Quinta, 03 Março 2022 08:46

CLIPPING AHPACEG 03/03/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil ultrapassa marca de 650 mil mortes por covid-19

Covid-19: Goiás registra 1.617 novos casos e nove mortes em 24 horas

Lissauer entrega gabinetes da nova sede da Assembleia Legislativa

Hospital Estadual de Luziânia oferece tratamento ambulatorial pós-Covid

Câmara cancela sessão plenária de quinta-feira para atualizar sistema

Cerca de 600 goianas poderão ter câncer de colo do útero em 2022, estima Inca

Vendedora que teve necrose após plástica relata que já passou por 5 cirurgias e segue sem previsão de alta: 'Deus tem me dado força'

AGÊNCIA ESTADO

Brasil ultrapassa marca de 650 mil mortes por covid-19

O Brasil registrou 335 novas mortes pela covid-19 nesta quarta-feira (2/3) e superou a barreira de 650 mil óbitos pela doença. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 509, em queda pelo 10º dia seguido. 

"Infelizmente nós temos vários estudos que mostram que no Brasil tivemos um número excessivo de mortes. O porcentual de mortes evitáveis é algo que vem sendo calculado entre 40% e 60% se tivéssemos tomado as decisões corretas", explica Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

O professor de Infectologia da Unesp afirma que era muito importante que tivesse tido um discurso mais coordenado entre governo federal, estadual e prefeituras em relação às medidas de circulação de pessoas, sobre o uso de máscaras e isolamento social. "Essas medidas não farmacológicas deviam ter sido coordenadas de maneira uniforme e isso não aconteceu. Isso levou à desconfiança da população em relação à efetividade dessas medidas."

"Outro ponto foi a questão dos imunizantes. Tivemos desde o começo, quando as vacinas começaram a ter resultados divulgados, uma politização desse debate que foi extremamente danosa. Muito antes de as vacinas chegarem, políticos questionaram a efetividade da vacina e gente do governo federal disse que não tinha pressa para comprar as vacinas. E isso realmente ocorreu. A vacinação começou em janeiro, e foi muito lenta, só engrenando tardiamente. E foi nesta época que tivemos a variante Gama, que foi nosso grande problema, com cerca de 400 mil óbitos concentrados", continuou. Para Jesem Orellana, epidemiologista da Fiocruz/Amazônia, pandemia e mortes são conceitos intimamente relacionados. "Especialmente quando se trata de doença nova e de fácil alastramento, como é o caso da covid-19. No entanto, o número de mortos que um país alcança é resultado das estratégias de enfrentamento e mitigação adotadas. A marca de cerca de 650 mil mortes conhecidas no Brasil é tragicamente alta (segunda maior do planeta) e, na prática, é ao menos 15% maior, devido à subnotificação", lamenta.

O especialista cita ainda os efeitos indiretos sobre a própria saúde pública como os casos de covid longa, os gastos em contexto de subfinanciamento do SUS, o agravamento de outras doenças pré-existentes (transtornos mentais, diabetes, pressão alta) ou até mesmo a redução da expectativa de vida da população. "Não é impossível chegarmos a 700 mil ou mesmo 800 mil mortes conhecidas por covid-19, pois se continuarmos colocando a agenda econômica acima da vida, seguiremos tendo mais e mais mortes evitáveis, sem qualquer benefício econômico, tal como testemunhamos nestes dois anos de pandemia no Brasil, um duplo desastre, sanitário e econômico", avisa.

A primeira morte por covid-19 no Brasil ocorreu em 12 de março de 2020. Desde então os números de contaminados e óbitos cresceram progressivamente e já dá para dizer que o momento atual é uma terceira onda. Em 20 de junho de 2020, o País passou a barreira de 50 mil mortes e na ocasião sequer se imaginava que este número seria multiplicado por 13. Nesta mesma época do ano passado, o País vinha em um aumento de mortes que fez passar de 300 mil óbitos em 24 de março para 500 mil em 19 de junho. Mas no final de 2021 houve uma desaceleração nas mortes, só que neste ano, com a variante Ômicron, as vítimas fatais por covid-19 voltaram a crescer, ligando o alerta nas autoridades.

Nesta quarta (2/3) o número de novas infecções notificadas foi de 29.841. No total, o Brasil tem 650.052 mortos e 28.839.306 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 26.506.005 pessoas estão recuperadas.

O Estado de São Paulo registrou 29 mortes por coronavírus nesta quarta. Outros quatro Estados superaram a barreira de 20 óbitos: Minas Gerais (51), Rio Grande do Sul (40), Bahia (39) e Pará (21). No lado oposto, Amapá, Rio Grande do Norte e Roraima não registraram nenhuma morte.

O Rio de Janeiro não divulgou os dados até o horário de publicação do texto. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.

A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Nesta quarta, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 23.545 novos casos e mais 297 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas.

No total, segundo a pasta, são 28.811.165 pessoas infectadas e 649.630 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados. 

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1.617 novos casos e nove mortes em 24 horas

Goiás registrou 1.617 novos casos de covid-19 e nove mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. É o que aponta o boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), divulgado na tarde desta quarta-feira (2/3). Com as atualizações, o Estado já soma 1.169.274 infecções e 25.772 óbitos relacionados à covid-19.

Além disso, a pasta ainda investiga 787.672 casos e 402 mortes para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Em Goiás, 310.321 suspeitas já foram descartadas. De acordo com o boletim, a taxa de letalidade é de 2,21% no Estado. 

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Lissauer entrega gabinetes da nova sede da Assembleia Legislativa

Presidente da da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), recebeu, na manhã desta quarta-feira (2/3), os parlamentares da 19ª legislatura para apresentar os gabinetes do novo prédio da Casa, o Palácio Maguito Vilela. Durante a reunião, precedida de um café da manhã, o chefe da Casa de Leis afirmou que hoje é um dia marcante para o Legislativo goiano. “Muitos de nós, deputados, não estaremos aqui no futuro. Mas, isso fica como um legado da 19ª Legislatura e de outras que passaram. Todos podem se sentir orgulhosos em compartilhar esse momento. Isso é um sonho realizado que foi sonhado por muitos”, evidenciou.

Lissauer também lembrou dos desafios enfrentados e agradeceu aos presidentes das últimas Legislaturas por prosseguirem com a construção da sede que hoje está sendo concluída sob sua direção. “No nosso País temos desafios burocráticos que não nos permitem entregar as coisas na hora que planejamos. Mas Deus quis que entregássemos durante a minha presidência. Porém, não seria possível sem o trabalho feito pelos últimos presidentes: José Vitti e Helio de Sousa (PSDB)”, disse.

O presidente da Alego recordou ainda as dificuldades durante os anos de pandemia e agradeceu a cada um que fez parte do processo de idealização e construção do prédio. “Tudo isso nos preocupou muito. Mas, nossa equipe foi competente. Agradeço a todos os envolvidos. Faço um agradecimento especial à construtora JL que está concluindo a obra dessa sede e a todas as outras empresas da área de tecnologia, iluminação, etc. Agradeço de coração a todos vocês. O nome de cada um de vocês está escrito na história da Casa Legislativa do Estado de Goiás”, pontuou.

Após o discurso de Lissauer, os parlamentares visitaram o gabinete de Charles Bento (PRTB) para conhecer como será a sala de cada um, que é padronizada. Além disso, ainda nessa mesma manhã, alguns deputados visitaram o plenário do prédio, conheceram a estrutura do ambiente e já fizeram cadastro biométrico para a primeira sessão, que ocorre nesta quinta-feira, 3. Ademais, os parlamentares passaram pela sala da presidência, Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), salão nobre e seus respectivos gabinetes.

Primeira sessão

O Plenário se reunirá a partir das 15 horas desta quinta-feira, 3. Essa será a primeira reunião deliberativa do quarto período da 19ª Legislatura e, na prática, abrirá os trabalhos legislativos de 2022. Regimentalmente, a abertura se dá no dia 15 de fevereiro, mas nesse ano, o calendário de retomada das sessões foi alterado em virtude do atraso na entrega da obra da nova sede por parte da empresa responsável, a construtora JL.

A sessão vai obedecer aos ritos das sessões ordinárias, com a leitura de um trecho bíblico, leitura da ata da sessão anterior, apresentação de matérias, Pequeno Expediente e Grande Expediente, além da Ordem do Dia.

Nova sede

O Palácio Maguito Vilela tem área total construída de 44.528,71 metros quadrados e torna possível à população acompanhar, ainda mais de perto, as atividades desenvolvidas na Casa. O novo plenário, por exemplo, teve a galeria ampliada e, agora, passa a contar com capacidade para mais de 200 pessoas.

A estrutura possui também uma sala dedicada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento, dois miniplenários, um auditório com capacidade para 600 pessoas, 11 salas de comissões temáticas, cinco salas de reuniões, além de 44 gabinetes para os deputados, seis gabinetes dedicados à Mesa Diretora, mais Escola do Legislativo, restaurante-escola, lanchonetes, área de atendimento de saúde, departamentos administrativos e presidência.

Outro diferencial da nova Casa é a disponibilidade de estacionamento. Uma das principais reclamações dos visitantes, em relação ao prédio anterior — Palácio Alfredo Nasser, na Alameda dos Buritis, Setor Oeste — era quanto à falta de vagas, principalmente para as comitivas do interior do estado, uma questão que será solucionada pelas mais de mil vagas de estacionamentos oferecidas no Palácio Maguito Vilela.

A sessão será transmitida ao vivo pela TV Alego (canais 3.2 da TV aberta, 8 da NET Claro e 7 da Gigabyte Telecom), pelo YouTube, e pelo site da Assembleia Legislativa de Goiás. 

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JORNAL OPÇÃO

Hospital Estadual de Luziânia oferece tratamento ambulatorial pós-Covid

Por Gabriella Oliveira

Pacientes que tiveram alta podem ter atendimentos médico, psicológico e fisioterapia

O Hospital Estadual de Luziânia (HEL), passou a oferecer tratamento para pessoas que ficaram com sequelas do Covid-19. Os pacientes terão atendimento médico, psicológico e fisioterapia. No primeiro momento, o programa é exclusivo para quem esteve internado na unidade.

Para participar do projeto ambulatorial, o paciente deve ter tido alta nos últimos 30 dias. O atendimento fisioterapêutico funciona toda as quartas-feiras. A taxa de adesão de quem ficou internado é de cerca de 90%.  Já os cuidados médicos e psicológicos tiveram um índice de 60% dos pacientes advindos da UTI e 40% da enfermaria.

Nesse período de teste e funcionamento, o projeto ocorreu dentro do previsto, auxiliando possíveis sequelas de quem passou pelo hospital. Na fisioterapia, o resultado já colhe seus frutos, tendo pacientes recuperando funções motoras que possuíam antes da contaminação. Todo acompanhamento é adaptado às necessidades de cada paciente, sendo realizada uma avaliação no começo do tratamento para definir a melhor forma de realizar os cuidados oferecidos.

Para a fisioterapeuta Patrícia Vasconcelos, o resultado já obtido é considerado excelente. “Foi de extrema satisfação, tanto pessoal quanto profissional, ver e acompanhar o progresso da reabilitação dos pacientes. Me sinto realizado em notar os resultados satisfatórios que estamos tendo com o ambulatório”, contou.

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Câmara cancela sessão plenária de quinta-feira para atualizar sistema

O SUAP, como é conhecido internamente, enfrentou problemas técnicos desde a implementação, no início de fevereiro

A sessão plenária desta quinta-feira, 3, foi cancelada pela Câmara Municipal de Goiânia. A administração do legislativo alega necessidade de atualização do Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP), que foi implementado no dia 1º de fevereiro deste ano e apresenta problemas técnicos desde então. As sessões ordinárias serão retomadas na terça-feira, 8.

“Em razão da necessidade de ajustes de funcionamento do SUAP, que completa nesta data 30 dias de implantação, não realizaremos a sessão ordinária desta quinta-feira, 3 de março. As adaptações serão concluídas na próxima sexta-feira, 4, e as sessões plenárias serão retomadas na terça-feira, 8 de março”, explica a gestão da Câmara de Goiânia, por meio de nota.  O SUAP é um sistema utilizado por todos os servidores com a finalidade de dar transparência à Casa e é também o que opera o sistema de biometria.

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O HOJE

Cerca de 600 goianas poderão ter câncer de colo do útero em 2022, estima Inca

O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais incide na população feminina no Brasil, com exceção dos tumores de pele não melanoma. É o que apontam os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em 2020, o risco estimado foi de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres. Este é, ainda, o segundo tipo de câncer mais incidente na região Centro-Oeste, com 12,35 casos a cada 100 mil mulheres. Neste mês, lembrado por ser o Mês da Mulher, é realizada a Campanha de Conscientização e Combate ao Câncer de Colo de Útero, o Março Lilás.

Neste cenário, o Inca aponta ainda que cerca de cerca de sete mil mulheres morrem de câncer de colo de útero no Brasil todos os anos. O Instituto prevê também o registro de 16.590 mil novos casos da doença ao longo de 2022, sendo quase 600 apenas em Goiás. Para a Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), estes números estão no centro do debate sobre a baixa adesão à vacina contra o HPV, que segue como maior entrave para o controle da doença, bem como uma das maiores preocupações do Setor de Ginecologia e Mama (SGM) do Hospital do Câncer Araújo Jorge (HAJ).

A reportagem conversou com a médica oncologista Danielle Laperche, que esclareceu diversas dúvidas sobre o tema. Danielle, que é médica oncologista do Hemolabor e membra titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, explica que o exame de Papanicolau é a melhor ferramenta que se tem para a identificação do câncer de colo de útero. 

“O exame já detecta células alteradas. É um exame simples, feito em consultório e que colhe material a ser avaliado em microscópio para verificar as alterações presentes nessas células. Às vezes conseguimos detectar lesões que não são visíveis até mesmo a olho nu, ou seja, em uma fase bem inicial, o que torna possível fazer um tratamento sem deixar sequelas e erradicando a doença”, afirma.

Sobre os sintomas, a especialista destaca que o câncer uterino só aparece com sintomas em fases mais avançadas da doença e que por isso é extremamente importante a realização dos exames preventivos. “O [exame] Papanicolau detecta a doença na fase quando ela ainda é assintomática. Quando a doença já está em uma fase mais avançada é que os sintomas começam a surgir. Os principais são sangramento vaginal anormal, principalmente durante ou após as relações sexuais, sensação de peso e dor no baixo ventre, na região da bacia e dor pélvica”, ressalta Danielle.

Além destes, a oncologista frisa que podem haver, ainda, sintomas urinários e retais, além de dor para urinar, sangramento na urina e sangramento retal. “Isso porque são órgãos muito próximos que podem estar sendo acometidos pela doença. O corrimento vaginal, de odor desagradável, persistente, que não responde a tratamentos e a coloração alterada, às vezes um pouco sanguinolento, também pode ser um sinal de alerta”, destaca.

Contudo, a médica frisa que é necessário saber que os sintomas descritos não são unicamente exclusivos do câncer de colo de útero, podendo ser, inclusive, em decorrência de outras doenças. “Por isso, diante de um sintoma desses, sempre se deve passar por avaliação médica, para fazer essa diferenciação. Os sintomas também podem estar relacionados a doenças benignas. Então é uma situação que a gente tenta evitar a suspeita do diagnóstico, a partir dos sintomas e realmente agir antes com os exames preventivos periódicos”, afirma Danielle.  

Fator de risco

A especialista alerta que o principal fator de risco para a doença é a infecção pelo HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano). O Ministério da Saúde (MS) define que o HPV é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de mulheres quanto de homens, provocando verrugas na região genital e do ânus e, ainda, câncer, a depender do tipo de vírus. Por isso, a infecção pelo HPV é classificada como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

Ela explica que todos os fatores que aumentam as chances de infecção pelo HPV aumentam também a chance de câncer de colo do útero e que, em uma proporção menor, há, ainda, neste aspecto, um papel também do tabagismo no aumento da incidência deste câncer. “Além disso, alterações imunológicas como a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) com comprometimento imunológico são um fator de risco para o câncer uterino, bem como uma vida sexual promíscua, com um início precoce de vida sexual, um maior número de parceiros, má condição de higiene genital e histórico familiar também podem ter papel na incidência da doença”, afirma a médica.

“Aprendi a lição”

“Descobri o HPV quando tinha 19 anos. Peguei o vírus na minha primeira relação sexual. Tinha acabado de entrar na faculdade e, por mais que eu tivesse estudado sobre o assunto na escola, acabei resistindo para ir ao médico, o que fez com que a doença se espalhasse”. Este relato é de uma mulher que hoje tem 28 anos e preferiu não ser identificada pela reportagem.

Ela contou que, diante dos sintomas como coceira e o aparecimento de verrugas, procurou auxílio médico. “Fui a dois médicos e um deles foi muito sensível comigo. Fizemos raspagem e foi um dos piores dias da minha vida porque eu senti muita dor, passei mal muito mal com o efeito da anestesia”, destaca. Após, ela conta que a doença foi tratada com pomadas, que auxiliaram na cicatrização do procedimento.

“Precisava, ainda, tomar as vacinas [contra o HPV], que à época ainda eram pagas. As três doses saíram cerca de R$ 1,3 mil reais, e eram escassas. Hoje, faço acompanhamento ainda, mas nunca mais apresentei nenhum sintoma. Aprendi a lição”, frisa.

Prevenção

O Ministério da Saúde (MS) destaca que meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos podem tomar a vacina contra o HPV gratuitamente no SUS. Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses), sendo que, no caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.

Outros grupos etários podem dispor das vacinas em serviços privados, se indicado por seus médicos. De acordo com o registro na Anvisa, a vacina quadrivalente é aprovada para mulheres entre 9 a 45 anos e homens entre 9 e 26 anos, e a vacina bivalente para mulheres entre 10 e 25 anos.

A vacina quadrivalente faz parte do calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e deve ser administrada em duas doses, com intervalo de seis meses, as meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Meninas e meninos que chegaram aos 15 anos sem completar as duas doses da vacina podem também atualizar o esquema vacinal.

Desde 2017, a vacina contra o HPV está também disponível para mulheres e homens vivendo com HIV, ou que sejam pacientes transplantados ou oncológicos. Em 2021, o Ministério da Saúde ampliou a indicação da vacinação para as mulheres com até 45 anos com uma destas condições.

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PORTAL G1

Vendedora que teve necrose após plástica relata que já passou por 5 cirurgias e segue sem previsão de alta: 'Deus tem me dado força'

Kelly Cristina está internada há quase 30 dias e relatou que dores diminuíram, mas faz fisioterapia diariamente. Médica que fez operação foi proibida de atuar; caso é investigado pela Polícia Civil.

A vendedora Kelly Cristina Gomes da Costa, de 29 anos, está há quase 30 dias internada após fazer uma cirurgia plástica e ficar com parte da pela necrosada, em Goiânia. Segundo ela, já foram cinco cirurgias para melhorar a situação e mais uma está agendada para sexta-feira (4).

"Está melhorando, mas os médicos dizem que vai mais ou menos um ano de tratamentos ainda. […] Deus tem me dando força, mas ficar tanto tempo em hospital e sentindo dor é de enlouquecer", descreveu.

A médica que a operou, Lorena Duarte Rosique, foi proibida de atuar na área temporariamente pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Segundo o órgão, ela segue "sob interdição cautelar total".

A defesa de Lorena já havia esclarecido, em nota, que a paciente estava ciente do risco de necrose da pele em decorrência da cirurgia plástica e quis fazer o procedimento ainda assim.

Também de acordo com o comunicado, a médica orientou 20 sessões de câmara hiperbárica e outros tratamentos, que a paciente não fez como recomendado. Por fim, o texto diz que ela "se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas de macular sua honra" - leia íntegra ao fim da reportagem.

Nesta quarta-feira (2), o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) informou que a paciente tem "estado de saúde regular, consciente e respirando espontaneamente".

Procedimentos e recuperação

De acordo com Kelly, as cirurgias que fez desde que foi internada, no último dia 4 de fevereiro, foram para retirar a pele que necrosou. Ela contou que está com um curativo a vácuo na barriga e tem feito sessões de fisioterapia diariamente.

“Os médicos disseram que é para a pele não cicatrizar esticada e eu acabar ficando corcunda. Para eu não ter dificuldade para andar”, explicou.

A próxima operação, segundo a paciente, está marcada para sexta-feira (4) e deve ser para enxertar tecido nos locais das cicatrizes. Kelly disse que esta é a sua principal preocupação atualmente.

"Agora é rezar para que o enxerto pegue, porque ainda pode ser que não pegue. Os médicos falam que é uma das etapas finais, mas ainda não sabem quando vou sair. Tudo depende do resultado dessa cirurgia", afirmou.

Operação e consequências

Kelly fez a plástica na barriga e nos seios no último dia 19 de janeiro. O procedimento era um sonho dela, mas que acabou virando um pesadelo com vários dias de muita dor.

"Eu mandava áudio para ela chorando: 'Doutora está queimando, estou com muita dor'. Ela aumentava os remédios, mas não adiantava", disse.

A vendedora contou que nunca perdeu o contato com a médica, que ela sempre a atendeu e que chegou a acompanhá-la em um pronto socorro às pressas, quando sentiu falta de ar.

Kelly contou que no dia 4 de fevereiro, após sentir muita dor, foi ao Hugol, onde já ficou internada e passou por um procedimento cirúrgico de urgência. Segundo ela, os médicos ficaram assustados com a gravidade dos ferimentos.

Investigação policial

A mãe da Kelly denunciou a situação da filha à Polícia Civil. O registro foi feito como caso de lesão corporal culposa (sem que a médica tivesse intenção de causar mal à paciente). A vendedora e testemunhas foram ouvidas e relataram como foi a cirurgia e como foram os dias após o procedimento.

Até o último dia 21 de fevereiro, a polícia esperava a conclusão dos laudos da perícia para identificar melhor as causas das queimaduras e necrose na pele.

Até as 12h desta quarta-feira, o g1 não havia localizado o delegado responsável para saber como está o andamento da apuração.

Defesa da médica Lorena Rosique

Com relação à reportagem sobre Kelly Cristina Gomes Costa, a defesa da médica Lorena Duarte Rosique esclarece o que se segue:

Já foram enviados documentos para a redação do respeitável veículo de imprensa entre os quais o Termo de Consentimento assinado por Kelly em que foi informado “que a lipoaspiração pode, mesmo com todos os cuidados, levar a sofrimento de pele (necrose) com formação de feridas, sejam focais (menores) ou mais extensas (...) de solução demorada e com formação de cicatrizes (...) não está descartada a colaboração eventual de outros profissionais para o adequado tratamento”.

Ainda que a paciente “deverá fazer retornos (...) com zelo e atenção a todas orientações e cuidados do pós-operatório”.

No caso, a médica deu toda a assistência à paciente, e especificamente prescreveu medicações orais, tópicas e oxigenoterapia hiperbárica por 20 (vinte) dias seguidos, com toda orientação e auxílio para a realização do tratamento. Cumpre esclarecer que a oxigenoterapia hiperbárica consiste em terapia em que a paciente respira oxigênio puro com pressão maior, o que aumenta muito a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue, combatendo infecções, compensando deficiência de oxigênio em entupimentos ou destruição de vasos sanguíneos, ativando células e ajudando na cicatrização.

Contudo, apesar de receitado e insistido, conforme documentado pelo consultório da médica, a paciente Kelly fez apenas 5 (cinco) sessões espaçadas, não se sabe o motivo, se por não poder ou não querer.

Tudo será esclarecido a seu tempo perante a Justiça e a médica se compadece com o drama pelo qual passa a paciente, ao mesmo tempo em que se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas, seja de quem for, de macular sua honra, dispendiosa e longa formação médica, zelo e competência profissional.

Marina Toth
Octavio Orzari
Advogados

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 02 Março 2022 08:00

CLIPPING AHPACEG 26/02 A 02/03/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Autoteste para covid-19 já pode ser adquirido em sites de drogarias

Covid-19: Goiás registra 730 novos casos e três mortes em um dia

Planta do Cerrado é base de pesquisa para tratamento natural de vitiligo

Mudança no rol da ANS poderá deixar usuários de planos de saúde na mão

Mãe luta há dois meses por home care para que bebê possa deixar hospital em Goiânia

77 prestadores de serviços do IMAS suspendem atendimentos eletivos

AGÊNCIA ESTADO

Autoteste para covid-19 já pode ser adquirido em sites de drogarias

Os autotestes para covid-19 já podem ser encontrados nos sites da Drogaria São Paulo e Drogaria Pacheco (elas são parte do Grupo DPSP). Nos dois casos, o autoteste disponível custa R$ 69,90.

A reportagem ligou para lojas físicas da Drogaria São Paulo, Pacheco e Drogasil. Em nenhum dos casos, os testes estavam disponíveis nas lojas físicas. A expectativa, segundo os atendentes, é que as farmácias recebam os testes no fim desta semana ou comecinho da próxima.

A Anvisa autorizou a venda de autotestes no País no último dia 28 de janeiro. Os testes caseiros de antígeno indicam a presença (ou não) do coronavírus em cerca de 15 minutos.

O kit vem com um dispositivo de teste, tampão de extração, filtro e o swab - um cotonete usado para a coleta nasal. Nos sites da rede São Paulo e Pacheco, o teste disponível é o SGTi-flex COVID-19 Ag - AUTOTESTE ( produzido e distribuído pela empresa Kovalent do Brasil Ltd).

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 730 novos casos e três mortes em um dia

Goiás registrou 730 novos casos da covid-19 e três mortes em consequência da doença nas últimas 24 horas. É o que aponta boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta terça-feira (1º/3). Com as atualizações, o Estado chega a 1.167.657 casos e 25.763 óbitos por complicações provocadas pela doença provocada pelo novo coronavírus. 

Ainda de acordo com a SES-GO, há em Goiás 786.508 casos suspeitos de covid-19 em investigação e 310.209 casos já foram descartados. 

Além dos 25.763 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,21%, há 402 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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Planta do Cerrado é base de pesquisa para tratamento natural de vitiligo

Goiânia - Muitas discussões relacionadas ao vitiligo voltaram a ganhar espaço, principalmente nas redes sociais, após o anúncio da modelo e designer de unhas Natália Deodato, de 22 anos, como participante do Big Brother Brasil (BBB) 22, sendo a primeira pessoa com vitiligo a participar do programa. De acordo com Mariana Cristina de Morais, pesquisadora sobre vitiligo e doutora em ciências farmacêuticas, existem tratamentos para a doença que têm origem no próprio Cerrado brasileiro. 

