Postado em: 20/05/2022

CLIPPING AHPACEG 20/05/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Varíola dos macacos: por que surto na Europa e nos EUA não preocupa tanto até agora

Mais de 75% dos pacientes com Covid longa não chegam a ser hospitalizados pela Covid inicial

Parceria QualificaSUS reúne grupo com expertise na gestão da saúde

Covid-19: Goiás notifica 236 casos e três mortes em um dia

Prefeitura de Goiânia contrata médicos com salários até R$ 13 mil

Acusado de corrupção, vereador do PT tem habeas-corpus negado pela TJ-GO 

Hepatite aguda infantil: Goiás registra primeiro caso

MEC facilita a criação de mais vagas em cursos de Medicina pelo Brasil

PORTAL G1

Varíola dos macacos: por que surto na Europa e nos EUA não preocupa tanto até agora

Diferentemente do coronavírus, do qual nada se sabia quando surgiram os primeiros casos, a varíola dos macacos é uma enfermidade já conhecida, para a qual existem vacinas e tratamentos.


Em um mundo que ainda nem saiu de uma pandemia, um outro vírus tem disparado alarmes em diversos países.

A varíola dos macacos, uma doença incomum que tem afetado habitantes do continente africano há décadas, começou a ser identificada em países da Europa e da América do Norte.

Ainda que os surtos atuais da doença tenham sido contidos, o surgimento de cada vez mais casos em diferentes localidades tem gerado preocupação.

No entanto, embora as autoridades de saúde apontem que ainda não há muitas informações sobre os novos surtos e suas possíveis vias de transmissão, elas garantem que atualmente não há motivo para pânico nem grandes riscos para a sociedade.

"É importante enfatizar que a varíola não se espalha facilmente entre e o risco para as pessoas em geral é bastante baixo", disse Nick Phin, vice-diretor do Serviço Nacional de Infecção do departamento de Saúde Pública do Reino Unido.

Michael Head, pesquisador em saúde global da Universidade de Southampton, diz que, apesar de lacunas sobre o que se sabe do surto atual, ele não acha que as pessoas precisem temer níveis de infecção como ocorreu na pandemia de coronavírus.

"Seria muito raro vermos mais do que alguns casos em cada surto. E definitivamente não veremos níveis de transmissão no estilo da Covid-19", disse ele ao Science Media Center.

A principal diferença aqui é: quando os primeiros casos de coronavírus surgiram, nada se sabia sobre a doença, mas a varíola dos macacos é uma enfermidade já conhecida, para a qual existem vacinas, tratamentos e informações sobre surtos anteriores.

É preciso ter em vista também que os mecanismos de monitoramento e vigilância epidemiológica são atualmente mais modernos, o que torna mais fácil detectar e identificar vírus, novas variantes e doenças infecciosas.

Autoridades de saúde alertam, no entanto, que tudo isso não significa que não se deva vigiar e agir para conter a disseminação dos casos atuais de varíola dos macacos: vírus sofrem mutação frequentemente e nada garante que um surto seja igual ao outro.

Entenda abaixo em mais detalhes por que especialistas em saúde afirmam que os casos reportados até o momento não representam uma ameaça grave para a população em geral.

Dados apontam que ela mata no máximo 1 a cada 10 pessoas infectadas. A mortalidade é maior entre crianças e adultos jovens, e indivíduos imunocomprometidos estão particularmente em risco de desenvolver a forma mais grave da doença.

Os sintomas da varíola dos macacos geralmente incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios, exaustão, linfonodos inchados e lesões na pele, que podem chegar a milhares.

1. É um vírus conhecido

Quando os primeiros casos de Covid-19 começaram a ser registrados ao redor do mundo, uma das grandes dúvidas era que tipo de patógeno o causava e qual era sua origem.

Embora o Sars-Cov-2 tenha sido identificado em pouco tempo e várias teorias sugiram que ele passou de animais para humanos, ainda não há informações precisas sobre que animal era esse e como o vírus saltou para as pessoas.

Mas o vírus que causa a varíola dos macacos é conhecido há mais de meio século, e, por consequência, sabe-se como funciona e como é transmitido.

Embora se acredite que o vírus tenha afetado pessoas na África por muito mais tempo, ele foi identificado em 1958 em macacos mantidos em um laboratório para pesquisa. E daí seu nome.

Mas estudos posteriores mostraram que os principais vetores da doença são roedores e não macacos.

