Administrador
CLIPPING AHPACEG 19/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Concentração no mercado de planos de saúde prejudica consumidor
Ludhmila Hajjar: 'Onda de picaretagem assola a medicina no Brasil'
Saúde de Goiânia usa IA para prever doenças cardíacas antes dos sintomas
Hospital oferece exame histopatológico de tumor de pele
PORTAL TERRA
Concentração no mercado de planos de saúde prejudica consumidor
José Inácio Gonzaga Franceschini
Tendência concentracionista das operadoras é uma preocupação crescente que requer atenção
O setor de planos e seguros de saúde no Brasil enfrenta um processo de concentração de mercado, com implicações significativas para a competição e clientes, em que grandes operadoras, as Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde (OPSs), estão adquirindo empresas menores e serviços de saúde. Esta dinâmica limita a variedade de escolhas disponíveis aos consumidores.
A competição é afetada pela horizontalidade das aquisições, no qual uma operadora de saúde compra outra, reduzindo o número de competidores. Já a verticalidade é caracterizada pela compra de clínicas e hospitais, o que permite que as operadoras exerçam controle total sobre seus serviços referenciados.
Na medida em que a integração vertical se viabiliza, a rede credenciada, ao mesmo tempo que teve seu acesso ao sistema claramente dificultado por múltiplas formas, passou a sofrer descredenciamento ou a enfrentar dificuldades como empecilhos a reembolsos de pacientes.
Criaram-se, assim, sérias barreiras para o ingresso de novos concorrentes no mercado. A obtenção de credenciamento se tornou altamente complexa e difícil. Aliás, este gargalo afronta claramente a livre iniciativa e o livre mercado.
Encontraram as operadoras em atuação aparentemente coordenada de cunho restritivo à concorrência, campo fértil para fraudes, como a indicação de procedimento cobrado diverso do realizado, não sendo este reembolsável.
Entretanto, a possibilidade de fraude não pode ser utilizada como desculpa para que as operadoras prejudiquem os estabelecimentos, inclusive os que trabalham licitamente.
Assim, as OPSs se aglutinaram, em geral sob o teto ou apoio de entidades de classe, para trocar informações de mercado fora do controle do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e estabelecer procedimentos uniformes e coordenados de atuação. Um efeito colateral particularmente pernicioso deste processo é a criação de uma espécie de "curral", em que profissionais de saúde e pequenos estabelecimentos recebem pagamentos insuficientes e são forçados a se submeter aos termos das operadoras para poderem oferecer seus serviços. Escapam desse torniquete, em parte, grandes hospitais e laboratórios, que têm poder de barganha para enfrentar o poder econômico das operadoras.
Este cenário sugere a necessidade de regulação e fiscalização mais efetiva. A tendência concentracionista das operadoras de planos de saúde é, portanto, uma preocupação crescente que requer atenção tanto dos órgãos reguladores e concorrenciais, quanto da sociedade civil para que não haja abuso de poder de mercado e deterioração da qualidade dos serviços prestados aos pacientes.
........................
PORTAL UOL
Ludhmila Hajjar: 'Onda de picaretagem assola a medicina no Brasil'
Conhecida por atender nomes que vão de Jair Bolsonaro e Dilma Rousseff a Anitta, a médica Ludhmila Hajjar disse que a "onda de picaretagem" que atinge a medicina no Brasil está relacionada ao aumento da formação de médicos sem vocação para a área. Em entrevista ao "Alt Tabet", no Canal UOL, a cardiologista frisou que esse não é um fenômeno exclusivo do país, mas de todo o mundo.
Hajjar afirmou haver "múltiplos fatores que culminaram nessa onda de picaretagem que hoje assola a medicina e a ciência". "Esse não é um fenômeno só brasileiro, é mundial. Mas o Brasil está vivendo o cúmulo disso".
Para a médica, a maior facilidade em se adquirir um diploma de medicina tem impacto nesse cenário porque há muitos profissionais preocupados apenas com o dinheiro, não com o paciente. "Não tenho dúvidas [disso] e eles estão por aí. Fico indignada. São pessoas que não têm talento nenhum, que não têm a vocação básica [para exercer a medicina] que é gostar de gente. E aí o que nos selecionava? Você tinha que estudar muito para passar em um vestibular que era difícil, mas houve uma tragédia no Brasil chamada proliferação indevida de faculdades de medicina. Hoje a gente só perde para a Índia, somos o segundo país no mundo em números de faculdades de medicina, a maioria é privada e de baixa qualidade".
Ludhmila destacou que muitas instituições não oferecem o básico para a formação do médico, sem professores adequados e hospital universitário. "[Forma] esse pseudomédico que não sabe nada e não faz prova de residência. É esse cara que vai estar no posto, na UPA, que vai atender um infarto, achar que é uma dor e passar um anti-inflamatório. É isso que nós estamos vivendo, o pior momento da formação médica no Brasil".
Ludhmila Hajjar, que foi sondada para ser ministra da saúde durante o governo Jair Bolsonaro (PL), admitiu não ter essa pretensão, mas ressaltou que já se imaginou no cargo. "Durante a pandemia de covid-19, com tudo que o Brasil estava vivendo, eu recebi um telefonema do presidente Bolsonaro, fui conversar, discutir, mas não havia confluência de ideias e eu não conseguiria trabalhar e fazer nada naquele governo. Naquele momento vivi aquela dúvida na minha cabeça. Hoje, nesse momento, eu não iria. Não digo que um dia não irei, mas se um dia eu for, vai ter que ser do jeito que eu acho que tem que ser. Eu vou lá para cuidar da saúde das pessoas, para atuar como atuo hoje, da maneira correta, como tem que ser, sem fazer política com a medicina".
A picaretagem médica piorou com a covid. As pessoas muito doentes, um país que virou a onda para o negacionismo e mostrou como a formação médica está terrível e superficial, porque os caras começaram a vender ozônio, utilizar terapias jamais comprovadas para doenças graves. Estamos vivendo um ciclo maldoso e a gente precisa acabar com isso.
Atendimento a Bolsonaro após o atentado em 2018 Hajjar explicou que participou da primeira cirurgia de Bolsonaro logo após a facada e que cuidou dele "nas horas mais críticas". "Cheguei em um momento em que o paciente já estava sendo operado. Participei do final da cirurgia, da chegada dele na UTI, cuidei dele nas horas mais críticas e, assim que ele estabilizou, houve necessidade de transferência para São Paulo. Eu cumpri a missão que me foi dada".
A médica também rechaçou as fake news divulgadas na época de que a facada seria uma invenção. "É uma tristeza fazer isso, porque nessas horas não há julgamentos: é um paciente que sofreu um atentado grave, que quase morreu e que até hoje sofre as complicações disso. É indiscutível que isso é uma maldade [as fake news], isso impera na nossa sociedade, não é só uma questão médica. São pessoas ruins que usam o sofrimento dos outros para fazer política, ideologia e isso realmente tem que ser combatido".
Planos para o maior hospital do país: 'Será o melhor do mundo' Hajjar contou que esse hospital, que ainda está no papel, "vai mudar a história da saúde desse país". "É um hospital que vai revolucionar os cuidados dos pacientes públicos do país e do mundo. Afirmo que vai ser um hospital inteligente, onde vamos alinhar tudo que há de inovação e tecnologia para atender pacientes do SUS".
Ludhmila explicou que é uma parceria que envolve os governos federal e do estado de São Paulo, além do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco dos Brics. "É uma parceria de múltiplas mãos, de iniciativa do Hospital das Clínicas, com o apoio do governo federal, investimento da construção do NDB e com o apoio do governo estadual".
.....................
A REDAÇÃO
Saúde de Goiânia usa IA para prever doenças cardíacas antes dos sintomas
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) começou a utilizar Inteligência Artificial (IA) para prever doenças cardiovasculares graves, como acidente cardiovascular cerebral (AVC) e infarto. Com o auxílio da ferramenta, a pasta identifica pacientes com mais de 60% de chances de desenvolver essas condições antes mesmo dos sintomas se manifestarem, o que permite intervenções preventivas no momento certo.
A iniciativa, que foi implementada inicialmente no Distrito Sanitário Oeste da capital, já demonstrou resultados promissores. Por meio da análise de prontuários, mais de 7 mil pessoas foram identificadas com algum nível de risco cardiovascular. Dentre esses, 546 pacientes foram classificados como de alto risco, recebendo prioridade no acesso aos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
"A utilização de algoritmos de predição e inteligência artificial nos permite identificar, de forma precoce, indivíduos que possuem maior probabilidade de desenvolver doenças cardíacas graves", afirmou o secretário de Saúde, Wilson Pollara. "Isso nos possibilita direcionar esforços para uma abordagem preventiva mais eficaz, reduzindo o impacto dessas condições na saúde da população", complementa.
Identificação e monitoramento
Após a identificação do paciente com alto risco de estar ou de desenvolver uma doença cardíaca, a secretaria passa para uma segunda etapa, ir até ele. Essa parte do trabalho é feita pelos agentes comunitários de saúde, por meio da busca ativa. O processo está no início, mas será gradativo, garantindo assim que as pessoas recebam o acompanhamento necessário.
"Esse agente de saúde visita os lares dentro de sua área de atuação e auxilia a família no preenchimento de duas fichas: uma domiciliar e outra, individual. Na ficha domiciliar, são registradas informações gerais, como as condições estruturais da residência, o número de moradores e o responsável financeiro. Já na ficha individual, são detalhados os hábitos de vida, padrões de alimentação, presença de comorbidades, doenças crônicas, entre outras informações relevantes para a saúde individual", explica a superintendente de Gestão de Rede da SMS, Cynara Mathias.
Em seguida, o paciente é agendado para uma consulta com o clínico geral. "A partir dessas consultas, precedidas por eletrocardiograma realizado na própria unidade de saúde, o clínico geral avalia o nível de risco, classificando-o como baixo, médio ou alto, e determina se é necessária uma atenção secundária ou terciária. Estamos estabelecendo uma linha de cuidados para monitorar de perto esses pacientes", diz Cynara.
Desafogamento
O secretário ressalta que os custos desse sistema preventivo são consideravelmente menores para os cofres públicos. "Ao tratar os pacientes com medidas clínicas antes de um eventual enfarto, evitamos a necessidade de procedimentos cirúrgicos", aponta. Além disso, Pollara acredita que essa iniciativa terá um impacto positivo no atendimento da rede de saúde, aliviando sua sobrecarga. "Os pacientes serão tratados de maneira mais simples nas unidades básicas, que possuem uma capacidade de atendimento significativamente maior", finaliza.
.........................
O HOJE
Hospital oferece exame histopatológico de tumor de pele
Tradicionalmente, paciente precisava esperar cerca de uma semana para receber o resultado
O Hospital de Câncer Francisco Camargo agora oferece exame histopatológico dentro do centro cirúrgico, trazendo um avanço no tratamento do câncer de pele.
Com ele, é possível, ainda durante a cirurgia, confirmar a presença de células cancerígenas no tecido retirado do paciente. A investigação permite saber, ainda, se as bordas e profundidade estão livres de células cancerígenas.
A novidade foi utilizada durante o evento “Dermatologia em Ação”, realizado na sexta, 14 de junho, que atendeu pacientes de 20 municípios de Goiás e Mato Grosso.
Das 8 da manhã às 9 da noite, uma equipe de 60 médicos atendeu cerca de 100 pacientes por meio de triagem e consultas de diagnóstico. No mesmo dia, o hospital fez 62 procedimentos cirúrgicos para retirada de tumor ou de lesões precursoras suspeitas.
“Tradicionalmente, o resultado deste exame só fica pronto de uma semana a 10 dias após a retirada do tumor e, agora, nós podemos ter esta informação durante a cirurgia”, explica o médico Wagner Miranda, diretor técnico do Hospital de Câncer Francisco Camargo.
Por fim, médico patologista Siderley Carneiro, responsável por conduzir os exames no dia da “Dermatologia em Ação”, explica que o Hospital de Câncer Francisco Camargo investiu em um método técnico de congelação por criostato, pouco utilizado em razão do custo e complexidade dentro de centros cirúrgicos em Goiás e no Brasil.
“São raríssimas as situações empregadas, e esse método técnico representa um benefício muito grande”, diz.
Exame histopatológico contribui a tratamento de tumor de pele
Assim também, a ação preventiva e curativa na área da dermatologia aconteceu na nova etapa do hospital, que possui centro cirúrgico com condições técnicas para a realização do exame histopatológico no intra operatório. O hospital inaugurou também uma nova área para realização dos exames de coloproctologia, endoscopia digestiva alta e broncoscopia.
“Muitos pacientes estavam com lesões de anos de evolução e ainda não conseguiram acesso ao diagnóstico e tratamento adequado. E este é o grande problema, pois o sucesso a todo tratamento do câncer está ligado à precocidade do atendimento. Por isso, esta ação é importante, sendo o nosso propósito contribuir com esta assistência”, diz.
Além disso, participaram do Dermatologia em Ação médicos das áreas de dermatologia, anestesiologia, cirurgia geral. Ao mesmo tempo, otorrinolaringologia, cirurgia plástica e patologia.
..................................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 18/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Indústria farmacêutica: uma perspectiva sobre programas de pacientes
Inteligência Artificial impulsiona modernização da infraestrutura de TI na saúde
Hospital Estadual de Águas Lindas é inaugurado com mais de 160 leitos após quase 20 anos em construção
Homem é preso com abortivos proibidos no Brasil, anabolizantes, remédios controlados e carimbos de médicos
“Questão de saúde pública”: Goiás realizou 23 abortos legais em 2024
SAÚDE BUSINESS
Indústria farmacêutica: uma perspectiva sobre programas de pacientes
Article-Indústria farmacêutica: uma perspectiva sobre programas de pacientes
Cassyano Correr*
A indústria farmacêutica é um dos pilares fundamentais da saúde global, fornecendo tratamentos essenciais que vão ao encontro de inúmeras doenças e condições médicas. Além do desenvolvimento e da comercialização de remédios, a implementação de programas de pacientes segue moldando tanto o futuro do setor quanto o atendimento na área.
Essas iniciativas, que visam oferecer suporte além do medicamento em si, têm sido peças fundamentais no que diz respeito ao cuidado holístico das pessoas. Atualmente, existem diferentes tipos de benefícios, construídos conforme as características dos pacientes, da indústria e de seus produtos:
Programas de acesso: O objetivo é reduzir as barreiras financeiras que impedem os indivíduos de iniciar ou continuar o tratamento. Ações desse tipo podem ajudar a mitigar disparidades, democratizando o acesso e fornecendo recursos e suporte específicos para as necessidades de pessoas que vivem em comunidades carentes, por exemplo.
Programas de fidelização: Incentivam a lealdade do consumidor por meio de benefícios adicionais. Podem incluir sistemas de recompensas (réguas de loyalty) que estimulam os pacientes a se manterem engajados com a marca ou o tratamento.
Programas de suporte em escala: Combinam acesso e lealdade com suporte ao longo da jornada clínica. Esses programas são mais tecnológicos, oferecendo pontos de contato humano quando necessário, operando numa escala um-para-muitos (1:n).
Programas de suporte individualizados: Focados em doenças raras ou medicamentos de alto custo, priorizam alto nível de suporte humano e relacionamento um-para-um (1:1). São essenciais para pacientes que necessitam de acompanhamento mais próximo devido à complexidade dos tratamentos.
Para se ter ideia, hoje, milhões de pessoas são atendidas por meio de algum PBM (Programa de Benefício de Medicamento) e diversos remédios são contemplados, entre genéricos, similares e de referência. Além disso, mais de 70 mil farmácias e drogarias em todo o país podem participar desse mercado e oferecer medicamentos e correlatos com valores muito mais acessíveis, e com grande desconto, dependendo do fornecedor.
Nesse contexto, as unidades que não aderem a programas que facilitam, sobretudo, a vida e o bem-estar da população, provavelmente já estão perdendo uma boa oportunidade de movimentar os negócios.
Obstáculos a superar
Mas, como nem tudo são flores, o setor também enfrenta desafios que exigem estratégias eficazes para garantir o sucesso das iniciativas. Expandir ainda mais os serviços agregados nas farmácias é um deles. Isso porque ainda há uma lacuna a ser preenchida para garantir que todas as comunidades tenham acesso a uma ampla gama de soluções de saúde. Assim, quanto mais unidades aderirem a esse progresso, mais os estabelecimentos fortalecerão o papel de parceiros essenciais no ecossistema farmacêutico.
Outra questão crucial diz respeito à integração tecnológica. Afinal, é preciso contar com recursos de ponta para melhorar o suporte ao paciente e a eficiência dos programas, sem perder o toque humano essencial para o engajamento dos indivíduos. Além disso, assegurar a proteção da privacidade do usuário e a conformidade com as leis de saúde é também essencial frente a um mundo cada vez mais digital.
Empresas bem-sucedidas nesse mercado são justamente aquelas que conseguem integrar a tecnologia de maneira humanizada, oferecendo serviços que atendem às necessidades individuais dos pacientes, ao mesmo tempo que navegam com sucesso pelo ambiente regulatório.
Como se vê, os programas de pacientes representam uma evolução importante na forma como a indústria farmacêutica aborda o cuidado com a saúde. Eles reconhecem que o sucesso do tratamento vai além da eficácia do medicamento e que é necessário um enfoque holístico para garantir melhores resultados. Ao superar obstáculos que passam pela expansão de serviços, integração tecnológica e boas práticas de compliance, é possível oferecer oportunidades únicas para melhorar o acesso e promover benefícios a todos os envolvidos.
*Cassyano Correr é diretor de Marketing da Interplayers.
.............................
MEDICINA S/A
Inteligência Artificial impulsiona modernização da infraestrutura de TI na saúde
A Nutanix, empresa de computação multicloud híbrida, anunciou as conclusões de sua sexta pesquisa e relatório anual global de pesquisa Healthcare Enterprise Cloud Index (ECI), que mede o progresso empresarial de adoção de nuvem na indústria. A investigação mostrou que a adoção da multicloud híbrida está crescendo dentre as organizações de saúde, uma vez que a maioria está a aumentar significativamente os investimentos na modernização da TI.
O relatório ECI Healthcare deste ano revelou que o uso de modelos multicloud híbridos na área da saúde deverá duplicar nos próximos três anos. Os decisores de TI nas organizações de saúde estão a enfrentar novas pressões para modernizarem as infraestruturas de TI para aproveitarem eficazmente o poder da IA, mitigarem os riscos de segurança e serem mais sustentáveis.
As organizações de saúde lidam com grandes quantidades de informações pessoais de saúde (PHI) que podem ser complexas de gerenciar devido à necessidade de permanecerem em conformidade com regulamentações como a Lei de Responsabilidade e Portabilidade de Seguros de Saúde (HIPAA). À medida que as organizações de todos os setores continuam a lidar com as complexidades da movimentação de aplicações e dados entre ambientes, as soluções multicloud híbridas proporcionam benefícios importantes às organizações de saúde, incluindo ajudá-las a simplificar as operações, proporcionar melhores resultados aos pacientes e melhorar a produtividade dos médicos. O relatório ECI Healthcare constatou que a adoção do modelo operacional multicloud híbrido nas organizações de saúde aumentou 10 pontos percentuais em relação ao ano passado, saltando de 6% para 16%. Embora a implantação tenha ficado atrás de outros setores no ano passado, a saúde está agora no mesmo nível de todos os setores (15%).
“As organizações de saúde têm ficado para trás na adoção de tecnologia, mas vimos um aumento impressionante na modernização somente no último ano – impulsionado pela IA e pela necessidade de portabilidade de dados”, disse Scott Ragsdale, diretor sênior de vendas, U.S. Healthcare na Nutanix. “Em todos os setores, 80% dos entrevistados do ECI em saúde planejam investir na modernização da TI, com 85% planejando aumentar seus investimentos especificamente para apoiar a IA. As organizações de saúde não são diferentes, concentrando-se hoje em infraestruturas de TI preparadas para o futuro para se prepararem para as necessidades de amanhã – incluindo IA e sustentabilidade.”
