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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde atrasam pagamento de faturas dos hospitais
Vigilância Sanitária já interditou 21 casas de recuperação em Goiânia
Cuidados paliativos vão além do alívio da dor física
PL dos planos de saúde e impactos no setor
Oncoclínicas e Cedro investem R$ 850 mi em Cancer Center em SP
Senado volta a analisar desoneração da folha
DIÁRIO DO NORDESTE
Planos de saúde atrasam pagamento de faturas dos hospitais
Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Hospitais Privados e divulgada ontem revelou que os atrasos de pagamento por parte das operadoras de planos de saúde já somam cerca de R$ 2,3 bilhões.
A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro deste ano e envolveu 48 hospitais credenciados.
Essa montanha de dinheiro em dívidas dos planos de saúde para com os hospitais representa 16% da receita bruta de R$ 14,6 bilhões registrada pelas unidades hospitalares no período de janeiro a julho deste ano, relativa a atendimentos de emergência, realização de exames e internações.
O diretor executivo da Associação Nacional dos Hospitais, Antônio Brito, disse que os planos de saúde também ampliaram o prazo de pagamento das faturas, que passou de 70 para 120 dias.
Ele informou que esse problema não é apenas dos hospitais filiados à entidade, mas que atinge a todos os 4 mil hospitais privados brasileiros.
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A REDAÇÃO
Vigilância Sanitária já interditou 21 casas de recuperação em Goiânia
Com a intenção de garantir a integridade física de quem é acolhido em uma das casas de recuperação terapêutica existentes em Goiânia, a Vigilância Sanitária, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana, vem intensificando a fiscalização dos lugares. O resultado, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (16/10), foi que, entre janeiro de 2021 e julho de 2023, durante visita a 52 locais, foram interditadas/desativadas 21 deles. Só neste ano, até o mês de julho, foram feitas 12 fiscalizações, com duas casas desativadas e uma interditada, por não haver alvará de funcionamento.
“A Assessoria de Políticas sobre Drogas realiza vistorias, ocasião em que é verificada toda a documentação exigida pela lei, responsabilidade técnica e corpo clínico adequados, tudo conforme a lei”, afirma o comandante da GCM, Wellington Paranhos, ao destacar a redução significativa de casas de recuperação clandestinas.
“Havia notícias e denúncias de subtração de cartões bancários de acolhidos, faziam uso de dinheiro sem o consentimento ou autorização familiar. Hoje a realidade é outra. Conseguimos, com um trabalho muito importante, fazer com que as casas de recuperação ou casas-abrigo estejam totalmente legais, e evitar que pessoas que tinham como prática maltratar ou explorar acolhidos não agissem mais nesses recintos”, pontua Paranhos.
Goiânia conta com 18 comunidades terapêuticas cadastradas e dez sem cadastro no Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas (Comad). São entidades filantrópicas de natureza jurídica privada, sem fins lucrativos.
Para entrar em funcionamento, de acordo com a Assessoria de Políticas sobre Drogas, as casas terapêuticas têm de apresentar toda a documentação exigida pelos órgãos competentes, além de contar com responsável técnico habilitado e com profissional da área da saúde com qualificação na área (psicólogo, enfermeiro, assistente social, etc.)
O ambiente também tem de apresentar infraestrutura física e sanitária adequada para receber os acolhidos e deve cumprir exigências dos órgãos como Corpo de Bombeiro, Vigilância Sanitária e Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad).
As fiscalizações são realizadas após recebimento de denúncias formuladas junto ao Ministério Público e à Vigilância Sanitária. Em seguida, o Comad é acionado e, em conjunto com outros órgãos competentes, realiza as fiscalizações pertinentes. Já as vistorias de orientação são feitas de forma rotineira. A GCM disponibiliza o telefone 153 e o Comad 3524-8156.
Além de denúncias feitas ao MP e Vigilância Sanitária, a Prefeitura de Goiânia disponibiliza uma plataforma em seu site para controle e disponibilidade de vagas com o cadastro de todas as comunidades terapêuticas regulares em Goiânia, onde a população também pode apresentar denúncia.
Sobre o acompanhamento das condições dos acolhidos nessas unidades terapêuticas, a GCM afirma que o Comad tem feito relatórios em todas as fiscalizações. O Conselho também tem como papel orientar e dar o suporte técnico para comunidades terapêuticas que atuam na área.
Ações de interdição e encaminhamento
A GCM ressalta que as ações, na atual gestão da Prefeitura, já garantiram a integridade física de mais de 1.100 acolhidos irregularmente através das interdições, com encaminhamento desses casos para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) e/ou familiares. Já as ações que identificam internação compulsória irregular dos acolhidos são encaminhadas ao Ministério Público.
“É importante destacar a preocupação do prefeito Rogério com o tema, sendo que ele, quando detinha o cargo de vereador de Goiânia, ele participou do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, como titular, representando a Câmara Municipal”, pontua Wellington Paranhos, classificando a atuação do prefeito como “ativa, produtiva e afetuosa”, e que incentiva a participação de instituições no combate às drogas e o fortalecimento do Fundo Municipal de Políticas sobre Drogas (Fumpud).
Gestão antidrogas
À Assessoria de Políticas Sobre Drogas compete auxiliar a AGCMG na gestão do subsistema municipal antidrogas, em consonância com as diretrizes nacionais, estaduais e do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas. Tem ainda como atribuição, dentre outras, desenvolver ações de integração e articulação das políticas de atenção à saúde, de assistência social, educação, desporto, cultura, juventude, direitos humanos e de segurança pública, dentre outras, visando a prevenção do uso, o tratamento e a reinserção social de usuários de crack e outras drogas.
No rol das atribuições da Assessoria de Políticas sobre Drogas também constam estimular e cooperar na realização de estudos e pesquisas sobre a questão do uso indevido e abuso de substâncias psicoativas que causem dependência física ou psíquica. E, também, estabelecer fluxos contínuos e permanentes de informações com outros órgãos do Sistema Nacional e Estadual Antidrogas, visando à consecução das políticas de prevenção e fiscalização de entorpecentes e recuperação dos dependentes.
E, ainda, propor ações de prevenção primária, no combate ao uso de drogas, em especial pelo Programa Anjos da Guarda, Programa Guarda Mirim e Banda de Música.
Atuação do Comad
O Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad), que tem como finalidade a redução da demanda do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas no âmbito do Município de Goiânia, constitui órgão auxiliar da Administração Municipal de caráter consultivo, articulador, deliberativo e normativo das questões sobre drogas no âmbito municipal.
À Agência da Guarda Civil Metropolitana (AGCMG), compete fornecer ao Comad o suporte logístico e administrativo necessário ao regular funcionamento do Comad, que tem o papel de acompanhar a política nacional, estadual sobre drogas e propor ações no âmbito do Município de Goiânia, bem como promover a integração aos sistemas nacional e estadual antidrogas dos órgãos e entidades congêneres, entre outras atribuições.
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ACONTECE AGORA
Cuidados paliativos vão além do alívio da dor física
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidado paliativo é uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados às doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, com identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Na capital, os cuidados paliativos são ofertados em toda a rede da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) abrangendo os níveis primário, em serviços como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o atendimento domiciliar realizado pelas pelas equipes multiprofissionais da atenção domiciliar (Emad) e de apoio (Emap), além de secundário, nos atendimentos de urgência e média complexidade, e terciário, nos hospitais.
O Dia Mundial de Cuidados Paliativos é celebrado no segundo sábado de outubro. O termo "Cuidados Paliativos" deriva da palavra 'paliar', que significa aliviar, atenuar, proteger. De acordo com a Aliança Mundial de Cuidados Paliativos, anualmente, 57 milhões de pessoas precisam desses cuidados, e, destes, 25 milhões estão no final da vida, sendo que pelo menos 18 milhões de pessoas morrem em dor e angústia desnecessárias todos os anos, sem acesso a cuidados para mitigá-las.
Entre os pilares do cuidado paliativo estão ainda a reafirmação da vida e da morte como processos naturais, onde tanto apressar quanto adiar a morte é evitado. Além disso, ele busca integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao cuidado clínico com o paciente e familiares. Por isso, atuam como paliativistas não apenas médicos, mas também profissionais de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros.
Cuidados não se limitam ao fim da vida ou ambiente hospitalar
Embora o cuidado paliativo seja comumente visto como a assistência prestada a pacientes em fase avançada de doenças sem possibilidade de cura, esse cuidado não se limita ao fim de vida ou ao ambiente hospitalar, mas representa uma abordagem mais ampla de alívio e controle de sintomas, com foco na pessoa e no seu sofrimento, de forma integrada ao plano de cuidado.
A nota técnica nº 10/2023, elaborada pela Coordenadoria de Atenção Básica (CAB) da Secretaria Executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde (Seabevs) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça esta concepção. Ela estabelece que os cuidados paliativos devem ser ofertados em toda a rede municipal, o que abrange os níveis primário, em serviços como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o atendimento domiciliar realizado pelas pelas equipes multiprofissionais da atenção domiciliar (Emad) e de apoio (Emap), além de secundário, nos atendimentos de urgência e média complexidade, e terciário, nos hospitais.
De acordo com o documento, a maioria dos adultos que necessitam de cuidados paliativos tem doenças crônicas como problemas cardiovasculares (38,5%), câncer (34%), doenças respiratórias crônicas (10,3%), Aids (5,7%) e diabetes (4,6%).
Programa Melhor em Casa
Na Atenção Primária, os pacientes com dificuldades para realizar o acompanhamento necessário nas UBSs são assistidos pelas Emads e Emaps do Programa Melhor em Casa. A Atenção Domiciliar permite que os pacientes em cuidados paliativos permaneçam junto às suas famílias, o que favorece a melhoria da qualidade de vida e a continuidade das relações sociais, o que influencia positivamente o curso da doença.
O Programa Melhor em Casa possui três níveis de complexidade de atenção domiciliar, sendo os níveis 2 e 3 os que envolvem casos de maior complexidade e são acompanhados por Emads e Emaps, com atendimento em domicílio, no mínimo uma vez por semana.
Atualmente, o Programa melhor em Casa atende cerca de 4.450 pessoas na cidade de São Paulo, por meio de 61 Emads formadas por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas, além de 19 Emaps formadas por assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas, cirurgiões-dentistas, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. Desde 2016 o Melhor em Casa já atendeu mais de 85 mil pessoas, com a realização de 2.160.000 atendimentos. Destes, 65% foram a pessoas idosas, em sua maioria do sexo feminino.
De acordo com a coordenadora do Programa Melhor em Casa, Karina Mauro Dib, o cuidado domiciliar pode ser complementar aos atendimentos realizados na Atenção Básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar à internação hospitalar. "Até pacientes com ventilação mecânica, reabilitação após cirurgias e cuidados paliativos podem passar a ser atendidos em casa, o que melhora o conforto dessas pessoas ao lado da família, além de evitar complicações e agravamento dos quadros, promovendo uma abordagem individualizada e integrada, de acordo com as necessidades e o contexto de vida do paciente", explica. Segundo ela, por estes motivos, uma das atribuições das equipes é realizar busca ativa, em hospitais, de pacientes que possam receber atendimento domiciliar.
Karina explica que, para quem está em cuidados paliativos no Programa Melhor em Casa, existem três possibilidades: a alta e o retorno ao atendimento pela UBS, caso ocorra uma melhora no quadro do paciente, ou, em caso de piora, a hospitalização ou a permanência em casa, junto aos familiares, tendo todo o suporte das equipes multidisciplinares. Após a morte do paciente, o atendimento é continuado no período de luto dos familiares. "Cuidados Paliativos não é 'não ter mais nada a fazer', e sim proporcionar qualidade de vida e conforto para o paciente, junto aos entes queridos", enfatiza.
A psicóloga aposentada Vilma Cintra da Silva Souza, 62 anos, moradora da região de São Miguel Paulista, perdeu a tia de 94 anos, vítima de um AVC, em julho deste ano. Ela faz uma avaliação muito positiva dos cuidados paliativos proporcionados pelo Programa Melhor em Casa: "A equipe nos fez sentir acolhidos e amparados numa fase muito difícil de nossas vidas, e sempre nos atendeu pronta e rapidamente, não medindo esforços para obter êxito e aliviar a paciente nas inúmeras intercorrências, dando a ela qualidade de vida com o tratamento paliativo humanizado".
Vilma relembra que a equipe do programa proporcionou suporte essencial e indispensável para superar as dificuldades no período. "O pronto atendimento profissional e completo evitou a necessidade de várias internações, que, caso fossem realizadas, trariam grande transtorno e sofrimento a todos, paciente e cuidadores".
A experiência de dois hospitais com cuidados paliativos
Esta humanização no cuidado com o paciente também é uma busca dos hospitais, que cada vez mais contam com equipes ou mesmo centros de cuidados paliativos. No caso do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), a Hospedaria de Cuidados Paliativos, que este ano completou 19 anos, funciona em um casarão, fora do ambiente hospitalar.
Por ali, já passaram 845 pacientes, em sua maioria com câncer, que contam com uma equipe de assistência à saúde formada por 19 profissionais, além de 10 profissionais de outras áreas, responsáveis por outros serviços. A equipe multidisciplinar presta assistência integral também aos familiares, visando facilitar o entendimento e o enfrentamento do processo de morte/luto.
No Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, localizado no Jabaquara, na zona sul, o grupo de estudos em Cuidados Paliativos teve início em 2016, com profissionais de áreas como fonoaudiologia, serviço social, psicologia, enfermagem, nutrição, fisioterapia, farmácia, terapia ocupacional e equipe multidisciplinar em terapia nutricional, aos quais se uniram, em um segundo momento, médicos, além das diretoras técnica e da Unidade de Internação.
A unidade possui 198 leitos e atende cerca de seis mil pacientes por mês. Com 30 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é referência para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Santa Catarina e Jabaquara, além de receber uma grande quantidade de pacientes oncológicos. "A intenção é ter mais profissionais paliativistas, uma vez que recebemos muitos pacientes idosos, com doenças crônicas e um índice de gravidade alto", comenta a terapeuta ocupacional Lorena Martinez Barra, que também é paliativista e foi uma das profissionais responsáveis pela estruturação do grupo.
Segundo a diretora técnica do hospital, Josiane Motta e Motta, as discussões sobre os pacientes em processo ativo de morte deram origem a protocolos que orientam tanto os cuidados médicos quanto da equipe multidisciplinar, orientados para o conforto do paciente e apoio à família. No caso desta, as visitas são flexibilizadas para que possam se despedir, enquanto para o paciente, fazem parte deste processo desde o manejo da dor por meio de medicamentos até o conforto espiritual e diretivas de vontades.
"O paciente poderá, por exemplo, tomar um café, comer um pedaço de bolo, fumar um cigarro, receber a visita de familiares ou mesmo de seu animal de estimação; as equipes estão preparadas para ajudar a transformar essas vontades em realidade, além de dar suporte aos familiares; tudo isso contribui para ressignificar o luto, para tornar essa travessia menos dolorosa para todos", resume Josiane.
SMS promove curso EAD em paliativismo
De outubro até dezembro, a SMS promove o curso "Atualização em Cuidados Paliativos: Fundamentos para Prática", voltado a profissionais de nível superior da Atenção Básica que atuam nas UBSs, Emads, Emaps, e Programa Acompanhante de Idosos. Serão ministradas 20 horas em formato EAD, trazendo conteúdos voltados a abordagem, processos e ferramentas em cuidados paliativos.
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SAÚDE BUSINESS
PL dos planos de saúde e impactos no setor
O Projeto de Lei (PL) 7419/2006, também chamado de Lei dos Planos de Saúde, que altera a regulamentação dos serviços de saúde suplementar no Brasil, deve ser votado em breve depois de 17 anos de tramitação.
O deputado federal Duarte Jr., do PSB do Maranhão, apresentou em setembro o relatório final sobre o PL. Designado para ser o relator do projeto, nos últimos meses ele elaborou o texto que analisa e propõe uma reforma na lei que rege as operadoras de planos de saúde no país.
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O PL 7419/2006 altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. A proposta, que teve origem no Senado Federal, tramita na Câmara em regime de urgência, em razão da alteração do regime do PL 4477, de 2016 (um dos apensados ao PL 7419).
Um dos pontos principais desse relatório é a proibição da extinção unilateral do contrato em toda e qualquer situação, sejam planos individuais, coletivos, de autogestão, ou em qualquer outra modalidade. Dessa forma, acredita o deputado, os pacientes terão mais garantias de tratamento. Pela legislação atual, as operadoras privadas de saúde podem propor a rescisão baseadas unicamente no aspecto financeiro, sem depender de consulta aos usuários atingidos.
Como o PL afeta os beneficiários
De acordo com o advogado Rafael Robba, sócio do escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde, o PL 7419/2006 representa um passo importante, mas apenas um passo, na direção certa para lidar com os desafios que os consumidores de planos de saúde enfrentam. Para ele, os problemas são complexos e a proposta é a forma de dar solução a alguns desses problemas.
Além da proibição da extinção unilateral do contrato, o PL traz ainda, entre suas propostas, a possibilidade de punições administrativas para empresas que se recusem, de forma injustificada, a cobrir tratamentos médicos. Mas para especialistas do setor, o projeto não traz soluções efetivas para o setor de saúde, que enfrenta problemas como reajustes elevados, redução de rede credenciada, aumento de fraudes, entre outros.
"Ao impor penalidades às operadoras que adotem essa prática, a legislação buscará garantir que os consumidores tenham acesso a tratamentos necessários sem obstáculos, algo que vemos acontecer diariamente e que tem levado muitos consumidores a buscar apoio na justiça", destaca Robba. Ao impedir que as pessoas com doenças raras ou graves sejam recusadas pelos planos de saúde, ele acredita que haverá uma redução nos processos de judicialização.
No entanto, Alberto Ogata, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Administração em Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), acredita que a limitação, por lei, de reajustes nos planos de saúde, pode inviabilizar algumas operadoras que já passam por sérias dificuldades financeiras. "Isso pode levar a uma maior concentração do mercado, reduzindo a competitividade do setor. O que está sendo proposto não pacifica as relações entre os stakeholders do setor, podendo até aumentar a judicialização do sistema."
Alguns especialistas também consideram o Projeto de Lei um pacote de retrocessos devido a preocupações sobre possíveis encarecimentos dos planos de saúde e restrição de acesso para determinados grupos de beneficiários. Apesar de o projeto poder incluir um potencial aumento na qualidade dos serviços e uma maior garantia de seus direitos como consumidores, existe o risco de haver uma variação nas mensalidades ou nas opções de planos disponíveis", ressalta o presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde, deputado federal Zacharias Calil.
Impactos de PL no mercado de saúde
Ogata destaca que, em sua opinião, talvez o principal ponto negativo deste PL seja a falta de discussão com os principais stakeholders do sistema suplementar, como as operadoras de saúde (de diferentes modalidades), empresas contratantes e prestadores (hospitais, clínicas etc.).
Como forma de minimizar os impactos das propostas, o deputado Duarte Jr. comenta que houve uma preocupação em criar medidas para equilíbrio do sistema de custeio de medicamentos de alto custo aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), como a criação de um fundo nacional, composto por recursos públicos e privados, para o financiamento de terapias de alto custo para o tratamento de doenças raras, considerado um dos principais grupos de pacientes mais afetados pelo preço das terapias. Assim, o impacto dos altos valores não recairia sobre uma única operadora.
"Propomos também o agrupamento de contratos coletivos pequenos, para até 99 vidas, para facilitar a gestão desses contratos, que passariam a ter um reajuste único, e não negociado caso a caso." Atualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define que o reajuste único ocorre em contratos de até 29 vidas.
Para Robba, é importante que a ANS vá além de simplesmente considerar as perspectivas das operadoras de planos de saúde. Ele argumenta que a agência precisa desempenhar um papel mais eficaz na fiscalização e punição de práticas abusivas por parte dessas operadoras.
"A atual versão deste Projeto de Lei traz uma contribuição na busca de maior transparência nos reajustes dos planos corporativos empresariais. Resta saber se a ANS tem condições de acompanhar e regular milhares de contratos empresariais que são repactuados diariamente. A agência reguladora já se posicionou, considerando ser inviável a regulação e o controle de milhares de prestadores de serviços para os planos (como hospitais, clínicas e laboratórios)", comenta Ogata.
Para o deputado Zacharias Calil, a avaliação dos impactos da nova lei dependerá da perspectiva de cada parte interessada. "Algumas podem ver como uma regulamentação necessária para garantir a qualidade dos serviços prestados, enquanto outras podem interpretar como um aumento de responsabilidades e custos."
Em nota, várias entidades do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), a Unimed do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), afirmam que as "entidades representativas da saúde suplementar veem com preocupação algumas medidas presentes no relatório que desconsideram peculiaridades do setor e comprometem alguns dos pilares fundamentais de seu funcionamento. No entanto, acreditamos na capacidade de diálogo com o relator e com todos os demais parlamentares a fim de evitar decisões que poderiam prejudicar o funcionamento da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje."
O PL e o Sistema Único de Saúde (SUS)
O deputado Duarte Jr. vê com bons olhos a aprovação do projeto de lei também para a saúde pública. Ele acredita, que se aprovado, o PL pode contribuir para desafogar o SUS, pois os pacientes que fazem tratamento pelo plano de saúde e tiveram seu contrato rescindido unilateralmente passaram a procurar auxílio na saúde pública, um sistema que já está sobrecarregado.
Na opinião do deputado Zacharias Calil, o Projeto de Lei pode ter diversos impactos no SUS e na população idosa. "Entre eles, podemos citar melhorias na assistência prestada aos idosos no SUS, estabelecendo padrões mais rigorosos para atendimento e garantindo maior qualidade nos serviços; acesso a tratamentos específicos e especializados para esse público, abordando questões de saúde que afetam mais comumente essa faixa etária. Além disso, pode levar a uma necessidade de ajustes na capacidade de atendimento do SUS, por conta do aumento das demandas nos serviços de saúde, com padrões mais elevados voltados aos idosos."
Em relação ainda a possíveis benefícios do PL ao SUS, o texto sugere a implementação de um prontuário digital por meio da alteração da Lei Orgânica da Saúde e determinação de que o poder público seja obrigado a manter uma plataforma com as informações dos pacientes das redes pública e privada. Assim, seria possível um compartilhamento de dados entre os sistemas, o que se traduziria na redução de desperdícios e consequente economia para todo o sistema de saúde.
Em compasso de espera
Segundo o Deputado Duarte Jr., atualmente estão ocorrendo reuniões com lideranças partidárias para discussão do PL. Também houve uma reunião com o Presidente da Câmara, Arthur Lira, que pretende se reunir com as operadoras de planos de saúde para ouvir suas reivindicações e contribuições.
Robba reforça em última análise sobre o parecer do PL que o documento evidencia a necessidade de que futuras políticas considerem esses pontos para garantir uma melhoria verdadeira e abrangente no setor de planos de saúde em benefício de todos os envolvidos.
"Estamos com um mercado de saúde suplementar batendo recordes de novos consumidores. É mais do que necessário que haja uma atualização da lei para dar mais segurança aos mais de 50 milhões de beneficiários que buscam nos planos de saúde a proteção para a própria saúde."
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CANAL EXECUTIVO
Oncoclínicas e Cedro investem R$ 850 mi em Cancer Center em SP
São Paulo (SP) - A Oncoclínicas&Co e a Cedro Participações comunicam a celebração de parceria para desenvolvimento do primeiro complexo hospitalar de tratamento oncológico em São Paulo (Cancer Center), que será inaugurado em 2026. O investimento para construção e aquisição do terreno será de aproximadamente R$ 550 milhões, aportados pela Cedro Par, e R$ 300 milhões aportados pela Oncoclínicas para equipar o hospital.
O Contrato de Locação Atípico de Imóvel Não Residencial, sob a modalidade Built To Suit (BTS), tem duração de 30 anos e foi feito com fundo de investimento imobiliário integralmente detido pela Cedro Participações S.A. O empreendimento ficará localizado na Rua Vergueiro, 470, região central da cidade de São Paulo, em uma área de 48 mil m2 próxima a importantes vias da cidade, como Avenida 23 de Maio e Avenida Paulista e a apenas 300 metros da estação de metrô Vergueiro. Contará com aproximadamente 360 leitos.
O investimento, por parte da Oncoclínicas, associado sobretudo aos equipamentos e mobiliário, inclui um moderno parque de diagnóstico por imagem, anatomia patológica e genômica integradas, cerca de 20 salas para cirurgias de alta complexidade (incluindo robótica), ala dedicada a terapia celular, aceleradores lineares para radioterapia e cuidados continuados, além de pronto atendimento e centro clínico de especialidades complementares ao paciente oncológico como cardiologia, urologia, neurologia, entre outras.
O Cancer Center São Paulo representa uma das mais importantes iniciativas da Oncoclínicas&Co em direção ao seu objetivo estratégico de cobrir integralmente toda a jornada do paciente na cidade de São Paulo e região, onde já conta com oito unidades ambulatoriais, corpo clínico de mais de 120 médicos dedicados ao cuidado integral ao paciente oncológico, ampliando ainda mais a rede de serviços oferecidos aos mais de 3.400 profissionais médicos que a companhia se relaciona no estado. A Unimed Nacional terá o direito de co-investir no Cancer Center São Paulo com uma participação de 25%, atuando como um dos investidores e parceiros comerciais nesse empreendimento.
"A inauguração do primeiro Cancer Center em São Paulo faz parte da estratégia da Oncoclínicas de democratizar o acesso e fortalecer o cuidado completo ao paciente oncológico, oferecendo excelência e qualidade para o melhor desfecho clínico. Com este empreendimento estamos ampliando o modelo integrado do cuidado em busca do melhor resultado para os nossos pacientes, corpo clínico, companhia e seus investidores", ressalta Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.
Para Lucas Kallas, presidente do Conselho da Cedro Participações, "a parceria com a Oncoclínicas&Co para desenvolver o Cancer Center em São Paulo, além dos centros em Goiânia e nas proximidades de BH, reflete o compromisso da Cedro em contribuir de maneira sustentável e responsável para setores vitais do desenvolvimento social. Contribuindo da nossa forma com o propósito maior da Oncoclínicas: vencer o câncer".
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AGÊNCIA SENADO
Senado volta a analisar desoneração da folha
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Da Agência Senado | 06/09/2023, 18h13
Construção civil é um dos setores beneficiados com a desoneração sobre a folha de salários
José Paulo Lacerda/CNI
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Proposições legislativas
Está de volta ao Senado o Projeto de Lei 334/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027. O texto, do senador Efraim Filho (União-PB), foi aprovado com mudanças pela Câmara dos Deputados no final de agosto. Entre as mudanças feitas pela Câmara, está a que estende a diminuição da contribuição previdenciária a todos os municípios brasileiros. O texto aprovado pelo Senado restringia essa lista a municípios menores.
A desoneração da folha é um mecanismo que permite às empresas dos setores beneficiados o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi introduzida há 12 anos para algumas áreas e há pelo menos dez anos abrange todos os setores hoje incluídos.
A ideia é que esse mecanismo reduza os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimule a contratação de pessoas. Atualmente, a lei só garante o benefício até 31 de dezembro de 2023, o que, segundo Efraim, causa insegurança jurídica ao setor produtivo. Após a aprovação do projeto pela Câmara, o senador disse que todos os envolvidos têm a ganhar com a desoneração.
— O maior desafio do Brasil, atualmente, é gerar emprego, não é arrecadar mais. Este projeto dialoga com quem produz, dialoga com sindicatos de trabalhadores, faz com que pais e mães de família e jovens que estão na fila do desemprego possam conquistar a oportunidade de trabalho e, com o suor do seu rosto, colocar o pão na mesa. É um projeto de ganha-ganha. É bom para quem produz, é bom para quem trabalha e consegue dar um encaminhamento importante para o Brasil — disse Efraim.
Para ele, a urgência agora é garantir a prorrogação, mas, no futuro, é preciso pensar em incluir novos setores nessas regras. Em audiência pública sobre a reforma tributária na última semana, Efraim já havia defendido a extinção dos impostos sobre a folha de pagamento para todos os setores. Essa discussão, contudo, só caberia numa segunda fase da reforma — a primeira (PEC 45/2019) ainda não foi votada pelo Senado.
