Quinta, 02 Fevereiro 2023 07:33

CLIPPING AHPACEG 02/02/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Desvendando o primeiro revogaço de Nísia na Saúde

Saúde divulga cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023

Paraíba será o primeiro estado a pagar o piso nacional da enfermagem

Zika provoca anormalidade em quase um terço dos filhos de mulheres infectadas na gravidez

Pizza e refrigerante podem aumentar risco de câncer de ovário e de cérebro, diz estudo

Empresa que descumpriu medidas de prevenção à Covid-19 é condenada a pagar quase R$ 1 milhão à família de funcionário que morreu pela doença, decide Justiça

Em Goiás mais de 15 mil pessoas esperam por uma cirurgia eletiva

OUTRAS PALAVRAS

Desvendando o primeiro revogaço de Nísia na Saúde

Aborto, câncer, atenção materna, participação social. O governo Bolsonaro trabalhou até seus últimos dias para destruir políticas públicas de proteção social. Quais foram as primeiras portarias revogadas e por que foi importante encerrá-las

Começou. Foi publicada, no dia 13 de janeiro, a Portaria 13 do ministério da Saúde, que revoga algumas portarias assinadas pela administração de Jair Bolsonaro, mais especificamente dos seus ministros Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga. Foi assinada pela nova ministra, Nísia Trindade. Em linhas gerais, ela reverte políticas que, apesar de terem nomes que sugeriam alguma nobreza, serviam para esvaziar outras já existentes.

"Quando trabalhei com Marcelo Castro no ministério [no governo Dilma, entre 2015 e 2016], tivemos um projeto de consolidação de todas as portarias", contou Lenir Santos, advogada sanitarista e doutora em saúde pública, ao Outra Saúde. "Algumas delas agora são repristinadas, isto é, voltam a valer, é uma revogação da revogação. As políticas da gestão anterior minavam ou esvaziavam outras políticas semelhantes que já estavam constituídas. Políticas muito criticadas pelos especialistas da área à época de sua publicação. Não era um governo pró-SUS", sintetizou.

Sem dúvidas, a revogação da portaria 2561/2020 é a de maior repercussão. Se refere à exigência de investigação policial para a liberação de abortos em casos previstos em lei e cobertos pelo SUS, em especial estupros.

"Sempre mantivemos oposição a essas portarias que foram objeto de nossa indignação. Essa revogação era muito esperada e veio logo na primeira quinzena de governo, muito adequado diante da situação humilhante que a portaria impunha. Uma humilhação à cidadania das mulheres. Por isso, estamos felizes com a atitude da ministra", afirmou Ana Costa, médica e pesquisadora de gênero e saúde da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva).

"Era uma excrescência, indecente. Ainda bem que foi revogada. Exigia-se que se fosse à delegacia para provar que havia estupro e se pudesse fazer aborto. Era uma portaria totalmente ilegal e foi importantíssimo ser removida", atacou Lenir.

Como explicam ambas especialistas em saúde pública, as medidas do governo Bolsonaro tinham um inequívoco viés de desmonte, tanto da estrutura administrativa como da própria participação social prevista no SUS.

É o caso também da portaria 1079 de 2022, que "formaliza e institui programas nacionais de prevenção e detecção precoce de câncer, no âmbito da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer". No entanto, a realidade é que a verba para este objetivo do Estado era reduzida pela metade, como revelou a mídia em diversas matérias na ocasião. Desta e outras fontes saía o dinheiro com o qual o ex-presidente financiava o orçamento secreto e o equivocadamente chamado "pacote de bondades" que tirou da cartola às vésperas das eleições, na tentativa de ganhar mais votos.

"A rede de atenção materna infantil tinha alteração em sua forma de financiamento, de forma desvantajosa. Como dito, eram políticas que minavam ou esvaziavam outras anteriormente constituídas", acrescentou Lenir Santos.

Outra portaria revogada que chama atenção é a 4809, curiosamente instituída no penúltimo dia de mandato do presidente que embarcava para a Flórida, de onde até hoje não voltou. Visava instituir o Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil.

Segundo Lenir Santos, um golpe, feito sob medida para fortalecer o setor privado. "A portaria do Fórum Permanente da Sociedade feria toda a legislação do SUS e do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Criava-se outra instância paralela e a participação da sociedade no SUS se dá pelo Conselho. Este fórum visava minar a participação social. Apesar de seus elogios, que eram da boca pra fora, Queiroga era totalmente ligado ao setor privado, extremo defensor de planos de saúde, como exemplifica a questão da abertura de dados dos usuários do SUS para o setor privado".

De acordo com Ana Costa, o desmonte na saúde castigava especialmente as mulheres. E não apenas por conta da legislação antiaborto que agora Nísia derruba. "Todas as portarias tinham equívocos e retrocessos muito graves à saúde da população, em particular das mulheres, que de forma geral podem celebrar, já que os retrocessos impostos no último governo visavam, todos, a restrição de nossos direitos".

Em suma, as posições de Ana Costa e Lenir Santos dão a entender que para de fato começar um novo governo é necessário remover o entulho encontrado no prédio do ministério da Saúde. "De forma geral, a ministra marca uma posição firme e uma mudança muito positiva para os avanços necessários, que não devem ser poucos. Para além das portarias que barravam direitos, havia retrocessos na concepção de políticas, fratura de mecanismos que garantem integralidade da mulher, um flerte franco com o setor privado e desmobilização geral do ministério, fragilizado enquanto instituição coordenadora da saúde no país", sintetizou Ana Costa.

De saída, Nísia cumpre a promessa de sua entrevista da semana anterior, quando declarou que acabaria com medidas administrativas que ferissem o respeito aos direitos humanos e a própria função social do SUS. Já no dia 26/1, a ministra tem reunião com os secretários estaduais para alinhar futuras iniciativas. Se considerarmos que o grupo de transição da saúde declarou-se estarrecido com a falta de informações básicas e dados administrativos, outros revogaços devem estar por vir.

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AGÊNCIA BRASIL

Saúde divulga cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023

 

O Ministério da Saúde divulgou esta semana o cronograma para 2023 do Programa Nacional de Vacinação. As ações começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a covid-19 na população com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.

Também está previsto para abril intensificar a campanha de vacinação contra a influenza, antes da chegada do inverno, quando as temperaturas mais baixas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias. Já em maio, deve ocorrer uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

As etapas, de acordo com o ministério, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas.

O cronograma foi pactuado com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e pode ser alterado caso o cenário de entregas seja modificado ou tão logo novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Confira as cinco etapas do cronograma:

Etapa 1 - fevereiro

Vacinação contra covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
Público-alvo:

Pessoas com maior risco de formas graves de covid-19;

pessoas com mais de 60 anos;

gestantes e puérperas;

pacientes imunocomprometidos;

pessoas com deficiência;

pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

trabalhadores da saúde.

Etapa 2 - março

Intensificação da vacinação contra covid-19
Público alvo:

Toda a população com mais de 12 anos.

Etapa 3 – março

Intensificação da vacinação contra covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo:

Crianças de 6 meses a adolescentes de 17 anos.

Etapa 4 – abril

Vacinação contra Influenza
Público-alvo:

Pessoas com mais de 60 anos;

adolescentes em medidas socioeducativas;

caminhoneiros;

crianças de 6 meses a 4 anos;

Forças Armadas;

forças de segurança e salvamento;

gestantes e puérperas;

pessoas com deficiência;

pessoas com comorbidades;

população privada de liberdade;

povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

professores;

profissionais de transporte coletivo;

profissionais portuários;

profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;

trabalhadores da saúde.

Etapa 5 - maio

Multivacinação contra poliomielite e sarampo nas escolas

Baixa cobertura

O ministério destacou que o Brasil, apesar de ser considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo desde 2016. Praticamente todas as coberturas vacinais, segundo a pasta, estão abaixo da meta.

“Diante do cenário de baixas coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério da Saúde realizou, ao longo do mês de janeiro, uma série de reuniões envolvendo outros ministérios.”

“É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas.”

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Paraíba será o primeiro estado a pagar o piso nacional da enfermagem

A Paraíba vai ser o primeiro estado do país a pagar o piso salarial nacional da enfermagem. Os valores serão creditados nesta quinta-feira (2), referentes à folha de pagamento do mês de janeiro. O governador da Paraíba, João Azevêdo, destacou que o piso será garantido a toda a categoria.

"Todos os servidores efetivos do estado, deste grupo de trabalhadores, os aposentados, os pensionistas, os enfermeiros da PBSÁUDE, eles possam receber na quinta-feira os valores já com o piso devidamente atualizado. Estamos fazendo o cadastramento dos prestadores de serviço para que na segunda etapa possamos implantar o pagamento também do piso para estes profissionais", disse.

O Piso Nacional da Enfermagem foi aprovado em 2022 e estabelece o salário de R$ 4.750 por 40 horas trabalhadas para os enfermeiros; 70% desse valor: R$ 3.325 para os técnicos em enfermagem, e 50% para os auxiliares de enfermagem e parteiras, o que equivale a um salário de R$ 2.375.

O pagamento do piso em todo o Brasil ainda está sendo discutido pelo Ministério da Saúde para definir a fonte dos recursos. Em setembro do ano passado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a lei que criou o piso salarial nacional da enfermagem. Ele deu prazo de 60 dias para os entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro da norma e os riscos de demissões no setor e redução na qualidade dos serviços.

Nesta semana, o Ministério da Saúde acelerou as reuniões do grupo de trabalho criado pela pasta para apresentar os termos da minuta da medida provisória que ordena os pagamentos dos novos valores do piso da enfermagem. Várias entidades trabalhistas ligadas ao tema do piso da enfermagem, representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, estão contribuindo com o texto da minuta.

A presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros, Solange Castro, está otimista com o resultado das reuniões do grupo de trabalho.

"Foram debatidos quais seriam os pontos prioritários para serem incluídos na medida provisória, e ficou de amanhã, quinta-feira, o ministério apresentar já a minuta preparada com os pontos debatidos, escrita, para ver se tem acordo com os deputados e com as entidades sindicais. E se tiver algum ajuste, já fazer, e imediatamente já encaminhar pra Casa Civil."

Também já está pronto para ser votado na Câmara dos Deputados um projeto de lei com objetivo de garantir a desoneração da folha de pagamento da rede privada, para viabilizar o piso salarial da enfermagem.

Bruno Sobral, secretário executivo da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços, entidade que representa o setor privado e filantrópico, informou que outras propostas estão sendo preparadas para serem apresentadas aos deputados.

"A gente tem feito propostas para pegar, além da desoneração da folha para pequenos e médios hospitais e clínicas, alguma coisa de desonerar também o imposto de renda, e também alguma desoneração do Simples. Porque muitas clínicas são pequenas e estão no regime do Simples. E temos aí pela frente a reforma tributária também, que muito nos impacta".

Esta semana, o Fórum Nacional da Enfermagem, por meio das redes sociais, convocou uma paralisação nacional da categoria para o próximo dia 14 de fevereiro. A entidade também marcou greve geral para o dia 10 de março, caso a questão da fonte pagadora do piso não seja resolvida até esta data.

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FOLHA.COM

Zika provoca anormalidade em quase um terço dos filhos de mulheres infectadas na gravidez

Foi publicada na revista The Lancet Regional Health - Americas a maior e mais abrangente meta-análise já feita até o momento sobre os efeitos do vírus zika em filhos de mulheres infectadas durante a gestação. A partir de 13 estudos nacionais que reúnem dados de 1.548 gestantes, o artigo chega a conclusões robustas, como a de que quase um terço das crianças apresenta alguma anormalidade em decorrência da infecção e 4% manifestam microcefalia propriamente. Com isso, estabelece as bases para políticas públicas assertivas, melhores cuidados e para priorizações do ponto de vista de novas pesquisas.

Em 2015, quando a explosão de casos de microcefalia em crianças foi associada ao zika e o Ministério da Saúde declarou estado de emergência nacional, pesquisadores brasileiros foram obrigados a apertar o passo para trazer respostas sobre a epidemia o mais rapidamente possível.

Ação de combate ao mosquito Aedes aegyptius, que transmite o vírus da zika e da dengue, no Jaçanã, zona norte de São Paulo - Zanone Fraissat - 17.nov.21/Folhapress

"Diante disso, não houve tempo para uma grande articulação nacional e diferentes grupos conduziram estudos independentes", lembra o epidemiologista Ricardo Arraes de Alencar Ximenes, um dos autores da pesquisa e professor da Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Essa pulverização resultou em amostras menores de pacientes, protocolos com critérios díspares e variabilidade de resultados, que aumentavam as incertezas sobre as descobertas.

"Mas já em 2016 começamos a conversar com esses grupos para harmonizar os protocolos e, a partir daí, consolidar os dados dos diferentes estudos. A ciência brasileira mostrou sua maturidade e capacidade nessa epidemia", ressalta Ximenes, que também é professor da pós-graduação de Ciências da Saúde da Universidade de Pernambuco.

Dessas interações surgiu o Consórcio Brasileiro de Coortes do Zika, que hoje conta com cientistas de 26 instituições e que possibilitou a meta-análise recentemente divulgada. "O grande valor do artigo, o primeiro do consórcio, é a união de forças, que permite chegar a resultados mais confiáveis", destaca o especialista.

O trabalho contou com o apoio da Fapesp por meio de seis projetos: (16/08578-0, 17/21688-1, 13/21719-3, 16/15021-1, 15/12295-0 e 16/05115-9).

Sistematização do conhecimento

Para serem incluídos na meta-análise, os estudos deveriam ter confirmado o diagnóstico de infecção por zika em mulheres grávidas por meio de exames de RT-PCR, considerados os mais confiáveis, antes de qualquer anormalidade ser detectada no feto. Eles também precisavam ter sido conduzidos no Brasil e acompanhar as mulheres e seus filhos até pelo menos o fim da gestação.

Os estudos incorporados na revisão contemplaram as quatro regiões mais afetadas pela epidemia de zika - Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

Os dados de cada participante foram analisados de forma individualizada e organizados em uma série de possíveis desfechos provocados pelo vírus nas crianças. Eles iam de baixo peso ao nascer até microcefalia, passando por questões oftalmológicas e neurológicas, como convulsões.

Ximenes destaca que, como a epidemia de zika foi detectada pelo aumento de casos de microcefalia, parte da população ainda acredita que essa é a única anormalidade mais preocupante ligada à infecção. Porém, ele reitera que a síndrome congênita ligada ao vírus pode se manifestar de variadas formas, que incluem dificuldades de visão e déficits motores, entre outras.

Considerando os episódios de microcefalia e as anormalidades neurológicas, oftalmológicas e de neuroimagem (alterações nos exames que miram o cérebro), foram encontradas alterações em 31,5% das crianças - quase um terço da amostra. "Não é uma surpresa encontrar um número tão alto, mas agora temos maior confiança nele", diz Ximenes.

O virologista Maurício Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e membro do Consórcio Brasileiro de Coortes do Zika, pondera que as gestantes e as crianças foram superavaliadas justamente por participarem das pesquisas: "Isso gera uma detecção acima da média de alterações menores, que talvez passassem despercebidas".

É possível, por exemplo, que uma anormalidade no cérebro encontrada na meta-análise fosse assintomática, ou provocasse apenas sintomas leves. "Independentemente disso, um terço de crianças afetadas é um dado muito impactante, que mostra o potencial do zika", complementa.

Além disso, Ximenes argumenta que mesmo manifestações menores podem, com o passar dos anos, desencadear problemas.

A microcefalia

Segundo a meta-análise, 2,6% dos filhos de mães infectadas apresentaram microcefalia logo na primeira avaliação médica. No entanto, outras crianças receberam o mesmo diagnóstico com o passar do tempo - no total, 4% manifestaram o quadro ao longo dos primeiros anos de vida.

"Nossos resultados indicam que, entre crianças com microcefalia, a fração diagnosticada de maneira tardia não é negligenciável", dizem os autores no artigo. "O risco de microcefalia pós-natal associada ao zika não havia sido documentado antes. Isso demonstra a relevância de monitorar o crescimento da cabeça de todas as crianças expostas ao vírus antes do nascimento, mesmo se elas tiverem uma circunferência normal de crânio ao nascimento", arrematam.

Aliás, crianças com microcefalia associadas ao zika tendem a apresentar diferentes disfunções simultaneamente. "Isso levou pessoas a acreditarem que a síndrome congênita ligada ao zika é caracterizada, via de regra, por uma série de problemas", diz Ximenes. "Mas isso, na verdade, não ocorre na maioria dos casos."

Segundo a meta-análise, menos de 1% das crianças afetadas pela infecção da mãe exibiam mais de uma anormalidade. "Ou seja, verificamos que as manifestações costumam surgir de forma isolada", reitera o epidemiologista.

A descoberta serve como alerta inclusive para profissionais, que às vezes podem não relacionar um quadro ao zika - ou mesmo deixá-lo passar- por se tratar de um sintoma isolado. "E o diagnóstico precoce da síndrome possibilita intervenções precoces, que beneficiam os pacientes", afirma Ximenes.

Fatores associados?

Com o avançar da epidemia de zika, passou-se a avaliar se alguns fatores modulariam o risco de microcefalia causada pela infecção durante a gestação. Dengue, uso de larvicidas e mesmo questões socioeconômicas foram levantadas como possíveis catalisadoras dessas complicações.

"Isso aconteceu porque muitos casos de microcefalia foram detectados no Nordeste, mas nem tantos em outras regiões. Então se postulou que algum fator ligado à pobreza influenciaria na associação entre zika e essas anormalidades", esclarece Ximenes.

Entretanto, essa hipótese perdeu força com a publicação da meta-análise em questão. "O risco [de microcefalia após infecção por zika na gestação] foi similar em todos os locais estudados e em diferentes condições socioeconômicas. Isso indica que provavelmente não há outros fatores modificando essa associação", aponta o artigo.

Ou seja, a concentração de casos de microcefalia no Nordeste resulta simplesmente do maior número de infecções. "Onde há pobreza, há mais mosquito", destaca Ximenes. "Em muitos municípios do Nordeste, o fornecimento de água não é diário. Então a população precisa estocar água, o que aumenta os criadouros de mosquito", complementa.

Nogueira acrescenta que, como o Nordeste foi a primeira região a ser afetada pelo zika no Brasil, a população local foi a que mais sofreu com a falta de informações. "Quando o vírus chegou ao interior de São Paulo, por exemplo, já havia mais notícias e até recomendações como a de evitar gestações, que obviamente evitaram casos de microcefalia."

Ele, aliás, orientou um trabalho que descartou a hipótese de que uma infecção prévia por dengue aumentaria o risco de microcefalia após o zika ( aqui).

Próximos passos

"Talvez a maior limitação do nosso trabalho seja a falta de um grupo-controle", afirma Ximenes. Essa ausência é justificável, na medida em que os estudos incluídos na meta-análise foram aqueles conduzidos durante a epidemia de zika e que, portanto, precisavam trazer respostas rápidas. De qualquer forma, futuros levantamentos podem fazer comparações com crianças cujas mães não foram infectadas com o vírus durante a gestação para sedimentar ou aprimorar os achados.

Os autores da meta-análise sugerem pelo menos dois caminhos no artigo que futuras pesquisas podem trilhar: uma investigação aprofundada, com métodos de diagnóstico avançados, para identificar complicações que podem aparecer ou se tornar mais evidentes em crianças com microcefalia, para além de mortes e hospitalizações; e, em crianças sem microcefalia, seria possível estudar o risco de manifestações relacionadas ao desenvolvimento comportamental e neuropsicomotor que seriam diagnosticadas com o avançar da idade, a partir de ferramentas específicas.

Para além disso, Ximenes e Nogueira concordam que os dados desse trabalho reforçam a necessidade de um monitoramento constante do zika. E, para isso, os centros de pesquisa e as autoridades devem priorizar o desenvolvimento de testes precisos e baratos para diagnosticar o vírus.

"Seu uso ajudaria a minimizar o risco de novas infecções se disseminarem e causarem ondas de doença e complicações", raciocina Ximenes.

Seria possível, por exemplo, empregar esses testes para fazer uma vigilância ativa em locais estratégicos ou grupos populacionais específicos. A partir daí, as autoridades públicas adotariam medidas de controle para evitar surtos e epidemias.

É importante lembrar também que, além dessas estratégias, intervenções públicas para melhorar as condições de vida da população, o saneamento e o controle de mosquitos podem ser mais eficazes e ter um efeito duradouro para reduzir o risco de transmissão.

Esforços também deveriam ser concentrados na criação de uma vacina contra o zika. "Há trabalhos nacionais e internacionais em andamento que podem contribuir para definir uma composição ideal desse imunizante. Mas deve demorar anos antes que se chegue a essa candidata a vacina, para então começarmos a avaliar sua segurança e eficácia", estima Nogueira.

Em paralelo, Ximenes dá o recado de que os filhos de mães infectadas durante a gravidez deveriam ser avaliados pelo menos uma vez por especialistas e acompanhados de perto mesmo se não tiverem exibido sintomas. "No mais, a epidemia vai, mas as crianças ficam. Precisamos cuidar bem delas e fazer de tudo para amenizar seus problemas", completa.

Vai vir de novo?

A atenção dada ao zika arrefeceu, em especial durante a pandemia de Covid-19. Tanto Nogueira quanto Ximenes concordam que isso é compreensível, até porque os laboratórios tiveram de se dedicar ao SARS-CoV-2 e ao tremendo impacto que ele provocou na sociedade.

Mas a verdade é que os novos episódios de síndrome congênita associada ao zika também diminuíram. Se em 2015 e 2016 foram notificados 12.716 casos suspeitos, em 2022 o número ficou em 419, segundo Boletim Epidemiológico de setembro, do Ministério da Saúde.

Dos casos identificados no ano passado, 76% seguem em investigação, mas apenas um foi confirmado - e a criança nasceu em 2016.

"Isso é da dinâmica natural de doenças transmitidas por vetores como os mosquitos. Elas vêm, causam uma epidemia e aí desaparecem por um período", analisa Nogueira. "Agora, podemos não estar vendo mais o zika porque também não estamos fazendo testes. Só gestantes ou pacientes com sintomas neurológicos costumam ser avaliados atualmente", pondera.

O virologista da Famerp explica que o sobe e desce de casos de arboviroses é multifatorial. Os números podem cair porque parte da população desenvolveu imunidade por um curto período de tempo ao ser exposta, por alguma reação cruzada com outro vírus (como a dengue), pela adaptação aos mosquitos que funcionam como vetores etc.

"É um fenômeno complexo, que inclusive estudamos no nosso grupo. Mas acredito que daqui a alguns anos poderemos ter um aumento de casos de zika e, com isso, de suas complicações", alerta.

Diante dessa previsão, ele reforça a necessidade de uma vacina e de novos exames, além de incentivar medidas de conscientização da população sobre o zika e outras arboviroses.

O estudo Risk of adverse outcomes in offspring with RT-PCR confirmed prenatal Zika virus exposure: an individual participant data meta-analysis of 13 cohorts in the Zika Brazilian Cohorts Consortium pode ser acessado aqui.

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PORTAL TERRA

Pizza e refrigerante podem aumentar risco de câncer de ovário e de cérebro, diz estudo

Alimentos ultraprocessados, como cereais matinais, pizza congelada, refeições prontas e refrigerantes, podem aumentar o risco de desenvolver câncer, particularmente de ovário e de cérebro, dizem pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres.

Leia também Fila de pacientes com câncer em SP ultrapassa 1,5 mil; espera para tratamento pode passar de 7 meses

Muitos alimentos passam por uma quantidade moderada de processamento - como queijo, manteiga de amendoim salgado, molho de macarrão -, mas alimentos ultraprocessados têm mais aditivos, sabores artificiais, cores, adoçantes e conservantes. Normalmente, eles são submetidos a métodos de processamento para transformar seu sabor, textura e aparência e podem incluir cachorros-quentes, rosquinhas e iogurtes com sabor.

Os pesquisadores avaliaram as dietas de quase 200 mil adultos de meia-idade por um período de dez anos no Reino Unido e descobriram que "um maior consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um maior risco de câncer geral, especificamente de ovário e de cérebro." Eles também encontraram uma associação com um risco aumentado de morrer de câncer.

O estudo revisado por pares, publicado na revista eClinicalMedicine, do Lancet, na terça-feira, 31, foi uma colaboração com pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade NOVA de Lisboa.

Dos 197.426 indivíduos, 15.921 pessoas desenvolveram câncer e ocorreram 4.009 mortes relacionadas ao câncer.

"Para cada aumento de 10% nos alimentos ultraprocessados na dieta de uma pessoa, houve um aumento de 2% na incidência de câncer em geral e um aumento de 19% no câncer de ovário especificamente", disse o Imperial College de Londres, em um comunicado. Essas ligações permaneceram após o ajuste de fatores socioeconômicos, como tabagismo, atividade física e índice de massa corporal (IMC).

Não está claro por que houve um aumento particularmente alto na incidência de câncer de ovário. No entanto, pesquisas separadas encontraram uma associação entre a doença e a acrilamida, um produto químico industrial formado durante procedimentos de cozimento em alta temperatura.

"Alguns agentes potencialmente causadores de câncer, como alguns controversos aditivos alimentares e agentes químicos gerados durante o processamento, podem interferir nos efeitos hormonais e, assim, afetar os cânceres relacionados a hormônios, como o câncer de ovário", disse Eszter Vamos, autora sênior do estudo, por e-mail.

Mais estudos são necessários para determinar o impacto em mulheres e crianças, disse ela, já que essas últimas tendem a ser as "principais consumidoras de alimentos ultraprocessados".

De acordo com a American Cancer Society, o câncer de ovário ocupa o quinto lugar em mortes por câncer entre as mulheres nos Estados Unidos - representando mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema reprodutivo feminino. O câncer se desenvolve principalmente em mulheres mais velhas e é mais comum em mulheres brancas do que em mulheres negras.

Quase 60% das calorias ingeridas pelos adultos nos Estados Unidos são de alimentos ultraprocessados, que muitas vezes têm baixo valor nutricional. Eles respondem por 25% até 50% das calorias consumidas em muitos outros países também, incluindo Inglaterra, Canadá, França, Líbano e Japão.

Segundo Eszter, o estudo observacional "não pode provar causa e efeito" definitivamente, mostrando apenas uma associação entre os alimentos e o aumento do risco de câncer. No entanto, argumenta o estudo, as descobertas indicam a importância de considerar o processamento de alimentos nas dietas.

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"Alimentos ultraprocessados estão em toda parte e são altamente comercializados com preço barato e embalagens atraentes", disse outra autora do estudo, Kiara Chang, em comunicado. "Isso mostra que nosso ambiente alimentar precisa de uma reforma urgente para proteger a população."

Chang pediu uma melhor rotulagem e embalagem de alimentos para deixar claro aos consumidores os riscos de suas escolhas, bem como subsídios para alimentos preparados na hora, para garantir que eles permaneçam acessíveis.

Outros estudos mostraram uma ligação entre alimentos ultraprocessados e taxas mais altas de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer de cólon. Um estudo recente com mais de 22 mil pessoas descobriu que a aqueles que comiam muitos alimentos ultraprocessados tinham uma probabilidade 19% maior de morte precoce e um risco 32% maior de morrer de doença cardíaca.

"Houve um avanço global dos alimentos ultraprocessados e esses produtos substituem cada vez mais os alimentos tradicionais em nossa dieta", disse Eszter. "Geralmente, os países de alta renda têm os níveis mais altos de consumo, EUA e Reino Unido são os principais consumidores".

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PORTAL G1

Empresa que descumpriu medidas de prevenção à Covid-19 é condenada a pagar quase R$ 1 milhão à família de funcionário que morreu pela doença, decide Justiça

Sentença descreve que Graciano Evangelista, de 42 anos, mesmo com a doença, foi obrigado a trabalhar presencialmente. Decisão é de segunda instância e empresa pode recorrer à terceira.

A Justiça condenou uma empresa de contabilidade a indenizar com quase R$ 1 milhão à família do técnico em contabilidade Graciano Evangelista, de 42 anos, que morreu vítima da Covid-19. A sentença descreveu que a empresa descumpriu os decretos municipais que obrigavam o fechamento do comércio e, mesmo contaminados, os funcionários eram obrigados a trabalhar presencialmente, em Goiânia.

“Lá dentro, a empresa mantinha o ar condicionado ligado no ambiente fechado e começou a propagar a contaminação dos trabalhadores. Mesmo com Covid e com atestado, ele [o técnico] trabalhou presencial. Eles não tinham a opção de trabalhar de casa. Ele se contaminou e continuou trabalhando até não suportar mais, trabalhou um dia remoto, foi para o hospital, ficou internado e faleceu”, explicou Luis Gustavo Nicoli, advogado da família da vítima.

g1 entrou em contato com a empresa por e-mail nesta quarta-feira (1º), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A juíza Viviane Silva Borges, da 10ª Vara do Trabalho de Goiânia, declarou que as condições de trabalho oferecidas e conduta da chefia configuraram acidente de trabalho. Luis Gustavo Nicoli informou que 10 funcionários da empresa foram contaminados pela Covid, incluindo a vítima. Segundo o profissional, a empresa recorreu, perdeu em segunda instância neste mês, mas pode recorrer à terceira instância.

Ao g1, Gardênia Silva, esposa de Graciano, comentou a sentença.

"Senti muitas emoções no dia da sentença, porque vem na memória tudo que passei e os dias que ele ficou doente. Me senti um pouco amparada pela lei", desabafou.

Um trecho da sentença descreveu que os controles de ponto comprovaram que os trabalhadores contaminados estavam trabalhando mesmo com a proibição do exercício das atividades, incluindo o técnico que morreu. Segundo o advogado, a empresa mantinha as janelas e portas fechadas para que a fiscalização não notasse a movimentação.

“A empresa foi contra os decretos e assumiu o risco de colocar todos os colaboradores em contaminação. Ela fazia de modo que camuflasse e a fiscalização não identificasse, as pessoas chegavam sem uniforme e tinha um escalonamento para não dar movimento na entrada”, pontuou o advogado.

A morte

Conforme divulgado pelo advogado da família, o técnico testou positivo para a Covid-19 em março de 2021 e precisou ser internado no dia 8 do mesmo mês, após o aumento dos sintomas. O homem ficou hospitalizado e morreu no dia 1 de abril do mesmo ano.

A condenação

A condenação de 1 milhão se refere ao valor de R$ 60 mil em danos morais para esposa e filho da vítima. Além do pagamento do equivalente a 34,6 anos de salário, considerando a expectativa de prevista pelo IBGE, de 76,7 anos. Conforme divulgado pelo advogado, com a atualização monetária, o valor beira a R$ 1 milhão.

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, além de confirmar a sentença, ainda aumentou o valor da condenação.

Decretos em vigência na época

Os autos do processo descrevem que em 27 de fevereiro de 2021 foi publicado o Decreto Municipal nº 1.646, que previa o fechamento das atividades não essenciais a partir de 1º de março. Leia abaixo o trecho:

“Art. 1º O Decreto nº 1.601, de 22 de fevereiro de 2021 passa a vigorar com as seguintes alterações: 'Art. 10-A. Fica estabelecido que as atividades não essenciais, econômicas e não econômicas, terão seu funcionamento suspenso por 7 (sete) dias a partir do dia 1º de março de 2021 no âmbito do Município de Goiânia, como medida obrigatória de enfrentamento de emergência de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, provocada pelo SARS-CoV-2 e suas variantes”.

Em seguida, a prefeitura publicou o Decreto nº 1.757, de 07/03/2021, que manteve as restrições a partir de 08 de março, por mais 7 dias. No dia 13 de março, o Decreto nº 1.897, suspendeu o funcionamento das atividades não essenciais por mais 14 dias a partir de 15 de março de 2021.

Já em 27 de março de 2021, a prefeitura publicou o Decreto nº2.095/2021, que incluiu a atividade dos escritórios de contabilidade nas exceções às restrições, e permitiu o retorno do funcionamento.

À Justiça, uma testemunha confirmou que, após o decreto de fevereiro de 2021, a empresa foi fechada para atendimento ao público e continuou com atendimento interno.

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TV SERRA DOURADA

Em Goiás mais de 15 mil pessoas esperam por uma cirurgia eletiva

https://www.youtube.com/watch?v=ugXnJZpxDJI

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Assessoria de Comunicação

ALERTA! Remédios vão ficar mais caros a partir de fevereiro

Aumento nos preços dos medicamentos ocorrerão devido a alteração nas alíquotas de ICMS em São Paulo e outros 12 Estados

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Recentes mudanças no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), vão elevar o preço dos remédios a partir de fevereiro. Além da mudança na base de cálculo do imposto no estado de São Paulo, outros 12 estados aumentaram as alíquotas sobre medicamentos de 19% 22%.

Diante do iminente aumento no preço dos medicamentos, as associações da indústria e dos laboratórios estão se mobilizando para enviar ofícios aos estados, de modo a tentar reverter ou até mesmo suspender essas medidas.

Como se não bastasse este novo aumento, os remédios caminham para ter duplo aumento de preço em 2023, isso porque, além do impacto causado pelo ICMS, no mês de abril está previsto um reajuste no valor de cerca de 10 mil medicamentos regulamentados uma vez ao ano.

