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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: Fiocruz investiga hesitação de pais em vacinar crianças
Artigo - Os conflitos entre os conselhos profissionais de classe da saúde
'É irracional cobrar atestado no cenário atual da pandemia', diz advogada trabalhista
Sociedade de Pediatria pede investigação contra Bia Kicis, deputada que confessou ter vazado dados de médicos
Chile anuncia mudanças no isolamento e gestão da pandemia por variante ômicron
Brasil registra 74.134 casos e 121 mortes por covid-19 em 24h, diz Conass
Quarta dose da vacina anticovid é 'menos' eficaz contra ômicron, diz hospital israelense
Testes de Covid no buraco negro
Exame com saliva pode ser mais eficaz que teste de nariz
Carnaval, grandes eventos e baladas serão proibidos em Goiânia
Manter uma boa relação com o espelho tem motivado os brasileiros a procurarem recursos estéticos; diz profissional
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Fiocruz investiga hesitação de pais em vacinar crianças
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que contou com 15.297 pais, mães ou responsáveis por crianças e adolescentes indicou que mais de 80% pretendem vacinar seus filhos contra a covid-19. Chamada de VacinaKids, a pesquisa investiga os motivos da hesitação vacinal e aplicou um questionário online que teve 70,55% de participação de pais da região Sudeste, 11,13% do Sul, 8,27% do Nordeste, 7,6% do Centro-Oeste e 2,4% do Norte.
Segundo as respostas apresentadas, a hesitação é maior na faixa etária de 0 a 4 anos, que ainda não foi contemplada pela vacinação. Entre os pais dessas crianças, o percentual que não pretende vacinar foi 16,4%. A hesitação vacinal foi menor entre os pais de crianças de 5 a 11 anos, com 12,8%, e chegou a 14,9% entre os responsáveis por adolescentes.
A pesquisa analisa que os principais motivos associados à hesitação vacinal foram medo de reações adversas e supostos efeitos de longo prazo, minimização da gravidade da pandemia e a falsa ideia de que quem teve covid-19 não precisa se vacinar. Entre suas respostas, esses pais também declararam com frequência que discordam que a vacina tornaria o retorno escolar mais seguro e que acreditam que a imunidade natural é uma opção melhor de proteção do que a vacina.
Outras crenças mencionadas pelos entrevistados foram a de que a vacina precisa de mais tempo para ser considerada segura e a de que as crianças e adolescentes não têm nenhuma chance de ficar grave se contrair a covid-19. Também houve respostas no sentido de preferir produtos naturais à vacinação.
A Fiocruz ressalta que a vacinação de crianças de 5 a 11 com a vacina da Pfizer é segura e eficaz, e conta com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e outras autoridades sanitárias do mundo, como a dos Estados Unidos, onde 8,7 milhões de doses já foram aplicadas nessa faixa etária.
A coordenadora do estudo, a pediatra e pesquisadora clínica do Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz, Daniella Moore, cita dados do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que mostram que vacinação de crianças é segura e transcorre naquele país com a ocorrência de cerca de 4 mil eventos adversos, sendo 97% leves, entre as mais de 8 milhões de doses aplicadas.
'O relatório mostra que aproximadamente 8,7 milhões de doses da vacina Pfizer-BioNTech Covid-19 foi administrada em crianças nessa faixa etária durante o período de 3 de novembro a 19 de dezembro de 2021. Dessas 8,7 milhões de doses, foram notificados 4.249 eventos adversos, o que representa apenas 0,049% das doses aplicadas. A grande maioria (97,6%) dos efeitos notificados foi leve a moderado, como dor no local da injeção, fadiga ou dor de cabeça. Ou seja, a vacina é, de fato, segura e os dados comprovam a sua segurança, mostrando, na sua maioria, efeitos adversos que mães e pais já têm experiência em lidar com outras vacinas do calendário vacinal", conta Daniella.
A pesquisadora ressalta que a ocorrência de miocardite, que é uma inflamação do músculo cardíaco, foi registrada em 11 crianças dessa faixa etária que foram vacinadas, e todas se recuperaram. A complicação é um dos principais medos citados por pais que hesitam em vacinar seus filhos, mas a pediatra lembra que a covid-19 também pode causar essa inflamação, especialmente quando a doença evolui para um quadro de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.
'Alguns pais subestimam a gravidade da doença em crianças. No entanto, apesar da covid-19 ser considerada menos grave em crianças quando comparada a adultos, elas ainda assim ficam doentes, podem ficar graves e ter evoluções desfavoráveis', alerta Daniella.
No ano passado, foram hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à covid-19 quase 20 mil crianças e adolescentes. Segundo levantamento realizado pela Fiocruz, 1.422 menores de idade morreram vítimas pela covid-19 até o dia 4 de dezembro do ano passado, sendo 418 em menores de 1 ano; 208, de 1 a 5 anos; e 796, de 6 a 19 anos.
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O ESTADO DE MINAS
Artigo - Os conflitos entre os conselhos profissionais de classe da saúde
Atualmente, além dos médicos, temos os biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas e até fisioterapeutas atuando na área estética
Os médicos, dentistas e demais profissionais da saúde possuem suas atividades fiscalizadas e regulamentadas pelos seus respectivos conselhos de classe. Esses conselhos são autarquias que visam fiscalizar o exercício técnico e moral das profissões regulamentadas.
Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o livre exercício de qualquer trabalho, o mesmo dispositivo legal prevê que para alguns casos é necessário que sejam atendidos certos requisitos legais, conforme se verifica do inciso XIII de seu artigo 5º, segundo o qual 'é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer'.
Tais entidades fazem parte da administração pública indireta. Sua criação decorreu da descentralização das atividades do Estado, visando atuar em ramos específicos (como a fiscalização de atividades regulamentadas). Exercem, portanto, uma atividade pública, tendo o interesse público como alvo, e não somente os interesses da classe à qual representam. Atuam vinculadas aos princípios da administração pública e, dentre uma série de eventuais desatendimentos a estes, podemos citar como exemplo o 'desvio de poder' (quando os atos não atendem ao interesse público).
Tendo em vista esses fatos, essas autarquias têm mesmo atendido ao interesse público? Atualmente, esse é o questionamento de muitos, que entendem a constante 'disputa' entre os conselhos como uma mera defesa da reserva de mercado de seus respectivos membros, sobretudo em relação aos procedimentos estéticos, que têm sido o grande pivô dessa disputa.
Atualmente, além dos médicos, temos os biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas e até fisioterapeutas atuando na área estética. Isso sem falar no esteticista, profissão regulamentada pela Lei 13.643/18, que compreende ainda o cosmetólogo e o técnico em estética. E, em meio a uma verdadeira 'guerra dos conselhos', cada qual defendendo mais autonomia a seus membros, a justiça tem atuado cada hora em um sentido diferente, tornando tudo ainda mais confuso.
No caso dos enfermeiros, os procedimentos estéticos foram previstos pela Resolução nº 529/16 do COFEN (suspensa pelo Tribunal Federal da 1ª Região, alegando exercício ilegal da medicina). Em 2020, o COFEN publicou a Resolução 626, criando a figura do 'enfermeiro esteta' e listando os procedimentos autorizados.
Os biomédicos atuam na estética com base nas Resoluções do CFBM 197/2011 (que prevê procedimentos invasivos não cirúrgicos), 200/2011 (que cria a figura do 'biomédico esteta') e 214/2012 (que elenca as substâncias que podem ser usadas), todas elas questionadas pelo CFM.
Em relação aos farmacêuticos, o CFF publicou a Resolução 573/2013 que prevê a atuação na saúde estética (questionada pelo CFM por afronta ao ato médico). Decisões judiciais autorizaram os procedimentos estéticos não invasivos. As resoluções 573/2013, 616/2015 e 645/2017 do CFF indicam os procedimentos autorizados.
Sobre os dentistas, a 'harmonização orofacial' foi reconhecida como especialidade pela Resolução CFO 198/2019. A justiça autorizou o uso da toxina botulínica, não o considerando invasivo, e em seguida a laserterapia e a bichectomia. Em 2020, a Resolução 230 do CFO vetou procedimentos como a blefaroplastia e a rinoplastia (dentre outros), mas existem inúmeros questionamentos e decisões na justiça.
Se por um lado o CFM busca enquadrar os procedimentos estéticos como invasivos e limitar a atuação dos outros profissionais, de outro lado os demais conselhos e profissionais alegam o contrário, e buscam garantir seu direito de atuação.
Nesse contexto, diante da total desconexão científica entre os conselhos federais (que sequer se entendem sobre o que é ou não invasivo), a justiça tem decidido questões sobre as quais os próprios conselhos possuem conhecimento infinitamente maior, mas não entram em acordo, passando à sociedade a impressão de travarem uma disputa de caráter exclusivamente corporativista.
Notamos que, na maior parte das disputas, o CFM sustenta que a incapacidade dos demais profissionais para atuar em procedimentos invasivos coloca os pacientes em risco de deformidades, e até de óbito, por falta de conhecimento técnico e científico. Argumento considerado razoável por grande parte dos interlocutores. Contudo, outros apontam uma grande contradição na narrativa do conselho.
Isso porque o próprio CFM não exige que um médico seja especialista para atuar em qualquer ramo da medicina, podendo exercê-la em sua plenitude nas mais diversas áreas, sendo vedada somente a divulgação de especialidade que não possui. Ora, se são exigidos pelo próprio CFM, a título de exemplo, 6 anos de residência médica para se tornar um cirurgião plástico, qual o sentido de permitir que qualquer um atue na especialidade, sem tal imersão de aprendizado? Sob esse prisma, muitos entendem que a vedação do CFM tão somente da divulgação de especialidade que não possui (mas não de a praticar) chega a ser absurda. Sem dúvidas, um argumento pertinente.
O crime de exercício ilegal da medicina encontra-se previsto no art. 282 do Código Penal: 'Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites'. Vemos que não se enquadra na conduta somente quem não possui a devida autorização, mas também quem 'excede seus limites'. Para muitos especialistas, seria este o caso dos que atuam sem a devida titulação. Outro argumento interessante.
Por outro lado, temos um contra-argumento bastante plausível: um médico com 30 anos de experiência em uma determinada área, mas sem deter o título de especialista, não teria até mais condições técnicas de conduzir uma cirurgia invasiva de alta complexidade do que um recém-titulado? Sem dúvidas, vale a reflexão.
Se há fortes argumentos contra a posição sustentada pelos demais conselhos federais, o CFM também não escapa da crítica, conforme exposto. Contudo, não pretendemos aqui fazer um juízo de valor sobre o tema, mas somente discorrer sobre os fatos e argumentos de cada lado, até porque também nos falta conhecimento técnico e científico para nos posicionarmos. Mas expor os fatos e cobrar que os conselhos se entendam e visem o interesse público em primeiro lugar, além de um direito, é obrigação de todos.
O tema enfrentado é de altíssima complexidade. Ninguém possui mais legitimidade e conhecimento técnico para enfrentá-lo senão os próprios conselhos profissionais das classes envolvidas. Contudo, tal enfrentamento deve ocorrer livre de vícios e corporativismo (e se possível, livre do Poder Judiciário), de forma que as autarquias cumpram seu papel junto à sociedade e conduzam a atuação de suas classes profissionais atendendo à sua função social para que a sociedade não siga totalmente perdida (assim como os próprios profissionais) entre resoluções contraditórias, pareceres corporativistas e decisões judiciais conflitantes.
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BBC BRASIL
'É irracional cobrar atestado no cenário atual da pandemia', diz advogada trabalhista
Dois dias após a virada do ano, o funcionário temporário de um órgão público de 39 anos acordou com dor de garganta, tosse e dor no corpo, principalmente nas pernas.
Na segunda-feira, 3 de janeiro, estava prevista sua volta ao trabalho presencial, após quase dois anos exercendo suas funções à distância, devido à pandemia de covid-19.
"Os especialistas recomendam que a gente não vá no pronto-socorro se está com sintomas leves, mas eu precisei ir para ter o atestado", conta o funcionário, que preferiu não ter seu nome citado.
Covid-19: 'Meu chefe ameaçou cortar meu salário se eu fizer home office'
Assim como ele, milhares de trabalhadores brasileiros estão lidando neste início de ano com sintomas respiratórios característicos de gripe ou covid-19.
Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), cerca de 20% dos funcionários do setor em todo o país estão afastados por suspeitas das duas doenças.
Na construção civil, alguns canteiros de obra registram até 30% dos trabalhadores com atestado médico nos últimos dias, conforme José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) disse à Folha de S. Paulo.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou na terça-feira (12/1) que, somente na base do sindicato, 150 agências tiveram de ser fechadas em uma semana por conta de casos de covid-19.
Neste cenário, o que empresas e trabalhadores devem fazer para lidar com a nova onda de coronavírus e influenza?
A BBC News Brasil ouviu a advogada trabalhista Erica Coutinho, sócia do escritório Mauro Menezes & Advogados, e o infectologista Leonardo Weissmann, médico do Instituto Emilio Ribas, para colher as orientações mais atualizadas para enfrentarmos a situação atual.
Entre sindicatos patronais e de trabalhadores há uma queixa comum: a oferta de testes de covid e influenza é insuficiente para atender a presente demanda do mercado de trabalho.
A liberação do autoteste de covid e maior oferta de testes e locais de testagem na rede pública são demandas tanto das empresas, como de funcionários.
Retomar o home office, onde possível
A primeira orientação do infectologista Leonardo Weissmann às empresas é retomar o home office neste momento, em todas as atividades em que o trabalho à distância seja possível.
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PORTAL G1
Sociedade de Pediatria pede investigação contra Bia Kicis, deputada que confessou ter vazado dados de médicos
Em nota, a instituição defendeu que 'gesto' da parlamentar não pode ficar impune.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) quer que o Ministério Público Federal (MPF) e a Câmara dos Deputados apurem o vazamento de dados de médicos que defenderam a vacina contra a Covid para crianças. Em nota da SBP divulgada nesta segunda-feira (17), são pedidas providências também contra a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), cujo nome é citado três vezes no texto.
Ao MPF, a instituição solicitou que seja apurada a "fonte do vazamento, com responsabilização dos envolvidos" por conduta ilegal. E à Câmara, a Sociedade pediu que seja aberto um inquérito que investigue a atitude de Kicis (que preside Comissão de Constituição e Justiça da Casa).
"Se for confirmada a violação do decoro parlamentar, ela [Bia Kicis] deve ser processada e julgada conforme o Código de Ética da Câmara dos Deputados", sustenta a SBP.
"Se for confirmada a violação do decoro parlamentar, ela [Bia Kicis] deve ser processada e julgada conforme o Código de Ética da Câmara dos Deputados", sustenta a SBP.
Há 11 dias, o jornal O Globo revelou que a deputada Bia Kicis, aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL), vazou dados de médicos que falaram a favor da imunização infantil contra a Covid em audiência pública promovida pelo Ministério da Saúde. A sessão foi no início do ano.
Após a revelação do jornal, Kicis confessou ter, sim, divulgado em aplicativo de mensagens fotos da íntegra de declarações entregues por três médicos ao Ministério da Saúde antes da audiência. Nos documentos constavam dados pessoais dos profissionais: número de CPF, e-mail e celular.
Sobre a conduta de Bia Kicis, a a instituição A Sociedade Brasileira de Pediatria disse que o "gesto" não pode ficar impune. E acrescentou que os médicos que tiveram os dados vazados ficaram vulneráveis, "sendo alvos de ameaças e intimidações pelo seu posicionamento em relação ao tema da vacinação de crianças contra a Covid-19".
O g1 tenta entrar em contato com a deputada.
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ISTOÉ
Chile anuncia mudanças no isolamento e gestão da pandemia por variante ômicron
O Ministério da Saúde do Chile (Minsal) anunciou nesta segunda-feira (17) mudanças na gestão da pandemia contra a variante ômicron no país: reduziu o tempo de isolamento para casos confirmados de 10 para sete dias e o eliminou para 'contatos próximos'.
A autoridade de saúde comunicou as novas medidas após um aumento de 530% nos casos confirmados de coronavírus nas últimas três semanas, nos quais a ômicron é dominante, e diante da estabilização do número de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
'Esta variante tem um comportamento diferente das outras variantes. Esse comportamento tem se manifestado na manutenção dos números diários de internação na UTI', disse o subsecretário de Saúde, Alberto Dougnac, em entrevista coletiva.
'As estratégias estão voltadas para a prevenção, além de fortalecer a rede assistencial', acrescentou.
Em uma medida que entra em vigor nesta segunda-feira, foi eliminado o isolamento para contatos próximos - determinado pelo Ministério da Saúde - e foi criada a categoria 'pessoa em alerta covid', para quem vive ou esteve próximo (menos de um metro afastado e com uso incorreto da máscara) de um caso confirmado.
Um PCR ou teste de antígeno é recomendado para essas pessoas no quinto dia de contato, se não apresentarem sintomas. Se apresentarem sintomas, devem ser testados imediatamente e tomar medidas de autocuidado, evitar atividades maciças e optar pelo teletrabalho.
As autoridades também anteciparam a quarta dose de vacinação para todos os profissionais de saúde, inicialmente prevista para 7 de fevereiro, quando começará para todos os maiores de 55 anos.
O Chile tem uma cobertura vacinal com esquema completo de 88,4% e 71,5% com a dose de reforço, de uma população-alvo total a ser vacinada de 18,9 milhões, que inclui todos os maiores de três anos.
Durante esta segunda-feira, foram notificados 8.904 casos e 32 óbitos, em um total de 1.885.540 infetados e 39.426 óbitos desde o primeiro caso notificado no país, em 3 de março de 2020.
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Brasil registra 74.134 casos e 121 mortes por covid-19 em 24h, diz Conass
O Brasil registrou, entre o domingo, 16, e esta segunda-feira, 74.134 novos casos de covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste dia 17 de janeiro. O total entre o domingo e esta segunda-feira é ainda pouco mais de duas vezes maior que o registrado uma semana atrás. Em 10 de janeiro foram 34.788 novos casos.
A média móvel de novos registros nos últimos sete dias atingiu 73.728 casos, a maior desde 25 de junho de 2021, quando a média móvel de sete dias ficou em 74.471 casos.
O total de casos de covid-19 chega a 23.074.791 desde o início da pandemia, de acordo com o Conass.
Mortes
O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, apontou 121 óbitos causados pela covid-19 entre o domingo e esta segunda-feira.
A média móvel de sete dias foi a 154 óbitos, ante 152 no domingo e 126 óbitos de média móvel em 10 de janeiro, uma semana atrás.
Com isso, o País acumula 621.166 vidas perdidas para a doença.
Por problemas técnicos, os dados do Ceará foram mantidos, segundo o Conass.
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Quarta dose da vacina anticovid é 'menos' eficaz contra ômicron, diz hospital israelense
A aplicação de uma quarta dose das vacinas contra a covid-19 da Pfizer e Moderna permite o aumento dos anticorpos, mas é 'menos' eficaz no combate à variante ômicron do coronavírus, indicou nesta segunda-feira (17) um hospital israelense que realizou testes clínicos sobre o tema.
Uma equipe do hospital Sheba, perto de Tel Aviv, iniciou um ensaio clínico no final de dezembro, vacinando 154 profissionais de saúde com uma quarta dose de Pfizer e outros 120 voluntários com uma quarta dose de Moderna.
Uma semana depois do início do estudo, que deve durar seis meses, 'os anticorpos [dos participantes] aumentaram cinco vezes, indicando que a vacina funciona e oferece proteção contra complicações graves', disse o hospital à imprensa.
Nesta segunda-feira, porém, três semanas após o começo dos testes, o professor Gili Regev-Yochay, que dirige o estudo, especificou que, embora a administração dessas quartas doses permita 'aumentar o nível de anticorpos (?), oferece apenas defesa parcial contra o vírus.'
'As vacinas da Pfizer e da Moderna, que foram as mais eficazes contra as outras variantes, oferecem menos proteção contra a ômicron', ressaltou o especialista em doenças infecciosas em comunicado publicado pelo hospital.
O governo israelense recentemente autorizou a administração de uma quarta dose da vacina para pessoas idosas ou de outros grupos de risco.
Mais de 537 mil israelenses já a receberam, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde.
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FOLHA DE S.PAULO
Testes de Covid no buraco negro
Pelo Datafolha, 42 milhões de brasileiros acima de 16 anos já tiveram Covid-19, com diagnóstico confirmado por um teste laboratorial. Pelos registros oficiosos, foram, em todas as faixas etárias, 23 milhões.
É uma diferença brutal, especialmente quando se considera que, no Brasil, apenas serviços credenciados puderam aplicar testes e eles têm a obrigação de informar as autoridades de todos os resultados. O número de casos "perdidos" deveria, portanto, ser muito baixo ou mesmo zero. O que se vê, porém, é que, para cada teste computado pelo sistema, quase um passou abaixo do radar.
O principal suspeito para o nível vexatório de subnotificação é a falta de padronização. Embora a pandemia já tenha dois anos, ainda não existe uma regra única para o envio e a contabilização dos casos.
Em determinados lugares, os laboratórios e farmácias enviam os dados para a autoridade municipal, em outros, para a estadual, em outros ainda, vão direto para o Ministério da Saúde. O que cada esfera faz dos números que recebe é um mistério ainda maior. O governo federal gosta de desaparecer com eles, mas nem o sumiço é aplicado de forma consistente para oferecer um padrão confiável.
E o problema vai muito além da pandemia de Covid-19. Gostamos de pensar o avanço da medicina como uma história de descobertas e invenções revolucionárias. Em parte é isso mesmo. Mas o que mais tem contribuído para a segurança e a eficácia de procedimentos médicos é a análise obsessiva dos dados que as próprias instituições produzem e sua tradução em melhores protocolos e padronizações. Se novas vacinas desenvolvidas em tempo recorde são fundamentais, coisas como a adoção de "checklists" e melhorias nas medidas de controle de infecção hospitalar também o são.
A chave aqui é gerar dados, entendê-los e transformá-los em ganhos incrementais concretos. Nós estamos produzindo dados e os jogando num buraco negro.
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FOLHA DE S.PAULO
Exame com saliva pode ser mais eficaz que teste de nariz
Especialistas alegam que amostras da boca podem detectar variante Omicron dias antes dos cotonetes nasais
Nos últimos dois anos, diagnosticar uma infecção por coronavírus muitas vezes exigiu dos profissionais de saúde explorar o nariz das pessoas com finos cotonetes. E mesmo no caso de países que adotaram amplamente os testes caseiros, como os Estados Unidos, esse tipo de exame exige que se colete material das duas narinas.
-A abordagem tradicional para diagnosticar infecções respiratórias tem sido investigar o nariz - disse Donald Milton, especialista em vírus respiratórios da Universidade de Maryland.
Mas a rápida disseminação da variante Ômicron e as dúvidas que surgiram sobre a sensibilidade dos testes caseiros reacenderam o debate sobre se a melhor maneira de detectar o vírus não seria coletar amostras de um local diferente: a boca.
-O vírus aparece primeiro na boca e na garganta. Isso significa que a abordagem que estamos adotando tem problemas -disse Milton.
Coletar amostras de saliva ou esfregar o interior da boca pode ajudar a identificar pessoas infectadas com o vírus dias antes do que os cotonetes nasais são capazes, sugerem algumas pesquisas.
A ciência ainda está evoluindo e os dados pintam um quadro complexo, sugerindo que os testes baseados em saliva têm suas próprias limitações. Muitos laboratórios não estão atualmente configurados para processar esse tipo de material, nem a maioria dos testes de antígeno caseiros disponíveis estão autorizados para isso.
Mesmo os céticos dos testes baseados em saliva reconhecem que as amostras orais têm algumas vantagens únicas. E com a Ômicron em alta, especialistas dizem que empresas de testagem, laboratórios e autoridades federais devem trabalhar com mais urgência para determinar os melhores locais e tipos de amostras para o vírus.
- Precisamos ser adaptáveis - disse Anne Wyllie, microbiologista da Escola de Saúde Pública de Yale, que é uma das desenvolve-doras do SalivaDirect, um protocolo de teste de PCR não comercial. -Vejo tantos laboratórios ou governos tão fixados em um determinado tipo de amostra ou em um determinado teste que, mesmo com a alteração de dados ou preferências, eles não fazem as adaptações necessárias em seus programas de testagem.
ESTUDO DA SALIVA
Os cientistas começaram a investigar os testes de saliva nos primeiros meses da pandemia. Eles estavam ansiosos para encontrar um método de teste que fosse mais confortável do que os cotonetes nasofaríngeos profundos que eram o padrão na época e que não exigissem profissionais de saúde treinados ou cotonetes nasais, ambos escassos. Com saliva, as pessoas poderíam simplesmente cuspir em um tubo e entregá-lo para processamento.
Alguns profissionais de laboratório estavam céticos de que o teste de saliva seria uma maneira confiável de detectar a infecção.
-Inicialmente, havia preocupações de que a saliva não fosse a amostra padrão ouro, a amostra mais sensível - disse Glen Hansen, do laboratório de microbiologia clínica e diagnóstico molecular do Hennepin County Medicai Center.
Mas no outono de 2020, dezenas de estudos sugeriram que a saliva era uma amostra adequada.
-Tem havido um crescente número de evidências de que, no mínimo, a saliva tem desempenho tão bom quanto, se não melhor, quando é coletada e processada adequadamente -disse Wyllie.
Também surgiram evidências de que o vírus tendia a aparecer na saliva antes de se acumular no nariz, sugerindo que as amostras de saliva podem ser a melhor maneira de detectar infecções precocemente.
Milton e seus colegas descobriram recentemente que nos três dias anteriores ao aparecimento dos sintomas e nos dois dias seguintes, as amostras de saliva continham cerca de três vezes mais vírus do que as amostras nasais e tinham 12 vezes mais chances de produzir um resultado positivo de PCR. Depois disso, porém, mais vírus começaram a se acumular no nariz, segundo o estudo, que ainda não foi publicado em uma revista científica.
A Food and Drug Admi-nistration, órgão regulador dos EUA equivalente à Anvisa no Brasil, já autorizou vários testes de PCR baseados em saliva, que se mostraram populares para triagem de alunos nas escolas.
As vantagens da saliva podem ser mais pronunciadas com a Ômicron, que parece se replicar mais rapidamente no trato respiratório superior e tem um período de incubação mais curto do que as variantes anteriores. Qualquer método de teste que possa detectar o vírus com segurança mais cedo é particularmente valioso.
Especialistas também teorizaram que a Ômicron pode ser melhor na replicação nas células da boca e da garganta do que outras variantes.
Uma equipe de pesquisadores sul-africanos descobriu recentemente que, embora os cotonetes nasais tenham um desempenho melhor do que os cotonetes de saliva ao detectar a variante Delta, o oposto foi verdadeiro para a Ômicron.
Mais pesquisas são necessárias, e outro pequeno novo estudo, realizado em um local de testes em São Francisco, na Califórnia, durante o surto de Ômicron, foi menos encorajador. Das 22 pessoas que deram positivo em um teste rápido de antígeno usando cotonetes nasais padrão, apenas duas deram positivo quando suas bochechas internas foram esfregadas. Os cientistas estão atualmente estudando se os cotonetes da garganta têm melhor desempenho.
COMPLICAÇÕES
A saliva também tem seus pontos fracos. Embora o vírus pareça se acumular nela precocemente, o nariz pode ser um lugar melhor para detectá-lo mais tarde no curso da infecção.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia descobriram que, embora o vírus muitas vezes fosse identificado primeiro na saliva, ele apresentou níveis mais altos no nariz. Seus resultados sugerem que testes altamente sensíveis, como testes de PCR, podem detectar infecções na saliva dias antes do que em cotonetes nasais, mas testes menos sensíveis, como testes de antígeno, não.
Os dados sobre a saliva ainda são mistos, observaram alguns especialistas.
- Existem esses poucos estudos que eu achei realmente muito interessantes - disse Mary Hayden, médica de doenças infecciosas e microbiologista clínica do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago.
Mas Hayden diz interpretar os novos estudos com cautela porque 'durante anos e anos', pesquisas sugeriram que amostras de naso-faringe são melhores para detectar vírus respiratórios.
Alguns cientistas também têm preocupações práticas. A boca é 'um ambiente um pouco mais descontrolado em comparação com as passagens nasais', disse Joseph DeRisi, bioquímico da Universidade da Califórnia.
A saliva também pode ser 'viscosa e difícil de trabalhar', especialmente quando os pacientes estão doentes e desidratados, disse Ma-rie-Louise Landry, diretora do laboratório de virologia clínica do Hospital Yale New Haven, por e-mail.
Em última análise, diferentes abordagens podem ser necessárias em diferentes circunstâncias. Para pessoas que tiveram sintomas por vários dias, cotonetes nasais podem ser uma boa escolha, enquanto a saliva pode ser mais adequada para a triagem de vigilância em larga escala de pessoas assintomáticas.
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A REDAÇÃO
Carnaval, grandes eventos e baladas serão proibidos em Goiânia
Goiânia - A Prefeitura de Goiânia anunciou a proibição do carnaval, grandes eventos e funcionamento de baladas em Goiânia para evitar a disseminação da covid-19. A medida constará em novo decreto, que será publicado pela gestão municipal. O pacote de medidas foi anunciado nesta segunda-feira (17/1) em coletiva de imprensa, no Paço Municipal.
As restrições também vão atingir bares e restaurantes, que terão público limitado a 50% da capacidade total, além de ter a obrigatoriedade de manter mesas a 1,5 metro de distância. Além disso, estão vedados o consumo e a presença de pessoas em pé e também o uso de pistas de dança.
Confira todas as restrições:
Bares, restaurantes, pit-dogs, food trucks, boates e congêneres: distância de 1,5 metro entre as mesas; limitação de 50% da capacidade do local; máximo de 500 pessoas; não é permitido pessoas em pé; vedado uso de pista de dança; consumo de alimentos e bebidas exclusivamente sentados à mesa;
Shopping center, igrejas, academias, quadras e ginásios, salão de beleza e barbearias, mercado popular, zoológico e mutirama, cinemas, teatros e circos: 50% da capacidade total de público;
Eventos sociais e corporativos: limitação de 50% da capacidade de público do local; máximo de 500 pessoas; não é permitido pessoas em pé;
Eventos programados: eventos programados mediante autorização da Secretaria de Saúde;
Proibidos: carnaval; grandes shows e eventos; baladas.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Manter uma boa relação com o espelho tem motivado os brasileiros a procurarem recursos estéticos; diz profissional
O crescimento da estética no Brasil e a venda de produtos cosméticos coloca o país em terceiro lugar no mercado mundial
O crescimento da estética no Brasil e a venda de produtos cosméticos coloca o país em terceiro lugar no mercado mundial, ficando atrás apenas do Japão e dos Estados Unidos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2060 a população maior de 65 anos será de 25,5% o que aumentará o consumo de produtos e procedimentos estéticos para atender o envelhecimento da população.
