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Ahpaceg|Sindhoesg - Nota de Agradecimento à Diretoria do Ipasgo
Escrito por Administrador
NOTA DE AGRADECIMENTO À DIRETORIA DO IPASGO
A Ahpaceg e o Sindhoesg agradecem publicamente à diretoria do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) pela antecipação de parte dos pagamentos das faturas de outubro e novembro de 2022 devidos à rede privada credenciada.
Esse adiantamento atende a uma solicitação da Ahpaceg e do Sindhoesg e dá mais fôlego às instituições credenciadas neste período de aumento dos custos com a quitação do 13º salário dos trabalhadores.
Ao atender nossa solicitação, a diretoria do Ipasgo demonstra estar atenta às necessidades dos prestadores e reforça a nossa parceria em prol dos beneficiários do Instituto.
Que em 2023, possamos continuar trabalhando em conjunto para oferecer a melhor assistência a todos.
AHPACEG - SINDHOESG
21/12/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Senado aprova PEC do piso da enfermagem
Goiás confirma 7.071 novos casos de covid-19, diz Saúde
Artigo - Os riscos da exposição solar
Golpe da próstata: entenda polêmica envolvendo Marcos Palmeira e Antônio Fagundes
Equipamento de raio-x é encontrado abandonado em casa de Rio Verde
Justiça determina que Google Maps restabeleça perfis excluídos de clínica goiana
Artigo - Vacina é nova arma contra o câncer de pele
Justiça nega indenização para família de testemunha de Jeová que recebeu sangue
O HOJE
Senado aprova PEC do piso da enfermagem
Pela Lei 14.434, enfermeiros têm direito a um piso de R$ 4.750
O plenário do Senado aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (20), a proposta de emenda à Constituição (PEC) que viabiliza pagamento do piso da enfermagem (PEC 42/2022). Na semana passada, o texto foi aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados.
Pela Lei 14.434, de 2022, os enfermeiros e enfermeiras têm direito a um piso de R$ 4.750. O valor é a referência para o cálculo dos vencimentos de técnicos (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e das parteiras (50%).
A PEC direciona recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial nacional da enfermagem no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
STF
Atualmente, o pagamento do piso está suspenso pelo Supremo Tribunal Federal por decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso. O ministro determinou que a União, entes públicos e privados se manifestassem sobre o impacto financeiro da medida na qualidade dos serviços prestados na rede de saúde.
À época Barroso acatou o argumento das entidades privadas de que o Legislativo e Executivo aprovaram e sancionaram o projeto sem tomar providências que viabilizariam a sua execução, como o aumento da tabela de reembolso do Sistema Único de Saúde (SUS) à rede conveniada.
Com a PEC aprovada no Senado, o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), espera ter pacificado o impasse. Na avaliação de Pacheco, o impacto do piso nacional da enfermagem para a União é muito pequeno.
O senador reconheceu, no entanto, que há um impacto severo para estados, municípios e hospitais filantrópicos, mas que a questão foi resolvida com uma série de iniciativas tomadas para compensar estados, municípios e hospitais filantrópicos para atender a decisão do Supremo Tribunal Federal e viabilizar o piso.
“Nada impede que, ao promulgarmos essa emenda à Constituição, o Supremo Tribunal Federal levante essa decisão cautelar para o estabelecimento do piso nacional da enfermagem e que, no caso da iniciativa privada, possa este Congresso Nacional examinar já com o novo governo”, ressaltou Pacheco.
Para ele, a decisão do Supremo não precisa estar atrelada à suspensão do piso nacional para todos no Brasil, inclusive para entes públicos, em função do impacto para a iniciativa privada, que, segundo ele, pode ter uma solução construída em 60, 90 dias.
Segundo Pacheco, a viabilização do piso para profissionais da iniciativa privada foi pauta de uma conversa recente entre ele e o futuro ministro da Economia, Fernando Haddad. “Ele se comprometeu, já em janeiro, a deliberar a respeito do espaço fiscal e dos recursos necessários para as medidas compensatórias para a iniciativa privada, que viriam, a princípio, por uma desoneração da folha de pagamentos. Assim como existem para 17 setores da economia nacional.”, disse Pacheco.
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A REDAÇÃO
Goiás confirma 7.071 novos casos de covid-19, diz Saúde
Goiás registrou 7.071 novos casos de covid-19, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) desta terça-feira (20/12). De acordo com a pasta, os números podem representar dados represados dos últimos dias, no entanto, alerta sobre a importância da vacinação contra a doença durante este período de festividades.
Ainda segundo o boletim desta terça, foram registradas 15 mortes pela doença. Outros 899.295 casos e 67 óbitos são investigados para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus em Goiás é de 1,54%.
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Artigo - Os riscos da exposição solar
Nesta quarta-feira (21/12) começa o verão, uma estação de muito calor, atividades ao ar livre, férias e uma grande exposição dos corpos ao sol. No entanto, antes de aproveitar essa estação que é a cara do Brasil, é preciso atenção aos riscos presentes e ocultos nos raios solares.
Já está mais do que comprovado que a exposição à radiação ultravioleta produzida pelo sol está diretamente relacionada ao surgimento de várias patologias da pele, dentre elas os cânceres cutâneos. Esta radiação nos atinge de três maneiras: diretamente, dispersa em céu aberto e refletida no ambiente.
No Brasil, o câncer de pele não melanoma é o tumor mais frequente em ambos os sexos e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no país 176.930 novos casos de câncer de pele basocelular (o mais comum e também o menos agressivo) e espinocelular, com 2.653 mortes.
Já o câncer de pele melanoma é o tipo mais grave da doença, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase. Ele representa apenas 3% das neoplasias malignas da pele, sendo mais frequente em adultos brancos, e
pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais.
As pessoas que se expõem ao sol de forma prolongada e frequente constituem o grupo com maior risco de contrair câncer de pele, principalmente aquelas de pele, cabelo e olhos claros. Mas, a exposição eventual, como em períodos de férias, também é altamente preocupante.
O câncer ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, podendo destruir estas estruturas.
O diagnóstico do câncer de pele normalmente é feito pelo dermatologista, através de exame clínico, e quando detectada precocemente, a doença apresenta altos percentuais de cura. Porém, se não tratada adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas e até levar à morte.
A cirurgia é o tratamento mais indicado tanto nos casos de carcinoma basocelular como de carcinoma epidermóide. Eventualmente, pode-se associar a radioterapia à cirurgia.
No melanoma, a cirurgia também é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia podem ser utilizadas dependendo do estágio do câncer. Quando há metástase, o melanoma, hoje, é tratado com novos medicamentos, que apresentam altas taxas de sucesso terapêutico.
Mas, como a prevenção é o melhor remédio, ao se programar para o verão, nunca se esqueça da proteção de sua pele: evite exposição prolongada ao sol entre 10 e 16 horas, use roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas, e jamais deixe de lado o filtro solar.
Se você se cuidar, terá muitos verões para aproveitar a vida!
*Cristiano Barros de Sá é cirurgião plástico e responsável técnico pelo Instituto do Câncer de Pele
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JORNAL OPÇÃO
Golpe da próstata: entenda polêmica envolvendo Marcos Palmeira e Antônio Fagundes
Atores tiveram a imagem vinculada a medicamento proibido pela Anvisa
O ator Marcos Palmeira, de 59 anos, teve o nome e a imagem usados de forma indevida para promover e vender um tratamento para hiperplasia da próstata. Ao tomar conhecimento da fraude, ele usou as redes sociais para alertar os seguidores.
“Já acionei os advogados mas o site falso continua no ar e deve ter muita gente caindo no golpe. Cuidado!”.
Golpe
A página falsa também usa o logo do portal de notícias G1, do grupo Globo, a fim de enganar o leitor. Além disso, afirma, com o uso de uma montagem, que Marcos Palmeira participou de um evento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para divulgar o tal produto.
A notícia falsa traz ainda um ‘relato’ do ator, em que o artista teria dito que passou por ‘noites de insônia’ e problemas de incontinência urinária. Marcos, no entanto, desmentiu as informações, dizendo que não fez uso do remédio e nem participou de um evento da Anvisa para tratar do assunto.
O artista, entretanto, não é o primeiro famoso a ter a imagem usada pelos criminosos. O ator Antônio Fagundes também foi associado ao mesmo produto, sendo que a fraude era idêntica à aplicada com a imagem de Marcos.
Entre as falsas propagandas, o leitor é direcionado pelo site por meio de links para comprar o ‘tratamento’.
Anvisa
Em novembro, a Anvisa divulgou um comunicado sobre o golpe:
“O produto de nome ‘Max Prost’ não possui registro na Anvisa e não deve ser utilizado. A Agência está tomando as medidas sanitárias e judiciais cabíveis para retirar a peça e o produto de circulação. Isso porque a publicação viola o marco civil da internet e a Lei Geral de Proteção de Dados, além de utilizar informações falsas para promover a venda de um produto clandestino”.
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Equipamento de raio-x é encontrado abandonado em casa de Rio Verde
Autoridades intimaram proprietários após denúncia anônima ao Ministério Público
Um equipamento de raio-x foi encontrado abandonado em uma casa no Centro da cidade de Rio Verde. Vizinho do local denunciou o caso ao Ministério Público de Goiás (MP-GO). A promotora de Justiça Taís Caroline Pinto acionou, nessa segunda-feira, 19, a Secretaria de Meio Ambiente do município para tomar as providências.
Segundo o secretário da pasta, Rhafael Pereira Barros, agentes da Vigilância Sanitária, da Secretária de Saúde, juntamente com a Guarda Civil Municipal, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar estiveram no endereço e isolaram a casa.
Após averiguações, a Vigilância Sanitária constatou que o equipamento estava vazando óleo, que poderia causar danos ambientais, mas foi descartado qualquer risco para a saúde humana.
O proprietário, Paulo Cézar da Fonseca Lopes, foi intimado a fazer o descarte adequado da máquina de raio-x, por meio de empresa especializada, com credenciamento nos órgãos públicos.
Césio 137
O abandono de equipamento relembra o episódio do acidente radioativo do Césio 137, no final da década de 90. Uma máquina foi encontrada em um hospital desativado no Centro de Goiânia e levada para um ferro-velho da região. Os catadores abriram a cápsula, que armazena produtos radioativos. Diretamente, membros de uma família morreram em decorrência da exposição e centenas de pessoas desenvolveram doenças por causa do acidente.
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Justiça determina que Google Maps restabeleça perfis excluídos de clínica goiana
Aplicativo apagou cadastro de localidade alegando duplicidade de registro na localização
A juíza Clarissa Rodrigues Alves, da 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), entendeu como irregular decisão do Google que impedia perfil do Centro de Diagnóstico Por Imagem (CDI) ativo no aplicativo Google Maps e ordenou o restabelecimento das informações de localização e contato no serviço. A decisão liminar que o Google Maps reative os perfis devidamente indicados no prazo de 48 horas sob pena de multa diária de R$ 5 mil.
Anteriormente, o Google havia impedido que o CDI disponibilizasse dados de contato no aplicativo de mapas, sob alegação de que os perfis eram duplicados, assim “ignorando ela a realidade jurídica de que ali há condomínio de empresas distintas”, explica o advogado Rafael Maciel. “Tal atitude da Google representa grave cerceamento da atividade empresarial com prejuízos econômicos por redução nos agendamentos de exames.”
Para o Google, a empresa compartilha da mesma fachada e estrutura física de outra localidade já cadastrada no aplicativo, não sendo possível o acréscimo de um perfil distinto. Na ação movida pelos representantes do CDI, porém, advogados apontaram que o estabelecimento é diferente, com ofertas diferentes para o consumidor, justificando cadastros diferentes.
“A requerente possui mais de 20 anos de atuação em Goiânia é distinta das demais empresas, todas devidamente constituídas e com condomínio formal instituído e, embora compartilhem designação semelhante, prestam serviços diferentes e precisam de identificadores diferentes. A exclusão dos perfis também não foi comunicada previamente à reclamante e o Google não apresentou elementos de prova para a alegada motivação da exclusão”, explicou Maciel.
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JBN BAHIA
Artigo - Vacina é nova arma contra o câncer de pele
Começa uma nova etapa no tratamento do câncer de pele. Duas empresas farmacêuticas anunciaram resultados da fase 2 de testes de uma vacina contra a doença, aliada a imunoterapia, que demonstrou uma redução de 44% no risco de recidiva da doença ou morte em pacientes com melanoma de estágios III ou IV. O imunizante utiliza a mesma tecnologia da vacina contra a Covid-19.
"O anúncio é muito promissor e abre novas possibilidades para o tratamento, não apenas do câncer de pele, mas também de outros tipos da doença", comemora o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Descoberta no início dos anos de 1960, a técnica de uso de RNA mensageiro (RNAm) consiste na produção em laboratório de um pedaço inofensivo de uma determinada proteína do agente infeccioso, que é introduzido no paciente. "Com isso, o organismo ativa a produção de anticorpos e de outras células imunológicas para combater o que o corpo reconhece como infecção", explica o oncologista.
"A rápida produção da vacina contra a Covid-19 só foi possível graças ao conhecimento dessa tecnologia", detalha o oncologista. Segundo ele, diferente de outros imunizantes convencionais, com longos processos de desenvolvimento e aplicação, as vacinas de RNAm utilizam somente o código genético do patógeno.
Sobre Ramon Andrade de Mello
Pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), Ramon Andrade de Mello tem doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é Coordenador Nacional de Oncologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cancerologia, membro da Royal Society of Medicine, London, UK, do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal ( ESMO GI Faculty ) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO) , Membro do Conselho Consultivo ( Advisory Board Member ) da Escola Europeia de Oncologia ( European School of Oncology - ESO ) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica ( American Society of Clinical Oncology - ASCO ).
Dr. Ramon de Mello é oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
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O TEMPO
Justiça nega indenização para família de testemunha de Jeová que recebeu sangue
Mulher do paciente alegou que houve discriminação religiosa e violação à honra e dignidade do marido
O juiz da 36ª Vara Cível de Belo Horizonte, Marcelo Paulo Salgado, julgou improcedente o pedido de indenização da esposa de um paciente do Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte, que faleceu nas dependências da instituição médica. O paciente era testemunha de Jeová e chegou a assinar termo de recusa de transfusão de sangue, mas o hospital praticou o procedimento sem o consentimento dele ou de seus procuradores autorizados.
A mulher alegou que houve discriminação religiosa e violação à honra e dignidade do marido, que se opunha à transfusão de sangue como alternativa de tratamento.
Na Justiça, a defesa do hospital destacou que a transfusão ocorreu diante do risco de morte do paciente, "sendo o bem da vida colocado como prioridade e a transfusão como medida essencial". Sustentou ainda que não houve discriminação religiosa, pois o procedimento somente foi indicado pelos médicos para manutenção da vida e que, após o início das transfusões, o homem apresentou melhora significativa.
A esposa conseguiu uma determinação judicial para interromper o procedimento médico e o quadro clínico do paciente piorou com a suspensão da transfusão.
O juiz Marcelo Paulo Salgado ressaltou que diante da vasta documentação juntada ao processo não há de se falar em responsabilidade civil do médico ou do hospital que realizou intervenção médica em paciente cuja crença religiosa é contrária a tal procedimento.
"Amplamente evidenciado nos autos o iminente risco a vida naquela situação e ocasião, tanto que a suspensão da hemotransfusão, por determinação judicial, ocasionou o óbito (do paciente)", disse o magistrado.
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Segundo o juiz, pelo prontuário médico é possível perceber que o paciente corria elevado risco de morte súbita naquela data, sendo necessário fazer a transfusão com urgência, sem que houvesse outra alternativa terapêutica que dispensasse o procedimento imediato.
A decisão é de 1ª Instância e ainda cabe recurso.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
ANS aprova incorporação da Sul América pela Rede D'Or, sob condições
Policlínica de Formosa combate violência contra a mulher
HIV: casos e mortes voltam a crescer entre homens no Brasil
Inteligência artificial ajuda a evitar mortes, segundo hospitais
Risco de novas variantes e de falta de insumos médicos: como a onda de Covid na China pode afetar o Brasil
Artigo - Descredenciamentos de hospitais e laboratórios é abusivo
Obrigatoriedade da cobertura do Zolgensma pode levar planos de menor porte à falência
Nota de Desagravo|Unimed Goiânia
Falsa cooperativa de saúde é condenada por fraudar a legislação trabalhista; o valor da indenização é de R$ 1 milhão
GAZETA DO ESTADO
ANS aprova incorporação da Sul América pela Rede D'Or, sob condições
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, com restrições, a incorporação da Sul América pela Rede D’Or São Luiz S.A. A operação ficou em análise na agência reguladora durante oito meses e foi aprovada hoje (19), mediante o cumprimento de medidas que garantam a proteção do consumidor.
Entre as condições exigidas pela ANS para autorização da incorporação estão as que determinam que o representante da Rede D’Or São Luiz S.A. no Conselho de Administração da Qualicorp se abstenha de votar em assuntos que deliberem exclusivamente sobre as operadoras do conglomerado Sul América e que a administradora de benefícios Qualicorp não comercialize exclusivamente os planos de saúde das operadoras do conglomerado Sul América.
Foi determinado também que os planos do conglomerado Sul América não sejam comercializados apenas pela administradora de benefícios Qualicorp. Além disso, não deverão ser realizadas, no prazo de 30 dias a partir de hoje, medidas para saneamento econômico-financeiro da empresa do conglomerado Paraná Clínicas. A operação deverá ser monitorada por dois anos a partir de sua aprovação, podendo a ANS solicitar relatórios que subsidiem o acompanhamento do regulador.
A ANS esclareceu que a operação não envolve desembolso financeiro, mas apenas troca de ações, e já havia sido aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) do Ministério da Justiça e Segurança Pública em 7 de novembro deste ano.
O conglomerado Sul América é composto pelas operadoras Sul América Companhia de Seguro Saúde (Registro ANS 006246), Sul América Odontológico S.A. (Registro ANS 417815), Paraná Clínicas – Planos de Saúde S.A. (Registro ANS 350141) e Sul América Seguradora de Saúde S.A. (Registro ANS 000477).
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DIÁRIO DA MANHÃ
Policlínica de Formosa combate violência contra a mulher
Palestra teve a finalidade de conscientizar os homens sobre o papel que precisam desempenhar para colaborar com o fim da violência
Em alusão ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, lembrado em 6 de dezembro, a Policlínica Estadual da Região do Entorno - Formosa promoveu uma palestra com a finalidade de conscientizar os homens sobre o papel que precisam desempenhar para colaborar com o fim da discriminação e violência contra as mulheres.
A palestra foi ministrada pela assistente social Josilene Neres, que ressaltou a urgência e necessidade de que os homens, principalmente aqueles que ainda dominam espaços de poder, se mobilizem de forma efetiva pelo fim da violência contra a mulher, pelo fim do machismo e da misoginia. “Quanto maior for a distância que separa homens e mulheres, maior será o atraso dessa estrutura social”, afirmou. m
A data remete ao assassinato de 14 mulheres no Canadá, na cidade de Montreal, em 1989, Marc Lepine, de 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica e ordenou que todos os homens se retirassem. Restando apenas mulheres, a execução foi iniciada. Logo após, Marc tirou sua própria vida e deixou uma carta com a sua motivação: não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino. Trinta e dois anos depois, situações como essa ainda são vistas em todo o mundo.
No Brasil, apesar de sucessivas regras constitucionais em prol da igualdade jurídica entre homem e mulher, ainda é alto o grau de desproteção jurídica do sexo feminino no país na ordem infraconstitucional. Motivo: fraqueza das instituições em implementar a lei fundamental ou dar efetividade a ela. A violência contra a mulher exige atenção e cuidado de toda a sociedade, mas, principalmente, de seus agressores – homens – e do Poder Público em razão da preservação dos direitos fundamentais da pessoa humana.
Desde o ano de 2013 a Secretaria Nacional de Políticas Públicas para Mulheres vem trabalhando para promover a igualdade entre homens e mulheres e combater todas as formas de preconceito e discriminação herdadas de uma sociedade patriarcal e excludente. Entre os programas de violência contra a mulher estão o disque-denúncia 180, o Programa “Mulher, viver sem violência” e a criação de casas de apoio às mulheres que necessitam fugir de seus lares.
É dever de todos os homens contribuir para edificar e disseminar uma cultura de igualdade, liberdade e respeito às mulheres.
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O GLOBO
HIV: casos e mortes voltam a crescer entre homens no Brasil
Número de infecções, que vinha caindo, aumentou 8%; jovens e negros são maioria Após sete anos em queda, o número de contaminação por HIV entre homens voltou a crescer no Brasil em 2021, último ano com as estatísticas fechadas. Foram 12.511 diagnósticos registrados pelo Ministério da Saúde - aumento de aproximadamente 8% em comparação a 2020. Os principais afetados são os negros (pretos e pardos, conforme definição do IBGE), representando 7.313 (58,5%) do total.
