Quinta, 11 Agosto 2022 07:17

CLIPPING AHPACEG 11/08/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hospitais vão ao STF contra lei

Hospitais estudam demissão após aumento do piso da enfermagem

Romário Policarpo é internado para exames, após sofrer alta de pressão

Covid-19: Goiás confirma 2.049 novos casos e 11 mortes em um dia 

Por que a legislação sobre cannabis não avança no Brasil? Como é em outros países

Câncer de mama: saiba qual o tratamento nas redes pública e particular

SUS: ministro anuncia incorporação de tecnologia para tratar AVC

Delegado descarta participação de outra pessoa em morte de médica achada em banheiro de hospital, em Pirenópolis

Saúde Municipal monitora 11 casos suspeitos de varíola dos macacos na capital; todos cumprem isolamento

CORREIO BRAZILIENSE

Hospitais vão ao STF contra lei

Ação de inconstitucionalidade movida por entidades de saúde argumenta que norma elevará em 88% os custos do setor, sem prever fontes de recursos para cobrir a despesa adicional

Michelle Portela

Pesquisa da Confederação Nacional de Saúde (CNS) realizada junto a 85 hospitais privados nas cinco regiões do país aponta para um aumento de custos de 88,4% com a aplicação do piso salarial da enfermagem. Por isso, entidades do setor da saúde entraram com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a nova legislação.

A Lei nº 14.314/2022 foi sancionada na última semana pelo presidente Jair Bolsonaro após debates e aprovação no Congresso Nacional. Ela estabelece um piso de R$ 4.750 para enfermeiros, de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem, e de R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras. Entre as principais críticas à nova legislação está o impacto orçamentário e a ausência de indicação da fonte de recursos para cobrir a despesa, motivo alegado pelas entidades para recorrer ao STF.

Movem a ação a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed); Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT); Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC); Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp); Confederação Nacional de Municípios (CNM); Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB); Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde); e Federação Brasileira de Hospitais (FBH).

"Do jeito que está, o projeto vem para quebrar o sistema, por isso, pedimos sua anulação", disse o diretor jurídico da CNSaúde, Marcos Vinícius Otoni. Na ação encaminhada ao STF, as entidades argumentam, ainda, que Lei 14.314 tem o chamado vício de iniciativa, ou seja, a proposta deveria ter vindo do Poder Executivo.

A pesquisa da CNSaúde sustenta que, ao elevar os gastos com recursos humanos em 88,4%, o piso da enfermagem implica custos adicionais de R$ 11,4 bilhões aos planos de saúde, valor que corresponde a 5,5% das despesas anuais do setor. Entre outras conclusões, o levantamento diz que hospitais poderão fechar porque perderão a margem média de lucratividade de 9,7%, e passarão a fechar no vermelho, com resultado negativo de 3,4%.

"A CNSaúde reforça a necessidade da manutenção do compromisso assumido pelo Congresso Nacional de encontrar as fontes de custeio necessárias para viabilizar o PL da Enfermagem. Nem o setor público nem o privado (seja filantrópico ou não) têm condições de arcar com esse alto custo estabelecido de forma permanente", afirmam os proponentes da ação.

Judicialização

As entidades também esperam aumento de casos na Justiça Trabalhista. Análise encomendada pela Unimed revela crescimento desse movimento desde a pandemia, que deve ser intensificado nos próximos meses, caso permaneçam as indefinições. "Em 2021, foram protocolados 27 milhões de casos novos, o que mostra uma retomada na busca pela Justiça, já que o isolamento provocado pela covid- 19 travou o crescimento dos litígios judiciais. Em 2019, os casos novos chegaram a 30 milhões, 5 milhões a mais que no ano seguinte", diz o estudo.

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PORTAL YAHOO

Hospitais estudam demissão após aumento do piso da enfermagem

Depois da entrada em vigor da lei que estabelece o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras, alguns hospitais privados já estudam demitir funcionários, segundo a CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde).

Marcos Ottoni, diretor-jurídico da CNSaúde, afirma que a mudança pode prejudicar e até inviabilizar a prestação dos serviços de saúde. Ottoni diz que "a lei é um tiro no pé" dos enfermeiros.

"Eles presumem que os grandes hospitais têm muito dinheiro e poderiam pagar. Só que eles representam menos de 5% do todo no Brasil. Estamos falando de hospitais do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste que não têm um décimo desses recursos", diz.

Um levantamento feito pela entidade aponta que a margem média de lucro dos hospitais deve passar de 9,7% para o valor negativo de 3,4%, o que levaria, no médio prazo, ao fechamento de instituições.

"A grande base de diferença de valores que vão aumentar não está em São Paulo, Brasília e Rio, estão em outros polos. Por exemplo, a Paraíba vai ter um aumento de 186% para os técnicos de enfermagem", afirma Ottoni.

Segundo ele, a CNSaúde protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei que entrou em vigor na sexta (5) estabelecendo remuneração mínima de R$ 4.750 para a enfermagem.

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JORNAL OPÇÃO

Romário Policarpo é internado para exames, após sofrer alta de pressão

Presidente da Câmara Municipal cancelou agendas de hoje e amanhã para monitorar estado de saúde

O presidente da Câmara de Goiânia, vereador Romário Policarpo (Patriota), foi internado ao fim da manhã desta quarta-feira, 10, no Hospital Incor São Lucas após uma alta abrupta de pressão arterial. No início da tarde, passou por cateterismo cardíaco.

Segundo o hospital, o procedimento não apontou alteração ou anormalidade, mas o presidente da Câmara de Goiânia permanecerá internado em observação até quinta-feira,11, por recomendação do cardiologista Raphael Freire, que o atendeu.

Policarpo presidiu a sessão ordinária desta quarta-feira, mas se sentiu mal, com forte dores no peito, durante a agenda de atendimentos no Gabinete de Presidência.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás confirma 2.049 novos casos e 11 mortes em um dia 

Goiânia -  Goiás registrou 2.049 novos casos de covid-19 e 11 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Com as atualizações, o Estado soma 1.649.085 infecções e 27.262 óbitos desde o início da pandemia. Os dados constam no boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) divulgado na tarde desta quarta-feira (10/8).

No território goiano são investigados 868.857 casos e 205 mortes para verificar se há alguma relação com o novo coronavírus. Além disso, a taxa de letalidade da doença é de 1,65% no Estado. 

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O ESTADO DE S.PAULO

Por que a legislação sobre cannabis não avança no Brasil? Como é em outros países

O Projeto de Lei 399/2015, que prevê regulamentar os usos medicinal e industrial da cannabis, está parado na Câmara dos Deputados há mais de um ano. Cabe ao presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), colocá-lo novamente em pauta, após recurso apresentado pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), em junho do ano passado, que pede que o projeto seja votado pelo plenário da Câmara, e não siga direto para o Senado. O PL 399 já foi aprovado por comissão especial da Casa. "Como a gente votou muitas matérias no primeiro semestre e os grupos conservadores se fecharam muito para pautas polêmicas, eu não quis desperdiçar essa matéria", afirmou Lira, comparando a sensibilidade do projeto à do PL 2630/2020, conhecido como o PL das fake news. "Eu achei que o tema estava maduro, os líderes acenaram para isso, mas, quando foi ao plenário, (o PL 2630) não passou. Por prudência, acho melhor esperar para quando tiver condições", disse o presidente da Câmara. Cultivo em Nazaré, Israel; especialistas citam efeitos terapêuticos comprovados Foto: Amir Cohen/Reuters Continua após a publicidade Lira vê a possibilidade de pautar o tema para depois das eleições, mas não adiantou datas. Ele prefere não expor sua opinião pessoal sobre a regulamentação da cannabis medicinal. "As pessoas tendem a achar que vou fazer pressão para um lado ou para o outro." Segundo o deputado Eduardo Costa (PSD-PR), que, no início do ano, participou de uma reunião com Lira, o presidente da Câmara prometeu discutir a matéria em breve. "Ele chamaria a bancada evangélica, a mais difícil de convencer, e também pautaria um projeto em favor deles." Uma vez que Lira paute a discussão na Câmara, há dois cenários possíveis: se o recurso de Garcia for aceito, o texto será levado ao plenário, para análise dos 513 parlamentares. Se for negado, a proposta seguirá para o Senado. A segunda opção é a mais provável, na avaliação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), presidente da Comissão Especial que discutiu os medicamentos formulados com cannabis. "Acredito que o (PL) 399 será aprovado, no mais tardar, ano que vem", disse Teixeira, que chegou a ser agredido por Garcia em maio do ano passado, durante sessão que discutia o tema. Depois, o deputado do Republicanos se desculpou. Embora seja bastante completo em relação aos usos medicinal e industrial da cannabis, o PL 399 não contempla o autocultivo, pilar apontado como fundamental para o barateamento e a popularização do acesso ao medicamento à base de maconha. O cenário pós-eleições é considerado crucial para o avanço, ou não, da cannabis medicinal no País. "Com Lula ganhando, a gente aprova, sem sombra de dúvidas, e integralmente", afirmou o relator do projeto, Luciano Ducci (PSB-PR), correligionário do candidato a vice na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin. Por outro lado, caso haja um segundo mandato de Jair Bolsonaro (PL), a esperança de famílias pelo acesso popular a medicamentos à base de cannabis será posta à prova. O atual chefe do Executivo já declarou que vetaria o projeto, mesmo que o texto chegasse ao Senado e fosse aprovado na Casa. O presidente da República disse não abrir mão da pauta, cara ao seu núcleo duro de apoiadores. Com o veto, o PL 399 voltaria ao Congresso, em imbróglio praticamente interminável.

Para o advogado Rodrigo Mesquita, um dos especialistas no tema no Brasil, uma opção seria a utilização de outros canais da constitucionalidade, considerando que, em setembro, a ministra Rosa Weber assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal.

"Se houver um novo mandato de Bolsonaro e o PL continuar aprovado na Câmara, abre-se a possibilidade de disputa no STF, com a Rosa Weber pautando o processo", disse Mesquita, lembrando que, em 2023, aposentam-se a própria Rosa Weber e o ministro Ricardo Lewandowski. "Haveria uma janela de tempo bastante curta para isso."

Na antevéspera da votação do relatório do PL 399, em junho de 2021, houve pressão do governo sobre os líderes das bancadas para que trocassem os representantes dos partidos na comissão por nomes que votassem contra a matéria. A manobra conseguiu a substituição de pelo menos três parlamentares, mas não suficiente para a rejeição do projeto, aprovado pelo placar apertado de 18 votos a 17.

"Essa troca é uma violência política fora do padrão, mas permitida no regimento", disse o deputado Daniel Coelho (Cidadania-PE), que participou das discussões da proposta e foi substituído no dia da votação. Entretanto, tais substituições não foram exatamente fáceis de costurar.

"Mesmo nos partidos de base, foi difícil de convencer. Tem gente que tem vergonha de votar contra a cannabis medicinal, pois sabe que estamos falando de saúde", afirmou Coelho. "Quem se diz contra é porque está dentro de um contexto de manipulação."

O deputado Capitão Augusto (PL-SP), líder da bancada da bala na Câmara, apoiou as trocas dos parlamentares favoráveis à cannabis medicinal. "Aqueles que não queiram votar contra e sejam da base do governo têm que ser trocados mesmo", declarou o parlamentar. Capitão Augusto se disse favorável ao uso medicinal da substância, mas criticou "a possibilidade de facilitar o uso de drogas".

Esse é o principal argumento da base governista no Congresso contra o PL 399. Médico e ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro, o deputado Osmar Terra (MDB-RS) reconhece as propriedades terapêuticas do CBD e questiona as do THC - ambas as substâncias são extraídas da cannabis. O THC, no entanto, já tem comprovados efeitos terapêuticos para certas patologias. Além disso, há consolidado entendimento científico sobre o "efeito comitiva" - ou entourage -, que trata da potencialização do medicamento full spectrum, que é quando se utilizam diversas das mais de 600 substâncias presentes na planta.

Enquanto a regulamentação federal da cannabis medicinal não sai, Estados e municípios se mobilizam para analisar as demandas localmente. No Distrito Federal, que tem a maior taxa do País de pacientes cadastrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação de cannabis medicinal - são 35 autorizações a cada 100 mil habitantes -, há distribuição gratuita de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para casos de epilepsia.

O Projeto de Lei 2899/2022, o mais recente da capital federal, prevê a regulamentação de plantio, armazenamento e transporte da planta para fins medicinais e científicos. De autoria do deputado distrital Leandro Grass (PV-DF) e redigido, em grande parte, pelo advogado Rodrigo Mesquita, o PL foi registrado há pouco mais de um mês. "Foi preciso criar essa lei ante a omissão dolosa da União no dever de regulamentar", disse Mesquita.

Em São Paulo foi criada, em outubro do ano passado, a primeira Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial do Brasil, composta por 21 deputados estaduais de 12 partidos de espectros políticos diferentes, como o Novo e o PT.

O deputado estadual Sérgio Victor (Novo-SP), presidente da Frente, disse que, primeiro, se aproximou do tema cannabis com interesse de oportunidades de inovação e investimentos, por meio dos sócios da The Green Hub, aceleradora de startups canábicas. Em seguida, conheceu famílias de pacientes e se aprofundou no assunto, que, segundo ele, é alvo de muita desinformação.

Também em São Paulo tramita o Projeto de Lei 1180/2019, de autoria do deputado estadual Caio França (PSB-SP), que pretende garantir a distribuição gratuita de medicamentos à base de cannabis pelo SUS. De acordo com ele, até agora já foram gastos mais de R$ 39 milhões para esse fim, só que por via judicial.

"Se o Estado já paga e é um medicamento autorizado pela Anvisa, temos que incluir isso no SUS pela forma correta, com concorrência, licitação e mais controle", argumentou. França esperava a aprovação de seu projeto na última sessão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo antes do recesso, mas a discussão foi suspensa por um pedido de vistas da deputada Janaina Paschoal (PRTB-SP).

A interrupção frustrou famílias que aguardam a aprovação da proposta para conseguir o tratamento gratuito com cannabis por meio da rede pública de saúde. Janaina disse manter contato com essas famílias, mas afirmou que não está convencida de que a distribuição pelo SUS seja o caminho. "Na hora que tiver autorizado, não vai ter nem o crivo do Judiciário para saber se é um caso grave ou não", disse a deputado, que defendeu uma discussão aberta e aprofundada.

Janaina afirmou que muitos parlamentares estão a favor e poucos são contra o projeto. No entanto, nem todos os favoráveis falam em público sobre o seu apoio ao tema por medo de perder votos, em ano eleitoral.

Para mapear o posicionamento dos parlamentares sobre o assunto, o canal Informacann, em parceria com a Cannabis&Saúde, revista eletrônica especializada na cobertura do tema, está entrevistando todos os 513 deputados federais. Até agora, a jornalista Manuela Borges, responsável pelo projeto, ouviu 64 deles - apenas quatro responderam ser contra e outros 13 disseram não conhecer o assunto ou que votam de acordo com a orientação do partido. O resultado completo deve ficar pronto até o fim deste mês.

Outro elemento presente no Projeto de Lei 399 é o cânhamo. Ele também será levado para dentro do Congresso. Manuela está preparando uma exposição sobre as mais de 25 mil possibilidades de uso industrial do cânhamo para apresentar ao Parlamento. Segundo a jornalista, a ideia é desmistificar o cânhamo e os usos da substância. "Para os parlamentares, é algo muito abstrato ainda."

Países têm políticas públicas e expandem 'mercado canábico'

Nem de esquerda, nem de direita, a cannabis tem sido abraçada por correntes políticas opostas em vários países ao redor do mundo. Entre as nações onde a cannabis já é legalizada em sua totalidade - ou quase - e naquelas onde o processo caminha rapidamente, há o que se pode chamar de consenso da classe política sobre os benefícios da planta nas áreas da saúde e da economia.

Na Colômbia, ambos os candidatos - de direita e de esquerda - que disputaram o segundo turno das eleições, tinham propostas para o avanço da legislação, inclusive do uso adulto da substância.

No país, que elegeu seu primeiro governo de esquerda da história, os mercados medicinal e industrial da cannabis já estavam regulamentados quando Gustavo Petro assumiu a presidência. Seu antecessor, Iván Duque, tinha certa ressalva ao tema no início do mandato, mas se abriu a propostas e se tornou o presidente que mais assinou leis em favor do setor.

O próximo país europeu a abrir mercados canábicos será a Alemanha, com previsões para que isso ocorra no ano que vem. Também por lá, tanto os partidos de direita quanto os de esquerda apresentaram planos de governo que incluíram políticas públicas para a cannabis durante as prévias da última eleição, no fim do ano passado. Países como Malta, Suíça e Luxemburgo têm movimentos políticos para avançar substancialmente no caminho pela regulamentação da cannabis. A Espanha ganhou, há poucos meses, o partido político Luz Verde, pela defesa do tema.

Até na Tailândia, onde o porte, o uso e o comércio de cannabis levavam à prisão e até à pena de morte, a coisa mudou de figura. A planta deixou de ser criminalizada para ser fomentada, inclusive pelo próprio governo, que passou a distribuir mudas de cannabis entre a população, e lançou comunicados oficiais incentivando o cultivo do cânhamo por agricultores do país.

Situação no mundo

Colômbia

Tem os mercados medicinal e industrial da cannabis regulamentados. Ex-presidente Iván Duque foi o que mais assinou leis pró-cannabis.

Alemanha

É o próximo país europeu a abrir mercados canábicos, a partir de 2023. Nas prévias da última eleição, políticas públicas para a cannabis fizeram parte de planos de governo da direita à esquerda.

Malta, Suíça e Luxemburgo

Países caminham para avançar substancialmente na regulamentação de diversos usos da cannabis.

Tailândia

Planta deixou de ser criminalizada para ser fomentada pelo governo, que passou a incentivar o cultivo de cânhamo por agricultores.

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METRÓPOLES

Câncer de mama: saiba qual o tratamento nas redes pública e particular

O diagnóstico do tumor ainda assusta, mas ele tem alta taxa de cura quando descoberto e tratado precocemente

O câncer de mama é um dos tipos mais comuns da doença, sendo o mais frequente entre as mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que mais de 66 mil mulheres foram diagnosticadas com a doença em 2021, e cerca de 17 mil morreram no ano anterior, representando 25,75% dos óbitos pela condição.

Apesar de o diagnóstico de qualquer tumor ainda ser muito assustador para o paciente, quanto mais cedo se identifica a condição, maiores as chances de sobrevida. No Brasil, o tratamento pode ser feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou em hospitais e clínicas particulares para quem tem plano de saúde.

"As etapas do diagnóstico ao tratamento são as mesmas para a rede pública e privada, mas o que diferencia as duas é o tempo e a oportunidade de acesso aos serviços", explica a médica oncologista Viviane Rezende de Oliveira, presidente da região do Distrito Federal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO-DF).Ela explica que tanto na rede privada quanto pelo SUS, a cirurgia nem sempre será a primeira intervenção para o tratamento. Em cada caso há um acompanhamento diferente, mas em algum momento a maioria das pacientes deve passar por operação, quimioterapia e radioterapia para diminuir o volume tumoral e evitar que as células voltem a se multiplicar.

Tratamento pelo SUSO rastreamento para detecção precoce do câncer de mama começa com 50 anos. Quando há alterações, o médico solicita exames complementares, como a ecografia mamária, que irá delimitar o contorno do nódulo.Com o resultado do exame, a paciente deve fazer uma biópsia e, caso o tumor seja maligno, um oncologista ou mastologista irá definir o planejamento terapêutico baseado no grau da doença. Nessa etapa, será definido se o tratamento irá começar com intervenção cirúrgica ou química.A partir do diagnóstico, a pessoa é encaminhada a um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) ou Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). A presidente da SBCO do DF argumenta que um dos principais problemas do sistema público ainda é a demora para conseguir marcar e fazer os procedimentos - enquanto o tempo passa, o câncer vai se desenvolvendo.

Depois da realização da cirurgia, começa uma nova fase de tratamento. Pelo SUS, o procedimento padrão é começar com a quimioterapia, mas de acordo com a médica oncologista Janyara Teixeira, da rede D'Or, a rede pública já começa a oferecer alternativas, como imunoterapia e hormonioterapia, que, conciliadas à quimio, atuam na redução de tumores maiores.

Tratamento na rede privadaEm hospitais e clínicas particulares, os procedimentos adotados inicialmente são os mesmos. Entretanto, os exames e resultados são mais rápidos devido ao rigor dos planos de saúde com cumprimento de prazos estipulados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e pela maior oferta de serviços. Menos de um mês após o diagnóstico é possível realizar a cirurgia para remoção do tumor.A médica Janyara afirma que na rede privada já são usadas drogas que permitem sobrevida maior das pacientes, especialmente quando há metástase. Remédios de imunoterapia, hormonioterapia e terapia-alvo são utilizados amplamente para quem tem plano de saúde. "São realidades diferentes. Se o medicamento já tiver sido liberado pela Anvisa, ele pode ser usado", ela comenta.Ela acrescenta que, além do menor tempo de espera e menos burocracias, o tratamento particular cobre medicamentos que auxiliam na redução dos efeitos colaterais da quimioterapia, por exemplo, melhorando a qualidade de vida da paciente. Além disso, Janyara explica que o uso de equipamentos mais novos faz com que haja menos danos em tecidos do corpo que não apresentam células cancerígenas.

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AGÊNCIA BRASIL

SUS: ministro anuncia incorporação de tecnologia para tratar AVC

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje (10) a inclusão da trombectomia nos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Altamente especializado e usado na fase aguda do AVC, o tratamento consiste na inserção de um cateter no vaso sanguíneo do paciente para remover o bloqueio e restaurar o fluxo sanguíneo para a área afetada. A tecnologia deve estar completamente implantada até o final do ano.

O anúncio foi feito na abertura do Global Stroke Alliance - for Stroke without Frontiers, um congresso médico destinado a debater o Acidente Vascular Cerebral (AVC), na capital paulista.

Segundo Queiroga, a logística da trombectomia é complexa, mas já há experiência nacional para realizar esse procedimento. Antes de ser aprovada para inserção no SUS, a tecnologia foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). A portaria foi publicada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), do Ministério da Saúde, faltando concluir a terceira fase que é a disponibilização dos hospitais especializados.

"São 88 centros do Brasil que realizam o tratamento especializado no AVC, mas não são todos esses que terão essa tecnologia em um primeiro momento. Isso é feito degrau por degrau. Só pode estar disponível naqueles centros onde há qualificação técnica de equipes de profissionais habilitados".

O ministro explicou que o critério de escolha dos locais onde a tecnologia será implantada serão os indicadores de cada um dos hospitais, como dados de mortalidade por AVC, tempo de internação no hospital, reinternações, pacientes que são tratados com trombolíticos e a experiência dos médicos.

Segundo Queiroga, o desafio de cuidar do AVC é tão amplo que não abrange só a atenção especializada, porque começa na atenção primária, com controle da hipertensão arterial, do diabetes, com o combate ao tabagismo, sedentarismo, entre outros. O ministro reforçou que o AVC é a primeira causa de morte no mundo, atingindo 18 milhões de pessoas por ano.

"Essa é a maneira mais eficaz de reduzir óbitos por AVC, mas aqueles que têm precisam de terapia para reperfundir a artéria que está obstruída levando ao AVC. Isso se faz com trombolíticos, que são os medicamentos que dissolvem o coágulo, ou então com a trombectomia. É como acontece no infarto, mas a logística do AVC é mais complexa porque temos menos tempo".

Queiroga reforçou que todas as terapias inovadoras acarretam custos que podem ser incrementais ou a eficácia dessa terapia é muito superior ao que já existe, sendo um custo decremental. "No caso da trombectomia, foi avaliado, e a razão de custo e efetividade incremental está dentro do patamar de limiar que o sistema brasileiro suporta financiar. Essa questão dos custos não é a preocupação maior em relação a essa terapia. A nossa maior atenção é garantir que os resultados dos ensaios clínicos se repliquem na prática".

Terapia

Até esta incorporação, a única terapia clínica disponível na rede pública era a trombólise, opção nem sempre eficiente para os casos mais graves. Enquanto isso, quatro hospitais públicos no Brasil, em São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Ceará, já oferecem a trombectomia, mas, nesses casos, o tratamento é custeado pelo próprio hospital ou pela secretaria estadual de Saúde. O tratamento custa de R$ 15 mil a R$ 20 mil.

O que é o AVC

O AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos diferentes: AVC hemorrágico e AVC isquêmico.

O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos. Cada minuto em que o AVC isquêmico não é tratado faz com que o paciente perca 1,9 milhão de neurônios, o que resulta em graves comprometimentos que podem deixar sequelas permanentes, como redução de movimentos, perda de memória e prejuízo à fala.

Já o AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É o responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.

Alerta

Somente no mês de julho de 2022, o AVC matou 8.758 brasileiros, o equivalente a 11 óbitos por hora, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil. No primeiro semestre deste ano, foram 56.320 mortes, número acima das vítimas de infarto (52.665) e covid-19 (48.865).

Segundo informações do Ministério da Saúde, os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental; alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Os fatores que aumentam o risco de AVC são a hipertensão, o diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso; obesidade; tabagismo; uso excessivo de álcool; idade avançada; sedentarismo; uso de drogas ilícitas; histórico familiar; ser do sexo masculino. Para prevenir, o ideal é manter uma vida saudável, sem fumar, consumir álcool ou drogas ilícitas, além de manter alimentação equilibrada, peso ideal, beber bastante água, praticar atividades físicas regularmente e manter a pressão e a glicose sob controle.

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PORTAL G1

Delegado descarta participação de outra pessoa em morte de médica achada em banheiro de hospital, em Pirenópolis

Durante a investigação, Tibério Martins descobriu que médica usou anéstesico de curta duração, aplicado geralmente em exames de endoscopia. Polícia Civil aguarda laudo que vai apontar causa da morte.

A Polícia Civil descartou a participação de outra pessoa na morte da médica Jayda Bento de Souza, ou seja, ela agiu sozinha. Jayda, que tinha 26 anos, foi achada sem vida em um banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj), onde fazia plantão, em Pirenópolis, a 122km de Goiânia.

Durante a investigação, o delegado Tibério Martins descobriu que a médica usou um anestésico de curta duração, aplicado geralmente em exames de endoscopia. A polícia aguarda agora o laudo que vai apontar a causa da morte. Jayda morreu em 25 de junho deste ano.

"O que pode ter acontecido é o uso de uma dose acima do recomendado, e o corpo reagiu de forma inesperada até pela própria médica. Agora, só o laudo vai dizer a quantidade de remédio que estava no organismo dela", esclareceu o delegado.

Funcionários contaram à Polícia Civil que ninguém do hospital conhecia a médica muito bem para dizer algum possível motivo de ela ter usado o anestésico. Jayda estava trabalhando em seu 2º plantão, segundo a direção da unidade médica.

Colegas relataram desconhecer de onde e como a médica conseguiu o remédio, já que ela não tinha acesso aos medicamentos da farmácia do hospital.

O delegado Tibério Martins disse que a médica era natural de Sanclerlândia e já tinha trabalhado em Iporá.

Morte em banheiro

Funcionários contaram que uma técnica em enfermagem e um médico que começaram a procurar por Jayda Bento, mas não a encontravam. Foram ao carro dela, numa sala, até que chegaram a um quarto na área de UTI semi-intensiva. Viram a porta trancada e ouviram o barulho da torneira ligada. Então, tentaram abrir, chamaram, mas ela não respondia e decidiram arrombar.

"Encontraram a Jayda já sem vida, com cianose (aparência arroxeada ou azulada). Mediram pulso e constataram que ela estava morta. Não chegaram a fazer procedimento de reanimação porque confirmaram a morte e chamaram a polícia", concluiu.

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Saúde Municipal monitora 11 casos suspeitos de varíola dos macacos na capital; todos cumprem isolamento

Sete mulheres e quatro homens apresentaram lesões na pele, coceira e dor muscular. Segundo a Semus, parentes também são monitorados pela Vigilância Epidemiológica.

Desde a confirmação do primeiro caso confirmado de varíola dos macacos no Tocantins, Palmas anunciou nesta quarta-feira (10), que investiga 11 casos suspeitos da doença, entre eles estão duas crianças até 9 anos. Até terça-feira (9), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou quatro suspeitas na capital.

Na terça-feira (9), a SES informou que o estado monitora 13 casos suspeitos da Monkeypox, sendo quatro em Palmas. Questionada se houve alteração no número de investigações, a pasta informou que o próximo boletim sobre a doença será divulgado na segunda-feira (15).

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) de Palmas, são sete mulheres e quatro homens que apresentaram lesões na pele, coceira e dor muscular. Entre as suspeitas, dois pacientes são crianças entre 1 e 9 anos; dois têm entre 15 a 29 anos e os outros sete têm de 30 a 59 anos. Todos estão cumprindo isolamento domiciliar, segundo a Semus.

Além dos pacientes, a Vigilância Epidemiológica municipal também está monitorando os familiares dos pacientes.

O primeiro paciente com a doença é morador da cidade de Nazaré que tinha histórico de viagem para o estado de São Paulo. O caso foi divulgado no dia 25 de julho e após cumprir isolamento, o paciente recebeu alta médica.

Também existe um caso suspeito nas cidades de Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia e Araguaína; e dois casos cada nas cidades de Colinas, Gurupi e Porto Nacional.

Segundo a SES, as amostras dos pacientes investigados foram encaminhadas para análise na Fundação Ezequiel Dias (FUNED), em Belo Horizonte (MG). O prazo de entrega dos resultados é de até 15 dias.

Plano de contingência

O plano de contingência para o vírus Monkeypox foi divulgado nesta segunda-feira (1°) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Foi definido que os atendimentos devem começar na rede de saúde municipal. Dependendo da gravidade os pacientes serão encaminhados para os hospitais estaduais.

Em Palmas, a Semus informou que todos serão encaminhados para uma área isolada e com distanciamento de outros pacientes e terão que usar máscara. Em caso de lesões múltiplas, sintoma característico, serão fornecidos aventais aos pacientes.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 10 Agosto 2022 07:18

CLIPPING AHPACEG 10/08/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dois meses após o primeiro caso de varíola do macaco no Brasil, planos de saúde ainda não cobrem exame

Dona do TikTok compra uma das maiores redes de hospitais da China

Pacheco marca para o fim de agosto votação que trata do rol taxativo

Covid: vacina adaptada já aguarda aprovação

NotreDame Intermédica: trabalhadores denunciam abusos em hospital de BH

Saúde financeira é a que mais preocupa no Brasil

Novo vírus infecta 35 pessoas na China

Pacientes imunocomprometidos ou com infecções fúngicas terão novas opções de tratamento pelo SUS

Unidades de saúde devem adequar a remuneração mínima da enfermagem

1 em cada 10 pacientes sofre dano hospitalar e 70% dos eventos não são comunicados

Polícia apreende 900 ampolas de anestésicos em Goiânia

Pacientes reclamam de demora no atendimento no Hospital das Clínicas em Goiânia

Águas Lindas de Goiás confirma primeiro caso de varíola dos macacos

Covid-19: Goiás confirma 2.355 novos casos 15 mortes em 24 horas 

Pesquisadores da UFG desenvolvem novo teste para varíola dos macacos

PORTAL R7

Dois meses após o primeiro caso de varíola do macaco no Brasil, planos de saúde ainda não cobrem exame

Faz dois meses que a varíola do macaco (monkeypox) chegou ao Brasil, e praticamente todos os exames que confirmaram os mais de 2.300 casos foram feitos em apenas quatro laboratórios do SUS. Até hoje, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não incluiu esse teste no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, o que o mantém fora da cobertura dos planos de saúde.

Questionada pelo R7, a agência justifica que "o oferecimento do referido teste diagnóstico na rede privada de saúde ainda é incipiente" e que muitos dos kits ainda precisam ser aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Alguns laboratórios privados já oferecem o exame para detecção do vírus monkeypox, mediante solicitação médica, mas o procedimento chega a custar entre R$ 500 e R$ 650 (a depender do prazo de entrega do resultado).

Um grande número de beneficiários de planos de saúde poderia realizar o exame na rede privada, mas não há interesse do setor em assumir mais essa despesa, na avaliação do advogado José Luiz de Oliveira Jr., sócio do escritório O&S Advogados.

"O SUS precisa ser defendido, mas ele realmente está abarrotado e está realizando um serviço que poderia ser equalizado com as empresas [de planos de saúde]".

Ele entende que a demora da ANS em incluir o exame no rol de procedimentos beneficia somente as operadoras de planos de saúde e diz que seria importante que a agência reguladora estivesse alinhada com as necessidades dos consumidores.

A lentidão da ANS vai na contramão da proposta defendida no fim de semana pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de ampliar a rede de testagem.

Até a semana passada, apenas oito laboratórios públicos processavam todos os exames de monkeypox do país: Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais/Fundação Ezequiel Dias, Laboratório Central de Saúde Pública de São Paulo/Instituto Adolfo Lutz, Laboratório de Biologia Molecular de Vírus do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, Instituto Evandro Chagas/PA, Fiocruz/AM, Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) do DF e Laboratório Central do RS.

Oliveira Jr. acrescenta que "não é razoável" o Brasil ser o sexto país do mundo em número de casos de varíola do macaco e não ter até agora uma rede estruturada que inclua SUS e serviços privados para enfrentar a ameaça.

"Deveríamos ter aprendido com o plano de contingência da própria Covid. [...] Temos a possibilidade de erradicar isso o quanto antes, mas não é feito por questões que são até de interesse político e econômico. Esses interesses deixam a população exposta", afirma.

O teste para detecção do vírus monkeypox é feito a partir da coleta, com um swab (cotonete estéril) , de material das lesões de pele ou de mucosa.

Em um Plano de Contingência, o Ministério da Saúde prevê o teste em indivíduos sem essas erupções, desde que sejam "contato de caso confirmado que inicie com quadro de febre e linfonodomegalia [inchaço de linfonodos]".

Nestes casos, a coleta se dará também por swab da orofaringe e da região anal.

Essas amostras são enviadas ao laboratórios e processadas em um exame de RT-PCR, mesma tecnologia dos testes de Covid-19 e que buscam material genético do vírus.

Recomendações

Para as pessoas que tenham diagnóstico confirmado ou suspeita de infecção pelo vírus monkeypox, as recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA incluem:

Isolar-se em casa desde o início dos sintomas, especialmente após o surgimento de lesões na pele.

Evitar contato próximo ou físico com pessoas e animais.

Cobrir as lesões e utilizar máscara bem ajustada ao rosto sempre que precisar se deslocar a um serviço médico.

Não compartilhar itens como talheres, roupas de cama e toalhas.

Evitar contato íntimo, incluindo sexual, com outras pessoas.

Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após tocar nas erupções cutâneas.

O período de isolamento só pode ser suspenso quando todas as lesões tiverem secado e uma nova camada de pele nascido nas áreas afetadas. Em casos que transcorrem normalmente, esse período pode variar entre 15 e 28 dias.

Estou com sintomas de varíola do macaco, o que devo fazer? Tire esta e outras dúvidas

O cenário da varíola do macaco nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é de transmissão comunitária, o que significa que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus monkeypox. Nesse contexto, o Ministério da Saúde orienta as pessoas a procurarem atendimento médico em uma UBS (unidade básica de saúde) da sua região ao apresentarem os sintomas característicos da doença

Quais são os primeiros sintomas da varíola do macaco? Nos primeiros dias, os sintomas mais comuns da infecção são febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos (popularmente conhecido como íngua), cansaço intenso, dores musculares e nas costas. As lesões na pele costumam aparecer entre o primeiro e o quinto dia após a febre e, no surto atual, podem se concentrar na região genital e/ou perianal. "[A varíola do macaco tem uma] forma clínica diferente de se manifestar em cada pessoa, algumas têm lesão só na região genital, outras podem ter no couro cabeludo, em outra parte do corpo, não é algo uniforme", explica o infectologista José Ângelo Lindoso, coordenador do Grupo de Doenças Negligenciadas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo

NIAID

Quando devo fazer o teste? O exame para diagnóstico da varíola do macaco é o PCR - a mesma técnica usada para a Covid - e só pode ser feito após o aparecimento das lesões, segundo o infectologista. Antes disso, o paciente é classificado como um caso suspeito ou provável da doença, segundo as definições do Ministério da Saúde. "No momento, ainda não tem nenhum outro método de diagnóstico disponível, como colher o exame de sangue", afirma Lindoso

Qual é o tratamento para a varíola do macaco? Não há um tratamento específico para a doença, conforme explica o infectologista. Para tratar os sintomas, o paciente recebe medicação, como um antitérmico para reduzir a febre ou analgésico para as dores. Também não há nenhum medicamento disponível para tratar ou reduzir as lesões na pele

Por quanto tempo se transmite o vírus após o fim dos sintomas? O infectologista afirma que ainda não se sabe por quanto tempo o monkeypox pode ser transmitido mesmo após o desaparecimento das lesões, meio por onde a contaminação ocorre de forma mais eficaz. "O que temos de recomendação é que enquanto as lesões não estiverem revitalizadas ainda há risco de transmissão, e a pessoa tem que ficar em isolamento", afirma Lindoso

Qual é o grupo de risco para casos graves de varíola do macaco? As pessoas mais vulneráveis a complicações pela infecção causada pelo vírus monkeypox são crianças, gestantes e imunocomprometidos. Para o restante da população, a doença não apresenta alto grau de complexidade, com exceção dos quadros em que há um grande número de lesões na pele, o que pode levar a infecções secundárias, assim como lesões de mucosas anais e na uretra. No Brasil, a primeira morte por varíola do macaco registrada foi de um homem imunocomprometido

O que devo fazer caso o diagnóstico de varíola do macaco seja confirmado? O R7 teve acesso a recomendações do Instituto de Infectologia Emílio Ribas que servem para casos confirmados e suspeitos e que vão ao encontro das orientações do Ministério da Saúde. Veja a seguir: - Usar máscara cirúrgica perto de outras pessoas e se houver sintomas respiratórios como tosse, falta de ar e dor na garganta; - Evitar contato com animais, inclusive animais de estimação; - Cobrir as feridas da pele com uso de mangas longas ou calças compridas para minimizar o risco de contato com outras pessoas; - Permanecer em área separada dos demais moradores da residências, inclusive durante as refeições, e manter as janelas abertas; - Lavar a escova de dentes após o uso com água e detergente neutro, secá-la e guardá-la separadamente; - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% antes e depois do contato com secreção da lesão e fluidos; - Higienizar as áreas próximas (superfícies) e o ambiente diariamente com água e sabão/detergente, álcool 70% ou hipoclorito de sódio 0,1% a 0,5%; - Higienizar o banheiro após cada uso (vide orientações acima); - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% depois do contato com as roupas, lençóis, toalha de banho ou superfícies próximas; - As pessoas que residem no domicílio deverão higienizar as mãos após contato com o paciente, objetos e roupas utilizadas pelo paciente; - As roupas devem ser separadas com cuidado para não haver contato direto com o material contaminado. Não sacudi-las, para evitar dispersar partículas infecciosas; - Lavar roupas de cama, toalhas, roupas de uso individual separadas em máquina de lavar ou em tanque com água e sabão. Alvejante (água sanitária) pode ser adicionado, mas não é necessário; - Pratos e outros talheres não podem ser compartilhados e deverão ser devidamente lavados com água e sabão; - Os resíduos contaminados, como curativos e bandagens, deverão ser descartados em saco plástico no lixo domiciliar; - O isolamento deve ser mantido até que todas as feridas tenham formado crosta e se desprendido naturalmente, por um período de cerca de 3 a 4 semanas; - Não ter contato com pessoas imunocomprometidas até que todas as crostas desapareçam. A interrupção do isolamento durante a doença só deverá ocorrer se houver necessidade de avaliação presencial em serviços de saúde; - Não manter relação sexual durante o isolamento e utilizar preservativo durante 3 meses após o diagnóstico

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PORTAL TERRA

Dona do TikTok compra uma das maiores redes de hospitais da China

A gigante adquiriu a Amcare Health que conta com hospitais em Pequim e Shenzhen por cerca de US$ 1,5 bilhão, aumentando sua presença no setor de saúde

A ByteDance expandiu seu portfólio de serviços com a aquisição de uma das principais redes de hospitais da China, a Amcare Healthcare, pelo valor de US_jobs(data.conteudo)nbsp;1,5 bilhões (R$ 7,7 bilhões), marcando um dos maiores acordos de uma big tech nacional, desde a repressão da internet naquele país.

A Amcare Healthcare foi fundada em Pequim no ano de 2006 e administra hospitais femininos e infantis nas cidades de Pequim e Shenzhen. Em 2020, a empresa obteve uma licença do governo para operações de fertilização in vitro após adquirir um hospital em Pequim.

Segundo o banco de dados de empresas privadas e públicas sediadas na China, Qichacha, duas subsidiárias da ByteDance já possuem uma participação combinada de 100% na rede de hospitais.

O campo da saúde não é uma novidade para a ByteDance, a big tech conta com o seu próprio app de saúde, Xiaohe, voltado para consultas online, hospitalares e serviços de bem-estar, assim como as concorrentes domésticas Alibaba Health Information Technology Ltd. e Ping An Healthcare and Technology.

Em 2020, a dona do TikTok também investiu em uma startup de biotecnologia especializada na descoberta de novos medicamentos, Shuimu BioSciences e na empresa que realiza síntese de DNA, Songuo Medical.

A mais nova aquisição da ByteDance mostra que a gigante provavelmente busca se expandir para novas áreas, visto que o setor de entretenimento online tem sido alvo constante de Pequim -- que tem criado novas regulamentações para a área de tecnologia para conter a "expansão desordenada de capital" no final de 2020.

Com a aquisição, a dona da rede social que popularizou o formato de vídeos curtos se une a outras big techs, como Apple e Amazon, que exploram cada vez mais maneiras de digitalizar o setor de saúde tradicional e popularizar a telemedicina.

A demanda por serviços de saúde na Internet disparou em meio à pandemia de Covid-19. No auge da crise de saúde pública na China no início deste ano, consultas online gratuitas oferecidas por provedores ajudaram a aliviar a pressão sobre os hospitais locais e a tranquilizar os pacientes.

Segundo a empresa de pesquisa de mercado norte-americana Frost & Sullivan, o mercado de telemedicina da China deve atingir 198 bilhões de yuans (R$ 150,2 bilhões) até 2025, bem acima dos 22 bilhões de yuans (R$ 16,7 bilhões) em 2020 -- aumento promovido pela pandemia.

Atualmente os investimentos da ByteDance abrangem setores que incluem o metaverso, educação, robôs de limpeza até café, porém a empresa reduziu seus investimentos após o aumento da pressão das autoridades sob os negócios das empresas de tecnologia chinesas.

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VALOR ONLINE

Pacheco marca para o fim de agosto votação que trata do rol taxativo

Para presidente do Senado é importante sessão de debates para ouvir a sociedade e os segmentos envolvidos 1 de 1 Pacheco: para presidente do Senado é importante sessão de debates para ouvir a sociedade e os segmentos envolvidos - Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu agendar para o fim de agosto a votação do projeto que trata da obrigação dos planos de saúde de cobrirem tratamentos que não estejam previstos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) - o chamado rol taxativo.

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O GLOBO

Covid: vacina adaptada já aguarda aprovação

BioNTech e Pfizer comunicaram que imunizante para mais recentes subvariantes da Ômicron pode ser lançado até outubro. Resultados de estudos da versão anterior, para BA.l, foram enviados a reguladores europeus

A farmacêutica BioNTech e sua parceira americana Pfizer informaram, nesta semana, que começaram a fabricar vacinas "bivalentes" de Covid-19, atualizadas e projetadas para proteger contra as mais recentes subvariantes BA.4 e BA.5 do coronavírus. A empresa disse que pode lançar os imunizantes até outubro se receber aprovação regulatória.

Elas se juntam a outros fabricantes de vacina como a Moderna, que tentam criar formas avançadas e atualizadas de imunizantes para proteger contra as novas cepas do coronavírus. A ideia é que as duas novas versões protejam contra as variantes mais recentes, além das sublinhagens anteriores.

O primeiro imunizante tem como alvo a subvariante BA.l da Ômicron. Os dados do estudo clínico sobre sua segurança e eficácia foram enviados em julho para a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Os resultados da pesquisa foram satisfatórios ao mostrar a produção de anticorpos neutralizantes mais altos contra a sublinhagem. A segunda vacina, desenvolvida para atacar as subvariantes BA.4 e BA.5, começará a ser testada este mês.

