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Hospitais, clínicas e bancos de sangue da Ahpaceg suspendem atendimento pelo Imas
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Diante da falta de resposta da diretoria do IMAS (Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais) sobre os pagamentos em atraso e há mais de cinco meses sem receber pelos serviços prestados, hospitais, clínicas e bancos de sangue associados da Ahpaceg comunicam a suspensão do atendimento aos cerca de 80 mil usuários do Instituto.
Somente os atendimentos de urgência e emergência e aqueles já agendados serão mantidos.
A medida é extrema, mas se faz necessária diante da inviabilidade da manutenção da assistência, que tem um custo elevado, e da falta de compromisso por parte do Imas, que tem causado sérios prejuízos aos prestadores.
A suspensão do atendimento acontece após inúmeras tentativas de negociação com a diretoria do Imas. Os prestadores seguem abertos ao diálogo e na expectativa que o problema seja sanado e que os usuários possam voltar a ser atendidos.
Goiânia, 2 de fevereiro de 2022
Ahpaceg
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid- 19: Saiba tudo sobre como vai funcionar o autoteste
Covid 19: autoridades e médicos em alerta novamente
Brasil completa 14 dias de recordes na média de casos de Covid
Governo diz ao STF que vetou diretriz anticloroquina por 'assédio da imprensa' e da CPI
Brasil realiza o primeiro implante de pâncreas artificial
Queda sem precedentes em doações de sangue coloca bancos em alerta no Brasil e no mundo
Anvisa recebe 1º pedido para registro de autoteste de covid
SES-GO encerra testagem para covid-19 na rede estadual após duas semanas
Marido diz que médica não deve voltar a trabalhar em posto de saúde após ser agredida por ter pedido exame para dar atestado: ‘Medo’
Famílias denunciam falta de insumos para cirurgias cardíacas em Anápolis
JORNAL OPÇÃO
Covid- 19: Saiba tudo sobre como vai funcionar o autoteste
Por Gabriella Oliveira
O exame poderá ser aplicado por leigos
Na última sexta-feira, 28, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização de testes de Covid-19 que podem ser feitos por leigos, ou seja, sem ser por profissionais da saúde ou trabalhadores de farmácia. Os chamados autotestes, do tipo antígeno, podem ser utilizados por qualquer cidadão, em si mesmo ou em amigos e familiares.
Este teste já é amplamente usado em outros lugares, como na Europa. A Anvisa orienta que o autoteste de Covid-19 deve ser usado como triagem, para permitir o auto isolamento precoce e, assim, diminuir o fluxo de transmissão do vírus o mais rápido possível, além de evitar o sobrecarregamento dos laboratórios e postos de saúde.
Os autotestes são indicados para aplicação quando uma pessoa apresenta sintomas de Covid-19 ou quando ela teve contato com alguém que está infectado. Nessa situação, o recomendado é realizar o teste entre o 1º e 7° dia, após o aparecimento de algum sintoma. Caso dê positivo, a Anvisa recomenda que o paciente procure um médico para confirmar o resultado e buscar o tratamento necessário.
Apesar de já estarem autorizados pela Anvisa, os testes ainda não podem ser comprados ou encontrados no Brasil. Os fabricantes desse produto terão de entrar com pedido de registro junto à Anvisa e esta informará em seu site uma lista com as marcas permitidas a produzirem o autoteste. Dessa forma, quando o cidadão for comprar o produto, poderá checar se aquele fabricante realmente está licenciado para fazer a venda. Ainda não se sabe o valor desses testes.
Não será permitida, portanto, a venda por outros tipos de estabelecimentos ou a oferta de autotestes na Internet, em plataformas ou sites de empresas ou de qualquer outro tipo que não se enquadrem nas modalidades autorizadas.
Dentre as exigências feita pela Anvisa para os futuros fabricantes do autoteste, estão o requisito de que o conteúdo deve ter instrução para uso, guarda e descarte. Também devem conter, se preciso, ilustrações para exemplificar as formas de aplicação e a interpretação dos resultados (se positivo, negativo ou inconclusivo). Além disso, os fabricantes devem disponibilizar também um canal de atendimento para orientar consumidores e tirar dúvidas.
Mesmo com a futura comercialização desses testes, a Anvisa reitera que eles também podem dar falso negativo. Por isso, caso a pessoa sinta sintomas, mas o resultado diga que não é Covid-19, ela deve tomar os cuidados de usar máscara e, se preciso, repetir o teste dali a alguns dias ou procurar um médico.
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PORTAL R7
Covid 19: autoridades e médicos em alerta novamente
O isolamento de casos leves e moderados de Covid 19 foi alterado desde o começo do mês de janeiro deste ano. Ficou definido que o isolamento deverá ser feito por 7 dias, desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas e sem o uso de antitérmicos.
Contaminação
De acordo com o diretor de saúde global e doenças infecciosas da Escola Medicina de Medicina UNC, Myron Cohen, disse à CNN, 'Se você teve a infecção está se sentindo bem e vários dias se passaram, as chances são muito grandes de que você não esteja contagioso'
Se você e as pessoas ao seu redor usam máscaras, você está tomando as precauções adequadas de qualquer maneira, disse ele.
'Você não sabe quem em seu universo é infeccioso', disse Cohen. Só porque alguém teve Covid 19 há cinco dias, não significa que essa pessoa deve ser considerada mais perigosa. 'E a pessoa ao seu lado que nunca foi testada, é assintomático e tem mais cópias do vírus do que eu? Devíamos agir como presumíssemos que todo mundo tem Covid'.
Imunização
De acordo com médico Luís Fernando Correia, 'mais importante que a imunização que a Ômicron vai te causar, é a vacinação que deve estar em dia. Após contato com algum paciente o importante é se isolar até fazer o teste. Ao ar livre, ficar de máscara sem aglomeração.
De acordo com as novas orientações do Ministério da Saúde aqueles que realizarem testagem para Covid 19 com resultado negativo no 5º dia, poderão sair do isolamento, antes do prazo de 7 dias. Se o resultado for positivo, é necessário permanecer em isolamento por 10 dias a contar do início de 10 dias a contar do início dos sintomas.
O aumento nos casos de Covid vem preocupado as autoridades no país, o governo do estado de São Paulo antecipou para hoje (28) o início da vacinação de crianças de 5 a 8 anos.
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FOLHA DE S.PAULO
Brasil completa 14 dias de recordes na média de casos de Covid
País registrou 102.616 infecções e 442 mortes pela doença nesta segunda, dia em que os dados costumam ser menores
O Brasil completou 14 dias de recordes nas médias móveis de casos de Covid. O país registrou, nesta segunda-feira (31), 102.616 infecções e 442 mortes por Covid. Com isso, a média móvel de pessoas infectadas chegou a 188.451, um aumento de 125% em relação ao dado de duas semanas atrás.
O país agora tem 627.365 vidas perdidas para a Covid e 25.454.105 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.
A média móvel de mortes também continua crescendo. Ela agora é 565 óbitos por dia, aumento de 205%.
Às segundas, os dados da Covid são menores, por atrasos de notificação nas secretariais de saúde.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Os dados da vacinação contra a Covid-19 estão afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, com diversos estados sem atualização. De toda forma, as informações foram ao menos parcialmente atualizadas em 21 estados.
O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente. ?
O Brasil registrou 1.524.769 doses de vacinas contra Covid-19, nesta segunda. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 350.921 primeiras doses e 410.753 segundas. Também foram registradas 771.478 doses de reforço.
As doses únicas ficaram com dados negativos (-8.383), devido a revisões no Ceará (-9.752) e no Acre (-309).
Ao todo, 165.051.994 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -144.848.551 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 149.909.574 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país já tem 76,83% da população com a 1ª dose e 69,78% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 102,03% e 92,67%??.
O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 14,89%.
Considerando toda a população acima de 5 anos, 82,46% recebeu uma dose e 74,90% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.
?Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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Governo diz ao STF que vetou diretriz anticloroquina por 'assédio da imprensa' e da CPI
AGU reproduz argumentos de secretário do Ministério da Saúde e afirma que membros de comissão do SUS foram pressionados
O governo Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que vetou diretrizes de tratamento da Covid-19 por motivos como o "intenso assédio" da imprensa e da CPI da Covid sobre membros da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).
A mesma manifestação, assinada pela AGU (Advocacia-Geral da União), ainda cita "potenciais conflitos de interesse declarados e não declarados" de especialistas que elaboraram os textos rejeitados pelo Ministério da Saúde.
A Conitec aprovou por 7 a 6 a diretriz que contraindicava o uso dos medicamentos do "kit Covid", como a hidroxicloroquina, no tratamento ambulatorial. Ainda aceitou por unanimidade outras três diretrizes hospitalares, sendo que apenas uma dessas também analisava e rejeitava os medicamentos sem eficácia.
No último dia 21, o secretário de Ciência e Tecnologia da Saúde, Hélio Angotti, decidiu reprovar todos quatro textos, mesmo aquele aceito por unanimidade e que não citava o "kit Covid".
A argumentação da AGU reproduz parte de nota técnica assinada por Angotti para justificar o veto às diretrizes. O mesmo documento do secretário defendia a hidroxicloroquina e dizia que a vacina não funciona para a Covid, mas o trecho foi excluído após repercussão negativa.
O governo encaminhou essas justificativas ao Supremo na última sexta-feira (28), em ação do MDB que pede para a Saúde fixar protocolo ou diretriz de tratamento do novo coronavírus.
Além de citar os textos rejeitados, a AGU disse à Corte que a Saúde aprovou em junho de 2021 uma diretriz sobre uso de oxigênio, intubação orotraqueal e ventilação mecânica de pacientes. Esse texto foi elaborado pelo mesmo grupo de especialistas que mais tarde iria se opor ao "kit Covid".
"De mais a mais, houve a incorporação das vacinas da Fiocruz [ChAdOx-1 (vacina Covid-19 recombinante)] e a da Pfizer/Wyeth [BNT162b2 (vacina Covid-19)] para prevenção da COVID-19, no âmbito do SUS", afirma ainda a advocacia.
No documento enviado ao STF, a AGU reproduz 28 pontos listados por Angotti para rejeitar as diretrizes.
Entre eles, "repetidos vazamentos de informações com intenso assédio da imprensa e de agentes políticos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre membros da Conitec".
Com base na mesma nota do secretário, a AGU apontou "incerteza e incipiência" do cenário científico sobre a Covid-19, além da "necessidade de não se perder a oportunidade de salvar vidas".
A manifestação da AGU não entra em detalhes sobre os argumentos de Angotti.
Na nota técnica usada para rejeitar as diretrizes, o secretário cita reportagem da Folha ao declarar que foram "indevidamente divulgados" os pedidos dele para a Comissão de Ética Pública investigar o parecer que contraindica o "kit Covid".
Angotti também menciona uma nota do presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, "lamentando o assédio político em momento tão delicado da história da saúde pública em todo o mundo". O documento de Ribeiro foi uma resposta do presidente da entidade, que tem um representante na Conitec, às críticas da CPI da Covid.
No relatório final, os senadores da CPI sugeriram que Angotti seja indiciado por incitação ao crime e epidemia com resultado morte.
Em outra ação no Supremo, a ministra Rosa Weber deu, no último dia 26, cinco dias para o governo explicar a argumentação de Angotti.
As diretrizes sobre a Covid-19, se aprovadas, não teriam poder de proibir médicos de utilizarem medicamentos como a hidroxicloroquina, mas representariam uma mancha às bandeiras negacionistas de Bolsonaro.
Isso porque o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, passaria a reconhecer as orientações contrárias ao chamado tratamento precoce, ou seja, ao uso de medicamentos sem eficácia.
Como mostrou a Folha, a ala pró-cloroquina do governo atuou para boicotar a discussão da Conitec. Também articula a troca no comando do órgão.
Ao assumir o Ministério da Saúde, em março de 2021, Marcelo Queiroga anunciou que promoveria o debate na Conitec para encerrar a discussão sobre o uso do kit Covid. Ele indicou o médico e professor da USP Carlos Carvalho, contrário aos fármacos ineficazes, para organizar grupo que iria elaborar os pareceres.
Queiroga, porém, modulou o discurso e tem investido em agrados a Bolsonaro para se agarrar ao cargo. Na semana passada, ele rejeitou um pedido de secretários de saúde e estados e municípios para rever imediatamente a decisão de Angotti, e colocar em vigor as diretrizes anticloroquina.
Queiroga disse que o texto só poderia ser derrubado agora se houvesse "flagrante ilegalidade".
Os textos que contraindicavam o kit Covid foram aprovados em junho e dezembro de 2021 pela Conitec, mas a publicação das diretrizes estava sendo postergada por Angotti.
Especialistas e sociedades médicas que participaram da elaboração da diretriz preparam um recurso ao ministério para reverter a decisão de rejeitar o texto.
Devem assinar o recurso a Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e a AMB (Associação Médica Brasileira), além de Carvalho.
"Sou a instância administrativa final. Não posso [revogar a decisão], em ofício, salvo em situações de flagrante ilegalidade", disse Queiroga no último dia 27.
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PORTAL G1
Brasil realiza o primeiro implante de pâncreas artificial
A tecnologia, utilizada nos Estados Unidos e Europa, foi aprovada pela Anvisa, a um custo de quase R$ 20 mil. A Associação Diabetes Brasil diz que vai pedir ao Ministério da Saúde que avalie o fornecimento do aparelho por meio do SUS.
O primeiro implante de um pâncreas artificial no Brasil foi realizado numa curitibana que sofre de diabetes.
O kit de emergência está sempre à mão. Glicose para manter o nível de açúcar no sangue. A Larissa, de 30 anos, sofre de diabetes tipo 1, quando o organismo deixa de produzir insulina ou produz uma quantidade muito pequena. Por isso, ela tem que acordar várias vezes à noite para fazer esse controle.
'Quando a gente não dorme bem, você não consegue trabalhar, não consegue mesmo até cuidar da diabetes, você tem que se alimentar direito, fazer exercício', conta a assessora judiciária Larissa Strapasson.
'Quando a gente não dorme bem, você não consegue trabalhar, não consegue mesmo até cuidar da diabetes, você tem que se alimentar direito, fazer exercício', conta a assessora judiciária Larissa Strapasson.
O alívio veio com um aparelhinho, que Larissa implantou nesta segunda-feira (31) na barriga, num procedimento rápido, sem cirurgia.
O chamado pâncreas artificial carrega um reservatório de insulina e está ligado a um sensor que mede o nível de açúcar no sangue a cada cinco minutos. Ele recebe a informação via bluetooth, uma tecnologia que permite conectar aparelhos sem necessidade de fio.
Quando preciso, o pâncreas libera o hormônio, que é aplicado automaticamente, na dose certa. O aparelho consegue estabilizar a glicemia e mantém os níveis de açúcar por mais tempo dentro da meta estabelecida pelos médicos. E isso, a longo prazo, traz muitos benefícios para o paciente.
'No futuro, essa pessoa vai ter menos complicações do diabetes; entre elas: complicações visuais que podem levar até a cegueira, complicações cardíacas, complicações nos rins, risco de amputações', explica o endocrinologista André Vianna.
'No futuro, essa pessoa vai ter menos complicações do diabetes; entre elas: complicações visuais que podem levar até a cegueira, complicações cardíacas, complicações nos rins, risco de amputações', explica o endocrinologista André Vianna.
A tecnologia, desenvolvida nos Estados Unidos, já é usada lá e também na Europa. Aqui no Brasil, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a um custo de quase R$ 20 mil. A Associação Diabetes Brasil diz que vai pedir ao Ministério da Saúde que avalie o fornecimento do aparelho por meio do SUS.
"Se houver recomendação do médico para esse tipo de equipamento, eu acho que é de extrema importância a gente tentar lutar pela causa', afirma Lucas Galastri, presidente da associação.
"Se houver recomendação do médico para esse tipo de equipamento, eu acho que é de extrema importância a gente tentar lutar pela causa', afirma Lucas Galastri, presidente da associação.
Com a novidade na cintura, a Larissa planeja engravidar ainda esse ano. Um sonho que ela vinha adiando há anos por causa do diabetes.
"Acredito que vai trazer muitas alegrias, muitas felicidades, vai trazer vida para casa, para família toda...Vida nova', celebra Larissa.
"Acredito que vai trazer muitas alegrias, muitas felicidades, vai trazer vida para casa, para família toda...Vida nova', celebra Larissa.
O Ministério da Saúde afirmou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS ainda não recebeu nenhum pedido sobre o pâncreas artificial.
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Queda sem precedentes em doações de sangue coloca bancos em alerta no Brasil e no mundo
Fundação Pró-Sangue, em SP, estoques de vários tipos de sangue estão em nível emergencial; Sistema de saúde dos Estados Unidos vive uma de suas maiores crises em uma década e a maioria dos hospitais do país está funcionando sem reservas suficientes de sangue.
Em feriados prolongados ou de meses de férias, como janeiro, é comum que os estoques fiquem mais baixos no banco de sangue da Fundação Pró-Sangue, que abastece mais de cem hospitais da região metropolitana de São Paulo com estoques essenciais para salvar a vida de vítimas de acidentes, pacientes em tratamento ou com complicações de saúde.
Mas a médica Helena Sabino nunca viu uma escassez tão longa quanto a vivida atualmente.
"Se é uma crise sem precedentes? Acho que sim. Porque já tivemos crises piores (de falta de sangue), mas pontuais, de curta duração", diz a médica à BBC News Brasil.
"Neste ano está bem mais difícil para bancos públicos e privados de sangue. Todo mundo está restringindo o que se usa em transfusões."
"Neste ano está bem mais difícil para bancos públicos e privados de sangue. Todo mundo está restringindo o que se usa em transfusões."
No dia em que conversou com a reportagem, em 31 de janeiro, todos os tipos negativos de sangue estavam em nível emergencial - o nível mais crítico - na Fundação Pró-Sangue.
A meta do órgão (ligado ao governo paulista) é coletar mensalmente em torno de 9,5 mil bolsas de sangue, mas o mês de janeiro se encerrou com uma coleta em torno de 8 mil bolsas.
E se a situação é delicada na Fundação Pró-Sangue (que é referência no país e tem seis postos para atendimento a doadores), o problema tende a ser ainda mais agudo em bancos de sangue menores.
"Alguns hospitais que tinham seus próprios bancos de sangue têm nos procurado" por estarem sem estoque, agrega Sabino.
"Alguns hospitais que tinham seus próprios bancos de sangue têm nos procurado" por estarem sem estoque, agrega Sabino.
A médica ressalta que, até o momento, nenhum paciente deixou de ser atendido por causa da escassez atual na Grande São Paulo.
"Mas se você (hospital) me pede fornecimento, nós temos que fornecer com restrição. Se tenho 50% de estoque, vou atender com 50% do que me pedem e daí avaliar as demandas caso a caso, a pedido dos hospitais. Temos de orientar os médicos a não usarem quando o paciente puder esperar. É mais trabalhoso e tudo fica mais vulnerável."
Doações caíram na pandemia
Logo no início, em 2020, a pandemia de Covid-19 fez caírem muito as doações de sangue, em um momento em que as pessoas tinham mais medo de sair de casa e evitavam ao máximo buscar unidades de saúde.
"Mas, apesar dessa queda drástica, o consumo de sangue estava mais restrito, porque não havia tantos acidentes de trânsito e o paciente de Covid-19 não usava tanto sangue, só quando tinha complicações mais sérias", detalha Sabino.
Agora, porém, com a volta da circulação das pessoas, dos acidentes de trânsito e das cirurgias (muitas das quais estavam represadas), o consumo voltou a crescer - mas as doações continuam em um patamar aquém do ideal.
Com o agravante do avanço da variante ômicron, que fez o Brasil bater sucessivos recordes de novas infecções diárias pelo coronavírus e dificultou as doações de sangue - pessoas com diagnóstico ou suspeita de Covid-19 têm de se isolar e esperar dez dias após sua recuperação completa para doar sangue, segundo norma do Ministério da Saúde (veja mais detalhes sobre como doar ao fim da reportagem).
Ou seja, a demanda por sangue voltou a crescer no país, mas a oferta não tem conseguido acompanhar esse crescimento.
'Crise nacional' de falta de sangue nos EUA
A queda de doações de sangue por conta da pandemia tem sido observada em vários países.
No Reino Unido, em outubro de 2021, o centro de sangue e transplantes do sistema de saúde público britânico (NHS) acendeu alerta depois de o suprimento ter caído para níveis "críticos". Na Escócia, por exemplo, o número de doadores era o mais baixo em todo este início de século, segundo dados de dezembro.
Mas é nos Estados Unidos que o problema se converteu em uma crise nacional - e uma das mais graves da história recente, resultando em remarcação forçada de cirurgias, fechamento temporário de centros médicos para novos pacientes e adiamento de tratamentos vitais.
A situação é tão complicada que, na segunda semana de janeiro, a Cruz Vermelha americana, que fornece 40% dos hemoderivados utilizados pelos centros médicos do país, declarou pela primeira vez na história uma "crise nacional" por falta de sangue.
Em comunicado com os Centros de Sangue dos Estados Unidos e a Associação para o Avanço do Sangue e Bioterapias, a organização humanitária declarou que alguns hospitais só tinham fornecimento de certos tipos de sangue por menos de um dia, o que constitui "um nível perigosamente baixo".
"Se o suprimento não se estabilizar em breve, o sangue que salva vidas pode não estar disponível para alguns pacientes quando eles precisarem", alertou a Cruz Vermelha.
De acordo com dados oficiais, desde março do ano passado houve uma queda geral de 10% nas doações de sangue em todo os Estados Unidos, enquanto uma diminuição de 62% foi relatada nas campanhas de doação em escolas e universidades.
Como explica a médica Emily Coberly, especialista em hematologia da Cruz Vermelha americana, desde o ano passado os hospitais têm recebido menos sangue e, atualmente, até um quarto da demanda hospitalar não pode ser atendida.
"Chegamos a um ponto em que os médicos precisam decidir todos os dias quais pacientes recebem uma transfusão e quais não não vão receber. E isso é de partir o coração", diz.
"Chegamos a um ponto em que os médicos precisam decidir todos os dias quais pacientes recebem uma transfusão e quais não não vão receber. E isso é de partir o coração", diz.
"As cirurgias estão sendo canceladas às vezes no último minuto. Há pessoas que têm câncer que precisam de uma transfusão e estão sendo mandadas para casa sem recebê-la. Há centros de trauma que estão chegando ao ponto de esgotar suas reservas de emergência para casos como um paciente que chega gravemente ferido, com sangramento após um acidente, ou alguém com hemorragia pós-parto", diz Coberly.
Esse foi o caso do Harbor-UCLA Medical Center, na Califórnia, que, no mês de janeiro, chegou a precisar deixar de internar pacientes por mais de duas horas por falta de sangue, algo que, segundo autoridades locais, nunca tinha acontecido em 30 anos de existência do hospital.
'Uma tempestade perfeita'
Segundo Coberly, várias circunstâncias coincidiram para o agravamento do problema, criando "uma tempestade perfeita".
"O mês de janeiro (inverno no hemisfério Norte) costuma ser uma das épocas mais difíceis do ano para se coletarem hemoderivados suficientes para atender às necessidades dos pacientes. Além disso, doenças sazonais, como a gripe, deixam os doadores temporariamente incapazes de doar sangue", diz ele.
"Desde março de 2020, como resultado da Covid-19 e do lockdown, vimos um declínio na participação de doadores. E também enfrentamos desafios como o cancelamentos de doações de sangue e limitações de funcionários para executá-las", diz a médica Jennifer Andrews, diretora do banco de sangue do Vanderbilt University Medical Center, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Já Ellen Klapper, diretora de Medicina Transfusional e Serviços de Doação de Sangue do Hospital Cedars-Sinai, na Califórnia, acrescenta que o aumento nas infecções pela variante ômicron complicou ainda mais o cenário.
"Este último aumento de casos e a natureza generalizada das infecções atuais realmente viraram tudo de cabeça para baixo. E isso porque os doadores não estão apenas doentes, mas podem estar em casa cuidando de familiares que estão doentes, isolados ou em quarentena", explica.
Coberly ressalta que já ocorreram outras crises por dificuldades em responder à demanda por sangue, mas as circunstâncias fazem do momento atual um dos mais críticos.
"É verdade que de vez em quando sentimos falta de sangue, mas temos estratégias para minimizar o impacto nos pacientes durante o período em que a oferta é limitada ou curta, com o mínimo de interrupção (no fornecimento)", explica.
"A diferença agora é que a escassez é mais grave e prolongada. Foram meses sem conseguir atender a demanda hospitalar, o que levou a esta circunstância realmente grave. Estamos limitando a quantidade de sangue que vai para os hospitais."
Andrews ressalta que a falta de sangue, juntamente com infecções por Covid entre os funcionários, levou seu hospital, o principal centro de trauma da região de Nashville, a ser forçado a cancelar cirurgias.
"A situação aqui é terrível: temos que tomar decisões individuais sobre os pacientes não apenas todos os dias, mas várias vezes ao dia", conta.
"A situação aqui é terrível: temos que tomar decisões individuais sobre os pacientes não apenas todos os dias, mas várias vezes ao dia", conta.
Ao contrário de outros tratamentos em que é possível mudar a estratégia ou o medicamento, "não há alternativa ao sangue".
"Sou hematologista pediátrica e, às vezes, quando um de meus pacientes precisa de uma transfusão de glóbulos vermelhos, mas não tenho o suficiente para dar a ele, os parentes me perguntam: 'Você pode prescrever algo diferente?'", explica.
"Não há mais nada que eu possa prescrever, infelizmente. Então eles só precisam esperar até que tenhamos sangue suficiente", acrescenta.
Controvérsia
Nos EUA, o fato de que, embora as doações sejam voluntárias e não remuneradas, distribuidores e processadores como a Cruz Vermelha vendam o sangue para hospitais é um tema frequente de discussão em fóruns e redes sociais.
Os EUA têm uma poderosa indústria de plasma sanguíneo: os americanos fornecem dois terços do plasma usado em todo o mundo, em um mercado avaliado em US$ 24 bilhões (R$ 131 bilhões).
"A Cruz Vermelha é uma organização sem fins lucrativos e não lucramos com a coleta de sangue de doadores voluntários", diz Coberly.
"Os hospitais nos pagam por unidades de sangue, com as quais cobrimos o salário dos trabalhadores associados às doações, o custo da análise e processamento do sangue e todo o trabalho envolvido na coleta dessas unidades", afirma.
Outro ponto é que as autoridades federais não permitem a doação de sangue de homens gays que tenham relacionamentos com outros homens e uma vida sexual ativa (no Brasil, o Supremo Tribunal Federal derrubou em 2020 a restrição que proibia homossexuais de doar sangue).
A proibição nos EUA, que ainda vigora quase 40 anos após o início da epidemia de HIV, foi revisada no ano passado e reduziu a "quarentena" sem atividade sexual que é exigida para a doação de sangue. Antes, era um ano e, agora, são três meses. Porém, os motivos para a alteração não foram muito bem explicados pela comunidade científica.
"Certamente há evidências e razões científicas para mudar essas regras. Pessoalmente, não acho que essas regulamentações tenham acompanhado a ciência", diz Kappler.
Apelo à sociedade
Os especialistas consultados pela BBC News Mundo acreditam que a crise nos EUA pode durar semanas ou até meses, e que pode ter um impacto grande no sistema de saúde americano, já enfraquecido pelo aumento de internações por casos de Covid.
Klapper lembra que doar sangue é um gesto anônimo que salva vidas.
"Vemos isso nos hospitais todos os dias. Com um gesto como esse, outra pessoa pode ser trazida de volta à vida. Damos a vida, salvamos o outro quando lhe damos um pouco do nosso sangue", diz.
"Vemos isso nos hospitais todos os dias. Com um gesto como esse, outra pessoa pode ser trazida de volta à vida. Damos a vida, salvamos o outro quando lhe damos um pouco do nosso sangue", diz.
De volta ao Brasil, outros bancos de sangue, como o Hemocentro de Brasília, também registraram queda de 23% nas doações na primeira semana de janeiro - atribuída ao aumento nos casos de Covid-19 e de influenza.
No ano passado, o Ministério da Saúde calculou que, ao longo de 2020, primeiro ano da pandemia, as doações de sangue caíram 10% em todo o Brasil. Mas o remanejamento de bolsas de sangue entre os diversos Estados impediu que houvesse escassez, segundo a pasta.
Em nota em 28 de janeiro deste ano, o ministério afirmou que, entre janeiro e setembro de 2021 houve uma ligeira alta (de 4%) nas doações em relação ao mesmo período de 2020. Mas advertiu que períodos de férias, como inícios de ano, são de alerta, já que as doações ficam mais escassas, mas acidentes e complicações de saúde "não param de acontecer".
Uma única doação é capaz de salvar até quatro vidas, informa a pasta.
"Hoje cerca de 1% a 2% da população brasileira é doadora de sangue. Se dobrássemos isso para 4%, ficaríamos em situação muito mais confortável", diz Helena Sabino, da Fundação Pró-Sangue.
Como doar sangue
Para ser doador de sangue no Brasil, é preciso ter entre 16 e 69 anos e pesar a partir de 50 kg e estar em boas condições de saúde (veja mais pré-requisitos e restrições aqui).
Vacinados contra a Covid-19 podem doar - basta aguardar dois dias depois da dose mais recente da CoronaVac ou sete dias dos demais imunizantes.
Quem tem diagnóstico ou suspeita de infecção pelo coronavírus e apresente sintomas, mesmo que leves, só deve doar depois de estar plenamente recuperado por dez dias.
Assintomáticos que tenham testado positivo para a Covid-19 também têm de esperar dez dias. Quem teve contato com pessoas que testaram positivo devem esperar sete dias, contados a partir do último dia desse contato.
Em São Paulo, a Fundação Pró-Sangue tem seis postos para atender doadores (apenas sob agendamento online) na capital paulista e região metropolitana. É possível doar também em hospitais públicos e privados de todo o país que tenham bancos de sangue próprios.
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PODER 360
Anvisa recebe 1º pedido para registro de autoteste de covid
Solicitação da Okay Technology é para um exame importado
A Anvisa recebeu a 1ª solicitação de registro de autoteste para a covid-19 desde que a agência liberou o diagnóstico no Brasil. A empresa Okay Technology fez a solicitação nesta 2ª feira (31.jan.2022). O pedido é para um exame importado de coleta por swab nasal.
A ECO Diagnóstica também afirmou ao Poder360 ter realizado a solicitação nesta 2ª feira. A empresa diz esperar a resposta em cerca de 15 dias. Afirmou que os autotestes da marca devem estar disponíveis nas farmácias na 1ª semana de março, se for aprovado. A Anvisa ainda não confirmou ter recebido o pedido.
O autoteste é um exame rápido de antígeno que pode ser feito pela própria pessoa, sem necessidade de ir à farmácia, laboratório ou hospital. O produto era proibido no Brasil.
A Anvisa autorizou a incorporação do exame na 6ª feira (28.jan.2022). Agora, é necessário que as fabricantes dos exames solicitem autorização à Anvisa antes que os produtos possam ser comercializados no país.
A Anvisa afirmou nesta 2ª feira (31.jan) que 'tem dado prioridade à análise dessas solicitações de registro, para que as mesmas sejam aprovadas no menor tempo possível'. Disse que avaliará a eficácia e segurança dos exames, além da regularidade da documentação técnica, acessibilidade das instruções de uso, armazenagem e descarte do produto para o usuário leigo.
Os primeiros autotestes de covid-19 devem chegar às farmácias no final de fevereiro. O preço deve variar de R$ 45 a R$ 75. A estimativa é da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial. A associação diz representar 70% do mercado brasileiro de diagnóstico in vitro.
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A REDAÇÃO
SES-GO encerra testagem para covid-19 na rede estadual após duas semanas
Após uma campanha de duas semanas de testagem para covid-19 em unidades estaduais de saúde, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) encerrou nesta segunda-feira (31/01) os testes, que agora continuam apenas nas redes municipais.
Segundo nota encaminhada pela pasta, ao longo das últimas duas semanas, com atendimento de segunda a sábado, foram realizados 97.649 testes. Destes, 28.463 foram positivos, cerca de 29,15%.
A campanha atendeu orientações do Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19 e contribuiu, com o crescimento da demanda, para desafogar as unidades municipais.
Veja a nota da SES abaixo.
RESPOSTA SES-GO
A propósito das questões formuladas por este veículo de comunicação sobre testagem da covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa o que segue:
- Ao longo de 12 dias foram testadas 97.649 pessoas nos hospitais estaduais, sendo que 28.463 apresentaram resultado positivo para a covid-19, o que equivale a uma positividade de 29,15%. A testagem seguiu as orientações do Plano Nacional de expansão da testagem para covid-19, com o intuito rastreamento e monitoramento dos casos positivos sintomáticos e assintomáticos. A ação estava programada para ser realizada durante duas semanas, conforme disponibilidade de testes.
- A partir desta semana, as testagens estão sendo realizadas nas unidades municipais em todo o Estado. Na última semana foram distribuídos, conforme pactuação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), 572.420 testes rápido de antígeno (TR-Ag) aos municípios, que continuarão testando os pacientes que procurarem os serviços, de forma racional.
- Em consonância com as novas diretrizes emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde, as recomendações atuais são:
Para as unidades de saúde:
- Uso criterioso dos TR-Ag independentemente do nível de atenção da unidade, priorizando os pacientes sintomáticos e seus contatos, além de focar no diagnóstico assistencial da covid-19.
- Notificação de todos os casos testados em até 24 horas nos sistemas oficiais.
Para a população geral, recomenda-se:
- Vacinação, conforme orientação por faixa etária.
- Reforço da higiene constante de mãos.
- Higiene e ventilação de ambientes.
- Distanciamento social.
- Uso sistemático de máscaras.
Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
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PORTAL G1 / GOIÁS
Marido diz que médica não deve voltar a trabalhar em posto de saúde após ser agredida por ter pedido exame para dar atestado: ‘Medo’
Profissional está se recuperando em casa e medicada. Suspeitos assinaram um TCO e foram liberados.
O marido da médica, que foi agredida por um casal após pedir exame para dar atestado, disse que a profissional não deve voltar a trabalhar na unidade de saúde de Novo Gama, local em que aconteceu a confusão. Gabriel Lacerda, que também é médico, disse que Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos, teve lesões na cabeça e que está muito abalada.
“Ela não vai voltar a atender lá na unidade não. Ela está com muito medo, muito abalada mesmo. Vai seguir com seus atendimentos de dermatologia”, disse o marido.
O marido disse ainda, nesta segunda-feira (31), que a esposa segue se recuperando, mas com muitas dores. Segundo ele, a mulher teve um traumatismo cranioencefálico, classificado como leve e uma lesão na região temporal.
“Ela está se recuperando. Ainda sente dor. Está tomando tramal agora na veia para aliviar. Sente dores na cabeça e dores musculares”, disse.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa deles para se manifestar sobre o caso até a última atualização dessa reportagem.
A agressão aconteceu na quinta-feira (27). Segundo o esposo da médica agredida, uma paciente disse que estava com Covid-19 e queria um atestado médico. Sabrina, então, disse que pediria um teste apenas para confirmar a situação e a atenderia.
“Insatisfeita por não receber o atestado, a paciente pegou a doutora pelos cabelos, a jogou no chão e começou a bater a cabeça dela contra a parede e o chão, além de dar socos”, disse o marido.
Gabriel estava na unidade no momento da agressão e foi tentar separar as duas. O esposo da paciente, então, teria entrado no meio e batido tanto na médica quando em Gabriel.
Funcionários da unidade ajudaram a separar a briga. Os suspeitos da agressão foram levados à delegacia, assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foram liberados.
