Postado em: 09/03/2023

CLIPPING AHPACEG 09/03/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Lei estabelecerá multa para empresa que descumprir igualdade salarial

Atendente de farmácia estava seguro de ter entregue remédio correto para família de bebê que morreu após beber colírio, diz gerente à polícia

Varíola dos macacos: Saúde vai começar a vacinar nesta segunda-feira (13/3)

Segundo o CRF-GO, farmacêutico pode ter o registro suspenso após remédio errado para bebê

Qualquer pessoa pode ter alergia a alimentos como pimenta, arroz, feijão e até pequi

Medicina Preventiva da Hapvida NotreDame Intermédica é certificada

Porque seis hospitais brasileiros entraram no Ranking Newsweek 2023

Bold Glamour: conheça o filtro polêmico do TikTok que faz harmonização facial

O HOJE

Lei estabelecerá multa para empresa que descumprir igualdade salarial

Projeto de lei foi assinado nesta quarta-feira pelo presidente Lula

Por: Luan Monteiro

Empregadores que pagarem salários diferenciados a uma mulher que tem o mesmo tempo de casa, a mesma função e com escolaridade semelhante a um funcionário homem serão multados em 10 vezes o valor do maior salário pago na empresa. É o que consta no projeto de lei sobre igualdade salarial assinado nesta quarta-feira (8/3) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e enviado para análise do Congresso Nacional.

O texto prevê a obrigação das empresas que têm mais de 20 empregados darem transparência às faixas salariais para dar capacidade de fiscalização ao Ministério do Trabalho. A pasta também deverá elaborar um protocolo de fiscalização para esses casos.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, explicou que “nos casos gritantes de discriminação”, um juiz competente poderá, em caráter liminar, determinar que a mulher receba o mesmo salário que o homem já no mês da denúncia de desigualdade.

Sobre a possibilidade dessas medidas resultarem na redução de contratação de mulheres, Tebet afirmou que esse é um discurso misógino (de ódio ou aversão às mulheres) por parte de setores produtivos.

“Se algum empregador estiver discriminando uma mulher, se isso for fator para que ele não contrate uma mulher, não vai faltar empresas sérias, responsáveis e compromissadas para isso”, disse.

“Nós somos imprescindíveis no mercado de trabalho, não só no setor de cuidado, não só como enfermeiras, como professoras ou ramo da confecção, hoje somos imprescindíveis no mercado de trabalho porque se não contratarem mulheres vão ter dificuldade na sua produção”, disse Tebet após cerimônia de celebração ao Dia Internacional da Mulher, no Palácio do Planalto.

Tebet ressaltou que a medida ainda será debatida pelos parlamentares, mas lembrou que texto semelhante já foi aprovado. Em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto chegou a devolver ao Congresso Nacional um projeto de lei, que estava pronto para sanção, e aumentava a multa no valor correspondente a cinco vezes a diferença salarial paga pelo empregador. O projeto, desde então, está parado na Câmara dos Deputados.

Violência histórica

Para Lula, ao aceitar que a mulher ganhe menos que o homem no exercício da mesma função, se perpetua uma violência histórica contra as mulheres. “É importante lembrar que nesse projeto de lei tem uma palavra que faz a diferença de tudo que já foi escrito sobre trabalho igual entre homens e mulheres. E essa mágica palavra é ‘obrigatoriedade’ de pagar o salário igual. Vai ter muita gente que não vai querer pagar, mas para isso a Justiça tem que funcionar para obrigar o empresário que não pagar, pagar aquilo que a mulher merece pela sua capacidade de trabalho”, disse.

Durante seu discurso, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, citou estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que aponta que a igualdade salarial entre homens e mulheres pode acrescentar 0,2% à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) de um país. “Estamos trabalhando intensamente para que isso se concretize”, disse, destacando que a desigualdade salarial no Brasil chega a 30%, mesmo as mulheres tendo maior nível educacional.

Misoginia

Na celebração no Palácio do Planalto, o presidente Lula anunciou uma série de ações do governo federal que incidem diretamente no combate à violência e na garantia de direitos das mulheres. Para ele, o respeito às mulheres é um valor inegociável.

“Houve um tempo em que o 8 de março era comemorado com distribuição de flores, enquanto os outros 364 dias eram marcados pela discriminação, machismo e violência. Hoje, estamos comemorando 8 de março com o respeito que as mulheres exigem. Respeito em todos os espaços que elas queiram ocupar, seja no trabalho, em locais públicos, na política ou dentro de suas próprias casa”, disse Lula.

Ao citar o conjunto de medidas anunciadas, a ministra Cida Gonçalves propôs um pacto social para enfrentamento à misoginia e à violência contra mulher.

“É primordial que o poder público faça seu papel, mas é preciso ir além e continuar avançando na compreensão que o desprezo e ódio às mulheres não podem ser naturalizados. Não podemos aceitar o fato de que homens ganhem dinheiro na internet praticando misoginia, e isso precisa parar. Esse ambiente nos faz retomar estatísticas tão repetidas, mas ainda assim tão chocantes: a cada dia três mulheres são mortas no Brasil pelo fato de serem mulheres. O enfrentamento ao feminicídio é uma luta política urgente”, destacou.

Já é de conhecimento público a existência de grupos masculinistas que propagam misoginia e ameaçam mulheres na internet. Um deles, o movimento RedPill, usa o suposto discurso de autoajuda nos relacionamentos para propagar machismo e misoginia.

Nesse contexto de combate à violência, a ministra anunciou a recriação do programa Mulher Viver sem Violência, com a implantação de 40 unidades da Casa da Mulher Brasileira, com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e investimento de R$ 372 milhões. O programa prevê ainda a doação de 270 viaturas para a Patrulha Maria da Penha, em todos os estados.

O Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher, também está sendo reconstruído. Na gestão anterior, houve a integração desse sistema com o Disque 100 e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Nesse telefone, é possível registrar denúncias contra qualquer tipo de violência de gênero, com ligação gratuita de qualquer lugar do país. O serviço funciona 24 horas por dia.

Confira as ações anunciadas pelo governo federal neste 8 de março

Mão de obra feminina

Decreto prevendo a regulamentação da cota de 8% da mão de obra para mulheres vítimas de violência em contratações públicas na administração federal direta, autarquias e fundações.

Será lançada também a política de enfrentamento ao assédio sexual e moral e discriminação na administração pública federal.

Violência política

Projeto de lei para que o 14 de março seja transformado no Dia Nacional Marielle Franco, data com foco no enfrentamento à violência política de gênero e de raça. Essa data marca o dia em que a vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada, em 2018.

Dignidade menstrual

Decreto que trata da dignidade menstrual, com o compromisso de distribuição gratuita de absorventes no Sistema Único de Saúde (SUS). Adicionalmente, será lançado um programa de equidade de gênero e raça entre os servidores do SUS.

Ações internacionais

O governo federal vai ratificar a Convenção 190 da OIT, primeiro tratado internacional a reconhecer o direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e assédio, incluindo violência de gênero. Entre outras medidas, a Convenção 190 amplia conceitos de assédio sexual e moral no trabalho.

O país vai aderir à Coalizão Internacional de Igualdade Salarial, que envolve entidades como a OIT, a ONU Mulheres e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Educação e esporte

Retomada das obras de 1.189 creches que estavam com o andamento paralisado.

Nos próximos dois anos, também serão asseguradas vagas em cursos e programas de educação profissional e tecnológica para 20 mil mulheres em situação de vulnerabilidade.

Assinatura de um decreto que determina a licença-maternidade para integrantes do Bolsa Atleta. A intenção é garantir o respeito, de forma ampla, à maternidade e à gestante. O texto garante o recebimento regular das parcelas do programa voltado para atletas de alto desempenho até que a beneficiária possa iniciar ou retomar a atividade esportiva.

Cultura

Edital Ruth de Souza de Audiovisual, que vai dar suporte a projetos inéditos de cineastas brasileiras para realização do primeiro longa-metragem. São R$ 10 milhões em investimentos.

Outra linha de ação é o incentivo à literatura, com R$ 2 milhões no Prêmio Carolina Maria de Jesus, para livros inéditos escritos por mulheres.

Ciência e pesquisa

Instituir a Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas e Mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação. A estimativa é de que haja uma chamada pública do CNPq de R$ 100 milhões, voltada para mulheres nas ciências exatas, engenharia e computação.

Autonomia financeira

Lançamento de um edital de assistência técnica rural para mulheres do campo, pelo programa Organização Produtiva Econômica das Mulheres Rurais, com R$ 50 milhões de investimento e perspectiva de atender até 20 mil mulheres.

Banco do Brasil anunciou que cinco carretas do Agro Mulher percorrerão o país com oferta de crédito diferenciado para mulheres, serviços financeiros e capacitação para pessoas físicas e jurídicas.

A Caixa Econômica Federal promoverá o Mulheres na Favela, com a qualificação de mulheres em três laboratórios de inovação social no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

O BNDES enfatizará o Projeto Garagem, com aceleração de startups lideradas por mulheres.

Grupos de trabalho

Criação de grupos de trabalho interministeriais com foco na garantia de direitos das mulheres. Um deles será voltado para a elaboração de uma Política Nacional de Cuidados, outro para formular o Plano Nacional de Igualdade Salarial, Remuneratório e Laboral entre Mulheres e Homens e um terceiro terá como meta a Política de Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual e Discriminação na Administração Pública.

Grupos de trabalho para o Enfrentamento à Violência Política de Gênero e Raça e outro para formulação da Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas na Ciência, Tecnologia e Inovação. Palestras, eventos, seminários e debates estão previstos para todo o mês em diversos ministérios.

Colegiado

A Secretaria-Geral da Presidência da República determinou que a representação feminina nos conselhos e comissões vinculados à pasta deverá ser de, no mínimo, 50% de sua composição. A paridade de gênero foi definida em portaria publicada nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União. O texto estabelece ainda que pelo menos 20% dos assentos nos colegiados terão de ser ocupados por pessoas autodeclaradas pretas e pardas.

De acordo com a portaria, as organizações da sociedade civil poderão indicar a mesma pessoa como representante em até dois conselhos ou comissões, e os indicados terão direito a até dois mandatos consecutivos ou três alternados.

Os colegiados vinculados à Secretaria-Geral são o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; Conselho de Participação Social; Conselho Nacional da Juventude; Conselho Nacional de Fomento e Colaboração; Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica; e Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

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PORTAL G1

Atendente de farmácia estava seguro de ter entregue remédio correto para família de bebê que morreu após beber colírio, diz gerente à polícia

Também prestaram depoimento a mãe, o avô que comprou o medicamento e uma testemunha. Ravi Lorenzo tinha 2 meses e teria bebido colírio para glaucoma, em vez de bromoprida — remédio indicado para enjoo.

Por Rafael Oliveira e Gabriel Buosi, g1 Goiás e TV Anhanguera

Mãe diz que filho estava bem antes de tomar remédio errado e morrer

A gerente da farmácia Ultra Popular disse em depoimento à Polícia Civil que o atendente estava seguro de ter entregue o remédio correto para a família do bebê que morreu após beber colírio. Ravi Lorenzo tinha 2 meses de vida e bebeu colírio para glaucoma, em vez de bromoprida — remédio indicado para enjoo.