De acordo com a biomédica esteta, Kely Dayane Feitosa Ramalho de Almeida, manter uma boa relação com o espelho tem motivado os brasileiros a procurarem recursos estéticos.
“A indústria da beleza foi um dos únicos mercados que resistiu à crise econômica nos últimos anos e é cada vez mais procurado pelos brasileiros em busca de cuidados com a aparência e bem-estar. A estética é uma grande oportunidade de investimento para profissionais que têm o sonho de abrir um negócio próprio”, afirma.
Kely Dayane conta que iniciou na área há um ano e meio. Ela atendia home care e hoje tem o próprio consultório. “Trabalho com facial desde do simples ao avançado dentro da área da estética (limpeza de pele, peeling, botox, etc) e atendo todo os tipos de público”, conta.
Lorrane Gabriele Camargo conta que sentia a necessidade de realçar a beleza e ter um pouco mais de autoestima “fiz micropigmentação para deixar meus lábios mais avermelhados e parecer estar mais coradinha e “produzida” ao acordar. Também realizei a Micro 3D realista nas sobrancelhas para realçar meu olhar. Pretendo fazer outros procedimentos, mas já me sinto realizada e feliz com os resultados que superou minhas expectativas e me deixou mais poderosa e confiante”, afirma.
Confira as principais áreas do mercado de estética:
Beleza – O profissional pode realizar atividades para melhorar o aspecto da pele, como os tratamentos para linhas de expressão, estrias e celulites, além de limpeza de pele, depilação, maquiagem entre outras;
Bem-estar – Esse é um ramo da estética que foca mais a qualidade de vida do que a beleza em si, como assagem relaxante, massagem modeladora, esfoliação e nutrição da pele e drenagem linfática são alguns exemplos;
Saúde – A eletroterapia, que consegue melhorar os tecidos corporais, a criolipólise, um tratamento para reduzir medidas com a eliminação da gordura localizada e a carboxiterapia, que melhora a oxigenação e a circulação dos tecidos com o uso do gás carbônico são alguns exemplos;
Imagem pessoal – Atende pessoas que passaram por cirurgia, vítimas de queimaduras. Também faz tratamentos para remover manchas da pele e trabalha a imagem pessoal como um todo, desenvolvendo maquiagens e penteados adequados a cada paciente.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Estudo vai testar eficácia da CoronaVac em crianças e adolescentes
É #FAKE que Pfizer adicionou trometamina secretamente à vacina da Covid-19 para crianças para tratar ataques cardíacos
Há um ano, Brasil aplicava sua 1ª dose de vacina contra a covid-19
Inscrições para a 1ª etapa do Revalida começam nesta segunda-feira
Aparecimento de superfungo em Pernambuco coloca autoridades em alerta
Bolsonaro nega ser contra vacina e prevê queda da inflação neste ano
A volta da gripe: UE enfrenta ameaça de pandemia dupla e prolongada
Saúde pede cautela após erro em vacinação de crianças na Paraíba
Brasileiro bebeu mais, se exercitou menos e engordou na pandemia
Menino de 11 anos é primeira criança a ser vacinada contra covid em Anápolis
Goiânia quer vacinar 120 mil crianças contra covid, diz secretário
Enfermarias que tratam crianças com Covid estão 100% ocupadas há seis dias em Goiás
Procon investiga relatos de aumento de 50% no preço dos testes covid em Goiânia
PORTAL G1
Estudo vai testar eficácia da CoronaVac em crianças e adolescentes
Coletas devem durar um ano. Menores de três a 17 anos vão receber uma dose inteira da CoronaVac, igual a que foi administrada em adultos.
Após o sucesso da pesquisa do "Viana Vacinada", uma nova pesquisa começou a ser feita no Espírito Santo, na sexta-feira (14). Trata-se do projeto curumim, iniciativa que testará a eficácia e segurança da vacina CoronaVac no público de três a 17 anos. Ao todo, 1.280 crianças e adolescentes devem participar do estudo.
As coletas devem durar um ano, e os exames e análises vão ser feitos no Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Butantan. Crianças de três a 17 anos vão receber uma dose inteira da CoronaVac, igual a que foi administrada em adultos. O modelo é diferente vacina da Pfizer para crianças, em que houve redução no volume da dose
Podem participar do estudo crianças e adolescentes que ainda não receberam vacina contra Covid-19, mesmo se já tiverem sido infectados pela doença. As crianças menores de cinco anos somente serão imunizadas apenas com a CoronaVac.
O estudo, realizado pelo Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes), ainda está na fase der recrutamento de interessados. Será disponibilizado, nos próximos dias, um site para consulta sobre o andamento da pesquisa
Os participantes serão divididos em dois grupos: os que recebem a vacina CoronaVac e os que recebem a vacina da Pfizer.
O objetivo é comparar a eficácia e segurança da CoronaVac em crianças e adolescentes tendo como base o imunizante da Pfizer, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que já começou a ser ministrado no Espírito Santo.
A médica responsável pelo estudo, Valéria Valim, destacou a importância do estudo para possível vacinação da CoronaVac em todo o Brasil.
'O estudo é necessário para que a Coronavac possa ser incluída como uma opção de vacina para crianças no Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde Brasil', afirmou a médica, que também foi a responsável pelo estudo "Viana Vacinada.
'O estudo é necessário para que a Coronavac possa ser incluída como uma opção de vacina para crianças no Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde Brasil', afirmou a médica, que também foi a responsável pelo estudo "Viana Vacinada.
Segundo especialistas, a CoronaVac é uma vacina de vírus inativado. Essa tecnologia, conhecida há anos, induz resposta imune e é segura, e os efeitos colaterais são leves e de curta duração.
"A CoronaVac tem a vantagem de induzir uma grande diversidade de resposta, além de ser mais segura, ou seja, produz menos efeitos colaterais. Pelo mesmo motivo, também é menos eficaz. No entanto, as crianças maiores de 3 anos têm um sistema imunológico muito ativo e respondem às vacinas melhor do que os adultos. Por isso, há uma base científica para considerar que uma vacina inativada pode ser suficientemente eficaz e com menos efeitos colaterais em crianças', reforçou a pediatra pneumologista e aluna de doutorado no projeto Curumim, Carolina Strauss.
"A CoronaVac tem a vantagem de induzir uma grande diversidade de resposta, além de ser mais segura, ou seja, produz menos efeitos colaterais. Pelo mesmo motivo, também é menos eficaz. No entanto, as crianças maiores de 3 anos têm um sistema imunológico muito ativo e respondem às vacinas melhor do que os adultos. Por isso, há uma base científica para considerar que uma vacina inativada pode ser suficientemente eficaz e com menos efeitos colaterais em crianças', reforçou a pediatra pneumologista e aluna de doutorado no projeto Curumim, Carolina Strauss.
Diretores da Anvisa se reúnem na noite desta segunda-feira (17) com representantes do Butatan para discutir Coronavac para crianças. Análise está em fase final e decisão será tomada pela agência em reunião que ainda não tem data definida para ocorrer.
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É #FAKE que Pfizer adicionou trometamina secretamente à vacina da Covid-19 para crianças para tratar ataques cardíacos
A trometamina está presente na composição da vacina para adultos e crianças, mas esta informação é pública e está disponível na bula das vacinas. Além disso, segundo a Anvisa, a Pfizer e especiaistas, a trometamina é usada para controlar o PH da vacina e aumentar o prazo de validade. Portanto, não tem relação com o tratamento de ataques cardíacos.
Circula pelas redes sociais um vídeo em que um homem diz que a Pfizer adicionou secretamente trometamina às vacinas contra a Covid-19 para crianças. É #FAKE.
"Pfizer secretamente adicionou droga para tratamento de ataque no coração nas vacinas de Covid-19 das crianças... Mas, por que? Eles dizem que ao invés de usar uma solução salina como tampão, que basicamente é colocada em praticamente quase toda vacina, eles estão usando como tampão, mas ela não é listada como tampão. Ela é muito perigosa e muito forte afinador do sangue", diz a legenda do vídeo.
A trometamina não foi secretamente adicionada às vacinas. A informação é pública e está disponpível na bula das vacinas. Ao contrário do que a mensagem falsa diz, a função da trometamina nas vacinas é bem conhecida e não visa tratar ataque cardíaco. Ela é utilizada para controlar o PH da vacina e aumentar o prazo de validade.
Procurada pelo g1, a Pfizer explica os seguintes pontos:
A farmacêutica Ana Paula Duarte Souza, pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), explica que o conteúdo do vídeo é falso. Ela diz que a trometamina é, sim, um tampão para controlar o PH da vacina.
"Trometamina é um tampão usado para controlar o pH de uma solução e é classificada como excipiente. Serve para aumentar o prazo de validade da vacina antes de ela ser administrada nos pacientes. Está na composição da vacina da Moderna contra o Covid-19, então não é nada secreto e não está associada com ataques cardíacos. Pode ser utilizada em pacientes para tratamento de acidose metabólica", afirma Souza.
"A composição da vacina da Pfizer contra a Covid-19 [com a adição da] trometamina foi mudada no final do ano passado, mas essa composição é segura e foi aprovada pelas agências reguladoras, tanto dos EUA, a FDA, como a brasileira, a Anvisa", diz a farmacêutica.
"A composição da vacina da Pfizer contra a Covid-19 [com a adição da] trometamina foi mudada no final do ano passado, mas essa composição é segura e foi aprovada pelas agências reguladoras, tanto dos EUA, a FDA, como a brasileira, a Anvisa", diz a farmacêutica.
Souza também destaca que "a trometamina não foi adicionada secretamente na vacina da Pfizer especialmente para crianças", pois o componente está presente também na composição do imunizante para adultos.
"Se ler a bula atualizada da vacina na página da Anvisa e na página da Pfizer, após a autorização do uso em crianças de 5 a 12 anos, existem três diferentes composições descritas: uma composição para idades acima de 12 anos que precisa diluir; outra acima de 12 anos que não precisa diluir e contém trometamina; e uma composição para crianças entre 5 e 11 anos que também contém trometamina. Deste modo, o uso de trometamina na composição da vacina não é exclusiva para as crianças. Esse componente está presente também na composição para uso em adultos", afirma.
Anvisa autorizou adição da substância
Em nota, a Anvisa esclareceu que "autorizou a inclusão da trometamina na composição da Pfizer" e que "isso está descrito em bula, portanto, não havendo nada de secreto na presença desse componente."
"Este é um excipiente comumente usado pela indústria farmacêutica e tem efeito tamponante a fim de contribuir para a estabilidade e as propriedades farmacológicas do produto, ou seja, não tem qualquer relação com prevenção de ataques cardíacos", diz a Anvisa.
De acordo com a Anvisa, as vacinas contra a Covid são seguras. A agência autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Também participaram da avaliação feita pela Anvisa especialistas das sociedades brasileiras de Infectologia (SBI), de Imunologia (SBI), de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Pneumologia e Tisiologia.
A mesma autorização de uso já foi concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia), além de países como Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai.
Em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos.
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AGÊNCIA BRASIL
Há um ano, Brasil aplicava sua 1ª dose de vacina contra a covid-19
Há exatamente um ano o país inteiro acompanhava pelos veículos públicos da EBC, Empresa Brasil de Comunicação, a histórica reunião da Anvisa que autorizou o uso de vacinas contra covid-19 no Brasil. Naquele domingo, 17 de janeiro de 2021, contamos pra você, minuto a minuto, o que os técnicos da agência reguladora avaliaram sobre eficácia, segurança e qualidade da CoronaVac e da AstraZeneca.
Diante de imunizantes desenvolvidos em tempo recorde, a Anvisa concluiu que as vantagens dessas vacinas eram muito maiores do que os riscos. E autorizou o uso emergencial das duas substâncias. Naquele momento, foi possível renovar a esperança de voltar a ter uma vida mais parecida com aquela a que estávamos acostumados.
Logo após a autorização, no domingo mesmo, a primeira vacina foi aplicada no país. E a escolhida para receber a dose foi a enfermeira Mônica Calazans, que, desde o começo da pandemia, trabalha na linha de frente, no Instituto Emílio Ribas, em São Paulo. Agora, um ano depois, Mônica lembra o que pensou naquele momento. Segundo ela, foi um dia que passou a trazer esperança da vacinação chegar a todo país.
O infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, faz um balanço deste primeiro ano de vacinação. Elei também conta o que deve ocorrer com a imunização contra covid-19 nos próximos meses.
A enfermeira Mônica Calazans deixa um recado para quem ainda não está com a vacinação em dia.
Além da AstraZeneca e da CoronaVac, a Anvisa autorizou o uso de outras duas vacinas no Brasil: a Janssen e a Pfizer. De acordo com o Vacinômetro, do Ministério da Saúde, o imunizante mais usado no país é o da AstraZeneca, em 37,5% das pessoas vacinadas. Em seguida, vem a Pfizer, com 33,7%. A CoronaVac foi aplicada em 27,3% dos vacinados e a Janssen, em 1,6%.
Até a última sexta-feira (14), 145 milhões de brasileiros tinham recebido as duas doses ou a dose única da vacina - o que corresponde a 68% da população. E mais de 15 milhões e 500 mil pessoas tomaram a dose de reforço. Isso representa 7% dos brasileiros.
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Inscrições para a 1ª etapa do Revalida começam nesta segunda-feira
O exame será aplicado no dia 6 de março
As inscrições para a primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2022/1 começam na nesta segunda-feira (17), no Sistema Revalida, e vão até sexta-feira (21). O exame será aplicado no dia 6 de março, em oito cidades: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Ao fazer a inscrição, o participante deve indicar a cidade onde deseja realizar a prova, anexar o diploma de graduação em medicina expedido por Instituição de Educação Superior Estrangeira, reconhecida no país de origem pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, promulgado pelo Decreto nº 8.660 de 29 de janeiro de 2016.
O resultado da análise do documento será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no dia 28 de janeiro. Caso o diploma enviado não esteja em conformidade com o previsto em edital, o participante não terá sua inscrição confirmada, mesmo que tenha realizado o pagamento da taxa de inscrição.
O valor da taxa de inscrição é R$ 410. O pagamento deve ser feito por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) até o dia 26 de janeiro, em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos correios, obedecendo aos critérios estabelecidos por esses correspondentes bancários, assim como respeitando os horários de compensação bancária.
Atendimento especial
O participante que precisar de atendimento especializado deverá, no período da inscrição, informar a condição, como: baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo, discalculia, gestante, lactante, idoso e/ou pessoa com outra condição específica.
Também é necessário anexar, no Sistema Revalida, documento legível que comprove a condição que motiva a solicitação de atendimento. Para ser considerado válido para análise, o documento deve informar o nome completo do participante; o diagnóstico com a descrição da condição que motivou a solicitação e o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10); assinatura e identificação do profissional competente, com respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente.
Além disso, o participante que solicitar atendimento para cegueira, surdocegueira, baixa visão, visão monocular e/ou outra condição específica e tiver sua solicitação confirmada pelo Instituto poderá ser acompanhado por cão-guia e utilizar material próprio: máquina de escrever em braile, lâmina overlay, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, tiposcópio, assinador, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária, tábuas de apoio, multiplano e plano inclinado. Os recursos serão vistoriados pelo aplicador, exceto o cão-guia.
Já o participante que conseguir atendimento para deficiência auditiva, surdez ou surdocegueira poderá indicar, na inscrição, o uso do aparelho auditivo ou implante coclear. Nesses casos, os aparelhos não serão vistoriados pelo aplicador.
No caso de quem solicitar atendimento para autismo e tiver o pedido confirmado pelo Inep, será permitido o uso de caneta transparente com tinta colorida para proceder as marcações, exclusivamente, em seu Caderno de Questões. O Cartão-Resposta deverá, obrigatoriamente, ser preenchido com caneta transparente de tinta preta.
Nome social
A solicitação do tratamento pelo nome social também deve ser realizada no momento da inscrição, no Sistema Revalida, pelo participante que se identifica e quer ser reconhecido socialmente por sua identidade de gênero (participante transexual ou travesti).
Para a solicitação, é necessária a apresentação dos seguintes documentos que comprovem a condição: foto atual, nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro, sem uso de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares); cópia digitalizada, frente e verso, de um dos documentos de identificação oficiais com foto, válido, conforme previsto em edital.
Edital
O Inep publicou o Edital nº 3/2022, que trata das diretrizes, dos procedimentos e prazos da primeira etapa do Revalida 2022/1, nessa quinta-feira, 6 de janeiro, no Diário Oficial da União.
Aplicado pelo Inep desde 2011, o Revalida busca subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior. As referências do exame são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional.
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Aparecimento de superfungo em Pernambuco coloca autoridades em alerta
O aparecimento dos casos do fungo Candida Auris, o chamado superfungo, em Pernambuco, colocou as autoridades sanitárias do país em alerta. Isso porque o microrganismo tem uma alta taxa de letalidade e é resistente a antifúngicos e outros medicamentos.
Porém, ao contrário das doenças virais, o fungo não é transmissível de pessoa para pessoa, nem por vias respiratórias, sendo restrito geralmente ao ambiente hospitalar e se instalando, principalmente, em pacientes que passaram por procedimentos muito invasivos, segundo explica o médico infectologista, Filipe Proshaka.
Os casos registrados na semana passada em Pernambuco já configuram o terceiro surto do Candida Auris no Brasil, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Houve um primeiro surto na Bahia em 2020, com 15 casos e duas mortes, e um segundo surto, também na Bahia, em dezembro do ano passado.
Segundo a Anvisa, a definição de surto não se restringe apenas a uma grande quantidade de casos, mas também ao surgimento de um novo microrganismo contagioso.
O membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Filipe Proshaka, ressaltou ainda que não há uma fórmula pronta para se erradicar o fungo de determinado local, sendo necessário também investigar a situação de mais hospitais.
O Cândida Auris pode permanecer no ambiente por longos períodos, até por meses, e resiste a diversos tipos de desinfetantes. Ainda de acordo com a Anvisa, o hospital de Pernambuco onde o fungo foi identificado já adotou as medidas para conter o surto.
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ISTOÉ
Bolsonaro nega ser contra vacina e prevê queda da inflação neste ano
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro negou nesta segunda-feira ser contra a vacinação contra Covid-19, afirmando que o governo federal adquiriu 400 milhões de doses de imunizantes contra a doença, e afirmou que a inflação cairá neste ano, depois de fechar 2021 em alta de 10,06%.
Em entrevista à Rádio Viva, do Espírito Santo, Bolsonaro também afirmou que terá problemas na eleição deste ano caso decida buscar um segundo mandato, ao mesmo tempo que disse acreditar estar cumprindo uma missão divina na Presidência e prometeu brigar para, segundo ele, não permitir uma volta atrás.
'Deixo bem claro, foi o nosso governo que comprou 400 milhões de doses de vacinas. Continuam me acusando de ser contra a vacina, mas como contra se eu comprei 400 milhões de doses?', disse o presidente.
'O que eu entrei na disputa nas últimas semanas é quando se falou em vacinar crianças de 5 a 11 anos. Ou seja, prevaleceu a vontade nossa, do Ministério da Saúde, onde as crianças podem se vacinar desde que os pais autorizem', acrescentou.
Bolsonaro, que afirma não ter se vacinado contra a Covid-19, diz, por exemplo, contrariando evidências científicas, que quem contraiu e se recuperou da doença, como ele, tem uma imunidade maior contra o coronavírus do que a fornecida pelos imunizantes.
O presidente também já criticou quem chama de 'tarados por vacinas' e questionou, mais uma vez contrariando evidências, a eficácia e segurança da vacina contra Covid em crianças. Disse ainda que não vacinará sua filha de 11 anos.
Bolsonaro reconheceu que o desemprego e a alta da inflação são problemas, ao mesmo tempo que voltou a responsabilizar as medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos para conter a disseminação da Covid-19, mas afirmou que inflação irá arrefecer em 2022.
'Vamos continuar lutando contra o desemprego, pode ter certeza que a inflação vai baixar neste ano', prometeu.
O presidente também acusou a esquerda de buscar o poder destruindo os valores da família e disse que seus opositores o atacam porque querem que ele desista.
'Eu não vou desistir. Não tenho apego por essa cadeira, mas entendo que estou aqui por uma missão de Deus. Afinal de contas Ele salvou minha vida em 2018', disse referindo-se à facada que levou durante a campanha eleitoral.
'Então a missão está posta. Obviamente a gente vai ter problema em uma possível reeleição, mas temos que brigar para que nós não venhamos a voltar atrás', afirmou, sem especificar que problemas enfrentará.
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A volta da gripe: UE enfrenta ameaça de pandemia dupla e prolongada
Por Francesco Guarascio
BRUXELAS (Reuters) - A influenza voltou à Europa de maneira mais rápida do que o esperado após quase desaparecer no ano passado, levantando preocupações sobre uma pandemia dupla prolongada com a Covid-19, em meio às dúvidas sobre a eficácia das vacinas contra a gripe.
Os lockdowns, uso de máscaras e distanciamento social se tornaram normais na Europa durante a pandemia de Covid-19 que tirou a gripe do jogo no inverno passado, erradicando temporariamente um vírus que mata mundialmente 650 mil pessoas, de acordo com dados da União Europeia.
Mas isso agora mudou enquanto países adotam medidas menos rígidas para combater a Covid-19 dada a vacinação generalizada.
Desde meados de dezembro, os vírus da gripe circulam pela Europa em uma taxa maior do que era esperado, como relatou neste mês o Centro de Prevenção e Controle de Doenças europeu (ECDC).
Em dezembro, o número de casos de gripe em unidades de tratamento intensivo na Europa subiu constantemente, chegando ao pico de 43 na última semana do ano, como mostram dados do ECDC e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A marca é bem menor do que em níveis pré-pandêmicos -quando os casos semanais de gripe em UTIs chegavam a picos de mais de 400 na mesma época em 2018, por exemplo.
Mas é um aumento expressivo em relação ao ano passado, quando havia apenas um caso de gripe em uma UTI no mês inteiro de dezembro, mostram os dados.
O retorno do vírus pode ser o início de uma longa temporada de gripe que pode se estender até o verão, afirmou o principal especialista do ECDC em influenza, Pasi Penttinen.
'Se começarmos a suspender todas as medidas, a grande preocupação que tenho com a influenza é de que, como tivemos um longo tempo quase sem sua circulação entre a população europeia, talvez possamos nos afastar de padrões sazonais normais', disse.
Penttinen disse que tirar as medidas restritivas na primavera pode prolongar a circulação da gripe para muito além de sua temporada normal na Europa em maio.
Uma pandemia prolongada pode colocar pressão excessiva sobre sistemas de saúde já sobrecarregados, afirma o ECDC em seu relatório.
Na França, três regiões -incluindo a capital Paris- enfrentam uma epidemia de gripe, de acordo com dados publicados pelo Ministério da Saúde francês na semana passada. Outras estão em fase pré-epidêmica.
Nesta temporada, a França registrou até agora 72 casos graves de gripe, com seis mortes.
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PORTAL R7
Saúde pede cautela após erro em vacinação de crianças na Paraíba
Pelo menos 48 crianças foram imunizadas com a dose destinada a adultos, em Lucena (PB). MPF também apura as circunstâncias
O Ministério da Saúde acompanha os casos das crianças que foram vacinadas contra a Covid-19 com doses destinadas a adultos. De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, pelo menos 48 pessoas entre 5 e 11 anos do município de Lucena, na Paraíba, receberam incorretamente a imunização, antes mesmo das doses pediátricas chegarem ao Brasil. O cardiologista definiu o episódio como "erro vacinal". Ele esteve na região, quando se reuniu com gestores locais e autoridades de saúde, e visitou uma das mães cujo filho foi indevidamente vacinado.
"Essas doses foram aplicadas antes da distribuição das vacinas específicas. É o que nós consideramos erros vacinais", afirmou Queiroga, em entrevista, nesta segunda-feira (17). O ministro ressaltou a necessidade dos municípios receberem todas as orientações, considerando ser esse um dever das secretarias de estado. "O Ministério da Saúde acompanha todos esses casos. Temos que cuidar para que não haja esse tipo de erro novamente."
A pasta monitora de perto as crianças que foram indevidamente vacinadas, sobretudo por terem recebido uma dosagem três vezes maior do que a recomendada para a faixa etária. No âmbito administrativo, foi instaurado um processo para apurar as responsabilidade. O MPF (Ministério Público Federal) acompanha o caso.
Nesta semana, o órgão paraibano deve ouvir a auxiliar de enfermagem responsável pelas aplicações para avaliar se a ação foi feita de maneira deliberada ou se foi um erro. Autoridades de saúde do município e do estado paraibano, além das famílias responsáveis pelas crianças vacinadas incorretamente, também prestarão depoimentos.
De acordo com a prefeitura de Lucena, a responsável pelo suposto erro está afastada e teria aplicado as doses "indevidamente e sem autorização". "Esclarecemos que a decisão foi tomada individualmente pela pessoa que fez a aplicação, sendo uma falha pontual e que não partiu de determinação da administração municipal", disse a prefeitura, em nota.
Queiroga frisou que o objetivo das análises não é buscar uma mera punição. "Mas é claro que precisa ser averiguado para que fatos como esse não voltem a acontecer". O ministro pediu cautela na aplicação das doses infantis. "Essas vacinas devem ser aplicadas conforme as recomendação do ministério e a orientação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que fez uma série de observações para que as vacinas fossem aplicadas em crianças dessa faixa etária."
A Anvisa estabeleceu que a sala em que se dará a aplicação de vacinas contra o novo coronavírus em crianças seja exclusiva para a aplicação desse imunizante, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vacinas, ainda que pediátricas. Os profissionais que atuam na campanha também devem ser direcionados exclusivamente para esse fim. As medidas servem para evitar erros nas aplicações.
Outra circunstância que visa impedir a confusão de doses é a coloração do frasco diferente entre a vacina pediátrica e a adulta. Ainda que ambas contenham o mesmo princípio ativo, a dosagem infantil é 1/3 da aplicada no restante da população. Por isso, são embaladas em frascos laranjas, quando a de adultos vêm em recipientes roxos.
O Ministério da Saúde ainda alerta que "cabe aos gestores locais do SUS o armazenamento correto, acompanhamento da validade dos frascos e aplicação das doses, seguindo as orientações do ministério".
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Brasileiro bebeu mais, se exercitou menos e engordou na pandemia
Pesquisa do IEPS aponta que somente as taxas de tabagismo não cresceram no primeiro ano da crise sanitária, em 2020
Os efeitos da pandemia na saúde dos brasileiros foi arrasador, mesmo entre aqueles que não foram infectados com a Covid-19.
Em 2020, quando o Brasil passou mais tempo em isolamento social para frear o avanço do coronavírus, houve aumento no consumo abusivo de bebidas alcoólicas e no sedentarismo entre a população brasileira, o que desencadeou a elevação da taxa de pessoas com doenças crônicas, como a obesidade.
Isso é o que mostra a pesquisa Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel, realizada pelo IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde).
Em 2019, a obesidade atingia 20,3% dos adultos nas capitais do país. Mas, em 2020, a doença passou a afetar 21,5% deste grupo, com maior prevalência nos estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Manaus (24,9%), Cuiabá (24,0%) e Rio (23,8%) lideram o ranking de maior incidência da obesidade. Até 2011, nenhuma capital havia ultrapassado 20%.
O índice nacional chega a quase o dobro do que foi registrado 14 anos antes, em 2006, quando só 11,8% da população era diagnosticada com essa comorbidade.
O ano marca a primeira vez que foi feito o levantamento Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) pelo Ministério da Saúde, de onde os dados do IEPS foram extraídos. Foram entrevistadas 27.077 pessoas nesta edição do estudo.
Alerta
Especialistas afirmam que a alteração no estilo de vida dos brasileiros, provocada pela pandemia, foi determinante para o surgimento - e até agravamento - de hábitos prejudiciais à saúde, assim como transtornos psíquicos que desencadeiam outras doenças.
A vestibulanda de Artes Visuais Isabella Stael, de 19 anos, atribui o aumento do consumo de bebidas alcoólicas na pandemia ao que chama de "desgaste psicológico". Ela afirma que o álcool é usado como refúgio para relaxar e se divertir em meio ao estresse causado pela covid e pelos estudos, sem que haja, necessariamente, uma ocasião especial.
"Em grande parte, o consumo de álcool que faço está ligado a aliviar a pressão e não precisar pensar no futuro", afirma ela. "Também está relacionado a dias em que estou muito cansada, ou em outros em que o esgotamento mental é tão grande que fico frustrada por não conseguir estudar direito e chego ao final do dia querendo beber", acrescenta a jovem.
O psiquiatra Guido Palomba, da APM (Associação Paulista de Medicina), vê relação direta entre a pandemia e a alta da taxa de doenças crônicas. Para ele, isso acontece porque as pessoas precisam restringir a locomoção e lidar com a superexposição a notícias negativas, o que desencadeia transtornos psiquiátricos que colaboram para surgirem comorbidades.
A demanda excessiva de trabalho criada pelo home office também é apontada por Palomba como fator inerente ao "novo normal", que estimula hábitos pouco saudáveis. "Alimentação e álcool são formas de gratificação em momentos ruins. Consequentemente, há aumento de obesidade, diabete e problemas cardíacos", afirma.
Diagnóstico
Beatriz Rache, mestre em Economia pela Universidade Columbia (EUA) e autora da pesquisa do IEPS, destaca o aumento dos fatores de risco à saúde, como o consumo de ultraprocessados (biscoitos, chocolate, salsicha, margarina, entre outros), em praticamente todos os segmentos da pesquisa.
Só o tabagismo se manteve estável em 2020 ante 2019. Em contrapartida, o consumo abusivo de álcool partiu de 18,8% para 20,4%, mesmo cenário observado em relação ao sedentarismo (de 13,9% para 14,9%).
"A gente vê, entre 2019 e 2020, piora de todos os indicadores de riscos comportamentais e, por isso, é possível associar ao aumento da obesidade. Apesar de a Vigitel não permitir fazer essa correlação, os dados mostram que a pandemia parece estar associada aos resultados de 2020, ano tanto de estresse econômico quanto sanitário", afirma Beatriz.
Presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), César Fernandes destaca a importância de grandes campanhas de conscientização sobre riscos da alimentação inadequada e da falta de atividade física.
"Muitas famílias mudaram hábitos alimentares para pior, com o teor de gordura e caloria aumentado. As pessoas começaram a se servir por meio de delivery. Não bastasse isso, se privaram de atividades físicas habituais, como pequenas caminhadas no cotidiano", acrescenta.
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A REDAÇÃO
Menino de 11 anos é primeira criança a ser vacinada contra covid em Anápolis
Ludymila Siqueira
Goiânia - Gustavo de Paula, de 11 anos, é a primeira criança a ser vacinada contra a covid-19 em Anápolis. O estudante foi acompanhado pela manhã e se imunizou na UniEvangélica, na Cidade Universitária. A vacinação para este público começou nesta segunda-feira (11/1) e ocorre no mesmo local das 8h às 16h.
