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CLIPPING AHPACEG 30/11/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Nova lista de doenças do trabalho inclui covid-19, burnout e câncer
Tanure desiste da compra da Amil: "estudamos e declinamos"
Hospital das Clínicas realiza mutirão contra o câncer de pele em Goiânia
Hospital Cora deve dobrar capacidade de tratamento de câncer em Goiás
Profissionais de saúde vítimas da Covid recorrem à Justiça para receber indenização prevista há 2 anos em lei
Bradesco Saúde reforça segurança do beneficiário com automação e IA
Sírio-Libanês inaugura sede de sua faculdade
Programa de gerenciamento de antibióticos de Curitiba chega a instituições brasileiras
Telemedicina cresce em diferentes áreas da medicina
AGÊNCIA BRASIL
Nova lista de doenças do trabalho inclui covid-19, burnout e câncer
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (29/11) a atualização na lista de doenças relacionadas ao trabalho. Portaria já foi publicada incluindo 165 novas patologias, apontadas como responsáveis por danos à integridade física ou mental do trabalhador. Entre as patologias estão a covid-19, distúrbios músculos esqueléticos e alguns tipos de cânceres.
Transtornos mentais como Burnout, ansiedade, depressão e tentativa de suicídio também foram acrescentados à lista. Foi ainda reconhecido que o uso de determinadas drogas pode ser consequência de jornadas exaustivas e assédio moral, da mesma forma como o abuso de álcool que já constava na lista. Os ajustes receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social e passam a valer em 30 dias.
Com as mudanças, o poder público deverá planejar medidas de assistência e vigilância para evitar essas doenças em locais de trabalho, possibilitando ambientes laborais mais seguros e saudáveis.
As alterações também dão respaldo para a fiscalização dos auditores fiscais do trabalho, favorecem o acesso a benefícios previdenciários e dá mais proteção ao trabalhador diagnosticado pelas doenças elencadas. A atualização leva em conta todas as ocupações. Ou seja, vale para trabalhadores formais e informais, que atuam no meio urbano ou rural.
Lista de doenças ocupacionais
A lista de doenças ocupacionais foi instituída em 1999. O documento é composto por duas partes: a primeira apresenta os riscos para o desenvolvimento de doenças e a segunda estabelece as doenças para identificação, diagnóstico e tratamento. Com a atualização, a quantidade de códigos de diagnósticos passa de 182 para 347. A lista pode ser conferida no Diário Oficial da União.
De acordo com o Ministério da Saúde, a atualização foi prioridade da nova gestão e reflete a retomada do protagonismo da coordenação nacional da política de saúde do trabalhador. As inclusões foram avaliadas pela Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) em seu 11º encontro conhecido como Renastão, que começou na segunda-feira (27/11) e se encerrou nesta quarta-feira (29/11), em Brasília.
Renast
Instituída em 2002, a Renast tem papel estratégico no desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador e envolve o Ministério da Saúde e as secretarias de saúde de estados, municípios e do Distrito Federal.
Quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2007 e 2022, segundo apontam dados Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é gerenciado pelo Ministério da Saúde. De todas as notificações, 52,9% está relacionada com acidentes de trabalho graves.
Conforme os dados do Sinan, 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico; 12,2% devido a acidente com animais peçonhentos; e 3,7% por lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Somente em 2023, já são mais de 390 mil casos notificados de doenças relacionados ao trabalho. (Agência Brasil)
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BRASIL 247
Tanure desiste da compra da Amil: "estudamos e declinamos"
Ao 247, o empresário afirmou que não irá participar da disputa pelo grupo Amil, um dos gigantes da saúde complementar no Brasil
Por Joaquim de Carvalho – O empresário Nelson Tanure, que atua no setor de saúde por meio da rede de laboratórios Alliar, e está presente em vários setores da economia com empresas como Prio (petróleo), Light (energia) e Gafisa (construção), afirmou ao 247 que não irá participar da disputa pelo controle da Amil, operadora de saúde que foi colocada à venda pelo grupo estadunidense United Health Group. "Eu não estou interessado", disse ele. "Estudamos e declinamos", acrescentou. Questionado sobre eventual recuperação judicial da empresa, Tanure, que já utilizou o instrumento em algumas de suas aquisições, disse que a lei que rege operadoras de saúde não permite essa possibilidade.
Com prejuízos anuais acima de R$ 2 bilhões, em razão da crise no mercado de saúde complementar, a Amil foi colocada à venda pelo grupo estadunidense e terá de ser vendida de forma integral, sem a separação de ativos bons e deficitários, como já foi tentado no passado pela UHG. O processo está sendo acompanhado de perto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque envolve um setor sensível da economia, com forte repercussão social. Autoridades regulatórias já sinalizaram que não gostariam de ver a empresa, com milhões de clientes, cair em mãos de fundos financeiros, com mentalidade de curto prazo, e não em poder de grupos vocacionados para a assistência de saúde.
A despeito da crise, a Amil ainda é uma das maiores empresas de planos de saúde e odontológicos do Brasil, com 31 hospitais, 28 clínicas e 5,4 milhões de usuários, com forte presença na classe média, e faturamento anual estimado em cerca de R$ 27 bilhões.
Com a saída de Tanure, a Amil passa a ser disputada por cinco potenciais compradores: a família do fundador Edson Bueno (falecido em 2017), que vendeu a empresa à UHG e controla os laboratórios Dasa, o empresário José Seripieri Júnior, que fundou a Qualicorp e a QSaúde (ambas já vendidas), o fundo Bain Capital, o fundo Advent e o fundo Coruja Capital, do empresário Marcio Schettini (ex-Itaú). Estima-se que o negócio, quando concluído, movimentará uma cifra entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.
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A REDAÇÃO
Hospital das Clínicas realiza mutirão contra o câncer de pele em Goiânia
Goiânia - O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), realiza, neste sábado (2/12), um mutirão de prevenção ao câncer de pele. O evento ocorrerá das 9h às 15h e faz parte de uma ação em alusão ao Dezembro Laranja, mês que coloca em pauta a importância da conscentização a respeito da doença.
Os atendimentos serão gratuitos e feitos por ordem de chegada dos pacientes. A entrada será pelo Portão A, do HC, na 1ª Avenida, Setor Leste Universitário. A expectativa é atender cerca de 1 mil pessoas.
A organização do evento também divulgou informações sobre quando as pessoas devem se preocupar a respeito do câncer de pele. "São consideradas lesões suspeitas de câncer: feridas que não cicatrizam, sangram ou crescem. Ou pintas que estão em crescimento. Nesses casos é necessário procurar um especialista. O mutirão será voltado para este público".
Fatores de risco
Qualquer pessoa pode ter câncer de pele, mas existem alguns fatores de risco, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia: Se você ou algum familiar já foi afetado pela doença; possui cabelos ou olhos claros; pele clara que não bronzeia; possui muitas pintas ou sardas; já teve queimadura solar ou tomou muito sol sem proteção.
“Cada um com a sua prevenção”
Esse é o tema escolhido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para a campanha Dezembro Laranja de 2023. O foco é a individualidade de cada pele, com base no clima da região e medidas de proteção específicas, com base no histórico de vida de cada um.
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JORNAL OPÇÃO
Hospital Cora deve dobrar capacidade de tratamento de câncer em Goiás
Estimativa é que hospital tenha capacidade de realizar 7,5 mil cirurgias por ano
A construção do primeiro hospital 100% público destinado ao tratamento—via Sistema Único de Saúde (SUS)—, de câncer em Goiás inaugura um marco para a saúde pública no Estado. O Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA) teve sua pedra fundamental fixada em fevereiro deste ano, e 40% das obras já foram concluídas. O governo de Goiás estima que em dezembro de 2024 o Cora já inicie os atendimentos e tratamentos na ala pediátrica.
Finalizado, o hospital deve dobrar a capacidade de atendimento e tratamento do câncer em Goiás. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), são realizadas cerca de 4,5 mil cirurgias oncológicas por ano na rede pública de saúde do Estado. Somente o Cora terá a capacidade de executar 7,5 mil cirurgias por ano. Além disso, o hospital terá aptidão para realizar 13,5 mil consultas e 3,5 exames de imagens mensais.
O projeto do Hospital foi doado pela Instituição Pio XII, que integrará a gestão do complexo, e está orçado em cerca de R$ 424,7 milhões, com previsão de mais de 450 mil metros quadros de construção. Além dos 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagens e de infusão quimioterápica, a unidade também disponibilizará um espaço para hospedagem de familiares dos pacientes que será construído através da parceria com artistas goianos.
Dignidade aos pacientes goianos
Caiado destacou que cerca de 8 mil pacientes goianos fazem tratamento fora do Estado, especialmente nas cidades de Barreto e Brasília. “Até a dignidade do cidadão goiano está sendo aviltada porque hoje o paciente, para ter acesso ao medicamento, ele precisa se mudar e achar uma residência em São Paulo porque o Estado não oferece”, disse.
De acordo com Caiado, cerca de 7 mil crianças no Brasil morrem devido ao câncer sem ter condições sequer de serem tratadas. “Com o diagnóstico precoce e com o tratamento feito aqui, nós teremos capacidade de cura”, diz.
O governador lembrou ainda que os primeiros leitos destinados ao tratamento do câncer em Goiás foram construídos em sua gestão. “O primeiro foi instalado em Uruaçu e fizemos ainda um segundo em Itumbiara. Mas esse aqui é o primeiro 100% baseado na melhor medicina, nos melhores tratamentos”, conta.
Questionamento da obra foram rebatidos
Em coletiva de imprensa durante visita ao canteiro de obras da unidade na manhã desta quarta-feira, 29, o governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) citou a tentativa de embargo e pontuou que a obra tem o “metro quadrado mais barato e ágil” de obras públicas no Estado. “Estamos entregando uma obra para salvar vidas. Estamos fazendo essa obra gastando 30% a menos do que seria se fosse feita através de uma construtora ou empreiteira”, argumentou.
O questionamento da obra foi protocolado pelo ex-governador Marconi Perillo, presidente do PSDB goiano, sob o argumento de que a obra descumpriu a Lei 13.019 (marco regulatório do terceiro setor). A formatação jurídica que possibilitou a implantação do Cora —via Organização da Sociedade Civil (OSC)—, foi aprovada pela Assembleia em novembro de 2022.
Pela Lei nº 21.642, o governo de Goiás foi autorizado a implantar uma unidade de saúde semelhante, em qualidade, ao Hospital de Amor de Barretos (SP).
A dúvida levantada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual (MPGO) sobre o formato de contratação para a construção do hospital foi respondida por Caiado, pelo titular da SES-GO, Sérgio Vencio, e pelo Hospital de Barretos Henrique Prata.
Caiado pontuou que a Fundação Pio VII tem, não somente a planta especializada para a construção do hospital, como a expertise na prestação do serviço especializado no atendimento de pacientes com câncer. “Hoje, a parte de pesquisa da Fundação dá condições para que uma criança atinja a condição de cura do câncer, isso é qualidade de saúde. Querer alegar uma burocracia em detrimento da vida das pessoas é indigno”, disse.
Presidente da Fundação Pio VII, do Hospital do Amor de Barretos (referência em tratamento de câncer no País), Prata lembrou que todo o trâmite foi avaliado pelo Tribunal de Contas e um projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para que ajustes necessários fossem feitos. A Fundação Pio VII, além da doação do projeto para construção do hospital, ficará responsável pela gestão do Complexo.
Vencio destacou a economicidade da obra, tocada pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). O secretário de Saúde apontou que as obras terão um custo reduzido pela característica particular da Fundação (sendo uma instituição filantrópica), tem regime especial de tributação. “Graças à economia e gestão que o governador fez ao longo da gestão, essa obra é tocada sem a dependência de nenhum investimento”, disse.
Parceria com artistas
A visita ao canteiro de obras do Complexo foi acompanhada pelos cantores sertanejos Gusttavo Lima e a dupla Maiara & Maraisa. Essa inspeção tem ainda outro significado: a busca de apoio para a construção das alas de hospedagem para pais e parentes de pacientes em tratamento.
Vencio destacou a doação de cerca de R$ 1 milhão do Dj Alok para a construção da ‘Casa dos Artistas’, primeira etapa da área que será destinada hospedagem dos acompanhantes. “Essa primeira etapa será entregue junto com a primeira etapa do CORA que é destinado à ala pediátrica”, pontua.
A primeira-dama Gracinha Caiado, presente na vistoria, destacou o desejo de ver os tratamentos iniciados no hospital. “Não vejo a hora de ver essas crianças aqui, bem instaladas e podendo receber o melhor atendimento possível para essa doença que é tão devastadora. Ronaldo Caiado tem o compromisso de cuidar das pessoas, sempre buscando parcerias e o que há de melhor e mais moderno. E é isso que estamos fazendo aqui”, disse.
O cantor Gustavo Lima comentou sobre a estrutura do Hospital e disse que o CORA será responsável por salvar vidas. “A gente sabe da seriedade disso e também gostaria de convidar pessoas que tem condições de apoiar e a patrocinar uma obra tão importante”.
Já Maiara e Maraisa lembraram do histórico de câncer da família e falaram sobre a importância das obras. “Teremos o início da ala infantil muito em breve e Goiás precisa desse apoio para ajudar as famílias com câncer. Nós apoiamos o CORA”, disse Maiara.
Prefeitos de 118 cidades participaram do ato, muitos relataram as dificuldades e manobras que precisam fazer para mandar pacientes para outros estados.
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PORTAL G1
Profissionais de saúde vítimas da Covid recorrem à Justiça para receber indenização prevista há 2 anos em lei
A falta de regulamentação sobre como deve ser feito o pagamento de uma indenização a profissionais de saúde vítimas da Covid-19 tem obrigado quem tem direito à compensação a recorrer à Justiça para receber o dinheiro.
A lei está em vigor há mais de 2 anos e meio, mas ainda não foram editadas pelo governo federal as normas que estabelecem como devem ser realizados os pagamentos. E não previsão de quando isso vá mudar.
A lei 14.128/21 estabelece uma "compensação financeira a ser paga pela União aos profissionais e trabalhadores de saúde" que, durante a pandemia de Covid-19, se contaminaram por terem trabalhado no atendimento a pacientes e faleceram ou ficaram incapacitados pela doença.
Nas situações em que os profissionais morreram pela doença, a indenização deve ser paga aos familiares. O valor previsto no texto é de pelo menos R$ 50 mil.
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Homem em atendimento médico para quadro grave da Covid-19 em UTI - Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Nos casos de falecimento, o valor deve ser aumentado para cada dependente com menos de 21 anos (24 caso esteja cursando ensino superior). Neste caso, o valor é aumentado em R$ 10 mil para cada ano até que o dependente complete 21 anos (ou 24). As despesas com o funeral também devem ser indenizadas.
Para os efeitos da lei, são considerados trabalhadores da saúde médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e outros profissionais que atuam no setor, como nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de laboratório, entre outros.
Aprovada em 2020, a lei foi inicialmente vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Após o Congresso derrubar o veto, o governo levou o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, em agosto de 2022, validou a lei (entenda mais abaixo).
Sem regulamentação O texto da lei aprovada não estabeleceu qual órgão do governo federal seria responsável por realizar os pagamentos e as verificações previstas na lei, como a perícia e análise de laudos. Com isso, quem pode ter o direito ao benefício não sabe quem procurar para pedir a indenização.
O g1 questionou o ministério da Saúde sobre se há uma previsão para a regulamentação, se há dados sobre os pagamentos das compensações e estimativas de quantas pessoas teriam direito à indenização."Reparar e reduzir os impactos causados pela pandemia da covid-19, tanto para quem perdeu familiares quanto para quem sofre com as sequelas da doença, é uma das prioridades da atual gestão do Ministério da Saúde. A forma como se dará a compensação financeira dessas vítimas está em estudo de forma conjunta pelo governo federal", disse o ministério. A Casa Civil da Presidência da República, que articula a produção de normas que dependam de mais de um ministério, disse que a resposta do governo seria a emitida pelo ministério da Saúde.Na Justiça A ausência destas normas levou quem busca o direito a recorrer à Justiça para receber os valores, em processos que têm sido bem-sucedidos.
Em março, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região determinou o pagamento da indenização à filha de uma enfermeira vítima da Covid-19 em 2020. Na primeira instância, o pedido havia sido negado pela falta de regulamentação sobre o tema."A deliberada morosidade nessa regulamentação demonstra que não ha interesse do Executivo Federal em fazer cumprir a Lei", diz o voto do desembargado relator no caso. "Sendo assim, não pode o beneficiário ficar tolhido da compensação financeira criada por Lei pelo fato do Governo Federal discordar do seu conteúdo", concluiu ele. O advogado Renato Bastos Abreu foi um dos advogados que atuou como "amigo da Corte" no julgamento pelo STF, representando o Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde Preventiva do Rio de Janeiro.
Hoje, o escritório em que ele trabalha atende alguns clientes que recorreram ao Judiciário para receber a indenização."É um estado de coisas inconstitucional, essa demora nessa regulamentação está impedindo a fruição do direito. Como não temos posicionamento das autoridades, temos de acionar o Judiciário. E já temos sentenças favoráveis", explica o advogado Renato Bastos Abreu. Os sindicatos também tem sido procurados pelos trabalhadores em busca de orientação -- e as áreas jurídicas sindicais têm recomendado recorrer aos tribunais.
Diretor da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Lincoln Ramos disse que o tema ainda não foi trazido pelo governo para as mesas de negociação em que o assunto poderia ser abordado.
"Nenhum destes temas foram efetivamente implementados pelo governo. Ficou tudo no campo do debate", explica ele.Histórico A proposta foi aprovada pelo Congresso ainda em 2020, mas acabou vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. À época, o presidente argumentou que a lei contrariava o interesse público e poderia gerar risco fiscal.
O veto foi derrubado pelos parlamentares em março de 2021, e a lei entrou em vigor, mas seguiu sendo questionada pelo governo em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF. O texto foi mantido em decisão unânime dos ministros.
À época do julgamento, o então ministro Ricardo Lewandowski destacou a relevância da lei."Enxergo, em determinadas situações, a necessidade de não só resguardar, mas também de fornecer compensação financeira pela dedicada atuação dos profissionais e trabalhadores da saúde durante o período gravoso de pandemia", afirmou em seu voto.
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MONITOR MERCANTIL
Bradesco Saúde reforça segurança do beneficiário com automação e IA
Com o objetivo de proporcionar ainda mais segurança aos seus beneficiários na jornada de serviços relacionados ao uso do plano de saúde, a Bradesco Saúde instituiu no início de 2023, de forma pioneira entre as operadoras de planos de saúde, o reconhecimento por biometria facial no processo de solicitação de reembolso. Resultado de parceria com a idwall, empresa de tecnologia especializada em gestão de identidade all-in-one, e disponível pelo app Bradesco Saúde, o recurso hoje já faz parte da rotina de grande parte dos segurados da operadora que utilizam o serviço de reembolso.
Com a implementação da tecnologia da idwall, a Bradesco Saúde se reafirma como referência na utilização de tecnologias disruptivas, automação e Inteligência Artificial no mercado de saúde suplementar. "Com a ferramenta de IA e automação, estabelecemos critérios ainda mais rígidos para garantir a segurança na cadeia de serviços do beneficiário. Nossa iniciativa pioneira de implementar a biometria facial para a solicitação de reembolsos tornou o processo mais seguro para todos, com importantes ganhos operacionais", afirma Sylvio Vilardi, diretor da Bradesco Saúde.
"A idwall tem sido importante parceira para as operadoras de saúde, ainda mais diante de um cenário em que a digitalização do mercado impulsiona as fraudes cada vez mais complexas. Vivemos em uma época de crise de identidade, que a IA pode ser estrategicamente aplicada tanto para a prevenção de fraudes sofisticadas, como para oferecer escalabilidade da operação, eficiência e a confiança de uma gestão de identidade centralizada", analisa Rafael d'Ávila, CRO da idwall.
A plataforma permite a criação de perfis centralizados de cada usuário no momento da 1ª solicitação de reembolso no aplicativo, garantindo a veracidade da identificação obtida por meio da leitura e validação da autenticidade de documentos próprios (RG, CNH) comparados à verificação biométrica. No segundo acesso para solicitação de reembolso, bastará ao beneficiário tirar uma foto que, uma vez certificada, assegurará a continuidade da jornada.
Espaço Publicitário
Além disso, com as informações centralizadas em um só ecossistema e a adoção da Inteligência Artificial para prevenção de riscos inerentes à operação, a Bradesco Saúde ganha eficiência operacional, conectando dados e aumentando a escalabilidade.
Ao adicionar essa camada de proteção, a Bradesco Saúde aumenta a confiabilidade no processo de solicitação de reembolso, garantindo a identidade do beneficiário e mantendo uma experiência intuitiva e conveniente para o usuário.
A mesma plataforma centralizada de gestão de identidade da idwall já está presente em diversas instituições financeiras do país como tema central de segurança. Agora, em parcerias com operadoras de saúde, a empresa de tecnologia passa a se tornar também especialista na área da saúde suplementar, com know-how para apoiar os clientes não só em suas estratégias de segurança, mas também ajudando a escalar os negócios, trazendo uma operação mais econômica, inteligente, que potencializa os resultados e gera vantagens competitivas.
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SAÚDE BUSINESS
Sírio-Libanês inaugura sede de sua faculdade
Crédito: Divulgação
Foi inaugurado, nesta terça-feira, 28, o prédio da Faculdade de Ciências da Saúde Sírio-Libanês. Com 11 andares, 9 mil metros quadrados e investimentos da ordem de R$60 milhões, localizado na região da Avenida Paulista, o prédio está equipado com o que há de mais inovador em educação, e mais especificamente, de educação em saúde.
Quatro andares são ocupados por 9 laboratórios de ensino prático, com tecnologias de simulação realística, e realidade virtual e aumentada, e sistemas pedagógicos de saúde. A estrutura ainda conta com 14 salas de aula, 11 salas collab (para atividades em grupo), biblioteca e várias áreas lúdicas e espaços de descanso.
O lançamento da Faculdade faz parte do planejamento estratégico da instituição, feito em 2022, com visão até 2030. “Pensar na expansão de uma instituição centenária não é algo simples. Buscamos aquilo que já era uma vocação do Sírio-Libanês, no Instituto de Ensino e Pesquisa, e tornamos um novo negócio, sendo um ponto fundamental nessa expansão. Esse prédio tem capacidade de ter 5 mil alunos circulando por aqui. Será um contribuinte importante para os negócios do Sírio-Libanês”, afirmou Paulo Nigro, CEO da instituição.
Diferenciais de ensino
Para quem questiona se o Sírio-Libanês está investindo na faculdade para formar os seus futuros profissionais, o diretor de ensino da Faculdade Sírio-Libanês, Liao Chein, é categórico. “Não. Estamos preparando os alunos para o mundo. Os currículos dos cursos contarão com trilhas de ensino voltados para Empreendedorismo e Inovação, e Saúde Global, por exemplo”, ressaltou.
A faculdade oferecerá trilhas de aprendizagem que trabalharão no desenvolvimento de uma liderança global em saúde; com análise preditiva de dados, aplicação de pensamento computacional para usar os dados e transformação de dados em saúde e melhorar o desfecho clínico. A exposição contínua do estudante ao tripé ensino- pesquisa-extensão viabiliza a prototipação de ideias, projetos e negócios, além de propiciar o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais como generosidade, inteligência socioemocional, pensamento crítico, liderança e colaboração.
As metodologias de ensino também estão entre as mais modernas, incorporando competências internacionalmente reconhecidas e estratégias de ensino e aprendizagem centradas na autonomia do estudante.
Nos cursos da faculdade, por exemplo, não haverá uma grade curricular tradicional. O ensino será dado por meio de Unidades Curriculares, onde serão reunidos os conteúdos e as práticas de disciplinas correlacionadas. “No ensino tradicional, um estudante de enfermagem, por exemplo, tinha disciplina de Citologia, Fisiologia, Anatomia. Aqui o aluno ou a aluna aprenderá isso em unidade, para ter uma visão do todo, e de como isso funciona na clínica”, explicou.
Aliás, a parte clínica estará presente desde o primeiro dia, enfatizou o diretor de Pesquisa, Dr. Luiz Reis. Isso se dará por meio dos laboratórios de simulação. O importante sempre será o aluno entender, na prática, porque aquele conhecimento é relevante na hora de cuidar dos pacientes.
Faculdade e hospital
A estrutura do Hospital Sírio-Libanês também será usada na formação dos alunos. Isso se dá tanto na parte de experiência profissional, com visitas, não só ao Sírio, mas nos hospitais públicos geridos por eles.
“A Residência sempre se deu no Sírio e no SUS. Na graduação é igual. Passamos a oferecer uma formação mais abrangente, que contempla já na graduação uma visão mais humana e social, reforçando a excelência e a qualidade para fomentar uma saúde mais acolhedora para os brasileiros por meio de profissionais mais bem preparados para o futuro”, diz Dr. Fernando Ganem, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês
A intersecção entre as instituições também se dará no uso da estrutura do hospital. Recursos como o Alma Sírio, focado em inovação, e o Healthlake criado pela instituição junto com a Amazon, estarão disponíveis para o uso dos alunos.
O Sírio-Libanês segue o exemplo de instituições internacionais renomadas que aliam ensino e cuidado, como Mayo Clinic e Cleveland Clinic. “Hospitais acadêmicos como esses são referências mundiais porque eles definem a medicina moderna”, salienta o diretor de pesquisa, Dr. Luis Reis.
A ideia é reiterada pelo CEO da instituição. “Hoje falamos que o Hospital Sírio-Libanês tem uma faculdade. No futuro, em alguns anos, a faculdade é que terá o hospital”, salienta Nigro.
Doações e perenidade
Como forma de promover mais acesso ao ensinado diferenciado que oferece, e seguindo sua característica filantrópica, 20% das vagas de cada turma serão destinadas a bolsas de estudo, sendo metade dessas bolsas custeadas pelo hospital e a outra parte por doações.
Visando a perenidade do negócio, a Faculdade Sírio-Libanês se vale também do modelo de fundo patrimonial filantrópico (endowment fund). A exemplo do que acontece nas universidades americanas onde pessoas físicas, ou famílias realizam doações para manter as instituições e seus projetos, a instituição se organizou para poder receber esse tipo de investimento. “Ninguém tinha feito isso ainda em saúde. Esse modelo garante uma espiral positiva. Daqui 10 anos, com todos os resultados de alcançados pela faculdade, com todas suas pesquisas, e impacto acadêmico, mais gente se interessará por investir, e isso garante a perenidade do negócio. Essa instituição nasce para não acabar”, finaliza o CEO.
A Faculdade de Ciências da Saúde Sírio-Libanês inicia suas atividades de graduação com os cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia. Os próximos cursos a serem abertos são Nutrição e Gestão Hospitalar, que já passaram por todo processo de credenciamento e aprovação do Ministério da Educação e aguardam a publicação no Diário Oficial.
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Programa de gerenciamento de antibióticos de Curitiba chega a instituições brasileiras
Pesquisa da Anvisa mostra que mais de mil hospitais ainda não implementaram medidas para o uso racional das medicações, cuja utilização inadequada diminui a resistência humana às infecções
Uma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostrou que 58% dos 2.072 hospitais que responderam à Avaliação Nacional dos Programas de Gerenciamento de Antimicrobianos ainda não implementaram o programa para gerir o uso desses medicamentos. Em Curitiba, o Pequeno Príncipe, hospital exclusivamente pediátrico, chama atenção para a crescente resistência das bactérias a esses medicamentos especialmente em crianças.