Reajuste em São Paulo

Para o estado de São Paulo, foi fixado uma base de cálculo para a cobrança do ICMS dos remédios com uma nova lista de Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPFs), conforme portaria publicada no dia 31 de dezembro de 2022.

Para o setor de medicamentos, o estado acaba superestimando valores dos insumos e dos medicamentos para realizar a base de cálculo do tributo estadual, que deverá trazer uma alta nos preços a partir desta quarta-feira (1º de fevereiro).

A entidade sem fins lucrativos (Grupo FarmaBrasil), composta por gigantes como Aché, Althaia, Apsen, Biolab, Eurofarma, Libbs dentre outras, solicitou o adiamento da portaria que entrará em vigor em fevereiro, sob alegação de distorções que precisam ser esclarecidas.

Mudança na alíquota do ICMS sobre medicamentos nos outros estados

Veja a seguir a mudança na alíquota do ICMS para os outros Estados, qual será o percentual de reajuste e quando entrará em vigor, elevando então o preço dos medicamentos.

Estados Reajuste na alíquota A partir de
Acre de 17% para 19% 1º de abril
Alagoas de 18% para 19% 1º de abril
Amazonas de 18% para 20% 29 de março
Bahia de 18% para 19% 22 de março
Maranhão de 18% para 20% 1º de abril
Pará de 18% para 19% 16 de março
Paraná de 18% para 19% 13 de março
Piauí de 18% para 21% 8 de março
Rio Grande do Norte de 18% para 20% 1º de abril
Roraima de 17% para 20% 30 de março
Sergipe de 18% para 22% 20 de março
Tocantins de 18% para 20% 1º de abril
Quarta, 01 Fevereiro 2023 07:29

CLIPPING AHPACEG 01/02/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde têm maior número de contratações desde 2014, aponta ANS

Teste rápido de hanseníase desenvolvido na UFG será disponibilizado pelo SUS

Oncoclínicas (ONCO3) irá investir R$ 145 milhões em novo ‘Cancer Center’ e deverá surpreender o mercado no 4T22

Checagem beira leito aumenta a segurança dos pacientes do HMAP em Aparecida

Maturidade digital: hospitais brasileiros precisam investir em capacitação e estratégia

Proteção de dados nas redes hospitalares do Brasil

Para STJ, empresa inativa enseja rescisão de plano de saúde coletiva

Ministério da Saúde investiga desvio de medicamentos para garimpeiros

Consumir ultraprocessados eleva risco de 34 tipos de câncer (alguns raros)

Cremerj entra na Justiça para impedir recontratação de médicos cubanos

Artigo - Danos graves evitáveis: a agenda da Segurança do Paciente no Brasil

Preso em operação contra fraude em OS, irmão do ex-secretário Ismael Alexandrino deixa prisão, diz polícia

GAZETA DA SEMANA

Planos de saúde têm maior número de contratações desde 2014, aponta ANS

No final do ano de 2022, o Brasil atingiu uma marca importante no que diz respeito ao número de usuários de planos de saúde, chegando a um total de 50.493.061 pessoas. Este é o número mais alto desde dezembro de 2014. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), houve um aumento significativo de 1.590.912 usuários em comparação com dezembro do ano anterior. Além disso, houve um crescimento de 239.466 clientes em relação a novembro/dezembro de 2022.

A pesquisa da ANS também mostrou que o crescimento foi notável em todos os estados brasileiros, mas os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram os que obtiveram o maior número absoluto de novos usuários. A faixa etária que teve o maior crescimento foi a dos 40 aos 44 anos, seguida pela faixa dos 45 aos 49 anos.

Os planos de saúde odontológicos também tiveram resultados expressivos, com 30.950.314 usuários em todo o país. De acordo com a ANS, este número representa a 11ª vez que o recorde histórico é superado no ano, considerando o período de fevereiro a dezembro. Além disso, houve um aumento de 2.057.899 usuários em 12 meses e de 151.721 clientes em comparação a novembro/dezembro de 2022.

Todos os estados brasileiros apresentaram um acréscimo nas contratações, com destaque para os estados mais populosos do país, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A faixa etária com maior crescimento em planos odontológicos foi dos 30 aos 34 anos, seguida por bebês com até um ano de idade.

Em resumo, o Brasil vem apresentando um aumento significativo no número de usuários de planos de saúde, e esse crescimento tem sido observado tanto nos planos padrão quanto nos odontológicos.

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A REDAÇÃO

Teste rápido de hanseníase desenvolvido na UFG será disponibilizado pelo SUS

O Ministério da Saúde (MS), por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), distribuirá 150 mil testes rápidos para o enfrentamento à hanseníase, a partir de fevereiro. O teste rápido foi desenvolvido pela professora e pesquisadora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da Universidade Federal de Goiás (UFG), Samira Bührer. Na missão ela teve o auxílio de colaboradores do Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR), que fica no Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs) do IPTSP. 


A ação foi possível devido à transferência da tecnologia dos testes rápidos de hanseníase para a indústria brasileira Bioclin, que contou com o apoio da multinacional alemã Merck S.A. e potencializou a conexão entre a Universidade e a indústria. 


Durante evento do MS sobre hanseníase, que aconteceu juntamente com a campanha Janeiro Roxo, para conscientização e combate à doença, a ministra da Saúde, Nísia Trindade destacou a importância da ação. “O Ministério da Saúde anuncia a entrega dos testes que são fruto de pesquisas realizadas por instituições brasileiras. O teste rápido pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Institutos de Biologia Molecular do Paraná”, explicou a titular da pasta. 


A ministra reforçou a importância de combater a desinformação e o preconceito, de batalhar pela transversalidade da atuação do Ministério e enfatizou que a hanseníase é uma doença curável. "Não é apenas a doença que é negligenciada, mas também as pessoas”, comentou.


A diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira, ressalta que a transferência de tecnologia de uma pesquisa é um recurso de muita importância para a academia, além de grande impacto social. “Ver o trabalho da professora Samira sendo disponibilizado para o SUS e o mercado externo é motivo de muito orgulho, pois é a geração e difusão do conhecimento a serviço da vida. E a prova também de que a Universidade com parcerias público-privadas pode ir muito mais além. Haja vista que o nosso sonho é de que todas as pesquisas científicas que possuem esse potencial inovador possam atender às grandes demandas da sociedade”, finaliza. 


Como o teste rápido funciona?

O nome comercial do teste sorológico para a hanseníase é Bioclin Fast ML Flow e ele funciona da seguinte maneira: com um pequeno volume de amostra de sangue ou soro do paciente - baseado na reação antígeno/anticorpo - ele captura os anticorpos produzidos no organismo contra o antígeno (corpo estranho) que são identificados por imunocromatografia, formando assim, uma linha vermelha - nos casos suspeitos e pode significar o diagnóstico da doença.

Já nos contatos de pacientes com hanseníase com resultado positivo outros exames são realizados, e os que apresentarem resultados negativos deverão receber mais informações sobre o diagnóstico da doença para ficarem mais atentos às alterações na pele.

A pesquisadora, Samira Bührer, conta que a realização do teste é muito importante para o diagnóstico precoce, o que possibilita o início do tratamento, que interrompe a transmissão e previne as sequelas.

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Checagem beira leito aumenta a segurança dos pacientes do HMAP em Aparecida

Checagem beira leito ou tripla checagem, a metodologia conta com o uso de sistema de prontuário eletrônico, notebooks, carrinhos móveis e equipamentos para leitura de código de barras, agilizando o trabalho da equipe do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia na administração dos medicamentos

Cada vez mais informatizado, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia — Iris Rezende Machado (HMAP), o maior do Estado construído por uma prefeitura e gerido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, implantou, em outubro do ano passado, a checagem beira leito. A estratégia tecnológica tem apresentado resultados positivos para pacientes e colaboradores, aumentando a segurança e a transparência na prescrição, dispensação e administração de medicamentos. 

“Essa iniciativa hoje é realizada em todos os 235 leitos do Hospital, inclusive nas UTIs, e atende ao nosso propósito de consolidar um Sistema Único de Saúde (SUS) em Aparecida com excelência e foco no cuidado com as pessoas. Todos ganham com isso, desde os profissionais da assistência até os pacientes, porque é uma ferramenta organizacional que fortalece a cultura de segurança nos atendimentos, algo que já é marca registrada do HMAP”, destaca o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

Sistema inteligente

Gerente assistencial do HMAP, a enfermeira Camila de Carvalho Gambin explica o procedimento: “O médico faz a prescrição de forma eletrônica, automatizada, conferindo todas as medicações a serem realizadas. No momento de administração do medicamento, com um notebook na beira do leito e com o leitor de código de barras, verificamos os dados na pulseira de identificação do paciente: nome, data de nascimento, informações do prontuário, dentre outras. Dessa forma, evitamos trocas, checamos a medicação e a dosagem. Se não houver um ok do sistema inteligente, o profissional recebe um alerta para não executar a medicação”.

Segundo Camila, há várias barreiras de segurança na prescrição e na checagem, inclusive com conferência realizada por farmacêuticos. “Trata-se de um processo simples, didático e inovador. Ajuda muito a evitar erros e complicações relacionados à medicação dos pacientes e aprimora a integração entre os setores do hospital na atenção prestada às pessoas.

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MONEY TIME

Oncoclínicas (ONCO3) irá investir R$ 145 milhões em novo ‘Cancer Center’ e deverá surpreender o mercado no 4T22

Oncoclínicas (ONCO3) anunciou nesta terça-feira (31) que assinou documentos definitivos para o desenvolvimento de um novo complexo hospitalar de excelência e centro integrado de tratamento ao câncer, o “Cancer Center“, na cidade de Goiânia.

Em comunicado, a empresa destaca que o Cancer Center Goiânia compreenderá uma área total próxima de 34 mil m², com investimentos previstos em aproximadamente R$ 145 milhões.

A Oncoclínicas destaca que o desembolso do investimento mencionado será feito apenas após a conclusão das obras civis, uma vez que o empreendimento será realizado em modalidade build-to-suit, otimizando assim, a alocação de capital da empresa.

Entre os serviços, o novo complexo hospitalar da companhia contará com 320 leitos para internações, um parque de diagnóstico por imagem, anatomia patológica e genômica integradas. Além de 18 salas para cirurgias de alta complexidade.

Oncoclínicas: Crescimento natural

Atualmente, cerca de 10% da receita da Oncoclínicas vem de procedimentos “in patient”, onde o regime é de internação via os Cancer Centers.

Contudo, no seu mercado de atuação, para cada um real gasto para procedimento ambulatorial, tem mais um real gasto em procedimento hospitalar, segundo a Empiricus Investimentos.

“Dessa forma, enxergamos que existe um crescimento natural muito grande ao aumentar a cobertura da jornada do paciente, via abertura de mais Cancer Centers pelo país”, avalia, em relatório.

A corretora lembra que, no fim do no passado, Oncoclínicas anunciou, juntamente com a Unimed Nacional, um novo complexo hospitalar e Cancer Center na cidade de São Paulo. Neste caso, os investimentos previstos serão de aproximadamente R$ 300 milhões. A previsão de conclusão da obra é estimada em cerca de 36 meses, tal qual o novo complexo de Goiânia.

4T22 surpreendente

Apesar do cenário macroeconômico, a Empiricus acredita que Oncoclínicas deverá surpreender novamente o mercado na temporada de resultados do quarto trimestre de 2022.

“Além de atuar em um segmento resiliente, a companhia possui uma série de oportunidades de captura de sinergia com as operações recentemente adquiridas”, completa.

A corretora ressaltou a estratégia de Oncoclínicas em expandir a operação via novas parcerias, como a anunciada com a Porto (PSSA3) recentemente.

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SAUDEBUSINESS

Maturidade digital: hospitais brasileiros precisam investir em capacitação e estratégia

A maturidade na transformação digital pode levar o setor de saúde a outro patamar de eficiência e inovação. Ainda que muitas instituições estejam investindo nesse processo, o caminho para alcançar essa maturidade é longo, sobretudo entre os hospitais brasileiros. Desenvolvido pela Folks, consultoria especializada no tema, o Índice de Maturidade Digital para Saúde (em inglês Digital Maturity Index for Healthcare - DMI-H) analisa duas grandes dimensões: adoção de tecnologia e preparação para a jornada digital.

O recorte feito no final de 2022 aponta que o nível de maturidade  digital das instituições é de 44% (numa escala de 0 a 100). 

O Mapa da Transformação Digital nos Hospitais Brasileiros 2022 é uma pesquisa viva, que está sempre acontecendo, na qual  hospitais participam voluntariamente respondendo a um questionário on-line. A pesquisa ajuda  empresas se localizarem em suas jornadas. O resultado é uma amostra de 175 hospitais que participaram da pesquisa, mas que não reflete um estudo nacional.

O nível de 44% representa o segundo estágio dos quatro níveis de maturidade, o de evolução. Esta etapa é caracterizada pelo uso de algumas soluções básicas e pela compreensão da importância da transformação digital por parte da liderança.

Ainda há uma percepção equivocada de que a transformação digital se restringe ao investimento em equipamentos, quando na verdade ela envolve muitos outros aspectos”, explica o CEO da Folks, Cláudio Giulliano.

A análise da Folks avalia duas dimensões: adoção de tecnologia e preparação para a jornada digital, e cinco domínios: serviços e aplicações, infraestrutura e arquitetura, dados e informações, estratégia e governança, e estrutura e cultura.

Na análise que abrange o período de 2019 a setembro de 2022, Dados e Informações (com índice 32%) é o domínio com maior espaço para avanço, seguido por Estratégia e Governança (35%), Estrutura e Cultura (40%), Infraestrutura e Arquitetura (43%) e Serviços e Aplicações (50%).

Mindset de inovação e capacitação para maturidade digital

Embora o índice apresente um avanço, olhar mais de perto para alguns aspectos da pesquisa ajuda a compreender que, muito mais do que tecnologia, a transformação digital demanda uma mudança de mindset.

Os líderes reconhecerem a transformação digital como relevante para a instituição é um dos critérios avaliados pelo índice. Muitos admitem essa importância, no entanto, apenas 13% das instituições participantes conta com um plano estruturado para promover essa transformação. “Existe uma grande diferença entre dizer que a diretoria conhece o assunto e está afim de fazer, e a que tem um plano”, ressalta Giuliano.

A cultura de inovação também é determinante no avanço da maturidade digital das organizações. Empresas que estão focadas em modelos mais modernos de gestão e que cultivam essa cultura tiveram mais avanços. “O que faz a transformação acontecer são as pessoas, os líderes. É necessário um mindset digital”, avalia.

Dentro desse aspecto, o investimento em capacitação digital das equipes também é necessário. “70% dos hospitais avaliados não têm um programa de capacitação digital dos colaboradores”, destaca. Com os treinamentos sobre tecnologias e os impactos que podem trazer dentro das organizações, as equipes podem contribuir mais com o avanço na transformação digital.

Ainda envolvendo o pilar de pessoas dentro da transformação digital, a integração e colaboração interna entre os profissionais e ediferentes áreas aceleram o amadurecimento digital dentro das empresas. “Tem que promover colaboração interna. Geralmente nos hospitais,  tem ‘o pessoal da TI’ e  os gestores/profissionais de saúde, precisa estabelecer diálogos mais comuns entre eles”, reforça Giuliano.

Neste contexto, o papel do profissional de saúde digital é muito bem-vindo.Médicos e enfermeiros que estão se especializando em saúde digital são estratégicos dentro das instituições para estabelecer o diálogo. “Essa necessidade não é tão percebida pelos hospitais. Só 7% das instituições participantes têm profissionais com esse perfil e são parte dos grandes grupos. Profissionais de saúde que conhecem arquitetura de sistemas, padrões, e processos, e trabalham orientando como a tecnologia vai ser adotada”, analisa.

Por outro lado, também falta profissionais com essa formação no mercado. “A boa notícia é que médicos e enfermeiros descobriram essa área. Éuma evolução na carreira, muitos profissionais buscam pós-graduação em saúde digital fora do Brasil. Faltam cursos especializados nessa área. Nos Estados Unidos, há a especialização em Informática Clínica, no Brasil ainda não há. Isso está sendo trabalhado com Conselho Federal de Medicina por meio da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS)”, relata.

Evolução da tecnologia na maturidade digital

O levantamento da Folks aponta ainda que Dados e Informação é o domínio que mais tem espaço para crescer dentro das organizações participantes. O índice alcançado é caracterizado pelo uso de algumas tecnologias básicas por parte dos hospitais.  

“O básico ainda é a adoção de um sistema de gestão hospitalar que acompanha a operação. Muitas estão trocando os sistemas, a base ainda é estruturante. Quem já tem este tipo de sistemadetém uma base mais sólida, já estão trabalhando em estruturar informações clínicas e adotar tecnologias de apoio à decisão clínica, com ou sem inteligência artificial”, aponta o CEO da FOLKS.

A evolução acontece com a integração da Internet das Coisas Médicas,  do uso de AI e das tecnologias voltadas para o uso de dados. O próximo passo para o amadurecimento digital é as tecnologias para o digital front door, no qual todas as interações com o paciente estão integradas, como ponto de agendamento on-line, aplicativo, CRM e telemedicina.

“Tudo isso é fonte de investimentos. Os hospitais estão investindo e aumentando a sua maturidade digital. Mas vale lembrar que a reparação para a jornada digital inclui tecnologia e pessoas. O hospital compra a tecnologia, mas se ele não treinar o médico em telepropedêutica, por exemplo, não adianta. Como faço um exame, se eu não treinar o médico? É uma mudança de cultura. E para mudar cultura, precisa mudar resultados.e Ao verem novos resultados, as pessoas passam a enxergar outras possibilidade”, finaliza.

O questionário sobre o maturidade digital segue aberto na página da Folks. Para participar, acesse: DMI-H | FOLKS.

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Proteção de dados nas redes hospitalares do Brasil

Acelerado pela pandemia, o futuro da medicina chegou antes do previsto e hoje a telemedicina, Internet das Coisas Médicas (IoMT) e computação em nuvem são realidades das redes hospitalares em todo o mundo. Porém, junto com as inovações, vem as reponsabilidades, em especial, a de tratar os dados coletados e armazenados, tanto para a proteção dos pacientes, médicos e empresas, quanto para o cumprimento das legislações vigentes.

O Dia Internacional da Proteção de Dados, celebrado no dia 28 de janeiro, evidencia as tecnologias aplicadas aos mais variados setores, incluindo o hospitalar, e a importância da proteção dos direitos fundamentais de liberdade e de privacidade, por meio da proteção de dados pessoais.
Tanto na tomada de decisão, como para o ganho de velocidade nos diagnósticos, o uso da Inteligência Artificial se tornou essencial. “Com o uso da IA o foco do corpo clínico pode passar a ser ao tratamento de casos mais graves, bem como auxiliar no acompanhamento da jornada dos pacientes no dia a dia. Mas não podemos nunca deixar de lado que, além de um sistema para comunicação entre médico e médico e médico e paciente, é preciso garantir a segurança dos dados repassados, além do armazenamento seguro destas informações”, conta Alex Julian, CIO da Kora Saúde.  

Em 2022, houve uma evolução de 35% no valor investido, na Kora, para deixar os processos ainda mais seguros. São mecanismos que permitem atendimento integrado entre as unidades, teleatendimento, compartilhamento de resultados de exames, dentre outras facilidades, com o cuidado com os dados pessoais dos pacientes em primeiro lugar. De acordo com estudo “DATA PRIVACY DAY – Indicadores Globais 2022”, realizado pelo L.O. Baptista, a área da saúde figura entre as que mais sofreram sanções, internacionalmente, ao longo de 2022. Em todo o mundo, nunca foi tão relevante – e obrigatório – o cuidado com a privacidade.


A pesquisa traz um pouco da visão comparada sobre a atuação das autoridades nacionais de proteção de dados pelo mundo, tipos de sanções e valores de multas aplicadas. O estudo apurou que nos Estados Unidos, por exemplo, as autoridades multaram uma série de empresas por não cuidarem corretamente das informações de saúde eletrônicas. Fabrício Polido, advogado e sócio do escritório, comandou o levantamento destaca que os principais pontos autuados foram:

Falhas de segurança;

Violação das obrigações legais de proteção de dados;

Acesso não autorizado a dados de titulares e informações de saúde.

As multas, nestes casos, variaram de US$ 2,5 mi a US$5,5 mi. Avaliamos as experiências e práticas envolvendo os processos fiscalizatórios e sancionatórios em perspectiva comparada. Ao longo do estudo, observamos o comportamento das autoridades na apuração de violações às leis de privacidade, as autuações promovidas e os maiores e menores valores das multas aplicadas. Assim como a saúde, as áreas de tecnologia, telecom, varejo, finanças, serviços e mídias digitais estão sob forte vigilância das autoridades. Porque são áreas que lidam com tratamento intensivo de dados pessoais”, explica o advogado.


No caso de agentes da indústria de saúde, existem outras preocupações setoriais em relação a procedimentos fiscalizatórios e sancionatórios pelas autoridades, que têm se concentrado em revisar a conformidade às regras de privacidade e proteção de dados e as salvaguardas de segurança de informações protegidas de saúde de titulares de dados. A análise se soma às expectativas da publicação da regulamentação de dosimetria e aplicação de sanções pela ANPD, programada para fevereiro. “Será um dos maiores produtos regulatórios da autoridade brasileira. Sem dúvida se juntando às melhores práticas em proteção de dados ao redor do globo”, finaliza Polido.

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O HOJE

Para STJ, empresa inativa enseja rescisão de plano de saúde coletiva

            Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, decidiu que a inatividade da empresa contratante de plano de saúde coletivo autoriza a rescisão unilateral do contrato pela operadora. Segundo o colegiado, os beneficiários do plano coletivo são vinculados a uma pessoa jurídica, cuja inatividade rompe o vínculo e impede a manutenção do plano contratado. Com esse entendimento, a turma deu parcial provimento ao recurso especial de uma operadora de plano de saúde que buscava confirmar a rescisão do contrato com uma empresa inativa desde 2008. Apesar da inatividade, o colegiado considerou que a notificação da rescisão foi feita de forma inadequada e determinou que os beneficiários sejam devidamente comunicados do fim do vínculo contratual. A relatora do recurso, ministra Nancy Andrighi, destacou que o vínculo entre o grupo beneficiário do plano e a pessoa jurídica contratante é condição para que o contrato coletivo seja válido. Logo, a inatividade da empresa autoriza a exclusão ou a suspensão da assistência à saúde dos beneficiários do plano coletivo, afirmou. “Se a inatividade da empresa implica o rompimento do vínculo havido entre o titular e a pessoa jurídica contratante, é, consequentemente, circunstância que impede o cumprimento dos requisitos de elegibilidade previstos nos artigos 5º e 9º da Resolução Normativa 195/2009 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), indispensáveis à celebração e à manutenção do contrato de plano de saúde coletivo”, apontou a magistrada.

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O ESTADO DE S.PAULO

Ministério da Saúde investiga desvio de medicamentos para garimpeiros

Ofício da Fiocruz alerta para venda de remédio de malária por mineradores em reserva indígena; grupos ligados à extração ilegal dominam unidade de saúde

RAPHAEL ALVES/EFE

Até no transporte de lotes de remédios para a reserva há problemas

O Ministério da Saúde investiga denúncias de desvio de remédios destinados aos Yanomamis para garimpeiros. Em ofício do último dia 18, a Fiocruz relata ter recebido a informação de que medicamentos para malária estão sendo vendidos por mineradores irregulares na reserva indígena, em Roraima.

"Tendo Farmanguinhos entregue toda a produção ao Ministério da Saúde", diz a Fiocruz no documento, em referência ao remédio artesunato + mefloquina, "vimos a necessidade de informar-lhes a fim de que medidas possam ser tomadas para que o rastreio da distribuição desse medicamento possa ser feito e apurado o fato relatado". Profissionais de saúde que atuaram no atendimento a indígenas nos últimos anos também fizeram relatos semelhantes ao Estadão.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já mandou investigar a gestão Jair Bolsonaro por suspeita de genocídio dos povos indígenas e omissões, além do descumprimento de decisões judiciais que determinavam o reforço nas políticas de atenção a essas comunidades.

Os garimpeiros saem da capital Boa Vista com os medicamentos para vender para os que ficaram em campo, segundo disse ao Estadão um enfermeiro que trabalhou por oito anos na terra indígena Yanomami. A estimativa é de que há 20 mil garimpeiros na reserva.

Segundo esse enfermeiro, que prefere não se identificar, os desvios do produto ocorriam na área de Logística da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde. No transporte dos lotes até a reserva, também são relatados problemas. "Durante o translado na aeronave, o medicamento some", disse outro técnico com passagem pela Sesai.

Na reserva, os profissionais da saúde, por medo, acabam também atendendo garimpeiros. Isso agrava a falta de remdios. Grupos ligados à mineração ilegal dominam áreas dentro da reserva, incluindo até uma unidade de saúde. "Ocorre a troca de remédio por ouro", afirma Junior Hekurari, do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi).

O desvio, bem como acusações de servidores que negociam com garimpeiros, já haviam sido levantadas em audiência da Câmara dos Deputados em junho de 2022. Após questionamentos da deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), Paulo Teixeira de Souza Oliveira, delegado da Polícia Federal, que representou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, disse que "esse crime de comércio de ouro, cometido supostamente por servidores, em troca de comida e vacina" está sendo investigado.

"A informação da nossa Superintendência de Roraima é de que existe um inquérito aberto. Esse fato foi noticiado pela mídia e esse inquérito está em andamento. É claro que vamos preservar o sigilo até mesmo em interesse do resultado útil da investigação. Mas, sim, os fatos estão sendo apurados", disse o delegado à época. Questionada pela reportagem, a PF não respondeu até as 2ih de ontem. O Estadão também não conseguiu contato com Joenia, presidente da Fundação Nacional dos Povos Originários (Funai).

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PORTAL UOL

Consumir ultraprocessados eleva risco de 34 tipos de câncer (alguns raros)

O consumo de alimentos ultraprocessados contribui, e muito, para aumentar o risco de incidência e morte por diversos tipos de câncer --inclusive alguns tipos mais raros, como o de ovário. A conclusão é de um estudo obtido com exclusividade pelo O Joio e o Trigo, que acaba de sair na revista eClinicalMedicine, e adiciona mais evidências ao que pesquisadores de diferentes áreas vêm falando há anos.Liderado por Kiara Chang, pesquisadora de políticas de saúde pública no Imperial College de Londres, o estudo avaliou o aumento de incidência e mortes causadas por 34 tipos de câncer em pessoas com idade entre 40 e 69 anos.

Para isso, a equipe de pesquisadores recolheu dados alimentares entre 2009 e 2012 de 197.426 pessoas registradas no UK Biobank - uma base de dados biomédicos que abrange meio milhão de britânicos - e as acompanhou até janeiro de 2021.

Dicas de saúde, alimentação e bem-estar em um único aplicativo. Baixe aqui VivaBem UOL Um dos cuidados que a equipe teve, conta Chang, foi não incluir pessoas que tivessem princípio de câncer. Todos os participantes não tinham a doença quando entraram no estudo. "Ao final do período, quase 16 mil destas pessoas desenvolveram algum tipo de câncer e outras quatro mil morreram pela doença," conta a pesquisadora.

Cada aumento de 10% no consumo de ultraprocessados aumentou o risco de câncer em geral em 2%, e o risco de mulheres desenvolverem câncer de ovário aumentou em 19%.

Este pequeno incremento no consumo também aumentou o risco de morte pela doença de forma geral (6%), por câncer de mama (16%), e por câncer de ovário (30%).

Segundo Renata Levy, coautora e pesquisadora das escolas de Saúde Pública e de Medicina da USP, os resultados não são exatamente surpreendentes.

"É um resultado denso, mas esperado. Isso, em função das condições associadas ao câncer que esses alimentos provocam - como diabetes, hipertensão e obesidade- , ou pelo desbalanço nutricional que produtos ricos em gordura e pobres em proteínas trazem Renata Levy, pesquisadora das escolas de Saúde Pública e de Medicina da USP

Também há o efeito de outros componentes como aditivos, corantes artificiais e emulsificantes. "Eles têm sido associados a alterações na microbiota intestinal e podem ser um dos mecanismos que, por via do acúmulo prolongado e crônico, podem desencadear a doença."

Apesar de o resultado estar dentro do esperado, tanto Levy quanto Chang se disseram surpresas com o aumento no risco de desenvolvimento de câncer de cérebro e de ovário, que são tipos relativamente mais raros da doença. "Conseguimos observar isso por causa do grande número de pessoas envolvidas no estudo," diz Chang. "Agora, precisamos esperar para ver se estudos posteriores confirmam essa tendência que detectamos," afirma, por sua vez, Levy.

A pesquisa é a primeira a fazer uma ligação direta entre diversos tipos específicos de câncer e o consumo de ultraprocessados. Apenas duas pesquisas anteriores - uma na França e outra nos Estados Unidos- analisaram a relação entre má alimentação e incidência de cânceres mais comuns, como de mama, próstata e colorretal, com resultados que vão ao encontro dos achados no estudo realizado no Reino Unido.

Imagem: Arte o Joio e o Trigo Consumo vem aumentando no BrasilSegundo especialistas ouvidos pelo Joio, a pesquisa é importante porque o consumo de ultraprocessados vem aumentando no Brasil.De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, entre 2002 e 2003 a presença de ultraprocessados na mesa do brasileiro era de 12,6% --no entanto, entre 2017 e 2018, o consumo saltou para 19,7%.

A distribuição desse consumo, ainda de acordo com o IBGE, varia conforme a idade:

entre adolescentes até 18 anos, os ultraprocessados ocupam 26,7% da dieta;entre adultos até 59 anos, o consumo é de 19,5%;entre maiores de 60 anos, é 15,1%.Salgadinhos, biscoitos, macarrão instantâneo, comidas congeladas, salsichas, refrigerantes e iogurtes são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados.

O Brasil perde 57 mil vidas ao ano por conta do consumo de ultraprocessados - número maior do que o de homicídios, que mataram 45,5 mil brasileiros em 2019.

Imagem: Denise Matsumoto/ O Joio e O Trigo Para Larissa Brussa, doutora em genética e analista de pesquisa e desenvolvimento do Grupo Fleury, o estudo traz evidências bastante robustas sobre a relação entre câncer e consumo de ultraprocessados graças ao grande número de envolvidos e "por conta do nível de detalhe com que olham para os diferentes tipos de câncer, algo difícil de fazer neste tipo de análise."

Brussa diz que, apesar de as condições ambientais e fatores genéticos serem diferentes no Reino Unido e no Brasil, é muito provável que os resultados se apliquem por aqui e em outros países.

Renata Levy explica que, assim como nas pesquisas que relacionam o fumo ao câncer de pulmão, os resultados que encontraram são válidos para múltiplos cenários e países. "Isso porque ajustamos as condições para diversos fatores, dentre eles o consumo de álcool, histórico de câncer na família, índice de massa corporal, obesidade - para termos certeza de que estávamos olhando para as causas diretas do câncer. Fizemos estes ajustes para ter certeza de que não estávamos sendo confundidas por outras condições ou doenças."

Quase metade das calorias (48,6%) consumidas pelos participantes do estudo vinha de alimentos ultraprocessados."A porcentagem é alta, mas ainda assim é um pouco menor que a média do consumo do britânico, de 54%" diz Chang.

A título de comparação, segundo o IBGE, mais da metade das calorias consumidas pelos brasileiros (53,4%) vem de alimentos in natura ou minimamente processados. Mas isso não é motivo para relaxar, diz Ana Paula Natividade, médica e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Com o avanço da fome, que atinge 33 milhões de brasileiros, e da insegurança alimentar, que atinge outros 92 milhões, o contingente de pessoas vulneráveis ao consumo de ultraprocessados é imenso. "O desafio é acabar com a fome e ao mesmo tempo garantir que as pessoas tenham uma alimentação minimamente saudável," avalia ela.

Uma doença cara, mas evitávelDados da OMS mostram que o câncer é uma das principais causas de mortalidade no mundo.

Em 2020, praticamente uma em cada seis mortes foi causada pela doença, que ceifou quase 10 milhões de vidas naquele ano.No Brasil, mais de 230 mil pessoas morrem de câncer e cerca de 450 mil novos casos são diagnosticados anualmente, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Entre os brasileiros, a doença é a segunda maior causa de mortalidade.

Se, por um lado, o câncer traz um grande custo emocional e financeiro para pacientes e suas famílias, por outro, traz também um grande custo para a saúde pública.

De acordo com o Inca, os gastos com pacientes com mais de 30 anos com algum tipo de câncer atribuído à alimentação, nutrição e atividade física vai aumentar muito nos próximos anos. Em 2018, o SUS despendeu R$ 338 milhões para estes casos. Em 2030, a estimativa é que sejam gastos R$ 828 milhões - 145% a mais.

A maior previsão de aumento nos gastos deve ser com cânceres provocados pelo consumo de carne processada (bacon, salame, presunto e linguiça), principalmente o colorretal. Em 2018, foram gastos R$ 28 milhões com casos atribuídos a esse consumo, e em 2030 isso pode aumentar para R$176 milhões - um salto de 529%.

O aumento tem motivo: segundo dados do IBGE, o consumo desse tipo de alimento praticamente dobrou entre 2008-09 e 2017-18, passando da casa dos 30% para cerca de 60% entre homens e mulheres maiores de 20 anos no Brasil.

