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Primeira unidade privada de assistência básica à saúde é inaugurada em Goiânia
Centro de Cuidado Integrado, situado na sede da Ahpaceg, faz parte de ecossistema de saúde goiano, único na região, que visa promover a saúde e prevenir doenças por meio do acompanhamento integral em toda jornada dos pacientes
Goiânia ganhou a primeira unidade de assistência básica à saúde da rede privada: o Centro de Cuidado Integrado. A clínica, que começa a funcionar com uma carteira de 5 mil clientes beneficiários de planos de saúde empresariais, foi oficialmente inaugurada na segunda-feira, 10 de abril.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), fundada há 20 anos e que reúne 34 instituições de saúde goianas que juntas respondem por mais de 70% do atendimento de alta complexidade no Estado; a operadora de saúde MedHealth, que trabalha com um modelo de gestão europeu, visando a resolução rápida das demandas dos beneficiários, e a DASA, uma gigante do mercado de saúde especialista em integração dos atendimentos.
A inauguração do Centro de Cuidado Integrado, que está localizado na sede da Ahpaceg, no Setor Sul, reuniu os parceiros no projeto, associados da Ahpaceg, autoridades da área da saúde e representantes da classe médica e dos segmentos da indústria e comércio. O padre Rafael Magul abençoou as instalações.
Haikal Helou, Christiano Quinan, Durval Pedroso e Sérgio Vencio
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, afirmou que a inauguração é a realização de um sonho. “Acreditamos que podemos ter um médico que cuida das pessoas, especialista em pessoas”, citou ele, mostrando que esse é o pilar da assistência básica, assim como atuar com uma coordenação precisa para encaminhar os pacientes a cada tipo de atendimento necessário.
Essa sintonia será comandada por equipes multiprofissionais, compostas por médicos e enfermeiros especialistas em Medicina de Família e Comunidade, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e recepcionistas.
O ambiente amplo e confortável também foi pensado para receber os pacientes da melhor forma e sanar as necessidades deles em um só lugar. Além dos consultórios médicos, de enfermagem e de psicologia, o local também conta com salas de medicação, de pequenos procedimentos e de fisioterapia.
Para prestigiar o início de uma nova forma de cuidar da saúde, estiveram presentes o secretário de estado da Saúde, Sérgio Vencio; o secretário municipal da Saúde de Goiânia, Durval Pedroso; o presidente da Associação Médica de Goiás (AMG), Washington Luiz Rios; e o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/UFG) e 1º Secretário do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Waldemar Naves do Amaral, entre outros expoentes da medicina do Estado, da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), e da Federação do Comércio.
Marcial Ribeiro Júnior e Christiano Quinan
Equipe DASA
O coordenador do projeto do Centro de Cuidado Integrado, Christiano Quinan, agradeceu a todos. “Hoje, estamos inovando ao inaugurar um novo modelo de gestão. Desde 2017, buscamos mudanças e uma forma de cuidar diferenciada, inclusive com uma disrupção por meio do modelo de remuneração compartilhada dos profissionais”, explicou ele.
O Presidente da MedHealth, Marcial Ribeiro Júnior, acrescentou que, com organização e cooperação, como é feito por exemplo no sistema de saúde da França, da Inglaterra, do Canadá, é possível ter uma gestão eficaz. “Mostramos que podemos buscar a sustentabilidade da saúde privada, um atendimento de qualidade, com uma rede credenciada de excelência”.
Essa qualidade será aplicada nos cuidados básicos com a saúde, mas que possuem o poder de evitar danos graves ao organismo. O foco é prevenir doenças, controlar comorbidades, realizar reabilitações e evitar agravamento de doenças.
Todavia, quando for necessário, o paciente também terá à disposição o atendimento de médicos especialistas credenciados à rede da Ahpaceg e de várias outras localidades do país, inclusive por meio da telemedicina. Isso será possível pela interligação dos prontuários eletrônicos, combinados com o sistema de gestão dos cuidados, prescrição de medicamentos, solicitação de exames e emissão de atestados de forma digital. Toda essa inovação em prol da saúde e qualidade de vida dos goianos!
Centro de Cuidado Integrado
Local: Rua 94, nº 220, Qd F-13, Lote 28 - St. Sul, Goiânia
Telefone: (62) 3088-5800
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CLIPPING AHPACEG 07 A 10/04/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Mulheres vítimas de violência ganham cirurgias reparadoras
Risco de autismo pode ser maior em áreas com mais lítio na água
Fentanil já é encontrado no Brasil misturado a outras drogas
Secretaria de Saúde pede mais prazo para prestar contas à Câmara de Goiânia
Lei autoriza Caixa a administrar fundo do DPVAT em 2023
ANS aprova novo tratamento para lesões de pele
DIÁRIO DA MANHÃ
Mulheres vítimas de violência ganham cirurgias reparadoras
Iniciativa é resultado de parceria entre Governo de Goiás, Tribunal de Justiça e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), unidade do Governo de Goiás, realizou cinco cirurgias plásticas reparadoras em vítimas de violência doméstica. O projeto Recomeçar é resultado de cooperação técnica firmada entre o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-GO) e a Fundação de Ações Humanitárias da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Fundação IDEAH). A unidade de saúde, considerada referência na área, foi escolhida para os procedimentos, que ajudam a resgatar a autoestima e a qualidade de vida das mulheres.
Destaque em reportagem especial exibida no Fantástico, da TV Globo, em 2 de abril, a iniciativa é possível graças à dedicação de médicos cirurgiões plásticos, residentes, anestesistas, enfermeiros e técnicos, entre outros profissionais. “O HGG é um hospital extremamente preparado para receber ações desse porte, com todas as condições necessárias”, afirma o secretário da Saúde, Sérgio Vencio.
Ainda de acordo com o gestor, “a equipe médica e a direção do HGG se uniram em prol das pacientes”. As cirurgias estão em conformidade com a Lei Federal n° 13.239, de 30 dezembro de 2015, que dispõe sobre a oferta e realização, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por atos de violência contra a mulher.
As vítimas passaram por um processo que envolveu consultas médicas para diagnóstico, exames pré-operatórios e regulação assistencial. Após a realização dos procedimentos, as pacientes continuam sendo acompanhadas para avaliação dos resultados e da recuperação. Além do HGG, participam da ação as equipes de cirurgias plásticas do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
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JORNAL OPÇÃO
Risco de autismo pode ser maior em áreas com mais lítio na água
Mulheres grávidas que beberam água com lítio tiveram risco aumentado em até 50%
Segundo estudo dinamarquês publicado na revista científica JAMA Network, o risco de autismo (TEA, o transtorno do espectro autista) pode ser maior em áreas com mais lítio na água potável. Segundo os especialistas, mulheres grávidas que beberam essas águas carregadas com a substância química mostraram um risco aumentado em até 50% de seus filhos serem diagnosticados com autismo.
O lítio é um metal alcalino que pode ser encontrado naturalmente em alguns alimentos e águas subterrâneas, usado em baterias, graxa e condicionadores de ar. Atualmente é usado em uma variedade de medicamentos devido aos seus efeitos estabilizadores do humor e uso no tratamento de mania.
Eventualmente, é prescrito para depressão e transtorno bipolar, mas as recomendações atuais afirmam que as pessoas que estão grávidas ou planejam engravidar não devem tomar lítio, pois pode aumentar a probabilidade de aborto espontâneo e anomalias no nascimento.
Os especialistas, entretanto, pedem cautela ao interpretar os dados e afirmam que estudos mais minuciosos precisam ser feitos para afirmar com veemência que o risco de autismo desses bebês está associado a níveis de lítio nas águas, pois os diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) variam muito.
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Fentanil já é encontrado no Brasil misturado a outras drogas
Fármaco utilizado para sedações em cirurgias está sendo encontrado misturado com outras drogas
O fármaco fentanil, utilizado para sedações em situações de cirurgias e no trato de dores extremas, está sendo encontrado misturado com outras drogas no Brasil. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
O anestésico já preocupa os Estados Unidos há anos. Por lá, é misturado à heroína ou vendido puro no lugar desta, por ser mais barato. No Brasil, tem sido encontrado associado ao k2, uma espécie de maconha sintética e à cocaína. De 50 a 100 vezes mais potente do que a morfina, o fentanil ameaça tanto pela dependência que pode causar quanto pelo risco de morte.
No Brasil
A notícia recente da primeira apreensão de um lote de fentanil em Cariacica, no Espírito Santo, às vésperas do Carnaval, deixou as autoridades brasileiras em alerta e mobilizou até agentes americanos. A Polícia Civil encontrou 31 ampolas desviadas do anestésico, que tem o nome técnico de citrato de fentanila. Essa foi a primeira apreensão da substância no Brasil, mas pesquisadores e investigadores já vinham identificando ela anteriormente.
Epidemia
Os EUA assistem, desde o início da década passada, a uma onda crescente de mortes por overdose associadas ao uso de opioides sintéticos. Bateu a casa dos 70 mil em 2021 – e o consumo ilegal de fentanil, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência do país que compila dados de saúde pública, seria o principal vilão.
Especialistas americanos e o CDC apontam que grupos criminosos têm misturado o narcótico a outras substâncias – como heroína, metanfetamina e cocaína – para ampliar margens de lucro, tornando-as mais potentes e viciantes, mas também mais letais. A prática abarcaria até mesmo medicamentos de prescrição controlada vendidos em farmácias, como ansiolíticos.
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A REDAÇÃO
Secretaria de Saúde pede mais prazo para prestar contas à Câmara de Goiânia
Alegando instabilidades no sistema do Ministério da Saúde e outras questões técnicas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) solicitou à Comissão de Saúde da Câmara de Goiânia o adiamento da audiência pública de prestação de contas do 3º quadrimestre de 2022, que aconteceria nesta segunda-feira (10/4).
A SMS argumentou que, diante das falhas e instabilidades técnicas, não foi possível a conclusão do Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) e solicitou “um período maior para realização de análise técnica aprofundada e fidedigna dos dados”. Com isso, a Comissão de Saúde da Câmara remarcou a audiência pública para a quarta-feira, dia 19/4, às 9 horas.
Pauta
A falta de medicamentos, insumos e até lençóis limpos, denunciada por servidores da Saúde no fim do ano passado e também em março deste ano serão abordadas na audiência pública. Os atrasos nos repasses e a dívida da Secretaria com a Fundahc, que administra as três maternidades municipais da capital, também estarão em pauta. A Comissão de Saúde da Casa é presidida pela vereadora Kátia Maria Maria (PT).
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O ESTADO
Lei autoriza Caixa a administrar fundo do DPVAT em 2023
Entrou em vigor na última semana a Lei 14.544/23, que autoriza a Caixa Econômica Federal a administrar, em 2023, o fundo de recursos arrecadados com o Seguro DPVAT, além da análise dos pedidos de indenizações e seu pagamento.
A lei é oriunda de medida provisória (MP 1149/22) aprovada sem mudanças na Câmara dos Deputados, com parecer da deputada Flávia Morais (PDT-GO), e no Senado.
Criado em 1974, o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) indeniza vítimas de acidentes de trânsito. O fundo é abastecido com o pagamento anual de prêmios obrigatórios por parte dos proprietários de veículos, mas há três anos (2021 a 2023) a cobrança foi suspensa.
No ano passado, a Caixa substituiu a Seguradora Líder na função, por meio de um contrato com a Superintendência dos Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza os mercados de seguro e previdência complementar no Brasil. A contratação, sem licitação, é alvo de questionamento na Justiça Federal. A nova norma legaliza a atuação do banco na gestão do fundo e dos seguros.
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JORNAL DO COMMÉRCIO
ANS aprova novo tratamento para lesões de pele
Quem sofre de dermatite atópica sabe o desconforto de ter, na pele, o reflexo das mudanças emocionais. Crônica, a doença vem à tona em ciclos e acaba impactando a qualidade de vida das pessoas. “Sobre a condição, a médica dermatologista Vanessa Medeiros comenta "Nos casos moderados a graves, temos uma coceira intensa na pele, que chega a virar ferida", explica.
No entanto, há uma novidade para quem sofre com a dermatite atópica: um novo tratamento. "A notícia mais recente sobre o tratamento é que a Agência Nacional de Saúde Suplementar aprovou a incorporação, em fevereiro, do medicamento Dupilumab para o tratamento de dermatite atópica em adultos. Temos a expectativa de, assim, ajudar cada vez mais pacientes e alcançar bons resultados", comemora Medeiros.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 06/04/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
CFM pede ao Ministério da Educação criação de GT para disciplinar abertura de escolas médicas
Reforma tributária prevê alíquota diferenciada para a saúde, diz Reginaldo Lopes
Hugh Jackman relata que fez teste para descobrir possível novo câncer de pele
Regulação da IA na Saúde: que bicho é esse?
Doença de Parkinson: especialista ressalta importância do diagnóstico precoce
Referência em transexualização em Goiás, HGG possui 140 pacientes na fila de espera
Check-up cardiológico: cardiologista explica importância de fazer os exames
PF investiga desvio de cerca de R$ 1,6 milhão de dinheiro público em ações de combate à pandemia em Luziânia
Doença de Parkinson atinge cerca de 4 milhões de pessoas no mundo
Kelly Rodrigues lança livro focado em Experiência do Paciente
SAÚDE BUSINESS
CFM pede ao Ministério da Educação criação de GT para disciplinar abertura de escolas médicas
O Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou, nesta terça-feira (4), ofício ao Ministério da Educação no qual pede a criação urgente de Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de definir critérios objetivos para autorização de funcionamento de novos cursos de medicina no País. A proposta de iniciar essa discussão, com o intuito de regulamentar esse processo, foi feita pelo próprio ministro Camilo Santana, em reunião com representantes do movimento médico.
Além da constituição do GT, o CFM solicitou ainda ao Ministério da Educação que suspenda de forma imediata a tramitação administrativa de pedidos de abertura de novos cursos ou de aumento de vagas em estabelecimentos já em funcionamento até que os novos critérios estejam definidos. “Acolher esses pedidos sinaliza positivamente no sentido de se buscar uma solução para esse tema que tem grandes implicações na formação dos futuros médicos e na qualidade da assistência em saúde oferecida à população”, disse o presidente do CFM, José Hiran Gallo.
O GT, que contaria com a participação nomes do Ministério da Educação, do CFM e de outras entidades médicas, teria a missão de estabelecer os parâmetros para regulamentação desse tema, contemplando o fluxo, os procedimentos e o padrão decisório dos atos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos superiores de medicina, bem como seus aditamentos, das instituições de educação superior do sistema federal de ensino.
Na visão dele, há pertinência de serem retomados parâmetros qualitativos e quantitativos para abertura de cursos ou aumento do número de vagas -- anteriores à legislação de 2013. Segundo lembrou, esses critérios ainda dão a possibilidade de sanções administrativas aos cursos que não os cumprirem, pois são necessários ao adequado processo ensino-aprendizagem em medicina.
Entre os critérios defendidos pelo CFM, estão: a oferta de cinco leitos públicos de internação hospitalar para cada aluno; o acompanhamento de cada equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) por no máximo três alunos de graduação; e a presença de hospital de ensino com mais de 100 leitos exclusivos. Todos eles valeriam para o município sede do curso.
José Hiran Gallo disse ainda que a suspensão de novos pedidos pelo MEC permitirá que sejam avaliados “à luz das orientações definidas com o objetivo de qualificar o processo de ensino e aprendizagem em medicina no País e oferecer à população profissionais bem formados e capacitados para o exercício dessa profissão em todas os seus níveis de complexidade, sempre com conhecimento técnico, segurança e ética”.
Atualmente, existem 389 escolas médicas em atividade no Brasil, distribuídas em quase 250 municípios, as quais, juntas, oferecem cerca de 40 mil vagas por ano. Desse total de cursos, 42,9% (167) foram criados nos últimos dez anos, sendo que 53,4% (208) estão no Sul e no Sudeste e 81,1% (315) em capitais e municípios de grande porte.
Levantamento do CFM aponta que mais de 90% dessas instituições de ensino estão em municípios com déficit em parâmetros considerados essenciais para o funcionamento dos cursos. Ou seja, são localidades que não contam com número suficiente de leitos de internação, de equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) ou hospitais de ensino, entre outros itens.
“Sem essas estruturas disponíveis, o processo de formação pode ser comprometido, pois a medicina, ao contrário de outras atividades, depende de campos de prática para que o ciclo de ensino-aprendizado seja completado com êxito”, ressaltou Gallo que destacou também a existência de um grande número de médicos em atividade.
“O Brasil conta com cerca de 550 mil médicos registrados, totalizando uma densidade de 2,56 médicos por mil habitantes no país. Inclusive, projeções mostram que em poucos anos o Brasil terá em torno de 1,5 milhão de médicos. Ou seja, não há necessidade de formação de mais profissionais para atender as demandas internas”, concluiu.
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FOLHA.COM
Reforma tributária prevê alíquota diferenciada para a saúde, diz Reginaldo Lopes
O setor de saúde deve ser submetido a uma alíquota diferenciada no novo modelo de tributação brasileiro, de acordo com o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara dos Deputados.
"Setores como o da agroindústria, o de saúde, de educação, transporte de carga e as entidades de benefícios sociais caminham para ter um tratamento diferenciado, favorecido [com relação aos impostos]. No mundo inteiro é assim, e não vai ser diferente aqui no Brasil", afirmou.
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) durante abertura do seminário Impactos da Reforma Tributária na Saúde, no auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS), zona oeste da capital paulista, em 03 de abril - Jardiel Carvalho/Folhapress
A declaração foi feita durante a abertura do seminário Impactos da Reforma Tributária na Saúde, realizado pela Folha com patrocínio da Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde).
Para ele, serviços oferecidos por convênios médicos diminuem a sobrecarga do SUS (Sistema Único de Saúde) ao atenderem uma parcela da população e, por esse motivo, devem ser enquadrados em modelos especiais de tributação.
A Pesquisa Nacional de Saúde mais recente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que 28,5% dos residentes no Brasil em 2019 tinham algum plano de saúde médico ou odontológico.
Também de acordo com o deputado, será necessário debater e calcular formas de manter a máquina pública sem o acúmulo de tributações sobre um mesmo setor ou pessoa. Lopes considera um avanço propostas como o cashback para impostos cobrados mais de uma vez na cadeia de produção e o entendimento de que se deve cobrar mais impostos de quem possui mais renda.
"A progressividade também se dá na capacidade do Estado de atender os mais pobres com políticas públicas, inclusive com a transparência de o cidadão saber o que de fato está pagando", disse.
Uma das propostas é a criação de uma alíquota estimada em 25% para bens e serviços. No caso da saúde, a porcentagem seria de 25% para baixo, variando de acordo com cada segmento que compõe o setor.
O entendimento é de que cada elo da saúde - como os setores de equipamentos, insumos, medicamentos e atendimento médico - tem características diferentes, devendo ser tributado sob uma lógica específica.