Os entrevistados da pesquisa de saúde foram questionados sobre seus desafios atuais na nuvem, como estão executando aplicativos de negócios hoje e onde planejam executá-los no futuro. As principais conclusões do relatório deste ano incluem:
As organizações de saúde aceleraram a utilização de vários modelos operacionais de TI e as suas implementações mistas de TI, atuais e planeadas, ultrapassam agora as do conjunto de respostas globais. Conforme o estudo, 73% dos entrevistados do ECI em organizações de saúde relataram o uso de vários modelos de TI este ano, em comparação com 53% no ano passado. Ano passado, os cuidados de saúde estavam sete pontos percentuais atrás da média dos vários setores e agora ultrapassam a média em 13 pontos.
Quando as organizações de saúde investem em infraestrutura de TI, a portabilidade da carga de trabalho e o suporte de IA são prioridades — e os orçamentos do próximo ano refletem essas prioridades. Os entrevistados do ECI no setor de saúde identificaram a IA e a flexibilidade para movimentar cargas de trabalho entre infraestruturas de nuvem pública e privada como o fator mais importante que impulsiona as decisões de compra, com 17% cada, seguido em importância pelo potencial de desempenho da infraestrutura (14%) e quão bem ele se presta ao sucesso da soberania dos dados e ao gerenciamento da privacidade (14%).
As flutuações e preocupações de segurança e conformidade são os principais motivos pelos quais as empresas transferem suas aplicações para uma infraestrutura diferente. A esmagadora maioria dos entrevistados do setor de saúde (98%) e de todos os setores (95%) responderam que migraram uma ou mais aplicações nos últimos 12 meses, impulsionando a necessidade em suas organizações de carga de trabalho simples e flexível entre nuvens e portabilidade de aplicativos. Isto está a ser largamente alimentado pela mudança dos requisitos relacionados com a segurança, de acordo com os inquiridos.
A IA tem ampla aplicabilidade no sector da saúde e os entrevistados consideram-na uma prioridade e um desafio. Os entrevistados do ECI compartilharam que o suporte à IA é considerado o principal critério de compra de infraestrutura de TI entre as organizações de saúde. Além disso, a implementação de estratégias de IA ficou em segundo lugar quando os entrevistados da área de saúde classificaram o que consideravam a maior prioridade para os CIOs, CTOs e liderança de suas organizações (17%). 84% das organizações de saúde afirmaram que iriam aumentar os investimentos na estratégia de IA no próximo ano. O mesmo grupo, no entanto, considerou amplamente a gestão da IA um desafio (82%).
Os desafios mais bem classificados nos departamentos de TI da área da saúde estão relacionados com operações em vários ambientes, segurança e sustentabilidade. Quando solicitados a nomear seu principal desafio de gerenciamento de dados atualmente, uma porcentagem igual de entrevistados de ECI de saúde identificaram o cumprimento das diretrizes de armazenamento/uso de dados e a vinculação de dados em ambientes distintos (20%) como o principal fator. Outras questões de segurança de dados, incluindo o combate ao ransomware e a garantia da privacidade dos dados, foram citadas pelo próximo maior número de entrevistados (17%).
Pelo sexto ano consecutivo, Vanson Bourne conduziu uma pesquisa em nome da Nutanix, entrevistando 1.500 tomadores de decisão de TI e DevOps/Engenharia de Plataforma em todo o mundo em dezembro de 2023. A base de entrevistados abrangeu vários setores, tamanhos de negócios e geografias, incluindo Norte e Sul América; Europa, Médio Oriente e África (EMEA); e região Ásia-Pacífico-Japão (APJ).
................................
PORTAL G1
Hospital Estadual de Águas Lindas é inaugurado com mais de 160 leitos após quase 20 anos em construção
Unidade vai funcionar por meio de encaminhamentos feitos pelo Complexo Regulador Estadual para casos de urgência e emergência. Expectativa é beneficiar cerca de 1,2 milhão de moradores de 31 municípios.
O Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás (Heal) foi inaugurado nesta segunda-feira (17) depois de quase 20 anos em construção. Segundo o governo estadual, a unidade vai funcionar por meio de encaminhamentos feitos pelo Complexo Regulador Estadual para casos de urgência e emergência e terá um total de 164 leitos (veja abaixo quais os serviços oferecidos).
A inauguração aconteceu com a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), e da ministra de Saúde, Nísia Trindade Lima. Segundo o governo estadual, o Hospital Estadual de Águas Lindas vai contar com 16 mil metros quadrados de área construída divididos em 18 blocos. Além disso, os mais de 160 leitos incluem uma maternidade e 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (veja detalhes dos serviços oferecidos abaixo).
“Só a região do Entorno do Distrito Federal que não tinha nenhum [hospital estadual]. Hoje é um momento muito especial para mim. Agradeço a Deus em poder ter um hospital como esse, que tem médicos, enfermeiros, servidores atendendo e examinando pacientes [...] com carinho e com gestos humanitários", comemorou o governador.
Serviços oferecidos
Além dos mais de 160 leitos, a unidade conta com maternidade, exames e serviços de média e alta complexidade. Entre esses serviços, estão:
tomografia;
ressonância magnética;
raio-X;
ultrassom;
bancos de sangue e leite;
cirurgias.
Com a inauguração, a expectativa, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), é de beneficiar cerca de 1,2 milhão de moradores de 31 municípios da região nordeste de Goiás. Além disso, o governo disse que a meta anual de atendimento é de 6,5 mil internações, 660 cirurgias eletivas, 15,9 mil consultas médicas, 17,5 mil consultas multiprofissionais, 1,6 mil atendimentos de hospital dia e 342,7 mil exames.
Obras e inauguração
A obra do hospital foi licitada em 2005 e, depois de se arrastar por anos, foi retomada em 2021. Segundo o governo de Goiás, o investimento feito no hospital é de mais de R$ 157 milhões, sendo R$ 110,1 milhões de construção e R$ 47,7 milhões na aquisição de equipamentos e de mobiliário.
A secretaria detalhou que, após a realização da licitação em 2005, que seria custeada por um convênio realizado entre o Estado de Goiás e o município de Águas Lindas, as obras oficialmente começaram em 2007. No entanto, o governo estadual destacou que as obras foram paralisadas em 2008 depois de questionamentos feitos pelo Ministério Público.
Ainda segundo a secretaria, em 2009 foi feita uma nova licitação e em 2013, por decisão do Ministério da Saúde, o projeto foi transferido para a gestão estadual. No entanto, o governo acrescentou que, ainda assim, as obras continuaram paradas e avançaram lentamente até 2018.
De acordo com o governo estadual, as obras foram novamente paralisadas em 2018 por acúmulo de dívidas e posteriormente retomadas em 2019.
Primeiros pacientes
O hospital vai ser administrado pela Organização Social de Saúde Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (OSS HMTJ). Os primeiros pacientes já foram recebidos no hospital no domingo (16) anterior à inauguração. O chamado paciente "número um" foi um agricultor de 69 anos que estava internado no Hospital Municipal Dom Luiz Fernandes, em Santo Antônio do Descoberto, desde o dia 6 de junho. Segundo o governo de Goiás, o homem aguardava transferência para tratamento de pneumonia.
O "paciente um" foi levado ao leito e avaliado pelos profissionais do novo hospital estadual. Os médicos informaram que ele passaria por um raio-x para análise da função pulmonar após os exames laboratoriais. Ainda na tarde de domingo, outros três pacientes trazidos de ambulância de municípios próximos a Águas Lindas de Goiás deram entrada na unidade.
.............................
Homem é preso com abortivos proibidos no Brasil, anabolizantes, remédios controlados e carimbos de médicos
Na casa dele, foram encontrados 22 carimbos de médicos e diversos blocos de receitas em branco. Polícia investiga se os carimbos foram falsificados ou há outras pessoas envolvidas no crime.
Homem é preso com abortivos proibidos no Brasil, anabolizantes e remédios controlados
A Polícia Civil prendeu um homem suspeito de vender anabolizantes, remédios controlados e até abortivos que são proibidos no Brasil, em Goiânia. Na casa dele, foram encontrados 22 carimbos de médicos e diversos blocos de receitas em branco.
O g1 não localizou a defesa do suspeito até a última atualização da reportagem.
A prisão do homem foi feita em flagrante durante uma ação na casa dele, no Setor Colorado, na última sexta-feira (14). A polícia afirma ter recebido uma denúncia anônima sobre a atuação ilegal do suspeito e, após também fazer alguns levantamentos de inteligência, decidiu realizar uma operação.
Foram encontrados 22 carimbos de médicos e diversos blocos de receitas em branco na casa do suspeito, em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Com isso, a polícia descobriu que a casa do homem funcionava como um depósito para diversos medicamentos que causam dependência e são sujeitos a controle rigoroso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como morfina, e também medicamento abortivo, proibido de ser comercializado no Brasil.
Além disso, foram encontrados 22 carimbos de médicos e diversos blocos de receitas em branco, com assainatura de médicos e psiquiatras goianos. Agora, a polícia vai investigar se os carimbos foram falsificados ou se tem outras pessoas envolvidas no crime.
"Esses carimbos, a maioria deles, assinados por psiquiatras e neurologistas aqui do estado de Goiás. Há suspeita e as investigações vão continuar no sentido de verificar a provável falsificação de receitas e usos indevidos desses carimbos pelo suspeito", disse o delegado do caso, Murillo Leal.
A polícia também fez buscas no carro do suspeito, pois ele foi abordado quando dirigia, e encontrou mais remédios.
A ação contou com o apoio da Vigilância Sanitária de Goiânia (VISA), que constatou que o homem não possui alvará ou autorização para a comercialização dos medicamentos e não apresentou notas fiscais de aquisição dos mesmos. Por conta disso, a VISA autuou o suspeito com uma multa de R$ 70 mil e apreendeu todos os medicamentos para fins de descarte.
"É de suma importância que a população, ao adquirir medicamentos, principalmente de tarja preta, remédios controlados, procure um médico especializado e procure a drogaria, porque um medicamento fora da lei pode causar sérios riscos à saúde. A pessoa, além de criar dependência, ela pode chegar até a suicídio com o tipo de medicamento que ela toma", orientou o diretor da Vigilância Sanitária, Leonardo Catoira.
O suspeito foi conduzido para a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante pelo crime de manter em depósito produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais sem registro do órgão de Vigilância Sanitária competente.
.............................
JORNAL OPÇÃO
“Questão de saúde pública”: Goiás realizou 23 abortos legais em 2024
Ao Jornal Opção, José Ricardo Lopes, ginecologista obstetra e ex-titular do ambulatório de Apoio às Vítimas de Violência Sexual do Hemu analisa PL 1904/24
Informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que o estado de Goiás realizou, até maio deste ano, 23 interrupções legais de gestações. Destes casos, 19 se deram devido à gestação oriunda de violências sexuais e quatro por diagnóstico de anencefalia fetal. Vale ressaltar que o único estabelecimento em Goiás autorizado a realizar interrupções legais de gestações é o Hospital Estadual da Mulher (Hemu).
Na unidade, vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS), existe um ambulatório de Atendimento à Vítimas de Violência Sexual que fornece atendimento e acompanhamento multidisciplinar para essas mulheres, incluindo psicólogos. Até maio deste ano, foram 1.324 atendimentos realizados pela equipe do Hemu, dos quais resultaram em 23 abortos legais. Em nota, o Hemu disse que “o ambulatório se destaca por seguir as normativas que estabelecem a realização de Interrupção Legal da Gravidez (ILG) anteriormente às 22 semanas de gestação”.
Em entrevista ao Jornal Opção, o ginecologista obstetra e ex-titular do ambulatório de Apoio às Vítimas de Violência Sexual do Hemu, José Ricardo Lopes, reforça que “no estado de Goiás, nós só realizamos interrupções abaixo de 22 semanas”. O especialista afirma que os critérios para definição do aborto legal são estipulados pela lei, e não pelas diretrizes de cada hospital. Nesse sentido, só se realizam interrupções legais de gravidez em três casos: anencefalia fetal comprovada por dois médicos diferentes (e em momentos diferentes da gestação), risco à vida da gestante e casos de gravidez oriundas de estupro.
O Hemu explica que os atendimentos às vítimas de violência sexual “incluem exames físicos, anticoncepção de emergência, profilaxia de doenças sexualmente transmitidas, atendimento psicológico e orientações legais”. No ano passado, foram realizados no ambulatório 3.857 atendimentos, dos quais 44 levaram à interrupção legal das gestações antes da 22° semana de gravidez. Qualquer interrupção legal em Goiás após esse período, deve acontecer via determinação judicial.
Após a 22° semana
Quando questionado sobre os motivos que levam as pacientes a procurarem o sistema de saúde após a 22° semana de gestação, o ginecologista obstetra afirma que a desinformação é um dos principais motivos. A maioria das pacientes que buscam o atendimento de forma tardia, segundo afirma o especialista, são meninas e adolescentes vítimas de violência. “É difícil para essa criança, muitas das vezes, identificar que foi vítima de uma violência sexual”, explicou.
Ciclos menstruais irregulares, descrença por parte dos familiares quando a criança denuncia a violência e educação sexual inexistente (o que impossibilita as crianças lerem os sinais do próprio corpo) podem atrasar o diagnóstico da gravidez. “Essa violência vem geralmente de um familiar ou conhecido da família”, elencou outro ponto que pode dificultar qualquer tratamento à vítima.
PL 1904/24
José Ricardo comenta o projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, o PL 1904/24, que prevê igualar abortos após a 22° semana de gestação ao crime de homicídio, mesmo em casos de gravidez oriunda de estupro. Após destacar que a maioria dos casos de aborto legal no país acontecem antes da 22° semana, o especialista diz que “se esse PL fosse votado, aprovado e sancionado, ele estaria condenando essas crianças a uma gestação, com 11, 12 anos”.
Na perspectiva do ginecologista, a forma como essa discussão surgiu dentro do Congresso Nacional foi equivocada, evitando as comissões de Constituição e Justiça e de Defesa dos Direitos da Mulher. O médico afirma que a discussão surgiu com caráter político, religioso e eleitoreiro. “O aspecto de saúde pública foi deixado de lado, e a questão do aborto é uma questão de saúde pública”, declarou.
Quando questionado sobre a intenção do PL de também aumentar a pena para profissionais de saúde que realizam os procedimentos, o ginecologista é categórico ao afirmar: “Criminalizar a ação do médico é interferir na saúde pública, interferir na profissão e interferir no corpo feminino”.
Procedimento
Todo procedimento legal de interrupção de gestação, seja anterior ou posterior à 22° semana, é determinado por instituições internacionais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO). José Ricardo conta que, segundo os parâmetros internacionais adotados pelo Brasil, abortos anteriores à 22° semana de gestação se dão por via medicamentosa, enquanto aqueles posteriores a esse período demandam a assistolia fetal (procedimento para parar o batimento cardiáco do feto fazendo uso de técnica de medicina fetal guiada por ultrassom) junto ao procedimento medicamentoso.
“Ninguém gostaria de que ele [interrupção após a 22° semana de gestação] acontecesse. A paciente não gostaria, o serviço de saúde não gostaria e o profissional de saúde não gostaria de realizar esse aborto”, resumiu o especialista.
José Ricardo acredita que o endurecimento legal sobre o assunto não garante o fim da realização de abortos, só um aumento no caso de interrupções ilegais, que contam com procedimentos variados, clínicas clandestinas e em situações de desespero. “Proibir o aborto não diminui o número de procedimentos, só torna com que eles sejam inseguros, caros e com muitas mortes”, resumiu.
..........................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 15 A 17/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde: cancelamentos são ponta do iceberg de modelo insustentável
Prontuário eletrônico tem papel crucial no controle de infecções hospitalares
Inteligência Artificial impulsiona modernização da infraestrutura de TI na saúde
Dasa e Amil anunciam acordo de associação para uma joint venture de hospitais
Acordo da Amil com a Dasa muda algo nos planos de saúde da operadora? Entenda
TJ anula processo contra médico condenado por racismo por filmar caseiro negro acorrentado
UOL NOTÍCIAS
Planos de saúde: cancelamentos são ponta do iceberg de modelo insustentável
Os cancelamentos de planos de saúde são apenas a ponta do iceberg de um problema maior enfrentando pela saúde suplementar no Brasil. O modelo atual é considerado insustentável, com mais da metade das operadoras trabalhando no vermelho e uma explosão no número de reclamações por parte dos consumidores, insatisfeitos com os serviços oferecidos.
Raio X
Tanto operadoras de saúde como consumidores estão insatisfeitos com o modelo de saúde suplementar que existe no país. Os consumidores enfrentam cancelamentos mais frequentes e reajustes altos em planos coletivos e empresariais, enquanto as operadoras lidam com prejuízo operacional e aumento da sinistralidade (uso dos planos).
Este é o pior momento para a saúde suplementar. É o que diz Vitor Asseituno, cofundador e presidente da healthtech Sami. O setor teve prejuízo operacional de R$ 5,9 bilhões em 2023 - grande, mas melhor do que o registrado em 2022, quando o resultado negativo ficou em R$ 10,6 bilhões, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Houve aumento no número de beneficiários de planos nos últimos anos. Em março deste ano, havia 51 milhões de beneficiários, maior número desde dezembro de 2014 (50,5 milhões). No entanto, as pessoas passaram a contratar planos com custo mais baixo, segundo Asseituno, enquanto os gastos das operadoras seguem altos.
O uso dos planos aumentou após a pandemia e não voltou a cair. O indicador é medido pela sinistralidade, que contabiliza quanto do valor arrecadado pelo plano é gasto com atendimento à saúde. No quarto trimestre de 2023, a sinistralidade média dos planos foi de 87%, ante 84,5% no mesmo período de 2019, pré-pandemia. Os maiores índices de sinistralidade ocorrem nos planos coletivos por adesão, segundo dados da ANS.
Mais da metade das operadoras de saúde hoje opera no vermelho. Segundo a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), em 2019, cerca de 20% das empresas do setor fechavam no negativo. Em 2023, esse número saltou para 54%. "A maior parte das empresas está desequilibrada, com despesas maiores que as receitas. Agora, o outro grupo é que é a exceção", diz Marcos Novais, diretor-executivo da Abramge.
O número de reclamações contra planos de saúde explodiu. Em 2019, a ANS recebia uma média de 11 mil reclamações por mês. Em 2023, a média mensal saltou para 29,4 mil. Até abril de 2024, a média estava em 31,8 mil reclamações por mês, quase o triplo do registrado em 2019.
O modelo de atendimento atual é insustentável. Asseituno afirma que o consumidor acaba usando mais vezes o plano por não saber qual o melhor caminho para ter um tratamento assertivo, o que faz com que o plano tenha gastos mais altos com aquele paciente. A Sami e outras empresas, como a Alice, tem um modelo de atenção primária, em que o cliente tem um atendimento inicial para definir quais os próximos passos do tratamento.
O que explica a situação
O tamanho do rol da ANS é um problema para o setor de saúde. O rol é o documento que determina quais os procedimentos que devem ser cobertos pelas operadoras. No entanto, uma lei de 2022 determinou que ele é exemplificativo, o que significa que a lista de procedimentos é apenas uma referência (e não a regra) de cobertura para os planos.
Isso dificulta a definição do preço dos planos de saúde. Asseituno diz que, dessa forma, o risco para as empresas de saúde é "infinito", já que não existe nem um limite de valores e nem de procedimentos que devem ser cobertos pelos planos de saúde.
Nos últimos anos, a ANS ganhou foco em atenção ao consumidor de todo tipo de necessidade. Ao mesmo tempo não tem uma avaliação econômica se a conta fechava para o setor. O que estamos vendo hoje é que a conta não está fechando.