Após a agressão, a médica foi atendida, medicada e se recupera em casa. O que fica, depois disso, é a sensação de indignação.
“Ao longo de dois anos que ela atua lá, nunca teve nada do tipo e você só vai ter comentários positivos da população sobre o atendimento”, disse o médico Gabriel.
A prefeitura da cidade divulgou nota de repúdio contra a agressão e disse que está tomando as medidas judiciais necessárias. "Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e se solidariza com as equipes e família", destaca a nota.
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TV ANHANGUERA
Famílias denunciam falta de insumos para cirurgias cardíacas em Anápolis
https://globoplay.globo.com/v/10258983/
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Assessoria de Comunicação
Nota de Pesar - Dr. Orlando Milhomem da Mota
Escrito por Administrador
A Ahpaceg, com imenso pesar, comunica o falecimento de seu ex-diretor Orlando Milhomem da Mota.
Nossas condolências e solidariedade à família e aos amigos.
Ao dr. Orlando, nossa homenagem e agradecimentos!
31/01/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Indústria farmacêutica quer política para o setor
País tem 330 mortes por covid em 24 horas
Hanseníase testes rápidos serão oferecidos na rede pública
Casal é suspeito de agredir médica com socos no rosto após ela pedir exame para dar atestado em Novo Gama
Médico preso por não atender delegado desabafa após ser solto pela Justiça: ‘Foi humilhante’
Criança de 12 anos morre com suspeita de Covid-19 após dizerem à família que era dengue
Avanço da Ômicron já faz governos adiarem volta das aulas presenciais
Doenças negligenciadas têm aumento em taxa de mortalidade
Em Aparecida, 76% dos pacientes em UTIs têm vacina atrasada ou não tomaram
Conjuntivite pode ser sintoma de infecção pela Covid-19
Criança morre em Aparecida de Goiânia por Covid-19 após ser diagnosticada com dengue
CORREIO BRAZILIENSE
Indústria farmacêutica quer política para o setor
Pandemia mostrou que o país é dependente de fornecedores externos de medicamentos, insumos e vacinas
Em meio à pandemia da covid-19, a maioria dos setores econômicos sofreu. Contudo, alguns ficaram em evidência e, comisso, solidificaram a própria importância para a sociedade como um todo. É o caso da indústria farmacêutica, que ganhou destaque diante da emergência sanitária deflagrada no início de 2020 e ainda vigente no mundo todo. Apesar de já consolidado, o setor farmacêutico brasileiro pôde aprender diferentes lições nesses dois anos. A maior delas é a de que é preciso reduzir a dependência externa quando se olha para os insumos farmacêuticos ativos. O Brasil, maior comprador do mundo na área da saúde, não pode depender de fornecedores estrangeiros para lidar com uma emergência de saúde pública. Em 2021, durante boa parte do ano, o país enfrentou atrasos na importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para produzir as vacinas contra a covid-19 no Brasil. Com capacidade para inovar e produzir, o país precisa de coordenação e planejamento de longo prazo para sanar o problema. É no que acredita Reginaldo Arcuri, presidente da Grupo FarmaBrasil (GFB), entidade que representa 14 empresas farmacêuticas de capital e controle brasileiros, entre elas as cinco maiores do país. Em entrevista ao Correio, ele, falou sobre os principais desafios do setor e como podem ser superados.
Qual a maior lição que a pandemia da covid-19 vai deixar para o setor farmacêutico?
A lição básica é de que precisamos reduzir a dependência externa quando falamos de insumos, medicamentos, fármacos e outros produtos. Ter uma indústria farmacêutica grande, de primeira qualidade e inovadora é estratégico para o país, é uma questão de segurança nacional. À gente vê que a pandemia de covid não acaba, e já enfrentamos surtos de influenza. E outros virão. Nós estamos com problemas para conseguir retomar os índices de cobertura vacinal para poliomielite, rubéola, sarampo, que acabamos perdendo. Então, é preciso ter capacidade local de produzir esses produtos. Temos que produzir mais insumos farmacêuticos ativos. Nossas empresas, inclusive, trabalham junto a vários núcleos de universidades que desenvolvem vacinas nacionais para covid-19, para gripe, e temos certeza de que, neste ano, vamos ter fabricação local dessas vacinas . Além disso, ficou demonstrado um outro tipo de problema. Os medicamentos para intubação, que são relaxantes musculares, analgésicos e opióides, são muito antigos e as multinacionais já pararam de fabricá-los há muito tempo. Quem fabrica no Brasil são as empresas nacionais, e foi necessário quintuplicar essa produção. Então, essa é uma indústria estratégica, que tem que ser tratada dessa forma, ter planos de longo prazo e planejamento articulado entre o setor privado e o governo. Parece simples, mas é difícil de fazer.
O que é preciso para reduzir essa dependência do setor externo quando falamos de insumos e medicamentos?
É necessário ter uma lei que diga claramente que esse setor é estratégico para o país e precisa ter um tratamento de coordenação e planejamento de longo prazo. É basicamente isso que o Projeto de Lei nº 2. 583 faz, e nós apoiamos o PL do deputado Luizinho (PP-RJ) desde o início. Já fizemos debates com ele e com o relator, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), porque consideramos que esse é um passo essencial. Estamos com grandes esperanças de que ele seja aprovado. O deputado Luizinho tem ainda a ideia de criar no Legislativo um instituto para discutir permanentemente as questões do complexo industrial de saúde. Achamos que o caminho é esse. Além disso, esperamos que o Executivo volte com um instrumento de coordenação como era o Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), para que a gente possa construir, no Ministério da Saúde, mecanismos de diálogo e planejamento.
O senhor citou a queda da cobertura vacinal de doenças já controladas no país. Com a covid-19, também vemos resistência de uma parcela da sociedade com a vacina. Como vê esse negacionismo e o movimento antivacina?
Isso é a maior peste que a humanidade está sofrendo, porque é uma coisa que mistura tudo o que a humanidade tem de pior: a burrice, as questões ideológicas, negacionistas, a falta de preocupação com a saúde coletiva e, principalmente, com a saúde das crianças. Isso é a coisa mais perigosa que o mundo está vivendo, que é querer negar o que é a salvação. Aqui no Brasil, por exemplo, os números da covid-19 só começaram a cair sistematicamente por causa da vacina. Com relação a outras doenças, vimos o país perdendo a cobertura vacinal de várias delas. O problema é que essas enfermidades ainda matam. Tem várias doenças para as quais a cobertura vacinal tem que ser superior a 95%. Vacina não é um problema de decisão individual. É um problema de saúde coletiva.
Se você tem um grupo de pessoas que se recusa a proteger a saúde de todos, isso é uma coisa criminosa. Não tem outro termo.
Ainda falando sobre vacinas, o que representa a produção de imunizante da Pfizer no Brasil a partir de 2022?
É um passo importante, mas nesse caso ainda se trata do procedimento final. O importante é que a gente tenha capacidade de produzir vacinas e medicamentos desde o início, desde o desenvolvimento do princípio ativo. Isso não é uma coisa que as indústrias possam fazer sozinhas, porque quem compra vacina é governo, aqui e no mundo inteiro. Temos insistido com o governo que precisamos de uma definição clara do que vai ser necessário para covid, para influenza, não só neste, mas nos próximos anos, porque são campanhas anuais. Então, é muito importante que se tenha esse equilíbrio do que os laboratórios públicos vão produzir - esse tipo de produto, sem dúvida, em boa parte tem que ser produzido pelos laboratórios públicos - e as vacinas e medicamentos que deverão ser produzidos pela indústria privada.
A produção da vacina da Pfizer no Brasil, mesmo sendo uma etapa final, pode reduzir o custo do imunizante para o governo?
Sim, mas não posso dizer exatamente quanto, porque isso envolve uma operação entre empresas privadas. Mas é o que sempre acontece. A produção no Brasil reduz muito os custos para o consumidor brasileiro e para o sistema público de saúde. Isso acontece, por exemplo, com os anticorpos monoclonais. Eles representam 10% das compras físicas do Ministério da Saúde para fornecimento no SUS e consomem 60% do orçamento, porque são caríssimos. Então, a produção no Brasil está reduzindo muito esses custos. É uma lei básica de mercado: na medida que há mais ofertantes capazes de suprir a demanda, o preço tem que cair.
Como avalia as ações e desempenho da Anvisa durante a pandemia? A agência foi rápida para aprovar medicamentos e vacinas?
A Anvisa enfrentou de cabeça erguida e com muita segurança duas coisas. Primeiro, a necessidade de continuar cumprindo a missão essencial dela, que é analisar medicamentos novos ou que queiram entrar no mercado brasileiro, para garantir que eles possam ser tomados pelas pessoas com segurança, qualidade e eficácia. A segunda coisa extremamente importante foi não ter arredado pé dessa missão, mesmo com todos os ataques que sofreu do Executivo, do Legislativo e de negacionistas. E isso foi extremamente relevante, porque a Anvisa certamente está em um processo de aprendizado que vai gerar, para o futuro, métodos que permitam avaliações mais rápidas, mantendo o essencial, que é garantir a segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos que estão no mercado brasileiro. Durante a pandemia, a Anvisa manteve a capacidade de analisar rapidamente esses aspectos, dando autorizações para uso emergencial. O grande mérito da Anvisa foi o de, em uma situação de extrema tensão, conseguir fazer o que tinha de ser feito. A agência está saindo mais forte e mais respeitada, cumprindo o seu dever como país.
Apesar de já ter alguns medicamentos contra a covid-19 autorizados pela Anvisa, até o momento não temos nenhum incorporado ao Sistema Unico de Saúde. Qual a importância de um medicamento para tratar covid nesse momento em que já temos vacinas eficazes?
Não vou dar uma opinião de médico, porque não sou, mas você tem vários fenômenos. Em alguns momentos, tem um ataque mais forte do vírus e é necessário um combate mais eficaz - e os medicamentos estão funcionando nessa linha. Além disso, têm sido vistas sequelas depois da fase aguda da doença. Tem gente, há meses, sem olfato, que continua com sintomas de cansaço. Então, os medicamentos estão sendo testados para poder reduzir esses efeitos de longo prazo da covid. Em outros casos, estão sendo desenvolvidos medicamentos para prevenir ou interromper os efeitos do vírus nos primeiros dias. Vamos ter um arsenal de medicamentos.
Como a indústria farmacêutica enxerga a pesquisa clínica no Brasil? Como podemos desenvolver essa área?
Hoje, você só desenvolve medicamentos entendendo a doença, e só entende a doença e os efeitos do medicamentos sobre ela quando estuda isso nos humanos, depois das fases anteriores. Ter testes clínicos é essencial. Além disso, é um campo de negócios específico. Há empresas especializadas, com profissionais de altíssima qualificação. O Brasil ganhará muito quando tiver uma legislação de pesquisa clínica mais moderna. Há um projeto de lei, nº 7. 082, que está pronto para ser votado na Câmara dos Deputados, e eu pedi ao presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), para que pautasse esse projeto. Toda indústria está a favor disso, para que a gente possa ter uma legislação mais atualizada. Ninguém quer fazer testes clínicos sem controle dos aspectos éticos, sem preservar os padrões de qualidade e sem garantir que os resultados vão ser controlados nos mais altos níveis científicos. Mas precisamos que haja uma decisão rápida. Não é que o projeto vá permitir menos controle. Ao contrário, vai dar mais previsibilidade sobre os prazos e os processos de definição.
Ter uma indústria farmacêutica grande, de primeira qualidade e inovadora é estratégico para o país, é uma questão de segurança nacional"
"Vacina não é um problema de decisão individual. É um problema de saúde coletiva. Se você tem um grupo de pessoas que se recusa a proteger a saúde de todos, isso é uma coisa criminosa. Não tem outro termo"
»Entrevista | REGINALDO ARCURI PRESIDENTE DO GRUPO FARMABRASIL
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País tem 330 mortes por covid em 24 horas
O número de mortes por covid-19 no Brasil subiu para 626. 854. Em 24 horas, foram registradas 330 mortes. Segundo os números publicados pelo Ministério da Saúde na noite de ontem, 134. 175 novos casos de covid-19 foram diagnosticados em 24 horas, informa a Agência Brasil. O país soma 25. 348. 797 ocorrências da doença desde o início da pandemia. Há ainda 3. 133 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação. Os óbitos pela síndrome somaram 766 nos últimos três dias.
O boletim também mostra que a taxa de casos ativos aumentou e a taxa de recuperação caiu. No momento, 87, 4% do total de infectados são considerados livres de sintomas. A taxa chegou a 96, 2% em dezembro, antes da chegada da variante ômicron ao Brasil.
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (157. 854), Rio de Janeiro (69. 878), Minas Gerais (57. 306), Paraná (41. 191) e Rio Grande do Sul (36. 863). Já as unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1. 868), Amapá (2. 039), Roraima (2. 096) , Tocantins (3. 997) e Sergipe (6. 093).
O painel de vacinação do Ministério da Saúde registra que 355. 702. 862 doses de vacinas diversas já foram aplicadas. Destas, 164, 7 milhões são referentes à primeira dose, enquanto 151, 7 milhões são relativas à segunda dose. As doses de reforço chegaram a 38, 6 milhões.
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TV RECORD
Hanseníase testes rápidos serão oferecidos na rede pública
https://www.youtube.com/watch?v=MzOMNGPeua4
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PORTAL G1
Casal é suspeito de agredir médica com socos no rosto após ela pedir exame para dar atestado em Novo Gama
Segundo testemunha, paciente disse que estava com Covid-19, mas não apresentou laudo. Por isso, profissional solicitou o teste, o que causou revolta na moradora.
Por Rafael Oliveira e Tarciane Vasconcelos, g1 Goiás e TV Anhanguera
Um casal é suspeito de agredir uma médica com puxões de cabelo e socos no rosto por causa de um atestado de Covid-19, em um posto de saúde de Novo Gama, no Entorno do DF (veja o vídeo acima). O esposo da médica, que também estava de plantão na unidade, tentou separar a briga, segundo a ocorrência.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar sobre o caso.
O casal foi conduzido pela Guarda Civil para a delegacia na noite de quinta-feira (27), junto com a profissional, onde assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal e foram liberados.
A médica foi identificada como sendo a dermatologista Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos. Ela fazia plantão na unidade como clínica geral no dia da agressão. Ela sofreu ferimentos no rosto, segundo a corporação.
A prefeitura da cidade divulgou nota de repúdio contra a agressão e disse que que está tomando as medidas judiciais necessárias. "Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e se solidariza com as equipes e família", destaca a nota.
Segundo o médico Paulo Henrique Lino, colega de trabalho da profissional, a paciente estava acompanhada do marido, com sintomas de Covid-19 e queria um atestado. Mas a médica solicitou um teste rápido para a doença com o objetivo de confirmar se a mulher estava contaminada.
"Nesse momento, a paciente se alterou muito. A médica pediu para ela ter calma, que iria só pedir o teste, mas que a atenderia normalmente. Aí ela começou a agredir a médica, puxando o cabelo, jogou ela no chão, deu socos", esclareceu Paulo Lino.
Ainda de acordo com o médico, o marido da paciente entrou na briga e a agrediu quando ela estava caída no chão.
A médica foi identificada como sendo a dermatologista Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos. Ela fazia plantão na unidade como clínica geral no dia da agressão.
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PORTAL MAIS GOIÁS
Médico preso por não atender delegado desabafa após ser solto pela Justiça: ‘Foi humilhante’
Fábio afirma que chegou a pensar em se mudar de Cavalcante, no nordeste de Goiás, onde tudo aconteceu
O medico Fábio Marlon Martins França, que foi preso por não atender um delegado com prioridade na última quinta-feira (27), disse que se sentiu muito constrangido com a situação. Na versão da Polícia Civil, o profissional foi preso por exercício ilegal da medicina, desacato e lesão corporal. O médico, no entanto, tem permissão para atuar na medicina.
Fábio afirma que chegou a pensar em se mudar de Cavalcante, no nordeste de Goiás, onde tudo aconteceu. Mas ao ver o apoio que teve da população, mudou de ideia. Ele classifica a situação que viveu como um ‘abuso’. “Eu acho que qualquer um na minha situação não aceitaria ser preso ilegalmente. Foi um excesso, foi um abuso, foi humilhante”, disse em entrevista do G1.
Segundo o médico, o delegado Alex Rodrigues queria ser atendido com prioridade após testar positivo para Covid-19. Fábio no entanto se negou atendê-lo primeiro que outros pacientes, o que gerou uma discussão no hospital.
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Criança de 12 anos morre com suspeita de Covid-19 após dizerem à família que era dengue
Mãe afirma que filho foi vítima de negligência dos servidores do cais Nova Era
A família de Kauan Victor Gomes da Costa Nunes, de 12 anos, foi surpreendida na última sexta-feira (28) com a notícia de que a criança havia morrido em função de sequelas da covid-19 depois de ter sido informada por profissionais de saúde do Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia, que a criança estava com dengue.
A mãe de Kauan, Tatiane Gomes da Costa, enterrou o filho no último sábado. Ela afirma que vai processar judicialmente os servidores da unidade por entender que foram negligentes e não trataram da criança como deveriam. “No cais não fizeram exame de Covid e, apesar disso, a médica me falou que essa hipótese estava descartada. Deram a ele soro e dipirona e nos mandaram para casa”.
Kauan sentiu-se mal pela primeira vez no domingo passado (23). Queixou-se de dor nas pernas e estava com febre. Ele chegou ao Cais com a mãe por volta de 14 horas e foi liberado no começo da noite – depois de exames que supostamente não detectaram nada de grave no paciente, segundo a mãe.
Kauan voltou a reclamar de mal-estar no dia seguinte e Tatiane o levou mais uma vez ao Nova Era. “Deram soro e dipirona de novo. Aí, pediram exame de sangue e urina. Falaram primeiro que era infecção no sangue, depois dengue. Internaram-no de segunda à quarta. Como não melhorou, resolveram transferir o meu filho para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP)”.
A mãe diz que ouviu uma enfermeira chamar a atenção de outra servidora no cais Nova Era por causa da quantidade de soro que estava sendo aplicado em Kauan. “Uma disse para outra que aquilo estava errado, mas não adiantou. O tratamento foi totalmente equivocado”.
No HMAP, Tatiane afirma que foi informada de que a criança estava com sequelas decorrentes da Covid. Realizou-se um teste para detecção de dengue, que deu negativo.
Segundo a mãe da criança, as sequelas da Covid evoluíram rápido e ele morreu no começo da manhã da última sexta (28). O atestado de óbito dele, a que o Mais Goiás teve acesso, confirma que Kauan morreu por volta de 8h em decorrência da infecção por coronavírus. Ele sofreu insuficiência respiratória aguda, hemorragia pulmonar e digestiva, além de síndrome inflamatória multissistêmica.
Prefeitura afirma que criança não estava com Covid-19
A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) afirma que o paciente Kauan Victor Gomes da Costa Nunes deu entrada no Cais Nova Era no dia 25 de janeiro, relatando febre e dores musculares há quatro dias. A pasta diz que a equipe do Cais deu assistência e solicitou exames laboratoriais e de imagem para auxílio do diagnóstico. Com quadro sugestivo de dengue, foi solicitada a transferência do paciente para unidade hospitalar.
Em nota, a SMS afirma que em menos de 24 horas, no dia 26 de janeiro, o paciente foi transferido para o Hospital Municipal de Aparecida (Hmap). A Secretaria diz ainda que foi realizado o exame RT-PCR para diagnóstico de Covid-19 e o resultado foi negativo. De acordo com a secretaria, no Hmap, o paciente apresentou uma severa piora do quadro clínico e recebeu toda a assistência hospitalar possível.
No entanto, no dia 28 de janeiro, não resistiu e foi a óbito. A Secretaria alega que, devido ao quadro clínico do paciente, o caso será encaminhado para o Comitê Municipal de Investigação de Óbitos e Controle da Dengue.
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AGÊNCIA ESTADO
Avanço da Ômicron já faz governos adiarem volta das aulas presenciais
No Tocantins e em ao menos quatro capitais do País o retorno foi prorrogado; especialistas apontam que, com protocolos sanitários, a educação deve ser priorizada
Grande parte das redes públicas já iniciou ou prevê retomar aulas presenciais nas próximas semanas, mas a variante Ômicron atrasará a volta às escolas em ao menos uma rede estadual (Tocantins) e de todos ou parte dos alunos de quatro capitais (Belo Horizonte, Manaus, Belém, São Luís), além de Teresina, que terá rodízio. No interior e em regiões metropolitanas, há adiamentos do ensino presencial para abril.
Apesar da escalada do coronavírus no País, especialistas apontam que a educação deve ser priorizada - a maioria dos governos não tem adotado restrições mais duras em relação a shows, festas e jogos de futebol, por exemplo. Pesquisas mostram que é possível reduzir o risco de transmissão com protocolos, como testagem e máscaras reforçadas. O Brasil foi um dos países que ficaram mais tempo com colégios fechados, com grandes prejuízos de aprendizagem.
Em São Paulo e no Rio, por exemplo, as aulas presenciais voltam em fevereiro - isso vale para as redes municipal e estadual. Já o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), adiou a volta presencial das redes públicas e privada do dia 3 para o dia 14 nas turmas entre 5 a 11 anos, sob argumento de que é preciso avançar na vacinação e 'proteger a saúde de alunos, familiares, professores e funcionários de instituições de ensino'.
O sindicato de trabalhadores da rede municipal havia pedido o adiamento. Já a entidade local de colégios particulares criticou. A prefeitura destacou ainda que vai pagar R$ 100 às crianças da rede pública, que vão ficar sem merenda.
PROBLEMAS. Tocantins adiou do dia i.° para o dia 14. Além da alta da covid, as enchentes foram apontadas como motivo. Segundo o secretário da Educação, Fábio Vaz, o ensino será prioridade, mas é preciso mais tempo para preparar a estrutura escolar, sobretudo em cidades menores. 'Será feito diagnóstico em cada ciclo de ensino para definir o nível que o aluno está e serão oferecidos conteúdos para a recomposição', diz ele, que descarta adiar de novo.
A diarista Vânia Lopes, de 50 anos, tem sentimento dividido sobre a ida do filho Geo-vanne, de 16. 'Agente fica com medo, porque cada dia é um tipo de variante que está vindo', conta ela, do Tocantins. 'Mas voltar para a escola é melhor, porque aula presencial tem mais rendimento. Em casa, ele olhava na internet, tirava dúvidas e tudo, mas é complicado aprender', conclui.
Os alunos de Belém retornam de forma gradual e escalonada nas próximas semanas. 'A adoção do retorno gradual das aulas é necessária enquanto não se conclui o processo de imunização contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 anos', escreveu o prefeito Ed-milson Rodrigues (PSOL) nas redes sociais.
Em Manaus, a rede municipal começa dia 7, no modelo online. No anúncio da decisão, a prefeitura disse seguir orientações dos órgãos de saúde e cuidar da segurança de todos.
São Luís empurrou a volta do dia i.° para o dia 22, sob justificativa da covid e outras doenças gripais. Segundo informe da capital maranhense, a decisão foi tomada em conjunto com representantes da área da Saúde e do Ministério Público e o ano letivo será cumprido.
Em Teresina, o modelo será híbrido, a partir do dia 7. Segundo a secretaria local, é cedo para o retomo 100% presencial, pois crianças de 5 a 11 anos ainda não estão vacinadas.
Em algumas cidades, o adiamento foi por tempo ainda maior. Jaboatão dos Guarara-pes - segundo município mais populoso de Pernambuco - passou a volta presencial para abril.
SEGURANÇA. A imunização do grupo de 5 a 11 anos começou quase um mês após o aval da Anvisa, por causa da resistência da gestão Jair Bolsonaro em iniciar a campanha na faixa etária. Júlia Ribeiro, porta-voz de educação da Unicef no Brasil, braço das Nações Unidas, defende que a vacinação não pode condicionar a volta às aulas. 'É preciso que as escolas estejam preparadas para ir atrás das crianças que não conseguiram estar ou deixaram a escola na pandemia; que deixaram de aprender', diz.
A epidemiologista Ethel Maciel diz que é possível pensar em volta escalonada, iniciando por adolescentes para esperar avanço da vacinação infantil, mas critica a falta de planejamento. 'Não tivemos investimento, como Estados Unidos e Europa. Aqui o protocolo é verificar temperatura - e no pulso. O valor é quase zero, já que muitas crianças são assin-tomáticas. Além de estarmos até hoje com professores com máscaras de tecido. Se houvesse distribuição de máscaras melhores e testes, já melhoraria.'
Com a Ômicron ainda em alta, serão desafios o cancelamento de aulas das classes onde houver alunos infectados e o afastamento de professores doentes, o que já dificultou a manutenção de escolas abertas no Reino Unido e nos EUA.
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AGÊNCIA BRASIL
Doenças negligenciadas têm aumento em taxa de mortalidade
A pandemia de covid-19 trouxe impactos para o atendimento em relação às doenças tropicais negligenciadas que passaram a registrar aumento da mortalidade, apesar da queda de internações.
Em 2020, a taxa de mortalidade para malária subiu 82,55%, apesar da queda de 29,3% nas internações. Doenças como a leishmaniose visceral e a leptospirose também registraram aumento de mortalidade de 32,64% e 38,98%, respectivamente. O número de internações por essas doenças diminuiu no período, com quedas de 32,87% e 43,59%.
Já a dengue registrou aumento de 29,51% nas internações e de 14,26% na taxa de mortalidade. Os dados fazem parte de um estudo dos pesquisadores Nikolas Lisboa Coda Dias e Stefan Oliveira, da Universidade Federal de Uberlândia; e Álvaro A. Faccini-Martínez, da Universidade de Córdoba.
Eles compararam os dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) durante os primeiros oito meses de 2020 com os valores médios do mesmo período dos anos de 2017 a 2019.
Na avaliação da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), houve aumento do número de casos dessas enfermidades durante a pandemia. 'Houve redução dos casos notificados e aumento da letalidade', disse à Agência Brasil o presidente da entidade, Júlio Croda.
'Houve uma desassistência às pessoas que são acometidas por essas doenças e que, geralmente, são populações mais vulneráveis', destacou.
Retrocesso
Na avaliação de Júlio Croda, o Brasil retrocedeu de dez a 20 anos no combate a essas doenças. Segundo ele, será necessário reconstruir os serviços de saúde já que todos os programas nacionais de controle para essas doenças sofreram algum impacto. Ele acredita ainda que a curva de redução de incidência que o país mantinha e de mortalidade associada a essas doenças tende a entrar em estabilidade até 2030.
'A gente perdeu uma década de combate a essas doenças, principalmente por conta da pandemia, da desassistência, da falta de diagnóstico e de um tratamento precoce', avaliou o especialista.
Procurado pela Agência Brasil para comentar a afirmação de Croda, o Ministério da Saúde não respondeu até o fechamento da matéria.
Tuberculose
O presidente da SBMT afirmou que, depois de 15 anos, houve registro de redução das notificações de tuberculose em todo o mundo e crescimento do número de óbitos. 'No Brasil, não foi diferente'. A tuberculose é a doença negligenciada responsável pelo maior número de mortes entre as populações mais vulneráveis, segundo Croda.
Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), divulgado em outubro de 2021, relatou que os serviços de tuberculose estão entre os interrompidos pela pandemia de covid-19 em 2020. O impacto sobre essa doença foi particularmente grave e, em 2020, 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose no mundo.
A OMS estima que 4,1 milhões de pessoas sofrem atualmente de tuberculose, mas não foram diagnosticadas com a doença ou não notificaram oficialmente às autoridades nacionais. Em 2019, o número de pessoas afetadas por tuberculose chegava a 2,9 milhões.
Doenças Negligenciadas
Mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o planeta sofrem com algum tipo de doença tropical negligenciada.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas somam um grupo diversificado de doenças transmissíveis que prevalecem em condições tropicais e subtropicais em 149 países, matam milhões de seres humanos e custam bilhões de dólares às economias em desenvolvimento a cada ano.
O Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, lembrado hoje (30), foi criado em 2019, por uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde. Este é o terceiro ano de celebração da data, em meio à pandemia da covid-19.
Em nota divulgada hoje, o coordenador de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Marcelo Wada, afirma que que a pasta vêm investindo na vigilância dessas doenças e implementando ações para que se alcance a eliminação ou controle desse grupo.
'Existem muitos desafios para a eliminação das DTNs, incluindo mudanças climáticas, ameaças zoonóticas e ambientais, emergentes em saúde pública. Vamos avançar nas estratégias para controlar essas doenças', afirmou.
Doenças esquecidas
As chamadas doenças negligenciadas, ou esquecidas, são enfermidades infecciosas, muitas delas parasitárias, que afetam principalmente as populações mais pobres e com acesso limitado aos serviços de saúde, em especial pessoas que vivem em áreas rurais remotas e favelas.
Segundo a OMS, elas integram um grupo diversificado de 20 enfermidades prioritárias de origem parasitária, bacteriana, viral e fúngica. Causam dor e incapacidade, criando consequências sociais, econômicas e para a saúde duradouras para indivíduos e sociedades. Impedem as crianças de ir à escola e os adultos de ir ao trabalho, prendendo as comunidades em ciclos de pobreza e desigualdade. As pessoas afetadas por deficiências causadas por essas doenças, muitas vezes sofrem estigma em suas comunidades, dificultando acesso aos cuidados necessários e levando ao isolamento social.
No Brasil, leishmaniose, tuberculose, doença de Chagas, malária, esquistossomose, hepatites, filariose linfática, dengue e hanseníase estão entre as principais doenças negligenciadas. Elas ocorrem em quase todo o território. Mais de 90% dos casos de malária ocorrem na Região Norte e há surtos de filariose linfática e oncocercose. As regiões Norte e Nordeste apresentam o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e concentram o maior número das DTNs.
Equidade
A comemoração deste ano do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) foi iniciada pela OMS no último dia 26, sob o tema 'Alcançar a equidade em saúde para acabar com a negligência das doenças relacionadas à pobreza'. A instituição fez um apelo a seus membros para que se concentrem no fortalecimento das intervenções, visando promover serviços de saúde equitativos para todos.
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A REDAÇÃO
Em Aparecida, 76% dos pacientes em UTIs têm vacina atrasada ou não tomaram
Goiânia - Dados da Prefeitura de Aparecida de Goiânia indicam que 76% das internações por covid-19 em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do município são de pessoas que não se vacinaram ou estão com o esquema vacinal em atraso. O balanço é referente ao dia 25 de janeiro.
Na data, das 21 pessoas internadas na rede pública municipal para o tratamento da doença, 16 estavam com o esquema vacinal em atraso ou não eram vacinadas. E ainda, 62% delas já poderia ter recebido a dose de reforço do imunizante, mas não procurou os postos. 13% não tinha recebido nenhuma dose da vacina.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também identificou que a população idosa permanece como maioria entre as internações em UTIs para tratamento da covid-19. “71% das internações em unidades intensivas no dia 25 era entre pessoas com mais de 60 anos. Característica que permanece desde o início da pandemia. Contudo, agora, a população tem uma arma poderosa contra o vírus: a vacinação. É muito importante que todos completem o esquema vacinal com a dose de reforço. A terceira dose é fundamental para manter a proteção”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.
De acordo com o gestor, o levantamento realizado no dia 25 apontou que 15 idosos estavam internados em UTI para tratamento da covid-19. Desse total, apenas um ainda não estava apto a receber a dose de reforço e 14 já tinham alcançado o intervalo necessário para recebimento da terceira dose. Contudo, desses, apenas quatro procuraram os postos para completar o esquema vacinal. Ou seja, dos 15 idosos internados, 10 estavam com o cartão de vacina em atraso.
Alessandro Magalhães detalha ainda que 29% das internações em UTI para tratamento da covid-19, no dia 25, era entre pessoas de 40 a 59 anos: “Foram seis casos nessa faixa etária. Desses, metade não tinha recebido nenhuma dose da vacina. Três deles receberam a primeira e a segunda dose, mas não completaram o esquema vacinal com a dose de reforço, mesmo já tendo alcançado o prazo para tanto. Eles poderiam ter sido imunizados no mês de novembro”.
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JORNAL OPÇÃO
Conjuntivite pode ser sintoma de infecção pela Covid-19
Por Acaray Martins
Com a nova onda da Ômicron, 22% das crianças contaminadas tiveram conjuntivite, enquanto apenas entre 1% e 3% dos adultos apresentaram esse sintoma
A conjuntivite é um dos indicativos de contaminação pelo Coronavírus, principalmente em crianças. Estudos apontam que com a nova onda da Ômicron, 22% das crianças infectadas tiveram conjuntivite, enquanto apenas entre 1% e 3% dos adultos apresentaram esse sintoma. Embora a conjuntivite não seja tão comum, sintomas oculares com a congestão conjuntival merece alerta dos pais quanto à possibilidade de ser Covid-19, ainda mais se vier acompanhado de outras manifestações comuns nessa doença, a exemplo de dor de garganta, febre e dor nos olhos.
Para a oftalmopediatra Marcela Barreira as observações relatadas desde o início da pandemia, que apontam que crianças costumam apresentar mais sintomas oculares quando positivadas para a Covid-19, podem ajudar na orientação, prevenção e manejo da doença e também da conjuntivite nas crianças. Ela explica que nem toda conjuntivite é sinal de Covid, mas a identificação requer atenção extra dos pais ou responsáveis. “No verão, temos um alta nos casos de conjuntivite nas crianças. A principal causa é a contaminação por vírus ou bactérias presentes na água de piscinas, praias, cachoeiras e rios. Portanto, é preciso calma e bom senso caso a criança apresente os sintomas da conjuntivite”, aponta.
A conjuntivite pode ser viral, bacteriana ou alérgica. Os sintomas variam de acordo com o tipo, mas a vermelhidão está presente em todos os casos. “A vermelhidão é sinal de inflamação na conjuntiva. Na conjuntivite viral, que pode ser causada pela Covid-19, a criança pode reclamar da sensação de ter areia nos olhos, há lacrimejamento e secreção. Além disso, pode levar até 14 dias para melhorar”, explica. A conjuntivite bacteriana se difere das outras pelo inchaço e pela secreção purulenta em abundância. Outra diferença é que a duração é menor, com melhora do quadro em uma semana, aproximadamente. Por fim, a conjuntivite alérgica evolui com muita coceira, uma vermelhidão menos acentuada e sem secreção.
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Criança morre em Aparecida de Goiânia por Covid-19 após ser diagnosticada com dengue
Por Italo Wolff
Secretaria de Saúde de Aparecida diz que todos os exames foram feitos, família nega e afirma que irá processar servidores judicialmente
Um garoto de 12 anos morreu em Aparecida de Goiânia por consequências da Covid-19, mas sua família fora informada pelos profissionais de saúde do Cais Nova Era de que a criança sofria de dengue. Segundo redação do jornal Mais Goiás, a mãe da criança afirma que não foram feitos exames para detectar Covid-19, e que o tratamento administrado foi de apenas soro e dipirona.
A criança foi equivocadamente diagnosticada com dengue no dia 23 e internada no Hospital Municipal de Aparecida (HMAP) no dia 26. Apenas no HMAP, exames para detecção das doenças foram realizados e apontaram que o paciente não tinha dengue. O óbito ocorreu na sexta-feira, 28, e o atestado informa que aconteceu em decorrência da infecção por coronavírus. Ele sofreu insuficiência respiratória aguda, hemorragia pulmonar e digestiva, além de síndrome inflamatória multissistêmica.