O bebê morreu no domingo (5), em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. A mãe de Ravi disse que o filho estava bem antes de tomar o medicamento e até sorria para os pais. O mal-estar começou logo depois de tomar o colírio, que é contraindicado para menores de 2 anos.

A Drogaria Ultra Popular informou na segunda-feira (6) que vai contribuir com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão.

Também prestaram depoimento na delegacia a mãe do Ravi, o avô paterno que comprou o medicamento e uma testemunha. Os teores dos demais depoimentos não foram divulgados.

"Ele era o meu sonho, tudo que eu pedi para Deus, e levar meu filho assim, tão prematuro, um bebê. É muito difícil. Um pouco antes, meu filho estava bem, sorrindo, foi só aplicar esse remédio que ele ficou ruim, e eu perdi ele", desabafou a mãe, Emanuely Fonseca.

A Polícia Civil solicitou os contratos de trabalho das pessoas que trabalham na farmácia, especialmente do atendente que fez a entrega do remédio, para saber se ele era atendente, farmacêutico ou exercia outro cargo.

O delegado Paulo Henrique Ferreira investiga se o atendente da farmácia vendeu o medicamento errado e se houve supervisão de um farmacêutico na venda. Se o erro for identificado, a pessoa pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

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AGÊNCIA ESTADO

Varíola dos macacos: Saúde vai começar a vacinar nesta segunda-feira (13/3)

Com 46 mil doses à disposição do Programa Nacional de Imunizações, o Ministério da Saúde se prepara para dar o pontapé inicial da campanha de vacinação contra a mpox (varíola dos macacos). A aplicação do imunizante começa na próxima segunda-feira (13/3), conforme informou a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ao Estadão.

A reportagem também teve acesso ao informe técnico enviado a Estados e Municípios. Segundo o documento, para a vacinação pré-exposição, estarão elegíveis pessoas que vivem com HIV/Aids que tenham "contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células", e profissionais que trabalham diretamente com orthopoxvírus em laboratórios. Para a pós-exposição, entram mo grupo contatos de pacientes com suspeita ou confirmação da doença, classificados como exposição de risco alto ou médio.

Considerando que não há mais disponibilidade de imunizante no mercado (o ministério havia comprado 49 mil, mas só recebeu 46 mil, conforme o documento), a estratégia de vacinação segue enquanto durarem os estoques. A primeira remessa de imunizantes, com 9,8 mil unidades, foi recebida pelo Brasil ainda em outubro.

Por unanimidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia aprovado a utilização das vacinas Jynneos/Imvanex ainda em agosto, prorrogando a dispensa de registro por mais seis meses em fevereiro deste ano. O documento também traz o desenho epidemiológico do surto no País até a semana 7 de 2023 (12/2/2023 a 18/2/2023). No total, houve notificação de 50.803 casos suspeitos para mpox: 10.301 (20,3%) foram confirmados; 339 (0,7%) classificados como prováveis; 3.665 (7,2%), suspeitos e 36.498 (71,8%), descartados. No período, foram registradas 15 mortes.

A curva de casos mostra um crescimento a partir de julho e pico em agosto. Depois, a partir de setembro, tendência de queda, embora casos sigam sendo notificados. Essa persistência, segundo o documento, é o que justifica a necessidade da campanha e o foco em pacientes com potencial de agravamento do caso. "Considerando o panorama epidemiológico da infecção por mpox, com persistência de casos confirmados no território brasileiro e, apesar de tendência decrescente no mundo inteiro, a frequência de óbitos e a ocorrência de morbimortalidade são maiores entre as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), em especial naquelas com status imunológico de contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células", diz o documento.
"Felizmente o cenário epidemiológico é de declínio", afirma Ethel. "Como o vírus ainda está circulando -não há eliminação, mas controle - é importante vacinarmos para maior proteção dos mais vulneráveis ao desenvolvimento de quadros clínicos mais graves ou mais expostos ao vírus." Questionada sobre o porquê de a vacinação começar só agora, Ethel disse que "recebemos (o governo) com as doses sem uso e pedimos à Anvisa autorização para utilizar as vacinas".

O Estadão buscou também o Ministério da Saúde, por meio de sua assessoria de imprensa, que confirmou que a campanha começa em março, mas não falou na data de início. A pasta destacou que a estratégia e o público prioritário para vacinação foram acordados com Estados e municípios. À reportagem, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que a "Anvisa concedeu o registro das vacinas em caráter excepcional e vinculado a realização de monitoramento", e que "a área técnica recomendou que fosse realizada uma pesquisa sobre a responsabilidade de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz". "Até o final da gestão, a Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) não havia aprovado o protocolo da pesquisa", disse Queiroga. "Segundo fui informado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) apresentado pelos pesquisadores não tinha sido aceito pela Conep".

Vacina e campanha
Inicialmente, a pasta vai repassar para as unidades federativas só o quantitativo suficiente para vacinar 50% da população-alvo da vacinação pré-exposição. "O envio de mais doses dependerá do andamento da vacinação e, a depender da demanda local, as UF deverão solicitar ao Ministério da Saúde os envios de remessas adicionais", diz o documento. "Será mantido um estoque estratégico no nível estadual e no nível central visando a redistribuição frente a evolução do cenário epidemiológico e ocorrência de novos casos", completa.

