Postado em: 28/11/2023

CLIPPING 28/11/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Grupo liderado por médica é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões

Mineiro tem gasto histórico de R$ 46,9 bi com a saúde

Cremego aponta renumeração abaixo do piso em edital para médicos de Porangatu

Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar autografam itens que serão leiloados para ajudar na construção de hospital beneficente para tratamento de câncer

Cobertura de doenças raras pelos planos de saúde ainda é desafio para pacientes

Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde, trabalho e família

O GLOBO

Grupo liderado por médica é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões


Um grupo liderado pela médica Patrícia Adi Massat é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões, através do recebimento de reembolsos de consultas e exames médicos falsos.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a quadrilha atuava numa sala comercial em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Patrícia, que é a dona do espaço, também era a responsável por conseguir as informações para aplicar os golpes nos planos de saúde.

O esquema passava também por outras vítimas, como colegas médicos e outros prestadores de serviços de medicina.

Segundo a polícia, Patrícia contratava esses profissionais para trabalharem na clínica dela e, sem que eles soubessem, ela falsificava assinaturas e outros itens, como carimbos pessoais.

A ideia do grupo era conseguir pedir reembolsos a pelo menos três grandes operadores de planos de saúde. Uma das vítimas, que não quis ter sua identidade revelada, contou ao RJ2 como soube do golpe.

"Tinham quase 50 recibos com meu nome que eu não reconhecia, que eu não emiti, com um carimbo meu falso que eu nunca dei autorização para fazer. Tinha e-mail de vários lugares. Um que eu trabalhava e outros dois lugares que eu nunca ouvi falar. Não sabia dessas clínicas e até de procedimentos que fogem um pouco da minha especialidade", revelou a médica.

O golpe funcionou por quase dois anos. Durante esse período, o grupo falsificou inúmeros procedimentos médicos, consultas e terapias, sempre inserindo dados verdadeiros de profissionais da medicina.

Com o recibo falso, a quadrilha pedia o reembolso ao plano de saúde. O plano avaliava e, se aprovado, pagava o reembolso para o cliente, que também era ligado ao grupo.

Golpistas confessam

O golpe milionário começou a ser descoberto pelas operadoras de planos de saúde, que suspeitaram do volume de pedidos de reembolso.

Com o avanço das investigações, os suspeitos confessaram o crime e fizeram um acordo com parte das empresas lesadas, restituindo os valores fraudados. Até o momento, o grupo devolveu mais R$ 2 milhões.

Nos depoimentos, Patrícia e uma outra médica envolvida no esquema, Catiana Contrim, afirmaram que a ideia de aplicar o golpe foi de Rodrigo de Mello Nascimento, durante a pandemia de Covid.

Os três não serão indiciados pelo crime de estelionato por terem feito acordo e devolvido os valores fraudados às empresas. Contudo, as investigações continuam para apurar a falsidade ideológica, já que eles se passaram por outros profissionais.

Fraude e ameaças

Um sentimento comum entre as vítimas do golpe é o de temor por retaliações do grupo que aplicava a fraude. Alguns dos profissionais que tiveram seus nomes utilizados no golpe toparam falar, mas não aceitaram revelar suas identidades.

As vítimas contam que durante o processo de apuração da fraude, os acusados ameaçaram com processos na Justiça, caso elas decidissem falar sobre o que sofreram.

Os advogados dos suspeitos informavam que as vítimas não poderiam comentar sobre o assunto, nem mesmo em grupos de mensagens, sob pena de serem presos.

"Eu sou a vítima e acabou que eu fui acuada por ela. Você se sente numa posição muito ameaçada, para não poder falar ( ) Só que a gente só tá aqui para falar a verdade", comentou a vítima.

Cremerj abre investigação

A Associação Brasileira dos Planos de Saúde disse que esse tipo de fraude investigada é comum e pediu atenção aos médicos.