— Está na hora de pensar não apenas em prorrogar esse benefício para 17 setores, mas, na segunda fase da reforma tributária, poder pensar em desonerar de forma ampla e universal todos os setores. É um imposto equivocado porque, quanto mais eu entrego, mais impostos eu pago. A mensagem correta seria o inverso: quanto mais empregos eu gerar, menos impostos eu vou pagar. É isso que a desoneração da folha de pagamento significa — afirmou Efraim, em entrevista ao comemorar a aprovação do projeto na Câmara.
Atualmente, os 17 setores alcançados pela medida são: confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.
Municípios
O texto aprovado na Câmara prevê a diminuição da contribuição previdenciária de todos os municípios, que também valerá até 2027 e terá uma variação de 8% a 18% de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) de cada cidade. Atualmente, a contribuição patronal por contratações pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de 20%.
O texto aprovado no Senado previa a alíquota de 8%, mas a quantidade de municípios era menor: a regra valeria apenas para aqueles com população inferior a 142,6 mil habitantes.
Renúncia
A renúncia fiscal com a desoneração no setor privado é estimada em cerca de R$ 9,4 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. No entanto, para o autor trata-se de uma política já existente, ou seja, o governo já não recebe esses recursos. Ele também afirmou que a desoneração gera R$ 30 bilhões em economia de recursos.
Uma preocupação de parlamentares contrários à medida é garantir que as empresas beneficiadas com a desoneração tenham que oferecer contrapartidas. Na Câmara, os deputados derrubaram um destaque que pretendia alterar o texto para proibir empresas beneficiadas pela desoneração de demitir sem justa causa ou reduzir o salário de seus empregados nos seis meses após o encerramento do novo prazo.
Artigo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) essa semana mostra que os setores desonerados cortaram vagas de trabalho formais entre 2012 e 2022 e não figuram entre os que mais empregam. A análise, realizada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que nenhum dos desonerados aparece entre os sete setores que, juntos, ocupam mais da metade (52,4%) dos trabalhadores no Brasil.
Outra conclusão do Ipea é que, enquanto empresas privadas de outros setores expandiram em 6,3% seus empregos com carteira (+1,7 milhão) entre 2012 e 2022, os desonerados encolheram os seus postos de trabalho em 13% (-960 mil). No mesmo período, segundo o levantamento, o conjunto de todos os setores com folha desonerada reduziu sua participação no total de ocupados, de ocupados contribuintes da Previdência e de empregados com carteira do setor privado.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Cremego homenageia médicos com a comenda Honra ao Mérito Profissional 2023
Telemedicina ganha cada vez mais força no Brasil e agiliza atendimentos
Após vomitar sangue, mulher morre repentinamente em Goiânia
HGG realiza cirurgia inédita para tratamento de aneurisma cerebral
Teste permite detectar coinfecção por nova espécie de parasita em casos graves de leishmaniose visceral
Do reajuste à judicialização dos planos de saúde: a conta não fecha
Vias tortas do debate sobre plasma
Telemedicina continua a crescer em Goiás
Entenda como as fraudes podem prejudicar o seu plano de saúde
A REDAÇÃO
Cremego homenageia médicos com a comenda Honra ao Mérito Profissional 2023
Evento será na sede do Conselho, em Goiânia
Dez médicos serão homenageados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), em Goiânia, no Dia do Médico, data comemorada nesta quarta-feira (18/10), na sede do Conselho, às 19h30. A comenda Honra ao Mérito Profissional 2023 será uma grande solenidade, e contará com as presenças de diretores, conselheiros, autoridades da área da saúde, médicos, demais convidados e os grandes homenageados da noite.
Criada em 2005 pelo Cremego, a comenda é entregue anualmente a médicos com mais de 35 anos de atuação ética e conduta ilibada e que se destacam no exercício da profissão, sendo uma referência para os colegas nas áreas de ensino e pesquisa, assistencial e/ou de organização da classe.
Neste ano, os homenageados serão os médicos Aclécio José Dias Pereira, Delzirene Pinheiro Botelho, Edson Tadeu de Mendonça, Élio Caetano de Assis, Fátima Maria Lindoso da Silva Lima, Fernando Oliveira Castro, Ilza Pascoal Trevenzol, Jose Cruvinel de Macedo, Marco Túlio Campos Tahan e Nicean Serrano Telles de Souza Campos.
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Telemedicina ganha cada vez mais força no Brasil e agiliza atendimentos
Caroline Louise
São Paulo - Regulamentada recentemente, em 2022, a teleconsulta ou consulta médica não presencial tem ganhado cada vez mais força no Brasil. A modalidade foi adotada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros em todo o País no ano passado, segundo informações divulgadas pelo Centro de Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). "Durante a pandemia da covid-19, a telemedicina foi uma saída para evitar grandes aglomerações nos hospitais e unidades básicas de saúde. O formato atualmente tem grande colaboração para a rapidez dos atendimentos. Hoje eu atendo pessoas de todos os lugares do Brasil e em minutos já consigo passar a receita médica, por exemplo. O paciente não precisa ficar horas em uma fila aguardando ser atendido", comenta o médico generalista Lucas Martins Morais, que atende telemedicina por meio de convênio com um plano de saúde. Ele destaca, no entanto, que há casos em que o atendimento presencial ainda é o mais recomendado.
A pesquisa TIC Saúde, feita pelo Cetic, revela um crescimento do uso de tecnologias por profissionais do setor médico quando comparado ao período anterior à pandemia, o que, para os pesquisadores, pode impactar positivamente a assistência à saúde. A Unimed Goiânia, por exemplo, diante da necessidade de isolamento social provocado pela pandemia da covid-19, estruturou com grande agilidade, ainda em 2020, o serviço on-line para consultas, diagnósticos e monitoramento de saúde dos beneficiários com sintomas da doença. Atualmente, o atendimento on-line, que inicialmente só atendia casos suspeitos de covid-19 e pós-covid, é destinado a pacientes com sintomas diversos. Há também atendimento virtual pediátrico. De acordo com dados da Unimed Goiânia, de 2020 até agosto de 2023, a telemedicina da unidade realizou mais de 160 mil atendimentos.
A telemedicina ajuda, inclusive, pessoas que moram no interior do Estado e que muitas vezes precisam buscar atendimento na capital. Além de poupar o tempo de deslocamento, o paciente não precisa gastar minutos e até horas na sala de espera de consultórios e outras unidades de saúde.
Exemplo na prática
Morador de Iturama, no Triângulo Mineiro, Adilson Cândido de Lima levava cerca de 2 horas para se deslocar até uma unidade de saúde para conseguir uma receita de colírio para lubrificar os olhos. Com a possibilidade de ser atendido de forma remota, ele economizou tempo e dinheiro. "Eu recebi minha receita médica por SMS, nem dá para acreditar que hoje em dia é tão fácil assim", comemora.
O médico generalista Lucas Martins Morais atende cerca de 20 pacientes por dia, de urgência e emergência, e garante que a qualidade do atendimento remoto não deixa a desejar. "A telemedicina pode contribuir muito para melhorar os índices em saúde, isso porque o médico pode chegar a lugares que antes eram difíceis, que não tinham estrutura. Claro que é preciso ter internet. Mesmo com todas as possíveis dificuldades, a teleconsulta tem cumprido o seu papel em atender quem precisa no menor tempo de espera possível. O paciente é atendido no conforto da sua casa, geralmente sentado no sofá, com qualidade ímpar. Não temos como pensar no futuro da medicina sem incluir as consultas on-line. E o presente é esse, a telemedicina se consolidou no que consideramos pós-pandemia", finaliza o especialista.
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O HOJE
Após vomitar sangue, mulher morre repentinamente em Goiânia
Antes de falecer, a mulher chegou a ser atendida no Cais da região
Na madrugada deste domingo (15/10), uma mulher de 43 anos, identificada como Hilda Maria Pinto da Silva, faleceu após sentir dores na garganta, fraqueza e vomitar sangue. O caso aconteceu no Setor Campinas, em Goiânia. Antes de falecer, a mulher chegou a ser atendida no Cais da região.
Hipertensa e com prescrição médica para tomar medicamentos para a doença a cada 6 horas, Hilda veio a óbito por volta das 2 horas. Segundo o relato do marido, o mal-estar começou em casa.
Quando começou a se sentir mal, Hilda estava deitada em uma rede, queixando-se de dor na garganta, quase sem energia para se levantar. A situação piorou e ela começou a vomitar sangue. Seu esposo a levou ao Cais de Campinas, onde recebeu atendimento médico.
Durante a consulta, ela também apresentou sangramento pelo nariz e boca. Apesar dos cuidados, não resistiu e faleceu na unidade. O registro do óbito classificou-o como morte acidental, e o exame cadavérico futuro deverá esclarecer as causas do falecimento de Hilda.
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TV ANHANGUERA
HGG realiza cirurgia inédita para tratamento de aneurisma cerebral
https://globoplay.globo.com/v/12031490/
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FOLHA DE S.PAULO
Teste permite detectar coinfecção por nova espécie de parasita em casos graves de leishmaniose visceral
Nos últimos anos, médicos e cientistas de regiões do Brasil onde a leishmaniose visceral (LV) é endêmica têm se deparado com cada vez mais casos de coinfecção por diferentes protozoários: Leishmania infantum e Crithidia. O diagnóstico preciso, no entanto, é dificultado pela ausência de testes simples e específicos.
Com o objetivo de acelerar e facilitar essa distinção e, consequentemente, a definição do tratamento, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um teste do tipo PCR (que analisa o material genético contido na amostra) que leva menos de duas horas para ser concluído. Os resultados do estudo foram publicados no periódico Tropical Medicine and Infectious Disease.
O novo método representa um avanço no diagnóstico da LV - forma mais severa de leishmaniose que afeta órgãos como baço, medula óssea, fígado e gânglios linfáticos.
Negligenciada, a doença é considerada um problema de saúde pública, com mais de 3,5 mil casos todos os anos no país, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse número representa 93% de todos os casos da América Latina. Somente em 2020, foram 165 mortes em território nacional.
O estudo - financiado pela Fapesp por meio de nove projetos - mostrou que o método foi altamente preciso na identificação e quantificação de L. infantum e Crithidia em amostras obtidas in vitro e in vivo ou coletadas de hospedeiros (humanos, cães, gatos e vetores), por exemplo, por meio de biópsias de pele ou aspirados de medula óssea.
"Apesar de já existirem outros métodos moleculares de identificação de espécies, eles costumam envolver o sequenciamento do DNA da amostra, processo mais trabalhoso, lento e custoso", explica Sandra Regina Costa Maruyama, professora do Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular (PPGGEv) da UFSCar e coordenadora do estudo.
"Nosso teste avalia o material genético dos parasitas diretamente dos vetores e nos tecidos de pessoas e animais [gatos e cachorros]."
Ao contrário dos testes rápidos utilizados no sistema de saúde, que não detectam diretamente o parasita e sim os anticorpos produzidos contra ele, o novo ensaio quantitativo de PCR baseado em corante (qPCR) foi projetado e padronizado com sequências-alvo específicas para as espécies Leishmania infantum e Crithidia em amostras experimentais e clínicas.
Os novos alvos se mostraram específicos, entretanto é necessário realizar inicialmente um ensaio para detectar o primeiro parasita e, na sequência, um segundo para identificar Crithidia.
"Selecionamos esses novos alvos por meio de análises dos genomas das duas espécies. Agora que mostramos que apresentam especificidade em diferentes tipos de amostras, é necessário otimizar o ensaio para que em uma única reação de qPCR saibamos se a espécie infectante em questão é Leishmania infantum, Crithidia ou ambas", diz Maruyama.
Atualmente, o grupo de pesquisa tem testado as amostras para deteção de L. infantum e, num segundo teste, faz a detecção de Crithidia.
Segundo a pesquisadora, qualquer laboratório de diagnóstico capacitado com equipamento de qPCR -que se tornou mais acessível durante a pandemia de Covid-19 -poderia realizar esse teste. A técnica pode ser útil para estudos epidemiológicos, monitoramento de carga parasitária e acompanhamento terapêutico.
Casos de coinfecção
Durante o trabalho, foram realizados testes com 62 parasitas isolados dos tecidos de pacientes com leishmaniose visceral. Desses, 51 testaram positivo para Crithidia. Além disso, a coinfecção de Leishmania infantum e Crithidia em medula óssea foi identificada em dois novos casos de LV no Brasil. Em maio deste ano, o grupo publicou um relato de caso grave de LV no qual as duas espécies de parasitas foram detectadas.
De acordo com Maruyama, além da eficácia do teste, os resultados indicam que a infecção por Crithidia é mais frequente do que se imaginava e a coinfecção pelos dois protozoários parece acontecer principalmente nos casos mais graves.
"Ainda não sabemos quais as implicações clínicas da presença de Crithidia nos casos de LV, mas suspeitamos que a coinfecção possa exacerbar a doença ou até mesmo atrapalhar a resposta ao tratamento recomendado para Leishmania infantum", diz a pesquisadora.
"Identificar a espécie de parasita corretamente permite que sejam tomadas providências rapidamente para evitar a piora e a progressão do quadro clínico, reduzindo a mortalidade. Além disso, abre espaço para que, no futuro, se descubram medicamentos e tratamentos mais específicos."
O artigo Parasite Detection in Visceral Leishmaniasis Samples by Dye-Based qPCR Using New Gene Targets of Leishmania infantum and Crithidia pode ser lido em www.mdpi.com/2414-6366/8/8/405.
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CONSUMIDOR MODERNO
Do reajuste à judicialização dos planos de saúde: a conta não fecha
Superlotação, falta de recursos e longas filas de espera na saúde pública colaboraram para que a busca por planos de saúde na rede privada tivesse um crescimento exponencial nas últimas décadas. Para se ter uma ideia, de acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS) há aproximadamente 50 milhões de pessoas com cobertura de algum plano de saúde no Brasil, sendo que 35 milhões possuem contratos empresariais e seis milhões têm planos coletivos por adesão.
Essa corrida pela busca da assistência médica é uma decisão crucial para a maioria das pessoas e famílias. Não à toa, ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo do consumidor, segundo levantamento da IESS/Ibope. No entanto, a escolha entre planos individuais ou familiares e planos empresariais pode parecer uma questão trivial, mas há aspectos importantes a serem considerados ao tomar essa decisão, uma vez que a regulação desses planos de saúde está em jogo e que grande parte dos beneficiários estão suscetíveis a reajustes nos planos de saúde que podem ir além de sua capacidade de mantê-lo.
A criação de CNPJs como o Microempreendedor Individual (MEI) tem se tornado uma estratégia para acesso a planos de saúde e uma prática cada vez mais comum, especialmente entre aqueles que buscam uma opção de assistência médica a preços mais acessíveis. Porém, essa abordagem pode ter suas complicações, principalmente pelo aumento dos custos de contratação e manutenção.
Índices dos reajustes nos planos de saúde: Quem paga a conta?
Para Elton Fernandes, advogado especialista em direito da saúde e professor de pós-graduação de Direito Médico e Hospitalar da USP, sempre que possível o consumidor deve contratar planos individuais ou familiares. De acordo com o professor, o rol de cobertura é o mesmo em qualquer plano de saúde e, depois, o reajuste do plano empresarial mesmo para pequenas empresas costuma ser muito superior aos índices da ANS para planos individuais e familiares.
"Atualmente as operadoras de saúde devem aplicar um índice de reajuste para todos os seus contratos PME (até 29 vidas). Ou seja, não importa o quanto aquela pequena empresa utilizou de plano de saúde, seu índice será igual ao de todas as demais empresas que possuem contrato com aquela operadora", destaca Elton Fernandes.
No entanto, a falta de fiscalização e regulamentação dos índices de reajuste para contratos empresarial levantam uma reflexão importante: quem está auditando esses números, ou melhor, como o consumidor pode conferir se o índice aplicado está certo ou errado? De acordo com o professor, a ANS precisaria realizar uma fiscalização mais assídua, especialmente para que esse índice de reajuste dos contratos PMEs tivessem maior confiabilidade
"A ANS não estabelece esse índice atualmente, embora haja a previsão de que ela pode solicitar à operadora os dados sobre a metodologia de como chegou a esse percentual", critica. "As operadoras por sua vez dizem que esses índices foram auditados pelas grandes empresas de auditoria, mas acontece que no relatório dessas empresas elas dizem que checaram o índice utilizando apenas uma amostragem de contratos fornecido pela operadora, o que significa dizer que na prática não houve aferição de toda base de dados e que pode ter sido manipulado pela operadora" destaca.
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Plano de saúde: "Não faz sentido limitar reajuste aos 59 anos"
O último reajuste por faixa etária atualmente é limitado aos 59 anos de idade. A regra foi estabelecida pelo Estatuto do Idoso e a ANS. "Não faz sentido em se cobrar aos 59 anos todo o incremento de risco futuro desse consumidor. Isso onera em demasia quem completa 59 anos e os expulsa do contrato, beneficiando o plano de saúde que passa a receber muito antes todo o risco futuro que esse consumidor pode dar. Seria necessário rever a regra, sobretudo agora que a Justiça pacificou que o Estatuto do Idoso, por si, não impede que haja algum reajuste por faixa etária, vedando apenas o reajuste diferenciado, o abusivo" pontua Elton.
"O correto seria diluir esse reajuste ao longo da vida do consumidor, em novas faixas. Mas isso soa para a população como se o idoso estivesse sendo onerado, quando na verdade essa oneração já ocorre de forma antecipada, mas ocorre justamente antes da pessoa ser considerada legalmente idosa. É um contrassenso" reflete.
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Judicialização do setor da saúde
Essa falta de clareza tem feito com que consumidores entrassem na justiça pedindo revisão dos custos e índices de reajustes. Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) destacou que os reajuste dos planos de saúde, incluindo o índice de 9,6% estipulado pela ANS, extrapolaram o limite razoável, uma vez que as operadoras conseguem compensar os prejuízos de outras formas, por exemplo, com a rentabilidade de suas aplicações financeiras.
Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Idec afirmou em nota que vê o cenário se repetir "Após o maior aumento da história aplicado no ano passado, mais uma vez registramos reajustes elevados autorizados pela ANS, em um momento de inflação bem menor, sem que os rendimentos dos consumidores tenham crescido no mesmo ritmo. Na prática, o consumidor, que no ano passado pagou mais de R$238 bilhões às operadoras de planos em mensalidades, acaba custeando tanto os serviços contratados quanto os prejuízos gerados por problemas de gestão", reflete.
A aprovação desse índice é quase 67% maior do que o valor da inflação acumulada em 2022, e quem sofre com isso é o consumidor que além de gastar mais, enfrenta problemas de gestão das operadoras do setor. As empresas alegam enfrentar uma crise como nunca antes vista no mercado de planos de saúde.
"O consumidor se sente lesado porque vê a inflação oficial a 5% e não entende como pode o plano de saúde subir 15%, 20% ou até 30%, como ocorre nos casos de contratos coletivos por adesão. Então esse consumidor de um plano coletivo entra com ação judicial exigindo que a operadora de saúde prove que a sinistralidade fora de fato tão elevada ao ponto de justificar esse percentual de reajuste e, na prática, raras vezes um plano de saúde consegue provar que houve base idônea para aplicar esse percentual", explica Ana Carolina Navarrete.
"Isso então leva à consequência de que a Justiça poderá nesse caso determinar a nulidade do reajuste aplicado e sua substituição por outro índice, bem como o ressarcimento daquilo que fora indevidamente pago ao longo dos 03 anos anteriores ao ajuizamento da ação. Se o reajuste do plano coletivo tem base idônea, como as grandes operadoras não conseguem provar isso dentro dos processos?", avalia Elton Fernandes.
O PL que ganhou novo foco na saúde
Após 17 anos, o Projeto de Lei 7.419, que trata da atualização dos planos de saúde voltou a ser o centro de discussão no setor da saúde. De autoria do deputado Duarte Jr. (PSB-MA), o projeto pretende proibir as operadoras de planos privados de assistência à saúde de rescindirem unilateralmente os contratos firmados com beneficiários, a menos que o atraso na mensalidade supere 60 dias consecutivos.
O tema ganhou novos debates, após a recusa de atendimento a consumidores em alta vulnerabilidade, como idosos, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, que de acordo com o deputado em nota à agência Câmara "vem sendo retirados dos planos de saúde por gerarem um custo maior".
No contraponto, o professor e advogado Elton Fernandes acredita ser muito difícil a aprovação do PL "Penso que a chance disso passar nesse Congresso de viés mais liberal é muito difícil. A reforma já parou na Câmara após pressão das operadoras de saúde. Se aprovado na forma como proposto, os planos empresariais para pequenas e médias empresas teriam limite de reajuste seguindo um índice da ANS que hoje só existe para planos individuais e familiares".
"É benéfico ao consumidor, pois os planos individuais e familiares são raros no mercado justamente em razão de que os reajustes dos planos empresariais são significativamente maiores e, agora, colocam-se famílias nos contratos de plano de saúde através de um CNPJ, o que implica numa falsa coletivização do setor" finaliza Fernandes.
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O GLOBO
Vias tortas do debate sobre plasma
Manter um suprimento adequado de sangue e plasma para pacientes que necessitam de transfusão ou hemoderivados - garantindo o uso adequado e a segurança dos produtos, bem como a prevenção da transmissão de doenças infecciosas - está entre as principais preocupações das autoridades nacionais de saúde e instituições internacionais.
Todo ano, milhões de pacientes recebem transfusões de sangue, componentes sanguíneos ou derivados do plasma para melhorar sua qualidade de vida e sobrevivência. O Brasil tem uma legislação adequada e conta com hemocentros responsáveis pela doação de sangue e medula óssea.
Valores solidários e o modelo de organização do sistema de sangue nacional são compatíveis com países desenvolvidos e recomendações da OMS. Decisões de superar um passado quando se comercializava sangue foram tomadas devido à contaminação de milhares de pessoas e acúmulo de evidências sobre a correlação entre venda, pobreza e infecções que poderiam ser evitadas. O pagamento da doação conforma um ciclo que desestimula atos voluntários e solidários, essenciais para assegurar estoques, inclusive de tipos sanguíneos mais raros.
Mais sobre OMS RNA mensageiro: Entenda como funciona a tecnologia que deu Prêmio Nobel de Medicina a cientistas Testemunhas de Jeová pedem que Supremo acione OMS para decidir sobre religião e saúde No passado, a venda de sangue foi polêmica. Houve gente que enriqueceu e quem tenha se dedicado a teorizar sobre sua natureza mercantil. Numerosos escândalos de contaminação deram fim às filas de miseráveis anêmicos, de quem se extraía sangue praticamente em troca de comida. Durante a pandemia de Covid-19, as preocupações sobre sangue e emergências sanitárias retornaram aos fóruns especializados. A redução das doações em função do isolamento social estimulou iniciativas para articular ferramentas de saúde digital para a convocação de jovens. Ações endereçadas a renovar constantemente o estoque.
Preocupações com o aproveitamento integral das doações e preços, especialmente de produtos do fracionamento do plasma, sempre estiveram nos bastidores. Hemácias e plasma têm requerimentos de uso e possibilidades de armazenamento diferenciados. Providências para exportação em troca de redução de preços de hemoderivados e, posteriormente, a criação de instalações para a produção no país foram adotadas. Mas as dificuldades para a aquisição e acesso a imunoglobulinas continuaram a desafiar o acesso de pacientes e os orçamentos da saúde. Estamos longe de ter uma saída fácil, mas tínhamos acertado uma rota.
As expectativas de ampliação da oferta de hemoderivados minguaram na gestão de Ricardo Barros no Ministério da Saúde. Alterações nas atribuições de órgãos do sistema de sangue foram sucedidas por impasses no armazenamento do plasma e discussões sobre o desperdício e, a seguir, privatização. Uma sequência de relações causa-efeito leviana e simplificadora. Mas suficiente para trazer para dentro do Congresso Nacional um projeto de alteração da Constituição de 1988, sem fundamento científico e técnico, baseado em arranjos empresariais-políticos improvisados e bizarros.
Contas sobre desperdício do plasma - como se a transfusão de hemácias fosse um adendo dispensável no dia a dia dos serviços de saúde - e a desconsideração de plataformas tecnológicas e capacidade de inovação para o processamento do sangue lembram experiências recentes. A tentativa de compra de vacinas inexistentes de empresas sem experiência na produção de imunizantes passou muito longe das propostas de complementação virtuosa entre público e privado na saúde.
No mesmo momento em que se anunciam investimentos do PAC na Hemobrás, senadores de oposição tentam obstruir a longa trajetória da política de sangue pública de um país que tem SUS. Sangue bom é uma expressão que sinaliza a direção correta: acesso sustentável para quem precisar de um bem valioso, cujo valor é incomensurável.
*Ligia Bahia é professora da UFRJ
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O POPULAR
Telemedicina continua a crescer em Goiás
Passado o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, o atendimento médico por telemedicina continua sendo adotado por usuários. A facilidade de acesso em qualquer localidade é um fator que leva à escolha dos pacientes pelas consultas online. Planos de saúde se estruturam para expandir o acesso na modalidade, seja pela porta de entrada dos prontos-socorros ou consultas eletivas.O atendimento via telemedicina foi autorizado em caráter excepcional no início da pandemia no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e aprovado pelo Congresso Nacional. Depois, em maio de 2022, uma resolução do conselho regulamentou a prática. Uma lei sancionada em dezembro reforçou a autorização em todo o território nacional, abrangendo todas as profissões da área da saúde.A discussão do uso da telemedicina que tomou força em 2018, mas foi impulsionada pela Covid-19, se mantém nos dias atuais, com a rede privada buscando novos formatos de se desenvolver.
A exemplo, a Unimed Goiânia, uma das maiores operadoras de plano de saúde da capital, atendeu de março de 2020 a setembro de 2023, um total de 161,8 mil usuários na modalidade online, mas apenas para pronto-atendimento.No primeiro ano, a operadora teve uma média mensal de 3,4 mil consultas, quando eram atendidos apenas suspeitos ou infectados com o novo coronavírus. Em 2021, subiu para a média mensal de 5 mil. No ano seguinte, com o fim do isolamento social, caiu para 3,7 mil por mês. No mesmo período, ampliou o quadro de especialistas para a consulta virtual. No entanto, ainda não faz consulta eletiva na modalidade, ou seja, aquelas feitas por agendamento.A maior procura em todos os anos foi para clínico geral, mas também para pneumologia, infectologia e pediatria. Coordenadora da telemedicina da Unimed Goiânia, a pneumologista Daniela Campos Mattos explica que a telemedicina é "um caminho sem volta" e cada vez mais está se modernizando para ampliar o atendimento.
Isso porque, diz, há aparelhos "sofisticados" e com possibilidade de fazer os exames físicos à distância.Conforme a médica, a principal dificuldade é poder examinar os pacientes via telemedicina. No entanto, pontua que, para casos leves, a modalidade tem contribuído para desafogar a fila do pronto-socorro. "A resolutividade é alta. O índice de encaminhar para o presencial é de 2% (nos casos moderados a graves). Na tela consigo resolver muita coisa, agiliza os exames, receita médica. Economiza-se muito, transporte, trânsito, e sem contar o risco de chegar no pronto-socorro lotado e pegar uma infecção que não tinha", diz.O membro da Câmara Técnica de Telemedicina do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e do CFM, Leonardo Emílio da Silva destaca que a telemedicina tem um "papel fundamental e vai assumir cada vez mais em situações de dificuldade de acesso ao paciente". Ele cita, a exemplo, o acompanhamento médico para idosos, pacientes crônicos e no pós-operatório, além de moradores do interior."Facilitou muito a forma de prestar assistência a pessoas de outros estados e do interior.