“A mama-cadela, por exemplo, é um fruto típico desta região que pode ser utilizado no desenvolvimento de cremes, géis e pomadas para a pele e comprimidos para o uso complementar oral do tratamento”, revela. 

A pesquisa está sendo desenvolvida há 10 anos, sob coordenação do professor Edemilson Cardoso da Conceição, professor titular da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Escolhemos a mama-cadela pois já tínhamos um conhecimento tradicional. As pessoas usam o chá da planta, como um conhecimento popular, para ajudar a repigmentar a pele. Por meio desta informação, fizemos um estudo científico para entender melhor a planta e suas propriedades”, relata Mariana.

“Durante o estudo, encontramos substâncias que são extraídas da planta e ocasionam a repigmentação da pele. Com isso, desenvolvemos produtos, como gel e cremes, para que os pacientes consigam reduzir as manchas por meio de um tratamento de uso correto. Lembrando que todo o processo foi realizado de forma segura e seguindo os acompanhamentos recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a manipulação da planta não deve ser realizada em casa, já que a mesma pode apresentar toxicidade hepática quando usada incorretamente. Além disso, é importante não utilizar medicamentos sem uma avaliação médica indicada antes”, completa a professora. A farmacêutica e pesquisadora pontua que a fórmula dos produtos base ainda estão em fase de testes clínicos e não estão prontas para serem comercializadas.        

Mariana explica que, segundo os testes realizados, as respostas são promissoras e de resultado rápido. “Os pacientes devem fazer uso diário das apresentações, aguardando 30 minutos e depois se expondo ao sol. A repigmentação da área afetada é feita de dentro para fora. Com isso, o efeito começa nas camadas mais internas da pele e seguem até a parte externa”, observa a profissional.

A professora conta que fez um uso teste dos produtos em um tratamento. “Tenho manchas de vitiligo no queixo e no pé. Então fiz um tratamento teste, seguindo as recomendações de segurança, para avaliar os resultados. Fiz uma avaliação gradual e percebi que de fato surgiu efeito natural”, relata.

Mariana chama a atenção para o tratamento mais natural e menos agressivo. “Uma das formas de tratamento mais comum que temos no mercado é a fototerapia com radiação ultravioleta do tipo B (UVB). As luzes UVB são as mesmas usadas em bronzeamentos artificiais e podem ser muito agressivas para a pele. Ela pode ocasionar queimaduras e traz muitos inconvenientes para o paciente”, conclui.

A doença

Segundo a dermatologista Renata Bertino, o vitiligo é caracterizado pela alteração da função ou ausência de melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina, que é o pigmento que dá a cor à pele, cabelo, pelo e olhos. “Devido à ausência de produção de melanina, há o aparecimento de manchas esbranquiçadas com localização e distribuição características, principalmente nas mãos, pés, joelhos, rosto e cotovelos, podendo também, em alguns casos, haver descoloração de cabelo e pelo e alteração na sensibilidade do local. Isso possibilita o diagnóstico essencialmente clínico”, explica.

Além disso, Renata reforça que os sintomas de vitiligo são mais frequentes antes dos 20 anos, como em Natália, mas podem surgir em qualquer idade e em qualquer tipo de pele, embora seja mais frequente em pessoas de pele mais escura. “A maioria dos pacientes não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele”, observa. Entretanto, argumenta “em alguns casos, os pacientes relatam sentir sensibilidade e dor na área afetada”.

Ela pontua que “atualmente existem excelentes resultados no tratamento da doença. O fato de não se falar em cura, não quer dizer que não existam várias opções terapêuticas. O paciente tem que acreditar e buscar ajuda médica”. Sendo importante ressaltar que existem três possíveis causas para esta doenças: de origem autoimune, de origem genética e por estresse, uma das hipóteses que mais vem crescendo na atualidade.

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JORNAL OPÇÃO

Mudança no rol da ANS poderá deixar usuários de planos de saúde na mão

Por Ysabella Portela

Alteração de caráter exemplificativo para taxativo possibilitará que planos de saúde deixem de cobrir terapias, até mesmo de doenças descritas na CID

Na última semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomou o julgamento sobre o rol de coberturas obrigatórias dos planos de saúde, elaborado pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Um pedido de vistas pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva foi aprovado e voltou a suspender o processo. Os planos de saúde querem que a obrigatoriedade de cobertura seja pelo rol da ANS com caráter taxativo, sem abrir brecha para coberturas das doenças da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a maioria dos tribunais de justiça brasileiros entendem que o rol da ANS é exemplificativo, significando o “piso” de cobertura obrigatória.

Cerca de 22% dos brasileiros são atendidos por planos de saúde com procedimentos que incluem uma série de consultas, exames, terapias e cirurgias. Atualmente, a lista da ANS conta com mais de 3 mil itens. Segundo a Lei nº 9.961/2000, que determina as funções da ANS, afirma que é atribuição da agência “elaborar o rol de procedimentos e eventos em saúde, que constituirão referência básica” ou seja, os procedimentos e eventos em saúde existentes nessa lista não podem ser negados pelos planos de saúde, sob pena de terem a comercialização de planos suspensa ou serem multados.

Dessa forma, o contratante do plano de saúde, caso precise, possui cobertura obrigatória sem precisar arcar com custos adicionais. Na cobertura exemplificativa, os planos de saúde não ficam limitados para cobrir apenas o que está na lista da ANS. Já na cobertura taxativa, os procedimentos que estão fora da ANS não precisarão ser cobertos pelos planos. Ou seja, se não está no rol, não tem cobertura.

O vereador por Goiânia, Willian Veloso (PL) é contra a taxatividade do rol. Segundo ele, a mudança de caráter exemplificativo para taxativo, piora a situação de quem depende dos planos de saúde. “Essa eventual alteração, que nós imaginamos e solicitamos que não aconteça, terá uma mudança significativa para pior. Quem precisa de consultas, terapias ou até mesmo medicamentos, não terá para onde recorrer”, diz o parlamentar que desde os 19 anos de idade é uma pessoa com deficiência. Ainda, segundo o vereador, “o rol taxativo vai deixar que as empresas de planos de saúde fiquem muito à vontade para negar tratamentos. O rol taxativo mata. Só nós sabemos dos problemas que enfrentamos”, conclui.

A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), por outro lado, se posicionou favorável pelo caráter taxativo do rol, pela “segurança jurídica dos contratos já celebrados, mas também com a futura oferta dos preços aos beneficiários”, pois, segundo a associação, a taxatividade está “ligada à segurança, eficácia, custo e efetividade para se chegar a um preço”. No entendimento do órgão, o rol da ANS como “taxativo”, é o “teto” do que os planos devem cobrir.

Caso o STJ decida pela taxatividade do rol, os planos de saúde poderão negar tratamento de doenças, mesmo estando previstas na CID, sendo prescritas até mesmo pelos próprios médicos cooperados. Dessa forma, as operadoras de planos de saúde determinarão o que deverá ser ou não coberto, impactando diretamente nos usuários que fazem alguns tipos de tratamento contra o câncer ou usam terapias para o autismo, por exemplo. Além disso, procedimentos não cobertos poderão ser jogados na rede pública, pressionando ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS) e, ações judiciais já em vigor contra os planos de saúde para tratamentos, deverão ser prejudicadas.

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PORTAL G1

Mãe luta há dois meses por home care para que bebê possa deixar hospital em Goiânia

Vitória nasceu prematura e, por causa de problema nos pulmões, precisa de respirador. Bebê completou 10 meses de vida e mãe diz que ela nunca foi para casa.

Por Danielle Oliveira, g1 Goiás

Uma mãe luta há dois meses por um home care para que uma bebê possa deixar o hospital onde está internada, em Goiânia. Vitória Silva Santos completa 10 meses de vida nesta terça-feira (1º) e, segundo Ingrid Silva Godoi, ela nunca foi para casa, em Porangatu, no norte de Goiás. Como a menina nasceu prematura e com problema nos pulmões, ela precisa de um respirador para deixar a unidade de saúde.

“Tem dois meses que ela está de alta e estamos aguardando serviço de home care para poder ir para casa. Ela precisa de respirador e acompanhamento médico. A Vitória nunca foi para casa. Será a primeira vez”, disse a mãe.

Em nota, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), onde a bebê está internada, disse que ela está recebendo todos os cuidados necessários dentro da unidade, com suporte integral da equipe pediátrica. A unidade disse ainda que já entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porangatu, onde a família reside, pedindo a liberação do home care.

Já a SMS disse que acionou o departamento jurídico para ver a viabilidade logística de dar assistência à criança, mas diz que o município não tem uma estrutura adequada para receber a Vitória (veja a íntegra da nota no fim do texto).

Ingrid contou que teve descolamento de placenta durante a gestação e que filha nasceu prematura de 24 semanas, no dia 1ª de maio de 2021. A mãe disse que a bebê tem broncodisplasia pulmonar e precisou passar por uma traqueostomia.

Segundo a mãe, a menina está internada em uma Unidade de Terapia Intensitva (UTI) do Hecad, em Goiânia, e recebeu alta do local há dois meses. No entanto, como tem um problema nos pulmões, a bebê depende de um respirador mecânico para poder ir para casa.

“Hoje ela completa 10 meses. São 10 meses de UTI sem nunca ter ido para casa”, disse a mãe.

Ainda de acordo com a mãe, Vitória precisa de home care e tratamento de profissionais, como fonoaudiólogo e enfermeiro, além de um respirador mecânico. Ingrid diz que sonha com o momento em que terá a filha em casa.

"Eu esperei praticamente oito meses para ela poder ir para casa e quando chegou esse momento, ela não pode ir por causa desses aparelhos que a minha cidade não pode ajudar. Eu acho que é um direito dela. A gente paga nossos impostos é para isso", desabafou a mãe.

Veja a íntegra da nota da Secretaria Municipal de Saúde de Porangatu:

"Com base no caso Vitória esclarecemos que o departamento jurídico foi acionado pela secretaria de saúde para ver a viabilidade logística de dar assistência a criança, porém e em resposta ao Ministério Público do Estado de Goiás, informamos que na atualidade o município não apresenta uma formatação adequada para o recebimento da menor, tendo em vista que o seu quadro é considerado grave e complexo, pois as solicitações feitas pela Equipe do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento são de assistência intensiva em pediatria, não dispondo na atualidade destes serviços na rede pública ou particular. Portanto não ha nem possibilidade de contratação de serviços de Home Care, tendo em vista que não apresenta-se no município empresas ou correlatos que executem estas atividades nas residências".

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TV ANHANGUERA

77 prestadores de serviços do IMAS suspendem atendimentos eletivos

globoplay.globo.com/v/10339368/

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 25 Fevereiro 2022 09:54

CLIPPING AHPACEG 25/02/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Anvisa aprova remédio contra covid-19 para imunocomprometidos

Será a vez da Dasa entrar no mercado de plano de saúde, em meio à consolidação do setor?

TRT-18 direciona quase R$ 500 mil para Hospital do Câncer de Rio Verde

Laboratórios apontam queda nos diagnósticos de Covid

Em projeto de lei, Leandro Sena pede identificação de bebês e mães por biometria em hospitais e maternidades

AGÊNCIA BRASIL

Anvisa aprova remédio contra covid-19 para imunocomprometidos

Novo medicamento é produzido pela AstraZeneca do Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (24) o uso emergencial de novo medicamento que promete aumentar a resistência contra a covid-19 em pessoas imunocomprometidas graves em decorrência de outros problemas de saúde.

Produzido pela AstraZeneca do Brasil, o remédio Evusheld, não é um substitutivo à vacinação da população em geral, sendo recomendado apenas para pessoas não infectadas pelo novo coronavírus, cujas defesas imunológicas estejam comprometidas por outras doenças ou que não possam ser vacinadas contra a covid-19.

Já autorizado em outros países, como os Estados Unidos, o medicamento Evusheld pode ser usado por pessoas a partir dos 12 anos de idade ou com pelo menos 40 kg, que não tenham tido contato recente com pessoas com covid-19. Profilático, o remédio é composto por dois anticorpos monoclonais IgG1, o cilgavimabe e o tixagevimabe, que serão injetados por via intramuscular, sucessivamente e, a princípio, uma única vez.

Produzidos em laboratório, os dois anticorpos têm a função de imitar a ação de anticorpos naturais, produzidos pelo próprio corpo humano. São programados para agir sobre a proteína do vírus, impedindo que ele se reproduza dentro do organismo humano e, assim, evitar que a infecção pelo novo coronavírus se agrave.

“Estamos falando de dois anticorpos monoclonais IgG1 humanos. Ou seja, anticorpos modificados e utilizados de forma a se ligarem à proteína spike do vírus para impedir que o ele se replique, neutralizando-o”, explicou o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, o farmacêutico Gustavo Mendes Lima Santos. Ele afirmou que ensaios científicos demonstraram que, ao menos nos testes in vitro, o cilgavimabe e o tixagevimabe demonstraram ser capazes de neutralizar as diferentes variantes do Sars-Cov-2, incluindo a variante Ômicron.

“Quanto à segurança [de uso], os principais eventos adversos emergentes de tratamento foram dor de cabeça, fadiga e tosse, mas, comparativamente, não houve uma incidência muito grande”, assegurou Santos. “Além disso, houve uma atenção especial aos eventos adversos graves cardíacos, uma questão especial em todos os aspectos relacionados à covid-19. Os dados demonstraram um perfil de segurança satisfatório, mas, claro, esta questão demandará um acompanhamento.”

Para a Anvisa, como de costume, será preciso monitorar por algum tempo eventuais reações que podem resultar do uso do medicamento, principalmente entre adolescentes. E, se necessário, reavaliar sua eficácia frente a variações do vírus que possam surgir no futuro. Além disso, estudos clínicos ainda em andamento devem ser concluídos a fim de esclarecer “incertezas” restantes. 

Baseado nas informações apresentadas pela Astrazeneca, a Anvisa indica o Evusheld para pessoas que estejam tratando um tumor sólido ou malignidades hematológicas; que estejam em tratamento pós transplante de órgãos ou em terapia imunossupressora; com imunodeficiência primária moderada ou grave (por exemplo, as síndromes de DiGeorge ou de Wiskott-Aldrich); que tenham recebido, nos últimos dois anos, um transplante de células-tronco hematopoiéticas ou que estejam recebendo terapia de imunossupressão.

O medicamento também pode ser aplicado, de forma profilática, em pacientes com infeccção por HIV avançada ou não tratada; que estejam fazendo tratamento ativo com altas doses de corticoides, agentes alquilantes, antimetabólitos, medicamentos imunossupressores relacionados ao transplante ou agentes quimioterápicos do câncer classificados como gravemente imunossupressores, além de medicamentos anti-fator de necrose tumoral e outros agentes biológicos que são imunossupressores ou imunomoduladores.

"Temos, hoje, um adequado arsenal de vacinas com inovações tecnológicas na estratégia da profilaxia da covid-19. No entanto, nenhum outro produto está disponível no país com esta finalidade preventiva, ficando desassistidas aquelas pessoas que não desenvolvem uma resposta imunológica adequada às vacinas ou que possuem alguma contraindicação à imunização por serem intolerantes a algum componente da vacina", destacou a diretora-presidente substituta da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas, ao votar a favor da autorização do uso do Evusheld.

"Considero que, no cenário de uma pandemia, o uso de um novo produto na profilaxia da covid-19 pode proporcionar mais uma estratégia para a proteção da população, sendo uma ferramenta adicional para minimizar os riscos individuais, reduzir surtos e controlar a disseminação do vírus."

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VALOR ONLINE

Será a vez da Dasa entrar no mercado de plano de saúde, em meio à consolidação do setor?

No radar está uma possível venda da operação brasileira da UnitedHealth Group (UHG), dona da Amil. Um comprador natural seria a Dasa, que, segundo fontes, até então não tinha interesse em entrar no mercado

O processo de consolidação no setor de saúde já entra na fase de união de grandes grupos.

Ontem, a Rede D’Or, maior empresa hospitalar do país, e a SulAmérica, segunda maior seguradora de saúde do país, anunciaram uma junção de negócios. No mês passado, foi aprovada sem restrições, a fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica, as duas maiores operadoras verticalizadas.

Há ainda no radar uma possível venda da operação brasileira da UnitedHealth Group (UHG), dona da Amil. Um comprador natural seria a Dasa, dona da maior rede de medicina diagnóstica do país e vice-líder no segmento hospitalar. Até então, segundo fontes, a Dasa não tinha interesse em entrar no mercado de planos de saúde e sua intenção era repassar a operadora à SulAmérica, que já havia sinalizado seu desinteresse no ativo porque precisaria se alavancar demais. No entanto, agora com essa aquisição da SulAmérica pela Rede D’Or, o projeto da Dasa de não ter planos de saúde pode mudar.

No entanto, ainda há muita indefinição sobre o futuro da UHG no país. O grupo americano diz oficialmente que não pretende deixar o país.

O mercado considerou positiva a transação entre Rede D’Or e SulAmérica. Segundo projeções do Bradesco BBI, o negócio pode gerar sinergias de custos e fiscais de R$ 4,7 bilhões.

“Vemos o movimento como estratégico e financeiramente positivo, com R$ 4,7 bilhões (valor presente líquido) de custos e sinergias fiscais, potenciais sinergias de receita para ambas as operações por meio de desenvolvimento de novos produtos, entrada em novos mercados e fusões e aquisições e menor dependência dos pagadores e aumento do poder de barganha”, informa relatório do Bradesco, assinado por Marcio Osako.

Deste valor total de sinergias, o Bradesco BBI estima que R$ 1,9 bilhão virão de benefício fiscal de ágio assumindo amortização de R$ 8 bilhões em cinco anos a partir de 2024 e preço de fechamento de R$ 38. Os outros R$ 2,8 bilhões viriam de custos, assumindo redução de 15% nas despesas gerais e administrativas da seguradora, representando 1,1% da receita operacional.

A SulAmérica é a segunda maior fonte de receita da Rede D’Or, responsável por cerca de 20% de seu faturamento do grupo hospitalar, atrás da Bradesco Saúde, com participação de cerca de 25%.

Considerando todo o mercado de planos de saúde (incluindo seguradoras, medicina de grupo e cooperativas médicas), a SulAmérica é o quarto maior grupo. No segmento dental, a empresa detém uma fatia de 9,4%.

Em relação aos impactos dessa associação, o Itaú BBA acredita que esse reflexo ocorrerá para os prestadores de serviço. Isso porque a Rede D’Or pode ter acesso à informações dos demais prestadores por meio da SulAmérica.

“Pode ser uma decisão difícil para esses prestadores daqui para frente: deixar uma parte importante de sua receita nas mãos de seu concorrente ou perdê-la para outros fornecedores?”, segundo trecho do relatório do Itaú BBA. Durante teleconferência de resultados, a administração da SulAmérica destacou que as operações permanecerão separadas por áreas de negócios e estrutura complementar.

Para a Hapvida e Intermédica, o Itaú BBA considera que não haverá impactos relevantes no curto e médios prazos porque as companhias operam em mercados com perfil de renda distinto.

Já em relação à Qualicorp, companhia em que o maior acionista é a Rede D’Or, com fatia de cerca de 30% e que vende também seguro saúde por adesão da SulAmérica (cerca de 230 mil planos da seguradora são dessa modalidade), o Citi lembra que a atual legislação impede que administradoras de benefícios e operadoras de saúde comercializem produtos sob o mesmo grupo econômico.

“Ainda não foi confirmado se a participação minoritária da Rede D’Or na Qualicorp será tecnicamente caracterizada como o mesmo grupo econômico pelo regulador”, informa o banco.

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A REDAÇÃO

TRT-18 direciona quase R$ 500 mil para Hospital do Câncer de Rio Verde

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18) anunciou o investimento de quase R$ 500 mil para a ampliação do Hospital do Câncer de Rio Verde. Os recursos são provenientes do saldo remanescente de uma ação civil pública que tramita na Vara do Trabalho de Jataí e será utilizado para a construção da nova ala de quimioterapia do hospital. Após serem quitados todos os débitos vinculados ao processo, o Ministério Público do Trabalho (MPT) requereu a destinação dos recursos disponíveis para a Fundação Cristã Angélica, mantenedora do hospital.

Embora o hospital já atue na prevenção e realize o atendimento de pacientes com câncer, atualmente busca recursos para cumprir exigências do Ministério da Saúde para atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é ampliar os tratamentos na região. Segundo a direção da entidade, com a conclusão da ala de quimioterapia e a habilitação para tratamentos oncológicos pelo SUS, o Hospital deve beneficiar a população de pelo menos 28 municípios do sudoeste goiano.

O projeto já está em andamento e a maior parte do investimento necessário já foi arrecadada. As obras se iniciaram em novembro de 2021. A previsão para conclusão das obras é de 18 meses se o total de recursos for alcançado.
 

O Hospital do Câncer de Rio Verde é uma entidade filantrópica que atua há mais de 30 anos na região sudoeste do Estado.  Possui atualmente 70 leitos, 4 centros cirúrgicos e UTI humanizada. É referência no serviço de tratamento e prevenção de lesões do câncer de colo de útero e para diagnóstico de câncer de mama. Para conhecer melhor o trabalho do hospital acesse o site e também o perfil no Instagram @hospitaldocancerderioverde.

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FOLHA DE S.PAULO

Laboratórios apontam queda nos diagnósticos de Covid

Dasa registrou redução de 12 pontos percentuais

Os casos com diagnóstico positivo nas redes de laboratórios seguem em queda no Brasil após a explosão da ômicron, em janeiro.

Levantamento da Dasa aponta redução de mais de 12 pontos percentuais nos testes com resultado positivo entre os dias 14 a 20 de fevereiro na comparação com a semana anterior.

Em São Paulo, a taxa passou de 38% para 26% no período. Já no Rio de Janeiro o recuo foi de 20% para quase 13%.

No Grupo Fleury, a média semanal foi de 22% entre os adultos examinados e de 19% entre crianças de até 12 anos.

No final de janeiro, a rede chegou a registrar cerca de 63% de resultados positivos.

O DB Molecular afirma que registrou 41% de resultados positivos entre adultos, pouco abaixo do patamar médio de janeiro que foi de 43%, mas ainda muito acima da média de dezembro, que ficou em torno de 7%.

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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA

Em projeto de lei, Leandro Sena pede identificação de bebês e mães por biometria em hospitais e maternidades

Hospitais e maternidades poderão ter de implementar sistemas biométricos de identificação de recém-nascidos, de acordo com a proposta (PL nº 43/2022) apresentada nesta quinta-feira (24) pelo vereador Leandro Sena (Republicanos).

O sistema de identificação consiste na criação de um bando de dados civil vinculando a impressão digital do bebê e de sua mãe. As impressões deverão ser recolhidas com um leitor biométrico eletrônico imediatamente após o nascimento.

“Esta proposta moderniza o sistema de identificação, pois será possível emitir as carteiras de identidade dos recém-nascidos, relacionando a identificação do bebê e da mãe. Será possível também formar um arquivo de identificação civil especial, que servirá como importante fator de prevenção na resolução de casos de subtração e troca de bebês nas maternidades, podendo até auxiliar nos casos de abandono de recém-nascidos”, explica Leandro Sena.

O vereador sugere que, com o sistema de identificação em funcionamento, sejam instalados leitores biométricos em aeroportos e rodoviárias ligados ao banco de dados de recém-nascidos para identificar pessoas levando bebês em viagens. Dessa forma, seria possível coibir crimes contra menores e tráficos de pessoas.

Sena afirma que estados como Paraná, Pernambuco e Santa Catarina já implementaram este sistema.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 24 Fevereiro 2022 08:20

CLIPPING AHPACEG 24/02/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Decisão sobre cobertura de planos de saúde é adiada pelo Superior Tribunal de Justiça

Goiás confirma quatro mortes por dengue em 2022 

Covid-19: Goiás registra 4.211 novos casos e 31 mortes em 24 horas

Goiás é o Estado com maior número de casos de dengue em 2022

Hospital Estadual de Itumbiara reabre centro cirúrgico 

Pedra fundamental de ampliação do Hetrin é inaugurada

Anvisa aprova comercialização do segundo autoteste para detectar Covid-19; confira detalhes

Ocupação de UTIs para Covid-19: apesar da queda, Goiás ainda registra taxa de 61%

AGÊNCIA BRASIL

Decisão sobre cobertura de planos de saúde é adiada pelo Superior Tribunal de Justiça

Um novo pedido de vista adiou, mais uma vez, a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a amplitude da cobertura dos planos de saúde. O tribunal decide se as operadoras devem pagar por tratamentos que não estejam previstos na lista de cobertura obrigatória elaborada pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Não há prazo definido para que o tema volte à pauta.

O tema tem causado apreensão em grupos de pacientes, sobretudo os que incluem mães e pais com filhos portadores de doenças raras. Um dos temores é que uma decisão do STJ favorável aos planos de saúde interrompa tratamentos já em andamento. Nesta quarta-feira (23/02), houve manifestação em frente à sede do tribunal, em Brasília.

Após ter sido interrompida em setembro por um pedido de vista, a análise foi retomada hoje pela Segunda Seção do STJ, composta por dez ministros e especializada em direito privado. Uma das atribuições do colegiado é consolidar a jurisprudência sobre assuntos recorrentes que venham recebendo tratamentos díspares da Justiça.

Nesta quarta-feira, contudo, um pedido de vista coletivo interrompeu mais uma vez o julgamento. Somente a ministra Nancy Andrighi votou hoje no sentido de que o rol da ANS não esgota os tratamentos e procedimentos que as operadoras de plano de saúde podem ser obrigadas a cobrir.

Ela divergiu do relator do caso, ministro Luís Felipe Salomão, que em setembro havia votado no sentido de que as operadoras são obrigadas a cobrir somente o que se encontra na lista da ANS, salvo em casos excepcionais justificados por pareceres técnico-científicos.