A estimativa da Saúde é que hajam pouco mais de 16,3 mil pessoas com HIV/aids elegíveis no País, de acordo com dados do sistema público de saúde dos últimos seis meses do ano passado. A vacina a ser utilizada é a Jynneos que, segundo a pasta, é uma "vacina viva". "Produzida a partir da cepa Vaccinia Ankara-Bavarian Nordic (MVA-BN) modificada, um Orthopoxvírus atenuado e não replicante contra varíola e varíola de macaco, que induz respostas imunes humorais e celulares aos Orthopoxvírus." O esquema de vacinação é de duas doses ( com 0,5 ml cada), com quatro semanas de intervalo (28 dias). Ela é indicada para uso em adultos com idade igual ou superior a 18 anos.

Grupos elegíveis para vacinação pré-exposição
1 - Pessoas vivendo com HIV/aids: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
2 - Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Grupos elegíveis para vacinação pós-exposição
1 - Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto (exposição direta da pele ou membranas mucosas à pele ou secreções respiratórias) ou médio (sem contato direto, mas próximo na mesma sala ou espaço físico interno) risco.

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JORNAL OPÇÃO

Segundo o CRF-GO, farmacêutico pode ter o registro suspenso após remédio errado para bebê

Bebê de dois meses morreu após ingerir colírio no lugar de remédio para enjoo

O Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) informou hoje, 8, que o farmacêutico responsável pelo atendimento em que houve a venda de um medicamento por engano pode ter o registro profissional suspenso. A suspeita é que o remédio em questão possa ter causado a morte de um bebê de dois meses em Formosa.

Segundo o órgão, houve uma apuração no estabelecimento para saber se foi um atendente, balconista ou o próprio farmacêutico que realizou a venda. Independente disso, a responsabilidade é do profissional de Farmácia, responsável pelo treinamento e preparação dos demais funcionários.

A confusão das embalagens que resultou na entrega do medicamento errado foi causada por alguém inexperiente, explica o Conselho. A receita estava legível, o que significa que não haveria motivo para tal erro.

O CRF-GO lamentou a morte da criança e anunciou a abertura de uma investigação interna com o objetivo de avaliar e julgar o caso em questão. O nome do estabelecimento comercial não foi divulgado.

O caso

Um bebê de apenas 2 meses morreu por suspeita de ingerir um colírio. O medicamento teria sido vendido por engano em uma farmácia da cidade. A criança deveria ter tomado um remédio para evitar enjoo e vômito.

A criança morreu na madrugada de domingo ,5. Segundo a Polícia Civil, o remédio receitado pelo médico corretamente, e que a criança deveria ter tomado, era para evitar vômito e enjoo, chamado bromoprida. No entanto, o medicamento vendido e consumido pelo bebê foi o “tartarato de brimonidina”, um colírio para o tratamento de glaucoma.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, um laudo preliminar apontou que a ingestão do remédio pode ter provocado a morte da criança, mas a afirmação só poderá ser dada após a conclusão dos exames.

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Qualquer pessoa pode ter alergia a alimentos como pimenta, arroz, feijão e até pequi

Para descobrir quais substâncias causam alergia, é preciso procurar um médico especialista

O caso da trancista Thais Medeiros de Oliveira, a jovem que está internada, desde o dia 17 de fevereiro, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Anápolis após cheirar pimenta e ter uma reação alérgica, acende um alerta: na loteria genética, qualquer pessoa pode ter alergia a qualquer substância, mesmo as mais comuns encontradas no dia a dia. “No meu consultório, tenho pacientes alérgicos a arroz, feijão e até pequi”, comenta o médico alergista e imunologista, Daniel Strozzi.

Daniel alerta que para se descobrir a substância que causa uma alergia, é preciso procurar um médico especialista, que, nesse caso, é o alergista. Abaixo, o Jornal Opção selecionou 11 alergias incomuns a coisas comuns, como água, mel, produtos de limpeza ou maquiagem e lista agora os principais sintomas.

Pimenta

De acordo com o imunologista, a substância que causa alergia na pimenta é a capsaicina. E quanto mais forte, maiores os níveis dessa substância na composição e, consequentemente, maiores as chances de uma crise alérgica se manifestar. As pimentas que costumam causar mais processos alérgicos são a pimenta-do-reino, a malagueta e a pimenta-da-jamaica.

Água

Urticária aquagênica é o nome que se dá à alergia à água. Não existe cura, mas, segundo o médico, é possível controlar os sintomas. Se existir suspeita de sintomas no contato com a água procure ajuda com médico alergologista.

Mel

Na verdade, não é o mel em si que causa alergia, mas o pólen que pode estar presente nele. A reação alérgica pode variar de pessoa para pessoa, mas a mais comum é urticária e lesões na pele, podendo também ocorrer inchaço, lesões na pele, cólica e até falta de ar.  

Tecido

Os principais sintomas de alergia a tecidos são dermatite de contato (vermelhidão, descamação e prurido), olhos ardentes e aperto no peito. Geralmente, tecidos sintéticos causam mais esse tipo de sintoma, mas até tecidos naturais, como algodão e linho também poder ser alergênicos dependendo do tingimento.

Produtos de limpeza

Só o cheiro de algumas substâncias já é capaz de provocar reações alérgicas e isso inclui os produtos de limpeza. Água sanitária e desinfetantes são os mais perigosos, mas detergentes, amaciantes de roupa, e sabão em pó também podem causar alergias.

Maquiagem

Tem gente que é alérgica a produtos de beleza. Esse é o caso da ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) que utiliza um batom a base de beterraba para driblar a sua alergia e dar um “up” no visual.