Para agilizar o processo de aprovação das versões atualizadas, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana de medicamentos, afirmou que os fabricantes de vacina não precisam enviar dados novos de ensaios clínicos para as vacinas adaptadas BA.4/BA.5, pois ela aprovará as vacinas modificadas usando dados clínicos dos estudos da vacina para BA.l.

Entretanto, a Agência Europeia de Medicamentos não seguirá a mesma conduta. O órgão comunicou que exigirá dos fabricantes de vacina todos os dados clínicos para cada uma das fórmulas atualizadas para combater novas variantes do coronavírus.

VERSÃO DA MODERNA

A Moderna anunciou no mês passado que havia testado um reforço bivalente que produzia anticorpos neutralizantes mais altos contra as subvariantes BA.l e BA.4/BA.5. No entanto, nenhum esforço contra as novas variantes foi aprovado ainda.

Em junho, a FDA pediu, em comunicado, que as fabricantes de vacina mantivessem sua composição atual, ou seja, que previnem contra formas graves da Covid-19, enquanto adicionavam componentes extras que pudessem proteger contra as cepas BA.4/BA.5.

Alguns especialistas sustentam que as versões adaptadas de vacinas contra a Covid-19 sejam uma ampla aposta epidemiológica apenas quando os atuais imunizantes se provarem ineficazes na prevenção de quadros mais graves da doença, como hospitalizações e mortes.

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REDE BRASIL

NotreDame Intermédica: trabalhadores denunciam abusos em hospital de BH

São Paulo - Trabalhadores entregaram hoje (9) documento com mais de 100 assinaturas denunciando abusos em Hospital Lifecenter, de Belo Horizonte, ligado ao gigante brasileiro dos planos de saúde, Grupo NotreDame Intermédica (GNDI). O relatório aponta sobrecarga, pressões e outros problemas decorrentes da aquisição da instituição histórica em dezembro de 2020. Depois disso, a operadora acabou ainda incorporada pelo operadora Hapvida, compondo um mega-conglomerado privado de saúde. Segundo relatos, desde então a nova gestão implementou diversos cortes e mudanças que atingiram os funcionários e, por consequência, o atendimento aos pacientes.

Segundo a auxiliar de rouparia Cleusa Lopes, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de BH e Região (Sindeess), desde a compra houve muitas demissões. Assim, falta pessoal em vários setores e os funcionários vivem sob pressão.

"Os profissionais de enfermagem estão lutando para dar o atendimento necessário, pela situação de sobrecarga. Supervisores reclamam não ter tempo nem equipe para treinar novos funcionários", disse a dirigente, que trabalha há 13 anos no hospital.

Técnicos de enfermagem, incluindo aqueles que trabalham no Pronto Atendimento, na Unidade de Terapia Intensiva e no Bloco Cirúrgico, reclamam que não há substitutos para os que precisam faltar, estão em licença médica ou tiram férias. Para se ter uma ideia da situação, há dois técnicos para atender 18 pacientes.

Isso porque houve cancelamento do contrato entre o hospital e um laboratório. E técnicos de enfermagem têm de cobrir tarefas anteriormente realizadas por técnicos de laboratório. Por exemplo, coleta de sangue e atualização de prontuários em programas de computador específicos, entre outras atividades.

Para completar, os funcionários do Hospital Lifecenter reivindicam um canal para atendimento de recursos humanos. O atendimento presencial, eliminado com a compra pelo Grupo NotreDame Intermédica, em dezembro de 2020, foi substituído por atendimento informatizado. Vários trabalhadores apontam problemas relacionados a essa transição, incluindo o pagamento de férias, adicional noturno e acesso ao plano de saúde dos funcionários.

Lideranças do Sindeess relatam várias tentativas frustradas de chegar a um acordo com a empresa. Segundo o sindicato, não houve interesse da Hapvida Intermédica em buscar soluções em conjunto contra os abusos no hospital da empresa de planos de saúde. Maria Josefina Souza da Silva, funcionária do hospital e dirigente do Sindeess, afirmou que "os funcionários do Hospital Lifecenter são dedicados ao seu trabalho e a cuidar da população de Belo Horizonte. Mas ficam arrasados ao ver o impacto desses problemas para uma instituição que sempre foi referência na cidade.

Nós, no Sindeess e na UNI, exigimos uma negociação séria para resolver a situação de sobrecarga e outros problemas que os nossos associados estão enfrentando no hospital. Para que eles possam trabalhar com dignidade e prestar o melhor atendimento possível para os seus pacientes", disse. O Sindeess representa mais de 30.000 profissionais da saúde na região. A UNI Global Union é uma entidade sindical internacional que reúne organizações de trabalhadores do setor de serviços, inclusive de saúde.

A Hapvida ficou famosa em todo o país depois de levar multa de R$ 468 mil do Ministério Público do Ceará em 2021. A empresa impôs aos médicos conveniados que receitassem o chamado kit covid aos pacientes com covid-19. A prescrição ocorreu mesmo após a OMS ter declarado a ineficácia da hidrocloroquina contra a doença.

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SITE BARRA

Saúde financeira é a que mais preocupa no Brasil

A saúde financeira é o principal motivo de preocupação dos brasileiros. Uma pesquisa feita pelo Instituto FSB, encomendada pela SulAmérica, revela que, em 2022, 63% das pessoas entrevistadas acham necessário diminuir os gastos, e 49% enfrentam dificuldades econômicas.

A diretora de Marketing da SulAmérica, Simone Cesena, avalia que o cenário reforça a importância de as pessoas passarem a se programar melhor financeiramente, com um orçamento equilibrado entre a renda e a despesa. Para ela, contextos como o da pandemia podem agravar ainda mais a saúde financeira dos indivíduos.

"Antigamente, quando falávamos em ter saúde, vinha muito na nossa cabeça a questão de não estar doente. Depois de tudo o que viemos passando, queremos muito mais do que só não estar doente. Quanto à saúde financeira, vemos os desafios que o mundo está enfrentando. E percebemos que, hoje, a educação financeira e de saúde, é algo que está sendo levado mais a sério. Por exemplo, fomos pegos de surpresa pela pandemia. Imagina a situação para quem não tinha reserva financeira", considera.

A pesquisa revela, ainda, que, em 2021, 4 em cada 10 brasileiros estavam mais preocupados com a saúde financeira do que com as saúdes física e emocional.

Saúde emocional preocupa mais do que a saúde física

Mesmo com saúde financeira em destaque entre as preocupações, existe também um sinal de alerta para a saúde emocional. A pesquisa mostra que, a cada 10 brasileiros, 6 dizem que agora estão cuidando mais da saúde e do bem-estar do que durante o auge da pandemia. No entanto, a saúde emocional piorou para 48% dos entrevistados, devido aos efeitos da pandemia, e 54% afirmam que a saúde emocional é a segunda maior causa de preocupação.

De acordo com a pesquisa, a chamada geração Z (nascidos entre 1990 e 2010) foi a que se mostrou mais vulnerável quanto ao surgimento de sintomas e sentimentos no último ano. A ansiedade faz parte do cotidiano de 62% dos jovens em 2022, aumento de 6% em relação a 2021 (56%). A insônia também é uma realidade para 45% dos jovens.

"A geração Z está sofrendo um pouco mais do que as outras. Então, vemos que existe uma diferença geracional de comportamento em relação à saúde emocional. Por outro lado, está muito mais no nosso cotidiano falar sobre esse assunto. Logo, percebemos que todos os tratamentos, como os terapêuticos, em todas as gerações, viraram algo que está mais no nosso dia a dia", avalia Simone Cesena.

A estudante Victoria de Arruda tem 21 anos e mora em São Paulo. Ela sofre de ansiedade desde muito nova, e faz tratamento com psiquiatra há um ano e meio. Ela afirma que a internet, principalmente as redes sociais, potencializam as crises.

"Além do fato de a ansiedade ser uma preocupação constante, acaba sendo cansativo emocionalmente, e também fico fisicamente cansada. Então, muitas vezes não consigo me concentrar nas coisas que tenho que fazer, porque tive uma crise de ansiedade ou os sintomas estão muito fortes. Tudo isso acaba me esgotando física e emocionalmente", relata.

O levantamento também mostra que a saúde física aparece em terceiro lugar entre as principais preocupações de 51% dos brasileiros entrevistados.

"Percebemos um impacto grande no sobrepeso e obesidade das pessoas. Além disso, a própria ansiedade e a insônia também foram problemas identificados relacionados aos demais. Quando se fala em sobrepeso, é importante se cuidar mais, ficar atento à alimentação e praticar exercícios físicos, por exemplo. Tudo isso vai impactar positivamente nas saúdes física e mental", destaca Simone Cesena.

Com o intuito de cuidar da saúde mental e emocional, mais de 60% dos que responderam à pesquisa têm como hábito ouvir música, 45% fazem atividades relacionadas à espiritualidade ou religião, enquanto 42% descansam ou fazem relaxamento. Somente 9% disseram fazer terapia. Ao serem questionados acerca de hábitos regulares de cuidados com a saúde física, 62% revelaram ter baixa ou nenhuma frequência de atividades.

A pesquisa foi realizada no mês de maio. A amostra contou com duas mil entrevistas por abordagem online, nas 27 unidades federativas. O levantamento avaliou questões referentes às saúdes física, emocional e financeira dos participantes. A margem de erro no total da amostra e? de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%.

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CORREIO BRAZILIENSE

Novo vírus infecta 35 pessoas na China

O Langya causa sintomas como febre, dores musculares e cansaço e é acompanhado por cientistas desde 2018, antes da descoberta do causador da covid. Segundo a equipe, não há evidências da transmissão do patógeno entre humanos

Gabriella Tiscoski

Quando a pandemia da covid-19 foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020, há quase dois anos, um grupo de pesquisadores já acompanhava, também na China, a evolução de um vírus que começava a infectar humanos. Agora, em um estudo publicado no New England Journal of Medicine, o grupo anuncia que o novo patógeno, o Langya henipavirus (LayV), foi identificado em 35 pessoas nas províncias de Shandong e Henan, causando alguns sintomas similares à primeira fase da covid-19, como febre alta, cansaço e tosse.

Os pesquisadores, liderados por Xiao-Ai Zhang e Hao Li, ambos do Instituto de Microbiologia e Epidemiologia de Pequim, informaram que as amostras coletadas no estudo eram muito pequenas para determinar se há ou não a transmissão de humanos para humanos, mas eles não descartam essa hipótese. No artigo, ressaltam que se trata de uma "descoberta que merece investigação adicional para entender melhor a doença humana associada", sinalizando a importância de se manter em alerta para evitar uma nova epidemia. A opinião é compartilhada por Werciley Júnior, coordenador de infectologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. "O novo vírus está restrito a regiões da China, mas pode chegar a outras partes do mundo", justifica.

Segundo autoridades de saúde chinesas, os pacientes não tiveram contato próximo entre eles, o que sinaliza que as infecções humanas podem ser esporádicas. A equipe acompanhou, entre abril de 2018 e agosto de 2021, pacientes de hospitais populares da China, com o intuito de realizar triagens em doenças zoonóticas (transmitidas de animais para humanos) suspeitas. Pessoas com febre aguda (acima de 38°C) e um histórico de exposição animal dentro de um mês antes do início das complicações foram recrutadas para o estudo.

Exames de sangue e de secreções da garganta indicaram o novo vírus. Existem outros dois patógenos do mesmo gênero -- o Hendra henipavirus (HeV) e o Nipah henipavirus (NiV) --, que têm alto grau de letalidade em casos de infecção grave. Nos casos apresentados no New England Journal of Medicine, não houve óbitos nem complicações críticas. Os sintomas apresentados pelos infectados foram febre (100% dos pacientes), fadiga (54%), tosse (50%), anorexia (50%), dores musculares (46%), náusea (38%), cefaleia (35%) e vômitos (35%).

Após a identificação do LayV, a equipe fez uma investigação epidemiológica dos pacientes infectados e seus familiares de contato próximo por meio de um questionário padrão, que incluía dados demográficos e doenças de base preexistentes, além do histórico de exposição antes do início de doenças. Assim, a equipe constatou que a transmissão pode ter ocorrido por animais ou frutas infectados.

Selvagens e domésticos

Testes em 25 espécies de animais selvagens sugerem que o musaranho -- um mamífero parecido com camundongos -- pode ser um reservatório natural do LayV. Há também casos de infecções em animais domésticos, como cães, e cabras de alguns infectados. Análises do genoma do vírus indicam que ele tem uma organização genômica idêntica à de outros henipavírus, que, como indicam o artigo, são "conhecidos por infectar humanos e causar doenças fatais".

É a primeira vez que o LayV é identificado em humanos. Por isso, não há tratamento específico para essa infecção. No caso dos outros henipavírus, há terapias em investigação. Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, publicaram, em março, na revista Science, que descobriram detalhes sobre como o Nipah e o Hendra atacam as células e as respostas imunes que tentam combater essa infecção, abrindo espaço para novas frentes terapêuticas, incluindo vacinas.

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GAZETA WEB

Pacientes imunocomprometidos ou com infecções fúngicas terão novas opções de tratamento pelo SUS

O Ministério da Saúde incorporou novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de pacientes imunocomprometidos e com infecções fúngicas. As novas tecnologias (Anidulafungina, Voriconazol e Isavuconazol), avaliadas e recomendadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), serão disponibilizadas nos próximos meses na rede pública.

Os pacientes imunocomprometidos são aqueles cujos mecanismos de defesa (sistema imunológico) estão comprometidos. É comum em pacientes oncológicos, soropositivos ou transplantados. Grupo considerado extremamente de risco são os pacientes com transplante recente de medula óssea. Até vírus brandos, que causam pequenas gripes, podem desencadear quadros mais graves, como pneumonias.

Fungos são um dos quatro grupos de organismos infecciosos, que incluem bactérias, vírus e parasitas. Infecções por fungos são as invasões dos tecidos por uma ou mais espécies e variam de superficiais, da pele, até mais profundas, de órgãos e do sangue (septicemia) ou doenças sistêmicas. Alguns fungos são oportunistas, afetam apenas pessoas imunodeprimidas. Outros são patogênicos, que adoecem o paciente independentemente do estado do seu sistema imunológico.

Anidulafungina

Para tratamento de pacientes com candidemia e outras formas de candidíase invasiva. Trata-se de um agente antifúngico administrado na veia, que possui ação contra um amplo espectro de espécies do gênero Candida.

A candidíase engloba um conjunto de infecções que podem se manifestar tanto de forma localizada, como na boca e/ou faringe (candidíase orofaríngea), quanto de forma disseminada. Esta última inclui infecções de corrente sanguínea e de outros tecidos, como o sistema nervoso central, coração, olhos, ossos, peritônio (membrana que recobre a parede do abdômen e a superfície dos órgãos ali localizados), fígado e outros.

A cada ano, a candidíase invasiva afeta mais de 250 mil pessoas em todo o mundo e causa mais de 50 mil mortes. No Brasil, dados apontam para a ocorrência de 2,5 casos de candidemia para cada mil internações hospitalares. Estudo recente realizado no Paraná e publicado em 2021 verificou 2,7 casos de candidemia para cada mil pacientes por dia e 1,2 episódios para cada mil internações.

Voriconazol

Para tratamento de pacientes com aspergilose invasiva, doença causada por espécies de fungos do gênero Aspergillus e que se manifesta nas vias aéreas e pulmões, podendo envolver outros órgãos, causando infecção do sistema nervoso central, do trato gastrointestinal, olhos, pele, revestimento interno do coração e até mesmo se disseminar por todo o organismo. Os sintomas incluem febre, calafrios, choque, delírio e coágulos sanguíneos. Pode ocorrer também dificuldade de respirar, insuficiência renal e do fígado (nesse caso, a pele e os olhos ficam amarelados devido ao mau funcionamento do órgão).

Para tratamento de pacientes com aspergilose invasiva, doença causada por espécies de fungos do gênero Aspergillus e que se manifesta nas vias aéreas e pulmões, podendo envolver outros órgãos, causando infecção do sistema nervoso central, do trato gastrointestinal, olhos, pele, revestimento interno do coração e até mesmo se disseminar por todo o organismo. Os sintomas incluem febre, calafrios, choque, delírio e coágulos sanguíneos. Pode ocorrer também dificuldade de respirar, insuficiência renal e do fígado (nesse caso, a pele e os olhos ficam amarelados devido ao mau funcionamento do órgão).

Estima-se que ocorram por ano no Brasil 12 casos de infecção invasiva por fungos do gênero Aspergillus para cada milhão de habitantes. O voriconazol é um agente que combate diversos tipos de fungos, sendo empregado no tratamento da aspergilose invasiva e de várias outras infecções fúngicas. Quanto mais cedo se inicia o tratamento melhores são as chances de recuperação.

Isavuconazol

Para tratamento da fase de consolidação de pacientes diagnosticados com todas as formas de mucormicose. Essa é uma infecção rara, com alta taxas de letalidade, que afeta principalmente pessoas com imunidade comprometida, vítimas de traumas com perfuração de alguma parte do corpo, pessoas com alto índice de ferro no sangue, pacientes com diabetes ou câncer nas células sanguíneas ou que já tenham realizado transplante de órgãos.

Para tratamento da fase de consolidação de pacientes diagnosticados com todas as formas de mucormicose. Essa é uma infecção rara, com alta taxas de letalidade, que afeta principalmente pessoas com imunidade comprometida, vítimas de traumas com perfuração de alguma parte do corpo, pessoas com alto índice de ferro no sangue, pacientes com diabetes ou câncer nas células sanguíneas ou que já tenham realizado transplante de órgãos.

O isavuconazol é um medicamento que age eliminando ou paralisando o crescimento de diversos tipos de fungos, incluindo os da ordem Mucorales. É indicado para tratamento da mucormicose e da aspergilose invasiva.

O tratamento da mucormicose consiste em administração imediata de medicamentos antifúngicos, composta por duas fases: a de indução (ataque) e a de consolidação (manutenção). A fase de indução dura em média 4 semanas e o medicamento indicado é a anfotericina B. A depender das condições clínicas do paciente, podem ser recomendadas cirurgias para remoção dos tecidos que foram atingidos pelo fungo.

A fase de consolidação se caracteriza por um período de manutenção do tratamento, quando existe o controle da doença e tem duração média de aproximadamente seis meses. Nessa fase, apesar de ser possível continuar o tratamento com anfotericina B, o isavuconazol é o tratamento recomendado.

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MEDICINA S/A

Unidades de saúde devem adequar a remuneração mínima da enfermagem

Após a Proposta de Emenda à Constituição do piso da enfermagem (PEC 11/22) ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), as unidades de saúde deverão adequar o pagamento mínimo da classe. A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) apoia a medida, que fixa em R$ 4.750 o piso salarial de enfermeiros e reajusta a remuneração de técnicos, auxiliares e parteiras.

Até então, não haviam salários base para esses profissionais. É um avanço necessário, dada a desigualdade salarial que hoje enfrentam e a incompatibilidade com a sua luta diária, especialmente neste período em que atuaram na linha de frente desta guerra travada contra o coronavírus, expostos à depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. Conceder essa reparação é uma questão de justiça, afirma o presidente da Anadem, Raul Canal.

A Anadem acompanha desde o início a tramitação da proposta que prevê o piso salarial fixo e tem feito contínua mobilização em prol de mais melhorias nas condições de trabalho dos enfermeiros: defende suporte estrutural e psicológico para a categoria, auxílio indenizatório para profissionais de saúde vítimas da Covid-19 e redução da carga horária dos enfermeiros para 30 horas.

O artigo que estabelecia reajuste de salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi vetado. A PEC 11/22 surgiu para dar sustentação constitucional ao PL 2564/20, aprovado na Câmara e no Senado. O texto fixa a remuneração equivalente a 70% do piso nacional como mínimo para técnicos de enfermagem. Para auxiliares de enfermagem e parteiras, o valor será equivalente a 50%.

Novos pisos

Enfermeiros: R$ 4.750

Técnicos de enfermagem: R$ 3.325

Auxiliares de enfermagem: R$ 2.375

Parteiras: R$ 2.375

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1 em cada 10 pacientes sofre dano hospitalar e 70% dos eventos não são comunicados

Estima-se que 1 em cada 10 pacientes sofra algum dano ao receber cuidados hospitalares. O que representa, a cada ano, 134 milhões de eventos adversos em hospitais de países de baixa e média renda devido a cuidados em saúde inseguros, resultando em 2,6 milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com o predomínio persistente de elevado número de incidentes no cuidado de saúde com danos para os pacientes, os profissionais de saúde relutam em falar abertamente sobre o assunto e compartilhar informações relevantes com os pacientes. Portanto, é de extrema relevância e urgência tratar do disclosure, explica Aline Albuquerque, professora, pesquisadora e coordenadora do grupo temático de trabalho Jurídico da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente SOBRASP que traz o tema à tona em seu congresso anual, em setembro.

Segundo Aline, embora seja intuitivamente perceptível que os pacientes tenham esse direito, pesquisas apontam que apenas 30% dos eventos adversos são revelados pelos profissionais de saúde a quem mais importa.

Profissionais da saúde têm o dever de informar aos pacientes e familiares de forma transparente e empática quaisquer danos assistenciais que possam acontecer, ainda que muitas vezes o conhecimento sobre o ocorrido possa ser traumático, diz a coordenadora. Por isso mesmo, o momento do disclosure requer cautela e preparo emocional, para que o diálogo seja honesto, empático e oportuno; também requer atenção para que a situação não se agrave e não haja uma ruptura drástica na relação de confiança construída entre os profissionais de saúde, pacientes e a instituição.

Aline destaca que o disclosure é um elemento-chave da resposta precoce e da investigação de incidentes de segurança do paciente. Eventos adversos acontecem durante um procedimento ou um tratamento e não devem ser omitidos, completa. O disclosure está associado à garantia do direito à informação, do direito de acesso ao prontuário, do direito à reparação integral e do direito à confidencialidade das informações pessoais A prática é própria de uma cultura que promove a qualidade e a segurança do paciente.

A baixa Literacia para a Saúde também é entrave

A Literacia para a Saúde (LS) é outro tema que será discutido no congresso da SOBRASP em setembro. Em linhas gerais, a LS envolve a motivação e as competências pessoais que permitem ao indivíduo acessar, compreender, avaliar e decidir sobre as questões de saúde em seu cotidiano.

Sendo assim, conclui-se que o paciente com baixa LS perde muito em qualidade de assistência. Ou seja, além de não saber como agir adequadamente diante das necessidades de sua própria saúde, muitas das vezes nem sabe como mover-se nas diversas instâncias dos serviços de saúde, diz Claudia Corrêa, coordenadora do grupo temático de trabalho em Odontologia da SOBRASP e cirurgiã-dentista.

É muito importante que os profissionais da saúde trabalhem para o aumento da LS de seu paciente. Para isso, entre outras coisas, é imprescindível uma comunicação efetiva que atente para o uso de jargões ou linguagens próprias da saúde com os pacientes e seus familiares. Não importa o nível de escolaridade ou instrução, em determinado momento a pessoa pode ser exposta a informações difíceis de serem assimiladas rapidamente, ou porque foram ouvidas pela primeira vez ou porque são muito complexas. É preciso que sejam passadas com muita paciência e numa linguagem clara e acessível ao ouvinte, além de termos a certeza de que houve a compreensão correta, destaca Cláudia.

Segundo ela, não é porque o paciente acena que sim, com a cabeça, que ele realmente compreendeu todas as informações. Ele pode dizer sim por vergonha, por pressa ou para não incomodar o profissional de saúde, explica.

A especialista detalha, ainda, que a baixa LS pode afetar diretamente a saúde das pessoas. Se o paciente não sabe onde procurar informações confiáveis, não se interessa por compreender o curso da doença que lhe acomete ou por entender o tratamento, não saberá quando deve buscar atendimento no caso de uma intercorrência no uso de um medicamento, por exemplo. Assim, ele não estará adequadamente inserido no cuidado em saúde e não se apropria de todos os recursos com os quais poderia contar a fim de contribuir consigo mesmo, ou com algum de seus entes queridos, no percurso da assistência, completa Cláudia.

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TV ANHANGUERA

Polícia apreende 900 ampolas de anestésicos em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10833437/

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Pacientes reclamam de demora no atendimento no Hospital das Clínicas em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10833444/

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A REDAÇÃO

Águas Lindas de Goiás confirma primeiro caso de varíola dos macacos

Caroline Louise 

Goiânia - Águas Lindas de Goiás registrou o primeiro caso de varíola dos macacos no município, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (9/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Além disso, os dados confirmam duas novas infecções pela doença no território goiano nas últimas 24 horas, sendo mais um em Goiânia, que contabiliza 44 casos.

Até o momento, Goiás registra 53 confirmações da varíola dos macacos. De acordo com a SES-GO, já são 182 casos suspeitos da doença no Estado. Todos os pacientes são homens com idades entre 23 e 43 anos.

Cidades com confirmações da varíola dos macacos:
Goiânia (44)
Itaberaí (1)
Luziânia (1)
Inhumas (1)
Águas Lindas de Goiás (1)

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Covid-19: Goiás confirma 2.355 novos casos 15 mortes em 24 horas 

Goiânia - Goiás registrou e 2.355 novos casos e 15 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados  nesta terça-feira (9/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano soma 1.647.036 infecções e 27.251 óbitos. 

A pasta ainda investiga 868.948 casos e 205 mortes para avaliar se há relação com o novo coronavírus. No Estado, a taxa de letalidade do vírus é de 1,65%.

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Pesquisadores da UFG desenvolvem novo teste para varíola dos macacos

Goiânia - Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveram um teste para a varíola dos macacos com insumos 100% nacionais e capaz de detectar o vírus logo no início dos sintomas. A técnica foi a mesma utilizada anteriormente para criar o teste da covid-19 e do zika vírus. O teste Lamp detecta o DNA do vírus, amplificando o material genético de maneira simples, rápida e barata. Pelos cálculos dos pesquisadores, os reagentes para um exame ficariam em cerca de R$ 3. 

Tal qual o teste da covid-19, a solução muda de cor no caso da presença do DNA do vírus. O indicador fica amarelo em caso de detecção. O teste é rápido, feito em aproximadamente 40 minutos, com equipamentos simples de laboratório. O teste foi desenvolvido a partir de uma amostra enviada pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular da Universidade de São Paulo (USP). A professora do Instituto de Química da UFG e coordenadora da pesquisa, Gabriela Duarte, disse que a melhor amostra para o teste é a retirada do líquido da pústula, que são as erupções da pele, mas também é possível encontrar o vírus na urina, sangue e esperma, embora não tão concentrados.

O teste foi desenvolvido em três semanas e agora vai para a etapa de validação com um grande número de amostras e comparação com o teste padrão ouro que é o PCR. O exame também detecta o vírus logo no início dos sintomas, o que agiliza o diagnóstico. A professora da UFG, Gabriela Duarte, disse que uma das dificuldades atuais da pesquisa, que também ocorreu no caso do teste da covid-19, é conseguir o painel de amostras dos pacientes para a pesquisa. “Só a partir dessas amostras é possível validar o teste. Depois disso dependerá das autoridades de saúde investimento para desenvolvimento e aplicação, para que possa ser utilizado pela população”, afirma.

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Assessoria de CoATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Dois meses após o primeiro caso de varíola do macaco no Brasil, planos de saúde ainda não cobrem exame

Dona do TikTok compra uma das maiores redes de hospitais da China

Pacheco marca para o fim de agosto votação que trata do rol taxativo

Covid: vacina adaptada já aguarda aprovação

NotreDame Intermédica: trabalhadores denunciam abusos em hospital de BH

Saúde financeira é a que mais preocupa no Brasil

Novo vírus infecta 35 pessoas na China

Pacientes imunocomprometidos ou com infecções fúngicas terão novas opções de tratamento pelo SUS

Unidades de saúde devem adequar a remuneração mínima da enfermagem

1 em cada 10 pacientes sofre dano hospitalar e 70% dos eventos não são comunicados

Polícia apreende 900 ampolas de anestésicos em Goiânia

Pacientes reclamam de demora no atendimento no Hospital das Clínicas em Goiânia

Águas Lindas de Goiás confirma primeiro caso de varíola dos macacos

Covid-19: Goiás confirma 2.355 novos casos 15 mortes em 24 horas 

Pesquisadores da UFG desenvolvem novo teste para varíola dos macacos

PORTAL R7

Dois meses após o primeiro caso de varíola do macaco no Brasil, planos de saúde ainda não cobrem exame

Faz dois meses que a varíola do macaco (monkeypox) chegou ao Brasil, e praticamente todos os exames que confirmaram os mais de 2.300 casos foram feitos em apenas quatro laboratórios do SUS. Até hoje, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não incluiu esse teste no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, o que o mantém fora da cobertura dos planos de saúde.

Questionada pelo R7, a agência justifica que "o oferecimento do referido teste diagnóstico na rede privada de saúde ainda é incipiente" e que muitos dos kits ainda precisam ser aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Alguns laboratórios privados já oferecem o exame para detecção do vírus monkeypox, mediante solicitação médica, mas o procedimento chega a custar entre R$ 500 e R$ 650 (a depender do prazo de entrega do resultado).

Um grande número de beneficiários de planos de saúde poderia realizar o exame na rede privada, mas não há interesse do setor em assumir mais essa despesa, na avaliação do advogado José Luiz de Oliveira Jr., sócio do escritório O&S Advogados.

"O SUS precisa ser defendido, mas ele realmente está abarrotado e está realizando um serviço que poderia ser equalizado com as empresas [de planos de saúde]".

Ele entende que a demora da ANS em incluir o exame no rol de procedimentos beneficia somente as operadoras de planos de saúde e diz que seria importante que a agência reguladora estivesse alinhada com as necessidades dos consumidores.

A lentidão da ANS vai na contramão da proposta defendida no fim de semana pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de ampliar a rede de testagem.

Até a semana passada, apenas oito laboratórios públicos processavam todos os exames de monkeypox do país: Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais/Fundação Ezequiel Dias, Laboratório Central de Saúde Pública de São Paulo/Instituto Adolfo Lutz, Laboratório de Biologia Molecular de Vírus do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, Instituto Evandro Chagas/PA, Fiocruz/AM, Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) do DF e Laboratório Central do RS.

Oliveira Jr. acrescenta que "não é razoável" o Brasil ser o sexto país do mundo em número de casos de varíola do macaco e não ter até agora uma rede estruturada que inclua SUS e serviços privados para enfrentar a ameaça.

"Deveríamos ter aprendido com o plano de contingência da própria Covid. [...] Temos a possibilidade de erradicar isso o quanto antes, mas não é feito por questões que são até de interesse político e econômico. Esses interesses deixam a população exposta", afirma.

O teste para detecção do vírus monkeypox é feito a partir da coleta, com um swab (cotonete estéril) , de material das lesões de pele ou de mucosa.

Em um Plano de Contingência, o Ministério da Saúde prevê o teste em indivíduos sem essas erupções, desde que sejam "contato de caso confirmado que inicie com quadro de febre e linfonodomegalia [inchaço de linfonodos]".

Nestes casos, a coleta se dará também por swab da orofaringe e da região anal.

Essas amostras são enviadas ao laboratórios e processadas em um exame de RT-PCR, mesma tecnologia dos testes de Covid-19 e que buscam material genético do vírus.

Recomendações

Para as pessoas que tenham diagnóstico confirmado ou suspeita de infecção pelo vírus monkeypox, as recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA incluem:

Isolar-se em casa desde o início dos sintomas, especialmente após o surgimento de lesões na pele.

Evitar contato próximo ou físico com pessoas e animais.

Cobrir as lesões e utilizar máscara bem ajustada ao rosto sempre que precisar se deslocar a um serviço médico.

Não compartilhar itens como talheres, roupas de cama e toalhas.

Evitar contato íntimo, incluindo sexual, com outras pessoas.

Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após tocar nas erupções cutâneas.

O período de isolamento só pode ser suspenso quando todas as lesões tiverem secado e uma nova camada de pele nascido nas áreas afetadas. Em casos que transcorrem normalmente, esse período pode variar entre 15 e 28 dias.

Estou com sintomas de varíola do macaco, o que devo fazer? Tire esta e outras dúvidas

O cenário da varíola do macaco nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é de transmissão comunitária, o que significa que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus monkeypox. Nesse contexto, o Ministério da Saúde orienta as pessoas a procurarem atendimento médico em uma UBS (unidade básica de saúde) da sua região ao apresentarem os sintomas característicos da doença

Quais são os primeiros sintomas da varíola do macaco? Nos primeiros dias, os sintomas mais comuns da infecção são febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos (popularmente conhecido como íngua), cansaço intenso, dores musculares e nas costas. As lesões na pele costumam aparecer entre o primeiro e o quinto dia após a febre e, no surto atual, podem se concentrar na região genital e/ou perianal. "[A varíola do macaco tem uma] forma clínica diferente de se manifestar em cada pessoa, algumas têm lesão só na região genital, outras podem ter no couro cabeludo, em outra parte do corpo, não é algo uniforme", explica o infectologista José Ângelo Lindoso, coordenador do Grupo de Doenças Negligenciadas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo

NIAID

Quando devo fazer o teste? O exame para diagnóstico da varíola do macaco é o PCR - a mesma técnica usada para a Covid - e só pode ser feito após o aparecimento das lesões, segundo o infectologista. Antes disso, o paciente é classificado como um caso suspeito ou provável da doença, segundo as definições do Ministério da Saúde. "No momento, ainda não tem nenhum outro método de diagnóstico disponível, como colher o exame de sangue", afirma Lindoso

Qual é o tratamento para a varíola do macaco? Não há um tratamento específico para a doença, conforme explica o infectologista. Para tratar os sintomas, o paciente recebe medicação, como um antitérmico para reduzir a febre ou analgésico para as dores. Também não há nenhum medicamento disponível para tratar ou reduzir as lesões na pele

Por quanto tempo se transmite o vírus após o fim dos sintomas? O infectologista afirma que ainda não se sabe por quanto tempo o monkeypox pode ser transmitido mesmo após o desaparecimento das lesões, meio por onde a contaminação ocorre de forma mais eficaz. "O que temos de recomendação é que enquanto as lesões não estiverem revitalizadas ainda há risco de transmissão, e a pessoa tem que ficar em isolamento", afirma Lindoso

Qual é o grupo de risco para casos graves de varíola do macaco? As pessoas mais vulneráveis a complicações pela infecção causada pelo vírus monkeypox são crianças, gestantes e imunocomprometidos. Para o restante da população, a doença não apresenta alto grau de complexidade, com exceção dos quadros em que há um grande número de lesões na pele, o que pode levar a infecções secundárias, assim como lesões de mucosas anais e na uretra. No Brasil, a primeira morte por varíola do macaco registrada foi de um homem imunocomprometido

O que devo fazer caso o diagnóstico de varíola do macaco seja confirmado? O R7 teve acesso a recomendações do Instituto de Infectologia Emílio Ribas que servem para casos confirmados e suspeitos e que vão ao encontro das orientações do Ministério da Saúde. Veja a seguir: - Usar máscara cirúrgica perto de outras pessoas e se houver sintomas respiratórios como tosse, falta de ar e dor na garganta; - Evitar contato com animais, inclusive animais de estimação; - Cobrir as feridas da pele com uso de mangas longas ou calças compridas para minimizar o risco de contato com outras pessoas; - Permanecer em área separada dos demais moradores da residências, inclusive durante as refeições, e manter as janelas abertas; - Lavar a escova de dentes após o uso com água e detergente neutro, secá-la e guardá-la separadamente; - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% antes e depois do contato com secreção da lesão e fluidos; - Higienizar as áreas próximas (superfícies) e o ambiente diariamente com água e sabão/detergente, álcool 70% ou hipoclorito de sódio 0,1% a 0,5%; - Higienizar o banheiro após cada uso (vide orientações acima); - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% depois do contato com as roupas, lençóis, toalha de banho ou superfícies próximas; - As pessoas que residem no domicílio deverão higienizar as mãos após contato com o paciente, objetos e roupas utilizadas pelo paciente; - As roupas devem ser separadas com cuidado para não haver contato direto com o material contaminado. Não sacudi-las, para evitar dispersar partículas infecciosas; - Lavar roupas de cama, toalhas, roupas de uso individual separadas em máquina de lavar ou em tanque com água e sabão. Alvejante (água sanitária) pode ser adicionado, mas não é necessário; - Pratos e outros talheres não podem ser compartilhados e deverão ser devidamente lavados com água e sabão; - Os resíduos contaminados, como curativos e bandagens, deverão ser descartados em saco plástico no lixo domiciliar; - O isolamento deve ser mantido até que todas as feridas tenham formado crosta e se desprendido naturalmente, por um período de cerca de 3 a 4 semanas; - Não ter contato com pessoas imunocomprometidas até que todas as crostas desapareçam. A interrupção do isolamento durante a doença só deverá ocorrer se houver necessidade de avaliação presencial em serviços de saúde; - Não manter relação sexual durante o isolamento e utilizar preservativo durante 3 meses após o diagnóstico

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PORTAL TERRA

Dona do TikTok compra uma das maiores redes de hospitais da China

A gigante adquiriu a Amcare Health que conta com hospitais em Pequim e Shenzhen por cerca de US$ 1,5 bilhão, aumentando sua presença no setor de saúde

A ByteDance expandiu seu portfólio de serviços com a aquisição de uma das principais redes de hospitais da China, a Amcare Healthcare, pelo valor de US_jobs(data.conteudo)nbsp;1,5 bilhões (R$ 7,7 bilhões), marcando um dos maiores acordos de uma big tech nacional, desde a repressão da internet naquele país.

A Amcare Healthcare foi fundada em Pequim no ano de 2006 e administra hospitais femininos e infantis nas cidades de Pequim e Shenzhen. Em 2020, a empresa obteve uma licença do governo para operações de fertilização in vitro após adquirir um hospital em Pequim.

Segundo o banco de dados de empresas privadas e públicas sediadas na China, Qichacha, duas subsidiárias da ByteDance já possuem uma participação combinada de 100% na rede de hospitais.

O campo da saúde não é uma novidade para a ByteDance, a big tech conta com o seu próprio app de saúde, Xiaohe, voltado para consultas online, hospitalares e serviços de bem-estar, assim como as concorrentes domésticas Alibaba Health Information Technology Ltd. e Ping An Healthcare and Technology.

Em 2020, a dona do TikTok também investiu em uma startup de biotecnologia especializada na descoberta de novos medicamentos, Shuimu BioSciences e na empresa que realiza síntese de DNA, Songuo Medical.

A mais nova aquisição da ByteDance mostra que a gigante provavelmente busca se expandir para novas áreas, visto que o setor de entretenimento online tem sido alvo constante de Pequim -- que tem criado novas regulamentações para a área de tecnologia para conter a "expansão desordenada de capital" no final de 2020.

Com a aquisição, a dona da rede social que popularizou o formato de vídeos curtos se une a outras big techs, como Apple e Amazon, que exploram cada vez mais maneiras de digitalizar o setor de saúde tradicional e popularizar a telemedicina.

A demanda por serviços de saúde na Internet disparou em meio à pandemia de Covid-19. No auge da crise de saúde pública na China no início deste ano, consultas online gratuitas oferecidas por provedores ajudaram a aliviar a pressão sobre os hospitais locais e a tranquilizar os pacientes.

Segundo a empresa de pesquisa de mercado norte-americana Frost & Sullivan, o mercado de telemedicina da China deve atingir 198 bilhões de yuans (R$ 150,2 bilhões) até 2025, bem acima dos 22 bilhões de yuans (R$ 16,7 bilhões) em 2020 -- aumento promovido pela pandemia.

Atualmente os investimentos da ByteDance abrangem setores que incluem o metaverso, educação, robôs de limpeza até café, porém a empresa reduziu seus investimentos após o aumento da pressão das autoridades sob os negócios das empresas de tecnologia chinesas.

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VALOR ONLINE

Pacheco marca para o fim de agosto votação que trata do rol taxativo

Para presidente do Senado é importante sessão de debates para ouvir a sociedade e os segmentos envolvidos 1 de 1 Pacheco: para presidente do Senado é importante sessão de debates para ouvir a sociedade e os segmentos envolvidos - Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu agendar para o fim de agosto a votação do projeto que trata da obrigação dos planos de saúde de cobrirem tratamentos que não estejam previstos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) - o chamado rol taxativo.

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O GLOBO

Covid: vacina adaptada já aguarda aprovação

BioNTech e Pfizer comunicaram que imunizante para mais recentes subvariantes da Ômicron pode ser lançado até outubro. Resultados de estudos da versão anterior, para BA.l, foram enviados a reguladores europeus

A farmacêutica BioNTech e sua parceira americana Pfizer informaram, nesta semana, que começaram a fabricar vacinas "bivalentes" de Covid-19, atualizadas e projetadas para proteger contra as mais recentes subvariantes BA.4 e BA.5 do coronavírus. A empresa disse que pode lançar os imunizantes até outubro se receber aprovação regulatória.

Elas se juntam a outros fabricantes de vacina como a Moderna, que tentam criar formas avançadas e atualizadas de imunizantes para proteger contra as novas cepas do coronavírus. A ideia é que as duas novas versões protejam contra as variantes mais recentes, além das sublinhagens anteriores.

O primeiro imunizante tem como alvo a subvariante BA.l da Ômicron. Os dados do estudo clínico sobre sua segurança e eficácia foram enviados em julho para a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Os resultados da pesquisa foram satisfatórios ao mostrar a produção de anticorpos neutralizantes mais altos contra a sublinhagem. A segunda vacina, desenvolvida para atacar as subvariantes BA.4 e BA.5, começará a ser testada este mês.

Para agilizar o processo de aprovação das versões atualizadas, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana de medicamentos, afirmou que os fabricantes de vacina não precisam enviar dados novos de ensaios clínicos para as vacinas adaptadas BA.4/BA.5, pois ela aprovará as vacinas modificadas usando dados clínicos dos estudos da vacina para BA.l.

Entretanto, a Agência Europeia de Medicamentos não seguirá a mesma conduta. O órgão comunicou que exigirá dos fabricantes de vacina todos os dados clínicos para cada uma das fórmulas atualizadas para combater novas variantes do coronavírus.

VERSÃO DA MODERNA

A Moderna anunciou no mês passado que havia testado um reforço bivalente que produzia anticorpos neutralizantes mais altos contra as subvariantes BA.l e BA.4/BA.5. No entanto, nenhum esforço contra as novas variantes foi aprovado ainda.

Em junho, a FDA pediu, em comunicado, que as fabricantes de vacina mantivessem sua composição atual, ou seja, que previnem contra formas graves da Covid-19, enquanto adicionavam componentes extras que pudessem proteger contra as cepas BA.4/BA.5.

Alguns especialistas sustentam que as versões adaptadas de vacinas contra a Covid-19 sejam uma ampla aposta epidemiológica apenas quando os atuais imunizantes se provarem ineficazes na prevenção de quadros mais graves da doença, como hospitalizações e mortes.

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REDE BRASIL

NotreDame Intermédica: trabalhadores denunciam abusos em hospital de BH

São Paulo - Trabalhadores entregaram hoje (9) documento com mais de 100 assinaturas denunciando abusos em Hospital Lifecenter, de Belo Horizonte, ligado ao gigante brasileiro dos planos de saúde, Grupo NotreDame Intermédica (GNDI). O relatório aponta sobrecarga, pressões e outros problemas decorrentes da aquisição da instituição histórica em dezembro de 2020. Depois disso, a operadora acabou ainda incorporada pelo operadora Hapvida, compondo um mega-conglomerado privado de saúde. Segundo relatos, desde então a nova gestão implementou diversos cortes e mudanças que atingiram os funcionários e, por consequência, o atendimento aos pacientes.

Segundo a auxiliar de rouparia Cleusa Lopes, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de BH e Região (Sindeess), desde a compra houve muitas demissões. Assim, falta pessoal em vários setores e os funcionários vivem sob pressão.

"Os profissionais de enfermagem estão lutando para dar o atendimento necessário, pela situação de sobrecarga. Supervisores reclamam não ter tempo nem equipe para treinar novos funcionários", disse a dirigente, que trabalha há 13 anos no hospital.

Técnicos de enfermagem, incluindo aqueles que trabalham no Pronto Atendimento, na Unidade de Terapia Intensiva e no Bloco Cirúrgico, reclamam que não há substitutos para os que precisam faltar, estão em licença médica ou tiram férias. Para se ter uma ideia da situação, há dois técnicos para atender 18 pacientes.