Se cada brasileiro consumir menos de 50 gramas por dia de carnes ultraprocessadas, a economia para o sistema de saúde pode chegar a quase R$170 milhões até 2040.

Para a coautora Fernanda Rauber, também pesquisadora das escolas de Saúde Pública e de Medicina da USP, uma política pública para controle do consumo de ultraprocessados é fundamental. No Reino Unido, a regulação é muito deficitária, mas por aqui ela acredita que as políticas alimentares são avançadas. "O Guia Alimentar para a População Brasileira, de 2014, norteou várias ações e políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar e as novas regras de rotulagem nutricional. Precisamos avançar em outras medidas, mas temos esta grande diferença em relação ao Reino Unido."

Consumir menos ultraprocessados alivia a saúde pública e poupa vidas. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados pela redução dos principais fatores de risco - dentre eles o consumo de ultraprocessados. O tratamento nos primeiros estágios da doença também é bastante importante: 30% dos casos podem ser curados se detectados e tratados adequadamente no início da doença.

Para Ana Paula Natividade, da Fiocruz, uma grande barreira para que o consumo de ultraprocessados diminua - e com ele os cânceres e as outras doenças que provoca - é a força da indústria alimentícia, cujo lobby é transnacional.

"Assim como temos uma Convenção-Quadro que estabelece diretrizes para o controle do consumo de tabaco, deveríamos ter um tratado parecido para limitar o poder das indústrias de ultraprocessados e o consumo desses produtos", defende.

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O POVO

Cremerj entra na Justiça para impedir recontratação de médicos cubanos

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro () ingressou com uma ação civil pública para impedir a recontratação de médicos formados no exterior, sem revalidação do diploma, para atuar no programa Mais Médicos. O objetivo é evitar, em caráter liminar, o retorno de profissionais sem o registro no CRM para participar de um novo processo de chamamento para atuarem no estado do Rio de Janeiro.

O tomou a iniciativa após uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que autorizou o governo federal a recontratar médicos cubanos que integravam o programa. Para o a decisão é arbitrária, desafia a lei, compromete a separação de Poderes e coloca em risco a saúde pública da população.

Na petição, o conselho explica que, sem o CRM, não pode aplicar sanções em caso de infração ao Código de Ética Médica nem fiscalizar o exercício da prática médica no estado. Ambas as situações expõem diretamente à população e podem acarretar prejuízos na qualidade da assistência dos pacientes.

No texto, a autarquia afirma que "é notório que a recontratação dos profissionais por apenas mais um ano não é medida hábil a sanar o déficit de profissionais nas regiões mais desfavorecidas do país". Outro trecho do documento aponta que "a medida só mascara um problema existente, deixando a população desamparada quanto a eventuais falhas técnicas e de conduta praticada por esses profissionais, que, por não obterem registro à luz da legislação pátria, não são médicos".

A revalidação do diploma de medicina no Brasil é feita por meio do Revalida, exame de responsabilidade do Ministério da Educação. Todos os profissionais, inclusive brasileiros, formados em medicina por faculdades estrangeiras devem passar pela revalidação do diploma. O reconhece a importância desse processo e só emite CRM para médicos formados no exterior mediante toda a documentação necessária.

"Não podemos concordar com uma decisão arbitrária, que coloca em risco a saúde da população. Esperamos que o Judiciário entenda a nossa preocupação e estamos à disposição para oferecer todos os esclarecimentos", disse o presidente do , Clovis Munhoz.

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MEDICINA S/A

Artigo - Danos graves evitáveis: a agenda da Segurança do Paciente no Brasil

Por Victor Grabois e Aline Albuquerque

Em 1º de abril de 2023 completam-se 10 anos da criação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). A criação do PNSP foi uma resposta à ocorrência sistemática de erros associados aos cuidados de saúde, chamados erroneamente, até hoje, de "erros médicos". De 2013 a 2018, o Comitê de Implementação do PNSP exerceu suas atividades, que envolviam iniciativas significativas e um importante papel consultivo no âmbito do Ministério da Saúde. O Comitê foi desarticulado no contexto da política do governo passado, de enfraquecimento da participação social.

Impulsionado pela criação do PSNP, verificou-se um movimento pulsante em prol da segurança do paciente no Brasil país. Assim, foram feitos inúmeros progressos na organização das unidades de saúde, principalmente hospitais, na provisão de uma assistência mais segura. Foram implantados núcleos de segurança do paciente em todo o país, com a tarefa de elaborar planos de ações, implementar práticas de cuidado mais seguras, educar os profissionais de saúde e notificar a ocorrência de danos no cuidado. Também foram realizadas mudanças nos currículos da formação universitária em saúde.

Todas essas ações nos âmbitos institucional, político e educacional impactaram positivamente centenas de unidades de saúde e o tema Segurança do Paciente começou a fazer parte da agenda da gestão da saúde nos municípios, nos estados e na União. Mas, apesar desses progressos, ainda não se pode constatar uma diminuição expressiva nos danos aos pacientes hospitalizados ou atendidos em clínicas de família, centros de saúde, UPAs e maternidades, ao longo dos últimos 10 anos, os quais se mantiveram como parte do cotidiano dos serviços de saúde em todo o país.

A pandemia da Covid-19 também contribuiu para certo grau de desorganização de práticas mais seguras, considerando que as prioridades passaram a ser claramente a disponibilidade de leitos, de respiradores, de profissionais e mesmo de oxigênio medicinal. A despeito da pandemia, as notícias das últimas semanas talvez pelo acúmulo num período curto de tempo, da ocorrência de danos gravíssimos aos pacientes, como óbito ou lesões graves são chocantes para todos nós e chamam atenção para questões estruturais dos serviços de saúde do país.

Uma gestante saudável tem sua mão e punho amputados no pós-parto, em decorrência de um procedimento de rotina para administração de medicamentos na veia. Outra gestante morre numa ambulância após a queda de um equipamento médico em seu corpo. Também temos acompanhado notícias de estupro de vulneráveis em hospitais e UPAs. Ainda que não estejam disponíveis ou não tenham sido realizadas análises profundas das causas que levaram a esses eventos, podemos afirmar que eram evitáveis, considerando a disponibilidade de evidências científicas e do conhecimento acumulado para a sua prevenção.

Diferente de tragédias na aviação (voo AF 477 Rio-Paris), de catástrofes ambientais (Mariana, Brumadinho, Golfo do México) e em usinas nucleares (Chernobyl e Fukushima) que envolveram elevado número de vítimas num único evento, os danos associados ao cuidado de saúde gravíssimos e evitáveis distribuem-se por todo o mundo e em nosso território nacional, especialmente, ocorrendo em qualquer serviço de saúde, seja público ou privado. Ao se contabilizar os casos individuais de óbitos e de lesões graves associados aos cuidados em saúde, temos a sensação de que estamos falhando, como sociedade, e de que precisamos urgentemente rever nossos valores coletivos.

É importante nos indagarmos: é possível retomar o rumo da Segurança do Paciente e desenvolver um caminho onde o direito ao cuidado de saúde seguro seja uma realidade? O Brasil dispõe de conhecimento, organizações, pesquisas e profissionais qualificados para reverter esse quadro. Mas, antes de tudo, a decisão que precisa ser tomada é no nível ético. A sociedade brasileira deve se comprometer com o respeito aos pacientes e ser intransigente com a eliminação dos danos graves e evitáveis associados ao cuidado em saúde. O acesso a esses cuidados é essencial e um direito, mas acesso sem segurança não é efetivação de direito, mas sim sua violação. Não podemos mais ouvir uma mãe dizer que não consegue amamentar ou dar banho em seu bebê por ter a mão e o punho amputados no pós-parto. Nunca mais!

*Victor Grabois é presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP), médico sanitarista, mestre e doutor em saúde pública e coordenador executivo do Proqualis/Icict/Fiocruz.

*Aline Albuquerque é diretora SOBRASP, advogada da União, doutora em Ciências da Saúde e professora de Pós-Graduação em Bioética da UNB.

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PORTAL G1

Preso em operação contra fraude em OS, irmão do ex-secretário Ismael Alexandrino deixa prisão, diz polícia

Daniel Alexandrino ficou 4 dias preso na Delegacia de Capturas, em Goiânia. Ismael foi alvo de busca e apreensão da polícia.

Preso em operação que investiga fraude em Organizações Sociais, Daniel Alexandrino, irmão do ex-secretário estadual de Saúde Ismael Alexandrino, deixou a prisão na segunda-feira (30). Daniel ficou 4 dias preso na Delegacia de Capturas, em Goiânia. Ismael foi alvo de busca e apreensão da Polícia Civil.

Daniel foi preso em casa, em São Luís de Montes Belos, em 26 de janeiro. Ele é suspeito de envolvimento na contratação irregular de uma empresa por uma organização social que administra hospitais em cidades de Goiás.

Além dele, duas pessoas apontadas como laranjas no esquema também foram presas: Andréia Lopo de Oliveira Silva e Fernando Borges de Oliveira. Eles também saíram da prisão. Andréia e Fernando constam como sócios na empresa Amme Saúde, investigada na operação, e que seria, na realidade, de propriedade de Daniel Alexandrino.

g1 não conseguiu contato com a defesa de Daniel Alexandrino e dos demais suspeitos até a última atualização dessa reportagem.

A defesa de Ismael Alexandrino, agora deputado federal de Goiás, eleito pelo PSD, informou que ele colabora com a investigação e que, durante a gestão à frente da SES, Ismael sempre garantiu total transparência em todos os processos da pasta.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informou, na sexta-feira (27), que a ação é reflexo do trabalho de uma força-tarefa instalada na SES por determinação do governador Ronaldo Caiado, com participação da Controladoria-Geral do Estado, antes da atual gestão da secretaria.

Segundo as investigações, o dinheiro saía da Secretaria de Estado da Saúde e era repassado para a organização social Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC). A OS, por sua vez, subcontratava a Amme para prestar serviços médicos em três hospitais do estado.

Investigação

As investigações começaram após a polícia receber informações sobre irregularidades nos contratos de gestão da OS Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC), que teria terceirizado o serviço para a empresa Amme Saúde. Ela seria registrada em nomes de laranjas, mas pertenceria, na realidade, a Daniel Alexandrino.

A OS é responsável por administrar cinco hospitais no estado. Nos contratos com o Hospital Estadual de Itumbiara e as Policlínicas das Regionais de São Luís dos Montes Belos e da cidade de Goiás, a suspeita é que houve um direcionamento à empresa terceirizada por meio de processos de contratações simulados.

Em nota divulgada em 26 de janeiro, a IBGC disse que ainda não tem conhecimento oficial de todos os dados contidos nos mandados, mas está colaborando com as investigações. "O IBGC reafirma que será mantida a regularidade do atendimento à saúde e gestão nas Policlínicas e unidades de saúde administradas por essa Organização Social", informou.

“A organização social pode subcontratar esse serviço concedido a ela. A OS não é obrigada a fazer um processo de licitação, eles adotam um procedimento de concorrência simplificado. E esse processo é que há indícios de que foi direcionado a essa empresa vencedora por meio de simulação de concorrência”, disse o delegado Francisco Lipari.

Quem é quem

Daniel Alexandrino

Daniel é médico e tem especialização em cirurgia vascular e angiologia. Nas redes sociais, Daniel se apresenta como tenente da Marinha, gestor em saúde e trader.

Segundo as investigações, é o verdadeiro dono da empresa Amme Saúde, que foi contratada pela organização social Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC) para prestar serviços a hospitais.

A Polícia Civil informou que o IBGC teria contratado de forma irregular a empresa terceirizada, já que havia o parentesco entre o verdadeiro dono e o então secretário de saúde, Ismael Alexandrino.

Andréia Lopo de Oliveira Silva

Andréia é registrada como parte do quadro de sócios da empresa Amme Saúde, investigada na operação. No site da Amme, ela é listada como responsável legal. No entanto, a Polícia Civil disse que ela é usada como laranja no esquema de fraude na contratação.

Fernando Borges de Oliveira

Fernando é administrador operacional e já trabalhou em várias instituições financeiras, segundo a defesa. O nome dele consta no site da Amme como um dos responsáveis pela empresa.

O advogado Valdemir Pereira da Silva informou que a defesa vai comprovar a inocência de Fernando no processo judicial.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 31 Janeiro 2023 07:32

CLIPPING AHPACEG 31/01/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Fiocruz denuncia desvio de remédios contra malária para garimpeiros

Irmão de Ismael Alexandrino deve sair da prisão nesta terça-feira

MV registra crescimento de aproximadamente 50% em vendas em 2022, impulsionada pela transformação digital da saúde

Fundos federais têm R$ 28 BILHÕES disponíveis para piso da enfermagem, diz Cofen

Pressão para garantir piso

Menina que teria sido estuprada por padrasto em UTI tinha passado por cirurgia para desobstruir artéria do coração, diz hospital

DIÁRIO DA MANHÃ

Fiocruz denuncia desvio de remédios contra malária para garimpeiros

A denúncia foi feita ao Ministério da Saúde (MS) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e confirmada nesta segunda-feira (30) à imprensa

Remédios contra a malária que deveriam estar sendo usados no povo yanomami estariam sendo desviados para garimpeiros que atuam ilegalmente no território indígena. A denúncia foi feita ao Ministério da Saúde (MS) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e confirmada nesta segunda-feira (30) à imprensa.

“No dia 18 de janeiro, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) enviou um ofício à Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, da Secretaria de Ciências, Tecnologias e Insumos Estratégicos (MS), para notificar o órgão a respeito de informações sobre a comercialização ilegal de um lote de medicamento (artesunato + mefloquina) produzido pelo instituto para o tratamento de malária. O medicamento em questão estaria sendo vendido por garimpeiro em localidade próxima ao território indígena yanomami”, informou a Fiocruz em nota.

Segundo a fundação, o lote foi integralmente entregue ao Centro de Distribuição e Logística do MS, e a notificação por meio de ofício ocorreu como parte do protocolo interno, a fim de que o órgão esteja ciente e possa tomar as medidas que julgar cabíveis frente às informações compartilhadas.

As informações foram obtidas pela Fiocruz a partir denúncia. Questionado, o Ministério da Saúde informou que irá investigar junto aos órgãos competentes.

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JORNAL OPÇÃO

Irmão de Ismael Alexandrino deve sair da prisão nesta terça-feira

A Justiça determinou a soltura do médico Daniel Alexandrino, irmão do deputado federal eleito e ex-secretário de Saúde, Ismael Alexandrino. Ele foi um dos três presos na última quinta-feira, 26, pela Operação Sinusal, que apura desvio de dinheiro em organização social na área da saúde em Goiás. Os detidos devem sair da prisão nesta terça-feira, 31.

Quem assinou a ordem de soltura foi o juiz da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, Alessandro Pereira Pacheco. Daniel Alexandrino é suspeito de corrupção e desvio de dinheiro. Ele é médico cirurgião vascular e angiologista. Segundo a investigação, ele seria dono de uma empresa registrada no nome de laranjas e que prestaria serviços a uma organização social que atua no Estado.

A polícia recebeu denúncias de irregularidades nos contratos de gestão da OS Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC), que teria terceirizado o serviço para a empresa Amme Saúde. Ela seria registrada em nomes de laranjas, mas pertenceria a Daniel Alexandrino, segundo as investigações.

Na época das prisões, o IBGC divulgou uma nota que estava colaborando com as investigações e reafirmou que materia a regularidade do atendimento à saúde e gestão nas unidades de saúde que administra.

A defesa de Ismael, assinada pelo advogado Demóstenes Torres, esclarece que o ex-secretário estadual de Saúde Ismael Alexandrino está colaborando com as autoridades na investigação, inclusive ao fornecer a senha de seu aparelho de telefone celular.

Além das prisões temporárias de Daniel, Andreia Lopo e Fernando Borges, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio e sequestro de bens; A prisão temporária tinha duração de cinco dias e terminaria nesta terça-feira, 31. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Decarp) tinha pedido a prorrogação das prisões com o argumento de que cinco dias não seriam suficientes para analisar o material apreendido pela operação.

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ABC DA COMUNICAÇÃO

MV registra crescimento de aproximadamente 50% em vendas em 2022, impulsionada pela transformação digital da saúde

A única healthtech brasileira a ultrapassar 4 bi de valor de mercado aponta tendências da saúde para 2023

Focada em reforçar a importância do cuidado com as pessoas e o futuro da saúde, a MV registrou em 2022 o melhor resultado de vendas da sua história. O recorde é reflexo do crescimento da adoção de tecnologias por parte das organizações e a grandeza do ecossistema de saúde construído pela companhia que dispõe de soluções para todo o setor. De janeiro a dezembro, a MV atingiu o montante de R$ 190 milhões em vendas, aumento de quase 50%, considerando o mesmo período de 2021. Os bons indicadores já vêm sendo atingidos ano a ano e a meta da healthtech é chegar a R$ 1 bilhão em receitas até os próximos anos.

De acordo com o MoVing The Future - "Panorama do uso do Prontuário Eletrônico do Paciente no Brasil", estudo realizado pela MV sobre tecnologias e tendências que estão impactando a transformação do cenário da saúde, a companhia é responsável pelos sistemas de gestão hospitalar em quase 1/5 dos hospitais do País. Os dados do relatório apontam que dos 1.429 hospitais brasileiros - entre privados, públicos, filantrópicos e Santas Casas de Misericórdia - que usam o HIS (Hospital Information System) da empresa, 89% utilizam o Prontuário Eletrônico do Paciente - PEP MV para oferecer mais qualidade, segurança e assertividade em suas rotinas assistenciais.

Nas tendências da evolução digital da saúde, a MV vem crescendo exponencialmente desde sua criação. São 35 anos de trajetória, mais 3 mil clientes, 125 mil leitos administrados por suas soluções, mais de R$ 60 milhões de vidas impactadas pelas tecnologias, além de 214 mil médicos que fazem parte dos 600 mil profissionais que utilizam as soluções MV. Nesse mercado a healthtech atua em 33% do market share de hospitais brasileiros de grande porte e mais 30% do setor de operadoras de planos de saúde do País, sendo que no meio Unimed fornece soluções para 2/3 das operadoras Unimed.

Com o compromisso de fornecer uma base sólida para um atendimento de saúde de qualidade no Brasil, a MV ultrapassa as fronteiras e vem se consolidando no mercado da América Latina, com a expectativa de atingir todos os países até 2025. Atualmente, está presente na República Dominicana, Panamá, Peru, Equador, Guatemala, Uruguai e Argentina.

Para fortalecer seu ecossistema de soluções para a saúde, a MV já realizou mais de uma dezena de aquisições na última década e continua reforçando a presença no segmento da saúde 360. "Procuramos sempre buscar boas oportunidades que possam ajudar a alavancar a transformação digital da saúde. Estamos de olho nesse movimento. Cada vez mais opções estão surgindo e, para o crescimento do polo tecnológico da saúde do Brasil e na América Latina, isso é muito importante", afirma o CEO da MV, Paulo Magnus.

Na opinião do executivo, a agenda para 2023 deve ser pautada ainda mais por inovações que tragam segurança e qualidade aos serviços assistenciais. Entre elas, a integração de sistemas,

automatização de processos, ampliação da telemedicina, além de ferramentas apoiadas por Inteligência artificial, 5G, Big Data e Analytics, robótica e monitoramento de dados. "A MV oferece ao mercado diversas tecnologias para facilitar a rotina na saúde e a evolução é guiada pela transformação desse setor. Seguimos atentos nessas tendências".

O futuro aponta para adoção de soluções que auxiliem o cuidado com a saúde e não da doença. Um exemplo é o uso de dispositivos que monitoram os parâmetros de saúde, com administração terapêutica de forma autônoma, ao mesmo tempo que integram o paciente com os cuidadores e a comunidade onde se insere. "Essa conexão atinge proporções ainda maiores para a gestão da saúde, principalmente na hora de facilitar a troca de informações entre médicos e todo o ecossistema do setor, para analisar tudo em tempo real. A integração de dados tem sido um dos grandes desafios do segmento. E isso, invariavelmente, nos leva às discussões sobre a importância da interoperabilidade entre sistemas.", comenta Paulo Magnus.

Considera-se que 2022 foi um ano desafiador para a saúde, mas, de um modo geral, favorável à tecnologia. "Para a sociedade pós-pandemia, a adoção de tecnologia da saúde se tornou indispensável. No entanto, apesar dos avanços, o caminho a ser traçado ainda é longo se considerarmos as evoluções que precisam ser aplicadas pelas instituições. É preciso adotar soluções inovadoras e inteligentes para facilitar o acesso das pessoas a direitos fundamentais".

Antenada nesse cenário, a MV investe anualmente R$ 60 milhões em pesquisa e desenvolvimento. "Fazemos um esforço diário de criar e oferecer ao mercado os melhores softwares para apoiar a gestão e a assistência da saúde brasileira, contribuindo com instituições ainda mais tecnológicas e uma sociedade mais saudável", afirma o CEO.

Destaques de 2022

A MV expandiu a área de atuação, lançando a Fintech MV Bank, criada para descomplicar e facilitar as transações financeiras entre os hospitais fornecedores e profissionais de saúde;

Lançou a Prescrição Digital, plataforma que acompanha toda a jornada, desde o atendimento médico até a compra do medicamento, agregando na mesma plataforma o prontuário do paciente, a prescrição médica, a possibilidade de busca pelo remédio, o pagamento e o delivery da medicação;

Comemorou os resultados da área Global Health, que traz soluções que integram todos os atores da saúde, entre eles hospitais, serviços de saúde, profissionais do setor, qualificando a jornada do paciente e colocando a pessoa no centro do cuidado. Uma das soluções da área é o aplicativo Personal Health, que reúne dados relevantes ao histórico de saúde, como as características físicas do paciente, suas comorbidades, uma lista de medicamentos que estão em uso, bem como alergias e sinais vitais. O hospital Mãe de Deus, Hospital Moinho de Ventos e a cidade de Votuporanga são os principais destaques que aperfeiçoaram seus sistemas de saúde com o app;

Promoveu o MV Experience Forum que, durante dois dias, trouxe uma programação intensa sobre saúde digital, reunindo mais de mil pessoas entre os principais líderes da saúde do Brasil e foi um importante reconhecimento da liderança da MV como empresa inovadora do mercado. Contou com diversos especialistas renomados, entre eles, os médicos Drauzio Varella e Margareth Dalcolmo;

A companhia é a primeira do setor a ser avaliada em R$ 4 bilhões, de acordo com o Santander.

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JORNAL DO COMMERCIO

Fundos federais têm R$ 28 BILHÕES disponíveis para piso da enfermagem, diz Cofen

Levantamento do Cofen, feito junto ao Tesouro Nacional, revela superávit mais que suficiente para bancar piso salarial da categoria -->

Nesta segunda-feira (30), o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) divulgou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem elementos para afastar a medida liminar que suspendeu o piso nacional da enfermagem.

De acordo com levantamento feito junto ao Tesouro Nacional, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) constatou que os fundos públicos federais acumulam superávit de aproximadamente R$ 28 bilhões, que podem ser destinados para o pagamento do piso salarial da categoria imediatamente.

Além disso, segundo o Cofen, ainda existem recursos oriundos de royalties da exploração do pré-sal, que podem ser destinados à área da saúde e nunca foram utilizados.

PISO SALARIAL ENFERMAGEM COFEN

"Os recursos disponíveis são mais que suficientes para bancar o investimento no piso, que foi estimado em aproximadamente R$ 16 bilhões por ano. A distribuição desses valores vai ser regulamentada pelo governo federal dentro dos próximos dias, conforme indicou o Ministério da Saúde", considera a presidente do Cofen, Betânia Santos.

"Além disso, existem outras medidas já aprovadas e outras em andamento, como a destinação de verbas específicas para santas casas e a desoneração da folha de pagamentos do setor privado. Enfim, estamos muito próximas de um desfecho para essa luta que já leva mais de 30 anos."

PISO ENFERMAGEM 2023

Para o Cofen, a destinação desses recursos para o piso da enfermagem é a resposta definitiva para entes federativos que alegavam dificuldades para arcar com a medida.

"Esses recursos servirão justamente para atender estados e municípios que precisam de subsídios financeiros para valorizar a enfermagem", diz o conselheiro federal Daniel Menezes, que representa o Cofen no Fórum Nacional da Enfermagem.

"Estamos construindo uma solução plausível, sustentável e consensualizada com prefeitos, governadores, com o presidente da república e com todos os setores do mercado, para liquidar de vez todos os impasses", acrescenta.

A Lei nº 14.434, de 4 de agosto de 2022, fixou piso salarial em R$ 4.750 para enfermeiras e enfermeiros; 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicas e técnicos em enfermagem; 50% (R$ 2.375) para os auxiliares de enfermagem e parteiras.

A medida é amparada pelas Emendas Constitucionais 124 e 127.

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CORREIO BRAZILIENSE

Pressão para garantir piso

O Fórum Nacional da Enfermagem convocou paralisação nacional de 24 horas para 14 de fevereiro em defesa do piso salarial nacional da categoria. Por meio das redes sociais, a entidade também convocou greve geral para 10 de março, caso a questão da fonte de recursos para pagamento do piso não seja resolvida até lá.

"Se o piso não chegar ao contracheque dos trabalhadores, a enfermagem vai entrar em greve a partir de 10 de março. Chega de enrolação. Chega de espera! A enfermagem não aguenta mais e merece ser valorizada!", afirma comunicado publicado pelo Fórum nas redes sociais.

A declaração foi divulgada após reunião do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para tentar resolver o problema, cujo prazo para debate terminou na última sexta-feira. Participam do colegiado representantes do Fórum Nacional de Enfermagem, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O grupo deverá apresentar um relatório sobre o assunto. O Ministério da Saúde não se pronunciou.

De acordo com o deputado federal Bruno Farias (Avante-MG), o movimento de paralisação é necessário para pressionar o governo a editar medida provisória que garantirá o repasse, para a área de saúde, dos fundos necessários para garantir o pagamento do piso, estabelecido em R$ 4.750 para enfermeiros pela Lei 14.434, de agosto do ano passado. Pela lei, técnicos de enfermagem têm direito a 75% desse valor, e auxiliares e parteiras, a 50%.

O cumprimento do piso exigiria um montante de R$ 16 bilhões, segundo estudos da LCA Consultoria.

Por essa razão, a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), alegando não haver fonte definida de recursos para o pagamento, entrou com ação direta de inconstitucionalidade contra a lei, no Supremo Tribunal Federal (STF). Em setembro, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, atendeu ao pedido e suspendeu a aplicação da lei.

A suspensão se manteve mesmo após o Congresso ter aprovado, em dezembro, proposta de emenda à Constituição (PEC) que direciona recursos para o setor público e para as entidades filantrópicas e prestadores de serviços, desde que atendam a, pelo menos, 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Contudo, a proposta não vingou, uma vez que Barroso atendeu a novas alegações da CNSaúde e outras entidades para o não cumprimento do piso por empresas de saúde privadas, por falta de esclarecimento sobre a fonte de recursos.

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PORTAL G1

Menina que teria sido estuprada por padrasto em UTI tinha passado por cirurgia para desobstruir artéria do coração, diz hospital

Enfermeira percebeu o crime e chamou a Polícia Militar. O homem negou o crime e disse para a polícia que estava 'brincando'.

Por Rafael Oliveira, g1 Goiás

A menina de apenas 5 anos que teria sido estuprada por padrasto dentro de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tinha passado por cirurgia para desobstruir a artéria aorta do coração, segundo a assessoria do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

O nome do suspeito não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última atualização da reportagem.

A criança está com bom estado de saúde, acordada e respirando normalmente, segundo o boletim médico desta segunda-feira (30). Ela está internada há um mês fazendo tratamento cardíaco.

O crime aconteceu no sábado (28). O hospital informou que uma enfermeira da UTI viu o homem passando o pé nas partes íntimas da menina e chamou a Polícia Militar. Na delegacia, o padastro, de 40 anos, negou qualquer abuso e disse que estava "brincando".

A Polícia Civil disse que o homem passou por audiência de custódia no dominho (29) e ganhou liberdade provisória para responder o processo em liberdade. O processo está em segredo de justiça.

Prisão

De acordo com a polícia, o padrasto foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. O caso foi registrado inicialmente pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, mas será encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente para ser concluído.

"Ele não possui antecedentes. No momento da prisão, ele negou o abuso, disse aos militares que estava brincando. No interrogatório ficou em silêncio", disse o delegado Bruno Costa e Silva.

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Assessoria de Comunicação

 

Iniciativa visa apoiar a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde, combater a disseminação da resistência aos antimicrobianos e promover a segurança do paciente em serviços de saúde do Brasil.

Com o objetivo de favorecer a implementação mais efetiva dos programas de prevenção e controle de infecção nos serviços de saúde do país, a Anvisa divulga diversas publicações baseadas nos componentes essenciais dos programas de prevenção e controle de infecções (PCIs) da Organização Mundial da Saúde (OMS), traduzidas para a língua portuguesa:


•             Orientações sobre os componentes essenciais dos programas de prevenção e controle de infecção em nível nacional e de serviços de saúde (Guidelines on Core Components of Infection Prevention and Control Programmes at the National and Acute Health Care Facility Level): o guia visa prevenir epidemias e pandemias causadas por doenças infecciosas, fortalecer a resiliência dos serviços de saúde e ajudar a combater a disseminação da resistência microbiana (RM) aos antimicrobianos. Ademais, a publicação pode apoiar os países no desenvolvimento de seus próprios protocolos (planos de ação de PCI e RM). O documento substitui a versão publicada pela OMS em 2009 (https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/copy3_of_CorecomponentsOMStraduoparaportugusFINAL.pdf).

•             Requisitos mínimos para programas de prevenção e controle de infecção (Minimum requirements for infection prevention and control programmes): o documento apresenta os requisitos mínimos dos programas de PCI em nível nacional e de serviços de saúde, identificados pelo consenso de especialistas de acordo com as evidências disponíveis e no contexto dos componentes essenciais da OMS. Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/TraduoREQUISITOSMNIMOSPROGRAMASDEPCIOMSFINAL.pdf


 •             Aprimorar a prevenção e o controle de infecção nos serviços de saúde (Improving Infection Prevention and Control at the Health Facility): a publicação objetiva apoiar os serviços de saúde na implementação efetiva de seus programas de PCI, a fim de melhorar a qualidade e a segurança em serviços de saúde (https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/WHOHISSDS2018traducaoparaportuguesFINAL.pdf).

Além disso, foi realizada a tradução livre e a adaptação de documento da OMS, com o propósito de reforçar a aquisição de conhecimento e competências específicas dos profissionais que atuam na prevenção e no controle de infecção em serviços de saúde.

•             Competências essenciais para profissionais de prevenção e controle de infecção (Core Competencies for Infection Prevention and Control Professionals). Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/resolveuid/501b588456674b70ab023b8f25d4c54e

A Anvisa espera que a disponibilização das publicações da OMS traduzidas para a língua portuguesa, realizada com recursos advindos da cooperação técnica existente entre a Agência e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), possa apoiar a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras), combater a disseminação da resistência aos antimicrobianos e promover a segurança do paciente em serviços de saúde do Brasil. (Fonte: Anvisa)

Segunda, 30 Janeiro 2023 11:53

CLIPPING AHPACEG 30/01/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Reajuste anual de planos de saúde pessoa física

Planos de saúde fecharam 2022 com 50,5 milhões de beneficiários

OMS decide manter nível máximo de alerta para pandemia de Covid-19

Repetir erros é o maior risco para a nova versão do Mais Médicos

Justiça autoriza recontratação de cubanos do Mais Médicos

Governo goiano quer ampliar assistência à saúde das pessoas trans

Padrasto é preso suspeito de estuprar enteada internada na UTI do Hugol

Enfermeiro que sonha cursar medicina cria o próprio boneco de anatomia para ajudar treinamento de colegas

OMS pede investimento para combater doenças tropicais negligenciadas

BLOG BRASIL AGORA

Reajuste anual de planos de saúde pessoa física

Reajuste anual de planos de saúde pessoa física será válido até o mês de abril. Esta é a maior taxa registrada na história!

Após uma redução inédita de preços no ano de 2022, os planos de saúde individuais e familiares foram reajustados para até 15,5% este ano.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceu o limite de reajuste das mensalidades, que foi divulgado posteriormente no Diário Oficial da União na penúltima semana de maio/2022.

O órgão estabeleceu o maior percentual de reajuste até o momento, que é de 15,5%. Essa taxa ultrapassa o recorde anteriormente registrado em 2016, quando o reajuste chegou aos 13,57%, como indicado pela série histórica da ANS, que se iniciou em 2000.

O reajuste anual de planos de saúde pessoa física será aplicado aos planos médico-hospitalares que tenham aniversário entre maio de 2022 e abril de 2023. Isto é, para os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou aqueles que foram adaptados de acordo com a Lei nº 9.656/98.

A fim de obter mais informações a respeito do assunto, destacamos as diferenças entre os reajustes dos planos individuais e coletivos. Também vamos abordar os aumentos aplicáveis aos planos não-regulamentados.

Fique atento às mudanças: saiba o que esperar para os seus planos de saúde individuais e familiares em 2023

Justificando o reajuste anual de 15,5% nos planos de saúde para pessoa física deste ano, existem inúmeros fatores que influenciaram esta medida.