Para receber o imunizante é preciso fazer um cadastro prévio no site da prefeitura. No momento do cadastro, será necessário anexar o documento de CPF ou cartão SUS , comprovante de endereço e documento pessoal da criança, pode ser certidão de nascimento ou RG.
Além disso, no dia da vacinação, a criança precisa estar acompanhada do responsável, que também deve apresentar documento de identificação ou enviar autorização assinada.
O município recebeu 2.430 doses de vacinas da Pfizer no sábado (15) para a vacinação infantil.
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Goiânia quer vacinar 120 mil crianças contra covid, diz secretário
O secretário municipal de Saúde (SMS), Durval Pedroso, afirmou na manhã desta segunda-feira (17/1) que devem ser vacinadas 120 mil crianças com idade de 5 a 11 anos em Goiânia até a primeira quinzena de fevereiro. No primeiro dia de aplicação da dose pediátrica da Pfizer na faixa etária dos 11 anos, Durval defendeu o imunizante, "que tem caraterísticas próprias".
"Ela [a vacina pediátrica] possui uma concentração e uma dose menores. Ou seja, é um frasco identificado, é uma vacina específica", desceveu o titular da SMS. Na manhã de hoje, 15 postos começaram a receber crianças de 11 anos para aplicação da primeira dose contra covid-19.
De acordo com Durval, os sete grupos em ordem decrescente de faixa etária foram estruturados para reduzir a idade de acordo com a chegada de novas remessas de doses e para evitar aglomerações nos locais de vacinação. "É importante que venha quanto menos adulto possível acompanhando essas crianças a fim evitar que mais pessoas estejam no local. Se possível, um responsável para cada criança é o ideal a fim de que não se comprometa a segurança."
Até o momento, Goiânia recebeu 8,9 mil doses para a faixa etária de 5 a 11 anos. Ainda nesta semana, uma nova remessa de imunizantes pediátricos deve chegar à capital, já que o Ministério da Saúde recebeu mais uma entrega de doses da Pfizer no último final de semana.
"Inicia-se por 11 anos. E essa estratégia vai a cada três dias reduzindo. Até chegar no público dos 5 anos de idade." Segundo Durval Pedroso, a intenção da SMS é aplicar de 400 a 500 doses em crianças por dia de vacinação. "Até o início da primeira quinzena de fevereiro, esse grupo já estará concluído", afirmou o secretário.
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MAIS GOIÁS
Enfermarias que tratam crianças com Covid estão 100% ocupadas há seis dias em Goiás
A lotação máxima das enfermarias da rede estadual ocorre desde o dia 12 de janeiro
As enfermarias públicas que atendem crianças diagnosticadas com Covid estão 100% ocupadas em Goiás. O dado consta nos indicadores disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), na manhã desta segunda-feira (17). A lotação máxima na rede estadual ocorre desde o dia 12 de janeiro. No caso das UTIs Covid pediátricas, a taxa é de 52%.
Conforme expõem os índices, atualmente 29 leitos de enfermaria são destinados para o tratamento de crianças que foram contaminadas pelo novo coronavírus. Todos eles estão no Hospital de Urgência Governador Otávio Lage Siqueira (Hugol), na região Noroeste de Goiânia.
Deste total, 14 estão ocupados e 15 estão bloqueados, segundo a SES. Os bloqueios ocorrem em caráter temporário, devido à manutenção, desinfecção e preparo da unidade para uma nova internação. Além disso, o leito também pode ficar bloqueado, pois a vaga já foi autorizada e a unidade aguarda a chegada do paciente.
Ocupação máxima de enfermarias que tratam crianças com Covid já dura seis dias
Segundo dados extraídos do painel eletrônico da SES, a ocupação máxima de enfermarias públicas que tratam crianças com Covid já dura seis dias. Desde 12 de janeiro, a taxa é de 100%.
O aumento expressivo de tais internações ocorre desde a última quinzena de dezembro. A taxa subiu de 75% no dia 15 de dezembro de 2021 para 90% no dia 21 do mesmo mês e ano. A partir daí, o índice passou a ficar acima de 95%.
Nesta segunda-feira (17), cidades goianas iniciaram a vacinação de crianças contra a Covid-19. Em Goiânia, a imunização ocorre em 15 pontos.
Covid-19: ocupação de UTIs e enfermarias para adultos
Ainda de acordo com os dados da SES-GO, a taxa de ocupação das UTIs públicas destinadas a adultos com Covid é de 83%. No caso das enfermarias, esse índice é de 60%.
Com relação à rede privada, a taxa de ocupação é de 48,65% e a de enfermaria Covid está em 24%.
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Procon investiga relatos de aumento de 50% no preço dos testes covid em Goiânia
De acordo com o órgão, há relatos dE aumento de até 50% no preço de testes de Covid-19 em Goiânia e Aparecida
O Procon Goiás fará, nesta terça-feira (18), uma fiscalização para apurar denúncias de possíveis aumentos abusivos no preço de testes de Covid-19 em Goiânia e Aparecida. De acordo com o órgão, há relatos de aumento de até 50% no dispositivos para identificar a presença do coronavírus.
O Procon informou que vai visitar laboratórios, drive-thrus e drogarias localizadas em Goiânia e Aparecida. De acordo com o órgão, o estabelecimentos visitados terão 48 horas para apresentar a documentação solicitada, que inclui notas fiscais de compra mês a mês dos últimos 12 meses e as notas fiscais de venda (uma por semana) dos últimos 12 meses.
Os documentos serão encaminhados para a Gerência de Pesquisa e Cálculo, que vai analisar e verificar se houve a prática de aumento abusivo no preço. Conforme o superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz, as empresas podem cobrar diferentes preços pelos testes, até por não existir tabelamento de preços. Porém, “a prática de preços abusivos fere os direitos do consumidor e causa um desequilíbrio nas relações de consumo”.
“O mercado se autorregula pela lei da oferta e procura, que interfere diretamente na elevação ou redução dos preços dos produtos, mas , por lei, os fornecedores não podem obter vantagem excessiva sobre o consumidor, ainda mais neste momento de aumento de casos de Covid em plena pandemia que já impactou sobremaneira o orçamento das famílias brasileiras”, declarou Vaz.
Caso o Procon constate os preços abusivos, a empresa responderá a um processo administrativo sancionatório que pode resultar na aplicação de multa que pode chegar a R$ 11 milhões.
Buscas por testes de Covid-19 em Goiânia aumentaram 185% no fim do ano passado
Em meio às festas de final de ano, as buscas por testes de Covid-19 em 2021 aumentaram 185%, em Goiânia. Segundo a prefeitura de Goiânia, isso aconteceu porque as pessoas querem celebrar com a família com a garantia de que não estão contaminados, bem como conseguir a entrada em eventos que fazem essa exigência.
No dia 30 de dezembro, por exemplo, uma grande fila de carros se formou na região da Praça C-170, no Jardim América, onde foi realizada a testagem prioritariamente na modalidade drive-thru. A testagem se iniciou às 8 horas e terminou às 16 horas.
Por conta do alto fluxo de veículos, o trânsito fluiu com lentidão. Motoristas registraram as duas filas de carros que ser formaram em torno da praça, as quais ocupam duas das três faixas disponíveis para o trânsito.
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Assessoria de Comunicação
AHPACEG NA MÍDIA - Presidente fala sobre a ocupação de leitos na rede privada
Escrito por AdministradorPresidente Haikal Helou fala à TV Record sobre a ocupação de leitos na rede privada em Goiás neste período da pandemia
TV RECORD
Pacientes com Covid-19: menos leitos e mais internações
https://www.youtube.com/watch?v=ttb0nmouDwk
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: Brasil registra 22,8 milhões de casos e 620,5 mil óbitos
Remédios devem subir 10% e planos de saúde, 15%
UTIs em situação crítica
Pacientes com Covid-19: menos leitos e mais internações
Quem vai ficar com a Amil?
Anvisa proíbe propaganda de produtos contendo 'chip da beleza'
Hospitais reservam exames apenas para pacientes graves
Estados adotam estratégias diferentes de vacinação infantil
Diagnóstico de Covid em crianças dispara em hospitais de São Paulo
Justiça libera clientes de planos de saúde de multa por rescisão contratual
Saúde no Congresso: Os principais temas para 2022
Ministério Público critica redução do isolamento
OMS aprova o uso de dois remédios para evitar hospitalização e morte por Covid
Goiás tem 6,3 mil casos conhecidos de Covid em 24 horas, diz Saúde
O que o Cofen vai fazer pelo piso da Enfermagem em 2022?
Caiado descarta novo decreto de medidas restritivas contra a covid em Goiás
Ministério da Saúde adia entrega de vacinas contra covid-19 para crianças
Escassez de insumos pode levar à suspensão de testes da covid em Goiás
“Imunidade de rebanho é conferida pela vacina, não pela infecção”, reforça Ludhmila Hajjar, sobre a ômicron
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 22,8 milhões de casos e 620,5 mil óbitos
O Ministério da Saúde divulgou hoje (13) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem, desde o início da pandemia, 22,8 milhões de casos confirmados da doença e 620,5 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 21,7 milhões (95,2% dos casos).
Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 97,9 mil casos e 174 mortes.
O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 4,4 milhões de casos e 155,5 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (2,3 milhões de casos e 56,7 mil óbitos); Paraná (1,6 milhão casos e 40,9 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (1,5 milhão de casos e 36,5 mil óbitos).
Os menores números de casos e óbitos estão no Acre (89.244 e 1.844, respectivamente), Amapá (128.212 e 2.028) e Roraima (131.529 e 2.078)
Ômicron
A pasta também informou que foram registrados 503 casos de pessoas infectadas pela variante Ômicron, com incidência confirmada em 16 unidades da Federação, com Rio de Janeiro (133) e São Paulo (121) registrando o maior número de casos. Também foram registradas duas mortes, uma em Alagoas e outra em Goiás.
Há 796 casos e duas mortes pela nova variante em investigação.
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CORREIO BRAZILIENSE
Remédios devem subir 10% e planos de saúde, 15%
Cálculos são do Citi e do BTG Pactual. No caso dos convênios médicos, a previsão se refere a contratos individuais e familiares, que têm o percentual de correção anual fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
A jovem Isabela Ribeiro, 25, diagnosticada com síndrome de Turner, precisa fazer tratamento contínuo por conta da doença, de origem genética. Autônoma, ela conta que não consegue arcar com os pesados custos de um plano de saúde. 'Os planos têm se tornado cada vez mais caros, eu não tenho condições de pagar. A não ser que eu tenha um emprego de carteira assinada que me forneça um plano de saúde', condiciona. Para a jovem, um dos grandes benefícios de ter um convênio médico seria realizar exames com mais rapidez, já que, muitas vezes, a dinâmica da rede pública é mais demorada.
Neste começo de ano, os bancos, tradicionalmente, começam a fazer as contas e sinalizam os aumentos na área da saúde que vem por aí: pelos cálculos do Citi, os medicamentos terão alta de 10%. Já os planos de saúde, pelas projeções do BTG Pactual, devem ficar 15% mais caros. Um impacto no bolso de todos os brasileiros.
Atualmente, Isabela Ribeiro faz tratamento no Hospital de Base do Distrito Federal e busca medicamentos e atendimento pelo Sistema Unico de Saúde (SUS). Mas isso não a deixa imune dos impactos causados pela alta dos preços dos remédios. 'Meu hormônio de crescimento é fornecido pelo SUS, mas os outros medicamentos que os médicos passam eu tenho que comprar. Lidar financeiramente com isso é procurar cupom, desconto, assistência do SUS em tudo que você tiver direito e tentar minimizar os custos ao máximo', relata.
O economista e professor de Especialização em Mercado Financeiro na Universidade de Brasília (UNB) César Augusto Bergo explica que os aumentos refletem a inflação e os custos dos insumos. 'No caso do medicamento, tem o aspecto da importação dos insumos, que opera em relação ao dólar. Na hora de comprar, às vezes não se encontra o genérico, e não dá pra deixar de tomar. Mas existem remédios hoje que estão totalmente fora do orçamento das famílias', analisa.
Isabela lamenta que, dentro da realidade brasileira, não haja nada que se possa fazer para frear o aumento dos preços e desabafa: 'As vezes, gasto R$ 300 ou R$ 400 de farmácia por mês. Na maioria das vezes, utilizo cartão de crédito. Só resta minimizar os custos da forma como a gente consegue'.
Os ajustes que os brasileiros fazem para reduzir gastos também estão presentes quando se trata dos planos de saúde. Há quem opte por planos mais simples para não arcar com custos exorbitantes - e as operadoras de saúde fornecem opções. 'Alguns planos usam artifícios de reduzir a cobertura, de hospitais, médicos, procedimentos para que não exista tanto aumento na mensalidade. Mas o consumidor precisa ficar atento, porque toda a cobertura à qual ele tem acesso, que assinou no contrato, não pode mudar no meio do período', alerta o economista.
O aumento nas parcelas dos planos de saúde vai além da questão monetária: impacta a qualidade do serviço. 'Contratos de saúde com cobertura genérica implicam em aumento de custo para o consumidor, porque, na prática, a cobertura reduziu. Piora a qualidade do plano', avalia Bergo. Ele destaca que há muitas operadoras no mercado, e o plano precisa ser escolhido de acordo com a situação de cada pessoa, para que, no fim das contas, os custos com saúde não pesem tanto no orçamento e de fato atendam a realidade do consumidor.
O advogado especialista em contratos de plano de saúde Marco Mota diz que o aumento de 15% estimado para os convênios individuais pode dar um susto no primeiro momento, mas se mantêm na média dos últimos anos. 'Se observarmos os anos
anteriores à pandemia, de 2015 até 2019, constataremos que a média de reajuste anual foi de 11, 60%. O reajuste estimado revela a volta aproximada aos percentuais anteriores, somados ao aumento de custos para tratamentos das demandas eletivas que estavam represadas', analisa.
Tradicionalmente, reajustes nos planos individuais também costumam puxar aumento nos convênios coletivos, que são a maioria dos contratos no Brasil. No entanto, Marco diz que é difícil estipular o quanto o aumento de 15% nos planos individuais pode influenciar em um reajuste nos coletivos: 'Considerando que os reajustes nos planos coletivos sempre são acima dos individuais, já que não são regulados pela ANS, é difícil prever se esse percentual também ocorrerá nesses planos coletivos', afirma o advogado.
Os planos têm se tornado cada vez mais caros, eu não tenho condições de pagar. A não ser que eu tenha um emprego de carteira assinada que me forneça um plano de saúde" Isabela Ribeiro, autônoma
Peso para os idosos
Caso se concretize, um reajuste de 15% nos planos de saúde individuais pode trazer riscos para a saúde pública brasileira, especialmente para a população com a idade mais avançada, observa o advogado especialista em contratos de plano de saúde, Marco Mota. 'Os reajustes anuais, sempre muito acima da inflação e dos aumentos salariais, acabam expulsando beneficiários de mais idade do sistema, pois não conseguem arcar com a mensalidade do plano e acabam migrando para o sistema público', observa.
A respeito dos reajustes dos planos de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informa que o percentual máximo a ser autorizado para os planos individuais ou familiares está sendo calculado e será informado após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia. A Agência não estima a data para a divulgação dos percentuais de aumento.
Regras
Cada tipo de contratação, sejam os planos individuais/ familiares, sejam os coletivos (empresariais e por adesão), tem regras específicas. Nos planos individuais ou familiares, por exemplo, a ANS definiu que as operadoras deveriam reduzir as mensalidades em até 8, 19% entre maio de 2021 e abril de 2022. Agora, haverá aumento. A Agência salienta, ainda, que os consumidores podem solicitar à operadora a memória de cálculo e a metodologia utilizada para justificar a correão das mensalidades. As empresas têm prazo máximo de 10 dias para fornecer as informações.
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UTIs em situação crítica
Fiocruz alerta que circulação da ômicron e transmissão durante as festas de fim de ano fizeram internações dispararem
As taxas de ocupação de UTIs para a covid-19 chegaram a um ponto considerado 'crítico' em um estado e quatro capitais. É o que apontam dados da nota técnica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada na quarta-feira. Segundo o Observatório Covid-19, a explosão de infecções pela cepa ômicron e as transmissões do novo coronavírus pelas festas de fim de ano pressionam os serviços de saúde.
Segundo a Fiocruz, Pernambuco (82%) e as capitais Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) estão em situação crítica. Em seguida, oito unidades da Federação estão em uma fase que requer atenção: Pará, Tocantins, Piauí, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. As capitais Porto Velho, Macapá, Maceió, Salvador, Vitória e Brasília se encontram na mesma situação.
No caso de Pernambuco, dos 857 leitos existentes para a covid-19, 703 estão ocupados - em agosto passado, eram 1.460 vagas abertas e 686 internações. No Pará, são 201 leitos com 143 pacientes internados - também em agosto, 341 vagas estavam à disposição. Já em São Paulo, que antes do avanço da vacinação era o epicentro da pandemia no país, houve uma alta de 58% no número de pessoas internadas em UTI por síndromes respiratórias nas duas últimas semanas.
No recebimento das primeiras doses da vacina pediátrica contra a covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou as pessoas não vacinadas e as responsabilizou pelo aumento das internações.
Menor quantidade
Segundo o infectologista do Hospital das Forças Armadas Hemerson Luz, é preciso levar em consideração que há menos leitos disponíveis do que no momento inicial da pandemia, já que os hospitais de campanha foram desativados e unidades deixaram de ser áreas de atendimento de casos de coronavírus. 'É necessário ter planos de contingência caso não haja uma redução desse índice ou, em conjunto, haja um aumento da taxa de infecção', defendeu.
Na visão do epidemiologista Jonas Brant, mesmo que a nova variante não resulte em tantos casos graves, é preciso muita atenção, pois a velocidade de contaminação pode causar uma sobrecarga no sistema de saúde e levar à falta de profissionais aptos a atender os pacientes afirmou.
'A gente já está vendo sobrecarga na rede devido ao absenteísmo', alerta.
O estudo da Fiocruz alerta que o número de casos novos de covid-19 deve atingir níveis 'muito mais elevados' nas próximas semanas, pressionando a demanda por serviços de saúde. De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil registrou, nas últimas 24h, 97.986 novos casos de covid-19. Com o avanço da ômicron, o número diário de registros de um dia para o outro se aproxima de 100 mil, e é o sexto maior desde o início da pandemia.
O Conass, aliás, encaminhou ofício a Queiroga pedindo para que o governo federal reconheça publicamente a existência de nova onda de covid-19.
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TV RECORD
Pacientes com Covid-19: menos leitos e mais internações
https://www.youtube.com/watch?v=ttb0nmouDwk
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BRAZIL JOURNAL
Quem vai ficar com a Amil?
https://braziljournal.com/quem-vai-ficar-com-a-amil
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FOLHA DE S.PAULO
Anvisa proíbe propaganda de produtos contendo 'chip da beleza'
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a propaganda da gestrinona e de produtos que contenham em sua fórmula essa substância, sejam eles industrializados ou manipulados. Conhecida popularmente como o 'chip da beleza', a gestrinona é um hormônio esteroide com ações anabolizantes.
Por seus possíveis efeitos androgênicos, como diminuição de massa gorda e aumento de massa muscular, a substância tem sido usada por mulheres na busca de melhora da performance física e estética.
A decisão da Anvisa foi publicada no Diário Oficial da União no final de 2021.
Alexandre Hohl, presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), disse que a decisão da agência reguladora foi acertada.
O médico explica que, em um primeiro momento, o dispositivo com gestrinona era usado para tratar a endome-triose. Não existem, entretanto, estudos de segurança e eficácia dessa substância para tratamento de endometriose por meio de implantes.
Ele explicou que a gestrinona começou a ser estudada para tratamento da endometriose por via oral no final dos anos de 1970. Para essa finalidade, o registro foi concedido pela agência reguladora por 24 meses na década de 1990, mas não foi renovado.
O fenômeno de utilizar a substância com a finalidade estética começou há cerca de oito anos e foi aumentando de forma avassaladora. Atualmente, há centenas de médicos dando curso de como implantar o 'chip da beleza'.
"A gente usa remédio para tratar doenças, a gestrinona está sendo usada por vaidade. Uma substância em que o risco é infinitamente maior que os benefícios. Os efeitos colaterais são proporcionais às doses utilizadas. Pode ocorrer o surgimento de acne, aumento de pelos, ole-osidade na pele, alteração da voz, a pessoa pode parar de menstruar, ter dificuldade de engravidar e até [numa eventual gravidez], malformação fetal', relatou.
Antes dessa decisão da Anvisa, a Sbem já havia se posicionado, no mês de novembro, sobre o uso e abuso de implantes de gestrinona no BrasiL O documento tinha sido enviado para a Anvisa, CFM (Conselho Federal de Medicina) e AMB (Associação Médica Brasileira).
Na ocasião, a Sbem informou que não reconhecia os implantes de gestrinona como uma opção terapêutica para tratamento de endometriose, rechaçava veementemente o seu uso como anabolizante para fins estéticos e de aumento de desempenho físico e pediu às autoridades regulatórias para aumentar a fiscalização do emprego inadequado desses implantes hormonais no país.
Em nota técnica, encaminhada em resposta para a Sbem, a agência reguladora informou que não há medicamentos contendo o insumo farmacêutico ativo gestrinona com registro sanitário válido no BrasiL Tampouco constam em seu banco de dados pedidos de registro aguardando análise ou em avaliação pela área técnica.
Disse ainda que não é possível alegar que esses produtos sejam eficazes e seguros, o que representa um risco à saude publica.
Pontuou que se trata de produtos irregulares, que não passaram pelo escrutínio das áreas técnicas da GGMED (Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos).
Hohl informou ainda que a agência reguladora se prontificou a colocar a substância na lista C5, que regula os anabolizantes no país.
Dessa forma, a gestrinona pode estar sujeita a controle especial no país e teria uma maior fiscalização.
A gente usa remédio para tratar doenças, a gestrinona está sendo usada por vaidade. Uma substância em que o risco é infinitamente maior que os benefícios
Alexandre Hohl médico
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Hospitais reservam exames apenas para pacientes graves
Com poucos testes de Covid disponíveis devido à alta demanda, hospitais e laboratórios de São Paulo estão priorizando a realização dos exames em pacientes com sintomas mais graves.
Médicos do Hospital São Luiz, da Rede D'Or, que pediram para não ser identificados, disseram que a unidade orientou os profissionais a realizar testes apenas em pacientes internados, para que pudessem separar os doentes entre alas. Aqueles com sintomas leves e assintomáticos não seriam testados, mas orientados para que se isolassem por uma semana.
Em nota, a Rede D'Or afirma que continua realizando testagem em todas as suas unidades, priorizando "pacientes com indicação clínica para definição de tratamento e isolamento, pacientes internados e em profissionais de saúde, limitando a realização dos exames eletivos ou em pacientes com bom estado geral".
Declara ainda que os resultados dos testes estão sendo entregues dentro do prazo, mas não informaram qual nem se o prazo foi estendido ou alterado de acordo com o aumento da demanda.
"Tão logo haja um reequilíbrio entre a demanda e os insumos disponíveis, retomaremos a testagem de pacientes que não estejam nos critérios de prioridade citados acima", diz, em nota.
Os prazos para entrega dos resultados também têm variado entre algumas unidades de saúde.
O Hospital Sírio-Libanês disse que os resultados dos testes normalmente ficam prontos dentro de 24 horas, mas, com o aumento da demanda, pode haver atrasos na entrega dos laudos. O tempo pode ficar entre 48 e 72 horas.
Já o Hospital Israelita Albert Einstein informou por meio de nota que prioriza a testagem de pacientes com sintomas mais expressivos, como febre persistente sem alívio com antitérmicos, falta de ar, fraqueza intensa ou sonolência excessiva.
O tempo de espera para os resultados pode variar de acordo com o tipo de teste e unidade em que será realizado -atualmente, a estimativa é de 12 horas para antígeno e de 48 horas para RT-PCR.
O risco do desabastecimento dos testes de Covid levou a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) a recomendar que os laboratórios priorizem testes em pacientes de acordo com a escala de gravidade.
Ou seja, aqueles que possuem gravidade nos sintomas, pacientes hospitalizados, cirúrgicos, pessoas do grupo de risco, trabalhadores assistenciais da área da saúde e colaboradores de serviços essenciais.
A entidade recomenda que os laboratórios interrompam os testes de pessoas que tiveram apenas contato com pacientes infectados, assintomáticos e daqueles com sintomas leves, que devem, porém, permanecer isolados.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informou que são realizados na rede municipal os exames de RT-PCR e testes rápidos (antígenos) para diagnóstico da Covid-19 e que estão sendo realizados normalmente nas unidades de atendimento.
O Governo de São Paulo diz que os testes são adquiridos e distribuídos pelo Ministério da Saúde, mas a administração estadual também tem realizado a compra de testes rápidos de antígenos.
Até fevereiro, serão disponibilizados 2 milhões de testes, além de outros 800 mil que já foram enviados aos municípios.
A rede Dasa -que abarca os laboratórios Delboni Auriemo, Lavoisier, Salomão Zoppi, Hospital Nove de Julho, entre outros-, informou que, em decorrência do aumento expressivo do número de casos de Covid e influenza, reorganizou temporariamente seu estoque de insumos, priorizando o atendimento de pacientes internados e profissionais da saúde e serviços essenciais.
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Estados adotam estratégias diferentes de vacinação infantil
Estados e Distrito Federal começam a se organizar para a chegada de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Apesar de recomendações do Ministério da Saúde, são adotadas estratégias diferentes de aplicação.
A pasta recomenda que a imunização comece por crianças com comorbidade, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Os quatro grupos são norteados por dispositivos legais.
Em seguida, devem vir as crianças que vivem em lar com pessoas com alto risco da evolução grave da Covid. Na sequência, haverá um escalonamento por faixa etária, começando pelos mais velhos.
O próprio ministério diz em nota técnica que a vacinação deve começar pelos grupos amparados pela lei. Em relação ao restante, compete a cada ente a melhor estratégia .
Oito unidades da federação afirmam que irão seguir as diretrizes do Ministério da Saúde: Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí e Tocantins.
Tatyana Amorim, diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto, afirma que a vacinação foi planejada para atender o público pediátrico, que, apesar de não ser o que mais desenvolve doença grave quando infectado, ainda se configura como vulnerável para internações e óbitos.
"A vacinação não é obrigatória, mas é um ato de amor. Muitas pessoas perderam crianças para a Covid-19 desde o início da pandemia, e a vacinação objetiva a redução de óbitos e de internação pela infecção", afirmou, em nota.
A maioria dos estados irá seguir em parte as recomendações do ministério. Alguns, por exemplo, não pretendem colocar crianças que moram com pessoas com risco grave de Covid em grupo prioritário. Já outros só irão trabalhar com a imunização por faixa etária.
Segundo a Secretaria de Saúde de Goiás, por meio de nota, a vacinação se dará somente por ordem decrescente de idade, ou seja, iniciando com as crianças de 11 anos e sendo, gradativamente, reduzida.
"A pasta entende que é a forma mais simples de ser entendida pela população e executada pelos municípios. É também mais eficiente, sem necessidade de laudos médicos que comprovem, por exemplo, uma comorbidade", afirmou.
Os estados também planejam os locais para vacinar as crianças. O governo de São Paulo disse, em nota, que ao menos 268 escolas de nove municípios do estado estão disponíveis para servir de postos para vacinação.
Em São Paulo, a partir da chegada das doses, a vacinação se iniciará com crianças com comorbidades. Para comprovar a condição, elas precisarão apresentar exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica.
O Ministério da Saúde espera receber 4,3 milhões de doses até o fim de janeiro. As unidades serão distribuídas de forma proporcional para estados e Distrito Federal, responsáveis pela aplicação do imunizante.
Somente a vacina da Pfizer está liberada para ser aplicada em crianças. O pedido do Instituto Butantan para a liberação da vacina Coronavac no público de 3 a 17 anos está em análise na Anvisa.
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Diagnóstico de Covid em crianças dispara em hospitais de São Paulo
Pais aproveitam as consultas médicas para tirar dúvidas sobre a vacinação contra a doença
Desde o início do ano, a taxa de diagnóstico positivo para a Covid-19 disparou nos hospitais infantis de São Paulo, enquanto a da gripe influenza está em queda. As internações também apresentam tendência de alta, mas em ritmo bem menor.
Muitos pais estão aproveitando a ida aos hospitais ou as consultas virtuais com pediatras para esclarecer dúvidas sobre a vacinação contra a Covid-19. Na capital paulista, a prefeitura planeja começar a vacinação de crianças na próxima segunda-feira (17).
Nos três hospitais públicos infantis paulistanos (Menino Jesus, Darcy Vargas e Cândido Fontoura), o aumento de internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) na última semana foi de 8% (de 37 para 40 internados), mas, na avaliação do consolidado dos últimos seis meses, o total de crianças internadas hoje é 82% maior do que o registrado em julho, segundo análise do Info Tracker, projeto da Unesp e da USP que monitora dados da pandemia.
Devido ao apagão de dados no sistema de notificação oficial do Ministério da Saúde e à subnotificação de casos de estados e municípios, não há dados nacionais sobre a alta da Covid no público infantil.
No maior hospital pediátrico do país que atende o SUS, o Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR), foram 102 casos confirmados para Covid nos 12 primeiros dias do ano, com oito internações, contra 20 casos e duas internações em todo o mês de dezembro. A instituição registrou também quatro casos de "flurona" (coinfecção da gripe influenza com a Covid).
Na Rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo, foram 993 atendimentos pediátricos por sintomas respiratórios nos dez primeiros dias do ano. No período, 39 crianças com diagnóstico de Covid foram internadas. Na última quarta (12), seis estavam hospitalizadas.
No Hospital Sírio-Libanês, a taxa de positividade nos exames de Covid em crianças está em 36%. Há uma semana, estava em 21,4% e, em dezembro, em 7%.
No Hospital Infantil Sabará, a taxa de exames positivos para Covid subiu de 2%, em meados de dezembro, para 20%, na semana passada. Agora, está em 28%. Já a de influenza chegou a 62% na semana do Natal, caiu para 40% no início do ano e agora está em 15%. Por dia, o hospital tem internado de quatro a cinco crianças com Covid. Nesta quarta (12), havia oito internadas, o dobro de uma semana atrás.
"Felizmente o tempo médio de internação desses pacientes é baixo, em média dois dias", afirma o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira Junior, gerente de qualidade do Sabará.
Segundo o pediatra Claudio Schvartsman, vice-presidente da Sociedade Israelita Albert Einstein, a maioria das internações se refere a crianças com comorbidades, como asma e bronquite, ou com doenças que demandam uso de medicações imunossupressoras.