Regra também determina inclusão de medicamentos milionários. A mudança na lei do rol determinou que basta um procedimento ou medicamento ser recomendado pela Conitec do SUS (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) para que ele possa ser solicitado ao plano de saúde. Isso inclui medicamentos como o Zolgensma, recomendado para pacientes com AME (Atrofia Muscular Espinhal), e que custa cerca de RS 6 milhões a dose.
Os planos reclamam que não podem negociar preços como o SUS. "O Zolgensma no SUS é R$ 5 milhões pagos em cinco anos, e só paga se a criança melhorar. E, se ela falecer, para de pagar. Na saúde suplementar, é R$ 10 milhões à vista", diz Novais.
Mudança nas regras garantiu terapias ilimitadas aos pacientes. Em 2022, uma decisão da ANS derrubou o limite para sessões e consultas de especialidades como fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional. Segundo a Abramge, isso também está pesando na conta dos planos. "Colocamos na cobertura algo que a sociedade não estava preparada para oferecer", diz Novais.
As mudanças abriram caminho para bilhões de reais em fraudes e desperdícios, diz a Abramge. A entidade estima um gasto de R$ 30 bilhões ao ano em fraudes e desperdícios. Parte dessas fraudes ocorre via reembolso. O gasto dos planos com pedidos de reembolso saltou de R$ 5,7 bilhões em 2019 para R$ 11,4 bilhões em 2022.
O número de casos na Justiça explodiu. Com essas mudanças, os pacientes que tiveram algum procedimento negado pelos planos começaram a procurar a Justiça. Os gastos com pedidos de pacientes feitos na Justiça aumentaram 30% em 2022 e 50% em 2023. No ano passado, o setor pagou mais de R$ 5 bilhões em casos na Justiça.
Sempre tivemos aquela situação em que o médico dava dois recibos para uma consulta. Agora a gente criou uma legislação que acabou por institucionalizar o processo. Por que agora a gente tem fraude de reembolso em cirurgia? É porque agora a gente não pode nem questionar o procedimento cirúrgico. Bastou ter uma indicação médica, você tem que cobrir. Virou um salvo conduto para fraudar. É uma minoria que gera um dano financeiro muito grande.Marcos Novais, diretor-executivo da Abramge
Alguns contratos coletivos ficaram inviáveis. O equilíbrio dos contratos depende dos usuários no contrato, diz Novais. Se o uso aumenta muito, o reajuste para todos fica maior. Se o reajuste aumenta muito, quem usa menos desiste do plano, e sobram aqueles que usam mais, tornando o contrato ainda mais insustentável, diz.
A decisão de algumas operadoras foi então cancelar o contrato todo. O cancelamento do plano coletivo por adesão é permitido pela lei, com algumas ressalvas (não pode cancelar contrato de quem está em tratamento, por exemplo). "Chegou num nível de desequilíbrio porque as pessoas boas pagadoras vão saindo e os contratos vão ficando insolventes", diz Novais.
Os problemas são antigos, mas agora estão mais frequentes. Esta é a avaliação de Rafael Robba, sócio do Vilhena Silva Advogados, escritório especializado em direito à saúde, que afirma que os cancelamentos e negativas de tratamentos estão ligados a uma tentativa das operadoras de reduzir os custos, dizendo que as decisões são tomadas pensando na sustentabilidade do negócio.
Houve um compromisso dos planos de rever o cancelamento de contratos. No final de maio, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que as empresas de planos de saúde se comprometeram a suspender os cancelamentos unilaterais recentes para algumas doenças e transtornos, como pacientes em tratamentos graves e TEA (transtorno do espectro autista). Apesar deste compromisso público, Robba diz que o escritório em que trabalha não para de receber casos de pessoas que tiveram os planos cancelados.
Os próximos passos
Apesar do acordo com Lira, não há ainda definições sobre os próximos passos. A expectativa é que ocorram mudanças na legislação sobre os planos de saúde. Há um projeto de lei em discussão na Câmara, cujo relator é o deputado Duarte Jr. (PSB-MA). O texto deve passar por mudanças antes da votação prevista para ocorrer no segundo semestre. Para o setor, as mudanças necessárias passam pela revisão da lei do rol e da liberação ilimitada de terapias.
A coparticipação e o reembolso são duas estratégias usadas pelas operadoras para reduzir os custos. Asseituno afirma que, quando o consumidor precisa pagar pelos procedimentos, há um uso mais racional do plano e barateia a mensalidade. A diminuição de reembolsos foi uma alternativa encontrada pelos planos para diminuir os custos. "O setor está mudando mais por desespero do que planejamento, infelizmente", afirma Asseituno.
Deveria existir uma legislação mais dura para planos coletivos. Hoje os planos individuais e familiares não podem decidir pelo cancelamento unilateral do contrato. Isso é autorizado para os planos coletivos, que podem ser descontinuados de acordo com a estratégia de negócio de cada uma das operadoras.
Os reajustes dos individuais são definidos pela ANS. Já os coletivos são definidos pelas operadoras sem nenhum tipo de limitação, o que prejudica os consumidores, para Robba.
A legislação precisaria, de alguma forma, regulamentar essas questões para trazer uma maior proteção do consumidor. Não precisa necessariamente ser a mesma regra que é aplicada aos individuais e familiares, mas precisa ter uma regulamentação mínima que proteja, pelo menos, as pessoas mais vulneráveis, os idosos ou quem está em tratamento.Rafael Robba, advogado
.................
MEDICINA S/A
Prontuário eletrônico tem papel crucial no controle de infecções hospitalares
A gestão eficaz das infecções hospitalares é sempre um grande desafio para o ecossistema de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 7% dos pacientes em países desenvolvidos e 15% em países em desenvolvimento contraem pelo menos uma infecção hospitalar durante a internação. No Brasil, estima-se que até 14% das pessoas internadas sofram com o problema. Em cenários de UTI, esse tipo de infecção pode atingir até 30% dos pacientes internados.
Dessa forma, é determinante implementar um controle eficaz dos pontos de infecção para garantir uma gestão de qualidade na área da saúde. Dentre diversas iniciativas para mitigar riscos, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, responsável pelo monitoramento de potenciais focos de infecção, utiliza-se de tecnologias para a gestão de qualidade em saúde, facilitando a coleta de dados e transformando o cuidado direto dos pacientes.
Entre elas, destaca-se o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). A tecnologia, ao permitir a programação de alertas conforme esses protocolos, possibilita que todas as informações registradas sejam monitoradas de perto por toda a equipe assistencial, recebendo lembretes diários no sistema ou por meio de dispositivos como celulares e tablets.
"Essa tecnologia garante segurança no cuidado assistencial em suas três vertentes: para o paciente, para o profissional de Saúde e para a instituição", explica Valmir Júnior, diretor da unidade de negócio Hospitalar da MV.
Também por meio do prontuário eletrônico, o sistema consegue avisar aos profissionais de Saúde sobre os pacientes que estão, por exemplo, com febre por determinado período ou com sinais de flebite, situações que podem indicar precocemente uma infecção hospitalar, permitindo que as equipes atuem preventivamente. Esse alerta de possível entrada do paciente em foco infeccioso também é encaminhado para que a CCIH possa fazer as auditorias e o monitoramento adequado.
O PEP também contribui com soluções como controle na troca de dispositivos médicos invasivos, acompanhamento das funções vitais, acesso rápido em tempo real agilizando a tomada de decisões importantes para que os pacientes com quadros infecciosos possam ser remanejados, a fim do cuidado maior e da preservação da vida de outros pacientes.
Dispositivos médicos inteligentes estão capacitando as equipes médicas a identificarem precocemente potenciais fontes de infecção e implementar medidas preventivas de forma mais ágil e eficaz. Isso auxilia também na identificação de surtos precoces e na implementação de estratégias proativas para conter a propagação dessas infecções.
"O Prontuário Eletrônico do Paciente desempenha um papel central na melhoria da qualidade da assistência hospitalar, oferecendo uma abordagem mais integrada, eficiente e segura para o cuidado aos pacientes", completa Valmir Júnior.
A gestão eficaz das infecções hospitalares é sempre um grande desafio para o ecossistema de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 7% dos pacientes em países desenvolvidos e 15% em países em desenvolvimento contraem pelo menos uma infecção hospitalar durante a internação. No Brasil, estima-se que até 14% das pessoas internadas sofram com o problema. Em cenários de UTI, esse tipo de infecção pode atingir até 30% dos pacientes internados.
Dessa forma, é determinante implementar um controle eficaz dos pontos de infecção para garantir uma gestão de qualidade na área da saúde. Dentre diversas iniciativas para mitigar riscos, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, responsável pelo monitoramento de potenciais focos de infecção, utiliza-se de tecnologias para a gestão de qualidade em saúde, facilitando a coleta de dados e transformando o cuidado direto dos pacientes.
Entre elas, destaca-se o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). A tecnologia, ao permitir a programação de alertas conforme esses protocolos, possibilita que todas as informações registradas sejam monitoradas de perto por toda a equipe assistencial, recebendo lembretes diários no sistema ou por meio de dispositivos como celulares e tablets.
"Essa tecnologia garante segurança no cuidado assistencial em suas três vertentes: para o paciente, para o profissional de Saúde e para a instituição", explica Valmir Júnior, diretor da unidade de negócio Hospitalar da MV.
Também por meio do prontuário eletrônico, o sistema consegue avisar aos profissionais de Saúde sobre os pacientes que estão, por exemplo, com febre por determinado período ou com sinais de flebite, situações que podem indicar precocemente uma infecção hospitalar, permitindo que as equipes atuem preventivamente. Esse alerta de possível entrada do paciente em foco infeccioso também é encaminhado para que a CCIH possa fazer as auditorias e o monitoramento adequado.
O PEP também contribui com soluções como controle na troca de dispositivos médicos invasivos, acompanhamento das funções vitais, acesso rápido em tempo real agilizando a tomada de decisões importantes para que os pacientes com quadros infecciosos possam ser remanejados, a fim do cuidado maior e da preservação da vida de outros pacientes.
Dispositivos médicos inteligentes estão capacitando as equipes médicas a identificarem precocemente potenciais fontes de infecção e implementar medidas preventivas de forma mais ágil e eficaz. Isso auxilia também na identificação de surtos precoces e na implementação de estratégias proativas para conter a propagação dessas infecções.
"O Prontuário Eletrônico do Paciente desempenha um papel central na melhoria da qualidade da assistência hospitalar, oferecendo uma abordagem mais integrada, eficiente e segura para o cuidado aos pacientes", completa Valmir Júnior.
..........................
Inteligência Artificial impulsiona modernização da infraestrutura de TI na saúde
A Nutanix, empresa de computação multicloud híbrida, anunciou as conclusões de sua sexta pesquisa e relatório anual global de pesquisa Healthcare Enterprise Cloud Index (ECI), que mede o progresso empresarial de adoção de nuvem na indústria. A investigação mostrou que a adoção da multicloud híbrida está crescendo dentre as organizações de saúde, uma vez que a maioria está a aumentar significativamente os investimentos na modernização da TI.
O relatório ECI Healthcare deste ano revelou que o uso de modelos multicloud híbridos na área da saúde deverá duplicar nos próximos três anos. Os decisores de TI nas organizações de saúde estão a enfrentar novas pressões para modernizarem as infraestruturas de TI para aproveitarem eficazmente o poder da IA, mitigarem os riscos de segurança e serem mais sustentáveis.
As organizações de saúde lidam com grandes quantidades de informações pessoais de saúde (PHI) que podem ser complexas de gerenciar devido à necessidade de permanecerem em conformidade com regulamentações como a Lei de Responsabilidade e Portabilidade de Seguros de Saúde (HIPAA). À medida que as organizações de todos os setores continuam a lidar com as complexidades da movimentação de aplicações e dados entre ambientes, as soluções multicloud híbridas proporcionam benefícios importantes às organizações de saúde, incluindo ajudá-las a simplificar as operações, proporcionar melhores resultados aos pacientes e melhorar a produtividade dos médicos. O relatório ECI Healthcare constatou que a adoção do modelo operacional multicloud híbrido nas organizações de saúde aumentou 10 pontos percentuais em relação ao ano passado, saltando de 6% para 16%. Embora a implantação tenha ficado atrás de outros setores no ano passado, a saúde está agora no mesmo nível de todos os setores (15%).
"As organizações de saúde têm ficado para trás na adoção de tecnologia, mas vimos um aumento impressionante na modernização somente no último ano - impulsionado pela IA e pela necessidade de portabilidade de dados", disse Scott Ragsdale, diretor sênior de vendas, U.S. Healthcare na Nutanix. "Em todos os setores, 80% dos entrevistados do ECI em saúde planejam investir na modernização da TI, com 85% planejando aumentar seus investimentos especificamente para apoiar a IA. As organizações de saúde não são diferentes, concentrando-se hoje em infraestruturas de TI preparadas para o futuro para se prepararem para as necessidades de amanhã - incluindo IA e sustentabilidade."
Os entrevistados da pesquisa de saúde foram questionados sobre seus desafios atuais na nuvem, como estão executando aplicativos de negócios hoje e onde planejam executá-los no futuro. As principais conclusões do relatório deste ano incluem:
As organizações de saúde aceleraram a utilização de vários modelos operacionais de TI e as suas implementações mistas de TI, atuais e planeadas, ultrapassam agora as do conjunto de respostas globais. Conforme o estudo, 73% dos entrevistados do ECI em organizações de saúde relataram o uso de vários modelos de TI este ano, em comparação com 53% no ano passado. Ano passado, os cuidados de saúde estavam sete pontos percentuais atrás da média dos vários setores e agora ultrapassam a média em 13 pontos.
Quando as organizações de saúde investem em infraestrutura de TI, a portabilidade da carga de trabalho e o suporte de IA são prioridades - e os orçamentos do próximo ano refletem essas prioridades. Os entrevistados do ECI no setor de saúde identificaram a IA e a flexibilidade para movimentar cargas de trabalho entre infraestruturas de nuvem pública e privada como o fator mais importante que impulsiona as decisões de compra, com 17% cada, seguido em importância pelo potencial de desempenho da infraestrutura (14%) e quão bem ele se presta ao sucesso da soberania dos dados e ao gerenciamento da privacidade (14%).
As flutuações e preocupações de segurança e conformidade são os principais motivos pelos quais as empresas transferem suas aplicações para uma infraestrutura diferente. A esmagadora maioria dos entrevistados do setor de saúde (98%) e de todos os setores (95%) responderam que migraram uma ou mais aplicações nos últimos 12 meses, impulsionando a necessidade em suas organizações de carga de trabalho simples e flexível entre nuvens e portabilidade de aplicativos. Isto está a ser largamente alimentado pela mudança dos requisitos relacionados com a segurança, de acordo com os inquiridos.
A IA tem ampla aplicabilidade no sector da saúde e os entrevistados consideram-na uma prioridade e um desafio. Os entrevistados do ECI compartilharam que o suporte à IA é considerado o principal critério de compra de infraestrutura de TI entre as organizações de saúde. Além disso, a implementação de estratégias de IA ficou em segundo lugar quando os entrevistados da área de saúde classificaram o que consideravam a maior prioridade para os CIOs, CTOs e liderança de suas organizações (17%). 84% das organizações de saúde afirmaram que iriam aumentar os investimentos na estratégia de IA no próximo ano. O mesmo grupo, no entanto, considerou amplamente a gestão da IA um desafio (82%).
Os desafios mais bem classificados nos departamentos de TI da área da saúde estão relacionados com operações em vários ambientes, segurança e sustentabilidade. Quando solicitados a nomear seu principal desafio de gerenciamento de dados atualmente, uma porcentagem igual de entrevistados de ECI de saúde identificaram o cumprimento das diretrizes de armazenamento/uso de dados e a vinculação de dados em ambientes distintos (20%) como o principal fator. Outras questões de segurança de dados, incluindo o combate ao ransomware e a garantia da privacidade dos dados, foram citadas pelo próximo maior número de entrevistados (17%).
Pelo sexto ano consecutivo, Vanson Bourne conduziu uma pesquisa em nome da Nutanix, entrevistando 1.500 tomadores de decisão de TI e DevOps/Engenharia de Plataforma em todo o mundo em dezembro de 2023. A base de entrevistados abrangeu vários setores, tamanhos de negócios e geografias, incluindo Norte e Sul América; Europa, Médio Oriente e África (EMEA); e região Ásia-Pacífico-Japão (APJ).
............
PORTAL HORA CAMPINAS
Dasa e Amil anunciam acordo de associação para uma joint venture de hospitais
Operação envolve 25 instituições e centros oncológicos das empresas, criando a segunda maior rede do Brasil com receita líquida de R$ 9,9 bilhões
A Dasa e a Amil assinaram um acordo de associação por meio do qual a Amil irá contribuir ativos de hospitais e oncologia à Ímpar Serviços Hospitalares S.A., empresa de hospitais e oncologia da Dasa, tornando a Ímpar, uma joint venture (empreendimento controlado em conjunto) com participações iguais de 50% do capital votante entre Amil e Dasa e controle compartilhado.
A união formará o segundo maior grupo de hospitais do Brasil, contemplando 14 hospitais da Dasa (excluindo Hospital São Domingos, Hospital da Bahia e AMO) e 11 da rede Americas (rede independente da Amil, excluindo o Hospital Promater e o Hospital Monte Klinikum), com maior foco no Sudeste e Distrito Federal.
A nova empresa contará com 25 hospitais e 4,4 mil leitos. A receita líquida combinada das operações incluídas na transação totalizou, em 2023, R$ 9,9 bilhões (R$ 5,7 bilhões dos ativos Dasa e R$ 4,2 bilhões dos ativos Amil), com EBITDA estimado em R$ 777 milhões (R$ 600 milhões dos ativos Dasa e R$ 177 milhões dos ativos Amil).
A operação também envolve a Dasa Oncologia e o Americas Oncologia (COI), bem como os Centros de Medicina Especializada. As empresas pretendem trabalhar em rede aberta, apoiando cada vez mais as diversas operadoras de saúde parceiras, médicos e demais agentes da cadeia de valor para oferecer aos pacientes medicina de ponta e excelência em cuidado cada vez mais sustentável, integrado e eficiente.
Os hospitais da Dasa contemplados na operação são: Hospital Nove de Julho (SP), Unidade Nove de Julho Alphaville (SP), Hospital Santa Paula (SP), Hospital Leforte Liberdade (SP), Hospital Leforte Morumbi (SP), Hospital Christóvão da Gama - Diadema (SP), Hospital e Maternidade Christóvão da Gama - Santo André (SP); Hospital São Lucas Copacabana (RJ), Complexo Hospitalar Niterói (RJ), Hospital Nossa Senhora do Carmo (RJ); Maternidade Brasília (DF), Hospital Brasília Águas Claras (DF), Hospital Brasília (DF); Hospital Paraná (PR).
Já pela rede Americas são o Samaritano Higienópolis (SP), Samaritano Paulista (SP), Alvorada Moema (SP), Hospital e Maternidade Madre Theodora (Campinas); Hospital Pró-Cardíaco (RJ), Hospital Samaritano Botafogo (RJ), Hospital Samaritano Barra (RJ); Hospital Vitória Barra (RJ), Hospital e Maternidade Santa Lúcia (RJ); Hospital Alvorada Brasília (DF); Hospital Santa Joana Recife (PE).
A governança foi desenhada para manter equilíbrio de direitos, com 3 representantes de cada sócio e 3 membros independentes em conselho, e para buscar agilidade, com decisões majoritariamente por maioria simples em conselho.
Os termos acordados preveem que, no fechamento da operação, Dulce Pugliese de Godoy Bueno será nomeada presidente do conselho de administração e Lício Cintra será nomeado presidente executivo da Ímpar. O processo de integração será desenvolvido após a aprovação do Cade e órgãos competentes. Até este momento, as operações continuam independentes.