(E se torna) um acompanhamento mais próximo, pois o paciente não precisa ficar se deslocando", pontua. Além disso, acrescenta que a teleconsulta segue todos os critérios da consulta presencial, tais como prontuário e sigilo médico, o que garantiu com que tenha "aceitação tanto por parte dos médicos como dos pacientes". "Vem sendo implementado, devagar, pois é óbvio que tem um tempo para ser implementada", finaliza.Outra grande operadora de plano de saúde no estado, a Hapvida NotreDame Intermédica deu início ao atendimento via telemedicina em 2021. Naquele ano, foram 904 consultas virtuais por agendamento. Em 2022, chegou a 6.984 em todo o ano, com um aumento de 501% para este ano, quando totalizou 42.014, contabilizados até o mês de setembro. Ao menos 17 especialidades possuem teleconsulta, incluindo outras três voltadas à pediatria.Dentre as especialidades médicas, a operadora lista ao menos 13 como as mais atendidas, como clínico geral, alergologia, cardiologia, dermatologia, gastroenterologia, infectologia, nefrologia, neurologia, nutrição, pneumologia e psiquiatria, além de urologia.No Sistema Único de Saúde (SUS), a implementação da telemedicina em Goiás tem ocorrido lentamente.
Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estava fazendo o uso da telemedicina para acompanhar casos suspeitos e confirmados da Covid-19, conforme o POPULAR mostrou em abril de 2020. Hoje, no entanto, a pasta não tem trabalhado mais com a modalidade.A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) começou a implantar a modalidade no segundo semestre deste ano. A pasta diz em nota que, de julho a setembro, realizou 676 atendimentos via telemedicina. As consultas são para as especialidades de cardiologia, endocrinologia, neurologia, pneumologia, psiquiatria e reumatologia, em 52 municípios do interior do estado.Conforme a secretaria, a implantação faz parte do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), desenvolvido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. Em Goiás, para os requisitos de seleção dos municípios, "foram priorizadas as cidades mais distantes da capital".
A pasta, no entanto, não disse quais são esses.Empresa explora mercado de saúde digitalA Zapymed, uma plataforma goiana focada em consultas por telemedicina, que funciona como um plano de saúde, tem explorado o mercado deixado pela modalidade. Em 2021, no auge da pandemia da Covid-19, a empresa deu início ao seu funcionamento. No período, ao menos 150 mil atendimentos médicos virtuais já foram realizados. É o que diz um dos fundadores do plano de saúde digital, Mayco Dias."Na pandemia que vi a possibilidade de montar um negócio nesse segmento", explica. O cofundador destaca ainda que o objetivo da Zapymed é "democratizar o acesso à saúde" e facilitar o acesso às pessoas que têm menos condições a ter saúde de qualidade". "Queremos alinhar tecnologia para solucionar a saúde", destaca.Ainda conforme ele, mesmo tendo sido criada no estado, o plano tem atendido pacientes de todo o Brasil, com médicos parceiros espalhados pelo País.
Mesmo com foco na telemedicina, a plataforma também dispõe de atendimento presencial. "A receptividade no começo foi grande, depois veio uma estabilidade. Agora está numa boa tendência", diz. Isso pois, relata, ainda "falta informação" e "resistência" por parte de alguns usuários e médicos."Mas vem numa crescente boa, o comportamento vai mudando."A gerente comercial Tatianna Laura Borges, de 38 anos, começou a utilizar a Zapymed há um ano. "Uso sempre que preciso, não faço mais automedicação por sempre ter acesso rápido à consulta médica", pontua.Ela avalia ainda que há vários benefícios: "rápido, prático e de fácil uso, bom atendimento e não preciso me locomover e esperar horas em uma recepção pra ter atendimento."
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METRÓPOLES
Entenda como as fraudes podem prejudicar o seu plano de saúde
O cenário da Saúde Suplementar no Brasil vive um paradoxo. O setor fechou 2022 com mais de 50,5 milhões de beneficiários, sendo um ápice nos últimos nove anos. No entanto, em paralelo, o mesmo período registrou um prejuízo operacional acumulado de R$ 11,5 bilhões, o maior em mais de duas décadas, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E um dos principais motivos desse desequilíbrio são as ações fraudulentas.
Tanto que as fraudes - como simulação de falsos grupos/coletivos e pedidos alterados de reembolso de consultas e procedimentos, por exemplo - consomem 2,3% do investimento das empresas de saúde suplementar, pontua Fabiano Catran, diretor Institucional e de Gestão do Cliente da Seguros Unimed, que oferece serviços de saúde, seguros de vida, residencial, planos odontológicos e previdência privada. Inclusive, essa diversificação de produtos é um dos destaques da marca Unimed, que hoje é um ecossistema completo presente em mais de 80% do solo nacional.
Assim, as consequências das fraudes, ao contrário do que muitos podem pensar, não impactam apenas as empresas, elas afetam todos os envolvidos no sistema, desde administradores e funcionários até beneficiários honestos.
Isso é por conta dos princípios que os seguros - seja na área da saúde ou outra - têm para assegurar o equilíbrio financeiro. E, caso as regras sejam quebradas, toda a engrenagem do sistema para. Como é o caso do mutualismo, conceito fundamental para os seguros de saúde, em que os membros de um grupo contribuem para o benefício geral, que é utilizado para cobrir as despesas médicas quando necessário.
Consequências das fraudes
Além de ameaçar a solidariedade entre os beneficiários, as fraudes desestabilizam todo o sistema de saúde suplementar, com consequências na sociedade em geral. Isso porque os seguros particulares aliviam a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Visto que os planos de saúde fornecem cuidados médicos e hospitalares a cerca de 25% da população.
Nesse sentido, o uso indevido do seguro ainda coloca em risco a qualidade do atendimento, já que os recursos desviados poderiam ser utilizados para melhorar os serviços.
"A sustentabilidade do sistema mutualista do seguro de saúde depende da correta utilização dentro das coberturas contratadas. É assim que a Seguros Unimed garante uma oferta diferenciada de serviços, combatendo as fraudes que poderiam prejudicar seus clientes", completa o diretor-executivo de Provimento da , que destaca ainda o compromisso da empresa com a qualidade do atendimento.
Inclusive, quem comete as fraudes pode ter consequências jurídicas, porque são crimes passíveis de punição. Sem contar que empresas já demitiram profissionais por conta do uso indevido do plano de saúde.
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Combate às fraudes
Com todas essas consequências negativas para a sociedade, as empresas de seguro e planos de saúde vêm conscientizando os beneficiários para entrar na luta contra as fraudes. Esse é o princípio da campanha Saúde Sem Fraude. Além de dicas de como usar o plano corretamente, no site oficial há um canal exclusivo para denúncias, com a opção de identificar o denunciante, ou não.
A campanha foi lançada pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que une 13 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência. A Seguros Unimed participa desse movimento e tem investido em tecnologias avançadas, como o reconhecimento facial e modelos de detecção de padrões, para proteger os consumidores e garantir a integridade do sistema.
Outro destaque é a parceria da Seguros Unimed com empresas que utilizam a inteligência artificial para, por exemplo, prevenir pagamentos de reembolsos abusivos e também ajudar na precificação e previsão de custos. O resultado é uma economia estimada de R$ 7 milhões por ano, que serão retornados para os beneficiários por meio de melhorias nos atendimentos e tratamentos.
"Sabemos que as fraudes são um dos principais desafios da Saúde Suplementar no Brasil. Em outubro de 2022, a FenaSaúde denunciou um esquema que custava R$ 40 milhões em reembolsos solicitados por empresas de fachada. Estamos sempre combatendo essas ações para poder investir recursos no melhor atendimento ao segurado", explica Catran.
Aliás, para além do combate às fraudes, a Seguros Unimed investiu mais de R$ 350 milhões em tecnologia, desde 2021, em vários âmbitos da empresa. Por exemplo, neste ano, a seguradora foi pioneira dentro do Sistema Unimed ao migrar informações para a nuvem, efetivando assim a digitalização completa de 100% das operações e aprimorando a gestão de recursos.
Dessa forma, a seguradora passou a base de dados para uma única plataforma, que possui um sistema mais avançado e automatizado para o armazenamento de informações. Tudo isso seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, já que a integridade ética é um pilar fundamental para a empresa.
As mudanças são para melhor atender os beneficiários da Seguros Unimed, evidenciando o compromisso da empresa com a saúde e as vidas dos brasileiros. E, como explica Fabiano Catran, a empresa cultiva um relacionamento com os clientes pautado pela empatia e sensibilidade humanas.
Faça o certo!
Há várias formas de fraudar o sistema, mais ou menos elaboradas, como emprestar a carteirinha ou compartilhar o login e senha do plano de saúde com terceiros para fazer solicitações de consultas e, em seguida, reembolsos. Por isso:
Evite compartilhar as informações de acesso ao plano de saúde com outras pessoas e não empreste a identificação do plano.
Recuse a divisão de recibos e faturas.
Decline ofertas para procedimentos estéticos cobertos pelo plano de saúde.
Utilize o pronto-socorro somente para situações de urgência ou emergência.
Faça uso da telemedicina para questões de menor complexidade.
Opte por prestadores de serviços da rede credenciada ou locais de saúde de confiança.
Informe ao médico sobre exames recentes para evitar repetições desnecessárias.
Recuse propostas de reembolso que exijam pagamento antecipado pelo atendimento.
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Assessoria de Comunicação
Eu Líder - Desenvolvimento de Líderes será realizado nos dias 17 e 18 de novembro
Escrito por Administrador
A mediação como um recurso na gestão de conflitos, inteligência emocional, mapeamento de processos, tecnologia e inovação e a realidade na gestão e comunicação e feedback são alguns dos temas a serem debatidos no Eu Líder - Desenvolvimento de Líderes, evento que acontecerá em Goiânia nos dias 17 e 18 de novembro.
Promovido pelo Instituto RG, o evento terá como palestrantes um time de especialistas e as inscrições já podem ser feitas pelo site https://www.even3.com.br/eu-lider-395314/.
Acesse, confira a programação e faça a sua inscrição para os dois dias, aproveitando os valores especiais para associados da Ahpaceg:
CÓDIGO DESCONTO DATA LIMITE DE USO
01AHPACEG1510 R$618,00 15 de out de 2023
02AHPACEG3110 R$800,00 31 de out de 2023
03AHPACEG1611 R$900,00 16 de nov de 2023
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Quem são as pacientes do médico acusado de morte e sequelas de mulheres após cirurgias plásticas em Goiás
Um em cada cinco beneficiários de plano de saúde tem obesidade, aponta estudo
Outubro Rosa: Mamografia pode reduzir em até 40% a mortalidade por câncer de mama
Artigo - Sem as Santas Casas, não haveria saúde pública no Brasil
Câncer de pulmão custa R$ 1,3 bilhão ao País
Câmara aprova projeto que cria certificado para empresa que promover saúde mental e bem-estar de funcionários; acompanhe
PORTAL G1
Quem são as pacientes do médico acusado de morte e sequelas de mulheres após cirurgias plásticas em Goiás
Cirurgião plástico responde a sete ações em Goiás e outras quatro no Maranhão. Apesar dos processos, o médico está com situação regular e exercendo a profissão.
Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás
Quatro mulheres teriam sido vítimas de erro médico após procedimentos estéticos realizados pelo cirurgião plástico Dagmar João Maester, de 61 anos. Em Goiás são sete ações contra o profissional e no Maranhão existem outros quatro processos. Três pacientes morreram e uma teve sequelas.
Dagmar tem registro como médico em Goiás, Distrito Federal, Maranhão e São Paulo. Ele tem especialização em cirurgia geral e cirurgia plástica e, atualmente, está com situação regular no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). A defesa do cirurgião disse que não vai comentar os casos.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) informou que acompanha o caso e se solidariza com a família da paciente goiana que morreu. Porém, disse que não cabe à entidade julgar a conduta do profissional a respeito dos fatos, pois esse papel é dos conselhos regionais.
O Cremego afirmou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas, mas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico. Também informou que Dagmar ficou 30 dias proibido de exercer a profissão, em 2017, após ter causado dano a paciente.
Processos
Existem sete processos contra o médico no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), sendo que dois deles estão sob segredo de justiça. Já no Tribunal de Justiça do Maranhão há outros quatro processos. São duas ações por erro médico, uma por homicídio simples e um processo por direito de imagem.
Em Goiás, há duas ações pela morte da paciente Marisa Rodrigues da Cunha, de 62 anos. Uma de indenização por dano moral causada por erro médico para a paciente Keila Patricia Dias da Silva. Além desses, há uma ação sobre direitos morais e uma de indenização por dano material causado.
Em julho do ano passado, o g1 publicou uma reportagem informando que o médico estava sendo investigado pela Polícia Civil pela morte das pacientes Robenha Pereira e Patriciana Nunes Barros, após procedimentos estéticos realizados por ele na cidade de Imperatriz, a 629 km de São Luís.
Caso Marisa
A idosa realizou uma cirurgia estética para redução de mama, abdominoplastia e lipoaspiração no dia 14 de abril deste ano, no Hospital Goiânia Leste. Dois dias depois ela morreu em casa por complicações do procedimento. O g1 tentou contato com o hospital, mas não teve sucesso.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a idosa realizou os exames pré-operatórios pedidos pelo médico, que constataram que ela era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano. Segundo o órgão, Marisa não tinha condições para fazer a cirurgia.
O documento diz também que um dia após o procedimento, o médico deu alta para a vítima. Em casa, ela começou a vomitar com frequência e, por isso, a filha passou a questionar o médico. Inicialmente ele disse que os sintomas eram normais e depois pediu para ela parar de tomar todos os remédios.
A filha de Marisa chegou a pedir ajuda para o enfermeiro do médico, que conversou com o profissional. Mas conforme a denúncia, em nenhum momento Dagmar orientou que a vítima voltasse para o hospital. A filha da idosa chamou o socorro, mas Marisa não resistiu e morreu ainda em casa.
De acordo com o laudo de exame cadavérico, a idosa morreu por alterações relacionadas à cirurgia, que resultaram em um tromboembolismo pulmonar. O MPGO denunciou o médico alegando que ele deixou de prestar socorro e, com isso, agiu com imperícia e negligência.
Caso Keila
Em janeiro de 2022, Dagmar também operou a paciente Keila Patricia Dias da Silva, no Hospital Goiânia Leste, na capital. Ela também fez três tipos de procedimentos estéticos de uma só vez por um valor de R$ 19 mil. Porém, a cirurgia não ficou como a mulher queria.
À TV Anhanguera, a paciente disse que o médico tirou a pele da mama errada e, com isso, os seios ficaram com tamanhos diferentes. Após a cirurgia, a paciente procurou o médico para pedir o dinheiro de volta. O médico respondeu que não concordava com isso e que eles deveriam resolver judicialmente.
“Era pra ele ter operado o peito esquerdo, mas ele fez no peito direito. Ele tirou a pele no peito direito que não podia tirar, então eu fiquei com a mama direita bem pequenininha e a esquerda com displasia. Não consigo me olhar no espelho”, desabafou a paciente, que quer o dinheiro para reparar o erro.
Robenha morreu no dia 15 de fevereiro de 2022 depois de ter feito uma abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital particular do município. O atestado de óbito apontou insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão e tromboembolismo pulmonar pós-operatório.
“Eu não tenho dúvidas da negligência que houve, porque assim que ele terminou a cirurgia, ele saiu do box cirúrgico e foi logo para o hotel. Ela foi para a enfermaria e até então estava tudo bem, mas logo depois ela começou a sentir dor nas costas”, disse a filha da paciente, Tâmara Regina Pereira.
A reportagem do g1, publicada em julho do ano passado, revela ainda que um mês depois da morte de Robenha, a assessora parlamentar Patriciana Nunes também morreu após passar por uma abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas realizada por Dagmar.
O marido de Patriciana chegou a enviar vídeos para o médico mostrando a esposa passando mal. Em resposta às mensagens, Dagmar teria dito que poderia ser uma crise de ansiedade e recomendou um psiquiatra. Cinco dias depois, Patriciana faleceu.
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CNN BRASIL
Um em cada cinco beneficiários de plano de saúde tem obesidade, aponta estudo
Atualmente, um em cada cinco beneficiários de planos de saúde enfrenta um quadro de obesidade, segundo um estudo exclusivo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Há 15 anos, em 2008, primeiro ano analisado pela pesquisa, a proporção de pessoas com esse problema era de uma a cada oito.
O levantamento, que usou como base de dados o Inquérito Telefônico para Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) de 2008 a 2021.
Ele mostra que a prevalência desse problema de saúde entre beneficiários cresceu 7,2 pontos percentuais nesse período, saltando de 12,9% para 20,1%.
Entre os anos analisados, observa-se um pico no percentual de pessoas obesas no Brasil em 2020, quando a taxa atingiu 21,1%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade uma epidemia global, que está associada ao desenvolvimento de diversas outras doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
A estimativa da organização é que a obesidade afete ao menos 650 milhões de pessoas em todo o mundo
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JORNAL FLORIPA ONLINE
Outubro Rosa: Mamografia pode reduzir em até 40% a mortalidade por câncer de mama
Quando detectada em fase inicial, as chances de cura podem ultrapassar os 95%; Especialistas comentam importância do exame ser realizado anualmente pelas mulheres a partir dos 40 anos
Com o objetivo de alertar sobre um exame indispensável, o mês de outubro recebe simbolicamente um laço rosa como forma de trazer um olhar mais apurado para a conscientização sobre o câncer de mama, atualmente o tipo que mais atinge a população global feminina. De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afeta 2,3 milhões de pessoas por ano.
No Brasil, projeções do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que devem ser registrados 73.610 novos casos em 2023, número que corresponde a 10,5% de todos os diagnósticos de câncer registrados no país - o que faz dos tumores de mama os mais incidentes entre as mulheres no país, ficando atrás apenas do câncer de pele-não melanoma. Por aqui são ainda estimados 11,84 óbitos pela doença a cada 100 mil mulheres, ainda conforme indica o INCA, fazendo dela uma das líderes no ranking das que mais matam a população feminina.
Diante dessa realidade, a detecção em fase inicial continua sendo a principal arma no combate ao câncer de mama, tendo como aliada essencial a mamografia - que deve ser realizada anualmente em mulheres a partir dos 40 anos e, à nível populacional, é a melhor forma de detectar o tumor no começo do seu desenvolvimento aumentando as chances de cura. Vale lembrar que o diagnóstico do câncer de mama, quando feito no início, faz com que ele seja altamente curável, superando a taxa de 95%.
"O primeiro e principal passo para vencermos o câncer de mama é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral estejam conscientes da necessidade de realização da mamografia", afirma Max Senna Mano, líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.
O oncologista enfatiza que a mamografia é um exame que tem o objetivo de avaliar o tecido mamário. Contudo, ela não deve ser realizada apenas quando existe suspeita de câncer de mama. A partir do rastreamento mamográfico - desde que realizado periodicamente - diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%, principalmente por seu potencial de identificar lesões ainda não palpáveis e num estágio muito inicial, com tamanho menor do que 1 cm.
Mamografia é pilar essencial para salvar vidas
Apesar dos dados mostrarem a importância da realização da mamografia, é justamente na adesão a este exame primordial para o diagnóstico do câncer de mama que está um dos entraves para vencer a doença. O Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), que avaliou procedimentos de detecção e tratamento da doença de 2015 a 2021 no Brasil, revelou que o país registrou apenas 17% de alcance na cobertura mamográfica entre mulheres de 50 a 69 anos. O número ainda é muito inferior ao recomendado pela OMS, que preconiza que esse índice seja de ao menos 70% de cobertura.
"Para se ter uma ideia mais precisa, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), uma em cada 8 mulheres receberão o diagnóstico de um tumor nas mamas em alguma fase da vida. Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que mais de 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura", comenta o mastologista da Oncoclínicas, Guilherme Novita
De acordo com ele, a incidência de câncer de mama ocorre, principalmente, em mulheres na perimenopausa, ou seja, no fim da vida reprodutiva da paciente. As diretrizes do Ministério da Saúde preconizam a realização da mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos, com um intervalo de até dois anos entre um exame e outro. Mas o constante aumento da incidência em mulheres mais jovens tem estimulado debates para que o rastreio seja iniciado com mais antecedência .
"Importantes entidades de todo o mundo, entre elas a SBM e a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF), defendem a orientação de realização do exame como parte da rotina de monitoramento da saúde a partir dos 40 anos. Esta recomendação foi recentemente ratificada em um trabalho conjunto de sociedades médicas brasileiras - composto por Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e também pela própria Sociedade Brasileira de Mastologia - no qual as recomendações de rastreio da doença também foram atualizadas, prevendo o rastreamento mamográfico anual para as mulheres brasileiras de risco habitual entre 40 e 74 anos", detalha Guilherme Novita.
"Tal recomendação é baseada em estudos que mostram que 25% das mulheres com câncer de mama estão na faixa etária entre 40 e 49 anos de idade e, portanto, essa medida simples de redução da idade base para início da triagem pode salvar muitas vidas", completa.
Caso haja histórico familiar da doença, vale lembrar, as indicações podem mudar - por exemplo, com o rastreamento mamográfico começando ainda mais cedo e/ou envolvendo outros tipos de exames - conforme análise e recomendação médica de acordo com cada caso.
Como o exame é feito?
O mastologista comenta que, geralmente, o procedimento pode durar cerca de 20 minutos. "Através de duas placas, as mamas são pressionadas na horizontal e vertical para a avaliação adequada. O exame pode causar um pouco de desconforto, mas a compressão é rápida e a dor passageira. Para um maior conforto da paciente, é recomendado que o agendamento seja realizado para alguns dias após a menstruação, período em que as mamas estão menos sensíveis e o exame possui maior precisão", descreve Guilherme Novita.
Incentivo a mudanças simples nos hábitos de vida
Além de realizar exames preventivos com frequência, cultivar uma rotina saudável, de acordo com os especialistas, é a chave para reduzir as taxas de câncer de mama. Controlar o excesso de peso, buscar uma alimentação saudável e manter uma rotina de exercícios físicos exercem também papel fundamental para redução dos riscos de incidência da doença.
E a importância de um olhar para tipo de atitude não fica apenas na prevenção. "A prática regular de exercícios físicos e adoção de uma dieta alimentar balanceada são relevantes tanto para reduzir as chances de desenvolver câncer de mama quanto para reduzir os riscos de recidiva da doença", diz Max Mano.
Uma série de pesquisas científicas sugerem que indivíduos que praticam atividade física e seguem uma dieta equilibrada têm melhores respostas ao tratamento e, portanto, apresentam taxa de sobrevivência maior ao câncer cinco anos após o diagnóstico. A exemplo disso, um estudo publicado em 2023 pela revista JAMA, intitulado "Adherence to Cancer Prevention Lifestyle Recommendations Before, During, and 2 Years After Treatment for High-risk Breast Cancer", ouviu um total de 1.340 mulheres, com idades e tipos de tumores semelhantes, através de um questionário. As pacientes com pontuações altas no índice de estilo de vida tiveram 37% de redução na recorrência do câncer de mama e queda de 58% na mortalidade, em comparação com quem obteve números menores no índice.
A pesquisa reforça aquilo que já vem sendo preconizado pelos principais órgãos de saúde no mundo: a adoção de hábitos saudáveis é fundamental na luta contra o câncer. "Sabemos que uma rotina saudável pode prevenir em até 40% dos casos e agora estamos mostrando que essas práticas têm influência em que é diagnosticado, com aumento da sobrevida, queda na recorrência e diminuição de mortalidade. Adicionalmente, é importante frisar, uma vida saudável também melhora, em muito, as chances e a qualidade de vida de quem está passando pelo tratamento. É algo que precisa ser olhado com atenção na hora de pensarmos em saúde como um todo", resume o líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.
#CuidarSemLimites
Reforçando a proposta da campanha do Outubro Rosa, a Oncoclínicas realiza uma série de ativações para apoiar o conhecimento sobre o câncer de mama. Dando início às ações, que tem como mote o slogan "Se o amor não tem limites, o cuidado também não", ao longo da primeira semana do mês (de 1 a 8/10) o maior grupo especializado no tratamento oncológico da América Latina iluminará cinco dos principais monumentos da cidade de São Paulo com a cor rosa: Viaduto do Chá, Pateo do Collegio, Biblioteca Mário de Andrade, Edifício Matarazzo e Monumento às Bandeiras.
Já nas unidades Oncoclínicas em todo o Brasil e nos canais oficiais nas redes sociais, uma série de conteúdos promoverá a disseminação e discussão sobre os benefícios de uma rotina de atividades físicas, alimentação equilibrada e o olhar global para a saúde a partir da realização de exames periódicos para monitoramento de possíveis alterações no organismo, com respaldo de especialistas, de forma a esclarecer as principais dúvidas da população em geral e dos pacientes oncológicos. As iniciativas em ambiente digitado podem ser acompanhadas pela hashtag #CuidarSemLimites.
"A informação de qualidade é essencial para frear as estatísticas da doença no Brasil, que tem um crescimento significativo de casos a cada ano. Cada vez mais devemos falar sobre o diagnóstico precoce e prevenção, contribuindo assim para o aumento das chances de cura e um cuidado personalizado", finaliza Max Mano.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 135 unidades em 36 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 600 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.
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CORREIO BRAZILIENSE
Artigo - Sem as Santas Casas, não haveria saúde pública no Brasil
PAULO MAGNUS
CEO da MV Sistema para a Saúde
Em setembro, comemoramos os 35 anos do Sistema Único de Saúde, nosso SUS, que é referência para diversos países. Antes dele, porém, já havia no Brasil um pilar de assistência gratuita à população, com quase 500 anos de história. As Santas Casas de Misericórdia, estabelecidas por aqui desde o século 16, são uma das bases de funcionamento do SUS e estão espalhadas por todo o país: de acordo com a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), existem hoje 1.819 Santas Casas e hospitais filantrópicos no Brasil, ofertando 170 mil leitos, dos quais 24 mil são Unidades de Terapia Intensiva.
O setor filantrópico é responsável respectivamente por mais de 50% das internações realizadas pelo SUS e cerca de 70% dos procedimentos de média e alta complexidade. Para cerca de mil municípios brasileiros, a Santa Casa é a única porta de entrada de atendimento. Por tudo isso, posso dizer com toda certeza que, sem as Santas Casas, não existiria saúde pública no Brasil.
Apesar de todo o seu protagonismo em nossa saúde, as Santas Casas vivem desafios enormes em seu financiamento, com repasses defasados e grande endividamento que sempre ganham as páginas de jornais. Durante o 31- Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, um dos eventos mais importantes do setor de saúde no país que ocorreu em agosto, pudemos debater o momento dessas instituições, em busca de caminhos e soluções para que possam seguir cumprindo tão importante papel para nossa população.
Durante o congresso, ficou muito claro que o setor filantrópico ganhou uma magnitude importante nos últimos anos- em especial pela importância e imprescindibilidade que tem para a saúde dos brasileiros. Para continuar sendo importante e representativo no setor, necessita construir bases sólidas de governança corporativa e aproveitar a esteira da tecnologia com uso de inteligência artificial para formar redes de assistência integrada em cada um dos estados.
Como conselheiro da CMB há mais de 20 anos, acredito muito na criação de hubs regionais de tecnologia, por meio dos quais possamos ter centros de serviços compartilhados para dividir custos de tecnologia, de gestão, de materiais e financeiros. Com o trabalho em conjunto, os custos de manutenção dessas instituições cairiam, o que levaria ao uso de melhores práticas de gestão e à evolução das instituições.
Esses hubs são redes de assistência integradas que melhoram a performance, reduzem custos e aumentam a produtividade das instituições. Eles permitem que todas as unidades estejam instaladas numa mesma base de dados, com cadastro e prontuários únicos, com a estruturação de um centro de serviços compartilhados, por meio do qual se pode compartilhar custos e sinergias.
Isso porque eu vejo que a transformação digital das Santas Casas é um importante ponto de evolução. Já temos cases bem-sucedidos na mudança da gestão de algumas instituições. Lembro a trajetória da Santa Casa da Bahia, que fez um projeto de transformação digital que ficou conhecido nacionalmente e teve o apoio da MV A instituição deu início às mudanças em 2009 e conquistou o estágio 7 da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), a mais importante certificação de digitalização de processos em instituições de saúde.
