Imprensa (2316)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Sistema Unimed expande atuação e anuncia sua fintech, a Unimed Pay
Covid-19: SP confirma dois casos da variante BQ.1 da Ômicron
Crer e Hugol recebem premiação como melhores hospitais públicos do Brasil
Covid-19: Goiás confirma 1,5 mil casos e 5 mortes em 24 horas
Cade avaliza compra da SulAmérica pela Rede D'Or
Lula escolhe Padilha, Costa, Temporão, Uip e Chioro para transição na Saúde
Qualicorp registra lucro líquido de R$ 49,2 mi no 3º trimestre
'A cobertura vacinal das crianças no Brasil é um escândalo'
SP confirma primeira morte pela subvariante da covid-19
EXAME.COM
Sistema Unimed expande atuação e anuncia sua fintech, a Unimed Pay
A Unimed Participações, hub de novos negócios do Sistema Unimed, entrou para o mercado das fintechs. A empresa está investindo R$ 7 milhões na Unimed Pay, projeto voltado para oferecer serviços financeiros às 341 Unimeds do país, que contam com mais de 118 mil cooperados, 133 mil colaboradores, 18 milhões de clientes e contabiliza transações da ordem de R$ 85 bilhões ao ano.
O modelo inclui a utilização de soluções como uma verdadeira carteira digital, com antecipação de recebíveis de consultas e procedimentos médicos, ressarcimento de atendimentos, transferências P2P, cash back, POS (maquininha), funções de cartão de identificação e, em um futuro próximo, cartões de crédito e débito, dentre outras funcionalidades.
Nesta primeira etapa, voltada para o atendimento a médicos cooperados, Unimeds e prestadores de serviço, a empresa tem como objetivo atingir 5 mil carteiras digitais ativas e 2,5 mil maquininhas, em um ano. Na segunda etapa, serão incluídos também os beneficiários dos planos de saúde e os colaboradores da marca. Dentro de cinco anos, a estimativa é alcançar 80 mil contas digitais dentro do Sistema Unimed e 40 mil POS.
Para a viabilização da fintech, a Unimed Participações firmou uma joint venture com a empresa Q2 Bank, que entrará com as soluções tecnológicas. A previsão de lucro líquido é superior a R$ 20 milhões nos próximos cinco anos.
O projeto é resultado dos investimentos recentes da holding em inovação e tecnologia. A grande vantagem da Unimed Pay é a sua integração ao sistema de gestão das Unimeds, o que permite funcionalidades como a projeção e a antecipação de recebíveis pelos atendimentos prestados pelos médicos cooperados e pelos prestadores de serviços. Outro destaque é a biometria facial, acoplada no POS (maquininha), que minimiza o risco de fraudes e garante segurança ao cliente.
"Temos um enorme potencial de criação de novos negócios com retorno financeiro para o próprio Sistema Unimed e com facilidades para os nossos mais de 18 milhões de clientes. Vamos entrar de forma arrojada e competitiva nesse mercado, com arranjos de pagamentos e nosso grande diferencial: conhecimento do Sistema Unimed e experiência no setor de saúde", afirma Adelson Chagas, presidente da Unimed Participações.
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: SP confirma dois casos da variante BQ.1 da Ômicron
Nova cepa foi identificada pela Fundação Oswaldo Cruz
A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo confirmou hoje (8) a existência de dois casos de covid-19 provocados pela nova variante Ômicron (BQ.1.1), no município de São Paulo.
A nova cepa foi identificada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a secretaria, os casos estão sob investigação epidemiológica das vigilâncias municipal e estadual.
“A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético e, até o momento, há dois casos da nova variante Ômicron (BQ.1.1) no município de São Paulo”, diz o texto de nota da secretaria.
Segundo a pasta, a higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel, e a vacinação contra a covid-19 continuam sendo cruciais para evitar o contágio da doença.
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A REDAÇÃO
Crer e Hugol recebem premiação como melhores hospitais públicos do Brasil
O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), unidades da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás e geridas pela Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde, receberam hoje a premiação inédita como melhores hospitais públicos do Brasil. A premiação aconteceu no auditório Carlyle Guerra de Macedo, na sede da Opas, em Brasília.
O ranking foi criado pelo Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROOS), em parceria com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Instituto Ética Saúde (IES). O Crer alcançou o 14° lugar no ranking e o Hugol 23° posição.
O objetivo é reconhecer as instituições hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) consideradas mais eficientes, bem avaliadas pelos usuários e que se destacam pela qualidade e pela segurança proporcionada aos pacientes.
Estiveram presentes no evento, o Secretário de Estado da Saúde de Goiás, Dr. Sandro Rogério Batista, os superintendentes da Agir, Sérgio Daher, Lucas Paula da Silva, Dante Garcia de Paula, Claudemiro Euzébio Dourado e Guillermo Sócrates, os diretores do Crer Válney Luiz e Ciro Bruno Costa Silveira, os diretores do Hugol, Hélio Ponciano e Luiz Sampaio.
Segundo Lucas Paula da Silva, Superintendente Executivo da Agir, as premiações do Crer e do Hugol reforçam ainda mais o nosso compromisso com o propósito de cuidar de vidas e em garantir a melhor assistência para a população. “Buscamos, diariamente, oferecer uma assistência de qualidade e humanizada, por meio de uma gestão ética, transparente e adequada dos recursos. E, esse resultado de hoje demonstra que estamos no caminho certo”, afirma.
O Diretor Geral do Crer, Válney Luis da Rocha, comemorou o reconhecimento da unidade, reforçando que se trata de um resultado obtido por meio do esforço conjunto de todos os profissionais da instituição. “Fomos premiados e isso é motivo de muito orgulho, um resultado proveniente de uma gestão de excelência”, assegura.
Para o Diretor Geral do Hugol, Hélio Ponciano, o reconhecimento é motivo de satisfação e é mais um motivador para os profissionais que fazem parte da unidade. “Hoje é dia de grande alegria para todos nós, pois essa certificação demonstra que todo nosso trabalho reflete em resultados positivos à população”, destaca.
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Covid-19: Goiás confirma 1,5 mil casos e 5 mortes em 24 horas
Caroline Louise
Goiânia - Goiás confirmou 1.569 casos e 5 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados constam no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), nesta terça-feira (8/11).
De acordo com a SES-GO, o Estado contabiliza 1.730.576 casos e 27.589 óbitos desde o início da pandemia de coronavírus. 76 mortes estão em investigação para saber se há relação com a doença. A taxa de letalidade do vírus em Goiás é de 1,6%.
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FOLHA DE S.PAULO
Cade avaliza compra da SulAmérica pela Rede D'Or
A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) recomendou a aprovação, sem restrições, da compra da seguradora SulAmérica pelo grupo de saúde Rede D'Or, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (8).
Terceiros interessados ou conselheiros do tribunal do órgão têm 15 dias para eventuais manifestações. Caso isso não ocorra, a decisão ganha caráter definitivo.
A aquisição da SulAmérica, anunciada em fevereiro, recebeu aval da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
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Lula escolhe Padilha, Costa, Temporão, Uip e Chioro para transição na Saúde
A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu quatro ex-ministros e um ex-secretário para integrar o grupo técnico da Saúde.
O anúncio foi feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE), um dos indicados para fazer parte da coordenação temática na fase de transição. Médico, Costa foi ministro da Saúde entre 2003 e 2005, durante o primeiro governo de Lula.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) durante entrevista na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo - Rubens Cavallari - 7.out.22/Folhapress
Além dele fazem parte do grupo os médicos Alexandre Padilha, ministro da Saúde no primeiro governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2011 e 2014; José Gomes Temporão, ministro da Saúde no segundo mandato de Lula; Arthur Chioro, também ministro de Dilma entre 2014 e 2015 e David Uip, ex-secretário de Saúde em São Paulo durante o governo de Geraldo Alckmin, agora vice-presidente eleito.
O gabinete de transição, coordenado por Alckmin, é formado por 31 grupos técnicos que vão debater temas como saúde, agricultura, assistência social, cultura, economia, educação, entre outros.
"Gostaria de agradecer ao presidente Lula pelo convite e pela confiança", disse Humberto Costa ao anunciar o grupo temático. "Junto com Temporão, Padilha, David Uip e Chioro, vamos trabalhar para garantir que a saúde no novo governo volte a ser prioridade".
Segundo o senador, a coordenação será colegiada e esta semana haverá reunião para discutir temas estratégicos.
Na lista de cotados para assumir o Ministério da Saúde no novo governo de Lula, David Uip é próximo de Alckmin e atualmente ocupa o cargo de secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do governo de São Paulo.
Na semana passada, o infectologista deixou o PSDB depois de 27 anos de militância em que se transformou na maior referência do partido na área. Ele tomou a decisão por causa da "bolsonarização" da legenda.
Uip coordenou o Centro de Contingência contra a Covid-19 no governo de João Doria, e liderou a resistência dos médicos de São Paulo ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Chegou a ser atacado diretamente pelo presidente da República e teve a sua receita pessoal de medicamentos divulgada ilegalmente em redes sociais quando se tratou da Covid-19.
Já o nome de Alexandre Padilha era cotado para assumir o Ministério da Fazenda no futuro governo Lula, mas perdeu força ao não ficar entre os quatro escolhidos para a coordenação da área econômica e agora foi indicado para o grupo da Saúde.
Nesta terça-feira (8), Padilha falou sobre estratégias de vacinação no futuro governo "O pai Lula mandou avisar que já vai chegar vacinando geral. O plano é tirar o atraso já no comecinho do ano com uma super campanha de vacinação", escreveu nas redes sociais. "A melhora dos índices de cobertura vacinal de todas as doenças é prioridade do próximo governo. O Zé Gotinha vai voltar".
Segundo Alckmin, os nomes escolhidos para o governo de transição podem não ser nomeados para a gestão de Lula em 2023.
"O presidente Lula deixou claro que a transição, os que vão participar da transição, não têm relação direta com o ministério, com o governo. Podem participar, podem não participar, mas são questões bastante distintas. Esse é um trabalho de 50 dias", disse à imprensa.
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ISTOÉ
Qualicorp registra lucro líquido de R$ 49,2 mi no 3º trimestre
A Qualicorp reportou lucro líquido de R$ 49,2 milhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 55,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado atingiu R$ 234,7 milhões no trimestre, recuo de 12,7% na comparação com igual intervalo de 2021. A margem Ebitda ajustada foi de 46,3%, queda de 399 pontos base.
A receita líquida da Qualicorp caiu 5,2% no comparativo anual, chegando a R$ 507,1 milhões.
A companhia registrou dívida líquida de R$ 1,560 bilhão no período, aumento anual de 50,2%, e a alavancagem ficou em 1,6x na relação dívida líquida/Ebitda ajustado LTM ante 1,5x no segundo trimestre e 1,0x em relação a um ano antes.
O resultado financeiro foi negativo, chegando a R$ 53,3 milhões no trimestre, com crescimento de 2,1% em relação ao segundo trimestre. Na comparação anual, o aumento de 348% no resultado líquido se deve, além da variação do CDI médio, ao aumento de endividamento líquido.
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O GLOBO
'A cobertura vacinal das crianças no Brasil é um escândalo'
ENTREVISTA
Daniel Becker / pediatra
Médico alerta para baixa vacinação de pólio, sarampo, meningite e rubéola e diz que a população passou a se 'despreocupar', mas já existem pequenos avisos do perigo
'A cobertura vacinal das crianças no Brasil é um escândalo'
BERNARDO YONESHIGUE
Desde 2015, o Brasil vive quedas sucessivas na cobertura vacinai de crianças contra doenças graves, como meningite e tuberculose. Assim, mesmo males que chegaram a ser eliminados, como sarampo e poliomielite, hoje ensaiam retorno. Segundo dados do Ministério da Saúde, desde 2018 nenhum imunizante do Programa Nacional de Imunizações (PNI) atingiu a taxa ideal de 95% do público-alvo protegido, situação que desperta a preocupação de médicos por todo o país.
O cenário indicado pelos números já chega ávida real. A perda do certificado de eliminação do sarampo pelo Brasil em 2019, o aumento nos casos e óbitos de meningite neste ano e as recentes investigações de suspeitas de pólio são exemplos. Para o pediatra e médico sanitarista do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniel Becker, tratam-se de "pequenos avisos" do que o país pode enfrentar no futuro próximo caso não recupere as coberturas vacinais.
Em entrevista ao GLOBO, o especialista fala sobre os riscos de retorno das doenças e analisa as causas para o que chama de "tragédia".
Muitas crianças ficaram em casa durante dois anos devido ao isolamento, e agora grande parte também não está vacinada. Qual o risco?
Com o fim do isolamento, houve uma disseminação de infecções, especialmente de viroses respiratórias, que foi muito impressionante. Foi algo inédito, que eu nunca tinha visto. Além disso, estamos vendo também alterações na sazonalidade das doenças, como a epidemia de gripe em dezembro do ano passado, em pleno verão, e agora também com surtos.
Então é claro que essa confusão gerada pela pandemia favorece uma disseminação acima da média de qualquer doença respiratória, e a grande maioria das doenças que vacinamos, como meningite, sarampo, gripe, se disseminam por vias respiratórias, por gotículas. A baixa cobertura é mais um fator que aumenta o risco nesse contexto já de alerta.
O Ministério da Saúde aprovou a vacina da Covid-19 para bebês a partir de seis meses, mas apenas para aqueles com comorbidades. O que você pensa sobre isso?
Acho incorreto ser apenas para aqueles com comorbidades. Isso só mostra que há uma má vontade do governo em relação à vacinação contra a Covid-19, que acontece também com outras doenças no geral. E realmente um desprezo, o que é muito lamentável.
Como enxerga o cenário da cobertura vacinai das crianças no Brasil?
Basicamente, nós estamos vivendo uma tragédia. Os números são bem ruins no Brasil inteiro. Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, chegamos a ter em 2017 uma cobertura de 103% contra a poliomielite, ou seja, vacinamos mais crianças do que havia na cidade, vindas de outros municípios. Agora estamos com cerca de 62% apenas. A poliomielite tem um risco real de voltar. Para a meningocócica, a vacina para meningite, a situação é ainda pior. Chegamos a ter 97% de cobertura, agora é por volta de 46%. E um escândalo.
Isso embora o PNI seja considerado por muitos o melhor programa de imunizações do mundo.
Por que as quedas estão acontecendo?
Existem vários fatores, um deles é justamente o sucesso e a eficácia das vacinas. O SUS conseguiu realmente alcançar uma cobertura maravilhosa. Isso fez com que conseguíssemos debelar as principais doenças infecciosas no Brasil, a pólio foi erradicada, o sarampo também, embora tenha voltado. A meningite caiu muito a incidência.
Por isso, as doenças foram sumindo do radar da população, da mídia. As pessoas começaram a se despreocupar. Muitas nem sabem mais o que é a doença e o sofrimento que elas causavam. Aí você tem um desinteresse pela vacinação.
Outro fator importante da queda nas coberturas é a redução no investimento em comunicação do governo federal, que sempre trabalhou com grandes campanhas de vacinação, que eram fundamentais.
Com o fim do isolamento, houve uma disseminação de viroses respiratórias muito impressionante.
Foi algo inédito
Estar atrasado [com a vacinação] não é motivo para fugir do posto e ter vergonha, pelo contrário, é motivo para atualizar a caderneta e proteger seus filhos
Daniel Becker, pediatra e médico sanitarista
Isso foi desaparecendo, e cada vez menos se comunica a importância da vacinação das pessoas.
E os movimentos anti-vacina?
Esse é um terceiro fator, que é mais grave porque acontece até mesmo por parte do governo. O foco recente foi a vacina da Covid-19, tentando jogar as pessoas na fogueira da imunidade de rebanho às custas de milhares de mortes. Isso contou ainda com a participação de médicos que estavam ali para vender medicamentos milagrosos, comprovadamente ineficazes, dizendo que as vacinas não funcionam. Tudo com base no charlatanismo. A realidade é que a pandemia está sendo debelada graças às vacinas.
Surtos de sarampo e meningite têm sido detectados no país. Quais os riscos dessas doenças?
Sarampo é uma doença grave. Em muitas crianças pode causar apenas uma erupção, uma febre e catarro, mas o índice de complicação é alto. Pode provocar pneumonia, encefalite, o que deixa a criança lesada com doença neurológica pelo resto da vida, além de outras sequelas graves.
E a vacina de sarampo é uma tríplice que protege também contra caxumba e rubéola. Ninguém pensa na rubéola porque ela não é grave, mas em mulheres grávidas ela é sim gravíssima. Pode gerar abortos e bebês com muitas sequelas, como surdez, deficiências intelectuais. Só que a cobertura com as duas doses está inferior a 50%. E muito grave.
A meningite também é uma doença que pode matar em menos de 12 horas. A criança tem febre meio-dia e meia-noite está morta. E uma das doenças com pior evolução que conhecemos. E estamos com menos de 45% de cobertura nacional, quando temos uma vacina eficaz, que protege contra a doença. E uma situação muito preocupante. Os surtos recentes são apenas um pequeno aviso do que vai chegar cada vez mais perto de nós.
Os pais que perderam o momento certo de vacinar os filhos devem procurar os postos mesmo assim?
Sim, todas as crianças devem ser vacinadas. Se uma criança perdeu a dose no tempo certo, o posto vai atualizar de acordo com as diretrizes estabelecidas. Os profissionais do posto vão saber exatamente quais são as doses necessárias. Estar atrasado não é motivo para fugir do posto e ter vergonha, pelo contrário, é motivo para ir no posto, atualizar a caderneta e proteger seus filhos.
Como você acredita que é possível reverter as baixas coberturas?
Só há solução: por meio de um trabalho realmente dedicado de todas as entidades que lidam com a infância para aumentar o interesse e a consciência da população sobre a gravidade dessas doenças, a iminência da sua volta e a necessidade urgente de levar seus filhos para a vacinação.
Em relação ao governo, o que deve ser feito?
Primeiro é preciso melhorar o financiamento do SUS de forma geral e colocar uma pessoa de boa formação em saúde pública, boa capacidade técnica, com experiência para chefiar o PNI.
Em nível local, precisamos também de melhores acessos às vacinações. Oferecer os imunizantes nas escolas, por exemplo, pode ser uma boa estratégia. Postos ambulantes para áreas remotas, até mesmo para as periferias das grandes cidades. As clínicas da saúde vacinam, mas acho que seria importante facilitar o acesso. Outro fator importante é abrir mais horários de aplicação. As vezes, as vacinas estão disponíveis apenas durante a semana, mas existem pais e mães que não conseguem levar as crianças por conta do trabalho, do deslocamento. Então é importante atender no fim de semana também.
Como a atenção primária é importante para recuperar as taxas de imunização?
E o maior orgulho da minha carreira ter sido um dos fundadores do programa de saúde da família, que hoje é uma estratégia talvez das mais importantes do SUS, que leva equipes multidisciplinares, até a moradia das pessoas, fazendo um trabalho de integração mesmo com a comunidade. Porém, a falta de financiamento à atenção básica, compromete a qualidade do trabalho.
Que outros fatores impactam a saúde das crianças hoje?
Há um déficit imunitário na população de modo geral, também por causa da alimentação ruim. Muitas pessoas sem dinheiro que acabam comprando ultraprocessados como macarrão instantâneo, biscoitos, que são mais baratos e matam a fome, mas que são muito danosos para a saúde. Então temos crianças desnutridas, que estão cada vez mais suscetíveis a doenças. A fome e essa má alimentação também têm um papel nessa vulnerabilidade da infância.
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O ESTADO DE S.PAULO
SP confirma primeira morte pela subvariante da covid-19
Vítima, de 72 anos, tinha comorbidades; nova variante da Ômicron, a BQ.1 já tem casos registrados em mais três Estados
FABIANA CAMBRICOLI
O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirmou ontem a primeira morte no Estado causada pela nova subvariante BQ.1 da covid-19, associada à alta de casos da doença em outros países. A secretaria já havia confirmado dois casos na capital dessa nova versão da Ômicron pela manhã, mas não tinha divulgado o óbito.
Conforme o secretário, a vítima é uma mulher de 72 anos e que vivia acamada. "Era uma paciente que já tinha comorbidades. Não temos o detalhamento neste momento da condição vacinai, mas a vigilância epidemiológica está analisando as informações", afirmou ele à imprensa durante evento de inauguração do Instituto Perdizes, unidade do Hospital das Clínicas voltada para atendimento de dependentes químicos.
O secretário afirmou ainda que o Estado está analisando e fazendo sequenciamento genético de outros casos para verificar se a subvariante já infectou mais vítimas. Ele ressaltou a importância de todos completarem o esquema vacinai, especialmente neste momento de introdução dessa subvariante no País e da alta de casos.
"Tivemos muitos pacientes que deixaram de fazer a 4 a dose e, dessa forma, não estão idealmente protegidos, principalmente em relação às novas variantes. Atualizar a sua condição vacinai é a melhor forma de proteção da covid e de suas variantes", alertou Gorinchteyn, que é médico infectologista.
PELO PAÍS. A subvariante também já foi detectada em mais três Estados. Casos já foram registrados no Rio, no Rio Grande do Sul e no Amazonas por meio de sequenciamento genético realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Brasil tem visto alta de casos de covid-19 nas últimas semanas. A nova onda da doença pelo mundo veio juntamente com duas novas subvariantes da Ômicron, a BQ.i e a XBB, que já têm causado impacto na Europa, na China, nos Estados Unidos. As subvariantes são mutações dos coronavírus. A BQ.i, por exemplo, é "descendente" da BA.5, que era uma das prevalentes em todo o mundo, com a BA.4 - todas subvariantes da Ômicron.
Alguns especialistas dizem que a transmissibilidade da
BQ.1, assim como da XBB, tende a ser maior do que a de outras variantes que já circularam no País. Não há, porém, evidências científicas que confirmem esse potencial maior de contágio.
VACINA. Diante da nova onda, países como a Itália, e parte das cidades brasileiras, já ampliam a indicação da 5. a dose. Médicos ouvidos pelo Estadão, porém, defendem aumentar as coberturas com a 3º e a 4º injeção, mas não veem necessidade de ampliar o público que toma a 5º - hoje restrita a imunossuprimidos, como pacientes oncológicos ou transplantados.
As coberturas para a 3º injeção de reforço no País são de 48,9% e, para a 4º, de 16,2%. A proporção de crianças imunizadas com ao menos uma dose também é considerada baixa: de apenas 52,5%, na faixa de três até onze anos. Outras recomendações dos especialistas, sobretudo para grupos mais vulneráveis, é usar máscaras em ambientes fechados e evitar contato em caso de sintomas gripais.
Há cidades que já ampliaram dose para públicos mais amplos, a exemplo de Limeira (SP), que oferece para todos com mais de 50 anos, e Tatuí (SP), que recomenda para todos os adultos. A Secretaria de Saúde do Estado informou que aplica, atualmente, a 5. a injeção em imunossuprimidos com 18 anos ou mais e, também, na população em geral, com idade igual ou superior a 40 anos, que tenha iniciado vacinação com a Janssen.#
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Estado do Rio tem 5 das 11 mortes pela varíola dos macacos no País
O Estado do Rio de Janeiro já registrou cinco mortes por varíola dos macacos, também conhecida por monkeypox (MPX). Até esta terça-feira, o Rio de Janeiro tinha 1.249 casos confirmados da doença. Outros 349 registros de pacientes estavam em investigação e mais 143 casos eram considerados prováveis (tiveram o exame não coletado ou considerado inconclusivo).
O Rio é o Estado com mais mortes no País. Há ainda três óbitos pela doença em São Paulo e três em Minas Gerais, totalizando 11 no País, segundo o boletim epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde divulgado nesta semana. As últimas duas mortes foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio na quinta-feira. Uma das vítimas era morador de Nova Iguaçu, na Baixada. Segundo a pasta, o homem de 46 anos era imunossuprimido.