Para Lopes, o ambiente político atual está favorável à reforma, que se mostra importante para a criação de uma estrutura capaz de possibilitar um desenvolvimento econômico do país nos próximos anos, gerando mais empregos e aumentando a renda per capita.
O deputado contou que tanto a Câmara dos Deputados quanto o Ministério da Fazenda têm se reunido semanalmente para ouvir todos os setores e buscar uma convergência.
"Eu diria que, se a gente conseguir superar esses pontos de divergência entre nós, vamos aprovar essa reforma", afirmou.
"Parece difícil e complexo, mas mais difícil é o modelo que temos hoje, com 460 mil normas. O IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) é muito mais fácil de entender, é simples. Vão pagar um imposto, um produto final, e vamos creditar as etapas anteriores. Acho que esse é o sistema moderno."
O deputado reconheceu o cenário de descrédito em que se insere a reforma tributária, marcado por 40 anos de discussões sobre o tema sem que mudanças se concretizassem de fato.
Por outro lado, disse que tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado têm um objetivo em comum. "Ambos se somam nesse esforço pela aprovação [da reforma], seja o presidente [da Câmara] Arthur Lira, seja o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco."
Reginaldo Lopes também destacou o apoio do Poder Executivo. "Se a gente prestar atenção nos desafios que estão colocados para a nova âncora fiscal, o que de fato vai dar sustentabilidade a médio e longo prazo é a reforma tributária. Justamente por permitir uma incidência tributária ampla. Ou seja, quando todos pagam, todos podem pagar menos."
Nessa perspectiva, segundo o deputado, o governo federal apoia a iniciativa do Parlamento de votar a reforma tributária, mas respeita o protagonismo da Câmara e do Senado.
"Enviar uma Emenda Constitucional ajuda, porque dá uma característica a essa reforma - que não é do governo do presidente Lula, apesar de ele apoiar e ter criado uma secretaria extraordinária da reforma tributária, comandada pelo Bernardo Appy."
Segundo ele, para que o Brasil amplie sua presença no PIB (Produto Interno Bruto) mundial e tenha mais competitividade é preciso resolver o custo do país, majoritariamente baseado no sistema tributário.
"Dar competitividade ao Estado brasileiro é evitar que o país pague imposto de imposto e tenha cumulatividade, como a gente tem hoje no nosso sistema. Não só para permitir que o povo brasileiro tenha acesso a produtos e serviços, mas também permitir que o Brasil possa voltar a ser um país com mais valor agregado", disse.
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O HOJE
Hugh Jackman relata que fez teste para descobrir possível novo câncer de pele
Na ocasião, o ator explicou que fez duas biópsias e que o médico relatou um possível caso de carcinoma basocelular
Hugh Jackman, de 54 anos, utilizou suas redes sociais para revelar que recentemente realizou exames para saber se estava novamente com câncer de pele. Na ocasião, o ator explicou que fez duas biópsias e o médico relatou um possível caso de carcinoma basocelular.
Responsável por interpretar “Wolverine” nas telas de cinema, o astro de Hollywood aproveitou a oportunidade para alertar os seguidores sobre os riscos da doença, como combatê-la e a importância de realizar exames de rotina para que caso haja esse tipo de diagnóstico, o tratamento possa iniciar o mais rápido possível.
“Sei que já me ouviram falar sobre os meus carcinomas basocelulares antes. Vou continuar a falar sobre eles se for preciso. E se lembrar uma pessoa de colocar protetor solar com um alta SPF, então fico feliz. Só para lembrar, o carcinoma basocelular, no mundo dos cânceres de pele, é o menos perigoso de todos”, ressaltou. De acordo com Jackman, o diagnóstico pode ter sido causado pelo seu descuido em relação a exposição no sol durante 25 anos.
Entre 2017 e 2019, a celebridade norte-americana enfrentou seis remoções de câncer no rosto. Em 2021, a biopsia do ator resultou como “inconclusiva”.
O carcinoma basocelular é um tipo de câncer de pele que se desenvolve nas células basais, um tipo de célula da pele responsável pela produção novas células. Isso causa uma saliência branca perolada, da cor da pele ou rosa no corpo especialmente no rosto e orelhas.
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PORTAL TERRA
Regulação da IA na Saúde: que bicho é esse?
À medida que a IA evolui e assume um posicionamento de destaque dentro da sociedade é preciso olhar para ela com mais atenção
Aprender a usar a tecnologia sem ter muito medo dela e/ou de suas implicações parece ser mesmo o grande desafio quando assunto é inteligência artificial. É que muito se fala sobre os riscos e limitações da aplicação da IA na Saúde sem que ainda esteja claro para a maioria as formas possíveis de mitigar esses riscos, para além da regulação e da proteção dos dados.
E daí surge mais uma dúvida: será que a criação de leis e de uma agência reguladora que visa a punir os responsáveis por não cumprir os acordos formulados é a melhor saída para acelerar a transformação digital?
Paulo Schor, professor associado de oftalmologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da FAPESP, acredita que não: "Penso que em relação à IA temos sempre que buscar o mínimo de regulação com o máximo de celeridade e punição para todos que impedem a tecnologia de funcionar direito", enfatiza.
O que apavora o especialista nesse assunto é a regulação da IA surgir como um "atrapalhador" da modernidade e do avanço da ferramenta, algo que é muito mais frequente de acontecer do que o contrário - vide exemplo da própria telemedicina: "Não sou contra a regulação, mas acho que a própria tecnologia tem ferramentas úteis e seguras para se "autorregular". E, a partir disso, cabe a cada nação ter uma maior preocupação com a equidade, no sentido de justiça, levando em conta suas particularidades sociais, econômicas e tecnológicas ao invés de simplesmente importar leis universais."
Quem fará as leis por aqui?
O Brasil nesse quesito já começou a discutir sobre a melhor forma de regular a tecnologia, a partir da criação do Marco Legal da Inteligência Artificial (PL 21/2020), um projeto de lei que aguarda aprovação do legislativo. Rodrigo Guerra, especialista em finanças e inovação e fundador do Projeto Unbox, concorda que o foco das discussões precisa estar em como vamos chegar a um equilíbrio entre as proibições que a lei impõe e o livre incentivo à inovação, especialmente em um setor conservador e que precisa urgentemente de uma transformação de negócios, como é o caso da Saúde: "Se deixarmos tudo acontecer de forma livre, os riscos do uso da IA serão muitos e potencialmente catastróficos. Por outro lado leis duras demais desincentivam a inovação e o desenvolvimento tecnológico e científico."
Encontrar o equilíbrio também é a recomendação de Coriolano Almeida Camargo, coordenador LGPD da Escola Superior da Advocacia Nacional, especialmente ao lembrar que o legislador não consegue acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas atuais. Para o especialista, que também é presidente e fundador da Digital Law Academy, nem tudo deve ou pode ser objeto de controle para não se frustrar a inovação e a geração de empregos e oportunidades: "E, finalmente, a Lei que irá tratar da regulação da inteligência artificial no Brasil precisa conter a defesa da dignidade da pessoa humana como fundamento", defende.
"O homem e sua essência humana e direito à vida digna deve ser o pilar de sustentação da norma que regulamenta o uso da inteligência artificial", diz Coriolano Almeida Camargo, coordenador LGPD da Escola Superior da Advocacia Nacional e presidente e fundador da Digital Law Academy.
A ressalva é importante do ponto de vista legal, porque a IA é uma tecnologia com múltiplas aplicações e deve ser utilizada cada vez mais para auxílio na tomada de decisões importantes em diferentes setores. "É sabido que muito pode ser automatizado pela ferramenta, mas a experiência de um advogado ou do médico não pode ser descartada", deixa claro Camargo, que continua: "Para um futuro próximo, podemos esperar uma firme regulamentação da IA no Brasil, já que uma comissão de juristas tem sido responsável por orientar os projetos de Lei 5.051/2019, 21/2020 e 872/2021". Todos têm como objetivo estabelecer princípios, regras, diretrizes e fundamentos para regular o desenvolvimento e a aplicação da inteligência artificial no Brasil.
Foco na Saúde
Especificamente neste setor, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu seis princípios para direcionar o desenvolvimento da IA na Saúde. Em essência elas mostram que a tecnologia está a serviço dos profissionais da Saúde e não o contrário: "O médico e outros profissionais de Saúde continuarão a ser o principal elo entre o paciente e a inteligência artificial, trazendo empatia e humanização para essa relação", diz Aldir Rocha, sócio consultor da Lozinsky Consultoria.
Proteger a autonomia humana.
Promover o bem-estar, segurança humana e interesse público.
Garantia de transparência e inteligibilidade.
Promoção de responsabilidade e prestação de contas.
Garantia de inclusão e equidade.
Promoção de IA responsiva e sustentável.
E o desenvolvedor, como fica?
Para Aldir Rocha, sócio consultor da Lozinsky Consultoria, a regulamentação da IA na Saúde é um dilema existencial e sensível pelo seu significado, pois a tecnologia estará diretamente ligada à vida e à morte de um ser humano. "Mas é claro que tanto quem investe no desenvolvimento da tecnologia como quem a utiliza precisar ter algum tipo de proteção jurídica, ou seja, conhecer bem as regras do jogo para saber como cumpri-las e não acarretar em um dano futuro."
"A regulação é importante tanto para quem consome como para quem desenvolve a inteligência artificial. Assim, haverá proteção jurídica estabelecida por regras bem conhecidas para que amanhã ou depois as empresas de software não sejam penalizadas por situações não previstas", diz Aldir Rocha, sócio consultor da Lozinsky Consultoria.
A transparência nesse sentido é tão importante, que Aldir Rocha defende até mesmo a possibilidade de auditar os códigos usados no desenvolvimento da solução para evitar códigos maliciosos, restritivos e/ou preconceituosos. O PL 21/2020 avança justamente nesses pontos ao estabelecer como princípios o respeito à dignidade humana, transparência nos algoritmos e proteção dos dados pessoais: "Penso que esses três pilares norteadores são um bom ponto de partida, pois estão centrados na proteção do indivíduo", justifica Rocha.
Todas essas questões estão conectadas também à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), implantada em agosto de 2020 e cujas punições por descumprimento acabaram de começar, em 27 de fevereiro de 2023.
Olhe fora para se inspirar
A inteligência artificial embora seja bastante discutida ainda é uma tecnologia muito recente e sua popularização tem acontecido nos últimos meses. O ChatGPT, por exemplo, proporcionou um uso mais acessível da ferramenta, não sem antes provocar burburinhos sobre direitos autorais e manipulação de viés. Isso, claro, tem feito com que muitos países no mundo se apressem em criar leis próprias em paralelo com a rápida ascensão da tecnologia e como ela vai moldar o futuro das relações em diversos setores da sociedade - e da economia, claro.
O atual relatório de "Regulação da Inteligência Artificial - benchmarking de países selecionados", criado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) destaca o modelo de regulação de IA nos Estados Unidos, que hoje já é feito por agências reguladoras e pelos estados da federação: "Esse modelo está sendo debatido e poderia deixar as relações mais seguras e ágeis sem parar a inovação. É que por lá há ações específicas de coordenação por parte do governo para posicionar o país como liderança em pesquisa e desenvolvimento de IA, nos âmbitos público e privado. Portanto, há prioridade para o fortalecimento de pesquisa e desenvolvimento da competitividade do país em IA".
Já o Japão, segundo país a desenvolver estratégias nacionais de IA e a estabelecer metas e alocar orçamento para o tema, tem agências governamentais japonesas que adotam a abordagem de "soft-law" para lidar com possíveis vieses da tecnologia de IA. "O país busca criar uma governança ágil, com o objetivo de não prejudicar investimentos e não impedir a inovação", deixa claro o documento.
Para Coriolano Camargo parecem razoáveis estes modelos flexíveis, porque as demais autoridades e os Tribunais não são descartados do processo de fiscalização. Já Aldir Rocha lembra ainda que existem países nos quais as questões éticas e morais precisam estar em evidência nessa discussão, uma vez que a inteligência artificial pode segregar e discriminar indivíduos: "Por isso acredito que faça mesmo sentido subordinar a regulação da IA a um órgão como a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) que vai resguardar a privacidade dos indivíduos simultaneamente."
"Temos que ter claro que a inteligência artificial manipula dados e, se esses dados já estão protegidos pela LGPD, o enviesamento do resultado da sua transformação está sob sua devida responsabilidade legal. Na Holanda, por exemplo, o projeto de regulação está sendo desenvolvido nesse sentido", diz Aldir Rocha, sócio consultor da Lozinsky Consultoria.
Mas volte-se para si também
O físico teórico Stephen Hawking dizia que "a criação bem-sucedida de inteligência artificial seria o maior evento na história da humanidade". Coriolano Camargo contesta a profecia dizendo que, se não aprendermos desde já a mitigar e regular seus riscos, ela pode também ser a nossa última criação: "Nós precisamos de uma IA bem treinada e adaptada às necessidades dos profissionais da Saúde, mas que também nos ofereça segurança desde a sua criação."
E continua: "Se olharmos a história da humanidade, as máquinas sempre foram adaptadas para a guerra, para submeter outros povos. E em pleno século 21 assistimos a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, com a utilização de drones, supercomputadores, armas cibernéticas. O homem é capaz de grandes feitos, mas poucos líderes são capazes de incutir nas mentes de outros a ideia de que precisamos da tecnologia para o progresso por meio da paz e da união entre os povos."
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PORTAL SAGRES
Doença de Parkinson: especialista ressalta importância do diagnóstico precoce
Normalmente associada à terceira idade e mais comum em maiores de 65 anos, a Doença de Parkinson também pode afetar os jovens e até crianças. Pesquisas apontam que 20% dos diagnósticos da doença, que compromete os movimentos dos pacientes e causa tremores, ocorre entre jovens. Lentidão, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita, são alguns exemplos.
Buscando chamar a atenção para a patologia, no último dia 4 de abril, terça-feira, foi o Dia Nacional do Portador da Doença de Parkinson. Além disso, a data também ressalta a importância do diagnóstico precoce e os tratamentos fundamentais para prevenir sequelas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Sendo assim, o Sistema Sagres de Comunicação ouviu a médica neurocirurgiã, Ana Maria Moura. A especialista também é diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Entre os assuntos abordados, Ana Maria Moura destacou os principais sintomas, os efeitos da doença em homens e mulheres, prevenção, tratamento, cirurgia e cura.
Principais sintomas
A Doneça de Parkinson é uma condição neurodegenerativa causada por uma diminuição do neurotransmissor dopamina. Ela ajuda o indivíduo a realizar movimentos, atua no sistema de recompensa que dá aquela sensação de alegria, felicidade, movimento. Nesse sentido, falta exatamente a dopamina no parkinsoniano.
“O doente de Parkinson pode ter sintomas motores e não motores. Os primeiros são aqueles clássicos, que todas as pessoas pensam que todos com certeza vão ter, mas não necessariamente têm. É aquele tremor em repouso, ‘contando dinheiro’, geralmente assimétrico, porque o outro tremor, que é o essencial de diagnóstico diferencial, é bilateral, ou seja, nas duas mãos. O Parkinson tende a começar de um lado, para depois ir para o outro”, cita Ana Maria Moura.
Além disso, o parkinsoniano apresenta dificuldades na mobilidade, tanto em movimentos mais simples, quanto naqueles mais complexos. Por exemplo, o indivíduo com Doença de Parkinson enfrenta problema para guardar um objeto.
“Ele apresenta uma rigidez importante na musculatura, dificultando em fazer movimentos curtos e amplos. Até o simples gesto de colocar a mão dentro do bolso, ou para tirar carteira, ou para colocar. Também ao caminhar, então o paciente vai ter essa dificuldade nos passos, podendo cair, dar a meia volta para retornar. Esses são alguns dos sintomas motores e, juntamente com isso, uma postura com o tronco pra frente, que a gente chama de cifose”, explica a médica neurocirurgiã.
Sintomas não motores
Como disse Ana Maria Moura, os sintomas motores são aqueles clássicos, que incluem tremores, dificuldade em se mover, etc. Entretanto, o parkinsoniano também apresenta os sintomas não motores que, geralmente, começa com eles.
“Vai ser um sono agitado, então é comum os pacientes falarem no consultório que sonhou com guerra e acordam dando murro, chute. Uma dificuldade no olfato, às vezes a pessoa perde”, afirma.
“Também é comum constipação e sintomas relacionados a ansiedade e depressão são alguns não motores da Doença de Parkinson”, conclui a diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Efeitos em homens e mulheres
De acordo com Ana Maria Moura, o Parkinson acomete mais homens e mulheres. Apesar disso, a médica ressalta que não há estudos que comprovem essa prevalência maior na população masculina.
“Por exemplo, se a pessoa vai trabalhar arrumando casa, ela vai precisar muito do motor dela. Agora, se o indivíduo trabalha mais com cognição, também vai sentir, porque não falta só a dopamina. Tem uma proteína, a Corpúsculo de Lewy, que também está relacionada com Alzheimer. Por isso que vem a demência com o Parkinson e algumas outras inflamações em outras estruturas, como a mitocôndria”, pontua.
Na verdade, ainda conforme a especialista, o acometimento da doença está muito mais relacionado à atividade que a pessoa desempenha do que ao gênero do indivíduo.
“Então, depende da tarefa que essa pessoa está realizando. A mulher, em tempos de menstruação, ela fica mais frágil e isso pode acarretar em mais dores, com isso ela fica mais contraída, com rigidez maior. Agora, se for um homem com pressão arterial ou diabete associados, pode apresentar grandes repercussões”, ressalta.
Prevenção
Assim como outras doenças, o indivíduo também pode se prevenir do Parkinson com autocuidado. Sendo assim, uma dieta com a presença de ferro e magnésio pode ser importante para evitar o surgimento da patologia.
“Evitar alimentação inflamatória, ou seja, doces, muitos carboidratos. Preferir uma alimentação com produtos orgânicos, que não tenha pesticida, porque isso também pode ser um sinal. Não necessariamente a Doença de Parkinson em si, mas outras doenças que podem provocar os mesmo sintomas, que chamamos de parkinsonismo. Dormindo bem, tendo um padrão de sono, evitando traumas, esporte de grande impacto por muito tempo, porque os microimpactos também geram Parkinson”, exemplifica Ana Maria Moura.
O parkinsonismo apresenta os mesmos sintomas da Doença de Parkinson, como tremor e rigidez, mas não é de fato ela. Por exemplo, um tumor cerebral em um circuito do cérebro que controla os movimentos, o paciente apresentará essas condições, mas não terá o Parkinson.
Tratamento
A Doença de Parkinson não tem cura, mas possui tratamento que pode amenizar os sintomas no paciente. Para isso, uma equipe multidisciplinar precisa acompanhar esse parkinsoniano, deixando-o mais relaxado possível.
“Musicoterapia, meditação, esporte, caminhada, oração e também fisioterapia. Nas medicações, como o cérebro falta dopamina, então medicamentos que tenham a substância, ou que faça a transformação de elementos nessa dopamina, e relaxantes musculares”, destaca.
