CLIPPING AHPACEG 05/12/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Piso da enfermagem: impasse sobre o salário da categoria pode chegar ao fim
Médico de família pode resolver 85% das queixas mais comuns dos pacientes
45% das mulheres sofrem algum tipo de transtorno mental
Inteligência artificial na saúde: tecnologia traz soluções para a gestão de processos farmacêuticos
Brasil perde R$1 bi em produtividade com câncer de pulmão
Com aumento de atendimentos no Pronto-Socorro, Hetrin reforça seu perfil de média complexidade
Diretora do CDI PREMIUM é homenageada pela Alego por trabalho durante a pandemia
PORTAL BRASIL 61
Piso da enfermagem: impasse sobre o salário da categoria pode chegar ao fim
Os enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o país podem dar um fim às negociações que tratam do pagamento dos salários. O Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu na pauta do julgamento que acontece em plenário virtual os embargos de declaração - recurso para questionar alguma contradição em decisões do tribunal - contra deliberação da própria Corte na ação em que se discute o piso da enfermagem. A votação deve acontecer de 8 a 18 deste mês. Essa é a última fase do processo que pretende analisar, entre outros pontos, a desindexação da jornada de 44h para o cálculo do piso, assim como esclarecer a definição entre piso e remuneração.
Último levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, mostra uma estimativa de percentuais dos profissionais de enfermagem que recebem remuneração mensal abaixo dos pisos salariais. De acordo os dados, 54% dos enfermeiros recebiam abaixo do piso de R$ 4.750,00; 82% dos técnicos de enfermagem recebiam abaixo do piso de R$ 3.325,00 e 49% dos auxiliares de enfermagem recebiam abaixo do piso de R$ 2.375,00.
Com a inclusão dos embargos de declaração no plenário virtual da STF, o conselheiro do Conselho Nacional da Enfermagem Daniel Menezes espera que os questionamentos levantados pelas entidades que representam a categoria, sejam definidos.
"A gente defende que a carga horária seja aquela contratada pelo empregador por conta do vínculo e o piso se aplique sobre essa cargo horária contratada. Então a expectativa é que a gente possa, através de todos os elementos e as demais entidades que também questionam nesses embargos, assim como a AGU e o próprio Congresso Nacional através do Senado", observa.
Impactos na economia
Enquanto a situação não se resolve, especialistas avaliam que os trabalhadores, a população e a própria economia ficam prejudicadas. Na opinião do economista Newton Marques, todos os setores vão ter que se adequar para suportar esses gastos. Ele também acredita que a falta de definição pode impactar outras categorias ligadas à área de saúde como técnicos, médicos, anestesistas, e operadores de instrumentos e aparelhos.
"Agora as demais categorias também querem seguir os passos da enfermagem. Só que aí o piso nacional da enfermagem tem um problema. As prefeituras e estados têm impactos diferenciados no orçamento e isso tem gerado também problema no setor privado, que não consegue pagar o piso nacional de enfermagem", destaca.
Na opinião do consultor de orçamento Luigi Mauri, um problema clássico da economia porque de um lado se comemora aprovação de uma legislação como essa que protegeria trabalhadores dessa área, mas por outro se lamenta pelo que ocorre na prática.
"Na prática, os salários continuam sendo menores do que se prevê na legislação. Ou seja, o mercado não trabalha com o que está previsto em lei ou quando trabalha rigorosamente com o que está previsto em lei, assim acontecem muitas demissões em vista dos empregadores não terem interesse em cumprir um piso legal para a profissão", avalia.
Entenda o impasse
Em 2022, a CNSaúde entrou com uma ação no STF para questionar o Projeto de Lei (PL) 2564/2020, que deu origem à lei que estabeleceu o piso para os enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras e que já tinha sido aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Em julho, deste ano, o STF definiu que o piso nacional da enfermagem fosse pago aos trabalhadores do setor público pelos estados e municípios na medida dos repasses federais. O Tribunal definiu ainda que prevaleceria a exigência de negociação sindical coletiva como requisito procedimental obrigatório, mas que, se não houvesse acordo, o piso deveria ser pago conforme fixado em lei. Além disso, a aplicação da lei só poderia ocorrer depois de 60 dias a contar da publicação da ata do julgamento.