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"Tivemos muitos pacientes que deixaram de fazer a 4." dose e dessa forma, não estão idealmente protegidos, principalmente em relação às novas variantes"
Jean Gorinchteyn Secretário Estadual da Saúde
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Custeio do piso da enfermagem entra na pauta da Câmara. Suspensão pelo STF termina hoje
Diagnóstico de câncer de próstata em homens é tardio pelo déficit de visitas ao médico
PGR quer arquivar acusação da CPI da Covid contra Bolsonaro
Covid: Médicos defendem tomar 3ª e 4ª doses, mas não veem necessidade de 5º reforço para todos
Ultraprocessados estão ligados a 57 mil mortes no Brasil em um ano
Doses mais altas em menos dias possibilitou tratar mais pacientes com radioterapia no SUS, mesmo na pandemia
REDE BRASIL ATUAL
Custeio do piso da enfermagem entra na pauta da Câmara. Suspensão pelo STF termina hoje
Deputados podem votar nesta segunda projeto que autoriza transferência de recursos ociosos que seriam utilizados no enfrentamento da pandemia de covid-19 para destravar o piso
São Paulo – O plenário da Câmara dos Deputados pode votar nesta segunda-feira (7), em sessão a partir das 17h, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 44/2022 que prorroga para 2023 a liberação de recursos dos fundos estaduais e municipais de saúde e assistência social. A medida, já aprovada pelo Senado, é uma alternativa para financiar o piso nacional da enfermagem.
O pagamento mínimo de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos em enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras está previsto na Lei 14.434/2022, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A legislação, no entanto, foi suspensa em setembro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que alegou ser necessário analisar os impactos da nova remuneração mínima na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.
A decisão, referendada pela maioria dos ministros da corte, acatou ação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde) que contestou a validade do piso. A liminar ainda estabeleceu dois meses para que Executivo e Congresso explicassem o impacto financeiro e fonte de recursos para cumprimento da medida. O prazo, porém, termina nesta segunda. E a avaliação é que o piso da enfermagem possa ser novamente prorrogado pelo Judiciário, caso o Legislativo não ofereça uma alternativa.
Projetos em negociação
Os senadores vêm defendendo o PLP 44/2022 como uma proposta consistente para viabilizar o pagamento. Na prática, o projeto atualiza duas leis que autorizaram a transposição de saldos financeiros ociosos dos fundos estaduais e municipais. Desse modo, as verbas podem ser usadas dentro das áreas de saúde e assistência para finalidades diferentes das originais. O objetivo das leis era liberar recursos adicionais para o combate à covid-19 nos estados e municípios. A autorização, válida até o final de 2021, fica prorrogada para o final de 2023. Atualmente, há R$ 34 bilhões disponíveis nessas fontes.
O Dieese calcula que o incremento financeiro necessário para cumprimento do piso da enfermagem será de R$ 4,4 bilhões ao ano para os municípios. E de R$ 1,3 bilhão ao ano para os estados e R$ 53 milhões ao ano para a União. Já a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) aponta incremento de R$ 6,3 bilhões ao ano. O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator da proposta no Senado e também do Orçamento de 2023, estima que a prorrogação das transposições financeiras liberaria imediatamente cerca de R$ 4 bilhões para os estados e municípios custearem o piso.
A medida seria apenas temporária, para permitir que os entes se planejem para assumirem o pagamento do patamar mínimo com recursos próprios no futuro. A proposta já teve regime de urgência aprovado na última terça (1º).
Expectativa da categoria
Mas, além dela, o Legislativo também discute outro projeto, o PLP 7/2022. O texto remaneja R$ 2 bilhões dos fundos de saúde e de assistência social de municípios, estados e do Distrito Federal para entidades filantrópicas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é que o valor seja usado no próximo ano para pagar o piso nacional da enfermagem. A medida já foi aprovada pelos deputados e atualmente está em tramitação no Senado.
As duas casas também defendem a desoneração da folha de pagamentos do setor, o aumento dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), assim como a destinação de royalties do petróleo e de impostos de jogos de apostas para viabilizar a medida.
Em nota divulgada em seu site, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) afirmou ser grande a expectativa com o julgamento da Ação Direta da Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, no Supremo, movida pela entidade patronal. A categoria indicou ainda que deve intensificar a mobilização junto ao Congresso Nacional para garantir o novo piso. “Os profissionais têm que cobrar de deputados e senadores que aprovem todos os projetos para viabilizar as fontes”, afirmou o conselheiro federal Daniel Souza, representante do Cofen no Fórum Nacional da Enfermagem.
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JORNAL FOLHA NOROESTE
Diagnóstico de câncer de próstata em homens é tardio pelo déficit de visitas ao médico
Nos últimos dois anos, doença já causou mais de 47 mil mortes, porém com diagnóstico precoce as chances de cura chegam a 90%
Mais de 47 mil óbitos foram registrados por câncer de próstata entre 2019 a 2021, conforme o sistema de informação sobre mortalidade do Ministério da Saúde. No ano passado 16 mil homens morreram em consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia. Para alertar sobre os riscos e estimular os cuidados com a saúde do homem, a Prati-Donaduzzi, que é referência na produção de medicamentos no Brasil, adere mais uma vez à campanha Novembro Azul e promove ações de conscientização sobre a doença.
Somos uma empresa que promove saúde e bem-estar, principalmente para os nossos colaboradores. Durante este mês, estaremos trazendo orientações sobre o tema, juntamente com os profissionais da Unimed no ônibus da saúde. Além disso, serão realizadas atividades de orientação a saúde, aferição de pressão e liberação de guia para o exame de PSA para os homens acima de 40 anos, contou o enfermeiro do Trabalho Saúde Ocupacional da Prati-Donaduzzi, Jonathan Calgaro Presa.
Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas, e muitas vezes é detectado apenas através dos exames PSA ou toque retal. Por isso, independente do surgimento dos sintomas é importante que o homem crie o hábito de realizar os exames de rotina.
O exame de sangue PSA pode ser recomendado a partir dos 50 anos, ou mais cedo para aqueles que têm histórico familiar da doença. Já nos casos mais avançados, o paciente pode apresentar dificuldade para urinar, micção frequentes, dores durante a relação sexual, disfunção erétil, presença de sangue na urina e dores pélvicas ou ósseas, alertou a oncologista clínica, Dra. Aline Bobato Lara.
Câncer de próstata tem até 90% de chance de cura
Ainda de acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de 31% dos homens não costumam ir ao médico rotineiramente e, consequentemente, não descobrem a doença no início, quando as chances de cura chegam a 90%. Hoje ainda existe uma resistência dos homens em realizar os exames de rastreamento, principalmente pelo receio e medo em procurar um urologista, eventualmente encontrar alguma alteração. Vale lembrar, que estes exames são fundamentais para um diagnóstico precoce do câncer de próstata, e que o toque retal não é um exame doloroso, ele é rápido e auxilia na identificação de lesões iniciais, orientou.
A médica explica como as pessoas podem incentivar seus parceiros realizarem o check-up anualmente. Nós sabemos que as mulheres se cuidam mais do que o homens, principalmente no mês dedicado para conscientização do câncer de mama, o Outubro Rosa. Mas em seguida vem o Novembro Azul, que é um movimento para lembrar da importância dos cuidados com a saúde do homem. É fundamental que esse autocuidado se estenda para os próximos meses do ano, conclui.
O tratamento do câncer de próstata dependerá do estadiamento da doença. Isso quer dizer que, nas fases mais iniciais, os procedimentos podem incluir: radioterapia, algumas vezes associadas ao bloqueio hormonal da testosterona, além de cirurgia para retirada da próstata. Em casos iniciais, podem ser realizados apenas o acompanhamento com exames, que é chamado de vigilância ativa, pela baixa agressividade do tumor. Já nos avançados com metástases, podem ser inseridas a terapia sistêmica com bloqueio hormonal da testosterona, quimioterapia, ou outras modalidades.
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O GLOBO
PGR quer arquivar acusação da CPI da Covid contra Bolsonaro
Para Procuradoria, presidente não incitou desrespeito a regras sanitárias
MARIANA MUNIZ E AGUIRRE TALENTO
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Superior Tribunal Federal (STF) o arquivamento das investigações abertas para apurar se o presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades incitaram a população a desrespeitar medidas de combate ao coronavírus durante a pandemia. O procedimento foi instaurado com base no relatório final da CPI da Covid, em novembro de 2021.
De acordo com o relatório do colegiado, Bolsonaro e outros agentes públicos teriam disseminado desinformação sobre o uso de máscaras, o lockdown e o isolamento social, além de ter posto em dúvida a eficácia da vacina e defendido o tratamento precoce contra a Covid, comprovadamente ineficaz, e a imunidade de rebanho.
Segundo a manifestação da PGR, porém, é "inadmissível o exercício de atos de persecução criminal sem qualquer lastro", uma vez que a conduta praticada por Bolsonaro teria ocorrido "dentro dos limites da liberdade de manifestação de pensamento e política e sem qualquer conteúdo alusivo à prática de crimes".
Ainda de acordo com o parecer da vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, "não há o mínimo elemento da prática do crime incitação do delito de colocação de pessoas em perigo de vida" nas falas do presidente sobre a pandemia.
APURAÇÃO PRORROGADA
Em agosto, o ministro Luís Roberto Barroso, atendendo a pedido da Polícia Federal (PF), havia prorrogado por 60 dias o prazo das investigações para apurar o comportamento sobre a pandemia do presidente, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP), Beatriz Kicis (PLFF), Osmar Terra (MDB-RS), Ricardo Barros (PP-PR) e Carlos Jordy (PL-RJ) e do então ministro Onyx Lorenzoni.
Tomando como base o relatório da PF, a PGR afirma que "em nenhum momento" verificou-se que os os agentes públicos "incitaram a população a não usar a máscara de proteção individual e a realizar aglomerações".
"Houve, em verdade, publicações em que os indiciados manifestaram suas opiniões e ideias sobre as medidas de combate à pandemia, compartilharam reportagens e estudos científicos e questionaram as medidas impostas pelas autoridades sanitárias", afirma Lindôra.
O relatório elaborado pela PF afirma que não é possível extrai r da "narrativa apresentada pela CPI da Pandemia qualquer elemento" que permita concluir que as manifestações de Bolsonaro e dos demais parlamentares sobre o uso de máscaras e o isolamento social "sejam aptos a caracterizar condutas penalmente relevantes".
O documento contradiz o que a própria PF havia dito ao STF em outra apuração preliminar a respeito da pandemia. Em investigação sobre informações falsas divulgadas por Bolsonaro sobre uma suposta relação entre a vacina e a Aids, a corporação afirmou que a associação poderia ser classificada como uma contravenção penal de "provocar alarme a terceiros, anunciando perigo inexistente".
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O ESTADO DE S.PAULO
Covid: Médicos defendem tomar 3ª e 4ª doses, mas não veem necessidade de 5º reforço para todos
O Brasil tem visto alta de casos da covid-19, assim como nos Estados Unidos, na Europa e na China. Diante da nova onda, outros países, como a Itália, e parte das cidades brasileiras já ampliam a indicação da 5ª dose. Médicos ouvidos pelo Estadão, porém, defendem aumentar as coberturas com a 3ª e a 4ª injeção, mas não veem necessidade de ampliar o público que toma a 5ª - hoje restrita a imunossuprimidos, como pacientes oncológicos ou transplantados. As coberturas para a 3ª injeção de reforço no País são de 48,9% e, para a 4ª, de 16,2%. A proporção de crianças imunizadas com ao menos uma dose também é considerada baixa: de apenas 52,5%, na faixa de três até onze anos. Outras recomendações dos especialistas, sobretudo para grupos mais vulneráveis, é usar máscaras em ambientes fechados e evitar contato em caso de sintomas gripais. Nova onda de covid-19: Volto a usar máscara? Precisa de 5ª dose? Tire essas e outras dúvidas Há cidades que já ampliaram a 5ª dose para públicos mais amplos, a exemplo de Limeira (SP), que oferece para todos com mais de 50 anos, e Tatuí (SP), que recomenda para todos os adultos. A cidade do Rio de Janeiro também quer estender a recomendação para todos, após confirmar a circulação da subvariante da Ômicron BQ.1 no fim de semana. A Itália, em outubro, decidiu dar a 5ª dose para os idosos com mais de 80 anos.
O Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo informou que não há orientação para os municípios aplicarem a 5ª dose para a população em geral, só para imunodeprimidos sob avaliação clínica. A Secretaria de Saúde do Estado informou que aplica, atualmente, a 5ª injeção em imunossuprimidos com 18 anos ou mais e, também, na população em geral, com idade igual ou superior a 40 anos, que tenham iniciado o esquema vacinal com a Janssen.
Alexandre Naime Barbosa, infectologista, professor e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, não vê necessidade de 5ª dose para todos. "Em pacientes imunossuprimidos, o esquema básico é considerado com três doses, mais duas de reforço, totalizando cinco. Já na população em geral, o esquema básico são duas doses e então temos as doses 3 e 4 de reforço", explica.
"Mais importante do que ampliar doses para 5ª e 6ª doses, é garantir cobertura alta de 4ª dose para pessoas acima de 40 anos" diz Julio Croda, médico infectologista da Fiocruz. "O importante é que a maioria das pessoas tenha tomado uma dose de reforço nos últimos quatro meses", enfatiza.
Outra estratégia para conter a nova subvariante é o uso da vacina bivalente da Pfizer, atualizada para as cepas do vírus identificadas mais recentemente. Estudos preliminares já mostraram que essa nova versão do vírus tem maior chance de escapar da proteção oferecida pelos imunizantes já aplicados.
"A BQ.1 tem escape de reposta imune maior e já temos dados dela sobre anticorpo neutralizante, que está relacionado à proteção contra infecção. Dessa forma, fica claro que a vacina bivalente garante maior nível de anticorpo neutralizante e, portanto, maior proteção para a BQ.1 , afirma Croda.
Um pedido de autorização para uso emergencial da vacina ambivalente no Brasil foi feito pela Pfizer à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro, mas ainda não foi avaliado. Em nota, a farmacêutica disse que ainda está investigando a efetividade do imunizante bivalente contra a subvariante BQ.1 e espera ter dados concretos em breve.
Procurada, a Anvisa disse que "os processos estão em fase final de análise pela área técnica, para posteriormente serem encaminhados à diretoria" para deliberação. A vacina ambivalente já está disponível na Europa, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile, entre outros países.
Em nota, o Ministério da Saúde disse monitorar a evolução das coberturas vacinaispara todas as faixas etárias. Até a tarde desta segunda-feira, 7, mais de 519 milhões de doses foram distribuídas de forma proporcional para o todo o País, afirma a pasta. Ainda conforme o órgão, a importância do reforço é reforçada por meio de campanhas.
Para Evaldo Stanislau, infectologista do Hospital das Clínicas da USP, também é preciso acelerar a vacinação das crianças na faixa de seis meses a dois anos. O imunizante já foi comprado pelo governo federal em outubro, mas as doses devem ser distribuídas só nesta semana. "Seria importante fechar as portas para o vírus em populações que facilitam a sua disseminação, como é o caso da pediátrica, antes de falarmos em ampliar a 5º dose para a população como um todo", alerta.
É preciso avaliar uso de máscaras, dizem especialistas
Segundo Alexandre Naime Barbosa, é recomendado que cada um faça uma avaliação individual de risco e adote cuidados baseados na sua condição de saúde. A orientação é de que idosos acima de 75 anos, pessoas que passaram por transplante de órgão recente, pacientes com doença de lúpus e imunossuprimidos, em geral, evitem aglomerações e utilizem máscaras sempre que tiverem contato com outras pessoas.
Em Pernambuco, a Secretaria de Saúde voltou a recomendar máscaras para idosos, imunodeprimidos e pessoas com sintomas gripais, após verificar aumento de infecções. Em Recife, a taxa de testes positivos subiu de 15,5% na última semana de outubro para 25,1% na primeira semana de novembro. "Quem está com sintoma gripal deve usar máscara, fazer testagem para a doença e cumprir o tempo de isolamento. Idosos e imunodeprimidos também devem usar protetor facial", recomendou o secretário estadual da Saúde, André Longo.
O Rio Grande do Sul, outro local onde a circulação da variante BQ.1 já foi confirmada, também recomenda máscara para os imunocomprometidos, idosos e pessoas com comorbidades em locais fechados ou pouco ventilados. Também devem usar a proteção quem está com sintomas respiratórios ou tem contato com pacientes confirmados para covid-19.
Pessoas com condições de saúde normais e que não são idosas devem usar máscara apenas em ambientes fechados, com aglomeração e sem circulação de ar. Se infectadas, devem utilizar máscaras sempre que tiverem contato com outras pessoas.
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CORREIO BRAZILIENSE
Ultraprocessados estão ligados a 57 mil mortes no Brasil em um ano
O consumo de alimentos submetidos a muitos processos industriais foi associado a mais de 10% das mortes prematuras e evitáveis por todas as causas registradas no Brasil, em 2019
Pela praticidade e pelo custo acessível, os ultraprocessados estão substituindo as refeições tradicionais, feitas a partir de ingredientes in natura. Especialistas têm alertado o quanto a troca pode impactar diretamente na saúde da população. Um estudo publicado ontem, na revista American Journal of Preventive Medicine, mostra esse efeito nos brasileiros: o consumo de alimentos submetidos a muitos processos industriais foi associado a mais de 10% das mortes prematuras e evitáveis por todas as causas registradas no Brasil, em 2019.
No estudo, liderado pela Universidade de São Paulo (USP), os cientistas consideraram informações sobre o consumo alimentar presentes na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017 e 2018, a composição da população e de mortalidade brasileira, além de dados recentes da literatura internacional sobre a ingestão de ultraprocessados. Os resultados mostraram que, em todas as faixas etárias e em todos os gêneros, o consumo de ultraprocessados variou de 13% a 21% da ingestão total de alimentos no Brasil, no período estudado.
Um total de 541.260 pessoas com idade de 30 a 69 anos morreram prematuramente em 2019, sendo que 261.061 desses óbitos ocorreram por doenças evitáveis não transmissíveis. As ferramentas de modelagem indicaram que aproximadamente 57 mil dessas mortes poderiam ser associadas ao consumo dos industrializados, correspondendo a 10,5% do montante e 21,8% de todas as mortes por doenças não transmissíveis na população adulta.
Os cientistas também avaliaram alguns cenários de redução no consumo de ultraprocessados e os possíveis impactos. Diminuir em 10% a ingestão desses alimentos poderia prevenir 5,9 mil mortes prematuras por ano. O número de vidas preservadas chegaria a 29 mil com a adoção de hábitos mais saudáveis e restrição em 50% na quantidade de industrializados ingeridos. "Colocando em uma linha temporal, se o brasileiro voltasse aos números de consumo por ultraprocessados que tínhamos há 10 anos, seriam 12 mil mortes prevenidas anualmente", afirma Eduardo Nilson, autor principal do estudo e integrante do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP.
Políticas públicas
Segundo o cientista, uma ferramenta para estimar as mortes atribuíveis a um hábito alimentar de baixo teor nutricional pode auxiliar as autoridades nas tomadas de decisão. Essas informações devem ser consideradas como prioridade em termos de definição de políticas públicas no Brasil, tanto de taxação de alimentos quanto de produção. E isso está alinhado, inclusive, com o próprio Guia Alimentar da População Brasileira, que já fala em restringir o consumo de ultraprocessados, de fazer a base da dieta com alimentos in natura e minimamente processados", justifica.
Gislaine Ferreira, nutricionista do Hospital Sírio-Libanês de Brasília, lista algumas dessas formulações industriais cada vez mais presentes na rotina do brasileiro: salsichas, hambúrgueres, nuggets de frango, sorvetes, chocolates, biscoitos, salgadinhos, refrescos e refrigerantes, entre outras. A especialista lembra, ainda, que o consumo desses alimentos está associado a muitos desfechos de enfermidades. "Principalmente obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer", diz. "Também representa, como mostrado no estudo, uma causa significativa de mortes evitáveis e prematuras entre os adultos brasileiros. Isso se dá devido à alta carga de sódio, açúcar e gordura trans presentes nesses alimentos."
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PORTAL SEGS
Doses mais altas em menos dias possibilitou tratar mais pacientes com radioterapia no SUS, mesmo na pandemia
Apesar do represamento de diagnósticos de câncer na pandemia, o volume de pacientes que receberam radioterapia no período aumentou no Sistema Único de Saúde (SUS). Especialistas destacam a adesão dos serviços à modalidade de hipofracionamento, que possibilita tratar o paciente em 15 ou menos sessões ao invés das convencionais 25 a 30, reduzindo o número de vezes que o paciente precisa se deslocar em longas distâncias
Com a pandemia, que resultou em represamento de diagnóstico e tratamento de câncer, principalmente em regiões nas quais os pacientes precisam se deslocar em longas distâncias, os serviços especializados ampliaram a oferta de radioterapia hipofracionada, que consiste na diminuição do número de sessões, com doses mais altas em cada sessão, de forma segura e eficiente. Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) aponta que, já nos primeiros meses de pandemia, houve incremento na indicação do hipofracionamento em 77,8% dos serviços do país. Por meio deste levantamento, constatou-se que a mama foi o principal sítio tumoral em que houve mais redução do número de sessões de radioterapia combinado ao aumento das doses: em 97,4% dos locais analisados.
O reflexo dessa medida é observado pela SBRT, que levantou na base TABNET/DataSUS - Painel Oncologia - do Ministério da Saúde - o número de procedimentos realizados a cada ano. Com aumento sequencial, foram 42.142 (2019), 49.124 (2020) e 52.095 (2021).
"A realização de hipofracionamento em mais serviços especializados possibilitou, na pandemia, encurtar distâncias e diminuir o fluxo de pacientes nas unidades de saúde", ressalta a médica radio-oncologista Nilceana Maya Aires Freitas, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Radioterapia e pesquisadora da Rede Brasileira de Pesquisa em Câncer de Mama. Segundo a SBRT, a média percorrida pelos pacientes oncológicos para realização da radioterapia no SUS é de 72 km. A SBRT recebeu relatos de pessoas que precisaram percorrer até 1600 km para receber o tratamento. "É importante lembrar que nós temos uma defasagem muito significativa no número de equipamentos de radioterapia no Brasil: um terço a menos do recomendado pela Organização Mundial de Saúde para atender os pacientes de câncer", afirma a radio-oncologista.
O impacto positivo do hipofracionamento no câncer de mama - Exemplificando pelo câncer de mama, após a cirurgia conservadora, o número convencional é de 25 a 30 sessões diárias, com o paciente precisando se deslocar todos esses dias. A radioterapia hipofracionada, no entanto, reduz a quantidade de sessões para 15 ou menos, dependendo do caso, sem submeter às pacientes aos riscos da toxicidade e sem aumento do risco de recidiva (volta da doença).
"Ao longo dos anos, os estudos em radioterapia buscaram encurtar o tempo de tratamento que a paciente fica nas sessões. Era comum antes a paciente fazer a radioterapia para o câncer de mama durante um mês e meio, vindo todos os dias para a clínica. Hoje, ela já pode fazer o tratamento em menos tempo, mas preservando os benefícios", explica Nilceana Freitas. Segundo a radio-oncologista, os benefícios desse tratamento envolvem aspectos da saúde do corpo e da mente. Ela explica que menos sessões de radioterapia no dia a dia da paciente possibilita conforto psicológico, pelo fato do retorno mais rápido à rotina de trabalho, além de facilitar o convívio familiar. Em casos selecionados, é possível inclusive fazer o tratamento em cinco aplicações de radioterapia em toda a mama. Trata-se do esquema chamado de hipofracionamento extremo.
Além disso, também em paciente selecionadas, pode-se lançar mão de uma modalidade chamada radioterapia parcial da mama. Isso significa tratar apenas a região em que estava o tumor, poupando, portanto, grande parte dos tecidos glandulares e órgãos saudáveis ao redor da mama (como pulmão e coração). Existem diversas modalidades técnicas de radioterapia parcial da mama incluindo a radioterapia intraoperatória que pode ser realizada durante o ato cirúrgico em apenas uma única aplicação. No que se refere a radioterapia intraoperatória há um baixo índice de radiação e contaminação para a equipe e para a paciente. Assim, não chega doses de radiação para a costela, musculatura, pulmão muito menos para o coração. Essas áreas são preservadas", relata Nilceana Freitas.