"Essa falsificação de carimbos, atendimentos falsos, isso é um crime complexo. Mostra aí como verdadeiras quadrilhas estão se profissionalizando. ( ) Não ceda seu carimbo para um terceiro. A receita médica e todos os documentos são de responsabilidade do médico", comentou Cassio Alves, superintendente da Associação Brasileira de Planos de Saúde.

A médica Patrícia Adi Massat foi denunciada pelas vítimas ao Cremerj, mas ainda continua atuando.

"Os processos éticos têm que ser abertos, essas pessoas têm que ser punidas com celeridade. As denúncias para os conselhos têm que ser feitas e acompanhadas", completou Cassio.

O que dizem os citados

Nenhum dos suspeitos de participarem do golpe topou falar com o RJ2. O advogado dos suspeitos informou que a investigação continua em andamento e que os envolvidos negam as acusações e vão se defender.

O Cremerj disse que abriu uma sindicância sobre o caso, que o procedimento está em andamento e segue em sigilo, seguindo o código de processo ético-profissional.

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O TEMPO

Mineiro tem gasto histórico de R$ 46,9 bi com a saúde

Em um cenário de judicialização em alta para se garantir acesso a consultas e medicamentos, a população é forçada a buscar alternativas de sobrevivência e a arcar com os custos da saúde. Estimativa da consultoria IPC Maps feita com exclusividade para O TEMPO mostra que os mineiros deverão gastar R$ 46,9 bilhões para custear remédios, planos, além de tratamentos médicos e dentários particulares em 2023. É o maior desembolso da série histórica em 29 anos de pesquisa. Em Belo Horizonte, as projeções são que a população invista R$ 8,12 bilhões, número também recorde.

Para se ter uma ideia do que essas cifras representam, em um Estado com cerca de 21 milhões de habitantes, um gasto de R$ 46,9 bilhões equivale a dizer que a saúde custará R$ 2.200 para cada mineiro. Mas a conta não é tão simples: alguns pagam mais, e muitos não têm dinheiro e aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) a solução ou improvisam.

Depois de ver os recursos da família serem empregados em saúde em uma proporção cada vez maior, Karina Icasatti, 48, buscou qualificação e praticamente se transformou na "terapeuta" do filho Gabriel, 11, nas horas vagas. A criança tem síndrome de Down, nasceu com uma cardiopatia (problema no coração) e com apraxia da fala (distúrbio que afeta a comunicação verbal), além de conviver com algumas sequelas motoras após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorrido em função de um diagnóstico equivocado. Graças às terapias e após muito empenho da mãe, ele aprendeu a andar aos 9 anos e hoje tem uma vida muito ativa.

A família chegou a investir mais de R$ 7.000 mensais para bancar dois planos de saúde e as terapias que não tinham cobertura das operadoras contratadas. "A saúde é uma novela porque a gente pode ter planos, mas, se não tiver os profissionais que precisamos, as opções são pagar ou ir para o SUS. O problema é que nem tudo tem na rede pública e o custo na rede particular é altíssimo. Já chegamos a pagar fisioterapia cinco vezes na semana, sendo cada uma R$ 180", conta Karina.

Ela então fez cursos e aprendeu como estimular Gabriel em casa para reduzir os gastos e o desgaste de enfrentar trânsito com o filho diariamente. Agora, o gasto mensal familiar é de cerca de R$ 3.000 com saúde, e Gabriel pôde passar da escola pública para a particular. "Priorizamos a saúde. Agora, conseguimos pagar a escola. Mas o maior gasto na nossa família é com saúde, sem dúvida alguma", diz.

No caso de Karina, o que pesa mais no orçamento são as terapias alternativas, mas o alto preço da saúde tem explicações mais amplas, segundo o diretor da IPC Maps, Marcos Pazzini. "Os idosos precisam passar por mais exames médicos e costumam depender de mais medicamentos para ter qualidade de vida. Quanto mais a população envelhece, mais se gasta com saúde. Se pensarmos na pandemia, vamos ver também uma preocupação maior das pessoas com as condições físicas porque estiveram mais próximas da morte, e várias hoje convivem com as sequelas de Covid-19", explica.