Desodorante

Os sintomas da alergia ao desodorante variam: vão de uma ardência leve até coceiras e desenvolvimento de bolhas, que podem aparecer imediatamente após a aplicação ou até algumas horas depois. Só um médico é capaz de detectar a substância responsável por desencadear a crise alérgica e prescrever o tratamento mais adequado.

Sêmen

Mais comum em mulheres, a alergia ao esperma é uma reação alérgica às proteínas presentes no sêmen. Pode causar sintomas como dor, ardor, vermelhidão, coceira ou inchaço, na região da pele que esteve em contato com o fluído, e geralmente se iniciam 10 a 30 minutos após o contato.

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MEDICINA S/A

Medicina Preventiva da Hapvida NotreDame Intermédica é certificada

A Medicina Preventiva da Hapvida NotreDame Intermédica foi contemplada, pela segunda vez, com o selo Padrão Diamante da certificação canadense QMentum International Accredition, que avalia os serviços de saúde e é aplicada em mais de 30 países, com uma metodologia que monitora os padrões de alto desempenho de qualidade e segurança. A avaliação aconteceu entre os meses de setembro e outubro de 2022 e o resultado foi divulgado em dezembro. Desde 2019, quando recebeu a primeira certificação, a Companhia continua sendo contemplada, anualmente, com o selo.

Segundo dados da Agência de Saúde Suplementar (ANS), existem, no Brasil, 693 operadoras médico-hospitalares com beneficiários e a Hapvida Notredame Intermédica se destaca pelo pioneirismo em oferecer o serviço de medicina preventiva no país - desde 1982 e ser a única companhia na América Latina a receber o selo QMentum.

A reconquista da acreditação Qmentum nos deixa muito orgulhosos e confiantes de estarmos no caminho certo das estratégias de prevenção com serviços de qualidade e iniciativas de inovação para o mercado brasileiro, relata Vanessa Moraes Assalim, diretora médica corporativa da Medicina Preventiva do Hapvida NotreDame Intermédica.

Os programas de Medicina Preventiva são oferecidos aos clientes do Hapvida NotreDame Intermédica, nas unidades Qualivida, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina e, a cada ano, aumentam o número de beneficiários alcançados. Parte deste crescimento foi impulsionada pela criação do Programa Síndrome Pós-Covid, que atende integralmente os pacientes que apresentaram sequelas após a infecção com a doença. Outros Programas, como o de Crônicos, Oncológicos, Gestantes e Idoso Frágil, contavam com mais de 124 mil participantes em 2022.

Os clientes também têm acesso ao serviço Perfil Saúde, responsável por avaliar os principais riscos à saúde de colaboradores de empresas clientes, além de cartilhas, vídeos e palestras online. No último biênio, o Programa desenvolveu um projeto para facilitar o acompanhamento remoto. Por meio de uma plataforma digital e de interação via chatbot, foram monitorados mais de 160 mil pacientes com covid-19, orientando-os sobre os cuidados para evitar o contágio e encaminhando de maneira assertiva casos que demandam atendimento de urgência.

Para os especialistas que atuam no Qualivida, a conquista do selo veio para afirmar a qualidade do serviço, além de trazer benefícios para o paciente. A qualificação, por meio de avaliadores externos mostram que o trabalho está dando certo. Este resultado é positivo, para todos os envolvidos, pois melhora a condição clínica de tratar o paciente, trazendo perspectivas de intervenção e de como o trabalho deve seguir. Portanto, é uma ferramenta de qualidade que traz a classificação e eleva nosso potencial, destaca Ordânio Pereira de Almeida, médico com atuação em nutrologia e foco na obesidade.

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FUTURO DA SAÚDE

Porque seis hospitais brasileiros entraram no Ranking Newsweek 2023

Hospitais brasileiros têm em comum a atuação assistencial à saúde, ensino, pesquisa, tecnologia e inovação A revista Newsweek publicou nesta semana o ranking World's Best Hospitals 2023, que lista as 250 melhores instituições de saúde de todo o mundo. A publicação avalia hospitais de 28 países selecionados e o Brasil contou com 6 nomeações, sendo o recorde de hospitais nacionais entre públicos e privados reconhecidos pela sua excelência e qualidade.

A lista foi construída com base na opinião de 80 mil profissionais da saúde e executivos, que não puderam votar na instituição em que trabalham, dados públicos de pesquisa de satisfação de pacientes, avaliação de métricas de qualidade e segurança dos hospitais, e a utilização de Patient-Reported Outcomes Measures (PROM), ferramenta utilizada para coletar dados e informações sobre o desfecho de saúde do paciente.

Futuro da Saúde ouviu executivos dos 6 hospitais brasileiros reconhecidos pelo ranking da Newsweek para entender quais os principais diferenciais que cada uma das entidades possui, a possibilidade de subir ainda mais na lista e se existe de fato uma diferença entre os hospitais estrangeiros que figuram no top 10 e as instituições brasileiros.

A principal característica que une esses hospitais de referência no Brasil é a pluralidade do seu trabalho, mesclando a assistência à saúde com ensino, pesquisa, tecnologia e inovação. São instituições de tradição e com alto investimento em estrutura e em seus profissionais, o que faz com que sejam lembrados e reconhecidos não só pelos pacientes, mas por médicos e trabalhadores da saúde por todo o mundo. Conheça quais foram os hospitais e a opinião de seus líderes.