De acordo com números de 2021 divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pneumonia bacteriana e infecções da corrente sanguínea estão entre as principais causas de mortalidade em crianças abaixo de 5 anos. Os dados mostram que cerca de 30% dos recém-nascidos com infecção no sangue morrem devido à resistência a vários antibióticos de primeira linha.
Frente a esse cenário, o Pequeno Príncipe implantou há aproximadamente 15 anos o Programa de Stewardship de Antimicrobianos, com foco na gestão desses medicamentos. Os principais resultados foram a redução de dias de uso de antimicrobianos, a diminuição de custos e o controle do avanço da resistência a esses fármacos.
Em 2020, com o apoio da indústria farmacêutica, o Hospital iniciou a capacitação de quatro hospitais brasileiros nessa metodologia. Com os bons resultados alcançados, em 2022, a mentoria foi ampliada para mais 15 instituições. Atualmente, 13 hospitais de 10 estados brasileiros estão com seus programas, que visam o uso racional e mais efetivo desses medicamentos, implantados ou em fase de implantação. Dois deles não concluíram o processo.
O assessoramento permitiu que a instituição também produzisse um relatório com dados qualitativos e quantitativos sobre a situação dos hospitais em relação ao gerenciamento de antimicrobianos que espelham a realidade brasileira. Um exemplo são os 1.501 problemas relacionados ao uso desses medicamentos identificados nos hospitais que receberam a mentoria do Pequeno Príncipe no último ano. Do total, 42% deles eram de uso desnecessário ou uso inadequado.
Programa de Stewardship de Antimicrobianos
O programa do Pequeno Príncipe é fundamental para o uso criterioso e individualizado desses medicamentos. Ele incentiva as práticas mais seguras e efetivas e a interface entre os serviços e profissionais envolvidos no uso de antimicrobianos em pacientes internados nas UTIs pediátricas e neonatal.
A metodologia consiste em um programa dirigido pela farmácia clínica, onde o farmacêutico realiza uma avaliação técnica e habilidosa do uso de antimicrobianos, identificando oportunidades de otimização do tratamento para discutir com o infectologista. Ele também articula a discussão entre a equipe, o que permite uma avaliação mais precisa do tratamento prescrito para cada paciente, além de garantir o gerenciamento de protocolos clínicos.
“Realizamos acompanhamento no quadro da criança ou do adolescente internado no Hospital. Dessa forma, conseguimos ajustar o que precisa e garantir que o paciente tenha o melhor acompanhamento e antimicrobiano possível. Isso evita que sejam aplicados inúmeros medicamentos até que um faça o efeito desejado”, explica o vice-diretor-técnico de Qualidade e Pesquisa Clínica, Fábio de Araújo Motta, do Pequeno Príncipe.
Resistência a antibióticos
Em todo o mundo, a resistência a antibióticos mata cerca de seis milhões de pessoas anualmente, incluindo um milhão de crianças que morrem de infecção generalizada (sepse ou septicemia) e pneumonia evitáveis.
A resistência antimicrobiana – que se refere a micro-organismos que não respondem aos antibióticos é considerada uma “pandemia silenciosa”. Patógenos resistentes mataram 1,26 milhão de pessoas em 2019, segundo análise publicada na revista médica “The Lancet”.
O consumo excessivo de antibióticos, prescrições equivocadas, doses inadequadas e poucas ações de controle podem causar resistência a essa classe de medicamento. Isso ocorre quando bactérias, vírus ou fungos passam por mutações ao longo do tempo e não são mais eliminados pelos antimicrobianos. Essa condição, torna as infecções difíceis de serem tratadas e aumenta o risco de propagação e gravidade das doenças e também o risco de morte.
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Telemedicina cresce em diferentes áreas da medicina
O resultado de pesquisas reforçam o potencial da telemedicina para diferentes áreas médicas e reafirmam o alto nível de assertividade dessa ferramenta para consultas e tratamentos clínicos. Durante um período de 24 meses, entre junho de 2021 e maio de 2023, a TopMed monitorou seus atendimentos e identificou um aumento de 50,2% no número de consultas à distância, em todas as regiões brasileiras, com maior concentração no Sul, Sudeste e Nordeste.
Neste período, também houve acréscimo de 96,3% em atendimentos de especialidades médicas como neurologia, psiquiatria e endocrinologia, dermatologia, neurologia pediátrica, entre outras. Outro número que chama a atenção é a elevação em 39,9% nas consultas de clínica geral e medicina da família e comunidade.
Homens procuram menos ajuda médica mesmo na telemedicina
Do total de pacientes, 63,4% são mulheres, em sua maioria na faixa etária entre 20 e 49 anos, e 36,5%, homens. No universo pesquisado, 81,83% dos usuários têm entre 20 e 59 anos.
“É sabido que as mulheres têm mais cuidado com a saúde do que os homens. E, embora estudos recentes demonstram um aumento significativo da procura do público masculino por consultas médicas, ainda estão bem atrás das mulheres em termos de atenção à saúde”, observa a médica Renata Zobaran, diretora de telemedicina e saúde digital da TopMed.
Ao final do estudo, a empresa consolidou uma taxa de resolutividade de 94,5%, índice 8,7% maior do que o de junho de 2021. Segundo Renata Zobaran, existem áreas médicas ainda pouco exploradas pela telemedicina devido a características e restrições particulares. Como exemplo, as especialidades cirúrgicas, já que, por existir a indicação de cirurgia na maioria das vezes, há preferência pelo atendimento presencial. A oftalmologia, ela complementa, ainda é pouco explorada, porque depende muito do uso de equipamentos para a realização de exames durante a consulta.
“Todas as especialidades tendem a crescer dentro da telemedicina à medida que a tecnologia vai sendo incorporada. Porém, é sempre importante lembrar que o objetivo desse modelo de atendimento não é substituir totalmente o presencial, mas contribuir para o acesso seguro e de qualidade a mais pessoas.”
Em relação ao salto na quantidade de atendimentos virtuais, a médica destaca dois momentos. O primeiro na fase inicial da pandemia, que obrigou as pessoas a ficarem em suas casas para evitar aglomerações em unidades de pronto atendimento. “A telemedicina para atendimento clínico e avaliação de sintomas foi experimentada e aprovada por muitos pacientes, além do próprio Governo Federal”.
O segundo pico de crescimento foi a busca por consultas com médicos especialistas, tanto por parte da população quanto por agentes das iniciativas públicas e privadas. “Esse movimento aconteceu mais a partir do segundo ano da pandemia, quando a telemedicina já estava validada e, portanto, empresas, instituições e outros segmentos do mercado viram a oportunidade de estender os benefícios desse modelo de atendimento para mais pessoas.”
Renata lembra ainda que a distribuição dos profissionais de saúde no Brasil é muito desigual, havendo concentração em grandes capitais e regiões do litoral, o que ocasiona escassez de especialistas de variadas categorias.
Ela destaca que com a telemedicina é possível mudar esse cenário e beneficiar mais indivíduos, sobretudo integrantes de populações atualmente pouco assistidas, sem a necessidade da presença física do médico.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 29/11/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde: clientes reclamam de uso abusivo de juntas médicas
Mais Médicos terão 28 mil profissionais em campo até o fim do ano
Mãe vai receber indenização de mais de R$ 22 mil após ter o parto negado pelo plano de saúde em MG
Em caso raro, quadrigêmeos nascem em Goiânia
Médico é condenado por racismo
Artigo - Contra eventuais abusos: entenda a lei que garante companhia à mulher nos serviços de saúde
Falta de acesso à saúde mata 5 vezes mais do que a Covid
Encontro do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira abordou aspectos atuais que impactam na rotina de trabalho
AGÊNCIA ESTADO
Planos de saúde: clientes reclamam de uso abusivo de juntas médicas
Por Fabiana Cambricoli
Clientes de planos de saúde têm ido cada vez mais à Justiça para questionar o uso das juntas médicas por parte das operadoras para negar a autorização de procedimentos. Regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2017, a junta médica é instaurada quando há uma divergência entre o médico do paciente e o profissional técnico da operadora sobre a indicação de um procedimento. Nesses casos, nomeia-se um terceiro médico, chamado de desempatador, para dar o parecer.
Beneficiários reclamam, no entanto, que esse terceiro profissional só pode ser escolhido a partir de uma pequena lista indicada pela própria operadora e que há uso indiscriminado da junta médica para dificultar o acesso a procedimentos. O cenário tem levado clientes a entrar com ações judiciais questionando o resultado da junta.
Apenas no último ano, o número de processos em segunda instância sobre o tema que chegaram ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) mais do que dobrou, passando de 105 casos no ano passado para 270 neste ano, segundo levantamento feito pelo escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde.
O caso de Beatriz Marianna Krynski Mattos, de 50 anos, é um deles. Ela sofreu um acidente grave em 2017 que afetou seus joelhos e coluna e, desde então, já fez mais de 20 cirurgias. Em dezembro do ano passado, ela ficou com os membros inferiores paralisados e procurou a emergência de um hospital. Seu médico avisou que seria necessária mais uma cirurgia, mas, mesmo com o quadro agudo, a operadora SulAmérica negou a autorização com base em parecer de uma junta médica.
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AGÊNCIA BRASIL
Mais Médicos terão 28 mil profissionais em campo até o fim do ano
Esta semana, cerca de 3,5 mil médicos concluem o curso de capacitação para trabalhar no Programa Mais Médicos. De acordo com o Ministério da Saúde, esta é a maior turma em formação desde o lançamento do programa há 10 anos. Com a retomada da iniciativa, no primeiro semestre, foram 34 mil pedidos de inscrição, o maior número da história. O ministério acredita que, até o fim deste ano, 28 mil profissionais estarão atuando nos municípios. Atualmente, 20 mil estão alocados.
Nesta terça-feira (28), os médicos que fazem o curso em São Paulo farão uma prova para ingressar no programa. Na segunda-feira (27), os profissionais tiveram uma aula intensiva de preparação para o teste. Eles precisam passar por esse exame que, entre outros assuntos, aborda atenção primária à saúde e o acolhimento dos pacientes.
"A gente vai pensar na população quilombola, na população ribeirinha, na atenção à saúde prisional, na população LGBTQIA+, e a gente traz tanto essas políticas como alguns problemas de saúde mais prevalentes, como hipertensão e diabetes, mas também tuberculose, hanseníase, malária, covid, raiva", disse Mariana Tomasi Scardua, coordenadora pedagógica do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) - Polo São Paulo.
Em São Paulo, 1,3 mil médicos que vão atuar nas regiões Sul e Sudeste fazem o treinamento, com duração de 30 dias. Após aprovação nesse módulo, eles terão a inscrição efetivada.
O curso também foi realizado na Bahia e em Minas Gerais para os médicos que vão trabalhar nas outras regiões do país. Os aprovados terão de 4 a 8 de dezembro para se apresentar nos municípios. Os médicos formados no exterior ou estrangeiros vão receber um registro temporário para atuar enquanto não passam pelo Revalida, exame que valida diplomas de medicina de formados fora do Brasil.
O objetivo do Ministério da Saúde é ampliar ainda mais o programa. "No primeiro semestre já foi possível recompor o quantitativo de profissionais que estavam no programa ao longo do tempo. Ele vinha sendo bastante descaracterizado e, agora, nesse segundo semestre, estamos providenciando vagas novas. Vamos chegar a 28 mil médicos alocados até o final deste ano", disse Felipe Proenço de Oliveira, secretário adjunto de Atenção Primária do Ministério da Saúde.
Nídia Machado é formada na Nicarágua. "Eu já trabalhei aqui [no Brasil], mas com uma liminar. Ao final do processo, eu perdi e tenho que fazer o Revalida", explicou.
Ela disse que há similaridades entre as doenças encontradas no seu país e, especialmente, na Região Norte do Brasil.
A médica Gabriela Ferrari Santos participa do curso em São Paulo e avalia o programa como uma oportunidade para levar atenção básica a toda população. "Para que o brasileiro entenda a importância do SUS [Sistema Único de Saúde], colocar o SUS em prática de verdade e mostrar para a nossa gente que a gente tem o melhor sistema", avalia.
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PORTAL G1
Mãe vai receber indenização de mais de R$ 22 mil após ter o parto negado pelo plano de saúde em MG
Uma mulher que teve o parto negado pelo plano de saúde Unimed receberá indenização por danos materiais e morais no valor total de R$ 22.300. O caso ocorreu em João Pinheiro em outubro de 2022.
Em dezembro do ano passado, a mulher solicitou a indenização na Justiça, em João Pinheiro, mas em junho de 2023 o pedido foi negado sob a justificativa de que o plano contratado estava em período de carência, que a cliente afirmou não ter conhecimento.
A defesa da mulher, então, entrou com recurso na Turma Recursal de Paracatu, que acatou o pedido dela.
O g1 entrou em contato com a Unimed e aguarda retorno. A reportagem procurou a Qualicorp, responsável por comercializar o plano, que afirmou que "não comenta processos judiciais envolvendo beneficiários".
Uso do plano negado A paciente teve um plano de saúde ambulatorial e hospitalar com obstetrícia da Unimed até 31 de outubro de 2021, que não tinha período de carência. Em dezembro daquele ano, ela foi informada pela Qualicorp, administradora de benefícios pelo qual foi obtido o plano, de que o plano tinha sido cancelado.
Durante a negociação foi oferecido à mulher a possibilidade de adquirir o plano novamente. Segundo a cliente, ela só aceitou a proposta após confirmar que o novo plano seria igual ao antigo.
Em outubro de 2022, a grávida entrou em trabalho de parto e quando chegou ao hospital foi informada de que o plano estava em período de carência, e por isso não poderia cobrir os custos do procedimento.
Ainda no hospital, a paciente e o marido ficaram em contato com os responsáveis pelo plano por mais de 6 horas, sem resolução para o problema. Conforme o casal, as empresas pediram prazo de 48 horas para darem uma resposta.
Como não podia esperar, o marido pegou dinheiro emprestado com amigos e familiares para realizar a cesárea de forma particular. O custo total foi de R$ 7.300.
De acordo com os advogados da paciente, Iuri Furtado, Jamir Andrade e Bruna Andrade, a situação causou desespero nela e no marido devido a incerteza do que poderia ocorrer.
"Os requerentes, em uma situação de total descontrole emocional, em um momento que era para ser de extrema felicidade e atenção total para seu filho que estaria prestes a nascer, tiveram que se preocupar com tal situação e como arrumaria o dinheiro para pagar o procedimento." ð² Receba no WhatsApp notícias do Triângulo e região
O caso judicial Em dezembro de 2022, o casal pediu na Justiça de João Pinheiro indenização por dano moral e dano material de R$ 37.300. A defesa argumentou que a mulher contratou um plano de saúde nas mesmas condições e regras do primeiro, sem nenhuma carência.
A petição, no entanto, foi negada pelo 2º Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de João Pinheiro. A sentença foi dada apenas em junho de 2023.
Após a negativa, a defesa entrou com recurso na Turma Recursal do Grupo Jurisdicional de Paracatu, que acatou o pedido. Na decisão, o juiz Maurício Pinto Filho considerou Qualicorp e Unimed culpadas.
Assim, as duas empresas foram condenadas a pagar R$ 22.300 como indenização. Destes, R$ 7.300 são referentes à restituição pela despesa do parto, e R$ 15 mil o casal pelos danos morais sofridos.
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Em caso raro, quadrigêmeos nascem em Goiânia
As crianças nasceram em menos de cinco minutos. Os bebês e a mãe estão bem.
Por Thais Alves, g1 Goiás
A gerente de marketing Kassia Cristina Freitas deu à luz a quadrigêmeos nesta terça-feira (28), em Goiânia. As crianças nasceram em menos de cinco em um parto cesárea. Os bebês e a mãe estão bem.
A irmã da Kássia, Katiuscia Christiane, contou que todos estão muito felizes com a chegada dos quadrigêmeos e que o pai acompanhou todo o parto.
De acordo com a médica Rita de Cássia Borges, os bebês nasceram com ótimos pesos, mas precisaram ser internados na UTI. A previsão de alta para os irmãos é de no mínimo quatro semanas dependendo da evolução de cada bebê, já a mãe deve receber alta entre 48h a 72h.
"Eles ficarão no mínimo um mês. Precisam corrigir para 34 semanas no mínimo . Eles estavam com 30 semanas e quatro dias".
A médica contou que eles não foram entubados porque eles estão com bons níveis de saturação, oxigênio no sangue. Após este período, terão cuidados mais específicos para prematuros.
"Até o momento não há necessidade de intubação. Estão no oxigênio apenas".
A pequena Lívia Luiza nasceu com 1,165 kg e 35 centímetros. Já, Aurora está com 37 centímetros e o seu peso é de 1,085 kg. Ulisses, o maior entre os irmãos, nasceu com 42 centímetros e 1,480 kg. Ícaro está com 1,225 kg e 38 centímetros.
Kassia Cristina Freitas estava grávida de dois pares de gestações monocoriônicas-diamnióticas, uma situação que ocorre uma vez a cada 70 milhões de gestações.
A gerente de marketing tem um filho de 4 anos chamado Davi e com a gravidez dos quadrigêmeos ela passou a morar com os pais para receber uma assistência maior.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Médico é condenado por racismo
A condenação marca um episódio lamentável ocorrido na Fazenda Jatobá, em 15 de fevereiro de 2022
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) condenou o médico Márcio Antônio Souza Júnior a pagar R$ 300 mil a título de indenização por danos morais coletivos. A condenação, resultante do crime de racismo, marca o episódio lamentável ocorrido na Fazenda Jatobá, em 15 de fevereiro de 2022. A sentença foi proferida pela juíza Erika Barbosa Gomes Cavalcante, da Vara Criminal.
O médico, que era proprietário da fazenda, filmou um caseiro negro com as mãos e os pés acorrentados por uma gargalheira em seu pescoço, simulando uma cena do período escravocrata. O vídeo, posteriormente compartilhado nas redes sociais, causou indignação e repúdio nacional e internacional.
Segundo informações do processo, o funcionário, que recebia um salário-mínimo para realizar serviços pesados na fazenda, foi abordado pelo acusado enquanto mostrava os apetrechos armazenados na igrejinha da propriedade. O médico então acorrentou o trabalhador, proferindo palavras ofensivas e insinuando que ele estava em uma "senzala" por não ter estudado.conteúdo sensível
Durante as investigações, foram apreendidos objetos que chancelam a denúncia apresentada pelo Ministério Público: uma gargalheira, um par de grilhões para mãos sem corrente e um par de grilhões para pés com corrente.
O valor da sentença será dividido entre a Associação Quilombo Alto Santana e a Associação Mulheres Coralinas.
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ESTADÃO
Artigo - Contra eventuais abusos: entenda a lei que garante companhia à mulher nos serviços de saúde
A Lei 14.737, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 28 de novembro de 2023, amplia o direito da mulher de ter acompanhante nos atendimentos realizados em serviços de saúde públicos e privados, com ou sem necessidade de sedação. Essa lei estabelece que, em consultas, exames e procedimentos realizados em unidades de saúde públicas ou privadas, toda mulher tem o direito de ser acompanhada por uma pessoa maior de idade durante todo o período do atendimento, independentemente de notificação prévia.
Importante esclarecer os principais pontos e direitos estabelecidos pela nova lei que dispõe sobre o direito da Mulher possuir um acompanhante durante procedimentos de saúde, destacando sua importância e impacto na assistência à saúde das mulheres no Brasil.
De acordo com a nova lei, toda mulher tem o direito de ser acompanhada por uma pessoa maior de idade durante todo o período do atendimento, sem necessidade de prévia notificação. Este acompanhante pode ser livremente indicado pela paciente ou, nos casos em que ela esteja impossibilitada de manifestar sua vontade, por seu representante legal.
É importante ressaltar que o acompanhante escolhido estará obrigado a manter o sigilo das informações de saúde às quais tiver acesso durante o acompanhamento, preservando a privacidade da paciente.
Nos casos em que a paciente não indique um acompanhante e o atendimento envolva sedação ou rebaixamento do nível de consciência, a unidade de saúde deverá indicar uma pessoa para acompanhá-la, preferencialmente um profissional de saúde do sexo feminino, sem custo adicional para a paciente. Ela terá o direito de recusar o nome indicado e solicitar a indicação de outro, sem a necessidade de justificativa.
É estabelecido também que, em situações de atendimento com sedação, caso a paciente renuncie ao direito de ser acompanhada, deverá fazê-lo por escrito, após esclarecimento de seus direitos, com no mínimo 24 horas de antecedência, assinando o documento que será arquivado em seu prontuário.
Para garantir o pleno conhecimento desse direito, todas as unidades de saúde do país são obrigadas a manter um aviso visível em suas dependências, informando sobre a possibilidade de acompanhamento durante o atendimento.
Vale ressaltar que em situações específicas, como atendimentos em centro cirúrgico ou unidade de terapia intensiva com restrições relacionadas à segurança ou à saúde dos pacientes, poderá ser admitido apenas um acompanhante que seja profissional de saúde.
Nos casos de urgência e emergência, os profissionais de saúde estão autorizados a agir na proteção e defesa da saúde e da vida da paciente, mesmo na ausência do acompanhante requerido.
Esta legislação reforça o compromisso com a garantia de direitos, a privacidade e o apoio às mulheres em situações de saúde, proporcionando-lhes a possibilidade de um acompanhamento adequado e respeitoso durante o atendimento médico.
A nova Lei visa promover, sobretudo, a segurança das mulheres em momentos de vulnerabilidade durante procedimentos médicos em que há o uso de substâncias sedativas. A nova legislação amplia o direito de acompanhamento para todas as mulheres em atendimentos de saúde, indo além das normas anteriores que limitavam esse direito apenas a parturientes e pessoas com deficiência, buscando assegurar um suporte mais amplo e proteção durante o atendimento médico, destacando sua importância e impacto na assistência à saúde das mulheres no Brasil.
*Juliana Hasse, advogada com MBA em Gestão Empresarial com ênfase em Saúde pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, especializada em Direito Médico e Hospitalar pela EPD - Escola Paulista de Direito, presidente das Comissões Especiais de Direito Médico e da Saúde da OAB São Paulo. Especialização em Direito da Saúde e Proteção de Dados em Saúde pela Faculdade de Direito de Coimbra - Portugal
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O TEMPO
Falta de acesso à saúde mata 5 vezes mais do que a Covid
"Por que você não trouxe ele antes?". A frase que ecoa na mente de Carla Cristina de Marins, 22, foi dita por uma médica após ela ter travado uma luta judicial de quase três meses contra o Sistema Único de Saúde (SUS) pela transferência do filho para um hospital com a estrutura necessária para o tratamento do bebê. Com o pequeno de 3 meses agonizando no colo, o diálogo finalizou com um seco "complicado, né, mãe?", vindo da profissional de saúde, com a conclusão de não haver mais o que fazer. O fim da vida de Pedro Lucca, alguns dias depois, não é um caso isolado. Ele compõe um universo de 898,4 mil mortes classificadas como "evitáveis" ocorridas em Minas Gerais, em dez anos, o equivalente a quase 90 mil por ano. A falta de oportunidade de realizar um tratamento possível matou cerca de cinco vezes mais no Estado do que a pandemia de Covid-19, que foi a maior crise sanitária enfrentada no século, com 65,9 mil perdas humanas em 3 anos e 8 meses, desde que ocorreu o primeiro óbito de coronavírus no Estado.
Desde a primeira morte por Covid em Minas, já se passaram 44 meses. Ou seja, são menos de dois óbitos por mês (1,49). Já as causas evitáveis mataram mais de sete pessoas (7,49) mensalmente. Na prática, a pandemia que chocou pela alta mortalidade é, até o momento, cinco vezes menos fatal do que a falta de estrutura enfrentada por uma parcela da população.
Conforme dados do Ministério da Saúde, de 2011 a 2021, 38.113 crianças menores de 5 anos tiveram mortes evitáveis no Estado. Segundo Fausto Pereira dos Santos, especialista em políticas públicas, gestão e saúde, o conceito de óbitos evitáveis diz respeito a perdas que não poderiam ocorrer, uma vez que existe assistência adequada. "É quando um conjunto de situações poderia ter sido diferente. Por exemplo, na prematuridade, um pré-natal bem conduzido é capaz de evitar a morte do bebê", explica o especialista.
O filho de Carla tinha uma doença genética rara, a leucinose, que ocorre por um erro inato do metabolismo. Um a cada 185 mil recém-nascidos recebe o diagnóstico, mas, diferente do que aconteceu com Pedro Lucca, podem seguir a vida ao cumprir com um tratamento, sobretudo, nutricional. A doença não era o grande problema para a família, e sim a falta de atendimento especializado na região, a dificuldade na transferência para a capital e um atraso de 90 dias no cumprimento de uma liminar que exigia a solução em um prazo de 48 horas.
Após inúmeras complicações, como infecções e efeitos adversos à dieta, Pedro Lucca conseguiu um leito de UTI Neonatal em BH, quando já era tarde demais para ele. A equipe assistencial assumiu que não havia mais como salvá-lo, desligou os aparelho e colocou o bebê no colo da mãe.
"Disseram que ele estava preparado para ir no meu colo. O Pedro estava todo deformado, e senti o coraçãozinho dele ir parando. A médica cochichou algo no meu ouvido, mas nem escutei, só conseguia pensar que lutei muito e acabei com ele morrendo no meu colo", lamenta a mãe.
Uma história bem diferente da presenciada pela própria Carla: o primo dela, Matheus, 3, também tem a doença, conseguiu leito, está passando por tratamento em BH e, seguindo a dieta, celebra a vida a cada aniversário. "Sempre achei que meu filho fosse viver bem, igual ao Matheus", diz.
Pedro Lucca não teve a mesma sorte. Nem mesmo a liminar garantida na Justiça foi atendida dentro do prazo. Porém, há situações em que o tempo dos tribunais também supera o da saúde. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que, em Minas Gerais, um processo de alguém que luta pela vida demora em média 459 dias (um ano e três meses) para ser julgado. O intervalo no Estado é 5% maior do que a média nacional. No país, o tempo médio até que uma causa de direito à saúde seja julgada é de 436 dias (um ano e dois meses). Para se ter ideia, a espera por um transplante do coração é cinco vezes mais rápida do que a espera por uma sentença. Neste ano, de 1º de janeiro a 27 de agosto, a maioria dos pacientes recebeu a doação em até três meses, segundo o Ministério da Saúde.
Na avaliação do desembargador Alexandre Quintino, superintendente de Saúde do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Justiça, quando acionada para uma causa de saúde, faz uma série de análises, entre elas da urgência do problema. "Há uma suposição de que essas causas são 'ganhas' por serem de vida ou morte. Mas a possibilidade de conseguir ou não é igual. Aquilo que dizem ser urgência e emergência, muitas vezes, não é, ou nem chegaria ao Poder Judiciário", diz. O tempo de tramitação, segundo ele, segue um protocolo. "Para a Justiça, é questão de analisar os pedidos feitos, seja de tratamento, medicamento etc. Precisa analisar se os medicamentos estão ou não registrados na Anvisa, se estão no SUS, se existe ou não aplicação de casos. Nos embasamos na medicina de evidências", afirma.
Uma vida de dor por um tratamento restrito
Vitorino Gomes, 51, tem uma doença rara como herança genética da família. É a Doença de Fabry (DF), causada pela falta da enzima alfa-galactosidase A nas células do corpo. Após quatro décadas vivendo de forma limitada pelas dores, conseguiu na Justiça o acesso pelo SUS ao medicamento Fabrazyme, que tem um custo de R$ 22 mil a unidade (se particular, o valor mensal seria de R$ 88 mil). A conquista é um alívio, mas tem seu preço: assistir à sua filha Sara, 15, e outros familiares não terem a mesma "sorte". Um de seus irmãos, com a doença mais avançada, já não consegue andar.