Controvérsia

A lista de procedimentos e tratamentos obrigatórios da ANS foi criada em 1998 para estabelecer um mínimo de cobertura que não poderia ser negada pelos planos de saúde. O rol vem sendo atualizado desde então para incorporar novas tecnologias e avanços.

Desde então, porém, tornou-se comum que usuários de plano de saúde busquem na Justiça o direito de as operadoras pagarem por procedimentos ou tratamentos que ainda não estejam previstos no rol da ANS.Entretanto, uma decisão tomada em 2019 pela Quarta Turma do STJ, composta por cinco ministros, mudou o panorama. Em um caso específico, a maioria dos ministros considerou que o planos de saúde não estaria obrigado a pagar por procedimento não previsto na lista da ANS. Tal decisão provocou controvérsia dentro do próprio tribunal, motivo pelo qual o assunto seguiu para que a Segunda Seção pacifique a questão.

Em termos técnicos, os ministros discutem se o rol de procedimentos e eventos da ANS tem natureza taxativa, sendo os planos obrigados a cobrir somente o que está previsto na lista, ou exemplificativa, em que a lista não esgota as obrigações de cobertura das operadoras. 

A resolução do tema pode ter grande repercussão por toda a Justiça brasileira, ante o alto grau de judicialização da saúde no país. Estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que, somente em São Paulo, havia cerca 112 mil demandas judiciais contra planos de saúde em 2017. Há no Brasil aproximadamente 48 milhões de usuários de plano de saúde.

Votos

Em setembro, o relator, Luís Felipe Salomão, votou no sentido de que o rol da ANS tem caráter taxativo. Com isso, as operadoras de planos de saúde não deveriam ser obrigadas a cobrir tratamentos e procedimentos não previstos na lista. Para o ministro, somente em casos específicos e plenamente justificados por pareceres clínicos e técnico-científicos poderia haver exceções.

Salomão entendeu que é preciso dar segurança jurídica e garantir que a lista da agência tenha, de fato, efetividade. “O rol não existe por acaso, não está ali para nada, ele está ali para balizar, para servir como segurança jurídica, para ter um farol”, disse ele nesta quarta-feira.

O ministro argumentou que haveria um desequilíbrio nos contratos de plano de saúde se alguns usuários obtivessem na Justiça direito a coberturas que outros não têm. Isso afetaria o equilíbrio econômico do sistema de saúde complementar e aumentaria os custos para todos os usuários, disse o relator.

“O cobertor é que é curto”, afirmou Salomão. “Então temos que pensar nessa posição de equilíbrio, nessa posição que busca aqui a solução que melhor atenda a todos os interesses”, acrescentou. Em setembro, ele havia dito que a questão deveria ser tratada “sem sentimentalismos”. Nesta quarta, ele chegou a chamar a decisão sobre o tema de “tormentosa”.

Abrindo divergência, a ministra Nancy Andrighi votou no sentido de que o rol da ANS continue sendo considerado pela Justiça como sendo de natureza exemplificativa, não esgotando as possibilidades de tratamento. Ela negou qualquer “sentimentalismo” em sua decisão, e disse ter se pautado em critérios técnicos e jurídicos.

Nancy Andrighi negou que considerar o rol da ANS como taxativo faça com que os planos de saúde se tornem mais baratos e acessíveis, afirmando que a realidade não demonstra tal efeito. A ministra argumentou também que, caso o caráter exemplificativo garanta que os casos trazidos à Justiça sejam todos devidamente analisados, e que mudar isso acarretaria em restringir o acesso a tratamentos.

“O reconhecimento por esta corte de natureza taxativa do rol [da ANS] representaria para as instâncias ordinárias orientação jurisprudencial que desestimula a análise minuciosa e individualizada para todo o jurisdicionado enquanto paciente em busca de sua cura” disse a ministra.

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A REDAÇÃO

Goiás confirma quatro mortes por dengue em 2022 

Goiás tem quatro mortes por dengue confirmadas em 2022. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23/2) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). As vítimas moravam em Itaberaí, Itapaci, Inhumas e Goiânia.

O Comitê de Investigação de Óbitos por dengue de Goiás se reuniu na terça-feira (22), ocasião em que as mortes pela doença foram discutidas. Ainda segundo a SES-GO, há outros oito casos em investigação. 

Boletim epidemiológico indica que o número de casos - confirmados ou notificados - da doença disparou em Goiás. Somente nas seis primeiras semanas deste ano, o aumento foi de 215% quando comparado ao mesmo período de 2021. 

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Covid-19: Goiás registra 4.211 novos casos e 31 mortes em 24 horas

Goiânia - O território goiano registrou 4.211 novos casos de covid-19 e 31 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. É o que afirma o balanço da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), divulgado na tarde desta quarta-feira (23/2). Com as atualizações, o Estado já soma 1.153.702 infecções e 25.623 óbitos desde o início da pandemia. 

Além disso, a pasta ainda investiga outros 779.841 casos e 405 mortes para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Em Goiás, 308.878 suspeitas já foram descartadas. De acordo com o boletim estadual, a taxa de letalidade do vírus é de 2,22% no Estado. 
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Goiás é o Estado com maior número de casos de dengue em 2022

Goiás é o Estado brasileiro com mais casos confirmados de dengue em 2022. Segundo dados divulgados nesta semana pelo Ministério da Saúde, foram 18.408 confirmações da doença em solo goiano até a semana 6 deste ano. A segunda unidade federativa com mais casos é São Paulo, com 12.329 infectados.

No País, já estão notificados pelo Ministério da Saúde, segundo o boletim publicado, 70.555 infecções por dengue desde o início do ano. Com o total de casos em Goiás, apenas os números do território goiano representam o valor equivalente a 26,09% das confirmações de todo o Brasil.

Até o momento, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás notificou quatro mortes por dengue em 2022. Além destes, outros oito óbitos estão em investigação. Somente nas primeiras seis semanas do ano, o aumento das ocorrências foi de 215% se comparadas ao mesmo período de 2021.

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Hospital Estadual de Itumbiara reabre centro cirúrgico 

O Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos reabriu o centro cirúrgico da unidade para atendimento de cirurgias eletivas e de emergência. Desde o início de janeiro deste ano a unidade está sob nova gestão e se tornou hospital geral para atendimentos de média e alta complexidade.
 
O centro foi totalmente reformulado e recebeu equipamentos novos para suporte das equipes. São três salas cirúrgicas e uma sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) com seis leitos e todo instrumental necessário para atender casos eletivos (sem urgência ou programados) e de emergência.
 
A diretora-geral do HEI, Danielly Jesus, explica que a unidade pode atender plenamente cirurgias eletivas de especialidades como ortopedia, otorrinolaringologia e cirurgia geral. “Em casos de emergência nossas equipes podem socorrer cirurgias complexas como neurocirurgia, geral e ortopédicas. Tudo com padrão de excelência no atendimento e um trato humanizado para a população de Itumbiara e região”, explica.
 
O diretor-técnico, Agnaldo Rodrigues Júnior, comenta que a reabertura do centro cirúrgico representa um grande avanço para a regionalização da saúde e um ganho importante para a população de Itumbiara. “O centro cirúrgico está habilitado e muito bem equipado para cirurgias de pacientes com média e alta complexidade e isso significa um alento fundamental para a prestação de serviços médicos que a população necessita. Antes os pacientes eram levados para outros centros, como Goiânia e agora conseguimos solucionar demandas assim aqui mesmo, o que é maior conforto para as famílias de Itumbiara e toda essa Região Sul de Goiás”, frisa.
 
Além de cirurgias eletivas complexas a unidade pode prestar atendimento até em casos de cirurgias vasculares, como explica o diretor. “Além de diversificar o atendimento cirúrgico o Hospital Estadual de Itumbiara amplia as vagas de cirurgias eletivas e reduz a fila de espera, desafogando o sistema público de saúde, o que também representa um ganho importante para a população. Esse ganho de tempo é muito relevante e traz maior atenção para nossa gente”, finaliza.

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JORNAL OPÇÃO

Pedra fundamental de ampliação do Hetrin é inaugurada

Por Acaray Martins

Obras já foram iniciadas, tendo como previsão de conclusão um ano e meio; a primeira parte do trabalho a ficar pronto será a sala de exames de tomografia

Com o objetivo de melhorar a assistência oferecida aos munícipes, o Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) vai triplicar a capacidade de atendimento da unidade de saúde da cidade. Para isso, foi inaugurada, pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), a pedra fundamental da obra.

A nova área construída vai passar de 2.491 m² para 8.194 m² – número aproximadamente, 3,5 vezes maior do que o tamanho atual. O chefe do executivo chegou a destacar que o Hetrin não é um hospital comum de emergência, mas uma unidade geral com portas abertas 24 horas por dia.

Com as obras, o Hetrin vai ampliar o número de leitos de 56 para 149, além de ter dois postos de emergência. Também terá 14 leitos de alojamento conjunto, 20 de enfermaria para clínica cirúrgica, 90 unidades de clínica médica, 20 de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, o novo prédio irá contar com quatro quatro salas cirúrgicas, cinco leitos de recuperação pós anestésicos (RPA), cinco quartos de isolamento e três quartos para parto normal (PPP).

A unidade ainda contará com nova sala de exames e um moderno aparelho de tomografia, ambulatórios, 10 leitos de UTI adulto, maternidade de alto risco com 10 leitos de UTI neonatal e centro cirúrgico. O laboratório, recepção e todo o bloco administrativo também serão repaginados com o projeto.

As obras já foram iniciadas, tendo como previsão de conclusão um ano e meio. A primeira parte da obra a ficar pronta será a sala de exames de tomografia, em março deste ano. Já em Abril será a vez dos novos ambulatório, pronto socorro, e serviço de apoio diagnóstico terapêutico. As melhorias serão finalizadas com a entrega do bloco administrativo, vestuário geral e reformas das antigas enfermarias.

   

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O HOJE

Anvisa aprova comercialização do segundo autoteste para detectar Covid-19; confira detalhes

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização de mais um autoteste para detecção de Covid-19, no Brasil. O chamado Covid Ag Detect foi aprovado nesta quarta-feira (23/2) e foi desenvolvido para análise rápida de uma amostra colhida pelo próprio consumidor com o auxílio de um cotonete nasal. O produto será produzido pela empresa brasileira Eco Diagnóstica Ltda, com sede em Nova Lima, Minas Gerais.

Segundo a empresa, o autoteste permitirá que o consumidor saiba se foi infectado pelo vírus em apenas 15 minutos. Além disso, de acordo com a Anvisa, o produto atendeu a todos os critérios técnicos analisados para a concessão do registro, como avaliações de segurança e confiabilidade do uso por pessoas leigas.

Em nota, a empresa informou que já dispõe dos insumos necessários para iniciar a produção do Covid Ag Detect a partir desta quarta-feira. Com isso, a expectativa é que os primeiros lotes comecem a chegar às farmácias logo após o carnaval.

De acordo com Vinicius Pereira, presidente da empresa, a previsão inicial é que sejam entregues 1 milhão de unidades por semana para todo o Brasil. os exames são os mesmos já vendidos pela fabricante para laboratórios e farmácias, com embalagem adaptada.

Em relação aos valores, a previsão da Eco Diagnóstica é que os autotestes cheguem ao consumidor final com preço entre R$ 49,90 e R$ 69,90, ou seja, valores inferiores aos das versões disponíveis atualmente. O preço abaixo dos anteriores se deve a não inclusão de serviço de aplicação.

Na nota, a Eco Diagnóstica afirma que acredita que o autoteste irá agregar positivamente. “A empresa acredita que o autoteste vem agregar positivamente no combate ao coronavírus, funcionando como triagem para uma possível infecção e possibilitando o isolamento do indivíduo no caso do teste reagente”, disse.

Uso do autoteste

A Anvisa afirmou que o autoteste pode ser utilizado entre o 1º e o 7º dia do surgimento dos primeiros sintomas gripais – febre, tosse, dor de garganta, nariz escorrendo, dores de cabeça e no corpo.

Caso a pessoa tenha tido contato com alguém que foi diagnosticado com o coronavírus, mas não apresente sintomas, é necessário esperar por cinco dias para fazer o autoteste.

Vale ressaltar que o diagnóstico deve ser estabelecido por um profissional da saúde e que o autoteste não substitui o atestado médico caso seja necessário. Além disso, apenas produtos aprovados pela Anvisa podem ser comercializados no Brasil.

Autotestes e comercialização

O Covid Ag Detect é o segundo autoteste aprovado pela Anvisa. O primeiro foi o da empresa CPMH Comércio e Indústria de Produtos Médicos Hospitalares e Odontológicos, na última quinta-feira (17/2), o Novel Coronavírus Autoteste Antígeno.

Até o momento, a Anvisa já recebeu ao menos 70 pedidos de registro no país. A agência autorizou a venda de autotestes no Brasil no dia 28 de janeiro, mas o fornecedor precisa solicitar o registro para comercializar o produto.

É importante lembrar que a venda de autotestes em sites que não pertençam a farmácias ou estabelecimentos de saúde autorizados e licenciados pelos órgãos de vigilância sanitária é proibida. Para facilitar para o consumidor, a Anvisa disponibilizou uma lista dos testes aprovados, que será atualizada periodicamente.

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Ocupação de UTIs para Covid-19: apesar da queda, Goiás ainda registra taxa de 61%

A ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estava em alta desde janeiro de 2022. Após semanas, os estados apresentaram melhora em leitos para casos críticos de Covid-19. Em Goiás, a ocupação de leitos despencou de 82% para 61%, em uma semana. Já em Goiânia, a ocupação se mantém estável, oscilando de 73% para 71%. Os dados foram divulgados pela Prefeitura de Goiânia nesta quarta-feira (23/2).

No estado de Goiás, foram criados mais dez leitos de UTI, totalizando 245. Na capital goiana, continuam os mesmos 190 leitos disponibilizados.

Conforme as informações da Prefeitura de Goiânia, em Goiás, 10 leitos estão bloqueados e 103 disponíveis. Em Goiânia, por sua vez, apenas 56 leitos estão disponíveis e nenhum está bloqueado.

Ao observar a Região Centro-Oeste no geral, a taxa de ocupação também era alta. Apenas o Distrito Federal e o Mato Grosso do Sul estavam com 80% ou mais de ocupação, na última segunda-feira (21/2).

No Distrito Federal a situação ainda é preocupante, com 83,33% dos leitos ocupados. No total, a unidade conta com 103 leitos para adultos e, destes, 87 estavam ocupados e apenas 1 liberado, que está sendo preparado para receber novo paciente. Os outros 15 aguardavam liberação ou estavam bloqueados.

Ainda sobre os leitos de UTI do Distrito Federal, 18 são voltados para uso neonatal e pediátrico, sendo que 14 já estavam ocupados.

Já no Mato Grosso do Sul, 79% dos leitos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão ocupados. Pelo SUS, no estado tem 190 leitos de UTI para Covid-19 e, destes, 136 estão sendo utilizados por adultos e 5 para uso pediátrico. Em relação a leitos privados, 43 foram disponibilizados e 24 estão ocupados.

Nesta quarta-feira, o estado contabilizou 2.320 novos casos da doença no período de 24 horas, sendo a média móvel de 3.051 infecções em sete dias. Além disso, foram registrados 14 novos óbitos pelo vírus.

Carnaval

Devido a onda de casos de Covid-19 assolando o Brasil desde o início do ano, por causa da variante Ômicron, as prefeituras decidiram cancelar desfiles e blocos de rua de Carnaval. Entretanto, a maioria das prefeituras permitiram festas privadas.

Segundo Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), “nessa leva atual é improvável que até o feriado de Carnaval tenhamos grande impacto e pressão causada pela Ômicron”. Além disso, o infectologista comenta sobre a queda de casos. “Vários indicadores têm apontado que o número de casos de ômicron está em queda. Isso significa que as internações e, muito em breve, os óbitos deverão cair de maneira mais acelerada”, afirma.

Evaldo explica ainda que algumas questões merecem atenção, como por exemplo a quantidade de pessoas não vacinadas com a terceira dose, que ficam mais vulneráveis às formas graves da doença, e a introdução da subvariante da Ômicron, a BA.2, com potencial de infecção ou reinfecção.

Mesmo diante do cancelamento de festas públicas e algumas privadas para o feriado, especialistas em saúde orientam recomendam evitar aglomerações. “Evitar aglomeração e priorizar ambientes abertos e bem ventilados são as recomendações. Mesmo com redução de casos, temos que evitar a circulação do vírus”, afirma o médico infectologista Bruno Ishigami.

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Assessoria de Comunicação

palestra


O Ipog, em parceria com a Ahpaceg, vai promover a palestra “Mercado de Saúde: A Relação entre Hospitais e Operadoras (Fusões e Aquisições no Brasil)”. O evento, exclusivo para associados da Ahpaceg, será realizado no dia 30 de março, quarta-feira, às 19 horas.

A palestrante será a professora Gilvane Lolato, que é graduada em Administração de Empresas pela UGF, tem MBA Gestão em Saúde, Controle de Infecção pela INESP, é especialista em Qualidade e Segurança do Paciente pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal, mestranda em Gestão e Metodologias da Qualidade e Segurança da Atenção em Saúde – Instituto Avedis Donabedian na Espanha, gerente de Educação da ONA, fellowship ISqua e atua na Gestão da Qualidade em Saúde há mais de 10 anos, onde também é docente.

Erik Mikael Lemes, enfermeiro e gestor da Qualidade, também abordará o assunto.

As inscrições gratuitas devem ser feitas pelo link https://www.sympla.com.br/mercado-de-saude-a-relacao-entre-hospitais-e-operadoras-fusoes-e-aquisicoes-no-brasil__1495285. As vagas são limitadas.

Mais informação: Consultor Hiury Santos - (62) 98197-0280 e e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Quarta, 23 Fevereiro 2022 08:13

CLIPPING AHPACEG 23/02/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Covid-19: Goiás registra 6.377 novos casos e 46 mortes em 24 horas

Saúde de Aparecida passa a realizar partos no Hospital Maternidade Garavelo

Covid-19 pode causar danos no sistema auditivo, apontam estudos

Queiroga fala em fim de caráter pandêmico' da Covid ao lançar vacina 100% feita pela Fiocruz

STJ pode restringir tratamentos e medicamentos cobertos por planos

Pílula da MSD tem eficácia de 65% contra hospitalização por Covid, mostra estudo

Governo muda regra que exige passaporte da vacina para entrar no país

 

A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 6.377 novos casos e 46 mortes em 24 horas

Ludymila Siqueira

Goiânia - O Estado de Goiás registrou 6.377 novos casos do novo coronavírus e 46 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás divulgados na tarde desta terça-feira (22/2). Com as atualizações, o território goiano chega a 1.149.491 infecções e 25.592 óbitos desde o início da pandemia. 

Além disso, outros 778.712 casos e 406 mortes estão sendo investigadas pela Saúde goiana para saber se há alguma relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 2,23%, em Goiás. 

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Saúde de Aparecida passa a realizar partos no Hospital Maternidade Garavelo

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia iniciou nesta semana a realização de partos no Hospital Maternidade Garavelo (HMG). Os procedimentos são realizados mediante encaminhamento da Superintendência de Regulação, Avaliação e Controle. A iniciativa é fruto do plano de governo do prefeito Gustavo Mendanha e da parceria do Município com o Hospital Sírio-Libanês, firmado em 12 de julho de 2019. Nesta consultoria, previa-se a expansão da rede de assistência materna-infantil na cidade.

Com a inclusão, os partos do Sistema Único de Saúde (SUS) em Aparecida passam a ser realizados em três locais: na Maternidade Marlene Teixeira e no Hospital São Silvestre, onde já eram feitos, e agora também no Hospital Garavelo. A pasta também prepara a transformação da Maternidade Marlene Teixeira em um Centro de Saúde da Mulher com atendimentos ambulatoriais.

Estrutura e atendimentos 

O prefeito Gustavo Mendanha visitou o Hospital Maternidade Garavelo na manhã desta terça-feira (22/2), acompanhado do secretário de Saúde Alessandro Magalhães. “Vim conhecer a estrutura. Há quatro ou cinco anos estive aqui, e agora melhorou demais. Fizemos essa parceria com o HMG, que passa a ser mais uma maternidade nossa, já que a Marlene Teixeira já não é mais suficiente para atender a toda a demanda, e aqui podemos dar muito conforto às mães numa estrutura digna de Aparecida”, afirmou.

Recepcionados pela gerente geral do HMG, Stéfany Gontijo, o prefeito e a comitiva conheceram consultórios, apartamentos, enfermarias para adultos e pediátricas, o laboratório, as salas cirúrgicas, as UTI’s e os postos de enfermagem. Ao fim da visita, o gestor destacou que “essa semana começaram nossas atividades nessa parceria e já foram realizados nove partos encaminhados pela Secretaria de Saúde”.

“Há dois anos trabalhamos nessa ampliação da rede para dar mais conforto às mães e seus bebês, uma determinação do prefeito Gustavo Mendanha já prevista no plano de governo dele. Estamos num processo de ampliação do acesso à obstetrícia aqui no município e a MMT deverá se tornar um Centro de Atendimento Especializado à Mulher”, destacou o secretário Alessandro Magalhães.

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JORNAL OPÇÃO

Covid-19 pode causar danos no sistema auditivo, apontam estudos

Por Aline Carlêto

Efeitos colaterais da doença ainda são estudados, mas casos recentes demonstram que vírus pode afetar saúde auditiva. Pacientes relatam zumbidos e até perda completa da audição

Um relatório divulgado, pelo Manchester Biomedical Research Centre (BRC), no Reino Unido, revelou que um dos efeitos colaterais do coronavírus pode ser a perda de audição e zumbido nos ouvidos. A pesquisa foi resultado de 24 estudos e demonstrou que 7,6% dos pacientes pesquisados relataram terem sofrido de perda de audição. Outros 14,8% sentiram zumbido após contraírem o vírus. Nenhum dos pacientes possuia histórico de problemas no ouvido.

Um segundo estudo observou que uma quantidade significativa de pessoas desenvolveu zumbido pela primeira vez ou percebeu que seus sintomas pioraram após serem diagonosticados com Covid-19. A pesquisa foi realizada também no Reino Unido, pela British Tinnitus Association em parceira com American Tinnitus Association. Segundo o levantamento, 40% dos pacientes que já possuíam queixas auditivas prévias, em especial zumbidos, e tiveram sintomas do coronavírus, apresentarem, simultaneamente, piora no quadro.

Pacientes assintomáticos da doença também tiveram diminuição da capacidade auditiva, conforme exposto em um estudo realizado por pesquisadores da South Valley University, no Egito. De acordo com a pesquisa, que comparou pacientes assintomáticos com não infectados, os limiares de alta frequência na audiometria e as amplitudes das Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (EOAT) foram significativamente piores nas pessoas diagnósticas com a doença.

Um caso registrado no American Journal of Otolaryngology (EUA) apontou um paciente assintomático com Covid-19 que apresentou perda súbita de audição três dias após o diagnóstico positivo. Testes laboratoriais e radiológicos não mostraram qualquer anormalidade que pudesse explicar a causa, exceto PCR positivo para a doença.

A recomendação de especialistas é que as pessoas procurem ajudar médica no primeiro sinal de desconforto auditivo. “É importante procurar um médico otorrrinolaringologista ou um fonoaudiólogo o mais rápido possível para uma avaliação audiológica completa. Isso inclui audiometria de altas frequências, audiometria vocal, imitanciometria e acufenometria. Esses exames vão orientar o especialista para um tratamento adequado”, aconselhou a fonoaudióloga Rafaella Cardoso.

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FOLHA DE S.PAULO

Queiroga fala em fim de caráter pandêmico' da Covid ao lançar vacina 100% feita pela Fiocruz

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta terça-feira (22) que pretende "acabar com o caráter pandêmico" da Covid-19.

"O Brasil já estuda esse tipo de iniciativa", afirmou Queiroga durante evento de lançamento da vacina da AstraZeneca de produção totalmente nacional pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Segundo Queiroga, o governo avalia o cenário epidemiológico e o impacto da mudança de status da doença no Brasil, por exemplo, sobre vacinas e medicamentos que têm apenas autorização de uso emergencial.

"Determinados contratos foram feitos na vigência da pandemia. As vacinas que têm registro emergencial, será que podem continuar sendo usadas fora do caráter pandêmico? Toda essa análise tem de ser feita para conseguirmos levar uma palavra segura à sociedade", disse Queiroga.

As vacinas Coronavac e da Janssen, além de alguns medicamentos, perdem este tipo de aval quando o Ministério da Saúde declarar que "não mais se configura situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional", segundo a regra atual da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O governo declarou emergência sanitária por meio de portaria publicada em 4 de fevereiro de 2020. Integrantes do Ministério da Saúde afirmam que Queiroga e sua equipe avaliam se este texto deve ser revogado ou não para mudar o caráter da doença no Brasil.

Também estudam se anular a portaria impactaria na liberação de créditos extraordinários e em outras ações ligadas à pandemia.

"Já assistimos países da Europa fazendo isso, a Inglaterra anunciou que vai relaxar medidas sanitárias e restritivas. Na Dinamarca já há uma flexibilização. É uma tendência no mundo", disse o ministro à imprensa após o evento.

Queiroga aplicou nesta terça as primeiras doses da AstraZeneca totalmente feitas no Brasil. O governo não divulgou dados dos imunizados.

A distribuição da vacina produzida a partir do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) nacional estava prevista para começar em agosto de 2021, mas foi postergada.

O evento para lançar a vacina foi feito sob uma tenda na parte externa do Ministério da Saúde com a presença dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), João Roma (Cidadania), além de Queiroga e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

A cerimônia teve discursos de apoio ao presidente Bolsonaro, que não acompanhou a vacinação, afirma não estar imunizado e distorce dados sobre a segurança e eficácia das doses.

O ministro da Cidadania, João Roma, disse que o governo "não falhou na área social" durante a pandemia. Também fez críticas ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), que ocupa o cargo que Roma pretende disputar neste ano.

Já Queiroga voltou a afirmar que o governo Bolsonaro é "vacinado contra a corrupção".

O ministro da Saúde tem dito que deseja passar a tratar a Covid-19 como uma endemia, mas ainda não explicou o que deve mudar na prática.