34ª - Hospital Israelita Albert Einstein

Reconhecido como o melhor hospital do Brasil e da América Latina pelo quarto ano consecutivo, o Hospital Israelita Albert Einstein ficou na 34ª colocação mundial. Às vésperas de embarcar para o South by South West, o SXSW 2023, considerado o maior evento de inovação do mundo que acontece entre 10 e 19 de março, Miguel Cendoroglo, diretor médico e superintendente da instituição, comentou com entusiasmo a posição:

"Fico com bastante orgulho. A imagem do Brasil não andava muito boa fora do país e nós temos muitas dificuldades por aqui. Nos relacionamos com muita gente de fora, de outras instituições, e somos percebidos como um hospital que mesmo estando em um ambiente muito desfavorável consegue ser muito competitivo, estando à frente no de instituições de muito nome".

Nas edições anteriores o Einstein variou pouco de colocação. Por isso, o hospital estuda como pode melhorar ainda mais a sua posição dentro do ranking, buscando o topo da lista e figurar entre os melhores hospitais do mundo. Em 2022, a instituição foi acreditada pelo Programa de Reconhecimento Magnet, da American Nurses Credentialing Center (ANCC), considerada o maior reconhecimento da excelência de práticas e estratégias de enfermagem, sendo considerado necessário aos hospitais que querem ser reconhecidos pelo ranking, mas que não trouxe o impacto esperado.

Também tem investido fortemente em diversas áreas. Em 2022 foi inaugurado o Centro de Ensino e Pesquisa, Campus Cecília e Abram Szajman, que teve um investimento de 700 milhões de reais, com 44 mil metros quadrados de área construída. Também está em construção um novo centro oncológico, com previsão de receber R$ 1,2 bilhões em investimento, que deve começar a realizar atendimentos em 2025.

O diretor médico afirma que parte da excelência do hospital se deve ao intercâmbio com outras instituições ao redor do Brasil e do mundo. As parcerias também tem sido parte importante do trabalho, como vem sendo feito através da incubadora Eretz.bio. Na última segunda-feira, 6, foi anunciada a criação de uma joint venture com a Atlântica Hospitais, do Grupo Bradesco Seguros, para a criação de um novo hospital em São Paulo com previsão de 300 leitos, além de diversas outras parcerias que vem sido construída nos últimos anos.

De acordo com Cendoroglo, hospitais que querem se destacar e se tornar uma instituição de excelência precisam se atentar e investir em algumas áreas principais: "É uma jornada, não tem nenhum atalho. Tem que haver um investimento em ensino, pesquisa e inovação, esse trio é fundamental. Nós enxergamos que o futuro é um ecossistema de saúde, mas com ecossistema de inovação em saúde, que é o que podemos fazer para realmente acelerar a melhoria da saúde no mundo todo".

104ª - Hospital Sírio-Libanês

"Estarmos posicionado entre as melhores do mundo nos deixa muito orgulhoso e também nos desafia. A partir do momento que você tem um ranking, isso nos estimula a sempre buscar uma melhoria e só assim, a gente melhora a sociedade, as instituições e as pessoas", aponta Fernando Ganem, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês, o segundo melhor hospital brasileiro pela Newsweek.

Ganem avalia que apesar de ser um hospital geral, o Sírio possui especialidades que se destacam e diferentes profissionais de excelência que compõem a equipe de saúde. Essa capacidade foi importante para a construção de uma vertente de educação, através da residência médica. A previsão é que entre o segundo semestre de 2023 e o início de 2024 o hospital comece a oferecer cursos de graduação de Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Gestão Hospitalar e Medicina.

Na área de inovação e tecnologia, o hospital lançou no final do ano passado o Alma Sírio-Libanês, vertical focada em criar soluções para a instituição e também para o mercado, através de sua própria equipe e parcerias com startups. A equipe de saúde da instituição levará demandas e participará de toda a construção dessas soluções.

"Esse ambiente do Sírio foi criado de forma progressiva. Nasce como um hospital, cuida de pessoas internadas, ganhou uma projeção e uma experiência, aprendeu a fazer isso bem. De repente você tem uma demanda de formar e aprimorar pessoas, aí o braço de educação. Na sequência, vem pesquisa e inovação. Neste momento achamos que temos que ir até o paciente, atendendo a atenção primária", conta o diretor geral sobre a trajetória e os planos do hospital, com o trabalho de saúde corporativa.

O hospital tem trabalhado para buscar acreditações internacionais de assistência e gestão, que devem colaborar para melhorar a posição do Sírio nas próximas edições. Também tem feitos investimentos em estrutura e ampliação dos seus serviços, parte do planejamento estratégico até 2030, com foco no ensino, pesquisa e na alta complexidade.

"Vamos ter uma expansão geográfica no primeiro momento aqui em São Paulo. Não vamos expandir com outro hospital na cidade, mas ter unidades menores, focadas basicamente em cardiologia, oncologia e ortopedia, com um centro de diagnóstico avançado de apoio e serviços de emergência e pronto-atendimento que atendam o paciente, tirem da situação crítica e, caso necessite de um tratamento hospitalar, remova para nossas bases", antecipa o diretor geral. A previsão de lançamento para a primeira dessas unidades é fim de 2023.

115ª - Hospital Moinhos de Vento

O único hospital brasileiro na lista que não está em São Paulo, o Moinhos de Vento é uma instituição que busca mostrar que existe forte atuação na saúde, trabalhando a educação, pesquisa, inovação e assistência, além da capital paulista. Com isso, o Rio Grande do Sul tem se fortalecido como importante polo do setor no país.

"Esses rankings conseguem dar luz para diferentes regiões que podem ser ouros escondidos e chancelam nossas instituições, independente da indústria que estamos. Na saúde isso vem crescendo e nós vemos com bons olhos", afirma Melina Moraes Schuch, superintendente de Estratégia e Mercado do Moinhos de Vento.