Em 2020, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) decidiu não incorporar o Fabrazyme ao SUS, mesmo ele sendo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O impacto orçamentário ao SUS é potencialmente superior à sua capacidade de pagamento", diz o relatório do órgão.
O preço alto, para Vitorino, não é só monetário. "Cresci sem saber o que tinha e, hoje, sou muito debilitado. Meus membros são inchados, e tenho problemas pulmonares, auditivos, renais, circulatórios. É uma doença degenerativa, e infelizmente precisamos lutar para ter o tratamento", diz.
A filha dele, de 15 anos, tenta o suporte do SUS desde 2020. "A cada dia, o corpo da Sara tem mais danos. Tenho medo que um órgão vital seja afetado, ou que ela fique comprometida como eu", lamenta.
Para o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), Luciano Moreira de Oliveira, situações como essa pressionam novas políticas públicas. "Algumas tecnologias têm evidência, estão em outros países, funcionam no privado e mostram uma lacuna do SUS. São populações que não estão sendo reconhecidas", afirma.
Números
Após o julgamento, um processo leva, em média, mais sete meses para ser encerrado nos tribunais mineiros. No Brasil, a média é de mais oito meses até a baixa da ação. A média calculada pelo Conselho Nacional de Justiça considera o período de agosto de 2022 a agosto de 2023.
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FOCO NACIONAL
Encontro do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira abordou aspectos atuais que impactam na rotina de trabalho
Especialistas convidados promoveram debates sobre inteligência artificial, inclusão de pessoas com deficiência e gestão de carreira
A segunda reunião de 2023 do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira foi realizada em 23 de novembro, reunindo colaboradores da Federação e de diversas Unimeds federadas, em um encontro presencial na sede da entidade.
A pauta abordou assuntos que impactam no relacionamento interpessoal das cooperativas, como mencionou Fabiana Daniel, superintendente da Federação. “Falamos de inteligência artificial, algo que costuma assustar, mas que já está presente. Também convidamos especialistas com grande know-how sobre carreira, como a Cibele Gayoso, que trabalha com a inclusão de pessoas com deficiência”, descreveu.
A primeira apresentação teve como tema “Inteligência artificial x Inteligência emocional”, que mostrou como a IA pode automatizar algumas funções do departamento de Recursos Humanos, até mesmo no momento de fechar contratos.
O bate-papo foi comandado pela analista de Cargos e Salários da Federação, Lorena Vaz, e pelo assistente da área de projetos, Arthur Oliveira. Eles mostraram que as ferramentas de IA já estão presentes no dia a dia e não se tratam de recursos complexos para serem usados. Por exemplo, o ChatGPT, de criação de textos; Gamma, de formulação de apresentações; e Leonardo AI, de imagens.
“Existe o medo de que essa tecnologia vá substituir os profissionais, o que não é verdade, mas nós teremos que mudar nossas competências para esse mundo de convivência com a IA”, comentou Fabiana.
“O bom desse processo (de uso da IA) é a mescla de competências nossas e da plataforma, pois são os humanos que geram as instruções”, acrescentou Lorena, comentando ainda sobre a economia de energia proporcionada pela IA para essas tarefas que poderiam tomar um grande tempo dos colaboradores.
Assim, é possível utilizar a inovação tecnológica para a sustentabilidade do negócio, como ressaltou Arthur. “Existem cerca de 120 ferramentas de IA e esse dado é do mês passado. Agora, esse número deve ser muito maior. São recursos que precisamos monitorar o tempo inteiro e contar para as outras pessoas que podem aproveitá-las, pois não podemos lidar com elas como uma substituição, mas como um apoio”.
Por fim, os especialistas mostraram que inteligência artificial e emocional não são dois pontos separados. Eles se conectam, pois a maior inserção das tecnologias no cotidiano influencia na necessidade do trabalho empático, criativo e com habilidades sociais dos indivíduos que irão comandar os softwares.
“A IA surgiu para substituir o trabalho que os humanos fazem como robôs. Assim, podemos ter mais tempo para sermos humanos, em momentos com a nossa família, por exemplo”, resumiu Arthur Oliveira.
A inclusão da pessoa com deficiência na cooperativa
O segundo tema abordado no encontro foi a inclusão de pessoas com deficiência nas cooperativas, com palestra de Cibele Gayoso, consultora da Estilo Empresarial Consultoria.
Ela mencionou que existe um histórico de exclusão e, mesmo com as evoluções da sociedade, ainda há um inconsciente coletivo que impede a inclusão.
Assim, há o perigo de surgir um ciclo de adoecimento, sendo que o distanciamento do mercado de trabalho pode causar sofrimento psíquico na pessoa com deficiência (PCD), e esses transtornos psicológicos são capazes de afastar ainda mais a inserção nos empregos.
“Quando tiramos uma PCD de casa e ela começa a receber um salário, isso promove autonomia e um vigor que nasce na relação com todos os âmbitos da sociedade”, afirmou Cibele, relatando que as famílias também podem ter a tendência de evitar que a pessoa entre no mercado, em uma tentativa de protegê-la.
Porém, é preciso diferenciar a integração da inclusão. O primeiro termo indica a situação em que as empresas contratam PCDs, mas as segregam dos demais funcionários, impedindo que o trabalho seja feito adequadamente. Já incluir é promover um ambiente em que todos conseguem realizar suas funções.
Tal inclusão está relacionada à equidade, que é oferecer condições adequadas às necessidades de cada indivíduo. “Depois de contratar a PCD, há um olhar de empatia pelos Recursos Humanos, como para auxiliá-la na missão de alcançar cargos maiores?”, questionou a consultora.
É por isso que todos na empresa precisam ser sensibilizados para o processo de acolhida, o que começa com a seleção adaptada, no entendimento das necessidades, no estudo da jornada da carreira dentro da instituição e o mapeamento de oportunidades. Em resumo, “não excluir antes de conhecer”, esclareceu.
A importância da gestão de carreira
Para finalizar a segunda edição do Comitê Regional de Gestão de Pessoas, a Unimed Federação Centro Brasileira convidou o fundador da Avante Consultoria, Milton Marinho, e a gerente de Desenvolvimento Humano da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Sarah Nunes, para orientar os participantes sobre a gestão de carreira.
A analista de Recursos Humanos da Unimed Caldas Novas, Valquíria Rodrigues, contou que o conhecimento adquirido durante todo o dia será valioso para as futuras ações que a federada pretende colocar em prática. “É o nosso primeiro ano de departamento de Recursos Humanos (na operadora). Por isso, todos os assuntos abordados são bastante úteis para o crescimento e projetos que teremos em 2024”.
Já Valdirene Santos, gerente geral da Unimed Araguaína, destacou a importância de ter momentos como os proporcionados pelo evento para ampliar os conhecimentos sobre a gestão de pessoas em um cenário em que tudo exige pressa, o que impacta nos níveis de estresse entre os colaboradores e produtividade.
“O maior desafio atual de uma organização é desenvolver pessoas. Isso é o que faz a gestão fluir e caminhar. Então, temos que estar sempre atentos ao desenvolvimento para que eles (os colaboradores) saibam que são importantes e que fazem parte do crescimento da empresa”, esclareceu.
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Assessoria de Comunicação
Mulheres passam a ter direito a acompanhante em atendimento de saúde
Decisão saiu, hoje, 28, no Diário Oficial da União
Todas as mulheres agora têm direito a um acompanhante maior de idade, sem que haja necessidade de aviso prévio, durante as consultas médicas, exames e procedimentos realizados em unidades públicas e privadas de saúde. O direito foi ampliado pela lei 14.737/2023, publicada nesta terça-feira, no Diário Oficial da União.
A nova legislação altera a Lei Orgânica da Saúde (8.080/1990) e determina ainda que - em casos de procedimento com sedação que a mulher não aponte um acompanhante - a unidade de saúde será responsável por indicar uma pessoa para estar presente durante o atendimento. A renúncia do direito deverá ainda ser assinada pela paciente, com um mínimo de 24 horas de antecedência.
Informação
As mulheres também devem ser informadas sobre esse direito tanto nas consultas que antecedam procedimentos com sedação, quanto por meio de avisos fixados nas dependências dos estabelecimentos de saúde.
Para centros cirúrgicos e unidade de terapia intensiva em que haja restrição por motivos de segurança à saúde dos pacientes, o acompanhante deverá ser um profissional de saúde.
O direito de acompanhamento da mulher só poderá ser sobreposto nos casos de urgência e emergência, pela defesa da saúde e da vida. Isso só poderá acontecer quando a paciente chegar desacompanhada à unidade de atendimento.
Antes, a Lei Orgânica da Saúde garantia o direito a acompanhamento somente nos casos de parto ou para pessoas com deficiência. E esse direito alcançava apenas o serviço público de saúde.
https://in.gov.br/web/dou/-/lei-n-14.737-de-27-de-novembro-de-2023-526247935
Fonte: Agência Brasil
CLIPPING 28/11/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Grupo liderado por médica é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões
Mineiro tem gasto histórico de R$ 46,9 bi com a saúde
Cremego aponta renumeração abaixo do piso em edital para médicos de Porangatu
Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar autografam itens que serão leiloados para ajudar na construção de hospital beneficente para tratamento de câncer
Cobertura de doenças raras pelos planos de saúde ainda é desafio para pacientes
Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde, trabalho e família
O GLOBO
Grupo liderado por médica é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões
Um grupo liderado pela médica Patrícia Adi Massat é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões, através do recebimento de reembolsos de consultas e exames médicos falsos.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, a quadrilha atuava numa sala comercial em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Patrícia, que é a dona do espaço, também era a responsável por conseguir as informações para aplicar os golpes nos planos de saúde.
O esquema passava também por outras vítimas, como colegas médicos e outros prestadores de serviços de medicina.
Segundo a polícia, Patrícia contratava esses profissionais para trabalharem na clínica dela e, sem que eles soubessem, ela falsificava assinaturas e outros itens, como carimbos pessoais.
A ideia do grupo era conseguir pedir reembolsos a pelo menos três grandes operadores de planos de saúde. Uma das vítimas, que não quis ter sua identidade revelada, contou ao RJ2 como soube do golpe.
"Tinham quase 50 recibos com meu nome que eu não reconhecia, que eu não emiti, com um carimbo meu falso que eu nunca dei autorização para fazer. Tinha e-mail de vários lugares. Um que eu trabalhava e outros dois lugares que eu nunca ouvi falar. Não sabia dessas clínicas e até de procedimentos que fogem um pouco da minha especialidade", revelou a médica.
O golpe funcionou por quase dois anos. Durante esse período, o grupo falsificou inúmeros procedimentos médicos, consultas e terapias, sempre inserindo dados verdadeiros de profissionais da medicina.
Com o recibo falso, a quadrilha pedia o reembolso ao plano de saúde. O plano avaliava e, se aprovado, pagava o reembolso para o cliente, que também era ligado ao grupo.
Golpistas confessam
O golpe milionário começou a ser descoberto pelas operadoras de planos de saúde, que suspeitaram do volume de pedidos de reembolso.
Com o avanço das investigações, os suspeitos confessaram o crime e fizeram um acordo com parte das empresas lesadas, restituindo os valores fraudados. Até o momento, o grupo devolveu mais R$ 2 milhões.
Nos depoimentos, Patrícia e uma outra médica envolvida no esquema, Catiana Contrim, afirmaram que a ideia de aplicar o golpe foi de Rodrigo de Mello Nascimento, durante a pandemia de Covid.
Os três não serão indiciados pelo crime de estelionato por terem feito acordo e devolvido os valores fraudados às empresas. Contudo, as investigações continuam para apurar a falsidade ideológica, já que eles se passaram por outros profissionais.
Fraude e ameaças
Um sentimento comum entre as vítimas do golpe é o de temor por retaliações do grupo que aplicava a fraude. Alguns dos profissionais que tiveram seus nomes utilizados no golpe toparam falar, mas não aceitaram revelar suas identidades.
As vítimas contam que durante o processo de apuração da fraude, os acusados ameaçaram com processos na Justiça, caso elas decidissem falar sobre o que sofreram.
Os advogados dos suspeitos informavam que as vítimas não poderiam comentar sobre o assunto, nem mesmo em grupos de mensagens, sob pena de serem presos.
"Eu sou a vítima e acabou que eu fui acuada por ela. Você se sente numa posição muito ameaçada, para não poder falar ( ) Só que a gente só tá aqui para falar a verdade", comentou a vítima.
Cremerj abre investigação
A Associação Brasileira dos Planos de Saúde disse que esse tipo de fraude investigada é comum e pediu atenção aos médicos.
"Essa falsificação de carimbos, atendimentos falsos, isso é um crime complexo. Mostra aí como verdadeiras quadrilhas estão se profissionalizando. ( ) Não ceda seu carimbo para um terceiro. A receita médica e todos os documentos são de responsabilidade do médico", comentou Cassio Alves, superintendente da Associação Brasileira de Planos de Saúde.
A médica Patrícia Adi Massat foi denunciada pelas vítimas ao Cremerj, mas ainda continua atuando.
"Os processos éticos têm que ser abertos, essas pessoas têm que ser punidas com celeridade. As denúncias para os conselhos têm que ser feitas e acompanhadas", completou Cassio.
O que dizem os citados
Nenhum dos suspeitos de participarem do golpe topou falar com o RJ2. O advogado dos suspeitos informou que a investigação continua em andamento e que os envolvidos negam as acusações e vão se defender.
O Cremerj disse que abriu uma sindicância sobre o caso, que o procedimento está em andamento e segue em sigilo, seguindo o código de processo ético-profissional.
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O TEMPO
Mineiro tem gasto histórico de R$ 46,9 bi com a saúde
Em um cenário de judicialização em alta para se garantir acesso a consultas e medicamentos, a população é forçada a buscar alternativas de sobrevivência e a arcar com os custos da saúde. Estimativa da consultoria IPC Maps feita com exclusividade para O TEMPO mostra que os mineiros deverão gastar R$ 46,9 bilhões para custear remédios, planos, além de tratamentos médicos e dentários particulares em 2023. É o maior desembolso da série histórica em 29 anos de pesquisa. Em Belo Horizonte, as projeções são que a população invista R$ 8,12 bilhões, número também recorde.
Para se ter uma ideia do que essas cifras representam, em um Estado com cerca de 21 milhões de habitantes, um gasto de R$ 46,9 bilhões equivale a dizer que a saúde custará R$ 2.200 para cada mineiro. Mas a conta não é tão simples: alguns pagam mais, e muitos não têm dinheiro e aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) a solução ou improvisam.
Depois de ver os recursos da família serem empregados em saúde em uma proporção cada vez maior, Karina Icasatti, 48, buscou qualificação e praticamente se transformou na "terapeuta" do filho Gabriel, 11, nas horas vagas. A criança tem síndrome de Down, nasceu com uma cardiopatia (problema no coração) e com apraxia da fala (distúrbio que afeta a comunicação verbal), além de conviver com algumas sequelas motoras após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorrido em função de um diagnóstico equivocado. Graças às terapias e após muito empenho da mãe, ele aprendeu a andar aos 9 anos e hoje tem uma vida muito ativa.
A família chegou a investir mais de R$ 7.000 mensais para bancar dois planos de saúde e as terapias que não tinham cobertura das operadoras contratadas. "A saúde é uma novela porque a gente pode ter planos, mas, se não tiver os profissionais que precisamos, as opções são pagar ou ir para o SUS. O problema é que nem tudo tem na rede pública e o custo na rede particular é altíssimo. Já chegamos a pagar fisioterapia cinco vezes na semana, sendo cada uma R$ 180", conta Karina.
Ela então fez cursos e aprendeu como estimular Gabriel em casa para reduzir os gastos e o desgaste de enfrentar trânsito com o filho diariamente. Agora, o gasto mensal familiar é de cerca de R$ 3.000 com saúde, e Gabriel pôde passar da escola pública para a particular. "Priorizamos a saúde. Agora, conseguimos pagar a escola. Mas o maior gasto na nossa família é com saúde, sem dúvida alguma", diz.
No caso de Karina, o que pesa mais no orçamento são as terapias alternativas, mas o alto preço da saúde tem explicações mais amplas, segundo o diretor da IPC Maps, Marcos Pazzini. "Os idosos precisam passar por mais exames médicos e costumam depender de mais medicamentos para ter qualidade de vida. Quanto mais a população envelhece, mais se gasta com saúde. Se pensarmos na pandemia, vamos ver também uma preocupação maior das pessoas com as condições físicas porque estiveram mais próximas da morte, e várias hoje convivem com as sequelas de Covid-19", explica.
Economista da Fundação Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipead), Diogo Santos aponta uma "confluência de fatores" na tentativa de explicar o alto custo do setor.
"Os aumentos de preços de produtos e serviços de saúde no Brasil nos últimos anos são resultado, por um lado, da alta dependência do país da importação de medicamentos, de fármacos e de equipamentos médico-hospitalares. Por outro lado, nos últimos anos, tivemos um impacto muito forte da pandemia sobre as cadeias de produção no mundo inteiro, gerando escassez, aumentos de custo de produção e também uma desvalorização da moeda brasileira, que faz com que tudo que nós importamos fique mais caro", argumenta o especialista.
Brasileiros empurrados para a pobreza
A alta dos custos da saúde tem impactos econômicos e sociais: a cada ano, mais de 10 milhões de brasileiros são empurrados para a pobreza por causa desses gastos, de acordo com o Banco Mundial. Para especialistas, a conjunção de fatores, que incluem altos preços de produtos básicos para a sobrevivência, como os medicamentos, o empobrecimento da população e a indisponibilidade de recursos na rede pública, é uma mistura perigosa que "explode" nas mãos do Judiciário em um aumento vertiginoso de ações.
O empobrecimento detectado pela pesquisa tem uma explicação simples, como mostra o economista da Fundação Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipead) Diogo Santos: "Esses aumentos dos custos da saúde geram também uma diminuição do orçamento disponível das famílias para gastos com outras despesas", pondera ele.
Para o especialista, parte da solução do problema da saúde é econômica. "É muito importante que existam no país políticas ativas dos governos para desenvolver o complexo econômico industrial da saúde. Ou seja, expandir a produção, no Brasil, de bens ligados ao setor, como medicamentos. A medida pode ampliar a oferta dos serviços e ao mesmo tempo gerar emprego, desenvolvimento e melhorar o acesso da população à saúde ampla, de qualidade e gratuita".
Números
Em Belo Horizonte, por exemplo, a alta dos preços de produtos e serviços ligados à saúde de outubro de 2020 a setembro de 2023 foi bem acima da inflação acumulada no período. Enquanto o IPCA, inflação medida pela Fundação Ipead, no período ficou em 25,77%, os produtos farmacêuticos encareceram em média 37,36%; os óculos e lentes, 45,8%; os planos de saúde, 25,74%; serviços médicos e dentários, 11,43%; e serviços laboratoriais e hospitalares, 41,17%.
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JORNAL OPÇÃO
Cremego aponta renumeração abaixo do piso em edital para médicos de Porangatu
Edital propõe pagamento de R$ 68, R$ 45 e R$ 80 por hora de plantão
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) pediu a ratificação do edital para contratação de prestadores de serviço em Saúde da Prefeitura de Porangatu. Em ofício enviado à gestão de Vanuza Primo de Oliveira, a presidente do Conselho Sheila Soares Ferro Lustosa diz que os valores ofertados para o pagamento dos serviços estão “aquém do piso”.
O edital propõe o pagamento de R$ 68,19 por hora de plantão para médico clínico geral; R$ 45,46 por hora de plantão para médico auditor/regulador e R$ 80 por consulta para médico pediatra e médico oftalmologista.
De acordo com o Cremego, no entanto, o valor estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM) para o exercício de 2023 é de R$ 18.709,99, o que equivale a um valor mínimo da hora de plantão de R$ 233,87.
O valor mínimo da consulta, segundo o Conselho, seria de R$ 229,77. “Tais valores (mínimos), tem o condão de garantir aos referidos profissionais, condições dignas de trabalho, bem como respeito e valorização, razão pela qual, merecem ser observados”, disse.
Procurada, a prefeitura de Porangatu informou que a Secretaria de Saúde ainda não foi notificada sobre a recomendação.
Confira a recomendação do Cremego
Excelentíssima Senhora Prefeita,
A par de cumprimentá-la, o CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE GOIÁS – CREMEGO, no uso das atribuições conferidas pela Lei 3.268/1957, vem por meio do presente, expor e requerer o seguinte:
O Município de Porangatu – GO publicou o Edital de Credenciamento nº 003/2023, no qual são oferecidas vagas para as seguintes funções e respectivos valores dos serviços:
Médico Clínico Geral – R$ 68,19 por hora de plantão;
Médico Auditor/Regulador – R$ 45,46 por hora de plantão;
Médico Regulador/Intervencionista – R$ 70,83 por hora de plantão de segunda a
sexta e R$ 75,00 por hora de plantão nos fins de semana;
Médico Pediatra e Médico Oftalmologista – R$ 80,00 por consulta.
Todavia, os valores ofertados para pagamento dos serviços estão aquém do piso estabelecido pela FENAM – Federação Nacional dos Médicos, para o exercício de 2023 (no valor de R$ 18.709,99), porquanto, ao dividir o valor do referido piso por 80 (considerando a média de 4 semanas para cada mês) tem-se que o valor mínimo da hora de plantão corresponde à R$ 233,87.
Quanto ao valor da consulta, temos a registrar a FENAM também estabeleceu o piso mínimo, que corresponde à R$ 229,77 (vide informação no sítio da Federação – link http://www.fenam.org.br/2023/01/30/piso-salarial-da-fenam-2023/).
Tais valores (mínimos), tem o condão de garantir aos referidos profissionais, condições dignas de trabalho, bem como respeito e valorização, razão pela qual, merecem ser observados.
Assim, considerando que o Código de Ética Médica em vigor, determina que:
“Capítulo I
……………..
III – Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.”
“Capítulo II
É direito do Médico:
……………..
IV – Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada
onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a
própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse
caso, comunicará imediatamente sua decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina.
V – Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente,
quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer
condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo
comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina.”
(grifamos)
E considerando que a Lei 3.268/57 determina que:
“O conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina são os órgãos
supervisores da ética profissional em toda a República e ao mesmo tempo,
julgadores e disciplinadores da classe médica, cabendo-lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam legalmente.” (grifamos)
O CREMEGO considera que os valores para pagamento dos serviços médicos constantes no Edital de Credenciamento nº 003/2023, não condiz com o grau de formação destes, e menos ainda com o nível de responsabilidade inerente à função. Ademais, é irrefutável o fato de que o Município de Porangatu, ao fazer constar regras em desacordo com os preceitos legais supramencionados, macula o referido certame, tornando-o absolutamente ilegal.
Desta feita, pugnamos pelo recebimento e acolhimento do presente
ofício/impugnação, com a consequente determinação da RETIFICAÇÃO do Edital de Credenciamento nº 03/2023, a fim de que seja assegurado aos médicos, o pagamento pelos seus serviços equivalente ao citado piso salarial indicado pela FENAM em 2023, garantindo, assim, condições dignas de trabalho aos referidos profissionais, e à população, condições dignas de atendimento.
Sem mais para o momento, aguardamos resposta e nos colocamos à disposição para o que se fizer necessário.
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PORTAL G1
Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar autografam itens que serão leiloados para ajudar na construção de hospital beneficente para tratamento de câncer
No total, serão mais de 100 itens a serem leiloados. Projeto necessita de mais de R$ 300 milhões para a conclusão da obra.
Por Thais Alves, g1 Goiás
Artistas e criadores de animais de elite se engajaram em um leilão para ajudar na construção do Hospital de Câncer Francisco Camargo (HCG), em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. No total, foram mais de 100 itens leiloados. Os artigos doados são novos e foram autografados por artistas e jogadores como Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar.
Veja a lista dos itens
Violão autografado por Zezé Di Camargo
Violão autografado por Gustavo Lima
Violão autografado por Mayara e Maraísa
Violão autografado por Chitãozinho
Violão autografado por Jorge e Mateus
Camisa autografada pelo jogador de futebol Neymar
Camisa autografada pelo jogador de futsal Falcão
Também foram leiloados carros e moto zero quilometro, joias e obras de arte. Para o público do agronegócio, teve animais de raça superior registrados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, prenhes de cavalo quarto de milha importado, sêmen de animais registrados e embriões de vacas famosas.
De acordo com a organização, cerca de 1000 pessoas iriam participar presencialmente do leilão, que aconteceu no Goiás Leilões na última segunda-feira (27), em Goiânia. Fora o público que iria acompanhar as transmissões ao vivo do evento pelo YouTube, através dos canais TV Arroba, do HCG e do cantor Zezé Di Camargo.
O cantor Zezé Di Camargo é embaixador do projeto e, em 2020, após o falecimento de seu pai, por câncer, o hospital passou a adotar seu nome como uma homenagem.
O hospital sem fins lucrativos já possui policlínica em funcionamento e, em breve, inaugurará uma nova ala. A previsão é que o hospital tenha mais de 100 mil metros quadrados de estrutura.
Segundo a organização, toda a obra, equipamentos e mobiliário do hospital estão sendo viabilizados com recursos privados. O projeto necessita de mais de R$ 300 milhões para a conclusão da obra.
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PORTAL JNN
Cobertura de doenças raras pelos planos de saúde ainda é desafio para pacientes
Pacientes com doenças raras ainda encontram dificuldades em obter a cobertura de tratamentos pelos planos de saúde, que muitas vezes são multidisciplinares e baseados em pesquisas científicas ainda em andamento. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 13 milhões de pessoas sofram com doenças raras, sendo que para 95% delas não há tratamento especifico. As operadoras de saúde, por sua vez, limitam-se a custear medicamentos, exames e procedimentos previstos no Rol de Procedimentos e Eventos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que, em geral, contempla apenas tratamentos padronizados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como doenças raras aquelas que acometem 65 em cada 100 mil pessoas. Em geral, essas enfermidades são condições crônicas, degenerativas, progressivas, incapacitantes e, até mesmo, fatais. E o tratamento para elas costuma ser de alto custo, o que dificulta o acesso dos pacientes.
Um exemplo é o medicamento ravulizumabe, indicado para a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença considerada rara pelo Ministério da Saúde. O custo de apenas um frasco dessa medicação pode ultrapassar os R$ 44 mil. E, apesar de ter registro sanitário no Brasil, o ravulizumabe ainda não foi incorporado no rol da ANS, o que leva as operadoras a negarem seu custeio.
O professor da pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto e advogado especialista em plano de saúde, Elton Fernandes, explica que a aprovação de tratamentos pelos planos de saúde segue padrões que não contemplam, por exemplo, as doenças raras. "O que se tem hoje é um protocolo padrão, feito para a maioria dos casos. Mas, quando o paciente possui uma doença rara, em geral ele excepciona todos os padrões. O que precisa, no final das contas, é ter um olhar mais aberto para a questão e que siga a ciência, a despeito do rol", destaca.
Acesso a tratamentos de doenças raras
Desde 2014, vigora a portaria 199 do Ministério da Saúde, que instituiu a Política de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre seus objetivos, está o estabelecimento de diretrizes de cuidados às pessoas com doenças raras em todos os níveis de atenção do SUS e a ampliação do acesso universal e regulado das pessoas com doenças raras na Rede de Atenção à Saúde.
Como resultado, novos tratamentos têm sido incorporados pelo SUS para o tratamento de doenças raras. No início de agosto deste ano, por exemplo, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) indicou a incorporação de medicamentos para o tratamento da fibrose cística e da hemofilia, além do implante intravítreo de dexametasona contra edema macular diabético.