"A varíola foi descoberta em macacos na década de 1950, mas em 1970 já havia se espalhado para humanos. Também é encontrada em outros animais selvagens, como alguns roedores. Então, os macacos podem não ser o principal reservatório natural do vírus. Transmissão para humanos supõe-se que seja devido à ingestão de animais infectados", disse Simon Clarke, professor de microbiologia celular da Universidade de Reading, ao Science Media Center.

Pesquisadores identificaram duas variantes do vírus, uma da África Central, que causa uma doença com mais sintomas, e outra da África Ocidental, que causa uma doença mais branda e foi detectada nos casos relatados até agora.

Embora nos casos do novo surto as autoridades médicas tenham apontado que alguns pacientes têm em comum serem homens que fazem sexo com outros homens, atualmente não há evidências de que o vírus tenha sofrido mutação para uma forma de transmissão sexual.

2. Existem vacinas e tratamentos disponíveis

Por ser um vírus conhecido e que tem afetado comunidades por décadas, foi possível desenvolver vacinas e tratamentos.

Como o vírus da varíola do macaco está intimamente relacionado ao que causa a varíola, a vacina desenvolvida contra a varíola se mostrou eficaz para ambas as doenças.

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos explica em seu site que, embora atualmente não haja tratamentos específicos disponíveis para a infecção por varíola, os surtos podem ser controlados com medicamentos.

São remédios disponíveis no mercado que foram aprovados e se mostraram eficazes contra a doença, como o cidofovir, o ST-246 e a imunoglobulina vaccinia.

Existe também uma vacina aprovada por várias nações para a prevenção e tratamento da varíola dos macacos, chamada JYNNEOSTM (também conhecida como Imvamune ou Imvanex) e é produzida pela empresa farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic.

Dados oficiais apontam que a vacina é pelo menos 85% eficaz na prevenção da varíola dos macacos.

Há uma segunda vacina contra a varíola, ACAM2000, feita pela Emergent Product Development, que também pode oferecer alguma proteção contra a varíola — ela foi usada em um surto relatado em 2003 nos EUA.

A Organização Mundial de Saúde afirma que algumas pessoas que receberam vacinas contra a varíola também podem ter certos níveis de imunidade, embora em muitos países essa vacinação tenha sido suspensa há quase 40 anos, quando a doença foi considerada erradicada.

Atualmente, as vacinas, na maioria dos países, são autorizadas apenas para maiores de 18 anos considerados de alto risco de contrair a doença.

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido explica que a vacinação contra a varíola pode ser usada antes e depois da exposição.

Segundo a farmacêutica Bavarian Nordic, o governo dos EUA solicitou à empresa farmacêutica a fabricação de milhões de doses após a detecção do primeiro caso no país.

3. Não é muito contagioso

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido diz que, diferentemente de outras doenças contagiosas, a varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas.

Em surtos anteriores, uma pessoa infectada transmitia o vírus, em média, para no máximo uma pessoa, de modo que os níveis de contágio eram muito baixos.

“Na maioria dos casos, uma pessoa doente não transmite o vírus a mais ninguém”, disse Jay Hooper, do Instituto de Pesquisa Médica do Exército dos EUA para Doenças Infecciosas, à NPR em um relatório sobre a doença.

Head, da Universidade de Southampton, explica que isso ocorre porque o vírus, para ser transmitido, precisa de contato muito próximo, às vezes pele a pele, com um indivíduo infectado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a taxa de mortalidade por varíola símia variou de 0 a 11% na população em geral e tem sido maior entre crianças pequenas.

A disseminação da varíola pode ocorrer quando uma pessoa entra em contato próximo com um animal, humano ou material contaminado com o vírus, que entra no corpo através da pele quebrada (mesmo que não visível), do trato respiratório ou das membranas mucosas (olhos , nariz ou boca).

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido explica que a disseminação de pessoa para pessoa "é rara", mas pode ocorrer por meio de:

contato com roupas usadas por uma pessoa infectada (incluindo roupas de cama ou toalhas)

contato direto com lesões ou crostas na pele do paciente

tosse ou espirro de uma pessoa infectada

4. Varíola dos macacos já causou diversos surtos antes

O primeiro caso humano de varíola dos macacos foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo, e surtos ou casos da infecção foram relatados em vários países da África Central e Ocidental ao longo das décadas seguintes.

Embora os casos humanos de varíola fora da África sejam raros, nos últimos anos eles foram relatados nos Estados UnidosReino UnidoIsrael e Singapura.