No começo deste ano, alguns países, como Reino Unido e Dinamarca, decidiram passar a encarar a Covid-19 como uma endemia e relaxar restrições como de distanciamento social e uso obrigatório das máscaras.

Em boletim sobre a pandemia divulgado no último dia 9, o Observatório Covid-19 Fiocruz afirma que a transição de pandemia para endemia não significa a eliminação do vírus. De forma geral, a doença se torna uma endemia quando é recorrente em uma região e não há um aumento inesperado de casos.

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Pílula da MSD tem eficácia de 65% contra hospitalização por Covid, mostra estudo

Droga já foi aprovada para uso nos EUA e no Reino Unido; no Brasil, pedido já foi feito à Anvisa

Um estudo de fase 3 da droga molnupiravir, desenvolvida pela farmacêutica MSD (chamada de Merck nos Estados Unidos e Canadá) apontou uma eficácia na redução do risco de hospitalização por Covid superior a 65%, quando comparada ao tratamento padrão sozinho.

A pesquisa avaliou 1.218 pacientes adultos com alto risco para Covid-19. Foi observado que o uso por cinco dias de duas pílulas de 800 mg do medicamento em pacientes até cinco dias após o início dos sintomas reduziu o risco de hospitalização e de morte por Covid em comparação aos pacientes que não receberam o tratamento.

Os resultados preliminares desse ensaio clínico, conduzidos na Índia, foram divulgados pela farmacêutica MSD no último sábado (19). Ainda de acordo com a companhia, não foi registrada nenhuma morte decorrente do tratamento no estudo.

Já os resultados do estudo global MOVe-OUT, que avaliou a droga em cerca de 1.400 voluntários em 23 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Brasil, divulgados ainda em outubro de 2021, mostraram uma eficácia inicial de redução de 50% para risco de hospitalização. Posteriormente, essa redução caiu para 30%.

Em novembro passado, o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar a pílula contra Covid da MSD.

Em seguida, a FDA, agência que regulamenta drogas e alimentos nos Estados Unidos, autorizou o uso do molnupiravir em situações específicas, como alto risco para a hospitalização e após determinado o diagnóstico de Covid-19. Não há indicação até o momento para uso profilático (prevenção pré-exposição) da droga.

No Brasil, a MSD submeteu pedido de autorização para uso emergencial do antiviral em novembro, mas ainda aguarda determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que pediu novas informações.

O prazo de resposta da Anvisa após submissão do pedido é de 30 dias, mas a contagem desse período é pausada quando a agência pede ao fabricante informações adicionais. Em nota, a agência informou que o pedido está no prazo regulamentar e que, por isso, não é possível antecipar detalhes ou prazos.

O ensaio feito na Índia refere-se a um acordo de não exclusividade de licenciamento feito pela MSD com a sua parceira, a Ridgeback Biotherapeutics, para produzir e testar o medicamento em cem países de baixa renda.

Procurada, a MSD disse que não enviou os dados do estudo indiano à Anvisa, pois eles correspondem ao medicamento genérico do molnupiravir, mas disse que, caso aprovada pela agência, a farmacêutica está em conversas avançadas com a Fiocruz para produzir e ofertar amplamente a droga para toda a população brasileira.

Na última semana, um artigo publicado na revista científica Nejm (The New England Journal of Medicine) confirmou os dados do ensaio do molnupiravir em adultos não hospitalizados, com redução do risco de hospitalização em 30% e de morte por Covid de 89%.

Participaram do estudo randomizado, controlado e duplo-cego (padrão ouro para ensaios clínicos) 1.433 pessoas, das quais 716 receberam a droga e 717 formaram o grupo controle (receberam placebo).

O mecanismo de ação do antiviral, descoberto por pesquisadores da Universidade de Emory, em Atlanta, Georgia (EUA), e desenvolvido pela empresa de biotecnologia Ridgeback Biotherapeutics, sediada em Miami, em parceria com a MSD, consiste em uma proteína que forma o RNA (material genético) do vírus modificado, se liga ao genoma viral e impede sua replicação.

Segundo o estudo da Nejm, os participantes que fizeram uso da droga registraram por menor tempo a presença de material genético do vírus no nariz, na boca e na garganta, indicando a eficácia da droga também em eliminar o coronavírus do organismo. Especialistas, no entanto, afirmam que as drogas antivirais não devem substituir a vacinação contra a Covid-19.

Na mesma edição do periódico, foi publicado um editorial defendendo o uso dessa e de outras drogas antivirais, como Paxlovid, da Pfizer, e o remdesivir, da farmacêutica Gilead Sciences, especialmente no tratamento inicial da Covid-19.

No Brasil, até o momento a Anvisa autorizou apenas o remdesivir para uso em pacientes hospitalizados com pneumonia e que precisam de suporte de oxigênio, mas a droga ainda não foi incorporada ao SUS.

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O ESTADO DE S.PAULO

STJ pode restringir tratamentos e medicamentos cobertos por planos

Corte realiza julgamento sobre flexibilidade da lista de cobertura das empresas. Enquanto pacientes temem interrupção de serviços, operadoras defendem previsibilidade

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga hoje recursos que podem restringir a cobertura de planos de saúde. Grupos de pacientes e de mães de crianças com deficiência temem a interrupção de tratamentos caros concedidos por via judicial e planejam um protesto na sede da Corte em Brasília. Já as operadoras dos planos reivindicam segurança jurídica para viabilizar financeiramente a manutenção do serviço.

O julgamento previsto para hoje pode definir se a lista de tratamentos e remédios coberta pelos planos, que é estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é exemplificativa ou taxativa. O rolde procedimentos estabelece a cobertura assistencial obrigatória a ser fornecida pelos planos. Consumidores reclamam que essa lista não é suficiente e que muitos tratamentos necessários acabam não sendo contemplados. Só em 2019 ocorreram 112. 253 demandas judiciais de direito do consumidor envolvendo planos de saúde. No total, o Brasil tem cerca de 48 milhões de beneficiários desses convênios.

DIFERENÇAS. Na interpretação exemplificativa, a lista de procedimentos cobertos pelos planos de saúde contém alguns itens, mas as operadoras também devem atender outros que tenham as mesmas finalidades, se houver justificativa clínica do médico responsável. Isso tem feito com que famílias recorram à Justiça para que o direito à cobertura pelo plano seja garantido.

No caso da interpretação taxativa, os itens descritos no rol de procedimentos seriam os únicos que poderiam ser exigidos aos planos. Comisso, o pedido para tratamentos equivalentes poderia ser negado, sem chance de reconhecimento pela via judicial. A indefinição apresentada pelo STJ entre as diferentes interpretações motivou a abertura dos embargos de divergência que serão julgados hoje. Esses recursos têm como objetivo uniformizar a jurisprudência interna do Tribunal. Assim, a característica taxativa ou exemplificativa do rol da ANS deverá ser definida pela Corte, causando uma jurisprudência sólida que deve afetar todas as próximas decisões sobre o tema, e quem já emitiu liminar para obrigar os planos de saúde a estenderem sua cobertura.

O ministro do STJ Luis Felipe Salomão, relator do caso, em julgamento da 4. º turma em 2019, votou a favor da taxatividade do rol, argumentando que considerá-lo exemplificativo restringiria a livre concorrência das operadoras de planos de saúde e dificultaria 'o acesso à saúde suplementar às camadas mais necessitadas e vulneráveis da população'.

No entanto, ele sinalizou que pode haver excepcionalidades, como no caso de medicamentos relacionados ao tratamento do câncer ou medicamentos administrados durante internação hospitalar. No voto, declarou que podem existir situações pontuais em que o Juízo determine o fornecimento de certa cobertura que constate ser imprescindível.

Por outro lado, em 2021, a 3º turma do STJ teve um posicionamento distinto, considerando o rol como exemplificativo. No recurso, relatado pela ministra Nancy Andrighi, destaca-se: 'A qualificação do rol de procedimentos e eventos em saúde como de natureza taxativa demanda do consumidor um conhecimento que ele, por sua condição de vulnerabilidade, não possui nem pode ser obrigado a possuir'.

IDEC. Para a coordenadora do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarrete, a definição do rol da ANS como taxativo vai 'gerar um risco muito grande de os planos de saúde negarem coberturas necessárias e de efetividade comprovada'. Além disso, Navarrete afirma que o próprio rol não se baseia apenas na efetividade dos tratamentos para os pacientes, mas também na lucratividade das empresas. 'Ou seja, não entra qualquer tecnologia que seja boa ou custo-efetiva. Ela também não pode ser muito cara. Ei sso coloca o rol em situação de equilíbrio muito difícil. ' A coordenadora também considera como inválido o argumento de desequilíbrio econômico da parte dos planos de saúde. 'Esse entendimento é assim há pelo menos dez anos e isso não gerou colapso. '

Além disso, segundo uma das advogadas do caso em julgamento, Caroline Salerno, pessoas com deficiência estarão entre as principais afetadas. 'Além de abordar a questão do rol, (o julgamento) deveria ser analisado na perspectiva da proteção à pessoa com deficiência, nesse microssistema jurídico que é mais sensível e vulnerável', alega. O impacto é considerável ainda entre pacientes com doenças graves, como câncer ou epilepsia.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) afirmou que a consideração do rolda ANS como exemplificativo é desafiadora e cria um ambiente de judicialização que impossibilita a previsibilidade na atuação das operadoras. 'Formular o preço de um produto sem limite de cobertura, que compreenda todo e qualquer procedimento, medicamento e tratamento existente, pode tornar inviável o acesso a um plano de saúde e colocar a continuidade da saúde suplementar no Brasil em xeque. '

A Unimed, parte de uma das ações, declarou que 'a definição clara das coberturas obrigatórias, de forma taxativa, garante segurança jurídica aos contratos e evidencia direitos e obrigações na relação entre beneficiários e operadoras'.

O professor de Direito Administrativo da Uerj Gustavo Binenbojm também defende um rol taxativo. Para ele, a judicialização dos casos é uma 'falsa solução', porque cria um desequilíbrio para os planos, favorece apenas as pessoas que vão à Justiça e acarreta em um reflexonos preços. 'A melhor solução seria uma que respeite o equilíbrio dos valores da segurançajurídica e do respeito aos contratos de um lado, e do acesso à saúde de ponta do outro lado', afirma. Ele considera que casos como os que vão para a Justiça hoje deveriam ser objeto de consideração por parte da ANS, durante a atualização semestral do rol.

O que está em jogo

O julgamento no STJ pode definir se a lista de tratamentos e remédios coberta pelos planos, que é estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é exemplificativa ou taxativa. O rol de procedimentos estabelece a cobertura assistencial obrigatória a ser fornecida pelos planos. Consumidores reclamam que essa lista não é suficiente e muitos tratamentos necessários acabam não sendo contemplados.

O que é essa lista exemplificativa das famílias?

Na prática, a lista de procedimentos cobertos pelos planos de saúde contém alguns itens, mas as operadoras também devem atender outros que tenham as mesmas finalidades, se houver justificativa clínica. Isso tem feito com que famílias recorram à Justiça para que o direito à cobertura seja garantido.

E a taxativa, dos planos?

No caso da interpretação taxativa, os itens descritos no rol de procedimentos seriam os únicos que poderiam ser exigidos aos planos. Com isso, o pedido para tratamentos equivalentes poderia ser negado, sem chance de reconhecimento pela via judicial.

E os especialistas?

Mesmo entre eles há divisões. Ana Navarrete, do Idec, observa que os planos fazem uma interpretação muito restritiva do rol, no que ela chama de 'uma prática abusiva das empresas', sobretudo quando o tratamento é mais custoso. Já para o professor Gustavo Binenbojm a judicialização favorece só os indicados nos processos e seria melhor discutir essa situação de forma geral, em sessões da ANS.

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AGÊNCIA BRASIL

Governo muda regra que exige passaporte da vacina para entrar no país

O Ministério da Saúde alterou as regras de exigência do comprovante de vacinação para entrada de crianças no Brasil vindas do exterior por via aérea. A mudança consta em uma retificação da Nota Informativa nº 2/2022, que foi publicada na última sexta-feira (18). No texto, a Secretaria Extraordinária do Enfrentamento à Covid-19 mudou a idade mínima para a obrigatoriedade de apresentação do documento, que passou de 5 anos para 12 anos de idade.

A exigência do comprovante de vacina para crianças com idades inferiores a 12 anos estava em vigor desde o dia 11 de fevereiro. Nela, apenas crianças menores de 5 anos, que estavam fora do país há mais de 30 dias ou que eram viajantes de países com baixa cobertura vacinal, estavam isentas da comprovação de vacina. A lista do ministério considera baixa cobertura vacinal países com vacinação abaixo dos 10% da população.

Ao mudar a regra, o órgão argumentou que, apesar de ao menos 39 países da Europa e 14 da América Latina já terem autorizado ou iniciado a vacinação contra a covid-19 em menores de 12 anos, há ainda uma desigualdade no acesso às vacinas. "A decisão de vacinar crianças e adolescentes deve considerar o contexto e a situação epidemiológica do país a nível de outros países também: a carga da doença, a disponibilidade de imunizantes e estratégias locais, de modo a priorizar os subgrupos de maior risco".

No caso da entrada no país por via terrestre, a nota informa que são elegíveis para apresentação de comprovante de vacinação, em função da idade, aqueles viajantes maiores de 5 anos, os brasileiros e estrangeiros residentes no país com idade superior a 5 anos, excetuados aqueles que estejam retornando em viagem iniciadas a pelo menos 30 dias.

Em relação aos brasileiros e estrangeiros residentes e não residentes, com idade superior a 5 anos e menores de 18 anos em viagem terrestre que não apresentem comprovante de vacinação em razão da não disponibilidade de doses para este público no país de origem, ficam dispensados, neste momento, da apresentação do certificado de vacinação. Segundo o governo, com o avanço do envio de doses suficientes para completar o esquema vacinal de 100% da população prevista no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 - PNO, novas faixas etárias serão atualizadas para as regras de entrada no país.

Ao ingressar no Brasil, os viajantes vindos do exterior devem preencher a Declaração de Saúde do Viajante (DSV), formulário exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No caso de quem não comprove a vacinação, é preciso fazer uma quarentena de 14 dias, a ser cumprida na cidade de destino final do viajante. Só é possível sair da quarentena antecipadamente se o turista ou residente estiver assintomático e obtiver um resultado negativo de PCR ou teste de antígeno coletado a partir do quinto dia do início da quarentena.

Para viajar ao território brasileiro vindo do exterior também é preciso apresentar o resultado negativo de um PCR colhido até 72 horas antes do embarque ou teste de antígeno realizado até 24 horas antes, de acordo com as regras.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 22 Fevereiro 2022 08:46

CLIPPING AHPACEG 22/02/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Covid-19: Brasil tem 28,2 milhões de casos e 644,6 mil mortes

Estudo mostra que desigualdade social aparece até em casos de covid nos profissionais da saúde

Relatório do impeachment do governador afastado Mauro Carlesse será apresentado nesta terça-feira, 22

Crianças acima de 6 anos começam a receber 2 dose da vacina contra Covid, em Goiânia

Vila São Cottolengo inaugura Centro de Especialidades para atender pacientes do Estado

Homem é indiciado por apresentar atestado médico falso para faltar ao trabalho no Ano Novo, em Caldas Novas

Médica suspeita de lesão sofre interdição temporária

AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil tem 28,2 milhões de casos e 644,6 mil mortes

Desde o início da pandemia, 28.245.551 pessoas foram infectadas pelo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 37.339 diagnósticos positivos da doença. Ontem, o painel de informações do Ministério da Saúde marcava 28.208.212 casos acumulados.

A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 está em 2.356.921. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

A soma de vidas perdidas para a pandemia chegou a 644.604. Entre ontem e hoje, foram registradas 318 mortes. Ontem, o sistema de dados da pandemia totalizava 644.286 óbitos.

Ainda há 3.105 mortes em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 25.244.026 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 88,8% dos infectados desde o início da pandemia.

As informações estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (21). Nele, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras o nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (163.183), Rio de Janeiro (71.323), Minas Gerais (59.116), Paraná (42.074) e Rio Grande do Sul (37.922).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.959), Amapá (2.097), Roraima (2.125), Tocantins (4.090) e Sergipe (6.223).

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 380,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 171,2 milhões referentes à primeira dose e 155,7 milhões referentes à 2ª dose ou dose única. Outros 48,5 milhões já receberam a dose de reforço.

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Estudo mostra que desigualdade social aparece até em casos de covid nos profissionais da saúde

Uma pesquisa realizada no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), mostrou que fatores ligados à desigualdade social influenciaram a contaminação dos trabalhadores da unidade pelo SARS-CoV-2 entre junho e julho de 2020.

O vírus infectou mais os trabalhadores não brancos, os de menor escolaridade e renda e os que não trabalham diretamente na assistência em saúde, como recepcionistas, guardas e agentes de limpeza. A pesquisa analisou testes sorológicos realizados em 1.154 trabalhadores, e os resultados foram publicados na revista científica Lancet Regional Health – Americas.

O artigo relata que 30% dos trabalhadores do hospital tiveram anticorpos contra o vírus detectados em seus exames, percentual muito superior à taxa de contaminação da população em geral, que foi de 3% a 5%.

O percentual médio de 30%, porém, esconde disparidades, que aparecem quando os dados são cruzados com informações como cor da pele, escolaridade, renda, área de atuação e forma de locomoção.

A pesquisa mostrou que 23,1% dos trabalhadores que se identificam como brancos tiveram resultado positivo no inquérito sorológico, enquanto entre os não brancos o percentual foi de 37,1%.

Os profissionais que atuam na assistência, como técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos tiveram um percentual de positividade de 25%, enquanto para os cargos administrativos, recepcionistas, seguranças e agentes de limpeza essa proporção chega a 40,4%. A maior taxa de contaminação foi dos profissionais da limpeza, com 47,5%.

A Fiocruz aponta ainda que a forma de deslocamento da residência para o trabalho influenciou nos percentuais de contaminação, já que os trabalhadores que usaram transporte coletivo (trem, metrô e ônibus) tiveram resultados positivos com mais frequência do que aqueles que foram trabalhar caminhando, de carro, motocicleta ou táxi.

Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, a primeira autora do artigo, a aluna de doutorado e fisioterapeuta do IFF/Fiocruz, Roberta Fernandes Correia, destacou que a “desigualdade é o vírus mais letal do mundo”.

“Os achados deste trabalho não divergem da desigual contaminação da população brasileira e países afins, em especial os da América Latina. Apesar do IFF/Fiocruz ser uma instituição pública de vanguarda na atenção à saúde da população, também sofre inevitavelmente os reflexos da economia de seu país, o que afeta na contaminação pelo Sars-CoV-2 entre seus trabalhadores. É provável que a solidariedade seja o antídoto e precise urgentemente ser incorporada às políticas sociais, econômicas, de saúde, educação, ambientais e de afeto”.

A orientadora da pesquisa, a professora e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e do IFF/Fiocruz Elizabeth Artmann, ressalta que o estudo reforça o papel de determinantes sociais nas taxas de contaminação em trabalhadores da saúde.

“Em um país com tanta desigualdade como o nosso, estes resultados são muito relevantes e mostram a importância de pesquisas que possam ancorar a tomada de decisões, neste caso, a priorização dos grupos mais vulneráveis”. 

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JORNAL OPÇÃO

Relatório do impeachment do governador afastado Mauro Carlesse será apresentado nesta terça-feira, 22

Por Ruy Bucar

As argumentações contidas na manifestação serão apreciadas e votadas pelos membros que compõem a Comissão Especial do Impeachment

A Comissão Especial Processante do Impeachment do governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), volta a se reunir nesta terça-feira, 22, para analisar e votar a manifestação/defesa elaborado pelo relator, deputado Júnior Geo (PROS) que apresenta explicações sobre o incidente de impedimento feito pela defesa de Carlesse, na semana passada.

A defesa do governador contesta a indicação do deputado Júnior Geo (PROS), para compor a Comissão Especial Processante e ocupar a sua relatoria. A defesa pediu ainda concessão de efeito suspensivo aos autos do processo do impeachment até o julgamento do incidente de indicação e decretação de nulidade de todos os atos exarados no processo de impeachment pelo relator. O documento é assinado pelos advogados Juvenal Klayber Coelho, Adriana Guinzele e Gizela Magalhães Bezerra.

A suspeita, segundo a defesa, tem como fundamento artigo 64 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa que veda deputado membro de comissão seja relator de matéria do qual seja autor. “Queria deixar bem claro, à defesa do governador, caso não saiba, que o autor do pedido do impeachment não sou eu. O autor do pedido de impeachment que está sendo analisado é um advogado, a argumentação utilizada não precede”, disse o deputado.

O pedido de impeachment protocolado pelo advogado Evandro de Araújo Melo Júnior, foi acatado pela mesa diretora da Assembleia Legislativa no dia sete de dezembro de 2021. Os demais pedidos – protocolados pelo deputado estadual Júnior Geo (PROS), pelo presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, e pelo deputado federal Vicentinho Júnior (PL-TO) – foram rejeitados por falta de requisitos formais exigidos por lei para abertura do processo.

Comissão

Os membros da Comissão Especial do Impeachment vão decidir, através do voto, se o pedido da defesa de Carlesse é procedente ou improcedente, sobre a permanência ou o afastamento do deputado Júnior Geo, da relatoria. Compõem a Comissão Especial do Impeachment, os parlamentares: Elenil da Penha (MDB) – presidente; Júnior Geo (PROS) – relator; Eduardo do Dertins (CIDADANIA); Zé Roberto Lula (PT) e Olyntho Neto (PSDB).

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Crianças acima de 6 anos começam a receber 2 dose da vacina contra Covid, em Goiânia

Por Acaray Martins

Para ter acesso a segunda dose, é preciso que a criança esteja acompanhada de um responsável; também é necessário apresentar cartão de vacina e documento de identificação

Crianças a partir de seis anos que receberam a primeira dose há 28 dias já podem tomar a segunda dose da CoronaVac a partir desta terça-feira, 22. Ao todo, foram disponibilizados 13 postos exclusivos para atendimento ao público infantil, que irão funcionar de segunda a sexta-feira, de oito horas da manhã às cinco horas da tarde, e aos sábados, de oito horas da manhã às quatro horas da tarde.

Já crianças entre 5 a 11 anos que ainda não tiverem tomado a primeira dose, podem se dirigir a qualquer posto de saúde do município, sem a necessidade de agendamento. A CoronaVac foi inserida na campanha de vacinação contra a Covid-19, após liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para ter acesso a segunda dose, é preciso que o menor esteja acompanhado de um responsável e apresente cartão de vacina e documento de identificação. Pais ou demais responsáveis que não puderem levar a criança devem preencher autorização disponibilizada pela Prefeitura para o acompanhante.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda diz que, para tomar a segunda dose da Pfizer (e não da Coronavac), as crianças vacinadas com a primeira dose precisam esperar um prazo de oito semanas. Além disso, ressalta que a vacina contra a Covid-19 não deve ser aplicada simultaneamente a imunizantes de outras doenças. O ideal é que o intervalo é de 15 dias.

Nesta terça-feira, 22, serão vacinados com a segunda dose as crianças que receberam a primeira aplicação até 25 de janeiro, na quarta (23), os de até 26 de janeiro; na quinta (24), os vacinados até 27 de janeiro e na sexta (25), os que receberam a primeira dose até 28 de janeiro.

Entre os locais de vacinação estão:

Centro Municipal de Vacinação (CMV)
Endereço: Avenida Edmundo P. de Abreu, s/n, Setor Pedro Ludovico

Centro de Saúde Cidade Jardim
Endereço: Praça Abel Coimbra, s/n, Setor Cidade Jardim

CIAMS Novo Horizonte
Endereço: Avenida Engenheiro José Martins, Qd. 55, s/n, Setor Novo Horizonte

UPA Novo Mundo
Endereço: Avenida New York, 667-569, Jardim Novo Mundo

USF Militão R. de Araújo – Recanto das Minas Gerais
Endereço: Rua Sienna, APM-1, Jardim Maria Helena

USF São Francisco
Endereço: Avenida das Palmeiras, Qd. 89 Lt. 10, Bairro São Francisco

USF Jardins do Cerrado IV
Endereço: Rua Pingo de Ouro, Jardins do Cerrado IV

USF Leste Universitário
Endereço: Rua 218, Qd. A-2 Lt. 10, Setor Leste Universitário

USF Santa Rita
Endereço: Av. Americano do Brasil, Qd. 2 Lt. 6, Parque Santa Rita

USF Guanabara I
Endereço: Rua Porto Alegre, Qd. 13-A Lt. 1, Jardim Guanabara I

USF São Judas Tadeu
Endereço: Avenida Brasília esquina com Rua Santana, Qd. 30, Setor São Judas Tadeu

USF Alto do Vale
Endereço: Rua VF-9 com Rua Samir, Qd. Área, s/n, Setor Alto do Vale

USF Vila Mutirão
Endereço: Avenida do Povo, Qd. D, Vila Mutirão

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O HOJE

Vila São Cottolengo inaugura Centro de Especialidades para atender pacientes do Estado

Em comemoração aos 71 anos da Vila São Cottolengo, o Arcebispo de Goiânia, Dom João Justino celebrou nesta segunda-feira (21/2) uma missa de entrega das novas unidades de atendimento aos pacientes. O evento foi realizado na Praça da Amizade, área interna da vila que fica localizada em Trindade (GO). A celebração contou com a participação de funcionários, residentes, pacientes e autoridades como o Governador Ronaldo Caiado, e o prefeito da cidade Marden Junior.

O novo Centro de Especilidades conta com equipamentos mais tecnológicos que pretende beneficiar pacientes de todo estado.  Foram investidos mais de 3 milhões, e o novo prédio conta com enfermarias, apartamentos clínicos e cirúrgicos para o atendimento dos pacientes. De acordo com a Superintendente Assistencial da Vila São Cottolengo, Lidiane Figueiredo, o objetivo da nova unidade é se tornar um centro de referência em gastroenterologia, cardiologia e oftalmologia.

“Agora contamos com mais internos para prestar atendimento, e todas as salas de consulta e exames foram revitalizadas e receberam novos equipamentos de exame”, pontuou. “Com a nova reestruturação teremos uma maior capacidade de atendimento de todos os pacientes que vem encaminhados do SUS (Sistema Único de Saúde) e de unidades particulares, e poderemos oferecer tratamento e diagnósticos com maior precisão e cuidado”, concluiu.