No caso dos planos de saúde, entretanto, a cobertura de tratamentos limita-se aos tratamentos listados no rol da ANS que, em geral, seguem as indicações da bula, conforme explica o advogado Elton Fernandes. "O rol de procedimentos da ANS prevê como regras gerais o tratamento clínico padrão, especialmente com tratamentos listados em bula, mas uma série de doenças raras costumam ser tratadas com medicamentos off label", pondera.
Tratamento fora da bula e experimental
Considera-se um medicamento off label quando ele é indicado para um tratamento ainda não previsto em sua bula. Diferentemente do tratamento experimental, que não possui evidência científica de sua eficiência, o tratamento off label é empregado de forma constante pela medicina, especialmente para doenças raras ou mesmo para crianças, cuja realização de estudos para lançar medicamentos é especialmente difícil em comparação aos demais.
Um exemplo comum de emprego de tratamento off label são os casos em que o medicamento não possui mais patente, o gera desinteresse da indústria farmacêutica pela atualização de sua bula com os tratamentos possíveis, descobertos mais recentemente. Isto porque, como explica o advogado Elton Fernandes, o processo de inclusão de novas indicações na bula é caro e nenhuma empresa vai se beneficiar exclusivamente disso.
"Na prática, o que acontece é que a bula do medicamento sem patente fica congelada com as indicações que já estão aprovadas pela Anvisa e não se consegue evoluir a bula com os novos tratamentos. Quem pagará pelos estudos científicos e pela mudança da bula para que terceiros se beneficiem? Mas a ciência é muito mais dinâmica, o que pode gerar a recomendação de uso off label do medicamento", pondera.
Lei prevê cobertura amparada pela ciência
O professor de Direito Elton Fernandes ressalta, no entanto, que a Lei dos Planos de Saúde prevê a cobertura de tratamentos com base na ciência, mesmo sem a indicação de tratamento em bula ou no rol da ANS, o que engloba os casos de doenças raras. "A Lei dos Planos de Saúde, atualmente, diz muito expressamente que sempre que houver a indicação médica de um tratamento com base na Medicina Baseada em Evidências, ou seja, sempre que houver evidências científicas de que esse tratamento tem reconhecimento técnico-científico para o caso, a cobertura pelo plano de saúde pode ser buscada", afirma o advogado.
O caminho para isso, porém, ainda tem sido a busca pela Justiça diante da recusa dos planos de saúde ao custeio de seus tratamentos, sobretudo para a cobertura para doenças raras.
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EDITAL CONCURSOS BRASIL
Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde, trabalho e família
Mais da metade dos brasileiros perdem o sono devido a uma angústia em comum: o dinheiro. A ansiedade financeira é fonte de preocupação para milhões de pessoas todos os dias, superando até mesmo as perturbações com saúde, trabalho e família.
É isso que mostra o levantamento da fintech Onze feito em parceria com a seguradora Icatu. Dos 8.573 trabalhadores entrevistados, 54% afirmaram que o dinheiro (ou a falta dele) é a preocupação constante de suas vidas. Os outros fatores apontados foram família (17%), saúde (13%) e trabalho (8%), todos eles com percentuais bem inferiores ao primeiro.
Uma das pessoas que sofrem com a ansiedade financeira é a auxiliar técnica de enfermagem Suzilene Tanaka, de 48 anos, que além do emprego principal tem trabalhado como temporária para complementar sua renda familiar. Ela afirma que dorme apenas três horas por dia.
Fabrícia Oliveira, de 41 anos, está desempregada e já sofre com problemas de saúde física e mental causados pelas preocupações com o dinheiro, inclusive depressão e pressão alta. "Se eu não aprender a conviver com as dívidas, eu vou surtar. Não estou conseguindo pagar todas as minhas contas, pago somente o que dá", diz.
Não ter dinheiro para emergências, como acidentes ou problemas de saúde, é o pior para 55% dos trabalhadores. Outros 42% se preocupam mais com não ter dinheiro suficiente para arcar com as contas mensais. Mais de 70% dos entrevistados pela Onze têm renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos (R$ 2.640).
Falta de dinheiro afeta a saúde
Assim como Fabrícia, 71% dos participantes da pesquisa são impactados emocionalmente por problemas financeiros e outros 20% desenvolveram problemas físicos. As principais condições citadas foram ansiedade (53%), insônia (41%) e problemas de relacionamento com amigos, familiares e parceiros (15%).
"Você acaba tendo desânimo de trabalhar. Eu comecei agora na área da saúde e essa área deveria ser mais valorizada, o salário da enfermagem é pouco, mesmo correndo risco de pegar doenças", afirma Suzilene Tanaka.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 25 A 27/11/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Aplicativo para recrutar doadores promete facilitar de captação de sangue
Cora será fundamental para tratar crianças com câncer. Ninguém tem o direito de ficar contra
Doadores de sangue vão receber mensagens quando bolsas forem utilizadas
Famoso por mostrar a vida na roça, influenciador Jacques Vanier diz que terá filho por barriga solidária
Mãe se emociona após bebê passar por rara cirurgia ainda no ventre: 'Agora é cuidar dessa menininha'
"A saúde precisa deixar de ser apenas uma agenda de emergência"
Justiça é acionada contra o SUS a cada 20 minutos em Minas Gerais
Aluno com epilepsia cria protocolo contra crises na universidade
JORNAL OPÇÃO
Aplicativo para recrutar doadores promete facilitar de captação de sangue
Os estoques de sangue dos dos hemocentros podem ser reforçados por meio de um novo instrumento que facilitará a ação voluntária de doadores. O Ministério da Saúde criou a plataforma miniapp Hemovida, que está integrada ao ConecteSUS. Com o aplicativo, poderá ser obtida a carteira virtual do doador que terá informações de saúde, tipo sanguíneo e a data da última doação.
Além disso, o doador terá um registro pessoal e útil em situações de emergência; histórico completo de doações, incluindo as realizadas, canceladas e agendadas e ainda pode optar por fazer autodeclaração de doação de sangue para manter um registro do compromisso com a causa.
Sobre os serviços hemoterápicos o doador terá a localização da rede de saúde mais próxima, para identificar onde doar e receber informações sobre os serviços disponíveis em cada unidade.
De acordo com o ministério, o Hemovida vai facilitar a captação de doadores e conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros. O aplicativo estará disponível para download nas principais lojas de aplicativos, a partir desta segunda-feira, 27. O anúncio de criação da plataforma foi feito no sábado, 25, Dia Nacional do Doador de Sangue.
“O aplicativo Hemovida estimula a doação de sangue voluntária, um ato de amor que salva vidas”, afirma a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad.
Para o Ministério da Saúde, a plataforma gratuita pode ser uma ponte entre os hemocentros da rede pública de saúde e os possíveis doadores. “O aplicativo desempenha um importante papel na disseminação de informações sobre a doação de sangue e campanhas em andamento”, diz a pasta.
Na plataforma, o doador poderá ainda convidar amigos e familiares, compartilhar experiências nas redes sociais e incentivar outras pessoas a se tornarem doadoras.
Critérios de doação
O aplicativo trará ainda informações detalhadas sobre como e quem pode doar, além dos cuidados necessários no dia da doação. “[O aplicativo] garante que os doadores estejam bem informados e preparados”, acrescenta o ministério.
Quem quiser se cadastrar no ConecteSUS Cidadão precisa baixaro aplicativo nas lojas Android ou iOS, ou por meio do site conectesus.saude.gov.br. O login no app é feito pelo acesso único do Governo Federal (gov.br).
Sangue doado
Segundo o Ministério da Saúde, o sangue doado voluntariamente é usado nos atendimentos de urgência, na realização de cirurgias de grande porte e no tratamento de pessoas com doença falciforme e talassemias, além de doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão.
Além dos procedimentos hospitalares, o sangue doado também pode ser transferido pelos bancos de sangue para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) produzir hemoderivados, fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população necessitada.
“Aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar esse índice, conscientizando a população da importância desse gesto na saúde coletiva”, diz a pasta.
As taxas de doação de sangue cresceram este ano no Brasil. Enquanto entre janeiro e setembro de 2022 foram coletadas 2.340.048 bolsas de sangue (com 450 a 500ml cada), no mesmo período deste ano, a coleta chegou a 2.452.425, o que representa aumento de 112.377 no número de bolsas. “Cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas”, lembra o ministério.
Segundo a coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados, Joyce Aragão, como estratégia para evitar o desabastecimento, o Ministério da Saúde monitora diariamente o volume de bolsas de sangue em estoque nos hemocentros estaduais. Caso seja necessário, o Plano Nacional de Contingência do Sangue pode ser acionado, possibilitando o remanejamento de bolsas de sangue de outras unidades da federação para aquelas com alguma dificuldade, explica Joyce.
Voluntários
Para fazer doações de sangue no Brasil, é necessário ter de 16 a 69 anos – na faixa entre 16 e 18 anos, é preciso ter consentimento dos responsáveis. Aqueles que têm de 60 a 69 anos só podem doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos. É preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde.
“O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto”, recomenda a pasta.
Por ano, homens só podem fazer quatro doações e mulheres, três. “O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.”
PEC do Plasma
O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, destaca que o acesso à saúde de qualidade, a universalização de serviços e o atendimento gratuito para a população é prioridade do governo federal. Gadelha afirma, porém, que seria um retrocesso a permissão legal para comercialização de plasma no Brasil. A questão está em discussão no Congresso Nacional em uma proposta de emenda à Constituição (PEC).
“Foi uma conquista do Brasil ter proibido a comercialização de sangue na nossa Constituição. Antigamente, tínhamos uma situação onde os brasileiros precisavam vender o próprio sangue para ter um prato de comida”, enfatiza Gadelha, acrescentando que a OMS rejeita a ideia em debate no Legislativo brasileiro.
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Cora será fundamental para tratar crianças com câncer. Ninguém tem o direito de ficar contra
Políticos, pensando em eleições futuras, não podem operar contra a construção de um hospital que atenderá pacientes pobres de Goiás
O duplo é uma figura recorrente literatura — do americano Edgar Allan Poe aos russos Nicolai Gógol e Fiódor Dostoiévski. Digamos, portanto, que Marconi Ferreira Perillo Júnior, de 60 anos, é um duplo. De um lado, Marconi Perillo, a faceta mais conhecida, e, de outro, Ferreira Júnior, menos conhecido.
Como se sabe, Marconi Perillo, quando governador, construiu o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, o Crer, e o Hugol, o segundo hospital de urgências de Goiânia.
Imagine se na época da construção do Crer (foi inaugurado em 2002), Ferreira Júnior, comportando-se como se fosse um duplo — similar ao da história de William Wilson, de Poe —, contestasse Marconi Perillo, com o objetivo de impedir ou retardar a feitura da obra.
Se tivesse conseguido impedir a construção do Crer e do Hugol (inaugurado em 2015), Ferreira Júnior, o duplo, estaria prejudicando muito menos Marconi Perillo e muito mais os goianos — aliás, os brasileiros (porque as duas unidades não tratam apenas de pessoas nascidas em Goiás).
Porém, Marconi Perillo não enfrentou problemas político-eleitorais. Ferreira Júnior, por sorte, não prejudicou a construção do Crer e do Hugol. O duplo não entrou em contato com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público para tentar impedir a edificação e a administração das unidades de saúde. Todos entenderam que eram benéficas para a sociedade — notadamente para os mais pobres, aqueles que, em geral, não têm plano de saúde.
Portanto, sorte de Marconi Perillo que Ferreira Júnior, seu duplo, não era, por assim dizer, Caim. Era Abel.
Corre a informação de que Marconi Perillo, quiçá como vingança por causa de duas derrotas eleitorais — ambas para o Senado — e por que está se aproximando a eleição de 2026, quando, de acordo com aliados, planeja disputar o governo do Estado, opera, repassando críticas para jornais e tentando influenciar o Tribunal de Contas do Estado, senão para impedir, ao menos para retardar a construção e o funcionamento do Cora — o hospital que vai tratar de crianças — e, em seguida, de adultos — com câncer. Gratuitamente. Muitos goianos não terão de percorrer o país — por exemplo, esperando na fila em Barretos — em busca de tratamento contra o câncer, um doença que, se o paciente não tiver plano de saúde e se não conseguir atendimento numa unidade pública de saúde, pode levar as famílias à falência.
Portanto, ao construir o Cora, o governador Ronaldo Caiado está pensando em duas questões. Primeiro, óbvio, tratar as pessoas com alta qualidade — salvando vidas. Segundo, o tratamento mais rápido, com médicos altamente gabaritados, tem alto índice de sucesso.
Por que, então, operar contra a construção do Cora? O duplo Ferreira Júnior decidiu aparecer e agir contra o próprio Marconi Perillo?
Veja-se a questão técnica. A Assembleia Legislativa aprovou a formatação jurídica que possibilita a implantação do Cora — via uma Organização da Sociedade Civil (OSC) —, sem quaisquer resistências, por entender que se trata de cuidar da saúde pública. A aprovação se deu em 3 de novembro de 2022 — há um ano.
Pela Lei nº 21.642, o governo de Goiás foi autorizado a implantar uma unidade de saúde semelhante, em qualidade, ao Hospital de Amor de Barretos (SP).
Pela lei, o Estado está autorizando a repassar recursos financeiros para implantar a unidade de saúde. A Lei Federal 13.019/2014 embasa a ação do governo goiano — repita-se, com projeto aprovado pelos 41 deputados da Assembleia Legislativa —, que, assim, poderá operar por intermédio de uma parceria social, na modalidade colaboração.
A parceria é com a Fundação Pio XII, que tem expertise na área de atendimento de pacientes em tratamento oncológico. Para implementar o Cora, a Secretaria de Saúde firmou, com a Agência de Infraestrutura e Transportes e a Fundação Pio XII, um Termo de Colaboração — cujo objetivo é implementar o Cora… para, insista-se, salvar vidas o mais rápido possível.
O atendimento será 100% pelo sistema SUS. Quer dizer, os pacientes não pagam — o atendimento é gratuito. E dizer isto é importante, é decisivo. Porque não se pode impedir que se trate, de maneira gratuita, aqueles que têm câncer. Não se pode impedir os pobres de serem atendidos e, sobretudo, de viver…
A Procuradoria-Geral do Estado debateu o modelo jurídico com os poderes estaduais. Não houve questionamento. O Ministério Público, que é sempre exigente, não viu nenhum problema na celebração de parceria com uma organização idônea, como a Fundação Pio XII, da sociedade civil. O TCE, por certo, irá pelo mesmo caminho. Frise-se que o atual presidente do órgão, Edson Ferrari, é muito preocupado com a saúde das crianças.
Finalizando, oxalá Ferreira Júnior, o encosto, deixe Marconi Perillo, aquele que construiu o Crer e o Hugol, em paz. As crianças que sofrem com câncer, ao lado de seus pais, torcem para que Ferreira Júnior, o mau, deixe o “inocente” Marconi Perillo pensar na saúde dos que padecem. Parte da imprensa precisa ficar atenta para não aderir, digamos assim, ao irracionalismo niilista dos tempos pós-modernos. (E.F.B.)
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A REDAÇÃO
Doadores de sangue vão receber mensagens quando bolsas forem utilizadas
O programa Mensagem de Vida foi lançado neste sábado (25/11) pelo Governo de Goiás, por meio da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos - Rede Hemo. A iniciativa envia notificações para doadores de sangue via WhatsApp todas as vezes que os componentes das bolsas coletadas forem utilizados. Essa é uma forma do doador acompanhar e saber quando sua doação chegou ao paciente.
O programa foi desenvolvido pelo núcleo de tecnologia da informação do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), organização social responsável pela gestão da Rede Hemo. A iniciativa pretende causar um impacto positivo nos doadores voluntários e incentivar a ação.
Sangue seguro
O programa Mensagem de Vida reforça, ainda mais, o compromisso de transparência com o material coletado e seus doadores. O Secretário de Estado da Saúde, Sérgio Vêncio, explica que o projeto pretende estimular que o doador retorne para realizar outras coletas, ao certificar-se sobre a efetividade da sua doação. “Pretendemos estimular as pessoas a se fidelizarem, pois agora deixará de ser uma atitude distante, que o doador não sabe ao certo se alguém foi beneficiado. Nossa expectativa é que o número de doadores regulares aumente”.
A secretaria estadual da saúde investiu na contratação de uma equipe profissional de gerenciamento de WhatsApp. Todas as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) serão asseguradas. “A mensagem só será enviada com a permissão do doador no momento em que realiza o cadastro para doação e, só então, realizaremos o contato, de forma padronizada”, garante o secretário.
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PORTAL G1
Famoso por mostrar a vida na roça, influenciador Jacques Vanier diz que terá filho por barriga solidária
Criador de conteúdo usou as redes sociais para compartilhar a novidade especial. Publicação teve quase 10 mil comentários.
Por Larissa Feitosa, g1 Goiás
Conhecido por usar o humor para compartilhar o estilo de vida na roça com as novidades da vida urbana, o influenciador Jacques Vanier usou as redes sociais para compartilhar que vai ser pai pela primeira vez. Ao g1, ele confirmou que a gestação acontecerá por meio de uma barriga solidária.
“Meu maior sonho é ser pai. Já venho pensando sobre isso há alguns anos e, no tempo de Deus, as coisas aconteceram”, afirmou ao portal.
Na publicação feita em um de seus perfis nas redes sociais, Jacques mostrou uma foto da ultrassom. “Logo estarei segurando em meu colo um bebê que eu sei que vai mudar minha vida e queria dividir essa alegria com vocês que eu sei que estão comigo há tanto tempo”, disse.
O criador de conteúdo possui atualmente 5,1 milhões de seguidores. Nos quase 10 mil comentários do post muitas pessoas se disseram surpresas com a novidade e desejaram felicidades para Jacques.
“Parabéns meu fiii, eu achei que era pegadinha e já fui lendo o final kk, mas é de verdade”, disse um internauta.
“Como assim?! Vc solta a bomba e sai correndo? Kkk Volta aqui e conta essa história direito”, comentou outra.
Conheça Jacques Vanier
Nascido em Goiás, o influenciador morou por um período nos Estados Unidos, onde começou a produzir conteúdos para a internet. Nas gravações ele misturava palavras em inglês com termos tipicamente goianos.
Goiano faz sucesso na web com expressões em 'goianês'
No primeiro vídeo em que viralizou, Jacques foi a um McDonald’s e pediu à atendente pamonha e caldo de cana grandes. A mulher não compreendeu e ele resolveu pedir galinhada. Ela pergunta do que se trata, ele explica, e acaba saindo do local com um sanduíche.
A partir dali, o jovem passou a fazer sucesso nas redes e retornou a sua terra natal.
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Mãe se emociona após bebê passar por rara cirurgia ainda no ventre: 'Agora é cuidar dessa menininha'
Médico goiano realizou a cirurgia em feto com tumor por meio de furo único na barriga da mãe. Equipamentos foram trazidos de São Paulo, e operação foi considerada um sucesso.
Por Barbara Ferreira, g1 Goiás
Maria Isabel ainda mora na barriga da mãe e já passou pela primeira cirurgia. Cada movimento dela é comemorado por Inaê Mariê, que grávida de 28 semanas foi submetida a uma cirurgia intrauterina, no último sábado (18). O procedimento é considerado raro em Goiás e os equipamentos foram trazidos de São Paulo até Goiânia. A cirurgia de 2 horas de duração ocorreu no Hospital Mater Dei Premium Goiânia e foi considerada um sucesso pelos médicos.
Durante o pré-natal, foi identificado que o bebê tinha sequestro pulmonar, “um tumor no tórax do que estava comprimindo o pulmão e coração do feto, além de produzir água no pulmão”, explica o médico obstetra especialista em medicina fetal, Jônatas Soares. Ele foi quem conduziu a cirurgia, juntamente com os médicos Maurício Saito, de São Paulo, e Lara Santillo, de Brasília.
A mãe, Inaê Mariê, contou sobre o processo.
“Eu só sentia muito medo, muito medo mesmo, o medo do meu bebê morrer era o sentimento maior que eu tinha”, disse.
O medo se misturava com a confiança que ela sentia na equipe de médicos. “Ao mesmo tempo medo e confiança, sim, de que tudo que pudesse ser feito, a gente faria”, explicou.
Cirurgia
Para solucionar o problema, os médicos realizaram uma fotocoagulação a laser guiada por agulha no feto, procedimento onde o tumor é queimado por um laser para diminuir a irrigação sanguínea e, consequentemente, a atividade dele. “Fizemos tudo por meio de um furo único na barriga da mãe, guiado por ultrassom”, explica Jônatas.
O médico detalhou o processo da cirurgia: “atravessamos a pele da mãe, o útero, entramos dentro da bolsa amniótica sem estourar a bolsa, entramos dentro do tórax do feto e depois dentro do tumor”. Ao final, foi colocado um dreno no tórax do feto para retirar a água do pulmão em direção ao líquido amniótico.
A necessidade de cirurgia foi identificada pelo médico em 9 de outubro deste ano. Os ultrassons se tornaram rotina para acompanhar o desenvolvimento do tumor, do bebê e a função do coração.
Riscos e benefícios
Esta é uma cirurgia delicada e há risco de perda do bebê, além de hemorragia intensa, lesão em outros órgãos do bebê, risco de parto prematuro e de romper a bolsa, de acordo com o médico. A decisão de prosseguir com o procedimento é tomada quando a chance do bebê falecer ou precisar nascer muito prematuro são superiores ao risco da própria cirurgia.
“Explicaram os benefícios e os riscos em relação à cirurgia, e a não realização da cirurgia traria muito mais riscos para o meu bebê do que os possíveis riscos vindos dela”, disse Inaê Mariê.
O médico ainda afirmou que com o tratamento, ganharam muito tempo e muito mais segurança em aguardar o bebê amadurecer mais para nascer. “Trocamos uma alta chance de mortalidade intrauterina ou neonatal do prematuro, por uma alta chance de sobrevivência”, destacou.
“Quando a gente descobriu que tinha piorado e que precisava ficar monitorando bem de pertinho a cada dois dias o desenvolvimento dessa condição, eu sentia muito medo dela morrer”, disse Inaê. Ela ainda perguntou ao médico como monitoraria a condição, se devia ficar no hospital, e ele disse que a mãe perceberia uma diminuição dos movimentos do bebê caso houvesse piora.
“Essas mexidinhas dela na minha barriga são uma conexão entre nós”, disse Inaê. Ela contou que acordava durante a noite para observar a movimentação, colocava músicas para o bebê, e que comemorava cada chute. “Se ela estava se movimentando, a gente ainda tinha tempo de cuidar, de buscar os recursos que precisavam”, completou.
Recuperação
Inaê Mariê e Maria Isabel ainda estão se recuperando da cirurgia. Quando acordou, a mãe relatou que sentia alegria e gratidão. “Eu passava a mão na minha barriga e eu fiquei muito feliz que tinha dado tudo certo”, disse.
A mãe continua tomando medicamentos para auxiliar na recuperação e garantir que o bebê nasça no tempo certo. O médico disse que a mãe e o bebê estão ótimos, e que a cirurgia foi um sucesso.
“Agora é cuidar dessa menininha para ela ficar crescendo e se desenvolvendo bem aqui na minha barriga e nascendo no tempo certo pra gente comemorar muito e abraçar ela bastante”, finalizou.
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FOLHA DE PERNAMBUCO
"A saúde precisa deixar de ser apenas uma agenda de emergência"
Saúde "A saúde precisa deixar de ser apenas uma agenda de emergência" A ministra da Saúde, Nísia Trindade, defende o fortalecimento do SUS como resposta aos desafios do setor. Em entrevista à Folha Saúde, ela anunciou a intenção de reduzir as filas de espera em 45% até o fim do ano
Qual o diagnóstico que o ministério faz da saúde pública do Brasil?
O quadro que encontramos na transição de governo era desafiador. Tivemos um conjunto de retrocessos desde 2016, com o desmonte de uma série de políticas e a degradação da autoridade sanitária e do papel coordenador do Ministério da Saúde, sobretudo durante a pandemia de Covid-19. Isso se refletiu nos indicadores de saúde. Tivemos, no período, a redução da taxa de coberturas vacinais, com alto risco de reintrodução de doenças como a poliomielite, e o aumento acentuado das filas de exames, cirurgias e outros procedimentos. Na saúde infantil, houve o retorno de internações por desnutrição e a estagnação da mortalidade infantil, enquanto na saúde materna vimos quase que dobrar as taxas de mortalidade materna, um dado inadmissível. Houve grave descaso com a saúde da população nesses anos, em uma verdadeira política do abandono.
O que foi feito nos primeiros meses de sua gestão?
Nesse contexto, a primeira fase de nossa gestão foi, sobretudo, de reconstrução, com avanços. Buscamos reestabelecer o papel de coordenação nacional do Ministério da Saúde, com a retomada da relação interfederativa com estados e municípios, a recomposição do orçamento da saúde, para a qual a PEC da Transição foi fundamental, e a recuperação de diversas políticas bem-sucedidas, aperfeiçoadas a partir dos aprendizados com sua aplicação.
Esse período envolveu, portanto, a retomada do Mais Médicos, do Farmácia Popular, Brasil Sorridente, Saúde na Escola, a criação do Departamento de Saúde Mental e o fortalecimento dos CAPS e da RAPS, o incremento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, o relançamento de campanhas de vacinação, reunidas no Movimento Nacional pela Vacinação, que tem por finalidade recuperar as altas taxas de cobertura vacinal. Com o Programa Nacional de Redução de Filas, pretendemos reduzir as filas de cirurgias em 45% até o fim do ano. Todas essas retomadas precisaram ser conciliadas com a resposta a emergências, como a própria Covid-19, a crise Yanomami e os desastres socioambientais, nos litorais de São Paulo e da Bahia, na região Sul e agora com as secas e queimadas na região Norte, que também afetam populações indígenas e vulnerabilizadas.
Entre tantas necessidades da saúde pública no Brasil, quais as prioridades do ministério?
Para responder a tantos desafios, precisamos avançar ainda mais no fortalecimento do SUS para que sua resiliência seja um fator determinante de preparação e prevenção. A saúde precisa deixar de ser uma agenda apenas de emergência. Por meio do Comitê Interministerial para Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas, queremos eliminar até 2030 doenças como a tuberculose e a malária, alinhados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Pelo Mais Médicos, devemos chegar a 28 mil médicos até o fim do ano, a fim de cobrir os vazios assistenciais e fazer a atenção primária, porta de entrada do SUS, chegar a todos os brasileiros. Vamos conferir uma atenção destacada para a atenção especializada, para a qual estamos formatando uma política específica, e o Novo PAC irá dar um impulso para a universalização do atendimento e de serviços, como o SAMU, além de permitir a construção de Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas e Maternidades, o fortalecimento do CEIS, a preparação para emergências sanitárias e a transição digital. Nosso objetivo com esse impulso é nos aproximarmos o máximo possível dos valores centrais do SUS, de universalidade, integralidade e equidade.
O Programa Nacional de Imunizações está completando 50 anos, com um histórico de unificação do calendário de vacinação. Há algum planejamento para os próximos anos no setor?
Esses 50 anos merecem ser celebrados. Graças ao PNI, contribuímos para erradicar a varíola no mundo, eliminamos doenças como a poliomielite no país e controlamos uma série de outras. O PNI já fez o Brasil ser referência em imunização no mundo, quando, a partir dos anos 90 até a metade da década de 2010, tivemos nossa população protegida com taxas de vacinação exemplares. São essas taxas que queremos reconquistar com o Movimento Nacional pela Vacinação. Mais do que de campanhas pontuais, precisamos da mobilização permanente de toda a sociedade para voltar a alcançar esse objetivo.
Para isso, lançamos a estratégia inédita do microplanejamento de campanhas, orientada pela OMS, um investimento de R$151 milhões que visa adaptar as ações de vacinação às realidades de cada estado e município, identificando áreas mais descobertas e mobilizando estratégias e comunicadores locais. As campanhas estaduais acontecem até o final do ano.