De fato, no Reino Unido, onde foi detectado o primeiro caso do atual surto, também foram registrados pacientes com a doença em 2018, 2019 e 2021.

Todos esses surtos que foram detectados anteriormente fora da África foram muito pequenos, com poucas pessoas infectadas.

Em um surto nos EUA em 2003, por exemplo, 47 pessoas ficaram doentes.

A existência de surtos anteriores dá às autoridades de saúde não só conhecimento sobre as formas de transmissão do vírus, mas também experiência em como contê-lo, como tratar pacientes e como propor formas de reduzir o contágio.

No entanto, as agências de saúde de vários países anunciaram que vão acompanhar de perto a evolução de novos casos, uma vez que até que haja dados suficientes, não se pode afirmar categoricamente que será o mesmo agora.

De fato, nunca antes tantos casos de varíola dos macacos foram registrados simultaneamente em vários países e sem que se estabeleça uma potencial ligação entre pessoas infectadas com viagens para a África, como é o caso agora.

Quais são os sintomas?

A varíola dos macacos é uma parente da varíola, doença que foi erradicada em 1980, mas é menos transmissível, causa sintomas mais leves e é menos mortal.

Ela geralmente dura de duas a quatro semanas e os sintomas podem aparecer de cinco a 21 dias após a infecção.

Os sintomas da varíola dos macacos geralmente começam com uma mistura de febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios, exaustão e linfonodos inchados.

Este último sintoma é normalmente o que ajuda os médicos a distinguir a varíola dos macacos da catapora ou da varíola, segundo a OMS.

Passada a febre, pode surgir uma erupção cutânea, que tende a se desenvolver de um a três dias depois, geralmente começando no rosto e depois se espalhando para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais.

O número de lesões pode variar de algumas a milhares.

A erupção muda e passa por diferentes estágios, e pode parecer catapora ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai.

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FOLHA DE S.PAULO

Mais de 75% dos pacientes com Covid longa não chegam a ser hospitalizados pela Covid inicial

The New York Times

Mais de três quartos dos americanos diagnosticados com Covid longa não tiveram sintomas suficientemente graves para serem hospitalizados quando sofreram a infecção inicial. É o que concluiu uma nova análise, divulgada na quarta-feira (18), de dezenas de milhares de pedidos de pagamento de seguro particular.

Os pesquisadores analisaram dados dos primeiros meses depois de médicos começarem a usar um código especial de diagnóstico criado no ano passado para designar a Covid longa. Os resultados traçam um retrato preocupante do impacto sério e de longo prazo da Covid longa sobre a saúde das pessoas e sobre o sistema de saúde americano.

A Covid longa, uma constelação complexa de sintomas da Covid que persistem ou de sintomas novos que aparecem após a Covid e que podem perdurar por meses ou ainda mais, tornou-se um dos legados mais temíveis da pandemia. As estimativas sobre o número de pessoas possivelmente afetadas variam entre 10% e 30% dos adultos infectados.

Um relatório recente do Government Accountability Office, um órgão federal dos EUA, diz que entre 7,7 milhões e 23 milhões de pessoas nos Estados Unidos podem ter desenvolvido Covid longa. Mas ainda há muito que não é sabido sobre a prevalência, as causas, os tratamentos e consequências da condição.

O novo estudo vem somar-se a um conjunto crescente de evidências de que, embora pacientes que foram hospitalizados corram risco maior de apresentar Covid longa, pessoas com infecções de coronavírus iniciais de leves a moderados que compõem a vasta maioria dos pacientes com coronavírus ainda podem sentir sintomas pós-Covid debilitantes, incluindo problemas respiratórios, fadiga extrema e problemas cognitivos e de memória.

"Isso está gerando uma pandemia de pessoas que não chegaram a ser hospitalizadas, mas acabaram com incapacidade aumentada", disse o Dr. Paddy Ssentongo, professor assistente de epidemiologia de doenças infecciosas na universidade Penn State, que não participou do novo estudo.

Baseada no que o artigo descreveu como o maior banco de dados de pedidos de pagamento de seguros privados de saúde nos Estados Unidos, a análise descobriu que entre 1º de outubro de 2021 e 31 de janeiro de 2022, 78.252 pacientes foram diagnosticados com o novo código da Classificação Internacional de Doenças código de diagnóstico U09.9, referente a "condição não especificada pós-Covid 19".