A família afirma que irá processar judicialmente os servidores da unidade por entender que foram negligentes e não trataram da criança como deveriam. A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) registra uma data diferente da relatada pela família para a consulta do paciente no Cais Nova Era, e diz ainda que exames laboratoriais foram solicitados, ao contrário do que afirma a família. Em nota, a SMS afirmou ainda que foi realizado o exame RT-PCR para diagnóstico de Covid-19 e o resultado foi negativo. De acordo com a secretaria, no Hmap, o paciente apresentou uma severa piora do quadro clínico e recebeu toda a assistência hospitalar possível. O caso será encaminhado para o Comitê Municipal de Investigação de Óbitos e Controle da Dengue.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Bancos de sangue estão com estoques baixos
Tocantins tem 2.213 novos casos de Covid e três mortes pela doença
Mãe de um dos bebês trocados em hospital se emociona ao pensar em ter que devolver menino que cuida há quase um mês: 'Dói'
Ex-governador de Goiás Marconi Perillo recebe alta de hospital, em Goiânia
Conselho do MP quer vacinação obrigatória contra covid para crianças
Covid-19: Goiás registra 6,6 mil novos casos e 34 mortes em um dia
Damares Alves ataca passaporte e abre disque-denúncia a antivacinas
Queiroga mantém texto contra diretriz anticloroquina
ANS notifica Amil sobre saída da UnitedHealth do Brasil
Autoteste deve ser vendido só em farmácia
Saúde põe obstáculos à vacinação infantil
TV ANHANGUERA
Bancos de sangue estão com estoques baixos
https://globoplay.globo.com/v/10248802/
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PORTAL G1
Tocantins tem 2.213 novos casos de Covid e três mortes pela doença
Estado soma 262.540 diagnósticos e 3.989 óbitos desde o início da pandemia. No momento, quase 12 mil pessoas estão com o vírus ativo, ou seja, internadas ou em isolamento domiciliar.
O Tocantins contabilizou 2.213 novos casos de Covid-19 nesta quinta-feira (27). Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) foram contabilizados 1.129 diagnósticos nas últimas 24 horas e mais três mortes pela doença. Desde o início da pandemia são 262.540 confirmações e 3.989 óbitos.
As mortes aconteceram em maio de 2021 e neste mês. Os pacientes são:
Homem, de 96 anos, morador de Palmeirante. Comorbidades: desnutrição proteica e doenças cardíacas crônicas. Morte em 22/01/22 no Hospital Dom Orione.
Homem, de 63 anos, morador de Alvorada do Tocantins. Comorbidade: hipertensão. Morte em 23/01/22 no Hospital Regional de Gurupi.
Mulher, de 57 anos, moradora de Lavandeira. Comorbidade: hipertensão. Morte em 22/05/21 no Hospital Palmas Medical.
Novos diagnósticos
Palmas contabilizou mais 654 novos casos da Covid. A capital é a cidade mais afetada pela doença com 63.800 infectados e 688 mortes.
Já Araguaína registrou 254 diagnósticos da doença. O município acumula 42.165 casos e 568 mortes desde o início da pandemia.
Todos os 139 municípios do Tocantins têm casos confirmados da doença. Veja abaixo as 10 cidades mais afetadas pela pandemia. A lista completa pode ser conferida no site sobre coronavírus da Secretaria Estadual de Saúde.
Do total de casos, 246.622 pacientes se recuperaram e 11.929 ainda estão com o vírus ativo. Ao todo, 221 pessoas estão hospitalizadas por causa da doença, sendo que 77 fazem tratamento em leitos de UTI públicos e 35 em unidades de terapia intensiva privadas. Os outros pacientes estão em leitos clínicos.
Conforme o Estado, nenhum paciente está aguardando por vaga em leito clínico ou leito de UTI. A última atualização foi feita nesta quinta-feira (27). Acompanhe a situação aqui.
Vacinação contra a Covid-19
De acordo com os dados do Vacinômetro, página que monitora a imunização no estado, o Tocantins recebeu 2.851.385 doses de vacinas do Ministério da Saúde, sendo que 2.737.942 doses foram distribuídas aos municípios e 2.106.172 foram aplicadas.
São 1.062.067 referentes a aplicação de primeira dose, 847.305 da segunda dose da vacina e 37.804 da dose única. Além disso, 158.996 pessoas receberam a dose de reforço. Os dados foram atualizados às 13h desta terça-feira (25).
Ocupação de leitos de UTI nos hospitais
Hospital Regional de Augustinópolis – 30% de ocupação
Hospital Regional de Gurupi - 95% de ocupação
Veja como está a ocupação dos leitos particulares contratados pelo estado.
Instituto de Terapia Intensiva do Tocantins – 100% de ocupação
Intensicare Palmas – 80% de ocupação
Instituto Sinai Palmas – 81% de ocupação
Hospital Dom Orione em Araguaína - 80% de ocupação
Hospital Palmas Medical - 40% de ocupação
Instituto Sinai Araguaína - 80% de ocupação
Os dados de estatística hospitalar foram atualizados nesta quinta (27). As informações podem ser conferidas no portal Integra Saúde.
Cidades mais afetadas pela pandemia
Palmas – 63.800 casos e 688 mortes
Araguaína – 42.165 casos e 568 mortes
Gurupi – 16.755 casos e 280 mortes
Porto Nacional – 11.521 casos e 214 mortes
Paraíso do Tocantins – 10.265 casos e 196 mortes
Colinas do Tocantins – 8.481 casos e 158 mortes
Formoso do Araguaia – 3.899 casos e 67 mortes
Guaraí – 3.567 casos e 81 mortes
Miranorte – 3.070 casos e 59 mortes
Araguatins – 2.976 casos e 74 mortes
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Mãe de um dos bebês trocados em hospital se emociona ao pensar em ter que devolver menino que cuida há quase um mês: 'Dói'
Crianças nasceram no dia 29 de dezembro do ano passado, em Aparecida de Goiânia. Hospital São Silvestre informou que 'houve quebra de protocolo' e que envolvidos foram suspensos.
Por Honório Jacometto e Guilherme Rodrigues, TV Anhanguera e g1 Goiás
A dona de casa Juciara Maria da Silva, de 28 anos, que é mãe de um dos bebês que foram trocados em um hospital de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, se emocionou ao pensar em ter que devolver o menino que está cuidando há quase um mês (assista ao relato dela abaixo).
“Vai ser um mês e quantos dias para devolver uma criança que eu cuidei, que amamentei, levei para casa, que meus filhos, minhas irmãs já se apaixonaram. Como que a gente fica nessa história? Dói”, lamentou Juciara.
As crianças nasceram no dia 29 de dezembro do ano passado, no Hospital São Silvestre. A advogada da unidade de saúde, Luciana Azevedo, registrou no boletim de ocorrências que o exame de DNA confirmou a situação. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Em nota, o hospital informou que “de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital” e que, ao ser percebido, de imediato as duas famílias foram comunicadas. A unidade de saúde informou ainda que abriu processo administrativo para apuração dos fatos “e que já houve a suspensão de vários envolvidos” (leia nota na íntegra ao final do texto).
A dona de casa contou que o hospital informou que acreditava que houve uma troca de pulseiras do filho dela com o outro bebê durante o teste do pezinho. Bastante emocionada, ela contou que, por ela, não trocaria a criança.
“Não, não trocaria, mas aquele é o meu, como que a gente vai ficar com o filho assim?”, disse.
A delegada Bruna Coelho, responsável pelo caso, afirmou que, até a noite de quinta-feira (27), não havia tido acesso aos documentos. “Foi registrada uma ocorrência. Nós vamos identificar se houve a identificação correta ou não [dos bebês], se foi doloso ou culposo - toda essa circunstância criminal. Tudo indica que houve pelo erro da identificação”, disse a delegada.
A outra família disse à TV Anhanguera que está muito abalada e que, por enquanto, prefere não dar entrevistas.
Troca dos bebês
O advogado de Juciara, Eduardo Augusto, contou que, desde que os bebês nasceram, as famílias aguardam aflitas o resultado do exame de DNA, que foi feito pelo próprio hospital, após desconfiar da troca.
“As mães estão muito desestabilizadas. Não sabemos como serão as reações das famílias. Já tem toda uma questão de apego e afeto com os bebês”, disse o advogado.
O advogado relatou ao g1 que, quando a cliente dele chegou ao quarto, após o parto, o filho dela já estava com a irmã. No entanto, minutos depois, enfermeiros e funcionários da unidade começaram a questioná-la sobre as características do pai do bebê, como cor da pele.
Horas depois, conforme o advogado, o diretor do hospital foi até a mulher e a informou que, possivelmente, haveria tido uma troca de bebês e que ela precisaria fazer um exame de DNA, que seria oferecido pela própria unidade.
Mesmo com a possibilidade de troca e, devido ao tempo que levaria para o resultado sair, o diretor do hospital informou à mãe que poderia ir para casa levando o bebê e que era para cuidar dele “como se fosse realmente o filho dela”, relatou o advogado.
Exame de DNA
O exame de DNA, segundo o advogado da família, ficou pronto na última segunda-feira (24), quando as duas famílias foram chamadas pelo hospital para que o resultado fosse entregue.
A defesa da família contou que as mães foram direcionadas para um escritório, que faz o jurídico da unidade hospitalar, mas que, ao chegarem ao local, a advogada não quis entregar os exames, "alegando que deveria ser feita uma contraprova".
No entanto, em nota, o Hospital São Silvestre informou que o resultado do exame foi informado às famílias na última segunda feira, "todavia, devido à emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento".
A unidade disse ainda que uma das famílias já procurou o hospital e já foi disponibilizado o resultado do exame. "Sendo inverídica a negativa por parte do hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado".
Com isso, uma das famílias decidiu fazer um boletim de ocorrências na Polícia Civil. Contudo, quando chegou à delegacia, descobriu que o próprio hospital já havia feito o registro e que o caso já é investigado. A mãe de um dos bebês prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (27).
Nota do hospital na íntegra
O Hospital São Silvestre informa que, de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital no dia 29 de dezembro de 2021. A situação foi percebida quando da alta médica de uma das mães, sendo que de imediato as duas famílias foram comunicadas e foi solicitado pelo Hospital a realização de teste de DNA. As famílias se mostraram resistentes a todo momento a qualquer exame, o qual levaria quinze dias para ficar pronto (conforme determinação do laboratório responsável pelo exame).
O resultado do exame foi informado às famílias na última segunda-feira (24), todavia, devido a emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento. Mas uma das famílias já procurou o hospital e já foi disponibilizado o resultado do exame. Sendo inverídica a negativa por parte do hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado.
O hospital abriu um processo administrativo ainda no dia 1º de janeiro de 2022 para apuração dos fatos, e já houve a suspensão de vários envolvidos. Foi solicitada na quarta-feira (27), a abertura de investigação na Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente, para que auxiliasse o hospital na condução do caso.
Nesta quinta-feira (27), foi protocolado informação dos fatos ao Ministério Público, para que preste o mesmo auxílio.
O Hospital entende a gravidade dos fatos, e se coloca, como se colocou em todos esses dias, à disposição das famílias ao que for necessário a fim de tentarem encontrar o melhor caminho.
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Ex-governador de Goiás Marconi Perillo recebe alta de hospital, em Goiânia
Unidade informou que político foi hospitalizado por causa de arritmia cardíaca. Novo boletim médico informou que ele vai seguir com medicamentos e repouso domiciliar.
Por Guilherme Rodrigues, g1 Goiás
O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) deixou o hospital, na tarde desta quinta-feira (27), após ser internado com um quadro arritmia cardíaca, em Goiânia. O boletim médico informou que o político vai seguir com medicamentos e repouso domiciliar.
Segundo o comunicado assinado pelo médico José Maria Azeredo, Marconi havia sido internado na tarde de quarta-feira (26) por causa da arritmia, já que estava sentindo palpitações. A nota detalhava que os resultados dos exames laboratoriais e de imagem foram "satisfatórios", indicando taquiarritmia.
O político havia sido diagnosticado com Covid-19 em novembro de 2021. À época, a esposa dele, Valéria Perillo, também teve a doença. Eles se recuperaram em casa, em São Paulo.
Carreira
Perillo foi governador de Goiás por quatro vezes: 1998, 2002, 2010 e 2014.
Marconi nasceu no dia 7 de março de 1963, em Goiânia. Ainda na infância mudou com a família para Palmeiras de Goiás, onde viveu até os 15 anos, quando retornou para a capital.
Ele se formou como bacharel em direito e ingressou na carreira política como discípulo do ex-governador Henrique Santillo, de quem foi assessor especial. Ele é casado e pai de duas filhas.
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A REDAÇÃO
Conselho do MP quer vacinação obrigatória contra covid para crianças
Goiânia - O Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) aprovou, durante reunião ordinária realizada na quarta-feira (26/1) em São Paulo, nota técnica acerca da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. O objetivo é subsidiar a atuação de cada unidade do Ministério Público, respeitada a independência funcional dos seus membros. MP de Goiás informa que irá avaliar definições que constam na nota técnica, como a vacinação obrigatória para as crianças.
No documento, elaborado pelas Comissões Permanentes de Defesa da Saúde (Copeds), da Infância e Juventude (Copeij), da Educação (Copeduc) e da Pessoa com Deficiência e Idoso (COPEDPDI) do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), conclui-se que: a vacina contra Covid-19 para essa faixa etária é obrigatória em todo o território nacional; e a vacinação é um direito das crianças e um dever dos pais ou responsáveis, de modo que a omissão no cumprimento desse dever inerente ao poder familiar pode ensejar a responsabilização, na forma prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Também ficou definido na nota técnica do CNPG que "a violação do direito à saúde de crianças deve ensejar a intervenção de todo o Sistema de Garantia de Direitos, objetivando concretizar a proteção integral a elas dispensada" e "as escolas públicas ou privadas devem exigir, no ato de matrícula e rematrícula e para a frequência do estudante em sala de aula, a carteira de vacinação completa, incluindo-se a vacina contra a covid-19".
Matrícula
Entretanto, o descumprimento desse dever não pode, em nenhuma hipótese, significar a negativa da matrícula ou a proibição de frequência à escola, em razão do caráter fundamental do direito à educação. Em tais situações, deve ensejar a notificação aos órgãos competentes, em especial ao Conselho Tutelar, para as devidas providências.
A nota, aprovada pelos chefes dos Ministérios Públicos de todo o País, descreve ainda que é necessária grande mobilização nacional na defesa da imunização em geral da população e, em especial, de crianças e adolescentes. O CNPG ressalta no documento que o Ministério Público deve primar pela atuação na perspectiva resolutiva, prestigiando a intervenção na esfera extrajudicial e mantendo uma postura empática e não autoritária com relação a eventuais dúvidas de boa-fé dos pais ou responsáveis.
Indicação pela Anvisa
De acordo com os procuradores-gerais, uma vez que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica o uso do imunizante, a vacina contra a Covid-19 para a faixa etária de 5 a 11 anos é obrigatória em todo o território nacional. Esta obrigatoriedade está fundamentada no artigo 14, parágrafo 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi ressaltado que União, Estados e municípios devem promover campanhas educativas, que possuem o potencial de gerar efeitos positivos superiores à judicialização individual dos casos.
MP goiano
O procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, afirma que a nota técnica será encaminhada para a Área de Atuação da Infância, Juventude e Educação e para a Área de Atuação da Saúde para embasar a orientação institucional.
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Covid-19: Goiás registra 6,6 mil novos casos e 34 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 6.601 novos casos da covid-19 e 34 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quinta-feira (27/1). Com as atualizações, o Estado chega a 1.027.657 casos e 24.978 óbitos confirmados.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 975.356 pessoas que tiveram a doença provocada pelo novo coronavírus e que estão recuperadas. Goiás tem 690.598 casos suspeitos em investigação, enquanto outros 299.144 já foram descartados.
Além dos 24.978 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,43%, há 408 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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FOLHA DE S.PAULO
Damares Alves ataca passaporte e abre disque-denúncia a antivacinas
Nota da pasta, endossada por ministra, se opõe à obrigatoriedade de imunização de crianças
BRASÍLIA O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos produziu uma nota técnica em que se opõe ao passaporte vacinal e à obrigatoriedade de vacinação de crianças contra a Covid-19.
No documento, a pasta coloca o Disque 100, o principal canal do governo para denúncias de violações dos direitos humanos, à disposição de pessoas antivacinas que passem por 'discriminação'.
A nota técnica, obtida pela Folha, foi concluída no dia 19. É assinada por três secretários e um diretor da pasta. A ministra Damares Alves endossou o documento e o encaminhou a outros ministérios a partir do dia 21.
A apresentação de uma prova de vacinação contra a Covid-19para circulação por espaços públicos e privados é uma medida sanitária adotada em diferentes países. Passou a ser usual em estabelecimentos privados e em repartições públicas no Brasil.
O governo de Jair Bolsonaro (PL) se opõe à medida, assim como apresenta resistência à vacinação de crianças de 5 a 11 anos, o que retardou a imunização infantil.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), no parágrafo1º do artigo 144, afirma: 'E obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias'. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a vacinação dessa faixa etária no Brasil.
Ao colocar o Disque 100 à disposição de quem passa por 'discriminação' em razão de falta de vacinação, como afirmou o ministério, a pasta pode gerar desvirtuamento e sobrecarga do canal de denúncias, na visão de gestores do governo familiarizados com o serviço.
O Disque 100 é o principal instrumento do governo federal para recebimento de denúncias e encaminhamento para investigação dessas acusações de violência contra mulheres, crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, pessoas que vivem nas ruas e população LGBTQIA+.
Em nota à reportagem, o ministério afirmou que o Disque 100 é aberto a todos que se sentem violados em seus direitos fundamentais.
'O serviço não faz juízo de valor sobre as denúncias. Apenas recebe, faz a triagem e encaminha relatos de insatisfação aos órgãos competentes', informou.
A nota técnica foi elaborada pelo ministério porque a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu manifestações sobre violações de direitos, segundo a pasta.
'O ministério não é contra a vacinação contra Covid-19, porém manifesta-se, fundamentado em dispositivos legais, contrariamente à sua obrigatoriedade'
Na nota técnica elaborada e distribuída a ministérios, a pasta de Damares concluiu que 'medidas imperativas de vacinação como condição para acesso a direitos humanos e fundamentais podem ferir dispositivos constitucionais e diretrizes internacionais'.
Além disso, na visão de integrantes da pasta, essas medidas podem contrariar princípios bioéticos, ferir a dignidade humana e 'acabar por produzir discriminação e segregação social, inclusive em âmbito familiar'.
'O ministério entende que a exigência de apresentação de certificado de vacina pode acarretar em violação de direitos humanos e fundamentais', cita o documento distribuído a ministérios, como o do Trabalho e da Previdência e o da Economia.
'Para todo cidadão que por ventura se encontrar em situação de violação de direitos, por qualquer motivo, bem como por conta de atos normativos ou outras medidas de autoridades e gestores públicos, ou, ainda, por discriminação em estabelecimentos particulares, está disponível o canal de denúncias, que pode ser acessado por meio do Disque 100', diz a nota técnica.
O ministério prometeu encaminhar essas denúncias aos órgãos competentes, 'a fim de que os direitos humanos de cada cidadão possam ser protegidos e defendidos'.
A pasta de Damares disse que não é contra campanhas e vacinação, mas sustentou que 'medidas de imposição' de certificado de vacinação podem afetar o direito à liberdade de ir e vir, de reunião e de exercício profissional.
No caso da vacinação de crianças contra a Covid-19, o ministério afirmou que a família deve ter proteção especial por parte do Estado. A previsão feita pelo ECA não se aplicaria à imunização contra a Covid, conforme a pasta.
'A vacina pediátrica autorizada pela Anvisa, apesar de fazer parte do Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19, enquanto não constar no Programa Nacional de Imunização, ou no calendário básico de vacinação da criança, não será obrigatória, e os pais ou responsáveis têm autonomia sobre a decisão de aplicá-la ou não em seus filhos ou tutelados', afirmou a nota técnica.
Assinaram o documento Eduardo Miranda Freire, secretário nacional de Proteção Global substituto; Fernanda Ramos Monteiro, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente substituta; Marcelo Couto Dias, secretário nacional da Família substituto; e Jaílton Almeida do Nascimento, diretor de Promoção e Educação em Direitos Humanos.
Damares endossou o documento. 'A nota técnica foi elaborada conjuntamente pelas secretarias nacionais de Proteção Global, da Família e dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o objetivo de apresentar fundamentos técnicos, jurídicos e políticos no campo dos direitos humanos, que, na visão desta pasta, não justificam a obrigatoriedade ora proposta', afirmou.
No último dia 20, Damares e Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, visitaram uma criança na cidade de Lençóis Paulista (SP) que teve uma crise de taquicardia após tomar vacina contra a Covid-19.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, telefonou para os familiares da criança. À ministra fez uma suposição de relação entre as alterações cardíacas e a vacina recebida, mas o governo de São Paulo e o próprio Ministério da Saúde descartaram a ligação.
'A síndrome de Wolff-Par kinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família, levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade hemodinâmica', afirmou o ministério, citando a investigação realizada pelo governo local.
O ministério não é contra a vacinação contra Covid-19, porém manifesta-se, fundamentado em dispositivos legais, contrariamente à sua obrigatoriedade trecho de nota técnica elaborada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
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Queiroga mantém texto contra diretriz anticloroquina
BRASÍLIA Os conselhos de secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) de Saúde pediram nesta quinta feira (27) a revogação imediata de portarias do Ministério da Saúde que rejeitaram as diretrizes de tratamento da Covid-19 do SUS que contraindicam o uso do 'kit Covid'
O ministro Marcelo Queiroga negou o pedido e disse que irá avaliar o caso quando for apresentado recurso formal dentro do processo. Ele disse que o texto só poderia ser derrubado agora se houvesse 'flagrante ilegalidade'.
Essas diretrizes foram elaboradas por um grupo de especialistas e representantes de entidades médicas, aprovadas pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), mas rejeitadas pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Hélio Angotti.
O pedido de revogação imediata das portarias foi feito durante reunião da comissão de gestão do SUS, que reúne o Conass, o Conasemse o Ministério da Saúde.
Em ofício entregue a Queiroga, os conselhos também manifestaram 'total discordância' com nota técnica assinada por Angotti para justificar a rejeição das diretrizes. Como mostrou a Folha, o documento afirmava que hidroxicloroquina funciona e é segura contra a Covid-19 e dizia que vacina não funciona.
Após a repercussão negativa, a pasta da Saúde excluiu esse trecho do documento, mas manteve a decisão de rejeitar as diretrizes.
Os secretários de estados e município não apresentaram um recurso administrativo, mas um pedido de revoga%ão imediata da decisão de Hélio Angotti.
O recurso a essa decisão do ministério deve ser apresentado pelo mesmo grupo que elaborou as diretrizes.
'Sou a instância administrativa final. Não posso [revogar a decisão], em ofício, salvo em situações de flagrante ilegalidade', disse Queiroga.
Durante a reunião de gestão do SUS, o ministro fez acenos a Angotti. Ele afirmou que a Secretaria de Ciência e Tecnologia foi responsável por liderar o acordo para a produção na Fiocruz da vacina da AstraZeneca.
Também defendeu a vacinação. 'Independente de diretriz ou não, tenho certeza de que fundamental hoje é avançarmos na nossa campanha de imunização da Covid-19", afirmou Queiroga aos secretários.
O recurso à decisão de Angotti, em tese, seria julgado pelo próprio secretário. Mais tarde, por Queiroga, em última instância.
O ministro não antecipou se irá contrariar Angotti e aceitar as diretrizes que contraindicam o kit Covid.
Ele disse que irá seguir a ciência na sua análise. Sem citar o nome do medicamento, também falou, porém, que o tratamento usado para combate à malária, ou seja, a hidroxicloroquina, teve explosão de uso na pandemia.
'Vou analisar ponto a ponto', disse Queiroga.
Ao assumir o Ministério da Saúde, em março de 2021, Queiroga anunciou que promoveria o debate na Conitec para encerrar a discussão sobre ouso do kit Covid. Ele indicou o médico e professor da USP Carlos Carvalho, contrário aos fármacos ineficazes, para organizar grupo que iria elaborar os pareceres.
Queiroga, porém, modulou o discurso e tem investido em agrados a Bolsonaro para se agarrar ao cargo. O ministro ainda alterna elogios à compra e entregadas vacinas com acenos à ala bolsonarista que duvida da segurança e eficácia da imunização.
Gestores do SUS cobram que Queiroga, além de atuar na compra das doses, faça campanha de estímulo a imunização das crianças.
Depois de repercussão negativa aos acenos do ministro à ala negacionista do governo, Queiroga vacinou crianças nesta quinta-feira (27).
Na última segunda (24), também disse que hidroxicloroquina não tem eficácia comprovada contra a Covid-19. Medicamentos do chamado kit Covid já foram descartados pela comunidade científica para a doença.
Especialistas e sociedades médicas que participaram da elaboração da diretriz preparam um recurso ao Ministério da Saúde para reverter a decisão de rejeitar o texto.
Devem assinar o recurso a Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e a AMB (Associação Médica Brasileira).
Sou a instância administrativa final. Não posso [revogar a decisão], em ofício, salvo em situações de flagrante ilegalidade Marcelo Queiroga ministro da Saúde
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O GLOBO
ANS notifica Amil sobre saída da UnitedHealth do Brasil
Operadora tem dez dias para responder à agência reguladora
A Amil foi notificada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na quarta-feira, para dar explicações a respeito de informações veiculadas pela imprensa mencionando a possível saída da UnitedHealth, controladora do Grupo Amil no Brasil. A operadora tem dez dias, a partir do recebimento do ofício, para responder à agência reguladora.
Uma das preocupações da ANS seria a transferência dos 337. 459 contratos de planos de saúde individuais para a Assistência Personalizada à Saúde (APS), autorizada pela agência em 22 de dezembro e concretizada no último dia 1º.
Sediada em Jundiaí, a APS também faz parte do UnitedHealth Group, mas tinha até o início deste mês pouco mais de 11 mil usuários. Entre os beneficiários da Amil que serão transferidos para a empresa, a maioria está em São Paulo, 260 mil.
Em nota, a ANS confirma o envio do ofício e diz que 'atua na defesa do interesse público e monitora o setor de saúde suplementar de forma permanente. '
Segundo fontes, para se desfazer da carteira, a UnitedHealth vai desembolsar R$3 bilhões, a fim de permitir que a APS assuma os contratos. A transação envolve ainda o veículo de investimento Fiord Capital.
A Amil, em nota, diz que responderá à ANS no prazo determinado.
Analistas de mercado avaliam que a transferência da deficitária carteira de planos individuais para APS foi o primeiro passo para que a UnitedHealth negocie a venda da Amil.
Neste mês, no entanto, fontes do mercado têm dito que a intenção do grupo americano não seria vender exclusivamente a operadora, mas todos os seus ativos no país, que inclui, entre outros negócios, o Américas Serviços Médicos, que contabiliza 16 hospitais e 41 clínicas médicas, distribuídos em seis estados brasileiros, com estrutura que soma 2. 332 leitos e mais de 17 mil profissionais.
A carteira de beneficiários e as redes de laboratórios e hospitais podem ser negociadas separadamente.
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CORREIO BRAZILIENSE
Autoteste deve ser vendido só em farmácia
A liberação de autotestes da covid-19 defendida pelo Ministério da Saúde prevê a venda exclusiva em farmácias. A proposta está entre as informações complementares enviadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que pode decidir hoje sobre a questão. Não há qualquer menção à distribuição do item pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O documento indica que a pessoa com resultado positivo no autoteste (feito de forma doméstica, com coleta nasal ou de saliva e resultado em torno de 10 a 20 minutos) deve procurar uma unidade de atendimento de saúde ou um tele atendimento, 'para que um profissional da saúde, mediante as estratégias já postas pelo Ministério da Saúde, realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes de vigilância e assistência em saúde',
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Saúde põe obstáculos à vacinação infantil
Depois de revogar prescrição para a imunização pediátrica, ministério volta a sugerir que pais ou responsáveis consultem médicos antes de os filhos receberem as doses. Nota tenta dar respaldo técnico à não obrigatoriedade da aplicação
Apesar de já ter indicado a vacinação contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, o Ministério da Saúde voltou a promover o desestímulo da vacinação infantil. Em uma publicação no site da pasta, sugere que pais e responsáveis 'procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização' das crianças, ainda que essa recomendação não seja obrigatória e endossada por sociedades médicas. Outra nota técnica do ministério enumera argumentos para sustentar a posição do governo federal de que a imunização pediátrica não é compulsória.
A orientação para que os responsáveis 'procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização' promoveu mais desinformação. A pasta publicou uma nota na qual ressalta a não obrigatoriedade da vacinação de crianças e 'apenas visa à verificação de eventuais contraindicações e em caso de comorbidades'.
No entanto, o ministério não explica em que situação a recomendação médica antes da aplicação é aconselhada. 'A única exigência para a aplicação do imunizante é que pais ou responsáveis estejam presentes no ato da vacinação e expressem a concordância na admissão da dose', trouxe a nota.
A cobrança de uma prescrição chegou a ser cogitada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas a medida foi rejeitada por governadores e criticada por especialistas. Depois disso, ele recuou e desistiu de cobrar o documento.
Outro plano
Por meio de outra nota técnica, a pasta também reforçou que a vacinação do grupo de 5 a 11 anos não é obrigatória. Um dos argumentos usados é de que o fármaco contra a covid-19 faz parte do Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da vacinação contra o novo coronavírus, e não no Programa Nacional de Imunizações (PNI) - constituído por 19 vacinas, todas obrigatórias, segundo a legislação.
O documento é assinado pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Melo, e pelo diretor de programa, Danilo de Souza Vasconcelos.
O primeiro parágrafo do artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) informa que é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, mas a nota técnica do ministério faz uma ginástica teórica ao distinguir o PNO e indicar que não integra o PNI, pois está subordinado à Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. Ou seja, a vacinação contra o novo coronavírus, teoricamente, não se submeteria às mesmas obrigações legais que as campanhas de vacinação do PNI.
Diante do movimento que prejudica a vacinação pediátrica contra a covid, o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG) emitiu uma nota de 56 páginas que indica a obrigatoriedade da vacinação para crianças de 5 a 11 anos. 'As escolas de todo o país, públicas ou privadas, devem exigir, no ato de matrícula e rematrícula e para a frequência do estudante em sala de aula, a carteira de vacinação completa, incluindo-se a vacina contra a covid-19, ressaltando-se que o descumprimento desse dever inerente ao poder familiar deve ensejar a notificação aos órgãos competentes, em especial ao Conselho Tutelar', afirmou o documento.
Sem prejuízo
O CNPG ressalta, porém, que a não apresentação da vacinação contra a covid 'em nenhuma hipótese, possa significar a negativa da matrícula ou a proibição de frequência à escola, em razão do caráter fundamental do direito à educação'. O conselho ressalta que 'há o reconhecimento de que a vacinação protege as crianças, ao reduzir os agravos e o risco de morte por covid-19, e daí surge a obrigatoriedade da vacinação, amparada pelo ECA e pela Constituição Federal, para todos que convivem'.
Além disso, os procuradores também indicam que é necessário uma mobilização nacional em defesa da imunização, sobretudo de crianças e adolescentes. 'União, estados e municípios têm o dever de promover campanhas educativas, as quais possuem o potencial de gerar efeitos positivos superiores à judicialização individual dos casos e à imposição judicial da vacinação', salientou a nota.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
'Papel do Brasil na busca da vacina não foi reconhecido', diz Esper Kallás
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Cartilha de Verão orienta população sobre doenças típicas do calor
Marconi é diagnosticado com taquiarritmia e deve receber alta na sexta (28)
Goiás tem apenas 22 leitos de UTI para adultos com covid na rede estadual
Covid-19: Goiás registra 6.299 novos casos e 74 mortes em um dia
Em carta da Associação Médica Brasileira, Marcelo Queiroga é duramente criticado
Hospital da Criança e do Adolescente foi acordo político entre Zacharias Calil e Ronaldo Caiado
Goiás enfrenta cenário crítico com ocupação de UTIs pediátricas
85% dos internados em UTI’s para covid-19 não tomaram vacina, diz presidente do Conasems
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Menino de 2 anos morre por causa da Covid-19, em Morrinhos
PORTAL TERRA
'Papel do Brasil na busca da vacina não foi reconhecido', diz Esper Kallás
Ajuda de cientistas brasileiros foi decisiva para Coronavac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen, diz médico; ele falou ainda sobre os riscos de extinção da espécie humana
Nestes dois anos de combate entre a ciência e a covid, dezenas de cientistas travaram uma dura tarefa para proteger a sociedade de fake news, defender as vacinas, advertir sobre como é a busca da verdade pela ciência, deixar claro que não há mágicas quando se trata do conhecimento. O infectologista Esper Kallás foi um deles. Titular de Medicina da USP, ele sentiu na própria pele várias epidemias - zika, dengue e covid, entre outras - no exercício da missão. Recentemente, fez críticas ao Conselho Federal de Medicina por defender a autonomia integral do médico na relação com o cliente (e, portanto, receitar drogas não comprovadas). O também respeitado cientista e pesquisador low profile ressalta que é preciso "olhar a pandemia de forma coletiva".
Nesta conversa com Cenários, Kallás finca pé na defesa das vacinação geral e lembra que "foi no Brasil que se fizeram alguns dos principais estudos para as vacinas, que deram elementos para o mundo inteiro adotá-las". O Instituto Butantan e várias outras instituições, de vários Estados brasileiros, tiveram papel de peso, avisa o médico, "e esse papel não teve o devido reconhecimento público". Por fim, pondera que o chamado equilíbrio da natureza "não favorece necessariamente a espécie humana" e os riscos de extinção são parte da história do Planeta. A seguir, trechos da conversa:
Por que o sistema imune às vezes protege e às vezes não?
Sabemos que nosso sistema imune consegue ser educado com o passar do tempo, e isso vai desde o nascimento até o fim da nossa vida. Vamos encontrando diferentes germes e construindo formas de proteção. As vacinas contra covid estão cumprindo seu papel. No entanto, com o tempo, esse vírus se modificou e deu origem à variantes. No Brasil, tivemos a variante Gama única, que causou aquela tragédia em Manaus, ano passado.
Como identificar se estamos protegidos de uma variante?
Não sabemos ainda. Há alguma imunidade cruzada, como a gente a chama, mas não dá para ter certeza sobre o que veremos depois da onda da Ômicron.
Pode explicar melhor?
Embora exista uma teoria sobre a Ômicron, segundo a qual depois dela vamos estabelecer uma certa normalidade no mundo, não gosto de acreditar na natureza - ela sempre nos reserva surpresas. O jeito é estudar em profundidade os vírus para tomar decisões com base na realidade. Temos vários exemplos na História nos quais achamos que a natureza era uma coisa maravilhosa, que podia se autorregular e chegar sempre a um equilíbrio. Mas esse equilíbrio não favorece necessariamente a nossa espécie. Aliás, na maioria das vezes não nos favorece. Temos estudar neste momento, por exemplo, se precisaremos de uma vacina específica contra Ômicron, ou se chegaremos a uma vacina polivalente que resolva tudo.
Acha que o planeta Terra estaria atuando, a seu modo, contra uma espécie - no caso, nós - que abusa dela?
O que podemos dizer é que o modo como estamos fazendo as coisas não é sustentável. Cabe lembrar, aqui, que a espécie humana esteve na iminência de ser extinta, há 250 mil anos. Havia então um punhado de humanos vagando pelo planeta, em um momento em que 99% das espécies foram extintas. No entanto, por uma conjunção de fatores, nossa espécie encontrou meios de driblar as forças da natureza e chegar aonde chegou.
Mas o risco continua...
Estamos indo para 8 bilhões de habitantes. Se a gente não encontrar meios de respeitar a diversidade da natureza, não interromper o aquecimento do planeta e não produzir energia alternativa, estamos fadados a, um dia, desaparecer.