Temos outros exemplos de Santas Casas que têm investido na transformação digital, como as de Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Santos (SP), São Paulo (SP) e São José dos Campos (SP). Naturalmente, ainda existem limitações consideráveis, especialmente em comparação aos hospitais privados, pois é preciso obter recursos para que essas mudanças aconteçam.
A transformação digital desempenha um papel fundamental na otimização de recursos, permitindo a automação de tarefas, aprimoramento da qualidade do atendimento, redução de custos operacionais e uma melhor gestão do orçamento disponível. Mas se ajuda na economia por um lado, por outro, depende de investimentos para que aconteça.
Por isso, é importante ressaltar que a implementação de tais estratégias requer um compromisso de longo prazo por parte dos estados e governos, bem como parcerias eficazes com o setor público e privado para garantir o sucesso das iniciativas. A pandemia de covid-19 certamente melhorou a percepção das Santas Casas junto aos gestores públicos do Brasil, tanto que aprovamos dois projetos de liberação de recursos, em 2021 e em 2023. Mas acredito que possamos evoluir mais em alocação de recursos e projetos para essas instituições. Porque, sem a devida atenção às Santas Casas, o setor da saúde não irá para lugar nenhum.
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PORTAL TERRA
Câncer de pulmão custa R$ 1,3 bilhão ao País
Pela primeira vez, a sociedade brasileira conhece as dimensões da conta anual gerada pelos tumores de pulmão, entre custos diretos e indiretos. De acordo com o relatório O Custo Econômico do Câncer de Pulmão e a Importância do Rastreamento e Diagnóstico Precoce , liderado pelo Insper, com o apoio da biofarmacêutica AstraZeneca, a maior parcela do gasto, equivalente a 78%, é resultado do impacto indireto da doença.
A mortalidade precoce provocada pelos tumores de pulmão atinge muitas pessoas que ainda estão em plena produtividade. O levantamento feito com base em números válidos para 2019 mostra que dentro do Sistema Único de Saúde, entre internações em UTI, com vários tipos de terapias e cirurgia, um total de R$ 127,5 milhões foi consumido diretamente do orçamento público.
Enquanto as estimativas dos custos indiretos, decorrentes principalmente da perda de produtividade dos pacientes, são da ordem de R$ 1 bilhão. "Os dados mostram que a doença de câncer de pulmão é muito cara para o País, não apenas do ponto de vista essencialmente econômico, mas também social", afirma a economista Vanessa Boarati, professora do Insper e uma das autoras da pesquisa. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), por volta de 32,5 mil casos de tumor de pulmão deverão ser diagnosticados em 2023 no País.
Anualmente, a doença mata cerca de 28 mil brasileiros e é o tipo de câncer com o maior número de vítimas entre as neoplasias. "Hoje, dados comprovam que, se você diagnostica o paciente no estágio 1 (aquele inicial, em que o tumor está localizado), existe a possibilidade de cura com apenas um tratamento - cirurgia ou radioterapia - de 80% a 90%; já em casos avançados, as possibilidades são muito menores", salienta Clarissa Baldotto, presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica.
As informações econômicas e sociais sobre a doença ganham ainda maior peso ao serem combinadas com as da área de saúde. O consenso científico formado a favor do rastreamento preventivo dos cânceres de pulmão está explicitado em um documento elaborado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR).
O projeto fruto desse consenso, segundo Gustavo Prado, médico pneumologista do Instituto do Coração (InCor) e professor da Faculdade de Medicina da USP, engloba vários aspectos fundamentais para o enfrentamento do câncer de pulmão. "A ideia inclui não apenas a síntese das evidências em favor da estratégia do diagnóstico precoce, mas também um plano estruturado que inclui a prevenção, com o tratamento de cessação do tabagismo, o delineamento da população elegível para o rastreamento, requisitos mínimos de estrutura, equipamentos e especificações técnicas da tomografia com baixa dose de radiação e, por fim, como interpretar os resultados e referenciar pacientes com achados relevantes nos exames de imagem a uma linha de cuidado de diagnóstico, estadiamento e tratamento em centros especializados", afirma o cientista da USP.
Os esforços para baixar as mortes decorrentes do câncer de pulmão também se espalham pelo setor privado, afirma Karina Fontão, diretora médica executiva da multinacional AstraZeneca. "Nós estamos liderando ações cujo objetivo é aumentar a sustentabilidade do sistema de saúde, seja por meio da criação de protocolos de screening, ou da implementação de ferramentas fundamentais para permitir o diagnóstico cada vez mais precoce."
De acordo com Boarati, professora do Insper, experiências internacionais também ajudam a dar lastro à ideia de o Brasil implementar um programa de rastreamento preventivo do câncer de mama. "Não é uma tarefa simples. Existem desafios, mas isso não significa que eles não devem ser enfrentados."
Devido aos vários gargalos que a saúde pública brasileira apresenta, o relatório do Insper também deixa claro como cada passo deve ser dado, para que uma implementação paulatina e segura do programa de rastreamento possa ocorrer. "No curto prazo, o ideal seria começar em centros de excelência para a doença que são mais bem preparados e equipados para atender as pessoas. Outro ponto importante, ainda mais com a penetração dos cigarros eletrônicos na sociedade, é a intensificação das campanhas antitabagismo", defende Boarati.
Como melhorar o prognóstico dos pacientes brasileiros?
O câncer de pulmão foi discutido no Summit Saúde 2023 em painel realizado pelo Blue Studio com o patrocínio de AstraZeneca. Intitulado Câncer de Pulmão: como melhorar o prognóstico dos pacientes brasileiros, o debate discutiu estratégias para rastrear antecipadamente a silenciosa doença. Mediada pela jornalista Rita Lisauskas, a conversa contou com a participação de Gustavo Prado, membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, e Clarissa Baldotto, presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT)
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AGÊNCIA CÂMARA
Câmara aprova projeto que cria certificado para empresa que promover saúde mental e bem-estar de funcionários; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) projeto de lei que cria um certificado federal para empresas por seguirem critérios de promoção da saúde mental e do bem-estar de seus funcionários.
O Projeto de Lei 458/23, da deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE), será enviado ao Senado com texto da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).
Segundo o projeto, o certificado terá validade de dois anos, período após o qual a empresa deverá passar por nova avaliação para renovação. Enquanto válido, as empresas poderão utilizá-lo em sua comunicação e materiais promocionais.
Para obter o certificado, os interessados deverão cumprir diretrizes para desenvolver ações e políticas que efetivamente promovam esse bem-estar e a saúde mental dos trabalhadores. Caso descumprir as diretrizes, a empresa poderá ter o certificado revogado.
Paralelamente, o governo federal poderá promover ações publicitárias de incentivo à adoção do Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental.
A deputada Maria Arraes comemorou a aprovação do projeto. "Hoje é o Dia Mundial da Saúde Mental e é importante colocá-la no centro das atenções corporativas", afirmou.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Maria Arraes, autora do projeto de lei Comissão aprova projeto que isenta pessoa com deficiência de IPI na compra de trator
Segundo Laura Carneiro, "se considerarmos que os indivíduos passam a maior parte de seu tempo, quando em vigília, no ambiente de trabalho, pode-se imaginar o nível da influência que ele exerce na saúde mental e no bem-estar dos trabalhadores".
Diretrizes
As diretrizes fixadas pelo texto estão divididas em três áreas. Na promoção da saúde mental, constam:
implementação de programas de promoção da saúde mental no ambiente de trabalho;
oferta de acesso a recursos de apoio psicológico e psiquiátrico;
promoção da conscientização sobre a importância da saúde mental com a realização de campanhas e treinamentos;
promoção da conscientização sobre a saúde mental da mulher;
capacitação de lideranças;
realização de treinamentos específicos de saúde mental de maior interesse dos funcionários;
combate à discriminação e ao assédio em todas as suas formas.
Quanto ao bem-estar, o texto lista seis diretrizes:
promoção de ambiente de trabalho seguro e saudável;
incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
incentivo à prática de atividades físicas e de lazer;
incentivo à alimentação saudável;
incentivo à interação saudável no ambiente de trabalho;
incentivo à comunicação integrativa.
Transparência
Para subsidiar a concessão e a manutenção do certificado, a empresa deverá fazer uma espécie de prestação de contas e atuar com transparência. Assim, terá de divulgar regularmente as ações e políticas relacionadas à promoção da saúde mental e do bem-estar de seus funcionários nos meios de comunicação utilizados pela empresa.
Terão ainda de manter um canal para recebimento de sugestões e avaliações; além de fixar metas e realizar análises periódicas dos resultados.
Comissão certificadora
A concessão do certificado será realizada por comissão certificadora nomeada pelo Ministério da Saúde, que terá a atribuição de aferir se as práticas desenvolvidas pela empresa estão alinhadas com as diretrizes.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ministra da Saúde exonera responsável por evento com dança erótica
Pediatra é atropelado na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis
Médico que virou réu por morte de mulher após cirurgia plástica responde a outros processos por mortes de pacientes e erros
Governo divulga balanço parcial do Dia D de Multivacinação
Prestadores de saúde mostram melhora nos resultados do 2º trimestre, mas nem tudo que reluz é ouro
Anahp divulga dados sobre o uso de IA em hospitais privados
PORTAL G1
Médico que virou réu por morte de mulher após cirurgia plástica responde a outros processos por mortes de pacientes e erros
Em Goiás são sete ações contra o médico, já no Maranhão, existem outros quatro processos. A maioria é por erro médico e morte de pacientes após procedimentos estéticos.
Por Larissa Feitosa, g1 Goiás
O cirurgião plástico Dagmar João Maester, acusado pela morte de uma paciente de 62 anos, em Goiânia, responde a outros processos na Justiça. No estado de Goiás são sete ações contra o profissional, já no Maranhão, existem outros quatro processos. A maioria é por erro médico e morte de pacientes após procedimentos estéticos - entenda os casos abaixo.
O g1 entrou em contato com médico por e-mail, telefone e mensagem de texto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O advogado de defesa Wendell do Carmo Sant’ana disse por telefone que não vai comentar nenhum dos casos, mas destacou que a situação profissional do cliente é regular. Disse também que alguns casos contra Dagmar já foram arquivados.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica informou que acompanha o caso e se solidariza com a família da paciente que morreu. Porém, disse que não cabe à entidade julgar a conduta do profissional a respeito dos fatos, pois esse papel é dos conselhos regionais.
Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que, durante o ano de 2017, o médico ficou 30 dias proibido de exercer a profissão após ter causado dano a paciente, por agir de forma imprudente ou negligência ou omissa, além de também ter deixado de informar a paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento.
Atualmente Dagmar encontra-se em situação regular. O Cremego enfatizou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas, mas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
Processos em Goiás
Existem sete processos contra o médico no Tribunal de Justiça de Goiás. Dois deles estão sob segredo de Justiça e, por isso, a reportagem não conseguiu maiores informações. Entenda os outros casos:
13 de outubro de 2004: Ação sobre direitos morais por erro médico. Aguarda retorno da Controladoria para incidir nos cálculos a multa e os honorários referente a execução;
15 de agosto de 2007: Processo em segredo de justiça;
20 de setembro de 2011: Processo de indenização por dano material causado por erro médico. Está em recurso sendo analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ);
4 de maio de 2023: Ação de indenização por dano moral causada por erro médico, da paciente Keila Patricia Dias da Silva. Está aguardando pagamento das custas iniciais, após a juíza deferir o pagamento do parcelamento. Entenda detalhes sobre o caso abaixo;
11 de maio de 2023: Processo em segredo de justiça;
Abril e maio de 2023: Processo por direitos morais causados por erro médico e processo criminal por omissão de socorro, da paciente Marisa Rodrigues da Cunha. Entenda detalhes sobre o caso abaixo;
Processos no Maranhão
Existem quatro processos contra Dagmar João Maester no Tribunal de Justiça do Maranhão. São duas ações por erro médico, uma por homicídio simples e um processo por direito de imagem.
O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Maranhão, por mensagem de texto, para solicitar mais informações sobre a situação atual de cada um dos processos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Em julho do ano passado, o g1 publicou uma reportagem informando que o médico estava sendo investigado pela Polícia Civil pela morte das pacientes Robenha Pereira e Patriciana Nunes Barros, após procedimentos estéticos realizados por ele na cidade de Imperatriz, a 629 km de São Luís.
Robenha morreu no dia 15 de fevereiro de 2022 depois de ter feito uma abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital particular do município.
“Eu não tenho dúvidas da negligência que houve, porque assim que ele terminou a cirurgia, que demorou mais de quatro horas, ele saiu do box cirúrgico e foi logo para o hotel. Ela foi para a enfermaria e até então estava tudo bem, mas logo depois ela começou a sentir dor nas costas”, disse Tâmara Regina Pereira, filha de Robenha, na época à reportagem.
O atestado de óbito apontou insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão e tromboembolismo pulmonar pós-operatório.
A reportagem afirma também que, um mês depois da morte de Robenha, a assessora parlamentar Patriciana Nunes também morreu após passar por uma abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas realizada por Dagmar.
O marido de Patriciana chegou a enviar vídeos para o médico mostrando a esposa passando mal. Em resposta às mensagens, Dagmar teria dito que poderia ser uma crise de ansiedade e recomendou um psiquiatra. Cinco dias depois, Patriciana faleceu.
O caso de Marisa
Em Goiás, os dois processos mais recentes contra o médico são de abril e setembro deste ano. Ambos envolvem o caso da paciente Marisa Rodrigues da Cunha, de 62 anos.
A idosa realizou uma cirurgia estética para redução de mama, abdominoplastia e lipoaspiração no dia 14 de abril deste ano, no Hospital Goiânia Leste. Porém, dois dias depois, morreu em casa por complicações do procedimento.
O g1 ligou duas vezes na unidade médica, mas não conseguiu contato com a administração para um posicionamento.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a idosa realizou os exames pré-operatórios pedidos pelo médico, que constataram que ela era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano. Segundo o órgão, Marisa não tinha condições para fazer a cirurgia.
O documento diz também que um dia após o procedimento, o médico deu alta para a vítima. Em casa, ela começou a vomitar com frequência e, por isso, a filha passou a questionar o médico. Inicialmente ele disse que os sintomas eram normais e depois pediu para ela parar de tomar todos os remédios.
A filha de Marisa chegou a pedir ajuda para o enfermeiro do médico, que conversou com o profissional. Mas conforme a denúncia, em nenhum momento Dagmar orientou que a vítima voltasse para o hospital. A filha da idosa chamou o socorro, mas Marisa não resistiu e morreu ainda em casa.
De acordo com o laudo de exame cadavérico, a idosa morreu por alterações relacionadas à cirurgia, que resultaram em um tromboembolismo pulmonar. O MPGO denunciou o médico alegando que ele deixou de prestar socorro e, com isso, agiu com imperícia e negligência.
O juiz deu um prazo de dez dias para o médico apresentar uma resposta à acusação.
O caso de Keila
Em janeiro de 2022, Dagmar também operou a paciente Keila Patricia Dias da Silva, no Hospital Goiânia Leste, na capital. Ela também fez três tipos de procedimentos estéticos de uma só vez por um valor de R$ 19 mil. Porém, a cirurgia não ficou como a mulher queria.
À TV Anhanguera, a paciente disse que o médico tirou pele da mama errada e, com isso, os seios ficaram com tamanhos diferentes.
“Era pra ele ter operado o peito esquerdo, mas ele fez no peito direito. Ele tirou pele no peito direito que não podia tirar, então eu fiquei com a mama direita bem pequenininha e a esquerda com displasia”, lamentou Keila.
Após a cirurgia, a paciente procurou o médico para pedir o dinheiro de volta. O médico respondeu que não concordava com isso e que eles deveriam resolver judicialmente.
“[ O dinheiro de volta ] É pra eu procurar um especialista e consertar o erro dele. Do jeito que está eu não consigo me olhar no espelho”, desabafou.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Ministra da Saúde exonera responsável por evento com dança erótica
Diretor de Prevenção e Promoção da Saúde foi deixou o cargo na última sexta-feira
A Ministra da Saúde Nísia Trindade, anunciou a exoneração do Diretor de Prevenção e Promoção da Saúde responsável pela organização do “1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde” evento em que ocorreu a dança erótica na última quinta-feira, 5. Andrey Roosewelt Chagas Lemos deixou o cargo alguns dias após a forte repercussão negativa do vídeo que registrou a apresentação.
Não apenas grupos ligados a partidos de direita, oposição ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas também aliados, se manifestaram com críticas por meio das redes sociais. O deputado federal por Minas Gerais, André Janones (Avante), declarou por meio de seu perfil no X que a maioria não tem noção do “estrago” que o episódio em tela causa.
“A maioria não tem a noção do estrago que um episódio como esse da dança na abertura do evento do ministério da saúde causa. A extrema direita saberá capitalizar muito bem, e a cada eleição, esse vídeo virá à tona. Enquanto isso, a gente que lute pra explicar que fucinho de porco não é tomada.A velha guarda vai fazendo cagada e a gente vai atrás limpando!”André Janones Deputado Federal
A Ministra da Saúde, salientou em vídeo publicado também nas redes sociais, que foi pega de surpresa com toda a repercussão que o caso tomou. Ela pontuou que estaria em uma agenda fora de Brasília, nas cidades de Diadema e Mauá no estado de São Paulo. Segundo Nísia, o Diretor teria assumido toda responsabilidade pelo fato.
Divulgação Ministério da Saúde
"Infelizmente eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho por meio desse vídeo me desculpar sinceramente pelo ocorrido”Nísia Trindade Ministra da Saúde
A apresentação foi classificado pelo Ministério da Saúde como “Inadmissível”.
"O Ministério da Saúde reitera o compromisso com a saúde da população e o fortalecimento do SUS, com visão inclusiva e o respeito à diversidade e à democracia”Comunicado do Ministério da Saúde
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A REDAÇÃO
Pediatra é atropelado na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis
O médico pediatra Marcos Antônio de Paiva sofreu atropelamento grave na última quinta-feira (05/10), ao deixar o trabalho, em frente à clínica SOS Criança, por volta das 14h30, na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis. O motociclista que atropelou o médico também caiu e sofreu escoriações com o acidente. Os dois foram socorridos e receberam auxílio médico.
O médico Marcos Antônio de Paiva foi socorrido pelo irmão, Márcio Paiva, até a chegada do SAMU e foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Anápolis (HUANA) e submetido a uma craniotomia, neste momento está na UTI do hospital Ânima, em Anápolis, ainda sedado, entubado e com quadro estável.
O relato de acidentes na avenida Presidente Kennedy é quase diário. Falta de sinalização e trânsito intenso com alta velocidade são as maiores queixas. Pedidos já foram feitos às autoridades municipais e à Secretaria Municipal de Trânsito para uma solução permanente, visto que a clínica recebe muitos pacientes, a maioria mães com crianças.
Uma secretária da clinica também já sofreu acidente no local, onde existe uma faixa de pedestres. A Clínica SOS Criança existe há 27 anos, com atendimento de várias especialidades e oferecidos por uma equipe de seis médicos da mesma família.
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DIÁRIO DO ESTADO
Governo divulga balanço parcial do Dia D de Multivacinação
Os dados preliminares vão ser apresentados pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante visita do diretor do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), divulga, nesta segunda-feira, 9, o balanço parcial do Dia D da Campanha Estadual de Multivacinação 2023, realizado no sábado (07/10), em todos os 246 municípios goianos.
Os dados preliminares vão ser apresentados pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante visita do diretor do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde (PNI/MS), Éder Gatti. À tarde, a comitiva visita a Central da Rede de Frio da SES-GO e o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais no Hospital Estadual da Mulher (Hemu).
DIA D DA CAMPANHA DE MULTIVACINAÇÃO
O Dia D da campanha de Multivacinação foi realizado no sábado, 7, com a presença da superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim e a gerente de Imunização, Joice Dorneles, e equipe da SES-GO, no Centro Municipal de Vacinação de Goiânia, no Setor Pedro Ludovico.
“O que a gente espera com esse Dia D é ter um grande número de crianças e adolescentes com cartão atualizado, porque é proteção e o não retorno de doenças que foram erradicadas ou já controladas, como a paralisia infantil, sarampo, difteria e outras mais”, afirmou Flúvia, ao destacar as 970 salas abertas em todos os 246 municípios, das 8 às 17 horas, durante toda a campanha que vai até dia 14.
Um total de 17 imunizantes estão sendo disponibilizados nas salas de vacina de todo estado. “Então, se você é pai ou responsável de uma criança, leve-a até um posto de vacinação, para verificar a caderneta”, orientou a superintendente. “Como são muitas vacinas, com doses diferentes, em períodos diferentes, lá (no posto de vacinação) vai ser verificado se tem alguma vacina atrasada, para poder atualizar”. Os imunizantes protegem contra mais de 30 tipos de doenças.
Pai consciente e preocupado com a saúde do filho, Isaías Nascimento, levou o pequeno David, de 9 meses, no Dia D. O menino recebeu a dose contra febre amarela, mantendo a carteira de vacinação em dia, segundo o pai. “Agora, é deixar ele preparado para a vida, crescendo bem e com saúde”, comemorou o pai, após levar o bebê à sala de vacinação.
ZÉ GOTINHA E VACINA MAIS, GOIÁS
O Dia D da Vacinação é uma das diversas ações do Governo de Goiás para reverter as baixas coberturas vacinais no Estado. No domingo, 8, de manhã foi realizada uma ação no Parque Flamboyant, no Jardim Goiás.
O evento, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, também contou com a presença do Zé Gotinha e, ainda, da van da vacinação, que dá a oportunidade de imunização a crianças que não puderam ser levadas pelos pais ou responsáveis durante a semana ou no sábado.
Todas essas estratégias fazem parte do Plano Estadual de Recuperação das Altas Coberturas Vacinais, o Vacina Mais, Goiás, lançado em setembro pelo governador Ronaldo Caiado. A iniciativa está em sintonia com o Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, projeto iniciado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ao qual o Governo de Goiás também aderiu.
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SAÚDE BUSINESS
Prestadores de saúde mostram melhora nos resultados do 2º trimestre, mas nem tudo que reluz é ouro
As receitas dos sete principais players cresceram em média 9%, apesar das despesas se manterem elevadas, fator que continua a pressionar todo o mercado de saúde
Os balanços financeiros dos maiores prestadores de serviços de saúde no Brasil, incluindo hospitais e laboratórios, no 2º trimestre de 2023, mostraram um cenário mais animador em comparação ao que vimos no final de 2022. As receitas dos sete principais players cresceram em média 9% (Dasa, Rede D´Or, Mater Dei, Kora, Oncoclínicas, Hapvida e Fleury), apesar das despesas se manterem elevadas, fator que continua a pressionar todo o mercado de saúde. Além disso, esses prestadores também apresentaram melhora nos principais indicadores de eficiência.
Ano passado foi um período desafiador para os hospitais, com uma forte pressão sobre as margens e um panorama preocupante do futuro, com perspectivas de uma ainda maior deterioração, diante da implementação do piso salarial da enfermagem e a pressão nas negociações por parte das operadoras. Esse cenário levou os prestadores a implementarem iniciativas de eficiência, que começaram a render frutos no primeiro semestre de 2023, com um claro impacto nas linhas de SG&A e custos de pessoal. Os principais players do mercado também apresentaram uma evolução significativa no resultado financeiro em relação ao último mês do ano anterior.
Ainda assim, os esforços não foram suficientes para compensar a perda de eficiência dos últimos 12 meses, deteriorando as margens na comparação interanual. O SG&A apresenta aumentos de até 20% ano a ano, enquanto os custos com pessoal acompanharam a receita, não capturando sinergias de escala. O resultado financeiro também é um ofensor frente ao 2º trimestre de 2022.
Os custos com materiais e medicamentos, que apresentaram aumentos acima do crescimento da receita tanto na base anual como na comparação com o fim de 2022, merecem um parágrafo à parte. A gestão dos insumos ainda é um desafio para os prestadores de serviço, que costumam focar os esforços nos preços de compra, enquanto a principal ineficiência está no consumo. Nossa experiência nesse tipo de iniciativa demonstra que atacar o consumo é mais trabalhoso, porém tem um impacto muito maior, conseguindo eficiências de até 20%.
A A&M Healthcare, área da Alvarez & Marsal especializada no mercado de saúde, acredita que essa melhora dos resultados está mais associada ao aumento da receita via ocupação, ticket e expansão de leitos do que a projetos de eficiência, e que as iniciativas dos prestadores têm sido só o início de um ciclo de crescimento constante que será crucial para a sustentabilidade do negócio.
Agora, mais do que nunca, eficiência é um requisito para sobreviver ao cenário turbulento do mercado hospitalar no Brasil. As organizações que não implementaram iniciativas de aperfeiçoamento operacional têm visto um detrimento nos seus caixas, comprometendo o negócio no médio e longo prazo.
O time da A&M Healthcare tem trabalhado fortemente nos últimos meses com grandes grupos hospitalares no Brasil e outros países da América Latina para apoiar essas companhias a se manterem rentáveis e sustentáveis. Em um dos projetos, inclusive, apoiamos um grupo de hospitais a se adaptar ao aumento de prazo de recebimento e glosas, prática que vem crescendo no país e que prevemos que ficará cada vez mais intensa.
Os analistas do mercado preveem que o segundo semestre deste ano também apresentará resultados positivos no mercado hospitalar brasileiro, beneficiando-se da sazonalidade geralmente observada no período. Mas isso não deve tirar o foco das iniciativas de produtividade, o que impactaria a rentabilidade dos trimestres seguintes.
*Marcelo Compte é sócio-diretor da A&M (Alvarez & Marsal) Healthcare na América Latina. Possui mais de 15 anos de experiência em Consultoria Estratégica e de Gestão em diversos países, executando projetos de estratégia corporativa, processos comerciais, melhoria da produtividade, além de redução de custos e valuation em várias indústrias, especialmente saúde e bens de consumo.
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Anahp divulga dados sobre o uso de IA em hospitais privados
Aprimorada para a melhoria da gestão hospitalar e assistência à saúde, a IA (Inteligência Artificial) surge como ferramenta imprescindível para o setor na atualidade. É o que mostra um levantamento inédito realizado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) junto aos seus associados, trazendo dados sobre o uso da IA em hospitais brasileiros. O mapeamento foi realizado durante os meses de julho, agosto e setembro de 2023, em parceria com a ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde) e patrocínio da Bionexo.
De acordo com Felipe Cabral, coordenador do GT Tecnologia e Inovação em Saúde da Anahp e gerente médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, o material tem como objetivo compreender o grau de maturidade dos hospitais para o uso da tecnologia, bem como balizar a criação e aperfeiçoamento de soluções com IA para o segmento hospitalar.
Dos 45 hospitais respondentes, 55,1% dos entrevistados afirmam ter investido, nos últimos dois anos, em soluções que têm a IA como base para a entrega de valor de resolução dos problemas e 62,5% declaram que já utilizam a tecnologia de alguma forma em seus processos, entre eles a criação de chatbots de atendimento, ampliação da segurança da informação e apoio à decisão clínica, além de aperfeiçoamento nas análises de imagens médicas. A pesquisa revela ainda que 51% dos hospitais que investiram em IA obtiveram resultados práticos (confira o estudo na íntegra aqui).
“Esse dado, certamente, é um indicativo de que a IA está sendo vista como importante ferramenta para melhorar a eficiência, a precisão e a qualidade dos serviços de saúde. Contudo, a forma como vem sendo utilizada ainda foca mais nas situações administrativas, tendo um campo bastante amplo para expansão nas atividades clínicas”, detalha.
No entanto, conforme explica Cabral, as instituições ainda encontram algumas barreiras para avançar na área. Entre os principais desafios citados na pesquisa estão a falta de interoperabilidade sistêmica e o custo elevado de implantação. “A dificuldade para engajar o corpo clínico e segurança dos dados também foram elencados pelos participantes como pontos que precisam ser superados para que a implantação da IA seja bem-sucedida”, destaca o especialista.