..................
CQCS - CENTRO DE QUALIFICAÇÃO DO CORRETOR DE SEGUROS
Acordo da Amil com a Dasa muda algo nos planos de saúde da operadora? Entenda
Novos produtos incluindo hospitais da rede Ímpar e de outros parceiros serão lançados mais adiante
A Amil e a Dasa, de medicina diagnóstica, fecharam acordo para criarem juntas uma empresa reunindo 25 hospitais dos dois grupos, somando 4,4 mil leitos. A transação inclui os hospitais e centros de oncologia da Rede Américas, da Amil, e da Ímpar, da Dasa.
Das 25 unidades, 14 são da Ímpar e os outros 11, da Amil. A operadora afirma que, mais adiante, vai lançar uma nova grade de produtos que poderão incluir unidades da rede Ímpar e de outros prestadores do segmento hospitalar com os quais já tem parcerias.
Entenda como o negócio vai impactar beneficiários da Amil e - a partir de 1º de julho - também da Golden Cross, incorporados à carteira de clientes da operadora de saúde.
Haverá mudanças na rede de credenciados de quem têm planos da Amil?
Não. Segundo a operadora, não haverá alterações. Os hospitais previstos na rede de cobertura de cada plano serão mantidos, o que vale para as unidades que foram incluídas nessa joint venture constituída por Amil e Dasa.
O cliente Amil vai ganhar acesso aos hospitais que entram no acordo?
O cliente continua a acessar a rede prevista pelo plano contratado. Futuramente, a tendência é que a Amil ofereça novos produtos de saúde, com planos que incluam os hospitais da Ímpar.
Quantos hospitais da Amil ficaram de fora do acordo?
A Amil tem 31 hospitais. Deste total, 11 vão integrar a nova empresa com a Dasa. Os 20 restantes são da rede própria de atendimento da operadora de saúde, incluindo os hospitais de Clínicas de Jacarepaguá, Panamericano e Pasteur, no Rio de Janeiro, e o da Luz e o Panamericano, em São Paulo.
Redes de laboratórios e análises clínicas da Dasa integram o acordo?
Não, o negócio não é uma fusão das duas companhias e não inclui outras áreas. A Dasa é uma companhia com 50 marcas de medicina diagnóstica em seu protfólio, incluindo laboratórios como Sérgio Franco, CDPI e Lâmina. Nenhum deles integra a negociação relacionada a hospitais.
....................................
PORTAL G1
TJ anula processo contra médico condenado por racismo por filmar caseiro negro acorrentado
Segundo o TJ-GO, por o vídeo ter sido divulgado em uma rede social aberta, caberá à Justiça Federal julgar o caso. Médico diz que foi uma 'encenação'.
Por Gustavo Cruz, g1 Goiás
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) anulou o processo contra o médico Márcio Antônio Souza Júnior, condenado por discriminação ao filmar um caseiro negro acorrentado, na cidade de Goiás, no centro do estado, e divulgar o vídeo. De acordo com a decisão, a Justiça Estadual não é apta para processar, julgar e punir o médico, pois, por as imagens terem sido divulgadas em uma rede social aberta, caberá à Justiça Federal analisar o caso, como estabelece o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Em nota, a defesa do médico disse que segue acreditando na Justiça, se desculpou pelo fato e afirmou que a intenção não era incentivar qualquer tipo de descriminação ou racismo. O g1 pediu um posicionamento ao Ministério Público sobre o caso neste domingo (16), mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
A decisão do TJ-GO foi tomada no sábado (15). Márcio Antônio foi condenado em novembro de 2023 pela prática do crime de discriminação ou preconceito de raça e de cor. De acordo com a sentença judicial da época, o médico foi condenado a pagar R$ 300 mil em indenização por danos morais coletivos a uma associação quilombola, além de prestação de serviços comunitários.
Vídeo
O crime aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2022, na Fazenda Jatobá. O homem filmado trabalhava como caseiro e recebia um salário mínimo para o serviço na fazenda do médico. Conforme investigação, Márcio encontrou os itens na igrejinha da fazenda, colocou no homem, gravou o vídeo pelo celular e publicou nas redes sociais.
"Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala", disse o médico enquanto filmava o homem acorrentado.
Após a repercussão, o médico publicou outro vídeo em que diz que não teve intenção de ofender. “A gente fez um roteiro a quatro mãos, foi como se fosse um filme, uma zoeira. Não teve a intenção nenhuma de magoar, irritar ou apologia a nada. Gostaria de pedir desculpas se alguém se sentiu ofendido, foi uma encenação teatral”, disse.
Apesar das declarações, a Polícia Civil indiciou Márcio Antônio por racismo no ano em que o crime foi cometido.
......................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 14/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Prefeitura não faz repasses para empresa responsável por reparo em ambulâncias desde 2023
TCM barra o contrato emergêncial de terceirização do Samu em Goiânia
TCM e Cremego defendem suspensão de contrato da Prefeitura de Goiânia em relação ao Samu
Trabalhadores do Samu de Goiânia decidem por greve após proposta de privatização do serviço
Ministério da Saúde reajusta bolsa do Mais Médicos em 8,4%
TCM determina suspensão de contratação emergencial para o Samu em Goiânia
Amil e Dasa assinam a fusão de suas áreas de hospitais. Veja os detalhes e os bastidores
Prática ilegal da medicina: Brasil tem 10 mil ações registradas em 11 anos
TV ANHANGUERA
Prefeitura não faz repasses para empresa responsável por reparo em ambulâncias desde 2023
https://globoplay.globo.com/v/12675895/
......................
TCM barra o contrato emergêncial de terceirização do Samu em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/12675893/
......................
JORNAL OPÇÃO
TCM e Cremego defendem suspensão de contrato da Prefeitura de Goiânia em relação ao Samu
Em meio à crise, o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, anunciou que incluirá a terceirização da frota e o uso da telemedicina no atendimento
O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) determinou, na quarta-feira, 12, a suspensão imediata do procedimento administrativo instaurado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a contratação emergencial de uma empresa especializada na prestação de serviços para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em meio à crise, o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, anunciou nesta terça-feira, 11, um plano de modernização do Samu que incluirá a terceirização da frota e o uso da telemedicina no atendimento.
Na manhã desta quarta-feira, 13, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) manifestou apoio a decisão do TCM de suspender o contrato emergencial proposto pela Prefeitura de Goiânia. O Conselho participou desta conquista, denunciando, cobrando e apontando soluções para problemas que afetam o SAMU. “Hoje, o SAMU enfrenta uma crise inédita e entendemos que a decisão do TCM protege a população ao barrar a contratação de empresas para substituir equipes já qualificadas para atuar no atendimento de urgência”, destacou o Cremego.
A proposta da SMS era contratar serviços de tecnologia para implementação, capacitação, manutenção e informatização das centrais de regulação do Serviço de Remoção – Suporte Avançado, além do fornecimento de mão de obra, teleassistência e telepropedêutica aplicada a urgências e emergências, por um período de 180 dias.
Em resposta aos planos de Pollara, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) convocou uma assembleia nesta quarta-feira, 12, na sede do Samu. O sindicato expressou preocupação com a privatização do Samu e indicou a possibilidade de uma greve.
Em nota, o Sindsaúde criticou o modelo de gestão proposto pelo secretário, lembrando que uma abordagem semelhante foi implementada no passado, quando o Samu era gerido pela Santa Casa, e resultou em problemas graves, como o não pagamento de verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados.
“Ressaltamos que se hoje há um déficit de médicos o SAMU é porque a SMS não renovou o contrato com esses profissionais e, agora, tenta justificar a necessidade urgente de contratação via empresas terceirizadas”, explica o Sindicato.
A expectativa do Cremego é que a SMS solucione com urgência os problemas que afetam o SAMU, garantindo aos médicos condições dignas de trabalho e o cumprimento de direitos trabalhistas e a estrutura necessária para o atendimento à população.
O que diz a Prefeitura
Durante a coletiva, o secretário esclareceu que o Samu não será privatizado. “Vamos manter todo o quadro de funcionários, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além da gestão do Samu que continuará com o município”, explicou.
Na parte de ambulâncias, a pretensão do município é locar 17 veículos, sendo três Unidades de Suporte Avançado (USA) e 14 de Unidades de Suporte Básico (USB), todas já com motorista. A empresa será responsável pela manutenção dos veículos e substituição imediata caso algum apresente problemas.
Ainda segundo Pollara, a proposta de melhorias na instituição visa a contratação de empresa de tecnologia que vai permitir agilizar o atendimento desde a ligação do paciente, o socorro até o encaminhamento para o hospital. “As ligações serão atendidas em três toques e a tecnologia será primordial, uma vez que integrará todas as etapas do atendimento, desde o recebimento da chamada até a finalização do socorro ao usuário”.
Atualmente o gasto mensal do Samu gira em torno de R$ 7 milhões mensais. Deste total, o município recebe R$ 700 mil do Governo Federal e R$ 350 mil do Governo Estadual, o restante, mais de R$ 6 milhões, é bancado com recursos do Tesouro Municipal. Com as mudanças, a economia pode chegar a 40%.
.............................
Trabalhadores do Samu de Goiânia decidem por greve após proposta de privatização do serviço
A principal reivindicação é que a Prefeitura de Goiânia desistam do processo de privatização do serviço
Os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia, decidiram entrar em greve a partir da próxima terça-feira, 18. Os profissionais cobram o chamamento dos aprovados em concurso público para reduzir o déficit de 70 trabalhadores, além de rejeitarem a proposta de privatização dos serviços.
Os trabalhadores devem se mobilizar em frente ao Ministério Público de Goiás (MPGO) para reivindicar as demandas da categoria. Por outro lado, SindSaúde, a Associação dos Servidores do Samu, o Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg) e o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) irão formalizar à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia sobre a decisão da categoria.
A presidente do Sindicado dos Servidores do Sistema Único de Saúde de Goiás (SindSaúde), Néia Vieira, diz que a greve do Samu está sendo provocada pela Prefeitura de Goiânia que reduziu em 70% a capacidade de atendimentos do órgão. “Hoje o déficit do Samu é de cerca de 70 técnicos para rodar com um atendimento minimamente decente para a população. Falta a renovação dos contratos de credenciamento que venceram em dezembro do ano passado e o chamamento dos aprovados no concurso”, conta.
Néia lembra ainda que uma auditoria do Ministério da Saúde descobriu que a Prefeitura de Goiânia recebeu dinheiro do Governo Federal para a manutenção das ambulâncias que estavam paradas por problemas mecânicos, mas que o dinheiro não foi utilizado para a finalidade adequada. “O Samu é financiado pela União, pelo Estado e pelo Município. Mas a União parou de repassar os recursos por causa de todas as irregularidades encontradas no órgão. Recursos que deveriam ser utilizados para a manutenção das ambulâncias foram desviados e isso desabilitou a prefeitura”, reforçou.
Terceirização foi derrubada pelo TCM
Em meio à crise do Samu, o secretário de Saúde do município de Goiânia, optou pela terceirização da frota e do serviço de telemedicina da unidade em um processo emergencial de 180 dias. “A Prefeitura abre margem para a contratação de uma empresa de fora, em um processo licitatório sem clareza e sem apontar para as soluções dos problemas que o Samu enfrenta hoje. Falta pessoal para trabalhar, falta a garantia que esses profissionais sejam qualificados e falta a melhoria na qualidade das ambulâncias”, diz.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), no entanto, suspendeu procedimento administrativo instaurado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a contratação emergencial de uma empresa especializada na prestação de serviços para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Por meio de nota, o SindSaúde comemorou a decisão do TCM que determinou a suspensão imediata do procedimento administrativo instaurado pela SMS para a contratação emergencial de uma empresa especializada na prestação de serviços para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “O posicionamento do TCM-GO emitido na tarde de quarta-feira veio reforçar os diversos alertas feitos pelo Sindsaúde e pelos trabalhadores do Samu sobre a movimentação realizada pela prefeitura de Goiânia para a definitiva privatização dos serviços”, diz o texto.
A reportagem tentou contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mas até o fechamento desta edição não recebeu retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Confira a nota do SindSaúde na íntegra:
O Sindsaúde-GO, entidade representativa dos servidores públicos no SUS, recebeu com alívio a informação sobre a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) que determinou a suspensão imediata do procedimento administrativo instaurado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a contratação emergencial de uma empresa especializada na prestação de serviços para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O posicionamento do TCM-GO emitido na tarde de quarta-feira veio reforçar os diversos alertas feitos pelo Sindsaúde e pelos trabalhadores do Samu sobre a movimentação realizada pela prefeitura de Goiânia para a definitiva privatização dos serviços.
O Sindsaúde foi uma das entidades que questionou no Tribunal de Contas, as propostas da Secretaria Municipal de Saúde para a privatização dos serviços e a pejotização dos profissionais de saúde em Goiânia.
Assim como o TCM, o Sindsaúde considera que as motivações apresentadas pela prefeitura são frágeis e não justificam a contratação de empresas para o fornecimento de serviços. Para o Sindicato, a verdadeira intenção da gestão municipal é promover o sucateamento para justificar a entrega definitiva do Samu à iniciativa privada.
O Sindsaúde entende que a greve decretada pelos trabalhadores do Samu é uma forma de reagir ao desmonte do serviço por parte da gestão municipal e à iminente privatização dos serviços. A decisão pela greve possui quatro reivindicações principais: o compromisso da prefeitura de Goiânia de não privatizar o Samu, a urgente convocação de mais aprovados do concurso público (Edital 001/2020) para suprir as demandas do órgão, a melhoria das condições de trabalho e a garantia da qualidade do atendimento à população.
Preocupantemente, o Samu de Goiânia opera com menos de 30% de sua capacidade total, resultado de ações da prefeitura que dificultam o funcionamento adequado do serviço de urgência e emergência, prejudicando assim a população que depende desse atendimento essencial.
Nesse sentido, é preciso destacar que a greve no Samu, de fato, iniciou quando a prefeitura de Goiânia fez o desmonte do Samu, impedindo que o serviço funcionasse adequadamente. Sendo assim, os trabalhadores estão apenas aderindo a um movimento iniciado pela gestão, uma vez que os profissionais enfrentam diariamente a falta de médicos, enfermeiros, ambulâncias, motoristas e de insumos.
Por fim, o Sindsaúde, a Associação dos Trabalhadores do Samu, o Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg) e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) – entidades representativas dos trabalhadores do Samu – reiteram que estão abertas ao diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e que estão prontas para buscar soluções plausíveis que atendam aos interesses da população e dos trabalhadores, garantindo um serviço de urgência eficiente e de qualidade.
........................
AGÊNCIA BRASIL
Ministério da Saúde reajusta bolsa do Mais Médicos em 8,4%
O Ministério da Saúde reajustou em 8,4% a bolsa de profissionais do Programa Mais Médicos. Com o aumento, o valor líquido passa de R$ 11.530,04 para R$ 12.500,80. A portaria com o reajuste foi publicada no Diário Oficial da União. Segundo a pasta, a última atualização da bolsa-formação havia sido feita em 2019.
Em nota, o ministério destacou que o valor será pago a partir da próxima remuneração, no primeiro dia útil de julho. O reajuste vai ampliar ainda os valores de ajuda de custo, pagos quando o médico muda de cidade para atuar no programa, que variam de uma a três bolsas-formação, a depender da localidade de atuação.
“A medida também vai ampliar as indenizações por fixação, que são o valor acumulado da soma das bolsas-formação que o profissional pode receber ao final dos quatro anos do programa. Esses incentivos variam de 10% a 80% do total de bolsas recebidas, a depender da localidade de atuação e da condição do médico.”
Números
Dados da pasta indicam que o Mais Médicos conta com 24,9 mil vagas ocupadas e 2,6 mil em ocupação. A meta estabelecida pelo governo federal para 2024 é de 28 mil médicos ativos. Ainda segundo o ministério, 60% dos médicos em atuação em municípios mais vulneráveis pertencem ao programa.
..............................
A REDAÇÃO
TCM determina suspensão de contratação emergencial para o Samu em Goiânia
O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) determinou, na quarta-feira (12/6), a suspensão imediata do procedimento administrativo instaurado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a contratação emergencial de uma empresa especializada na prestação de serviços para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A proposta da SMS era contratar serviços de tecnologia para implementação, capacitação, manutenção e informatização das centrais de regulação do Serviço de Remoção – Suporte Avançado, além do fornecimento de mão de obra, teleassistência e telepropedêutica aplicada a urgências e emergências, por um período de 180 dias.
O TCM considerou frágeis as motivações apresentadas pela prefeitura. Uma das justificativas do Tribunal é de que “o sucateamento do SAMU não advém de um aumento da demanda, mas, conforme consta das informações do Conselho de Ética, na deficiência na prestação do serviço decorrente da diminuição da quantidade de médicos para atendimento e falta de manutenção das viaturas e da linha telefônica“.
O TCM fixou ainda um prazo de 48 horas para que a Secretaria Municipal de Saúde comprove o cumprimento da medida e forneça informações suficientes para atestar o adequado atendimento à decisão, sob pena de aplicação da multa prevista no artigo 47-A, X da Lei Estadual n.º 15.958/07.
................................
GLOBO ONLINE
Amil e Dasa assinam a fusão de suas áreas de hospitais. Veja os detalhes e os bastidores
A Dasa e a Amil acabam de selar a fusão de suas respectivas áreas de hospitais. Vão criar uma nova empresa em que cada uma das partes terá 50% do negócio. Pelas partes, assinaram o contrato Pedro Godoy de Bueno (Dasa) e José Seripieri Filho, o Junior (Amil) no escritório Lefosse, em São Paulo.
A nova companhia nasce com 25 hospitais (14 da Dasa e 11 da Amil), num total de 4,5 mil leitos e 27 mil funcionários. A maioria está localizada no Sudeste e Brasília. Será a segunda maior do Brasil, atrás do grupo D'Or (11,7 mil leitos).
A nova empresa se chamar Rede Américas. O presidente será Lício Cintra (ex-Hapvida), que desde fevereiro é o CEO da Dasa.
O negócio fechado inclui somente os hospitais desses dois grupos. A Amil continua os seu planos de saúde numa empresa separada. Assim como a área de medicina diagnóstica da Dasa mantém-se como o mesmo formato societário de hoje.
As negociações começaram em dezembro passado. Logo após a compra da Amil, Junior procurou os Godoy Bueno propondo começarem a conversar. As reuniões se intensificaram nas últimas semanas.
Neste meio tempo, um outro concorrente tentou atravessar o caminho de José Seripieri Filho, o Junior, dono da Amil: Nelson Tanure, dono da Alliança Saúde (e que meses atrás travou com o mesmo Junior uma disputa pela Amil), fez uma oferta para se associar à família Bueno de Godoy (dona da Dasa). Mas não teve êxito novamente.
Dulce Pugliese, confundadora da Amil junto com seu ex-marido, Edson Godoy de Bueno, será a presidente vitalícia do conselho de administração. O colegiado terá nove integrantes: três escolhidos pela Amil, três pela Dasa e três independentes.
Ficou acertado também que nos dois primeiros anos a Dasa continua gerindo a empresa.
Os hospitais da Dasa que passam a integrar a joint venture são: Hospital Paraná (PR); Hospital Nove de Julho (SP), Unidade Nove de Julho Alphaville (SP), Hospital Santa Paula (SP), Hospital Leforte Liberdade (SP), Hospital Leforte Morumbi (SP), Innova Hospital(SP), Hospital Cristóvam da Gama (SP); Hospital São Lucas Copacabana (RJ), Complexo Hospitalar Niterói (RJ), Hospital do Carmo (RJ); Maternidade Brasília (DF), Hospital Brasília Águas Claras (DF), Hospital Brasília (DF).