Em 11 de maio de 2023, o governo federal sancionou a Lei n.°14.581/2023 que garantiria um crédito especial de R$ 7,3 bilhões, para a Assistência Financeira Complementar aos estados, municípios e Distrito Federal referente ao pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem. As diferenças entre as regras para o setor público em relação ao setor privado dependeriam das negociações coletivas, como determinado pelo STF.
Os gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal seriam responsáveis por efetuar o pagamento dos colaboradores diretos, sejam servidores e ou empregados, bem como a transferência dos recursos às entidades privadas contratualizadas ou conveniadas, que atendam, pelo menos, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 21 de agosto, o Ministério da Saúde fez o primeiro repasse adicional aos estados e municípios do piso nacional da enfermagem. Até o fim de 2023, foi definido o pagamento de nove parcelas, incluindo o 13º salário. Os valores praticados são: enfermeiros: R$ 4.750, técnicos de enfermagem: R$ 3.325 e auxiliares e parteiras: R$ 2.235.
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JORNAL ONLINE
Médico de família pode resolver 85% das queixas mais comuns dos pacientes
Especialista cuida das pessoas ao longo da vida, em vez de apenas tratar doenças; Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade é celebrado em 05 de dezembro
Cerca de 85% das queixas dos pacientes que chegam às Unidades Básicas de Saúde e aos hospitais públicos brasileiros podem ser resolvidas pelo médico de família e comunidade, que costuma ter uma relação mais próxima e vínculo de confiança com os moradores locais. A informação é da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde.
Dados semelhantes também são compartilhados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Segundo a entidade, a atenção primária cuida das pessoas e pode atender de 80% a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo de sua vida.
Para lembrar a importância e o trabalho desses profissionais, existe o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade, celebrado em 05 de dezembro. A data valoriza quem atua na atenção primária nos sistemas de saúde em todo Brasil.
O que faz o médico de família?
"Ainda tem uma confusão entre médico de família e clínico geral, mas são funções diferentes. Enquanto o segundo trata especificamente da doença, o primeiro tem o foco na pessoa e na raiz do que pode estar causando o problema", explica a coordenadora adjunta do curso de medicina do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Taísa Navasconi Berbert.
Além dos sintomas, o estilo de vida, os hábitos, as emoções, as condições de trabalho e a moradia são levados em conta para que o médico de família e comunidade aponte um diagnóstico.
"O indivíduo é analisado de forma integral, em uma abordagem biopsicossocial, justamente porque todos esses fatores podem estar relacionados à saúde e nem sempre as pessoas estão conscientes disso", destaca Taísa.
Onde atua?
Segundo a OPAS, o médico de família e comunidade pode atuar em unidades de atenção primária à saúde, consultórios privados, serviços de emergência, hospitais, serviços de medicina paliativa e atender equipes de população de rua.
Os atendimentos mais comuns estão relacionados às consultas de rotina, check-ups, queixas ginecológicas, doenças crônicas, questões de saúde mental, uso de substâncias químicas, dores crônicas, falta de ar e taquicardia. Quando o problema exige cirurgia, tratamento oncológico ou se revela uma doença rara, é preciso encaminhar para outros especialistas.
O que precisa para ser médico de família?
Para atuar como médico de família e comunidade é preciso concluir os seis anos de estudos em medicina e ainda fazer uma residência de dois anos na área. Durante esse período, o profissional vai aprofundar seus conhecimentos em temas como saúde coletiva, medicina preventiva e epidemiologia.
"Escolhi essa área por ver o paciente de forma integral e ficar próximo da realidade onde ele vive. Assim, criamos um vínculo para que seja tomado decisões centradas no paciente e não na doença", explica Alan Eduardo Tavares Martin, que atua como médico de família e comunidade na Prefeitura Municipal de Campo Mourão, no curso de medicina do Integrado e numa empresa de plano de saúde.