Assim como em outros serviços de saúde do país, ambos os hospitais só estão testando para a Covid as crianças que passam pelo pronto-atendimento com sintomas mais sérios e que, em geral, precisam de internação. "Devido à redução da disponibilidade de testes, a gente está tendo que fazer uma racionalização", diz Oliveira Júnior.
Nos casos leves, segundo ele, o teste positivo não vai influenciar na conduta clínica. A orientação é para que a família se comporte como se fosse Covid. "Nessa situação epidemiológica atual, síndrome gripal sem identificação do agente etiológico é igual a isolamento para Covid."
No Hospital Albert Einstein, em duas semanas, o índice de positividade nos testes de Covid saltou de 12% para 32%. Sete crianças estavam internadas nesta quinta (13), contra cinco há uma semana.
"Dessa vez, diferentemente das outras ondas, a Covid está afetando a faixa etária das crianças pequenas. Felizmente, na maioria dos casos, a doença vem se comportando como um resfriado de pequena ou média intensidade. Tem uma duração de três ou quatro dias e depois começa a melhorar", diz Schvartsman.
Segundo Oliveira Júnior, do Sabará, além dos sintomas respiratórios clássicos, algumas crianças com diagnóstico de Covid vêm apresentando manifestações gastrointestinais, com vômito, diarreia e dor abdominal. Às vezes, esses sinais aparecem sozinhos, sem febre ou outros sinais gripais.
A orientação, afirma o médico, é para que, diante de queixas leves e se a criança estiver com um bom estado geral, os pais utilizem primeiro a ferramenta da telemedicina ou entrem em contato com o pediatra da criança antes de se deslocar até o hospital.
"Devem ir ao PS se surgirem sinais de alerta como febre prolongada que não cede, desconforto respiratória, se a criança muito pequena estiver hipoativa [alheia ao que se passa ao seu redor], parar de aceitar alimentação. Aí, sim, precisam de avaliação presencial e eventual internação."
Schvartsman, do Einstein, diz que a demanda por atendimentos por telemedicina está alta e que muitos pais estão aproveitando as consultas para se orientar sobre se devem ou não vacinar os filhos contra a Covid.
"Em geral, a justificativa para a dúvida é que ainda é uma vacina nova e que a doença, em crianças, costuma ser leve. É uma meia verdade. Em números absolutos, não é um contingente pequeno de mortes, é maior que a mortalidade de outras doenças para as quais também há vacina. Eu sempre digo que a relação custo e benefício [da vacinação] compensa."
A professora Cristina Diniz, 45, é uma das pessoas que ainda têm dúvida em relação à vacina infantil contra a Covid. Ela, o marido, a filha adolescente, de 15 anos, e o filho, de nove anos, contraíram Covid em uma viagem à Bahia no final do ano. Os sintomas foram leves. O casal e a filha estão vacinados. "Se meu filho foi infectado, ainda assim ele precisa de vacina? Já não está imunizado?"
Segundo a pediatra Talita Rizzini, coordenadora do serviço de pediatria do Hospital Leforte da unidade Liberdade, mesmo que a criança já tenha tido Covid, é importante que ela se vacine devido às mutações do Sars-Cov-2 e à possibilidade de surgimento de novas variantes.
"A vacinação é muito importante porque, com os anticorpos formados, quando a criança entrar em contato com o vírus, a resposta imunológica é mais rápida, o que traz menor gravidade ao caso".
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Justiça libera clientes de planos de saúde de multa por rescisão contratual
Decisão abriu caminho para abolir cobrança, mas ANS entende que ela não é válida para todos
Beneficiários de planos de saúde têm conseguido na Justiça o direito de não pagar multas e aviso prévio por rescisão de contratos com as operadoras. Em suas decisões, juizes de primeira instância e desembargadores entendem que essa cobrança foi anulada pela Justiça Federal em 2019.
Somente no Tribunal de Justiça de São Paulo, tramitaram mais de 1.500 processos de segunda instância relacionados ao tema em 2020, a maioria com decisões favoráveis aos consumidores. As operadoras e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) entendem que a cobrança, em determinadas circunstâncias^ legítima.
Escritórios de advocacia também relatam uma demanda crescente de clientes. Há casos em que o montante de multas e aviso prévio cobrado pelas operadoras chega a R$ 8 milhões.
São situações como a do empresário Rubens Ribeiro, de São Paulo, que durante a pan-demia precisou readequar as despesas da empresa e decidiu mudar o plano de saúde após um ano de tê-lo contratado. Com nove vidas, o plano tinha um custo mensal de R$ 23 mil.
'Tentamos negociar, mas a operadora foi irredutível em relação ao aviso prévio e à multa, que chegavam a R$ 80 mil. Para nós, era muito inviável', conta. Na Justiça, ele conseguiu uma liminar favorável. 'As pessoas precisam ir atrás dos seus direitos', reforça Ribeiro.
Com Ana Luisa e o marido aconteceu o mesmo. Eles haviam contratado um plano no valor total de R$ 3.400, mas três meses depois decidiram cancelá-lo porque o marido conseguiu um emprego que oferecia o benefício a ambos. Mas foram surpreendidos com uma cobrança de R$ 17 mil, referente a multa e aviso prévio. O débito também foi anulado na Justiça.
A suspensão e a rescisão contratual lideravam o ranking das queixas de usuários na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em outubro de 2020, segundo o índice de abertura de processos administrativos da agência. Representavam 26,1% do total.
Em geral, a exigência de cumprimento de aviso prévio de 60 dias para o cancelamento do contrato e multa pela rescisão antes do período de 12 meses está prevista no contrato assinado entre o beneficiário e o plano de saúde (cláusula de fidelidade). As operadoras também se baseiam em uma resolução da ANS de 2009 que permitia a cobrança.
Ocorre que uma decisão do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) declarou a ilegalidade da fidelização e determinou a mudança da norma da ANS que estabelecia a obrigatoriedade de o consumidor permanecer pelo menos 12 meses no plano.
A ação, transitada em julgado (quando não há mais possibilidade de recurso), foi movida pelo Procon/RJ contra a ANS. A partir dessa decisão, juizes de primeira instância e desembargadores dos Tribunais de Justiça têm declarado a ilegalidade da cobrança.
Segundo o advogado especialista em direito à saúde Rafael Robba, do escritório Vi-lhena Silva Advogados, com a pandemia, essas queixas aumentaram bastante. 'Tem muita gente mudando de plano e aí recebe cobrança tanto da multa, quando os contratos têm menos de 12 meses, quanto a cobrança dos dois meses de aviso prévio.'
Ele afirma que, mesmo antes da decisão da Justiça Federal de 2019, a cobrança já era entendida como abusiva. 'A ANS tem sido omissa para impedir que as operadoras continuem fazendo cobranças indevidas na hora de o usuário rescindir o contrato.' Embora a ANS já tenha mudado a norma que previa a cobrança de multa e aviso prévio, as operadoras continuam com a permissão de colocar essa previsão em determinados tipos de contrato. 'Aí os consumidores têm que ficar acionando a Justiça individualmente para se livrar das cobranças', afirma o advogado.
Robba diz que muitos consumidores procuram a ANS antes de ingressar com as ações judiciais, mas a agência não soluciona a questão.
Em nota enviada à Folha, a agência informa que, após a decisão do TRF, anulou parágrafo único do artigo 17 da resolução normativa n° 195 (que tratava da fidelização].
A agência diz, no entanto, que existem duas situações diferentes: uma é o cancelamento total de contrato coletivo; a outra é a saída de usuários de um determinado contrato.
Na primeira situação, segundo a ANS, quando um contrato coletivo como um todo é cancelado, é permitida a exigência de aviso prévio ou cobrança de multa rescisória à pessoa jurídica contratante (empresa ou associação, por exemplo), desde que essas questões estejam previstas no contrato. Mas mesmo com essa permissão da ANS, há várias decisões judiciais derrubando a cobrança.
De acordo com a agência, na segunda situação, quando usuários de um plano de saúde individual, familiar ou coletivo decidem sair do contrato, é proibida a exigência de prazo de permanência ou de aviso prévio. Ou seja, eles podem sair a qualquer momento.
'É importante deixar claro que a operadora ou a administradora de benefícios não poderá, em hipótese alguma, cobrar multa rescisória de beneficiário de plano coletivo', diz. 'Apenas para o caso do empresário individual é que poderá haver cobrança de multa rescisória diretamente ao usuário, se previsto em contrato, visto que, neste caso, ele é o beneficiário e a parte contratante do plano coletivo simultaneamente.'
Segundo a agência, o cancelamento de vínculo a pedido do beneficiário deve ter efeito imediato a partir da data da ciência do pedido pela operadora ou administradora de benefícios.
'O beneficiário que não estiver satisfeito com seu plano de saúde pode optar por mudar deplano levando consigo as carências já cumpridas, o que chamamos de portabilidade de carências.'
Em nota, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) informou que, após decisão judicial e posterior alteração da resolução pela ANS, as operadoras seguem o que ficou estabelecido, ou seja, que 'as condições de rescisão do contrato ou de suspensão de cobertura, nos planos privados de assistência à saúde coletivos por adesão ou empresarial, devem constar do contrato celebrado entre as partes'.
'A manutenção e o respeito aos contratos são fundamentais para a segurança jurídica dos envolvidos, assim como o equilíbrio e a sustentabilidade econômico-financeira também são fundamentais para a continuidade dos serviços oferecidos pelos planos de saúde', diz a Abramge em nota.
A Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) afirma que a regulação dos planos de saúde é clara ao citar que 'as condições de rescisão do contrato ou de suspensão de cobertura, nos planos privados de assistência à saúde coletivos por adesão ou empresarial, devem também constar do contrato celebrado entre as partes'.
Portanto, segundo a Fenasaúde, a cobrança de multa por cancelamento é legítima, caso conste em contrato.
A federação destaca também que durante a pandemia as operadoras associadas flexibilizaram suas políticas de negociação e pagamento, inclusive aderindo voluntariamente a sugestões da ANS para manutenção de clientes.
'Esforço que vêm se refletindo no crescimento do acesso à saúde suplementar e retomada de clientes, desde junho de 2020', diz a Fenasaúde.
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PORTAL JOTA
Saúde no Congresso: Os principais temas para 2022
Rol da ANS e telemedicina na pós-pandemia são dois dos temas de projetos em tramitação
Com a pandemia de Covid-19, projetos relacionados à Saúde tomaram conta da pauta do Congresso Nacional. Muitos deles foram proposições novas, outros foram resgatados com o intuito de tentar solucionar problemas antigos tanto no sistema de saúde pública, quanto no sistema de saúde privada.
O JOTA fez um levantamento dos principais projetos que continuarão em foco nos debates em 2022.
No Senado, MP do Rol
A Medida Provisória (MP) 1067/2021, que modifica o processo de atualização do Rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - lista de cobertura obrigatória no âmbito da saúde suplementar - , foi apresentada pelo governo como alternativa ao veto presidencial ao Projeto de Lei 6330/19, que previa a obrigatoriedade do fornecimento de quimioterápicos orais pelos planos de saúde.
Publicada em 3 de setembro, a MP ficou parada por um longo período na Câmara. A deputada Silvia Cristina (PDT-RO) foi designada relatora apenas em 8 de dezembro, mas a tramitação deslanchou após negociações para incorporar ao texto da MP pontos do projeto de Lei dos Quimioterápicos (PL 6330/2019) - vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. A proposta foi aprovada pela Câmara em 14/12 e agora o Senado tem até o dia 10 de fevereiro para votar o novo texto, ou a MP perderá validade.
Vale registrar que o acordo construído prevê que haverá a manutenção do veto ao projeto dos Quimioterápicos, que segue pendente de análise pelo Congresso.
Este conteúdo faz parte da newsletter 'Bastidores da Saúde', enviada aos assinantes do JOTA PRO Saúde. Conheça e tenha acesso em primeira mão a notícias e bastidores da área no STF, STJ e Congresso, além da cobertura de decisões da ANS e Anvisa
Telemedicina pós-pandemia
O Projeto de Lei 1998/2020, inicialmente de autoria da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e, posteriormente, com outros parlamentares como coautores, foi proposto em 17 de abril de 2020 com o objetivo de substituir de forma permanente a lei que regulamentou a prática da Telemedicina no período da pandemia de Covid-19, que segue em vigor.
Apesar da relevância para o setor de saúde, a relatoria do PL foi definida somente em março de 2021. Hiran Gonçalves (PP-RR) chegou a prometer algumas vezes a apresentação do parecer, mas a tramitação ficou estagnada no segundo semestre de 2021, sobretudo por divergências em pontos nevrálgicos do projeto.
As divergências concentravam-se basicamente em dois pontos: definir se o Conselho Federal de Medicina (CFM) terá o poder de regulamentar a lei depois de aprovada; e se a primeira consulta médica terá que ser necessariamente presencial. Sem acordo, a proposta acabou travada na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).
Um movimento iniciado em novembro por adversários do relator propiciou a apresentação de um requerimento de urgência para levar o tema ao plenário. Duas frentes se empenharam nisso: a Frente Parlamentar da Economia e Cidadania Digital e a Frente da Telessaúde; além das deputadas Adriana Ventura (Novo-SP), autora do PL, e Luisa Canziani (PTB-PR), autora do requerimento - que acabou aprovado no dia 16 de dezembro.
Ao JOTA, o próprio relator reconheceu que o projeto precisava de mais discussão para ser aprovado em 2022 e classificou como positiva a deliberação ir para o plenário.
No Aprovômetro, ferramenta preditiva do JOTA exclusiva para assinantes do serviço que calcula as chances de mais de 68 mil proposições, a expectativa de aprovação ainda é baixa, de 6,5%, mas a possibilidade de o tema ser retomado cresceu, sobretudo porque agora possui o apoio de um grupo consolidado de deputados, que sustenta o requerimento de urgência.
PL dos Planos de Saúde
O Projeto de Lei 7419/2006 tramita na Câmara e prevê a alteração da Lei 9656/1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, conhecida como Lei dos Planos de Saúde.
Na legislatura passada, o hoje ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, chegou a apresentar um parecer, mas não houve consenso e o debate tinha sido abandonado. Em maio de 2021, a tramitação foi retomada com a recriação da comissão especial. Hiran Gonçalves, que presidiu a comissão anterior, assumiu a relatoria.
Desde então, a comissão realizou várias audiências públicas reunindo diversas entidades do setor, mas não há movimentação desde setembro. Assim como em relação ao projeto da Telemedicina, o relator prometeu apresentar um parecer, mas não o fez.
Uma minuta inicial chegou a circular entre os parlamentares, mas Hiran não formalizou nenhum texto e já informou ao JOTA que segue fazendo debates em busca de um texto que tenha ampla adesão na Casa.
Entre os principais pontos que estão em discussão no projeto estão: a portabilidade de carência, o ressarcimento dos planos de saúde suplementar ao SUS e o reajuste por faixa etária a partir dos 59 anos.
Piso salarial da Enfermagem
O Projeto de Lei 2564/2020 altera a Lei 7498/1986, para instituir o piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem e da Parteira. Em 24 de novembro, a medida foi aprovada no Senado Federal, que fixou no valor de R$4.750 para o piso salarial a ser pago nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados.
Em 29 de novembro, o texto foi remetido à Câmara dos Deputados. Apesar do discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), favorável ao projeto e inclusive defendendo que o texto promova uma redução de jornada para 30 horas, ele próprio optou por uma tramitação tradicional, remetendo o projeto às comissões.
Mauro Nazif (PSB-RO) foi designado no dia 15 de dezembro como relator na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP). Ele é autor de um requerimento de urgência para o projeto e já se manifestou favorável ao mérito em audiência pública, o que sinaliza que deverá se empenhar pelo tema na volta dos trabalhos.
Cabe destacar que esse projeto tem gerado uma intensa mobilização de entidades de classe representante dos trabalhadores e de entidades que representam hospitais e planos de saúde, o que, consequentemente, tem pressionado mais o Congresso. No Aprovômetro, a proposta consta com apenas 3,5% de chances de ser aprovada, mas o cenário pode mudar a depender da articulação política no Congresso.
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AGÊNCIA ESTADO
Ministério Público critica redução do isolamento
Em meio ao avanço veloz da contaminação pela variante Ômicron do novo coronavírus no País, o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), José de Lima Ramos Pereira, considera 'muito pouco' o período de cinco dias de isolamento definidos pelo governo em algumas situações e alertou para a responsabilidade das empresas em caso de contaminação.
'A responsabilidade do empregador é muito grande. Se houver contaminação porque a empresa não respeitou as regras de segurança, ela vai responder tanto na esfera trabalhista quanto em outras esferas. Mas a maior penalidade será mesmo paralisar por completo as atividades se contaminar todo mundo', disse ao Estadão/Broadcast.
Na segunda-feira, o Ministério da Saúde reduziu o período de quarentena para sete dias em caso de pacientes assintomáticos ou com sintomas leves, mas liberou a volta ao trabalho em apenas cinco dias em caso de teste negativo após esse período, mantendo o uso de máscaras e o distanciamento social.
'A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda uma média de sete dias para afastamento de pessoas assintomáticas e de 10 a 14 dias para pessoas com sintomas. Já um prazo de cinco dias a própria ciência está descartando, é muito pouco. Tanto existe a possibilidade de contágio, que a recomendação no período é não tirar a máscara para nada', disse. 'Se queimarmos etapas e encurtarmos os prazos, pode haver infecção generalizada, que vai acabar paralisando as empresas.'
O MPT monitora os impactos da variante Ômicron em diversos setores, mas Lima alertou que a regra de isolamento deve ser igual para os trabalhadores. Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse haver a possibilidade de liberação de médicos infectados para o trabalho, por causa do grande número de funcionários afastados.
Alerta Procurador-geral do MPT diz que é grande a responsabilidade do empregador
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O GLOBO
OMS aprova o uso de dois remédios para evitar hospitalização e morte por Covid
Recomendações da Organização Mundial da Saúde são baseadas em novas evidências envolvendo sete ensaios com mais de 4 mil infectados pelo coronavírus, incluindo pacientes em estado grave e crítico.
A Organização Mundial da Saúde aprovou o uso de dois remédios para evitar hospitalização e morte por Covid.
A principal aposta é o baricitinibe - um medicamento já usado para tratar artrite reumatoide. A partir desta quinta-feira (13), ele passa a ser fortemente recomendado pela OMS para pacientes com Covid em estado grave ou crítico, em combinação com corticosteroides.
Segundo o painel de especialistas, evidências indicaram uma redução na necessidade de ventilação mecânica, sem o aumento de efeitos colaterais. O uso é oral.
A outra recomendação é para o anticorpo monoclonal sotrovimabe. Mas, ao contrário do baricitinibe, ele é indicado para pacientes com Covid não grave, mas que tenham alto risco de hospitalização. Nesse caso, o tratamento é intravenoso.
As recomendações da Organização Mundial da Saúde são baseadas em novas evidências envolvendo sete ensaios com mais de 4 mil infectados pela Covid, incluindo pacientes em estado grave e crítico, e representam uma enorme esperança num momento em que a OMS vê recordes atrás de recordes de casos.
Mas especialistas alertam que o anúncio não resolve os problemas. O desafio agora é tornar os medicamentos acessíveis.
Mas especialistas alertam que o anúncio não resolve os problemas. O desafio agora é tornar os medicamentos acessíveis.
Na Índia, por exemplo, o tratamento de 14 dias sai pelo equivalente a R$ 30. Já no Brasil, o medicamento é vendido por cerca de R$ 5 mil.
A organização Médicos Sem Fronteiras pediu aos governos medidas imediatas para garantir que patentes não impeçam o acesso ao baricitinibe.
'Está tendo uma explosão de casos, e alguns desses casos são graves. As pessoas precisam ter uma chance de sobreviver', enfatiza Felipe Carvalho, coordenador no Brasil da Campanha de Acesso a Medicamentos/MSF.
'Está tendo uma explosão de casos, e alguns desses casos são graves. As pessoas precisam ter uma chance de sobreviver', enfatiza Felipe Carvalho, coordenador no Brasil da Campanha de Acesso a Medicamentos/MSF.
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PORTAL G1
Goiás tem 6,3 mil casos conhecidos de Covid em 24 horas, diz Saúde
Este é o segundo maior número de infectados por dia desde o início da pandemia. Boletim diz ainda que 12 pessoas perderam a vida pela doença em um dia.
Goiás tem 6.317 mil casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta quinta-feira (13). Os dados mostram ainda que 12 pessoas perderam a vida pela doença em um dia.
Este é o segundo maior número de infectados por dia desde o início da pandemia. Em 9 de junho de 2021, o estado registrou 7.031 infectados em um dia, batendo um recorde.
Em nota, a SES informou que além dos novos casos que foram inseridos nos sistemas oficias do Ministério da Saúde (MS), há aqueles que não foram registrados anteriormente e que estavam acumulados, devido ao ataque hacker sofrido pelas plataformas do governo federal.
A pasta disse ainda que os problemas foram sanados, uma vez que os sistemas de notificação voltaram a operar, existindo ainda cumulativo de registros a serem notificados, que estão sendo inseridos gradativamente.
Conforme a pasta, nesta quinta-feira, a taxa de ocupação dos leitos de UTIs para o tratamento da doença é de 80%. Em relação às enfermarias, 42% estão sendo usadas.
Ao todo, o Goiás já registrou 967.579 casos e 24.753 mortes pela a doença desde o início da pandemia.
Goiânia
Em Goiânia, até esta tarde, havia o total de 238.641 infectados e 7.032 vidas perdidas para o coronavírus. Em 24 horas, foram 1.889 novos casos conhecidos e nenhum óbito.
No entanto, a capital tem 72% das UTIs para o tratamento da doença lotados. Na enfermaria, a taxa é de 78%.
Ômicron em Goiás
Goiás é o segundo estado com mais registros de ômicron no país após ter 70 casos e a 1ª morte pela variante, conforme dados do Ministério da Saúde desta terça-feira.
O estado está atrás de São Paulo, que lidera com 121 casos da variante e Rio de Janeiro, com 58 infectados pela ômicron.
Até esta quinta-feira, o Brasil havia registrado apenas uma morte pela variante, que aconteceu em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
A vítima foi um idoso de 68 anos portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. O caso foi registrado no último dia 6 de janeiro. Ele vivia em um abrigo de idosos e já estava vacinado com as três doses.
Especialistas explicam que a vacinação contra a Covid-19 reduz o risco de morte pela doença e suas variantes. Eles afirmam ainda que os imunizantes disponíveis contra o coronavírus são para evitar o agravamento dos casos, mas que não há garantia de que possam impedir a reinfecção.
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COFEN
O que o Cofen vai fazer pelo piso da Enfermagem em 2022?
Ações e mobilizações em série serão adotadas para chegar a resultados práticos
Na abertura do ano legislativo, em 9 de fevereiro de 2022, a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) estará na Câmara dos Deputados, junto às presidentes e aos presidentes dos Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren), peregrinando de gabinete em gabinete, para buscar apoio parlamentar e alcançar a votação urgente do PL 2564/20, que cria um piso salarial para a categoria em todo o território nacional. A ideia inicial seria fazer uma manifestação nesse dia, com a participação de pelo menos 3 mil pessoas. Entretanto, o avanço da Covid-19 criou um momento epidemiológico grave, que não permite a realização do ato neste momento.
“Durante os últimos dois anos, estivemos diariamente no Senado, cobrando o reconhecimento do direito ao piso salarial. Lá, o projeto terminou aprovado por unanimidade. Neste ano, na Câmara, não vai ser diferente. Os Conselhos de Enfermagem vão continuar mobilizando forças pela aprovação desse projeto. Eu tenho esperança de que seja aprovado. Enquanto houver 1% de chance, eu continuarei lutando com 100% de fé e determinação. Em momento oportuno, quando a situação permitir, a gente conta com a adesão em massa da categoria, para avançar até a medida da aprovação. A gente precisa acreditar para que se torne realidade”, considera a presidente do Cofen, Betânia Santos.
O Sistema Cofen/Conselhos Regionais vai estabelecer um cronograma de atividades para todo o ano, em defesa do piso nacional da Enfermagem. Nas ruas e nas redes sociais, por meios de ações diretas e campanhas, serão demonstradas a justiça, a urgência e a necessidade de regulamentar esse direito. Neste momento, as deputadas e os deputados que fazem parte do grupo de trabalho instalado para avaliar a viabilidade econômica da proposta estão debruçados sobre a matéria. A partir das diretrizes que esses parlamentares apontarem, os demais terão condições de decidir o voto.
O PL 2564/20 estabelece piso de R$ 4.750,00 para enfermeiras e enfermeiros, 70% desse valor para técnicos e técnicas e 50%, para auxiliares e parteiras. “Quanto mais o tempo passa, mais os profissionais de Enfermagem provam que são imprescindíveis para a população. Eu espero que isso seja reconhecido e valorizado em 2022. De outro modo, o sistema de saúde vai à falência. Se a linha de frente não for valorizada depois de enfrentar uma pandemia como essa, a saúde pública terá sido violada em seus preceitos mais essenciais. Sem dignidade, não faz sentido a luta pela vida. Esperamos que a realidade dos profissionais de Enfermagem mude daqui para frente”, considera Betânia Santos.
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A REDAÇÃO
Caiado descarta novo decreto de medidas restritivas contra a covid em Goiás
Goiânia- O governador Ronaldo Caiado descartou a possibilidade de um novo decreto de medidas restritivas para contenção da covid-19 em Goiás nos próximos dias. "Vamos continuar estimulando cada vez mais a vacinação contra o novo coronavírus. Essa é principal regra e meta que temos que alcançar",“declarou em entrevista coletiva no início da noite desta quinta-feira (13/1), no Cel da OAB, em Aparecida de Goiânia. Ele acompanha no local a posse da nova presidência da OAB-GO.
Ainda segundo Caiado, os prefeitos devem analisar a sistuação nos municípios e também encorajar cada vez mais a imunização. "Se 100% da população já estivesse imunizada com as duas doses e agora com a terceira, não teríamos mais esse quadro da progressão da doença e nem da nova variante, que também é sensível ao efeito das vacinas", declarou o governador.
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Ministério da Saúde adia entrega de vacinas contra covid-19 para crianças
Goiânia - O Ministério da Saúde (MS) comunicou, na noite desta quinta-feira (13/1), que a entrega das vacinas contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos será adiada. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que, segundo o órgão do governo federal, há uma previsão de que as doses estejam disponíveis no Estado ainda na manhã desta sexta-feira (14).
"O objetivo é que na segunda-feira (17/01), todo o território goiano esteja abastecido para início da campanha para o público de 11 anos de idade, a depender da chegada das doses", disse a SES-GO.
Doses chegariam em Goiás nesta madrugada
Com a chegada na manhã desta quinta-feira (13/1) da primeira remessa de doses da Pfizer contra covid-19 para crianças de 5 a 11 anos ao Brasil, Goiás vai contar com as primeiras 44,3 mil vacinas, que chegariam no Estado por volta de 1h30 da manhã, conforme anúncio feito pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), na manhã de hoje (13).
Confira a nota na SES-GO na íntegra
"Adiamento da entrega de vacinas contra covid-19 para crianças
O Ministério da Saúde (MS) comunicou, na noite desta quinta-feira (13/01), que a pauta de entrega das vacinas para crianças de 5 a 11 anos foi cancelada.
Segundo o órgão do governo federal, há uma previsão de que as doses estejam disponíveis, ainda na manhã desta sexta-feira (14/01), para o Estado.
A SES-GO aguarda mais informações e reitera que toda a logística para envio, em tempo oportuno, das doses aos municípios está preparada e definida.
O objetivo é que na segunda-feira (17/01), todo o território goiano esteja abastecido para início da campanha para o público de 11 anos de idade, a depender da chegada das doses.
Secretaria de Estado da Saúde de Goiás"
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Escassez de insumos pode levar à suspensão de testes da covid em Goiás
A alta procura dos testes da covid-19 tem preocupado entidades ligadas aos laboratórios e bancos de sangue em Goiás e no Brasil. O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado (Sindilabs-GO) informou que busca pela testagem já começou a provocar escassez de reagentes no mercado brasileiro e internacional. Segundo a presidente do sindicato, Christiane do Valle, a situação pode ocasionar, a princípio, outras duas: uma demora maior na entrega dos resultados ou, num pior caso, a suspensão temporária dos testes da covid-19.
"Em Goiás, no momento, os laboratórios têm conseguido atender a nova demanda, e o Sindilabs-GO (Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás), vem monitorando a situação e trabalhando junto a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) para evitar o desabastecimento", informa o Sindilabs-GO.
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JORNAL OPÇÃO
“Imunidade de rebanho é conferida pela vacina, não pela infecção”, reforça Ludhmila Hajjar, sobre a ômicron
Por Gabriela Macedo
Ao Jornal Opção, a intensivista e professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP explicou que a previsão para os próximos não é positiva às unidades de saúde, que devem lotar com pacientes hospitalizados pela Covid-19
Após Ministério da Saúde considerar a variante ômicron como a variante predominante no Brasil, devido a uma rápida explosão de contaminação, as previsões ao sistema de saúde dos próximos dias não são tão positivas. A avaliação é da intensivista e professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ludhmila Hajjar, que ao Jornal Opção considerou como assustadora a explosão de casos da variante, de modo que o impacto no sistema hospitalar pode ser grande dentro de uma ou duas semanas.
“Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil e isso já tem gerado um grande impacto no sistema hospitalar, especialmente quanto a questão de insumos e leitos. O que esperamos são dias muito difíceis, especialmente dentro de uma ou duas semanas, quando provavelmente teremos um número de internações muito além de nossa capacidade”, explica a médica. Novamente, a palavra da vez, segundo ela, é ‘colapso’, especialmente porque com uma nova superlotação das unidades de saúde, tratamentos eletivos também acabam prejudicados.
“Isso terá um impacto negativo nas cirurgias eletivas e internações por outras doenças, como câncer, doenças cardiovasculares, entre outras”, pontua. Ludhmila ainda detalha que, atualmente, a maior parte das pessoas hospitalizadas em estado grave pela Covid-19 são pacientes que já poderiam ter tomado a dose de reforço, mas não tomaram, ou pessoas não imunizadas. “Isso infelizmente é a realidade. Internado, o paciente se arrepende, mas é tarde. Já está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com o pulmão doente”, lamenta.
Para a professora da faculdade de Medicina da USP, a variante ômicron, descoberta na África do Sul, vem sendo subestimada por muitos, com o conceito de que esta seria menos grave que as demais. Quanto a sua gravidade e risco de morte, ela concorda, no entanto, pede atenção, uma vez que a “prevalência e frequência vêm sendo tão altas que o número de internações aumentou e permanecerá subindo nos próximos dias”.