Sobre a Sociedade Brasileira de Radioterapia
A Sociedade Brasileira de Radioterapia, fundada em 1998, é uma associação civil, brasileira, associativa e científica de direito privado, sem fins lucrativos, que reúne e representa os médicos radio-oncologistas, legalmente registrados no Brasil.
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Assessoria de Comunicação
Convite: Capacitação em Manejo Clínico das Arboviroses
Escrito por AdministradorCONVITE - CAPACITAÇÃO EM MANEJO CLÍNICO DAS ARBOVIROSES
A Superintendência de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás convida médicos e enfermeiros para a Capacitação em Manejo Clínico das Arboviroses - Dengue, Chikungunya e Zika.
O evento será realizado amanhã, 8 de novembro, às 10 horas, no formato online (plataforma Zoom) e vai abordar temas, como o cenário epidemiológico do Estado de Goiás, abordagem sindrômica, diagnóstico, tratamento e vigilância laboratorial.
Acesse e participe:
Entrar na reunião Zoom
https://us06web.zoom.us/j/86993357098?pwd=Q091VTAyMXo3VUVzb3ZVczlpdlJhUT09
ID da reunião: 869 9335 7098
Senha de acesso: 053088
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Senado vai analisar PEC que estabelece piso salarial para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais
Governo eleito prevê retomar programa Mais Médicos e R$ 23 bi extras na Saúde
Ex-ministros do PT e aliados de Alckmin são cotados para ministério
Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirma circulação da subvariante Ômicron
Saúde de Goiânia fará 600 cirurgias de catarata nesta semana
Artigo - Um olhar para as soluções e tendências da saúde
O desastre das empresas de saúde, por Luis Nassif
Dia da Malária: Tocantins celebra três anos sem registro de casos de contaminação local
RÁDIO SENADO
Senado vai analisar PEC que estabelece piso salarial para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais
O Senado vai analisar a PEC 24/2022, que estabelece um piso salarial nacional para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Pelo texto, esses profissionais seriam incluídos na Emenda Constitucional que assegurou a remuneração mínima da enfermagem em R$ 4.750. O autor, senador Angelo Coronel (PSD-BA), argumenta que se trata de uma questão de justiça com essas categorias que lutam muito para recuperar a saúde das pessoas internadas.
O Senado vai analisar uma proposta de emenda à Constituição que estabelece um piso salarial nacional para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. A intenção é incluir esses profissionais entre os beneficiados pela Emenda Constitucional 124, de 2022, que fixou em R$ 4.750 o piso para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira. O autor, senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, argumenta que fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais "desempenham papel de suma importância para a recuperação e o desenvolvimento da capacidade física de pacientes, contribuindo para o bem-estar deles por meio de intervenções não farmacológicas e que melhoram dores, insônias, postura e doenças”. Cria piso salarial que mínimo para essas duas categorias e fico feliz porque vamos fazer justiça para com essa categoria que realmente é quem luta muito para recuperar a saúde das pessoas que fiam interndas em hospitais. A PEC aguarda distribuição para a Comissão de Constituição e Justiça, que decidirá sobre a admissibilidade antes da votação em Plenário. O piso nacional da enfermagem está com pagamento suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal, que aguarda a definição da fonte do pagamento pelos governos e iniciativa privada. O Senado aprovou um projeto para ajudar estados e municípios, que terão acesso aos recursos dos fundos estaduais e municipais de saúde e assistência social. Uma outra proposta também aprovada pelos senadores cria o piso nacional dos fisiterapeutas e terapeutas ocupacionais com salários de R$ 4.800. A iniciativa do senador Angelo Coronel estabelece, ainda, uma jornada de 30 horas semanais.
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AGÊNCIA ESTADO
Governo eleito prevê retomar programa Mais Médicos e R$ 23 bi extras na Saúde
A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estima que os compromissos firmados durante a campanha na área da saúde vão exigir uma recomposição orçamentária de R$ 23 bilhões para 2023. O valor será incluído na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição ou qualquer alternativa negociada com o Congresso.
O cálculo tem por objetivo assegurar recursos para alcançar ao menos cinco metas: abastecer as farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS), retomar o programa Farmácia Popular, ampliar a cobertura vacinal, realizar mutirões para atender à demanda reprimida por exames, consultas e cirurgias e ainda implementar um sistema de saúde digital, com ampliação da telemedicina.
O montante de recursos tem por objetivo corrigir o corte proposto pela gestão Jair Bolsonaro (PL) no orçamento da saúde para 2023. A redução de R$ 22,7 bilhões em relação à verba deste ano foi alvo de denúncia do Conselho Nacional de Saúde a organismos internacionais sob a alegação de que atingiria a oferta de medicamentos, ações de prevenção e controle de doenças. Só o programa de imunização, por exemplo, perderia R$ 5 bilhões.
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Com mais de 150 milhões de brasileiros dependentes do SUS e um Ministério da Saúde desacreditado após a pandemia de covid-19, a transição na área será voltada, inicialmente, a oferecer o básico à população. "Temos de assegurar recursos para comprar de dipirona a medicamentos para a aids, que estão em falta nas farmácias do SUS de todo o País", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), um dos responsáveis pela elaboração do programa de Lula na área.
O sanitarista Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Medicina da USP e ex-diretor-presidente da Anvisa, disse que a aquisição de remédios básicos é uma demanda urgente. "A Farmácia Popular atende, por exemplo, quem tem hipertensão e diabetes, doenças que mais matam no Brasil hoje."
Imunização
Segundo Costa, o novo governo também vai priorizar a realização de campanhas para que o Brasil volte a atingir as metas de cobertura de diversos imunizantes. Ele afirmou que há preocupação especificamente em relação à poliomielite, cuja cobertura está em 65% do público-alvo. Em 2015, o índice foi de 98%.
"Há municípios com 100% de cobertura do programa Saúde da Família e com baixa cobertura vacinal. Isso não pode acontecer", disse a epidemiologista Carla Domingues, que coordenou o Programa Nacional de Imunizações (PNI) entre 2011 e 2019.
A promessa de atender à demanda de procedimentos represada por causa da pandemia já estava no plano de governo de Lula, mas, após a chegada da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à campanha, ganhou mais destaque. Entre as possibilidades estão a contratação de exames na rede privada e a ampliação da fatia pública do Produto Interno Bruto (PIB) destinada à saúde, hoje em 3,8%, para ao menos 5%.
No Brasil, o índice geral de investimento na saúde não é baixo - cerca de 9,6% do PIB -, mas a divisão dos gastos públicos e privados está muito aquém da dos países desenvolvidos. No Reino Unido, por exemplo, onde há um amplo sistema público, a fatia privada representa 2,2% dos recursos, enquanto no Brasil esse índice é de 5,9%.
Para a professora e pesquisadora Ligia Bahia, da Universidade Federal do Rio, Lula precisa enfrentar o subfinanciamento com políticas federais progressivas. "Mais recursos públicos devem ser alocados para reduzir tempos de espera e exigir resultados positivos para a melhoria da saúde. O papel do governo federal é liderar Estados e municípios para a implementação de iniciativas de valorização do SUS."
Concurso
Outro plano do novo governo, ainda não detalhado, é retomar o programa Mais Médicos, para levar profissionais para unidades de saúde das periferias ou distantes dos grandes centros. Desta vez, porém, não há planos de trazer médicos cubanos.
Para Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz e membro da Academia Nacional de Medicina, o ideal seria a realização, logo no início do mandato, de um concurso público emergencial. "Um concurso que ofereça bons salários, ajuda de custo para moradia e um plano de carreira para fixar médicos, com questões contratuais que condicione esse plano à permanência deles nesses locais por um período predeterminado", afirmou.
O enfrentamento do aumento de brasileiros com transtornos mentais também deve ser prioridade. Há a expectativa de criação da Secretaria Nacional de Saúde Mental, o que fortaleceria as políticas públicas voltadas à área. A ação foi uma das condições impostas pelo deputado André Janones (Avante-MG) para abandonar a candidatura presidencial e apoiar Lula.
"Apresentei essa exigência para Lula, Gleisi (Hoffmann) e (Aloizio) Mercadante e aceitaram de imediato, não colocaram nenhum empecilho", afirmou Janones.
Ele defende que a criação da secretaria seja acompanhada do fortalecimento dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e da ampliação da lista de medicamentos para transtornos psiquiátricos oferecidos no SUS. "São poucas opções e os que não estão no SUS são caros. A maioria da população nem sempre tem acesso aos melhores tratamentos. Isso precisa mudar", disse ele.
A equipe de Lula ainda precisará encontrar recursos para outras demandas da área, como a implementação do piso nacional da enfermagem aprovado pelo Congresso, mas suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a campanha, o petista defendeu o piso e se mostrou disposto a negociar com Estados e municípios, que alegam dificuldades financeiras para cumprir a lei. Segundo estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o impacto fiscal estimado é de R$ 10,5 bilhões ao ano.
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Ex-ministros do PT e aliados de Alckmin são cotados para ministério
Sanitaristas que já lideraram o Ministério da Saúde em governos do PT e médicos aliados do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) são alguns dos cotados para assumir a pasta a partir de 2023. Do primeiro grupo, são cogitados o médico e senador Humberto Costa (PT-PE), que comandou a pasta entre 2003 e 2005, e o sanitarista e professor Arthur Chioro, ministro entre 2014 e 2015 ? ambos membros do comitê que elaborou as propostas de Lula na área da saúde. O médico e deputado federal Alexandre Padilha, titular do ministério entre 2011 e 2014, também é cotado, mas deverá comandar outro ministério no governo.
Ex-secretários da Saúde de São Paulo nas administrações Alckmin, o infectologista David Uip e o radiologista Giovanni Guido Cerri, ambos professores da Universidade de São Paulo (USP), são nomes considerados caso a indicação para a pasta seja feita pelo vice-presidente.
Correm por fora nos bastidores da campanha dois médicos que tiveram protagonismo durante a pandemia de covid-19 contra o negacionismo científico: o sanitarista Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Medicina da USP, ex-secretário da Saúde da capital paulista e ex-diretor-presidente da Anvisa, e a pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz.
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Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirma circulação da subvariante Ômicron
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou, neste sábado (5/11), que foi confirmado um caso de covid-19 provocado pela subvariante Ômicron BQ.1 na capital fluminense. A circulação da subvariante na cidade foi detectada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por meio de sequenciamento genético.
A Secretaria de Saúde informou em postagem nas redes sociais que "segue monitorando o panorama da covid-19" na cidade e alertou sobre a necessidade de que os moradores concluam o esquema vacinal. "No momento, a recomendação é para que aqueles que ainda não tomaram a dose de reforço da vacina contra a covid-19 procurem uma unidade para concluir o esquema de imunização a partir de segunda-feira", orientou.
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A REDAÇÃO
Saúde de Goiânia fará 600 cirurgias de catarata nesta semana
Goiânia - A Secretaria Municipal de Saúde fechou parceria com Fundação Banco de Olhos e Hospital de Olhos Vila Nova para a realização de 600 cirurgias de catarata em uma semana. Os procedimentos terão início na segunda-feira (7/11) e vão até a sexta-feira (11).
“Essa ação tem um impacto social enorme, estamos falando de homens e mulheres que voltarão a enxergar normalmente. Muitas pessoas têm seus trabalhos prejudicados por conta da catarata”, aponta o prefeito Rogério Cruz.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, relata que o convite foi feito a todos os prestadores que realizam esse tipo de procedimento pelo SUS, "desde públicos, filantrópicos até os privados e esses dois aceitaram o desafio de fazer esta semana de cirurgias”.
Os pacientes que farão a cirurgia já foram regulados, fizeram os exames pré-operatórios e estão sendo contactados pelos prestadores.
“São ligações telefônicas e mensagens realizadas de forma incessante para que o paciente não perca a sua vez, por isso, é de suma importância que todos mantenham seus cadastros no SUS atualizados”, assinala Cruz.
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MEDICINA SA
Artigo - Um olhar para as soluções e tendências da saúde
Quando a pandemia de Covid-19 surgiu o mundo se deparava com outro cenário na área da saúde. Não se discutia o impacto das vacinas, as consultas médicas ainda eram restritas aos consultórios e pouco se falava em telemedicina. Se por um lado, e infelizmente, a pandemia trouxe a perda de milhões de vidas, por outro, possibilitou reflexões importantes para a estrutura de saúde e, principalmente, para inovações tecnológicas que podem beneficiar a vida dos pacientes.
Hoje, por exemplo, o contato com o médico acontece onde o paciente desejar, graças ao atendimento a distância. Antes da pandemia, debates sobre o autocuidado e a saúde mental estavam até presentes, mas não pareciam fazer tanto sentido. Já no atual cenário, é extremamente necessário ampliarmos os atendimentos, tratamentos e formas de oferecer serviços com essa finalidade.
Neste sentido, olhar para as tendências de saúde é um convite para aprofundar a discussão sobre a melhoria do acesso, bem como os caminhos já disponíveis para proporcionar soluções positivas a todos – sejam eles pacientes, profissionais de saúde, médicos e empresas.
Uma via muito robusta, e que seguirá cada vez mais forte, é a da digitalização na saúde. Segundo estudo de análise de negócio da CB Insights, a aceleração da transformação digital já corresponde a 40% do mercado global do setor, por meio da atuação de startups e de outros players digitais.
Com isso, veremos cada vez mais a Inteligência Artificial em diversos campos da saúde. Prontuários eletrônicos inteligentes, que traduzem e relatam o histórico do paciente, além de dispositivos em exames e cirurgias complexas, que auxiliam a tomada de decisão do médico. São exemplos de soluções em expansão e que unem recursos digitais à prática clínica.
No campo da Internet of Medical Things – Internet das Coisas Médicas –, os gadgets, smartphones, ou wearables como os relógios digitais, apoiam o monitoramento da saúde, os hábitos saudáveis e a identificação de sintomas importantes da jornada do paciente.
Com esses dispositivos, a telemedicina está sendo ampliada com a adição de laudos à distância, diagnósticos online e, futuramente, exames como o eletrocardiograma a partir de aparelhos móveis. E tudo isso será fomentado pela presença do 5G, tornando o processo mais assertivo, ágil e dinâmico para usuários e especialistas. Ainda que nada substitua o contato humano e a presença do médico, esse é um caminho importantíssimo para a saúde chegar a áreas remotas. Quando olhamos para um país continental como o nosso, isso representa um avanço na qualidade de vida das pessoas e na economia para os sistemas de saúde.
Softwares de gestão, que unificam as áreas administrativas e de atendimento em um só ambiente digital, também têm sido aprimorados e sinalizam celeridade para que os especialistas foquem naquilo que mais importa: o cuidado com as vidas. O profissional da medicina se beneficiará cada vez mais da realidade virtual – na aprendizagem do ofício e no tratamento das pessoas.
Todos esses avanços incidem na melhoria de pesquisas e estudos comportamentais, gerando fluxos de dados que contribuem para a formação de tendências e de cenários, auxiliando na previsibilidade de acontecimentos e até mesmo de futuras pandemias. Saúde é cada vez mais o tema prioritário, e é incrível observar a evolução dos recursos disponíveis.
Como vários desses avanços se aceleraram durante a maior pandemia dos últimos 100 anos, isso demonstra que, nas crises, o que faz a diferença é como as enfrentamos. E que a tecnologia nos ajuda a simplificar, agilizar e tornar mais eficiente nossa operação, tendo as pessoas no centro do trabalho.
*Luiz Paulo Tostes Coimbra é presidente da Unimed Nacional.
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JORNAL GGN
O desastre das empresas de saúde, por Luis Nassif
As ações das empresas de saúde desabaram nos últimos dois anos, com a única exceção da Hypera Pharma.
Diagnóstico da América S.A. (DASA), por exemplo, desabou 89,8% em relação ao pico de R$ 199,00 em 19.01.2021. É uma empresa de diagnósticos.
No caso do Hapvida, o pico de R$ 18,07 foi em 08.02.2021. De lá para cá, houve queda de 56,6%.
Já a Rede D?Or sofreu uma queda de 56,3% em relação ao pico de R$ 76,25 de 24.08.2021.
A Qualicorp perdeu 76,4% do valor em relação ao pico de R$ 34,28 de 05;03;2021.
Mesmo operadores de planos odontológicos, como a Odontoprev, escapou da queda, com 42% a menos que o pico de R$ 14,96, de 30.09.2021.
Nem mesmo empresas tradicionais, como o Laboratórios Fleury, escaparam da queda. No seu caso, o último fechamento registrou queda de 33,9% em relação ao pico de R$ 28,70 em 02.02.2021.
Já a Kora Saúde está próxima de virar pó. Seu papel fechou em R$ 2,12, com queda de 74% sobre o pico de R$ 8,15 de 19.08.2021.
Poucas se salvaram. É o caso da Hermes Pardini, empresa de diagnóstico, que está apenas 5,5% abaixo do pico de 31.08.2021.
Ou o Grupo Alliar, que está próximo do pico de R$ 21,27 de 20.10.2022.
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GAZETA DO CERRADO
Dia da Malária: Tocantins celebra três anos sem registro de casos de contaminação local
O Tocantins é um dos Estados da região amazônica que contribui com o menor número de casos notificados de malária no país. No dia em que se comemora o Dia da Malária nas Américas (6 de novembro), o Estado celebra três anos (desde 2019) sem registro de casos autóctones, quando a pessoa é contaminada no seu território, contribuindo para a eliminação da doença no país e nas Américas. Nos últimos três anos foi reduzido em 100 % o número de casos autóctones e 70% os casos importados.
"Os dados foram alcançados graças ao acompanhamento sistemático dos casos importados, detecção e tratamento adequado, prevenção e controle de eventuais surtos, disponibilidade de novos métodos diagnósticos (Teste de Diagnóstico Rápido), desenvolvimento de ações contínuas de educação em saúde e maior visibilidade da doença nos canais de comunicação locais. Um trabalho incansável dos profissionais do Estado e dos Municípios", disse o assessor técnico do Programa Estadual de Malária do Tocantins da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Marco Aurélio Martins.
Atualmente, os casos notificados no Estado são 100% importados, com 18 registros em 2022, advindos dos demais estados da região amazônica - (Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima) e de outros países (Angola e Suriname).
Plano de Eliminação
O técnico complementa que o Tocantins faz parte do Plano Nacional de Eliminação da Malária, do Ministério da Saúde (MS), o qual busca diminuir o número de casos autóctones (transmitidos dentro do país) para menos de 68 mil até 2025, reduzir a quantidade de óbitos para zero até 2030 e eliminar a doença no território brasileiro até 2035. "O Estado, juntamente com os municípios, trabalham para evitar a reintrodução da transmissão autóctone de malária, fortalecendo a vigilância e principalmente intensificando ações para melhorar a detecção precoce e o tratamento oportuno dos casos", pontuou.
A consultora técnica do Ministério da Saúde (MS) para eliminação da malária, Joana Martins de Sena disse que o Tocantins, junto com os demais estados da Federação, assinou a carta de compromisso para viabilizar condições necessárias para execução dos planos de eliminação da doença no Estado e apoiar os municípios. "O Tocantins e seus municípios prioritários já trabalham com os Planos de Eliminação desde 2020, o que já traz resultados relevantes para o Estado e o país".
Malária
É uma doença febril aguda, potencialmente fatal, causada por parasitos (Plasmodium) que são transmitidos às pessoas pela picada do mosquito fêmea infectada Anopheles (conhecido popularmente como suvela).
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e calafrios, aparecem geralmente entre 8 e 15 dias após a picada do mosquito e podem ser leves e se confundir com outras doenças febris. O diagnóstico pode ser feito por meio da coleta de sangue retirada na ponta do dedo e o resultado sai em até 24 horas nos laboratórios públicos ou na rede particular.
O tratamento é feito com antimaláricos conforme a espécie de malária (P. vivax e P. falciparum) e peso do paciente. É importante concluir o tratamento para cura completa da doença, mesmo que tenham desaparecido os sintomas ao tomar as primeiras doses.
Prevenção
As medidas de prevenção são de extrema importância, especialmente para viajantes/turistas, garimpeiros, pescadores e trabalhadores que se expõem em áreas de matas. A doença pode ser prevenida adotando medidas como: não se expor no horário de atividade do mosquito transmissor que é principalmente ao anoitecer e ao amanhecer e usar roupas de mangas longas que protejam braços e pernas, repelentes, mosquiteiros, telas em portas e janelas em regiões de matas e beiras de rios.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Testes de laboratório indicam aumento dos casos de covid
Goiana é cotada para Ministério da Saúde de Lula
Casos de Influenza A aumentam e vacina é principal prevenção, alerta infectologista
Fundo de Mark Zuckerberg investe na startup de saúde Beep
Monkeypox pode ser transmitida mesmo sem sintomas
Prefeitura de Goiânia amplia liberação de guias no Imas, aos finais de semana
O ESTADO DE S.PAULO
Testes de laboratório indicam aumento dos casos de covid
CAIO POSSATI
Os resultados de laboratórios particulares indicam aumento no número de testes positivos de covid-19 no Brasil. Entre 8 e 29 de outubro, o País saltou de 3% para 17% de novos diagnósticos confirmados para o vírus em relação ao total, segundo levantamento do Instituto Todos pela Saúde A Europa já tem visto uma elevação de casos e internações. Especialistas afirmam que é improvável que o Brasil sofra um pico tão grande como ocorreu no primeiro semestre do ano passado, mas dizem que é preciso monitorar o surgimento de variantes e a redução dos protegidos com o reforço vacinai.
DADOS. O levantamento inclui uma amostra de 595,5 mil testes dos laboratórios Dasa, DB Molecular e HLAGyn, realizados entre 5 dezembro de 2021 e 29 de outubro de 2022. De acordo com o instituto, houve aumento significativo da positividade nos diagnósticos em Estados como Mato Grosso, onde o crescimento foi de 3% para 18%; São Paulo, de 10% para 19%; e também no Rio, que registrou uma escalada de 15% para 26%. Se confirmada uma nova onda, seria a terceira registrada no País em menos de um ano, todas ocasionadas pela variante Ômicron.
"Felizmente, onda após onda, temos visto números de hospitalizações e mortes cada vez menores"
Anderson Brito Pesquisador
A primeira, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, foi provocada pela sub-linhagem BAi da variante; a segunda, entre maio e julho, foi causada pelas linhagens BA.4 e BA.5, que são, hoje, as que circulam no Brasil com maior frequência. "Há algumas semanas, regiões como Japão e França têm enfrentado surtos causados por descendentes da variante Ômicron BA.5. E esse aumento da positividade de testes no Brasil muito provavelmente está sendo ocasionado por linhagens que já circulam aqui ou por novas variantes que circulam globalmente", afirma Anderson Brito, pesquisador científico do ITpS, responsável pela coordenação dos relatórios.
"Muito provavelmente, a gente vai observar o cenário mudando ao longo das próximas semanas, indicando uma elevação no número de casos", alerta Anderson Brito. É difícil de prever o impacto da nova onda, segundo o pesquisador, porque depende da variante circulante e dos níveis de proteção a nível populacional. Mas, para ele, é "improvável" que o Brasil sofra, novamente, impactos grandes.
BALANÇO. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 399 milhões de doses foram aplicadas. Com isso, 91,5% da população tomou a primeira dose e 85,8% receberam duas.
Mesmo assim, o pesquisador do ITpS alerta que linhagens responsáveis pelo aumento de casos positivos em países da Europa, como a França, devem chegar ao Brasil. É o caso da BQ.1.1, que se origina da variante BA.5. "É provável que essa variante chegue ao Brasil. É normal começar a vir linhagens modificadas com mutação que dão vantagens, de forma a conseguirem evitar o reconhecimento pelo nosso sistema imunológico", explica.