Além disso, há a possibilidade ainda de um tratamento cirúrgico, com uma estimulação cerebral profunda, da sigla em inglês DBS, que quer dizer Deep Brain Stimulation.
“O paciente vai ser bem avaliado, para saber se é um candidato cirúrgico. Nós fazemos dois furinhos na calota craniana, descemos o eletrodo intracerebral, passamos a conexão debaixo da pele e ligamos a um marcapasso no tórax. Ele vai jogar energia para a pontinha desse eletrodo no cérebro, que vai restabelecer o circuito do movimento normal”, finaliza Ana Maria Moura.
Existem outros tratamentos cirúrgicos, como a neuroablação, que consiste basicamente na mesma técnica do DBS, e a radiocirurgia.
*Esse conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 03 – Saúde e Bem Estar
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Referência em transexualização em Goiás, HGG possui 140 pacientes na fila de espera
Desde 2017, quando o procedimento começou no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG), foram 68 cirurgias de redesignação sexual. Destas, no entanto, 18 foram para readequação genital, quando a intervenção cirúrgica é mais severa. Além disso, há ainda a retirada de útero ou das mamas, nos casos de homens trans.
Em entrevista à Sagres, o médico ginecologista e coordenador do Projeto Transexualizador do HGG, João Lino, explica que o primeiro passo para quem busca a redesignação sexual é procurar uma unidade básica de saúde.
“Lá o paciente vai expressar a incompatibilidade entre o gênero de nascimento e o de identidade, e então o paciente será encaminhado às unidades de referência”, afirma.
São os casos de incongruência de gênero, caracterizada pela desconformidade entre o gênero de um indivíduo e o sexo a ele atribuído.
“Há pacientes que precisarão do processo de hormonização com medicamentos. Isso vai ser o suficiente para ele ser ver em um corpo adequado como ele deseja. Há ainda os pacientes que irão precisar de procedimentos mais complexos. Por exemplo as cirurgias de transgenitalização, chamadas de readequação genital”, esclarece Lino.
Da primeira consulta à cirurgia
Uma normativa do Ministério da Saúde regulamenta a realização desse tipo de cirurgia. Segundo Lino, o tempo mínimo até que chegue o momento da realização do procedimento, desde a primeira consulta no HGG, entretanto, é de dois anos.
“Nesse período, o paciente fica em suporte psicológico e psiquiátrico, e com processo de uso de hormônio com a ginecologia, para que ele tenha certeza de sua identidade de gênero, tratar de doenças que possam estar associadas e estar apto a fazer o procedimento”, pontua.
Equipe
Como o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) não realiza mais o procedimento desde 2019, apenas o HGG em Goiás conta com o serviço.
De acordo com Lino, compõem a equipe da unidade três ginecologistas, um psiquiatra, dois psicólogos, um fonoaudiólogo e três profissionais de cirurgia plástica.
Durante a cirurgia são três cirurgiões, um anestesista e médicos residentes ou em formação, uma média de sete pessoas, além da equipe de enfermagem. O procedimento dura, em média, de três a cinco horas.
Segundo João Lino, a expectativa da equipe, no entanto, é realizar uma cirurgia a cada 15 dias.
Fila de espera
De acordo com o coordenador do projeto de transexualização, 140 pacientes aguardam na fila de regulação em Goiás para realizar a primeira consulta no HGG. O grande problema, segundo João Lino, é a demanda reprimida que existe dentro da unidade.
“Tenho 350 pacientes que já em atendimento no programa. Como esses pacientes estão frequentemente na unidade, eles fazem avaliação com psicólogo, psiquiatra e ginecologista. Porém, há uma fila interna de 450 atendimentos, é isso o que mais dificulta a entrada de novos pacientes”, afirma.
No entanto, segundo o coordenador, a ampliação da equipe médica pode reduzir a espera para quem procura por esse procedimento. “Estamos readequando, expandindo a equipe agora para atender mais rapidamente essas pessoas que aguardam na fila”, complementa.
Medicamentos
Na última semana, porém, a Defensoria Pública Estadual de Goiás (DPE-GO) encontrou problemas no processo de transgenitalização. Um deles é o acesso de remédios para tratamento hormonal. A receita médica para esses medicamentos é controlada. Por isso, o médico só a prescreve de forma presencial. Portanto, o paciente precisa viajar para a capital com frequência.
Entretanto, João Lino reforça a necessidade de controle sobre a prescrição das chamadas medicações androgêneas. “Essas medicações têm de ser prescritas em receituário especial do tipo B. Esse tipo de receituário só é possível emitir na consulta presencial. Isso dificulta? Sim, mas é um controle necessário. A telemedicina é um projeto que estamos começando dentro do programa transexualizador do HGG para a gente poder exatamente minimizar as vindas frequentes desse paciente, mas ela não está instalada ainda”, conclui.
Contato
Pacientes que buscam orientações sobre como proceder em relação à redesignação sexual podem enviar um e-mail para Programa TX do HGG. O endereço é o O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
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Check-up cardiológico: cardiologista explica importância de fazer os exames
Realizar um check-up cardiológico pode ser fundamental para diagnosticar doenças cardiovasculares, principal causa de morte em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas enfermidades matam cerca de 17,7 milhões de pessoas todos os anos.
No Brasil, não é diferente. Anualmente, mais de 300 mil brasileiros morrem vítimas dessas doenças, sendo que muitas delas poderiam ter sido evitadas ou tratadas.
“Quando o assunto é prevenção de doenças cardiovasculares, os fatores de risco merecem nossa atenção. Sedentarismo, colesterol, tabagismo, uso excessivo de álcool, dieta inadequada, obesidade, histórico familiar e estresse são exemplos”, cita a médica cardiologista Cibele Gontijo Lopes.
Além disso, algumas doenças cardiológicas não apresentam sintomas, como explica a especialista. De acordo com ela, os sinais de alerta podem surgir apenas nas fases críticas. Sendo assim, a realização periódica do check-up cardiológico surge como uma importante prevenção.
Prevenção
Por meio da avaliação da história clínica, exames laboratoriais, teste ergométrico ou de esforço e exames de imagem, o médico especialista pode orientar o paciente. Nesse sentido, o profissional esclarece sobre a prevenção das doenças e prescreve o melhor tratamento para cada pessoa.
“Dentro dos exames iniciais, temos exames laboratoriais para dosar o colesterol, açúcar do sangue, avaliar a função dos rins. O eletrocardiograma, capaz de avaliar ritmo, condução, sobrecarga das câmaras cardíacas. O teste ergométrico, que avalia ritmo, pressão arterial e capacidade física durante o esforço. Além disso, o escore de cálcio, uma tomografia de tórax simples, sem contraste, que detecta calcificação no território das artérias coronárias”, explica Cibele Gontijo Lopes.
O check-up cardiológico anual deve começar a ser feito por volta dos 40 anos de idade, aproximadamente, no caso de indivíduos saudáveis. Quando há histórico familiar de doença do coração, obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes ou outro fator de risco, a primeira consulta deve ser adiantada.
Um exemplo de condição a se prevenir é a aterosclerose, que endurece e estreita as artérias de forma progressiva. Se a pessoa não fizer um check-up cardiológico para diagnosticar a doença, a patologia pode obstruir totalmente os vasos sanguíneos próximos ao coração, levando a um infarto do miocárdio. Pode ainda impedir a irrigação do cérebro, causando isquemia ou AVC.
Sintomas
Um aparelho cardiovascular saudável realiza funções vitais como bombear o sangue e nutrir as células de forma satisfatória. Nesse sentido, o coração precisa bater em ritmo normal, com impulsos elétricos que seguem uma trajetória e frequência padrão.
Sendo assim, uma batida deve durar, em média, 0,19 segundo, tempo para que o impulso elétrico percorra o nó sinusal, átrio direito, átrio esquerdo, nó atrioventricular e ventrículos. Vale ressaltar que nosso coração tem quatro partes, dois átrios na parte superior e dois ventrículos na inferior.
Além do coração, o corpo também necessita da boa condição dos vasos sanguíneos, principalmente os que transportam sangue rico em oxigênio. Isso quer dizer que as artérias precisam de espaço suficiente para a passagem do sangue, sem grandes obstruções, como por exemplo placas de gordura nas paredes ou coágulos.
Em caso de obstáculos, o corpo exige que o coração bata mais forte para que o sangue chegue às extremidades do carpo, o que pode gerar uma sobrecarga. Então, o indivíduo pode aumentar o risco de ter pressão alta, insuficiência cardíaca e até parada cardiorrespiratória.
Quando fazer o check-up cardiológico?
Essa é uma questão que pode apresentar três tipos de cenários diferentes. Primeiramente, o paciente deve realizar o check-up cardiológico quando houver indicação médica, principalmente se a pessoa apresentar os fatores de riscos citados. Além disso, o indivíduo pode estar em tratamento de uma doença cardíaca e os exames servem para observar e adaptar terapias que não estejam funcionando corretamente.
Um segundo cenário surge quando o paciente apresenta algum tipo de sintoma de doença cardiovascular. São eles: palpitações, dor no peito, falta de ar, desmaios e tontura, suor frio, cansaço crônico, enjoo, perda de apetite, dor no pescoço, ferimentos frequentes na gengiva, inchaço nas pernas e nos pés, ganho de peso sem motivo aparente, pés e mãos sempre frios, vontade de urinar à noite ou tosse constante também no período noturno.
Por fim, o check-up aparece como um importante aliado na prevenção de doenças cardíacas para pessoas saudáveis, sem fatores de risco. Como ressaltado pela cardiologista Cibele Gontijo Lopes, algumas das patologias cardiovasculares não apresentam sintomas. Sendo assim, o check-up cardiológico regular pode detectar alguma anomalia no indivíduo antes de uma fase mais crítica.
Qualidade de vida
Cibele Gontijo Lopes ressalta que o coração é peça chave para saúde e qualidade de vida. Além disso, a cardiologista destaca que algumas doenças cardíacas têm maior chance de cura quando detectadas precocemente.
“Detectar e controlar os fatores de risco, diagnosticar precocemente e fazer um tratamento adequado, não agravar as doenças pré-existentes. Entender os sinais de alerta em situações graves, como infarto e AVC, e adotar hábitos de vida saudáveis de maneira segura são alguns motivos para fazer o check-up cardiológico”, alerta.
“O check-up cardiológico auxilia na avaliação e controle desses fatores de risco. O cardiologista realiza os exames, por meio de histórico clínico, exame físico e outras análises complementares”, finaliza.
*Esse conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 03 – Saúde e Bem Estar
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PORTAL G1
PF investiga desvio de cerca de R$ 1,6 milhão de dinheiro público em ações de combate à pandemia em Luziânia
Contratos investigados indicaram superfaturamento na compra de testes de Covid-19 e produção de vídeos institucionais. Irregularidades teriam sido praticadas no fim do mandato da gestão de 2020.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
A Polícia Federal divulgou que apura um possível desvio de dinheiro público que deveria ter sido aplicado em ações de combate à Covid-19 na pandemia em Luziânia. Segundo a polícia, somados, os prejuízos à saúde da cidade implicaram no desvio de cerca de R$ 1,6 milhão de recursos da União.
De acordo com a PF, foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão na cidade, que fica no Entorno do Distrito Federal, e em Goiânia. A operação foi deflagrada nesta quarta-feira (5), mas as irregularidades teriam sido praticadas nos últimos dias de mandato do ex-prefeito em 2020.
Segundo a PF, a corporação suspeita de fraudes no âmbito de dois contratos feitos pelo Fundo Municipal de Saúde. O primeiro, para a aquisição de 15 mil testes de Covid-19. O segundo, para a produção de vídeos institucionais relacionados às ações de combate a pandemia (veja abaixo o detalhamento).
O g1 entrou em contato com o ex-prefeito Cristóvão Tormin, prefeito da gestão investigada, por ligação e mensagem nesta quarta-feira (5), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Em nota, a Prefeitura de Luziânia informou que está colaborando com as investigações de possível desvio de recursos que foram destinados à Covid na gestão passada e ressaltou que nada recai sobre a atual gestão em relação ao caso.
Além disso, a prefeitura disse que se recebeu com perplexidade a possível desvio de recursos de uma área tão importante quanto a saúde e em especial, em um período tão difícil como o da pandemia da Covid-19. A nota finalizou que, se comprovados os crimes, que os responsáveis sejam responsabilizados de acordo com os rigores da lei.
Operação
A operação foi chamada de “Últimos Atos”, porque os crimes teriam sido praticados no fim da gestão municipal, em dezembro de de 2020. A polícia detalhou que foi constatado um aumento substancial no uso dos recursos mantidos pelo Fundo Municipal de Saúde, a maioria vinha de repasses do Fundo Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a PF, o aumento não tinha qualquer critério e ou poderia ter como objetivo atender interesses pessoais.
A investigação mostrou que, além do direcionamento das contratações e vícios relacionados aos procedimentos licitatórios, há indícios de que parte do dinheiro tenha sido usado no pagamento de vantagens indevidas em favor de agentes públicos ligados à Prefeitura de Luziânia na época.
Como o nome das empresas envolvidas não foi divulgado, o g1 não as localizou para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Detalhes dos contratos
A PF divulgou que a apuração mostrou um superfaturamento de cerca de 64% em um contrato com uma empresa de Goiânia, responsável pelo fornecimento dos testes para Covid. Conforme relatado pela polícia, mesmo a cidade tenha feito o pagamento de R$ 1,95 milhão, foram entregues apenas 3.850 testes, o que custaria pouco mais de R$ 500 mil.
Já sobre o contrato para a produção de vídeos institucionais, também feito com uma empresa de Goiânia, não chegou a ser executado, segundo a PF. A investigação indicou que não houve retorno social em contrapartida aos R$ 450 mil pagos pela prefeitura.
Contestada, a empresa chegou a apresentar sete vídeos que teriam sido feitos para por causa do contrato, como pontuou a PF. No entanto, as peças publicitárias seriam apenas “montagens” ou plágios de campanhas de outros entes federativos, apenas com a alteração do slogan para o da Prefeitura de Luziânia.
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JORNAL OPÇÃO
Doença de Parkinson atinge cerca de 4 milhões de pessoas no mundo
Nesta terça-feira, 4, é lembrado como o Dia Nacional do Parkinsoniano. A doença é mais comum em idosos. No entanto, ela acomete também os jovens e até crianças. A patologia é uma condição crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central. Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 4 milhões de pessoas em todo o mundo têm a doença, número que pode dobrar até 2040 devido ao envelhecimento da população e aumento da expectativa de vida.
“Parkinsonismos são doenças outras que causam como sintomas a doença de Parkinson, que pode ser infecção do sistema nervoso central, um tumor, uma pessoa que tem uma má formação, que é a hidrocefalia. O uso de algumas medicações, como anticonvulsivante”, explica a médica neurocirurgiã Ana Maria Moura, diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
De acordo com a ciência, a doença é causada pela diminuição intensa da produção do neurotransmissor dopamina. Essa substância é responsável por ajudar na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática.
Parkinsoniano e tratamento
Quando há falta de dopamina, especialmente na substância negra do cérebro, o controle motor do indivíduo é afetado, causando sintomas como lentidão motora, rigidez muscular, tremores de repouso predominantes em um lado do corpo e desequilíbrio. Além disso, a doença pode causar outros sintomas não-motores, como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.
A Síndrome Parkinsoniana tem várias causas e, portanto, o tratamento deve ser personalizado de acordo com o diagnóstico da doença. O primeiro passo para iniciar o tratamento é identificar a causa subjacente da condição.
Se a síndrome for causada por um medicamento, por exemplo, é recomendado que o uso do medicamento seja interrompido para possibilitar uma possível cura ou redução dos sintomas. Em casos em que o medicamento é necessário continuamente, um medicamento anticolinérgico pode ser prescrito pelo médico para aliviar os sintomas do Parkinsonismo.
Buscar ajuda de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas pode ajudar o paciente a tomar medidas para melhorar sua mobilidade e independência, como simplificar tarefas diárias, permanecer ativo, tomar medidas de segurança em casa, como a remoção de tapetes para evitar quedas, utilizar dispositivos de apoio, e manter uma boa nutrição.
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MEDICINA S/A
Kelly Rodrigues lança livro focado em Experiência do Paciente
A especialista em Experiência do Paciente, Kelly Rodrigues, lança o livro Experiência do Paciente – Como criar, implementar e gerir bem um Programa de Excelência. Com lançamento programado para o próximo dia 24, a obra mostra que o cuidado em saúde deve ser repensado para evitar falhas graves no atendimento às necessidades e preferências de pacientes e familiares, além de apresentar metodologia para mudar este cenário e a prática de 10 instituições nacionais e internacionais.
Kelly defende que somente trazendo o tema para uma discussão mais ampla é que se começa a fazer a transformação no dia a dia do atendimento, gerando impacto positivo em toda a cadeia de saúde. “Tenho a pretensão de provocar os diversos stakeholders a pensar diferente, no sentido de que precisamos envolver os pacientes não só pelos direitos deles – o que já é um grande argumento – mas para que entendam seu papel no próprio tratamento e participem de forma ativa das decisões importantes para o seu cuidado”, destaca.
A executiva também lidera a Patient Centricity Consulting, primeira empresa especializada em EP no Brasil. “A Experiência do Paciente também é estratégica para quem presta o serviço, para a continuidade da instituição enquanto negócio”, explica.
Metodologia e Cases
A primeira parte do livro traz toda a metodologia, ensinando como criar uma cultura de experiência; como capturar a voz do paciente; preparação das lideranças em EP; treinamento e desenvolvimento de equipes; comunicação em saúde; engajamento de colaboradores, governança em experiência; métricas para mensurar a experiência, entre outros assuntos. “Os pouquíssimos livros sobre o tema são traduzidos e vêm da realidade americana”, explica.
Na segunda parte, estão os cases de boas práticas de instituições que são referências mundiais, como Mayo Clinic (EUA), Hospital Sant Joan de Déu (Barcelona) e Instituto Experiencia Paciente (IEXP, Espanha), bem como de instituições brasileiras que estão fazendo a diferença nesse cenário, como a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e o Oncocentro Natal.
As vozes dos pacientes estão presentes nos cases das associações de pacientes do Brasil e de Portugal que, de acordo com a autora, “fazem um trabalho excepcional que serve de guia para que muitas outras boas histórias surjam”, como o Instituto Vencer o Câncer, a Casa Hunter (Associação de Pacientes de Doenças Raras), a Oncoguia e a Rare Disease Portugal (RD Portugal), “que conduz um trabalho revolucionário na Europa”, com a união de mais de 40 associações de pacientes.
“O usuário do sistema de saúde é um cliente e como cliente tem preferências e necessidades, além de um poder de voz que não tinha antes. As instituições e os profissionais de saúde que não se atentarem para essa nova era estarão fadados ao fracasso”, conclui a autora.
