, no segundo trimestre de 2023, mais dois pontos abaixo. Cada ponto percentual é muito dinheiro em uma operação de 26 bilhões de reais. Tem muito que ser feito. Quando olho a sinistralidade acumulada no ano, estou com algo em torno de 87,2%. A maioria dos breakevens contratuais ficam na casa de 75%. Então, falta ainda um caminho considerável, mas começamos.
Qual o objetivo para o final do ano?
Ter uma sinistralidade consideravelmente abaixo do que apresentamos ano passado e continuar nesse caminho de melhoria trimestre a trimestre. Do lado de sinistro, tivemos a oportunidade de conversar sobre fraudes e modelos de remuneração. Temos mais de 100 notícias-crime em andamento. Temos ido para cima efetivamente de prestadores de serviço que não fazem parte da rede credenciada e que divulgam nas redes sociais como fazer um botox pelo convênio. É fraude. Temos buscado muito educar o beneficiário final e empoderá-lo. Algumas vezes, eles são coniventes com as fraudes. Outras vezes nem entendem que participam de uma fraude. Para se ter uma ideia, o reembolso chegou a significar 14% de todo o sinistro pago. Há alguns anos, estava entre 9% e 11%. Já vimos um arrefecimento. Então, [a expectativa] é de ficar na casa de 11% até o último trimestre fechado.
Qual o prejuízo com fraudes hoje anualmente?
Difícil estimar. Uma parte é fraude, outra, abuso. Quantas pessoas fazem exames ou vão ao pronto socorro de forma desnecessária, às vezes para pegar um atestado médico? Isso é fraude? Acho que não. É um abuso. Passar no médico, pegar o pedido para fazer cem exames, fazer os exames e não voltar para buscar os resultados e levar ao médico é fraude? Não é fraude, é uma cobertura contratual. É um desperdício. Quando juntamos tudo, e vou dar uma opinião muito particular, tem algo em torno de 15% a 20% do sinistro gerado que poderia não existir ou existir de uma forma muito mais resolutiva. Se a pessoa faz a primeira consulta, faz e pega seus exames, volta ao médico, recebe diagnóstico e inicia o tratamento, isso é um dinheiro bem investido. Vai evitar um gasto futuro relevante. O que leva, ainda dentro desse pilar de rentabilidade, a novos produtos. Temos que sair do "mais do mesmo". Nesses quase nove meses, lançamos uma quantidade grande de novos produtos, modulamos a coparticipação, reembolso. Temos o reembolso, mas não necessariamente reembolso para qualquer procedimento. Temos uma gama ampla de laboratórios referenciados na rede. Por que o reembolso com exames tem sido hoje a maior a maior causa de reembolso dentro da operadora? Isso é no mercado como um todo. Historicamente, o maior volume de todo o reembolso pago são consultas e honorários médico-cirúrgicos. Isso se perdeu. Hoje é exame, depois terapia, consulta e honorário médico-cirúrgico. Esses novos produtos que estamos lançando estão modulando a coparticipação. Quer um reembolso de consulta? Tem. Quer fazer um exame? Não tem.
Você se referiu a outras frentes de prioridades. Quais seriam?
Focamos muito na experiência do cliente. Temos que ter a maior qualidade assistencial, o produto certo para aquele cliente. Uma rede médica mais próxima e resolutiva, além de canais de comunicação com o cliente que se comuniquem com ele na hora e na forma que ele quiser. É uma jornada longa, mas que já começou e foi reconhecida recentemente quando a SulAmérica ganhou prêmio de melhor operadora na avaliação dos consumidores [uma pesquisa feita pela revista Veja]. Em um setor que é tão crítico, dá muito orgulho. Especialmente em um ano tão desafiador. O reajuste médio está alto, superando 20%. O cliente tem que se tornar cada vez mais empoderado e responsável. Muitas vezes a relação é infantilizada. Se você perguntar para alguém da sua família, dificilmente vão saber como é a lógica de um plano de saúde. As pessoas têm dificuldade de entender a relação de causa e consequência desse consumo desordenado. Grande parte desse problema é causada por nós, que talvez não demos a informação da forma correta.
O setor de saúde suplementar teve um ano de 2022 bem desafiador com o pior desempenho econômico-financeiro desde 2001. Como mudar isso?
O setor não muda isso sozinho. O setor passa pela cadeia de saúde suplementar como um todo, pelos prestadores de serviço, médicos, hospital, laboratório, pela formação médica. As faculdades de medicina têm uma uma cadeira obrigatória de gestão de saúde privada? O médico sai de lá sabendo administrar seu próprio consultório e o que que vai causar cada prescrição de 200 exames? Não sabe, isso não é uma cadeira obrigatória. Também passa pelo consumidor final e empresas. Uma Febraban ou uma CNI têm que entrar mais para o jogo e entender o que é o rol de procedimentos [da ANS]. Qualquer coisa que seja arbitrada para pagamento pela agência reguladora, a operadora paga. Em um primeiro momento. Mas a operadora faz uma intermediação. No momento seguinte, vou calcular o reajuste para fazer frente ao valor que está vindo. No final do dia, os grandes pagadores são as empresas contratantes, mais de 80% dos planos privados no país. A evolução tecnológica é ótima, vamos começar a ter novas curas para coisas que não existiam. Só que tem um preço.
Você citou o rol de procedimentos da ANS. Como está o balanço dessa mudança?
Evolutivo. Isso já existia e tem vindo com muito mais velocidade desde que tivemos esse entendimento entre rol taxativo versus rol exemplificativo. Foram retirados limites para diversos tipos de terapias e elas passaram a ter uma representatividade no sinistro muito grande. Uma parte dessas terapias é correta e necessária. Outra parte está representando uma sobrecarga desnecessária para o setor como um todo que vai voltar para o bolso do do consumidor final seja para o contratante do plano individual seja para o contratante de plano empresarial.
Tem algum tratamento específico quando você fala isso?
Os mais impactantes são os medicamentos que entraram no rol ultimamente, e os que chegarão brevemente. Tem terapia gênica, que não está no rol, mas que tem uma chance de ser incorporada - inclusive algumas já sendo judicializadas.
Você citou um pilar de investimento em pessoal dentre suas prioridades. Como está isso?
É um caminho com cada vez mais força: ter um time diverso. Na qualificação, cada vez mais ter um papel de gestor de saúde e menos de gestor de doença. É uma virada complexa. Temos investido em criatividade e disrupção, inclusive permitindo erros. Nunca vamos fazer diferente se não nos permitirmos errar. Esse tem sido um dos maiores desafios. É um mercado mais arcaico, o de seguros. Tem algumas verdades absolutas que temos questionado. Só nesses últimos oito meses, devemos ter lançado mais produtos do que nos últimos cinco anos.
Nesse ponto, entramos no ponto que você falou sobre novos produtos, com modulação de coparticipação. Qual é o carro chefe desses produtos?
A coparticipação já vinha forte, e está ganhando cada vez mais força, principalmente no varejo. Quando falamos de grandes contratantes, a maioria já estava contratando com coparticipação. Tem um legado de grandes empresas com mais de 75% delas com algum tipo de coparticipação, em média de 20% a 30% de coparticipação em procedimentos ambulatoriais. Nas contratações novas mais de 90% estão vindo com a coparticipação. O que tem chamado atenção do lado muito positivo é o varejo, como aquela empresa com duas, três ou cinco vidas que era muito resistente a isso. Hoje, mais de 30% da venda já vem com coparticipação. Estamos plantando uma safra que vai dar frutos muito melhores nos próximos anos. Outro ponto que está chamando muito a atenção é a modulação de reembolso. As pessoas estão começando a abrir a cabeça e entender que quantidade não significa qualidade.
A pandemia deixou um legado para o sistema de saúde suplementar?
Historicamente, o plano de saúde sempre esteve entre os três maiores desejos da população. As pessoas têm tido um olhar mais preventivo. Como faço para estar saudável? Não sabemos o que vai chegar, qual vai ser a próxima pandemia. Nessa linha, temos tentado promover hábitos mais saudáveis. Investimos em dar cashback para o nosso beneficiário que tem uma periodicidade de treino no Gympass. Antes, a pessoa que precisava ir ao médico ou psicólogo necessariamente tinha que se dirigir de forma física. Hoje, é onde ela quiser. Temos uma rede de médicos preparados para atender como se fosse substituição ao atendimento de pronto socorro - não para as urgências de acidente, obviamente, mas uma dor de garganta, quadro de sinusite. É mais barato, não expõe a pessoa ao risco de um pronto-socorro. Tínhamos vergonha de falar de saúde mental. A quantidade de sessões de psicólogos que passaram a acontecer depois da pandemia é estarrecedora.
Tem algum número que ilustra essa tentativa de prevenção das pessoas?
Telemedicina de forma assombrosa. A questão de uma rotina mais saudável dos beneficiários também. Nessa campanha do Gympass, 200.000 pessoas se cadastraram - sem campanha de mídia massiva. Simplesmente foram as pessoas buscando essa lógica, inovadora e que não existia no mercado. As pessoas falam sempre que as operadoras de saúde querem economizar e não querem pagar. Não é verdade. Geramos voucher e mandamos para mulheres [com quadro de risco] dizendo: seu exame preventivo, como uma mamografia, está pré-autorizado, é só agendar. Assim que o resultado ficar pronto, tem um médico à sua disposição. Esse não é um gasto que eu necessariamente teria agora, mas é um gasto bom. Um câncer de mama que evitemos num universo de 10.000 pessoas, provavelmente pagou ação de todos os exames preventivos que foram feitos. Agora, não é tudo para todo mundo. Tem que fazer essa segregação de quem precisa fazer efetivamente.
Agentes de mercado destacaram o resultado da SulAmérica no segundo trimestre - com um prejuízo muito menor do que o esperado e ganhos de sinergia da fusão com a Rede D'Or. Como está o processo de sinergia?
A SulAmérica responde para a holding da Rede D'Or. Desde o primeiro momento, a Rede D'Or fez questão de manter as operações segregadas. A SulAmérica não correu o risco em nenhum momento de virar um departamento da Rede D'Or. Isso contou com todo um planejamento, quando foi tomada a decisão de compra e desde o momento que saiu a autorização do Cade. Em muitos momentos, temos discussões aqui que, se você tivesse à mesa, perguntaria se somos da mesma empresa. Em um primeiro momento, muita sinergia foi gerada porque permaneceu dentro da SulAmérica o que efetivamente é core. O que é core? A unidade de negócios que administra o plano de saúde como um todo, que faz a criação de produto, que faz o relacionamento com o cliente, que faz um relacionamento com prestador, isso é core. A Rede D'Or tem 73 hospitais. Comprávamos bastante medicamentos até para distribuição de quimioterápicos orais em casa. Com todo o poder de barganha que tínhamos, não era um décimo do da Rede. Eles conseguem um ganho de escala e uma negociação muito melhores. A diretriz do que tem que ser comprado é nossa, é core. Obviamente, é uma operação em evolução ainda, mas muita coisa já foi já foi sinergizada. Olhando para para o histórico, pelo menos da indústria de saúde, nunca vi uma sinergia tão rápida.
Quantas vidas a SulAmérica assegura atualmente?
Em Saúde e Odonto, batemos a marca histórica de 5 milhões - 2,7 milhões em Saúde e 2,3 milhões em Odonto.
E qual o plano de expansão?
Temos uma marca estabelecida, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro. Temos voltado a explorar com mais apetite regiões do Nordeste, como Salvador, Recife, Maceió e indo mais forte para o Centro-Oeste, no Distrito Federal. Em Belo Horizonte, estamos entrando de uma forma diferenciada. No Sul, tem regiões com PIB per capita muito alto. Vamos dar um olhar específico. Em alguns momentos as estratégias de expansão se casarão. A Rede D'Or comprou um hospital em Feira de Santana que tem um espaço para crescimento e não tem uma penetração da SulAmérica. Esse é um espaço para fazermos juntos. Em outras regiões, não necessariamente. Vemos uma oportunidade em Santa Catarina, onde não tem nenhum hospital da Rede. Mas continua sendo uma região de interesse. Em alguns momentos as estratégias se casam e em outros não estão necessariamente juntas.
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A REDAÇÃO
Sistema Único de Saúde vai oferecer novo tratamento para fibrose cística
Brasília - O Ministério da Saúde vai incluir um novo tratamento para fibrose cística no Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria que estabelece a mudança foi assinada pela ministra Nísia Trindade nesta terça-feira (5/9), data que marca o Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística.
A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes com a condição. A terapia tripla elexacaftor/tezacaftor/ivacaftor já recebeu recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O prazo para disponibilização do medicamento é de 180 dias a partir da publicação da portaria no Diário Oficial da União.
Entre os benefícios do tratamento estão a melhora da função pulmonar e do estado nutricional, com consequente redução das internações hospitalares e retirada do paciente da fila de transplantes. O medicamento será indicado para pacientes com seis anos de idade ou mais que tenham pelo menos uma mutação F508del no gene CFTR, mais comum entre os que vivem com a doença.
Atualmente, o Registro Brasileiro de Fibrose Cística estima que há cerca de 1,7 mil pessoas elegíveis a esse tratamento. Com a medida, o Ministério da Saúde elimina a necessidade de judicialização, por ter conseguido valor compatível para compra. O uso racional de tecnologias é a melhor forma de garantir o direito à saúde e ao tratamento adequado, informa a pasta.
Doença
A fibrose cística é uma doença genética grave, caracterizada pelo excesso de produção de muco espesso no pulmão, o que provoca quadros frequentes de inflamação brônquica e infecção pulmonar, com comprometimento progressivo da função dos pulmões. Essa secreção também pode ocasionar diminuição de função do pâncreas e outros órgãos do trato digestivo.
O novo tratamento atua normalizando a produção e eliminação do muco das vias respiratórias, diminuindo a inflamação, melhorando a função pulmonar e diminuindo exacerbações e infecções recorrentes.
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AGÊNCIA BRASIL
Saúde diz que é cedo atribuir alta de casos de covid à nova variante
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (5) não ser possível atribuir a alta de casos de covid-19 no país à nova variante EG.5, conhecida como Eris. De acordo com o ministério, houve elevação de 6% no número de casos confirmados de covid-19, na comparação entre as semanas epidemiológicas 31 (30 de julho a 5 de agosto) e 32 (6 de agosto a 12 de agosto). A alta, segundo a pasta, no entanto, está dentro do esperado para o período.
“Conforme dados enviados pelas Secretarias Estaduais de Saúde, entre as semanas epidemiológicas (SE) 31 e 32 de 2023, foi observado um aumento de 6% no número de casos de covid-19 notificados, taxa dentro do esperado para essa época do ano, quando aumentam os casos de infecções respiratórias. Ainda é prematuro afirmar que o aumento é causado pela nova variante EG.5”, disse a pasta, em nota.
Até o momento, foram notificados quatro casos da nova variante EG.5 no Brasil: dois em São Paulo, um no Distrito Federal e um no Rio de Janeiro.
O ministério reforçou que a vacinação continua sendo a principal medida para prevenir casos graves da doença. “Mantém-se a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle, como o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus”.
A pasta ainda destacou que toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) está disponibilizando, gratuitamente, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo em pessoas dos grupos de risco.
Aumento de casos
Duas entidades que utilizam dados da rede particular de saúde complementar registraram aumentos expressivos de resultados positivos nos exames de detecção de covid-19 nas últimas semanas.
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a positividade dos testes de covid-19 passou de 6,3%, na semana de 27 de julho a 4 de agosto, para 13,8%, na semana de 12 a 18 de agosto. A entidade utiliza dados de empresas privadas que representam 65% do volume de exames realizados pela saúde suplementar no país.
Segundo o Instituto Todos Pela Saúde, que usa dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin, a taxa de resultados positivos para SARS-CoV-2 (covid-19) dobrou em um mês, passando de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto. Os percentuais mais elevados foram observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%).
Para o virologista e pesquisador do Instituto Todos Pela Saúde, Anderson Fernandes de Brito, a alta dos resultados positivos pode estar ligada a chegada da nova variante no Brasil.
“Quando a gente olha, por exemplo, para dados de países que estão ainda mantendo volumes maiores de sequenciamento [genômico das variantes] como os Estados Unidos, por exemplo, a gente observa que a variante EG.5 tem aumentado de frequência de semana após semana”, destaca Brito.
“Existe um certo atraso entre coletar uma amostra e isso se tornar um genoma [no Brasil]. E esse atraso, às vezes, ele pode levar semanas, duas, três, quatro semanas. Isso é um padrão muito comum. Então vai levar um tempo para que a gente observar que essa variante está aumentando em frequência [também no Brasil]”, acrescentou.
O virologista destacou que a vacinação contra a covid-19 é a melhor maneira de se proteger da doença.
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BAIXADA CUIABANA
Federação da Unimed afasta Rubens de Oliveira por prejuízo de R$ 400 milhões
O Conselho de Administração da Federação Unimed Mato Grosso determinou o afastamento, por tempo indeterminado, do então presidente Rubens de Oliveira, em razão das investigações sobre o desiquilíbrio fiscal de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá, enquanto o médico era diretor-presidente da cooperativa. A decisão é de segunda-feira (4).
Rubens chegou a tentar o afastamento temporário por 90 dias, contudo, o conselho que é formado por sete diretores-presidentes de singulares da Unimed em Mato Grosso, preferiu deliberar sobre o afastamento por tempo indefinido.
O ex-presidente da Unimed Cuiabá já vinha sofrendo pressão dos médicos cooperados para renunciar ao cargo após a revisão do balanço que ele apresentou em Assembleia Geral com saldo positivo de R$ 371,8 mil virar perdas de R$ 400 milhões.
Além de presidente da Federação, Rubens ainda é diretor de mercado da Unimed Brasil, que também tem acompanhado de perto a situação da Unimed Cuiabá.
Rubens e ex-diretores da cooperativa também foram acionados na justiça e administrativamente pela fraude fiscal.
Outro lado
A assessoria de Rubens de Oliveira emitiu uma nota de esclarecimento:
Diferentemente do que foi noticiado, o médico Rubens de Oliveira Junior, Diretor Presidente da Unimed Federação do Estado de Mato Grosso, foi quem pediu à Diretoria Executiva o afastamento do cargo. O pedido foi feito por motivos de natureza particular, podendo retornar em tempo inferior caso entenda necessário. Vale ressaltar que o médico repudia todas as denúncias de fraude contábil apontadas pela atual diretoria da cooperativa em Cuiabá.
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PORTAL UOL
Por que 8 Unimeds estão entre os 20 planos com mais reclamações na ANS
As reclamações de consumidores contra as operadoras de saúde no Brasil atingiram o seu maior patamar desde que a ANS (Agência Nacional de Saúde) criou o IGR (Índice Geral de Reclamação), em 2018. Chama a atenção a quantidade de queixas contra a Unimed: oito delas aparecem entre as 20 operadoras com mais reclamações.
O que explica o número de reclamações contra a Unimed
A Unimed não é uma só. É um conjunto de cooperativas que atende ao todo 19 milhões de clientes pelo Brasil. São separadas administrativamente, mas se comunicam entre si pela Unimed do Brasil, a representante institucional de todas elas.
São diversas empresas independentes umas das outras, sem vínculo societário, nem filiais. O que existe é um acordo comercial para que todas usem a mesma logomarca.
Rodrigo Araújo, advogado especialista em direito médico
O ranking de reclamação da ANS tem 85 operadoras de grande porte; quase metade (42) são de Unimeds. Duas estão no top 10, sendo a Unimed Rio a primeira colocada. A posição no ranking depende do IGR, um indicador que mede a satisfação do usuário levando em conta a quantidade de reclamações contra a empresa e o número de clientes de cada plano.
Apesar de 8 Unimeds aparecerem no top 20 de operadoras com mais reclamações, o índice de queixas das outras Unimeds é baixo. Por isso a taxa média de reclamações das 42 Unimeds do ranking ficou em 39,2 entre janeiro e julho, enquanto a média das outras operadoras - sem as Unimeds- ficou em 57,7.
Unimed tem muitos clientes. Somadas, suas 340 cooperativas se espalham por 84% do território nacional, abarcando 19 milhões de um total de 50,7 milhões de pessoas com plano médico no Brasil. A maior delas é a Unimed Nacional, em sexto lugar, com 2 milhões de segurados. A líder geral é a Hapvida, com 4,2 milhões de clientes.
"Como são muitos clientes, há naturalmente mais reclamação. Não dá para dizer que a Unimed é pior do que as outras", opina a professora de medicina e pesquisadora Ligia Bahia, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Nossa média de reclamação é baixa quando se leva em conta que a Unimed tem 19 milhões de beneficiários e está presente em nove em cada dez municípios.
Glauco Samuel Chagas, superintendente executivo da Unimed do Brasil
O executivo cita outro índice da ANS, o IDSS (Desempenho da Saúde Suplementar), de 2022. Das 60 operadoras que obtiveram nota máxima, 53 são Unimeds.
Falta de transparência aumenta reclamações, dizem advogados. Embora sejam diversas Unimeds com suas próprias redes credenciadas, "a Unimed se coloca como uma grande empresa que vai garantir cobertura a todos", diz Rafael Robba, advogado especialista em direito médico. O também advogado Araújo concorda.
O corretor vende um plano dizendo que a Unimed tem a maior cobertura do Brasil. Aí o cliente, que raramente lê contrato, olha o mesmo padrão nos sites das Unimeds, a mesma logomarca, com a mesma fonte e cores, e acredita ter cobertura em todo o Brasil, mas não é bem assim.
Rodrigo Araújo, advogado
Cobertura nem sempre é a mesma, e segurado pode ter dificuldade quando vai para outra cidade. O segurado que mora no interior e contrata a Unimed com cobertura nacional, por exemplo, costuma comprar o melhor produto no seu município, com boa cobertura na região. O problema é quando ele precisa de assistência longe de casa.
"Quando esse paciente chega a São Paulo, descobre que a cobertura na Unimed local é básica", diz Araújo. "Nunca vi no interior de SP um plano de cobertura nacional que dê direito, na capital, a ir ao Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Sírio-Libanês e Samaritano. Tive cliente do interior que foi mandado para o Itaim Paulista", completa o advogado, citando o bairro do extremo leste da cidade.
O superintendente da Unimed afirma que serviços de emergência e urgência são garantidos a todos no país inteiro. Ele diz que a rede credenciada "está na carteirinha do usuário", mas admite que "a comunicação dessa informação não é tão eficiente quando há um intermediário", afirma Chagas, a respeito da corretagem.
Nem toda Unimed é igual. Os especialistas afirmam que a Unimed é muito bem vista no interior. "As pessoas normalmente gostam. Os hospitais próprios são os melhores nessas cidades", declara Araújo. Já nas grandes capitais "é o contrário". Cidades como São Paulo e Rio são destinos do chamado "turismo médico". "Quando tudo dá errado, as pessoas vão para as metrópoles, mas lá se decepcionam com a diferença de cobertura e abrem reclamação", afirma.
Más decisões de algumas afetam a imagem de todas. Ligia Bahia lembra que as Unimeds de Curitiba, Rio Grande do Sul e Campinas são bem avaliadas, mas lembra que, "por má gestão", a Unimed Paulistana quebrou em 2016 mesmo com 744 mil segurados. Hoje, a Unimed-Rio lidera o ranking de operadoras com mais reclamação.
Um dos principais problemas da Unimed-Rio foi assumir os cerca de 160 mil segurados (pessoa física) da Golden Cross em 2013. "A Golden tinha cobertura nacional, e a da Unimed-Rio se concentra principalmente na capital", diz Araújo. O superintendente Chagas afirma que, na época, a ANS "considerou que a Unimed-Rio tinha condições financeiras e assistenciais para atender a carteira".
Robba lembra que cada cooperativa tem sua própria realidade financeira. "Uma vai bem, outra vai mal. Isso torna a Unimed um caso bem peculiar", comenta.
Denúncias recentes afetam a imagem da Unimed. Robba cita a Unimed Nacional, que neste ano piorou ao cancelar diversos contratos unilateralmente, afetando especialmente pacientes com autismo, como mostrou o UOL.
As Unimeds respondem por 186 das 231 denúncias de cancelamento unilateral de planos recebidas neste ano pela deputada Andréa Werner (PSB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
Reclamações contra planos batem recorde
As reclamações contra planos de saúde como um todo quase quadruplicou no Brasil desde que a ANS criou o IGR, em 2018. Esse número era de 15,5 em 2018, atingiu 37 em 2022 e 44,8 nos quatro primeiros meses de 2023. Em julho, atingiu a média anual de 57,6.
O que dizem as Unimeds?
O UOL procurou por telefone e e-mail as oito operadoras citadas no ranking; as Unimeds Rio, Teresina, Recife, Vitória e Grande Florianópolis responderam.
A Unimed Teresina atribui o aumento das reclamações à pandemia e às atualizações periódicas no rol de procedimentos médicos que a ANS obriga as operadoras a bancar. "A determinação do fim dos limites das terapias aumentou muito a demanda", declara a operadora, que lamenta a "carência de terapeutas ocupacionais no mercado local", aumentando a "judicialização". Para "reverter" a situação, a cooperativa reestruturou sua área de relacionamento, com um projeto, o THEAcolher, que "deverá atender clientes que necessitam de cuidados diferenciados".
A Unimed Vitória "informa que cumpre rigorosamente as normas da ANS", tem "compromisso de garantir saúde e bem-estar a todos" e está trabalhando "para melhorar a qualidade e a eficiência em todas as etapas de atendimento".
A Unimed Grande Florianópolis diz que "as operadoras necessitam adequar-se num curto intervalo de tempo para atender a todas as determinações da ANS" após a pandemia. "Seguiremos ampliando parcerias para fortalecer a nossa rede e suprir os atendimentos, bem como continuar com investimentos no fator humano, estrutura e tecnologia", afirma, em nota.
Líder do ranking, a Unimed-Rio afirma em nota que "todas as manifestações dos clientes são analisadas e tratadas, como parte do compromisso permanente com a melhoria dos serviços prestados".
A Unimed Recife declara que as reivindicações de clientes "estão sendo tratadas pelos setores responsáveis" e que seu compromisso é "oferecer atendimento de excelência aos seus beneficiários".
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TRIBUNA DO PLANALTO
Os dilemas do sistema de Saúde
Nos últimos anos, participei em inúmeras reuniões, apresentações e discussões sobre o sistema de saúde brasileiro que revelaram um cenário permeado por dificuldades, distorções e desafios complexos. Infelizmente, muitas vezes essas questões foram abordadas de maneira simplista e tendenciosa, comprometendo a profundidade da compreensão.
Lamentavelmente, esse panorama se estende à assistência à saúde, onde a distância entre a demanda crescente e a capacidade de fornecer cuidados continuamente se amplia. Os recursos limitados disponíveis são frequentemente desperdiçados em investimentos pouco eficazes, agravando ainda mais a situação.
Em um contexto tão intrincado, é crucial reconhecer que cada decisão mal embasada tem o potencial de desencadear consequências catastróficas. Nesse ambiente desafiador, a busca por elementos que reduzam a incerteza nas tomadas de decisão se torna uma necessidade premente. Contudo, a complacência emergiu como uma barreira significativa, minando o senso de urgência, a capacidade de resposta ágil e a velocidade de inovação tão vitais no setor da saúde.
