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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Queiroga anuncia fim da emergência em saúde pública da covid-19 no Brasil
Hospitais privados ainda sofrem com consequências financeiras da pandemia
Goiás não registra nenhuma morte por covid-19 nas últimas 24 horas
Prefeitura de Goiânia realiza Conferência Municipal de Saúde Mental
Uso de Viagra pode aumentar risco de cegueira em até 85%, diz estudo
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspende atendimentos eletivos amanhã
Sarampo volta a se tornar preocupação e chama a atenção das autoridades da Saúde no Brasil
Amil tem até hoje para esclarecer transferência de beneficiários
Plano de saúde está caro? Veja alternativas antes de abrir mão do benefício
Fim da emergência no Brasil contraria consenso na OMS e estratégia dos EUA
AGÊNCIA ESTADO
Queiroga anuncia fim da emergência em saúde pública da covid-19 no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na noite deste domingo (17/4) o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) da covid-19, decretada em fevereiro de 2020 pelo governo federal. Nos próximos dias, a pasta irá editar um ato regulamentando a decisão, anulando a portaria que ancorou as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus no País.
O anúncio foi feito por Queiroga em cadeia nacional de rádio e TV, dois anos após o Brasil registrar o primeiro caso de covid. O ministro atribuiu a decisão à queda nos índices da doença e ao alcance da vacinação no País, que alcançou 73% da população. Ele ponderou que a mudança não significa o fim da pandemia do novo coronavírus e que ainda é preciso ficar "vigilante".
"Graças à melhora do cenário epidemiológico, à ampla cobertura vacinal da população e à capacidade de assistência do SUS, temos hoje condições de anunciar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, a Espin", disse o ministro. O pronunciamento durou cerca de três minutos.
Até sábado, o Brasil registrou 662.011 mortos e 30.248.082 casos da doença. Conforme a Coluna do Estadão revelou, que o ministro estava escolhendo as palavras do pronunciamento junto a Bolsonaro e aliados. O presidente Jair Bolsonaro já queria o fim da emergência no país, mas Queiroga foi aconselhado por técnicos da pasta, principalmente após a demanda de Estados e municípios, a iniciar um período de transição.
A Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) permite uso emergencial de vacinas, compras de insumos sem licitação e outras regras. No total, 172 regras do Ministério da Saúde poderiam ser impactadas com o fim da emergência. O governo federal terá que editar uma norma para não causar um vácuo jurídico com a decisão.
"Esta medida, no entanto, não significa o fim da covid-19. Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros em total respeito à Constituição Federal", disse o chefe da pasta.
Os governos regionais afirmam que precisam de um período de transição para comprar medicamentos e, principalmente, a vacina Coronavac, que ainda não têm o registro definitivo na Anvisa.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, disse ao Broadcast que o fim do período emergencial é para comemorar, mas que essa decisão precisa de um período de transição de 90 dias. "É preciso demonstrar para a população que a pandemia ainda não acabou. Do contrário, ainda mais com o fim do uso de máscara, haverá o sentimento de que não há mais riscos", disse.
Para ele, com a queda no número de internações e de casos, o "momento é de alegria". "Mas precisamos de uma transição para avaliar o cenário para o segundo semestre", comentou o presidente do Conass. No pronunciamento deste domingo, Queiroga também fez um balanço das ações do governo federal na pandemia e prestou solidariedade às famílias das vítimas.
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PORTAL MEDICINA S.A
Hospitais privados ainda sofrem com consequências financeiras da pandemia
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) publicou o Observatório 2022 que apresenta dados inéditos do setor hospitalar. Dentre os indicadores e análises apresentados, os tópicos do anuário foram divididos em perfil clínico e epidemiológico, desempenho assistencial, desempenho institucional e hospitais não associados. Em cada tema, os dados são comparados com os de períodos anteriores, possibilitando, assim, que sejam feitas novas conclusões sobre o setor.
No que diz respeito à pandemia, foi mostrado que as taxas de letalidade de Covid-19 do primeiro bimestre de 2022 (10,52%) foram melhores em comparação ao mesmo período de 2021 (13,47%). Observou-se também que, após um ano de redução nas internações, as saídas hospitalares voltaram a crescer em 2021. Além disso, houve uma queda nas internações e mudança no mix de internações ao compararmos o primeiro trimestre de 2020 com o mesmo período em 2021, pois houve um aumento de 7,90 p.p. nas internações relacionadas a doenças infecciosas onde está classificado a Covid-19, e uma queda de 3,7 p.p. das internações relacionadas às doenças crônicas dos aparelhos digestivo e circulatório, e às doenças do sistema osteomuscular.
Ainda sobre a pandemia, a publicação permite a percepção de que, com a vacina, as saídas hospitalares de Covid-19 com alta devido a óbito diminuíram em 2021, principalmente no grupo de pessoas com 60 anos ou mais. Basicamente o que estamos vendo, principalmente nos países desenvolvidos ou de renda média alta, onde o Brasil se inclui, é justamente um momento em que, mesmo que tenhamos alguns picos de casos por conta de algumas variantes, ainda temos um número de casos graves ou de óbitos muito menor do que era visto antes do início da vacinação. Temos hoje uma maior estabilidade, explica André Medici.
Já nos indicadores de desempenho financeiro das instituições, ao compararmos dados de 2021 e 2022, foi mostrado que houve um aumento de 1,65 p.p. no valor das contas glosadas sobre a receita líquida dos hospitais, um aumento de 1,50 p.p. na taxa de absenteísmo, ainda bastante superiores aos valores encontrados em anos anteriores à pandemia. Na avaliação de Ary Ribeiro, esse resultado possivelmente tem como causa mais relevante o afastamento dos profissionais de saúde que contraíram a Covid-19.
A margem EBITDA passou de 8,04% (o pior resultado dos últimos 5 anos) em 2020 para 11,72% em 2021. Na avaliação da Anahp, apesar da leve recuperação, os hospitais ainda sofrem com as consequências financeiras da pandemia. A performance de 2020, que foi completamente fora da curva de crescimento, com certeza fará com que os hospitais ainda levem algum tempo para recuperar índices pré-pandemia, prevê Ribeiro.
No que diz respeito aos planos de saúde, ainda que o cenário inflacionário (aumento do IPCA de 10,06%) tenha prejudicado a renda da população em 2021, houve um aumento de 1,51 milhão de beneficiários ao compararmos com 2020, chegando assim em um total de 49 milhões. Esse aumento no número de beneficiários faz com que o patamar de 2021 se iguale ao de 2015, entretanto esse valor ainda não é o maior dos últimos anos, cabendo este lugar ao ano de 2014, com 50 milhões de beneficiários. Além disso, um dos motivos para esse crescimento mais recente se dá pelo aumento do mercado formal de trabalho também neste mesmo ano, complementa Ary Ribeiro.
Por fim, os dados e análises apresentadas permitiram a conclusão de que foram gerados 176,95 mil novos empregos formais no setor de saúde, dos quais 55,03 mil correspondem ao preenchimento de vagas em atividades de atendimento hospitalar. Em 2021, foi feito um ajuste no saldo de 2020, que foi de 91,61 mil vagas geradas no referido setor, com 67,37 mil delas em atividades de atendimento hospitalar. Estima-se que os hospitais mantiveram cerca de 1,93 milhão de vínculos de empregos formais em 2021.
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A REDAÇÃO
Goiás não registra nenhuma morte por covid-19 nas últimas 24 horas
Boletim da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado neste domingo (17/4) mostra que o Estado não registrou nenhuma morte por Covid-19 nas últimas 24 horas. No período, 13 novos casos da doença foram confirmados, elevando o número total para 1.315.231. Há ainda 769.051 casos suspeitos sendo monitorados.
Desde o início da pandemia, a doença matou 26.398 pessoas em Goiás, o que significa uma taxa de letalidade de 2,01%. Outras 318 mortes suspeitas estão sendo investigadas.
Vacinação
Nas últimas 24 horas, foram aplicadas 173 primeiras doses das vacinas contra Covid-19 em Goiás. Em relação à segunda dose e dose única, foram vacinadas 698 pessoas, enquanto outras 808 receberam a dose de reforço. Entre crianças de 5 a 11 anos, a SES-GO informa que 43,5% já receberam uma dose da vacina.
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Prefeitura de Goiânia realiza Conferência Municipal de Saúde Mental
Em parceria com o Conselho Municipal de Saúde, a Prefeitura de Goiânia realiza a 5ª Conferência Municipal de Saúde Mental nos dias 18, 19 e 20 de abril, sempre das 13 às 17 horas. O evento acontece no auditório da área V da PUC, localizado na Avenida Fued José Sebba, nº1184, Jardim Goiás.
Será o desfecho de discussões iniciadas em oito pré-conferências que aconteceram em 2021. Serão votadas propostas para as etapas regional e estadual que, por sua vez, contribuirão com as diretrizes que nortearão a Conferência Nacional. A realização deste evento atende a orientações dos Conselhos Nacional e Estadual de Saúde (CNS e CES).
"É um momento em que debatemos saúde mental e tiramos os principais pontos para as políticas públicas voltadas aos pacientes do SUS. O debate é sempre pautado por princípios com universalização, equidade e integralidade", diz o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso.
A diretora de Atenção Primária e Promoção à Saúde, Acácia Spirandelli, explica que a política de Saúde Mental proposta pelo SUS é organizada em uma rede. " É a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e os serviços são preconizados para oferecer aos usuários do SUS um cuidado em liberdade, é isso que Goiânia pratica e é isso que precisamos garantir com as Conferências", diz Acácia.
"A defesa do SUS exige ação política consistente e articulada para impedir o desmonte dos serviços preconizados, por meio da ampliação da representação dos sujeitos participantes, bem como melhorar a organização e a qualificação da participação de todos os segmentos da sociedade nas instâncias de deliberação da saúde", destaca a presidente do CMS, Celidalva Bittencourt.
Propostas a serem votadas na 5ª CMSM
Eixo I - Cuidado em Liberdade como Garantia de Direito à Cidadania;
Eixo II - Gestão,Financiamento, Formação e Participação Social na Garantia de Serviços de Saúde Mental;
Eixo III- Política de Saúde Mental e os Princípios do SUS:Universalidade, Integralidade e Equidade;
Eixo IV - Impactos na Saúde Mental da População e os Desafios para o Cuidado Psicossocial durante e Pós-Pandemia.
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JORNAL OPÇÃO
Uso de Viagra pode aumentar risco de cegueira em até 85%, diz estudo
Por PH Mota
Veja o que especialistas goianos falam sobre pesquisa realizada com mais de 213 mil homens e constatou relação entre uso de medicamentos para disfunção erétil e condições ópticas graves
Para que uma pessoa possa enxergar, a luz que sai dos objetos passa pela córnea, tem o foco ajustado pela lente por trás dela e então chega até a retina, uma camada composta por fotorreceptores no fundo dos olhos. Aí, então, a luz recebida é convertida em sinais elétricos que viajam por meio de nervos ópticos até o cérebro, onde os sinais são interpretados em imagens. Qualquer problema nesse percurso pode gerar problemas de visão e, em casos graves ou sem tratamento, à cegueira.
Agora, pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, descobriram que o uso contínuo e prolongado de remédios para disfunção erétil, como o Viagra, pode aumentar em até 85% o risco para contrair doenças como descolamento de retina, oclusão venosa da retina (OVR), neuropatia óptica isquêmica (NOI), entre outras. Tanto OVR como NOI são condições marcadas por impedimento de fluxo sanguíneo para o nervo óptico. O diagnóstico de OVR, inclusive, é uma das principais causas de cegueira no mundo.
Para o estudo, publicado na revista científica JAMA Ophthalmology, no último 7 de abril, foram analisados 213 mil homens que consumiam regularmente medicamentos utilizados para o tratamento de disfunção erétil, como o Viagra (mais antigo e mais popular remédio utilizado nos casos). As análises dos pacientes foram comparadas com dados de 4,5 mil homens que não faziam uso regular do composto. A média de idade dos pacientes observados era de 64,6 anos.
Durante o período de observação, foram observados 278 casos de descolamento de retina, 628 casos de OVR e 240 casos de NOI, entre 1º de janeiro de 2006 e 31 de dezembro de 2020. Os pacientes que apresentaram os problemas tinham maior propensão a sofrer com condições crônicas de saúde, como hipertensão e diabetes, por exemplo. Mesmo controlando outros fatores de risco, o risco de problemas oculares, em média, foi 85% maior nos pacientes medicados. De forma específica, o risco de descolamento de retina cresceu em 158%, enquanto o OVR cresceu em 44% e o de NOI, 102%. Em números absolutos, isso indica cerca de 3,8 casos de descolamento, 8,5 de OVR e 3,2 de NOI, num grupo de 10 mil pessoas, por ano.
Resposta médica
Apesar do estudo ser recente, a novidade não chega a ser surpresa dentro do meio médico. De acordo com Fernando Cruvinel, médico urologista especialista em andrologia, nos últimos anos já eram percebidas possíveis relações no uso constante dessas medicações no aumento de casos de problemas oculares graves. “Já havia na comunidade científica relatos tentando fazer essas relações. O grande mérito desse estudo é que ele conseguiu reunir um grande número de homens pesquisados”, explica.
A discussão também já ocorria entre especialistas da visão, de acordo com Carlos Eduardo Gonçalves Pereira, oftalmologista mestre pela Universidade Federal de Goiás e especialista em retina. Segundo ele, os medicamentos para disfunção erétil ocupam o segundo lugar na lista que mais chama a atenção para efeitos colaterais em clínicas oftalmológicas. O primeiro lugar fica com medicamentos utilizados no tratamento contra o aumento da próstata.
Para o especialista, o principal alerta que o novo estudo acende é para o acúmulo de fatores de risco em pacientes que já sofrem com outras condições e podem vir a ter quadros gravados pelo uso dos medicamentos. “O próprio paciente que tem dificuldade de ereção já pode ter um fator de risco para desenvolver problemas oftalmológicos. Se ele tem isso, já tem o controle prejudicado da circulação e os remédios vão mexer justamente com isso. A grande questão é que o remédio surge com algo mais, somando-se a vários outros fatores de risco”, aponta. Ao mesmo tempo, Carlos Eduardo reconhece que o estudo gera a necessidade de novas observações, para que possam ser identificados os mecanismos que provocam esses danos. “Talvez até para conseguir fazer uma medicação contra disfunção erétil que não mexa com microvasculatura de outros locais do corpo”, sugere.
O aumento do risco, porém, não significa que pacientes em tratamento precisam interromper o consumo dos medicamentos contra a disfunção. Uma vez que se trata de um estudo epidemiológico, ainda não é possível estabelecer de forma absoluta as associações de causa e efeito entre os remédios e os problemas oculares. De acordo com o alerta do urologista Fernando Cruvinel, é preciso entender o organismo do paciente como um todo. “Não dá para estabelecer de forma definitiva a relação porque, hoje, as principais causas orgânicas de disfunção são doenças que provocam alterações nos pequenos vasos, como diabetes e pressão alta. Então as lesões nos vasos do pênis podem indicar lesões já presentes nos vasos oculares”.
Nesse sentido, ele chama a atenção para um paralelo com a famosa questão de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. “Será que o homem tem maior incidência de problemas oculares por estar usando os medicamentos ou usa os medicamentos porque já está com condições que levam a esses problemas?”, questiona. “Foi a medicação que fez isso ou foi a doença?”.
Saúde dos olhos
De acordo com o oftalmologista Carlos Eduardo, a maioria dos pacientes que apresentam sinais de OVR ou NOI já sofrem com algum problema crônico, como diabetes ou problemas cardiovasculares, algo que também é observado nos pacientes com problemas de ereção. Assim como acontece na transmissão de dados entre olhos e cérebro, o pênis tem os corpos cavernosos regados de sangue por mecanismos vasculares para poder ficar ereto. Por causa disso, ele explica que ao menor sinal de problema ligado a condições vasculares, é importante fazer check ups completos para analisar as áreas afetadas pelo abastecimento de sangue e evitar o avanço das condições nos olhos, evitando chances de cegueira. “A oclusão venosa, por exemplo, pode ser só de um ramo e não da veia central. Nesses casos, a chance de levar pra uma cegueira é menor, pois quanto mais distante do nervo central, menos risco”, explica o oftalmologista.
Ele também garante que as condições listadas pelo estudo não são consideradas tão comuns e possuem tratamento, quando acompanhadas de perto. Caso o paciente deixe passar muito tempo para buscar alternativas, o médico pode ficar com o tratamento limitado, mas quanto mais cedo ele for se consultar, mais chances terá de recuperação, “Já tive pacientes que chegaram a perder totalmente a visão, assim como também tive pacientes que voltaram com praticamente 100%. Dependendo do caso, ele pode ser recomendado para um cardiologista, por exemplo, para observar outras coisas que agravam o quadro ocular para ajudar no tratamento”, esclarece.
Outros estudos
Pesquisas anteriores a essa já apontavam a relação entre o uso dos medicamentos contra disfunção e problemas de saúde dos olhos. Em outubro de 2018, pesquisadores da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, de Nova Iorque, publicaram um estudo de caso que concluía que o uso de altas doses de Viagra poderiam levar a danos significativos na visão, a longo prazo. Os estudiosos apresentaram a conclusão baseada no caso de um paciente de 31 anos que chegou ao atendimento de urgência de uma clínica por reclamações de visão avermelhada nos dois olhos por dois dias. O problema começou depois que ele consumiu medicamentos para disfunção erétil.
Em 2020, um outro relatório científico publicado na revista Frontiers in Neurology descreveu o caso de 17 homens saudáveis que procuraram atendimento médico depois de usarem remédios contra disfunção pela primeira vez. A princípio, a prescrição desse tipo de droga começa com a recomendação de doses de 50 mg, que podem ser elevadas ou reduzidas de acordo com a necessidade. Para todos os pacientes observados, entretanto, o consumo foi da quantidade mais alta recomendada, de 100 mg. Após o consumo, todos eles relataram incômodo na visão, entre sensibilidade à luz, embaçando, visão azulada e até mesmo perda da percepção de cores. De acordo com o relato da pesquisa, os sintomas persistiram mesmo após o fim do efeito dos medicamentos, tendo duração de até três semanas em alguns dos casos.