Ser extintos.
Sim, 99% de probabilidade. Porque o planeta vai resolver o seu problema, e o problema dele, no caso, seremos nós.
Voltando à covid, o que ela nos "ensinou"?
Nos ensinou, para começar, que temos de valorizar o nosso profissional de saúde. E valorizar os enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares. Eu temo que nossos gestores comecem a se esquecer disso rápido e logo reduzam o investimento. Vamos lembrá-los de que a próxima pandemia está ali na esquina. E, se ela chegar, temos de estar preparados.
Não há outra saída, né?
Precisamos fazer do Brasil uma nação de descobertas. Tivemos várias soluções criadas aqui. Foi no Brasil que se fizeram alguns dos principais estudos para as vacinas, que deram elementos para o mundo inteiro adotá-las. Fizemos estudos da Pfizer, da Coronavac, da Janssen e da AstraZeneca. E acho que não tivemos o devido reconhecimento, e não foi extraído o benefício dessa participação.
Detalha um pouco mais?
O estudo da Coronavac foi feito aqui, coordenado pelo Instituto Butantan com outras 16 instituições. O da Pfizer teve um centro em São Paulo e outro em Salvador. Para a AstraZeneca foi a Unifesp que coordenou grande parte do estudo. E o da Janssen também teve participação de vários centros brasileiros.
Seria bom se a sociedade fizesse pressão, exigindo mais atenção e investimentos para a saúde?
Sim, isso tem de fazer parte da pauta. E valorizar o que foi feito. Não é à toa que todas as grandes potências estão investindo tanto em tecnologia e inovação. Temos de pensar dessa forma se queremos um País melhor para os nossos filhos.
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FOLHA DE S.PAULO
Pessoas trans relatam preconceito e despreparo em atendimentos médicos
Brasil não tem política pública unificada de acolhimento; no Sul, ambulatório ajuda em transição
SÃO PAULO O direito a uma saúde digna e igualitária ainda é uma das demandas urgentes de pessoas trans, que celebram, no sábado (29), um dia de visibilidade de suas lutas. Relatos de constrangimento durante consultas médicas e dificuldade para agendar uma cirurgia de redesignação sexual pelo SUS não são incomuns, tanto para homens quanto para mulheres deste grupo social.
Quando precisa passar por atendimento, o bartender e técnico em turismo Cláudio Raphael Galícia Neto, 49, homem trans, conta que é constrangedor entrar numa sala de espera do ginecologista só com mulheres, algumas delas grávidas. 'Me olham tentando decifrar se eu sou o marido de alguma paciente. Até que o médico me chama'
Morador de São Paulo, Galícia afirma que, por várias vezes, sofreu preconceito de médicos durante o atendimento. 'Acontece de o ginecologista ficar surpreso por eu ser homem, ficam constrangidos e te constrangem também. Fica complicado até se despir para o exame'
Ele conta que esperou cinco anos para fazer a mastectomia masculinizadora (retirada da glândula mamária e o reposicionamento da aréola) pelo SUS em janeiro de 2017, algo que nem imaginava ser possível na década de 1980, quando se descobriu trans.
'Não setinha acesso a informações e muito menos atendimento específico ao público trans. Então eu apenas me conformava em ser uma lésbica masculinizada'
Segundo Galícia, alguns profissionais insistem em chamá-lo pelo nome de registro, e não pelo social.
'E nós temos que engolir sapo, como sempre fazemos, porque precisamos do atendimento', conta ele, que começou aos 24 anos o processo de hormonização por conta própria, o que envolve perigo à saúde.
Esse tipo de preconceito acaba por afastar pessoas trans do sistema de saúde, segundo a comunicadora e ativista Luiza Barros, 37. 'Essa população deixa de ocupar esses espaços públicos por falta de informação ou para evitar o preconceito que, já sabe, irá sofrer'
Luiza afirma que muitos transgêneros tomam altas doses de hormônio por conta própria, já que não conseguem orientação profissional de um endocrinologista ou clínico geral.
'Isso mexe com nosso corpo e com nosso psicológico. Muitas mortes acontecem há décadas em consequência disso. Precisamos de um de um atendimento mais acolhedor. E que seja respeitada também a nossa identidade'
A saúde mental de pessoas trans é uma das questões que mais preocupa, segundo Keila Simpson, presidenta da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).
'É necessário que o SUS ofereça um sistema humanizado, pois a falta de atenção com a saúde do corpo também afeta a saúde mental. É um problema de exclusão, e a pessoa sofre muito'
Ela lembra que há uma fila de espera de anos para conseguir realizar um procedimento transexualizador pelo SUS, porque não há profissionais, hospitais e ambulatórios suficientes para o público transgênero no país.
'Se o gênero foge do que o médico está habituado, homem e mulher, o SUS, em geral, não sabe como lidar', afirma Keila.
Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp, divulgada em novembro de 2021, estima que a população adulta identificada como transgêneros ou não-binários (não pertencem a um gênero exclusivamente) no Brasil é de 2%. São 3 milhões de indivíduos, considerando apenas os 80% que são adultos, em uma população estimada em 214 milhões em 2021, de acordo como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
'Há quem fale que queremos privilégios. Não queremos. Não pedimos que aceitem nossa formação, mas sim queremos uma inclusão respeitosa', afirma a presidenta da Antra.
Embora se acumulem queixas por uma atenção digna à saúde de pessoas trans, há exemplos de cidades que têm programas e serviços públicos de atendimento voltados à população LGBTQIA*+ e de valorização da diversidade que têm colhido bons resultados, como em Goiânia (GO), em Belém (PA) e em Recife (PE).
Em São Paulo, há o ambulatório do núcleo TransUnifesp, da Universidade Federal de São Paulo, e o Ambulatório de Transexualismo do Hospital das Clínicas.
Pensando num atendimento específico e acolhedor ao público trans, a Prefeitura de Santa Maria (RS) inaugurou, em outubro de 2020, o Ambulatório Transcender (LGBTQI+ Processo Transexualizador), que realiza atendimentos via SUS.
Uma vez que a pessoa transgênero chega ao Transcender, passa por consultas com psicólogo e realiza exames clínicos para analisar se não há impedimentos à afirmação de gênero, segundo o psicólogo César Bridi Filho, coordenador do ambulatório. Tudo pelo sistema público de saúde.
'Nossa expectativa neste ano é atender mais de mil pessoas transgênero da região', explica Filho. 'Nossa intenção é, ainda, ajudar na construção da identidade da trans', afirma o profissional.
O psicólogo afirma que o ambulatório também atende crianças e adolescentes, mas sem o processo de hormonização.
'Damos suporte ao paciente e à família também. Há risco de vulnerabilidade quando a pessoa entra na adolescência, quando acontece alto índice de rompimento familiar por questões como religião. Pretendemos minimizar os problemas que podem acontecer adiante', relata o coordenador.
A designer de moda Maria Eva Rizzatti, 37, declara ter sofrido muito com bullying tanto na escola quanto na faculdade, mas não desistiu dos estudos por causa do apoio da família. 'Eles são maravilhosos. É por eles que resisto. ''
Maria Eva passou a frequentar o ambulatório transexualizador de Santa Maria no início de janeiro. Ela usava hormônios de forma perigosa, consultando dicas que encontrava na internet. Eva conta que já gastou R$ 450 em uma consulta particular por acreditar que teria atendimento melhor que no SUS, mas afirma que o preconceito foi o mesmo.
'A primeira coisa que os médicos já mandavam fazer era os exames de HIV e de sífilis. Eu estava com dor de garganta, ele mandava fazer o teste da Aids. Travesti é associada à prostituição, à promiscuidade e a doenças sexualmente transmissíveis.
Keila concorda. 'A trans tem dor de dente, pedem teste de HIV. Quebra o pé, a mesma coisa. Uma vez, numa palestra, uma menina trans perguntou ironicamente se quando ela tiver dor de garganta, precisaria amarrar uma camisinha na garganta para se curar'
Maria Eva afirma que na vida adulta nunca fez exames de saúde para identificar como os hormônios estavam reagindo no seu corpo. 'Nenhum médico me orientou'
Ela afirma que o ambulatório foi uma 'bênção'. 'Finalmente alguém pensou em nós e sabe como nos tratar. Com esse atendimento acolhedor, me senti muito bem, viva, humana, uma pessoa de verdade?
Procurado, o Ministério da Saúde afirma em nota que instituiu por meio de portaria a Política Nacional de Saúde Integral LGBT e que ela 'apresenta mecanismos para garantir o acesso à rede do SUS'.
O ministério diz, ainda, que a organização da rede pública de saúde local, como agendamento de consultas, exames e organização de filas de espera, é de responsabilidade de estados e municípios e que está sob sua competência o monitoramento das políticas de alta complexidade.
O Conselho Federal de Medicina, por sua vez, cita o Código de Ética Médica, onde diz que os profissionais devem respeitar os pacientes segundo suas características e que é vedado 'tratar o ser humano sem civilidade, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo'. Em caso de queixa contra um médico, diz a nota, o interessado deve procurar o CRM do seu estado. Colaborou Emerson Vicente
Acontece de o ginecologista ficar surpreso por eu ser homem, ficam constrangidos e te constrangem também. Fica complicado até se despir para o exame Cláudio Raphael Galícia Neto bartender
Cláudio Raphael Galícia Neto, bartender e técnico em turismo
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PORTAL MAIS GOIÁS
Hospital Albert Einstein vai gerenciar o HMAP, em Aparecida
Ainda há prazo de uma semana para recurso. O resultado final deve ser divulgado na semana que vem
A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein venceu o certame realizado na manhã de segunda-feira (24) para escolha da instituição para a operacionalização e execução das ações e serviços de saúde do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP). Ainda há prazo de uma semana para recurso. O resultado final deve ser divulgado na semana que vem.
Na ocasião, a Comissão de Licitação do Município de Aparecida de Goiânia de posse do Parecer da Subcomissão de Seleção de Organização Social e de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde constatou que não houve ressalvas quanto ao julgamento de habilitação, sendo procedida a avaliação e classificação final das propostas de trabalho e solicitada a conclusão do processo de seleção.
Além do Hospital Albert Einstein, concorreram Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), o Instituto ACQUA Ação, Cidadania, Qualidade Urbana e Ambiental, Instituto Saúde e Cidadania (Isac), Instituto Social Mais Saúde, Instituto Haver, o Instituto Nacional de Desenvolvimento (INDSH) Social e Humano e o Ação Brasil Gestão Pública.
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O ESTADO DE S.PAULO
Brasil registra queda de 13, 5% nas consultas pré-natal em meio à pandemia
Medo de infecção pela covid e remanejamento de serviços de saúde prejudicaram a assistência para grávidas e bebês
Além de milhões de infectados, a pandemia de covid-19 teve impacto direto na saúde de gestantes e recém-nascidos no Brasil. Estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que, em 2020, o Sistema Único de Saúde (SUS) fez 842 mil consultas de pré-natal a menos do que no ano anterior, uma queda de 13, 5%. Para especialistas, o medo da infecção foi o principal motivo do afastamento das grávidas.
Em 2019, o SUS fez 6, 2 milhões de atendimentos a gestantes, ante 5, 3 milhões no ano seguinte, o primeiro da pandemia. A redução das consultas das grávidas tem impacto direto na realização de exames. Alguns podem ser cruciais para a saúde do bebê, como a ultrassonografia obstétrica. Outros são fundamentais para a mãe, como os testes de diagnóstico de HIV, sífilis, hepatite B, entre outros, que são de rotina.
'A assistência preventiva, de qualidade, ainda é considerada inadequada, tanto em termos de alcance da população em idade reprodutiva quanto da qualidade em si', atesta Ademar Carlos Augusto, coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM. 'O que já não era bom ficou pior ainda. Nosso estudo mostra que tivemos redução significativa no número de consultas e oferta de exames. Provavelmente houve agravamento ainda maior no ano passado, com a chegada das cepas mais agressivas. '
'O acesso das pessoas à rede de atenção primária já é uma dificuldade e, com a pandemia, foi ainda mais prejudicado', resume o vice-presidente do CFM, o pediatra Donizetti Giamberardino. 'O vírus (Sars-CoV-2) agrava a desigualdade. Os lugares com mais dificuldade foram os que tiveram maior redução de acesso. Nos Estados que tinham infraestrutura mais robusta, a população sofreu menos. '
Utilizada para auxiliar no diagnóstico de possíveis más formações fetais e para obter informações importantes, como idade gestacional, sexo e batimentos cardíacos, entre outras, a ultrassonografia obstétrica caiu cerca de 12% em 2020. Foi o maior recuo registrado nos últimos dez anos.
Importantes exames diagnósticos feitos no pré-natal também tiveram quedas muito significativas em 2020. O teste para detecção de HIV recuou 38%. Se o vírus da aids é detectado precocemente na gestante, é possível impedir sua transmissão ao bebê. Os testes diagnósticos para hepatite B também caíram 38%. No caso da sífilis, sexualmente transmissível e cuja incidência tem subido nos últimos anos, a redução nos testes foi de 34%. Outros exames essenciais que tiveram queda foram o da hepatite C (menos 21%) e o de câncer de colo de útero (45%).
'Temos percebido, de um tempo para cá, um aumento de casos das doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e HIV', afirma Augusto. 'Temos visto também muitos casos de sífilis neonatal e bebês soropositivos ao nascer. '
A desigualdade do País fica mais uma vez clara nos números. O impacto da pandemia foi bem menor nas Regiões Sudeste e Sul e muito maior no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 'A pandemia tornou mais explícita a importância da atenção primária e como ela deve ser valorizada', afirma Gianberardino. 'E esse deve ser o grande papel do SUS no nosso País: combater a desigualdade', acrescenta.
CARDIOPATIA GRAVE. Em regiões remotas, mesmo com a melhora nos indicadores da pandemia, o acesso a consultas e exames ainda segue um gargalo. A respiração de Heliarquim Santos acelerou demais (taquipneia) logo após seu nascimento, em dezembro de 2021, na maternidade pública Dona Regina, a maior do Tocantins, em Palmas. Sobreveio um quadro de picos de pressão arterial, roxidão, e o bebê precisou ser transferido para uma UTI neonatal suplementar, contratada na rede particular pelo governo estadual.
No dia seguinte, foi submetido a um ecocardiograma. A mãe, a doméstica Nézia Santos, de 30 anos, descobriu então que o filho tinha uma cardiopatia complexa. Moradora de Porto Alegre de Tocantins, a 291 km da capital, ela relata dificuldade de acesso a exames e se recorda de ter feito só uma ultrassonografia pelo SUS. Conta ter feito outras, particulares, pagas com o dinheiro que recebe ajudando uma irmã em uma lanchonete.
'Ninguém descobriu nenhum problema com meu bebê. Não teve consulta profunda nem tinha recursos (equipamentos e exames). Toda consulta que fiz me falaram que estava tudo bem', diz ela, que tem mais três filhos. O pré-natal foi feito com um biomédico da equipe de saúde da família, único à disposição. No quarto mês de gestação, Nézia teve um sangramento grave e chegou a ser informada de que teria ocorrido um aborto. O bebê, que conseguiu a cirurgia agora após uma ação movida a pela Defensoria Pública, segue na UTI com quadro delicado.
Secretário da Saúde do Tocantins, Afonso Piva reconhece dificuldades. 'Houve prejuízo no atendimento às grávidas, em razão da priorização dos e pacientes da covid-19 na rede pública', diz. 'Muitas mulheres deixaram de ir às unidades para realizar as consultas de pré-natal e puericultura. '
Além disso, Piva destaca as limitações do acompanhamento feito de forma online, o que, segundo ele, motivou uma queda na taxa de cobertura vacinal e vigilância do crescimento e desenvolvimento das crianças. Ele cita ainda como efeitos a suspensão do direito das gestantes a ter um acompanhante no parto e a queda na cobertura de programas de triagens universais, como o teste do pezinho, que ficou suspenso no Tocantins. ? colaborou LAILTON COSTA, ESPECIAL PARA O ESTADÃO
'O que já não era bom ficou pior ainda. Tivemos redução no número de consultas e oferta de exames' Ademar Carlos Augusto Coordenador do CFM
'O vírus agrava a desigualdade. Lugares com mais dificuldade foram os que tiveram maior redução' Donizetti Giamberardino Vice-presidente do CFM
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JORNAL DE BRASÍLIA
Cartilha de Verão orienta população sobre doenças típicas do calor
O material ilustrado está disponível para todos os brasileiros no site do Cremerj sob o título Cartilha de Verão
Dicas para a população aproveitar o verão com segurança e sem descuidar da saúde podem ser encontradas na cartilha online lançada nesta quarta-feira (26) pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O material ilustrado está disponível para todos os brasileiros no site do Cremerj sob o título Cartilha de Verão. As informações são da Agência Brasil.
A cartilha traz orientações sobre cuidados para evitar doenças típicas do verão, como insolação, intoxicação alimentar, reações alérgicas, conjuntivite e otite. Alerta também para o combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zika, falando de práticas importantes para diminuir a presença do inseto, sem esquecer a importância dos cuidados contra a gripe que, apesar de incomum no verão, tem acometido muitas pessoas, devido à facilidade de transmissão.
O presidente do Cremerj, Walter Palis, recorda que o Brasil ainda passa pela pandemia de covid-19 e destacou que, se houver disseminação das doenças mais comuns, a cartilha orientará a população. Isso ajudará o sistema de saúde a ter mais disponibilidade para atuar naquilo que é o mais importante no momento.
Segundo Palis, o objetivo é alertar a população sobre doenças típicas da estação mais quente do ano, que podem ser evitadas com ações simples. No verão, algumas doenças acabam incidindo de forma mais elevada. 'A cartilha tem essa finalidade. Com informação simples, interativa e clara, indica práticas que a população pode adotar para minimizar o risco de ter essas doenças.'
O médico ressaltou à Agência Brasil que a luta contra o coronavírus é um dos principais tópicos da cartilha. 'A covid-19 faz parte de qualquer orientação que se dê hoje em dia, porque também tem práticas que são bem simples e que ajudam a diminuir a ocorrência [da doença].'
O médico reafirmou a importância da imunização contra a covid-19, que consta da cartilha. O texto reforça a necessidade do ciclo vacinal completo e reitera práticas não farmacológicas já conhecidas: lavagem frequente das mãos, uso de máscaras e de álcool em gel e evitar aglomerações.
O documento destaca ainda que, no caso de apresentar qualquer sintoma, a pessoa deve procurar um médico para ter o diagnóstico e o tratamento adequado.
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A REDAÇÃO
Marconi é diagnosticado com taquiarritmia e deve receber alta na sexta (28)
Mônica Parreira
Goiânia - Internado desde quarta-feira (26/1) no Hospital Ruy Azeredo, em Goiânia, o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, foi diagnosticado com taquiarritmia. Boletim médico divulgado na manhã de hoje indica que ele está estável e deve receber alta na sexta-feira (28).
Marconi deu entrada no hospital às 15h de ontem com quadro de arritmia cardíaca e queixa de palpitação. "Foram realizados exames laboratoriais, assim como de imagem cardiológica. Os resultados dos referidos exames laboratoriais foram satisfatórios, sendo evidenciado no eletrocardiograma taquiarritmia", diz a nota da unidade de saúde.
O ex-governador é acompanhado pelo cardiologista José Maria Dias de Azeredo Bastos, que assina o boletim médico. "No momento o paciente encontra-se hemodinamicamente estável, com parâmetros dentro dos valores normais, com previsão de alta para amanhã", conclui o texto.
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Goiás tem apenas 22 leitos de UTI para adultos com covid na rede estadual
Théo Mariano
Goiânia - Os hospitais da rede estadual de saúde de Goiás têm apenas 22 leitos disponíveis em unidades de terapia intensiva (UTIs) destinadas ao tratamento de adultos com covid-19. Segundo dados da tarde desta quarta-feira (26/1) da plataforma de monitoramento do avanço do vírus disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), a ocupação dos leitos de UTI para adultos com covid-19 já está em 89%.
Além de Goiás, outros cinco Estados e o Distrito Federal estavam, na manhã desta quarta (26), com a ocupação dos leitos de UTI para pacientes com covid-19 acima de 80%. De acordo com números da Fiocruz, os casos são preocupantes no Espírito Santo (80%), Mato Grosso do Sul (80%), Pernambuco (81%), Piauí (82%) e Rio Grande do Norte (83%).
Além disso, o novo Boletim Infogripe Fiocruz mostra que 25 das 27 unidades da Federação apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas seis semanas. Nas capitais, 23 das 27 apresentam igualmente sinal de crescimento.
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Covid-19: Goiás registra 6.299 novos casos e 74 mortes em um dia
Goiás registrou 6.299 novos casos da covid-19 e 74 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quarta-feira (26/1). Com as atualizações, o Estado chega a 1.021.056 casos e 24.944 óbitos confirmados.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 969.854 pessoas que tiveram a doença e estão recuperadas. No Estado, há 682.209 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 298.887 casos.
Além dos 24.944 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,45%, há 399 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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JORNAL OPÇÃO
Em carta da Associação Médica Brasileira, Marcelo Queiroga é duramente criticado
Por Gabriella Oliveira
Os profissionais acusam o ministro de cometer “erros de conduta e deslizes éticos”
No último domingo, 23, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou uma carta em que critica duramente o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, por “erros de conduta e deslizes éticos” durante a pandemia do Covid-19. A Associação enumerou uma série de “fatos contundentes” que violariam o direito à Saúde, conforme a Constituição, e o Código de Ética da Medicina.
A AMB cita que em agosto passado, Queiroga se disse contrário ao uso obrigatório de máscaras, não fez esforços efetivos para solucionar o apagão de dados epidemiológicos em momento crucial da pandemia, defendeu o uso de cloroquina como tratamento, recomendou a paralisação da vacinação de adolescentes e a demorou para dar início a vacinação de crianças, tendo em vista que esta foi autorizada pela Anvisa em dezembro passado, mas começou somente neste mês de janeiro.
“O Brasil está em alerta e pede mudanças na gestão da saúde. Nós, do grupo CEM COVID_AMB, conclamamos ao senhor Ministro a cumprir os preceitos constitucionais que lhe cabem no exercício de sua nobre missão”, diz um trecho da carta.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que “em nenhum momento afirmou que medicamentos contra Covid são seguros para tratamento da doença, nem questionou a segurança das vacinas, que é atestada pela agência reguladora.”
Um abaixo-assinado contendo 65 mil assinaturas de docentes, profissionais da Saúde e pesquisadores brasileiros também repudiaram a gestão de Queiroga. “O comportamento do Ministério da Saúde transgride não somente os princípios da boa Ciência, mas avança a passos largos para consolidar a prática sistemática de destruição de todo um sistema de saúde”, afirmaram.
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Hospital da Criança e do Adolescente foi acordo político entre Zacharias Calil e Ronaldo Caiado
Por Gabriella Oliveira
Nova unidade substitui o Materno Infantil, hospital que operou por 50 anos e se tornou referência no atendimento a a crianças e adolescentes, sobretudo na cirurgia de siameses, especialidade que deu ao lugar e a Calil projeção mundial
A viabilização do Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad) foi condição para que o médico Zacharias Calil (DEM) aceitasse o convite do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para entrar na política e fazer parte da chapa que deu a vitória para ambos. O acordo, feito em 2017, foi cumprido. A unidade entrou em operação na semana passada, absorvendo serviços que durante 50 anos foram prestados pelo Hospital Materno Infantil (HMI), onde o agora deputado federal atuou por 35 anos e que lhe deu projeção mundial depois de separar as gêmeas siamesas Larissa e Lorrayne.
Ao Jornal Opção, Zacharias contou que aceitou o desafio de entrar para a vida pública com a condição de que o Estado investisse em um hospital bem equipado para realizar o atendimento de crianças e adolescentes. Caiado aceitou. O compromisso entre os políticos foi reafirmado em 2018, agora com ambos já eleitos – um para chefe do executivo goiano, o outro para a Câmara dos Deputados -, à caminho da solenidade de posse do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, Zacharias lembra que mostrou para Caiado uma mensagem que tinha acabado de receber do Hospital Materno Infantil. Nela, falava que eles teriam que fechar por não terem medicamentos. Depois da posse, os dois foram ao HMI e viram que as enfermeiras estavam fazendo vaquinha para conseguir comprar medicamento para uma criança que estava tendo crises compulsivas. Ali, Caiado se comprometeu novamente a melhorar a situação daquela unidade pública.
Assim, o Materno foi transformado em Hecad. O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), adquiriu o Hospital do Servidor, que antes pertencia ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), e transformou neste centro especializado. Zacharias, que ao longo da carreira política não deixou de atender e realizar cirurgias no Materno, inclusive destinando emendas parlamentares para ajudar na melhoria do hospital, agora trabalha no Hospital da Criança e do Adolescente.
“Vamos trabalhar numa estrutura de primeiro mundo. Eu acho que são poucos hospitais no Brasil que tem uma estrutura como aquela. Em Goiás talvez o Órion tenha uma estrutura semelhante”, comemora Zacharias, que é pré-candidato ao Senado Federal. Para Calil, o Hecad é uma conquista médica e também política.
O Materno e as gêmeas siamesas
Mesmo com a moderna estrutura oferecida no Hecad, Zacharias conta que sentiu nostalgia ao deixar a sede Materno Infantil, agora desativado, mas prefere não olhar “no retrovisor”. Apesar de querer manter o foco no presente e no futuro, ele conversou com o Jornal Opção sobre a trajetória no HMI, onde trabalhava desde 1986. Ao longo dessa história, o Materno ficou conhecido nacional e internacionalmente por realizar cirurgia de separação de gêmeos siameses e no tratamento de hemangiomas, muitas delas feita pelo médico pediatra e também deputado federal.
Calil conheceu o Materno Infantil em 1979, pouco depois da inauguração, em 1972. Ele relata que, desde quando estagiava como estudante de medicina, o hospital já apresentava uma infraestrutura muito precária. “Os estudantes não queriam ir para lá porque era muito ruim”, conta. O HMI sempre ofereceu atendimento de urgência, emergência e ambulatorial aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 1986, já como médico cirurgião pediátrico, Zacharias relata alguns dos inúmeros problemas que o hospital tinha. “Era muito cheio de gambiarra, a campainha do hospital era pendura com esparadrapo. Os armários do centro cirúrgico estavam caindo, enferrujados, o piso era precário. As paredes tinham infiltrações. Quando chovia lá era o caos”, relata. “Lá tem uma fila enorme de crianças com má formações que precisam de cirurgias, mas para isso você tem que ter vaga de UTI, porque não dá para fazer um pós operatório numa enfermaria”, explica.
Com a precariedade da infraestrutura, era difícil até realizar cirurgias, porque não havia UTIs no hospital nem neonatal. Os investimentos vieram aos poucos. “Conseguimos colocar UTI pediátrica depois de muita luta, depois de muita confusão por tentar convencer os governos estaduais. Só nos anos 90 que a gente começou a fazer mais cirurgias complexas, de grande porte”. Contudo, a situação continuava ruim. “Tinha dia que a gente estava operando e a energia caia, tudo desligava. Várias vezes eu terminei a cirurgia tendo que usar a luz do celular”, lembra Calil.
A falta de aparelhos para realizar exames básicos também eram frequente. As vezes uma criança precisava fazer uma tomografia, mas não tinha como. Então, o paciente tinha que ir entubado numa ambulância até outro centro para realizar esse exame.
Nos anos 2000, veio a primeira cirurgia de gêmeos siameses. A mãe adotiva de Larissa e Lorrayne veio a público pedir ajuda para que alguém realizasse a cirurgia. Calil se propôs a fazer o desafio, mesmo com os obstáculos do hospital. “Fizemos a cirurgia com muita dificuldade, pedindo material emprestado. Tinha muita pouca gente acreditando no sucesso daquela cirurgia”, lembra o médico.
Na época, Zacharias convidou o professor da residência médica dele, Célio Pereira, para acompanhar a cirurgia. Calil lembra que Pereira disse que ele era um “louco” por querer realizar aquela cirurgia num hospital como aquele e que operar as gêmeas no Materno era “fazer milagre”. Mas Calil sempre afirmou que o corpo clínico do hospital era muito bom e compensava as dificuldades.
Larissa e Lorrayne eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. A cirurgia foi um sucesso. Por causa do procedimento, Larissa, ficou apenas com uma das pernas, a esquerda, um rim e o coração dela é do lado direito. A irmã Lorrayne, veio à falecer sete anos depois, em decorrência da paralisia cerebral que tinha e que ocasionou uma embolia pulmonar. Hoje em dia, Larissa quer seguir os passos de Zacharias e cursar medicina.
“A separação de Lorraine e Larissa foi emblemática para Goiás por ter sido a primeira. Na época, não tínhamos orientação da experiência e nem mesmo da literatura médica, que era escassa. Tivemos de estudar a fundo o caso específico, que era muito complexo”, relembra Zacharias.
Depois dessa cirurgia houve algumas reformas, “puxadinhos”, como diz o médico. A procura por cirurgias começou a aumentar. Zacharias relembra que tinha dias que ele fazia de oito a 10 cirurgias por dia, totalizando no mês cerca de 120 operações. Mas mesmo com a repercussão das cirurgias de siameses (já são cerca de 20 na conta de Calil) o hospital continuava a enfrentar muita dificuldade.
Ao ser questionado do por quê de ter continuado no Materno Infantil, mesmo com a situação extremamente precárias e as inúmeras dificuldades, Zacharias declarou que foi por causa da preocupação com as crianças. “Você tem que investir na criança para que ela seja um adulto saudável, com boa educação, e que ela possa ter as oportunidades que eu tive na vida”, concluiu.
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Goiás enfrenta cenário crítico com ocupação de UTIs pediátricas
Por Redação
Levantamento da Folha de São Paulo apontou que outros seis estados têm ocupação de 80% ou mais deste tipo de leito
A ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas em Goiás está em cenário crítico. Um levantamento do portal Folha de São Paulo mostrou que o estado está entre as sete unidades federativas que estão 80% ou mais dos leitos ocupados. Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio Grande do Norte atingiram o patamar de 100%.
Os outros estados em cenário crítico são Ceará, Bahia e Pernambuco. O portal informou que foram levantados dados em 18 unidades federativas e no Distrito Federal. No entanto, oito não responderam ou informaram que não divulgariam a informação.
As UTIs pediátricas em Goiás estão com ocupação de 81%. Até a última segunda-feira (21), a rede estadual de saúde disponibilizava apenas 21 leitos para crianças. O governo se prepara para abertura de mais dez leitos em Uruaçu, na região Norte de Goiás.
Um dos motivos da alta ocupação no país é a pouca quantidade de leitos desse tipo disponibilizadas. Além disso, a disseminação e a facilidade de contágio da variante Ômicron começam a preocupar as redes de saúde.
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O HOJE
85% dos internados em UTI’s para covid-19 não tomaram vacina, diz presidente do Conasems
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (26/1) que 85% das pessoas internadas em UTI’s para covid-19 não tomaram a vacina, e 7% estão com o esquema vacinal incompleto.
As informações foram divulgadas logo após a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgar uma nota técnica alertando para o aumento na taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Apesar do aumento das ocupações, o presidente do Conasems reforça que as pessoas não devem temer a falta de leitos para outras doenças. “Nós temos em torno de 23 mil leitos normais e mais 15 mil leitos para Covid”, disse em entrevista à CNN. Wilames ainda afirmou que, se necessário, leitos de UTI serão reativados.
Em Goiás
O número de infectados em Goiás está em alta. Ontem (26), foram registrados 7.577 novos casos de covid-19 no estado. Há uma semana, na quarta (19), o número foi de 5.658 novos casos. A média móvel dos últimos 14 dias é de 5.228.
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Pessoas que já foram infectadas e vacinadas contra covid adquirem “superimunidade”, veja o estudo
“A resposta imunitária medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e mais eficazes do que a imunidade gerada apenas pela vacinação”, indicam as conclusões de um estudo da Oregon Health & Science University (OHSU), dos Estados Unidos, publicada na revista Science Immunology.
Pesquisadores da OHSU descobriram que pessoas que foram vacinadas e infectadas pelo SARS-CoV-2 , independente da ordem, adquirem imunidade até dez vezes maior à proteção imunológica de quem apenas recebeu a vacina. A pesquisa ocorreu antes do surgimento da variante Ômicron.
Mesmo assim, a vacina continua sendo o fator mais importante, pois a proteção natural oferecida pela infecção é de curta duração. “Estaremos mais preparados se estivermos vacinados. Neste caso, se o vírus vier, você tem uma contaminação mais branda e ainda fica com a imunidade maior”, comentou Fikadu Tafesse, professor de microbiologia molecular e imunologia na Escola de Medicina da OHSU.
Marcel Curlin, médico e também coautor da pesquisa, ressaltou que a imunidade adquirida apenas pela infecção do vírus varia muito de pessoa para pessoa. “A imunidade conferida apenas pela infecção natural é muito variável. Algumas pessoas produzem uma resposta forte, outras não. Mas a vacinação combinada com a imunidade da infecção oferece respostas fortes”, comentou.
Neste estudo, os cientistas mediram as respostas de anticorpos neutralizantes de 104 indivíduos e os dividiram em três grupos. No primeiro, 42 pessoas que foram vacinadas e não tiveram infecção; 31 que foram vacinadas após uma infecção e 31 que tiveram infecções após a vacinação.
A equipe levou em consideração fatores como idade, sexo e tempo de vacinação e infecção. Além disso os pesquisadores coletaram amostras de sangue de cada participante e expuseram-nas a três variantes do coronavírus no laboratório Marquam Hill de nível 3 de biossegurança da OHSU.
Os resultados mostraram que dois grupos com “imunidade híbrida” (pessoas que já foram infectados e vacinadas) podem gerar maiores níveis de anticorpos em comparação com o grupo de vacinados sem infecção, cerca de 10 vezes mais em comparação aos fornecidos pela vacinação.
Isso tudo não quer dizer, é claro, que as pessoas que já foram vacinadas e não pegaram Covid-19 devem deixar de lado a proteção. Mesmo a variante Ômicron sendo considerada mais leve e as vacinas fazendo efeito, a Covid ainda é uma doença com sintomas intensos e risco de morte. Além disso, há os riscos dos efeitos de longo prazo (a chamada Covid longa) e os perigos de espalhar o vírus para crianças, causando sobrecarga no sistema de saúde.
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PORTAL G1
Menino de 2 anos morre por causa da Covid-19, em Morrinhos
Núcleo de Vigilância Epimemiológica da cidade confirmou que a causa da morte no atestado de óbito foi por insuficiência respiratória aguda, provocada pela doença. O caso ainda será investigado pela SES.
O menino José Vitor Xavier Rodrigues, de 2 anos e oito meses, morreu por causa da Covid-19 em Morrinhos, no sul de Goiás, na terça-feira (25). Segundo o Núcleo de Vigilância Epimemiológica da cidade, a causa da morte registrada no atestado de óbito foi por insuficiência respiratória aguda, provocada pela doença.
O caso, porém, ainda será investigado pela Secretaria Estadual de Saúde para entrar na estatística oficial da pasta.
Segundo a prefeitura, o menino chegou a ser intubado, mas teve paradas cardíacas e não resistiu.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação da cidade informou que a criança esteve presente na Escola Municipal de Educação Infantil no último dia 17 onde, ao apresentar quadro febril, a diretora comunicou a família, que buscou o menino no colégio.
No dia seguinte, a família comunicou que José Vitor não frequentaria a escola nesse período. Mas segunda-feira (24), a criança retornou à escola. A pasta disse que o menino não teve febre na entrada. Porém, no decorrer do dia, ele começou a tossir e levar a mão ao peito.