Nesse mundo em constante aceleração, segundo o pensador Kotler, criar um senso de urgência entre os indivíduos é uma parte fundamental da liderança necessária para promover uma mudança organizacional bem-sucedida.
A triste realidade é que a complacência que enraizou no setor de saúde brasileiro gerou consequências profundas para seu desempenho. À medida que o tempo avança, o sistema enfrenta uma escalada progressiva dos problemas, e são os usuários desse sistema que mais sofrem com essa situação alarmante.
Vale ressaltar que diversos países ao redor do mundo estão imersos em discussões acerca da evolução ou construção de sistemas de saúde que estejam alinhados aos princípios fundamentais, tais como: garantir um nível mínimo desejável de qualidade nos serviços, assegurar um acesso sem restrições indevidas, justificável e equitativo, e manter um custo máximo suportável pela sociedade.
Nesse contexto, a urgência no Brasil se concentra na necessidade de harmonizar a assistência à saúde com os três pilares essenciais de sua estrutura: acesso, qualidade e custo. O desafio premente é ajustar esses pilares às necessidades reais dos usuários, otimizando sabiamente os recursos disponíveis.
É importante destacar que um mero aumento nos investimentos em saúde pode não ser suficiente, se não for acompanhado pela abordagem das ineficiências técnicas, produtivas e de alocação de recursos presentes em nosso sistema de saúde.
Por outro lado, é importante reconhecer que é viável construir um sistema de saúde que priorize e valorize as necessidades dos cidadãos. No entanto, tal empreendimento só se concretizará se a busca por interesses individuais ou de grupos restritos for deixada de lado.
Historicamente, os prestadores de serviços de saúde no Brasil têm empregado abordagens diversas e desorganizadas para a divulgação de informações de desempenho e qualidade da assistência. Essa disparidade tem gerado inquietações quanto à confiabilidade, utilidade e possibilidade de comparação desses dados.
O desafio atual reside na criação de diretrizes nacionais que estabeleçam padrões robustos de qualidade, bem como na amplificação da disseminação de informações, com o intuito de criar convergência entre a divulgação e as necessidades reais de saúde das populações atendidas.
Um progresso significativo depende da participação ativa de uma sociedade consciente e de representantes políticos íntegros e comprometidos, capazes de impulsionar essas mudanças tão necessárias para o bem-estar de todos. Este é um passo crucial para garantir um sistema de saúde que não apenas atenda aos princípios essenciais, mas também promova o bem-estar e a confiança de todos os cidadãos.
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CREMEGO
Em plenária, Cremego e convidados debateram a Lei Estadual nº 22.236
Em uma plenária temática, realizada na noite da última segunda-feira (4), com a participação de médicos, de representantes dos hospitais e de Sociedades de Especialidades Médicas, do secretário Estadual de Saúde e de diretores e conselheiros, o Cremego debateu a Lei Estadual nº 22.236, que foi sancionada pelo Governador Ronaldo Caiado e dispõe a respeito do direito das mulheres à presença de acompanhante nos estabelecimentos públicos e privados de saúde goianos.
A presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO), Raquel Eckert Montandon, presidiu a mesa da plenária e afirmou que a legitimidade da ideia da Lei é indiscutível. “Porém, o que nós buscamos, enquanto Sociedade de Cirurgia Plástica, é a normatização de quais pessoas estariam aptas a entrar no centro cirúrgico”, alertou ela, que também citou os riscos de infecções e filmagens invasivas, por exemplo.
“A Lei tem uma página e meia, mas tolhe completamente a nossa liberdade como cirurgiões, pois é constrangedor ter um leigo na sala de cirurgia” complementou Raquel Montandon, que citou ainda a nota emitida pela SBCP-GO com questionamentos a respeito dos detalhes do texto da legislação.
Também participou do debate o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou. Ele criticou projetos de lei que não agregam todos os aspectos necessários para a devida aplicação com segurança e efetividade nas instituições de saúde.
“O que precisamos é de uma vigilância desses projetos para que possamos agir a tempo antes da sanção”, solicitou ele ao secretário Estadual de Saúde, Sérgio Vencio, que compareceu à reunião. Para Haikal Helou, o ideal é adotar protocolos de segurança e indicadores de resultados nos hospitais. “É isso o que é feito em todo o mundo”, defendeu.
O secretário Sérgio Vencio explicou que todas as leis que chegam ao Executivo Estadual possuem apenas 12 horas para a análise técnica. “Temos que saber se vamos embasar o governador para o veto, com uma audiência pública, ou se iremos regulamentar nos mais diversos fatores”, esclareceu ele, que acrescentou ainda que este é um assunto que deve ser tratado junto ao Cremego.
A ex-conselheira do Cremego, Ivane Campos Mendonça, propôs a criação de uma comissão na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), com representantes do Cremego, da Ahpaceg, da Associação Médica de Goiás (AMG) e de todas as especialidades médicas, uma vez que a Lei também impacta nos demais atendimentos, não apenas os cirúrgicos.
Outra sugestão, do presidente do Cremego, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, é a de criar um sistema para coibir a tramitação de projetos de lei sem a avaliação e contribuição do Conselho.
“A Lei tem um vício de nascença. Não se começa uma lei com a ideia de que todos são suspeitos. Temos que voltar (o assunto) para a prancheta e rediscuti-lo”, citou Haikal Helou, da Ahpaceg.
“Não vejo como resolver isso sem judicializar, pois a Lei já está em vigência. O que podemos é pedir uma regulamentação por parte do Governo antes que ela possa ser aplicada. Nós vemos vários pontos obscuros e isso não pode existir, como a questão da reincidência e da sanção apenas às instituições privadas”, ressaltou a advogada Tatiana Fayad.
A assessora jurídica do Cremego, Cláudia Zica, explicou que o Conselho não tem o poder de pedir a análise de constitucionalidade. Por isso, o ideal, segundo ela, é encontrar uma pessoa jurídica para entrar com uma ação, como o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou Ministério Público Estadual.
Com a contribuição do diretor de Comunicação do Simego, Diolindo Freire, ficou decidido que será o Sindicato o responsável por entrar com a ação de tutela, por meio de sua figura de pessoa jurídica. As demais entidades vão contribuir tecnicamente com o preparo da ação.
O Cremego continuará atuando perante esse cenário para promover ambientes de trabalho adequados aos médicos e segurança aos pacientes.
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Assessoria de Comunicação
Presidente da Ahpaceg participa de plenária temática sobre a Lei Estadual nº 22.236
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou ontem, 4, da plenária temática promovida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) para debater a Lei Estadual nº 22.236, em vigou desde 25 de agosto deste ano e que dispõe a respeito do direito das mulheres à presença de acompanhante nos estabelecimentos públicos e privados de saúde goianos.
O evento contou com a participação de médicos, de representantes dos hospitais e de Sociedades de Especialidades Médicas, do secretário Estadual de Saúde e de diretores e conselheiros do Cremego. A presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional Goiás (SBCP-GO), Raquel Eckert Montandon, presidiu a mesa da plenária e afirmou que a legitimidade da ideia da Lei é indiscutível, mas apresenta falhas.
Segundo ela, a lei não define quais pessoas estariam aptas a entrar no centro cirúrgico, a presença de leigos nas salas aumenta os riscos de infecções e ainda há o risco de quebra do sigilo, com filmagens invasivas, por exemplo.
"A Lei tem uma página e meia, mas tolhe completamente a nossa liberdade como cirurgiões, pois é constrangedor ter um leigo na sala de cirurgia" complementou Raquel Montandon, que citou ainda a nota emitida pela SBCP-GO com questionamentos a respeito dos detalhes do texto da legislação.
Para Haikal Helou, o ideal é adotar protocolos de segurança e indicadores de resultados nos hospitais, como é feito em todo o mundo, e não criar projetos de lei que não agregam todos os aspectos necessários para a devida aplicação com segurança e efetividade nas instituições de saúde. "A Lei tem um vício de nascença. Não se começa uma lei com a ideia de que todos são suspeitos. Temos que voltar (o assunto) para a prancheta e rediscuti-lo", citou.
"O que precisamos é de uma vigilância desses projetos para que possamos agir a tempo antes da sanção", solicitou Haikal Helou ao secretário Estadual de Saúde, Sérgio Vencio. O secretário explicou que todas as leis que chegam ao Executivo Estadual possuem apenas 12 horas para a análise técnica.
A ex-conselheira do Cremego, Ivane Campos Mendonça, propôs a criação de uma comissão na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), com representantes do Cremego, da Ahpaceg, da Associação Médica de Goiás (AMG) e de todas as especialidades médicas, uma vez que a Lei também impacta nos demais atendimentos, não apenas os cirúrgicos. O presidente do Cremego, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, também propôs criar um sistema para coibir a tramitação de projetos de lei sem a avaliação e contribuição do Conselho.
Sobre a lei em vigor, a advogada Tatiana Fayad citou não ver como resolver o problema sem a judicialização. “O que podemos é pedir uma regulamentação por parte do Governo antes que ela possa ser aplicada. Nós vemos vários pontos obscuros e isso não pode existir, como a questão da reincidência e da sanção apenas às instituições privadas", ressaltou.
A assessora jurídica do Cremego, Cláudia Zica, explicou que o Conselho não tem o poder de pedir a análise de constitucionalidade. Por isso, o ideal, segundo ela, é encontrar uma pessoa jurídica para entrar com uma ação, como o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou Ministério Público Estadual.
Com a contribuição do diretor de Comunicação do Simego, Diolindo Freire, ficou decidido que será o Sindicato o responsável por entrar com a ação de tutela, por meio de sua figura de pessoa jurídica. As demais entidades vão contribuir tecnicamente com o preparo da ação.
CLIPPING AHPACEG 05/09/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Secretária de Saúde e médico são exonerados após morte de paciente que recebeu superdosagem, diz prefeitura
Certificado de Vacinação passa a ser obrigatório para se matricular em escolas de Goiás
Goiás registra 50 mortes de crianças de até 2 anos vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 2023
Excesso de mortes por Covid no Brasil ainda é maior que o esperado em 2023
Brasil tem cerca de 1,5 milhão de pessoas com mais de um plano de saúde médico-hospitalar
PORTAL G1
Secretária de Saúde e médico são exonerados após morte de paciente que recebeu superdosagem, diz prefeitura
Jovem morreu após receber uma superdosagem de medicamentos em hospital, onde deu entrada por uma crise de ansiedade. Justiça determinou que investigados sejam afastados dos cargos.
Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás
A secretária de Saúde e o médico investigados pela morte da estudante Vitória Cristina Queiroz dos Santos, de 21 anos, foram exonerados dos cargos. A Justiça determinou que a secretária Laydiane Gonçalves Ribeiro, o médico Murilo Dell Eugênio e a coordenadora de enfermagem do Hospital Municipal de Silvânia, Eliane Aparecida dos Santos, fossem afastados dos cargos.
O g1 não localizou a defesa de Laydiane e de Eliane para um posicionamento até a última atualização desta matéria. Já a defesa de Murilo Dell Eugênio afirmou em nota que a dosagem de medicamentos receitada por ele não seria capaz de matar Vitória, além de alegar que ela fazia ameaças de se matar e que o processo possui ilegalidades.
A exoneração de Laydiane e de Murilo ocorreu na sexta-feira (1º). Em nota, a Prefeitura de Silvânia disse que colabora com as investigações, mas que não irá se pronunciar sobre o caso. De acordo com o Diário Oficial, a exoneração de Laydiane foi pedida por ela. Além disso, explica que Eliane é uma funcionária concursada do hospital e que ela não foi exonerada do cargo, pois, para ela, cabe apenas a decisão de afastamento.
O desembargador Wild Afonso Agawa, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), determinou o afastamento dos três investigados na sexta-feira (1º). A decisão é baseada no argumento do Ministério Público de que os suspeitos dificultaram a apuração da morte de Vitória. Além disso, autorizou a quebra de sigilo dos aparelhos celulares dos suspeitos.
“Quebra do sigilo telefônico, afastamento [por 30 dias] das funções e proibição de acesso às dependências do Hospital e Secretaria”, detalha.
Relmebre o caso
Por volta das 17 horas do dia 3 de julho, Vitória começou a passar mal com sintomas de crise de ansiedade e procurou o hospital de Silvânia, onde já era acostumada a ir quando apresentava esses sintomas. O advogado da família, Jales Gregório, afirma que apesar de nervosa, a estudante estava consciente e conversando.
No entanto, durante o atendimento, o médico passou os remédios fentanila e midazolam, que segundo o advogado da família, possuem a finalidade de intubação e não ansiedade. Além disso, segundo Jales, a dosagem prescrita era muito maior do que a recomendada. “Normalmente utilizam para entubação 1 a 1.2 microgramas de um dos remédios, por peso. Ela teria que tomar 50 microgramas, mas foram aplicadas 4 ampolas de 10 miligramas, 2 mil microgramas”, explicou.
Pouco tempo depois de receber a superdosagem, Vitória teve uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada para a UPA Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia. Lá, os médicos constataram um dano cerebral muito grande e, no dia 5 de julho, a transferiram para o Hospital Municipal de Aparecida. No local, no dia 9 de julho, os médicos confirmaram a morte cerebral da estudante.
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Certificado de Vacinação passa a ser obrigatório para se matricular em escolas de Goiás
Objetivo é garantir a aplicação das vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde diante da queda das coberturas vacinais nos últimos anos.
Por Leicilane Tomazini, g1 Goiás
As escolas das redes pública e particular de Goiás vão exigir um Certificado de Vacinação para matrícula de estudantes com menos de 18 anos, desde a educação básica até o ensino médio, no estado. A lei que prevê a obrigatoriedade foi apresentada nesta segunda-feira (4) pelas Secretarias de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e de Educação (Seduc-GO).
Diante da queda das coberturas vacinais nos últimos anos, a medida das secretarias tem como objetivo garantir a aplicação das vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente.
Os pais ou responsáveis têm o prazo de 30 dias para apresentar o cartão de vacinação após a matrícula dos estudantes. É importante ressaltar que, caso isso não aconteça, os alunos não serão impedidos de entrar em sala de aula. Contudo, a situação deverá ser notificada ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público Estadual.
A coordenadora da área da saúde do Ministério Público e promotora de Justiça Lucinéia Vieira Matos, explica que esse certificado vai dizer se a vacinação está completa ou incompleta.
“Isso não é um impeditivo para a matrícula, mas quando o pai levar, se estiver incompleto (cartão de vacinação), a saúde já faz uma primeira abordagem de conscientização. A escola faz uma segunda abordagem e dá aos pais 30 dias para que seja regularizado. Não sendo regularizado, a escola faz a comunicação ao Conselho Tutelar. O conselho, por sua vez, faz uma busca desses pais para mais uma oportunidade de conscientização acerca da importância da vacinação e os riscos que as crianças e adolescentes se submetem quando não se vacinam”, explica Lucinéia.
Ainda de acordo com a promotora, vencido esse prazo de 30 dias, o Conselho Tutelar vai comunicar esse fato ao Ministério Público, que, mais uma vez, vai chamar esses pais, tentar entender o motivo da resistência e promover essas conscientização.
Lucinéia também explica que, esgotadas as tentativas anteriores, os pais poderão ser responsabilizados. “Existem algumas alternativas que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza, e tem também o Código Civil. Assim, a providência demanda do Poder Judiciário e vai ser construída a partir de cada caso concreto.
Cada caso precisa ser analisado com o critério da proporcionalidade, de compreender as razões e saber o que fazer caso a caso. Quem aplica essas medidas é o Poder Judiciário. Então, a gente (Ministério Público) só leva esse caso em último grau ao Poder Judiciário.”
Como obter o certificado
O secretário de Saúde de Goiás Sérgio Vencio explica que os certificados podem ser obtidos dentro do site da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
“Os pais ou responsáveis podem imprimir esse certificado e levar a uma unidade básica de saúde, onde vai ser conferida como está a situação da vacinação. Mesmo que o pai se recuse a vacinar, existe um campo para isso. Depois, com esse certificado em mãos, ele vai levar até a escola e realizar a matrícula”, conta Sérgio.
“O que as escolas vão cobrar é esse certificado. Nosso foco é não deixar que as doenças que já atingiram, há dez anos, níveis de 95% - seja a tríplice viral, o sarampo, BCG, e a própria poliomielite - voltem. Elas hoje estão bem abaixo desse índice e a gente precisa retornar trazendo uma cobertura vacinal importante”, diz.
“A vacina é vítima do seu sucesso”
Durante a apresentação dos detalhes sobre a lei que prevê a obrigatoriedade de apresentação do Certificado de Vacinação nas escolas de Goiás, nesta segunda-feira (4), a superintendente de Vigilância de Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, afirmou que “a vacina é vítima do seu sucesso”.
“As vacinas conseguiram controlar muitas doenças e erradicar, por exemplo, a paralisia infantil. Com isso, muitas pessoas não sabem o que é paralisia infantil mais. Elas nunca viram uma pessoa com essa doença, então elas acham que não precisam se preocupar”, diz Flúvia.
Segundo a superintendente, a preocupação atual é, principalmente, com essas doenças que já foram erradicadas ou controladas. Ela cita como exemplo, o surto de meningite que aconteceu em 2022 em vários estados. “Vimos que durante essa fase (surto), a cobertura vacinal estava baixa, e aqui em Goiás não é diferente. Teve também surto de difteria, que muita gente nem sabe o que é, coqueluche e outras doenças. O que a gente está tentando fazer é proteger vidas”, conta.
A secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, também falou sobre a baixa cobertura vacinal e o retorno de doenças já controladas ou erradicadas.
“Até 20 anos atrás, as pessoas conheciam ainda a paralisia infantil, por exemplo, e levavam os filhos antes mesmo de vencer o prazo para vacinar. Hoje, estamos vivendo um momento de muita tristeza, que é a carteira de vacinação incompleta em quase 50%. Essa ação, sem dúvidas, vai ajudar a salvar vidas e evitar doenças sérias", conclui Fátima.
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JORNAL OPÇÃO
Goiás registra 50 mortes de crianças de até 2 anos vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 2023
Maioria das mortes foram provocadas por vírus sincicial, adenovírus ou rinovírus
O número de crianças de até 2 anos mortas em decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Goiás chegou a 50 em 2023, aponta boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
O documento mostra ainda que a maioria dos óbitos foi provocado por (outros) vírus sincicial respiratório, adenovírus, metapneumovírus, parainfluenza 1, 2, 3 e 4 ou rinovírus (22).
Em 18 ocorrências não foi possível especificar o agente etiológico que provocou a doença. A Covid-19 foi responsável por duas mortes, enquanto o vírus da Influenza provocou a morte de duas crianças.
Comparação com outros anos
Em 2022, foram registrados 72 óbitos em decorrência da síndrome respiratória, aponta o boletim. Assim como neste ano, a maioria dos óbitos foram classificados por outros tipos de vírus, com 30 registros.
A Covid-19 foi responsável por 17 mortes e a influenza 3. Do total, 21 casos não foram possíveis de serem categorizados.
Número de casos
Já o número de casos da SRAG em 2023 é de 2.112, sendo 117 provocados pela Covid-19 e outros 105 pelo vírus da Influenza. A maioria dos casos é provocado pelos vírus sincicial respiratório, adenovírus, metapneumovírus, parainfluenza 1, 2, 3 e 4 ou rinovírus (902).
No país
O Boletim InfoGripe, produzido pela Fiocruz, aponta que no cenário nacional observa-se sinal de queda ou estabilidade na maioria das faixas etárias analisadas, com exceção das crianças e pré-adolescentes nas faixas de 2 a 4 e 5 a 14 anos de idade, que apresentam sinal de crescimento. Dados laboratoriais sugerem vínculo com rinovírus.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma doença respiratória contagiosa que afeta os pulmões, levando ao surgimento de pneumonia grave e sintomas como febre, dificuldade para respirar, dor de cabeça e mal estar geral
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FOLHA.COM
Excesso de mortes por Covid no Brasil ainda é maior que o esperado em 2023
As mortes em excesso, três anos após o início da pandemia, ainda continuam acima do que é esperado de mortalidade no Brasil, embora agora em um patamar bem menor do que nos primeiros anos da Covid-19.
As mortes em excesso se referem ao número de óbitos registrados no país acima do que era esperado para aquele ano, considerando o padrão observado em anos anteriores. A Covid, que já matou mais de 700 mil pessoas, alterou esse padrão.
Em 2023, a taxa esteve um pouco acima do esperado de mortes até março, mês para o qual há dados disponíveis mais recentes. No período, foram aproximadamente 48 mil mortes a mais, ou 18% acima do esperado.
No pico da pandemia, em abril de 2021, este valor chegou a 80% na região Norte, por exemplo.
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SAUDE BUSINESS
Brasil tem cerca de 1,5 milhão de pessoas com mais de um plano de saúde médico-hospitalar
Novo estudo desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com dados inéditos, revela que 1,5 milhão de pessoas contam com mais de um plano de saúde médico-hospitalar no País. O número representa cerca de 2,8% do volume total de beneficiários e tem como base a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
De acordo o Texto para Discussão nº 97, a maior prevalência entre os que possuem dois ou mais planos está nas faixas etárias de 31 a 40 anos (21%) entre os adultos, e 0 a 10 anos (16,6%), entre as crianças. Outras duas faixas etárias também demonstraram participação considerável, 41 a 50 anos (13%) e 51 a 60 anos (12,5%).
Outro ponto apresentado no estudo diz respeito ao rendimento familiar dos beneficiários com múltiplos planos. Foi constatado que quase metade das pessoas (49%) possuía rendimento familiar per capita acima de três salários mínimos. Para aproximadamente 45%, o rendimento per capita variou entre um e três salários mínimos.
Algumas das principais razões identificadas para beneficiários com mais de um plano de saúde são: crianças dependentes de seus pais e familiares que podem possuir um plano de saúde de cada responsável; indivíduos que trabalham em dois ou mais empregos e podem ter acesso a benefícios de planos de saúde diferentes oferecidos por cada empregador; pessoas que podem possuir um plano de saúde fornecido pela empresa em que trabalham e, adicionalmente, possuir outro plano como dependente de seu cônjuge ou familiar.
“O estudo traz dados interessantes que até então eram desconhecidos no segmento e nos fornece subsídios importantes para futuras análises e pesquisas. O nosso objetivo é sempre aprimorar, promover novas discussões e obter informações que beneficiem o sistema da saúde suplementar no País’, comenta o superintendente executivo do IESS, José Cechin.
Vale lembrar que atualmente, de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB 84), do IESS, o Brasil conta com cerca de 50,8 milhões de beneficiários inseridos em planos de saúde médico-hospitalares, número que corresponde a uma taxa de cobertura de 26%.
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Assessoria de Comunicação
ANS atualiza regras para alteração de hospitais nos planos de saúde
Em reunião realizada nesta segunda-feira, 14/08, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a adoção de novas regras para a alteração de rede hospitalar das operadoras de planos de saúde. As mudanças valem tanto para a retirada de um hospital da rede, como para a troca de um hospital por outro, e conferem maior transparência e segurança aos beneficiários. As novas regras entram em vigor 180 dias após sua publicação no Diário Oficial da União.
Entre as principais mudanças estão a ampliação das regras da portabilidade e a obrigação da comunicação individualizada.
Nos casos em que os beneficiários ficarem insatisfeitos com a exclusão de um hospital ou do serviço de urgência e emergência do prestador hospitalar da rede de sua operadora, ocorrida no município de residência do beneficiário ou no município de contratação do plano, o beneficiário poderá fazer a portabilidade sem precisar cumprir os prazos mínimos de permanência no plano (1 a 3 anos). Também não será exigido que o plano de escolhido ou de destino seja da mesma faixa de preço do plano de origem, como acontece atualmente nos outros casos de portabilidade de carências.
Outra conquista importante para os beneficiários é que as operadoras serão obrigadas a comunicá-los, individualmente, sobre exclusões ou mudanças de hospitais e serviços de urgência e emergência na rede credenciada no município de residência do beneficiário.A comunicação individualizada deve ser feita com 30 (trinta) dias de antecedência, contados do término da prestação de serviço.
“Além de ser informado oficialmente sobre qualquer mudança na rede hospitalar da sua operadora, o consumidor terá maior mobilidade, pois ficará mais fácil fazer a portabilidade de carências caso o hospital de sua preferência saia da rede da sua operadora”, ressalta o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.
Redução da rede hospitalar
Em relação à redução de rede hospitalar, uma das principais mudanças está relacionada à análise do impacto sobre os consumidores atendidos pela operadora. De acordo com a regra atual, observa-se a quantidade de internações realizadas no intervalo de 12 meses. Ou seja, se o hospital em questão não registrar internações de beneficiários no período de 12 meses, o estabelecimento pode ser excluído pela operadora.
Com a nova norma, a Agência passa a avaliar o impacto da retirada do hospital junto aos beneficiários do plano. Desta forma, caso a unidade a ser excluída seja responsável por até 80% das internações em sua região de atendimento, a ANS entende que ela é uma das mais utilizadas do plano e, assim, a operadora não poderá apenas retirar o hospital da rede, mas deverá substituí-lo por um novo.
Substituição de hospitais
A avaliação de equivalência de hospitais para substituição também terá regras próprias. Agora, ela deverá ser realizada a partir do uso de serviços hospitalares e do atendimento de urgência e emergência, nos últimos 12 meses. Assim, se, no período analisado, os serviços tiverem sido utilizados no prestador excluído, eles precisarão ser oferecidos no prestador substituto.
Ainda neste caso, a regra do impacto sobre os beneficiários também será considerada. Se o hospital a ser retirado pertencer ao grupo de hospitais que concentram até 80% das internações do plano, não será permitida a exclusão parcial de serviços hospitalares.
Além das mudanças, a norma aprovada hoje mantém um critério importante para o consumidor: a obrigatoriedade do hospital substituto estar localizado no mesmo município do excluído, exceto quando não houver prestador disponível. Neste caso, poderá ser indicado hospital em outro município próximo.
“O foco da ANS com os novos critérios está na segurança do consumidor com o seu plano de saúde. A proposta é que o beneficiário seja menos afetado em razão da relação desfeita entre a operadora e o prestador. Esta proposta de normativo é fruto de cuidadoso trabalho de elaboração, que contou com intensa participação social e amplo debate”, afirma o diretor de Normas e Operações de Produtos, Alexandre Fioranelli.
Comunicação direta
Para as alterações de rede do plano ocorridas no município de residência do beneficiário, a operadora será obrigada a fazer comunicação individualizada sobre as eventuais mudanças.
Portabilidade de carências sem prazo de permanência e compatibilidade de faixa de preço
Outra conquista é a ampliação das regras da portabilidade de carências, pois a portabilidade de carências poderá ser exercida em decorrência do descredenciamento de entidade hospitalar ou do serviço de urgência e emergência do prestador hospitalar no município de residência do beneficiário ou no município de contratação do plano sem os requisitos de prazo de permanência e de compatibilidade por faixa de preço.