"Nesta profissão, vínculo significa confiança. Assim, compreendemos a dimensão dos problemas individuais e coletivos e buscamos as melhores estratégias de intervenção", destaca Camila Gomes Braga, que é responsável pela Estratégia de Saúde da Família da Prefeitura de Campo Mourão, supervisora do Programa de Residência Médica da Santa Casa de Misericórdia do mesmo município e docente no Integrado.
Prática desde cedo
Para que os estudantes de medicina do Centro Universitário Integrado se familiarizem com essa prática de trabalho, eles realizam diferentes atendimentos - sob monitoria dos professores - ao longo da graduação. Só no ambulatório da instituição de ensino, foram 21.635 atendimentos desde 2020.
Dos 53 acadêmicos que fizeram a Colação de Grau em medicina, no dia 1º de dezembro, todos já realizaram esses atendimentos à população durante o período de internato.
Outra atividade como essa é feita para os moradores do Lar de Idosos São Joaquim e Sant'Ana de Campo Mourão. Toda semana, um médico geriatra e os acadêmicos visitam os idosos e fazem atendimentos gratuitos no próprio local.
A instituição de ensino patrocina a mão de obra do profissional geriatra, custeia os insumos utilizados nos atendimentos, proporciona acesso à saúde de qualidade e promove o bem-estar aos residentes do local.
"Outro bom motivo para atuar como médico de família e comunidade é a expansão do mercado de trabalho, que tem boas oportunidades de emprego", complementa Taísa Navasconi Berbert.
Sobre o Centro Universitário Integrado
Localizado em Campo Mourão (PR), o Centro Universitário Integrado oferece, há mais de 25 anos, ensino superior de excelência reconhecido pelo MEC com nota máxima (5) no Conceito Institucional. Preocupado com o que o mercado necessita, busca ofertar um ensino de qualidade voltado às competências que precisam ser desenvolvidas por todos os profissionais.
Para isso, conta com infraestrutura moderna, laboratórios com tecnologia de ponta, metodologias de ensino inovadoras e corpo docente com forte experiência acadêmica e vivência prática.
Atualmente, o Integrado oferece mais de 55 cursos de graduação presencial, semipresencial e a distância, incluindo Direito, Medicina e Odontologia e mais de 100 cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
45% das mulheres sofrem algum tipo de transtorno mental
A pandemia de Covid-19 foi uma das piores crises já enfrentadas no século e suas consequências ainda ressoam no cotidiano, mesmo após o fim da emergência sanitária. Para as mulheres, entretanto, que já chegaram em 2020 adoecidas, o problema se apresentou ainda mais profundo. É o que mostra o relatório "Esgotadas: o empobrecimento, a sobrecarga de cuidado e o sofrimento psíquico das mulheres", desenvolvido pela ONG Think Olga, que indica que 45% das mulheres brasileiras possuem hoje um diagnóstico de ansiedade, depressão ou outros tipos de transtornos.
A pesquisa inédita foi realizada com 1.078 mulheres, entre 18 e 65 anos, em todos os estados do País, entre 12 e 26 de maio de 2023. "A saúde mental não deve ser uma discussão limitada por fatores biológicos. Claro que existe influência deles, mas o que o relatório nos mostra é que a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades afetam diretamente as relações sociais e, portanto, impactam diretamente no psicológico das mulheres", explica a diretora da Think Olga, Maíra Liguori.