Claire Stevens, médica e acadêmica clínica no Kings College London e não envolvida na nova pesquisa, disse que o número total de pessoas que recebe o diagnóstico é enorme, considerando que o estudo cobriu apenas os primeiros quatro meses após a introdução do código de diagnóstico e não incluiu pessoas cobertas por programas governamentais de assistência médica como Medicaid ou Medicare (se bem que incluiu pessoas com planos particulares Medicare Advantage).

"É provável que seja apenas uma gota no oceano em comparação com o número real", disse Stevens.

Realizado pela Fair Health, ONG que trabalha com custos de assistência médica e questões de seguro, o estudo concluiu que 76% dos pacientes com Covid longa não precisaram ser hospitalizados pela infecção inicial com o coronavírus.

Outra conclusão surpreendente foi que, embora dois terços dos pacientes tivessem problemas de saúde preexistentes em suas fichas médicas, quase um terço não tinha uma porcentagem muito mais alta do que Ssetongo disse que teria previsto. "São pessoas que eram saudáveis antes e estão dizendo caras, alguma coisa não está certa comigo."

Os pesquisadores pretendem continuar a acompanhar os pacientes para averiguar quanto tempo seus sintomas perduram, mas Robin Gelburd, presidente da Fair Health, disse que a organização decidiu divulgar os dados dos primeiros quatro meses agora, "dada a urgência" da questão.

Ela disse que os pesquisadores estão buscando respostas para algumas das perguntas não tratadas no relatório; entre elas, detalhar os problemas de saúde anteriores dos pacientes para tentar identificar se determinados problemas médicos podem elevar o risco de pessoas sofrerem Covid longa.

A organização também pretende analisar quantos pacientes no estudo foram vacinados e quando, disse Gelburd. Mais de três quartos dos pacientes no estudo foram infectados em 2021, a maioria deles no segundo semestre do ano. Em média, os pacientes continuavam a apresentar sintomas de Covid persistente que os qualificavam para o diagnóstico quatro meses e meio depois de infectados.

As descobertas sugerem um impacto potencialmente espantoso da Covid persistente sobre pessoas no auge da vida e sobre a sociedade de modo geral. Quase 35% dos pacientes tinham entre 36 e 50 anos de idade, quase um terço, entre 51 e 64, e 17% estavam na faixa dos 23 aos 35 anos. Crianças também foram diagnosticadas com condições pós-Covid: quase 4% dos pacientes tinham 12 anos de idade ou menos, e quase 7%, entre 13 e 22 anos.

Seis por cento dos pacientes tinham 65 anos ou mais. Essa parcela provavelmente reflete o fato de que pacientes cobertos pelo programa Medicare regular não foram incluídos no estudo. Eles tinham probabilidade muito maior que os grupos mais jovens com Covid persistente de apresentar problemas médicos crônicos preexistentes.

Os dados de seguro analisados não incluíram informações sobre a raça ou etnia dos pacientes.

A análise, que segundo Gelburd foi avaliada por um revisor acadêmico independente mas não passou por uma revisão formal de pares, também calculou um escore de risco dos pacientes, uma maneira de estimar a probabilidade de as pessoas utilizarem recursos médicos. Comparando todos os pedidos de pagamento de seguro dos pacientes até 90 dias antes de contraírem a Covid com os pedidos que fizeram 30 dias ou mais depois de infectadas, o estudo concluiu que o escore médio de risco subiu entre os pacientes de todas as faixas etárias.

Gelburd e outros especialistas disseram que os escores sugerem que as repercussões da Covid persistente não se limitam ao aumento de gastos médicos. Eles assinalam "quantas pessoas estão abandonando seu trabalho, quantas estão recebendo status de invalidez, quanto absenteísmo está ocorrendo nas escolas", disse Gelburd. "É como uma pedrinha jogada num lago. As ondinhas em volta da pedra são círculos concêntricos de impacto."

Pelo fato de o estudo ter captado apenas uma população que tem convênio médico particular, disse Ssentongo, é quase certo que ele subestima a abrangência e o ônus da Covid persistente, especialmente porque comunidades de baixa renda têm sido desproporcionalmente afetadas pelo vírus e frequentemente têm menos acesso à saúde. "Acho que pode ser ainda pior se incluirmos os setores cobertos pelo Medicaid e todas essas outras pessoas que ficaram de fora" dos dados do estudo, ele disse.