Uso recreativo
É por isso, inclusive, que os dois médicos demonstram a mesma preocupação em relação ao uso dos remédios contra disfunção erétil de forma causal e indiscriminada, sem indicação e acompanhamento médico. Para Fernando Cruvinel, a segunda conclusão a se observar sobre o estudo, “e talvez a mais importante”, pontua, é do uso abusivo e desnecessário do medicamento. “Todo remédio tem seus efeitos colaterais e complicações, e a gente tem visto cada vez mais o uso recreativo do indivíduo que não precisa.O estudo acende o alerta de que é uma medicação para ser usada por quem precisa, e não por quem quer ter expectativa irreal de desempenho sexual”, pontua o urologista.
Ele ainda alerta para os possíveis efeitos colaterais que podem surgir a partir do uso dos remédios, que podem surpreender quem não recebe a orientação de um profissional antes do uso. Sintomas como dores de cabeça, sensação de orelha e nariz quente, congestão nasal, dor muscular e dor no estômago podem aparecer para quaisquer pacientes. Apesar disso, o médico garante que nenhum deles é considerado grave e todos podem ser controlados a partir da administração da dosagem no tratamento, o que chama a atenção para a importância de fazer uso somente com acompanhamento de especialista.
Para piorar, casos de uso recreativo ou indiscriminado de remédios contra disfunção em pacientes com rendimento sexual considerados normais e saudáveis podem gerar impotência por dependência psicológica. “A gente observa um fenômeno comum que não é de dependência orgânica, mas de condicionamento que o homem cria por ter aprendido a precisar daquilo para entrar numa relação, então se ele não tem, mesmo sem precisar pode ficar inseguro e sofrer com o risco da falha”, explica.
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O HOJE
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspende atendimentos eletivos amanhã
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia vai suspender, amanhã (19), todos os atendimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias. Segundo informou o hospital, a paralisação, que será nacional e deve atingir todas as instituições de saúde filantrópicas do País, foi uma forma encontrada pelas mais de 2 mil Santas Casas brasileiras para mostrar à sociedade e ao poder público que elas enfrentam uma das piores crises de sua história e que, se nada for feito, a suspensão da assistência poderá ser definitiva, por total falta de condições de funcionamento dos hospitais.
A superintendente Geral do hospital, Irani Ribeiro de Moura, ressalta que não se trata de uma greve, mas de um pedido de socorro. De acordo com a Santa Casa, uma olhada rápida nos números já deixa clara a gravidade da crise enfrentada: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano Real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Neste cenário, Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
Consulta por 6 reais
Com 85 anos de fundação, completados em 2021, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que é o maior hospital da rede do SUS do Centro-Oeste, tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas mensais.
“A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, afirma.
A superintendente Geral destaca que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 6,23 por uma consulta médica. “Arredondamos esse valor para R$ 10 para pagar os médicos, mas continua irrisório por uma consulta com especialistas”, frisa Moura.
Aumentos e atrasos
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos – teve produto cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Isso porque o Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
“E todos os casos cirúrgicos que chegam judicializados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia são encaminhados à Santa Casa, sendo que nem todos temos condições de atender”, diz a superintendente, ressaltando que já comunicou esse fato à SMS, mas os encaminhamentos continuam sendo feitos. O resultado é que os pacientes que não podem ser atendidos são penalizados e a Santa Casa vira alvo de críticas na imprensa e na sociedade.
A reportagem questionou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia sobre o assunto. Em nota, a Prefeitura de Goiânia, por meio da SMS afirmou que a Prefeitura de Goiânia tem feito um esforço concentrado para quitar, com recursos próprios, todos os contratos ou convênios com prestadores de serviços na área da saúde.
Segundo a pasta, os repasses junto à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia foram colocados em dia, mas recentemente um problema no sistema do SUS levou a liberação de apenas uma parte dos recursos, o que provocou um mês de atraso. “A situação vem sendo discutida entre a Secretaria Municipal de Saúde e gestores da Santa Casa e caminha para uma solução”, destaca o comunicado.
Quebrando o silêncio
Segundo Moura, o hospital está sendo prejudicado por um problema que não é da instituição. “Estamos trabalhando além da nossa capacidade, estamos cofinanciando o SUS e isso é uma inversão de valores”, alerta. A superintendente Geral enfatiza ainda que se não houver políticas imediatas e consistentes e investimentos dos governos municipais, estaduais e federal nos hospitais filantrópicos, eles dificilmente vão sobreviver, deixando milhões de brasileiros sem assistência.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos governos federal, estaduais e municipais, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Moura. Ela destaca ainda que os hospitais decidiram quebrar o silêncio e mostrar sua realidade à sociedade, ao poder público, aos pacientes e colaboradores neste grande movimento que acontece em abril.
Além da paralisação de amanhã, no dia 26 de abril, haverá uma grande mobilização das Santas Casas em Brasília. A meta é alertar sobre a crise e também para os impactos da aprovação do PL 2564/20, que tramita na Câmara Federal e fixa os pisos salariais dos profissionais de enfermagem.
As Santas Casas apoiam a melhoria da remuneração de todos os profissionais de saúde, mas, com esse PL, teriam impacto estimado em R$ 6,3 bilhões de reais por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento, tornando insustentável seus funcionamentos e estabelecendo-se definitivamente a falência dos hospitais.
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Sarampo volta a se tornar preocupação e chama a atenção das autoridades da Saúde no Brasil
Por: Redação
Por Sabrina Vilela
O sarampo volta a chamar a atenção das autoridades da Saúde no Brasil. Apesar de existir vacina para essa doença, neste ano, até do dia 26 de março, foram registrados no País 98 casos suspeitos com 13 confirmados. Em Goiás, após 20 anos sem circulação do vírus, começaram a aparecer casos, a partir agosto de 2019 com o registro de cinco casos confirmados.
Esse surto que começou em 2019 durou até março de 2020, quando foram registrados 20 casos da doença no Estado, nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Posse e Rialma. No ano passado foram 25 casos suspeitos e neste ano, até o momento dois casos foram notificados, mas ambos foram descartados.
Com relação ao índice de cobertura vacinal em Goiás, em 2019, antes do início da pandemia – quando no Estado foram confirmados cinco casos –, a cobertura da vacina de rotina para tríplice viral para crianças de 1 ano foi de 88,39%. No primeiro ano da pandemia, em 2020, o índice de cobertura caiu mais ainda e foi de 75,36%. No ano passado, o porcentual de vacinação foi de 76,66%. Em 2021, mais de 96 mil pessoas vacinaram contra o sarampo em Goiás.
Caderneta em dia
Especialistas destacam que a melhor forma para conseguir se livrar do sarampo é por meio da vacina que é aplicada ainda na infância. A maquiadora Sarah Brill, 24 anos, é mãe do Oliver, de 1 ano e 2 meses, faz parte do time de mães que se preocupa em deixar o cartão de vacinação do filho sempre atualizado. “Vacinar impede ele de pegar doenças. Eu sou a louca das vacinas, se tem vacina estou lá tomando e levando o Oliver”, brinca.
Sarah Brill explica que nunca teve medo de vacinar o filho porque acredita que essa é a melhor forma de mantê-lo protegido. “Tem tanta doença que foi erradicada por conta da vacina. Tem vacinas que mães se negam a levar o filho e tem doenças que estão ressurgindo”, conta.
A maquiadora alerta sobre a necessidade de se conscientizar os pais sobre as fake news, que acabam gerando medo na população sobre as reações causadas por vacinas. “Eu acho errado não levar para vacinar. Quem faz isso é por falta de informação mesmo. Se a pessoa for pesquisar os resultados positivos da vacinação vai ver que vale a pena. É melhor a reação da vacina do que pegar a doença”, completa.
Campanha de vacinação
Para prevenir contra o sarampo, o Ministério da Saúde divulgou que o Governo Federal realiza até o dia 3 de junho a Campanha Nacional contra o Sarampo 2022. Inicialmente a prioridade é crianças com menos de 5 anos e trabalhadores da saúde. A Superintendência de Vigilância em Saúde informa que será realizado o Dia D de Vacinação em 30 de abril.
Na primeira etapa que acontece até o dia 30 de abril serão prioridade os trabalhadores da Saúde. Na segunda etapa, de 30 de abril a 3 de junho de 2022, é a vez das crianças receberem as doses. Durante este período o horário de funcionamento dos postos será das 8h às 17h, sem interrupção do atendimento.
A campanha visa vacinar contra o sarampo as crianças de seis meses a menor de cinco anos de idade e Trabalhadores da Saúde. A meta é vacinar no mínimo 95% da população-alvo da campanha. Nessa campanha será utilizada a Vacina Tríplice Viral – sarampo, caxumba e rubéola – de forma indiscriminada em crianças e para os trabalhadores da saúde.
Em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), promove até 3 de junho, simultaneamente, a 8ª Campanha Nacional de Seguimento e Vacinação de Trabalhadores da Saúde contra o Sarampo e a 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza. O Estado conta com 965 postos de vacinação fixos nos municípios e 1.860 profissionais envolvidos nas campanhas. Será utilizada a vacina tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola.
Casos no Brasil
Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em 2018, foram confirmados 9.325 casos de sarampo no Brasil, e 12 pessoas perderam suas vidas. Em 2019, foram 20.884 casos confirmados com 16 mortes. No primeiro ano da pandemia, 2020, foram registrados 8.444 casos da doença com dez óbitos. Já em 2021, foram 668 casos confirmados e dois óbitos no Brasil.
Por conta dos casos da enfermidade em 2018, quando ocorreu a reintrodução do vírus do sarampo no Brasil, e a manutenção da circulação da mesma cadeia de transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o Brasil perdeu a certificação de país livre do Sarampo, o que significa um retrocesso em termos de saúde pública.
Sobre a doença
O sarampo é altamente transmissível, podendo cursar com sérias complicações e evoluir para óbito, por isso é necessário compreender a doença. O infectologista Robert Fabian Crespo Rosas explica que a enfermidade é “uma doença viral causada por um vírus RNA de alta transmissibilidade tanto por via aérea como por contato com fluidos e secreções do paciente infectado. Tem um período de incubação que varia de 7 a 12 dias”. Os sintomas do sarampo são febre, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo, que podem facilmente se confundirem com outras doenças virais atuais.
O médico infectologista ressalta ainda que os sintomas mais comuns são febre, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo. A taxa de transmissão da doença é de 12% a 18%. “Significa que cada caso confirmado é capaz de transmitir a doença para 12 a 18 indivíduos suscetíveis”, detalha Robert Fabian. A transmissão pode ocorrer por meio de gotículas com partículas virais no ar, principalmente em ambientes fechados.
A melhor forma para prevenir a doença é por meio da vacinação. “A vacina deve ser administrada a partir dos 9 meses e com reforço aos 18 meses. Quando a pessoa já está infectada ela deve ser mantida afastada de outras pessoas suscetíveis pois a doença e transmitida por via aérea e por contato”. Não existe nenhum antiviral específico para o tratamento da doença apenas medicamentos para febre e complicações.
De acordo com o especialista a gravidade do sarampo é comum para crianças menores de 5 anos e adultos acima de 30 anos. “Onde as complicações como cegueira, encefalite, diarreia e infecções bacterianas são mais frequentes”, explica as consequências.
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EXAME
Amil tem até hoje para esclarecer transferência de beneficiários
As operadoras de saúde Amil e APS têm até esta segunda-feira para apresentar suas manifestações à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a respeito da transferência da carteira de beneficiários com planos individuais de uma operadora para a outra. Após esse prazo, a ANS decidirá em definitivo se anula a autorização que permitiu essa transferência e se adotará outras medidas a respeito do caso.
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A carteira, que tem cerca de 340 mil beneficiários, havia sido transferida à operadora APS (Atenção Personalizada à Saude) no final do ano passado. A APS pertence ao mesmo grupo que controla a Amil, o UnitedHeath Group, gigante do setor de saúde com sede nos Estados Unidos.
O plano do UnitedHealth Group era transferir a carteira de planos individuais para a APS e depois se desfazer da APS, transferindo-a a um grupo investidor interessado em ingressar no setor de planos de saúde no Brasil.
Porém,  dia 4 de abril, uma medida cautelar da ANS determinou que a Amil reassuma  a carteira de planos individuais e se mantenha como responsável por ela. A Amil passou então a responder novamente pela carteira a partir do dia 6 de abril. Na decisão, a ANS deu um prazo para que as operadoras envolvidas se manifestem sobre o caso, que termina hoje.
A ANS afirma que, no pedido de autorização para transferência da carteira, a Amil declarou que se tratava de uma simples reorganização societária entre operadoras do mesmo grupo econômico. Disse ainda que garantiria qualquer necessidade de aporte financeiro para manter o equilíbrio econômico-financeiro da APS "enquanto Amil e APS integrarem o mesmo grupo econômico".
No entanto, após o exame da documentação, a ANS verificou que a Amil já tinha definido a venda da APS. Isso, segundo a ANS, esvaziaria a garantia oferecida pela Amil em favor da APS. A ANS diz ainda que os compradores da APS não têm capacidade financeira suficiente para garantir o equilíbrio econômico-financeiro da empresa. E diz que a Amil omitiu fatos da agência reguladora.
A decisão da ANS foi vista como acertada por entidades de defesa do consumidor. A Amil não se manifestou sobre o caso.
Já a avaliação dos empresários interessados em adquirir a carteira é de que os 2,4 bilhões de reais de capital definidos no acordo com a Amil são suficientes para fazer a empresa funcionar. "Temos muito interesse em entender o que preocupa a agência nesse ponto, uma vez que o capital disponível, mesmo se tudo piorasse muito, duraria por muito tempo", disse o executivo Henning von Koss, em entrevista a EXAME.
Terminado o prazo da ANS para que Amil e APS se manifestem, a transferência da carteira de beneficiários está mais perto de um desfecho.
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UOL NOTÍCIAS
Plano de saúde está caro? Veja alternativas antes de abrir mão do benefício
Ter plano de saúde no Brasil está difícil, por causa do custo. Quem tem um plano enfrenta dois tipos de reajuste. O primeiro é o anual, que incide em todos os contratos uma vez por ano, e o segundo é por idade e é aplicado o envelhecimento do cliente.
A expectativa do setor é que os planos individuais tenham reajuste de 16% neste ano. Mas o que fazer se o aumento pesar demais no bolso? Especialistas ouvidos pelo UOL dizem que existem algumas alternativas antes de abrir mão da assistência privada.
Negociar com a operadoraMatheus Falcão, analista do programa de Saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), orienta que o cliente questione a operadora sobre o reajuste assim que perceber um aumento muito forte no preço da mensalidade.
"O consumidor precisa perguntar de onde veio o percentual do reajuste e usar o Código de Defesa do Consumidor a seu favor, principalmente sobre direito de informação. A tentativa aqui é fazer uma barganha com a operadora. Percebemos que em alguns casos dá para conseguir descontos na mensalidade nessa conversa", afirma Falcão.
Nem sempre o consumidor vai conseguir negociar. Se isso não acontecer, a orientação é fazer uma denúncia nos órgãos de defesa do consumidor, como Procon.
Se ainda assim a situação não for resolvida, o próximo passo é entrar com um processo na Justiça. Os especialistas orientam que o consumidor não deixe de pagar o plano de saúde durante o período, a não ser que tenha alguma autorização da Justiça.
A lei permite que as operadoras suspendam a assistência depois de 60 dias com dívidas em atraso nos planos individuais.
"Os planos individuais só podem ser cancelados por inadimplência depois de 60 dias, e a operadora precisa comunicar o consumidor até o 50º dia. Nos planos coletivos, não existe uma regra na lei, precisa ver o que está no contrato", afirma Rafael Robba, advogado do escritório Vilhena Silva.
Troca de plano de saúdeOutra alternativa é a portabilidade de carências, que significa que o consumidor pode trocar de plano de saúde sem nenhum tipo de restrição de cobertura (carência). A portabilidade tem algumas regras:
O plano atual deve ter sido contratado depois de 1º de janeiro de 1999 ou ter sido adaptado à Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98)O contrato deve estar ativo, ou seja, o plano atual não pode estar canceladoO beneficiário deve estar em dia com o pagamento das mensalidadesO beneficiário deve cumprir o prazo mínimo de permanência no plano. Na primeira portabilidade, são dois anos no plano de origem ou três se tiver cumprido a cobertura parcial temporária para uma doença ou lesão preexistente. Na segunda portabilidade, o prazo de permanência exigido é de pelo menos 1 ano ou 2 anos caso tenha feito portabilidade para o plano atual com coberturas não previstas no plano anteriorO plano de destino deve ter preço compatível com o seu plano atualOs documentos necessários para a portabilidade são comprovante de pagamento das três últimas mensalidades, comprovante do prazo de permanência, relatório de compatibilidade entre os planos (emitidos pelo Guia ANS de Planos de Saúde). Se o plano de destino for coletivo, deve apresentar o comprovante de que está apto para ingressar no plano.
Um ponto importante é que a compatibilidade considera o preço inicial de contratação do plano, ou seja, desconsidera os reajustes aplicados ao longo do tempo. Isso ajuda a aumentar a quantidade de planos que podem ser compatíveis na hora da portabilidade.
Apesar de algumas operadoras dificultarem a portabilidade para idosos ou com alguma doença pré-existente, Robba afirma que esse é um direito do consumidor, desde que cumpra todos os requisitos.
"É importante que o consumidor se documente sobre toda a tentativa de fazer a portabilidade. Se houver qualquer recusa da operadora, pode abrir uma reclamação na ANS ou na Justiça", afirma Robba.
A operadora de destino tem até 10 dias para avaliar o pedido de portabilidade. A ANS orienta que o consumidor solicite o cancelamento do plano antigo em até cinco dias após o início do novo plano.
"Se você não solicitar o cancelamento nesse prazo, estará sujeito ao cumprimento de carências no novo plano por descumprimento das regras", explica a ANS.
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Fim da emergência no Brasil contraria consenso na OMS e estratégia dos EUA
A decisão do governo brasileiro de decretar o fim da emergência nacional da covid-19 ocorre dias depois de uma reunião na qual os principais cientistas do mundo declararam, de forma unânime, que a pandemia ainda é uma realidade e que não é o momento de falar ainda do fim da emergência internacional. Ela ainda contraria a estratégia de Joe Biden, nos EUA, que acaba de ampliar por mais três meses medidas de controle e uso da máscara.