Economista da Fundação Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipead), Diogo Santos aponta uma "confluência de fatores" na tentativa de explicar o alto custo do setor.

"Os aumentos de preços de produtos e serviços de saúde no Brasil nos últimos anos são resultado, por um lado, da alta dependência do país da importação de medicamentos, de fármacos e de equipamentos médico-hospitalares. Por outro lado, nos últimos anos, tivemos um impacto muito forte da pandemia sobre as cadeias de produção no mundo inteiro, gerando escassez, aumentos de custo de produção e também uma desvalorização da moeda brasileira, que faz com que tudo que nós importamos fique mais caro", argumenta o especialista.

Brasileiros empurrados para a pobreza

A alta dos custos da saúde tem impactos econômicos e sociais: a cada ano, mais de 10 milhões de brasileiros são empurrados para a pobreza por causa desses gastos, de acordo com o Banco Mundial. Para especialistas, a conjunção de fatores, que incluem altos preços de produtos básicos para a sobrevivência, como os medicamentos, o empobrecimento da população e a indisponibilidade de recursos na rede pública, é uma mistura perigosa que "explode" nas mãos do Judiciário em um aumento vertiginoso de ações.

O empobrecimento detectado pela pesquisa tem uma explicação simples, como mostra o economista da Fundação Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipead) Diogo Santos: "Esses aumentos dos custos da saúde geram também uma diminuição do orçamento disponível das famílias para gastos com outras despesas", pondera ele.

Para o especialista, parte da solução do problema da saúde é econômica. "É muito importante que existam no país políticas ativas dos governos para desenvolver o complexo econômico industrial da saúde. Ou seja, expandir a produção, no Brasil, de bens ligados ao setor, como medicamentos. A medida pode ampliar a oferta dos serviços e ao mesmo tempo gerar emprego, desenvolvimento e melhorar o acesso da população à saúde ampla, de qualidade e gratuita".

Números

Em Belo Horizonte, por exemplo, a alta dos preços de produtos e serviços ligados à saúde de outubro de 2020 a setembro de 2023 foi bem acima da inflação acumulada no período. Enquanto o IPCA, inflação medida pela Fundação Ipead, no período ficou em 25,77%, os produtos farmacêuticos encareceram em média 37,36%; os óculos e lentes, 45,8%; os planos de saúde, 25,74%; serviços médicos e dentários, 11,43%; e serviços laboratoriais e hospitalares, 41,17%.

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JORNAL OPÇÃO

Cremego aponta renumeração abaixo do piso em edital para médicos de Porangatu

Edital propõe pagamento de R$ 68, R$ 45 e R$ 80 por hora de plantão

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) pediu a ratificação do edital para contratação de prestadores de serviço em Saúde da Prefeitura de Porangatu. Em ofício enviado à gestão de Vanuza Primo de Oliveira, a presidente do Conselho Sheila Soares Ferro Lustosa diz que os valores ofertados para o pagamento dos serviços estão “aquém do piso”.

O edital propõe o pagamento de R$ 68,19 por hora de plantão para médico clínico geral; R$ 45,46 por hora de plantão para médico auditor/regulador e R$ 80 por consulta para médico pediatra e médico oftalmologista.

De acordo com o Cremego, no entanto, o valor estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM) para o exercício de 2023 é de R$ 18.709,99, o que equivale a um valor mínimo da hora de plantão de R$ 233,87.

O valor mínimo da consulta, segundo o Conselho, seria de R$ 229,77. “Tais valores (mínimos), tem o condão de garantir aos referidos profissionais, condições dignas de trabalho, bem como respeito e valorização, razão pela qual, merecem ser observados”, disse.

Procurada, a prefeitura de Porangatu informou que a Secretaria de Saúde ainda não foi notificada sobre a recomendação.