Lançamento
Experiência do Paciente – Como criar, implementar e gerir bem um Programa de Excelência em Experiência de Pacientes
Dia/hora: 24/4, segunda-feira, das 19h às 22h
Local: Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 618 – São Paulo
Autora: Kelly Rodrigues
Págs: 404
A partir de 17/04 emhttps://loja.patientcc.com/ e nos principais sites: Amazon, Magalu, Submarino, MercadoLivre e outros.
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Assessoria de Comunicação
Chega a Goiânia um novo modelo de assistência à saúde: personalizado, inteligente e integrado
Em homenagem ao Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), DASA e Medhealth trazem a Goiânia um novo modelo de assistência à saúde, que oferece um cuidado personalizado, integrado, com eficácia, segurança e qualidade.
A inauguração do primeiro Centro de Cuidado Integrado do modelo será na segunda-feira, 10 de abril, às 8h30.
Em um espaço de 500 metros quadrados, localizado na sede da Ahpaceg - Rua 94, número 220, Setor Sul (entre as ruas 10 e 83) –, com ampla recepção, consultórios, salas para medicação e procedimentos e toda a infraestrutura necessária para a atenção especial à saúde da população, o Centro de Cuidado Integrado chega para revolucionar o jeito de atender os goianos.
A unidade conta equipes multiprofissionais, compostas por médicos e enfermeiros especialistas em Medicina de Família e Comunidade; psicólogos; fisioterapeutas; nutricionistas e recepcionistas com serviço de concierge prontos para os cuidados de forma personalizada e integral, em todas as fases da vida.
“A promoção do cuidado e bem-estar, prevenção de doenças, tratamento mais eficazes e reabilitação são os pilares da nossa assistência. Assim, reduzimos custos com emergências, internações e exames desnecessários e aumentamos a resolutividade do atendimento”, explica o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou.
Telemedicina
A telemedicina também faz parte do Centro de Cuidado Integrado, que conta com uma rede de especialistas, em mais de 20 especialidades médicas, para uma segunda opinião ou o atendimento de pacientes quando necessário.
E as inovações do Centro de Cuidado Integrado não param por aí. A unidade utiliza o serviço de prontuário eletrônico combinado com sistema de gestão dos cuidados, prescrição de medicamentos, solicitação de exames e emissão de atestados de forma digital e muito mais, e tudo isso conectado com os hospitais da Ahpaceg.
Vanguarda
O usuário terá facilidades, como o agendamento online, acompanhamento da saúde do cliente via App e Web, indicadores, estatísticas, dados e relatórios customizados e educação continuada para colaboradores, clientes e parceiros.
“Estaremos na vanguarda da transformação do sistema de saúde no Brasil, orientada para o mercado, com uma entrega da melhor jornada e experiência de acesso à saúde. Seremos verdadeiramente um ecossistema de saúde conectado, centrado no paciente”, afirma Christiano Quinan, coordenador do projeto.
5 mil clientes
O novo modelo de assistência à saúde, fruto da parceria entre Ahpaceg, DASA e Medhealth começa a funcionar com uma carteira de 5 mil clientes e foco em planos pessoa jurídica.
CLIPPING AHPACEG 05/04/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ipasgo passa a funcionar com regras semelhantes às normas de planos particulares
Chega a Goiânia um novo modelo de assistência à saúde: personalizado, inteligente e integrado
Troca de implante mamário agora é garantido por lei
Governo de Goiás libera vacinação contra influenza para início imediato
Artigo - O que a Covid-19 nos ensinou sobre o valor do diagnóstico
Mais Médicos cria incentivos para fixar profissionais
Técnica de enfermagem que chamou bebê de "macaquinho" tem demissão mantida pelo TRT
TV ANHANGUERA
Ipasgo passa a funcionar com regras semelhantes às normas de planos particulares
https://globoplay.globo.com/v/11506221/
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O QUE TÁ ROLANDO
Chega a Goiânia um novo modelo de assistência à saúde: personalizado, inteligente e integrado
Em homenagem ao Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), DASA e Medhealth trazem a Goiânia um novo modelo de assistência à saúde, que oferece um cuidado personalizado, integrado, com eficácia, segurança e qualidade.
A inauguração do primeiro Centro de Cuidado Integrado do modelo será na segunda-feira, 10 de abril, às 8h30.
Em um espaço de 500 metros quadrados, localizado na sede da Ahpaceg – Rua 94, número 220, Setor Sul (entre as ruas 10 e 83) –, com ampla recepção, consultórios, salas para medicação e procedimentos e toda a infraestrutura necessária para a atenção especial à saúde da população, o Centro de Cuidado Integrado chega para revolucionar o jeito de atender os goianos.
A unidade conta equipes multiprofissionais, compostas por médicos e enfermeiros especialistas em Medicina de Família e Comunidade; psicólogos; fisioterapeutas; nutricionistas e recepcionistas com serviço de concierge prontos para os cuidados de forma personalizada e integral, em todas as fases da vida.
“A promoção do cuidado e bem-estar, prevenção de doenças, tratamento mais eficazes e reabilitação são os pilares da nossa assistência. Assim, reduzimos custos com emergências, internações e exames desnecessários e aumentamos a resolutividade do atendimento”, explica o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou.
Telemedicina
A telemedicina também faz parte do Centro de Cuidado Integrado, que conta com uma rede de especialistas, em mais de 20 especialidades médicas, para uma segunda opinião ou o atendimento de pacientes quando necessário.
E as inovações do Centro de Cuidado Integrado não param por aí. A unidade utiliza o serviço de prontuário eletrônico combinado com sistema de gestão dos cuidados, prescrição de medicamentos, solicitação de exames e emissão de atestados de forma digital e muito mais, e tudo isso conectado com os hospitais da Ahpaceg.
Vanguarda
O usuário terá facilidades, como o agendamento online, acompanhamento da saúde do cliente via App e Web, indicadores, estatísticas, dados e relatórios customizados e educação continuada para colaboradores, clientes e parceiros.
“Estaremos na vanguarda da transformação do sistema de saúde no Brasil, orientada para o mercado, com uma entrega da melhor jornada e experiência de acesso à saúde. Seremos verdadeiramente um ecossistema de saúde conectado, centrado no paciente”, afirma Christiano Quinan, coordenador do projeto.
5 mil clientes
O novo modelo de assistência à saúde, fruto da parceria entre Ahpaceg, DASA e Medhealth começa a funcionar com uma carteira de 5 mil clientes e foco em planos pessoais jurídica.
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DIÁRIO DO ESTADO
Troca de implante mamário agora é garantido por lei
Regra é válida tanto para o setor privado quanto para a rede pública
O Presidente da República Luiz Inácio da Silva, sancionou uma lei que garante às mulheres o direito de trocar o implante mamário em decorrência ao tratamento de câncer. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 3.
A regra é válida tanto para o setor privado quanto para o Sistema Único de Saúde (SUS). No caso da rede pública, a publicação prevê que a troca ocorra em até 30 dias após a indicação médica. A medida entra em vigor em 90 dias. A lei assegura acompanhamento psicológico e multidisciplinar das pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer.
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, depois do câncer de pele não melanoma. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte.
O que é implante mamário?
O Implante de Prótese de Mama é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo aumentar, corrigir ou devolver o volume dos seios e proporcionar um melhor contorno, firmeza e simetria por meio da inclusão de prótese de silicone.
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Governo de Goiás libera vacinação contra influenza para início imediato
Aumento de casos de síndromes respiratória grave e gripal leva Governo de Goiás a antecipar imunização já para esta terça-feira, 4, em todos os municípios. Campanha segue até 31 de maio
Em razão do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) nas últimas semanas no estado, a Campanha de Vacinação contra a Influenza foi antecipada nos municípios goianos para esta terça-feira, 04. O início imediato da imunização foi autorizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em razão dos casos de Srag que estão levando pacientes à internação e também das ocorrências de síndrome gripal registradas pelas 23 unidades treinadas para fazer essa vigilância em todo o Estado.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, destaca a importância de todas as pessoas que compõem os grupos prioritários aderirem vacinação que previne contra a influenza. O vírus da doença, conforme diz, é bastante incidente nesta época do ano. A influenza é uma enfermidade que pode se agravar para a Srag, levar o paciente à internação e, não raro, causar sua morte.
Dados da SES revelam que, neste ano, até o fim da semana epidemiológica 13 foram registrados 63 casos de Srag por influenza, com uma morte. Desses, 27 aconteceram nas três últimas semanas (das semanas 11 a 13). A enfermidade atingiu o pico na semana 11, ocorrida entre os dias 12 e 18 de março. Só nesse período, foram feitas 16 notificações de Srag por influenza.
Grupos prioritários
A Campanha de Vacinação contra a Influenza é realizada em todo o País e tinha início previsto para o dia 10 de abril. A ação objetiva imunizar pelo menos 90% das pessoas que integram os grupos prioritários. São eles: pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, crianças de 6 meses a 6 anos, professores, pessoas com comorbidades, trabalhadores do transporte coletivo, portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas, servidores do sistema carcerário, população privada de liberdade e adolescentes que cumprem medida socioeducativa.
Em Goiás, a população-alvo é de 2.581.286 pessoas. Não haverá escalonamento, todas as pessoas dos grupos elegíveis podem se dirigir a um dos 965 postos instalados no Estado em qualquer período da vacinação. O Dia D, quando há o chamamento e a mobilização estadual, está marcado para acontecer em 6 de maio.
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MEDICINA SA
Artigo - O que a Covid-19 nos ensinou sobre o valor do diagnóstico
Por Carlos Martins
O marco de três anos da pandemia de Covid-19, que ainda permanece como emergência de saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nos convida a refletir sobre o valor da medicina diagnóstica para a qualidade de vida de todos nós. Antes da criação da vacina contra o novo coronavírus, em meio a tantas incertezas sobre como agir frente a esse patógeno desconhecido, testar o maior número possível de pessoas com sintomas, isolar os infectados e testar seus contactantes foi a estratégia número um para salvar vidas, evitar complicações e a disseminação da doença.
Para ajudar a conter o número de vítimas, a pandemia acelerou os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de soluções de diagnóstico in vitro. Neste cenário, vimos o termo RT-PCR (do inglês “polimerase chain reaction” ou reação em cadeia da polimerase) se popularizar e se tornar padrão-ouro de qualidade e confirmação dos resultados positivos. Na Roche, empresa que foi a primeira a lançar o teste RT-PCR para Covid-19, a produção de equipamentos e reagentes aumentou 15 vezes em apenas um ano (2020/21) e o mercado brasileiro recebeu mais de 20 soluções para diagnóstico da doença, entre testes rápidos e laboratoriais de PCR, antígeno e de anticorpos. Tudo isso dentro de uma lógica de ampliar o acesso para alcançar o maior número de pessoas possível a um preço único no mundo todo. Naquele momento, o diagnóstico era a nossa prevenção. Quando não existe uma profilaxia, ele é essencial. Muito mais do que o primeiro passo.
Em um dos momentos mais drásticos da humanidade, foi fundamental adotar novas estratégias para entregar valor médico dentro do laboratório, apoiar uma rápida decisão clínica com a introdução de algoritmos e inteligência artificial e atuar ainda mais efetivamente na jornada completa do paciente. A mobilização de inúmeros atores na busca de soluções para a pandemia abriu horizontes e trouxe à tona a robustez da inovação na saúde, com a expansão da medicina diagnóstica, das vacinas e de medicamentos e protocolos de atendimento, para citar apenas alguns exemplos. A humanidade se conectou para canalizar investimentos para o que era necessário e urgente.
Felizmente, como resultados de todas essas medidas, já não vivemos aquele cenário de chocantes números de mortes, internações e sofrimento. As máscaras passam a ser opcionais. No entanto, uma das perguntas que ficam é de que os aprendizados e conquistas podem ser preservados, sem retrocessos, para pavimentar novos caminhos. Nós, que atuamos diretamente com a saúde da população, temos uma obrigação gigantesca de fazer hoje o que a humanidade precisará amanhã. Tudo o que vivemos nesses três anos representa um compromisso inadiável com as gerações futuras.
Na área da medicina diagnóstica, existem oportunidades incríveis de impactar positivamente a qualidade de vida das pessoas e a sustentabilidade dos sistemas de saúde, responsável por populações cada vez mais longevas. Não se trata somente da descoberta de doenças, mas de mapear perfil de saúde que podem ser trabalhados para evitá-las, minimizá-las e gerenciá-las.
Apesar deste enorme potencial, no Brasil, a área recebe apenas 0,5% dos investimentos totais em saúde, mesmo com o diagnóstico in vitro impactando 70% das decisões clínicas. Sem um diagnóstico preciso não há prevenção nem tratamento adequado, o que gera uma grande frustração em todos os envolvidos nesse processo: médicos, profissionais da saúde e, principalmente, nos pacientes.
O mundo pós-pandemia precisa de quebras de paradigmas e de acesso às inovações da ciência em todos os campos. No diagnóstico in vitro, almejamos que deixe de ser algo distante e técnico – ou que é lembrado apenas em situações graves ou emergenciais – e passe a ter seu valor reconhecido na saúde e na sociedade. Aliás, sobre o teste RT-PCR que citei no início desse artigo – você sabia que já existe no Brasil um exame desse tipo para diagnosticar câncer de colo do útero, o único tipo de câncer que pode ser totalmente evitado? Ele pode substituir o Papanicolau e antecipar, em anos, o diagnóstico da doença. E você sabia que também há um teste que pode antecipar em quinze anos o diagnóstico da Doença de Alzheimer? É esse tipo de discussão que precisamos ter mais. Os atuais e futuros pacientes merecem nada menos do que isso.
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Mais Médicos cria incentivos para fixar profissionais
Com 6 mil vagas anunciadas esta semana para o primeiro edital, o programa Mais Médicos aposta em novos incentivos para atrair profissionais brasileiros e ampliar o acesso ao atendimento em saúde no país, principalmente nas regiões de extrema pobreza e vazios assistenciais. Para especialistas, o programa é uma alternativa importante para que populações pobres e de áreas remotas tenham acesso garantido à saúde. Entidades médicas, entretanto, criticam a possível contratação de profissionais brasileiros formados no exterior e de estrangeiros sem a revalidação de diplomas.
Ao todo, 16 mil vagas serão abertas até o final deste ano para profissionais que serão responsáveis pela atenção primária em milhares de cidades brasileiras. As outras 10 mil oportunidades serão custeadas pelos municípios, mas garantirão às prefeituras menor custo, viabilização das contratações, maior agilidade na reposição do profissional e permanência nessas localidades.
Para tentar garantir a permanência do profissional em pequenos municípios, o governo pagará um incentivo de fixação que pode chegar a R$ 120 mil para o médico que ficar por quatro anos em áreas vulneráveis.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Técnica de enfermagem que chamou bebê de "macaquinho" tem demissão mantida pelo TRT
A profissional justificou que fez o comentário pois lembrou da própria filha, já que cabelo do bebê se parecia com o de sua filha
Uma técnica de enfermagem teve sua demissão mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Minas Gerais, após ter chamado um recém-nascido de "macaquinho", em um hospital de Belo Horizonte.
Uma mãe de gêmeos que acompanhava um dos filhos recém-nascidos internados na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) foi informada pela técnica de enfermagem que o seu filho "parecia um macaquinho". Segundo uma testemunha, a mãe das crianças teve uma crise de choro devido à fala da técnica.
Após o ocorrido, a técnica de enfermagem passou a tratar a paciente de maneira rude, o que a deixou emocionalmente abalada. No dia seguinte, o caso foi reportado à ouvidoria do hospital e, quatro dias depois, a profissional da saúde foi demitida.
Segundo a técnica, ela não fez a comparação com o intuito de ofender ou discriminar. A profissional justificou que fez o comentário pois lembrou da própria filha, já que cabelo do bebê se parecia com o de sua filha, que também tinha muitos cabelos e parecia um macaquinho.
De acordo com o relator do caso, o desembargador André Schmidt de Brito, o comentário infeliz sobre um dos bebês, embora sem intenção pejorativa ou racista, é ofensivo. Ele ressaltou que a técnica de enfermagem não fez o necessário pedido de desculpas esperado em tal situação. Segundo ele, esse comportamento demonstra uma falta de postura profissional adequada ao cargo ocupado pela profissional.
"A situação da puérpera é ainda mais delicada quando o bebê a que deu à luz demanda, por alguma razão, internação em UTI pediátrica, o que deixa a mãe, já fragilizada pelo estado puerperal, ainda mais apreensiva", disse o desembargador.
Na semana passada, foi divulgada a decisão de um recurso da unidade de saúde que solicitou a anulação da decisão da 38ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, que havia cancelado a demissão por justa causa da técnica de enfermagem. O Tribunal Regional do Trabalho manteve a demissão da profissional.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 04/04/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Anvisa flexibiliza uso de máscaras em hospitais e serviços de saúde
Assembleia fará audiência pública para debater privatização do Ipasgo
Doença de Parkinson atinge cerca de 4 milhões de pessoas no mundo
Deputado busca proibir tratamento de transição de gênero para menores de idade
Unirv realiza aula inaugural do curso de Medicina no Campus Luziânia
Goiânia amplia vacinação com bivalente contra Covid-19 para pessoas com comorbidades
AGÊNCIA BRASIL
Anvisa flexibiliza uso de máscaras em hospitais e serviços de saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizou o uso de máscaras em serviços de saúde, como em hospitais. Com isso, foi alterada nota técnica, que estava em vigor desde 2020, início da pandemia de covid-19. De acordo com a Anvisa, a mudança ocorre após discussões sobre o assunto, redução de casos e mortes pela doença e oferta de vacina no país.
A proteção facial passa a ser recomendada para situações específicas.
Veja abaixo em quais situações:
Pacientes com sintomas respiratórios ou positivos para covid-19 e os acompanhantes.
Pacientes que tiveram contato próximo com caso confirmado durante os últimos 10 dias, período de transmissão da doença.
Profissionais que fazem a triagem de pacientes.
Profissionais do serviço de saúde, visitantes e acompanhantes presentes nas áreas de internação de pacientes, como, por exemplo, as enfermarias, os quartos, as unidades de terapia intensiva, as unidades de urgência e emergência, os corredores das áreas de internação etc.
Situações em que houver a indicação do uso de máscara facial como equipamento de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde, em qualquer área do serviço de saúde.
Segundo a Anvisa, é considerado caso próximo: quem esteve a menos de um metro de distância de uma pessoa com covid-19, por pelo menos 15 minutos, sem máscara; quem teve contato físico direto com um caso positivo da doença e tocou os olhos, a boca ou o nariz com as mãos sem higienizá-las; profissional de saúde que atendeu paciente com a doença sem EPI ou com equipamento de proteção danificado e quem vive ou esteve em mesmo ambiente, creche, alojamento, escritório ou escola, de um caso confirmado.