Com a proposta de entender as estruturas que impõem o sofrimento das brasileiras na atualidade, o relatório reúne dados que demonstram desde a sobrecarga de trabalho e insegurança financeira até o esgotamento mental e físico causado pela economia do cuidado, que enquadra todas as atividades relacionadas aos cuidados com a casa e com produção e manutenção da vida. Entre as principais conclusões do relatório:
Esgotadas, portanto, adoecidas - 45% das entrevistadas foram diagnosticadas com algum transtorno mental. A ansiedade, o estresse e a irritabilidade fazem parte do cotidiano de pelo menos 4 em cada 10 mulheres. As pressões estéticas e as violências de gênero também cobram seu preço: entre as entrevistadas mais jovens, 26% declararam que os padrões de beleza impostos impactam negativamente na saúde mental. Já o medo de sofrer violência é citado por 16% das respondentes;
Maior vulnerabilidade e maior responsabilidade - As mulheres são as únicas ou principais provedoras em 38% dos lares. Essas mulheres são, em sua maior parte, negras, da classe D e E e com mais de 55 anos de idade. Somente 11% das entrevistadas dizem não contribuir financeiramente para a manutenção de suas famílias;
Mulheres dedicam o dobro de tempo nas tarefas de cuidado - Segundo dados da Pesquisa Nacional por amostra de domicílio realizada em 2022, as mulheres gastam 21,4 horas da semana em tarefas domésticas e do cuidado, os homens usam 11 horas. Já o relatório Esgotadas mostrou que a sobrecarga de trabalho doméstico e a jornada excessiva de trabalho foi a segunda causa de descontentamento mais apontada - atrás apenas de preocupações financeiras. O trabalho de cuidado sobrecarrega principalmente as mulheres de 36 a 55 anos (57% cuidam de alguém) e pretas e pardas (50% cuidam de alguém);
Responsabilidade demais adoece - 86% das mulheres consideram ter muita carga de responsabilidades. A insatisfação entre mães solo e cuidadoras é muito superior em relação àquelas que não possuem esse tipo de responsabilidade. As cuidadoras e mães-solo também são as mais sobrecarregadas com as tarefas domésticas e de cuidado, com 51% das mães e 49% das cuidadoras apontando a situação financeira restrita como o maior impacto na saúde mental. Isso quer dizer que a sobrecarga de cuidado também é um fator de empobrecimento das mulheres ou "feminização da pobreza".
Diante da realidade, a Think Olga também traz pontos de partida para que a sociedade civil, o setor privado e o poder público possam começar a enxergar e a atuar sobre esses problemas. Para a codiretora da Think Olga, Nana Lima, "é necessário que comecemos a entender o impacto do trabalho de cuidado e suas consequências, além de partirmos de discussões que desestigmatizem tabus sobre a saúde mental. É essencial incentivar ações do setor privado, da sociedade civil e, principalmente, do setor público para um futuro viável para as mulheres", avalia.
Minoria das empresas tem políticas eficazes
Embora 99% dos profissionais de Recursos Humanos (RH) ou gestão de pessoas acreditem que as companhias devem adotar estratégias voltadas para saúde mental dos colaboradores, apenas 34% das empresas desenvolvem ações efetivas com este objetivo, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH. O estudo apresenta os impactos negativos e comprova que 61% das pessoas não se sentem satisfeitas ou felizes no trabalho, sendo que 86% mudariam de emprego em busca de mais saúde mental.
"A atração e a retenção de talentos estão entre os maiores desafios enfrentados atualmente. E mesmo que a pesquisa indique que em 41% das organizações a felicidade corporativa e bem-estar dos funcionários tenham destaque para o time de gestão de pessoas, as ações não são implementadas como deveriam", avalia a CEO do Infojobs, Ana Paula Prado.
A grande maioria dos profissionais de RH (91%) entende que benefícios voltados para saúde mental impactam a atração e retenção de talentos. De encontro com isso, 75% dos profissionais participantes da pesquisa afirmam que na empresa onde trabalham ou trabalharam recentemente não têm ações e suporte para temas relacionados.
Nas organizações que existem medidas para promover a saúde mental, os destaques ficam para campanha de bem-estar e saúde mental (43%), suporte com psicólogos (41%), canal de escuta ativa (37%) e treinamento para lideranças empáticas (35%) - para essa questão, foram consideradas múltiplas respostas. Além disso, 96% dos profissionais de RH ou gestão de pessoas acreditam que o recrutamento humanizado pode ser considerado uma prática voltada para a saúde mental. Na pesquisa de 2022, 93% dos profissionais da área de RH acreditavam nessa afirmativa.
Insegurança no ambiente corporativo
Pouco mais da metade (55%) dos respondentes diz que não se sente psicologicamente seguro na empresa em que trabalha ou já trabalhou. Entre os aspectos mais prejudiciais citam ambiente ou liderança tóxica e abusiva (64%), cobranças excessivas de resultados (40%) e pressão constante (37%).