Isso porque houve cancelamento do contrato entre o hospital e um laboratório. E técnicos de enfermagem têm de cobrir tarefas anteriormente realizadas por técnicos de laboratório. Por exemplo, coleta de sangue e atualização de prontuários em programas de computador específicos, entre outras atividades.

Para completar, os funcionários do Hospital Lifecenter reivindicam um canal para atendimento de recursos humanos. O atendimento presencial, eliminado com a compra pelo Grupo NotreDame Intermédica, em dezembro de 2020, foi substituído por atendimento informatizado. Vários trabalhadores apontam problemas relacionados a essa transição, incluindo o pagamento de férias, adicional noturno e acesso ao plano de saúde dos funcionários.

Lideranças do Sindeess relatam várias tentativas frustradas de chegar a um acordo com a empresa. Segundo o sindicato, não houve interesse da Hapvida Intermédica em buscar soluções em conjunto contra os abusos no hospital da empresa de planos de saúde. Maria Josefina Souza da Silva, funcionária do hospital e dirigente do Sindeess, afirmou que "os funcionários do Hospital Lifecenter são dedicados ao seu trabalho e a cuidar da população de Belo Horizonte. Mas ficam arrasados ao ver o impacto desses problemas para uma instituição que sempre foi referência na cidade.

Nós, no Sindeess e na UNI, exigimos uma negociação séria para resolver a situação de sobrecarga e outros problemas que os nossos associados estão enfrentando no hospital. Para que eles possam trabalhar com dignidade e prestar o melhor atendimento possível para os seus pacientes", disse. O Sindeess representa mais de 30.000 profissionais da saúde na região. A UNI Global Union é uma entidade sindical internacional que reúne organizações de trabalhadores do setor de serviços, inclusive de saúde.

A Hapvida ficou famosa em todo o país depois de levar multa de R$ 468 mil do Ministério Público do Ceará em 2021. A empresa impôs aos médicos conveniados que receitassem o chamado kit covid aos pacientes com covid-19. A prescrição ocorreu mesmo após a OMS ter declarado a ineficácia da hidrocloroquina contra a doença.

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SITE BARRA

Saúde financeira é a que mais preocupa no Brasil

A saúde financeira é o principal motivo de preocupação dos brasileiros. Uma pesquisa feita pelo Instituto FSB, encomendada pela SulAmérica, revela que, em 2022, 63% das pessoas entrevistadas acham necessário diminuir os gastos, e 49% enfrentam dificuldades econômicas.

A diretora de Marketing da SulAmérica, Simone Cesena, avalia que o cenário reforça a importância de as pessoas passarem a se programar melhor financeiramente, com um orçamento equilibrado entre a renda e a despesa. Para ela, contextos como o da pandemia podem agravar ainda mais a saúde financeira dos indivíduos.

"Antigamente, quando falávamos em ter saúde, vinha muito na nossa cabeça a questão de não estar doente. Depois de tudo o que viemos passando, queremos muito mais do que só não estar doente. Quanto à saúde financeira, vemos os desafios que o mundo está enfrentando. E percebemos que, hoje, a educação financeira e de saúde, é algo que está sendo levado mais a sério. Por exemplo, fomos pegos de surpresa pela pandemia. Imagina a situação para quem não tinha reserva financeira", considera.

A pesquisa revela, ainda, que, em 2021, 4 em cada 10 brasileiros estavam mais preocupados com a saúde financeira do que com as saúdes física e emocional.

Saúde emocional preocupa mais do que a saúde física

Mesmo com saúde financeira em destaque entre as preocupações, existe também um sinal de alerta para a saúde emocional. A pesquisa mostra que, a cada 10 brasileiros, 6 dizem que agora estão cuidando mais da saúde e do bem-estar do que durante o auge da pandemia. No entanto, a saúde emocional piorou para 48% dos entrevistados, devido aos efeitos da pandemia, e 54% afirmam que a saúde emocional é a segunda maior causa de preocupação.

De acordo com a pesquisa, a chamada geração Z (nascidos entre 1990 e 2010) foi a que se mostrou mais vulnerável quanto ao surgimento de sintomas e sentimentos no último ano. A ansiedade faz parte do cotidiano de 62% dos jovens em 2022, aumento de 6% em relação a 2021 (56%). A insônia também é uma realidade para 45% dos jovens.

"A geração Z está sofrendo um pouco mais do que as outras. Então, vemos que existe uma diferença geracional de comportamento em relação à saúde emocional. Por outro lado, está muito mais no nosso cotidiano falar sobre esse assunto. Logo, percebemos que todos os tratamentos, como os terapêuticos, em todas as gerações, viraram algo que está mais no nosso dia a dia", avalia Simone Cesena.

A estudante Victoria de Arruda tem 21 anos e mora em São Paulo. Ela sofre de ansiedade desde muito nova, e faz tratamento com psiquiatra há um ano e meio. Ela afirma que a internet, principalmente as redes sociais, potencializam as crises.

"Além do fato de a ansiedade ser uma preocupação constante, acaba sendo cansativo emocionalmente, e também fico fisicamente cansada. Então, muitas vezes não consigo me concentrar nas coisas que tenho que fazer, porque tive uma crise de ansiedade ou os sintomas estão muito fortes. Tudo isso acaba me esgotando física e emocionalmente", relata.

O levantamento também mostra que a saúde física aparece em terceiro lugar entre as principais preocupações de 51% dos brasileiros entrevistados.

"Percebemos um impacto grande no sobrepeso e obesidade das pessoas. Além disso, a própria ansiedade e a insônia também foram problemas identificados relacionados aos demais. Quando se fala em sobrepeso, é importante se cuidar mais, ficar atento à alimentação e praticar exercícios físicos, por exemplo. Tudo isso vai impactar positivamente nas saúdes física e mental", destaca Simone Cesena.

Com o intuito de cuidar da saúde mental e emocional, mais de 60% dos que responderam à pesquisa têm como hábito ouvir música, 45% fazem atividades relacionadas à espiritualidade ou religião, enquanto 42% descansam ou fazem relaxamento. Somente 9% disseram fazer terapia. Ao serem questionados acerca de hábitos regulares de cuidados com a saúde física, 62% revelaram ter baixa ou nenhuma frequência de atividades.

A pesquisa foi realizada no mês de maio. A amostra contou com duas mil entrevistas por abordagem online, nas 27 unidades federativas. O levantamento avaliou questões referentes às saúdes física, emocional e financeira dos participantes. A margem de erro no total da amostra e? de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%.

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CORREIO BRAZILIENSE

Novo vírus infecta 35 pessoas na China

O Langya causa sintomas como febre, dores musculares e cansaço e é acompanhado por cientistas desde 2018, antes da descoberta do causador da covid. Segundo a equipe, não há evidências da transmissão do patógeno entre humanos

Gabriella Tiscoski

Quando a pandemia da covid-19 foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020, há quase dois anos, um grupo de pesquisadores já acompanhava, também na China, a evolução de um vírus que começava a infectar humanos. Agora, em um estudo publicado no New England Journal of Medicine, o grupo anuncia que o novo patógeno, o Langya henipavirus (LayV), foi identificado em 35 pessoas nas províncias de Shandong e Henan, causando alguns sintomas similares à primeira fase da covid-19, como febre alta, cansaço e tosse.

Os pesquisadores, liderados por Xiao-Ai Zhang e Hao Li, ambos do Instituto de Microbiologia e Epidemiologia de Pequim, informaram que as amostras coletadas no estudo eram muito pequenas para determinar se há ou não a transmissão de humanos para humanos, mas eles não descartam essa hipótese. No artigo, ressaltam que se trata de uma "descoberta que merece investigação adicional para entender melhor a doença humana associada", sinalizando a importância de se manter em alerta para evitar uma nova epidemia. A opinião é compartilhada por Werciley Júnior, coordenador de infectologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. "O novo vírus está restrito a regiões da China, mas pode chegar a outras partes do mundo", justifica.

Segundo autoridades de saúde chinesas, os pacientes não tiveram contato próximo entre eles, o que sinaliza que as infecções humanas podem ser esporádicas. A equipe acompanhou, entre abril de 2018 e agosto de 2021, pacientes de hospitais populares da China, com o intuito de realizar triagens em doenças zoonóticas (transmitidas de animais para humanos) suspeitas. Pessoas com febre aguda (acima de 38°C) e um histórico de exposição animal dentro de um mês antes do início das complicações foram recrutadas para o estudo.

Exames de sangue e de secreções da garganta indicaram o novo vírus. Existem outros dois patógenos do mesmo gênero -- o Hendra henipavirus (HeV) e o Nipah henipavirus (NiV) --, que têm alto grau de letalidade em casos de infecção grave. Nos casos apresentados no New England Journal of Medicine, não houve óbitos nem complicações críticas. Os sintomas apresentados pelos infectados foram febre (100% dos pacientes), fadiga (54%), tosse (50%), anorexia (50%), dores musculares (46%), náusea (38%), cefaleia (35%) e vômitos (35%).

Após a identificação do LayV, a equipe fez uma investigação epidemiológica dos pacientes infectados e seus familiares de contato próximo por meio de um questionário padrão, que incluía dados demográficos e doenças de base preexistentes, além do histórico de exposição antes do início de doenças. Assim, a equipe constatou que a transmissão pode ter ocorrido por animais ou frutas infectados.

Selvagens e domésticos

Testes em 25 espécies de animais selvagens sugerem que o musaranho -- um mamífero parecido com camundongos -- pode ser um reservatório natural do LayV. Há também casos de infecções em animais domésticos, como cães, e cabras de alguns infectados. Análises do genoma do vírus indicam que ele tem uma organização genômica idêntica à de outros henipavírus, que, como indicam o artigo, são "conhecidos por infectar humanos e causar doenças fatais".

É a primeira vez que o LayV é identificado em humanos. Por isso, não há tratamento específico para essa infecção. No caso dos outros henipavírus, há terapias em investigação. Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, publicaram, em março, na revista Science, que descobriram detalhes sobre como o Nipah e o Hendra atacam as células e as respostas imunes que tentam combater essa infecção, abrindo espaço para novas frentes terapêuticas, incluindo vacinas.

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GAZETA WEB

Pacientes imunocomprometidos ou com infecções fúngicas terão novas opções de tratamento pelo SUS

O Ministério da Saúde incorporou novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de pacientes imunocomprometidos e com infecções fúngicas. As novas tecnologias (Anidulafungina, Voriconazol e Isavuconazol), avaliadas e recomendadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), serão disponibilizadas nos próximos meses na rede pública.

Os pacientes imunocomprometidos são aqueles cujos mecanismos de defesa (sistema imunológico) estão comprometidos. É comum em pacientes oncológicos, soropositivos ou transplantados. Grupo considerado extremamente de risco são os pacientes com transplante recente de medula óssea. Até vírus brandos, que causam pequenas gripes, podem desencadear quadros mais graves, como pneumonias.

Fungos são um dos quatro grupos de organismos infecciosos, que incluem bactérias, vírus e parasitas. Infecções por fungos são as invasões dos tecidos por uma ou mais espécies e variam de superficiais, da pele, até mais profundas, de órgãos e do sangue (septicemia) ou doenças sistêmicas. Alguns fungos são oportunistas, afetam apenas pessoas imunodeprimidas. Outros são patogênicos, que adoecem o paciente independentemente do estado do seu sistema imunológico.

Anidulafungina

Para tratamento de pacientes com candidemia e outras formas de candidíase invasiva. Trata-se de um agente antifúngico administrado na veia, que possui ação contra um amplo espectro de espécies do gênero Candida.

A candidíase engloba um conjunto de infecções que podem se manifestar tanto de forma localizada, como na boca e/ou faringe (candidíase orofaríngea), quanto de forma disseminada. Esta última inclui infecções de corrente sanguínea e de outros tecidos, como o sistema nervoso central, coração, olhos, ossos, peritônio (membrana que recobre a parede do abdômen e a superfície dos órgãos ali localizados), fígado e outros.

A cada ano, a candidíase invasiva afeta mais de 250 mil pessoas em todo o mundo e causa mais de 50 mil mortes. No Brasil, dados apontam para a ocorrência de 2,5 casos de candidemia para cada mil internações hospitalares. Estudo recente realizado no Paraná e publicado em 2021 verificou 2,7 casos de candidemia para cada mil pacientes por dia e 1,2 episódios para cada mil internações.

Voriconazol

Para tratamento de pacientes com aspergilose invasiva, doença causada por espécies de fungos do gênero Aspergillus e que se manifesta nas vias aéreas e pulmões, podendo envolver outros órgãos, causando infecção do sistema nervoso central, do trato gastrointestinal, olhos, pele, revestimento interno do coração e até mesmo se disseminar por todo o organismo. Os sintomas incluem febre, calafrios, choque, delírio e coágulos sanguíneos. Pode ocorrer também dificuldade de respirar, insuficiência renal e do fígado (nesse caso, a pele e os olhos ficam amarelados devido ao mau funcionamento do órgão).

Para tratamento de pacientes com aspergilose invasiva, doença causada por espécies de fungos do gênero Aspergillus e que se manifesta nas vias aéreas e pulmões, podendo envolver outros órgãos, causando infecção do sistema nervoso central, do trato gastrointestinal, olhos, pele, revestimento interno do coração e até mesmo se disseminar por todo o organismo. Os sintomas incluem febre, calafrios, choque, delírio e coágulos sanguíneos. Pode ocorrer também dificuldade de respirar, insuficiência renal e do fígado (nesse caso, a pele e os olhos ficam amarelados devido ao mau funcionamento do órgão).

Estima-se que ocorram por ano no Brasil 12 casos de infecção invasiva por fungos do gênero Aspergillus para cada milhão de habitantes. O voriconazol é um agente que combate diversos tipos de fungos, sendo empregado no tratamento da aspergilose invasiva e de várias outras infecções fúngicas. Quanto mais cedo se inicia o tratamento melhores são as chances de recuperação.

Isavuconazol

Para tratamento da fase de consolidação de pacientes diagnosticados com todas as formas de mucormicose. Essa é uma infecção rara, com alta taxas de letalidade, que afeta principalmente pessoas com imunidade comprometida, vítimas de traumas com perfuração de alguma parte do corpo, pessoas com alto índice de ferro no sangue, pacientes com diabetes ou câncer nas células sanguíneas ou que já tenham realizado transplante de órgãos.

Para tratamento da fase de consolidação de pacientes diagnosticados com todas as formas de mucormicose. Essa é uma infecção rara, com alta taxas de letalidade, que afeta principalmente pessoas com imunidade comprometida, vítimas de traumas com perfuração de alguma parte do corpo, pessoas com alto índice de ferro no sangue, pacientes com diabetes ou câncer nas células sanguíneas ou que já tenham realizado transplante de órgãos.

O isavuconazol é um medicamento que age eliminando ou paralisando o crescimento de diversos tipos de fungos, incluindo os da ordem Mucorales. É indicado para tratamento da mucormicose e da aspergilose invasiva.

O tratamento da mucormicose consiste em administração imediata de medicamentos antifúngicos, composta por duas fases: a de indução (ataque) e a de consolidação (manutenção). A fase de indução dura em média 4 semanas e o medicamento indicado é a anfotericina B. A depender das condições clínicas do paciente, podem ser recomendadas cirurgias para remoção dos tecidos que foram atingidos pelo fungo.

A fase de consolidação se caracteriza por um período de manutenção do tratamento, quando existe o controle da doença e tem duração média de aproximadamente seis meses. Nessa fase, apesar de ser possível continuar o tratamento com anfotericina B, o isavuconazol é o tratamento recomendado.

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MEDICINA S/A

Unidades de saúde devem adequar a remuneração mínima da enfermagem

Após a Proposta de Emenda à Constituição do piso da enfermagem (PEC 11/22) ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), as unidades de saúde deverão adequar o pagamento mínimo da classe. A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) apoia a medida, que fixa em R$ 4.750 o piso salarial de enfermeiros e reajusta a remuneração de técnicos, auxiliares e parteiras.

Até então, não haviam salários base para esses profissionais. É um avanço necessário, dada a desigualdade salarial que hoje enfrentam e a incompatibilidade com a sua luta diária, especialmente neste período em que atuaram na linha de frente desta guerra travada contra o coronavírus, expostos à depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. Conceder essa reparação é uma questão de justiça, afirma o presidente da Anadem, Raul Canal.

A Anadem acompanha desde o início a tramitação da proposta que prevê o piso salarial fixo e tem feito contínua mobilização em prol de mais melhorias nas condições de trabalho dos enfermeiros: defende suporte estrutural e psicológico para a categoria, auxílio indenizatório para profissionais de saúde vítimas da Covid-19 e redução da carga horária dos enfermeiros para 30 horas.

O artigo que estabelecia reajuste de salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi vetado. A PEC 11/22 surgiu para dar sustentação constitucional ao PL 2564/20, aprovado na Câmara e no Senado. O texto fixa a remuneração equivalente a 70% do piso nacional como mínimo para técnicos de enfermagem. Para auxiliares de enfermagem e parteiras, o valor será equivalente a 50%.

Novos pisos

Enfermeiros: R$ 4.750

Técnicos de enfermagem: R$ 3.325

Auxiliares de enfermagem: R$ 2.375

Parteiras: R$ 2.375

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1 em cada 10 pacientes sofre dano hospitalar e 70% dos eventos não são comunicados

Estima-se que 1 em cada 10 pacientes sofra algum dano ao receber cuidados hospitalares. O que representa, a cada ano, 134 milhões de eventos adversos em hospitais de países de baixa e média renda devido a cuidados em saúde inseguros, resultando em 2,6 milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com o predomínio persistente de elevado número de incidentes no cuidado de saúde com danos para os pacientes, os profissionais de saúde relutam em falar abertamente sobre o assunto e compartilhar informações relevantes com os pacientes. Portanto, é de extrema relevância e urgência tratar do disclosure, explica Aline Albuquerque, professora, pesquisadora e coordenadora do grupo temático de trabalho Jurídico da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente SOBRASP que traz o tema à tona em seu congresso anual, em setembro.

Segundo Aline, embora seja intuitivamente perceptível que os pacientes tenham esse direito, pesquisas apontam que apenas 30% dos eventos adversos são revelados pelos profissionais de saúde a quem mais importa.

Profissionais da saúde têm o dever de informar aos pacientes e familiares de forma transparente e empática quaisquer danos assistenciais que possam acontecer, ainda que muitas vezes o conhecimento sobre o ocorrido possa ser traumático, diz a coordenadora. Por isso mesmo, o momento do disclosure requer cautela e preparo emocional, para que o diálogo seja honesto, empático e oportuno; também requer atenção para que a situação não se agrave e não haja uma ruptura drástica na relação de confiança construída entre os profissionais de saúde, pacientes e a instituição.

Aline destaca que o disclosure é um elemento-chave da resposta precoce e da investigação de incidentes de segurança do paciente. Eventos adversos acontecem durante um procedimento ou um tratamento e não devem ser omitidos, completa. O disclosure está associado à garantia do direito à informação, do direito de acesso ao prontuário, do direito à reparação integral e do direito à confidencialidade das informações pessoais A prática é própria de uma cultura que promove a qualidade e a segurança do paciente.

A baixa Literacia para a Saúde também é entrave

A Literacia para a Saúde (LS) é outro tema que será discutido no congresso da SOBRASP em setembro. Em linhas gerais, a LS envolve a motivação e as competências pessoais que permitem ao indivíduo acessar, compreender, avaliar e decidir sobre as questões de saúde em seu cotidiano.

Sendo assim, conclui-se que o paciente com baixa LS perde muito em qualidade de assistência. Ou seja, além de não saber como agir adequadamente diante das necessidades de sua própria saúde, muitas das vezes nem sabe como mover-se nas diversas instâncias dos serviços de saúde, diz Claudia Corrêa, coordenadora do grupo temático de trabalho em Odontologia da SOBRASP e cirurgiã-dentista.

É muito importante que os profissionais da saúde trabalhem para o aumento da LS de seu paciente. Para isso, entre outras coisas, é imprescindível uma comunicação efetiva que atente para o uso de jargões ou linguagens próprias da saúde com os pacientes e seus familiares. Não importa o nível de escolaridade ou instrução, em determinado momento a pessoa pode ser exposta a informações difíceis de serem assimiladas rapidamente, ou porque foram ouvidas pela primeira vez ou porque são muito complexas. É preciso que sejam passadas com muita paciência e numa linguagem clara e acessível ao ouvinte, além de termos a certeza de que houve a compreensão correta, destaca Cláudia.

Segundo ela, não é porque o paciente acena que sim, com a cabeça, que ele realmente compreendeu todas as informações. Ele pode dizer sim por vergonha, por pressa ou para não incomodar o profissional de saúde, explica.

A especialista detalha, ainda, que a baixa LS pode afetar diretamente a saúde das pessoas. Se o paciente não sabe onde procurar informações confiáveis, não se interessa por compreender o curso da doença que lhe acomete ou por entender o tratamento, não saberá quando deve buscar atendimento no caso de uma intercorrência no uso de um medicamento, por exemplo. Assim, ele não estará adequadamente inserido no cuidado em saúde e não se apropria de todos os recursos com os quais poderia contar a fim de contribuir consigo mesmo, ou com algum de seus entes queridos, no percurso da assistência, completa Cláudia.

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TV ANHANGUERA

Polícia apreende 900 ampolas de anestésicos em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10833437/

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Pacientes reclamam de demora no atendimento no Hospital das Clínicas em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10833444/

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A REDAÇÃO

Águas Lindas de Goiás confirma primeiro caso de varíola dos macacos

Caroline Louise 

Goiânia - Águas Lindas de Goiás registrou o primeiro caso de varíola dos macacos no município, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (9/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Além disso, os dados confirmam duas novas infecções pela doença no território goiano nas últimas 24 horas, sendo mais um em Goiânia, que contabiliza 44 casos.

Até o momento, Goiás registra 53 confirmações da varíola dos macacos. De acordo com a SES-GO, já são 182 casos suspeitos da doença no Estado. Todos os pacientes são homens com idades entre 23 e 43 anos.

Cidades com confirmações da varíola dos macacos:
Goiânia (44)
Itaberaí (1)
Luziânia (1)
Inhumas (1)
Águas Lindas de Goiás (1)

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Covid-19: Goiás confirma 2.355 novos casos 15 mortes em 24 horas 

Goiânia - Goiás registrou e 2.355 novos casos e 15 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados  nesta terça-feira (9/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano soma 1.647.036 infecções e 27.251 óbitos. 

A pasta ainda investiga 868.948 casos e 205 mortes para avaliar se há relação com o novo coronavírus. No Estado, a taxa de letalidade do vírus é de 1,65%.

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Pesquisadores da UFG desenvolvem novo teste para varíola dos macacos

Goiânia - Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveram um teste para a varíola dos macacos com insumos 100% nacionais e capaz de detectar o vírus logo no início dos sintomas. A técnica foi a mesma utilizada anteriormente para criar o teste da covid-19 e do zika vírus. O teste Lamp detecta o DNA do vírus, amplificando o material genético de maneira simples, rápida e barata. Pelos cálculos dos pesquisadores, os reagentes para um exame ficariam em cerca de R$ 3. 

 

Tal qual o teste da covid-19, a solução muda de cor no caso da presença do DNA do vírus. O indicador fica amarelo em caso de detecção. O teste é rápido, feito em aproximadamente 40 minutos, com equipamentos simples de laboratório. O teste foi desenvolvido a partir de uma amostra enviada pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular da Universidade de São Paulo (USP). A professora do Instituto de Química da UFG e coordenadora da pesquisa, Gabriela Duarte, disse que a melhor amostra para o teste é a retirada do líquido da pústula, que são as erupções da pele, mas também é possível encontrar o vírus na urina, sangue e esperma, embora não tão concentrados.

 

O teste foi desenvolvido em três semanas e agora vai para a etapa de validação com um grande número de amostras e comparação com o teste padrão ouro que é o PCR. O exame também detecta o vírus logo no início dos sintomas, o que agiliza o diagnóstico. A professora da UFG, Gabriela Duarte, disse que uma das dificuldades atuais da pesquisa, que também ocorreu no caso do teste da covid-19, é conseguir o painel de amostras dos pacientes para a pesquisa. “Só a partir dessas amostras é possível validar o teste. Depois disso dependerá das autoridades de saúde investimento para desenvolvimento e aplicação, para que possa ser utilizado pela população”, afirma.

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Assessoria de Comunicaçãomunicação

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

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PORTAL R7

Dois meses após o primeiro caso de varíola do macaco no Brasil, planos de saúde ainda não cobrem exame

Faz dois meses que a varíola do macaco (monkeypox) chegou ao Brasil, e praticamente todos os exames que confirmaram os mais de 2.300 casos foram feitos em apenas quatro laboratórios do SUS. Até hoje, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não incluiu esse teste no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, o que o mantém fora da cobertura dos planos de saúde.

Questionada pelo R7, a agência justifica que "o oferecimento do referido teste diagnóstico na rede privada de saúde ainda é incipiente" e que muitos dos kits ainda precisam ser aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Alguns laboratórios privados já oferecem o exame para detecção do vírus monkeypox, mediante solicitação médica, mas o procedimento chega a custar entre R$ 500 e R$ 650 (a depender do prazo de entrega do resultado).

Um grande número de beneficiários de planos de saúde poderia realizar o exame na rede privada, mas não há interesse do setor em assumir mais essa despesa, na avaliação do advogado José Luiz de Oliveira Jr., sócio do escritório O&S Advogados.

"O SUS precisa ser defendido, mas ele realmente está abarrotado e está realizando um serviço que poderia ser equalizado com as empresas [de planos de saúde]".

Ele entende que a demora da ANS em incluir o exame no rol de procedimentos beneficia somente as operadoras de planos de saúde e diz que seria importante que a agência reguladora estivesse alinhada com as necessidades dos consumidores.

A lentidão da ANS vai na contramão da proposta defendida no fim de semana pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de ampliar a rede de testagem.

Até a semana passada, apenas oito laboratórios públicos processavam todos os exames de monkeypox do país: Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais/Fundação Ezequiel Dias, Laboratório Central de Saúde Pública de São Paulo/Instituto Adolfo Lutz, Laboratório de Biologia Molecular de Vírus do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, Instituto Evandro Chagas/PA, Fiocruz/AM, Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) do DF e Laboratório Central do RS.

Oliveira Jr. acrescenta que "não é razoável" o Brasil ser o sexto país do mundo em número de casos de varíola do macaco e não ter até agora uma rede estruturada que inclua SUS e serviços privados para enfrentar a ameaça.

"Deveríamos ter aprendido com o plano de contingência da própria Covid. [...] Temos a possibilidade de erradicar isso o quanto antes, mas não é feito por questões que são até de interesse político e econômico. Esses interesses deixam a população exposta", afirma.

O teste para detecção do vírus monkeypox é feito a partir da coleta, com um swab (cotonete estéril) , de material das lesões de pele ou de mucosa.

Em um Plano de Contingência, o Ministério da Saúde prevê o teste em indivíduos sem essas erupções, desde que sejam "contato de caso confirmado que inicie com quadro de febre e linfonodomegalia [inchaço de linfonodos]".

Nestes casos, a coleta se dará também por swab da orofaringe e da região anal.

Essas amostras são enviadas ao laboratórios e processadas em um exame de RT-PCR, mesma tecnologia dos testes de Covid-19 e que buscam material genético do vírus.

Recomendações

Para as pessoas que tenham diagnóstico confirmado ou suspeita de infecção pelo vírus monkeypox, as recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA incluem:

Isolar-se em casa desde o início dos sintomas, especialmente após o surgimento de lesões na pele.

Evitar contato próximo ou físico com pessoas e animais.

Cobrir as lesões e utilizar máscara bem ajustada ao rosto sempre que precisar se deslocar a um serviço médico.

Não compartilhar itens como talheres, roupas de cama e toalhas.

Evitar contato íntimo, incluindo sexual, com outras pessoas.

Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após tocar nas erupções cutâneas.

O período de isolamento só pode ser suspenso quando todas as lesões tiverem secado e uma nova camada de pele nascido nas áreas afetadas. Em casos que transcorrem normalmente, esse período pode variar entre 15 e 28 dias.

Estou com sintomas de varíola do macaco, o que devo fazer? Tire esta e outras dúvidas

O cenário da varíola do macaco nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é de transmissão comunitária, o que significa que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus monkeypox. Nesse contexto, o Ministério da Saúde orienta as pessoas a procurarem atendimento médico em uma UBS (unidade básica de saúde) da sua região ao apresentarem os sintomas característicos da doença

Quais são os primeiros sintomas da varíola do macaco? Nos primeiros dias, os sintomas mais comuns da infecção são febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos (popularmente conhecido como íngua), cansaço intenso, dores musculares e nas costas. As lesões na pele costumam aparecer entre o primeiro e o quinto dia após a febre e, no surto atual, podem se concentrar na região genital e/ou perianal. "[A varíola do macaco tem uma] forma clínica diferente de se manifestar em cada pessoa, algumas têm lesão só na região genital, outras podem ter no couro cabeludo, em outra parte do corpo, não é algo uniforme", explica o infectologista José Ângelo Lindoso, coordenador do Grupo de Doenças Negligenciadas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo

NIAID

Quando devo fazer o teste? O exame para diagnóstico da varíola do macaco é o PCR - a mesma técnica usada para a Covid - e só pode ser feito após o aparecimento das lesões, segundo o infectologista. Antes disso, o paciente é classificado como um caso suspeito ou provável da doença, segundo as definições do Ministério da Saúde. "No momento, ainda não tem nenhum outro método de diagnóstico disponível, como colher o exame de sangue", afirma Lindoso

Qual é o tratamento para a varíola do macaco? Não há um tratamento específico para a doença, conforme explica o infectologista. Para tratar os sintomas, o paciente recebe medicação, como um antitérmico para reduzir a febre ou analgésico para as dores. Também não há nenhum medicamento disponível para tratar ou reduzir as lesões na pele

Por quanto tempo se transmite o vírus após o fim dos sintomas? O infectologista afirma que ainda não se sabe por quanto tempo o monkeypox pode ser transmitido mesmo após o desaparecimento das lesões, meio por onde a contaminação ocorre de forma mais eficaz. "O que temos de recomendação é que enquanto as lesões não estiverem revitalizadas ainda há risco de transmissão, e a pessoa tem que ficar em isolamento", afirma Lindoso

Qual é o grupo de risco para casos graves de varíola do macaco? As pessoas mais vulneráveis a complicações pela infecção causada pelo vírus monkeypox são crianças, gestantes e imunocomprometidos. Para o restante da população, a doença não apresenta alto grau de complexidade, com exceção dos quadros em que há um grande número de lesões na pele, o que pode levar a infecções secundárias, assim como lesões de mucosas anais e na uretra. No Brasil, a primeira morte por varíola do macaco registrada foi de um homem imunocomprometido

O que devo fazer caso o diagnóstico de varíola do macaco seja confirmado? O R7 teve acesso a recomendações do Instituto de Infectologia Emílio Ribas que servem para casos confirmados e suspeitos e que vão ao encontro das orientações do Ministério da Saúde. Veja a seguir: - Usar máscara cirúrgica perto de outras pessoas e se houver sintomas respiratórios como tosse, falta de ar e dor na garganta; - Evitar contato com animais, inclusive animais de estimação; - Cobrir as feridas da pele com uso de mangas longas ou calças compridas para minimizar o risco de contato com outras pessoas; - Permanecer em área separada dos demais moradores da residências, inclusive durante as refeições, e manter as janelas abertas; - Lavar a escova de dentes após o uso com água e detergente neutro, secá-la e guardá-la separadamente; - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% antes e depois do contato com secreção da lesão e fluidos; - Higienizar as áreas próximas (superfícies) e o ambiente diariamente com água e sabão/detergente, álcool 70% ou hipoclorito de sódio 0,1% a 0,5%; - Higienizar o banheiro após cada uso (vide orientações acima); - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% depois do contato com as roupas, lençóis, toalha de banho ou superfícies próximas; - As pessoas que residem no domicílio deverão higienizar as mãos após contato com o paciente, objetos e roupas utilizadas pelo paciente; - As roupas devem ser separadas com cuidado para não haver contato direto com o material contaminado. Não sacudi-las, para evitar dispersar partículas infecciosas; - Lavar roupas de cama, toalhas, roupas de uso individual separadas em máquina de lavar ou em tanque com água e sabão. Alvejante (água sanitária) pode ser adicionado, mas não é necessário; - Pratos e outros talheres não podem ser compartilhados e deverão ser devidamente lavados com água e sabão; - Os resíduos contaminados, como curativos e bandagens, deverão ser descartados em saco plástico no lixo domiciliar; - O isolamento deve ser mantido até que todas as feridas tenham formado crosta e se desprendido naturalmente, por um período de cerca de 3 a 4 semanas; - Não ter contato com pessoas imunocomprometidas até que todas as crostas desapareçam. A interrupção do isolamento durante a doença só deverá ocorrer se houver necessidade de avaliação presencial em serviços de saúde; - Não manter relação sexual durante o isolamento e utilizar preservativo durante 3 meses após o diagnóstico

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PORTAL TERRA

Dona do TikTok compra uma das maiores redes de hospitais da China

A gigante adquiriu a Amcare Health que conta com hospitais em Pequim e Shenzhen por cerca de US$ 1,5 bilhão, aumentando sua presença no setor de saúde

A ByteDance expandiu seu portfólio de serviços com a aquisição de uma das principais redes de hospitais da China, a Amcare Healthcare, pelo valor de US_jobs(data.conteudo)nbsp;1,5 bilhões (R$ 7,7 bilhões), marcando um dos maiores acordos de uma big tech nacional, desde a repressão da internet naquele país.

A Amcare Healthcare foi fundada em Pequim no ano de 2006 e administra hospitais femininos e infantis nas cidades de Pequim e Shenzhen. Em 2020, a empresa obteve uma licença do governo para operações de fertilização in vitro após adquirir um hospital em Pequim.

Segundo o banco de dados de empresas privadas e públicas sediadas na China, Qichacha, duas subsidiárias da ByteDance já possuem uma participação combinada de 100% na rede de hospitais.

O campo da saúde não é uma novidade para a ByteDance, a big tech conta com o seu próprio app de saúde, Xiaohe, voltado para consultas online, hospitalares e serviços de bem-estar, assim como as concorrentes domésticas Alibaba Health Information Technology Ltd. e Ping An Healthcare and Technology.

Em 2020, a dona do TikTok também investiu em uma startup de biotecnologia especializada na descoberta de novos medicamentos, Shuimu BioSciences e na empresa que realiza síntese de DNA, Songuo Medical.

A mais nova aquisição da ByteDance mostra que a gigante provavelmente busca se expandir para novas áreas, visto que o setor de entretenimento online tem sido alvo constante de Pequim -- que tem criado novas regulamentações para a área de tecnologia para conter a "expansão desordenada de capital" no final de 2020.

Com a aquisição, a dona da rede social que popularizou o formato de vídeos curtos se une a outras big techs, como Apple e Amazon, que exploram cada vez mais maneiras de digitalizar o setor de saúde tradicional e popularizar a telemedicina.

A demanda por serviços de saúde na Internet disparou em meio à pandemia de Covid-19. No auge da crise de saúde pública na China no início deste ano, consultas online gratuitas oferecidas por provedores ajudaram a aliviar a pressão sobre os hospitais locais e a tranquilizar os pacientes.

Segundo a empresa de pesquisa de mercado norte-americana Frost & Sullivan, o mercado de telemedicina da China deve atingir 198 bilhões de yuans (R$ 150,2 bilhões) até 2025, bem acima dos 22 bilhões de yuans (R$ 16,7 bilhões) em 2020 -- aumento promovido pela pandemia.

Atualmente os investimentos da ByteDance abrangem setores que incluem o metaverso, educação, robôs de limpeza até café, porém a empresa reduziu seus investimentos após o aumento da pressão das autoridades sob os negócios das empresas de tecnologia chinesas.

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VALOR ONLINE

Pacheco marca para o fim de agosto votação que trata do rol taxativo

Para presidente do Senado é importante sessão de debates para ouvir a sociedade e os segmentos envolvidos 1 de 1 Pacheco: para presidente do Senado é importante sessão de debates para ouvir a sociedade e os segmentos envolvidos - Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu agendar para o fim de agosto a votação do projeto que trata da obrigação dos planos de saúde de cobrirem tratamentos que não estejam previstos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) - o chamado rol taxativo.

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O GLOBO

Covid: vacina adaptada já aguarda aprovação

BioNTech e Pfizer comunicaram que imunizante para mais recentes subvariantes da Ômicron pode ser lançado até outubro. Resultados de estudos da versão anterior, para BA.l, foram enviados a reguladores europeus

A farmacêutica BioNTech e sua parceira americana Pfizer informaram, nesta semana, que começaram a fabricar vacinas "bivalentes" de Covid-19, atualizadas e projetadas para proteger contra as mais recentes subvariantes BA.4 e BA.5 do coronavírus. A empresa disse que pode lançar os imunizantes até outubro se receber aprovação regulatória.

Elas se juntam a outros fabricantes de vacina como a Moderna, que tentam criar formas avançadas e atualizadas de imunizantes para proteger contra as novas cepas do coronavírus. A ideia é que as duas novas versões protejam contra as variantes mais recentes, além das sublinhagens anteriores.

O primeiro imunizante tem como alvo a subvariante BA.l da Ômicron. Os dados do estudo clínico sobre sua segurança e eficácia foram enviados em julho para a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Os resultados da pesquisa foram satisfatórios ao mostrar a produção de anticorpos neutralizantes mais altos contra a sublinhagem. A segunda vacina, desenvolvida para atacar as subvariantes BA.4 e BA.5, começará a ser testada este mês.

Para agilizar o processo de aprovação das versões atualizadas, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana de medicamentos, afirmou que os fabricantes de vacina não precisam enviar dados novos de ensaios clínicos para as vacinas adaptadas BA.4/BA.5, pois ela aprovará as vacinas modificadas usando dados clínicos dos estudos da vacina para BA.l.

Entretanto, a Agência Europeia de Medicamentos não seguirá a mesma conduta. O órgão comunicou que exigirá dos fabricantes de vacina todos os dados clínicos para cada uma das fórmulas atualizadas para combater novas variantes do coronavírus.

VERSÃO DA MODERNA

A Moderna anunciou no mês passado que havia testado um reforço bivalente que produzia anticorpos neutralizantes mais altos contra as subvariantes BA.l e BA.4/BA.5. No entanto, nenhum esforço contra as novas variantes foi aprovado ainda.

Em junho, a FDA pediu, em comunicado, que as fabricantes de vacina mantivessem sua composição atual, ou seja, que previnem contra formas graves da Covid-19, enquanto adicionavam componentes extras que pudessem proteger contra as cepas BA.4/BA.5.

Alguns especialistas sustentam que as versões adaptadas de vacinas contra a Covid-19 sejam uma ampla aposta epidemiológica apenas quando os atuais imunizantes se provarem ineficazes na prevenção de quadros mais graves da doença, como hospitalizações e mortes.

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REDE BRASIL

 

NotreDame Intermédica: trabalhadores denunciam abusos em hospital de BH

São Paulo - Trabalhadores entregaram hoje (9) documento com mais de 100 assinaturas denunciando abusos em Hospital Lifecenter, de Belo Horizonte, ligado ao gigante brasileiro dos planos de saúde, Grupo NotreDame Intermédica (GNDI). O relatório aponta sobrecarga, pressões e outros problemas decorrentes da aquisição da instituição histórica em dezembro de 2020. Depois disso, a operadora acabou ainda incorporada pelo operadora Hapvida, compondo um mega-conglomerado privado de saúde. Segundo relatos, desde então a nova gestão implementou diversos cortes e mudanças que atingiram os funcionários e, por consequência, o atendimento aos pacientes.

Segundo a auxiliar de rouparia Cleusa Lopes, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de BH e Região (Sindeess), desde a compra houve muitas demissões. Assim, falta pessoal em vários setores e os funcionários vivem sob pressão.

"Os profissionais de enfermagem estão lutando para dar o atendimento necessário, pela situação de sobrecarga. Supervisores reclamam não ter tempo nem equipe para treinar novos funcionários", disse a dirigente, que trabalha há 13 anos no hospital.

Técnicos de enfermagem, incluindo aqueles que trabalham no Pronto Atendimento, na Unidade de Terapia Intensiva e no Bloco Cirúrgico, reclamam que não há substitutos para os que precisam faltar, estão em licença médica ou tiram férias. Para se ter uma ideia da situação, há dois técnicos para atender 18 pacientes.

Isso porque houve cancelamento do contrato entre o hospital e um laboratório. E técnicos de enfermagem têm de cobrir tarefas anteriormente realizadas por técnicos de laboratório. Por exemplo, coleta de sangue e atualização de prontuários em programas de computador específicos, entre outras atividades.

Para completar, os funcionários do Hospital Lifecenter reivindicam um canal para atendimento de recursos humanos. O atendimento presencial, eliminado com a compra pelo Grupo NotreDame Intermédica, em dezembro de 2020, foi substituído por atendimento informatizado. Vários trabalhadores apontam problemas relacionados a essa transição, incluindo o pagamento de férias, adicional noturno e acesso ao plano de saúde dos funcionários.

Lideranças do Sindeess relatam várias tentativas frustradas de chegar a um acordo com a empresa. Segundo o sindicato, não houve interesse da Hapvida Intermédica em buscar soluções em conjunto contra os abusos no hospital da empresa de planos de saúde. Maria Josefina Souza da Silva, funcionária do hospital e dirigente do Sindeess, afirmou que "os funcionários do Hospital Lifecenter são dedicados ao seu trabalho e a cuidar da população de Belo Horizonte. Mas ficam arrasados ao ver o impacto desses problemas para uma instituição que sempre foi referência na cidade.

Nós, no Sindeess e na UNI, exigimos uma negociação séria para resolver a situação de sobrecarga e outros problemas que os nossos associados estão enfrentando no hospital. Para que eles possam trabalhar com dignidade e prestar o melhor atendimento possível para os seus pacientes", disse. O Sindeess representa mais de 30.000 profissionais da saúde na região. A UNI Global Union é uma entidade sindical internacional que reúne organizações de trabalhadores do setor de serviços, inclusive de saúde.

A Hapvida ficou famosa em todo o país depois de levar multa de R$ 468 mil do Ministério Público do Ceará em 2021. A empresa impôs aos médicos conveniados que receitassem o chamado kit covid aos pacientes com covid-19. A prescrição ocorreu mesmo após a OMS ter declarado a ineficácia da hidrocloroquina contra a doença.

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SITE BARRA

Saúde financeira é a que mais preocupa no Brasil

A saúde financeira é o principal motivo de preocupação dos brasileiros. Uma pesquisa feita pelo Instituto FSB, encomendada pela SulAmérica, revela que, em 2022, 63% das pessoas entrevistadas acham necessário diminuir os gastos, e 49% enfrentam dificuldades econômicas.

A diretora de Marketing da SulAmérica, Simone Cesena, avalia que o cenário reforça a importância de as pessoas passarem a se programar melhor financeiramente, com um orçamento equilibrado entre a renda e a despesa. Para ela, contextos como o da pandemia podem agravar ainda mais a saúde financeira dos indivíduos.

"Antigamente, quando falávamos em ter saúde, vinha muito na nossa cabeça a questão de não estar doente. Depois de tudo o que viemos passando, queremos muito mais do que só não estar doente. Quanto à saúde financeira, vemos os desafios que o mundo está enfrentando. E percebemos que, hoje, a educação financeira e de saúde, é algo que está sendo levado mais a sério. Por exemplo, fomos pegos de surpresa pela pandemia. Imagina a situação para quem não tinha reserva financeira", considera.

A pesquisa revela, ainda, que, em 2021, 4 em cada 10 brasileiros estavam mais preocupados com a saúde financeira do que com as saúdes física e emocional.

Saúde emocional preocupa mais do que a saúde física

Mesmo com saúde financeira em destaque entre as preocupações, existe também um sinal de alerta para a saúde emocional. A pesquisa mostra que, a cada 10 brasileiros, 6 dizem que agora estão cuidando mais da saúde e do bem-estar do que durante o auge da pandemia. No entanto, a saúde emocional piorou para 48% dos entrevistados, devido aos efeitos da pandemia, e 54% afirmam que a saúde emocional é a segunda maior causa de preocupação.