A agência reforça para que acompanhantes de pacientes internados e visitantes continuem a usar a proteção facial quando estiverem nas unidades de saúde. “A orientação é não retirar a máscara durante a permanência dentro do estabelecimento de saúde, inclusive no quarto ou na enfermaria onde o paciente estiver. O objetivo dessa medida é prevenir contaminações e transmissão de covid-19 no ambiente hospitalar e proteger pacientes, outros acompanhantes, visitantes e profissionais”, informa.
As recomendações, conforme a agência, permanecerão em constante reavaliação com base no cenário da covid-19.
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A REDAÇÃO
Assembleia fará audiência pública para debater privatização do Ipasgo
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realiza uma Audiência Pública nesta terça-feira (4/4) para discutir a privatização do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo). O evento ocorrerá na sala das comissões, a partir das 9h.
De acordo com o presidente da Comissão de Saúde, deputado Gustavo Sebba (PSDB), o objetivo do encontro é debater a possibilidade de privatização do Instituto, fato que pode afetar a vida de cerca de 600 mil usuários.
Entre os convidados para participar do evento estão o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), Dr. Saulo Mesquita; o procurador-geral do Ministério Público (MP-GO), Cyro Terra Peres; o secretário estadual de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio; o presidente do Conselho de Saúde de Goiás, Walter Monteiro; e o presidente do Ipasgo, Vinícius de Cecílio Luz.
Os interessados em participar da audiência pública podem entrar em contato com a Comissão de Saúde por meio do telefone (62) 98472-9284 ou (62) 3221-3267 e falar com Jacqueline Nasiazene Lima. Essa é uma oportunidade importante para que a sociedade se informe e participe ativamente da discussão sobre a privatização do Ipasgo.
Ipasgo estuda mudar personalidade jurídica para Serviço Social Autônomo
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) anunciou que estuda alterar a personalidade jurídica, conforme determinação do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE). Com isso, deixará de ser uma autarquia estadual e se transformará em um Serviço Social Autônomo (SSA), de acordo com a procuradora-geral do Estado, Juliana Prudente. A declaração foi feita na tarde desta quarta-feira (22/3), durante a 1ª reunião com representantes sindicais.
Segundo a procuradora-geral, a mudança deve ocorrer até o final deste ano. "O motivo da reunião foi justamente começar a chamar os sindicatos para demonstrar alguns estudos técnicos levantados e uma proposta de alteração dessa natureza jurídica. Sabemos dos receios que são levantados e esperemos que diante dessas primeiras conversas, tenhamos algo concreto para apresentar ao governador Ronaldo Caiado, a quem compete encaminhar o projeto de lei para a Assembleia Legislativa (Alego)", disse em entrevista.
Ainda de acordo com o TCE-GO, se aprovada, a mudança ampliará o rol de cobertura do plano de saúde e permitirá a inclusão de pais, irmãos e outros parentes como dependentes dos titulares. O Ipasgo também deverá ser regulamentado e fiscalizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A partir da alteração jurídica, o instituto passará a ser gerido por uma diretoria executiva composta por presidente, chefe de gabinete e diretores, com apoio de dois conselhos, um de administração e outro fiscal. No entanto, Juliana Prudente afirma que a nova personalidade jurídica não significa a privatização, ou seja, o Estado continua como controlador.
Uma nova reunião com representantes do Ipasgo, TCE-GO, conselhos e sindicatos está agendada para sexta-feira (24). A expectativa é que a audiência pública ocorra na próxima semana.
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JORNAL OPÇÃO
Doença de Parkinson atinge cerca de 4 milhões de pessoas no mundo
Nesta terça-feira, 4, é lembrado como o Dia Nacional do Parkinsoniano. A doença é mais comum em idosos. No entanto, ela acomete também os jovens e até crianças. A patologia é uma condição crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central. Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 4 milhões de pessoas em todo o mundo têm a doença, número que pode dobrar até 2040 devido ao envelhecimento da população e aumento da expectativa de vida.
“Parkinsonismos são doenças outras que causam como sintomas a doença de Parkinson, que pode ser infecção do sistema nervoso central, um tumor, uma pessoa que tem uma má formação, que é a hidrocefalia. O uso de algumas medicações, como anticonvulsivante”, explica a médica neurocirurgiã Ana Maria Moura, diretora de Relações Interinstitucionais da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
De acordo com a ciência, a doença é causada pela diminuição intensa da produção do neurotransmissor dopamina. Essa substância é responsável por ajudar na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática.
Parkinsoniano e tratamento
Quando há falta de dopamina, especialmente na substância negra do cérebro, o controle motor do indivíduo é afetado, causando sintomas como lentidão motora, rigidez muscular, tremores de repouso predominantes em um lado do corpo e desequilíbrio. Além disso, a doença pode causar outros sintomas não-motores, como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.
A Síndrome Parkinsoniana tem várias causas e, portanto, o tratamento deve ser personalizado de acordo com o diagnóstico da doença. O primeiro passo para iniciar o tratamento é identificar a causa subjacente da condição.
Se a síndrome for causada por um medicamento, por exemplo, é recomendado que o uso do medicamento seja interrompido para possibilitar uma possível cura ou redução dos sintomas. Em casos em que o medicamento é necessário continuamente, um medicamento anticolinérgico pode ser prescrito pelo médico para aliviar os sintomas do Parkinsonismo.
Buscar ajuda de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas pode ajudar o paciente a tomar medidas para melhorar sua mobilidade e independência, como simplificar tarefas diárias, permanecer ativo, tomar medidas de segurança em casa, como a remoção de tapetes para evitar quedas, utilizar dispositivos de apoio, e manter uma boa nutrição.
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Deputado busca proibir tratamento de transição de gênero para menores de idade
Projeto proíbe tratamento com bloqueadores hormonais em crianças e adolescentes na rede de saúde pública e privada
O deputado Fred Rodrigues (DC) apresentou um projeto na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para proibir a transição de gênero em crianças e adolescentes, com isso vetando o uso de bloqueadores hormonais. A proposta está na Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJ), aguardando o parecer do relator, deputado Mauro Rubem (PT).
Bloqueadores de puberdade ou hormonais são receitados para crianças e adolescentes com disforia de gênero – situação em que a pessoa sente desconforto ou sofrimento devido a desconexão entre seu sexo biológico e sua identidade de gênero. Isso significa que essas pessoas se sentem prisioneiras de um corpo que não reflete sua identidade.
A proposta divide opiniões. De um lado, o propositor argumenta que seria ilegal receitar bloqueadores hormonais — eles restringem os hormônios ligados a mudanças no corpo durante a puberdade, como a menstruação ou o surgimento de pelos faciais — a menores de idade, sob a perspectiva de que crianças e jovens não estariam aptos a decidir sobre esse tipo de tratamento.
Nosso projeto estipula um critério objetivo para esse tipo de decisão, que é a maioridade penal. O objetivo é que as pessoas que não são capazes de decidir legalmente por si não tomem essa decisão. E, a partir do momento que elas tiverem discernimento do que querem da vida, está totalmente liberado
Favorável aos bloqueadores hormonais, a psicóloga Beth Fernandes é contundente na defesa do recurso. Segundo ela, que é transexual, a falta de políticas públicas adequadas é o maior problema, por criar uma marginalização sobre o uso desses hormônios. Ela defende o bloqueador, a partir dos 14 anos, com acompanhamento médico, psicológico e principalmente da família.
Infelizmente, isso cria condições de marginalizar essas pessoas a partir de 14 anos. Ela fica à margem da sociedade. Eu já vi pessoas ricas vendendo esses hormônios para pessoas mais pobres, ou seja, elas vão continuar comprando, mas de forma clandestina. Essas pessoas precisam de um tratamento decente, porque esses jovens poderão então ir a uma farmácia e comprar qualquer hormônio. Isso poderá trazer uma série de sequelas, como pressão alta, problemas cardíacos, entre outros problemas de saúde.
Beth Fernandes, psicóloga
Apesar da divergência, Beth e Fred têm um ponto em comum. Ambos dizem que “é loucura” crianças realizarem esse tipo de procedimento, tanto pela falta de discernimento quanto pela saúde física e emocional.
Um adendo: a transexualidade ou a não identificação com o próprio corpo é totalmente diferente da orientação sexual do indivíduo. Também é diferente do travesti, que embora se identifique com o sexo oposto, aceita o órgão sexual de seu próprio corpo.
Legislação
Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CRM) permite o início da hormonioterapia cruzada aos 16 anos de idade e a realização de procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero aos 18 anos.
Já uma portaria do Ministério da Saúde (MS) estabelece como idade mínima 18 anos, para tratamentos de terapia medicamentosa hormonal, e 21 anos, para os procedimentos cirúrgicos de redesignação sexual.
Mesmo com a orientação, ainda não existe um consenso científico sobre a idade correta para iniciar esse tratamento. Porém, esse tipo de temática não pode se tornar uma espetacularização. Pautas com intuito midiático não enriquecem o debate. Essa tônica exige respeito a saúde emocional e física de todos envolvidos nesse processo. É indispensável em todas as idades acompanhamento a essas pessoas.
No portal Opine Cidadão – votação do público – da Alego a proposta já soma 1.564 votos favoráveis e 239 contrários. Se aprovado na CCJ, o projeto segue para duas rodadas de apreciação e votação no Plenário da Alego, caso tenha o aval da Casa, a proposta segue para o aval ou veto do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
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GAZETA DO ESTADO
Unirv realiza aula inaugural do curso de Medicina no Campus Luziânia
A aula inaugural aconteceu na Câmara Municipal de Luziânia, com presença dos dois anfitriões, além de vereadores e demais autoridades
Ontem (03), o Reitor da Universidade de Rio Verde – UniRV, professor Alberto Barella Netto, juntamente com o prefeito municipal, Diego Sorgatto, realizaram a cerimônia oficial para abertura das atividades do Campus.
A aula inaugural aconteceu na Câmara Municipal de Luziânia, com presença dos dois anfitriões, além de vereadores e demais autoridades. Logo após, houve o descerramento da fita inaugural e a recepção aos acadêmicos na moderna sede onde foi instalada a Faculdade de Medicina.
Para o prefeito Diego Sorgatto, “A implantação da Faculdade de Medicina em Luziânia é um sonho realizado, gestado e executado em nossa gestão. É o início de uma nova história para o município, desde a movimentação da economia local, a geração de empregos diretos e indiretos e a inserção de novos profissionais na rede pública de saúde do município e de toda a região”.
Já o Reitor, agradeceu a acolhida e faz um compromisso com as famílias do município: “O tão desejado sonho do prefeito Diego Sorgatto e de toda comunidade se concretizou e agora daremos início a essa brilhante jornada que mudará a história de Luziânia e a vida dos 60 primeiros calouros. A partir de agora, a UniRV faz parte desta cidade e, por isso, temos o compromisso de contribuir de maneira significativa com todos os que nos receberam de braços abertos. Esperamos contar com todos neste momento tão especial para a UniRV e para a cidade de Luziânia,” afirmou o professor Alberto Barella.
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Goiânia amplia vacinação com bivalente contra Covid-19 para pessoas com comorbidades
A partir de agora, pessoas entre 12 e 59 anos com comorbidades podem procurar uma das 72 salas de vacina no município para receber a dose de reforço
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), começa a vacinar, nesta segunda-feira (03), com a dose de reforço bivalente contra a Covid-19, pessoas com comorbidades entre 12 e 59 anos. Não é preciso comprovar a doença, basta relatar.
A exemplo de outras vacinas contra a Covid-19, as doses da bivalente seguem sendo disponibilizadas em 72 salas de vacina no município. Nos finais de semana e feriados, são três locais: Centro Municipal de Vacinação (CMV), Ciams Urias Magalhães e Ciams Doutor Domingos Viggiano, antigo Ciams Jardim América. O atendimento é sempre das 8h às 17h.
O secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, chama a atenção para quem pode tomar a bivalente. “De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, podem tomar a bivalente quem já recebeu ao menos duas doses de vacinas monovalentes como esquema primário, e também é preciso respeitar o intervalo mínimo de quatro meses da última dose recebida”, alerta.
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Assessoria de Comunicação
Anvisa flexibiliza uso de máscaras em hospitais e serviços de saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizou o uso de máscaras em serviços de saúde, como em hospitais. Com isso, foi alterada nota técnica, que estava em vigor desde 2020, início da pandemia de covid-19. De acordo com a Anvisa, a mudança ocorre após discussões sobre o assunto, redução de casos e mortes pela doença e oferta de vacina no país.
A proteção facial passa a ser recomendada para situações específicas.
Veja abaixo em quais situações:
Pacientes com sintomas respiratórios ou positivos para covid-19 e os acompanhantes.
Pacientes que tiveram contato próximo com caso confirmado durante os últimos 10 dias, período de transmissão da doença.
Profissionais que fazem a triagem de pacientes.
Profissionais do serviço de saúde, visitantes e acompanhantes presentes nas áreas de internação de pacientes, como, por exemplo, as enfermarias, os quartos, as unidades de terapia intensiva, as unidades de urgência e emergência, os corredores das áreas de internação etc.
Situações em que houver a indicação do uso de máscara facial como equipamento de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde, em qualquer área do serviço de saúde.
Segundo a Anvisa, é considerado caso próximo: quem esteve a menos de um metro de distância de uma pessoa com covid-19, por pelo menos 15 minutos, sem máscara; quem teve contato físico direto com um caso positivo da doença e tocou os olhos, a boca ou o nariz com as mãos sem higienizá-las; profissional de saúde que atendeu paciente com a doença sem EPI ou com equipamento de proteção danificado e quem vive ou esteve em mesmo ambiente, creche, alojamento, escritório ou escola, de um caso confirmado.
A agência reforça para que acompanhantes de pacientes internados e visitantes continuem a usar a proteção facial quando estiverem nas unidades de saúde. “A orientação é não retirar a máscara durante a permanência dentro do estabelecimento de saúde, inclusive no quarto ou na enfermaria onde o paciente estiver. O objetivo dessa medida é prevenir contaminações e transmissão de covid-19 no ambiente hospitalar e proteger pacientes, outros acompanhantes, visitantes e profissionais”, informa.
As recomendações, conforme a agência, permanecerão em constante reavaliação com base no cenário da covid-19.
Fonte: Agência Brasil
Ahpaceg capacita professores para o curso de técnicos e auxiliares de enfermagem
O projeto de implantação do curso da Ahpaceg para a formação de técnicos e auxiliares de enfermagem segue a todo vapor. No dia 14 de fevereiro, equipes de enfermagem de instituições associadas conheceram o projeto pedagógico elaborado pela Ahpaceg inicialmente para a formação de técnicos, mas logo expandido para a capacitação também de auxiliares de enfermagem para atuar na alta complexidade.
Nos dias 31 de março e 1º de abril, foi a vez da capacitação de futuros professores do curso em Metodologias Ativas para enfermeiros. Participaram professores da FacUnicamps e da PUC Goiás.
Com dez horas de duração, o curso foi ministrado na sede da Ahpaceg pela professora doutora Madalena Del Duqui, coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg.
Na metodologia ativa, o aluno é protagonista do aprendizado. O novo curso chega para suprir carências do setor de saúde de alta complexidade na formação de profissionais técnicos e auxiliares de enfermagem. As aulas serão ministradas na FacUnicamps e os estágios em hospitais da rede Ahpaceg.
CLIPPING AHPACEG 01 A 03/04/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Mais Médicos cria incentivos para fixar profissionais
Hospital da Criança: pais reclamam de demora no atendimento
Mulheres que ficaram com cicatrizes após violência doméstica passam por cirurgias reparadoras de graça e fazem ensaio fotográfico em Goiás
Baixa adesão às campanhas aumenta incidência de câncer entre mulheres
Hapvida (HAPV3) tenta levantar até R$ 1 bilhão em oferta primária para sair de vez da UTI
Uso de telemedicina para auxiliar aborto gera debate no Brasil
Doença de Parkinson: jovens respondem por 20% dos casos, diz médico
AGÊNCIA BRASIL
Mais Médicos cria incentivos para fixar profissionais
Com 6 mil vagas anunciadas esta semana para o primeiro edital, o programa Mais Médicos aposta em novos incentivos para atrair profissionais brasileiros e ampliar o acesso ao atendimento em saúde no país, principalmente nas regiões de extrema pobreza e vazios assistenciais.
Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, o programa é uma alternativa importante para que populações pobres e de áreas remotas tenham acesso garantido à saúde. Entidades médicas, entretanto, criticam a possível contratação de profissionais brasileiros formados no exterior e de estrangeiros sem a revalidação de diplomas.
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Para tentar garantir a permanência do profissional em pequenos municípios, o governo pagará um incentivo de fixação que pode chegar a R$ 120 mil para o médico que ficar por quatro anos em áreas vulneráveis.
Na avaliação do médico Deivisson Vianna, um dos vice-presidentes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), sistemas de saúde de todo o mundo têm políticas para garantir a presença de médicos em áreas remotas.
"Se existem rincões que não contam com atendimento médico, todos os sistemas nacionais de saúde do mundo que se prezem têm políticas de garantir o provimento de vagas nessas regiões. Países como Canadá e Inglaterra também têm política de incentivo para médicos estrangeiros para garantir atenção à saúde, caso o médico local não queira ir. Porque é isso [garantir atenção à saúde] que importa", disse.
"Se houver lugares que os brasileiros não queiram ir, qual o problema de a gente estimular a ida de médicos com diploma feito fora do país, mas com a supervisão dos profissionais supervisores do Mais Médicos? Tem isso que pouca gente sabe: o programa tem toda uma rede de apoio das universidades. O profissional não fica solto."
De acordo com o edital, podem participar profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS). Os médicos brasileiros formados no Brasil têm preferência na seleção.
"[Nessa edição do programa] não foi necessário fazer acordo com Cuba, por exemplo. O número de médicos estrangeiros vai ser menor. Neste relançamento, ficamos contentes porque se ampliou o tempo do programa e dá bastante benefícios para o médico se fixar em locais de difícil provimento", avaliou Vianna.
No atual formato, o tempo de participação no programa passa a ser de quatro anos, prorrogável por igual período, quando o médico poderá fazer especialização e mestrado. A bolsa é de R$ 12,8 mil, mais auxílio-moradia. Os brasileiros e estrangeiros formados no exterior que participarem do programa terão desconto de 50% na prova de revalidação do diploma, o Revalida, realizada pelo Ministério da Educação. Na última edição do Revalida, o valor da taxa de inscrição foi de R$ 410.
Levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que 41% dos participantes do programa desistem de atuar nos locais mais remotos para irem em busca de capacitação e qualificação. Como incentivo, eles receberão adicional de 10% a 20% da soma total das bolsas de todo o período de permanência no programa, a depender da vulnerabilidade do município.