"A pesquisa também revelou que 86% dos participantes acreditam que as empresas não estão preparadas para lidar com a saúde mental dos colaboradores. Algumas razões podem explicar a afirmação, como a falta de diálogo aberto durante todo o ano e olhar individual para cada colaborador, com a intenção de entender as necessidades únicas e particulares. Mas, além de encontrar justificativas, devemos encontrar soluções", afirma.
Neste sentido, para a executiva, as lideranças e RH devem se comprometer em conscientizar e educar sobre assuntos envolvendo a saúde mental e criar uma cultura que promova o bem-estar para cada colaborador.
"Fomos acostumados com um mercado de trabalho competitivo e com grande pressão para resultados, mas ano após ano percebemos que é possível equilibrar vidas pessoal e profissional. Além de garantir satisfação, ainda impacta diretamente na produtividade e qualidade", conclui.
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O ESTADO
Inteligência artificial na saúde: tecnologia traz soluções para a gestão de processos farmacêuticos
A inteligência artificial (IA), um caminho sem volta no mundo moderno, ganha cada vez mais espaço e diversos segmentos estão se utilizando dessa tecnologia para auxiliar nos processos. A saúde é um desses nichos que tem feito a diferença na vida dos pacientes e na abordagem diária com o uso de tecnologias que ajudam na resolução das tarefas que envolvem a segurança, o cuidado e a agilidade nas gestões. Recentemente o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), concluiu um projeto piloto que usa inteligência artificial (IA) preditiva, para facilitar a gestão dos processos de análise da farmacêutica. O ISGH é responsável por administrar unidades de saúde nas cinco macrorregiões do Estado do Ceará.
Baseado em evidências, o novo sistema irá apoiar as análises de prescrições médicas, gerando indicadores para a priorização de atendimento, assim como gerar alertas que precisam de uma análise mais profunda. Na prática, o sistema se vincula aos dados dos hospitais e indica onde estão os potenciais erros de prescrições, aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar. O programa de inteligência artificial é 100% gratuito quando utilizado em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é seguir um planejamento contínuo em busca de soluções que apoiem na resolução de diagnósticos, diminuição de impacto na redução de custos e ganhos de eficiência.
O gerente sênior do Núcleo de Tecnologia da Informação (TI), do ISGH, Luidgi Machado, explica a importância da utilização da IA nos sistemas. Ele destaca que tudo é feito com base legal e seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). "É importante destacar que, ao implementar soluções de IA na área da saúde, é necessário considerar questões éticas, de privacidade e segurança dos dados, além de garantir a validação clínica adequada para garantir a precisão e confiabilidade dos resultados", pontua.
A gerente da Farmácia, do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NUASF) do ISGH, Rosemeire Sousa, adianta que as expectativas para o uso da tecnologia na rotina do setor são das melhores. Entre os diferenciais, ela espera maior agilidade e segurança na análise técnica pelos farmacêuticos das prescrições médicas diárias, otimizando o gerenciamento dessas intervenções e ampliando a visão do profissional para potenciais riscos na farmacoterapia do paciente.
"O sistema também dispõe de relatórios didáticos em tempo real e está interligado ao nosso Sistema Vitae paciente. Nossa expectativa é que até o final do 1º semestre de 2024, todos os farmacêuticos das Centrais de Análises de Prescrição (CAP) e Farmácia Clínica em nossas unidades, estejam utilizando esse sistema, garantindo assim uma análise mais ampla, segura; potencializando as barreiras de segurança na cadeia medicamentosa e colaborando no cuidado multiprofissional ao paciente, junto às nossas equipes", destaca.
Ars vitae
Ainda na gestão do cuidado, outro importante software, também criado pelo ISGH, é o ARS VITAE. Com o objetivo de facilitar o acesso aos prontuário dos pacientes em todas as unidades hospitalares, auxiliando ainda no monitoramento da assistência destinada aos pacientes, com acesso ao cadastro e evolução do paciente no hospital. Além disso, o plano terapêutico e o prontuário também são todos digitalizados, com chaves e fluxos seguros para que o profissional de saúde tenha acesso.