Atualmente, o hospital fatura 1,2 bilhão de reais por ano, conta com 4.500 mil funcionários e 500 leitos, com um crescimento exponencial nos últimos 30 anos. Conta com faculdade focada em saúde, que recebeu um investimento de R$15 milhões em 2022 para a construção de uma nova sede, centro de inovação - Atrion - e atua junto ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

O Moinhos de Vento também centraliza os estudos clínicos que ocorrem no estado e está previsto o lançamento para 2024 do Academic Research Organization (ARO) da instituição, que levará a expertise do hospital para centros de pesquisas espalhados pelo Rio Grande do Sul. Ainda, há investimentos em um laboratório para estudos de fase 1, que hoje é um gargalo da saúde e ciência no país.

"Na parte assistencial estamos investindo em infraestrutura. Temos mais um prédio em construção, com entrega em 2024, para a questão da alta complexidade com investimento em cirurgia minimamente invasiva. No próximo mês será lançado o Centro da Mulher, que tem a parte de medicina fetal. Operações de alta complexidade na barriga da gestante", adianta Melina.

Parte da excelência e do reconhimento do hospital, segundo a superintendente, está ligado à formação e especialização dos profissionais que atuam no hospital. O Moinhos de Vento tem parcerias com instituições para o intercâmbio de médicos para que acompanhem as mais modernas técnicas e tecnologias, assim como trabalhem com pesquisas e publicações internacionais. "Um ciclo positivo de parcerias e investimentos em pessoas e infraestrutura", afirma.

177ª - Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Com investimento anual de R$30 milhões, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi reconhecido pelo ranking da Newsweek como o 4º melhor hospital brasileiro. Com três unidades distribuídas em São Paulo, a instituição, através de seu CEO, João Marcelo de Oliveira, acredita que o reconhecimento da lista confirma que o hospital está no caminho certo.

"A qualificação do corpo clínico é o nosso principal elemento de diferenciação. O corpo clínico qualificado traz pacientes com condições mais complexas e é um ciclo que se retroalimenta. Porque ao mesmo tempo que você tem um caso complicado, um caso complexo exige mais de todo o sistema de cuidados", aponta João Marcelo.

As atividades de ensino e pesquisa também são consideradas fortes diferenciais do hospital, estimulando que os profissionais se mantenham atualizados. O núcleo de inovação também é um destaque. Em fevereiro, a instituição anunciou uma parceria com o Insper e o Inova HC, núcleo de inovação do Hospital das Clínicas, para a criação de um consórcio que quer desenvolver e testar tecnologias, incluindo a rede 5G, principalmente no sistema público. Apesar de uma instituição privada, o Oswaldo Cruz atua junto ao PROADI-SUS.

"Temos um trabalho de expansão do pronto-atendimento que começa no segundo semestre e entra em 2024 pela complexidade dessa ampliação, um foco na atualização do parque tecnológico com equipamentos de alto porte, e naturalmente alto custo, que é uma constante da nossa organização, e como tem uma alta ocupação de leitos também temos para os próximos três anos uma expansão da quantidade de leitos em torno de 10%", afirma o CEO.

Jota, como é conhecido, aponta que a instituição participa dos reportes de indicadores de qualidade e segurança da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e que isso é uma divulgação importante para o setor da saúde e deve ser estimulado para outras instituições. Essas informações, segundo ele, devem ser utilizadas pela Newsweek para a formulação do ranking, já que são dados públicos. No entanto, ele afirma que esses indicadores têm potencial para serem utilizados pelos próprios pacientes na escolha de um hospital.

"Também publicamos no nosso site para criar a cultura de uma escolha qualificada de uma instituição que merece ser escolhida. Não é porque está no endereço nobre ou porque tem um prédio bacana, é porque entrega objetivamente um padrão consistente acima da média. Os indicadores de qualidade e satisfação estão a serviço dos pacientes acima de tudo, porque se ele confia na instituição, vai aderir a todo o protocolo de tratamento e o melhor benefício é para ele", conclui.

185ª - Hospital Santa Catarina Paulista

O acolhimento dos pacientes é considerado o maior diferencial do 5º melhor hospital brasileiro no ranking da Newsweek, de acordo com o seu diretor executivo, Rogério Quintela Pirotto. O Hospital Santa Catarina, unidade Paulista, é uma instituição filantrópica e religiosa com mais de 100 anos de atuação e que tem buscado se destacar entre os principais hospitais do estado.

"Temos um modelo de assistência construído no hospital que tem protocolos muito bem instituídos, que por trás dele tem todo o aspecto científico, mas além disso tem o amor que a gente institui efetivamente na prática, interagindo os nossos pacientes e com o corpo clínico, que é um ator muito importante e é um arbítrio dele vir para o hospital. É muito importante para nós, pois reconhece o trabalho que oferecemos", afirma Pirotto.

O diretor executivo afirma que ao longo dos últimos anos houve um investimento em tecnologia que colaborou com a colocação no ranking, além de dar mais qualificação da instituição frente ao mercado. Ainda, houve uma ampliação de estrutura e leitos, que colaboraram com o ranqueamento do hospital frente a outras instituições brasileiras.

Ele aponta que "recentemente inauguramos um novo centro de oncologia, com estrutura de ambulatório e de infusão, para pacientes oncológicos e não oncológicos. Por meio desses movimentos damos visibilidade para o mercado, não só aos pacientes, mas ao público também técnico e médico, em relação ao crescimento que a gente vem fazendo no desenvolvimento da expansão ao longo dos anos".

Esse investimento em oncologia faz parte de uma estratégia maior do hospital, que prevê um montante de 52 milhões de reais nos próximos anos em ampliação, estrutura e novos equipamentos voltados ao câncer. A instituição também construiu uma parceria com o Grupo Fleury, que atua na preservação da fertilidade dos pacientes oncológicos.