As medidas protetivas individual e coletiva, no entanto, permanecem as mesmas. Ela, inclusive, ressalta a importância da permanência do uso de máscaras e sugere a troca das máscaras cirúrgicas e de pano para a PFF2 ou N-95. Especialmente em ambientes fechados ou que possuam pessoas com sintomas ou já diagnosticadas com a Covid-19. “Estamos em um momento de altíssima transmissão e estamos falando de uma variante que é muito difícil conter essa transmissão. Por isso, pedimos que aglomerações sejam evitadas e que todas as medidas de higiene sejam mantidas”, sugere a cardiologista.
Hajjar ainda reitera que, diferente do que muitas pessoas que não desejam se imunizar argumentam, “a imunidade de rebanho é conferida pela vacina, não pela infecção”. Segundo ela, a vacina é a arma mais potente que se existe para o combate à Covid-19, de modo que toda a população deve tomar a primeira e a segunda dose, a dose de reforço quando indicada, e levar suas crianças para serem imunizadas. “Essa é a solução imediata que temos. Enquanto isso, nós, como profissionais da Saúde, faremos o possível para atender todas as pessoas, com todas as dificuldades estruturais que teremos”, declara.
Ludhmilla Hajjar é formada pela UnB e doutora pela USP. Nascida em Anápolis, Goiás, a professora de Cardiologia da USP chegou a ser cotada para chefiar o Ministério da Saúde no último ano.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Conass pede à Saúde reconhecimento da nova onda de Covid
Covid-19: Brasil tem 87,4 mil casos e 133 mortes em 24 horas
Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra covid-19 para crianças
Ômicron e gripe lotam postos em São Paulo e desfalcam equipes médicas
Bolsonaro minimiza ômicron e sugere que cepa é bem-vinda'
Indústria estima que possa entregar 10 mi de autotestes de Covid por mês
Candida auris: Anvisa confirma terceiro caso de 'superfungo' no país
Teste só em casos graves
Anvisa recomenda a suspensão total dos cruzeiros
Governo reduz verba para intervenção cardíaca
Novos casos de covid-19 em Goiás quadruplicam nas últimas 48 horas
Baiocchi: "Suspensão das atividades do comércio está descartada em Goiânia"
PORTAL G1
Conass pede à Saúde reconhecimento da nova onda de Covid
Em ofício, conselho também pediu recursos financeiros e autorização para reativar a rede hospitalar instalada para combater a pandemia em 2021
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou um ofício ao Ministério da Saúde em que pede o reconhecimento de que o Brasil enfrenta uma nova onda de Covid-19. O pleito foi feito nesta quarta-feira (12), em texto assinado pelo presidente da entidade e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula.
"O Conass acredita que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país. Destaca-se que, mesmo com a suspeita da menor gravidade, com a alta transmissão aumentam as chances de hospitalização, principalmente na população sem esquema vacinal completo", aponta o Conass no ofício.
O conselho pontua que no dia 2 de janeiro, dados disponibilizados pelo Painel Conass, indicaram a notificação de 1.721 novos casos de Covid-19. Já no último domingo (9), uma semana depois, 24.382 casos foram registrados no país - um aumento que ultrapassa a marca de 300%.
"Sendo a Ômicron mais transmissível e responsável pelo aumento de pacientes com sintomas leves, os serviços ambulatoriais estarão pressionados por quadros clínicos que exigem testagem imediata, prescrição médica e emissão de atestados para o devido isolamento dos positivos. Em países onde a nova variante já impacta em recordes de casos leves, a rede hospitalar também já se encontra pressionada por casos graves, principalmente em pacientes não-vacinados, incluindo as crianças", diz o Conass.
Diante dessas informações, o conselho listou uma série de pedidos. Confira abaixo:
a autorização imediata de funcionamento, nas condições adotadas ao longo do ano de 2021, de toda a rede hospitalar implantada no país para o enfrentamento à Covid-19, não contemplada com a habilitação permanente definida em recente pactuação tripartite, no que tange à internações em leitos clínicos e de terapia intensiva;
o aporte de recursos financeiros para abertura, no menor tempo possível, de pontos de testagem em massa para acesso de primeiro contato de toda a população, considerando o aporte de R$ 4,00 (quatro reais) por teste enviado a cada Estado/Município;
o posicionamento claro, por parte da Vigilância em Saúde do Ministério, sobre o cancelamento nacional de eventos de carnaval de rua e outros, onde não haja possibilidade de controle de acesso, com a obrigatoriedade de comprovante de vacinação e teste negativo;
o monitoramento nacional do potencial de desabastecimento de medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Kits de Intubação;
a imediata deflagração de campanha pela imunização completa de toda a família brasileira, com destaque para a vacinação infantil, de modo a estimular a adesão plena da vacinação de crianças;
a inclusão imediata da vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 no calendário nacional de vacinação.
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil tem 87,4 mil casos e 133 mortes em 24 horas
Em 24 horas, foram registrados 87.471 casos de covid-19 e 133 mortes associadas a complicações em consequência da infecção pelo novo coronavírus. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada na noite desta quarta-feira (12).
Os dados mostram a evolução da curva de casos de covid-19 no país. Há uma semana (5), o número de diagnósticos positivos foi 27.267, três vezes menor do que o registrado hoje. Com os dados desta quarta-feira, a soma de pessoas contaminadas pelo vírus chegou a 22.716.931.
Ainda há 402.496 casos em acompanhamento de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Até esta terça-feira, 21.694.064 pessoas se recuperaram da doença.
Com as mortes por covid-19 confirmadas hoje, o total de pessoas que não resistiram à doença desde o início da pandemia chegou a 620.371.
Ainda há 2.984 falecimentos em investigação, dado que não vem sendo atualizados nos últimos dias. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.
Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta quarta-feira (12). A atualização reúne informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.
Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (155.464), Rio de Janeiro (69.553), Minas Gerais (56.755), Paraná (40.927) e Rio Grande do Sul (36.502).
Os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.854), Amapá (2.028), Roraima (2.078), Tocantins (3.956) e Sergipe (6.062). Entre ontem e hoje não houve novas mortes no Acre, Amapá, Roraima e Sergipe.
Ômicron
O total de infectados com a variante Ômicron chegou a 426. Do total registrado hoje, foram identificados 121 casos em São Paulo, 70 em Goiás, 58 no Rio de Janeiro, 40 casos no Ceará, 38 em Santa Catarina e 38 em Goiás. No total, a variante foi identificada em 13 unidades da Federação. Foi registrado um óbito até agora, em Goiás.
Ainda há 839 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (441), Rio Grande do Sul (236) e Minas Gerais (114).
Vacinação
Até esta quarta-feira (12), foram aplicados 335 milhões de doses, sendo 161,8 milhões com a 1ª dose e 144,8 milhões com a 2ª dose ou dose única. Mais 15,5 milhões já receberam a dose de reforço.
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Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra covid-19 para crianças
Chegaram ao Brasil, às 4h45 desta quinta-feira (13), as primeiras vacinas contra covid-19 destinadas a crianças de 5 a 11 anos. Remessa com 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer foi descarregada no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (São Paulo). Goiás vai ficar com 3,55% dos frascos.
O lote será distribuído a estados e municípios para iniciar a aplicação. A previsão é que o Brasil receba em janeiro um total de 4,3 milhões de doses da vacina. A remessa é a primeira de três que serão enviadas ao país. Segundo o Ministério da Saúde, durante o primeiro trimestre devem chegar ao Brasil quase 20 milhões de doses pediátricas, destinadas ao público-alvo de 20,5 milhões de crianças.
Em fevereiro, a previsão é que sejam entregues mais 7,2 milhões, e em março, 8,4 milhões. Na semana passada, o ministério anunciou a inclusão dos imunizantes pediátricos no plano de operacionalização do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo a pasta, a criança deve ir aos postos de vacinação acompanhada dos pais ou responsáveis ou levar uma autorização por escrito.
O esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. A distribuição será feita na seguinte proporção (confira o percentual da população de 5 a 11 anos por estado):
Região Centro-Oeste (8,17%)
Distrito Federal - 1,30%
Goiás - 3,55%
Mato Grosso do Sul - 1,47%
Mato Grosso - 1,85%
Região Sudeste (39,18%)
Espírito Santo - 1,93%
Minas Gerais - 9,02%
Rio de Janeiro - 7,49%
São Paulo - 20,73%
Região Sul (13,17%)
Paraná - 5,25%
Rio Grande do Sul - 4,73%
Santa Catarina - 3,19%
Região Nordeste (28,43%)
Alagoas - 1,77%
Bahia - 7,07%
Ceará - 4,42%
Maranhão - 4,02%
Paraíba - 1,89%
Pernambuco - 4,80%
Piauí - 1,62%
Rio Grande do Norte - 1,67%
Sergipe - 1,17%
Região Norte (11,05%)
Acre - 0,57%
Amazonas - 2,77%
Amapá - 0,55%
Pará - 4,99%
Rondônia - 0,93%
Roraima - 0,38%
Tocantins - 0,86%
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FOLHA DE S.PAULO
Ômicron e gripe lotam postos em São Paulo e desfalcam equipes médicas
Categoria reivindica reposição de profissionais e fará assembleia para decidir se entra em greve
Com unidades de saúde superlotadas, falta de medicamentos, equipes exaustas e doentes, médicos da APS (Atenção Primária à Saúde), que atendem nas unidades básicas de São Paulo, farão nesta quinta-feira (13), às 19h30, uma assembleia para decidir se entram em greve.
A situação se agravou nas últimas semanas com o avanço da variante ômicron e a epidemia de gripe influenza, que levaram ao afastamento de cerca de 1.600 funcionários da saúde municipal, um aumento de 111% em relação ao início de dezembro. A rede estadual também vive problema semelhante.
Os afastamentos de profissionais da saúde por Covid ou síndrome gripal se tornaram um dilema em todo o país e afetam também até 10% da força de trabalho de hospitais da rede privada, segundo a Anahp (Associação dos Hospitais Privados de Saúde). A situação impulsionou o Ministério da Saúde a reduzir de 10 para 5 dias o período de isolamento de pacientes assintomáticos de Covid.
Entre as reivindicações dos médicos da rede municipal paulistana estão a contratação de mais equipes para atendimento e pagamento das horas extras. Muitos profissionais dizem que estão sendo convocados para trabalhar aos sábados sem pagamento adicional.
"O único recurso adicional é a sobrecarga. Os funcionários estão sendo convocados para trabalhar aos sábados sem saber como serão remunerados. Algumas OSS [organizações sociais de saúde] não estão pagando como horas extras, oferecem como banco de horas, mas, na prática, ninguém consegue tirar essas horas", diz a médica Ana Paula Amorim, diretora da Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade e que também atua na rede municipal.
Segundo a médica Vanessa Araújo, representante do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), os trabalhadores da saúde municipal estão complemente exaustos e desrespeitados pelo poder público. "A situação no município de São Paulo caminha para um colapso", afirma.
Na manhã desta quarta (12), por exemplo, ela diz ter visitado a UBS Santa Cecília, no centro de São Paulo. A unidade deveria ter oito médicos e estava operando com apenas três. "Quatro médicos pediram recentemente demissão por exaustão e por não conseguirem mais fazer o trabalho de atenção primária, de acompanhar os doentes crônicos, de prevenir doenças. A cobrança é de atendimento de pronto-socorro o tempo todo", diz.
Segundo lideranças comunitárias, na UBS do Jardim Fontalis, na zona norte, havia apenas dois médicos (um clínico geral e um ginecologista) para atender a uma região com população de 60 mil pessoas. As quatro equipes de saúde da família da unidade estavam sem médicos.
Araújo diz que a situação de equipes desfalcadas é a mesma em ao menos 50 UBSs visitadas nas últimas semanas. "As OSS alegam dificuldade de contratação de médicos, mas também não informam a razão disso. É baixa remuneração? Carga de trabalho exaustiva? Desconfiguração da APS? Eles não assumem a responsabilidade."
A médica diz que, desde o início da pandemia, muitos profissionais da atenção primária têm deixado a rede municipal por desestímulo e exaustão. A Folha apurou que muitos deles estão sendo absorvidos pela rede privada, que, cada vez mais, investe em atenção primária.
Araújo afirma que o descontentamento aumentou no final do ano, quando os médicos foram avisados às vésperas do Natal que os pontos facultativos haviam sido suspensos e que as unidades de saúde passariam a abrir aos sábados para atendimento de pessoas com sintomas da Covid e da gripe.
"No início do ano, a situação se tornou insustentável porque, além da sobrecarga, muitos trabalhadores começaram a adoecer por Covid e por influenza. A previsão é de um cenário muito grave que se aproxima, com risco de colapso pela falta desses trabalhadores."
Os profissionais denunciam também que estão expostos ao contágio pela Covid devido à falta de EPIs (equipamentos de proteção individual), como luvas e aventais, além de insumos básicos. "Falta dipiriona, falta lençol de maca", diz a médica de família Ana Amorim.
A técnica de enfermagem aposentada Maria Madalena Figueiredo, conselheira de saúde na região da UBS Jardim Fontalis, na zona norte, diz que a falta de medicamentos é generalizada. "Falta de tudo. Analgésicos, anti-inflamatórios. Os pacientes estão indo de posto em posto e não conseguem nada."
Ela conta que nesta quarta (12) estava em busca de xarope para um casal de catadores de recicláveis e de medicamentos para tratamento da tuberculose de um paciente vulnerável da região que está em uma casa de repouso. "É uma tristeza. A todo momento tem alguém se queixando", diz ela.
Na zona leste, Laura Araújo, moradora no Jardim Tietê, reclamava da falta de medicamentos como o alenia, para asma brônquica, e losartana, para hipertensão. "Às vezes, consigo um, mas não o outro", diz ela, após percorrer três postos de saúde, sem sucesso.
Para a médica Ana Amorim, a situação está pior do que em qualquer outro momento da pandemia em relação ao grande número de atendimentos de pessoas com sintomas respiratórios.
Além da exaustão e da frustração de não conseguir dar uma assistência adequada aos pacientes, Amorim diz que tem aumentado os episódios de violência contra os profissionais de saúde por parte da população.
Na sexta (7), por exemplo, um homem, irritado com a demora no atendimento, invadiu o consultório médico de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Guarulhos e começou a mexer nos prontuários dos pacientes. Uma profissional da saúde tentou contê-lo e foi agredida com um soco. Uma câmera de segurança registrou a agressão.
Em resposta às demandas do sindicato dos médicos, o Sindhosfil (sindicato que representa as 14 organizações sociais de saúde que hoje gerenciam a atenção primária no município) disse que os pleitos dos médicos são de competência da Prefeitura de São Paulo e que não havia fontes financeiras para bancar as reivindicações.
A Secretaria Municipal da Saúde, por sua vez, informou ao sindicato que autorizou o pagamento de horas extras aos profissionais que estão trabalhando aos sábados pelas OSS. E que elas também já tiveram autorização para contratar médicos e equipes de enfermagem para atender ao aumento da demanda.
Quanto aos medicamentos em falta, a secretaria reconheceu o desabastecimento e o atribuiu a problemas de importação de itens e ao cancelamento de compras já empenhadas, devido à pandemia.
Em nota à Folha na noite desta quarta, a secretaria diz que desde o início da vacinação contra Covid, em janeiro de 2021, a pasta autorizou a contratação pelos parceiros [OSS] de equipes de enfermagem e administrativos para auxiliarem na vacinação.
"No atual momento, devido à variante ômicron, são muitos casos em um curto período de tempo, promovendo aumento nos atendimentos nas unidades e, por isso, a integração dos serviços em rede assistencial se fez necessário", explica.
Desde o último sábado, 8 de janeiro, as unidades passaram a abrir todos os sábados até a diminuição dos casos de sintomáticos respiratórios na capital. A SMS diz que já autorizou o pagamento das horas extras dos profissionais pelas OSS.
A SMS ressalta também que solicitou a presença dos médicos nas UBSs aos sábados, entretanto, não obrigou que as equipes sejam da Atenção Primária à Saúde.
"Os parceiros iniciarão o cronograma de pagamento de horas extras a partir deste mês e, àqueles da administração direta, que iniciam a partir desta fase da pandemia o atendimento aos sábados, a SMS estará publicando portaria e pagamento de plantão extra."
Até a sexta-feira (14), a SMS diz que, juntamente com os parceiros, estará fechando o montante de contratação para apoiar a porta de entrada dos equipamentos, inclusive, ampliando o quadro e horário de algumas unidades para as 22h ou, até mesmo, transformando unidades 12h em 24h.
"Em relação aos insumos a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que recebeu, em dezembro de 2021, mais de 867,5 milhões de unidades de medicamentos e insumos, com investimento total de R$ 116 milhões. A pasta prevê o recebimento de outros R$ 28 milhões em medicamentos e materiais médicos, além de mais R$ 52 milhões que serão empenhados para a compra dos suprimentos."
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Bolsonaro minimiza ômicron e sugere que cepa é bem-vinda'
Presidente também fez nova ofensiva para questionar vacinas contra Covid
BRASÍLIA O presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou nesta quarta-feira (12), os impactos da ômicron no Brasil e sugeriu que variante é 'bem-vinda'.
'[A] ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem: que ela tem uma capacidade de difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena", disse Bolsonaro, em entrevista ao site Gazeta Brasil.
'Dizem até que seria um vírusvacinal. Deveriam até. . . Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias -e não vinculadas a farmacêuticas - dizem que a ômicron é bem vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia'
O mandatário alegou ainda que a variante 'não tem matado ninguém' e que o registro de óbito em Goiás, já confirmado como decorrência de infecção pela ômicron, seria de uma pessoa que já tinha 'problemas seríssimos'.
O paciente, de 68 anos, era hipertenso e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica.
Numa nova ofensiva para jogar dúvidas sobre vacinas, Bolsonaro disse ainda que determinou ao ministro Marcelo Queiroga (Saúde) a divulgação de casos de efeitos colaterais causados por imunizantes.
Apesar da fala de Bolsonaro, especialistas destacam que a ômicron, embora aparentemente menos letal, traz riscos de nova sobrecarga aos sistemas de saúde.
A hipótese de que a variante represente o declínio da pandemia é um dos cenários avaliados por epidemiologistas, mas não o único. Eles destacam que o vírus ainda pode sofrer muitas mutações, e não se sabe se elas tornarão a doença mais ou menos grave.
Até o momento, a expansão da ômicron reina sobre as outras variantes por onde passa. Por causa da nova cepa, o mundo vem registrando números próximos a 2 milhões de casos por dia, quantidade muito superior à das ondas anteriores da doença.
Além do mais, uma das explicações para a aparente menor letalidade da ômicron é a atual alta cobertura vacinal.
Bolsonaro, apesar disso, tem questionado a eficácia de imunizantes. Ele garante que não vai tomar vacina e se opõe, contra as recomendações de especialistas e órgãos como a Sociedade Brasileira de Pediatria, à expansão da campanha de vacinação para crianças de cinco a 11anos.
Na entrevista desta quarta, o presidente voltou a criticar a imunização infantil, que deve começar ainda neste mês.
O mandatário afirmou que 'quase zero, um número muito pequeno' de crianças teria morrido de Covid no Brasil. 'E esse número pequeno ainda tinha o fato de criança com comorbidade'
Corrigido pela entrevistadora, que ressaltou que mais de 300 crianças morreram pela doença, Bolsonaro manteve a oposição à imunização desse público.
Ele então disse ter determinado a Queiroga que divulgue os casos de efeitos colaterais registrados por conta da vacinação no país.
'Tudo bem, não vou questionar. Vamos partir do princípio que os números estão certos. Justifica a vacinação? Eu cobrei ontem do ministro Queiroga, da Saúde, a divulgação das pessoas com efeito colateral. Quantas pessoas estão tendo reações adversas no Brasil pós-vacina? Quantas pessoas estão morrendo também por outras causas que são creditadas à Covid?'
'Trezentas e poucas crianças [mortas]. . . Lamento cada morte, ainda mais de criança, agente sente muito mais, mas não justifica a vacinação pelos efeitos colaterais adversos que essas pessoas têm'.
A declaração de Bolsonaro é questionada por cientistas, ?ue destacam que as vacinas oram aprovadas por órgãos regulatórios em diversos países, entre eles a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que elas são seguras e fundamentais para o controle da pandemia.
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Indústria estima que possa entregar 10 mi de autotestes de Covid por mês
Entidade prevê que demanda será inferior à capacidade de produção e projeta preço mais baixo
Presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa estima que a indústria instalada no Brasil tem capacidade de produzir até ío milhões de autotestes de Covid por mês.
A entrega dependería da demanda pelo exame, que ainda precisa ser regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo governo federal.
Ainda na estimativa da entidade, que afirma representar 70% do mercado de produtos de diagnóstico, o produto deve ser mais barato que exames de antígeno hoje fornecidos em farmácias e laboratórios.
A capacidade de produção foi levantada em consulta da CBDL as suas associadas. Considera também a possível fabricação do produto em laboratórios públicos, disse.
Ele projeta que em 2022 a população deva procurar no mercado privado de 20 milhões a 40 milhões de unidades desse tipo de exame que pode ser feito em casa. Já a demanda na rede pública dependería de políticas públicas definidas pelos governos.
Gouvêa afirma que a produção do autoteste é mais cara que a de exames de antígeno, mas que o produto final deve custar menos, pois não inclui o preço do serviço do exame.
'Hoje a gente vê valores de R$ 70 a R$ 150 (de testes de antígeno) nas farmácias. O autoteste deve ficar de R$ 45 a R$ 70', afirma Gouvêa.
Entidades científicas cobraram nesta terça (11) uma política de testagem mais ampla e a permissão do exame em casa. A procura pelos testes disparou com 0 avanço da contaminação na virada do ano.
Em nota divulgada nesta quarta (12), a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnostica) alertou para risco de falta de insumos necessários nos exames da Covid-19. A entidade recomendou priorização de exames a pacientes 'segundo uma escala de gravidade'.
O presidente-exeeutivo da CBDL disse que a falta do produto não é generalizada e não deve se alongar, pois as empresas voltaram a contratar e a ampliar linhas de fabricação.
Segundo Gouvêa, o mercado deve conseguir ofertar volume de autotestes maior do que o exigido pelos consumidores, mas delimitar essa demanda ainda dependería do avanço da dença. "O autoteste vem para complementar. O próprio exame RT-PCR [considerado padrão ouro] continua tendo o seu papel.'
O representante da indústria estima que os primeiros exames que podem ser feitos em casa da Covid chegariam ao mercado cerca de 1 mês após a regulamentação do produto pelo governo. Depois de liberada a regra, as emcomplementar, assim a notificação do resultado não seria a principal função. 'A pessoa testada em casa no mínimo vai buscar confirmação da infecção, provavelmente no laboratório. Vai ainda parar de sair, avisar pessoas mais próximas. Já atingiu objetivo de saúde pública de cortar a transmissão da Covid', afirmou.
Os testes são compostos por material de coleta da amostra do paciente, além de diluen-tese um dispositivo para apresentar o resultado da análise.
A própria pessoa coleta material (com auxílio de um swab, como em um PCR ou antígeno) e o deposita sobre uma superfície que aponta se está infectada ou não.
O autoteste não é autorizado no Brasil por causa de uma resolução da Anvisa de 2015, que diz que não podem ser fornecidos para leigos produtos que tenham a finalidade de diagnóstico de exposição a agente transmissível.
A mesma regra estabelece que a proibição 'poderá ser afastada' se houver 'políticas públicas e ações estratégicas formalmente instituídas pelo Ministério da Saúde'.
Uma exceção a essa regra já ocorreu. Há alguns anos, após iniciativa do Ministério da Saúde, foram liberados os autotestes para HIV, que têm o apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
Para Gouvêa, há margem para o Brasil avançar sobre autoteste de outras doenças, como de HPV, sífilis e Hepatite C.
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Candida auris: Anvisa confirma terceiro caso de 'superfungo' no país
Estudo de 2021 sugere que caos hospitalar criado pela Covid-19 pode ter criado condições para a proliferação da Candida auris
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou hoje o terceiro surto de Candida auris em um hospital da rede pública no Recife. A espécie foi detectada na urina de um paciente.
Conhecido como "superfungo", ele resiste a medicamentos e, de acordo com a agência, é considerado uma ameaça séria à saúde pública. A infecção por C. auris pode ser fatal, principalmente para pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades. Os dois primeiros casos foram confirmados em Salvador em 2020.
A agência alertou ainda que há outro caso suspeito em investigação laboratorial, em um paciente do mesmo hospital.
De acordo com a Anvisa, desde a identificação da suspeita, uma força-tarefa nacional, composta por diversos órgãos, foi acionada para monitorar e controlar o surto. A instituição pediu que os laboratórios de microbiologia intensifiquem a vigilância e, diante de um caso suspeito ou confirmado, notifiquem o serviço de saúde e acionem um dos Lacens (Laboratório Central de Saúde Pública).
Covid-19 pode ter criado condições para 'superfungo'
Um estudo publicado no ano passado sugere que o caos hospitalar criado pela pandemia da Covid-19 pode ter criado as condições ideais para a proliferação da Candida auris.
Arnaldo Colombo, coordenador o Laboratório Especial de Micologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e líder da pesquisa, explica que os fungos do gênero Candida (com exceção da C. auris) fazem parte da microbiota intestinal humana e só costumam causar problemas quando há um desequilíbrio no organismo. O mais comum é o surgimento de infecções superficiais na mucosa da vagina (candidíase) ou da boca (sapinho), geralmente associadas à espécie C. albica.
Em alguns casos, porém, o fungo invade a corrente sanguínea e desencadeia um quadro de infecção sistêmica -conhecido como candidemia- semelhante ao da sepse bacteriana. A invasão da corrente sanguínea e a resposta exagerada do sistema imune ao patógeno podem causar lesões em diversos órgãos e até mesmo levar à morte. As evidências científicas apontam que, quando a candidemia ocorre em pacientes infectados pela C. auris, até 60% não sobrevivem.
"Essa espécie rapidamente se torna resistente a múltiplos fármacos, sendo pouco sensível a produtos desinfetantes utilizados em centros médicos. Dessa forma, consegue persistir no ambiente hospitalar, onde coloniza profissionais de saúde e, posteriormente, pacientes críticos que necessitam de internação prolongada, a exemplo dos portadores de formas graves da Covid-19", diz Colombo.
Diversos fatores tornam os pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 alvos ideais para a C. auris, entre eles a internação prolongada, o uso de sondas vesicais e cateteres para acesso venoso central (uma porta de entrada para a corrente sanguínea), corticoides (que suprimem a resposta imune) e antibióticos.
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CORREIO BRAZILIENSE
Teste só em casos graves
Abramed recomenda elaborar escala de prioridade para infectados devido à ameaça de faltar meio de detecção do vírus
Diante da possibilidade de faltarem testes de antígeno e PCR (o molecular, mais preciso) para a detecção da covid-19, a Associação Brasileira de Medicina Diagnostica (Abramed) recomendou, ontem, que os casos graves de infecção pelo novo coronavírus sejam priorizados em detrimento daqueles com poucos sintomas ou assintomáticos. A entidade sugeriu, ainda, que os profissionais da saúde façam parte desse grupo preferencial. A mesma decisão foi tomada pela maior rede de hospitais do país, Rede D'Or, por falta de insumos.
'Recomendamos, fortemente, que sejam submetidos a testes apenas os pacientes que tenham maior gravidade de sintomas, pacientes hospitalizados e cirúrgicos, pessoas no grupo de risco, trabalhadores assistenciais da área da saúde e colaboradores de serviços essenciais', destacou o presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik, por meio de nota.
A entidade propôs, também, que pessoas sem sintomas ou com sintomas leves, mesmo que tenham entrado em contato com infectados, se isolem mesmo sem testagem. A fim de organizar o processo de comprovação do novo coronavírus, a Abramed vai elaborar uma nota técnica orientando os laboratórios associados a priorizem pacientes de acordo com uma escala de gravidade.
'Quando avaliamos as notícias que vêm de outros países, de que eles já estão sem insumos, é certo que o problema chegará ao Brasil. Não é possível mensurar nesse momento até quando poderemos atender, pois os estoques são variados dependendo do laboratório e da região, mas há um risco real de desabasteci-mento', alertou Scholnik.
Segundo a Abramed, a procura global por mais exames, devido ao aumento de casos da variante ômicron, levou os fabricantes ao limite da capacidade de produção de insumos e reagentes. Dados do laboratório Abott, responsável por parte da testagem do Brasil, mostram que, desde a segunda quinzena de dezembro de 2021, houve um aumento na demanda de compra por testes rápidos de antígeno para covid-19.
'É importante reforçar que nossos testes são produzidos globalmente, sendo necessário considerar o tempo de envio ao Brasil, liberação dos produtos por parte das autoridades locais e entrega aos nossos clientes. Somente nesta semana, milhares de testes estão sendo entregues para abastecimento do mercado brasileiro', assegurou a Abott.
O infectologista Werciley Saraiva concorda com a sugestão da Abramed. 'A gente já sabia que, com o volume de doenças sendo detectadas, a chance de testagem total acaba reduzindo devido à falta de insumos. Se considerarmos um paciente com caso leve e conseguirmos padronizar que todo mundo que tenha sintomas mantenha o isolamento mínimo de cinco a sete dias, usando máscara, obedecendo regras, sim, podemos priorizar quem mais precisa', salientou.
Werciley alertou que não adianta não testar pessoas com casos leves e deixá-las circulando, porque vão continuar espalhando o vírus de covid e influenza.
Autotestes
Já o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta enviará, ainda esta semana, os documentos solicitados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a regulamentação de autotestes de covid-19. O diretor-presidente da autarquia, Antonio Barra Torres, afirmou que a aprovação depende do detalhamento das políticas sobre a regulamentação dos exames, que poderão ser realizados pelos próprios pacientes.
'Precisamos aumentar a capacidade de testagem. A iniciativa privada e cada um dos brasileiros que tem sintomas gripais podem se somar à iniciativa do governo federal", exortou Queiroga.
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Anvisa recomenda a suspensão total dos cruzeiros
A Anvisa recomendou ao Ministério da Saúde e à Casa Civil, ontem, a suspensão definitiva da temporada de navios de cruzeiro no Brasil, como ação necessária à proteção da saúde da população. 0 documento encaminhado às duas pastas contém a apresentação do cenário epidemiológico de covid-19 nas embarcações de passageiros que operam na temporada 2021-2022 - incluindo as intercorrências ocorridas, por navio, desde o início das operações em território nacional. Em 31 de dezembro, com aumento de casos entre as tripulações, a Anvisa recomendou a suspensão temporária dos cruzeiros, mas, agora, concluiu que as viagens pela costa brasileira são um risco para a disseminação da variante ômicron.