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O HOJE
Goiana é cotada para Ministério da Saúde de Lula
Médica cardiologista, Ludhmila Hajjar tem 45 anos e ganhou destaque ao se indispor com o Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19
A médica goiana Ludhmila Hajjar é uma das cotadas para o ministério da Saúde do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A profissional da saúde de 45 anos é médica cardiologista e ganhou destaque ao se indispor com o Bolsonaro (PL) durante a pandemia da Covid-19.
Hajjar consta em um levantamento realizado pelo site Poder360 que apresentou sete nomes. De acordo com a publicação, ela conta com o apoio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e também com o do presidente da Câmara Federal Arthur Lira (PP-AL). O deputado, vale destacar, já teria oferecido ajuda a Lula.
Além da médica, também constam na lista o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que já foi ministro da Saúde; o pesquisador e também ex-ministro Arthur Chioro; o ex-secretário de Saúde de São Paulo David Uip; o senador e ex-ministro Humberto Costa (PT-PE); o ex-ministro José Gomes Temporão; e Margareth Dalcolmo, pesquisadora que também ganhou destaque durante a pandemia da Covid-19.
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JORNAL OPÇÃO
Casos de Influenza A aumentam e vacina é principal prevenção, alerta infectologista
Dados do Instituto Todos pela Saúde mostram que por cinco semanas registros subiram
Os casos de Influenza A estão aumentando no Brasil. Por cinco semanas, a doença se mantém acima de 20%. Os dados são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS). Segundo os levantamentos, a taxa de positividade de testes em laboratórios privados têm alcançado pico de 34%.
O índice é considerado alto, já que normalmente fica abaixo de 5%. A proporção aferida se aproxima dos dados registrados em janeiro deste ano. Naquele período, o país enfrentou um surto da doença, com 44% de testes positivos.
Bernardo Almeida, médico infectologista, salienta que o aumento nos casos tem relação com a pandemia de Covid-19. “Estamos em fase de transição entre o período de pandemia para endemia pelo Sars-CoV-2. Nesse contexto, há uma tendência de retorno do padrão epidemiológico dos outros vírus respiratórios, como o influenza”, esclarece.
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O GLOBO
Fundo de Mark Zuckerberg investe na startup de saúde Beep
Empresa carioca realiza exames laboratoriais e vacinas em domicílio. 0 CZ1, do dono do Facebook, coliderou o aporte com o Bradesco. Valor não foi revelado
O CZ1, fundo de venture capital de Mark Zuckerberg e sua mulher, Priscilla Chan, fez seu primeiro investimento em uma healthtech no Brasil: na carioca Beep, de vacinas e exames laboratoriais em domicílio. O fundo americano coliderou com o Bradesco um aporte série C na empresa, e a rodada ainda contou com a participação de David Vélez, CEO do Nubank, e dos fundos Valor Capital e DNA Capital.
O valor do aporte não foi divulgado, mas, nestes tempos de vacas magras, em que startups evitam novas rodadas temendo um rebaixamento na avaliação de mercado, Vander Corteze, fundador e CEO da Beep, garante que superou "em muito" os R$ 110 milhões da última rodada, em abril do ano passado.
O interesse do fundador do Facebook e sua mulher pelo setor de saúde não é fortuito: Priscilla é médica de formação, especializada em pediatria. A CZ1 ficou oito meses fazendo diligências na Beep, inclusive acompanhando as entregas.
A Beep iniciou sua operação no fim de 2017 com a aplicação de vacinas - serviço privado que não está incluído nos planos de saúde - e aos poucos foi agregando exames laboratoriais.
Desde o último aporte, a empresa passou a investir no credenciamento dos planos de saúde para atender à demanda de exames. Hoje são 40 operadores credenciados, incluindo Bradesco Saúde, Amil e SulAmérica, em um total de mais de cinco milhões de vidas.
A meta é chegar a dez milhões de beneficiários potenciais até a próxima rodada de investimentos. Um dos grandes desafios é ativar a base dos operadores credenciados, para que escolham a Beep na hora de agendar um exame.
EM MAIS DE 150 CIDADES
Desde a sua criação, a Beep realizou mais de um milhão de atendimentos em domicílio. A empresa está presente em seis estados e mais de 150 cidades. A partir de agora, a Beep pretende concentrar o crescimento no aumento da base de clientes nos grandes centros, antes de ampliar o número de cidades.
- Antes, a gente só pensava em crescer, crescer e crescer. Agora é crescer de forma saudável, com melhores margens - diz Corteze, que prevê alcançar o break even, ou o lucro da operação, no primeiro semestre de 2023.
A Beep deve dobrar o faturamento este ano, alcançando R$ 200 milhões. Para o ano que vem, a previsão é R$ 250 milhões.
O plano de médio e longo prazo é transformar o app da Beep em um superaplicativo de saúde, agregando novos serviços, como infusões de medicamentos parenterais, exames de vista e entrega de remédios, entre outros.
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Monkeypox pode ser transmitida mesmo sem sintomas
Novo estudo britânico mostra que há risco de infecção começar quatro dias antes de os primeiros sinais da doença aparecerem
Cientistas da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) realizaram um estudo mostrando que pacientes com a varíola dos macacos podem transmitir o vírus até quatro dias antes que os primeiros sintomas apareçam. Eles estimam que mais da metade dos casos no Reino Unido até o momento, que afetou predominantemente homens que fazem sexo com outros homens (HSH), ocorreram dessa maneira.
O estudo, publicado no British Medicai Journal, incluiu 2.746 pessoas que testaram positivo para monkeypox no Reino Unido. Os pacientes tinham em média 38 anos e mais de 95% deles eram homens.
Os pesquisadores analisaram o tempo que levou desde quando os sintomas ocorreram no primeiro paciente até os sinais se desenvolverem em um contato, como um amigo próximo. Eles também analisaram o período de incubação, ou seja, o tempo desde a exposição ao vírus até o início dos sintomas.
A equipe descobriu que levava, em média, quase oito dias para os sinais da doença aparecerem depois que o paciente foi exposto aos sintomas pela primeira vez, mas muitos contatos foram
infectados bem antes dessas primeiras manifestações.
"Quatro dias foi o tempo máximo que a transmissão foi detectada antes que os sintomas se manifestassem", escreveram os autores. O resultado levanta questões urgentes sobre as estratégias atuais para conter o vírus.
Cerca de 3.700 casos foram registrados desde maio no Reino Unido. Embora o vírus possa infectar qualquer pessoa, a esmagadora maioria dos casos ocorreu em homens que fazem sexo com outros homens.
No ápice da doença, em julho deste ano, os casos atingiram o pico de mais de 60 infectados por dia, mas vem caindo desde então, com menos de 15 casos por dia em média no início de setembro. Especialista atribuem a queda à vacinação em massa que imunizou mais de 50 mil pessoas entre pacientes e profissionais da saúde. Além do isolamento que os contatos próximos dos infectados com o vírus são instruídos a fazer por até 21 dias.
NO BRASIL
Surtos semelhantes surgiram na Europa Ocidental, EUA e no Brasil. Segundo último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o país registra mais de 9 mil casos da doença, com oito óbitos - três em Minas, três no Rio e dois em são Paulo - se tornando o país com mais mortes pelo vírus no mundo e o segundo lugar em casos, atrás apenas dos EUA.
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GAZETA DO ESTADO
Prefeitura de Goiânia amplia liberação de guias no Imas, aos finais de semana
O Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Servidor de Goiânia (Imas) ampliou a análise e liberações de guias, via auditoria, aos finais de semana. "Esta é uma demanda que visa ampliar o melhor atendimento aos usuários do instituto, que seguiu a recomendação do prefeito Rogério Cruz, para que os usuários não enfrentem dificuldades ou demora nas liberações de exames, procedimentos e internações", afirma o presidente do Imas, Welmes Marques.
No mês de setembro, o Instituto informa que foram autorizadas 4.057 guias, nos finais de semana. Nos dias 03, 04, 05, foram expedidas 994 guias, nove negadas e 90 canceladas. Já nos dias 10 e 11, 1.013 receberam autorização, 44 foram negadas e 53 canceladas. Nos dias 17 e 18, 1.123 guias foram expedidas, 57 negadas e 67 canceladas. Por fim, 927 receberam autorização, nos dias 24 e 25, e 34 foram negadas e 55 canceladas. A soma total de pedidos analisados chega a 4.516.
Welmes Marques destaca que a intenção é que a cada dia o Instituto venha atender melhor os serviços oferecidos aos usuários.
Atribuições
Compete aos Imas a execução das diretrizes do plano de saúde dos servidores públicos municipais estabelecidas em lei específica; a prestação, direta ou por meio de convênio e credenciamento, de assistência médica, hospitalar, ambulatorial e laboratorial aos servidores públicos segurados e seus dependentes do seu plano de saúde; e a fiscalização e o controle da rede assistência para assegurar a prestação da assistência à saúde do servidor constante do contrato de prestação de serviço.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Butantan negocia parceria para desenvolver vacina contra varíola dos macacos
Com a pandemia, consumo de medicamentos controlados cresce no DF
Cutucar o nariz aumenta o risco de Alzheimer, sugere estudo
China: autoridades reforçam compromisso com rígida política de controle da covid
Plano de saúde terá que restituir despesas de cliente com cirurgia odontológica
Enfermeira obtém reconhecimento de emprego após empresa não comparecer à audiência de instrução
Cremego promove plenária sobre cirurgia craniomaxilofacial
Médica encontrada sem vida em banheiro de hospital morreu por insuficiência respiratória causada por reação a remédios, diz laudo
O GLOBO
Butantan negocia parceria para desenvolver vacina contra varíola dos macacos
O Instituto Butantan, em São Paulo, negocia uma parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) que pode levar à produção nacional de uma vacina contra a varíola dos macacos. Segundo a instituição, o acordo prevê a transferência de material biológico para o Brasil, o que permitirá eventualmente que o Butantan tenha condições de produzir localmente um imunizante.Estamos apenas aguardando a formalização da parceria com o NIH, para o Butantan começar a criar expertise para uma possível produção da vacina. O objetivo é ter um produto final seguro, com eficácia e imunogenicidade, afirma o gerente de Inovação do Instituto Butantan, Cristiano Gonçalves Pereira, em nota.
A diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, explica, porém, que a ideia é que no primeiro momento o material biológico sirva para a realização de diferentes estudos na instituição brasileira, por isso a parceria deve ser encarada como um passo inicial. A produção (da vacina) terá início após superarmos as primeiras etapas", diz.
Com a transferência do material, a ideia é que o Butantan trabalhe na geração de bancos de células e de vírus e comece a estudar processos de produção e de metodologia que levem ao desenvolvimento de uma nova vacina. Não seria, portanto, a produção local de um imunizante já existente, mas sim a abertura do caminho para a criação de uma nova formulação, o que demanda tempo e uma série de etapas de estudos pré-clínicos e clínicos.
Caso a parceria seja de fato firmada entre as instituições, essa não será a primeira doação de material biológico do vírus monkeypox, causador da varíola dos macacos, pelo NIH ao Brasil.
Na época, o pesquisador do CTAVacinas Flávio Fonseca, coordenador da Câmara POX MCTI, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, estimou um período de seis meses para crescer o material e fazer os testes necessários, o que seria o primeiro passo no processo de tirar a nova vacina do papel.
Embora as instituições brasileiras invistam em desenvolver vacinas nacionais, o que é importante para o futuro da doença no país, já existem imunizantes disponíveis para o combate ao surto atual. Há três semanas, o Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote com 9,8 mil doses da proteção, parte de um acordo mediado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) que prevê 50 mil aplicações.
Nesse primeiro momento, a estratégia da pasta está sendo imunizar os profissionais da saúde que atuam no atendimento a pacientes infectados com a varíola e para contatos próximos de pessoas contaminadas. O imunizante é o Jynneos, fabricado pela farmacêutica Bavarian Nordic, que também é utilizado por diversos países com campanhas de vacinação mais avançadas, como os Estados Unidos e o Reino Unido.
Varíola dos macacos ainda é emergência de saúde
Em reunião nesta terça-feira, o comitê responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS) optou pela manutenção da varíola símia como uma emergência internacional de saúde, status que foi decretado em julho. A decisão acontece embora o ritmo de novos casos da doença estejam em desaceleração no mundo.
Segundo a plataforma de dados Our World in Data, da Universidade John Hopkins, nos EUA, a média móvel estava em 166 novos diagnósticos por dia nesta terça-feira, uma queda de 44% em relação aos 296 registrados duas semanas antes. Em meados de agosto, o índice chegou a ultrapassar mil novos casos por dia.
No Brasil, ontem, a média móvel era de 29, uma redução de 22% em relação a 14 dias atrás. No total, segundo o Ministério da Saúde, são 9.273 pessoas infectadas e 5.012 suspeitas em análise, além de 10 mortes.
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CORREIO BRAZILIENSE
Com a pandemia, consumo de medicamentos controlados cresce no DF
De acordo com dados do Sincofarma, aumento varia de 60% a 70% na capital do país. Antidepressivos e ansiolíticos são os fármacos mais procurados. Avaliação é de que o período de pandemia teve efeito direto no índice
Com especialistas ainda mensurando os impactos da pandemia de covid-19, a saúde mental é um dos termômetros de acompanhamento desses efeitos. Nos últimos dois anos, só no Distrito Federal houve um aumento de 60% a 70% na comercialização de remédios controlados, antidepressivos e ansiolíticos. Os dados são do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma) e mapeiam, justamente, o início da crise sanitária provocada pela covid-19.
Segundo o presidente da associação, Erivan Araújo, a maior parte dessas prescrições são voltadas para o tratamento de doenças mentais. "Muitos dos casos estão relacionados a depressão e ansiedade. Houve, ainda, crescimento na compra de bebidas e cigarros", aponta. Para ele, os números de consumo estão atrelados a necessidade de fuga para enfrentar quadros psiquiátricos, que cresceram durante o período agudo da crise sanitária.
O farmacêutico também correlaciona o isolamento e estresse causado pela quarentena, no início de 2020, como possíveis gatilhos, principalmente na população mais jovem. "Houve uma mudança de vida e era impossível que essa situação não fosse um abalo muito grande", analisa.
Aceitação
Um desses casos é vivido por Tales Castro Mazzoccante, 22 anos, que há pouco mais de dois meses começou com o tratamento medicamentoso para depressão e ansiedade. Os sintomas, segundo ele, surgiram na adolescência e se intensificaram há dois anos. "A auto cobrança em relação a faculdade e o isolamento em decorrência da pandemia foram os principais problemas. Por isso, precisei procurar acompanhamento", explica.
No começo, Tales precisou enfrentar a resistência dos pais, uma vez que estigmas envolvendo questões de saúde mental sempre estiveram presentes dentro de casa. Após algumas sessões de terapia e a prescrição dos remédios, a família passou a enfrentar outros temores. "Eles ficaram surpresos com a necessidade de tomar medicamentos e com medo de que eles me causassem alguma dependência", relembra Tales.
Adquirindo antidepressivo mensalmente e ansiolítico a cada dois meses, o morador de Sobradinho gasta, com os dois fármacos, cerca de R$ 135,90. Apesar de conseguir comprar, ele reconhece que os preços não são acessíveis. Mesmo com todas as dificuldades, ele garante que é importante fazer o tratamento.
Rede Pública
O aumento na procura por medicamentos controlados também está presente na saúde pública do DF. Conforme dados fornecidos pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), ao Correio, o crescimento registrado é de 16%, entre 2019 e 2022. Embora, comparativamente, o percentual seja menor aos números da Sincofarma, a crescente de alguns medicamentos expressa as alterações do período pandêmico.
Os ansiolíticos sofreram uma variação média de 8%. Enquanto os antidepressivos chegaram a 32%. Já a classe de remédios antipsicóticos apresentou decréscimo em 1%. O médico psiquiatra Luan Marques observa que a ampliação desse consumo é anterior à pandemia. "Uma preocupação é que esses aumentos não sejam exclusivos do SUS mas, sim, das prescrições públicas e privadas, pois, em alguns casos, são medicamentos baratos, mas que tem um elevado grau de dependência química", elucida. O receio do profissional é que pessoas com vulnerabilidades tratem apenas os sintomas, sem combater as causas, o que pode causar a dependência de remédios.
Tratamento completo
Desigualdade social, pandemia e cultura individualista. São vários os motivos interpretados pelo psicólogo Igor Saraiva para o aumento no consumo de medicamentos psiquiátricos na capital federal. Para ele, os remédios, em dado momento, são um auxílio para o indivíduo que chega ao ápice do sofrimento, mas são necessárias outras intervenções para a melhoria da saúde do paciente. "O desenvolvimento depressivo pode chegar a um tamanho que paralisa a pessoa, impedindo ela de buscar ajuda. Nesses momentos agudos de sofrimento, o remédio vem pra ajudar", explica. No entanto, o especialista também chama atenção para o perigo da banalização dos fármacos.
Na avaliação de Igor, é primordial que o paciente faça o tratamento acompanhado por um psicólogo, para que as reais causas do adoecimento mental sejam trabalhadas da melhor forma. "A psiquiatra e a psicologia precisam andar de mãos dadas."
Fim do tabu
Posição corroborada pela médica psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), Renata Figueiredo, acredita que o adoecimento mental também está vinculado à pausa nos atendimentos e tratamentos que deixaram de ser realizados durante a pandemia. Para a especialista, essa suspensão, que ocorreu em diversas unidades hospitalares, prejudicou o avanço das doenças na capital federal.
Por outro lado, Renata afirma que a crise da covid-19 trouxe à luz o debate do adoecimento psíquico, que ficou mais nítido de 2020 para 2022. "Pela redução do tabu, pacientes que necessitavam de tratamento antes e tinham vergonha de procurar, perceberam que outras pessoas estavam procurando ajuda e também buscaram ajuda. A mídia falou mais sobre saúde mental durante a pandemia", pressupõe.
Essa busca, na visão da médica, é importante para a remissão dos sintomas, tanto daqueles que apresentavam os problemas antes da pandemia, como os casos que se agravaram na crise sanitária. Ela também alerta para a importância de não abandonar a psicoterapia, que pode trazer muitos benefícios para a saúde mental do indivíduo. Muitos pacientes deixam as sessões com psicólogos ou terapeutas e tomam as medicações isoladamente. "O tratamento combinado, psicoterapia e psicofarmacoterapia, é o melhor, pois aumenta a resposta e a aceitação, além de melhorar o prognóstico", sinaliza.
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JORNAL OPÇÃO
Cutucar o nariz aumenta o risco de Alzheimer, sugere estudo
Pesquisadores descobriram que bactérias que entram pelo canal olfativo podem chegar ao cérebro e favorecer o acúmulo da proteína beta-amiloide
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Griffith, na Austrália, apontou que retirar meleca do nariz pode contribuir para a ocorrência de Alzheimer e demência. Na pesquisa, a equipe detalha que, nos roedores, há um canal ligando o nervo olfativo ao cérebro, e que ele pode ser usado por bactérias, como a Chlamydia pneumoniae, que buscam chegar ao Sistema Nervoso Central (SNC). Publicado na revista Nature, o estudo mostrou que as células do cérebro absorveram a proteína beta amiloide, que tem relação direta com a ocorrência da doença de Alzheimer.
Esta se acumula, formando placas no cérebro e alterando a comunicação entre os neurônios, em pacientes humanos com Alzheimer. Inclusive, é considerada um dos principais marcadores da doença neurodegenerativa.
Em resumo, "os nervos que se estendem entre a cavidade nasal e o cérebro constituem vias de invasão pelas quais C. pneumoniae pode invadir rapidamente o sistema Nervoso Central e desencadear alterações genéticas e moleculares a longo prazo, que podem contribuir para o aparecimento da doença de Alzheimer", afirmam os cientistas sobre os testes com roedores.
“Somos os primeiros a mostrar que a Chlamydia pneumoniae pode subir diretamente pelo nariz e entrar no cérebro, onde pode desencadear patologias que se parecem com a doença de Alzheimer”, conta James St John, chefe do Clem Jones Center for Neurobiology and Stem Cell Research e co-autor da pesquisa. “Vimos isso acontecer em um modelo de camundongo, e a evidência também é potencialmente assustadora para humanos”.
O nervo olfativo é diretamente exposto ao ar e oferece um caminho curto para o cérebro, que contorna a barreira hematoencefálica, afirmam os pesquisadores. Essa seria uma rota que vírus e bactérias detectaram como fácil no cérebro, e seria por onde elas passariam. A equipe de pesquisa da instituição já planeja a próxima fase da pesquisa, na qual pretende provar se o mesmo caminho existe em humanos.
“Precisamos fazer esse estudo em humanos e confirmar se o mesmo caminho funciona da mesma maneira. É uma pesquisa que foi proposta por muitas pessoas, mas ainda não concluída. O que sabemos é que essas mesmas bactérias estão presentes em humanos, mas não descobrimos como elas chegam lá”, afirma St John.
Os pesquisadores apontam que existem “alguns passos simples para cuidar do revestimento do nariz”, que “as pessoas podem fazer agora se quiserem diminuir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer de início tardio”.
“Cutucar o nariz e arrancar os pelos do nariz não é uma boa ideia”, disse ele. “Nós não queremos danificar o interior do nosso nariz e pegar e arrancar pode fazer isso. Se você danificar o revestimento do nariz, pode aumentar o número de bactérias que podem entrar no seu cérebro”.
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ZERO HORA
China: autoridades reforçam compromisso com rígida política de controle da covid
As principais autoridades sanitárias da China reforçaram compromisso com as rígidas medidas de controle do coronavírus, estratégia conhecida como "tolerância zero". Em comunicado, a Comissão Nacional de Saúde (NHC, na sigla em inglês) do país asiático informou que se reuniu nesta quarta-feira, 2, para avaliar as diretrizes enviadas pelo Congresso Nacional do Partido Comunista, no mês passado.
A conclusão do grupo é de que o governo deve manter a política que previne a entrada do vírus no país e a disseminação da doença, além de trabalhar para "controlar surtos de maneira mais rápida e com o menor custo possível".
A informação invalidou especulações nas redes sociais chinesas de que um comitê estaria em formação para abandonar a política de tolerância zero. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, já havia dito que não estava ciente da existência de tal comissão.
Nos mercados financeiros, a nota da NHC interpretada como uma indicação de que Pequim não pretende recuar da rigorosa postura de controle da covid-19, que tem impacto econômico significativo.
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CORREIO FORENSE
Plano de saúde terá que restituir despesas de cliente com cirurgia odontológica
A 3ª Câmara Cível do TJRN atendeu, parcialmente, o pedido de uma cooperativa de saúde, para excluir de uma sentença inicial a determinação de pagamento de indenização por dano moral a ser efetuada para uma usuária dos serviços, que precisou de procedimento cirúrgico odontológico. A decisão manteve a obrigação da empresa em restituir o valor de pouco mais de R$ 19 mil e ressaltou que os planos de saúde estão submetidos ao Código de Defesa do consumidor (CDC), conforme dispõe a Súmula 469 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que o artigo 54 estabelece que, em se tratando de contrato de adesão, as cláusulas que impliquem limitação de direitos deverão ser redigidas com destaque.
"Ou seja, eventuais exceções ao amplo atendimento médico e hospitalar devem ser realçadas para permitir a cristalina ciência do usuário", enfatiza a relatora do recurso, a juíza convocada pelo TJRN, Maria Neíze Fernandes.
Desta forma, conforme a decisão, a despeito da negativa de cobertura sob a justificativa de que o contrato pactuado prevê a exclusão do requerimento, a empresa não agiu sob o exercício regular do direito, uma vez que o fez com base em disposições abusivas e que, em tais casos, as disposições contidas no Código de Defesa do Consumidor e o próprio direito à vida e à dignidade, de índole constitucional, devem predominar sobre quaisquer outras normas previstas em Regulamento.
"Não diferente, os Tribunais Pátrios têm decidido que cláusulas contratuais introduzidas em planos de saúde com o objetivo de restringir procedimentos médicos, diante da abusividade identificada, revestem-se de nulidade por contrariar a boa-fé do consumidor e proporcionar flagrante frustração da expectativa da autora em ter garantidos os serviços clínicos indicados pelo profissional habilitado", reforça a magistrada.