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PORTAL TERRA
Brasil perde R$1 bi em produtividade com câncer de pulmão
O câncer de pulmão no Brasil gerou custos econômicos de mais de R$1 bilhão em 2019. O cálculo faz parte de pesquisa do Insper divulgada durante evento sobre prevenção e tratamento desse tipo de câncer, promovido no dia 24 de novembro pelo Fórum Intersetorial para Combate às Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil (FórumDCNTs). O valor refere-se aos custos indiretos, ou seja, relacionados à redução da produtividade em decorrência do óbito de pessoas com idade inferior à de sua aposentadoria (grupo que corresponde a 1/3 das quase 30 mil mortes anuais por câncer de pulmão), ao absenteísmo no trabalho e à aposentadoria precoce.
Apesar de ser o quarto tipo mais incidente no Brasil (atrás dos cânceres de próstata, mama e cólon e reto), o câncer de pulmão é o que mais mata. Em 2019, a doença causou 29,3 mil mortes no país, enquanto os tumores de próstata e mama não chegaram a 20 mil cada. Por conta disso, de acordo com o Insper, os custos indiretos do câncer de pulmão se aproximam da perda de R$1 bilhão e 380 milhões provocada pelo câncer de mama, o qual apresenta quase o dobro de casos por ano em relação ao primeiro.
A alta morbimortalidade do câncer de pulmão está relacionada ao diagnóstico tardio, realizado, na maioria das vezes, nos estágios III e IV do desenvolvimento do tumor, nos quais as chances de cura são mínimas ou nulas. "Preocupa-nos que a população esteja bem informada sobre quando suspeitar de uma alteração pulmonar e a atenção primária apta a agir em tempo oportuno para rastreio e diagnóstico precoce, o que melhorará drasticamente o cenário atual", enfatiza o coordenador geral do FórumDCNTs, Mark Barone.
A pesquisa do Insper também mapeou e classificou as principais barreiras para a implementação de uma política nacional de rastreamento de câncer de pulmão, assim como sistematizou propostas de soluções. "Dentre as sugestões, encontram-se melhorias em centros de excelência; aproveitamento da alta capilaridade da atenção primária do SUS, com o engajamento de seus profissionais na triagem, convencimento da população de risco e navegação do usuário no sistema; e criação de protocolos que considerem prevenção, rastreamento, diagnóstico, tratamento e reabilitação", expõe Carolina Melo, professora de Políticas Públicas e Economia no Insper.
A importância do suporte para cessação de fumar também é sublinhada por especialistas. "Estudos mostram que as pessoas que param de fumar aos 50 anos reduzem em, aproximadamente, 90% o risco de câncer de pulmão aos 75 anos. Pessoas que ficaram abstinentes durante sete anos apresentaram uma redução de 20% no risco de mortalidade", afirma Paulo Correa, coordenador da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Além de insistir na relevância da prevenção e combate a todas as formas de consumo de tabaco, inclusive o vape (cigarro eletrônico), Gustavo Prado, gerente de inovação e educação médica no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, sugere ações para efetivar o diagnóstico precoce no país. "Devemos melhorar a jornada da pessoa com sintomas sugestivos de câncer de pulmão dentro do sistema de saúde, que hoje é muito lenta e fragmentada", comenta. Ele reforça também a necessidade em agilizar o encaminhamento para o diagnóstico daquelas pessoas cujos exames de imagem (realizados por outros motivos, como gripes) revelam achados anormais. "E sobretudo, é imprescindível uma política de rastreamento, ou seja, a busca ativa de pessoas assintomáticas por meio de tomografia, à semelhança do que já ocorre com a mamografia para detecção de câncer de mama", elenca.
Experiências locais de rastreamento e melhor gestão do sistema de saúde mostram resultados positivos e podem ser replicadas. Médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Porto Alegre (RS), por exemplo, tiveram a iniciativa de fazer o rastreamento por tomografia computadorizada de baixa dose nas pessoas atendidas pelo Serviço de Pneumologia. A atividade envolveu a discussão e padronização de condutas, investigação e manejo de pessoas com anormalidades observadas. Segundo Fábio Svartman, pneumologista do HNSC, foram encontrados nódulos suspeitos em 14% das 712 pessoas rastreadas, sendo que 1,5% foram confirmados como câncer de pulmão. Destes casos, â estavam nos estágios I e II, o que permitiu a realização de tratamentos com intenção curativa .