A nova expansão poderá operar com uma estrutura de qualidade, e o seu Amilton Oliveira que viajou 380 km para trazer a sogra a consulta oftalmológica, comemorou o novo benefício social. “Agora vai ficar ainda melhor pra gente que vem de longe se consultar aqui. Tudo muito bem arrumado e atendimento bem rápido, tomara que permaneça assim” comemorou Amilton.

Atualmente mais de 300 pacientes vivem na instituição. O local realiza reabilitação e dispensação de órteses e próteses para pacientes. Espera-se que o local permaneça atendendo cerca de 136 munícipios goianos.

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PORTAL G1

Homem é indiciado por apresentar atestado médico falso para faltar ao trabalho no Ano Novo, em Caldas Novas

Documento tinha carimbo com nome de médico, mas com número de registro errado e sem assinatura. Profissional disse que não atende na unidade há sete anos.

Um homem foi indiciado pela Polícia Civil por apresentar um atestado médico falso para faltar ao trabalho no último réveillon, em Caldas Novas, sul do estado. O próprio patrão desconfiou da autenticidade do documento e fez a denúncia. Investigação apontou erros no atestado apresentado que comprovaram a fraude.

O documento foi apresentado no dia 30 de dezembro. Nele, constava que o paciente teria passado por uma consultada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sendo necessários dez dias de repouso devido a uma gripe.

O nome do indiciado não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última atualização dessa reportagem.

O atestado tinha o timbre da unidade de saúde e um carimbo com o nome de um médico da cidade. Porém, não tinha assinatura do profissional.

Ao ser ouvido pela polícia, o médico que teve o nome usado disse que não atendia mais na UPA há cerca de sete anos e que não tinha consultado aquele paciente na data apontada, pois estava viajando. Além disso, o número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina que estava no carimbo estava errado, contendo um dígito a mais.

A UPA informou à polícia que não há registro do suposto paciente na unidade no dia registrado no atestado médico. O g1 entrou em contato com a prefeitura da cidade pedindo um posicionamento sobre o caso, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

Ao ser interrogado, o homem disse que apresentou o documento à empresa, mas ficou em silêncio ao ser questionado sobre a doença e veracidade do atestado.

O homem vai responder em liberdade pelo crime de uso de documento público falso. A pena pode chegar a seis anos de prisão e multa.

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O POPULAR

Médica suspeita de lesão sofre interdição temporária

A cirurgiã plástica Lorena Duarte Rosique, suspeita de lesão corporal contra três pacientes, foi temporariamente interditada pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e está proibida de exercer a medicina em todo o Brasil. Em nota, o Conselho informou que tomou conhecimento das denúncias este mês reiniciou-os procedimentos para a apuração da conduta profissional de Lorena. À suspensão temporária foi aprovada em uma plenária do Cremego, realizada na quinta-feira (7) e a cirurgiã foi comunicada da decisão na sexta-feira (18). A interdição tem validade de seis meses, mas pode ser revogada a qualquer momento ou renovada pelo mesmo período. Segundo o Conselho, essa é uma medida administrativa adotada pelos Conselhos Regionais de Medicina para restringir exercício da profissão por médicos que possam ter prejudicado a população. A reportagem não conseguiu localizar defesa da profissional até o fechamento dessa edição.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 21 Fevereiro 2022 10:15

CLIPPING AHPACEG 19 A 21/02/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS dribla lei e decisões sobre planos de saúde são tomadas por interinos

Hospitalizações de crianças por Covid saltaram de 284 para 2. 232 em 1 mês

Goiás registra 780 novos casos de covid-19 e 5 mortes em 24 horas

Caiado:"Crianças não podem estar expostas por não ter vacina no tempo certo"

“Sob nenhum aspecto cigarro eletrônico é saudável”, avalia especialista; veja malefícios

Vendedora relata aflição antes de cirurgia para reparar necroses após plástica

Médica é interditada pelo Cremego por erros em cirurgias plásticas

AGÊNCIA ESTADO

ANS dribla lei e decisões sobre planos de saúde são tomadas por interinos

Manobra concentra poderes na mão de presidente da agência, ligado a líder do governo na Câmara, e mantém dirigentes nomeados aguardando aprovação há 2 anos

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por fiscalizar o setor de planos de saúde no País, funciona há quase dois anos com diretores substitutos mantidos no cargo acima do prazo legal. O arranjo garantiu ao atual presidente da agência, Paulo Rebello, acumular superpoderes. Advogado e ex-chefe de gabinete do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), Rebello controla hoje, além da própria presidência, duas das mais importantes diretorias da ANS.

Ambas responsáveis por processos como a venda bilionária da carteira de planos individuais da Amil, que atingem milhares de clientes. Rebello é hoje o único diretor titular. Outras três diretorias são ocupadas há quase dois anos pelos mesmos três servidores.

A legislação das agências reguladoras estabelece, contudo, limite de 180 dias para a permanência de um servidor como diretor substituto. À área jurídica da ANS produziu um parecer para abonar a violação dessa trava. A interpretação é contestada pelo Sinagências, entidade que representa os servidores de carreira dos órgãos reguladores.

Apelidada de 'escravos de Jó', uma referência à conhecida brincadeira de criança, a manobra consiste em, a cada 180 dias, alterar os nomes dos ex-diretores que esses servidores estão substituindo como se estivessem sempre numa nova suplência.

Trata-se de uma mera formalidade. Nesse jogo os servidores não mudam de posto na direção, e o que muda é o nome do ex-diretor que cada servidor está substituindo.

Em dezembro, o Senado aprovou dois nomes para diretoria da ANS. O presidente Jair Bolsonaro, contudo, ainda não os nomeou. Comisso, permite que a agência siga comandada por servidores substitutos e mantém a concentração de poder nas mãos do atual presidente do órgão.

MUDANÇA. A ANS tem cinco diretorias, além do cargo de diretor-presidente. Pelas regras, o chefe da agência acumulava o cargo com a Diretoria de Gestão (Diges), ligada à administração interna. Mas uma mudança no regimento interno feita dois dias após Paulo Rebello assumir o comando da ANS permitiu que ele trocasse o cargo burocrático pelo comando das duas diretorias mais poderosas do órgão regulador - Normas e Habilitação das Operadoras (Diope) e a outra, a de Normas e Habilitação dos Produtos (Dipro).

O País tem hoje dez agências reguladoras, incluindo a ANS. De acordo com os portais de cada órgão, em nenhuma delas o diretor-presidente ocupa outra diretoria além da sua própria.

Em geral, as agências reguladoras são comandadas por conselheiros ou diretores que não detêm controle sobre áreas técnicas específicas. A ANS tem uma particularidade: cada diretor cuida de temas, como a diretoria que trata da habilitação de operadoras de planos de saúde, sob o comando do atual presidente da agência. Uma concentração de poder numa pessoa. E a ANS, por exemplo, que define reajuste de planos de saúde e multa operadoras por maus serviços.

COBIÇA. Os cargos na cúpula da ANS são alvo de disputa política. Um dos motivos é que os parlamentares se interessam em ter alguém de sua confiança no comando de órgãos responsáveis por decisões impactantes e que envolvem cifras bilionárias.

Entre o fim de 2020 e dezembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou 12 indicações ao Senado para compor a diretoria da ANS. Por pressão de senadores que apoiam seu governo, nomes entraram e saíram da lista nesse meio tempo.

O atual presidente Paulo Rebello é um exemplo. O nome dele foi retirado em 6 de julho do ano passado no rastro das acusações de que o deputado Ricardo Barros estaria envolvido em um esquema de compra de vacinas para covid-19, feitas à CPI da Covid. No dia seguinte, porém, Bolsonaro recuou e mandou o nome de Rebello novamente. O deputado Barros nega o vínculo.

Das 12 tentativas de preencher as vagas na ANS, o atual governo nomeou apenas dois diretores-presidentes em sequência. Outros dois indicados foram aprovados pelo Senado, mas não foram nomeados por Bolsonaro. E dois nomes para diretoria aguardam análise dos senadores há quase três meses.

NOMEADOS. Em dezembro, o Senado aprovou os nomes da defensora pública estadual aposentada Eliane de Castro Medeiros e do diretor substituto de fiscalização da ANS, Mauricio Nunes da Silva, para assumir mandatos de cinco anos. . Ela seria indicação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); ele, de Barros. Os dois negam o apadrinhamento.

A defensora pública disse que soube da vaga na direção da ANS 'no boca a boca de amigos, e mandei currículo', disse ao Estadão. 'Eu busco uma adrenalina. Como eu não tenho coragem de pular de paraquedas, fazer viagem de cruzeiro, a minha adrenalina é me habilitar para alguns projetos. ' Nome também aprovado pelo Senado em dezembro, Mauricio Nunes é diretor substituto desde maio de 2020.

Em nota, a ANS sustenta que o rodízio entre os integrantes da lista de substituição é determinado pela lei, 'a qual também estabelece a impossibilidade de o mesmo diretor-substituto ocupar o mesmo cargo por um período de 180 dias' (mais informações na pág. A7).

BURLA. Para o economista Arthur Barrionuevo Filho, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nas áreas de concorrência e regulação, ter uma diretoria formada por substitutos no comando de uma agência reguladora, por tanto tempo, 'burla o espírito da legislação, que era evitar que a mesma pessoa fique indefinidamente ocupando espaço na diretoria sem ter sido nomeada para tal'.

Ele afirma ainda que o mandato da diretoria foi criado para garantir liberdade para decidir contra ou a favor de quaisquer interesses. 'Quando você pega alguém que é provisório, esse alguém não tem essa garantia. Ele tem uma garantia provisória. Isso pode tornar essas pessoas mais suscetíveis a pressões. ' e

'Quando você pega alguém que é provisório, esse alguém não tem essa garantia (de decidir contra ou a favor). Ele tem uma garantia provisória. Isso pode tornar essas pessoas mais suscetíveis a pressões. 'Arthur Barrionuevo Filho Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

O QUE É A ANS?

A Agência Nacional de Saúde Suplementar é o órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde responsável por normas, controle e fiscalização do setor de planos de saúde no Brasil. A sede fica no Rio de Janeiro. Foi fundada no ano 2000

Decisões relevantes da ANS: Suspendeu a operação societária de R$3 bilhões da APS/Amil

O Determinou acompanhamento in loco na Prevent Senior após a operadora virar alvo da CPI da Covid do Senado por usar tratamento precoce contra a doença. E multa inicial de R$ 25 mil por não avisar pacientes sobre o kit covid

Em julho de 2021, a ANS definiu que os planos de saúde individuais ou familiares teriam percentual de reajuste negativo, de -8, 19%, no período de maio de 2021a abril de 2022.

Agência afirma ter respaldo em 'interpretação da lei'

Parecer da AGU foi usado para manter interinos; órgão diz que situação não prejudicou execução de seus trabalhos

Para validar a permanência de diretores substitutos no comando da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por quase dois anos, a direção do órgão regulador recorreu a um parecer da Advocacia Geral da União (AGU). O documento elaborado pela AGU admite que foi preciso buscar uma 'interpretação da lei' das agências reguladoras para permitir que o prazo de 180 dias de interinidade fosse estendido.

A regra foi elaborada justamente para impedir que a mesma pessoa fique indefinidamente ocupando o cargo sem que tenha passado por sabatina no Senado e nomeada pelo presidente da República.

LISTA. Em nota, a ANS afirmou que 'segue estritamente o que determina a legislação no processo de nomeação e substituição da diretoria'. 'Os servidores que integram a atual lista de substituição da diretoria colegiada são altamente capacitados e foram designados para os cargos vagos pelo Presidente, atuando, tanto quanto um Diretor titular' nos processos submetidos à Diretoria Colegiada e observando todos os processos estabelecidos pelo regimento interno da agência e pelos normativos legais vigentes. Todos os trabalhos da agência vêm sendo desenvolvidos normalmente, sem prejuízo ao funcionamento da reguladora. '

O parecer da AGU foi encomendado em setembro de 2020, próximo ao fim dos primeiros seis meses de interinidade de um dos servidores substitutos. 'Embora a situação não tenha sido prevista expressamente pelo legislador, é preciso buscar uma interpretação que assegure a maior efetividade à continuidade do serviço público e à capacidade decisória da agência, desde que a interpretação se mantenha dentro dos limites do texto legal', justificou a AGU.

No entendimento dela, 'o legislador não tratou expressamente da situação quando um substituto atingir o prazo máximo de 180 dias de substituição do cargo e os demais integrantes da lista já estejam exercendo a substituição em decorrência da vacância de outros dois cargos. ' O que deu margem para a interpretação.

O parecer da AGU que vem sendo usado pela ANS para manter no cargo os diretores substitutos inclui duas tabelas que deixam claro o troca-troca na lista de substituição forjada pela agência. As tabelas indicam, por exemplo, que o servidor Bruno Martins foi convocado em 17 de março de 2020 para assumir o posto de diretor com a saída do ex-diretor Leandro Fonseca. Em 14 de setembro de 2020, seis meses depois, o mesmo Bruno aparece como substituto de outro diretor que também tinha deixado a ANS.

O Sinagências (sindicatos dos servidores das agencias) questionou a interpretação da lei. 'O descaso pela leitem permitido graves irregularidades e ilegalidades. ' A entidade afirmou que a manobra 'fere o princípio basilar das agências nacionais de regulação: a independência técnica, financeira e política, devendo suas diretorias serem constituídas de forma colegiada, com mandatos fixos e não coincidentes'. 'A cada nova vacância ou a cada ciclo de 180 dias de interinidade, nova lista de substituição deveria ser enviada para designação do Presidente, excluindo da lista aquele que já exerceu a interinidade, adicionando um novo servidor substituto a ela. ' Procuradas, a Presidência e a Casa Givil não se manifestaram.

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FOLHA DE S.PAULO

Hospitalizações de crianças por Covid saltaram de 284 para 2. 232 em 1 mês

Alta foi maior do que para adultos; falta de vacinas é principal explicação, segundo pesquisadores



SÃO PAULO - A recente explosão das internações infantis por Covid-19 supera em muito a curva geral de aumento durante a onda associada à variante ômicron no Brasil.

Levantamento da Folha com dados do Ministério da Saúde revela que o número de crianças menores de 12 anos hospitalizadas com complicações da doença saltou de 284 em dezembro para 2. 232 em janeiro. Uma escalada de 686%.

Desde o início da pandemia, o Brasil ainda não havia visto tantas internações pediátricas por Covid em um só mês. Foram 70% a mais em relação a janeiro do ano passado e 11% acima de março, pico dos atendimentos no país em todas as faixas etárias.

Entre as demais idades, a alta de dezembro para janeiro foi proporcionalmente menor, de 395%. As hospitalizações de adolescentes e adultos subiram de 7. 399 para 36, 6 mil entre os dois meses, puxadas especialmente pelos idosos.

Apesar do aumento expressivo, essa quantidade é bem inferior aos 95, 8 mil atendimentos em janeiro de 2021 e aos 228, 3 mil registrados em março, no auge da pandemia.

Praticamente uma em cada dez internações por Covid na faixa de 0 aos 11 anos no Brasil ocorreu em janeiro de 2022.

Segundo especialistas, a principal explicação é a falta de cobertura vacinal nesse público. Autorizada em 16 de dezembro pela Anvisa para as crianças de 5 anos ou mais e iniciada oficialmente em 14 de janeiro no país, a campanha de imunização começou em ritmo lento.

Até segunda-feira (14), data da última atualização dos registros de internações, 28% das crianças elegíveis haviam recebido a primeira dose, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde coletados pelo consórcio dos veículos de imprensa formado por Folha, UOL, O Globo, G1, O Estado de S. Paulo e Extra.

Entre os brasileiros adultos, 94% já estavam protegidos como primeiro ciclo completo (duas doses ou o imunizante de dose única).

'Observamos um aumento impressionante, seguramente relacionado à dinâmica de transmissão. É como uma batalha, em que o vírus quer sobreviver e procura os lugares onde será menos atacado. Hoje, o nicho mais vulnerável é justamente o das crianças', explica Raphael Guimarães, pesquisador do Observatório Covid-19 da Fiocruz.

A análise da Folha mostra que o número de crianças hospitalizadas cresceu não apenas em termos absolutos, mas também no comparativo comas demais faixas etárias.

Elas respondiam por cerca de 1, 5% na média de internações até novembro passado. No fim de janeiro, eram 6%.

O fenômeno conhecido como rejuvenescimento da pandemia já havia sido observado pelos cientistas em outras ocasiões, tampouco é exclusivo do Brasil. À medida que a imunidade avança entre os mais velhos, a média de idade dos infectados - e consequentemente das internações e dos óbitos- tende a diminuir, explica Guimarães.

Esse movimento ficou mais claro entre maio e julho, após a vacinação dos idosos. A faixa dos 20 aos 59 anos chegou a responder por mais da metade das mortes ao longo de seis semanas consecutivas e por mais de 60% das hospitalizações em UTI (unidade de terapia intensiva) durante dois meses, segundo relatório da Fiocruz.

O levantamento da Folha também aponta a queda acentuada na participação percentual dos grupos mais longevos, a partir do início da vacinação, em relação ao total de casos hospitalizados.

Os septuagenários representavam 20% dos internados em janeiro do ano passado, mas apenas 7, 5% em junho. Entre os sexagenários, a presença caiu de 24% em maio para 12% em julho, na contramão dos picos de hospitalização entre adultos e jovens. Recentemente, após aumento da cobertura vacinal entre adultos, a presença de idosos voltou a subir em relação ao total.

O infectologista pediátrico Marcio Nehab ressalta que a baixa vigilância genômica no Brasil e o esgotamento dos testes diagnósticos durante a explosão de casos em janeiro limitam análises mais aprofundadas sobre o real impacto da ômicron nesse cenário.

'Hoje, as pessoas não adequadamente vacinadas, isto é, sem duas doses ou sem a dose de reforço, são a gigantesca maioria das que nós internamos. E as crianças fazem parte do grupo de não vacinados. Esse é o principal fator para o aumento absoluto. É um mar de suscetíveis', diz o especialista do IFF (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira).

Segundo o IBGE, há cerca de 20, 5 milhões de brasileiros menores de 12 anos.

Até a última atualização dos dados oficiais, a Covid havia provocado ao menos 1. 536 óbitos e 25. 295 hospitalizações por Srag (síndrome respiratória aguda grave) entre crianças, segundo os critérios utilizados no levantamento.

Houve também 63 mortes e 1. 160 hospitalizações por sindrome inflamatória multissistêmica pediátrica no público infantil de o aos 9 anos.

Os números podem parecer pequenos se comparados às 638, 9 mil vidas tiradas pelo coronavírus no Brasil.

De acordo com balanços do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e do próprio ministério, entretanto, nenhuma outra doença imunoprevenível causou tantos óbitos em crianças no Brasil em 2021 quanto a Covid.

O levantamento da Folha considerou somente as internações por Srag com diagnóstico confirmado para a Covid e dadas como encerradas, seja por alta ou óbito.

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A REDAÇÃO

Goiás registra 780 novos casos de covid-19 e 5 mortes em 24 horas

Goiás registrou 780 novos casos de covid-19 e 5 óbitos causados pela doença Goiás registrou, nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado na tarde deste domingo (20/2) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
 
Desde que a pandemia teve início, já foram notificados 1.140.298 casos de doença pelo coronavírus em Goiás. Ao todo, o Estado acumula 25.526 óbitos confirmados.
 
Outros 776.085 casos suspeitos e 406 mortes estão em investigação. A taxa de letalidade do vírus é de 2,24% em Goiás.

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Caiado:"Crianças não podem estar expostas por não ter vacina no tempo certo"

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) realizou a abertura oficial do Dia “V” de Vacinação contra a covid-19, na manhã deste sábado (19/2), no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. A campanha visa ampliar a cobertura vacinal junto às crianças, com idade entre 5 a 11 anos, e ocorre, simultaneamente, em 750 postos de vacinação em todos os municípios do Estado. Ao longo do dia, a iniciativa deve mobilizar 1.250 profissionais de saúde para atender à população.

O Dia “V” concentra esforços para proteger o público infanto-juvenil, que é um dos grupos vulneráveis, justamente, por ainda não estar imunizado. Médico com 47 anos de atuação, Caiado reforçou o objetivo maior da campanha: “salvar vidas”. “As crianças não podem, de maneira nenhuma, estarem expostas a um risco de morte por não terem a vacinação no tempo certo”, alertou o governador, ao fazer um apelo aos pais: “Acreditem na ciência e na vacina.”

A estratégia estabelecida pelo Governo de Goiás é facilitar o acesso dos pais que não podem levar os filhos aos postos durante a semana e buscar o aumento nos dados de cobertura vacinal. Para tanto, os municípios foram abastecidos com doses suficientes para alcançar um índice de 58% do público infantil apto a vacinar. Atualmente, o percentual registrado está em 21% de vacinação na faixa etária, com 157 mil crianças já imunizadas com a primeira dose. 

Elisa Marques Costa foi a primeira a ser vacinada no Hecad e recebeu o “certificado de coragem”, distribuído a todos os pequenos, pelas mãos do governador, ao lado de Zé Gotinha e outros personagens do universo infantil, além da equipe do Missão Sorriso e Sesi Goiás’. “Nem doeu, só um pouquinho”, disse a garota de sete anos.

“Me sinto mais acalentada e tranquila, porque Elisa tem bronquite asmática e está no grupo de risco”, destacou a mãe, Murichaine Marques, de 33 anos, que trabalhou no Hospital de Campanha de Goiânia (Hcamp). “Ela vivenciou toda minha agonia enquanto eu trabalhava no Hcamp e eu sempre explicava a ela sobre a importância de cuidar da própria saúde”, completou a enfermeira.


Necessidade da vacina

Valentina Lopes, de apenas cinco anos, demonstrou conhecimento sobre a necessidade de tomar a vacina que alguns adultos, ainda, não tem. “É muito importante para a gente não pegar doença, ficar muito protegida. Se o coronavírus vier, não vai ser bom; mas se vacinar, vai ser bom.” A força-tarefa também recebe adolescentes e adultos que precisam atualizar o esquema vacinal. 

Com a proximidade do feriado de Carnaval, a vacina é uma proteção a mais, aliada ao respeito aos protocolos. “Cada vez mais, nós estamos nos conscientizando disso. Se cumprirmos o protocolo, nós atravessaremos e vamos diminuindo essa situação [da pandemia de Covid-19] que estamos vivendo”, frisou Caiado.

“Se tivermos excessos, vamos correr o risco de ter aumento do número de contaminados”, alertou o governador.

Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), na faixa de idade acima de 60 anos, a quantidade de mortes é mais de 15 vezes maior em não vacinados e atrasados do que em relação aos completamente protegidos.

“Esse dia de hoje, dia V, de celebração da vida, não é só para crianças, mas para qualquer um que não esteja com esquema vacinal completo. Temos em nosso estoque quase meio milhão de vacinas, em torno de 300 mil dedicadas às crianças e as demais para adultos”, salientou o secretário Ismael Alexandrino.

Segurança da Vacina

A grande circulação do vírus e a falta de imunização fazem da população pediátrica um dos grupos mais suscetíveis ao agravamento da Covid-19. Ao mesmo tempo, as vacinas são cientificamente reconhecidas como uma via de proteção, segura e eficaz, contra a doença.

“Assim é importante que nós, médicos, nesta hora, mostremos aos pais, que é algo testado, muito bem comprovado, passado por todas agências de controle”, assegurou o governador. 

Desde o início da pandemia, 44 crianças abaixo de 10 anos de idade não tiveram a oportunidade de se imunizar e morreram de Covid-19 em Goiás. Apesar de ter características mais brandas nessa faixa etária, a doença em crianças pode ocasionar sintomas clínicos prolongados, conhecidos como “Covid-19 longa”, doença pós-Covid-19 ou sequelas pós-agudas de infecção. 

Também compareceram à abertura do Dia V de Vacinação, o secretário Joel Sant'Anna Braga Filho (Indústria, Comércio e Serviços), deputados federais Delegado Waldir e Zacharias Calil; superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, a presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Marise Tofoli e a diretora técnica do Hecad, Cynara Porto.

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JORNAL OPÇÃO

Moda entre jovens

“Sob nenhum aspecto cigarro eletrônico é saudável”, avalia especialista; veja malefícios

Projeto na Alego quer proibir comercialização do produto, que não tem venda autorizada pela Anvisa. Médico alerta para problemática social no futuro 

Os malefícios do cigarro eletrônico passaram a repercutir depois que o cantor sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, foi diagnosticado com doença pulmonar causada pelo produto. Moda entre adolescentes e jovens, a “nova onda” chegou por influência americana e pode comprometer toda uma geração de luta contra o tabagismo. 

A tendência entre jovens começa a preocupar a comunidade científica. O médico Frederico Monteiro, oncologista torácico do Cebrom Oncoclínicas, ressaltou que não há benefícios no uso do produto, pelo contrário. “Muita gente fala que cigarro eletrônico serve como controle de danos para pessoa conseguir sair do tabagismo convencional. Isso é verdade ‘até a página dois’, porque os grandes estudos não provaram isso. Quero reforçar que sob nenhum aspecto o cigarro eletrônico é saudável para as pessoas”, pontuou o especialista. 

Exemplo disso é Zé Neto. O cantor sertanejo passou a fazer campanha contra o produto depois de apresentar “vidros no pulmão”. O termo médico é figurado, mas indica início de lesão grave no pulmão. Segundo o Dr. Frederico Monteiro, tratam-se de “alterações que aparecem no pulmão com aspecto de vidro moído”, explicou o especialista. 

A ação do produto no corpo pode configurar para ser pior do que a do tabagismo convencional. Conforme explicação do médico especialista, enquanto, no cigarro de tabaco, a nicotina estimulada pela combustão, no cigarro eletrônico, ocorre a vaporização. “É a nicotina mais concentrada, em até quatro vezes. Ela entra na corrente sanguínea com capacidade maior de viciar a pessoa”, disse Dr. Frederico Monteiro. 