Segundo a decisão, diante de tal peculiaridade, a interpretação deve ser na forma mais favorável ao consumidor, mantendo-se o equilíbrio contratual aguardado pelo consumidor de boa-fé quando da adesão ao seguro de assistência à saúde.
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TER 18º REGIÃO
Enfermeira obtém reconhecimento de emprego após empresa não comparecer à audiência de instrução
A relatora do caso frisou que o empregador apresentou justificativa da ausência em data posterior à realização do julgamento
Uma enfermeira de Anápolis (GO) obteve o reconhecimento do contrato de trabalho que manteve por mais de dois anos com uma empresa de saúde. A Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) negou provimento ao recurso da empresa. Com a decisão do colegiado, ficou mantida a sentença do juízo da 3ª Vara do Trabalho de Anápolis, que, devido a confissão ficta da empresa, reconheceu a existência de vínculo de emprego e determinou o pagamento das verbas trabalhistas.
A empresa pretendia reverter a condenação ao alegar um equívoco na declaração da confissão ficta, pois teria justificado a ausência na audiência de instrução. De acordo com a defesa, a advogada passou mal no dia da audiência e, em atendimento médico preliminar, foi orientado repouso. Com o recurso, a empresa esperava anular o reconhecimento do vínculo de emprego e a determinação do pagamento das verbas trabalhistas e fundiárias.
No julgamento, os empregadores alegaram que o contrato era de prestação de serviços autônomos, enquanto a profissional da saúde sustentava o reconhecimento da formalização do contrato celetista. A relatora do caso, desembargadora Rosa Reis, explicou que a empresa não compareceu à audiência de instrução, na modalidade videoconferência, e não demonstrou o motivo pelo qual se ausentou. Isso motivou o juízo de origem a declarar a confissão ficta.
Rosa Reis frisou que a empresa apresentou a justificativa do não comparecimento da advogada em data posterior à realização da audiência de instrução, todavia não juntou nenhum documento hábil para demonstrar a veracidade das alegações. Assim, a relatora manteve a aplicação dos efeitos da confissão ficta pelo primeiro grau e citou a Súmula 74 do TST.
Além do reconhecimento do vínculo de emprego, a reclamada foi condenada a pagar a diferença de proporção do aviso-prévio indenizado, férias vencidas, retificação da CTPS da reclamante, recolhimento do FGTS relativo ao período contratual e a multa de 40% do FGTS.
A desembargadora Rosa Reis explicou que o contrato de prestação de serviços juntado aos autos tinha por objeto a prestação de atendimento de tratamento de enfermagem. Para a relatora, o documento evidenciou um subterfúgio para mascarar a relação de emprego entre a empresa e a enfermeira, uma vez que os requisitos da não eventualidade, pessoalidade e subordinação estavam presentes. Em relação à onerosidade, a magistrada pontuou as provas constantes nos recibos de pagamentos feitos à enfermeira.
Para a relatora, as atribuições da enfermeira estavam inseridas na dinâmica diária da atividade econômica desempenhada pela empresa, não havendo falar em prestação de serviços autônomos ou eventuais. Rosa Reis destacou, ainda, que o lapso temporal de praticamente dois anos é muito longo para ser considerado como prestação de serviços eventuais pela enfermeira em favor da empresa.
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CREMEGO
Cremego promove plenária sobre cirurgia craniomaxilofacial
Na noite da última terça-feira (31), o Cremego reuniu representantes de entidades de classe e de hospitais goianos para debater sobre a cirurgia craniomaxilofacial e a atuação de profissionais da Odontologia neste que é um ato médico.
O principal objetivo era promover um acordo entre grandes instituições de saúde do Estado, como Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) e o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional Goiás (SBCP-GO) e Associação Goiana de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (AGORLCCF) para a formulação de grupos de trabalho que atendam os pacientes com essas necessidades.
“Acho importante ter essa reunião devido às atrocidades que estamos encarando em nossos consultórios”, alertou Marcelo Prado, representante da SBCP-GO, em referência às intercorrências vistas após cirurgias craniomaxilofaciais feitas por profissionais não médicos.
Ele ressaltou que é essencial ter uma equipe formada por cirurgiões plásticos, otorrinolaringologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço nos hospitais para atender essas demandas, algo que não é o cenário atual.
O diretor Técnico do Hugo, Luís Henrique Ribeiro Gabriel, explicou que o contrato do hospital com a Secretaria Estadual da Saúde de Goiás (SES-GO) não contempla cirurgia plástica, o que é a base dessa dificuldade. Assim, segundo ele, os traumas de crânio têm a resolução ortopédica, mas com prejuízos estéticos.
“Nessas cirurgias de reconstrução da face, eu não vejo condições do bucomaxilo (cirurgião-dentista especialista) fazer, mas o Hugo não é regulado para a cirurgia plástica. Também não temos abertura no contrato para otorrinolaringologistas”, esclareceu Luís Henrique, que afirmou que irá trabalhar junto com a Secretaria de Saúde para mudar essa situação. “Qualquer ação contra o ato médico está sendo combatida no Hugo”, afirmou.
Já o representante do Hugol, o diretor Técnico Luiz Arantes Resende, relatou a dificuldade da instituição para contratar cirurgiões plásticos, uma vez que a maior demanda diz respeito aos tratamentos de pacientes queimados e não que sofreram traumas na face.
A partir desses relatos, inclusive com o presidente da AGORLCCF, Stênio Antônio de Lima, informando que existem reclamações de residentes do Hugo sobre procedimentos médicos realizados por outros profissionais, a diretoria do Cremego buscou firmar um acordo entre todas as partes.
“O Cremego está atuando para evitar essa invasão no ato médico, inclusive com casos de suspensão de odontólogos. A união entre a plástica e a otorrinolaringologia é uma forma de trabalharmos junto aos hospitais para a atuação dos médicos nas cirurgias craniomaxilofaciais”, afirmou o presidente do Conselho, Fernando Pacéli.
O diretor de Fiscalização, Erso Guimarães, defendeu que os atendimentos de qualidade, com os cirurgiões plásticos e otorrinolaringologistas, devem se iniciar logo que o paciente chegue ao hospital, inclusive para fortalecer o vínculo com o paciente.
O conselheiro regional e federal Leonardo Emílio sugeriu a realização de uma campanha nacional para mostrar à sociedade a importância do papel dos cirurgiões plásticos nas cirurgias craniomaxilofaciais.
Foi acordado que a SBCP-GO e a AGORLCCF vão elaborar um projeto para esse atendimento, com a escala de especialistas e médicos residentes para atuarem no Hugo e no Hugol. Esse projeto deve embasar a atuação das diretorias dos hospitais na busca pela ampliação deste serviço junto à SES-GO e a contratação dos especialistas.
O Cremego continuará atento a essa situação e, quando houver mais desdobramentos, essas informações serão repassadas pelas redes sociais e site do Conselho.
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PORTAL G1
Médica encontrada sem vida em banheiro de hospital morreu por insuficiência respiratória causada por reação a remédios, diz laudo
Jayda Bento tinha 26 anos e foi achada por amigos que a procuraram quando ela não apareceu para iniciar o plantão. Delegado descarta teses de suicídio e homicídio.
Por Rafael Oliveira, g1 Goiás
A médica Jayda Bento de Souza, de 26 anos, encontrada sem vida no banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj), em Pirenópolis, morreu por insuficiência respiratória, causada pela reação ao uso de medicamentos, conforme o laudo da autópsia.
Jayda injetou três remédios que provocaram uma intoxicação: Mizadolam (sedativo), Zolpidem (sonífero) e Quetiapina (antipsicótico). A médica morreu em 25 de junho desse ano. Amigos acharam estranho ela não aparecer para assumir o plantão e a acharam morta durante buscas pelo hospital.
O delegado que investigou a morte, Tibério Martins, disse que, após o resultado, estão descartadas as teses de suicídio e homicídio.
"A morte foi acidental pela introdução voluntária dessas substâncias no próprio corpo. A reação não era esperada pela própria médica, pelo que tudo indica", esclareceu o delegado.
O laudo também não apontou superdosagem dos medicamentos, mas das reações químicas que provocaram a a insuficiência respiratória.
Durante a investigação, a polícia descobriu que a Jayda usou um anestésico de curta duração, aplicado geralmente em exames de endoscopia. O laudo mostrou que o medicamento era o Midazolam.
Morte em banheiro
Funcionários do hospital contaram à polícia que uma técnica em enfermagem e um médico que começaram a procurar por Jayda Bento, mas não a encontravam.
Foram ao carro dela, numa sala, até que chegaram a um quarto na área de UTI semi-intensiva. Viram a porta trancada e ouviram o barulho da torneira ligada. Tentaram abrir, chamaram, mas ela não respondia e decidiram arrombar.
"Encontraram a Jayda sem vida, com cianose (aparência arroxeada ou azulada). Mediram pulso e constataram que ela estava morta. Não chegaram a fazer procedimento de reanimação porque confirmaram a morte e chamaram a polícia", contou o delegado.
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Assessoria de Comunicação
Novembro azul: veja como prevenir o câncer de próstata, doença que matou 16 mil em 2021
Escrito por Administrador
São estimados 65.840 novos casos da doença em 2022, segundo informações do Inca; diagnóstico precoce favorece a cura do paciente
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é a neoplasia mais incidente entre os homens e o segundo tipo de câncer que mais mata - atrás somente do de pulmão - em todo o País. No ano passado, foram registradas 16.055 mortes em decorrência do câncer de próstata, o que equivale a 44 mortes por dia.
São estimados 65.840 novos casos da doença em 2022, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Desta forma, o diagnóstico precoce é estratégia utilizada para encontrar o tumor em uma fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem sucedido e reduzir o índice de mortes.
Em estágio inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e é quando o paciente pode ser curado em mais de 90% dos casos. O porcentual diminui conforme a doença avança. "Na fase 1, entre 90% e 95%; na fase 2, acima de 70%; na fase 3, por volta de 40% a 50%; na fase 4 não é mais uma doença curável", acrescenta Fernando Maluf, oncologista do Instituto Vencer o Câncer.
Quando os sintomas de câncer de próstata surgem, o tumor, geralmente, está em uma fase mais avançada. "O indivíduo pode sentir dificuldade ou desconforto ao urinar, jato urinário fraco, urinar mais vezes e acordar à noite para urinar. Quando a doença atinge os gânglios, o homem pode ter dor pélvica e edema em membros inferiores. Quando vai para os ossos, podem surgir as dores ósseas, associadas com potenciais de fraturas e compressão de nervosos periféricos ou do próprio cordão medular", afirma Maluf. Também pode ser detectada a presença de sangue na urina ou no sêmen.
Qual é o significado do Novembro Azul?
Para mudar este cenário e incentivar a prevenção, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza mais uma edição do Novembro Azul. Neste ano, a campanha engloba a importância do cuidado global com a saúde masculina: "Saúde também é papo de homem".
Ao longo do mês, o conteúdo das redes sociais do Portal da Urologia também será voltado para a saúde masculina e haverá lives com médicos de diversas especialidades.
"Nosso objetivo é conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema. Além da divulgação dos hábitos para se ter uma vida saudável, também informamos que muitas doenças, em sua fase inicial, são totalmente assintomáticas, mas que podem ser diagnosticadas e tratadas mais facilmente com exames periódicos de check-up. O câncer da próstata é o melhor exemplo disso", alerta Alfredo Félix Canalini, presidente da entidade.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirma que incentiva a realização do exame preventivo de câncer de próstata. Durante a campanha do Novembro Azul, os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) vão iniciar ações especiais de conscientização, por meio de palestras com médicos urologistas e reforço nos atendimentos voltados à saúde do homem.
Algumas unidades do interior vão realizar consultas extras de cardiologia e urologia (Araçatuba) e mutirão de cirurgias eletivas de vasectomia (Santa Bárbara d'Oeste).
Ao longo do ano, todas as Ames do estado paulista contam com o programa permanente "Filho que ama leva o pai ao AME", com atendimentos voltados às especialidades de cardiologia e urologia.
O que fazer para prevenir o câncer de próstata?
Conforme dados do Inca, são estimados 65.840 novos casos da doença em 2022. Para o diagnóstico precoce da doença, recomenda-se que homens a partir dos 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para a realização de exames preventivos. Já aqueles pacientes que têm antecedentes familiares para câncer ou homens negros, a indicação é que façam a avaliação mais cedo, a partir dos 45 anos.
"Embora haja muitos casos novos, infelizmente, nem todos os homens costumam fazer o acompanhamento preventivo da forma correta ou não têm fácil acesso à saúde para avaliação inicial. Eles acabam descobrindo a doença em fase um pouco mais avançada, o que aumenta a mortalidade", afirma Rafael Neri, médico urologista do Hospital Samaritano e especialista em cirurgia robótica.
A avaliação de rotina realizada anualmente consiste na realização do toque retal e o exame de sangue para analisar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Em caso de alteração em um deles, é feita a biópsia da próstata para confirmar a doença. Posteriormente, outros exames podem ser solicitados.
"Um a cada oito homens vai desenvolver o câncer de próstata durante a vida. Desta forma, quanto antes for feito o diagnóstico, maior a chance de cura. Tratando em estágios iniciais, aumentam se as chances de tratamento único, sem a necessidade de vários tratamentos quando a doença já está na fase mais avançada", afirma Renato Meirelles Mariano da Costa Jr, urologista do Hospital Leforte Morumbi.
Segundo Fernando Leão, urologista e cirurgião robótico do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo e Goiânia, a incidência do câncer de próstata tem um pico maior em homens em torno de 65 anos, embora possa aparecer antes ou depois desta idade. Em alguns casos, a avaliação de rotina é feita em intervalo menor. "Em situações em que o paciente tem um PSA um pouco suspeito, mas não confirmou o câncer, e ele tem uma alta probabilidade de desenvolver o câncer, esse intervalo pode ser reduzido para 10 ou 8 meses, mas é um critério que vai ser tomado junto com o paciente e seu urologista", acrescenta Leão.
No caso de pacientes terem sintomas urinários, ou seja, dificuldade pra fazer xixi, retenção urinária, necessidade de fazer uma força adicional pra urinar um jato mais fraco da urina, são sintomas e sinais que podem haver algum problema na próstata. "Nesses casos, independente da idade e dos riscos, é necessário uma avaliação com o urologista para a realização do toque retal e o exame PSA", complementa Suelen Martins, oncologista da clínica CEON, especializada no tratamento de câncer.
O que é importante lembrar em relação ao câncer de próstata? Quais são os fatores de risco?
Idade - é um câncer raro antes dos 40 anos e aumenta com o envelhecimento;
Histórico familiar de câncer de próstata - aquele homem que tem um antecedente de câncer na família, principalmente o câncer de próstata por irmão ou um tio ou um avô;
Homens de raça negra;
Tabagismo e homens que trabalham em indústrias químicas ou derivados de petróleo;
Uso exagerado de gordura animal na alimentação também predispõe um risco mais aumentado;
Obesidade - pacientes obesos podem apresentar câncer de próstata mais agressivo;
Sedentarismo.
Incidência da doença no Brasil
Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde revelam que de 2019 a 2021 foram mais de 47 mil óbitos em razão deste tipo de tumor. Os números mostram um ligeiro aumento da mortalidade por câncer de próstata em 2021 comparado aos dois anos anteriores.
Em 2019, foram 15.983 óbitos. Em 2020, o País registrou 15.841 óbitos. Já no ano passado, foram registradas 16.055 mortes, o que equivale a 44 óbitos por dia, com maior incidência na região Sudeste no País onde foram registrados 6.829 mortes pela doença.
Outro índice do Ministério da Saúde que mostra o impacto da doença no País é a realização de biópsias, exame solicitado quando o médico desconfia de que há alguma alteração ao analisar os exames iniciais para detecção precoce do câncer de próstata: toque retal e a dosagem de PSA. Em 2020 foram registradas 31.888 biópsias; em 2021, 34.673; e até agosto deste ano, 27.686.
"O que indica a necessidade de biópsia é a alteração nos exames de toque retal e o PSA. E se indicamos uma biópsia, o recomendado, sempre que possível, é que a ressonância magnética preceda a biópsia para uma maior acurácia (exatidão) da mesma", acrescenta a SBU.
Tipos de câncer de próstata
Adenocarcinomas
São responsáveis por 95% dos tumores malignos de próstata, de acordo com o Instituto Vencer o Câncer. Podem ser de baixo grau, grau intermediário e alto grau.
Os demais 5% incluem tipos bem mais raros: carcinomas de pequenas células, sarcomas e linfomas. Quando alguém cita o câncer de próstata, a pessoa está se referindo ao adenocarcinoma e não a esses tipos histológicos mais raros, conforme o instituto.
Diagnóstico da doença
Uma vez diagnosticado o câncer de próstata, é feito uma análise do corpo por meio de exames um pouco mais detalhados de imagem para avaliar a extensão da doença.
"Geralmente, é feita com uma ressonância de próstata, uma ressonância de abdômen e em alguns casos também é indicada uma cintilografia óssea. A partir deste momento, quando existe uma doença localizada na próstata está indicada a realização da cirurgia ou outro tratamento como a radioterapia, por exemplo. É bem importante que seja individualizado cada caso para se buscar o melhor tratamento para cada paciente", explica a oncologista da clínica CEON.
Tratamentos do câncer de próstata
Conforme a SBU, as opções de tratamento variam de acordo com o estágio da doença e com as condições clínicas e desejo do paciente. Entre elas estão: cirurgia, radioterapia, vigilância ativa, hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos.
Para o tratamento cirúrgico, atualmente estão disponíveis três abordagens: cirurgia aberta convencional, cirurgia videolaparoscópica e cirurgia videolaparoscópica em plataforma robótica.
Para os tumores mais avançados, também já existem várias novas alternativas em uso. Novos medicamentos hormonais (injetáveis ou orais) e quimioterapia, isolados ou em combinações, assim como novas técnicas de imagem.
Nem todos os casos de câncer de próstata necessitam de cirurgia
Após uma biópsia confirmando que existe câncer na próstata, os tumores são classificados em cinco grandes grupos denominados ISUP 1-5. Para a maioria dos tumores 1 e alguns 2, o início do tratamento pode incluir somente uma vigilância ativa, que será feita pelo urologista com exames clínicos, laboratoriais e de imagem.
"Mesmo realizando o diagnóstico, não é todo o paciente que vai precisar fazer um tratamento no primeiro momento. Existe uma parcela dos pacientes que tem a doença em forma menos agressiva, que o profissional pode optar por uma vigilância ativa, quando o paciente é acompanhado de perto e realiza exames a cada três meses. Somente receberá tratamento mais evasivo, como cirurgias e radioterapias, caso a doença comece a evoluir", acrescenta o urologista Costa Jr.
Preocupação com a disfunção erétil
Outro receio dos homens após o diagnóstico de um tumor na próstata é a disfunção erétil. Segundo Marcus Vinícius Sadi, supervisor da Disciplina de Câncer de Próstata da SBU, existem alterações da função sexual, mas a maioria dos pacientes operados tem sua função erétil preservada, embora possa levar alguns meses para obter-se essa recuperação.
"A ejaculação, entretanto, fica permanentemente ausente. Existem vários critérios que podem antecipar uma maior chance de recuperar a função erétil e entre os mais importantes estão: idade mais jovem, tumores pequenos ao diagnóstico, presença de atividade sexual habitual antes do tratamento do tumor, ausência de comorbidades como diabetes, hipertensão arterial, tabagismo e, obviamente, um cirurgião capacitado (quando necessário o procedimento)", acrescenta Sadi.
O que é a próstata?
Conforme a SBU, a próstata é uma glândula acessória do aparelho reprodutor do homem que se localiza na parte inferior do abdome, abaixo da bexiga e na frente do reto.
O que é o câncer de próstata?
De acordo com estatísticas norte-americanas, um em cada oito homens desenvolverá câncer de próstata no decorrer da vida. Ele é responsável por cerca de 10% de todas as mortes provocadas por câncer em pacientes do sexo masculino no Brasil, ficando atrás apenas do tumor de pulmão, segundo informações do Instituto Vencer o Câncer.
O câncer de próstata provoca algum sintoma?
Na fase inicial o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Eles geralmente aparecem em estágios mais avançados da doença, mas muitas vezes se confundem com os sintomas de outras doenças da próstata e do aparelho urinário, acrescenta a SBU.
Fazer o exame de toque retal ainda é necessário?
Sim, muitos diagnósticos de câncer de próstata são concluídos a partir de alterações na consistência desta glândula, assim como de alterações no exame de sangue para analisar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).
Qual a importância de hábitos saudáveis para prevenir contra o câncer de próstata?
"A atividade física para manter o peso corporal adequado e a alimentação mais saudável têm um impacto na prevenção. Se aquele paciente já tem uma idade mais avançada, mas possui hábitos de vida mais saudáveis, ele acaba reduzindo o risco do câncer de próstata e outros tumores", acrescenta a oncologista Suelen Martins.
Também é importante se prevenir de infecções sexualmente transmissíveis, não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool, além de realizar exames periódicos indicados pelo médico.
Fonte: Portal Terra
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Lula vai precisar conter apagão de médicos e os gargalos do SUS
Com menos recursos para 2023, novo governo ainda terá de duelar com redução na cobertura vacinai
Cláudia Collucci
são paulo Corte orçamentário, demandas reprimidas de exames e cirurgias, falta de médicos e remédios, e queda da cobertura vacinai são alguns dos desafios mais urgentes que Lula enfrentará na área da saúde, que está no topo da lista de preocupações dos brasileiros, dizo Datafolha.
Se for mantido o atual projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2023, o Ministério da Saúde terá o menor orçamento dos últimos dez anos (R$ 149,9 bilhões), o que representa uma redução de R$ 22,7 bilhões em relação a 2022, descontados os gastos com a Covid-19.
Isso ocorre em um momento em que o SUS viu seus gargalos aumentarem devido a pandemia e aos efeitos do teto de gastos de 2016. A medida retirou quase R$ 37 bilhões do sistema público entre 2018 e 2020, segundo o CNS (Conselho Nacional de Saúde).
"É catastrófico. Precisamos recompor o orçamento, com, no mínimo, aquilo que já estava previsto" diz o presidente do CNS, Fernando Pigatto. O conselho encaminhou uma carta para a Relatoria da Saúde da ONU denunciando a retirada de recursos do SUS para 2023.
O corte deve atingir a oferta de medicamentos gratuitos, contratação de médicos, vacinação, ações para prevenção e controle de HIV Aids e as demais infecções sexualmente transmissíveis, além de hepatites virais e tuberculose.
Para a imunização, o orçamento passou de R$ 13,6 bilhões em2022 para R$ 8,6 bilhões. "A prioridade terá de ser a criação de uma força-tarefa para aumentar a cobertura vacinai infantil para acima de 90%. Estamos sob o sério risco de reintrodução de doenças erradicadas", diz Adriano Massuda, médico sanitarista e professor da FGV.
Em setembro, a Organização Pan-Americana para a Saúde, braço da Organização Mundial da Saúde, declarou o Brasil como de muito alto risco para pólio.
Desde 1989 não há casos da doença, mas a partir de 2015 o país registra queda das taxas de imunização. Em 2021, a cobertura da pólio em crianças menores de 1 ano chegou a 70% - ante uma meta de 95%.
O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, da USP, vislumbra uma grave crise de distribuição de medicamentos devido aos cortes. "Não pode faltar remédio para hemofílico, para transplante, para pacientes com HIV, para a Farmácia Popular, mas já está faltando e vai piorar se o orçamento não for revisto."
Para Massuda, será preciso um bom diagnóstico das necessidades e áreas afetadas para então ser proposto um "orçamento de guerra". Segundo estimativa do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, seria necessário um aporte adicional de R$ 8 bilhões só para dar conta do que deixou de ser atendido na pandemia.