O hospital também instituiu o projeto Relógio do Câncer, com o intuito de diminuir o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento a partir da integração e monitoramento de informações dos prontuários eletrônicos. "Com isso, identificamos gargalos, priorizamos exames e consultas, e fizemos busca ativa de quem faltava. Entre junho de 2021 e fevereiro de 2023, reduzimos a média de dias entre diagnóstico e tratamento de 63 para 43", informou Svartman.
Chama a atenção a falta de visibilidade dessa doença silenciosa. "Temos a campanha Novembro Branco, de conscientização sobre o câncer de pulmão, mas ela é pouco difundida em relação ao Novembro Azul, que trata do câncer de próstata. Precisamos de ações mais robustas e constantes nesse sentido", defende Helena Esteves, coordenadora de advocacy no Instituto Oncoguia. "Para melhorar o atual cenário, não devemos esquecer da educação dos profissionais de saúde, pois muitos deles não possuem informações suficientes sobre os sinais e sintomas do câncer de pulmão", acrescenta.
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ISSO É GOIÁS
Com aumento de atendimentos no Pronto-Socorro, Hetrin reforça seu perfil de média complexidade
Desde o início das obras de reforma e ampliação, o Hospital Estadual de Trindade - Walda Ferreira dos Santos (Hetrin) registrou aumento no número de pacientes no pronto-socorro, atraídos pela infraestrutura e atendimento da unidade. Enquanto, em novembro, o hospital recebeu cerca de 5.700 pacientes, em janeiro deste ano o número saltou para 6.400, sendo que a maioria desses atendimentos foram de caráter pouco urgente ou não urgente (60%). O aumento é tão significativo que só na primeira quinzena de fevereiro o hospital registrou uma média de 237 atendimentos diários, 46 a mais que a média do mês de novembro de 2022.
Esse aumento tem exigido ainda mais dos profissionais atuantes no pronto-socorro, que funciona 24 horas por dia. A equipe conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, maqueiros, biomédicos e demais profissionais para levar o melhor atendimento à população. Para os atendimentos de porta aberta, que recebe todos os pacientes, a unidade conta com o quadro de médicos completo atendendo simultaneamente. Antes de entrar para a consulta, todos os pacientes passam por triagem e são classificados de acordo com o Protocolo de Manchester para identificar a gravidade de cada caso.
Além do atendimento de urgência e emergência, o Hetrin é uma unidade com perfil hospitalar de assistência de baixa e média complexidade com perfil cirúrgico eletivo, ou seja, que realiza cirurgias programadas, sem teor de urgência. A unidade dispõe hoje de serviços de cirurgia geral, obstetrícia, urologia e vascular, como por exemplo colecistectomia, hernioplastia, histerectomia, laqueadura, cistotomia, prostectomia, vasectomia, tratamento cirúrgico de varizes bilateral sem retirada de safena entre outras.
Mesmo com todo o processo de reforma em pleno andamento, nenhum serviço oferecido pelo Hetrin foi interrompido. A inauguração do novo Pronto-Socorro para atendimento de urgências e emergências está prevista para o meio deste ano.
Para a diretora da unidade, Vânia Fernandes, o atendimento prestado continua com a mesma qualidade, mesmo durante essa fase de reforma e ampliação. “Registramos um aumento no número de atendimentos no pronto-socorro e estamos em pleno funcionamento para atender a todos”, afirma ela, lembrando que, considerando o perfil de média complexidade do Hetrin, também é possível buscar atendimento para casos mais simples na rede básica de saúde do município.