O estudo apontou que 60% dos pacientes com diagnóstico pós-Covid são mulheres, contra 54% do total de pacientes de Covid no banco de dados da FAIR Health. Mas nas faixas etárias mais jovens e mais velhas, há uma equivalência aproximada entre homens e mulheres.

"Acho que há uma preponderância feminina nesta condição", disse Steves, acrescentando que uma das razões pode incluir diferenças em fatores biológicos que deixam as mulheres mais propensas a sofrer condições autoimunes.

Os pedidos de seguro mostraram que quase um quarto dos pacientes pós-Covid tinham sintomas respiratórios; quase um quinto tinham tosse, e 17% foram diagnosticados com mal-estar e fadiga, uma categoria ampla que pode incluir problemas como confusão mental e exaustão que se agravam após atividade física ou mental. Outros problemas comuns incluíram batimentos cardíacos anormais e desordens do sono.

O novo estudo procurou determinar até que ponto certos sintomas eram comuns antes de os pacientes serem infectados, em comparação com o período em que os mesmos pacientes receberam o diagnóstico de condições pós-Covid. A conclusão foi que alguns problemas de saúde normalmente incomuns tinham chances muito maiores de emergir durante a Covid persistente. Por exemplo, problemas musculares ocorriam com frequência 11 vezes maior em pacientes com Covid persistente; embolismos pulmonares, com frequência 2,6 vezes maior, e determinados tipos de desordens relacionadas ao cérebro ocorreram com o dobro da frequência.

Como estudos anteriores, o relatório concluiu que, se os pacientes precisaram ser hospitalizados pela infecção inicial, correram risco mais alto de sintomas de longo prazo que os pacientes não hospitalizados. O relatório chegou a essa conclusão porque 24% dos pacientes diagnosticados com a condição pós-Covid haviam sido hospitalizados mais homens do que mulheres--, sendo que apenas 8% de todos os pacientes com coronavírus precisaram ser internados em um hospital.

Mesmo assim, como a grande maioria das pessoas não precisa ser hospitalizada por Covid, especialistas médicos disseram que este estudo e outros indicam que muitas pessoas com doença inicial leve ou moderada acabarão apresentando sintomas persistentes ou novos problemas de saúde pós-Covid.

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PORTAL TÁ NO SITE

Parceria QualificaSUS reúne grupo com expertise na gestão da saúde

"Por meio do DRG Brasil os hospitais terão modelos assistenciais capazes de reverter desperdício em economia e entrega de valor ao paciente", Renato Couto.

Iniciativa nasce para maximizar resultados assistenciais dos hospitais de Minas Gerais e garantir o melhor desfecho assistencial aliado à otimização do uso dos recursos financeiros.

Entregar valor na saúde é garantir o melhor desfecho assistencial aliado à otimização do uso dos recursos financeiros. Na prática significa não desperdiçar dinheiro, melhorar as entregas de resultados assistenciais e proporcionar, de forma eficiente à população que recorre ao Sistema Único de Saúde (SUS), cuidados e serviços essenciais ao seu atendimento.

QualificaSUS e a Política de Atenção Hospitalar de MG - Valora Minas

Para acompanhar estas premissas, a Central dos Hospitais de Minas Gerais, em parceria com outras sete empresas com expertise no segmento de saúde, lança o QualificaSUS. O objetivo é disponibilizar produtos e serviços aos hospitais para cumprirem os requisitos da Deliberação CIB-SUS/MG 3.673. Os eixos de atuação são: o primeiro voltado para implementação da metodologia de Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG) e, o segundo, para adesão ao Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC). Todas as iniciativas fazem parte da Valora Minas, Política de Atenção Hospitalar do Governo do Estado de Minas Gerais.

Ao cumprirem os requisitos da Deliberação, os hospitais públicos e filantrópicos com leitos totais maior ou igual a 50 tornam-se elegíveis a acessar os recursos financeiros provenientes da Valora Minas, que vincula repasse de recursos a resultados assistenciais passíveis de mensuração.

QualificaSUS e a mensuração de resultados

Para receber o fomento do Estado proveniente do Valora Minas, os hospitais devem implementar o software para metodologia DRG, capacitar a sua equipe profissional e aderir ao PNGC, entre outras iniciativas.