Confira as principais mudanças nas regras de alteração de rede hospitalar dos planos de saúde
ANS publica novas regras sobre alteração de rede hospitalar
Resolução Normativa nº 585/2023 entra em vigor em 1º de março de 2024
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, na sexta-feira, 25/8, a Resolução Normativa nº 585/2023, que trata da adoção de novas regras para a alteração de rede hospitalar dos planos de saúde. Com isso, as operadoras precisarão se organizar para praticar as determinações a partir do dia 1º de março de 2024. As mudanças valem tanto para a retirada de um hospital da rede, como para a troca de um hospital por outro, e conferem maior transparência e segurança aos beneficiários.
Entre as principais mudanças estão a ampliação das regras da portabilidade, a obrigação da comunicação individualizada e a necessidade de manter ou elevar a qualificação do hospital a ser substituído.
Nos casos em que os beneficiários ficarem insatisfeitos com a exclusão de um hospital ou do serviço de urgência e emergência do prestador hospitalar da rede de sua operadora, ocorrida no município de residência do beneficiário ou no município de contratação do plano, o beneficiário poderá fazer a portabilidade sem precisar cumprir os prazos mínimos de permanência no plano (1 a 3 anos). Também não será exigido que o plano escolhido ou de destino seja da mesma faixa de preço do plano de origem, como acontece atualmente nos outros casos de portabilidade de carências.
Outra conquista importante para os beneficiários é que as operadoras serão obrigadas a comunicá-los, individualmente, sobre exclusões ou mudanças de hospitais e serviços de urgência e emergência na rede credenciada no município de residência do beneficiário. A comunicação individualizada deve ser feita com 30 (trinta) dias de antecedência, contados do término da prestação de serviço.
Quanto às alterações na rede hospitalar dos planos de saúde, vale destacar que caso a unidade a ser excluída seja uma das mais utilizadas do plano, a operadora não poderá apenas retirar o hospital da rede, mas deverá substituí-lo por um novo. Nessa substituição, além do prestador substituto ter os mesmos serviços utilizados no prestador a ser excluído (serviços de internação hospitalar e de urgência/emergência) e estar localizado no mesmo município, haverá a necessidade também de se manter ou elevar a qualificação do hospital a ser substituído.
Assim, caso o hospital a ser substituído possua um certificado de qualificação, como uma Acreditação ou Certificado em Segurança do Paciente, por exemplo, ele só poderá ser substituído por outro que também possua o mesmo certificado ou outro ainda melhor. "O objetivo é manter o nível de qualificação dos hospitais na rede credenciada", pontua o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli. A Agência recebe e acompanha a informação dos prestadores que possuem tais credenciais por meio do Programa de Qualificação dos Prestadores de Serviços de Saúde. (Fonte: ANS)
Ahpaceg e Sanofi promovem oficina sobre a aplicação e análise de indicadores de saúde em farmácia clínica e nutrição
Profissionais das áreas de farmácia, enfermagem e nutrição de hospitais associados à Ahpaceg participaram, no dia 31 de agosto, do “Curso de Farmácia Clínica”, promovido pela Associação e a empresa Sanofi.
O curso foi ministrado no auditório da FacUnicamps pela Profa. Dra. Larissa Magalhães, que é enfermeira, docente do curso de enfermagem da Universidade Federal de Goiás, doutora em enfermagem pela FEN/UFG, com doutorado sanduíche na Universidade da Flórida, mestre em Atenção à Saúde PUC-Goiás e está cursando pós-doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Atenção à Saúde PUC-Goiás.
Profa. Dra. Larissa (esq) e Profa. Dra. Madalena
O objetivo do curso, de acordo com a coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, foi instruir os profissionais de farmácia, enfermagem e nutrição da rede Ahpaceg sobre a aplicação de indicadores de saúde e sua análise, especificamente os de farmácia clínica e nutricionais no dia a dia dos hospitais de alta complexidade.
Abel Rocha, consultor de negócios da Sanofi, ressaltou a importância do curso para melhorar a qualidade destes serviços hospitalares. “Tivemos a honra e o prazer de participar desse evento e nos colocamos à disposição da Ahpaceg para as próximas edições, pois essa parceria reforça o nosso objetivo de prestar um serviço de alta qualidade aos nossos pacientes”, disse.
CLIPPING AHPACEG 02 A 04/09/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Grupo é indiciado por receber propina para pacientes furarem fila de cirurgias plásticas na rede pública; áudios comprovam esquema
Katiuscia Freitas: “Há uma corrente do bem por trás de cada transplante”
Governo de Goiás une tecnologia e humanização no atendimento a gestantes
Vacinação é um ganho civilizatório, afirma Nísia Trindade
92% das pessoas voltam a engordar após bariátrica, aponta estudo da USP
PORTAL G1
Grupo é indiciado por receber propina para pacientes furarem fila de cirurgias plásticas na rede pública; áudios comprovam esquema
Uma única pessoa inseriu quase 2 mil pessoas no sistema em apenas 6 meses. Vereador e ex-prefeito estão entre indiciados.
Por Thauany Melo, g1 Goiás
A Polícia Civil de Goiás indiciou 10 pessoas suspeitas de participar de esquema que cobrava propina de pacientes para serem inseridos e furar a fila de cirurgias plásticas e eletivas feitas pela rede pública de Goiás. Áudios divulgados pela TV Anhanguera com exclusividade mostram quando um dos suspeitos garante a realização de uma cirurgia em até 6 dias em troca de dinheiro.
“Eu arranjei uma mulher que está saindo a cirurgia assim. Claro que tem que pagar um pouco para ela. Mas vesícula, hérnia, Araújo Jorge, ortopedia, tudo. Se você tiver algum aí, passa pra mim que nós ganharemos um trocado. Pode passar sem medo de errar. É 5, 6 dias e está operando”, disse o suspeito.
Entre os indiciados estão vereador de São Miguel do Araguaia Joubert Tolentino Meira (Cidadania) e o ex-Prefeito de Teresina de Goiás, Odete Teixeira Magalhães.
O g1 não conseguiu localizar a defesa do ex-prefeito para um posicionamento. O g1 entrou em contato com a Câmara Municipal de São Miguel do Araguaia, com o partido Cidadania e com o vereador Joubert Meira, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.
O delegado responsável pelo caso, Danilo Victor Nunes, afirmou que entre os indiciados estão outros agentes públicos. Segundo ele, diversas pessoas pagaram propina para intermediários e operadores do sistema de regulação médica, para que pudessem realizar cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Somente um dos envolvidos teria sido responsável por realizar quase 2 mil inserções no sistema, só nos últimos seis meses do ano de 2022.
O grupo foi indiciado por associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência, inserção de dados falsos em sistema de informação e posse de apetrechos para falsificação.
Como funcionava
Segundo a polícia, as irregularidades aconteciam principalmente para cirurgias plásticas, como abdominoplastia e mamoplastia. Porém, outras cirurgias eletivas, consultas médicas, exames e internações também eram fraudados.
Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava em Goiânia e em diversos municípios de Goiás, com a captação de pacientes e inserção de dados falsos no sistema de regulação médica, com o objetivo de priorizá-los na realização de cirurgias, a maioria estéticas. Essas pessoas estavam fora dos critérios exigidos para a realização do procedimento.
Foi verificado que o grupo criminoso atuava não somente no âmbito do sistema de regulação, mas também mediante acesso a outros sistemas de outras unidades de saúde, inclusive havendo casos de compras de senhas para acesso indevido.
A polícia informou que as fraudes aconteciam pelo menos desde 2020. Segundo o delegado Danilo Victor Nunes os políticos investigados atuavam como intermediadores no esquema. “Geralmente o paciente pagava para eles e aí essa pessoa providenciava, junto a um operador do sistema, para que inserisse as pessoas”, disse.
“Na maioria eram procedimentos estéticos por meio de uma justificativa médica falsa. Por exemplo, uma pessoa que quer fazer uma mamoplastia conseguia que o operador do sistema alterasse essa justificativa, fraudasse isso, e inserisse com um fundamento plausível para a cirurgia, sendo que a pessoa não sofreu nenhum tipo de câncer ou doença”, disse.
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JORNAL OPÇÃO
Katiuscia Freitas: “Há uma corrente do bem por trás de cada transplante”
Gerente de transplantes afirma que deixar clara a intenção de doar órgãos é essencial para salvar vidas
Italo Wolff e Edson Leite Jr
Katiuscia Christiane Freitas é gerente de transplantes da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (Ses-GO) desde 2019. A enfermeira foi gerente de enfermagem no Hospital Geral de Goiânia (HGG), coordenadora da Divisão de Coleta do Hemocentro de Goiás, e tem experiência em todas as etapas do processo de captação de órgãos e tecidos. Já trabalhou com os profissionais da UTI, acompanhou diagnósticos, fez entrevistas com as famílias dos doadores e receptores de órgãos e esteve no centro cirúrgico.
Hoje, além de gerenciar os transplantes no estado, Katiuscia Freitas ministra palestras para sensibilizar potenciais doadores de órgãos. Nesta entrevista ao Jornal Opção, a gestora de sistemas de saúde faz um panorama dos transplantes no estado, além de explicar o funcionamento do cadastro de doadores e receptores e desmistificar a doação de órgãos.
Italo Wolff – Como está o momento para os transplantes em Goiás?
Goiás apenas não realiza os transplantes de coração e de pulmão, mas captamos e encaminhamos esses órgãos para pacientes de outros estados. Temos no Hospital Alberto Rassi (HGG) um centro de referência em nível nacional. Em 2020, Goiás foi o quinto estado que mais realizou transplantes de rins no Brasil.
Atravessamos um momento difícil na pandemia. Agora, em todo o país, passamos por um processo de retomada. Ainda não alcançamos os números de 2019, tanto no critério das doações quanto no da captação de órgãos e tecidos, mas tivemos um aumento considerável. No começo de 2023, o aumento foi de 59%.
Hoje, nossa maior fila é para as córneas, que foi a categoria mais prejudicada durante a pandemia. Já aumentamos esses procedimentos consideravelmente, de forma que até em agosto o número de transplantes de córneas foi maior do que em todo ano de 2022.
Edson Leite Júnior – O que falta para Goiás fazer transplantes de coração e pulmão?
Já existem conversas na Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) para ampliar os procedimentos. A questão é que o transplante é uma intervenção de alta complexidade, que exige equipes experientes e uma estrutura complexa. O Estado tem se preparado para isso e equipes médicas demonstraram interesse, mas o processo é burocrático, com necessidade de adequar estruturas, se submeter a credenciamentos e apresentar a capacidade de realizar os procedimentos.
O que existem são médicos interessados, que já têm experiência fazendo transplantes em outros estados e que demonstram interesse em expandir os procedimentos para coração em Goiás. A sinalização vem da unidade mista, do sistema de saúde privado e público, que estão em processo de selecionar documentos e estudar como implantar esse serviço.
Edson Leite Júnior – Todo o transplante é feito 100% pelo Sistema Único de Saúde (Sus)?
A cirurgia de transplante pode ser feita também na rede privada; mas a inserção no cadastro de doadores e receptores é feita pelo SUS. Todos são inseridos no mesmo Sistema Nacional de Transplantes, uma listagem gerida pelo Ministério da Saúde. Por isso, todos dependem do SUS.
Esse cadastro técnico único, que é do SUS, seleciona doadores e receptores independentemente de sua condição social. Não importa se o paciente está pagando pelo hospital onde ficará internada, o órgão a ser transplantado e sua seleção na lista de espera é automática, independe de pagamento.
Não é uma pessoa que escolhe os receptores, é um sistema que leva em consideração os dados inseridos de forma técnica. Por exemplo: ontem, participamos de uma doação de múltiplos órgãos em Itumbiara. Inserimos os dados do doador e o sistema selecionou receptores a partir da compatibilidade, do tempo de espera, da gravidade dos pacientes. Os órgão foram para diferentes estados, sem nossa intervenção.
Edson Leite Júnior – Esse processo demora?
Pedimos para a família um prazo de 24 horas para finalizar o processo. Dependemos dos exames de sorologia, de histocompatibilidade e outros, que levam cerca de seis horas para ficarem prontos. Depois desses resultados, começamos a etapa de distribuição, em que o sistema seleciona os possíveis receptores e organizamos a logística para encaminhar a doação.
Após a retirada do corpo, cada órgão tem um tempo de viabilidade, que chamamos de tempo de isquemia. Por isso, o primeiro órgão a ser retirado é o coração, que tem um tempo de isquemia de quatro horas. Posteriormente, o pulmão, que tem um tempo de quatro a seis horas. Depois do pulmão, o fígado, cujo tempo de viabilidade é de seis a oito horas. O pâncreas dura cerca de 12 horas e os rins até 36 horas fora do corpo. Os rins podem ser enviados em voos comerciais, dentro da cabine do piloto. Os demais órgãos são frequentemente enviados por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
Tentamos agir o mais rápido possível, porque existem famílias que negam a doação pela demora no processo. Conseguimos fazer rins e córneas mais rapidamente em Goiás, porque as equipes já estão aqui. Então, iniciamos o processo rapidamente.
Italo Wolff – Com um tempo de isquemia de apenas quatro horas, como Goiás consegue enviar corações para outros estados?
As cirurgias são simultâneas. Quando a equipe aqui decide que o coração está apto para doação, começa uma corrida contra o tempo. A equipe médica que cuida do paciente que vai receber o órgão é alertada e a pessoa já vai para o centro cirúrgico, ser submetida a anestesia, para que quando o coração chegue lá, já encontre o paciente pronto para ser transplantado.
Até por essa dificuldade, Goiás envia corações principalmente para Distrito Federal e São Paulo. Tanto pela proximidade, quanto pela logística. Para enviar, o transporte pode envolver bombeiros, o Grupo de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer), a FAB. No destino, as equipes têm também suas logísticas. Existe toda uma rede de apoio.
Temos uma parceria com o aeroporto de Goiânia, de forma que todos os órgãos e equipes são avisados com antecedência e o acesso é facilitado pela entrada restrita. Recentemente, o aeroporto conseguiu que um avião da Azul ficasse mais de 30 minutos em solo para que não perdêssemos um órgão vindo de Uruaçu. Com esse contato, mobilizamos e sensibilizamos os passageiros, para que eles esperassem, porque não teríamos outro voo.
É um esforço coletivo. Em outra ocasião, conseguimos que outro aeroporto, fechado para operações aéreas, abrisse espaço para transportarmos os órgãos. Existe uma corrente do bem por trás de cada operação. Quando uma família diz “sim”, começa a cooperação. Já nos ajudaram Samu, Polícia, Sistema de Trânsito, todos acreditando que podemos salvar uma vida.
É um trabalho extremamente gratificante e difícil. Trabalhamos com dois lados: a morte e a vida. Quando comemoramos uma doação, não estamos comemorando a morte; estamos comemorando a solidariedade. O fato de que, naquele momento de tanta dor, uma família se dispôs a salvar outras vidas. Temos vários exemplos de como esse processo sensibiliza e emociona.
Italo Wolff – Como funciona o cadastro?
No caso do Fausto Silva, se comentou que ele foi priorizado. Isso provocou a dúvida: “Será que ele foi passado na frente da fila porque é milionário?” Não. Ele foi priorizado porque atendia os critérios de gravidade. Foi comprovado que tinha um choque cardiogênico, que ele estava usando a medicação exigida. Como aconteceu com Fausto Silva, ocorre com vários outros.
O cadastro segue critérios de compatibilidade em que até o peso e altura dos envolvidos importa – não adianta se pegar um coração de um adulto e tentar transplantar em uma criança. O tempo que um paciente pode esperar pelo órgão é muito variável; depende até de seu quadro clínico.
Um receptor pode recusar o órgão. Nesses casos, a equipe médica do paciente preenche um formulário para justificar a recusa. Talvez o receptor esteja gripado, talvez seus exames indiquem que aquele momento não é o melhor para realizar a cirurgia. Ou talvez a equipe considere que aquele rim é ainda o ideal e que há condições de esperar.
Edson Leite Junior – O caso Faustão trouxe muita visibilidade para o tema dos transplantes, mas também trouxe certa desconfiança e muita fake news. Considera que tudo isso ajudou ou atrapalhou seu trabalho?
Olha, eu vou dizer que atrapalhou em partes, mas ajudou muito. Neste mês de agosto, o número de doações era o mais baixo do ano – tínhamos apenas três doações – até o caso do Faustão. Apenas na última semana, já foram três novas doações. Um aumento de 100% em poucos dias; e fechamos o mês com seis doações. Ainda estamos abaixo da média, mas já foi uma melhora.
Acredito que a oportunidade de explicar o sistema de doações na imprensa realmente faz diferença. Não foi apenas em Goiás – o coordenador de transplantes de São Paulo também cedeu entrevista afirmando que registrou um forte aumento de doações no mesmo período. Em minha opinião, mesmo com as fake news, a oportunidade de fazer esclarecimentos é proveitosa.
Edson Leite Junior – Ainda faltam informações para as famílias?
Sim. No Brasil, são as famílias que dão a palavra final, autorizando as doações. Em minha experiência, o que determina o “sim” das famílias é que elas já tenham ouvido esse desejo do doador em vida, dentro de casa. Esse não é um assunto sobre o qual as famílias costumam conversar com facilidade. É comum que, quando alguém toca no assunto, um ou outro parente diga “Não fale sobre isso”, ou “Credo, que história é essa?”.
Quando trabalhava como coordenadora do hemocentro, não encontrava resistência das pessoas em conversar sobre doação de sangue. Mas, como a doação de órgãos acontece quando há morte encefálica do doador, há o estigma. As pessoas não falam sobre a morte, mas é isso que determina a doação na maioria dos casos.
Deixar claro o desejo de doar órgãos fez toda a diferença, porque a família raramente contraria a vontade do doador. O problema é que a maioria desconhece a vontade de seus familiares.
Edson Leite Junior – E esses fatores de resistência são culturais? Religiosos? A que se deve a resistência de conversar sobre o tema no Brasil?
Quando recebemos uma negativa, a justificativa mais frequente é: “Ele não era doador em vida”. As pessoas presumem que o parente não gostaria de ter seus órgãos doados porque nunca falou sobre o assunto. Outra justificativa comum é o desejo de que o corpo fique íntegro. Ainda é comum a crença (falsa) de que a doação vai deformar o corpo, de forma que ele não poderá ser velado.
São mitos. Outra ideia errada é a de que os médicos vão retirar os órgãos do paciente enquanto ele ainda está vivo. Esse foi um receio surgido em 1997, quando a lei que regulamenta os transplantes foi aprovada e se falava sobre escrever na carteira de identidade o desejo de ser um doador. Criou-se a lenda urbana de que haveria um estímulo para matar os doadores de órgãos para fazer transplantes.
Na realidade, o processo é muito seguro. O Brasil tem uma das legislações mais rigorosas do mundo para chegar ao diagnóstico de morte encefálica. Pela lei, a família pode até trazer um médico independente, de fora da equipe do hospital, para acompanhar o processo. Hoje, alguns hospitais deixam a família acompanhar o procedimento, assistir os exames. Tudo para que os parentes do doador compreendam que morte encefálica é morte.
Por isso, nosso foco não é apenas conscientizar a população sobre a importância de doar. Hoje, também nos preocupamos muito com o treinamento dos profissionais da saúde, para que eles saibam como conversar com as famílias. Esses profissionais precisam entender como explicar o diagnóstico da morte encefálica e também como abordar a questão da doação de órgãos. Isso faz toda a diferença.
Italo Wolff – Em geral, como acontece essa abordagem? A equipe médica sugere a possibilidade de doação de órgãos aos familiares de quem teve morte encefálica?
O hospital avisa a nossa equipe quando abre o protocolo de morte encefálica. Hoje, temos unidades de procura de órgãos dentro dos três maiores hospitais do estado, que são o Hugo, Hugol e Heana. Esses hospitais cuidam de uma região de abrangência, acompanhando suas cidades e também os municípios do interior.
Nossa equipe acompanha o processo, validando os procedimentos e certificando que tudo está acontecendo conforme as regras. Para chegar ao diagnóstico de morte encefálica, há uma série de exames comprobatórios e, caso tudo esteja dentro dos parâmetros, a equipe médica pode conversar com os familiares sobre o diagnóstico, mas jamais sobre doação.
Não se fala com família sobre doação antes de conclusão do diagnóstico de morte encefálica. Geralmente há alguém da nossa equipe junto com o médico que dá a notícia do óbito, e às vezes há membros de comissões intra-hospitalares. Neste momento, a equipe aborda a doação de órgãos. O ideal é que haja um treinamento para tratar do assunto, porque é uma conversa difícil, que acontece em um momento em que a família não está em condições de ouvir.
Edson Leite Júnior – Teve algum caso que te marcou?
Vários. Em um deles, eu estava no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) com a equipe que fez a captação de um coração para um transplante que ocorreria em São Paulo. O doador daquele coração era um pastor que faleceu aos 52 anos.
Nós íamos entregar o coração em uma caixa a um helicóptero dos bombeiros no pátio, que levaria o órgão até o aeroporto. Eu estava preocupada com a possibilidade de membros da família do doador estarem no pátio. Eu queria proteger a família, porque pensei que talvez não fosse bom para eles olhar aquela caixa passando com o coração dentro. Mas não tivemos tempo de verificar se havia alguém no pátio.
Quando saímos do hospital, havia cerca de dez pessoas da família no pátio. Eles assistiram toda a cena, da caixa passando. Em vez de acharem ruim, eles começaram a aplaudir, e aplaudiram até o helicóptero partir. Aquele momento foi emocionante e me marcou muito. Eles agradeceram e disseram “ame mais, abrace mais, faça o que você puder em vida”.
São muitos casos emocionantes. Saímos do extremo da dor para o extremo do amor. Essas famílias têm muito a ensinar sobre altruísmo, superar a sua dor naquele momento difícil para ceder algo, doar algo de um ente querido para salvar outras vidas.
Italo Wolff – A família do doador sabe quem foi o paciente que recebeu o órgão? É comum que exista esse contato?
Não. Pela legislação, nós da central de transplantes não podemos facilitar esse contato nem fornecer informações sensíveis. Podemos apenas dar algumas informações, como a idade, sexo e estado do paciente transplantado. Algumas famílias descobrem quem foi o receptor por notícias na imprensa, mas isso não é incentivado pelas centrais e nem pela legislação.
Existem várias razões para manter essa distância. Primeiro, porque uma das partes pode não querer estabelecer esse vínculo. Segundo, é possível que a família do doador queira receber algo por ter feito a doação. Além disso, é possível que essa relação não seja harmoniosa. As pessoas acham que vai ser um encontro lindo, mas é preciso respeitar os limites da outra parte. A família do doador sofreu uma perda, está abalada. Buscamos resguardar as privacidades.
Italo Wolff – Por que a pandemia aumentou a fila de transplantes? Por que ainda não recuperamos taxas de doações pré-pandemia?
A pandemia de Covid-19 suspendeu os transplantes por seis meses. Os surtos dentro das unidades de saúde, a circulação de pacientes contaminados, a imunossupressão dos receptores, tudo isso influenciou. Foi uma época em que a doação de órgãos era uma preocupação secundária da imprensa, pois todos os olhos estavam voltados para o novo vírus.
A retomada pós-pandemia envolve um trabalho de sensibilização. Agora, entramos em setembro e vamos mobilizar as equipes para o setembro verde, com ações de conscientização.
Hoje, os efeitos são menores, mas ficou o impacto. A fila de espera tem 2 mil pessoas em Goiás, são 65 mil em todo o Brasil. A maioria no estado (1,5 mil) esperam córneas, cerca de 400 esperam rins.
Italo Wolff – O maior obstáculo continua sendo a recusa das pessoas de doar?
Sim. Temos demanda e pessoas para realizar o transplante, mas o gargalo são os doadores. Se você se questionar qual a maior probabilidade, de entrar na fila para receber um transplante ou de se tornar um doador de órgãos, vai concluir que é bem mais provável precisar de um órgão. Apenas quem tem morte encefálica pode doar, e apenas 3% das pessoas no país chegam a este diagnóstico.
Só vamos conseguir reduzir as listas se conseguirmos aumentar as doações. Para isso, temos de diminuir a recusa. Estados como Santa Catarina têm 28% de recusa; em Goiás, 63% das famílias que podem dizer “sim” acabam recusando.
Italo Wolff – Onde a central de transplantes realiza esse trabalho de conscientização?
Em todos os locais onde somos solicitados. Vamos a escolas, igrejas, empresas, onde quer que possamos sensibilizar as pessoas para essa causa.
Edson Leite Junior – As igrejas são receptivas?
Sim. As pessoas acham que a igreja vai ser contra, mas não são. A maior dificuldade associada com as religiões é a ideia de milagre; da interpretação de que o familiar com morte encefálica pode passar por um milagre e ser curado. Na realidade, a morte encefálica é a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.
É uma parada permanente, mas, pelo fato de que o coração continua batendo, as pessoas têm esperança. O que eu sempre levo para essas ocasiões é o que uma mãe de paciente com morte encefálica me disse no Hugol. O filho dela tinha 16 anos. Quando foi oferecido para ela a possibilidade da doação, ela me disse: “Eu vim até aqui rezando por um milagre. Eu não sabia que o milagre seria o meu filho na vida de outras pessoas.”
Esse, para mim, é o milagre da doação de órgãos. É a oportunidade de salvar outras vidas, mesmo depois da morte.
Italo Wolff – Qual a perspectiva para o futuro da área em Goiás? Há investimentos para ampliação do programa?
Estou na central de transplantes desde uma época que não tínhamos sede, nosso número de funcionários era muito reduzido, nossa estrutura era bem menor. Hoje temos sede, três unidades dentro dos maiores hospitais de urgência do estado, mais de 130 funcionários, cada vez mais profissionais treinados e habilitados para transplantar. Então, a tendência é evoluir.
O HGG é hoje o nosso maior centro transplantador, com 85% dos procedimentos do estado. Todos feitos pelo SUS, com uma estrutura que é melhor do que a da maioria dos hospitais privados. Em breve, começaremos a fazer transplantes de medula e pâncreas no HGG.
Já foi investido muito e os investimentos estão cada vez maiores. A atual gestão da SES abraçou a causa dos transplantes. Temos acesso ao secretário de saúde e podemos resolver problemas de forma rápida. A coordenação nacional já esteve em Goiás e ficou surpresa com o apoio e eficiência.
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O HOJE
Governo de Goiás une tecnologia e humanização no atendimento a gestantes
Projetos desenvolvidos e aprimorados pela Secretaria de Estado de Saúde promovem partos naturais sem dor e definem protocolos personalizados de acompanhamento do bebê
O cuidado durante a gestação e a humanização do parto é foco de projeto do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES). As policlínicas de Luziânia, Formosa, Jataí e Uruaçu ganharam novos centros obstétricos e os profissionais serão capacitados para realização de procedimentos que usam a tecnologia em favor da gestante e seu bebê. O objetivo é levar para todas as regiões do estado práticas como o Parto Adequado (natural, mas sem dor), já adotado no Hospital Estadual do Centro Norte Goiano (HCN), em Uruaçu.