Para garantir maior segurança e suporte aos hospitais que buscam inovar, segundo Cabral, o crescimento da IA nos hospitais deve ser acompanhado de perto por reguladores e profissionais de saúde, para garantir que seja feito de forma ética e responsável.
“Com o avanço da tecnologia de IA de forma segura e consistente, é provável que surjam novas aplicações e melhorias nas soluções existentes, tornando a IA ainda mais atraente para os hospitais. Com isso, na medida em que mais hospitais implementam soluções de IA e demonstram melhorias tangíveis na qualidade dos cuidados de saúde e na eficiência operacional, outros hospitais serão incentivados a seguir o exemplo”, completa.
Conahp 2023
Com a perspectiva de ampliação nos investimentos em IA no setor hospitalar, o estudo aponta também que 38% dos entrevistados acreditam que startups possam trazer novas abordagens para os desafios da implementação da tecnologia. Esta será uma das temáticas principais do Conahp 2023 (Congresso Nacional de Hospitais Privados), o encontro mais importante do setor no país, que acontecerá em São Paulo nos dias 18 e 19 de outubro.
Com um palco estratégico, especialistas do setor debaterão os desafios e aplicabilidade da IA nos hospitais, trazendo cases nacionais e internacionais a fim de compartilharem experiências positivas sobre o uso da tecnologia nas diversas áreas da saúde.
Além disso, todos os anos, o Conahp, promovido pela Anahp, realiza o Desafio de Inovação, um projeto com foco em startups, cujo objetivo é mapear empresas que estejam desenvolvendo soluções inovadoras que possam ser de interesse para os hospitais e participantes do evento. Para a edição de 2023, o desafio receberá projetos de startups que apresentem soluções de IA dentro dos pilares: Modelo Assistencial, Modelo de Gestão e Processos e Atendimento e Experiência do Paciente.
Com inscrições abertas pelo site do Conahp, o programa irá contribuir para capacitar e acelerar o processo de inovação e transformação digital nos hospitais. Para Rafael Barbosa, CEO da Bionexo, a parceria com a Associação é um caminho para fomentar a inovação, que é pautada em conexões.
“Nós acreditamos que, como empresa de tecnologia que há muitos anos investe em inovação, temos responsabilidade em fomentar o avanço do setor na criação e adoção de tecnologia. Acreditamos também que inovação se faz juntos, de portas abertas, e criando conexões como as que estamos propondo aqui. Portanto, é uma honra para nós poder puxar esta frente de startups de IA na saúde junto com a Anahp”, destaca.
Já de acordo com Helen Mazarakis, diretora Operacional da ABSS, também parceira da Anahp nesse projeto, a oportunidade abre caminhos para estimular uma grande mudança no cenário da saúde no Brasil.
“Temos, hoje, uma ampla gama de possibilidades e recursos que podem ser utilizados em prol do desenvolvimento do setor, e os principais ganhos são a melhoria da assistência à saúde e a ampliação do acesso a serviços de qualidade. Para nós, o Desafio de Inovação do Conahp 2023 é uma oportunidade de aproximar startups das instituições, gerando soluções efetivas e alinhadas às principais dores do mercado de saúde”, finaliza.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Investimentos na Saúde atingem 23,5% de recursos próprios em Goiânia
Cremego alerta sobre riscos da abertura de escolas médicas sem qualidade
Novos conselheiros e diretores tomam posse oficial em sessão solene
Plano de saúde deve cobrir terapias multidisciplinares para criança autista
Projeto TeleUTI atende mais de 30 mil pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva do SUS
Não endeuse as drogas para emagrecer: as 10 dicas da médica Claudia Cozer para manter o peso e a energia
Alta no consumo de medicamentos como o Ozempic pode ser um problema para a indústria alimentar
Hapvida NotreDame Intermédica ultrapassa marca de 8 milhões de teleconsultas
A REDAÇÃO
Investimentos na Saúde atingem 23,5% de recursos próprios em Goiânia
Goiânia - A prefeitura de Goiânia investiu 23,5% de seus recursos próprios na Saúde em 2023, um índice notável que ultrapassa significativamente os 15% previstos na legislação. "Nunca se investiu tanto na área da saúde como agora. Temos avançado tanto na qualidade da assistência à população quanto na melhoria da estrutura física das unidades de saúde. No momento, há 21 obras em andamento no município, outras 18 já foram concluídas", afirma o prefeito Rogério Cruz.
O destaque deste ano é o índice de investimento de mais de 20% de recursos próprios no primeiro quadrimestre. "É comum fecharmos o ano com índices acima dos 20%, mas já nos quatro primeiros meses, é um grande feito", enfatiza Rogério Cruz, ao mencionar as reformas em andamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Guanabara, do Centro de Especialidades Médicas, no Setor Pedro Ludovico, e da Unidade de Vigilância em Zoonoses, com obras a todo vapor.
Além disso, três das 12 novas unidades de saúde tiveram ordens de serviço expedidas para o início das obras, que vão beneficiar as comunidades do Residencial Lorena Park, Vale dos Sonhos e Santa Fé. Outras ordens de serviço serão lançadas para mais unidades de saúde e ampliações.
No âmbito da qualificação da rede física, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) revitalizou completamente 14 unidades de saúde este ano. Além disso, foram realizadas 760 ordens de serviço para ações de manutenção corretiva e preventiva.
Ampliação
A Saúde em Goiânia também se beneficiou com a habilitação de 33 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, sete leitos de UTI coronariana e um repasse de R$ 10,3 milhões do Ministério da Saúde para incrementar as cirurgias eletivas. Foram realizadas 6.168 cirurgias de cataratas e 178 auditorias.
No combate à dengue, os agentes de endemias do município já realizaram visitas a 2,9 mil imóveis, identificaram 25,9 mil focos do mosquito Aedes aegypti, fizeram mais de 3 mil notificações e 4,8 mil autuações. O trabalho é realizado constantemente pelas equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACEs).
Na área de Vigilância em Saúde, destacam-se as 24 mil ações de prevenção e 6,3 mil com finalidade diagnóstica. O pacto da vacina resultou na regularização de salas de vacinas, com três delas abertas aos finais de semana, além de vacinações em espaços públicos e privados e parcerias com instituições como Rotary Club e Sistema Sest/Senat.
Atendimentos
Neste período, as unidades de urgência realizaram 3,2 milhões de procedimentos, enquanto na Atenção Primária foram realizados 2,6 milhões de atendimentos. Na área psicossocial, 22,7 mil atendimentos e acompanhamentos foram efetuados, e um total de 27,7 mil internações foram reguladas pelo município.
Em 2023, o programa Saúde Mais Perto de Você proporcionou mais de 17,1 mil atendimentos, incluindo consultas oftalmológicas, ultrassonografias, consultas médicas e dentre outros serviços
Além dessas realizações notáveis, o programa "Goiânia Sempre Rosa" e o "Intensifica Saúde Goiânia" são iniciativas que têm beneficiado a população. O primeiro visa melhorar o acesso das mulheres à saúde mamária, com foco na diminuição da mortalidade pelo câncer de mama e já teve como resultado a fila zerada para realização de biópsias por agulha, além de reduzir em menos de 30 dias o tempo de liberação de mamografias. O segundo tem fortalecido os serviços de Atenção Primária em Saúde, já atendendo quase 30 mil pessoas em 79 unidades de saúde.
O prefeito Rogério destaca que os avanços são resultado de um trabalho realizado com muita responsabilidade. “Com esses investimentos significativos e a dedicação incansável à saúde da população, propomos em deixar um legado positivo e duradouro para Goiânia, demonstrando que a saúde dos cidadãos é uma prioridade inegociável”, avalia o prefeito, ao acrescentar que o compromisso com a qualidade da assistência médica e o fortalecimento da infraestrutura de saúde estão pavimentando o caminho para um futuro mais saudável e próspero para todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
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FOLHA DO PLANALTO
Cremego alerta sobre riscos da abertura de escolas médicas sem qualidade
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) tem atuado intensamente em defesa da qualidade do ensino médico, pois entende que a formação de médicos deve ser pautada por princípios que garantam aos futuros profissionais uma base técnica robusta, uma sólida ética profissional e uma visão humanística dos cuidados com o paciente.
Por isso, o Cremego manifesta-se contra a retomada da abertura indiscriminada de escolas médicas patrocinada pelo Governo Federal com o lançamento de um edital que prevê até 95 novos cursos, com 5.700 vagas em todo o País.
Não basta, simplesmente, abrir novas escolas de medicina e ampliar o número de graduados. É preciso garantir a esses médicos a formação que lhes proporcione oferecer à população um trabalho qualificado e ético.
A abertura indiscriminada de novos cursos, registrada no passado, nos trouxe a um cenário com faculdades de qualidade técnica e ética duvidosa, que sequer contam com um hospital-escola ou professores qualificados.
Precisamos reparar essa falha e não a ampliar, pois estaríamos aumentando o número de médicos no mercado, mas comprometendo o futuro da medicina e da assistência à população. O Brasil não merece isso.
Esperamos que o Governo reveja essa decisão em nome da saúde, da segurança assistencial e do bem-estar da população brasileira.
Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego)
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Novos conselheiros e diretores tomam posse oficial em sessão solene
Os novos conselheiros eleitos para a gestão 2023-2028 e a nova diretoria do Cremego foram oficialmente empossados no dia 5, em uma grande cerimônia com a presença de representantes de órgãos governamentais, de entidades médicas, da classe médica e de amigos e familiares.
Entre todos que prestigiaram o evento, realizado na sede do Cremego, estavam a secretária-adjunta de Estado da Saúde, Ana Maria Arruda; o deputado estadual e médico Jamil Calife; o diretor de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Fernando Curado; o conselheiro por Goiás no Conselho Federal de Medicina (CFM), Salomão Rodrigues Filho; o secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollaro; o presidente da Associação Médica de Goiás (AMG), Washington Ferreira Rios; o presidente da Academia Goiana de Medicina, José Reinaldo do Amaral; o presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi; o diretor de administração do Sicoob Unicentro BR, Rodrigo Ximenes; a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão; o presidente da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), Adelvânio Francisco Morato; e o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás, Haikal Helou.
Na abertura da celebração, os participantes puderam acompanhar a apresentação do Hino Nacional e de duas músicas na voz cantora goiana Maria Eugênia, em companhia do músico Luiz Chaffin.
Em seguida, os conselheiros eleitos assinaram o termo de posse, com destaque para a presidente Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, que estará à frente da presidência do Cremego pelo período de 2023 a 2025.
A diretoria é composta ainda por:
1º Vice: Rafael Cardoso Martinez;
2º Vice: Vagner Ruiz Gil;
1º Secretário: Fernando Henrique Abrão Alves da Costa;
2º Secretário: Robson Paixão de Azevedo;
1º Tesoureiro: Marcelo Fortunato Macioca;
2º Tesoureiro: Adriano Jaime Consorte Loyola.
“Estamos felizes em ter uma médica pediatra dedicada à defesa da nossa classe. O nosso compromisso, tanto do Simego, quanto do Cremego, é trabalhar constantemente em prol dos direitos dos médicos”, ressaltou a presidente do Simego, Franscine Leão.
O presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi, mencionou ainda que todo o novo grupo de conselheiros promove a esperança do fortalecimento da casa do médico goiano, o Cremego.
“Esses cargos que vocês estão assumindo são de extrema responsabilidade, mas também gratificante. Desejo que vocês tenham o discernimento para entender o que a classe médica precisa”, afirmou o presidente da AMG, Washington Luiz Ferreira Rios.
Representando o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, descreveu o quanto a medicina goiana é uma referência em todo o Brasil. “É uma noite de alegria, mérito e missão. É um trabalho de defender a nossa classe e todas as ameaças que pairam sobre ela”.
A secretária-adjunta de Estado da Saúde, Ana Maria Arruda, que já trabalhou como médica fiscal no Conselho, relatou o trabalho sério da autarquia, principalmente investindo nos médicos. “O Cremego é nosso aliado (do Estado) para buscar uma medicina de qualidade, que não apenas trata a doença, mas vai além, sendo ética, humana, sem barreiras e que defende aquele que precisa, que é o paciente”.
O conselheiro federal Salomão Rodrigues Filho falou sobre os desafios enfrentados pela medicina no Brasil e desejou sucesso aos novos conselheiros.
Por fim, a nova presidente do Cremego, Sheila Soares Victor, antes de iniciar o seu pronunciamento de posse, pediu para que todos fizessem um minuto de silêncio em homenagem aos médicos assassinados no dia anterior em um ataque a tiros no Rio de Janeiro.
Em seguida, ela, que é natural de Três Rios (RJ) e reside em Goiânia há cerca de 30 anos, contou um pouco de sua trajetória e de como nasceu o seu interesse pela medicina.
Sheila ressaltou a importância de Deus e da família em sua vida e agradeceu aos amigos e aos médicos goianos pela confiança ao elegerem o grupo que estará à frente do Cremego nos próximos cinco anos.
Ela também agradeceu aos novos conselheiros, que aceitaram o desafio de trabalhar pela classe médica e população, e aos colegas de diretoria.
“Essa solenidade marca o início oficial de um trabalho que já estamos exercendo em prol do bom exercício da medicina e da assistência à população, com ética e defesa da autonomia do médico. Saibam que estaremos atentos às demandas da sociedade na área da saúde, com as portas abertas para ouvir os médicos e lutar para que seus direitos sejam respeitados. Conto com o apoio de todos vocês para construir uma medicina melhor, sempre pautada pelo respeito. Sigamos juntos, firmes e comprometidos em prol da medicina, da ética e da saúde de todos”.
O evento contou com o apoio da AMG, Simego, Sicoob Unicentro BR e Unimed Goiânia.
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CONSULTOR JURÍDICO
Plano de saúde deve cobrir terapias multidisciplinares para criança autista
Conforme a Súmula 102 do Tribunal de Justiça de São Paulo, quando há expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob o argumento de sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Médica prescreveu terapias multidisciplinares, mas operadora negou
Assim, a 4ª Vara Cível de Limeira (SP) determinou, em liminar, que um plano de saúde forneça terapias multidisciplinares a uma criança autista, sem limite de sessões ou de duração.
Caso a operadora não tenha a modalidade específica de tratamento em suas clínicas conveniadas, deverá custear o pagamento em outras clínicas particulares na região de residência do beneficiário.
A médica prescreveu psicoterapia, treino parental, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia. Segundo ela, o atendimento precoce é determinante e imprescindível para o pleno desenvolvimento, a autonomia e a qualidade de vida da criança.
Mesmo assim, a operadora negou o atendimento, com a alegação de que sua abrangência territorial não compete ao domicílio atual do beneficiário.
O juiz Marcelo Ielo Amaro considerou que a criança ficou exposta a uma "qualidade de vida sub-humana" e foi "tolhida de seu direito ao desenvolvimento necessário e à sua reabilitação". Segundo o magistrado, a liminar evita "danos maiores que a pessoa humana possa suportar".
Atua no caso o advogado Kaio César Pedroso.
para ler a decisão
Processo 1012201-17.2023.8.26.0320
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MEDICINA S/A
Projeto TeleUTI atende mais de 30 mil pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva do SUS
Lançado em 2018, o projeto TeleUTI do Ministério da Saúde, uma parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), já atendeu, nas três linhas de cuidado, mais de 32.660 pacientes-dia, além de ter realizado 6.634 telerrounds e 5.025 atendimentos de médicos especialistas.
O projeto iniciou as atividades em UTIs pediátricas e em seguida expandiu para UTIs neonatais e adulto. Os indicadores preliminares das pesquisas serão apresentados ao público na primeira semana de outubro, em evento realizado no Hospital Moinhos de Vento.
"O encontro tem o propósito de apresentar o impacto da telemedicina em UTIs do SUS. A ideia é proporcionar conhecimento de como implementar e manter um modelo de telemedicina e sua aplicabilidade no sistema público", explica Hilda Maria Rodrigues Moleda Constant, líder operacional do projeto TeleUTI.
No evento, será apresentado o histórico do projeto. Na sequência, os resultados nas UTIs neonatais e adulto e dados preliminares do ensaio clínico randomizado da pediatria. Além dos times do Hospital Moinhos de Vento, o encontro prevê uma mesa redonda com os centros participantes das três linhas de cuidado do projeto. O evento acontece em formato híbrido e tem inscrições gratuitas.
O TeleUTI
Estabelecido em 2018, o projeto, além de prestar assistência, oferece atividades de educação para as equipes dos centros participantes e propõe o desenvolvimento de pesquisas. Na época, relembra Hilda Maria, foi desenvolvido um estudo do tipo antes e depois, que apontou impacto em alguns indicadores clínicos. Sendo assim, tornou-se um projeto de continuidade e atualmente desenvolve um ensaio clínico randomizado para avaliação do impacto deste modelo de atendimento. O estudo conta com a participação de 16 UTIs pediátricas de diferentes regiões do país, especialmente do Nordeste.
Desde o início, além das atividades propostas, o MS pode contar com o projeto com ações específicas e emergenciais. Foi o caso da ação Covid, em 2020, onde foram atendidas oito UTIs adulto. Em julho e agosto deste ano, o projeto se uniu à força-tarefa nacional para apoiar o sistema de saúde do Amapá, que teve decretada situação de emergência em saúde pública no estado em razão do aumento nos casos de doenças respiratórias em crianças.
Na linha pediátrica, o projeto já atendeu 21.838 pacientes-dia, realizou 4.048 telerrounds e 3.796 atendimentos de médicos especialistas. Na linha neonatal, o projeto já atendeu 5.677 pacientes-dia, realizou 1.408 telerrounds e 1.057 atendimentos de médicos especialistas. Na linha adulto, o projeto já atendeu 5.145 pacientes-dia, realizou 1.178 telerrounds e 172 atendimentos de médicos especialistas.
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O GLOBO ONLINE
Não endeuse as drogas para emagrecer: as 10 dicas da médica Claudia Cozer para manter o peso e a energia
Apesar dos esforços mundiais de conscientização, e do desenvolvimento de novas estratégias de combate, doenças metabólicas como obesidade e diabetes apenas aumentam. Segundo projeções mais recentes, mais da metade da população global estará com sobrepeso ou obesidade até 2035, e um bilhão de indivíduos estarão com diabetes tipo 2, que é associada a hábitos de vida, até 2050. As patologias preocupam pois elevam o risco de comorbidades associadas, como hipertensão, infartos, derrames, tromboses, problemas ortopédicos, entre outros.
A convite do GLOBO, a endocrinologista Claudia Cozer Kalil, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtorno Alimentar do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e membro do conselho da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), lista os 10 principais hábitos para evitar o desenvolvimento das doenças e ter uma vida melhor.
A seguir, duas dicas da endocrinologista para evitar doenças metabólicas. Assinante O GLOBO tem acesso a todas as dicas em ambiente especial, e confira.
Menos sal e açúcar Comer envolve necessidades fisiológicas e nutricionais, então as escolhas alimentares devem respeitar esses objetivos básicos. O comer por prazer, para camuflar emoções negativas ou com preferências apenas por alimentos muito palatáveis e pouco nutritivos, deve ser reservado para ocasiões especiais, e não algo rotineiro.
O organismo precisa de nutrientes que ajudem o sistema imunológico, o bom funcionamento metabólico, a construção de massa óssea e muscular. Além disso, que permitam um bom funcionamento intestinal, minimizem sintomas alérgicos e forneçam a energia necessária para as atividades diárias. Por isso, deve-se preferir alimentos in natura, grupos alimentares equilibrados, pobres em gordura, sal e açúcares adicionados.
Mais movimento A atividade física é importante em vários aspectos. Dentre eles, o aceleramento do metabolismo, que ajuda o controle do ganho de peso, a liberação de endorfinas para reduzir ansiedade e compulsões alimentares, a melhora da qualidade do sono, a manutenção da massa óssea e muscular, a manutenção do equilíbrio e coordenação, o controle da pressão arterial e a redução dos níveis glicêmicos e do colesterol.
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NOTÍCIAS DO BRASIL
Alta no consumo de medicamentos como o Ozempic pode ser um problema para a indústria alimentar
Com o aumento das prescrições de medicamentos como o Wegovy e Ozempic, os vendedores de alimentos estão cada vez mais se questionando sobre a possibilidade de uma mudança significativa na forma como - ou quanto - as pessoas comem.
Os medicamentos cada vez mais populares geralmente funcionam reduzindo o apetite dos pacientes. Com 1,7% da população norte-americana recebendo prescrição de um medicamento semaglutida em 2023 - um aumento de 40 vezes nos últimos cinco anos - isso poderá significar sérios problemas para a indústria alimentar.
Por enquanto, essa indústria parece estar pensando nestes medicamentos da mesma forma que pensam nas tendências alimentares: mantendo um olhar atento ao comportamento do consumidor e pensando em formas de capitalizar as tendências.
No entanto, eles poderão ter de levar a ascensão desta classe de medicamentos mais a sério do que as dietas da moda, dizem alguns analistas da indústria.
Ajustes
Durante uma ligação na quinta-feira com analistas de Wall Street, o CEO da Conagra, Sean Connolly, disse que a empresa fará ajustes conforme necessário se os clientes comerem menos ou quiserem tipos diferentes de alimentos.
"Digamos que caso eles forem em busca de porções menores de comida, então nós vamos desenvolver as inovações e projetar porções menores", disse Connolly.
"Se eles mudarem para diferentes tipos de nutrientes nós mudaremos para diferentes tipos de nutrientes", afirmou.
"Se eles mudarem o tamanho da embalagem que utilizam, nós mudaremos isso." A Conagra possui marcas de alimentos como Healthy Choice, Duncan Hines e Marie Callender's.
Este tipo de abordagem não é novidade. As grandes empresas alimentares estão constantemente evoluindo os seus produtos para se adaptarem às tendências de consumo.
E tendo o bem-estar como prioridade para muitos - não apenas para as pessoas que tomam medicamentos semaglutida - as empresas já ajustaram os seus produtos num esforço para atrair consumidores preocupados com a saúde.
A PepsiCo e a Coca-Cola oferecem seus produtos em tamanhos menores para clientes que desejam ajuda no controle das porções (ou que desejam gastar menos).
As empresas de refrigerantes têm eliminado gradualmente a palavra "dieta" em favor de "zero açúcar" para marcas mais relevantes. E grandes marcas como a Mondelez adquirem marcas pequenas e modernas para ajudá-las a se adaptar às rápidas mudanças de gostos.
Mas as modas da dieta vêm e vão. Essa tendência dos medicamentos, porém, pode ser diferente.
Remédios como o Ozempic "têm o potencial de ter um impacto maior no consumo de alimentos do que, possivelmente, qualquer coisa que tenhamos visto antes", disse Alexia Howard, analista da Bernstein. A mudança não acontecerá da noite para o dia, observou ela, mas poderá ser duradoura.
"Com esta classe de medicamento, acho que a questão é: quantas pessoas estão preparadas para experimentá-las?" Howard disse. "E, então, qual é a taxa de rotatividade?" Para se adaptarem a uma possível mudança, as empresas deveriam "planejar diferentes cenários", disse ela.
O CEO do Walmart nos EUA, John Furner, disse recentemente à Bloomberg que os dados internos da empresa sugerem que os clientes que tomam Ozempic compram um pouco menos alimentos do que a população total, embora ele tenha alertado que era muito cedo para tirar quaisquer conclusões dos dados anônimos dos clientes.
Em resposta a um pedido de comentário da CNN, o Walmart disse que não tinha nada a acrescentar.
"A adoção de [medicamentos anti-obesidade] poderia conduzir a uma mudança comportamental ampla e duradoura entre um grupo demográfico considerável que representa uma parcela desproporcional do consumo de alimentos", alertaram os analistas do Morgan Stanley num relatório de pesquisa de agosto.
As empresas provavelmente mudarão as suas ofertas em resposta à adoção destes tipos de medicamentos, escreveram Pamela Kaufman, analista da Morgan Stanley, e outros, numa nota adicional em setembro.
Para alguns, isso será um impulso maior do que para outros.
Salgadinhos e doces
"Vemos as empresas com alta exposição a alimentos menos saudáveis, como salgadinhos, confeitos e produtos de panificação doces, como as mais impactadas", segundo o despacho de setembro. Marcas como Hostess, que fabrica Twinkies, Ding Dongs e HoHos, podem sofrer um golpe.
A Smucker, que anunciou recentemente que está adquirindo a Hostess, não parece muito preocupada.
"Existem várias maneiras pelas quais os consumidores continuarão a beliscar", disse o CEO Mark Smucker durante uma teleconferência com analistas em setembro, discutindo a aquisição.
"Os doces continuarão no radar", acrescentou. "Vemos que nossas projeções aqui são sólidas."
Muitas circunstâncias poderiam reduzir o impacto de medicamentos como o Ozempic na indústria alimentar: o interesse por estes medicamentos pode desaparecer ou a procura pode superar a oferta. Ou as pessoas que tomam os medicamentos podem não mudar as suas dietas de uma forma que tenha um impacto significativo nos vendedores de alimentos.
Ainda poderia beneficiar certas partes da indústria, incluindo vendedores de alimentos mais nutritivos.
"As pessoas que tomam esses medicamentos definitivamente apresentam supressão do apetite [e] comem quantidades menores", observou Jody Dushay, professora assistente de medicina na Harvard Medical School.
"Os nutricionistas e médicos que o prescrevem dizem às pessoas que, se a sua ingestão for reduzida, você deve se concentrar em comer alimentos altamente nutritivos, em vez de alimentos de baixa qualidade".
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PAINEL DE NOTÍCIAS
Hapvida NotreDame Intermédica ultrapassa marca de 8 milhões de teleconsultas
A Hapvida NotreDame Intermédica ultrapassou a marca de oito milhões de teleconsultas no terceiro trimestre de 2023. O serviço obteve um crescimento superior a 110% nos últimos dois anos. Os números correspondem a todas as soluções oferecidas, como consultas agendadas e de urgência.
Em Maceió, 16.793 atendimentos eletivos foram registrados no período de janeiro a setembro deste ano. A operadora passou de 190 mil atendimentos remotos mensais, em 2021, para mais de 400 mil em 2023, em nível nacional.
Segundo Marcelo Moreira, diretor médico de Padronização e Protocolos Médicos, o isolamento vivenciado durante a pandemia acelerou a adoção da tecnologia e a mudança de comportamento do cliente, que passou a demandar um bom serviço de telemedicina.
"Outros fatores responsáveis pelo crescimento no uso da teleconsulta são benefícios como a comodidade, a segurança para o cliente e a velocidade para atuar no começo dos sintomas", afirma.
Com mais de 20 especialidades médicas disponíveis para agendamento em seus canais de atendimento, a Hapvida NotreDame Intermédica também superou os indicadores de qualidade como satisfação e resolutividade. De acordo com Ádria Cândido, diretora de Saúde Digital, Centros Clínicos e Medicina Preventiva, esse resultado é fruto de um trabalho minucioso e educativo, desenvolvido para engajar os beneficiários, facilitar a jornada do paciente e prover o cuidado de forma cômoda e resolutiva.
Dentre os diferenciais do atendimento digital, estão as tecnologias desenvolvidas pela própria empresa, como as plataformas de interação médico-paciente, que busca oferecer uma experiência fluida aos clientes, e de prescrição digital, que envia os documentos de forma rápida e segura. Além disso, os beneficiários também têm acesso a sessões de psicoterapias, acompanhamento nutricional e a renovação digital de receita. Essas facilidades reforçam a preocupação da empresa em sempre inovar e oferecer o melhor serviço para os seus pacientes.
"Embora o crescimento no número de consultas tenha sido expressivo, mantivemos a taxa de resolutividade acima de 90% nas teleconsultas eletivas, ou seja, sem a necessidade de uma nova consulta presencial na mesma especialidade em até 60 dias após o atendimento virtual", conta Ádria Cândido.
A conveniência de realizar uma teleconsulta em qualquer lugar é um fator decisivo para o sucesso no uso da modalidade na instituição. "Temos o cuidado de sempre atender as necessidades dos nossos clientes, que hoje buscam menos filas de espera, evitar deslocamentos e mais qualidade nos serviços", finaliza.