Os efeitos desse consumo a longo prazo ainda são desconhecidos. Por se tratar de prática nova, há poucos estudos sobre o tema. O médico oncologista informou que as principais pesquisas se desenvolvem nos Estados Unidos (EUA), onde problemas com relação ao uso do cigarro eletrônicos estão mais frequentes. 

Por outro lado, a se considerar os componentes do produto e o desenvolvimento de casos, como o do cantor sertanejo, é possível prever que o hábito poderá causar mal futuro. “Para entender os efeitos do cigarro eletrônico, temos de entender o que o compõe. A nicotina, que dá o prazer para quem fuma, e alguns compostos orgânicos, como benzeno e nitrosamina. Há também alguns metais pesados e ácidos graxos essenciais. Quando se inala isso, está colocando tudo para dentro do organismo”, explicou o médico. 

Os efeitos a curto ou longo prazo são certos. A principal preocupação dos especialistas é que o produto cause destruição do pulmão. Nos EUA, foi criado um nome para doença causada pelo uso do cigarro eletrônico, Evali. O termo é uma sigla em inglês para a expressão “E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury”, “Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico ou produto Vaping”, em português. 

Segundo o médico, os estudos nos EUA apontaram desde resultados de pessoas que se recuperaram sem sequelas até aquelas que desenvolveram problemas irreversíveis, que precisaram de transplantes ou morreram. 

Moda no Brasil 

Apesar do produto não ter legislação específica no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe sua produção e comercialização. Sob o aspecto social, o médico aponta que a popularidade entre adolescentes e jovens representa um sucesso do País no combate ao tabagismo. 

Desde a década de 90, leis e resoluções do Ministério da Saúde foram criadas para combater o tabagismo. A Lei nº 9.294/96 instituiu restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros. Além disso, a Lei nº 12.546/2011 determinou que 30% das embalagens de tabaco fossem de advertências sanitárias sobre o uso do tabagismo. 

Com o sucesso do combate no Brasil, as grandes empresas de tabaco buscaram novas formas de aumentar as vendas para não perder mercado. Com a proibição do cigarro eletrônico, os especialistas temem que o tabaco volte a ter potenciais consumidores. “O hábito de fumar cigarro eletrônico está muito difundido. Nossa preocupação é que daqui um ou dois anos, esse público vai precisar do cigarro convencional para satisfazer seu vício”, explicou o Dr. Frederico Monteiro. 

Segundo o médico, a publicidade desta moda é ainda mais forte nos Estados Unidos. “Lá, os cigarros eletrônicos são vendidos com tema, tem da Hello Kitty, de personagens de anime. Isso causa nos jovens o aspecto de ser descolado, moderno, mas, no final, será uma porta de entrada para o tabagismo”, lamentou o especialista. 

Projeto na Alego 

Tramita na Assembleia Legislativa de Goiás o Projeto de Lei nº 5.402/19, que prevê proibição do uso, da comercialização, da importação, da produção e da propaganda de qualquer tipo de cigarro eletrônico. A expectativa é que a proposta seja votada ainda neste ano. Segundo o autor da proposta, deputado Rafael Gouveia (Progressistas), a medida é necessária para proteger a saúde de quem consome e de terceiros que inalam a fumaça. 

Na justificativa, o deputado enumera o histórico de proibição do produto no Brasil. Conforme afirma, o cigarro eletrônico foi proibido em 2009 pela Anvisa. Apesar disso, o produto continua a ser comercializado livremente. 

Para cessar a prática, Rafael Gouveia propõe punição a locais onde o produto é livremente utilizado. O projeto prevê multa e até interdições para estabelecimentos que fizerem a comercializar, a importação, a produção ou a publicidade de cigarro eletrônico. “A propositura se justifica devido a insegurança ocasionada pela disseminação desse produto na sociedade, mesmo estando proibido pela Anvisa, sem que haja licença para introdução destes cigarros eletrônicos na vida dos indivíduos, colocando-os em posição de risco à saúde”, justifica o deputado. 

O projeto foi acolhido pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e será relatado pelo deputado Delegado Humberto Teófilo (sem partido). Caso o parecer seja favorável, o colegiado precisará dar sinal verde para que a proposição seja apreciada pelo Plenário da Alego. A expectativa é que a votação seja ainda neste ano. Depois, caberá ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) sancionar o texto. 

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TV ANHANGUERA

Vendedora relata aflição antes de cirurgia para reparar necroses após plástica

https://globoplay.globo.com/v/10317705/

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RÁDIO CBN GOIÂNIA

Médica é interditada pelo Cremego por erros em cirurgias plásticas

A médica cirurgiã-geral e cirurgiã-plástica Lorena Duarte Rosique foi interditada cautelarmente pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Segundo o Cremego,  a interdição foi aprovada  no plenário da instituição  nesta quinta -feira (17). A médica  fica temporariamente proibida de exercer a medicina em todo o País.

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/m%C3%A9dica-%C3%A9-interditada-pelo-cremego-por-erros-em-cirurgias-pl%C3%A1sticas-1.2405740

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 18 Fevereiro 2022 12:22

CLIPPING AHPACEG 18/02/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

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CNN

Dados sugerem que Brasil passou pelo pico da Ômicron, mas é preciso cuidado

À CNN, quatro especialistas disseram que o país pode ter passado pelo pico de casos do coronavírus, mas cobertura vacinal deve avançar para evitar novas variantes

Desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, em fevereiro de 2020, o país já enfrentou os mais diversos cenários no enfrentamento à pandemia. Nos últimos meses, impulsionados pelo surgimento da variante Ômicron, os casos de Covid-19 dispararam.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 3 de fevereiro de 2022, o país atingiu o maior número de novas infecções com 298.408 em 24 horas. Contudo, diferente do que o Brasil viu no início de 2021, devido principalmente à vacinação, o índice de mortes não aumentou na mesma proporção que os casos dispararam.

Na época, alguns especialistas estimaram que o pico da Ômicron iria acontecer até a segunda semana de fevereiro e depois, o país veria uma queda nos casos.

A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Ethel Maciel, foi uma delas. À CNN, ela disse em janeiro que o Brasil seguia os dados de outros países que fazem muitos testes e que acreditava que ainda não tínhamos atingido ao nosso pico.

Agora, no entanto, muito se especula se o país já passou pelo pico da pandemia e quais devem ser os próximos cenários do SARS-CoV-2 à medida que há o avanço da cobertura vacinal.

Para Ester Sabino, imunologista e ex-diretora do Instituto de Medicina Tropical, que liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus, o pico de casos da Ômicron já pode ter passado. 'Tudo indica que a tendência é, nos próximos dias, vermos uma queda no número de casos - que já está acontecendo - e também nas mortes', disse à CNN.

O mesmo é defendido pelo infectologista Fernando Bellissimo-Rodrigues, do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Ele disse à CNN que 'talvez o pior já tenha passado, mas isso demora um pouco para se refletir no número de mortes.'

Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz, disse à CNN que já passamos pelo pico do coronavírus.

'Já estamos há uma semana, claramente, com queda no número de casos. Já tivemos momentos piores e esse comportamento é similar ao que ocorre em outros países: de quatro a seis semanas de subida e de quatro a seis semanas de queda', afirma.

Bellissimo-Rodrigues explica que na epidemiologia há um fenômeno chamado 'esgotamento de suscetíveis' e por isso o número de infecções deve continuar a cair. 'Como uma grande parcela da população já foi infectada, e outra grande parcela está imunizada, especialmente com a dose de reforço, o vírus começa a ter dificuldade de achar uma pessoa para infectar', explicou.

Contudo, todos especialistas ouvidos pela CNN para esta reportagem afirmam que as condições de queda no número de casos diários devem ser mantidas, se, e somente se, o mundo avançar na vacinação para evitar o surgimento de novas variantes.

Surgimento de novas variantes

No começo de 2022, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse que 'a pandemia não está nada perto de acabar e, com o rápido crescimento da Ômicron globalmente, novas variantes devem surgir'.

Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Unesp, disse à CNN que não é impossível que surjam novas variantes.

'Mas, provavelmente, essas novas variantes não vão ter o mesmo grau de letalidade que outras cepas - graças ao avanço na vacinação.', explicou.

Sabino aponta que existe a chance de novas variantes surgirem. 'Não entendemos bem de onde veio a Ômicron e, por não compreendermos bem, é que ficamos sem saber qual a chance de acontecer de novo', afirma.

Bellissimo-Rodrigues comenta que sempre há chance de uma nova cepa mudar o jogo.

'Em novembro do ano passado, eu teria dito que a tendência seria caminhar para uma endemia. Mas veio a Ômicron e nos surpreendeu. E isso ocorre porque há bolsões de localidades com baixa cobertura vacinal', comenta.

O infectologista lembra regiões no mundo que foram de surgimento das variantes. 'Toda vez que há um local com baixa cobertura e o vírus chega ali, ela dissemina facilmente e aumenta a probabilidade de mutações. Isso aconteceu na África do Sul com a Ômicron, na Índia com a Delta, no Amazonas com a Gama e no Reino Unido com Alfa', disse Bellissimo-Rodrigues da FMRP.

A variante Ômicron do coronavírus foi identificada em novembro de 2021. Desde a classificação da cepa como uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foram detectadas diferentes outa linhagens da variante, incluindo subvariantes chamadas de BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3. A linhagem BA.2 apresenta um grande número de mutações que se diferem daquelas identificadas na cepa BA.1.

Pelo menos 57 países, incluindo o Brasil, já enviaram sequências genéticas de amostras pertencentes à subvariante aos bancos de dados internacionais. A proporção semanal de BA.2 em relação a outras sequências de Ômicron aumentou em mais de 50% durante as últimas seis semanas em vários países.

Segundo a OMS, que realiza o monitoramento constante da evolução do SARS-CoV-2, até o momento não foi possível estabelecer como e onde as subvariantes da Ômicron se originaram e evoluíram.

Sabino disse que a BA.2 merece atenção. 'Ela está crescendo e se tornando a principal na África do Sul', comenta.

Naime aponta que a subvariante já está se apresentando como variante de extrema preocupação porque se mostra com escape dos anticorpos monoclonais.

'A subvariante BA.2 é de preocupação extrema, que parecia ser menos patogênica, e num segundo momento, parece que ela vai ter uma capacidade de fugir da resposta neutralizante dos anticorpos monoclonais', afirma.

Codra, da Fiocruz, destaca que mesmo com uma nova subvariante, como a BA.2, o cenário de 2022 é diferente do vivido em 2021.

'Como a Ômicron contaminou muitas pessoas, a combinação de infecção prévia e vacinação gera uma imunidade extremamente elevada que pode proteger a população para evitar hospitalização e óbitos, mesmo no contexto de uma nova variante', disse o pesquisador.

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Confira orientações do Ministério da Saúde diante do diagnóstico de Covid-19

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O Ministério da Saúde recomenda que diante de sintomas compatíveis com a Covid-19, como febre, tosse, dor de garganta ou coriza, com ou sem falta de ar, as pessoas devem buscar atendimento médico. Confira outras orientações

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Use máscara o tempo todo

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Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo

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Depois de usar o banheiro, limpe o vaso, mantendo a tampa fechada, higienize a pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária. Sempre lave as mãos com água e sabão

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Separar toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos para uso exclusivo

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O lixo produzido precisa ser separado e descartado

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Evite compartilhar sofás e cadeiras e realize limpeza e desinfecção frequente com água sanitária ou álcool 70%

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Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária

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Caso o paciente não more sozinho, recomenda-se que os demais moradores da residência durmam em outro cômodo

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Mantenha a distância mínima de 1,5 m entre a pessoa infectada e os demais moradores

Vacinação no controle do pico do vírus

Todos os pesquisadores ouvidos pela CNN destacam a vacinação como principal forma de controle do vírus.

O Ministério da Saúde lembra que é necessário avançar na vacinação no país, em especial com a dose de reforço.

O ministro Marcelo Queiroga, disse em entrevista coletiva na quinta-feira (10) que 'é isso o que vai fazer a diferença. O Brasil tem uma cobertura em torno de 30% de dose de reforço, índice que precisamos ampliar.'

Segundo levantamento feito pela Agência CNN, até a quinta-feira (17), 79,28% da população no país já receberam a primeira dose, 71,05% a segunda dose e 26,80% a dose de reforço

O painel que monitora vacinação no site da Saúde não notificou atualização sobre dados de vacinais dos estados desde 28 de janeiro de 2022.

Naime diz que pessoas 'não vacinadas acabam tendo um risco individual de progressão para gravidade e morte muito alto.'

Sabino afirma que o risco das pessoas não vacinadas é que elas estão disseminando o vírus.

'O problema das pessoas não vacinadas é que elas mantêm o vírus circulando e para as pessoas que são imunossuprimidas ou muito mais velhas, as quais a vacina não funciona tão bem, os não vacinados estão colocando esses indivíduos em risco porque elas mantêm a circulação do vírus.'

Para Bellissimo-Rodrigues, não há necessidade de tornar a vacinação obrigatória, contudo, 'o direito individual de não se vacinar termina quando a pessoa apresenta um risco para a saúde coletiva', afirma.

Sabino destaca ainda que é muito importante que as pessoas tomem a dose de reforço. 'Por enquanto, pouca gente tomou. No Brasil, ainda estamos atrasados com a terceira dose', disse.

Ele afirma ainda que deve haver 'equidade na distribuição de vacina, tanto a nível nacional quanto a nível global.'

'Quando Israel estava com a terceira dose adiantada, foram surpreendidos com a chegada da Ômicron. É preciso que os países mais desenvolvidos comecem a olhar e perceber que um problema global requer um esforço ordenado global. O que podemos fazer nacionalmente é nos vacinarmos, mas nas relações internacionais, procurar garantir que os países menos desenvolvidos tenham acesso à vacina', afirma o infectologista.

Possíveis cenários do coronavírus

Um artigo publicado na revista científica The Lancet, analisa os cenários epidemiológicos em todo o mundo. De acordo com a publicação, a Covid-19 vai continuar, mas 'o fim da pandemia está próximo'.

A estimativa da análise é que em março de 2022, uma grande proporção do mundo já terá sido infectada com a variante Ômicron, e com aumentos contínuos na vacinação contra a Covid-19, o uso em muitos países de uma dose de reforço e altos níveis de imunidade adquirida por infecção, por algum tempo os níveis globais de imunidade ao SARS-CoV-2 devem estar sempre altos.

No entanto, o artigo aponta que os impactos da futura transmissão do SARS-CoV-2 na saúde serão menores devido à ampla exposição anterior ao vírus, às vacinas regularmente adaptadas a novos antígenos ou variantes, ao advento dos antivirais e ao conhecimento de que os mais vulneráveis ??podem se proteger durante ondas futuras, quando necessário, usando máscaras de alta qualidade e distanciamento.

Para Ester Sabino, 'a tendência [da Covid] é virar uma endemia, mas tudo depende do aparecimento de novas variantes, ou alguma variante que seja resistência à vacina. Isso pode fazer com que tenhamos picos epidêmicos novamente'.

Codra afirma que a 'Covid-19 está caminhando para ser uma doença endêmica porque a de letalidade associada à doença reduziu nos últimos meses, algo que já chegou a ser 20 vezes maior a influenza e hoje em dia está duas vezes maior', disse.

A letalidade é um marcador de gravidade que indica sobrecarga de serviço de saúde, hospitalização.

De acordo com o pesquisador da Fiocruz, 'quando há uma redução da letalidade, isso traz menos impacto ao serviço de saúde e, portanto, mesmo que haja um aumento importante número de casos não gera impacto nos serviços de saúde', aponta.

O infectologista indica que isso deve ocorrer quando não houver necessidade de uso de medidas de restrição ou protetivas.

'A doença tende a ser endêmica, com períodos sazonais, onde teremos aumento de casos, eventualmente de hospitalização e óbitos, mas não viveremos mais o que vivemos no passado, principalmente no Brasil, no contexto da Gama com três ou quatro mil óbitos diários', destaca Julio Codra.

Naime ressalta que é difícil prever um cenário a longo prazo, ainda mais com a variante BA.2.

'Na pandemia aprendemos que não existe bola de cristal. Podemos falar apenas a curto prazo. Podemos dizer que nos próximos dois meses, a tendência é que haja queda do número de casos, quedas número internação. Isso se não surgir nenhuma variante. Agora, se a BA.2 começar a predominar, podemos ter problemas entre seis, oito ou 12 semanas, afirma.

Para Bellissimo-Rodrigues, dois cenários são prováveis: 'a Covid-19 pode evoluir para uma endemia, causando surtos sazonais, ou podemos ver uma nova cepa - motivada por não vacinados', disse.

'O cenário nos próximos meses deve ser, provavelmente, de calmaria, mas é muito importante que as pessoas tomem a terceira dose', finaliza Sabino.

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O GLOBO

Brasil registra 1.129 mortes por Covid nesta quinta e média móvel fica estável, mostra consórcio de imprensa

Índice foi apenas 15% maior que o de duas semanas atrás; país tem 129.266 novos casos da doença

O Brasil registrou nesta quinta-feira 1.129 mortes por Covid-19, elevando para 641.997 o total de vidas perdidas no país para o coronavírus. Já a média móvel foi de 811 óbitos, 15% maior que o cálculo de duas semanas atrás, o que demonstra tendência de estabilidade. Apenas um estado não registrou óbitos.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

O país também registrou 129.266 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 27.941.476 infectados pelo coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel foi de 116.566 diagnósticos positivos, 36% menor que o cálculo de 14 dias atrás, o que demonstra tendência de queda. Os números de casos e mortes foram atualizados em 26 estados.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Vacinação

Ao todo, 23 unidades federativas do Brasil atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 nesta quinta. Em todo o país, 170.609.984 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 79,42% da população brasileira. A segunda dose da vacina, por sua vez, foi aplicada em 153.442.549 pessoas, ou 71,43% da população nacional. Já 58.593.781 pessoas receberam uma dose de reforço.

Nas últimas 24h foram registradas a aplicação de um total de 1.426.858 doses de vacinas contra a Covid-19. Foram 602.865 primeiras doses, 152.600 segundas doses, 5.125 e 666.268 doses de reforço.

Até o momento, ao menos 6.742.032 crianças de 5 a 11 anos já receberam a primeira dose contra a Covid-19. Esse valor representa 32,89% da faixa etária. A vacinação infantil nas capitais tem avanço desigual, falhas de registro e atraso nos dados. Por isso, as estatísticas podem estar aquém da realidade.

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Amil e APS apresentam ações para atender planos após alta de queixas

Em reunião com ANS, operadora cita redução de prazo para cirurgias eletivas

Amil e APS apresentaram ontem um plano em prol da carteira de beneficiários de planos individuais e familiares da operadora, atendendo à solicitação feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em reunião com as empresas na última semana. À demanda do regulador veio após o salto de reclamações de usuários em razão do descredenciamento de clínicas e laboratórios pela empresa de saúde desde a transferências dos planos da Amil para a APS.

Entre as medidas apresentadas pela Amil estão a redução do tempo para autorização de cirurgias eletivas e a retirada temporária da exigência de autorização prévia para liberação dos exames laboratoriais.

No início de janeiro, a agência autorizou a transferência dos planos individuais e familiares da carteira da Amil em Rio, São Paulo e Paraná para a APS, que pertence também ao UnitedHealth Group, dono da Amil. Neste mês, um grupo formado por Fiord Capital, Seferin & Coelho e Henning Von Koss fechou acordo para assumir o controle da APS.

ORIENTAÇÃO AO USUÁRIO A agência suspendeu essa operação, pois a solicitação formal para a transferência de controle da APS aos novos sócios não havia sido enviada ao regulador.

Os novos controladores da APS planejam dobrar a carteira da operadora, hoje de 330 mil beneficiários, em dois anos, perseguindo a meta de transformar a empresa em líder nesse segmento no país. A transação teria aporte de R$ 2, 4 bilhões da Amil, incluindo a transferência de quatro hospitais. A documentação sobre a transferência do controle da APS foi enviada à ANS no fim da última semana e está em análise.

Paulo Rebello, presidente do órgão regulador, vem afirmando que o número de reclamações de beneficiários da Amil nesses planos começou a subir desde a virada de setembro para outubro do ano passado. Agora, teria chegado a um volume preocupante.

No encontro desta semana com a agência, a Amil apresentou ações em curso para atender os beneficiários. O tempo de autorização para cirurgias eletivas com o uso de órtese, prótese e material especial (OPME) foi reduzido para 15 dias corridos, enquanto o prazo para procedimentos sem OPME caiu para até cinco dias consecutivos.

Foi criada uma célula para contato antecipado para todos os casos que receberem negativas de rede credenciada, para orientar o usuário e garantir que a demanda seja atendida por um prestador conveniado ou eventual, mantendo os prazos previstos na regulação. Já as centrais de atendimento têm novo fluxo para assegurar a resolução imediata das demandas do beneficiário ainda ao telefone.

Por fim, a exigência prévia de liberação para exames laboratoriais está temporariamente suspensa. E os beneficiários serão redirecionados automaticamente do portal da APS para o da Amil.

Dentre os próximos passos planejados pela Amil estão reforçar a comunicação com a carteira de beneficiários transferida para a APS por e-mail marketing e pelo portal Amil; a atualização da base de 25 mil prestadores não hospitalares da APS no portal e a reestruturação do portal da operadora que agora detém os planos individuais e familiares.

ANS MONITORA

Durante a reunião, a ANS destacou a importância de tais ações para que o beneficiário sinta segurança em todo o processo. A agência seguirá monitorando os prazos de atendimento e a assistência conferida aos clientes.

É importante frisar que a transferência parcial da carteira da Amil foi autorizada pela ANS somente para os beneficiários de planos individuais e familiares da operadora residentes em São Paulo, Rio e Paraná. Os demais beneficiários permanecem na Amil.

A ANS segue monitorando a implementação das medidas e reforça que, em caso de dificuldades ou problemas no uso do plano, usuários devem procurara Amil. Se a questão não for resolvida, a recomendação é registrar queixa na agência.

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AGÊNCIA BRASIL

Anvisa aprova primeira marca de autoteste do Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (17/2) a primeira marca de testes aplicados por leigos, os chamados “autotestes”, do Brasil. O produto foi nomeado de “Novel Coronavírus Autoteste Antígeno”, fabricado pela empresa CPMH Comércio e Indústria de Produtos Médicos-Hospitalares e Odontológicos.
 
O exame funcionará com coleta por meio de bastão (swab) a ser inserido no nariz. O resultado deve sair em 15 minutos. A aprovação pela Anvisa foi feita com um conjunto de recomendações, disponíveis para acesso no site do órgão.
 
O teste deve ser realizado entre o 1º e 7º dia do início do sintoma, ou 5 dias depois de contato com uma pessoa infectada com o novo coronavírus. O exame não é válido como diagnóstico, como documento para viagens ou para licença do trabalho.
 
A cartilha de orientações da Anvisa também traz informações ilustradas sobre como aplicar o teste e como interpretar seus resultados. Como exigido pela agência, a CPMH disponibilizou um canal de atendimento ao cliente para dúvidas e esclarecimentos (por meio do telefone 0800 940 8883).
 
Autotestes

Segundo a Anvisa, os autotestes são um procedimento “orientativo”. Eles indicam que alguém pode estar infectado com o novo coronavírus. Contudo, o diagnóstico efetivo só pode ser realizado por um profissional de saúde.
 
A Anvisa explica que o autoteste de covid-19 deve ser usado como triagem, para permitir o auto isolamento precoce e, assim, quebrar a cadeia de transmissão do vírus o mais rápido possível, "mas o diagnóstico depende de confirmação em um serviço de saúde”, alerta a publicação da agência sobre o tema. 

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 5.360 novos casos e 20 mortes em 24 horas

Ludymila Siqueira

Goiânia - Goiás registrou 5.360 novos casos da covid-19 e 20 mortes pela doença nas últimas 24 horas, conforme o boletim estadual divulgado, nesta quinta-feira (17/2,  pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Ao todo, o Estado já soma 1.129.049 infecções e  25.443 óbitos desde o início da pandemia. 

Segundo a SES-GO, estão em investigação 772.737 casos e 411 mortes, no território goiano,  para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 2,25%.

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R7

Injeções contra obesidade são usadas por quem não precisa. Conheça os riscos e benefícios

Medicamentos não exigem receita para serem comprados na farmácia, mas a caixa de um deles chega a custar R$ 900

Remédios que chegam a custar entre R$ 600 e R$ 900 estão entre os mais vendidos nas farmácias brasileiras. São produtos desenvolvidos originalmente para o tratamento de diabetes tipo 2, mas que se mostraram eficazes no controle de peso, fazendo com que o fabricante criasse versões específicas para pacientes com obesidade.

Mas o Brasil tem tantos obesos e diabéticos assim com condições de gastar uma cifra tão alta por mês ou está havendo uso indevido por pessoas que não se encaixam nas definições estabelecidas nas bulas?

Por não ser um remédio controlado - diferente de antibióticos e psicotrópicos, por exemplo -, não há como saber quem os está comprando. Entretanto, médicos ouvidos pelo R7 afirmam que há, sim, consumo por pessoas que desejam perder alguns quilinhos e fazem uso sem orientação.

Antes de falar sobre os riscos de automedicação com estas drogas, é preciso entender como e por que elas chegaram ao patamar das mais vendidas no país.

Saxenda

Entre abril de 2020 e abril de 2021, o Saxenda foi o segundo medicamento mais comercializado nas farmácias do país, segundo levantamento da consultoria IQVIA.

O princípio ativo é a liraglutida, um agonista do receptor GLP-1 (hormônio liberado pelo intestino após as refeições e que atua nos receptores do cérebro que controlam o apetite, a sensação de saciedade e a fome).

A consequência natural é que o indivíduo que faz uso do medicamento coma menos e emagreça.

A liraglutida foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2011 exclusivamente para o controle de diabetes tipo 2.

O medicamento registrado foi o Victoza, cujas doses da caneta de injeção subcutânea são de 0,6 mg, 1,2 mg e 1,8 mg.

"Sabia-se que era um remédio que aumentava a saciedade, diminuía a fome e a vontade de comer, e as pessoas emagreciam. Este produto, quando foi lançado [no Brasil], estouraram as vendas nas farmácias. Os diabéticos - que eram o público principal para uso - mal conseguiram comprar", lembra a endocrinologista Claudia Cozer Kalil, médica do corpo clínico no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O Victoza foi liberado na mesma época em que a Anvisa proibiu a venda dos anorexígenos anfepramona, femproporex e mazindol, comumente usados por quem queria emagrecer, mas que eram antigos demais e não havia estudos atualizados para atestar a segurança e eficácia deles conforme os critérios atuais.