A metodologia do Parto Adequado foi aprimorada por anestesiologistas do HCN para permitir a realização de partos naturais com anestesia peridural walking, que ameniza a dor sem tirar a força muscular da parturiente. “Conhecida também como walking epidural ou peri walking, a técnica é uma abordagem inovadora que proporciona alívio da dor de forma eficaz, permitindo às pacientes manterem a mobilidade e, assim, participarem do processo do parto natural, só que sem dor”, explica o secretário da Saúde, Sérgio Vencio.
Ao contrário da anestesia geral, que induz à inconsciência, a peri walking aplica anestésicos na medula espinhal, reduzindo a sensação de dor, mas mantendo a sensibilidade e, na maioria dos casos, a quase totalidade da força motora nas pernas, abdome e períneo. A paciente permanece ativa, caminhando e ajustando sua posição conforme necessário, pois a movimentação auxilia no progresso do parto. “É fundamental que essa técnica seja administrada por anestesiologista experiente, pois o equilíbrio entre alívio da dor, mobilidade e força muscular precisa ser cuidadosamente ajustado para cada paciente e situação”, explica o anestesiologista e diretor técnico do HCN, Luciano Dias.
Ainda segundo o médico, o Parto Adequado acolhe e cuida das pacientes ao longo de toda a gestação, oferecendo um atendimento ainda mais seguro e confortável para mãe e bebê. As pacientes podem ter um parto natural sem dor, acompanhadas pela enfermeira obstetra, médico, doula, além do acompanhante. Para ampliar o conforto, no HCN, o centro obstétrico conta com quartos com música relaxante, cromoterapia e aromaterapia apropriados para assistência humanizada, em ambiente lúdico. O método exige avaliação individual e tem sido opção muito utilizada na unidade com alto índice de recomendação entre as próprias pacientes.
Inteligência Artificial
No HCN também está em teste um projeto piloto de Inteligência Artificial, desenvolvido pela Superintendência de Tecnologia e Inovação da SES. A Caren, como foi chamada, organiza as informações da gestação e os dados do recém-nascido, inseridas pela equipe assistencial. Após análises, a IA repassa a indicação do grau de cuidado que se deve ter com a criança ao nascer e os protocolos a serem seguidos, na primeira etapa. Em uma segunda etapa, as mães recebem um guia personalizado dos principais cuidados que devem manter em casa com o recém-nascido.
“O objetivo dessa inovação, premiada em agosto pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia de Comunicação e Informação, é diagnosticar e interferir no cuidado, especialmente de prematuros e outras condições, reduzindo a mortalidade neonatal”, define Sérgio Vencio. Ele lembra que essa IA está em fase de testes e modelagem no HCN e que, após as análises, deverá ser estendida às outras unidades da rede estadual, incluindo o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), referência estadual para alto risco gestacional que, assim como o HCN, se consolidando na assistência humanizada a gestantes, mamães e bebês.
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AGÊNCIA BRASIL
Vacinação é um ganho civilizatório, afirma Nísia Trindade
Reconstruir a confiança da população nas vacinas é um desafio que se impôs ao Brasil nos últimos anos. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, a ministra Nísia Trindade afirmou que retomar as altas coberturas vacinais é uma missão de toda a sociedade e que o governo trabalha para retomar seu papel como autoridade sanitária e como referência mundial em vacinação.
"A recuperação [da confiança da população] é um desafio que estamos vencendo", avalia a ministra, destacando, entre outras iniciativas, a retomada das campanhas de multivacinação.
"Começamos [as campanhas de vacinação] por estados da Região Norte e fronteiriços justamente para reduzir o risco de reentrada de doenças como a poliomielite, após terem sido identificados casos no Peru. O Brasil está na lista de países sob esse risco, de acordo com a OMS", explicou Nísia.
Para a ministra, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completa 50 anos em 2023, é uma conquista histórica dos brasileiros.
"O PNI e o Sistema Único de Saúde [SUS] são reconhecidos em todo o mundo e nos permitem enfrentar mais de 20 tipos de doenças. Erradicamos a varíola, eliminamos a poliomielite, a rubéola, a síndrome da rubéola congênita e o sarampo. Imaginem se todas essas doenças voltassem a se alastrar? Com a queda nas coberturas vacinais nos últimos anos, infelizmente, o sarampo retornou, e temos de fazer de tudo para evitar o retorno da poliomielite."
Ela alerta que a falta de imunização coloca vidas em risco e destaca que o crescimento da expectativa e da qualidade de vida dos brasileiros está intimamente ligado à vacinação.
"A vacinação é um dos grandes ganhos civilizacionais, permitindo controlar e erradicar inúmeras doenças. Seu impacto positivo para a saúde é comparado pela Organização Mundial da Saúde ao do acesso à água potável. Ambas nos permitiram muito mais qualidade de vida e estão na base do aumento significativo da expectativa de vida ao longo do último século no país, que saltou de 45,5 anos na década de 1940 para 77 anos hoje."
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:
Agência Brasil: Qual é o balanço parcial desses primeiros meses do Movimento Nacional pela Vacinação? Há novos passos sendo preparados?
Nísia Trindade: A vacinação voltou a ser tema prioritário do governo federal. Nesse sentido, a nossa primeira ação foi restabelecer a autoridade sanitária do Ministério da Saúde. As pessoas voltaram a ter uma referência unificada na busca de orientações. Por mais que a desinformação ainda tente promover o negacionismo, o combate a essas ações criminosas contra a saúde pública é prioridade. Considero que já avançamos, portanto, na reconstrução da confiança da população nas vacinas, isso é resultado de um trabalho amplo de todo o Governo Federal, da retomada da ciência, do diálogo e parceria com entidades, sociedade civil, instituições de pesquisa e universidades. Retomar as altas coberturas vacinais é uma missão de toda a sociedade. Isso permite resgatar a relação histórica de confiança entre governo e sociedade, que já fez o Brasil ser referência mundial em vacinação e eliminar doenças como o sarampo, que infelizmente retornou, e a poliomielite.
Outra frente de atuação tem sido a retomada de campanhas importantes no âmbito do Movimento Nacional pela Vacinação, como para a vacina bivalente contra a covid-19 e suas variantes e para a multivacinação nos estados. Neste último caso, adotamos uma estratégia inovadora, o microplanejamento, que permite adaptar as ações à realidade local, de acordo com as próprias referências e manifestações culturais, mobilizando a população e comunicadores locais. Oficinas do Ministério da Saúde com estados e municípios têm sido realizadas para pensarmos conjuntamente sua implantação. A multivacinação já chegou em alguns estados, como Amapá, Acre, Pará, Maranhão e Rio de Janeiro, e terá passado por todo o país até o final do ano.
Começamos por estados da Região Norte e fronteiriços justamente para reduzir o risco de reentrada de doenças como a poliomielite, após terem sido identificados casos no Peru. O Brasil está na lista de países sob esse risco, de acordo com a OMS. O desmonte nas políticas de vacinação que aconteceu nos últimos anos deixou impactos profundos nas coberturas vacinais. A recuperação é um desafio que estamos vencendo, mas não se dará de forma imediata. Como já disse o presidente Lula, a destruição é rápida, a reconstrução leva tempo.
Agência Brasil: Há uma expectativa grande em relação à incorporação da vacina contra a dengue ao PNI. Pode falar sobre como está esse processo?
Nísia Trindade: O processo de incorporação da vacina contra a dengue está seguindo todos os critérios necessários. A biofarmacêutica Takeda, que tem a propriedade da vacina Qdenga, entrou com o pedido na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS [Conitec] no início de agosto, com informações sobre o produto para a análise. É o primeiro passo. É fundamental essa análise técnico-científica para garantir à população acesso a vacinas efetivas. Temos o aval da Anvisa, precisamos agora avaliar os demais critérios, como a segurança, eficácia, custo-efetividade e impacto orçamentário. Os preços devem considerar a abrangência do SUS e refletir o compromisso das empresas que atuam no campo da saúde pública. É importante deixar claro que o Ministério da Saúde não irá, em nenhuma hipótese, deixar de incorporar uma tecnologia ou uma vacina no SUS, se todos os critérios forem cumpridos - seja essa tecnologia fabricada no exterior ou no Brasil.
Também devemos lembrar que a vacina é um meio importante de enfrentar problemas de saúde, mas não o único. Na frente do controle do vetor da doença, temos iniciativas como o projeto Wolbachia. Ele mobiliza um método de liberação de mosquitos com a bactéria Wolbachia, que impede o desenvolvimento e transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya pelo vetor. Já há casos bem-sucedidos e buscamos dar escala a essa experiência e outras inovações que se mostrem eficazes no combate a essas doenças.
Agência Brasil: Já há uma definição de em que lugar do calendário vacinal a imunização contra a covid-19 vai entrar? Será uma vacina infantil?
Nísia Trindade: Essa é uma decisão que ainda está em debate pelo Programa Nacional de Imunizações [PNI], com assessoramento da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), à luz das pesquisas e das contribuições científicas para a decisão. Mais urgente, e nossa prioridade no momento, é que todos os públicos tenham o esquema vacinal atualizado. Faço então um apelo a todas e todos para que não deixem de tomar as doses recomendadas para cada faixa etária, e não deixem de tomar a dose de reforço com a vacina bivalente. As vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde.
Agência Brasil: É possível fazer um exercício de imaginar o Brasil e o SUS sem o PNI? Qual seria o impacto nos vários aspectos da vida do brasileiro: saúde, educação, trabalho, renda, lazer...
Nísia Trindade: A vacinação é um dos grandes ganhos civilizacionais, permitindo controlar e erradicar inúmeras doenças. Seu impacto positivo para a saúde é comparado pela Organização Mundial da Saúde ao do acesso à água potável. Ambas nos permitiram muito mais qualidade de vida, e estão na base do aumento significativo da expectativa de vida ao longo do último século no país, que saltou de 45,5 anos na década de 1940 para 77 anos hoje. O PNI e o Sistema Único de Saúde [SUS] são reconhecidos em todo o mundo e nos permitem enfrentar mais de 20 tipos de doenças. Erradicamos a varíola, eliminamos a poliomielite, a rubéola, a síndrome da rubéola congênita e o sarampo. Imaginem se todas essas doenças voltassem a se alastrar? Com a queda nas coberturas vacinais nos últimos anos, infelizmente, o sarampo retornou, e temos de fazer de tudo para evitar o retorno da poliomielite. O PNI faz 50 anos esse ano e foi uma conquista histórica de todos os brasileiros, garantindo que as vacinas sejam direito de todos os brasileiros. O PNI transformou o Brasil em referência de vacinação e é isso que vamos retomar no nosso governo.
Agência Brasil: Qual é o custo das baixas coberturas para o SUS nos últimos anos? Tem sido necessário aumentar investimentos em vigilância e tratamento de doenças preveníveis? Como esse impacto está sendo percebido?
Nísia Trindade: O custo é colocar vidas em risco pela falta de vacinação, com possibilidade de retorno da poliomielite e outras doenças que já haviam sido eliminadas. Nosso esforço agora é para evitar que isso aconteça, evitar que o Brasil retroceda ainda mais. Estamos trabalhando no fortalecimento da vigilância, isso entrou inclusive no PAC, com investimentos nos 47 laboratórios de Saúde Pública e avanço na inteligência genômica, por exemplo - são R$ 272 milhões de investimentos nessa área. Isso impacta diretamente na preparação do país para futuras emergências, o que tem sido pauta prioritária inclusive da nossa agenda internacional, e a vigilância é parte fundamental desse processo.
Agência Brasil: O PNI é frequentemente citado como modelo internacional para a imunização na saúde pública. O Brasil coopera de que forma exportando esse modelo?
Nísia Trindade: Quando começamos a avançar com maior expressão, a partir de fins da década de 1980, o mundo ficou impressionado com nossa capacidade de engajar a população, de estabelecer essa relação de confiança com a vacinação. A experiência bem-sucedida e a proteção contra diversas doenças, perceptíveis nos dados de redução e eliminação dessas doenças, reforçaram essa confiança que precisamos hoje recuperar. Reconquistar as altas coberturas vacinais, portanto, em um segundo momento, pode voltar a nos colocar em uma posição de referência que nos faça contribuir mais no enfrentamento ao negacionismo e à hesitação vacinal. Nosso objetivo é voltar a ser exemplo para o mundo. Retomar essa posição de referência internacional e mobilizá-la na nossa cooperação com outros países, incluindo a vacinação, é nossa prioridade.
Agência Brasil: Qual é a expectativa em relação aos cronogramas de investimento no Complexo Industrial da Saúde? Quando o país poderá começar a se beneficiar desses investimentos e por que isso é essencial?
Nísia Trindade: A recriação do Grupo Executivo do Complexo Econômico e Industrial de Saúde foi uma das primeiras ações dessa gestão, dada a importância desse tema para o nosso governo. Nosso plano de trabalho é fazer com quem, em dez anos, mais de 70% dos bens de saúde sejam produzidos no país, entre vacinas, medicamentos e insumos. Vimos como isso é essencial durante a pandemia da covid-19, quando tivemos de importar ingrediente farmacêutico ativo para as vacinas e tantos outros insumos essenciais, como máscaras e luvas, por exemplo. A maior autonomia do Brasil no setor com o desenvolvimento da indústria local reduz a vulnerabilidade do SUS e assegura o acesso universal à saúde, além da geração de emprego e renda. Essa área terá um investimento robusto previsto no PAC, de mais de R$ 8,9 bilhões. Serão R$ 6 bilhões para o fortalecimento da cadeia de produção de vacinas, medicamentos e equipamentos. E mais R$ 2 bilhões para construção e pré-operação das fábricas do campus Santa Cruz da Fiocruz, que será o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina. Com a evolução da indústria farmacêutica e das tecnologias empregadas na produção de medicamentos, o segmento de biológicos tende a crescer no mundo. Também serão investidos R$ 895 milhões no parque fabril da Hemobrás e na qualificação da hemorrede no país, o que vai impactar diretamente os pacientes com hemofilia, facilitando o acesso ao tratamento com hemoderivados.
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ISTOÉ
92% das pessoas voltam a engordar após bariátrica, aponta estudo da USP
Um novo estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) identificou que aproximadamente 92% dos pacientes bariátricos começam a reganhar peso, ou seja, readquirem pelo menos 20% do peso perdido com o procedimento, após dois anos da cirurgia.
A pesquisa identificou que esse reganho coincide com o momento em que os pacientes deixam de frequentar as consultas com o psicólogo.
+ Jojo Todynho mostra como ficou sua barriga após cirurgia bariátrica
- A maioria faz o acompanhamento por até dois anos. E é nessa hora que costumam ter algum reganho de peso. Até dois anos de bariátrica é a lua de mel, quando o paciente vai perdendo quilos, sendo reconhecido pela sociedade e pela família. Depois, percebe que muitas daquelas frustrações não foram resolvidas e começa o ciclo do reganho - afirmou Jogilmira Macêdo, autora do estudo da USP, que foi realizado com pacientes de um hospital em João Pessoa, na Paraíba.
O resultado da análise ainda apontou que cerca de 22% dos voluntários tinham algum grau de compulsão alimentar, grave ou leve - figurando como o transtorno mais associado ao reganho de peso.
Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), aproximadamente 60% das pessoas com obesidade sofrem de algum distúrbio psiquiátrico. Além da compulsão alimentar, a depressão também é muito comum entre elas.
No ano passado, foram realizadas 74.738 cirurgias do tipo no país pelo SUS e planos de saúde, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Considerando o percentual apontado pelo estudo da USP, o número de pacientes que não conseguem manter o peso conquistado pode chegar a mais de 69 mil.
De acordo com os últimos dados divulgados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o percentual de obesidade entre brasileiros acima de 18 anos chegou a 22%, em 2022.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 01/09/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cremego se posiciona “radicalmente contra" liberação do porte de maconha
Artigo - As novas leis e a medicina
Goiânia sedia projeto de rastreamento precoce do câncer de mama
Governo de Goiás lança campanha sobre doação de órgãos e tecidos
Justiça determina improcedente ação do MP em acusação milionária na aquisição de remédios pela SMS
Goianos relatam superação de doenças com canabidiol, substância da maconha
Cremego se posiciona contra descriminalização da maconha
Torcedor fanático do Santos, Faustão recebe coração de são-paulino, revela primo de doador
Paciente de clínica clandestina onde 50 pessoas foram resgatadas com desnutrição e graves ferimentos fala das condições do local: 'Lá é um inferno'
Vacinação brasileira é modelo para o mundo, mas enfrenta desafios
Tecnologia para tratar câncer de pele é aprovado para uso no SUS
A REDAÇÃO
Cremego se posiciona “radicalmente contra" liberação do porte de maconha
Em nota assinada pelo presidente Fernando Pacéli Neves de Siqueira, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) se posicionou “radicalmente contra" a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal no Brasil. O tema está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e o placar está com 5 votos favoráveis e um contrário à descriminalização. A votação foi suspensa após pedidos de vista.
No texto divulgado nesta quinta-feira (31/8), o Conselho considera o uso da maconha “uma ameaça grave à saúde pública” e argumenta que “estudos científicos demonstram que não há dose de consumo segura e que o uso da maconha”. Ainda na nota, o Cremego defende que a droga causa “uma série de efeitos adversos à saúde, incluindo prejuízos cognitivos, riscos respiratórios e implicações psiquiátricas significativas”.
A nota pode ser conferida na íntegra abaixo.
Cremego manifesta-se radicalmente contra a liberação do porte e uso da maconha no Brasil
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), cumprindo o seu compromisso primordial de proteger a saúde e bem-estar da população, vem a público manifestar-se radicalmente contra a liberação do porte e uso da maconha no Brasil.
Em julgamento no Supremo Tribunal Federal, em debate no Congresso Nacional e já defendida em moção do Conselho Nacional de Saúde, a liberação do porte de maconha para consumo pessoal é uma ameaça grave à saúde pública.
Estudos científicos demonstram que não há dose de consumo segura e que o uso da maconha está associado a uma série de efeitos adversos à saúde, incluindo prejuízos cognitivos, riscos respiratórios e implicações psiquiátricas significativas.
A literatura médica estabelece uma associação sólida entre o uso de maconha, especialmente em idades jovens, e o aumento no risco de desenvolvimento de esquizofrenia - uma grave doença mental, que afeta o pensamento, a percepção e o comportamento - em indivíduos geneticamente predispostos.
O aumento do quadro depressivo entre os brasileiros, o crescimento alarmante dos índices de suicídio entre a nossa população e as deficiências na assistência à saúde mental no Brasil já são motivos mais do que suficientes para a rejeição de qualquer proposta de legalização da droga no País.
Essa proposta está na contramão do momento que vivemos e que exige a proteção da população, a melhoria dos serviços de saúde e a conscientização dos brasileiros sobre o autocuidado e, não, o aceite da introdução na sociedade de mais uma substância com risco comprovado.
Apelos de pequenos grupos envoltos em interesses escusos não podem justificar a adoção de uma medida que ameaça o futuro do País.
Portanto, diante das evidências acumuladas sobre os riscos da maconha para a saúde mental e física da população, conclamamos as autoridades competentes a considerarem cuidadosamente as implicações desta substância antes da tomada de decisões relacionadas à liberação de seu porte e uso.
Fernando Pacéli Neves de Siqueira – Presidente do Cremego
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Artigo - As novas leis e a medicina
Na semana passada, nos deparamos com a sanção de uma lei que garante às mulheres o direito à presença de um acompanhante durante atendimentos médico-hospitalares, inclusive procedimentos cirúrgicos. Esse é apenas um exemplo da enxurrada de leis sancionadas e projetos apresentados diariamente em Goiás que nos causam preocupações legítimas sobre os potenciais efeitos negativos na qualidade do atendimento médico e na segurança dos pacientes.
A intenção por trás dessas medidas pode até ser nobre, mas é crucial considerar atentamente as consequências práticas antes de implementá-las. Porém, surpreendentemente, o que temos visto é que a voz da classe médica, que possui conhecimento técnico e experiência direta, é deixada de lado durante o processo de elaboração e aprovação das leis.
Voltando ao exemplo inicial, embora a presença de um acompanhante no centro cirúrgico possa ser vista como uma forma de proporcionar segurança e apoio emocional às pacientes, na prática ela representa riscos significativos à pessoa que será operada.
Basta observar que a presença de um acompanhante no ambiente esterilizado de um centro cirúrgico introduz um elemento de risco de infecção. O acompanhante leigo na área da saúde também pode não estar preparado para assistir os procedimentos ou lidar com intercorrências comuns em cirurgias, dispersando a concentração da equipe médica.
E mais: a aplicação dessa e de outras leis que impactam o trabalho dos médicos e o funcionamento das unidades de saúde tem um custo, cuja fonte de cobertura não é determinada. Ou seja, os legisladores não definem quem irá ressarcir o hospital pelo custo extra com a paramentação do acompanhante, por exemplo.
Assim, a obrigatoriedade de cumprimento de algumas dessas leis pode resultar em falta de recursos, sobrecarga de trabalho e dificuldades operacionais nos hospitais e isso, por sua vez, pode afetar negativamente a qualidade dos cuidados de saúde oferecidos aos pacientes, levando, em casos extremos, a consequências fatais.
A falta de compreensão das complexidades inerentes à prestação de cuidados de saúde fica evidente em algumas propostas em tramitação no legislativo municipal e estadual. Como sanar esse problema? É simples! Basta consultar as entidades médicas e hospitalares.
O Cremego está de portas abertas para contribuir com deputados e vereadores e ajudá-los na construção de leis que melhorem a assistência à população. É só nos procurarem para que possamos, juntos, cessar esse ciclo de leis inexequíveis e mal concebidas que podem, inadvertidamente, comprometer a saúde e até mesmo a vida dos pacientes que deveriam proteger.
*Fernando Pacéli Neves de Siqueira é médico pediatra e presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego)
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Goiânia sedia projeto de rastreamento precoce do câncer de mama
Com foco no rastreamento precoce do câncer de mama, o Hospital e Maternidade Dona Iris sediou, nesta quinta-feira (31/8), o início de um projeto pioneiro no Brasil. Na ocasião, como parte do programa Goiânia Sempre Rosa, ocorreu a conclusão da capacitação de profissionais de saúde que trabalham na linha de frente, como médicos e enfermeiros, quando o assunto é a detecção da neoplasia a partir dos 40 anos. A cerimônia contou com a presença do prefeito, Rogério Cruz; da primeira-dama, Thelma Cruz; e do secretário municipal, Durval Pedroso.
A capacitação, segundo o prefeito Rogério, reforça o compromisso da atual gestão municipal com a garantia do acesso das mulheres aos serviços de saúde. "A partir dessa iniciativa, a nossa rede de acolhimento contará com mais 40 profissionais aptos a identificar possíveis casos da doença", disse.
A iniciativa foi direcionada a médicos, enfermeiros e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O ciclo visa aprimorar os protocolos e agilizar o acesso a exames fundamentais, como a mamografia e ultrassonografia de mama. Com a formação, 100% da rede de Goiânia está preparada para o diagnóstico do câncer.
O evento foi marcado pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), um dos sistemas públicos mais robustos e inclusivos do mundo. Rogério Cruz compartilhou com os formandos o processo de tratamento e cura da doença vivenciada por sua mãe, Marizes Cruz.
"Ela foi diagnosticada com câncer de mama ainda no início da doença e passou pelo tratamento. Com o apoio de profissionais como vocês, ela foi curada. Por isso, é motivo de orgulho participar desse momento que prepara as pessoas para cuidar das pessoas" disse. "E tudo isso é possível porque temos um sistema único de saúde abrangente e robusto, que se fortalece a cada dia", acrescentou.
Secretário de Saúde da capital, Durval Pedroso também defendeu o SUS e as ações desenvolvidas pela Prefeitura de Goiânia para melhorar os serviços de Atenção Primária. A primeira-dama Thelma Cruz comentou sobre os resultados conquistados no programa Goiânia Sempre Rosa, como a capacitação dos profissionais, e reforçou a importância dos "trabalhos sociais para ampliar a rede de proteção à saúde das mulheres".
A melhoria do sistema público de saúde também foi defendida pelo médico Ivo Santos Souza, que atua na USF Vila Mutirão e participou da formação. "A capacitação foi muito esclarecedora e Goiânia está sendo pioneira no rastreamento do câncer de mama a partir dos 40 anos. Isso é um marco para quem defende saúde pública de qualidade", disse.
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Governo de Goiás lança campanha sobre doação de órgãos e tecidos
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realiza uma série de ações na campanha Setembro Verde, criada para intensificar ações de educação, informação e sensibilização da população sobre doação de órgãos e tecidos para transplante. O lançamento será nesta sexta-feira (1º/9), às 9h, no auditório do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), com a presença do secretário estadual da Saúde, Sérgio Vencio. O evento vai contar com apresentação especial da banda do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, seguida de depoimentos de um receptor de órgãos e uma família doadora.
Na programação da campanha está agendado o 2º Pedal pela Vida, no dia 17, às 8h, com participação especial de Patrícia Fonseca, triatleta transplantada de coração. No dia 19, às 9h, no plenário da Assembleia Legislativa, haverá homenagem aos parceiros envolvidos na doação e transplante em Goiás e, no dia 27, Dia Nacional da Doação de Órgãos, será realizada blitz com motoristas e entrega de material informativo, na Rua 94, Setor Sul, em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran).
Desde 2017, início das cirurgias de transplante no HGG, até agosto deste ano, 805 transplantes renais foram realizados na unidade, 104 deles apenas em 2022, o que representa 92% dos 113 procedimentos registrados no Estado, além de 45 transplantes de fígado. Esses números colocam o HGG entre os dez maiores centros transplantadores de rins no Brasil, segundo dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
“O Governo de Goiás investiu recursos para que o hospital pudesse ter uma unidade de referência que hoje faz transplantes de rins, fígado, pâncreas, rim-pâncreas e medula óssea”, explica Sérgio Vencio. “A secretaria está viabilizando uma parceria com a Universidade Federal de Goiás para capacitar médicos na captação de córneas, uma das principais demandas no estado”, adianta.
A gerente da Central de Transplantes, Katiuscia Freitas, ressalta que, apesar de o Estado promover atividades durante todo o ano, o mês de setembro foi escolhido, nacionalmente, para intensificar essas ações. “Essa transformação cultural, que é falar abertamente sobre a doação de órgãos, é muito importante para promover o tema e alertar a população. Tanto que, no ano passado, tivemos um aumento no número de doações e transplantes logo após o período da campanha”, afirma Katiuscia.
Mobilização
De janeiro a junho de 2023, foram realizados 474 transplantes de órgãos e tecidos em Goiás, um aumento de 47,5% em relação a 2022. Esse total envolve 87 rins, 3 fígados, 334 córneas, 17 transplantes de medula óssea e 5 musculoesquelético, captados de 69 doadores, beneficiando receptores que aguardavam na fila de transplantes em Goiás e de outros Estados.