Também é urgente dar vazão à grande demanda de exames, cirurgias e procedimentos represados. Houve diminuição de mais de 900 milhões de procedimentos, de acordo com a Fiocruz, que comparou os anos de 2020 e 2021 ao período pré crise sanitária. Uma saída, sugere Massuda, é envolver estados e municípios em mutirões emergenciais.
Para ele, o enfrentamento de doenças cardiovasculares e casos de câncer que ficaram sem diagnóstico e agora surgem mais agravados vão demandar linhas de cuidados envolvendo serviços públicos e privados.
Outra prioridade é o fortalecimento da atenção primária, com expansão do programa ESF (Estratégia Saúde da Família). Os resultados do Previne Brasil mostram que só 11% dos municípios cumpriram metas de controle de diabetes, e 12% da hipertensão.
Isso porque muitos municípios não conseguem contratar médicos para a atenção primária. Só no estado de São Paulo, as UBSs perderam mais de 2.200 médicos em oito anos, mostra balanço realizado pelo conselho paulista de secretários municipais de Saúde
"Com a destruição do Mais Médicos, 15 mil médicos foram redrados das periferias. Cerca de 45 milhões de brasileiros tinham médicos e deixaram de ter" diz Vecina Neto.
A pesquisa comparou dados do primeiro semestre de 2014 - quando estava em vigor o programa Mais Médicos, implantado na gestão de Dilma- com o mesmo período de 2022, com números de seu substituto, o Médicos pelo Brasil, em vigor há cerca de três anos no governo de Bolsonaro.
"Temos de recuperar a atenção básica, investirem telessaúde, organizar regiões de saúde. Temos toda a possibilidade de criar uma agenda convergente em defesa do SUS", diz Massuda.
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A REDAÇÃO
Prefeitura de Aparecida inicia mutirão com 400 cirurgias eletivas
O segundo Mutirão de Cirurgias Eletivas da Secretaria de Saúde (SMS) de Aparecida começou na manhã desta segunda-feira (31/10). Nesta edição estão previstos 400 procedimentos de alta complexidade para serem feitos em 20 dias no Hospital Municipal de Aparecida Iris Rezende Machado (HMAP), que conta com dez salas cirúrgicas em pleno funcionamento e é gerenciado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. A força-tarefa visa diminuir a fila espera da cidade. Serão realizadas cirurgias gerais, ginecológicas, urológicas, pediátricas e ortopédicas.
O secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, destacou que “estamos na nossa segunda edição do mutirão e dessa vez dobramos o número de cirurgias eletivas realizadas. No início de outubro fizemos mais de duzentas e agora faremos quatrocentas em vinte dias ininterruptos. A proposta é que as pessoas que estão aguardando na fila, principalmente em decorrência da pandemia, quando muitos procedimentos ficaram parados, os realizem e não venham a precisar do serviço de urgência e emergência porque tiveram alguma piora devido à espera.”
Redução da fila de espera
Luciano de Moura, superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da SMS, acompanhou os trabalhos no HMAP na manhã de hoje (31/10), e destacou que o objetivo da gestão é ir reduzindo gradativamente a espera por cirurgias eletivas. “O prefeito Vilmar e o secretário Alessandro estão bastante alinhados e querem continuar com os mutirões. Não falamos em acabar com a fila porque há sempre pacientes novos entrando, mas trabalhamos para chegar num ponto em que, quando um paciente der entrada numa cirurgia eletiva, em torno de 90 dias ele terá o seu procedimento sendo realizado. ”
O coordenador médico do Departamento de Cirurgia do HMAP, Patrick Araújo, salientou a amplitude da iniciativa: “Com um planejamento intenso e cerca de 100 médicos envolvidos, além dos demais profissionais, teremos cirurgias sendo realizadas continuamente com uma média diária de vinte procedimentos, conforme a demanda das equipes. A proposta do HMAP é a de, a cada novo período, alcançar metas que atendam à demanda da população. Nesse sentido, temos resolvido boa parte dos problemas de forma rápida e efetiva.”
Mobilização planejada
Já a enfermeira sênior Tainara Urcino de Oliveira, que faz parte das equipes envolvidas no mutirão, ressaltou que as atividades são cuidadosamente planejadas: “Trabalhamos numa dinâmica intensa de entrada e saída de pacientes. Temos cirurgias de segunda a sábado, às vezes até no domingo, e recebemos pacientes durante toda a noite e todo dia. A mobilização começa lá no ambulatório, onde os usuários são recebidos para a pré-análise, consultas e orientações. Quando chega a hora da internação eles são testados para covid-19. Os preparos continuam durante a noite e no dia seguinte o paciente vai para o centro cirúrgico.”
Como funciona o mutirão
As cirurgias eletivas no HMAP são agendadas previamente pela Central de Regulação de Aparecida. É o órgão que organiza a fila de espera e entra em contato com os pacientes conforme ordem cronológica e prioridade clínica. A SMS esclarece que nenhum paciente precisa procurar diretamente o HMAP. A Central é que vai avisar quem está aguardando quando for a hora de fazer a avaliação pré-operatória e tudo o mais que for necessário.
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PORTAL SEGS
5 reflexões para um Brasil que está envelhecendo
A Psicóloga Eliete Cury e especialista em cuidados com idosos destaca alguns pontos para enfrentar o preconceito enraizado do envelhecimento.
O Brasil e o mundo estão envelhecendo e isso é um fato. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos vai duplicar no planeta. Os dados do Ministério da Saúde reafirmam que o Brasil segue na mesma linha, uma vez que, em 2030, o número estimado de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos.
Diante deste cenário, falar sobre envelhecimento é um chamado para repensar o tema de forma individual e coletiva. Por este motivo, a psicóloga Eliete Cury, especialista em cuidados com idosos e fundadora do curso "Cuidadores em Casa", destaca 5 pontos para reflexão:
? Como você encara o envelhecimento? A forma com que encaramos o envelhecimento nos pauta no traquejo com os idosos e também na forma que pensaremos no próprio processo de envelhecimento. Envelhecer não é sinônimo de perda, como é encarado por muitos. A preparação física e psicológica para a terceira idade começa na juventude e encarar o passar do tempo de forma positiva é um caminho para enxergar o idoso com admiração e não como um estorvo.
? Idoso não é criança: infelizmente, depois de certa idade as pessoas tendem a infantilizar a pessoa idosa, o que é bastante prejudicial para a qualidade de vida e autoestima. Dica: evite falar com idosos no diminutivo e tratá-los como crianças, afinal o dia a dia deles pode exigir uma atenção redobrada, mas isso não dá o direito de tratá-los de forma infantilizada
? Exclusão da vida social: outra situação bastante comum com os idosos é a exclusão do meio social e esse movimento se inicia dentro do ambiente familiar. Primeiro há uma impaciência com as limitações e, de forma natural, começa-se a não considerar a presença do idoso nas reuniões familiares e, consequentemente, a pessoa tende a ficar cada vez mais dentro de casa e sozinha. Esse é o início deste afastamento do meio social, que influencia diretamente na qualidade de vida do idoso.
? Idoso não é um CID: reduzir o idoso a uma diabete, pressão alta ou qualquer outra doença é um erro, afinal, as questões de saúde não o impedem de ser uma pessoa ativa e produtiva. A patologização da pessoa idosa a joga para esse lugar de total dependência de outras pessoas, o que afeta diretamente a qualidade de vida e independência.
? Envelhecer ou ser velho? Há uma grande diferença entre envelhecer e ser velho. O envelhecimento é inevitável e inerente ao ser humano, mas ser velho é uma escolha, afinal o envelhecimento pode alterar o ritmo de vida, mas não impede o idoso de continuar ativo e em busca de novas experiências.
"Há um preconceito culturalmente enraizado na nossa sociedade no que diz respeito ao envelhecimento. Para possibilitar a passabilidade social dos idosos e nos preparar para ter uma vida comum, é preciso encarar o passar dos anos com naturalidade e respeito", diz Eliete Cury.
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PORTAL TERRA
Novembro azul: veja como prevenir o câncer de próstata, doença que matou 16 mil em 2021
São estimados 65.840 novos casos da doença em 2022, segundo informações do Inca; diagnóstico precoce favorece a cura do paciente
Novembro azul: veja como prevenir o câncer de próstata, doença que matou 16 mil em 2021
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é a neoplasia mais incidente entre os homens e o segundo tipo de câncer que mais mata - atrás somente do de pulmão - em todo o País. No ano passado, foram registradas 16.055 mortes em decorrência do câncer de próstata, o que equivale a 44 mortes por dia.
São estimados 65.840 novos casos da doença em 2022, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Desta forma, o diagnóstico precoce é estratégia utilizada para encontrar o tumor em uma fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem sucedido e reduzir o índice de mortes.
Em estágio inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e é quando o paciente pode ser curado em mais de 90% dos casos. O porcentual diminui conforme a doença avança. "Na fase 1, entre 90% e 95%; na fase 2, acima de 70%; na fase 3, por volta de 40% a 50%; na fase 4 não é mais uma doença curável", acrescenta Fernando Maluf, oncologista do Instituto Vencer o Câncer.
Quando os sintomas de câncer de próstata surgem, o tumor, geralmente, está em uma fase mais avançada. "O indivíduo pode sentir dificuldade ou desconforto ao urinar, jato urinário fraco, urinar mais vezes e acordar à noite para urinar. Quando a doença atinge os gânglios, o homem pode ter dor pélvica e edema em membros inferiores. Quando vai para os ossos, podem surgir as dores ósseas, associadas com potenciais de fraturas e compressão de nervosos periféricos ou do próprio cordão medular", afirma Maluf. Também pode ser detectada a presença de sangue na urina ou no sêmen.
Qual é o significado do Novembro Azul?
Para mudar este cenário e incentivar a prevenção, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza mais uma edição do Novembro Azul. Neste ano, a campanha engloba a importância do cuidado global com a saúde masculina: "Saúde também é papo de homem".
Ao longo do mês, o conteúdo das redes sociais do Portal da Urologia também será voltado para a saúde masculina e haverá lives com médicos de diversas especialidades.
"Nosso objetivo é conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema. Além da divulgação dos hábitos para se ter uma vida saudável, também informamos que muitas doenças, em sua fase inicial, são totalmente assintomáticas, mas que podem ser diagnosticadas e tratadas mais facilmente com exames periódicos de check-up. O câncer da próstata é o melhor exemplo disso", alerta Alfredo Félix Canalini, presidente da entidade.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirma que incentiva a realização do exame preventivo de câncer de próstata. Durante a campanha do Novembro Azul, os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) vão iniciar ações especiais de conscientização, por meio de palestras com médicos urologistas e reforço nos atendimentos voltados à saúde do homem.
Algumas unidades do interior vão realizar consultas extras de cardiologia e urologia (Araçatuba) e mutirão de cirurgias eletivas de vasectomia (Santa Bárbara d'Oeste).
Ao longo do ano, todas as Ames do estado paulista contam com o programa permanente "Filho que ama leva o pai ao AME", com atendimentos voltados às especialidades de cardiologia e urologia.
O que fazer para prevenir o câncer de próstata?
Conforme dados do Inca, são estimados 65.840 novos casos da doença em 2022. Para o diagnóstico precoce da doença, recomenda-se que homens a partir dos 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para a realização de exames preventivos. Já aqueles pacientes que têm antecedentes familiares para câncer ou homens negros, a indicação é que façam a avaliação mais cedo, a partir dos 45 anos.
"Embora haja muitos casos novos, infelizmente, nem todos os homens costumam fazer o acompanhamento preventivo da forma correta ou não têm fácil acesso à saúde para avaliação inicial. Eles acabam descobrindo a doença em fase um pouco mais avançada, o que aumenta a mortalidade", afirma Rafael Neri, médico urologista do Hospital Samaritano e especialista em cirurgia robótica.
A avaliação de rotina realizada anualmente consiste na realização do toque retal e o exame de sangue para analisar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Em caso de alteração em um deles, é feita a biópsia da próstata para confirmar a doença. Posteriormente, outros exames podem ser solicitados.
"Um a cada oito homens vai desenvolver o câncer de próstata durante a vida. Desta forma, quanto antes for feito o diagnóstico, maior a chance de cura. Tratando em estágios iniciais, aumentam se as chances de tratamento único, sem a necessidade de vários tratamentos quando a doença já está na fase mais avançada", afirma Renato Meirelles Mariano da Costa Jr, urologista do Hospital Leforte Morumbi.
Segundo Fernando Leão, urologista e cirurgião robótico do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo e Goiânia, a incidência do câncer de próstata tem um pico maior em homens em torno de 65 anos, embora possa aparecer antes ou depois desta idade. Em alguns casos, a avaliação de rotina é feita em intervalo menor. "Em situações em que o paciente tem um PSA um pouco suspeito, mas não confirmou o câncer, e ele tem uma alta probabilidade de desenvolver o câncer, esse intervalo pode ser reduzido para 10 ou 8 meses, mas é um critério que vai ser tomado junto com o paciente e seu urologista", acrescenta Leão.
No caso de pacientes terem sintomas urinários, ou seja, dificuldade pra fazer xixi, retenção urinária, necessidade de fazer uma força adicional pra urinar um jato mais fraco da urina, são sintomas e sinais que podem haver algum problema na próstata. "Nesses casos, independente da idade e dos riscos, é necessário uma avaliação com o urologista para a realização do toque retal e o exame PSA", complementa Suelen Martins, oncologista da clínica CEON, especializada no tratamento de câncer.
O que é importante lembrar em relação ao câncer de próstata? Quais são os fatores de risco?
Idade - é um câncer raro antes dos 40 anos e aumenta com o envelhecimento;
Histórico familiar de câncer de próstata - aquele homem que tem um antecedente de câncer na família, principalmente o câncer de próstata por irmão ou um tio ou um avô;
Homens de raça negra;
Tabagismo e homens que trabalham em indústrias químicas ou derivados de petróleo;
Uso exagerado de gordura animal na alimentação também predispõe um risco mais aumentado;
Obesidade - pacientes obesos podem apresentar câncer de próstata mais agressivo;
Sedentarismo.
Incidência da doença no Brasil
Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde revelam que de 2019 a 2021 foram mais de 47 mil óbitos em razão deste tipo de tumor. Os números mostram um ligeiro aumento da mortalidade por câncer de próstata em 2021 comparado aos dois anos anteriores.
Em 2019, foram 15.983 óbitos. Em 2020, o País registrou 15.841 óbitos. Já no ano passado, foram registradas 16.055 mortes, o que equivale a 44 óbitos por dia, com maior incidência na região Sudeste no País onde foram registrados 6.829 mortes pela doença.
Outro índice do Ministério da Saúde que mostra o impacto da doença no País é a realização de biópsias, exame solicitado quando o médico desconfia de que há alguma alteração ao analisar os exames iniciais para detecção precoce do câncer de próstata: toque retal e a dosagem de PSA. Em 2020 foram registradas 31.888 biópsias; em 2021, 34.673; e até agosto deste ano, 27.686.
"O que indica a necessidade de biópsia é a alteração nos exames de toque retal e o PSA. E se indicamos uma biópsia, o recomendado, sempre que possível, é que a ressonância magnética preceda a biópsia para uma maior acurácia (exatidão) da mesma", acrescenta a SBU.
Tipos de câncer de próstata
Adenocarcinomas
São responsáveis por 95% dos tumores malignos de próstata, de acordo com o Instituto Vencer o Câncer. Podem ser de baixo grau, grau intermediário e alto grau.
Os demais 5% incluem tipos bem mais raros: carcinomas de pequenas células, sarcomas e linfomas. Quando alguém cita o câncer de próstata, a pessoa está se referindo ao adenocarcinoma e não a esses tipos histológicos mais raros, conforme o instituto.
Diagnóstico da doença
Uma vez diagnosticado o câncer de próstata, é feito uma análise do corpo por meio de exames um pouco mais detalhados de imagem para avaliar a extensão da doença.
"Geralmente, é feita com uma ressonância de próstata, uma ressonância de abdômen e em alguns casos também é indicada uma cintilografia óssea. A partir deste momento, quando existe uma doença localizada na próstata está indicada a realização da cirurgia ou outro tratamento como a radioterapia, por exemplo. É bem importante que seja individualizado cada caso para se buscar o melhor tratamento para cada paciente", explica a oncologista da clínica CEON.
Tratamentos do câncer de próstata
Conforme a SBU, as opções de tratamento variam de acordo com o estágio da doença e com as condições clínicas e desejo do paciente. Entre elas estão: cirurgia, radioterapia, vigilância ativa, hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos.
Para o tratamento cirúrgico, atualmente estão disponíveis três abordagens: cirurgia aberta convencional, cirurgia videolaparoscópica e cirurgia videolaparoscópica em plataforma robótica.
Para os tumores mais avançados, também já existem várias novas alternativas em uso. Novos medicamentos hormonais (injetáveis ou orais) e quimioterapia, isolados ou em combinações, assim como novas técnicas de imagem.
Nem todos os casos de câncer de próstata necessitam de cirurgia
Após uma biópsia confirmando que existe câncer na próstata, os tumores são classificados em cinco grandes grupos denominados ISUP 1-5. Para a maioria dos tumores 1 e alguns 2, o início do tratamento pode incluir somente uma vigilância ativa, que será feita pelo urologista com exames clínicos, laboratoriais e de imagem.
"Mesmo realizando o diagnóstico, não é todo o paciente que vai precisar fazer um tratamento no primeiro momento. Existe uma parcela dos pacientes que tem a doença em forma menos agressiva, que o profissional pode optar por uma vigilância ativa, quando o paciente é acompanhado de perto e realiza exames a cada três meses. Somente receberá tratamento mais evasivo, como cirurgias e radioterapias, caso a doença comece a evoluir", acrescenta o urologista Costa Jr.
Preocupação com a disfunção erétil
Outro receio dos homens após o diagnóstico de um tumor na próstata é a disfunção erétil. Segundo Marcus Vinícius Sadi, supervisor da Disciplina de Câncer de Próstata da SBU, existem alterações da função sexual, mas a maioria dos pacientes operados tem sua função erétil preservada, embora possa levar alguns meses para obter-se essa recuperação.
"A ejaculação, entretanto, fica permanentemente ausente. Existem vários critérios que podem antecipar uma maior chance de recuperar a função erétil e entre os mais importantes estão: idade mais jovem, tumores pequenos ao diagnóstico, presença de atividade sexual habitual antes do tratamento do tumor, ausência de comorbidades como diabetes, hipertensão arterial, tabagismo e, obviamente, um cirurgião capacitado (quando necessário o procedimento)", acrescenta Sadi.
O que é a próstata?
Conforme a SBU, a próstata é uma glândula acessória do aparelho reprodutor do homem que se localiza na parte inferior do abdome, abaixo da bexiga e na frente do reto.
O que é o câncer de próstata?
De acordo com estatísticas norte-americanas, um em cada oito homens desenvolverá câncer de próstata no decorrer da vida. Ele é responsável por cerca de 10% de todas as mortes provocadas por câncer em pacientes do sexo masculino no Brasil, ficando atrás apenas do tumor de pulmão, segundo informações do Instituto Vencer o Câncer.
O câncer de próstata provoca algum sintoma?
Na fase inicial o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Eles geralmente aparecem em estágios mais avançados da doença, mas muitas vezes se confundem com os sintomas de outras doenças da próstata e do aparelho urinário, acrescenta a SBU.
Fazer o exame de toque retal ainda é necessário?
Sim, muitos diagnósticos de câncer de próstata são concluídos a partir de alterações na consistência desta glândula, assim como de alterações no exame de sangue para analisar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).
Qual a importância de hábitos saudáveis para prevenir contra o câncer de próstata?
"A atividade física para manter o peso corporal adequado e a alimentação mais saudável têm um impacto na prevenção. Se aquele paciente já tem uma idade mais avançada, mas possui hábitos de vida mais saudáveis, ele acaba reduzindo o risco do câncer de próstata e outros tumores", acrescenta a oncologista Suelen Martins.
Também é importante se prevenir de infecções sexualmente transmissíveis, não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool, além de realizar exames periódicos indicados pelo médico.
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ISTOÉ
Pessoas que não se exercitam não são preguiçosas, afirma cientista
Muitos estudos mostram que exercícios físicos são bons para saúde porque melhoram a capacidade cognitiva, reduzem a obesidade, os níveis de ansiedade e estresse e aumentam a disposição e a autoestima. Porém, a grande maioria das pessoas tem dificuldade em se exercitar. Nos Estados Unidos, apenas um quarto dos americanos realmente se exercitam em seu tempo de lazer.
Para o biólogo evolucionista de Harvard, Daniel E. Lieberman, está claro que estamos pedindo as pessoas que escolham fazer algo que é inerentemente anormal no sentido de que evoluímos para não fazê-lo.
Segundo ele, os humanos evoluíram para se mover e para serem fisicamente ativos, mas o exercício é um tipo especial de atividade física. É uma atividade física voluntária em prol da saúde e do condicionamento físico. Até recentemente, ninguém fazia isso. Na verdade, seria uma coisa meio louca de se fazer, porque se você é um caçador muito ativo, por exemplo, ou um agricultor, não faria sentido gastar energia extra correndo pela manhã, afirma Lieberman em entrevista para o The Harvard Gazette.
Para o biólogo, a atividade física usa calorias importantes para outras ações prioritárias. Em suma, os humanos têm esses instintos profundamente enraizados para evitar atividades físicas desnecessárias, porque até recentemente era benéfico evitá-las. Agora, julgamos as pessoas como preguiçosas se elas não se exercitam. Mas elas não são preguiçosos. Elas estão apenas sendo normais, explica Lieberman.
O cientista defende que medicalizar e comercializar exercícios não estão funcionando e, como antropólogo evolucionista, ele afirma que não é para ficar bravo ou se sentir mal por não querer se exercitar. Aprenda a reconhecer esses instintos para poder superá-los. Quando me levanto de manhã para correr, geralmente está frio e não tenho vontade de me exercitar. Meu cérebro muitas vezes me diz todos os tipos de razões pelas quais eu deveria adiar. Às vezes eu tenho que me forçar para fora da porta. Meu ponto aqui é ser compassivo consigo mesmo e entender que essas pequenas vozes em sua cabeça são normais e que todos nós, mesmo viciados em exercícios, lutamos com eles. A chave para o exercício é superá-los, explica.
Outra maneira de se ajudar é lembrar que evoluímos para sermos fisicamente ativos. A maioria de nossos ancestrais saía para caçar ou coletar todos os dias porque, caso contrário, morreriam de fome. As outras vezes em que eles eram fisicamente ativos eram para atividades divertidas, como dançar ou jogar e fazer esportes. Estas são coisas divertidas para fazer e têm alguns benefícios sociais. Se queremos nos ajudar a nos exercitar, precisamos ter essa mesma mentalidade. Torná-lo divertido, mas também torná-lo necessário. Uma das maneiras mais importantes de torná-lo necessário é fazê-lo socialmente, como fazer parte de um grupo de corrida. A obrigação o torna divertido, social e necessário, pontua o evolucionista.
Lieberman reconhece que a atividade física é benéfica, mas não são necessárias muitas horas e grandes esforços. Apenas 150 minutos de exercício por semana, ou 21 minutos por dia, reduzem as taxas de mortalidade em cerca de 50%. Saber disso, eu acho, pode ajudar as pessoas a se sentirem melhores fazendo apenas um pouco de exercício em vez de nenhum, finaliza.
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CORREIO BRAZILIENSE
Pomada ameniza vitiligo em até 75%
- PALOMA OLIVETO
Doença autoimune caracterizada pela despigmentação da pele, o vitiligo afeta 1% da população mundial - cerca de 8 bilhões de pessoas - , com forte impacto na qualidade de vida dos pacientes. Um novo tratamento descrito na revista The New England Journal ofMedidne (NEJM) e recém-aprovado pela Food andDrug Administration, dos Estados Unidos, conseguiu resultados animadores, quando comparado a uma terapia placebo. Depois de um ano de uso, cerca de metade dos participantes que usaram a substância em forma de creme teve 75% ou mais pigmentação no rosto e 50% amais no corpo, segundo o estudo de fase EI.