Um dos principais diferenciais do Qualifica SUS está, exatamente, na disponibilização de um software exclusivo para facilitar a implementação da metodologia DRG. Este software foi totalmente desenvolvido considerando a realidade da saúde brasileira e ajustada ao SUS. "Por meio do DRG Brasil é possível formar banco de dados e adotar indicadores que irão prover aos gestores, prestadores de serviços e secretarias de saúde informações consistentes para a tomada de decisões. Isso reflete em modelos assistenciais capazes de reverter desperdício em economia e entrega de valor ao paciente", afirma Renato Couto, presidente do DRG Brasil. Segundo ele, o grupo que está à frente da QualificaSUS é pioneiro na implantação do DRG Brasil, com experiência aplicada em mais de 340 hospitais no Brasil.

A Parceria conta com respeitadas instituições para atuar na capacitação dos profissionais de saúde, ofertando cursos para toda a equipe na implementação do DRG. São elas: Pós-graduação da Ciências Médicas, a Faculdade Unimed e a Sociedade Brasileira de Analistas de Informação em Saúde (SBAIS). "Essas instituições já promoveram treinamento desta metodologia para mais de 5 mil profissionais da saúde. Além disso, temos em nossa equipe a Organização Nacional de Acreditação - ONA. Mais de 80% das instituições acreditadas no país adotam os padrões ONA", explica Wesley Marques, Superintendente da Central dos Hospitais.

Entenda a relação Valora Minas e QualificaSUS

Valora Minas: Política de atenção hospitalar com foco nos usuários do SUS com objetivo de qualificar e ampliar acesso aos serviços de saúde a partir da otimização no uso dos recursos materiais. Prevê que o repasse de verbas às instituições de saúde está vinculado aos resultados assistenciais e valor entregue à população.

Módulos Valora Minas: Para atender à heterogeneidade do estado, foram criados módulos nos quais o Valora Minas se desdobra: *Valor em Saúde, *Hospitais Plataforma e *Novos Prestadores, Novos Vínculos.

*Valor em Saúde: compreende os hospitais de relevância microrregional, macrorregional e estadual que mais contribuem para a resolubilidade em saúde nos seus territórios.

OtimizaSUS : Projeto vinculado ao módulo Valor em Saúde a partir da Deliberação CIB-SUS/ MG Nº 3.673.

Pilares do OtimizaSUS:

Qualificar assistência

Ampliar o acesso qualificado da população mineira

Responder de forma eficientes às demandas da população

Otimizar a utilização de recursos com foco na melhoria dos processos de trabalho dos estabelecimentos hospitalares

QualificaSUS: A Central dos Hospitais de Minas Gerais com apoio da Federação Unimed Minas criou a Parceria QualificaSUS para apoiar os hospitais a cumprirem 100% dos requisitos da Deliberação CIB-SUS/MG 3.673 com segurança jurídica. A parceria QualificaSUS é a união de 8 empresas com expertise no mercado de saúde, nas diversas frentes de atuação. As entidades foram selecionadas por apresentarem excelência técnica e a maior experiência no uso do DRG na realidade brasileira.

Empresas que englobam o QualificaSUS

Central dos Hospitais de Minas Gerais, Federação das Unimeds MG, DRG Brasil, Pós-graduação da Ciências Médicas, Fundação/Faculdade Unimed, Organização Nacional de Acreditação (ONA), Planisa e Sociedade Brasileira de Analistas de Informação em Saúde (SBAIS).

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás notifica 236 casos e três mortes em um dia

Goiás notificou 236 novos casos e três mortes pelo novo coronavírus em um dia, segundo boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19/5) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com os números de hoje, são contabilizadas 1.351.482 infecções e 26.593 óbitos desde o início da pandemia no território goiano.

De acordo com a pasta, a taxa de letalidade do vírus é de 1,97%. Ao todo, 290 mortes e 767.609 casos são investigados para saber se existe ligação com o novo coronavírus. 

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Prefeitura de Goiânia contrata médicos com salários até R$ 13 mil

A Prefeitura de Goiânia continua a contratar médicos para as unidades da rede de atenção primária do município. Com salários que chegam a R$ 13,8 mil, o credenciamento se destina à contratação de médicos generalistas, com carga horária de 20h semanais, para atuar nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e médicos para as Unidades de Saúde da Família (USF), com carga horária de 40h e prevê início imediato. 

O salário para a carga horária de 20 horas semanais é de R$6.925,00, e o de 40 horas chega a R$13.850,00. Os interessados podem ou não estar vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), e serão chamados conforme necessidade do município. "Esses profissionais vão reforçar o atendimento na rede de atenção primária, que é a porta de entrada do SUS", afirma o prefeito Rogério Cruz.