“Precisamos evoluir na aceitação da família e, consequentemente, diminuir o tempo de espera para o transplante”, defende a gerente de Transplantes. “Além disso, a lista de espera, hoje, é a maior da história brasileira, com mais de 65 mil pessoas aguardando. Isso só será possível à medida que falarmos sobre o tema”, alertou Katiuscia.
Ainda segundo a gerente, o grande desafio para o aumento dos transplantes continua sendo a recusa familiar, que chega a 63,4%, por decisões que envolvem desconhecimento, mitos e tabus em torno do tema. “Por esse motivo, é importante sensibilizar a população sobre o assunto, tendo em vista que quem decide pela doação é a família", explica.
Também como ações pelo Setembro Verde, estão previstas a iluminação de fachadas de órgãos públicos e privados, parcerias com shoppings centers e times de futebol (Atlético Goianiense, Goiás Esporte Clube e Vila Nova), e palestras solicitadas para o período (hospitais, escolas e empresas).
Programação do Setembro Verde:
1/9 – Abertura da Campanha de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, no auditório do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), a partir das 9h.
17/9 - 2º Pedal pela Vida – A partir das 8h. Expectativa de participação de cerca de 300 profissionais da saúde, parceiros e comunidade. O percurso será de ida e volta, entre o Parque Areião, Jardim Goiás e Parque Vaca Brava. Haverá participação especial de Patrícia Fonseca, triatleta transplantada de coração, palestrante motivacional e fundadora do Instituto Sou Doador. Haverá ainda distribuição de kit e sorteio de brindes aos inscritos.
19/9 - Homenagem aos parceiros da doação e transplante em Goiás. A partir das 9h, no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), com entrega de certificado de reconhecimento para cem representantes de hospitais, empresas, laboratórios e parceiros para receberem certificado de reconhecimento.
27/9 - Dia Nacional da Doação de Órgãos, Ação na Rua 94, Setor Sul, com blitz para motoristas e entrega de folder, esclarecendo sobre mitos e verdades aos motoristas em parceria com o Detran. Haverá ainda uma mobilização com as regionais de saúde, com divulgação e sensibilização junto aos gestores municipais.
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JORNAL OPÇÃO
Justiça determina improcedente ação do MP em acusação milionária na aquisição de remédios pela SMS
De acordo com o MPGO, o ex-gestor da pasta, o médico Elias Rassi, o ex-assessor de Planejamento da SMS e da Santa Casa, Ségio Norio Nakamura, e o ex-diretor-geral do hospital, Sérgio Antônio Machado, teriam causado um rombo de R$ 2 milhões no convênio 006/2011, firmado há mais de 10 anos entre a secretaria e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia
A 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos de Goiânia determinou nesta quinta-feira, 31, improcedente a ação do Ministério Público de Goiás (MPGO) que acusava supostas irregularidades na aquisição de medicamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
De acordo com o MPGO, o ex-gestor da pasta, o médico Elias Rassi, o ex-assessor de Planejamento da SMS e da Santa Casa, Sérgio Norio Nakamura, e o ex-diretor-geral do hospital, Sérgio Antônio Machado, teriam causado um rombo de R$ 2 milhões no convênio 006/2011, firmado há mais de 10 anos entre a secretaria e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
Porém, a juíza que determinou a improcedência argumentou que “não há nos autos evidências de perda patrimonial efetiva do ente municipal ou mesmo a liberação ilegal de verba pública ou mesmo a sua aplicação irregular”.
“Ora, diante das provas existentes nos autos, é possível comprovar que a aquisição de medicamento e insumos na forma relatada pelo Ministério Público ocorreu a fim de que as atividades de ensino do hospital escola, e consequentemente a prestação do serviço de saúde à população da região noroeste de Goiânia fosse devidamente prestada, sem paralisações”, completou a magistrada.
Para ela, os recursos do convênio foram aplicados corretamente, como previsto no contrato firmado, o que “descaracteriza eventual ato de improbidade”.
Elias Rassi deixou a gestão da Secretaria de Saúde de Goiânia há 12 anos e a ação do MP tramitou por sete anos. A decisão ainda é passível de recurso ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).
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Goianos relatam superação de doenças com canabidiol, substância da maconha
Suellen Gonçalves, de 38 anos, e Paulo Camargo, 63, compartilham suas experiências com o medicamento que mudou suas vidas
No ano de 2022, a moradora de Goiânia Suellen Gonçalves, de 38 anos, recebeu um segundo diagnóstico de Covid-19. Ela precisou de hospitalização que durou aproximadamente uma semana. A doença progrediu e afetou gravemente 75% de seus pulmões, resultando em diversas sequelas tanto no âmbito neurológico quanto físico.
O desenrolar dessa situação levou Suellen a desenvolver várias complicações de saúde que continuaram a afetá-la nos meses seguintes. Entre essas complicações, foi diagnosticada com fibromialgia, uma condição caracterizada por dores intensas em diversas partes do corpo.
Suellen revela que sua saúde ficou notavelmente enfraquecida devido a esse conjunto de acontecimentos. “A Covid-19 deixou várias sequelas neurológicas. Afetou minha memória, ansiedade, falta de atenção, alteração no sono e dores nas articulações”, afirma a professora.
Conforme relatado por ela, a dor crônica tornava a execução de atividades simples do dia a dia mais desafiadora. “A fibromialgia me condicionou a fortes dores em todas as partes do meu corpo, mas, principalmente, no pescoço, ombros, cotovelos, punhos, mãos e dedos.”
Um ano após passar por diversos tratamentos, incluindo medicamentos controlados, sessões de acupuntura e fisioterapia, a educadora recebeu recomendação médica para iniciar o uso do óleo de canabidiol.
“Ele tem sido muito importante no meu tratamento de dor crônica. Com efeito analgésico, tem me ajudado a reduzir as percepções das dores, proporcionando um alívio nos pontos de inflamações. Ele contribuiu bastante para uma melhor qualidade de vida. E hoje me sinto mais disposta, sem problemas de insônia, ansiedade e com uma melhora significativa no meu humor”, comenta Suellen.
Para ela, a utilização de CBD foi fundamental para retomar as atividades cotidianas. “Após o tratamento, voltei a dar aula, a praticar exercícios físicos regularmente (musculação), onde percebi a redução do estresse, a melhoria da qualidade do sono e melhora na autoestima”, celebra a profissional de educação física.
Suellen relata ainda que o procedimento resultou em uma sensação de calma profunda, além de uma notável melhoria na capacidade de concentração e direcionamento de atenção. “Sou imensamente feliz e digo que as pessoas precisam conhecer os benefícios do CDB e encontrar um alívio para tamanho desconforto com esse transtorno com dores generalizadas. É uma doença crônica, que afeta pra valer a qualidade de vida, incapacitando com cansaço, insônia e estresse crônico”, conclui.
Paulo Camargo, de 63 anos, sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais em fevereiro de 2022. Como resultado, o lado esquerdo do corpo do empresário ficou paralisado devido aos derrames, o que causou dificuldades significativas em sua mobilidade. Consequentemente, ele dependeu de uma cadeira de rodas para se locomover durante quase um ano.
A partir de janeiro, Paulo começou a utilizar o canabidiol, conforme prescrito pelo médico que monitora sua condição clínica. Ele relata que sua qualidade de vida experimentou melhorias notáveis desde então. Entre os avanços significativos, está a sua capacidade de voltar a caminhar sem a necessidade de assistência.
“Cada dia, era uma surpresa! Foram dois AVCs, um isquêmico e outro hemorrágico. Passei 21 dias na UTI. Não tomava banho e nem trocava roupa sozinho. Não andava sem auxílio de bengala! Depois do medicamento, faço tudo sozinho e a bengala e a cadeira de rodas estão encostadas!”, afirma o paciente.
Conforme relatado pelo empresário, ele desfruta de consideravelmente maior autonomia desde que começou a utilizar a medicação.
“Eu tô tomando o CBD há cerca de seis meses e mudou minha vida. Hoje consigo realizar tarefas do dia a dia sozinho. Faço limpeza da casa, faço comida, resolvo meus negócios bancário, odontológicos e até assistência aos meus clientes. O próximo passo é renovar a carteira profissional e comprar um carro. Também quero voltar à faculdade para terminar meu curso de direito”, celebra Paulo.
Segundo o Dr. Flavio Geraldes Alves, que é o presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC) e atua como consultor médico na NuNature Labs, que produz canabidiol, o medicamento se destaca como uma abordagem terapêutica altamente eficaz no tratamento de situações como fibromialgia e dores crônicas.
“O canabidiol atua muito bem nessas patologias inflamatórias. Ele tem um potencial analgésico e anti-inflamatório muito importante. Então, geralmente nesses casos costumamos ter boas respostas com o uso do do óleo”, explica o médico.
O especialista também menciona que existem múltiplos estudos que atestam a eficácia do canabidiol no manejo da fibromialgia.
“Ele atua, para além da dor e da inflamação, diretamente em receptores da serotonina, sendo um potencial ansiolítico e antidepressivo, o que melhora a qualidade de vida dos pacientes. Então, o tratamento com CBD é interessante porque, além de ser anti-inflamatório, ele atua na regulação da ansiedade, depressão e outros sintomas que podem ser desencadeados pelas dores crônicas”, afirma.
Ainda conforme Dr. Flávio Geraldes Alves, o canabidiol possui potencial para desempenhar um papel significativo em situações pós-AVC.
“É uma excelente opção terapêutica. O CBD pode auxiliar na recuperação neurológica desse paciente. Outra questão muito comum, os pacientes por terem essas condições debilitantes, podem desenvolver ansiedade ou depressão por perderem os movimentos. Então, o canabidiol tem esse potencial de melhorar a saúde mental e a qualidade de vida”, explica.
O doutor ainda acrescenta que o tratamento também tem efeito sobre a espasticidade, que resulta em dor crônica e restringe ainda mais a amplitude dos movimentos.
“Lesões neurológicas podem desenvolver sequelas motoras, como a espasticidade. O Canabidiol Full Spectrum, que contém o THC, pode ajudar nessa espasticidade e na dor que essa sequela pode causar”, afirma o Dr. Flávio.
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TRIBUNA DO PLANALTO
Cremego se posiciona contra descriminalização da maconha
Em nota, o Conselho considera o uso da maconha “uma ameaça grave à saúde pública"
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) se posicionou “radicalmente contra” a descriminalização da maconha na Brasil. O tema está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e o placar está com 5 votos favoráveis e um contrário à descriminalização. A votação foi suspensa após pedidos de vista.
No texto divulgado nesta quinta-feira (31), o Conselho considera o uso da maconha “uma ameaça grave à saúde pública” e argumenta que “estudos científicos demonstram que não há dose de consumo segura e que o uso da maconha”.
Confira a nota na íntegra:
Cremego manifesta-se radicalmente contra a liberação do porte e uso da maconha no Brasil
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), cumprindo o seu compromisso primordial de proteger a saúde e bem-estar da população, vem a público manifestar-se radicalmente contra a liberação do porte e uso da maconha no Brasil.
Em julgamento no Supremo Tribunal Federal, em debate no Congresso Nacional e já defendida em moção do Conselho Nacional de Saúde, a liberação do porte de maconha para consumo pessoal é uma ameaça grave à saúde pública.
Estudos científicos demonstram que não há dose de consumo segura e que o uso da maconha está associado a uma série de efeitos adversos à saúde, incluindo prejuízos cognitivos, riscos respiratórios e implicações psiquiátricas significativas.
A literatura médica estabelece uma associação sólida entre o uso de maconha, especialmente em idades jovens, e o aumento no risco de desenvolvimento de esquizofrenia – uma grave doença mental, que afeta o pensamento, a percepção e o comportamento – em indivíduos geneticamente predispostos.
O aumento do quadro depressivo entre os brasileiros, o crescimento alarmante dos índices de suicídio entre a nossa população e as deficiências na assistência à saúde mental no Brasil já são motivos mais do que suficientes para a rejeição de qualquer proposta de legalização da droga no País.
Essa proposta está na contramão do momento que vivemos e que exige a proteção da população, a melhoria dos serviços de saúde e a conscientização dos brasileiros sobre o autocuidado e, não, o aceite da introdução na sociedade de mais uma substância com risco comprovado.
Apelos de pequenos grupos envoltos em interesses escusos não podem justificar a adoção de uma medida que ameaça o futuro do País.
Portanto, diante das evidências acumuladas sobre os riscos da maconha para a saúde mental e física da população, conclamamos as autoridades competentes a considerarem cuidadosamente as implicações desta substância antes da tomada de decisões relacionadas à liberação de seu porte e uso.
Fernando Pacéli Neves de Siqueira – Presidente do Cremego
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PORTAL G1
Torcedor fanático do Santos, Faustão recebe coração de são-paulino, revela primo de doador
Jogador de futebol de várzea Fábio Cordeiro da Silva morreu após sofrer um AVC em Santos, no litoral de São Paulo. O coração dele hoje bate no peito do apresentador.
O coração que hoje bate no peito de Faustão, torcedor do Santos Futebol Clube, é são-paulino. O doador do órgão, Fábio Cordeiro da Silva, que morreu em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) era torcedor do tricolor paulista, conforme apurado pelo g1 nesta sexta-feira (1º).
Segundo André Batista da Silva, o primo Fábio torcia para o São Paulo desde a infância, assim como ele. Apesar da paixão de ambos pelo tricolor, a família é de Santos, no litoral de São Paulo, terra do clube alvinegro -- o jogador de várzea morava em Mongaguá, também no litoral paulista.
"Podemos dizer que o Faustão, que é santista, hoje tem um coração são-paulino", apontou André Batista ao g1.
Fábio e o São Paulo
André, de 41 anos, lembrou ter 'influenciado' o parente, que tinha 35, a torcer pelo São Paulo quando ainda eram crianças. O tricolor também é o time do coração de Flavio Cordeiro da Silva, irmão de Fábio, e do primo Adriano Pereira.
"Vem desde a infância, com os primos e o irmão. Somos todos são-paulinos", comentou André.
Fábio era jogador de futebol de várzea no litoral paulista e, segundo André, a família também sempre manteve laços com o esporte. "Jogávamos futebol de areia, praticávamos surfe e vôlei de praia. Sempre fomos muito ligados ao esporte na Baixada Santista".
Faustão e o Santos FC
Repórter esportivo durante a 'era Pelé' no Santos FC, Faustão é torcedor do clube alvinegro. Um registro dos dois, inclusive, foi publicado pelo filho do apresentador, João Silva, nas redes sociais.
Faustão também foi flagrado na arquibancada do Maracanã durante a final da Copa Libertadores da América entre Santos FC e Palmeiras, em janeiro de 2021.
O coração transplantado para o apresentador, inclusive, saiu de Santos (SP). O helicóptero que transportou o órgão até o Hospital Albert Einstein, na capital paulista, levantou voo do campo da Portuguesa Santista, outro clube de futebol da cidade.
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Paciente de clínica clandestina onde 50 pessoas foram resgatadas com desnutrição e graves ferimentos fala das condições do local: 'Lá é um inferno'
Homem se disse aliviado após ter sido resgatado. Operação de resgate foi feita pela Polícia Civil de Goiás.
Por Maiara Dal Bosco, g1 Goiás
Um dos resgatados pela Polícia Civil (PC) de uma clínica clandestina em Anápolis, na última terça-feira (29), definiu o local, em que 50 vítimas estavam, como um inferno. Em entrevista à TV Anhanguera, o homem afirmou estar aliviado por ter sido resgatado do local.
“Tinha gente pra bater nos outros. Lá é um inferno. Eu nunca vi um trem daquele. É o pior lugar que já estive na minha vida” afirmou.
Outra vítima resgatada, um homem de 53 anos, contou sobre o que viveu no local.
“Fui recebido a murro. Me jogaram lá dentro igual se joga um bicho. Fiquei muitos dias lá, e estou começando a tossir, sei que é costela quebrada”, afirmou.
O homem de 53 anos também se disse aliviado por ter saído da clínica. “Eu ficava molhado a noite inteira. Me jogavam garrafas de água, às vezes balde [de água]. Eu tremia a noite inteira”, contou.
Entenda o caso
A Polícia Civil (PC) resgatou, nesta terça-feira (29), 50 pessoas, entre elas idosos, menores e pessoas com deficiência, vítimas de maus-tratos, tortura e cárcere privado. De acordo com Manoel Vanderic, delegado à frente do caso, o local onde as vítimas foram encontradas, se trata de uma clínica clandestina, na zona rural de Anápolis.
Os donos do local são um casal de pastores de uma igreja no município. A pastora e outros quatro funcionários, investigados por agredir as vítimas, foram presos. Segundo a Polícia Civil, todos responderão por tortura e cárcere privados qualificados e foram recolhidos na cadeia pública, com exceção do pastor, que fugiu durante a diligência e segue sendo procurado.
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AGÊNCIA BRASIL
Vacinação brasileira é modelo para o mundo, mas enfrenta desafios
Programa Nacional de Imunizações completa 50 anos este mês
Prevenir contra o sarampo uma criança da Terra Indígena Bacurizinho, no Maranhão. Vacinar contra a pneumonia um idoso acamado em casa, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. Proteger da raiva um adolescente ferido por um morcego silvestre na zona da mata mineira. Imunizar um bebê contra o tétano ainda na barriga da mãe.
Aplicar centenas de milhões de doses de vacinas por ano em mais de 5 mil municípios. Fazer tudo isso de forma gratuita e segura foi o que tornou o Programa Nacional de Imunizações [PNI] do Brasil o maior do mundo e uma referência até mesmo para países desenvolvidos.
Há 50 anos, o PNI cumpre a ambiciosa missão de vacinar uma enorme população dispersa num território continental chamado Brasil, profundamente marcado pela diversidade de culturas e cenários, e também pela desigualdade de condições de vida. Ao longo do mês de setembro, a Agência Brasil vai relembrar as conquistas dessas cinco décadas, discutir os desafios do futuro e destacar a importância das vacinas para a saúde coletiva do povo brasileiro e da humanidade.
Apesar de ser considerado o maior programa de vacinação público e gratuito do mundo, com 20 vacinas que eliminaram doenças importantes como a poliomielite, o tétano neonatal e a rubéola congênita, o programa completa meio século de vida lutando para reverter retrocessos que levaram as coberturas vacinais de volta aos níveis dos anos de 1980. Pesquisadores veem com otimismo o novo momento vivido pelo programa, mas apontam que há um longo caminho a ser percorrido.
Referência global
"Nós, os brasileiros do PNI [Programa Nacional de Imunizações], fomos solicitados a dar cursos no Suriname, recebemos técnicos de Angola para serem capacitados aqui. Estabelecemos cooperação técnica com Estados Unidos, México, Guiana Francesa, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Israel, Angola, Filipinas. Fizemos doações para Uruguai, Paraguai, República Dominicana, Bolívia e Argentina".
O trecho, retirado do livro comemorativo dos 30 anos do PNI, organizado pelo Ministério da Saúde, deixa claro o destaque internacional do Brasil no setor de imunizações. O ano era 2003, e a imunização no país exibia elevados percentuais ano após ano, o que levou à eliminação do tétano neonatal, da rubéola congênita e do sarampo do país nos anos seguintes. Desde 2015, porém, uma queda considerável na busca pela vacinação fez com que o país revivesse o medo de doenças que ele já tinha vencido: o sarampo retornou em 2018, e a volta da pólio é considerada uma ameaça de alto risco.
A chefe de saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Luciana Phebo, classifica o programa como uma referência global, principalmente para países com renda média e baixa e semelhanças socioeconômicas com o Brasil.
"É um programa de referência não só para a América Latina, mas para países da África também. E o Unicef, junto com a OMS [Organização Mundial da Saúde], tem também essa função de levar boas práticas do Brasil para outros países de contextos semelhantes. O PNI não é só importante para o Brasil, é importante para todo o mundo".
Luciana Phebo destaca que o Brasil dispõe de ferramentas importantes que criaram as condições para um programa tão bem sucedido, como um sistema público e universal de saúde, instituições com tecnologia para produzir vacinas, e uma rede de atenção básica que ainda pode melhorar, mas que conta com um alcance relevante para chegar a quem precisa das vacinas.
"O SUS [Sistema Único de Saúde] é extraordinário, está acima do que acontece no mundo e até mesmo em países desenvolvidos, com a capilaridade, com uma gestão unificada, com o Ministério da Saúde chegando aos municípios mais remotos e a todo o território nacional, que é vastíssimo. Poucos países têm essa estrutura."
As quedas nas coberturas vacinais observadas desde 2015, porém, acenderam um sinal de alerta para autoridades sanitárias do Brasil e do exterior, e a possibilidade de que doenças eliminadas do país retornem causa preocupação.
"Com a pandemia, essa redução se agravou e, no período pós-pandêmico, acontece uma pequena melhora, a curva começa a tomar uma outra direção, mas essa resposta tem que ser acelerada. E ainda não teve a aceleração necessária para garantir que não haja reintrodução de doenças como a poliomielite ou surtos de sarampo que poderão voltar a acontecer".
Reconstrução progressiva
Em entrevista à Agência Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destaca que o governo tem atuado para reestabelecer o protagonismo do programa e a confiança da sociedade no Ministério da Saúde enquanto autoridade sanitária nacional. Apesar de considerar que o desafio está sendo vencido, ela lembra que a reconstrução será progressiva e levará tempo.
"Quando começamos a avançar com maior expressão, a partir de fins da década de 1980, o mundo ficou impressionado com nossa capacidade de engajar a população, de estabelecer essa relação de confiança com a vacinação. A experiência bem-sucedida e a proteção contra diversas doenças, perceptíveis nos dados de redução e eliminação dessas doenças, reforçaram essa confiança que precisamos hoje recuperar", reforçou.
"Reconquistar as altas coberturas vacinais, portanto, em um segundo momento, pode voltar a nos colocar em uma posição de referência que nos faça contribuir mais no enfrentamento ao negacionismo e à hesitação vacinal. Nosso objetivo é voltar a ser exemplo para o mundo. Retomar essa posição de referência internacional e mobilizá-la na nossa cooperação com outros países, incluindo a vacinação, é nossa prioridade."
SUS
Consultora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e ex-coordenadora do PNI, Carla Domingues destaca que o programa se fortaleceu porque foi considerado uma política de Estado, tendo se estruturado desde a ditadura militar e passado por diferentes governos democráticos. A robustez conquistada, porém, veio principalmente na década de 1990, a partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
"O PNI foi um exemplo de sucesso porque todos os princípios do SUS foram efetivamente consolidados. Começando pela universalidade, que define que todas as vacinas cheguem a toda a população brasileira, seja ela dos grandes centros, cidades médias, população ribeirinha ou indígena", afirma Carla Domingues, que esteve à frente do programa brasileiro por 13 anos.
"A história de sucesso vai até 2016. Hoje, infelizmente, nossos indicadores estão sendo comparados a países como Haiti e Venezuela. Infelizmente, deixamos de ser modelo. O grande desafio é voltar a estabelecer essa confiança que a gente teve por mais de quatro décadas, com a população brasileira sendo responsável e comparecendo aos postos de vacinação".
Um ponto importante que o PNI introduziu no país, explica a especialista, foi a participação dos estados e municípios nas políticas de imunização, com atribuições definidas para cada uma das esferas do governo. A compra centralizada e em larga escala de vacinas para todo o país por parte do governo federal, também garantida a partir do programa, foi essencial para que todas as populações pudessem ser vacinadas, independentemente da saúde financeira ou prioridade orçamentária de seus estados.
"Até a década de 1970, os programas da varíola, da pólio e da rubéola faziam suas compras, e não havia uma política nacional de aquisição de vacinas. E para doenças como sarampo, difteria, tétano e coqueluche, os estados que tinham recursos faziam programas estaduais. Isso não tinha impacto para a eliminação das doenças. Com compras centralizadas, distribuição e aplicação descentralizadas, garantia de fornecimento e toda uma cadeia de transporte e logística, você conseguiu implementar essa política de vacinação".
Calendários para todos
Toda essa estrutura permitiu que o programa saísse das quatro vacinas ofertadas na década de 1970 para 20 vacinas disponíveis hoje, com calendários para crianças, adolescentes, adultos, gestantes e campanhas de grande porte como a vacinação anual contra o Influenza.
Esses motivos fizeram com que o Brasil sempre fosse convidado a apresentar suas experiências nas reuniões da Organização Pan-Americana de Saúde, lembra Carla Domingues, que acrescenta que o país também implementou de forma célere as recomendações e os compromissos debatidos no organismo internacional.
"O Brasil serviu de modelo quando a organização mostrava os casos de sucesso e, principalmente, pelos desafios, sendo um país tão grande, com populações tão dispersas e em condições geográficas tão diferentes."
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, concorda que, apesar de cada país ter suas características, o Brasil era um modelo. Ela destaca que, da mesma forma, outras experiências internacionais podem agregar estratégias no enfrentamento de desafios, como o antivacinismo.
"O Brasil é um país que serve de modelo por ter um êxito nas coberturas vacinais por vários e vários anos, o que não é mais uma realidade agora", conta Mônica.
"É importante ver como outros países enfrentaram as crises de confiança e conseguiram contornar a situação. Mas o que acontece em um país em termos de hesitação vacinal nem sempre é o mesmo que em outros", afirma a especialista apontado exemplos como o Japão e a Austrália, que enfrentaram fortes movimentos antivacina contra o imunização anti-HPV.
A SBIm, a Fundação Oswaldo Cruz e o Ministério da Saúde têm trabalhado juntos em um projeto de reversão das baixas coberturas vacinais que obteve bons resultados no Amapá e na Paraíba, envolvendo as comunidades e os líderes comunitários na mobilização pró-vacinas. Esses resultados têm norteado as campanhas de multivacinação que devem chegar a todos os estados até o fim do ano.
"Já vejo melhora, mas não para todas as vacinas. Sou otimista e acredito que vamos conseguir recuperar nossa cobertura vacinal e voltar a ser como éramos antes. Já tivemos uma melhora em 2022, mas ainda não estamos perto de atingir o que a gente precisa. Ainda tem muito trabalho pela frente".
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Tecnologia para tratar câncer de pele é aprovado para uso no SUS
Foco é o carcinoma basocelular em fase inicial de tratamento
Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tipo de câncer de pele mais comum vão ter um novo tratamento desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). A tecnologia 100% nacional promete um tratamento rápido, com menos desconforto e foi aprovado para uso na saúde pública.
Uma casquinha no nariz foi como a dona de casa Helena Pontieri Morales descobriu a lesão de câncer de pele no rosto. Ela passou por um tratamento de terapia fotodinâmica, que está revolucionando a dermatologia no país. A inovação permite que pacientes como ela não precisem mais passar por cirurgia.
“Só deu uma queimadinha e pronto”, conta Helena sobre o procedimento a laser.
O tratamento é oferecido gratuitamente no Hospital Amaral Carvalho, na cidade de Jaú, no interior paulista, um dos 70 centros de estudos que utilizam a terapia. As lesões que podem ser tratadas são as não melanoma, que respondem pela maioria dos casos de câncer de pele entre os brasileiros.