Para o Comitê de Emergência da OMS, a covid-19 ainda é "um evento extraordinário que continua a afetar negativamente a saúde das populações em todo o mundo, representa um risco contínuo de propagação internacional e interferência no tráfego internacional, e requer uma resposta internacional coordenada". A decisão significa que, pelo menos pelos próximos três meses, não haverá uma alteração na posição da OMS e que a emergência internacional segue. Liderando mais de 30 especialistas, o presidente do Comitê, Didier Houssin, admitiu durante o encontro que está "preocupado com o crescente cansaço entre as comunidades em todo o mundo em resposta à pandemia e os desafios colocados pela falta de confiança na orientação científica e nos governos".
No domingo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o fim da situação de emergência sanitária nacional devido à pandemia da covid-19. Ele afirmou que irá editar nos próximos dias um ato normativo para encerrar a Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional). No entanto, ressaltou que a medida não significa o fim da doença.
Fontes na OMS revelaram à coluna que a imprevisibilidade do vírus é o principal motivo da cautela da agência. "Ainda não se tem clareza sobre a evolução do vírus", explicou uma fonte do alto escalão da agência.
A OMS respeita a soberania dos governos. Mas, menos de uma semana antes da decisão do Brasil, o Comitê da OMS reconheceu que o SARS-CoV-2 continua a ter uma evolução viral imprevisível, que é agravada por sua ampla circulação e intensa transmissão em humanos, bem como a introdução generalizada de infecções em uma série de espécies animais com potencial para o estabelecimento de reservatórios animais ».
"O SARS-COV-2 continua a causar altos níveis de morbidade e mortalidade, particularmente entre as populações humanas vulneráveis. Neste contexto, o Comitê levantou preocupações de que o uso inadequado de antivirais pode levar ao surgimento de variantes resistentes a drogas", disse.
Os membros do Comitê reconheceram a capacidade nacional, regional e global de responder ao contexto pandêmico, mas "observaram com preocupação » que alguns governos "relaxaram » as medidas de controle e "reduziram os testes, impactando assim a capacidade global de monitorar a evolução do vírus".
"O Comitê também observou com preocupação a inconsistência dos requisitos globais da COVID-19 para viagens internacionais e o impacto negativo que medidas inadequadas podem ter em todas as formas de viagens internacionais. Neste contexto, o Comitê observou que oferecer vacinação a grupos de alto risco de viajantes internacionais na chegada poderia ser considerado um meio de mitigar o risco de doença grave ou morte devido à COVID-19 entre esses indivíduos", defendeu.
Nesse contexto, o Comitê enfatizou a importância de manter as medidas contra a covid para proteger as populações vulneráveis. "Os Estados Partes são aconselhados a ajustar regularmente suas estratégias de resposta, monitorando sua situação epidemiológica (inclusive através do uso de testes rápidos), avaliando sua capacidade do sistema de saúde", insistiu.
Na avaliação dos cientistas, os governos precisam se preparar para "futuros cenários com a assistência da OMS e continuarem a utilizar de forma robusta as ferramentas essenciais (por exemplo, vacinas, terapêutica e diagnósticos)".
Diante desse cenário, o Comitê concordou que a pandemia de COVID-19 continua sendo uma emergência global e aconselhou a OMS a manter tal status, o que foi seguida pela agência.
Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da organização, acatou a sugestão e emitiu uma nova série de recomendações aos governos.
Numa delas, a agência pede que às autoridades "reforçar a resposta nacional à pandemia da COVID-19, atualizando os planos nacionais de preparação e resposta, de acordo com as prioridades e cenários potenciais delineados no Plano Estratégico de Preparação e Resposta (SPRP) da OMS de 2022".Biden amplia emergência em mais três mesesA decisão do governo de Jair Bolsonaro sobre a pandemia também contraria a direção que os EUA tomaram em relação à doença. Os dois países lideram em número de mortes pela covid-19.
Na quarta-feira passada, o governo americano decidiu ampliar por mais três meses a emergência sanitária, permitindo assim que os cidadãos possam continuar sendo testados e recebendo tratamento de forma gratuita.
Nos EUA, a emergência de saúde pública foi inicialmente declarada em janeiro de 2020. Desde então, ela é renovada a cada trimestre.
O governo tem pago por testes, vacinas e certos tratamentos. A Casa Branca ainda exigiu que os seguros cubram o custo total dos testes e vacinas, usando um financiamento de emergência de saúde pública.
Mas quando a emergência de saúde pública expirar, os planos terão de arcar sozinhos com certos custos. O temor é de que milhões de pessoas possam perder o acesso a certos serviços.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Santa Casa de Goiânia alerta para risco de falência e suspende atendimentos eletivos no dia 19 de abril
Por “socorro”, Santa Casa de Misericórdia de Goiânia irá suspender todos os atendimentos eletivos
Abril Verde: debatedores defendem políticas para prevenção de doenças e acidentes de trabalho
Brasil tem 158 mortes por covid em 24h; média móvel é a menor desde 13 de janeiro
EaD na área da Saúde: tema foi pauta de Audiência Pública realizada nesta quarta-feira, 13
Hospitais estaduais atenderão emergências durante o feriado da Semana Santa
Vereadora Luciula do Recanto sofre mal súbito e é hospitalizada
Superfaturamento em compra de Viagra pelas Forças Armadas é investigado pelo TCU
HIV: Brasil vai pedir para OMS certificação do fim da transmissão de mãe para filho
Hospitais relatam dificuldade em achar medicamentos básicos para atendimento
NOTÍCIA TODA HORA
Santa Casa de Goiânia alerta para risco de falência e suspende atendimentos eletivos no dia 19 de abril
Na próxima terça-feira (19), a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia vai suspender todos os atendimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias. Irani Ribeiro de Moura, superintendente Geral do hospital, explica que não se trata de uma greve, mas de um pedido de socorro.
A paralisação faz parte de um movimento nacional das mais de duas mil Santas Casas brasileiras, que alertam para o risco de fechamento definitivo diante da pior crise financeira enfrentada pelos hospitais.
De acordo com um levantamento, nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
“A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, explica Irani, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10 por uma consulta médica.
A superintendente Geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda destaca que o hospital enfrenta o reajuste de medicamentos e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani.
Além da paralisação no dia 19, no dia 26 de abril, haverá uma grande mobilização das Santas Casa em Brasília. A meta é alertar sobre a crise e também para os impactos da aprovação do PL 2564/20, que tramita na Câmara Federal e fixa os pisos salariais dos profissionais de enfermagem.
Se aprovado, o PL causaria um impacto estimado em R$ 6,3 bilhões por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento.
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DIÁRIO DE GOIÁS
ALERTA
Por “socorro”, Santa Casa de Misericórdia de Goiânia irá suspender todos os atendimentos eletivos
De acordo com a superintendente da Santa Casa, paralisação será um alerta
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia anunciou nesta quarta-feira (13/04) que irá suspender todos os atendimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias, marcadas para a próxima terça-feira (19/04), com um pedido de “socorro” feito pela entidade. A superintendente Geral do hospital, Irani Ribeiro de Moura destaca que ainda não trata-se de uma greve, mas a paralisação é um alerta do que pode acontecer com a entidade.
De acordo com a entidade, a paralisação, que será nacional e deve atingir todas as instituições de saúde filantrópicas no Brasil, foi uma forma encontrada pelas mais de 2 mil Santas Casas brasileiras para mostrar à sociedade e ao poder público que elas enfrentam uma das piores crises de sua história e que, se nada for feito, a suspensão da assistência poderá ser definitiva, por total falta de condições de funcionamento dos hospitais.
Discrepância
A Santa Casa relembra o histórico dos números ao longo dos últimos tempos: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani Ribeiro de Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
Consulta por 10 reais
Com 85 anos de fundação, completados em 2021, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que é o maior hospital da rede do SUS do Centro-Oeste, tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas mensais.
“A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, diz, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10,00 por uma consulta médica.
Aumentos e atrasos
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos – teve produto cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias. “E todos os casos cirúrgicos que chegam judicializados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia são encaminhados à Santa Casa, sendo que nem todos temos condições de atender”, diz a superintendente, ressaltando que já comunicou esse fato à SMS, mas os encaminhamentos continuam sendo feitos. O resultado é que os pacientes que não podem ser atendidos são penalizados e a Santa Casa vira alvo de críticas na imprensa e na sociedade.
Quebrando o silêncio
Segundo Irani Ribeiro de Moura, o hospital está sendo prejudicado por um problema que não é da instituição. “Estamos trabalhando além da nossa capacidade, estamos co-financiando o SUS e isso é uma inversão de valores”, alerta, enfatizando que se não houver políticas imediatas e consistentes e investimentos dos Governos Federal, Estaduais e Municipais nos hospitais filantrópicos, eles dificilmente vão sobreviver, deixando milhões de brasileiros sem assistência.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani Ribeiro de Moura, destacando que os hospitais decidiram quebrar o silêncio e mostrar sua realidade à sociedade, ao poder público, aos pacientes e colaboradores neste grande movimento que acontece em abril.
Além da paralisação no dia 19, no dia 26 de abril, haverá uma grande mobilização das Santas Casas em Brasília. A meta é alertar sobre a crise e também para os impactos da aprovação do PL 2564/20, que tramita na Câmara Federal e fixa os pisos salariais dos profissionais de enfermagem.
As Santas Casas apoiam a melhoria da remuneração de todos os profissionais de saúde, mas, com esse PL, teriam impacto estimado em R$ 6,3 bilhões de reais por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento, tornando insustentável seus funcionamentos e estabelecendo-se definitivamente a falência dos hospitais.
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil tem 158 mortes por covid em 24h; média móvel é a menor desde 13 de janeiro
O Brasil registrou 158 novas mortes em decorrência da covid-19 nesta quarta-feira (13/4). A média móvel de óbitos está em 133, a menor desde 13 de janeiro, quando esteve em 126. O índice elimina distorções entre dias úteis e fim de semana. O declínio dos indicadores da pandemia ocorre após o surto da Ômicron registrado no início do ano. No acumulado, a doença já ceifou a vida de 661.710 brasileiros Entre as 20 horas dessa terça, 12, e o mesmo horário de hoje, o número de novas infecções notificadas foi de 28.785 No total, o Brasil tem 30.209.276 casos acumulados da doença.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 30.209.276 pessoas estão recuperadas. O Estado de São Paulo registrou 40 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, a maior quantidade entre as unidades da federação. Conforme o levantamento, 10 estados não registraram óbitos. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.
A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 26.924 novos casos e mais 163 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 30.210.853 pessoas infectadas e 661.656 óbitos acumulados. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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Abril Verde: debatedores defendem políticas para prevenção de doenças e acidentes de trabalho
Instituir uma política de Estado que efetive o sistema de prevenção de doenças e acidentes de trabalho e garantir instrumentos legais para a fiscalização em defesa do meio ambiente profissional e da saúde do trabalhador. Essas foram algumas das iniciativas defendidas por senadores e especialistas durante sessão de debates temáticos, hoje (13), para promoção do Movimento Abril Verde, mobilização criada para a conscientização sobre a segurança e saúde do trabalho.
Autor do requerimento que propôs a sessão, o senador Paulo Paim (PT-RS), observou que um ambiente de trabalho saudável implica em menos acidente, maior produtividade e bem-estar do trabalhador e de sua família. Ele apresentou dados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho - 2020, emitido pelo INSS, que registrou, naquele ano, cerca de 450 mil acidentes de trabalho no Brasil. Na visão de Paim, esses acidentes são totalmente "evitáveis" e o melhor caminho para enfrentar esse cenário seria fortalecer o sistema de proteção e prevenção.
- A participação de todos nesse movimento potencializa o processo de transformação das fábricas, escritórios, enfim, de todos os espaços de trabalho, em lugares mais seguros e produtivos, cada setor e cada trabalhador dando atenção e olhar de cuidado, na prevenção. Temos desafios imensos em todos os setores. No campo temos uma alta contaminação em razão do manuseio de agrotóxicos, com elevados índices de câncer. Precisamos de políticas públicas que visem à produção de alimentos saudáveis, crédito e assistência técnica aos agricultores. No campo e na cidade, os acidentes com máquinas e equipamentos ainda são uma realidade que mutila e ceifa a vida de trabalhadores.
Segundo a OIT, as condições de trabalho inadequadas matam um trabalhador a cada 11 segundos no mundo. Ainda de acordo com o órgão, cerca de 4% do PIB mundial, cerca de US$2,8 trilhões, são perdidos por ano em impostos diretos ou indiretos devido a acidentes de trabalho.
No Brasil, somente em 2021, foram comunicados 571 mil acidentes de trabalho e mais de 2.487 mortes no trabalho.
Especialistas apontaram que tais acidentes não acontecem por puro acaso, mas por falta de preparo e segurança. Eles ainda explicaram que o número elevado desses registros acarretam grandes perdas para vários setores como impacto financeiro para as empresas, queda de produtividade, prejuízos altíssimos ao sistema previdenciário e o Sistema Único de Saúde (SUS), que acaba arcando com tratamento decorrentes de acidentes e doenças de trabalho.
A vice-procuradora-geral do Trabalho, Maria Aparecida Gurgel, afirmou que o movimento de conscientização sobre segurança do trabalho é um convite a reflexão de como a sociedade brasileira quer a evolução do país. De acordo com ela, os movimentos econômicos recentes e os fatores e fatos sociais, como os processos de migração e a revolução tecnológica e científica tem ampliado o número de trabalhadores submetidos a ambientes inseguros. Para Gurgel, é necessário a implantação de uma política de estado voltada a promoção de melhorias nas condições sociais e de trabalho dos trabalhadores.
- Devemos sair desse círculo vicioso e transformar tudo isso num círculo virtuoso. Mas, para isso, é preciso uma construção sólida de sistemas eficientes, resolutivos e resilientes que envolvam os entes públicos e privados vocacionados para a defesa do meio ambiente de trabalho e da saúde do trabalhador e da trabalhadora e, mais que isso, uma política institucional de Estado voltada para esse círculo virtuoso do mundo do trabalho, preservando a saúde, preservando a higidez física, a segurança, a autonomia de todos esses trabalhadores e trabalhadoras.
Informalidade
A procuradora do Trabalho e Coordenadora Nacional de Defesa Meio Ambiente do Trabalho, Marcia Kamei, disse que qualquer trabalho de prevenção e segurança no trabalho precisa passar, primeiro, por um trabalho eficiente de registro das ocorrências, sejam elas no trabalho formal ou informal. Segundo ela, não há comunicação de cerca de 20% dos acidentes com afastamento, que abrangem os casos mais graves e que geram benefícios, o que indica subnotificação nos números oficiais de acidentes e mortes em decorrência do ambiente de trabalho no país. Para ela, a falta de dados dificulta o planejamento de ações efetivas nessa área.
- Tanto o órgão previdenciário como o de saúde reconhecem a relevância desses dados para fins epidemiológicos. A vigilância epidemiológica e o controle de doenças é a base para a gestão de serviços. Eles orientam a implantação, o acompanhamento, a avaliação dos modelos de atenção em saúde e as ações de prevenção e controle de doenças.
Trabalho escravo
Segundo dados do Ministério do Trabalho de 2021, somente no ano passado, foram resgatadas 1.937 pessoas em situação de escravidão no Brasil. O país também já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em razão desse tipo de conduta. Para o secretário de Justiça na Defensoria Pública da União, Murillo Martins, é preciso avançar nesse enfretamento.
- Quando a gente fala em trabalho escravo, necessariamente a gente está falando em condições insalubres e degradantes de trabalho, sem a observância de condições mínimas de segurança no ambiente de trabalho. São trabalhadores que são colocados em alojamentos em péssimas condições, com trabalho extenuante, sem equipamentos adequados para o exercício do seu ofício - relatou.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) reforçou o alerta de Martins ao defender que o Abril Verde também se volte para as questões ambientais, principalmente em relação as condições de exploração do índio e da floresta Amazônica.
- Vincular também a questão do verde, a questão daqueles que vivem na floresta, como os índios, por exemplo, que são os grandes protetores, guardiões da nossa Amazônia e, portanto, falar em meio ambiente e condições de trabalho inclusive para o mundo todo - as condições da rua, as condições ambientais do calor, da terra - argumentou.
Precarização
Para a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), a reforma trabalhista e a ampliação da possibilidade de terceirização de serviços, inclusive para atividades fins, também contribuíram para a precarização do trabalho e, como consequência, para a elevação de casos de acidentes e doenças nesse ambiente.
- Nós tivemos um desmonte da CLT, em que houve mais uma precarização gravíssima. Passou a haver o chamado "trabalho intermitente". Na verdade, passaram-se a contratar trabalhadores como se fossem tratores ou retroescavadeiras. Podem ser três horas hoje, duas amanhã. Isso ocorreu com trabalhadores e, inclusive, com professores. Houve universidade privada, aqui, que fez isto: demitiu todo mundo e ofereceu para receber por hora de trabalho. Isso já tirou o descanso de final de semana, as férias e tudo. E esses trabalhadores podem receber, sim, menos do que o salário mínimo.
A diretora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Débora Raymundo Melecchi, alertou ainda que o Brasil se enquadra como o quarto país no mundo em que mais morreram trabalhadores da saúde em razão da pandemia de covid-19. Mais de 11 mil trabalhadores dessa área foram a óbito no país por esta causa. Ela também manifestou preocupação com o adoecimento e o agravamento da saúde mental dos trabalhadores e a ausência de uma política pública efetiva de apoio a essas pessoas. Somente no ano de 2021, houve um aumento de 17% em relação à venda de medicamentos psicotrópicos no Brasil. Ela pediu atenção dos congressistas na revisão de normas que venham a trazer ainda mais danos à saúde do trabalhador.
- Porém, no nosso entendimento, este momento em que estamos vivendo um processo de revisão das normas regulamentadoras é, no mínimo, questionável, porque as revisões das normas, até agora, pretendem eliminar 90% das suas exigências, causando um tipo de banalização das situações de risco a que milhões de trabalhadores e trabalhadoras estão submetidos no seu dia a dia laboral.