Celebramos estes 50 anos de PNI reafirmando que a ciência voltou e que a retomada das altas coberturas vacinais é tema prioritário do governo do presidente Lula. Estamos comprometidos com o combate à desinformação e à hesitação vacinal, querendo unir o país e mostrando que, se de um lado, vacinas salvam vidas, inversamente, a desinformação põe em perigo a todos nós, coletivamente, a começar pelas crianças e adolescentes. As famílias são fundamentais nessa proteção.
Como enfrentar e amenizar, em conjuntos com estados e municípios, a crônica falta de leitos hospitalares e as longas filas nas emergências públicas em todo o país?
Os últimos anos, de fato, agravaram muito o problema das filas, que já eram um desafio histórico no SUS devido ao subfinanciamento. Estima-se que R$ 60 bilhões deixaram de ser investidos no SUS desde 2016. A pandemia levou a um represamento acentuado dos procedimentos. O resultado foi a situação preocupante que encontramos na transição, para a qual não dispúnhamos sequer de dados para avaliar sua magnitude. Hoje, sabemos que são mais de um milhão de procedimentos represados.
Buscamos tratar disso desde o início de nossa gestão, lançando o Programa Nacional de Redução de Filas, com investimento de R$ 600 milhões a serem aplicados em três etapas. A retomada do diálogo com estados e municípios tem sido fundamental e, em junho, todos os estados e o Distrito Federal já haviam recebido recursos para apoiar a realização de cirurgias eletivas, na primeira etapa do programa. A expectativa é reduzirmos 45% das filas até o final do ano, com a destinação de R$ 200 milhões.
E como estão os investimentos nos hospitais filantrópicos?
Temos investido também nos hospitais filantrópicos 100% SUS, que respondem por 60% de nossos atendimentos e internações de alta complexidade. Aumentamos os recursos em R$ 82,6 milhões por ano, garantindo investimento total de R$256,7 milhões por ano para essas entidades. Ainda estamos ampliando o Mais Médicos, para chegarmos a 28 mil médicos pelo programa, e a infraestrutura da saúde será beneficiada pelo Novo PAC, com a universalização do SAMU e mais de 3 mil Unidades Básicas de Saúde, o que nos permitirá alcançar 73,1% da população, percentual muito próximo da população que depende exclusivamente do SUS, além de novas policlínicas e maternidades.
Como está sendo a retomada dos investimentos públicos em pesquisa no Brasil? Quais as prioridades do ministério no setor?
A ciência é um instrumento de geração de valor, de inovação, de riquezas, de soluções para os desafios nacionais, de inclusão social e melhoria da qualidade de vida. Ao longo de 2023, o Ministério da Saúde atuou em diversas frentes para que pautas intersetoriais e interministeriais fossem retomadas. Apresentamos uma Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, o CEIS, para o qual a pesquisa e a inovação são fundamentais e pelo qual esperamos chegar, em 10 anos, à produção nacional de 70% dos bens de saúde necessários ao SUS. Essa estratégia de reindustrialização por meio da saúde tem investimento previsto de R$ 42 bilhões para ações de diversos tipos, incluindo pesquisa. Nesse sentido, também retomamos a publicação de editais e chamadas públicas para pesquisas em saúde, com a previsão de cerca de R$ 250 milhões em 2023 em parceria com o CNPq. Temos estabelecido ainda parcerias com atores internacionais para incentivar a pesquisa de cientistas brasileiros em inteligência artificial, a fim de desenvolver ferramentas de atendimento e gerenciamento, como parte da transição digital do SUS, contando para isso com um investimento de R$ 2,5 milhões.
A qualificação dos profissionais é também uma ponte entre ciência e saúde. Um exemplo disso é a oferta de especialização, mestrado e doutorado como atrativo no programa Mais Médicos. Nossas ações concretas ao longo do ano mostram que a ciência e a tecnologia são insumos estratégicos para o desenvolvimento nacional e contribuem para o acesso aos direitos fundamentais básicos, como a saúde.
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O TEMPO
Justiça é acionada contra o SUS a cada 20 minutos em Minas Gerais
"A saúde é um direito de todos e dever do Estado". Se, de um lado, o artigo 196 da Constituição Federal de 1988 garantiu acesso universal à assistência médica, de outro, a Justiça tem a balança cada vez mais pesada de processos provocados pela carência de serviços. Neste ano, a cada 20 minutos, alguém que luta pela vida ingressa com uma ação junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O número de pessoas que precisa lançar mão do expediente judicial para fazer valer o direito básico cresce a cada ano. No Brasil, de 2015 a 2020, o volume de demandas da saúde na Justiça subiu 60%, segundo o Ministério da Saúde (MS). A pasta informou ter acumuladas mais de 50 mil causas judiciais.
O governo federal não soube detalhar o número de processos por ano, mas disse que, entre 2008 e 2017, as demandas em primeira instância - órgão da Justiça ao qual se faz um pedido de solução de conflito, antes de qualquer outro - já haviam saltado 130%. A tendência é acompanhada em Minas Gerais, onde a média diária de processos em saúde cresceu 64% entre 2020 e 2023. Em 2020, os tribunais receberam 16.077 causas: média de 44 por dia. Neste ano, até 10 de outubro, foram 20.561 ações - 73 por dia.
"Essa judicialização está em crescimento desde que passamos a enxergar a saúde como um direito social. O cidadão entende que o Estado tem que fornecer saúde e passa a buscá-la por ações judiciais. São dois lados: estamos judicializando porque o Estado está ineficiente na prestação de saúde e porque é um caminho que garante urgência", avalia o desembargador Alexandre Quintino Santiago, superintendente de Saúde do TJMG.
O ciclo vicioso de uma briga judicial na saúde, que força famílias a lutar por algo que deveria ser garantido e faz governos bancarem gastos bilionários com demandas individuais, é o tema da série "Saúde nos tribunais: para que lado pende esta balança?", que O TEMPO começa a publicar hoje.
De acordo com o coordenador da Defensoria Especializada da Saúde de Minas, defensor público Bruno Barcala, a judicialização funciona como um termômetro de qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele analisa que o aumento das ações é sintoma de problemas muito maiores na linha de frente dos serviços. "O SUS não atingiu um patamar de qualidade que a Constituição define como necessária. O sistema cresceu muito, se qualificou, mas não consegue atender toda a demanda. Isso, sem contar que mais pessoas conseguem acessar um advogado, seja particular ou por órgãos públicos, e a saúde recai sobre a Justiça", afirma.
Quando Dayane Judite Silva, 22, precisou acionar a Justiça, o problema foi a falta de um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrico para a filha Alice Gonçalves, agora com oito meses. Uma complicação da prematuridade fez a menina desmaiar no colo da mãe no primeiro mês de vida, e o hospital onde estavam, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, não tinha leito de UTI Neonatal. "Minha bebê estava roxa, ficou muito grave rapidamente. No segundo dia, teve parada cardíaca. Foi aí que a médica disse que, se eu não corresse atrás de uma vaga, ela não sobreviveria mais um dia", lembra Dayane Judite.
A jovem entrou com ação com tutela de urgência junto ao Ministério Público: a filha precisava de um leito em menos de 24h. A família sentiu alívio ao obter a liminar e a transferência a poucas horas do fim do prazo. Já em casa, a menina aprende a respirar sozinha, sem se dar conta de que, com ajuda da Justiça, escapou da morte. "Ainda não acredito. Podíamos não estar juntas hoje. Vencemos por ela, foi um milagre", comemora a mãe.
Remédio motiva 52% das ações
A maioria dos pacientes que recorrem à Justiça devido a um problema de saúde solicita medicamentos. Levantamento de ações junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) desde 2020 até 10 de outubro deste ano revela o ingresso de 39.982 processos solicitando o fornecimento de fármacos. O volume equivale a 52% do total das causas: 76.813.
No cenário nacional não é diferente. Segundo o Ministério da Saúde, as ordens judiciais apenas para aquisição de medicamentos causaram impacto orçamentário da ordem de R$ 1 bilhão em 2022. O valor foi desembolsado para compra de 632.141 unidades de medicamentos.
A despesa diz respeito, principalmente, a fármacos recomendados para doenças raras, que custam milhares de reais. Um dos mais judicializados é o atalureno, vendido como Translarna. Indicado para crianças com distrofia muscular de Duchenne, custa cerca de R$ 63 mil. "Mesmo quem tem plano de saúde judicializa, porque não tem cobertura para medicamentos. Além disso, a maioria é muito cara, impossível de comprar", diz a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fabiola Sulpino Vieira.
Outra questão coloca os fármacos como o principal problema do sistema de saúde no país, segundo a assessora jurídica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Mônica Lima: "Alguns medicamentos não têm na farmácia. Passam por licitação, são importados, precisam ter a segurança comprovada. E não estão dentro da programação do gestor de saúde, forçado a criar mecanismos para atender a judicialização", diz.
Em Minas Gerais, o segundo maior motivo de judicialização é a dificuldade de acesso ao tratamento médico hospitalar, com 19.066 ações de 2020 até 10 de outubro deste ano. "Minas é grande e cheia de vazios assistenciais, com falta de serviço especializado", diz Fabíola.
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METRÓPOLES ONLINE
Aluno com epilepsia cria protocolo contra crises na universidade
A epilepsia é um distúrbio cerebral que causa crises convulsivas espontâneas caracterizadas pela atividade elétrica excessiva e sincronizada do cérebro. A condição pode trazer impactos significativos na vida diária do paciente, como problemas de memória, sono e até depressão e ansiedade.
Para o estudante Lucas Liandro, 27, de Goiânia, a principal consequência das crises de epilepsia é a dificuldade de lembrar dos conteúdos estudados na infância. "Na vida social, foi um problema me relacionar com as pessoas, ir ao cinema era ruim e até escutar música era um desafio", afirma.
A doença também afetou a vida profissional de Lucas, que foi demitido de alguns empregos por conta da epilepsia. "Sempre me despediam com o discurso de que eu precisava me cuidar, descansar, que não seria o melhor momento para trabalhar e que eu devia priorizar minha saúde", lamenta.
Segundo a embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) Aline Pansani, a epilepsia é um problema que afeta 1% da população mundial, e as razões de seu desenvolvimento ainda não são bem definidas. "Traumas, lesões cerebrais, infecções, problemas durante o parto e até fatores genéticos podem causar a condição. Essas situações podem criar regiões no cérebro que geram as crises", explica.
Epilepsia impedia de estudar
A primeira lembrança de crise de Lucas foi aos 12 anos, quando ele não tinha o diagnóstico e sua família não sabia o que era epilepsia. A identificação da condição aconteceu apenas quando ele tinha 16 anos.
"Foi uma surpresa, pois eu não sabia o que era. E ao mesmo tempo, um alívio, já que antes eu sofria sem saber como lidar e tratar de forma adequada", desabafa o estudante.
Porém, mesmo com a identificação do distúrbio, Lucas teve que passar por muita burocracia para conseguir os medicamentos que controlam as crises na rede pública. "Hoje, tenho fácil acesso aos remédios pelo SUS, mas foi um desafio. Ainda que eu tivesse o diagnóstico em mãos, os médicos me pediam mais e mais exames, o que levava muito tempo", afirma.
Até começar o tratamento de fato, Lucas teve várias crises e precisou parar de estudar. "Saí da escola no ensino médio por causa da epilepsia. Mas com a aprovação no Enem, consegui o certificado de conclusão e veio a possibilidade de ingressar na Universidade Federal de Goiás (UFG)", conta o estudante de Artes Visuais.
C.A.L.M.A
Na UFG, ele conheceu Aline e, junto com a universidade e a ABE, fez parte da criação de um protocolo para apoio em primeiros socorros de crise convulsiva. O C.A.L.M.A significa:
Coloque a pessoa de lado, com a cabeça elevada, para que ela não se sufoque com a saliva;
Apoie a cabeça da pessoa para proteção em algo macio, como mochilas, blusas, jalecos;
Localize objetos que possam machucar a pessoa, como óculos, correntes, móveis e roupas apertadas, e afaste-os;
Monitore o tempo. Caso a crise dure mais que 5 minutos ou acontecer outra logo após a primeira, ligue para o SAMU (192);
Acompanhe a pessoa até ela acordar. Em caso de ferimentos ou se for a primeira crise, ligue para o SAMU.
"Participei indicando quais necessidades a universidade poderia atender para ajudar quem tem epilepsia. Isso foi útil na formulação do protocolo institucional", conta Lucas.
A intenção é levar maior segurança e conhecimento para lidar com crises dentro do ambiente acadêmico, onde alguns gatilhos podem desencadeá-las. Muitas vezes, outros alunos e professores não sabem como agir diante do episódio convulsivo.
Inicialmente, foram feitas atividades de conscientização, palestras e campanhas de esclarecimento sobre as crises no campus. Após alguns casos de episódios convulsivos em sala de aula, a equipe decidiu criar um protocolo para ajudar alunos com a condição.
Aline explica que a ação começou em 2022 e evoluiu ao longo do tempo, envolvendo diálogo com as autoridades acadêmicas. "Não foi um processo rápido, e muitas pessoas estiveram envolvidas para desenvolver o CALMA e sensibilizar os professores e alunos sobre a importância dos primeiros socorros em casos de crise epiléptica", afirma.
"Quero conquistar tudo o que for possível"
Lucas comemora a oportunidade de conscientizar as pessoas de seu ciclo social sobre a epilepsia - assim, não serão pegos de surpresa quando alguém próximo precisar de ajuda. "Percebo que já melhorei bastante e hoje consigo falar abertamente sobre o assunto, reivindicar meus direitos e buscar formas de melhorar minha rotina", diz.
"Não é fácil, nunca foi e nem será. Lidar com a epilepsia é um mix de sensações e desejos que hoje são mais fáceis de acessar, pois tenho a ajuda da minha família, da universidade e do meu trabalho. Enquanto eu estiver bem, quero conquistar o que for possível", conta Lucas.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 24/11/23
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A REDAÇÃO
HGG realiza mutirão de cirurgias para controle de obesidade e diabetes
O Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) anunciou que irá realizar, neste sábado (25/11), um mutirão de cirurgias com objetivo de controlar a obesidade e o diabetes. As cirurgias devem começar por volta das 7h e serão realizadas por videolaparposcopia, uma prática menos invasiva.
O coordenador do serviço, médico Paulo Reis, explica que o foco são pacientes da unidade. “A cirurgia é indicada aos pacientes diabéticos que já estão inseridos no Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade (PCCO) do HGG, com tratamento totalmente realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Avaliamos a idade, peso, índice de massa corporal, comorbidades já existentes, histórico cardiovascular, além de hábitos alimentares e a realização de atividades físicas", pontua, ressaltando que o procedimento é seguro e eficaz.
Diferencial
Ainda segundo Paulo Reis, um dos diferenciais do Serviço de Cirurgia Metabólica do HGG é a dedicação em pesquisas. O médico teve o artigo científico “Bypass gástrico com pouch longo e bipartição de trânsito para acesso endoscópico ao estômago remanescente”, publicado pela editora Scientific Research Publishingt, no qual aborda um estudo sobre a utilização de uma técnica de cirurgia metabólica que mantém acesso endoscópico ao estômago remanescente do paciente.
“O procedimento consiste em mudar a “arquitetura” do trajeto gastrointestinal do paciente, que induz a liberação de hormônios chamados incretinas, que permitem o controle da glicose. Após a cirurgia é feita reavaliação do paciente, onde poderá ter suspenso o uso das medicações, inclusive da insulina. Antes da cirurgia também são realizados uma série de exames a fim de avaliar as chances de remissão da doença (cura). Alguns ficarão livres da insulina e de outros medicamentos para diabetes, outros conseguirão controlar a glicose, usando algum tipo de medicação, o que não era possível antes da cirurgia”, comenta.
Atualmente, a técnica citada no estudo é realizada no HGG. O médico Paulo Reis explica que a recuperação tem todo um processo e começa com uma dieta inicial para a adaptação à nova condição alimentar. “O paciente poderá voltar às suas atividades normais em torno de 20 a 30 dias. Caso haja uma remissão total da doença, o paciente poderá ter uma vida normal, inclusive se alimentando normalmente. Contudo, é importante lembrar que o paciente precisa manter bons hábitos, como alimentação equilibrada e atividade física”, adverte o médico. O coordenador do Serviço de Cirurgia Metabólica do HGG ressalta ainda que os resultados nos primeiros 18 meses após o procedimento cirúrgico são animadores. “Convidamos para participarem do estudo 12 pacientes entre 18 e 70 anos. Todos eles receberam informações completas sobre os procedimentos, riscos e benefícios. Grande maioria dos pacientes operados tiveram o controle da obesidade e do diabetes. E ainda teremos melhores resultados”, considerou.
Serviço
HGG realiza mutirão de cirurgias metabólicas em celebração ao Dia Mundial do Diabetes
Data: 25 de novembro
Horário: 7 horas
Local: Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG
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Unidades de saúde recebem goianienses para entrega de certificado de vacina
Objetivo é facilitar acesso ao documento | 24.11.23 - 00:01
(FOTO: DIVULGAÇÃO PREFEITURA DE GOIÂNIA)
A Redação
Goiânia - Com o objetivo de facilitar o acesso dos goianienses ao certificado de vacinação, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS realiza, neste sábado (25/11), uma força-tarefa.
O certificado passou a ser obrigatório no ato da matrícula e rematrícula de todos os alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, com até 18 anos. A medida vale para escolas municipais, estaduais e particulares a partir da publicação da Lei Estadual 22.243 de 28 de agosto de 2023
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), vai manter 12 unidades de saúde funcionando neste sábado (25/11), das 8h às 17h, para complementação da caderneta com vacinas de rotina e entrega do certificado para realização de matrícula nas redes de ensino públicas e particular.
A prefeitura quer facilitar o acesso de pais, responsáveis e alunos ao documento, que passou a ser exigência no ato da matrícula para todos os alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, até 18 anos, com a publicação da Lei Estadual 22.243 de 28 de agosto de 2023.
“Nos últimos dias temos notado um aumento significativo de pessoas indo até às unidades de saúde em busca da declaração. Por isso, vamos abrir 12 unidades neste sábado para atender esse público”, explica a diretora de Vigilância Epidemiológica, Marília Castro.
Marília acredita que na próxima semana a procura deve aumentar, já que o período de rematrículas das escolas municipais se encerra no dia 30 de novembro. “Lembrando que durante a semana temos 72 salas de vacinas em funcionamento, das 8h às 17h”, pontua.
O certificado está disponível no site ImunizaGyn da Prefeitura de Goiânia e poderá ser impresso antes de ser levado a uma unidade de saúde juntamente com o cartão ou caderneta de vacinas. No local, o profissional de saúde dará a conferência das doses e, se estiver tudo certo, ele atesta o certificado, caso contrário, a criança ou o adolescente poderá tomar as doses que estejam faltando”.
Marília explica que levar o documento já impresso vai agilizar bastante o atendimento. “As unidades também vão poder imprimir o certificado, mas se a pessoa já leva, facilitará o atendimento”, conclui.
No caso da falta de alguma vacina do calendário Nacional de Imunização da criança e do adolescente, vai ser inserido no documento a informação do desabastecimento como alerta para que os pais retornem em momento oportuno para administração da vacina. “A falta do imunizante não inviabiliza a matrícula”, explica a diretora.
Novidade
A partir deste sábado, Goiânia passa a ter quatro salas de vacinas funcionando nos finais de semana e feriados. Além do Centro Municipal de Vacinação (CMV), do Ciams Urias Magalhães e da UPA Dr Domingos Viggiano, a sala de vacinas do Ciams Novo Horizonte também estará aberta. O atendimento será sempre das 8h às 17h.
Confira as unidades que estarão abertas neste sábado (25/11):
- Centro de Saúde (CS) Cidade Jardim Michele Muniz do Carmo - Praça Abel Coimbra (ao lado do CSU, na antiga praça da Feira da Cidade Jardim), Setor Cidade Jardim
- CIAMS Urias Magalhães - Rua Guajajara, entre as ruas Caritos Madeiras e Paranaíba, s/n, Setor Urias Magalhães
- UPA Dr. Domingo Viggiano - Praça C-201, s/n, Setor Jardim América
- Centro Municipal de Vacinação e Orientação ao Viajante (CMV) - Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, s/n, Setor Pedro Ludovico
- UPA Dr Paulo Garcia de Siqueira - Rua DF-02 com Rua DF-18, Lote 14, Chácara do Governador
- USF Buena Vista - Rua João Amoreles, Qd. Apm II Lote Zero, Residencial Buena Vista I
- USF Eldorado Oeste - Rua Elo-22 Quadra 22 Lote 35, Parque Eldorado Oeste
- USF São Francisco - Avenida das Palmeiras, Quadra 89, Lote 10, Bairro São Francisco
- USF Jardim Curitiba I - Rua JC-22, Área Verde, Jardim Curitiba I
- USF Jardim Primavera - Rua CP – 38, Quadra 47, Lote 1 a 3, Jardim Primavera
- USF Vila Mutirão - Avenida do Povo, Quadra D, Vila Mutirão
- CS Novo Horizonte - Avenida Engenheiro José Martins, Quadra 55, s/n, Vila Novo Horizonte
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Goiás bate recorde histórico de doadores de órgãos
Goiás bateu o recorde histórico de doações de órgãos para a realização de transplantes. Os dados da gerência de transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) revelam que neste ano são 91 doadores. Até então, o maior número de doações havia sido registrado em 2018, com 89 doadores efetivados.
As duas últimas captações de órgãos foram na terça-feira (21/11). Ambas foram feitas em pessoas jovens, de 20 a 29 anos, que sofreram traumas em decorrência de acidentes e tiveram morte encefálica confirmada por meio de exames e protocolos clínicos. Uma das captações foi feita no Hospital Estadual do Centro Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, com a retirada de rins, fígado e córneas. O outro procedimento, realizado no Hospital Municipal de Rio Verde, no sudoeste goiano, possibilitou a retirada de rins e córneas.
Todos os órgãos captados na terça-feira foram destinados a pacientes de Goiás, que estão na lista única para a realização do procedimento. As captações foram bem-sucedidas graças ao apoio logístico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBPM) e do Serviço Aéreo do Estado de Goiás (Saeg), instituições que atuam em parceria com a SES-GO.
Em Goiás, 2.079 pessoas estão inscritas na lista de espera. Dessas, 475 aguardam por transplante de rim, 12 necessitam de transplante de fígado e 1.592 esperam pelo transplante de córnea. Apesar de comemorar o recorde de doações e o avanço na realização de todos os tipos de transplantes, o índice de recusa familiar ainda é muito alto no estado, de 64,7%.
Serviço
Dados gerais de doações (janeiro a outubro de 2023)
Doadores de órgãos: 84 (aumento de 40%)
Doadores de tecido ocular: 372 (aumento de 59,6%)
Recusa das famílias: 64,7% (68,6% em outubro de 2022)
Transplantes realizados
Córneas: 510 (aumento de 64,5%)
Medula óssea: 29 (aumento 31,8%)
Tecido músculo esquelético: 7
Rins: 120 (aumento de 34,8%)
Fígado: 7 (aumento de 16,6%)
Total: 673 (aumento de 55,9%)
Órgãos captados (janeiro a outubro de 2023)
Total: 226 (aumento de 41,25%)
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O GLOBO ONLINE
Morte súbita em jovens: por quê?
Por definição, a morte súbita é definida como a morte que ocorre até uma hora após o início dos sintomas, dentro de 24h da última vez que o paciente foi visto vivo em casos não testemunhados ou aqueles reanimados após parada cardíaca e que morrem durante a mesma internação hospitalar. Independentemente da definição, a morte súbita é um grande problema de saúde pública internacional, representando aproximadamente 15 a 20% de todas as mortes. Em jovens, é um tema complexo e multifacetado, que envolve múltiplas causas com abordagens distintas.
As causas mais comuns são as condições cardíacas, seguidas de aneurismas cerebrais, condições pulmonares, e distúrbios metabólicos ou genéticos. Há fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de morte súbita em jovens. Isso pode envolver aspectos genéticos, estilo de vida (como uso de substâncias ilícitas e de álcool, dieta inadequada, e exercício extenuante), e a presença de condições médicas preexistentes.
A morte súbita cardíaca (MSC) ocorre mais comumente em adultos mais velhos (acima de 35 anos) com doença cardíaca adquirida. Muitos desses pacientes têm histórico cardíaco conhecido, e enquanto sua morte súbita é súbita e inesperada, seu processo de doença subjacente forneceu o substrato para ela.
Em vários estudos, a incidência de MSC em jovens varia amplamente em razão das diferentes faixas etárias. Aproximadamente 19% das mortes súbitas em crianças entre 1 e 13 anos são de origem cardíaca, enquanto na faixa etária de 14 a 21 anos, 30% são cardíacas. Em até 33% dos casos de MSC, entre crianças e adultos, nenhuma causa específica de morte é identificada após um exame de autópsia. Uma causa definitiva de morte não pôde ser determinada em até 50% dos casos de MSC em mulheres de 35 a 44 anos.
A morte súbita em jovens, embora seja um evento raro, destaca a importância de entender e abordar as condições médicas subjacentes, promover a saúde cardiovascular e garantir que indivíduos sob risco recebam acompanhamento médico adequado.
A morte súbita causada por altas temperaturas é um fenômeno sério e potencialmente fatal, geralmente associado a ondas de calor extremas. Ela pode ocorrer quando o corpo é incapaz de regular sua temperatura de forma eficaz, levando a condições médicas graves como insolação e exaustão pelo calor. A insolação ocorre quando o corpo não consegue dissipar o calor eficientemente, podendo gerar danos aos órgãos vitais e, se não tratada rapidamente, pode ser fatal. Crianças pequenas e idosos são particularmente vulneráveis, pois têm maior dificuldade em regular a temperatura corporal. Doenças cardíacas, pulmonares, renais, diabetes e obesidade podem aumentar o risco.
Confusão, pele vermelha, quente e seca, pulso rápido e forte, dor de cabeça, náusea, desorientação ou perda de consciência são os sinais de alerta. Remover a pessoa do calor, resfriá-la (com banho frio ou compressas frias), hidratá-la e procurar atendimento médico imediatamente devem ser as medidas de emergência.
A autópsia em casos de morte por calor é importante para determinar a causa exata e entender as circunstâncias. A morte por calor deixa várias evidências fisiológicas e patológicas. Órgãos podem mostrar sinais de danos devido ao superaquecimento, como hemorragias, necrose ou edema (inchaço) observados no coração, cérebro, pulmões e nos rins.
As mudanças climáticas estão aumentando a frequência e intensidade das ondas de calor, tornando os eventos de morte súbita por altas temperaturas mais comuns. Isso requer medidas de adaptação e preparação, tanto a nível individual quanto comunitário, para proteger as populações mais vulneráveis.
A conscientização sobre os riscos, medidas preventivas e a capacidade de reconhecer e responder aos sinais de doenças relacionadas ao calor são essenciais para reduzir a mortalidade e proteger a saúde pública.
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METRÓPOLES
"Sua filha tem é dengo", disse médico a mãe de menina morta por dengue
Enquanto a Pietra Isaac, de 7 anos, era atendida em um hospital particular do Distrito Federal, o médico responsável pelo caso teria menosprezado o quadro de saúde da menina e dito a mãe da paciente que a criança tinha era "dengo".
Segundo Camila Isasc, mãe de Pietra, o profissional ressaltou que a criança estava "dengosa duas vezes", porque ela também foi diagnosticada com dengue. Para tratar a doença, ele indicou repouso em casa e a ingestão de líquidos. A garota acabou morrendo dois dias depois.