Confira a recomendação do Cremego

Excelentíssima Senhora Prefeita,

A par de cumprimentá-la, o CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE GOIÁS – CREMEGO, no uso das atribuições conferidas pela Lei 3.268/1957, vem por meio do presente, expor e requerer o seguinte:

O Município de Porangatu – GO publicou o Edital de Credenciamento nº 003/2023, no qual são oferecidas vagas para as seguintes funções e respectivos valores dos serviços:

Médico Clínico Geral – R$ 68,19 por hora de plantão;

Médico Auditor/Regulador – R$ 45,46 por hora de plantão;

Médico Regulador/Intervencionista – R$ 70,83 por hora de plantão de segunda a
sexta e R$ 75,00 por hora de plantão nos fins de semana;

Médico Pediatra e Médico Oftalmologista – R$ 80,00 por consulta.

Todavia, os valores ofertados para pagamento dos serviços estão aquém do piso estabelecido pela FENAM – Federação Nacional dos Médicos, para o exercício de 2023 (no valor de R$ 18.709,99), porquanto, ao dividir o valor do referido piso por 80 (considerando a média de 4 semanas para cada mês) tem-se que o valor mínimo da hora de plantão corresponde à R$ 233,87.

Quanto ao valor da consulta, temos a registrar a FENAM também estabeleceu o piso mínimo, que corresponde à R$ 229,77 (vide informação no sítio da Federação – link http://www.fenam.org.br/2023/01/30/piso-salarial-da-fenam-2023/).

Tais valores (mínimos), tem o condão de garantir aos referidos profissionais, condições dignas de trabalho, bem como respeito e valorização, razão pela qual, merecem ser observados.

Assim, considerando que o Código de Ética Médica em vigor, determina que:
“Capítulo I
……………..
III – Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.”

“Capítulo II
É direito do Médico:
……………..
IV – Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada
onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a
própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse
caso, comunicará imediatamente sua decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina.

V – Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente,
quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer
condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo
comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina.”
(grifamos)

E considerando que a Lei 3.268/57 determina que:
“O conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina são os órgãos
supervisores da ética profissional em toda a República e ao mesmo tempo,
julgadores e disciplinadores da classe médica, cabendo-lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam legalmente.” (grifamos)

O CREMEGO considera que os valores para pagamento dos serviços médicos constantes no Edital de Credenciamento nº 003/2023, não condiz com o grau de formação destes, e menos ainda com o nível de responsabilidade inerente à função. Ademais, é irrefutável o fato de que o Município de Porangatu, ao fazer constar regras em desacordo com os preceitos legais supramencionados, macula o referido certame, tornando-o absolutamente ilegal.

Desta feita, pugnamos pelo recebimento e acolhimento do presente
ofício/impugnação, com a consequente determinação da RETIFICAÇÃO do Edital de Credenciamento nº 03/2023, a fim de que seja assegurado aos médicos, o pagamento pelos seus serviços equivalente ao citado piso salarial indicado pela FENAM em 2023, garantindo, assim, condições dignas de trabalho aos referidos profissionais, e à população, condições dignas de atendimento.

Sem mais para o momento, aguardamos resposta e nos colocamos à disposição para o que se fizer necessário.

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PORTAL G1

Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar autografam itens que serão leiloados para ajudar na construção de hospital beneficente para tratamento de câncer

No total, serão mais de 100 itens a serem leiloados. Projeto necessita de mais de R$ 300 milhões para a conclusão da obra.

Por Thais Alves, g1 Goiás

Artistas e criadores de animais de elite se engajaram em um leilão para ajudar na construção do Hospital de Câncer Francisco Camargo (HCG), em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. No total, foram mais de 100 itens leiloados. Os artigos doados são novos e foram autografados por artistas e jogadores como Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar.

Veja a lista dos itens

Violão autografado por Zezé Di Camargo

Violão autografado por Gustavo Lima

Violão autografado por Mayara e Maraísa

Violão autografado por Chitãozinho

Violão autografado por Jorge e Mateus

Camisa autografada pelo jogador de futebol Neymar

Camisa autografada pelo jogador de futsal Falcão

Também foram leiloados carros e moto zero quilometro, joias e obras de arte. Para o público do agronegócio, teve animais de raça superior registrados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, prenhes de cavalo quarto de milha importado, sêmen de animais registrados e embriões de vacas famosas.