Já os da Amil (que são da rede Americas) são: Samaritano Higienópolis (SP), Samaritano Paulista (SP), Alvorada Moema (SP), Hospital e Maternidade Madre Theodora (SP); o Hospital Pró-Cardíaco (RJ), os Hospitais Samaritano Botafogo (RJ), Samaritano Barra (RJ); Hospital Vitória Barra (RJ), Hospital e Maternidade Santa Lúcia (RJ); Hospital Alvorada Brasília (DF); Hospital Santa Joana Recife (PE).
.....................
UOL
Prática ilegal da medicina: Brasil tem 10 mil ações registradas em 11 anos
Henrique Silva Chagas, de 27 anos, morreu durante um procedimento estético realizado em uma clínica em São Paulo Imagem: Reprodução/Redes sociaisCerca de 10 mil boletins de ocorrência e processos judiciais por exercício ilegal da medicina foram abertos no Brasil no período de 2012 a 2023, segundo levantamento realizado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).
O que aconteceuEstudo considerou números oficiais do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e das Polícias Civis de 22 estados. Divulgado na última semana, o levantamento aponta que essas ações implicaram em prejuízos financeiros, sequelas de diferentes níveis e mortes de pacientes.
CFM cita Lei do Ato Médico, que prevê que procedimentos invasivos, dentre outros, devem ser feitos apenas por médicos. O órgão esclareceu que o crime de exercício ilegal da medicina pode ocorrer, entre outros, quando são realizados procedimentos invasivos - como diagnósticos, terapêuticos ou estéticos - , definidos como a colocação ou aplicação de substâncias que ultrapassam as camadas superficiais da pele.
Esses tratamentos invasivos, segundo o conselho, precisam que os responsáveis tenham capacitação técnica. De acordo com o CFM, essa capacitação é "oferecida apenas aos graduados em medicina, o que reduz significativamente as chances de exposição dos pacientes a efeitos" nocivos.
Autarquia médica divulgou nota de esclarecimento à população como um "alerta" após morte de jovem em São Paulo. No texto, divulgado na quinta-feira (6), o órgão ressaltou que os procedimentos estéticos invasivos devem ser realizados por médicos que tenham, preferencialmente, especialização em dermatologia ou cirurgia plástica por "estarem capacitados para oferecer ao paciente atendimento com competência técnica e segurança".
Segundo o CFM, o procedimento de peeling de fenol, que levou Henrique Chagas à morte, foi realizado por "profissional sem qualificação em medicina". Ainda de acordo com a autarquia, ela "não observou critérios mínimos exigidos na realização deste atendimento".
Procedimentos devem ocorrer em ambiente preparado. Mesmo conduzido por médicos, os locais devem seguir as normas sanitárias, além de ser necessário haver estrutura para atendimento rápido de suporte à vida em caso de intercorrências, destaca o conselho.
Autarquia pede providências das autoridadesConselho pede que órgãos de controle tomem providências para coibir abusos e irregularidades. Citando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com auxílio das vigilâncias estaduais e municipais, a autarquia médica aponta ser necessário aumentar a fiscalização dos estabelecimentos e profissionais que "prestam esse tipo de serviço sem atenderem aos critérios definidos em lei e pelos órgãos de controle".
Também é solicitado que Anvisa amplie o controle à venda de medicamentos, equipamentos e insumos de uso médico. A autarquia denuncia que esses itens são comercializados "indiscriminadamente, permitindo que pessoas realizem e anunciem a oferta de serviços para os quais não estão qualificadas".
A Polícia Civil e o Judiciário ainda são instados no texto a "agirem com urgência" para coibir a prática de exercício ilegal da medicina e aplicação "com rigor" das leis nos casos denunciados. "Comprometidos com a defesa da saúde e do bem-estar dos brasileiros (individual e coletivo), o Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) continuam atentos aos abusos dentro de seu escopo de atuação e esperam o mesmo das outras autoridades", aponta o texto.
Morte de jovem após peeling de fenol Henrique Silva Chagas, de 27 anos, morreu durante um procedimento estético realizado em uma clínica em São Paulo Imagem: Reprodução/Redes sociaisO empresário de 27 anos morreu enquanto passava por um procedimento estético realizado no dia 3 de junho. Henrique Silva Chagas teve parada cardiorrespiratória durante o procedimento que foi realizado por Natalia Fabiana de Freitas Antônio, conhecida nas redes sociais como Natalia Becker. A clínica fica localizada na rua Doutor Jesuíno Maciel, no Campo Belo, na zona sul de São Paulo.
Natalia disse que aprendeu o procedimento em um curso online. As aulas seriam ministradas pela farmacêutica Daniele Stuart, do Paraná. Agora, Daniele é investigada pela polícia paranaense por exercício ilegal da medicina.
No Instagram, a conta da influencer tinha mais de 233 mil seguidores. A mulher informava que é "criadora" de um protocolo de tratamento estético e "premiada especialista em melasma". Ela tem uma unidade da clínica em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. Conta de Natalia no Instagram ficou indisponível após o caso.
A causa da morte de Henrique Chagas ainda é investigada pela polícia, que aguarda exames toxicológico e anatomopatológico para saber se o uso do fenol provocou, de fato, o óbito do empresário. Na última semana, Natalia Becker foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando não há intenção, mas se assume o risco de matar. Não há mandado de prisão contra ela.
A defesa de Natalia diz que aguarda o laudo dos exames que determinarão a causa da morte do empresário. Já a defesa de Daniele, representada pelo advogado Jeffrey Chiquini, afirmou que o curso ministrado pela cliente é "online e exclusivamente conceitual" e não tem caráter profissionalizante. O advogado acrescentou que a farmacêutica não realizou a aplicação de peeling em Henrique e acusa Natalia de tentar "fugir da sua responsabilidade".
.....................
Assessoria de Comunicação
Ahpaceg recebe Sandro Mabel, pré-candidato à prefeitura de Goiânia
Ontem, 12, a Ahpaceg recebeu a visita do pré-candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel. Acompanhado pelo presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, e do pré-candidato a vereador, Michel Magul, Mabel falou aos associados sobre o desafio de disputar a prefeitura, enfatizou que pretende usar a sua experiência como gestor da área privada na administração da capital e citou propostas de governo, como a criação de parcerias para a oferta de serviços à população e a divisão da cidade em áreas administrativas.
Haikal Helou, presidente da Ahpaceg, observou que Goiânia é a cidade da região metropolitana com a maior alíquota de ISS na área da saúde. “Não queremos isenção de impostos, mas a oportunidade de compensarmos essa alta carga tributária prestando serviços”, disse. Essa parceria beneficiaria a população, que hoje depende e, muitas vezes, sobrecarrega a rede pública de saúde e não conta com um atendimento de qualidade.
Rubens Fileti citou o trabalho da Câmara da Saúde da Acieg, da qual a Ahpaceg participa, e falou um pouco sobre o trabalho da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás.
A reunião contou também com a presença do presidente da Unimed Goiânia, Lueiz Amorim Canedo. Ele relatou aos associados alguns desafios enfrentados neste início de gestão e citou conquistas já alcançadas, como a redução do custo administrativo da cooperativa e a adoção de um novo planejamento orçamentário. “Agora, estamos retomando o diálogo com os prestadores”, disse.
CLIPPING AHPACEG 13/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Lucro de planos de saúde cresce 343% em meio a onda de cancelamentos unilaterais
Prefeitura deve devolver R$ 1,6 milhão destinado ao Samu
Aumento dos custos médicos pressiona empresas e impacta folha de pagamento
Empresas de proteção à saúde atraem e retêm colaboradores e terceirizados
CARTA CAPITAL
Lucro de planos de saúde cresce 343% em meio a onda de cancelamentos unilaterais
Lucro líquido foi de 3,33 bilhões de reais nos primeiros três meses deste ano
Os planos de saúde registraram um lucro líquido de 3,33 bilhões de reais nos primeiros três meses deste ano, segundo o relatório divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta quarta-feira 12.
A cifra representa uma alta de 343% em relação ao mesmo período de 2023. O salto nos lucros é registrado em meio a uma onda de rompimentos unilaterais de contratos por conta de transtornos ou doenças.
Por causa dos cancelamentos, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) chegou a notificar, em maio, vinte operadoras do país para que explicassem o crescimento nos casos de rompimento unilateral, incluindo o de beneficiários que estavam em tratamentos que demandam assistência contínua.
Após isso, as empresas firmaram um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) para suspender a prática. Os termos do acordo, entretanto, não foram detalhados.
O desempenho das empresas, segundo a ANS, é o mais positivo para um 1º trimestre desde 2019. O diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino, reforçou que os números representam uma recuperação do setor, mas ponderou a importância da melhoria nos serviços.
"É importante não perder de vista que essa recuperação precisa se refletir na garantia e na melhoria dos serviços oferecidos aos beneficiários. Por isso reforçamos que é fundamental as operadoras investirem em gestão, prestarem serviços de qualidade", analisa.
..............................
TV ANHANGUERA
Prefeitura deve devolver R$ 1,6 milhão destinado ao Samu
https://globoplay.globo.com/v/12672430/
.............
MEDICINA S/A
Aumento dos custos médicos pressiona empresas e impacta folha de pagamento
A Aon plc revelou recentemente os resultados da sua Pesquisa de Benefícios 2023, que destacou um aumento expressivo nos custos médicos e hospitalares, pressionando as finanças das empresas no Brasil. Entre 2020 e 2021, o benefício de assistência médica representava, na maioria das empresas, entre 5% e 10% do total da folha de pagamento. Em 2023, para quase 32% das organizações, os custos médicos representavam entre 5% e 10% da folha de pagamento, e para 25,8% das empresas, a representatividade da assistência médica estava entre 10% e 20%.
Conforme o Relatório das Tendências Globais dos Custos de Saúde para 2024, também da Aon, os custos médicos neste ano devem aumentar significativamente, mantendo um patamar elevado de 14,1%, similar aos 14,4% observados em 2023. Este aumento é influenciado por diversos fatores, incluindo a alta inflação, a crescente complexidade dos tratamentos médicos, e a inclusão de novas tecnologias e medicamentos. “Os custos médicos estão aumentando significativamente devido à demanda reprimida pós-pandemia e à inclusão de novas coberturas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), explica Leonardo Coelho, Vice Presidente de Health & Talent na Aon Brasil.
Para mitigar esses impactos, a recomendação é de que as empresas adotem estratégias de gestão de saúde mais eficazes, investindo em programas de bem-estar e prevenção que podem ajudar a controlar os custos e melhorar a saúde geral dos colaboradores. “A administração eficaz dos custos médicos é crucial para a sustentabilidade das empresas”, comenta Coelho. “Programas de prevenção e bem-estar não apenas reduzem os custos a longo prazo, mas melhoram a qualidade de vida dos colaboradores, resultando em um ambiente de trabalho mais produtivo e saudável.”
Os dados da Aon destacam que a gestão de saúde corporativa deve ser personalizada, promovendo o autocuidado individual. A implementação de estratégias baseadas em dados robustos pode ajudar as empresas a identificar tendências e implementar medidas preventivas de forma mais eficaz, reduzindo assim, os custos operacionais e melhorando os resultados para os colaboradores.
Além disso, o uso de modelos de contrato adequados ao perfil de cada empresa, seja pré-pagamento ou pós-pagamento, é essencial para uma gestão eficaz dos custos de saúde. No modelo de pós-pagamento, por exemplo, a empresa paga os custos dos eventos efetivamente ocorridos, absorvendo a oscilação do custo assistencial mensal, o que requer uma reserva técnica para enfrentar possíveis oscilações de risco.
.................................
PORTAL AB NEWS
Empresas de proteção à saúde atraem e retêm colaboradores e terceirizados
O CEO da empresa Benefício MEDIK, Richard Crivelari, participou da 11ª. Expo InfraFM como palestrante e apresentou a importância dos serviços de proteção à saúde para colaboradores próprios e terceirizados
Os benefícios de assistência à saúde têm sido apontados por pesquisas do setor de Recursos Humanos como um dos fatores importantes de atração e retenção de colaboradores. Neste cenário, o Benefício MEDIK inova ao oferecer serviços de proteção à saúde com qualidade e rapidez no atendimento. Desde 2021, proporciona para as empresas serviços de telemedicina 24 horas, cobertura de medicamentos, desconto em exames e orientações online de diversos profissionais de saúde como psicólogos, nutricionistas e educadores físicos. Segundo a conceituada empresa internacional de RH, Robert Half, as práticas de recrutamento mudaram nos últimos anos e além do salário e estabilidade, a oferta de benefícios saúde e bem-estar tem sido uma forma eficiente de fortalecer o vínculo entre colaboradores e empresas empregadoras.
Pesquisa da Robert Half ainda identifica que o benefício mais procurado por 95% dos trabalhadores é o plano de saúde, 97% dos colaboradores e 93% dos desempregados analisam os auxílios corporativos antes de aceitar uma proposta.
"Criamos um serviço de proteção à saúde que cuida dos colaboradores nas situações mais frequentes, que são as que mais impactam a operação das empresas. É um conjunto de serviços de atenção primária de alta resolutividade que evita agravos e estimula a prevenção. Provemos acesso rápido, fácil e ilimitado a médicos de plantão 24hs e uma ampla cobertura de medicamentos, tornando os remédios grátis, evitando automedicação e preocupações financeiras durante tratamento", destaca o CEO do Benefício MEDIK, Richard Crivelari. Crivelari acrescenta que o MEDIK oferece ainda uma célula de acolhimento e bem-estar com psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais. "Todos estes serviços são suportados por uma camada de tecnologia e gestão de saúde populacional, que permite identificar tendências e agir antecipadamente com campanhas de prevenção e promoção da saúde de forma personalizada para cada empresa.
Essa abordagem tem sido eficiente e nossos clientes têm percebido um alto valor gerado com baixo investimento", complementa. O CEO do Benefício MEDIK participou da 11ª. Expo InfraFM, dedicada ao setor de Facility, Property e Workplace Management, realizada em junho no Expo Center Norte, São Paulo. Sua palestra 'Por que é importante cuidar da saúde de funcionários próprios e terceirizados?' no primeiro dia do evento, reforçando as competências dos serviços de proteção à saúde e benefícios deste serviço para empresas de Facility e diversos outros segmentos. Para Léa Lobo, diretora de Conteúdo do evento, a InfraFM® é sinônimo de conhecimento profundo no setor, com mais de 25 anos de expertise. "Ao participar do congresso e da feira da 11ª Expo InfraFM, promovida pela InfraFM®, os participantes se capacitam para enfrentar os desafios atuais e futuros, impulsionar as carreiras, expandir a rede de contatos e estar à frente das mudanças no mercado", afirma.
Detalhes dos serviços do Benefício MEDIK Acesso Imediato a Médicos 24 Horas Uma das principais vantagens do Benefício MEDIK é a disponibilidade de médicos 24 horas. Em situações de urgência ou em momentos de dúvida sobre sintomas, os beneficiários podem acessar orientação médica imediata, garantindo tranquilidade e suporte profissional a qualquer hora e de qualquer lugar, via telemedicina. Descontos em Exames Compreender a importância do diagnóstico precoce e preciso é fundamental. A empresa oferece descontos em exames laboratoriais e de imagem, permitindo que os usuários mantenham seus check-ups em dia, sem comprometer o orçamento familiar. Cobertura de Medicamentos Em muitas situações, os custos com medicamentos podem ser um desafio para o beneficiário de planos de assistência médica. O Benefício MEDIK inclui um auxílio de R$200,00 mensal, não cumulativo, para a compra de remédios com prescrição médica, aliviando o peso financeiro e garantindo que os pacientes possam seguir seus tratamentos corretamente.
Apoio Multidisciplinar com Psicólogos, Nutricionistas e Educadores Físicos O setor de saúde e a população têm reconhecido que a saúde vai além do tratamento médico e inicia na prevenção. O Benefício MEDIK proporciona acesso a profissionais de saúde como psicólogos, nutricionistas e educadores físicos. Esse suporte multidisciplinar é essencial para promover bem-estar mental, hábitos alimentares saudáveis e um estilo de vida ativo, fatores importantes para a prevenção de doenças e a manutenção da saúde geral. Preços Acessíveis democratiza o Acesso à Saúde Em um cenário onde o acesso à saúde de qualidade muitas vezes está fora do alcance financeiro de muitos brasileiros, a Benefício MEDIK se destaca por oferecer um serviço completo a preços acessíveis. Esse modelo inclusivo democratiza o acesso à assistência médica, laboratorial e medicamentos, proporcionando aos beneficiários a oportunidade de cuidar da saúde com qualidade e segurança.
"A extensa experiência no setor me motivou a fundar o Benefício MEDIK, em 2021. O amplo conhecimento do comportamento do usuário de plano de saúde no país, permitiu construir um modelo inovador, enxuto, focado nas situações mais frequentes de saúde do trabalhador brasileiro. Este modelo atende todas as empresas e, principalmente as pequenas e médias, que podem oferecer cuidado à saúde para seus funcionários e, consequentemente, garantir mais satisfação e permanência destes na empresa", declara Crivelari.
................................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 12/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Entenda qual a chance de seu plano de saúde ser cortado pela operadora
Prefeitura quer terceirizar gerenciamento do Samu, em Goiânia
Empresário reclamam de dívida de R$ 50 milhões com OS's de hospital
Com possibilidade de greve, secretário de Saúde promete melhor atendimento do Samu do Brasil
Pediatra de hospital particular de Goiânia é suspeito de assédio sexual e moral contra enfermeiras
Saúde de Goiânia descarta terceirização do Samu
METRÓPOLES
Entenda qual a chance de seu plano de saúde ser cortado pela operadora
No país, há 3 tipos de serviços prestados pelas empresas do setor. A polêmica sobre o cancelamento de contratos concentra-se em um deles
No fim do mês passado, representantes das operadoras de planos de saúde firmaram um acordo verbal com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para interromper, dali em diante, os cancelamentos unilaterais de contratos. Tratativas à parte, os usuários continuam sem saber que tipo de serviço pode ser cancelado e o que está acontecendo no setor.
O fato é que há três tipos de planos de saúde no país. O primeiro deles é o coletivo empresarial. Ele é feito entre as operadoras e empresas em geral.
Esse filão do negócio, sob condições normais, tende a ser o mais rentável para os planos de saúde, uma vez que o valor dos reajustes é negociado livremente e há equilíbrio entre o número de pessoas que usam e as que pagam pelo serviço. Na maioria dos casos, quando os contratos são interrompidos, isso quer dizer que as partes não chegaram a um denominador comum e as empresas buscam outros fornecedores.
Tumulto é na adesão
O segundo tipo de plano é o coletivo por adesão. Nesse caso, o serviço de assistência médica é prestado a um grupo de pessoas com algum vínculo profissional, ligadas, por exemplo, a um sindicato ou a uma entidade de classe.
As operadoras alegam que muitos desses planos são deficitários. Daí, o maior número de cancelamentos unilaterais. Quando ocorrem as interrupções do serviço, em geral, as empresas do setor tentam renovar o serviço, mas por meio de novos contratos que preveem o sistema de coparticipação dos beneficiários no pagamento das despesas.
É esse segmento que concentra os atritos em curso entre usuários e operadoras. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que, entre janeiro e abril deste ano, 531,5 mil pessoas ingressaram nos planos por adesão no país. Nesse mesmo período, o número de cancelamentos de contratos foi maior. Ele atingiu 643,5 mil.
No caso dos planos empresariais, os mais rentáveis do setor, a situação é inversa. Nos quatro primeiros meses do ano, eles registraram a entrada de 4,2 milhões de beneficiários e a saída de 3,9 milhões. O acordo verbal firmado entre Lira e as operadoras estabeleceu que não haveria cancelamentos dos planos por adesão a partir de 28 de maio.