Para Camila, houve negligência por parte da equipe de saúde do hospital particular. A mulher decidiu, nesta quinta-feira (23/11), registrar um boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), que vai investigar o caso. As supostas falas do médico constam no documento.
Pietra havia sido levada para o Hospital Daher, no Lago Sul. Porém, o estado dela piorou, e a criança começou a vomitar sangue. Então, a família levou a menina para o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), mas ela morreu na última sexta-feira (17/11).
Voltar Progredir 0
O primeiro diagnóstico recebido por Pietra apontava para um quadro bronquite e virose, com receita de medicamentos para tratar sintomas respiratórios. No dia seguinte, a menina voltou ao Daher, porque teve uma piora na saúde.
Outra médica atendeu a paciente e afirmou que a criança estava, na verdade, com dengue. Em seguida, orientou que a família buscasse o Hmib, pois a unidade de saúde da rede pública é considerada referência para esse tipo de atendimento em crianças. No entanto, na troca de plantão, o médico citado avaliou Pietra, discordou da profissional anterior e disse que o tratamento poderia ser feito em casa, apenas com hidratação e descanso.
Com registros de vômito de sangue, febre alta e sem conseguir se alimentar, a mãe levou Pietra para o Hmib, onde a menina ficou internada na unidade de terapia intensiva (UTI) e precisou ser intubada.
"Foi um descaso, desumano. Você [fica] largado de qualquer jeito, implorando para tomar remédio, para ser internado. Um hospital que tem pediatria, mas não internação pediátrica? O que é isso? [São] despreparados. Se aconteceu com a minha, com quantos outros não aconteceu [também]?", questionou, em relação ao atendimento no Hospital Daher.
Morte por dengue é investigada
O Metrópoles tenta contato com o Hospital Daher desde o fim da tarde de quarta-feira (22/11), antes da primeira matéria sobre o caso ser publicada. No momento, a página voltada para imprensa estava fora do ar. A reportagem, então, enviou mensagens para os contatos indicados pelo próprio centro.
Na manhã de quinta-feira (23/11), novas tentativas de contato foram realizadas por meio do e-mail da área de comunicação do hospital. Nenhuma delas foi respondida.
O espaço aberto para qualquer eventual manifestação do Hospital Daher. As matérias serão atualizadas com a resposta.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que a paciente chegou ao Hmib em estado grave, na madrugada de quinta-feira (16/11), e que foi "prontamente atendida".
"Ela foi direto para a sala amarela, fez todos os procedimentos e exames, e foi regulada [internada] na UTI. Todo o atendimento foi realizado pela equipe, mas, diante da gravidade do quadro, ela veio a óbito no fim da tarde do mesmo dia. A Secretaria de Saúde informa, ainda, que um comitê investiga a causa da morte e tem prazo para divulgá-la. A pasta esclarece que deve informar o resultado nos próximos dias", concluiu a SES-DF.
Aniversário
Dois dias antes de morrer devido a complicações causadas por uma dengue hemorrágica, Pietra comemorou o aniversário de 7 anos no hospital. Camila Isaac relatou que a filha chegou a escrever em um diário o que queria de presente: "Melhorar logo".
Uma das lembranças marcantes ocorreu justamente no aniversário anterior de Pietra, quando a menina foi avisada de que teria uma comemoração mais simples. "Eu disse que faria uma festinha. Não seria nada grande. E ela disse: 'Está bom, mamãe. Não tem problema'. Eu falei para ela escolher alguns amiguinhos, enfeitei as mesas, pedi um bolo temático todo diferente, crepe. No fim, a Pietra virou pra mim e falou: 'Mãe, você disse que faria uma festinha, mas fez uma festona'. Tudo agradava a ela, até o [que era] pouco", relembra Camila.
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PORTAL AB NOTÍCIAS
Pai da medicina preventiva no Brasil é premiado na Grécia
Dr. Luís Carlos Silveira foi premiado, no dia 28 de outubro, como personalidade na medicina preventiva pelo Pioneer of Wellness (pioneiro de bem-estar) - concedido pela Seven Stars Luxury Hospitality and Lifestyle Awards, empresa líder de premiações na indústria de hospitalidade.
O especialista, e único brasileiro a figurar nesta lista, teve sua carreira dedicada à prevenção em saúde e personalização dos tratamentos, com uma visão 360 no indivíduo. Sua história na medicina preventiva iniciou na época da faculdade, na década de 1970, quando percebeu que alguns pacientes não precisavam estar internados se tivessem cuidados básicos com a saúde. Pensando em uma maneira de mudar esse cenário, sonhava em criar um método que auxiliasse as pessoas a prevenir doenças.
Dr. Luis Carlos já trabalhava na prevenção e mudança de hábitos há, pelo menos, 14 anos antes da Carta de Otawa (1986), que foi a primeira conferência internacional sobre promoção de saúde.
Pelo seu pioneirismo e contribuição na medicina preventiva do Brasil, em 2014 recebeu, através do diretor do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Brasil, o reconhecimento como um dos grandes nomes da medicina no Brasil, sendo pioneiro na prevenção. Esta homenagem é uma prova do seu profundo impacto na saúde e no bem-estar das mais de 65 mil pessoas, que foram submetidas diretamente ao método criado pelo médico, com resultados significativos.
O médico, que é fundador do Kurotel e do Método Kur, desenvolveu uma metodologia própria baseada em 5 pilares: água, movimento, alimento, relaxamento e equilíbrio, que mudou a perspectiva de tratamentos para o bem-estar. Visionário, Dr. Luís, há mais de 50 anos contribui para a saúde mundial e leva informação e conhecimento à população sobre como cuidar melhor da saúde, principalmente de maneira preventiva, visando uma vida melhor e mais longeva.
SOBRE O KUROTEL
Melhor saúde, mais vida. É com esta missão que o Kurotel - Centro Contemporâneo de Saúde e Bem-Estar - se firmou como referência nacional e internacional, e ganhou vários prêmios que dão aval ao seu trabalho desenvolvido desde 1982, na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul. Fundado pelo casal Dr. Luís Carlos e Neusa Silveira, o local se transformou em um dos mais renomados endereços do mundo para quem busca saúde, qualidade de vida, longevidade e bem-estar. Hoje atua com a primeira e segunda geração lado a lado, tendo a chancela do pioneirismo e vanguarda, sempre trazendo novidades em tratamentos. Atende aos diferentes objetivos dos clientes - emagrecimento, relax, detox, melhora da imunidade, fortalecimento pós-covid, etc. Contando com cerca de 150 funcionários para atendê-los, incluindo uma equipe médica extremamente qualificada e de diferentes especialidades. O Kurotel é membro do Healing Hotels of the World; é premiado como o "Melhor Centro Médico das Américas" pelo World Luxury Spa Award; e também creditado pela Wellness for Cancer como um dos mais completos centros de tratamento pós-câncer na área de Spas.
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PORTAL G1/GOIÁS
Dentistas suspeitos de atuar como médicos: 15 pacientes já denunciaram os profissionais
Dois dos quatro dentistas também são suspeitos de causar deformação em rostos de pacientes. Delegada fala sobre o risco desses profissionais fazerem tais procedimentos.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
Dentistas suspeitos de atuar como médicos: 15 pacientes já denunciaram os profissionais
Os quatro dentistas que são investigados por atuar como médicos para realizar procedimentos estéticos foram denunciados, ao todo, por 15 pacientes, segundo a Polícia Civil. Dois dos profissionais também são suspeitos de causar deformação em rostos de pacientes (veja abaixo).
"A investigação está em curso, nós temos um número inicial de pelo menos 15 pessoas, mas após a análise dos documentos esse número pode aumentar bastante", explicou a delegada Débora Melo.
"Tem um enorme risco, porque são pessoas que não fazem aquela análise de risco cirúrgico, não exigem exames laboratoriais. Coisas que deveriam ser analisadas antes de submeter alguém, um paciente, a uma cirurgia plástica", acrescentou.
O dado das denúncias foi informado pela delegada Débora Melo à TV Anhanguera na quarta-feira (22). O g1 entrou em contato com a polícia para uma atualização desse número e para obter mais detalhes sobre cada denúncia, mas não obteve retorno até a última atualização deste texto.
À reportagem, escritório Canedo e Mansur, que representa os profissionais Ana Clara Franco, Hellen Kacia Matias da Silva e Humberto Lino de Andrade, informou que eles “não possuem ligação direta com os fatos expostos” pelo CRO, pela Polícia Civil e pelo TJ. A defesa ainda ressaltou que somente um dos investigados “responde por processo de lesão corporal ao passo que os demais não possuem qualquer processo nesta seara, estando, inclusive, com a inscrição ativa junto ao conselho regional de Goiás.”
“Da mesma forma, não há qualquer reclamação ou processo evolvendo sequer os pacientes destes profissionais subscritores ao longo de seus anos de carreiras, como bem pode ser pesquisado”, completou na nota a defesa. O g1 entrou em contato com a defesa de Igor Leonardo Soares Nascimento para pedir um posicionamento sobre as denúncias, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Veja abaixo quem são:
Ana Clara Franco: já teve o registro suspenso cautelarmente pelo CRO-GO, por realizar procedimentos estéticos não autorizados. Possui dois processos éticos ativos, além de duas investigações junto ao Ministério Público de Goiás, por exercício ilegal da profissão de médico.
Igor Leonardo Soares Nascimento: está suspenso da profissão por decisão da Justiça desde 16 de maio de 2023. Em reportagem, a paciente Elielma Carvalho, que teve o nariz deformado após um procedimento estético executado por ele, o denunciou.
Hellen Matias: foi condenada em processo de indenização por ter causado danos a pacientes (deformação no nariz), após exercer prática proibida a dentistas. Já foi suspensa cautelarmente pelo CRO-GO e possui cinco processos éticos em andamento. Nas redes sociais, Hellen afirma ter criado um método que, na prática, é uma plástica exclusiva da medicina.
Humberto Lino de Andrade: responde a processo judicial (TJ-GO) pelo exercício ilegal da medicina. Possui investigações em andamento no Ministério Público de Goiás referentes ao exercício ilegal da medicina. Já teve registro suspenso cautelarmente.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO) informou que foi "oficiado pela Polícia Civil de Goiás e prestou esclarecimentos sobre os limites de atuação dos cirurgiões-dentistas"(veja nota na íntegra ao final do texto).
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, os dentistas realizavam procedimentos estéticos, autorizados apenas para médicos. Inclusive, dois deles são alvos de processo por pacientes que tiveram complicações e sequelas.
Entre os procedimentos realizados pelos profissionais estão a Alectomia (procedimento que realiza a redução da asa nasal), Blefaroplastia (procedimento cirúrgico para retirada do excesso de pele da região das pálpebras) e a Rinoplastia (procedimento para reduzir o tamanho, formato ou aspecto do nariz).
Antes mesmo da ação policial de quarta-feira, todos os dentistas investigados já tinham os registros profissionais suspensos de forma cautelar, alguns pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO) e outros por determinação de Justiça. Entretanto, conforme o documento obtido pela reportagem, continuaram exercendo a profissão e divulgando os serviços em perfis de redes sociais, que foram retirados do ar por determinação judicial.
Procedimentos que não podem ser realizados por dentistas
De acordo com o regulamento do Conselho Federal de Odontologia (CFO), cirurgiões dentistas podem realizar procedimentos estéticos, desde que não extrapolem sua área anatômica de atuação, que vai da garganta até o limite superior nasal, entre as sobrancelhas, e limita-se na região da entrada do canal auditivo.
Por isso, conforme a Resolução 230/2020, editada em 2020, é vedado aos profissionais dentistas a realização de procedimentos cirúrgicos na face, tais como: alectomia; blefaroplastia; cirurgia de castanares ou lifting de sobrancelhas; otoplastia; rinoplastia; e ritidoplastia ou face lifting.
Também está fora da área de atuação dos profissionais a realização de procedimentos como a micropigmentação de sobrancelhas e lábios; maquiagem definitiva; design de sobrancelhas; remoção de tatuagens faciais e de pescoço; rejuvenescimento de colo e mãos; e tratamento de calvície e outras aplicações capilares.
Elielma Carvalho, paciente de um dos dentistas, perdeu parte do nariz depois de uma cirurgia de afinamento, em junho de 2020. Desde então ela precisa usar um alargador nas narinas para conseguir respirar, já fez 17 cirurgias reparadoras e ainda aguarda justiça.
Nota íntegra CRO-GO
"O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CROGO) informa que foi oficiado pela Polícia Civil de Goiás e prestou esclarecimentos sobre os limites de atuação dos cirurgiões-dentistas. No entanto, não tem informações sobre a operação policial realizada nesta quarta-feira (22/11/2023).
Diretoria do CROGO 22 de novembro de 2023"
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 23/11/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Nova lista de exames para diagnósticos essenciais é publicada pela OMS
Quatro dentistas são suspeitos por deformar rostos de pacientes na Grande Goiânia
Veja quem são os dentistas investigados por atuar como médicos; dois são suspeitos de deformar rostos de pacientes
Trabalho em feriados: entenda as novas regras previstas para mercados, varejistas e farmácias
SP tem quatro casos de dengue tipo 3, sem circulação há 15 anos
Surto de pneumonia desconhecida lota hospitais na China
DIÁRIO DA MANHÃ
MEDICINA S/A
Nova lista de exames para diagnósticos essenciais é publicada pela OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a Lista de Diagnósticos Essenciais (EDL) de 2023, com exames laboratoriais considerados essenciais para identificar e diagnosticar diversas condições de saúde, baseados em evidências científicas. A recomendação é que ela seja usada como um guia para os países escolherem os melhores testes de diagnósticos in vitro (DIV). O objetivo é garantir que os sistemas de saúde em todo o mundo tenham acesso aos exames mais eficazes e atualizados para melhorar o diagnóstico precoce e o tratamento de várias doenças.
Este ano, a lista apresenta duas novidades. Uma delas é a inclusão de três novos testes para o Vírus da Hepatite E (HEV), incluindo um teste rápido, visando facilitar o diagnóstico e a vigilância da infecção por HEV. A hepatite E, que ocorre globalmente em casos esporádicos, pode levar a complicações graves, sendo a inclusão vital para a gestão eficaz de surtos, especialmente dada à subnotificação dessa infecção. De acordo com o Ministério da Saúde, de 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil.
A segunda é a recomendação para incluir dispositivos de monitoramento de glicose de uso pessoal juntamente com as orientações médicas existentes para diabetes. Esta sugestão visa aprimorar o gerenciamento da doença e reduzir resultados negativos, considerando que a diabetes é uma doença crônica que causou 1,5 milhão de mortes no mundo em 2019, segundo a OMS, com maior impacto nos países de rendimento médio-baixo. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem, no Brasil, mais de 16,8 milhões de adultos (20 a 79 anos) com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. O país ocupa a quinta colocação em número de casos no mundo.
Além dessas atualizações, o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Diagnóstico In Vitro da OMS (SAGE IVD) revisou 12 solicitações para a EDL de 2023, recomendando a inclusão de oito novos DIVs e modificações em testes já listados, abrangendo condições como tuberculose, HIV e diabetes melito.
Outros testes recentemente incorporados à lista abrangem distúrbios endócrinos, saúde reprodutiva, materna e neonatal, e saúde cardiovascular, proporcionando uma abordagem abrangente para diagnósticos in vitro.
"Essa publicação da OMS evidencia o reconhecimento do valor dos exames laboratoriais para os sistemas de saúde, seja para o diagnóstico precoce, seja para o gerenciamento de doenças crônicas", salienta Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.
Segundo ele, a inclusão de novos testes na lista não apenas reflete a evolução constante da medicina diagnóstica, mas também reforça a importância de fornecer ferramentas atualizadas e eficazes para a identificação precoce e o manejo adequado de condições de saúde críticas. "A Abramed está atenta a esses avanços e continuará colaborando ativamente com os órgãos reguladores e instituições do setor para garantir que as inovações em diagnóstico beneficiem a população brasileira", completa.
Orientação
A Lista de Diagnósticos Essenciais, atualizada a cada dois anos, não impõe prescrições, mas visa apoiar os países na melhoria do acesso aos diagnósticos in vitro, fornecendo um quadro político para decisões informadas nas Listas de Diagnósticos Essenciais nacionais. Com a recente resolução 76.5 da Assembleia Mundial da Saúde (WHA) incentivando o fortalecimento da capacidade de diagnóstico, os Estados-Membros são instados a considerar estratégias nacionais de diagnóstico, alinhadas com a lista modelo da OMS.
A OMS aconselha e apoia países em todo o mundo na elaboração de suas Listas de Diagnósticos Essenciais, através de webinars, workshops e assistência direta. A lista, além de orientar as políticas nacionais de diagnóstico, fornece diretrizes para priorizar os DIVs em diferentes níveis do sistema de saúde, informando também agências da ONU, organizações não governamentais e setores privados sobre as necessidades prioritárias para enfrentar desafios globais de saúde.
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TV ANHANGUERA
Quatro dentistas são suspeitos por deformar rostos de pacientes na Grande Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/12136160/
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PORTAL G1
Veja quem são os dentistas investigados por atuar como médicos; dois são suspeitos de deformar rostos de pacientes
Igor Leonardo Soares Nascimento, Hellen Kacia Matias da Silva, Ana Clara Franco e Humberto Lino de Andrade estão com os registros suspensos. Os quatro foram alvos de busca e apreensão na manhã de quarta-feira.
Por Samantha Souza, g1 Goiás
Quatro dentistas são investigados por atuar como médicos para realizar procedimentos estéticos, na Grande Goiânia. Dois dos profissionais também são suspeitos de causar deformação em rostos de pacientes (veja abaixo). A Polícia Civil cumpriu mandados contra os profissionais na manhã desta quarta-feira (22).
O g1 tentou contato por ligações e mensagens de texto com as defesas dos investigados, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem. Veja abaixo quem são:
Um documento que a reportagem teve acesso aponta que:
Ana Clara Franco: já teve o registro suspenso cautelarmente pelo CRO-GO, por realizar procedimentos estéticos não autorizados. Possui dois processos éticos ativos, além de duas investigações junto ao Ministério Público de Goiás, por exercício ilegal da profissão de médico.
Igor Leonardo Soares Nascimento: está suspenso da profissão por decisão da Justiça desde 16 de maio de 2023. Em reportagem, a paciente Elielma Carvalho, que teve o nariz deformado após um procedimento estético executado por ele, o denunciou.
Hellen Matias: foi condenada em processo de indenização por ter causado danos a pacientes (deformação no nariz), após exercer prática proibida a cirurgiões-dentistas. Já foi suspensa cautelarmente pelo CRO-GO e possui, 5 processos éticos em andamento. Nas redes sociais, Hellen afirma ter criado um método que, na prática é uma plástica exclusiva da medicina.
Humberto Lino de Andrade: responde a processo judicial (TJ-GO) pelo exercício ilegal da medicina. Possui investigações em andamento no Ministério Público de Goiás referentes ao exercício ilegal da medicina. Já teve registro suspenso cautelarmente.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO) informou que foi "oficiado pela Polícia Civil de Goiás e prestou esclarecimentos sobre os limites de atuação dos cirurgiões-dentistas"(veja nota na íntegra ao final do texto).
Investigação
De acordo com a Polícia Civil (PC), os dentistas realizavam procedimentos estéticos, autorizados apenas para médicos. Inclusive, dois deles são alvos de processo por pacientes que tiveram complicações e sequelas.
Entre os procedimentos realizados pelos profissionais estão a Alectomia (procedimento que realiza a redução da asa nasal), Blefaroplastia (procedimento cirúrgico para retirada do excesso de pele da região das pálpebras) e a Rinoplastia (procedimento para reduzir o tamanho, formato ou aspecto do nariz).
Antes mesmo da ação policial desta quarta, todos os dentistas investigados já tinham os registros profissionais suspensos de forma cautelar, alguns pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO) e outros por determinação de Justiça. Entretanto, conforme o documento obtido pela reportagem, continuaram exercendo a profissão e divulgando os serviços em perfis de redes sociais, que foram retirados do ar por determinação judicial.
Procedimentos que não podem ser realizados por cirugiões-dentistas
De acordo com o regulamento do Conselho Federal de Odontologia (CFO), cirurgiões dentistas podem realizar procedimentos estéticos, desde que não extrapole sua área anatômica de atuação, que vai da garganta até o limite superior nasal, entre as sobrancelhas e limita-se, na região da entrada do canal auditivo.
Por isso, conforme a Resolução 230/2020, editada em 2020, é vedado aos profissionais dentistas a realização de procedimentos cirúrgicos na face, tais como: Alectomia; Blefaroplastia; cirurgia de castanares ou lifting de sobrancelhas; Otoplastia; Rinoplastia; e Ritidoplastia ou Face Lifting.
Também está fora da área de atuação dos profissionais a realização de procedimentos como a micropigmentação de sobrancelhas e lábios; maquiagem definitiva; design de sobrancelhas; remoção de tatuagens faciais e de pescoço; rejuvenescimento de colo e mãos; e tratamento de calvície e outras aplicações capilares.
Nota íntegra CRO-GO
"O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CROGO) informa que foi oficiado pela Polícia Civil de Goiás e prestou esclarecimentos sobre os limites de atuação dos cirurgiões-dentistas. No entanto, não tem informações sobre a operação policial realizada nesta quarta-feira (22/11/2023).
Diretoria do CROGO 22 de novembro de 2023"
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Trabalho em feriados: entenda as novas regras previstas para mercados, varejistas e farmácias
Lei não proíbe o serviço nesses dias, mas determina a necessidade de convenção coletiva para os estabelecimentos funcionarem; medida deve entrar em vigor em março de 2024.
O governo federal vai voltar a exigir algumas medidas para permitir o trabalho em feriados em diversos segmentos do comércio. A previsão é de que as novas regras passem a valer em março de 2024.
A discussão veio à tona no último dia 14, quando o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revogou trechos de uma portaria publicada em 2021 sobre o assunto, deixando em vigor novamente as regras de uma lei dos anos 2000.
A Lei 10.101/2000 determina que:
É permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal;
No caso dos domingos, o trabalho também fica autorizado nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal.
Na portaria de 2021, nos dois casos, o governo não citava a necessidade de convenção coletiva nem de observar a lei municipal. Bastava comunicação do empregador de que o estabelecimento abriria normalmente e a escala de trabalho (respeitando os direitos de folga).
CLIPPING AHPACEG 22/11/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Estado e municípios realizam mais de 331 mil cirurgias em 2023
Vereador cobra andamento das reformas do Ciams do Setor Pedro Ludovico
Caneta inteligente e algoritmo fuzzy OPF revolucionam diagnósticos médicos
Com fome, homem invade hospital e dorme em refeitório em Ceres
Médicos anunciam greve na maternidade Célia Câmara, em Goiânia
Fraudes e desperdícios em planos de saúde chegam a R$ 34 bilhões
Maioria dos médicos brasileiros enfrentam o Burnout
De dor no olho à perda da visão: saiba quais são os primeiros sinais de câncer ocular
Mais Médicos retorna no governo Lula com recorde de inscritos e mudança de perfil
TST apresentará nova proposta sobre piso da enfermagem neste mês
Envelhecimento ameaça convênios tradicionais e abre caminho para alta das clínicas low cost
O HOJE
Estado e municípios realizam mais de 331 mil cirurgias em 2023
Fila para cirurgias eletivas teve redução de 54%
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), e os municípios goianos, realizaram 331,5 mil cirurgias de janeiro a outubro deste ano. O aumento da produção nos hospitais estaduais nas urgências e nos procedimentos programados promoveram redução de 54% na fila de cirurgias eletivas. Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde, até 31 de outubro deste ano, o estado já atendeu 80,3 mil pacientes dos 125,8 mil que aguardavam por um procedimento cirúrgico em dezembro de 2022.
Para atingir esses números, Goiás trabalhou com o sistema Regnet Filas, criado pela SES-GO e escolhido pelo Ministério da Saúde (MS) como projeto piloto para o país. A ferramenta organizou uma fila unificada com os municípios e ofereceu um retrato fidedigno quanto ao total de pacientes em espera. “O governo estadual aportou o mesmo volume de recursos do governo federal para complemento da tabela SUS, além de garantir o custeio mensal dos hospitais estaduais para avançar nessas cirurgias”, afirma o secretário da Saúde, Sérgio Vencio, ao ressaltar que até 13 de novembro a fila de espera contava com 58.490 pacientes.
Desde o lançamento do Programa Nacional de Redução de Filas (PRNF), pelo governo federal, os procedimentos cirúrgicos eletivos foram ampliados por 40 municípios goianos, em parceria com hospitais privados. Goiás aparece, até o mês de agosto, como o sétimo estado no ranking nacional de cirurgias eletivas realizadas. Dos R$ 20 milhões garantidos pelo MS, mais de R$ 17,1 milhões já foram repassados aos municípios goianos.
Identificar pacientes
Goiás tem sido parceiro na organização das filas e também na qualificação de profissionais dos municípios. “Já fizemos mais de dez capacitações, além de apresentar em todos os Grupos de Trabalhos (GTs) e reuniões da Comissão Intergestores Bipartites (CIBs), os status do programa desde abril. Também apresentamos aos gestores como está o andamento do plano, quais são os números e indicadores que acompanhamos, e capacitamos as regionais de saúde para auxiliarem os municípios executantes a utilizarem o Regnet Filas. Enfim, trabalhamos de forma conjunta em busca dos melhores resultados para a população goiana até o final de dezembro, quando termina a primeira etapa do programa federal”, destaca o secretário.
Um dos grandes desafios identificados durante a execução do programa foi a localização do paciente, pois a maioria dos dados enviados ao sistema Regnet Filas são de bancos de dados dos municípios. Parte dos cadastros estão incompletos, outros mudaram de endereço e/ou de telefone, o que implica esforço ainda maior para localizar esses pacientes. Diante desse quadro, a SES iniciou o envio de 26.620 mensagens curtas (SMS) para 17.024 pacientes que aguardam cirurgia. Os SMS são enviados aos pacientes com celular cadastrado no CadSUS Simplificado Multiplataforma, Cadastro Único (CadÚnico) ou no sistema de regulação do Estado. A ação visa dar mais celeridade à fila, a partir de informação do próprio usuário, evitando eventuais agendamentos de consultas, exames ou mesmo cirurgia para o paciente que não precisa mais desses procedimentos.
Municípios zero fila
Dos 40 municípios apresentados como executantes do programa 12 não haviam feito nem 1% das cirurgias programadas, até outubro. Por outro lado, há municípios, como Aparecida de Goiânia, que já superaram a meta em 100%. “Municípios que tenham esgotado sua meta vão continuar operando pacientes enviados pelo Complexo Regulador. Recebemos do MS a garantia de mais verba para esses municípios continuarem executando as eletivas, o que tem acontecido”, diz Sérgio Vencio.
De janeiro a outubro deste ano, a soma dos procedimentos eletivos com as cirurgias de urgências chega a 154.647. Da mesma forma, foram realizadas 176.848 cirurgias ambulatoriais e, portanto, ao todo, Goiás e municípios somam 331.495 procedimentos cirúrgicos desde os de média e alta complexidade e de urgência, como os pequenos procedimentos.
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Vereador cobra andamento das reformas do Ciams do Setor Pedro Ludovico
A obra do CIAMS ficou dois anos paralisadas
O vereador Paulo Magalhães (UB), cobrou o posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) sobre o retorno e a conclusão das obras para reforma e ampliação do Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (CIAMS), do Setor Pedro Ludovico. Até o momento o local encontra-se fechado e sem atendimento para população.
A obra do CIAMS ficou dois anos paralisadas, e foram retomadas no dia 5 de janeiro de 2023, prazo previsto de 180 dias para conclusão. Porém a empresa RT Ambiental, responsável pela reforma, descumpriu os prazos e planos de execução e as obras foram paralisadas novamente.