De acordo com a organização, cerca de 1000 pessoas iriam participar presencialmente do leilão, que aconteceu no Goiás Leilões na última segunda-feira (27), em Goiânia. Fora o público que iria acompanhar as transmissões ao vivo do evento pelo YouTube, através dos canais TV Arroba, do HCG e do cantor Zezé Di Camargo.

O cantor Zezé Di Camargo é embaixador do projeto e, em 2020, após o falecimento de seu pai, por câncer, o hospital passou a adotar seu nome como uma homenagem.

O hospital sem fins lucrativos já possui policlínica em funcionamento e, em breve, inaugurará uma nova ala. A previsão é que o hospital tenha mais de 100 mil metros quadrados de estrutura.

Segundo a organização, toda a obra, equipamentos e mobiliário do hospital estão sendo viabilizados com recursos privados. O projeto necessita de mais de R$ 300 milhões para a conclusão da obra.

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PORTAL JNN

Cobertura de doenças raras pelos planos de saúde ainda é desafio para pacientes

Pacientes com doenças raras ainda encontram dificuldades em obter a cobertura de tratamentos pelos planos de saúde, que muitas vezes são multidisciplinares e baseados em pesquisas científicas ainda em andamento. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 13 milhões de pessoas sofram com doenças raras, sendo que para 95% delas não há tratamento especifico. As operadoras de saúde, por sua vez, limitam-se a custear medicamentos, exames e procedimentos previstos no Rol de Procedimentos e Eventos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que, em geral, contempla apenas tratamentos padronizados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como doenças raras aquelas que acometem 65 em cada 100 mil pessoas. Em geral, essas enfermidades são condições crônicas, degenerativas, progressivas, incapacitantes e, até mesmo, fatais. E o tratamento para elas costuma ser de alto custo, o que dificulta o acesso dos pacientes.

Um exemplo é o medicamento ravulizumabe, indicado para a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença considerada rara pelo Ministério da Saúde. O custo de apenas um frasco dessa medicação pode ultrapassar os R$ 44 mil. E, apesar de ter registro sanitário no Brasil, o ravulizumabe ainda não foi incorporado no rol da ANS, o que leva as operadoras a negarem seu custeio.

O professor da pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto e advogado especialista em plano de saúde, Elton Fernandes, explica que a aprovação de tratamentos pelos planos de saúde segue padrões que não contemplam, por exemplo, as doenças raras. "O que se tem hoje é um protocolo padrão, feito para a maioria dos casos. Mas, quando o paciente possui uma doença rara, em geral ele excepciona todos os padrões. O que precisa, no final das contas, é ter um olhar mais aberto para a questão e que siga a ciência, a despeito do rol", destaca.

Acesso a tratamentos de doenças raras

Desde 2014, vigora a portaria 199 do Ministério da Saúde, que instituiu a Política de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre seus objetivos, está o estabelecimento de diretrizes de cuidados às pessoas com doenças raras em todos os níveis de atenção do SUS e a ampliação do acesso universal e regulado das pessoas com doenças raras na Rede de Atenção à Saúde.

Como resultado, novos tratamentos têm sido incorporados pelo SUS para o tratamento de doenças raras. No início de agosto deste ano, por exemplo, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) indicou a incorporação de medicamentos para o tratamento da fibrose cística e da hemofilia, além do implante intravítreo de dexametasona contra edema macular diabético.

No caso dos planos de saúde, entretanto, a cobertura de tratamentos limita-se aos tratamentos listados no rol da ANS que, em geral, seguem as indicações da bula, conforme explica o advogado Elton Fernandes. "O rol de procedimentos da ANS prevê como regras gerais o tratamento clínico padrão, especialmente com tratamentos listados em bula, mas uma série de doenças raras costumam ser tratadas com medicamentos off label", pondera.

Tratamento fora da bula e experimental

Considera-se um medicamento off label quando ele é indicado para um tratamento ainda não previsto em sua bula. Diferentemente do tratamento experimental, que não possui evidência científica de sua eficiência, o tratamento off label é empregado de forma constante pela medicina, especialmente para doenças raras ou mesmo para crianças, cuja realização de estudos para lançar medicamentos é especialmente difícil em comparação aos demais.