De acordo com a pesquisa, a chamada geração Z (nascidos entre 1990 e 2010) foi a que se mostrou mais vulnerável quanto ao surgimento de sintomas e sentimentos no último ano. A ansiedade faz parte do cotidiano de 62% dos jovens em 2022, aumento de 6% em relação a 2021 (56%). A insônia também é uma realidade para 45% dos jovens.

"A geração Z está sofrendo um pouco mais do que as outras. Então, vemos que existe uma diferença geracional de comportamento em relação à saúde emocional. Por outro lado, está muito mais no nosso cotidiano falar sobre esse assunto. Logo, percebemos que todos os tratamentos, como os terapêuticos, em todas as gerações, viraram algo que está mais no nosso dia a dia", avalia Simone Cesena.

A estudante Victoria de Arruda tem 21 anos e mora em São Paulo. Ela sofre de ansiedade desde muito nova, e faz tratamento com psiquiatra há um ano e meio. Ela afirma que a internet, principalmente as redes sociais, potencializam as crises.

"Além do fato de a ansiedade ser uma preocupação constante, acaba sendo cansativo emocionalmente, e também fico fisicamente cansada. Então, muitas vezes não consigo me concentrar nas coisas que tenho que fazer, porque tive uma crise de ansiedade ou os sintomas estão muito fortes. Tudo isso acaba me esgotando física e emocionalmente", relata.

O levantamento também mostra que a saúde física aparece em terceiro lugar entre as principais preocupações de 51% dos brasileiros entrevistados.

"Percebemos um impacto grande no sobrepeso e obesidade das pessoas. Além disso, a própria ansiedade e a insônia também foram problemas identificados relacionados aos demais. Quando se fala em sobrepeso, é importante se cuidar mais, ficar atento à alimentação e praticar exercícios físicos, por exemplo. Tudo isso vai impactar positivamente nas saúdes física e mental", destaca Simone Cesena.

Com o intuito de cuidar da saúde mental e emocional, mais de 60% dos que responderam à pesquisa têm como hábito ouvir música, 45% fazem atividades relacionadas à espiritualidade ou religião, enquanto 42% descansam ou fazem relaxamento. Somente 9% disseram fazer terapia. Ao serem questionados acerca de hábitos regulares de cuidados com a saúde física, 62% revelaram ter baixa ou nenhuma frequência de atividades.

A pesquisa foi realizada no mês de maio. A amostra contou com duas mil entrevistas por abordagem online, nas 27 unidades federativas. O levantamento avaliou questões referentes às saúdes física, emocional e financeira dos participantes. A margem de erro no total da amostra e? de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%.

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CORREIO BRAZILIENSE

Novo vírus infecta 35 pessoas na China

O Langya causa sintomas como febre, dores musculares e cansaço e é acompanhado por cientistas desde 2018, antes da descoberta do causador da covid. Segundo a equipe, não há evidências da transmissão do patógeno entre humanos

Gabriella Tiscoski

Quando a pandemia da covid-19 foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020, há quase dois anos, um grupo de pesquisadores já acompanhava, também na China, a evolução de um vírus que começava a infectar humanos. Agora, em um estudo publicado no New England Journal of Medicine, o grupo anuncia que o novo patógeno, o Langya henipavirus (LayV), foi identificado em 35 pessoas nas províncias de Shandong e Henan, causando alguns sintomas similares à primeira fase da covid-19, como febre alta, cansaço e tosse.

Os pesquisadores, liderados por Xiao-Ai Zhang e Hao Li, ambos do Instituto de Microbiologia e Epidemiologia de Pequim, informaram que as amostras coletadas no estudo eram muito pequenas para determinar se há ou não a transmissão de humanos para humanos, mas eles não descartam essa hipótese. No artigo, ressaltam que se trata de uma "descoberta que merece investigação adicional para entender melhor a doença humana associada", sinalizando a importância de se manter em alerta para evitar uma nova epidemia. A opinião é compartilhada por Werciley Júnior, coordenador de infectologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. "O novo vírus está restrito a regiões da China, mas pode chegar a outras partes do mundo", justifica.

Segundo autoridades de saúde chinesas, os pacientes não tiveram contato próximo entre eles, o que sinaliza que as infecções humanas podem ser esporádicas. A equipe acompanhou, entre abril de 2018 e agosto de 2021, pacientes de hospitais populares da China, com o intuito de realizar triagens em doenças zoonóticas (transmitidas de animais para humanos) suspeitas. Pessoas com febre aguda (acima de 38°C) e um histórico de exposição animal dentro de um mês antes do início das complicações foram recrutadas para o estudo.

Exames de sangue e de secreções da garganta indicaram o novo vírus. Existem outros dois patógenos do mesmo gênero -- o Hendra henipavirus (HeV) e o Nipah henipavirus (NiV) --, que têm alto grau de letalidade em casos de infecção grave. Nos casos apresentados no New England Journal of Medicine, não houve óbitos nem complicações críticas. Os sintomas apresentados pelos infectados foram febre (100% dos pacientes), fadiga (54%), tosse (50%), anorexia (50%), dores musculares (46%), náusea (38%), cefaleia (35%) e vômitos (35%).

Após a identificação do LayV, a equipe fez uma investigação epidemiológica dos pacientes infectados e seus familiares de contato próximo por meio de um questionário padrão, que incluía dados demográficos e doenças de base preexistentes, além do histórico de exposição antes do início de doenças. Assim, a equipe constatou que a transmissão pode ter ocorrido por animais ou frutas infectados.

Selvagens e domésticos

Testes em 25 espécies de animais selvagens sugerem que o musaranho -- um mamífero parecido com camundongos -- pode ser um reservatório natural do LayV. Há também casos de infecções em animais domésticos, como cães, e cabras de alguns infectados. Análises do genoma do vírus indicam que ele tem uma organização genômica idêntica à de outros henipavírus, que, como indicam o artigo, são "conhecidos por infectar humanos e causar doenças fatais".

É a primeira vez que o LayV é identificado em humanos. Por isso, não há tratamento específico para essa infecção. No caso dos outros henipavírus, há terapias em investigação. Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, publicaram, em março, na revista Science, que descobriram detalhes sobre como o Nipah e o Hendra atacam as células e as respostas imunes que tentam combater essa infecção, abrindo espaço para novas frentes terapêuticas, incluindo vacinas.

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GAZETA WEB

Pacientes imunocomprometidos ou com infecções fúngicas terão novas opções de tratamento pelo SUS

O Ministério da Saúde incorporou novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de pacientes imunocomprometidos e com infecções fúngicas. As novas tecnologias (Anidulafungina, Voriconazol e Isavuconazol), avaliadas e recomendadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), serão disponibilizadas nos próximos meses na rede pública.

Os pacientes imunocomprometidos são aqueles cujos mecanismos de defesa (sistema imunológico) estão comprometidos. É comum em pacientes oncológicos, soropositivos ou transplantados. Grupo considerado extremamente de risco são os pacientes com transplante recente de medula óssea. Até vírus brandos, que causam pequenas gripes, podem desencadear quadros mais graves, como pneumonias.

Fungos são um dos quatro grupos de organismos infecciosos, que incluem bactérias, vírus e parasitas. Infecções por fungos são as invasões dos tecidos por uma ou mais espécies e variam de superficiais, da pele, até mais profundas, de órgãos e do sangue (septicemia) ou doenças sistêmicas. Alguns fungos são oportunistas, afetam apenas pessoas imunodeprimidas. Outros são patogênicos, que adoecem o paciente independentemente do estado do seu sistema imunológico.

Anidulafungina

Para tratamento de pacientes com candidemia e outras formas de candidíase invasiva. Trata-se de um agente antifúngico administrado na veia, que possui ação contra um amplo espectro de espécies do gênero Candida.

A candidíase engloba um conjunto de infecções que podem se manifestar tanto de forma localizada, como na boca e/ou faringe (candidíase orofaríngea), quanto de forma disseminada. Esta última inclui infecções de corrente sanguínea e de outros tecidos, como o sistema nervoso central, coração, olhos, ossos, peritônio (membrana que recobre a parede do abdômen e a superfície dos órgãos ali localizados), fígado e outros.

A cada ano, a candidíase invasiva afeta mais de 250 mil pessoas em todo o mundo e causa mais de 50 mil mortes. No Brasil, dados apontam para a ocorrência de 2,5 casos de candidemia para cada mil internações hospitalares. Estudo recente realizado no Paraná e publicado em 2021 verificou 2,7 casos de candidemia para cada mil pacientes por dia e 1,2 episódios para cada mil internações.

Voriconazol

Para tratamento de pacientes com aspergilose invasiva, doença causada por espécies de fungos do gênero Aspergillus e que se manifesta nas vias aéreas e pulmões, podendo envolver outros órgãos, causando infecção do sistema nervoso central, do trato gastrointestinal, olhos, pele, revestimento interno do coração e até mesmo se disseminar por todo o organismo. Os sintomas incluem febre, calafrios, choque, delírio e coágulos sanguíneos. Pode ocorrer também dificuldade de respirar, insuficiência renal e do fígado (nesse caso, a pele e os olhos ficam amarelados devido ao mau funcionamento do órgão).

Para tratamento de pacientes com aspergilose invasiva, doença causada por espécies de fungos do gênero Aspergillus e que se manifesta nas vias aéreas e pulmões, podendo envolver outros órgãos, causando infecção do sistema nervoso central, do trato gastrointestinal, olhos, pele, revestimento interno do coração e até mesmo se disseminar por todo o organismo. Os sintomas incluem febre, calafrios, choque, delírio e coágulos sanguíneos. Pode ocorrer também dificuldade de respirar, insuficiência renal e do fígado (nesse caso, a pele e os olhos ficam amarelados devido ao mau funcionamento do órgão).

Estima-se que ocorram por ano no Brasil 12 casos de infecção invasiva por fungos do gênero Aspergillus para cada milhão de habitantes. O voriconazol é um agente que combate diversos tipos de fungos, sendo empregado no tratamento da aspergilose invasiva e de várias outras infecções fúngicas. Quanto mais cedo se inicia o tratamento melhores são as chances de recuperação.

Isavuconazol

Para tratamento da fase de consolidação de pacientes diagnosticados com todas as formas de mucormicose. Essa é uma infecção rara, com alta taxas de letalidade, que afeta principalmente pessoas com imunidade comprometida, vítimas de traumas com perfuração de alguma parte do corpo, pessoas com alto índice de ferro no sangue, pacientes com diabetes ou câncer nas células sanguíneas ou que já tenham realizado transplante de órgãos.

Para tratamento da fase de consolidação de pacientes diagnosticados com todas as formas de mucormicose. Essa é uma infecção rara, com alta taxas de letalidade, que afeta principalmente pessoas com imunidade comprometida, vítimas de traumas com perfuração de alguma parte do corpo, pessoas com alto índice de ferro no sangue, pacientes com diabetes ou câncer nas células sanguíneas ou que já tenham realizado transplante de órgãos.

O isavuconazol é um medicamento que age eliminando ou paralisando o crescimento de diversos tipos de fungos, incluindo os da ordem Mucorales. É indicado para tratamento da mucormicose e da aspergilose invasiva.

O tratamento da mucormicose consiste em administração imediata de medicamentos antifúngicos, composta por duas fases: a de indução (ataque) e a de consolidação (manutenção). A fase de indução dura em média 4 semanas e o medicamento indicado é a anfotericina B. A depender das condições clínicas do paciente, podem ser recomendadas cirurgias para remoção dos tecidos que foram atingidos pelo fungo.

A fase de consolidação se caracteriza por um período de manutenção do tratamento, quando existe o controle da doença e tem duração média de aproximadamente seis meses. Nessa fase, apesar de ser possível continuar o tratamento com anfotericina B, o isavuconazol é o tratamento recomendado.

 

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MEDICINA S/A

Unidades de saúde devem adequar a remuneração mínima da enfermagem

Após a Proposta de Emenda à Constituição do piso da enfermagem (PEC 11/22) ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), as unidades de saúde deverão adequar o pagamento mínimo da classe. A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) apoia a medida, que fixa em R$ 4.750 o piso salarial de enfermeiros e reajusta a remuneração de técnicos, auxiliares e parteiras.

Até então, não haviam salários base para esses profissionais. É um avanço necessário, dada a desigualdade salarial que hoje enfrentam e a incompatibilidade com a sua luta diária, especialmente neste período em que atuaram na linha de frente desta guerra travada contra o coronavírus, expostos à depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. Conceder essa reparação é uma questão de justiça, afirma o presidente da Anadem, Raul Canal.

A Anadem acompanha desde o início a tramitação da proposta que prevê o piso salarial fixo e tem feito contínua mobilização em prol de mais melhorias nas condições de trabalho dos enfermeiros: defende suporte estrutural e psicológico para a categoria, auxílio indenizatório para profissionais de saúde vítimas da Covid-19 e redução da carga horária dos enfermeiros para 30 horas.

O artigo que estabelecia reajuste de salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi vetado. A PEC 11/22 surgiu para dar sustentação constitucional ao PL 2564/20, aprovado na Câmara e no Senado. O texto fixa a remuneração equivalente a 70% do piso nacional como mínimo para técnicos de enfermagem. Para auxiliares de enfermagem e parteiras, o valor será equivalente a 50%.

Novos pisos

Enfermeiros: R$ 4.750

Técnicos de enfermagem: R$ 3.325

Auxiliares de enfermagem: R$ 2.375

Parteiras: R$ 2.375

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1 em cada 10 pacientes sofre dano hospitalar e 70% dos eventos não são comunicados

Estima-se que 1 em cada 10 pacientes sofra algum dano ao receber cuidados hospitalares. O que representa, a cada ano, 134 milhões de eventos adversos em hospitais de países de baixa e média renda devido a cuidados em saúde inseguros, resultando em 2,6 milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com o predomínio persistente de elevado número de incidentes no cuidado de saúde com danos para os pacientes, os profissionais de saúde relutam em falar abertamente sobre o assunto e compartilhar informações relevantes com os pacientes. Portanto, é de extrema relevância e urgência tratar do disclosure, explica Aline Albuquerque, professora, pesquisadora e coordenadora do grupo temático de trabalho Jurídico da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente SOBRASP que traz o tema à tona em seu congresso anual, em setembro.

Segundo Aline, embora seja intuitivamente perceptível que os pacientes tenham esse direito, pesquisas apontam que apenas 30% dos eventos adversos são revelados pelos profissionais de saúde a quem mais importa.

Profissionais da saúde têm o dever de informar aos pacientes e familiares de forma transparente e empática quaisquer danos assistenciais que possam acontecer, ainda que muitas vezes o conhecimento sobre o ocorrido possa ser traumático, diz a coordenadora. Por isso mesmo, o momento do disclosure requer cautela e preparo emocional, para que o diálogo seja honesto, empático e oportuno; também requer atenção para que a situação não se agrave e não haja uma ruptura drástica na relação de confiança construída entre os profissionais de saúde, pacientes e a instituição.

Aline destaca que o disclosure é um elemento-chave da resposta precoce e da investigação de incidentes de segurança do paciente. Eventos adversos acontecem durante um procedimento ou um tratamento e não devem ser omitidos, completa. O disclosure está associado à garantia do direito à informação, do direito de acesso ao prontuário, do direito à reparação integral e do direito à confidencialidade das informações pessoais A prática é própria de uma cultura que promove a qualidade e a segurança do paciente.

A baixa Literacia para a Saúde também é entrave

A Literacia para a Saúde (LS) é outro tema que será discutido no congresso da SOBRASP em setembro. Em linhas gerais, a LS envolve a motivação e as competências pessoais que permitem ao indivíduo acessar, compreender, avaliar e decidir sobre as questões de saúde em seu cotidiano.

Sendo assim, conclui-se que o paciente com baixa LS perde muito em qualidade de assistência. Ou seja, além de não saber como agir adequadamente diante das necessidades de sua própria saúde, muitas das vezes nem sabe como mover-se nas diversas instâncias dos serviços de saúde, diz Claudia Corrêa, coordenadora do grupo temático de trabalho em Odontologia da SOBRASP e cirurgiã-dentista.

É muito importante que os profissionais da saúde trabalhem para o aumento da LS de seu paciente. Para isso, entre outras coisas, é imprescindível uma comunicação efetiva que atente para o uso de jargões ou linguagens próprias da saúde com os pacientes e seus familiares. Não importa o nível de escolaridade ou instrução, em determinado momento a pessoa pode ser exposta a informações difíceis de serem assimiladas rapidamente, ou porque foram ouvidas pela primeira vez ou porque são muito complexas. É preciso que sejam passadas com muita paciência e numa linguagem clara e acessível ao ouvinte, além de termos a certeza de que houve a compreensão correta, destaca Cláudia.

Segundo ela, não é porque o paciente acena que sim, com a cabeça, que ele realmente compreendeu todas as informações. Ele pode dizer sim por vergonha, por pressa ou para não incomodar o profissional de saúde, explica.

A especialista detalha, ainda, que a baixa LS pode afetar diretamente a saúde das pessoas. Se o paciente não sabe onde procurar informações confiáveis, não se interessa por compreender o curso da doença que lhe acomete ou por entender o tratamento, não saberá quando deve buscar atendimento no caso de uma intercorrência no uso de um medicamento, por exemplo. Assim, ele não estará adequadamente inserido no cuidado em saúde e não se apropria de todos os recursos com os quais poderia contar a fim de contribuir consigo mesmo, ou com algum de seus entes queridos, no percurso da assistência, completa Cláudia.

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TV ANHANGUERA

Polícia apreende 900 ampolas de anestésicos em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10833437/

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Pacientes reclamam de demora no atendimento no Hospital das Clínicas em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/10833444/

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A REDAÇÃO

Águas Lindas de Goiás confirma primeiro caso de varíola dos macacos

Caroline Louise 

Goiânia - Águas Lindas de Goiás registrou o primeiro caso de varíola dos macacos no município, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (9/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Além disso, os dados confirmam duas novas infecções pela doença no território goiano nas últimas 24 horas, sendo mais um em Goiânia, que contabiliza 44 casos.

Até o momento, Goiás registra 53 confirmações da varíola dos macacos. De acordo com a SES-GO, já são 182 casos suspeitos da doença no Estado. Todos os pacientes são homens com idades entre 23 e 43 anos.

Cidades com confirmações da varíola dos macacos:
Goiânia (44)
Itaberaí (1)
Luziânia (1)
Inhumas (1)
Águas Lindas de Goiás (1)

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Covid-19: Goiás confirma 2.355 novos casos 15 mortes em 24 horas 

Goiânia - Goiás registrou e 2.355 novos casos e 15 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados  nesta terça-feira (9/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano soma 1.647.036 infecções e 27.251 óbitos. 

A pasta ainda investiga 868.948 casos e 205 mortes para avaliar se há relação com o novo coronavírus. No Estado, a taxa de letalidade do vírus é de 1,65%.

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Pesquisadores da UFG desenvolvem novo teste para varíola dos macacos

Goiânia - Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveram um teste para a varíola dos macacos com insumos 100% nacionais e capaz de detectar o vírus logo no início dos sintomas. A técnica foi a mesma utilizada anteriormente para criar o teste da covid-19 e do zika vírus. O teste Lamp detecta o DNA do vírus, amplificando o material genético de maneira simples, rápida e barata. Pelos cálculos dos pesquisadores, os reagentes para um exame ficariam em cerca de R$ 3. 

 

Tal qual o teste da covid-19, a solução muda de cor no caso da presença do DNA do vírus. O indicador fica amarelo em caso de detecção. O teste é rápido, feito em aproximadamente 40 minutos, com equipamentos simples de laboratório. O teste foi desenvolvido a partir de uma amostra enviada pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular da Universidade de São Paulo (USP). A professora do Instituto de Química da UFG e coordenadora da pesquisa, Gabriela Duarte, disse que a melhor amostra para o teste é a retirada do líquido da pústula, que são as erupções da pele, mas também é possível encontrar o vírus na urina, sangue e esperma, embora não tão concentrados.

 

O teste foi desenvolvido em três semanas e agora vai para a etapa de validação com um grande número de amostras e comparação com o teste padrão ouro que é o PCR. O exame também detecta o vírus logo no início dos sintomas, o que agiliza o diagnóstico. A professora da UFG, Gabriela Duarte, disse que uma das dificuldades atuais da pesquisa, que também ocorreu no caso do teste da covid-19, é conseguir o painel de amostras dos pacientes para a pesquisa. “Só a partir dessas amostras é possível validar o teste. Depois disso dependerá das autoridades de saúde investimento para desenvolvimento e aplicação, para que possa ser utilizado pela população”, afirma.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 09 Agosto 2022 07:09

CLIPPING AHPACEG 09/08/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Piso Salarial da Enfermagem começa a ser implantado no país

Poliomielite: Por que é necessário se vacinar contra uma doença erradicada há 28 anos no Brasil?

Justiça determina que anestesistas atendam Unimed Natal

Goiás chega a 51 casos de varíola dos macacos

Covid-19: Goiás registra 1.593 novos casos e 9 mortes em 24 horas

Caravana do Bem registra mais de 30 mil atendimentos em Goiânia

População passa mal e mineradora terá de pagar mais de mil exames após rio ser contaminado

Bolsonaro diz ignorar recomendação e critica vacina contra Covid: 'Não quer votar em mim, lamento'

Varíola dos macacos: comitê de emergência do Ministério da Saúde fixa nível máximo de alerta no Brasil

Sem financiamento, piso da enfermagem causará demissões, afirma setor

COFEN

Piso Salarial da Enfermagem começa a ser implantado no país

Ato em Defesa do Piso Salarial - Aprovação da lei envolveu ampla mobilização da categoria

Após a sanção presidencial, o piso salarial da Enfermagem começa a ser implantado no Brasil. Até o momento, os municípios de Epitaciolândia (AC) e Sales de Oliveira (SP) anunciaram adesão ao novo patamar salarial. Também em São Paulo, o sindicato que representa técnicos e auxiliares de Enfermagem (SindSaúde-SP) fechou convenção coletiva que garante o reajuste.

De acordo com o texto promulgado, a remuneração mínima de enfermeiros deverá ser fixada em R$ 4.750,00, 70% deste valor para técnicos e 50% para auxiliares e parteiras. Os pisos salariais deverão ser aplicados por todos os setores até o início do próximo exercício financeiro. Devido às eleições, a União e os Estados deverão iniciar os pagamentos a partir de 2023.

"Iremos cumprir o que determina a lei, assim como fizemos com os demais profissionais, sempre garantir o piso salarial neste município", declarou o prefeito de Epitaciolândia, Sérgio Lopes. Representantes de Sales de Oliveira afirmaram que os salários estavam defasados e que o pagamento do piso é um reconhecimento ao trabalho da Enfermagem. O acordo coletivo firmado com as Santas Casas e entidades filantrópicas do Estado de São Paulo garantiu o pagamento do salário profissional a auxiliares e técnicos da Enfermagem nestas instituições.

"Essa conquista vai ficar registrada na história como o resultado de uma mobilização sem precedentes. O movimento da Enfermagem brasileira por direitos é um exemplo para os trabalhadores da saúde em todo o mundo", declarou a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos, por ocasião da sanção presidencial do piso.

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O ESTADÃO

Poliomielite: Por que é necessário se vacinar contra uma doença erradicada há 28 anos no Brasil?

Especialistas alertam que a circulação do vírus pelo mundo e a queda na cobertura vacinal no País aumentam as chances do ressurgimento de casos em território nacional A última vez que o Brasil registrou um caso de poliomielite foi em 1989. A ausência de diagnósticos nos cinco anos seguintes levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecer, em 1994, que o País eliminara o vírus da paralisia infantil (como a pólio também é chamada) em todo território nacional. Mesmo assim, especialistas ouvidos pelo Estadão fazem um apelo para que as crianças sejam vacinadas contra a doença, mesmo que o vírus não tenha sido detectado há mais de 30 anos em terras brasileiras. O temor se justifica por uma somatória de motivos: circulação do vírus pelo mundo, notificação de casos em outros países, índices de vacinação abaixo da meta de 95%, e a constatação da Organização Panamericana de Saúde (Opas) de que o Brasil corre um risco real de voltar a registrar casos da doença.

Leia Também O primeiro motivo levantado é o fato do poliovírus, causador da poliomielite, não ter sido completamente erradicado no mundo. Embora os casos de infectados tenham sofrido uma queda de 99% nas últimas décadas (caiu de 350 mil casos estimados, em 1988, para 29 contaminações notificadas em 2018), a Opas, braço da OMS, alerta que se a doença não for completamente eliminada no planeta, 200 mil novas infecções podem acontecer a cada ano dentro de uma década. A médica Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) concorda. "Enquanto houver circulação do vírus no mundo, sempre há risco de retorno da doença", afirma. "Se há uma pessoa contaminada, em meio a uma população que não está vacinada, o poliovírus pode se espalhar rapidamente", explica a especialista à reportagem. Em julho deste ano, os Estados Unidos detectaram uma contaminação por poliomielite depois de 29 anos.

O caso foi identificado no Condado de Rockland, em Nova York, e de acordo com o Departamento de Saúde do estado, a infecção pode ter acontecido fora do país. Também em 2022, Moçambique (em maio) e Malauí (em fevereiro) também registraram pacientes diagnosticados com pólio. Campanha de vacinação contra poliomielite segue até o dia 9 de setembro A boa notícia é que o Brasil está em campanha nacional de vacinação contra a poliomielite até o dia 9 de setembro. O objetivo da mobilização é alcançar uma cobertura vacinal igual ou maior que 95% em crianças de 1 a 5 anos de idade, e proteger o público de até 15 anos com imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação (veja a lista das vacinas distribuídas). A poliomielite é uma doença altamente contagiosa, que atinge principalmente crianças com menos de cinco anos e que vivem em alta vulnerabilidade social, em locais onde não há tratamento de água e esgoto adequado.

O poliovírus é transmitido de pessoa para pessoa por via fecal-oral ou por água ou alimentos contaminados, e também de forma oral-oral, por meio de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus ataca o intestino, mas pode chegar ao sistema nervoso e provocar paralisia irreversível - daí o nome paralisia infantil - em membros como as pernas, e também dos músculos respiratórios, levando o paciente à morte. A poliomielite não tem cura, apenas prevenção que é feita com a vacina. Quedas na cobertura vacinal A preocupação da especialista não é à toa. O Brasil registra quedas na cobertura vacinal contra a pólio desde 2016. Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), as doses previstas para a vacina inativada contra a pólio - as que são administradas em bebês com menos de 1 ano completo - atingiram a meta pela última vez em 2015, quando a cobertura foi de 98,29%.

Depois de 2015, a adesão despencou. Desde 2016, o país não ultrapassa a linha de 90% de crianças vacinadas. Em 2019, caiu para 84,19%; em 2020, muito em razão da pandemia de covid-19, o índice chegou a 76,15% dos bebês imunizados. Em 2021, o porcentual ficou abaixo de 70% pela primeira vez, com 69,9%. Ou seja, a cada 10 crianças, três não estão plenamente protegidas contra o poliovírus. A causa para essa queda é multifatorial e não deve ser atribuída somente à pandemia, segundo os especialistas - os índices, afinal, vêm caindo antes do surto de covid-19. Entre as razões apontadas estão a falta de percepção do risco da doença pela população; aumento da preocupação com os possíveis efeitos colaterais do imunizante; aumento da quantidade e amplitude da disseminação de informações falsas (fake news) sobre vacinação; desabastecimento temporário de vacinas no setor público e privado, e indisponibilidade dos pais de levarem às crianças para receber a dose nos postos de saúde.

Independente do motivo, os baixos índices levaram a Opas a agir. Em maio, a organização enquadrou o Brasil em um seleto grupo de países da América Latina que correm o risco de voltar a apresentar casos da doença se a vacinação não começar a subir novamente. "A cobertura da pólio está baixa e muito abaixo do necessário para conseguir manter o País seguro e impedir a reintrodução do vírus que a gente não vê há décadas", diz Mônica Levi. A especialista frisa que a vacina disponível pelo SUS, gratuita e acessível, é altamente eficaz e o efeito de imunização não atinge somente um único indivíduo, mas é importante para a proteção coletiva também. "O benefício da vacina vai além da proteção só da criança. Impede-se a transmissão de outras pessoas e, nesse sentido, (a vacinação) é importante para a imunidade de rebanho e para que o vírus não circule em comunidade." Riscos Raquel Stucchi, infectologista da Universidade de Campinas (Unicamp) e Consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, lembra que, além da baixa adesão às vacinas nos últimos anos, o aumento de pessoas em vulnerabilidade social também torna o Brasil mais propenso a registrar um caso de poliomielite depois de 33 anos.

"Há chances, sim, de o Brasil voltar a apresentar casos de pólio e isso se deve, principalmente, à baixa cobertura vacinal. Mas há também o aumento da pobreza e o crescimento da quantidade de população vulnerável que vive onde não há saneamento básico e tratamento de água e esgoto. Isso, somado à baixa cobertura vacinal, aumenta o risco da paralisia infantil", diz Raquel. O epidemiologista Jesem Orellana, pesquisador da Fiocruz Amazonas, segue na mesma linha das colegas. Para ele, o Brasil possui chances de voltar a registrar casos de poliomielite em razão das baixas coberturas vacinais, e lamenta que o País já foi exemplo para o mundo no assunto de vacinação. "Há chances e elas só aumentam na medida em que as quedas na vacinação contra a doença se consolidam, pois temos centenas de milhares de crianças suscetíveis no Brasil e ainda há cadeias de transmissão ativas do vírus no planeta", afirma o especialista.

"Aliás, é precisamente por este motivo que a Opas colocou o Brasil de volta nesta decepcionante lista, mesmo anos depois de o País ter sido um exemplo positivo, com repercussão mundial, no que tange às altas coberturas vacinais contra a pólio", completou Orellana. Como funciona a vacinação contra a poliomielite? O esquema vacinal contra a poliomielite consiste na administração de três doses iniciais, que são distribuídas para os bebês aos 2, 4 e 6 meses de vida com a vacina injetável (VIP) e de vírus inativado. Depois, como reforço, são administradas duas doses adicionais de vacina oral (VOP): uma quando a crianças está com 15 meses e outra entre 4 e 5 anos. Há também vacina injetável contra a poliomielite indicada para pessoas de até 19 anos ou para situações especiais, como indivíduos imunocomprometidos. Assim como Mônica Levi, Raquel Stucchi também enfatiza que a vacina contra a poliomielite tem alta capacidade de proteção: "Entre 95% a 97% de proteção".

E ela lembra que, quem não conseguiu completar o esquema vacinal, pode se imunizar depois. "Quem não completou a vacinação pode, a qualquer momento, atualizar o esquema vacinal. Não perde o que já foi administrado. Só se completa com as doses que estão faltando." Os especialistas explicam que os que estão imunizados com todas as doses devem voltar a se imunizar quando precisarem sair do País rumo a uma região de circulação do poliovírus. "Devido ao risco de importação da pólio em regiões com histórico de registro da doença, há um protocolo da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunização do Brasil (acessar o protocolo), tanto para quem não foi vacinado, como para quem cumpriu parcialmente ou totalmente o esquema de vacinação contra a poliomielite, o qual deve ser rigorosamente seguido", orientou Jesem Orellana. Volta do sarampo como exemplo O passado recente do Brasil, lembra Mônica Levi, da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), mostra que o receio do retorno da pólio no País "não é um risco hipotético".

Para a especialista, as baixas adesões para alguns dos imunizantes que compõem o calendário infantil estão colocando o Brasil sob risco de reintrodução de doenças que já foram controladas e eliminadas. Um exemplo é o sarampo. "Em 2016 nós recebemos o certificado de eliminação da circulação do vírus (de sarampo) no País. Mas dois anos depois, por conta das baixas coberturas vacinais, tivemos um surto da doença na Região Norte, que se espalhou rapidamente para demais estados do Brasil e não conseguimos controlar totalmente até o momento", diz. Em 2019, no ano seguinte ao surto e três anos depois de ter adquirido o selo que reconhecia a eliminação da doença no País, o Brasil perdeu a certificação de país livre do sarampo. "Então, a paralisia infantil também é uma doença muito grave, com sequelas permanentes, que está nos ameaçando de retorno", alerta Mônica Levi. "É fácil manter o controle, desde que as pessoas sejam conscientizadas e vacinem as crianças novamente.

Queremos voltar a ser o exemplo que éramos antes, retomando as altas coberturas vacinais. Esse é o atual objetivo do PNI (Plano Nacional de Imunização)", concluiu.

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TRIBUNA DO NORTE

Justiça determina que anestesistas atendam Unimed Natal

A Cooperativa dos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest) e a Unimed Natal irão continuar as negociações nesta terça-feira (9), sobre o pagamento do reajuste do Índice Nacional de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA). Na última sexta (5), a Coopanest anunciou que o contrato firmado com a operadora seria rompido porque a empresa estaria se recusando a aplicar os valores após várias rodadas de negociação. Nessa segunda (8), a Justiça concedeu uma liminar favorável à continuidade do contrato. A Coopanest disse que dará seguimento às negociações e que, por enquanto, não pretende acionar a Justiça para reverter a mais recente decisão.

Impasse entre a Unimed e a Coopanest diz respeito ao reajustes do valor dos procedimentos

De acordo com a Cooperativa, "os anestesiologistas cooperados continuarão prestando serviço normalmente a toda rede credenciada Unimed Natal". No final da manhã dessa segunda, a Coopanest havia afirmado, em nota, que acataria a decisão judicial, mas que iria recorrer. À tarde, a Cooperativa informou que o interesse, no momento, é tão somente pelas negociações.

"A direção da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do RN informa que continuam abertas as negociações com a direção da operadora Unimed Natal em torno do reajuste dos valores previstos no contrato", afirmou o diretor presidente da Coopanest. À TRIBUNA DO NORTE, a Unimed disse que, "juridicamente, a decisão vale até que haja recurso com decisão diferente".

Ainda na manhã da segunda, a Cooperativa e o conselho administrativo da operadora participaram de uma audiência com o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN) para discussões sobre o impasse. Após o encontro, a Coopanest se reservou a avaliar o que foi apresentado. O detalhamento das discussões não foi informado. "Após a reunião, na segunda-feira, ficou acertada entre as partes um novo encontro nesta terça-feira para reavaliar as propostas já apresentadas", disse Vinícius Luz, da Coopanest.

O fim do contrato entre a Cooperativa e a operadora levaria os usuários da Unimed a procurar um anestesista autônomo em caso de necessidade do serviço. O cliente poderia pedir reembolso, no entanto, segundo Luz, a preocupação era que houvesse lentidão na oferta de procedimentos, uma vez que não haveria garantia de que o profissional estivesse disponível. Outra preocupação era com a falta de controle dos valores a serem cobrados aos usuários, já que cada anestesista poderia negociar os honorários de forma individual.

A notícia da possibilidade de rompimento contratual desagradou os usuários da Unimed, que foram às redes sociais para reclamar e desabafar sobre as incertezas provocadas pelo imbróglio. "Tenho uma colonoscopia agendada para amanhã [nesta terça]. Pago o plano Unimed Natal e isso não pode acontecer. Na Medicina, a vida está em primeiro lugar. Estão brigando por dinheiro", disse um internauta.

Uma usuária relatou que está aguardando a autorização de um pequeno procedimento cirúrgico e exclamou: "Já sei que vai dar bronca! (...) Assim que resolver esses probleminhas, mudarei de plano". Outra internauta respondeu estar na mesma situação e disse que acionará a Justiça caso se sinta prejudicada.

Impasse

A aplicação do reajuste do IPCA no contrato mantido entre a Coopanest e a Unimed Natal tem gerado o impasse que, segundo a Cooperativa, se arrasta desde o início das negociações, em fevereiro deste ano. "Pedimos somente a recomposição inflacionária, mais nada. Não foi atendida a proposta inicial e depois voltaram atrás para um não reajuste, nenhum aumento. Mesmo assim, a gente propôs colocar isso [reajuste] para setembro, não foi aceito", criticou Vinícius Luz, diretor presidente da Coopanest, em entrevista à Jovem Pan News Natal nessa segunda.

"Então, a gente propôs jogar para o próximo ano, esquecer 2022, abrir mão desse retroativo e começar a recomposição inflacionária apenas em 2023. Foi dito que ficaria muito pesado. A gente sugeriu fracionar e mesmo assim não foi aceito. Então, hoje a situação é que a gente tem tido mais de cinco reuniões, são seis propostas diferentes. A Cooperativa está avançando nas propostas e a Unimed está retroagindo", complementou.

A ação que trata sobre a manutenção do serviço está em segredo de Justiça. Anteriormente, a juíza titular da 8ª Vara Civil de Natal, Arklenya Xeilha Pereira, havia negado pedido de Tutela Antecipada feito pela Unimed Natal acerca da descontinuidade da prestação de serviço. A magistrada entendeu que a Coopanest informou a Unimed da necessidade de real de reajuste desde o mês fevereiro e que ainda notificou a operadora da rescisão do contrato com 45 dias de antecedência. Razões que levaram à Justiça a não enxergar o acolhimento do pedido do plano de saúde.

Ontem, no entanto, a Unimed teve decisão favorável. "Portanto, as cirurgias e procedimentos realizados com participação dos anestesiologistas seguem sem interrupção ou mudança nos procedimentos", garantiu a operadora em nota, após a decisão. Além de pedir a recomposição inflacionária, Vinícius Luz reclamou da tabela de classificação (CBHPM), que, segundo ele, é a mesma utilizada em contrato com a Unimed desde 2010.

A CBHPM é usada como referência para o cálculo de despesas médicas e, no caso do contrato com a Unimed, "se encontra extremamente defasada", de acordo com a Coopanest. Luz alega, ainda, que a Cooperativa teve redução de até 60% no faturamento interno durante os últimos dois anos, em função da pandemia. As reservas técnicas, segundo Vinícius Luz, caíram em mais de 50%, por causa da necessidade de compras de EPI's e equipamentos para auxiliar no combate à crise sanitária.

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A REDAÇÃO

Goiás chega a 51 casos de varíola dos macacos

A Redação - O número de confirmações de varíola dos macacos é crescente em Goiás. Segundo o boletim divulgado nesta segunda-feira (8/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), 13 novos casos foram confirmados desde a última sexta-feira (5). Com as atualizações, o Estado já contabiliza 51 registros da doença. Além disso, 165 casos são investigados para saber se há alguma relação com o vírus. 

Em todos os casos confirmados, os pacientes são homens com idades entre 23 e 43 anos. A maioria dos infectados, 44 deles, é de Goiânia. Os outros foram registrados em Aparecida de Goiânia (4), Inhumas (1), Itaberaí (1) e Luziânia (1). 

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Covid-19: Goiás registra 1.593 novos casos e 9 mortes em 24 horas

Caroline Louise 

Goiânia - O território goiano registrou 1.593 novos casos de covid-19 e 9 mortes provocadas pela doença em 24 horas, conforme apontam os dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) divulgados nesta segunda-feira (8/8). Goiás já contabiliza 1.644.681 infecções e  27.236 óbitos desde o início da pandemia. 

A pasta ainda investiga 868.628 casos e 210 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade da doença é de 1,66% no Estado. 

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Caravana do Bem registra mais de 30 mil atendimentos em Goiânia

Goiânia - A 4ª Caravana do Bem - Prefeitura que Cuida registrou mais de 30 mil atendimentos prestados à população em 21 bairros da região do Parque Atheneu. Realizado entre os dias 05 e 08 de agosto, com estrutura montada na Feira do Parque Atheneu, o evento ainda abrangeu entrega de revitalizações em unidades de saúde e ensino, bem como inaugurações de praças. Ao todo, foram mais de 70 serviços disponibilizados, em parceria com o Estado de Goiás.
 
O prefeito Rogério Cruz ressalta que o trabalho conjunto entre as duas esferas “leva mais qualidade de vida às pessoas por meio dos serviços públicos prestados". Por isso, mediante os números de atendimento, Cruz pontua que “o sentimento é de estar cada vez mais próximo dos goianienses, atendendo suas demandas mais urgentes”.
 
Entre os serviços disponibilizados durante o final de semana estão exames, consultas, testagem e vacinação realizados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), contabilizando 7,5 mil atendimentos. Além da assistência prestada nos estandes, a população recebeu a revitalização da Unidade de Saúde da Família (USF) Parque Atheneu. A unidade tem três equipes para atendimento à família, duas para saúde bucal, programa da mulher e atendimento a hipertensos e diabéticos.
 
No estande da Educação, foram distribuídas aproximadamente 3.600 mudas de plantas, por meio do programa Horta Escolar. Mais de 300 crianças participaram das oficinas de pintura facial e do Laboratório Maker, e telematrícula prestou esclarecimentos e efetuou matrículas de crianças na rede municipal de ensino. Servidores também atenderam demandas relacionadas ao Conecta Educação.
 
No estande do Atende Fácil, foram cerca de 400 atendimentos, dentre protocolos de processos, alterações de cadastros imobiliários, emissão de Alvará Fácil e nota fiscal. Houve, ainda, atualizações e novas inscrições no Cadastro Único (CadÚnico), desbloqueios de benefícios e orientações sobre programas sociais. Cinco lotes foram sorteados para famílias inscritas no Programa Moradia Goianiense, que receberão os terrenos de imediato, e mais cinco ficarão no cadastro de reserva.
 
As equipes de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas prestaram mais de 5,3 mil atendimentos, incluindo oferta de vagas em cursos de capacitação. Oportunidades também disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), que inscreveu interessadas nas formações gratuitas de Tábuas de Frios e Costura Industrial. Mulheres aprovadas na 4ª etapa do programa Renda Família +Mulher que não puderam comparecer aos eventos de entregas dos cartões puderam fazê-lo durante o evento, o que resulvou em 638 beneficiárias atendidas.
 
Além da distribuição de 1.400 livros e CD’s pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), a população teve acesso a serviços do Conselho Tutelar, Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) e pintura facial pelo projeto Anjos da Guarda, da Guarda Civil Metropolitana (GCM), com cerca de 500 crianças atendidas.
 
Na parceria com o Estado de Goiás, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) prestou mais de 800 atendimentos, além daqueles oferecidos pela Saneago, Detran, Ipasgo e demais organizações.
 
“A Caravana do Bem é fruto de outras ações da gestão, e reflete a Prefeitura que Cuida, sempre trazendo inovações à população”, afirma Rogério Cruz. A próxima edição da Caravana do Bem - Prefeitura que Cuida será na região Norte, nos dias 27 e 28 de agosto.
 
Entregas
Na 4ª Caravana do Bem - Prefeitura que Cuida, foram entregues as praças Sueli Nunes Camargo e Adriano Ascendino Neto Alves de Miranda, ambas no Parque Atheneu. Foram inauguradas, ainda, revitalização das Escolas Municipais José Alves Vila Nova e Santa Rita de Cássia, e Cmei Santa Mônica. Nos eventos da educação municipal, Rogério Cruz entregou 60 módulos com cadeiras dimensionadas para estudantes do EJA e kits de uniformes.
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DIÁRIO DA MANHÃ

População passa mal e mineradora terá de pagar mais de mil exames após rio ser contaminado

De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Meio Ambiente e Agricultura do município de Campos Verdes, Carlos Vaz, o problema da contaminação se arrasta há quatro anos

A mineradora Maracá terá que pagar 1.526 exames para moradores de Campos Verdes, no norte de Goiás, após um laudo comprovar a contaminação com metais pesados no Rio dos Bois, responsável pelo abastecimento de água da cidade.

A decisão foi da desembargadora Doraci Lamar Rosa Da Silva Andrade, publicada na segunda-feira, 01, no agravo de instrumento n. º5445358-09.2022.8.09.0172, que confirmou a decisão do Dr. Juiz Alex Alves Lessa, que mantém a decisão por reconhecer o possível dano coletivo ambiental, referente à água consumida pelos moradores do Município de Campos Verdes.

“A decisão é de grande importância, por resguardar a saúde pública dos habitantes de Campos Verdes. Nosso objetivo é proteger a população e, por isso, demos início a essa ação, após o laudo da Saneago mostrar que há metais pesados superiores ao índice permitido, e saímos mais uma vez vitoriosos”, afirma o prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves.

Leonardo Ribeiro da Silva, 30 anos, é morador do município de Campos Verdes e tem sentido várias dores: “sofro com dores nos rins, de cabeça, febre e gastrite. Estou tomando medicamentos para tratar todos esses sintomas e ao saber o resultado do laudo fiquei muito triste e ainda mais preocupado”, afirma.