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Governo reduz verba para intervenção cardíaca
Gestores e médicos são surpreendidos pela diminuição de repasses e alertam para um risco iminente de desassistência em procedimentos cardiológicos no SUS; ministério diz que 'distorções serão corrigidas'
Portaria assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no apagar das luzes de 2021 tem tirado o sono de secretários estaduais e municipais Brasil afora. Isso porque Queiroga, que é cardiologista, cortou R$ 292, 6 milhões do orçamento repassado a prefeitos e governadores para custear procedimentos cardiológicos de alto custo. A medida pegou de surpresa gestores e médicos do SUS, que alertam para um risco iminente de desassistência de pacientes.
Segundo a coluna de Malu Gaspar no site do GLOBO, o ministério alterou substancialmente os aportes previstos na tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais no Sistema Único de Saúde (SUS), as chamadas OMP. Os valores remuneram estados e municípios pelos procedimentos, além de santas casas e hospitais particulares que prestam serviços ao SUS. A redução chega a 83%.
Por lei, procedimentos de alto custo são custeados e financiados pelo governo federal com repasses mensais aos estados e municípios. Antes da pandemia da Covid-19, as doenças - cardiovasculares eram a principal causa de mortes no país, e muitos procedimentos adiados por conta do distanciamento social estão sendo retomados.
A portaria passaria a valer já a partir deste mês, mas com a repercussão que provocou, foi adiada para fevereiro. No fim de dezembro, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) encaminharam um ofício ao ministério pedindo a revogação imediata do dispositivo. As entidades salientaram que a medida não foi discutida com os gestores públicos e manifestaram 'grande preocupação' com o 'impacto de seus desdobramentos nas secretarias estaduais e municipais', como a desassistência de pacientes.
Segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO, não há qualquer garantia de que estados e municípios conseguirão arcar com os valores de acordo com a nova tabela no próximo mês. Não estão definidas diretrizes para aqueles que não conseguirem cobrir procedimentos de pacientes que estão na ponta da linha.
O stent coronário, por exemplo, teve seu preço reduzido em 83%. De R$ 2. 034, 50 a unidade, o repasse do Ministério da Saúde para estados e municípios caiu para R$ 341, 17. Já um cardioversor desfibrilador com marcapasso será reembolsado por R$ 18. 542, 62 na nova tabela, 62, 91% menor do que o valor anterior (R$50 mil).
Para Rogério Sarmento Leite, do Departamento de Cardiologia Intervencionista da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as mudanças têm grave e imediata repercussão na assistência aos brasileiros e foram tomadas sem qualquer diálogo com a rede SUS e com médicos da área. O atropelo chama atenção especialmente porque Marcelo Queiroga dirigiu a SBC e foi apresentado como um ministro de boa interlocução com a classe médica.
- Ninguém esperava que essa decisão fosse feita sem uma discussão técnica com a área clínica, cirúrgica e da cardiologia intervencionista, além das sociedades (científicas) e dos hospitais que prestam esse tipo de serviço. Existe uma complexidade que deveria ter sido muito bem discutida para que não houvesse o risco, muito temeroso, de um desabastecimento ou mesmo de uma desassistência médica -diz Leite.
O médico e representante da SBC pontua que muitos hospitais não têm poder de compra e, por isso, não teriam como arcar com esses custos sem o auxílio do governo federal.
- Já temos ouvido relatos de gestores locais de que faltarão insumos básicos para tratar a população que depende do SUS, que pela Constituição Federal, é de acesso universal e gratuito. POSSÍVEIS DISTORÇÕES Procurado, o Ministério da Saúde admite a possibilidade de que a portaria gere 'distorções' e prometeu que elas serão corrigidas, sem mencionar o risco de desassistência ou prazo para que novas medidas sejam tomadas. A pasta defendeu o dispositivo e enalteceu os quase R$ 300 milhões que, segundo a pasta, serão poupados.
'A metodologia considerou o desenvolvimento tecnológico e promoveu a readequação dos valores de referência do componente federal, contemplando a avaliação histórica de compras públicas, oportunizando melhor gestão dos insumos e eficiência no gasto público', diz a nota do ministério.
Para Rogério Sarmento Leite, a pasta ignorou aspectos elementares do livre mercado na avaliação do histórico de compras, que mescla compras de pequenas redes com grandes aquisições, que normalmente diminuem o custo de produtos licitados.
- À medida que os anos foram passando, o custo de alguns insumos médicos de fato baixou na ponta final. Mas alguns hospitais conseguem pagar um menor valor porque compram em um volume muito maior do que outros. Quanto maior o poder de barganha, mais barato fica o produto. O ministério sugeriu que não seria justo que o governo pagasse um valor maior por um produto que é encontrado por um preço menor. Mas essa não é a realidade de todos.
A defasagem de preços de alguns itens tabelados é de conhecimento do governo federal há anos e a diferença era usada informalmente pata cobrir outros custos que não são ajustados à inflação há 15 anos. Havia até um apelido no Ministério da Saúde para essa 'pedalada' encorajada: gordura da OMP.
-Essa diferença que muitos hospitais recebiam (a mais) acabava subvencionando os custos que não eram mais previstos ou se tornaram exorbitantes por questões inflacionárias, mercadológicas, geográficas ou climáticas - explica Leite. -A promessa é que a economia dos R$ 292, 6 milhões seria reinvestida dentro da cadeia hospitalar, mas não há nenhum indicativo de que isso acontecerá.
'Ninguém esperava que essa decisão fosse feita sem discussão técnica '
'Temos ouvido relatos de gestores locais de que faltarão insumos básicos para tratar a população que depende do SUS'
Rogério Sarmento Leite, da Sociedade Brasileira de Cardiologia
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A REDAÇÃO
Novos casos de covid-19 em Goiás quadruplicam nas últimas 48 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Os novos casos de covid-19 em Goiás mais que quadruplicaram nas últimas 48 horas, conforme aponta boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (12/1). Isso porque o Estado registrou entre ontem e hoje o total de 4.620 novas infecções. Na segunda-feira (10) foram 932 novos casos e na terça-feira (11) o total de 2.183 novas contaminações pelo novo coronavírus.
Além de registrar 4.620 novos casos nas últimas 24 horas, três mortes em decorrência da doença foram confirmadas no período. Com as atualizações, o Estado soma 961.262 infecções e 24.741 óbitos provocados pela covid-19 desde o início da pandemia.
A pasta investiga 628.570 casos e 389 mortes para saber se há alguma ligação com a covid-19. Ainda de acordo com a SES-GO, 924.381 pessoas que foram infectadas com o novo coronavírus em Goiás estão recuperadas.
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Baiocchi: "Suspensão das atividades do comércio está descartada em Goiânia"
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, afirmou na quarta-feira (12/1), após reunião de trabalho com auxiliares do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), que a paralisação do comércio da capital não está entre as medidas prevista pela administração municipal entre as medidas em estudo para conter a propagação da variante ômicron do coronavírus. Baiocchi disse que a prefeitura vai recomendar que eventos que promovam grandes aglomerações sejam evitados.
"Nos foi informado que haverá uma reunião com o prefeito para deliberar e decidir se haverá alguma restrição e que, caso seja adotada alguma restrição, será exclusivamente para estabelecer regras mais rígidas para que haja os eventos de maior aglomeração", disse o presidente da Fecomércio-GO.
"As medidas não atingirão as escolas, bares, restaurantes, o comércio em geral, seja na Rua 44, seja nos shoppings centers", afirmou.
O presidente da Fecomércio-GO disse durante a reunião que empresários e trabalhadores do setor mantêm as medidas de prevenção da covid-19, como a exigência do uso de máscara facial, oferta de álcool em gel e reforço das medidas de higiene e limpeza dos estabelecimentos.
"O setor do comércio de bens, serviços e turismo segue vigilante e atuante nas medidas de enfrentamento da pandemia", afirmou Marcelo Baiocchi.
Reunião
As informações foram repassadas durante reunião promovida pelos secretários Durval Pedroso (Saúde), Arthur Bernardes (Governo) e José Alves Firmino (Gabinete). Eles informaram ao setor produtivo que o sistema de saúde público municipal está preparado para o atendimento à população por meio da realização de testes, atendimento ambulatorial e de internação.
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Assessoria de Comunicação
Ministério da Saúde atualiza "Guia de Vigilância Epidemiológico - Covid 19"
Escrito por AdministradorO Ministério da Saúde divulgou, no dia 12 de janeiro, a nova atualização (versão 4) do "Guia de Vigilância Epidemiológico - Covid 19". O documento traz os novos prazos de isolamento (de 5 a 10 dias) para os casos de Covid 19, a atualização dos códigos da CID-10, características gerais sobre a Covid-19, questões sobre a vigilância epidemiológica, definições operacionais, notificação e registro e medidas de prevenção e controle.
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DESTAQUES
Laboratórios enxergam risco de desabastecimento de testes de covid
Brasil tem 22,62 milhões de casos de covid-19
Ao menos sete Estados já adotaram medidas restritivas
Anvisa deveria autorizar o uso de autotestes para a Covid no Brasil
Reduzir isolamento de assintomático a 5 dias não tem base científica
Ministro da Saúde diz que variante ômicron já é prevalente no Brasil
Ômicron e o 'fim' da pandemia
Reajuste de plano de saúde individual vai ser recorde em 2022, prevê BTG Pactual
Regra para afastamento do trabalho por Covid será revista
Opinião - JOSÉ AUGUSTO GARCIA DE SOUSA - Ser antivacina é indefensável
Goiás registra 2.183 casos conhecidos de Covid em 24 horas e tem 73% dos leitos de UTIs ocupados, diz Saúde
Goiás receberá cerca de 42 mil doses de vacinas pediátricas contra covid-19
Ocupação dos leitos de UTI destinadas ao tratamento de Covid-19 dispara e chega a 73% no Estado
VALOR ECONÔMICO
Laboratórios enxergam risco de desabastecimento de testes de covid
Nas companhias de medicina diagnóstica, a orientação é administrar os estoques
A forte demanda por exames para diagnóstico de covid-19 pode provocar um desabastecimento de testes caso a procura se mantenha no patamar registrado nesses primeiros dias de janeiro. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) começou a recomendar a seus associados, que representam 65% do setor, a fazer gestão de seus estoques de exames nos próximos 15 dias, período considerado crítico, dando preferência a casos graves e pacientes hospitalizados como ocorreu no começo da pandemia.
“Há uma demanda global pelos exames. Os reagentes dos testes são importados, principalmente, dos Estados Unidos e Europa e uma outra parte vem da China e Coreia do Sul. Quando há uma procura tão forte é comum que os fabricantes atendam primeiro seus países, o que pode levar ao risco de falta de exames”, disse Wilson Scholnik, presidente da Abramed. A entidade também pediu à Anvisa maior agilidade na liberação dos insumos importados.
Na prática, o brasileiro, há dias, enfrenta grande dificuldade para conseguir realizar os exames de covid, tanto em laboratórios quanto nas farmácias (ver abaixo). No Fleury, o tempo de espera chega a uma semana. O Delboni Auriemo cancelou alguns agendamentos marcados entre ontem e hoje. Nas redes Cura e CDB e no laboratório do hospital Albert Einstein também há filas de espera, apurou a reportagem do Valor.
O Fleury - que registrou uma alta de 1,5 vez no volume de exames e viu a positividade dos testes saltar de 12,3% para 42,8% entre os dias 20 de dezembro e 8 de janeiro - já está administrando seu estoque de insumos. “Ciente de que há intensa circulação viral neste momento e de que o expressivo aumento de demanda por testes diagnósticos tem potencial para impactar o mercado de insumos, o Grupo Fleury segue atendendo seus clientes com rigorosa gestão de suprimentos e da sua capacidade de processamento, a fim de evitar desabastecimento e ruptura no oferecimento dos exames”, informou a companhia.
Alessandro Ferreira, geneticista e vice-presidente do Hermes Pardini , concorda que se a demanda continuar crescendo na atual velocidade há risco de desabastecimento no setor. “Hoje, não temos no Pardini problemas de estoque. Mas o que chama atenção com a ômicron é a rápida inclinação da subida de casos e positividade, o que desestrutura o setor”, disse Ferreira. “Mas quando há casos de forte subida, também a queda [no número de casos] é forte, porque muitas pessoas vão estar contaminadas e tende a haver menos casos após essa fase”, explicou o médico do Pardini. A rede de medicina diagnóstica viu o volume de exames RT- PCR saltar 41% para 24 mil testes, entre os dias 7 e 10 de janeiro. Deste total, 40% deram positivo para o novo coronavírus.
Segundo a Abramed, entre os dias 3 e 8 de janeiro, os laboratórios associados à entidade processaram 240 mil testes de covid, o que representa um salto de 98% quando comparado à semana de 20 a 26 de dezembro. A incidência de casos positivos aumentou de 7,6% para 40%, o que demonstra que essa alta está relacionada às festas de Ano Novo.
Levantamento do Pardini com 2 mil amostras de todos os Estados do país revela ainda um aumento nos casos de infecção concomitante. Os registros de influenza e covid dobraram; de influenza combinada com covid e vírus sincicial (doença respiratória em bebê) aumentaram 10% e os casos de covid associada ao vírus sincicial subiram 12%.
Nas empresas, o número de casos de covid é recorde. A Mercer Marsh, que faz gestão de saúde para grandes grupos empresariais, registrou na primeira semana de janeiro, 721 funcionários com covid ou fortes sintomas da doença, que já levam ao isolamento e afastamento do trabalho. “Esse volume é 38% maior do que o pico que havíamos registrado em toda a pandemia”, disse Helder Valério, superintendente de gestão de saúde e qualidade de vida da Mercer Marsh. A consultoria acompanha os casos por meio de um aplicativo e telemedicina. Aos primeiros sinais de que se trata de covid, os médicos da Mercer recomendam isolamento e afastamento do funcionário. O app é usado por cerca de 300 mil empregados.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil tem 22,62 milhões de casos de covid-19
O número de pessoas que pegaram covid-19 no Brasil chegou a 22.629.460. Em 24 horas, foram registrados no país mais 70.765 casos da doença. Ontem (10), o sistema de informações da pandemia do Ministério da Saúde contabilizava 22.558.695 casos acumulados.
Ainda há 342.075 casos em acompanhamento, de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Ontem, o número estava em 302.471.
Os infectados com a variante Ômicron agora são 425. Até o momento, um óbito por esta variante foi confirmado em Goiás. Ainda há 838 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (441), Rio Grande do Sul (235) e Minas Gerais (114).
As vidas perdidas no Brasil desde o início da pandemia de covid-19 chegaram a 620.238. De ontem para hoje (11), foram registradas 147 mortes. Ontem, o painel de informações da pandemia marcava 620.091 óbitos.
Ainda há 2.988 falecimentos em investigação, dados que não vêm sendo atualizados nos últimos dias. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que a definição da causa do óbito ainda demanda exames.
Até esta terça-feira, o número de pacientes recuperados de covid-19, estava em 21.667.147, conforme dados divulgados no balanço diário do Ministério da Saúde. A atualização reúne informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado com mais mortes por covid-19 é São Paulo (155.420). Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro (69.546), Minas Gerais (56.744), Paraná (40.922) e Rio Grande do Sul (36.497).
Os estados com menos óbitos resultantes da doença são Acre (1.854), Amapá (2.028), Roraima (2.078), Tocantins (3.955) e Sergipe (6.062). De ontem para hoje, não se registraram mortes por covid-19 nos estados de Roraima e Sergipe.
Vacinação
Até agora, foram aplicados no país 334,1 milhões de doses de vacinas contra covid-19: 161,7 milhões com a primeira dose; 144,6 milhões com a segunda, ou dose única, e 15,5 milhões com a dose de reforço.
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O ESTADO DE S.PAULO
Ao menos sete Estados já adotaram medidas restritivas
Ao menos sete Estados brasileiros anunciaram nos últimos dias medidas mais restritivas para conter a alta dos casos de covid-19, atribuída à variante Ômicron. Os decretos, em geral, diminuem a permissão máxima de público em eventos e expandem a obrigatoriedade do passaporte de vacina.
O primeiro Estado a anunciar medidas para conter a disseminação da covid-19 foi o Piauí, no dia 30. O governador Wellington Dias (PT) limitou o público de eventos esportivos, culturais e sociais em 50% da capacidade máxima dos estabelecimentos - com, no máximo, 500 pessoas em espaços abertos e 200 em espaços fechados.
Na semana passada, os Estados do Ceará, Amazonas, Maranhão e Paraíba também instituíram medidas no mesmo sentido. As decisões ocorreram em meio a um crescimento perceptível de infecções, apesar do apagão de dados do Ministério da Saúde. O aumento se refletiu na pressão sobre a rede de saúde e na procura de testes e medicamentos. No Amazonas, o governador Wilson Lima suspendeu a realização de grandes festas. Os eventos só podem acontecer com limitação de público máximo a 50% da capacidade do local ou 200 pessoas.
PASSAPORTE. Além da limitação de público, os gestores também expandiram o passaporte vacinal para outros estabelecimentos. A Bahia, por exemplo, instituiu ontem a obrigatoriedade da vacina contra a covid para clientes que entrarem em bares e restaurantes e para frequentadores de parques públicos. Em eventos, o decreto também exige a vacinação da equipe de produção, além do público.
Nesta semana, foi a vez de Pernambuco e Bahia anunciarem novas medidas. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), vai editar um decreto que reduz de 5 mil para 3 mil o número máximo de pessoas em eventos do Estado, incluindo estádios de futebol.
A medida já estava sendo estudada pelo governo diante do crescimento de casos de gripe e covid-19. De acordo com Costa, a piora no cenário epidemiológico levou a uma situação de pré-colapso nas emergências municipais e estaduais. 'Esperamos que essa medida sirva de alerta também para quem organiza eventos, que passem a exigir o atestado de vacinação com maior rigor', disse.
Outros Estados também admitem discutir o assunto esta semana. O Paraná, por exemplo, afirmou que monitora a situação epidemiológica localmente e novas medidas restritivas dependem da evolução do cenário.
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FOLHA DE S.PAULO
Anvisa deveria autorizar o uso de autotestes para a Covid no Brasil
Diante da emergência sanitária, medida aliviaria filas em postos e permitiria isolamento de infectados
Não se pode dizer que a explosão de casos de Covid-19 no país seja inesperada. Até o início do mês passado, a redução no número de infectados e mortos sugeria uma tranquilidade enganadora. O que ocorria no mundo, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, com o avanço da variante Ômicron, deveria ter chamado a atenção das autoridades sanitárias. Mas o país não se preparou para o básico: testar a população. Tão logo passaram as festas de fim de ano, aconteceu o óbvio: uma corrida às unidades básicas de saúde. Faltaram - ainda faltam - testes para atender à demanda. Uma solução para aliviar as filas que se formam em postos de testagem seria o autoteste, mais simples, rápido e barato que o realizado nos laboratórios (RT-PCR).
O paciente só precisaria entrar nas filas para confirmar um resultado positivo em casa. Embora sejam largamente usados na Europa e nos Estados Unidos, os testes caseiros são proibidos no Brasil por uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2015. Ela diz que não podem ser fornecidos para leigos produtos que tenham a finalidade de diagnóstico de presença ou exposição a agente transmissível, incluindo os que causam doenças infecciosas passíveis de notificação compulsória. Mas afirma que 'a proibição poderá ser afastada por resolução da diretoria colegiada, tendo em vista políticas públicas e ações estratégicas formalmente instituídas pelo Ministério da Saúde'.
Na segunda-feira, o governo informou que pediria à Anvisa a liberação dos autotestes. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a agência já emitiu sinal positivo, mas pediu um parecer sobre o assunto. Queiroga diz que o ministério não deverá adotar uma política pública de distribuição de testes caseiros, mas permitirá que eles sejam vendidos em farmácias.
O gargalo na testagem afeta instituições públicas e privadas. Como mostrou reportagem do GLOBO, no SUS, a espera para fazer um teste para vírus respiratórios pode levar horas. Laboratórios particulares também estão sobrecarregados, e há farmácias com estoques zerados. Desde o início da pandemia, o governo nunca se preocupou com a testagem em massa. De acordo com números da plataforma Our World in Data em 10 de janeiro, os testes realizados no Brasil (309 por mil habitantes) são inferiores a países como França (3. 048) e Itália (2464) ou mesmo vizinhos como Chile (1. 443) e Argentina (643).
Diante da explosão de casos provocada pela Ômicron e da ocorrência concomitante de uma epidemia de gripe (influenza), a Anvisa precisa rever sua posição. Como não se testa ou se testa pouco, não é improvável que cidadãos contaminados estejam circulando por aí, transmitindo a doença. O certo seria testá-los e, confirmada a infecção, isolá-los e rastrear seus contatos. O autoteste ajudaria a aumentar o isolamento dos infectados. O desleixo com a testagem se mostrou um erro ao longo da pandemia. A diferença é que hoje lidamos com uma variante que se espalha numa velocidade sem precedentes.
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Reduzir isolamento de assintomático a 5 dias não tem base científica
Para infectologistas, medida que foi adotada pelo governo não faz sentido do ponto de vista sanitário
Diante da decisão do Ministério da Saúde de reduzir de dez para cinco dias o período mínimo de isolamento de pacientes assintomáticos com Covid-19, especialistas alertam que não há evidências suficientes de a nova regra seja segura.
Discussão semelhante ocorre nos Estados Unidos desde que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) também encurtou o prazo para cinco dias, com a condição do uso de "máscara bem ajustada" por dez dias, além da necessidade de vacinação em dia.
Um estudo japonês publicado na semana passada sugere que uma quarentena de dez dias seria mais adequada para evitar transmissões de ômicron. Na pesquisa, uma das poucas feitas com a nova variante, metade das pessoas avaliadas tinha vírus ativo entre três e seis dias depois da da infecção. Entre sete e nove dias, 19% ainda podia transmiti-lo.
O infectologista Carlos Fortaleza, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, não vê sentido algum na redução do tempo do ponto de vista sanitário.
"Os estudos anteriores apontavam o pico de transmissibilidade no 5º dia e queda gradual até o 10º dia. O estudo japonês mostra que a provavelmente a ômicron se comporte como as outras variantes. A decisão do CDC e do Ministério da Saúde só é justificada pelas pressões econômicas."
Ele acha curioso o fato de o ministro Marcelo Queiroga seguir a recomendação do CDC na redução do tempo de isolamento e, ao mesmo tempo, não levar em conta quando o centro americano mostra que 18 milhões de crianças já foram vacinadas contra a Covid, sem nenhum efeito colateral grave. "É uma coisa bem seletiva, acreditar no que interessa."
Para o infectologista, reduzir o isolamento para cinco dias é "precipitar o caos". "O argumento pragmático dos especialistas que defendem a redução é que os hospitais ficarão sem gente para atender. Mas eu acredito que se mandarmos médicos, enfermeiros para atenderem pessoas enquanto estão transmitindo, vamos precipitar um problema que ainda não existe."
Na sua avaliação, apesar da alta taxa de pessoas de licença médica em muitos serviços de saúde, o país ainda não está no caos. "É claro que se chegarmos a um momento de colapso absoluto, vamos precisar mandar pessoas com Covid trabalharem para salvar vidas. Mas ainda não estamos nesse momento."
Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, também afirma que não existe consenso e nem uma base científica sólida que amparem a decisão de reduzir o isolamento para cinco dias.
"A percepção que nós temos é que essa é uma decisão de cunho econômico e financeiro. É até compreensível, a sociedade tem áreas essenciais que precisam funcionar, mas é uma decisão tomada de forma intempestiva e temerária, no caso do Brasil", diz ele.
Temerária dada às dificuldades de acesso a testes para a detecção da Covid. Muitas pessoas estão encontrando muitas dificuldades para realizá-los e há uma pressão para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) libere os autotestes, amplamente usados no exterior.
"Temos um apagão de dados e, agora, um apagão de testes. É desumana uma recomendação como essa. A decisão é cômoda para quem escreve a norma, mas absolutamente insensível para quem está na ponta do sistema, tanto os profissionais quanto os pacientes."
Segundo ele, a maior pressão recaiu sobre o lado mais fraco, os trabalhadores. "O empregador não se responsabiliza, o laboratório não tem como fazer, as pessoas são jogadas num serviço de saúde que está caótico, a qualidade de muitos testes é sofrível."
Araújo explica que nos serviços de saúde, especialmente os privados, há muito retrabalho -ou seja, pessoas que receberam diagnóstico de Covid, voltaram a trabalhar, apresentaram sintomas novamente e retornam às unidades de saúde para retestagem.
"Seria mais prudente do ponto de vista sanitário, pelas dúvidas científicas que existem, que a gente preservasse os dez dias e que organizasse setor por setor, criasse um espaço na saúde suplementar para poder financiar e custear os testes e onde as pessoas podem fazê-los."
O infectologista Alexandre Zavascki, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também tem a mesma opinião. Para ele, dez dias seria mais prudente já que, conforme mostra o estudo japonês, perto de 20% dos pacientes podem ter vírus capaz de transmitir até o nono dia.
"Após os cinco dias, tem muita gente voltando sintomático para trabalhar e podendo transmitir, ainda mais com a ômicron", diz.
Ele defende, porém, o isolamento de cinco dias poderia ser uma opção válida nas áreas essenciais, mas com todas as precauções. Por exemplo, estarem assintomáticas, com teste negativo e com medidas de proteção, como máscara do tipo PFF2.
"As áreas não essenciais poderiam continuar os dez dias porque aí você evita essas transmissões. Até porque não tem como avaliar todo mundo, testar todo mundo, tem que usar uma receita de bolo mesmo."
Com estudos em andamento para validar o isolamento por sete dias a partir do início dos sintomas, há especialistas que defendem esse período como o mais viável. É o caso da infectologista Rosana Richtman, médica do Instituto de Infectologia Emilio Ribas.
"No d6 [sexto dia de sintomas] ou d7 [sétimo dia] faz o teste de antígeno e, dando negativo, libera do isolamento, mas ainda assim usando máscara", diz ela, que já adota essa regra com seu grupo de trabalho na maternidade onde também atua.
Já se a pessoa não fez teste algum, ela defende dez dias de isolamento.
"É uma decisão de cunho econômico e financeiro. É até compreensível, a sociedade tem áreas essenciais que precisam funcionar, mas é uma decisão tomada de forma intempestiva e temerária, no caso do Brasil"
Evaldo Stanislau de Araújo
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Ministro da Saúde diz que variante ômicron já é prevalente no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse quetem observado aumento de casos de Covid-19 num cenário em que a variante ômicron já é prevalente no Brasil.
'Infelizmente, ela [ômicron] já é prevalente aquino Brasil, estamos assistindo ao aumento de casos. E como em outros países que tem uma campanha forte como a nossa [de vacinação], anossa expectativa é que não tenha um impacto em hospitalização e em óbitos', disse a jor na listas nestaterça-feira (11).
No Brasil, o primeiro caso foi anunciado em 30 de novembro. A ômicronjá representa 92, 6% dos testes positivos para detecção de Covid no Brasil, indica levantamento feito por laboratórios.
A primeira morte causada pela ômicron no Brasil foi confirmada no dia 6 de janeiro pela Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiás.
O paciente, de 68 anos, era e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica. Segundo a pasta, ele havia recebido três doses de vaina contra a Covid-19.
Queiroga disse ainda %ue todas as vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) podem ser avaliadas para o programa de vacinação, inclusive a Coronavac para crianças caso tenha o aval da agência reguladora.
'O presidente [Jair Bolsonaro] disse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa podem ser consideradas para o Plano Nacional de Operacionalização. Se a Anvisa aprovar, o Ministério da Saúde vai analisar as condições dessa aprovação e, como de costume, liberar esse imunizante para a população brasileira', informou.
Como a Folha mostrou, a pasta avalia usar a Coronavac em crianças caso o imunizante seja aprovado pela Anvisa.
Como a vacina é a mesma usada em adultos, estados já planejam aplicar doses no público infantil. Hoje, há estoques, e o imunizante é apontado por especialistas como boa opção para crianças.
O Instituto Butantan entrou com novo pedido de aprovação do uso da Coronavac em crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos, em 15 de dezembro. O prazo de avaliação ainda não terminou.
No Brasil, só a vacina da Pfizer é aprovada pela Anvisa para crianças de 5 a 11 anos. O Ministério vai receber 20 milhões de doses da Pfizer no primeiro trimestre deste ano.
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Ômicron e o 'fim' da pandemia
Como variante consegue circular entre vacinados, sua transmissão é implacável
Até 2022, não registramos mais de 1 milhão de casos de Covid-19 no mundo em um dia. Com a ômicron, passamos de 2 milhões de casos por dia nos últimos 7 dias. Bolívia e Argentina registram recordes. Paraguai e Uruguai estão quase lá. Já o Brasil não registra nada. Completamos mais de um mês com o sistema do Ministério da Saúde fora do ar, no escuro até sobre o avanço da vacinação. As evidências indiretas, como os testes positivos na rede particular de saúde, já indicam que grandes cidades como São Paulo devem bater recordes também.
Ainda é difícil saber o que nos espera. Experimentos mostram uma preferência da ômicron pelas vias aéreas superiores (como as cavidades nasais e a faringe) e uma diminuição do estrago no pulmão. Mas precisamos dessa confirmação em pacientes. E isso só explicaria parte das diferenças.
Felizmente, os vacinados ainda sofrem bem menos. Nos EUA, onde muitos insistem em viver no inferno dos não vacinados, voltaram a registrar mais de 2.000 mortes por dia. A maioria entre quem não se vacinou.
Como a ômicron consegue circular entre vacinados e muitos só contavam com vacinas para se proteger, sua transmissão é implacável. Uma pessoa doente pode transmitir o vírus do sarampo, um dos mais transmissíveis, para até 13 outras. Mas isso leva por volta de duas semanas. Já ômicron é transmitida para seis pessoas em média, a cada cinco dias. Em duas semanas ela já passou por mais de dois ciclos de contágio e as seis pessoas já transmitiram para outras 36. Pelos próximos meses ela deve circular como nenhuma outra doença que vimos até hoje.
Em vacinados, os sintomas são mais parecidos com os de uma gripe, com nariz escorrendo, congestão nasal e a garganta raspando. Você provavelmente tem conhecidos que estão com esses sintomas, se não estiver também.
O que não quer dizer que a ômicron vai imunizar todo mundo e acabar com a Covid. Mesmo se ela causar menos mortes a cada caso, ainda serão muitos casos. E o vírus já se mostrou bem capaz de mudar. O que nos espera depois da ômicron são outras variantes com mais escape imune. Como o vírus influenza que causa a gripe faz, todo ano.
Essa proteção das vacinas pode indicar a saída. Depois da pandemia de gripe de 1918, continuamos registrando muitas mortes pelos próximos anos, mas elas foram diminuindo. O vírus não parece ter ficado mais fraco. O influenza de 1918 já foi recuperado de corpos da época e não é muito diferente do H1N1 que circula até hoje. Talvez nós é que tenhamos ficado mais fortes.