"O contrato tem validade de dois anos, mas pode ser prorrogado por mais dois", informa o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, que reforça a importância dos médicos da atenção primária. "São eles os responsáveis pelo início dessa engrenagem tão fantástica que é o sistema integrado e universal do SUS".

A documentação necessária para o agendamento está no edital, e deve ser apresentada na Gerência de Contratos, Convênios e Credenciamento da SMS, Bloco D, 2º Andar, Sala 16 do Paço Municipal, das 08h às 18h.  

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JORNAL OPÇÃO

Esquema na Saúde

Acusado de corrupção, vereador do PT tem habeas-corpus negado pela TJ-GO 

Por Nielton Soares dos Santos

Welio Antônio da Silva, conhecido como Welio de Iraci Chegou, foi preso preventivamente na terça-feira, 17 

Vereador de Formosa, município goiano do Entorno de Brasília, Welio Antônio da Silva, conhecido como Welio de Iraci Chegou (PT), foi preso nessa terça-feira,17, durante Operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Contra ele, pesam as acusações de fraude de licitação, peculato, tráfico de influência e falsidade ideológica. Nesta quarta-feira, 18, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou um pedido de habeas-corpus da defesa do político. 

Além do parlamentar, é alvo de investigações um empresário, que não teve o nome divulgado. Ele se encontra foragido da Justiça. O MP-GO informou que segue com as apurações para identificar mais possíveis envolvidos no esquema de corrupção.

Na terça-feira, a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) cumpriu, além do mandado de prisão preventiva, quatro mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador, dentro da Câmara Municipal de Formosa. A assessoria da Casa destacou que Welio não foi preso nas dependências do poder.

A 3ª Promotoria de Justiça de Formosa está apurando se o vereador exigia pagamentos para a execução de contratos entre uma empresa locadora de veículos e o Fundo Municipal de Saúde. As investigações apontam que o Welio teria sido favorecido por pagamentos de parcelas referente a prestações de serviços feitas pela empresa a servidores públicos municipais, que são responsáveis pelo pagamento na pasta da saúde. 

Ao indeferir o habeas-corpus, o TJ-GO considerou que a detenção do vereador está  embasada na “gravidade concreta das condutas”, o que deve garantir a ordem pública. Isso porque, ele teria usado do cargo para o “patrocínio de interesse alheio e o desvio de recurso público com o sistema de abastecimento de veículos privados”.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Hepatite aguda infantil: Goiás registra primeiro caso

A menina de 2 anos, mora em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) informou na quinta-feira, 19, que monitora um caso suspeito de hepatite grave de causa desconhecida em uma menina de 2 anos, moradora de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

“Temos um caso suspeito de hepatite grave de causa desconhecida, que é a mesma registrada em todo o mundo. Estamos monitorando os exames realizados e aguardando o resultado de alguns deles para saber o agente causador da doença”, disse a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.

A criança está internada em um hospital de Goiânia e apresenta, até o momento, estado de saúde regular, ou seja, ela está bem.

Conforme Flúvia existem três classificações para este tipo de hepatite: suspeito, provável ou descartado. Somente exames laboratoriais podem confirmar a classificação da doença.

“Primeiro se descarta a causa, como viral ou bacteriana. Se todos [exames] forem negativo, vamos tentar identificar qual é o agente causador da infecção por meio de exames mais complexos”, explica.

Os sintomas são de febre, icterícia (pele amarelada), dor abdominal, vômito, diarreia, urina escura e fezes brancas em crianças com histórico saudável. Seria um quadro típico de hepatite, não fosse por dois aspectos: o motivo e, segundo o presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi, o maior número de casos graves em relação aos quadros clássicos de hepatite infantil.

Vinte e um países já detectaram a hepatite grave de origem desconhecida entre crianças desde o início de abril e pelo menos 26 jovens precisaram de transplantes de fígado. No Reino Unido, segundo Flúvia, acharam o adenovírus e o sars-cov como agentes causadores deste tipo de hepatite.

No Brasil, São Paulo é o estado com o maior número de registros suspeitos, com 14 casos da hepatite misteriosa sob investigação. Há casos em investigação em Minas Gerais (7), Mato Grosso do Sul (4), Rio Grande do Sul (3), Paraná (2), Rio de Janeiro (6), Espírito Santo (1), Goiás (1), Santa Catarina (4), Pernambuco (3) e Maranhão (1).