"Existia um uso abusivo dessas medicações, e o Brasil era o primeiro ou o segundo país em prescrições", comenta a médica, ao considerar que houve uma migração de pessoas que faziam uso indevido dos anorexígenos para a liraglutida devido ao acesso fácil sem a exigência de receita.

"Desde aquela época, as pessoas já faziam uso sem orientação médica - e naquela época o Victoza também não estava aprovado para perda de peso."

Com novos estudos, a desenvolvedora do Victoza, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, concluiu que doses mais altas forneciam melhores resultados na perda de peso em pessoas obesas.

Foi criado, então, o Saxenda, com doses ajustáveis de 0,6 mg, 1,2mg, 1,8mg, 2,4 mg e 3 mg de liraglutida, liberado pela Anvisa em março de 2016.

Ele é indicado para pessoas com IMC (índice de massa corporal) acima de 30 (obesidade) ou acima de 27 (sobrepeso), desde que este último grupo tenha alguma doença associada ao peso, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado ou apneia obstrutiva do sono, por exemplo.

Uma caixa com três canetas do Saxenda custa cerca de R$ 600. Cada uma, se usada na dose de 3 mg por dia, dura sete dias.

O que todos que começam o tratamento com liraglutida se perguntam é: quanto vou emagrecer?

Uma revisão feita por pesquisadores do Texas em 2016 e publicada na revista Obesity Science & Practice mostrou que quem fez uso de 3 mg do Saxenda perdeu, em média, 6% do peso original (6,4 kg) após 56 semanas.

Sendo assim, o gasto com o medicamento seria, ao final deste período, de aproximadamente R$ 11 mil.

Indivíduos que utilizaram 1,8 mg perderam uma média de 4,7% do peso (5 kg). O grupo que tomou placebo - substância sem efeito no organismo - emagreceu 2% (2,2 kg).

A endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês ainda faz uma ressalva a respeito do medicamento.

"70% das pessoas costumam ter resultados bons em relação à perda de peso, mas 30% não respondem à medicação. É como se não fizesse efeito nenhum sobre essas pessoas."

A própria bula recomenda a suspensão do uso se não houver resultados em três meses.

"O tratamento com Saxenda deve ser descontinuado após 12 semanas de tratamento na dose de 3,0 mg/dia se o paciente não apresentar perda ponderal ?5% do peso inicial. A necessidade de continuar com o tratamento deve ser reavaliada anualmente."

Ozempic

O mesmo laboratório que criou o Victoza e o Saxenda desenvolveu posteriormente uma substância que se mostrou mais eficaz no tratamento de diabetes tipo 2, especialmente por ser aplicada em um intervalo maior de tempo (uma semana): a semaglutida, vendida sob a marca Ozempic.

O Ozempic foi aprovado pela Anvisa em agosto de 2018 somente para o tratamento de diabetes tipo 2, mas imediatamente passou a ser usado off label (sem indicação na receita) também para obesidade e por pessoas que não têm indicação para uso deste medicamento.

A caneta aplicadora da injeção subcutânea do Ozempic tem doses de 0,25 mg e 0,5 mg, seis agulhas descartáveis e custa cerca de R$ 870.

A mesma pesquisa da IQVIA mostrou que o Ozempic saltou da 42ª posição dos mais vendidos em 2020 para a 6ª no ano passado.

"O Ozempic não foi estudado para obesidade. Os estudos de obesidade são com uma dose maior. Esse remédio já foi lançado nos Estados Unidos, chama Wegovy. Seria o Ozempic para obesidade", destaca o vice-presidente do Departamento de Obesidade da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), Márcio Mancini.

Nos EUA, o tratamento com Wegovy começa em 0,25 mg de injeção subcutânea nas primeiras quatro semanas, passa por aumentos de doses mensais, de 0,5 mg, 1 mg e 1,7 mg, até chegar à dose de 2,4 mg, ao custo médio mensal de US$ 1.627 (em torno de R$ 8.360 na cotação atual) para quem não tem seguro de saúde.

A Novo Nordisk Brasil entrou com pedido de registro do Wegovy na Anvisa no início de 2021 e aguarda uma resposta.

A farmacêutica afirma, em nota, que "não endossa ou apoia a promoção de informações de caráter off label, ou seja, em desacordo com a bula de seus produtos" e reitera que o Ozempic "não possui indicação aprovada pelas agências regulatórias nacionais e internacionais para obesidade".

Um estudo sobre o Wegovy financiado pelo fabricante e publicado no NEJM (The New England Journal of Medicine) em março do ano passado analisou 1.961 indivíduos obesos (IMC ?30) ou com sobrepeso (IMC ?27), desde que tivessem ao menos uma condição coexistente relacionada ao peso e que não tinham diabetes.

Eles foram divididos em grupos aleatórios sem que os pesquisadores que os acompanhavam e nem eles próprios soubessem em qual estavam. Metade tomou 2,4 mg de semaglutida subcutânea semanalmente e a outra metade recebeu injeções de placebo.

"A alteração média no peso corporal desde a linha de base até a semana 68 [um ano e quatro meses] foi de -14,9% no grupo semaglutida em comparação com -2,4% com placebo", escreveram os autores, acrescentando que a perda de peso médio no período foi de 15,3 kg no grupo que fez uso do medicamento, em comparação com -2,6 kg em quem tomou placebo.

Também foi constatado que 86,4% dos participantes do grupo semaglutida haviam perdido ao menos 5% do peso inicial, enquanto no grupo placebo foram 31,5%.

"Quando a gente fala em 15%, um indivíduo de 100 kg passar para 85 kg, já é algo. Isto é média, mas tem indivíduos que perderam 20%, mais que 20%. Então são tratamentos bem promissores", comenta Mancini, ao ponderar que nos Estados Unidos, 35% dos adultos são obesos, mas apenas 2% fazem uso de algum medicamento para tratar a doença.

Uso sem orientação e riscos

Como qualquer medicamento, a liraglutida e a semaglutida podem causar uma série de efeitos colaterais.

"Um estudo com liraglutida analisou a incidência de efeitos colaterais de acordo com uma série de fatores e chegou à conclusão de que quem tinha mais efeito colateral eram mulheres com peso menor. Mas os estudos foram conduzidos em pessoas que tinham indicação de tomar o remédio. Então, quando eu falo mulheres com peso menor, estou dizendo que uma mulher com 1,50 m e 65 kg tinha indicação de usar o remédio, mas ela tinha mais efeito colateral do que uma mulher com 1,70 m e 90 kg", pontua Mancini.

Não existem, continua o médico, quaisquer estudos envolvendo os dois princípios ativos em pessoas fora dos critérios estabelecidos: sobrepeso com IMC acima de 27 e doença associada ou obesidade, além dos casos de diabetes tipo 2.

"O que tem de negativo é que são pessoas tomando medicações que, por mais seguras que sejam, têm efeitos colaterais e não foram estudadas nessa população. Ninguém estudou Saxenda ou Ozempic em, por exemplo, mulheres com 60 kg que gostariam de pesar 57 kg. Os pacientes estudados ou eram diabéticos ou pesavam, em média, algo próximo de 100 kg."

Segundo o médico, o uso esporádico também aumenta a chance de efeitos colaterais.

"Tem pessoas que usam e têm peso normal, mas que gostariam de pesar 2 kg ou 3 kg a menos para entrar em uma roupa, para ir a uma festa de casamento, coisas bem pontuais. E às vezes o uso é por um mês para ver se resolve. [...] É como se fosse sempre um recomeço de tratamento."

Para a endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês, a facilidade de acesso e a falta de opções tornaram a liraglutida e a semaglutida populares entre quem pode pagar.

"Eu acho que existe um uso indiscriminado no sentido de que são os únicos remédios para controle de peso que não precisam de prescrição médica. Como a sibutramina é uma medicação controlada, de tarja preta e precisa de receita específica, ficou muito mais fácil as pessoas saírem comprando medicamentos que não precisam de prescrição, que é o caso do Victoza, do Saxenda e do Ozempic."

Dentre os efeitos colaterais mais comuns descritos nas bulas do Saxenda e do Ozempic estão:

? Náusea, vômito, diarreia, constipação

? Tontura

? Problemas que afetam o estômago e intestino, como: indigestão (dispepsia), inflamação gástrica (gastrite), desconforto gástrico, dor na região superior do estômago, azia, sensação de

empachamento, flatulência, eructação, boca seca

? Sensação de fraqueza ou cansaço

? Paladar alterado

? Dificuldade para dormir (insônia)

? Cálculo biliar

? Reações no local da injeção (como hematoma, dor, irritação, coceira e erupção cutânea)

? Hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), que provoca mal-estar súbito

? Aumento de enzimas pancreáticas, como lipase e amilase

Claudia chama atenção também para reações que podem levar pacientes ao pronto-socorro.

"As mais comuns são vômitos e enjoo muito importante. Algumas pessoas ficam em quadro de vômito recorrente e acabam se desidratando. Um dos efeitos dessas drogas é lentificar o trânsito intestinal, então existem pessoas que ficam com uma obstipação intestinal muito intensa, formando fecalomas que também precisam muitas vezes ser tratados no ambiente hospitalar."

Ela alerta ainda para o risco de pancreatite aguda, embora seja um efeito adverso raro, mas que já foi observado em pacientes usam estes remédios.

"A combinação destes medicamentos com alto teor alcoólico pode levar a um quadro de pancreatite, que é bem grave, pode ocorrer nos primeiros meses de uso. A pessoa tem uma dor forte na região abdominal, perto da altura do estômago, uma dor como se estivesse deitando sobre uma barra horizontal. Esse quadro muitas vezes precisa de internação, ficar em jejum, precisa de todo um suporte. Você pode perder o pâncreas e ficar diabético ou até morrer."

Restringir venda ou orientar?

A venda livre de liraglutidade e semaglutida em farmácias preocupa os especialistas.

"Os nossos jovens hoje têm apresentado uma incidência muito alta tanto de obesidade quanto de transtorno alimentar. Você imaginar que qualquer jovem de 12 anos pode entrar em uma farmácia, comprar um remédio destes e sair se autoaplicando, é um risco enorme", observa Claudia.

Por outro lado, o vice-presidente do Departamento de Obesidade da SBEM destaca que nenhum remédio para diabetes no Brasil tem venda controlada. Impor restrições à compra do Saxenda faria com que as pessoas que fazem uso sem prescrição passassem a comprar o Victoza.

"Procure um profissional para te indicar se você deve ou não tomar, se esse é o melhor remédio para você e se não dá para resolver o seu problema sem um remédio. Para a obesidade, eu diria que menos, mas para quem tem um excesso de peso de poucos quilos pode ser suficiente só mudar o comportamento", orienta Mancini.

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PORTAL UOL

Covid: 153,4 milhões de brasileiros completam vacinação, 71,4% da população

O Brasil atingiu os 153,4 milhões de habitantes com vacinação completa contra a covid-19, como indica o boletim divulgado hoje pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Até aqui, 153.442.549 pessoas foram vacinadas com a segunda dose ou a dose única, o que representa 71,43% da população do país. Os dados foram obtidos junto às secretarias estaduais de saúde.

O total de doses aplicadas entre ontem e hoje foi de 1.426.858. Neste período, 157.725 brasileiros concluíram o ciclo vacinal, com 152.600 segundas e 5.125 únicas. Ainda foram imunizadas 602.865 pessoas com a primeira e 666.268 com a de reforço desde as 20h de ontem.

Até agora, o número de habitantes vacinados com a primeira dose chegou a 170.609.984, o equivalente a 79,42% da população nacional. Já são 58.593.781 brasileiros imunizados com a dose de reforço até aqui.

Quanto à vacinação infantil, 6.742.032 crianças entre 5 e 11 anos já receberam a primeira dose, o correspondente a 32,89% da população desta faixa etária.

Nas últimas 24 horas, 23 estados informaram novos dados referentes à vacinação.

Em termos percentuais, o estado de São Paulo ocupa a primeira posição entre aqueles com a maior parcela da população com vacinação completa: 80,03% de seus habitantes.

O Piauí se mantém à frente quanto à aplicação da primeira dose: 88,26% da população local já recebeu a dose inicial.

Substituta de defensor da cloroquina na Saúde diz que tema está 'encerrado'

A nova secretária da SCTIE (Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos) do Ministério da Saúde, Sandra de Castro Barros, disse ontem que a discussão em torno do uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19 está "encerrada". O medicamento, sem eficácia científica comprovada contra a doença, é frequentemente divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e inclusive foi exaltada pelo ex-secretário da SCTIE Hélio Angotti Neto.

O médico declaradamente olavista Hélio Angotti Neto deixou o comando da SCTIE do Ministério da Saúde para assumir o cargo que era ocupado pela médica Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina". Com a saída de Angotti, Sandra Barros, que era diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, assumiu o cargo.

Angotti Neto foi o responsável pela nota técnica, publicada pela pasta em janeiro, que colocou a cloroquina como eficaz contra a covid-19, e a vacina não. O medicamento já teve sua ineficácia comprovada contra a doença, sendo contraindicada, inclusive, pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

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PORTAL G1

Médico diz que vídeo de funcionário negro acorrentado foi encenação, mas polícia seguirá investigando racismo

Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos da cidade de Goiás pediu ao MP que também apure o caso; órgão acompanha. Conselheiro da OAB diz que entidade rechaça toda incitação ao racismo.

O médico Márcio Antônio Souza Júnior, que filmou um funcionário negro acorrentado pelos pés, mãos e pescoço, disse que o vídeo foi uma encenação criada pelos dois, na cidade de Goiás. Em uma rede social, ele disse que gravação foi uma ‘zoeira’. Mesmo assim, a Polícia Civil seguirá investigando o caso como racismo.

O homem filmado trabalha a cerca de três meses para o médico, segundo a Polícia Civil. A Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos da cidade de Goiás pediu ao Ministério Público (MP) que também investigue o caso.

Por meio de nota, o MP informou que recebeu o pedido e o encaminhou à Polícia Civil, que já está investigando o caso. Também de acordo com o comunicado, "a 3ª Promotoria de Justiça de Goiás está acompanhando a investigação".

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o médico diz que tudo foi uma brincadeira e se desculpa com quem se sentiu ofendido.

“A gente fez um roteiro a quatro mãos, foi como se fosse um filme, uma zoeira. Não teve a intenção nenhuma de magoar, irritar ou apologia a nada. Gostaria de pedir desculpas se alguém se sentiu ofendido, foi uma encenação teatral”, disse.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 17 Fevereiro 2022 17:18

CLIPPING AHPACEG 17/02/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Relatório aponta rombo de R$ 90 milhões no Imas

Maternidade Dona Iris deixa de receber pacientes por superlotação, em Goiânia

Brasil tem 1.085 mortes por covid-19 em 24h

Prioridade hoje é a dose de reforço, diz vice-diretor da Opas

Tema 'cloroquina' está encerrado, diz secretária da Saúde

Médico ironiza escravidão em vídeo gravado em Goiás

Médico que filmou homem negro preso com correntes e algema grava vídeo ao lado de funcionário: 'Não tem nada de escravidão'

Pfizer pede autorização para uso emergencial de antiviral

HIV: o que se sabe sobre suposto caso de cura de mulher nos EUA

Município deve indenizar por morte de paciente atendida por falso médico

Pessoas não vacinadas são maioria nos casos de internação e óbito em Goiás

Especialistas alertam pais sobre vacinação de crianças contra covid-19

Secretário de Governo descarta privatização do Imas

Médico filma homem negro com correntes e algemas com referência a ‘senzala’; polícia investiga injúria racial

Defensoria Pública do Estado de Goiás solicita que MPT investigue caso de trabalhador acorrentado

TV ANHANGUERA

Relatório aponta rombo de R$ 90 milhões no Imas

https://globoplay.globo.com/v/10309613/

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Maternidade Dona Iris deixa de receber pacientes por superlotação, em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10310939/

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PORTAL IG

Brasil tem 1.085 mortes por covid-19 em 24h

País teve 147.734 novos casos da doença no mesmo período

O Brasil voltou a registrar mais de mil mortes por covid-19 em apenas um dia. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nas últimas 24h, 1.085 pessoas morreram em decorrência da doença.

No mesmo período, 147.734 pessoas testes tiveram resultado positivo, elevando o total do país a 27.806.786 infecções. Desde o início da pandemia, são 640.774 vítimas.

A média móvel de casos ficou em 121.622, abaixo da registrada ontem (126.062). A de mortes foi de 814. Ontem, era 840.

Um levantamento feito pelo Instituto Todos Pela Saúde (ITpS) apontou que, embora o país esteja sofrendo com os reflexos da variante Ômicron, ainda não há sinais de que a subvariante BA.2, descoberta recentemente, esteja crescendo.

Em todo o mundo, já são 417.094.312 casos de covid-19, e 5.846.612 mortos. Segundo o Instituto Johns Hopkins, 10.527.109.696 doses da vacina já foram aplicadas.

O site "Our World in Data" aponta que cerca de 80% dos brasileiros já completaram sua imunização.

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PODER 360

Prioridade hoje é a dose de reforço, diz vice-diretor da Opas

Para Jarbas Barbosa, a análise das evidências científicas sobre a 4ª dose deve ser feita de maneira 'tranquila'

O vice-presidente da Opas (Organização Pan-americana da Saúde), Jarbas Barbosa, disse nesta 4ª feira (15.fev.2022) que a prioridade hoje é 'identificar' as pessoas que não tomaram a dose de reforço. 'Temos milhões de pessoas que já deveriam estar recebendo a 3ª dose', afirmou em coletiva de imprensa.

Segundo Barbosa, enquanto essas pessoas são identificadas, a análise das evidências científicas sobre a 4ª dose são feitas de forma 'tranquila' para que uma recomendação possa ser feita no futuro.

Ele destacou ainda a importância da dose de reforço para a população, já que a proteção dada pela vacina começa a 'diminuir com o tempo'.

No dia 9 de fevereiro, o governo publicou uma nota técnica recomendando a aplicação da 4ª dose contra a covid-19 em adolescentes imunocomprometidos.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o Estado adotará a 4ª dose da vacina contra a covid, independentemente de recomendação do Ministério da Saúde.

A decisão de Doria foi criticada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. 'É fundamental avançar na dose de reforço. A gente ouve 'ah, tem que aplicar uma 4ª dose'. Tem que avançar na dose de reforço, isso sim, é o que devemos fazer: nos unir para aplicar a dose de reforço na população', disse.

Outros países, como Chile e Israel, também já anunciaram a aplicação da dose extra.

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Tema 'cloroquina' está encerrado, diz secretária da Saúde

Declaração foi dada durante o anúncio da troca de nomes no Ministério da Saúde nesta 4ª feira (16.fev.2022)

A nova secretária do Ministério da Saúde, Sandra Barros, disse durante coletiva de imprensa nesta 4ª feira (16.fev.2022) que a discussão sobre a hidroxicloroquina está 'encerrada'. Barros assumiu na pasta o lugar do ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto.

O ministro Marcelo Queiroga destacou ainda que o recurso será julgado por ele. 'Isso não vai mudar a história da pandemia da covid-19, mas nós vamos julgar', disse.

Queiroga ainda ressaltou que a 'a medicina não é uma ciência exata'.

As declarações foram dadas durante o anúncio do ministério sobre a troca de nomes da pasta. A ex-secretária Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mayra Pinheiro foi substituída por Hélio Angotti Neto, até então secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

Pinheiro, conhecida como 'Capitã Cloroquina', foi nomeada Subsecretária de Perícia Médica Federal da Secretaria da Previdência do Ministério do Trabalho na última 2ª feira (14.fev.2022).

Também foi anunciada a nova responsável pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde: a funcionária pública Maíra Botelho.

Apesar das trocas, Queiroga manteve na equipe o secretário executivo, Rodrigo Cruz; e os responsáveis pela atenção básica, Raphael Parente, e pelo enfrentamento à covid-19, Rosana Melo.

Segundo o ministro, ainda há 'muito trabalho pela frente' no que diz respeito ao enfrentamento da pandemia.

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O POPULAR

Médico ironiza escravidão em vídeo gravado em Goiás

Homem negro aparece com mãos e pés acorrentados e uma argola no pescoço; Polícia Civil abre investigação

A delegacia da cidade de Goiás está investigando um suposto caso de apologia à escravidão envolvendo um rapaz negro e um médico do município. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o jovem aparece com as mãos e pés acorrentados e uma argola no pescoço. As imagens foram publicadas em uma rede social do médico Márcio Antônio Souza Júnior, que enquanto mostra as amarras afirma que 'o jovem não quis estudar e vai viver na senzala'.

A filmagem teria sido feita em um colégio na zona rural e apagada pouco tempo depois de ser publicada. O delegado responsável pelo caso, Gustavo Barreto, disse à CBN Goiânia que a possível vítima já prestou depoimento na delegacia e relatou que foi ele mesmo quem pediu para o médico filmá-lo e concordou com toda a situação. O homem também contou à polícia que é funcionário do médico e não relatou nenhuma situação de trabalho escravo ou que desrespeitasse as leis trabalhistas. O delegado disse ainda que nos próximos dias deve ouvir o médico e mais testemunhas.

A Secretaria das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos da Cidade de Goiás divulgou uma nota repúdio sobre o que classificou como 'lamentável episódio em que uma Pessoa Negra, um Ser Humano é exposto acorrentado pelas pernas e com grilhões nos braços e no pescoço'. A nota cita o artigo 3º da Constituição Federal, que estabelece os direitos fundamentais do cidadão. Por fim, a pasta afirma que a Prefeitura 'acompanhará atentamente os desdobramentos da investigação e tomará as medidas de sua competência. Após a repercussão, o médico publicou um novo vídeo em que questiona o homem negro sobre as acusações de apologia a escravidão. 'Isso é uma brincadeira, só entrar na mídia, moçada. Nós tem é que trabalhar moçada, é tudo uma brincadeira', responde. O médico completa: 'Aqui é tranquilidade, paz, tem nada de escravidão, não. Quem não queria uma vida dessa?'. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos envolvidos. O Conselho Regional de Medicina (Cremego) disse que não vai se manifestar.

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PORTAL G1

Médico que filmou homem negro preso com correntes e algema grava vídeo ao lado de funcionário: 'Não tem nada de escravidão'

Rapaz aparece com os pés acorrentados, as mãos algemadas e até o pescoço preso por um ferro. Polícia investiga caso como racismo.

O médico, que filmou um homem negro preso com correntes e algema, gravou um novo vídeo ao lado dele para falar que não há situação de escravidão, na tarde desta quarta-feira (16). O funcionário da fazenda, que apareceu acorrentado até pelo pescoço, disse à Polícia Civil que a gravação não passou de uma brincadeira.

O novo vídeo foi gravado após a primeira filmagem repercutir e o caso ter ido parar na delegacia, na cidade de Goiás (leia diálogo abaixo).

Médico: E ai, camarão. O povo está enchendo o saco. O que você acha disso?

Funcionário: O povo tem é que trabalhar. A vida melhor que Deus deu para o homem foi trabalhar, moçada.

Médico: Aqui é tranquilidade, paz. Não tem nada de escravidão. Quem não queria uma vida dessa.

O vídeo, que mostra o funcionário em situação análoga à escravidão, foi publicado na terça-feira (15), na rede social do profissional (assista acima).

"Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala", disse o médico enquanto filmava o homem acorrentado.

O g1 não conseguiu contato com o profissional para se posicionar sobre o vídeo até a última atualização desta reportagem. O Conselho Regional de Medicina (Cremego), disse que não vai comentar o caso.

Investigação

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o crime de racismo. O delegado Gustavo Cabral, responsável pelas investigações, informou que, mesmo o funcionário alegando em depoimento que a situação era uma brincadeira, o médico pode pegar até cinco anos de prisão.

'Apesar da vítima informar que partiu dela essa iniciativa e que não deseja representar contra esse médico por eventual constrangimento ou injúria. Nós observamos a possibilidade de estar caracterizado o crime previsto no artigo 20, da lei de crimes raciais, por ele, aparentemente, ter incitado e induzido a prática de racismo', explicou o delegado.

Repúdio

A prefeitura da cidade divulgou uma nota dizendo que 'o ato divulgado, sem explicação aceitável, causa profunda repulsa e deve ser objeto de investigação e apuração pela autoridade policial competente, para uma célere instrução e responsabilização nos termos da lei'.

Para o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares e defensor dos direitos da população negra, José Vicente, o caso não pode ser encarado como uma 'brincadeira'.

'Não pode se brincar, não é uma brincadeira devida nem apropriada e ela menos ainda serve como uma justificativa de retirar seja responsabilidade, seja culpabilidade, seja civil, penal ou criminal ou mesmo social em um fato concreto como esse', disse.

O delegado que investiga o caso também repudiou a situação.

'É terrível ver esse racismo estrutural ocorrendo. É terrível ver a própria vítima consentir na mente dela com essa situação, isso precisa ser mudado. Espero que esse caso, além da punição individual para essa pessoa, sirva de aprendizado para toda sociedade, para superar esse terrível racismo estrutural que a gente vive', disse Gustavo Cabral.

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HIV: o que se sabe sobre suposto caso de cura de mulher nos EUA

Esse é o terceiro caso registrado em que paciente fica livre da infecção pelo vírus causador da aids. A técnica utilizada pode ampliar o número de indivíduos de diferentes origens que se beneficiaram dessa intervenção.

Pesquisadores americanos anunciaram na terça-feira (15) a terceira possível cura de uma infecção pelo HIV, o vírus causador da aids. Esse é o primeiro caso que envolve uma paciente do sexo feminino.

Durante uma conferência médica realizada em Denver, nos Estados Unidos, especialistas da Weill Cornell Medicine, de Nova York, disseram que utilizaram uma nova abordagem, diferente do que foi feito nos dois registros anteriores de cura.

Em vez de fazer um transplante de medula óssea com células-tronco obtidas a partir de um doador adulto compatível, eles optaram por usar as células-tronco encontradas no sangue do cordão umbilical de um recém-nascido.