Individuais
O terceiro tipo de plano de saúde existente no mercado é o individual e familiar. Nesse caso, a rescisão do contrato só pode ser feita em caso de constatação de fraude ou por falta de pagamento das mensalidades. Não pode, portanto, haver o cancelamento unilateral. Os reajustes desses planos são definidos pela ANS.
Por conta dessas características - os aumentos limitados pelo órgão regulador do setor e a impossibilidade de cancelamento - muitas operadoras não vendem mais esse tipo de plano.
............................
TV ANHANGUERA
Prefeitura quer terceirizar gerenciamento do Samu, em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/12669228/
.................
Empresário reclamam de dívida de R$ 50 milhões com OS's de hospital
https://globoplay.globo.com/v/12669133/
........................
JORNAL OPÇÃO
Com possibilidade de greve, secretário de Saúde promete melhor atendimento do Samu do Brasil
Secretário realizou entrevista coletiva para explicar sobre plano envolvendo o serviço de atendimento
Em meio à crise das ambulâncias, o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, prometeu nesta terça-feira, 11, que a capital terá o melhor Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Brasil. Segundo o titular da pasta, o plano prevê modernização para as atividades, incluindo terceirizações na frota e uso da telemedicina no atendimento.
“Nós vamos ter o melhor Samu e o melhor transporte sanitário do Brasil”, conta Pollara, em entrevista coletiva. “(…) Estive com o diretor geral nacional do Samu, em Brasília, expliquei a nossa situação e ele disse que está do nosso lado. Disse que assim que estruturarmos a conjuntura, a nossa situação seria totalmente regularizada”, acrescenta.
Pollara conta que o seu plano para reestruturar o Samu em Goiânia parte de modernizar a prestação do serviço, com inclusão da telemedicina e trabalhos de triagem mais práticos. Ao mesmo tempo, o secretário também defende a terceirização da frota e de outros componentes do serviço, incluindo os motoristas de ambulância. Ele aponta que a medida é mais viável economicamente do que fazer manutenção para as ambulâncias municipais.
“Tínhamos 22 ambulâncias quando eu cheguei aqui, mas 15 estavam quebradas, precisei pagar R$ 700 mil em manutenção atrasada para liberarem a ambulância. (…) Então, chegamos à conclusão que a manutenção é maior do que alugar ambulâncias zero quilômetros, com obrigatoriedade de substituição em qualquer defeito”, defende Pollara.
O secretário conta que é necessário terceirizar os motoristas por questões envolvendo seguro. A razão seria porque os veículos só poderiam ser conduzidos por trabalhadores próprios dessas empresas porque os custos aumentariam se fossem servidores municipais.
Possibilidade de greve
Por conta dos planos de Pollara para Samu, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) convoca nesta quarta-feira, 12, uma assembleia contra a privatização do Samu em Goiânia. A reunião será na sede da Samu, a partir de 9h, e também existe a possibilidade da categoria entrar em greve.
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) convoca nesta quarta-feira, 12, uma assembleia contra a privatização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Goiânia. A reunião será na sede do Samu, a partir de 9h, e existe a possibilidade da categoria entrar em greve.
Em nota, o Sindsaúde disse que o modelo que o secretário de Saúde pretende implementar na capital e apontou que essa ideia já foi tentada no passado, mas sem sucesso. “Esse modelo de gestão já existiu, quando era gerido pela Santa Casa e levou a problemas graves como o não pagamento de verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados”, critica.
Ao mesmo tempo, o sindicato apontou que Goiânia está atualmente com 8 ambulâncias em funcionamento e dez na oficina. Sendo que um veículo funcional estava sem médico. A categoria também pede pela convocação de aprovados em concurso.
Além dos problemas envolvendo ambulâncias, o Ministério da Saúde suspendeu em maio um repasse de recurso financeiro para o serviço. Também houve denúncias de que a Prefeitura de Goiânia recebeu dinheiro irregular do Governo Federal para manter o serviço. Ao todo, o prejuízo foi de R$ 11 milhões para os cofres do município.
Confira a nota completa do Sindsaúde:
Nota do Sindsaúde sobre a situação do SAMU em Goiânia
O Sindsaúde esclarece que a atual situação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Goiânia, incluindo das ambulâncias, está inserida em uma tentativa de privatização do serviço. Esse modelo de gestão já existiu, quando o SAMU foi gerido pela Santa Casa e levou a problemas graves como o não pagamento de verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados.
Houve descontinuidade no serviço e demorou anos para que os trabalhadores tivessem direito a receber salários e verbas rescisórias, por esse e outros motivos, o Sindsaúde se posiciona contra a privatização do SAMU.
Precisamos do SAMU com gestão própria e gestores com qualificação técnica para o serviço. Por isso, o Sindsaúde defende a reestruturação do SAMU, para que o serviço seja oferecido com qualidade a toda a população.
Quanto à situação das ambulâncias, mais especificamente, usando como base apenas a última segunda-feira (10), 10 ambulâncias estavam na oficina e oito delas em circulação. Das que estavam operantes, uma estava sem médico, de acordo com dados apurados pelo Sindsaúde.
Vale relembrar que em maio de 2024, o Ministério da Saúde (MS) publicou as portarias 3.692/24 e 3.700/24 suspendendo repasses à prefeitura de Goiânia, uma vez que os recursos não estavam sendo destinados à manutenção desses veículos, segundo auditoria do próprio MS.
Na próxima quarta-feira (11) o Sindsaúde participa de assembleia geral dos trabalhadores da categoria contra a privatização, pela valorização do SAMU e convocação de aprovados em concurso (Edital 001/2020).
............................
Pediatra de hospital particular de Goiânia é suspeito de assédio sexual e moral contra enfermeiras
Embora na Justiça Trabalhista, ação resgata casos de óbitos, negligência médica e registros de suicídio de funcionários
Um diretor do Hospital Premium de Goiânia é citado em um processo trabalhista no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª região (TRT-18) por suposto assédio sexual e moral contra enfermeiras. O Jornal Opção conseguiu acesso a parte do processo com exclusividade. O julgamento do caso está marcado para ter início em 1º de julho, quando haverá audiência de instrução.
À reportagem, a advogada do caso, Eva Lara Alves, contou que neste dia “ouvidas as partes e testemunhas” e na sequência será “o julgamento”. Como se trata da suspeita de um crime grave, a defensora foi indagada se o caso não deveria envolver a polícia e outra instância judicial.
“Ela [a vítima] até poderia fazer um registro na delegacia, mas como envolve relação de trabalho, a competência é da Justiça do trabalho”, justificou.
No processo foram juntados diversos prints de conversas de WhatsApp, que seria entre o médico pediatra Alan Anderson Oliveira e uma das vítimas. A advogada enfatizou, na petição, que as investidas pelas redes sociais se transformaram em “pedidos por favores sexuais em troca de vantagens no trabalho”.
O Jornal Opção conseguiu o contato de Alan Anderson e da unidade hospitalar. O médico se mostrou surpreso sobre o assunto: “Como assim?”. Foi-lhe enviado o número de protocolo do processo e solicitado novamente a sua manifestação sobre o caso, o que não ocorreu. Tentativas de comunicação foram feitas com o hospital, mas sem sucesso.
Relatos de supostas negligências
Funcionários e clientes elencam diversas negligências no serviço médico do hospital. A reportagem teve acesso a uma ocorrência que narra a morte de uma paciente de 30 anos, após a cirurgia para retirada de vesícula, em julho de 2023.
Durante o procedimento, uma artéria dela teria sido cortada quando houve a introdução de uma cânula (instrumento utilizado em diversos procedimentos médicos e cirúrgicos para facilitar a inserção de tubos ou agulhas em diferentes partes do corpo humano). Isso porque, a cirurgia seria por vídeo.
A vítima teria perdido bastante sangue e sofrido uma parada cardíaca. Na época, a irmã dela relatou que “soube que tiveram que abrir seu abdômen” para tentar reestabilizar o seu estado de saúde.
Nas redes sociais, uma mulher chegou a narrar a experiência do parto dela no hospital, embora tenha elogiado a equipe de enfermagem, aconselhou os seguidores a evitar a maternidade da unidade.
Funcionários relembraram de casos chocantes, como uma criança que quase foi a óbito. “20 adrenalina de diurno ‘pra’ uma criança de 2 anos fora as que foram feitas. Aqui tem adrenalina ‘pra’ 3 pacientes adultos. São oito adrenalina noturno”.
“Técnica seguiu conforme a prescrição e fez a injeção intravenosa em bomba. O que era ‘pra’ ter sido feito em nebulização em caso de crise”, explicou uma profissional. Ela acentua que a unidade não possui estrutura para atendimentos de alta complexidade.
Assédio moral, sexual e pressão por erros médicos, alguns motivados por realocação de profissionais para outras funções que não têm capacidade, teriam motivados casos de suicídio de funcionária.
...........................
NOTÍCIAS GOIANAS
Saúde de Goiânia descarta terceirização do Samu
Afirmação foi feita pelo secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (11/6)
Buscando dar transparência ao programa de modernização e melhoria do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Goiânia, além de esclarecer informações não verídicas que circulam sobre o assunto, o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, recebeu a imprensa nesta terça-feira (11/6).
Durante a coletiva, o secretário esclareceu que o Samu não será privatizado. “Vamos manter todo o quadro de funcionários, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além da gestão do Samu que continuará com o município”, explicou.
Na parte de ambulâncias, a pretensão do município é locar 17 veículos, sendo três Unidades de Suporte Avançado (USA) e 14 de Unidades de Suporte Básico (USB), todas já com motorista. A empresa será responsável pela manutenção dos veículos e substituição imediata caso algum apresente problemas.
Ainda segundo Pollara, a proposta de melhorias na instituição visa a contratação de empresa de tecnologia que vai permitir agilizar o atendimento desde a ligação do paciente, o socorro até o encaminhamento para o hospital. “As ligações serão atendidas em três toques e a tecnologia será primordial, uma vez que integrará todas as etapas do atendimento, desde o recebimento da chamada até a finalização do socorro ao usuário”.
“Haverá uma integração das equipes, das informações sobre o tipo de vaga que o paciente necessita, onde está essa vaga, enfim, vamos ganhar tempo no atendimento, que, em muitos casos, poderá ser crucial para a vida da pessoa”, explicou o titular da SMS.
O secretário também deu detalhes da telemedicina que não existe hoje no Samu e que será um grande avanço. “Naqueles casos em que não houver a necessidade de transporte do paciente, e caso seja necessário, o médico vai fazer uma consulta com o paciente, isso é muito moderno e eficaz”, detalhou.
Pollara falou também do atendimento aos casos mais complexos. “Assim que o paciente com suspeita de infarto entrar na ambulância, ele já vai passar por um eletrocardiograma que será enviado a um especialista que orientará o que deve ser feito”.
Custos do Samu
Atualmente o gasto mensal do Samu gira em torno de R$ 7 milhões mensais. Deste total, o município recebe R$ 700 mil do Governo Federal e R$ 350 mil do Governo Estadual, o restante, mais de R$ 6 milhões, é bancado com recursos do Tesouro Municipal. Com as mudanças, a economia pode chegar a 40%.
..............................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 11/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Setor de produtos médico-hospitalares cresce 10,5% no primeiro trimestre
Como mitigar os impactos da responsabilização judicial na saúde
Oferta de serviços online aos pacientes avança nos estabelecimentos de saúde
MEDICINA S/A
Setor de produtos médico-hospitalares cresce 10,5% no primeiro trimestre
O consumo de dispositivos médicos, no Brasil, teve alta de 10,5% nos três primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2023. Os dados estão no Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), que acaba de ser divulgado. Entre os segmentos que compõem o setor, Reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro tiveram o maior crescimento (29%), seguido de Materiais e equipamentos para a saúde (1,7%) e Próteses e implantes – OPME (1,4%).
Boa notícia também nos negócios internacionais. O país importou 19% mais produtos para a saúde entre janeiro e março, do que no primeiro trimestre no ano passado. Foram comercializados quase US$ 2 bilhões. As exportações de dispositivos médicos somaram US$ 190 milhões, uma alta de 11%, no período em questão.
Apesar do recuo de 5,5% na produção nacional, o primeiro trimestre empregou mais. O crescimento foi de 1,4%, com a abertura de 1.980 vagas nas atividades industriais e comerciais do setor de DMs, totalizando o contingente de 146.577 trabalhadores nesse mercado, número que não inclui os empregados em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica.
“O crescimento do setor no primeiro trimestre é atribuído ao crescimento de 29% na atividade do segmento de reagentes. A retomada de internações e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), também contribuiu positivamente para a maior utilização de produtos médico hospitalares”, afirma o presidente executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
Segundo o Boletim, foram realizadas 3,2 milhões de internações no SUS, entre janeiro e março deste ano. Destaque para as internações para “Métodos de diagnósticos em especialidades”, com alta de 92,1%.
Entre janeiro e março deste ano aconteceram 1,4 milhão de cirurgias pelo SUS, sendo as dos olhos que apresentaram a maior alta: 97,2%, seguidas das cirurgias bucomaxilofaciais (90,2%) e pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa (85,4%).
Já o número de exames ambulatoriais teve aumento de 2,7%, no primeiro trimestre deste ano – 301 milhões. O “diagnóstico por tomografia” no SUS cresceu 10,5%. E com o aumento dos casos de dengue, no mesmo período, a realização de “diagnósticos por testes rápidos” registrou alta de 6,9%.
O Boletim Econômico ABIIS é desenvolvido pela Websetorial Consultoria Econômica.
..............................
Como mitigar os impactos da responsabilização judicial na saúde
Por Bruna Braga
Em um cenário jurídico cada vez mais complexo, a responsabilização judicial se tornou uma realidade para empresas e profissionais, especialmente na área da saúde e estética. O aumento das ações judiciais, impulsionado pela conscientização dos direitos do consumidor e pela cultura da litigância, torna essencial a adoção de estratégias jurídicas eficazes para proteger os negócios.
O primeiro passo para minimizar os impactos judiciais é a identificação meticulosa dos riscos jurídicos específicos de cada modelo de negócio e área de atuação. Essa análise deve considerar as particularidades do setor, histórico de litígios, tendências de mercado e mudanças regulatórias.
Entre os principais riscos a serem avaliados estão a Responsabilidade Civil, Trabalhista, Fiscal e de Proteção de Dados. Especialmente a Responsabilidade Civil, que trata de danos ao consumidor por falhas na prestação de serviços, é uma área de grande crescimento no judiciário e pode impactar financeiramente e na reputação da clínica.
Após identificar os riscos, é crucial desenvolver políticas internas claras e eficazes que permeiem a cultura organizacional e orientem os colaboradores sobre procedimentos corretos, normas e responsabilidades, prevenindo falhas e promovendo a conformidade através de medidas como a criação de manuais operacionais, desenvolvimento de programas de treinamento contínuo e realização de auditorias internas periódicas.
Contratos e documentos legais bem elaborados são estratégias eficazes para minimizar riscos judiciais com a definição de responsabilidades e alinhamento de expectativas objetivando a prevenção de mal-entendidos, o estabelecimento de prova documental em litígios e o fortalecimento da imagem da clínica/consultório. Entretanto, para garantir a eficácia desses documentos jurídicos é preciso se ater a questões como a utilização de linguagem clara, abordagem de pontos relevantes, atualização constante e armazenamento seguro.
Estratégias jurídicas são essenciais para minimizar impactos judiciais e identificar riscos, desenvolver políticas internas, utilizar contratos bem elaborados e atualizar-se com mudanças legislativas ajuda a proteger negócios e reduzir litígios e, assim, a conformidade legal fortalece a confiança de clientes e parceiros, investindo na longevidade e segurança do trabalho na área da saúde e estética.
*Bruna Braga é advogada, especialista em Advocacia Empresarial pela PUC Minas e aplica sua especialidade em demandas jurídicas de clínicas médicas.
............................
Oferta de serviços online aos pacientes avança nos estabelecimentos de saúde
Após período de estabilidade, a oferta de serviços online aos pacientes cresceu em 2023. É o que revela a nova edição da TIC Saúde, lançada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A pesquisa é conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Entre 2022 e 2023, o agendamento de consultas pela Internet subiu de 13% para 34%, enquanto a marcação de exames aumentou de 11% para 19% e a visualização de prontuário de 8% para 18%. Já no sistema privado, a visualização online de resultados de exames apresentou elevação significativa (de 33% em 2022 para 40% em 2023).
“Ao longo dos 10 anos do estudo, acompanhamos uma maior informatização dos estabelecimentos de saúde, relacionada, sobretudo, à infraestrutura e a sistemas eletrônicos, principalmente durante a pandemia da Covid-19”, informa Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br. “A continuidade do levantamento permite examinar como os recursos tecnológicos foram integrados nas unidades de saúde e como isso propiciou o avanço da saúde digital no país”.
Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), os serviços mais oferecidos via Internet em 2023 foram a visualização de resultados de exames e de agendamento de consultas (27%), e a verificação de prontuário eletrônico (21%).
Apesar da crescente demanda por informações e serviços de saúde no ambiente digital, hoje cerca de metade dos estabelecimentos na área contam com website (49%) e redes sociais (53%), conforme o levantamento do Cetic.br.
Telessaúde
A TIC Saúde 2023 também revelou um aumento no percentual de estabelecimentos públicos que ofereceram educação à distância (de 24% para 31%) e teleconsulta (de 15% para 21%), entre 2022 e 2023. Na esfera privada, duas em cada dez unidades disponibilizaram serviços como telediagnóstico e teleconsulta.
“A telessaúde tem desempenhado um papel fundamental na ampliação do acesso aos serviços de saúde em todo o território nacional. Após alguns anos de estabilidade, houve um aumento no percentual dos estabelecimentos que ofertaram educação à distância para os profissionais e teleconsulta, crescimento impulsionado pela rede pública”, comenta Barbosa.
Nordeste (26%) e Centro-Oeste (22%) foram as regiões que tiveram mais estabelecimentos que disponibilizaram educação à distância por meio da telessaúde. A teleconsulta, por sua vez, foi mais comum no Norte (24%) e Nordeste (24%).
Sistemas eletrônicos
Com base na série histórica da pesquisa, constatou-se, nos últimos anos, um avanço gradual da adoção de sistemas eletrônicos para o registro de informações dos pacientes, passando de 74% em 2016 para 87% dos estabelecimentos de saúde em 2023. Esse progresso foi especialmente marcante nas unidades públicas, onde o indicador passou de 56% para 85% no mesmo período.
O estudo também observou disparidades regionais quanto a esse recurso. Norte (79%) e Nordeste (83%) apresentam as menores proporções de estabelecimentos com algum tipo de sistema de registro eletrônico de informações dos pacientes. O maior percentual foi encontrado na região Sul (93%). Os estados com estabelecimento menos equipados com sistemas eletrônicos são Amapá (66%), Maranhão (71%) e Acre (72%).
Esse avanço se refletiu na maior disponibilidade em formato eletrônico de alguns tipos de informações dos pacientes, sobretudo nos estabelecimentos públicos. Se em 2013, 64% das unidades da rede pública tinham informações cadastrais nesse formato, dez anos depois, passou-se a 88%. Já informações sobre os principais motivos que levaram o paciente ao atendimento (de 28% para 83%), diagnósticos de saúde (de 27% para 82%) e vacinas administradas (de 29% para 78%) figuram entre as informações mais presentes de forma digital na última década.
IA e outras tecnologias
No módulo de novas tecnologias, foram incluídos indicadores que trazem informações mais detalhadas sobre a aplicação de inteligência artificial (IA). Em 2023, cerca de 3.200 estabelecimentos de saúde se valeram desse recurso, a grande maioria da rede privada (aproximadamente 2.800). Entre as ferramentas mais utilizadas por aqueles que adotaram IA estão as voltadas para a automatização de processos de fluxos de trabalho (46%), o uso de reconhecimento de fala (33%), e na mineração de texto e análise de linguagem escrita ou falada (32%). O reconhecimento e o processamento de imagens, bem como a aprendizagem de máquina para predição e análise de dados, foram aplicados por 21% e 16%, respectivamente.