Um exemplo comum de emprego de tratamento off label são os casos em que o medicamento não possui mais patente, o gera desinteresse da indústria farmacêutica pela atualização de sua bula com os tratamentos possíveis, descobertos mais recentemente. Isto porque, como explica o advogado Elton Fernandes, o processo de inclusão de novas indicações na bula é caro e nenhuma empresa vai se beneficiar exclusivamente disso.

"Na prática, o que acontece é que a bula do medicamento sem patente fica congelada com as indicações que já estão aprovadas pela Anvisa e não se consegue evoluir a bula com os novos tratamentos. Quem pagará pelos estudos científicos e pela mudança da bula para que terceiros se beneficiem? Mas a ciência é muito mais dinâmica, o que pode gerar a recomendação de uso off label do medicamento", pondera.

Lei prevê cobertura amparada pela ciência

O professor de Direito Elton Fernandes ressalta, no entanto, que a Lei dos Planos de Saúde prevê a cobertura de tratamentos com base na ciência, mesmo sem a indicação de tratamento em bula ou no rol da ANS, o que engloba os casos de doenças raras. "A Lei dos Planos de Saúde, atualmente, diz muito expressamente que sempre que houver a indicação médica de um tratamento com base na Medicina Baseada em Evidências, ou seja, sempre que houver evidências científicas de que esse tratamento tem reconhecimento técnico-científico para o caso, a cobertura pelo plano de saúde pode ser buscada", afirma o advogado.

O caminho para isso, porém, ainda tem sido a busca pela Justiça diante da recusa dos planos de saúde ao custeio de seus tratamentos, sobretudo para a cobertura para doenças raras.

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EDITAL CONCURSOS BRASIL

Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde, trabalho e família


Mais da metade dos brasileiros perdem o sono devido a uma angústia em comum: o dinheiro. A ansiedade financeira é fonte de preocupação para milhões de pessoas todos os dias, superando até mesmo as perturbações com saúde, trabalho e família.

É isso que mostra o levantamento da fintech Onze feito em parceria com a seguradora Icatu. Dos 8.573 trabalhadores entrevistados, 54% afirmaram que o dinheiro (ou a falta dele) é a preocupação constante de suas vidas. Os outros fatores apontados foram família (17%), saúde (13%) e trabalho (8%), todos eles com percentuais bem inferiores ao primeiro.

Uma das pessoas que sofrem com a ansiedade financeira é a auxiliar técnica de enfermagem Suzilene Tanaka, de 48 anos, que além do emprego principal tem trabalhado como temporária para complementar sua renda familiar. Ela afirma que dorme apenas três horas por dia.

Fabrícia Oliveira, de 41 anos, está desempregada e já sofre com problemas de saúde física e mental causados pelas preocupações com o dinheiro, inclusive depressão e pressão alta. "Se eu não aprender a conviver com as dívidas, eu vou surtar. Não estou conseguindo pagar todas as minhas contas, pago somente o que dá", diz.

Não ter dinheiro para emergências, como acidentes ou problemas de saúde, é o pior para 55% dos trabalhadores. Outros 42% se preocupam mais com não ter dinheiro suficiente para arcar com as contas mensais. Mais de 70% dos entrevistados pela Onze têm renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos (R$ 2.640).

Falta de dinheiro afeta a saúde

Assim como Fabrícia, 71% dos participantes da pesquisa são impactados emocionalmente por problemas financeiros e outros 20% desenvolveram problemas físicos. As principais condições citadas foram ansiedade (53%), insônia (41%) e problemas de relacionamento com amigos, familiares e parceiros (15%).

"Você acaba tendo desânimo de trabalhar. Eu comecei agora na área da saúde e essa área deveria ser mais valorizada, o salário da enfermagem é pouco, mesmo correndo risco de pegar doenças", afirma Suzilene Tanaka.

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Assessoria de Comunicação