Essa alteração nos preços deve-se, principalmente, a dois importantes fatores:

À elevação dos gastos com saúde na pandemia; E também à variação cambial ocorrida nos últimos dois anos. O que influenciou diretamente o custo dos insumos importados de saúde e a despesa assistencial no ano passado.

A elevação de 2022 (a saber, -8,19%) com tendência de decréscimo e de 2023 com tendência de crescimento se deve principalmente ao impacto da mudança nos gastos médicos imposta durante o período de quarentena para conter o avanço da pandemia.

Após o anúncio do teto máximo de reajuste anual de planos de saúde pessoa física, os titulares de planos individuais e familiares devem estar vigilantes em relação aos seus boletos de pagamento.

É preciso verificar se o valor cobrado não excede o percentual máximo permitido pela ANS (15,5%). Assim garantindo que a cobrança se inicie no mês de vigência do contrato, momento em que marca a data de sua assinatura.

Qual é o limite de tempo estabelecido para o ajuste anual dos planos individuais em 2023?

Anualmente, após o cálculo e a determinação do índice pela ANS, o reajuste anual de planos de saúde pessoa física entra em vigor nas operadoras a partir da data de aniversário do contrato.

A princípio, esta porcentagem é uma referência válida até abril de 2023, quando a ANS realiza um novo balanço.

Após esse período, a ANS fará uma nova análise do mercado e definirá uma nova porcentagem que será válida até abril do ano seguinte.

Em maio do ano passado, o Deputado Ivan Valente (Psol-SP) apresentou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 173/22, o qual prevê a suspensão da deliberação da Diretoria da ANS, que aprovou o reajuste anual de planos de saúde pessoa física para 15,5%, no período entre maio (2022) e abril (2023).

Segundo o parlamentar, tal medida contraria o interesse público e os direitos fundamentais da população.

Ao que se sabe, cerca de oito milhões de pessoas foram afetadas com o reajuste de seus planos de saúde. Isso equivale a 16,3% do total dos consumidores no Brasil, segundo dados da ANS.

O que diz a lei a respeito do reajuste em planos não regulamentados?

Em casos de ausência de disposição específica sobre quais índices de preços devem ser usados para o reajuste de planos não regulamentados e quando há lacunas na metodologia para avaliar as alterações para cálculo de reajuste, a ANS estabelece limites máximos para tal finalidade.

Em relação a esses planos, eles devem obedecer aos limites definidos para os contratos individuais ou familiares celebrados a partir de 01/01/1999, conforme estabelecido na Lei nº 9.656/98.

Adicionalmente, esses acordos são regidos pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) e por legislações especificamente desenvolvidas para oferecer defesa a determinados grupos (tais como o Estatuto do Idoso).

De acordo com o estabelecido, você deve ficar de olho em três tipos principais de reajustes não regulamentados nos planos de saúde:

Os reajustes relacionados à evolução da idade; Os reajustes anuais; Os reajustes relacionados à sinistralidade.

A princípio, quando se trata de reajustes anuais em contratos antigos, é preciso ter em mente o entendimento judicial de que o limite anual estabelecido pela ANS não se aplica.

No entanto, isso não implica que os ajustes nesses acordos sejam ilimitados. Quando se trata dos antigos contratos individuais/familiares, existem dois fatores limitantes que devem ser obrigatoriamente considerados pelas operadoras de planos de saúde.

Como tal, no que diz respeito ao reajuste anual de planos de saúde pessoa física antigos, individuais e familiares (contratados antes de 01/1999), as operadoras de planos de saúde devem necessariamente atender a dois limites:

Índice estipulado em contrato E os termos de compromisso firmado com a ANS para os reajustes dos contratos antigos que não possuem índice estipulado em contrato .

Sobretudo, no que se refere aos reajustes nos planos de saúde em função da idade, deve-se destacar as diretrizes estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça, que se assemelham às já citadas.

Pessoa Jurídica: forma de reajuste para os planos coletivos

Com o recente reajuste anual de planos de saúde pessoa física, muitos brasileiros têm questionado a respeito dos planos coletivos. Afinal, como eles funcionam?

Para esta categoria, deve-se notar que o reajuste vem ocorrendo, sem necessidade de autorização da ANS. Pois nestes casos o índice de reajuste é de livre negociação entre a contratante e a operadora.

O levantamento realizado pela ANS até maio do ano passado, por exemplo, aponta que os contratos com 30 vidas ou mais sofreram reajuste médio de 5,55%, enquanto os contratos com até 29 vidas tiveram um aumento de 9,84%.

Todavia, planos coletivos são geralmente vendidos a um custo mensal mais baixo em comparação com outras categorias. Porém, o IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e outras entidades emitem alertas a respeito da transição de um plano individual para um coletivo.

Isso ocorre, pois muitos planos coletivos apresentam menos proteção do que os individuais, como por exemplo, reajustes mais reduzidos e maior risco de cancelamento imotivado.

Conclusão

O processo de reajuste anual de planos de saúde pessoa física é extremamente complexo e isso leva muitas pessoas a buscar respostas sobre o assunto.

Se você precisa de ajuda, o escritório Mozer Advocacia pode lhe oferecer orientação. Com uma equipe versada em procedimentos legais e extrajudiciais no âmbito de Planos de Saúde, eles estão prontos para oferecer serviços excepcionais.

Entre em contato para agendar uma consulta e tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.

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MONITOR MERCANTIL

Planos de saúde fecharam 2022 com 50,5 milhões de beneficiários

Em 2022, o setor de planos de saúde manteve o crescimento em suas duas segmentações, como no ano anterior, e alcançou resultados significativos em números de beneficiários. De acordo com o levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no mês de dezembro, o setor totalizou 50.493.061 usuários em planos de assistência médica, maior número desde dezembro de 2014. Já os planos exclusivamente odontológicos registraram 30.950.314 beneficiários, o que representa a superação, pela 11ª vez no ano, do recorde histórico neste segmento (de fevereiro a dezembro).

Em um ano, os planos médico-hospitalares apresentaram crescimento de 1.590.912 beneficiários em relação a dezembro de 2021. No comparativo de dezembro de 2022 com novembro de 2022, o crescimento foi de 239.466 usuários. No caso dos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.057.899 beneficiários nos 12 meses; e 152.721, na comparação de dezembro de 2022 com novembro de 2022.

Em relação aos dados por estado, no comparativo com dezembro de 2021, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 25 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro os que tiveram o maior ganho de beneficiários em números absolutos. Entre os odontológicos, todas as 27 unidades federativas registraram aumento no comparativo anual, sendo também São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os estados com maior crescimento em números absolutos.

Quanto aos dados por faixa etária, observa-se que a faixa de 40 a 44 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica (307.686 novos beneficiários), seguido pela faixa etária de 45 a 49 anos (220.093 novos beneficiários). Já as faixas etárias tiveram maior crescimento nos planos odontológicos foram 30 a 34 anos (4.130 novos beneficiários) e até um ano (4.657 novos beneficiários).

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PORTAL R7

OMS decide manter nível máximo de alerta para pandemia de Covid-19

A OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu, nesta segunda-feira (30), manter o nível máximo de alerta para a pandemia da Covid-19, exatamente três anos depois de ter declarado a doença como urgência de saúde pública internacional.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, seguiu as recomendações do comitê de urgência sobre a Covid-19, composto por diversos especialista, que se reuniram na última sexta-feira, de acordo com comunicado divulgado hoje.

"O diretor-geral da OMS concorda com o conselho oferecido pelo comitê em relação à pandemia de Covid-19 em andamento e determina que o evento continua a constituir uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O diretor-geral reconhece as opiniões do comitê de que a pandemia de Covid-19 provavelmente está em um ponto de transição e agradece ao conselho do Comitê de navegar cuidadosamente por essa transição e mitigar as possíveis consequências negativas", diz a nota oficial.

Tedros Adhanom também destacou o avanço no combate à doença. "Enquanto entramos no quarto ano da pandemia, não há dúvidas de que estamos numa situação muito melhor do que há um ano, quando a onda da Ômicron atingiu o pico", disse.

"Mas, desde o começo de dezembro, os reportes semanais de mortes mostraram aumento. Nas últimas oito semanas, mais de 170 mil pessoas perderam suas vidas para a Covid-19. E isso se refere apenas às mortes registradas; sabemos que o número real de óbitos é muito maior", completou.

Emergência de saúde pública internacional

A OMS declarou a Covid-19 uma emergência de saúde pública internacional exatamente no dia 30 de janeiro de 2020 e, a cada três meses, se reúne para reavaliar a situação.

No fim do ano passado, a agência sanitária afirmou ter a expectativa de que pudesse encerrar as emergências de Covid-19 e mpox neste ano.

Até agora, conforme os números oficiais da organização, houve 669 milhões de casos da doença em todos os países que disponibilizam dados, sendo que mais de 67,8 milhões de pessoas não resistiram às consequências da Covid-19.

No Brasil, são mais de 36 milhões de casos e quase 700 mil mortes desde o início da pandemia. Os dados mais recentes, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostram que a doença matou 3.938 pessoas em dezembro, com média de 131 a cada dia.

A doença ainda está longe de ser um problema solucionado no país e no mundo, o que é motivo de preocupação da OMS. A avaliação do comitê não depende de critérios fixos e preestabelecidos, mas de uma interpretação dos especialistas de acordo com os dados mais recentes de números de casos, mortes, vacinas e novas variantes.

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O GLOBO

Repetir erros é o maior risco para a nova versão do Mais Médicos

Classe médica vê com ceticismo reedição do programa criado no governo Dilma por motivação política O governo federal pretende retomar o Mais Médicos, o programa criado na gestão Dilma Rousseff para levar profissionais de saúde às regiões remotas onde são escassos ou inexistem, depois redesenhado na administração Jair Bolsonaro e rebatizado como Médicos pelo Brasil. Evidentemente, ninguém pode ser contra a iniciativa de suprir carências na saúde, ainda mais diante de emergências sanitárias como a que aflige a reserva ianomâmi entre Roraima e Amazonas. Na nova versão, porém, é fundamental evitar os erros do passado.

Na primeira versão do programa, lançada em 2013, o caráter político ficou evidente desde o início. O governo petista trouxe cubanos para preencher as vagas (eram 80% do total). Cerca de 70% de seus salários eram confiscados para ser remetidos à ditadura amiga de Cuba. A eles restava aceitar a situação, sob pena de retaliações a parentes. Os estrangeiros não eram obrigados a se submeter ao exame que revalida os diplomas à luz das exigências brasileiras.

O norte ideológico do programa era tão óbvio que, logo depois da eleição de Bolsonaro, o governo cubano rompeu abruptamente o convênio com o Brasil, prejudicando a assistência na atenção básica aos moradores de pelo menos 611 municípios dos 3.228 atendidos. Ainda que Bolsonaro tenha feito fortes críticas ao Mais Médicos (na essência, com razão), Cuba não poderia tomar a decisão unilateralmente, sem dar ao Brasil tempo para se adaptar.

Agora o governo promete priorizar os brasileiros e oferecer incentivos aos profissionais formados no país. Os estrangeiros não estão descartados, mas deverão passar pelo exame Revalida para que seus diplomas sejam reconhecidos aqui. Já é um avanço. Mesmo assim, as primeiras medidas anunciadas pelo sanitarista Nésio Fernandes, secretário de Atenção Primária à Saúde, não agradaram à classe médica. "Incentivos monetários não são suficientes, precisamos de projetos estruturados e fortes, como uma carreira de Estado", afirmou o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB ), César Fernandes. Ele se referiu às mudanças como um "remendo".

Não há dúvida sobre a importância de levar assistência médica a regiões onde ela falta. O programa atende 63 milhões de brasileiros em 4.058 municípios. Em muitos lugares, é a única opção. Mas o desafio não é tão simples. É verdade que hoje o Brasil dispõe de mais profissionais (2,5 médicos por mil habitantes, ante 1,9 em 2013). Só que não estão distribuídos de modo homogêneo. Certos locais, mesmo com salários mais atraentes, não despertam interesse dos médicos brasileiros.

A tragédia humanitária dos ianomâmis revela a urgência de priorizar regiões desassistidas, como os distritos indígenas. São conhecidas as carências em todo o país. O essencial é o atual governo não repetir os erros da primeira versão. Será fundamental deixar a política de fora. A saúde, apontada em pesquisas de opinião como o problema número um do país, não pode ser contaminada pela ideologia do governante no poder. O PT criticou Bolsonaro por isso. Espera-se que não faça igual.

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O HOJE

Justiça autoriza recontratação de cubanos do Mais Médicos

A decisão deve beneficiar 1,7 mil intercambistas cubanos que chegaram ao país para trabalhar no programa criado em 2013

A Justiça Federal decidiu autorizar a recontratação de médicos cubanos que atuaram no programa Mais Médicos.  A decisão foi assinada na sexta-feira (27) pelo desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília, e atendeu ao pedido de reintegração dos profissionais feito pela associação que representa 1,7 mil intercambistas cubanos que ficaram no Brasil.

A entidade argumentou que médicos que chegaram ao país para trabalhar no programa Mais Médicos, criado em 2013 pela então presidenta Dilma Rousseff, não tiveram o vínculo renovado durante o programa Médicos pelo Brasil, criado no governo Jair Bolsonaro.

Segundo a Associação Nacional dos Profissionais Médicos Formados em Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Aspromed), os profissionais cubanos selecionados no 20º ciclo do programa tinham contrato de dois anos de forma improrrogável, enquanto o edital para os demais intercambistas previa três anos de trabalho, que poderiam ser renováveis.

Ao analisar os argumentos, o desembargador destacou a importância do programa para o atendimento da população que vive em municípios carentes e para auxiliar na crise humanitária envolvendo os indígenas yanomami.

“O programa permite implementar ações de saúde pública de combate à crise sanitária que se firmou na região do povo indígena yanomami. Há estado de emergência de saúde pública declarado, decretado por intermédio do Ministério da Saúde”, afirmou o magistrado.

Segundo o desembargador, a decisão também envolve questões humanitárias dos médicos cubanos que ficaram no Brasil.

“Mostra-se evidente a quebra de legítima expectativa desses médicos, que, em sua ampla maioria, já constituíram famílias em solo brasileiro. Após contratações juridicamente perfeitas de seus serviços por parte da União, que se prolongaram no tempo, afigura-se verossímil imaginar que os médicos cubanos aqui representados reprogramaram as suas vidas, segundo as expectativas formadas a partir dessas contratações, e parece justo reconhecer que agora pretendem permanecer no Brasil”, concluiu.

No fim de 2018, o governo cubano determinou o retorno dos profissionais após desacordo com declarações do então presidente eleito Jair Bolsonaro em relação a mudanças sobre as regras para que os médicos permanecessem no programa, como realização das provas do Revalida, exame para avaliar os conhecimentos sobre medicina, receber salário-integral e opção de trazer familiares para o Brasil.

No atual governo, o Ministério da Saúde estuda o retorno do programa antigo.

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Governo goiano quer ampliar assistência à saúde das pessoas trans

Serviços especializados no processo de afirmação de gênero são realizados no HGG e nos Ambulatórios Regionais de Itumbiara e de Senador Canedo

No último domingo, dia 29 de janeiro, foi celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Neste ano, o Governo de Goiás anunciou que planeja ampliar o atendimento especializado às pessoas que já passaram ou ainda estão no processo de afirmação de gênero para unidades estaduais no Sudoeste Goiano e no Entorno Norte do Distrito Federal. 

Por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a rede estadual já oferece serviços específicos às pessoas trans no Hospital Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, e nos Ambulatórios Regionais de Itumbiara e de Senador Canedo.

A Subcoordenação de Atenção à Saúde da População LGBT, que integra a Superintendência de Saúde Mental e Populações Específicas, planeja, executa e acompanha o desenvolvimento das ações para o atendimento integral e específico aos transgêneros. 

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A subcoordenadora Bianca Lopes Rosa informa que a SES-GO tem atuado de forma incisiva para garantir que as pessoas trans sejam inseridas, na Rede de Atenção à Saúde, no processo de afirmação de gênero para acompanhamento clínico adequado.

“Apesar dos desafios ainda existentes para ampliação do acesso, a disponibilização de todas essas ações, além de assegurar o direito à saúde dos transgêneros também possibilitam melhores condições de saúde mental e dignidade para essas pessoas”. 

Cirurgias

Atualmente, estão em funcionamento o Serviço Especializado do Processo Transexualizador do Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG), totalmente financiado pela SES-GO; o Ambulatório do Processo Transexualizador Regionalizado de Itumbiara, cofinanciado pela SES-GO; e o Ambulatório Regionalizado do Processo de Afirmação de Gênero de Senador Canedo, que está em processo de credenciamento para receber os recursos do Estado.

No HGG, é realizado o acompanhamento psicossocial e clínico, pré e pós-cirúrgico, e cirurgias por equipe multiprofissional e interdisciplinar, composta por médicos ginecologista, urologista, cirurgião plástico e psiquiatra, além de psicólogo.

O personal trainer Caleb Costa Novais, de 35 anos, paciente do HGG, conta que está satisfeito com o atendimento médico e psicossocial que recebe na unidade hospitalar. “As pessoas que não têm conhecimento sobre os serviços para afirmação de gênero devem procurar se informar sobre a questão. É importante fazer um tratamento seguro, com um processo de transição bem acompanhado”, sugeriu.

Os ambulatórios de Itumbiara e Senador Canedo, responsáveis pelo atendimento nas Regiões Sul e Centro-Sul do Estado, desenvolvem assistência na modalidade ambulatorial de acompanhamento psicossocial, realizado por equipe multiprofissional e interdisciplinar, com ênfase na saúde mental e, ainda, clínico para hormonização.

Ampliação

A SES, conforme relata Bianca Lopes Rosa, tem procurado ampliar a capacidade ambulatorial respaldada em resoluções firmadas pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que prevêem o cofinanciamento das ações. “Temos a intenção de possibilitar o atendimento ambulatorial a todas as pessoas transexuais do Estado de Goiás, o mais próximo possível de seus domicílios”, pontua a subcoordenadora.

Ela adianta que estão em processo de adesão e estruturação os Ambulatórios do Processo Transexualizador nas Regiões Sudoeste e Entorno Norte, em municípios a serem definidos e com o cofinanciamento da SES, pactuados na CIB. “Essa ampliação visa garantir o acesso pleno à saúde e à cidadania como direito constituído”, destaca a subcoordenadora.

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PORTAL G1

Padrasto é preso suspeito de estuprar enteada internada na UTI do Hugol

Equipe da unidade percebeu o crime e chamou a Polícia Militar. Criança está internada para tratar problema cardíaco.

Um homem foi preso no sábado (28) suspeito de estuprar a enteada de 5 anos internada na UTI do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). A assessoria de imprensa da unidade informou que o crime foi percebido pela equipe hospitalar, que chamou a Polícia Militar. Na delegacia, ele negou qualquer abuso. A criança está internada para tratar um problema cardíaco.

Segundo a assessoria, o homem estava como acompanhante da enteada na UTI pediátrica. Em um determinado momento, ele começou a passar o pé na região genital da criança. Uma enfermeira viu a cena e denunciou o crime.

O nome do suspeito não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última atualização da reportagem.

A Polícia Militar informou que foi chamada pelo hospital e que uma enfermeira confirmou que viu o crime. O homem foi preso e levado para a delegacia. As testemunhas também foram levadas para prestar depoimento.

A Polícia Civil disse que o padrasto foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável. O caso foi registrado inicialmente pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, mas será encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente para ser concluído.

"Ele não possui antecedentes. No momento da prisão, ele negou o abuso, disse aos militares que estava brincando. No interrogatório ficou em silêncio", disse o delegado Bruno Costa e Silva.

O Hugol informou que equipes multiprofissionais ficam na UTI 24 horas por dia e está verificando se o homem ficou no local apenas no sábado ou também esteve na unidade em outros dias.

A criança está com bom estado de saúde, acordada e respirando normalmente.

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Enfermeiro que sonha cursar medicina cria o próprio boneco de anatomia para ajudar treinamento de colegas

Projeto é mais barato que os vendidos no mercado, mas tem a mesma eficiência. Ele começou a desenvolver o boneco após consertar alguns que estragavam onde trabalhava.

Enfermeiro cria o próprio boneco de anatomia para ajudar treinamento de colegas

Um enfermeiro montou um boneco de anatomia para ajudar no treinamento de alunos, colegas de profissão e médicos no resgate de pessoas, em Goiânia. O projeto desenvolvido é mais barato do que os vendidos no mercado, mas tem a mesma eficiência. Além de colaborar com outras pessoas, Edimar Moreira Cabral tem o sonho de se tornar médico.

Edimar é enfermeiro, trabalha como condutor socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) há 15 anos, além de atuar em uma empresa de resgate por UTI aérea.

O item simula as vias aéreas de um paciente e é pode ser usado para treinar a intubação de pacientes e uso da máscara laríngea. Um boneco de anatomia custa cerca de R$ 6. Porém, o enfermeiro conseguiu construir um usando látex e que custa R$ 1 mil.

Edimar contou que, algumas vezes, bonecos como esse estragavam onde trabalhava e ele começou a consertar. Foi quando surgiu a ideia de montar o próprio.

“O foco é trabalhar em treinamentos e buscar patrocínios, quem sabe alguma faculdade no qual eu possa fazer uma parceria. Eu tenho o desejo de ministrar aulas para enfermeiros, quando fui ver o preço para comprar um, não conseguia. Como o desejo é grande, é uma forma de eu estudar também, eu resolvi fazer e copiar o meu próprio rosto”, contou.

O projeto demorou um ano para ficar pronto. Foram vários testes e aprimoramentos até o resultado final. Todo processo foi feito em um espaço do quintal da casa dele. Edimar já tem a ideia até mesmo de montar o corpo inteiro do boneco de anatomia.

O empenho de Edimar chamou a atenção dos colegas, que torcem pelo sucesso dele. Uma dessas pessoas é o médico Felipe Zibetti, que trabalha com o enfermeiro na empresa de resgate onde os dois trabalham.

“Eu vi o sonho que ele tem de cursar medicina. Mesmo com as limitações que ele tem de trabalho, financeiro, ele corre atrás, o boneco é prova disso, buscando meios para isso”, contou.

Apensar do grande sonho de se tornar médico, Edimar conta que ainda não conseguiu entrar em uma faculdade, principalmente pelo custo alto do curso.

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ISTOÉ

OMS pede investimento para combater doenças tropicais negligenciadas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, nesta segunda-feira (30), um maior investimento no combate às doenças tropicais negligenciadas, que afetam mais de 1,6 bilhão de pessoas, principalmente, em países menos desenvolvidos.

Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) - como dengue, chikungunya e hanseníase - são frequentes em áreas onde há escassez de tratamento de água e no acesso a cuidados de saúde.

"Essas doenças são 'negligenciadas', porque estão quase totalmente ausentes dos planos de ações globais de saúde", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no Dia Mundial das DTNs.

Em 2021, cerca de 1,65 bilhão de pessoas precisaram de tratamento para algumas dessas DTNs, ou seja, 80 milhões a menos do que em 2020.

O número de pessoas que precisam de tratamento caiu na última década. Apesar das dificuldades, 47 países eliminaram pelo menos uma dessas doenças até o final de 2022. Esse tipo de doença inclui cerca de 20 condições que ocorrem, principalmente, em áreas tropicais, ou que afetam as comunidades mais pobres.

Essas patologias, como a doença de Chagas, a dengue e a hanseníase, decorrem de diferentes patógenos, como vírus, bactérias, mas também parasitas, fungos e toxinas. Esses quadros epidemiológicos são complexos e, muitas vezes, estão relacionados com as condições ambientais.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 20 Janeiro 2023 12:01

CLIPPING AHPACEG 20/01/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo

Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'

Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde

Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok

Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano

Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023

Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde

Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos

Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem

FOLHA DE S.PAULO

6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo

São Paulo

Uma pesquisa brasileira apontou que 58,5% dos pacientes com Covid continuam a apresentar sintomas três meses após o quadro de infecção aguda, dos quais 69% afirmam que ainda não estão recuperados da Covid longa.

A taxa vai para 72% considerando os indivíduos que não estavam vacinados no momento em que contraíram o vírus.

Os dados são da Rede de Pesquisa Solidária, que inclui cientistas de diversas instituições brasileiras, incluindo USP, UnB (Universidade de Brasília) e a Fiocruz Brasília.

De acordo com o estudo, os sintomas de Covid longa podem aparecer tanto naqueles que tiveram quadro grave quanto em quem teve infecção leve ou assintomática: enquanto 94% dos respondentes com Covid longa buscaram atendimento hospitalar durante a fase aguda da doença, os outros 6% reportaram quadro leve.

Fisioterapeuta de centro de reabilitação em São Paulo trata paciente com sequelas pós-Covid - Rubens Cavallari - 13.mai.21/Folhapress

As sequelas registradas da doença foram múltiplas e afetaram diversos órgãos e sistemas no corpo. Entre os sintomas mais frequentes estão ansiedade (80%), perda de memória (78%), dor (77%), falta de atenção (75%), fadiga (73%), queda de cabelo (71%), alterações de sono (70%), alterações de humor (62%) e dor nas articulações (59%).

A nota alerta, ainda, para 81% dos respondentes terem procurado algum serviço de saúde já para tratar os sintomas persistentes, mas a falta de orientação dos profissionais de saúde sobre sequelas da Covid dificultam o diagnóstico e tratamento adequados.

A pesquisa foi feita por meio eletrônico entre 14 de março e 14 de abril de 2022. Ao final, 1.728 adultos com 18 anos ou mais responderam à pesquisa, dos quais 1.230 tiveram diagnóstico positivo para Covid confirmado por exame do tipo RT-PCR. Das pessoas com testes positivos, 720 (58,5%) afirmaram ter sintomas persistentes e, entre esses, 496 (69%) ainda não se recuperaram das sequelas. A maioria dos respondentes (84%) era do sexo feminino e apresentava 25 a 40 anos (40%).

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Brasília Erica Tatiane da Silva, a maior incidência de sintomas relacionados aos problemas mentais e físicos em uma população economicamente ativa demonstra como as sequelas pós-Covid podem afetar as atividades do dia a dia.

"A grande questão é que não temos com muita clareza as causas e fatores associados à Covid longa, e pela nossa pesquisa observamos um impacto grande nas atividades de trabalho e estudo sem a orientação adequada aos pacientes", diz.

Silva lembra ainda que os efeitos da Covid longa são diversos e não podem ficar apenas em uma especialidade médica, sendo necessária uma avaliação para cada queixa de sintoma, sejam eles neurológicos, pneumológicos ou cardiológicos.

"Mas é importante ressaltar que os sintomas podem aparecer em ambos os sexos, em qualquer grupo etário e independentemente da gravidade da doença, porque mesmo casos leves têm reportado sintomas de pós-Covid", afirma Silva.

A nota ressalta que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 10% a 20% das pessoas com Covid podem desenvolver quadro de Covid longa, o que no Brasil pode representar de 2,8 milhões a 5,6 milhões. No entanto, não há diretrizes ou orientações mais específicas do Ministério da Saúde sobre tal quadro.

Para Michelle Fernandez, pesquisadora e professora do Instituto de Ciência Política da UnB, faltou "empenho energético" por parte do governo brasileiro no que diz respeito às orientações sobre Covid longa. "Percebemos que houve pouca preocupação por parte do governo para pensar na Covid longa, houve apenas uma diretriz de novembro de 2021 olhando para a condução da doença do ponto de vista clínico."

A nota reflete que, assim como em outras áreas, houve falhas na condução federal para as orientações sobre Covid longa. "O ministério poderia ter agido para orientar os profissionais de saúde nos postos sobre o atendimento de pessoas com sintomas de Covid longa, e isso poderia ser feito no âmbito da atenção primária à saúde", diz.

VACINAÇÃO

Segundo a nota, a incidência era maior naqueles não vacinados, reforçando o que já foi encontrado em outros estudos, incluindo um brasileiro que apontou que a quarta dose protege contra sintomas pós-Covid.

Outras pesquisas apontam para maior incidência de sequelas da Covid em mulheres, em pessoas que tiveram necessidade de ventilação mecânica e naqueles com quadro mais agravado durante a fase aguda.

"Sem dúvidas é importante conscientizar neste momento uma campanha forte e massiva em relação à vacinação, pois, apesar de não ter estudos conclusivos ainda, já há indícios de que a vacina ajuda não só na proteção de quadro grave e morte mas no pós-Covid", diz Fernandez.

Com estudos apontando queda na aceitação vacinal no país, os cientistas dizem que o novo governo, alinhado a uma campanha de incentivo à imunização, deveria focar também as orientações sobre Covid longa. "Campanhas de conscientização são importantes para de fato conduzirem as pessoas a se vacinar, estimular a vacinação", completa.

A pesquisa analisou publicações do Ministério da Saúde sobre Covid longa até o final de dezembro de 2022, ainda sob a gestão do governo Bolsonaro (PL).

A pasta da saúde, já na nova gestão de Lula (PT), disse que trabalha com estimativas de prevalência dos sintomas mais frequentes de Covid longa por meio do acompanhamento de pesquisas clínicas. Disse, também, que o acompanhamento das pessoas nessa condição é realizado nos serviços de Atenção Primária, e os registros nos sistemas são realizados por meio de classificações específicas (CID U09.9 e U10.9).

O ministério reforça a importância da vacinação, incluindo todas as doses de reforço indicadas, para garantir a máxima proteção contra casos graves e Covid longa.

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O GLOBO

Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'

As primeiras decisões do governo Lula referentes ao aborto geraram reações entre evangélicos, católicos e de parlamentares bolsonaristas, reavivando a agenda de costumes da qual o presidente tentou se esquivar durante a campanha eleitoral. Nesta semana, o país se desligou do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, aliança antiaborto que tinha no Brasil seu maior entusiasta desde que Donald Trump deixou a Casa Branca, há dois anos. Além disso, o Ministério da Saúde revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, entre elas uma que citava a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial.

Após o anúncio da saída do grupo ultraconservador, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou no Instagram um vídeo com críticas a Lula: "Mais uma vez, mostra que é só mais um estelionatário eleitoral de dizer que é contra o aborto só para ganhar voto".

Já o pastor Silas Malafaia relembrou a carta aos evangélicos que Lula apresentou no período eleitoral. A época, o gesto do então candidato petista buscava acenar ao grupo, que majoritariamente apoiava a candidatura de Bolsonaro - Malafaia segue sendo um dos principais aliados do ex presidente no segmento.

"Lembra na campanha eleitoral do Lula dizendo que apoia o aborto? Mas ele viu que falou bobagem que não rende voto, aí o mentiroso, cínico e manipulador escreve uma carta aos evangélicos", disse o pastor.

Em abril do ano passado, ao afirmar que o aborto é uma questão de saúde pública, Lula afirmou que "todo mundo deveria ter direito", o que gerou desgastes. Já na campanha, Lula hesitou a fazer um gesto direcionado a evangélicos, mas acabou lançando a carta em que afirma que "a vida é sagrada, obradas mãos do Criador" e reforça o "compromisso com sua proteção". Na sequência, o petista acrescenta que é "pessoalmente contra o aborto e lembro" e ressalta que eventuais mudanças sobre o tema cabem ao Congresso, não ao Executivo.

Assim como Malafaia, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) também lembrou da carta e afirmou que o aborto representa um "assassinato de inocentes". Já o senador Flávio Bolsonaro (PLRJ) disse que a organização da qual o Brasil se retirou representa "uma linha de defesa importante pró-vida".

Ao se desligar da aliança antiaborto promovida por Bolsonaro e Trump, o Ministério das Relações Exteriores disse que "o Brasil considera que o documento contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família".

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também se posicionou por meio de uma nota com o título "Vida em primeiro lugar", com críticas a medidas do governo Lula. O texto, assinado por quatro líderes da Igreja Católica, repudia qualquer iniciativa que sinalize para a "flexibilização do aborto" e relembra as promessas feitas por Lula na corrida presidencial. "A revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais precisa ser esclarecida pelo governo federal, considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha", diz a nota. "A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz, É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado democrático de Direito".

NOVO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O texto se refere às mudanças promovidas dentro do Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade. Na segunda-feira, ela revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, sob o argumento de que contrariavam diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de não terem a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) nas suas concepções.

Entre elas, está a que trata do "procedimento de justificação e autorização da interrupção da gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do SUS". Essa portaria falava, por exemplo, sobre a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial responsável, O texto também destacava que era preciso preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos do embrião ou feto.

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O ESTADO DE S.PAULO

Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde

Os brasileiros saíram de um processo eleitoral vazio, com agressões mútuas, valorização de ideologias e quase nenhum debate sobre propostas que efetivamente possam melhorar a vida das pessoas e colocar o País nos trilhos do desenvolvimento socioeconômico e cultural. A saúde foi apontada em 2022, por alguns institutos de pesquisa, como uma das principais preocupações dos eleitores, fato que se arrasta pelo menos desde as eleições de 2014. Apesar disso, dos problemas que enfrentamos com a pandemia e de termos registrado um dos maiores índices de mortalidade por covid-19 em todo o mundo, com quase 700 mil óbitos, praticamente nada foi proposto no último pleito para melhorar a saúde dos cidadãos.

Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos. Trata-se de uma conquista inquestionável para a sociedade o Artigo 196 da Constituição: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". O momento de comemoração e expectativa pela chegada da nova gestão federal exige uma avaliação profunda sobre o que efetivamente está e o que não está funcionando no nosso sistema de saúde. O SUS, como assistimos nos últimos dois anos, foi o pilar da cidadania em nosso país em uma das maiores crises sanitárias da História. É, portanto, um verdadeiro patrimônio civilizatório e motivo de orgulho para todos os brasileiros. Lamentavelmente, como não temos conseguido encontrar meios para fazer escolhas racionais em questões de saúde, usando critérios de efetividade e racionalidade, elas ocorrem aleatoriamente, através de pressões políticas, lobbies ou decisões jurídicas individuais. Claro que, assim, os resultados não podem ser bons.

As insistentes filas para atendimento nos hospitais - que são peças fundamentais para o sistema - são retrato de um modelo assistencial retalhado. Cabe à atenção primária, através dos agentes comunitários de saúde, Programa Estratégia Saúde da Família, médicos e equipe multiprofissional orientar os cidadãos em suas jornadas de saúde para que elas sejam efetivas e eficazes. Mas esse "caminho" precisa estar traçado.

Publicações técnicas apontam que 85% das questões de saúde podem ser resolvidas na atenção primária, portanto, é aqui que se produzem os melhores resultados para a saúde da população. Além de porta de entrada do sistema, uma atenção primária organizada e bem-feita desafoga os serviços de urgência e emergência e encaminha as pessoas para serviços de maior complexidade, quando necessário, diminuindo as filas nos hospitais e os custos assistenciais para os cofres públicos. Infelizmente, nosso modelo ainda não foi capaz de se organizar de forma adequada para proporcionar uma integração assistencial efetiva entre os serviços de diferentes complexidades.

No setor de saúde suplementar também verificamos uma fragilidade organizacional de modelo. Mesmo com mais recursos, encontramos filas nos prontos-socorros e o crescente número de consultas, exames e procedimentos não têm, necessariamente, garantido saúde melhor para os usuários desse sistema.

O financiamento é outro problema que precisa ser enfrentado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a saúde movimenta por ano 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Tomando como base o PIB nacional de 2021, de R$ 8,7 trilhões, chegamos a um montante de R$ 835,2 bilhões, incluindo investimentos públicos das três esferas de governo (União, Estados e municípios) e do setor privado (compreendido pela saúde suplementar e investimentos diretos feitos pelas famílias).

Quando analisadas as despesas dos setores público e privado isoladamente, o público fica com a menor fatia de investimento: 4,2% do PIB (R$ 365,5 bilhões), contra 5,4% do setor privado (R$ 469,7 bilhões). Na comparação com países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), observa-se que as despesas brasileiras como proporção do PIB são semelhantes, mas a participação dos gastos públicos é menor do que a média desses países. É inadmissível que em um sistema como o SUS, que está fundamentado nos pilares da universalidade, equidade e integralidade, os investimentos públicos sejam menores que os investimentos privados.

Essas distorções têm origem, principalmente, em uma visão desestruturada do sistema de saúde, de autoridades públicas e privadas, que privilegiam, muitas vezes, ações mais imediatistas, e não conseguem planejar e implantar políticas estruturantes capazes de gerar resultados em médio ou longo prazo. Por isso, nossos esforços, demandas e anseios são concentrados na doença, e não na saúde. Já passou da hora de inverter o foco.

Tentar, por exemplo, resolver "apenas" a fila nos hospitais é como se, num navio que teve o casco perfurado por um iceberg, colocássemos atenção no tamanho do balde para drenar a água, ou na técnica utilizada pelo marinheiro para retirá-la. O balde pode ser pequeno e o marinheiro despreparado, mas nada disso significa que o problema verdadeiro não seja a enorme abertura no casco. Com a experiência de 35 anos de SUS e um novo governo, a expectativa é de que possamos aprender, prioritariamente, que melhor do que cuidar do cidadão doente é cuidar para que ele não adoeça.

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Francisco Balestrin - médico, é presidente do Sindhosp

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AGÊNCIA ESTADO

Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok

A polícia da Argentina investiga se a morte de uma menina de 12 anos ocorreu após a adolescente participar, na última sexta-feira (13/1), do chamado Blackout Challenge, o "desafio do apagão", no TikTok. A "trend", como se chamam os conteúdos virais que circulam de forma natural na rede social, estimulava jovens a provocarem o auto sufocamento até o ponto de desmaio. O TikTok desativou a busca pelo desafio e emitiu comunicados de prevenção. "Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar", afirma o comunicado publicado pela rede chinesa assim que se busca pela palavra-chave Blackout Challenge.

Segundo apuração do jornal argentino Clarín, que noticiou a morte da adolescente Milagros, esta teria sido a terceira tentativa de auto sufocamento da menina. Ainda conforme a imprensa argentina, a família diz que há vídeos no celular da garota em que ela aparece tentando a asfixia outras vezes. A morte não teria sido a primeira ligada a esta "brincadeira".

Apesar de a reportagem não ter encontrado vídeos sobre o desafio no TikTok, há postagens relatando outros casos e alertando os usuários da rede social sobre o perigo. A morte do britânico Leon Brown, de 14 anos, que foi encontrado asfixiado pelos pais em seu quarto em agosto de 2022, é uma das mais mencionadas nos vídeos que circulam na rede social. Na época, a mãe dele, Lauryn Keating, afirmou ao jornal escocês Daily Record que colegas do filho relataram que ele participou do desafio.

Em dezembro de 2021, a mãe da jovem Nylah Anderson, da Filadélfia, nos EUA, processou o TikTok pela morte da filha, que teria participado do mesmo desafio. Mas, em outubro de 2022, o juiz rejeitou o pedido com base a Lei Federal de Decência nas Comunicações, dos EUA, que protege editores do trabalho de terceiros - a postagem é considerada de responsabilidade do seu autor, e não da rede. As famílias de mais duas meninas americanas, de 8 e 9 anos, mortas em 2021, também entraram com ação contra o TikTok pela mesma razão.

"A curiosidade é um motor importante para a vida. Leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz Wimer Bottura, psiquiatra do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina. Por outro lado, "como o repertório de informações da criança ainda é baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos.

Resposta
O TikTok afirma que desafios envolvendo asfixia são anteriores à rede social, lançada em 2016, citando documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano de 2008 que já relatava mortes por um jogo similar, o Choking Game. "Sentimos muito pela trágica perda desta família (em relação ao caso ocorrido na Argentina). A segurança da nossa comunidade é prioridade e levamos muito a sério qualquer ocorrência sobre um desafio perigoso. Conteúdos dessa natureza são proibidos em nossa plataforma e serão removidos caso sejam encontrados", disse a empresa ao Estadão.

Desenvolvimento do senso crítico
O psiquiatra Wimer Bottura, presidente do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina, diz que um dos motivadores que podem estar levando as crianças a repetir o desafio que incita o sufocamento é o prazer. "A hipóxia, como chamamos a falta de oxigenação no cérebro, leva a uma euforia, uma sensação de prazer muito grande na pessoa", afirma.

O especialista alerta, porém, que é comum que crianças se interessem por desafios de maneira geral. "A curiosidade é um motor importante para a vida. Ela leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz o psiquiatra. Por outro lado, "como repertório de informações da criança ainda é muito baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos. Para Bottura, o caminho para evitar esse tipo de acidente é desenvolvendo o senso crítico da criança para que ela mesma se proteja desse tipo de armadilha.

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A REDAÇÃO

Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano

O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) inaugura nesta sexta-feira (20/1), sua nova regional, em Jataí, no Sudoeste goiano. A unidade, uma das 126 voltadas ao relacionamento presencial com os usuários, estava em obras desde o dia 16 de novembro. Ao todo, o instituto investiu R$ 180 mil na requalificação da estrutura física do local, que também responde pelos postos da cidade de Mineiros. 

“A entrega da regional Jataí marca não apenas a primeira obra concluída este ano, mas também simboliza o começo dos investimentos que serão feitos em 2023 dentro do nosso plano de melhoria da estrutura física do Ipasgo. Já estão no nosso calendário de obras, por exemplo, reformas das regionais Ceres, São Luís de Montes Belos, Morrinhos, Itumbiara e Catalão”, antecipa o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, ex-prefeito de Jataí. Além das cinco Regionais, o planejamento do instituto para este ano inclui a requalificação física dos postos de atendimento de Quirinópolis, Vianópolis e Santa Helena de Goiás.

Nesses dois meses de obras, a regional Jataí passou por troca completa e modernização do sistema de iluminação, das redes elétrica, de dados e de climatização; ganhou piso tátil, impermeabilização, nova pintura, bancadas em granito, caixa d’água, fachada e jardim; melhoria dos mobiliários, da rede hidrossanitária, dos pisos, telhado, pastilhas e outros revestimentos. Também houve correção de trincas, fissuras e infiltrações. O prédio, agora completamente revitalizado, foi inaugurado em 1998. 

“As regionais são um elo extremamente importante entre os usuários e o instituto. Elas mediam nosso relacionamento e ao mesmo tempo nos aproximam dos usuários, nos oferecendo subsídios importantes para traçar planos e metas que nos levem à evolução contínua do Ipasgo, nossa principal meta”, avalia Vinicius Luz.

Em média, a Regional Jataí recebe todos os meses cerca de 1.590 usuários em busca de serviços administrativos, como emissão de boletos de pagamentos, abertura de processos de adesão, realização de acordos financeiros, entre outros procedimentos. Além de 17 Regionais, o Ipasgo tem 35 postos e está presente em 73 Vapt Vupts localizados em todas as regiões de Goiás. 

Outros investimentos

À localizada em Jataí, somam-se reformas já realizadas nas regionais Rio Verde, Iporá, Anápolis e Goiás; no Ipasgo Clínicas Campinas, em Goiânia, e outras manutenções corretivas e preventivas nos 43 prédios do instituto. Desde 2019, o Ipasgo destinou quase R$ 1,3 milhão para reformas e manutenções das unidades existentes. 

Paralelamente, também investiu na ampliação da rede própria voltada ao atendimento à saúde dos usuários. Nos últimos quatro anos, a autarquia do Governo de Goiás passou a contar com mais três unidades: uma focada em atendimento pediátrico, localizada no Setor Serra Dourada, em Aparecida de Goiânia; outra, direcionada à saúde mental, em Campinas; e a terceira em Anápolis. Um investimento que possibilitou a prestação de mais de 263,8 mil serviços, a exemplo de pediatria, endocrinologia, reumatologia, pneumopediatria e clínica geral, de 2019 a 2022, nas cinco unidades do Ipasgo Clínicas.

Referência nacional na área de assistência à saúde, o Ipasgo assiste a quase 600 mil cidadãos e está conveniado a entidades de 145 municípios de Goiás, aos quais oferece uma ampla rede credenciada composta por 1.136 clínicas, laboratórios e hospitais e por 3.776 médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, entre outros profissionais.

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Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023

Os trabalhadores que ganham um salário mínimo e meio terão que pagar Imposto de Renda, a partir de 2024, quando é recolhido o tributo do ano base anterior, caso a tabela atual não seja corrigida este ano. Atualmente, a isenção para a contribuição é aplicada para pessoas com uma renda de até R$ 1.903,98. Com o reajuste salarial de 2023, o salário mínimo ficou em R$ 1.302,00. 

A Receita Federal ainda irá divulgar a tabela deste ano. Durante a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi prometido que a tabela do Imposto de Renda seria corrigida acima da inflação, subindo dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 5 mil. Caso isso ocorra, quem ganha até R$ 5 mil estará isento.

QUEM É OBRIGADO A DECLARAR IMPOSTO DE RENDA?


É obrigado a realizar a declaração do IRPF quem teve:


- Rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil; 

- Ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto;  

- Isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; 

- Operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 

- Posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil (31 de dezembro de 2021); 

- Receita bruta na atividade rural de tributáveis acima de R$ 142.798,50; 

- Quer compensar, em 2021 ou anos seguintes, prejuízos da atividade rural de 2021 ou anos anteriores; 

- Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro 

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FATOR BRASIL

Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde

Convênios da Ativia Saúde serão disponibilizados por valores a partir de R$ 141,55.

A Qualicorp, maior plataforma de escolha de planos de saúde do Brasil, acaba de assinar uma parceria com a Ativia Saúde para oferecer planos aos moradores de cidades do Vale do Paraíba e do Litoral Norte de São Paulo. Os planos custam a partir de R$ 141,55 (a depender da faixa etária e categoria do plano contratado).

Serão ofertadas seis categorias de convênios. As opções no modelo adesão (com e sem coparticipação) são Essencial, Ativia Vale Enfermaria e Ativia Vale Apartamento que abrangem cuidados ambulatoriais e hospitalares com obstetrícia.

Os planos da categoria Essencial Adesão serão comercializados nas cidades de Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos. Já os planos Ativia Vale Adesão incluem também os municípios de Caçapava, Guaratinguetá, Lorena, São Sebastião e Taubaté.

Esta parceria apresenta soluções para oferecer saúde de qualidade à região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da excelência no cuidado com os clientes, as opções também contam com excelente custo-benefício afirma Bruno Leite, supervisor comercial da Quali em São Paulo. A rede de atendimento é muito boa com o Hospital Alvorada em Jacareí, Hospital Antoninho da Rocha Marmo em São José dos Campos, Hospital São Lucas em Taubaté e muito mais completa.

Os convênios médicos da Ativia Saúde são válidos para diversas profissões por meio das entidades de classe parceiras como: Asprofoli para profissionais liberais, SAESP para administradores, Crefito para Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacional, UNE para os estudantes dentre muitas outras.

Campanha para corretores 3 A Qualicorp ofertará um cyber bônus para os corretores parceiros na venda dos planos. A bonificação será paga à vista e varia de R$ 150 a R$ 400, a depender da idade do contratante. 

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HOJE EM DIA

Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos

Jihan Zoghbi*

A evolução do atendimento está em potencializar os hospitais como verdadeiros hubs de cuidado. Mais do que buscar um tratamento, o ideal é que os pacientes tenham acesso a ferramentas que os ajudem a prevenir doenças. Esse é o verdadeiro sentido de quem atua no setor de tecnologia para a saúde: proporcionar condições para uma vida com mais qualidade.

A recente sanção da Lei 14.510/22, que regulamenta a Telessaúde no Brasil, é um passo essencial para democratizar o acesso a recursos médicos de alto padrão. Por questões geográficas, econômicas, políticas e sociais, a grande maioria dos especialistas está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país. Para grande parte da população, é inviável o deslocamento até esses centros.

No caso do câncer infantil, por exemplo, essa realidade se torna ainda mais cruel. Dados do Inca apontam que crianças do Norte e do Nordeste têm menos chances de sobreviver - algo entre 50% e 60% - porque a estrutura regional de saúde não permite diagnósticos e intervenções precoces. O que se espera, com a telemedicina finalmente validada, é reduzir essas diferenças. É promover a vida.

Todos sabemos que a pandemia da Covid-19 intensificou demandas críticas, especialmente na saúde pública. Há pelo menos 11,6 milhões de cirurgias eletivas represadas e 1,3 milhão de exames diagnósticos que não foram feitos em um intervalo de dois anos, conforme números levantados pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).

Zerar essa fila será muito difícil, mas não é impossível. O primeiro passo é ampliar o atendimento, alcançar quem deixou de fazer consultas e exames e identificar os pacientes com maior gravidade, em todas as regiões. A telemedicina e a telerradiologia podem ser grandes aliadas nessa missão.

Outro ponto essencial é a segurança. Pela nova legislação, os serviços de telessaúde precisam respeitar o Marco Civil da Internet, a Lei do Ato Médico, a Lei Geral de Proteção de Dados, a Lei do Prontuário Eletrônico e o Código de Defesa do Consumidor. Hospitais e clínicas devem estar atentos, assim como as empresas que fornecem tecnologia, a todas essas exigências. A qualidade do atendimento está diretamente ligada à confiança, com transparência na relação entre todas as partes envolvidas.

Vale reiterar que apesar de todos os desafios, os dois últimos anos também permitiram avanços extraordinários na Medicina. O uso da tecnologia já é uma realidade para milhares de pessoas e profissionais. Intensificou-se o debate sobre o uso de inteligência artificial, da realidade virtual e, até mesmo, do metaverso para promover a saúde. A inovação é uma porta aberta, que revoluciona todos os dias a forma de prevenir, diagnosticar e tratar doenças.

Portanto, não se pode temer os benefícios desse movimento em prol da vida no Brasil. E para que a telessaúde realmente alcance o seu propósito, é preciso investir cada vez mais em modernização, informação e formação. Quanto mais qualificados forem os serviços, mais bem aproveitados serão os recursos humanos e financeiros. É prioridade sanar gargalos históricos, dentro da heterogeneidade da saúde brasileira, sem perder de vista os avanços já conquistados até aqui.

*CEO da startup Dr. TIS

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JORNAL DO COMMERCIO

Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem

O piso da enfermagem tem mais uma atualização no Governo Lula (PT). Após reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quinta-feira (19) foi estipulado importante prazo sobre a definição do piso salarial dos enfermeiros. Veja o que acontece e qual será a data definida.

Segundo o portal Jota, a definição na reunião com a ministra de Lula definiu uma data para apresentação de um relatório sobre o piso da enfermagem.

A ideia é que o grupo de trabalho criado para desenvolver critérios nas distribuições de recursos do piso salarial da enfermagem entregue um relatório até 30/01 para garantir a viabilidade do piso salarial da enfermagem. O documento buscará encontrar fontes de financiamento para o piso dos enfermeiros.

O objetivo é que se consiga desenvolver uma forma de viabilizar o piso da enfermagem para que a suspensão do Supremo Tribunal Federal (STF) acabe.

A reunião com lideranças dos enfermeiros também indicou que o relatório sobre o piso da enfermagem só será transformado em Medida Provisória após avaliação pelas associações de enfermeiros, no caso o Conass e o Conasems.

Ainda não há certeza que a medida vai conseguir garantir a aprovação do piso salarial da enfermagem dentro do STF. Não será o Grupo de Trabalho (GT) o responsável por implementar o piso da enfermagem, o GT só é responsável por analisar a situação e encontrar uma forma de viabilizar o piso dos enfermeiros.

VALOR do PISO da ENFERMAGEMÂ

A PEC que aprovou o piso salarial da enfermagem estipulava um piso nacional para os enfermeiros. A definição apontava que no piso da enfermagem seria:

R$ 4.750,00 para enfermeiros

R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem

R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras

LULA prometeu Piso Salarial Enfermagem para 2023

A viabilidade do piso da enfermagem foi uma das promessas do presidente Lula durante seu período de campanha.Â

Em setembro de 2022 Lula declarou que "Se a gente ganhar, a gente vai ter que dar um jeito no Centrão, vai ter que mexer no orçamento secreto, vai ter que cumprir o piso da enfermagem".

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 20 Janeiro 2023 12:01

CLIPPING AHPACEG 20/01/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo

Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'

Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde

Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok

Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano

Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023

Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde

Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos

Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem

FOLHA DE S.PAULO

6 em cada 10 que tiveram Covid continuam com sintomas 3 meses após infecção, diz estudo

São Paulo

Uma pesquisa brasileira apontou que 58,5% dos pacientes com Covid continuam a apresentar sintomas três meses após o quadro de infecção aguda, dos quais 69% afirmam que ainda não estão recuperados da Covid longa.

A taxa vai para 72% considerando os indivíduos que não estavam vacinados no momento em que contraíram o vírus.

Os dados são da Rede de Pesquisa Solidária, que inclui cientistas de diversas instituições brasileiras, incluindo USP, UnB (Universidade de Brasília) e a Fiocruz Brasília.

De acordo com o estudo, os sintomas de Covid longa podem aparecer tanto naqueles que tiveram quadro grave quanto em quem teve infecção leve ou assintomática: enquanto 94% dos respondentes com Covid longa buscaram atendimento hospitalar durante a fase aguda da doença, os outros 6% reportaram quadro leve.

Fisioterapeuta de centro de reabilitação em São Paulo trata paciente com sequelas pós-Covid - Rubens Cavallari - 13.mai.21/Folhapress

As sequelas registradas da doença foram múltiplas e afetaram diversos órgãos e sistemas no corpo. Entre os sintomas mais frequentes estão ansiedade (80%), perda de memória (78%), dor (77%), falta de atenção (75%), fadiga (73%), queda de cabelo (71%), alterações de sono (70%), alterações de humor (62%) e dor nas articulações (59%).

A nota alerta, ainda, para 81% dos respondentes terem procurado algum serviço de saúde já para tratar os sintomas persistentes, mas a falta de orientação dos profissionais de saúde sobre sequelas da Covid dificultam o diagnóstico e tratamento adequados.

A pesquisa foi feita por meio eletrônico entre 14 de março e 14 de abril de 2022. Ao final, 1.728 adultos com 18 anos ou mais responderam à pesquisa, dos quais 1.230 tiveram diagnóstico positivo para Covid confirmado por exame do tipo RT-PCR. Das pessoas com testes positivos, 720 (58,5%) afirmaram ter sintomas persistentes e, entre esses, 496 (69%) ainda não se recuperaram das sequelas. A maioria dos respondentes (84%) era do sexo feminino e apresentava 25 a 40 anos (40%).

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Brasília Erica Tatiane da Silva, a maior incidência de sintomas relacionados aos problemas mentais e físicos em uma população economicamente ativa demonstra como as sequelas pós-Covid podem afetar as atividades do dia a dia.

"A grande questão é que não temos com muita clareza as causas e fatores associados à Covid longa, e pela nossa pesquisa observamos um impacto grande nas atividades de trabalho e estudo sem a orientação adequada aos pacientes", diz.

Silva lembra ainda que os efeitos da Covid longa são diversos e não podem ficar apenas em uma especialidade médica, sendo necessária uma avaliação para cada queixa de sintoma, sejam eles neurológicos, pneumológicos ou cardiológicos.

"Mas é importante ressaltar que os sintomas podem aparecer em ambos os sexos, em qualquer grupo etário e independentemente da gravidade da doença, porque mesmo casos leves têm reportado sintomas de pós-Covid", afirma Silva.

A nota ressalta que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 10% a 20% das pessoas com Covid podem desenvolver quadro de Covid longa, o que no Brasil pode representar de 2,8 milhões a 5,6 milhões. No entanto, não há diretrizes ou orientações mais específicas do Ministério da Saúde sobre tal quadro.

Para Michelle Fernandez, pesquisadora e professora do Instituto de Ciência Política da UnB, faltou "empenho energético" por parte do governo brasileiro no que diz respeito às orientações sobre Covid longa. "Percebemos que houve pouca preocupação por parte do governo para pensar na Covid longa, houve apenas uma diretriz de novembro de 2021 olhando para a condução da doença do ponto de vista clínico."

A nota reflete que, assim como em outras áreas, houve falhas na condução federal para as orientações sobre Covid longa. "O ministério poderia ter agido para orientar os profissionais de saúde nos postos sobre o atendimento de pessoas com sintomas de Covid longa, e isso poderia ser feito no âmbito da atenção primária à saúde", diz.

VACINAÇÃO

Segundo a nota, a incidência era maior naqueles não vacinados, reforçando o que já foi encontrado em outros estudos, incluindo um brasileiro que apontou que a quarta dose protege contra sintomas pós-Covid.

Outras pesquisas apontam para maior incidência de sequelas da Covid em mulheres, em pessoas que tiveram necessidade de ventilação mecânica e naqueles com quadro mais agravado durante a fase aguda.

"Sem dúvidas é importante conscientizar neste momento uma campanha forte e massiva em relação à vacinação, pois, apesar de não ter estudos conclusivos ainda, já há indícios de que a vacina ajuda não só na proteção de quadro grave e morte mas no pós-Covid", diz Fernandez.

Com estudos apontando queda na aceitação vacinal no país, os cientistas dizem que o novo governo, alinhado a uma campanha de incentivo à imunização, deveria focar também as orientações sobre Covid longa. "Campanhas de conscientização são importantes para de fato conduzirem as pessoas a se vacinar, estimular a vacinação", completa.

A pesquisa analisou publicações do Ministério da Saúde sobre Covid longa até o final de dezembro de 2022, ainda sob a gestão do governo Bolsonaro (PL).

A pasta da saúde, já na nova gestão de Lula (PT), disse que trabalha com estimativas de prevalência dos sintomas mais frequentes de Covid longa por meio do acompanhamento de pesquisas clínicas. Disse, também, que o acompanhamento das pessoas nessa condição é realizado nos serviços de Atenção Primária, e os registros nos sistemas são realizados por meio de classificações específicas (CID U09.9 e U10.9).

O ministério reforça a importância da vacinação, incluindo todas as doses de reforço indicadas, para garantir a máxima proteção contra casos graves e Covid longa.

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O GLOBO

Política sobre aborto reativa 'guerra de costumes'

As primeiras decisões do governo Lula referentes ao aborto geraram reações entre evangélicos, católicos e de parlamentares bolsonaristas, reavivando a agenda de costumes da qual o presidente tentou se esquivar durante a campanha eleitoral. Nesta semana, o país se desligou do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, aliança antiaborto que tinha no Brasil seu maior entusiasta desde que Donald Trump deixou a Casa Branca, há dois anos. Além disso, o Ministério da Saúde revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, entre elas uma que citava a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial.

Após o anúncio da saída do grupo ultraconservador, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou no Instagram um vídeo com críticas a Lula: "Mais uma vez, mostra que é só mais um estelionatário eleitoral de dizer que é contra o aborto só para ganhar voto".

Já o pastor Silas Malafaia relembrou a carta aos evangélicos que Lula apresentou no período eleitoral. A época, o gesto do então candidato petista buscava acenar ao grupo, que majoritariamente apoiava a candidatura de Bolsonaro - Malafaia segue sendo um dos principais aliados do ex presidente no segmento.

"Lembra na campanha eleitoral do Lula dizendo que apoia o aborto? Mas ele viu que falou bobagem que não rende voto, aí o mentiroso, cínico e manipulador escreve uma carta aos evangélicos", disse o pastor.

Em abril do ano passado, ao afirmar que o aborto é uma questão de saúde pública, Lula afirmou que "todo mundo deveria ter direito", o que gerou desgastes. Já na campanha, Lula hesitou a fazer um gesto direcionado a evangélicos, mas acabou lançando a carta em que afirma que "a vida é sagrada, obradas mãos do Criador" e reforça o "compromisso com sua proteção". Na sequência, o petista acrescenta que é "pessoalmente contra o aborto e lembro" e ressalta que eventuais mudanças sobre o tema cabem ao Congresso, não ao Executivo.

Assim como Malafaia, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) também lembrou da carta e afirmou que o aborto representa um "assassinato de inocentes". Já o senador Flávio Bolsonaro (PLRJ) disse que a organização da qual o Brasil se retirou representa "uma linha de defesa importante pró-vida".

Ao se desligar da aliança antiaborto promovida por Bolsonaro e Trump, o Ministério das Relações Exteriores disse que "o Brasil considera que o documento contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família".

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também se posicionou por meio de uma nota com o título "Vida em primeiro lugar", com críticas a medidas do governo Lula. O texto, assinado por quatro líderes da Igreja Católica, repudia qualquer iniciativa que sinalize para a "flexibilização do aborto" e relembra as promessas feitas por Lula na corrida presidencial. "A revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais precisa ser esclarecida pelo governo federal, considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha", diz a nota. "A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz, É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado democrático de Direito".

NOVO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O texto se refere às mudanças promovidas dentro do Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade. Na segunda-feira, ela revogou seis portarias da gestão Bolsonaro, sob o argumento de que contrariavam diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de não terem a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) nas suas concepções.

Entre elas, está a que trata do "procedimento de justificação e autorização da interrupção da gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do SUS". Essa portaria falava, por exemplo, sobre a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial responsável, O texto também destacava que era preciso preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos do embrião ou feto.

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O ESTADO DE S.PAULO

Artigo - Tratando a doença do Ministério da Saúde

Os brasileiros saíram de um processo eleitoral vazio, com agressões mútuas, valorização de ideologias e quase nenhum debate sobre propostas que efetivamente possam melhorar a vida das pessoas e colocar o País nos trilhos do desenvolvimento socioeconômico e cultural. A saúde foi apontada em 2022, por alguns institutos de pesquisa, como uma das principais preocupações dos eleitores, fato que se arrasta pelo menos desde as eleições de 2014. Apesar disso, dos problemas que enfrentamos com a pandemia e de termos registrado um dos maiores índices de mortalidade por covid-19 em todo o mundo, com quase 700 mil óbitos, praticamente nada foi proposto no último pleito para melhorar a saúde dos cidadãos.

Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos. Trata-se de uma conquista inquestionável para a sociedade o Artigo 196 da Constituição: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". O momento de comemoração e expectativa pela chegada da nova gestão federal exige uma avaliação profunda sobre o que efetivamente está e o que não está funcionando no nosso sistema de saúde. O SUS, como assistimos nos últimos dois anos, foi o pilar da cidadania em nosso país em uma das maiores crises sanitárias da História. É, portanto, um verdadeiro patrimônio civilizatório e motivo de orgulho para todos os brasileiros. Lamentavelmente, como não temos conseguido encontrar meios para fazer escolhas racionais em questões de saúde, usando critérios de efetividade e racionalidade, elas ocorrem aleatoriamente, através de pressões políticas, lobbies ou decisões jurídicas individuais. Claro que, assim, os resultados não podem ser bons.

As insistentes filas para atendimento nos hospitais - que são peças fundamentais para o sistema - são retrato de um modelo assistencial retalhado. Cabe à atenção primária, através dos agentes comunitários de saúde, Programa Estratégia Saúde da Família, médicos e equipe multiprofissional orientar os cidadãos em suas jornadas de saúde para que elas sejam efetivas e eficazes. Mas esse "caminho" precisa estar traçado.

Publicações técnicas apontam que 85% das questões de saúde podem ser resolvidas na atenção primária, portanto, é aqui que se produzem os melhores resultados para a saúde da população. Além de porta de entrada do sistema, uma atenção primária organizada e bem-feita desafoga os serviços de urgência e emergência e encaminha as pessoas para serviços de maior complexidade, quando necessário, diminuindo as filas nos hospitais e os custos assistenciais para os cofres públicos. Infelizmente, nosso modelo ainda não foi capaz de se organizar de forma adequada para proporcionar uma integração assistencial efetiva entre os serviços de diferentes complexidades.

No setor de saúde suplementar também verificamos uma fragilidade organizacional de modelo. Mesmo com mais recursos, encontramos filas nos prontos-socorros e o crescente número de consultas, exames e procedimentos não têm, necessariamente, garantido saúde melhor para os usuários desse sistema.

O financiamento é outro problema que precisa ser enfrentado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a saúde movimenta por ano 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Tomando como base o PIB nacional de 2021, de R$ 8,7 trilhões, chegamos a um montante de R$ 835,2 bilhões, incluindo investimentos públicos das três esferas de governo (União, Estados e municípios) e do setor privado (compreendido pela saúde suplementar e investimentos diretos feitos pelas famílias).

Quando analisadas as despesas dos setores público e privado isoladamente, o público fica com a menor fatia de investimento: 4,2% do PIB (R$ 365,5 bilhões), contra 5,4% do setor privado (R$ 469,7 bilhões). Na comparação com países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), observa-se que as despesas brasileiras como proporção do PIB são semelhantes, mas a participação dos gastos públicos é menor do que a média desses países. É inadmissível que em um sistema como o SUS, que está fundamentado nos pilares da universalidade, equidade e integralidade, os investimentos públicos sejam menores que os investimentos privados.

Essas distorções têm origem, principalmente, em uma visão desestruturada do sistema de saúde, de autoridades públicas e privadas, que privilegiam, muitas vezes, ações mais imediatistas, e não conseguem planejar e implantar políticas estruturantes capazes de gerar resultados em médio ou longo prazo. Por isso, nossos esforços, demandas e anseios são concentrados na doença, e não na saúde. Já passou da hora de inverter o foco.

Tentar, por exemplo, resolver "apenas" a fila nos hospitais é como se, num navio que teve o casco perfurado por um iceberg, colocássemos atenção no tamanho do balde para drenar a água, ou na técnica utilizada pelo marinheiro para retirá-la. O balde pode ser pequeno e o marinheiro despreparado, mas nada disso significa que o problema verdadeiro não seja a enorme abertura no casco. Com a experiência de 35 anos de SUS e um novo governo, a expectativa é de que possamos aprender, prioritariamente, que melhor do que cuidar do cidadão doente é cuidar para que ele não adoeça.

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Francisco Balestrin - médico, é presidente do Sindhosp

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AGÊNCIA ESTADO

Morte de menina de 12 anos abre debate sobre desafio do apagão no TikTok

A polícia da Argentina investiga se a morte de uma menina de 12 anos ocorreu após a adolescente participar, na última sexta-feira (13/1), do chamado Blackout Challenge, o "desafio do apagão", no TikTok. A "trend", como se chamam os conteúdos virais que circulam de forma natural na rede social, estimulava jovens a provocarem o auto sufocamento até o ponto de desmaio. O TikTok desativou a busca pelo desafio e emitiu comunicados de prevenção. "Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar", afirma o comunicado publicado pela rede chinesa assim que se busca pela palavra-chave Blackout Challenge.