A médica Márcia Alves Ferreira atendeu o menino em um hospital particular poucas horas antes de ele morrer. Ela chora ao falar que levou a criança para o hospital municipal no próprio carro para tentar salvar a vida dela.
"Era um tempo que eu decidi que não ia perder. Por isso, botamos o oxigênio no carro e a mãe dele foi comigo. Já me abalei muito com o caso e o que me magoou foi a situação”, desabafa a médica.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Centro de Saúde em Campinas sem reformas e com estrutura comprometida corre risco de ser fechado
Denúncia
Estudo aponta que pessoas infectadas e vacinadas adquirem “superimunidade” contra a Covid-19
Afastamento de trabalhador com Covid cai para dez dias
Diagnósticos de casos de hanseníase caíram 35% durante o primeiro ano da pandemia
Contágio é o maior em 18 meses; lotação de UTI supera 80% em 6 Estados e DF
A gritante falta de políticas públicas
Saúde recua e exclui tabela que avaliza 'kit covid' e questiona vacina
EUA suspende uso de dois tratamentos; Anvisa analisa
Ismael avalia avanço da covid em Goiás: "Números altos sempre preocupam"
Goiás registra recorde de casos de covid com 8.263 confirmações em 24 horas
Goiânia tem dia recorde de vacinação de crianças contra a covid-19
Brasil registra mais de 199 mil casos de covid e 489 mortes nas últimas 24 horas
8% dos infectados pela Covid podem transmitir o vírus por mais de dois meses, mostra pesquisa
Ministério da Saúde reduz de 30 para 10 dias prazo para doação de sangue por quem teve Covid-19
O HOJE
Denúncia
Alinhado ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Conselho Federal de Medicina (CFM) posiciona à Coluna, sem mais detalhes, que recebeu a denúncia contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a 'encaminhou para a área competente para sua tramitação legal'. Não detalha como será, nem menciona prazo sobre a análise da denúncia.
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Centro de Saúde em Campinas sem reformas e com estrutura comprometida corre risco de ser fechado
Moradores da Vila Santa Helena, pedem a reforma nas instalações do Centro de Saúde da Vila Santa Helena, na região de Campinas, em Goiânia. A unidade foi construída há mais de 40 anos com placas de concreto está com suas estruturas comprometidas, sem as mínimas condições para abrigar com dignidade médicos, funcionários e pacientes.
O líder comunitário e membro do Conselho de Saúde local, Eudisnei de Lima, afirma que já foi feito até um documento oficial com mais de 25 mil assinaturas, endereçado a Secretaria Municipal de Saúde, solicitando a reforma, mas não teve nenhuma resposta do poder público municipal.
João Gonçalves, comerciante, relata os problemas vivenciados no local. “Esse posto de saúde está esse caos há anos e ninguém toma nenhuma providência. O imóvel está se desmanchando, as pessoas precisam de ir ao médico, mas como que faz? Com um local desse jeito, é uma vergonha, uma cidade desse tamanho, um posto de saúde nessa situação precária de abandono,” relata o comerciante
Atendimentos remanejados
No local é possível encontrar paredes com rachaduras, mofo e infiltrações, além de mato alto na área externa. O Centro de Saúde da Vila Santa Helena, na região Campinas, será fechado e terá que remanejar os atendimentos para uma antiga escola por conta de problemas estruturais graves. De acordo com a prefeitura, a partir do dia 07 de fevereiro os moradores da região deverão procurar o prédio provisório no mesmo bairro para terem acesso aos serviços de saúde.
A gerente comercial Larissa Richelle Fagundes teme que a estrutura desabem sobre os usuários. “Acho que só vão tomar uma providência nesse posto quando uma parede cair em cima se alguém. Porque está tudo velho, deteriorado. Um desrespeito com os pacientes. Vira e mexe dá polícia aqui porque as pessoas vêm para consultar e ficam insatisfeitas com o atendimento. Chegam a esperar horas e não dá certo, isso é uma falta de respeito com a população que precisa de posto”.
Reforma
A Secretaria de Saúde de Goiânia esclarece que tem promovido vistorias nas unidades de Saúde com o objetivo de levantar as condições físicas atuais. Esclarece ainda que se encontra em andamento o processo de contratação de empresa especializada em manutenção e reforma predial. “O projeto da Prefeitura de Goiânia é reformar todas as unidades de Saúde que mostrarem necessidade, entre as obras prioritárias está o Centro de Saúde Santa Helena”.
Quatro unidades de saúde de Goiânia ainda estão em reforma. O Centro de Saúde Integrada (Cais) do setor Chácara do Governador foi reformado para ser transformado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e deve começar a funcionar nesta semana. Já o Cais Cândida de Moraes, Ciams Jardim América e Jardim Guanabara devem ter suas reformas concluídas até o meio deste ano. Ao todo, as obras afetam 20 mil usuários.
Secretário Municipal de Saúde, Durval Pedroso, realizou a prestação de contas do primeiro mês deste ano em uma reunião remota da Comissão de Saúde da Câmara Municipal e foi cobrada pela conclusão das reformas das unidades de saúde pelos vereadores. Ele garantiu que todas devem ser concluídas até o fim deste ano, com expectativa para o término dos trabalhos até novembro.
Sobre a reforma do Centro de Saúde da Vila Santa Helena, a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) está fazendo os projetos para adequações de banheiros com acessibilidade, ampliação da sala de urgência, ampliação da Sala de Reanimação e ampliação do número de leitos.
De acordo com Pedroso, as obras das unidades de saúde dos bairros Campinas, Cândida de Moraes, Jardim Guanabara e Jardim América estão em curso. A Secretaria culpa a pandemia do Coronavírus pelos atrasos de conclusão dos trabalhos. “Foi difícil conseguir materiais e colocar mão de obra para funcionar porque muitos trabalhadores estavam em idade avançada”, alega. Ela ainda disse que todas as empresas envolvidas nas reformas tiveram essa dificuldade.
Imóveis antigos
As unidades de Saúde foram construídas na década de 1980 e precisam ser atualizadas para atender as normas da vigilância e trazer mais conforto aos pacientes. Os Cais de Goiânia recebem verbas federais do Ministério da Saúde. Por outro lado, as UPAs, se habilitadas, podem receber recursos para investimento interno que variam de R$ 150 mil a R$ 400 mil, a depender do porte da unidade de saúde.
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Estudo aponta que pessoas infectadas e vacinadas adquirem “superimunidade” contra a Covid-19
Uma pesquisa realizada pela Oregon Health & Science University (OHSU), dos Estados Unidos, e publicada pela revista Science Immunology, nesta terça-feira (25/1), aponta que pessoas com infecção pelo coronavírus e vacinadas adquirem “superimunidade”, ou seja, uma imunidade superior à proteção imunológica de quem apenas recebeu a vacina. Segundo conclusões a “resposta imunológica medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e eficazes”.
O estudo, entretanto, foi feito antes do surgimento da variante Ômicron, mas a expectativa dos pesquisadores é que as respostas híbridas sejam semelhantes à nova variante, classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como preocupante e altamente contagiosa. Segundo Fikadu Tafesse, coautor do estudo e professor de microbiologia molecular e imunologia da OHSU, não faz diferença se a pessoa foi infectada e depois vacinada ou vice-versa, nos dois casos a resposta imunológica é alta.
Para realizar a pesquisa, foram utilizadas 104 pessoas vacinadas contra a Covid-19 e divididas e três grupos. O primeiro era composto por 42 pessoas vacinadas e sem infecção, o segundo por 31 pessoas vacinadas após a infecção e o terceiro por 31 infectados depois da vacinação. Os participantes ainda foram controlados de acordo com idade, sexo e tempo de vacinação e infecção.
Dos participantes os pesquisadores recolheram amostras de sangue de cada um, e estas foram expostas a três variantes do vírus em laboratório. Os especialistas concluíram que os dois grupos com “imunidade híbrida”, ou seja, infectados e vacinados, geraram maiores níveis de imunidade se comparado ao grupo vacinado sem infecção.
De acordo com Marcel Curlin, professor de infecciologia na instituição, a imunidade pela infecção natural é variável, mas, quando combinada com a vacinação, fornece respostas eficientes “quase sempre”. “Os resultados indicam o momento em que o SARS-CoV-2 poderá se tornar infecção endêmica leve, como doença sazonal do trato respiratório, em vez de pandemia”, afirma.
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FOLHA DE S.PAULO
Afastamento de trabalhador com Covid cai para dez dias
Prazo para caso de quem teve contato com infectado também passa a dez dias
O governo formalizou nesta terça (25) a redução no prazo de afastamento de trabalhadores com Covid-19.
O tempo de licença por infecção pelo coronavírus passa a ser de dez dias, contados do primeiro dia de sintomas ou da realização do teste. O afastamento poderá cair para sete dias caso o trabalhador esteja sem febre há mais de 24 horas, sem o uso de medicamentos antitérmicos, e tenha tido melhora dos sintomas respiratórios.
O prazo anterior, fixado pelas portarias 19 e 20, de junho de 2020, era de 14 dias. Nesta terça, os ministérios da Saúde, do Trabalho e Previdência e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento atualizaram os anexos dessas normas, nos quais são detalhados os parâmetros para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão.
A mudança era esperada desde o início do mês, quando o Ministério da Saúde reduziu os intervalos de isolamento para pessoas com Covid-19. A quarentena de infectados assintomáticos, para os quais a recomendação de afastamento de atividades e contatos era de dez dias, passou a cinco.
Para os trabalhadores, outra modificação trazida pelos novos anexos é o tempo de isolamento para os que tiveram contato com pessoas contaminadas e também 0 intervalo para que esse trabalhador seja considerado sob risco.
Na publicação anterior, o governo estabelecia como contratante os que estiveram com alguém contaminado entre 2 dias antes e 14 dias depois do início dos sintomas ou da confirmação laboratorial. A partir desta terça, esse intervalo cai para entre 2 antes e 10 dias depois.
Os casos suspeitos, por terem contato com alguém contaminado, ainda precisam ser afastados do trabalho presencial, mas o prazo de isolamento também cai de 14 para 10 dias. Esses trabalhadores também podem voltar antes às atividades presenciais.
A portaria prevê que o retorno pode ocorrer no 8o dia a partir do contato com a pessoa infectada, desde que a empresa encaminhe o funcionário para testagem a partir do 5o dia.
O trabalhador afastado porque está com Covid-19, porque está com sintomas gripais suspeitos ou porque teve contato com alguém contaminado tem direito à manutenção da remuneração durante o afastamento -essa garantia é mantida na atualização das portarias.
Na avaliação do advogado Luiz Guilherme Migliora, sócio da área trabalhista do Veirano Advogados, a nova redação das recomendações equipara o entendimento de casos suspeitos e confirmados. O que muda é que, para aqueles que somente estiveram próximos de pessoas contaminadas, as regras publicadas nesta terça autorizam o retorno antecipado.
'A mudança está atendendo uma demanda de todo o mundo, uma vez que há mais casos e de menor gravidade. Lembrando que você sempre pode afastar por mais ou menos tempo a depender do que o laudo médico recomenda', diz.
A norma atualizada nesta terça pelo governo prevê que os trabalhadores com 60 anos ou mais ou que apresentem condições clínicas de risco para desenvolvimento de complicações da Covid-19 devem receber atenção especial, podendo ser adotado de trabalho ou em trabalho remoto a critério do empregador.
Na norma anterior, de 2020, a recomendação era para dar prioridade a sua permanência em trabalho remoto ou em local que reduzisse o contato com outros trabalhadores e o público, quando possível
Outra mudança trazida pelo governo Jair Bolsonaro (PL) nas publicações desta terça foi o intervalo de substituição das máscaras de proteção, que subiu de três para quatro horas.
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Diagnósticos de casos de hanseníase caíram 35% durante o primeiro ano da pandemia
O número de diagnóstico de novos casos de hanseníase caiu 35% no primeiro ano da pandemia do novo coronavírus. Foram 27,6 mil casos em 2019 contra 17,9 mil em 2020.
Já em 2021 foram 15.155 novos casos, segundo os dados preliminares que vão até 6 de dezembro. Os dados foram apresentados pela pasta nesta terça-feira (25).
Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, destacou também os dados de hanseníase em menores de 15 anos. Foram 1.545 em 2019 contra 879 em 2020, redução de 43%.
"A gente tem falado de menores de 15 anos, ministro, porque isso de alguma forma tem relação com o contato. A linha de transmissão da hanseníase é lenta. Um adulto não diagnosticado acaba contaminando os seus filhos", disse.
Causada por uma bactéria, a hanseníase acomete principalmente nervos periféricos e pele, podendo causar incapacidades físicas, principalmente nas mãos, olhos e pés.
Segundo a pasta, apesar de haver cura, a doença permanece endêmica em várias regiões do mundo, como no Brasil, na Índia e na Indonésia.
Os sinais e sintomas mais frequentes são dormência, formigamento e diminuição da força nas mãos, pés ou pálpebras. Além de machas brancas ou avermelhadas com a diminuição ou perda da sensação de calor, de dor ou de tato.
Nereu Mansano, representante do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), avaliou que a queda nem sempre é boa. Isso pode estar relacionado com a pandemia do novo coronavírus e a dificuldade de acesso ao sistema de saúde nesse período.
"Isso aumenta o risco do diagnóstico numa fase mais avançada e com maior risco de sequela", destacou.
Os dados apontam ainda que de 2016 a 2020 foram diagnosticados 115,3 mil casos novos de hanseníase no país. Desses, 86,2 mil ocorreram no sexo masculino, o que corresponde a 55% do total. A maioria da população é parda e com o ensino fundamental incompleto.
Medeiros informou que o diagnóstico e tratamento são oferecidos no SUS e, neste ano, serão incluídos novos testes laboratoriais complementares ao diagnóstico da hanseníase, entre eles um teste rápido.
A pasta ressaltou que, com essa incorporação, o Brasil será o primeiro do mundo a ofertar em nível assistencial, de forma universal e no sistema público de saúde, um teste rápido para apoiar o diagnóstico.
"A linha de transmissão da hanseníase é lenta. Um adulto não diagnosticado acaba contaminando os seus filhos". Arnaldo Medeiros
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O ESTADO DE S.PAULO
Contágio é o maior em 18 meses; lotação de UTI supera 80% em 6 Estados e DF
Brasil registra maior n. º de mortes desde 12 de novembro e tem 14. º dia seguido de recorde de casos; síndrome respiratória aguda grave está em alta em 25 das 27 unidades da federação
O avanço da variante Ômicron já causa uma explosão de casos e internações no Brasil. Números do Observatório Covid Fiocruz atestam que em sete unidades da Federação a ocupação dos leitos de UTI covid-19 ultrapassa 80%; o Distrito Federal chegou ontem à ocupação máxima. Além disso, o País registrou ontem o maior número de mortes desde novembro e a maior taxa de transmissão do vírus desde julho de 2020. Para especialistas, o momento é de preocupação e de reavaliar as medidas de prevenção e de restrição de aglomeração.
Sobre ocupação dos leitos de UTI destinados à covid-19, os números da Fiocruz mostram que o porcentual está a cima de 80% em Distrito Federal, Espírito Santo (80%), Goiás (82%), Mato Grosso do Sul (80%), Pernambuco (81%), Piauí (82%) e Rio Grande do Norte (83%). Em São Paulo, é de 65% no Estado e de 71% na capital (dados de ontem). No Rio, a situação é um pouco mais preocupante: 62% no Estado, mas 96% na capital.
'Não é a mesma situação que tivemos há um ano. Hoje, o número total de leitos é muito menor que em agosto. Além disso, tenho muita fé na vacina, não acredito que vamos reviver o que já vivemos, com pessoas chegando aos hospitais sem respirar, praticamente mortas', afirmou a pesquisadora Margareth Portela, do Observatório Covid-19/Fiocruz. 'Mas não dá para menosprezar que existe um crescimento e que seguimos vivendo como se não houvesse uma pandemia; as pessoas estão tratando isso como se fosse uma 'gripezinha' e não é. Precisamos de novas medidas. '
SRAG. Além disso, o novo Boletim Infogripe Fiocruz mostra que 25 das 27 unidades da Federação apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas seis semanas. Nas capitais, 23 das 27 apresentam igualmente sinal de crescimento. 'Certamente estamos vivendo uma explosão de casos da Ômicron, e isso já era mais ou menos esperado pelo que acompanhamos no restante do mundo; a variante é dos vírus mais infecciosos de que se tem notícia', afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio Guimarães, pesquisador da UFMG. 'Acho que o momento é de repensarmos algumas estratégias; não acho que seja necessário um lockdown, mas não é possível seguir com o processo de abertura. '
TRANSMISSÃO. O Imperial College de Londres, referência em análise da crise sanitária, apontou nesta terça-feira que a taxa de transmissão (Rt) no Brasil está se expandindo e já é a maior desde julho de 2020: 1, 78. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas infectam outras 178. Na semana passada, esse indicador estava em41, 35- após os números ficarem quase um mês sem ser calculados, pelo apagão de informações no Ministério da Saúde. Somente quando esse índice fica abaixo de 1 pode-se dizer que a doença está arrefecendo; agora, está acelerando.
'É descontrole total', diz a integrante do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ e especialista em gestão em saúde Chrystina Barros. 'Nosso modelo matemático baseado exclusivamente na taxa de transmissão indica lockdown, mas isso, por si só, não é suficiente. De qualquer forma, há outras medidas a serem implementadas, como a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos, restrição do número de pessoas em locais fechados e também no transporte público. Não dá para cancelar o carnaval e manter o Maracanã com 50 mil pessoas. '
MORTES ECASOS. O novo avanço da pandemia também é notado nos balanços dados diários do consórcio de veículos de imprensa, que inclui o Estadão. O Brasil registrou 489 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira, maior número desde 12 de novembro. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 332, mantendo tendência de crescimento pelo 14. º dia consecutivo. O número de novas infecções foi de 199. 126, o terceiro maior número da pandemia. À média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 159. 789.
RISCO FUTURO. Segundo especialistas, a situação atual só não é mais grave por dois motivos. Um é que a Ômicron é aparentemente menos virulenta que suas antecessoras. Outro - sobretudo - é porque o vírus agora se espalha em uma população já amplamente vacinada. Por isso, o número de casos graves e mortes não cresceu na mesma proporção que o número de novas infecções. O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou nesta terça-feira, a 163. 389. 955, O equivalente a 76, 06% da população total, segundo o consórcio de veículos de imprensa - e 148, 5 milhões receberam a segunda dose ou um imunizante de aplicação única, o que corresponde a 69, 15%.
Mas, se a disseminação do vírus se mantiver nessa velocidade, pode haver sobrecarga nos sistemas de saúde. Há também o risco do surgimento de uma nova variante.
'A Ômicron prevalece nas vias aéreas superiores, não desce muito para os pulmões. Além disso, a variante é mais suscetível ao interferon, que é uma molécula produzida pelo organismo que ajuda no combate ao vírus. Por isso, ela não causa tantos casos graves e mortes', explica Flávio Guimarães. 'Mas, se não limitarmos a circulação do vírus, os casos graves e as mortes vão aparecer: é uma questão matemática. E se o vírus continuar se multiplicando de forma descontrolada, novas variantes podem surgir. ' e
Taxa de transmissão Segundo indica o Imperial College, cada 100 pessoas contaminadas infectam outras 178 no País
UTI na zona sul da capital paulista; a ocupação em São Paulo está em 71%, mas no Rio já chega a 96%
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A gritante falta de políticas públicas
Recusa do Ministério da Saúde em elaborar norma para notificar casos confirmados de covid-19 por autoteste obriga a Anvisa a cobrar o óbvio
A decisão da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de rejeitar o uso do autoteste de covid-19 é mais um capítulo do amadorismo que tem sido regra no enfrentamento da pandemia pelo governo. Romison Rodrigues Mota, diretor do órgão regulador, teve que expressar o óbvio e cobrar do Ministério da Saúde, antes que a venda do produto possa ser liberada, o estabelecimento de uma política pública que defina a forma de notificação dos casos confirmados e a inclusão desses dados no balanço oficial. A pasta terá 15 dias para elaborar essas diretrizes, o que pode ser pouco tempo para uma gestão que há quase dois anos se recusa a liderar uma estratégia nacional de combate ao coronavírus.
Em pleno pico da onda da variante Ômicron, com mais de 200 mil casos diários, a demanda explodiu, as filas nas unidades de saúde são gigantescas e o preço dos testes RT-PCR atingiu R$ 400 nas farmácias e laboratórios. Esse tipo de exame caseiro é vendido a preços bem mais baixos na Europa e nos Estados Unidos. No Reino Unido, o governo envia o produto de forma gratuita aos cidadãos em suas casas.
Quando a imprensa questionou a Anvisa sobre a razão da proibição dos testes por conta própria, no início do mês, o órgão regulador citou os termos de uma resolução que impedia o enquadramento como autoteste de produtos com a finalidade de 'testar amostras para a verificação da presença ou exposição a organismos patogênicos ou agentes transmissíveis, incluindo agentes que causam doenças infecciosas passíveis de notificação compulsória'. É evidente que a covid19 se encaixa nessa descrição.
Essas normas não são nenhum capricho, mesmo porque falhas na execução do autoteste comprometem sua confiabilidade. Ademais, há chance de resultados falso-negativos no início do ciclo da doença. A agência, porém, reconheceu que a vedação poderia ser afastada pela diretoria caso houvesse 'políticas públicas e ações estratégicas formalmente instituídas pelo Ministério da Saúde'. Foi exatamente o que foi feito pelos países que autorizaram o produto. 'Outros países que adotaram a abordagem de execução de testes in vitro para covid-19 fora do ambiente laboratorial detêm critérios sanitários direcionados a tais situações e estabeleceram políticas públicas na perspectiva do combate à disseminação do coronavírus.'
Para um bom entendedor, bastaria reparar a quantidade de vezes que a Anvisa mencionou o termo 'política pública' na nota divulgada no início de janeiro - foram cinco -, mas esse não parece ser o caso do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. No voto aprovado nesta semana, o diretor Romison Rodrigues Mota repetiu as palavras três vezes - e, para facilitar, as negritou. 'Ocorre que, como bem apontou a Procuradoria Federal junto à Anvisa quando da análise jurídica da proposta, não houve, por parte do Ministério da Saúde, a formalização da inclusão da autotestagem por usuários leigos como política pública. Tal formalização é condição para que seja afastada a vedação', cobrou. Dada a agilidade da pasta, é bem possível que a venda do produto somente seja liberada quando a onda da Ômicron estiver no fim.
A despeito de todas as lacunas apontadas pela Anvisa na solicitação de registro apresentada pelo Ministério, Queiroga disse que a posição favorável da pasta acerca do autoteste é 'clara, como é tudo aqui no governo do presidente Jair Bolsonaro'. É quase um deboche vindo de uma gestão que compra vacinas infantis para, em seguida, promover a perseguição dos servidores que aprovaram seu uso e alarmar os pais superestimando os riscos do imunizante. Mais de um mês após o suposto ataque hacker que o Ministério da Saúde diz ter sofrido em seu site, o caso não foi esclarecido, ainda há sistemas com registro de instabilidade e a contabilização de notificações atrasadas levará semanas. A opacidade é a regra no governo bolsonarista. A única coisa cristalina é a estratégia de desmonte da máquina administrativa e a negligência com as políticas públicas e, consequentemente, com a população.
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Saúde recua e exclui tabela que avaliza 'kit covid' e questiona vacina
O Ministério da Saúde afirmou ontem que serão feitas alterações na nota técnica assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti, com diretrizes de tratamento contraacovid-19 que indicam a eficácia da hidroxicloroquina e a falta de efetividade das vacinas, argumentos que contrariam estudos e orientações sanitárias em todo o mundo. Em nota, a pasta afirma que o documento será republicado na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU), porém, não se manifesta especificamente sobre a tabela onde constam dados anticientíficos sobre a hidroxicloroquina e os imunizantes. Embora o Ministério não tenha se posicionado, Angotti anunciou que a tabela será removida para 'evitar possível mau uso'.
'A tabela embora não esteja errada no contexto em que ela se encontra, vamos optar por tirá-la. Não vai mudar nada o parecer, não vai mudar nada o argumento, mas optamos por tirá-la para fomentar a clareza, promover clareza', disse o secretário em entrevista ao programa Os Pingos nos is, da Jovem Pan.
O documento original assinado por Angotti bloqueia as diretrizes que contraindicam o 'kit covid' no tratamento ambulatorial e hospitalar da doença, impondo entraves que deixam o País sem uma recomendação oficial de como tratar pacientes de covid após quase dois anos de pandemia. CRÍTICA. A tabela foi alvo de contestação de acadêmicos e especialistas em saúde pública porque apresenta em uma de suas colunas o questionamento sobre a efetividade dos tratamentos disponíveis no País em estudos controlados e randomizados para a covid-19. No campo das respostas, consta 'sim' para a efetividade da hidroxicloroquina e 'não' para as vacinas.
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EUA suspende uso de dois tratamentos; Anvisa analisa
A Foodand Drug Administration (FDA), agência americana equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), suspendeu o uso de dois tratamentos com anticorpos monoclonais contra a covid-19: o da empresa Regeneron (casirivimabe e imdevimabe) e o da Eli Lilly (bamlanivimabe e etesevimabe). O órgão regulador aponta que dados 'fortemente' indicam que eles não são eficazes contra a Ômicron - variante dominante no país.
Ambos têm autorização de uso emergencial no Brasil. À Anvisa informa que notificou as empresas Eli Lily e Roche (responsável por comercializar o medicamento da Regeneron) para que apresentem justificativas para a manutenção da liberação.
'Os dados disponíveis e limitações quanto à eficácia contra variantes estão previstos em bula, ficando a cargo do prescritor a avaliação clínica de eventual benefício quando da utilização do tratamento', diz a agência brasileira. Na nota, ainda destaca que é obrigação dos laboratórios monitorar o perfil de eficácia dos medicamentos frente às novas cepas. A associação de casirivimabe e imdevimabe recebeu autorização de uso emergencial da Anvisa em abril de 2021.
O coquetel tem uso restrito a hospitais EUA. O documento americano aponta que 'no futuro, se houver probabilidade de pacientes em determinadas regiões geográficas serem infectados ou expostos a uma variante suscetível a esses tratamentos, o uso deles poderá ser autorizado nessas regiões'. A decisão se deu após análise de um painel independente de especialistas.
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A REDAÇÃO
Ismael avalia avanço da covid em Goiás: "Números altos sempre preocupam"
Estado confirmou 8,2 mil novos casos em um dia
Théo Mariano
Goiânia - A chegada da Ômicron acendeu um alerta em todo o País, que vê novamente o número de casos da covid-19 crescer desenfreadamente. Em Goiás, foi registrado um recorde no boletim desta terça-feira (25/1): no intervalo de 24 horas, mais de 8,2 mil casos do novo coronavírus foram confirmados. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, "números altos sempre preocupam".
Ainda assim, em entrevista ao jornal A Redação nesta terça (25), o titular da pasta estadual reitera que, por ser menos letal, a Ômicron tem causado menos complicações nos pacientes infectados em Goiás. Como mostrou o AR na última semana, pelo menos 92,5% dos novos casos registrados em Goiás em 2022 eram da variante sul-africana.
No último domingo, Goiás ultrapassou a marca de 1 milhão de casos confirmados da covid-19 desde o início da pandemia. Desse total, quase 25 mil morreram pelo vírus. No entanto, levantamentos preliminares apontam que a Ômicron, por afetar principalmente o sistema respiratório superior, seria menos mortal que outras cepas já encontradas no Brasil.
Além disso, a vacinação está avançada em muitos Estados. Como reforça Ismael Alexandrino, a queda no número de mortes por covid também é reflexo dos imunizantes aplicados. Agora, o Estado de Goiás aguarda a chegada de mais 64,2 mil doses pediátricas da vacina contra a covid-19. A entrega do lote aos goianos está prevista para esta terça-feira (25).
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Goiás registra recorde de casos de covid com 8.263 confirmações em 24 horas
Estado soma 1.014.757 infecções
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou novo recorde de notificações de novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas, com 8.263 confirmação. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) nesta terça-feira (25/1). O Estado não registrou, segundo a SES-GO, mortes em decorrência da covid-19 no mesmo período.
Com as atualizações, o Estado chega ao total de 1.014.757 pessoas infectadas e 24.870 óbitos confirmados pela doença desde o início da pandemia. Ainda segundo o boletim estadual, há o registro de 965.231 pessoas recuperadas da covid-19 no território goiano. Além disso, há em Goiás 675.881 casos e 394 mortes em investigação para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus.
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Goiânia tem dia recorde de vacinação de crianças contra a covid-19
Mais de 14 mil já foram vacinadas na capital
Após liberar a vacinação a partir de 5 anos com a Pfizer pediátrica e disponibilizar a vacina CoronaVac para crianças com 6 anos ou mais, Goiânia teve um dia recorde de vacinação nesta terça-feira (25/1), com a aplicação de 3.452 doses.
Com isso, o número de criança vacinadas desde o último dia 17, quando a vacinação começou no município, chega a 14.391. Nesta quarta-feira (26/01), a vacinação das crianças de 5 a 11 segue nas 14 unidades de saúde exclusivas para esse público.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil registra mais de 199 mil casos de covid e 489 mortes nas últimas 24 horas
País soma 623.901 mortos
O Brasil registrou 489 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira (25/01). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 332, mantendo tendência de crescimento pelo 14° dia consecutivo. O número de novas infecções notificadas foi de 199.126, o terceiro maior número da pandemia. A média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 159.789. No total, o Brasil soma 623.901 mortos e 24.334.072 casos da doença. Acre, Goiós e Roraima não registraram vítimas fatais da doença nesta terça.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
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JORNAL OPÇÃO
8% dos infectados pela Covid podem transmitir o vírus por mais de dois meses, mostra pesquisa
Por Gabriella Oliveira
Os pesquisadores da Plataforma Científica Pasteur-USP acompanharam um paciente de 38 anos que permaneceu por 232 dias com o novo coronavírus sendo detectado no organismo e sofrendo mutações
Em uma recente pesquisa feita pela Plataforma Científica Pasteur-USP (PCPU), com, apoio da FAPESP e que foi publicada na revista Frontiers in Medicine alertou para o risco de pacientes com Covid-19 que mesmo após o período de 14 dias continuaram testando positivo para o vírus. Os pesquisadores acompanharam 38 contaminados e constataram que, em média, levou cerca de um mês para o teste diagnóstico se tornar negativo.
Um dos casos, foi um homem de 38 anos que contraiu Covid-19, mas apresentou apenas sintomas leves durante 20 dias. Contudo, ao ser acompanhado pela PCPU, eles observaram que o vírus permaneceu por 232 dias no organismo do paciente e sofrendo mutações. Ou seja, se não estivesse sendo observado e mantido distanciamento social e usado máscara, poderia ter disseminado o vírus por mais de sete meses. Este foi um dos três voluntários em que o coronavírus permaneceu no organismo por mais de 70 dias.
“Dos 38 casos que acompanhamos, dois homens e uma mulher foram atípicos, permanecendo mais de 70 dias com o vírus detectável no organismo. Baseados nesse resultado, podemos dizer que cerca de 8% dos infectados pelo SARS-COV-2 podem apresentar capacidade de transmissão do vírus por mais de dois meses, sem necessariamente apresentar qualquer sintoma durante a fase final da infecção”, explica Marielton dos Passos Cunha, primeiro autor do estudo.
O estudo alerta para o curto período de tempo de isolamento recomendado pelos médicos e entidades sanitárias para pessoas diagnosticadas com Covid. “Queríamos saber se 14 dias eram realmente suficientes para que o vírus deixasse de ser detectável. Verificamos que não. Em média, pode demorar um mês para que o teste dê negativo e, em alguns casos desse estudo, a positividade se estendeu de 71 a 232 dias”, disse uma das coordenadoras da PCPU, Paola Minoprio.
Contudo, nesta semana, o Ministério da Saúde reduziu o tempo de isolamento para quem testou positivo para o vírus e teve sintomas de leve a moderado, de dez para sete dias. O período de quarentena pode ser reduzido para cinco dias caso o paciente esteja sem sintomas e faça um novo teste com resultado negativo.
*Com informações da reportagem da Agência FAPESP feita pelo repórter André Julião
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Ministério da Saúde reduz de 30 para 10 dias prazo para doação de sangue por quem teve Covid-19
Por Rafaela Ferreira
Rede Estadual de Hemocentros já começou a adotar os critérios. Déficit no banco de sangue chega em 41%, apenas em janeiro
A Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo) começou a adotar novos critérios para quem já teve Covid-19, mas deseja realizar a doação de sangue. Antes, era necessário aguardar um período de 30 dias, agora, caiu para 10 dias, após completar a recuperação. A alteração nas regras foi definida pelo Ministério da Saúde (MS) que informa que os candidatos que apresentaram um diagnóstico positivo, mas que permaneceram sem sintomas, poderão doar após 10 dias da data de coleta do exame. As pessoas que tiveram contato com um caso confirmado de Covid durante o período de transmissibilidade, poderão doar sangue sete dias após o último contato.
De acordo com a diretora técnica da Rede Hemo, Ana Cristina Novais, as medidas de distanciamento e atendimento nas unidades da Rede Hemo permanecerão as mesmas, e ela orienta que os doadores podem realizar o agendamento prévio por meio do site agenda.hemocentro.org.br ou do telefone 0800 642 0457. “Os doadores também podem comparecer a uma das unidades da Rede Hemo por livre demanda e escolher o melhor dia e horário para a coleta de sangue”, finaliza a diretora.
Vale lembrar ainda que a Rede Hemo emitiu um alerta para os baixos níveis nos estoque de sangue nas unidades. Só em janeiro, a Rede apresentou déficit de 41%. No mesmo período em 2021, o número foi 22%. O baixo número de doadores se deve, principalmente, ao aumento no número de casos de Covid-19 e Influenza. Por outro lado, a alta da dengue no estado elevou a demanda por sangue.
Doação
A doação de sangue pode ser feita por pessoas com peso acima de 50kg, estar saudável, apresentar documento com foto válido em todo o território nacional e idade entre 16 e 69 anos, sendo que antes de completar 18 anos é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis. Quem tomou a vacina da febre amarela deve aguardar 30 dias para fazer uma doação. Já para a vacina contra gripe, o prazo é de 48 horas. No caso da vacina contra o novo coronavírus é preciso esperar 48 horas após a dose de Coronavac, e sete dias após a aplicação das demais.
Ao contrário disso, o Ministério da Saúde especifica, também, que ficam inaptos para doar sangue os profissionais de saúde que não estejam usando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequadamente. Além disso, o intervalo entre as doações é de 60 dias para homens e 90 para mulheres. Fica vedada a doação para pessoas que realizaram o procedimento de piercings e tatuagens nos últimos 12 meses. Gravidas ou lactantes e pessoas que tiveram hepatite após os 11 anos de idade também não podem doar sangue.
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Assessoria de Comunicação
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Empresas são autuadas por alto preço de testes
FOLHA DE S.PAULO
Saúde prorroga custeio de leitos de UTI da Covid em todo o país
Decisão do governo federal ocorre após pedido de estados e municípios
BRASÍLIA - O Ministério da Saúde vai prorrogar por mais 30 dias o custeio de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto e pediátrico destinados ao tratamento da Covid-19.
Os conselhos de secretários de Saúde de estados (Conass) e de municípios (Conasems), além do Fórum Nacional de Governadores, haviam pedido para o governo federal manter o pagamento, que se encerraria no próximo dia 31, por causa do aumento de internações recente.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que renovará o financiamento para manutenção de 14. 254 leitos espalhados em todo o país.