Em 1918, as pessoas não tinham imunidade prévia contra o influenza e ele causou sintomas que não vemos agora, como problemas neurológicos, de olfato e visão. Provavelmente porque, sem barreira imune, o vírus conseguia infectar o corpo todo. Conforme vieram outras ondas de gripe, quem sobreviveu desenvolveu imunidade. Daí em diante, por mais que o vírus conseguisse escapar o suficiente da imunidade para ser transmitido, muitos continuavam protegidos contra casos mais graves. Hoje, o influenza não encontra quase ninguém sem um mínimo de imunidade, a não ser as crianças, que não são tão afetadas pela doença -e mesmo assim se beneficiam muito de vacinas. Talvez, um adulto hoje que nunca teve contato com o influenza ou vacinas poderia ter uma infecção tão grave quanto em 1918.
Se o coronavírus se comportar assim, gerando variantes diferentes a ponto se espalhar, mas não tão diferentes que invadem o corpo todo de imunizados, os casos graves do Sars-CoV-2 poderão ser cada vez mais raros conforme nos vacinamos e quem insiste em não se vacinar contrai Covid repetidamente.
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O GLOBO
Reajuste de plano de saúde individual vai ser recorde em 2022, prevê BTG Pactual
Depois da anunciado no ano passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve permitir uma alta recorde no preço de planos individuais este ano, prevê o BTG Pactual em relatório.
Pelas contas dos analistas do banco, o regulador vai estipular em 15% o próximo reajuste máximo permitido. (O número oficial deve ser anunciado no meio do ano.) Para prever o percentual, o relatório levou em consideração os dados da ANS já divulgados (até o terceiro trimestre) e outros fatores levados em conta na metodologia de cálculo, como o aumento das despesas médicas, a inflação e os ganhos de eficiência do setor.
“O reajuste negativo de 2021 refletiu um utilização anormalmente baixa (dos planos) em 2020, quando muitos procedimentos eletivos foram adiados na primeira onda de Covid-19 no Brasil. Por outro lado, como as despesas médicas dispararam em 2021, enquanto a base de vidas nos planos de saúdes individuais encolheu, esperamos um forte aumento de preço para o ciclo de 2022”, concluíram os analistas do BTG.
Diferentemente dos planos coletivos, os planos individuais — um terço do mercado — têm seus preços regulados pela ANS. O próximo reajuste anunciado pela agência deve ser aplicado entre maio de 2022 e abril de 2023, sempre no mês de aniversário da contratação do plano.
Segundo o relatório, as despesas médicas geradas por beneficiários de planos de saúde individuais — ajustadas pela variação no número de segurados — saltaram 21% nos nove primeiros meses de 2021, na comparação com igual período de 2020.
Se confirmado, o reajuste de 15% será o maior já autorizado pela ANS. Até então, o recorde havia sido de 13,57%, registrado em 2016. No ano passado, o reajuste autorizado foi negativo, de -8,19%.
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Regra para afastamento do trabalho por Covid será revista
Depois que o Ministério da Saúde anunciou a redução no período de isolamento das pessoas que testaram positivo para o coronavírus, o governo trabalha na revisão de regras para o afastamento do trabalho. Duas portarias preveem hoje que o funcionário com Covid-19 deve ficar fora por 14 dias. Equipes técnicas dos ministérios do Trabalho, Saúde e Agricultura trabalham na revisão de diversos trechos destas portarias, que abrangem medidas de controle e mitigação para a transmissão em ambiente de trabalho. A mudança inclui o período de isolamento.
Segundo a pasta da Economia, esse e outros pontos 'estão sendo avaliados tecnicamente para garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis'.
Especialistas avaliam que estes documentos, ainda que não tenham força de lei, devem servir para balizar as decisões das empresas em casos de afastamento de funcionários, junto com o atestado médico emitido para cada um.
IMPACTO NO DIA A DIA
O Ministério da Saúde reduziu o período de isolamento para pacientes com Covid-19. Para pessoas assintomáticas, o afastamento mínimo será de cinco dias, caso apresentem um novo teste negativo, ou de sete dias, sem necessidade de fazer novo exame. Já aqueles pacientes que tiverem qualquer tipo de sintoma deverão manter o isolamento de dez dias.
Todos as pessoas, no entanto, devem seguir as recomendações sanitárias -como evitar aglomerações e viagens, usar máscara e higienizar as mãos - até o décimo dia.
O avanço da variante Ômicron e da influenza começa a afetar setores intensivos em mão de obra, como a construção civil e o setor bancário.
Alguns canteiros de obras já registram afastamento de até 30% dos funcionários pelas doenças, de acordo com balanço preliminar feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
Nas estimativas do presidente da Cbic, José Carlos Martins, as empresas do setor devem ter cerca de 15% de trabalhadores contaminados. Apesar do alto número, ele destaca que ainda não há efeitos significativos para o setor: - Neste momento, não justificaria remontar uma equipe, treinar, preparar e contratar, para logo em seguida (os funcionários afastados) retornarem. Não seria justo nem prático -explica o presidente da Cbic.
Entre os petroleiros, o avanço dos casos de Covid-19 saltou de sete para 15 confirmados nas plataformas em operação na costa, entre 29 de dezembro e 5 de janeiro.
O levantamento é da Federação Única dos Petroleiros (FUP), com base nos últimos dados obtidos junto à Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Acompanhamento da FUP junto a sindicatos associados até ontem registrou 17 casos positivos de petroleiros que desembarcaram para fazer o isolamento, e 30 casos suspeitos, apenas em plataformas na Bacia de Campos, no Norte do Estado do Rio de Janeiro.
Agências bancárias também tiveram que ser fechadas por surtos de Covid-19 entre os profissionais.
Levantamento do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que contempla São Paulo, Osasco e outras 18 cidades da Região Metropolitana, mostra que, desde a última sexta, 150 agências foram fechadas por falta de pessoal suficiente, devido a casos confirmados entre os funcionários.
30% de funcionários afastados por Covid-19 É o índice já registrado em alguns canteiros de obras, segundo levantamento do setor da construção
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Opinião - JOSÉ AUGUSTO GARCIA DE SOUSA - Ser antivacina é indefensável
Feliz Ano-Novo? Começamos 2022 da mesma forma que 2021: com a pandemia em alta. Mas agora há a vacina, que salvou milhões de vidas no ano que passou. Apesar disso, nem todos simpatizam com ela. E o caso do tenista sérvio Novak Djokovic, cuja resistência ao imunizante ensejou o primeiro grande imbróglio internacional do ano.
No Brasil, uma minoria pensa como Djokovic, entre eles o presidente da República e seus seguidores, o que não é novidade. Surpresa mesmo foi ver um ofício firmado na última sexta-feira por cinco defensores públicos federais (meus colegas de profissão, portanto) recomendando ao ministro da Saúde que pais e responsáveis sejam profusamente advertidos sobre os supostos riscos da vacina infantil.
O ofício inicia-se de modo inusitado para um documento público, declarando os subscritores que se filiam 'àqueles que parabenizam Vossa Excelência pela condução deste [sic] Ministério. . . '. Mais à frente, os intrépidos colegas chegam a sugerir uma reunião pessoal com o ministro, 'com o fito de tecer maiores esclarecimentos', o que seria realmente glorioso para admiradores declarados do formidável Queiroga, a quem desejam, ao final, que 'seja bendito em seus misteres'.
No que toca ao conteúdo da recomendação, não há uma palavra sequer quanto aos benefícios da vacinação infantil, que, segundo o conhecimento científico atual, superam largamente eventuais riscos. A manifestação é patética na forma e tendenciosa no conteúdo. Ainda assim, trata-se de manifestação oficial da Defensoria Pública da União, razão por que não pode ser ignorada.
Acima de tudo, é preciso deixar claro que os objetivos institucionais da Defensoria Pública e o ideário bolsonarista se mostram visceralmente inconciliáveis. A Defensoria está destinada constitucionalmente à defesa intransigente dos direitos humanos, o que implica exaltar a dignidade inerente a qualquer pessoa, bater-se contra toda forma de discriminação e abraçar a luta antirracista, bem como repudiar o endurecimento penal, o culto às armas e a intolerância religiosa. Tudo aquilo que a Defensoria endossa, em suma, o bolsonarismo abomina. E a recíproca, felizmente, é verdadeira. Água e óleo.
O assunto deste artigo comprova, na prática, o que acabei de falar. Ao longo da pandemia, as Defensorias estaduais e a própria Defensoria Pública da União vêm atuando, de forma geral, em prol da ciência e da vida. Darei rápidos exemplos. Começo justamente pela Defensoria da União, que ajuizou ação civil pública em face do Conselho Federal de Medicina (CFM), em outubro de 2021, pedindo vultosa indenização por danos morais coletivos e individuais, em virtude de a entidade ter avalizado, obstinadamente, a prescrição de medicamentos sem nenhum respaldo científico, pondo em risco os pacientes de Covid-19.
A Defensoria fluminense fez recomendações para aplicação do distanciamento social, intentou ações civis públicas para que o enfrentamento à pandemia fosse pautado exclusivamente por critérios científicos e, mais recentemente, emitiu nota técnica a favor do passaporte vacinal, entre várias outras iniciativas afins. O Grupo de Atuação Estratégica das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital nos Tribunais Superiores (Gaets) interveio em processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (ARE 1. 267. 879), em dezembro de 2020, para defender a obrigatoriedade da imunização por meio de vacina, tese que acabou prevalecendo.
Fica certo, assim, que a insólita recomendação enviada por defensores federais ao ministro da Saúde contraria os valores encampados pela instituição a que pertencem, representando uso distorcido da autonomia funcional. A Defensoria Pública tem prestado bons serviços à cidadania brasileira e não merece, em absoluto, ser associada ao retrógrado e ruinoso movimento antivacina.
José Augusto Garcia de Sousa é defensor público no Estado do Rio de Janeiro e professor adjunto de Direito Processual Civil na Faculdade de Direito da Uerj
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PORTAL G1
Goiás registra 2.183 casos conhecidos de Covid em 24 horas e tem 73% dos leitos de UTIs ocupados, diz Saúde
São 956.642 infectados e 24.738 mortes pela doença desde o início da pandemia. Em relação a ômicron, o estado é o segundo com mais registros no Brasil.
Goiás registrou 2.183 casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas e tem 73% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados, nesta terça-feira (11), conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde. A taxa de ocupação nas enfermarias é de 46%.
Ao todo, o estado já registrou 956.642 casos e 24.738 mortes pela a doença desde o início da pandemia. Em 24 horas, foram registradas duas mortes.
Só na capital, até esta tarde, havia o registro total de 235.577 infectados e 7.028 vidas perdidas para o coronavírus. Em 24 horas, foram 100 novos casos e não houve registro de óbitos.
No entanto, a capital tem 94% das UTIs para o tratamento da doença lotados. Na enfermaria, a taxa é de 76%.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que já ampliou a rede credenciada em 30 novos leitos, sendo que 13 serão disponibilizados nas próximas horas. 'Com isso, não há insegurança nem risco de faltar leitos para quem necessitar'.
Ômicron em Goiás
Goiás é o segundo estado com mais registros de ômicron no país após ter 70 casos e a 1ª morte pela variante, conforme dados do Ministério da Saúde desta terça-feira.
O estado está atrás de São Paulo, que lidera com 121 casos da variante e Rio de Janeiro, com 58 infectados pela ômicron.
Até esta terça-feira, o Brasil havia registrado apenas uma morte pela variante, que aconteceu em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
A vítima foi um idoso de 68 anos portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. O caso foi registrado no último dia 6 de janeiro. Ele vivia em um abrigo de idosos e já estava vacinado com as três doses.
Especialistas explicam que a vacinação contra a Covid-19 reduz o risco de morte pela doença e suas variantes. Eles afirmam ainda que os imunizantes disponíveis contra o coronavírus são para evitar o agravamento dos casos, mas que não há garantia de que possam impedir a reinfecção.
Ômicron não é leve, diz OMS
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou no início do mês que a variante ômicron pode ser menos grave, mas não deve ser classificada como "leve".
Durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.
Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.
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A REDAÇÃO
Goiás receberá cerca de 42 mil doses de vacinas pediátricas contra covid-19
Théo Mariano
Goiânia - Goiás receberá cerca de 42,6 mil doses de vacinas pediátricas contra a covid-19 na remessa inicial, que deve ser enviada pelo governo federal, a partir do dia 14 de janeiro, aos Estados. O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (11/1) que os goianos vão receber 3,55% do lote de 1,2 milhão de doses, proveniente do primeiro carregamento dos imunizantes da Pfizer. A carga deve desembarcar no País nesta quinta (13).
Em entrevista na última semana ao jornal A Redação, o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, estimou que a imunização de crianças dos 5 aos 11 anos será iniciada entre os dias 15 e 17 de janeiro no território goiano. "Iniciaremos a vacinação o mais rápido possível e da maneira mais facilitada e acessível, por idade decrescente", disse o titular da pasta estadual no último dia 6.
A fabricante foi a única farmacêutica com imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças. A ideia é de que, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil receba 20 milhões de doses pediátricas da vacina. O esquema vacinal será feito com duas doses, em um intervalo de oito semanas entre as aplicações.
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O HOJE
Ocupação dos leitos de UTI destinadas ao tratamento de Covid-19 dispara e chega a 73% no Estado
As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) destinadas ao tratamento de Covid-19 Goiás voltaram a registrar um aumento significativo de pacientes graves internados em decorrência da doença. Para se ter uma ideia, o número de pacientes hospitalizados na rede pública estadual para o tratamento da doença praticamente dobrou da véspera de Natal até ontem (11).
Na rede pública estadual, a taxa de ocupação chegou a 73,1% ontem (11), ou seja, dos 148 leitos implantados, 106 encontravam-se ocupados, outros três bloqueados e apenas 39 disponíveis. A situação é ainda mais alarmante na rede municipal, onde a taxa de ocupação chegou a 94,1%. Dos 69 leitos implantados, 64 encontravam-se ocupados, outro bloqueado e apenas quatro disponíveis para internação.
Os leitos de Enfermaria destinados ao tratamento da doença também registraram aumento. No Estado, a ocupação é de 46,34%, o que representa que há apenas 66 dos 142 leitos disponíveis para internação. Já no município, a taxa de ocupação é de 76%, com apenas 11 dos 59 leitos disponíveis.
Providências
Diante do cenário do aumento dos casos e de internações, algumas cidades em Goiás começam a tomar providências na tentativa de barrar, mais uma vez, a disseminação da Covid-19. É o caso de Senador Canedo, primeira cidade a divulgar novo decreto contendo novas recomendações para o funcionamento dos estabelecimentos no município, além de reforçar a necessidade do uso de máscara facial, da higienização das mãos e da manutenção do distanciamento social.
Entre as normas do decreto publicado na última segunda-feira (10), está a autorização do funcionamento de eventos sociais com até 100 pessoas e 50% da capacidade do ambiente, que deverão ser realizados apenas em estabelecimentos destinados a este fim e regulares junto ao município. Já no caso dos bares e restaurantes, as mesas deverão resguardar entre si distância mínima de 1,5 metros e somente será permitido o consumo de alimentos e bebidas por pessoas que estejam devidamente sentadas.
Além disso, a apresentação de música ao vivo está autorizada se limitada a quatro integrantes, desde que o espaço de apresentação permita o distanciamento de um metro entre eles. De acordo com o prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo, a intenção não é proibir que as pessoas frequentem estabelecimentos como bares, restaurantes e farmácias, e sim, evitar que elas sejam contaminadas.
Pirenópolis
Pirenópolis é outra cidade goiana que registra aumento nos casos ativos de Covid-19. O número chegou a 417, segundo o último boletim divulgado na última segunda-feira (10). O número é mais de oito mil vezes o registrado no dia 01 de janeiro, quando os casos confirmados no município eram cinco. O aumento de casos foi registrado mesmo com a medida adotada pela prefeitura de não realizar festas públicas em atenção à situação de pandemia, e de restringir a circulação de veículos das 10 horas do dia 31 de dezembro de 2021 até às 10 horas do dia 1º de janeiro de 2022, nas ruas do Centro Histórico, com o objetivo de deixa-las livres para que as pessoas pudessem trafegar com distanciamento e segurança.
Goiás
Ao todo, segundo último boletim divulgado pela SES-GO, há 954.459 casos de doença pelo corona vírus 2019 (Covid-19) em Goiás. Destes, há o registro de 24.736 óbitos confirmados. No Estado, há 620.732 casos suspeitos e 386 óbitos em investigação. A pasta ressalta que as últimas atualizações de casos e óbitos no Painel Covid-19 foram retomadas às 14h30 horas do dia 24 de dezembro de 2021, após uma interrupção de 15 dias dos sistemas de dados oficiais do Ministério da Saúde, que estiveram fora do ar neste período.
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Assessoria de Comunicação
Saúde reduz de 10 para 5 dias quarentena de assintomáticos
Escrito por AdministradorPara aqueles com sintomas da Covid, período de isolamento é de 7 a 10 dias
O Ministério da Saúde decidiu reduzir o tempo de isolamento de pessoas com Covid no Brasil (clique aqui e confira).
A recomendação agora é de isolamento de sete a dez dias para pessoas que apresentem sintomas e de cinco a sete dias para os assintomáticos.
Na última semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta poderia reduzir o isolamento.
Ao falar sobre essa possibilidade, o ministro citou que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) já deu essa recomendação.
A indicação do Ministério da Saúde é que a pessoa assintomática fique em casa no mínimo cinco dias em isolamento. Após esse tempo ela deve ser testada. Com o teste positivo, deve ficar em isolamento até o 10° dia.
Não é necessário testar os assintomáticos, porém, para sair do isolamento após o sétimo dia.
Já para os sintomáticos, o isolamento é de no mínimo sete dias. A pessoa precisa ser testada ao final do período. Caso o resultado seja negativo, ela pode sair do isolamento. Com o resultado positivo, ela deve permanecer em isolamento até o décimo dia.
"Nosso isolamento é de no mínimo sete dias. Entretanto, se no quinto dia completo o paciente estiver sem sintoma, sem sintoma respiratório, sem febre e sem uso de medicamento antitérmico há pelo menos 24 horas, pode testar no quinto dia", disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde.
Medeiros disse que as pessoas que saírem do isolamento antes do décimo dia devem manter, no entanto, alguns cuidados.
"[A pessoa deve] manter as recomendações adicionais até o décimo dia, como evitar aglomerações, contatos com pessoas com comorbidade, uso das medidas não farmacológicas [como higienização das mãos e uso de máscara] até o décimo dia para ficar tranquilo", disse.
As novas regras são anunciadas em meio a uma alta de casos de Covid-19 por conta da variante ômicron. Queiroga disse que o Brasil segue o exemplo de alguns países em que o aumento de casos não tem se refletido no número de mortes.
"Sem dúvida a variante ômicron causa um número muito maior de casos, mas felizmente não temos uma correspondência do número de óbitos. Vai ser sempre assim? Não sabemos", apontou o ministro. (Fonte: Agência Estado)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil registra 111 mortes e 34,2 mil novos casos de covid-19 nas últimas 24h
Saúde reduz de 10 para 5 dias quarentena de assintomáticos
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil registra 111 mortes e 34,2 mil novos casos de covid-19 nas últimas 24h
O Brasil registrou 111 novas mortes pela covid-19 nesta segunda-feira (10/01). A média semanal de óbitos, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 128. Nesta segunda, o número de novas infecções notificadas foi de 34,2 mil. No total, o Brasil tem 620,1 mil mortos e 22,5 milhões de casos da doença. Os dados diários do País são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.
Os Estados de Sergipe e Roraima não relataram mortes, assim como o Acre, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amapá. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
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Saúde reduz de 10 para 5 dias quarentena de assintomáticos
Para aqueles com sintomas da Covid, período de isolamento é de 7 a 10 dias
O Ministério da Saúde decidiu reduzir o tempo de isolamento de pessoas com Covid no Brasil.
A recomendação agora é de isolamento de sete a dez dias para pessoas que apresentem sintomas e de cinco a sete dias para os assintomáticos.
Na última semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta poderia reduzir o isolamento.
Ao falar sobre essa possibilidade, o ministro citou que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) já deu essa recomendação.
A indicação do Ministério da Saúde é que a pessoa assintomática fique em casa no mínimo cinco dias em isolamento. Após esse tempo ela deve ser testada. Com o teste positivo, deve ficar em isolamento até o 10° dia.
Não é necessário testar os assintomáticos, porém, para sair do isolamento após o sétimo dia.
Já para os sintomáticos, o isolamento é de no mínimo sete dias. A pessoa precisa ser testada ao final do período. Caso o resultado seja negativo, ela pode sair do isolamento. Com o resultado positivo, ela deve permanecer em isolamento até o décimo dia.
"Nosso isolamento é de no mínimo sete dias. Entretanto, se no quinto dia completo o paciente estiver sem sintoma, sem sintoma respiratório, sem febre e sem uso de medicamento antitérmico há pelo menos 24 horas, pode testar no quinto dia", disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde.
Medeiros disse que as pessoas que saírem do isolamento antes do décimo dia devem manter, no entanto, alguns cuidados.
"[A pessoa deve] manter as recomendações adicionais até o décimo dia, como evitar aglomerações, contatos com pessoas com comorbidade, uso das medidas não farmacológicas [como higienização das mãos e uso de máscara] até o décimo dia para ficar tranquilo", disse.
As novas regras são anunciadas em meio a uma alta de casos de Covid-19 por conta da variante ômicron. Queiroga disse que o Brasil segue o exemplo de alguns países em que o aumento de casos não tem se refletido no número de mortes.
"Sem dúvida a variante ômicron causa um número muito maior de casos, mas felizmente não temos uma correspondência do número de óbitos. Vai ser sempre assim? Não sabemos", apontou o ministro.
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FOLHA DE S.PAULO
Apagão de dados oficiais sobre a pandemia completa um mês
O apagão de dados oficiais sobre a Covid-19 completa um mês nesta segunda (10), e o Brasil segue sem saber o tamanho real da nova onda de contaminações provocada pela variante ômicron.
Em 10 de dezembro, o Ministério da Saúde sofreu ataque cibernético que deixou fora do ar os sistemas de informações de notificação de casos, internações e mortes, além dos dados de vacinação.
A escuridão nas estatísticas ocorre em um momento crítico, em que os casos de Covid se espalham pelo país, com as emergências e unidades de saúde lotadas e muitos profissionais da saúde afastados devido à infecção.
O ataque cibernético atingiu o principal sistema do Ministério da Saúde, a RDNS (Rede Nacional de Dados em Saúde), que reúne todas as informações registradas por servidores do SUS.
Embora o ministério afirme que as informações não foram perdidas e que os sistemas já foram restabelecidos, estados, municípios e especialistas relatam instabilidade nas plataformas. Há atraso na entrada de novas notificações de casos, internações e mortes. São os municípios que abastecem as plataformas do Ministério da Saúde com esses dados.
Ou seja, o apagão atingiu não só o que estava armazenado na "plataforma-mãe" como também a origem dos dados, fazendo com que muitas informações fiquem represadas nas unidades de saúde.
E muitos estados também recorrem ao sistema do ministério para acompanhar a evolução diária da pandemia em seus municípios. Apenas alguns estados, como São Paulo, têm sistemas que permitem que os municípios abasteçam o ministério e a Secretaria Estadual de Saúde de forma simultânea.
Mesmo na ausência de um retrato nacional mais fidedigno da situação, dados isolados de alguns estados e municípios e de hospitais e laboratórios privados apontam alta na taxa de positividade para a Covid e de atendimento de pessoas com sintomas. Mas há muita subnotificação de casos por ausência de testagem em massa nos serviços públicos.
O acompanhamento do cenário epidemiológico da pandemia é essencial para que os gestores de saúde planejem as estratégias de controle e a alocação de recursos para o enfrentamento da doença.
Com o apagão, uma das ferramentas de ajuda dos gestores públicos, o sistema Infogripe, que monitora dados de Srag (síndrome respiratória aguda grave) em todo o país, foi interrompida.
A última vez que a equipe recebeu o repasse de dados do ministério foi no início de dezembro. Sem essas informações brutas de casos individuais de Srag, não há como repassar dados compilados às secretarias municipais e estaduais da saúde e ao Ministério da Saúde.
O apagão de dados tem gerado acalorados debates na Câmara. Deputados como Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), que preside a comissão da Covid, defende que o ministério já deveria ter criado uma plataforma paralela. Outros levantam suspeitas se o apagão é fruto de incompetência ou de um ato proposital.
O PT já disse que quer abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados para investigar essa instabilidade de sistemas do Ministério da Saúde. A coleta de assinaturas será liderada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e pelos deputados Reginaldo Lopes (MG) e Alexandre Padilha (SP).
Na sexta (7), o Ministério da Saúde informou que já foram restabelecidas as integrações dos sistemas de imunização com a RNDS, possibilitando assim o retorno do envio dos dados à referida rede, pelos estados, municípios e Distrito Federal. E que o Departamento de Informática do SUS segue atuando para restabelecer as demais plataformas e integradores de forma gradativa, com previsão de normalização nesta semana.
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Saúde recomenda sala de vacinação exclusiva para criança e rejeita sistema drive-thru
O Ministério da Saúde recomenda a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos em salas exclusivas. Além disso, para o público infantil, a pasta diz que deve ser evitado o sistema drive-thru.
A orientação é que as crianças sejam separadas de ambientes onde são usados imuni-zantes de outras marcas ou em apresentação distinta, para adultos, no caso da Pfizer.
A imunização dessa faixa etária entrou no plano nacional de vacinação do ministério na quarta-feira (5). O detalhamento está em nota técnica da pasta divulgada sobre o tema e segue a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 'As vacinas devem ser aplicadas seguindo integralmente as recomendações da Anvisa', afirma o documento.
Quando a vacinação ocorrer em comunidades isoladas, como nas aldeias indígenas, a recomendação é que seja feita em dias separados de adultos. Além disso, a imunização deve começar após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação das doses nas crianças.
A justificativa é que a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do imunizante.
A nota técnica mostra que o estudo da Pfizer apresentado à Anvisa não observou eventos adversos graves associados à vacinação.
Já em outro estudo nos Estados Unidos, com a aplicação de 8,7 milhões de doses, houve cem eventos adversos graves, como febre e vômito, e somente 15 relatos preliminares de mioeardite.
A orientação também é que as crianças sejam acolhidas e permaneçam no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação, facilitando assim que sejam observadas durante esse período.
A vacina contra Covid não deve ser administrada em crianças na mesma ocasião em que elas recebam outro imunizante. A recomendação é que haja um intervalo de 15 dias entre a vacina contra o coronavírus e imunizantes para outras doenças.
O Ministério da Saúde anunciou que crianças de 5 a n anos receberão a vacina da Pfizer para a Covid-19 sem a necessidade de apresentação de prescrição médica. A recomenda -ção da pasta é que a imunização comece por menores com comorbidades, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Os quatro grupos são norteados por dispositivos legais.
Em seguida, a pasta recomenda que sejam vacinadas crianças que vivem com pessoas de grupos considerados de risco. Na sequência, haverá um escalonamento por faixa etária, começando pelos mais velhos. A vacinação não será obrigatória. A previsão é que 0 público infantil comece a ser vacinado no próximo dia 14.
A pasta anunciou ainda que deve receber até março ao menos 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer contra a Covid, suficientes para imunizar cerca de metade da população de crianças de 5 a 11 anos.
Até o fim de janeiro o governo espera receber 3,7 milhões de doses, que serão distribuídas de forma proporcional para os estados e o Distrito Federal.
Veja principais pontos da nota técnica da pasta
A vacinação deve ser iniciada após treinamento completo
das equipes de saúde que farão a aplicação da vacina A aplicação deve ser feita em ambiente específico e segregado da vacinação voltada a adultos A vacinação de crianças nas comunidades isoladas, sempre que possível, deve ser feita em dias separados da vacinação de adultos A salada aplicação de vacinas em criança deve ser exclusiva para a aplicação dessa vacina, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vaci nas, ainda que pediátricas A vacina contra Covid-19 não deve ser administrada de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias entre as aplicações dos imunizantes A vacinação das crianças de 5 a 11 anos em postos de vacinação na modalidade drive-thru deve ser evitada As crianças devem ser acolhidas e permanecer no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação Os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, devem informar ao responsável que acompanha a criança sobre os principais sintomas locais esperados Os pais ou responsáveis devem ser orientados a procurar 0 médico se a criança apresentar dores repentinas no peito, feita de ar ou palpitações após a aplicação da vacina As crianças que com pletarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem receber a dose pediátrica Os centros, postos de saúde e hospitais infantis devem ser treinados para atender e captar eventuais reações adversas em crianças de 5 a 11 anos, após tomarem a vacina
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 932 casos e 10 mortes nas últimas 24 horas
Goiás registrou 932 novos casos de covid-19 e 10 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados foram confirmados na tarde desta segunda (10/01) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com as atualizações, o Estado contabiliza 954.459 infecções e 24.736 óbitos pela doença desde o início da pandemia.
A pasta afirma que há 920.556 pessoas recuperadas da covid-19 em Goiás. Além disso, a SES-GO investiga 620.732 casos e 386 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,59%.
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O GLOBO
Chefe da Anvisa deu resposta precisa e certeira a Bolsonaro
Presidente não pode insinuar haver interesses escusos na vacinação infantil sem apresentar provas
Foi, antes de tudo, precisa a resposta do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, às provocações do presidente Jair Bolsonaro a respeito da aprovação da vacina contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. Precisa e certeira diante da irresponsabilidade de Bolsonaro.
Em entrevista à TV Nova Nordeste na semana passada, em meio às imprecações ofensivas e desrespeitosas à dor alheia já costumeiras na fala presidencial, Bolsonaro insinuou haver interesses escusos na aprovação da vacinação infantil. 'O que está por trás disso?', perguntou. 'Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse daquelas pessoas taradas por vacina?'
Já é absolutamente inaceitável um presidente da República, movido tão somente pelo interesse de insuflar uma plateia fiel a seus despropósitos, desprezar o sofrimento das famílias que perderam suas crianças para a maior pandemia em mais de um século - no Brasil, a Covid-19 tem matado aproximadamente uma criança a cada dois dias. E ainda mais grave ele insinuar haver algum tipo de irregularidade ou interesse escuso da Anvisa sem exibir provas.
Qualquer um que acusa sem apresentar provas incorre no crime de calúnia, previsto no Código Penal. Se um gestor público toma conhecimento de provas de corrupção e não leva a denúncia adiante, aí incorre em prevaricação. Foi justamente esse o ponto destacado por Barra Torres na nota que emitiu em resposta a Bolsonaro. 'Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique', escreveu. 'Determine imediata investigação policial sobre minha pessoa, aliás sobre qualquer um que trabalhe na Anvisa, que com orgulho tenho o privilégio de integrar. Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate''
Além de descrever os fatos com precisão, Barra Torres também demonstrou, em sua resposta, ter empatia e solidariedade com o sentimento das dezenas de milhões de famílias brasileiras atingidas pela pandemia. 'Sofri a cada perda, lamentei cada fracasso e fiz questão de ser eu mesmo, o portador das piores notícias, quando a morte tomou de mim um paciente', afirmou. 'Vou morrer sem conhecer riqueza, senhor presidente. Mas vou morrer digno. E encerrou com uma conclusão óbvia e singela: 'Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário'.