O uso de IA pelos estabelecimentos tiveram como objetivo, principalmente, melhorar a segurança digital (45%), apoiar a organização de processos clínicos e administrativos (41%) e melhorar a eficiência dos tratamentos (38%). Por outro lado, aplicações para apoiar a gestão de recursos humanos ou recrutamento (28%) e auxiliar na dosagem de medicamentos (16%) foram menos citadas.
No caso das unidades de saúde que não recorreram a soluções baseadas em inteligência artificial, 63% dos gestores não consideraram a tecnologia como uma prioridade. Em quase metade dos estabelecimentos, a não utilização se deu por conta de incompatibilidade com equipamentos, software ou sistemas existentes no estabelecimento de saúde (52%), custos muito elevados (50%) e falta de necessidade ou interesse (49%). As preocupações com a violação da proteção de dados e privacidade (39%) e questões éticas (22%) foram menos citadas.
Um baixo percentual de estabelecimentos recorreu a tecnologias como blockchain (1.200), robótica (3.200) e Internet das Coisas (IoT) (4.300). Também uma parcela reduzida dos estabelecimentos de saúde adotou serviços em nuvem. Hospitais com mais de 50 leitos de internação foram os que mais usaram esses serviços, com destaque para e-mail em nuvem (63%) e armazenamento de arquivos ou bancos de dados em nuvem (57%). Em relação à análise de big data, ela tem sido mais realizada pelos hospitais com internação e mais de 50 leitos (22% em 2023). A principal fonte são os dados provenientes do próprio estabelecimento como de fichas cadastrais, formulários e prontuários (64%) e de dispositivos inteligentes ou sensores (58%).
A pesquisa
A pesquisa tem o objetivo de investigar a adoção das TIC nos estabelecimentos de saúde e sua apropriação por profissionais da área. Nesta 10ª edição, as entrevistas foram realizadas pelo telefone e pela Internet entre fevereiro e agosto de 2023 com 4.117 gestores de estabelecimentos de saúde entrevistados em todo o território nacional.
A pesquisa é realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e conta com o apoio institucional de organismos internacionais – como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) – além do apoio institucional e técnico do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e de especialistas vinculados a importantes universidades.
..................................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 08 A 10/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
A saúde está longe de melhorar
Convênios não respeitam liminar nem Arthur Lira e cortam plano de autista
Golden Cross deve explicar à ANS suspensão da venda de planos de saúde
Diagnóstico correto é desafio para quem tem doença rara
Reforma tributária não prejudica atividades das operadoras de saúde
O POPULAR
A saúde está longe de melhorar
No artigo “Assistência médica digna”, publicado nesta sexta-feira, o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, afirma que medidas estão sendo implementadas para melhorar a saúde na capital e, infelizmente, mais uma vez, tenta responsabilizar os médicos pelo caos, alegando ausências no trabalho para justificar a adoção do novo e nocivo modelo de contratação destes profissionais.
Ao contrário do que alega o secretário, a saúde também está longe de melhorar e não há avanços notáveis. Basta ouvir a população, fazer uma rápida visita às unidades de atendimento ou conferir os relatórios da fiscalização do Cremego já enviados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A alegada “troca de experiências” com representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás tem se limitado a exaustivas tentativas do Cremego de buscar uma solução para a crise na saúde, sem a contrapartida da SMS, que tem ignorado nossas reivindicações e sugestões.
Assistência médica digna é o que também buscamos e esperamos que se torne uma realidade, pois a população não merece o caos atual e os médicos já não suportam mais os assédios, exploração e falta de condições para o exercício digno da medicina.
Sheila Soares Ferro Lustosa Victor/Presidente do Cremego
...............................
REPÓRTER DIÁRIO
Convênios não respeitam liminar nem Arthur Lira e cortam plano de autista
Após o acordo firmado entre as operadoras de saúde e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), através do qual os cancelamentos de planos de saúde coletivos estariam suspensos e os já cancelados seriam revistos, a prática de cancelamento unilateral dos planos de saúde continua. Quem já teve o convênio médico cortado não consegue o reestabelecimento nem mesmo com a força de liminares. O RD tem feito praticamente todas as semanas reportagens com relatos, em sua maioria de pacientes autistas que tiveram os contratos cancelados.
Casos como o da moradora de Mauá, Isabel Cristina Ferreira Silva, que não sabe como fará para dar sequência às terapias que a filha Maria Alice Ferreira Miguel, de 5 anos, precisa. A criança é autista com nível de suporte 3 e teve o plano cancelado no dia 17/05 pela Unimed e nem com decisão judicial teve o convênio reestabelecido.
Isabel explica que a relação com a Unimed tem sido tensa nos últimos dois anos, ela conta que primeiro reajustaram o valor das mensalidades acima do normal, depois limitaram terapias e dificultam reembolsos. "No ano passado quando eu apresentei o laudo da minha filha, só deram dez horas de cada terapia por mês e como não tinha atendimento em Mauá, passamos a fazer com reembolso só que eles querem pagar só 17% do total que eu gasto. Tivemos que entrar com um mandado de segurança com pedido de liminar para garantir o atendimento", relata a mãe, que recebeu o aviso de cancelamento que seria feito no dia 20/05, mas acabou realizado no dia 17/05.
A mãe denuncia ainda um tratamento diferenciado porque a sua filha é autista. "Cancelaram também o convênio de uma pessoa da nossa família, e Qualicorp, empresa que administra o plano coletivo da operadora Unimed, conseguiu outro plano até superior para ela. Mas para a minha filha até agora nada", explica. Restou a mãe entrar novamente na justiça e no dia 22/05 saiu uma nova liminar obrigando o reestabelecimento do atendimento do plano de Maria Alice. "Protocolei a decisão tanto na Unimed como na Qualicorp no dia 23 e até agora não deram nenhuma resposta".
Maria Alice teve um grande desenvolvimento desde que iniciou as terapias. Antes ela não falava, não interagia com os colegas de escola, hoje tudo mudou. "Minha filha até já fala papai e mamãe, fala 'oi', tudo isso foi por causa das terapias. O desenvolvimento dela foi numa crescente muito grande e não dá para parar agora", explica Isabel que também está ficando doente diante da situação da filha. "Desenvolvi ansiedade e começaram a surgirem lesões na minha pele que foram diagnosticadas como herpes. Contratei um seguro saúde para a minha filha e sou eu quem está adoecendo", lamenta a mãe. "Não sei o que há com essas empresas, percebo a falta de segurança jurídica, pois não estão cumprindo a ordem judicia.: Não cumprem as leis", completa.
Divergências
Em curtíssima nota enviada ao RD, a Unimed declarou que o convênio de Maria Alice está ativo. Após esse posicionamento a moradora de Mauá foi verificar o status do convênio no aplicativo, a pedido da reportagem, e constatou que o mesmo continua como inativo. Veja o posicionamento da Unimed. "Não comentamos processos ou decisões judiciais. O plano da beneficiária encontra-se ativo e pronto para ser utilizado nos termos do contrato e regulação vigentes", resumiu a operadora.
Já a Qualicorp diz que a partiu da Unimed Nacional o cancelamento e, ao contrário do que diz a moradora de Mauá, disse que está a disposição para a garantia da portabilidade. "A decisão de cancelamento não partiu da Qualicorp. A operadora Unimed Nacional exerceu um direito em contrato previsto e regulamentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), tendo decidido e comunicado a diversas administradoras de benefícios sobre o cancelamento de contratos. Na condição de administradora de benefícios, a Qualicorp enviou a carta de cancelamento aos clientes cumprindo o prazo de 30 dias de antecedência, de acordo com contrato firmado entre as partes, ratificado pelo artigo 23 da Resolução Normativa n° 557/2022, da ANS. A Qualicorp apoia seus beneficiários disponibilizando informações e orientações sobre o exercício da portabilidade, conforme o portfólio disponível e regras de comercialização das operadoras", diz a administradora.
A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), representante de operadoras, relatou o acordo que foi feito com o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP), para a suspensão dos cancelamentos e a reativação dos planos cancelados, o que na prática não está ocorrendo.
"A FenaSaúde informa que suas associadas participaram de entendimento conduzido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, em reunião realizada no último dia 28. Ficou acertado que serão mantidos os planos coletivos por adesão em vigor e revertidos eventuais cancelamentos dos planos de beneficiários em tratamento continuado. No encontro, também foram debatidos problemas que afetam a sustentabilidade da saúde suplementar, como a lei que passou a considerar exemplificativo o rol de procedimentos da ANS, o estabelecimento de coberturas ilimitadas para terapias e a ocorrência de fraudes", informa a entidade.
Outra entidade que reúne as operadoras, a Abramge (Associação Brasileira dos Planos de Saúde), que representa 140 empresas do segmento, também fez referência ao acordo celebrado em Brasília.
"A Abramge foi convocada a participar de reunião no último dia 28 de maio, com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar do tema Rescisão Unilateral de Contratos Coletivos por Adesão. Lira solicitou atenção aos beneficiários vinculados a contratos cancelados e que estavam em tratamento e em terapias relacionadas ao TEA. Abriu um canal de diálogo e de trabalho para discutirmos soluções estruturantes para o setor. Como resultado deste encontro foi assumido o compromisso de: Em relação aos beneficiários vinculados a contratos coletivos por adesão já notificados quanto à sua rescisão, as operadoras se comprometeram a manter a cobertura aos beneficiários internados, em ciclos de terapias oncológicas e que realizam terapia para transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e transtorno do espectro autista (TEA). Desde o dia 28 de maio estão suspensas novas notificações de rescisões unilaterais por motivo de desequilíbrio econômico-financeiro para contratos de plano coletivo por adesão (rescisões motivadas por descumprimento contratual permanecem, inclusive inadimplência). Arthur Lira solicitou também a elaboração de um diagnóstico setorial e a proposição de soluções para serem apresentados aos parlamentares dentro dos próximos meses", relatou a associação.
........................
AGÊNCIA BRASIL
Golden Cross deve explicar à ANS suspensão da venda de planos de saúde
Agência alega que não foi comunicada da decisão da operadora
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aguarda esclarecimentos da Golden Cross sobre a suspensão da venda dos planos de saúde. A ANS disse que não recebeu, até o momento, pedido para essa suspensão e, por isso, a operadora não está autorizada a adotar a medida.
A agência enviou, na última sexta-feira (7), ofício solicitando esclarecimentos à Golden Cross, depois de anúncios veiculados na imprensa sobre a suspensão da venda.
"Assim, a operadora não está autorizada a suspender a comercialização de seus produtos na data anunciada (18 de junho), devendo todos aqueles que estiverem registrados na reguladora e com o status de "ativos" permanecerem disponíveis para aquisição dos consumidores, até que a suspensão seja devidamente autorizada pela ANS", diz a agência.
A ANS informou ainda que com relação à parceria para utilização da rede da Amil pelos beneficiários da Golden Cross, não há necessidade de autorização, já que isso é permitido por lei e normativos da saúde suplementar.
"Só é preciso comunicação à reguladora nos casos em que houver mudança do tipo de contratação (rede direta, indireta ou própria) que havia sido registrada. Como a Golden Cross informou à ANS, para atuar apenas com rede direta, seja para prestadores hospitalares quanto não hospitalares, ela precisará fazer alteração no registro junto à reguladora para utilizar a rede da Amil (rede indireta),o que ainda não foi feito".
A ANS ressaltou que por não se tratar de transferência de carteira, nada muda no atendimento aos clientes e a Golden Cross continua responsável pela prestação de assistência. "As operadoras são obrigadas a oferecer aos beneficiários todos os serviços previstos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, de acordo com o contrato e dentro dos prazos definidos pela agência".
A Golden Cross foi procurada mas ainda não respondeu à Agência Brasil.
......................
CORREIO BRAZILIENSE
Diagnóstico correto é desafio para quem tem doença rara
Fórum debate descobertas científicas para melhorar o tratamento e atender necessidades de mais de 13 milhões de brasileiros
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 65 a cada 100 mil pessoas têm alguma doença rara. No caso do Brasil, são ao menos 13 milhões de pessoas no país com alguma dessas enfermidades, que são geralmente crônicas, progressivas, degenerativas e muitas vezes até mesmo incapacitantes.
O diagnóstico correto é o principal desafio encarado por quem enfrenta algum tipo de patologia rara. Muitas vezes, o processo é difícil e demorado, o que leva os pacientes a ficarem meses ou até anos visitando inúmeros serviços de saúde, sendo submetidos a tratamentos inadequados, até que obtenham o diagnóstico definitivo.
Dia Mundial das Doenças Raras: conscientizar para diagnosticar precocemente
Estima-se que 80% delas são decorrentes de fatores genéticos. As demais advêm de causas ambientais, infecciosas, imunológicas, entre outras. De acordo com a OMS, existem de 6 a 8 mil tipos de doenças raras e 75% delas afetam crianças. O índice de morte é de 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade, por isso, o tema é classificado como uma prioridade global de saúde pública.
9,75 mi de crianças apresentam doenças raras no Brasil; quadro exige atenção
Segundo a neurologista pediátrica e coordenadora do serviço de neurologia do Hospital da Criança de Brasília, Janaina Monteiro Chaves, o teste do pezinho é essencial para a detecção de patologias raras. "É de suma importância sua realização, pois identifica de maneira precoce doenças neurológicas, endocrinológicas, metabólicas que possuem tratamento modificador da doença, diminuindo as complicações graves relacionadas a essas doenças", explica.
Um dos exemplos de doença rara que pode ser tratada é a atrofia muscular espinhal (AME). Com um tratamento específico, é possível evitar a perda de neurônios e seus efeitos sobre a força muscular, como afirma a neurologista.
Em janeiro deste ano, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que cria o Estatuto da Pessoa com Doença Rara. O objetivo do projeto é assegurar os direitos e garantias fundamentais das pessoas com estas enfermidades.
A proposta leva em consideração o critério estabelecido pela OMS para caracterizar a doença, como rara ou não. De acordo com este embasamento, são consideradas enfermidades do gênero, aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil pessoas.
Um dos itens do texto, que ainda deve ser analisado por outras duas comissões da Câmara, antes de ir a plenário, é a proibição às operadoras de planos e seguros privados de saúde de realizar distinções entre portadoras de doença rara, inclusive por meio de cobrança de valores diferenciados.
Fórum
Com foco no debate sobre novos tratamentos e descobertas científicas para a melhora do diagnóstico e do tratamento, o Instituto Brasileiro de Ação Responsável promove, nesta quinta-feira (13/6), no auditório do Senado, o "XV Fórum Nacional de Políticas de Saúde no Brasil - Doenças Raras".
Para a diretora do ciclo de saúde do instituto, Edilamar Teixeira, apesar dos progressos significativos alcançados nos últimos anos, ainda há muitas necessidades não atendidas por quem convive com o diagnóstico. "Vamos divulgar as mais recentes descobertas científicas e os avanços clínicos e terapêuticos nas áreas de doenças raras, que atualmente abrange mais de seis mil tipos e afetam cerca de 8% da população brasileira", conta.
"Especialistas debaterão as mudanças estruturais necessárias e proporão soluções inovadoras para assegurar, de fato, a saúde e a qualidade de vida de todos os pacientes com essas condições no Brasil", acrescenta a diretora.
O evento reunirá representantes de instituições do governo, da comunidade acadêmica, do setor produtivo e associações de pacientes para pensar em políticas públicas.
.................................
CONSULTOR JURÍDICO
Reforma tributária não prejudica atividades das operadoras de saúde
Destinado à regulamentação da reforma tributária, o Projeto de Lei Complementar 68/2024 provocou uma série de manifestações sobre seus impactos. É o caso
Opinião Reforma tributária não prejudica atividades das operadoras de saúde
Destinado à regulamentação da reforma tributária, o Projeto de Lei Complementar 68/2024 provocou uma série de manifestações sobre seus impactos. É o caso da posição de algumas empresas contra disposições específicas do PLC sobre os serviços de plano de saúde. A insurgência é voltada principalmente para a vedação ao aproveitamento de créditos da não-cumulatividade dos novos tributos pela contratação desse serviço por empresas. Afirmou-se inclusive que estas deixariam de oferecer tais benefícios aos funcionários em função da regulamentação proposta.
Reprodução
O incentivo ou desincentivo à contratação de tais planos por empresas a seus funcionários são influenciados por diversos fatores e possui várias implicações e consequências. Ela precisa ser analisada de forma técnica e ampla, considerando o atual sistema tributário e o novo sistema proposto.
Dos tributos a serem substituídos na reforma tributária, as operadoras de planos de saúde estão sujeitas ao pagamento de PIS, Cofins e ISS. Em relação às duas primeiras contribuições, estão obrigadas a apurá-las em sistema específico, de caráter cumulativo (sem creditamento sobre as despesas). A alíquota é de 4,65%. A base de cálculo consiste nos prêmios recebidos pelas operadoras, podendo realizar o desconto: 1) das indenizações pagas aos tomadores de serviços; 2) dos valores pagos a outras operadoras pela disponibilização de serviços (corresponsabilidade cedida); e contraprestações pecuniárias para a constituição de provisões técnicas [1].
De forma semelhante, o ISS observa alíquotas que variam de 2% a 5% (conforme o município em que a atividade é desenvolvida), sendo calculado sobre o valor da intermediação do serviço médico, isto é, a diferença entre os valores recebidos dos beneficiários dos planos e os valores repassados a hospitais e profissionais da saúde, conforme entendimento do STF no julgamento do Tema 581 da Repercussão Geral (RE 651.703/PR).
A estimativa da equipe técnica do governo é a de que as alíquotas de referência dos novos tributos (IBS e CBS), somadas, alcançarão 26,5%. Contudo, sob a premissa da neutralidade, para que a tributação não seja fator de influência sobre as escolhas dos contribuintes, os planos de assistência à saúde gozarão da mesma alíquota reduzida concedida aos serviços médicos e hospitalares. Assim, com uma redução de 60%, o valor a ser pago pelas operadoras sobre sua margem financeira será de 10,6% [2].
Em que pese o aumento de alíquota em comparação à soma das alíquotas do ISS, PIS e Cofins, cumpre destacar que, pelo novo sistema, o regime de apuração de tributos para as operadoras será não-cumulativo. Ou seja, as empresas terão na verdade redução dos encargos tributários indiretos, uma vez que, no sistema atual, os tributos acrescidos ao valor das suas despesas operacionais (PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI) não podem ser recuperados pelas operadoras via creditamento.
Spacca
Por fim, a base de cálculo do IBS e da CBS para as operadoras não é substancialmente alterada, sendo composta pelas receitas recebidas a título de prêmio, descontadas as indenizações correspondentes a eventos ocorridos (no qual se incluirá os custos de corresponsabilidade cedida) e, ainda, os valores pagos a corretores autorizados à distribuição de planos de saúde[3].
Ponto de insurgência
Com tais informações e da análise de alguns balanços públicos de operadoras, percebe-se que a tributação para o setor, se não for reduzida, estará em nível de igualdade com o atual regime tributário. Caso exista o acréscimo, deverá ser a exceção e em alguns pequenos pontos percentuais, mas de modo a não impactar a atividade fortemente.
No entanto, o principal ponto de insurgência apresentado diz respeito não à tributação dos planos de assistência à saúde, mas à tomada de créditos pelas empresas que contratarem, aos seus funcionários, tais planos. Inicialmente, cumpre destacar que, no sistema atual, já há vedação ao creditamento pelas empresas sobre os planos de saúde. As Soluções de Consulta Cosit nº 56/2024 e 10/2024, da Receita Federal são claras quanto a essa vedação ao crédito de PIS e Cofins sobre despesas com planos de saúde fornecidos aos funcionários, mesmo quando concedidos por força de convenção coletiva de trabalho [4]. Em relação ao ISS também incidente sobre a contratação, este não foi submetido à sistemática não-cumulativa, de modo que nenhum valor pago a título de ISS na tomada de serviços por empresas contribuintes do ISS pode ser recuperado.