'Vale informar, ainda, que o Ministério da Saúde segue monitorando a situação epidemiológica no país e caso seja necessário novas prorrogações a pasta irá avaliar', disse a pasta.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que a decisão do Ministério da Saúde é acertada.
'Importante decisão para um momento em que vários Estados e municípios tem muitas regiões de saúde, com elevado número de pacientes e não só para Covid, mas também outras doenças. Decisão acertada e agradecemos', declarou Dias, que coordena os debates sobre a resposta à pandemia no Fórum Nacional de Governadores.
A renovação do custeio dos leitos deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
O avanço da variante ômicron fez aumentar os casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave), segundo a Fiocruz.
No último domingo (23), o Brasil bateu, pelo sexto dia na semana, o recorde de média móvel de novos casos de Covid, que agora é de 148. 212 infecções por dia, aumento de 309% em relação aos dados de duas semanas atrás. À média móvel de mortes provocadas por coronavírus também continua subindo e agora é de 292 óbitos por dia, aumento de 129%.
'Já temos sete Estados com 70% ou mais da capacidade dos leitos ocupados, para doença respiratórias agudas e graves (Covid19, destacadamente variante Ômicron e H3N2/Influenza), além de viroses e diarréias). E demais Estados em situação de elevação no nível de ocupação', afirmou ainda o governador do Piauí, em nota.
No último dia 12, o Conass também pediu que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, apoie medidas como a ampliação da testagem, da cobertura vacinal. Gestores do SUS ainda cobram que o ministro, além de atuar na compra das doses, faça campanha de estímulo a imunização das crianças.
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Governo avalia indicar Angotti para Anvisa
Médico pró-cloroquina é defendido por ala alinhada a bandeiras negacionistas após embates com Barra Torres
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PL) busca nomes para integrar a cúpula da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e reagir à disputa com o chefe do órgão regulador, o contra-almirante Antonio Barra Torres.
A ideia é indicar para o cargo de diretor, que ficará vago em julho, alguém com perfil alinhado ao governo e favorável às bandeiras negacionistas de Bolsonaro, como Hélio Angotti, médico pró-cloroquina que comanda atualmente a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
O nome foi colocado sobre a mesa em conversas de integrantes do governo favoráveis ao kit Covid'. A proposta agradou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que deseja afastar Angotti, sem entrar em atritos com o médico, segundo integrantes do governo.
A indicação do presidente Bolsonaro precisa ser aprovada pelo Senado, e o secretário encontra resistências no centrão. Integrantes desses partidos dizem que as chances de Angotti chegar à Anvisa são pequenas.
Seguidor do escritor Olavo de Carvalho, Angotti é um dos líderes do núcleo pró-cloroquina da Saúde, também integrado pela secretária Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina'.
Na última sexta-feira (21), ele rejeitou diretrizes de tratamentos do SUS que contraindicavam medicamentos como a hidroxicloroquina. O texto havia sido elaborado por especialistas e aprovado pela Conitec, comissão ligada à Saúde que avalia tratamentos da rede pública.
Para justificar a rejeição da diretriz, Angotti assinou nota que contraria entidades científicas ao apontar eficácia e segurança comprovadas da hidroxicloroquina para a Covid. O mesmo texto diz que a vacina não apresenta essas características.
Esse texto gerou reação e repúdio de especialistas e integrantes da própria Anvisa.
Procurados, Saúde, Planalto e Angotti não se manifestaram sobre as discussões para indicação à Anvisa.
Interlocutores do centrão afirmam que o ideal é indicar alguém de perfil mais discreto, que consiga a aprovação no Senado sem ruídos, em vez de tentar alimentar a briga com a Saúde.
Barra Torres foi decisivo em aprovar ou vetar nomes sugeridos dentro do governo para a agência, mas não irá participar das discussões sobre a próxima vaga. Integrantes do governo dizem que essas indicações despertam interesses do governo, Congresso e do lobby do setor.
A aposta da ala política do governo é que a indicação poderia servir para constranger Barra Torres e agradar apoiadores do presidente.
Antes aliado de Bolsonaro, o presidente da Anvisa passou a liderar decisões que desagradam o mandatário, como o aval para uso de vacina da Covid em crianças.
Os diretores da Anvisa têm mandatos de cinco anos. A vaga que abrirá em julho é ocupada hoje pela médica Cristiane Jourdan, que tenta a recondução com base em brechas da nova lei das agências.
Jourdan foi militante da fosfoetanolamina, a 'pílula do câncer' e, antes de entrar na Anvisa, chegou a compartilhar publicações em defesa do tratamento precoce.
Na agência, não defendeu publicamente medicamentos sem eficácia e apoiou reações do órgão regulador aos ataques de Bolsonaro. As chances de Jourdan conseguir novo mandato são consideradas também pequenas por integrantes do governo.
Integrantes do centrão afirmam que é cedo para escolher um nome para a indicação, ainda que a sabatina no Senado possa ocorrer antes de julho. Uma autoridade do governo que acompanha as discussões lembra que diversas sugestões às agências foram feitas precipitadamente e não prosperaram.
Barra Torres, por exemplo, foi o quarto indicado para a mesma vaga -os dois primeiros nomes foram apresentados ainda pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).
Em 2021 o governo ainda desistiu de duas sugestões à Anvisa, entre elas Roberto Dias, que acabaria mais tarde exonerado do cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde, em meio a apurações sobre supostas irregularidades na compra de vacinas.
Todos os cinco diretores atuais da Anvisa foram indicados por Bolsonaro.
Integrantes da Anvisa consideraram a ideia uma provocação, pois o secretário tem posições diferentes daquelas defendidas pela atual cúpula da agência em temas como vacinas e medicamentos para a Covid.
Angotti tem boa relação com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ambos participaram de viagem do governo à Israel, em 2021, para conhecer um spray nasal anti-Covid.
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O ESTADO DE S.PAULO
Pfizer e BioNTech testam versão de vacina específica para Ômicron do coronavírus
A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta terça-feira (25/1) que iniciaram um estudo clínico para avaliar a segurança e resposta imune de uma versão da vacina específica para a variante Ômicron do coronavírus. Os testes serão realizados com adultos saudáveis de idades entre 18 e 55 anos nos Estados Unidos e na África do Sul.
A expectativa das farmacêuticas é de que os resultados iniciais sejam divulgados na primeira metade deste ano. As duas companhias afirmam que têm capacidade de produzir 4 bilhões de doses em 2022, o que não deve mudar caso o profilático adaptado seja necessário. A pesquisa será conduzida por meio de três grupos de voluntários.
Um deles deve contar com até 615 pessoas que receberam duas doses do imunizante existente entre três e seis meses antes do estudo. O segundo terá até 600 indivíduos que tomaram três injeções. Outras cerca de 205 pessoas que não foram vacinadas vão compor o terceiro grupo.
Apesar disso, as fabricantes esclarecem que a vacina atual ainda oferece "alto nível de proteção" contra a Ômicron, particularmente na prevenção de casos graves e internação. Com informações da Dow Jones Newsiwres.
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Rosa envia a PGR pedido para investigar Bolsonaro
Notícia-crime de parlamentares acusa presidente e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de atrasar vacinação infantil
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) notícia-crime para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sejam investigados por suposta prevaricação na demora para incluir crianças de cinco a onze anos no programa de imunização contra a covid-19.
A notícia-crime foi proposta pelo senador Alessandro Vieira (SE), pré-candidato do Cidadania à Presidência, pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e pelo secretário de Educação do Rio de Janeiro, Renan Carneiro. A abertura de vista à PGR é praxe, pois cabe ao Ministério Público decidir se há elementos para abrir a apuração. O despacho de Rosa é de 7 de janeiro e foi publicado ontem.
Previsto no Código Penal, o crime de prevaricação é cometido por funcionário público que, no exercício da função, age ou deixa de agir por interesses pessoais. Os autores da petição enviada ao STF citam o encadeamento de eventos envolvendo a autorização do uso da vacina pediátrica da Pfizer no País como prova da suposta inação do governo para incluir as crianças no Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid.
No dia 12 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do imunizante na população entre cinco e onze anos, mas somente em 15 de janeiro teve início a vacinação, após uma consulta pública do Ministério da Saúde.
A notícia-crime também cita declarações de Bolsonaro, como as que o presidente defende a exigência de prescrição médica para dar andamento à imunização infantil. O texto alega que Bolsonaro e Queiroga 'impuseram obstáculos' que atrasaram a vacinação das crianças.
AFASTAMENTO. Ontem, os autores da petição assinaram, junto a outros congressistas, ação popular pedindo à Justiça Federal do Distrito Federal o afastamento do Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto. Ele foi o autor da nota técnica da Pasta que classificou como 'eficaz' a hidroxicloroquina - medicamento com ineficácia comprovada contra a covid-19-e afirmou que as vacinas contra a covid-19 - testadas e aprovadas - não demonstram a mesma efetividade.
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Tesourada retira um terço das verbas do Ministério do Trabalho
Com os vetos de Bolsonaro no texto vindo do Congresso, INSS teve a maior perda de recursos: R$ 988 milhões
Recriado no fim de julho passado, o Ministério do Trabalho e Previdência foi o principal atingido em termos nominais pelos vetos do presidente Jair Bolsonaro no Orçamento de 2022. A pasta levou uma tesourada de R$ 1,005 bilhão do total de R$ 3,184 bilhões cortados do texto aprovado pelo Congresso. O valor corresponde a quase um terço das verbas que o ministro Onyx Lorenzo-ni teria para este ano, restando R$ 2,035 bilhões. Dentro do ministério, o INSS foi a unidade mais afetada, com a perda de R$ 988 milhões que seriam usados em administração, gestão e processamento de dados.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento na sexta-feira, mas a lei só foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Ele manteve a previsão de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores, sem especificar as categorias a serem contempladas. Dos R$ 3,18 bilhões cortados, R$ 1,36 bilhão são de emendas de comissão e R$ 1,82 bilhão de despesas dos ministérios em geral (discricionárias).
RELATOR REAGE. 'Os vetos a programas do INSS são muito preocupantes porque, nos dois anos de pandemia, os serviços para atender aposentadorias e outros benefícios foram muito afetados', escreveu o relator da peça orçamentária de 2022, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ, no Twitter. 'Há uma grande demanda represada, principalmente das pessoas mais necessitadas, que o Congresso buscou atender', afirmou. Ele sinalizou que defenderá, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, a derrubada dos vetos. 'Os próprios dirigentes do INSS defenderam junto à Comissão de Orçamento a necessidade de mais recursos para atender os segurados', declarou.
O Ministério da Educação aparece em segundo entre os mais atingidos, com vetos que somam R$ 739,893 milhões. Somente o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) perdeu R$ 499 milhões. O orçamento discricionário da pasta conta ainda com R$ 23,265 bilhões.
Os vetos para o Ministério do Desenvolvimento Regional chegam a R$ 458,709 milhões, atingindo ações de melhorias urbanas, saneamento e recuperação de bacias hidrográficas. A implantação do Projeto Sul-Fronteira em Mato Grosso do Sul, por exemplo, perdeu R$ 122 milhões. A pasta conta ainda com R$ 9,889 bilhões.
O Ministério da Cidadania -responsável pelo Auxílio Brasil - teve vetos de R$ 284,317 milhões, restando R$ 6,893 bilhões. A Secretaria Especial do Esporte foi o principal alvo, com a perda de R$ 111,998 milhões. O Sistema Único de Assistência Social (Suas) teve verbas vetadas em R$ 105,110 milhões, e a Rede de Suporte Social do Dependente Químico perdeu R$ 66,220 milhões.
Enquanto tenta emplacar o nome do ministro da Infraes-trutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para o governo de São Paulo, Bolsonaro também vetou R$ 177,829 milhões da pasta. O corte se concentrou em recursos para obras em rodovias via Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A pasta conta ainda com R$ 8,203 bilhões.
Mesmo poupado em termos proporcionais no maior orçamento da Esplanada (de R$ 34,387 bilhões em despesas discricionárias), o Ministério da Saúde teve a perda de R$ 74,203 milhões. O maior corte, de R$ 40 milhões, ocorreu em ações da pasta ligada ao saneamento básico em pequenas comunidades rurais ou comunidades tradicionais remanescentes de quilombos. Além disso, a Fundação Oswaldo Cruz perdeu R$ 11 milhões em pesquisa e desenvolvimento.
Ciência e Tecnologia perdeu R$ 73,048 milhões; Comunicações, R$ 63,547 milhões; Defesa, R$ 62,109 milhões; e, completando a lista dos dez ministérios mais atingidos, Justiça e Segurança Pública, R$ 54,820 milhões.
R$ 1,7 bi de reajuste para servidores são aceno para policiais
Tecnicamente, a verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste de servidores sancionada não é carimbada para nenhuma categoria específica, mas foi articulada pelo presidente Jair Bolsonaro para conceder uma remuneração extra à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal e ao Departamento Penitenciário Nacional, em um aceno em ano eleitoral.
O reajuste efetivo ainda dependerá de atos do Executivo. Técnicos e parlamentares esperam que Bolsonaro deixe a decisão em 'banho-maria', enquanto consolida um apoio maior para o aumento aos policiais nas próximas semanas. Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, a verba não é suficiente sequer para os reajustes da segurança.
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O GLOBO
Butantan tem doses suficientes de CoronaVac para faixa infantil
Instituto conta com imunizante em estoque e não deve retomar produção
Aprovada para imunização de crianças acima de 6 anos, a CoronaVac - trazida ao Brasil pelo Instituto Butantan - não terá uma nova linha de produção no país por enquanto. Em entrevista ao GLOBO, o diretor do Butantan, Dimas Covas, explicou que as doses disponíveis em estoque são suficientes para liquidar a necessidade atual de aplicações para os menores de 12 anos.
Até quinta-feira, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval à vacina para crianças, o instituto contava com 15 milhões de doses armazenadas. Desse total, 8 milhões serão destinadas ao estado de São Paulo. Outros 7 milhões devem ser encaminhadas ao Ministério da Saúde, diz Covas.
- Neste momento existe a promessa pública do ministério de dar segmento à aquisição de 7 milhões de doses. Para dar início a uma nova rodada de produção, teríamos que ter (novos) pedidos. A capacidade de produção do Butantan é 1 milhão de doses por lote. Não começamos produções pequenas, de 100 mil, 200 mil doses - afirma Covas.
O diretor do Butantan explica que se a demanda total for de até 15 milhões de doses é mais vantajoso trazer as vacinas prontas da China. Por enquanto, portanto, a linha de produção de envase da CoronaVac no Butantan seguirá parada. A última vez que houve finalização da vacina no país foi em meados de setembro de 2021.
Se o ministério pedir mais doses será possível reativar a produção. Por enquanto, o Butantan ainda não produz o IFA da CoronaVac. Essa produção foi anunciada tão logo houve o acordo entre a Sinovac e o Butantan para a produção do imunizante, ainda em 2020. FÁBRICA PRÓPRIA A ideia era que a CoronaVac contasse com uma fábrica própria no Butantan. O projeto, porém, está atrasado e deverá estar apto para liberação a partir do segundo semestre. A nova fábrica será multiplataforma, podendo produzir também outras vacinas, sem incluir a CoronaVac.
A aprovação da CoronaVac ameniza, mas não liquida, o cenário de incerteza pelo qual o imunizante passa. Responsável por iniciar a vacinação no país e representante de 25% das doses aplicadas, a CoronaVac tem futuro difícil de prever.
A venda internacional, por exemplo, não decolou. Os países vizinhos que têm baixa cobertura vacinal não podem arcar com o preço das doses ou com a tarifa de frete. Doar, diz Covas, é algo 'difícil' no momento. O dirigente explica há tratativas, inclusive com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em andamento, mas nenhum acordo foi concretizado
Além disso, o Ministério da Saúde não incluiu a CoronaVac nas compras para vacinação de adultos de 2022, sob justificativa de que o imunizante conta somente com autorização emergencial da Anvisa e não a liberação completa. À pasta também não indica o uso desse imunizante para as doses de reforço.
-O ministro uma hora fala que não vai adquirir a vacina. Quando sai a aprovação para crianças diz que irá adquirir. É uma incerteza muito grande em termos de política de vacinação. Não temos uma diretriz, não é previsível -afirma Covas.
Ele espera que a atual aprovação para crianças faça o Ministério da Saúde voltar à incluir a CoronaVac ao quadro brasileiro de vacinação.
Calendário. O governo de São Paulo começou a vacinação de crianças a partir de 6 anos com CoronaVac logo após o aval da Anvisa, na quinta-feira. Estado deve usar 8 milhões de doses
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O GLOBO
Ministério da Saúde precisa rever decisão que reabilita o 'kit Covid'
Documento que defende cloroquina e questiona eficácia das vacinas contra o coronavirus é uma afronta à ciência
É inaceitável a decisão do Ministério da Saúde de rejeitar diretrizes da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) sobre o 'kit Covid', que reúne medicamentos com-provadamente ineficazes contra o novo coronavírus, como cloroquina, ivermectina e azitromicina. A Conitec propôs que essas drogas -que, além de ineficazes, podem causar efeitos adversos graves -não sejam usadas no SUS, nem em tratamento ambulatorial nem em pacientes hospitalizados. Procedimento óbvio, diante das evidências científicas e das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No entanto, uma nota técnica publicada na sexta-feira pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insu-mos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, conduziu a saúde brasileira aos labirintos do obscurantismo ao ignorar o parecer da Conitec. Mais do que a rejeição em si, a decisão afronta a ciência pelos argumentos estapafúrdios. Em suas justificativas, Hélio Angotti disse que a elaboração das diretrizes da Conitec 'passou por processos de grande tumulto' e chegou ao cúmulo de afirmar que as vacinas não têm eficácia nem segurança demonstradas contra a Co-vid-19, mas a cloroquina sim, absurdo que não encontra respaldo na ciência.
O médico e professor da Universidade de São Paulo (USP) Carlos Carvalho, coordenador do grupo de trabalho que debateu a questão durante meses, se disse surpreendido pela decisão e anunciou que pedirá revisão da nota técnica ao ministro Marcelo Queiroga. A rejeição ao parecer da Conitec causou indignação também nas comunidades acadêmica e científica, que divulgaram notas de repúdio à decisão.
Discutir cloroquina a esta altura é totalmente fora de propósito. No início da pandemia, quando se conhecia pouco sobre a Covid-19 e não havia vacinas contra o novo coronavírus, o debate ainda fazia algum sentido. Mas ainda em 2020 pilhas de estudos comprovaram que o medicamento não era eficaz contra a doença e ainda trazia riscos aos pacientes. Na verdade, o parecer da Conitec rejeitando o 'kit Covid' veio tardiamente, não por culpa da comissão, mas pela pressão dos negacionistas, entre eles o próprio presidente Jair Bolsonaro.
O país não pode perder tempo com discussões ultrapassadas. A Ômicron tem levado a recordes diários do número de infectados. A disparada de casos já está pressionando os sistemas de saúde, que, além do aumento da demanda, sofrem com os afastamentos de profissionais. A vacinação tem de avançar, principalmente entre as crianças.
O ministro Queiroga precisa rever urgentemente a decisão de seu secretário. Em depoimento na CPI da Covid, em junho do ano passado, Queiroga reconheceu que medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina não tinham eficácia comprovada contra a Covid-19. Espera-se que mantenha a posição. Deveria também restabelecer a verdade sobre a eficácia da vacinação. E hora de corrigir o rumo e se concentrar no que realmente importa.
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A REDAÇÃO
Goiânia começa a vacinar crianças de 5 anos contra covid nesta terça (25/1)
Augusto Diniz
Goiânia - Goiânia começa a vacinar contra a covid-19 crianças a partir de 5 anos nesta terça-feira (25/1). A idade, que ontem estava em 9 anos na ordem decrescente, agora inclui a faixa etária de 5 a 11 anos em 14 salas fixas de vacinação das 8 às 17 horas. Antes de Goiânia, cidades como Aparecida de Goiânia e Anápolis adotaram a redução da idade do público-alvo da imunização contra a doença no Estado.
A orientação da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina Coronavac em crianças de 6 a 11 anos é para que os municípios que têm estoque do imunizante passem a utilizar doses, além da versão pediátrica da Pfizer, na campanha contra a covid-19 nos postos de vacinação.
Além dos 14 postos de para vacinar as crianças de 5 a 11 anos em Goiânia, 54 salas de imunização oferecem a primeira e segunda doses para quem tem a partir de 12 anos, a terceira aplicação aos adultos com mais de 18 anos e quatro meses de intervalo da terceira dose, além da quarta dose para os imunossuprimidos a partir de 18 anos que tomaram a terceira vacina contra covid-19 há quatro meses.
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Covid-19: Goiás registra 5,6 mil novos casos e uma morte em 24 horas
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 5.626 novos casos da covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados na tarde desta segunda-feira (24/1) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o Estado chega a 1.006.494 casos e 24.870 óbitos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, há o registro de 959.510 pessoas que tiveram a doença no Estado e estão recuperadas. Goiás soma 670.887 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 298.199 casos.
Além dos 24.870 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,47%, há 394 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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JORNAL OPÇÃO
100% dos casos de Covid em Goiás são da variante Ômicron, indica análise feita pela SES
Por Gabriella Oliveira
Só neste ano, entre os dias 1º e 20 de janeiro, foram notificadas cerca de 35 mil pessoas com a Covid-19 em Goiás
Na última semana, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), fez uma projeção da variante Ômicron em Goiás. Segundo os dados recolhidos, só neste ano, entre os dias 1º e 20 de janeiro, foram notificadas cerca de 35 mil pessoas com a Covid-19 em Goiás. A maioria dos casos são da variante Ômicron.
Na primeira semana de janeiro, entre os dias 3 e 6, o Estado realizou sequenciamento genômico (genotipagem) em 15 amostras coletadas em diferentes regiões do território goiano. Os resultados das análises indicaram que 100% eram da variante Ômicron. A projeção é de que até meados de fevereiro deste ano, cerca de 50% da população goiana tenha sido infectada pela variante Ômicron da Covid-19.
A explosão de casos se deu devido as festas de final de ano e a alta transmissibilidade do vírus. O balanço mostra que foram realizados 43.300 testes em uma semana, sendo 30.519 não reagentes e 12.781 reagentes. Em média, 29,51% das pessoas testaram positivo para a doença.
Apesar do alto número de casos, eles têm sido menos graves que os anteriores, com o registro de menos complicações, internações e óbitos. Acredita-se que o cenário está vinculado ao avanço da vacinação em Goiás. Dados preliminares da SES-GO revelam que cerca de 75% da população recebeu a primeira dose e que, uma média de, 65% está completamente imunizada.
As entidades de saúde continuam recomendando o uso de máscaras PFF2 ou N95 que são as que conseguem proteger de fato o indivíduo contra a variante Ômicron. O distanciamento social e o uso de álcool em gel também não foram descartados. E é claro, o esquema vacinal completo é um fator decisivo para evitar a contaminação, ou caso ocorra, que os sintomas do Covid-19 sejam leves.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Empresas são autuadas por alto preço de testes
O Procon Goiás autuou sete empresas em Goiânia por desobediência ao prazo dado pelo órgão para que apresentassem documentação que justifique o aumento do valor dos testes
O Procon Goiás autuou sete empresas em Goiânia por desobediência ao prazo dado pelo órgão, para que apresentassem documentação que justifique o aumento do valor dos testes de Covid-19 (RT-PCR). Durante a fiscalização, foram encontrados testes na margem de R$ 90 a R$ 390.
De acordo com o Procon, as autuações são resultado de uma ação iniciada na terça-feira, 18, que tem o intuito de reprimir possível prática de preços considerados abusivos. A ação também foi realizada no dia 19 e abrangeu outros municípios: Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Itauçu.
Outras empresas também poderão ser autuadas se descumprirem o pedido. A multa pode chegar a R$11 milhões a depender da reincidência, do porte e da gravidade do delito de cada empresa.
A fiscalização ocorre após denúncias apontarem aumento de até 50% nos preços dos testes. De acordo com as denúncias, os aumentos teriam origem no crescimento dos casos de Covid-19 e influenza devido às novas variantes das doenças.
O artigo 39° do Código de Defesa do Consumidor (CDC) veda que o fornecedor de produtos ou serviços eleve o preço sem justa causa. “A economia brasileira é regida pelo livre mercado e há uma infinidade de variáveis que interferem na elevação dos preços, dentre elas a inflação, o aumento do valor dos insumos e outros”, esclarece o superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz.
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Assessoria de Comunicação
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil registra mais de 84 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas
O Brasil registrou 166 novas mortes pela covid-19 neste domingo (23/1). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 292, mantendo tendência de crescimento pelo 12° dia consecutivo.
O número de novas infecções notificadas foi de 84.230. A média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 148.212 - recorde batido a cada dia, desde o dia 18 de janeiro. No total, o Brasil soma 623.145 mortos e 24.044.437 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20 horas.
Segundo os números do governo, 21,8 milhões de pessoas se recuperaram da doença desde o início da pandemia. São Paulo teve 52 mortes e 4.992 novos casos nas últimas 24h. A maior quantidade de testes positivos para o coronavírus no período veio do Minas Gerais, que notificou mais de 15 mil novas infecções.
Amapá e Roraima não registraram vítimas fatais da doença neste domingo. Tocantins e o Distrito Federal não atualizaram os dados. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.
A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Dados do Ministério
O Ministério da Saúde informou que foram registrados 135.080 novos casos e 269 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 24.044.255 pessoas infectadas e 623.097 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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Vacinação contra covid para crianças é alvo de desinformação
É FALSO
Após o início da vacinação infantil contra a covid-19, WhatsApp e redes sociais se encheram de conteúdos falsos que relacionam os imunizantes a reações adversas graves. Um exemplo em especial viralizou impulsionado por políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) - o caso de uma menina de 10 anos, de Lençóis Paulista (SP), que sofreu uma parada cardiorrespiratória após se vacinar na última terça-feira.
No mesmo dia, grupos antivacina passaram a espalhar que a culpa era do imunizante, mesmo que ainda não houvesse diagnóstico. Na quinta-feira, a Secretaria da Saúde de São Paulo informou que uma investigação conduzida por dez especialistas descartou relação com a vacina - a criança, na realidade, tem uma doença congênita que era desconhecida pela família.
Ainda assim, Bolsonaro continuou a repercutir o caso - no sábado, voltou a levantar dúvidas sobre o imunizante ao falar da conversa telefônica que teve como pai da menina. Os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), foram visitar a família da criança na quinta-feira e intermediaram a ligação do presidente. Nos tuítes que fez sobre a viagem, Damares não citou que a relação com a vacina já fora descartada. Também na quinta, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) postou que a investigação sobre o caso da menina foi feita 'em tempo recorde' e pediu a suspensão da vacinação.
O imunizante infantil contra a covid-19 foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e órgãos semelhantes de vários países, que ratificaram a segurança e a eficácia do produto. Não foram registrados eventos adversos graves durante os testes. Anvisa e Ministério da Saúde mantém monitoramento constante sobre notificações de possíveis reações, que são investigadas por equipes de vigilância.
É FALSO
Ministros não são isentos de se vacinar Vídeo que circula no WhatsApp diz que uma resolução isenta ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados e senadores de se vacinar. Mas a resolução não existe. STF e Câmara exigem certificado de vacinação ou teste para entrada no prédio.
É FALSO
Alta na gasolina não é culpa de dívida Circula no Facebook um texto que afirma que o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, teria dito que o combustível está caro por causa de uma dívida de US$ 880 bilhões com o governo americano. A estatal negou que ele tenha dito isso.
É ENGANOSO
Rede não impede posts pró-governo Em postagem no TikTok, um homem reclama que não consegue publicar um vídeo a favor de Bolsonaro. Mas isso não é verdade. O autor do vídeo tentava —compartilhar uma publicação com visualização restrita apenas a amigos.
É ENGANOSO
Vídeo de projeto na Dutra é antigo Viralizou no Facebook um vídeo que apresenta um novo traçado para o trecho da BR-116 na Serra das Araras. Mas o projeto é de 2016 e não chegou a sair do papel. A empresa CCR informou que o projeto não deve ser aplicado como nas imagens.
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Nota em favor do 'kit covid' vira alvo de parlamentares e de cientistas
A Frente Parlamentar Observatório da Pandemia de Covid-19 deve convidar o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, para prestar esclarecimentos sobre a nota técnica da pasta que atribui eficácia à hidroxicloroqui-na e diz ainda que as vacinas não têm a mesma efetividade contra a covid, na contramão de estudos em todo mundo.
O documento assinado por Angotti barra as diretrizes que contraindicavam o 'kit covid' no tratamento ambulatorial e hospitalar da doença, aprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema de Saúde.
O vice-presidente da frente e líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já havia apresentado um pedido para criação de nova CPI da pandemia. Neste sábado, Randolfe contabilizava 11 assinaturas, das 27 necessárias, a maioria da frente.
MANIFESTO ONLINE. Mais de 40 mil professores, pesquisadores e profissionais da saúde já assinam carta de repúdio à nota técnica. Ela foi redigida primeiramente pelo patologista Paulo Saldiva. Ao Estadão,ele contou que outras cinco profissionais ajudaram na redação: a infectologista Anna Sara Levin, a patologista Mari-sa Dolhnikoff, a endocrinolo-gista Berenice Mendonça, a fi-siatra Linamara Batistella e a pediatra Sandra Grisi. A carta afirma que ao publicar o documento, a Saúde 'transgride não somente os princípios da boa ciência, mas avança a passos largos para consolidar a prática sistemática de destruição de todo um sistema de saúde'.
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FOLHA DE S.PAULO
Doenças crônicas, como a obesidade e a diabetes, crescem no país e atingem mais a população pobre
SÃO PAULO Se o Ministério da Saúde falha categoricamente em monitorar uma epidemia aguda como cada Covid-19 que nos mata aos montes a olho nu, imagine só, caro leitor, a quantas anda a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis no país.
Como alerta a OMS (Organização Mundial de Saúde), essas condições, a despeito de evoluírem insidiosamente, são responsáveis por nada menos do que 71% dos óbitos globais, podendo chegar a 85% nos países não desenvolvidos.
Sem a vigilância adequada das doenças e seus determinantes -o que envolve coleta de dados e análises técnicas sistemáticas- não se podem implementar políticas públicas preventivas baseadas em evidência.
Chama-se Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas) o nosso principal estudo de abrangência nacional que monitora anualmente a prevalência de condições crônicas e seus fatores de risco.
Como a divulgação dos resultados do Vigitel 2020 atrasou (assim como a conclusão da pesquisa de 2021), pesquisadores do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) debruçaram-se sobre os dados disponíveis e publicaram uma breve nota técnica para balizar políticas públicas.
Em dezembro de 2021, finalmente o Ministério da Saúde divulgou o relatório completo.
Com base em ambos os documentos, faço um apanhado dos principais resultados, que, adianto, não são nada animadores.
Em 2020, 16 capitais apresentaram prevalência de obesidade acima de 20%. Há dez anos, nenhuma delas superava essa marca.
Manaus, Cuiabá e São Paulo lideramo ranking, com cerca de 25% de obesos. A proporção de pessoas com hipertensão arterial e diabetes do tipo 2 -ambas associadas com o excesso de peso corporal- manteve-se estável na série histórica, com cerca de 25% ? 7%, respectivamente.
Em cidades como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, três em cada dez pessoas reportaram ser hipertensos; ao lado de Maceió, a capital fluminense também encabeça o ranking de diabetes, com 11% da população acometida.
Há um pequeno punhado de fatores de risco que predispõem às doenças crônicas: tabagismo, inatividade física, abuso de álcool e alimentação inadequada. E no quesito hábito de vida, também caminhamos mal.
Na comparação entre 2019 e 2020, portanto dos períodos pré e pós-pandemia de Covid-19, com exceção do tabagismo, praticamente todos os fatores de risco comportamentais se deterioraram, ainda que discretamente.
A inatividade física avançou de 14% para 15% (considerado o critério da OMS de 150 minutos semanais de atividades moderadas a vigorosas, o incremento foi de 45% para 47% da população).
O consumo excessivo de álcool saltou de 19% para 21%. O consumo de ultra processados -os alimentos de mentira- também cresceu. Destaque para Porto Alegre, onde cerca de dois a cada dez habitantes relataram consumir cinco ou mais grupos desse tipo de alimento diariamente.
Esses dados do Vigitel 2020 reforçam as conclusões de estudos internacionais e nacionais feitos na pandemia.
Entre eles, um de nosso grupo da Universidade de São Paulo, que apontara importantes mudanças nos comportamentos alimentares da família brasileira, como o aumento do hábito de 'beliscar' alimentos ultra processados entre as refeições e a maior demanda por serviços de entrega de fast foods.
A tendência de agravamento da inatividade física identificada pelo inquérito brasileiro também é global, provavelmente como consequência do uso mais frequente de telas para o trabalho, estudo e lazer, bem como das necessárias medidas de restrição de circulação por conta da Covid.
O dado mais preocupante do inquérito refere-se à associação entre determinantes sociais e a prevalência de doenças e fatores de risco. Entre as pessoas menos escolarizadas, as prevalências de hipertensão e diabetes foram mais de duas vezes maiores do que as observadas entre os mais escolarizados.
O grupo com menor escolaridade também apresentou piores taxas de obesidade, inatividade física, consumo de frutas e tabagismo.
Se não bastasse ter de passar a conviver com a insegurança alimentar, que atingiu a obscena marca de 55% dos]lares brasileiros em 2020, o pobre também trava luta contra a obesidade e suas mazelas.
O cenário que se descortina é característico de uma sindemia -a sobreposição de várias pandemias (Covid-19, obesidade, doenças crônicas, etc. ) que sobrecarregam sistemas de saúde e golpeiam com mais intensidade pessoas dos andares de baixo.
Enquanto gestores públicos mundo afora se mobilizam para ampliar o guarda-chuva de proteção dos vulneráveis contra a tormenta que se avizinha, por essas bandas, o Congresso Nacional aprovou a proposta de gastos encaminhada pelo Ministério da Saúde mais enxuta em relação ao orçamento total da última década, o que certamente minará a já combali da capacidade de resposta do SUS (Sistema Único de Saúde).
Como se pode antecipar, sofrerá primariamente o pobre, alimentando assim a lista ímpar de iniquidades que somente este país é capaz de produzir.
Entre as pessoas menos escolarizadas, as prevalências de hipertensão e diabetes foram mais de duas vezes maiores do que as observadas entre os mais escolarizados
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Nova fase da campanha 'Vacina Sim' incentiva a imunização de crianças
SÃO PAULO - O consórcio de veículos de imprensa -formado por Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1, TV Globo, GloboNews e Extra- lançou neste domingo (23) a quinta fase da campanha 'Vacina Sim''.
O objetivo desta etapa é incentivar a imunização de crianças de 5 a 11 anos, faixa etária que começou a ser vacinada no Brasil no último dia 144, quando o menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, 8, foi o primeiro a receber uma dose do fármaco.
Na atual fase da campanha, um especialista foi convidado para sanar as dúvidas dos pequenos: o tio Drauzio, também conhecido como dr. Drauzio Varella, médico e colunista da Folha.
Nos vídeos que serão veiculados, cerca de 20 crianças perguntam se a vacina dói, se coça, se pode ter febre ou, então, como ela age no corpo -dúvidas semelhantes às de adultos.
A conversa foi diferente por causa do público-alvo? 'Eu acho que não existe uma linguagem para criança. Procuro responder como estou acostumado a falar, mas tentando adaptar com uma linguagem mais simples, mais fácil', afirma Drauzio.
Recentemente, a Folha conversou com crianças a respeito da ansiedade de se imunizar contra a Covid. Alguns falaram sobre a vontade de rever e abraçar amigos e parentes que estão em grupos de risco, assim como ir ao cinema ou viajar.