A quantidade de brasileiros do sexo masculino mortos pela doença também cresceu: 7.613 óbitos no período, 363 a mais que em 2020. Novamente, negros representaram a maioria, com 59%, ou seja, a cada dez brasileiros que tiveram a vida ceifada pela Aids no ano passado, seis eram negros.
Há dez anos, o quadro racial da contaminação era outro. Em 2011, a maioria dos diagnósticos de HIV positivo foi detectado em homens brancos, que somavam 46,1% do total, ante 45,1% pardos e pretos.
Os índices, basicamente, refletem a desigualdade social e racial presente no país, afirma o vice-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), Veriano Terto.
- Em comparação à população branca do Brasil, os negros têm menos acesso a serviços de saúde de qualidade, como insumos de prevenção e tratamentos. São pessoas em posição economicamente desigual - destaca o especialista.
A curva ascendente de números de óbitos pela doença entre os negros preocupa os estudiosos da área. Para Terto, os dados denunciam a escassez de campanhas com recorte social e racial:
- Não podemos falar que há uma falha nas campanhas de Aids do governo para jovens negros. A verdade é que essas ações raramente são pensadas. Nos dias de hoje, podemos falar que elas praticamente não existem.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2020, verificou-se queda de 10,6 pontos percentuais na proporção de óbitos de pessoas brancas e crescimento de 10,4 pontos percentuais na proporção de óbitos de pessoas negras.
Jovens
Conforme revelou O GLOBO, os casos de detecção entre os jovens de 14 a 29 anos também cresceram nos últimos dez anos. Entre o sexo masculino, a notificação entre a faixa etária registrou aumento de 20% - passou de 6.641 para 7.970. Os índices motivaram a pasta a lançar, neste mês, a campanha "Quanto mais combinado, melhor!", que alerta os jovens sobre as formas de se proteger da contaminação pelo HIV.
Levando em consideração o universo da população brasileira, tanto as infecções quanto as mortes caíram ao longo de uma década. Em 2011, foram identificados 20.583 diagnósticos e 7.925 óbitos por HIV/Aids. Já no ano passado, foram registrados 12.511 casos e 4.471 mortes.
Os dados do ministério mostram que, em dez anos, houve queda de 18,5% nos diagnósticos gerais. Entre as mulheres, a redução foi acima da média, com 37,3% menos casos em 2021 do que em 2011. Já entre os homens, a redução foi de apenas 7,2% no mesmo período. A desigualdade entre os sexos já foi menor. Entre 2002 e 2009, a média dos diagnósticos era de 15 homens a cada dez mulheres. A partir de 2011, a pasta começou a identificar avanço do HIV no sexo masculino, com 25 casos em homens para cada dez mulheres.
- Campanhas massivas são cruciais para diminuir os números. O tratamento no início da detecção também é importante para derrubar a contaminação. Nesse cenário, a doença não evolui, e a carga viral se torna praticamente indetectável - explica o infectologista do Hospital das Forças Armadas Hemerson Luz.
Há duas estratégias de prevenção da doença, além do uso de preservativos: a profilaxia pré-exposição (PrEP), um comprimido que evita a contaminação em um possível caso de exposição, que deve ser tomado em casos de comportamento de risco, e a profilaxia pós-exposição (PEP), um comprimido que pode ser tomado até 72h após a exposição ao HIV.
Procurado pelo GLOBO, o Ministério da Saúde afirmou que, com relação ao aumento no número de casos entre homens, "a pandemia da Covid-19 fez com que as pessoas procurassem menos os serviços de saúde para realizar a testagem do HIV". Informou ainda que lançou uma campanha de enfrentamento ao HIV/Aids com estratégias de prevenção combinada para populações vulneráveis, principalmente jovens.
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FOLHA DE S.PAULO
Inteligência artificial ajuda a evitar mortes, segundo hospitais
Aos poucos, a inteligência artificial avança em hospitais brasileiros. E, segundo as instituições que a adotam, a tecnologia ajuda a evitar mortes.
No Brasil, entre os hospitais que a utilizam para monitorar pacientes estão o Israelita Albert Einstein e o Sírio-Libanês, além da Rede D'Or.
O Sírio-Libanês usa a ferramenta integrada aos prontuários eletrônicos para estimar o tempo de internação. O algoritmo coleta informações sobre internações anteriores, motivo da atual e resultados de exames. A tecnologia permite gerir recursos de UTI, diz Felipe Veiga, diretor-médico de informática em imagens médicas da instituição.
Claudia Laselva, diretora hospitalar da unidade Morumbi do Albert Einstein, em São Paulo, em central de monitoramento que acompanha e avalia dados de pacientes - Marcelo Chello/Folhapress
A Rede D'Or, dona do Hospital São Luiz e Nova Star em São Paulo, também usa inteligência artificial para estimar o tempo de internação. Quando a tecnologia prevê a longa permanência de um paciente intubado, por exemplo, ele recebe o tratamento de mobilização precoce, que consiste em movimentá-lo ou, se possível, ajudá-lo a se levantar do leito.
"Isso reduz tempo de internação, mortalidade e, depois da alta hospitalar, esse paciente tem melhor cognição", diz Jorge Salluh, médico intensivista e pesquisador do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino.
Já o Einstein implementou, em 2018, a Central de Monitoramento Assistencial, que acompanha dados de pacientes e usa inteligência artificial para predizer piora nos casos e emitir alertas às equipes.
Esse núcleo monitora os pacientes do Einstein e também do Hospital Municipal Vila Santa Catarina, na zona sul de São Paulo, que pertence à rede pública e é gerenciado pelo grupo. Segundo o médico Leonardo Carvalho, do setor de Medicina de Precisão do Einstein, o algoritmo da rede se torna mais preciso ao ser alimentado com dados de pessoas com diferentes contextos.
Desenvolver modelos de inteligência artificial inclusivos é um desafio. Para garantir acurácia, os algoritmos precisam ser "treinados" com dados representativos da população, afirma o advogado Christian Perrone, coordenador de direito do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS).
Outra questão são os riscos das ferramentas de inteligência artificial em relação à segurança da informação, já que esses sistemas processam um grande volume de dados sensíveis.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) garante o direito à privacidade de informações pessoais em meio físico ou digital e abrange prontuários eletrônicos e sistemas de inteligência artificial.
Segundo Perrone, a lei oferece mecanismos de proteção, mas há necessidade de mais especificações. "Alguns processos ainda não estão totalmente regulados, como o uso de grandes conjuntos de dados para treinar ferramentas."
O Albert Einstein e a Rede D'Or afirmam que empregam, como medida de segurança, a anonimização dos dados de saúde. Todos os hospitais mencionados dizem estar em conformidade com a LGPD.
O sistema do Einstein custou R$ 1,2 milhão. Claudia Laselva, diretora da unidade hospitalar Morumbi e de práticas assistenciais do hospital, afirma que a tecnologia reduz custos ao melhorar a segurança do paciente.
"Desde que implementamos no centro cirúrgico, há mais de 1.500 dias, zeramos eventos catastróficos e graves relacionados à anestesia e reduzimos 30% dos demais eventos adversos", diz Laselva. Um evento catastrófico é aquele que leva a um dano permanente ou à morte, enquanto um evento grave gera um dano importante ao paciente, porém temporário.
O uso de inteligência artificial em hospitais ainda é limitado na rede pública. As iniciativas existem, mas, segundo Marco Bego, diretor-executivo do núcleo de inovação e tecnologia do Hospital das Clínicas da USP (HC-USP), estão em sua maioria em fase de pesquisa. O Centro de Pesquisa e Soluções em Inteligência Artificial na Saúde, na USP, desenvolve ferramentas de inteligência artificial e valida as desenvolvidas externamente para uso no HC-USP.
Bego diz que é preciso contemplar três condições para implementar a ferramenta no SUS: aumentar o acesso à saúde, a qualidade do serviço e a sustentabilidade da rede pública. Segundo ele, a tecnologia pode guiar as decisões a partir de dados reais, fazendo valer o investimento.
Mortalidade por sepse
Em julho, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, publicaram três estudos que mostram como a inteligência artificial reduziu em 18% a mortalidade por sepse (infecção generalizada) entre pacientes de cinco hospitais americanos.
A inteligência artificial desenvolvida na universidade foi chamada de Trews ("targeted real-time early warning score", cuja tradução livre em português é pontuação de alerta antecipado em tempo real).
O sistema analisou sinais vitais, uso de medicamentos e resultados de exames. Quando parâmetros como pressão arterial e contagem de plaquetas ultrapassaram limites predeterminados, o algoritmo disparou um alerta de risco de choque séptico em um intervalo de 11 a 94 horas de antecedência.
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PORTAL G1
Risco de novas variantes e de falta de insumos médicos: como a onda de Covid na China pode afetar o Brasil
O mundo começa a ficar atento e preocupado diante do cenário de uma onda de Covid-19 na China. As exatas proporções do surto entre os 1,4 bilhões de chineses são desconhecidas, mas a explosão dos casos já causa superlotação em hospitais e mortes.
Os casos da doença aumentaram após o fim da política Covid zero, conjunto de restrições imposto pelo governo chinês desde 2020 para tentar eliminar transmissão do vírus entre os bilhões de habitantes do país.
O que explica a explosão dos casos? Segundo infectologistas ouvidos pelo g1:
Quais os principais impactos que a explosão da Covid pode causar no mundo?
A situação pode afetar de forma sanitária e econômica em outros países, como no Brasil;
De acordo com a agência de notícias RFI, quase um terço da população de Pequim está com suspeitas de estar com o coronavírus - isso significa que 22 milhões de pessoas podem estar infectadas. Além disso, há relatos de lotação em hospitais e sobrecarga em necrotérios e crematórios.
"Estamos acompanhando com muita, mas muita apreensão", diz o médico Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
"O que está acontecendo na China seria muito parecido com o que aconteceu no Brasil no pico da variante gama (início de 2021). Só que, na população chinesa, não se conta aos milhões, se conta aos bilhões", afirma.
Nos dados disponíveis de forma pública pelo governo chinês, o cenário é outro - o motivo, segundo especialistas, é a falta de transparência. Na segunda-feira (19), foram confirmadas oficialmente as duas primeiras mortes por Covid desde o começo do dezembro, quando começaram as flexibilizações que estavam em vigor há quase três anos.
De acordo com a Rede Análise Covid-19, com base no monitoramento do Our World In Data:
Cientistas projetam que a China tenha de 1 a 2 milhões de mortes por Covid por conta do fim das restrições e pela falta de atendimento à população.
Em maio, cenário com a possibilidade de mais de 1,5 milhão de mortes foi divulgado em estudo na revista científica "Nature Medicine"; pesquisadores projetaram um aumento de 15 vezes na demanda por atendimento em UTI.Para Zhou Jiatong, chefe do Centro de Controle de Doenças de Guangxi, que fica ao sul da China, a possibilidade é de que 2 milhões de pessoas morram de Covid no país na nova onda. Já um estudo da Universidade de Hong Kong prevê que a China registre cerca de 1 milhão de mortes depois do fim das restrições sanitárias.
A baixa cobertura vacinal de dose de reforço e entre os idosos, além da flexibilização das medidas restritivas, são apontadas como fatores principais para a explosão da Covid na China.
"Estudos científicos já mostraram que os idosos chineses não gostam de vacinar, porque seguem a medicina tradicional chinesa, que não inclui vacina. Esse é um ponto muito importante. É outra cultura", coloca o infectologista Alexandre Naime Barbosa.
Infelizmente, sim. "Toda variante mais perigosa acontece quando a transmissão está descontrolada. Sempre que você tem uma taxa de transmissão altíssima, o vírus encontra o ambiente ideal para se reproduzir em alta escala", coloca Barbosa.
"Existe um risco de seleção natural, de novas variantes que venham a surgir e com impacto no futuro relacionado a novas ondas", afirma também o infectologista Julio Croda.
A mesma opinião tem a infectologista e professora da Unicamp, Raquel Stucchi: "A grande de preocupação é o surgimento de novas variantes, que venham desafiar as vacinas ou as medicações que temos hoje para impedir formas graves da doença".
Com a alta taxa de transmissão da Covid na China e parte da sua população não vacinada, o receio dos especialistas é que possa aparecer uma "super ômicron", ou seja, uma cepa muito mais transmissível do que a que conviemos hoje. "Isso seria algo bem possível, um cenário bem provável", diz Barbosa.
Existe a possibilidade de que o vírus que atualmente circula na China se espalhe, causando picos de transmissão em outros países. Mas, com uma população com a vacina em dia e sem novas mutações, a tendência é de que não haja aumento nas hospitalizações e mortes.
A curto prazo, o que mais preocupa - inclusive aqui no Brasil - é a possibilidade de falta de insumos médicos e farmacêuticos, usados para a fabricação de medicamentos, por exemplo - isso porque a China detém a produção global desse tipo de produto.
"É possível, devido ao caos que provavelmente está instalado no sistema de saúde chinês, que nós tenhamos um desabastecimento desses produtos básicos ou elevação de preço", ressalta Alexandre Naime Barbosa.
"Podemos ter problemas como falta de seringas, luvas, respiradores, pois a maioria desses produtos vem da China", coloca o infectologista Julio Croda.
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O ESTADO DE S.PAULO
Artigo - Descredenciamentos de hospitais e laboratórios é abusivo
Apesar de o descredenciamento de hospitais e laboratórios ter ficado mais em evidência na mídia, muitas operadoras de saúde também agem dessa forma.
Não é por outro motivo que o número de reclamações sobre descredenciamento triplicou na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O que diz a Lei a respeito do descredenciamento?
De acordo com a Lei dos Planos de Saúde, a inclusão de um hospital ou de qualquer prestador de serviço na rede credenciada implica compromisso da operadora com o consumidor quanto a manutenção desse prestador ao longo da vigência do contrato, podendo este ser substituído por outro equivalente e mediante comunicação ao consumidor com 30 dias de antecedência[1].
Quando o descredenciamento é irregular?
A exclusão de um hospital ou laboratório da rede credenciada contratada é abusiva quando o consumidor não é avisado com antecedência mínima de 30 dias e quando não há a substituição do prestador de serviços descredenciado por outro equivalente. São requisitos cumulativos.
Muitas vezes, a operadora de saúde nem sequer informa que o hospital ou laboratório foi descredenciado e o paciente acaba descobrindo isso quando está buscando o atendimento médico/hospitalar.
E a Lei determina a SUBSTITUIÇÃO de um estabelecimento descredenciado por outro equivalente, mas é bastante comum a operadora descredenciar um hospital e informar ao consumidor que o serviço poderá ser realizado em outro hospital que já fazia parte da rede credenciada contratada.
Informar que o atendimento pode ser feito em outro hospital que já pertencia à rede credenciada contratada é diferente de substituir o hospital descredenciado por outro equivalente. Na verdade, isso é uma redução da rede credenciada, já que não há a inclusão de um novo prestador.
E nem sequer há uma redução do valor da mensalidade quando ocorre essa diminuição do serviço oferecido (redução da rede credenciada), o que também caracteriza uma desvantagem exagerada para o consumidor, vedada pelo Código de Defesa do Consumidor.
Rede credenciada - Diferencial para contratação
Quando o consumidor contrata um plano de saúde, ele decide se vai contratar a cobertura ambulatorial e/ou hospitalar, com ou sem obstetrícia; qual a abrangência territorial dos serviços oferecidos; se vai ter ou não coparticipação; com ou sem reembolso de despesas; e o mais importante para a maioria dos consumidores, quais os hospitais e laboratórios que são importantes para ele ter na rede credenciada.
A rede credenciada, inclusive, é o principal fator que justifica a diferença de valores entre um plano básico, intermediário ou especial.
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Para se ter uma rede credenciada com hospitais melhores, o consumidor tem que pagar mais e não é justo, tampouco permitido pela Lei, que a operadora de saúde, tempos depois, descredencie esses hospitais que motivaram a escolha do consumidor por aquele padrão de cobertura mais caro, sem a necessária inclusão de outro hospital de mesmo padrão.
O que fazer se ocorrer o descredenciamento irregular?
Caso não tenha sido previamente informado, o consumidor deverá requerer que a operadora de saúde informe, por escrito, quando ocorreu o descredenciamento e qual foi o prestador de serviço (hospital ou laboratório) que substituiu o prestador de serviços descredenciado.
Constatado o descredenciamento irregular, principalmente sem a substituição do estabelecimento descredenciado por outro do mesmo padrão de atendimento, o consumidor poderá ajuizar uma ação judicial para requerer o restabelecimento da rede credenciada e, em alguns casos, até mesmo reparação por danos materiais.
Dependendo das circunstâncias de cada caso, o pedido de restabelecimento da rede credenciada poderá ser requerido por meio de liminar, o que implica dizer que o hospital poderá voltar a ser utilizado pelo consumidor poucos dias após a ação ter sido ajuizada.
[1] Lei 9.656/98, art. 17, caput e §1º
*Rodrigo Araújo, sócio-fundador da Araujo&Jonhsson Advogados Associados, especialista em saúde
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MEDICINA S/A
Obrigatoriedade da cobertura do Zolgensma pode levar planos de menor porte à falência
A inclusão de remédios de alto custo no rol de procedimentos e eventos em saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) representa um sério risco à existência de operadoras de saúde de pequeno porte (com até 20 mil vidas). Segundo o estudo realizado pela consultoria QuantiSaúde, a pedido da União Nacional das Instituições de Autogestões em Saúde - UNIDAS, o custo de apenas uma dose de Zolgensma (segundo medicamento mais caro do mundo) representa mais do que o faturamento anual de 7,83% das autogestões filiadas à entidade; e 20,87% delas teriam seus rendimentos reduzidos pela metade para atender pacientes que necessitariam do tratamento com este remédio.
Uma Lei Federal (14.454/2022), publicada em setembro, determinou a extinção das limitações em relação aos procedimentos médicos e odontológicos oferecidos pelos planos de saúde, fazendo com que as operadoras tenham que cobrir exames, tratamentos, terapias e medicamentos não previstos na lista da ANS. A medida é ruim porque, na prática, cria dois tipos de beneficiários: os que têm acesso à justiça e os que não tem. Com isso, quem pode arcar financeiramente com processos judiciais terão tratamentos diferenciados dos demais. Contudo, a conta é paga por todos, o que gera desigualdade na saúde suplementar, explica Anderson Mendes, presidente da UNIDAS.
A norma tramitou no Congresso Nacional sem qualquer estudo de impacto econômico-financeiro sobre os contratos e suas consequências. Dessa forma, a análise da QuantiSaúde, que realiza consultoria em atividades de apoio à gestão de saúde, mostrou que a lei inviabiliza economicamente muitas operadoras e a falência de algumas delas implicaria na redução do mercado de saúde suplementar, com menor oferta de planos, redes de atendimento e opções de benefícios para o público. Além disso, pode ocasionar uma elevação dos preços dos novos contratos de planos de saúde e consequente aumento dos reajustes dos contratos vigentes.
É importante ressaltar que o estudo demonstra o eventual impacto da ocorrência de apenas um único atendimento para uso de um medicamento que pode ser incorporado na cobertura dos planos de saúde, mas existe uma imensa diversidade de outros eventos que podem ser incorporados à cobertura dos planos sem avaliação prévia de evidência científica adequada e análises econômicas apropriadas, destaca Mendes.
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AHPACEG
Nota de Desagravo|Unimed Goiânia
Com muita estranheza, nos deparamos com acusações anônimas de médicos (SIC) e usuários divulgadas no Jornal Opção (18/12/22) contra a Unimed Goiânia.
Na condição de representantes de hospitais e demais prestadores de serviços de alta complexidade à cooperativa, temos mantido um bom diálogo com a atual gestão e trabalhado para oferecer o melhor aos clientes da Unimed Goiânia.
Entendemos que denúncias anônimas, mesmo sob o pretexto de proteção dos autores, em nada contribuem para o debate democrático de problemas que possam afetar a cooperativa.
Isso não faz parte de relações entre compradores e prestadores de serviços, entre clientes e operadoras e menos ainda de princípios cooperativistas, no qual os médicos cooperados são donos do negócio.
Se problemas existem, devem ser debatidos de forma clara para que soluções sejam implementadas. O anonimato nada acrescenta e ainda coloca em risco a imagem da cooperativa, de seus diretores, cooperados e prestadores.
Ahpaceg – Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás
19/12/22
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SINDISAÚDE
Falsa cooperativa de saúde é condenada por fraudar a legislação trabalhista; o valor da indenização é de R$ 1 milhão
A Justiça do Trabalho determinou que a Cooperativa de Enfermagem e Saúde do Estado de Goiás (Multicare) pare de fraudar a legislação trabalhista por meio da associação de trabalhadores da área de Saúde para atuar como falsos cooperados. O valor estipulado da indenização por danos morais coletivos é de 1 R$ milhão.