Por outro lado, o especialista em Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Ernesto Kieckbusch, enfatizou a necessidade de revisão no processo regulatório para sua adaptação a modernização do mercado de trabalho, das relações trabalhistas e pela introdução de novas tecnologias a esse ambiente. Para ele, empregadores, trabalhadores e congressistas precisam dialogar e buscar consenso no sentido de garantir a segurança do trabalhador e desburocratizar o sistema, estimulando a competitividade e melhorando as oportunidades de negócios no país.
- Existe um conjunto de iniciativas que são importantes para a gente melhorar o ambiente regulatório e, nessa nova fase, vamos dizer assim, desse marco da revisão das novas NRs, conseguirmos reduzir ainda mais as taxas de acidentes. Estes são os nossos objetivos: melhorar o ambiente, trazer competitividade, trazer segurança jurídica, trazer um ambiente em que as normas sejam respeitadas e, principalmente, possam ser implementadas.
Já o coordenador da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Canpat), José Almeida de Jesus, acredita que o país já possui um ordenamento jurídico muito forte em relação ao sistema de proteção ao trabalho. No entanto, segundo ele, esse arcabouço não está sendo aplicado de forma efetiva como política de Estado.
- No mundo competitivo, no mundo globalizado, quem fizer a melhor gestão, o país que fizer a melhor gestão em segurança e saúde vai ser mais competitivo. As nossas empresas serão mais competitivas, vamos aumentar a competitividade e a produtividade do trabalhador com consequência de aumento de salário.
Ainda participaram da sessão o Procurador do Trabalho, Luciano Leivas; a auditora fiscal do Trabalho e Coordenadora de Fiscalização de Estabelecimentos de Saúde, no Estado do Rio de Janeiro, Ana Luiza Horcades; o presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Distrito Federal (Sintest-DF), Wilton Cardoso de Araújo; o diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho, (ANP), Bruno Martins Mano Teixeira; e a gerente executiva de saúde do Serviço Social da Indústria (Sesi), Katyana Aragão Menescal.
Origem do Movimento
O Movimento Abril Verde se justifica por registrar duas datas relacionadas ao tema: o Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7 de abril; e o dia 28, Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Esse último tem origem em uma tragédia ocorrida em 1969, quando se registrou a explosão de uma mina nos Estados Unidos da América, em que morreram 78 mineiros.
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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
EaD na área da Saúde: tema foi pauta de Audiência Pública realizada nesta quarta-feira, 13
Lideranças classistas, representantes de instituições de ensino e de entidades atuantes no segmento questionaram proposta de revogação da lei em vigor e defenderam formação na modalidade presencial
O vereador Mauro Rubem (PT) promoveu, na tarde desta quarta-feira (13), Audiência Pública para discutir o Ensino à Distância (EaD) na área da Saúde. O debate, que contou com a participação de lideranças classistas, representantes de instituições de ensino e de entidades atuantes no segmento, foi realizado em Plenário, de forma híbrida – presencial e remotamente, com transmissão ao vivo pelo canal oficial da Câmara no YouTube (https://youtu.be/SXIqX1pM4x8), e também em outras plataformas digitais.
No ano passado, durante a Sessão do dia 30 de novembro, o vereador Leo José (PTB) encaminhou requerimento solicitando o desarquivamento dos autos do Projeto de Lei 253/2021. A matéria revoga a Lei número 10.612, de 14 de abril de 2021 – e atualmente em vigor -, que dispõe sobre a proibição de cursos à distância na área da Saúde. Foi essa ação do colega parlamentar que motivou a realização da Audiência Pública, conforme explicou o vereador Mauro Rubem, presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara.
“Essa revogação, solicitada no fim do ano passado, nos surpreendeu muito”, destacou, ao iniciar a discussão. “Precisamos concluir, encerrar essa questão, para que não tenhamos mais esses repiques no futuro. É esse o nosso objetivo”, acrescentou Mauro, frisando que acompanhará todos os trâmites relacionados à solicitação do colega e que manterá posição pelo arquivamento. Segundo ele, o vereador Leo José – ausente à Audiência Pública - foi convidado a participar do evento, assim como outros parlamentares. O pedido de Leo José, pelo desarquivamento dos autos do Projeto de Lei 253/2021, ainda deverá ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Unanimidade
De acordo com a atual legislação municipal, é vedado, no Município de Goiânia, qualquer curso na modalidade de ensino à distância (EaD), na rede pública e privada de cursos técnicos, de nível superior ou pós-graduação, na área da Saúde. Pelo descumprimento da proibição, a Lei 10.612/2021 determina, ainda, que seja aplicada multa diária, no valor de R$ 5 mil reais, à instituição de ensino infratora, triplicando-se, esse valor, na autuação em que seja constatada reincidência. A partir da reincidência, a instituição estará sujeita à cassação do alvará de funcionamento, com o imediato fechamento do estabelecimento.
Dentre os presentes à Audiência Pública realizada na tarde desta quarta-feira, estiveram médicos, enfermeiros, biomédicos e educadores. Foi unânime a manifestação contrária à revogação da lei. Participaram do debate Fernando Pacéli, do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego); Robson Paixão de Azevedo, do Sindicato dos Médicos (Simego); Christiane do Valle Santos, do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue (Sindilabs-GO); Eleni Carneiro Cunha Neves e Camila Cardoso Caixeta, da Universidade Federal de Goiás (UFG); Madalena Delduque, da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg); Helen Betane Ferreira, do Instituto Federal de Goiás (IFG); Vanuza Claudete Anastácio, da Pontifícia Universidade Católica (PUC/GO); e Cristina Galdino, do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-GO).
Ao longo do debate - que durou cerca de uma hora -, foram pontuadas questões referentes à regulamentação do EaD e esclarecidas diferenças importantes entre ensino híbrido e ensino à distância, além de destacadas especificidades e peculiaridades dos cursos de Saúde. A maioria dos presentes defendeu o arquivamento definitivo da proposta de revogação da lei em vigor e manutenção dos cursos de formação, na área, na modalidade presencial. Foi sugerida, ainda, a reedição de uma carta aberta, com o posicionamento geral, assinada pelas diferentes entidades que representam o segmento.
“Restou claro que não somos contrários às tecnologias, mas que defendemos, sim, uma formação fundamentalmente necessária em todos os cursos da área da Saúde”, declarou o vereador Mauro Rubem, ao encerrar a Audiência Pública. “Já sabemos que há interesse financeiro de empresários nessa proposta, mas vamos trabalhar para fechar todas as brechas que possam existir. O dinheiro, afinal, não pode se sobrepor à qualidade do ensino nem ao atendimento prestado à população”, concluiu.
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A REDAÇÃO
Hospitais estaduais atenderão emergências durante o feriado da Semana Santa
Unidades vão funcionar em regime de plantão | 13.04.22 - 08:34
Os hospitais da rede pública estadual funcionam em regime de plantão nesta quinta e sexta-feira (14 e 15/4) durante o feriado da Semana Santa. A assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) será realizada normalmente nos setores de urgência e emergência.
Vão funcionar normalmente a urgência e emergência do Hugol, Hugo, HDT, Ceap-Sol, Hospital da Mulher (Hemu – antigo HMI), Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, todos em Goiânia; Heapa, em Aparecida de Goiânia; Herso, em Santa Helena de Goiás; Heana, em Anápolis; Heelj, em Pirenópolis; Hetrin, em Trindade; Heja, em Jaraguá; HCN, de Uruaçu; e HEJ, em Jataí.
No HGG, segue durante todo o feriado o atendimento dos pacientes internados e regulados para a unidade, bem como a realização das cirurgias de urgência e transplantes renais e de fígado, caso ocorra doação de órgãos.
No Crer, os procedimentos e atendimentos da internação, ambulatório e centro cirúrgico serão realizados normalmente, atendendo a demanda da instituição. O HDS atenderá somente pacientes que necessitam de curativos e cuidados paliativos. O Lacen funcionará com plantonistas para o recebimento de amostras de testes para Covid-19 e dengue.
As policlínicas de Posse, Goianésia e Quirinópolis, que têm serviço de hemodiálise, vão funcionar com esse serviço normalmente até sábado (16/4) e a parte administrativa até quarta-feira (13/4). As policlínicas de Formosa, São Luís de Montes Belos e Goiás encerram as atividades na quarta-feira e retornam na segunda-feira (18/04).
Doação de Sangue
No feriado da Semana Santa, as unidades da Rede Estadual de Hemocentros – Rede Hemo, de Goiânia e do interior, funcionarão na quinta-feira para o atendimento aos doadores e pacientes, das 8 às 18h. Na sexta-feira, todas as unidades estarão fechadas.
No sábado, o Hemocentro Coordenador Prof. Nion Albernaz, em Goiânia, funcionará das 8 às 12h para atendimento de doadores e pacientes. O agendamento de doações pode ser feito pelo telefone 088 642 0457 ou pelo site agenda.hemocentro.org.br.
A Central Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac) interrompe as suas atividades durante o feriado e retorna na segunda-feira.
A Gerência de Transplantes de Goiás funcionará em regime de plantão, para atender os casos de notificação, captação e distribuição de órgãos. O telefone de plantão para os profissionais de saúde acionarem a equipe é o 3201-2200. Ou pelo site https://www.saude.go.gov.br/complexo-regulador/transplantes.
O Centro de Informações Toxicológicas, para orientação de acidentes com animais peçonhentos ou outros tipos de intoxicações, atenderá no plantão pelo DISQUE INTOXICAÇÃO 0800 646 4350.
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JORNAL OPÇÃO
Vereadora Luciula do Recanto sofre mal súbito e é hospitalizada
Por Ysabella Portela
Ela está medicada e aguarda vaga para internação
Nesta quarta-feira, 13, a vereadora Luciula do Recanto (PSD) teve um mal súbito durante o lançamento da Cartilha de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, evento que aconteceu no Paço Municipal. A parlamentar foi atendida no Hospital Neurológico e diagnosticada com pancreatite aguda. No momento, ela está medicada e aguardando transferência para outro hospital. As informações são da assessoria de comunicação da vereadora.
A pancreatite aguda é o termo utilizado para designar a inflamação do pâncreas decorrente da autodigestão do pâncreas causado pelas próprias enzimas pancreáticas, podendo ou não envolver subsequentemente outros tecidos regionais, órgãos ou tecidos a distância.
Não é a primeira vez neste ano em que Luciula passa mal. Em fevereiro, ela precisou ser levada às pressas para atendimento médico após sentir dores de cabeça, no ouvido e tontura.
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Superfaturamento em compra de Viagra pelas Forças Armadas é investigado pelo TCU
Por Ysabella Portela
Comprimidos variam de preço entre R$ 1,50 e R$ 3,65
O Tribunal de Contas da União abriu processo para fiscalizar a compra de 35 mil comprimidos de Viagra para as Forças Armadas, com suspeita de superfaturamento que pode chegar a 143%. O relator do processo é o ministro Weder de Oliveira. As investigações se dão depois da denúncia apresentada pelos goianos deputado federal Elias Vaz (PSB) e senador Jorge Kajuru (Podemos).
O medicamento com o princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (nome genérico do Viagra), para a compra de 15.120 comprimidos de 25 mg, estabelece como preço unitário R$3,65, de acordo com o processo 00106/2020, com data de compra em 7 de abril de 2021. Outro processo com data próxima, para atender o Exército do Brasil, apenas uma semana depois, em 14 de abril, adquire cada comprimido por R$ 1,50. Os dois são para a cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Nesta quarta-feira, 13, o presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que a compra dos medicamento foi destinada ao tratamento de hipertensão arterial e outras doenças reumatológicas. “Com todo o respeito, isso não é nada. Quantidade para o efetivo das três Forças, obviamente, muito mais usada pelos inativos e pensionistas”, afirma o presidente, que não comentou sobre os R$ 3,5 milhões destinados a aquisição de próteses penianas.
Foram identificados, ao todo, oito pregões no Portal da Transparência e no Painel de Preços do Governo Federal, ainda em vigor neste ano. Nos processos de compra, o medicamento aparece com o princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato, nas dosagens de 25 mg e 50 mg. O maior volume, 28.320 comprimidos, é destinado ao Comando da Marinha. Em seguida, aparece o Comando do Exército, com 5 mil comprimidos, e o da Aeronáutica, com 2 mil comprimidos.
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O GLOBO ONLINE
HIV: Brasil vai pedir para OMS certificação do fim da transmissão de mãe para filho
BRASÍLIA Grávida do primeiro filho aos 21 anos, Izabelita Gonçalves Batista ficou paralisada ao abrir o envelope dos resultados de exames de rotina do pré-natal e descobrir que havia testado positivo para o HIV. Com uma vida na barriga, ela só enxergava um atestado de morte na papelada em suas mãos. O diagnóstico ocorreu ainda na década de 1990. Ela tomou o coquetel de AZT, droga usada na época, e conseguiu evitar que Mariana, hoje com 24 anos, fosse contaminada com o . Mais recentemente, Miguel, de três anos e meio, também nasceu salvo da doença após uma gravidez inesperada.
Vencendo o vírus:
Cloroquina:
Na primeira gestação foi muito angustiante. Fiquei com aquela culpa dentro de mim, muito medo de contagiar minha filha, e achando que eu tinha pouco tempo de vida. Com o meu filho agora, já estava há anos com carga viral indetectável e sabia que não havia riscos lembra Izabelita, professora aposentada de 46 anos.
As duas gestações de Izabelita, já na condição de soropositiva em um intervalo de 20 anos, são simbólicas da meta que o Brasil tenta atingir ainda em 2022. O governo quer conquistar o certificado de eliminação da transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV como problema de saúde pública emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Não se trata de erradicação, mas atingir níveis mínimos desse tipo de contágio. A obtenção do selo da OMS seria um marco dos 40 anos do primeiro caso de Aids no país. No momento, o Ministério da Saúde investiga casos de crianças junto às vigilâncias estaduais de saúde para ter segurança ao preparar sua candidatura como território livre do contágio ocorrido na gestação, parto ou amamentação.
Dados preliminares, ainda não publicados, mostram que o Brasil está próximo de atingir os dois parâmetros de impacto exigidos pela OMS. Um deles é a taxa de incidência de infecção pelo HIV por meio da transmissão vertical (que relaciona o número de crianças infectadas segundo o ano de nascimento e o número de nascidos vivos naquele mesmo ano). O indicador determinado pela organização internacional é 0,5 casos ou menos por mil nascidos vivos. O Brasil registrou 0,09 casos por mil nascidos vivos bem menor que o exigido.
Onda fake:
O segundo indicador é a taxa de transmissão vertical, calculada com base em outros parâmetros importantes para o controle da doença no país (relaciona o número de crianças infectadas segundo o ano de nascimento pelo número de gestantes HIV positivas do mesmo ano). Enquanto a OMS exige que essa taxa seja de 2%, o Brasil registrou 2,4%. Os dados para embasar o pedido à OMS são de 2019, ano para o qual os principais indicadores já podem ser calculados, e não estão publicados nos boletins epidemiológicos porque a pasta está fazendo a revisão sistemática de casos.
Diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Gerson Fernando Mendes Pereira afirma que a revisão dos casos é importante para não se fazer um pedido à OMS com alguma lacuna, até mesmo porque a entidade internacional envia uma comitiva ao país para checar as informações repassadas.
Tudo leva a crer que o Brasil vai conseguir atingir a meta exigida. Os dados apontam para isso. Ter uma capital como São Paulo, com 12 milhões de habitantes, certificada e recertificada pelo Ministério da Saúde como livre de transmissão como problema de saúde pública dá uma certa tranquilidade explica Pereira.
Doses insones:
A cidade de São Paulo, Curitiba e Umuarama (PR) são os três municípios considerados livres da transmissão vertical do HIV, certificados pelo Ministério da Saúde anualmente. No entanto, locais na região Norte e Nordeste tem índices mais elevados. A pasta não informou taxas regionalizadas porque estão sendo checadas, uma vez que há problemas nas notificações em um país tão grande quanto o Brasil. Em São Paulo, por exemplo, houve quatro casos que haviam sido registrados mas que a investigação mostrou que não ocorreu a transmissão do HIV de fato, conta Pereira.
Segundo o diretor do Ministério da Saúde, uma certificação da OMS, que considerará a taxa global do país, será importante para estimular localidades em que os índices de transmissão ainda estão acima da média nacional. Ele ressalta que o Brasil é a única nação de renda média com chance real de ser certificada. Há 14 países, como Cuba, Tailândia e Barbados, entre outros com população pequena, que já conquistaram o selo da OMS, informou Pereira.
O principal caminho para diminuir a transmissão vertical, além de baixar os números gerais da doença no país, é garantir uma excelente cobertura de pré-natal, que já é superior a 95% no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, O protocolo no país é fazer um teste de HIV na primeira consulta e outro no início do terceiro trimestre da gravidez. Se a gestante for soropositiva, é necessário iniciar ou ajustar o tratamento com os antirretrovirais para ficar com carga viral indetectável, o que praticamente elimina o risco de transmissão ao bebê.
Dinheiro traz felicidade:
Cada vez mais gestantes já chegam ao consultório com carga viral indetectável, porque houve um avanço da política de testagem e da adesão ao tratamento, que hoje pode ser feito com dois comprimidos por dia. Antigamente, já cheguei a receitar 24 comprimidos três vezes ao dia. Isso faz com que a gestação possa ser vivida com tranquilidade afirma Jorge Senise, infectologista do Núcleo de Patologias Infecciosas da Gestação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A ginecologista Ana Katherine da Silveira Gonçalves ressalta que para eliminar qualquer risco de contágio há o protocolo de uso de AZT durante o parto, quando pode haver contato do bebê com fluidos da mãe, como sangue e secreções. Segundo ela, que integra a Comissão Nacional Especializada de Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 65% das transmissões ocorrem no parto e na amamentação.
O que a Finlândia tem?
Apesar da rede pública de saúde seguir os protocolos com eficácia consolidada e ofertar o tratamento com os antirretrovirais, há mulheres que não fazem o pré-natal, que não têm informação, que moram na rua. E os casos de transmissão vertical acabam ocorrendo ainda hoje. O HIV tem uma relação grande com as condições sociais afirma Ana Katherine.