Segundo apuração do jornal argentino Clarín, que noticiou a morte da adolescente Milagros, esta teria sido a terceira tentativa de auto sufocamento da menina. Ainda conforme a imprensa argentina, a família diz que há vídeos no celular da garota em que ela aparece tentando a asfixia outras vezes. A morte não teria sido a primeira ligada a esta "brincadeira".

Apesar de a reportagem não ter encontrado vídeos sobre o desafio no TikTok, há postagens relatando outros casos e alertando os usuários da rede social sobre o perigo. A morte do britânico Leon Brown, de 14 anos, que foi encontrado asfixiado pelos pais em seu quarto em agosto de 2022, é uma das mais mencionadas nos vídeos que circulam na rede social. Na época, a mãe dele, Lauryn Keating, afirmou ao jornal escocês Daily Record que colegas do filho relataram que ele participou do desafio.

Em dezembro de 2021, a mãe da jovem Nylah Anderson, da Filadélfia, nos EUA, processou o TikTok pela morte da filha, que teria participado do mesmo desafio. Mas, em outubro de 2022, o juiz rejeitou o pedido com base a Lei Federal de Decência nas Comunicações, dos EUA, que protege editores do trabalho de terceiros - a postagem é considerada de responsabilidade do seu autor, e não da rede. As famílias de mais duas meninas americanas, de 8 e 9 anos, mortas em 2021, também entraram com ação contra o TikTok pela mesma razão.

"A curiosidade é um motor importante para a vida. Leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz Wimer Bottura, psiquiatra do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina. Por outro lado, "como o repertório de informações da criança ainda é baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos.

Resposta
O TikTok afirma que desafios envolvendo asfixia são anteriores à rede social, lançada em 2016, citando documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano de 2008 que já relatava mortes por um jogo similar, o Choking Game. "Sentimos muito pela trágica perda desta família (em relação ao caso ocorrido na Argentina). A segurança da nossa comunidade é prioridade e levamos muito a sério qualquer ocorrência sobre um desafio perigoso. Conteúdos dessa natureza são proibidos em nossa plataforma e serão removidos caso sejam encontrados", disse a empresa ao Estadão.

Desenvolvimento do senso crítico
O psiquiatra Wimer Bottura, presidente do comitê de adolescência da Associação Paulista de Medicina, diz que um dos motivadores que podem estar levando as crianças a repetir o desafio que incita o sufocamento é o prazer. "A hipóxia, como chamamos a falta de oxigenação no cérebro, leva a uma euforia, uma sensação de prazer muito grande na pessoa", afirma.

O especialista alerta, porém, que é comum que crianças se interessem por desafios de maneira geral. "A curiosidade é um motor importante para a vida. Ela leva a desafios, experiências e ao crescimento do repertório da pessoa", diz o psiquiatra. Por outro lado, "como repertório de informações da criança ainda é muito baixo, a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto", o que as tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos. Para Bottura, o caminho para evitar esse tipo de acidente é desenvolvendo o senso crítico da criança para que ela mesma se proteja desse tipo de armadilha.

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A REDAÇÃO

Ipasgo inaugura reforma de unidade em Jataí, no Sudoeste goiano

O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) inaugura nesta sexta-feira (20/1), sua nova regional, em Jataí, no Sudoeste goiano. A unidade, uma das 126 voltadas ao relacionamento presencial com os usuários, estava em obras desde o dia 16 de novembro. Ao todo, o instituto investiu R$ 180 mil na requalificação da estrutura física do local, que também responde pelos postos da cidade de Mineiros. 

“A entrega da regional Jataí marca não apenas a primeira obra concluída este ano, mas também simboliza o começo dos investimentos que serão feitos em 2023 dentro do nosso plano de melhoria da estrutura física do Ipasgo. Já estão no nosso calendário de obras, por exemplo, reformas das regionais Ceres, São Luís de Montes Belos, Morrinhos, Itumbiara e Catalão”, antecipa o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, ex-prefeito de Jataí. Além das cinco Regionais, o planejamento do instituto para este ano inclui a requalificação física dos postos de atendimento de Quirinópolis, Vianópolis e Santa Helena de Goiás.

Nesses dois meses de obras, a regional Jataí passou por troca completa e modernização do sistema de iluminação, das redes elétrica, de dados e de climatização; ganhou piso tátil, impermeabilização, nova pintura, bancadas em granito, caixa d’água, fachada e jardim; melhoria dos mobiliários, da rede hidrossanitária, dos pisos, telhado, pastilhas e outros revestimentos. Também houve correção de trincas, fissuras e infiltrações. O prédio, agora completamente revitalizado, foi inaugurado em 1998. 

“As regionais são um elo extremamente importante entre os usuários e o instituto. Elas mediam nosso relacionamento e ao mesmo tempo nos aproximam dos usuários, nos oferecendo subsídios importantes para traçar planos e metas que nos levem à evolução contínua do Ipasgo, nossa principal meta”, avalia Vinicius Luz.

Em média, a Regional Jataí recebe todos os meses cerca de 1.590 usuários em busca de serviços administrativos, como emissão de boletos de pagamentos, abertura de processos de adesão, realização de acordos financeiros, entre outros procedimentos. Além de 17 Regionais, o Ipasgo tem 35 postos e está presente em 73 Vapt Vupts localizados em todas as regiões de Goiás. 

Outros investimentos

À localizada em Jataí, somam-se reformas já realizadas nas regionais Rio Verde, Iporá, Anápolis e Goiás; no Ipasgo Clínicas Campinas, em Goiânia, e outras manutenções corretivas e preventivas nos 43 prédios do instituto. Desde 2019, o Ipasgo destinou quase R$ 1,3 milhão para reformas e manutenções das unidades existentes. 

Paralelamente, também investiu na ampliação da rede própria voltada ao atendimento à saúde dos usuários. Nos últimos quatro anos, a autarquia do Governo de Goiás passou a contar com mais três unidades: uma focada em atendimento pediátrico, localizada no Setor Serra Dourada, em Aparecida de Goiânia; outra, direcionada à saúde mental, em Campinas; e a terceira em Anápolis. Um investimento que possibilitou a prestação de mais de 263,8 mil serviços, a exemplo de pediatria, endocrinologia, reumatologia, pneumopediatria e clínica geral, de 2019 a 2022, nas cinco unidades do Ipasgo Clínicas.

Referência nacional na área de assistência à saúde, o Ipasgo assiste a quase 600 mil cidadãos e está conveniado a entidades de 145 municípios de Goiás, aos quais oferece uma ampla rede credenciada composta por 1.136 clínicas, laboratórios e hospitais e por 3.776 médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, entre outros profissionais.

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Sem correção de tabela, quem ganha um salário e meio terá que pagar IR 2023

Os trabalhadores que ganham um salário mínimo e meio terão que pagar Imposto de Renda, a partir de 2024, quando é recolhido o tributo do ano base anterior, caso a tabela atual não seja corrigida este ano. Atualmente, a isenção para a contribuição é aplicada para pessoas com uma renda de até R$ 1.903,98. Com o reajuste salarial de 2023, o salário mínimo ficou em R$ 1.302,00. 

A Receita Federal ainda irá divulgar a tabela deste ano. Durante a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi prometido que a tabela do Imposto de Renda seria corrigida acima da inflação, subindo dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 5 mil. Caso isso ocorra, quem ganha até R$ 5 mil estará isento.

QUEM É OBRIGADO A DECLARAR IMPOSTO DE RENDA?


É obrigado a realizar a declaração do IRPF quem teve:


- Rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil; 

- Ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto;  

- Isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; 

- Operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 

- Posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil (31 de dezembro de 2021); 

- Receita bruta na atividade rural de tributáveis acima de R$ 142.798,50; 

- Quer compensar, em 2021 ou anos seguintes, prejuízos da atividade rural de 2021 ou anos anteriores; 

- Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro 

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FATOR BRASIL

Qualicorp firma parceria com Ativia Saúde

Convênios da Ativia Saúde serão disponibilizados por valores a partir de R$ 141,55.

A Qualicorp, maior plataforma de escolha de planos de saúde do Brasil, acaba de assinar uma parceria com a Ativia Saúde para oferecer planos aos moradores de cidades do Vale do Paraíba e do Litoral Norte de São Paulo. Os planos custam a partir de R$ 141,55 (a depender da faixa etária e categoria do plano contratado).

Serão ofertadas seis categorias de convênios. As opções no modelo adesão (com e sem coparticipação) são Essencial, Ativia Vale Enfermaria e Ativia Vale Apartamento que abrangem cuidados ambulatoriais e hospitalares com obstetrícia.

Os planos da categoria Essencial Adesão serão comercializados nas cidades de Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos. Já os planos Ativia Vale Adesão incluem também os municípios de Caçapava, Guaratinguetá, Lorena, São Sebastião e Taubaté.

Esta parceria apresenta soluções para oferecer saúde de qualidade à região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da excelência no cuidado com os clientes, as opções também contam com excelente custo-benefício afirma Bruno Leite, supervisor comercial da Quali em São Paulo. A rede de atendimento é muito boa com o Hospital Alvorada em Jacareí, Hospital Antoninho da Rocha Marmo em São José dos Campos, Hospital São Lucas em Taubaté e muito mais completa.

Os convênios médicos da Ativia Saúde são válidos para diversas profissões por meio das entidades de classe parceiras como: Asprofoli para profissionais liberais, SAESP para administradores, Crefito para Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacional, UNE para os estudantes dentre muitas outras.

Campanha para corretores 3 A Qualicorp ofertará um cyber bônus para os corretores parceiros na venda dos planos. A bonificação será paga à vista e varia de R$ 150 a R$ 400, a depender da idade do contratante. 

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HOJE EM DIA

Artigo - Telessaúde: resposta para gargalos históricos

Jihan Zoghbi*

A evolução do atendimento está em potencializar os hospitais como verdadeiros hubs de cuidado. Mais do que buscar um tratamento, o ideal é que os pacientes tenham acesso a ferramentas que os ajudem a prevenir doenças. Esse é o verdadeiro sentido de quem atua no setor de tecnologia para a saúde: proporcionar condições para uma vida com mais qualidade.

A recente sanção da Lei 14.510/22, que regulamenta a Telessaúde no Brasil, é um passo essencial para democratizar o acesso a recursos médicos de alto padrão. Por questões geográficas, econômicas, políticas e sociais, a grande maioria dos especialistas está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país. Para grande parte da população, é inviável o deslocamento até esses centros.

No caso do câncer infantil, por exemplo, essa realidade se torna ainda mais cruel. Dados do Inca apontam que crianças do Norte e do Nordeste têm menos chances de sobreviver - algo entre 50% e 60% - porque a estrutura regional de saúde não permite diagnósticos e intervenções precoces. O que se espera, com a telemedicina finalmente validada, é reduzir essas diferenças. É promover a vida.

Todos sabemos que a pandemia da Covid-19 intensificou demandas críticas, especialmente na saúde pública. Há pelo menos 11,6 milhões de cirurgias eletivas represadas e 1,3 milhão de exames diagnósticos que não foram feitos em um intervalo de dois anos, conforme números levantados pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass).

Zerar essa fila será muito difícil, mas não é impossível. O primeiro passo é ampliar o atendimento, alcançar quem deixou de fazer consultas e exames e identificar os pacientes com maior gravidade, em todas as regiões. A telemedicina e a telerradiologia podem ser grandes aliadas nessa missão.

Outro ponto essencial é a segurança. Pela nova legislação, os serviços de telessaúde precisam respeitar o Marco Civil da Internet, a Lei do Ato Médico, a Lei Geral de Proteção de Dados, a Lei do Prontuário Eletrônico e o Código de Defesa do Consumidor. Hospitais e clínicas devem estar atentos, assim como as empresas que fornecem tecnologia, a todas essas exigências. A qualidade do atendimento está diretamente ligada à confiança, com transparência na relação entre todas as partes envolvidas.

Vale reiterar que apesar de todos os desafios, os dois últimos anos também permitiram avanços extraordinários na Medicina. O uso da tecnologia já é uma realidade para milhares de pessoas e profissionais. Intensificou-se o debate sobre o uso de inteligência artificial, da realidade virtual e, até mesmo, do metaverso para promover a saúde. A inovação é uma porta aberta, que revoluciona todos os dias a forma de prevenir, diagnosticar e tratar doenças.

Portanto, não se pode temer os benefícios desse movimento em prol da vida no Brasil. E para que a telessaúde realmente alcance o seu propósito, é preciso investir cada vez mais em modernização, informação e formação. Quanto mais qualificados forem os serviços, mais bem aproveitados serão os recursos humanos e financeiros. É prioridade sanar gargalos históricos, dentro da heterogeneidade da saúde brasileira, sem perder de vista os avanços já conquistados até aqui.

*CEO da startup Dr. TIS

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JORNAL DO COMMERCIO

Piso Enfermagem: governo Lula dá prazo para resolver piso salarial enfermagem

O piso da enfermagem tem mais uma atualização no Governo Lula (PT). Após reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quinta-feira (19) foi estipulado importante prazo sobre a definição do piso salarial dos enfermeiros. Veja o que acontece e qual será a data definida.

Segundo o portal Jota, a definição na reunião com a ministra de Lula definiu uma data para apresentação de um relatório sobre o piso da enfermagem.

A ideia é que o grupo de trabalho criado para desenvolver critérios nas distribuições de recursos do piso salarial da enfermagem entregue um relatório até 30/01 para garantir a viabilidade do piso salarial da enfermagem. O documento buscará encontrar fontes de financiamento para o piso dos enfermeiros.

O objetivo é que se consiga desenvolver uma forma de viabilizar o piso da enfermagem para que a suspensão do Supremo Tribunal Federal (STF) acabe.

A reunião com lideranças dos enfermeiros também indicou que o relatório sobre o piso da enfermagem só será transformado em Medida Provisória após avaliação pelas associações de enfermeiros, no caso o Conass e o Conasems.

Ainda não há certeza que a medida vai conseguir garantir a aprovação do piso salarial da enfermagem dentro do STF. Não será o Grupo de Trabalho (GT) o responsável por implementar o piso da enfermagem, o GT só é responsável por analisar a situação e encontrar uma forma de viabilizar o piso dos enfermeiros.

VALOR do PISO da ENFERMAGEMÂ

A PEC que aprovou o piso salarial da enfermagem estipulava um piso nacional para os enfermeiros. A definição apontava que no piso da enfermagem seria:

R$ 4.750,00 para enfermeiros

R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem

R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras

LULA prometeu Piso Salarial Enfermagem para 2023

A viabilidade do piso da enfermagem foi uma das promessas do presidente Lula durante seu período de campanha.Â

Em setembro de 2022 Lula declarou que "Se a gente ganhar, a gente vai ter que dar um jeito no Centrão, vai ter que mexer no orçamento secreto, vai ter que cumprir o piso da enfermagem".

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 19 Janeiro 2023 10:00

CLIPPING AHPACEG 19/01/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo - Lei da Telessaúde vai permitir a profissionais do SUS realizar atendimento digital

Artigo - Revisão de aposentadoria dos profissionais do Ipasgo, Imas e Unimed

Bradesco Saúde alcança a nota máxima

Onda de virose com sintomas da covid avança no Brasil; entenda

Terapia celular inédita no Brasil é realizada, após aprovação para tratamento de câncer

Piso Salarial Enfermagem: Lula recebe em mãos documento que solicita a aplicação do piso

Artigo - "Os desafios para uma saúde digital verdadeiramente conectada"

Artigo - A importância do Compliance Trabalhista

Goiás teve aumento de 223% nos casos de Dengue em 2022

Polícia investiga caso de advogado TikToker baleado pela própria arma em ressonância magnética

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ESTADÃO

Artigo - Lei da Telessaúde vai permitir a profissionais do SUS realizar atendimento digital

Fruto do distanciamento social imposto pela pandemia da COVID-19, a Lei nº 14.510/22 entrou em vigor em 28/12/2022 e autoriza e disciplina a prática da telessaúde, no intuito de facilitar e democratizar o acesso à saúde no Brasil.

Antes de março de 2020, muitos Conselhos Profissionais de saúde viam com parcimônia o atendimento remoto a pacientes, como o Conselho Federal de Medicina que proibia a prática de teleconsultas. Porém, a permissão de modo excepcional da telessaúde durante a pandemia mostrou que existiam fortes motivos para a continuidade de tal modalidade de atendimento.

O fato de o Brasil ser o quinto maior país do planeta é importante argumento para a adoção da telessaúde, principalmente no SUS. Há necessidade de se transpor obstáculos geográficos e socioeconômicos para que haja entrega de uma saúde mais rápida e eficiente, ou seja, com diminuição das filas de espera, segura e com redução de gastos para todos os envolvidos.

A falta de profissionais da saúde em lugares distantes dos centros urbanos e de difícil acesso, como as regiões ribeirinhas, e necessidade de tratamento especializado são objetos de melhoria da lei da telessaúde.

Nos termos da lei em comento, considera-se telessaúde "a modalidade de prestação de serviços de saúde à distância, por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação, que envolve, entre outros, a transmissão segura de dados e informações de saúde, por meio de textos, de sons, de imagens ou outras formas adequadas".

Entretanto, será necessário aprimoramento e investimento em Saúde Digital no SUS para que a falta de acesso à internet, por exemplo, não seja barreira para se colocar a nova lei em prática.

Além disso, a lei da telessaúde traz como princípios a autonomia do profissional de saúde, consentimento livre e informado do paciente, direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde, com a garantia do atendimento presencial sempre que solicitado, promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde, confidencialidade de dados e responsabilidade digital. A importância da nova lei é imensurável, e não pode ser medida somente pela diminuição de gastos.

Ela tem a finalidade de melhorar a Atenção Primária em Saúde (APS) com interação dos demais níveis assistenciais, agindo, não somente no tratamento de doenças, mas, inclusive, na sua prevenção.

Por último, vale ressaltar que a lei da telessaúde abrange não somente o exercício da Telemedicina, mas de todas as profissões da saúde regulamentadas. Logo, a lei autoriza a prática da Telepsicologia, Telenutrição, Telefisioterapia, Telefonoaudiologia e Telefarmárcia, cabendo agora aos Conselhos Federais de Fiscalização a normatização ética relativa à prestação dos serviços nesta modalidade.

*Ana Lúcia Amorim Boaventura, advogada especialista em Direito Constitucional e Direito Médico e da Saúde, professora da Faculdade de Medicina da PUC-GO

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ROTA JURÍDICA

Artigo - Revisão de aposentadoria dos profissionais do Ipasgo, Imas e Unimed

*Heitor Nascimento Costa

Aposentado do INSS que já prestou serviço ao Ipasgo, Imas e Unime pode ter direito a revisar a aposentadoria para aumentar o seu valor, por uma questão muito comum: o INSS pode ter descartado parte das contribuições que você realizou enquanto prestou serviços a esses Planos de Saúde.

Isso acontece devido a uma sequência de erros, a começar pelo Plano de Saúde, que deveria descontar a contribuição do prestador de serviço e pagar o INSS dentro do prazo legal. Mas, na prática esse pagamento é feito fora do prazo e, em razão disso, o INSS não considera essas contribuições de maneira "automática" na aposentadoria, mesmo se elas estiverem no CNIS.

Para o INSS considerar essas contribuições é necessário que seja apresentado ao requerimento de aposentadoria o comprovante de pagamento das contribuições de cada Plano de Saúde, devidamente assinado pelo responsável. E aqui está o segundo erro, grande parte dos aposentados não apresentaram esse documento no requerimento do benefício, por pensar que todas as contribuições que estão no CNIS seriam automaticamente consideradas pelo INSS.

O terceiro erro é o mais comum e acontece quando o próprio INSS não considera as contribuições do Plano de Saúde, apesar de anexado o comprovante de pagamento das contribuições no pedido de aposentadoria. Atribui-se a isso o gargalo entre a quantidade de servidores do INSS e o grande volume de benefícios a serem examinados, o que traz duas consequências: o INSS deixa de analisar o comprovante de pagamento do Plano de Saúde e as contribuições não são consideradas na aposentadoria.

Essas contribuições descartadas pelo INSS podem significar um aumento relevante no valor da aposentadoria e devem ser incluídas por meio de um requerimento administrativo de revisão de benefício, onde o aposentado deverá apresentar os comprovantes de pagamento das contribuições e apontar quais não foram consideradas na aposentadoria.

Lembre-se que o INSS deve pagar o aumento da aposentadoria desde quando ela foi concedida (atrasados/retroativos).

Portanto, aposentado que já prestou serviço para o Ipasgo, Imas e Unimed não deixe de procurar orientação de um advogado previdenciarista, pois você pode revisar a aposentadoria com as contribuições desses Planos de Saúde.

*Heitor Nascimento Costa é advogado no GMPR Advogados. Graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e Pós-Graduando em Direito Previdenciário.

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FATOR BRASIL

Bradesco Saúde alcança a nota máxima

No Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) 2022 da ANS. Nota média do setor nesta edição é a melhor desde 2013.

A Bradesco Saúde alcançou, mais uma vez, a pontuação máxima (1,0) no Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) 2022 (ano-base 2021), levantamento sobre a performance das operadoras e a satisfação dos usuários.

Há cinco anos consecutivos entre as seguradoras classificadas na melhor faixa avaliativa do índice, a Bradesco Saúde obteve pontuação máxima em três edições no período (2019, 2021 e 2022). O índice conta com uma pesquisa de satisfação dos beneficiários que confere pontuação bônus. Na avaliação dos beneficiários sobre o plano Bradesco Saúde na edição mais recente do IDSS, 85% classificaram como muito bom e bom e mais de 90% dos beneficiários recomendariam a seguradora.

Instrumento de análise do setor monitorado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o IDSS tem como objetivo garantir a qualidade dos serviços prestados pelos planos de saúde e prestadores de serviço da área.

A nota média do setor, que considera a média do desempenho das operadoras ponderada pelo número de beneficiários, foi de 0,8128, a melhor marca desde 2013, tanto no segmento médico-hospitalar quanto no odontológico. Houve, ainda, aumento do número de operadoras classificadas na melhor faixa avaliativa (notas acima de 0,8) e a manutenção da trajetória de crescimento do número de beneficiários em operadoras com notas entre 0,6 e 1,0.

Das 902 operadoras ativas e avaliadas em 2021, 844 atenderam aos requisitos para divulgação dos resultados. A metodologia do programa leva em consideração as seguintes dimensões: qualidade em atenção à saúde, garantia de acesso, sustentabilidade no mercado, além de gestão de processos e regulação.

Este reconhecimento chancelado pela ANS é um importante referencial para a atuação da Bradesco Saúde e fortalece o nosso compromisso com a excelência no atendimento e qualidade dos produtos que levamos ao mercado. Temos uma grande responsabilidade em manter um processo contínuo de melhoria dos serviços prestados em todo o país afirma Flávio Bitter, diretor-gerente da Bradesco Saúde.

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CORREIO BRAZILIENSE

Onda de virose com sintomas da covid avança no Brasil; entenda

Mais comum nos meses de inverno, contaminação pelo vírus sincicial respiratório (VSR) cresce de forma expressiva. Doença só é letal em bebês e crianças com comorbidades, justamente o grupo de risco que ficou em maior isolamento durante a pandemia

Passado o momento de maior emergência da pandemia de covid-19, mudanças no comportamento do vírus sincicial respiratório (VSR) têm preocupado especialistas pelos altos registros de casos fora da sazonalidade. Com comportamento similar ao do vírus da gripe, mas com sintomas fatais exclusivamente em bebês e crianças, o VSR tem alta transmissão nos meses mais frios do ano, entre fevereiro a agosto, variando de região para região. O que tem sido observado no Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que monitora a doença desde 2017, é o aumento de casos em novembro, dezembro e janeiro.

O vírus costuma afetar a faixa etária entre 0 e 4 anos, levando à internações por falta de ar, especialmente bebês prematuros ou crianças com comorbidades, como cardiopatia e doenças crônicas. Além do surto fora de época, a comparação ao longo dos últimos três anos, em que o país viveu o pior período pandêmico, tem mostrado saltos nos registros da doença. Entre 2020 e 2021, o crescimento foi de 449%. De 2021 para 2022, o número de casos dobrou. Neste ano, ainda não há dados suficientes para comparação, mas a tendência é que a evolução continue crescente.

Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, atribui as variações do VSR a dois fatores: a retomada da normalidade pós-pandemia com as ações de controle para mitigação da covid-19, que propicia o retorno da circulação de outros vírus, e a falta de pré-exposição aos ambientes coletivos, já que as medidas de restrição social impedia contatos.

"Encontra uma população que não tinha sido tão exposta, um cenário favorável do ponto de vista da imunidade e sem as ações sociais que diminuíram a transmissão. Isso é, provavelmente, um dos motivos que estamos vendo para os surtos fora de época. Se eles vão voltar a ter o mesmo padrão pré-pandemia - predominando no inverno - é algo que só o tempo vai dizer. É o esperado, um impacto indireto da covid que ainda estamos entendendo as consequências", indicou o coordenador.

As consequências da transmissão com o relaxamento das medidas restritivas pode ser percebida nos números, já que, em março do ano passado, na semana 16, foram registrados 617 casos de VSR, o pico do ano inteiro. Os números permaneceram altos, acima de 500 casos, até o fim de abril. Esse foi o período em que começou a liberação de uso de máscaras em locais fechados pelo Ministério da Saúde, com diversos estados aderindo à regra.

"O distanciamento, a não convivência das crianças, o uso de máscara durante quase dois anos, as crianças não frequentarem a escola, tudo isso fez com que aquelas infecções respiratórias típicas deixassem de ocorrer, acumulando suscetíveis, como crianças menores de 2 e 3 anos sem nenhuma exposição prévia viral. Esses picos têm acontecido em função do acúmulo de suscetíveis e, em segundo lugar, pelo próprio protagonismo que o coronavírus teve nesse período, ocupando um espaço e não deixando que outros vírus respiratórios concorressem com ele", detalhou Renato Kfouri, infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Em 2022, os estados fecharam as últimas oito semanas do ano - que compreende o período entre novembro e dezembro - fora da sazonalidade, com aumentos relevantes no registro de VSR. O Distrito Federal registrou aumento de 450% (se contabilizar com os casos já tabelados em 2023, a porcentagem cai para 133%, mas ainda não há parâmetros de comparação). A segunda unidade da Federação em aumento de casos foi Minas Gerais (316%), seguido por Santa Catarina (72%) e Roraima (71%). Os demais registraram aumento inferior a 30%, o que ainda deixa os sistemas de saúde em alerta.

A maior notificação de casos de VSR é outra consequência indireta da covid-19, já que os profissionais de saúde estão mais sensíveis ao registro de doenças com sintomas semelhantes ao da causadora da pandemia mundial. "Questão associada à sensibilidade da rede de notificação que, de fato, pode ter passado a notificar mais esses eventos no sistema nacional. É bem provável que profissionais da saúde não notificavam antes e passaram a fazer por conta da atenção com o covid", ressaltou Gomes.

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EXTRA ONLINE

Terapia celular inédita no Brasil é realizada, após aprovação para tratamento de câncer

Um medicamento que utiliza os linfócitos T, que compõem o sistema imunológico e que, ao serem geneticamente modificados, tornam-se mais ativos contra as neoplasias do sangue foi utilizado pela primeira vez no país. Trata-se das células CAR-T (sigla em inglês para Chimeric Antigen Receptor T-Cell Therapy), que foram usadas num paciente de 74 anos, portador de linfoma difuso de grandes células B, no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), localizado naquele município da Região Metropolitana do Rio. A unidade pertence à Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil.

- É um medicamento totalmente individualizado e personalizado. No Brasil, o tratamento já foi aprovado pela Anvisa para patologias como leucemia linfoblástica aguda em pacientes de até 25 anos e linfomas difusos de grandes células B em pacientes adultos. O medicamento é oferecido pela farmacêutica Novartis - disse Jacques Kaufman, coordenador de Hematologia do CHN.

Luciana Conti, médica hematologista, e Jordana Ramires, responsáveis pelo primeiro paciente no Brasil, explicam que depois de passar por três diferentes tipos de tratamento sem sucesso, o paciente ganha mais uma chance, com possibilidade de cura com a chegada do CAR-T ao Brasil.

Tecnologia genética no combate ao câncer

A terapia com células CAR-T consiste em um medicamento preparado com as células de defesa (linfócitos T) extraídas do paciente e modificadas em laboratório para que, ao serem devolvidas para o paciente, possam combater o câncer.

- Em 11 de novembro de 2022, o paciente fez a coleta das próprias células T no CHN, por meio de uma máquina semelhante ao equipamento de hemodiálise e capaz de separar, em uma bolsa, os linfócitos. Eles são congelados e enviados para o laboratório da Novartis, nos Estados Unidos, onde passam a fabricar receptores de antígenos quiméricos específicos que vão reagir contra as células do tumor - explicou Luciana Conti.

- As células foram modificadas geneticamente e tiveram sua função potencializada, de modo que passaram a ter um alvo (o antígeno CD19) para atacar nas células malignas no organismo, fazendo com que elas voltem a ser capazes de 'enxergar' e destruir o câncer. Isso representa o maior desafio na luta contra a doença, que consegue driblar os mecanismos de resistência do sistema de defesa humano - detalhou Jacques Kaufman.

Após a manufatura (modificação genética do linfócito T), o material retornou para o CHN em formato de medicamento injetável que foi infundido - processo semelhante a uma transfusão de sangue - no paciente no último dia 9. A dra. Luciana Conti explica que esse é um marco muito importante em todo o processo que envolve o tratamento CAR-T: "Com a infusão, seguem-se os cuidados com equipe especializada, coordenada por mim, em conjunto com a equipe do CHN, para monitorar a toxicidade ao tratamento e posterior resposta, que será documentada em três meses."

- Seguramente, a terapia CAR-T é uma abordagem revolucionária que tem se mostrado muito eficiente contra diversos tipos de câncer do sangue e do sistema linfático, e a tendência é que seja ampliada, em breve, para outras unidades da Dasa. É um orgulho realizar, pela primeira vez no Brasil, após a aprovação dos órgãos regulatórios, uma técnica desse porte tecnológico e de inovação que inicia uma nova era no tratamento oncológico no país - disse Celso Arrais, head de hematologia na Dasa Oncologia.

- A terapia com células CAR-T representa uma nova era na medicina, dando esperança para pacientes que até então tinham opções limitadas de tratamento, buscando mais qualidade e tempo de vida. Termos o primeiro medicamento desta classe aprovado no Brasil chegando aos pacientes é motivo de orgulho e reforça o nosso pioneirismo no desenvolvimento de terapias avançadas - ressaltou Lenio Alvarenga, diretor médico de Innovative Medicines da Novartis Brasil.

Especialização é necessária para realizar a terapia CAR-T

No Brasil, poucos centros de saúde estão habilitados para oferecer a terapia com célula CAR-T, que requer uma qualificação específica, de acordo com as resoluções da ANVISA e da Novartis, que confere as características necessárias para a aplicação desse tipo de tratamento, como experiência, protocolos internos alinhados, excelência do corpo clínico, infraestrutura e modernidade.

- A reação imunológica desencadeada com a infusão das células exige uma monitorização rigorosa. Uma equipe multidisciplinar precisa ser treinada especificamente para o cuidado desses pacientes em uma área dedicada, com infraestrutura completa. Poucos centros no Brasil foram qualificados para o acompanhamento desses indivíduos - disse Rogério Reis, diretor-geral do Complexo Hospitalar de Niterói.

Ele afirma ainda que o CHN é referência em transplantes:

- Nosso hospital está entre os centros altamente especializados que lideram os transplantes de medula óssea no Rio de Janeiro. Temos mais de 50 médicos hematologistas e profissionais da saúde treinados para garantir o melhor desfecho clínico ao paciente e oferecer o que há de mais moderno em terapia onco-hematológica no Centro de Excelência em Hematologia.

Acessibilidade à terapia com células CAR-T

Segundo a Novartis, laboratório responsável pela fabricação e comercialização do medicamento com as células CAR-T, a empresa está em constante diálogo com a comunidade de pacientes e os demais atores do sistema de saúde, com o compromisso de avançar e apoiar o acesso a esse tipo de terapia, juntamente com os órgãos competentes da saúde pública e suplementar, a sociedade médica, os centros de excelência e as associações de pacientes, contribuindo para a sustentabilidade do sistema de saúde e a acessibilidade a inovações.

O medicamento de células CAR-T da Novartis, aprovado pela Anvisa e que agora chega ao mercado, é um infusional oncológico e, por isso, possui cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde que são regulamentadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

- Mais do que acreditar, a Novartis prioriza e investe no mercado Brasileiro. Além de um grande investimento em pesquisa, temos realizado um esforço significativo e contínuo para trazermos novos tratamentos que possam transformar o curso das doenças bem como o do sistema de saúde em nosso país - afirmou Renato Carvalho, presidente da Novartis Brasil.

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JORNAL DO COMMERCIO

Piso Salarial Enfermagem: Lula recebe em mãos documento que solicita a aplicação do piso

A luta pelo piso salarial enfermagem continua assídua por parte das entidades da categoria, profissionais da saúde e aliados no Congresso Nacional.

Nesta quarta-feira (18), o Fórum Nacional da Enfermagem entregou um documento nas mãos do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), reivindicando a aplicação do piso salarial da enfermagem.