Para saber mais acesse: https://www.hapvida.com.br/marcar-teleconsulta/ e https://www.gndi.com.br/beneficiario/telemedicina
Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica
A fusão entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica, em fevereiro de 2022, levou à criação da maior empresa de saúde e odontologia da América Latina. Com 78 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a companhia possui mais de 68 mil colaboradores, atende cerca de 16,1 milhões de beneficiários de saúde e odontologia e têm à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país. Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 331 clínicas médicas e 271 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Desta combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Piso da Enfermagem deve avançar no STF durante gestão do Barroso
Planos de saúde: Lira e relator de revisão vão fazer reunião com o setor
Caiado abre Congresso de Reumatologia e frisa excelência da medicina goiana
Burnout - Um passo para à falência de carreiras e empresas
PEC do plasma pode ser risco à doação de sangue; saiba o motivo
Alzheimer: bandana pode detectar os primeiros sinais de demência; entenda
Contratar ou não um Plano de Saúde?
Congresso internacional de ortopedia cancela solenidade de abertura
Outubro Rosa: A importância de uma vida saudável no combate ao câncer de mama
Summit Saúde: Obesidade não é preguiça, é doença; estigma atrapalha tratamento, dizem especialistas
A covid-19 continua matando
ATITUDE TO
Piso da Enfermagem deve avançar no STF durante gestão do Barroso
A posse do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) foi bem recebida pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), principal entidade que reivindica na Justiça a implementação plena do piso salarial da enfermagem. O primeiro aceno do magistrado na nova função foi a autorização do julgamento em plenário, aumentando o otimismo por parte da categoria.
Barroso, além de presidente da Corte, é relator do processo levantado por entidades de representação dos municípios e de instituições de saúde privada contra a aplicação do piso da enfermagem. Logo antes de sua posse, na quinta-feira (28), ele concluiu seu relatório, que pode ser apreciado pelos demais ministros. Com isso, o porta-voz do Cofen, Daniel Menezes, acredita que o cenário é favorável à causa dos enfermeiros.
O ponto que anima a enfermagem não diz respeito necessariamente à condução de Barroso como presidente, mas sim ao fato de o julgamento poder ser realizado em um momento favorável aos argumentos levantados pelo Cofen. "Os proponentes da ação estavam colocando que o piso da enfermagem traria desemprego, desassistência, falta de serviço. Mas o que vemos é o piso sendo implementado aos poucos e o mercado se ajustando", apontou.
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O ESTADO DE S.PAULO
Planos de saúde: Lira e relator de revisão vão fazer reunião com o setor
O relator do PL dos Planos de Saúde, deputado Duarte Junior (PSB-MA), se reuniu na quarta-feira, 4, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tentar acelerar a tramitação do projeto na Casa. Na conversa, ficou acordado que os dois devem fazer uma reunião com representantes do setor no dia 27. A expectativa é de que o tema seja votado ainda neste ano no plenário.
O relator do projeto fará uma série de reuniões com lideranças da Câmara para tentar acelerar a análise, que deve ir diretamente à votação, sem passar por comissões. O PL tramita no Congresso há cerca de 17 anos e cerca de 270 projetos foram anexados à primeira proposta sobre o tema.
No mês passado, o relator apresentou o texto do relatório sobre o tema. Entre os pontos destacados, o relatório estabelece uma regra para o reajuste de planos coletivos, que atualmente é feito a critério da operadora.
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A REDAÇÃO
Caiado abre Congresso de Reumatologia e frisa excelência da medicina goiana
O prestígio dos médicos goianos foi a base do discurso do governador Ronaldo Caiado nesta quarta-feira (4/10), durante a abertura do 40º Congresso Brasileiro de Reumatologia em Goiânia. “A medicina de Goiás sempre foi uma medicina de vanguarda, que sempre engrandeceu o estado, com nomes renomados em cada uma das especialidades. A reumatologia também é uma dessas e cada vez mais nos prestigia, em termos daqueles que oferecem aqui seus serviços para atender as pessoas” disse.
O evento, que é organizado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e presidida por Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, carrega o título de maior da especialidade da América Latina e ocorre até 7 de outubro. Até lá, o congresso contará com cursos, mesas redondas, conferências, simpósios, sessão de temas livres debatendo os principais temas da especialidade, além de encontro de pacientes, atividades culturais e premiações aos trabalhos e pesquisas mais expressivos sobre a Reumatologia no país, na atualidade.
“21 anos depois, Goiânia sedia novamente o principal evento da nossa especialidade, o que traz satisfação e, ao mesmo tempo, grande responsabilidade para nós e nossa cidade, ao receber colega dos quatro cantos do Brasil”, celebrou o reumatologista Rafael Navarrete, presidente da 40º edição do evento. “Temos cerca de 2 mil convidados inscritos até o momento e 864 trabalhos recebidos, sendo 650 destes aceitos como posters e 66 temas livres de alta qualidade”, enumerou o diretor científico da SBR, Ivânio Lopes.
Entre as abordagens da extensa programação científica do congresso estão os mais recentes avanços da reumatologia no mundo e temas importantes como “Transplante de células tronco nas doenças reumáticas”, “Desafios atuais na reumatologia pediátrica”, “Desafios no diagnóstico e tratamento da esclerose sistêmica”, “Cannabis medicinal no tratamento da dor”, “Saúde Mental nas Doenças Reumáticas”, entre muitos outros.
O evento contará ainda com o Terceiro Encontro Multiprofissional da SBR com o tema “O que fazer com o paciente reumático?” com uma série de assuntos de interesse direto dos pacientes como a educação para adesão ao tratamento, dor crônica, atividade sexual, entre outros temas.
Grandes nomes
Além de reunir profissionais renomados do setor no Brasil, o congresso também contará com palestrantes internacionais vindos de países como Estados Unidos, França, Canadá, Uruguai, Austrália, Paraguai e Itália, que discutirão os mais recentes avanços da especialidade em uma programação diversificada e dinâmica.
Destaque para as conferências internacionais com os especialistas franceses Jacques-Olivier Pers, que concentra pesquisas em medicina de precisão, e Laurent Arnaudm, professor titular de Reumatologia na Strasbourg University & Academic Hospitals, que lidera um grupo de pesquisa com foco em estratégias inovadoras para estudar a epidemiologia de doenças autoimunes.
Também os professores Janet Pope, do Canadá, com experiências de pesquisas em esclerodermia, Lupus Eritematoso Sistêmico e Artrite Reumatoide, do diretor do Hospital Geral de Massachusetts (MGH), John Stone, dos Estados Unidos.
Ainda o italiano Savino Sciascia, professor de Nefrologia no Centro Universitário de Excelência em Nefrologia, Reumatologias e Doenças Raras (ERK-Net, ERN-Reconnect e Membro RITA-ERN), Unidade de Nefrologia e Diálise e Centro de Imuno-Reumatologia e Doenças Raras (CMID), na Universidade de Turim, entre outros convidados internacionais.
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FALANDO DE GESTÃO
Burnout - Um passo para à falência de carreiras e empresas
Estamos sendo atropelados literalmente pela falta de tempo e excesso de afazeres cotidianos - a agenda está repleta de compromissos sociais, profissionais e domésticos. É preciso lidar ainda com as mudanças do mercado de trabalho, novas tendências, trabalhar nossas competências e conhecimentos e aplicar as novas tecnologias às nossas atividades. Em meio à este cenário, se faz necessária maestria para lidar com tantas demandas ao mesmo tempo, independentemente da posição que ocupamos na carreira - e a dica vale do estagiário ao presidente, contratados no modelo CLT, pessoa jurídica, estatutário ou qualquer outro.
Equilibrando inúmeros 'pratinhos' diários além da capacidade pessoal, muitas pessoas têm adoecido, e temem ser substituídas, perder o emprego, se tornar obsoletas e não conseguir se recolocar. "Nessa intensa vida, muitos profissionais ainda precisam aprimorar novas competências e habilidades, as tão faladas soft skills. A pressão sobre o trabalhador é constante e muitos têm arrefecido, não estão dando conta", diz o headhunter e CEO da Prime Talent Executive Search, David Braga.
Faz pouco mais de dois anos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a Síndrome de Burnout como fenômeno ocupacional, um problema grave da sociedade contemporânea. "Essa interpretação legitima as experiências que muita gente sofre ou já sofreu com esse tipo de esgotamento, ocasionado pelo estresse excessivo e prolongado que prejudica a saúde e que se não for resolvido, abre novos caminhos para outras doenças, como a depressão, por exemplo, perdendo não apenas as empresas, mas também os colaboradores", enfatiza Braga.
Segundo o headhunter, os principais sinais de que algo não vai bem com a pessoa é a perda de entusiasmo e brilho nos olhos pelos afazeres profissionais, apatia, exaustão
emocional, baixo sentimento de realização, sonolência, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, insônia e dores musculares. "Esses são alguns dos inúmeros reflexos ocasionados pelo burnout. E vários são os motivos para você ter um: lideranças abusivas, longas jornadas de trabalho, metas intangíveis, falta de clareza sobre os objetivos de sua posição e do plano estratégico, e até mesmo isolamento e falta de integração entre os integrantes da equipe. Tudo isso joga luz sobre os reflexos da estafa mental na saúde das pessoas", alerta.
De acordo com o último grande mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem a população com a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo, o que é muito preocupante, porque a ansiedade impacta negativamente todos os aspectos da vida. Se o seu trabalho é sinônimo de estresse, talvez seja a hora de rever sua rotina.
Estilo de vida - Para David Braga, na tentativa de aprender a controlar a ansiedade e o nervosismo, tudo parece valer a pena: leitura, meditação, técnicas de respiração e até remédio para essa finalidade, com a devida orientação médica. "Deve-se lembrar que a saúde mental é tão importante quanto a física e mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir e tratar a Síndrome de Burnout. É importante praticar exercícios físicos, se alimentar bem e curtir momentos de lazer. E não se esqueça que o ócio também recarrega as baterias", indica.
Segundo o headhunter, a questão da sobrecarga na rotina profissional é um convite à reflexão por parte das lideranças, afinal, até que ponto as cobranças excessivas são saudáveis ou, de fato, promovem resultados? "Com o avanço das tecnologias aplicadas de forma exponencial, recebemos a todo momento, uma enxurrada de informações, de inúmeras fontes, e estamos sempre conectados, por meio de smartphones, computadores ou tablets, nos sendo cobradas respostas ágeis a todo momento. É essencial e prudente analisar em que ritmo estamos, para não adoecermos mentalmente e fisicamente e, com isso, impactar diretamente nossa produtividade", analisa.
Se por um lado as organizações precisam instaurar um clima mais harmônico e propício para um trabalho mais humanizado e com valorização da saúde mental das pessoas,
cabe a cada um buscar o autoconhecimento, fortalecer suas competências e habilidades, assumir seu protagonismo e promover as mudanças necessárias para não querer "carregar o mundo nas costas".
'Tudo para ontem' exige equilíbrio - "É fundamental tomar cuidado para não criar ou manter a cultura do "tudo para ontem", do emergencial o tempo inteiro, uma vez que esse tipo de ambiente gera estresse, fica tóxico, adoece as pessoas, assim como cria o sentimento de incompetência ou de incapacidade. Preservar o equilíbrio é primordial para que a empresa não ofereça uma zona de conforto muito ampla, tampouco um clima de pânico aos seus colaboradores", acrescenta o headhunter.
Para Braga, ao incorporar questões de ESG - sigla do inglês que faz alusão às temáticas de governança, social e meio ambiente - em sua estrutura, as empresas têm buscado inserir temáticas como felicidade no trabalho, equilíbrio, propósito, legado e saúde mental. Esses temas devem estar cada vez mais na pauta das áreas de comunicação e recursos humanos das companhias, afinal, o bem-estar dos colaboradores está diretamente ligado à perenidade e desempenho da empresa.
"Não à toa, a temática tem sido uma preocupação dos Conselhos de Administração na prática de governança corporativa. Como sabemos, o termo workaholic - aquele que trabalha em excesso - tem caído em desuso. Atualmente, a busca por equilíbrio é muito valorizada e as organizações que querem ter um diferencial estratégico, precisam refletir sobre as boas práticas de gestão de pessoas e políticas de qualidade de vida para toda a sua estrutura", completa.
David Braga é CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos, presente em 30 países pela Agilium Group; é conselheiro de Administração e professor convidado pela Fundação Dom Cabral; além de conselheiro da ABRH MG, ACMinas e ChildFund Brasil. Instagrams: @davidbraga | @prime.talent
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CORREIO BRAZILIENSE
PEC do plasma pode ser risco à doação de sangue; saiba o motivo
A proposta de emenda constitucional (PEC) 10/22, a chamada de PEC do plasma - que permitiria a comercialização de sangue e derivados - , é uma ameaça à solidariedade entre os doadores e à qualidade dos produtos sanguíneos, e representa um retrocesso na política de saúde do Brasil. A crítica é do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, e foi feita na edição de ontem do CB.Saúde - uma parceria entre o e a TV Brasília. Conforme enfatizou, a PEC "é um desserviço pois irá desestimular a doação voluntária".
"Há o risco de redução (nas doações de sangue) por criar uma desconfiança na população que, até hoje, não conseguiu recuperar a taxa de vacinação que tinha no Brasil. Vamos desestimular a doação voluntária. Precisamos escutar a Organização Mundial da Saúde (OMS) quando ela fala que sangue não deve ser comercializado", exortou Gadelha, em entrevista concedida às jornalistas Carmen Souza e Rosana Hessel.
A PEC do plasma foi aprovada, na quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, por 15 x 11. De autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), segue agora para o Plenário da Casa. Segundo Gadelha, o risco de essa matéria ser aprovada é que pode afetar a qualidade dos hemoderivados e prejudicar o investimento do governo federal na Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) - "uma organização que não desperdiça nenhum produto e garante a qualidade do sangue e de seus derivados".
"A população brasileira é solidária e cooperativa. Quiseram destruir esse sentimento de solidariedade, mas não conseguiram. Os brasileiros fazem mais de 3 milhões de doações de sangue voluntárias (por ano)", explicou. Em 2022, o Brasil registrou 3,1 milhões de coletas, segundo dados do Ministério da Saúde.
A PEC do plasma foi duramente criticada pela Fundação Oswaldo Cruz, que, por meio de nota, corrobora a posição contrária do Ministério da Saúde. "A aprovação da PEC pode causar sérios riscos à Rede de Serviços Hemoterápicos do Brasil e ao Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados. A comercialização de plasma pode trazer impacto negativo nas doações voluntárias de sangue, pois há estudos que sugerem que, quando as doações são remuneradas, as pessoas podem ser menos propensas a doar por motivos altruístas", salienta.
Investimento
Segundo Gadelha, o governo federal pretende investir R$ 42 bilhões no Complexo Econômico Industrial da Saúde - que visa fortalecer a soberania nacional no desenvolvimento de medicamentos, impulsionar a pesquisa e garantir a entrega produtos de qualidade à sociedade. "No campo dos insumos farmacêuticos, ativos que protegem e são responsáveis pelo efeito terapêutico, a dependência (da importação) é de 95%. Só vamos poder ter um Sistema Único de Saúde que seja soberano, autônomo e capaz de garantir a vida quando tivermos tecnologia e capacidade produtiva no Brasil", explicou.
A prova da necessidade de se investir no desenvolvimento e na pesquisa de medicamentos está, conforme lembrou o secretário, no desempenho da Fiocruz e do Instituto Butantan durante a pandemia de covid-19. O problema é que ambos dependeram da importação de insumos básicos para que pudessem fabricar imunizantes em quantidade. "As parcerias ensinaram a fazer produtos biotecnológicos. Graças a isso que eles puderam responder rapidamente na produção de vacinas na pandemia", disse.
Para Gadelha, o investimento no Complexo Econômico Industrial da Saúde fortalece a capacidade do Brasil de produzir internamente o que é necessário para garantir o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
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O GLOBO ONLINE
Alzheimer: bandana pode detectar os primeiros sinais de demência; entenda
Uma faixa usada enquanto você dorme pode detectar os primeiros sinais do Alzheimer, anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Sensores acoplados à bandana detectam ondas cerebrais distintas produzidas quando há um acúmulo anormal das proteínas amiloide e tau no cérebro, que são características da principal forma de demência.
O monitor desenvolvido por uma equipe da Universidade do Colorado, da Universidade de Miami e da Universidade de Washington, todas nos Estados Unidos, usa eletroencefalografia (EEG) para observar padrões de ondas cerebrais que podem indicar sinais precoces de demência - muito antes de a patologia afetar o corpo e o comportamento.
O novo equipamento foi testado em 205 idosos saudáveis ou com comprometimento cognitivo leve. Durante três noites, eles usaram faixas na cabeça equipadas com eletrodos para medir a atividade das ondas cerebrais usando eletroencefalogramas (ou EEGs - tecnologia usada para diagnosticar doenças como a epilepsia).
Seu líquido espinhal também foi analisado para a presença da proteína tau. Níveis aumentados dessa proteína no líquido cefalorraquidiano são uma característica chave da doença de Alzheimer.
Os resultados, publicados na revista científica The Journal of the Alzheimer's Association, mostraram que mudanças nos padrões neurais durante o sono e a reativação da memória estão associados à presença de marcadores proteicos da doença deno líquido espinhal. Os pesquisadores também descobriram que a diminuição da intensidade em um padrão de atividade estava correlacionada com um comprometimento cognitivo leve muito precoce.
Os pesquisadores acreditam que esse tipo de equipamento poderia ajudar a identificar esses marcadores precoces da doença deem pessoas sem sintomas, abrindo caminho para que "qualquer dispositivo simples de bandana de EEG seja usado como um rastreador de condicionamento físico para a saúde do cérebro".
O diagnóstico precoce permitiria, em teoria, que as pessoas tivessem acesso imediato a medicamentos que podem retardar os sintomas. Dois novos medicamentos, lecanemabe e donanemabe, mostraram recentemente resultados impressionantes no abrandamento do declínio da memória de pessoas comprecoce.
No entanto, ainda são necessários estudos maiores, antes que essas bandanas estejam disponíveis comercialmente ou para uso clínico.
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PORTAL AB NOTICIAS NEWS
Contratar ou não um Plano de Saúde?
Ficar doente não é uma escolha. Cada dia mais e mais pessoas estão investindo em um estilo de vida saudável, que leva em conta não somente uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas. Entre os principais requisitos de quem está em busca da longevidade, estão os checkups anuais para garantir que a saúde esteja em dia.
A fim de evitar a longa espera que muitas vezes ronda o sistema público de saúde, muitas pessoas aderem aos planos de saúde, que oferecem diversos serviços médicos, que vão desde simples consultas a procedimentos de grande complexidade.
"Optar por um plano de saúde, muitas vezes é a garantia de agilidade no atendimento e a liberdade de escolha por determinado profissional. O consumidor fica sob um contrato em que tem o direito de usufruir de consultas, exames, procedimentos, internações clínicas e cirúrgicas, etc.", diz o Gestor Comercial do Grupo AllCross, Rogério Moreira.
O profissional destaca que entender os detalhes dos planos de saúde é essencial para tomar decisões mais assertivas e garantir a cobertura adequada de acordo com cada necessidade.
Como funcionam os contratos dos Planos de Saúde?
Em sua essência, esses contratos estabelecem uma relação entre a operadora e uma rede de médicos, clínicas, hospitais e outros serviços médicos. "Essa rede, conhecida como rede credenciada, é o alicerce do atendimento médico garantido aos segurados, de acordo com a cobertura que escolheram adquirir. É como uma assinatura que oferece direito a procedimentos médicos à medida que as carências são cumpridas e de acordo com o tipo de plano escolhido", conta Moreira.
Quais são as principais coberturas dos Planos de Saúde?
Existem três tipos principais de planos: Ambulatorial, Hospitalar e Ambulatorial/Hospitalar, que combina as coberturas dos dois primeiros. "A cobertura básica inclui consultas, exames e internações. Em 1999, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) criou um rol de procedimentos que tornou obrigatórias muitas coberturas que não eram previamente incluídas nos contratos. No entanto, ainda há debates sobre o que deve ser coberto, levando a casos de judicialização", esclarece Moreira.
Outro tema que gera debate é o sistema de coparticipação. "Trata-se de um valor pré-estabelecido pago pelo usuário em cada procedimento, além da mensalidade. Isso pode resultar em mensalidades mais baixas e custos mais baixos no reajuste anual", diz.
Quanto às coberturas e atendimentos, Moreira explica que os planos podem ter abrangência nacional, regional ou em grupos de municípios. "A legislação garante atendimento em todo o Brasil em caso de urgência ou emergência. No entanto, fora da área de abrangência, apenas os casos de urgência/emergência são atendidos", frisa.
Fique atento às carências e à modalidade do plano
A ANS estabelece um período máximo de carência de 6 meses (10 meses para parto). Nos contratos acima de 30 vidas, todas as carências são zeradas. Para grupos com menos de 29 vidas, as carências variam de acordo com a estratégia comercial da operadora.
"O consumidor precisa estar atento à modalidade do plano escolhida, se individual, familiar, empresarial e os coletivos por adesão, pois os reajustes, que acontecem no aniversário dos planos, podem variar. O mesmo acontece nos planos coletivos por adesão e empresariais, em que o que determina os valores dos reajustes é a quantidade de vidas que usufruem do benefício e a utilização, ou seja, quanto mais pessoas aderirem, mais em conta fica o valor do plano e se a utilização ficar dentro de uma fórmula, que calcula o sinistro, menor será o reajuste anual", detalha Moreira.
O gestor ainda lembra que, na hora de escolher um plano de saúde, é fundamental avaliar a operadora, sua solidez de mercado, cobertura e abrangência, além de checar na ANS como está a pontuação e se ela não sofreu suspensão por mau atendimento.
Tendências de Mercado
De acordo com os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em dezembro de 2022, o Brasil atingiu o maior número de usuários de planos de saúde desde dezembro de 2014, com 50.493.061 beneficiários. Em abril de 2023, esse número subiu para 50.573.160. Além disso, houve 2,4 milhões de novas contratações em relação a fevereiro de 2020, um mês antes de a pandemia de Covid-19 chegar ao Brasil.
Em relação aos valores movimentados pelos planos de saúde, a pesquisa IPC Maps mostra que os brasileiros desembolsaram cerca de R$ 180 bilhões só com planos de saúde e tratamentos, e R$ 168,3 bilhões com medicamentos em 2022.
e ambulatorial que custa R$ 800, valor médio, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a projeção da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que estimam aumento de 16% nos convênios médicos, conforme já anunciado pelas entidades. O brasileiro deverá ter um adicional mensal de R$ 128, em média, no valor dos planos de saúde.
Sobre o Grupo AllCross
Com mais de 20 anos de história, o Grupo AllCross se destaca como o maior grupo de corretoras de Planos de Saúde, Odontológicos e Seguros do Brasil. Atualmente, são mais de 50 unidades e 14 assessorias espalhadas pelo país.
A corretora é parceira de mais de 100 operadoras em nível nacional, por isso oferece diversas opções de Planos individuais, familiares, empresariais e coletivos, além de diversas opções de Seguros. É possível realizar cotações gratuitas com corretores em todos os estados brasileiros.
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AGÊNCIA BRASIL
Congresso internacional de ortopedia cancela solenidade de abertura
A organização do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo (Mifas), iniciado nesta quinta-feira, 5, no Rio de Janeiro, cancelou a cerimônia de abertura que seria realizada na tarde de hoje, por causa do assassinato dos três cirurgiões ortopédicos brasileiros, em um quiosque em frente ao hotel sede do evento, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. É a primeira vez que o congresso se realiza no continente americano.
Pela manhã, houve um minuto de silêncio em memória dos médicos, que se repetiu à tarde. Em decisão acordada entre a presidência do Congresso, o Conselho de Administração e os organizadores locais da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé (ABTPé), não será realizado também o jantar de encerramento do evento.
"Não eram apenas quatro médicos, eram colegas de profissão e grandes amigos de muitos cirurgiões presentes neste congresso, renomados especialistas em pé e tornozelo, boas pessoas e excelentes cirurgiões. Três deles morreram e um foi internado em estado grave. Não há palavras que possam expressar a tristeza que sentimos. Em nome do Comité Organizador, em nome do Conselho da Mifas, mas também em nome de todos os colegas aqui presentes, queremos transmitir as nossas condolências aos seus familiares e amigos", disseram os organizadores.
Diante do trágico acontecimento, a organização do Mifas tomou uma decisão, considerada difícil. "Quanto à realização ou não do congresso após esses trágicos acontecimentos, foi uma decisão muito difícil, mas decidimos que não deveria ser suspenso. Esse é um congresso científico de cirurgiões para cirurgiões, baseado na troca de conhecimentos que deve resultar em um melhor atendimento aos nossos pacientes, e foi por isso que nossos queridos amigos decidiram participar do congresso. Não podemos e não devemos permitir-nos ser reféns de uma violência tão terrível. Em sua memória, o 6º Congresso da Mifas continua".
Foram assassinados os médicos Diego Ralf de Souza Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. Um quarto médico foi internado em estado grave no Hospital Municipal Lourenço Jorge e, depois, transferido para uma unidade particular.
Perplexidade
Em nota, a Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé (ABTPé) confirmou, "com imenso pesar e estarrecidos", a morte dos três médicos, associados à entidade. "Três deles infelizmente vieram a óbito, deixando todos amigos, colegas e familiares consternados. A ABTPé se solidariza com a família de todos e espera que seus familiares possam ter respeitada sua privacidade para enfrentar um momento como esse. Nosso carinho, profunda admiração pelos associados, profissionais dedicados que estavam no Congresso para compartilhar suas técnicas", disse a associação em nota, desejando "rápida e plena recuperação" ao quarto médico ferido.
Também em nota de repúdio e pesar, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) lembrou que os médicos visitavam a cidade do Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo (MIFAS). "A SBOT ressalta a sua preocupação diante de mais um caso de violência no país".
À Agência Brasil, o vice-presidente da SBOT, Fernando Baldy, disse todos estão perplexo e consternado com o crime. "É uma coisa absurda você ir para um congresso, chegar lá e ser morto. É inacreditável. Está todo mundo muito triste. A SBOT está devastada com isso. O dr. Corsato tinha, pelo menos, 30 anos de militância na ortopedia".
Segundo Baldy, os médicos aguardam que saia algum fato que explique o ocorrido, pela Polícia do Rio de Janeiro. Ele acredita que possa ter havido confusão entre pessoas, "porque eles estavam no Rio não fazia nem 12 horas. Ninguém acha uma explicação plausível para isso".
O especialista admitiu que os ortopedistas possam ter sido confundidos com outras pessoas. "É possível, porque eram pessoas do bem. É inacreditável. Está todo mundo perplexo". Em relação ao médico que sobreviveu ao ataque, Baldy informou que foi operado, teve várias fraturas devido aos muitos tiros que levou e perdeu muito sangue. "Mas parece que está se recuperando".
Autorizado pelo Conselho Europeu de Acreditação para a Educação Médica Continuada, o Mifas tem sua secretaria situada em Barcelona, Espanha, e reúne especialistas da Europa, América Latina e Estados Unidos. O congresso se estenderá até o próximo dia 7.
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PORTAL SEG
Outubro Rosa: A importância de uma vida saudável no combate ao câncer de mama
Segundo Dr. Eduardo Cordioli, médico ginecologista e Head de Inovação da Docway, um estilo de vida saudável não apenas ajuda a prevenir a doença como também influencia positivamente a resposta ao tratamento em caso de diagnóstico positivo
À medida que nos aproximamos do mês de conscientização sobre o câncer de mama, o Outubro Rosa, a ênfase se volta para a prevenção e o diagnóstico precoce dessa doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Para abordar o tema, Dr. Eduardo Cordioli, médico ginecologista e Head de Inovação da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital, compartilha informações essenciais sobre como um estilo de vida saudável pode desempenhar um papel crucial no combate ao câncer de mama. Segundo o médico, o câncer de mama é uma condição inevitável para algumas mulheres, devido aos fatores genéticos interligados a sua manifestação. No entanto, ele enfatiza que a manutenção de um estilo de vida saudável não apenas ajuda a prevenir a doença, como também influencia positivamente a resposta ao tratamento em caso de diagnóstico positivo.