Obtida pelo Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO), a sentença proíbe a cooperativa de fornecer mão de obra cooperada de profissionais de saúde para trabalho em hospitais públicos federais, estaduais ou municipais, clínicas ou hospitais privados ou para empresas de serviços de saúde de forma geral.
A Justiça do Trabalho determinou ainda que a Cooperativa de Enfermagem de Saúde do Estado de Goiás deverá rescindir, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do trânsito em julgado da decisão, os contratos celebrados com pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de direito privado para trabalho de cooperados em hospitais públicos federais, estaduais ou municipais, clínicas ou hospitais privados ou a empresas de serviços de saúde de forma geral. A multa mensal de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), por cada contrato mantido, a partir da data fixada para rescisão.
Para o Ministério Público do Trabalho, nos casos das cooperativas falsas, é evidente o desvirtuamento da verdadeira função de uma cooperativa, visto que os profissionais de Saúde vinculados a elas trabalham na condição de empregados, e não na de sócios.
Sindsaúde
O Sindsaúde tem acompanhado de perto a situação das unidades de saúde do município de Goiânia e, no geral, tem encontrado um cenário preocupante. Superlotação, déficit de profissionais, sobrecarga de trabalho, falta de profissionais, infraestrutura precária, falta de medicamentos e insumos. Diante disso, o Sindicato tem formalizado constantemente denúncias ao Ministério Público e Ministério Público do Trabalho.
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Assessoria de Comunicação
Com muita estranheza, nos deparamos com acusações anônimas de médicos (SIC) e usuários divulgadas no Jornal Opção (18/12/22) contra a Unimed Goiânia.
Na condição de representantes de hospitais e demais prestadores de serviços de alta complexidade à cooperativa, temos mantido um bom diálogo com a atual gestão e trabalhado para oferecer o melhor aos clientes da Unimed Goiânia.
Entendemos que denúncias anônimas, mesmo sob o pretexto de proteção dos autores, em nada contribuem para o debate democrático de problemas que possam afetar a cooperativa.
Isso não faz parte de relações entre compradores e prestadores de serviços, entre clientes e operadoras e menos ainda de princípios cooperativistas, no qual os médicos cooperados são donos do negócio.
Se problemas existem, devem ser debatidos de forma clara para que soluções sejam implementadas. O anonimato nada acrescenta e ainda coloca em risco a imagem da cooperativa, de seus diretores, cooperados e prestadores.
Ahpaceg – Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás
19/12/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Com movimento de Pacheco, piso da enfermagem chega a nova etapa
Paciente é presa após ameaçar médica e enfermeira de morte em unidade de saúde de Anápolis, diz polícia
Goiás registra 2.199 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Pioneirismo no tratamento à dislexia; distúrbio que dificulta a leitura
Médicos e usuários reclamam da Unimed-Goiás. Sergio Baiocchi seria omisso e ditador
Geneterapias podem curar doenças, mas chegam a custar R$ 10 mi por dose
Relutância masculina em procurar médico adia tratamentos e amplia riscos à saúde
Governo de Goiás alerta sobre importância da vacina contra Covid-19 com proximidade das festas de final de ano
LGPD: Unimed Federação Centro Brasileira orienta sobre sanções e riscos de segurança da informação
CORREIO BRAZILIENSE
Com movimento de Pacheco, piso da enfermagem chega a nova etapa
O imbróglio que envolve a regulamentação do piso da enfermagem no Brasil pode ter mais um capítulo nesta semana. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que vai pautar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 390/14 para a próxima terça-feira. A matéria trata sobre o custeio dos salários dos profissionais nos estados e municípios.
"Na próxima sessão do Senado Federal, nós apreciaremos a proposta que viabilizará o piso nacional da enfermagem numa solução que haveremos de construir com o Supremo Tribunal Federal para que esse piso nacional se torne uma realidade no Brasil", disse Pacheco, durante sessão da última sexta-feira no Congresso.
Na semana passada, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, a PEC que busca viabilizar o custeio do piso salarial da enfermagem. Uma sugestão de mudança ao texto foi rejeitada e, agora, está sob apreciação do Senado. A proposição direciona recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial nacional pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entidades filantrópicas e outros prestadores de serviço que comprovem pelo menos 60% do atendimento de oriundos do programa.
"Poderão ser utilizados como fonte para pagamento da assistência financeira complementar de que trata o § 15 do art. 198 da Constituição Federal os recursos vinculados ao Fundo Social de que trata o art. 49 da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, ou de lei que vier a substituí-la, sem prejuízo à parcela que estiver destinada à área de educação", estabelece a PEC.
A proposição ainda fixa um prazo de transição para que essas despesas sejam consideradas gastos com pessoal. No primeiro ano, esses valores não seriam incluídos nessas despesas. Com isso, a Lei nº 14.314/2022 voltaria a vigorar.
O piso da enfermagem foi suspenso no país devido a uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso. Ele determinou que a União, entes públicos e privados se manifestassem sobre o assunto. As partes deveriam informar o impacto financeiro do piso salarial, os riscos para a empregabilidade na área, além da possibilidade de eventual redução na qualidade dos serviços prestados na rede de saúde.
Na decisão, o magistrado concordou com o argumento das entidades privadas de que o Legislativo e Executivo aprovaram e sancionaram o projeto sem cuidarem das providências que viabilizariam a sua execução, como, por exemplo, o aumento da tabela de reembolso do SUS à rede conveniada.
A lei que regulamenta os salários foi sancionada em 4 de agosto deste ano pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e estabelece o piso de enfermeiros em R$ 4.750; 75% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras.
Barroso argumentou que a criação do piso sem uma fonte de recursos segura acarretaria em demissões no setor e colocaria em risco a prestação de serviços de saúde, uma vez que os hospitais filantrópicos e Santas Casas chegaram a divulgar que precisariam demitir cerca de 83 mil funcionários para manter o funcionamento.
Custos
Segundo o relatório apresentado pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), relatora do projeto, o piso está calculado com custo total em torno de R$ 18 bilhões. O mesmo documento mostra que o balanço patrimonial da Secretaria do Tesouro Nacional referente a 2021 calculou o superávit financeiro dos fundos da União naquele ano em R$ 20,9 bilhões, dos quais R$ 3,9 bilhões se referem à parcela do Fundo Social destinada à saúde pública e à educação.
"Em 2022, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou o seu balanço patrimonial de 2021, em que foi estimado que o superávit financeiro dos fundos da União para aquele exercício financeiro foi de R$ 20,9 bilhões, sendo que R$ 3,9 bilhões se referem a parcela do Fundo Social (FS) destinada a saúde pública e a educação", afirmou a relatora.
"Ressaltamos ainda que a União conta com R$ 40 bilhões de recursos primários de livre aplicação. O montante de despesas necessárias ao pagamento do auxílio financeiro previsto pela PEC 27/22, está estimado em R$ 18 bilhões", comparou
As entidades de classe acreditam que a aprovação seria uma reparação histórica para uma categoria que esteve na linha de frente da pandemia. "A enfermagem, esse grande contingente de trabalhadores e trabalhadoras, a maioria mulheres, aguarda há meses a implementação da lei já votada e sancionada por esta Casa", defendeu Alice Portugal.
Na última semana, a deputada federal Carmem Zanotto (Cidadania-SC) manifestou à presidente do STF, Rosa Weber, a intenção de apresentar ao ministro Barroso um pedido de suspensão da ação, pois proposta que tramita no Congresso seria a solução para a questão do financiamento do piso. "Falamos sobre todos os encaminhamentos das fontes de financiamento para o piso nacional e mostramos que a Câmara fez a sua tarefa. Agora a PEC 27/22 deverá ser votada no Senado e depois será promulgada", disse a parlamentar.
"Estamos a poucos dias de resolver o sonho de uma categoria. Temos o compromisso do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, de que a PEC será votada ainda na terça. Uma vez promulgada, iremos até o Supremo para pedir a extinção da decisão que suspendeu o piso nacionalmente", disse o deputado federal eleito Bruno Farias (Avante- MG), presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) de Minas Gerais.
A proposta para garantir o custeio de parte dos recursos para o piso foi apresentada em 8 de novembro. Ela foi anexada a um outro projeto que tratava da ampliação do limite de despesas com pessoal ativo nas áreas da saúde e da educação, apresentada ainda em 2014, mas que não tramitou no Congresso.
A aprovação na Câmara também foi comemorada por outros parlamentares. "Após anos de luta, os profissionais da enfermagem foram reconhecidos. Ontem à noite foi aprovada em dois turnos na Câmara a PEC que garante o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem", declarou o deputado Paulo Pimenta (PT-SC) via redes sociais.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse que vai atuar para que o projeto seja aprovado no Senado. "Estamos cada vez mais próximos de aprovar definitivamente o Piso Salarial da Enfermagem! A Câmara votou o projeto e agora ele segue para o Senado, onde lutaremos para promover a articulação necessária e finalmente garantir o reconhecimento do piso da categoria", afirmou.
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PORTAL G1
Paciente é presa após ameaçar médica e enfermeira de morte em unidade de saúde de Anápolis, diz polícia
Segundo a polícia, as ameaças começaram quando a mulher foi atendida na unidade de saúde. Na delegacia, a suspeita alegou que não se lembrava do ocorrido.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
Uma mulher de 54 anos foi presa na manhã deste domingo (18) após ameaçar uma médica e uma enfermeira de morte, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, o caso aconteceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alair Mafra de Andrade, no Bairro Vila Esperança.
Como a identidade da mulher não foi divulgada, o g1 não conseguiu localizar a defesa dela para solicitar um posicionamento sobre o caso. Em nota, a Secretaria de Saúde do município informou que a mulher proferiu "palavras ofensivas e agressivas" contra a equipe assistencial da unidade e que ainda tentou agredir fisicamentes os membros da equipe (veja nota completa ao final da reportagem).
"Não houve possibilidade de resolução do conflito sem a devida ação policial junto à unidade, dado o estado de alteração em que a paciente se encontrava", escreveu a secretaria.
Segundo a delegada Carla Portes, as ameaças começaram quando a mulher foi atendida na unidade de saúde.
"Ela começou a ficar muito alterada e a xingar a médica e a enfermeira. Disse que sabia o endereço [delas], que tinha o CPF e que ia matá-las", detalhou a delegada.
Ainda segundo a delegada, a suspeita é que a mulher estivesse embriagada. Na delegacia, a suspeita alegou à polícia que não se lembrava do ocorrido.
A polícia ainda informou que no caminho para a Central de Flagrantes, a mulher danificou a viatura em que foi colocada. Ela está presa, deve responder pelos crimes de desacato, ameaça e dano ao patrimônio público e se encontra à disposição da Justiça de Goiás.
Nota da Secretaria de Saúde de Anápolis
"Na madrugada deste domingo, dia 18/12/2022, uma paciente deu entrada na UPA Alair Mafra de Andrade em estado de embriaguês importante, com agressividade e proferindo palavras ofensivas e agressivas contra a equipe assistencial da unidade, com tentativa de agressão física a membros da equipe da unidade.
Diante da situação, foi acionada ajuda policial com o encaminhamento da referida paciente e membros da equipe à delegacia de polícia para as providências necessárias ao caso. Não houve possibilidade de resolução do conflito sem a devida ação policial junto à unidade, dado o estado de alteração em que a paciente se encontrava."
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A REDAÇÃO
Goiás registra 2.199 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Goiás registrou 2.199 novos casos de covid-19 em 24 horas segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) publicado neste domingo (18/12).
O Estado soma 1.791.312 infecções pelo novo coronavírus e 27.674 óbitos confirmados pela doença. Outras 68 mortes estão em investigação para saber se há alguma ligação com a doença. A taxa de letalidade do vírus é de 1,55%.
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JORNAL OPÇÃO
Pioneirismo no tratamento à dislexia; distúrbio que dificulta a leitura
Profissionais desvendam o distúrbio genético da dislexia, que até pouco tempo era atribuído a preguiça ou pouca inteligência
O engenheiro civil Gilberto Rossi, de 41 anos, é um profissional bem sucedido. Especializado na área de pontes e viadutos, trabalhou nas reformas e construção das obras para a Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá. Entretanto, ele afirma que, sempre se sentiu “burro” e que todas as suas conquistas foram obtidas com maior esforço do que fora necessário a seus colegas. Rossi só descobriu a razão para sua insegurança em 2020, quando seu sobrinho de 9 anos foi diagnosticado com um distúrbio que lhe causa as mesmas dificuldades escolares que Gilberto tinha na infância: a dislexia.
“Meu sobrinho é igualzinho a mim”, afirma Gilberto Rossi. “Ler exige dele um trabalho enorme. Basta abrir um livro em frente ao garoto para a sua atenção ir embora. A mãe recebia reclamações dos professores porque ele não copia as lições da lousa no caderno, que é desorganizado. Eu também era, e sou, assim – até hoje tenho dificuldade de ler em voz alta e faço confusão com a gramática”.
A dislexia é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita. A lentidão na aprendizagem, dificuldade de concentração, palavras escritas de forma estranha, dificuldade de soletrar e troca de letras com sons ou grafias parecidas são alguns sinais de dislexia. Se não forem abordados, os problemas reduzem o potencial acadêmico e o fracasso escolar, por sua vez, pode fazer com que o indivíduo sinta-se inseguro, ansioso e até deprimido.
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, o distúrbio está presente entre 5% e 17% da população mundial, podendo afetar a área visual e auditiva. Apesar de ser o distúrbio de maior incidência nas salas de aula, um estudo apresentado na Associação Britânica de Dislexia afirma que cerca de 70% dos profissionais das áreas de saúde e educação têm pouco conhecimento sobre ele.
Reconhecendo a dislexia
Felizmente, o diagnóstico precoce e a intervenção feita por uma equipe multidisciplinar tem a capacidade de melhorar significativamente o desempenho das pessoas que têm o distúrbio. Maria Ângela Nogueira Nico é fonoaudióloga pela Universidade de São Paulo (Usp), especializada em psicopedagogia clínica, e presidente da Associação Brasileira de Dislexia (ABD). A profissional trata da dislexia há 34 anos e afirma que, com o passar dos anos, a conscientização sobre o distúrbio aumentou muito, mas ainda há obstáculos a serem superados.
“Os profissionais mais importantes para o tratamento precoce do distúrbio são os professores”, comenta Ângela Nico. “Geralmente são eles que primeiro percebem que a criança troca letras, têm atraso na linguagem, e podem falar com os pais sobre a dislexia. Na pandemia, isso mudou um pouco porque os pais passaram a acompanhar a educação dos filhos mais de perto e muitos perceberam suas dificuldades. Por isso, hoje muitos adultos nos procuram. Os adultos também se beneficiam da intervenção e devem procurar ajuda profissional.”
O diagnóstico não é simples. A dislexia é um distúrbio específico que afeta áreas e funções do cérebro relacionadas com a linguagem, mas existem outras condições com causas diversas que também geram dificuldades de aprendizagem e que não devem ser confundidas com a dislexia. Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito por uma equipe multidisciplinar que irá avaliar diversos aspectos da cognição do paciente, diz Ângela Nico. “A maioria das pessoas que nos procuram não têm dislexia; é comum que a criança não aprenda a ler no período esperado porque na verdade tem um quociente de inteligência (QI) abaixo da média, por exemplo, e precisam de um tratamento diferente daquele dado aos disléxicos”.
A avaliação multi e interdisciplinar envolve ao menos um fonoaudiólogo, psicopedagogo e neuropsicólogo, que irão aplicar exames neurológicos, de audição, processamento auditivo e visão. As análises das áreas distintas podem revelar qual a natureza da dificuldade do paciente. “Antigamente, o médico fazia um ditado e, caso a criança trocasse as letras, já diagnosticava com dislexia. Isso causava um grande problema porque fazia com que pacientes com deficiências intelectuais passassem anos sem tratamento.”
As causas de dislexia estão relacionadas com fatores genéticos que causam o desenvolvimento tardio do sistema nervoso central, problemas nas estruturas do cérebro e comunicação pouco eficaz entre alguns neurônios. No entanto, isso não afeta a inteligência da criança ou sua personalidade (é comum o estigma equivocado da criança que não gosta de ler por ser “preguiçosa”). Por ser genético e hereditário, na anamnese com crianças, muitos reconhecem em si mesmos os sintomas.
Conscientização
Hoje, a dislexia é melhor compreendida. Ângela Nico comenta que a ABD é a única associação brasileira reconhecida pela International Dyslexia Association, o que faz com que a associação tenha um intercâmbio de pesquisadores e informações com outras associações sobre o tema ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, disléxicos já têm direito a mais tempo para concluir provas escolares, exames na faculdade e entrevistas de emprego.
O Brasil aprovou sua primeira lei federal sobre o tema apenas em novembro de 2021 (Lei Nº 14.254). Ângela Nico afirma que não se trata de caracterizar os disléxicos como limitados, mas sim de garantir que tenham condições de realizar seu potencial. “Às vezes, ouvimos os pais dizerem ‘meu filho é dislexico, ele não pode ser reprovado na escola – pode sim! Os disléxicos são inteligentes, eles apenas têm de ser educados de maneira diferente.”
Enquanto no âmbito educacional a dislexia tem sido melhor compreendida, as dificuldades continuam no mundo profissional brasileiro. Ângela Nico afirma: “atualmente, uma das maiores preocupações é esclarecer os adultos que continuam sofrendo com a dislexia. A dificuldade se manifesta para conseguir empregos, por exemplo, quando uma redação escrita é exigida dentro de um prazo. É preciso conscientizar os recrutadores de que, caso o cargo não tenha relação com a capacidade de escrita rápida, os candidatos disléxicos não têm menor competência do que os demais.” Empresas multinacionais buscam parcerias com a ABD para tratar funcionários brasileiros no exterior, mas no Brasil, o assunto permanece pouco conhecido.
Tratamento
Embora a dislexia não tenha cura, é possível levar uma vida normal se o paciente receber uma intervenção especializada desde cedo. O tratamento com fonoaudiólogo e psicólogo permite criar estratégias para superar a confusão entre grafemas e fonemas semelhantes, afirma Ângela Nico. “A principal dificuldade é a leitura, mas a aquisição dessa habilidade está relacionada com a capacidade de memória, ritmo, percepção temporal e espacial – fatores que são trabalhados de forma especializada no tratamento.”
Outra importante distinção entre a dislexia (um transtorno de aprendizagem) e a dificuldade de aprendizagem por outras causas é que o esforço por via da alfabetização tradicional pode melhorar a capacidade de leitura de crianças que não possuem o distúrbio, mas gera pouco aprendizado nas crianças disléxicas. O tratamento tem duração variável, mas é lento e, para que não haja desistência, requer o esclarecimento e comprometimento da escola e da família do disléxico.
Os adultos também podem se beneficiar da intervenção profissional. É o caso de Gilberto Rossi, que há menos de um ano tem sido acompanhado por fonoaudiólogo. “No tratamento, você realiza vários exercícios que estimulam a leitura, escrita e visão”, explica. “A fonoaudióloga também irá te ensinar algumas estratégias para superar as dificuldades com as palavras e as dificuldades que surgem no cotidiano por conta da dislexia. O processo exige muita repetição e às vezes o esforço para manter a concentração é exaustivo, mas vale a pena! Em pouco tempo já consigo sentir melhora, e, mesmo quando encontro alguma barreira, sei que posso superá-la com as técnicas que aprendi na terapia.”
Um mundo sem consciência da dislexia
Em 1983, o colaborador do Jornal Opção Jorge Wilson Simeira Jacob fundou a ABD, motivado pelo desejo de ajudar jovens como seu próprio filho. O empresário e escritor entrou em contato pela primeira vez com o distúrbio quando a professora de seu filho afirmou que a criança tinha dificuldades de compreender textos. Por dois anos, Jorge Jacob procurou auxílio profissional, encontrando diversos charlatões pelo caminho.
“Naquela época, praticamente ninguém sabia o que era a dislexia”, afirma. “Descobri o que era a dislexia porque outro de meus filhos estudava na Inglaterra, e comentou comigo que existia uma associação que tratava da dislexia, ainda com poucos estudos, em uma fase inicial da compreensão do distúrbio. Fui até lá conversar com representantes da associação, que ficaram surpresos com o interesse de um brasileiro por um tema tão novo.”
Jorge Jacob se tornou membro da associação para receber materiais divulgados aos associados, como estudos científicos e novas publicações. Criou então a ABD com auxílio de amigos interessados no assunto e buscou parcerias com instituições de outros países. “Eu percebi que os disléxicos estavam nas mãos de charlatões. Em viagens pelo mundo em busca de soluções, encontrei vigaristas que vendiam remédios e ‘óculos para deixar de confundir as letras’. Como poucas pessoas entendiam do assunto, era fácil enganar as pessoas. Hoje, felizmente, existe mais esclarecimento, embora ainda haja muito a ser feito.”