Diplomas
Entidades médicas consideram fundamental que profissionais com diplomas emitidos no exterior tenham seus conhecimentos revalidados no país - o que não é exigido atualmente pelo Ministério da Saúde no âmbito do programa.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, admite que há áreas no país conhecidas como vazios assistenciais, onde o provimento de médicos é insuficiente. Ele acredita, entretanto, que o problema não se resolve por meio do envio de profissionais a esses locais, mas com atenção também à segurança e ao ambiente de trabalho.
"Faltam condições mínimas para a qualidade de vida do profissional e de sua família. Ele não se vê atraído [por aquela localidade]. Não se trata de questões salariais meramente. Claro que isso importa. Mas importam também as condições de trabalho oferecidas. Não adianta só mandar o médico com um estetoscópio no pescoço. Ele tem que estar acompanhado de uma equipe. Médico não exerce medicina sozinho."
Fernandes afirma que não é possível aceitar médicos sem que competências e habilidades estejam comprovadas. "Trazer médicos ao Brasil, sejam eles brasileiros formados no exterior ou de outras nacionalidades, sem comprovar suas competências não dá. Eles precisam revalidar seus diplomas. Sem isso, me parece uma temeridade. Ainda que fiquem sob a guarda de um programa educacional. Não podemos fugir desse debate."
Por meio de nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) também criticou o novo formato do Mais Médicos. "Programas de alocação de profissionais em áreas de difícil provimento devem observar essa exigência legal [da revalidação do diploma] para reduzir os riscos de exposição da população a pessoas com formação inconsistente". A entidade defende que uma melhor distribuição de profissionais pelo país depende de remuneração adequada e programas de educação continuada.
"O conselho entende que há necessidade de estímulos à adesão dos médicos graduados no Brasil para atuação em locais remotos. No entanto, não é admissível o fato de essa medida permitir que portadores de diplomas de medicina obtidos no exterior sem a devida revalidação atuem no país", destacou a nota. "Entendemos que essa atenção deve ser de qualidade para que o paciente não seja exposto aos riscos da insegurança ineficácia."
Registro do Ministério da Saúde
Professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Fernando Aith ressalta que os médicos do programa com diploma de outros países recebem uma certificação para atuar no Mais Médicos.
"Esses profissionais estão com o registro válido no Brasil, só não é o registro do Conselho Federal de Medicina [CFM]. Será um registro do Ministério da Saúde, que atesta uma qualidade de proficiência mínima desses profissionais. Vale dizer que não há risco à população na atual modalidade. O Revalida tem sua importância para validar diplomas obtidos fora do país, mas ele é muito criticado pelo excesso no exame", afirma.
Em entrevista à Agência Brasil, Aith afirmou que há uma contradição na exigência, por parte do CFM, de uma avaliação para revalidação de diplomas de outros países sem a obrigatoriedade de exames para médicos formados no Brasil.
"O médico que se forma no país não precisa de nenhum tipo de prova para começar a exercer sua profissão e a gente sabe que existem muitas universidades com qualidades duvidosas no país", acrescenta.
A supervisão do programa é, segundo o especialista, uma das condições que permitem o exercício de médicos sem o Revalida ou de profissionais estrangeiros em vazios assistenciais.
"O programa foi estruturado de uma maneira que permite, por meio de supervisores, a identificação de um eventual médico que não é bem formado, seja para qualificá-lo melhor, seja para excluí-lo do programa em tempo hábil antes de causar maiores danos a população", diz.
Para o professor, o programa terá um papel fundamental de mapear as condições de trabalho dos profissionais. Por outro lado, este não pode ser apontado como motivo para que médicos não atuem em regiões periféricas. "Esses médicos vão ter condições mais precárias do que a dos grandes centros, mas não é que faltem condições mínimas. Primeiro, existe todo um apoio financeiro para esses médicos se instalarem na cidade para onde estão indo, com estrutura para se assentarem com suas famílias, se for o caso", aponta.
"Agora, dizer que uma cidade de interior não tem condições mínimas é dar uma banana para população brasileira que vive nesses lugares. Se não tem condição nenhuma para um médico viver, não tem condição mínima para um cidadão viver. Claro que não terão todas as tecnologias, o conforto e o apoio logístico-administrativo que ele teria em um grande centro. Mas são essas carências que o programa nos ajudará a identificar melhor e ir suprindo ao longo do tempo", conclui.
Ministério
Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que o programa "segue priorizando a participação de profissionais com CRM Brasil" conforme determina a legislação.
"Prova disso são os novos benefícios de medida provisória focados nesse perfil profissional. Para as localidades onde nenhum médico com registro profissional manifestar interesse em assumir a vaga, será feita a convocação de brasileiros formados no exterior e, se persistir a desocupação, serão convocados estrangeiros. A prioridade máxima é garantir acesso e assistência à população brasileira", diz a nota.
Segundo a pasta, a previsão é de que até o fim de 2023, 28 mil profissionais estejam atuando em todo o país, principalmente nas áreas de extrema pobreza e vazios assistenciais. "Com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão a garantia de atendimento médico nos serviços da atenção primária, porta de entrada do SUS", assegura a pasta.
O ministério também destacou que entre as principais razões para a rotatividade de profissionais está desistência de médicos que procuram formação. "Neste sentido, a estratégia vai ampliar o número de vagas de residência nas áreas prioritárias para o SUS e oferecer incentivos para quem fizer mestrado e pós-graduação em Atenção Primária à Saúde e Medicina da Família e Comunidade".
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TV RECORD
Hospital da Criança: pais reclamam de demora no atendimento
https://www.youtube.com/watch?v=Aljl4EbDjtg
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PORTAL G1 GOIÁS
Mulheres que ficaram com cicatrizes após violência doméstica passam por cirurgias reparadoras de graça e fazem ensaio fotográfico em Goiás
Projeto foi realizado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) e deve acontecer em outros estados do Brasil. Objetivo é retomar a vida e a autoestima delas ao superar as marcas físicas.
Por Honório Jacometto, TV Anhanguera
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) realiza um projeto em que mulheres que ficaram com cicatrizes após violência doméstica passam por cirurgias reparadoras de graça e fazem ensaio fotográfico em Goiás. Ao todo, 20 mulheres participaram do projeto inédito que tem o objetivo de retomar a vida e a autoestima delas ao superar as marcas físicas.
“A gente não pode mudar o que aconteceu, mas a gente pode mudar o presente. Que a minha história sirva de inspiração para outras mulheres tomarem coragem e romper esse laço com esse agressor. Hoje eu consigo contar a minha história sem chorar. Isso para mim é liberdade”, disse uma das vítimas, Daiana Novo.
A Priscila saiu de Planaltina de Goiás, onde mora, para Goiânia. Ela passou pelo primeiro procedimento com os médicos para tentar diminuir as cicatrizes provocadas pelo ex-marido.
Priscila é uma das 20 mulheres que fazem parte do projeto inédito no judiciário brasileiro. O Fantástico acompanhou as histórias desde outubro do ano passado. Juízes das varas de violência doméstica, em Goiás, encontraram os casos mais graves.
As mulheres foram encaminhadas para uma avaliação com cirurgiões plásticos. Todos os atendimentos são de graça e custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Algumas mulheres chegaram a passar sete horas na sala de cirurgia. São reconstruções no nariz, boca e retirada de marcas provocadas por facas e queimaduras feitas pelos ex-companheiros.
Além da cirurgias, as mulheres ganham uma sessão de fotos para resgatar a autoestima.
“Minha autoestima está lá em cima. Foi um dia de modelo, que é um sonho meu. Eu acho que todas as mulheres devem passar por um dia de beleza, de autoconhecimento e se valorizar, e se amar, do jeito que quiser ser. É um projeto muito bom, para mim é um recomeço e é muito importante”, disse uma das mulheres que participou do ensaio.
Em breve, o projeto também vai estar em outros estados para transformar a vida de milhares de mulheres brasileiras.
Segundo a organização do projeto, a iniciativa merece ser replicada em todos os outros estados, porque ajuda a devolver a dignidade da mulher vítima de violência.
O objetivo do projeto é possibilitar que a mulher retome a sua vida, superando as marcas físicas que a fazem lembrar, todos os dias, que estão ali como testemunha da agressão que ela já viveu.
Segundo um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no primeiro semestre do ano passado, 699 mulheres foram assassinadas no país. A média é de um feminicídio a cada seis horas. Por dia, nesse período, outras 230 mil mulheres foram agredidas.
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TRIBUNA DO PLANALTO
Baixa adesão às campanhas aumenta incidência de câncer entre mulheres
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para este ano de 2023, a estimativa é que surjam 7.780 novos casos de câncer em mulheres goianas, exceto câncer de pele não melanoma, do total de 244.160 casos no País. Ainda segundo dados da publicação que apresenta a estimativa de incidências novas de câncer para o triênio 2023-2025, os três principais tipos de neoplasias entre as mulheres em Goiás são mama, com previsão de 1.970 novas incidências, ginecológico (somatório dos tipos: colo do útero - 660, corpo do útero - 240 e ovário - 180) e cólon e reto, com 560 casos previstos em mulheres.
Mama
Conforme explica o médico oncologista clínico, Gabriel Felipe Santiago, do Centro de Oncologia IHG, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, a mama é alvo de quase três entre 10 (29%) tumores malignos diagnosticados nas mulheres, no Brasil. "O estilo de vida é determinante para o aumento da incidência da doença. Atualmente, as mulheres têm menos filhos e a primeira gestação mais tardia. Com isso, amamentam menos e menstruam mais, sendo mais expostas ao estímulo hormonal. Há também outros fatores, como obesidade, sedentarismo, uso de álcool e alimentos ultraprocessados, que também elevam a chance de desenvolver alguns tipos de câncer", esclarece o oncologista.
Mulheres e tipos de cânceres ginecológicos
O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é o tumor ginecológico mais comum no Brasil. O fator causal, em grande parte dos casos (sete em cada dez), é o vírus HPV (papilomavírus humano), principalmente dos sorotipos 16 e 18, para os quais há vacina na rede pública. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 17.010 novos casos no Brasil para 2023.
Este tipo de doença se origina, na maioria dos casos, de uma infecção genital persistente causada por alguns tipos do HPV que em alguns casos pode evoluir para o câncer. As mulheres com mais de 25 anos são as mais afetadas "A infecção pode ser descoberta facilmente por meio do exame, e é curável na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo", afirma a médica ginecologista oncológica, Nayara Portilho Araújo, da equipe do Centro de Oncologia IHG. Ela acrescenta que apesar da eficácia da vacina, é baixa a adesão às campanhas.
O corpo do útero, porção superior ao colo chamada endométrio, também é alvo comum de neoplasia entre as mulheres, ou seja, o câncer pode se desenvolver tanto no colo do útero como no corpo do útero, o endométrio. "Este tipo de câncer é decorrente do espessamento dessa camada por hiperplasia, isto é, crescimento celular anormal, na sua grande maioria por estímulo hormonal anormal", descreve Nayara Portilho. Acomete principalmente mulheres após a menopausa, em geral acima dos 60 anos. Apenas 20%, ou menos, das mulheres com câncer de endométrio estão na fase de pré-menopausa. Menos de 5% estão abaixo dos 40 anos de idade. "É um tumor altamente curável na maioria das mulheres", ressalta a ginecologista.
O câncer de ovário é bastante complicado de ser diagnosticado e o mais letal entre os cânceres ginecológicos. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente mulheres acima de 40 anos. Os sintomas costumam surgir quando estão em estágios mais avançados, por isso é importante consulta de rotina com o ginecologista. O histórico familiar é o fator relevante (10% dos casos).
Reto
O câncer colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso, compreendidos pelo cólon e reto. Considerado o segundo mais frequente entre as mulheres após o câncer de mama. O diagnóstico do câncer de intestino é feito a partir de um exame clínico e físico, além de exames de imagem como colonoscopia e exames de sangue. "Pessoas acima de 50 anos devem realizar o exame de colonoscopia, independente se apresentam sintomas ou não", adverte Gabriel Santiago.
Centro de Oncologia IHG
Além do sistema público de saúde, o privado também tem se reestruturado para atender a população, investindo em tecnologia, novos tratamentos, profissionais e infraestrutura, é o caso do Centro de Oncologia IHG, com sede em Goiânia.
Preocupado com o acesso da população aos tratamentos, a instituição não tem medido esforços para ampliar suas áreas de atendimento, por isso tem investido em expansão. Com filial em Aparecida de Goiânia, o centro expande suas instalações também para as cidades de Luziânia, onde firma parceria com o Hospital Santa Luzia, e Caldas Novas, tendo ações em cooperação com o Hospital Nossa Senhora Aparecida.
O Centro de Oncologia IHG irá oferecer consultas e terapias para pacientes oncológicos, com atendimento de consultório e tratamentos em quimioterapia, imunoterapia e hormonioterapia em Luziânia e Caldas Novas. O acesso ao serviço poderá ser realizado tanto da forma particular quanto pelos planos de saúde, entre eles Unimed e Ipasgo.
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SEU DINHEIRO
Hapvida (HAPV3) tenta levantar até R$ 1 bilhão em oferta primária para sair de vez da UTI
A direção da Hapvida (HAPV3) executou mais um passo de sua estratégia para tirar a operadora de saúde de vez da UTI financeira.
Na noite de domingo, a empresa anunciou uma oferta primária de ações que pode superar a marca de R$ 1 bilhão.
O follow-on vem à tona dias depois de a família Pinheiro, principal acionista da Hapvida, ter anunciado uma injeção de capital de pouco mais de R$ 2 bilhões na empresa.
Na semana passada, os controladores anunciaram a compra de dez imóveis da Hapvida com o compromisso de alugá-los para a própria operadora em seguida.
Esse negócio, conhecido no mercado como sale and leaseback, deve render R$ 1,25 bilhão para a companhia.
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Os detalhes da oferta primária
Para complementar a operação, a direção da Hapvida decidiu realizar uma oferta pública primária de ações.
De acordo com a empresa, os coordenadores da oferta tentarão primeiro colocar 329.339.600 novas ações no mercado.
Usando como referência o fechamento de HAPV3 na sexta-feira, a empresa levantará pouco mais de R$ 860 milhões se o lote principal for integralmente comprado.
Se os coordenadores identificarem demanda, a oferta pode ser acrescida em até 20% em relação ao lote original.
Caso isso aconteça, o follow-on pode superar R$ 1 bilhão, elevando a R$ 2,25 bilhões o dinheiro novo no caixa da Hapvida.
A oferta primária terá o Bank of America Merrill Lynch como coordenador-líder. A operação também contará com a participação dos bancos Itaú BBA, UBS e BTG Pactual, com busca de investidores tanto no Brasil quanto no exterior.
Pelo cronograma da oferta, o período de subscrição se encerra em 11 de abril. O preço por ação e o valor final da operação devem ser anunciados no dia seguinte.
Hapvida na UTI?
A Hapvida vem enfrentando dificuldades desde sua fusão com a NotreDame Intermédica.
Aguardado com expectativa, o processo de fusão mostrou-se mais complexo e menos vantajoso do que se imaginava.
Ao mesmo tempo, o ciclo de alta de juros acelerou o endividamento da Hapvida.
Consequentemente, a ação da Hapvida sofreu forte desvalorização nos últimos meses.
Mesmo com a recuperação observada depois da injeção de capital, na semana passada, HAPV3 acumula queda de mais de 40% em 2023.
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GAZETA WEB
Uso de telemedicina para auxiliar aborto gera debate no Brasil
Mulheres e meninas de Uberlândia (MG) que engravidam após um estupro têm a opção de passar por acolhimento multiprofissional e exames no Hospital de Clínicas. E uma vez verificada a possibilidade de aborto medicamentoso, elas podem realizar o procedimento em casa, com orientação via telemedicina.
A iniciativa, pioneira no Brasil, é liderada pela ginecologista Helena Paro, professora da Faculdade de Medicina da UFU (Universidade Federal de Uberlândia). Pela proposta, pacientes com até nove semanas de gestação recebem comprimidos para interrupção da gravidez e vão para suas residências, onde fazem o tratamento e são monitoradas por internet ou telefone pelos profissionais de saúde (veja em detalhes na galeria de imagens).O projeto tem gerado embates. Por um lado, a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Figo (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) e pesquisas realizadas em países que permitem o aborto medicamentoso em casa apontam que a prática é segura.Em sentido oposto, o CFM (Conselho Federal de Medicina) e a presidência da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) afirmam que o aborto legal com orientação via telessaúde pode colocar pacientes em risco e requer mais evidências para ser autorizado.
As duas entidades dizem ainda que o procedimento desrespeita a restrição imposta ao misoprostol, medicamento usado para induzir o aborto.
Isso porque uma portaria de 1998 estabelece que ele só pode ser comprado e usado por hospitais cadastrados.No caso do procedimento com apoio da telemedicina, a paciente recebe do hospital o medicamento, mas toma o comprimidos em casa - o que para o CFM e a Febrasgo não é permitido pelas regras atuais.
Paro discorda dessa interpretação. Ela afirma que a decisão de oferecer a nova alternativa foi tomada devido ao número reduzido de leitos para aborto legal e a distribuição desigual de unidades de saúde que realizam o procedimento.No Brasil, o aborto é permitido em três situações atualmente: quando a gestação é resultado de estupro, quando gera risco de vida para a mãe ou quando é constatada anencefalia fetal. Uma pesquisa mostra que, em 2019, apenas 3,6% dos municípios do país realizavam o procedimento, demandado por mais de 2.000 pacientes no ano passado.
O fechamento de parte desses leitos durante a pandemia e a possibilidade de evitar internações durante a crise sanitária também influenciaram a decisão da professora de oferecer o método, que começou a ser implementado no primeiro semestre de 2020.Além disso, ela cita experiências bem-sucedidas em outros países.
Colômbia e Reino Unido, por exemplo, facilitaram a realização do aborto em casa durante a pandemia. Uma pesquisa britânica que analisou mais de 50 mil procedimentos concluiu que o uso da telemedicina é seguro, efetivo e permite reduzir o tempo de espera, possibilitando a interrupção da gestação em estágio mais precoce.O Brasil, porém, foi no caminho contrário durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), criando novas exigências que dificultam o procedimento.
Ofícios e notas emitidos em 2020 e 2021 pelo CFM e pelo Ministério da Saúde apontaram possíveis efeitos adversos graves decorrentes do uso do misoprostol fora do ambiente hospitalar. A pasta também estabeleceu uma regra que obrigava profissionais de saúde a notificarem a polícia em casos de aborto legal e preservar evidências como fragmentos de embrião ou feto - o que dificultava a realização do procedimento em casa.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anulou o documento.No segundo semestre de 2022, pesquisadores e ONGs pediram ao ministério o reconhecimento de que o aborto por telemedicina poderia ser realizado de forma legal e segura, mas a solicitação não foi atendida.Nesse contexto, a adoção da telessaúde em Uberlândia provocou uma série reações."Esses documentos [que dificultam o procedimento] criaram muitos problemas porque os profissionais de saúde, mesmo os que já estavam no serviço de aborto legal, ficaram com medo de realizar o procedimento", aponta a professora Cristiane Cabral, da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo).