O ofício foi passado pela coordenadora do Fórum, a enfermeira Líbia Bellusci, e solicitava a resolução do processo do piso salarial enfermagem o mais urgente possível no novo governo.

O encontro entre Lula e a enfermeira ocorreu na reunião das entidades sindicais que, além do presidente, também contava com a presença do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Além disso, o Fórum Nacional da Enfermagem conseguiu agendar um encontro com o Secretário Geral da Presidência da República, o ministro Márcio Macedo, a fim de discutir o piso salarial enfermagem.

"Seguiremos na luta com o governo federal para garantir que o piso salarial digno nos contracheques dos trabalhadores da Enfermagem Brasileira", garantiu o Fórum.

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SETOR SAÚDE ONLINE

Artigo - "Os desafios para uma saúde digital verdadeiramente conectada"

A pandemia trouxe evoluções em prol de uma Saúde digitalizada, mas, à exceção da telemedicina, muitas das disrupções já entraram em descompasso com o futuro que esperávamos no pós-pandemia. Se quisermos avançar verdadeiramente, considero três os desafios críticos que teremos de endereçar.

A saúde digital no mundo pós-pandêmico foi algo bastante idealizado: esperava-se que a virada para o digital permanecesse forte e que as instituições mergulhassem de cabeça no universo de possibilidades que a digitalização traz para pacientes, médicos e demais envolvidos.

Essa evolução, em termos de conexão e realidade digital criada a partir dos percalços trazidos pela pandemia, foi algo que realmente aconteceu. A telemedicina, por exemplo, que há anos esperava por um impulso para acontecer, finalmente teve a chance de mostrar seu potencial.

Mas, infelizmente, os passos que demos adiante, mesmo numa situação tão difícil, rumo a uma saúde verdadeiramente conectada, já não são mais tão largos como imaginávamos. A saúde digital é uma realidade que ainda precisa ser construída. Mais do que isso, o caminho para alcançá-la em sua integralidade é ainda longo e desafiador.

São três os principais desafios que enxergo como críticos e os quais precisam ser endereçados se quisermos, de fato, alcançar o topo dessa montanha chamada transformação digital da saúde: engajamento do paciente, integração de dados e, por fim - mas longe de ser menos importante - , regulação.

Começo pelo fato de que o engajamento do paciente depende, certamente, do quão responsável pela sua própria saúde ele se considera. Em tempos de mídias sociais, streamings e televisão com conteúdo sob demanda, e todo tipo de facilidade que se possa imaginar, o paciente acabou se tornando um indivíduo bastante conectado.

No entanto, há um comportamento curioso:

O paciente se conecta a partir de uma esfera pessoal, mas a saúde não é vista como um elemento integrante desse ecossistema, mas, sim, considerada um apêndice desprezado.

O que quero dizer com isso? Que o indivíduo consegue conectar o que quiser - da cafeteira que está programada para fazer o café pela manhã juntamente com o despertador, aos aplicativos que ora avisam sobre a ração do pet que acabou, ora entregam aquelas compras de mercado que foram programadas para chegar mensalmente à residência. Mas e a saúde, onde fica? Não fica.

"O paciente é digital, a saúde nem tanto"

Assim, chegamos ao desafio número 2: a integração de dados. Hoje, um conceito que descreve essa integração é o Open Health, ou seja, todos os elementos que compõem a cadeira da Saúde - do próprio paciente, aos hospitais, farmácias e outros players - terão acesso aos dados dos indivíduos que autorizarem o compartilhamento.

O sistema financeiro fez isso de forma magistral quando olhamos para inovações como o Open Finance, ou até mesmo o próprio PIX, que foi rapidamente abraçado por cidadãos e empresas e hoje faz parte do nosso dia a dia. Até julho deste ano, por exemplo, o Banco Central registrou 478 milhões de chaves cadastradas no sistema, com uma quantidade de operações executadas via PIX superando outros meios de transações, incluindo cartão pré-pago, transferência interbancária e débito.

Mas, para chegar a um patamar equivalente para a saúde, temos pela frente o desafio de acabar com a fragmentação desse contexto de compartilhamento de dados, que afeta negativamente não apenas a questão de avanços da saúde digital, mas também do engajamento do usuário.

A partir do momento que entregamos os dados nas mãos do próprio paciente, fazendo com que ele seja co-responsabilizado por sua própria saúde, o engajamento dele tende a aumentar. Da mesma forma, os dados passam a ser compartilhados entre todos que compõem o ecossistema.

Com dados integrados, teremos uma saúde cada vez mais preditiva e menos reativa, evitaremos exames desnecessários e poderemos, enfim, ganhar velocidade em diagnósticos e na digitalização do ecossistema como um todo - que é justamente o patamar de maturidade que queremos alcançar.

Por fim, chegamos ao terceiro elemento: a regulação que, no Brasil, tem o histórico de ser onerosa, seja em termos de tempo e burocracias necessárias à sua resolução, seja do ponto de convencimento dos participantes, de engajamento de lideranças e da própria adequação de estruturas e sistemas.

Na prática, isso significa que a máxima "a transformação começa internamente" se aplica muito ao contexto da Saúde e para quem deseja que o ecossistema evolua como um todo. Na MV, por exemplo, assumimos o compromisso de começar por nós.

Queremos mudar e, para isso, precisamos ser a mudança. Queremos também inspirar outras instituições a fazerem o mesmo e, portanto, estamos desenvolvendo todo um trabalho em conjunto com clientes para que nossos sistemas tenham essa integração, promovam uma interoperabilidade que hoje é fraca na maioria das tecnologias que são utilizadas no mercado.

Ferramentas interoperáveis como o Prontuário Eletrônico do Paciente, que revolucionou a saúde brasileira, terão protagonismo dentro dessa agregação de dados e que tanto beneficiará o bem-estar de milhões de brasileiros.

Assim, peço também que encarem estas últimas linhas como uma carta aberta a quem quiser participar ativamente da transformação da Saúde rumo ao digital. Porque o trabalho ainda é grande e árduo, e, portanto, precisaremos de todas as mãos que pudermos para levantar este castelo.

"A conclusão é única: não há tempo a perder se quisermos avançar."

* Por Paulo Magnus, CEO da MV

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RH PRA VOCÊ

Artigo - A importância do Compliance Trabalhista

A atividade empresarial é cercada por diversos desafios, sejam internos ou externos. Por exemplo, internamente, a empresa precisa lidar com uma diversidade de profissionais em diversas áreas dentro do seu ambiente.

Externamente não é diferente, porque a empresa precisa lidar, por exemplo, com fornecedores, terceirizados, parceiros, sindicatos e, também, com os órgãos administrativos governamentais, etc.

Com tantos atores envolvidos com a atividade empresarial, é imprescindível que a empresa desenvolva uma política de gestão de riscos para que o exercício da atividade empresarial ocorra de forma saudável.

O compliance trabalhista é fundamental para a gestão dos riscos inerentes ao trabalho. Trata-se de um programa formado por condutas e políticas empresariais que tem o objetivo de mitigar riscos, prejuízos e evitar a responsabilização por condutas ilegais. Essas condutas e políticas envolvem a sistematização do cumprimento das leis do trabalho, visando a adequação da empresa às leis, normas administrativas, convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho, na conduta interna com seus colaboradores e na conduta de fornecedores com seus funcionários.

O compliance pode se tornar um departamento independente ou pode ser integrante do departamento jurídico da empresa. Em sendo um departamento independente, ou seja, desvinculado de outro departamento (como do RH ou do departamento jurídico), é importante que seja composto por especialistas em compliance e com vivência no mundo jurídico.

A importância de se ter especialistas em compliance com vivência no mundo jurídico reside no fato de que é preciso conhecer e seguir as normas legais e administrativas vigentes e se certificar de que a empresa está em conformidade com as referidas normas. Portanto, uma pessoa sem as devidas qualificações não será capaz de promover e executar um adequado programa de compliance.

O foco do compliance trabalhista deve ser a implementação de práticas focadas no respeito às leis trabalhistas. As leis trabalhistas são encontradas na constituição federal, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e nas legislações específicas direcionadas para algumas profissões, como domésticos, vigias, aeronautas, advogados, atletas profissionais, etc.

Além das leis, existem as normas administrativas, as chamadas instruções normativas. O compliance trabalhista também deve abranger práticas focadas no atendimento às instruções normativas no âmbito do trabalho, pois tratam diretamente, por exemplo, da saúde e da segurança do trabalho, das diretrizes que devem ser seguidas em fiscalizações do trabalho por meio dos auditores fiscais do trabalho, e definem os requisitos de validada para a lavratura de auto de infração e para a instauração do processo administrativo trabalhista.

As relações com os sindicatos também devem integrar o programa de compliance trabalhista, porque a empresa deverá participar de negociações coletivas e deverá seguir todas as diretrizes contidas nas convenções coletivas e nos acordos coletivos de trabalho firmados com os sindicatos das categorias de trabalho envolvidas na atividade empresarial.

Acima foram expostos apenas alguns exemplos do campo de foco do compliance trabalhista, pois o programa em si é mais amplo e complexo, pois, além de apenas às leis, normas administrativas e convenções/acordos coletivos de trabalho, o programa deve atuar na rotina diária da empresa, desde os processos de recrutamento e seleção, passando pelas rotinas diárias de cada setor da cadeia produtiva empresarial, até o processo de demissão de empregados.

Por fim, com programa de compliance de excelência, mesmo que a empresa passe por fiscalizações e enfrente processos trabalhistas, sejam administrativos ou judiciais, será muito mais fácil enfrentá-los com segurança e assertividade, de modo que será muito maior a chance de êxito no afastamento de condenações judiciais e de multas administrativas, além de contribuir para uma significativa melhora na imagem da empresa perante o mercado.

Por Dr. Taclifas Young Ferreira de Oliveira, advogado na Cerqueira Leite Advogados - especialista em Direito Imobiliário pela Escola Brasileira de Direito - EBRADI, e em Direito do Trabalho pela Universidade Federal de Pernambuco.

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O HOJE

Goiás teve aumento de 223% nos casos de Dengue em 2022

Goiânia registrou em 2022 mais de 43 mil casos, uma alta de 223% em relação ao ano anterior

A dengue continua sendo a vilã do período chuvoso em Goiás. Desde o início do ano de 2023, os casos da doença no estado não param de aumentar, e de acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado (Suvisa), mais de 106 casos foram confirmados, e existem outros 578 notificados. O ranking da saúde destaca Anápolis em 1º lugar, com 83 casos, Goiânia em 2º lugar, com 68, e Rio Verde em terceira posição também com 68 casos.

No ano de 2021, Goiânia registrou 10.073 casos de dengue. Já em 2022, houve uma explosão na quantidade de pessoas infectadas pela doença, e esse total ficou em 43.134, o que representa um aumento de 328%. Já o número de mortes por dengue na capital também foi assustador, pois em 2021, 6 pessoas morreram devido à doença. No ano passado, esse número ficou em 43 óbitos, um aumento superior aos 616%. 

Somente no ano passado, foram confirmados 189.270 casos de dengue em todo o estado de Goiás. Esse é um aumento de 223% quando comparado com o ano anterior, que teve apenas 54.733. Além disso, a quantidade de óbitos também aumentou, e cerca de 158 pessoas morreram devido à doença.

Segundo Murilo do Carmo Silva, coordenador de Dengue, Zika e Chikungunya da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o grande volume de chuvas que Goiás teve em 2022 foi um dos fatores fundamentais para o aumento de criadouros da dengue no estado, d consequentemente da explosão de casos confirmados e óbitos pela doença.

“Esses dados e relatórios mostram que a sociedade não tem feito o dever de casa. Essa foi a maior epidemia registrada no estado se comparado com os últimos 5 a 10 anos. Quanto mais chuvas, mais criadouros e menor a condição dos moradores em fiscalizar suas residências, o que é fundamental para o controle de proliferação do concluiu que com uma picada afeta nossa saúde de uma maneira extrema”, destaca Murilo.

Recomendações 

As autoridades da área da saúde alertam a população dos perigos causados pelos imóveis desabitados por longos períodos. Entre as medidas que inibem a reprodução em grande escala do mosquito estão a vedação da caixa d´água, o recolhimento e acondicionamento do lixo no quintal, a cobertura de cisterna e de todos os reservatórios de água. 

A assessora técnica de gabinete da Suvisa, Dra. Cristina Aparecida Laval, orienta os moradores a fazer uma vistoria minuciosa em suas residências, para eliminar os prováveis criadouros do mosquito. Entre as medidas que inibem a reprodução do inseto em grande escala, estão a vedação da caixa d’água, o recolhimento e acondicionamento do lixo no quintal, a cobertura de cisterna e de todos os reservatórios de água.

“Ao viajar, mesmo que por poucos dias, as pessoas devem fazer a limpeza desse compartimento”, pontua a especialista. O mesmo cuidado deve ser adotado com os vasos de plantas, vasos sanitários, depósitos de água de umidificadores, ralos de banheiro e sifões das pias da cozinha e do banheiro.

Todos esses locais são potenciais criadouros do mosquito pelo fato de acumularem água, mesmo que em pequena quantidade. O ovo do vetor, em contato com a água parada, leva em média sete dias para se transformar em mosquito adulto. Os quintais das residências também merecem atenção. Eles devem se manter limpos, sem qualquer objeto que possa acumular água.

Laval destaca que itens aparentemente inofensivos, como tampinhas de garrafa, pequenas latas e copos plásticos, se transformam em ambientes favoráveis à proliferação do inseto. Por fim, ressalta que é a atuação do cidadão no âmbito de seu domicílio o fator decisivo para reduzir e evitar esse vetor de doenças.

Vacina para prevenção da dengue tem eficácia de 79,6%

Em 2009, o Instituto Butantan licenciou do NIH as patentes e os materiais biológicos referentes às quatro cepas virais que compõem a vacina da dengue. Com os dados da instituição americana, o Butantan executou o estudo clínico de fase 2 e em 2016 iniciou a fase 3. Em dezembro de 2018, o instituto firmou parceria com a farmacêutica MSD para co-desenvolvimento e licenciamento dos dados referentes à vacina, em uma ação conjunta para acelerar o desenvolvimento e registro do produto.

O objetivo do Butantan é disponibilizar o imunizante para o Sistema Único de Saúde (SUS). Após a conclusão do ensaio clínico, prevista para 2024, os resultados finais serão submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para avaliação. O órgão irá definir, com base nos dados de eficácia, segurança e imunogenicidade, quais públicos poderão se beneficiar da vacina, e se irão recomendá-la para incorporação ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Dos 16.235 voluntários que participaram do estudo, 10.259 receberam a vacina. Até 21 dias após a vacinação, somente três (menos de 0,1%) apresentaram eventos adversos graves relacionados ao imunizante. As reações adversas foram comparáveis entre o grupo que recebeu placebo e o que recebeu a vacina, exceto por reações esperadas que aconteceram fora do local da aplicação, como febre e irritação na pele.

Cuidados a serem adotados

A forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito Aedes aegypti. Seguem as ações que a população deve adotar, pelo menos uma vez por semana:

• Verificar se a caixa d’água está bem tampada

• Deixar as lixeiras bem tampadas

• Colocar areia nos pratos de plantas

• Recolher e acondicionar o lixo do quintal

• Limpar as calhas

• Cobrir piscinas

• Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários

• Limpar a bandeja externa da geladeira

• Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação

• Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado

• Cobrir bem a cisterna

• Cobrir bem todos os reservatórios de água

• A limpeza não se restringe só às residências: é importante ficar atento a possíveis focos de água parada na escola, no trabalho e em outros locais frequentados diariamente

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MAIS GOIÁS

Polícia investiga caso de advogado TikToker baleado pela própria arma em ressonância magnética

Segundo a clínica, o advogado ignorou alerta para remover itens metálicos que levava consigo e omitiu arma de fogo registrada

O advogado e influencer armamentista Leandro Mathias Novaes, de 40 anos, foi baleado pela própria pistola ao acompanhar a mãe durante uma ressonância magnética em uma clínica dos Jardins, em São Paulo, nesta segunda-feira. Segundo a polícia, o magnetismo da máquina atraiu a arma e a fez disparar contra seu dono, atingindo-o no abdômen.

O advogado foi socorrido e levado para o Hospital São Luiz, onde segue internado. De acordo com o boletim de ocorrência, ele havia assinado um termo de contraindicação de ressonância magnética para os acompanhantes.

Ainda segundo a polícia, a arma estava devidamente registrada, e o advogado tem autorização de porte. O Laboratório Cura, onde ocorreu o incidente, afirmou por meio de nota que a vítima foi alertada para retirar todos os itens de metal que levava consigo. “Ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação”, diz a nota da clínica.

“Merece ser ressaltado ainda que, mesmo diante dessas orientações, a arma de fogo não foi mencionada pelo acompanhante, que entrou com o objeto na sala de exame por sua decisão”, diz ainda o texto.

O caso foi registrado como disparo de arma de fogo, e uma perícia técnica foi requisitada pelo 14º Distrito Policial. Um inquérito foi aberto pelo 15º DP (Itaim Bibi), que investiga o episódio.

Defensor do porte de armas, Leandro Mathias Novaes tem uma conta no TikTok na qual posta vídeos sobre o tema. Na maior parte deles, o advogado tira dúvidas dos seguidores sobre porte de armas, CACs e a legislação relacionada. “Quantos tiros posso efetuar em legítima defesa?” e “CAC pode parar para almoçar no caminho do treinamento?” são alguns dos títulos dos vídeos publicados pelo advogado no Youtube.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 18 Janeiro 2023 11:41

CLIPPING AHPACEG 18/01/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ministra da Saúde quer diálogo com a sociedade e políticas com embasamento científico

A reunião no Ministério da Saúde que garantiu repasse bilionário ao SUS

Covid-19: Goiás confirma 2.039 casos e 5 mortes em 24 horas

Aborto e direitos reprodutivos devem ser encarados em forma ampla no Brasil

Janeiro Roxo: saúde quer força-tarefa para diagnóstico e tratamento da hanseníase

Goiás registra redução de 35% na detecção de Hanseníase

Laudo sobre caso de psicóloga que morreu após exame é inconclusivo; novos testes serão realizados

FOLHA PRESS

Ministra da Saúde quer diálogo com a sociedade e políticas com embasamento científico

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia em que completou 65 anos, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou que a gestão da saúde será pautada pelo diálogo com a sociedade na busca de soluções para as questões mais prementes, principalmente aos mais carentes, sempre com embasamento científico na construção da política pública de saúde. A ministra falou sobre as prioridades e ações emergenciais em entrevista a Roberto D'Avila, na GloboNews, na segunda-feira (17). Contou que o convite do presidente Lula para comandar a pasta seguiu a proposta do governo para renovação dos ministérios privilegiando as mulheres. Sensibilidade e preocupação com os mais pobres foram os requisitos citados por Lula para a escolha, segundo Nísia. Em pouco mais de duas semanas à frente do Ministério da Saúde, o que mais tem preocupado a ministra é a desestruturação das relações com a sociedade e a falta de informações sobre a situação operacional, como estoques de vacinas, medicamentos, as ferramentas necessárias para o trabalho imediato.

"Há um vácuo no Ministério da Saúde e também em outras áreas. Há muita desestruturação de programas, como o Mais Médicos, de vacinação, na área da saúde mental. Nós sabemos que existe um grande número de vacinas com vencimento próximo, risco de desabastecimento de medicamentos. Vamos avançar à medida que tivermos acesso a esses dados". A ministra destacou que está elaborando um plano nacional de saúde, que terá as metas detalhadas na próxima semana, incluindo o Programa Nacional de Imunização reestruturado, com enfoque na atualização da vacinação tanto para as crianças como para a população adulta. "Estamos reestruturando o Programa Nacional de Vacinação com apoio de um Comitê Técnico Assessor. A discussão científica é fundamental para termos as melhores evidências disponíveis", disse a ministra. As filas no SUS (Sistema Único de Saúde) estão no foco de um plano emergencial para acelerar a realização de cirurgias eletivas utilizando a estrutura da rede, mas também com apoio do setor privado e instituições filantrópicas.

O objetivo é intensificar os procedimentos em todo o país, com ações diferenciadas conforme as necessidades de cada região, explicou Nísia. PPPs e comunidade acadêmica As PPPs (parcerias público-privadas) e o conhecimento desenvolvido nas universidades também serão estimulados para aperfeiçoar a capacidade produtiva no âmbito da saúde e reduzir a dependência tecnológica internacional no desenvolvimento de vacinas e fármacos. A ministra frisou que em todas as áreas, em especial à saúde da mulher, atenção integral à saúde da população negra, dos povos indígenas, haverá um trabalho conjunto com outros ministérios para identificar os principais agravos desses grupos e atuar no foco dos problemas. Nísia Trindade também falou da necessidade de olhar para as experiências em curso em outros países e avançar na realidade da saúde brasileira. Um dos exemplos citados é o uso da Cannabis medicinal -já adotado em vários países - para tratamentos de epilepsia, Alzheimer e síndromes congênitas em crianças, que melhoram a qualidade de vida com impacto especialmente para as mães.

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VEJA

A reunião no Ministério da Saúde que garantiu repasse bilionário ao SUS

Compromisso desde a transição, a verba foi destinada às Santas Casas, hospitais e entidades filantrópicas

O Ministério da Saúde e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas garantiram uma Lei Complementar que vai repassar 2 bilhões de reais a entidades sem fins lucrativos que prestam serviços essenciais ao SUS. Trata-se de um compromisso firmado durante o Governo de Transição.

A ministra Nísia Trindade, o secretário de Atenção Especializada, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, e o presidente da CMB, Mirocles Campos Veras Neto, se reuniram em 11 de janeiro para viabilizar o repasse. O presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Antônio Brito e representantes estaduais também participaram das negociações.

Agora, falta definir os critérios técnicos dos repasses. A proposta deve partir do Ministério da Saúde, Conass, Conasems e CMB e será discutida em nova reunião, no dia 26 de janeiro. Se o conselho que gere o SUS aprovar as diretrizes, a portaria com a regulamentação da lei será publicada.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás confirma 2.039 casos e 5 mortes em 24 horas

Ludymila Siqueira

Goiânia - O território goiano registrou 2.039 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Além disso, 5 mortes pela doença foram confirmadas no mesmo período. Os dados constam no boletim da Saúde de Goiás (SES-GO) publicado nesta terça-feira (17/1).

Com as atualizações, o Estado já soma 1.857.548 infecções pelo novo coronavírus e 27.864 óbitos pela doença. Além disso, Goiás investiga 905.536 casos e 60 mortes para saber se há alguma ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 1,5%.

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JORNAL OPÇÃO

Aborto e direitos reprodutivos devem ser encarados em forma ampla no Brasil

Nesta semana, portaria do governo Lula revogou medida de Bolsonaro que exigia que médicos comuniquem abortos por estupro às autoridades policiais

O polêmico assunto “aborto” acabou voltando à pauta nesta semana em razão da revogação de portaria da gestão Bolsonaro, que exigia dos médicos a comunicação de abortos por estupro às autoridades policiais, dificultando o caminho do aborto legal. “Serão revogados, nos próximos dias, as portarias e notas técnicas que ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais reprodutivos”, disse a ministra Nísia Trindade.

Vale lembrar que no Brasil o aborto é legalizado em três casos distintos: quando a gravidez é decorrente de um estupro; quando há risco de morte para a gestante; e quando existe anencefalia do feto. O procedimento nesses casos deve ser disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e não é preciso uma decisão judicial. A portaria fala apenas sobre os casos já previstos na lei, mas acredito que isso pode ser uma oportunidade para refletirmos de forma ampla o direito de escolha e sobre o próprio corpo.

Há oito anos, com o nascimento do meu filho pude vivenciar uma das experiências mais intensas da minha vida. Cada maternar é diferente e com certeza cada mãe sabe a dor e a delícia de ser o que se é, lembrando Caetano. Por ser uma experiência avassaladora acredito que só pode ser plenamente vivenciada se for desejada. Só o desejo é capaz de legitimar as experiências da vida.

O problema do desejo de maternar é que essa não é a realidade para muitas mulheres. Dados sobre o aborto mostram que uma em cada cinco brasileiras já o realizou ao longo da vida. E, mais que a maioria (60%), o realizou no ápice da vida reprodutiva entre os 18 e 29 anos. Para falar que isso é papo de quem não tem Deus, os dados mostram o contrário: dois terços das mulheres que abortaram são católicas e um quarto, protestantes ou evangélicas.

É importante enxergar os direitos reprodutivos de forma ampla. Deve-se verificar o bem-estar das crianças que já têm em casa e que não merecem sofrer a tragédia da morte de suas mães. Observar a vida dos que nascem e precisam ser acolhidos e amparados, mas tantas vezes são excluídos e condenados pela imensa desigualdade e pela miséria. E entender o futuro de uma sociedade que não pode evoluir enquanto os direitos das mulheres são gravemente violados.

Sou mãe, e nem por isso é justo usar a maternidade desejada como pretexto para criticar outras mulheres, minhas irmãs, e tampouco defender um modelo perverso que criminaliza o aborto e não consegue coibir sua prática, e que só resulta em sofrimento, dor e morte.

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Janeiro Roxo: saúde quer força-tarefa para diagnóstico e tratamento da hanseníase

Estado busca apoio dos municípios para intensificar campanhas de diagnóstico precoce da doença. Objetivo é reduzir impacto negativo da pandemia de Covid-19 nos programas de combate à hanseníase

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), intensifica, neste mês, ações conjuntas com municípios para diagnóstico e tratamento da hanseníase. O trabalho faz parte da campanha de conscientização Janeiro Roxo e busca reduzir os impactos da pandemia de Covid-19 sobre os programas de saúde voltados à doença. O acompanhamento é ofertado de forma integral na rede pública, nas unidades da atenção básica localizadas em todos os municípios goianos.

A gerente de Vigilância Epidemiológica da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO, Ana Cristina Gonçalves de Oliveira, destaca que a pandemia trouxe consequências como o desabastecimento de medicamentos por parte da indústria farmacêutica e limitou o monitoramento das disfunções neurais, em decorrência da necessidade de isolamento da população. Na avaliação da gestora, o distanciamento social e a priorização da assistência à Covid-19 também causou prejuízo no seguimento e adesão aos tratamentos.

Em 2020 e 2021, houve redução de 35,47% nos números de casos registrados em Goiás (916 casos em 2020 e 933 em 2021). Ainda assim, a taxa de detecção foi de 12,8 por 100 mil habitantes em 2020 e 12,9 por 100 mil habitantes em 2021, número bastante elevado se comparado ao ideal para controle da doença, que seria de 2 casos a cada 100 mil habitantes. “Ainda existem muitos desafios a serem superados. Diagnosticar precocemente todos os casos, tratar, curar e devolver os pacientes sem deformidades à sociedade é uma das melhores medidas para combater o preconceito contra essa doença estigmatizante”, enfatiza a gerente.

Capacitações
Em 2020, a Gerência de Vigilância Epidemiológica da Suvisa ministrou, em parceria com a Universidade Federal de Goiás e as Secretarias Municipais de Saúde, treinamentos virtuais para profissionais de 137 municípios. Já entre 2021 e 2022, as capacitações ocorreram de forma presencial, reunindo teoria e prática em serviço, contemplando 720 profissionais, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. O objetivo é preparar os serviços municipais para o adequado manejo clínico.

Doença
Estudos científicos indicam que 95% da população têm resistência natural ao bacilo de Hansen, causador da doença e que a vacina BCG, contra a tuberculose, aplicada logo após o nascimento, confere proteção de até 80% contra as formas mais graves de hanseníase. Entre os principais sinais e sintomas, estão a sensação de formigamento ou fisgadas, que podem ocorrer em qualquer lugar da pele, principalmente nas mãos e nos pés; diminuição ou ausência de sensibilidade na face, nas mãos ou nos pés; e surgimento de manchas claras ou avermelhadas, localizadas ou disseminadas; e nódulos.

O tratamento é realizado pela administração de um conjunto de antibióticos, denominado poliquimioerapia (PQT), distribuído gratuitamente pelo SUS. Segundo a médica dermatologista Ana Lúcia Osório Maroccolo de Sousa, da Coordenação de Doenças Negligenciadas da Gerência de Vigilância Epidemiológica esse acompanhamento tem a duração de 6 meses a 1 ano, dependendo da quantidade de lesões apresentadas pela pessoa que tem a doença e deve ser seguido à risca.

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O HOJE

Goiás registra redução de 35% na detecção de Hanseníase

Brasil tem o segundo maior número de novos casos da doença no mundo

Brasil tem o segundo maior número de novos casos da doença no mundo. | Foto: Reprodução

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, com relatos de casos desde 600 A.C. Apesar de antiga, ela ainda é um grave problema de saúde pública, especialmente no Brasil, que concentra o segundo maior número de novos casos do mundo, atrás apenas da Índia.

A doença, que já foi chamada de lepra, foi renomeada devido ao estigma associado ao termo. Desde 1995, por definição da Lei nº 9.010, o termo lepra e seus derivados não podem mais ser utilizados na linguagem adotada nos documentos oficiais da União, dos estados e municípios.

No Brasil, foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano. “O número vem se mantendo com uma discreta queda, mas ela ainda não é considerada significativa para se dizer que a doença está em declínio”, destacou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Heitor Gonçalves.

Manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, sensação de dormência e não sentir calor ou frio são alguns dos sintomas desta doença que tem cura, mas ainda é estigmatizada e negligenciada por muitos brasileiros. “Esses casos de mancha, dormência ou insensibilidade são suspeitos e necessitam formalmente de uma assistência para diagnóstico médico clínico”, observou.

O maior número de casos novos identificados na última década está na Região Nordeste (43% do total, ou o equivalente a 132,7 mil pacientes). Em seguida, vêm o Centro-Oeste, com 20% dos casos; o Norte (19%); e o Sudeste (15%). Apenas 4% dos novos pacientes registrados nos últimos dez anos apareceram na Região Sul do país.

Redução dos casos em Goiás 

Em Goiás, entre 2020 e 2021, houve redução de 35,47% nos números de casos registrados no estado (916 casos em 2020 e 933 em 2021). Ainda assim, a taxa de detecção foi de 12,8 por 100 mil habitantes em 2020 e 12,9 por 100 mil habitantes em 2021, número bastante elevado se comparado ao ideal para controle da doença, que seria de 2 casos a cada 100 mil habitantes.

A gerente de Vigilância Epidemiológica da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO, Ana Cristina Gonçalves de Oliveira, destaca que a pandemia trouxe consequências como o desabastecimento de medicamentos. Além disso, o distanciamento social e a priorização da assistência à Covid-19 também causou prejuízo no seguimento e adesão aos tratamentos.

“Ainda existem muitos desafios a serem superados. Diagnosticar precocemente todos os casos, tratar, curar e devolver os pacientes sem deformidades à sociedade é uma das melhores medidas para combater o preconceito contra essa doença estigmatizante”, enfatiza a gerente.

Em 2020, a Gerência de Vigilância Epidemiológica da Suvisa ministrou, em parceria com a Universidade Federal de Goiás e as Secretarias Municipais de Saúde, treinamentos virtuais para profissionais de 137 municípios. Já entre 2021 e 2022, as capacitações ocorreram de forma presencial, reunindo teoria e prática em serviço, contemplando 720 profissionais, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. O objetivo é preparar os serviços municipais para o adequado manejo clínico.

Preconceito

O vice-presidente da SBD esclareceu que menos da metade dos pacientes com hanseníase transmite a doença, mesmo sem tratamento, porque mais de 50% têm imunidade razoável contra o micróbio.  A transmissão também não é tão fácil como muitos pensam. 

“Esse bacilo não salta de dentro da pele do doente para fora. Isso significa que tocar a mão de uma pessoa doente não transmite hanseníase. É preciso que o doente tenha um ferimento na pele, bem como a outra pessoa, e que esses ferimentos se encontrem para que o bacilo passe de um para o outro. Por isso, o dermatologista afirmou que é difícil a transmissão pela pele. O principal fator de transmissão é a tosse”, reiterou.

De acordo com o MS, a hanseníase acomete mais os homens do que as mulheres. Nos dez anos compreendidos entre 2010 e 2019, foram detectados 172.659 casos novos entre pessoas do sexo masculino e 139.405 em mulheres. “Os homens não têm costume de ir ao médico, como as mulheres. Esse talvez seja o motivo”, destacou o dermatologista

Manifestação e Tratamento 

Estudos científicos indicam que 95% da população têm resistência natural ao bacilo de Hansen, causador da doença e que a vacina BCG, contra a tuberculose, aplicada logo após o nascimento, confere proteção de até 80% contra as formas mais graves de hanseníase. 

Entre os principais sinais e sintomas, estão a sensação de formigamento ou fisgadas, que podem ocorrer em qualquer lugar da pele, principalmente nas mãos e nos pés; diminuição ou ausência de sensibilidade na face, nas mãos ou nos pés; e surgimento de manchas claras ou avermelhadas, localizadas ou disseminadas; e nódulos.

O tratamento é realizado pela administração de um conjunto de antibióticos, denominado poliquimioterapia (PQT), distribuído gratuitamente pelo SUS. Segundo a médica dermatologista Ana Lúcia Osório Maroccolo de Sousa, da Coordenação de Doenças Negligenciadas, da Gerência de Vigilância Epidemiológica, esse acompanhamento tem a duração de seis meses a um ano, dependendo da quantidade de lesões apresentadas pela pessoa que tem a doença e deve ser seguido à risca.