Creditamento sobre as despesas
Grande avanço da reforma tributária será a ampliação do creditamento sobre as despesas. A divisão atualmente existente entre os tributos incidentes sobre o consumo gera diversas complicações quanto à recuperação dos encargos tributários indiretos, tendo cada um dos tributos seus próprios critérios de creditamento (a título de exemplo, citam-se as despesas com financiamentos, empréstimos, advogados, contadores, administração de meios de pagamento e seguros). Contudo, reforma continua a ressalvar a recuperação de créditos em relação às despesas consideradas como "de uso e consumo pessoal", dentre as quais foram enquadrados os planos de saúde.
De modo geral, fornecimentos para uso e consumo pessoal são bens e serviços adquiridos pelas empresas que não se relacionam com a atividade econômica desenvolvida. Para a grande parte dos casos, é de fácil percepção que a aquisição de tais bens é destinada ao uso e consumo pessoal e não integra a atividade econômica, porém, certas especificidades podem tornar este juízo muito mais complexo, como ocorre com os planos de saúde.
Em que pese não estejam diretamente vinculados à realização de uma atividade econômica, há casos em que a concessão de plano de saúde pelas empresas aos seus funcionários é obrigatória, por força de convenções coletivas de trabalho. Nesses casos, é possível dizer que a despesa contraída pela empresa se torna necessária para a sua manutenção. Corroborando, traz-se a legislação do Imposto de Renda, na qual tal contratação é considerada despesa operacional da empresa[5].
No campo da extrafiscalidade, ressalta-se ainda a relevância de políticas que promovam, por meio da iniciativa privada, o acesso da população a determinados bens e serviços. No caso dos planos de saúde, a promoção pode se dar justamente pela permissão ao creditamento, de modo que a população passe a ter maior acesso a serviços privados de saúde, contribuindo, ainda para o "desafogamento" do sistema público de saúde.
Considerações finais
Percebe-se, portanto, que apesar dos diversos aspectos técnicos-tributários envolvidos - e que, evidentemente, não podem ser ignorados no âmbito de implementação da reforma - a questão referente ao creditamento, pelas empresas sobre os planos de saúde contratados em favor de seus funcionários é sensível, e traz consigo relevante aspecto social. Nesse sentido, é válido que seja objeto de debates mais amplos.
Concluindo, verifica-se que a reforma tributária não traz inovações que prejudicam e inviabilizam as atividades das operadoras de planos de saúde, pois: (1) a vedação ao creditamento já existe no sistema atual; e (2) não se observa, a princípio, um aumento na carga tributária sobre as empresas. Nada impede porém a discussão do creditamento da contratação de planos de saúde pelas empresas em favor de seus funcionários, diante do fator de promoção social que o acesso a tratamentos privados por meio de planos de saúde realiza. Autorizar o creditamento seria assim uma forma de justiça fiscal.
...................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 07/06/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde: líderes da Câmara se dividem sobre cobertura sem internação e cobram ANS
Unimed avança em projetos de sustentabilidade
Artigo - Assistência médica digna
Plantonista depõe sobre morte de paciente que realizou cirurgia plástica
Estudante de medicina morreu por overdose após tomar Rivotril, Morfina, Ozempic e outros remédios controlados para dormir, diz delegado
Enfermeira é suspeita de causar lesões e infecções em pacientes ao fazer procedimentos estéticos usando PMMA, em Goiânia
O GLOBO
Planos de saúde: líderes da Câmara se dividem sobre cobertura sem internação e cobram ANS
Parte dos deputados afirmam que o novo modelo poderia desafogar o setor, enquanto outros avaliam como uma ideia absurda
Líderes de partidos na Câmara dos Deputados se dividem ao avaliarem a proposta de planos de saúde serem autorizados a adotarem uma nova modalidade de contratos, chamada de "plano segmentado". O formato daria aos usuários o direito apenas a consultas e exames, sem contemplar internações.
O tema é parte das conversas entre deputados e operadoras de saúde, desde que um acordo costurado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, suspendeu rescisões unilaterais de planos de saúde até que o Congresso avalie mudanças na legislação do setor.
Os parlamentares, porém, cobram da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) uma padronização dos reajustes para planos coletivos e maior fiscalização.
Como O GLOBO mostrou nessa semana, a possibilidade de criar planos segmentados está em discussão na Câmara. As operadoras argumentam que os planos segmentados seria uma forma de baratear os planos e aliviar o caixa das empresas. Na prática, se o paciente precisar ser internado de última hora, os custos teriam de ser bancados por ele ou recorrer ao SUS.
- O sistema precisa de uma reforma completa. A segmentação é uma das necessidades. Mudança no marco regulatório, segmentação, reestruturação de produtos, reestruturação de planos ambulatoriais - disse o líder do PP, Doutor Luizinho (RJ).
Os parlamentares pontuam, porém, que não adiantaria criar novas modalidades nos planos de saúde se a ANS não padronizar e criar regras para os reajustes de convênios coletivos. Hoje, as empresas podem aumentar as tarifas livremente, diferentemente dos planos individuais, nos quais a agência determina os limites de reajustes.
Mais Sobre Planos de saúde Planos de saúde: Usuários da Golden Cross passarão a ser atendidos na rede da Amil a partir de julho Planos de saúde querem consórcio para baratear compra de remédios - O modelo atual está defasado, mas a modalidade segmentada pode começar bem e também ficar ruim. Independentemente do tipo, é preciso que a ANS tenha o controle dos planos coletivos. A ANS está passiva - afirmou o líder do Cidadania, Alex Manente (SP).
'É um absurdo' Parte dos deputados, no entanto, considera a ideia ruim e inviável. É a posição do líder do PDT, Afonso Motta (RS), e o líder do Solidariedade, Aureo Ribeiro (RJ).
- É um absurdo - afirmou Aureo Ribeiro.
Com os planos segmentados, que restringem o rol de atendimentos, seria criada uma espécie de "blindagem jurídica" para o setor. Os pacientes não poderiam, por exemplo, entrar na Justiça pedindo ressarcimento dos custos.
- É uma ideia que já existe em outros países, daria liberdade para o segurado escolher. Mas é uma discussão que vai se alongar nos próximos meses - disse o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL).
Acordo A discussão na Câmara começou quando deputados e empresas do setor passaram a debater a proibição das rescisões unilaterais de contratos, que estejam adimplentes, item considerado essencial pelos parlamentares. Além disso, os deputados também pedem limites para coparticipação, quando funcionárias das empresas precisam pagar parte do tratamento.
Em relação aos reajustes padronizados dos planos de saúde coletivos, procurada, a ANS afirma que regulamenta os reajustes de todos os planos. A única diferença é que ela só define o percentual dos individuais e familiares. De acordo com a agência, os coletivos são de livre negociação entre a empresa jurídica contratante e a operadora, pois há margem de negociação.
A ANS justifica ainda que a determinação de um padrão de reajuste para planos coletivos poderia encarecer ainda mais os planos para algumas empresas. Isso porque se uma companhia tem um grupo de trabalhadores jovens, que pouco usam do convênio, os custos seriam menores, ao contrário de uma empresa com trabalhadores mais velhos, por exemplo.
A agência afirma, porém, que fiscaliza possíveis abusos das empresas de planos de saúde com outras empresas que contratam os convênios.
......................
MEDICINA S/A
Unimed avança em projetos de sustentabilidade
A Unimed tem aprimorado sua atuação relacionada à sustentabilidade e registrado avanços, sobretudo, com o Programa Carbono Neutro e o Selo ESG Unimed. Como maior cooperativa de saúde do mundo, a marca está presente em 90% dos municípios brasileiros, atuando em comunidades que têm sentido, em diferentes graus de intensidade, os impactos relacionados à degradação do meio ambiente, nos últimos anos.
A Unimed do Brasil, confederação que representa as 340 cooperativas médicas e empresas do Sistema Unimed, é signatária do Pacto Global da ONU, maior iniciativa de responsabilidade ambiental e social corporativa do mundo, e conduz os programas da marca, que é líder do setor de saúde suplementar, com 20 milhões de beneficiários. "As mudanças climáticas e os danos ambientais representam riscos para a saúde de todos nós. Por isso, a atuação pela preservação do meio ambiente é uma extensão natural da nossa vocação de cuidar da saúde e do bem-estar dos brasileiros. Estamos integrando cada vez mais práticas sustentáveis às nossas operações e adotando medidas que protejam e preservem o nosso planeta. Na semana do Dia Mundial do Meio Ambiente, renovamos o nosso compromisso com a sustentabilidade", destaca o presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra Junior.
Uma das metas da Unimed do Brasil é que, até 2030, todo o Sistema Unimed monitore indicadores de energia, água e efluentes, emissões, resíduos, conformidade ambiental e avaliação ambiental de fornecedores. As informações coletadas permitem avançar na aferição dos Gases de Efeito Estufa (GEE) emitidos.
Com base nas diretrizes do GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol, que é um padrão internacionalmente reconhecido para medir, gerenciar e relatar emissões de GEE), a Unimed do Brasil desenvolveu o Programa Carbono Neutro, que incentiva e prepara as cooperativas Unimed a mensurarem suas emissões de GEE para o estabelecimento de metas de redução, considerando as atividades administrativas e de prestação de serviços de saúde. Em 2023, a Unimed publicou o Manual do Programa Carbono Neutro, que oferece um passo a passo para a elaboração de inventários de GEE, utilizando a metodologia do GHG Protocol.
Outra iniciativa de destaque é a estruturação do Selo ESG Unimed, certificação que avalia a atuação e maturidade das cooperativas e de suas unidades, como os hospitais de rede própria, na agenda ESG. Baseado em padrões nacionais e internacionais, como ISEB3 e Pacto Global da ONU, o selo certifica as operadoras e suas unidades nas categorias Diamante, Ouro, Prata e Bronze. A primeira edição da nova certificação acontece neste ano e os detalhes foram apresentados durante o 4° Fórum Estratégico Unimed, evento que reuniu lideranças e colaboradores do Sistema Unimed de todo o país, em Florianópolis/SC, e contou com um painel sobre a necessidade de construção de sistemas de saúde resilientes perante as mudanças climáticas, além de um debate sobre como preparar as organizações para emergências e eventos extremos, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
A Unimed do Brasil também tem realizado treinamentos relacionados a suas ações de sustentabilidade para todo o Sistema Unimed, que reúne cerca de 118 mil médicos cooperados (22% dos médicos em atividade no país) e 147 mil colaboradores. Ainda, a edição mais recente do Balanço Social do Sistema Unimed, relativa a 2022, mostrou que, durante aquele ano, as cooperativas Unimed destinaram R$ 23,2 milhões a iniciativas de gestão ambiental, adoção de tecnologias mais limpas, "compras verdes" e certificações.
..............................
O POPULAR
Artigo - Assistência médica digna
Wilson Pollara
Quando um cidadão se dirige até uma Unidade Básica de Saúde (UBS), seu maior anseio, segundo os registros consolidados na Ouvidoria, é que o atendimento médico seja mais próximo, rápido e humano. Neste sentido, visando cumprir a meta determinada pelo prefeito Rogério Cruz de assegurar à população que busca as portas de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) assistência digna e de qualidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem adotando uma série de medidas no enfrentamento dos principais gargalos que envolvem a questão.
Uma delas é a melhoria da infraestrutura destas unidades. Além de revitalizações como a do Cais Vila Nova, que agora conta com enfermaria pediátrica e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a SMS tem lutado por mais recursos junto ao governo federal para investir nesta área -- a exemplo da portaria do Ministério da Saúde que liberou R$ 80 milhões para a remodelação do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.
Outra medida é sanar o déficit histórico de médicos que atuam na Atenção Básica. Hoje, há 738 servidores, número insuficiente para atender a demanda. O último concurso público, realizado no ano passado, previa 147 vagas e chamou 152 aprovados (incluindo o cadastro reserva). No entanto, somente 94 médicos tomaram posse. A Lei de Responsabilidade Fiscal limita o gasto com pessoal em 51%, um impeditivo legal para novas despesas deste tipo.
Embora o município tenha credenciado mais 583 médicos como pessoas físicas, diante de ausências no trabalho por razões diversas (doenças, acidentes etc.), não há como substituir os profissionais e as escalas de plantões ficam deficitárias. Com o agravante da epidemia de dengue e do aumento dos casos de doenças gripais sazonais, a contratação de empresas de sociedade de médicos para fornecer estes serviços mostrou-se a opção mais viável para suprir a necessidade, surgindo, então, o credenciamento de pessoas jurídicas.
O grande trunfo deste novo modelo é a garantia da continuidade dos serviços médicos, um pilar fundamental da Atenção Básica. Diferente do atendimento pontual, a manutenção do cuidado permite o acompanhamento prolongado do paciente, fundamental para o tratamento de condições crônicas e a promoção da saúde a longo prazo. Empresas credenciadas têm a responsabilidade contratual de manter o serviço ininterrupto, adaptando-se às necessidades da população.
Atualmente, há 125 médicos de oito empresas credenciadas prestando serviços por este regime. Os avanços são notáveis. Para se ter uma ideia, em abril de 2023, quando o sistema ainda não estava em vigor, foram realizados 50.524 atendimentos de Atenção Primária. Já em abril deste ano, foram 72 mil atendimentos, um incremento de 44%. Somente no caso dos atendimentos de pediatria, por exemplo, o número saltou de 2.426, em abril de 2023, para 4.400 no mesmo período deste ano.
A Secretaria também vem realizando as adequações solicitadas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) no sistema de contratações, e buscado a troca de experiências com representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e do Conselho Municipal de Saúde para o aperfeiçoamento do modelo. Por meio de esforços conjuntos e de uma gestão inovadora, os goianienses terão a garantia de uma assistência médica com a excelência que necessitam e merecem.
*Wilson Pollara é médico e secretário municipal de Saúde de Goiânia*
.....................
TV ANHANGUERA
Plantonista depõe sobre morte de paciente que realizou cirurgia plástica
https://globoplay.globo.com/v/12656451/
.....................
PORTAL G1
Estudante de medicina morreu por overdose após tomar Rivotril, Morfina, Ozempic e outros remédios controlados para dormir, diz delegado
Jovem morreu em outubro de 2023. Investigação resultou na prisão de um médico, dois farmacêuticos e o funcionário de uma farmácia por suspeita de venda ilegal de medicamentos controlados.
A morte de uma estudante de medicina é investigada pela Polícia Civil e resultou na prisão de um médico, dois farmacêuticos e o funcionário de uma farmácia por suspeita de venda ilegal de medicamentos controlados, em Mineiros. Um exame cadavérico feito no corpo da jovem que ela teve uma overdose por medicamentos ao misturar remédios como Rivotril (tranquilizante), Morfina (analgésico), Ozempic (controle de açúcar no sangue) e outros.
O g1 não localizou a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem. Um posicionamento foi pedido aos respectivos conselhos profissionais dos presos, mas também não houve retorno.
A estudante morreu em outubro de 2023 e, inicialmente, a polícia acreditava que se trava de um caso de suicídio. Mas, segundo o delegado Thiago Martinho, foram encontradas mensagens no celular da estudante que descartam essa possibilidade, já que ela fazia planos futuros.
Em conversas com o funcionário de uma farmácia, antes de morrer, a estudante afirmou que não conseguia dormir e pediu medicação controlada mais forte, mesmo sem ter receita para isso. Por conta de toda essa situação, a polícia passou a investigar um esquema de venda ilegal de medicamentos controlados.
"Nas mensagens do celular dela, a estudante falava que não conseguia dormir e pedia para mandar um medicamento ainda mais forte para ela. Ela tinha planos para o outro dia. Ela não tinha a intenção de se matar, ela misturou muitos medicamentos perigosos e acabou ocasionando a morte", afirmou o delegado.
Entenda o esquema
Ao g1, o delegado detalhou a participação dos envolvidos presos. O médico preso assinava as receitas dos medicamentos controlados e facilitava a venda ilegal para os clientes, incluindo a estudante, que não tinham prescrição médica para usá-los.
Os farmacêuticos recebiam as receitas diretamente do médico e, com elas, liberavam os medicamentos para a venda. O funcionário da farmácia, segundo o delegado, era o responsável por oferecer os remédios aos clientes e concluir a venda.
"O que a gente apurou hoje com a quebra do sigilo telefônico é de que, de fato, eles praticavam a venda reiterada de medicamentos controlados", disse o delegado.
Com todo esse esquema, as vendas dos medicamentos eram vistas como legais pelo órgão responsável por verificar as farmácias, já que existiam as receitas devidamente assinadas e carimbadas por um médico.
O delegado afirmou ainda que, ao ser interrogado após a prisão, o funcionário da farmácia confessou o crime e foi o responsável por detalhar a participação do médico no esquema criminoso. Ao todo, seis mandados foram cumpridos na operação intitulada “Morfina”.
..............................
Enfermeira é suspeita de causar lesões e infecções em pacientes ao fazer procedimentos estéticos usando PMMA, em Goiânia
Produto só deve ser usado para corrigir pequenas deformidades do corpo após tratamentos de AIDS ou de poliomielite, segundo anvisa. Enfermeira é suspeita de realizar aplicação em grandes áreas do corpo dos pacientes.
Enfermeira é alvo de operação após pacientes denunciarem lesões usando PMMA
A Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão contra uma enfermeira, em Goiânia. Ela é suspeita de causar lesões e infecções em pacientes ao fazer uso de polimetilmetacrilato, substância conhecida como PMMA, em procedimentos estéticos em diversas regiões do corpo dos pacientes – como glúteos, coxas, peitos e partes íntimas.
Os nomes da enfermeira e da clínica dela não foram divulgados. O g1 não localizou a defesa dela para se manifestar sobre o caso até a última atualização da reportagem.
A investigação teve início depois que quatro pacientes procuraram a delegacia para denunciar lesões e infecções que teriam surgido após a realização dos serviços da enfermeira. Na manhã de quarta-feira (5), policiais fizeram buscas na clínica e na casa da profissional. Foram recolhidos medicamentos, prontuários e outros documentos.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o PMMA é um componente plástico com diversas utilizações na área de saúde e em outros setores produtivos, mas é considerado de risco máximo e, por isso, tem sua aplicação restrita. Fora isso, também só deve ser administrado por profissionais médicos treinados.
“O produto, de acordo com a Anvisa, possui uma destinação muito específica, que é a aplicação para corrigir pequenas deformidades do corpo após tratamentos de AIDS ou de poliomielite. O que a gente viu nessa investigação é a aplicação em grandes áreas do corpo, como nos glúteos e até nas regiões íntimas”, explica a delegada Débora Melo, que conduz a investigação.
A operação contou com o apoio da Vigilância Sanitária de Goiânia. Segundo a delegada, inicialmente, a enfermeira não possuía as licenças necessárias para atuar, mas agora está em processo de regularização. A investigada também apresentou diplomas, que passarão por análise dos policiais.
“É necessário fazer outras diligências para verificar a veracidade desse diploma, dos certificados de especialização e mestrado que foram apresentados, embora já haja algumas incongruências em relação à carga horária e duração desses cursos que são incompatíveis”, adiantou a delegada.
A polícia também investiga se a enfermeira tinha capacidade de aplicar o PMMA, já que se trata de um produto perigoso. As vítimas também foram encaminhadas para exames periciais.
Se for constatado que o produto causou lesões ou infecções nos pacientes, e que, a enfermeira não tinha qualificação necessária, ela poderá responder por crimes contra a fé pública e crimes contra o consumidor.
...........................................
Assessoria de Comunicação