"Eles não impediram o funcionamento do serviço em Uberlândia, mas geraram intimidação", diz a advogada Gabriela Rondon, que coordena a defesa de Paro no processo administrativo que ela responde no CRM-MG (Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais).Segundo Rondon, a investigação contra a professora foi instaurada após uma denúncia anônima e ignora a legislação sobre telessaúde."Por mais que a lei da telemedicina não especifique esse tipo de serviço, ela é ampla o suficiente para gerar o amparo normativo para que ele possa ser ofertado por via remota", diz.
Procurado pela reportagem, o CRM-MG não se pronunciou.
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que acompanha o tema da telemedicina e estuda uma forma de ampliar o uso da ferramenta de forma adequada e efetiva para toda a população. A pasta ressalta que uma série de portarias e notas técnicas que criavam barreiras aos procedimentos previstos em lei foram revogadas. Afirma, ainda, que "assegurar o acesso ao cuidado e acolhimento humanizado nos casos de aborto previstos em lei é prioridade".Enquanto a pasta revê posicionamentos, a presidência da Febrasgo e o CFM não indicam mudança de postura no curto prazo.
Agnaldo Lopes, presidente da federação, afirma que o uso domiciliar do misoprostol é proibido e, embora existam aspectos favoráveis, como a redução de internações, é necessário reunir mais evidências e definições técnicas quanto ao controle de dispensação, por exemplo.Já o coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM, Ademar Augusto, diz que se trata de um procedimento de risco que deve ser realizado sempre em hospital, sob assistência médica."Não podemos comparar realidades diferentes como se elas tivessem respostas iguais.
Trazer modelos que não se adaptam à nossa realidade é trazer insegurança para a população", argumenta. "Tem coisas que a OMS recomenda e que apresentamos contestações mostrando as incoerências, que não se adaptam à realidade do Brasil."Ainda assim, Helena Paro acredita se tratar de um processo sem volta: oito hospitais de diferentes regiões já estão se preparando para oferecer o aborto domiciliar via telessaúde. "Custa menos para o sistema e custa menos, social e psicologicamente, para as meninas e mulheres."
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O GLOBO
Doença de Parkinson: jovens respondem por 20% dos casos, diz médico
O Dia Nacional do Portador da Doença de Parkinson é celebrado nesta terça-feira (4). A doença afeta os movimentos dos pacientes e causa tremores, lentidão, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita.
Segundo o neurocirurgião Carlos Rocha, de São José do Rio Preto (SP), embora 80% dos portadores de Parkinson têm mais de 65 anos, a doença não é exclusiva de idosos.
"Os jovens respondem por 20% dos casos, um percentual bastante expressivo. Por isso, todos nós precisamos conhecer e estar atentos", diz.
Os sintomas geralmente são assimétricos e evoluem gradativamente, incluindo depressão, constipação intestinal e Transtorno Comportamental do Sono (REM). Com o avanço da doença, podem surgir distúrbios de equilíbrio e alterações de fala e cognitivas.
De acordo com Carlos Rocha, a cura para o Parkinson ainda não foi alcançada, mas existem tratamentos com medicamentos à base de dopamina, reabilitação multidisciplinar e cirurgia.
"É fundamental que o paciente conte com o cuidado de uma equipe multiprofissional, envolvendo muitas vezes neurologista, neurocirurgião, enfermeira, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista, entre outros", afirma o médico.
Após 7 a 10 anos de tratamento clínico, a resposta do paciente aos medicamentos pode retroceder e os movimentos involuntários voltarem a aparecer. Depende de cada quadro, mas os médicos podem sugerir que o portador da doença seja submetido a um procedimento que implanta eletrodos no cérebro para estimular a área responsável pelo controle motor.
"Ficou demonstrado que, se antecipada, a cirurgia permite a redução da dosagem de medicamentos e a melhora do estado de saúde do paciente e a qualidade de vida", explica Carlos Rocha.
CLIPPING AHPACEG 31/03/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde lideram reclamações pelo segundo ano consecutivo
Minuta do projeto de lei que muda regime jurídico do Ipasgo é disponibilizada
“Mudança no Ipasgo não é privatização e nem vai gerar exoneração”, afirma presidente do Ipasgo
Mais Médicos: Goiás possui 173 vagas em aberto
Hapvida (HAPV3): por que as ações desabam 37% em março?
Jovem perde 50 kg após morte da mãe: 'ela tomava remédio para emagrecer'
UTI Top Performer: Cinco dos sete reconhecidos em Goiás são associados da Ahpaceg
Cremego, SGP, CAO Saúde e CAO Infância do Ministério Público debatem crise na assistência pediátrica em Goiás
DIÁRIO DE PETRÓPOLIS
Planos de saúde lideram reclamações pelo segundo ano consecutivo
Os planos de saúde lideram o ranking de reclamações e de atendimentos registrados no Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) pelo segundo ano consecutivo. Essa é a nona vez, nos últimos dez anos, em que os planos de saúde estão no topo da lista. Os dados, divulgados na última semana, apontam que 27,9% das reclamações, referentes a 2022, estão relacionadas a empresas de planos de saúde. De acordo com o relatório, dúvidas e reclamações a respeito de contratos são as principais queixas, com 27,4%. Na sequência aparece falta de informação, com 18,1%, e reajustes, com 13,7%. Em relação ao ranking, ocupa a segunda posição serviços financeiros, responsáveis por 21,2% dos registros. A principal queixa, com 20,1%, é referente a segurança das transações bancárias e golpes. Em seguida os consumidores reclamam de cláusulas contratuais.
Sem profissional credenciado no plano para atender seu filho, Fernanda, relata que está arcando com as consultas do seu bolso, e vem tendo problemas para ser ressarcida. "Pago plano de saúde há muitos anos para os meus filhos e, há dois anos, estou arcando com os cursos de consulta particular de uma especialidade médica específica, já que no plano não há profissional disponível para esse tipo de consulta. O valor não é barato, e a consulta é extremamente necessária para o tratamento de saúde. Decido pedir reembolso da última consulta e o plano parece dificultar o pedido. Mandei os documentos e a nota fiscal, eles enviaram um email pedindo outros documentos além de um encaminhamento médico para consulta. Claramente estão tentando me vencer pelo cansaço", Fernanda Paiva.
Sarita Lopes, advogada especialista em Direito de Saúde, explica que nesse caso o consumidor deve solicitar junto ao plano de saúde o especialista, dentro de um prazo estipulado pela Agência Nacional de Saúde(ANS) ANS. "O paciente deverá anotar o número do protocolo e procurar o especialista fora do plano para o seu atendimento e solicitar o recibo das despesas, para posteriormente solicitar o reembolso ao plano. O próprio beneficiado poderá escolher o prestador e solicitar o reembolso, que deverá ser integral ou ter apenas o desconto da coparticipação prevista em contrato. Caso o plano de saúde se negue ou dificulte a ressarcir os custos devidos, o paciente deverá ingressar com ação judicial pedindo o valor pago e ainda poderá pedir indenização por danos morais". diz
Miguel, de 2 anos, teve bronquiolite e precisou ser internado às pressas. Morando em Petrópolis, os pais da criança foram informados que o plano não cobria esse tipo de internação e que ele teria que ser levado para o Rio de Janeiro. "Não sabíamos dessa restrição. Mas como Miguel estava bastante doente, entramos na ambulância e fomos para um hospital no Rio. Para não ficar indo e vindo, eu e meu marido tivemos que nos hospedar em um hotel para revezarmos, já que só podia ficar uma pessoa de acompanhante. Acabou sendo mais um gasto, diz Williana Castro, mãe de Miguel.
No caso de internações, especialista em Direito de Saúde funciona de maneira diferente. Para ter direito à internação se deve escolher um plano que tenha essa cobertura."E, ainda assim, a operadora de saúde pode negar a internação afirmando que a modalidade do plano não tem a cobertura deste tipo de atendimento. Outra justificativa pode ser o período de carência, o que é normal e permitido pela ANS, já que os convênios médicos disponibilizam as coberturas dos serviços apenas depois de determinado período a partir da contratação do plano. ", diz Sarita Lopes.
Porém, apesar da carência realmente existir, o atendimento não pode ser negado."Em casos de urgências e emergências, a menos que a carência ainda não tenha completado 24 horas, em uma negativa de internação do plano de saúde, o cliente pode entrar com uma ação em face da operadora do plano de saúde e pedir uma liminar, que é uma de decisão judicial proferida pelo juiz em situações urgentes. Sem esse documento o paciente ficará mais tempo em espera até o resultado definitivo. Nesse pedido o paciente pode reivindicar tanto a cobertura dos gastos com a internação, como pedir uma indenização por danos morais. Além disso, é importante que o beneficiário solicite ao plano de saúde uma formalização da negativa, explicando claramente o motivo que a internação foi negada", esclarece Sarita Lopes, advogada especialista em Direito de Saúde.
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DIÁRIO DE GOIÁS
Minuta do projeto de lei que muda regime jurídico do Ipasgo é disponibilizada
As mudanças impactam mais de 500 mil beneficiários do instituto
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) disponibilizou nesta quinta-feira (30/03) a minuta do Projeto de Lei que será encaminhado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) com o propósito de alterar a personalidade jurídica da autarquia. De acordo com o instituto, a mudança é uma determinação do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO).
O texto da minuta é resultado da consolidação de estudos técnicos, realizados por quase um ano, sobre as melhores possibilidades para a gestão e sustentabilidade do instituto ao mesmo tempo em que corrige a inadequação relativa à Receita Corrente Líquida (RCL),que contabiliza os descontos feitos em folha de pagamento dos servidores, apesar desses recursos serem direcionados para a assistência à saúde prestada pelo Ipasgo e também reflete as discussões realizadas até agora, quatro delas com servidores e líderes sindicais, e as sugestões recebidas. No entanto, as deliberações continuam.
Além da consulta pública, que permite acesso à íntegra do documento e também o envio de sugestões, o Ipasgo vai realizar, no próximo dia 10, uma audiência pública sobre a proposta que transforma a autarquia em um Serviço Social Autônomo (SSA), regido pelo Governo de Goiás, mas regulado e fiscalizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), o que, entre outros benefícios, ampliará o rol de cobertura e o acesso a dependentes, a exemplo da possibilidade de inclusão de pai, mãe, filhos maiores e casados.
SSA
Se consumada a alteração de regime jurídico, o Ipasgo passa a ter autonomia financeira e administrativa; imunidade em relação aos impostos federais e municipais; isenção de tributos estaduais; maior participação dos servidores, que integrarão os conselhos de administração e fiscal; além de passar a ser regido pela legislação civil. Gerido por uma diretoria executiva composta por presidente, chefe de gabinete e diretores, com apoio de dois conselhos, um de administração e outro, fiscal, o Estado continua como controlador do Ipasgo, mesmo com a transformação da autarquia em Serviço Social Autônomo.
Para os 596 mil usuários, um dos principais impactos da mudança é a ampliação do rol de serviços prestados. Com o ingresso na ANS, o Ipasgo passa a oferecer 879 procedimentos médicos que hoje não integram a tabela, bem como a outros oito atendimentos odontológicos, 1.758 medicamentos e 740 Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), insumos utilizados em intervenções médicas, odontológicas, de reabilitação, diagnósticas ou terapêuticas.
Criado em outubro de 1962, o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás tem 596.054 usuários; 3.089 prestadores credenciados em todo o estado; 841 clínicas, hospitais e laboratórios; além de 161 convênios com prefeituras, câmaras, sindicatos, entre outros. O instituto tem orçamento de quase R$ 2 bilhões por ano oriundo de recursos privados dos servidores públicos.
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JORNAL OPÇÃO
“Mudança no Ipasgo não é privatização e nem vai gerar exoneração”, afirma presidente do Ipasgo
Presidente do Instituto, Vinicius Luz, garantiu também que valores de contribuição serão mantidos já que são percentual de salário do servidor; minuta de lei foi disponibilizada no início da noite de hoje.
O presidente do Instituto de Assistência ao Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), Vinícius Luz, afirmou categoricamente que as mudanças previstas no órgão não se tratam de qualquer tipo de privatização. Além disso, o presidente acalmou os servidores e disse que não haverá exoneração. “Todos serão realocados em outras pastas do governo”, garantiu. A minuta de lei foi disponibilizada no início da noite de hoje.
As mudanças ainda precisam ser aprovadas pela Assembleia e a expectativa é que já no próximo mês o projeto de lei seja enviado ao legislativo, depois da realização da consulta pública. Além disso, o presidente explicou que a alteração na natureza social do Ipasgo parte de um pedido do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO). A determinação foi assim para que a receita do Instituto deixasse de compor o orçamento geral do Estado. Isso porque essa inclusão “inflaria artificialmente” as receitas correntes liquidas dos cofres públicos do governo estadual.
Segundo o presidente, com a mudança – que ainda precisa ser discutida em audiências públicas e aprovada pela Assembleia Legislativa -, o governo estadual continuará com a governança do Ipasgo.
O Estado ainda fará o aporte financeiro para a regulação do plano na Agência Nacional de Saúde (ANS). E, na visão dele, ao ser regulado pela ANS o instituto vai contar com um rol maior de serviços e medicamentos que a agência considera como obrigatórios.
Nenhum dos atuais 239 servidores efetivos da autarquia será exonerado. Eles serão colocados à disposição da Secretaria de Estado de Administração (Sead) para que sejam remanejados para outros órgãos do Governo de Goiás, respeitando a compatibilidade de atribuições, escolaridade e remuneração. Além deles, o Ipasgo tem hoje 18 servidores comissionados e outros 53 cedidos ou à disposição do instituto.
O remanejamento se dará porque a ideia é que se altere o regime de contratação dos funcionários do instituto, que passarão a ser regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). E se a alteração de regime jurídico for aprovada na Assembleia, o Ipasgo passará ter autonomia financeira e administrativa; imunidade em relação aos impostos federais e municipais; isenção de tributos estaduais; maior participação dos servidores, que integrarão os conselhos de administração e fiscal; além de passar a ser regido pela legislação civil.
A mudança vai impactar quase 600 mil usuários e mais de 3 mil prestadores credenciados em todo o Estado. O Instituto tem orçamento de quase R$ 2 bilhões por ano, alimentado com a contribuição dos servidores públicos.
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Mais Médicos: Goiás possui 173 vagas em aberto
Os profissionais do programa serão destinados ao acompanhamento no chamado atendimento primário
O novo formato do programa Mais Médicos para o Brasil, poderá suprir a necessidade de 173 vagas em aberto para contratação de profissionais em Goiás. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), há 717 vagas, das quais 544 estão ocupadas. Ainda segundo a pasta, os profissionais estão trabalhando em 162 municípios e, em todas as regiões do Estado, inclusive, na região metropolitana e na capital.
Atualmente em Goiás estão em atuação 15 médicos estrangeiros, dos quais, 14 são cubanos e um boliviano. A SES revelou que somente oito cubanos possui registro profissional do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) – os sete restantes são intercambistas.
Mais médicos em Aparecida de Goiânia
Em Aparecida de Goiânia, a Secretaria de Saúde informa em nota que, o programa Mais Médicos disponibiliza 62 vagas para o município. Desse total, 29 estão ocupadas e 33 ociosas. A Secretaria ainda esclarece, que o programa é bem-vindo e tem total apoio da Prefeitura.
Mais médicos em Goiânia
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou, que atualmente existem 53 médicos que fazem parte do programa e que desde 2013 recebe esses profissionais. A Prefeitura custeia a alimentação e o transporte dos médicos e, explica que, todos estão lotados em unidade de saúde da família.
A secretaria ainda esclarece que segundo os critérios do Ministério da Saúde, em Goiânia não há vagas mais para médicos do programa. A justificativa é que todo o quadro está completo na capital com a convocação e nomeação de concursados e credenciados, ou seja, Goiânia não possui déficit de médicos.
População considera que é preciso Mais Médicos
Para saber o que a população pensa sobre o programa Mais Médicos, a reportagem do Jornal Opção foi até o Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia. Na manhã da última sexta-feira, 23, havia muitos pacientes na unidade – alguns esperando por mais de quatro horas por um atendimento de emergência –, lotando a sala de recepção e ainda havia pessoas esperando na tenda do lado de fora. Na opinião deles, a realidade dos hospitais públicos fala por si só, ou seja, o programa precisa ser expandido para as emergências e não somente para o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A dona de casa Edinalia Braga, de 37, moradora do Veiga Jardim há quatro, estava no Cais em busca de um atendimento de emergência, aguardando por quase duas horas. Perguntada se ela apoia o Mais Médicos, ela diz que sim. ”Se no Brasil está em falta, acho natural que médicos de Cuba ou outros países, venham trabalhar aqui. Mas na minha opinião eles precisam fazer aquela prova (revalida) que comprova que eles são médicos mesmo. Caso contrário, como vamos confirmar?”, indaga.
O aposentado Antônio Raimundo, de 71 anos, residente no Setor Cristina em Goiânia, compartilha do mesmo pensamento da dona Edinalia. “À ideia do programa é muito bom, pois existe mesmo a necessidade de médicos no país. Só acho que os médicos de fora precisam fazer a prova do revalida”, diz. O aposentado aproveita para fazer uma denúncia. “A UBS mais próximo da minha casa, no Setor Grajaú, está faltando médico”.
Em reposta a denúncia do senhor Antônio, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informa que estão sendo chamados os profissionais concursados e credenciados e que muito em breve todas as vagas serão preenchidas.
O que pensa o Cremego
Logo após o lançamento do programa, ainda na segunda-feira, 20, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que reconhece a importância da interiorização do trabalho médico, com a atuação médica em pequenas cidades de todo o Brasil, mas ressalta a necessidade da boa formação dos profissionais que irão atender nessas localidades.
Segundo a nota, a “abertura do Mais Médicos para intercambistas brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com registro do Ministério da Saúde, conforme divulgado, é preocupante. A população brasileira não pode ficar exposta a profissionais sem formação médica comprovada e sem registro nos órgãos responsáveis por normatizar e fiscalizar o exercício da medicina, zelando pelo respeito à ética médica e pelo bom atendimento à população.”
O Cremego defende a exigência da revalidação dos diplomas de todos os estrangeiros e brasileiros formados no exterior, assim como suas inscrições nos Conselhos Regionais de Medicina dos Estados em que vão atuar. A instituição destaca que, não é contra o programa, mas sim, a favor da comprovada formação profissional de todos os médicos, não somente do programa, mas em qualquer atendimento à população brasileira.
O programa Mais Médicos
Relançado na segunda-feira, 20, pelo Governo Federal, o programa Mais Médicos passará de 13 mil para 28 mil profissionais. O novo formato ofertará 15 mil novas vagas para 28 mil profissionais, o que representa um acréscimo de 100%, e levará atendimento a mais de 96 milhões de brasileiros em regiões mais carentes.