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PORTAL G1

Laudo sobre caso de psicóloga que morreu após exame é inconclusivo; novos testes serão realizados

Documento diz que causa da morte ainda precisa ser definida. Família de Bruna Nunes explica angústia contínua por ainda não saber o que de fato aconteceu com a jovem.

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás

Um laudo emitido após a morte da psicóloga Bruna Nunes de Faria, que morreu após passar mal durante um exame de ressonância magnética em uma clínica de Goiânia, teve resultado inconclusivo. O documento explica que a causa da morte ainda está “a esclarecer” e novos testes foram solicitados. Ao g1, a mãe da jovem de 27 anos, Jane Alves de Souza, lamentou a angústia da espera para saber o que aconteceu de fato com Bruna.

“Estamos vivendo uma angústia enorme, porque o mínimo que podemos ter agora é saber toda a verdade”, disse Jane.

O documento foi emitido no dia 4 de janeiro. Até o momento, a família não obteve o resultado dos novos exames e explicou que a estimativa que recebeu para um novo laudo é de um prazo de 15 a 90 dias. Os testes complementares que devem ser realizados buscam definir a causa da morte da psicóloga.

Em nota, a Polícia Científica disse que foram solicitados exames laboratoriais complementares com o objetivo de contribuir com a completa elucidação do caso, que devem ser finalizados em até 30 dias. Informou ainda que laudos médicos e laboratoriais não podem ser interpretados de forma isolada, sem a relação deles com outras provas (nota na íntegra ao fim do texto).

Os exames que foram realizados até o dia 4 de janeiro buscavam responder as seguintes questões:

Se houve morte?

Qual a causa da morte?

Qual o instrumento ou meio que produziu a morte?

Se foi produzido com o emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidiloso ou cruel?

No entanto, apenas o questionamento 'se houve morte' foi devidamente respondido com um "sim". A causa da morte ainda deve ser esclarecida por exames, não foram obtidos elementos que determinassem o instrumento que causou a morte e a quarta questão foi respondida com a palavra "prejudicado", uma vez que os demais itens também foram inconclusivos.

O caso é investigado no 8º Distrito Policial de Goiânia. Bruna morreu no dia 21 de dezembro. Ela fazia exames para tentar identificar as causas de dois AVCs cerca de 50 dias antes. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para obter atualizações sobre o andamento da investigação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Bruna fez o exame no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, que fica na Avenida Portugal, no Setor Marista. O g1 procurou a defesa do CDI nesta terça-feira (17), que explicou que aguarda o resultado dos laudos para se manifestar. No último dia 23 de dezembro, a defesa explicou, por meio de nota, que atualmente há dois grupos distintos operando sob o nome CDI.

Um sob responsabilidade dos médicos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado e outro sob a gerência dos médicos Ary Monteiro Daher e Adriana Maria Monteiro, sendo que o procedimento que a jovem realizou faz parte dos serviços prestados pela equipe chefiada por Ary e Adriana. Os grupos estão em fase final de separação judicial, que deve ser finalizada em janeiro, quando os prédios também devem ser separados de acordo com a administração (veja a explicação ao fim do texto).

Bruna Faria nasceu em Bonfinópolis, onde foi velada e enterrada na quinta-feira (22). A jovem trabalhava como psicóloga da Prefeitura de Silvânia e fazia parte da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde.

Relatório da morte

O relatório médico sobre a morte de Bruna relata que ela passou mal entre 9h30 e 9h40 e a morte foi constatada às 10h09. A psicóloga começou a sentir os problemas cerca de 30 segundos depois da aplicação do contraste.

O exame foi interrompido a paciente foi para a sala de recuperação. Ela, então, teve uma “piora clínica súbita”. Os médicos chamaram uma ambulância e tentaram manobras de reanimação, mas ela não resistiu.

“Na hora que aplicou o contraste, ela falou assim: ‘Estou passando mal’, e começou a tossir. Eles a tiraram rápido, no colo. Eu fui junto para esse quartinho com ela e falei ‘pelo amor de Deus, o que está acontecendo com a minha filha?’. E já veio uma moça e aplicou uma injeção nela e ela [Bruna] falou: ‘Estou sem ar’. Foi a última palavra que ela falou”, desabafou a mãe.

Nota do CDI gerido pelo médico Ary Monteiro

"Aguardaremos o resultado do laudo que vai determinar a causa da fatalidade, mas, desde já, nos solidarizamos com os familiares e amigos da paciente e seguimos à disposição para prestar toda a assistência necessária. Reforçamos que em nossos exames são adotados elevados padrões de segurança, com acreditação em grau máximo e procedimentos certificados pelas autoridades do setor, sempre buscando garantir o bem-estar e a saúde de nossos pacientes, valores que sempre fizeram parte da história da clínica", diz a nota enviada pelo advogado do médico Ary Monteiro.

Nota do CDI gerido pelo médico Luiz Rassi Júnior

"As Clínicas CDI sob a coordenação do Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado, vêm a público esclarecer:

É com muita tristeza que recebemos a notícia da morte da jovem Bruna Nunes de Faria, paciente que realizava exame de ressonância magnética. Tal fato nos leva ao dever e obrigação de prestar esclarecimentos aos nossos clientes, corpo clínico, colaboradores, médicos e sociedade em geral.

Há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um, o nosso – Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado -, com as Clínicas CDI Diagnósticos em Cardiologia; CDI Diagnósticos Angiotomográficos e Nuclear CDI. E, outro, sob a responsabilidade do Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo e Sra. Adriana Maria de Oliveira Guimarães Monteiro. Os grupos estão em fase final de separação judicial.

O processo judicial iniciado há mais de 02 anos, se deu em virtude de divergências de valores e princípios éticos no exercício da Medicina. As clínicas sempre funcionaram de forma separada, apesar de estarem localizadas no mesmo endereço, realizando exames distintos, com equipamentos distintos, médicos e colaboradores também distintos.

O exame da paciente Bruna Nunes de Faria, com fatídico e lamentável desfecho, foi realizado pela Clínica cujo responsável técnico é o Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo, que se chama Centro de Diagnóstico por Imagem PORTUGAL, o qual tem se identificado como CDI Radiologia.

Informamos também que o processo de separação dos imóveis está em curso, a fim de que a população em geral possa diferenciar ainda mais as Clínicas, ao buscar e escolher livremente atendimento para diagnósticos médicos.

Por fim, nos solidarizamos com a família e amigos de Bruna Nunes de Faria, lamentamos profundamente sua morte e esperamos que a causa do óbito seja esclarecida de forma rápida e efetiva, com apuração pelos órgãos competentes."

Nota da Polícia Científica

Foram solicitados exames laboratoriais complementares com o objetivo de contribuir com a completa elucidação do caso. Exames esses que estão sendo realizados nos laboratórios da própria Polícia Científica, em Goiânia, e que devem ser finalizados em aproximadamente 30 dias.

A Polícia Científica reforça que Laudos Médicos e Laudos Laboratoriais não podem ser interpretados isoladamente; sendo necessária a correlação dos mesmos com os demais elementos de provas, obtidos no âmbito da Delegacia de Polícia, o que é possível tão somente quando da conclusão do Inquérito Policial por parte da Autoridade Policial.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 17 Janeiro 2023 08:43

CLIPPING AHPACEG 17/01/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Governo de Goiás investe R$ 4,1 bilhões na saúde em 2022

Goiás recebe mais de 22 mil doses de vacina contra Covid para crianças

Égua leva alegria e ajuda na recuperação de pessoas internadas em hospital de Aparecida de Goiânia

Quem é a bilionária chinesa que investe para curar o câncer

Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto

ANS modifica Manual de Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal

Helvécio Magalhães diz que governo quer diminuir filas de cirurgias eletivas

Maternidades fazem até simulação de partos para reduzir cesáreas

GAZETA DO ESTADO

Governo de Goiás investe R$ 4,1 bilhões na saúde em 2022

Valores envolvem pagamento de pessoal, custeio e investimentos, com foco na regionalização da saúde, e somam 13,26% da receita do Estado aplicado acima do percentual constitucional de 12%

O Governo de Goiás destinou R$ 4,1 bilhões para investimentos, pagamento de pessoal e custeio na área da saúde em 2022. Esse valor representou 13,26% da receita do Estado e ultrapassou o percentual de 12% que Goiás deveria, obrigatoriamente, investir em saúde, de acordo com a vinculação determinada pela Constituição Federal. Os recursos possibilitaram o avanço da regionalização, com a construção e aquisição de equipamentos para hospitais e policlínicas.

Para o titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Sérgio Vencio, os investimentos garantem aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás, o acesso a serviços de qualidade, além de promover eficiência operacional e financeira aos cofres públicos do Estado. “O governo está garantindo o direito dos goianos à saúde de qualidade, nas diversas regiões do Estado”, avalia Vencio.

De janeiro a dezembro de 2022, foram realizadas 36.076 cirurgias eletivas na rede estadual de saúde, de acordo com o Sistema Estadual de Regulação de Cirurgias Eletivas (Regnet). Também foram realizadas 247.636 consultas e 154.139 exames.

Equipamentos
Do total de recursos, R$ 230.281.719,37 foram investidos na aquisição de equipamentos, obras e demais bens que se incorporaram ao patrimônio das 30 unidades distribuídas em todo o Estado.

Com os investimentos, três hospitais do Governo de Goiás – Crer, Hugol e HGG – receberam prêmio concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) por eficiência e qualidade no atendimento. Os hospitais foram encolhidos entre as 6,6 mil unidades financiadas pelo SUS durante premiação em parceria com o Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Instituto Ética Saúde (IES).

Já para o custeio, que inclui manutenção, aquisição de bens de consumo ou contratação de serviços, foram destinados R$ 3.326.243.078,40. E para o pagamento de profissionais, R$ 701.328.256,75.

Regionalização
Em 2018, a rede assistencial própria do Estado contava com cerca de 20 unidades, localizadas de forma centralizada, em especial na região Metropolitana de Goiânia. A atual gestão regionalizou a saúde, com a abertura de novos hospitais. A rede própria agora conta com 30 unidades, levando assistência para mais perto do cidadão goiano.

Foram estadualizados cinco hospitais, em Jataí, Formosa, São Luís de Montes Belos, Luziânia e Itumbiara. O Governo de Goiás inaugurou o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, e retomou as obras do Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás. Entre as novas unidades estão ainda o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), ambos na capital.

Policlínicas
O Governo de Goiás garantiu o funcionamento das policlínicas estaduais nos municípios de Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Formosa e Goiás. Tais unidades se destinam à realização de consultas em mais de 20 especialidades e exames de alta complexidade, como mamografia, tomografia computadorizada, radiografias e oftalmológicos. As policlínicas também oferecem trabalhos que podem ser desenvolvidos em parceria com a comunidade, nas áreas de psicologia, nutrição, fisioterapia e terapia ocupacional.

Nas unidades de Posse, Goianésia, Quirinópolis e Formosa, o serviço de hemodiálise já foi instalado, o que deve ocorrer também na cidade de Goiás e São Luís de Montes Belos. E todas contam com uma base descentralizada da Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa para atender pessoas que moram nesses municípios com a dispensação de remédios de alto custo.

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PORTAL G1

Goiás recebe mais de 22 mil doses de vacina contra Covid para crianças

Foi reabastecido o estoque de Coronavac para completar, preferencialmente, o esquema vacinal de crianças a partir de 3 anos. Ainda há falta de doses de vacina para bebês.

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) recebeu 22.950 doses de vacina contra a Covid-19 para crianças, enviadas pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (16). Foi reabastecido o estoque de Coronavac. A SES explicou que essas doses serão usadas, preferencialmente, para completar o esquema vacinal de crianças de 3 a 11 anos de idade.

A superintendente em Vigilância Sanitária da SES, Flúvia Amorim, confirmou que ainda há falta de doses de vacina para bebês a partir de 6 meses, que tomam as doses da Pfizer Baby.

Apesar da orientação da SES para usar as doses nas aplicações de reforço - 2ª e 3ª doses -, Flúvia Amorim disse que os municípios podem utilizar o estoque na aplicação da 1ª dose. A distribuição das doses começa nesta semana.

"Temos orientado os municípios para utilizar as doses recebidas, cada frasco tem 10 doses. Então que eles utilizem de forma responsável para não ter desperdício. É preferencialmente para 2ª dose, mas chegou ao final da tarde e tem dose sobrando e crianças chegando para tomar a 1ª dose, que seja feita a vacinação", esclareceu Flúvia Amorim.

De acordo com a SES, o estado aplicou 15.296.207 doses de vacinas contra a Covid na população em geral. Até esta terça-feira (17), o painel da vacinação mostrava que 38.166 crianças de 3 a 4 anos receberam uma dose da vacina.

Entre crianças de 5 a 11 anos, 423.455 receberam uma dose da vacina contra a Covid. Mais de 539 mil adolescentes, de 12 a 17 anos, receberam pelo menos a 1ª dose da vacina.

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Égua leva alegria e ajuda na recuperação de pessoas internadas em hospital de Aparecida de Goiânia

Animal passeia pelas alas e recebe alimento e carinho dos pacientes. Médicos dizem que, após visitas, pessoas ficam mais dispostas a continuar os tratamentos.

Por Vitor Santana e Fábio Castro, g1 Goiás e TV Anhanguera

Uma égua esta sendo usada para distrair, levar alegria e ajudar na recuperação de pessoas internadas no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Luziânia, como é chamado o animal, passeia pelos corredores e entra nos quartos e enfermarias. Os pacientes, de pronto, reagem com sorrisos, a acariciando e alimentando.

O projeto teve início em novembro de 2022. As visitas despertam a atenção de muitas pessoas, sejam pacientes, acompanhantes ou funcionários. Luziânia é uma égua aposentada da Polícia Militar que já participam de trabalho de ecoterapia e, portanto, estão acostumados com o contato.

O aposentado Ildebrando Araújo de Lima lembrou dos tempos que morava na fazenda. “É a coisa mais linda que existe. Cavalo, burro, animal que a gente andava direto quando a gente morava lá para o interior”, disse.

A visita acontece em áreas autorizadas pelas equipes médicas. Antes de a égua entrar, é feito todo um processo de higienização e preparação no animal.

A presença de um animal desse porte ajuda a despertar a curiosidade e até sorrisos. E isso é importante para quem está se recuperando de um problema de saúde.

Até mesmo os policiais que participam do projeto ficam emocionados com a reação das pessoas ao ver a égua.

“A gente que trabalha com prevenção de criminalidade, uma área totalmente diferente, podemos ajudar pessoas a descontrair, tirar um pouco do estresse de estar em um quarto por muito tempo. A gente sentiu a surpresa das pessoas em ver o cavalo, algo inesperado. Pelo sorriso das pessoas, acredito que vai ajudar muito na recuperação delas”, disse o sargento Mozart Rocha, que trabalha no regimento da cavalaria da Polícia Militar.

Todo o projeto é formado por uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Os médicos se basearam em um estudo que mostra o poder dos cavalos. A experiência no hospital goiano também será avaliada. Porém, o poder dos cavalos já mostra resultados.

“Aumenta o bem-estar do pacientes, contribui para uma melhoria das taxas, um envolvimento maior do paciente no tratamento, ele volta para o leito com uma vontade maior de retomar a atividade”, contou Fernanda Lambach, coordenadora do projeto.

“Qualquer coisa que a gente possa fazer para tirar essa impressão, esse sentimento de local de sofrimento para um lugar onde as pessoas podem ter felicidade, onde elas podem ser bem cuidadas, onde as coisas podem acontecer com carinho, são bem-vindas”, disse o Tadeu Renattini, médico coordenador da pediatria.

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FORBES BRASIL

Quem é a bilionária chinesa que investe para curar o câncer

Com um recipiente que lembra uma caneca de café, Nisa Leung não injetou sua injeção de reforço contra a Covid-19 - ela inalou. A investidora chinesa se tornou uma das primeiras pacientes da primeira vacina gasosa contra Covid-19 do mundo, lançada em setembro passado pela CanSino Biologics, com sede em Xangai, uma das empresas de seu portfólio.

"Quem sabe se haverá ou não outros tipos de Covid surgindo?" diz Leung, sócia-gerente da Qiming Venture Partners. Ela apoiou a CanSino em 2015, logo depois que a empresa biofarmacêutica construiu sua primeira fábrica de vacinas. O que a atraiu foi o desenvolvimento de vacinas contra meningite meningocócica para crianças, que na época não estavam disponíveis na China. Desde então, a CanSino tornou-se uma das maiores empresas de biotecnologia do país, com uma capitalização de mercado de US$ 3,8 bilhões (R$ 19,58 bilhões).

Sua visão para a inovação na área é uma das razões de seu sucesso. Presente na lista Forbes 50 Over 50 deste ano, Leung, 52, é um regular na Forbes Midas, lista dos melhores investidores do mundo. Em 2022, ela foi classificada como a segunda maior investidora na China, depois de Anna Fang, sócia e CEO da ZhenFund. Além da CanSino, seu portfólio inclui a maior fabricante de insulina da China, Gan and Lee, co-fundada pelo bilionário Zhongru Gan .

Fundada em 2006 e sediada em Pequim, a Qiming Venture Partners foi uma das primeiras apoiadoras de gigantes da tecnologia, como a Meituan, do bilionário Wang Xing, e a Xiaomi, do bilionário Lei Jun. A empresa de investimentos levantou um total de US$ 9,4 bilhões (R$ 48,44 bilhões) em capital em 11 fundos, com foco particular nos setores de tecnologia de consumo e saúde; desde 2020, as 480 empresas do portfólio da Qiming realizaram 34 IPOs, 25 das quais na

Em dezembro passado, as autoridades chinesas anunciaram o relaxamento das medidas restritivas de controle do Covid-19 nas cidades da China, estimulando as altas do mercado, enquanto os investidores apostavam que a segunda maior economia do mundo finalmente reabriria suas portas. A negociação na China despencou 45% em 2020, o nível mais baixo desde 2008, segundo dados da Refinitiv.

"Acho que a China tem uma posição única para desempenhar na cadeia de valor global", diz Nisa Leung. Ela continua "muito otimista" no futuro de curto e médio prazo do investimento em saúde na China, embora diga que o setor estava com excesso de inscrições devido à pandemia de Covid-19.

Sua confiança é inspirada pela resiliência dos fundadores com quem ela trabalhou. Durante o bloqueio em Xangai em 2020, várias das empresas da Qiming ficaram presas nos escritórios por até três meses. Proibidos de sair do prédio, eles seguiram trabalhando. Sem chuveiros, eles estabeleceram escalas para se limpar nos banheiros. "É essa perseverança que eu acho importante", diz ela.

A adaptação às severas "dificuldades" do bloqueio exigiu que as equipes tivessem uma fé tremenda, aceitando salários baixos ou inexistentes até que pudessem retomar seus horários normais. "É por isso que eu sempre digo: não aposte contra os empreendedores chineses porque eles trabalham muito duro mesmo."

Criada em Hong Kong, Nisa Leung formou-se na Cornell University com bacharelado em administração e na Stanford Graduate School of Business com MBA. A batalha de um tio contra o câncer de fígado a inspirou a investir em saúde. Enquanto sua família procurava tratamento para o tio em Guangzhou, Leung percebeu as deficiências da terapêutica chinesa.

"Sempre que vejo pacientes com câncer de fígado implorando publicamente por um fígado nas redes sociais, sinto pena", escreveu Leung em um post de blog de 2019 para Qiming. "Se a ressecção [de um tumor hepático] puder ser realizada precocemente, a taxa de sobrevida dos pacientes é bastante alta; no entanto, o câncer de fígado ainda é a terceira causa de morte por câncel em Hong Kong."

Desde então, Leung tem supervisionado investimentos no setor de saúde da China, introduzindo empresas sediadas nos Estados Unidos no mercado doméstico e desenvolvendo talentos locais. Ela aproveitou campos em expansão, como a descoberta de medicamentos com tecnologia de IA, que usa algoritmos avançados para prever o movimento de moléculas e encontrar aquelas que funcionam para doenças específicas. Um de seus investimentos notáveis na Qiming é a Schrödinger, que desenvolve um software de simulação de IA que ajuda os cientistas a descobrir compostos eficazes.

"Praticamente todo o comitê de investimentos foi contra", diz Leung. "Mas eu disse: acho que esta é a direção certa para investir. Se o investimento for bem, a Qiming ganha dinheiro. Se não, eu pago do meu bolso." Sua aposta valeu a pena. No ano seguinte, a Schrödinger estreou na Nasdaq com uma oferta pública de US$ 220 milhões (R$ 1,13 bilhão), superando seu preço inicial.

Outro investimento é o Zai Lab, um gigante biofarmacêutico com uma capitalização de mercado de US$ 4,1 bilhões (R$ 21,13 bilhões). "Ninguém estava realmente prestando atenção" à descoberta de drogas em 2014 e, no caso da pequena equipe de três mulheres do Zai Lab, havia dúvidas sobre a viabilidade futura da operação. Para Nisa Leung, avaliar equipes pequenas se resumia a "muita intuição" e cálculos para preencher lacunas. A Zai Lab estreou na Nasdaq em 2017 e concluiu uma listagem secundária na bolsa de valores de Hong Kong em 2020.

>Leia também: Cofundador do Google doou mais de US$ 1 bilhão para pesquisa de Parkinson

Agora, entrando em seu 17º ano na Qiming, Leung se destaca como uma das principais investidoras na China. Além disso, aproximadamente 37% do portfólio de saúde da Qiming tem fundadoras ou executivas. "Não tentamos identificar especificamente mulheres empresárias", diz ela. As oportunidades da China para as mulheres no setor de saúde são mais amplas, diz ela. "Passei bastante tempo no Vale do Silício e não teria ido tão longe se tivesse ficado lá."

Doenças femininas têm sido cronicamente negligenciadas, diz Leung, o que estimula as pesquisas. Poucas empresas visam doenças como miomas (tumores benignos no útero) e endometriose (doença em que o crescimento do tecido afeta o sistema reprodutivo feminino). A falta de tratamento desmente o escopo das doenças: os miomas afetam 77% das mulheres em idade reprodutiva e a endometriose aflige 10%, de acordo com estudos da Fundação Bill e Melinda Gates.

"Queremos ser capazes de encontrar soluções em muitas áreas diferentes para as quais não temos cura", diz Leung. Em 2021, a Qiming liderou uma rodada de financiamento série B de US$ 56 milhões (R$ 288,6 milhões) da HopeMed, uma empresa de biotecnologia que trata da endometriose e outros distúrbios causados por receptores hormonais defeituosos, incluindo calvície em homens e mulheres. E também apoiou o desenvolvimento de medicamentos da Insilico Medicine, plataforma de IA de Hong Kong, que anunciou resultados positivos para um medicamento indicado para doenças pulmonares.

Outras condições idiopáticas ou sem causa conhecida são as próximas. Nisa Leung prevê que as startups de saúde adotarão "novas modalidades", examinando doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Por sua vez, as ferramentas disponíveis para os pesquisadores irão evoluir. Por exemplo, os avanços na técnica de biópsia líquida, uma forma de detectar tumores cancerígenos sem operações, poderiam tornar o câncer uma doença crônica em vez de uma doença mortal.

"Se pudermos ajudar um pouco estendendo a idade média do mundo em cinco anos, isso seria ótimo", diz ela. "Ainda há muito que podemos fazer, porque há muitas doenças que precisam ser curadas."

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JORNAL FLORIPA ONLINE

Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto

A portaria, do governo Jair Bolsonaro, obrigava o médico a comunicar o aborto à autoridade policial e destacava que era preciso preservar evidências materiais do crime de estupro. O Ministério da Saúde revogou seis portarias do governo anterior. Uma delas, sobre a autorização para o aborto legal - a interrupção da gravidez nos casos previstos em lei. A portaria obrigava o médico a comunicar o aborto à autoridade policial e destacava que era preciso preservar evidências materiais do crime de estupro.

O governo também revogou a obrigatoriedade de apresentação de prescrição médica eletrônica para retirar medicamentos do programa farmácia popular.

Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto e outras medidas contrárias às diretrizes do SUS

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ANS modifica Manual de Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal

Os diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foram favoráveis às alterações do Manual Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal (CBP Parto Adequado). As mudanças incluem propostas apresentadas em uma consulta pública por entidades parceiras, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), e também pelos usuários dos planos. O documento é utilizado no Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde (PCPB).

As modificações foram apresentadas pela área técnica da ANS na tarde desta segunda-feira (16/1), durante 583ª Reunião da Diretoria Colegiada (DICOL). Entre as alterações do manual está a ampliação de 3 para 11 nos indicadores a serem seguidos pelas operadoras interessadas em obter a certificação. A alteração também prevê a ampliação do número de profissionais nas equipes, além da possibilidade de visitas técnicas e remotas as clínicas.

As novas determinações do manual são fruto de consultas a especialistas e de revisões bibliográficas, com recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma consulta pública foi feita e 73% das sugestões foram acatadas.

O objetivo da mudança é melhorar o atendimento. "Esse é um projeto de suma importância para saúde suplementar, devido principalmente à quantidade de partos cesarianas (81,76% em 2021), grande parte deles feitos sem indicação clínica", disse o diretor Maurício Nunes da Silva.

O PCPB é um processo voluntário de avaliação da adequação a critérios técnicos pré-estabelecidos para uma Rede de Atenção à Saúde específica ou para uma Linha de Cuidado específica de uma operadora, realizado por Entidades Acreditadoras em Saúde, com aptidão reconhecida pela ANS. Entre as linhas de cuidado com certificação está a CBP Parto Adequado, que inclui uma série de requisitos que devem ser seguidos pelas operadoras que desejam obter o título.

O novo manual será divulgado pela ANS em seu site nos próximos dias.

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O TEMPO

Helvécio Magalhães diz que governo quer diminuir filas de cirurgias eletivas

Nomeado na última semana como secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, o ex-secretário de Planejamento e Gestão no governo Pimentel, Helvécio Magalhães, garante que a Saúde vai trabalhar em duas principais vertentes nos próximos anos. A primeira é retomar a cultura da vacinação no país e a segunda é diminuir a fila de consultas e cirurgias eletivas.

Para isso, a próxima equipe da pasta pretende realizar mutirões de exames, intensificar o uso da tecnologia no atendimento do SUS, com o aprimoramento dos prontuários eletrônicos, além de disponibilizar Whatsapp e e-mail para agendamentos de consultas.

Segundo Helvécio, a ministra Nísia Trindade estuda também a possibilidade de reativar leitos e blocos cirúrgicos desativados em hospitais estaduais e federais para ampliar a capacidade de atendimento, que pode, inclusive, funcionar em horários alternativos, como à noite e aos sábados.

"Temos uma fila enorme de pessoas aguardando consulta com especialistas, exames, diagnósticos, raio-x, e cirurgias eletivas. Vamos ver qual é a capacidade ociosa dos hospitais filantrópicos também para dar mais agilidade a esse processo. Primeiro, estamos trabalhando para levantar qual o tamanho dessa fila, mas não vamos esperar meses e aguardar um grande programa para colocar em prática. Vamos ver qual é o recurso disponível no orçamento de imediato para estabelecer modalidades de pagamento e já começar e com o tempo ir aperfeiçoando", explicou o médico, que garantiu que as intervenções para diminuir as filas serão permanentes para evitar que o número de pessoas aguardando atendimento continue aumentando.

"Esses são uns dos desafios imediatos e as encomendas feitas pelo presidente Lula. O Ministério da Saúde foi devastado não só durante a pandemia, mas também pela má gestão e desorganização. O Brasil que já foi referência mundial de vacinação perdeu isso em quatro anos. Vimos políticas implantadas há décadas sendo interrompidas, a situação da saúde brasileira é dramática, é preciso refazer e retomar muita coisa", pontuou o secretário.

Segundo ele, o governo Lula não fará distinção entre Estados e governantes, negando qualquer possível atrito com o governo de Minas e o governador Romeu Zema (Novo). "Essas metas não são prioridades do Ministério da Saúde, mas desse governo como um todo. Por isso, não terá nenhuma relevância para nós posicionamento político. A orientação é clara, o SUS é suprapartidário e federativo", argumentou.

Outra novidade na nova gestão do Ministério da Saúde, segundo Helvécio, será a implementação de convênios com universidades para o aprimoramento do atendimento na saúde primária. A ideia do secretário é repetir a experiência executada pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 2003, quando ele foi Secretário de Saúde do município.

"A partir da experiência em BH com a UFMG, queremos implementar progressivamente o contato de especialistas nas unidades básicas. Ao invés do médico encaminhar um paciente por não ter o diagnóstico, ele pode tirar a dúvida com algum colega especialista", pontuou Helvécio que acrescentou que essa comunicação poderá ser online ou off-line.

De acordo com o secretário, a medida será trabalhada em parceria com a recém criada Secretaria de Saúde Digital, comandada por Ana Estela Haddad. O projeto, segundo ele, tem como objetivo melhorar o atendimento e evitar encaminhamentos.

"Essa consulta de informação pode acontecer através de uma fotografia, que pode ser encaminhada para um especialista, pela análise de uma biópsia ou até mesmo contato telefônico. Essa é uma prática comum no setor privado em que se poupa tempo e custos. É um projeto que não tem mistério, são cooperações. Fizemos em BH e podemos trazer para o Brasil todo", afirmou.

"É mais uma ferramenta para se dar agilidade para o diagnóstico. A pandemia trouxe a evidenciou a importância da tecnologia para a saúde com a tele consulta", completou o médico que foi cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte ao cargo de Secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde até o dia 31 de dezembro deste ano.

Desde 2019, o ex-secretário nacional de Atenção à Saúde Básica da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) estava cedido ao Instituto René Rachou, unidade da Fiocruz em Minas Gerais. Lá estava desde quando deixou o governo Fernando Pimentel (PT), quando foi secretário de Estado de Planejamento e Gestão. Além de secretário de Estado, o médico foi conselheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge).

Antes de integrar o governo Dilma, o novo secretário de Atenção Especializada à Saúde foi secretário de Saúde de Belo Horizonte entre 2003 e 2008, justamente quando o prefeito era Pimentel. Além disso, na década de 1990, Helvécio foi o primeiro coordenador de Epidemiologia da Prefeitura de Belo Horizonte.

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ISTOÉ ONLINE

Maternidades fazem até simulação de partos para reduzir cesáreas

Para enfrentar o alto índice de cesáreas desnecessárias no País, grandes redes de hospitais e maternidades privadas têm desenvolvido ações para reestruturar suas instalações, capacitar profissionais e conscientizar gestantes sobre os benefícios do parto normal e os riscos da realização de uma cesariana sem indicação clínica.

Cursos para gestantes com simulações realísticas do parto, salas especiais e formação de equipes multiprofissionais com foco na humanização são algumas das ações adotadas pelos estabelecimentos de saúde para tentar vencer a resistência de alguns médicos e pacientes ao parto vaginal.

No Brasil, 57% dos nascimentos em 2021 ocorreram via cesariana e o índice segue tendência de alta. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o ano de 2020 teve taxa recorde desse tipo de parto. Na rede particular, o porcentual passa de 80%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera adequada uma taxa de 10% a 15%.

Dor

Para reduzir esse índice em suas unidades, o Grupo Santa Joana, que administra as maternidades Santa Joana, Pro Matre e Santa Maria, focou na análise de dados e adotou, entre outras medidas, um curso em que profissionais usam manequins que reproduzem o corpo humano para demonstrar o trabalho de parto para os casais e apresentar técnicas para o alívio da dor.

"O centro de simulação realística era voltado para profissionais, mas passamos a usá-lo também para a educação de pacientes", diz Monica Siaulys, diretora médica do Santa Joana.

"Quero ter o parto normal, mas sempre tive muito medo. A gente ouve falar que a mulher sente muita dor, e, no curso, nos apresentaram as possibilidades de anestesia", diz a gerente comercial Petruska Canet, grávida de 37 semanas.

A diretora médica cita ainda a abertura de novas suítes de parto normal, algumas até com cama de casal king size.

O Hospital Israelita Albert Einstein também vem desenvolvendo ações, como a melhoria da infraestrutura para o parto normal, com a criação, em 2017, das chamadas salas PPP (pré-parto, parto e pós-parto), a conscientização das gestantes, além de um trabalho com os médicos.

"A gente chamou aqueles com alto volume de cesáreas, perguntamos o que podíamos fazer para ajudar a ter um número mais adequado de partos vaginais. Até oferecemos o acompanhamento de nossas enfermeiras especializadas porque sabemos que uma das justificativas é que acaba sendo oneroso porque o médico também tem suas funções no consultório", diz Rômulo Negrini, coordenador médico da maternidade do Einstein.

Além de cursos e salas adaptadas, a Rede Mater Dei, que administra dez hospitais, oferece residência em ginecologia e obstetrícia com ênfase na humanização do parto.

Para a empresária Fabiane Fernandes Alves, o apoio de uma equipe com foco na humanização foi fundamental para que optasse pelo parto normal, após viver uma experiência traumática na primeira gravidez.

"É um momento em que estamos com muita força, mas, ao mesmo tempo, muito frágeis. Se não tem pessoas para nos incentivar, não flui", diz ela, que teve Vicente, hoje com 1 ano e 4 meses, por parto normal.

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Assessoria de Comunicação