“O foco do nosso projeto é o carcinoma basocelular em fase inicial de tratamento, uma lesão pequena, com subtipo histológico específico para ser contemplado, para receber a terapia fotodinâmica”, explica a dermatologista Ana Gabriela Sálvio.
Esse aparelho já tratou mais de 5 mil lesões e está presente em nove países da América Latina. O custo do tratamento gira em torno de R$ 200 a R$ 300 por lesão de pele com até um centímetro.
Após ter esta pomada absorvida pela pele, o paciente passa por uma terapia fotodinâmica, que mata as células cancerígenas. Em apenas duas sessões, de apenas 20 minutos, mais de 90% dos pacientes já podem sair curados.
A terapia é desenvolvida há 20 anos pela USP de São Carlos. O Brasil é considerado o país que mais investiu na técnica fotodinâmica no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Foram mais de R$ 10 milhões, com incentivos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Saúde e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
“Um dos grandes desafios do Brasil é colocar a inovação brasileira no nível de produção científica. Somos o 13º país em produção de ciência no mundo, mas o 54º país em inovação de novos produtos, sistemas e soluções para o mundo real. Este exemplo aqui de São Carlos é a ciência básica sendo transformada em inovação e um produto que soluciona um problema do SUS", avalia Celso Pansera, presidente da Finep.
O tratamento já está disponível há cerca de 10 anos no sistema privado. Com o desenvolvimento de uma tecnologia nacional, em julho deste ano, o aparelho foi aprovado para uso no SUS.
“É um sucesso muito grande. Como é uma técnica relativamente barata e conveniente, fácil, que não exige grande infraestrutura, ela é especialmente adequada para o Sistema Único de Saúde, que precisa disponibilizar para um número muito grande de pessoas da sociedade”, aponta o pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto Física São Carlos, da USP.
O Ministério da Saúde foi procurado pela TV Brasil para saber quando a tecnologia vai estar disponível no SUS, mas não houve resposta.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 31/08/23
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DESTAQUES
MST reivindica curso de medicina exclusivo para assentados e Cremego rechaça decisão
Distrito Federal tem o primeiro caso da nova subvariante da Ômicron
Esclerose Múltipla é mais comum em jovens e mulheres
Casal de pastores é dono de clínica clandestina que mantinha pacientes desnutridos e com graves ferimentos pelo corpo, diz polícia
Cooperados autorizam Unimed a acionar ex-diretores na Justiça por rombo de R$ 400 milhões
Cresce o número de brasileiras vítimas de infartos fatais
JORNAL OPÇÃO
MST reivindica curso de medicina exclusivo para assentados e Cremego rechaça decisão
Giovanna Campos
Apesar da universidade se mostrar favorável à proposta do movimento, entidades médicas tentam impedir decisão
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reivindica a criação de um curso de medicina exclusivo para assentados da reforma agrária. A proposta foi explicitada em uma reunião entre representantes do grupo e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul. No encontro, ocorrido no dia 23 de junho, a universidade se mostrou favorável à proposta do movimento. Entidades médicas, no entanto, tem tentado impedir a decisão.
Caso o curso seja criado, será o primeiro no Brasil para a formação de médicos com esse perfil. A ideia é que funcione no âmbito do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), criado em 1998 e vinculado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Atualmente, o programa mantém 19 cursos superiores em todo o país.
O Incra informou que, até o momento, não recebeu nenhum projeto de curso de medicina de universidades. “Se, e quando receber, avaliará de acordo com os critérios e exigências do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).” De acordo com o Incra, o programa mantém 19 cursos superiores em todo o país, disponibilizando vagas para 2.054 estudantes. Os cursos existentes são ofertados nas áreas de educação, medicina veterinária, ciências agrárias, zootecnia, agronomia, enfermagem, história e educação de jovens e adultos.
Também participaram do encontro diretores da Faculdade de Medicina, Psicologia e Terapia Ocupacional (Famed), que será responsável pela turma de medicina para assentados. A reitora da UFPel, Isabela Andrade, disse que a criação do curso não vai interferir no número de vagas já oferecido para o curso regular de medicina da universidade. “Por parte da gestão central da Universidade, nós temos total interesse na implantação dessa turma especial. Será uma turma especial que vai acrescer novas vagas, não se tratando de uma turma regular”, disse.
O jornal Opção procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) para saber seu posicionamento e o órgão disse “rechaçar a decisão”. Confira abaixo a nota na íntegra.
Cremego
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) une-se ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) no posicionamento veementemente contrário à proposta de abertura do curso de Medicina Humana na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) com turma exclusiva para assentados da Reforma Agrária.
O acesso ao curso, de acordo com a proposta da UFPel, se daria por processo seletivo flexibilizado e simplificado, sem a necessidade de vestibular, o que caracteriza privilégio a um grupo, além da criação de novas vagas em medicina exclusivamente para atender aos interesses de um segmento.
O ensino da medicina no Brasil deve ser tratado com maior seriedade, com foco na qualidade dos cursos e na boa formação dos profissionais, e não como moeda política para agradar segmentos de eleitores.
MST
“É um feudo da classe média alta. Eles não permitem que o pobre e o negro entrem”, disse o líder nacional do MST, João Pedro Stédile, ao podcast “Flow”, em junho, ao ser perguntado sobre a dificuldade de se abrir um curso de medicina para os assentados.
Durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), com Lula (2003-10) nos seus primeiros dois mandatos, e depois com Dilma Rousseff (2011-16), o Pronera recebeu o maior volume de recursos de sua história, mas não ficou imune aos cortes. No fim do governo Dilma, o orçamento anual foi cortado pela metade, chegando a R$ 30 milhões. No governo Bolsonaro, o programa foi rebaixado de status e o orçamento discricionário de 2021 chegou a R$ 21 mil.
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) é um programa federal que destina verbas específicas para providenciar o acesso de jovens do campo ao ensino superior, em instituições federais. Desde sua criação, tem apresentado e apoiado projetos de ensino voltados ao desenvolvimento das áreas de reforma agrária.
A política pública é direcionada a jovens e adultos moradores de assentamentos criados ou reconhecidos pelo Incra, quilombolas, professores e educadores que exerçam atividades educacionais voltadas às famílias beneficiárias, além de pessoas atendidas pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).
O Pronera foi criado no governo de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002). A política educacional para assentados, assim como a criação da pasta do Desenvolvimento Agrário, que ganhou status de ministério na mesma época, foi uma resposta do Estado à chacina de Eldorado dos Carajás (PA), em 1996, que deixou 21 mortos.
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A REDAÇÃO
Distrito Federal tem o primeiro caso da nova subvariante da Ômicron
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou nesta quarta-feira (30/8) a detecção pela primeira vez na capital federal da nova subvariante Ômicron da covid-19, denominada de EG.5.1, apelidada internacionalmente de Éris. A paciente é uma bebê atendida no dia 11 de agosto com sintomas respiratórios. Após ser internada e tratada, a menina recebeu alta no dia 14.
Segundo a SES-DF, não há indicativo de que a subvariante seja mais letal ou mais contagiosa que a Ômicron. Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os que são causados pela Ômicron original: febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor de garganta e nariz escorrendo.
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, o aumento dos casos nos próximos meses é esperado porque as mutações da subvariante Éris permitem a reinfecção pela doença. “É importante que a população esteja com o esquema vacinal completo, principalmente os grupos de risco, como idosos e portadores de comorbidades, pois a imunização diminui a probabilidade de casos graves e mortes”, explica.
Derivada da Ômicron, a subvariante EG.5.1 já circula, pelo menos, desde fevereiro, e foi confirmada em mais de 50 países. No Brasil, o primeiro caso reportado foi no estado de São Paulo, em 17 de agosto. Nesta quarta-feira (30/8), a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso da subvariante na cidade, em um paciente do sexo masculino, de 46 anos de idade.
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TRIBUNA DO PLANALTO
Esclerose Múltipla é mais comum em jovens e mulheres
Dentre os sintomas mais comuns estão a fadiga extrema, dificuldade de locomoção, problemas de visão e comprometimento da coordenação
A Esclerose Múltipla é uma doença que afeta o sistema nervoso central e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. A data de hoje, 30 de agosto, é reconhecida como o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla.
A doença, mais comum em adultos jovens caucasianos, na faixa entre 20 e 50 anos, atinge principalmente mulheres. A médica neuricirurgiã Ana Maria Moura explica que a Esclerose Múltipla é caracterizada por uma inflamação crônica que danifica a mielina, a camada protetora que envolve as fibras nervosas do cérebro e da medula espinhal. A desmielinização interfere na transmissão dos impulsos nervosos no corpo, gerando diversos sintomas, que variam amplamente de pessoa para pessoa e podem mudar ao longo do tempo.
Dentre os sintomas mais comuns da EM estão a fadiga extrema, dificuldade de locomoção, problemas de visão e comprometimento da coordenação. Muitos deles podem ser confundidos com sintomas de outras doenças, o que pode retardar o diagnóstico correto da EM e atrasar o início do tratamento.
As causas da esclerose múltipla ainda não são conhecidas, mas acredita-se que possam estar relacionadas à predisposição genética e à exposição a fatores, como deficiência de vitamina D, infecções virais (como o vírus Epstein Barr) e obesidade na infância. A doença não tem cura, mas com o tratamento correto para controlar a progressão da EM, o paciente pode ter uma boa qualidade de vida.
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PORTAL G1
Casal de pastores é dono de clínica clandestina que mantinha pacientes desnutridos e com graves ferimentos pelo corpo, diz polícia
O pastor Junior Klaus está foragido. A esposa dele, Suelen Klaus, que é servidora da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), foi presa.
Os donos de uma clínica clandestina suspeita de maus-tratos, tortura e cárcere privado são pastores de uma igreja evangélica em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com o delegado Manoel Vanderic, o homem, que se identifica como pastor Junior Klaus, está foragido. Já a esposa dele, Suelen Klaus, que é servidora da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), foi presa durante a operação na noite desta terça-feira (29).
Por meio de nota, a prefeitura de Anápolis informou que ao "tomar conhecimento da situação irá exonerar a servidora no Diário Oficial desta quarta-feira, 30."
Conforme o delegado, ao ver as equipes da Polícia Civil (PC), durante a operação que resgatou 50 pacientes com lesões e desnutridos, Júnior teria fugido por uma mata. Os agentes chegaram a procurar na região, mas ele ainda não foi localizado. O líder religiosos da Igreja Batista Nova Vida de Anápolis é acusado pelos crimes de tortura e cárcere privado.
Além da pastora, outros quatro funcionários, investigados por agredir as vítimas, foram presos. Segundo a Polícia Civil, “todos responderão por tortura e cárcere privados qualificados e foram recolhidos na cadeia pública, com exceção de um, que fugiu durante a diligência e segue sendo procurado.”
Investigação
Vanderic informou que as investigações começaram após um idoso de 96 anos, dar entrada no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis (Heana) com sinais de maus-tratos.
“Ele estava com várias lesões no corpo, desnutrido, desidratado e com mau cheiro”, contou o delegado.
Durante as investigações, a polícia descobriu que as todas as vítimas são do sexo masculino e possuem entre 14 e 96 anos. A maior parte com deficiência intelectual, deficiência física, autista e alguns dependentes químicos. Todos foram levados para o local de forma ilegal e involuntária ao local, onde eram confinados mediante pagamento de, no mínimo, um salário mínimo mensal.
Lá, eles eram mantidos trancados, em ambiente insalubre, com alimentação precária, sem medicação e nenhum acompanhamento médico ou psicológico.
No momento do resgate, várias vítimas apresentavam lesões graves, desnutrição e confusão mental compatível com sedação.
Em um vídeo, uma das vítimas, identificado apenas como Marcos Vinícius, disse que os funcionários do local agrediram e amarraram os internos para contê-los. E mostra a situação de uma menor, que é portador de deficiência (assista acima).
“Eles amarram ele, essa aqui é a corda que eles usam para amarrar ele. Esses são os hematomas que eles fazem nele. São as pessoas que cuidam daqui que batem nele, ele é deficiente”, contou.
As vítimas foram acolhidas pelos serviços de saúde mental e assistência social da Prefeitura de Anápolis, que montaram uma força-tarefa para recebê-los no estádio da cidade.
Na madrugada desta quarta-feira (30), eles receberam alimentação, higiene e primeiros socorros. Os servidores realizam, ainda, a identificação das vítimas e ações para localizar familiares, já que muitos são de outros estados.
Alguns precisaram de hospitalização e foram resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu). Como os nomes das vítimas não foram revelados, a reportagem não conseguiu atualizar o estado de saúde deles.
Nota prefeitura de Anápolis
A Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria Municipal de Integração, informa que deu suporte à operação policial acionando os conselhos Tutelar e Antidrogas e enviou transporte para o resgate dos internos.
Comunica ainda que, imediatamente, equipes da assistência social foram ao local para triagem e avaliação do perfil de cada pessoa e encaminhamento aos abrigos conveniados com o município visando ao acolhimento de forma digna, com atendimento por equipes especializadas, avaliação da condição de saúde e busca por familiares.
A Prefeitura de Anápolis ao tomar conhecimento da situação irá exonerar a servidora no Diário Oficial desta quarta-feira, 30.
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ÚNICA NEWS
Cooperados autorizam Unimed a acionar ex-diretores na Justiça por rombo de R$ 400 milhões
Os ex-diretores da Unimed Cuiabá serão acionados judicialmente por responsabilidade em uma série de desmandos provocados na maior cooperativa de trabalho médico de Mato Grosso.
O ex-presidente Rubens Carlos de Oliveira Júnior e sua equipe provocou um prejuízo financeiro de R$ 400 milhões nas contas da Unimed, identificadas e demonstradas por auditorias independentes fiscal e de conformidade.
Por unanimidade, médicos cooperados que participaram da assembleia geral extraordinária (AGE), na noite dessa terça-feira (29), em Cuiabá, votaram e autorizaram a atual diretoria, presidida pelo médico Carlos Bouret, a ajuizar ações de responsabilização contra Rubens e demais membros da diretoria anterior. Compõem ainda a lista de responsabilidades pelo prejuízo o ex-CEO Eroaldo Oliveira, o ex-presidente do Conselho de Administração João Bosco Duarte e a ex-assessora Jurídica da Unimed Cuiabá, Jaqueline Larrea.
Em uma revisão minuciosa que tem sido feita nas contas da cooperativa, uma série de inconsistências e irregularidades têm sido identificadas e comprovadas por meio do trabalho técnico de auditorias especializadas e independentes.
O achado mais relevante foi o balanço contábil de 2022 "maquiado", que inicialmente apresentava saldo positivo de R$ 370 mil, e que após auditoria demonstrou inconsistências de R$ 400 milhões. Já a auditoria de conformidade apontou uma série de indícios de gestão temerária que colocou em risco a saúde financeira da cooperativa.
Dentre os problemas elencados estão contratos irregulares, antecipação de pagamentos de forma indevida, relação desigual com fornecedores, aquisições e construção de obras sem a autorização em assembleia geral, entre outras muitas questões que colocaram a conta da cooperativa em estado alarmante.
A autorização para que a atual diretoria possa representar Rubens de Oliveira e demais ex-diretores vai se somar a uma série de iniciativas já tomadas pela atual gestão, que desde março tem implementado um Plano de Ação para a recuperação da saúde financeira da Unimed Cuiabá.
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O ESTADO RJ
Cresce o número de brasileiras vítimas de infartos fatais
A correria se tornou um aspecto comum na vida de grande parte da população feminina do Brasil - que chega a trabalhar até 6,8 horas a mais do que homens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - e é tratada, atualmente, como tema de saúde pública, tendo em vista que, nos últimos 30 anos, mulheres de 15 a 49 anos se tornaram um dos principais perfis de vítimas fatais de infarto no país, conforme revelam dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
No passado, o infarto, uma condição crítica e fatal em cerca de 30% dos casos - de acordo com Ministério da Saúde - costumava ser associado predominantemente a homens mais velhos. No entanto, dados recentes da SBC revelam uma mudança preocupante nesse cenário, com um aumento significativo de casos entre mulheres jovens, que geralmente estão na faixa etária entre 15 e 49 anos.
Essa tendência, de acordo com o Dr. Marcelo Pinho, médico da área de Cardiologia do AmorSaúde, rede de clínicas parceira do Cartão de TODOS, está associada a uma série de fatores ligados à modernização da sociedade, como estresse, dieta inadequada e sedentarismo.
"Atualmente, temos testemunhado um número cada vez maior de casos de infartos em mulheres jovens devido, principalmente, à negligência ao autocuidado por falta de tempo para a realização de exames periódicos, aferição de pressão arterial e visita ao profissional de cardiologia a, ao menos, uma vez ao ano. Soma-se a isso, fatores relacionados ao estresse como sedentarismo, tabagismo, má alimentação, álcool em excesso e obesidade", ressalta o médico.
Conforme destaca o Dr. Marcelo Pinho, mulheres mais jovens têm enfrentado um aumento na pressão profissional e pessoal, o que resulta em cada vez mais elevados níveis de estresse, além da adoção de dietas ricas em alimentos ultraprocessados e pobres em nutrientes essenciais, fator que contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O sedentarismo, por sua vez, é agravado pelo estilo de vida cada vez mais digital, que limita a atividade física. "A rotina de cuidados básicos para evitar um infarto está em evitar os hábitos listados e realizar exames de check up constantes, com visitas anuais ao médico da área de cardiologia", pontua o profissional.
Para aquelas que querem adotar um estilo de vida mais saudável, capaz de evitar doenças cardiovasculares como o infarto, Dr. Marcelo destaca a importância de focar em práticas mais saudáveis como: alimentação balanceada, atividade física regular, gestão do estresse, consultas médicas periódicas, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 30/08/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cremego quer a regulamentação da lei que garante às mulheres o direito à presença de acompanhante em instituições de saúde
SBCP-GO repudia a Lei Nº 22.236 e defende mudanças no texto
Lei garante a mulheres direito a acompanhante em exames médicos
Goiás tem aumento no número de casos de Covid-19
Poliomielite terá vacina injetável a partir de 2024
José Orlando Ribeiro Cardoso assume presidência do Ipasgo Saúde
Homem faz procedimento para alterar cor dos olhos de forma permanente e viraliza; prática não é recomendada e traz riscos ao paciente
Médico que se envolveu em briga com avós de adolescente após perguntas durante consulta é afastado pelo Ministério da Saúde
Adolescente é apreendida por esfaquear enfermeira após se irritar ao não ser atendida com prioridade, diz polícia
"Tudo transcorreu dentro da regra do jogo", diz Tarcísio sobre transplante de Faustão
Doenças Raras são tema de fórum nacional em Brasília
ISSO É GOIÁS
Cremego quer a regulamentação da lei que garante às mulheres o direito à presença de acompanhante em instituições de saúde
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) enviou uma representação à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) enfatizando a necessidade de regulamentação da Lei Nº 22.236, de 24/08/23, sancionada pelo governador Ronaldo Caiado e em vigor desde 25/08/23.
Para o Cremego, a lei, que dispõe sobre o direito das mulheres à presença de acompanhante nos estabelecimentos públicos e privados de saúde goianos, carece de regulamentação para sanar pontos omissos e que dificultam o seu cumprimento.
Dentre os pontos relevantes que necessitam de regulamentação, o Cremego destaca:
1. A Lei não estabelece as ressalvas e/ou exceções para os casos em que o contexto físico e/ou de recursos humanos da unidade de saúde contraindicarem a presença do acompanhante a fim de garantir a eficácia do tratamento do paciente;
2– Não dispõe quem deverá arcar com os custos da paramentação e assepsia do acompanhante;
3 – Não estabelece a idade mínima e máxima do acompanhante;
4 – Não especifica se em casos de “procedimentos cirúrgicos ou qualquer outro que exija a sedação” deverá ser garantida a presença do acompanhante no transoperatório, que exige necessário preparo e conhecimento acerca do ambiente cirúrgico, suas normas e rotinas, e ainda, dos impactos visuais inerentes à vários procedimentos cirúrgicos, que exigem estabilidade emocional do acompanhante a fim de garantir a integridade do próprio paciente.
O Cremego aguarda o posicionamento da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e espera que as medidas necessárias sejam adotadas para que a nova lei não comprometa a assistência aos pacientes nem o funcionamento das instituições de saúde.
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SBCP-GO repudia a Lei Nº 22.236 e defende mudanças no texto
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO) repudia a aprovação e sanção da Lei Nº 22.236, de 24/08/23, que dispõe sobre o direito das mulheres à presença de acompanhante nos estabelecimentos públicos e privados de saúde goianos.
A SBCP-GO reconhece e respeita os direitos das pacientes, entende que a motivação de tal lei foi decorrente de estupro de vulnerável e ressalta ser a lei louvável e até necessária, mas enfatiza que ao permitir a presença indiscriminada de acompanhantes nos centros cirúrgicos, ao invés de proteger as pacientes, as coloca paradoxalmente em seríssimos riscos à sua saúde e segurança, uma vez que a presença de um acompanhante leigo em ambiente cirúrgico pode ser referida como uma completa ameaça ao bom andamento do procedimento, trazendo sério risco à segurança, à saúde e à vida destas mulheres.
Basta observar que o texto não define a idade nem a formação técnica deste acompanhante. Assim, seu cumprimento, permitiria o acesso de leigos na área cirúrgica - que é a de maior impacto numa instituição hospitalar -, além de menores e idosos.
A vulnerabilidade deste acompanhante diante de ocorrências corriqueiras nos centros cirúrgicos poderia comprometer a atuação da equipe médica e a assistência ao paciente. Citando apenas um exemplo, a SBCP-GO questiona: imagine o desfalecimento de um acompanhante durante a cirurgia?
A Sociedade cita ainda o enorme agravamento do risco de contaminação e infecção em cirurgia, uma vez que leigos desconhecem os zelosos cuidados que os cirurgiões e suas equipes têm com a esterilização desse ambiente e acabariam dispersando seu foco principal da paciente que está sendo operada para outras situações avessas, como o acompanhante leigo, fatos altamente prejudicais ao bom andamento da cirurgia.
“Entendemos que a segurança das pacientes, almejada pela lei, começa com uma boa relação entre elas e a equipe médica, a escolha do profissional e do local de atendimento. A simples liberação da presença de um acompanhante no centro cirúrgico pode ser mais danosa do que benéfica, comprometendo o trabalho dos médicos e profissionais de saúde, a assepsia do local e a segurança da assistência”, diz a diretoria da SBCP-GO.
A SBCP-GO ressalta que a lei sancionada e já em vigor exige adequada e imediata normatização para ser efetiva e não prejudicial às pacientes, propõe que ela seja imediatamente suspensa até a sua completa regulamentação e sugere que o acompanhante deve ser um profissional da área da saúde habituado ao funcionamento do centro cirúrgico.
“Continuaremos atuando junto a várias frentes no intuito da pronta normatização adequada dessa lei” dizem os diretores dra. Raquel Eckert Montandon/presidente, dra. Gheisa Moura Leão/secretária e dr. Fabiano Calixto Fortes Arruda/tesoureiro, que solicitaram providências urgentes à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás no sentido de evitar problemas decorrentes da vigência do texto atual da lei.
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O HOJE
Lei garante a mulheres direito a acompanhante em exames médicos
Hospitais e clínicas das redes pública e privada terão de informar de forma visível, o direito de as mulheres escolherem acompanhantes pessoais
A partir de agora as mulheres goianas poderão escolher e ter acompanhantes em consultas e exames que exigem sedação nas unidades de saúde públicas ou privadas. O projeto de lei proposto pela deputada estadual Bia de Lima (PT), foi sancionado pelo governador Ronaldo Caiado e publicado no Diário Oficial da última sexta-feira, Lei nº 22.236, de 25 de agosto de 2023.
Atualmente, as mulheres já tinham o direito a escolher e contar com um acompanhante durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto. Essa garantia foi incluída na Lei Orgânica da Saúde em 2005 e ficou conhecida como Lei do Acompanhante. No caso de a mulher estar desacompanhada, o estabelecimento de saúde deverá disponibilizar uma profissional para acompanhar a paciente.
Com a nova lei, os hospitais e clínicas das redes pública e privada do estado de Goiás terão de informar de forma visível, o direito de as mulheres escolherem livremente acompanhantes pessoais. Caso haja o descumprimento da lei, a unidade de saúde fica sujeita a aplicação de advertências e multas, que podem variar entre R$ 1 mil e R$ 10 mil, com possibilidade de aplicação em dobro nos casos de reincidência.
Proteção à mulher
Segundo a deputada Bia de Lima, o PL foi proposto por ser tratar de prevenção e proteção da saúde da mulher. Segundo a deputada, desde 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a violência de gênero como problema de saúde pública e violação de direitos humanos. “A escolha de acompanhante proporciona a sensação de amparo, coragem, tranquilidade e conforto, com consequente redução do medo e da ansiedade”, afirma ela.
É preciso ressaltar ainda que, contra a vítima, pesam: a dúvida imediata sobre o ocorrido (dado que o contexto de exame clínico pode não lhe ser familiar; a ausência de outras provas, já que usualmente a consulta médica ocorre sem testemunhas em lugar fechado; a desqualificação do relato da vítima, tão frequente com mulheres em situação de violência, mas especificamente nesse caso contra um profissional de prestígio na sociedade; o medo das repercussões da denúncia, que pode incluir a violência institucional referida acima, bem como a frequente culpabilização da vítima e humilhação pública.
“O fato de encararmos que também profissionais da saúde podem compor esse problema, nos permite criar estratégias de identificar o fenômeno, de acolher as vítimas, de abordar de forma integral as repercussões na saúde dessas mulheres e de combater a violência de gênero dentro das instituições de saúde. Seguimos na luta”, completa a deputada.
Violação sexual
Em julho deste ano, um ginecologista foi preso após diversas denúncias de crimes sexuais, na capital goiana. O médico chegou a dizer que as mulheres precisavam ficar excitadas para que os exames fossem realizados da maneira correta. Pacientes denunciaram o médico pelo crime de “violação sexual mediante fraude”. O suspeito estava lotado no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte desde 2014.
Só em outubro de 2021, Goiás registrou três casos de grande repercussão envolvendo médicos suspeitos de crimes sexuais. Um deles chegou a ser preso, após ser denunciado por mais de 40 mulheres, já os outros dois foram demitidos e investigados. “Em muitos casos, o médico tem a função social de mitigar o sofrimento de uma pessoa, mas usa desse acesso à intimidade para praticar atos de violência, inclusive, sexual, o que torna a situação ainda mais perversa”, afirma a deputada.
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Poliomielite terá vacina injetável a partir de 2024
A mudança ocorrerá de forma gradual e substituirá a tradicional gotinha
O Ministério da Saúde informou que a vacina contra a poliomielite será injetável a partir de 2024. Isso significa que a aplicação com agulha substituirá a tradicional gotinha. Contudo, a mudança para a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) ocorrerá gradualmente.
Atualmente, a aplicação da forma injetável já ocorre aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. A partir do ano que vem, a VIP também será usada na dose de reforço, aos 15 meses de vida. Além disso, não será mais necessário aplicar a segunda dose de reforço, aos 4 anos de idade.