O programa pretende dar atendimento as necessidades de saúde dos brasileiros que vivem em áreas de extrema pobreza. Os profissionais de saúde farão o acompanhamento no chamado atendimento primário, que é responsável pelo suporte da situação de saúde da população, prevenção e redução de agravos, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Em um primeiro momento, o objetivo do programa é preencher as vagas com médicos brasileiros. Toda via, se as vagas não forem totalmente ocupadas, elas serão destinadas aos profissionais brasileiros formados no exterior. E, se mesmo assim, ainda não atingirem o total, haverá uma chamada para médicos estrangeiros.
Das novas vagas criadas este ano, 5 mil serão abertas por meio de edital ainda este mês, as 10 mil restantes, serão oferecidas em um formato que prevê a contrapartida dos municípios. O Ministério da Saúde explica que, essa nova forma de contratação garantirá menor custo às prefeituras, maior agilidade na reposição do profissional e a própria permanência do médico nas localidades. O Governo Federal prevê um investimento de R$ 712 milhões e assegura que – as vagas continuarão prioritárias para os brasileiros formados no Brasil.
Desafio do programa Mais Médicos
Para o Ministério da Saúde, o principal desafio do programa é fazer com que os médicos permaneçam no local de destino pelo menos até o termino dos quatro anos do contrato, isso porque, na maioria das vezes, são localidades de difícil acesso. De acordo com levantamento do próprio Ministério, cerca de 41% dos médicos desistem e abandonam seus postos, principalmente pela falta de acesso a locais onde possam dar continuidade aos estudos e se qualificarem.
Para evitar essa evasão, o Mais Médicos garantirá oportunidades educacionais ao médico que for escolhido por meio de edital, ele poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos e também passará a receber benefícios proporcionais ao valor da bolsa para aqueles que atuarem nas periferias e nas regiões mais complexas. Em relação às médicas, será feita uma compensação que possa garantir o mesmo valor da bolsa durante os seis meses da licença maternidade.
Fies
Outro diferencial, é que os médicos formados através do Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) que aderirem ao programa, serão contemplados com incentivos que o ajudará a quitar a dívida com o Governo federal. Os médicos do Fies que cumprirem o programa de residência em áreas mais remotas, também serão agraciados.
Novidade e bolsa
A grande novidade do novo formato será a inclusão de outras áreas médicas, como: odontologia, enfermagem e assistência social.
O valor da bolsa continuará o mesmo já praticado no programa que é de: R$ 12,8 mil, os profissionais ainda contarão com auxílio-moradia, que poderá variar de acordo com a região.
Revalida para os Mais Médicos
O Ministério da Educação esclarece que, no caso do médico que possui diploma estrangeiro ou brasileiros com diplomas estrangeiros, será ofertada a possibilidade de um incentivo para fazerem o revalida; teste que permite a validação do diploma para atuar no Brasil.
No Governo de Dilma Rousseff foi contratado muitos médicos cubanos e não foi requerido o revalida para esses profissionais trabalharem no Brasil, o que gerou grande crítica ao programa. Porém, na ocasião do lançamento desse novo formato, a ministra da saúde Nísia Trindade elogiou o trabalho dos médicos cubanos e informou que no momento não está previsto a volta do acordo com o governo de Cuba para suprimento de vagas.
Conforme a ministra, os cubanos que optarem por fazer parte do programa serão bem-vindos, mas terão que seguir todas as regras estabelecidas, e destacou que – a prioridade será dada aos profissionais formados no Brasil.
Mais médicos para os indígenas
O território nacional possui 29 distritos sanitários especiais indígenas, incluindo o território Yanomami no Estado de Roraima, que passa por uma situação de emergência em saúde pública. O programa enviará 117 profissionais que serão alocados nesses distritos. A intenção é facilitar o atendimento primário ao indígena, que ao necessitar de um atendimento médico precisa ir até a cidade mais próxima.
O indígena Rosivanio de Lima Pereira Kaxinawá de 34 anos que deixou a aldeia onde vivia no Acre em 2007, para cursar medicina na Escola Latino-Americana em Cuba, com especialização em medicina da família, faz parte do Mais Médicos para o Brasil e fala da felicidade em poder ajudar os irmãos:
“Sei da realidade do meu povo, do sofrimento que é ir para a cidade e pegar uma ficha de saúde às 3h da manhã para ser atendido. Hoje podemos levar atendimento para dentro da comunidade, para que o indígena não saia da aldeia, já é um grande feito”, destaca.
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E-INVESTIDOR
Hapvida (HAPV3): por que as ações desabam 37% em março?
Segundo dados do Broadcast, as ações da operadora de saúde caem 37,6% no acumulado de março. A desvalorização é a maior do Ibovespa durante o período
No entanto, a companhia tem buscado melhorar sua situação financeira
O mercado parece estar em dúvida sobre a capacidade da Hapvida (HAPV3) em entregar bons resultados nos próximos trimestres e mostrar eficiência operacional com a sua recente fusão com a NotreDame Intermédica. O receio pode ser visto na performance das ações que seguem com um desempenho bem abaixo do Ibovespa, principal índice da B3.
Segundo dados do Broadcast, as ações da operadora de saúde caem 37,6% no acumulado de março. A desvalorização é a maior do Ibovespa durante o período.
Mas o fraco desempenho também ganha destaque na Bolsa quando se olha para o retorno ao longo do ano. Neste intervalo de tempo, a queda chega a 45,6%, conquistando o "título" da segunda maior desvalorização do IBOV em 2023.
Para especialistas de mercado, o momento ruim da companhia na Bolsa de valores se justifica por dois fatores. O primeiro tem relação com a dificuldade da rede em repassar a inflação para os seus clientes, enquanto a segunda se deve ao aumento da sinistralidade (custos referentes ao uso dos serviços dos planos de saúde) que atingiu patamares elevados.
Segundo Pedro Serra, chefe de Análise da Ativa Investimentos, com o avanço da vacinação contra a covid-19, o fluxo de pessoas buscando atendimento em consultórios e hospitais aumentou. As cirurgias eletivas que estavam suspensas por causa da pandemia retornaram e ajudaram a pressionar as margens das operadoras de saúde.
"Começamos a perceber que houve uma mudança estrutural do setor. As pessoas passaram a ir mais ao médico e estão mais preocupadas com a saúde", afirma Serra. O cenário macroeconômico desafiador também contribui para um ambiente menos favorável para as operadoras de saúde.
Com o aumento da inflação e do endividamento das famílias brasileiras, as empresas tiveram dificuldade de repassar a alta dos custos para os seus clientes. "A população está cada vez mais endividada e esse cenário está prejudicando as empresas como um todo", diz Gustavo Cruz, Estrategista Chefe da RB Investimentos.
Vale ressaltar que a variação de preço para a compra de bens e serviços é diferente dos itens hospitalares. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, que mede a inflação padrão do país, segue em torno de 5,6% nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o índice de Variação de Custos Médico Hospitalares (VCMH) registra uma alta de 23% durante o mesmo período, de acordo com os dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
"O mercado passou a ficar mais criterioso ao olhar os resultados trimestrais e ver se as recentes aquisições estavam fazendo sentido (para a Hapvida)", acrescenta Cruz. No balanço da companhia no quarto trimestre do ano passado, a Hapvida (HAPV3) registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 316,7 milhões, revertendo o lucro de R$ 200,2 milhões reportado um ano antes.
Os resultados ruins foram os responsáveis pelo tombo de 32,7% nas ações no primeiro pregão de março. No entanto, a companhia tem buscado melhorar sua situação financeira. Nesta segunda-feira (27), a operadora vendeu dez imóveis para a Família Pinheiro, controladora da Hapvida, no valor de R$ 1,25 bilhão.
A medida deve aumentar a liquidez da empresa, mas não será suficiente para garantir uma recuperação efetiva do papel. Esta é a leitua de José Eduardo Daronco, analista da Suno Research. "O cenário é bem desafiador. Mesmo projetando uma elevação dos preços dos planos em mais de dois dígitos esse ano, não deve ser suficiente para fazer a sinistralidade retornar aos patamares normais", afirma.
Com essa perspectiva, as dúvidas se as recentes quedas podem ser interpretadas como uma oportunidade de investimento permanecem entre os investidores. Na avaliação de alguns analistas, o papel pode ser interessante para quem tem visão de retornos no longo prazo. Veja os detalhes sobre a recomendação para as ações da Hapvida nesta reportagem.
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PORTAL UOL
Jovem perde 50 kg após morte da mãe: 'ela tomava remédio para emagrecer'
Quem acompanha os posts da influencer Letícia Almeida, 23, com vídeos e imagens do seu processo de emagrecimento, não imagina a luta que ela trava todos os dias para superar a morte da mãe.
Fátima morreu em 2018, mas só recentemente a jovem criou coragem para postar um vídeo no TikTok sobre o que ela realmente acredita que aconteceu: a mãe teria morrido por causa da sibutramina, remédio comumente recomendado para perda de peso.
Dicas de saúde, alimentação e bem-estar em um único aplicativo. Baixe aqui VivaBem UOL "Foi num sábado que ela comentou que não estava bem. Eu cursava medicina na época, mas não tinha estudado farmacologia ainda. Pensei que pudesse ser virose ou dengue e sugeri que ela fosse ao hospital. Mas ela preferiu esperar até o dia seguinte e, apesar de eu insistir, acabei concordando", contou.
No domingo, a mãe se sentiu melhor e a ida ao hospital foi descartada. No dia seguinte, a influenciadora ouviu um barulho vindo do banheiro, onde a mãe tomava banho.
"'Vai, quebra tudo', gritei, brincando, achando que ela tinha derrubado alguma coisa. Mas ela não me respondeu."
Ao chegar ao banheiro, a jovem encontrou a mãe caída no chão, de bruços e com os olhos abertos. Letícia entrou em pânico, mas chamou o resgate e saiu para abrir o portão. Quando voltou, a mãe estava em pé.
"Gritei para ela não ficar em pé, mas ela caiu novamente e bateu a cabeça no vaso sanitário. Fomos de ambulância até o hospital e ouvi o barulho do desfibrilador. Achei que ela ficaria bem, mas naquele momento me dei conta de que ela estava morrendo", lembra a influenciadora.
Cirrose causada por remédio
Um inquérito foi aberto para apurar a "morte suspeita", já que ela estava fora do hospital, e a conclusão foi de que não houve crime, mas um acidente doméstico. Letícia, porém, não se contentou com essa conclusão e contratou um advogado para reabrir o inquérito e pedir nova perícia.
O laudo da necropsia então apontou que Fátima apresentava um quadro de hepatomegalia - quando o fígado aumenta e fica maior do que o normal. Ao cair no banheiro, o órgão, já fragilizado, se rompeu e ela teve uma hemorragia interna.
"Descobrimos que a hepatomegalia pode ter sido causada por uma cirrose medicamentosa. Ou seja, algum remédio poderia ter provocado esse quadro. E o único que ela estava tomando era a sibutramina", diz Letícia.
Hoje nutricionista (ela abandonou o curso de medicina), a influencer explica que Fátima fazia exames regularmente e não tinha nenhuma doença.
"Sempre teve problemas em controlar o peso e já havia feito cirurgia bariátrica. Dez anos depois, começou a engordar novamente e foi quando uma amiga comentou com ela sobre o tratamento que estava fazendo com um médico. Ela resolveu experimentar", lembra.
Após um exame de sangue, o médico receitou um tratamento de seis meses, com ingestão diária de sibutramina. Cinco meses depois, Fátima passou mal.
Desde que a mãe morreu, Letícia passou a travar sua própria batalha. Engordou dezenas de quilos - segundo diz, em parte pela culpa e raiva que sentia pela morte da mãe.
Mas estava decidida a não seguir os mesmos passos de Fátima e focou em emagrecer sem remédios. É isso que agora tenta mostrar nos vídeos que posta: sua rotina de dieta e exercícios que fez com que perdesse 50 kg em dez meses.
"Perdi minha mãe por causa desses remédios, estou fazendo terapia para superar a culpa e conseguir viver o luto. As pessoas precisam entender que medicamento nenhum pode trazer a cura para a obesidade. Quando você para de tomar, os quilos voltam novamente", diz.
Sibutramina é perigosa?
Há mitos e verdades em torno da sibutramina, o que a torna uma droga cercada de polêmicas.
É um remédio tarja preta, ou seja, controlado pela Anvisa por seus riscos em potencial e efeitos colaterais graves - estudos científicos concluíram que o seu uso estava associado ao aumento de risco de eventos cardiovasculares, como infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).
A sibutramina atua no SNC (Sistema Nervoso Central) e tem como efeito a inibição do apetite e o aumento da saciedade. Para comprá-la, você precisa de um tipo especial de receituário, que só permite adquirir medicamento para 60 dias de tratamento - e aí é preciso uma nova receita médica para adquirir mais doses.
O endocrinologista Ricardo Barroso, diretor da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo), considera a medicação muito úteis e segura para o paciente com obesidade. E reforça que os riscos são individuais - variam para cada medicação e para cada paciente.
Ela eleva o risco de várias doenças, como as patologias cardiovasculares, doenças no fígado, rim, pâncreas e até mesmo o câncer, por isso é importante o acompanhamento com um endocrinologista, que é o profissional mais habilitado a avaliar o risco e o benefício.
"Os medicamentos para emagrecer aprovados para uso no Brasil passaram por testes e por estudos clínicos que mostraram não só sua eficácia na perda de peso como também sua segurança. São estudos que foram realizados em milhares de pacientes por alguns anos", explica. "Apesar de a maioria dos medicamentos, como a sibutramina, ser metabolizada no fígado, a ocorrência de uma cirrose hepática, por exemplo, é muito rara."
O endocrinologista Luciano Albuquerque, coordenador do Laboratório de Obesidade do HC-UFPE, explica que existem poucas ferramentas para tratar obesidade e a sibutramina é uma delas - com a vantagem de ter preço acessível. Isso ajuda na adesão ao tratamento, e quando o paciente se empenha, a medicação é tão efetiva quanto as outras mais caras.
"Há muito preconceito com a sibutramina e a necessidade de uso do receituário B2. A preocupação é que a pessoa possa criar dependência. Mas não é o caso. A grande desvantagem desse fármaco é o potencial efeito colateral. Daí a necessidade do perfeito ajuste de doses e da orientação do paciente", diz o médico.
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STG NEWS
UTI Top Performer: Cinco dos sete reconhecidos em Goiás são associados da Ahpaceg
Dos sete hospitais privados goianos, da capital e do interior, que conquistaram o selo de UTI “Top Performer” 2023 no projeto UTIs Brasileiras, cinco são associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
São eles, o Hospital de Acidentados, Hospital do Coração Anis Rassi e Hospital e Maternidade Premium, de Goiânia; Hospital Santa Mônica, de Aparecida de Goiânia, e Hospital Santa Terezinha, de Rio Verde.
Na prática, essa conquista traduz o reconhecimento público da Associação de Medicina Intensiva Brasileia (AMIB) e da Epimed Solutions sobre a qualidade e a segurança da assistência prestada pelas UTIs de nossos associados.
“O projeto valoriza as UTIs que trabalham com qualidade e gerenciam indicadores para que obtenham os melhores resultados”, disse o presidente da AMIB, Marcelo Maia.
Ao todo, 707 hospitais brasileiros participam do projeto e 135, menos de 20% deles, receberam o selo “Top Performer”. Na rede privada em Goiás, além dos nossos associados, foram certificados o Hospital Albert Einstein, de Goiânia, e o Hospital Unimed Regional Sul Goiás, de Itumbiara.
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DIÁRIO CENTRAL
Prevenção: quando fazer um checkup cardiológico
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que essas enfermidades matam cerca de 17,7 milhões de pessoas todos os anos.
No Brasil, não é diferente. Anualmente, mais de 300 mil brasileiros morrem vítimas dessas doenças, sendo que muitas delas poderiam ter sido evitadas ou tratadas.
Tabagismo, colesterol alto, hipertensão, obesidade, estresse, uso excessivo de álcool, história familiar de infarto e diabetes são os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
E mais: algumas doenças cardiológicas não apresentam sintomas, como explica a médica cardiologista Cibele Gontijo Lopes, integrante da equipe CDI Medicina Diagnóstica. Segundo ela, os sinais de alerta podem surgir apenas nas fases críticas.
Daí a importância da realização periódica do checkup cardiológico. “Ele auxilia na avaliação e controle dos fatores de risco e é realizado pelo cardiologista”, ressaltou a médica.
Por meio da avaliação da história clínica, exames laboratoriais, teste ergométrico ou de esforço e exames de imagem, o médico especialista pode orientar sobre a prevenção das doenças e prescrever o melhor tratamento para cada paciente.
“O cardiologista pode aprofundar a avaliação de acordo com cada paciente, solicitando exames, como ecocardiograma, doppler vascular, MAPA, Holter, cintilografia de perfusão miocárdica, angiotomografia das artérias coronárias e ressonância cardíaca”, acrescentou Cibele Gontijo Lopes.
O checkup cardiológico anual deve começar a ser feito por volta dos 40 anos de idade, aproximadamente, no caso de indivíduos saudáveis. Quando há histórico familiar de doença do coração, obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes ou outro fator de risco, a primeira consulta deve ser adiantada.
“O coração é a peça-chave para a saúde e qualidade de vida e, considerando que as doenças cardíacas têm maior chance de cura quando detectadas precocemente, os principais motivos para o checkup cardiológico são: detectar e controlar os fatores de risco; diagnosticar precocemente e fazer o tratamento adequado; não agravar as doenças pré-existentes; entender os sinais de alerta em situações graves e adotar hábitos de vida saudáveis de maneira segura”, resumiu a cardiologista.
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CREMEGO
Cremego, SGP, CAO Saúde e CAO Infância do Ministério Público debatem crise na assistência pediátrica em Goiás
Em reunião na quinta-feira, 30, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e a Sociedade Goiana de Pediatria (SGP) relataram aos promotores do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Saúde e da Infância as dificuldades enfrentadas no atendimento pediátrico na região metropolitana da capital, como o déficit de pediatras em plantões em unidades de saúde, dificuldades de encaminhamento de pacientes, principalmente para outras especialidades, e a falta de diálogo entre as redes estadual e municipal de saúde.
O presidente do Cremego, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, observou que esses problemas são antigos e que a falta de solução só tem agravado a situação.
A promotora do CAO Saúde, Lucinéia Vieira, solicitou que Cremego e SGP sistematizem as demandas, apontem possíveis soluções e como o MP pode contribuir para sanar as deficiências.
Para o presidente do Cremego, foi plantada uma semente junto ao MP e as entidades esperam o resultado. Lucinéia Vieira ressaltou que o MP quer participar da construção da solução desta crise.
Também participaram da reunião, a presidente da SGP e conselheira do Cremego, Valéria Granieri, e as pediatras Elecy Messias e Mirna de Sousa.
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Assessoria de Comunicação