Em conversa do vereador juntamente com e o secretário de Saúde, Wilson Pollara, a prefeitura de Goiânia iniciou o processo de distrato com a empresa RT Ambiental.
Segundo a Secretaria Saúde, as obras serão retomadas após a prefeitura de e Goiânia concluir o processo de distrato e realizar a licitação para contratação da nova empresa para que as obras possam ser concluídas.
Esta não é a primeira vez que o vereador Paulo Magalhães cobra andamento das obras no CIAMS, ele já destinou quase R$ 800 mil em emendas impositivas para a unidade de saúde. “Desde o início tenho me empenhado e lutado pela conclusão da obra do CIAMS do SPL. Sabemos o quanto essa obra vai beneficiar os moradores do setor Pedro Ludovico e região”, frisou o vereador.
Em nota ao jornal O Hoje, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que está atualmente conduzindo uma avaliação abrangente das atividades realizadas até o momento e das tarefas pendentes em relação às três unidades em questão. No entanto, a secretaria destaca que todas as etapas referentes à construção ou demolição de paredes, aplicação de chapisco e instalações elétricas já foram devidamente concluídas.
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Caneta inteligente e algoritmo fuzzy OPF revolucionam diagnósticos médicos
Pesquisas lideradas pela UFC desenvolvem ferramentas acessíveis e eficazes para diagnósticos ágeis de doenças neurodegenerativas
Nos últimos 25 anos, a incidência global da doença de Parkinson duplicou, afetando mais de 8,5 milhões de pessoas em 2019, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A busca por métodos inovadores de detecção precoce tornou-se importante, e dois estudos liderados pelo Prof. Victor Hugo Costa de Albuquerque, do Departamento de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará, apresentam uma solução computacional promissora.
O estudo inaugural resultou na criação de uma “caneta inteligente” em colaboração com a Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Este dispositivo, acoplado a uma caneta convencional, analisa os movimentos durante o teste de diadococinesia em papel, uma avaliação reconhecida na comunidade médica. Embora os resultados tenham sido bons, uma segunda pesquisa foi realizada para aprimorar ainda mais a eficácia do diagnóstico.
O novo algoritmo, conhecido como Floresta de Caminho Ótimo Fuzzy (Fuzzy OPF), foi implementado em conjunto com a caneta inteligente. Desenvolvido pelo Prof. Victor Hugo, este algoritmo revelou-se uma ferramenta robusta na classificação de dados complexos, frequentemente superando os algoritmos convencionais. Os resultados dessa pesquisa foram publicados na revista internacional Computers in Biology and Medicine.
A caneta inteligente, de custo acessível e implementação descomplicada, proporciona uma solução economicamente viável para regiões com restrições em serviços médicos. Adicionalmente, a capacidade de realizar análises pela Internet amplia a abrangência do diagnóstico, assegurando tratamento de qualidade mesmo em localidades remotas. Dada a importância da detecção precoce, especialmente considerando que os sintomas mais evidentes da doença frequentemente se manifestam nos estágios finais.
Apesar dos progressos, os pesquisadores enfrentam desafios financeiros na continuidade da pesquisa. O Prof. Victor Hugo enfatiza a importância do suporte financeiro para avançar para os próximos estágios, como a criação de uma plataforma web para tornar o uso do Fuzzy OPF mais acessível aos profissionais médicos.
De acordo com o pesquisador, o Fuzzy OPF transcende a detecção do Parkinson, apresentando potenciais aplicações na identificação de diversas condições de saúde, como câncer de mama e pele. Esse algoritmo se revela uma ferramenta versátil que, embora não substitua a perícia médica, proporciona um suporte para diagnósticos ágeis e precisos.
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MAIS GOIÁS
Com fome, homem invade hospital e dorme em refeitório em Ceres
Com ele, os policiais encontraram um isqueiro, um cachimbo artesanal, uma Bíblia e um pacote de bombril
Um homem, de 34 anos, foi preso após invadir um hospital localizado em Ceres, na região central de Goiás. Ele teria preparado refeições e dormido no refeitório da unidade de saúde.
Segundo informações da Polícia Militar, os seguranças do hospital acionaram os policiais após perceberem a invasão. O refeitório, que fica em prédio anexo, estava com o vidro quebrado. Os funcionários então notaram a presença do homem dormindo.
Com ele, os policiais encontraram um isqueiro, um cachimbo artesanal, uma Bíblia e um pacote de bombril.
Ele confessou ter invadido o local devido à fome, alegando ser morador de rua e usuário de drogas.
Devido à situação, o homem foi levado à Unidade de Pronto Atendimento. Depois ele foi da avaliação médica, ele foi conduzido à delegacia de Polícia Civil de Ceres.
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Médicos anunciam greve na maternidade Célia Câmara, em Goiânia
Segundo o sindicato, a paralisação acontecerá caso não ocorra o pagamento das remunerações devidas aos médicos
O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) anunciou, na manhã desta terça-feira (21), paralisação nos atendimentos dos serviços médicos no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), em Goiânia. A medida se inicia às 7h de quarta-feira (22).
Os atendimentos classificados como de urgência e emergência serão mantidos.
Segundo o sindicato, a paralisação acontecerá caso não ocorra o pagamento das remunerações devidas aos médicos, correspondente ao mês de setembro de 2023, até esta terça-feira.
A medida foi deliberada por unanimidade de votos em Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada dia 14 de novembro, já que os gestores responsáveis pela Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara — a saber, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (FUNDAHC), e empresas terceirizadas — não atenderam integralmente às pautas de reivindicações apresentadas pelos médicos.
O sindicato afirma que os atendimentos somente serão retomados após a contemplação integral das reivindicações dos médicos que atuam na unidade.
Através de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) esclarece que o repasse de recursos para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundach) vem ocorrendo regularmente, conforme cronograma acordado com a fundação.
Segundo a pasta, no mês de novembro, foram depositados para a fundação um total de R$ R$ 8.330.236,52, novo repasse já foi programado e será efetuado ainda esta semana.
“A secretaria reforça que tem mantido diálogo constante com a diretoria da Fundach e que a revisão dos contratos pactuados continua sendo realizada”, conclui a nota.
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BNEWS
Fraudes e desperdícios em planos de saúde chegam a R$ 34 bilhões
De acordo com o blog da jornalista Miriam Leitão no portal O Globo, o estudo apontou que as fraudes mais comuns, no período pós-pandemia, envolvem reembolsos com práticas como recibos superfaturados, tratamentos estéticos declarados como procedimentos médicos e clínicas de fachada.
A conta é paga pelos 50,9 milhões de usuários de planos de saúde, já que o setor funciona em sistema de mutualismo, que prevê o rateio das despesas entre os beneficiários daquele grupo.
Para combater o problema, as empresas do setor têm travado uma cruzada contra fraudes e desperdícios. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) contabilizava 135 inquéritos policiais abertos para apurar fraudes contra três das cinco maiores operadoras de planos de saúde do país em 12 meses fechados em junho.
O estudo da EY também defende que sejam feitas alterações na lei de planos de saúde para tipificar as fraudes do setor como crime.
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PORTAL TERRA
Maioria dos médicos brasileiros enfrentam o Burnout
A intensa rotina enfrentada pelos médicos emerge como uma preocupação crescente, com implicações sérias para a saúde mental da classe. A carga horária extenuante, muitas vezes ultrapassando os limites recomendados, tem sido associada ao surgimento da Síndrome de Burnout, um flagelo silencioso nos corredores da medicina.
Prova disso é a pesquisa Saúde Mental do Médico, realizada pelo Research Center da Afya. Conforme apurado, 62% desses profissionais desenvolveram um quadro diagnosticado ou sintomático de Síndrome de Burnout ao longo de suas carreiras. Isso quer dizer que 2 a cada 3 médicos vivem esse problema. O estudo ainda revela que 47% já enfrentaram diagnóstico de transtorno de ansiedade e, 46%, de depressão.
Com a saúde mental em pauta, surge a busca dos porquês que tornam os médicos estatísticas do Burnout. Para o advogado Thayan Fernando Ferreira, especialista em direito de saúde e direito público, membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, muito disso está atribuído à intensa rotina.
"Com jornadas que frequentemente ultrapassam as 60 horas semanais, os médicos enfrentam desafios únicos, lidando com pressões emocionais e físicas constantes. A Síndrome de Burnout, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal, torna-se uma realidade palpável diante dessa carga laboral extrema", discursa o advogado.
Thayan ainda explica que estes profissionais são amparados por leis, mas que a justiça não é o sistema de saúde. "Apesar dos avanços, as leis que asseguram a saúde mental dos médicos variam. Algumas jurisdições têm implementado regulamentações mais rígidas sobre limites de horas trabalhadas, enquanto outras ainda carecem de proteções eficazes. Ter leis para proteger esses profissionais é importante, mas vale salientar que lei não é saúde", argumenta.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout envolve nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas. O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes, podem indicar o início da doença. Especialistas defendem que esses sintomas aparecem normalmente de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro.
"É imperativo que se promova um diálogo contínuo sobre a importância da saúde mental na profissão médica. Iniciativas que visem reduzir a carga horária excessiva, fornecer apoio psicológico e garantir ambientes de trabalho saudáveis são fundamentais. Somente assim, podemos aspirar a uma prática médica sustentável, que preserva tanto a saúde dos pacientes quanto a dos médicos que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros", finaliza Thayan.
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O GLOBO
De dor no olho à perda da visão: saiba quais são os primeiros sinais de câncer ocular
O câncer pode afetar várias partes do corpo, mas ainda assim é comum esquecer que a doença também atinge os olhos. Embora muito raro, o risco aumenta à medida que a pessoa envelhece, conforme o Cancer Research UK (CRUK), a maior organização independente de pesquisa sobre câncer do mundo.
De acordo com a instituição, quase 25% das pessoas diagnosticadas com câncer ocular têm 75 anos ou mais. A exceção a isso é um tipo chamado retinoblastoma, que geralmente afeta crianças com menos de 5 anos. Apenas neste último tipo da doença, há cerca de 400 casos diagnosticados no Brasil por ano, segundo o Ministério da Saúde.
O câncer ocular pode surgir tanto dentro quanto fora do olho, bem como nas pálpebras, e as pessoas que sofrem com a doença nem sempre sentirão sinais óbvios. Na verdade, o câncer ocular é mais frequentemente identificado em exames oftalmológicos de rotina. Apesar disso, existem alguns sintomas possíveis de perceber por conta própria:
Protuberância de um olho;Perda completa ou parcial da visão;Dor no ou ao redor do olho;Um caroço pálido elevado na superfície do olho - seja na membrana fina e transparente que protege a parte branca dentro das pálpebras (conjuntiva), ou na parte transparente que cobre sua pupila (córnea);Visão turva;Mudança na aparência do olho;Caroço nas pálpebras ou ao redor do olho;Ver pontos ou flashes de luz ou linhas onduladas, frequentemente conhecidos como pontos flutuantes, na frente dos seus olhos;Perda da visão periférica - você consegue ver o que está à sua frente com clareza, mas não o que está ao lado;Um ponto escuro na parte colorida do olho - a íris - que está aumentando;Irritação nos olhos, olho vermelho ou conjuntivite crônica. A conjuntivite pode dar uma tonalidade rosa ou vermelha aos seus olhos, causar inchaço, tornar seu olho lacrimejante ou com coceira e dar a sensação persistente de que há algo nele. Normalmente, melhora por conta própria, mas você deve procurar um médico se ainda apresentar sintomas após duas semanas.
Quando devo procurar um médico? Como o câncer ocular é raro, é provável que condições oculares além do câncer possam ser a causa dos sintomas acima. Mas ainda assim vale a pena investigar, então você deve informar seu médico de família ou um oftalmologista sobre eles. Quanto mais cedo identificar o câncer ocular, mais fácil será tratá-lo.
O CRUK recomenda anotar seus sintomas, quando começaram e com que frequência você os tem. Também sugere observar qualquer coisa que piore ou melhore seus sintomas.
Como proteger os seus olhos Existem alguns fatores que podem aumentar seu risco de câncer ocular, de acordo com o CRUK. Ter olhos azuis, cinzas ou verdes pode significar que você está mais em risco de desenvolver melanoma ocular, disse a instituição. Ter um grande número de pintas também pode aumentar seu risco, acrescentou.
Enquanto isso, a exposição à radiação ultravioleta artificial - emitida em camas de bronzeamento - pode aumentar nosso risco de melanoma ocular, bem como carcinoma de células escamosas do olho. E o vírus do papiloma humano (HPV) - mais conhecido por causar câncer cervical - pode causar carcinoma de células escamosas do olho em combinação com outros fatores.
A Skin Cancer Foundation sugeriu uma série de coisas simples que você pode fazer para proteger seus olhos.
Use óculos de sol o ano todo sempre que estiver ao sol - escolha um par que bloqueie de 99 a 100% tanto da luz UVA quanto UVB;Use um chapéu com aba de pelo menos 7 cm para proteger seu rosto e olhos;Aplique protetor solar - inclusive no inverno.
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FOLHA.COM
Mais Médicos retorna no governo Lula com recorde de inscritos e mudança de perfil
O perfil do Mais Médico mudou. No ano que completou dez anos, o programa federal retornou no governo Lula com recorde de inscritos, idade média mais elevada e o Paraguai na liderança do ranking de formação dos profissionais. Os brasileiros também passaram a ser os mais numerosos.
Para ingressar no programa, que atualmente conta com 18,5 mil médicos, os inscritos participam de imersão presencial e obrigatória, o MAAv (Módulo de Acolhimento e Avaliação de Médicos), e ao final de 30 dias estão sujeitos a prova para aprovação definitiva.
No edital mais recente, 3.436 médicos iniciaram o curso em 6 de novembro. Essa é a a maior turma já reunida pela iniciativa, segundo o Ministério da Saúde. Nesse período serão abordadas questões relacionadas à atenção primária, ética médica e doenças comuns, como diabetes, câncer, tuberculose, pré-natal, além do funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde).
O grupo é composto por médicos intercambistas, brasileiros ou estrangeiros formados no exterior. As aulas, com duração total de 160 horas, ocorrem simultaneamente em São Paulo (SP), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG), em uma parceria dos ministérios da Saúde e Educação com universidades.
"Um ponto importante é a diversificação do perfil dos médicos, incluindo muitos que já tinham experiência em outras áreas da saúde antes da medicina. A idade média [36 anos], é superior à média de formação médica no Brasil, e muitos são pessoas maduras, alguns até casados", diz Nésio Fernandes, secretário da Atenção Primária à Saúde, pasta do ministério.
É o caso do médico generalista Ismael Marins, 36. Ele se graduou primeiro em enfermagem para depois, aos 29 anos, iniciar o curso de medicina. Casado, pai de uma menina de três anos, e natural de Ourinhos (SP), ele optou por estudar em Ciudad del Este, no Paraguai.
Para chegar até ali, conta que seus pais sempre o incentivaram a estudar. O pai era trabalhador rural e a mãe faxineira. Eles próprios conquistaram novas carreiras com os estudos, ele virou professor e ela técnica de enfermagem.
"Acabei fazendo enfermagem e depois eles me ajudaram a realizar o meu sonho [de ser médico]. Por isso estar no Mais Médicos fez renascer a esperança de conquistar uma nova carreira", diz ele, que vai trabalhar em Canitar, no interior de São Paulo.
Para Marins, as aulas proporcionam as ferramentas necessárias para assumir o novo posto com mais segurança. "Mesmo sendo brasileiro, é essencial aprender sobre o SUS, já que meu treinamento no exterior não incluiu essa disciplina. Quero seguir atuando no Brasil, vou revalidar o diploma e seguir minha carreira com ética e dedicação."
Os médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior poderão participar do programa por quatro anos sem precisar revalidar seus diplomas, desde que tenham registro para atuar no país de formação.
O Mais Médicos, de acordo com Fernandes, tem contribuído para a redução das mortalidades infantil e materna em várias regiões do Brasil, além de aumentar no país o número de consultas médicas em 36%.
Atualmente, o programa está em expansão, diz ele, com o objetivo de preencher 28 mil vagas até o mês que vem e totalizar 40 mil até o fim da gestão Lula, em 2026.
"O governo tem planos ambiciosos de abrir 20 mil novas equipes de saúde da família em quatro anos para garantir acesso aos cuidados primários. Ampliando esse número, melhora a proporção de equipe por habitante no Brasil."
Inaugurado por Dilma Rousseff (PT) em 2013, o Mais Médicos passou por mudanças ao longo dos anos, especialmente durante os governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). A saída dos médicos cubanos em 2018 trouxe desafios para manter o atendimento à população.
No ano seguinte, para substituir o programa petista, foi criado o Médicos pelo Brasil, que teve dificuldades em sua implementação e não conseguiu preencher todas as vagas remanescentes do Mais Médicos, segundo o secretário.
Atualmente, a iniciativa conta apenas com dois profissionais vindos de Cuba. Além desses estrangeiros, há três venezuelanos e um haitiano. Dentre os 3.430 brasileiros, parte deles é naturalizada.
Paraguai, Bolívia, Argentina, Venezuela e Rússia, nessa ordem, são os países com maior número de médicos formados que atuarão no Mais Médicos. Muitos desses países não possuem sistemas universais de saúde, como o Brasil.
O perfil dos médicos mudou, afirma Fernandes, após avaliação de que com o contingente de profissionais formados no Brasil, considerando a expansão dos cursos de medicina e o total de brasileiros com registro no exterior, haveria demanda suficiente de profissionais para ocupar as vagas do programa.
Nicaraguense com cidadania brasileira, o médico generalista Henry Antonio Gómez Rodríguez, 34, se formou em medicina na Escuela Latinoamericana de Medicina, em Havana, Cuba, em 2013. Ele se mudou para o Brasil em 2017, mas não conseguiu atuar como médico desde então.
"Trabalhei como educador físico e em empregos temporários para sobreviver. Cada tentativa de participar do Mais Médicos falhava devido à falta de documentos ou do tempo de permanência no país."
Ele afirmou que finalmente obteve a chance neste ano. "É uma mudança de vida inacreditável. Minha esposa entrou no Mais Médicos antes de mim e agora trabalhamos juntos em Bagé, no Rio Grande do Sul."
A médica generalista Domênica Resende, 43, escolheu estudar na Universidad Politecnica y Artística del Paraguay, no país vizinho, por questões financeiras.
"A possibilidade de uma formação mais acessível me levou a essa opção, pois os custos no Brasil são altos", diz ela, alocada em União da Vitória (PR).
A turma atual apresenta maior número de mulheres, 51%. Pessoas negras são apenas 7,65% do grupo, enquanto declarados pardos somam 16,18%
De acordo com o médico de família e comunidade Daniel Puig, 40, docente da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e supervisor do programa, o curso de extensão também aborda situações de violência e ferramentas para atuação na prática médica.
Há ainda oficinas práticas como a de colocação de DIU (dispositivo intrauterino). "Existem temas centrais que estão sempre presentes no módulos de acolhimento e outros incluídos ou suprimidos, a depender do cenário nacional. Por isso, nesta turma foram incluídos temas como Covid-19, febre maculosa e raiva."
O investimento no Mais Médicos aumentou consideravelmente, de acordo com Fernandes, sendo de R$ 1,9 bilhão em 2023. Ele prevê aumento para R$ 4,4 bilhões no próximo ano. A expansão do programa também está relacionada à formação de médicos de família e comunidade, com o objetivo de ter 100 mil profissionais titulados nessa especialidade em dez anos.
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PODER 360
TST apresentará nova proposta sobre piso da enfermagem neste mês
Uma nova proposta da CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde) sobre o piso nacional dos profissionais de enfermagem do setor privado será apresentada na próxima 3ª feira (28.nov.2023). O texto foi recebido pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) na 6ª feira (17.nov). A apresentação às entidades que representam os trabalhadores será realizada em reunião na sede do Tribunal. Eis a íntegra do comunicado (PDF - 1 MB).
A negociação é conduzida pelo vice-presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, por meio do Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos. A mediação foi solicitada pela CNSaúde.
O TST havia recusado a última proposta da confederação, em 7 de novembro. O texto sugeria o parcelamento de 24 a 36 meses dos salários atrasados e o congelamento do reajuste salarial enquanto o parcelamento perdurasse. O texto foi criticado por pessoas e organizações ligados à causa dos enfermeiros.
CNSAÚDE QUESTIONA PISO
A lei 14.434 de 2022 prevê que os estabelecimentos públicos e privados devem pagar a enfermeiros e enfermeiras o piso de R$ 4.750. Para técnicos de enfermagem, o piso é de R$ 3.325, e, para auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375.
A norma foi questionada pela CNSaúde no STF (Supremo Tribunal Federal) em julho. A confederação protocolou na Corte uma ação que questiona a constitucionalidade da lei que permite o pagamento do piso.
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O TEMPO
Envelhecimento ameaça convênios tradicionais e abre caminho para alta das clínicas low cost
A crescente crise nos convênios médicos no Brasil, aliada ao envelhecimento acelerado da população, tem colocado a assistência à saúde em destaque. Com projeções que indicam um futuro desafiador, as clínicas low cost surgem como uma solução promissora para atender às necessidades médicas da população de forma acessível, representando um complemento importante ao papel desempenhado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nos últimos anos, o Brasil tem experimentado um rápido envelhecimento de sua população. Segundo o IBGE, o país terá cerca de 41,5 milhões de pessoas com 65 anos ou mais em 2033, o que representará 18,6% da população total. Esse fenômeno acarreta um sério aumento nas demandas por serviços de saúde, como consultas médicas, tratamentos, exames e procedimentos cirúrgicos, que por sua vez pressionam os convênios médicos tradicionais. No fim das contas, quem sofre é o cliente, que precisa arcar com fatores como repasse dos aumentos anuais das mensalidades, carência, burocracia e a limitação da cobertura.
O SUS também já sente essa pressão, com filas cada vez mais longas para consultas médicas com especialistas, exames e cirurgias de pequeno e grande porte. Já os planos lideraram o ranking de reclamações de 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), com 27,9% das queixas. Dentre as razões para o problema estão os horários limitados e os tempos de consulta reduzidos de seus médicos vinculados devido à estrutura de custos. Além disso, conseguir um horário pode levar meses, com longas filas de espera.
Segundo os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor de saúde perdeu 3,4 milhões de usuários em cinco anos, passando de 50,5 milhões em 2014 para 47 milhões em 2019. A queda foi mais acentuada nos planos individuais, que têm regras mais rígidas para proteger os beneficiários. A crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19 também contribuiu para que muitas pessoas deixassem de pagar seus planos de saúde ou optassem por modalidades mais baratas
"Está em curso uma grande disruptura no mercado da saúde e os planos de saúde não estão preparados para essa mudança. Fatores como gestão ineficiente, envelhecimento da população, altos custos, falta de indicadores de desfecho, e sinistro muito alto pós pandemia explicam a situação caótica que os planos se encontram",explica Rafael Grizzo, CEO da Atend Já, rede de franquias de clínicas médicas low cost.
Nesse contexto, as clínicas médicas low cost vêm ganhando destaque como uma alternativa promissora para enfrentar tantos desafios. Elas oferecem a conveniência de um único centro de atendimento para responder a todas as necessidades de saúde do cliente a preços acessíveis.
"Nas clínicas low cost, a experiência do paciente é aprimorada, pois a gestão está nas mãos de profissionais dedicados aos detalhes que fazem a diferença, como a facilidade e a rapidez no atendimento, horários convenientes, estacionamento acessível, ausência de filas e um atendimento humanizado",
continua Grizzo.
Essas clínicas oferecem serviços all-in-one, ou seja, consultas, exames, tratamentos e cirurgias podem ser feitos todos em um mesmo local, sendo uma alternativa para desafogar os hospitais e clínicas tradicionais e proporcionar a um público mais amplo acesso imediato aos cuidados de saúde.
O que vemos agora é que essas clínicas têm o potencial de revolucionar a forma como as pessoas recorrem a serviços médicos, assim como o Uber modificou a mobilidade urbana e o Airbnb a forma de hospedagem.
Com o envelhecimento contínuo da população e a crise nos convênios médicos, é fundamental que o setor de saúde busque soluções inovadoras. As clínicas low cost podem desempenhar um papel vital na melhoria do acesso à assistência médica. Além disso, é importante que as autoridades reguladoras e o sistema de saúde brasileiro trabalhem em conjunto para criar um ambiente favorável para essas iniciativas.
À medida que o país enfrenta desafios complexos relacionados à assistência médica, as clínicas low cost emergem como uma resposta viável e necessária para atender às crescentes demandas de uma população em constante transformação.
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TV CÂMARA
Audiência pública discute crise do IMAS
Na tarde desta terça-feira (21), prestadores de serviço e representantes de usuários do Instituto Municipal de Assistência à Saúde de Goiânia (IMAS) participaram da audiência pública, promovida pela vereadora Kátia Maria (PT), para debater a crise entre unidades de saúde e o IMAS. Participantes concordaram que em 2023 soma cinco meses de atraso no pagamento por parte do IMAS referente aos serviços prestados. Segundo a vereadora, o objetivo da audiência é intermediar a questão para evitar que o problema se agrave.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 21/11/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Comissão de Saúde da Câmara de Goiânia vai discutir dívidas do IMAS
Justiça dá 30 dias para que Goiânia corrija falhas no hospital Wassily Chuc
HMAP ocupa o 18º lugar entre os melhores hospitais da América Latina
Carga horária e salários oferecidos a médicos em concurso de Inhumas são questionados pelo Cremego
Unimed vai ao STJ para não pagar cirurgia de mudança de sexo
Mais de 1,5 milhão de casos de dengue no país até agosto, aponta Ministério da Saúde
A REDAÇÃO
Justiça dá 30 dias para que Goiânia corrija falhas no hospital Wassily Chuc
A partir de um pedido feito pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), em caráter de urgência, a Justiça deu prazo de 30 dias para o que Goiânia promova as adequações de todas as irregularidades emergenciais que "colocam em risco iminente a segurança e a integridade" dos pacientes e servidores do Pronto-Socorro Psiquiátrico Professor Wassily Chuc (PSPPWC). Caso a determinação não seja atendida, haverá incidência de multa diária no valor de R$ 1 mil.
Entre os pontos destacados como risco, por meio de um relatório técnico elaborado pela Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros, estão as infiltrações do teto e paredes, pintura, eletricidade, entre outros, do prédio que abriga o hospital, um imóvel alugado pela Prefeitura no Jardim América.
Problemas antigos
Desde 2014, quando o hospital ainda funcionava na Rua T-3, no Setor Bueno, o MPGO acompanha a situação da unidade, que àquela época já sofria com diversas avarias na parte elétrica e estrutural, tanto que chegou a ser cogitada a interdição da unidade.
Em 2018, por meio de requisições periódicas por parte do órgão ministerial, houve a transferência do pronto-socorro para uma nova sede, onde funciona até hoje. A mudança, no entanto, não foi suficiente para colocar fim aos problemas, agravados pela falta de manutenção por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o perfil dos pacientes.
À frente do caso, o promotor de Justiça Marcus Antônio Ferreira Alves destaca que o Wassily Chuc acaba sendo a porta de entrada para os casos de crise em pacientes adultos, adolescentes e crianças com transtornos mentais, o que dá a unidade um relevante papel na rede de saúde do Município de Goiânia e até mesmo do Estado de Goiás.
Marcus esclarece que, no início desse ano, após nova vistoria na unidade, em cumprimento a uma requisição ministerial, a Vigilância Sanitária informou que o PSPPWC se encontra em situação de precariedade estrutural, principalmente porque, durante a pandemia, não houve manutenção predial.