Em 40 anos, a ABD realizou inúmeros testes diagnósticos e intervenções. Os dados gerados nestes atendimentos formam um acervo estatístico que é um patrimônio científico sobre o distúrbio e é consultado por profissionais de diversos países. Em intercâmbio com associações estrangeiras, a ABD ajuda a identificar e educar disléxicos em todo o mundo.
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Médicos e usuários reclamam da Unimed-Goiás. Sergio Baiocchi seria omisso e ditador
O diretor-presidente estaria gastando muito dinheiro para manter a estrutura, cada vez mais dispendiosa, mas deixando médicos e usuários insatisfeitos
A Unimed representa uma vitória dos médicos goianos, da competência deles. Souberam agregar, por intermédio de uma cooperativa, alguns dos melhores profissionais do Estado. Por isso se mantém a tantos anos, sem quebrar.
Neste sentido, o de agregar médicos de alta qualidade, a Unimed é vitoriosa. Trata-se de um acerto.
Mas há, entre médicos gabaritados, o consenso de que a Unimed cresceu demais, e nem sempre de maneira sustentada. A estrutura gigante, dizem eles, não significou, por outro lado, que os profissionais passaram a ser remunerados de maneira digna. Grande parte dos recursos obtidos está sendo usada para bancar a estrutura cada vez mais dispendiosa, e não necessariamente para melhorar os serviços aos usuários e atender os médicos com mais dignidade. A Unimed estaria contribuindo, ainda mais, para a proletarização da categoria médica.
Médicos admitem que o diretor-presidente da Unimed, Sergio Baiocchi Carneiro, é bem-intencionado, mas seria extremamente “turrão” e teria pouco apreço pela opinião dos profissionais de saúde. Depois de sua eleição, estaria se distanciando da categoria, encastelando-se numa espécie de torre de marfim. “Sergio Baiocchi se tornou arrogante e briga com as pessoas por qualquer motivo. Ele se tornou o ‘dono’ da verdade”, revela um médico experimentado, que, por sinal, o apoiou na última eleição. “A próxima eleição será apenas em 2024, portanto está bem longe, mas a oposição deveria se reunir para pressionar os atuais gestores”, sublinha. “Sergio Baiocchi, talvez por ser bolsonarista, se tornou uma espécie de ditador.”
Vários médicos postulam que novos planos de saúde, de espectro nacional, podem contribuir para um possível esgotamento do modelo da Unimed-Goiás, com sua estrutura física dispendiosa. “Se não se reinventar, se não adotar novos critérios, a Unimed vai perder médicos qualificados de várias áreas”, frisa um neurologista. “Com os valores atuais que pagam por uma consulta, muitos profissionais deixarão de atender usuários-pacientes da Unimed”, afirma.
Se há insatisfação por parte dos médicos, que preferem falar sem que seus nomes sejam mencionados — receiam ser “perseguidos” pelo grupo de Sergio Baiocchi —, não faltam reclamações por parte dos usuários.
A principal reclamação é que está cada vez mais difícil marcar consultar com vários médicos credenciados pela Unimed. Há consultas que precisam ser marcadas com três ou até seis meses de antecedência, e, ainda assim, algumas delas podem “cair”.
Recentemente, dois usuários da Unimed, mesmo com indicação de uma médica pneumologista, demoraram quase uma semana para obter autorização para fazer o exame para verificar se estavam contaminados pelo coronavírus. Numa unidade da Unimed, na Avenida T-9, um dos usuários ouviu de um funcionário: “A Unimed retarda os exames para reduzir seus próprios custos e, certamente, para ver se o paciente desiste e procura uma unidade pública de saúde”. O mesmo funcionário acrescentou que, para os demais exames, não há tanta demora para autorizar. “É quase automática”, assinala.
As unidades públicas, em termos de exames que tenham a ver com Covid, realmente estão atendendo com mais rapidez.
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FOLHA DE S.PAULO
Geneterapias podem curar doenças, mas chegam a custar R$ 10 mi por dose
Rob Schroeder passou a maior parte da vida tendo que levar injeções regulares de fator de coagulação sanguínea para combater as hemorragias descontroladas provocadas pela doença genética hemofilia B.
Mas sua vida foi transformada quatro anos atrás, quando ele se voluntariou para ser um dos primeiros pacientes a fazer um ensaio de um tratamento genético experimental chamado Hemgenix.
"Desde o tratamento, não tive mais sangramento algum. Nada. Com este tratamento eu realizei meu maior sonho", disse Schroeder, representante farmacêutico de Monclova, Ohio, ao Financial Times.
Zolgensma, a geneterapia contra a atrofia muscular espinhal, que foi o medicamento mais caro do mundo quando chegou ao mercado, em 2019 - Divulgação
No mês passado, a FDA (agência americana que regula alimentos e medicamentos) aprovou o Hemgenix, desenvolvido pela CSL Behring e UniQure e administrado numa dose única por infusão intravenosa.
Trata-se do quinto tratamento genético contra doenças raras a receber o sinal verde dos reguladores americanos desde 2017, destacando o potencial dessa nova classe de medicamentos de tratar e em alguns casos, curar doenças raras, cânceres e outras condições.
As geneterapias, que operam adicionando um novo gene ao corpo ou reparando um gene que passou por mutação, podem melhorar problemas de saúde drasticamente, resolvendo sua causa original, normalmente por meio de um tratamento único. Mas são medicamentos complexos que podem ter efeitos colaterais perigosos e que são vendidos a preços extremamente altos.
O Hemgenix da CSL custa US$ 3,5 milhões (R$ 18,5 milhões) por dose, sendo o fármaco mais caro do mundo.
Desenvolvidos pela biotech Bluebird Bio, de Cambridge, Massachusetts, o Skysona e o Zynteglo, geneterapias contra uma doença cerebral infantil rara e uma doença sanguínea congênita, são o segundo e terceiro fármacos mais caros no mercado, vendidos a respectivamente US$ 3 milhões (R$ 15,8 milhões) e US$ 2,8 milhões (R$ 14,8 milhões) a dose.
Especialistas em saúde avisam que o custo alto das geneterapias pode limitar a disposição das seguradoras públicas e privadas de cobri-las, tornando-as inacessíveis a muitos pacientes.
Com mais de mil geneterapias e terapias celulares em fase de ensaios clínicos, há a preocupação de que os sistemas de saúde possam vergar sob o peso dos custos de curto prazo de atender à demanda por tratamentos.
No ano passado a Bluebird Bio tirou do mercado europeu o Zynteglo, geneterapia de dose única para a doença do sangue talassemia, depois de não ter conseguido persuadir os governos europeus a cobrir seu preço de US$ 1,8 milhão (R$ 9,5 milhões). A empresa disse a analistas que os pagadores europeus não desenvolveram sua abordagem à geneterapia de uma maneira que valorizasse a inovação. Ela descreveu elementos do sistema europeu como sendo "francamente quebrados" e "inviáveis" para investimento.
Com sua saída da Europa, a Bluebird foi obrigada a reduzir seus custos, cortando 30% de seu quadro de profissionais, e agora está investindo nas vendas nos Estados Unidos, onde os reguladores aprovaram o Zynteglo em agosto.
Miguel Forte é presidente da Sociedade Internacional de Terapia Celular e Genética, um grupo de médicos clínicos, pesquisadores e parceiros industriais que apoiam o desenvolvimento desses medicamentos. Ele disse que a retirada de um tratamento aprovado é decepcionante e que, se isso se repetir, será causa de "preocupações graves".
"Acho que uma discussão sobre a acessibilidade dos tratamentos é essencial. Precisamos assegurar que esses medicamentos inovadores estejam disponíveis aos pacientes e também temos que continuar a aprender sobre eles e a desenvolver novos produtos."
Em contraste, o Zolgensma, a geneterapia da Novartis contra a atrofia muscular espinhal, que foi o medicamento mais caro do mundo quando chegou ao mercado, em 2019, vendeu bem nos primeiros anos. As vendas subiram 36% em 2021, quando a empresa farmacêutica suíça expandiu seu acesso à Europa e aos mercados emergentes. Mas caíram 15% no último trimestre, algo que a empresa atribuiu a um desaquecimento, mas entrou em novos mercados mesmo assim.
A Novartis disse não acreditar que a queda nas vendas tenha tido ligação com as informações sobre a morte de duas crianças que haviam tomado o fármaco.
Os produtos de geneterapia podem ser caros, mas, segundo Forte, trazem grandes benefícios aos pacientes e sistemas de saúde. A natureza única dessas terapias curadoras melhora a qualidade de vida de pessoas que sofrem de doenças raras e pode poupar dinheiro no longo prazo, por reduzir ou eliminar a necessidade de tratamento médico, ele acrescentou.
"Se não conseguirmos quadrar o círculo relativo aos custos e reembolsos, deixaremos de oferecer as oportunidades certas aos pacientes."
A indústria biofarmacêutica diz que os preços altos são necessários para cobrir os custos de desenvolvimento das geneterapias, que chegam a US$ 5 bilhões (R$ 26,5 bilhões), mais ou menos cinco vezes os custos dos medicamentos tradicionais. E os mercados para esses fármacos geralmente são pequenos. Além disso, os processos complexos de manufatura e regulatórios levam a longos períodos de espera até os tratamentos serem disponibilizados aos pacientes.
No ano passado, investidores e empresas investiram o valor recorde de US$ 22,7 bilhões (R$ 120,1 bilhões) em terapias celulares, genéticas e de engenharia de tecidos, contra US$ 19,9 bilhões (R$ 105,3 billhões) um ano antes, segundo a Alliance for Regenerative Medicine, um grupo de lobby que representa pequenas e grandes empresas do setor.
As vendas de tratamentos genéticos e celulares são relativamente modestas por enquanto, tendo chegado a US$ 4 bilhões (R$ 21,2 bilhões) em 2021, mas estão previstas para alcançar US$ 45 bilhões (R$ 238,2 bilhões) até 2026 com a aprovação de dezenas de outros tratamentos, segundo a firma de inteligência de mercado Evaluate Pharma. Mas alcançar esse crescimento das vendas depende da disposição de governos, seguradores e outros pagadores do setor da saúde de países ricos de cobrir o custo dos tratamentos.
Merith Basey, diretora executiva do grupo de defesa de pacientes Patients For Affordable Drugs Now, disse: "Nosso sistema de saúde não está em condições financeiras de pagar o preço que as empresas farmacêuticas pedem por esses novos fármacos, não importa quão revolucionários sejam".
"O Hemgenix é uma inovação que pode salvar a vida de pacientes que têm condições de comprá-lo, mas essa inovação não tem valor algum para quem não pode pagar por ela."
Bob Lojewski, o vice-presidente sênior da CSL e gerente geral para a América do Norte, disse que o preço de US$ 3,5 milhões do Hemgenix se justifica porque trata-se de possivelmente "o tratamento mais eficaz do mundo" e vai gerar grandes economias no longo prazo. Ele disse ainda que haverá alguns descontos para convênios médicos e pagadores.
"É lamentável que o preço vire manchete, no lugar da segurança, eficácia e promessa da terapia", ele disse.
Segundo ele, o tratamento de pacientes com hemofilia B ao longo de toda a vida implica em custos superiores a US$ 20 milhões (R$ 105,8 bilhões).
Uma revisão do Instituto de Revisão Clínica e Econômica, órgão regulador independente de medicamentos, concluiu que um preço de US$ 2,96 milhões (R$ 15,6 milhões) milhões do Hemgenix se justifica devido à sua eficácia. Disse que os pacientes tratados com sucesso parecem estar curados, pelo menos por um período do tempo. Mas o instituto avisou que ainda há incerteza considerável quanto a se o sucesso do tratamento se mostrará duradouro no longo prazo.
O AHIP, grupo que representa mais de 1.300 empresas que fornecem seguro médico a 200 milhões de americanos, disse que seus membros não são avessos a pagar por medicamentos de geneterapia, desde que sejam comprovadamente eficazes e com boa relação custo-benefício.
Segundo a entidade, os convênios médicos provavelmente anunciarão restrições para garantir que as terapias sejam acessíveis apenas aos pacientes aos quais são mais adequadas. Além disso, disse que os copagamentos de pacientes serão comuns.
"No caso do Hemgenix, há muito a seu favor. É uma cura. É uma dose e acabou. E ajuda um setor da população, pessoas com hemofilia B, que não têm muitas opções de tratamento", disse Sergio Santiviago, do AHIP.
Ele disse que as seguradores estão estudando opções de pagamento baseado no risco, para superar as dificuldades de cobrir tratamentos caros que na maioria dos casos não comprovaram sua validade por prazos mais longos. Por exemplo, os membros do AHIP acordaram um esquema de cobertura do Zynteglo pelo qual a Bluebird Bio terá que reembolsar 80% dos custos se os pacientes voltarem a precisar de transfusões sanguíneas menos de dois anos após o tratamento.
Mas, segundo Santiviago, o quadro se complica quando grande número de pacientes pode ter direito a tratamentos que custam milhões de dólares, especialmente se não houver evidências convincentes de sua eficácia.
Um teste importante está no horizonte com a aprovação nos EUA prevista para 2023 de uma geneterapia contra a anemia falciforme desenvolvida pela Vertex Pharmaceuticals e a Crispr Therapeutics. Cerca de 100 mil americanos têm anemia falciforme, contra apenas 30 mil que sofrem de hemofilia B.
Um estudo que avaliou o impacto das geneterapias sobre os orçamentos estaduais nos EUA, publicado no ano passado na revista especializada Jama Pediatrics, concluiu que uma geneterapia eficaz para a anemia falciforme encerraria problemas de custo para vários planos de seguro do Medicaid.
"Os tratamentos de preço muito alto recebem muita atenção, mas, do ponto de vista dos pagantes, o que geralmente tem peso maior é o número de pacientes", disse Patrick DeMartino, médico especializado no tratamento de crianças com doenças do sangue e co-autor do estudo da Jama Pediatrics.
"Do ponto de vista do acesso dos pacientes e da defesa deles, se houvesse demora no acesso a um tratamento por um problema de restrições do pagador, seria um pesadelo de relações públicas. Prejudicaria as pessoas, mas também seria muito prejudicial à imagem do pagador."
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O GLOBO
Relutância masculina em procurar médico adia tratamentos e amplia riscos à saúde
Há um divertido episódio do seriado Os Simpsons em que o protagonista Homer faz o possível e o impossível para fugir de uma cirurgia de doação de orgãos. É evidente que ele quer ajudar a salvar a vida de seu pai que receberia um de seus rins mas o pânico da operação o faz desistir da ideia sucessivas vezes. Para além do exagero do desenho, é claro, o comportamento masculino em termos de cuidado com a própria saúde não é, exatamente, muito diferente do exibido por Homer. Médicos alertam que, em geral, homens só procuram o serviço de saúde quando o quadro é avançado em casos já com queixas e sintomas.
Messi: Fim de ano:
Levantamentos recentes sobre o tema reforçam as percepções dos consultórios. Um estudo da ONG Oxfam mostrou que, em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, os homens se vacinaram menos do que as mulheres contra a Covid-19. Em São Paulo a diferença foi de 3 pontos percentuais, no Rio de quase 6.
Homens e rapazes também são mais relapsos com os cuidados necessários em caso de contágio com HIV, em todo o mundo. Enquanto 80% das mulheres com o vírus fazem o tratamento regularmente, entre os homens essa taxa é mais baixa, de 70%.
É possível ir além: os brasileiros em comparação com as brasileiras vivem menos. A expectativa de vida de um homem no Brasil é de 72,2 anos, enquanto a das mulheres é de 79,3. Também são os que mais fumam em São Paulo, 12,9% dos homens contra 9,6% das mulheres são tabagistas e tomam refrigerante acima de cinco dias na semana com mais frequência no Rio, são 19,8% dos homens contra 11,26% das mulheres.
Os dados são do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado pelo Ministério da Saúde.
Em geral, as mulheres se preocupam um pouco mais cedo com a saúde. Caso ganhem um pouquinho de peso, elas já procuram o endocrinologista. O que facilita, por exemplo, o diagnóstico de uma diabetes precoce. Os homens, por outro lado, esperam algo mais grave acontecer para só aí procurar o médico descreve Tarissa Petry, endocrinologista do Hospital Oswaldo Cruz.
O que é Epstein-Barr?
Eliézer Silva, diretor-superintendente do sistema de saúde Einstein, concorda e afirma que a soma de hábitos mais precários e a falta de vontade de procurar o médico desfavorecem o homem amplamente.
A mulher tem consulta recorrente com a ginecologista. As meninas são ensinadas, desde cedo, que devem ir ao médico, os meninos não. Pacientes que chegam tarde ao hospital, têm tratamentos mais caros e com menor chance de sucesso sustenta.
Urologista
Dados compilados pela Sociedade Brasileira de Urologia ratificam essa colocação. Para se ter uma ideia do abismo que separa homens e mulheres, entre janeiro e julho deste ano, 1,2 milhão de consultas com ginecologista foram realizadas no SUS, contra 200 mil com o urologista. Se observarmos os atendimentos gerais dos dois sexos no SUS, em 2021, foram 370 milhões consultas e procedimentos com mulheres contra 312 milhões com os homens.
A mulher contar para uma amiga ou vizinha que fará um papanicolau é algo comum. Se a outra fala em uma rodinha de amigas que vai à gineco, as colegas dão a maior força. Agora, se tiver uma roda de amigos e um deles fala que vai ao urologista, ele vai ouvir piadas. Ouve que homem que é homem não vai. Tem medo de ficar impotente, foge do exame de toque, imagine, algo absolutamente simples, de três ou quatro segundos. Há muito tabu, muito preconceito afirma Stênio de Cássio Zequi, líder da área de urologia do A.C. Camargo.
O médico acrescenta que o homem tem o triplo de chance de ter câncer na bexiga que a mulher, já que um dos fatores de risco desse tipo de tumor é o tabagismo.
Miguel Srougi, um dos maiores especialistas em urologia do país, do Hospital Vila Nova Star, ainda afirma que a hesitação masculina tem a ver com o receio de aparentar fragilidade.
Os homens mais poderosos querem esconder quando estão doentes, os políticos também. Isso vêm mudando, mas eles ainda sentem medo de parecer vulneráveis. Pois isso, eles imaginam, pode minar a atenção que eles gostariam de receber explica.
Chocolate amargo:
Para o urologista, é preciso buscar atendimento e tratamento com velocidade. Em um estudo, nos Estados Unidos, foi constatado que os pacientes que protelaram o tratamento do tipo mais agressivo de câncer na bexiga por três meses tiveram 30% mais chance de morte do que os que iniciaram os cuidados imediatamente. Esperar não é opção.
Prevenção e custo
Em consenso, os médicos pontuam como um fator absolutamente negativo a oportunidade perdida em identificar uma doença no início. Eles explicam que, em geral, problemas de saúde em estágio mais avançado têm tratamento mais caro, doloroso e menos proveitoso.
Se pegarmos especificamente o câncer de próstata, o homem que só procura o médico após algum sintoma relacionado tem a chance de ter uma doença disseminada em mais de 90%. Significa, primeiro, que você não conseguirá curar esse paciente e vai diminuir a qualidade de vida dele. As medicações para esses estágios de saúde são muito mais caras e têm funcionamento inferior às indicadas aos pacientes em caso inicial diz o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Alfredo Félix Canalini.
Efeito sanfona:
O especialista acrescenta que caso o tratamento seja feito com celeridade, as estimativas se invertem.
Imagina quantas vidas podem ser salvas? indaga.
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GAZETA DO ESTADO
Governo de Goiás alerta sobre importância da vacina contra Covid-19 com proximidade das festas de final de ano
Secretaria de Estado da Saúde orienta população a se antecipar às datas comemorativas para completar esquema vacinal, pois máximo da imunização é alcançado 15 dias após aplicação da dose
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), alerta a população a completar o esquema vacinal contra Covid-19, para prevenir o aumento de casos graves e óbitos, após as festividades de final de ano. A proteção máxima da imunização é adquirida após 15 dias da vacinação, por isso é importante não deixar a vacina para a última hora. Até quinta-feira (15/12), dados do Painel Covid-19 apontam que mais de um milhão de goianos aptos a receber a segunda dose de reforço (a partir de 30 anos) ainda não buscaram as salas de vacina.
A superintendente de Vigilância e Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, destaca que a circulação de novas variantes do vírus, tal como a ômicron BQ1.1, que teve identificação de 27 casos em Goiás, é motivo para se manter alerta, com adoção das medidas de prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde.
“Além do esquema vacinal em dia, é necessário manter a utilização de máscara em locais de aglomeração, etiqueta respiratória e higiene das mãos, principalmente por pessoas com maior vulnerabilidade para desenvolvimento de casos graves”, orientou, acrescentando que a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para avaliação clínica e testagem se apresentar sintoma de covid-19.