Poliomielite
De acordo com a médica neurocirurgiã Ana Maria Moura, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa, altamente transmissível. Também conhecida como paralisia infantil, é provocada pelo poliovírus selvagem. “Ela pode atingir potencialmente o sistema nervoso. As manifestações clínicas variam de acordo com a área acometida do sistema nervoso, desde casos assintomáticos até paralisia grave e morte”, explica.
Segundo a médica, também há casos de Síndrome Pós-Poliomielite (SSP). “Uma desordem do sistema nervoso que se manifesta em pessoas que tiveram a doença. Os sintomas aparecem, em média, após 15 anos ou mais e o paciente apresenta fraqueza muscular e progressiva, fadiga, dores musculares e nas articulações, resultando em uma diminuição da capacidade funcional e/ou no surgimento de novas incapacidades”, informa Ana Maria Moura.
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Goiás tem aumento no número de casos de Covid-19
Em Avelinópolis, o aumento foi de 150%, saindo de 20 casos, em uma semana, para 50, na semana seguinte.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), relatou um aumento na positividade para Covivid-19 nas amostras de coletadas no estado. Esse crescimento foi verificado pelo Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). A taxa de positividade era de 9% em julho esse numero passou a ser 15% neste mês de agosto.
Cerca de nove municípios já registraram aumento no número de casos e estão em situação de alerta. Em Avelinópolis, o aumento foi de 150%, saindo de 20 casos, em uma semana, para 50, na semana seguinte. A cidade de Goiás, que tinha 24 confirmações, saltou para 75 – crescimento de, 212%. Os municípios de São João da Paraúna, Santa Rosa, Araçu, Campo Limpo de Goiás, Barro Alto, Heitoraí e Anicuns também estão em alerta.
“Esse cenário mostra a importância de que os municípios nos ajudem com as notificações de casos”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.
A superintendente também reforça que os protocolos sanitários permanecem os mesmos, e o principal é a vacinação. Além das vacinas, outras medidas continuam sendo recomendadas, como higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão, e o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais que tenham diagnóstico positivo da doença.
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A REDAÇÃO
José Orlando Ribeiro Cardoso assume presidência do Ipasgo Saúde
O Ipasgo Saúde, plano que assiste os servidores públicos do Estado de Goiás, será presidido por José Orlando Ribeiro Cardoso, que liderou por três anos a Caixa de Assistência e Saúde dos Empregados dos Correios (Postal Saúde). Ele assume a gestão da instituição por designação do governador Ronaldo Caiado no lugar de Vinicius Luz, que passa a integrar o quadro da Secretaria-Geral de Governo (SGG). A nomeação no novo presidente do Ipasgo foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (29/8), por meio do Decreto N.º 10.309.
José Orlando tem a missão de fazer com que a receita do Ipasgo Saúde seja superior à despesa, de proporcionar um serviço de qualidade para os quase 600 mil beneficiários e de reestruturar a instituição, que em abril deste ano teve alterada a personalidade jurídica de autarquia para Serviço Social Autônomo (SSA) e que está em processo de adequação para ingresso na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Entre os primeiros compromissos da nova gestão da operadora de saúde suplementar estão a formulação de novo regimento interno e estrutura organizacional.
“Por três anos, fui diretor-presidente da Postal Saúde, uma autogestão que proporciona serviços médicos e odontológicos para os 90 mil empregados dos Correios, espalhados por todo território nacional. Conheço bem a complexidade de gerir um plano de saúde extenso. Aceitei o convite do governador Ronaldo Caiado e, junto com ele, o desafio de aperfeiçoar o Ipasgo Saúde. Faremos isso da melhor maneira possível”, pondera José Orlando.
Carreira
Integrante da reserva das Forças Armadas, José Orlando tem formação acadêmica em Administração de Empresas e Ciências Militares, é especialista em Auditoria Governamental, Docência do Ensino Superior e Gerência Executiva de Transporte e Mobilização; mestre em Segurança e Defesa Hemisférica; mestre e doutor em Ciências Militares. Ele também tem formação em Altos Estudos de Política e Estratégia; Política, Estratégia e Alta Administração do Exército; Gerenciamento de Projetos; Governança Corporativa, Compliance e Gestão de Riscos.
Além de comandar a operadora de saúde dos funcionários dos Correios, José Orlando foi presidente substituto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão onde foi diretor de Orçamento, Finanças e Logística; diretor de Administração e de Relações com Investidores da Telecomunicações Brasileiras (Telebrás); e ocupou cargos de liderança no Ministério da Defesa, onde foi vice-chefe de Logística e subchefe de Apoio a Sistemas de Cartografia, de Logística e Mobilização.
Em 46 anos de carreira no Exército brasileiro, José Orlando foi diretor de Gestão Orçamentária e de Contabilidade; chefe do Centro de Pagamentos; assessor de Ensino do Colégio Interamericano de Defesa, nos Estados Unidos; assistente do comando e diretor do curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra (ESG); comandante do 11º Depósito de Suprimento; oficial da Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola; instrutor da Escola de Comando e Estado Maior do Exército e da Academia Militar das Agulhas Negras.
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PORTAL G1
Homem faz procedimento para alterar cor dos olhos de forma permanente e viraliza; prática não é recomendada e traz riscos ao paciente
Post tem mais de 5 milhões de visualizações nas redes sociais. Procedimento pode causar restrição do campo visual do paciente, segundo médicos.
O vídeo de um homem sendo submetido a um procedimento para trocar a cor dos olhos viralizou na internet (veja acima). No entanto, especialistas ouvidos pelo g1 condenam a prática e alertam para riscos aos pacientes.
“O que este médico está fazendo é um procedimento chamado queratopigmentaçao, que começou a se desenvolver para casos em que a pessoa tinha um olho totalmente cego. É um procedimento usado quando a córnea está comprometida e, para não ficar um olho muito diferente esteticamente do outro, se desenvolveu essa técnica para tatuar a córnea. Basicamente, se coloca pigmentos no tecido da córnea para ficar parecido com o olho normal”, afirmou o médico oftalmologista Renan Ferreira Oliveira.
A página que divulgou o vídeo é do médico Alexander Movshovich, especialista de Nova York, nos Estados Unidos, que garante que o procedimento é seguro e permanente. Em menos de 10 dias, a gravação já acumula mais de 5 milhões de visualizações nas redes sociais.
“Esse procedimento pode reduzir o campo visual do paciente, a visão periférica pode ficar comprometida. Quando você colore toda a periferia da córnea, você pode restringir o campo visual da pessoa. Os pacientes podem desenvolver fotofobia. A luz bate nos micropigmentos e estouram. Além disso, a queratopigmentação é totalmente irreversível. Para mim, isso é uma aberração. Esse não é um procedimento aprovado pelo Conselho Federal de Medicina”, disse o médico Renan Ferreira Oliveira.
O oftalmologista César Motta é diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e afirmou que todas as técnicas usadas para alterar a cor do olho não são recomendadas para fins estéticos.
“Existem algumas maneiras de você mudar artificialmente a cor do olho. Você não consegue isso de uma maneira natural. As principais maneiras que existem são: implante de íris artificial, laser para despigmentar a íris e pigmentação de córnea”, afirmou César Motta.
“Para fins estéticos, nenhuma prática é indiciada. Todas oferecem risco para a saúde ocular do paciente. O principal risco quando é realizado a laser é o desenvolvimento de glaucoma. O principal problema do implante de íris artificial é danificar as células da córnea. A pigmentação da córnea, por outro lado, pode causar infecções”, completou.
Além de não ser recomendado, o procedimento é irreversível. Ambos os especialistas ouvidos pelo g1 recomendam que pacientes usem lentes de contato ao tentar alterar a cor de seus olhos.
“Vale muito mais a pena adaptar uma lente colorida ao paciente do que expor ele a uma situação de risco. Eu não recomendo e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia também não recomenda esses métodos de práticas para fins estéticos. A relação risco/benefício não vale”, disse Motta.
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Médico que se envolveu em briga com avós de adolescente após perguntas durante consulta é afastado pelo Ministério da Saúde
Médico foi afastado, de forma cautelar, até a conclusão de um processo administrativo feito pelo órgão federal. Caso também é investigado pela Polícia Civil como lesão corporal.
Por Larissa Feitosa, g1 Goiás
O Ministério da Saúde afastou o médico Flávio Ferreira Nogueira, que se envolveu em uma briga com os avós de uma adolescente de 14 anos durante uma consulta, em São Luís de Montes Belos, no oeste de Goiás. À Polícia Civil, os avós da menina disseram que o médico ficou exaltado após a adolescente reclamar que já havia respondido todas as perguntas dele e ele continuar insistindo. Os avós da garota e o profissional trocaram socos.
O médico disse ao g1 que não irá se pronunciar sobre o caso neste momento, pois não está em condições psicológicas. Segundo o delegado Luiz Fernando, responsável pelo caso, o profissional disse em depoimento que a avó e a adolescente o trataram com falta de respeito e que, por esse motivo, ele pediu para que elas se retirassem do consultório.
O Ministério da Saúde informou que "instalou um processo administrativo para apurar o ocorrido" e que o profissional foi afastado, de forma cautelar, até a conclusão do processo. Ressaltou também que "não pactua com esse tipo de conduta, uma vez que a humanização e o atendimento de qualidade são diretrizes do programa Mais Médicos", do qual o médico integrava.
Já a Prefeitura de São Luís de Montes Belos informou que o município não tem mais interesse na permanência do médico, pois a atitude dele contradiz o "princípio defendido pela gestão, da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, da integralidade, da humanização e da equidade".
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou as agressões de ambas as partes e declarou que: “A violência nunca será a solução para qualquer problema ou descontentamento” - veja nota na íntegra no final do texto.
Entenda o caso
A confusão aconteceu na sexta-feira (25), na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia. À polícia, a avó relatou que estava com a neta dentro do consultório quando o médico perguntou por três vezes se a menina tinha namorado e se já havia menstruado.
Segundo a avó, a adolescente reclamou que o médico estava sendo insistente e que já havia respondido às perguntas. Com isso, o profissional teria ficado exaltado e mandado as duas saírem do consultório.
Poucos minutos depois, o avô da menina pediu para falar com médico, que foi até a recepção para encontrá-lo. Neste momento, os dois começaram a brigar e entraram em luta corporal. Em meio à confusão, a avó foi atingida no rosto com um soco. Ela denuncia o médico por lesão corporal.
Nota do Cremego sobre agressão ao médico
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia a agressão a um médico, durante o exercício de sua profissão, ocorrida na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia, em São Luís de Montes Belos. O Cremego condena veementemente a violência contra médicos e contra qualquer cidadão.
Suspeitas de falhas na assistência médica devem ser denunciadas ao Conselho e a demais órgãos competentes para a investigação em outras esferas.
Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
A violência nunca será a solução para qualquer problema ou descontentamento.
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Adolescente é apreendida por esfaquear enfermeira após se irritar ao não ser atendida com prioridade, diz polícia
Caso aconteceu na última segunda-feira (28), na Unidade de Saúde do Setor Maria de Lourdes, em Silvânia.
Por Maiara Dal Bosco, g1 Goiás
Uma adolescente de 16 anos foi apreendida após tentar matar uma enfermeira a facadas, em Silvânia, no Sudeste goiano. O caso aconteceu na última segunda-feira (28), na Unidade de Saúde do Setor Maria de Lourdes. De acordo com a Polícia Militar, a adolescente entrou na unidade de saúde querendo ser atendida na hora e como não o foi, esfaqueou a enfermeira, uma mulher de 40 anos.
Segundo a Polícia Militar (PM), assim que a corporação chegou ao local, a vítima já estava sendo socorrida e adolescente já havia fugido. Testemunhas já tinham a identificação de quem seria a menor, o que auxiliou a PM a procurá-la.
Conforme o relato policial, a adolescente foi vista correndo na rua e entrando em sua casa. Quando a polícia chegou na casa, o portão já estava trancado pelo lado de dentro. Com isso, a equipe pulou o muro e conseguiu localizar a menor, que assumiu a autoria da tentativa de homicídio e seria dependente química. Ela ficou detida e foi transferida para o Centro de Atendimento Sócio-Educativo, em Anápolis.
Vítima
A vítima, que foi golpeada no braço, no ombro e no pescoço, está bem e fora do perigo de morte, segundo informou a PM.
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RÁDIO ITATIAIA ONLINE
"Tudo transcorreu dentro da regra do jogo", diz Tarcísio sobre transplante de Faustão
O transplante de coração do apresentador Fausto Silva, o Faustão, "transcorreu dentro da regra do jogo", afirmou nesta terça-feira (29) o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
"A fila foi respeitada. O Estado, no final das contas, participou na questão do transporte. O procedimento foi bem-sucedido. A gente fica muito feliz com isso, porque é uma pessoa muito importante para todos nós", disse Tarcísio.
"É bom saber que o sistema de transplantes está funcionando. Uma pessoa que estava precisando de um órgão recebeu e hoje passa bem. Vai ter uma nova perspectiva e vai ganhar esse sopro de esperança. E é o que a gente quer, estávamos torcendo por ele. Tudo transcorreu dentro da regra do jogo", prosseguiu.
A declaração vem na esteira das insinuações de que Faustão teria furado a fila de espera de órgãos.
Lula exalta SUS por transplante de Faustão e brinca: "Talvez esse coração seja corintiano"Coração retirado de Faustão pode ser sepultado ou ir para faculdade, explicam médicosFaustão é extubado e conversa normalmente
No Brasil, todos os transplantes de órgãos respeitam o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, sejam eles custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por planos de saúde ou pagos pelo paciente.
Cada estado ou região organiza a sua própria lista e todas são monitoradas pelo sistema e outros órgãos de controle federais. A fiscalização é feita para que nenhuma pessoa conste em duas listas diferentes e que nenhuma norma legal seja desrespeitada.
A fila funciona por ordem cronológica de inscrição, mas é balizada por outros fatores, como gravidade e compatibilidade sanguínea e genética entre doador e receptor.
Porém, no caso de transplantes cardíacos, têm prioridade os casos em que o paciente necessita de assistência circulatória, ou seja, precisa de equipamentos que cumpram a função do coração ou de suas partes para sobreviver.
De acordo com o presidente do InCor e apresentador do Sinais Vitais da CNN, Roberto Kalil, "quando se coloca o paciente na lista, não se tem identificação, a caracterização do paciente".
Boletim médicoFaustão foi extubado na manhã desta terça-feira. Agora, ele respira sem o auxílio de aparelhos, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein.
O apresentador está consciente, conversa normalmente e "apresenta boa função do coração". Ele permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
TransplanteNo último domingo (27), o apresentador recebeu um novo coração. O órgão, que era de um homem de 35 anos, veio de Santos, no litoral paulista, de helicóptero.
De acordo com a Secretária de Saúde de São Paulo, a partir do momento em que houve a disponibilidade do órgão, o sistema selecionou 12 pacientes que atendiam aos requisitos para o transplante.
Destes, quatro tinham prioridade. Faustão ocupava a segunda posição nesta lista e recebeu o órgão depois de a equipe do paciente que estava em primeiro lugar na lista de prioridade recusar o órgão.
Após a cirurgia, sua mulher, Luciana Cardoso, compartilhou uma carta de agradecimento aos amigos, equipe médica e à família de quem doou os órgãos, entre eles o coração recebido pelo apresentador.
Ela disse que, "em um momento de dor e sofrimento", a família do doador "disse sim e permitiu que não só o Fausto pudesse ter mais tempo ao lado dos filhos, como tantos outros receptores que hoje estão comemorando essa recuperação". "Fiquei muito feliz em saber que aqui, nesse mesmo hospital, uma pessoa por meio do SUS também recebeu desse mesmo receptor outro órgão e sua segunda chance de vida", encerrou.
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SOMOS NOTÍCIA
Doenças Raras são tema de fórum nacional em Brasília
A Portaria nº 199/2014, que estabeleceu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, foi um marco significativo na atenção aos brasileiros afetados por essas condições - com diretrizes e orientações fundamentais para a organização e melhoria do cuidado a esses pacientes, além de garantir o acesso a tratamentos e medicamentos específicos. Para aprofundar o debate sobre o assunto e promover a implementação de ações públicas efetivas que ofereçam assistência integral às pessoas com doenças raras, o Programa Ação Responsável realiza, no dia 14 de setembro, o "XIV Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil - Doenças Raras". O evento movimenta o auditório Senador Antônio Carlos Magalhães, no Interlegis, localizado no Senado Federal, em Brasília, das 9h às 14h. O evento é aberto ao público e as inscrições são gratuitas com vagas limitadas.
Atualmente, são conhecidas quase 8 mil doenças raras, sendo que quase 80% delas são de origem genética, crônica, progressiva, degenerativa e com risco de morte em muitos casos. Estima-se que uma parcela de 6 a 8% da população mundial possa ser afetada por alguma doença rara, o que representa aproximadamente 420 a 560 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se que existam cerca de 13 milhões de pessoas com doenças raras, com uma prevalência de até 65 casos por cada 100.000 habitantes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para Clementina Moreira Alves, presidente do Instituto Brasileiro de Ação Responsável, esse tema é de extrema importância, pois traz à luz as Doenças Raras. "Entendemos que o assunto faz parte da agenda do Governo Federal, e é necessário aumentar a conscientização do poder público e da população sobre as Doenças Raras, que muitas vezes são subdiagnosticadas, assim como seus sinais e sintomas. Dessa forma, poderemos avançar e agilizar o diagnóstico e as melhores práticas de cuidado", conclui.
Para participar do evento, os interessados podem se inscrever gratuitamente por meio do link https://acaoresponsavel.org.br/index/xiv-forum-nacional-de-politicas-de-saude-no-brasil-doencas-raras/
Serviço: XIV Fórum Nacional de Políticas de Saúde - Doenças Raras
Data: 14 de setembro, quinta-feira - das 9h às 14
Local: Senado Federal - Interlegis - Auditório Senador Antônio Carlos Magalhães, Via N2 Asa Norte - Brasília/DF
Inscrições gratuitas: www.acaoresponsavel.org.br
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 29/08/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Governo de SP anuncia nova Tabela SUS Paulista para reduzir filas da saúde
Acreditação na saúde: de que forma os processos hospitalares impactam na segurança dos pacientes
Espera por transplante de coração foi menor que um mês para quase 30% da fila
Hospfar fortalece sua dedicação à excelência através de seus seis pilares fundamentais
Por que médicos também devem entender sobre contabilidade e gestão tributária?
Medicamentos impactam mais o bolso dos brasileiros
Sancionada lei que aumenta o salário mínimo e amplia a isenção do IR
Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda nova vacina da dengue
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Alopécia: saiba mais sobre a condição que afeta Maiara
GOVERNO DE SÃO PAULO
Governo de SP anuncia nova Tabela SUS Paulista para reduzir filas da saúde
Modelo inovador de remuneração vai beneficiar Santas Casas e hospitais filantrópicos e autárquicos em todas as regiões do estado
O governador Tarcísio de Freitas anunciou nesta segunda-feira (28) a nova Tabela SUS Paulista, com o objetivo de aumentar o atendimento na rede pública de saúde e reduzir as filas. O Governo de São Paulo vai complementar o valor que os hospitais recebem atualmente do Ministério da Saúde pelos procedimentos hospitalares, e as unidades vão receber até cinco vezes a tabela nacional do SUS.
“Tenho certeza que vamos fazer a maior revolução de saúde de São Paulo dos últimos anos. Nós vamos fazer a diferença e salvar vidas de quem está na ponta, de quem está esperando uma cirurgia eletiva, um tratamento ortopédico ou operações que, muitas vezes, não são feitas por causa dos valores de remuneração. Nós vamos equacionar este problema”, afirmou Tarcísio.
“Com a Tabela SUS Paulista, São Paulo vai remunerar os procedimentos de uma forma mais conveniente, correta e justa para que a gente mantenha as Santas Casas em operação, reabra leitos e aumente a quantidade de procedimentos. Nós vamos caminhar juntos para transformar a saúde do estado. Parabéns às entidades filantrópicas e Santas Casas, patrimônio do Brasil e de São Paulo, nós vamos juntos fazer a diferença pela saúde”, concluiu o governador.
A iniciativa, liderada pela Secretaria de Estado da Saúde, foi anunciada durante evento de comemoração de 60 anos da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB). A cerimônia no Palácio dos Bandeirantes reuniu a primeira-dama e presidente do Fundo Social de São Paulo, Cristiane Freitas, secretários de Estado, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, André do Prado, o prefeito da capital, Ricardo Nunes, parlamentares, autoridades municipais e gestores de saúde.
Este modelo inovador de remuneração vai beneficiar 354 hospitais em todas as regiões do estado, entre eles Santas Casas, entidades filantrópicas e autárquicas. Estes equipamentos representam hoje 50% do atendimento hospitalar no sistema único de saúde paulista.
Entre os procedimentos que serão reajustados com a Tabela SUS Paulista, estão as cirurgias de apêndice, que passará de R$ 414,62 para R$ 1.865,79, e de vesícula (colecistectomia), que sairá de R$ 996,34 para R$ 4.483,53.
Para incentivar a ampliação de partos normais no SUS, o valor pago pelo Governo de São Paulo vai aumentar de R$ 443,40 para R$ 2.217,00 por procedimento – a remuneração será superior à das cesáreas, que também subirá de R$ 545,73 para R$ 2.182,92. Já as internações de UTI terão o valor duplicado. Os reajustes valem para cerca de 5 mil procedimentos hospitalares.
Os recursos serão 100% do Tesouro Estadual e vão corrigir uma defasagem histórica provocada pela ausência de correção da tabela nacional do SUS. Há cerca de 20 anos, esses valores não são reajustados pelo governo federal, impactando diretamente na saúde financeira dessas unidades. O investimento anual adicional do Governo de São Paulo é de cerca de R$ 2,8 bilhões.
“Vamos alocar recursos novos do Tesouro do Estado para aumentar o teto financeiro dos hospitais e, assim, possibilitar um maior volume de atendimento para diminuir as filas que causam tanto sofrimento a nossos pacientes. O governador Tarcísio, com a atitude que toma hoje, muda a vida de cada cidadão paulista e o curso da história da saúde pública em São Paulo”, disse o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva.
Além de contribuir para a sustentabilidade financeira das instituições, o programa terá impacto direto na qualidade dos serviços prestados à população, estabelecendo uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e os hospitais baseada na produtividade e eficiência na assistência à saúde.
A partir da vigência da nova Tabela SUS Paulista, haverá aumento na oferta de serviços, acesso facilitado, redução da necessidade de grandes deslocamentos e agilidade no tempo de espera para realização dos procedimentos.
Nos próximos meses, a equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde irá se reunir com todos os serviços de saúde para discutir metas de atendimento, permitindo que os recursos sejam pagos até o começo do próximo ano.
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PORTALRBN
Acreditação na saúde: de que forma os processos hospitalares impactam na segurança dos pacientes
Diretora Técnica da maior Acreditadora da América Latina, Quality Global Alliance (QGA), responde perguntas sobre a metodologia e os procedimentos aplicados nas instituições de saúde
Você confia no hospital ou na instituição de saúde que você frequenta?
Você sabe quais são os padrões de qualidade que a organização segue? Se essas perguntas o deixam mais preocupado em relação à sua segurança, saiba que existem metodologias que os hospitais podem implementar, melhorando a qualidade dos processos, além de garantir mais segurança aos pacientes.
Realizamos uma entrevista com a Dra. Melissa Morais, Diretora Técnica da Quality Global Alliance (QGA), maior Acreditadora da América Latina, sobre o processo de Acreditação, a metodologia aplicada nas instituições de saúde e o impacto que isso causa na vida dos pacientes, nas organizações e no sistema de saúde do país. Confira a entrevista na íntegra.
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De maneira simples, o que é Acreditação?
A Acreditação é um processo isento e voluntário em que uma empresa terceira avalia um serviço de saúde e reconhece os seus processos. É importante que esta avaliação seja isenta, porque, dessa forma, é possível entender quais procedimentos precisam de auxílio e melhora, a partir de uma visão externa da instituição. A metodologia Qmentum vai além de apenas uma avaliação e a concessão de um selo de reconhecimento. O nosso método ajuda as instituições de saúde a caminharem para a maturidade dos processos. Nós temos equipes específicas que ajudam a instituição na construção da maturidade e qualidade de segurança.
De quais maneiras a Acreditação interfere na vida do paciente?
A Acreditação, quando olha para os processos de segurança, faz com que os serviços de saúde desenvolvam protocolos assistenciais específicos, olhem para barreiras de segurança, identifiquem prospectivamente os riscos e isso faz com que o paciente receba um cuidado mais seguro.
A gente estimula que a organização olhe para os riscos, antecipe os problemas e, a partir disso, implemente barreiras de segurança que realizem protocolos baseados nas melhores evidências internacionais para o atendimento dos pacientes. Além disso, promovemos o envolvimento dos diversos membros da equipe multiprofissional, fazendo com que todos contribuam para o planejamento de um cuidado integrado. O resultado disso é uma entrega de cuidados específicos voltados às necessidades de cada indivíduo, entendendo o paciente como uma pessoa, não uma doença. O paciente está doente, ele não é a doença.
Quais são os riscos que uma instituição de saúde pode ter, caso não seja Acreditada?
Quando a instituição não é acreditada, ela está muito mais sujeita à variabilidade dos processos. Ela não tem processos bem definidos e desenhados e, com isso, a atuação da equipe assistencial e administrativa não é organizada, não trabalha a diminuição de desperdício e otimização dos recursos, desencadeando problemas relacionados com sustentabilidade. Também, a imagem da instituição pode ser prejudicada por conta de casos com desfechos indesejados que podem ser expostos na mídia.
Quais instituições podem ser acreditadas?
Todas. Seja pública ou particular. Desde grandes instituições que já têm maturidade, até serviços pequenos, clínicas, serviços de diagnóstico; unidades de atenção primária, serviços de remoção, entre outros. A metodologia Qmentum utiliza padrões internacionais definidos por comitês técnicos altamente especializados e, com base nisso, desenvolve um método que pode ser aplicado a qualquer tipo de instituição de saúde.
Hoje, a QGA também aplica o Qmentum 360º, possibilitando que redes de atenção à saúde com os mais diferentes tipos de serviços: hospitais, serviços de atenção primária, home care, laboratórios, serviços de imagem, entre outros - e que podem ter níveis diferentes de maturidade dentro da mesma rede - consigam estar juntos, falando uma mesma linguagem em termos de qualidade e segurança. Cada serviço recebe o reconhecimento, de acordo com o próprio nível, seja ele Gold, Platinum ou Diamond. O objetivo é que todos trabalhem para um dia alcançar o nível máximo de excelência, o Diamond.
Qual a vantagem que as organizações de saúde acreditadas possuem em relação às que não são?