Segundo relatório médico da Secretaria Municipal de Saúde de Campos Verdes, os pacientes que foram diagnosticados com câncer tiveram que se submeter a acompanhamentos psicológicos. O relatório também aponta que após o contato com a água contaminada, há uma busca recorrente de pacientes apresentando náuseas, gastroenterocolite (inflamação intestinal), arritmia cardíaca, dentre outras doenças.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Meio Ambiente e Agricultura do município de Campos Verdes, Carlos Vaz, o problema da contaminação se arrasta há quatro anos.

“A contaminação tem oferecido sérios riscos à população, dentre eles os psicológicos. Buscamos uma fiscalização em conjunto e fizemos uma vistoria em todos os pontos críticos do rio, onde as contenções da mineradora não têm sido suficientes. Esperamos uma rápida solução para termos uma água de qualidade”, ressalta.

Foi determinada à mineradora Maracá, sob pena de multa diária, a obrigação consistente no custeio de realização de exames clínicos e laboratoriais, com a finalidade de verificar os níveis de metais pesados no organismo dos cidadãos residentes e cadastrados pelo SUS no Município de Campos Verdes-GO, em ação a ser coordenada pela Secretaria de Saúde do Município e colaboração com a requerida, dentro do prazo de seis meses, tendo como limite máximo o número estimado de habitantes pelo IBGE em 2021[34], ou seja, o total de 1.526 exames a serem custeados pela requerida.

Confira a nota da mineradora Maracá:

No início de julho de 2022, a Mineração Maracá Indústria e Comércio S/A, proprietária e operadora da mina de cobre-ouro Chapada (a “Companhia”), foi notificada de ação movida pela Prefeitura de Campos Verde alegando impactos ambientais e à saúde sobre a comunidade e seus moradores. Campos Verde está localizado a aproximadamente 50 km da mina da Chapada. A Companhia rejeita as alegações de impactos ambientais e à saúde e se defenderá judicialmente.

A Empresa também está fornecendo informações adicionais publicamente disponíveis sobre suas operações ao Município, pois muitas das alegações feitas parecem ser baseadas em um mal-entendido ou má caracterização das atividades e infraestrutura da Empresa, todas as quais estão devidamente licenciadas e são regularmente inspecionadas pelas autoridades estaduais e federais.

A empresa reitera seu profundo compromisso com práticas de mineração responsáveis ​​em conformidade com todas as leis e regulamentos aplicáveis ​​e está focada na gestão ambiental da água, ar, terra e biodiversidade nas proximidades da mina de Chapada.

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O GLOBO

Bolsonaro diz ignorar recomendação e critica vacina contra Covid: 'Não quer votar em mim, lamento'

Um ano e oito meses após o início da vacinação contra Covid-19 no país e após pesquisas comprovarem sua eficácia contra o vírus, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a imunização contra a doença. Em entrevista ao podcast "Flow" nesta segunda-feira, o titular do Palácio do Planalto admitiu ter recebido orientações da equipe de campanha para evitar o assunto, pois poderia perder eleitores, mas disse não se importar e que prefere o que diz ser, segundo ele, "a verdade".

Pesquisas mostram a queda no número de mortes têm acompanhado o avanço da vacinação. Bolsonaro diz não ter se vacinado, embora tenha imposto sigilo de cem anos em sua carteira de vacinação.

- O pessoal me recomenda: 'não toque nesse assunto'. Poxa, eu tenho que valar a verdade para o pessoal. Não quer votar mais em mim, lamento, né, posso fazer o quê? Eu tenho que falar a verdade - disse Bolsonaro.

Bolsonaro é o único líder declaradamente não vacinado do G20 21 fotos Pular Pular Pular Pular Pular Pular Pular Pular Pular O presidente do Brasil é um forte propagador de mensagens questionando a eficácia do imunizante

O presidente foi questionado pelo apresentador se o que ele dizia não influenciava a população a rejeitar a vacina. A entrevista, exibida no YouTube, destacava na legenda: "Lembre-se de pesquisar tudo o que foi dito neste programa".

- Eu não tomei vacina. Me recomendaram até a tomar uma água destilada. Eu não vou. Posso enganar a você, mas não vou enganar a mim. Influencia alguns (a não tomar a vacina). Não é que a minha palavra tá valendo, eles foram ler a bula - disse.

Bolsonaro citou estudos que apontam a perda de eficácia da vacina da Pfizer. O Ministério da Saúde, porém, recomenda a aplicação de quarta dose para adultos a partir de 40 anos, imunossuprimidos e profissionais de saúde quatro meses após a terceira dose.

O presidente também disse que os imunizantes aplicados em crianças a partir de 3 anos são para uma cepa que não existe mais. No dia 19 de julho, o Ministério da Saúde orientou a aplicação de Coronavac para crianças de 3 e 4 anos por limitação de doses. Apesar disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o imunizante para o público a partir de 3 anos.

Um dos estudos que subsidiou a decisão da Anvisa foi o Projeto Curumim, desenvolvido pelo centro de pesquisa clínica do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), da Ufes, em parceria com o Instituto René Rachou (Fiocruz Minas). O material revelou que a CoronaVac gerou de três a quatro vezes mais anticorpos neutralizantes no grupo de 3 a 5 anos em relação aos adultos. Na comparação com o público de 6 a 17 anos, o número de células de defesa dobrou.

Apesar das críticas, Bolsonaro disse que as doses dos imunizantes seguirão sendo disponibilizadas:

- Tem gente que quer tomar a terceira, quarta dose. Sem problema nenhum, enquanto quiser tomar, vamos dar a vacina. Agora, respeite quem não quer tomar a vacina - disse.

Varíola dos macacos

Na conversa, Bolsonaro também defendeu que as pessoas também tenham liberdade para se vacinar contra a varíola dos macacos. O Brasil já tem mais de 2 mil casos da doença.

No país, é esperado o recebimento de 50 mil doses de vacina por meio da compra conjunta de países americanos organizada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). De acordo com o Ministério da Saúde, é prevista a entrega de pouco mais de 20 mil doses na primeira remessa, em setembro, e as demais em novembro.

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Varíola dos macacos: comitê de emergência do Ministério da Saúde fixa nível máximo de alerta no Brasil

O Centro de Operações de Emergência (COE Monkeypox), criado pelo Ministério da Saúde para monitorar o avanço da doença no país, classificou a varíola dos macacos com nível máximo de emergência no território nacional. O nível III é estabelecido em cenários de "excepcional gravidade" e admite que a situação pode culminar em declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin). A classificação está no Plano de Contingência Nacional para Monkeypox ao qual O GLOBO teve acesso. Os níveis de emergência variam de I a III.

O documento de 31 páginas fixa diretrizes para que os gestores de saúde atuem para prevenir, tratar e combater a doença. O texto elaborado pelo COE traz orientações a respeito do isolamento de casos suspeitos, identificação de sintomas, realização de campanhas de conscientização, testagem, entre outros pontos.

De acordo com o plano, a situação da doença no país foi classificada como nível III pois jáexistem casos confirmados da doença no Brasil, com transmissão comunitária,e ainda não há disponibilidade de medidas de imunização e tratamento. O documento explica ainda o que este grau de alerta estabelece:

"Nível III:ameaça de relevância nacional com impacto sobre diferentesesferas de gestão do SUS, exigindo uma ampla resposta governamental. Este evento constitui uma situação deexcepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional- ESPIN", diz o texto.

Nesta segunda-feira, o Brasil registrou 2.293 casos confirmados na doença, segundo dados do Ministério da Saúde. Há ainda outros 2.363 ocorrências suspeitas. O estado de São Paulo acumula o maior número de casos com 1.636 registros.

O protocolo do COE argumenta que o governo brasileiro tem enfrentado dificuldades em adquirir insumos devido ao cenário de escassez global:

"O SUS vem envidando esforços paraaquisição desses insumos para a população brasileira,mas cabe destacarque, no momento,não há disponibilidade no mercado internacional de vacinas ou medicamentos para tratamento para aquisição pelo Brasil", diz o documento.

O grupo orienta que seja desenhada uma Estratégia Nacional de Vacinação contra o vírus levando em consideração o cenário epidemiológico e a disponibilidade de vacinas. Inicialmente, o público-alvo para imunização seria composto por profissionais de saúde e contactantes.

O COE é coordenado pelo Ministério da Saúde e tem a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O comitê foi criado há cerca de dez dias após críticas devido à desmobilização da sala de situação da pasta para monitorar a doença e a explosão no número de casos.

Software para rastreamento

O protocolo elaborado pelo comitê orienta que seja feito um rastreamento das pessoas com quem o caso confirmado teve contato até 21 dias antes do início dos sintomas. Para fazer o monitoramento, o Ministério da Saúde vai adotar um software da Organização Mundial de Saúde (OMS), chamado "Go.data". Segundo o plano de contingência, a pasta vai treinar as vigilâncias de saúde locais para utilização da ferramenta. A diretriz fixa que contactantes que estejam assintomáticos não precisam fazer quarentena.

"O tempo disponível para rastreamento de contatos eficaz no contexto de MPX (Monkeypox)- três semanas em relação a períodos maislongos para algumas infecções de importância de saúde pública- é umdesafio, pois avaliação, registro da história de exposições, e alcance dos contatos pode levar um tempo relativamente longo.No entanto, este mesmo aspectopodeaumentar a probabilidade dos casos se lembrarem de seus contatos e serem capazesde fornecerdetalhesde contato válidos", analisa o comitê.

A varíola dos macacos é transmitida por meio de fluidos corporais, contato com a pele e gotículas respiratórias. Entre os sintomas mais comuns estão febre, dores musculares, cansaço, linfonodos inchados e o aparecimento de erupções na pele.

O plano orienta que o rastreamento de contatos deve ser feito com "sensibilidade e discrição" e indica que deve haver perguntas sobre as práticas sexuais dos pacientes. O texto afirma que essa investigação pode ser eficiente inclusive para avaliar o risco de transmissão de outras doenças. A diretriz aponta informações que considera valiosas como: "histórico de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) no anoanterior,número de parceiros sexuais nosúltimos três meses, tipo de contatos sexuais durante o período de incubação (novos, pontuais, ocasionais, estabelecidos), uso de aplicativos geoespaciais paraconhecer novos parceiros, frequentarlocais decruzeiro, frequentarlocais desexo nasinstalações, ter relações sexuais apenas com homens ou homense mulheres, soropositividade euso de tratamentoantirretroviral(ARV) ouprofilaxiapré-exposição para o HIV(PrEP)."

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PORTAL JOTA

Sem financiamento, piso da enfermagem causará demissões, afirma setor

Entidades dizem ser inviável que os municípios banquem os novos salários e pedem financiamento da União

sanção presidencial da lei que cria o piso nacional de enfermagem provocou uma nova onda de reações dos setores envolvidos. Todos voltam a cobrar do governo e do Legislativo soluções para financiar o impacto econômico da medida. Cautelosos, no entanto, não deixam claro se vão recorrer à Justiça, caso as fontes de custeio não sejam definidas pelo Congresso e governo federal. Mas todos alertam que, caso o desfecho não venha, haverá uma onda de demissões de enfermeiros e técnicos.

A aplicação da lei sancionada nesta quinta-feira (4/8) é imediata, independe de fonte de financiamento. Mas há modulações. Em entrevista ao JOTA, a relatora da PEC do Piso da Enfermagem, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), afirmou que, para empregados CLT, o piso já passa a vigorar. No caso de estatutários, no entanto, o piso depende da programação orçamentária, como previsto na PEC sobre o tema, aprovada neste ano. Portanto, para servidores de estados e municípios, o piso passaria a vigorar no próximo ano.

Mesmo havendo alguns meses pela frente, o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, disse que demissões de enfermeiros e auxiliares serão inevitáveis caso não haja uma forma de compensação para municípios. “Houve a promessa de que o aumento de custos será compensado pela União. Caso esse projeto de lei não seja aprovado, os municípios não vão conseguir suportar”.

Reação

Em uma nota conjunta, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) e a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) consideraram “danosa para o setor da saúde a implementação do piso nacional da enfermagem sem definição de fontes de custeio”.

As associações dizem ainda que não têm planos de entrar com ações na Justiça contra a decisão, reforçam ser justa a valorização dos profissionais de enfermagem, mas argumentam que a falta de recursos para arcar com o novo salário pode prejudicar o setor da saúde.

Mirocles Véras, presidente da CMB, afirmou ao JOTA que as instituições hospitalares estão preocupadas. De acordo com ele, ainda que a categoria esteja comemorando uma vitória, há um certo sentimento de apreensão sobre o que pode acontecer a partir do próximo mês.

Véras reforçou que havia um compromisso dos presidentes da Câmara e do Senado para de viabilizar a fonte de financiamento. O que ainda não ocorreu. “Como arcar com esse valor? Existia um compromisso anterior que não foi cumprido, agora falam que existe uma possibilidade de ser votado até o fim de agosto. Mas as fontes que estão sendo colocadas são as mesmas que já foram discutidas. Então por que isso não saiu junto com a lei? Porque aí não teria nenhum tipo de pressão nos nossos hospitais”.

Para Zanotto, o ideal é que a análise das fontes de financiamento seja feita de forma conjunta entre o Legislativo e o governo. Com um acordo, continua ele, os textos podem ser aprovados de forma quase simultânea. Há várias propostas legislativas sobre o tema. “Mas o importante é verificar qual será levada adiante e num curto espaço de tempo”, disse.

Fontes de financiamento

Entre os projetos que tramitam no Congresso, aquele que é citado como o mais viável é o PL 442/1991, conhecido como projeto dos Jogos de Azar.

A ideia seria elevar de 4% para 12% a arrecadação que será destinada à área da saúde com a regulamentação da atividade. O texto já foi aprovado pela Câmara em 24 de fevereiro e aguarda apreciação do Senado desde então.

Outro projeto que também é apontado como saída é o PLP 205/2021, de desoneração da folha. Tendo como principal articuladora a deputada Carmen Zanotto, a parlamentar avalia que a retirada das contribuições sociais da folha de salários das empresas privadas do setor de saúde será suficiente para reduzir o impacto no setor privado. A ideia é que elas passem a pagar essas contribuições sobre o faturamento, como já fazem outros 17 setores. A medida chegou a ter um requerimento de urgência aprovado em maio deste ano, porém sua tramitação foi revista e deve para a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).

Outras propostas que também apresentadas como soluções para o imbróglio:

Fim da contribuição para o Sistema S (PL 474/22): Estabelecer que a contribuição para o Sistema S não incide sobre estabelecimentos hospitalares e demais estabelecimentos que forneçam serviços de saúde. A proposta está parada na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

Fundo Especial de Financiamento de Campanha (PL 475/2022): Prevê a transferência dos recursos destinados ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para o Fundo Nacional de Saúde (FNS) nos anos em que não houver eleições gerais nem municipais. O montante a ser destinado seria o equivalente ao disponibilizado para o FEFC no ano imediatamente anterior. Por exemplo: em 2020, o valor destinado ao FEFC foi de R$ 2 bilhões. Se a medida estivesse em vigor, em 2021, essa quantia seria repassada ao FNS. O texto está parado na Câmara.

Fundos Públicos da União: Parlamentares defendem que fundos públicos da União que estejam parados sejam utilizados para pagar o salário dos enfermeiros. A ideia é destinar os recursos que estão “amarrados” e “engessados” para a área de saúde.

Mudanças no Orçamento: Defensores do projeto argumentam ainda que é possível remanejar recursos no Orçamento para aumentar o aporte destinado à Saúde e assim diminuir o impacto do piso na rede pública.

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Assessoria de Comunicação

 

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Aberta a nutricionistas clínicas de instituições associadas, a Oficina de Indicadores em Terapia Nutricional da Ahpaceg será realizada no dia 23 de agosto, das 15 às 18 horas, na sede da Associação, no Setor Sul.

O evento, que tem o apoio da Danone Nutricia e da Uber Médica, é gratuito e busca capacitar e aprimorar nutricionistas clínicas de instituições associadas para a análise de indicadores assistenciais e financeiros da terapia nutricional.

As palestrantes serão a enfermeira, especialista em Assistência de Enfermagem Médico Cirurgia e Nefrologia, com mestrado pela UFMG e doutora em Enfermagem pela UFG, Madalena Del Duqui, que também é coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, e a nutricionista Clínico Assistencial, graduada em nutrição pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e pós-graduada pelo programa de residência em área multiprofissional de saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, com área de concentração em endrocrinologia, e atualmente cursando terapia nutricional em cuidados intensivos, Gracielle Santos Miranda.

 

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Também ministrarão palestras, Narjara Miranda Ferretti, que é nutricionista, mestre em Ciências da Saúde, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, tem experiência na área de propaganda de produtos nutricionais, de treinamento, de docência em nutrição clínica, na prestação de assistência nutricional a indivíduos e coletividade (sadios e enfermos), prescrição, planejamento e avaliação de dietas e em auditoria nutricional hospitalar, e Nádia de Sena Gonçalves, nutricionista, pós-graduada em Obesidade, Emagrecimento, Cirurgia Bariátrica e Metabólica e em Terapia Nutricional e Nutrição Clínica, com MBA em Marketing pela USP/ESALQ e experiência em análise de Marketing Senior Danone.

As vagas são limitadas e as participação já pode ser confirmada pelo telefone (62) 3088 5800. Haverá a emissão de certificação de participação.

Segunda, 08 Agosto 2022 06:57

CLIPPING AHPACEG 06 A 08/08/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS alerta para riscos em Rol de Procedimentos sem análise técnica

Artigo - Judicialização da medicina: o aumento das demandas judiciais

Soluções que reduzem prejuízos de operadoras atraem investidores, diz CEO da Beep

Varíola dos macacos pode adiar fim das máscaras em voos, diz diretor-presidente da Anvisa

Infectologista goiana explica como se proteger da varíola dos macacos

A armadilha da Inseminação caseira

MEDICINA S/A

ANS alerta para riscos em Rol de Procedimentos sem análise técnica

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reafirmou a preocupação em relação à definição das coberturas obrigatórias para os planos de saúde, com a aprovação na quarta-feira (3), pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei 2033/22, e destacou que a competência de elaborar o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é atribuída a ela pela lei 9.961/2000. Acrescentou que, no processo de inclusão de um procedimento no rol, o seu exame técnico "é condição indispensável para ampliar ou restringir o uso de uma determinada tecnologia no setor de saúde suplementar".

O projeto de lei aprovado na Câmara estabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos da ANS. A proposta ainda passará por análise do Senado. O motivo que levou à aprovação é dar continuidade a tratamentos que poderiam ser excluídos da cobertura dos planos de saúde.

Se o texto for confirmado pelo Senado, as operadoras deverão autorizar os planos de saúde a cobrirem tratamento ou procedimento prescrito por médico ou dentista que não estejam no rol da ANS, se entre os critérios estiverem a existência de comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico, de recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS) e de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus similares nacionais.

Avaliação

A ANS afirmou que, para realizar o exame técnico, utiliza a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), metodologia que analisa todas as informações sobre evidências científicas relativas à eficácia, efetividade, acurácia e segurança da tecnologia, avaliação econômica e de impacto orçamentário e disponibilidade de rede prestadora. O uso da tecnologia também passa pela aprovação dos conselhos profissionais, entre outros pontos.

"As novas tecnologias a serem incorporadas ao rol passam, ainda, por amplo debate com a sociedade, por meio da participação social dirigida e ampliada, por meio de reuniões técnicas, consultas públicas e audiências públicas, de forma a permitir que a tomada de decisão para incorporação ou não da tecnologia ao Rol se dê de maneira robusta, imparcial, transparente e sistemática", explicou a agência.

A ANS afirmou, também, que haverá sério comprometimento dos parâmetros clínicos de efetividade e segurança de uso dos procedimentos incluídos no Rol, se não ocorrer a validação de estudos de ATS com evidência científica sólida. Conforme a agência reguladora, sem isso "não haverá certeza dos benefícios clínicos e nem dos potenciais efeitos colaterais associados às tecnologias".

Para a ANS, seria importante se ao menos o projeto de lei considerasse não apenas o critério de existência de comprovação da eficácia baseada em evidências científicas ou de aprovação por um órgão de avaliação de tecnologia, mas os dois critérios associados.

"Também é preciso destacar que, num sistema mutualista como é o setor de planos de saúde, todos os custos de consultas, cirurgias, internações e demais atendimentos são repartidos entre os beneficiários e, dessa forma, é possível diluir as despesas, tornando-as viáveis para o consumidor", esclareceu.

No entendimento da agência, o grau de incerteza referente aos impactos econômicos da realização de procedimentos não previstos no rol atual provocará o risco de elevação dos reajustes a patamares superiores à capacidade de pagamento de beneficiários, mesmo naqueles controlados pelo órgão, como ocorre nos planos individuais, "podendo gerar a exclusão de um grupo de beneficiários do sistema de saúde suplementar".

Aprimoramento

A ANS informou, ainda, que o processo de revisão do Rol tem sido aprimorado sistematicamente, tornando-se mais ágil, participativo e transparente.

"Até 2021, a atualização era feita a cada dois anos. A publicação da Resolução Normativa nº 470, nesse mesmo ano, a recepção e a análise das propostas passaram a ser feitas de forma contínua, dando dinamismo à revisão das coberturas obrigatórias", afirmou.

Ainda em 2021, o Congresso Nacional votou uma Medida Provisória que, em março de 2022, seria convertida na Lei 14.307, que trouxe prazos ainda mais enxutos para atualização do Rol.

Pelos cálculos da ANS, em 2022 já foram incluídas 24 coberturas. Entre elas, sete são de procedimentos e 17 de medicamentos. Além disso, houve ampliações importantes para pacientes com transtornos de desenvolvimento global, como a cobertura para quaisquer métodos e técnicas indicados por médico assistente para tratamento de condições como o Transtorno do Espectro Autista; e o fim dos limites para consultas e sessões com psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta.

Justiça

No dia 8 de junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por 6 votos a 3 que as operadoras de planos de saúde não seriam mais obrigadas a cobrir procedimentos médicos que não estão previstos na lista da Agência Nacional de Saúde.

A decisão, no entanto, estava sujeita a recurso. Na sessão, prevaleceu o entendimento do relator, ministro Luís Felipe Salomão, cujo voto foi proferido em sessões anteriores.

Conforme o entendimento da Segunda Seção do STJ, o Rol de Procedimentos definidos pela agência é taxativo, o que significa que os usuários não têm direito a exames e tratamentos que estão fora da lista. 

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Artigo - Judicialização da medicina: o aumento das demandas judiciais

Por Herberth Marçal Chaves Moreira

"Esse canivete é bisturi; esse garfo, afastador; esse lençol, atadura; essa tábua, goteira; esse barbante, dreno; essa corda, garrote; esse serrote, serra; essa agulha de crochê, algália Tudo serve. Vem inventado da cozinha, da despensa e das caixas de carapina - para transformar-se em instrumento cirúrgico." O trecho em tela retirado do livro Baú de Ossos de Pedro Nava, relata o improviso da medicina de outrora. Contudo, este Autor, memorialista, jamais vislumbraria que tais improvisos, de intuito altruísta e heróico em abrandar o sofrimento ou mesmo de salvar a vida poderiam culminar com demandas judiciais no futuro.

Dois campos que apresentam conhecimentos distintos: Direito e Medicina , contudo, estão cada dia mais ligados devido a judicialização da Medicina. O profissional médico põe em prática conteúdos da literatura médica, propedêutica clínica, seguindo os ditames do seu Código de Ética. No momento que um paciente constata um tratamento impróprio ao que é professado por tal Código, existe a possibilidade de começar uma ação judicial. Assim, a judicialização da medicina consiste na disputa, em juízo, das conexões entre as partes afeitas na assistência em saúde como médicos, pacientes e instituições. O número cada vez maior de processos judiciais abrangendo a área da saúde nem sempre foi assim. Nos últimos 10 anos, têm-se observado um aumento expressivo dessas demandas judiciais. Exemplificando o crescimento do número de processos éticos-profissionais nos Conselhos Regionais e Federal de Medicina, foi em torno de 250% em apenas uma década. Não obstante 60% dos casos sejam julgados improcedentes, existe a obrigação de responder à ação judicial e custear honorários advocatícios, periciais e afins. Ainda, vale salientar que quando falamos dos abalos motivados por uma ação judicial, devemos considerar, preliminarmente, uma possível quebra da aliança terapêutica na relação entre médico e paciente, que deveria, de uma forma legítima, manter-se íntegra. Desse modo, o médico busca por medidas capazes de mantê-lo seguro em caso de judicialização. Portanto, tem crescido assustadoramente o mercado de seguro de responsabilidade civil profissional, que compreende uma companhia de seguro responsável por cobrir os gastos da ação judicial e de uma ocasional condenação.

Naturalmente, o efeito direto desse evento é o acréscimo dos custos em saúde, uma vez que o valor será somado aos serviços consumi- dos pelo paciente. As ciências médicas apresentam princípios fundamentais que devem ser cumpridos pelos médicos. Existe um Código de Ética que deve ser rigorosamente respeitado pelos médicos, tal documento contém normas e artigos que orientam quanto à prática legal da medicina. Todavia, existem situações conflitantes com as limitações de ordem moral e ética, como o que acontece no Brasil que é, muitas vezes, caótica. Situações estas que retratam uma realidade de hospitais lotados e mal equipados e que inviabilizam uma atuação da qualidade da equipe de saúde. Em face das restrições e das adversidades aos quais é sujeitada, a população se apresenta revoltada com o tratamento recebido. A avidez por justiça guia os pacientes a procurarem meios de buscar seus direitos. Assim, vão atrás dos recursos que são oferecidos, sendo o primeiro deles os veículos de comunicação. O segundo, é a judicialização da medicina, entrando com ações contra aqueles que, em tese, não lhes prestaram a assistência adequada.

Nesse sentido, a relevante condição que necessita ser considerada é: o médico é realmente o culpado? Ainda, ele procedeu de forma imprudente, imperita ou negligente com os pacientes do ser- viço? Suas circunstâncias, condições, ambiente de trabalho interferiram no trabalho médico? Estimar pela vida de um paciente reivindica a investigação de todas as condições envolvidas, de todos os meios possíveis e de quais desfechos que uma atitude médica pode causar. A medicina compreende várias especializações, as quais têm suas singularidades de contato com o paciente e seus procedimentos específicos. Quando tratamos da quantidade de processos, a especialidade mais inquiri- da em juízo é a Ginecologia e Obstetrícia. Um dos principais motivos envolvidos, na especialidade em questão, é a assistência prestada no parto, acontecimento no qual são idealizadas muitas esperanças e que exige sabedoria do especialista para a condução de forma correta.

Em segundo e terceiro lugar no ranking de judicialização, encontram-se, respectivamente, a área Ortopedia e a Cirurgia Plástica. Na cirurgia plástica , existem frequentes reclamações no que se refere aos resultados dos procedimentos estéticos e dos pactos feitos previamente a eles. Também, é oportuno ressaltar, que não cabe ao paciente provar que o profissional agiu errado. A responsabilidade da prova recai no médico, que deve mostrar que agiu corretamente. Desta feita, no seu trabalho, o médico deve esforçar-se em prestar um atendimento de uma forma cordial, empático as demandas sintomatológicas e sofrimentos do paciente, prestando todos os cuidados necessários.

Os prontuários devem ser preenchidos conforme os ditames médicos. Cópia de laudos, contratos de prestações de serviços e correlatos devem ser guardados. Por fim, retornando ao olhar do memorialista Nava, que resgata histórias dos seus antepassados , entrevemos que a medicina era uma ciência poética, não cabia o mecanicismo e tampouco a judicialização da sua "arte": os médicos desfrutavam de grande respeito e credibilidade em toda a sua narrativa, uma vez que lidavam com o tratamento das nossas mais dramáticas necessidades existenciais aliviar a dor do corpo/alma e prolongar a vida.

*Herberth Marçal Chaves Moreira é Médico Perito da Justiça Federal.

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PORTAL YAHOO

Soluções que reduzem prejuízos de operadoras atraem investidores, diz CEO da Beep

A saúde ainda é uma área com grande potencial de investimento e, frequentemente, aparece nas recomendações de executivos de sucesso. Vander Corteze, CEO e fundador da Beep Saúde, concorda com tendência, mas avalia poucos serviços podem gerar negócios enormes dentro deste mercado.

Aos empreendedores interessados em se aventurar por esse caminho, Corteze enxerga uma boa abertura para as soluções que possam auxiliar as operadoras de saúde no desafio de encontrar um equilíbrio na sinistralidade, a relação entre o número de procedimentos realizados pelo beneficiário e o valor pago pela empresa para o plano de saúde.

Os dados mais recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ratificam a visão de Corteze de que os novos modelos de operadoras de saúde estão conseguindo atacar este problema e, por consequência, conquistar investidores: ao comparar 2019 com 2021, há mais operadoras com sinistralidade abaixo de 80% (47% x 54%), e menos operadoras com sinistralidade maior que 100% (8% x 7%).

Líder em vacinação domiciliar, Beep quer ganhar terreno na medicina diagnóstica

Entusiasta da Amazon e da transformação que Jeff Bezos promoveu no mundo do e-commerce, o médico paulistano Vander Corteze já era um empreendedor da área da saúde quando resolveu criar a Beep, healthtech líder em vacinação domiciliar e que, hoje, está presente em quase 150 cidades de seis estados brasileiros. O sucesso que obteve com a BR MED, rede de clínicas de medicina do trabalho, deu base para Corteze se jogar em uma solução muito mais disruptiva ao se perguntar por que, em meio a tantos aplicativos ainda não havia uma plataforma de saúde disponível na palma da mão das pessoas.

Surfando na tendência de e-commerce e delivery que já dominava os smartphones antes da pandemia, Corteze fundou, em 2016, a Beep Saúde. O serviço oferecido pela empresa, no início da operação, era o atendimento médico domiciliar, mas a oferta de consultas em casa não decolou, e a escuta ativa do consumidor foi fundamental para a pivotagem do negócio. "Foi um ano e meio oferecendo este serviço e, por 'n' razões, ele não tracionava. Então nós fomos ouvindo o verdadeiro CEO do negócio: o cliente. Reagindo ao feedback, na virada de 2017 para 2018, nós começamos a fazer o que fazemos até hoje: oferecer vacina em casa", afirma Corteze.

Da faculdade de medicina para o empreendedorismo disruptivo

Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vander Corteze estudou gestão de negócios no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) e foi oficial militar do Corpo de Bombeiros do Estado. Ao perceber que ainda não existiam aplicativos nem plataformas digitais que permitissem a compra on-line de serviços de saúde com entrega domiciliar de forma prática, eficiente e acessível, Corteze fundou a Beep Saúde em 2016. Hoje, a healthtech tem investidores como Valor Capital, DNA Capital, Endeavor Catalyst e David Vélez (fundador e CEO do Nubank). A empresa já opera nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Espírito Santo e Pernambuco e possui parceria com mais de 30 operadoras de saúde do Brasil.

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O GLOBO

Varíola dos macacos pode adiar fim das máscaras em voos, diz diretor-presidente da Anvisa

É numa sala espaçosa no último andar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília, que o diretor-presidente Antonio Barra Torres despacha. Na parede atrás da mesa do contra-almirante da reserva da Marinha, chama a atenção uma foto do presidente Jair Bolsonaro, com quem se desentendeu ao longo do último ano ao defender a vacinação contra Covid-19.

Crescimento: :

Agora, diante de um novo alerta sanitário no país, de (monkeypox), Barra Torres mais uma vez adota posição conflitante com a do presidente ao questionar se é o melhor momento de liberar as máscaras em ambientes fechados, como nos aviões. Bolsonaro, por sua vez, derrubou a medida de proteção ao primeiro sinal de arrefecimento da pandemia. Portos e aeroportos, porém, são atribuição da Anvisa, que mantém a exigência.

Na entrevista a seguir, o diretor-presidente da Anvisa conta quais serão os próximos passos da agência diante da nova ameaça.

O Ministério da Saúde anunciou a compra de vacinas e de antiviral contra monkeypox, mas a Anvisa não foi acionada. Como vê isso?

Isso retrata o exercício de um poder que é do Ministério da Saúde. A pasta tem esse poder legítimo, de, em situações onde entenda haver necessidade, superar atribuições da Anvisa. Então, ao assim agir, não está fazendo absolutamente nada de errado, que não esteja previsto.

Na sua avaliação, por que houve uma mudança de postura agora?

Não tenho ideia.

Contra o preconceito: Varíola dos macacos:

As responsabilidades recairão sobre o ministério?

Uma análise rasa diria que sim. Porém, a agência não está eximida por lei de suas responsabilidades, inclusive as de monitoramento de quaisquer eventos adversos. A gestão é madura, não tem criança aqui que vá fazer beicinho por um produto que não passou por nós. Precisamos ser, obviamente, invocados para isso, e não vejo por que não.

A Anvisa avalia alguma mudança em relação às fronteiras ou aos voos para conter a varíola dos macacos?

A OMS não preconiza restrições de ir e vir em relação à monkeypox. Mas temos, ainda, práticas não farmacológicas de evitar Covid-19 que se encontram vigentes em aeroportos e aeronaves. A forma de contágio não é a mesma, mas as medidas gerais, que procuram diminuir ou evitar a transmissão, vêm sendo aplicadas. É obrigatório o uso (de máscara em aviões), entretanto nós temos a possibilidade da refeição a bordo, que cria um período de tempo em que você estará sem máscara. Nós observamos falando de Covid-19 certo arrefecimento. Então, é possível que seja considerada, no futuro, a flexibilização.

Então a Anvisa avalia flexibilizar o uso de máscara em portos e aeroportos?

Dá para dizer que é uma possibilidade. Existem outros fatores que vieram, infelizmente, ao mesmo tempo, como a própria monkeypox, em que a máscara poderia ajudar a conter. Isso tudo pesa numa decisão: Será que temos realmente condições agora: sim ou não? Eu te digo: não me surpreenderia com uma flexibilização, mas, também, caso não venha neste momento, também não seria algo a surpreender.

A OMS declarou varíola dos macacos como uma emergência em saúde pública. É possível que a doença vire uma pandemia?

Não é atribuição do regulador avaliar essa questão. Isso quem faz muito bem são as sociedades de epidemiologia e infectologia aqui no Brasil, que monitoram, bem como a Câmara Técnica de Avaliação Epidemiológica do Ministério da Saúde, que poderá, talvez, dizer, pelas características, se tende a virar pandemia.

A Anvisa liberou a CoronaVac para crianças a partir de 3 anos, mas não houve campanha específica. O que deveria ser feito?

A campanha de vacinação é uma atribuição do ministério. A agência não faz campanha de vacinação ou uso de medicamento. Se a pasta o fizesse, bom seria, porque há uma progressão muito lenta do reforço em adultos e da aplicação em crianças.

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A REDAÇÃO

Infectologista goiana explica como se proteger da varíola dos macacos

Bruno Hermano

Goiânia - Embora hoje pareça pequeno se comparado à pandemia da covid-19, o número de casos de varíola dos macacos pode tomar grandes proporções em Goiás e no Brasil caso a população também não se atente para a importância das medidas de prevenção. Segundo a médica infectologista Marina Roriz, a melhor forma de se evitar uma pandemia de maior amplitude é vacinando a população. Todavia, medidas como o uso de máscaras; lavar as mãos e/ou higienizar com álcool; evitar relações sexuais com desconhecidos; e utilizar preservativos são medidas importantes que a população deve adotar.

Na última segunda-feira (1º/8), seguindo orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde recomendou que grávidas, puérperas e lactantes mantenham o uso de máscaras em locais fechados como forma de prevenir a infecção pela varíola dos macacos. De acordo com Marina Roriz, toda a população pode se beneficiar ao seguir esta recomendação.  "Atualmente o uso de máscaras é recomendado para quem está com baixa imunidade, no entanto, todos serão beneficiados com uso do acessório em locais fechados, apesar do contágio por gotículas ser mais difícil do que outras doenças, como a covid-19", afirmou.

Em Goiás a doença avança de forma rápida: os casos confirmados quase dobraram em uma semana. Segundo o balanço da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), divulgado na sexta-feira (5/8), já são 38 infectados em território goiano. Além disso, Goiás soma 142 casos suspeitos de infecções pelo vírus. Só em Goiânia, há 31 casos confirmados. Ainda conforme dados da pasta, o número de casos suspeitos da doença aumentou em 115% (de 66 para 142) em 24 horas.
 

Na terça-feira (2/8) a  Prefeitura de Goiânia confirmou a existência de transmissão comunitária da doença na cidade. Segundo a gestão municipal, naquela data, 29 pacientes estavam com infecções pelo vírus confirmadas. Dentre os pacientes infectados, a maioria tem histórico de viagem a São Paulo, Rio de Janeiro ou algum outro país com transmissão comprovada ou contato com pessoas que realizaram viagens a esses locais. No entanto, devido à existência de pacientes confirmados que não têm histórico de viagem a locais com casos confirmados da doença, bem como contato com tais pessoas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou a transmissão comunitária na capital goiana. 
 

Transmissão

Marina Roriz ressalta que a principal forma de contágio é pelo contato físico. Deve-se evitar, portanto, beijar, abraçar e, principalmente, ter relações sexuais com quem tenha sintomas ou diagnóstico positivo. O contato com as lesões, crostas, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama e talheres que tenham sido utilizados por pessoas que estejam sintomáticas, também deve ser evitado.

Segundo a infectologista, o perfil da população que mais tem contraído a doença em Goiás (homens de 23 a 43 anos) é de pessoas em idade sexualmente ativa. Isso demonstra, diz ela, que a principal forma de contágio tem sido por relação sexual. Portanto, para a população nesta faixa, é importante evitar relações sexuais com pessoas desconhecidas e utilizar preservativos. 

Crianças com menos de oito anos, gestantes e imunodeprimidos - pessoas que passaram por transplante, em tratamento oncológico ou que tiveram diagnóstico positivo para HIV, por exemplo - devem ter cuidados redobrados, uma vez que são mais suscetíveis a quadros graves da doença. Especialistas também indicam que homens que fazem sexo com homens (HSH) também precisam estar atentos, visto o risco de exposição. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), eles representam 98% dos casos.

A varíola dos macacos é uma doença conhecida desde 1958. Marina Roriz conta que, na África, ela já é considerada como endêmica e seu primeiro surto fora de lá foi nos EUA, em 2003. Segundo ela, desde então há relatos de surtos esporádicos no mundo, mas com o aumento da mobilidade atual, o risco de surtos se tornarem uma pandemia aumentou. O que se pode fazer, no momento, para evitar o aumento dos casos, é a vacinação e a adoção de medidas preventivas.

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DIÁRIO DA MANHÃ

A armadilha da Inseminação caseira

Ginecologista afirma que esse é um atalho que pode sair caro no final para quem recorre a ele

Quantos casais sonham em ter filhos, uma família maior após se casarem, mas nem sempre esse sonho está perto de se realizar. Alguns casais sofrem com problemas para engravidar, e recorrem muitas vezes a inseminação artificial para conseguir realizar esse sonho. É um dos caminhos que existem para tornar esse sonho real, mas uma inseminação artificial tem todos os procedimentos padrões, que a tornam algo caro e muitas vezes inacessível há alguns. Com o passar do tempo surgiu uma nova modalidade, que pode ser tida como uma armadilha para os casais, uma vez que o material genético pode ser obtido por meio das redes sociais, a chamada inseminação caseira.

A nossa reportagem foi atrás de saber a diferença entre essas duas modalidades que existem nos dias atuais, para que um casal seja ele heterossexual ou homossexual possa enfim ter filhos. O ginecologista e especialista em Reprodução Humana pela New York University, Ricardo Pimentel explicou não apenas as diferenças entre os dois processos, e toda problemática não apenas na questão de saúde mas também jurídica ao se utilizar a inseminação caseira.

Pimentel descreve todo o processo de inseminação artificial ou intrauterina, e que o mesmo consiste em abreviar a capacidade do espermatozoide de chegar de encontro ao óvulo, e permite que não apenas um, mas vários espermatozoides possam encontrar o óvulo para assim o mesmo ser fecundado, e o que dá grandes chances de um casal engravidar. Outro ponto que ele lembra é que o processo pode ser tanto homólogo, ou seja, quando o próprio marido é o doador do material ou heteróloga, quando o sêmen vem por meio de um doador e o material é preparado e depois injetado no útero da parceira.

“Atribui-se o termo inseminação caseira, quando o procedimento que geralmente é feito em laboratório, não é feito em um local adequado e nem por um profissional qualificado. Então muitas das vezes as pacientes fazem esse procedimento em sua própria residência e sem materiais esterilizados com sêmen que pode ser adquirido nas redes sociais ou pela internet. E tal procedimento pode colocar em risco a vida da paciente e do futuro bebê”, salienta o especialista.

Inseminação caseira é um atalho barato mas que pode sair caro segundo o ginecologista

Questionado sobre a questão que envolve escolher esse procedimento de inseminação caseira, o médico afirmou que este é um atalho que muitas vezes nós recorremos, mas que os atalhos que escolhemos são cheios de armadilhas, e que um dos riscos que a pessoas que opta por fazer essa inseminação pode se infectar com algum tipo de doença sexualmente transmissível. O ginecologista lembrou também que escolher esse procedimento caseiro também é cheio de problemas que envolvem questões judiciais, como por exemplo o exposto pelo artigo cento e noventa e nove da Constituição Federal que proíbe a comercialização de material biológico humano.

“Bom, em algumas situações em nossas vidas nós acabamos optando por escolher alguns atalhos, né? E mesmo que esses atalhos sejam repletos de armadilhas e como a pergunta já direcionou pode ser um barato que a gente paga muito caro mais pra frente então no caso da inseminação artificial caseira ela ela pode ser considerada sim como uma dessas armadilhas perigosas. Bom, primeiro porque segundo o artigo cento e noventa e nove da Constituição Federal de mil novecentos e oitenta e oito a comercialização de material biológico humano é proibida devendo o mesmo ser realizado exclusivamente de forma voluntária e altruísta. E segundo porque um procedimento aparentemente inofensivo na verdade está carregado de muitas armadilhas perigosas. Por exemplo existe um alto risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Primeira pela falta de regulamentação a gente vai fazer essa compra de forma caseira ninguém tem um controle sobre esse tipo de material, segundo porque eh mesmo se o doador do espermatozoide for testado adequadamente ele pode estar numa fase que a gente chama de janela de conversão sorológica. E portanto dá um resultado falso, negativo. Na verdade ele está infectado, mas não deu tempo de converter a sorologia ainda”.

Além dos problemas judiciais provocados por um crime que está exposto na Constituição, outra problemática mencionada pelo médico é pelo fato de trazer dificuldades para a criança no futuro, como por exemplo o doador se arrepender da doação ou o mesmo quebrar o termo de confidencialidade.

Antes de ir por esse caminho, a orientação que o especialista deixa é que os casais procurem antes de mais nada um médico ginecologista ou um especialista em reprodução humana, pois o profissional vai verificar as condições da mãe para gerar a criança, com checape e até mesmo rastreio de câncer do colo do útero para evitar qualquer tipo de problema. E não seguir conselhos de amigos ou parentes para fazer uma inseminação caseira para evitar problemas tanto para a mãe da criança, quando para o bebê que vai ser gerado.

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Assessoria de Comunicação

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS alerta para riscos em Rol de Procedimentos sem análise técnica

Artigo - Judicialização da medicina: o aumento das demandas judiciais

Soluções que reduzem prejuízos de operadoras atraem investidores, diz CEO da Beep

Varíola dos macacos pode adiar fim das máscaras em voos, diz diretor-presidente da Anvisa

Infectologista goiana explica como se proteger da varíola dos macacos

A armadilha da Inseminação caseira

MEDICINA S/A

ANS alerta para riscos em Rol de Procedimentos sem análise técnica

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reafirmou a preocupação em relação à definição das coberturas obrigatórias para os planos de saúde, com a aprovação na quarta-feira (3), pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei 2033/22, e destacou que a competência de elaborar o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é atribuída a ela pela lei 9.961/2000. Acrescentou que, no processo de inclusão de um procedimento no rol, o seu exame técnico "é condição indispensável para ampliar ou restringir o uso de uma determinada tecnologia no setor de saúde suplementar".

O projeto de lei aprovado na Câmara estabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos da ANS. A proposta ainda passará por análise do Senado. O motivo que levou à aprovação é dar continuidade a tratamentos que poderiam ser excluídos da cobertura dos planos de saúde.