Para Pirotto, o Hospital Santa Catarina e as outras instituições brasileiras no ranking não perdem em nada nos quesitos qualidade e segurança assistencial para os hospitais estrangeiros que estão nas primeiras colocações, mas o trabalho de pesquisa e atuação com universidades deram mais reputação a esses hospitais. "Mas nós estamos nessa mesma trilha. Temos hospitais no Brasil que avançaram muito nessas áreas e vem ganhando robustez. Somado a uma boa prática assistencial, é possível que nossos hospitais alcancem melhores patamares ao longo dos anos", afirma o diretor executivo.

210ª - Hospital das Clínicas (HCFMUSP)

Apesar de mais de 100 instituições da lista serem universitárias, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) foi a única brasileira e pública que está no ranking mundial. De acordo com Antonio Pereira, CEO do HC, a sinergia entre o ensino e assistência é o grande diferencial do hospital, mas o alinhamento com a administração é crucial para o sucesso, com uma continuidade independente da troca de gestão.

"O orçamento não é ruim, mas nós temos que todo dia nos reinventar para fazer acontecer. Com a Covid, os hospitais privados pararam para ver como o HC conseguiu se adequar. Conseguiu porque na verdade todo mundo se uniu, todas as disciplinas. Essa confraria dos profissionais, no bom sentido do uso, professores titulares, assistentes e administração, é o grande diferencial que eu vejo por aí", afirma o CEO.

O Inova HC, núcleo de inovação do hospital, é um dos grandes destaques e tem chamado atenção, atraindo parcerias com empresas privadas para a criação e aplicação de soluções, inclusive com outras instituições de saúde, como no caso do Oswaldo Cruz.

Para Edivaldo Massazo Utiyama, diretor técnico do hospital, é possível melhorar ainda mais a colocação da instituição no ranking: "Temos vários professores e alunos de pós-graduação que vão para o exterior e trazem os melhores processos para cá. A nossa meta é o melhor".

Antonio Pereira acredita que outros hospitais públicos e universitários têm expertise e capacidade de entrar no ranking das melhores instituições, como o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp), e o Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

"Todos os hospitais universitários têm capacidade e condições de entrar. Respeito muito a pesquisa, mas não consigo ver diferenças entre o HC e outras instituições privadas, inclusive de infraestrutura. Tem pacientes que se pudessem escolher viriam para cá e não iriam para o hospital x, y ou z", aponta o CEO.

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PORTAL G1

Bold Glamour: conheça o filtro polêmico do TikTok que faz harmonização facial

Presentes no Instagram, no TikTok e no Snapchat, os filtros de inteligência artificial (IA) que "melhoram" a aparência não são uma novidade. Mas um efeito novo e polêmico - chamado Bold Glamour - tem impressionado usuários do TikTok por fazer uma espécie de "harmonização facial".

Para se ter ideia do sucesso, a hashtag #boldglamour já tem mais de 398 milhões de visualizações no app. O g1 compartilhou alguns vídeos com esse filtro com um cirurgião plástico e uma psicanalista, que analisaram a atuação do filtro e seus efeitos nocivos.

"Estimula beleza e perfeição e pode gerar sentimentos negativos", diz Ana Marsillac, psicanalista e professora de psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

"O Bold Glamour trabalha de forma aleatória e "os resultados apresentados nos vídeos são impossíveis de serem alcançados na vida real, com procedimentos cirúrgicos. A alteração no tamanho dos olhos, por exemplo, é inalcançável", alerta o médico Guilherme Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Procurado pelo g1 para comentar o filtro, o TikTok, responsável pelo efeito, não citou o Bold Glamour, mas disse que "ser verdadeiro consigo mesmo é algo celebrado e encorajado pelo TikTok".

E que os efeitos são uma parte da plataforma "que torna divertido criar conteúdo, fortalecendo a autoexpressão e a criatividade" (leia a nota na íntegra ao final do texto).

?O que filtro simula...

Ao analisarem os vídeos, os cirurgiões plásticos consultados pela reportagem identificaram que o Bold Glamour simula:

Por que ele é polêmico (e perigoso)

Para Ana Marsillac, da UFSC, que estuda o assunto, "o efeito vem com ideais muito pautados na juventude, como se nós pudéssemos ser eternamente jovens. Isso é ainda pior para a uma pessoa que já tem autoestima baixa."

"É preciso consciência. Ele pode promover angústia, ansiedade e depressão", avalia Francesco Mazzarone, diretor do Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa.

"Quem tiver alguma queixa sobre sua imagem ou tiver algo que o incomode, busque um profissional indicado, devidamente habilitado. Recomendo um cirurgião plástico ou dermatologista criterioso que poderá esclarecer de forma sóbria o que seria melhor para o caso", orienta o também cirurgião plástico Guilherme Miranda.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, são realizadas 1,5 milhão de cirurgias no Brasil por ano. Em relação a outros países, o brasileiro prefere fazer cirurgias na região corporal: 4 das 5 operações mais realizadas no Brasil são nesta região.

O que diz o TikTok

"Ser verdadeiro consigo mesmo é algo celebrado e encorajado pelo TikTok. Os efeitos são uma parte da plataforma que torna divertido criar conteúdo, fortalecendo a autoexpressão e a criatividade. A transparência é incorporada à experiência dos efeitos, pois todos os vídeos que os utilizam são claramente sinalizados. Trabalhamos com parceiros especializados e com a nossa comunidade para ajudar a manter o TikTok um espaço positivo e de apoio para todos".

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Assessoria de Comunicação