Além de crianças anônimas, alguns atores mirins também fizeram perguntas para o tio Drauzio. É o caso de Gabriel Miller, o Mig do sitcom 'Bugados', da Gloob, o canal infantil da Globo. Ele diz estar feliz de participar da campanha e assim inspirar outras pessoas a se protegerem contra a Covid.
'É uma missão muito séria e todo mundo precisa colaborar e fazer a sua parte para podermos voltar à escola, rever os amigos, brincar e nos abraçarmos muito. Chegou a nossa hora e, como diria o Mig de Bugados, hoje é o melhor dia da minha vida!'
A imunização infantil, porém, vem sofrendo ataques do governo de Jair Bolsonaro (PL), que, sem provas, lança dúvidas sobre a segurança das vacinas.
O presidente disse que sua filha de 1 anos não será vacinada contra a Covid.
Inicialmente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a sua pasta recomendaria a vacinação desde que houvesse a exigência de prescrição médica, o que foi rejeitado em consulta pública.
Em recente pesquisa Datafolha, 79% dos brasileiros com 16 anos ou mais disseram ser favoráveis à imunização de crianças de 5 a 11 anos. Outros 17% afirmaram ser contra, e 4% declararam não saber opinar.
Os pequenos da campanha 'Vacina Sim', no entanto, não estão preocupados com o debate político envolvendo os fármacos, e sim com os seus efeitos no corpo. 'Parece que essas crianças [da campanha] não foram contaminadas pela discussão política que cerca as vacinas no Brasil neste momento', diz Drauzio.
No Brasil, há dois imunizantes autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as crianças: a Pfizer, liberada em dezembro para quem tem a partir de 5 anos; e a Coronavac, que recebeu aval na última quinta (20) para quem tem a partir de 6 anos.
Iniciativa inédita, o consórcio de veículos de imprensa foi criado em junho de 2020 para acompanhar e divulgar os números da Covid-19 depois que Ministério da Saúde tirou dados do ar e ameaçou sonegar informações sobre a situação da pandemia.
Desde então, os veículos se reuniram para divulgar balanços diários de casos e mortes pela Covid. Com o início da vacinação, em janeiro de 2021, o consórcio passou a divulgar também dados de imunizados. As informações são coletadas diariamente de secretarias estaduais de saúde pelas equipes dos veículos.
Em janeiro do ano passado, o consórcio criou a campanha 'Vacina Sim'', para conscientizar a população sobre a importância de se vacinar contra a Covid-19.
Na segunda etapa da campanha, em fevereiro, jornalistas e personalidades ligadas aos veículos do consórcio se reuniram para incentivar a vacinação. A campanha juntou os colunistas da Folha Juca Kfouri, Luiz Felipe Pondé e Djamila Ribeiro aos atores Lázaro Ramos e Fernanda Montenegro, entre outros.
A terceira fase, em abril, teve como objetivo incentivar a população brasileira a continuar tomando os cuidados necessários -como uso de máscaras e distanciamento social- durante o avanço da vacinação.
A quarta etapa, em setembro, buscou conscientizara população sobre a importância de completar a imunização. Ela foi direcionada ao público jovem, que ainda não havia tomado a primeira dose, e também àqueles que estavam parcialmente imunizados.
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Crianças até 4 anos são mais vulneráveis ao coronavírus
Brasil registra quase quatro vezes mais mortes por Covid na faixa de O a 4 anos em comparação à de 5 a 11
BRASÍLIA - Crianças de 0 a 4 anos são mais vulneráveis ao novo coronavírus do que o público infantil de 5 a 11, faixa etária que entrou no plano nacional de vacinação contra a Covid.
Oficialmente, o Brasil registrou 1. 544 mortes de crianças de o a 11 anos por Covid desde o início da pandemia. Do total, 324 delas tinham de 5 a 11. Entre o e 4, o número de óbitos alcançou 1. 220, o que representa quase quatro vezes mais ocorrências que na faixa acima de 5 anos.
Em 2021, segundo o IBGE, havia no país 14, 7 milhões de crianças de o a 4 anos e 20, 5 milhões de 5 a 11 anos.
Levantamento da organização Vital Strategies avalia ainda que há subnotificação de dados e projeta a omissão de 2. 537 mortes. Isso porque, como não há um diagnóstico do motivo da morte em alguns casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), os óbitos entram nas estatísticas como SRAG por causa não especificada.
Com isso, o total estimado pode chegar a 4. 081 mortes de crianças por Covid. Os números chegariam então a 3. 249, de 0 a 4 anos, e 832, de 5 a 11.
Questionado sobre subnotificações e as estimativas da Vital Strategies, o Ministério da Saúde não se manifestou.
A médica epidemiologista e especialista sênior da Vital Strategies Fatima Marinho disseque a falta de diagnóstico é consequência de diversos fatores, como baixa testagem, colapso no sistema de saúde e acesso desigual à assistência.
A SRAG é uma condição que pode ser causada tanto pela Covid quanto por outros vírus respiratórios, como o HIN1, agente infeccioso da Influenza A (gripe). Os dados foram coletados no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), do Ministério da Saúde.
Marinho disse que êam chegar a essa projeção foi feita a redistribuição de óbitos de SRAG não especificados considerando a série histórica de anos anteriores à pandemia - mo caso 2018 e 2019.
O número excedente foi reclassificado como Covid e por outros vírus respiratórios, como o da Influenza. Houve explosão de casos de mortes não especificadas por SRAG em 2020 e 2021, o que aponta a preponderância da Covid.
'As crianças têm menor diagnóstico de Covid por causa da clínica diferente [sintomas]. Muitas vezes o sintoma de Covid nas crianças é a diarreia, dor abdominal, tosse, não tendo muitas vezes alguns sintomas clássicos como febre, falta de ar. Em paralelo há a baixa testagem que contribui para a não identificação da Covid', disse Marinho.
Recentemente mais impactadas pela Covid, as crianças de 0 a 4 anos continuam mais vulneráveis porque ainda não podem ser imunizadas.
No Brasil, dois imunizantes foram aprovados para crianças pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o da Pfizer, para maiores de 5 anos, e a Coronavac, para maiores de 6.
Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), diz que a maior mortalidade em crianças com menos de 5 anos também foi registrada em outros países. Nessa faixa etária, o sistema imunológico é mais imaturo e não responde às infecções como os mais velhos.
'As crianças nessa faixa etária vão continuar mais vulneráveis. Por causa disso, quem já pode, deve tomar a vacina para ajudar a reduzir a circulação do vírus', afirmou.
A dona de casa Adriana de Godoy Zaniolo, 41, teve seu terceiro filho durante a pandemia em Rio Claro, no interior paulista, no início da campanha de vacinação da Covid no Brasil. Com isso, ela não havia ainda sido imunizada.
Nas primeiras horas de vida de Matheus, em 10 de março de 2021, ele foi transferido para a UTI, com a oxigenação baixa. No terceiro dia de internação, foi identificado que ele estava com Covid.
A partir desse momento, os médicos isolaram o bebê e pediram para Adriana também fazer um teste, que deu positivo. No dia seguinte, Matheus morreu.
'Parece que ainda não caiu a ficha. Tudo pronto esperando meu filho, nasceu tão per feito e do nada o mundo desaba. Cada vez que nós íamos à UTI o médico não tinha um diagnóstico', disse Adriana.
Flávia Bravo, diretora da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações) disse acreditar que as vacinas contra Covid não devem demorar a chegar para faixas etárias abaixo de 5 anos.
O pedido do Instituto Butantan à Anvisa era para usar as doses em crianças a partir de 3 anos. Mas a agência entendeu que não existem dados suficientes para autorizar a vacinação até essa idade.
O instituto agora aguarda resultados da pesquisa do Chile com crianças de 3 a 5 anos para encaminhá-los à agência reguladora. A previsão é que ocorra ainda neste ano.
Em entrevista à Folha, a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, disse que a farmacêutica pretende apresentar à Anvisa ainda neste ano o pedido de autorização de uso da vacina da Covid em crianças de 6 meses a 5 anos.
O Ministério da Saúde prevê em contrato com a Pfizer a possibilidade de adquirir doses para crianças de o a 4 anos caso a vacina seja aprovada pela agência reguladora.
As subnotificações também ocorrem com as internações.
Dados do Ministério da Saúde apontam 18. 326 internações no público de o a 4 anos e 6. 802 em crianças de 5 a 11.
Entretanto, o Brasil já pode ter atingido 92. 837 internações em crianças de 0 a 4 anos e 39. 584 em crianças de 5 a 11.
Marinho, da Vital Strategies, afirmou que uma política de testagem eficaz é imprescindível para controlar os casos em crianças. Porém, quase dois anos após a pandemia, ainda não há uma estratégia consolidada quanto ao tema.
A médica diz que as crianças que não poderão tomar a vacina continuarão vulneráveis e acompanhando as curvas da pandemia -conforme cresce o total de casos e mortes, isso ocorre também entre as crianças, mas em proporção menor que a de adultos.
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PORTAL IG
Telemedicina: fila de espera para planos de saúde ultrapassa 24h
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a demanda por atendimento dobra a cada 36 horas
Morador de Marechal Hermes, no Rio, o empresário Renan Reis, de 30 anos, recorreu ao serviço de telemedicina da Amil para a mulher e o filho de oito meses, que apresentaram sintomas respiratórios após um familiar testar positivo para a Covid-19
No primeiro dia, encarou uma fila com 4,9 mil pessoas, e o aplicativo travou após 12 horas de espera. No segundo, esperou mais de dez horas, mas a consulta com o médico não aconteceu. O jeito foi levar o filho a um hospital:
- No hospital, a médica disse que não podia pedir o exame para Covid porque os planos não estão autorizando por falta de testes, apenas em casos de internação. Não tivemos atendimento, nem suporte.
O episódio enfrentado por Reis está longe de ser um fato isolado. Com a explosão de casos de Covid em meio ao avanço da variante Ômicron, a demora no atendimento on-line pelas operadoras de saúde tem sido alvo de queixa frequente em redes sociais.
50 mil teleconsultas
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a demanda por atendimento via telemedicina para casos de Influenza e Covid-19 dobra a cada 36 horas.
Entre o Natal e o Réveillon, o número de atendimentos saltou de sete mil para 15 mil. Já nos dez primeiros dias de janeiro, a associação estimou que seria alcançada a marca de 50 mil atendimentos à distância somente para as duas doenças.
Apesar de numericamente pouco significativas, as queixas sobre telemedicina à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), saltaram de oito, em todo o mês de dezembro, para 36, entre 1º e 17 de janeiro. A agência considera um 'aumento considerável' e admite que pode haver subnotificação.
A telemedicina está liberada para uso em caráter emergencial e transitório no país na pandemia, ressalta o Conselho Federal de Medicina (CFM). A regulamentação atual permite a prescrição de medicamentos, solicitação de exames, atestados e relatórios.
"A estrutura de atendimento deve prever conexão estável da internet e mecanismos de comunicação para situações inesperadas de interrupção. A prescrição pode ser enviada por e-mail", diz Donizetti Dimer Giamberardino vice-presidente da CFM.
Os planos de saúde não têm sequer a obrigação de ofertar a telemedicina. Mas, se oferecem o serviço, precisam garantir que o consumidor acesse a consulta, diz Matheus Falcão, advogado do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec):
"O que não pode é ofertar a telemedicina, gerar a expectativa no consumidor e ele esperar por 20 horas. Ou, pior ainda, o médico não aparecer ou haver uma desconexão."
Foi o que aconteceu com o fotógrafo Lucas Westfal, de 40 anos. Mesmo com hora marcada, ele só conseguiu ser atendido 14 horas depois do agendado pela SulAmérica.
"Uma hora antes do horário marcado, o sistema (do aplicativo) ficou travado. A consulta foi remarcada pelo menos três vezes", queixa-se.
O estudante Victor Meirelles, de 19 anos, aguardou treze horas na fila virtual para a teleconsulta pelo Saúde Bradesco:
"Por volta das 4h, finalmente chegou a minha vez. Entrei na sala virtual e fui avisado de que se a médica não entrasse em cinco minutos eu seria atendido por outro profissional. Esperei 40 minutos e nada. Desisti."
Depois de saber, pela Amil, que o agendamento de consulta demoraria sete dias, a analista de TI Emanuele Vieira, de 45 anos, decidiu enfrentar a fila de espera. Mais do que pela demora, ela reclama do descuido do médico com as informações prestadas na triagem:
"Quando o médico me encaminhou a receita havia medicamentos que não posso tomar por ser alérgica. E na triagem eu tinha dado a informação à enfermeira. Achei a teleconsulta arriscada."
Fenasaúde: Alta da covid
Paulo Roque, diretor do Instituto Brasileiro de Direito do Consumidor (Brasilcon) orienta, seja em caso de mau ou não atendimento, registro de queixa no Procon, na ANS e até no Ministério Público.
Procuradas Amil, SulAmérica e Bradesco informaram que a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) responderia por eles. Em nota, a federação informou que o aumento do tempo de espera por atendimento de telemedicina é resultado da explosão de casos de Covid.
A Fenasaúde disse que as operadoras vêm adotando medidas como ampliar a orientação a beneficiários, melhorias nas plataformas e reforço nas equipes médicas, medida que esbarra no afastamento de profissionais de saúde infectados por Covid.
Onde reclamar
Fila. Quem tiver problemas para marcar consultas ou com o teleatendimento, pode entrar em contato com a ANS no site ou pelo 0800 7019656.
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O GLOBO
Opinião - Natalia Pasternak - Efeitos adversos em vacinas
Em abril de 1982, a rede NBC de televisão nos EUA exibiu um documentário chamado 'Vaccine Roulette' ('Roleta da Vacina'). O filme mostrava os 'perigos' de terríveis efeitos adversos atribuídos à vacina DTP, contra difteria, tétano e pertussis (coqueluche). O foco era na vacina contra coqueluche, que supostamente estaria causando danos cerebrais permanentes em crianças, epilepsia e deficiência cognitiva.
O filme mostrava cenas de crianças tendo convulsões e espasmos. Nunca houve prova de que a vacina seria a causa, mas pais e mães ficaram impressionados. A vacina utilizada então continha a bactéria Bortedella pertussis (que causa coqueluche) inteira, inativada. Esta formulação, raras vezes, causava febres altas. Febres altas, também raras vezes, podem causar convulsões. Assim, relatos de casos apareciam na mídia e eram, erroneamente, associados a encefalopatias e danos cerebrais. A vacina acabou substituída por uma versão acelular, que não causa febre alta.
Apesar do estrago causado pelo documentário, e pelos grupos antivacinas formados por causa dele -só no Reino Unido, a queda nas taxas de vacinação levou a uma epidemia com mais de cem mil episódios de coqueluche -o caso alertou para a necessidade de mais transparência quanto aos efeitos adversos de vacinas. Após o filme, tanto pessoas físicas como associações de pais e mães abriram tantos processos contra fabricantes de vacinas que muitos saíram do mercado, deixando os EUA, por exemplo, em risco de não conseguir mais produzir os imunizantes de que precisava.
Em1986, o Congresso americano aprovou lei transferindo ao governo a responsabilidade de indenizar supostas 'vítimas' das vacinas obrigatórias, dando aos fabricantes segurança de que não seriam levados à falência por custos judiciais. Também foi criado o Vaers, um sistema de comunicação de efeitos adversos de vacinas. No Brasil, o órgão responsável por fazer esse controle é a Anvisa, com o sistema de farmaco-vigilância VigiMed.
Qualquer pessoa pode reportar qualquer suposto efeito adverso ao Vaers. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com os dados dali. Para um efeito constar do Vaers, basta que alguém, em algum lugar, ache que a causa foi uma vacina. A ausência de filtro é importante para que a população veja que existe um canal aberto. A partir dos informes recebidos, o Vaers procura padrões. Se houver muitos efeitos parecidos atribuídos a uma mesma vacina, o CDC investiga para determinar se é possível ou provável que a vacina seja mesmo a causa.
Exemplo: a vacina de rotavírus Rotashi-eld, de 1998, causava um efeito raro de obstrução intestinal. Este efeito não apareceu nos testes clínicos, que usaram dez mil crianças. Quando a vacina foi aplicada em milhões, percebeu-se que a obstrução ocorria com frequência de cem por milhão. O imunizante foi retirado do mercado, e hoje temos vacinas melhores.
No caso das vacinas de Covid-19, nenhum efeito adverso sério chega nem perto desse número. As mortes possivelmente associadas a vacinas de Covid-19 -ou seja, aquelas que foram investigadas pelos órgãos competentes e em que a hipótese de relação entre vacina e óbito foi tida como plausível - somam 11 no Brasil, com mais de 140 milhões de pessoas vacinadas, e 9 nos EUA, com mais de 200 milhões.
O ministro Marcelo Queiroga distorceu esse número e citou a cifra de quatro mil mortes relacionadas à vacina. Estes são os casos reportados e, à semelhança do Vaers, ali entra tudo. Agora cabe ao sistema de farmacovigilância analisar cada evento. Até agora, após investigação, restam 11 onde tem alguma lógica ligar a vacina ao óbito -não quatro mil. Um erro de 'apenas' 36.000%. E compreensível que grande parte da população não esteja familiarizada com os sistemas de comunicação de efeitos adversos. E inaceitável que o Ministro da Saúde não esteja.
O ministro Queiroga citou quatro mil mortes relacionadas à vacina, mas após investigação, só em 11 há alguma lógica fazê-lo
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A REDAÇÃO
Aparecida amplia vacinação contra covid-19 para crianças a partir de 5 anos
Aparecida de Goiânia começa nesta segunda-feira (24/1) a vacinar as crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 em sete pontos fixos. A partir de hoje, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou a ampliação da aplicação de doses para toda a faixa etária que recebe a dose pediátrica.
De acordo com a Prefeitura de Aparecida, assim como nas escolas, todo o público infantil autorizado pelo Ministério da Saúde poderá receber, a partir desta segunda-feira, o imunizante pediátrico na Central de Imunização e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros Andrade Reis, Anhembi, Cardoso, Veiga Jardim, Retiro do Bosque e Jardim Olímpico. A Central funciona de segunda a sexta, das 8 às 18 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. A imunização nas UBSs ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
A coordenadora de Imunização da SMS, Renata Cordeiro, explica que esse sempre foi o objetivo da pasta. “Desde o início da vacinação infantil em Aparecida, na segunda-feira passada, a expectativa era liberar a imunização para todas as crianças de 5 a 11 anos."
Continua Renata: "Só que, em decorrência do quantitativo de doses recebidas e da estratégia de vacinação escolar, iniciamos a vacinação infantil nas unidades de saúde apenas às crianças de 11 anos e aos pequeninos de 5 a 11 anos com deficiência permanente ou comorbidades, indígenas e quilombolas, grupos considerados prioritários no País para essa imunização".
De acordo com a coordenadora de Imunização da SMS de Aparecida, "a partir desta semana, para aumentarmos a cobertura vacinal infantil no município, vamos ampliar a imunização para todas as crianças com mais de cinco anos interessadas na proteção contra a covid-19 nos sete postos fixos de vacinação pediátrica da cidade”.
Estratégia ampliada
Além disso, a SMS tem realizado uma maratona de visitas em mais de 50 escolas da cidade para vacinar crianças de 5 a 11 anos matriculadas nessas instituições e também residentes nas imediações dos colégios.
Em todos os locais, unidades de Saúde ou escolas, as vacinas pediátricas são aplicadas mediante a apresentação da certidão de nascimento ou RG e cartão SUS ou CPF. As crianças também precisam estar acompanhadas de um responsável legal ou apresentar termo de autorização do responsável.
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Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 1 milhão de casos confirmados
Goiás ultrapassou a marca de 1 milhão de contaminados pela covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (23/1) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Estado também registrou mais 11 mortes entre ontem e hoje, atingindo o total de 24.869 óbitos pelo vírus.
Ainda de acordo com a pasta estadual, 667 mil infecções têm ligação suspeita com a doença, e outras 394 mortes são investigadas para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado de Goiás é de 2,49%.
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JORNAL OPÇÃO
Com aumento de casos de Covid-19 em Goiás, busca por testes sobrecarrega laboratórios
Por Gabriella Oliveira
Só nas últimas 24h, o Estado tem 6. 143 casos confirmados da doença
Após as festas de fim de ano e com o surgimento da nova variante Ômicron, o número de casos de Covid-19 voltou a aumentar fazendo com que Goiás registrasse 6. 143 casos confirmados somente nas últimas 24h, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com isso, a procura por testes tem sobrecarregado laboratórios e denúncias de aumentos exorbitantes de preço tem ocorrido, levando o Procon Goiás a realizar uma fiscalização na terça-feira, 18.
Em alguns relatos, houve queixas de pacientes que reclamaram de falta de testes. Contudo, procurado pelo Jornal Opção, os principais laboratórios privados do Estado negaram a falta de teste. O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO) também reiteraram que “apesar do alerta de risco de falta de insumos nos laboratórios, devido ao aumento do consumo no mercado brasileiro e mundial o Sindilabs-GO não registrou o problema em Goiás. O Sindicato também não tem registros de reajustes de preços dos exames neste mês”.
A SES-GO, afirmou que na rede pública “não há falta de teste na rede estadual. O Estado, inclusive, tem realizado um programa de testagem em 22 hospitais e distribuído testes aos municípios. Além de testes recebidos do Ministério da Saúde, Goiás se antecipou e realizou uma compra, que já está sendo entregue”.
Além desses testes distribuídos, a Universidade Federal de Goiás (UFG), afirmou que os testes de RT-Lamp COVID desenvolvidos por eles já foram distribuídos para seis laboratórios do Estado por meio da transferência de tecnologia. As equipes técnicas dos laboratórios tiveram treinamento na quinta-feira, 20, e realizarão os exames em nos laboratórios por um custo bem mais baixo em relação ao RT-PCR.
O laboratório da Unimed, explicou que a alta demanda tem levado a demora para realizar todos os testes, mas que isso não significa que os testes tenham esgotado. “No período de 1º a 17 de janeiro de 2022, foram realizados no Laboratório Unimed 11.881 testes de covid-19. No mesmo período, em 2021, foram realizados 5.171 exames, o que representa um crescimento de 130%. Mesmo com o aumento no número de testes, até o momento, não houve comprometimento do atendimento devido à falta de insumos, embora a Unimed Goiânia tenha ciência do risco iminente de desabastecimento”, explicou a Unimed.
O laboratório Padrão, informou que houve falta apenas dos testes rápidos de Covid-19, mas que o RT-PCR continuava sendo aplicado mesmo com a alta demanda. “Ampliamos os estoques de insumos, contratamos profissionais, reforçamos nossos canais de atendimento, entre outras medidas. Não houve aumento de preço dos exames em nenhum momento. Inclusive, houve redução no valor do teste rápido de R$ 110 para R$ 90,00”, explicaram.
Já o laboratório Atalaia, afirmou que o aumento do preço se deu devido ao crescimento do valor dos insumos. “Por enquanto estamos conseguindo atender as pessoas que nos procuram. A tendência atual é de aumento de preços porque os valores dos insumos estão cada vez mais altos”.
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PORTAL G1
Por que a Espanha agora quer tratar covid como gripe - e o que dizem especialistas
O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, declarou que seu país está trabalhando para começar a tratar a covid-19 como uma gripe e não como uma epidemia.
O presidente do governo da Espanha (equivalente ao cargo de primeiro-ministro), Pedro Sánchez, declarou na semana passada que seu país está trabalhando para começar a tratar a covid-19 como uma gripe e não como uma epidemia, como tem sido até agora.
E ele também defende que essa seja a estratégia para o resto da Europa.
"Estamos trabalhando nisso há semanas", respondeu Sánchez em entrevista ao canal Cadena Ser quando perguntado se ele está buscando uma "gripalização da pandemia".
"A ciência conhece melhor o vírus. (...) Temos que avaliar a evolução da covid para uma doença endêmica", disse Sánchez, embora tenha esclarecido que seu governo ainda aguarda relatórios "mais conclusivos" sobre a variante ômicron.
O presidente justificou a nova abordagem devido à taxa de vacinação (82% da população com vacinação completa e 36% com dose de reforço), o uso de máscaras, o surgimento de medicamentos como a pílula da Pfizer - cujos ensaios apontam que é eficaz na 89% dos casos para evitar internações e óbitos em pacientes de risco - e a aparente menor letalidade do vírus com a variante mais recente.
"Este é um debate que já estamos tentando abrir em nível europeu", disse Sánchez, que está levando a questão aos ministérios da saúde europeus e ao Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças. "É um debate necessário."
A ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias, acrescentou que a atual sexta onda de covid da Espanha é diferente das anteriores.
"Temos que ser capazes de antecipar novos cenários, por isso temos que começar a avaliar a adaptação a um novo sistema de vigilância e controle da covid-19 uma vez superada esta sexta onda epidêmica em que nos encontramos", disse.
Vigilância
Essa nova abordagem da pandemia é chamada de "vigilância sentinela".
Ela tem sido usada para outros vírus e implica interromper os testes em massa e, em vez disso, controlar grupos menores que servem como amostra do que está acontecendo no resto da sociedade.
Isso pode ser feito com uma ou mais instituições médicas que coletam rotineira e sistematicamente informações epidemiológicas e amostras laboratoriais de pacientes - mas não deve ser um processo muito extenso, pois pode reduzir a qualidade da informação, afirma o escritório regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com a gripe sazonal, por exemplo, "quantidades limitadas de dados de alta qualidade de 'locais sentinela' representativos são suficientes para entender a epidemiologia e a circulação", afirma a OMS.
As localizações devem ser distribuídas no território de forma que produzam uma amostra confiável do que acontece na população em geral.
Além disso, é necessário usar definições padrão que possam ser comparadas ao longo do tempo, tanto dentro de um país quanto com outros países.
A informação deve ser comunicada uma vez por semana às autoridades nacionais, de acordo com o escritório europeu da OMS.
A partir daí, podem ser estimadas as taxas de incidência de pessoas infectadas — sintomáticas e assintomáticas —, internações, pacientes em terapia intensiva e óbitos pela doença.
Se esse método for usado com a covid, acredita-se que pode ajudar a evitar a superlotação de hospitais com casos leves, disse a Sociedade Espanhola de Medicina de Família e Comunidade.
Essa posição, no entanto, não é compartilhada por todos os sindicatos médicos da Espanha. E nem mesmo em todos os países.
A transição da pandemia para a endemia
Outros países também estão pensando em como será o fim da pandemia.
No Reino Unido, o ministro da Educação, Nadhim Zahawi, que até setembro estava à frente do programa de vacinação contra a covid-19, disse que seu país deve liderar a saída.
"Espero que sejamos uma das primeiras grandes economias que mostre ao mundo como fazer a transição de uma pandemia para uma endemia", disse ele ao canal Sky News.
O país também tem a seguinte taxa de vacinação contra covid-19: 70% com esquema completo e 53% com dose de reforço.
Além disso, o risco de hospitalização para a variante ômicron é cerca de um terço do risco da delta, de acordo com uma análise publicada pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido. E a ômicron está substituindo a delta pelo mundo como a variante predominante.
Outro estudo preliminar realizado nos EUA por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, da organização Kaiser Permanente e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostrou que as pessoas infectadas com ômicron tinham metade da probabilidade de serem hospitalizadas em comparação com a delta, 75% menos probabilidade de entrar em uma UTI e 90% menos probabilidade de morrer.
As internações hospitalares, por sua vez, foram reduzidas de cinco para 1,5 dia com a ômicron.
"O Reino Unido é provavelmente o mais próximo de qualquer país de estar fora da pandemia, se é que já não está fora, em endemia já", disse David Heymann, professor de epidemiologia de doenças infecciosas da London School of Medicine em um bate-papo virtual aberto com a organização sem fins lucrativos Chatham House.
Numa endemia, a doença geralmente está presente, mas não há mais um aumento incomum no número de casos. A gripe, por exemplo, é endêmica.
"Em breve estaremos em uma situação em que o vírus estará circulando, cuidaremos das pessoas em risco, mas aceitaremos que qualquer outra pessoa o pegue", diz a virologista Elisabetta Groppelli, da Universidade de St. George de Londres.
"Se uma nova variante ou uma variante anterior aparecer, para a maioria de nós, como qualquer outro coronavírus de resfriado comum, teremos espirros e um pouco de dor de cabeça e ficaremos bem", disse Julian Hiscox, chefe de infecções e saúde global da Universidade de Liverpool e integrante do Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes do governo do Reino Unido.
Nos Estados Unidos, um grupo de seis especialistas que assessoraram o presidente Joe Biden publicou uma série de artigos nos quais defendiam que é hora de abordar a pandemia de uma maneira diferente.
"Nem a vacinação contra covid-19 nem a infecção parecem conferir imunidade ao longo da vida", escreveu Ezekiel Emanuel, especialista em políticas de saúde da Universidade da Pensilvânia, que coordenou as propostas do grupo.
"As infecções por covid-19 são assintomáticas ou levemente sintomáticas, e o período de incubação do SARS-CoV-2 é curto, o que impede o uso de estratégias específicas, como 'vacinação em anel'. Mesmo pessoas totalmente vacinadas correm o risco de ter SARS-CoV avançado. Consequentemente, um 'novo normal com covid' em janeiro de 2022 não é viver sem covid-19", disse Emanuel.
Ele defende que a covid-19 deve ser tratada como outras doenças respiratórias, como a gripe, já que "as pessoas já conviveram normalmente com as ameaças desses vírus" antes.
Não tão cedo
O principal conselheiro da Casa Branca para doenças infecciosas, Anthony Fauci, acredita que uma nova fase está próxima, mas diz que os EUA ainda não chegaram lá.
"Qual é a caixa que todos estamos olhando agora? Essa caixa é controle, ou seja, baixar o nível de infecção que causa doença grave de forma suficiente para que possamos incorporar essa infecção. Acredito que possivelmente estamos nos aproximando disso", disse Fauci.
Com uma taxa de vacinação completa de apenas 62% da população e 23% com doses de reforço, os EUA enfrentam a onda de ômicron com número recorde de internações pelo vírus, quase o dobro em relação às registradas no Reino Unido.
"O vírus está a caminho de se tornar endêmico. Não há dúvida sobre isso. Mas ainda estamos no meio dessa pandemia", disse a líder técnica da Covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, em uma conferência na semana passada.
"Não podemos acabar com a pandemia e fazer com que o vírus se torne 'endêmico' em um país, enquanto o resto do mundo lida com a pandemia. Não é assim que funciona."
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TV ANHANGUERA
Mapa mostra 23 cidades com indicação para medidas mais restritivas contra a Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/10235051/
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Família reclama de descaso no atendimento de paciente no Hugol
https://globoplay.globo.com/v/10234811/
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Ômicron já representa 97% dos casos no Brasil, diz estudo
Crianças receberam doses erradas
Criança não teve reação a imunizante, conclui apuração
Em SP, 90% dos internados não estão vacinados
Infecções pela covid disparam; mortes também registram alta
Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste
Anvisa libera Coronavac para grupo de 6 a 17 anos e veta em crianças de 3 a 5
Quanto custou o atraso de 30 dias para o início da imunização?
Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 23 mortes em 24 horas
Goiás aguarda parecer do governo federal para distribuir doses pediátricas
Preços dos testes de diagnóstico da Covid-19 disparam e procura mais que dobra
Com apenas 60 fiscais, prefeitura informa que vai fiscalizar medidas contra Covid-19
PODER 360
Ômicron já representa 97% dos casos no Brasil, diz estudo
A variante ômicron já representa 97% dos casos da covid-19 no Brasil, mostra um estudo conjunto das redes Vírus e Corona-ômica BR, vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Eis a íntegra (1,8 MB).
O levantamento, que considera infecções até a 1ª semana de janeiro, mostra que em cinco Estados a variante chegou a 100% das amostras analisadas: Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Santa Catarina.
A ômicron já tem um percentual superior a 90% das infecções em 13 estados, mostra o estudo. A pesquisa contou com um total de 208.480 amostras, distribuídas entre 01/11/2021 até 06/01/2022, nas 27 unidades federativas.
O informe confirma ainda uma maior transmissão da ômicron em relação às demais variantes. Comparando com a gama e a delta, a nova cepa alcançou 100% dos casos positivos em um intervalo de tempo menor, cerca de 6 semanas, desde a sua introdução no país.
Os casos da linhagem foram aumentando progressivamente em novembro (3,4%), dezembro (67,5) e janeiro (97%). Nesses três meses, o Brasil enfrentou um aumento no número de casos positivos para covid-19.
Apesar do levantamento apontar que o número de infectados pela ômicron passa dos 90%, dados oficiais do Ministério da Saúde contabilizavam 1.407 casos da nova cepa até esta 5ª feira (20.jan.2022). Há 1.080 casos em investigação, segundo a pasta.
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CORREIO BRAZILIENSE
Crianças receberam doses erradas
Exatamente duas semanas depois da autorização da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, um levantamento do Ministério da Saúde com base nos dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) mostrou que crianças dessa faixa etária foram vacinadas antes da liberação. Outros imunizantes, além da Pfizer, o único autorizado para o público infantil, também foram aplicados. Ao todo, mais de 57 mil crianças espalhadas pelo país receberam doses erradas.
De acordo com o relatório, até dezembro de 2021 teriam sido vacinadas cerca de 2, 4 mil crianças de zero a quatro anos, além de mais de 18 mil crianças de 5 a 11 anos. Uma tabela apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostra, ainda, que 14. 561 crianças e adolescentes de até a 17 anos receberam doses da AstraZeneca, 20. 064 da CoronaVac e 1. 274 da Janssen. Esses imunizantes não têm aval para aplicação pediátrica.
O levantamento também apontou que 18. 838 crianças de 5 a11 anos e 2. 410 de até 4 anos receberam o imunizante da Pfizer antes da chegada das doses específicas para a faixa etária - ou seja, vacinas destinadas ao público adulto. A AGU cita, também, o caso do menino que recebeu dose vencida da vacina na Paraíba. Diante dos dados, a AGU solicitou ao STF a suspensão de qualquer campanha de vacinação de crianças e adolescentes em desacordo com as diretrizes prescritas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 (PNO) e nas recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
UTIs
A ocupação dos leitos de UTI para covid-19 também aumentou nas últimas semanas. Cinco unidades da Federação ingressaram na zona de alerta intermediário de ocupação (com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%). Somaram-se às outras seis que se encontravam nessa faixa. Quatro estados estão na zona de alerta crítico, com ocupação superior a 80%: Pernambuco (86%), Espírito Santo (80%), Mato Grosso (84%) e Goiás (81%).
Entre as capitais com taxas divulgadas, Fortaleza (85%), Recife (80%), Belo Horizonte (88%), Rio de Janeiro (95%) e Cuiabá (100%) estão na zona de alerta crítico. Porto Velho (66%), Manaus (77%), Boa Vista (60%), Palmas (69%), São Luís (68%), Teresina (66%), Salvador (65%), Vitória (78%), Curitiba (61%), Campo Grande (77%), Goiânia (77%) e Brasília (74%) estão em alerta intermediário.
Na visão dos cientistas do Observatório, a distribuição dos casos de internação e morte nos grupos etários também preocupa, já que, desde dezembro de 2021, houve uma mudança de perfil. Tanto para internações quanto para óbitos, destaca-se a maior presença de pessoas mais jovens. Em especial para internações, chama a atenção a presença de crianças com até dois anos.
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O GLOBO
Criança não teve reação a imunizante, conclui apuração
Menina internada após receber dose da Pfizer possui doença congênita rara
Uma menina de 10 anos internada após ser vacinada contra Covid-19 em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, não teve reação ao imunizante da Pfizer, concluiu ontem uma investigação do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.