Se o texto for confirmado pelo Senado, as operadoras deverão autorizar os planos de saúde a cobrirem tratamento ou procedimento prescrito por médico ou dentista que não estejam no rol da ANS, se entre os critérios estiverem a existência de comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico, de recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS) e de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus similares nacionais.

Avaliação

A ANS afirmou que, para realizar o exame técnico, utiliza a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), metodologia que analisa todas as informações sobre evidências científicas relativas à eficácia, efetividade, acurácia e segurança da tecnologia, avaliação econômica e de impacto orçamentário e disponibilidade de rede prestadora. O uso da tecnologia também passa pela aprovação dos conselhos profissionais, entre outros pontos.

"As novas tecnologias a serem incorporadas ao rol passam, ainda, por amplo debate com a sociedade, por meio da participação social dirigida e ampliada, por meio de reuniões técnicas, consultas públicas e audiências públicas, de forma a permitir que a tomada de decisão para incorporação ou não da tecnologia ao Rol se dê de maneira robusta, imparcial, transparente e sistemática", explicou a agência.

A ANS afirmou, também, que haverá sério comprometimento dos parâmetros clínicos de efetividade e segurança de uso dos procedimentos incluídos no Rol, se não ocorrer a validação de estudos de ATS com evidência científica sólida. Conforme a agência reguladora, sem isso "não haverá certeza dos benefícios clínicos e nem dos potenciais efeitos colaterais associados às tecnologias".

Para a ANS, seria importante se ao menos o projeto de lei considerasse não apenas o critério de existência de comprovação da eficácia baseada em evidências científicas ou de aprovação por um órgão de avaliação de tecnologia, mas os dois critérios associados.

"Também é preciso destacar que, num sistema mutualista como é o setor de planos de saúde, todos os custos de consultas, cirurgias, internações e demais atendimentos são repartidos entre os beneficiários e, dessa forma, é possível diluir as despesas, tornando-as viáveis para o consumidor", esclareceu.

No entendimento da agência, o grau de incerteza referente aos impactos econômicos da realização de procedimentos não previstos no rol atual provocará o risco de elevação dos reajustes a patamares superiores à capacidade de pagamento de beneficiários, mesmo naqueles controlados pelo órgão, como ocorre nos planos individuais, "podendo gerar a exclusão de um grupo de beneficiários do sistema de saúde suplementar".

Aprimoramento

A ANS informou, ainda, que o processo de revisão do Rol tem sido aprimorado sistematicamente, tornando-se mais ágil, participativo e transparente.

"Até 2021, a atualização era feita a cada dois anos. A publicação da Resolução Normativa nº 470, nesse mesmo ano, a recepção e a análise das propostas passaram a ser feitas de forma contínua, dando dinamismo à revisão das coberturas obrigatórias", afirmou.

Ainda em 2021, o Congresso Nacional votou uma Medida Provisória que, em março de 2022, seria convertida na Lei 14.307, que trouxe prazos ainda mais enxutos para atualização do Rol.

Pelos cálculos da ANS, em 2022 já foram incluídas 24 coberturas. Entre elas, sete são de procedimentos e 17 de medicamentos. Além disso, houve ampliações importantes para pacientes com transtornos de desenvolvimento global, como a cobertura para quaisquer métodos e técnicas indicados por médico assistente para tratamento de condições como o Transtorno do Espectro Autista; e o fim dos limites para consultas e sessões com psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta.

Justiça

No dia 8 de junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por 6 votos a 3 que as operadoras de planos de saúde não seriam mais obrigadas a cobrir procedimentos médicos que não estão previstos na lista da Agência Nacional de Saúde.

A decisão, no entanto, estava sujeita a recurso. Na sessão, prevaleceu o entendimento do relator, ministro Luís Felipe Salomão, cujo voto foi proferido em sessões anteriores.

Conforme o entendimento da Segunda Seção do STJ, o Rol de Procedimentos definidos pela agência é taxativo, o que significa que os usuários não têm direito a exames e tratamentos que estão fora da lista. 

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Artigo - Judicialização da medicina: o aumento das demandas judiciais

Por Herberth Marçal Chaves Moreira

"Esse canivete é bisturi; esse garfo, afastador; esse lençol, atadura; essa tábua, goteira; esse barbante, dreno; essa corda, garrote; esse serrote, serra; essa agulha de crochê, algália Tudo serve. Vem inventado da cozinha, da despensa e das caixas de carapina - para transformar-se em instrumento cirúrgico." O trecho em tela retirado do livro Baú de Ossos de Pedro Nava, relata o improviso da medicina de outrora. Contudo, este Autor, memorialista, jamais vislumbraria que tais improvisos, de intuito altruísta e heróico em abrandar o sofrimento ou mesmo de salvar a vida poderiam culminar com demandas judiciais no futuro.

Dois campos que apresentam conhecimentos distintos: Direito e Medicina , contudo, estão cada dia mais ligados devido a judicialização da Medicina. O profissional médico põe em prática conteúdos da literatura médica, propedêutica clínica, seguindo os ditames do seu Código de Ética. No momento que um paciente constata um tratamento impróprio ao que é professado por tal Código, existe a possibilidade de começar uma ação judicial. Assim, a judicialização da medicina consiste na disputa, em juízo, das conexões entre as partes afeitas na assistência em saúde como médicos, pacientes e instituições. O número cada vez maior de processos judiciais abrangendo a área da saúde nem sempre foi assim. Nos últimos 10 anos, têm-se observado um aumento expressivo dessas demandas judiciais. Exemplificando o crescimento do número de processos éticos-profissionais nos Conselhos Regionais e Federal de Medicina, foi em torno de 250% em apenas uma década. Não obstante 60% dos casos sejam julgados improcedentes, existe a obrigação de responder à ação judicial e custear honorários advocatícios, periciais e afins. Ainda, vale salientar que quando falamos dos abalos motivados por uma ação judicial, devemos considerar, preliminarmente, uma possível quebra da aliança terapêutica na relação entre médico e paciente, que deveria, de uma forma legítima, manter-se íntegra. Desse modo, o médico busca por medidas capazes de mantê-lo seguro em caso de judicialização. Portanto, tem crescido assustadoramente o mercado de seguro de responsabilidade civil profissional, que compreende uma companhia de seguro responsável por cobrir os gastos da ação judicial e de uma ocasional condenação.

Naturalmente, o efeito direto desse evento é o acréscimo dos custos em saúde, uma vez que o valor será somado aos serviços consumi- dos pelo paciente. As ciências médicas apresentam princípios fundamentais que devem ser cumpridos pelos médicos. Existe um Código de Ética que deve ser rigorosamente respeitado pelos médicos, tal documento contém normas e artigos que orientam quanto à prática legal da medicina. Todavia, existem situações conflitantes com as limitações de ordem moral e ética, como o que acontece no Brasil que é, muitas vezes, caótica. Situações estas que retratam uma realidade de hospitais lotados e mal equipados e que inviabilizam uma atuação da qualidade da equipe de saúde. Em face das restrições e das adversidades aos quais é sujeitada, a população se apresenta revoltada com o tratamento recebido. A avidez por justiça guia os pacientes a procurarem meios de buscar seus direitos. Assim, vão atrás dos recursos que são oferecidos, sendo o primeiro deles os veículos de comunicação. O segundo, é a judicialização da medicina, entrando com ações contra aqueles que, em tese, não lhes prestaram a assistência adequada.

Nesse sentido, a relevante condição que necessita ser considerada é: o médico é realmente o culpado? Ainda, ele procedeu de forma imprudente, imperita ou negligente com os pacientes do ser- viço? Suas circunstâncias, condições, ambiente de trabalho interferiram no trabalho médico? Estimar pela vida de um paciente reivindica a investigação de todas as condições envolvidas, de todos os meios possíveis e de quais desfechos que uma atitude médica pode causar. A medicina compreende várias especializações, as quais têm suas singularidades de contato com o paciente e seus procedimentos específicos. Quando tratamos da quantidade de processos, a especialidade mais inquiri- da em juízo é a Ginecologia e Obstetrícia. Um dos principais motivos envolvidos, na especialidade em questão, é a assistência prestada no parto, acontecimento no qual são idealizadas muitas esperanças e que exige sabedoria do especialista para a condução de forma correta.

Em segundo e terceiro lugar no ranking de judicialização, encontram-se, respectivamente, a área Ortopedia e a Cirurgia Plástica. Na cirurgia plástica , existem frequentes reclamações no que se refere aos resultados dos procedimentos estéticos e dos pactos feitos previamente a eles. Também, é oportuno ressaltar, que não cabe ao paciente provar que o profissional agiu errado. A responsabilidade da prova recai no médico, que deve mostrar que agiu corretamente. Desta feita, no seu trabalho, o médico deve esforçar-se em prestar um atendimento de uma forma cordial, empático as demandas sintomatológicas e sofrimentos do paciente, prestando todos os cuidados necessários.

Os prontuários devem ser preenchidos conforme os ditames médicos. Cópia de laudos, contratos de prestações de serviços e correlatos devem ser guardados. Por fim, retornando ao olhar do memorialista Nava, que resgata histórias dos seus antepassados , entrevemos que a medicina era uma ciência poética, não cabia o mecanicismo e tampouco a judicialização da sua "arte": os médicos desfrutavam de grande respeito e credibilidade em toda a sua narrativa, uma vez que lidavam com o tratamento das nossas mais dramáticas necessidades existenciais aliviar a dor do corpo/alma e prolongar a vida.

*Herberth Marçal Chaves Moreira é Médico Perito da Justiça Federal.

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PORTAL YAHOO

Soluções que reduzem prejuízos de operadoras atraem investidores, diz CEO da Beep

A saúde ainda é uma área com grande potencial de investimento e, frequentemente, aparece nas recomendações de executivos de sucesso. Vander Corteze, CEO e fundador da Beep Saúde, concorda com tendência, mas avalia poucos serviços podem gerar negócios enormes dentro deste mercado.

Aos empreendedores interessados em se aventurar por esse caminho, Corteze enxerga uma boa abertura para as soluções que possam auxiliar as operadoras de saúde no desafio de encontrar um equilíbrio na sinistralidade, a relação entre o número de procedimentos realizados pelo beneficiário e o valor pago pela empresa para o plano de saúde.

Os dados mais recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ratificam a visão de Corteze de que os novos modelos de operadoras de saúde estão conseguindo atacar este problema e, por consequência, conquistar investidores: ao comparar 2019 com 2021, há mais operadoras com sinistralidade abaixo de 80% (47% x 54%), e menos operadoras com sinistralidade maior que 100% (8% x 7%).

Líder em vacinação domiciliar, Beep quer ganhar terreno na medicina diagnóstica

Entusiasta da Amazon e da transformação que Jeff Bezos promoveu no mundo do e-commerce, o médico paulistano Vander Corteze já era um empreendedor da área da saúde quando resolveu criar a Beep, healthtech líder em vacinação domiciliar e que, hoje, está presente em quase 150 cidades de seis estados brasileiros. O sucesso que obteve com a BR MED, rede de clínicas de medicina do trabalho, deu base para Corteze se jogar em uma solução muito mais disruptiva ao se perguntar por que, em meio a tantos aplicativos ainda não havia uma plataforma de saúde disponível na palma da mão das pessoas.

Surfando na tendência de e-commerce e delivery que já dominava os smartphones antes da pandemia, Corteze fundou, em 2016, a Beep Saúde. O serviço oferecido pela empresa, no início da operação, era o atendimento médico domiciliar, mas a oferta de consultas em casa não decolou, e a escuta ativa do consumidor foi fundamental para a pivotagem do negócio. "Foi um ano e meio oferecendo este serviço e, por 'n' razões, ele não tracionava. Então nós fomos ouvindo o verdadeiro CEO do negócio: o cliente. Reagindo ao feedback, na virada de 2017 para 2018, nós começamos a fazer o que fazemos até hoje: oferecer vacina em casa", afirma Corteze.

Da faculdade de medicina para o empreendedorismo disruptivo

Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vander Corteze estudou gestão de negócios no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) e foi oficial militar do Corpo de Bombeiros do Estado. Ao perceber que ainda não existiam aplicativos nem plataformas digitais que permitissem a compra on-line de serviços de saúde com entrega domiciliar de forma prática, eficiente e acessível, Corteze fundou a Beep Saúde em 2016. Hoje, a healthtech tem investidores como Valor Capital, DNA Capital, Endeavor Catalyst e David Vélez (fundador e CEO do Nubank). A empresa já opera nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Espírito Santo e Pernambuco e possui parceria com mais de 30 operadoras de saúde do Brasil.

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O GLOBO

Varíola dos macacos pode adiar fim das máscaras em voos, diz diretor-presidente da Anvisa

É numa sala espaçosa no último andar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília, que o diretor-presidente Antonio Barra Torres despacha. Na parede atrás da mesa do contra-almirante da reserva da Marinha, chama a atenção uma foto do presidente Jair Bolsonaro, com quem se desentendeu ao longo do último ano ao defender a vacinação contra Covid-19.

Crescimento: :

Agora, diante de um novo alerta sanitário no país, de (monkeypox), Barra Torres mais uma vez adota posição conflitante com a do presidente ao questionar se é o melhor momento de liberar as máscaras em ambientes fechados, como nos aviões. Bolsonaro, por sua vez, derrubou a medida de proteção ao primeiro sinal de arrefecimento da pandemia. Portos e aeroportos, porém, são atribuição da Anvisa, que mantém a exigência.

Na entrevista a seguir, o diretor-presidente da Anvisa conta quais serão os próximos passos da agência diante da nova ameaça.

O Ministério da Saúde anunciou a compra de vacinas e de antiviral contra monkeypox, mas a Anvisa não foi acionada. Como vê isso?

Isso retrata o exercício de um poder que é do Ministério da Saúde. A pasta tem esse poder legítimo, de, em situações onde entenda haver necessidade, superar atribuições da Anvisa. Então, ao assim agir, não está fazendo absolutamente nada de errado, que não esteja previsto.

Na sua avaliação, por que houve uma mudança de postura agora?

Não tenho ideia.

Contra o preconceito: Varíola dos macacos:

As responsabilidades recairão sobre o ministério?

Uma análise rasa diria que sim. Porém, a agência não está eximida por lei de suas responsabilidades, inclusive as de monitoramento de quaisquer eventos adversos. A gestão é madura, não tem criança aqui que vá fazer beicinho por um produto que não passou por nós. Precisamos ser, obviamente, invocados para isso, e não vejo por que não.

A Anvisa avalia alguma mudança em relação às fronteiras ou aos voos para conter a varíola dos macacos?

A OMS não preconiza restrições de ir e vir em relação à monkeypox. Mas temos, ainda, práticas não farmacológicas de evitar Covid-19 que se encontram vigentes em aeroportos e aeronaves. A forma de contágio não é a mesma, mas as medidas gerais, que procuram diminuir ou evitar a transmissão, vêm sendo aplicadas. É obrigatório o uso (de máscara em aviões), entretanto nós temos a possibilidade da refeição a bordo, que cria um período de tempo em que você estará sem máscara. Nós observamos falando de Covid-19 certo arrefecimento. Então, é possível que seja considerada, no futuro, a flexibilização.

Então a Anvisa avalia flexibilizar o uso de máscara em portos e aeroportos?

Dá para dizer que é uma possibilidade. Existem outros fatores que vieram, infelizmente, ao mesmo tempo, como a própria monkeypox, em que a máscara poderia ajudar a conter. Isso tudo pesa numa decisão: Será que temos realmente condições agora: sim ou não? Eu te digo: não me surpreenderia com uma flexibilização, mas, também, caso não venha neste momento, também não seria algo a surpreender.

A OMS declarou varíola dos macacos como uma emergência em saúde pública. É possível que a doença vire uma pandemia?

Não é atribuição do regulador avaliar essa questão. Isso quem faz muito bem são as sociedades de epidemiologia e infectologia aqui no Brasil, que monitoram, bem como a Câmara Técnica de Avaliação Epidemiológica do Ministério da Saúde, que poderá, talvez, dizer, pelas características, se tende a virar pandemia.

A Anvisa liberou a CoronaVac para crianças a partir de 3 anos, mas não houve campanha específica. O que deveria ser feito?

A campanha de vacinação é uma atribuição do ministério. A agência não faz campanha de vacinação ou uso de medicamento. Se a pasta o fizesse, bom seria, porque há uma progressão muito lenta do reforço em adultos e da aplicação em crianças.

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A REDAÇÃO

Infectologista goiana explica como se proteger da varíola dos macacos

Bruno Hermano

Goiânia - Embora hoje pareça pequeno se comparado à pandemia da covid-19, o número de casos de varíola dos macacos pode tomar grandes proporções em Goiás e no Brasil caso a população também não se atente para a importância das medidas de prevenção. Segundo a médica infectologista Marina Roriz, a melhor forma de se evitar uma pandemia de maior amplitude é vacinando a população. Todavia, medidas como o uso de máscaras; lavar as mãos e/ou higienizar com álcool; evitar relações sexuais com desconhecidos; e utilizar preservativos são medidas importantes que a população deve adotar.

Na última segunda-feira (1º/8), seguindo orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde recomendou que grávidas, puérperas e lactantes mantenham o uso de máscaras em locais fechados como forma de prevenir a infecção pela varíola dos macacos. De acordo com Marina Roriz, toda a população pode se beneficiar ao seguir esta recomendação.  "Atualmente o uso de máscaras é recomendado para quem está com baixa imunidade, no entanto, todos serão beneficiados com uso do acessório em locais fechados, apesar do contágio por gotículas ser mais difícil do que outras doenças, como a covid-19", afirmou.

Em Goiás a doença avança de forma rápida: os casos confirmados quase dobraram em uma semana. Segundo o balanço da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), divulgado na sexta-feira (5/8), já são 38 infectados em território goiano. Além disso, Goiás soma 142 casos suspeitos de infecções pelo vírus. Só em Goiânia, há 31 casos confirmados. Ainda conforme dados da pasta, o número de casos suspeitos da doença aumentou em 115% (de 66 para 142) em 24 horas.
 

Na terça-feira (2/8) a  Prefeitura de Goiânia confirmou a existência de transmissão comunitária da doença na cidade. Segundo a gestão municipal, naquela data, 29 pacientes estavam com infecções pelo vírus confirmadas. Dentre os pacientes infectados, a maioria tem histórico de viagem a São Paulo, Rio de Janeiro ou algum outro país com transmissão comprovada ou contato com pessoas que realizaram viagens a esses locais. No entanto, devido à existência de pacientes confirmados que não têm histórico de viagem a locais com casos confirmados da doença, bem como contato com tais pessoas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou a transmissão comunitária na capital goiana. 
 

Transmissão

Marina Roriz ressalta que a principal forma de contágio é pelo contato físico. Deve-se evitar, portanto, beijar, abraçar e, principalmente, ter relações sexuais com quem tenha sintomas ou diagnóstico positivo. O contato com as lesões, crostas, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama e talheres que tenham sido utilizados por pessoas que estejam sintomáticas, também deve ser evitado.

Segundo a infectologista, o perfil da população que mais tem contraído a doença em Goiás (homens de 23 a 43 anos) é de pessoas em idade sexualmente ativa. Isso demonstra, diz ela, que a principal forma de contágio tem sido por relação sexual. Portanto, para a população nesta faixa, é importante evitar relações sexuais com pessoas desconhecidas e utilizar preservativos. 

Crianças com menos de oito anos, gestantes e imunodeprimidos - pessoas que passaram por transplante, em tratamento oncológico ou que tiveram diagnóstico positivo para HIV, por exemplo - devem ter cuidados redobrados, uma vez que são mais suscetíveis a quadros graves da doença. Especialistas também indicam que homens que fazem sexo com homens (HSH) também precisam estar atentos, visto o risco de exposição. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), eles representam 98% dos casos.

A varíola dos macacos é uma doença conhecida desde 1958. Marina Roriz conta que, na África, ela já é considerada como endêmica e seu primeiro surto fora de lá foi nos EUA, em 2003. Segundo ela, desde então há relatos de surtos esporádicos no mundo, mas com o aumento da mobilidade atual, o risco de surtos se tornarem uma pandemia aumentou. O que se pode fazer, no momento, para evitar o aumento dos casos, é a vacinação e a adoção de medidas preventivas.

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DIÁRIO DA MANHÃ

A armadilha da Inseminação caseira

Ginecologista afirma que esse é um atalho que pode sair caro no final para quem recorre a ele

Quantos casais sonham em ter filhos, uma família maior após se casarem, mas nem sempre esse sonho está perto de se realizar. Alguns casais sofrem com problemas para engravidar, e recorrem muitas vezes a inseminação artificial para conseguir realizar esse sonho. É um dos caminhos que existem para tornar esse sonho real, mas uma inseminação artificial tem todos os procedimentos padrões, que a tornam algo caro e muitas vezes inacessível há alguns. Com o passar do tempo surgiu uma nova modalidade, que pode ser tida como uma armadilha para os casais, uma vez que o material genético pode ser obtido por meio das redes sociais, a chamada inseminação caseira.

A nossa reportagem foi atrás de saber a diferença entre essas duas modalidades que existem nos dias atuais, para que um casal seja ele heterossexual ou homossexual possa enfim ter filhos. O ginecologista e especialista em Reprodução Humana pela New York University, Ricardo Pimentel explicou não apenas as diferenças entre os dois processos, e toda problemática não apenas na questão de saúde mas também jurídica ao se utilizar a inseminação caseira.

Pimentel descreve todo o processo de inseminação artificial ou intrauterina, e que o mesmo consiste em abreviar a capacidade do espermatozoide de chegar de encontro ao óvulo, e permite que não apenas um, mas vários espermatozoides possam encontrar o óvulo para assim o mesmo ser fecundado, e o que dá grandes chances de um casal engravidar. Outro ponto que ele lembra é que o processo pode ser tanto homólogo, ou seja, quando o próprio marido é o doador do material ou heteróloga, quando o sêmen vem por meio de um doador e o material é preparado e depois injetado no útero da parceira.

“Atribui-se o termo inseminação caseira, quando o procedimento que geralmente é feito em laboratório, não é feito em um local adequado e nem por um profissional qualificado. Então muitas das vezes as pacientes fazem esse procedimento em sua própria residência e sem materiais esterilizados com sêmen que pode ser adquirido nas redes sociais ou pela internet. E tal procedimento pode colocar em risco a vida da paciente e do futuro bebê”, salienta o especialista.

Inseminação caseira é um atalho barato mas que pode sair caro segundo o ginecologista

Questionado sobre a questão que envolve escolher esse procedimento de inseminação caseira, o médico afirmou que este é um atalho que muitas vezes nós recorremos, mas que os atalhos que escolhemos são cheios de armadilhas, e que um dos riscos que a pessoas que opta por fazer essa inseminação pode se infectar com algum tipo de doença sexualmente transmissível. O ginecologista lembrou também que escolher esse procedimento caseiro também é cheio de problemas que envolvem questões judiciais, como por exemplo o exposto pelo artigo cento e noventa e nove da Constituição Federal que proíbe a comercialização de material biológico humano.

“Bom, em algumas situações em nossas vidas nós acabamos optando por escolher alguns atalhos, né? E mesmo que esses atalhos sejam repletos de armadilhas e como a pergunta já direcionou pode ser um barato que a gente paga muito caro mais pra frente então no caso da inseminação artificial caseira ela ela pode ser considerada sim como uma dessas armadilhas perigosas. Bom, primeiro porque segundo o artigo cento e noventa e nove da Constituição Federal de mil novecentos e oitenta e oito a comercialização de material biológico humano é proibida devendo o mesmo ser realizado exclusivamente de forma voluntária e altruísta. E segundo porque um procedimento aparentemente inofensivo na verdade está carregado de muitas armadilhas perigosas. Por exemplo existe um alto risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Primeira pela falta de regulamentação a gente vai fazer essa compra de forma caseira ninguém tem um controle sobre esse tipo de material, segundo porque eh mesmo se o doador do espermatozoide for testado adequadamente ele pode estar numa fase que a gente chama de janela de conversão sorológica. E portanto dá um resultado falso, negativo. Na verdade ele está infectado, mas não deu tempo de converter a sorologia ainda”.

Além dos problemas judiciais provocados por um crime que está exposto na Constituição, outra problemática mencionada pelo médico é pelo fato de trazer dificuldades para a criança no futuro, como por exemplo o doador se arrepender da doação ou o mesmo quebrar o termo de confidencialidade.

Antes de ir por esse caminho, a orientação que o especialista deixa é que os casais procurem antes de mais nada um médico ginecologista ou um especialista em reprodução humana, pois o profissional vai verificar as condições da mãe para gerar a criança, com checape e até mesmo rastreio de câncer do colo do útero para evitar qualquer tipo de problema. E não seguir conselhos de amigos ou parentes para fazer uma inseminação caseira para evitar problemas tanto para a mãe da criança, quando para o bebê que vai ser gerado.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 05 Agosto 2022 07:46

CLIPPING AHPACEG 05/08/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pacientes denunciam dois médicos de São Luiz de Montes Belos por erros médicos

Mulher do cantor George Henrique sofreu crime sexual durante exame em hospital de Goiânia, diz assessoria

Mãe denuncia que bebê morreu após receber medicamento em hospital de Pires do Rio: ‘Quero justiça’

Goiás chega a 38 casos confirmados de varíola dos macacos

Covid-19: Goiás confirma 2.528 novos casos em 24 horas

Bolsonaro sanciona piso da enfermagem

Dengue matou 752 pessoas no Brasil em 2022

Dia Nacional da Saúde: Cuidar da saúde mental e da alimentação colaboram para uma melhor qualidade de vida

Piso para enfermagem sem reajuste automático

Ministério da Saúde aprova protocolo para diagnóstico de TDAH

Planos querem mudar projeto sobre rol da ANS

PL do piso da enfermagem e a duvidosa juridicidade

TV ANHANGUERA

Pacientes denunciam dois médicos de São Luiz de Montes Belos por erros médicos

https://globoplay.globo.com/v/10821005/

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PORTAL G1

Mulher do cantor George Henrique sofreu crime sexual durante exame em hospital de Goiânia, diz assessoria

Segundo a assessoria, suspeito não fazia parte da equipe médica ou de enfermagem da unidade de saúde. Caso aconteceu em setembro de 2021 e foi registrado na Polícia Civil.

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás

A esposa do cantor George Henrique, Francine Toaldo, sofreu um crime sexual durante um atendimento em um hospital de Goiânia, de acordo com a assessoria do sertanejo, da dupla com Rodrigo. Segundo a equipe, o caso aconteceu durante um exame íntimo que era realizado pela influenciadora.

g1 solicitou um posicionamento do Hospital do Coração na manhã desta quinta-feira (4), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O caso aconteceu em setembro do ano passado, mas a equipe do sertanejo não forneceu detalhes sobre o fato. De acordo com a assessoria, Francine e George aguardam o desfecho das investigações.

"Imediatamente, após o ocorrido, foi registrado boletim de ocorrência", detalha a assessoria.

A equipe responsável pela comunicação da dupla sertaneja ainda detalha que o crime sofrido pela influenciadora foi o de importunação sexual e que o suspeito não fazia parte da equipe médica ou de enfermagem do hospital.

"De forma paralela, também foi ajuizada ação judicial, na qual se discute a responsabilidade do hospital pela falta de segurança e prestação de serviço, em razão da ausência de vigilância do interior da unidade hospitalar", pontuou.

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Mãe denuncia que bebê morreu após receber medicamento em hospital de Pires do Rio: ‘Quero justiça’

Ela conta que levou filho de 5 meses na unidade porque percebeu que ele estava com uma coceira, mas ela acredita que houve erro médico. Polícia Civil investiga a morte.

Por Danielle Oliveira e Matheus Albernaz, g1 Goiás e TV Anhanguera

A dona de casa Jacilene Reis do Amaral, de 21 anos, denuncia que o filho Erick Jonathan, de 5 meses, morreu após receber uma medicação no Hospital Municipal de Pires do Rio, no sudeste de Goiás. Ela conta que levou o bebê na unidade porque percebeu que ele estava com uma coceira. A mulher acredita que houve erro médico e acionou a Polícia Civil, que investiga a morte.

A mãe contou que procurou atendimento médico para o filho no sábado (30). Após o bebê ser atendido, ela diz que uma médica receitou um medicamento injetável e, depois da aplicação, o menino começou a passar mal e parou de respirar. O menino foi transferido no mesmo dia para um hospital em Goiânia, mas morreu na segunda-feira (1º).

“Aplicaram um injetável errado nele, eu vi. Meu filho estava só com uma coceirinha. Ele chegou alegre no hospital, estava brincando com todo mundo. Eu quero que a Justiça seja feita porque eu não quero que nenhuma mãe passe por isso”, desabafou a mãe.

À TV Anhanguera, o diretor do Hospital Municipal de Pires do Rio admitiu que a criança estava apenas com uma mancha no corpo quando deu entrada na unidade, mas contestou a versão da mãe de que houve erro médico. Ele disse que, após a medicação, a criança chorou e broncoaspirou, ou seja, engoliu saliva. O diretor disse ainda que, depois disso, o bebê parou de respirar.

Mãe acredita que houve erro no remédio

Conforme a mãe, após o bebê ser atendido, na tarde sábado, uma médica receitou um medicamento injetável. Depois disso, Jacilene conta que um enfermeiro informou à profissional que não tinha o remédio receitado e questionou se podia aplicar outro que tinha. Conforme a mãe, a médica autorizou.

“Quando aplicaram a injeção nele, ele chorou, porque dói né. Mas logo que eu o virei, ele já estava roxinho e mole no meu braço. Eu me agoniei e eles pegaram meu filho do meu braço e tentaram reanimar, mas ele não reagiu. Depois disso, eles se trancaram com ele na sala”, disse.

De acordo com Jacilene, o filho teve mais de uma parada cardíaca e a equipe médica precisou entubar a criança ainda no local. Na noite do mesmo dia, o bebê foi transferido em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).

“Ele teve duas paradas cardíacas em Pires do Rio e três dentro da Samu indo para Goiânia. Ele já chegou em Goiânia muito grave”, disse a mãe.

O Hecad disse que o paciente deu entrada em estado gravíssimo e com sinais de falência múltipla de órgãos. A unidade disse que bebê foi estabilizado e transferido para uma UTI.

A mãe conta que a equipe médica informou a ela que a criança chegou ao Hecad com diversos machucados e, inclusive, com o braço fraturado. Jacilene acredita que o filho tenha sido machucado durante a reanimação no Hospital Municipal de Pires do Rio.

“Em Goiânia, ele chegou todo machucado. A médica falou que o braço dele chegou quebrado e que teriam que fazer uma cirurgia, mas que ele poderia não resistir. A médica falou que estava fazendo tudo por ele, mas que ele estava muito grave”, disse a mãe.

Após a morte, a mãe procurou a Polícia Civil de Goiânia e registrou uma ocorrência contra o Hospital de Pires do Rio. Em nota, a corporação disse que ficou sabendo que o bebê passou mal após ser medicado e precisou ser transferido para Goiânia.

A PC disse ainda que abriu um inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte. "Avaliaremos agora todo o contexto para apurar se houve erro médico, tanto no tipo de medicamento aplicado quanto na dosagem, ou se o óbito foi em decorrência de alguma outra causa", escreveu a nota da polícia.

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A REDAÇÃO

Goiás chega a 38 casos confirmados de varíola dos macacos


Théo Mariano

Goiânia - Goiás tem 38 casos confirmados de varíola dos macacos, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (4/8) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A maioria dos infectados, 31 deles, são de Goiânia, onde a transmissão já é considerada comunitária.

De acordo com a SES-GO, os outros pacientes estão em Aparecida de Goiânia (4), Inhumas (1), Itaberaí (1) e Luziânia (1). Até o momento, outros 66 casos são considerados suspeitos. Todas as infecções registradas seguem sendo em pessoas do sexo masculino, com idades entre 23 e 43 anos.

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Covid-19: Goiás confirma 2.528 novos casos em 24 horas

Goiânia - Goiás confirmou nas últimas 24 horas 2.528 novos casos de covid-19, totalizando 1.639.179 desde o início da pandemia. Os dados foram divulgados no boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), nesta quinta-feira (4/8). 

Nenhuma morte pelo coronavírus foi registrada no período. Até o momento, o Estado contabiliza 27.211 óbitos pela doença. A taxa de letalidade é 1,66%. De acordo com a SES, 210 mortes ainda estão em investigação. 
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AGÊNCIA ESTADO

Bolsonaro sanciona piso da enfermagem

Após intensas discussões nos bastidores do governo, o presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira (4/8), a lei que cria o piso nacional da enfermagem. O Executivo ainda não explicou, contudo, se o trecho do projeto aprovado no Congresso Nacional que estabelece reajuste de salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi vetado ou não.

A lei sancionada estabelece piso salarial que varia de R$ 2.375,00 a R$ 4.750,00 para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para dar segurança jurídica, o Congresso promulgou antes uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para liberar o governo a propor a criação do piso. O impacto fiscal estimado é de R$ 16 bilhões. A assinatura da lei, feita no último dia do prazo de sanção, ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto na presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Alçada pela campanha à reeleição para tentar diminuir a rejeição de Bolsonaro entre as mulheres, a primeira-dama Michelle também compareceu, assim como representantes dos enfermeiros. Bolsonaro não discursou na solenidade, que foi encerrada antes do previsto após enfermeiros se levantarem das cadeiras em comemoração que não pôde ser controlada pela equipe do Planalto. Os pedidos ao microfone para que todos tomassem seus assentos foram ignorados. 

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JORNAL OPÇÃO

Dengue matou 752 pessoas no Brasil em 2022

Até o dia 25 de julho deste ano, a dengue já matou 752 pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O que daria uma média de 25 mortes por semana no país e um aumento de 205,6% dos óbitos em relação ao ano completo de 2021. Ainda existem quase 200 mortes suspeitas que estão em investigação.

De acordo com a pasta, o centro-oeste foi a região mais atingida com 1.783,9 casos por 100 mil habitantes, uma média três vezes maior que no restante do país. Sendo que Goiânia foi a segunda cidade com ocorrências da doença, apenas atrás de Brasília (DF), sendo quase 45 mil eventos registrados.

Ainda existe a possibilidade do número de mortes por dengue neste ano ser o maior na última década, sendo que 2022 é até o momento a terceira maior marca desde 2013.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Dia Nacional da Saúde: Cuidar da saúde mental e da alimentação colaboram para uma melhor qualidade de vida

A data foi escolhida em homenagem ao médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872 e, tem como objetivo, estimular a conscientização sobre a importância de se ter estilos de vida saudáveis

 

MADELAYNE ARAÚJO

4 de agosto de 2022 13:43 | Atualizado há 14 horas

É fato que cuidar da saúde é indispensável para ter uma boa qualidade de vida e bem-estar. O cuidado com a mesma, é uma atitude que deve ser tomada, diariamente, para evitar doenças e, claro, para manter uma vida mais equilibrada. Por isso, nesta sexta-feira, 5 de agosto, é celebrado o Dia Nacional da Saúde no Brasil.

A data foi escolhida em homenagem ao médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872 e, tem como objetivo, conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária e a ter um estilo de vida mais saudável. No entanto, muitas vezes, devido à rotina cada vez mais agitada, as pessoas acabam se esquecendo do cuidado que deveriam ter com a própria saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades.” As ações debatidas e implementadas nessa data vão além da saúde física. Abrange também, o alcance de uma autêntica qualidade de vida, que depende de fatores físicos e mentais, uma rotina com alimentação de qualidade, ingestão de água limpa, prática de atividades físicas e ainda, momentos de descanso e lazer.

“A saúde mental é tão importante quanto a saúde física, embora muitas vezes esse fato não seja levado em consideração, e assim, deixa de receber a devida atenção”, aponta a psicóloga Adrieny Evellin.

De acordo com ela, “os números de transtornos mentais vem crescendo desenfreadamente, porém, ainda existe um grande tabu sobre o assunto. Quando a saúde mental está comprometida, pode vir a provocar danos a saúde física. É importante ressaltar que a saúde mental não é só ausência de doenças, na verdade, é levado em consideração um completo estado de bem-estar.”

A psicóloga dá dicas para manter uma boa saúde mental, mas ressalta que as interferências que comprometem a saúde da mente são muito particulares e, por isso, deve focar naquelas que estão de fato ao alcance do sujeito. “Ter hábitos saudáveis e sempre visar o bem-estar bio-psico-socio-espiritual, ter uma boa alimentação, dormir de seis a oito horas por noite, praticar atividades que geram bem-estar, praticar atividades físicas e tirar um tempo para o lazer, contribui para uma boa saúde mental”, complementa.

Outro fator que ajuda a manter a saúde e qualidade de vida, é a boa alimentação. Se alimentar de forma saudável e, equilibrada, é essencial para garantir qualidade de vida.

“Investir na alimentação é sinônimo de gastar menos recursos com remédios, pois o principal foco é a manutenção da saúde”, aponta a nutricionista Thânnia Eveling.

Segundo ela, “a alimentação é parte fundamental para proporcionar melhor qualidade de vida e, trás diversos benefícios como manter o bom funcionamento do organismo, prevenir doenças crônicas como a hipertensão e diabetes, fornece mais energia para o corpo, maior longevidade, melhora na qualidade de sono e auxilia no controle de peso.”

A nutricionista também dá dicas para quem quer começar a ter hábitos mais saudáveis.

“Comece a praticar uma atividade física, aumente a ingestão de água, diminua o consumo de sal e, utilize mais temperos naturais como alho, salsinha e alecrim, insira mais frutas, legumes e verduras no seu dia a dia.

Ainda de acordo com ela, é muito importante procurar um profissional adequado. “Um nutricionista é muito importante para auxiliar e planejar dentro da sua realidade, uma rotina de alimentação saudável”, complementa.

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AGÊNCIA BRASIL

Piso para enfermagem sem reajuste automático

Para enfermeiros, o mínimo passará a ser de R$ 4.750,00. Para técnicos, o valor deve ser correspondente a 70% dessa marca, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50% O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira (4), em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei (PL) 2564/20, que institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. No caso dos primeiros, o piso passará a ser de R$ 4.750,00. Para técnicos, o valor deve ser correspondente a 70% dessa marca, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%. O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional em julho. A instituição do patamar salarial era uma luta histórica da categoria, que representa cerca de 2,6 milhões de trabalhadores.

"Hoje é um dia muito importante, não só para a enfermagem brasileira, mas para a saúde pública do Brasil. Não há saúde pública sem a nossa enfermagem", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Segundo ele, por razões de constitucionalidade, o presidente vetou um dos artigos do PL, que determinava um reajuste anual do novo piso com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), um dos indicadores de inflação. De acordo com a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Maria Pereira dos Santos, mais de 80% da categoria recebe valores inferiores ao novo piso, que agora é lei.

"Existe uma precariedade infinita com relação a salários da enfermagem. Agora, pela lei, vamos ter um piso, é o mínimo", afirmou, após a cerimônia. Para viabilizar a aprovação do piso nacional da enfermagem, o Congresso Nacional promulgou uma emenda constitucional para dar segurança jurídica ao projeto, inserindo o tema na Constituição Federal. Depois disso, o projeto de lei que efetivamente estabelece os novos valores foi aprovado com chancela da ampla maioria de lideranças e bancadas partidárias.

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Ministério da Saúde aprova protocolo para diagnóstico de TDAH

O governo brasileiro aprovou um documento com critérios de diagnóstico, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). O protocolo do Ministério da Saúde foi publicado no Diário Oficial da União. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que o transtorno acomete 3% da população mundial.

Segundo o ministério, o transtorno é considerado uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por uma tríade de sintomas envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em um nível exacerbado e disfuncional para a idade. Os sintomas começam na infância, podendo persistir ao longo de toda a vida.

"As dificuldades, muitas vezes, só se tornam evidentes a partir do momento em que as responsabilidades e a independência se tornam maiores, como quando a criança começa a ser avaliada no contexto escolar ou quando precisa se organizar para alguma atividade ou tarefa sem a supervisão dos pais", ressaltou a pasta.

Diagnóstico tardio

Embora o TDAH seja frequentemente diagnosticado durante a infância, o Ministério da Saúde alertou ainda que não é raro o diagnóstico ser feito posteriormente. Ele deve ser realizado por um médico psiquiatra, pediatra ou outro profissional de saúde como neurologista ou neuropediatra.

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O GLOBO

Planos querem mudar projeto sobre rol da ANS

Texto aprovado na Câmara levaria empresas a cobrirem procedimentos fora da lista da agência e ainda será votado no Senado. Operadoras de saúde querem aumentar restrições para autorização e dizem que mensalidades podem subir com alteração

As operadoras de planos de saúde querem mudar no Senado o projeto de lei aprovado na última quarta-feira, pela Câmara, que obriga as empresas a cobrirem procedimentos que não fazem parte do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A proposta deve ser analisada pelos senadores na próxima semana - caso seja alterado, o texto volta para análise dos deputados. O setor também teme aumento de custos para os consumidores com o projeto.

O projeto determina que os planos façam procedimentos fora da lista da AN S caso exista comprovação da eficácia "baseada em evidências científicas e plano terapêutico"; haja recomendações do Sistema Único de Saúde (SUS); ou existir recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde (como a FDA americana).

A preocupação do setor é evitar que apenas a "evidência científica" seja usada para justificar a cobertura de determinados tratamentos, por entender que a expressão é vaga.

- Não somos contra o projeto de lei, mas nos preocupamos com essa exceção alternativa, que poderia permitir tratamentos que não existem em nenhum lugar do mundo - explicou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Planos de Saúde, Renato Casarotti.

Ele defende somar a exigência de evidência científica com a necessidade de aprovação de agência internacional de renome.

Na prática, o projeto derruba uma decisão de junho do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que estabeleceu caráter taxativo para o rol de procedimentos da ANS. Com isso, as empresas deixaram de ser obrigadas a cobrir tratamentos não previstos na lista, salvo algumas exceções. O rol da ANS lista 3.368 eventos em saúde, incluindo consultas, exames, terapias e cirurgias, além de medicamentos e órteses/próteses vinculados a esses procedimentos.

IMPREVISIBILIDADE MAIOR

Casarotti afirmou que, se o projeto for aprovado pelo Senado e virar lei, todos os planos, individuais, familiares e coletivos, ficarão mais caros. Isto porque, com a falta de previsibilidade, será preciso "precificar a insegurança", afirma.

Para José Luiz Toro da Silva, sócio do Toro Advogados & Associados e presidente do Instituto Brasileiro do Direito da Saúde, os planos mais afetados serão os individuais e os coletivos.

- Com o projeto, não há como precificar ou saber previamente quanto é que será cobrado no próximo ano. Não dá para saber o reajuste, porque não há previsibilidade - acrescentou.

Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) destacou que defende que quaisquer alterações na legislação devem preservar a segurança dos pacientes, com base na comprovação de eficácia dos procedimentos médicos. "Para isso, é preciso manter o processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, que considera a efetividade e custos das novas incorporações", afirma.

Karla Guerra, coordenadora jurídica da Aduseps (associação de usuários de plano), disse que há vários tipos de procedimentos que costumam ser negados com base no rol da ANS e só foram autorizados na Justiça. Ela citou como exemplos dois casos: um sobre a cobertura de um material a ser utilizado para implante de uma prótese e, em outra ocasião, uma cirurgia de câncer. Casos como esses poderíam ser autorizados com base na lei em discussão no Congresso.

Para Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idee), o texto restabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde:

- A decisão do STJ não gerou pacificação sobre o tema. Na verdade, ela criou um problema social gravíssimo que está tendo que ser resolvido pelo Congresso e pelo STF.

Segundo especialistas, a decisão do STJ afetou o tratamento de usuários de planos que têm esclerose múltipla, síndromes genéticas e psíquicas e transtornos do espectro autista, por exemplo, impedindo o acesso a medicamentos, home care, e fornecimento de oxigênio domiciliar.

A assistente administrativo Erika Soares, de 40 anos, fez uma cirurgia para retirada de um tumor maligno. Agora, para iniciar o tratamento oncológico com quimioterapia, precisa realizar um exame conhecido como pet scan, que detecta células cancerígenas em diversas partes do corpo. O procedimento foi negado duas vezes pela operadora do plano de saúde. Ela buscou a Justiça, mas o exame, que custa mais de R$ 5 mil, foi negado com base na decisão do STJ.