Para se candidatar à certificação da OMS, o Brasil trabalha revisando microdados de 2019, que são os consolidados mais recentes e estão sendo resguardados. Em relação aos últimos grandes indicadores monitorados regularmente, a pasta informa que, em 2020, o Brasil registrou 177 casos de Aids (doença causada pelo HIV) em crianças menores de cinco anos. Esse número em 2010 foi de 547 notificações, conforme mostram os boletins epidemiológicos anuais publicados pelo Ministério da Saúde.
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TV ANHANGUERA
Hospitais relatam dificuldade em achar medicamentos básicos para atendimento
Entre os remédios, está a dipirona injetável. Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia relatou dificuldades em fechar contratos de compra.
https://globoplay.globo.com/v/10477393/
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Assessoria de Comunicação
Em audiência pública, Ahpaceg, Cremego, Simego e demais entidades de saúde se posicionam contra liberação de cursos EaD na área
Escrito por Administrador
Instituições mostram a importância do contato entre o aluno e o paciente para o aprendizado
Na quarta-feira, 13 de abril, a Câmara Municipal de Goiânia, a pedido do vereador Mauro Rubem (PT), realizou uma audiência pública para debater o desarquivamento do Projeto de Lei nº 253/21, que revoga a Lei nº 10.612/21, sendo que esta última proíbe a realização de cursos com educação à distância (EaD) na área da saúde.
Na reunião, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) foi representado pelo seu vice-presidente, Fernando Pacéli, que ressaltou como o estudante de medicina precisa tocar e escutar o paciente, a fim de se tornar um bom profissional. “Essa ideia (de revogar a Lei nº 10.612/21), estava eivada de ilicitudes quando foi posta à mesa e o Conselho não comunga dessa atitude, assim como não comunga com as aberturas de faculdades de medicina inauguradas em todo o Brasil sem nenhuma boa condição de ensino”, acrescentou ele.
Já a enfermeira e representante da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Madalena Del Duqui (foto), lembrou que quem cria um projeto pedagógico precisa ser responsabilizado pela qualidade dos profissionais formados por meio dele.
“Para você ter um curso muito bem elaborado, existe um documento que rege tudo, que é o projeto pedagógico. Entre tantas informações nesse documento, existe o perfil do profissional que nós queremos no mercado. Não se cria cursos EaD sem projeto pedagógico. Então, quem está propondo o ensino à distância tem que ser responsabilizado pela qualidade desses profissionais que irão atuar no mercado de trabalho”, afirmou ela, que também é professora na Pontifícia Universidade Católica do Estado de Goiás (PUC Goiás).
Os impactos da aprovação de aulas EaD serão sentidos não agora, mas, sim, daqui cerca de seis anos, quando os primeiros profissionais se formarem, como relatou o secretário do Trabalho do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo. “A comunicação online é um benefício que chegou, mas não podemos estender isso a todas as áreas. A saúde, em especial, não combina com esse tipo de educação. Em determinados momentos, o professor até pode fazer uma apresentação assim, mas não podemos colocar isso em uma lei para que algumas pessoas, às vezes até de forma inescrupulosa, possam se aproveitar disso”.
Esteve presente ainda a representante do Sindicato das Clínicas Radiológicas, de Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás (Sindimagem), entidade que também se manifestou contra os cursos à distância para a área da saúde. A audiência contou ainda com representantes de enfermeiros, biomédicos, odontólogos e outros profissionais de saúde.
Ao final da audiência, o vereador Mauro Rubem garantiu que continuará acompanhando o trâmite da matéria e que acredita que o assunto deve ser acionado nacionalmente, para que esse tipo de regulamentação não seja decidida separadamente por cada município.
Ahpaceg na Mídia - Hospitais relatam dificuldade em achar medicamentos básicos para atendimento
Escrito por AdministradorTV ANHANGUERA
Hospitais relatam dificuldade em achar medicamentos básicos para atendimento
Entre os remédios, está a dipirona injetável. Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia relatou dificuldades em fechar contratos de compra.
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DESTAQUES
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DPE-GO pede Habeas Corpus em favor do suspeito de matar idosa no Hugo
AGÊNCIA ESTADO
Com 80 mortes por covid nesta segunda, Brasil tem média abaixo de 200 há 10 dias
O Brasil registrou 80 novas mortes em decorrência da covid-19 nesta segunda-feira (11/04). Há dez dias, a média móvel de óbitos fica abaixo de 200. O índice, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, está em 144. O declínio dos indicadores da pandemia ocorre após o surto da Ômicron registrado em janeiro. No acumulado, a doença já ceifou a vida de 661.389 brasileiros Entre as 20 horas desse domingo, 10, e o mesmo horário de hoje, o número de novas infecções notificadas foi de 10.526 No total, o Brasil tem 30.158.707 casos acumulados da doença.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 29.076.974 pessoas estão recuperadas. O Estado de São Paulo registrou 12 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas. O Rio de Janeiro foi o estado com mais vidas perdidas para a doença: 34. Conforme o levantamento, 12 estados não registraram óbitos, e o Acre não informou os dados mais recentes.
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 8.803 novos casos e mais 69 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 30.161.205 pessoas infectadas e 661.327 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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O HOJE
Farmácias podem ficar sem medicamentos após alta dos preços, alerta Ahpaceg
Por: Maiara Dal Bosco
Menos de duas semanas depois do reajuste de até 10,89% nos preços dos medicamentos, anunciado no último dia 1º de abril, os consumidores enfrentam outro problema para além dos preços mais altos: a falta de vários itens nas farmácias. O alerta sobre a falta de medicamentos é feito por médicos de hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), já que os médicos têm recebido queixas de pacientes que não têm conseguido aviar as receitas.
A Ahpaceg destaca que o problema, iniciado em 2021, se agravou de fevereiro deste ano para cá, atingindo medicamentos, como os indicados para o tratamento de febre, dor, antibióticos, anti-inflamatório e anti-histamínicos, usados para tratar reações alérgicas.
Segundo a Associação, o problema do abastecimento tem atingido também a rede hospitalar. “A dipirona injetável, usada no tratamento contra dor e febre, por exemplo, está em falta e os hospitais trabalham com estoques que já estão acabando”, destaca em nota.
Ainda de acordo com a Ahpaceg, têm sido oferecidas opções diversas de medicação. Contudo, mesmo assim, os pacientes precisam pesquisar no mercado, uma vez que nem sempre o remédio receitado é encontrado. “A Ahpaceg vem atuando juntos aos fornecedores para tentar sanar o problema entre os associados, mas a escassez de alguns medicamentos e falta de outros é mundial”, pontua.
Motivos
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, observa que são muitos os motivos para a falta de medicamentos enfrentada atualmente e com poucas perspectivas de solução imediata. Dentre eles, o presidente destaca falhas no fornecimento de insumos primários pela China – o principal fornecedor mundial – e o aumento dos custos de produção nem sempre acompanhado do reajuste do preço de venda, o que desestimula a indústria a produzir.
“A escassez, o aumento significativo do custo ou a falta de medicamentos traz um trabalho imenso para médicos e farmacêuticos que precisam adequar a prescrição para que os pacientes não sofram as consequências da falta de medicamentos”. afirma.
Segundo o presidente, a dipirona, já em falta, chama mais atenção, mas o problema atinge outros itens, como antibióticos, relaxantes musculares, analgésicos e anestésicos, por exemplo. “Às vezes, não conseguimos identificar o que é uma falta temporária e o que é mais grave, mas já percebemos o problema e não sabemos quanto tempo irá durar”, diz.
A reportagem procurou o Procon Goiânia para verificar sobre a questão na capital. O órgão informou que ainda não recebeu nenhuma denúncia sobre falta de remédios nas farmácias da capital. Caso o consumidor encontre esse problema, a orientação do Procon é realizar a denúncia.
“O Procon Goiânia orienta o consumidor a denunciar o problema nos canais de atendimento do órgão, por meio dos telefones 3524-2936, 3524-2942 e aplicativo Prefeitura 24h. Ao receber a denúncia, a fiscalização vai ao local notificar o estabelecimento para que explique o motivo da falta dos medicamentos”, afirma.
Entenda
Os preços dos medicamentos tiveram um reajuste de 10,89% no Brasil, desde o último dia 1º. O índice foi autorizado pelo governo federal para a recomposição anual de preços dos remédios. O Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), estima que o aumento dos preços atinge cerca de 13 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.
Em nota, o Sindusfarma destaca que durante os dois anos de pandemia, a oferta dos medicamentos manteve-se regular e os preços aumentaram menos do que, por exemplo, os dos alimentos dos transportes. Segundo o Sindicato, no acumulado de 2021 e 2020, os medicamentos subiram em média 3,75%, enquanto a inflação geral no Brasil saltou para 15,03%.
O Sindicato frisa ainda que a cotação do dólar chegou a aumentar quase 40% nos últimos dois anos, os gastos com frete e seguros aumentaram em média 10%, em dólares, bem como materiais de embalagem, que também subiram cerca de 40%. “Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira”, afirma o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.
Além disso, o Sindusfarma também alega outros fatores significativos nesse sentido. Entre eles, estão que a carga tributária embutida no preço dos medicamentos equivale a até 32% do valor final pago pelo consumidor e que medicamentos oferecidos gratuitamente no Programa Aqui Tem Farmácia Popular, como hipertensivos, medicamentos para diabetes e outros produtos para doenças de larga incidência são vendidos pelas empresas fabricantes por valores de reembolso baixíssimos, que não são reajustados há anos.
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Conheça a médica brasileira que aos 89 anos, está na lista de principais cientistas do mundo
Por: Rodrigo Melo
A médica Angelita Habr-Gama foi reconhecida pela Universidade de Stanford como uma das profissionais que mais contribuíram com o desenvolvimento da ciência. Aos 89 anos, a cirurgiã brasileira dedicou 70 deles à medicina e agora faz parte da lista dos 2% dos cientistas mais influentes do mundo, de acordo com a lista feita no final de 2021 pela Universidade em parceria com a editora Elsevier BV.
Em 1952, aos 19 anos, ela entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo se tornando a primeira mulher a fazer residência no Hospital das Clínicas de São Paulo, criando posteriormente na instituição, a disciplina de coloproctologia. A médica também foi a primeira a chefiar o departamento de Cirurgia e Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP e atualmente trabalha no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. de Cirurgia e Gastroenterologia da FMUSP.
Em 2020, trabalhou na linha de frente na pandemia de Covid-19, onde contraiu a doença aos 87 anos. Após 50 dias sedada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista, ela se curou.
A gastroenterologista desenvolveu estudos que mudaram a forma e revolucionaram o tratamento do câncer retal em todo o mundo. Ela publicou centenas de trabalhos científicos, ganhou mais de 50 prêmios nacionais e internacionais, foi nomeada coordenadora no Brasil do Programa de Prevenção do Câncer Colorretal pela Organização Mundial de Gastroenterologia (OMGE).
Angelita fundou a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci), preside inúmeras sociedades científicas, é membro honorária no centenário American College of Surgeons. É a primeira mulher a integrar o seleto grupo de 17 Membros Honorários da European Surgical Association e foi reconhecida pela revista Forbes como uma das mulheres mais influentes do Brasil.
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Anvisa não vai renovar a vigilância dos editais de medicamentos e oxigênio. Entenda o que significa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (11/4) que não vai renovar a vigência dos editais de chamamento de medicamentos e oxigênio medicinal. Em nota eles acusam o cenário epidemiológico e a elevada carga administrativa, mas caso seja necessário mudanças receber novos emergenciais novos editais vão ser publicados.
A Anvisa lembrou que tem atuado de diferentes formas no intuito de ampliar a produção e o acesso a medicamentos e oxigênio medicinal durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19).
No mesmo retrospecto, a Anvisa destacou que, desde 2020, foram publicados diversos editais de chamamento para que os detentores de registro de medicamentos informassem à agência dados sobre a fabricação, importação e distribuição de anestésicos, sedativos, bloqueadores neuromusculares e agentes adjuvantes, entre outros medicamentos, empregados para a manutenção da vida de pacientes infectados pelo vírus.
A Anvisa acrescentou que da mesma forma, desde 2021, as empresas fabricantes, envasadoras e distribuidoras de oxigênio medicinal fornecem informações sobre estoque, venda e produção. Essas medidas visavam o monitoramento de dados de produção e vendas dos medicamentos listados nos editais, vacinas contra a covid-19 e oxigênio medicinal.
“O objetivo foi possibilitar aos gestores de saúde o mapeamento da quantidade de tais produtos disponíveis para atender a população brasileira, bem como dados referentes à localização dos estoques. Assim, o Ministério da Saúde e outros gestores de saúde poderiam ter previsibilidade, permitindo a adoção, em tempo hábil, das medidas necessárias à garantia de fornecimento desses produtos essenciais. E a Anvisa poderia compreender o cenário e avaliar a possibilidade de concessão de excepcionalidades e flexibilizações, ponderando o risco e o benefício dessas medidas”, destacou a Anvisa.
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Rainha Elizabeth II fala pela primeira vez sobre ter ficado com sequelas da Covid-19
Por: Cecília Sampaio
A Rainha Elizabeth contou neste domingo (10/4) sobre as sequelas que vem enfrentando desde a infecção com Covid-19. Em chamada de vídeo com um ex paciente e funcionários do Royal London falou sobre o assunto pela primeira vez.
A monarca inglesa de 95 anos contou ao ex-paciente Asef Hussain, que perdeu pai e irmão para a doença “[O vírus] deixa a pessoa muito cansada e exausta, não é? Essa pandemia horrível. Não é um resultado legal. Mas é ótimo ter a oportunidade de falar com você hoje”.
O diagnóstico da rainha foi divulgado no dia 20 de fevereiro e por mais que o Palácio de Buckingham tenha dito que ela tinha sintomas leves, todos os compromissos virtuais foram desmarcados. Ela ficou fragilizada a ponto de não conseguir passear com seus adorados cachos.
Sua Majestade cria cachorros da raça corgis desde a juventude, já teve mais de 30 cães. Funcionário do Palácio falou que eles são um consolo a ela e que dias depois da morte do Príncipe Philip, marido da rainha por 74 anos, ela passeava com eles quase todos os dias. Mesmo sem ter saído com eles pelo período em que esteve doente continuaram sendo parte primordial e passaram a acompanhá-la dentro de casa.
1 ano da morte do Príncipe Philip
Desde a morte do seu marido, Príncipe Philip, a Rainha Elizabeth tem ficado mais reclusa e não foi diferente na última sexta-feira (9) onde completou um ano do fatídico dia. Nas redes sociais publicaram um vídeo dele desde o noivado a fotos com seus bisnetos.
Nesse último ano ela passou mais reclusa tendo tido problemas de saúde e só voltou a aparecer em outubro de 2021 e por último foi sido vítima da Covid. Por causa disso acabou tendo que desmentir a própria morte.
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AGÊNCIA BRASIL
Medo de represália desencoraja médicos a denunciarem planos de saúde à ANS
Por: Rodrigo Melo
Das cerca de 100 queixas que profissionais de saúde apresentaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2021, por supostos conflitos contratuais com operadoras de convênios médicos, apenas nove resultaram em autos de representação que podem acarretar alguma punição às empresas.
Segundo a própria ANS, quase a totalidade das reclamações dos prestadores de serviços em saúde que aceitam convênios médicos foi arquivada ou porque a operadora de plano de saúde resolveu o problema antes que um auto de infração fosse lavrado, ou porque o processo não avançou devido à falta de informações que corroborassem a denúncia.
“Não fico surpreso com este resultado. Infelizmente, com o passar do tempo, a agência que foi criada para fiscalizar o funcionamento das operadoras passou a atuar em prol das operadoras”, criticou o diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina (APM), Marun David Cury.
De acordo com Cury, o número de reclamações que chegam à agência está muito aquém da real dimensão dos conflitos entre trabalhadores e empresas. Para a ANS, o problema está no receio que os próprios profissionais de saúde têm de sofrerem algum prejuízo caso se identifiquem.
“Há, sim, casos em que as entidades médicas encaminham as queixas de profissionais que temem sofrer alguma represália caso sejam identificados. São queixas fundamentadas, documentadas, mas, ainda assim, a resposta demora e, na maioria das vezes, não há resultados práticos. Daí o desapontamento dos profissionais e o pequeno número de queixas apresentadas”, acrescentou Cury, explicando que, por razões práticas, nos últimos anos, a APM e outras entidades têm procurado diretamente as operadoras para tentar resolver as queixas de profissionais.
No último dia 31, a APM e a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgaram os resultados de uma pesquisa feita com 3.043 médicos de todo o país que atendem a clientes de planos de saúde.
Oito em cada dez entrevistados afirmaram já ter enfrentado restrições das operadoras ao prescreverem a seus pacientes a realização de exames laboratoriais ou de imagem. Pouco mais da metade (51%) dos respondentes disse já ter enfrentado dificuldades na hora de internar seus clientes e 53% afirmam já ter sofrido pressão para antecipar a alta médica de pacientes internados. Outro problema destes médicos é a glosa, ou seja, quando as operadoras de planos de saúde deixam de pagar por atendimentos já realizados ou medicamentos e materiais fornecidos.
Melhores condutas e práticas
Em nota, a ANS garante que sempre incentivou as melhores condutas e práticas para o setor. E lembra que possui um canal de denúncias específico para receber, dos profissionais de saúde, queixas relacionadas a problemas com as operadoras de convênios médicos – mas, legalmente, o profissional precisa se identificar e reunir uma série de documentos que sustentem sua queixa, além de cumprir todos os prazos estabelecidos.
Sobre os resultados da pesquisa da AMB e da APM, a ANS comentou que as recusas à realização de atendimentos e procedimentos dizem respeito ao “atendimento ao beneficiário [cliente] de planos de saúde”, não sendo possível identificar se houve interferência na autonomia médica. E sobre as glosas, a agência garantiu que, sempre que recebe uma reclamação, notifica a operadora a apresentar sua defesa, analisando a situação dentro do prazo legal.
“A ANS notifica a operadora em busca de uma solução para o problema. Uma parte das denúncias acaba sendo arquivada nessa fase, com sua resolução. Já aquelas que prosseguem sem solução são encaminhadas para outros setores da agência para que sejam analisadas questões assistenciais e econômico-financeiras das operadoras que poderiam motivar tal conduta, isso porque não existe uma infração específica na norma para a conduta”, explicou a agência.