"Uma coisa é um diagnóstico de câncer de mama em indivíduos com comorbidades, como obesidade e hipercolesterolemia, outra é o mesmo diagnóstico em pacientes que mantêm um bom estado de saúde. A resposta ao tratamento, em termos de eficácia e impacto na qualidade de vida, demonstra ser significativamente mais positiva quando a doença ocorre em um corpo que mantém uma base de saúde sólida, sem condições associadas", afirma Dr. Cordioli.
A tecnologia também desempenha um papel crucial na promoção da saúde e no tratamento do câncer de mama. O uso de mamografias 3D e inteligência artificial na análise de imagens médicas tornou o diagnóstico mais preciso e o tratamento mais eficiente. A saúde digital também oferece oportunidades interessantes, como o monitoramento em tempo real e o uso de gadgets de saúde que interagem e fornecem informações de saúde personalizadas. "Hoje, um dos aspectos mais importantes no combate ao câncer de mama é o desenvolvimento tecnológico em saúde", enfatiza o médico. "Estamos caminhando para um futuro onde será possível prevenir determinados tipos de câncer por meio de vacinas específicas. Isso tem o potencial de revolucionar a prevenção", complementa Dr. Eduardo Cordioli.
Sobre a Docway
Fundada em 2015, a Docway é uma empresa de saúde digital focada em prover soluções de cuidado da vida com inteligência tecnológica. Tem capacidade operacional, excelência e segurança para levar telemedicina a colaboradores e beneficiários de empresas e instituições de saúde de todo Brasil, de maneira customizada e inovativa. A Docway conta com uma base própria de mais de 4 mil médicos e alcançou a marca de 3 milhões de atendimentos.
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TERRA
Summit Saúde: Obesidade não é preguiça, é doença; estigma atrapalha tratamento, dizem especialistas
Profissionais de saúde também apontam que a obesidade não pode ser vista como escolha individual: 'A raiz do problema está nos determinantes sociais de saúde'
Obesidade é uma doença complexa e não pode ser vista como uma escolha individual, defendem especialistas que participaram do painel sobre a importância da alimentação saudável do Summit de Saúde e Bem-Estar, realizado pelo Estadão, nesta quinta-feira, 5. Segundo eles, o estigma, que falsamente atribui o alto peso a desleixo ou preguiça, pode desestimular o paciente a buscar um médico ou, inclusive, induzi-lo ao radicalismo alimentar, com dietas restritas e não sustentáveis.
Mais da metade (56,8%) dos brasileiros está com sobrepeso, de acordo com estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a organização global de saúde pública Vital Strategies. Até 2030, a obesidade pode chegar até 30% da população adulta no País, segundo projeção da World Obesity Federation.
Para Nágila Raquel Teixeira Damasceno, professora-associada do departamento de Nutrição da Universidade de São Paulo (FSP/USP), os números são preocupantes. "Hoje, a obesidade é a base inflamatória e oxidativa que leva a uma série de alterações metabólicas e contribui para desenvolvimento de algumas das doenças que mais matam a população brasileira e mundial, que são as cardiovasculares e o câncer."
Para evitar os desfechos dramáticos, é preciso que o paciente busque e faça o tratamento adequadamente. Por se tratar de uma doença complexa, a abordagem deve ser multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas, educadores físicos e psicólogos, e deve-se buscar uma mudança de estilo de vida. Pode ser necessário o uso de medicações e também o tratamento cirúrgico.
O estigma que envolve a doença, porém, pode prejudicar a procura dos pacientes e o próprio sucesso do tratamento. "Dizer para uma pessoa com obesidade 'ah, melhora a sua alimentação e vai fazer exercício' é a mesma coisa que dizer para alguém sangrando para evitar facas. Não quer dizer que a (mudança na) alimentação não seja importante, mas não é suficiente na maioria das vezes", afirma Bruno Halpern, endocrinologista e presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).
O médico frisa que há razões biológicas para a dificuldade de perder peso, além das comportamentais. "Existe um estudo que mostra que, para cada quilo de peso que a gente perde, há uma redução de 30 calorias do gasto energético, e um aumento de 100 calorias na fome. Então, quando se perde peso, a fome aumenta e o gasto energético diminui. É o corpo querendo voltar pra aquele peso máximo."
"O peso que a sociedade exerce em cima do indivíduo que está com obesidade é muito grande. Existe uma pressão no sentido de que você é o culpado, que fez escolhas erradas, que não tem energia suficiente para mudar a sua vida, quando não é tão simples assim", aponta Nágila. Quando o indivíduo tenta seguir esse conselho do senso comum - "mude a alimentação e se exercite mais" - e isso falha, ele pode cair no radicalismo.
"Todas as dietas da moda vão levar à perda de peso, mas o que nós buscamos é uma mudança no estilo de vida, levando a uma dieta hipocalórica sustentável. E isso é um grande desafio", afirma a professora.
Outra falácia que precisa ser combatida é a de que a obesidade é uma escolha individual. "A raiz do problema está nos determinantes sociais de saúde, e não nas escolhas individuais", diz Halpern.
"Somos bombardeado por estímulos para que comamos comida ultraprocessada", afirma a nutricionista Maria Alvim, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP (Nupens). "Não tenho dúvida de que o consumo exagerado de ultraprocessados é a maior causa do aumento da obesidade no mundo todo e de todas as doenças crônicas associadas (a ela)."
"Não vemos propaganda de brócolis, de arroz, feijão, de frutas, alimentos in natura ou minimamente processados", completa.
Como resolver esse problema?
Para além da conscientização de que estamos falando de uma doença, os especialistas listaram outras medidas que precisam ser tomadas para enfrentar o avanço do sobrepeso e da obesidade.
Maria defende a taxação dos ultraprocessados. "Taxar igual a gente taxa o tabaco. Podemos beber muito da água que a gente bebeu quando pensamos na política pra diminuir tabagismo." Ela também acha necessário a proibição da venda desses produtos em ambientes específicos, como escolas.
Halpern aponta ser necessário reduzir o imposto dos produtos naturais. Maria também vê a necessidade de subsidiar a agricultura familiar.
A professora Nágila acrescenta que é preciso conscientizar a população sobre a quantidade adequada de alimentos para consumir. "Precisamos orientar as pessoas a comer um prato mais variado, um prato mais colorido e um prato menos calórico. Um prato menos calórico é fundamental."
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CORREIO BRAZILIENSE
A covid-19 continua matando
Já se passaram mais de três anos desde o início da pandemia da covid-19. E as pessoas continuam morrendo em decorrência da doença. A verdade é que todos estamos exauridos. Exauridos dos sintomas, das máscaras, das sequelas, das fake news, de informações verdadeiras e até mesmo das vacinas. Passado o pior momento - em outubro de 2021, o Brasil atingiu a marca de 600 mil óbitos - , as pessoas entraram em um período de letargia, como se o coronavírus e suas variantes (que não são poucas) tivessem desaparecido. Atualmente, são mais de 705 mil mortes por covid.
Recentemente, no 16º Fórum da Longevidade, promovido pelo Bradesco Seguros, em São Paulo, a médica, professora, escritora e pesquisadora brasileira Margareth Maria Pretti Dalcomo mostrou a preocupação dos especialistas quanto ao que chamou de "uma nova onda" da covid-19, a qual ela atribui às variantes e subvariantes da ômicron. E mais: fez um alerta. No Brasil, continuam morrendo cerca de 70 a 80 pessoas por coronavírus a cada semana, sendo a maioria das vítimas os não vacinados.
Entre os principais motivos para que essas mortes continuem sendo registradas está a baixa procura vacinal, decorrente do relaxamento da população, graças aos índices descendentes de hospitalizações e de mortes, se comparados aos números contabilizados no auge da pandemia. Além disso, ela atribui os recentes óbitos ao fato de a pandemia ser dada como controlada pela própria Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos governos, o que fez com que a população perdesse o medo e abandonasse a vacina.
Outro fator foi o discurso antivacina, muito forte e enraizado nos primeiros anos da covid no Brasil, o que impactou também outras coberturas vacinais até então vitoriosas, como as do sarampo, doença que havia sido eliminada por aqui em 2016 (o Brasil ganhou até um prêmio concedido pela OMS naquele ano), mas voltou com força em 2019.
Mas, e a partir de agora? Como fazer com que a população se atente para a importância de se vacinar, de levar crianças e idosos aos postos? Vale lembrar que os idosos que se vacinaram tomaram a quinta dose há mais de um ano, e, portanto, não estão mais protegidos contra as cepas mais recentes. E as crianças não completaram o calendário vacinal, ainda que tenham apresentado um sistema imunológico mais resistente. Dalcomo cita, inclusive, o Nordeste, região em que ela afirma que grande parte das famílias não leva suas crianças aos postos.
Por outro lado, não há como não falar do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que este ano completa meio século, tendo sido criado no governo militar e atravessado a democracia, além de todos os outros governos, sem nenhum abalo. Ele deu certo, não há dúvidas. Prova disso é que o Brasil tem atualmente 38 mil salas de imunização espalhadas pelo país, com um calendário vacinal elogiado em todo o mundo.
Enfim, Margareth Dalcomo, profissional da saúde preocupada com o futuro do país, apresenta algumas ações. "Não nos cansemos das campanhas, mas desta vez regionais, devido à enorme diversidade do país. Não nos cansemos de informar e alertar a população." Parece mesmo que só assim voltaremos a ter números decentes de imunizações.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
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Governo anuncia 1.719 municípios aptos a receber 95 cursos de medicina
Atenção! É isto que causa AVC em pessoas jovens
No mês do Dia Mundial da Trombose, conheça sintomas da doença e como preveni-la
Unimed cria empresa com a Blue Health para locação de equipamentos
Abertura da Convenção Nacional Unimed reúne representantes dos Três Poderes e inicia debate sobre sustentabilidade de planos de saúde
METRÓPOLES
PF combate esquema milionário de venda de planos de saúde sem registro
O esquema ilegal investigado pela PF movimentou ao menos R$ 87 milhões
A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou nesta quarta-feira (4/10) a Operação Tesouro Oculto, com o objetivo de combater crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, organização criminosa, fraude à execução e uso de documento falso.
A operação mobiliza 100 policiais federais, que cumprem 21 mandados de busca e apreensão e sete de prisão em Manaus e Borba, locais estratégicos do Amazonas identificados durante as investigações.
Foi concedido, judicialmente, o sequestro e indisponibilidade de bens móveis e imóveis, visando a quitação da dívida perante a Fazenda Nacional no valor de R$ 87 milhões.
Sobre a investigação
A investigação teve início em 2019 e apurou um esquema de criação de empresas fraudulentas, por meio de organização criminosa, que fazia a utilização de “laranjas” (sem ciência da sua condição de participante na ação) e de “testas de ferro” (com ciência da participação).
As empreses eram criadas de fato, com CNPJ constituído, com o intuito de darem continuidade a atividade ilegal de venda de planos de saúde sem registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além de sonegar créditos fiscais, frustrar direitos trabalhistas, fraudar credores e lavar os ativos ilícitos obtidos por meio do crime.
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PORTAL G1
Senado autoriza governo a não cumprir o piso da saúde
Projeto de lei foi aprovado pelos senadores com 63 votos favoráveis e dois contrários. Proposta segue para sanção presidencial.
Por Vinícius Cassela — Brasília
O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (4), um projeto de lei que permite que o governo Lula não cumpra a exigência de pagar o piso da saúde para 2023. Foram 63 votos a favor e apenas dois contrários. A proposta segue para sanção do presidente.
O dispositivo estava inserido em um projeto de lei que autoriza a compensação de receita a estados e municípios em decorrência da redução do ICMS sobre os combustíveis, que vigorou entre junho e dezembro de 2022.
A possibilidade de revogação do teto da saúde foi inserido pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR), ainda quando o projeto tramitava na Câmara dos Deputados. A proposta não estava prevista na pauta desta quarta pelo Senado, mas foi aprovada como pauta extra.
Com a possibilidade de não se cumprir o piso da saúde, o texto retirou a obrigatoriedade de destinar 15% da receita corrente líquida (RCL) para a saúde. Para a saúde, seria preciso desembolsar mais R$ 20 bilhões.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) protocolou um destaque ao projeto -- para votação posterior --, com objetivo de retirar o artigo que previa o governo descumprir o teto, mas acabou sendo vencida durante a votação no plenário.
"A exclusão desse artigo é uma medida crucial para assegurar que as políticas governamentais estejam alinhadas com os princípios e compromissos legais estabelecidos pelo Congresso, promovendo a transparência, a credibilidade e a sustentabilidade das finanças públicas", afirmou a senadora.
Dentre os votos contrários ao projeto, apenas os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Portinho (PL-RJ) se negaram a aprovar a proposta que prevê o descumprimento do teto. Outros seis parlamentares do PL foram favoráveis ao projeto. Todos os senadores do PT votaram para aprovar a proposta.
Tratativas do governo
Na consulta, o ministério questiona se o piso constitucional deveria ser aplicado já em 2023. O arcabouço foi aprovado pelo Congresso em agosto. O governo quer saber se a obrigatoriedade do piso não valeria só a partir de 2024.
"É mais fácil até aumentar a arrecadação, como agora está sendo votado taxação de 'offshores', do que cortar gastos. Em um país tão pobre, não é uma decisão tão simples. É preciso ter coragem para fazer isso. Na pior das hipóteses, melhorar qualidade dos gastos. Tirar de quem não merece e dar para quem precisa. Se conseguirmos virar essa chave, teremos um novo Brasil", declarou Tebet.
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Quem são os médicos de SP baleados em quiosque no Rio de Janeiro; três morreram e um foi ferido
Vítimas estavam na cidade para participar de um congresso internacional de ortopedia. Polícia Civil do RJ acredita em execução, já que nada foi levado, e os criminosos chegaram atirando.
Três médicos ortopedistas de São Paulo foram mortos a tiros e um quarto foi baleado, na madrugada desta quinta-feira (5), em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Eles estavam na cidade para participar de um congresso internacional de ortopedia. A Polícia Civil do RJ acredita em execução, já que nada foi levado, e os criminosos chegaram atirando.
Veja abaixo quem são as vítimas:
Daniel Sonnewend Proença, 32 anos: Formado pela Faculdade de Medicina de Marília em 2016, é especialista em cirurgia ortopédica. Foi levado com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge com pelo menos 3 tiros e seria transferido para uma unidade particular;
Diego Ralf Bomfim, 35 anos: Especialista em Reconstrução Óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Morreu no Hospital Lourenço Jorge;
Marcos de Andrade Corsato, 62 anos. Médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Morreu na hora;
Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos: Especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fez aniversário na terça (3). Morreu na hora.
Em nota, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP disse que recebeu com "consternação a notícia do falecimento de Marcos de Andrade Corsato, médico assistente dedicado e atuante do grupo de Tornozelo e Pé da instituição, bem como dos ex-residentes Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida. O IOT- HCFMUSP estende as condolências aos familiares e amigos."
Três mortos e um ferido em quiosque no Rio de Janeiro
Como foi o ataque
Os ortopedistas estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, que sedia a partir desta quinta-feira o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.
No início da madrugada, os 4 estavam em um quiosque na frente do hotel. Às 0h59, um carro branco parou, e 3 homens de preto e armados de pistolas desembarcaram e abriram fogo à queima-roupa.
Foram pelo menos 20 disparos. Um dos bandidos ainda voltou para atirar mais em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque.
Agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) chegaram a efetuar buscas, mas ninguém foi preso.
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AGÊNCIA BRASIL
Governo anuncia 1.719 municípios aptos a receber 95 cursos de medicina
Meta é atingir indicador de 3,3 médicos por mil habitantes
O governo federal autorizou a abertura de até 95 novos cursos de medicina, com 5,7 mil vagas, em 1.719 municípios do país. Nesta quarta-feira (4), o ministro da Educação, Camilo Santana, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançaram o edital para a obtenção de autorização de funcionamento de cursos de medicina.
A medida ocorre no âmbito da retomada do programa Mais Médicos, que visa ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com a descentralização da oferta de cursos e promoção da qualidade da formação médica.
“O objetivo desse trabalho é retomar todo um processo da lei do Mais Médicos de 2013 que visava atender um desafio histórico, que eu remontaria ao século 19 no Brasil, o fato de a maioria da população brasileira não ter acesso ao profissional médico. Essa realidade vem mudando”, disse a ministra Nísia Trindade, destacando que, desde 2016, houve um período de retrocesso nas políticas de formação médica voltadas à necessidade social.
Ela reafirmou que a interiorização de cursos com residência médica é elemento central do Mais Médicos, aspecto fundamental para fixação de profissionais em áreas de vazios assistenciais.
O edital lançado hoje traz os critérios para que mantenedoras de instituições educacionais privadas apresentem projetos para a instalação de novos cursos em municípios pré-selecionados. O documento deve ser publicado ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial da União.
A meta é atingir, em dez anos, o indicador de 3,3 médicos por mil habitantes, média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Hoje, o Brasil possui 2,54 médicos por mil habitantes, dados de 2022.
Em 2013, quando o Mais Médicos foi lançado, o indicador era de 1,8 médicos por mil habitantes. De acordo com o governo, apesar do aumento do número desses profissionais nos últimos dez anos, ainda persiste o problema da má distribuição das vagas.
“Há desigualdades e números muito desiguais referentes a percentual de médicos por mil habitantes. Se for pegar a Região Norte é menos de 2, se pegar outras regiões é acima de três. Então, a ideia e o objetivo é ter um edital com muita clareza, com muita transparência, com critérios preestabelecidos”, afirmou o ministro Camilo Santana.
Critérios
Para alcançar a meta da OCDE, é necessária a abertura de 10 mil novas vagas em cursos de medicina. Então, além das 5,7 mil do presente edital, o governo planeja ofertar cerca de 2 mil vagas para expansão dos cursos de medicina privados já existentes e mais 2 mil para as iniciativas de expansão das universidades federais, tanto em cursos já existentes, como em novos.
De acordo com Santana, os novos cursos em instituições públicas também devem seguir os critérios para levar à desconcentração da oferta, para escolha das regiões de expansão. O plano está sendo fechado com as universidades e deve ser apresentado ainda este ano.
No caso do edital lançado hoje, foram selecionadas 116 regiões de saúde (entre as 450 existentes) onde estão inseridos os 1.719 municípios. O documento prevê, no máximo, 95 novos cursos, que poderão ser instalados no conjunto desses municípios pré-selecionados, com a condição de haver apenas um curso por região de saúde.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a seleção visa a uma primeira medida de desconcentração de oferta de cursos e também considera o impacto da abertura do curso na infraestrutura de saúde preexistente.
Foram pré-selecionados os municípios em regiões de saúde com média inferior a 2,5 médicos por mil habitantes; que possuem hospital com pelo menos 80 leitos; que demonstram capacidade para abrigar curso de medicina com pelo menos 60 vagas, em termos de disponibilidade de leitos; e que não estão na área de abrangência do plano de expansão de cursos de medicina nas universidades federais.
Incentivos
Cada mantenedora de instituição privada de ensino superior poderá apresentar até duas propostas para instalação de cursos, sendo uma por unidade da federação. O edital prevê a dispensa de comprovação de capacidade econômico-financeira para as instituições credenciadas há mais de 20 anos.
O ministro Camilo Santana explicou que as instituições de ensino contempladas serão definidas por meio de pontuação, sendo que os cursos que ofertarem residência médica terão maior pontuação. “Fizemos questão de fortalecer a residência, que é um dos grandes problemas que o Brasil enfrenta”, disse. O objetivo é privilegiar cursos inclusivos e que favoreçam a fixação dos formandos em áreas mais carentes de médicos.
Outros incentivos são para as instituições de ensino superior que atenderem a critérios relacionados à qualidade da formação médica e ao fortalecimento da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). A experiência regulatória da proponente também será considerada.
As propostas direcionadas a municípios onde há menor concentração de médicos também serão mais bonificadas, por meio de um índice de desconcentração. Já a bonificação por ineditismo estabelece um valor fixo a ser somado à nota atribuída à proposta que prevê a instalação de curso em município onde ainda não existe curso de medicina autorizado.
Para a construção desses dois mecanismos – índice de desconcentração e bonificação por ineditismo – o MEC e o Ministério da Saúde contaram com a colaboração técnica do Ministério do Planejamento, por meio de sua Secretaria de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Judicialização
O MEC disponibilizou ainda dados que mostram que a oferta de graduação em medicina ainda se apresenta desigual no território nacional. Em 2022, o Sudeste concentrava 150 cursos e 18.324 vagas, o que corresponde a 43,8% das vagas ofertadas no país. O Nordeste tinha o segundo maior número de vagas (10.468 ou 25% do total), seguido pelas regiões Sul (5.757; 13,8%), Norte (3.786 vagas; 9,1%) e Centro-Oeste (3.470; 8,3%).
Camilo Santana explicou que o edital também representa a retomada do protagonismo do Estado na coordenação da expansão dos cursos de medicina. Em abril, o MEC editou portaria que previu a retomada dos chamamentos para abertura de novas vagas.
A abertura de vagas de medicina no Brasil estava proibida desde abril de 2018, quando uma portaria do Ministério da Educação com validade de cinco anos foi publicada como forma de controlar a qualidade dos novos cursos no país.
Segundo o ministro, a proibição teve efeito contrário ao pretendido, já que acabou sendo superada por meio de decisões judiciais. Hoje, 57 mil vagas em cursos de medicina estão judicializadas.
Camilo Santana explicou que já há decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal sobre essas vagas. A decisão prevê que a Justiça só dê encaminhamento a processos de cursos que já passaram por avaliação do Inep ou que já foram implementados. Além disso, todas as aberturas de cursos judicializadas precisam ser avaliadas dentro dos critérios de desconcentração da lei do Mais Médicos.
O governo ressalta que, a partir de 2013, o Mais Médicos alcançou o efeito de interiorizar os cursos de medicina. Em 2015, havia mais cursos no interior que nas capitais. Mas, com a moratória e a judicialização a partir de 2018, além da ausência do critério regulatório do Estado, houve expansão desordenada de cursos, com mais efetivações onde já havia oferta dessa formação, “agravando a situação de concentração e má distribuição de médicos pelo país”.
Recentemente, com o fim do veto à abertura de novos cursos, grandes hospitais particulares também manifestaram interesse em abrir novos cursos de medicina no país. Camilo Santana explicou que não há restrição. “Quem estiver dentro das normas do edital poderá apresentar as propostas”, afirmou.
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CATRACA LIVRE
Atenção! É isto que causa AVC em pessoas jovens
Independente da idade, o diagnóstico e o tratamento precoces podem fazer uma grande diferença no prognóstico e na recuperação após um AVC Compartilhar com Facebook Compartilhar com Facebook Compartilhar com Facebook Compartilhar com Facebook Compartilhar com Facebook Compartilhar com Facebook Compartilhar com Facebook
Sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) não é mais uma preocupação exclusiva dos mais velhos. Nos últimos anos, tem se observado um aumento preocupante de casos de AVC entre o público mais jovem, sobretudo na faixa dos 20 aos 64 anos.
Esta realidade tem feito os especialistas levantarem alertas sobre a necessidade de conscientização deste grupo sobre os riscos e medidas de prevenção.
Um número alarmante foi revelado pelo Datasus que mostrou que no período de 1998 a 2007, as internações causadas por AVC em jovens de 15 a 34 anos aumentaram 64% entre os homens e 41% entre as mulheres.
Estes dados ressaltam como uma doença que antes era atribuída praticamente apenas aos mais velhos vem se tornando uma sombra sobre a saúde dos mais jovens.
O AVC é uma doença complexa, que pode ser fatal ou incapacitante e, infelizmente, não é tão simples preveni-la. Além de fatores comportamentais como o estresse, a obesidade, o cigarro e a hipertensão, existe também um componente de herança genética que tem sido alvo de estudos.
A notícia positiva é que a mortalidade por AVC vem diminuindo, graças aos avanços no atendimento na fase crítica e ao surgimento de novas técnicas médicas. Contudo, o ideal é prevenir e evitar tais complicações.
Em que aspectos devemos prestar atenção?
A revista médica The Lancet foi uma das primeiras a emitir um alerta: anualmente, 83.000 jovens sofrem um AVC. Embora este número represente somente 0,5% do total, tem mostrado um crescimento constante.
Fatores como hábitos de vida nada saudáveis, consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares, bem como o estresse, têm sido apontados como responsáveis pelo aumento da incidência de AVC entre jovens.
Além disso, doenças crônicas como o diabetes e hipertensão, aumentadas pelo consumo destes alimentos, também contribuem para elevar o risco.
Como prevenir o AVC em jovens?
Diante deste cenário, a prevenção aparece como a principal ferramenta de combate. É preciso adotar um estilo de vida mais saudável, monitorar e controlar fatores de risco como o colesterol e a pressão alta, manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios regularmente, além de evitar o consumo excessivo de álcool e cigarro.
A consulta regular ao médico é indispensável para identificar e gerenciar possíveis fatores de risco. A conscientização acerca da doença e a adoção destas medidas são as maiores aliadas na luta contra o AVC.
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PORTAL AB NOTICIAS NEWS
No mês do Dia Mundial da Trombose, conheça sintomas da doença e como preveni-la
A trombose é uma doença perigosa, que ocorre quando um coágulo se forma no sistema circulatório, impedindo o fluxo sanguíneo. Esses coágulos, também chamados de trombos, normalmente se formam nas veias internas das pernas, caracterizando a trombose venosa profunda (TVP). No entanto, as complicações podem acometer outras partes do corpo, como os pulmões, representando risco à vida.
Visando aumentar a consciência da população sobre a trombose e seus perigos, o dia de 13 de outubro é lembrado mundialmente como o Dia Mundial da Trombose. Conhecer os sintomas e fatores de risco trombose é a melhor forma de evitar a doença e assegurar um diagnóstico rápido, o que pode auxiliar a salvar vidas. Com este objetivo, Erich de Paula, médico hematologista e professor associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), responde as principais questões sobre a trombose, formas de prevenção e tratamento. Confira, abaixo, a sua entrevista:
O que é trombose?
Trombose pode ser definida como uma obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo, podendo ser venosa ou arterial. A trombose venosa ocorre quando o trombo e forma nas veias que trazem o sangue do coração aos tecidos e órgãos, enquanto a arterial afeta as artérias que levam o sangue. A última é mais grave, pois interrompe a oxigenação para o tecido, podendo causar infartos ou derrames (AVC). No caso da trombose venosa, os mais afetados são os membros inferiores, normalmente acometendo somente uma das pernas. No entanto, há casos em que o coágulo pode acabar se soltando e chegar até os pulmões através da circulação sanguínea, ocasionando a embolia pulmonar (EP), que compromete a função de oxigenação do sangue, podendo neste caso ser fatal.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas da trombose venosa profunda são dor, calor, mudança na coloração e inchaço da área afetada. O inchaço é unilateral e assimétrico, ou seja, uma das pernas fica mais volumosa que a outra. No caso da embolia pulmonar, os sinais clínicos são dor no peito, falta de ar e, em alguns casos, tossir sangue.
Existem fatores de risco para a trombose?
Sim, idade avançada, tabagismo, obesidade, sedentarismo, gravidez e puerpério, uso de medicamentos como anticoncepcionais a base de estrógenos e de reposição hormonal, tendência familiar e longos períodos de imobilização, como internações e viagens prolongadas, são todos fatores de risco da trombose venosa. Já as arteriais estão associadas a fatores como diabetes, hipertensão e alterações do colesterol. É muito importante às pessoas conhecerem os fatores de risco e comunicá-los aos profissionais de saúde caso os sintomas de trombose sejam observados.
Quais são as formas de prevenção da doença?
A prevenção, tanto da trombose arterial quanto da venosa, envolve principalmente a adoção de um estilo de vida saudável, com controle de peso, prática de exercícios e alimentação balanceada. Evitar ficar muito tempo sentado ou deitado e se certificar de movimentar o corpo de vez em quando também é recomendado para prevenir a formação dos trombos. Em alguns casos, como pessoas que apresentam fatores de risco adicionais ou que já possuem histórico de trombose, os pacientes devem discutir com seus médicos a necessidade de medidas preventivas adicionais em situações especiais, como o uso de meias elásticas e anticoagulantes profiláticos.