- O médico não teria pedido esse exame se não fosse necessário. Estou desesperada, porque o tratamento está paralisado há um mês - afirma.

Advogados especializados explicam que, desde a decisão do STJ, houve aumento de negativas de cobertura.

- Se o projeto vier a ser aprovado, negações de tratamento perderiam efeito - diz Rafael Robba, advogado especializado em Direito à Saúde do escritório Vilhena e Silva.

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JOTA INFO

PL do piso da enfermagem e a duvidosa juridicidade

Apesar do fim altruísta, projeto incorre em vícios de inconstitucionalidade formais e materiais

PL 2564/2020, que altera a Lei 7.498/1986 para instituir o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira, tem causado discussões sociais, econômicas e jurídicas.

Conquanto não se discuta a relevância social dessas categorias de profissionais para a prestação dos serviços de saúde em qualquer sistema ou entidade, tanto na esfera pública quanto privada, a juridicidade da proposição é bastante questionável, sobretudo à luz das balizas constitucionais que devem nortear a atividade legislativa.

A proposta de lei ordinária, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), teve seu substitutivo aprovado pelo plenário do Senado Federal em novembro de 2021 e foi encaminhada à Câmara dos Deputados. Na semana passada, o plenário da Câmara aprovou requerimento de urgência para a votação do projeto, e a previsão é que o mérito da matéria seja analisado em abril.

Pretende-se acrescentar à Lei 7.498/1986, que regulamenta o exercício da enfermagem, a definição de piso salarial nacional a:

Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pela inclusão do artigo 15-A;

Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem contratados pelo regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, pela inclusão do artigo 15-B;

Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem contratados pelo regime jurídico dos servidores públicos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e de suas autarquias e fundações, pela inclusão do artigo 15-C.

A proposta de acréscimo do artigo 15-D à lei assegura atualização anual dos valores com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, a proposta prevê efeitos imediatos, preservadas remunerações superiores, e vincula aos seus termos qualquer acordo individual, contrato ou convenção coletiva.

São valores determinados e fixos (R$ 4.750 para os enfermeiros, 70% para os técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras) que devem ser observados por todos os entes federados e por todos os empregadores da iniciativa privada no território brasileiro.

Extrai-se dos aspectos jurídicos do relatório apresentado pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN) e aprovado pelo plenário do Senado Federal os seguintes fundamentos jurídicos: a matéria se refere a Direito do Trabalho, de competência comum (artigo 61 da CF); cabe ao Congresso Nacional legislar sobre o tema (artigo 48); a União pode instituir mecanismos de compensação aos entes menos favorecidos econômica e fiscalmente; o “piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho” é um direito constitucional (artigo 7º, V, da CF).

Entretanto, o projeto de lei apresenta importantes fragilidades à luz da Constituição Federal, das quais se passa a destacar:

O artigo 61, §1º, II, alíneas “a” e “c”, da CF, preceitua que são de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração e servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria.

A inobservância a esse regramento – que, inclusive, é de reprodução obrigatória pelos entes federados, subnacionais, ante o princípio da simetria – configura vício de iniciativa do projeto de lei que teve proposição parlamentar. São os seguintes precedente neste sentido do Supremo Tribunal Federal (STF): ADI 3.924, julgada em 21/6/2021; a ADI 5.876, julgada em 23/8/2019; ADI 4.000, julgada em 18/5/2017; e a ADI 4.211, julgada em 3/3/2016.

O projeto, portanto, flerta com a violação ao princípio da separação dos Poderes, que determina independência e harmonia entre eles (artigo 2º da CF).

O artigo 113 do ADCT, incluído pela EC 95/2016 (PEC do Teto de Gastos), estabelece que “a proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro”.

O referido projeto, entretanto, não aponta fontes de custeio para os significativos incrementos das folhas de pagamento dos estados e municípios, não sendo suficiente para tanto determinar no relatório que a União pode instituir mecanismos de compensação para esse fim, sob pena de impor irregularidades fiscais e um severo ônus orçamentário, principalmente aos entes nacionais menos favorecidos.

A Suprema Corte entende que a ausência de tal medida antecedente é indispensável para o equilíbrio da atividade financeira do Estado, dirige-se a todos os níveis federativos e é requisito adicional para a validade formal de leis. Nesse sentido versa a ADI 5.816, julgada em 05/11/2019.

O artigo 37, XIII, da CF dispõe que “é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público”, contudo, a proposição vincula a remuneração de carreiras públicas ao relacioná-las em relação de proporção remuneratória.

A imposição de um piso salarial uniforme é temerária e deixa de observar questões locais, além de diferenças socioeconômicas entre as diversas regiões de um país continental, porque aplica a todos os entes, entidades e empresas um critério de igualdade formal para um contexto de necessária aplicação de parâmetros que levem em consideração a real capacidade do mercado, do empregador, que em muito está relacionada ao custo de vida da comunidade da qual faz parte o empregado.

Diante da falta de critérios técnicos objetivos que evidenciem a capacidade mínima de cumprimento dos pisos propostos por todos os obrigados, o STF entende que “configura erro grosseiro o ato administrativo que ensejar violação ao direito à vida, à saúde, ao meio ambiente equilibrado ou impactos adversos à economia, por inobservância: 1) de normas e critérios científicos e técnicos; ou 2) dos princípios constitucionais da precaução e da prevenção” (ADI 6421 MC, julgada em 21/05/2020).

As diferenças geoeconômicas e sociais do Brasil são reconhecidas pela Constituição Federal como fundamento para ações pontuais de redução das desigualdades sociais (artigo 43 da CF); mas, na contramão desse preceito, o projeto de lei deixa de viabilizar condições isonômicas e proporcionais e a União deixa de elaborar, para fins de valorização dessas carreiras, planos regionais específicos de desenvolvimento econômico e social (artigo 21, IX, da CF).

A livre iniciativa é um fundamento da República Federativa do Brasil e deve estar associada a políticas públicas de valorização do trabalho humano, nas medidas em que ambos são fundamentos da ordem econômica consagrada pelas normas constitucionais (artigo 170 da CF).

Não podem ser consideradas válidas medidas que imponham às entidades privadas a obrigação de assegurar valorização ao trabalho quando isso coloca em risco o equilíbrio da atividade, além de fragilizar a livre concorrência, a busca pela redução das desigualdades regionais e sociais e o pleno emprego, três princípios que orientam a ordem econômica constitucional (artigo 171, IV, VII, VIII, da CF).

A hipótese sob exame distingue-se da fixação do piso nacional dos professores de que trata a Lei nº 11.738, de 2008, declarada constitucional nas ADI 4.167 e 4.848, porque 1) não se limita a determinar o vencimento básico; 2) o piso é assegurado por recursos federais; 3) a própria lei prevê normas de complementação e 4) não determina o mínimo do salário a ser pago nas relações jurídicas de direito privado.

A Constituição Federal estabelece, no seu artigo 198, §5º, que a lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os planos de carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.

A matéria é tratada na Lei nº 11.350, de 2006, mas suas disposições são objeto do RE nº 1.279.765RG, ao qual foi reconhecida a repercussão geral nos seguintes termos do voto do ministro relator Luiz Fux:

“Com efeito, a matéria aqui suscitada possui densidade constitucional suficiente para o reconhecimento da existência de repercussão geral, competindo a esta Suprema Corte decidir sobre a instituição do piso salarial sub examine, à luz das normas constitucionais referentes ao pacto federativo e à separação de poderes, à autonomia municipal, ao regime jurídico e remuneração dos servidores municipais, bem como o impacto econômico não previsto em lei orçamentária. Ademais, deve a Corte conferir a correta exegese e aplicabilidade do entendimento firmado na ADI 4.167, tomado pelo órgão de origem como fundamento de validade da norma, para o caso em análise”.

Portanto, o PL 2564/2020, apesar do fim altruísta, e da necessária valorização das carreiras nele propostas, especialmente depois da valorosa e indiscutível missão desempenhada ao longo do enfrentamento da pandemia da Covid-19, incorre em contestáveis vícios de inconstitucionalidade formais e materiais, abrindo espaço para duvidosa juridicidade.

EDUARDO MUNIZ MACHADO CAVALCANTI – Procurador do Distrito Federal. Advogado. Mestre em direito público com ênfase em direito tributário pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutorando em direito. Exerceu os cargos de Procurador da Fazenda Nacional e Procurador do Estado de Minas Gerais, junto aos Tribunais Superiores. Sócio da Bento Muniz Advocacia

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 04 Agosto 2022 15:38

Comunicado - Ahpaceg

Escrito por

04 08 22 comunicado

e não pactuem satisfatoriamente para o equilíbrio econômico-financeiro de nossas instituições.

Goiânia, 3 de a agosto de 2022

Visando a sustentabilidade dos associados e frente ao cenário atípico do restante do país em relação ao tratamento de dispositivos médicos implantáveis (DMI- OPMEs) por parte dos tomadores de serviços, a Ahpaceg recomenda aos hospitais associados que NÃO mantenham atendimento a fornecedores que não pactuem satisfatoriamente para o equilíbrio econômico-financeiro de nossas instituições.

Goiânia, 3 de a agosto de 2022

Quinta, 04 Agosto 2022 07:16

CLIPPING AHPACEG 04/08/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

O futuro dos planos de saúde

Bolsonaro deve sancionar piso dos enfermeiros, mas sem reajuste automático

Projeto que obriga planos de saúde a cobrir tratamentos fora do rol da ANS é aprovado pela Câmara

Dengue matou 752 brasileiros neste ano, 205% a mais do que em 2021; conheça os sintomas da doença

Dona do Meridional avança no ES e fecha parcerias com operadoras

Relação sexual é apontada como principal causa da varíola dos macacos

Covid-19: Goiás registra 3.716 novos casos e 11 mortes em 24 horas

Varíola dos macacos: Aparecida de Goiânia monitora casos por telemedicina

Bebê que nasceu com dilatação no rim aguarda por cirurgia que não é feita no TO: 'Não quero ver meu filho sofrendo'

Câmara aprova MP que regulamenta home office e auxílio-alimentação

Dia da Campanha Educativa contra o Câncer: 'Informação correta faz a diferença'

JORNAL DE NOTÍCIAS ONLINE

O futuro dos planos de saúde

Não é de hoje que os planos de saúde do Brasil apresentam problemas de liquidez, de gestão e de capacidade para atender os seus contratantes. Por essa razão o papel da ANS - Agência Nacional de Saúde Complementar é fundamental para evitar que o consumidor/paciente seja a maior vítima de um certo canibalismo entre as empresas de saúde complementar.

O surgimento da pandemia da COVID-19 pegou os planos de saúde em cheio com o aumento da sinistralidade, ou seja, o aumento de internações em UTI's e milhares de vítimas que necessitaram de atendimento médico, exames e procedimentos.

É bem verdade, que apesar dos planos de saúde aumentarem os valores das suas mensalidades anualmente com o consentimento da ANS, os contratados, especialmente profissionais de saúde, já estão há mais de 10 anos com valores de consultas e exames congelados. A consequência dessa realidade é que muitos credenciados deixaram de atender os contratantes dos planos, que agora tem que pagar consultas particulares e, por vezes, exames de urgência e procedimentos, o que desagua em forma de processos no judiciário.

O canibalismo no mercado também é um fato. Em menos de dois anos poucos planos sobreviverão, e alguns, na tentativa de escapar da falência, estão investindo em serviços próprios, sejam de consultas, exames simples e complexos, hospitalização e tratamento de doenças crônicas. Se por um lado pode ser uma solução a médio e curto prazo para enxugar despesas e garantir a sobrevivência, por outro, limita o acesso do contratante a serviços de referência nas diversas especialidades clínicas.

A crise econômica, que não é fruto da guerra na Europa, mas um defeito de origem do Estado brasileiro que não tem a cultura do planejamento econômico, mas do oportunismo que depende do humor dos governantes e do período eleitoral, tem levado milhares de pessoas a sair dos planos de saúde pelos preços cada vez mais caros, e passando a utilizar o sistema único de saúde que está aos tropeços.

O problema de gestão não é somente dos planos de saúde, mas neste caso a situação é mais difícil porque envolve investidores, mercado, consumidor/paciente, profissionais de saúde e empresas prestadores de serviços de saúde credenciadas pelos planos. Uma verdadeira cadeia de serviços e consumo que ao ter uma falha coloca em risco a vida de pessoas, o emprego de outras e a existência de empresas.

O futuro dos planos de saúde numa economia fragilizada e após uma pandemia é o encolhimento com os mais fortes adquirindo os mais frágeis, o que pode se tornar um problema muito grave, com a formação de oligopólios e cartéis, que determinarão os preços diante da ausência de concorrência. Tudo sob o olhar do Estado brasileiro.

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YAHOO

Bolsonaro deve sancionar piso dos enfermeiros, mas sem reajuste automático

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve sancionar, nesta quinta-feira (4), o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiros.

A proposta foi aprovada no mês passado pelo Congresso e o governo tem sido pressionado pela bancada da saúde para que o Palácio do Planalto sancione o texto.

Bolsonaro, porém, deve vetar o trecho que prevê o reajuste anual automático do piso salarial. O projeto previa que o valor seria corrigido todos os anos pela inflação, medida pelo INPC.

A proposta cria um piso mensal de R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem devem receber 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50%.

O presidente declarou a apoiadores nos últimos dias que a tendência era sancionar o projeto. A medida agrada a maior categoria na área de saúde a menos de dois meses para a eleição.

A sanção do projeto deve ocorrer durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (4).

Para aprovar o piso, o Congresso teve que votar dois projetos. Um deles é uma PEC (proposta de emenda à Constituição) cujo objetivo foi deixar claro que um projeto de lei trataria do piso salarial para a categoria.

Isso porque, sem a PEC, havia o risco de o projeto ser legalmente questionado, já que poderia dar margem à interpretação de que um Poder avança sobre as prerrogativas de outro ao propor um valor salarial para o piso.

Por isso, o texto da PEC determinou que uma lei federal institui os pisos salariais nacionais para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiros. Ou seja, permite que o projeto de lei aprovado anteriormente tenha condições legais de ser aplicado.

Deputados, que analisaram o impacto financeiro dessa mudança, preveem aumento de gasto com pessoal na ordem de R$ 16,31 bilhões ao ano, considerando instituições de saúde públicas e privadas.

Segundo a relatora, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), os municípios terão até o fim do ano para ajustarem o Orçamento de 2023 com o valor do piso da categoria.

Ela se reuniu com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pedir apoio à aprovação de propostas que possam elevar a arrecadação e, assim, compensar o aumento das despesas, com a criação do piso.

Sobre o possível veto ao reajuste anual do piso salarial, a deputada disse que, se confirmado, irá continuar defendendo a medida, mas que considera a sanção do piso já um avanço. "A vitória pode ser em etapas", afirmou.

A CNM (Confederação Nacional dos Municípios), por sua vez, disse ser contra a criação de um piso sem indicação de fonte de custeio. "Além disso, a CNM questiona um piso nacional sem que se considere as realidades locais", afirmou, por nota.

A entidade se mobilizou intensamente junto aos parlamentares e a integrantes do governo para tentar barrar a medida, que contraria interesse de gestores municipais.

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GLOBO ONLINE

Projeto que obriga planos de saúde a cobrir tratamentos fora do rol da ANS é aprovado pela Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, um projeto de lei que obriga os planos de saúde a cobrirem tratamentos e procedimentos fora do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A votação foi simbólica e o texto deverá ser votado no Senado na próxima terça-feira.

Tesouro Selic, fundos ou poupança? Cobertura:

Resultado de um grupo de trabalho criado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o projeto (STJ), que estabeleceu que o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde tem caráter taxativo. Isso significa que as operadoras não seriam mais obrigadas a cobrir tratamentos não previstos na relação da agência, salvo algumas situações excepcionais.

Entrevista:

O projeto aprovado na Câmara, portanto, tem por objetivo dar continuidade a procedimentos que poderiam ser excluídos da lista da ANS. Entre os principais pontos do texto, um deles é que o rol da ANS que serve de referência para planos contratados a partir 1º de janeiro de 1999 será atualizado a cada incorporação.

Na hipótese de o tratamento prescrito pelo médico ou odontólogo não fazer parte da lista, a cobertura será autorizada se existirem comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico; recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS; e recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus nacionais.

Efeito:

Há 3.368 tipos de tratamentos e procedimentos no rol da ANS, entre exames, consultas, terapias, cirurgias, medicamentos e próteses. Os planos de saúde são obrigados a oferecer esses serviços.

A decisão do STJ gerou críticas de entidades da sociedade civil. O relator do texto, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), disse que milhões de pessoas que dependem dos planos de saúde se viram tolhidas do direito de se submeterem a terapias fundamentais para se manterem saudáveis ou até mesmo para sobreviverem.

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Dengue matou 752 brasileiros neste ano, 205% a mais do que em 2021; conheça os sintomas da doença

A dengue já matou 752 pessoas no Brasil até o dia 25 de julho deste ano - o equivalente a 25 óbitos por semana - de acordo com o Ministério da Saúde. O número supera em 205,6% o total de mortes causadas pela doença em todo o ano passado.

O quantitativo de vítimas fatais ainda pode aumentar. Há 190 óbitos ocorridos entre janeiro e a última semana de julho que ainda estão em investigação. Há a possibilidade de 2022 registrar o maior número de mortes provocadas pela doença nos últimos dez anos, visto que o total de vidas ceifadas contabilizado até o final de julho já é o terceiro maior da série histórica iniciada em 2013.

De acordo com especialistas ouvidos pelo GLOBO, a doença é cíclica, o que leva o Brasil a vivenciar epidemias periódicas:

- Ter quase 26 mortes por semana representa a nossa tragédia. A cada dois ou três anos, vivemos uma epidemia da doença, como ocorre agora - lamenta o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Julio Croda.

Além do comportamento cíclico da doença, o grande aumento de diagnósticos de dengue entre 2021 e 2022 guarda relação com a pandemia de Covid-19. O isolamento imposto à população ao longo do ano passado reduziu a circulação do vírus da dengue, derrubando o número de casos e, consequentemente, de óbitos causados por ela.

- Alguns estudos demonstraram que houve uma diminuição muito além do esperado em termos dos ciclos da doença - explica o professor de Epidemiologia da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic, André Ribas Freitas.

A incidência, porém, varia em cada de região. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o Brasil diagnosticou 1.288.403 infectados pela dengue em 29 semanas deste ano. Isso representa 604 casos por 100 mil habitantes no país. No Centro-Oeste, região mais afetada, foram identificados 1.783,9 casos por 100 mil habitantes - incidência quase três vezes superior à verificada no plano nacional.

No ranking por estado, São Paulo concentra a maior quantidade vidas perdidas neste ano: 233. Depois, vêm Paraná, com 88 mortos, e Santa Catarina, 85. Entre as cidades, Brasília desponta com 59.802 infectados de janeiro a última semana de julho deste ano. Goiânia está em segundo lugar, acumulando 44.947 casos, seguida por Joinville (SC), com 26.545.

O esforço global para levar vacina contra Covid-19 a lugares remotos 10 fotos Pular Pular Pular Pular Para atingir mais da metade da população global, profissionais de saúde enfrentaram longas jornadas pelo mundo

Sintomas

Os sintomas clássicos de dengue incluem febre abrupta, geralmente de 39°C a 40°C, e dores de cabeça, no corpo, nas articulações e ao redor dos olhos. Também é comum aparecerem manchas vermelhas na pele, chamadas de exantema. Anorexia, enjoo e vômito são outros sintomas que podem ocorrer.

Especialistas alertam que os pacientes devem procurar atendimento médico, sobretudo caso os sintomas evoluam. É preciso atenção se houver dor abdominal, vômito persistente, desidratação, acúmulo de líquido, pressão baixa, tontura forte, alteração no nível de consciência, como letargia, sangramento nas mucosas e aumento progressivo do hematócrito, ou seja, na concentração de células vermelhas no sangue.

Esses são os chamados sinais de alarme. Já os quadros graves da dengue podem incluir disfunções no coração, nos pulmões, nos rins, no fígado e no sistema nervoso central (SNC).

- Temos um pequeno número de casos com evolução severa. No entanto, quando o número de casos é muito grande, acaba que chama atenção e devemos estar preparados, organizando o sistema de saúde, para detectar rapidamente os pacientes e conseguir colocá-los em ambiente controlado - diz o professor de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB) Jonas Brant.

Apesar do crescimento constatado neste ano, o número de casos de dengue tem caído nas últimas semanas. O motivo é a sazonalidade da infecção, que costuma fazer mais vítimas nos primeiros meses de cada ano, quando há mais chuvas e, portanto, mais água parada nos imóveis Brasil afora.

- Essa queda é esperada neste momento do ano, devido ao inverno e ao momento muito oportuno para que a gente organize o trabalho de contenção e controle do Aedes aegypti (mosquito transmissor da doença) - prossegue o sanitarista.

Na ausência de uma vacina para o público-geral, o foco deve estar na prevenção: o combate ao mosquito, vetor de transmissão do vírus da dengue. As doses só podem ser aplicadas em clínicas privadas e em pessoas que já se infectaram anteriormente. O aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é para a faixa etária de 9 a 45 anos.

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A GAZETA ONLINE

Dona do Meridional avança no ES e fecha parcerias com operadoras

Kora Saúde quer atrair o mercado de atenção primária para dentro de suas unidades hospitalares e, a partir daí, tubinar o atendimento de alta compexidade

A Kora Saúde, dona dos sete hospitais da rede Meridional do Espírito Santo, está entrando no mercado de atenção primária. A companhia fechou parcerias com o Pasa, operadora de saúde de autogestão da Vale, e com a Postal Saúde, que presta assistência aos funcionários dos Correios. Ao todo, os dois planos possuem cerca de 45 mil clientes no Estado.

A ideia da Kora, controlada pela gestora de private equity H.I.G, é trazer os usuários dos parceiros para dentro de suas unidades hospitalares. No caso do Pasa, que possui uma clínica de atendimento primário, a Doutor Pasa, a intenção é replicar o modelo dentro da rede Meridional. Ainda em agosto as unidades - em Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica - já estarão em funcionamento.

"Na maioria das vezes a pessoa tem um problema simples, mas não sabe o que fazer dentro do sistema, fica perdida. No modelo pensado, assim que ela chegar na clínica será recepcionada por um médico de referência que fará, em caso de necessidade, a indicação de um especialista dentro da própria clínica. Se for algo mais complicado, já estaremos dentro do hospital. A ideia é prestar um atendimento mais ágil, resolutivo e reduzir a recorrência desnecessária de pacientes, evitar o desperdício. É bom para o usuário e para o plano", explica Michel Santana, diretor da Kora.

É o segundo passo que a Kora Saúde dá dentro do Estado - o primeiro foi a compra do Meridional. Ter essa ponte direta com o atendimento primário deve ampliar o faturamento da companhia junto aos parceiros em 50%. Atualmente, o Meridional faz parte apenas da rede credenciada do Pasa e do Postal, agora, haverá uma prestação específica de serviço.

A Kora está negociando com outras operadoras esse mesmo modelo de parceria. A ideia é fechar 2022 com 50 mil clientes de atenção primária. O alvo são empresas que administram seu próprio convênio médico, conhecido como plano de saúde de autogestão.

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AGÊNCIA ESTADO

Relação sexual é apontada como principal causa da varíola dos macacos

O contato íntimo - que inclui relações sexuais -, de pele com pele, com lesões de pessoas contaminadas, é apontado como a principal forma de transmissão da varíola dos macacos no surto atual, conforme especialistas.

Beijar, abraçar e, principalmente, ter relações sexuais com pessoas com diagnóstico positivo, são consideradas atividades de risco e devem ser evitadas. Porém, medidas como uso de máscaras e preservativos, higienização de mãos e o não compartilhamento dos chamados fômites (objetos capazes de transportar patógenos, como lençóis e toalhas) também podem ajudar a evitar a contaminação. Isso porque, explicam, outras formas de transmissão são conhecidas ou estão sendo estudadas.

Crianças com menos de oito anos, gestantes e imunodeprimidos - pessoas que passaram por transplante, em tratamento oncológico ou que tiveram diagnóstico positivo para HIV, por exemplo - devem ter cuidados redobrados, uma vez que são mais suscetíveis a quadros graves da doença.

Alguns especialistas também indicam que homens que fazem sexo com homens (HSH) também precisam estar atentos, visto o risco de exposição. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), eles representam 98% dos casos.

Por ora, a OMS não recomenda vacinação em massa, principalmente pela indisponibilidade de imunizantes. Os especialistas ouvidos pelo Estadão concordam com a orientação e apontam que alguns grupos deveriam ser priorizados em uma fila de vacinação, como profissionais que manipulam vírus em laboratório e contatos de pessoas com diagnóstico positivo.

Testar casos suspeitos e obter diagnósticos com agilidade é crucial para controlar a doença, defendem os profissionais de saúde. Só deve buscar testagem, orientam, pessoas que apresentem erupções cutâneas. O único teste disponível é de biologia molecular - mesmo método do teste PCR para o coronavírus - e depende de secreções dessas lesões, coletadas com swab (bastão), para análise.

Os especialistas destacam que os conhecimentos em relação à doença têm mudado conforme surgem novas informações - de forma relativamente semelhante ao que ocorreu com a covid-19 -, o que pode levar à atualização de orientações. Isso porque, embora a varíola dos macacos tenha sido identificada em humanos ainda em 1970, as características do novo surto têm se mostrado diferentes.

Evitar contato íntimo
A infectologista Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), destaca que, no surto atual, há quatro formas de transmissão. "A principal delas é, sem dúvida nenhuma, o contato íntimo, de pele com pele, com a lesão", afirma. "A lesão transmite até que a casquinha caia e tenha a pele boa embaixo." Evitar contato íntimo com pessoas contaminadas, portanto, é a principal forma de prevenção.

Parece simples, mas não é bem assim, uma vez que reconhecer o quadro pode ser uma dificuldade. Raquel destaca que pode haver confusão, pois as erupções na fase inicial, às vezes, parecem com espinhas ou pelos encravados.

Também infectologista, Renato Kfouri acrescenta que dois terços das pessoas vão apresentar menos de dez lesões - bem diferente de fotos antigas que ilustram a doença. "Muitas vezes há demora no reconhecimento e na suspeição de casos, e consequentemente, o número de infectados e transmissão aumentam", diz o médico, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Reduzir atividade sexual com múltiplos parceiros
Essa dificuldade de reconhecimento leva à recomendação de reduzir a atividade sexual com múltiplos parceiros, principalmente desconhecidos.

A OMS já fez essa recomendação a homens que fazem sexo com homens - que representam 98% dos casos. Os especialistas ouvidos pelo Estadão indicam que essa mudança de comportamento sexual pode ser adotada pela população em geral para reduzir o risco de exposição. Isso porque qualquer um pode se contaminar, independente da orientação sexual - prova disso, apontam, os casos confirmados de crianças, mesmo que precisem ser mais bem estudados.

Não compartilhar toalhas e lençóis e lavar as mãos
Outra possível forma de transmissão se dá por meio do compartilhamento de objetos. "É a transmissão por objetos inanimados pelos quais se pode transmitir um vírus que é resistente no ambiente", explica o virologista Fernando Spilki. Por isso, é recomendado evitar o compartilhamento de lençóis, fronhas, copos e roupas, por exemplo, principalmente com pessoas com diagnóstico positivo.

Raquel acrescenta que também pode haver a transmissão por meio de superfícies contaminadas. "Mas a superfície tem de estar contaminada com a secreção da lesão." Nesse sentido, higienizar as mãos é importante. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, orientam que usar água e sabão ou desinfetante (para as mãos) à base de álcool.

"Especialmente antes de comer ou tocar no rosto, e depois de usar o banheiro", diz o órgão.

Gestantes
Uma pessoa grávida pode passar o vírus ao feto por meio da placenta, conforme o CDC. Na segunda-feira, o Ministério da Saúde publicou nota técnica com cuidados específicos para esse grupo, que também está entre aqueles com risco de quadro grave da varíola dos macacos. Entre os cuidados recomendados pelo governo federal, estão o uso de máscaras em ambientes fechados, o uso de preservativos em relações sexuais (vaginal, anal e oral) e evitar contato com pessoas contaminadas.

Uso de máscaras
Ainda há, conforme Raquel, a possibilidade de transmissão respiratória. O CDC informa que a frequência pela qual a doença é transmitida por secreções respiratórias e até quando uma pessoa com sintomas pode espalhar o vírus por essa via são estudadas por cientistas.

Por ora, segundo Raquel, a transmissão respiratória ocorre por meio de gotículas, que são "partículas mais leves que não alcançam grandes distâncias". O contato, explica, deve ser muito próximo e prolongado. Nesse sentido, por precaução, ela acha válido o uso de máscaras em locais fechados e de aglomeração, principalmente por crianças, gestantes e imunodeprimidos.

Uso de preservativo
Em nota técnica divulgada para as gestantes, na segunda-feira, o Ministério da Saúde recomenda ainda o uso de preservativos. Segundo Raquel, essa recomendação foi dada por não se saber ao certo se a varíola dos macacos pode ser transmitida por esperma ou secreção vaginal - DNA do vírus já foi encontrado no sêmen. Por enquanto, a doença não é considerada sexualmente transmissível. Kfouri afirma, no entanto, que o uso de preservativo "sempre deve ser intensificado", uma vez que ajuda a prevenir também "outras doenças", como a aids, por exemplo.(Agência Estado)

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 3.716 novos casos e 11 mortes em 24 horas

Caroline Louise 

Goiânia - O Governo de Goiás confirmou 3.716 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados que foram divulgados nesta quarta-feira (3/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO).

11 mortes pela covid-19 também foram notificadas, totalizando 27.211 óbitos registrados desde o início da pandemia.

No Estado, há 865.503 casos e 210 óbitos suspeitos em investigação até o momento. A taxa de letalidade do vírus é de 1,66%.

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Varíola dos macacos: Aparecida de Goiânia monitora casos por telemedicina

Com o aumento do número de casos suspeitos e confirmados de varíola dos macacos no território brasileiro, a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) estruturou a Central de Telemedicina da cidade para monitorar os pacientes. Assim, todos aqueles que tiverem sintomas da doença e que sejam notificados em unidades de saúde passam a receber ligações da equipe médica da pasta. Essa estratégia já foi adotada durante a pandemia da covid-19 e demonstrou eficiência, oferecendo aos pacientes assistência, atestados e receitas de forma remota, evitando que eles circulem pela cidade e transmitam a doença.
 
O superintendente de Atenção à Saúde de Aparecida, Gustavo Assunção, explica que qualquer pessoa que tenha início súbito de febre, acompanhada de inchaço dos linfonodos do pescoço, conhecido popularmente como íngua, e erupções na pele deve procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação. “Os profissionais das UPA’s e Cais ou UBS’s vão avaliar os casos, realizar a notificação e, se necessário, encaminhar para realização de exame. A partir disso, todos os pacientes passam a ser monitorados pela equipe de Telemedicina da SMS”, completa.
 
Ele acrescenta que o diagnóstico de varíola dos macacos é realizado exclusivamente de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético: “O teste para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes enquadrados na definição de caso suspeito. A amostra analisada é coletada, preferencialmente, da secreção da lesão. Quando as lesões já estão secas, o material a ser encaminhado são as crostas das feridas. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência”.
 
Tratamento da doença
O coordenador médico de Aparecida, Murillo de Castro, explica que os casos confirmados de varíola dos macacos são tratados com medidas para aliviar sintomas e prevenir e tratar complicações e sequelas. “Em caso suspeito da doença, deve ser realizado o isolamento imediato do indivíduo e o rastreamento de contatos. O período de isolamento do paciente só deve ser encerrado quando todas as lesões na pele desaparecerem por completo. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem em poucas semanas. No entanto, é possível a ocorrência de casos graves e óbitos”, informa
 
Situação da doença em Aparecida
A superintendente de Vigilância em Saúde de Aparecida, Daniela Ribeiro, informa que até o momento o município tem apenas três casos confirmados, mas está em alerta. “Desde o primeiro registro da doença no país intensificamos o trabalho de vigilância em Aparecida. Tanto que identificamos rapidamente os primeiros dois casos do estado de Goiás. Eles já receberam alta. Na última segunda, (1/8), confirmamos o terceiro caso, que segue sendo acompanhado pela equipe da SMS”.
 
A gestora alerta a população para o fato da transmissão de varíola dos macacos entre humanos ocorrer principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados e fluidos corporais: “Apesar de ser uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação, trata-se de um vírus com potencial epidêmico.”

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PORTAL G1

Bebê que nasceu com dilatação no rim aguarda por cirurgia que não é feita no TO: 'Não quero ver meu filho sofrendo'

O bebê Miguel nasceu na Maternidade Dona Regina e está internado na unidade há mais de 40 dias. Recém-nascido pode perder função renal se não passar pelo procedimento.

Por g1 Tocantins e TV Anhanguera

O bebê Miguel tem apenas dois meses de vida, mas já enfrenta sérios problemas de saúde. Ele nasceu com hidronefrose, uma dilatação do rim. Isso acontece quando a urina não consegue passar até a bexiga e, por isso, se acumula dentro do órgão renal. A luta da família é para conseguir a cirurgia, que não é realizada no Tocantins.

A família de Miguel é da zona rural de Couto Magalhães, mas o bebê está internado no Hospital e Maternidade Dona Regina, há mais de 40 dias.

A mãe Kallytha Silva descobriu que o filho tinha esse problema ainda no período gestacional.

"Fiz o exame morfológico que constatou que ele tinha uma dilatação grave no rim esquerdo e agora depois que ele nasceu, fizemos uma ressonância e constatamos também que ele tem uma obstrução na bexiga. O caso dele é somente cirurgia para resolver. Se não, ele vai perder a função do rim", disse a dona de casa.

A médica cirurgiã pediatra, Lúcia Caetano, explicou que a doença é um distúrbio causado pelo excesso de líquido no rim.

"A hidronefrose é uma dilatação do sistema coletor do rim. O diagnóstico preciso vai depender do grau dessa hidronefrose na época do período gestacional que ela ocorreu. Existem medidas específicas e nem todas hidronefroses serão de tratamento cirúrgico", destacou.

A preocupação da família é com relação ao tempo de espera. O menino precisa de uma transferência para fazer a cirurgia, mas até agora, não há previsão de quando isso vai acontecer.

"Eles falam para mim que está na regulação do Estado, que tem que esperar o Estado dar uma resposta, mas até agora nada. Ele vai perder a função do rim esquerdo e provavelmente vai começar a prejudicar o rim direito. Que eles me ajudem, que eles procurem essa vaga, que me deem uma solução porque eu não quero ver meu filho sofrendo do jeito que ele está, sabendo que ele está esperando só essa vaga", lamentou a mãe.

A médica ressaltou que a criança pode perder a função renal caso o procedimento não seja realizado.

"Qualquer paciente que tenha um diagnóstico cirúrgico e se não fizer a cirurgia, nós podemos ter as chamadas complicações ou intercorrências do tratamento já numa fase avançada. No caso específico do Miguel, ele pode perder a função renal".

Em nota, a Secretaria de Saúde do Tocantins reafirmou que fez uma busca na Central Nacional de Regulação de alta complexidade, mas que não encontrou o serviço necessário ao procedimento do Miguel. Diante desse cenário, a secretaria disse que já abriu o processo de compra administrativa para atender o Miguel o mais rápido possível e busca por vaga para o procedimento em outros estados do país.

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JORNAL OPÇÃO

Câmara aprova MP que regulamenta home office e auxílio-alimentação

Texto foi aprovado por 248 votos a favor e 159 contrários. A MP segue agora para o Senado e precisa ser votada até o domingo, 7

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 3, o texto da Medida Provisória (MP) 1108/22 que regulamenta o teletrabalho e altera regras do auxílio-alimentação. O texto foi aprovado por 248 votos a favor e 159 contrários. A MP segue agora para o Senado e precisa ser votada até o domingo, 7, quando perde a validade.

Entre outros pontos, a MP considera o teletrabalho ou trabalho remoto aquele que é prestado fora das dependências do empregador de maneira preponderante ou não, com tecnologias de informação e comunicação e que não se configure trabalho externo.

O texto apresentado pelo relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), prevê que o regime de teletrabalho se dará por jornada, produção ou tarefa. Contudo, a proposta excluiu a previsão de aplicação da jornada diária de trabalho de até oito horas, do pagamento de horas-extras, pagamento de valor adicional por trabalho noturno, conforme consta na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Os empregados em regime de teletrabalho ficam submetidos às disposições previstas na legislação local e nas convenções e acordos coletivos de trabalho na base territorial onde o empregador contratou o trabalhador. Aprendizes e estagiários também poderão fazer teletrabalho.

A MP diz ainda que o uso de ferramentas, como e-mails, fora do horário de trabalho não será considerado como sobreaviso e que os empregadores terão que dar prioridade para o regime remoto aos empregados com filhos até quatro anos.

Negociação

Além disso, A MP diz que a negociação da jornada de trabalho ocorrerá individualmente, entre o trabalhador e o empregador. “Acordo individual poderá dispor sobre os horários e meios de comunicação entre o empregador e o empregado, desde que assegurados os repousos legais”, diz o texto.

Vale-refeição

O texto da MP diz ainda que o auxílio-alimentação será destinado exclusivamente ao pagamento de refeição em restaurantes ou de gêneros alimentícios comprados no comércio.
A MP também proíbe que as empresas recebam descontos na contratação de empresas fornecedoras de tíquetes de alimentação.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Dia da Campanha Educativa contra o Câncer: 'Informação correta faz a diferença'

"A informação sobre sintomas, exames de rastreamento, diagnóstico e tratamento é fundamental para a conscientização da população", diz profissional

Comemorado em 4 de agosto, o Dia da Campanha Educativa contra o Câncer, tem o objetivo de conscientizar sobre a prevenção dos tumores cancerígenos, que atingem anualmente, mais de 12 milhões de pessoas em todo mundo, segundo o Instituto do Câncer (INCA).

“Nos dias de hoje, a informação, com base em dados válidos, confiáveis e atualizados, é considerada o principal ativo da sociedade. Ter a informação correta, no momento oportuno, faz a diferença para um planejamento estruturado e coerente com a realidade, permitindo ações eficazes e efetivas”, diz o instituto.

De acordo com a médica Oncologista Milena Aparecida Coelho Ribeiro Bessa, o câncer é uma doença que apresenta duas variáveis importantes: tempo e informação.

“Tempo porque quanto mais precoce o diagnóstico, grandes são as chances de cura. E a informação sobre sintomas, exames de rastreamento, diagnóstico e tratamento é fundamental para a conscientização da população. E isso se consegue, principalmente, com as campanhas educativas contra o câncer”, explica a profissional.

Lorrane Gabriele da Silva, de 24 anos, conta que devido a Campanha Outubro Rosa descobriu um nódulo.

“Eu tinha um caroço no peito, mas nunca tinha dado muita importância, até que um dia os profissionais de saúde foram até a escola que eu estudava e falaram sobre o câncer de mama, a importância do diagnóstico precoce e eu decidi ir ao hospital. Fiz a mamografia e realmente estava com o nódulo. No começo assustei, mas os médicos me acalmaram e disseram que era benigno. Hoje só tenho a agradecer esses profissionais que nos alertam e tentam conscientizar sobre a importância de nos cuidarmos ”, relata Lorrane Gabriele.

Confira abaixo uma lista de campanhas:

Janeiro: câncer cervical (laço verde piscina);

Fevereiro: Leucemia (laço laranja) e câncer de vesícula biliar (laço verde);

Março: câncer colorretal (laço azul marinho) e câncer de rim (laço vermelho);

Abril: câncer de testículo (laço lilás) e câncer de esôfago (laço azul claro);

Maio: câncer de cérebro (laço cinza);

Junho: melanoma (laço preto);

Julho: sarcoma (laço amarelo), câncer de bexiga (laço rosa, verde e roxo), câncer colo do útero (laço verde escuro) e câncer de cabeça e pescoço (laço vermelho e branco);

Agosto: linfoma (laço verde claro);

Setembro: câncer de pâncreas (laço roxo), câncer infantil (laço dourado), câncer de ovário (laço verde claro) e câncer de tireoide (laço rosa e azul);

Outubro: câncer de mama (laço rosa) e câncer de fígado (laço verde musgo);

Novembro: câncer de próstata (laço azul), câncer de pulmão (laço branco) e câncer de estômago (laço azul claro);

Dezembro: câncer de pele (Dezembro Laranja)

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 03 Agosto 2022 08:49

CLIPPING AHPACEG 03/08/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Contagem regressiva: prazo para sanção do piso salarial para os profissionais de enfermagem termina nesta quinta-feira

Transmissão da varíola dos macacos é comunitária em Goiânia

Zacharias Calil retira sua candidatura ao Senado em prol de reeleição

Projeto cria campanha para doação de cabelo a pessoas com câncer

Golpista oferece falsas vagas para faculdade de medicina em universidade pública do RS

Pacientes com sintomas de varíola dos macacos serão atendidos em área separada nas unidades de Palmas

Hospitais sustentáveis aumentam o bem-estar de pacientes, visitantes e médicos

Pedido o bloqueio das contas da produtora de Nego Borel por dívida com plano de saúde

Defensoria classifica restrição em planos de saúde como inconstitucional

A redução de risco na medicina

CEARÁ AGORA

Contagem regressiva: prazo para sanção do piso salarial para os profissionais de enfermagem termina nesta quinta-feira

Chegou um dos momentos mais esperados pelos profissionais da enfermagem: fica encerrado, nesta quinta-feira (4), o prazo para o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar ou vetar o projeto de lei nº 2564/2020, que cria o piso salarial nacional da categoria. O projeto de lei, que garante o benefício salarial, aprovado pelo Senado e pela Câmara, tem um impacto de R$ 22,5 bilhões nas contas do poder público e da iniciativa privada.

A decisão é antecedida de pressões políticas e técnicas: de um lado, os aliados querem que o presidente sancione a lei, garantindo, assim, mais empatia com um segmento profissional que cumpre relevante serviço na área da saúde. Por outro lado, técnicos do Governo Federal fazem ponderações sobre a instituição do piso salarial porque não há definição clara sobre a fonte de recursos para pagar a conta, mesmo tendo sido promulgada a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que trata sobre o assunto.

VALORES DO PISO SALARIAL

De acordo com o texto enviado à Presidência da República, os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, e parteiras contratados em regime de CLT, terão de receber, no mínimo, R$ 4.750 mensais. O projeto prevê que, no caso dos técnicos de enfermagem, o piso será de R$ 3.325; e o de auxiliares e de parteiras, R$ 2.375.

Um estudo do Departamento de Economia da Saúde, Investimento e Desempenho da Coordenação-Geral de Economia da Saúde do Ministério da Saúde, citado em reportagem do Jornal Correio Braziliense, orientou, por meio de formulário de posicionamento sobre proposta legislativa, à sanção presidencial com ressalvas do projeto de lei.

A estimativa do Ministério da Saúde aponta que, a partir da vigência das novas regras salariais para os profissionais da enfermagem, o impacto orçamentário será de R$ 22,5 bilhões para União, estados e municípios e o setor privado. A projeção indica que, para a União, os estados e os municípios, a conta é de R$ 14.487.766.239,97, enquanto, no setor privado, a despesa estimada é de R$ 8.055.455.142,95.

De acordo com a reportagem, entre os problemas que podem levar ao veto do projeto de lei está a certeza do impacto orçamentário sem uma fonte de recursos clara para cobrir os valores. O documento do Ministério da Saúde destaca que "Não há previsão da despesa na Lei Orçamentária Anual (LOA) e há a criação de obrigações que podem exceder os créditos orçamentários, o que é vedado pelo inciso I e II do art. 167 da Constituição Federal''.

O documento cita, ainda, que além da falta de previsão orçamentária, ''a Lei Complementar nº 101, de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em seu artigo 17, proíbe a criação de despesa obrigatória de caráter continuado, como é o caso do PL citado, sem que haja: (i) estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício que entrará em vigor e nos dois subsequentes; (ii) demonstração da origem dos recursos para seu custeio e (iii) comprovação de que a despesa criada não afetará o equilíbrio fiscal dos entes federativos''.

Outro ponto levantado, também, nesse estudo, é que não está clara a carga horária que fará jus a tal remuneração, situação esta que pode causar maior impacto orçamentário caso a carga horária seja inferior a 40 horas semanais. O documento destaca que "não há explicitação sobre o ente federativo responsável por absorver tal impacto orçamentário no âmbito do SUS".