No mesmo período, um terço dos adultos e metade dos adolescentes afirmaram que as lesões não eram mais perceptíveis ou estavam muito pouco visíveis. A pesquisa foi realizada em 70 centros médicos nos Estados Unidos e na Europa, com 674 pessoas acima de 12 anos, acompanhadas por 52 semanas.
Asubstância, chamadaruxolitinibe, não ocasionou efeitos colaterais graves - os principais foram acne e coceira no local de aplicação, embora o medicamento seja vendido com tarja preta e com aviso, na bula, de que pode aumentar o risco de infecções graves, problemas cardiovasculares, coagulação, câncer e morte.
Não houve ocorrências do tipo durante a pesquisa- os avisos são baseados na forma oral do remédio, sendo que, na versão em pomada, a concentração do princípio ativo no sangue é muito mais baixa. Porém, o alto custo pode afastar boa parte dos pacientes. Inicialmente, o tubo é vendido por US$ 2 mil (cerca de R$ 10,3 mil), sendo que a duração da embalagem pode sercom sustância pacientes relata que semanas ou poucos meses, dependendo da área a ser tratada.
Incurável
O vitiligo é uma doença autoimune e acontece quando o organismo se volta contra as próprias células produtoras de pigmento. O resultado são despigmentações que podem afetar várias partes do corpo. Embora tratamentos possam melhorar a aparência, não há cura para a enfermidade, que costuma ser crônica. Pessoas com pele mais escura, caso do cantor Michael Jackson, têm lesões mais perceptíveis.
"As lesões provocadas pelo vitiligo geram um impacto significativo na qualidade de vida, no ruxotitinibe repigmenta a pele de manchas ficaram imperceptíveis após a emocional, no psicológico e na autoestima do paciente, podendo, em alguns casos, prejudicar até mesmo a convivência profissional e social do indivíduo", diz Jaqueline Zmijevski, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). "Além de alterações no sistema imunológico, a doença está relacionada à genética, já que pessoas que têm histórico da doença na família apresentam maiores riscos de desenvolver as manchas brancas. Sabe-se também que alterações emocionais, como o estresse, podem agravar a condição já existente ou servir como gatilho em indivíduos predispostos", destaca.
Atualmente, os tratamentos disponíveis incluem esteroides tópicos, inibidores tópicos de calcinaria e fototerapia, segundo o principal autor do estudo publicado no NEJM, David Rosmarin, dermatologista e vice-presidente de educação e pesquisa do Departamento de Dermatologia do Centro Médico Tufts em Boston, nos EUA. "Corticosteroides tópicos e inibidores tópicos de calcineurina ajudam alguns pacientes, mas certamente não todos, e eles também podem ter efeitos colaterais", diz Rosmarin. "Os corticosteroides podem clarear e afinar a pele, e temos que limitar o uso em locais sensíveis do corpo, como rosto, genitais e axilas. E os inibidores de calcineurina podem queimar quando aplicados em alguns pacientes", diz. Já Palavra de especialista
Preço pode limitar uso
"O estudo TRuE-Vl e V2pesquisa a eficácia de um grupo de medicamentos chamados inibidores da via JAK no vitiligo. Essas drogas bloqueiam seletivamente a ação das defesas que destroem os melanócitos da derme, com a consequente perda da cor da pele. O aspecto mais inovador desse tratamento, em relação aos anteriores, reside na seletividade dos inibidores da via JAK, uma vez que os primeiros também visam bloquear a ação das defesas contra os melanócitos, mas deforma menos seletiva. Acho que é um estudo interessante e positivo, pois é um primeiro passo que abre as portas para
a fototerapia, segundo o médico, é semanal, o que nem sempre é possível para quem sofre da doença.
Bloqueio seletivo
O ruxolitinibe pertence a uma classe de medicamentos chamada inibidores da via JAK, que bloqueiam, seletivamente, a ação do sistema imunológico que destrói os melanócitos, substâncias que pigmentam a pele. "Trata-se do primeiro tratamento aprovado pela FDA para repigmentar a pele de pacientes com vitiligo", destaca Rosmarin. De acordo com o dermatologista, nos estudos multicêntricos, não houve diferença nas respostas dos pacientes com base em etnia, duração da a investigação de novos medicamentos que ajam de forma semelhante. No entanto, a menos que seja comercializado a um preço razoável, acho difícil que o produto seja amplamente aplicado em pacientes com vitiligo, pois não há grande diferença em termos de eficácia em relação a alguns dos tratamentos que já temos disponíveis, e o custo é notavelmente maior. No entanto, seu bom perfil de segurança e facilidade de uso são aspectos positivos a serem considerados ."
Gonzalo Segurado, dermatologista especializado em vitiligo no Hospital Ramóny Cajal, em Madri, na Espanha
doença ou tamanho das manchas. "Mesmo pacientes com vitiligo há mais de 30 anos ainda podem melhorar com esse tratamento."
Em um editorial publicado na mesma edição do The New England Journal of Medicine, Liv Eidsmo, professora de dermatologia translacional e imunologia na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, destacou que o novo tratamento tópico "tem como alvo os locais afetados diretamente e reduz o risco de efeitos sistêmicos". "Os pacientes com vitiligo finalmente têm a esperança de tratamentos eficientes, com vários novos medicamentos imunomoduladores em diferentes fases de ensaios clínicos", acrescentou Eidsmo.
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SUPER NOTÍCIA ONLINE
Plano de saúde é uma das três prioridades do brasileiro
Segurança médica e odontológica ao lado de moradia e educação
A pandemia do coronavírus gerou a maior crise sanitária do século. Tirou milhões de vidas e promoveu a revisão de crenças e valores do ser humano. Um dos resultados desses últimos anos turbulentos foi a mudança no perfil das famílias. A saúde foi apontada como a terceira prioridade do brasileiro, atrás de casa própria e educação, de acordo com pesquisa divulgada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O interesse pelo acesso à saúde suplementar fez aumentar consideravelmente o número de beneficiários de planos de saúde. Em 2021, o segmento fechou o ano em alta de 3,18% em relação a 2020. De acordo com dados da ANS, o Brasil tem hoje mais de 49 milhões de pessoas vinculadas a algum tipo de convênio médico. Em planos exclusivamente odontológicos, o país conquistou a marca histórica de mais de 30 milhões de beneficiários, crescimento de 8,66% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Mesmo com a situação financeira apertada, muitas pessoas passaram a direcionar recursos para a saúde. O convênio médico se tornou uma das principais necessidades do brasileiro. Muitos passaram a buscar a estabilidade, o conforto e a comodidade de ter com quem contar ou a quem recorrer em um momento de urgência ou emergência ou, até mesmo, para um acompanhamento necessário em casos de doença crônica.
Uma inovação que conquistou o brasileiro foi a telemedicina, modalidade que chegou para ficar e tem como principal característica a facilidade do acesso - uma das premissas da atenção primária, assim como a coordenação, o cuidado e a integralidade.
De uns anos para cá, com os avanços tecnológicos, estudos e pesquisas, é cada vez mais evidente, para todos nós da comunidade médica, que a prevenção é a estratégia mais efetiva para controle de doenças. Há 30 anos, como não havia tantos recursos, a medicina era mais curativa.
A medicina preventiva é aquela cujo objetivo principal é evitar o surgimento de doenças por meio de cuidados antecipados, priorizando a saúde de forma integral para as pessoas.
Nesse contexto, os planos de saúde passaram a investir em equipes de atenção primária com o intuito de garantir a qualidade na assistência e cuidado no tempo certo, como, por exemplo, o programa Usifamília, da operadora Usisaúde. Nos últimos anos, o médico de família passou a ter grande importância para a assistência integral do indivíduo.
O médico de família conta com um saber em clínica e em pessoas. Costumo dizer que esse profissional vai além do olhar para as doenças, pois ele cuida de gente na sua totalidade e individualidade. É esse médico que vai acompanhar o paciente ao longo da vida, estabelecendo um profundo conhecimento da saúde dele, o que resulta em uma melhor relação de confiança entre médico e paciente.
Entender o paciente em todo o contexto em que ele vive é essencial para compreender a doença. Tudo está conectado. É por isso que o médico que acompanha o paciente há muitos anos tem grandes chances de sucesso na prevenção de doenças e de fazer um diagnóstico mais assertivo. Quando o médico de família vê necessidade, ele direciona o paciente para outros especialistas, mas mantendo sempre a coordenação do cuidado.
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Assessoria de Comunicação
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DIÁRIO DA MANHÃ
Maior desafio do próximo presidente será o orçamentário, diz cientista político
Isso porque maior parte do orçamento, inclusive previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem, está concentrado na mão do Congresso
Os brasileiros vão às urnas neste domingo, 30,para definir o nome do próximo presidente do país. Mas, que Brasil o presidente que for eleito vai assumir em 2023? Qual o maior desafio para ele?
De acordo com o cientista político Guilherme Carvalho, independentemente de quem vença a a eleição, o maior desafio será o orçamentário.
"Sem dúvida nenhuma o desafio orçamentário também perpassará um desafio de governabilidade, isso quer dizer que o próximo presidente, seja Bolsonaro ou Lula, terá que repactuar ou manter a situação como está", afirma Guilherme.
Segundo o cientista político, a maior parte do orçamento previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem, está concentrado na mão do Congresso Nacional e isso quer dizer que o Presidente da República eleito, perdeu o poder de agenda de coordenar as políticas públicas a nível local, a nível dos estados e a nível dos municípios. Isso ocorreu por causa do pacto que o presidente Bolsonaro fez com o Congresso Nacional.
"A gente tem duas visões distintas, no caso de Lula, isso impacta diretamente na forma como ele pretende governar, porque pro ano que vem, ele já não tem orçamento para governo. Então ele teria que reestruturar essa relação com o Congresso Nacional e ver sobre quais bases, inclusive orçamentárias, a relação sobre os dois poderes se dariam", destaca Guilherme.
Para ele, no caso de Bolsonaro, em momento nenhum ficou claro o que ele pretende fazer em relação a governabilidade. "A única coisa que ele diz é que elegeu a maior bancada afável à ele, mas não é bem assim, as coisas em política não funcionam por afabilidade, funcionam por agenda ou interesse que tem por determinadas bandeiras, determinados setores da sociedade que pretende influenciar. E com o orçamento na mão do congresso o presidente Bolsonaro não tem poder de agenda para o ano que vem, assim como o ex-presidente Lula", explica.
Conforme o cientista político, precisamos saber se algo que o futuro presidente pretende ou prometeu fazer com as bases conta com dinheiro, porque se conta, a gente tem um novo flanco de abertura para uma nova crise institucional, só que dessa vez com o poder Legislativo, onde o presidente teria de abrir uma briga explícita com o poder Legislativo, para poder tomar o poder orçamentário que ele já não detém mais.
De modo geral, segundo Guilherme, o maior desafio é reconstituir as bases orçamentárias do Brasil que foram desvirtuadas pra um instrumento não republicano que é o orçamento secreto, o que não será fácil, porque mexe diretamente com os interesses da maior parte dos parlamentares brasileiros, sejam bolsonaristas ou não, mas que contam com esse dinheiro para influenciar principalmente prefeitos, já pensando na eleição de 2024.
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O HOJE
Hospital Araújo Jorge quer ampliar setor de Transplantes de Medula
A unidade é uma das únicas que realiza o procedimento através do sistema único de saúde
Uma das instituições que realizam transplantes de medula óssea por meio do Serviço Único de Saúde (SUS) em Goiás, o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ) lançou a campanha Tempo é Vida em parceria com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO). A iniciativa tem como objetivo arrecadar R$ 2 milhões para reforma e ampliação do Setor de Transplante de Medula Óssea (STMO).
As obras devem beneficiar a população em geral, já que o Araújo Jorge é referência em oncologia no Centro-Oeste e trata pacientes que lutam contra leucemias e linfomas. Com um time de especialistas, só em 2022 o STMO já foi responsável por 17 procedimentos em pacientes adultos. Na prática a área ganha 2 novos leitos, passando de 4 para 6, com uma ampliação de 178,84 m².
A reforma da estrutura física do setor inclui: adequação dos sistemas elétrico, hidráulico e de climatização, das redes de gases medicinais e de telefonia, e da implementação de uma nova rede de monitoramento. Também compõe o projeto de melhoria na aquisição de mobiliários, equipamentos e enxovais de roupas hospitalares, o que vai elevar ainda mais a qualidade do atendimento prestado ao paciente do SUS.
O presidente da Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), Jales Benevides, afirmou que as indicações para transplante de medula aumentaram bastante, pois muitas doenças necessitam desse procedimento em alguma fase de tratamento. “Sabemos que a espera para esse procedimento é uma coisa muito difícil para os dois lados, que são os pacientes aguardando serem chamados, e pro hospital que só consegue atender um número X ao mês devido a quantidade de leitos disponíveis”, destaca o médico.
Membros do MP GO e MP GO entraram com verbas de R$ 700 mil para a iniciativa de reforma e ampliação do STMO. “Entendemos que com a ampliação o número de paciente atendidos vai aumentar, o que consequentemente vai aliviar a fila de espera daqueles pacientes aguardando o procedimento. Uma ajuda social de diversos projetos apoiados pelo MP”, ressalta a Subprocuradora Geral da Justiça de Goiás, Laura Maria Ferreira Bueno.
Reconhecimento nacional
O presidente da ACCG chama a atenção para a representatividade das áreas quando o assunto é a oncologia goiana. “Enquanto o TMO tem uma história de mais de duas décadas e que ultrapassa os 800 procedimentos realizados. Essa reforma vai melhorar o atendimento prestado ao paciente de todo estado de Goiás”, acredita.
Em 2012, Osália Leite descobriu que estava com câncer, e em 2013 passou pelo seu primeiro transplante de medula. Só que isso não a curou completamente, e neste ano foi submetida a um segundo transplante. “Hoje tem 7 meses que passei por esse segundo transplante, que foi doado pelo meu irmão. Acredito que se a população pode ajudar com doação financeira ou mesmo se cadastrando como doador, ambas as maneiras podem salvar uma vida”, reforça a paciente do hospital.
Tempo é vida
A meta é arrecadar um montante de R$ 2 milhões. Por isso a ACCG pretende envolver toda a sociedade, incluindo setor público e privado, entidades de classe, doadores e voluntários. “O Araújo Jorge é uma conquista goiana, que precisa de seus conterrâneos para continuar oferecendo tratamento de excelência a quem luta pela vida. Por isso, mais uma vez, contamos com a solidariedade, com a empatia e com o senso coletivo de todos os cidadãos”, destaca Benevides.
O câncer é uma batalha que não se luta só, por isso contamos com ajuda de janeiro a janeiro. Diante disso, a ACCG criou uma Central de Doações para atender e tirar dúvidas daqueles que querem ajudar a fazer a diferença na vida dos mais de 55 mil pacientes que passam pelo Araujo Jorge todos os anos.
As formas de doar são:
Central de Doações
(62) 3243-7315
(62) 98105-8585
PIX: 9 8408-7791
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PORTAL NEO FEED
O Albert Einstein se mexe para não perder espaço no mercado corporativo
A verticalização tem sido a protagonista no enredo intenso de M&As do mercado brasileiro de saúde. Nesse contexto, o avanço dos hospitais no espaço das operadoras de saúde - e vice-versa vem se destacando, por meio de acordos e nomes como Rede D'Or e SulAmérica, e Hapvida e NotreDame Intermédica.
Um dos atores tradicionais do setor, o Hospital Israelita Albert Einstein, mantido pela Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, não tem o mesmo poder de fogo que seus pares, listados e mais capitalizados. Mas, nos bastidores, está escrevendo um script para não ser um mero coadjuvante nessa disputa.
O fio condutor é a estruturação de um programa amplo de cuidados integrados de saúde e, o palco, o mercado de saúde corporativa. Esse movimento é mais um capítulo da ambição do Einstein em buscar novas receitas em outros elos da cadeia da saúde, além do seu negócio tradicional de hospitais. Estamos crescendo na área de clínicas corporativas, dentro das empresas, diz ao NeoFeed o médico Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein.
"Não está na estratégia do Einstein ter a sua própria operadora de planos de saúde e se tornar verticalizado", diz Eliézer Silva, diretor-superintendente do sistema de saúde Einstein, ao NeoFeed. "Mas estamos evoluindo para outro modelo."
Esse modelo está em gestação desde o início do ano e deve ganhar vida no segundo semestre de 2023. Nele, o Einstein quer cobrir da atenção primária à terciária. Sob um viés de prevenção, a ideia é aprimorar o atendimento e reduzir gastos desnecessários na cadeia. Sem que, para isso, precise investir grandes somas.
O plano é unir seus ativos, como hospitais e clínicas, a uma rede de parceiros que pode envolver, inclusive, outros hospitais. Essa oferta estará necessariamente atrelada a operadoras de planos de saúde, até mesmo para aproveitar essa força comercial e o fato delas serem mais um atalho para chegar às empresas.
"Nós adquirimos essa capacidade de coordenar uma rede, mas não para substituir um plano de saúde", afirma Silva. "A ideia é que o Einstein orquestre todo esse cuidado integrado e seja um gestor da saúde do paciente. É para esse modelo mais holístico que estamos migrando."
Eliézer Silva, diretor-superintendente do sistema de saúde Einstein
Essa proposta tem origem no Cuidar, programa voltado aos funcionários do Einstein. Ele foi criado há seis anos e reduziu os custos da rede nessa linha de benefícios de 15%, por profissional, para uma faixa de 0,5% a 5%. Depois de testar e amadurecer o formato, já existem ensaios desse conceito com parceiros como a Qsaúde, healthtech criada por José Seripieri Junior, fundador da Qualicorp.
Todos os planos da Qsaúde dão acesso a médicos de família do Einstein. Já as ofertas intermediárias adicionam os hospitais e a rede de medicina diagnóstica do grupo. Nas opções premium, todo o cuidado está dentro do ambiente Einstein, o que inclui a rede credenciada da startup.
"Estamos avançando nesse modelo com empresas que nasceram no digital, como a Alice", diz Silva. "E as operadoras mais tradicionais também começaram a nos procurar para criar um produto dentro dessa tese."
O projeto integra a estratégia de diversificação de receitas do Einstein, que inclui iniciativas como consultorias; a Eretz.bio, incubadora de startups de saúde; e o Health Innovation Tech Center, que faz a gestão de propriedade intelectual do grupo e desenvolve tecnologias com outras empresas.
O braço de ensino e pesquisa é outro exemplo. Um dos passos na área foi um aporte de R$ 700 milhões em um novo centro em São Paulo, que abriga cursos de medicina e fisioterapia da faculdade do Einstein, além de frentes como o Centro de Medicina Personalizada e laboratórios que desenvolvem pesquisas para a iniciativa privada.
Clínicas in-company
O programa de cuidados integrados, por sua vez, está sob o guarda-chuva da divisão de saúde corporativa. Hoje, a área responde por cerca de 6% do negócio do Einstein, que reportou uma receita líquida de R$ 4 bilhões em 2021, ante R$ 2,8 bilhões em 2020.
Com cerca de 100 clientes, a unidade tem serviços como vacinação e exames in company; telemedicina; criação de projetos em áreas como prevenção, bem-estar, gestão de crônicos e saúde mental; análise de dados; avaliações de saúde populacional e programas customizados para as companhias.
"Em telemedicina temos 2 milhões de usuários", diz Silva, que dá uma medida sobre como essas ofertas ampliam o alcance do grupo. "Temos mais pessoas nessa solução do que o volume de clientes que acessam todo o sistema do Einstein."
Outro destaque são as clínicas instaladas em empresas. A primeira veio no fim de 2018, nas dependências do banco Safra. Hoje, dez companhias investem nesse modelo, que cobre mais de 36 mil funcionários e pode incluir acesso a outros serviços do portfólio.
As clínicas prestam atendimentos de baixa complexidade e de atenção primária, com médico de família, enfermeiros e apoiadores de cuidados. Essa carteira de clientes tem nomes como Natura, Votorantim e Vivo.
Boa parte das clínicas está em São Paulo. Mas já existem unidades em outras cidades e estados. É o caso da Natura, que tem estruturas em três operações. Uma delas, na cidade de Benevides, no Pará. E o mapa do Einstein cresceu recentemente, com clínicas no SBT e no Citi.
"O desejo de um atendimento continuado aos nossos funcionários já existia, mas a pandemia evidenciou ainda mais o valor dessa iniciativa", afirma Guilherme Mancin, head de recursos humanos do Citi Brasil, que inaugurou sua clínica em setembro.
Marcelo Marangon (à esq.), CEO do Citi Brasil, e Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, na inauguração da clínica Einstein Citi
Com a instalação, disponível para os cerca de 2 mil funcionários do banco, o executivo entende que o Citi passa a ter mais recursos para consolidar um modelo de saúde preventivo, capaz de identificar casos críticos em estágios iniciais e de atacar frentes como saúde física e mental.
"Construímos um lugar de acompanhamento de saúde e não de doenças", diz Mancin. Ele destaca ainda o acesso 24×7 à plataforma Einstein Conecta, de telemedicina. "No médio e longo prazo, queremos ver maior uso da Clínica Einstein Citi e menor uso de atendimento não emergenciais em hospitais."
O Einstein não é o único a investir nesse formato e na busca por mais receitas no segmento corporativo. Além de um leque de serviços, o Sírio-Libanês, por exemplo, conta com doze clínicas instaladas em empresas como Itaú Unibanco e Santander.
Outras companhias de diferentes elos da cadeia do setor estão reforçando seus investimentos nesse espaço, também sob a ótica de saúde integrada e de caráter mais preventivo. A lista inclui nomes como Rede D'Or e Dasa.
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PORTAL TERRA
Estresse no trabalho: como não abrir mão do seu bem-estar?
O autocuidado é essencial em todos os momentos do dia a dia e pode ser fundamental na hora de enfrentar as tensões relacionadas ao trabalho
Estar entre os líderes nem sempre é motivo para celebrar: você sabia que o Brasil é um dos países com mais casos de Burnout no mundo? Uma informação que escancara a dificuldade de trabalhadores em equilibrar vida pessoal e profissional, lidando melhor com as tarefas, compromissos e pressões, e um alerta para as corporações, que até mesmo por estratégia de atração de talentos, precisam criar frentes dedicadas ao bem-estar no trabalho.
Há pouco tempo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) apontou que o estresse atinge cerca de 90% da população mundial; além disso, dados de 2019 da entidade colocavam o Brasil no topo entre as nações mais ansiosas.
O que é Burnout?
A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional conectado ao esgotamento profissional, isto é, quando exaustão física e mental são produto do trabalho, e geralmente atreladas à alta responsabilidade e excesso de demandas, por exemplo.
Segundo o Ministério da Saúde, esses são alguns dos sintomas que podem estar associados ao Burnout: dores de cabeça frequentes, falta de apetite, extremo cansaço físico e mental, dificuldades para dormir e se concentrar, sentimentos negativos, isolamento, entre outros. Ainda de acordo com informações disponibilizadas pela pasta em seu site oficial, os sintomas podem surgir de forma leve, se intensificando ao longo do tempo.
Como prevenir
Antes, é preciso lembrar que, desde o início de 2022, a Síndrome passou a ser considerada uma doença ocupacional, porém outro detalhe crucial é: existe tratamento e o acompanhamento médico especializado é imprescindível. De todo modo, é indispensável adotar o autocuidado como um modelo de prevenção.
Do lado das corporações, torna-se cada vez mais importante estabelecer políticas que visem o bem-estar de seus colaboradores, fomentando uma cultura organizacional pautada não somente em produtividade, mas na saúde mental.
Muito estresse no trabalho? O final de ano costuma trazer consigo o peso da cobrança por resultados e as inúmeras atividades acumuladas, mas com eventos globais tão próximos (Copa do Mundo, Natal e Ano Novo), 2022 surge como um mar de possibilidades, porém requer atenção. Confira 6 dicas para se cuidar melhor e manter a calma mesmo em momentos de tensão.