De acordo com os responsáveis pelo estudo, isso pode ampliar o número de indivíduos de diferentes origens que se beneficiariam dessa estratégia, já que é possível usar o sangue de cordão umbilical de um doador parcialmente compatível, enquanto que o transplante convencional exige uma similaridade bem maior entre quem está doando e quem está recebendo.

Embora a notícia tenha sido celebrada na comunidade científica e entre associações de pacientes, é importante dizer que tratamentos do tipo só são indicados para uma parcela mínima dos mais de 37 milhões de pessoas infectadas com o HIV no mundo.

Confira a seguir o que se sabe sobre o terceiro caso de provável cura, o método de tratamento e o impacto que ele pode ter no futuro.

A paciente

Por questões de privacidade, o grupo da Weill Cornell Medicine não divulgou o nome ou a idade da mulher que supostamente está livre do HIV.

Sabe-se que o vírus foi detectado no organismo dela em junho de 2013. Em março de 2017, a paciente foi diagnosticada com leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas.

Em agosto daquele mesmo ano, ela recebeu o sangue de cordão umbilical de um doador que possui uma mutação genética capaz de impedir a infecção pelo HIV.

Em paralelo, os médicos também utilizaram sangue colhido de um familiar próximo da mulher.

A paciente foi acompanhada durante todo esse período e, três anos e um mês após passar pela terapia, ela decidiu abandonar o coquetel antirretroviral, o conjunto de remédios capaz de manter o vírus sob controle (embora não consiga eliminá-lo de fato do organismo).

Depois de 14 meses da interrupção na terapia medicamentosa, ela não apresenta nenhum sinal do HIV em exames de sangue.

Ainda não se sabe ao certo os mecanismos de funcionamento da nova abordagem. Especialistas especulam que o sangue do cordão umbilical carrega células-tronco com maior capacidade de adaptação, enquanto o sangue de um familiar próximo fornece células de defesa que conseguem aumentar a imunidade durante e após o procedimento.

Os casos anteriores

Antes do anúncio recente, os únicos dois indivíduos que foram curados do HIV foram Timothy Ray Brown (também conhecido como paciente de Berlim), em 2008, e Adam Castillejo (o paciente de Londres), em 2019.

Brown viveu 12 anos sem o vírus até morrer em 2020, por causa de um câncer.

Ambos receberam um transplante de medula óssea, a estrutura popularmente conhecida como "tutano" que fica no interior dos ossos e é responsável por fabricar as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas).

Nesses dois casos, os doadores de medula também carregavam aquela mutação genética que impede a infecção pelo HIV.

Após passarem pelo tratamento, tanto Brown quanto Castillejo experimentaram efeitos colaterais severos, como múltiplas infecções, perda de peso, queda de cabelo e uma espécie de "rejeição", em que as células imunológicas passam a atacar o próprio organismo e promovem uma inflamação intensa.

A terceira paciente, na contramão, teve alta hospitalar 17 dias após receber o sangue do cordão umbilical e não apresentou os mesmos eventos adversos graves observados anteriormente.

É pra todo mundo?

Embora essas três experiências recentes indiquem um caminho promissor para curar a infecção pelo HIV, é preciso reforçar que os cientistas não veem o transplante de medula óssea, seja a partir de um doador adulto ou do cordão umbilical, como algo que vai beneficiar a grande maioria dos pacientes.

Considerados métodos arriscados e invasivos, ele só são testados em portadores de HIV que também foram diagnosticados com câncer, em que outras opções de tratamento não estão mais disponíveis.

Para ter ideia, antes de realizar o transplante com as células-tronco em si, os especialistas usam quimioterapia e radioterapia para destruir a medula óssea "original" do paciente.

Ainda nessa seara, o caso específico da mulher supostamente curada amplia um pouquinho mais as esperanças de beneficiar um número maior de portadores de HIV.

Isso porque o método de transplante de medula óssea utilizado nos pacientes de Londres e Berlim exige uma compatibilidade maior entre doador e receptor, como explicado mais acima. E a tal da mutação genética que impede a infecção pelo HIV foi encontrada em cerca de 20 mil doadores, sendo que a maioria deles tem descendência do Norte da Europa.

Já no caso do cordão umbilical, a exigência de compatibilidade é menor - com isso, seria possível utilizar esse material num número um pouco maior de pacientes de diferentes origens e ancestralidades.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 37,7 milhões de pessoas vivem com o HIV, sendo que dois terços delas (25,4 milhões) estão na África.

Só em 2020, 680 mil indivíduos morreram por causas relacionadas a essa infecção e 1,5 milhão de pessoas se infectaram com o vírus.

No Brasil, o Ministério da Saúde calcula que 694 mil pessoas estão em tratamento contra o HIV atualmente. Dessas, 45 mil iniciaram a terapia antirretroviral em 2021.

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O GLOBO

Pfizer pede autorização para uso emergencial de antiviral

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu do laboratório farmacêutico Pfizer um pedido de uso emergencial e temporário do remédio Paxlovid, um antiviral para tratamento de Covid-19. A agência informou que, de acordo os documentos enviados pela farmacêutica, os estudos demonstram que o medicamento reduz hospitalizações e mortes em 89% quando aplicado no início da infecção. A Anvisa vai agora analisar esses dados, dentro de um prazo de 30 dias. Inicialmente, a Anvisa vai verificar se a Pfizer enviou todos os documentos necessários para a aprovação. Caso isso não tenha ocorrido, a agência poderá pedi-los.

Em 19 de janeiro deste ano, a Anvisa já tinha feito um encontro com a Pfizer para tratar do remédio. Foi a 'reunião de pré-submissão', que ocorre antes do pedido formal de liberação de um medicamento.

O Paxlovid é um remédio oral que deve ser tomado no início dos sintomas de Covid-19, principalmente por pacientes com alto risco de complicações graves da doença. A droga funciona como um inibidor de protease, ou seja, tem a função de bloquear uma enzima de que o vírus precisa para se multiplicar no organismo.

Agências estrangeiras já aprovaram o remédio. A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, autorizou o uso emergencial em dezembro do ano passado. Na semana passada, a agência chinesa divulgou que deu aprovação condicional ao Paxlovid, para tratar adultos de alto risco de complicações graves.

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CONSULTOR JURÍDICO

Município deve indenizar por morte de paciente atendida por falso médico

O município é o responsável primário pelo serviço de saúde local e, nesta condição, é responsável pelos danos causados pelas pessoas jurídicas de direito privado prestadoras do serviço público de saúde.

Assim entendeu o juiz Fernando José Alguz da Silveira, da 2ª Vara Cível de Tatuí (SP), ao condenar o município a indenizar em R$ 150 mil os dois filhos de uma mulher que morreu após ser atendida por um falso médico na Santa Casa de Misericórdia da cidade.

A mãe dos autores sofreu um infarto e foi atendida por um médico plantonista na Santa Casa. Os filhos alegaram se tratar de um falso médico, que vinha atendendo de forma indevida há seis meses. Na ação, eles relacionam a morte da mãe a falhas no atendimento e citam, por exemplo, a recusa do médico em transferir a paciente para a UTI.

Além disso, destacaram a demora para realização de exames imprescindíveis e a ausência de prescrição médica por muitas horas após a entrada da paciente no hospital, "o que certamente foi crucial para o agravamento de seu quadro". Os autores são representados pelo advogado Levi Avila.

Ao condenar o município, o magistrado ressaltou que o médico foi posteriormente identificado como integrante de uma organização criminosa que aplicava golpes. O grupo teria indicado pessoas sem formação em medicina para trabalhar em hospitais da região, incluindo o médico que atendeu a mãe dos autores.

"A perícia realizada atestou que o atendimento efetuado pelo suposto médico foi deficitário, pontuando que 'houve falha no diagnóstico' e 'consequentemente, falha na devida condita médica. Em que pese o perito tenha relatado não ser possível afirmar que a paciente teria sobrevivido caso o tratamento oferecido fosse o adequado, é inegável que a conduta agravou o estado de saúde e, se não extinguiu as suas chances de recuperação, certamente as reduziu", disse.

De todo modo, afirmou o magistrado, o simples fato de a paciente ter sido atendida por um falso médico em um hospital a serviço da município "é deveras absurdo". Silveira disse que houve falha no momento da contratação, da checagem de informações, da análise da vida pregressa do médico, entre diversos outros aspectos.

"Um hospital tem em suas mãos o mais importante bem jurídico: a vida. A Constituição Federal assegura a inviolabilidade do direito à vida (artigo 5º, caput), considerado o mais importante direito fundamental, que condiciona todos os demais direitos. Desta feita, é inadmissível que qualquer instituição hospitalar permita que uma pessoa imperita atue como se profissional da saúde fosse, colocando em risco a vida dos cidadãos", acrescentou Silveira.

Para ele, o fato de o falso médico ter atuado por meses na Santa Casa de Misericórdia já configura risco à saúde pública, gerando o dever de indenizar os autores: "Evidente a existência de dano moral, já que no momento mais importante, ao procurar a ajuda do hospital que acreditava ser qualificado, a genitora dos autores foi submetida a um falsário, que a diagnosticou errado e falhou em seu atendimento".

Silveira disse que, ainda que não se possa falar em certeza de sobrevivência da paciente, é possível falar em melhores condições nos últimos momentos de vida, isto é, em dignidade. "A Santa Casa de Misericórdia de Tatuí, ao permitir que um falso médico atendesse em seu pronto-socorro, emitindo diagnósticos errados e oferecendo tratamentos inadequados, tolheu a dignidade da paciente", disse.

A conclusão do juiz foi de que os autores sofreram "incontestável abalo psíquico", não somente pela perda repentina da mãe, mas pela "situação absurdamente insólita". Assim, afirmou, o município, na condição de responsável primário pela saúde local e contratante dos serviços da Santa Casa de Misericórdia, deve responder pelos danos causados.

"Está devidamente comprovado que houve erro de diagnóstico por parte do falso médico e, em decorrência disto, erro na escolha do tratamento, o que leva à conclusão de que a Santa Casa de Misericórdia não atuou de acordo com o que prevê a melhor técnica médica", finalizou Silveira, fixando a indenização em R$ 75 mil para cada autor.

Estado foi absolvido

Os autores também buscavam a responsabilização do Estado de São Paulo, o que foi rejeitado pelo magistrado. Isso porque os fatos aconteceram na Santa Casa de Misericórdia de Tatuí, pessoa jurídica de direito privado conveniada ao SUS, contratada pelo município, situação que afasta a responsabilidade do Estado, já que não tem qualquer vínculo com a instituição hospitalar ou com o falso médico.

"Neste sentido, o Superior Tribunal de Justiça reconheceu a ilegitimidade passiva da União em demanda indenizatória ajuizada em decorrência de erro médico cometido em hospital privado, mediante atendimento pelo SUS, sujeito a controle e avaliação do município", pontuou Silveira, citando o julgamento do EREsp 1.388.822 pelo STJ.

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A REDAÇÃO

Pessoas não vacinadas são maioria nos casos de internação e óbito em Goiás

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) lançou um novo painel que mostra os números de internações e óbitos entre a população não vacinada contra a covid-19 ou com esquema vacinal incompleto. Lançada na quarta-feira (16/2), a ferramenta mostra dados os últimos 28 dias. Tanto para internações quanto óbitos, os pacientes com vacinação incompleta ou não vacinados são maioria.

"Entre não vacinados ou incompletamente vacinados, as hospitalizações são muito mais frequentes do que quando a gente compara com quem toma dose de reforço. Isso corrobora a informação que a gente já tinha: a vacinação vem, principalmente, para proteger contra casos graves e óbitos", explicou a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim. 

Veja os gráficos: https://www.aredacao.com.br/noticias/163757/pessoas-nao-vacinadas-sao-maioria-nos-casos-de-internacao-e-obito-em-goias

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Especialistas alertam pais sobre vacinação de crianças contra covid-19

As vacinas contra a covid-19 são seguras, eficazes e reconhecidas como solução em potencial para o controle da pandemia do coronavírus, explicam especialistas na área de saúde. A afirmação serve de orientação aos pais que ainda têm receio de procurar a imunização para os filhos, para que participem do Dia “V” de Vacinação neste sábado (19/2). O objetivo da campanha realizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e em parceria com os municípios, é acelerar a aplicação de doses em crianças de 5 a 11 anos e conscientizar sobre a importância da vacinação. 

O governador Ronaldo Caiado, que é médico, faz um apelo pela imunização e a conscientização dos pais. "Não temos o direito de ultrapassar o limite que nos é dado. A criança não tem autonomia própria, e aí é uma decisão da família, dos pais. Por isso, temos que sensibilizá-los”, reforça o chefe do Executivo estadual, que participará da abertura do Dia “V”. 

Para incentivar a imunização das crianças, o Governo de Goiás também elaborou um vídeo com participação de profissionais como a presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Marise Tofoli, para divulgar a campanha e reforçar a mensagem de que a vacina é segura. A aplicação das doses ocorrerá das 8h às 17h em 750 postos espalhados por todo o Estado. 

Autoridades em saúde são unânimes ao explicar que a vacinação no público infanto-juvenil é segura porque os imunobiológicos passaram por um processo de desenvolvimento com muito rigor. “São estudos de fase pré-clínica, clínica, fase 1, 2 e 3. Nesta última etapa são observadas a eficácia e segurança e chega-se a uma dose ideal. Isto é, a quantidade de antígeno suficiente para o desenvolvimento de anticorpos neutralizantes na criança”, explica a médica alergista, imunologista e pediatra Lorena Diniz. 

Segundo Diniz, os casos de óbitos ou de sequelas graves causadas pela Covid-19 em crianças justificam a necessidade de incorporação da imunização no público infantil. A Síndrome Inflamatória Multissistêmica (SIM-P) é uma doença rara, mas grave, em que crianças com Covid-19 desenvolvem uma inflamação que afeta diferentes órgãos do corpo. Os pequenos com essa condição precisam de cuidados especializados e podem ser internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). 

“Os pais que estão hesitando em levar os filhos para vacinar colocam as crianças num risco ainda maior caso sejam contaminadas pela Covid-19”, afirma Lorena Diniz ao ponderar que os efeitos adversos graves ocorridos com a administração da vacinação são raros. Conforme a imunologista, até o momento, eventos causados pela imunização são considerados leves e toleráveis, sem deixar sequelas.

Eficácia e segurança

Os esforços e o apelo das autoridades para explicar a importância da vacinação ocorrem em meio a um quadro de baixa procura pela imunização. Segundo a SES-GO, do público vacinável entre 5 e 11 anos com a primeira dose, que soma 726.580 crianças e adolescentes, pouco mais de 153 mil procuraram a dose que tem direito. O que não representa nem 22% (21,09%) de cobertura da faixa etária. 

A médica infectologista, professora da Universidade Federal de Goiás e membro do comitê de vacinas para a Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Cristiana Toscano, faz um alerta para o momento vivido hoje na pandemia com a presença de “uma variante altamente transmissível”, a Ômicron. “Há uma circulação de vírus muito intensa na população pediátrica. É esperado, nesse momento, um número muito maior do que já ocorreu desde o início da pandemia de hospitalizações, além de óbitos e complicações”, aponta.

Toscano coordena o Grupo de Modelagem Dinâmica do SaRS-CoV-2 no Brasil e destacou uma nota técnica divulgada recentemente que projeta o impacto potencial de acelerar a vacinação de crianças no País. “A gente consegue estimar que essa vacinação teria a capacidade de evitar, só em crianças de 5 a 11 anos, 5.400 hospitalizações por Covid-19 e 430 óbitos nos próximos três meses apenas”, ressalta.

A pediatra da equipe da Gerência de Imunizações da SES-GO, Nádia Teixeira Gabriel, acrescenta que o assunto deve ser tratado com máxima responsabilidade pelas famílias, já que as crianças são hoje “o grupo mais vulnerável em relação à Covid-19”. A médica complementa que a vacinação é fundamental para superar a pandemia. “Procuramos uma proteção coletiva, que todos estejam vacinados, para impedir que haja uma circulação viral e que esse vírus sofra mutações”, completa.

Outro fator de impacto junto ao público infantil é a volta das aulas presenciais. A coordenadora do departamento de comunicação da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), Mirna de Sousa, defende a imunização completa, junto à manutenção dos protocolos de higiene, para garantir mais segurança no ambiente escolar. “É importante que as crianças que frequentam as escolas estejam com seu calendário vacinal completo tanto para a Covid-19 quanto para qualquer outra vacina”, defende.

Serviço

Assunto: Governo de Goiás promove Dia “V” de Vacinação contra Covid-19

Quando: Sábado (19/02), das 8h às 17h

Onde: 750 postos no Estado

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JORNAL OPÇÃO

Secretário de Governo descarta privatização do Imas

Por Rafaela Ferreira

Por falta de repasse, contratos de hospitais e instituições de saúde com o Imas estavam parados desde o dia 11 deste mês

A privatização do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas) foi descartada pelo secretário de Governo da Prefeitura de Goiânia, Arthur Bernardes. A meta, segundo ele, é buscar solução para a autosustentabilidade do plano de saúde que atende o funcionalismo público goianiense. A crise no Imas, que vai passar por auditoria, foi discutida durante reunião entre a Secretaria Municipal de Governo (Segov) e o Ministério Público de Goiás (MPGO) nesta quarta-feira, 16.

“Não temos como cravar um número. O que temos é um levantamento inicial, que ainda pode aumentar muito”, alerta Arthur Bernardes. “É prematuro falar, mas já foram encontrados 90 milhões de débitos anteriores”, continuou. Por falta de repasse, contratos de hospitais e instituições de saúde com o Imas estavam parados desde o dia 11 deste mês. O órgão também acumula saldos com prestadores de serviços que ainda não receberam, além dos servidores municipais, embora, segundo Arthur, receba recursos do município. “O que ele recebe não consegue pagar suas dúvidas”, completa o secretario, que defende intervenção para que o órgão tenha capacidade de se sustentar.

A proposta, agora, é encontrar a melhor solução para o Imas. Para isso, Bernardes afirma que há necessidade de dialogar com sindicatos, servidores, Câmara e órgãos de controle. Apesar de garantir que o Imas enfrenta grandes dificuldades, o secretário não pontuou quais são esses problemas durante a coletiva de imprensa. “É cedo para se falar quais são os problemas do instituto. Se encontra muitas dificuldades para encontrar informações, por conta do sistema antigo. Estamos tendo problemas em descobrir até mesmo quem são os nossos credores”, diz o secretário. Segundo ele, atualmente o plano de saúde tem condição de fazer a auditoria. O caminho, nesse caso, seria a terceirização.

Após cinco meses de atraso nos pagamentos, na última sexta-feira, 11, hospitais e instituições de saúde integrantes da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) anunciaram a suspensão gradual do atendimento aos usuários do Imas. De acordo com a Ahpaceg, a medida foi tomada diante de recentes decisões do Imas, como a definição de cotas de pacientes. A associação afirma que a decisão foi unilateral e sem comunicado prévio e caracteriza uma violação do contrato firmado com os prestadores de serviços de saúde.

Além do titular da Segov, estiveram presentes na coletiva o atual presidente do Imas, Jefferson Leite da Silva, e a promotora, Carmen Lúcia. Jefferson substituiu Júnior Café (Brasil 35/Partido da Mulher Brasileira), que foi exonerado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) no dia 4 de fevereiro. No mesmo dia, Jefferson Leite da Silvateria foi nomeado. A publicação do desligamento de Júnior Café foi confirmada no Diário Oficial do Município (DOM) após crise nas clínicas e bancos de sangue particulares. Na terça-feira, 15, Jefferson Leite já teria levado ao atual prefeito de Goiânia as dificuldades mapeadas no Imas e, só assim, Rogério teria tomado conhecimento os problemas do órgão municipal.

O atual gestor teria feito um apanhado crônico do que ocorre no órgão de prestação de serviços a saúde. A questão da alternância dos pagamentos e a cronologia dos pagamentos foram listadas por Jefferson Leite. Além disso, a alta do valor de procedimentos médicos na tabela teria chamado a atenção de Rogerio Cruz. “Ele fez um apanhado rápido no site da Unimed, por exemplo, e identificou lá que uma cessaria está, no entorno, de R$ 700 que a Unimed paga. Na tabela do Imas, está R$ 1.200”, contou Arthur Bernardes. A revisão das tabelas é outra preocupação da atual gestão.

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Médico filma homem negro com correntes e algemas com referência a ‘senzala’; polícia investiga injúria racial

Por Redação

Investigações começaram após vídeo viralizar na internet. Rapaz aparece com pés e mãos acorrentadas. Caso ocorreu na Cidade de Goiás

Médico será investigado por injúria racial. | Reprodução

Um médico será investigado por injúria racial por ter filmado e postado em suas redes sociais um homem negro algemado e acorrentado. No vídeo, que viralizou, há referência à senzala. O caso ocorreu na Cidade de Goiás. A publicação foi feita na última terça-feira (15).

A polícia passou a investigar o caso depois da viralização do vídeo. “Falei para estudar, mas não quer. Vai ter que ficar na minha senzala”, diz o médico na gravação.

O delegado Gustavo Barreto é o responsável pelo caso. O primeiro passo é descobrir o vínculo entre o homem algemado e o suspeito. Segundo as investigações, a filmagem foi feita na zona rural da Cidade de Goiás.

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O HOJE

Defensoria Pública do Estado de Goiás solicita que MPT investigue caso de trabalhador acorrentado

Por Felipe Cardoso e Yago Sales

A arquitetura colonial da Cidade de Goiás, antiga capital do Estado até 1933, ganhou elementos escravocratas, com Ernando Correa, de 37 anos, um homem negro acorrentado pelos pés, mãos e pescoço e falas de senhores da Casa Grande. Sem estudos, o homem humilde trabalha e mora em uma fazenda há três meses. 

A situação foi divulgada em vídeos pelo Instagram do médico goiano Márcio Antônio Souza Júnior, proprietário da fazenda onde foi gravado a cena que repercutiu nacionalmente na manhã da última quarta-feira (16/2). O vídeo foi removido logo em seguida. O Hoje revelou o caso com exclusividade na versão online do jornal. Logo após a repercussão, o autor do vídeo afirmou que o funcionário é de “confiança” e que é seu “braço direito”. 

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE/GO), por intermédio de seu Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) oficializou o Procurador-Chefe do Ministério Público em Goiás, Alpiniano do Prado Lopes. “Tendo em vista a gravidade do ocorrido, bem como a possibilidade de incidência”, diz o documento. A Defensoria quer saber a relação de trabalho entre o médico e fazendeiro com o funcionário. 

O caso

Na gravação, o médico e conhecido fazendeiro na região, comenta enquanto filma o homem acorrentado: “falei para estudar, mas ele não quer. Então vai ficar na minha senzala”. Em outro trecho, acrescenta: “tente fugir, pode ir embora”. O homem acorrentado apenas sorri. 

Populares da região dizem que Márcio, popularmente conhecido como Doutor Marcim no interior goiano, faz parte de uma família tradicional da cidade. Região que, por sinal, foi assolada durante anos pelo regime escravocrata. As imagens, atreladas ao contexto histórico maximizaram o sentimento de revolta e indignação da população vilaboense.

Em depoimento à polícia na tarde de ontem, Correa diz que presta serviços na fazendo do médico há três meses e que partiu dele o que classificou como “brincadeira”. O delegado Gustavo Cabral vê o caso como uma questão social. “As pessoas não devem aceitar isso. É repugnante. Não é aceitável”. 

A respeito do fato de o funcionário ter dito que a ideia do vídeo partiu dele e não haver uma representação por parte da vítima, pode deixar o médico e fazendeiro ileso do ponto de vista legal.  “Sejá lá o que for, a investigação depende da representação da vítima”, disse o delegado. 

Advogado do médico, Reginaldo Ferreira Adorno Filho, disse que o cliente deve se manifestar quando falar com o delegado, já que ainda não foi ouvido. O advogado não soube responder se Ernando tem algum vínculo empregatício há três meses em uma das fazendas do médico. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) não quis comentar o caso. 

“Profunda repulsa”

Diante da gravidade das cenas, a prefeitura Municipal da Cidade de Goiás se manifestou, por meio de sua Secretaria das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Em resposta à reportagem, considerou “lamentável” o episódio em que uma pessoa negra, “um ser humano”, é exposto acorrentado. O médico já prestou serviços em um hospital municipal da cidade.

A pasta lembra que racismo, bem como a injúria racial, “são crimes previstos na Legislação brasileira”. E continua: “Além das disposições constitucionais e legais, a prática de qualquer ato que atente contra a dignidade humana por conta da cor da pele deve ser amplamente combatida pela sociedade e pelo Poder Público, sendo essencial para a construção de uma sociedade mais justa, sustentada na igualdade entre as pessoas”.

Para a pasta, o ato divulgado, sem explicação aceitável, causa “profunda repulsa e deve ser objeto de investigação e apuração pela autoridade policial competente, para uma célere instrução e responsabilização nos termos da lei”. Por fim, a prefeitura assegura que acompanhará “atentamente” os desdobramentos da investigação e tomará as “medidas de sua competência”. 

“A vida nesta cena”

Ao comentar as imagens, a historiadora e professora do Instituto Federal de Goiás (IFG) e da Rede Goiana de Mulheres Negras, Janira Sodré, o próprio significado moral da escravidão é algo que deveria “horrorizar” a sociedade.

“No entanto, temos setores, segmentos e pessoas especificas que se autorizam, não apenas a gravar esse tipo de cena horripilante, como revitimizar um homem negro, responsabilizando-o”, acrescenta. 

Ela ressalta a simplicidade do homem, vista no vídeo, e comenta a tentativa do autor das imagens em se “isentar da responsabilidade”. “Isso é gravíssimo e exige uma averiguação rigorosa, além, claro, da responsabilização. É uma ação odiosa, motivada pelo ódio racial”.

Sobre o contexto histórico que pesa sobre os ombros da cidade de Goiás, a pesquisadora rememora: “Foi sede da capitania de Goiás para onde foram sequestrados e trazidos, pelo menos no primeiro século, 40 mil africanos para atividades em regimes escravocratas. É lamentável que nossa cidade de Goiás, que também representa um patrimônio, veja a vida nesta cena”.  

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Assessoria de Comunicação