Crianças
Outro ponto de atenção nesse momento é o aumento de casos de crianças hospitalizadas em Goiás, observado desde o final do ano passado, e que vem se mantendo de forma crescente, até agora. “Isso é uma preocupação principalmente entre os menores de nove anos, cuja vacinação foi disponibilizada há menos tempo”, informa.
Flúvia afirma que a procura pela vacina, por parte dos pais e responsáveis, tem sido baixa. “Chamamos atenção desses pais, que têm crianças, principalmente menores de nove anos, mas também as demais crianças e os adolescentes que ainda não iniciaram ou não completaram esse esquema vacinal, para que procurem um posto de saúde”, orienta.
De acordo com o painel Covid-19, disponível no site da SES-GO, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.900.009 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose e a dose única, foram vacinadas 5.325.138 pessoas, e 2.759.459 já receberam a dose de reforço. Entre as crianças de 5 a 11 anos, 57,79% já receberam uma dose da vacina. Esses dados são preliminares e coletados junto ao Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde.
Máscara
A respeito do uso de máscaras de proteção, diante do atual cenário epidemiológico da Covid-19, a SES segue a atual recomendação do Ministério da Saúde, e, conforme Nota de Recomendação Estadual nº7/2022 – SES/SUVISA-03084, para que as máscaras sejam utilizadas independentemente da situação vacinal em algumas situações.
No âmbito individual, devem manter a máscara pessoas com sintomas gripais, casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 e pessoas que tenham tido contato próximo com caso suspeito/confirmado de covid-19.
Além disso, também devem usar o acessório pessoas com fatores de risco para complicações da covid-19 (em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades), em situação de maior risco de contaminação pela covid-19, como: locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e em serviços de saúde.
No âmbito coletivo, as recomendações do uso de máscaras devem ser definidas pelas autoridades locais a depender do cenário epidemiológico de cada unidade federada ou município, avaliando fatores como: cobertura vacinal (incluindo doses de reforço), taxa de transmissão, taxa de hospitalização por SRAG, mortalidade, entre outros.
Na ocorrência de surto de Covid-19 em determinado local ou instituição, recomenda-se o uso de máscara por todos os indivíduos do mesmo ambiente, devido ao potencial risco de transmissão por pessoas assintomáticas e monitoramento de possíveis casos sintomáticos que possam surgir.
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UNIMED FEDERAÇÃO CENTRO BRASILEIRA
LGPD: Unimed Federação Centro Brasileira orienta sobre sanções e riscos de segurança da informação
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), criada em 14 de agosto de 2018, entrou em vigor em setembro de 2020 e se tornou uma das Leis mais difundidas do País, desde o Código de Defesa do Consumidor. A LGPD obriga todas as empresas a investirem em segurança da informação por meio de medidas técnicas e administrativas capazes de proteger os dados pessoais tratados pela organização.
O tratamento destes dados compreende qualquer atividade que utilize dados pessoais na execução da sua operação, desde a coleta até a eliminação dos mesmos. A lista de dados pessoais é vasta, podendo ser resumida em toda informação que torne uma pessoa identificada ou identificável (como nome, CPF, endereço e e-mail), além dos dados pessoais sensíveis, aqueles com potencial caráter discriminatório (como raça, sexo, religião e dados biométricos de saúde).
Recentemente, o Brasil passou a integrar a lista dos dez países mais digitalizados do mundo, o que representa um grande avanço para a nação, porém, também traz novos problemas: os dados pessoais estão mais presentes na internet e isso atrai, cada vez mais, ataques cibernéticos.
Dados divulgados pela empresa de cibersegurança ESET apontaram que houve um aumento de 700% no número de ataques cibernéticos em comparação a 2019, sendo que todos nós sofremos, em média, uma tentativa destes ataques a cada dois segundos.
O ano de 2022 foi marcado por diversos incidentes provocados por cibercriminosos, por exemplo:
Record TV: todos os dados da emissora foram criptografados e vazados na internet. Os cibercriminosos cobraram resgate de R$ 45 milhões em bitcoins;
Banco de Brasília (BRB): hackers exigiram cerca de 50 bitcoins (R$ 5,17 milhões) de resgate para que dados não fossem vazados;
Golden Cross: teve a operação suspensa e hackers, que alegam ter invadido o site da empresa, mostraram que os servidores ainda não estão 100% seguros, havendo vulnerabilidade conhecida (backdoor) e que foi explorada;
TV Anhanguera (GO): ficou dias com parte da programação fora do ar devido à ataque hacker. Foram atingidos a TV Anhanguera – afiliada da Globo – e os sites dos jornais O Popular, Daqui e também da rádio CBN Goiânia, além das rádios Executiva e Moov. Algumas publicações informaram que os atacantes exigiram o equivalente a R$ 1 milhão para fornecer a chave para decodificação dos arquivos.
Unimed Belém: teve as operações suspensas em virtude de ataque cibernético, ficando inoperante por vários dias.
Segundo a Check Point Research, o principal setor afetado por ataques ransomware no mundo é o da saúde, seguido pelos setores de internet, finanças e varejo.
De acordo com a LGPD, a organização deve definir um programa de governança, com indicação de um DPO, adequação de contratos, elaboração de políticas, adequações tecnológicas, capacitação das partes interessadas, dentre outras iniciativas.
A DPO da Federação, Christianne Pimenta, alerta que as sanções que as organizações podem sofrer em caso de descumprimento da LGPD são:
Advertência;
MULTA de até 2% (dois por cento) do faturamento limitada, no total, a R$ 50 milhões por infração;
multa diária, observado o teto no item anterior;
publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência;
bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização;
eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração;
suspensão parcial do funcionamento do banco de dados;
suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais;
proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas a tratamento de dados.
Cabe a todos os envolvidos no processo de tratamento de dados a responsabilidade de proteger os dados dos nossos colaboradores e clientes. A prática médica exige o tratamento de dados sensíveis em larga escala, o que implica na aplicabilidade da LGPD para clínicas, consultórios e hospitais.
Sendo assim, listamos algumas proibições e boas práticas acerca da LGPD no âmbito da saúde:
O sigilo é fundamental – o titular possui o direito da autodeterminação informativa, cabendo a ele a tomada de decisão acerca do compartilhamento das suas informações, especialmente informações de saúde;
Atenção em caso de recebimento de links por e-mail e WhatsApp – todos nós conhecemos pessoas que caíram em golpes e perderam dinheiro e corremos o risco de também perder o acesso a sistemas, bancos de dados, além de provocar a inoperância do hospital, etc;
Tratar os dados apenas para as finalidades informadas pelos titulares – caso não haja consentimento específico, não podemos enviar publicidade aos nossos clientes, por exemplo;
Não divulgar fotos e vídeos no ambiente profissional – segundo resolução 2.126/2015 do CFM, os médicos não podem publicar fotos em situações de trabalho, como durante procedimentos cirúrgicos nem fazer a divulgação de imagens de "antes e depois";
Senhas são pessoais e intransferíveis - mesmo que seja alguém de confiança, o aconselhado é não compartilhar suas senhas com ninguém. Tanto essa prática quanto a de salvar no smartphone podem facilitar o acesso de criminosos a contas privadas;
Os dados devem ser coletados de forma transparente – o titular deve compreender claramente as finalidades para as quais os dados dele serão utilizados;
Somos corresponsáveis por vazamentos de dados e incidentes provocados por nossos fornecedores;
Investimentos em ferramentas tecnológicas, criptografia, atualização de sistemas e equipamentos e antivírus são fundamentais – muitos ataques acontecem devido à exploração de tecnologia obsoleta ou desatualizada.
Em caso de dúvida, as Unimeds federadas podem entrar em contato com a Federação.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
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Médico alerta para a prevenção ao câncer de pele
NOTÍCIAS DO DIA
Decisão da ANS impede que 19 planos de saúde atuem no Brasil; veja lista
A ANS (Agência Nacional de Saúde) suspendeu temporariamente nesta quinta-feira (15) que 19 planos de saúde atuem no Brasil. Em sua divulgação a Agência pede para que os usuários não contratem os planos de saúde da listagem.
Segundo o portal R7, além das suspensões, a ANS também divulga a lista de planos que poderão voltar a ser comercializados. Nesse ciclo, 46 planos de 11 operadoras terão a venda liberada pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento.
Ao todo foram feitas 45.515 reclamações no período de 1º de julho a 30 de setembro deste ano por conta destes planos de saúde.
Planos banidos:
Univida empresarial III - apto
Novo Univida I - apto
Nacional adesão pós-enf
Unimed Personal Quarto Coletivo
Unimed Personal Quarto Coletivo 2
Unimed Beta 2 Dental PPE
Unimed Alfa 2
Unimed Beta 2
Unimed Delta 2
Unimed Personal Quarto Coletivo 2
Unimed Alfa 2
Unimed Delta 2
Unimed Ômega Plus
UniPart Delta 2
Unimed Alfa 2 Ad
Unimed Delta 2
Rubi
Santaris
Classic I
A ANS também determinou o cancelamento de novos produtos das operadoras: Federação das Sociedades Cooperativas de Trabalho Médico do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima; Unimed Vertente do Caparaó; Santo André Assistência Médica; Santa Rita e Saúde Brasil.
A proibição das vendas começa a partir do dia 22 de dezembro, segundo a determinação. Inicialmente a suspensão é válida por três meses, mas pode ser prorrogada caso a operadora não se enquadre nas normas da ANS.
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TERRA
Fintech Inklo levanta R$ 1,5 mi para facilitar o acesso a procedimentos médicos
A Inklo estreou no mercado há cerca de 4 meses com a missão de oferecer crédito para a realização de procedimentos e cirurgias médicas. Para acelerar esses planos, a fintech mineira fechou uma rodada pré-seed de R$ 1,5 milhão com investidores anjo, grana que será destinada ao desenvolvimento tecnológico da plataforma e à contratação de colaboradores.
A startup é fruto da parceria entre Igor D'Azevedo, sócio da empresa de consultoria financeira Atena Invest, e Felipe Santiago, ex-gerente de projetos da Dasa, maior rede de saúde integrada do país. "O mercado de saúde ainda é muito mal atendido pelo setor financeiro. Atrelar essas áreas é uma grande tendência de um mercado em franca expansão, que permite democratizar o acesso à saúde por meio do crédito", afirma Igor, em entrevista ao Startups.
Os fundadores passaram o último ano no bootstrapping estruturando a parte financeira e fechando parcerias com clínicas e hospitais para testar o produto. Quando foram atrás da captação em agosto deste ano, a Inklo já tinha o MVP rodando e cerca de 20 instituições parceiras, e conseguiu fechar a rodada em cerca de 2 meses. A companhia opera no modelo B2B2C, atendendo as clínicas e hospitais e, do outro lado, os pacientes.
Inicialmente, a startup estava focada no setor de estética, pois grande parte dos planos de saúde não cobre os custos desses procedimentos. "Nossos principais concorrentes de crédito na área da saúde atuam com foco em odontologia, nós olhamos para harmonizações faciais, cirurgias plásticas e implantes capilares.
A Inklo destaca que o Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, representando 13% de todos os procedimentos feitos no planeta, e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A companhia afirma que o país registra cerca de 2,5 milhões de intervenções anualmente. Sem abrir números específicos, o CEO afirma que a companhia registrou um aumento de 150% em originações de crédito no primeiro mês de atuação, 100% de setembro para outubro e cerca de 150% nos últimos meses do ano.
Felipe Santiago e Igor D'azevedo, fundadores da Inklo Foto: Divulgação / Startups
Ganhando escala
"Chegamos a conversar com alguns fundos, mas por conta do cenário macroeconômico vimos que não seria um bom momento para o negócio", afirma Igor. Isso porque a startup ainda estava em um estágio muito inicial e somando as condições de juros com o valuation ideal e tamanho do equity, o negócio não seria muito favorável nem para os empreendedores, nem para os investidores.
Segundo Igor, os investidores-anjo da Inklo são executivos que, em sua maioria, já faziam parte do ciclo de relacionamento dos founders, muitos com know-how sobre o ecossistema de startups. "A maioria é fundador de startups que deram certo, fizeram uma saída e conhecem o mercado. São investidores estratégicos", pontua.
Os recursos captados serão usados majoritariamente para ampliar o time. Além de Igor e Felipe, a Inklo conta com 2 outros sócios que fizeram o desenvolvimento da plataforma, e 6 colaboradores. O objetivo é fazer pelo menos 5 contratações até meados de 2023. Os empreendedores também esperam aprimorar a plataforma e a tecnologia e investir em marketing para aquisição de clientes e parceiros de saúde.
A fintech atua em São Paulo e Goiânia, além da sede em Belo Horizonte. A empresa visa expandir em breve os negócios para outras cidades, chegando ao Rio de Janeiro, Curitiba e Vitória no primeiro semestre de 2023. A expectativa é aumentar o número de parceiros em 300% no próximo ano, além de superar em quase 3x a expectativa inicial de originação de crédito e a geração de 2.000 contratos de crédito por mês até dezembro de 2023.
Em termos de produto, a Inklo espera lançar uma linha de crédito PJ para as instituições de saúde, focado na aquisição de talentos e expansão das plantas. "Vamos acoplar alguns seguros, tanto para pessoa física quanto para jurídica, com o intuito de aumentar as formas de monetização, e seguir investindo em time", conclui Igor.
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Vacina contra a dengue do Butantan alcança 79,6% de eficácia, mostram dados preliminares
Estudo clínico de fase 3 acompanha 16,2 mil voluntários em todo o País; resultado final é esperado para 2024
A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan e em fase final de testes alcançou 79,6% de eficácia, segundo resultados iniciais do estudo clínico divulgados ontem pela instituição.
Para essa análise preliminar, foram considerados os dados de dois anos de acompanhamento dos 16,2 mil voluntários que participam do estudo de fase 3 (a última antes do pedido de registro). Conforme o protocolo do teste, eles deverão ser seguidos por cinco anos e, por isso, a eficácia final do imunizante só será conhecida em 2024. Os dados parciais, porém, animaram os pesquisadores.
No estudo, que conta com a participação de 16 centros de pesquisa em 14 Estados do País, os voluntários foram divididos de forma aleatória em dois grupos: dois terços foram vacinados e um terço recebeu o placebo.
De acordo com Fernanda Boulos, diretora médica do Butantan, foram registrados 135 casos da doença entre os participantes, dos quais 100 ocorreram entre os não imunizados e apenas 35, entre os vacinados. "Embora preliminar, é um resultado robusto, com significância estatística. E ainda de uma vacina em dose única e que poderá ser indicada para crianças, adolescentes e adultos. Estamos otimistas", afirmou. Os resultados deverão ser submetidos para publicação em revista científica no ano que vem.
De acordo com o Butantan, foram incluídos na pesquisa participantes de 2 a 59 anos, com e sem exposição prévia ao vírus da dengue. Nos voluntários que já haviam sido infectados antes do estudo, a eficácia foi de 89,2%. Já naqueles que nunca tinham contraído a doença, a proteção foi um pouco inferior, de 73,5%.
Os pesquisadores também calcularam a eficácia para cada um dos quatro sorotipos do vírus da dengue: para o tipo 1, a taxa ficou em 89,5%. Para o tipo 2, ela foi de 69,6%. Ainda não há dados de eficácia contra os sorotipos 3 e 4 porque essas cepas não circularam amplamente no País no período da análise.
De acordo com o virologista Maurício Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e um dos pesquisadores principais do estudo, os resultados obtidos indicam que a eficácia para os sorotipos 3 e 4 também seja alta. "Tradicionalmente, o sorotipo que responde pior às vacinas é o 2. O que se espera, pelo que a gente conhece da biologia do vírus, é que as eficácias para os sorotipos 3 e 4 fiquem mais próximas do que foi observado para o sorotipo 1?, explica o pesquisador.
Não foram registradas hospitalizações ou mortes por dengue entre os voluntários de nenhum dos dois grupos. Por isso, ainda não é possível saber a eficácia do produto para casos mais graves, mas os pesquisadores acreditam que, considerando a alta proteção geral contra infecções sintomáticas, a eficácia contra casos graves também deverá ser alta.
Sobre a segurança do imunizante, somente 3 (menos de 0,1%) dos 16,2 mil voluntários apresentaram eventos adversos graves. "As reações adversas foram comparáveis entre o grupo que recebeu placebo e o que recebeu a vacina, exceto por reações esperadas que aconteceram fora do local da aplicação, como febre e irritação na pele", informou o Butantan.
Parcerias
A vacina do Butantan foi desenvolvida a partir de antígenos licenciados dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês). Em 2018, a instituição brasileira firmou uma parceria com a farmacêutica MSD, que tem a licença do antígeno fora do Brasil. Em território nacional, o Butantan tem exclusividade e autonomia para comercializar o produto, caso ele futuramente receba a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Ter uma vacina desenvolvida e fabricada integralmente aqui no Butantan só reforça um dos nossos propósitos: mostrar que o Brasil tem capacidade produtiva para atender não só o território nacional, mas qualquer outro país que sofra com a dengue. Esse ano, especificamente, nós tivemos mais de 970 mortes pela doença. Nós temos a obrigação de salvar essas vidas", afirmou Dimas Covas, diretor executivo da Fundação Butantan.
De acordo com Daniella Cristina Ventini Monteiro, gerente de produção do Butantan, a instituição terá capacidade para produzir até 50 milhões de doses da vacina por ano. "Podem ser utilizadas até três linhas de envase para que seja possível atender à demanda da saúde pública brasileira", declarou. A vacina é produzida com o vírus atenuado (enfraquecido).
Como mostrou o Estadão, o número de casos de dengue aumentou 175,1% neste ano em comparação com o ano passado. Segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram 1,39 milhão de infecções e 975 mortes.
Outras vacinas
Apenas outras duas vacinas contra a dengue tiveram a fase 3 dos estudos concluída até agora no mundo. A primeira foi a da farmacêutica francesa Sanofi, que demonstrou eficácia geral de cerca de 60% nos estudos clínicos.
Após a conclusão dos testes, a empresa obteve, entre 2015 e 2016, o registro do produto em diversos países, incluindo o Brasil, mas, meses após o início da comercialização, pesquisadores descobriram que o produto aumentava o risco de ocorrência de casos graves entre pessoas vacinadas que nunca tinham contraído a doença. Dessa forma, a vacina passou a ser indicada somente para aqueles que já tiveram dengue e só está disponível na rede privada.
Já o produto da farmacêutica japonesa Takeda teve eficácia de 80% nos estudos clínicos. A empresa entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021, mas ainda aguarda análise. A agência diz que, durante o processo, solicitou dados complementares e que uma dessas solicitações está em aberto, aguardando resposta da farmacêutica.
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PORTAL R7
Dengue deve bater recorde de mortes no país, e epidemia pode avançar sobre o Nordeste
Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu alerta nacional após alta de casos e mortes
O Brasil deve bater o recorde anual de mortes por dengue em 2022. Até o boletim mais recente do Ministério da Saúde, de 5 de dezembro, foram 978 óbitos - número superior à soma dos dois anos anteriores. Desde que as epidemias do vírus ressurgiram no Brasil, na década de 1980, o recorde é de 2015, quando 986 pessoas morreram pela doença.
"Temos hoje o ano que ficará marcado na história da dengue no Brasil como o pior ano, seja no número de casos ou de óbitos. Muito provavelmente ultrapassaremos a marca de 1.000 mortes no país. Dengue mata: é a principal mensagem que se deve passar à população", aponta ao R7 Alexandre Naime, vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
Tão crítico é o cenário que a SBI emitiu, no mês passado, um alerta nacional devido aos altos números de mortes e casos - também próximos do recorde brasileiro.
"Que tenhamos urgência para a adoção medidas preventivas contra a dengue para alterar esse quadro preocupante para a saúde pública e que sejam ações efetivas a longo prazo, escreve o órgão.
Segundo Alexandre Naime, parte considerável desse aumento nos casos e mortes se deve à falta de medidas de prevenção em âmbitos federal, estaduais e municipais.
"Os últimos quatro anos foram marcados por ausência completa do governo federal em relação à campanha de esclarecimento sobre a epidemia", pontua o médico infectologista.
Também por conta da pandemia, prossegue, se esvaziaram as ações de controle dos estados e municípios, como a vigilância, as visitas domiciliares, esclarecimentos à população e multas.
Naime prevê um horizonte nebuloso para o país em relação à dengue em 2023, caso não haja mudanças efetivas no combate à epidemia, e considera que o próximo governo federal, bem como os estaduais, deverá agir de forma muito célere para evitar que o problema se amplie.
"As chuvas e temporais estão acontecendo. Se não houver avanços no combate, não existe um outro cenário, senão de muitos casos e mortes para o começo de 2023. Esse ano tem tudo para ser pior que 2022: mais chuvas, um sorotipo novo. Por isso, o governo novo deve ser bastante efetivo e a vacina precisa ser avaliada. Já foi aprovada na Indonésia e na agência europeia [de saúde]. Seria uma arma importante aqui", finaliza.