Isso está muito ligado com o risco. Durante a implementação de uma metodologia de segurança, o serviço de saúde trabalha processos mais bem desenhados, desenvolve equipes assistenciais que sabem o seu papel dentro da cadeia de cuidado e que se sentem mais reconhecidas dentro do processo. Também há a otimização de recursos, seja ela financeiro, pessoas, tempo ou insumos. Além disso, a diminuição do desperdício faz com que as instituições acreditadas alcancem melhores resultados, em termos de entrega e financeiros.
Um exemplo foi a pandemia de COVID-19. Durante esse período, todas as organizações de saúde foram afetadas. Mas os serviços acreditados pela metodologia Qmentum tiveram uma recuperação e um retorno à "normalidade" mais rápido que os demais, isto porque a Qmentum é a única metodologia que possui uma estrutura robusta, focada em Preparação para desastres e emergência, como o que ocorreu na pandemia.
Qual seria o impacto na saúde brasileira, caso as instituições olhassem com mais atenção para a Acreditação?
A nossa metodologia foi criada no Canadá. Lá, 100% das organizações de saúde são acreditadas. No Brasil, menos de 7% das instituições são acreditadas, ou seja, ainda temos um campo enorme para trabalhar. Trabalhando o processo de Acreditação com um volume maior de instituições, seria possível desenvolver um olhar mais colaborativo entre os serviços de saúde e menos competitivo, promovendo o aprendizado coletivo, pensando no sistema de saúde como um todo, refletindo de forma utópica.
Com um olhar voltado para a Acreditação, as instituições deixam de ter o pensamento de que ter problemas é ruim. Ruim é não saber que os problemas existem e não saber como resolvê-los.
Sobre a QGA
A Quality Global Alliance (QGA) é cocriadora da única e mais inovadora Aliança Global para o desenvolvimento e a implementação de padrões mundiais de excelência em saúde com foco no paciente, a Health Standards Organization (HSO), que acumula mais de 16 mil serviços acreditados no mundo, distribuídos em 37 países. Esta aliança está estruturada para trazer ainda mais valor para as organizações de saúde, sistemas de saúde e pacientes. Ela é composta pelas organizações Accreditation Canada, Institute for Quality Management in Healthcare, Health Assessment Europe, Qualicor Europe/Holanda e QGA. A QGA é acreditada internacionalmente pela ISQua - International Society for Quality in Healthcare.
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AGÊNCIA BRASIL
Espera por transplante de coração foi menor que um mês para quase 30% da fila
Pouco mais de um quarto dos transplantes de coração realizados no Brasil desde o início do ano ocorreu com menos de um mês de espera após entrada de paciente na fila. A contagem não inclui caso do apresentador Faustão, que neste domingo (27) passou por cirurgia para receber novo órgão, após quadro de insuficiência cardíaca.De acordo com o Ministério da Saúde, 72 pacientes transplantados neste ano aguardaram menos de 30 dias antes de receber um novo coração. O número corresponde a 28% dos 261 transplantes cardíacos realizados pelo SUS em 2023. Em apenas 38 casos o tempo de espera foi maior que um ano.A agilidade no transplante de coração do apresentador Fausto Silva é explicada pelo quadro clínico do paciente, que enfrentava insuficiência cardíaca grave. O grau de urgência é um dos critérios que definem prioridades na lista de espera por um órgão e se sobrepõe à ordem de cadastro.Faustão foi internado no início do mês no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e estava fazendo diálise devido a um choque cardiogênico -quando o coração perde a capacidade bombear sangue para os órgãos e o paciente depende de medicamentos para isso.Segundo o cardiologista João Vicente, do hospital Sírio-Libanês, casos como o do apresentador inspiram urgência pois a demora pode tornar o quadro ainda mais complexo e até irreversível. "Ele já estava em choque cardiogênico. Se essa condição persiste, talvez tivesse que ser intubado. Isso aumenta a chance de pneumonia, infecção que poderia inviabilizar o transplante", disse o médico.De acordo com os critérios de priorização, Faustão era o segundo na fila para receber um coração em São Paulo, mas a equipe médica do paciente que ocupava a primeira posição decidiu recusar o órgão neste domingo. O motivo não foi divulgado.A esposa do apresentador, Luciana Cardoso, divulgou nesta segunda que ele foi incluído na lista de espera pela doação do órgão no dia 8 de agosto. "Desde o primeiro dia de internação de emergência já sabíamos da necessidade do transplante. Depois dos exames do painel de anticorpos e outros detalhes médicos, Fausto foi incluído na lista no dia 08/08/2023 , disse Cardoso em uma rede social.Atualmente, 379 pacientes aguardam na fila para transplante de coração no Brasil. Em todo o país, o órgão com maior demanda para transplante é o rim, com 37.101 pessoas na fila de espera. A córnea está em segundo lugar, com 25.938, e o fígado na sequência, com 2.237.A fila é única em todo o país, e se baseia em critérios técnicos, como tipo sanguíneo, compatibilidade genética e de peso e altura, além da gravidade de cada caso. Não há distinção entre pacientes da rede pública ou particular de saúde, e a ordem de cadastro funciona como critério de desempate quando demais parâmetros são semelhantes.TEMPO DE ESPERA POR TRANSPLANTE DE CORAÇÃOMenos de 30 dias: 72 pessoas (27,5%)De 30 a 90 dias: 65 pessoas 24,8%)De 3 a 6 meses: 39 pessoas (14,8%)De 6 meses a 1 ano: 48 pessoas (18,3%)Mais de 1 ano: 38 pessoas (4,5%)"Quem está cadastrado e com quadro clínico estável, em casa, vai para o fim da fila", explica Vicente. Segundo o médico, a lista de espera por outros órgãos, como rim e córnea, pode ser mais mais demorada, já que o risco de complicação ao paciente frequentemente é menor. "Com o coração é diferente, porque o paciente fica sob instabilidade muito grande. É sempre uma condição grave", acrescentou.O Brasil, segundo o Ministério da Saúde, tem o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes no país.Até esta segunda-feira, 11.908 transplantes de órgãos foram realizados no país, sendo 6.269 de córnea, 3.760 de rim e 1.497 de fígado.A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.De apenas uma pessoa podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador.
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O HOJE
Hospfar fortalece sua dedicação à excelência através de seus seis pilares fundamentais
Alicerçada em seis pilares essenciais, a política reflete a abordagem integral da Hospfar para atender às necessidades da comunidade e do setor médico
A Hospfar, empresa líder no setor de saúde, reafirma seu compromisso inabalável com a excelência por meio de sua distinta Política de Qualidade, que é a base sólida de suas operações de sucesso. Alicerçada em seis pilares essenciais, a política reflete a abordagem integral da Hospfar para atender às necessidades da comunidade e do setor médico:
● A empresa mantém um padrão impecável ao cumprir todas as normas da legislação sanitária referente a medicamentos e produtos médico-hospitalares, garantindo que a segurança e a eficácia estejam
sempre em primeiro plano;
● O armazenamento e o transporte de produtos são tratados com a mais alta qualidade, garantindo que a integridade dos itens seja preservada durante cada etapa do processo;
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● Com uma distribuição estratégica, a Hospfar garante o abastecimento pontual e eficaz de produtos essenciais, confiante para a saúde pública de maneira consistente;
● Os colaboradores são valorizados e incentivados, fomentando um ambiente de trabalho estimulante e animado à inovação;
● A satisfação do cliente é uma prioridade indiscutível, refletida no compromisso da Hospfar em fornecer um atendimento excepcional e estabelecer relações duradouras;
● Através da busca incessante pela melhoria contínua, a empresa impulsiona a inovação, garantindo que suas operações estejam sempre subordinadas às melhores práticas do setor;
A Hospfar, por meio de seus seis pilares, reafirma seu papel vital no cenário de saúde, dedicando-se a superar expectativas e elevar continuamente os padrões do setor.
Sobre a Hospfar
A Hospfar é uma empresa líder no fornecimento de produtos médico-hospitalares, dedicada a fornecer soluções de saúde de alta qualidade. Com uma Política de Qualidade fundamentada em seis pilares essenciais, está comprometida em superar as expectativas e contribuir para um sistema de saúde mais eficiente e seguro.
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PORTAL AB NOTICIAS NEWS
Por que médicos também devem entender sobre contabilidade e gestão tributária?
Afirmar que médicos devem entender de contabilidade e gestão tributária parece, em um primeiro momento, absurdo. Afinal, os profissionais dessa área se dedicam muito e estudam a vida toda para aprimorar suas técnicas e conhecimentos para promover a saúde de toda a população. Porém, esses profissionais também devem priorizar a saúde financeira de suas clínicas e instituições de atendimento ao paciente, visto que se houver problemas de ordem financeira ou mesmo fiscal, isso impactará diretamente a rotina da clínica e, consequentemente, afastará os pacientes. Para começar, é preciso entender quais são os impostos médicos a serem pagos, e como funciona a carga tributária de uma clínica. A tributação da clínica é primordial para manter um negócio sustentável e trata-se da cobrança governamental sobre os impostos que a empresa sofre. Vale lembrar que o valor muda de acordo com o tipo, faturamento e tamanho de cada clínica, podendo ser Microempreendedor Individual (MEI), Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido.
Independente do modelo adotado, o importante é emitir todas as notas fiscais de forma organizada e entender que a diferença entre eles está na forma como os impostos são calculados, a maneira como eles são recolhidos e as obrigações fiscais de cada um. Já sobre o Imposto de Renda, trata-se de uma contribuição que deve ser feita ao longo do ano, seguindo um calendário oficial, e tem uma cobrança anual. Nesse caso, o IR pode ser aplicado tanto para Pessoa Física quanto Jurídica. Nesse sentido, é necessário ficar atento à documentação necessária, como Plantões médicos, CPF dos pacientes, Encargos com funcionários, Despesas fixas, Material de consumo da clínica, CRM e sindicatos, Marketing e Bens e Patrimônios. Como em diversos segmentos, existem formas de reduzir um pouco os impostos. Para isso, é preciso atenção ao enquadramento do serviço oferecido. Para se ter uma ideia, a tributação de hospitais é de 20%, já o de clínicas chega a 32%.
Nesse sentido, fica o alerta de que não adianta escolher qual tipo de enquadramento aplicar ao negócio levando em consideração apenas o faturamento. É preciso fazer uma análise do todo para encontrar o modelo que mais se adequa ao momento do hospital ou clínica. Por fim, é preciso se manter atento às mudanças que podem vir sobre impostos e eventuais mudanças em leis de contabilidade. Somente dessa forma, será possível manter uma previsibilidade financeira, ter um negócio sustentável e, claro, oferecer o melhor atendimento possível aos pacientes. Fazer uso de recursos tecnológicos, como plataformas e softwares de gestão são imprescindíveis para automatizar processos burocráticos e mitigar eventuais erros humanos. É importante também manter um olhar atento e atualizado ao fluxo de caixa, para que nada saia do controle e não surjam surpresas ruins na jornada médica. Sobre a Doctoralia A Doctoralia, empresa do Grupo Docplanner, é a maior plataforma de saúde do mundo.
Presente em 13 países, o grupo é responsável por atender 55 milhões de pacientes e processar mais de 15 milhões de agendamentos de consultas por mês, atualmente, possui mais de 2 milhões de profissionais de saúde em sua base, com um total de 10 milhões de avaliações de pacientes. Com a missão global de tornar a experiência em saúde mais humana, a Doctoralia atende a diferentes públicos ao oferecer uma gama diversificada de serviços: marketplace, que permite agendamento e avaliação de consultas, sistema SaaS (Software as a Service) voltado para otimização da gestão do consultório, fluxo de pacientes e realização de teleconsultas. Em julho de 2022 a empresa anunciou a aquisição da Feegow, software líder de gestão para clínicas. Para ampliar o alcance do serviço, a Doctoralia disponibiliza também o aplicativo móvel para pacientes.
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BIZNEWS
Medicamentos impactam mais o bolso dos brasileiros
Os gastos dos brasileiros com medicamentos representam uma parcela significativa das despesas, sendo uma prioridade para as famílias. Mesmo em meio a possíveis restrições financeiras, a aquisição desses produtos, quando prescritos ou em situações de necessidade, é quase inevitável.
Entretanto, os custos desses itens têm suscitado preocupações consideráveis entre a população. Esse cenário tornou-se ainda mais acentuado recentemente, quando houve um ajuste máximo permitido de preços, estipulado em 5,60%, para todos os tipos de medicamentos. Tal regulamentação foi determinada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) em 30 de março.
Esse aumento terá um impacto abrangente, afetando mais de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis nas farmácias. Vale ressaltar que os preços dos medicamentos possuem uma dinâmica singular em comparação a outros produtos no mercado, com apenas um reajuste anual que estabelece o valor máximo para sua comercialização nas farmácias.
Essa mudança certamente influenciará o comportamento dos consumidores. Conforme revelado pela 6ª Edição da Pesquisa sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil, finalizada em 2023 e conduzida pelo IFEPEC em parceria com a Unicamp, os frequentadores de farmácias estão mais atentos à busca por economia em suas compras.
Para essa pesquisa, foram entrevistados 4.000 consumidores em todo o país. Dentre as conclusões, destaca-se uma alteração no padrão de comportamento em relação a anos anteriores: mais consumidores apontam o preço como o fator preponderante na escolha da farmácia, alcançando 82,13% dos entrevistados, em contraste com os 79,9% do ano anterior.
Além disso, o hábito de comparar preços aumentou consideravelmente. Cerca de 31,2% dos consumidores afirmaram ter realizado alguma pesquisa de preços em diferentes farmácias antes de efetuar a compra, um aumento substancial em relação aos 15,3% registrados em 2022.
Na busca por economia, mais de 92,5% dos entrevistados relataram participar de algum programa de fidelidade, evidenciando a continuidade e popularidade dessas iniciativas.
O propósito central dessa pesquisa sempre foi analisar o perfil de consumo nas farmácias. Edison Tamascia, presidente da Febrafar, enfatiza a importância de obter dados atuais para embasar estratégias internas, tornando as ações mais assertivas.
Diante desse contexto, surge a pergunta: como economizar diante da situação atual na compra de medicamentos? Apesar de os preços serem tabelados, ainda é possível economizar nesses gastos. Poucos sabem que a tabela estabelece apenas o valor máximo dos medicamentos, enquanto as farmácias podem definir um preço mínimo de acordo com suas estratégias comerciais, como destaca Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN).
Para auxiliar os consumidores, Reinaldo Domingos oferece orientações sobre como economizar na compra desses produtos:
Realize comparações de preços: Pesquise os valores em diferentes farmácias, pois os preços variam consideravelmente. Além disso, cadastre-se em programas de fidelidade para garantir descontos futuros. Defina suas necessidades: Tenha clareza sobre o que precisa adquirir na farmácia e siga uma lista pré-estabelecida para evitar compras impulsivas. Considere genéricos e similares: Muitas vezes, os medicamentos genéricos ou similares são mais econômicos. Peça ao médico para prescrever o princípio ativo em vez da marca e pesquise preços entre diferentes laboratórios. Aproveite o programa Farmácia Popular: Verifique se a farmácia possui o programa governamental Farmácia Popular, que oferece medicamentos gratuitos ou com descontos expressivos para determinadas condições. Utilize programas de fidelidade: A maioria das farmácias e laboratórios oferece programas de fidelidade, gerando economias significativas. Confira se sua empresa, plano de saúde ou associação possui parcerias com redes farmacêuticas.
Com essas dicas, os consumidores podem tomar medidas concretas para economizar nas despesas com medicamentos, mesmo diante das oscilações de preços e do cenário econômico.
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A REDAÇÃO
Sancionada lei que aumenta o salário mínimo e amplia a isenção do IR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (28/8), em evento no Palácio do Planalto, o texto da Medida Provisória 1.172/2023, que reajusta o salário mínimo para R$ 1.320 e amplia a faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O valor atual do piso nacional está em vigor desde o dia 1º de maio, quando a MP entrou em vigor.
O texto sancionado hoje também estabelece a política de valorização do salário mínimo, que prevê aumento real equivalente à variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores ao de vigência do novo valor. A política entrará em vigor a partir de 2024, quando o salário mínimo deve chegar a R$ 1.461.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a retomada da política de ganho real do salário mínimo terá forte impacto positivo na economia. Ele citou que mais de 25 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) recebem o piso. O ministro também lembrou que a política, que vigorou ao longo dos governos anteriores de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, ao lado dos programas sociais, foi essencial para que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) retirasse o Brasil do Mapa da Fome no mundo, lista de países com estatísticas graves de insegurança alimentar. Quase dez anos depois, no entanto, a fome voltou a atingir mais de 33 milhões de brasileiros, segundo estudo publicado em 2022 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).
"De novo, eu tenho certeza que essa decisão vai nos conduzir para que possamos, mais uma vez, tirar o Brasil do Mapa da Fome", disse Marinho. Já para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o aumento real do salário mínimo, apesar de ser “pouco", representa, segundo ele, "uma sinalização clara que o trabalhador voltou a ter atenção do governo".
Isenção do IRPF
Durante a tramitação da Medida Provisória no Congresso Nacional, foi incluída a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Quem ganha até R$ 2.640 ao mês não terá de pagar imposto de renda. Até então, a isenção era para quem recebe até R$ 1.903,98 mensais. Segundo o Palácio do Planalto, a sanção será publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Negociação no serviço público
Durante a cerimônia, o presidente Lula assinou um decreto que cria um grupo de trabalho interministerial para estabelecer proposta de regulamentação das negociações coletivas de trabalho no âmbito da administração pública federal. A medida visa cumprir a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê, entre outros pontos, liberdade sindical para servidores públicos e direito à negociação de condições de trabalho e reajustes salariais em níveis federal, estadual e municipal. Essa medida também será publicada em edição extra do DOU.
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AGÊNCIA ESTADO
Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda nova vacina da dengue
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou um documento científico recomendando a vacina contra a dengue produzida pelo laboratório japonês Takeda como escolha preferencial para imunizar crianças e adolescentes. A Anvisa deu o aval para o registro da Qdenga em território brasileiro em março. Esse imunizante está liberado para ser aplicado em crianças com mais de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos de idade - são duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
Em estudos clínicos, ele demonstrou 80% de eficácia contra a dengue. A SBP lembra que a Qdenga é uma vacina composta por vírus vivos atenuados que ajuda na prevenção da dengue causada por qualquer um dos quatro sorotipos existentes (1, 2, 3 e 4). Ela pode ser administrada independente de exposição anterior do paciente à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação.
Há outra vacina contra a dengue licenciada no Brasil: é a Dengvaxia, da farmacêutica Sanofi. Ela é recomendada no esquema de três doses para crianças, adolescentes e adultos, contemplando a faixa etária dos 6 aos 45 anos. Só que deve ser usada somente em que já teve a confirmação de uma infecção prévia por dengue. Daí porque a entidade médica aconselha a escolha pela Qdenga. "A SBP sugere o uso preferencial da vacina Qdenga pelo esquema posológico mais conveniente (menor número de doses e término do esquema vacinal em menor tempo) e pela não necessidade de comprovação de infecção prévia pela dengue para sua administração", resume, em documento.
A SBP recomenda a vacinação para todas as crianças e os adolescentes a partir dos 4 anos, independente de já ter enfrentado a doença. Diante da escassez de dados sobre segurança e imunogenicidade, no momento, "não é recomendado realizar intercâmbio de doses entre as diferentes vacinas", acrescenta o documento.
Quem não deve se vacinar
A SBP reforça que ambas as vacinas são contraindicadas para gestantes, mulheres que amamentam e imunocomprometidos e para indivíduos com hipersensibilidade a substâncias contidas no imunizante. "A vacinação com Qdenga deve ser adiada em pacientes que apresentem doença febril aguda. A presença de uma infecção leve, como um resfriado, não deve resultar no adiamento da vacinação", aponta o documento.
Onde encontrar
A vacina contra a dengue da Takeda é oferecida em clínicas particulares. Segundo levantamento feito em julho pelo Estadão com quatro estabelecimentos da capital paulista, o valor da dose varia entre R$ 425 e R$ 478 - o esquema completo de vacinação é feito com duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. O valor pode variar de acordo com o Estado por causa das diferentes cargas tributárias.
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PORTAL G1/GOIÁS
Prefeitura pede afastamento de médico que se envolveu em briga com avós de adolescente após perguntas durante consulta
Avó denunciou que médico a atingiu com um soco na boca durante briga. Segundo a mulher, profissional se exaltou e expulsou ela e a neta de colsultório 'aos gritos'.
Por Thauany Melo, g1 Goiás
A Secretaria de Saúde de São Luís de Montes Belos, na região central de Goiás, pediu o afastamento do médico Flávio Ferreira Nogueira, que se envolveu em uma briga com os avós de uma adolescente de 14 anos. O delegado Luiz Fernando afirmou que a avó da adolescente o acusou de lesão corporal após ser atingida no rosto com um soco durante a briga em uma unidade de saúde.
O médico não quis se posicionar sobre o caso de agressão até a última atualização da reportagem. Ao g1, o delegado Luiz Fernando afirmou que o profissional disse que a avó e a adolescente o trataram com falta de respeito e então ele pediu para que elas se retirassem do consultório.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão - veja nota na íntegra no final do texto.
O caso ocorreu na sexta-feira (25), na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia. Conforme a prefeitura, o município não tem mais interesse na permanência do profissional do Programa Mais Médicos Para o Brasil, pois a atitude contradiz o "princípio defendido pela gestão, da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, da integralidade, da humanização e da equidade". O pedido foi encaminhado ao Ministérios da Saúde.
Segundo a Polícia Militar, a avó de 50 anos relatou que estava com a neta dentro do consultório quando o médico, de 50, perguntou se a menina tinha namorado e se já havia menstruado. Segundo ela, o profissional teria ficado exaltado após a adolescente responder que já havia passado as informações para ele.
Ao g1, a avó da adolescente contou que o médico expulsou as duas "aos gritos" do consultório ao se ofender com a resposta da adolescente. Quando a família voltou para conversar com a direção do hospital, segundo a mulher, o médico iniciou as agressões, que foram revidadas.
A avó e a neta saíram do consultório e, poucos minutos depois, o avô, de 52 anos, pediu para falar com médico, que foi até a recepção para encontrá-lo. Neste momento, os dois começaram a brigar e entraram em luta corporal. Em meio à confusão, a avó denunciou que o médico a atingiu com um soco na boca.
O delegado Luiz Fernando afirmou que o caso é investigado como lesão corporal. “O avô tomou conhecimento da situação e foi no posto conversar. Chegando lá, eles entraram em vias de fato. A avó entrou no meio do conflito, ocasião em que o médico teria desferido um soco contra ela.”, explicou o delegado.
Nota do Cremego sobre agressão ao médico:
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia a agressão a um médico, durante o exercício de sua profissão, ocorrida na Unidade Básica de Saúde Dona Luzia, em São Luiz de Montes Belos. O Cremego condena veementemente a violência contra médicos e contra qualquer cidadão.
Suspeitas de falhas na assistência médica devem ser denunciadas ao Conselho e a demais órgãos competentes para a investigação em outras esferas.
Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
A violência nunca será a solução para qualquer problema ou descontentamento.
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JORNAL OPÇÃO
Alopécia: saiba mais sobre a condição que afeta Maiara
De acordo com a especialista, as causas da alopecia são variadas e incluem o estresse, traumas, o uso de medicamentos, reação hormonal pós-parto, doenças no couro cabeludo, hipotireoidismo e hipertireoidismo, o uso de produtos químicos inadequados e outras situações
Na última semana, a cantora Maiara, dupla de Maraisa, usou as redes sociais para revelar que, assim como a irmã, também está em tratamento para a alopecia. Para saber mais sobre o assunto, a dermatologista Lorena Dourado explicou as condições da doença para o Jornal Opção. A calvície feminina é mais comum do que parece. Dados da Academia Americana de Dermatologia (AAD) apontam que o problema pode atingir mais de 2 bilhões de pessoas no mundo, sendo mais de 100 milhões de mulheres afetadas.
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Alopecia é o nome dado a um grupo de doenças que provoca a queda de cabelo. Existem várias formas de alopecia, cada uma com suas próprias características e causas, e a perda dos fios pode ocorrer em áreas específicas do couro cabeludo ou em todo o corpo. A mais comum é a alopecia androgenética, também conhecida como calvície de padrão masculino ou feminino. Outras formas incluem a alopecia areata (queda de cabelo em áreas arredondadas) e a alopecia universal (perda completa de cabelo no corpo). Há também o eflúvio telógeno (uma queda difusa de cabelos sem formação de placas de falha ou afinamento dos fios).
As causas da alopecia e do eflúvio telógeno são variadas e incluem o estresse, traumas, o uso de medicamentos, reação hormonal pós-parto, doenças no couro cabeludo, hipotireoidismo e hipertireoidismo, o uso de produtos químicos inadequados e outras situações. Recentemente, muitos pacientes têm relatado a queda acentuada de cabelos pós-covid.
Sintomas
Os sintomas variam dependendo do tipo e da gravidade da condição e podem ter um impacto significativo na autoestima e na qualidade de vida de homens e mulheres. Lorena Dourado explica que, muitas vezes, a alopecia começa com uma queda gradual do cabelo ou a formação de manchas calvas. “Em casos mais avançados da alopecia areata, por exemplo, pode ocorrer uma perda completa de cabelo no couro cabeludo e/ou em outras partes do corpo. O impacto psicológico da alopecia não deve ser subestimado, já que pode levar a constrangimento, baixa autoestima e ansiedade social”, alerta a médica especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e com formação em Tricologia (ciência que estuda o cabelo) pela Faculdade de Medicina do ABC e pela USP.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da alopecia, os dermatologistas contam com recursos, como o exame físico; exames como o tricograma, que avalia as raízes dos cabelos e determina a porcentagem de fios em processo de queda e de fios afinados; e a dermatoscopia manual e digital, essa última faz uma contagem computadorizada dos tipos de fios presentes em determinada área do couro cabeludo. Exames laboratoriais que excluem ou evidenciam deficiências vitamínicas, anemias e outras doenças que podem causar a queda de cabelo, e até biópsias também podem ser indicados.
“O mais importante é procurar o seu dermatologista ao perceber que seus cabelos estão caindo ou passando por alterações de volume ou afinamento, para que ele faça sua avaliação e inicie, se necessário, seu tratamento de maneira precoce. Dessa forma poderemos, na maioria dos casos, evitar a progressão da calvície, mantendo seus cabelos saudáveis por mais tempo”, orienta a médica.
Tratamento
Embora não haja uma cura definitiva para a alopecia, existem diversas opções de tratamento disponíveis para ajudar a minimizar a queda de cabelo e estimular o crescimento capilar. O médico dermatologista é o profissional indicado para identificar as condições clínicas do paciente e prescrever o melhor tratamento para cada caso.
Esses tratamentos podem incluir o uso de medicamentos, como o conhecido Minoxidil; terapias a laser; cirurgia de transplante capilar para casos mais avançados e quando a pessoa possui uma área doadora satisfatória (cabelos da região posterior da cabeça); tratamentos tópicos com produtos que podem promover o crescimento capilar ou retardar a queda, e outros. Muitos pacientes também podem precisar de acompanhamento psicológico para lidar com o impacto emocional da condição.
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Assessoria de Comunicação