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A REDAÇÃO
Laudo mostra que idosa que morreu no Hugo não foi vítima de asfixia
A idosa Neuza Cândido, que morreu no Hospital de Urgência de Goiás, em Goiânia, na última semana, não foi vítima de asfixia. É o que afirma a Polícia Civil do Estado, que apura a morte da paciente. Neuza estava internada no hospital quando foi encontrada morta após a visita de uma pessoa que não teria sido autorizada pela família.
De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, da Delegacia de Homicídios, os exames realizados até agora apontam que a idosa não teria sido vítima de esganadura, hipótese inicialmente levantada. O delegado não afasta, no entanto, a possibilidade do crime de homicídio. A confirmação ou não só será possível após realização de exames mais detalhados.
Suspeito do crime, um homem que se apresentou como Ronaldo foi preso logo após a confirmação da morte da mulher. A família da idosa questionada a entrada do homem na enfermaria onde Neuza estava internada, já que a visita não havia sido autorizada por parentes. Em depoimento à polícia, o suspeito informou que se aproximou na cama onde a idosa estava porque ela se parecia “com a mãe dele”. Disse também que não tinha intenção de matar a mulher. Segundo a polícia, o suspeito apresentou, em alguns momentos, aparente confusão mental.
De acordo com o delegado, outros pontos ainda estão sendo analisadas, como horário de entrada do suspeito na unidade de saúde e horário da morte da idosa. Outros depoimentos estão previstos.
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Goiás completa 48 horas sem registros de mortes por covid-19
Théo Mariano
Goiânia - Goiás completou 48 horas sem registrar novas mortes pelo novo coronavírus, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (11/4) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Desde o início da pandemia, o vírus já foi responsável pela morte de 26.348 habitantes do território goiano.
No entanto, em relação aos casos, a pasta informou a confirmação de 1.485 novas infecções nas últimas 24 horas. Foram 1.307.157 casos confirmadas no Estado desde o início da pandemia. A taxa de letalidade da covid-19 é de 2,02% em Goiás. Além disso, a SES-GO monitora o quadro de 768,8 mil pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus e investiga as causas de outros 320 óbitos para saber se há ligação com a doença.
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JORNAL OPÇÃO
Uso constante de remédios para disfunção erétil aumenta risco de doenças oculares
Por Rafaela Ferreira
Risco de desenvolver condições podem chegar em até 85% para quem utiliza medicamentos, mostrou pesquisa
A utilização contínua de remédios para disfunção erétil, como o Viagra, Cialis, Levitra e Stedra, pode aumentar em até 85% o risco de doenças graves, que podem levar à cegueira, mostrou pesquisa da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), no Canadá. Apesar de algumas consequências na região dos olhos pela ingestão constante dos medicamentos já serem relatadas, foi com o estudo epidemiológico que a questão foi confirmada. A pesquisa foi divulgada na última quinta-feira, 7, na revista científica JAMA Ophthalmology, e o assunto voltou à dona depois que foi revelado que o Governo Federal autorizou a compra de Viagra para as Forças Armadas.
Desta forma, o estudo concluiu que o risco de desenvolver um de três problemas de visão são de até 85%. Sendo assim, o risco para descolamento de retina aumentou 2,5 vezes. Já o de oclusão venosa da retina (OVR), 1,4 vezes e o de neuropatia óptica isquêmica (NOI), 2,2 vezes. A OVR é caracterizada pela obstrução de uma ou mais veias da retina que levam oxigênio e nutrientes até ela, o que pode causar cegueira. A NOI também é apresentada como um quadro que pode levar a perda súbita de visão, uma vez que gera a suspensão do fluxo sanguíneo para o nervo óptico do olho.
Para realização do estudo, os pesquisadores analisaram o plano de saúde de 213 mil homens do Estados Unidos (EUA), sem relatos de problemas de visão, e que começaram a ingerir os medicamentos. Desta forma, foi possível fazer uma comparação entre quantos indivíduos desenvolveram uma ou mais condição e quantos permaneceram sem as doenças, após o uso dos rémedios.
O professor do departamento de oftalmologia e ciências visuais da Faculdade de Medicina da UBC, Mahyar Etminam, informou que as condições são raras e o risco individual de desenvolver uma delas é baixo em qualquer usuário. Porém, ele afirma, ainda, que o número de prescrições deste medicamentos a cada mês (20 milhões), nos EUA, significa um número maior de pessoas que podem ser afetadas. A pesquisa não identificou exatamente qual seria o mecanismo que provoca esse aumento, porém, a maneira como esses remédios atuam no organismo sugerem hipóteses.
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Ministério da Defesa aprova compras de 35 mil comprimidos de Viagra para Forças Armadas
Por PH Mota
Denúncia aponta oito pregões realizados entre 2020 e 2021 para adquirir remédio utilizado contra disfunção erétil
As Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de Viagra, segundo dados compartilhados no Portal da Transparência e do Painel de Preços do Governo Federal, destinadas aos comandos da aeronáutica, marinha e exército, que receberiam, respectivamente, duas mil, 28.320 e cinco mil unidades do remédio utilizado contra disfunção erétil. Ao todo, foram 35.320 unidades do medicamento negociadas em oito pregões realizados por unidades vinculadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica entre os anos de 2020 e 2021. Se considerado o preço médio de mercado, que é de R$ 20,12 por pílula, a compra poderia custar cerca de R$ 710,8 mil aos cidadãos.
Nos processos listados no Portal da Transparência, o medicamento está listado com o princípio ativo, sildenafila. O citrato de sildenafila promove relaxamento dos vasos sanguíneos em áreas específicas do corpo, como pênis ou pulmões, sendo indicado para tratar disfunção erétil, em homens, ou hipertensão pulmonar, em homens ou mulheres. Medicamentos para tratamento da disfunção erétil podem ser comprados na forma de comprimidos de 25, 50 ou 100 mg, e devem ser usados sob orientação médica. Por atuar como vasodilatador, pode causar dores no peito, náusea, taquicardia, desmaio e baixa pressão arterial. Em casos mais graves, a substância leva a perda de consciência, hemorragia cerebral e morte, se consumido em altas doses.
A informação foi divulgada pelo deputado federal Elias Vaz (PSB), que apontou a existência dos processos de compra e pediu esclarecimentos ao Ministro de Estado da Defesa, General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, por meio de requerimento.
As Forças Armadas tem apresentado um processo de compras fora do padrão da moralidade pública, com compras de cervejas, comidas como picanha, lombo de bacalhau, salmão, filé, e isso tem nos chamado a atençaõ. No mínimo, as Forças Armadas devem explicação de porque estão fazendo isso. É dinheiro público e não é possível admitir um comportamento desse”, declara o parlamentar.
Elias Vaz também alerta para um recente aumento de 10,89% nos preços de medicamentos pelo país, no último 31 de março. Junto a isso, o deputado destaca que, com frequência, veículos de imprensa apontam e denunciam a falta de medicamentos nos hospitais e centros de saúde, o que agrava ainda mais o investimento feito nos remédios contra disfunção erétil. “É algo recorrente no governo. Se falta para comprar o básico, como tem para esse excesso?”, questiona.
Outro luxos
Na última semana, o deputado E já havia denunciado outras compras milionárias do Ministério da Defesa para as Forças Armadas, por meio da compra de mais de um milhão de quilos (ou mil toneladas) de picanha, filé e salmão entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022. Em fevereiro de 2021, outra denúncia apontou compra de 714 mil quilos de picanha; 80 mil cervejas (com exigência de marcas específicas); mais de 150 mil quilos de bacalhau; 438,8 mil quilos de salmão; 1,2 milhão de quilos de filé mignon, além de uísque 12 anos e conhaque.
As denúncias foram apresentadas ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU). O MPF distribuiu a representação aos estados e já foram instalados mais de 20 processos de investigação. O TCU recomendou a fiscalização e, em alguns casos, a suspensão das compras.
Segundo o deputado, a postura de controle de gastos faz parte de sua vida política desde que era vereador em Goiânia e irá continuar focado em manter essa linha de atuação. “Sempre investiguei gastos da prefeitura e agora aplico o que acho que as pessoas que votaram em mim esperam. Levo a sério e faço com muita dedicação”, garante.
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Associação Médica quer criar Exame Nacional de Medicina
Por Gabriella Oliveira
Avaliação funcionaria como uma “prova da OAB” para médicos recém-formados
O senador Randolfe Rodrigues recebeu, no fim de março, um projeto entregue pela Associação Médica Brasileira (AMB) com a proposta de implementar o Exame Nacional de Proficiência da Medicina (ENPM). A avaliação teria testes práticos e teóricos. Ideia é similar a prova aplicada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A AMB alega que hoje, as únicas exigências para a atuação médica são a conclusão da graduação em algum curso reconhecido e a inscrição no Conselho Regional de Medicina. Por conta disso, a criação da avaliação seria uma forma de medir o conhecimento do profissional e, assim, ser transparente com a população.
No Brasil, 37 mil médicos são formados por ano nos 343 cursos de graduação espalhados pelo país. Não há nenhum órgão que avalie a qualidade desses cursos, nem o conhecimento dos alunos ao terminá-los. “Muitas escolas surgem de forma indiscriminada, sem a menor preocupação com a excelência do ensino. Se tivermos um exame bem feito, teremos um retorno positivo para toda a sociedade. Outro efeito colateral é que as universidades terão que se preocupar de verdade com a formação do aluno”, afirmou José Eduardo Lutaif Dolci, diretor científico da AMB.
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DIÁRIO DA MANHÃ
DPE-GO pede Habeas Corpus em favor do suspeito de matar idosa no Hugo
O defensor público Luiz Henrique Silva Almeida, responsável pela impetração do Habeas Corpus, afirmou que o pedido de prisão preventiva é ilegal
12 de abril de 2022 08:03 | Atualizado há 24 minutos
A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) entrou com um pedido de Habeas Corpus em favor do homem em situação de rua que foi preso suspeito de matar uma idosa no Hospital de Urgência de Goiás (Hugo), na última quinta-feira, 07.
Segundo a DPE, a solicitação é pela liberdade provisória ou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. A Polícia Civil aguarda um novo laudo para saber a causa da morte da idosa. Ao contrário do que foi relatado inicialmente, os primeiros exames mostraram que Neusa Candida, de 75 anos, não morreu asfixiada.
No dia, o morador de rua, de 48 anos, entrou no HUGO por volta de uma e meia da tarde. Câmeras de segurança mostram que ele foi até o quarto, tomou banho e se aproximou do leito. De acordo com o Delegado de homicídios Rhaniel Almeida, o depoimento do homem, que é usuário de drogas, foi desconexo e ele afirma ter tido um surto achando que a mulher era sua mãe, que já morreu.
O defensor público Luiz Henrique Silva Almeida, responsável pela impetração do Habeas Corpus, afirmou que o pedido de prisão preventiva é ilegal. Para ele, o juiz justificou a necessidade da prisão sem qualquer elemento concreto. Luiz Henrique ressaltou, ainda, que com as novas informações, não se pode descartar a possibilidade de sequer ter ocorrido um crime.
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Sagres TV
Após aumento, medicamentos somem das farmácias e dos hospitais
https://www.youtube.com/watch?v=5AtHUKsSDJg
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg na Mídia - Após aumento, medicamentos somem das farmácias e dos hospitais
Escrito por AdministradorAhpaceg na Mídia – 11/04/22
Sagres TV
Após aumento, medicamentos somem das farmácias e dos hospitais
Presidente da Ahpaceg fala sobre a falta de medicamentos
Escrito por Administrador
O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, observa que são muitos os motivos para a falta de medicamentos enfrentada atualmente e com poucas perspectivas de solução imediata. Dentre os motivos, ele destaca falhas no fornecimento de insumos primários pela China – o principal fornecedor mundial - e o aumento dos custos de produção nem sempre acompanhado do reajuste do preço de venda, o que desestimula a indústria a produzir.
Ele ressaltou que a Ahpaceg conta com uma central de compras conjunta, que adquie medicamentos para os associados diretamente da indústria, com estoque para um ano. Isso garante ao grupo uma proteção para o que está escasso no mercado. Já no caso de produtos que deixam de ser produzidos, como pode vir a ser o caso da dipirona, não há o que fazer.
“A escassez, o aumento significativo do custo ou a falta de medicamentos traz um trabalho imenso para médicos e farmacêuticos que precisam adequar a prescrição para que os pacientes não sofram as consequências da falta de medicamentos”. afirma.
Segundo o presidente, a dipirona, já em falta, chama mais atenção, mas o problema atinge outros itens, como antibióticos, relaxantes musculares, analgésicos e anestésicos, por exemplo. “Às vezes, não conseguimos identificar o que é uma falta temporária e o que é mais grave, mas já percebemos o problema e não sabemos quanto tempo irá durar”, diz.
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AHPACEG ALERTA SOBRE FALTA DE MEDICAMENTOS NO MERCADO
AHPACEG NA MÍDIA - APÓS AUMENTO, MEDICAMENTOS SOMEM DAS FARMÁCIAS E DOS HOSPITAIS
PRESIDENTE HAIKAL HELOU FALA À RÁDIO CBN GOIÂNIA SOBRE A FALTA DE MEDICAMENTOS NO MERCADO
AHPACEG NA MÍDIA - HOSPITAIS RELATAM DIFICULDADE EM ACHAR MEDICAMENTOS BÁSICOS PARA ATENDIMENTO
Ahpaceg na Mídia - Presidente Haikal Helou fala à Rádio CBN Goiânia sobre a falta de medicamentos no mercado
Escrito por AdministradorAhpaceg na Mídia - Presidente Haikal Helou falou à Rádio CBN Goiânia, no dia 9 de abril de 2022, sobre a falta de medicamentos no mercado. Confira:
Após reajuste de mais de 10%, começa a faltar alguns medicamentos nas farmácias
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DESTAQUES
Brasil tem 38 mortes por Covid em 24h; média móvel é de 158 óbitos/dia
Sem direito à licença-maternidade, prefeita de Palmas improvisa quarto para o filho na prefeitura
'É preciso despolemizar o tema do fim da pandemia', diz novo presidente do Conass
Paralisação das Santas Casas do Brasil está marcada para o próximo dia19
Artigo - Atenção Primária em Saúde: financiamento é prioridade global e urgência nacional
Piso salarial para enfermagem ainda não é o ideal, segundo entidade goiana
Rogério Cruz decreta ponto facultativo na véspera do feriado
Antes do teste de farmácia, mulheres colocavam urina em sapos e rãs para saber se estavam grávidas
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Covid-19: Goiás registra 34 novos casos e nenhuma morte nas últimas 24 horas
PORTAL IG
Brasil tem 38 mortes por Covid em 24h; média móvel é de 158 óbitos/dia
Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (10) indicam 38 mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24h. Com isso, o Brasil registra a menor média móvel desde 17 de janeiro - hoje em 158,7 - e seu 45º dia com quedas percentuais superiores a 15% no comparativo do índice com as duas semanas anteriores - padrão determinado por infectologistas, que fixam a variação de 15% como ponto de inflexão para que se mude a tendência da pandemia para alta ou queda. Esse número também representa uma queda de 33% em relação ao verificado há 14 dias.
Ainda neste domingo, a curva de contágio completa 20 dias em queda. Depois de um longo período com frequentes altas no primeiro trimestre do ano - com picos de 189 mil casos diários na média móvel -, o índice apresentado hoje - 21.852,1 - é 27,8% menor do que há 14 dias.
O cálculo de médias móveis consiste em somar todos os registros dos últimos sete dias e dividir o total por sete. Assim, é possível ter uma visão ampla do atual momento da pandemia.
Nas últimas 24h, o Brasil registrou 7.210 novos diagnósticos positivos e 38 novos óbitos por Covid-19. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Não foram levantados números de Acre, Mato Grosso, Amapá, Rio de Janeiro, Roraima, Tocantins e do Distrito Federal, pois as plataformas de informações dos estados apresentaram problemas e algumas unidades da federação não computam óbitos durante o final de semana.
No total, o Brasil já perdeu 661.258 vidas para a doença e computou 30.152.402 casos de contaminação.
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PORTAL G1
Sem direito à licença-maternidade, prefeita de Palmas improvisa quarto para o filho na prefeitura
Cinthia Ribeiro (PSDB) foi a única mulher eleita como prefeita em uma capital brasileira na última eleição municipal. A cidade do Tocantins, no entanto, não prevê a licença para a função de chefe do Executivo.
Uma situação inusitada tem chamado a atenção na capital do Tocantins. Um bebê tem passado os dias na prefeitura de Palmas, com a mãe. É que a prefeita, Cinthia Ribeiro (PSDB), engravidou durante o mandato e, quando o filho nasceu, descobriu que não teria direito à licença-maternidade. Veja a reportagem completa no vídeo acima.
Cinthia tem um filho mais velho, de 14 anos. Ela foi a única mulher eleita como prefeita em uma capital brasileira na última eleição municipal, em 2020. Em todo o Brasil, apenas 12% das cidades são administradas por mulheres.
A prefeita de Palmas trabalhou até o dia do parto, 15 de novembro. O seu resguardo durou menos de duas semanas.
“Dez dias depois, de eu ter dado à luz o Vittorio, eu estava numa solenidade. É claro que o corpo da gente precisa desse descanso”, conta a prefeita.
O município de Palmas não prevê licença-maternidade para a função de chefe do Executivo. Então, para continuar administrando a cidade e cuidando do filho, a solução encontrada foi improvisar um quarto na prefeitura.
Apesar de a Constituição Federal assegurar o direito a licença-maternidade para todas as mulheres brasileiras, no caso de quem exerce cargo eletivo no país, falta clareza.
“No nosso entendimento, e na jurisprudência, já existe esse direito, seria garantido à prefeita. Só que, quando o município não coloca este direito líquido e certo na sua lei orgânica, fica esse temor de sair e um suplente assumir o mandato”, explica a deputada Celina Leão (PP), coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados.