Está aí, resumida em palavras simples, ao alcance de todos, a maior limitação de Bolsonaro: trata-se de alguém incapaz de ter a dignidade de reconhecer os próprios erros ou de se retratar de uma acusação falsa. É verdade que depois, em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro tentou consertar o estrago, dizendo que não tinha acusado ninguém de corrupção. Ainda assim, voltou a levantar dúvidas sobre a Anvisa.
O presidente continua incapaz de manifestar um mínimo de empatia com a dor alheia. Isso vai além de seu desprezo pelos fatos, pela verdade ou pela ciência. É desprezo pela vida mesmo. Pode não haver uma lei específica contra isso, mas o país, enlutado pela perda de mais de 620 mil brasileiros para o vírus, certamente saberá lhe dar uma resposta à altura nas urnas.
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Ministério da Saúde vai pedir liberação dos autotestes
Comercialização do exame caseiro no país depende de uma nova portaria da Anvisa em caráter excepcional
O Ministério da Saúde vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para uso de autoteste no Brasil. Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, a pasta deve finalizar os trâmites para solicitação à Anvisa ainda nesta semana.
O GLOBO apurou que a Anvisa deve fazer uma nova Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) sobre o tema para viabilizar a autorização. A agência tem conversado com o Ministério da Saúde sobre o assunto para que a medida avance. Atualmente, devido a uma outra resolução do órgão regulador não é permitido no país o uso de autotestes para detecção de Covid-19 em casa.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ontem que a Anvisa sinalizou positivamente em relação à autorização, mas pediu parecer da pasta. Segundo Queiroga, o ministério não deve adotar uma política de distribuição deste tipo de teste, mas recomendará a possibilidade de que sejam vendidos em farmácias.
- Se já é complexo ter a testagem realizada por um profissional de saúde lá na ponta, na atenção primária, imagina num país de 210 milhões como é a questão do autoteste? Vamos ter a rastreabilidade devida? Sem ter essas respostas em relação à efetividade da política e a custo e efetividade, essa promessa de ter essa política pode não ter o resultado que nós desejamos, isso não significa dizer que o teste não possa ser vendido nas farmácias, como acontece com outros medicamentos, para que a população possa adquirir e realizar o teste em casa - afirmou o ministro.
Atualmente, os testes rápidos de antígeno, ou autotestes, são barrados pela resolução 36 de 2015 da Anvisa em casos de 'amostras para a verificação da presença ou exposição a organismos patogênicos ou agentes transmissíveis, incluindo agentes que causam doenças infecciosas passíveis de notificação compulsória'. É assim com a Covid-19, que precisa ser monitorada pelas autoridades.
Mas pode haver exceção: o texto abre brecha no caso de políticas públicas e estratégias do Ministério da Saúde que estejam em acordo com a Anvisa. A liberação não seria inédita, já que a agência autorizou, por exemplo, autotestes de HIV a partir de uma iniciativa da pasta. Ontem, Queiroga indicou que a pasta tende a conceder a autorização em conjunto com a agência.
- É muito possível que o Ministério da Saúde sinalize positivamente e a sociedade possa ter esse acesso a esses testes, as redes privadas têm realizado testes também e nos informam os resultados - disse.
OUTROS PAÍSES
Os exames rápidos de antígeno são similares aos testes encontrados nas farmácias brasileiras. Em países da Europa e nos Estados Unidos, os modelos para uso caseiro têm sido aliados para orientar decisões de quarentena diante da alta de casos da Omicron, que tem sintomas mais brandos.
Uma das vantagens dos autotestes nos países onde está disponível ao consumidor é seu baixo custo. Em Portugal, por exemplo, é vendido por preços que variam entre 2 e 15 euros.
O kit inclui um cotonete, que deve ser esfregado no interior da narina. Depois, o material é inserido em um tubo de ensaio com o reagente. Gotas desse líquido são despejadas em uma pega plástica, similar ao exame de gravidez. Se duas linhas surgirem, o resultado é positivo.
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CORREIO BRAZILIENSE
Disparada de casos inspira cuidados
INFLUENZA / Infectologista recomenda a testagem: "Não dá para confiar no 'achômetro', embora haja sinais que facilitem o diagnóstico'. Os sintomas da gripe são mais agudos; DF recebeu mais 4 mil doses de vacina
O aumento de novos casos da influenza no Distrito Federal na última semana gerou a necessidade de novos cuidados com a gripe, que impactaram diversas atividades por todos os cantos da capital federal. As semelhanças entre os sintomas da gripe com os da covid-19 podem confundir inicialmente quem está doente e deixar aquela pulga atrás da orelha. Isso porque, existe também uma disparada no números de casos da covid-19 no DE O analista de tecnologia e morador de Águas Claras, Felipe Galvão, de 22 anos, que testou positivo no final de 2021, afirma que os sintomas vieram de uma forma absurda do dia pra noite. O diagnóstico, segundo Felipe, veio após o momento mais cruel que a infecção.
'Comecei a sentir os primeiros sintomas dois dias antes do Natal, quando a minha garganta começou a arder, mas pensei que fosse algo como sinusite, principalmente com essa época do ano. Na véspera do feriado, senti minha garganta doer mais, além de falta de disposição. Fui ao hospital e os médicos plantonistas me disseram para fazer um exame. No sábado de Natal, estava com muito cansaço e com febre, além da falta de ar, pressão muito alta e falta de apetite. Recebi na segunda-feira o resultado do exame que fiz no domingo pós-Natal, era positivo para influenza. O vírus piorou de um dia para o outro dentro do meu organismo', afirmou Felipe.
Também moradora de Águas Claras, a professora Monaisé Madalena, 30, conta que sentiu dores e febre alta, além da falta de disposição para cumprir tarefas do dia. 'Senti dores e tosse no fim de semana. Na segunda-feira, dia 27, a minha situação piorou e me deu muita vontade de ficar deitada, além da febre. No outro dia, amanheci pior e, a partir dessa evolução rápida dos sintomas, descartei que fosse covid-19. Quando o médico me examinou, ele já me disse que poderia ser um quadro de influenza, mas me indicou que fizesse o teste de covid-19 e influenza', disse. 'Nos outros dias, não tive tantos sintomas, mas sigo com cansaço no corpo, apesar de terem se passado 10 dias após o diagnóstico de influenza. Meu pai, por exemplo, precisou procurar atendimento médico, pela idade dele - 80 anos. O que mais me marcou foi a dor no corpo de repente, com muita tosse', disse.
Especialista
Segundo a infectologista Ana Helena Germoglio, ouvida pelo Correio, o teste de antígeno pode sanar as dúvidas, mas existem sinais que podem facilitar o diagnóstico de uma ou outra infecção. Com a alta de transmissão da covid-19 agora, não dá para confiar no 'achômetro'. 'O termo tempestade perfeita se encaixou perfeitamente nesse momento. Apesar dos sintomas da influenza serem sintomas mais agudos, por exemplo: o paciente dorme bem e acorda com sintomas, com dores no corpo, má disposição'. A covid-19 também pode apresentar esses sintomas. É exatamente agora, com a taxa de transmissão tão alta no DF, que não dá para confiar nos sintomas sem ter a comprovação de um exame', advertiu.
'Tivemos vários fatores que contribuíram para que houvesse esse surto de covid-19 no DFE principalmente com essa nova cepa da H3N?2? e coincidentemente, a vacina que estava em circulação no ano passado não contemplava essa cepa. Então o cenário foi se desenhando com uma onda de casos, sem proteção, seja pela vacina ou imunológica', explicou. "Se por acaso existir alguma vacina da influenza disponível ainda, a gente já sabe que ela é composta das cepas que circulam mais no ano anterior. Com a nova variante que surgiu agora, chamada de variante Darwin ou H3N2, é bem provável que a próxima campanha de vacinação contemple a proteção dela', afirmou.
Medicamentos
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que recebeu 4 mil doses da vacina contra influenza na última semana. As doses foram repassadas pela Ordem dos Advogados do Brasil, seção DF depois que a entidade constatou a falta de imunizantes no DE Segundo a pasta de saúde local, não existe um monitoramento de quantas doses restam para aplicação na capital federal e, caso o imunizante acabe nas unidades de saúde, não haverá reabastecimento dos estoques, porque não iniciou a campanha contra a gripe em 2022.
O Ministério da Saúde - responsável pelo envio das doses aos estados e Distrito Federal - não respondeu aos questionamentos da nossa reportagem sobre a possibilidade de envio de um novo lote de remédios. Um dos medicamentos que muitos brasilienses procuram para aliviar e tratar a doença no organismo é o Oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu. Segundo a pasta de saúde, não há falta do medicamento nas concentrações de 30mg, 45mg e 75mg em nenhuma unidade básica de saúde que faz a distribuição.
De acordo com a pasta, o que pode ocorrer são 'faltas pontuais' e, quando isso acontece, o gestor da unidade deve pedir reposição ao estoque central. Para a retirada deste medicamento, é necessário apresentar receita médica, cartão do SUS e documento de identidade com foto.
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JORNAL OPÇÃO
Caso Valentina Boscardin: como a Covid-19 pode provocar quadros de trombose
Por Rafaela Ferreira
Jovem de 18 anos teve trombose e pneumonia devido a Covid. Médico vascular explica a relação do novo coronavírus com problemas no sistema vascular
A modelo Valentina Boscardi, 18 anos, morreu na madrugada do último domingo, 9, devido as complicações da Covid-19. Ela havia sido diagnosticada com Coronavírus e, na última quinta-feira, 6, com trombose e pneumonia. A jovem havia se vacinado com as duas doses da vacina contra o vírus. A notícia foi dada pela também modelo, apresentadora, atriz e empresária Marcia Boscardin, mãe da jovem. “É com muita dor que me despeço do amor da minha vida! Adeus, Valentina Bosacardin Mendes. Que Deus te receba de braços abertos. Estou sem chão. Um anjo sobe ao céu”, escreveu em uma rede social.
Trombose, tal qual ocorreu no caso de Valentina, que teve repercussão nacional, é uma das complicações geradas pelo Coronavíris. O médico vascular Gustavo Marcatto explica que existem vários níveis de trombose, mas o importante é saber que ela é provocada pela formação de coágulos sanguíneos, que impedem o funcionamento e o fluxo adequado do sistema vascular. “O coágulo é o mecanismo da lesão que causa trombose. Quando esse coágulo acontece na veia da perna, chamamos de trombose venosa profunda. O sangue fica mais espesso, viscoso e isso estimula a coagulação do sangue, formando ali uma espécie de bolinha, levando à trombose”, disse.
A trombose se dá em dois níveis: nas veias da perna, levando a um desconforto, com dores, e inchaço e também a nível sistêmico, o que é mais grave podendo, até, levar à morte. Em estudos recentes, é possível ver fortes indícios de que a Covid é uma doença vascular e suas complicações são em decorrência, justamente, das lesões provocadas nos vasos sanguíneos, tanto nas oclusões quanto nos processos inflamatórios. O que aumentaria, de fato, o risco de trombose, também informou o médico.
“Quando o trombo (o coágulo) se desprende, passa a percorrer toda a circulação. Na grande maioria das vezes, pela anatomia da circulação do coração, esse trombo vai parar no pulmão causando a embolia pulmonar, uma das complicações mais graves da trombose, já que pode causar a morte. Por isso é sempre tão importante prevenir a trombose”, alerta o médico vascular.
De acordo com o doutor Gustavo Marcatto, estudos feito nesta área mostram que a infecção pelo novo coronavírus pode causar a trombose, pois o vírus provoca um processo inflamatório na circulação, já que o corpo tenta, de forma desordenada, combater o invasor. A coagulação passa a acontecer de forma excessiva para ‘cicatrizar a ferida deixada pelo vírus’. “A inflamação provocada pela Covid-19 estimula a formação de coágulos, a causa da trombose, quando as veias são atingidas por obstruções Então, com a pandemia, estamos vendo frequentemente, o aumento da trombose venosa profunda e em outros locais do corpo, como no pulmão. Algumas pessoas chegam até a perder a audição, tudo por causa da trombose causada pela Covid”, relata o especialista.
Ainda segundo ele, esses casos de surdez ou zumbidos no ouvido em pessoas que já tiveram Covid, são por conta da trombose na artéria que fica no nervo do ouvido. “Esse nervo perde a irrigação e não consegue mais trabalhar, levando o paciente a perder a audição em decorrência disso”, completa Gustavo.
Vale lembrar que pacientes que já têm comorbidades, como obesidade, tabagismo, correm mais risco de desenvolver essa trombose provocada pela Covid-19. Cientistas e médicos em todo o mundo continuam estudando a relação da trombose com o novo coronavírus, assim como meios para sanar mais esse problema diante da terrível doença.
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Aumento de casos não deve aumentar óbitos por Covid-19, diz ministro
Por Acaray Martins
Marcelo Queiroga acredita que país terá perfil semelhante ao da Europa. Segundo ele, nos próximos 15 dias serão distribuídos 14 milhões de testes rápidos de antígenos
O avanço da Covid-19 no Brasil deverá ter desempenho similar ao de alguns países europeus, apresentando aumento de casos, porém sem aumento de óbitos. Foi o que disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga ao informar ainda que nos próximos 15 dias serão distribuídos 14 milhões de testes rápidos de antígenos.
Em janeiro, serão distribuídos cerca de 40 milhões de testes rápidos de antígenos, sendo que destes 14 milhões ocorrerão nos próximos 15 dias. “É necessário que tenhamos novamente o empenho dos municípios para fazerem essas testagem na tenção primária e enviar os resultados ao Ministério da Saúde acompanhar a evolução da pandemia”, disse Queiroga.
O ministro acredita que com o aumento proporcional no número de óbitos por causa da doença, o Brasil terá desempenho semelhante ao que ocorre em países da Europa como Espanha, Reino Unido e França. Reiterou ainda que o total de leitos aumentou de 23 mil, antes da pandemia, para 43 mil, no período de pico da doença.
“No pior cenário, temos capacidade de duplicar os leitos de terapia intensiva, se esse for o caso. Mas é necessário também que os municípios e estados nos informem para garantir que não faltem insumos estratégicos, como oxigênio e kits de intubação”, completou.
Quarentena
Com relação ao isolamento, o ministro contou que ainda terá uma definição sobre a questão da quarentena, de forma a encurtar o período necessário para aqueles que contraíram a doença. Queiroga informou, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encaminhou sugestão para flexibilizar a restrição dos cidadãos da África e dos países vedados em função da variante Ômicron.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Cresce número de casos positivos para Covid-19 em Goiás
Além do aumento na quantidade de testes, e de resultados positivos, a pasta investiga 10 casos de flurona no estado
O número de exames para identificar a Covid-19 teve um aumento de 30% no Lacen, nas últimas semanas em Goiás. E não foi apenas isso que aumento, a quantidade de testes positivos também subiu de 14,46% para 28,05% na última semana epidemiológica do ano passado, para a primeira semana de 2022.
Os dados foram confirmados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) que também investiga pelo menos 10 casos de infecção simultânea de coronavírus e influenza, o flurona. Vale lembrar também que havia um caso de coinfecção de dengue e covid, mas ele foi descartado pela pasta.
Relatório sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Goiás deve ser apresentado pela SES
Conforme matéria publicada no Jornal O Popular, a SES deve apresentar um estudo da situação epidemiológica da Covid-19 que leva em consideração a quantidade de pessoas internadas e isoladas no Estado na próxima quarta-feira, 12, na reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública de Goiás para o Enfrentamento ao Coronavírus (COE).
Entre as medidas que a Secretaria tem adotado nas últimas semanas estão o apoio aos municípios com a entrega de testes rápidos de antígeno, a atuação na investigação de casos de flurona, e a realização de testes RT-PCR, além do envio das amostras positivas para que elas passem pelo sequenciamento viral e assim possam ser identificadas as novas variantes que circulam por Goiás.
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TV ANHANGUERA
Rede pública e privada monitoram vagas de UTI exclusivas para pacientes com Covid
https://globoplay.globo.com/v/10200068/
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Moradores reclamam de filas gigantes para fazer o teste da Covid-19 em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/10200425/
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Quase 60% das crianças mortas por Covid-19 tinham comorbidade
Barra Torres rebate declarações de presidente sobre vacinação infantil
Idosa acorda após ter sido dada como morta e surpreende família em organização de velório; entenda
Covid-19: Goiás registra 159 casos e duas mortes nas últimas 24 horas
UTIs e enfermarias pediátricas para covid-19 estão lotadas na rede de Goiás
Hospitais privados registram aumento de 655% nos casos de Covid-19
CORREIO DO POVO
Quase 60% das crianças mortas por Covid-19 tinham comorbidade
Crianças saudáveis também são vítimas do vírus, que matou na infância mais do que qualquer outra doença prevenível com vacina
Crianças com algum fator de risco são as que mais morrem por Covid-19 no Brasil. Considerando o público de 0 a 17 anos, foram 1.272 óbitos durante a pandemia, o que representa 58,4% das 2.178 perdas neste público. Mesmo sem nenhuma enfermidade crônica ou comprometimento imunológico, 906 crianças e adolescentes também entraram para a estatística. As manifestações de autoridades públicas minimizando o impacto da Covid na faixa etária têm provocado a indignação das sociedades médicas, que alertam que a doença mata mais do que qualquer outra prevenível com vacina.
Quando se fala em comorbidade entre as crianças, no caso específico da faixa etária de 5 a 11 anos, que começará a ser vacinada no Brasil, 69% das 308 mortes durante a pandemia foram em crianças com comorbidade. Ainda que sejam elevados os números de meninos e meninas com agravamento e óbito pela doença em razão de fatores de risco, há o debate entre representantes das sociedades médicas sobre seguir ou não a instrução do Ministério da Saúde de vacinar esse público mais vulnerável primeiro.
Ainda que a vulnerabilidade seja reconhecida pelos especialistas, de maneira geral, a questão logística faz com que haja divergência sobre a forma como o governo irá proceder, ao vacinar primeiro a população pediátrica com algum fator de risco e, depois, iniciar a imunização por idade. O pediatra Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por exemplo, defende que a forma apropriada é vacinar primeiro aquelas com comorbidade, assim como ocorreu com a vacinação de adultos.
"Faz todo o sentido (vacinar primeiro crianças de comorbidade). Numa situação de disponibilidade limitada de doses, que é o que vai acontecer, a gente tem que fazer com as crianças a mesma coisa que a gente fez com os adultos. Primeiro as crianças dos grupos de risco e depois a vacinação por faixa etária", afirmou. O pediatra ressaltou que os dados mostram que ter alguma comorbidade agrega risco no sentido de hospitalização e morte. De acordo com ele, os fatores de risco nas crianças não são exatamente os mesmos dos adultos mas, no geral, se repetem.
Na avaliação do pediatra e infectologista Renato Kfouri, consultor do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB), no entanto, a falta de levantamentos sobre quem são e onde estão essas crianças com comorbidade pode atrasar ainda mais as aplicações da vacina, motivo pelo qual acredita que realizar a campanha por faixa etária possa ser mais eficiente.
"Dessa maneira nós também vamos incorporando aqueles que têm comorbidade e, em um curto espaço de tempo, todos estarão vacinados, com ou sem essas doenças crônicas. Logisticamente falando, fica muito difícil implantar (a vacinação por comorbidade) porque nós nem conhecemos quais são esses denominadores, quantas crianças de cinco a onze anos em cada município têm cada doença crônica. Infelizmente, esses dados não existem no país", pondera Kfouri.
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, concorda, lembrando que o país já trabalhou com a priorização de pessoas com comorbidade e que houve atraso em razão disso, mas que, na época, a escassez e dúvida em relação às entregas era um ponto que não possibilitou outra estratégia. "É mais prático fazer por faixa etária, ainda que a comorbidade seja um fator importante. No universo de 20 milhões de crianças, a minha opinião pessoal é que isso seria mais uma barreira, em tempos em que já há disponibilidade da vacina."
A previsão do Ministério da Saúde é de entrega de 3,74 milhões de doses ainda em janeiro e 20 milhões, no total, até março. A pasta prevê a necessidade de dobrar a demanda, já que a Pfizer - vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso pediátrico - demanda duas doses. Já há, no entanto, previsão em contrato para requisitar mais doses, bastando o governo sinalizar a compra.
Doenças preveníveis por vacina
Em audiência pública para discutir a vacinação infantil, na última terça-feira, especialistas ressaltaram que diferentemente do que se falava no início da pandemia, o potencial da Covid-19 nas crianças não pode ser comparado com o que o coronavírus faz com os adultos, mas sim com o que outras doenças preveníveis com vacina já fizeram com as crianças.
Na ocasião, Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, explicou que esse é o ponto chave da questão. "Creio que houve algum equívoco por parte de muitos de nós de nos distrairmos com uma característica intrigante da Covid, que é a desproporcionalidade de impacto da doença nos adultos em relação às crianças. Há um impacto muito maior nos adultos do que nas crianças, isso é um dado inquestionável. Mas isso nos tirou a atenção da relevância que a doença tem para a população pediátrica", pontuou.
Ao R7, o médico frisou que é um dado inequívoco que a Covid-19 matou mais crianças do que todas as outras doenças preveníveis por vacina. "As doenças imunopreveníveis têm hoje um impacto dramaticamente menor do que o da Covid", ressaltou.
O entendimento é geral entre especialistas, como completa Kfouri. "Não há nenhuma doença prevenível por vacina, hoje, que mais traga hospitalizações e mortes como a Covid. Mesmo na era pré-vacinal - quando nós introduzimos vacina de gripe, sarampo, catapora, febre amarela, caxumba, rubéola, meningite - a mortalidade por essas doenças era infinitamente menor do que a por Covid-19", alerta.
Sáfadi citou como exemplo mortes por Influenza em 2009, ano de pandemia da H1N1, e meningite meningocócica em 2010, antes da inserção da vacina contra a doença no calendário vacinal. "Mesmo o ano que mais matou crianças por essas doenças imunopreveníveis, nenhuma delas vitimou tanto as crianças como a Covid-19", explicou.
O pediatra ressaltou, ainda, que ao se falar de vacinação, não devemos pensar apenas na prevenção de óbitos. "Tem que lembrar também que o que norteia a recomendação de uma vacina não é só a prevenção da morte, é a prevenção da hospitalização, da sequela, da sobrecarga das unidades de saúde. Envolve também critérios econômicos, de qualidade de vida, tudo isso é levado em conta ao se produzir uma vacina. E esses aspectos todos da covid são também dramáticos. São 34 mil hospitalizações de crianças adolescentes desde que começou a pandemia. A gente tem uma série de elementos que corroboram para o ônus dessa doença no público pediátrico", pontuou.
Campanha antivacina
Kfouri, que também é presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, ressalta que, diferente das dúvidas levantadas por autoridades federais quanto aos benefícios da vacinação, há "razões de sobra para vacinar as crianças", sejam elas éticas, sanitárias, epidemiológicas e protecionistas, tanto para a saúde individual quanto coletiva. "As vacinas são seguras, estão licenciadas no país e sendo utilizadas (em crianças) em mais de uma dúzia de países pelo mundo."
Kfouri lamenta a falta de incentivo à medida preventiva da doença e critica a postura dos líderes de governo. Ainda que, de março de 2020 a novembro de 2021, 308 crianças de 5 a 11 anos tenham morrido por Covid-19, segundo dados do próprio governo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, logo após a inclusão do grupo, não ter conhecimento de nenhuma morte nesta faixa etária pela doença e ainda questionou os interesses por trás da aprovação.
O próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não fez recomendação explícita à vacinação. Ao contrário, incentivou a população a procurar um médico antes de levar os filhos às salas de imunização, ainda que a prescrição médica não seja cobrada. "Lamentável que o lançamento de uma vacina seja quase que um pedido de desculpas, feita de maneira contrariada, constrangida pelo ministro da Saúde, que deveria ser o primeiro a incentivar a vacinação", critica Kfouri, ainda que acredite que, à despeito dos comunicados, a população brasileira confia nas vacinas.
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AGÊNCIA BRASIL
Barra Torres rebate declarações de presidente sobre vacinação infantil
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, divulgou nota em que nega a existência de interesses ocultos por trás da aprovação da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra covid-19. No texto, ele pede retratação ao presidente Jair Bolsonaro sobre fala relacionada ao assunto.
Em entrevista a uma rádio na semana passada, Bolsonaro questionou o interesse da Anvisa com a aprovação da vacina da Pfizer contra covid-19 para crianças nessa faixa etária. 'Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?", perguntou.
Na nota, divulgada nesse sábado à noite, Barra Torres diz que se o presidente tiver informações que indiquem corrupção deveria determinar investigação policial. 'Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate. Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente. Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário', finaliza Barra Torres.
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O HOJE
Idosa acorda após ter sido dada como morta e surpreende família em organização de velório; entenda
Uma idosa de 78 anos, chamada Clotilde Rieck, acordou após ser dada como morta durante a preparação do velório, em Cidreira, no litoral do Rio Grande do Sul. Um dos funcionários da funerária, que preparava o corpo de Clotilde, fez uma ligação para a família dizendo que a idosa estava viva.
Ao G1, Bianca Schneider, sobrinha-neta da idosa, contou que a família estava em casa organizando o velório quando o funcionário da funerária ligou dando a notícia. A família explicou também que a morte de Clotilde havia sido confirmada após a idosa sofrer duas paradas cardíacas.
Segundo Bianca, na funerária, o funcionário percebeu que Clotilde estava viva quando foi retirar o corpo do necrotério. “Quando ele descobriu o corpo para fazer a remoção dela, ela estava viva, com o braço erguido, o olho aberto e pedindo ajuda”, explicou.
Além disso, o funcionário pediu ajuda no posto de saúde, uma vez que a paciente estava com o coração batendo e ofegante. De acordo com Bianca, a idosa quase foi enterrada viva, mas devido a um problema com o tamanho do caixão escolhido, o processo demorou mais que o normal. “Se tivesse o caixão do tamanho dela certinho, nós teríamos enterrado ela viva. Graças a Deus, teve esse tempo”, relatou aliviada.
De acordo com o portal do Hugo Gloss, a prefeitura da cidade emitiu uma nota confirmando a investigação do caso e responsabilidade dos profissionais de saúde envolvidos. “Foi registrado também um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Cidreira e exigido que a empresa contratada afaste a profissional dos serviços prestados em nosso município”, diz o comunicado.
A coordenadora do postinho, Irene Mendes, confirmou a nota da prefeitura e que é uma coisa inédita no município. “Realmente, é uma coisa inédita aqui para o nosso município. Nunca passamos por uma situação como essa. Nós estamos tomando providências, vamos abrir um processo administrativo e solicitamos o afastamento imediato da médica”.
Conforma defesa da médica, a profissional utilizou “todos os meios de tratamento e todas as manobras de ressuscitação cardiopulmonar disponíveis no Posto de Saúde 24 horas Eva Dias de Melo, na cidade de Cidreira/RS, especialmente no dia 31/12/2021” para reanimar a paciente.
Em nota ao G1, os advogados afirmaram que a médica não recebeu contato da prefeitura para esclarecimentos sobre o caso e não foi comunicada sobre o afastamento. “Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para os devidos esclarecimentos dos fatos e demonstração da boa conduta médica adotada”.
Dona Clotilde foi informada do ocorrido na última sexta-feira (8/1) e, segundo Bianca, ela ficou “perplexa”. Desde o último dia 31, a idosa está internada na Santa Casa de Porto Alegre e, de acordo com a sobrinha-neta, está em um quarto, respirando normalmente e evoluindo bem aos tratamentos.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 159 casos e duas mortes nas últimas 24 horas
Goiás registrou 159 novos casos de covid-19 e duas mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados foram confirmados na tarde deste domingo (9/1) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com as atualizações, o Estado contabiliza 24.726 infecções e 24.726 óbitos pela doença desde o início da pandemia.
A pasta afirma que há 919.896 pessoas recuperadas da covid-19 em Goiás. Além disso, a SES-GO investiga 618523 casos e 386 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,6%.
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UTIs e enfermarias pediátricas para covid-19 estão lotadas na rede de Goiás
Théo Mariano
Goiânia - Os leitos pediátricos para tratamento de pacientes com covid-19, tanto em unidades de terapia intensiva (UTIs) quanto em enfermarias, estão lotados na rede estadual de Goiás. A alta recente foi notificada pelo sistema de monitoramento utilizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
Ao todo, o Governo de Goiás disponibiliza, às crianças, 11 vagas em unidades de terapia intensiva e 30 em enfermarias em hospitais estaduais. Todas estão ocupadas. Ainda assim, em entrevista ao jornal A Redação nesta sexta-feira (7/1), o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, avalia que o aumento é "dinâmico" e a abertura de novos leitos "depende da necessidade".
A princípio, reforçou o chefe da pasta estadual, não há qualquer plano para alterar a estratégia de cuidado com as crianças. O número de vagas deve permanecer. Na manhã de hoje, a SES-GO registrou três pedidos de internação em unidades pediátricas de terapia intensiva para tratamento da covid-19.
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JORNAL OPÇÃO
Hospitais privados registram aumento de 655% nos casos de Covid-19
Por Acaray Martins
Dos 33 hospitais pesquisados, 88% registraram aumento de casos positivos de Covid-19 e Influenza. Só o número de casos de Influenza teve elevação de 270%
Os casos de Covid-19 cresceram 655% desde o mês de dezembro, segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que realizou pesquisa em 11 estados, incluindo Goiás. Dos 33 hospitais pesquisados, 88% registraram aumento de casos positivos de Covid-19 e Influenza. Além da alta nos registros de Coronavírus, o número de casos de Influenza teve elevação de 270%. A pesquisa teve como intuito entender o aumento entre os associados.
As instituições respondentes registraram neste período 13.040 casos positivos para Covid-19, o que representa um percentual de positividade de 21% sobre o total de testes realizados. Ainda, de acordo com a pesquisa, desde dezembro, 32% desses casos resultaram em internação. Ao analisar apenas os dados de Influenza, foram registrados 7.943 casos confirmados, o que representa um percentual de positividade de 42% sobre o total de testes realizados. Os dados da pesquisa mostram ainda que 22% dos casos confirmados desde dezembro resultaram em internação.
A Anahp recomenda que a busca pelo atendimento no pronto-socorro dos hospitais deve acontecer em casos específicos como pacientes com sintomas persistentes ou sinais de acometimento mais grave. Aqueles que estiverem com sintomas leves ou assintomáticos devem priorizar a busca por atendimentos ambulatoriais como consultas médicas via telemedicina.
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Assessoria de Comunicação