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MEC facilita a criação de mais vagas em cursos de Medicina pelo Brasil

De um lado, as entidades médicas apontam o risco de precarizar as condições da formação. De outro, entidades ligadas ao ensino, principalmente o privado, reclamam do engessamento do processo para criar vagas

Por José Maria Tomazela

Uma portaria do Ministério da Educação (MEC) publicada na segunda-feira, 16, liberou o pedido de novas vagas em cursos de Medicina até o limite de mais cem alunos. A medida vale para as escolas criadas por chamamento público, no âmbito do Mais Médicos. Desde 2013, quando a iniciativa foi criada, o número de escolas no Brasil passou de 210 para 354, um crescimento de 69%. De um lado, as entidades médicas apontam o risco de precarizar as condições da formação. De outro, entidades ligadas ao ensino, principalmente o privado, reclamam do engessamento do processo para criar vagas.

Em nota pública, o Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu a imediata revogação da portaria. “Lamentavelmente, essa decisão foi tomada sem consulta ao CFM e às demais entidades médicas. Isso expressa uma opção excludente, autoritária e pouco transparente na condução de tema delicado e com consequências para a vida da população e dos profissionais”, afirmou. Conforme o conselho, a portaria possibilita a criação de 37 mil vagas em cursos já existentes, “milhares delas em municípios que não oferecem condições necessárias para o pleno processo de ensino e aprendizagem”.

Conforme a Associação Médica Brasileira (AMB), o País tem 570 mil médicos distribuídos de forma inadequada, problema que a portaria do MEC não corrige. “Considerando que não temos uma carreira nacional do médico, o que facilitaria a correta distribuição dos profissionais, a AMB se posiciona contra a abertura de novas escolas médicas ou o aumento de vagas nos cursos de Medicina. A AMB entende que a prioridade neste momento é a melhoria da qualificação da graduação médica das instituições de ensino já existentes”, disse.

DIVERGÊNCIA

Consultor em ensino superior, o advogado Edgar Jacobs acredita, porém, que se abre a possibilidade de melhorar a distribuição de médicos e suprir a falta deles pelo País. “Quando comparamos com outros países, o Brasil é apenas o 79.º em densidade médica (médicos por mil habitantes), e eles estão mal distribuídos. Essa medida reconhece a dinâmica da oferta de leitos e espaços de treinamento na área de saúde, na medida em que permite que cursos que obtiveram aportes menores, de 30 ou 50 vagas, possam requerer novamente a ampliação, quando o contexto da oferta de saúde mudar”, disse.

Já para o professor Mario Scheffer, pesquisador e docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é muito preocupante a decisão. “Do início do governo Bolsonaro até agora, o MEC liberou 37 novos cursos de Medicina, dos quais apenas três em universidades públicas. Foram autorizadas 4.500 vagas de graduação, 96% delas privadas, que cobram R$ 8.500 de mensalidade, em média. Com Temer (ex-presidente Michel Temer), em 2018, o MEC chegou a suspender novos editais para criação de cursos e vagas durante cinco anos. Decretou-se uma ‘moratória’ de araque, pois foram abertos cursos e vagas sem parar.” Segundo ele, antes da Lei do Mais Médicos, da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013, o Brasil formava 20 mil médicos por ano. “Hoje vai formar 40 mil por ano.”

Segundo Scheffer, o atual governo seguiu abrindo muitas vagas, mas abdicou da avaliação da qualidade do ensino médico. “Não sabemos como estarão sendo formados milhares de jovens médicos que passam a atender a população imediatamente após a formatura. Também registramos que não há vagas de residência médica para boa parte dos formados em Medicina. Isso é seriíssimo, abriram a torneira da graduação sem se preocupar com a necessidade de, proporcionalmente, ampliar a oferta da formação especializada via bolsas de residência médica.”

Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas, a portaria só regulamenta a de 2018 e não vai precarizar a educação médica, uma vez que todos os cursos são constantemente avaliados pelo MEC. “Está apenas trazendo uma regulamentação”, ressalta.

Segundo ele, a pandemia deixou evidente a falta de profissionais sobretudo na área de saúde. “A possibilidade de abertura de vagas para formação médica é um benefício para a sociedade como um todo, que precisa de mais e melhores profissionais.” A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação e com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), mas não obteve resposta até as 19 horas.

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Assessoria de Comunicação