Segundo o promotor, apesar de a SMS ter saneado algumas irregularidades, o cronograma integral de reforma não foi apresentado até agora, restando ainda 31 itens no ambiente com irregularidades sanitárias. A situação se torna ainda mais grave pelo fato de o hospital não possuir, no momento, alvará de funcionamento da Vigilância Sanitária ou Corpo de Bombeiros, dando margem a riscos de tragédias como outras já registradas nacionalmente.
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HMAP ocupa o 18º lugar entre os melhores hospitais da América Latina
O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) foi eleito, nesta semana, o 18º melhor no “Ranking de Clínicas e Hospitais da América Latina”. A posição também representa o 5º melhor hospital brasileiro dentre os 20 primeiros colocados, o 2º da rede pública do país e o 1º do Centro-Oeste do Brasil.
A já tradicional premiação, promovida há mais de uma década, é realizada pela revista América Economia, empresa de destaque no mercado de publicações sobre economia e negócios na América Latina, e pela empresa de pesquisas IntelLat. O levantamento de dados para o ranking durou mais de três meses e envolveu 46 hospitais de 10 países latino-americanos.
Os critérios de avaliação foram baseados na experiência e segurança do paciente, resultados clínicos, tecnologia, prestígio, equipes das instituições, eficiência, produção de conhecimento, telemedicina e sustentabilidade. Os dados foram verificados, homologados e padronizados para as diferentes formas de mensuração e resultados nos países participantes.
No ranking, dois hospitais privados brasileiros ocupam a 1ª e a 2ª colocação, sendo, respectivamente, o Israelita Albert Einstein do Morumbi e o Sírio Libanês, ambos situados em São Paulo (SP). Já os dois melhores de rede pública da lista também são do Brasil: O Hospital Municipal Vila Santa Catarina na 13ª posição e o HMAP na 18ª, ambos geridos pelo Einstein.
O prefeito Vilmar Mariano celebra o resultado: “o HMAP é um orgulho para o Brasil, para Goiás, para Aparecida, para o Sistema Único de Saúde (SUS) e também para a América Latina. Nossa cidade se alegra com esse ranking, que demonstra, mais uma vez, a capacidade e a importância do HMAP para salvar vidas e promover o bem-estar para milhares de pessoas. Quero parabenizar todos os trabalhadores envolvidos neste sucesso e dizer que faremos cada vez mais. A Saúde é prioridade em nossa cidade.”
“Essa conquista nos orgulha e nos motiva a seguir aprimorando a Saúde oferecida à população. O HMAP, nosso Gigante do Centro-Oeste, recebe mais essa distinção devido aos investimentos realizados pela Prefeitura, à sua equipe altamente capacitada, ao atendimento humanizado, à tecnologia envolvida nos processos e à permanente busca pela excelência em todos os setores. É uma instituição que cumpre a sua função social com louvor”, enfatiza o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.
Inaugurado em dezembro de 2018, o HMAP é o maior hospital do Estado construído por uma prefeitura e tem capacidade para realizar, mensalmente, mais de 1.100 internações clínicas, oito mil consultas médicas ambulatoriais, sete mil exames de imagem, 645 cirurgias eletivas e 250 procedimentos hemodinâmicos. A unidade conta com 235 leitos operacionais, sendo 35 UTI´s adultas e 10 pediátricas, 180 apartamentos e 10 salas cirúrgicas. O acesso aos serviços do Hospital é feito via Central Municipal de Regulação.
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O HOJE
Comissão de Saúde da Câmara de Goiânia vai discutir dívidas do IMAS
A audiência será no Plenário da Câmara e reunirá representantes dos usuários do serviço, dos hospitais conveniados e da Secretaria Municipal de Saúde
A Comissão de Saúde da Câmara de Goiânia vai promover, nesta terça-feira (21/11), uma audiência pública para discutir a situação do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (IMAS).
A audiência será no Plenário da Câmara e reunirá representantes dos usuários do serviço, dos hospitais conveniados e da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a vereadora Kátia Maria (PT), presidente da Comissão, o objetivo é discutir as dívidas e problemas de gestão do IMAS que estão prejudicando prestadores de serviços, servidores públicos e usuários.
“Goiânia não está bem de saúde e nosso dever como vereadora e presidente da Comissão de Saúde é fiscalizar e atuar para que os usuários e a população em geral tenham um serviço de qualidade”, disse a vereadora.
Segundo recente denúncia do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), a prefeitura de Goiânia tem uma dívida de cerca de R$ 50 milhões com os hospitais privados da capital. Além disso, os servidores públicos, usuários do serviço de assistência à saúde do município, reclamam da qualidade e do atendimento dos serviços prestados.
A presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Saúde do Estado de Goiás (FEHOESG), Christiane do Valle, também reclama que os pagamentos estão atrasados pelo IMAS desde o ano de 2021 e que várias reuniões já foram realizadas com a diretoria do IMAS, ocorridas desde a gestão do ex-presidente Welmes Marques e também na atual gestão do presidente Marcelo Teixeira, e não foram alcançadas soluções para os pagamentos atrasados.
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JORNAL OPÇÃO
Carga horária e salários oferecidos a médicos em concurso de Inhumas são questionados pelo Cremego
Salários são bem aquém do piso salarial estabelecido pela Fenam e, em alguns cargos, o tempo semanal de serviço é superior ao previsto em lei
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) solicitou ao prefeito de Inhumas, João Antônio Ferreira, a correção do edital 01/2023 do concurso público municipal, que oferta vagas para médicos especialistas e sem especialidade médica. Segundo o Conselho, os salários são bem aquém do piso salarial estabelecido pela Federação Nacional do Médicos (Fenam).
Em comunicado enviado ontem, 16, à prefeitura, a presidente do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, destacou que os salários propostos no edital, de R$ 5.997,93 para 40 horas semanais e R$ 5.000,00 para 20 ou 30 horas semanais, estão substancialmente abaixo do piso estabelecido pela Fenam para 2023, que é de R$ 18.709,99.
Além disso, em relação aos cargos de médicos sem especialidade e médico auditor, com quatro e uma vaga, respectivamente, o Cremego questiona a carga horária definida no edital. As jornadas de 40 horas para os não especialistas e 30 horas semanais para o auditor contrariam a Lei 3.999/61, que estabelece uma carga horária máxima de 20 horas semanais para médicos.
Diante dessas divergências e considerando que o Código de Ética Médica concede ao médico o direito de “recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas”, o Cremego solicitou a revisão do edital para garantir a adequação às normas e condições éticas necessárias para o exercício profissional dos médicos.
Ofício enviado ao prefeito
Excelentíssimo Senhor Prefeito,
A par de cumprimentá-lo, o CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE GOIÁS – CREMEGO, no uso das atribuições conferidas pela Lei 3.268/1957, vem por meio do presente, expor e requerer o seguinte:
O Município de Inhumas publicou o Edital de Concurso Público nº 01/2023, no qual são oferecidas 04 (quatro) vagas para o cargo de médico, com carga horária semanal de 40h e salário mensal de R$ 5.997,93 (cinco mil, novecentos e noventa e sete reais e noventa e três centavos), e 01 (uma) vaga para o cargo de médico auditor, com carga horária semanal de 30h e salário mensal de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Todavia, as referidas cargas horárias estão em desacordo com a Lei 3.999/61, a qual estipula expressamente em seu artigo 8º que “A duração normal do trabalho, salvo acordo escrito que não fira de modo algum o disposto no artigo 12, será: a) para médicos, no mínimo de duas horas e no máximo de quatro horas diárias”.
Também, os vencimentos ofertados estão aquém do piso salarial estabelecido pela FENAM – Federação Nacional dos Médicos, para o exercício de 2023 no valor de R$ 18.709,99, o qual garantiria, aos referidos profissionais, condições dignas de trabalho, bem como respeito e valorização (vide informação no sítio da Federação – link http://www.fenam.org.br/2023/01/30/piso-salarial-da-fenam-2023/).
Assim, considerando que o Código de Ética Médica em vigor, determina que:
“Capítulo I ……………..
III – Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.” (grifamos)
“Capítulo II
É direito do Médico:
……………..
IV – Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse caso, comunicará imediatamente sua decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina.
V – Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina.” (grifamos)
E considerando que a Lei 3.268/57 determina que:
“O conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina são os órgãos supervisores da ética profissional em toda a República e ao mesmo tempo, julgadores e disciplinadores da classe médica, cabendo-lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam legalmente.” (grifamos)
O CREMEGO considera que o salário constante no Edital de Concurso, não condiz com o grau de formação dos Médicos e menos ainda com o nível de responsabilidade inerente ao cargo. Ademais, é irrefutável o fato de que o Município de Inhumas, ao fazer constar regras em desacordo com os preceitos legais supramencionados, macula o referido certame, tornando-o absolutamente ilegal.
Desta feita, pugnamos pelo recebimento e acolhimento do presente ofício, com a consequente determinação da RETIFICAÇÃO do Edital 01/2023, a fim de que seja assegurado aos médicos, remuneração equivalente ao citado piso salarial indicado pela FENAM em 2023, assim como, carga horária prevista na referida Lei 3.999/61 (no máximo, vinte horas semanais), garantindo, assim, condições dignas de trabalho aos referidos profissionais, e à população, condições dignas de atendimento.
Sem mais para o momento, aguardamos resposta e nos colocamos à disposição para o que se fizer necessário.
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METROPOLES
Unimed vai ao STJ para não pagar cirurgia de mudança de sexo
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa, nesta terça-feira (21/11), recurso da Unimed de Uberaba contra decisão que a condenou a pagar procedimento de mudança de sexo e inclusão de prótese mamária, bem como danos morais no valor de R$ 20 mil pela recusa.
A Unimed alega que o procedimento de neofaloplastia é experimental, excluído do contrato e não previsto no rol de procedimentos da ANS, o que justificaria que a operadora privada de saúde não possui obrigatoriedade de cobertura.
Quanto à inclusão de prótese mamária, a Unimed sustenta que só seria devida a cobertura se tivesse objetivo reconstrutivo, por exemplo, por mutilação causada por tratamento de câncer.
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Funcionários relatam assédio moral na Ouvidoria do Ministério da Saúde
O Ministério Público do Trabalho (MPT) recomendou que o Ministério da Saúde adote, de forma imediata, providências para impedir a prática de assédio moral na Ouvidoria da pasta. A recomendação, emitida em agosto deste ano, ocorreu após denúncia feita em fevereiro. Com a falta de resposta do ministério, a mesma orientação foi expedida novamente em 17 de outubro, com prazo de 45 dias para resposta.
O Metrópoles ouviu quatro fontes que passaram ou seguem na Ouvidoria do Ministério da Saúde. Elas relatam ambiente de constantes assédios por um grupo específico que está no departamento há mais tempo que os demais. A maior parte dos casos ocorreu até o fim do ano passado, mas, conforme afirmam, situações como perseguições permaneceram neste ano.
Em nota, o Ministério da Saúde comunicou que "não pactua com esse tipo de conduta profissional" e que "trabalha na reorganização e qualificação da estrutura" da Ouvidoria. A pasta acrescentou que respondeu à recomendação do MPT e que enviará informações complementares dentro do prazo .
Alguns dos funcionários apontados como assediadores, de acordo com os relatos, continuam lotados na Ouvidoria, justamente o departamento que funciona como o canal de entrada de denúncias da pasta, incluindo de assédio, e que também faz a análise preliminar das queixas.
Na recomendação, o MPT diz que o ministério não deve admitir assédio moral no setor de Ouvidoria e frisa que a pasta deve promover o fim imediato da "prática de qualquer conduta enquadrada como assédio moral" contra seus empregados, servidores e terceirizados.
O órgão fiscalizador cita situações como "perseguir, humilhar ou destratar (inclusive por gritos ou ofensas)" e diz que o ministério deve impedir que funcionários sejam submetidos a exigências de tarefas abaixo ou acima das suas qualificações profissionais.
A reportagem ouviu relatos de discussões acaloradas com mesa esmurrada, em janeiro deste ano, e perseguições. Duas servidoras chegaram a ser afastadas em 2023 por problemas de saúde mental e, após retorno, foram remanejadas para outros departamentos do ministério.
Trecho da recomendação do MPT enviada ao Ministério da Saúde Reprodução (2) Trecho da recomendação do MPT enviada ao Ministério da Saúde Reprodução Voltar Progredir 0
"A inquirida também deve adotar medidas efetivas de prevenção e combate ao assédio moral (tais como realizar palestras e fazer cursos sobre o tema assédio moral, instituir um canal de denúncia e de busca ativa acerca de situações de assédio)", pediu o MPT, que em setembro abriu inquérito civil para apurar os fatos.
As pessoas ouvidas pela reportagem pediram anonimato por medo de retaliação. A maioria dos relatos se refere a casos anteriores, ainda sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas existem situações observadas neste ano.
Um funcionário do Ministério da Saúde ouvido garantiu que os casos continuam e que estão ainda piores. A única mudança, segundo o colaborador, foi na quantidade de palestras sobre o tema.
Esses funcionários apontados como assediadores não são servidores da pasta - trata-se de bolsistas da Fundação de apoio à Fiocruz (Fiotec) que atuam na Ouvidoria via contratos entre o ministério e a fundação.
A reportagem ouviu relatos de pessoas que passaram pela pasta desde 2018. Elas apontam que o cenário de assédio sempre foi presente, cometido por um grupo de colaboradores que está na Ouvidoria há algum tempo.
Essas informações também foram coletadas pelo MPT, que observou, após atos instrutórios, a ocorrência de assédio coletivo, com a "prática sistemática de assédio moral organizacional" no âmbito da Ouvidoria.
Os assédios cometidos, segundo fontes, consistiam em perseguição de novos funcionários que propunham medidas diferentes, como acelerar a análise de manifestações de cidadãos e acabar com as demandas represadas. Entre as vítimas estão inclusive servidores em cargos de coordenação. A Ouvidoria-Geral do SUS, no âmbito federal, tem 96,6 mil manifestações pendentes que já estão fora do prazo de resposta.
Um servidor do ministério ouvido pela reportagem disse que, com a mudança de governo, um grupo de pessoas começou a promover uma campanha de difamação contra outros funcionários (bolsistas) que acabaram demitidos, ainda em janeiro. A informação foi confirmada por outros três ex-funcionários da pasta.
Todo este cenário apontado é corroborado por dados computados pela Controladoria-Geral da União (CGU): o Ministério da Saúde é, em 2023, o órgão da esfera federal com o maior número de denúncias de assédio moral e sexual. Foram até o momento 391 denúncias, comunicações ou reclamações envolvendo o assunto.
Em janeiro, houve a demissão da então ouvidora-geral do Sistema Único de Saúde (SUS) Soemes Castilho. Maria Moro assumiu o cargo, mas foi exonerada a pedido em agosto. Desde então, está no posto como ouvidora substituta Aíla Vanessa David de Oliveira Sousa, que é também diretora de programa da Secretaria-Executiva.
Não houve nomeação de novo ouvidor, cargo que tem mandato e que precisa passar pela aprovação da CGU. O ministério disse ao Metrópoles que já foi dado início ao processo de nomeação, em caráter definitivo, do novo ouvidor.
A Ouvidoria é uma área importante por ser a responsável por receber manifestações dos cidadãos e dar respostas. Os departamentos também atuam com os pedidos de Lei de Acesso à Informação (LAI), garantindo transparência.
Outro lado
Em nota, o Ministério da Saúde pontuou que tem adotado medidas na Ouvidoria, como desligamentos para "renovação da gestão, recomposição de equipe e adoção de melhorias da condição de trabalho dos colaboradores".
Entre as iniciativas voltadas à reestruturação da Ouvidoria, a pasta lançou no último dia 6 um sistema que unifica as Ouvidorias de estados e municípios, alegando que isso melhora o tratamento dado às denúncias. Até o momento, 560 dos 5.565 municípios aderiram à nova ferramenta.
O ministério disse, ainda, que firmou um novo contrato para o Disque 136 (canal que recebe reclamações e denúncias sobre o serviço do SUS).
"Também está em curso a atualização do parque tecnológico de hardware e software para melhorar a gestão das críticas, denúncias e sugestões da população e as condições de trabalho dos servidores da Ouvidoria", informou.
A pasta ressaltou que "integra o grupo de trabalho interministerial para a elaboração de um plano de enfrentamento ao assédio e discriminação na administração pública federal, instituído em julho deste ano".
"A iniciativa tem como finalidade desenvolver orientações e diretrizes de saúde física e mental, prevenção do assédio e da discriminação e a promoção de relações saudáveis e respeitosas no ambiente de trabalho", afirmou.
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BAHIA NOTÍCIAS
Mais de 1,5 milhão de casos de dengue no país até agosto, aponta Ministério da Saúde
Neste domingo (19) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti, data símbolo para enfrentamento ao mosquito que, desde 2000, é responsável por cerca de 20 milhões de diagnósticos de três doenças muito presentes no Brasil: a dengue, a chikungunya e o Zika vírus.
Esse poderoso vetor de doenças - o Aedes aegypti - pode ser combatido. Mas, precisa da conscientização e da colaboração de todos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, o total de "casos prováveis" da doença registrados até final de agosto estava em pouco mais de 1,5 milhão - número ligeiramente maior do que o anotado durante todo o ano de 2022, quando houve quase 1,4 milhão de registros. Em 2021, foram pouco menos de 532 mil ocorrências.
A pasta aponta que as ações adotadas em parcerias com secretarias estaduais e municipais de Saúde resultaram na "expressiva queda" de 97% do número de casos notificados de dengue no Brasil, entre abril e setembro. "Na 15ª semana do ano, de 9 a 15 de abril, foram registrados 114.255 casos suspeitos da doença. Na 35ª semana, de 27 de agosto e 2 de setembro, houve 3.254 casos de dengue", informou o Ministério da Saúde. Acrescentou que é no período de março a junho que se costuma registrar maior incidência de arboviroses no país.
O clima quente colabora para a reprodução do mosquito e para um maior número de pessoas contaminadas no país. A fim de evitar uma situação ainda pior, o governo tem adotado iniciativas como a mobilização do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE) que, além de ter implementado 11 ações de apoio aos estados com maior número de casos e óbitos por dengue e chikungunya, distribuiu até hoje cerca de 345 mil reações de sorologia e viabilizou 131 mil exames. Ainda segundo o ministério, foram investidos R$ 84 milhões na compra de adulticida e larvicida para as ações de combate ao mosquito no país.
SINTOMAS
Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes: febre de início abrupto, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele e manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. A orientação é a de, apresentando esses sintomas, procurar a unidade ou serviço de saúde mais perto da residência assim que surgirem os primeiros sintomas.
Algumas medidas preventivas ajudam no combate à doença: evitar água parada, esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d'água são algumas iniciativas básicas para evitar a proliferação do mosquito.Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os ovos.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 18 A 20/11/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Governo de Goiás investe em Inteligência Artificial para salvar bebês prematuros
Carga horária e salários oferecidos a médicos em concurso público de Inhumas são questionados pelo Cremego
Saúde em Goiás zera fila de espera por mamografias nas policlínicas
Quatro em cada 10 homens elegíveis com planos de saúde realizaram exames preventivos de câncer de próstata nos últimos 12 meses, revela pesquisa
DIÁRIO DA MANHÃ
Governo de Goiás investe em Inteligência Artificial para salvar bebês prematuros
Sistema Caren, desenvolvido pela SES, utiliza tecnologias de ciência de dados para mensurar atenção requerida no cuidado de cada recém-nascido internado
As possíveis complicações da prematuridade levaram o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), a desenvolver uma Inteligência Artificial (IA) para dar suporte aos bebês que nascem antes do momento ideal. A Inteligência Artificial contra a Mortalidade Infantil (Caren) utiliza tecnologias de ciência de dados para mensurar a atenção requerida no cuidado de cada recém-nascido internado, permitindo o aperfeiçoamento do uso de recursos humanos com base na prioridade do atendimento.
O secretário de Estado da Saúde, Sérgio Vencio, explica que o objetivo é auxiliar no diagnóstico e interferência no cuidado neonatal, contribuindo para a redução da mortalidade, preocupação destacada neste 17 de novembro, Dia Mundial da Prematuridade. “Trata-se de uma iniciativa que já ganhou reconhecimento nacional, quando foi premiada na categoria Melhor Solução de Governo Digital Baseado em Inteligência Artificial, no prestigiado Prêmio Abep de Excelência em Governo Digital”, afirma, referindo-se à premiação realizada, em agosto, pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia de Comunicação e Informação (Abep-TIC).
Atualmente, a Caren está integrada ao sistema de prontuário eletrônico do paciente e, por isso, todos os hospitais estaduais que têm unidade materna são beneficiados. Em uma primeira etapa, a ferramenta repassa a indicação do grau de cuidado que se deve oferecer para a criança ao nascer e os protocolos a serem seguidos. Posteriormente, as mães recebem um guia dos principais cuidados que devem manter em casa, com o recém-nascido.
A IA foi desenvolvida pela Gerência de Inovação da Superintendência de Tecnologia e Inovação da SES-GO, visando reduzir a taxa de mortalidade infantil. A iniciativa foi implantada inicialmente como projeto piloto no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), localizado no município de Uruaçu.
Na região das Américas, cerca de 1,2 milhão de nascimentos ocorrem prematuramente. Bebês prematuros necessitam de atenção especializada e cuidados específicos que lhes permitam sobreviver, crescer e se desenvolver de forma saudável.
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CREMEGO
Carga horária e salários oferecidos a médicos em concurso público de Inhumas são questionados pelo Cremego
Os vencimentos são bem aquém do piso salarial estabelecido pela Fenam e, em alguns cargos, o tempo semanal de serviço é superior ao previsto em lei
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) requereu ao prefeito de Inhumas, João Antônio Ferreira, a retificação do edital 01/2023 do concurso público municipal que oferece vagas para médicos especialistas e sem especialidade médica.
No ofício enviado ontem, 16, ao prefeito, a presidente do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, observa que os salários previstos no edital – R$ 5.997,93 por 40 horas semanais e R$ 5.000,00 por 20 ou 30 horas semanais – estão bem abaixo do piso estabelecido pela Federação Nacional do Médicos (Fenam) para 2023, que é de R$ 18.709,99.
No caso dos cargos de médicos sem especialidade e médico auditor, que contam, respectivamente, com quatro e uma vaga, o Cremego questiona também a carga horária definida no edital. As cargas horárias de 40 horas para os não especialistas e 30 horas semanais para o auditor estão em desacordo com a Lei 3.999/61, que estabelece uma jornada máxima de 20 horas semanais para médicos.
Diante destas disparidades e considerando que o Código de Ética Médica aponta como direito do médico “recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas e suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência”, o Cremego solicitou a adequação do edital.
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A REDAÇÃO
Saúde em Goiás zera fila de espera por mamografias nas policlínicas
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) conseguiu cumprir a meta estabelecida para a campanha de Outubro Rosa deste ano e zerou a fila de mamografias nas seis policlínicas do Estado. O objetivo era realizar 914 exames, mas foram feitos 1.169.
Também foram realizadas 441 cirurgias em ginecologia, mastologia e plástica. O efeito positivo da campanha Outubro Rosa permanece e as solicitações para exames continuam em alta no Complexo de Regulação Estadual. Em 13 dias de novembro, foram 492 solicitações para mamografia.
“Terminou uma fila de mamografia, porém temos outra agora para os próximos meses. Isso já era esperado, porque todo trabalho feito em outubro foi também para ampliar a busca das mulheres pelo exame. É um resultado positivo da campanha e mostra que a população se preocupou, as mulheres buscaram atendimento”, pondera a superintendente de políticas de atenção integral à saúde, Paula dos Santos Pereira.
Goiás Todo Rosa
No mês de outubro o governo estadual lançou o projeto ‘Goiás Todo Rosa’, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), para testagem genética de mulheres para prevenção precoce do câncer. É o primeiro estado brasileiro a disponibilizar, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), exames genéticos que diagnosticam câncer de mama e ovário. Mulheres que possuem alterações mamárias consideradas suspeitas poderão fazer o teste de sequenciamento genético de forma gratuita, a partir de uma amostra de sangue simples. Em caso positivo, a mulher será orientada em como proceder.
Como parte do projeto está prevista a reestruturação nas seis policlínicas estaduais, que terão perfil de assistência no pré-operatório. Cada unidade terá capacidade para realizar 1,5 mil exames pré-operatórios, consultas e exames do tipo por mês e serão transformadas em centros de diagnóstico de câncer, não só de mama, mas de qualquer outro, por meio de exame guiado por ultrassom.
O câncer de mama é o mais frequente em mulheres no Brasil, excluindo o câncer de pele não melanoma, e a principal causa de morte entre a população feminina. Para o ano de 2023 são estimados 73.610 novos casos no país. Em Goiás, de 2020 a 2023, pelo menos 1.993 mulheres perderam a vida para a doença. A expectativa é iniciar a testagem genética para o câncer de mama, por meio do projeto Goiás Todo Rosa, até dezembro na macrorregião Sudoeste, região piloto do projeto.
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SAÚDE BUSINESS
Quatro em cada 10 homens elegíveis com planos de saúde realizaram exames preventivos de câncer de próstata nos últimos 12 meses, revela pesquisa
Uma pesquisa realizada pela It’sSeg, corretora de seguros do país especializada em gestão de benefícios, revela que apenas quatro em cada dez homens elegíveis com planos de saúde realizaram exames preventivos de câncer de próstata nos últimos 12 meses. O levantamento aponta que 41,5% dos pacientes fizeram exames para diagnóstico do câncer de próstata de novembro de 2022 a outubro de 2023. O percentual é praticamente o mesmo que o verificado no mesmo período anterior, quando 41,21% do público masculino elegível realizou o procedimento.
“Essa pesquisa mostra que a quantidade de homens que realizam o exame preventivo de câncer de próstata é ainda muito baixa. Estamos falando de menos da metade do público elegível. Há muitas campanhas de conscientização e programas de aconselhamento para aumentar a participação desse público. Esperamos que esse tipo de ação ajude a aumentar conscientização dos homens para uma doença que pode ser fatal”, alerta Danilo Nakandakare, médico superintendente de Gestão de Saúde da It’sSeg.
O Instituto Nacional do Câncer estima que cerca de 700 mil novos casos de câncer sejam diagnosticados de 2023 a 2025. Ainda de acordo com o órgão, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, perdendo apenas para o de pele não melanoma.
O levantamento contemplou uma amostra de 560 mil vidas da carteira da It’sSeg, entre titulares e seus dependentes, de novembro de 2022 a outubro de 2023. O objetivo foi identificar o comportamento de homens e mulheres elegíveis para a realização de exames preventivos de alguns tipos de cânceres.
O estudo também revelou que o número de mulheres que fizeram exames preventivos de câncer de mama está abaixo da média masculina. De acordo com o levantamento, apenas três em cada dez mulheres elegíveis passaram por esse tipo de procedimento de novembro de 2022 a outubro de 2023, atingindo 28,9%. O indicador é inferior ao verificado no mesmo período anterior, quando 31,7% declararam ter realizado o exame.
O público feminino também obteve uma baixa participação no exame preventivo de câncer de colo uterino, quando 24,4% das mulheres elegíveis declararam ter passado pelo procedimento. O número é ainda menor ao constatado no mesmo período anterior, quando 31,2% das elegíveis fizeram o exame.
O Instituto Oncoguia estima que nos países desenvolvidos, 50% dos casos de câncer são curados, mas quando o diagnóstico é precoce as chances de cura aumentam para 90%.
Infelizmente, os indicadores de rastreamento precoce, ainda são baixos, estima-se que 67,2% dos homens, iniciam o tratamento oncológico com o diagnóstico tardio, enquanto 59,4% das mulheres apresentaram-se nesta situação.
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Assessoria de Comunicação