Com a entrega das próximas fases das obras, o Hetrin conseguirá ampliar ainda mais seu atendimento, bem como elevar o número de leitos. Ao todo, a unidade contará com 149 leitos. No geral, serão seis de observação; dois de emergência; 14 de alojamento conjunto; 20 de enfermaria para clínica cirúrgica e 20 de UTI; 90 de clínica médica; quatro salas cirúrgicas; cinco leitos de Recuperação Pós-Anestésicos (RPA); cinco quartos de isolamento e três quartos para parto normal (PPP). Ou seja, o triplo de leitos que o hospital possui atualmente.
Classificação de risco
Sempre que um paciente chega para atendimento de urgência e emergência no Hetrin, é protocolo passar pela triagem a fim de fazer sua classificação de acordo com a gravidade de seu quadro clínico. Assim, as pessoas que apresentam risco de vida são atendidas primeiro.
As classificações são divididas por cinco cores. O método do Protocolo de Manchester é um dos mais utilizados no mundo. O vermelho significa emergência e o paciente deve ser atendido imediatamente, pois apresenta risco de morte; o laranja é muito urgente, considerando que o paciente pode esperar, no máximo, 10 minutos para ser atendido, pois apesar de apresentar risco de morte, ele está um pouco mais estável que o anterior. Na cor amarela estão os casos urgentes, nos quais a gravidade é moderada e o tempo de espera pode ser de 50 minutos. A cor verde representa casos pouco urgentes e é indicado para situações menos graves, sendo que paciente pode esperar até duas horas. Por último, o indicador azul, são para casos não urgentes, classificação mais baixa que envolve problemas simples. Assim, o paciente pode esperar até quatro horas.
Os casos que envolvem serviços básicos, com a classificação de azul ou verde podem ser atendidos pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município de Trindade e dos municípios próximos. Esses centros são os responsáveis pela avaliação primária e inserção de pacientes graves que necessitam de atendimento especializado no sistema de regulação.
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Diretora do CDI PREMIUM é homenageada pela Alego por trabalho durante a pandemia
Durante a cerimônia, Colandy Nunes Dourado enfatizou que apoio da sociedade e o trabalho em equipe dos profissionais de saúde foram essenciais para o enfrentamento da crise
A diretora e sócia-fundadora do CDI PREMIUM, médica cardiologista Colandy Nunes Dourado, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) no último sábado, 2. A cerimônia, realizada por iniciativa do deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), teve como objetivo reconhecer o trabalho dos profissionais da saúde durante a pandemia de Covid-19.
"Principalmente durante e após a pandemia, ficou evidente a necessidade de contarmos com profissionais comprometidos e apaixonados pelo cuidado com o ser humano”, ressaltou o parlamentar, mostrando a importância de a Alego valorizar o empenho destes profissionais na luta por salvar vidas e promover saúde.
Representando todos os homenageados, Colandy Nunes Dourado falou na abertura da sessão, que reuniu parlamentares, familiares e amigos dos homenageados. Ela agradeceu a honra de representar o grupo CDI PREMIUM – médicos e colaboradores -, profissionais de saúde e todos que direta ou indiretamente contribuíram para o enfrentamento desta fase desafiadora.
A diretora relembrou os desafios vivenciados durante a crise sanitária e enfatizou a importância do apoio dos profissionais e da sociedade para a superação dos momentos difíceis, que mudaram de uma hora para a outra todo o modelo de atendimento, impondo novos prazos, processos e medidas de proteção dos pacientes e trabalhadores.
Segundo ela, foram momentos sombrios. “Mas, cada um de nós, profissionais de saúde, tivemos uma força que nos colocou no mesmo barco. De mãos dadas, seguimos para tentar achar alguma saída. Se estamos aqui hoje, é graças a cada um de vocês, do apoio dos políticos e da população. Eu falo que, em dois anos, conseguimos evoluir 10 anos na parte de tecnologia e cuidados médicos para diminuir a mortalidade”, relatou ela, agradecendo ainda o reconhecimento da Alego.
Parabenizamos nossa diretora Colandy Nunes Dourado pela merecida homenagem e a gestão cuidadosa durante a pandemia e nos anos seguintes, sempre trabalhando para oferecer o melhor aos pacientes e cuidar da família CDI PREMIUM.
Confira a cerimônia na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=uIocpgwdsj0
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Assessoria de Comunicação