Vírus deve avançar sobre a região Nordeste
Entre as regiões que podem ser mais afetadas nos próximos anos, os especialistas ouvidos pela reportagem citam o litoral brasileiro, de modo geral, o Centro-Oeste, o Norte e, principalmente, o Nordeste.
Isso se deve ao aspecto cíclico da doença, já que a região não sofreu epidemias mais intensas recentemente - este ano, foi a quarta região menos atingida entre as cinco - e há uma nova variante em circulação, que ainda não atingiu os estados nordestinos.
"Devemos ter um número de casos maior porque faz muito tempo que não temos epidemia significativas dessa região. E as epidemias de dengue ocorrem em ciclos, mas nós temos que entender que o Brasil é muito grande para que os ciclos sempre se sincronizem", lembra Maurício Nogueira, ex-presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia).
É impossível, porém, prever com exatidão onde o vírus terá maior incidência. "Não há bola de cristal para isso", comenta o virologista.
Crise climática leva o vírus a quem antes não sofria
Para além das regiões mais suscetíveis às epidemias de dengue, há um novo problema nos últimos anos: o aquecimento global faz com que o vírus chegue a locais que antes não sofriam com a doença.
Segundo relatório publicado pelo The Lancet em 2018, os aumentos de temperatura, mesmo quando pouco expressivos, e as chuvas podem expandir a incidência doenças de transmissão vetorial, como a causada pelo mosquito Aedes aegypti.
"Agora, o vírus está avançando por locais como Joinville e Blumenau, onde nunca tinha acontecido", exemplifica Alexandre Naime.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, com 88 óbitos, Santa Catarina foi o quarto estado onde mais morreram pessoas pela dengue em 2022, embora seja apenas o décimo mais populoso.
Os cuidados contra a dengue continuam os mesmos: evitar o acúmulo de água parada e lixo em quaisquer recipientes, dentro ou fora de casa, onde possa haver um criadouro do mosquito.
Como a grande maioria dos criadouros está em domicílios, a participação da população é essencial para barrar o avanço da doença.
Ao tomar ciência de pontos de foco em terrenos vizinhos, a população deve acionar a prefeitura de sua cidade ou qualquer órgão respectivo ao poder público local.
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Câmara aprova proposta para bancar o piso da enfermagem
A Câmara dos Deputados aprovou a PEC (proposta de emenda à Constituição) que garante o pagamento do piso salarial da enfermagem. Os excessos de arrecadação de fundos públicos e do Fundo Social serão usados para financiar o piso no setor público e nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
A autorização foi aprovada na tarde desta quinta-feira (15), em dois turnos, por meio da PEC 390/2014.
A lei que instituiu o piso nacional da enfermagem foi aprovada no Congresso Nacional e sancionada em agosto com a previsão de que enfermeiros recebam, no mínimo, R$ 4.750. O salário-base de técnicos de enfermagem deve ser de 70% desse valor (R$ 3.325), enquanto a remuneração inicial de auxiliares de enfermagem e parteiros deve ser de 50% do piso (R$ 2.375).
No entanto, em 15 de setembro, a lei foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a decisão da Corte, a suspensão é necessária até que sejam esclarecidos os impactos da medida sobre as finanças de estados e municípios.
À época, o Congresso se comprometeu em achar uma saída para garantir o pagamento do piso. Nesta quinta, apenas o partido Novo foi contrário à aprovação da PEC. As demais siglas declararam voto favorável à proposta.
A relatora da proposta, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), afirmou que o texto apresenta fontes seguras de financiamento para o piso salarial. "A enfermagem, esse grande contingente de trabalhadores e trabalhadoras, a maioria mulheres, aguarda há meses a implementação da lei já votada e sancionada por esta casa", declarou.
A PEC segue agora para o Senado. Segundo a relatora, há acordo para votação célere e, com a promulgação, "o STF não terá mais motivos para manter a suspensão do piso salarial".
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PORTAL UOL
Remédios no espaço: como pesquisas fora da Terra podem acelerar tratamentos
Desde seu lançamento, em 2000, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) funciona como um laboratório orbital de centenas de experimentos científicos. Vacinas, robôs cirurgiões e tratamento para osteoporose foram algumas conquistas da estação em prol da saúde. Agora, cientistas estudam o efeito da microgravidade sobre substâncias usadas para tratar doenças.
Paul Reichert, pesquisador da empresa norte-americana MSD (Merck Sharp & Dohme) é um dos nomes na linha de frente dessa empreitada. Na indústria farmacêutica, ele foi um dos primeiros a propor o estudo da cristalização de proteínas em condições de microgravidade, depois descobrindo nelas novos e intrigantes comportamentos.
Cristalizadas, ou transformadas em cristais, as proteínas permitem ser mais bem visualizadas e compreendidas, do ponto de suas estruturas e interação com outras moléculas, incluindo patógenos (vírus, bactérias, fungos), que assim podem ser inativados. Como tornam-se puras, essas proteínas ainda podem servir para novos medicamentos - e é esse processo atual, conduzido no espaço, que está sendo avaliado.
Tratamento de horas reduzido a minutos Segundo Reichert, em entrevista para VivaBem, sua equipe testou em microgravidade a ação de um ingrediente de um medicamento imuno-oncológico (para tratar câncer). Comumente, o paciente recebe essa substância via infusão hospitalar, que demora horas. Com a mistura desenvolvida no espaço, esse tempo poderia ser reduzido a cinco minutos, com injeções subcutâneas aplicadas em consultório.
"Descobrimos que as suspensões (misturas) cristalinas cultivadas no espaço eram mais uniformes, menos viscosas, com propriedades de injetabilidade aprimoradas. O trabalho lá ajuda no desenvolvimento em solo de processos para formulações em geral. Os resultados foram relatados em um artigo na revista científica Nature Microgravity", diz o cientista.
Aqui embaixo, esse conhecimento demonstra ser aplicável em circunstâncias específicas, desde que manipuladas as variáveis e simulada a microgravidade. Consequentemente, há o desafio de se criar formas novas de desenvolver compostos, como os chamados anticorpos monoclonais (sintéticos), mantendo ainda sua integridade química e estrutural, e entregá-los.
Doenças combatidas e ao menor custo
Caso a ciência consiga produzir em alta concentração e grandes remessas os medicamentos em teste no espaço, uma vez que atualmente o limite é baixo e por isso cada sessão de infusão costuma ser repetida a cada três semanas, a expectativa é que haja uma mudança positiva da realidade, melhorando a qualidade vida de pacientes - e cuidadores- , além de redução significativa de custos.
"Anticorpos monoclonais imuno-oncológicos têm sido usados com sucesso no tratamento de vários tipos de câncer, como de pulmão e melanoma (um tipo de câncer de pele), além de outras indicações. Fazemos experimentos de controle na Terra ao mesmo tempo em que são realizados os experimentos de microgravidade. Usamos uma bateria de métodos e há sempre surpresas", explica Reichert.
O pesquisador continua que há missões de reabastecimento para a Estação Espacial a cada três meses, usando foguetes. Os astronautas então retiram os experimentos, os ativam e os devolvem em 30 dias, num módulo que desce de paraquedas até o golfo do México. "Levamos os experimentos de volta ao laboratório na Flórida (EUA) em duas horas."
Brasil também está na "corrida espacial" A farmacêutica nacional Cimed investe em pesquisas espaciais e, para os próximos cinco anos, prevê R$ 300 milhões em testes na microgravidade. No final de 2021, a empresa iniciou seu primeiro projeto em órbita, um experimento de cristalização da proteína do coronavírus, o SARS-Cov-2. O objetivo é o de formular em terra novos medicamentos para tratar a covid-19.
"Em novembro, demos início à nova fase do projeto, que consiste no envio de leveduras (organismos unicelulares) para a Estação Espacial. Dessa vez, o objetivo do estudo é testar a absorção de vitaminas e minerais de um multivitamínico nosso, para ter maior embasamento científico para entender a longevidade", explica João Adib Marques, CEO do Grupo Cimed.
Entretanto, Marques acrescenta que, enquanto os experimentos espaciais ajudam no desenvolvimento e, algumas vezes, até no encurtamento do processo de inclusão de um novo medicamento no mercado, questões terráqueas dificultam o processo. Se a força gravitacional reduzida e a radiação cósmica aceleram pesquisas, os prazos acabam impactados por processos de certificação e outras burocracias.
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Malu Jimenez, a filósofa gorda: 'Obesidade não existe, termo é gordofóbico'
"Filósofa gorda". É assim que Malu Jimenez, professora e pós-doutoranda em estudos do corpo gordo, se denomina. Autora do livro "Lute Como uma Gorda: Gordofobia, Resistências e ativismos' (ed. Jandaíra), em que conta a história de algumas mulheres, incluindo a dela mesma, a filósofa defende a desassociação entre peso e doenças. "Toda vez que eu vou a um hospital ou a um consultório, o médico olha para mim e diz: 'Essa pessoa está doente', sem nem mesmo pedir algum exame", diz.
Para ela, a palavra obesidade já é gordofóbica. Em vez de as pessoas serem chamadas simplesmente de gordas, como as magras são, elas são denominadas obesas. Ocorre que nem todo gordo está doente. "A obesidade não existe", defende ela.
O que a filósofa defende se aproxima, de certa forma, de uma abordagem que surgiu nos Estados Unidos recentemente e vem ganhando força, chamada Health at Every Size (HAES), ou algo como "saudável em qualquer tamanho", em tradução livre.
Trata-se de um movimento que alerta que pessoas magras não necessariamente são saudáveis, assim como pessoas gordas não estão, necessariamente, doentes. "É a consciência de que a gente tem que tirar o foco do peso perfeito como meta e focar na saúde", resume Jacqueline Rizzoli, médica endocrinologista do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas, da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), e diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica).
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde, o estado nutricional de uma pessoa ainda é medido pelo IMC (índice de massa corporal). Ele é obtido pela divisão do peso pela altura ao quadrado. Dados levantados pelo Ministério da Saúde no ano passado por meio da plataforma integrada de vigilância em saúde apontam que mais da metade (57%) da população brasileira é considerada com excesso de peso, e 22% são consideradas obesas.
Quem não quer emagrecer ainda é minoria"O peso em si é um marcador importante, claro", afirma Jacqueline Rizzoli. "Não adianta pensar que uma pessoa que pesa 180 kg mas não tem diabetes nem pressão alta está saudável. O joelho e a parte circulatória, por exemplo, podem estar sobrecarregados," Ela diz que até recebe em seu consultório pacientes que não desejam mudar o peso, mas são a minoria. "A cobrança e a pressão externa fazem com que a maioria das pessoas queira atingir aquele peso de quando eram mais jovens".
A endocrinologista diz que, normalmente, as expectativas em relação ao peso estão fora da realidade. Mas defende a relação entre emagrecimento e saúde. "Perdas em torno de 10% do peso trazem muito benefício", diz. "A pessoa com 90 kg que conseguir reduzir 8 ou 9 kg já apresenta muito menos risco para diabetes, a pressão vai melhorar, ela vai se sentir confortável para fazer exercício, mesmo sem chegar ao peso que tanto deseja."
Mas Malu Jimenez defende que saúde é outra coisa: "É ser tratada com dignidade e respeito".
"Não associem as pessoas gordas a doenças, isso leva à exclusão", afirma. O preconceito e a gordofobia, ela diz, não se limitam somente às ofensas, mas também incluem a desumanização das pessoas. Ou seja, não se trata somente de falar sobre o peso, é preciso ir além e pensar em acessibilidade para esses corpos.
Morte por gordofobiaNo início de dezembro, por exemplo, a influenciadora digital e modelo plus size Juliana Nehme denunciou ter sido impedida de viajar pela companhia aérea Qatar Airways por ser "gorda demais". De acordo com ela, a companhia afirmou que, para embarcar, ela teria que comprar um assento extra ou uma passagem na classe executiva. O caso chegou até a embaixada do Brasil no Líbano, onde Juliana estava. No final, ela conseguiu embarcar de volta para São Paulo sem os custos extras.
Mas as dificuldades enfrentadas podem ir além dos constrangimentos, representando até mesmo risco de morte. "Em um hospital, a pessoa gorda não tem maca no tamanho dela. Não tem manguito do tamanho do braço dela para medir a pressão. Não tem um aparelho de ressonância onde ela caiba", exemplifica. "Ela morre de gordofobia."
De acordo com uma pesquisa realizada em fevereiro deste ano pela Abeso, 85% dos brasileiros considerados obesos já foram vítimas de gordofobia. Atualmente, entre os projetos de lei que tramitam no Congresso com essa temática, um deles, de autoria do deputado federal José Guimarães (PT-CE), criminaliza a discriminação ou preconceito em relação ao peso. No Senado também tramita uma proposta, do senador Romário (Podemos-RJ), que obriga estabelecimentos de saúde a disponibilizarem equipamentos adequados ao atendimento de pessoas gordas.
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CORREIO BRAZILIENSE
Seminário debate como investir em saúde pode fomentar economia
Os obstáculos que a área da saúde enfrenta no Brasil e as propostas que apontem soluções para os graves problemas do setor em um país com severas restrições econômicas foram os temas de um dos painéis do seminário Desafios 2023 - o Brasil que queremos, promovido pelo Correio Braziliense, ontem, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O debate sobre o tema foi aberto pelo senador Humberto Costa (PT-PE), ex-ministro da Saúde, que coordenou a elaboração do programa de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para a área.
Para o senador, saúde é um investimento que a sociedade deve fazer porque, além de ser um serviço essencial e universalizado, representa 9% do PIB e emprega 15% da População Economicamente Ativa (PEA), com nível de emprego qualificado. Mas ele lembra que esse é um setor em que a balança comercial brasileira é deficitária, na medida em que há uma grande concentração de produção de insumos em poucos países.
"O Brasil pode recuperar a sua capacidade produtiva no setor", disse ele, apontando que essa será uma das prioridades do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Vamos recompor estruturas da área da saúde, da ciência e da tecnologia. (Vamos) retomar investimentos e atrair agentes privados para o desenvolvimento de ciência e tecnologia para a área da saúde", garantiu.
Ele defendeu políticas públicas de incentivo a esses investimentos, com revisão da atual estrutura tributária do país. Para Costa, é preciso estimular tanto a pesquisa clínica quanto a inovação tecnológica e de processos. "Além de atrair investimentos com políticas adequadas, vamos apostar na capacidade deste país para criação de patentes próprias", afirmou. Por isso, defendeu a reformulação do Instituto Nacional de propriedade Industrial (INPI) "para termos patentes em vários segmentos econômicos importantes".
O senador também discorreu sobre a necessidade de o país estimular setores nos quais já tem conhecimento no campo da saúde. Ele lembrou que, no auge da pandemia de covid-19, o Brasil se viu obrigado a importar produtos "que nós temos capacidade de produzir", como ventiladores para suporte respiratório, máscaras, luvas e medicamentos básicos.
Parcerias
Costa também defendeu o modelo de parcerias público-privadas "com segurança jurídica" para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), considerado por ele "um espaço de consumo relevante", com quase 170 milhões de usuários, além dos 50 milhões de pessoas que utilizam a saúde suplementar.
O ex-ministro da Saúde apontou mais três desafios, como a formulação de políticas que sejam capazes de melhorar a gestão da área da saúde pública; eliminação de desperdícios; e redução da possibilidade de haver corrupção, com o desenvolvimento de sistemas de informação e ampliação das tecnologias digitais. Ele indica o atendimento especializado de média complexidade como o principal gargalo do setor, "com filas e dificuldade de acesso a especialistas". A tecnologia digital, para o senador, "é um caminho importante para melhorar esse atendimento e a gestão do sistema".
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Especialistas cobram a volta da excelência à vacinação
Os especialistas que participaram do painel "A saúde como fonte de sustentabilidade da nação" chamaram a atenção para a vacinação no país, cuja falta de uma campanha pelo Ministério da Saúde, no governo do presidente de Jair Bolsonaro, baixou os índices de cobertura junto à população. Isso aumentou o risco da volta de doenças que estavam erradicadas, como a poliomielite ? segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, foi enfática ao ressaltar a necessidade de fortalecimento do Programa Nacional de Imunização (PNI), posição endossada pelo ex-ministro da Saúde Humberto Costa ao salientar que entre os pontos considerados emergenciais pelo governo de transição ? e que deverá ser objeto de ação do futuro governo ? está a reorganização do Programa Nacional de Imunização (PNI), "para atender a milhões de crianças e jovens que correm o risco de contrair doenças que já foram erradicadas no país".
A presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida lembrou que o PNI, que tem quase meio século, é referência mundial e oferece 47 imunobiológicos. Mas lamentou que a cobertura vacinal infantil voltou ao patamar de 1987. "Tem que voltar ao centro da discussão", cobrou Marlene.
Mas este não é o único problema no horizonte da saúde brasileira no curto prazo, que terá de ser enfrentado pelo governo que se inicia em 1º de janeiro de 2023.
Humberto Costa chamou a atenção para uma demanda reprimida de consultas, atendimentos e tratamentos que deixaram de ser executados por causa da crise sanitária provocada pela covid-19.
"São milhões de pessoas que, na pandemia, tiveram que abdicar de suas consultas, seus exames, porque os hospitais estavam voltados ao tratamento dos pacientes de covid", lembrou, acrescentando que o isolamento social que foi necessário ser feito no primeiro momento da pandemia afastou os pacientes de suas rotinas médicas. Costa assegurou que haverá "um grande mutirão" do futuro governo para diminuir esse passivo.
O senador ressaltou, porém, que esse esforço não poderá ficar somente sobre os ombros da administração pública. Ele deixou claro que a iniciativa privada terá de participar desse processo, como fornecedora de insumos e tecnologias.
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TV ANHANGUERA
Médico alerta para a prevenção ao câncer de pele
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUE
Favorita para o Ministério da Saúde, Nísia Lima é tida como boa gestora e hábil no diálogo
OS’s deve ter qualificação mínima de três anos
Caiado recebe alta hospitalar após 7 dias internado
Goiás confirma mais de 4 mil casos de covid-19 em 24 horas
Organização alerta para risco de tratamento oftalmológico no SUS
PISO SALARIAL ENFERMAGEM: medida para REVOGAR a SUSPENSÃO do PISO é enviado ao STF; Entenda atual situação do REAJUSTE
FOLHA DE S.PAULO
Favorita para o Ministério da Saúde, Nísia Lima é tida como boa gestora e hábil no diálogo
Favorita para assumir o Ministério da Saúde no novo governo, a socióloga Nísia Trindade Lima, 64, será a primeira mulher a ocupar o cargo em quase 40 anos de história da pasta caso sua indicação de fato seja confirmada. Ela assumiria em um momento em que o SUS enfrenta um desmonte histórico, com perda de recursos, queda na cobertura vacinal e falta de coordenação com estados e municípios.
O nome da socióloga é tido como unanimidade no meio da saúde e também é o preferido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas a pasta é alvo de uma disputa política. Conforme divulgado pelo site UOL, o presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL) teria condicionado a aprovação da PEC da Transição ao direito de indicar o comando do Ministério da Saúde.
A reportagem apurou que Lula estaria irredutível na decisão de indicar Nísia.
Diante do impasse, nesta quarta (14), a Frente pela Vida, composta por entidades da sociedade civil, divulgou nota reforçando o estado de precariedade que se encontra a pasta da Saúde e da necessidade de que ela seja presidida por uma pessoa conhecedora do SUS, sem conflitos de interesses, capaz de evitar qualquer barganha política com posições no Ministério da Saúde.
Graduada em ciências sociais, mestre em ciência política, doutora em sociologia, Nísia assumiu a presidência da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em 2017, cumprindo atualmente o segundo mandato. Ela é servidora da fundação desde 1987.
Eleita com 60% dos votos de trabalhadores, pesquisadores e professores da Fiocruz, foi a primeira mulher a presidir a centenária instituição, referência em ciência, saúde pública e tecnologia em saúde da América Latina.
À época, chegou a ser preterida pelo governo de Michel Temer (MDB), que optou pela segunda colocada, a pesquisadora Tania Araújo-Jorge, com 40% das intenções. Após pressão e revolta da comunidade científica, profissionais da saúde e movimentos sociais, o então ministro da Saúde, Ricardo Barros, voltou atrás e empossou a socióloga.
Em novembro de 2020, Nísia foi reeleita para o cargo, após uma disputa em que grupos bolsonaristas fizeram campanha para Florio Polonini Junior, que é contador e ligado à área administrativa da fundação, e não à de pesquisa.
Porém, como Polonini Junior teve baixa votação e ficou de fora da lista tríplice encaminhada para o governo federal, Nísia foi reconduzida ao cargo. Ela é pesquisadora de produtividade de nível superior do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e autora de artigos e livros sobre sobre as cisões entre o Brasil urbano e o rural.