Já existe uma proposta de emenda constitucional para mudar essa realidade. Quando era vereadora em Rio Branco, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva passou por um drama 16 dias depois de dar à luz sua terceira filha, Moara. Ela foi chamada às pressas à Câmara porque poderia ter o mandato cassado por faltas injustificadas.
Marina saiu correndo de casa, para se defender. O caso, em 1990, gerou comoção, e a Câmara de Rio Branco regulamentou o direito de licença-maternidade para cargos eletivos. Três décadas depois, o país ainda tem muito a avançar.
Em Palmas, após o nascimento de Vittorio, a Câmara de Vereadores decidiu revisar a legislação municipal. No entanto, ainda não há data para votação dessa revisão.
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O GLOBO
'É preciso despolemizar o tema do fim da pandemia', diz novo presidente do Conass
BRASÍLIA Recém-empossado como presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes de Medeiros Junior assumiu o cargo há pouco mais de duas semanas com a missão de negociar o fim do estado de emergência em saúde no país, tratado como "fim da pandemia" pelo presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação de Fernandes, é possível chegar a um acordo nos próximos meses se os indicadores de casos, de internações e de mortes pela doença permanecerem em queda, além de se criar uma estratégia permanente de vacinação.
Melhora no cenário epidemiológico:
É preciso despolemizar o tema. O fim da pandemia, do ponto de vista administrativo, segundo regulamento sanitário internacional, é uma definição que deve ser adotada pelo diretor-geral da OMS (Tedros Adhanom), subsidiado pelo comitê de crise, que vai dizer quando a pandemia acabou . No entanto, precisamos trabalhar com o tratamento do estado de emergência, que, de fato, pode ser levantado ao longo deste ano, porque já não serão mais necessárias as prerrogativas de autoridade pública ampliadas.
Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o secretário de Saúde do Espírito Santo analisa que após um período marcado por discordâncias em relação à condução da pandemia, o Ministério da Saúde, estados e municípios hoje têm uma relação de harmonia.
A grande parte das medidas necessárias adotadas por governadores e prefeitos foram combatidas por forças políticas em todos os estados e grande parte delas mobilizadas por importantes autoridades públicas nacionais do país. Então, nós não vivemos ao longo da pandemia um contexto onde o ambiente institucional, político, ideológico, espiritual da nação estava coeso em torno de medidas eficazes contra o vírus afirmou.
Tristeza boa:
A seguir, leia os principais trechos da entrevista:
Qual a tendência da pandemia para os próximos meses no Brasil?
Se não surgir uma nova variante de preocupação e nós conseguirmos manter o ritmo de vacinação num patamar melhor do que temos hoje, nós caminhamos para ter um ano com controle do comportamento da pandemia em termos de novas internações por semana, novos óbitos e novos casos. Nós sabemos que, após cinco, seis meses da última vacina, a proteção das vacinas cai de maneira muito significativa, principalmente para casos leves, ainda mais no contexto da circulação da Ômicron. Precisamos que as estratégias de vacinação sejam permanentes, anuais e que esse dilema de quem vai se vacinar todo ano ou não deve ser definido neste ano. Existe uma programação com a indústria para as aquisições das vacinas para poder garantir que a principal estratégia de prevenção contra uma doença infectocontagiosa não tenha um esquema que torne a população brasileira vulnerável à circulação do vírus. A gente precisa entender que a ampla cobertura vacinal permite, sim, uma agenda de retomada plena das atividades econômicas e sociais.
É possível falar em fim da pandemia?
É preciso despolemizar o tema, porque o fim da pandemia, do ponto de vista administrativo, segundo regulamento sanitário internacional, é uma definição que deve ser adotada pelo diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom), subsidiado pelo comitê de crise, que vai dizer quando acabou ou não. No entanto, nós precisamos trabalhar com o tratamento do estado de emergência, que, de fato, pode ser levantado ao longo deste ano. Nós temos tratado com o Ministério da Saúde que é necessário preparar o país para o fim do estado de emergência, porque, sem dúvida, será alcançado caso não ocorra o surgimento de novas variantes de preocupação com escape vacinal.
Alerta:
Como o fim do estado de emergêncua pode impactar os estados?
Nós temos um conjunto de prerrogativas ampliadas no contexto do estado de emergência. Elas são fundamentais para a gente conseguir fazer uma gestão adequada da pandemia tanto no que diz respeito àquilo que a gente pode recomendar, como o uso de máscara obrigatório, fazer compras emergenciais, contratações excepcionais... Quando surge uma nova onda, nós temos que decidir rapidamente, por exemplo, a mudança do perfil de hospitais do dia para noite. Nós temos que, sem o tempo necessário para poder fazer uma devida motivação administrativa, o recálculo do preço do contrato com uma organização social, com hospitais filantrópicos, privados... A gente precisa, num contexto fora da emergência, fazer diversos tipos de cotações. Uma instrução processual e uma fundamentação administrativa que exigem um tempo que nós não temos na resposta à emergência. De fato, o estado de emergência garante que a gente consiga fazer com que o sistema de saúde responda de maneira mais rápida e oportuna dentro desse contexto.
Como os estados têm se preparado para esse cenário?
Nós temos uma proposta de aguardar pelo menos 60, 90 dias de plena estabilidade, sem surgimento de novas variantes, avançando na vacinação enquanto todos os estados e municípios, a Anvisa, os órgãos da medicina do trabalho, o Ministério Público do Trabalho, as instituições que se prepararam para este contexto de emergência se organizem para o levantamento dele. Então, isso é possível desde que tenha uma condução clara e uma comunicação por parte do ministério a sociedade.
A maioria dos estados já flexibilizou o uso de máscaras e o Ministério da Saúde lançou diretriz no ambiente de trabalho. O Conass planeja alguma orientação unificada nesse sentido?
Não foi possível a coesão e a homogeneidade das medidas sanitárias, principalmente as não farmacológicas, em todos os estados. Então, não será agora que isso será possível. A carência de uma coordenação nacional e as vicissitudes que existem no contexto das disputas políticas em cada estado são muito complexas para que uma pactuação interfederativa dê conta de responder todas as questões que se vinculam às particularidades de cada estado. Nós não temos expectativa de que, neste momento, a gente teria uma pactuação nacional que homogeneizasse a desobrigação do uso de máscaras em todos os estados. Esse tipo de medida só consegue ser tomada quando existe uma coordenação nacional que dê coesão a todos os atores e que pacifique todos os campos políticos. A grande parte das medidas necessárias adotadas por governadores e prefeitos foram combatidas por forças políticas em todos os estados e grande parte delas mobilizadas por importantes autoridades públicas nacionais do país.
A que o senhor se refere quando fala em falta de coesão nacional e diretriz unificada aos estados?
Houve, por parte do presidente da República, uma decisão de não coordenar a pandemia. O STF nunca retirou do governo federal as prerrogativas de ser o articulador da federação, o coordenador das políticas nacionais. A Presidência deslegitimou as medidas necessárias adotadas por prefeitos e governadores, combateu e mobilizou bases políticas e sociais para poder politizar e polarizar essas medidas de modo que a gente não conseguiu ter a coesão de toda a população naquilo que poderia preservá-la dos riscos de infecção, de internação e de óbito. Não era possível você pegar e colocar num estádio as pessoas que seguiam o presidente e, em outro, que seguiam. Elas estão vivas na sociedade e grande parte dela se organizam em polos de poder político. O país não teve essa coordenação nacional. Quando você tem como presidente da República que insiste em questionar a eficácia das vacinas e criar teses conspiratórias sobre a origem do vírus, sobre os interesses de governadores e prefeitos em torno da pandemia... Nós, de fato, temos um cenário extremamente complexo para a gestão dela.
Nesse cenário de arrefecimento da pandemia, o que a população deve entender sobre a Covid-19?
Deve entender que o vírus continua sendo transmitido da mesma maneira, pelas vias respiratórias, que o vírus ainda implica em risco de vida para pessoas, principalmente não vacinadas. No entanto, a gente precisa que a população celebre junto com todos nós o fato de que estamos conquistando a principal medida esperada com a vacinação, que é a redução dos óbitos, das internações e das sequelas. Sem dúvida, foi uma grande conquista do Sistema Único de Saúde.
Como os estados devem lidar com a demanda represada na pandemia por outras doenças?
Os estados estão se programando para uma retomada ampla, geral de procedimentos eletivos. No entanto, existe uma complexidade que são os tetos fiscais e a capacidade de financiamento desta retomada. Nós não temos, dentro de um plano de retomada dessas atividades, uma proposta concreta do Ministério da Saúde para o financiamento pleno tanto das linhas de cuidado do pós-Covid como também das outras condições (como cirurgias e procedimentos oncológicos) que se tornaram represadas ao longo desses dois últimos anos.
Quais seriam as possíveis soluções para isso?
O financiamento mais ousado e robusto da estrutura hospitalar que não foi habilitada. Nós temos, ainda, muitos leitos que não conseguiram ser habilitados e que correm risco de serem fechados compondo uma redução da capacidade de resposta dos estados. Nós temos um financiamento da média complexidade ambulatorial, especialmente vinculados à reabilitação física e fonoaudiológica. Se os estados e municípios quiserem garantir acesso a essas especialidades, vão precisar fazer, basicamente, com recursos próprios, porque não está colocada uma agenda para a organização desse serviço de saúde dentro do estado.
O senhor tomou posse no Conass em 23 de março. Quais os planos para a gestão?
Nós temos um ano que tem três momentos muito bem definidos: o da gestão da pandemia, com a etapa de reabilitação, quando vamos precisar superar o estado de emergência. Temos a convicção no Conass de que a gente precisa construir uma carta de compromisso a todos os presidenciáveis de todos os campos políticos em que nós pretendemos apresentar uma série de diretrizes e compromissos, inclusive com uma agenda para a primeira CIT (Comissão Intergestores Tripartite) de 2023. O ano precisa começar em janeiro com uma agenda clara para a saúde pública do país e que ela consiga ter o apoio não somente do campo político do presidente eleito, mas de qualquer espectro entre a direita e a esquerda de que essa agenda possa ter o apoio de todos os campos políticos.
Como está o diálogo dos estados com o ministério?
Nós temos um diálogo muito republicano e uma unidade administrativa que sempre é tratada com muito zelo. Nós tratamos de evitar polêmicas e desgastes na condução administrativa do sistema de saúde. De fato, fazer com que Conass e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) se manifestem numa posição de polarização, de beligerância, de conflito com o ministério, é necessário muito esforço político por parte do Ministério da Saúde para que esses momentos aconteçam. Infelizmente, aconteceram ao longo da pandemia. Nós entendemos que, neste momento, há um ambiente de retomada das pontes de diálogo, dos canais de comunicação com o ministério.
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Paralisação das Santas Casas do Brasil está marcada para o próximo dia19
No dia 19 de abril, as Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o Brasil vão fazer uma paralisação simbólica, em protesto ao subfinanciamento do SUS que culminou, nos últimos seis anos, no fechamento de 315 hospitais. Os estabelecimentos vão reagendar procedimentos eletivos que estiverem agendados na data, atendimentos de urgência não serão prejudicados.
O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Mirocles Véras, explica que a mobilização é necessária, "pois há descaso do governo federal com um cenário que se agravou com a pandemia". Ele garante que houve uma promessa de aporte de R$ 2 bilhões emergenciais, em maio de 2021, que nunca saiu do papel. O setor também aguarda que o governo apresente os recursos para que hospitais filantrópicos possam absorver o piso nacional da enfermagem que está para ser votado na Câmara e deve impor um custo de R$ 6,3 bilhões ao setor.
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PORTAL JOTA
Artigo - Atenção Primária em Saúde: financiamento é prioridade global e urgência nacional
Na semana que celebra o Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, a revista Lancet Global Health publicou uma pesquisa que analisou modelos de financiamento da Atenção Primária em Saúde (APS) em sistemas de saúde no mundo.
Realizado em meio à pandemia da Covid-19, o estudo reuniu 22 especialistas de 15 países para investigar como arranjos de financiamento podem fortalecer a APS em países de baixa e média renda. A exitosa experiência brasileira de financiamento da Estratégia Saúde da Família (ESF), que atualmente encontra-se numa encruzilhada, fez parte do estudo.
Em 1978, a Assembleia Mundial de Saúde realizada na cidade de Alma-Ata, no Cazaquistão, definiu a Atenção Primária em Saúde como a melhor estratégia para levar “Saúde para Todos” no mundo até o ano 2000. A partir de uma abordagem centrada na comunidade, as equipes que atuam na APS buscam atender ao conjunto das necessidades de saúde apresentadas pelas pessoas ao longo de sua vida, incluindo o bem-estar físico, mental e social.
Diversos estudos demostram que países com sistemas de saúde organizados com base na Atenção Primária em Saúde têm populações com melhor situação de saúde, há mais equidade nos resultados em saúde e estão em melhor posição para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU.
Porém, na maioria dos países de baixa e média renda, a APS ainda é subdesenvolvida, sub-financiada e encontra dificuldade para dispor de força de trabalho qualificada. Como resultado, metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde e encontra-se em situação de maior vulnerabilidade frente a emergências sanitárias.
Para reverter esse quadro, estudo da Lancet afirma que é crucial aportar maior volume de recursos públicos para Atenção Primária e aprimorar os mecanismos de financiamento da APS nos sistemas de saúde para trazer as pessoas para o centro da atenção.
Apesar das desigualdades socioeconômicas e dos problemas estruturais do SUS – entre os quais o baixo financiamento público, a frágil governança regional e a ineficiência na alocação de recursos disponíveis –, construímos no Brasil um modelo de APS que é reconhecido internacionalmente pelo caráter inovador e pelos resultados alcançados.
A APS brasileira foi desenvolvida para ser a base do Sistema Único de Saúde, o SUS, alicerçada nos princípios da universalidade, integralidade, descentralização e participação da comunidade. Em contraste com a maioria dos países de baixa e média renda, que tem programas focais e seletivos de APS – dirigidos para um grupo específico de doenças nas populações mais pobres – e de países de alta renda, que tem modelos centrados no trabalho médico, a Estratégia Saúde da Família inovou ao estabelecer equipes multiprofissionais que oferecem uma ampla gama de ações clínicas e de saúde coletiva para a população residente em área geográfica definida.
Diversos estudos mostraram que a presença das equipes de ESF nas comunidades está associada a melhorias nos resultados e na equidade em saúde. Implementado a partir de 1998, o Piso de Atenção Básica (PAB) foi o pilar de sustentação da expansão dessa estratégia.
O PAB foi primeira fonte de financiamento federal a contemplar todos os municípios com recursos específicos para Atenção Primária. Composto por dois componentes – um fixo, de base populacional, canalizado mensalmente para as prefeituras com a finalidade exclusiva de subsidiar a prestação de serviços de APS, e outro variável, destinado a estimular os municípios a adotarem programas prioritários para APS –, o Piso de Atenção Básica possibilitou a manutenção do gasto regular pelos municípios na APS. Isso garantiu a resiliência da Atenção Primária mesmo diante de oscilações nas políticas locais.
Ao contemplar cidades menores e nas regiões mais pobres, que antes não tinham infraestrutura de saúde para prestar serviços e receber financiamento federal, o PAB fixo contribuiu para redução das inequidades em saúde no país. O componente variável, por sua vez, teve papel decisivo para induzir a adoção da ESF com financiamento atrelado ao número de equipes implantadas.
Entretanto, apesar dos resultados positivos alcançados pela Estratégia Saúde da Família, a APS brasileira apresenta importantes desafios que derivam de problemas estruturais do SUS, que vêm se agravando diante da crise política e econômica vivida no Brasil.
Embora as transferências federais tenham sido decisivas para expansão da ESF, foram os municípios que assumiram a maior carga do financiamento da APS. Como o financiamento municipal está associado às suas próprias receitas, as prefeituras passaram a arcar com despesas para manter os serviços de APS em condições bastante desiguais – como na contratação de profissionais médicos –, perpetuando inequidades na alocação de recursos.
Em resposta à recessão econômica, em 2016 o Congresso Nacional aprovou o congelamento de gastos federais – reajustado apenas pela inflação – por 20 anos. Estudos projetaram que essas medidas iriam enfraquecer o SUS e a APS, com maior deterioração dos resultados em saúde sobre municípios menores e mais dependentes de transferências federais, exacerbando as desigualdades em saúde no país.
As evidências de enfraquecimento da Atenção Primária em Saúde no Brasil são preocupantes. Apesar da cobertura de ESF seguir estável (63,3% em 2021), a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019) mostrou uma queda abrupta no percentual da população que refere ter o posto ou centro de saúde como serviço de uso regular: de 53,7% para 35,9% entre 2013 e 2019.
Essa tendência é confirmada pela redução do número de procedimentos realizados em Unidades Básicas de Saúde, que tem início no ano de 2016, se acentua a partir de 2018 e piora ainda mais durante a pandemia. A perigosa redução da cobertura vacinal é resultado direto disso.
No contexto de austeridade fiscal, em 2019 o governo federal lançou uma nova política de financiamento para a Atenção Primária no SUS. Chamada de Previne Brasil, a política substituiu o mecanismo do Piso de Atenção Básica por uma combinação de captação ponderada, pagamento por desempenho e incentivos a ações prioritárias como base cálculo de recursos federais para municípios. Devido à Covid-19, sua implementação foi iniciada apenas em 2022.
O estudo da Lancet afirma que a captação deve ser a pedra angular da remuneração de equipes de APS por vincular as pessoas às equipes e que o pagamento por desempenho deve ser utilizado para incentivar as equipes melhorar os resultados na saúde da população sob sua responsabilidade. No Previne Brasil, entretanto, esses instrumentos não estão sendo utilizados para remunerar equipes, mas para calcular o volume de transferências que o governo federal repassa para os municípios.
Desse modo, esses instrumentos podem exacerbar desigualdades ao penalizar municípios com menor capacidade gerencial, infraestrutura, recursos humanos e tecnológicos. Ao considerar apenas pessoas cadastradas e não população total – num país com 25% da população com planos privados –, o instrumento limita a universalidade e aumenta a fragmentação da APS. Ao considerar um grupo limitado de indicadores, o pagamento por desempenho estabelecido pelo Previne Brasil induz a seletividade da Atenção Primária. Efeitos opostos aos produzidos pelo PAB.