Exercícios físicos: o condicionamento costuma garantir mais energia aos praticantes. Ao realizar atividades físicas, substâncias que dão sensação de bem-estar são liberadas no corpo, como a endorfina. Objetivos profissionais: a ideia de ser protagonista da própria carreira pode parecer complexa para alguns, entretanto, desenhar o próprio futuro e colocar na ponta do lápis os objetivos pode auxiliar no acompanhamento da evolução do plano. Lembre-se: crie metas desafiadoras, porém factíveis, ou seja, possíveis de se realizar. Isso pode facilitar percepção de avanço e evitar uma autocobrança exagerada. Cuide da mente: se conhecer é parte de um processo indispensável para identificar tudo aquilo que é capaz de te impactar positiva ou negativamente. Não deixe de ser gentil consigo mesmo, medite, leia livros, tenha hobbies saudáveis. Trabalho x descanso: levar trabalho para casa ou simplesmente não respeitar os horários de descanso, talvez esses sejam dois dos principais erros cometidos pelos profissionais. Não faça disso um hábito, cuidar-se exige autocomprometimento. Respiração: exercícios de respiração podem ser excelentes formas de reduzir o estresse e controlar a ansiedade em momentos de tensão no trabalho. Respeite os próprios limites: absolutamente todos têm limitações, todavia elas não estão conectadas à improdutividade ou incapacidade. Se organize de forma macro, mas tenha visão dos detalhes, assim você poderá dosar esforços e explicar melhor entregas e atrasos.
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JORNAL DO COMMÉRCIO
Piso Salarial Enfermagem vai começar a ser pago em Novembro? Entenda a atual situação
A suspensão do piso está próxima do fim; confira como está o andamento da liberação da medida -->
Suspenso desde o dia 4 de setembro, pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, o piso salarial enfermagem está com a suspensão de 60 dias bem próxima de terminar.
Prevista para acabar no dia 3 novembro, a medida pode, finalmente, reformular o pagamento do piso salarial da categoria, de forma que não comprometa o orçamento público e privado.
A SUSPENSÃO DO PISO SALARIAL ENFERMAGEM VAI REALMENTE TERMINAR EM NOVEMBRO?
Em fala concedida ao canal "Mundo Hospitalar", o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, Mirocles Verás, falou sobre o andamento da suspensão do piso salarial enfermagem e se ele será pago já em novembro:
"A (liminar) não cai automaticamente. Se cair automaticamente, a nossa atenção é muito grande (sobre isso). Esperamos que antes dela cair, tenha uma lei, uma alternativa definitiva para que possamos atender o piso da enfermagem, de técnicos e de parteiras", destacou.
Por conta disso, ainda há um claro cenário de indefinição de como será a situação nas próximas semanas sobre o piso salarial enfermagem.
MEDIDAS APROVADAS PARA VIABILIZAR PISO SALARIAL ENFERMAGEM
Atualmente, há duas medidas já votadas e aprovadas para financiar o piso salarial enfermagem no Brasil.
O PLP 7/2022, pretende fazer o uso das verbas dos fundos de saúde estaduais, distritais e municipais para as Santas Casas, fazendo assim com que haja viabilidade para o piso salarial enfermagem.
A outra medida já votada e aprovada é o PLP 44/2022, que aloca recursos financeiros do Ministério da Saúde para o enfrentamento a pandemia da Covid-19 e utilizá-los, dessa forma, para o piso salarial enfermagem.
CUSTO DO PISO SALARIAL ENFERMAGEM PARA AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS
De acordo com informações e dados oriundos de entidades ligadas à Confederação Nacional de Saúde (CONSaúde), o valor total necessário para o financiamento do piso salarial enfermagem será de cerca R$ 17,9 bilhões por ano.
A divisão será feita da seguinte forma: R$ 5,7 bilhões para as instituições públicas, R$ 6,4 bilhões destinados às Instituições Filantrópicas e Santa Casas, e R$ 5,8 bilhões, para a esfera privada.
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PORTAL G1
Médico expõe dados de paciente ao dizer que o convenceu a votar em Bolsonaro; Cremego apura
Profissional disse que dá canetas com o nome do presidente escrito. Conselho analisa se conduta 'transgride a ética médica'; advogado avalia que houve crime eleitoral.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
Médico expõe dados de paciente ao dizer que o convenceu a votar em Bolsonaro
Um médico cardiologista de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, expôs os dados de um paciente de 83 anos e divulgou em um grupo de mensagens com outros profissionais falando que tinha convencido o idoso a votar no candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Ele diz que segue tentando convencer mais pessoas sobre o voto e que dá uma caneta com o nome do presidente escrito. O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) informou que vai apurar a conduta.
O g1 ligou para o médico Gustavo Baiocchi nesse sábado às 10h45 no número que aparece nas mensagens. Ele informou que estava fazendo uma cirurgia em um paciente e não poderia conversar. A reportagem também enviou uma mensagem de texto, mas ela não foi respondida até a última atualização.
O paciente que teve os dados expostos disse ao g1 que autorizou a divulgação no momento da consulta.
A mensagem foi compartilhada pelo médico na sexta-feira (28). Na mensagem, o médico encoraja que outros médicos também façam o mesmo.
“Esse cidadão aqui falou que não ia votar. Ele tem insuficiência cardíaca, chegou aqui com falta de ar, não conseguia nem falar. Agora ele está sequinho, falando, sorridente. E eu falei para ele: ‘Olha, nunca pedi favor nenhum para ninguém, mas para o senhor eu quero pedir: vota’. Ele falou que vai votar”, disse.
Depois de enviar o vídeo mostrando o nome, número de documentos, foto, endereço e telefone do paciente, o médico enviou uma foto em que está no consultório médico e segura uma caneta com o nome de Bolsonaro escrito.
“São agraciados com essa caneta. Sigo tentando até as últimas horas virar votos. Posto aqui apenas para que se inflamem a fazer algo parecido. Pra depois não olhar pra trás e ficar aquela sensação que poderia ter feito algo”, escreveu.
O advogado Dyogo Crosara, especialista em direito eleitoral, avalia que a conduta do médico pode ser considerada crime eleitoral. "Qualquer vantagem em benefício do voto é crime eleitoral", avaliou.
O Cremego disse que desconhece a ação do médico, "mas vai apurar se a conduta do profissional transgride a ética médica".
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Piso salarial dos enfermeiros: suspensão será prorrogada? Veja as últimas notícias do piso salarial da enfermagem
Caiado e Queiroga expandem atendimento de alta complexidade no Hugol
Gripe se aproxima da covid-19 como principal causadora de SRAG
Pesquisa mostra que fazer o bem traz efeitos positivos para corpo e mente
Menos de 20% dos pacientes recebem orientação adequada para tratar hipertensão - ISTOÉ Independente
UOL
Piso salarial dos enfermeiros: suspensão será prorrogada? Veja as últimas notícias do piso salarial da enfermagem
Enfermagem aguarda que os parlamentares apresentem projetos para garantir pagamento
Após o pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), o pagamento do piso salarial nacional da enfermagem foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Com isso, o piso salarial da enfermagem aguarda que os parlamentares a aprovação de projetos que viabilizem o pagamento a categoria sem impactos financeiros e problemas nos serviços de saúde prestados por entidades públicas e privadas.
TABELA PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM
Enfermeiros - R$ 4.750,00
Técnico de enfermagem - R$ 3.325,00
Auxiliar de enfermagem e parteira - R$ 2.375,00
SUSPENSÃO DO PISO SALARIAL SERÁ PRORROGADA?
A medida provisória de suspensão do piso salarial da enfermagem ainda pode ser revogada. Para isso, é necessário que o Senado e Câmara apresentem projetos orçamentários palpáveis.
A presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos afirma que "Os projetos votados até agora contribuem, mas não resolvem definitivamente o problema. Esperamos que o parlamento realmente se debruce sobre o tema já na próxima semana”, pontuou.
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A REDAÇÃO
Caiado e Queiroga expandem atendimento de alta complexidade no Hugol
Acompanhado do governador Ronaldo Caiado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou nesta quinta-feira (27/10) o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), ambos em Goiânia. Para o ministro, Goiás está consolidado como referência nacional em saúde pública e, em razão disso, assinou portaria, juntamente com o governador, que habilita leitos cardiológicos e neurológicos no Hugol para tratamentos e cirurgias de alta complexidade. Também foi anunciada a recomposição do teto financeiro da média e alta complexidade (Teto MAC) do Estado, aumentando o potencial de captação de recursos federais.
“O reconhecimento e a habilitação do Hugol em alta complexidade na área de cirurgia cardíaca e de neurologia faz com que o hospital tenha a capacidade, não só de atender casos mais graves de Goiás, mas também de estados vizinhos que dependem de um tratamento especializado. Isso é um diferencial enorme para Goiás, pois coloca este hospital como um dos melhores do País”, celebrou o governador.
Ainda segundo Caiado, a habilitação assinada pelo ministro “aumenta o perfil do hospital, não só para tratamentos complexos, como também para a parte educacional”, uma vez que profissionais da área de saúde fazem no Hugol seus cursos de residência médica. “Além de ter recursos do Tesouro Estadual, a unidade terá capacitação direta também do Ministério da Saúde. Isso gera um efeito cascata de aumento da qualidade do serviço. Vamos nos tornar ainda mais referência”, concluiu.
O secretário de Estado de Saúde de Goiás, Sandro Rodrigues, afirmou que a habilitação dos leitos “é um compromisso com a sociedade e com o cidadão”. “É obrigação dos líderes promover este atendimento. Nosso dever é levar a saúde onde ela precisa estar”, pontuou.
O governador teve a confirmação ainda do repasse de cinco ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma para cada um dos seguintes municípios goianos: Cidade Ocidental, Iporá, Jataí, Luziânia e Trindade.
Pequenos hospitais
O ministro anunciou que Goiás é o estado escolhido para a implantação do projeto piloto que pretende concentrar a maior parte do atendimento à população em hospitais públicos de pequeno porte. Queiroga acertou com o governador Ronaldo Caiado que será feito um diagnóstico das unidades hospitalares menores, uma vez que, segundo o ministro, o território goiano conta com muitos estabelecimentos deste porte.
“Temos 1,9 mil hospitais de pequeno porte no Brasil. Precisamos monitorar os resultados deles e verificar as expectativas que temos em unidades com número reduzido de leitos. A assistência de saúde no Brasil começou no início do século 20 e há uma cultura no brasileiro de buscar os grandes hospitais. O que queremos é inverter isso, fazendo com que as pessoas busquem as Unidades Básicas de Saúde para que, lá, se resolvam 80% dos problemas”, explicou o ministro sobre o projeto.
“A cultura de criar regiões de saúde é fundamental e a política pública é construída em conjunto. O que queremos é o conceito de eficiência na prestação da saúde. Goiás, com o trabalho do governador Ronaldo Caiado para construir a regionalização e também pelo feito na pandemia, foi escolhido para ser o piloto deste programa que posteriormente será estendido para o Brasil todo”, frisou Queiroga.
HGG
Logo em seguida, Caiado apresentou a Queiroga a Central de Transplantes do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), referência em Goiás. A atual gestão estadual investiu R$ 2,8 milhões na instalação da nova ala, inaugurada em setembro deste ano. A unidade possui 644 metros quadrados e 32 leitos, sendo 26 destinados para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas. Os outros seis serão utilizados para transplante de medula óssea.
Goiás é o 10º estado brasileiro que mais realiza transplantes de rins no país. Somente na primeira quinzena de outubro, o HGG realizou 15 destas intervenções. Além disso, de janeiro a julho deste ano, foram executados 329 transplantes de órgãos e tecidos, sendo 55 de rins, quatro de fígado, 246 de córneas, 11 de medula óssea e 13 musculoesqueléticos. Ao todo, o Estado possui 36 equipes credenciadas para realização de cirurgias do tipo.
“O Brasil é um dos principais transplantadores do mundo, tem uma das principais políticas públicas do mundo nessa área e estamos reforçando isso. Ser habilitado para doação não é uma grife, é um ato de amor, um compromisso”, disse Queiroga. “Teremos quase que o circuito completo de transplantes com capacidade de realização no HGG. Cada vez mais, estamos sensibilizando o cidadão para que entenda que a política de doação de órgãos é fundamental”, avaliou Caiado.
Estiveram ao lado do governador e do ministro durante a passagem por Goiânia também o secretário-executivo Adjunto do Ministério da Saúde, Marcus Vinícius Fernandes Dias; a secretária em Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Batista Botelho; a diretora presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (COSEMSGO), Veronica Savatin Wottrich; a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim; o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso; o superintendente estadual do Ministério da Saúde em Goiás, Sebastião Donizeti da Silva; prefeitos e prefeitas municipais; deputados eleitos e reeleitos; gestores e servidores do Hugol e do HGG, entre outros convidados.
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O HOJE
Gripe se aproxima da covid-19 como principal causadora de SRAG
Influenza A responde por 24,6% das hospitalizações pela doença
O vírus da gripe (Influenza A) está próximo de superar o SARS-CoV-2 como principal causador de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) virais no país. Segundo o último Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (27/10) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Influenza A responde por 24,6% das hospitalizações por síndrome respiratória viral, enquanto o novo coronavírus ainda predomina, associado a 26,4% dos casos.
O boletim tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de outubro, que se referem à semana que vai de 16 a 22 do mês.
Fora esses dois patógenos, o vírus sincicial respiratório (VSR) também tem destaque no cenário epidemiológico, causando 21,7% dos casos de SRAG comprovadamente virais
Uma comparação com o início de setembro dá uma ideia da evolução do cenário epidemiológico. No boletim divulgado no dia 8 daquele mês, havia a seguinte distribuição de casos de SRAG: 3,4% para influenza A; 0,2% para influenza B; 6,5% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 68% para Sars-CoV-2 (covid-19).
Apesar da mudança entre os causadores de hospitalizações, quando são analisados os desfechos fatais da SRAG no boletim divulgado hoje, o SARS-CoV-2 continua a predominar com mais força, causando 77,8% das mortes, enquanto o Influenza A é responsável por 11,1%, e o VSR, por 1,6%. Mesmo assim, o SARS-CoV-2 perdeu espaço, já que, em 8 de setembro, o percentual de óbitos causados por ele chegava a 93,4%.
A Fiocruz informa que São Paulo e o Distrito Federal seguem registrando o maior volume de casos de influenza nas últimas semanas e servem de alerta para as demais unidades federativas do país, porque são centros com grande fluxo de passageiros. Os pesquisadores também já identificam ligeiro aumento na presença do vírus da gripe nos estados da Bahia, de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e do Paraná.
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VEJA
Pesquisa mostra que fazer o bem traz efeitos positivos para corpo e mente
Pessoas que se dedicam a ajudar o próximo têm menos risco de desenvolver patologias como depressão e doenças cardíacas
No século XVIII, o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) desenvolveu o conceito do "bom selvagem", segundo o qual o ser humano nasce sem propensão a praticar o mal, é corrompido à medida que se insere na sociedade e, para retornar a seu estado natural, deve pensar no bem-estar do próximo antes do próprio. Sua reflexão contribuiu para elaborar um sentimento vastamente aclamado, embora nem tão amplamente experimentado: a satisfação que toma conta do indivíduo quando ele ajuda a aliviar as dificuldades de outra pessoa. O prazer de ajudar não conhece limites - vai desde o encarregado da faxina que acha uma carteira recheada e a devolve até as doações em série de MacKenzie Scott, a ex-mulher de Jeff Bezos, que já encaminhou à filantropia 12 bilhões de dólares, dos 60 bilhões que amealhou ao se divorciar do dono da Amazon há três anos. Agora, a ciência mostra que fazer o bem, além de dar contentamento, tem outro efeito colateral importante à saúde física de quem o pratica.
Um recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostra que ajudar o próximo resulta em uma série de benefícios específicos para o corpo e a mente. A equipe apresentou um teste de critérios morais a 1?209 adultos, em que respondiam sim ou não a questões como "Estou disposto a enfrentar dificuldades para fazer o que é certo", "Uso os meus pontos fortes para ajudar os outros" e "Estou disposto a abrir mão da minha felicidade momentânea para colher bons frutos no futuro", e aplicou sobre as respostas uma escala de zero ("Não tem nada a ver comigo") a 10 ("Tem tudo a ver comigo"). Em seguida, analisou durante um ano os pedidos de consultas, exames e tratamentos das mesmas pessoas a planos de saúde. As conclusões foram reveladoras.
Aqueles que relataram traços consistentes com a prática de atos solidários, com respostas mais próximas do 10, apresentaram até 50% menos probabilidade de sofrer de depressão, um dado expressivo. Ajudar os outros com vistas a longo prazo, sem uma retribuição imediata, resultou ainda em menor chance de desenvolver ansiedade. Por fim, quanto maior a pontuação dos entrevistados, menos propensos eles eram de sofrer doenças cardiovasculares. "Nosso objetivo era encontrar fatores positivos não convencionais capazes de influenciar a saúde e o bem-estar. Foi reconfortante descobrir que, quando cooperamos para o bem do outro, também contribuímos para nosso próprio bem-estar", afirma a pesquisadora polonesa Dorota Weziak-Bialowolska, uma das autoras do estudo.
Esses resultados corroboram conclusões obtidas em estudos anteriores envolvendo o impacto positivo da prática do bem. Com financiamento do Instituto Nacional de Desordens Neurológicas e Doenças Cerebrovasculares americano, os brasileiros Ricardo de Oliveira Souza, neuropsiquiatra, e Jorge Moll Neto, neurocientista, submeteram candidatos a trabalhos voluntários a uma ressonância magnética no momento em que decidiam se iam ou não participar de uma ação. Eles descobriram que o ato de fazer o bem ativou regiões cerebrais relacionadas ao prazer e aos sentimentos de apego e pertencimento. A estudante de comunicação Juliane Ramos, 25 anos, segue a tradição da família e realiza trabalhos voluntários desde a adolescência. "A gente ganha mais do que as pessoas que estão sendo ajudadas. Essa sensação me deixa renovada", conta ela, integrante do grupo Eu Me Importo com Você, que distribui quentinhas a moradores de rua no Rio de Janeiro. "Realizar boas ações acaba tendo um efeito bumerangue que traz benefícios para a mente", confirma a neuropsicóloga Adriana Fóz.
À luz da psicanálise, o lado menos desprendido da disposição de ajudar o próximo é a sua aproximação de uma ação narcísica: quando se põe em marcha uma atitude altruísta, o inconsciente busca se sentir amado e aprovado pelos outros. "É frequente a sensação de que, quando fizermos o bem a alguém, seremos recompensados na mesma medida", explica Paula Peron, professora de psicologia da PUC-SP. A definição de fazer o bem, claro, não se limita a dar dinheiro e engrossar o voluntariado, mas está relacionada a padrões morais como honestidade, responsabilidade, respeito e empatia. "Eu procuro sempre estar disponível a quem precisar, mesmo que para isso deixe minhas próprias questões de lado, e busco pensar no outro antes de pensar em mim", afirma o vendedor Matheus Wanderosch, de 26 anos. As novas pesquisas podem servir de impulso para mais gente sair da zona da comodidade e se mexer para ajudar quem precisa.
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ISTOÉ
Menos de 20% dos pacientes recebem orientação adequada para tratar hipertensão - ISTOÉ Independente
Qualidade da assistência inclui orientar aos pacientes sobre manter os cuidados básicos de saúde, como ingerir menos sal, cuidar do peso e fazer atividade física.
Por Fernanda Bassete, da Agência Einstein
Considerada uma doença crônica não transmissível, a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para eventos cardiovasculares como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), além de doenças renais e morte súbita. Por se tratar de uma condição frequentemente assintomática, manter os níveis da pressão sob controle é fundamental para a saúde.
Mas nem sempre isso acontece. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) constatou que apenas 18,8% das pessoas com hipertensão no Brasil receberam as orientações adequadas para controle da doença em 2019. E o número piorou quando comparado com os dados de 2013, quando 25,3% da população foi orientada corretamente. Os pesquisadores analisaram os dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um inquérito nacional domiciliar, que inclui amostra de pacientes de todo o Brasil. Os resultados foram publicados na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde.
Nós avaliamos a qualidade da assistência, especialmente quando falamos em rede pública e atenção básica à saúde. Comparando com os dados de 2013 a gente esperava uma melhora nos indicadores, uma evolução, e não uma piora, afirmou a professora Elaine Tomasi, do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da UFPel, uma das responsáveis pelo estudo.
Foi considerado como cuidado adequado da doença se os pacientes ouviram recomendações dos médicos e outros profissionais da saúde durante as consultas sobre: manter uma alimentação saudável, reduzir a ingestão de sal, manter o peso adequado, praticar atividade física, não fumar, não ingerir bebida alcoólica em excesso e fazer acompanhamento regular da sua condição. A solicitação de exames (urina, sangue, eletrocardiograma e teste de esforço) também foi considerada como um indicador da adequação dos cuidados com a hipertensão.
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Segundo Elaine, para o cuidado com a hipertensão ser considerado de excelência, o paciente tinha que afirmar ter recebido todas essas orientações e não apenas parte delas.
Existe um consenso sobre um conjunto de ações que são recomendadas para o controle da hipertensão. E ele não envolve apenas o uso de medicamentos. Existem as ações comportamentais. Foi uma escolha nossa analisar se a pessoa recebeu todo esse conjunto de orientações porque a gente entende que o paciente precisa receber todo cuidado para cuidar da sua saúde e não apenas parte dele, destacou a pesquisadora.
Ela acrescentou, ainda, que essas orientações precisam ocorrer com certa frequência: Não adianta falar para uma paciente sobre os cuidados com a hipertensão uma única vez. Essas informações precisam ser reforçadas em toda consulta, frisou.
O cardiologista Humberto Graner, coordenador do pronto-atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein de Goiânia, avalia os resultados como preocupantes.
Temos que lembrar que a hipertensão arterial é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares mais graves, como AVC, infarto, problemas renais. A hipertensão é um catalisador. Se não cuidarmos dessa base, com certeza teremos problemas mais para a frente, diz.
Para Graner, essa pesquisa demonstra o que os médicos têm chamado de inércia terapêutica, um conceito que vem sendo discutido em congressos de cardiologia.
Nós sabemos como tratar a hipertensão, existe uma centena de medicações que controlam efetivamente a doença. Parte desses medicamentos estão disponíveis na rede pública. Então se temos as ferramentas básicas necessárias para reduzir os fatores de risco de problemas cardiovasculares, por que não conseguimos?, pergunta o médico.
Desigualdade social e regional
Quando os pesquisadores fizeram os recortes sociais para analisar onde houve a piora no controle da hipertensão arterial, constataram que as desigualdades regionais e de renda ainda existem.
Segundo Elaine, quanto melhor a classe econômica, melhor cuidado foi dispensado para quem tem hipertensão. Apenas 9% dos pacientes mais pobres receberam cuidados adequados; enquanto entre os de classe social mais alta esse número sobe para 33%. E os pacientes do Norte e Nordeste também são os que menos receberam assistência adequada.
Elaine reforça que para enfrentar esta situação, é preciso fortalecer a atenção primária à saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS), com investimentos em programas de educação permanente das equipes e reforço às políticas públicas de incentivo à adoção de comportamentos saudáveis para todos os cidadãos.
Esse é um problema estrutural. A gente sabe que há escassez de recursos na rede pública, mas as medicações para controle da hipertensão existem e orientar o paciente adequadamente não tem custo. Não adianta investirmos em pesquisa para encontrar a cereja do bolo no tratamento das doenças cardiovasculares se não conseguimos fazer nem o arroz com feijão, ressalta Graner.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, hospitalizações e atendimentos ambulatoriais em todo o mundo, inclusive no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de um terço da população brasileira é hipertensa.
As pessoas precisam entender que a hipertensão não é o problema final, ela é o meio do caminho, é a estrada que leva a uma doença mais grave. Por isso é tão importante manter os níveis pressóricos sob controle, finalizou Graner.
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Assessoria de Comunicação