Como é feito o tratamento da trombose?
O tratamento da trombose envolve o uso de anticoagulantes e deve ser iniciado o quanto antes para evitar complicações graves, como a embolia pulmonar. O tratamento com esses medicamentos costuma durar de três a seis meses, podendo ultrapassar esse período caso haja recomendação médica. É importante o paciente passar por uma avaliação médica após o período de tratamento, para analisar o risco de desenvolver novas tromboses e definir a melhor estratégia preventiva.
Sobre o Dia Mundial da Trombose - No dia 13 de outubro é lembrado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor. No entanto, devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. Em âmbito global, a campanha desta efeméride é liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH, na sigla em inglês) e, no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). Para saber mais, acesse o site do Dia Mundial da Trombose e também o site da SBTH.
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BLOG FUSÕES E AQUISIÇÕES | ACONTECE NO SETOR
Unimed cria empresa com a Blue Health para locação de equipamentos
Operadora quer reduzir custos com renovação de máquinas em sociedade que prevê capex de R$ 3 bi
Em uma reação aos movimentos de consolidação e verticalização da concorrência, a Unimed está dando vida a uma nova empresa de locação de equipamentos hospitalares, para atender exclusivamente os hospitais da rede e reduzir os custos da operadora.
A empreitada, ainda sem nome oficial, é uma sociedade com a Blue Health, companhia especializada no segmento e que tem acionistas como as gestoras Kinea, do Itaú, a EB Capital, de Pedro Parente e Duda Melzer, e Lazuli Partners.
A nova empresa vai comprar os equipamentos de fornecedores que a Blue Health já conhece e alugá-los para os 157 hospitais da Unimed no país. Pela escala, a Unimed espera comprar equipamentos a preços mais vantajosos, cobrar menos na locação do que um terceiro faria e gastar menos tempo e dinheiro com manutenções.
A estimativa da operadora é uma economia de cerca de 30% nos custos em comparação à locação direta dos hospitais com outras empresas.
Internamente chamada de UniBlue, a holding de participações da Unimed terá 51% e a Blue Health, 49%. A proporção também vai se refletir na governança
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JORNAL FLUMINENSE ONLINE
Abertura da Convenção Nacional Unimed reúne representantes dos Três Poderes e inicia debate sobre sustentabilidade de planos de saúde
São Paulo, 4 de outubro de 2023 - A Unimed do Brasil realizou nesta terça-feira, 3 de outubro, a abertura da 52ª Convenção Nacional Unimed, em Brasília, com a participação do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, do presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello, além de deputados e outras lideranças. Com o tema "Inovação, inclusão e cooperação na saúde", o evento fomenta o debate público pela busca por soluções para o desafio de tornar os planos de saúde mais sustentáveis e acessíveis a um maior número de pessoas, garantindo a qualidade da assistência.
Os participantes destacaram a importância da saúde suplementar, que atende a mais de 25% da população brasileira, contribuindo para aliviar a forte demanda sobre o sistema público, e das cooperativas, que têm tido um papel relevante para o desenvolvimento socioeconômico em diversas regiões do país. O Sistema Unimed é formado por 340 cooperativas médicas, que atendem a mais de 20 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos e estão presentes em 9 de cada 10 municípios brasileiros. Em 2022, o Sistema Unimed foi responsável por 35% dos atendimentos médico-hospitalares realizados pela saúde suplementar, injetando R$ 74,8 bilhões nos serviços de saúde.
Até esta quinta-feira (5), a programação do evento traz palestras e debates sobre os desafios do setor; o papel da inovação digital; como promover a incorporação sustentável de novas tecnologias; a segurança do paciente e os caminhos para a coordenação do cuidado; e o diálogo do setor com a sociedade e os poderes públicos.
Sobre a Unimed
Em mais de 55 anos de atuação, a Unimed se destaca na liderança do setor de saúde suplementar. A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje compõe um sistema de 340 cooperativas médicas, que estão presentes em 90% das cidades brasileiras e atendem a 20 milhões de pessoas em planos de saúde e odontológicos. A Unimed reúne 118 mil médicos cooperados, gera 143 mil empregos diretos e dispõe da maior rede assistencial do país, formada por 157 hospitais e hospitais-dia próprios e cerca de 2,5 mil hospitais credenciados, além de unidades de pronto-atendimento, clínicas e laboratórios, entre outros serviços. Toda essa operação injeta, no sistema de saúde brasileiro, R$74,8 bilhões por ano.
A Unimed também lidera o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), avaliação oficial do setor de planos de saúde realizada anualmente pela ANS. Das 60 operadoras que obtiveram nota máxima na edição de 2022 (ano-base 2021), 53 são Unimed. Ao todo, 235 operadoras do sistema cooperativo se classificaram nas melhores faixas de desempenho. A marca se destaca, ainda, nos segmentos de planos odontológicos, seguros de saúde, vida, previdência privada e patrimoniais, na gestão de recursos financeiros, bem como na educação voltada à saúde e ao cooperativismo.
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Assessoria de Comunicação
Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJSP
Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE
Superintendência-Geral - SG
SEPN 515, Conjunto D, Lote 4, Edifício Carlos Taurisano, - Bairro Asa Norte, Brasília/DF, CEP 70770-504
Telefone: (61) 3221-8442 - www.gov.br/cade
DESPACHO SG Nº 1190/2023
Inquérito Administrativo n.º 08700.004116/2023-37 (Autos Restritos nº 08700.004161/2023-91)
Representante: Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico
Representados: Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás
Acolho a Nota Técnica nº 129/2023/CGAA6/SGA2/SG/CADE (1283713) e, com fulcro no § 1ºdo art. 50, da Lei nº 9.794/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Pelos fundamentos apontados na Nota Técnica, faz-se necessária a adoção de medida preventiva para fazer cessar efeitos anticompetitivos da prática investigada, determinando-se à AHPACEG e a seus membros associados, sob pena de multa diária no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais):
i) Que a Associação dos Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG) se abstenha de participar ou influenciar as negociações de valores e demais condições de contrato entre os hospitais a ela filiados e operadoras de planos de saúde;
ii) Que os hospitais filiados à AHPACEG negociem individualmente com as operadoras de planos de saúde os valores de Taxas e Diárias, Materiais, Medicamentos, Honorários, Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT´s), Dietas Enterais e Parenterais, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) ou quaisquer outros serviços por eles prestados ou condições relevantes de contrato;
iii) Que a AHPACEG se abstenha de praticar quaisquer condutas que tenham por objetivo ou efeito obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme entre os hospitais ou prestadores deserviços médico-hospitalares que atuam na cidade de Goiânia com vistas a interferir nas negociações de valores ou condições de contrato com as operadoras de planos de saúde;
iv) Que os hospitais filiados à AHPACEG se abstenham de promover, fomentar ou coordenar qualquer movimento de paralisação coletiva de atendimentos aos beneficiários de planos de saúde, por tempo indeterminado ou descredenciamento em massa;
v) Que a AHPACEG e os hospitais a ela afiliados se abstenham de trocar informações, ou tornarem públicas informações sobre os valores de Taxas e Diárias, Materiais, Medicamentos, Honorários,Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT´s), Dietas Enterais e Parenterais, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) ou quaisquer outros serviços prestados ou condições relevantes de contrato;
vi) Que a AHPACEG faça publicar, em seu sítio eletrônico, o teor desta Medida Preventiva, juntando aos autos cópia da referida publicação no prazo de 20 (vinte) dias.
Ao Setor Processual.
Intime-se a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás e seusmembros associados.
Publique-se.
Documento assinado eletronicamente por Fernanda Garcia Machado, Superintendente-Geral substituta, em 12/09/2023, às 16:59, conforme horário oficial de Brasília e Resolução Cade nº 11, de 02 de dezembro de 2014.
Autenticidade deste documento pode ser conferida no site sei.cade.gov.br/autentica, informando o código verificador 1283563 e o código CRC 05873A2E
Referência:Processo nº 08700.004116/2023-37 SEI nº 1283563
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DESTAQUES
Após maternidades, hospitais privados em Goiânia alertam para chance de parar atendimentos pelo SUS por falta de repasses
Sindhoesg alerta: atrasos nos pagamentos do Imas e SMS podem inviabilizar atendimento em hospitais de Goiânia
Piso da enfermagem: Rosa Weber não conhece de ‘questão de ordem’ contra decisão
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JORNAL OPÇÃO
Após maternidades, hospitais privados em Goiânia alertam para chance de parar atendimentos pelo SUS por falta de repasses
Segundo o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), cerca de R$ 40 milhões são apenas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Os hospitais privados em Goiânia, que prestam serviços à Prefeitura de Goiânia, cobram repasses atrasados do Executivo e alegam que o problema pode inviabilizar a continuidade dos atendimentos aos pacientes do SUS e do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Imas) Imas pelas instituições particulares.
Segundo o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), são cerca de R$ 40 milhões em débitos por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para com os hospitais. Essa quantia, segundo a instituição, corresponde à realização de cirurgias, exames complementares e internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
O Sindhoesg afirma que os serviços já foram prestados pelas unidades de saúde, e que esse débito não é pago há dez meses. Além disso, o sindicato alega que a tabela do SUS está defasada.
A entidade revela ainda que há atrasos de quase um mês nos pagamentos regulares dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na capital. A instituição argumenta que o cenário é especialmente desafiador para as instituições que já enfrentam dificuldades financeiras e prestam serviços por valores consideravelmente defasados.
Já quanto aos serviços prestados ao Imas, o Sindhoesg alega que o atraso é de um ano. Atendimentos realizados em setembro de 2022 ainda aguardam compensação financeira, conforme o sindicato.
O Sindhoesg disse que a situação pode comprometer a continuidade dos atendimentos aos pacientes do SUS e do Imas por parte das unidades de saúde privadas. A instituição revelou que está em contato com os órgãos para solucionar o problema e evitar paralisação.
O Jornal Opção entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que informou ainda não ter sido comunicada sobre a questão.
Maternidades
A crise na saúde em Goiânia não é exclusividade dos hospitais privados. Recentemente, as maternidades municipais chegaram a restringir seus atendimentos eletivos devido à falta de repasses por parte da Prefeitura de Goiânia.
Consultas, exames e cirurgias voltaram à rotina das unidades no último dia 25 de setembro, após repasse de R$12.068.180,90 da Prefeitura à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), fundação responsável pela gestão do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), do Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI) e da Maternidade Nascer Cidadão (MNC).
De acordo com a Prefeitura, a gestão municipal e a Fundação estão atuando em conjunto para validar os demais valores em aberto. A Fundahc afirmou ao Jornal Opção que aguarda, nesta semana, um novo repasse prometido pelo Executivo, que não detalhou valores.
Caso não haja esse pagamento, a instituição disse que, por enquanto, não existe possibilidade de uma nova paralisação dos serviços.
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FOLHA DO PLANALTO
Sindhoesg alerta: atrasos nos pagamentos do Imas e SMS podem inviabilizar atendimento em hospitais de Goiânia
Cerca de 40 milhões de reais. Esse é o valor aproximado de um dos débitos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia junto aos hospitais privados que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O montante refere-se ao incentivo que deveria ser pago para a realização de cirurgias, exames complementares e internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Os atendimentos já foram prestados pelos hospitais e clínicas, mas esse complemento da defasada tabela do SUS não é pago há dez meses.
O pagamento regular dos atendimentos pelo SUS na capital também está em atraso. Informações que chegam ao Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) relatam atrasos de quase um mês, o que é muito para instituições já em dificuldades e que atendem por valores extremamente defasados.
Para agravar a situação, o atraso no pagamento dos serviços prestados ao Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores de Goiânia (Imas) já totaliza um ano. Atendimentos realizados em setembro de 2022 ainda não foram pagos.
A situação acende um sinal de alerta e pode inviabilizar a continuidade dos atendimentos aos pacientes do SUS e do Imas pelas instituições privadas. O Sindhoesg está em contato com esses órgãos e aguarda uma solução urgente para os atrasos.
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JOTA INFO
Piso da enfermagem: Rosa Weber não conhece de ‘questão de ordem’ contra decisão
CNSaúde alegou que não houve maioria para referendar item do julgado; para ministra, via recursal é outra
Um dia antes de deixar a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Rosa Weber não conheceu de uma “questão de ordem” dirigida a ela pela Confederação Nacional De Saúde, Hospitais E Estabelecimentos E Serviços (CNSaúde), na qual se pedia a impugnação de parte da decisão proferida no julgamento da ADI 7.222, que trata do piso da enfermagem.
A ação do piso da enfermagem foi julgada em sessões virtuais realizadas em 23 e 30 de junho deste ano. Na ocasião, apreciou-se liminar do relator, ministro Luís Roberto Barroso, para restabelecer os efeitos da Lei nº 14.434/2022, que institui o piso salarial nacional da categoria.
A CNSaúde alega que não houve formação de maioria absoluta para aprovar um item específico da cautelar, aprovado mediante a técnica do voto médio (quando não é possível obter maioria porque há alguma divergência, parcial ou mínima).
A divergência sobre o piso da enfermagem para celetistas
O item questionado do acórdão sobreo piso da enfermagem refere-se à necessidade de acordo em negociação coletiva entre as partes, no caso dos celetistas. Apenas três ministros acompanharam integralmente o voto de Barroso, favorável à exigência.
Os ministros Edson Fachin e a própria Rosa Weber manifestaram-se para que o piso da enfermagem fosse aplicado como determina a lei. Os outros quatro ministros, capitaneados pelo voto divergente do ministro Dias Toffoli, se manifestaram de forma divergente ao item.
Para Toffoli, deve prevalecer o negociado sobre o legislado, tendo em vista a preocupação com eventuais demissões e o caráter essencial do serviço de saúde. Sendo frustrada a negociação coletiva, caberá dissídio coletivo, de comum acordo, ou, independentemente deste, em caso de paralisação momentânea dos serviços promovida por qualquer das partes.
Diante disso, a CNSaúde defendeu que, como não foram alcançados os seis votos necessários para formar a maioria absoluta, o acórdão do piso da enfermagem teria que ser modificado para que o trecho fosse rejeitado.
Ao receber o pedido, Rosa Weber pontuou, inicialmente, que apenas o ministro-relator tem prerrogativa para suscitar eventual questão de ordem ou acolher, entendendo pertinente, manifestação das partes no sentido de que seja submetida a questão à apreciação do colegiado competente (Plenário ou Turmas).
Ou seja, de acordo com a ministra, advogados não possuem prerrogativa para suscitar questão de ordem, como foi feito no caso. Podem, sim, formular requerimento ao relator para eventuais questionamentos.
Rosa Weber destacou que questões de ordem servem para pontos controvertidos “necessários ao bom andamento do processo, e não para questionar decisões”.
“No caso, a questão controvertida envolve a proclamação do resultado final pelo Presidente em exercício. Não há falar, portanto, em ponto controvertido necessário ao bom andamento do processo. A sessão de julgamento em apreço já não está mais em curso. Insurge-se a autora desta ação direta contra ato perfeito e acabado, somente passível de impugnação pela via recursal adequada”, manifestou-se a ministra.
Ela indicou que eventual incompatibilidade entre o teor dos votos e o resultado proclamado devem ser questionados por meio de embargos de declaração.
“Em suma: a questão posta não traduz situação de erro material objetivamente constatável, suscetível de correção pela Presidência desta Corte (RISTF, art. 89). Verificada a configuração do fenômeno da dispersão qualitativa de votos, capaz de pôr em dúvida o teor da proclamação final, incumbe à parte interessada, por meio da via recursal cabível, apontar a ocorrência de contradição, para que seja dirimida pelo próprio órgão prolator da decisão impugnada. 25. Ante o exposto, por não se registrar situação a ser dirimida pela Presidência desta Corte, não conheço desta ‘questão de ordem’”, escreveu a agora ex-presidente do STF.
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Planos de saúde não precisam cobrir exames prescritos por nutricionistas, decide STF
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é inconstitucional uma norma do estado do Rio Grande do Norte que obrigava os planos de saúde a cobrir exames prescritos por nutricionistas. A decisão foi tomada na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.376.
A ação foi ajuizada pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg) contra a Lei estadual 11.081/2022, do Rio Grande do Norte. O relator, ministro Gilmar Mendes, votou pela procedência do pedido da CNSeg e ressaltou a jurisprudência do STF de que a regulação dos planos de saúde e seguros privados é matéria de Direito Civil e, portanto, de competência legislativa privativa da União (artigo 22, incisos I e VII, da Constituição Federal).
O ministro também afirmou que a competência suplementar dos estados para legislar sobre proteção do consumidor não alcança a disciplina das relações contratuais para obrigar uma das partes a remunerar serviços diferentes dos previstos. Ressaltou, ainda, que operadoras estão sujeitas à Lei federal 9.656/1998, que restringe a cobertura obrigatória às requisições de exames feitas por médicos e odontólogos.
Assim, para Gilmar Mendes, os dispositivos impugnados não instituem somente obrigações em vista à melhoria das relações de consumo, "mas criam obrigações que demandam revisões dos valores contratuais estabelecidos anteriormente a fim de que se evite um desequilíbrio atuarial às operadoras de saúde, em prejuízo à mutualidade do sistema".
O único vencido foi o ministro Edson Fachin, que votou para manter a lei potiguar. Para o ministro, não há regulação específica contrastante com a norma estadual, "inexistindo, portanto, extrapolação do espaço legislativo ocupado de forma suplementar pelo estado-membro".
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PORTAL G1
Médico vira réu por morte de paciente após cirurgia plástica em Goiânia
Paciente morreu dois dias depois em casa por complicações do procedimento. Denúncia afirma que a vítima não tinha condições para fazer a cirurgia, pois era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano.
Um médico se tornou réu pela morte de uma idosa, de 62 anos, após uma cirurgia plástica, em Goiânia. A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) foi aceita nesta segunda-feira (2) pelo juiz André Reis Lacerda, da 10ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).
O g1 tentou localizar o advogado do médico Dagmar João Maester e entrou em contato com ele, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria. Também tentou contato por telefone com o Hospital Goiânia Leste, onde a cirurgia foi feita, mas não teve sucesso.
Segundo a decisão do juiz, Marisa Rodrigues da Cunha realizou uma cirurgia estética para redução de mama, abdominoplastia e lipoaspiração no dia 14 de abril deste ano. A idosa morreu dois dias depois em casa, no Bairro Jardim da Luz, por complicações do procedimento.
A decisão destaca ainda que, conforme denúncia do MPGO, a vítima realizou os exames pré-operatórios pedidos pelo médico, que constataram que ela era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano. Segundo o órgão, a idosa não tinha condições para fazer a cirurgia.
“O médico desconsiderou a circunstância e realizou o procedimento cirúrgico na vítima”, destaca a decisão.
Um dia após a cirurgia, o médico deu alta para a vítima. Em casa, ela começou a vomitar com frequência e, ao questionar Maester, ele disse que era normal. A filha da idosa procurou o médico novamente que, dessa vez, pediu para ela parar de tomar todos os remédios.
“O que fez o quadro da vítima piorar”, afirma a denúncia.
Preocupada, a jovem pediu ajuda para o enfermeiro do médico, que conversou com Maester, mas, conforme a denúncia, em nenhum momento orientou que a vítima voltasse para o hospital. A filha da idosa chamou o socorro, mas Marisa não resistiu e morreu ainda em casa.
De acordo com o laudo de exame cadavérico, a idosa morreu por alterações relacionadas à cirurgia, que resultaram em um tromboembolismo pulmonar. O MPGO denunciou o médico alegando que ele deixou de prestar socorro e, com isso, agiu com imperícia e negligência.
A denúncia foi recebida e aceita pelo tribunal e o juiz deu um prazo de dez dias para o médico apresentar uma resposta à acusação. Com isso, Maester passa a ser acusado de matar a idosa, conforme o artigo 121, parágrafos 3 e 4 do Código Penal Brasileira (CPB).
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TV RECORD
Podprosear - direitos dos pacientes que fazem tratamento contra o câncer
https://www.youtube.com/watch?v=cmteWtXPN1Y
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PODER 360 - ONLINE
Saúde e MEC lançam edital para cursos de medicina nesta 4ª
O ministro da Educação, Camilo Santana, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançam nesta 4ª feira (4.out.2023) o edital para regulamentação dos cursos de medicina no país. O evento será às 9h (horário de Brasília) no Auditório do Ministério da Educação.
O documento dita as diretrizes para a autorização de funcionamento e abertura de novos cursos, pela iniciativa privada, em municípios pré-selecionados.
Em 6 de abril, com o fim do congelamento de novas vagas, o MEC voltou a autorizar a abertura de cursos de medicina em instituições privadas, desde que por meio de editais públicos e seguindo as regras do Mais Médicos.
Em 7 de agosto, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes reforçou a decisão do MEC. Determinou que limitar a criação de cursos de medicina apenas por chamamento público é uma prática constitucional e que os juízes não devem conceder liminares a favor de universidades.
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MEDICINA S/A
Judicialização: o céu não é o limite na saúde suplementar
Com a regulamentação do mercado de saúde suplementar, em 1998, por meio da promulgação da Lei º 9.656, o profissional atuário passou a exercer um papel essencial para a sustentabilidade do segmento, haja vista a necessidade, a partir daquele momento, de conceber decisões pautadas sob a ótica dos riscos envolvidos ao negócio. O fato é que a relação, entre consumidor e empresa privada de serviços de saúde, seja antes ou depois da legislação, sempre foi firmada por meio de um contrato que define as obrigações e os deveres de ambas as partes. Tanto o consumidor espera ter atendidas as coberturas contratadas, bem como o prestador aguarda receber os valores do consumidor em conformidade à cobertura ofertada.
Por sua vez, o contrato de plano de saúde tem natureza securitária, isso porque suas bases econômicas se equiparam às do contrato de seguro pautado por um cálculo atuarial. Além disso, ambos são constituídos de forma solidária entre seus beneficiários, ligados pelo mutualismo decorrente da característica coletiva que tais acordos possuem. Cabe, então, ao profissional atuário a responsabilidade de precificar o risco, considerando nesta difícil equação, diversas variáveis como: faixa etária, gênero, área de abrangência, rede de assistência, dentre outras informações.
Entretanto, uma realidade crescente no mercado da saúde suplementar é o beneficiário recorrer ao sistema Judiciário solicitando o deferimento para procedimentos e internações em hospitais de alto custo não contemplados em seu contrato com a operadora de planos de saúde. Além de não haver razoabilidade nas solicitações que desrespeitam, em sua maioria, os acordos previamente estabelecidos, a judicialização exige à operadora a absorção dos valores acima do risco. A conta, cada vez mais elevada, em última instância, é rateada entre toda a carteira de usuários. Por sua vez, todo o trabalho técnico realizado pelo atuário é substituído por decisões judiciais.
Como precificar o que não tem limite? Como calcular o custo de um produto ou serviço que, à revelia, pode sofrer ajustes futuros não previstos e com grande impacto econômico-financeiro para a empresa prestadora? Na prática seria o mesmo que comprar em uma concessionária um automóvel popular e exigir a retirada de um modelo de custo maior. Cabe judicializar tal situação? E se analisarmos os contratos de seguro de carro ou imóvel. Há ampliação do direito do cliente que venha a desonrar as cláusulas estipuladas em contrato, assinadas de comum acordo, sem a devida reavaliação financeira?
Diante ao desafiador cenário da judicialização que há anos o mercado da saúde suplementar enfrenta é aceitável em um processo a solicitação de vistas ou revisão dos valores arcados pelo usuário, a título de transparência do cálculo atuarial. Porém, atribuir ao usuário uma benesse ao qual ele não pagou para ter direito a usufruir coloca em risco toda a cadeia de saúde privada. O segmento já padece de uma realidade extremamente dura no Brasil: casos de uso não racional do plano de saúde, prejuízo com as fraudes dos reembolsos, tecnologia com custo altíssimo, envelhecimento da população, inflação da saúde galopante, dentre outros. Vislumbro em um futuro muito próximo a seguinte situação: operadoras fechando as portas e jogando no mercado de trabalho centenas de milhares de profissionais desempregados, e outra centena de milhares de beneficiários perdendo seu plano de saúde necessitando recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS).
É urgente sensibilizar o Judiciário, o Congresso, os setores Jurídicos do Sistema Unimed e das empresas que atuam na saúde suplementar sobre a necessidade de nos apropriarmos dessa ferramenta, ou seja, o cálculo atuarial. Em recente contato com a presidente do Instituto Brasileiro de Atuária [IBA], Raquel Marimon, tomei conhecimento de que a entidade dispõe de uma equipe de profissionais amplamente capacitada e habilitada a construir a fundamentação adequada para subsidiar os processos. Saliento que não desejo, em momento algum, modificar as deliberações dos magistrados. O setor precisa lutar pelo protagonismo dos profissionais atuariais, bem como das sociedades e entidades da área da saúde que atuam respaldadas em evidências e estudos técnicos e científicos. Somente esse caminho evitará as situações discrepantes, desproporcionais vivenciadas diuturnamente.
Nesse contexto proponho uma maior aproximação do Judiciário e da Atuária no sentido de melhor amparar as decisões. Com assento permanente nos Núcleos de Apoio Técnico ao Judiciário (NatJus), por exemplo, tais profissionais de alto gabarito técnico e experiência poderiam auxiliar a análise de pedidos que envolvam procedimentos médicos, bem como fornecimento de medicamentos. Apesar dos avanços na profissão e mesmo diante de toda a importância do trabalho desenvolvido, o atuário ainda passa despercebido em alguns casos, onde ainda existe um conflito de identidade, ou pior quando não sabem de fato o seu real papel dentro das operadoras, por incrível que pareça.
*Joé Sestello é Diretor-Presidente da Unimed Nova Iguaçu.
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JORNAL DE BRASÍLIA
Juíza manda Prevent pagar R$ 1,2 milhão a médico que denunciou 'kit Covid'
A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou que a Prevent Senior pague multa de R$ 1,2 milhão ao médico Walter de Souza Correa Neto, que denunciou a prática da empresa de prescrever o chamado 'kit Covid' para tratamento de pessoas com covid-19 durante a pandemia.
A juíza reconheceu que o médico tinha vínculo empregatício com a Prevent Senior. Correa Neto trabalhava para a empresa como pessoa jurídica, mas, na avaliação da magistrada Patrícia Almeida Ramos, o médico cumpria uma série de obrigações e exigências típicas de um funcionário contratado sob regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), estando subordinado, inclusive, a uma "estrutura hierárquica de poder", com pagamento de bônus por produtividade e fazendo uso de crachá.
Para a magistrada, ficou configurado que o médico tem direito a benefícios como descansos semanais remunerados, pagamento de 13º salário, pagamento de férias, horas extras, adicional noturno e multa por descumprimento de acordo firmado em convenção coletiva. Foi dessa lista que a juíza fixou o valor de R$ 1,2 milhão que a Prevent Senior deve pagar.
A Justiça ainda decidiu que a empresa também deve pagar os gastos do médico com advogados. O valor estipulado foi de 2% do valor total da causa, o que corresponde a R$ 24 mil.
Procurada pelo UOL, a Prevent Senior disse que não comenta decisões da Justiça. "Contudo, é importante ressaltar que toda decisão judicial está sujeita a recurso. A Prevent Senior seguirá agindo de acordo com os princípios legais estabelecidos", afirmou a empresa, em nota.
O médico Walter Correa de Souza denunciou pressão da Prevent Senior para prescrever remédios do chamado kit covid para pacientes. Esse kit tinha remédios como cloroquina e azitromicina, que são comprovadamente ineficazes contra a covid-19.
Segundo um dossiê assinado por 15 médicos, profissionais eram coagidos a prescrever os medicamentos sem consentimento de parentes dos pacientes e eram obrigados a trabalhar mesmo quando infectados com o coronavírus. A empresa negava a prática
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Assessoria de Comunicação