O aumento do financiamento federal para APS é decisivo para fortalecer a Estratégia Saúde da Família no país. Os instrumentos estabelecidos pelo Previne Brasil poderiam ser valiosos para aprimorar a eficiência do gasto na Atenção Primária se fossem adicionados ao esquema bem-sucedido do PAB e dirigidos diretamente ao aumento da remuneração das equipes prestadoras de serviços de APS, a exemplo de como é feito em países da OCDE.
O complexo cenário sanitário sob impacto da Covid-19 requer esforços coordenados entre as três esferas de governo para fortalecer a APS no SUS. O primeiro passo deve ser resgatar a concepção de uma Atenção Primária em Saúde universal, integral e base estruturante do SUS. Os arranjos de financiamento devem ser aprimorados para tornar os serviços de APS cada vez mais acessíveis, resolutivos e integrados aos demais níveis de um sistema de saúde resiliente.
ADRIANO MASSUDA – Professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV) e membro do FGV Saúde. Graduado em medicina pela UFPR, na Unicamp fez residências em Medicina Preventiva e Social e em Administração em Saúde, mestrado e doutorado em Saúde Coletiva na área de Política, Planejamento e Gestão em Saúde. Foi médico em Unidade Básica de Saúde em Campinas e no Hospital de Clínicas da Unicamp. Foi secretário municipal de Saúde (2013-2015) em Curitiba. No Ministério da Saúde, foi secretário-executivo substituto (2011-2012) e secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (2015)
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JORNAL OPÇÃO
Piso salarial para enfermagem ainda não é o ideal, segundo entidade goiana
Por Nielton Soares dos Santos
Enfermeiros deverão receber mensalmente R$ 4.750,00, técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00, em todo o país
Em tramitação avançada no Congresso Nacional, projeto do Governo Federal para um piso nacional para profissionais da enfermagem, como ocorreu com professores, já foi aprovado no Senado Federal. Agora, a proposta será apreciada pela Câmara dos Deputados. Caso seja aprovada, os enfermeiros deverão receber mensalmente R$ 4.750,00, técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00, em todo o país.
A expectativa no Congresso é do projeto de lei (nº 2.564/2020) seja pautado na Câmara dos Deputados ainda neste mês, uma vez que a Casa aprovou por 458 votos a 10, o requerimento de urgência para a apreciação do texto. Porém, os deputados envolvidos na articulação do projeto defendem que seja debatido junto a governadores e prefeitos o impacto orçamentário, previsão é de R$ 24,9 bilhões em 2024, ao se pagar um teto de piso para a categoria. O intuito é evitar desgastes políticos como ocorrido para o pagamento do piso de profissionais da área de Educação.
A presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Goiás (Cofen-GO), Edna de Souza Batista, denunciou ao Jornal Opção que há profissionais que recebem R$ 800,00 por mês. Ela lembra que durante a pandemia, os profissionais foram um dos poucos que não tiveram como trabalhar remotamente, mas seguirem na linha de frente tratando de pacientes com Covid-19. “Esse piso não é o ideal, é o início. Esse piso salarial é um piso ético, que provavelmente, vai ser melhorado, ajustado com valor digno da nossa categoria de enfermagem”, cobra.
“Esse projeto é um sonho que a enfermagem de Goiás e a enfermagem brasileira que precisam viver esse sonho. Nós aqui do Conselho Regional de Enfermagem, juntamente com todos os regionais do nosso país, juntamente com a nossa presidente Maria Betânia, estamos lutando de forma árdua, pedindo apoio para todos os senadores e deputados, que de fato aprovem o piso salarial da enfermagem”, pontou.
Além do Confen-GO, Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (SIEG), Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e outros instituições classistas defendem e lutam pela aprovação imediata do projeto. Ao Jornal Opção, a presidente do Sieg e diretora da FNE, Roberta Rios, afirmou que atualmente são mais de 60 mil profissionais de enfermagem no Estado de Goiás, desses a maioria precisa complementar o salário com jornadas múltiplas de trabalho.
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Rogério Cruz decreta ponto facultativo na véspera do feriado
Apenas serviços essenciais, como saúde e limpeza pública, funcionarão em regime de plantão
O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) assinou nessa sexta-feira, 8, decreto determinando ponto facultativo para a próxima quinta-feira, 14, em órgãos públicos municipal da administração direto e indireta. A data é véspera do feriado religioso de Sexta-feira da Paixão, comemorado no dia 15.
De acordo com o documento, apenas os serviços essenciais, dentre os quais saúde e limpeza pública, funcionarão em regime de plantão. “Será um momento para reflexão ou descanso, dependendo da religião de cada servidor, mas seguiremos com os serviços essenciais. Inclusive os goianienses que quiserem podem aproveitar para se vacinar contra gripe ou com as doses de reforço contra Covid-19”, pontou Cruz. Os locais de vacinações podem ser pesquisados no Aplicativo Prefeitura 24h, site ou redes sociais.
O decreto foi publicado como suplemento do Diário Oficial do Município (DOM) dessa sexta-feira e estabelece que seja enviada ao gabinete do prefeito pelos titulares de órgãos e entidades da prefeitura relação com os nomes dos servidores plantonistas.
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O HOJE
Antes do teste de farmácia, mulheres colocavam urina em sapos e rãs para saber se estavam grávidas
Você imagina como as mulheres descobriam – ou o que faziam para saber – quando estavam grávidas antes da chegada ao mercado dos testes rápidos de gravidez? O Museu de Ciências de Londres, na Inglaterra, que se dedica ao tratamentos e novidades que ajudaram a combater e a evitar doenças, tem espaço dedicado à gestação humana.
E é de lá que saem histórias como a do sapo ou da rã. Antes de 1970, quando a mulher passou a poder comprar o teste de gravidez na farmácia e ver se está mesmo grávida em casa, o método mais utilizado era pegar a urina da mulher e colocar dentro de um sapo ou uma rã. E o resultado vinha da seguinte maneira: se o anfíbio soltasse ovos depois de injetado o líquido, a pessoa sabia que teria um filho.
Parece estranho, conto da carochinha, conversa para boi dormir ou sem efeito, mas colocar urina em um sapo ou uma rã para saber se a mulher estava grávida foi o método mais usado por muito tempo no século XX. Mas nada de compara ao mecanismo utilizado no Egito Antigo, por volta de 1.350 antes de Cristo (a.C.).
Grãos de trigo e cevada
Um endocrinologista chamado Glenn Braunstein, do Centro Médico Cedars-Sinai, dos Estados Unidos, revelou em um artigo de 2014 que o exame de gravidez mais comum, podemos chamar assim, usado no Egito Antigo era pegar a urina da mulher e misturar a grãos de trigo e cevada. A resposta estava se eles brotariam ou não por algum tempo. Se germinasse, a resposta para a gravidez era positiva.
E tem mais. Se só a cevada desse algum broto, o bebê seria do sexo masculino. No caso de apenas o trigo brotar, aí era uma menina, na crença dos antigos egípcios. Se para saber sobre a gravidez pode não passar de uma antiga tradição sem efeito, a urina da grávida pode sim fazer com que a planta comece a se desenvolver.
Método testado
O método do Egito Antigo foi testado por um grupo de cientistas em 1963 nos Estados Unidos. O experimento verificou que 70% das tentativas observadas constataram um crescimento das sementes se desenvolvia em contato com a urina da grávida. Já o líquido de mulheres que não esperavam filho não surtiu o mesmo efeito sobre o grão do trigo ou da cevada.
Na Idade Média surgiram os “profetas do xixi”. Eles eram assim chamados porque acreditavam que os fluídos do corpo humano deveriam ser usados para avaliar a saúde de uma pessoa. E a urina era analisada pela cor, cheiro, textura e outros aspectos, já que não existia nada parecido, por exemplo, com um microscópio.
De acordo com relatos de 1552, a urina de uma mulher é descrita como “cor clara de limão pálido, inclinada para o esbranquiçado, com aspecto nebuloso na superfície”.
Vinho na urina
Parte dos tais “profetas do xixi” jogavam vinho na urina para saber se uma mulher estava grávida. Estudos mais recentes mostra que o contato do álcool com a urina pode causar a reação com proteínas, o que daria condições de acertar mesmo, mesmo que com taxa moderada de sucesso, se a gestação havia começado.
A forma mais confiável para se saber se a mulher estava grávida era mesmo observar as mudanças no corpo, como vômitos, enjoos e o crescimento da barriga. Só a partir do século XVIII que o funcionamento do corpo humano começou a avançar nos conhecimentos científicos. Foi o fisiologista Ernest Starling, da Inglaterra, que passou a usar a palavras “hormônio” para definir “mensageiros químicos” do corpo.
Primeiros testes de gravidez
Em 1927, os cientistas alemães Selmar Aschheim e Bernhard Zondek começaram a observar os resultados de colocar a urina da mulher grávida em uma rata ou camundonga sem chegar à maturidade sexual. Os dois perceberam que a técnica estimulava que o ovário se desenvolvesse e começasse a liberar óvulos nas fêmeas roedoras. Assim como no trigo ou na cevada, o xixi de uma mulher não grávida não tinha o mesmo efeito nesses animais.
A suspeita dos cientistas estava na presença do hormônio hCG, que só aparece quando a mulher chega a nove meses de gravidez. Foi quando surgiu o teste A-Z, que leva as inicias dos sobrenomes dos alemães. Só que demorava para sair o resultado, já que era preciso injetar a urina da mulher em cinco ratas e esperar uma semana para saber se tratava-se ou não de uma gravidez.
Coelha
Depois o animal usado foi uma coelha. Mas tinha um problema: era preciso matar o animal no teste para ter o resultado. Foi aqui que começaram a usar os sapos e rãs, porque a liberação dos ovos ao entrar em contato com a urina da mulher não exigia sacrificar o bicho para disseca-lo. E é justamente o hormônio hCG que estimulava que ovos saíssem ao entrar em contato com o xixi de alguém em gestação.
De 1940 a 1960, o comércio internacional de anfíbios para realização de testes de gravidez causou impactos ao meio ambiente. A espécie Xenopus laevis começou a ser importada da África para os Estados Unidos, o que levou junto um fungo que causa doenças graves e colocou em risco de extinção outros anfíbios nativos da América do Norte.
Sapos machos no Brasil
A técnica com sapos e rãs foi utilizada no Brasil. Mas era diferente. O modelo do argentino Carlos Galli Mainini usava machos. O que se observara era se, ao injetar a urina da mulher, o sapo colocaria para fora espermatozoides em um intervalo de três horas. Os animais usados eram capturados em Guarapiranga, em São Paulo, e era transportado no bonde até o laboratório. (Com informações da BBC)
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Metanfetamina: substância apresenta aumento de usuários e internações em clínicas particulares no Brasil
A metanfetamina é uma das drogas mais conhecidas da cultura pop. Na série premiada série de televisão Breaking Bad, a criação de metanfetamina é um dos principais tópicos abordados na trama, ressaltando em diversos episódios a complicada condição que os usuários da droga sofrem no decorrer da série.
Apesar de não ser uma das drogas mais populares do Brasil, o número de internações relacionadas ao uso de metanfetamina sofreu um aumento de internações em clínicas particulares recentemente. Conhecida como Tina, a droga sintética começou a fazer sucesso no Brasil após se mostrar uma substância que libera a produção de dopamina, noradrenalina e serotonina, deixando o usuário em um estado de energia e euforia.
A metanfetamina também é bastante utilizada durante relações sexuais, o chamado chemsex, sexo com substâncias qúmicas. Usuários da droga relatam que após utilizar o químico durante as relações, não conseguiam mais se relacionar sem o uso da droga, gerando uma dependência.
A substância no Brasil é bastante consumida em grandes centros urbanos, principalmente entre pessoas com maior poder aquisitivo, já que uma grama de metanfetamina pode custar entre R $400 a R $550. Em entrevista ao jornal Extra, o psiquiatra Jorge Jaber comenta que o aumento do consumo da substância química está relacionado a diminuição da concentração da cocaína.
Os prejuízos causados pelo consumo de metanfetamina são um dos maiores na vida do usuário, causando grandes chances de dependência, explica o psiquiatra Bruno Branquinho em entrevista ao jornal Extra.
Dentre os diversos efeitos colaterais do uso de metanfetamina, estão: danos em vasos cerebrais, que podem levar o usuário a ter um acidente vascular cerebral, aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, alta na temperatura corporal, convulsão, desidratação e comportamento agressivo, com episódios de paranoia e ansiedade.
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CARTA CAPITAL
Famosas por defender cloroquina, médicas miram o Congresso
Mayra, Nise, Raissa, Roberta e Maria Emília. Cinco médicas conhecidas pela defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 são pré-candidatas a vagas no Senado e na Câmara dos Deputados. Elas têm em comum o fato de terem ficado conhecidas durante a pandemia por conta da predileção pela cloroquina. Os anúncios das pré-candidaturas foram divulgadas pelas médicas por meio de redes sociais.
Mayra Pinheiro (PL-CE) ficou conhecida como Capitã Cloroquina, após participar do desenvolvimento de aplicativo do governo federal que recomendava o medicamento. A CPI da Covid pediu o indiciamento de Mayra por crime de epidemia com resultado de morte, prevaricação e crime contra a humanidade. Nas eleições deste ano, a cearense disputará vaga na Câmara. Ao anunciar a pré-candidatura em seu perfil oficial no Instagram, ela afirmou:
"Que em 2022 o Brasil possa ter no Congresso Nacional a mais corajosa representação feminina da sua história". Em janeiro, a médica se manifestou a favor da decisão de Roraima de instituir os medicamentos hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina como protocolo.
Também com pedido de indiciamento pela CPI, na qual alegou que o "tratamento precoce" reduziu hospitalizações e mortes da doença, Nise Yamaguchi (PROS-SP) anunciou, ainda em dezembro, sua pré-candidatura ao Senado por São Paulo. Na ocasião, disse que se tratava de uma "batalha entre o bem e o mal" e que estava "disposta a enfrentar os desafios pós-Covid com ética, conhecimento científico e com a intenção verdadeira de salvar vidas". A oncologista e imunologista tem 158 mil seguidores nas redes.
Pré-candidata ao Senado, Raíssa Soares (PL-BA) foi secretaria de Saúde de Porto Seguro (BA). Ela ganhou visibilidade após gravar vídeo em que pedia ao governo federal que enviasse o kit Covid a Salvador. Hoje, ela soma 160 mil seguidores no Instagram. Nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) postou vídeo de apoio à candidatura.
"Ela que começou a ganhar notoriedade durante a pandemia e provou ser uma pessoa corajosa e destemida e agora tem aflorado também nas pautas conservadoras", disse.
A infectologista Roberta Lacerda (PL-RN) ficou conhecida ao se posicionar contra a vacinação. Ela, que mira no Senado, chegou a citar supostos casos de câncer provocados pelo imunizante da Covid e teve a conta suspensa nas redes sociais. Já Maria Emília Gadelha (PRTB-SP) também criticou a vacinação, agradando a bolsonaristas. Em seu perfil nas redes sociais, promoveu lives com temas como "Vacina para Covid-19 e os riscos para a saúde" e divulgou ações contra o passaporte sanitário. Ela quer ser deputada federal.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 34 novos casos e nenhuma morte nas últimas 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás notificou 34 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. O Estado não registrou mortes provocadas pela doença no mesmo período. É o que afirma o boletim divulgado neste domingo (10/4) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Com as atualizações, o território goiano já acumula 1.305.672infecções e 26.348 óbitos pelo novo coronavírus.
Segundo a Saúde de Goiás, ainda são investigados 769.931 casos e 321 mortes para saber se há alguma relação com a doença. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,02%.
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Assessoria de Comunicação
Palestra exclusiva para a Ahpaceg aborda o cenário da saúde e a segurança do paciente
Escrito por AdministradorExclusiva para associados da Ahpaceg, a palestra “Mercado de Saúde: A Relação entre Hospitais e Operadoras (Fusões e Aquisições no Brasil)” foi promovida pelo Ipog no dia 30 de março. Realizado no formato virtual, o evento teve como palestrantes a professora Gilvane Lolato e o enfermeiro e gestor de qualidade Erik Mikael Lemes.
Com um vasto currículo na área da saúde, incluindo mais de dez anos de atuação em Gestão da Qualidade em Saúde, Gilvane Lolato apresentou um panorama da saúde no Brasil em relação à quantidade de hospitais públicos e privados desde 2017 e mostrou que há uma tendência à redução do número de estabelecimentos e de leitos por mil habitantes. Ela observou ainda que a variação da quantidade de leitos é bem desigual de região para região.
Erik Lemes, enfermeiro e gestor de Qualidade, atualmente no Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente da Seguros Unimed, falou sobre a relação entre hospitais e os planos de saúde e movimentações no mercado, como as recentes aquisições de operadoras, o volume de recursos movimentados e a expansão de carteiras.
Ele também observou que os custos na saúde suplementar têm aumentado devido a fatores, como a incorporação de novas tecnologias sem tanta superioridade em eficiência e a remuneração baseada em fee for service. A otimização de oportunidades foi outro ponto abordado por Érik Lemes, que afirmou que o setor sempre vai procurar se adequar ao mercado.
Segurança do paciente
Mas, além do cenário do mercado de saúde, os palestrantes abordaram um dos principais pilares do trabalho da Ahpaceg: a segurança do paciente. Segundo Gilvane Lolato, as instituições precisam focar na melhoria contínua dos processos e aperfeiçoamento da qualidade e segurança da assistência.
A implementação desta cultura da segurança, de acordo com os palestrantes, passa pelo conhecimento e aplicação da legislação e regulamentação dos serviços de saúde e pelo envolvimento de profissionais e gestores de todos os setores da instituição.
Todos devem estar cientes e comprometidos com a segurança, participando de forma ativa deste processo. “Os profissionais precisam entender, compreender e se comprometer com a qualidade e segurança do trabalho dele e do colega”, afirmaram. As operadoras e os pacientes também precisam estar envolvidos neste processo.
A divulgação de dados em saúde, citou Erik Lemes, ainda é um tabu para todos, mas faz parte da cultura de segurança que consigam compartilhá-los buscando a melhoria contínua. “A operadora fideliza o hospital se ele mostrar que é mais resolutivo, mesmo que seja mais caro”, afirmou.