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A REDAÇÃO

Transmissão da varíola dos macacos é comunitária em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia confirmou, nesta terça-feira (2/8), a existência de transmissão comunitária da varíola dos macacos na cidade. Segundo a gestão municipal, 29 pacientes estão com infecções pelo vírus confirmadas. Todos os casos registrados são de homens, com idades entre 20 e 47 anos. Até esta segunda-feira (1º), a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou a existência de 26 casos da doença na capital e 32 em todo o território goiano - número que sobe para 35 com os dados acrescidos de hoje.

Segundo a prefeitura, dentre os pacientes infectados, a maioria tem histórico de viagem a São Paulo, Rio de Janeiro ou algum outro país com transmissão comprovada ou contato com pessoas que realizaram viagens a esses locais. No entanto, devido à existência de pacientes confirmados que não têm histórico de viagem a locais com casos confirmados da doença, bem como contato com tais pessoas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou a transmissão comunitária na capital goiana. 

Até o momento, não há casos em internação hospitalar no município. Em todas as situações, os casos suspeitos e confirmados estão sendo monitorados pelo Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (Cievs). A SMS informa à população que, ao aparecerem quaisquer sinais ou sintomas, como febre alta súbita, dor de cabeça, aparecimento de inflamação de linfonodos (ínguas), erupções cutâneas e mal-estar, é necessário que o paciente procure serviço de saúde para fazer avaliação clínica necessária. 

A transmissão da doença se dá por meio de contato físico com alguém que tenha sintomas, contato com as lesões, crostas, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama e talheres que tenham sido utilizados por pessoas que estejam sintomáticas.

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Zacharias Calil retira sua candidatura ao Senado em prol de reeleição

Em vídeo gravado ao lado do governador Ronaldo Caiado, o deputado federal Zacharias Calil (UB) anunciou sua desistência da pré-candidatura ao Senado Federal. A postagem foi feita na noite desta terça-feira (2/8) nas redes sociais do médico e político. Ele agora deve se candidatar à reeleição.
 
“Quero agradecer o apoio, o carinho e todas as palavras de incentivo que recebi nos últimos dias por conta da minha disponibilidade em ser pré-candidato ao Senado Federal por Goiás. Mas hoje retirei esta opção e selei o acordo com o governador Ronaldo Caiado de seguir para a disputa da reeleição como deputado federal”, diz a postagem.
 
No vídeo, Caiado faz elogios ao deputado e agradece o gesto: “nos representa com muita capacidade no Congresso Nacional e recebo dele um gesto que atende um pedido e um clamor de todo o povo de Goiás e meu como governador do Estado”.

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O HOJE

Projeto cria campanha para doação de cabelo a pessoas com câncer

A campanha deve ser realizada anualmente durante a semana do Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro

Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (1º/7) o projeto de lei que cria a campanha nacional para incentivar a doação de cabelo a pessoas carentes em tratamento de câncer ou vítimas de escalpelamento. A proposta segue para o Senado.

De acordo com o autor da proposta, deputado Vinicius Carvalho (Republicanos -SP), a campanha tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de cabelos para a recuperação da autoestima dos pacientes em tratamento de câncer, bem como divulgar os procedimentos e os locais onde podem ser feitas doações.

“A autoestima para um paciente de câncer tratado com quimioterapia é extremamente importante na sua recuperação, o uso de perucas é um instrumento muito utilizado por hospitais para auxiliar em sua recuperação. Muitos hospitais possuem bancos de cabelos para a confecção das perucas que serão utilizadas em seus pacientes, mas é necessário que tenham doações suficientes de cabelos para esse fim. Lembramos que muitas perucas não podem ser adquiridas por aqueles mais carentes”, justificou o autor da proposta.

O texto aprovado prevê que a campanha seja coordenada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, com a participação de organizações da sociedade civil. A campanha deve ser realizada anualmente durante a semana do Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro.

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PORTAL G1

Golpista oferece falsas vagas para faculdade de medicina em universidade pública do RS

Reportagem da RBS TV flagrou negociação em que falsário oferece colocação por R$ 35 mil. Homem já foi preso pelo mesmo estelionato no ano passado.

Um homem, que já foi preso por estelionato em 2021, em Goiás, é investigado por vender vagas em universidades públicas do Rio Grande do Sul. O golpe consistia no pagamento por uma suposta colocação na instituição sem passar pelos processos seletivos legais, por meio de editais.

Nesta segunda-feira (1º), Alaor da Cunha Filho conversou com a reportagem de RBS TV pensando que estava diante de uma nova vítima. O que não imaginava era que a conversa estava sendo gravada e, quando confrontado, desligou a ligação sem se manifestar.

"Essas vagas não existem, porque as universidades federais não fazem processos de transferência, ainda mais de faculdades no exterior, utilizando de empresas intermediadoras, muito menos cobrando valores exorbitantes. Essas vítimas precisam saber que certamente estarão caindo em um golpe", afirma o delegado Igor Dalmy.

Entenda o golpe

Perfis nas redes sociais anunciam assessoria para quem tenta vagas em faculdades de medicina em diversas universidades do país, em qualquer nível do curso. Uma fisioterapeuta de Pelotas, no Sul do RS, que prefere não ser identificada, interessou-se pelo serviço. O objetivo dela era concluir uma nova faculdade aproveitando as disciplinas que havia estudado no curso que já concluiu.

"Eu sou profissional de saúde e resolvi que quero fazer uma segunda graduação, que é em medicina, buscando nas redes sociais assessorias que são de empresas sérias", diz a vítima.

Essas empresas oferecem ajuda com a documentação para permitir que o candidato concorra a uma dessas vagas, oferecidas legalmente por meio de editais, ou seja, processos seletivos abertos para ampla concorrência. No entanto, uma conversa mais detalhada com o dono do perfil que anuncia o serviço, levou a vítima a desconfiar que não se tratava de uma empresa séria.

"Assim que eu entrei em contato e ele me chamou no WhatsApp, a coisa mudou de figura completamente. Passou a ser a oferta de uma vaga em uma universidade federal no valor de R$ 35 mil, e não o edital que eu esperava que fosse, para entrar de forma legal em uma faculdade", completa.

Reportagem flagra estelionato

A reportagem de RBS TV participou de uma chamada de vídeo entre o suspeito e a fisioterapeuta. Alaor, que se apresenta apenas como Marcelo, diz que vende as vagas para o curso de medicina na Universidade de Santa Maria (UFSM) graças a supostos contatos que tem dentro da instituição.

"Eu não faço por fora, não, tenho um contato lá dentro. Vocês passam para mim e eu passo para eles. A pessoa trabalha lá dentro. Isso é certo", alega.

O golpista afirma que consegue até interferir nas notas, para garantir a aprovação da futura aluna, por R$ 8 mil.

"Caso você precisar, eu tenho nota também. Em seis anos, você sai, isso é certo. Porque, infelizmente, tem matéria que o aluno não consegue, não dá.É o básico. Se a média for sete, é sete. Se média for seis, é seis", diz.

A UFSM assegura que se trata de um crime, provavelmente de um estelionato, que será repassado à Policia Federal para que tome as providências.

"Nós já passamos diretamente e publicamos ao gabinete do reitor, e passamos também à PF para que faça essa investigação", afirma o professor Jeronimo Siqueira Tybusch, pró-reitor de graduação.

Na verdade, tudo é encenação. Não tem nota alta e a vaga não existe. De acordo com o delegado Dalmy, Alaor morava em um condomínio de alto padrão no Rio de Janeiro. Agora, pode voltar a ocupar uma vaga na cadeia.

"A Polícia Civil de Goiás já identificou alguns membros dessa organização criminosa especializada. Trata-se de pessoas perigosas e que merecem ser chamadas à Justiça. Já causaram pelo menos R$ 500 mil em prejuízos às vitimas que nós já atendemos. Nós iremos coletar provas ainda em relação a outras vítimas, para promover a responsabilidade criminal de todos os integrantes dessa organização criminosa, e também das pessoas que forneceram seus dados pessoais para o registro de contas bancárias em nomes de laranjas", acrescenta.

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Pacientes com sintomas de varíola dos macacos serão atendidos em área separada nas unidades de Palmas

Saúde Municipal divulgou fluxo para atendimento de pacientes suspeitos, que podem procurar as UPAs ou Unidades de Saúde da Família com máscara. Se tiverem muitas lesões, serão fornecidos aventais.

Com a confirmação de um caso de varíola dos macacos e outras quatro suspeitas, a Saúde Municipal de Palmas divulgou nesta terça-feira (2) como será atendimento nas unidades. Todos serão encaminhados para uma para uma área isolada e com distanciamento de outros pacientes e terão que usar máscara. Em caso de lesões múltiplas, sintoma característico, serão fornecidos aventais aos pacientes.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), os pacientes podem procurar uma das Unidades de Saúde da Família (USF) ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs Norte e Sul). Pela doença ser contagiosa em caso de contato, a Semus informou que o paciente suspeito será mantido em uma área com distanciamento de aproximadamente um metro de outras pessoas. As medidas são para evitar mais contaminações.

As orientações valem para quem teve contato com pessoas que estavam com suspeita ou confirmações para o vírus Monkeypox a partir de 15 de março deste ano. De acordo com a pasta, se o paciente apresentou lesões agudas em qualquer parte do corpo, inclusive na genitália, ou relato de febre, devem procurar a sua unidade de referência da quadra onde mora ou as UPAs para avaliação.

A doença é altamente transmissível e após contato com quem estava com o vírus, o tempo médio para início dos sintomas é entre 6 a 16 dias. Também há casos em que a doença começa a aparecer após 21 dias do contato, e os sintomas duram entre duas e quatro semanas.

Tratamento

Conforme a Semus, os sintomas geralmente desaparecem sozinhos, mas é importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para a equipe médica avaliar o estágio da varíola e receitar medicamentos que minimizem os incômodos. Devido à facilidade de transmissão, o isolamento também é importante.

Entre os cuidados, os órgãos de saúde reforçam a necessidade dos protocolos sanitários adotados durante a pandemia de Covid-19, como utilizar máscara de proteção e lavar bem as mãos com água e sabão. Também deve-se comer somente carnes bem passadas e evitar tocar em secreções, roupas e objetos de outras pessoas.

Casos investigados

Na manhã desta terça-feira (2), secretário de saúde do Tocantins, Afonso Piva, informou que há mais um caso suspeito de varíola dos macacos no estado e outros quatro sendo investigados. A primeira confirmação da doença no estado aconteceu há uma semana.

O caso considerado suspeito é de um morador de Colinas do Tocantins, no norte do estado. Ele está em isolamento, fez o teste para a doença e aguarda o resultado. Os outros quatros casos são investigados, mas não são considerados suspeitos pela SES. os pacientes são de Palmas, Gurupi, Porto Nacional e Lagoa do Tocantins.

Plano de contingência

O plano de contingência para o vírus Monkeypox foi divulgado nesta segunda-feira (1°) SES. Foi definido que os atendimentos devem começar na rede de saúde municipal.

Dependendo da gravidade os pacientes serão encaminhados para os hospitais estaduais, que foram divididos de acordo com a gravidade da doença nos pacientes.

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PORTAL AEC

Hospitais sustentáveis aumentam o bem-estar de pacientes, visitantes e médicos

O grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, já dizia: "primeiro não causar dano". Essa seria uma das justificativas para que edificações de assistência à saúde sejam pensadas de maneira sustentável e que contribuam para o bem-estar de seus ocupantes. "É importante ressaltar que ambulatórios, laboratórios, residenciais de terceira idade, além dos hospitais podem e devem ser sustentáveis para promoverem a saúde. Esse tipo de construção não pode ser um local proliferador de doenças", afirma a arquiteta Eleonora Zioni, diretora Executiva da Asclépio Consultoria. A profissional indica que o projeto arquitetônico de edificações hospitalares tem que contar com total integração entre o cliente e a equipe envolvida, incluindo arquiteto, paisagista, luminotécnico, decorador e engenheiros.

"Nas discussões do projeto, é importante a presença do administrador hospitalar e também de representantes da comunidade que será atendida. A participação dos envolvidos no processo de concepção do edifício é fundamental para explorar as sinergias projetuais", diz Eleonora, complementando que tão essencial quanto as preocupações arquitetônicas, as soluções sustentáveis devem ter seu espaço. "Os hospitais funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano. Tudo o que implica eficiência da edificação tem impacto direto não só nos custos, mas na produtividade e no maior bem dos seres humanos, a vida", fala.

Os hospitais funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano. Tudo o que implica eficiência da edificação tem impacto direto não só nos custos, mas na produtividade e no maior bem dos seres humanos, a vida

Entre as preocupações para tornar o hospital mais eficiente está o descarte de resíduos. "A correta separação de lixo orgânico e vários tipos de recicláveis é essencial, pois o volume gerado é bastante grande. Já existem empreendimentos que fazem a compostagem dos resíduos orgânicos com bons resultados. Em edificações hospitalares sustentáveis, devemos excluir também o risco de eventuais contaminações com mercúrio, chumbo, cádmio e cobre. Preocupação também é a correta destinação dos resíduos de obras", destaca a arquiteta. Assim como a questão do lixo, outro ponto que necessita atenção é o consumo energético, principalmente com o uso de diversos aparelhos para exames. "Quando se projeta um edifício sustentável, devem ser consideradas todas as cargas, inclusive dos equipamentos médicos. O segredo é conseguir tornar o consumo eficiente, com menos desperdício e aproveitando melhor as formas alternativas de energia", recomenda.

Diretamente relacionado ao consumo de energia elétrica está o uso do ar-condicionado, hoje amplamente instalado em ambiente hospitalar. "Temos que aproveitar a tecnologia a nosso favor, por isso, em alguns locais como centros cirúrgicos, laboratórios e salas limpas o equipamento de ar-condicionado deve ser usado. Entretanto, há soluções de projeto que podem ser empregadas com o objetivo de melhorar o conforto térmico dos ambientes, como acontece na Rede Sarah, projetada pelo arquiteto Lelé, onde a climatização mecânica é bastante minimizada com a exploração da ventilação natural", exemplifica a profissional.

Ela lembra ainda que, quando instalados, os aparelhos de ar-condicionado necessitam de rigorosa manutenção. "Existem muitas legislações a serem seguidas, como a ABNT NBR 7256 - Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde -, que especifica sobre instalações de equipamentos de condicionamento de ar na área da saúde. A manutenção é essencial e tem que ser rigorosamente feita. As acreditações de serviços de saúde como ONA - Organização Nacional de Acreditação - ou JCI - Joint Commission International - e as certificações ambientais LEED e AQUA destacam a manutenção como item a ser avaliado", comenta Eleonora.

A correta separação de lixo orgânico e vários tipos de recicláveis é essencial, pois o volume gerado é bastante grande. Já existem empreendimentos que fazem a compostagem dos resíduos orgânicos com bons resultados. Em edificações hospitalares sustentáveis, devemos excluir também o risco de eventuais contaminações com mercúrio, chumbo, cádmio e cobre. Preocupação também é a correta destinação dos resíduos de obras

A profissional lembra que o GBC - Green Building Council - tem uma modalidade específica de certificação ambiental para hospitais, o LEED for Healthcare. "No Brasil, as unidades Morumbi e Perdizes do hospital Israelita Albert Einstein, as unidades Alphaville e Rochaverá do Fleury e o laboratório Boehringer Ingelheim no Rochaverá já receberam o LEED. Outros empreendimentos estão em processo de certificação: o hospital do Coração (SP), o hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), o hospital Unimed Barra (RJ) e o hospital Regional de Juiz de Fora (MG)", detalha.

DESAFIOS

Para transformar edificações hospitalares em construções mais sustentáveis, uma das principais dificuldades apontada por Eleonora é realizar as intervenções necessárias sem interferir no cotidiano de médicos e pacientes. "Com certeza, entre os grandes desafios em edificações existentes está a realização de reformas nas instalações e espaços, atrapalhando minimamente o funcionamento do hospital. Ninguém fecha o edifício para depois reabri-lo como um prédio sustentável, e a consequência é o maior tempo gasto para atingir os objetivos. Um exemplo atual é o hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, que está em processo de certificação LEED EB O&M para edifícios existentes e não interrompeu suas atividades", conta.

CULTURA

Com todas as soluções sustentáveis já presentes na edificação, outro desafio é a criação de uma cultura adequada entre seus ocupantes. No caso dos hospitais, é preciso envolver os visitantes nos cuidados para assegurar as boas práticas. "É intrínseco ao equilíbrio da sustentabilidade o envolvimento das esferas ambientais, econômicas e sociais. As campanhas de conscientização, divulgação através de cartazes, cursos, educação em práticas e visitas técnicas são as melhores formas de disseminação do conhecimento e envolvimento das pessoas. Devemos considerar todos os usuários dos hospitais, assim como os colaboradores e os acompanhantes dos pacientes", finaliza Eleonora.

Colaborou para esta matéria

Eleonora Zioni - Diretora Executiva da Asclépio Consultoria, arquiteta pela FAU-USP, especializada em arquitetura para saúde pela FUPAM-USP, MBA em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde pela FGV- SP, certificada pela 'University of Michigan'. Foi a 7ª profissional no Brasil a ser certificada LEED AP BD+C, é afiliada ao Planetree, certificada DGNB Consultant, membro do GBC Brasil e professora de vários cursos de especialização e pós-graduação. Redação AECweb / e-Construmarket

O grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, já dizia: "primeiro não causar dano". Essa seria uma das justificativas para que edificações de assistência à saúde sejam pensadas de maneira sustentável e que contribuam para o bem-estar de seus ocupantes. "É importante ressaltar que ambulatórios, laboratórios, residenciais de terceira idade, além dos hospitais podem e devem ser sustentáveis para promoverem a saúde. Esse tipo de construção não pode ser um local proliferador de doenças", afirma a arquiteta Eleonora Zioni, diretora Executiva da Asclépio Consultoria. A profissional indica que o projeto arquitetônico de edificações hospitalares tem que contar com total integração entre o cliente e a equipe envolvida, incluindo arquiteto, paisagista, luminotécnico, decorador e engenheiros.

"Nas discussões do projeto, é importante a presença do administrador hospitalar e também de representantes da comunidade que será atendida. A participação dos envolvidos no processo de concepção do edifício é fundamental para explorar as sinergias projetuais", diz Eleonora, complementando que tão essencial quanto as preocupações arquitetônicas, as soluções sustentáveis devem ter seu espaço. "Os hospitais funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano. Tudo o que implica eficiência da edificação tem impacto direto não só nos custos, mas na produtividade e no maior bem dos seres humanos, a vida", fala.

Os hospitais funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano. Tudo o que implica eficiência da edificação tem impacto direto não só nos custos, mas na produtividade e no maior bem dos seres humanos, a vida

Entre as preocupações para tornar o hospital mais eficiente está o descarte de resíduos. "A correta separação de lixo orgânico e vários tipos de recicláveis é essencial, pois o volume gerado é bastante grande. Já existem empreendimentos que fazem a compostagem dos resíduos orgânicos com bons resultados. Em edificações hospitalares sustentáveis, devemos excluir também o risco de eventuais contaminações com mercúrio, chumbo, cádmio e cobre. Preocupação também é a correta destinação dos resíduos de obras", destaca a arquiteta. Assim como a questão do lixo, outro ponto que necessita atenção é o consumo energético, principalmente com o uso de diversos aparelhos para exames. "Quando se projeta um edifício sustentável, devem ser consideradas todas as cargas, inclusive dos equipamentos médicos. O segredo é conseguir tornar o consumo eficiente, com menos desperdício e aproveitando melhor as formas alternativas de energia", recomenda.

Diretamente relacionado ao consumo de energia elétrica está o uso do ar-condicionado, hoje amplamente instalado em ambiente hospitalar. "Temos que aproveitar a tecnologia a nosso favor, por isso, em alguns locais como centros cirúrgicos, laboratórios e salas limpas o equipamento de ar-condicionado deve ser usado. Entretanto, há soluções de projeto que podem ser empregadas com o objetivo de melhorar o conforto térmico dos ambientes, como acontece na Rede Sarah, projetada pelo arquiteto Lelé, onde a climatização mecânica é bastante minimizada com a exploração da ventilação natural", exemplifica a profissional.

Ela lembra ainda que, quando instalados, os aparelhos de ar-condicionado necessitam de rigorosa manutenção. "Existem muitas legislações a serem seguidas, como a ABNT NBR 7256 - Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde -, que especifica sobre instalações de equipamentos de condicionamento de ar na área da saúde. A manutenção é essencial e tem que ser rigorosamente feita. As acreditações de serviços de saúde como ONA - Organização Nacional de Acreditação - ou JCI - Joint Commission International - e as certificações ambientais LEED e AQUA destacam a manutenção como item a ser avaliado", comenta Eleonora.

A correta separação de lixo orgânico e vários tipos de recicláveis é essencial, pois o volume gerado é bastante grande. Já existem empreendimentos que fazem a compostagem dos resíduos orgânicos com bons resultados. Em edificações hospitalares sustentáveis, devemos excluir também o risco de eventuais contaminações com mercúrio, chumbo, cádmio e cobre. Preocupação também é a correta destinação dos resíduos de obras

A profissional lembra que o GBC - Green Building Council - tem uma modalidade específica de certificação ambiental para hospitais, o LEED for Healthcare. "No Brasil, as unidades Morumbi e Perdizes do hospital Israelita Albert Einstein, as unidades Alphaville e Rochaverá do Fleury e o laboratório Boehringer Ingelheim no Rochaverá já receberam o LEED. Outros empreendimentos estão em processo de certificação: o hospital do Coração (SP), o hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), o hospital Unimed Barra (RJ) e o hospital Regional de Juiz de Fora (MG)", detalha.

DESAFIOS

Para transformar edificações hospitalares em construções mais sustentáveis, uma das principais dificuldades apontada por Eleonora é realizar as intervenções necessárias sem interferir no cotidiano de médicos e pacientes. "Com certeza, entre os grandes desafios em edificações existentes está a realização de reformas nas instalações e espaços, atrapalhando minimamente o funcionamento do hospital. Ninguém fecha o edifício para depois reabri-lo como um prédio sustentável, e a consequência é o maior tempo gasto para atingir os objetivos. Um exemplo atual é o hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, que está em processo de certificação LEED EB O&M para edifícios existentes e não interrompeu suas atividades", conta.

CULTURA

Com todas as soluções sustentáveis já presentes na edificação, outro desafio é a criação de uma cultura adequada entre seus ocupantes. No caso dos hospitais, é preciso envolver os visitantes nos cuidados para assegurar as boas práticas. "É intrínseco ao equilíbrio da sustentabilidade o envolvimento das esferas ambientais, econômicas e sociais. As campanhas de conscientização, divulgação através de cartazes, cursos, educação em práticas e visitas técnicas são as melhores formas de disseminação do conhecimento e envolvimento das pessoas. Devemos considerar todos os usuários dos hospitais, assim como os colaboradores e os acompanhantes dos pacientes", finaliza Eleonora.

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O GLOBO

Pedido o bloqueio das contas da produtora de Nego Borel por dívida com plano de saúde

O Bradesco Saúde S/A pediu esta semana à Justiça do Rio o bloqueio on-line das contas bancárias vinculadas à NB Produções Artísticas Ltda. Esta vem a ser a produtora do funkeiro Nego do Borel.

A empresa do ramo de saúde reclama na Justiça há mais de um ano sobre boletos não pagos pela produtora no início de 2020. À época da apresentação da cobrança, a NB devia R$ 12.978.

Desde o início da reclamação judicial, nenhum representante da NB foi encontrado, levando a seguradora a cobrar o bloqueio das contas de forma imediata. Com a aplicação de juros e correção monetária, a dívida hoje é de R$ 22.241,29. O caso está na 3ª Vara Cível do Rio.

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BLOG PAINEL/FOLHA.COM

Defensoria classifica restrição em planos de saúde como inconstitucional

Brasília

Para a DPU (Defensoria Pública da União), a resolução da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que estipulou o rol taxativo da cobertura dos planos de saúde viola preceitos fundamentais da Constituição e ameaça a vida de milhões de pessoas.

A análise consta em uma nota técnica enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) e assinada pelo secretário-geral de Articulação Institucional e defensor público federal Gabriel Travassos, do defensor nacional de Direitos Humanos André Porciúncula e do membro do Grupo de Trabalho Saúde da DPU Sérgio Armanelli.

A nota declara que o papel da ANS é defender o interesse do público na assistência suplementar à saúde e, ao limitar os procedimentos autorizados àqueles expressamente listados, estaria extrapolando os limites de seu poder regulador.

Segundo registram os defensores, a limitação caracteriza "vulneração do direito à vida, do direito à saúde e da dignidade da pessoa humana. Desequilibra, ainda, a relação consumerista estabelecida entre a parte hipossuficiente, os consumidores, e os planos de saúde".

"Logo, sob pena de desviar-se dos seus pressupostos de constituição, não pode a ANS editar regulamentação que atente contra o interesse público, sendo este representado na proteção dos consumidores, os quais correspondem à parte vulnerável nas relações de consumo com as operadoras de planos de saúde", diz a nota.

Os defensores argumentam que a resolução poderia interromper o tratamento de milhões de pessoas e, em casos graves, resultar na morte dos pacientes. Citam ainda casos de pessoas autistas ou de mulheres que precisam fazer mamoplastia como exemplos de quem pode ficar sem assistência.

"Tal circunstância acarreta risco imediato e grave à vida e, por via oblíqua, irá sobrecarregar o Sistema Único de Saúde, provocando um teratológico quadro no qual o sistema público suportará o ônus financeiro da chancela do comportamento abusivo de operadoras da saúde complementar."

O documento foi protocolado no STF junto com uma solicitação para a DPU participar da audiência pública que será realizada nos dias 26 e 27 de setembro para tratar da amplitude das coberturas dos planos de saúde. Ela foi convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator de ações sobre o assunto.

Por 6 votos a 3, o STJ decidiu em 8 de junho que o rol de procedimentos listados pela ANS deve ser taxativo, restringindo sua margem interpretativa. Anteriormente, o documento era visto como exemplificativo, aceitando o acréscimo de tratamentos para atender às necessidades dos pacientes.

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FOHA DE S. PAULO

A redução de risco na medicina

Papel paternalista de muitos médicos exclui opções de tratamento

Políticas de redução de risco em saúde têm sido aplicadas com frequência ao redor do mundo. Os profissionais partem do princípio de que, na impossibilidade da cessação de um vício ou hábito que provoque danos a um indivíduo, vale amenizar as consequências desse ato por meio de abordagens alternativas, que diminuam o seu impacto negativo.

Vamos utilizar como exemplo um paciente portador de cirrose, causada por consumo excessivo de bebida alcoólica. Esse indivíduo não consegue abandonar o vício, apesar de inúmeras tentativas, e tem seu quadro agravado dia a dia.

Em casos como esse, é possível que pessoa seja tratada com a orientação necessária para que consuma produtos com teor alcoólico reduzido e com menor frequência, até que outras terapias consigam fazer com que cesse definitivamente o uso da bebida.

No caso do tabagismo, temos assistido a um debate semelhante. É claro que não fumar continua sendo a melhor alternativa. E existem opções farmacológicas e terapêuticas para auxiliar pessoas que se preocupam com a saúde e desejam abandonar o vício.

Não podemos, contudo, nos esquecer de que já existem possibilidades consideradas de risco reduzido sendo apresentadas e usadas em várias partes do mundo, com o objetivo de atender, também, indivíduos que desejam manter ou não conseguem abandonar esse hábito.

O mesmo acontece com pacientes que enfrentam distúrbios alimentares, obesidade ou diabetes e que, a princípio, não podem consumir açúcar, gordura ou outros componentes que fazem parte de uma dieta alimentar.

A alimentação pode ser equilibrada a partir da ingestão de substâncias menos danosas, com níveis menores desses ingredientes, algo muito mais realista do que simplesmente determinar que, a partir de determinado momento, tudo seja proibido.

No centro desse debate está o bem-estar do paciente - não apenas físico, mas também psicológico. E, como tudo o que envolve políticas públicas no âmbito da saúde, a redução de risco não é uma unanimidade, apesar das boas experiências trazidas pela prática clínica, no dia a dia do consultório.

O conceito não é novo. Na França, iniciativas nesse sentido têm sido defendidas por especialistas como David Khayat, oncologista e medical advisor durante o governo de Jacques Chirac.

Na Inglaterra, outro defensor é o oncologista Peter Harper reconhecido mundialmente por seu trabalho na pesquisa de novos medicamentos e no desenvolvimento de formas aprimoradas de tratamento do câncer, com mais de 400 artigos e capítulos em publicações revisadas por seus pares.

No Brasil, sempre trabalhamos com a possibilidade de aplicação da redução de risco em diferentes áreas da saúde, mas o seu uso efetivo ainda é malvisto e dificilmente aceito pela comunidade médica, salvo algumas exceções.

Mundo afora, há uma visão positiva sobre esse cenário, segundo a qual seria possível convencer e orientar os profissionais a respeito do assunto.

No Brasil, contudo, após vários anos de discussão, acabo tendo uma leitura pessimista do assunto, de quem não acredita em uma evolução do tema e lamenta o prejuízo disso para milhares de pacientes.

O meu entendimento é de que isso se deve a uma influência latina, em que a comunidade médica assume um papel paternalista, quase que representando a figura do "pai do paciente", e não a de um profissional que busca resolver um problema de saúde com uma abordagem mais abrangente.

É um fator cultural difícil de superar, que coloca as opções de tratamento de um lado, como único caminho, e o hábito, a rotina ou o vício do paciente de outro, deixando à margem um largo campo de abordagens.

Por esse motivo, precisamos utilizar estudos de longo prazo que mostram a efetividade de políticas de redução de risco. Esses documentos precisam ser analisados com correção e isenção necessárias, sem preconceitos e com o abandono da atitude patriarcal que invadiu a medicina.

Afinal, não podemos mais fingir que os tratamentos utilizados, mesmo que seguidamente abandonados, com prejuízos à saúde, são os únicos à disposição, como se o paciente não fosse capaz de lidar com a sua realidade.

Ou de vivê-la, com o auxílio e a orientação de especialistas mais pluralistas e alinhados aos desafios da atualidade.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 02 Agosto 2022 07:50

CLIPPING AHPACEG 02/08/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS determina atendimento ilimitado em quatro especialidades

Gastos com internações por insuficiência cardíaca chegam a R$ 1,4 bi

Ministério da Saúde recomenda que grávidas usem máscara para evitar a varíola dos macacos

Brasil acumula 678.715 mortes por covid-19 desde o início da pandemia

Brasil vai receber remédio contra varíola dos macacos

Varíola dos macacos: número de infectados em Goiás quase dobra em 72h

Covid-19: Goiás confirma 4.436 novos casos e 9 mortes em 24 horas

REVISTA HOSPITAIS BRASIL

ANS determina atendimento ilimitado em quatro especialidades

A partir de 1º de agosto os usuários de planos de saúde devem ficar atentos a uma novidade: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o fim da limitação no número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

A decisão beneficia a todos os usuários de planos de saúde que sejam portadores de doenças ou condições de saúde listadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Especialista em Direito Contratual e Defesa do Consumidor, Éros Belin de Moura Cordeiro ressalta que o consumidor deve denunciar à ANS caso o plano de saúde se negue a autorizar os atendimentos nessas quatro especialidades.

"Os planos poderão definir normas de como cada usuário terá de solicitar o atendimento, mas não poderão negá-lo. Caso a nova regra seja descumprida, é possível fazer uma reclamação diretamente à ANS ou recorrer à Justiça", explica o professor de Direito Civil do UniCuritiba - instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores instituições de ensino superior do país.

No site www.ans.gov.br/canais-de-atendimento os consumidores encontram todos os canais de comunicação com a ANS. No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar é quem regula o mercado de planos de saúde e tem um rol de procedimentos que devem ser atendidos, com base na catalogação de doenças definidas pela OMS.

De acordo com o mestre em Direito, há uma diferença entre a catalogação de doenças e os procedimentos para tratamento. "Existem diversos tratamentos possíveis para diferentes patologias e alguns deles envolvem essas quatro especialidades: fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia", explica.

A limitação no número de atendimentos autorizados pelos planos de saúde forçava os pacientes, muitas vezes, a pagar por sessões extras para finalizar o tratamento. "Agora o médico poderá prescrever quantas sessões forem necessárias para um tratamento eficaz", destaca.

Outras decisões da ANS

Pós-doutora em Bioética e Direito, Fernanda Schaefer acredita ser fundamental entender os passos que levaram a ANS tomar esta decisão. A professora do UniCuritiba explica que, em 8 de junho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu a taxatividade do rol da ANS, ou seja, não seriam as operadoras obrigadas a oferecer procedimentos não contemplados na lista.

A decisão, lembra a especialista em Direito Médico, foi considerada por muitos um retrocesso, mas não impede a judicialização de situações que não estejam previstas no rol. Os procedimentos garantidos por determinações judiciais devem continuar sendo oferecidos pelas operadoras.

Situações excepcionais

A professora do UniCuritiba explica, porém, que é possível a contratação de cobertura ampliada ou negociação de aditivo contratual para a cobertura de procedimento extra rol. "Não havendo substituto terapêutico, pode haver também a cobertura do tratamento indicado pelo médico ou odontólogo, mediante algumas regras e definições."

Após a decisão do STJ, a ANS publicou a resolução 539, de 23 de junho, tornando obrigatória a cobertura de qualquer método ou técnica indicada pelo médico para o tratamento dos Transtornos do Espectro Autista e para os Transtornos Globais do Desenvolvimento, vedando limitações à quantidade de sessões.

"O ato, no entanto, pecou por ter esquecido de outros usuários que precisam de acompanhamento especializado contínuo, o que caracteriza uma clara afronta ao princípio bioético da Justiça. Para corrigir a situação, em 11 de julho a ANS publicou uma nova resolução, a 541, que aprovou o fim da limitação do número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais", informa Fernanda.

Reflexos da judicialização

Segundo a especialista, é preciso considerar o impacto de decisões judiciais no equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. "Não estou afirmando que interesses financeiros devem prevalecer sobre o direito à saúde. Ao contrário. Estou alertando que não podemos desconsiderar os impactos da judicialização e os seus reflexos para o usuário."

Na avaliação de Fernanda Schaefer, é preciso que a ANS faça uma atualização contínua do rol, de forma transparente, sendo mais ágil no processo e assumindo um papel harmonizador do mercado, atuando com medidas preventivas e, desta forma, evitando a judicialização de muitos casos. "Na prática, as duas novas resoluções da ANS revelam uma disposição em deixar os trâmites mais céleres, tanto que mais de 70 novos procedimentos devem ser incorporados ao rol ainda esse ano", finaliza.

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Gastos com internações por insuficiência cardíaca chegam a R$ 1,4 bi

A insuficiência cardíaca provocou um gasto de R$ 1,4 bilhão em hospitalizações, provocando a morte de 77.290 pessoas, no período de 2018 a 2021. Os dados fazem parte do estudo Dimensionando os impactos da insuficiência cardíaca no ambiente ocupacional brasileiro, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e pelo Serviço Social da Indústria (Firjan Sesi).

A análise sobre a enfermidade se baseou em registros do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), entre 2018 e 2021, enquanto os indicadores previdenciários da ocorrência da enfermidade sobre o trabalhador e a população brasileira se basearam em 35,9 milhões de entradas no sistema de dados da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), entre 2008 e 2021. O impacto da insuficiência cardíaca na atividade laboral foi levantado por especialistas do Centro de Inovação Sesi em Saúde Ocupacional, da Firjan Sesi.

Segundo o pesquisador Leon Nascimento, do Centro de Inovação Sesi em Saúde Ocupacional, é difícil mensurar os impactos de uma doença observando apenas os aspectos clínicos. "Quando a gente coloca em consideração os aspectos financeiros, consegue ter uma dimensão melhor do quanto essa doença está impactando a sociedade como um todo. Porque esse impacto é não só sobre o que se está dispendendo financeiramente por conta de uma doença que é crônica e tratável, dentro do contexto socioeconômico possível, mas também a gente está tirando pessoas do ambiente de trabalho que poderiam estar contribuindo com suas famílias e comunidades e, por conta da doença, estão se afastando".

Em relação à rede de saúde, foram percebidas iniciativas boas para a agregação dessas pessoas e acompanhamento a longo prazo, Entretanto, notou-se uma dificuldade grande para a interiorização de acesso aos serviços de saúde especializados. Isso se explica, em parte, porque a maioria dos cardiologistas está instalada nas capitais e estados do eixo Sul/Sudeste, enquanto as regiões Norte, Nordeste e, inclusive, o Centro-Oeste ficam menos assistidas, disse Nascimento.

Há, segundo ele, uma sobrecarga dos profissionais especializados nessas regiões, o que afeta os indicadores de mortalidade, internações e custo das internações. "No fim das contas, impacta não só a pessoa que está sobre o leito, mas o sistema de saúde, que poderia estar atendendo outras demandas, e também os familiares, as empresas onde os doentes trabalham e a região onde elas vivem".

Perdas

Considerando as avaliações de cunho financeiro, foram feitas três grandes investigações no estudo. A primeira envolveu os custos diretos: quanto se gasta em uma internação, o tempo que a pessoa fica internada e o custo médio para cada internação. A segunda análise discorreu sobre a perda financeira indireta, ou seja, durante o afastamento do trabalho, quais são os custos da empresa sem que o funcionário esteja de fato produzindo. "É uma forma de mensurar o absenteísmo da força de trabalho", explicou o pesquisador. Por último, o estudo fez uma avaliação da produtividade baseada no Produto Interno Bruto, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país.

Somente com benefícios temporários (auxílios doença) pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a perda da produtividade chega a R$ 2,4 bilhões por ano. Somando-se os valores dos benefícios temporários e os diferentes custos com uma nova contratação ou sobrecarga de outro profissional da equipe, o custo dos afastamentos pode chegar até R$ 6 bilhões por ano.

"A gente pegou o PIB nacional per capita (por indivíduo) e dividiu pelo número de dias por ano. O valor do PIB per capita diário foi multiplicado pelo tempo de afastamento para cada beneficiário ou pessoa afastada por conta da insuficiência cardíaca", explicou o pesquisador.

A soma total desses valores pode chegar a R$ 6 bilhões por ano. No período de 2018 a 2021, as perdas podem alcançar até R$ 25 bilhões.

Somente as internações acumulam perdas de R$ 1,4 bilhão por ano, porque são recorrentes, longas e complexas, afirmou Nascimento destacando que foram utilizados valores das tabelas do Sistema Único de Saúde (SUS), que não representam os valores de mercado, porque não consideram a inflação do período analisado.

Doença crônica

A insuficiência cardíaca é uma doença crônica e progressiva. Se identificada nos estágios iniciais, há tratamento no SUS e o paciente pode ter qualidade de vida, o que não ocorre quando a doença é diagnosticada em estágio avançado.

O impacto da insuficiência cardíaca é consideravelmente maior no sistema de seguridade social do que outras doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Segundo o levantamento, no intervalo de 12 anos (de 2008 a 2021), a insuficiência cardíaca provocou, em média, 152 dias de afastamento das atividades produtivas, enquanto a hipertensão e o diabetes ocasionaram um período bem menor, de 12 dias e 9 dias, respectivamente.

A insuficiência cardíaca atinge mais de 2 milhões de pessoas no Brasil. Ela se caracteriza por uma progressiva perda da capacidade do coração de bombear sangue. Se não for tratada, pode levar à incapacidade a longo prazo, além de comorbidades, altas taxas de internações e redução global da expectativa de vida.

O estudo enfatiza, ainda, que a insuficiência cardíaca se mantém como uma patologia grave no país, com sobrevida de apenas 35%, após cinco anos de diagnóstico. O resultado são elevados índices de mortalidade, gerados pela re hospitalização e má adesão à terapêutica básica do tratamento.

Impacto sobre salário

O estudo investigou o impacto sobre o salário médio do trabalhador nas 27 capitais brasileiras. Considerando que o doente tivesse que arcar mensalmente com todos os custos, ganhando o salário médio da região, apurou-se que esse impacto varia do mínimo de 15,84%, em São Paulo, ao máximo de 20,14%, no Ceará.

"É um valor bem grande, tendo em vista o salário médio das pessoas de R$ 1,6 mil", ponderou Leon Nascimento. O cálculo leva em conta impostos que incidem diferentemente em diferentes estados.

O impacto é menor em São Paulo, onde a renda média do estado é maior e a carga tributária que incide sobre medicamentos é menor. Já no Ceará, ocorre o oposto. "É uma carga tributária alta sobre os medicamentos e a renda média estadual é menor".

A pesquisa nacional incluiu todas as classes de trabalhadores e abrangeu todas as regiões, estados e municípios brasileiros. Seus resultados deverão ser apresentados, na próxima semana, ao ministro da Saúde, em Brasília.

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PORTAL R7

Ministério da Saúde recomenda que grávidas usem máscara para evitar a varíola dos macacos

Nota técnica ainda indica que gestantes com sintomas da doença precisam ser hospitalizadas

O Ministério da Saúde recomendou que grávidas usem máscara por causa do surto de varíola do macaco. A nota técnica também incluiu mulheres que acabaram de dar à luz ou estão em período de amamentação. Com o crescente número de casos no Brasil e no mundo, as gestantes podem ter os mesmos sintomas de outras mulheres, mas com maior gravidade. Por isso, elas estão incluídas no grupo de risco, junto com crianças e pessoas com baixa imunidade.

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ISTOÉ

Brasil acumula 678.715 mortes por covid-19 desde o início da pandemia

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 678.715 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (1º) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 33.855.964.

Em 24 horas, foram registrados 22.064 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 201 mortes de vítimas do vírus.

Ainda segundo o boletim, 32.421.379 pessoas se recuperaram da doença e 755.870 casos estão em acompanhamento. No levantamento de hoje, não consta atualização dos dados de óbitos em Mato Grosso do Sul.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras ou nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia no Brasil. Ministério da Saúde

Estados

De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos, com 5,92 milhões, seguido por Minas Gerais (3,82 milhões) e Paraná (2,69 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (144,1 mil). Em seguida, aparece Roraima (172,8 mil) e Amapá (176,6 mil).

Em relação às mortes por covid-19, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (172.947), seguido de Rio de Janeiro (74.840) e Minas Gerais (62.958). O menor número de mortes está no Acre (2.018), Amapá (2.151) e Roraima (2.158).

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CORREIO BRAZILIENSE

Brasil vai receber remédio contra varíola dos macacos


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que o Brasil receberá um antiviral para combater a varíola dos macacos. Na sexta-feira, a pasta confirmou a primeira morte pela doença no país. "O Ministério da Saúde receberá, por intermédio da Opas (Organização Panamericana de Saúde), o antiviral tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto de monkeypox (varíola dos macacos) no Brasil. Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento", escreveu Queiroga em sua conta no Twitter. A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a varíola dos macacos é uma emergência sanitária global. Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 1.066 casos já foram identificados no Brasil.

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A REDAÇÃO

Varíola dos macacos: número de infectados em Goiás quase dobra em 72h


Goiânia - O número de casos confirmados de varíola dos macacos quase dobrou nas últimas 72 horas em Goiás, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (1º/8) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). De acordo com a publicação, já são 32 infectados no Estado, 14 novas confirmações entre a última sexta-feira (29) e hoje.

Além disso, Goiás soma 54 casos suspeitos de infecções pelo vírus. Goiânia é a capital com mais casos suspeitos e confirmados, que são, respectivamente, 41 e 26. Os outros municípios com infectados pela varíola dos macacos são Aparecida de Goiânia (2), Itaberaí (1), Luziânia (1), cidade de Goiás (1) e Inhumas (1). Todos os infectados em Goiás, até o momento, são homens, com idades entre 23 e 43 anos. 

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Covid-19: Goiás confirma 4.436 novos casos e 9 mortes em 24 horas

Caroline Louise

Goiânia – Goiás registrou 4.436 novos casos de covid-19 e 9 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (1/8) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO).

O Estado contabiliza, desde o início da pandemia, 1.629.917 casos e 27.194 óbitos pela doença. Ainda de acordo com a SES-GO, há em Goiás 864.263 casos suspeitos em investigação para saber se têm alguma relação com o novo coronavírus, enquanto 343.982 casos já foram descartados.

Além dos 27.194 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,67%, há 217 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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Assessoria de Comunicação