A análise, realizada por mais de 10 especialistas, apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico. A conclusão foi de que não existe qualquer relação causai entre a vacinação e seu estado de saúde.
"A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da vacinação e reafirma que todas os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são seguros e eficazes", afirmou a pasta em nota.
De acordo com a Prefeitura, o pai relatou que a criança "apresentou alterações nos batimentos cardíacos e desmaiou" 12 horas após receber a dose pediátrica da Pfizer. Ela foi encaminhada à rede de saúde particular para receber atendimento médico, onde foi reanima-da. Ainda segundo o governo municipal, a criança estava em estado estável e consciente. Ela foi transferida para o Hospital Uni-med de Botucatu, onde permanece sob observação. Procurada, a unidade de saúde não informou o quadro clínico da paciente até esta publicação.
O geneticista e pediatra Salmo Raskin afirmou ao GLOBO que "a parada cardíaca não está nem descrita nos efeitos adversos a curto prazo da vacina" e que a miocardite nessa faixa etáriaé "raríssima" - (A miocardite) acomete uma em cada milhão de crianças, e os casos não são graves. Rara, a miocardite é mais frequente em meninos e após a segunda dose -afirmou.
VACINAÇÃO SUSPENSA
Apesar disso, a Prefeitura de Lençóis Paulista decidiu manter a decisão de suspender a vacinação de crianças até a próxima terça-feira. A medida foi aconselhada pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 local, em reunião extraordinária realizada na quarta-feira. Na ocasião, ficou estabelecida a interrupção da aplicação de imunizante em crianças entre 5 e 11 anos por sete dias, "em livre demanda". No entanto, pais e responsáveis que queiram imunizar crianças antes de a Prefeitura retomar o calendário de vacinação podem ligar na Central Saúde para realizar agendamento.
O comitê municipal afirma ainda que não coloca em questão a importância da vacinação infantil. Mas que vai usar o prazo de suspensão para acompanhar e monitorar as crianças já imunizadas no município.
- Seguiremos monitorando nossas 46 crianças vacinadas. Na terça-feira, retomamos (a vacinação em massa) - disse o prefeito Anderson Prado ao GLOBO. - Eu acredito na nota informativa do Centro, nos técnicos e que a vacinação é segura e devemos orientá-la. Sempre fomos a favor da vacinação -emendou.
A Pfizer informou, por meio de nota, que o relato de potencial evento adverso foi submetido à área de farmaco vigilância da empresa, conforme estabelece o processo global da companhia.
No texto, a Pfizer também afirma que "não há alertas de segurança graves relacionados ao imunizante". E acrescenta que a "companhia realiza habitualmente o acompanhamento de relatos de potenciais eventos adversos de seus produtos, mantendo sempre informadas as autoridades sanitárias brasileiras, de acordo com a regulamentação vigente".
Investigação. Mais de 10 especialistas comprovaram que não existe relação entre a vacinação e saúde da criança
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Em SP, 90% dos internados não estão vacinados
De 376 pacientes hospitalizados pela Covid-19, apenas 37 tinham recebido as três doses; no Rio, situação é semelhante e solicitações por leitos chegam ao maior número desde o dia 24 de agosto de 2021
Um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde do Governo de São Paulo mostra que 90,1% dos pacientes internados por Covid-19 em hospitais estaduais não tinham completado o esquema de vacinação com as três doses.
O estudo foi feito com base nos dados de 16 serviços hospitalares ligados à pasta na capital paulista, região metropolitana da Grande São Paulo, interior e litoral do estado.
Dos 376 pacientes internados com o novo coronavírus, apenas 37 tinham recebido as três doses da vacina.
Outros 202 haviam tomado duas doses, o que representa 53,7% dos hospitalizados pela doença. Ainda conforme o levantamento, 83 (ou 22%) dos pacientes com Covid-19 internados em hospitais estaduais tinham tomado apenas uma ou nenhuma dose do imunizante.
- Os números comprovam que é fundamental tomar as duas doses e mais o reforço para evitar quadros graves entre os infectados pelo novo coronavírus. A vacina segue sendo a melhor forma de se prevenir complicações da doença -afirma Jean Gorynchtein, Secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
Os dados do levantamento foram coletados nos hospitais estaduais de Bauru, Sorocaba e Américo Brasi-liense, no interior do estado; Hospital das Clínicas da FMUSP, Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Hospital Metropolitano Santa Cecília, Hospital Estadual da Vila Alpina e Hospital Heliópolis, na capital paulista; Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, e os hospitais estaduais de Santo André, Cotia, Itaquaque-cetuba, Mogi das Cruzes, Carapicuíba e Diadema.
INTERNAÇÕES NO RIO
No Rio, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 90,7% dos internados na rede SUS da capital não estão com o esquema vacinai completo (incluindo o reforço), e 38% sequer tomaram a primeira dose.
Como consequência da explosão de casos de Covid-19 provocada jielo avanço da variante Omi-cron, o número de solicitações por leitos para o tratamento da doença no Rio de Janeiro chegou na segunda-feira ao maior número desde o dia 24 de agosto de 2021, quando o estado enfrentava o pico da variante Delta. Foram 181 pedidos de internação, contra 191 naquele dia, aponta o painel de monitoramento da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde.
O indicador cresceu rapidamente no último mês. Entre a semana que antecedeu o Natal, de 18 a 24 de dezembro, e a semana passada, de 9 a 15 de janeiro, o acumulado semanal de solicitações por leito de Co-vid-19 no estado saltou de 85 para 756, um aumento de 789%.
TAXA DE OCUPAÇÃO
Um levantamento da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), maior Organização Social de Saúde (OSS) do Brasil, que mantém contratos para gestão de hospitais estaduais e municipais, aponta que os serviços geridos pela entidade atingiram no dia 13 de janeiro a maior taxa de ocupação de leitos de internação por Covid-19 desde julho de 2021.
O estudo contempla hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde), a maioria deles no estado de São Paulo, mas também em cidades como Uberlândia (MG) e Fortaleza (CE), onde há 700 leitos de enfermaria e UTI disponíveis.
No dia 13, os hospitais administrados pela SPDM chegaram a 50% de ocupação dos leitos de UTI por Covid e 49% das vagas de enfermaria destinadas ao atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Foi a maior taxa em cinco meses.
RISCO DE MORTE
Levantamento feito a partir das estatísticas oficiais do governo da Suíça indica que pessoas não vacinadas correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que aqueles que completaram o esquema vacinai, incluindo a dose de reforço.
O Ministério da Saúde do país europeu vem reunindo, há um ano, dados sobre o status de vacinação da população. Além disso, ao notificar mortes provocadas pela Covid-19, os médicos precisam informar as autoridades se o paciente foi ou não vacinado. O gráfico obtido por esses dados mostra como as vacinas são eficazes para salvar vidas, especialmente a dose de reforço. (Comgl)
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O ESTADO DE S.PAULO
Infecções pela covid disparam; mortes também registram alta
Explosão de casos diários, que já passam de 200 mil, eleva internações e aumenta em 121% número de óbitos em 19 dias
A pressão no sistema de saúde do País, causada pela disseminação da variante Ômicron, está nas filas dos postos de saúde, na falta de medicamentos antigripais nas farmácias, na escassez de testes para detecção de covid-19 nos laboratórios privados e, em janeiro, após longo represamento de dados, nos levantamentos do Ministério de Saúde. A explosão de casos diários, que já passam de 200 mil, eleva as internações. A média móvel de mortes aumentou 121% em duas semanas.
Especialistas alertam que a chegada e a evolução da Ômicron, ao longo de dezembro, não foram registradas pelo Ministério da Saúde. Alguns usam a expressão 'voo cego' para ilustrar a situação dos gestores públicos e dos hospitais privados.
Quando os sistemas da pasta sofreram um ataque hacker, em 10 de dezembro, o número de casos, hospitalizações e mortes por covid-19 estava no nível mais baixo do ano. Isso foi antes das celebrações de fim de ano, do surto de gripe em várias cidades e do avanço da Ômicron.
Em janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas haviam sido restabelecidas ainda em dezembro e a instabilidade não teria interferido na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Isso é o oposto do que dizem os pesquisadores. 'Tivemos um apagão epidemiológico importante. Esses números estabilizados, segundo o Governo Federal, envolvem os dados retrospectivos? Para chegarmos à média móvel recorde de 100 mil deve ter havido uma variação importante em janeiro', opina Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
O especialista se refere à média móvel de 100 mil diagnósticos diários registrada na quarta-feira. Foi a primeira vez que esse número foi atingido desde o início da pandemia. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +487%, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.
Mesmo sem os dados oficiais, o avanço da doença é flagrante. Como surto de gripe misturado ao crescimento de casos de covid-19, pessoas com sintomas gripais lotam as unidades de saúde neste início de ano. Com isso, as vendas de medicamentos antigripais nas farmácias dispararam.
A recuperação dos dados do Ministério de Saúde não resolveu o problema da subnotificação de casos, na opinião de Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Para o especialista, a questão é recorrente. 'Desde outubro, o e-Sus não reportou adequadamente os testes de antígeno. Ainda não sabemos o real impacto da Ômicron. Os números ainda são subestimados. A maioria dos resultados é da rede privada. '
Outro entrave é a falta de testes de detecção de covid-19. Em várias partes do Brasil, gestores públicos e laboratórios privados têm dificuldades para conseguir mais exames.
O número de casos neste início do ano impressiona na comparação com os períodos anteriores. Apenas nos primeiros 19 dias do ano, o número de casos de covid (1. 135. 488) equivale a 30% do total de casos confirmados ao longo de todo o segundo semestre de 2021 (3. 726. 209).
IMPACTO NAS MORTES. A curva de mortes começou a subir recentemente por conta do tempo entre o contágio, hospitalização, óbito, confirmação da causa e, finalmente, o registro. Em 31 de dezembro, a média móvel registrava 97 óbitos diários. No dia 19, essa mesma métrica registrava 215 óbitos diários - aumento de 121% em pouco mais de duas semanas. Dessa forma, a média móvel de vítimas atingiu agora um patamar acima do que estava às vésperas do ataque hacker, quando a média indicava 183 mortos pela doença a cada dia. Desde o dia 3 de dezembro de 2021, o País não ultrapassava as 200 mortes diárias.
Descontrole
Para especialistas, chegada e evolução da Omicron não foram registradas pelo governo
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FOLHA DE S.PAULO
Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste
Associação que reúne Dasa e Einstein saiu em defesa da decisão da Anvisa de adiar liberação do modelo
Após a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de adiar a liberação dos autotestes de Covid no Brasil, a Abramed, associação que reúne empresas de medicina diagnóstica como Dasa, Fleury e Einstein, diz que vai procurar o Ministério da Saúde para sugerir serviços de laboratórios que poderiam auxiliar a população a aplicar os autoexames. A sugestão seria verificar o funcionamento dos testes e transmitir os resultados às autoridades, segundo a entidade.
"Embora os autotestes pareçam de grande simplicidade, certamente, muitas pessoas terão dificuldade em realizá-los, e a coleta do material é um passo crítico para que o resultado final seja confiável e não apresente falsos negativos", afirma a associação, em nota.
Executivos do setor avaliam que os laboratórios, que viram nascer um mercado com os testes de Covid na pandemia, poderiam encontrar um novo nicho de atuação na área, caso viessem a perder espaço com a chegada do autoteste.
A Abramed saiu em defesa da decisão da Anvisa de não aprovar o uso do autoteste.
A entidade afirma que, antes de liberar os pacientes para fazer seus próprios exames, seja estruturado um sistema de compartilhamento de informações sobre os resultados dos testes. Também sugere que o Conecte SUS seja avaliado como uma das possibilidades.
Nesta quarta-feira (19), ao postergar a medida, a Anvisa justificou que a nota técnica do Ministério da Saúde, que fez o pedido da liberação, apresentava lacunas sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.
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Anvisa libera Coronavac para grupo de 6 a 17 anos e veta em crianças de 3 a 5
Decisão faz deslanchar campanha paulista de vacinação e aumenta oferta ao Ministério da Saúde
BRASÍLIA A Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O voto dos diretores segue a recomendação da área técnica.
O pedido do Instituto Butantan era para utilizar as doses em crianças a partir de 3anos. No entanto, a agência entendeu que não existem dados suficientes para reduzir a vacinação contra a Covid-19 até essa idade. A avaliação também veta o uso do imunizante em crianças e adolescentes imunocomprometidos.
O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, que fez a apresentação da área técnica antes da votação, explicou que a ampliação da faixa etária para 3 a 5anos poderá ser feita quando houver mais dados disponíveis.
O governo de São Paulo reservou 8 milhões de doses de Coronavac para o uso em crianças, segundo informou o Instituto Butantan nesta quinta -há outros 7 milhões de doses prontas à disposição do governo federal ou de outros estados que desejarem fechar contrato.
A vantagem do imunizante é sua disponibilidade de doses, já que parou de ser usado pelo governo federal na imunização dos adultos.
O imunizante fabricado pelo Instituto Butantan está autorizado para uso emergencial no Brasil desde 17 de janeiro de 2021 para pessoas a partir de 18 anos.
O Brasil já recebeu 2, 4 milhões de doses pediátricas da Pfizer. A próxima entrega deve ocorrer na segunda (24). No total, a Saúde prevê a entrega de4, 3 milhões de vacinas desse tipo em janeiro.
A previsão é de que 7, 3 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer sejam entregues em fevereiro. Em março, a Pfizer prevê enviar outros 84 milhões de unidades.
Além desses 20 milhões de vacinas, o governo espera receber outros 10 milhões de doses da Pfizer para crianças no primeiro trimestre. Esse lote, porém, não tem cronograma de entrega definido pela farmacêutica.
O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças. Como a vacina é do mesmo modelo aplicado em adultos, estados já se planejam para destinar doses estocadas ao público mais jovem.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou as redes sociais para se manifestar sobre a aprovação da vacina.
'A Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO [Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19]. Aguar damos o inteiro da decisão e sua publicação no DOU [Diário Oficial da União]', disse.
A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), e SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) apoiam a autorização e extensão do uso da vacina Coronavac para crianças de 6 a 17 anos.
Um dos estudos usados para a análise foio da vacinação com a Coronavac no Chile, que tem resultado preliminar de efetividade na população de 6 a 16 anos. As evidências científicas disponíveis sugerem que há benefícios e segurança para a utilização da vacina na população pediátrica.
A Anvisa aprovou que a dose aplicada em crianças seja a mesma utilizada em adultos, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda.
'São os dados que temos maior informação [6 a 17 anos] e maior sugestão de desempenho. São os dados do Chile, de efetividade do Chile. Isso também é corroborado com os pareceres das sociedades médicas' disse Mendes.
'E não imunocomprometidas porque essas crianças precisam de uma atenção especial, principalmente no que diz respeito à eficácia. A sugestão é que sejam vacinas crianças de 6 a17 anos até que tenha a apresentação de novos dados para subsidiar a ampliação da faixa etária', completou.
A diretora relatora, Meiruze Sousa Freitas, também destacou a não aprovação da vacina para crianças de 3 a5 anos. Disse que a agência apenas aprova a vacina contra a Covid-19 após uma avaliação criteriosa que demonstra qualidade, segurança e eficácia.
'Foram apresentados estudos clínicos de fase 1, 2 e 3 em andamento. E dados e estudos de vida real em quase 2 milhões de crianças com 6 anos ou mais e adolescentes de até 17 anos em países que têm demonstrado competência no monitoramento das vacinas', ressaltou Freitas.
Apesar da aprovação, a Anvisa aguarda que o Butantan encaminhe outros dados sobre a vacinação em crianças coma Coronavac, como o resultado da fase três, que ainda está em andamento. Além disso, destacou que a instituição deve adotar uma farmacovigilância robusta e capaz de identificar reações adversas da vacina.
Para ampliar o uso da vacina para a faixa de 3 a 5 anos, deverá ser realizado um novo pedido por parte do Butantan.
O pedido aprovado é o segundo feito pelo Butantan para aplicar Coronavac em crianças e adolescentes. O primeiro, apresentado em julho, foi avaliado pela agência reguladora e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que, em 2021, havia 20, 4 milhões de pessoas de 5 a 11 anos.
Calendário no estado de SP
20 a 30 de janeiro - 1º dose
* Crianças de 9a 11 anos de idade * Crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas
31 de janeiro a 10 de fevereiro - 1º dose
* Crianças de 5 a 8 anos de idade
* Crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas
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Quanto custou o atraso de 30 dias para o início da imunização?
No dia 16 de dezembro de 2021, a Anvisa aprovou a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. Surpreendentemente, autoridades do governo federal deflagraram uma série de medidas protelatórias para tentar impedir a introdução de um esquema vacinal para esse grupo etário.
As medidas desnecessárias e absurdas foram propostas pelo Ministério da Saúde. Incluíam a necessidade de um estudo mais detalhado do que o feito pela Anvisa e que seria feito por técnicos do Ministério da Saúde, a exigência de prescrição médica para a vacinação das crianças, e até uma inédita e absurda consulta pública sobre a conveniência da vacinação de crianças.
Esse processo culminou com uma manifestação da autoridade máxima do país minimizando a morte de crianças por Covid-19 e ignorando completamente os 308 óbitos de crianças entre 5 e 11 anos de idade registrados pelo Ministério da Saúde até dezembro de 2021.
Além disso, o governo federal parece ignorar que as crianças infectadas pelo Sars COV-2 podem sofrer de efeitos gravíssimos, como a síndrome inflamatória multissistêmica aguda.
O governo alega que encomendou a vacina assim que a Pfizer entrou com o pedido de autorização junto à Anvisa. Entretanto, é difícil acreditar nessa afirmação, pois, se assim fosse e houvesse vacinas disponíveis no fabricante, a vacinação das crianças poderia ter se iniciado no dia seguinte à autorização.
Quantos casos e mortes teriam sido evitados se o governo federal tivesse procedido imediatamente com a vacinação em vez de tentar protelar o seu início?
Para responder a essa pergunta, utilizamos um modelo matemático que consiste em simulação em ambiente computacional da dinâmica da Covid-19 na faixa etária de 5 a 11 anos. Os resultados são as estarrecedoras cifras de 23 mil casos e 37 mortes evitáveis nessa faixa de idade para esses 30 dias de atraso.
Esse mesmo modelo mostrou sua utilidade quando previu, uma semana antes da Copa América de 2021, que ocorreriam 27 casos de Covid-19 entre os atletas participantes, um número muito próximo das 33 infecções registradas.
Com base nesse caso e em uma série de outros exemplos, pode-se afirmar que esse modelo tem confiabilidade e boa capacidade preditiva.
Esse tipo de modelo já demonstrou há muitos anos que, quando se vacinam as faixas etárias superiores à média de idade em que as pessoas adquirem a infecção, essa idade média diminui e, como é o caso, se a infecciosidade aumenta, eleva-se o risco para os indivíduos mais jovens.
No Brasil, já circula a variante ômicron, que é muito mais infectante, podendo cada pessoa infectara contaminar outras dez, e o número de casos de Covid-19 em crianças pode aumentar significantemente, o que explica os 23 mil casos previstos pelo modelo.
Caso o Instituto Butantan tivesse a autorização para a aplicação da Coronavac na faixa etária de 3 a 11 anos, mais 5. 000 casos teriam sido evitados e cinco vidas poupadas nesses 30 dias.
Embora a taxa de letalidade da ômicron seja inferior à das cepas anteriores, o número de casos esperados é tão grande que as mortes se acumulariam, o que explica a mortalidade esperada, nesses 30 dias, ser de 12% do total registrado até dezembro de 2021.
Entretanto, deve-se entender que o modelo é sensível à taxa de contato entre as pessoas e isso muda de acordo com medidas tomadas por autoridades municipais e estaduais. Essas autoridades, diferentemente de certas autoridades federais, ouvem a opinião de grupos de especialistas para enfrentar a pandemia.
O ex-primeiro ministro britânico Harold Macmillan dizia: 'Se você não acredita em Deus, acredite na decência'. O presidente do Brasil diz que acredita em Deus (acima de tudo), mas é difícil imaginar indecência maior que tentar impedir a vacinação de crianças contra a doença que mais mata dentre as infecções preveníveis pela vacinação.
O governo federal parece ignorar que as crianças infectadas pelo Sars-CoV-2 podem sofrer de efeitos gravíssimos, como a síndrome inflamatória multissistêmica aguda
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AGÊNCIA BRASIL
Afastamento do trabalho por Covid quase triplica em um ano
Foram concedidos 98.787 benefícios por incapacidade pela doença, em 2021, quando o período de licença é acima de 15 dias
O número de afastamento do trabalho por causa da Covid-19 quase triplicou em um ano. De janeiro a dezembro de 2021, foram concedidos 98.787 benefícios por incapacidade, o antigo auxílio-doença, por causa de infecção por coronavírus, ante 37.045 de abril a dezembro de 2020, um aumento de 166%.
A Covid-19 passou a ser o principal motivo de afastamento dos profissionais no trabalho desde o primeiro trimestre de 2021. Além de liderar o ranking das doenças que mais afastaram no ano passado, a infecção causada pelo coronavírus tem o triplo dos casos do segundo problema que mais afetou os trabalhadores, a fratura de punho, com 30.336 concessões.
Os dados são de um levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência. "Esses casos representam somente aqueles afastamentos por mais de 15 dias e que, consequentemente, geraram um benefício de segurados do Regime Geral de Previdência Social do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)", afirmou o ministério em nota. A pasta não tem os números deste último mês nem os casos de afastamento com atestado médico inferior a 15 dias.
"A Covid foi responsável pelo maior número de afastamento no INSS no ano passado. Na verdade não é só a Covid, mas sim as sequelas da doença que muitas vezes incapacita as pessoas para o trabalho", alerta a advogada trabalhista Lariane Del Vecchio, do escritório Aith Badari e Luchin Advogados.
Uma pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas, de São Paulo, apontou que cerca de 60% dos pacientes que tiveram a doença apresentaram algum tipo de sequela. Entre os casos analisados foram relatados alterações pulmonares importantes, sintomas cardiológicos e emocionais ou cognitivos, como perda de memória, insônia, concentração prejudicada, ansiedade e depressão.
Avanço da Ômicron
Segundo a advogada trabalhista, no começo da pandemia, antes da vacina, e no ano passado, com o avanço da imunização, o período de afastamento era maior e as sequelas também, por isso os casos demandavam mais do INSS.
O Brasil tem registrado uma disparada nos casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias devido ao avanço da variante Ômicron. Nesta quinta-feira (20), foram registrados 168.495 novos casos de coronavírus, com o total chegando a 23.585.243. Na véspera, houve recorde de 204.854 de novos casos em apenas 24 horas.
No começo do ano, o Ministério da Saúde determinou uma nova orientação de isolamento para quem contrair a doença. Paciente assintomático que tiver diagnóstico negativo pode ser liberado da quarentena após cinco dias. Para aqueles que apresentarem teste positivo, o prazo é até dez dias depois da infecção.
Para a advogada trabalhista, o avanço da vacinação e as novas normas do Ministério da Saúde vão refletir em redução dos afastamentos pelo instituto, quando o atestado é dado com mais de 15 dias consecutivos e que tenha ocasionado uma incapacidade para o trabalho. "Essa nova recomendação, que prevê períodos de afastamento de 5 a 10 dias, vai fazer com que as pessoas não sejam afastadas pelo INSS. Esse encargo vai ficar por conta das empresas", avalia Lariane.
Mas o que deve prevalecer é o atestado médico. "É o médico que deve determinar os dias de afastamento e a data da alta", orienta a advogada. O que vale é o atestado médico. Na minha opinião, ele se sobrepõe à portaria do Ministério da Saúde."
Lariane também recomenda ao funcionário que sentir os sintomas que, no primeiro momento, comunique a empresa e passe no médico, para avaliar qual o período que deve ficar afastado e o que deve ser feito.
"A primeira coisa é comunicar o empregador e buscar o atendimento médico. Em caso de atestados com mais de 15 dias, a empresa deve encaminhar o funcionário para afastamento pelo INSS", explica a advogada.
Para funcionário em home office, vale a mesma regra. "Se o médico disser que ele precisa ser afastado para se recuperar, ele não tem que trabalhar. Ele não pode ser obrigado a exercer suas tarefas. Se ele estiver se sentindo bem, ele pode trabalhar mesmo que tenha atestado, mas não pode ser obrigado", conclui.
Familiares e vítimas têm direito a benefícios do INSS
Você sabia que familiares e vítimas da covid-19 têm direito a receber benefícios previdenciários? Entre eles, estão: auxílio-doença, acidente de trabalho, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Veja as dicas do advogado João Badari, especialista em direito previdenciário do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, e da advogada Daniela Castro, especializada em direito previdenciário do escritório Vilhena Silva Advogados, e da advogada Adriana Calvo, professora da FGV Direito RJ e coordenadora de direito individual da OAB/SP. Clique nas imagens acima e veja mais!
AUXÍLIO DOENÇA: o benefício é devido ao trabalhador que precisa se ausentar do trabalho por mais de 15 dias em decorrência da doença. Para ter o direito, a incapacidade temporária deve ser constatada por perícia médica. A advogada Daniela Castro acrescenta que o segurado precisa comprovar a carência mínima de 12 contribuições para ter direito de pedir o auxílio-doença. 'O trabalhador também precisa ficar atento às contribuições pagas pelos empregadores para que o benefício não seja negado, em caso de necessidade futura, por falta de pagamento por parte da empresa', diz Daniela.
Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.
ACIDENTE DE TRABALHO: Esse auxílio vale para os profissionais que adquiriram a doença em sua atividade de trabalho, caso dos profissionais da saúde, por exemplo. Porém, uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) abriu caminho para profissionais que mantiveram sua atividade de trabalho dentro da empresa - independentemente da sua área de atuação - possam caracterizar a contaminação pela covid-19 como doença ocupacional e, assim, garantir um benefício do INSS mais atrativo. Ao classificar a covid-19 como uma doença ocupacional, a advogada Adriana Calvo explica que o trabalhador tem direito ao benefício integral, a partir do primeiro dia de contratação, e estabilidade de 12 meses no emprego.'Cabe ao empregador comprovar que o empregado não adquiriu a covid-19 no ambiente de trabalho ou decorrente do exercício da atividade laboral', completa Badari.
Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (OU INCAPACIDADE): o trabalhador tem direito a solicitar quando um perito atesta sua incapacidade - definitiva ou por tempo indeterminado - para exercer sua atividade profissional.
O benefício também é concedido a profissionais que tiveram sequelas graves que o impeçam de retornar ao trabalho.Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.
PENSÃO POR MORTE: Em caso de morte de segurado por causa da covid-19, os familiares podem reivindicar pensão por morte ao INSS. Se a doença foi causada em razão do trabalho, o cálculo será de 100% sobre o salário de benefício, e não existe número mínimo de contribuições para o seu pagamento. Caso não seja em decorrência do trabalho, o valor inicial é de 50%, mais 10% para cada dependente.
Como pedir: o pedido pode ser feito é realizado via internet (Meu INSS) ou pelo telefone 135.
DIREITOS TRABALHISTAS: o advogado João Badari também destaca que além desses benefícios previdenciários, o trabalhador e seus dependentes também possuem direitos securitários e trabalhistas, tais como:
? Indenização por dano moral;
? Indenização por danos materiais (exemplo: compra de remédios, fisioterapia e gastos hospitalares);
? Estabilidade acidentária no caso de retorno ao trabalho (pelo período de 12 meses);
? Recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) durante o afastamento;
? Pensão mensal, paga pelo empregador, aos dependentes em caso de falecimento; e
? Recebimento de eventual seguro de vida profissional (caso a empresa oferecesse aos funcionários).
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 23 mortes em 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 6.143 novos casos e 23 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (20/1), pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano soma 988.950 infecções e 24.815 óbitos desde o início da pandemia.
Conforme o boletim estadual, 656.220 infecções e 395 mortes são investigadas para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Além disso, do total de infecções, 945.963 pessoas estão recuperadas da doença no Estado.
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Goiás aguarda parecer do governo federal para distribuir doses pediátricas
Goiânia - A Secretária de Estado de Saúde de Goiás adiou a distribuição das 44.300 doses pediátricas da Pfizer contra a covid-19 que chegaram à Goiânia na última terça-feira (18/1). Como as doses chegaram em condições inadequadas de uso, o Estado enviou um relatório com as informações ao Ministério da Saúde (MS) e aguarda um parecer para saber se as crianças poderão ser imunizadas com estas doses ou não.
O órgão federal é o responsável por toda a logística de envio dos imunobiológicos aos Estados. De acordo com SES-GO, as vacinas, que deveriam ter chegado entre -60 e -90ºC, chegaram a -119ºC - ou seja, mais congeladas. A pasta estadual informou que, como a nova remessa dos imunizantes foi entregue fora da temperatura adequada, os lotes que seriam enviados aos municípios nesta quarta-feira (20) seguem armazenados pelo Estado.
Em nota enviada ao jornal A Redação nesta quinta-feira (21/1), a Secretaria informa que as vacinas estão estocadas na Central Estadual de Rede de Frio da SES-GO (CERF-GO). "Assim, a distribuição dos imunizantes aos municípios, que seria feita na última quarta-feira, (19), foi adiada até que as recomendações sejam formalizadas. Conforme disponibilidade de vacinas, a campanha segue no Estado, visto que todos os 246 municípios ainda estão abastecidos com a remessa que chegou na sexta-feira (14)", esclarece a SES-GO.
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O HOJE
Preços dos testes de diagnóstico da Covid-19 disparam e procura mais que dobra
Denúncias nos órgãos de proteção ao consumidor de Goiânia apontam elevação de até 50% nos valores dos testes de diagnóstico da Covid-19 nos últimos dias. Os fiscais do Procon Goiás já percorreram vários laboratórios, drive-thrus e drogarias localizados em Goiânia e em Aparecida de Goiânia para apurar. O objetivo da ação é coibir a possível prática de preços considerados abusivos.
Os estabelecimentos comerciais visitados têm o prazo de 48 horas para apresentar a documentação solicitada: notas fiscais de compra mês a mês dos últimos 12 meses e as notas fiscais de venda (uma por semana) dos últimos 12 meses. Os documentos serão encaminhados para análise da Gerência de Pesquisa e Cálculo.
O superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz, ressalta a importância de os consumidores fazerem as denúncias das supostas irregularidades ao órgão. Problemas como demora no atendimento também devem ser relatados. “Os consumidores devem guardar os comprovantes de compra e notas fiscais como documentos para registrar as denúncias ou reclamações junto ao órgão, que irá apurar todas, uma a uma”.
Segundo ele, as empresas podem cobrar diferentes preços pelos produtos/testes em respeito ao princípio da livre iniciativa e por isso não existe tabelamento de preços. No entanto, a prática de preços abusivos fere os direitos do consumidor e causa um desequilíbrio nas relações de consumo.
“O mercado se autorregula pela lei da oferta e procura, que interfere diretamente na elevação ou redução dos preços dos produtos, mas por lei, os fornecedores não podem obter vantagem excessiva sobre o consumidor, ainda mais neste momento de aumento de casos de Covid em plena pandemia que já impactou sobremaneira o orçamento das famílias brasileiras”, analisa o superintendente.
Caso seja constatada abusividade sobre a margem de lucro dos empresários, o que infringe o artigo 39 inciso V do Código de Defesa do Consumidor, a empresa responderá a um processo administrativo sancionatório que pode resultar na aplicação de multa que pode chegar a até R$ 11 milhões.
A empreendedora Paula Soares disse que se assustou quando foi procurar fazer um teste Covid tipo PT-PCR pela rede particular de laboratórios. “Quando busquei fazer o teste de Covid pela primeira vez estava custando em torno de R$ 70, deixei para uma próxima vez, quando voltei novamente já tinha aumentado o valor, e estava custando R$ 90. Quando finalmente fui marcar para fazer o teste, já estava no valor de R$ 105 só que o meu teste eu paguei o total de 159,00 porque fiz a H1N1 junto. Olha que diferença surreal de preço de R$ 70 tive que pagar R$ 159 no final”, denuncia.
Buscas mais que dobram
Quase um mês após as festas de fim de ano, a busca por testes de Covid-19 mais que dobrou na Capital. Antes, a média diária girava em torno de 700 pessoas que iam aos locais de testagem rápida. Atualmente, o número oscila entre 1,5 mil e 1,8 mil pessoas, de acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Grécia Pessoni. Do dia 27 de dezembro ao dia 2 deste mês, foram realizados 8.952 testes. Já do dia 3 ao dia 9 janeiro, 17.635.
O atendimento na modalidade tenda das testagens ampliadas é feito somente mediante agendamento, disponibilizado na página principal do site da Prefeitura de Goiânia. Serão disponibilizados pela SMS 1,5 mil testes de antígeno por ponto e na modalidade drive-thru, o atendimento continua por demanda espontânea, com horário das 8h às 16h nas duas opções.
Na opção tenda, no ato do cadastro, os munícipes devem cadastrar o endereço e apresentar o comprovante no ato da aplicação do exame. Serão disponibilizados três pontos nesta modalidade por dia e o agendamento sempre será liberado um dia antes da testagem.
“O comprovante de endereço apresentado deve ser o mesmo cadastrado”, ressalta a secretária-executiva da SMS, Luana Ribeiro. A intenção da secretária, é evitar aglomerações e desorganização. “Ainda não é tempo de baixarmos a guarda e, por isso, estamos tomando essas medidas para proporcionar um melhor atendimento à população de Goiânia”, salienta.
Luana Ribeiro acrescenta ainda que a empresa responsável pela realização dos testes já foi comunicada e ninguém sem agendamento deve ser atendido. “Não vamos abrir exceções e solicitamos que os interessados se organizem e fiquem atentos no site da prefeitura, bem como nas redes sociais”, pontua.
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Com apenas 60 fiscais, prefeitura informa que vai fiscalizar medidas contra Covid-19
A Prefeitura de Goiânia informou, nesta quinta-feira (20/1), que dará início à fiscalização das medidas de enfrentamento da pandemia da Covid-19 estabelecidas pelo Decreto Municipal n. 138/2021, publicado no Diário Oficial do Município. As ações serão realizadas pela Central Covid-19, que a partir de agora passa a ser coordenada pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e que conta com auditores fiscais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e agentes da Guarda Civil Metropolitana.
Os fiscais vão verificar protocolos como distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as mesas de estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, pit dogs, boates e congêneres, número máximo de pessoas nos ambientes, definido em 50% da capacidade máxima até o limite de 500 pessoas, entre outras regras.
“ Apesar de estarmos avançando na vacinação e termos reserva de leitos para acolhimento da nossa população, a variante Ômicron tem provocado uma defasagem profissional em várias áreas do mercado de trabalho e precisa ser controlada, por isso, a necessidade de ações mais enérgicas visando combatê-la”, afirma o diretor de Fiscalização da Seplanh Goiânia, Fausto Henrique Gomes.
No total, apenas 60 auditores fiscais e agentes da Prefeitura de Goiânia estarão diariamente nas ruas realizando visitas aos estabelecimentos para verificar o cumprimento das medidas na capital que possui cerca de 1,5 milhão de habitantes. Além disso, também está disponível no aplicativo Prefeitura 24 Horas um espaço para que a população possa encaminhar denúncias sobre o descumprimento do decreto.
Os estabelecimentos vistoriados que estiverem descumprindo as medidas adotadas pelo município poderão pagar multa de até R$12 mil e serem fechados pela fiscalização municipal. Além disso, os clientes e frequentadores que descumprirem o regramento de utilização de máscara de proteção facial podem ser multados em R$ 110, conforme legislação municipal.
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Assessoria de Comunicação