Sob sua administração, a Fiocruz fez parcerias internacionais para a fabricação de medicamentos e vacinas durante a pandemia- a mais importante foi com a Oxford/AstraZeneca para a produção nacional do imunizante contra Covid, que envolveu transferência de tecnologia.
Mas a sua gestão enfrentou questionamentos sobre o atraso na entrega de vacinas. Em 2021, o Ministério Público Federal investigou suposta falta de transparência nas informações sobre a produção dos imunizantes e a quantidade de matéria-prima para fabricá-los.
Em resposta, a Fiocruz atribuiu os problemas aos atrasos no recebimento de lotes de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), matéria-prima para produção da vacina. Citou também dificuldades de obter uma licença obrigatória de exportação da China para envio do material para o Brasil, e o fato de o IFA ter sido solicitado, em caráter de urgência, por inúmeros países do mundo, o que poderia acarretar eventuais atrasos em seu recebimento.
A socióloga também teve atuação firme em favor da saúde e da ciência e se posicionou contra medidas negacionistas do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao mesmo tempo, Nísia se destacou por sua habilidade de diálogo, o que permitiu que ela continuasse no cargo.
Não poderia ter nome melhor. Ela se mostrou uma excelente gestora da Fiocruz nesses anos tão duros, de tanto negacionismo, de redução de direitos sociais e de desprezo pela ciência por parte do governo federal, afirma a pesquisadora da Fiocruz Ligia Giovanella.
Professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Ligia Bahia diz que Nísia, além de uma intelectual com muitas publicações no campo das ciências sociais, se revelou uma ótima administradora.
Durante pandemia, ela teve que lidar com quatro ministros da Saúde e com as forças políticas do governo Bolsonaro. É uma pessoa mais do que testada na capacidade de diálogo, inclusive em situações muito adversas.
E não serão poucas as situações adversas pela frente. A equipe de transição tem afirmado que o cenário é de caos na saúde. A equipe quer um reforço de R$ 22,7 bilhões no orçamento do próximo ano. O valor serviria para investimentos em medicamentos, vacinas e garantir o funcionamento do SUS.
Bolsonaro enviou a proposta de Orçamento para 2023 com previsão de corte de 42% nas verbas discricionárias do Ministério da Saúde, usadas na compra de materiais, equipamentos e para investimentos.
No mercado privado de saúde, a capacidade de diálogo de Nísia também é citada como ponto positivo, segundo Antonio Brito, presidente executivo da Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados), que reúne os hospitais privados de ponta no país.
Há uma avaliação generalizada de que a doutora Nísia é uma pessoa preparada e muito afeita ao diálogo. São exatamente essas duas coisas que o ministério vai precisar: uma gestão técnica e muito competente em dialogar com todos os segmentos.
Para Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), a indicação seria interessante para o mercado farmacêutico. [Durante a pandemia] Ela entendeu que é muito melhor ter processos de transferência de tecnologia do que simplesmente editar decretos de licenciamentos compulsórios.
O debate sobre quebra de patentes surgiu da dificuldade em aumentar a oferta de medicamentos e imunizantes necessários para a prevenção e o tratamento da Covid-19.
Em abril de 2021, durante reunião da comissão da Covid-19 no Senado, Nísia defendeu uma revisão da lei de propriedade intelectual e o uso de mecanismos de licença compulsória de medicamentos em áreas nas quais há monopólios e prejuízo do acesso.
Na condição de anonimato, outros atores do mercado privado da saúde relatam um receio de que Nísia, uma vez ministra, acabe cedendo à ala mais radical do SUS, priorizando pautas dos laboratórios estatais em detrimento dos privados, por exemplo.
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JORNAL OPÇÃO
OS’s deve ter qualificação mínima de três anos
Deputado relator alterou a exigência de 5 anos para 3 anos de atuação na área; atualmente, são 2 anos
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, nesta quarta-feira, 14, por unanimidade, o projeto da governadoria que torna mais rígida as regras de qualificação e seleção de organizações sociais (OS’s) que vão atuar na Saúde em Goiás.
O relator do PL na comissão, deputado Talles Barreto (UB), justificou a mudança para 3 anos da exigência de prestação de serviços em saúde das instituições. A proposta do governo era a mudança para 5 anos. Atualmente, o prazo mínimo era de 2 anos. “Era 5, mas para que mais empresas possam estar participando, que é o objetivo do governo, passamos para 3”, afirmou. “Uma empresa que tem três anos, ela já está preparada para poder assumir novas outras. Então foi uma ponderação que fizemos”, emendou.
O secretário de Estado da Saúde (SES-GO), Sérgio Vencio, explicou a alteração de dois para cinco anos, como um impedimento a “organizações sociais sem experiência se candidatem em uma área que exige conhecimento e competência técnica”. O secretário comenta ainda que o modelo de OS’s é recente e por isso é preciso aperfeiçoar os mecanismos de fiscalização. “Ao longo desses anos a SES adquiriu experiência para propor coisas diferentes. É como se pegássemos um carro e agora lançássemos de um modelo mais adequado”, explicou.
Acerca da experiência do quadro diretivo na área de saúde, Barreto reforçou a necessidade dessa regra. “Antigamente, o ‘cara’ comprava uma ‘OS’ e contratava para o corpo técnico diretor de hospital. Agora, não, ela tem que ser uma entidade específica de saúde”, destacou.
O deputado justificou que para evitar um “colapso” na prestação de serviços na saúde, as entidades com contrato em vigor estão resguardadas pela os critérios anteriores. “As entidades já qualificadas como organizações sociais no âmbito do estado de Goiás, na época de vigência da lei, 15.305/2005, com o contrato de gestão vigente fica resguardada a manutenção da referida contratação, não lhe sendo exigida os requisitos desta lei, até o encerramento da contração em vigor, exceto para novas seleções”, observou.
Os próximos passos da tramitação do PL é passar por duas votações do plenário e seguir para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).
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O HOJE
Caiado recebe alta hospitalar após 7 dias internado
Governador permanece em São Paulo nos próximos dias por recomendação médica
O governador Ronaldo Caiado (UB) recebeu alta nesta quarta-feira (14/12), de acordo com o boletim médico divulgado pelo Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
O documento informa que o governador se recuperou completamente, encontra-se em plenas condições clínicas e permanecerá em São Paulo nos próximos dias por recomendação médica.
Caiado passou por uma cirurgia de revascularização do miocárdio, no último dia 8, marcada após a realização de exames de rotina.
Ponte de safena
O procedimento para revascularização do miocárdio é conhecido como ponte de safena. Segundo o hospital, Caiado foi internado no último domingo (4/12) após um quadro recorrente de palpitações.
A equipe médica responsável pela saúde do político é coordenada pela cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar.
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A REDAÇÃO
Goiás confirma mais de 4 mil casos de covid-19 em 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 4.470 novos casos de covid-19 e 9 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os dados constam no boletim publicado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) desta quarta-feira (14/12). Com as atualizações, o território goiano já contabiliza 1.767.414 infecções pelo vírus e 27.668 óbitos confirmados.
Além disso, outros 909.326 casos e 27.668 mortes são apuradas pela Saúde para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 1,57%.
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PORTAL TERRA
Organização alerta para risco de tratamento oftalmológico no SUS
Ministério da Saúde quer incluir o bevacizumabe no tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade. Retina Brasil afirma que medicamento não é aprovado pela Anvisa para uso nos olhos.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) pode causar cegueira. Foto: blog Vencer Limites.
A organização não governamental Retina Brasil manifestou preocupação com uma proposta de atualização no Protocolo de Tratamento (PCDT) da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) que inclui o medicamento bevacizumabe no tratamento liberado no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com mais de 60 anos.
"O bevacizumabe é um fármaco não aprovado para fins oftalmológicos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas mesmo assim vem sendo usado para tratar DMRI úmida, tendo que ser fracionado por estar em ampola de 4 mL. O PCDT informa sobre a possibilidade de complicação advinda do fracionamento da medicação, referindo-se à contaminação ou à redução de sua efetividade após o fracionamento (p. 28 do PCDT)", diz a ONG.
O protocolo já recomenda o uso de ranibizumabe e aflibercepte. A instituição elogiou a proposta de ampliação do tratamento, mas chamou a atenção para riscos e efeitos adversos aos pacientes com o fracionamento do bevacizumabe.
"Ainda que o PCDT conclua (pag. 30) que os três medicamentos são seguros para tratar a DMRI neovascular, também recomenda que sejam seguidas normas adequadas no fracionamento para manter a composição do medicamento", diz a Retina Brasil.
"Recebemos com grande satisfação a elaboração deste PCDT , incluindo os pacientes no tratamento desta patologia que leva à perda da visão. Essa é uma medida muito esperada. É importante que o SUS trate os pacientes com DMRI neovascular. A introdução de medicamentos na saúde pública é essencial para que não haja desigualdade no tratamento entre o setor público e privado", completou a organização.
A consulta pública SCTIE nº 54/2022 - PCDT da Degeneração Macular Relacionada com a Idade (forma neovascular), feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) do Ministério da Saúde, foi encerrada no último dia 9 de setembro, mas os resultados ainda não foram divulgados.
"A expectativa é de uma manifestação apenas no mês que vem, em nova reunião da Conitec. Os pacientes estão no aguardo do resultado para saber como ficará o PCDT, para que os centros disponibilizem os tratamentos", comentou a Retina Brasil.
Questionado pelo blog Vencer Limites sobre os motivos da inclusão do bevacizumabe no tratamento da DMRI, o Ministério da Saúde respondeu em nota.
"O Ministério da Saúde informa que a atualização do texto passou por consulta pública e seguirá para avaliação final da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). O novo texto contempla a recomendação do bevacizumabe para o tratamento da doença, medicamento já preconizado na versão do protocolo publicada em 2018. A autorização de uso excepcional do medicamento para o tratamento da doença foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após avaliação que comprovou eficácia e segurança do bevacizumabe no tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)", diz a nota.
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TV JORNAL ONLINE
PISO SALARIAL ENFERMAGEM: medida para REVOGAR a SUSPENSÃO do PISO é enviado ao STF; Entenda atual situação do REAJUSTE
Foi protocolado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), nessa terça-feira (6), um ofício para reforçar a importância do piso salarial da enfermagem, suspenso desde 4 de setembro diante da falta de fontes de custeio para financiar o reajuste.
O documento foi enviado pelo senador Fabiano Contarato (PT/ES). Recentemente, o parlamentar reuniu-se com os representantes da equipe de transição do governo Lula para tratar da liberação reajuste para 2023.
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Endereçado à presidente Rosa Weber e a Barroso, o texto solicita ainda uma audiência para tratar da revogação da medida e garantia dos direito dos enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares e parteiras.
"Reforço meu compromisso para garantir a efetivação do piso da Enfermagem. Essa é uma luta de mais de 30 anos desses profissionais, que passaram pela pandemia pagando com a própria vida para nos proteger", afirmou o senador.
FUNÇÃO PISO SALARIAL ENFERMEIROS R$ 4.750,00 TÉCNICOS DE ENFERMAGEM R$ 3.325,00 AUXILIARES DE ENFERMAGEM E PARTEIRAS R$ 2.375,00
QUANDO O PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM SERÁ PAGO?
Apesar de várias propostas estarem em tramitação no Senado Federal e na Câmara dos Deputados a fim de encontrar soluções orçamentárias, ainda não há um prazo definitivo para a aplicação do piso salarial da enfermagem.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg e Faculdade Ceafi abrem inscrições para o vestibular 2023/1 de Gestão Hospitalar
Escrito por Administrador
A Faculdade Ceafi está com inscrições abertas para o vestibular 2023/1 do curso de graduação em Gestão Hospitalar, promovido em parceria com a Ahpaceg.
No formato 100% presencial, o curso terá com aulas em Goiânia, incluindo atividades práticas em hospitais.
A duração é de três anos e a previsão do início das aulas é 6 de fevereiro de 2023.
O curso busca capacitar os alunos para procedimentos gerenciais; propiciar conhecimentos dos principais métodos em gestão hospitalar, com o desenvolvimento em modernas técnicas de planejamento, programação, controle e avaliação, incluindo a qualidade total e a acreditação empresarial; além de desenvolver competências que permitam identificar soluções para problemas que afligem a área empresarial e definir novas metodologias para estratégias em gestão hospitalar.
Clique aqui e saiba mais: https://ceafi.edu.br/curso/gestao-hospitalar/
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Em audiência sobre regulação futura de planos coletivos, Idee sugere limitar reajuste anual
Brasil vive explosão de casos de dengue em 2022; ano pode terminar com recorde de mortes pela doença
Com atual efetivo, auditorias no Farmácia Popular demorariam 20 anos
Governo envia para Alego projeto para modificar regras de qualificação e atuação das OS’s
Rastreamento de câncer: médico explica o conceito da prática realizada por Anitta
Câmara conclui votação de proposta que conceitua prática de telessaúde
Artigo - Área da saúde precisa se preocupar com a proteção de dados pessoais
Dezembro Verde para a conscientização sobre a paralisia cerebral não deve ser esquecido
O ESTADO DE S.PAULO
Em audiência sobre regulação futura de planos coletivos, Idee sugere limitar reajuste anual
_O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idee) encaminhou nota técnica à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para a audiência pública sobre a Agenda Regulatória de 2023 a 2025.0 objetivo é reduzir as queixas dos consumidores em relação aos convênios. Para isso, sugere-se por exemplo a limitação de reajuste anual dos planos coletivos e a proibição do cancelamento. Em 2022 a área de Relacionamento do Idee recebeu 42 consultas sobre reajustes de planos.
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PORTAL G1
Brasil vive explosão de casos de dengue em 2022; ano pode terminar com recorde de mortes pela doença
Total de mortes por dengue em 2022 já é maior do que o registrado nos últimos seis anos. Até a primeira semana de dezembro, 978 óbitos foram confirmados e mais de 1,4 milhão de casos registrados.
O Brasil registrou 978 mortes por dengue em 2022. O total acumulado neste ano até 5 de dezembro já supera o verificado em cada um dos últimos seis anos. O número é um alerta para uma nova epidemia da doença, que vem atingindo todas as regiões e deve se manter nos primeiros meses de 2023.
Além das 978 mortes por dengue confirmadas, outras 98 estão em investigação, segundo o boletim epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde
Número tão alto assim só foi registrado em 2015, quando 986 pessoas morreram de dengue no Brasil.
Até o momento, o número de mortes aumentou 400% em 2022 em relação ao total de 2021;
Os casos de dengue saltaram 172,4% no comparativo entre o mesmo período de 2021 e 2022.
Se confirmadas as projeções, 2022 pode terminar como o ano mais mortal para a dengue no Brasil: o número de mortes pode ultrapassar 1 mil, algo nunca visto desde a década de 1980, quando a doença 'ressurgiu' no país e começou a ser mais frequente, com ciclos de maior e menor intensidade.
"A gente nunca passou dos mil mortos e com certeza vai passar", projeta o infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
De acordo com o médico, nos últimos anos, as maiores epidemias de dengue no Brasil aconteceram em 2015, 2016 e 2019, além de 2022, que já garantiu o lugar nessa lista antes mesmo de terminar.
Os dados parciais apontam para 1,4 milhão de casos prováveis de dengue no Brasil em 2022, de acordo com o boletim do Ministério da Saúde - em todo o ano de 2021, 544 mil foram infectados.
Antes vista com mais força em regiões quentes e úmidas, desta vez a dengue decidiu se concentrar também em áreas que antes registravam pouca ou nenhuma incidência de infecções pelo vírus, que é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.
"Em Santa Catarina, por exemplo. Joinville e Blumenau, que nunca tiveram dengue, neste ano estão tendo uma grande epidemia desde o primeiro semestre", afirma o médico infectologista.
Joinville, localizada no norte catarinense, é a quarta cidade do Brasil com maior número de casos de dengue neste ano. Confira a lista dos 10 municípios com mais casos prováveis de dengue (até 5 de dezembro):
Brasília (DF): 67.274 casos;
Goiânia (GO): 53.796;
Aparecida de Goiânia (GO): 25.138;
Joinville (SC): 21.406;
Araraquara (SP): 21.017;
São José do Rio Preto (SP): 19.927;
Fortaleza (CE): 19.037;
Anápolis (GO); 17.144;
Natal (RN): 15.403;
Teresina (PI): 15.033;
O que está por trás da epidemia de 2022
Períodos chuvosos, principalmente no verão, aliados à diminuição da percepção de risco para a dengue, são apontados como os principais motivos que levaram à alta nos casos e mortes nesse ano.
Com a chuva, aumentam os riscos de água parada. É o cenário perfeito para que o Aedes aegypti se reproduza.
O infectologista Alexandre Naime Barbosa também cita a falta de políticas públicas para orientar e incentivar à população a combater a dengue.
"Para você controlar a dengue, você precisa controlar o vetor. Para controlar o vetor, você precisa da colaboração da população e de ações públicas. As ações nos municípios foram bastante diminuídas por conta da pandemia, como os 'fumacê' e as visitas dos agentes de saúde e de endemias", diz Barbosa.
O principal vetor da dengue é mosquito Aedes aegypti. O vírus é transmitido para humanos por meio da picada da fêmea do mosquito infectado. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito e, assim, evitar que ele se prolifere.
""As pessoas esqueceram que a dengue mata. Se esqueceu tudo aquilo que estava se falando da dengue, de não criar o mosquito e, além disso, faltou uma campanha do Ministério da Saúde", diz Barbosa.
Como a previsão aponta para novamente um verão chuvoso no Brasil, a tendência, segundo o especialista, é de que a dengue siga em alta pelo menos até meados de abril de 2023.
"Nós vivemos em um caldeirão de doenças infecciosas. A gente tem que ficar em alerta sempre", resume o infectologista.
O que é essencial saber sobre a dengue:
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado e possui quatro sorotipos diferentes - todos podem causar as diferentes formas da doença;
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte;
Os principais sintomas são: febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas;
A dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, é mais comum quando a pessoa contrai o vírus pela segunda vez;
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento;
Como evitar a dengue? O mais importante é não deixar água parada e acumulando por aí: o mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta;
E a vacina? Por enquanto, há somente um imunizante disponível no Brasil, mas apenas no mercado privado e com restrições de uso. Ele só pode ser aplicado em quem já teve contato com o vírus da dengue, justamente para evitar uma nova infecção e a dengue hemorrágica.
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METROPOLES
Com atual efetivo, auditorias no Farmácia Popular demorariam 20 anos
Custo para zerar passivos existentes no Farmácia Popular superaria R$ 130 milhões, alerta a Auditoria Nacional do Sistema Único de Saúde
Alvo de cortes de verbas, o programa Farmácia Popular distribui remédios gratuitos ou com valor reduzido para tratamento de diversas doenças como diabetes e hipertensão. Além de pouco orçamento, a iniciativa sofre com outro grande obstáculo: um passivo de 2.227 processos de suspeita de fraude a serem auditados por uma equipe limitada.
Com o atual efetivo de servidores, que conseguem auditar, em média, 100 processos relacionados ao programa por ano, o tempo necessário para zerar o passivo ultrapassa 20 anos. É o que revela relatório produzido pela Auditoria Nacional do Sistema Único de Saúde (AudSUS) em parceria com o Instituto Cuida Brasil. Nesta semana, o documento será entregue à equipe de transição do governo eleito junto ao estudo que apontou defasagem de 174% na verba do Farmácia Popular.
João Paulo Martins Viana, diretor de comunicação do Sindicato dos Servidores do Sistema Nacional de Auditoria do SUS (Unasus Sindical), ressalta que o custo para auditar os processos parados ultrapassa R$ 130 milhões, levando em consideração “a atual metodologia para realizar auditoria, aos custos da realização de uma auditoria, o tempo da sua execução, e a quantidade de servidor existentes na AudSUS”.
Ele destaca que um impasse criado em 2017 entre o Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) e o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus, atual AudSUS) do Ministério da Saúde sobre a responsabilidade de realizar os procedimentos “corroborou substancialmente para aumentar a quantidade de auditorias com demandas judiciais”.
“Há um acúmulo de serviço e de prejuízo financeiro para o governo federal, bem como, para o usuário do SUS que utiliza o programa, já que as farmácias do programa Farmácia Popular ficam suspensas para fins de monitoramento e só poderão dispensar medicamentos após a realização do monitoramento e/ou auditoria finalizada, que atualmente demoram mais de 3 anos para serem iniciadas”, explica.
“A maior vulnerabilidade atual para realizar com tempestividade as auditoria no programa é o quadro reduzido de servidores da AudSUS”, diz Viana. Os auditores da organização são responsáveis por fiscalizar todas as áreas do Sistema Único de Saúde como atenção primária, secundária e terciária, além das demandas internas do Ministério da Saúde e do Conselho de Saúde e externas como do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Eleitoral (MPE), Controladoria-Geral da União (CGU), Controladoria-Geral dos Estados (CGE), Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal de Contas dos Estados (TCE).
Para Gustavo Pires, secretário-executivo do Instituto Cuida Brasil, o Farmácia Popular tem sido alvo de um desmonte e a grande fila de processos a serem auditados impossibilita a investigação de possíveis irregularidades e que, caso comprovadas, estas sejam punidas e tenham a verba recomposta. “Ter recursos e não chegar a quem precisa é o mesmo que não ter. O Farmácia Popular precisa de mais dinheiro, mas também precisa que esse dinheiro seja fiscalizado para que não se perca no caminho”, destaca.
Informatização do processo
Em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Lais/UFRN), a AudSUS desenvolveu o Procedimento de Análise Informatizada (PAI) do programa Farmácia Popular, ainda em fase de testes. A ferramenta dá mais celeridade às análises ao cruzar as informações com uso de inteligência artificial. “Muito mais rápido e ágil que a metodologia anteriormente utilizada, feita de forma manual e muito trabalhosa”, pontua Viana.
Para o auditor, o procedimento mostra que “com pouco investimento financeiro na área de controle e auditoria, se comparado ao valor financeiro dispendido pelo Farmácia Popular, consegue-se ter um bom avanço e resultado na contenção dos prejuízos ocasionados”. Além da implementação da plataforma, ele aponta como indispensável a criação da carreira de Auditor Federal do SUS para que seja possível fazer um concurso específico para a área, com o objetivo de “suplantar o quadro deficitário de servidores existente”.
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JORNAL OPÇÃO
Governo envia para Alego projeto para modificar regras de qualificação e atuação das OS’s
Secretaria de Estado da Saúde entende que fiscalização e contratação serão melhor controladas
Novo projeto de lei, de autoria do governo estadual, propõe alterar regras para contratação e atuação de organizações sociais (OS’s) para atuar nas unidades de saúde estaduais. De acordo com a proposta, o objetivo é proporcionar maior eficiência e qualidade no atendimento à população. O ofício foi encaminhado ao presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira e assinado nessa segunda-feira, 12.
A proposta altera mecanismos da Lei estadual n. 15.503/2005, como a comprovação de no mínimo 5 anos de atuação no setor de saúde. Além disso, que na constituição da organização conste como natureza social os objetivos específicos para a área, o que atualmente não é obrigatório. Outra exigência é em relação a avaliação de capacidade técnica que será realizada por meio de qualificação do corpo técnico e diretivo da entidade.
O documento descreve a alteração na legislação como marco legal para estabelecer os requisitos de qualificação e chamamento das ‘OSs’ que atuam em Goiás. “A medida se faz necessária dadas as especificidades desse campo, que demanda controle mais efetivo dos requisitos necessários à qualificação das entidades, bem como critérios particulares para o acompanhamento do contrato de gestão de unidades de saúde, também para o controle das metas e dos objetivos especificados no ajuste firmado com a administração pública”, cita trecho do ofício.
De acordo com o novo texto, durante o processo de seleção, o plano de trabalho proposto pela organização terá que estipular as metas a serem atingidas. Além de prazos de execução, previsão de critérios objetivos e avaliação de desempenho a serem utilizados Para tanto, serão necessários indicadores de qualidade e produtividade. Bem como apresentar limites e os critérios para custeios com a remuneração para dirigentes e empregados “Espera-se ganho de eficiência na fiscalização da execução do contrato de gestão com a ‘OSS’”, destaca o documento.
Pela proposta, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) terá maior participação no processo seletivo das organizações sociais. Com o contrato de gestão regido a partir de minuta padrão elaborada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), observando os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência e da economicidade.
Outras propostas
Os deputados já aprovaram na semana passada a alteração do prazo de vigência para ‘OSs’ no Estado. A proposta do governo passou o período de 12 para 24 anos, beneficiando entidades com contratos vencendo em 2023 e 2024. Dentre as quais: Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), a Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir) e o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (IdTech).
Passou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alego o projeto de lei, de autoria do deputado Talles Barreto (UB), que altera a lei 15.503/2005. Na proposta, obriga que as instituições apenas possam contratar profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares) pelo regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo resguardado todos os direitos trabalhistas. A matéria teve pedido de vista da deputada delegada Adriana Accorsi (PT).
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ISTOÉ ONLINE
Rastreamento de câncer: médico explica o conceito da prática realizada por Anitta
Anitta preocupou o público na última semana, após ser internada e cancelar seu show na 'Farofa da Gkay', por complicações no pulmão e no pâncreas, como exposto por ela. Contudo, embora a artista não tenha revelado seu diagnóstico, uma fonte declarou ao Portal IstoÉ que a cantora passaria por um rastreamento oncológico, a fim de investigar um possível câncer. Mas afinal, o que é isso?
Luiz Henrique Araújo, diretor regional de oncologia da Dasa, no Rio de Janeiro, distingue o rastreamento da prevenção do câncer. Conforme o médico, a segunda prática trata-se da atenção ao estilo de vida, a fim de evitar o surgimento de quaisquer tipos da doença. Para isso, é necessário manter uma dieta balanceada - rica em alimentos naturais - e praticar esportes e exercícios físicos, além de evitar hábitos como tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
"Já o rastreamento é para conseguir atingir o diagnóstico precoce do câncer. ( ) É a prevenção secundária, ou seja, caso venha a ter algum tipo, que você seja diagnosticada precocemente - em estágios um ou dois, quando a curabilidade geralmente é muito alta, acima de 90%", explica o especialista.
Ainda conforme Luiz Henrique, existem várias recomendações de Sociedades médicas como Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre outros órgãos públicos ou sociedades privadas, para o rastreamento do câncer, que variam conforme o local da doença, idade e histórico familiar.
Por não ter acesso ao diagnóstico de Anitta, Luiz prefere não comentar o caso. No entanto, lista alguns dos principais métodos de rastreamento de câncer feminino, que podem ser realizados por qualquer mulher, conforme a encaminhamento médico individual; veja:
Câncer de mama : "Geralmente o rastreamento desse tipo de câncer é feito com mamografia anual, principalmente a partir dos 50 anos. ( ) Isso tem que ser individualizado e pode ser conversado com o médico ginecologista ou mastologista, de acordo com o risco familiar, pois em alguns casos você tem que começar mais cedo esse rastreamento";
Câncer de cólon : "Para esse, temos a colonoscopia , recomendada a partir dos 50 anos por várias Sociedades, entretanto, essa faixa etária está diminuindo para a partir dos 45 anos. Para quem tem exames normais, a colonoscopia é repetida a cada 5 anos. Na verdade, o grande objetivo do exame é encontrar pólipos ainda benignos ou potencialmente malignos e, dessa forma, evitar o surgimento de um câncer, de fato";
Câncer de pulmão : "Também já existe rastreamento - a tomografia de tórax anual de baixa dose, feita dos 55 aos 75 ou 80 anos, de acordo com a Sociedade, anualmente para pacientes fumantes ou ex-fumantes";
Câncer de colo de útero: "Temos a vacina HPV para meninos e meninas na infância, para evitar o surgimento do câncer de colo de útero. No entanto, ainda assim, é recomendado que as mulheres façam acompanhamento regular com o ginecologista e o exame de papanicolau regular também".
A Dasa, que desde 2020 tem uma unidade especializada de assistência à oncologia, destaca a estimativa do câncer como a maior causa de morte no Brasil, a partir de 2027, ultrapassando as doenças cardiovasculares. Por isso, a rede encoraja a atenção com a saúde integral, a fim de prevenir essa e outras condições adversas.
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Câmara conclui votação de proposta que conceitua prática de telessaúde
A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira (13) a análise do projeto de lei que autoriza e conceitua a prática da telessaúde em todo o território nacional, abrangendo todas as profissões da área da saúde regulamentadas. A proposta segue para sanção presidencial.
Deputados aprovaram parcialmente as modificações à matéria proposta pelos senadores. O único dispositivo acatado inclui no Estatuto da Pessoa com Deficiência a determinação para que o Sistema Único de Saúde (SUS) desenvolva ações para a prevenção de deficiências por causas evitáveis por meio do aprimoramento do atendimento neonatal, com oferta de ações e serviços de prevenção de danos cerebrais e sequelas neurológicas em recém-nascidos, inclusive por telessaúde.
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O texto do relator, deputado Pedro Vilela (PSDB-AL), ampliou o alcance da prática de telessaúde, antes restrita aos médicos por meio da telemedicina. Com a extensão, será considerada telessaúde a modalidade de prestação de serviços de saúde à distância por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação.
Segundo o projeto, os atos do profissional de saúde praticados dessa forma terão validade em todo o território nacional e aquele que exercer a profissão em outra jurisdição exclusivamente por meio dessa modalidade não precisará de outra inscrição secundária ou complementar àquela do conselho de seu estado.
Para o efetivo exercício da prática, será obrigatório o registro, nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) dos estados em que estão sediadas, das empresas intermediadoras de serviços médicos.
Ao justificar o projeto, uma das autoras, deputada Adriana Ventura (Novo-SP) argumentou que a prática é realizada em países como Estados Unidos, Colômbia, Austrália, Reino Unido, Bangladesh, China, México, Noruega, Portugal. De acordo com a deputada, a medida vai ampliar o acesso, aumentar a qualidade e reduzir o custo dos serviços de saúde no Brasil.
"Sabe-se que o país, de dimensões continentais, conta hoje com apenas 47 milhões de usuários de saúde privada, deixando para o sistema público a acomodação de mais de 160 milhões de pessoas em meio a estruturas defasadas, insuficientes e de distribuição heterogênea, concentradas em grandes centros urbanos", afirmou.
Autonomia
A decisão sobre a utilização ou não da telessaúde está assegurada ao profissional da área, inclusive em relação à primeira consulta, ao atendimento ou ao procedimento, podendo optar pela utilização de atendimento presencial sempre que entender necessário. O paciente deve estar esclarecido e ter consentido a prática.
A fiscalização da prática será de competência dos conselhos federais das profissões envolvidas. De acordo com o texto, devem ser aplicados os padrões adotados para as modalidades de atendimento presencial.
Para o uso da telessaúde, o projeto estipula princípios a serem seguidos na prestação remota de serviços:
autonomia do profissional de saúde;
consentimento livre e informado do paciente;
direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde;
dignidade e valorização do profissional de saúde;
assistência segura e com qualidade ao paciente;
confidencialidade dos dados;
promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde;
observância estrita das atribuições legais de cada profissão; e
responsabilidade digital.
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DIÁRIO DO NORDESTE
Artigo - Área da saúde precisa se preocupar com a proteção de dados pessoais
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD (Lei nº 13.709/2018) afeta diferentes setores e serviços, seja no âmbito público ou privado, abrange desde compras on-line, redes sociais, a hospitais, bancos, corretores de seguros, escolas. O surgimento de uma nova economia no final do século XX, a qual possui como características ser informacional, global e em rede, demonstra e explica o porquê da matéria prima desta nova economia serem os dados . Neste novo cenário, no qual não temos mais fronteiras ou barreiras, as informações circulam livremente pela rede e os limites de acesso e até mesmo a finalidade de utilização destas informações abrigam uma invariável zona cinzenta.
No Brasil, outras leis já garantiam a proteção de dados, tais como a Constituição Federal de 1988, o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), a Lei de Acesso à Informação - LAI (Lei nº 12.527/2011) e o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), contudo, até 2018, a matéria não era normatizada em Lei específica. A modificação deste cenário se deu com o advento do Regulamento de Proteção de Dados Pessoais europeu - RGPD, o qual serviu de inspiração ao ordenamento jurídico brasileiro, que resultou na edição da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018).
Com a vigência da LGPD , vê-se que a tutela jurídica da privacidade ganhou ênfase, vez que a Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais tanto em meios físicos, quanto em meios digitais, seja este realizado por pessoa física ou jurídica, pública ou privada, com o objetivo de proteger direitos fundamentais de liberdade e privacidade.
A LGPD tem impactos em várias áreas, vez que todas as organizações lidam com dados pessoais, contudo, na área da saúde, a LGPD merece destaque, vez que os dados de saúde dos titules são considerados sensíveis. Conforme dados da Agência Nacional de Saúde (ANS) , no Brasil, os beneficiários da saúde suplementar ultrapassam 47,6 milhões, de acordo com o número mais recente, de dezembro de 2020, e foram realizados 1,62 bilhão de procedimentos em 2019, ficando evidente o enorme fluxo e volume de dados pessoais envolvidos. E isso sem contar o Sistema Único de Saúde , que também deverá se adequar às disposições da LGPD, já que as regras nela previstas também se aplicam ao Poder Público.
Ao mesmo tempo em que a tecnologia apresenta, através da Inteligência Artificial, ou de Big Data, por exemplo, novas ferramentas e geram facilidades a pacientes e profissionais de saúde, ela também estabelece novas responsabilidades.
Maria Zilá Passo é advogada
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AVENTURAS MATERNAS
Dezembro Verde para a conscientização sobre a paralisia cerebral não deve ser esquecido
A pandemia do coronavírus roubou completamente a atenção da população mundial, fazendo com que outras doenças ou condições sejam deixadas para o segundo plano. Nos últimos anos, dezembro ganhou a cor verde (Dezembro Verde) para conscientizar a sociedade sobre a importância de entender e aceitar as pessoas com paralisia cerebral. Em 2022, essa missão tão importante deve ter continuidade.
A paralisia cerebral (PC) é, por definição, uma lesão no cérebro em desenvolvimento que pode ter acontecido ainda no ventre materno, no nascimento ou após, até os dois anos de vida. Essa condição pode levar a alterações do movimento, da postura, do equilíbrio, da coordenação e do tônus muscular. As desordens motoras são geralmente acompanhadas por alterações na cognição, comunicação, comportamento, epilepsia e problemas musculares e ósseos.
Segundo o médico ortopedista pediátrico David Nordon, o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar com neurologista, pediatra, oftalmologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico, nutricionista, além do ortopedista são essenciais para a melhor qualidade de vida da criança com paralisia cerebral.
"A medicina avança e com ela os tratamentos que possibilitam mais bem-estar e qualidade de vida. Hoje temos terapias alternativas para o tratamento da espasticidade - aumento involuntário da contração muscular -, que compromete o movimento ao enrijecer qualquer músculo do corpo humano. Uma delas é a infiltração com a toxina botulínica, indicada para crianças pequenas ou casos mais leves de rigidez. O procedimento também permite perceber quais serão os efeitos da cirurgia, caso seja necessária. A toxina desativa a musculatura temporariamente. É como se tivéssemos feito a cirurgia sem fazer. No entanto, com a pandemia, muitos pacientes foram privados dos seus tratamentos, apresentando regressões. As cirurgias e aplicações de toxina botulínica também foram postergadas", lamenta Nordon.
"Há diversas técnicas complementares que ainda não têm comprovação de eficácia, como acupuntura ou vestimentas terapêuticas. Porém, a regra é: se não faz mal para a criança nem para o cuidador, pode tentar", afirma. Um exemplo, segundo o médico, é a equoterapia (terapia com cavalos), que auxilia, mas não pode ser feita por quem tem os quadris fora do lugar, pois causa dor.
As cirurgias ortopédicas também contribuem positivamente, principalmente quando realizadas para a melhora da contratura dos membros inferiores. O procedimento tem por finalidade promover benefícios funcionais e será colaborativo no sentido de diminuir os comprometimentos da espasticidade. "Intervenções cirúrgicas devem ser realizadas quando se esgotam as possibilidades de um tratamento menos invasivo aos pacientes. Na paralisia cerebral, nosso objetivo é melhorar a capacidade de a criança deambular (modo de caminhar) ou trazer mais conforto, tanto para a criança quanto para o cuidador", afirma Nordon.
O médico também alerta para a luxação do quadril em pacientes com PC, que acontece devido à contratura muscular dos quadris. "Crianças tetraplégicas espásticas (com musculatura rígida, sem movimento) são as que apresentam maior risco de luxação. A dor no quadril ocorre principalmente nos momentos de movimentação. A luxação na paralisia cerebral é um fator de grande preocupação, que merece atenção precoce e contínua", afirma Nordon.
No mundo existem aproximadamente 17 milhões de pessoas com paralisia cerebral e 350 milhões estão intimamente ligadas a uma criança ou um adulto com PC, os dados são do movimento internacional World Cerebral Palsy Day. No entanto, no Brasil, não há pesquisa recente sobre o cenário. A doença apresenta-se em distintas variações e está diretamente relacionada à extensão do dano neurológico: lesões mais extensas do cérebro tendem a causar quadros mais graves. Os diferentes graus de comprometimento motor e cognitivo podem levar a um leve acometimento com pequenos déficits neurológicos até a casos graves, com grandes restrições à mobilização e dificuldade de posicionamento em cadeira de rodas ou cama e comprometimento cognitivo associado.
"Olhar com reverência e entender a condição dessas pessoas é o primeiro passo para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. Não podemos nos esquecer de que a criança com paralisia também compreende o mundo e tem sentimentos. Por esse motivo, movimentos como o Dezembro Verde são bem-vindos e extremamente necessários. A pessoa com paralisia cerebral precisa de acompanhamento profissional e deve ser colocada em reabilitação o mais breve possível. A medicina faz a sua parte em pesquisas, estudos e desenvolvimento de novas terapias. Os pais, a sociedade e as autoridades governamentais devem também cumprir a sua parte", diz Nordon. Segundo ele, recentemente, na Holanda, teve início o desenvolvimento de um útero artificial para bebês que nascem muito prematuros, de 24 semanas. "Nos últimos anos, vimos uma mudança de padrão: as crianças têm paralisia cerebral porque conseguimos salvar as que nascem cedo demais, e a prematuridade tem seus custos. O útero artificial pode mudar isto", finaliza, de forma otimista, o ortopedista pediátrico.
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Assessoria de Comunicação
Pesquisa traz retrato dos Núcleos de Segurança do Paciente do país
Escrito por Administrador
Um retrato atual dos Núcleos de Segurança do Paciente, a partir de dados inéditos fornecidos por 400 serviços de saúde localizados nas cinco regiões do país, foi divulgado pela Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) com a pesquisa “Demografia dos Núcleos de Segurança do Paciente no Brasil”.
Os Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) foram criados pela Resolução da Anvisa RDC 36/2013, emitida logo após o lançamento do Programa Nacional de Segurança do Paciente. Os NSPs podem ser considerados a célula mater da segurança do paciente nas organizações de saúde brasileiras.
Para traçar o panorama, a Sobrasp utilizou dados próprios e dados secundários disponibilizados pela Anvisa, DataSUS e Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. O objetivo é trazer subsídios para o fortalecimento dos NSPs brasileiros, para políticas voltadas à área e para o fortalecimento do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
A pesquisa foi conduzida pela equipe do Núcleo de Informações Estratégicas da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e da Segurança do Paciente ao longo de 2022, e respondida por coordenadores de Núcleos de Segurança do Paciente das instituições ou diretores técnicos da unidade de saúde.
Dos 400 respondentes, 87,5% são núcleos de hospitais
Segundo Flávia Portugal, analista dos dados do estudo e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o número demonstra que, embora a Resolução da Anvisa RDC 36/2013 preconize a existência de núcleos de segurança do paciente em todos os serviços de saúde – público, privado, filantrópico, civil ou militar, ensino e pesquisa – ainda é preciso avançar na criação desses núcleos em outros cenários, por exemplo, na atenção primária, em maternidades e pronto-atendimentos.
“Eventos adversos que provocam danos aos pacientes ocorrem em qualquer serviço”, pontua. A professora também chama a atenção para uma contradição revelada pelas respostas:
A grande maioria (94%) diz receber apoio da alta gestão, porém…
- 32% não têm reuniões com a alta gestão;
- 59,8% não recebem recursos financeiros para suas ações;
- 52% dos núcleos não têm espaço físico para suas atividades;
- Em 61,5% deles, o profissional coordenador não tem dedicação exclusiva;
- Em 50,5% dos núcleos, os demais profissionais que compõem a equipe não têm horas dedicadas especificamente para as atividades do núcleo.
Segundo Antônio José de Lima Junior, membro do Núcleo de Informações Estratégicas da Sobrasp e chefe do Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do Hospital das Clínicas de Uberlândia, as análises estatísticas também mostraram que a proporção maior de um Plano de Segurança implantado – medida também preconizada pela RDC 36 – se deu nos serviços em que os profissionais têm horas semanais exclusivas dedicadas ao trabalho dos Núcleos de Segurança do Paciente, e onde os coordenadores dos núcleos estão há mais tempo nessa função, por exemplo.
“Ou seja, quanto mais longa a permanência na instituição, maior o conhecimento da sua estrutura e funcionamento e maior o envolvimento do profissional, possibilitando mais sucesso das iniciativas”, ressalta.
Todas as informações da pesquisa “Demografia dos Núcleos de Segurança do Paciente no Brasil” estão anonimizadas e protegidas no contexto da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Nenhum estabelecimento foi identificado.
(Fonte: Medicina S/A)